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Novas hidrelétricas na Amazônia podem prejudicar clima e ecossistemas
Se forem em frente os atuais planos de construir centenas de hidrelétricas na Amazônia nas próximas décadas, o efeito dominó sobre todas as regiões banhadas pelo Amazonas e seus afluentes será imenso: muito menos nutrientes para os peixes e a floresta, um litoral menos produtivo e possíveis alterações climáticas que alcançariam até a América do Norte. Esse prognóstico nada animador vem da primeira análise integrada do impacto das usinas no maior rio do mundo, conduzida por uma equipe internacional de pesquisadores e publicada na revista científica "Nature". O grupo, que inclui cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade do Texas em Austin (EUA), formulou um índice de vulnerabilidade dos rios amazônicos diante das obras atuais e futuras e concluiu que dois importantes afluentes que atravessam o território brasileiro, o Madeira e o Tapajós, estão entre os que mais sofrerão (e, aliás, já estão sofrendo) com a febre das novas hidrelétricas. Para o coordenador do estudo, o geólogo argentino Edgardo Latrubesse, da Universidade do Texas, não se trata de impedir a geração de energia na região, mas de levar em conta os impactos dela e pensar em modelos alternativos para a Amazônia. "O plano de energia tem de ser um componente a mais do manejo integrado da bacia, não algo imposto de cima, que obriga todo mundo a correr atrás dos problemas gerados por essa imposição", diz Latrubesse, que trabalhou no Brasil durante quase duas décadas e é casado com uma brasileira. "Não dá para destruir o maior patrimônio fluvial do mundo de uma vez só, sem planejamento." VULNERÁVEIS A medida criada pelos pesquisadores, batizada com a sigla Devi (em inglês, "índice de vulnerabilidade ambiental a represas"), leva em conta três fatores. O primeiro tem a ver com a fragilidade de cada rio a mudanças no uso do solo em seu entorno (desmatamento, por exemplo), bem como o aumento da erosão e da chegada de poluentes à água. O segundo considera coisas como a quantidade de sedimentos normalmente carregados por certo rio, enquanto o terceiro leva em conta a proporção do curso do rio a ser afetada por uma nova usina. Levando esses pontos em consideração, a área do Madeira é classificada como a mais vulnerável não só pela construção de duas hidrelétricas de grande porte (as de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia) nos últimos anos, mas também pelos projetos de usinas antes de o rio chegar ao Brasil, do lado da Bolívia, rumo aos Andes. Esse detalhe é importante porque a bacia do Madeira recebe as águas ricas em sedimentos e nutrientes vindas do território andino e as passa adiante. As grandes usinas, porém, funcionam como um filtro, retendo esses sedimentos –observações de satélite analisadas pela equipe mostram, por exemplo, que a construção de Santo Antônio e de Jirau diminuiu em 20% a concentração de sedimentos suspensos na água do Madeira. O efeito deverá ser ainda maior com a multiplicação de usinas rio acima. "O Brasil andou dando um tiro no próprio pé nesse sentido, porque incentivou os países andinos vizinhos a construir hidrelétricas para abastecer o que se imaginava que seria uma grande demanda de energia do lado brasileiro. Com a crise, essas previsões mudaram totalmente", conta Latrubesse. No caso do rio Tapajós, o principal temor está ligado ao grande número de empreendimentos hidrelétricos (90 planejados mais 28 já em funcionamento), bem como a fatores como a falta de áreas protegidas nas margens do rio e a ocupação humana já relativamente intensa na região. Alterações de grande porte no fluxo da água e dos sedimentos pela bacia amazônica inevitavelmente vão influenciar o que acontece no oceano Atlântico quando o Amazonas deságua nele. Podem acontecer efeitos negativos nos maiores manguezais ainda intactos na América do Sul, que ficam justamente na costa amazônica. "Além disso, há estudos indicando que a pluma de sedimentos trazidos pelo Amazonas regula a temperatura de superfície do oceano na região e, com isso, influencia as chuvas no Caribe, na América Central e no sul dos EUA. O problema é global", resume o geólogo. SOLUCIONÁTICA O estudo não se limita a profetizar a catástrofe iminente, porém. Os pesquisadores propõem que só uma gestão integrada e transnacional dos rios amazônicos será capaz de evitar o mau uso desses recursos. Para isso, o órgão ideal seria a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que já reúne os países cujo território integra o bioma. Um painel formado por cientistas de todas essas nações poderia fornecer recomendações sobre a maneira mais racional de produzir energia, com a ajuda dos rios ou por outras fontes renováveis, como a solar e a eólica. "Não é conversa de ecochato, é questão de fazer um plano decente, porque os das hidrelétricas que querem construir hoje ainda são os dos anos 1960 e 1970, quando a tecnologia era outra e se sabia muito pouco sobre o funcionamento da Amazônia. Os cientistas precisam entrar mais nessa discussão, e é o que estamos tentando fazer", diz o geólogo.
ambiente
Novas hidrelétricas na Amazônia podem prejudicar clima e ecossistemasSe forem em frente os atuais planos de construir centenas de hidrelétricas na Amazônia nas próximas décadas, o efeito dominó sobre todas as regiões banhadas pelo Amazonas e seus afluentes será imenso: muito menos nutrientes para os peixes e a floresta, um litoral menos produtivo e possíveis alterações climáticas que alcançariam até a América do Norte. Esse prognóstico nada animador vem da primeira análise integrada do impacto das usinas no maior rio do mundo, conduzida por uma equipe internacional de pesquisadores e publicada na revista científica "Nature". O grupo, que inclui cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade do Texas em Austin (EUA), formulou um índice de vulnerabilidade dos rios amazônicos diante das obras atuais e futuras e concluiu que dois importantes afluentes que atravessam o território brasileiro, o Madeira e o Tapajós, estão entre os que mais sofrerão (e, aliás, já estão sofrendo) com a febre das novas hidrelétricas. Para o coordenador do estudo, o geólogo argentino Edgardo Latrubesse, da Universidade do Texas, não se trata de impedir a geração de energia na região, mas de levar em conta os impactos dela e pensar em modelos alternativos para a Amazônia. "O plano de energia tem de ser um componente a mais do manejo integrado da bacia, não algo imposto de cima, que obriga todo mundo a correr atrás dos problemas gerados por essa imposição", diz Latrubesse, que trabalhou no Brasil durante quase duas décadas e é casado com uma brasileira. "Não dá para destruir o maior patrimônio fluvial do mundo de uma vez só, sem planejamento." VULNERÁVEIS A medida criada pelos pesquisadores, batizada com a sigla Devi (em inglês, "índice de vulnerabilidade ambiental a represas"), leva em conta três fatores. O primeiro tem a ver com a fragilidade de cada rio a mudanças no uso do solo em seu entorno (desmatamento, por exemplo), bem como o aumento da erosão e da chegada de poluentes à água. O segundo considera coisas como a quantidade de sedimentos normalmente carregados por certo rio, enquanto o terceiro leva em conta a proporção do curso do rio a ser afetada por uma nova usina. Levando esses pontos em consideração, a área do Madeira é classificada como a mais vulnerável não só pela construção de duas hidrelétricas de grande porte (as de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia) nos últimos anos, mas também pelos projetos de usinas antes de o rio chegar ao Brasil, do lado da Bolívia, rumo aos Andes. Esse detalhe é importante porque a bacia do Madeira recebe as águas ricas em sedimentos e nutrientes vindas do território andino e as passa adiante. As grandes usinas, porém, funcionam como um filtro, retendo esses sedimentos –observações de satélite analisadas pela equipe mostram, por exemplo, que a construção de Santo Antônio e de Jirau diminuiu em 20% a concentração de sedimentos suspensos na água do Madeira. O efeito deverá ser ainda maior com a multiplicação de usinas rio acima. "O Brasil andou dando um tiro no próprio pé nesse sentido, porque incentivou os países andinos vizinhos a construir hidrelétricas para abastecer o que se imaginava que seria uma grande demanda de energia do lado brasileiro. Com a crise, essas previsões mudaram totalmente", conta Latrubesse. No caso do rio Tapajós, o principal temor está ligado ao grande número de empreendimentos hidrelétricos (90 planejados mais 28 já em funcionamento), bem como a fatores como a falta de áreas protegidas nas margens do rio e a ocupação humana já relativamente intensa na região. Alterações de grande porte no fluxo da água e dos sedimentos pela bacia amazônica inevitavelmente vão influenciar o que acontece no oceano Atlântico quando o Amazonas deságua nele. Podem acontecer efeitos negativos nos maiores manguezais ainda intactos na América do Sul, que ficam justamente na costa amazônica. "Além disso, há estudos indicando que a pluma de sedimentos trazidos pelo Amazonas regula a temperatura de superfície do oceano na região e, com isso, influencia as chuvas no Caribe, na América Central e no sul dos EUA. O problema é global", resume o geólogo. SOLUCIONÁTICA O estudo não se limita a profetizar a catástrofe iminente, porém. Os pesquisadores propõem que só uma gestão integrada e transnacional dos rios amazônicos será capaz de evitar o mau uso desses recursos. Para isso, o órgão ideal seria a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que já reúne os países cujo território integra o bioma. Um painel formado por cientistas de todas essas nações poderia fornecer recomendações sobre a maneira mais racional de produzir energia, com a ajuda dos rios ou por outras fontes renováveis, como a solar e a eólica. "Não é conversa de ecochato, é questão de fazer um plano decente, porque os das hidrelétricas que querem construir hoje ainda são os dos anos 1960 e 1970, quando a tecnologia era outra e se sabia muito pouco sobre o funcionamento da Amazônia. Os cientistas precisam entrar mais nessa discussão, e é o que estamos tentando fazer", diz o geólogo.
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Consumo de energia cresceu 2,2% em fevereiro, diz ONS
O consumo nacional de energia cresceu 2,2% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo informou nesta quinta (23) o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). De acordo com a entidade responsável pela gestão do sistema, o crescimento é impactado por uma melhora no cenário econômico do país. "Com a melhoria da confiança da indústria, em resposta à desaceleração das taxas negativas apresentadas por alguns indicadores como a melhoria da credibilidade econômica e elevação dos preços das commodities, já se observa, ainda que tímidos, efeitos positivos na carga de energia", escreveram os técnicos do ONS no Boletim Mensal de Carga distribuído nesta quinta. Desconsiderando efeitos pontuais, como o número de dias e as altas temperaturas, disse o órgão, o aumento com relação a fevereiro do ano passado foi de 2,1%. Na comparação com janeiro de 2017, houve alta de 2,3%, e no acumulado de 12 meses, o crescimento é de 1,4%. De acordo com o ONS, a carga de energia (indicador que representa o consumo mais perdas) do sistema elétrico em fevereiro foi de 69.771 megawatts (MW) médios. Principal consumidor do país, o subsistema Sudeste/Centro Oeste registrou alta de 1,7% com relação ao mesmo mês do ano anterior. O ONS vê efeitos das temperaturas e de "ligeira melhora de indicadores econômicos como a produção industrial", responsável por 35% do consumo das regiões. Considerando apenas os efeitos econômicos, o aumento foi de 1,6%. Em 12 meses, o consumo do subsistema cresceu 0,8%. O maior crescimento foi verificado no Sul, de 4,5% na comparação com fevereiro de 2016. Mas, nesse caso, há grande influência das altas temperaturas, sendo que a variação ajustada, que expurga esse fator, é de 3,7%. No Nordeste, o consumo de energia cresceu 3,3%. Já no Norte, houve queda de 0,4%, como consequência ainda da baixa atividade de indústrias eletrointensivas na região.
mercado
Consumo de energia cresceu 2,2% em fevereiro, diz ONSO consumo nacional de energia cresceu 2,2% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo informou nesta quinta (23) o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). De acordo com a entidade responsável pela gestão do sistema, o crescimento é impactado por uma melhora no cenário econômico do país. "Com a melhoria da confiança da indústria, em resposta à desaceleração das taxas negativas apresentadas por alguns indicadores como a melhoria da credibilidade econômica e elevação dos preços das commodities, já se observa, ainda que tímidos, efeitos positivos na carga de energia", escreveram os técnicos do ONS no Boletim Mensal de Carga distribuído nesta quinta. Desconsiderando efeitos pontuais, como o número de dias e as altas temperaturas, disse o órgão, o aumento com relação a fevereiro do ano passado foi de 2,1%. Na comparação com janeiro de 2017, houve alta de 2,3%, e no acumulado de 12 meses, o crescimento é de 1,4%. De acordo com o ONS, a carga de energia (indicador que representa o consumo mais perdas) do sistema elétrico em fevereiro foi de 69.771 megawatts (MW) médios. Principal consumidor do país, o subsistema Sudeste/Centro Oeste registrou alta de 1,7% com relação ao mesmo mês do ano anterior. O ONS vê efeitos das temperaturas e de "ligeira melhora de indicadores econômicos como a produção industrial", responsável por 35% do consumo das regiões. Considerando apenas os efeitos econômicos, o aumento foi de 1,6%. Em 12 meses, o consumo do subsistema cresceu 0,8%. O maior crescimento foi verificado no Sul, de 4,5% na comparação com fevereiro de 2016. Mas, nesse caso, há grande influência das altas temperaturas, sendo que a variação ajustada, que expurga esse fator, é de 3,7%. No Nordeste, o consumo de energia cresceu 3,3%. Já no Norte, houve queda de 0,4%, como consequência ainda da baixa atividade de indústrias eletrointensivas na região.
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Jovens, amor e futuro
Esta semana vivi uma emoção incrível, inédita, que me levou a acreditar um pouco mais, a esperar um pouco mais, a ser um pouco menos cético em relação ao nosso futuro, o futuro do país, do mundo. Depois de cinco anos de muito esforço, dedicação e sofrimento mesmo, minha filha se formou. Engenharia Civil, numa das melhores (e portanto mais difíceis...) universidades da área, a Mackenzie. E dias atrás foi a chamada colação de grau, aquela cerimônia de entrega de canudos, discursos, becas e quetais. Achei que iria lá apenas para cumprir tabela numa cerimônia formal e chata; papel de pai, pensei. E isso tudo –discursos, rapapés e becas– aconteceu de fato, 200 jovens sentados enfileirados no grande palco do tradicional auditório Ruy Barbosa, pais, parentes e amigos lotando a plateia barulhenta. Prestando menos atenção nas formalidades do que nas expressões daquela garotada toda –um misto de alegria, cansaço e alívio pelo fim de uma jornada tão extenuante–, me lembrei de minha própria formatura quase 40 anos atrás e deixei envolver pela imaginação, viajando um pouco nos sonhos, nas expectativas, nos planos, nos medos e nos desejos daquela molecada, praticamente todos na casa dos 20 anos. Será que eles têm ideia do que os espera? Será que vão ter forças para encarar não apenas um mercado de trabalho às vezes selvagem, mas evoluir, crescer, amadurecer, optar pela ética e pelo bem comum? Quantos terão sucesso naquela jornada que ao mesmo tempo que chegava ao fim com a formatura apenas começava na dura vida profissional? E os pais, aquele povo todo à minha volta, que mal conseguia se conter de tanta felicidade? Será que eles tinha ideia de que nada estava acabando de verdade ali? Que pais preocupados com filhos é pra vida toda, não tem formatura pra isso? Na sucessão de homenagens no palco, e sem que eu soubesse que isso iria acontecer, ouço o mestre de cerimônia anunciar que agora seria feita um tributo específico aos pais. E quem faria o discurso? Minha filha! O orgulho, que até então estava satisfatoriamente sob controle, explodiu ao ver aquela baixinha vestida de beca preta dirigir-se ao microfone e começar a falar. E como falou bem a danada! Ela que é mais afeita a cálculos um e dois, concretos, tabelas e planilhas, estava ali a desfiar frases lindas e palavras doces. Até que de repente parou. Parou para conter o choro, o que certamente a deixou muito envergonhada, mas o que fez alunos e plateia explodir num aplauso emocionado... Sinceramente eu ouvi pouca coisa do que foi dito daí em diante. Um turbilhão de sentimentos tomou conta do coração. Coração este que quase explodiu quando ouvi meu nome sendo falado pelo locutor: como assim? Ele simplesmente estava me chamando –e, claro, à mãe da Jacqueline, hoje minha grande amiga– para subir ao palco e receber as homenagens em nome de todos os pais, presentes e ausentes. O caminho entre o posto onde estava e o palco foi uma das trajetórias mais emocionantes que já tive na vida. Ao percorrer aqueles 30, 50 metros, veio à mente o bebê gorducho nascido numa noite fria de julho, as noites mal dormidas, a menininha doce de cabelos encaracolados e seus desenhos coloridos, a menina voluntariosa e boa, sempre disposta a ajudar as amigas, a adolescente apenas um pouco aborrecente, a mocinha atrevida que resolve ir estudar fora do país, a mulher que volta trazendo um gringo na bagagem para casar e viver junto em seu país, a mãe fantástica que está criando o Gabriel de uma maneira que eu nunca seria capaz, a agora engenheira, formando de fato com aqueles rapazes e garotas ali na minha frente uma geração que sem dúvida nenhuma vai fazer deste um país bem melhor do que aquele que entregamos a eles –eu quero acreditar nisso! Ao fim e ao cabo de tudo aquilo, senti verdadeiramente representando não apenas os pais daqueles formandos, mas sim os pais, verdadeiros pais e mães que humilde e dedicadamente evoluem por intermédio de seus filhos. Já me desculpando pelo provável cabotinismo e pela manifestação de nepotismo explícita, publico a seguir o discurso da filha em homenagem aos pais –certamente vai agradar aos que têm filhos. * "Boa noite a todos! Eu acredito que essa homenagem seja a maior e a mais difícil de todas. Estou aqui para representar todos os formandos de hoje com essa homenagem. Como agradecer a pessoas tão especiais em nossas vidas, pessoas que estavam sempre conosco quando precisávamos e que nos acolheram e nos deram a chance de estar aqui hoje? Queremos agradecer a todos vocês, que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade –não basta apenas um obrigado. A vocês, que iluminaram nossos caminhos com amor e muita dedicação, que se deram por inteiros e algumas vezes deixaram seus próprios sonhos para trás para realizar os nossos. A vocês, que foram os que iniciaram nossa educação, nos tornaram capazes de aprender, nos ensinaram a sentar, falar, comer, aprender e a viver. Todos vocês que sofreram em nos ver passar por esses cinco anos (ou mais) estudando, dando tudo de si, trabalhando, chorando, reclamando (e muito!), queremos dizer obrigado! Obrigado por aguentarem nossas crises de choro, estresse e ansiedade antes e durante provas e trabalhos intermináveis. E depois por celebrarem com a gente a felicidade incontrolável de saber que passamos naquela (ou naquelas) matérias que não tínhamos certeza se conseguiríamos. Ou até por entenderem que tivemos que fazer mais de uma vez algumas matérias para poder entender realmente o que ela significava. E ainda assim por compreenderem que essa fase era passageira, e a recompensa e o sentimento de hoje é impossível de se descrever com palavras. Obrigada por acreditarem em nós! A vocês devemos tudo que somos, tudo que sabemos hoje, sem vocês não estaríamos aqui. Nos ensinamentos da vida, vocês realmente foram mestres. Uma etapa se acaba hoje e uma nova fase se inicia. Nessa nova fase, queremos que continuem nos ajudando, nos ensinando, passando toda a sua experiência, as boas e as ruins, para que continuemos crescendo. Como disse Luis Fernando Veríssimo: 'A verdade é que a gente não faz filhos. Só se faz o layout. Eles mesmos fazem a arte final.' Mas eu devo dizer que vocês fizeram layouts exepcionais! Neste instante, gostaríamos de parar e agradecer os passos apoiados na infância, os conselhos dados na adolescência, os ensinamentos de toda a vida. A vocês nossa sincera homenagem e eterna gratidão. Dedicamos a vocês pais, aqui presentes, ausentes ou que já não mais estão entre nós, essa vitória que hoje nos foi entregue."
colunas
Jovens, amor e futuroEsta semana vivi uma emoção incrível, inédita, que me levou a acreditar um pouco mais, a esperar um pouco mais, a ser um pouco menos cético em relação ao nosso futuro, o futuro do país, do mundo. Depois de cinco anos de muito esforço, dedicação e sofrimento mesmo, minha filha se formou. Engenharia Civil, numa das melhores (e portanto mais difíceis...) universidades da área, a Mackenzie. E dias atrás foi a chamada colação de grau, aquela cerimônia de entrega de canudos, discursos, becas e quetais. Achei que iria lá apenas para cumprir tabela numa cerimônia formal e chata; papel de pai, pensei. E isso tudo –discursos, rapapés e becas– aconteceu de fato, 200 jovens sentados enfileirados no grande palco do tradicional auditório Ruy Barbosa, pais, parentes e amigos lotando a plateia barulhenta. Prestando menos atenção nas formalidades do que nas expressões daquela garotada toda –um misto de alegria, cansaço e alívio pelo fim de uma jornada tão extenuante–, me lembrei de minha própria formatura quase 40 anos atrás e deixei envolver pela imaginação, viajando um pouco nos sonhos, nas expectativas, nos planos, nos medos e nos desejos daquela molecada, praticamente todos na casa dos 20 anos. Será que eles têm ideia do que os espera? Será que vão ter forças para encarar não apenas um mercado de trabalho às vezes selvagem, mas evoluir, crescer, amadurecer, optar pela ética e pelo bem comum? Quantos terão sucesso naquela jornada que ao mesmo tempo que chegava ao fim com a formatura apenas começava na dura vida profissional? E os pais, aquele povo todo à minha volta, que mal conseguia se conter de tanta felicidade? Será que eles tinha ideia de que nada estava acabando de verdade ali? Que pais preocupados com filhos é pra vida toda, não tem formatura pra isso? Na sucessão de homenagens no palco, e sem que eu soubesse que isso iria acontecer, ouço o mestre de cerimônia anunciar que agora seria feita um tributo específico aos pais. E quem faria o discurso? Minha filha! O orgulho, que até então estava satisfatoriamente sob controle, explodiu ao ver aquela baixinha vestida de beca preta dirigir-se ao microfone e começar a falar. E como falou bem a danada! Ela que é mais afeita a cálculos um e dois, concretos, tabelas e planilhas, estava ali a desfiar frases lindas e palavras doces. Até que de repente parou. Parou para conter o choro, o que certamente a deixou muito envergonhada, mas o que fez alunos e plateia explodir num aplauso emocionado... Sinceramente eu ouvi pouca coisa do que foi dito daí em diante. Um turbilhão de sentimentos tomou conta do coração. Coração este que quase explodiu quando ouvi meu nome sendo falado pelo locutor: como assim? Ele simplesmente estava me chamando –e, claro, à mãe da Jacqueline, hoje minha grande amiga– para subir ao palco e receber as homenagens em nome de todos os pais, presentes e ausentes. O caminho entre o posto onde estava e o palco foi uma das trajetórias mais emocionantes que já tive na vida. Ao percorrer aqueles 30, 50 metros, veio à mente o bebê gorducho nascido numa noite fria de julho, as noites mal dormidas, a menininha doce de cabelos encaracolados e seus desenhos coloridos, a menina voluntariosa e boa, sempre disposta a ajudar as amigas, a adolescente apenas um pouco aborrecente, a mocinha atrevida que resolve ir estudar fora do país, a mulher que volta trazendo um gringo na bagagem para casar e viver junto em seu país, a mãe fantástica que está criando o Gabriel de uma maneira que eu nunca seria capaz, a agora engenheira, formando de fato com aqueles rapazes e garotas ali na minha frente uma geração que sem dúvida nenhuma vai fazer deste um país bem melhor do que aquele que entregamos a eles –eu quero acreditar nisso! Ao fim e ao cabo de tudo aquilo, senti verdadeiramente representando não apenas os pais daqueles formandos, mas sim os pais, verdadeiros pais e mães que humilde e dedicadamente evoluem por intermédio de seus filhos. Já me desculpando pelo provável cabotinismo e pela manifestação de nepotismo explícita, publico a seguir o discurso da filha em homenagem aos pais –certamente vai agradar aos que têm filhos. * "Boa noite a todos! Eu acredito que essa homenagem seja a maior e a mais difícil de todas. Estou aqui para representar todos os formandos de hoje com essa homenagem. Como agradecer a pessoas tão especiais em nossas vidas, pessoas que estavam sempre conosco quando precisávamos e que nos acolheram e nos deram a chance de estar aqui hoje? Queremos agradecer a todos vocês, que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade –não basta apenas um obrigado. A vocês, que iluminaram nossos caminhos com amor e muita dedicação, que se deram por inteiros e algumas vezes deixaram seus próprios sonhos para trás para realizar os nossos. A vocês, que foram os que iniciaram nossa educação, nos tornaram capazes de aprender, nos ensinaram a sentar, falar, comer, aprender e a viver. Todos vocês que sofreram em nos ver passar por esses cinco anos (ou mais) estudando, dando tudo de si, trabalhando, chorando, reclamando (e muito!), queremos dizer obrigado! Obrigado por aguentarem nossas crises de choro, estresse e ansiedade antes e durante provas e trabalhos intermináveis. E depois por celebrarem com a gente a felicidade incontrolável de saber que passamos naquela (ou naquelas) matérias que não tínhamos certeza se conseguiríamos. Ou até por entenderem que tivemos que fazer mais de uma vez algumas matérias para poder entender realmente o que ela significava. E ainda assim por compreenderem que essa fase era passageira, e a recompensa e o sentimento de hoje é impossível de se descrever com palavras. Obrigada por acreditarem em nós! A vocês devemos tudo que somos, tudo que sabemos hoje, sem vocês não estaríamos aqui. Nos ensinamentos da vida, vocês realmente foram mestres. Uma etapa se acaba hoje e uma nova fase se inicia. Nessa nova fase, queremos que continuem nos ajudando, nos ensinando, passando toda a sua experiência, as boas e as ruins, para que continuemos crescendo. Como disse Luis Fernando Veríssimo: 'A verdade é que a gente não faz filhos. Só se faz o layout. Eles mesmos fazem a arte final.' Mas eu devo dizer que vocês fizeram layouts exepcionais! Neste instante, gostaríamos de parar e agradecer os passos apoiados na infância, os conselhos dados na adolescência, os ensinamentos de toda a vida. A vocês nossa sincera homenagem e eterna gratidão. Dedicamos a vocês pais, aqui presentes, ausentes ou que já não mais estão entre nós, essa vitória que hoje nos foi entregue."
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Redundância entre parceiros salva estação espacial
A falha do cargueiro russo Progress sublinha a importância de haver redundância num programa complexo como o da Estação Espacial Internacional (ISS). Claro, a notícia é ruim para os russos, que veem seu poderio espacial erodir, ainda que lentamente, desde o colapso da União Soviética. Vale lembrar que um Progress foi perdido no lançamento em agosto de 2011, por uma falha no foguete. Desde 1978, quando esses cargueiros começaram a ser usados, essa havia sido a primeira perda. E agora já são duas, em menos de quatro anos. Dois outros "incidentes" envolvendo cargueiros Progress ocorreram em 1994 e 1997, quando eles tiveram problemas para atracar com a estação espacial russa Mir e acabaram colidindo com ela, mas em ambos os casos não houve perda do veículo. Juntando tudo, são sinais de decadência de um programa que andou se vangloriando no ano passado de ser o único atualmente capaz de rotacionar as tripulações da estação espacial. Os astronautas americanos seguem dependendo de caronas russas para ir à ISS desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, em 2011. Mas essa realidade em particular deve mudar em breve. Em 2017 haverá duas naves comerciais nos Estados Unidos, uma da Boeing e outra da SpaceX, capazes de transportar tripulação. Antecipando essa realidade, já há hoje dois cargueiros comerciais americanos capazes de levar suprimentos à estação. A SpaceX lançou um em abril e lançará o próximo em junho. Já sua concorrente americana, a companhia Orbital, teve problemas com seu próprio foguete em outubro do ano passado –explodiu pouco depois do lançamento– e ainda precisará de algum tempo para voltar a cumprir seu contrato com a Nasa. Note, contudo, a redundância construída nas iniciativas comerciais americanas –duas naves tripuladas, dois cargueiros. Isso garante que sempre haverá quem possa suprir os astronautas em órbita, apesar dos acidentes. Moral da história: os Progress ainda são uma parte importante dessa logística, mas pode-se passar um tempo sem eles enquanto os russos investigam o que deu errado.
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Redundância entre parceiros salva estação espacialA falha do cargueiro russo Progress sublinha a importância de haver redundância num programa complexo como o da Estação Espacial Internacional (ISS). Claro, a notícia é ruim para os russos, que veem seu poderio espacial erodir, ainda que lentamente, desde o colapso da União Soviética. Vale lembrar que um Progress foi perdido no lançamento em agosto de 2011, por uma falha no foguete. Desde 1978, quando esses cargueiros começaram a ser usados, essa havia sido a primeira perda. E agora já são duas, em menos de quatro anos. Dois outros "incidentes" envolvendo cargueiros Progress ocorreram em 1994 e 1997, quando eles tiveram problemas para atracar com a estação espacial russa Mir e acabaram colidindo com ela, mas em ambos os casos não houve perda do veículo. Juntando tudo, são sinais de decadência de um programa que andou se vangloriando no ano passado de ser o único atualmente capaz de rotacionar as tripulações da estação espacial. Os astronautas americanos seguem dependendo de caronas russas para ir à ISS desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, em 2011. Mas essa realidade em particular deve mudar em breve. Em 2017 haverá duas naves comerciais nos Estados Unidos, uma da Boeing e outra da SpaceX, capazes de transportar tripulação. Antecipando essa realidade, já há hoje dois cargueiros comerciais americanos capazes de levar suprimentos à estação. A SpaceX lançou um em abril e lançará o próximo em junho. Já sua concorrente americana, a companhia Orbital, teve problemas com seu próprio foguete em outubro do ano passado –explodiu pouco depois do lançamento– e ainda precisará de algum tempo para voltar a cumprir seu contrato com a Nasa. Note, contudo, a redundância construída nas iniciativas comerciais americanas –duas naves tripuladas, dois cargueiros. Isso garante que sempre haverá quem possa suprir os astronautas em órbita, apesar dos acidentes. Moral da história: os Progress ainda são uma parte importante dessa logística, mas pode-se passar um tempo sem eles enquanto os russos investigam o que deu errado.
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Citação de Dilma a impeachment de Lugo abre crise com Paraguai
A afirmação da presidente Dilma Rousseff, de que está sofrendo pressão por um "golpe à paraguaia", desagradou o governo do país vizinho e abriu uma crise diplomática. A chancelaria do Paraguai emitiu nota repudiando a referência de Dilma ao impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, em 2012, e convocou o embaixador brasileiro em Assunção, José Felício, a dar explicações. O governo paraguaio disse que a afirmação de Dilma provocou "surpresa e desagrado" no país. O presidente Horácio Cartes é do Partido Colorado, agremiação política que voltou ao poder na eleição de 2013, após um curto intervalo em que Lugo esteve na presidência (2008-2012). O ex-presidente paraguaio foi afastado do cargo em junho de 2012, sob alegação de mau desempenho de suas funções. A votação do impeachment de Lugo no Congresso levou 24h e teve como estopim a suposta responsabilidade do governo nacional no conflito agrário de Curuguaty, no nordeste do Paraguai, onde 17 pessoas morreram, entre agricultores e policiais. Atualmente, Lugo é senador pelo Partido Frente Guasú. Em nota, a chancelaria do Paraguai afirma que o processo de impeachment do ex-presidente tramitou de acordo com a Constituição do país. "O governo do Paraguai respeita o princípio de não intervenção em assuntos internos de outros Estados e ratifica que, na República do Paraguai, o Estado de direito e as instituições estão plenamente vigentes, sólidos e são respeitados, ininterruptamente desde 1989", diz a nota. O afastamento de Lugo levou o governo Dilma a atuar em segredo contra o país. Em livro recente publicado no Uruguai, "Uma ovelha negra ao poder", o ex-presidente José "Pepe" Mujica revelou que Dilma combinou com o Uruguai, em reunião secreta em Brasília, suspender o Paraguai do Mercosul após o impeachment de Lugo. "O Brasil precisa que o Paraguai fique fora do Mercosul para, dessa maneira, apressar as eleições no país", teria dito Dilma ao mensageiro de Mujica, segundo relatou o ex-presidente do Uruguai. Na semana seguinte, no fim de junho, os presidentes dos países do Mercosul se reuniram na Argentina e decidiram pela suspensão do Paraguai. As eleições presidenciais no país vieram em abril de 2013 e o Paraguai voltaria ao Mercosul em dezembro daquele ano. Na nota divulgada nesta sexta (9), o governo do Paraguai também faz referência a este caso. Afirma que sempre demonstrou "vontade de integração e um diálogo pragmático" com os países da região. "No entanto, esta posição não implica aceitar a atuação que teve lugar no Mercosul, a partir de 29 de junho de 2012, quando se produziu a ilegal suspensão do Paraguai, sócio-fundador do bloco", afirmou em nota.
poder
Citação de Dilma a impeachment de Lugo abre crise com ParaguaiA afirmação da presidente Dilma Rousseff, de que está sofrendo pressão por um "golpe à paraguaia", desagradou o governo do país vizinho e abriu uma crise diplomática. A chancelaria do Paraguai emitiu nota repudiando a referência de Dilma ao impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, em 2012, e convocou o embaixador brasileiro em Assunção, José Felício, a dar explicações. O governo paraguaio disse que a afirmação de Dilma provocou "surpresa e desagrado" no país. O presidente Horácio Cartes é do Partido Colorado, agremiação política que voltou ao poder na eleição de 2013, após um curto intervalo em que Lugo esteve na presidência (2008-2012). O ex-presidente paraguaio foi afastado do cargo em junho de 2012, sob alegação de mau desempenho de suas funções. A votação do impeachment de Lugo no Congresso levou 24h e teve como estopim a suposta responsabilidade do governo nacional no conflito agrário de Curuguaty, no nordeste do Paraguai, onde 17 pessoas morreram, entre agricultores e policiais. Atualmente, Lugo é senador pelo Partido Frente Guasú. Em nota, a chancelaria do Paraguai afirma que o processo de impeachment do ex-presidente tramitou de acordo com a Constituição do país. "O governo do Paraguai respeita o princípio de não intervenção em assuntos internos de outros Estados e ratifica que, na República do Paraguai, o Estado de direito e as instituições estão plenamente vigentes, sólidos e são respeitados, ininterruptamente desde 1989", diz a nota. O afastamento de Lugo levou o governo Dilma a atuar em segredo contra o país. Em livro recente publicado no Uruguai, "Uma ovelha negra ao poder", o ex-presidente José "Pepe" Mujica revelou que Dilma combinou com o Uruguai, em reunião secreta em Brasília, suspender o Paraguai do Mercosul após o impeachment de Lugo. "O Brasil precisa que o Paraguai fique fora do Mercosul para, dessa maneira, apressar as eleições no país", teria dito Dilma ao mensageiro de Mujica, segundo relatou o ex-presidente do Uruguai. Na semana seguinte, no fim de junho, os presidentes dos países do Mercosul se reuniram na Argentina e decidiram pela suspensão do Paraguai. As eleições presidenciais no país vieram em abril de 2013 e o Paraguai voltaria ao Mercosul em dezembro daquele ano. Na nota divulgada nesta sexta (9), o governo do Paraguai também faz referência a este caso. Afirma que sempre demonstrou "vontade de integração e um diálogo pragmático" com os países da região. "No entanto, esta posição não implica aceitar a atuação que teve lugar no Mercosul, a partir de 29 de junho de 2012, quando se produziu a ilegal suspensão do Paraguai, sócio-fundador do bloco", afirmou em nota.
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Leitor pergunta por que não há mais precisão na previsão de temporais
Os desastres provocados pelas chuvas nos levam a perguntar por que não há em São Paulo um serviço mais preciso de previsão de temporais, com alerta das autoridades à população, à semelhança do National Weather Forecast americano? Isso evitaria que as ações de socorro só acontecessem após os desastres. Ações que têm alto custo e são incapazes de evitar perdas de vida. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor pergunta por que não há mais precisão na previsão de temporaisOs desastres provocados pelas chuvas nos levam a perguntar por que não há em São Paulo um serviço mais preciso de previsão de temporais, com alerta das autoridades à população, à semelhança do National Weather Forecast americano? Isso evitaria que as ações de socorro só acontecessem após os desastres. Ações que têm alto custo e são incapazes de evitar perdas de vida. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Justiça ordena pagamento de grevistas da USP que tiveram salários suspensos
A USP (Universidade de São Paulo) deverá pagar imediatamente 460 servidores técnico-administrativos que tiveram dois meses de salários cortados durante a greve este ano. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho que julgou legal, na última quarta (28) a paralisação promovida pelos trabalhadores da instituição entre maio e junho. Apesar do julgamento favorável à greve, o tribunal não aprovou o reajuste de 12,34% que era reivindicado pelo Sintusp (sindicato dos trabalhadores da USP). Isso porque os desembargadores seguiram uma orientação de jurisprudência que limita casos de dissídio coletivo envolvendo empresas públicas, como a universidade. "Nós ficamos muito surpresos pois o mesmo tribunal nos concedeu o último reajuste pedido, em 2014, e agora diz que não é competente para julgar o pedido", afirma Magno de Carvalho, diretor do sindicato. Segundo Carvalho, o sindicato convocará uma assembleia para decidir se recorrerá ou não da decisão judicial. Procurada pela Folha, a assessoria da USP não quis se manifestar sobre o assunto. GREVE Os funcionários da universidade anunciaram que entrariam em greve por tempo indeterminado em maio deste ano. Eles protestavam contra o desmonte da instituição, contra o arrocho salarial e contra o fechamento de leitos no Hospital Universitário. O Sintusp pedia um reajuste nos pagamentos de 12,34%, 2% acima da inflação FIPE, além do reajuste do benefício de vale refeição e auxílio alimentação, que estão congelados há três anos, segundo o sindicato. A greve dos funcionários técnico-administrativos durou 67 dias. Houve duas audiências de conciliação na Justiça entre a universidade e o Sintusp, mas ambas terminaram sem acordo. A reitoria ofereceu reajuste de 3% aos funcionários, índice inferior a inflação do período. "Ficamos sozinhos na greve e com funcionários sem salário pelo segundo mês consecutivo, passando até fome", disse Carvalho à Folha, em julho, quando o Sindicato votou pelo encerramento da paralisação.
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Justiça ordena pagamento de grevistas da USP que tiveram salários suspensosA USP (Universidade de São Paulo) deverá pagar imediatamente 460 servidores técnico-administrativos que tiveram dois meses de salários cortados durante a greve este ano. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho que julgou legal, na última quarta (28) a paralisação promovida pelos trabalhadores da instituição entre maio e junho. Apesar do julgamento favorável à greve, o tribunal não aprovou o reajuste de 12,34% que era reivindicado pelo Sintusp (sindicato dos trabalhadores da USP). Isso porque os desembargadores seguiram uma orientação de jurisprudência que limita casos de dissídio coletivo envolvendo empresas públicas, como a universidade. "Nós ficamos muito surpresos pois o mesmo tribunal nos concedeu o último reajuste pedido, em 2014, e agora diz que não é competente para julgar o pedido", afirma Magno de Carvalho, diretor do sindicato. Segundo Carvalho, o sindicato convocará uma assembleia para decidir se recorrerá ou não da decisão judicial. Procurada pela Folha, a assessoria da USP não quis se manifestar sobre o assunto. GREVE Os funcionários da universidade anunciaram que entrariam em greve por tempo indeterminado em maio deste ano. Eles protestavam contra o desmonte da instituição, contra o arrocho salarial e contra o fechamento de leitos no Hospital Universitário. O Sintusp pedia um reajuste nos pagamentos de 12,34%, 2% acima da inflação FIPE, além do reajuste do benefício de vale refeição e auxílio alimentação, que estão congelados há três anos, segundo o sindicato. A greve dos funcionários técnico-administrativos durou 67 dias. Houve duas audiências de conciliação na Justiça entre a universidade e o Sintusp, mas ambas terminaram sem acordo. A reitoria ofereceu reajuste de 3% aos funcionários, índice inferior a inflação do período. "Ficamos sozinhos na greve e com funcionários sem salário pelo segundo mês consecutivo, passando até fome", disse Carvalho à Folha, em julho, quando o Sindicato votou pelo encerramento da paralisação.
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Dois homens são presos por ajudar autor de ataques em Copenhague
Dois homens foram detidos sob acusação de terem colaborado com o jovem apontado como autor dos atentados do último fim de semana em Copenhague, nos quais duas pessoas morreram e cinco agentes ficaram feridos. A polícia de Copenhague informou que as detenções aconteceram no domingo às 8h14 e 14h50 locais (5h14 e 11h50 de Brasília), mas não especificou o local nem as circunstâncias das prisões. "Os dois homens são suspeitos de terem ajudado com palavras e ações o autor dos atentados armados em Krudttønden e Krystalgade (o centro cultural e a rua em que há uma sinagoga, respectivamente)", informou a polícia em um breve comunicado. Eles são acusados de terem fornecido as armas usadas nos tiroteios e dar cobertura após os atentados, disse seu advogado à imprensa dinamarquesa. A polícia informou ainda que procura mais testemunhas para determinar os movimentos do suspeito antes, durante e depois dos dois atentados, que aconteceram em um intervalo de oito horas entre o sábado à tarde e a madrugada do domingo. Vários pontos da capital dinamarquesa foram revistados nas últimas 24 horas, como um cibercafé a poucas centenas de metros de onde o atirador foi morto pela polícia e onde houve várias detenções. As autoridades confirmaram que o suspeito tinha 22 anos, era nascido na Dinamarca e conhecido por atos violentos e atividades relacionadas a violações das leis de armas. A imprensa o identificou como Omar Abdel Hamid El Hussein. De acordo com as autoridades, o jovem disparou contra um centro cultural onde acontecia um debate sobre blasfêmia que teria a participação do artista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islamitas, e matou a um cineasta dinamarquês de 55 anos e feriu a três agentes. Daí fugiu em carro e depois continuou de táxi até o complexo de Mjølnerparken, no bairro de Nørrebro, onde há alta concentração de imigrantes. Ele reapareceu oito horas mais tarde na sinagoga, no centro da cidade, onde matou um jovem judeu dinamarquês e feriu dois agentes. O acusado foi abatido pela polícia ao lado da estação de Nørrebro quatro horas depois após responder com tiros a uma ordem para se render. Hussein tinha saído da prisão há duas semanas após cumprir parte de uma condenação por um ataque com faca em um trem em 2013. Os tribunais o deixaram livre porque embora a pena fosse de dois anos, ele estava há mais de um na prisão e o julgamento de apelação estava marcado para agosto. A polícia não confirmou o nome do jovem, mas disse que ele estava sob o radar dos serviços de inteligência, o que, unido à escolha dos cenários dos atentados fez com que se acreditem na hipótese de inspiração jihadista.
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Dois homens são presos por ajudar autor de ataques em CopenhagueDois homens foram detidos sob acusação de terem colaborado com o jovem apontado como autor dos atentados do último fim de semana em Copenhague, nos quais duas pessoas morreram e cinco agentes ficaram feridos. A polícia de Copenhague informou que as detenções aconteceram no domingo às 8h14 e 14h50 locais (5h14 e 11h50 de Brasília), mas não especificou o local nem as circunstâncias das prisões. "Os dois homens são suspeitos de terem ajudado com palavras e ações o autor dos atentados armados em Krudttønden e Krystalgade (o centro cultural e a rua em que há uma sinagoga, respectivamente)", informou a polícia em um breve comunicado. Eles são acusados de terem fornecido as armas usadas nos tiroteios e dar cobertura após os atentados, disse seu advogado à imprensa dinamarquesa. A polícia informou ainda que procura mais testemunhas para determinar os movimentos do suspeito antes, durante e depois dos dois atentados, que aconteceram em um intervalo de oito horas entre o sábado à tarde e a madrugada do domingo. Vários pontos da capital dinamarquesa foram revistados nas últimas 24 horas, como um cibercafé a poucas centenas de metros de onde o atirador foi morto pela polícia e onde houve várias detenções. As autoridades confirmaram que o suspeito tinha 22 anos, era nascido na Dinamarca e conhecido por atos violentos e atividades relacionadas a violações das leis de armas. A imprensa o identificou como Omar Abdel Hamid El Hussein. De acordo com as autoridades, o jovem disparou contra um centro cultural onde acontecia um debate sobre blasfêmia que teria a participação do artista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islamitas, e matou a um cineasta dinamarquês de 55 anos e feriu a três agentes. Daí fugiu em carro e depois continuou de táxi até o complexo de Mjølnerparken, no bairro de Nørrebro, onde há alta concentração de imigrantes. Ele reapareceu oito horas mais tarde na sinagoga, no centro da cidade, onde matou um jovem judeu dinamarquês e feriu dois agentes. O acusado foi abatido pela polícia ao lado da estação de Nørrebro quatro horas depois após responder com tiros a uma ordem para se render. Hussein tinha saído da prisão há duas semanas após cumprir parte de uma condenação por um ataque com faca em um trem em 2013. Os tribunais o deixaram livre porque embora a pena fosse de dois anos, ele estava há mais de um na prisão e o julgamento de apelação estava marcado para agosto. A polícia não confirmou o nome do jovem, mas disse que ele estava sob o radar dos serviços de inteligência, o que, unido à escolha dos cenários dos atentados fez com que se acreditem na hipótese de inspiração jihadista.
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'Turismo' mostra passo a passo para tirar visto e passaporte e tira dúvidas
Os brasileiros estão entre os turistas que mais gastam nos Estados Unidos. Os 2,1 milhões de visitantes que estiveram no país em 2013 deixaram US$ 12,4 bilhões por lá. A diferença é que quem é do Canadá, do Reino Unido ou do Japão –maiores visitantes– não precisa de visto para visitar o território americano. Por aqui, há uma discussão sobre a exigência do documento para brasileiros visitarem os Estados Unidos –e vice-versa– há anos. Para Constantino Karacostas, presidente da ABAV-SP (Associação Brasileira de Agências de Viagens), o Brasil coloca dificuldades para que os americanos venham ao país. "Eles acabam indo à Argentina, onde não há exigência de visto", afirma ele. O governo brasileiro trabalha com a política de reciprocidade –só derruba a exigência se os Estados Unidos fizerem o mesmo. Como o visto é exigido pelo país mais visitado pelo brasileiro –além de outros, como Arábia Saudita e Índia– e o passaporte só é dispensado em países do Mercosul, o "Turismo" preparou uma espécie de almanaque dos dois documentos. O "guia" a seguir traz um passo a passo de como tirar os registros e esclarece dúvidas, como o que fazer se esses documentos forem perdidos durante uma viagem. PASSAPORTE Em dezembro, foi publicado decreto que amplia o prazo de validade do passaporte para adultos, de cinco para dez anos –a medida ainda não foi implementada. Para menores de 18, a novidade é que a caderneta passou a trazer permissão para viajar com um dos pais ou desacompanhado. MAIS Veja lista de curiosidades sobre passaportes ao redor do mundo. Conheça os melhores (e piores) passaportes para viajar
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'Turismo' mostra passo a passo para tirar visto e passaporte e tira dúvidasOs brasileiros estão entre os turistas que mais gastam nos Estados Unidos. Os 2,1 milhões de visitantes que estiveram no país em 2013 deixaram US$ 12,4 bilhões por lá. A diferença é que quem é do Canadá, do Reino Unido ou do Japão –maiores visitantes– não precisa de visto para visitar o território americano. Por aqui, há uma discussão sobre a exigência do documento para brasileiros visitarem os Estados Unidos –e vice-versa– há anos. Para Constantino Karacostas, presidente da ABAV-SP (Associação Brasileira de Agências de Viagens), o Brasil coloca dificuldades para que os americanos venham ao país. "Eles acabam indo à Argentina, onde não há exigência de visto", afirma ele. O governo brasileiro trabalha com a política de reciprocidade –só derruba a exigência se os Estados Unidos fizerem o mesmo. Como o visto é exigido pelo país mais visitado pelo brasileiro –além de outros, como Arábia Saudita e Índia– e o passaporte só é dispensado em países do Mercosul, o "Turismo" preparou uma espécie de almanaque dos dois documentos. O "guia" a seguir traz um passo a passo de como tirar os registros e esclarece dúvidas, como o que fazer se esses documentos forem perdidos durante uma viagem. PASSAPORTE Em dezembro, foi publicado decreto que amplia o prazo de validade do passaporte para adultos, de cinco para dez anos –a medida ainda não foi implementada. Para menores de 18, a novidade é que a caderneta passou a trazer permissão para viajar com um dos pais ou desacompanhado. MAIS Veja lista de curiosidades sobre passaportes ao redor do mundo. Conheça os melhores (e piores) passaportes para viajar
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Letargia incompreensível
Está praticamente afastada, segundo se noticia, a possibilidade de que o Tribunal Superior Eleitoral julgue ainda neste ano a ação em que se questionam as contas de campanha da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) na disputa presidencial de 2014. Como informou o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, novos documentos e testemunhos terão de ser levados em consideração, com o que uma decisão definitiva viria apenas em 2017. Se confirmado, esse atraso será tudo menos compreensível. Não surgiram ontem as suspeitas de irregularidades envolvendo doações eleitorais. Tampouco são recentes as acusações dirigidas à campanha da chapa vencedora no último pleito nacional. Há muito, como se sabe, PT e PMDB têm sido citados como beneficiários de dinheiro desviado no escândalo investigado pela Lava Jato. Como se tais circunstâncias já não fossem suficientes para suscitar máximo empenho por parte das autoridades do TSE, a elas se soma uma determinação constitucional da maior importância. Pela Carta de 1988, se por qualquer motivo ficarem vagos os cargos de presidente e vice antes do prazo, haverá eleição direta para escolha do sucessor apenas se eles não tiverem passado da metade do mandato. Caso a dupla vacância ocorra nos dois últimos anos de governo, a votação será indireta, realizada só pelos parlamentares. Não se sabe, naturalmente, qual será o resultado do julgamento pelo TSE. É possível que os ministros dessa corte considerem insuficientes as provas reunidas no processo e decidam pela absolvição. O caso ainda se complica pelo impeachment de Dilma. Abrem-se insólitas polêmicas jurídicas, havendo quem questione se as supostas irregularidades nas contas do PT podem ser invocadas também contra o agora presidente Temer. Na hipótese, porém, de o TSE concluir pela cassação do mandato, cabe perguntar: o país aceitará reviver eleição indireta? Os ministros da corte eleitoral conseguirão dissociar seu julgamento jurídico da perspectiva de turbulência social? Sendo lícito responder negativamente às duas questões, a elas se acrescenta outra, apenas retórica: a quem interessa deixar para 2017 o julgamento no TSE? A ação estendeu-se por tempo demais. Seu desfecho, que meses atrás talvez guardasse a melhor solução para a crise política, a esta altura pode surgir como novo complicador; ainda assim, é imperioso que venha logo. editoriais@grupofolha.com.br
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Letargia incompreensívelEstá praticamente afastada, segundo se noticia, a possibilidade de que o Tribunal Superior Eleitoral julgue ainda neste ano a ação em que se questionam as contas de campanha da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) na disputa presidencial de 2014. Como informou o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, novos documentos e testemunhos terão de ser levados em consideração, com o que uma decisão definitiva viria apenas em 2017. Se confirmado, esse atraso será tudo menos compreensível. Não surgiram ontem as suspeitas de irregularidades envolvendo doações eleitorais. Tampouco são recentes as acusações dirigidas à campanha da chapa vencedora no último pleito nacional. Há muito, como se sabe, PT e PMDB têm sido citados como beneficiários de dinheiro desviado no escândalo investigado pela Lava Jato. Como se tais circunstâncias já não fossem suficientes para suscitar máximo empenho por parte das autoridades do TSE, a elas se soma uma determinação constitucional da maior importância. Pela Carta de 1988, se por qualquer motivo ficarem vagos os cargos de presidente e vice antes do prazo, haverá eleição direta para escolha do sucessor apenas se eles não tiverem passado da metade do mandato. Caso a dupla vacância ocorra nos dois últimos anos de governo, a votação será indireta, realizada só pelos parlamentares. Não se sabe, naturalmente, qual será o resultado do julgamento pelo TSE. É possível que os ministros dessa corte considerem insuficientes as provas reunidas no processo e decidam pela absolvição. O caso ainda se complica pelo impeachment de Dilma. Abrem-se insólitas polêmicas jurídicas, havendo quem questione se as supostas irregularidades nas contas do PT podem ser invocadas também contra o agora presidente Temer. Na hipótese, porém, de o TSE concluir pela cassação do mandato, cabe perguntar: o país aceitará reviver eleição indireta? Os ministros da corte eleitoral conseguirão dissociar seu julgamento jurídico da perspectiva de turbulência social? Sendo lícito responder negativamente às duas questões, a elas se acrescenta outra, apenas retórica: a quem interessa deixar para 2017 o julgamento no TSE? A ação estendeu-se por tempo demais. Seu desfecho, que meses atrás talvez guardasse a melhor solução para a crise política, a esta altura pode surgir como novo complicador; ainda assim, é imperioso que venha logo. editoriais@grupofolha.com.br
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Vágner Love já se coloca à disposição e diz que história no rival é passado
Apresentado oficialmente nesta sexta-feira (13), o atacante Vágner Love se colocou à disposição do técnico Tite para o jogo contra o Botafogo, marcado para este sábado, pelo Campeonato Paulista, e para o duelo contra o São Paulo, na quarta-feira (18), pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. O jogador está entre os relacionados para o jogo do Estadual. Já para o duelo contra o rival, Vágner Love pode ocupar a vaga de Guerrero, que foi suspenso por três jogos pela Conmebol em razão da expulsão contra o Once Caldas, pela primeira fase do torneio sul-americano. "Estou muito motivado e quero muito estar em campo, quero muito jogar. Quero fazer o máximo para ajudar esse grupo. Se pudesse, teria ido para a Colômbia", disse Vagner Love, que descartou curtir o Carnaval como fez em alguns anos. "Se fosse há uns anos, pode ter certeza que eu estaria na Sapucaí, com dedinho para o alto. Mas eu vou ficar em casa, me preparando para jogar. Quem quiser curtir, pode curtir com moderação. Mas eu não vou", prometeu. Revelado nas categorias de base do Palmeiras, Vágner Love afirmou que sua história com o ex-clube é passado. "Em relação ao passado, é passado. Lógico que sou muito grato ao Palmeiras por ter me projetado para o futebol, mas hoje visto a camisa do Corinthians, tenho contrato e vou fazer tudo pelo Corinthians", disse o atacante.
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Vágner Love já se coloca à disposição e diz que história no rival é passadoApresentado oficialmente nesta sexta-feira (13), o atacante Vágner Love se colocou à disposição do técnico Tite para o jogo contra o Botafogo, marcado para este sábado, pelo Campeonato Paulista, e para o duelo contra o São Paulo, na quarta-feira (18), pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. O jogador está entre os relacionados para o jogo do Estadual. Já para o duelo contra o rival, Vágner Love pode ocupar a vaga de Guerrero, que foi suspenso por três jogos pela Conmebol em razão da expulsão contra o Once Caldas, pela primeira fase do torneio sul-americano. "Estou muito motivado e quero muito estar em campo, quero muito jogar. Quero fazer o máximo para ajudar esse grupo. Se pudesse, teria ido para a Colômbia", disse Vagner Love, que descartou curtir o Carnaval como fez em alguns anos. "Se fosse há uns anos, pode ter certeza que eu estaria na Sapucaí, com dedinho para o alto. Mas eu vou ficar em casa, me preparando para jogar. Quem quiser curtir, pode curtir com moderação. Mas eu não vou", prometeu. Revelado nas categorias de base do Palmeiras, Vágner Love afirmou que sua história com o ex-clube é passado. "Em relação ao passado, é passado. Lógico que sou muito grato ao Palmeiras por ter me projetado para o futebol, mas hoje visto a camisa do Corinthians, tenho contrato e vou fazer tudo pelo Corinthians", disse o atacante.
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Brasileiros querem acessar site pornô na noite de Natal, mostra pesquisa
Uma pesquisa do site de vídeos eróticos RedTube com 123 mil usuários brasileiros mostrou que 32% deles pretendem acessar a página após a troca de presentes na noite de Natal. O Brasil está atrás de outros países do levantamento, como Alemanha e Estados Unidos. Leia a coluna completa aqui
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Brasileiros querem acessar site pornô na noite de Natal, mostra pesquisaUma pesquisa do site de vídeos eróticos RedTube com 123 mil usuários brasileiros mostrou que 32% deles pretendem acessar a página após a troca de presentes na noite de Natal. O Brasil está atrás de outros países do levantamento, como Alemanha e Estados Unidos. Leia a coluna completa aqui
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Pesquisadores revelam receita da pipoca perfeita
Cientistas franceses afirmam que conseguiram descobrir a melhor temperatura para fazer pipoca. Os físicos Emmanuel Virot e Alexandre Ponomarenko, da Escola Politécnica de Paris, afirmam que quando a pipoca chega ao limite de temperatura de 180 graus, a camada exterior do milho vai estourar, não importando o tamanho e a forma do grão. A pesquisa também revelou novas informações sobre como o milho de pipoca pula e estoura e o som emitido quando o vapor de água é expelido rapidamente no processo. Todo este processo, desde o grão de milho até a pipoca, demora centésimos de um segundo mas os dois físicos conseguiram estudar cada fase para compreender a base científica do processo de fazer pipoca. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista especializada "Royal Society Interface". CÂMERAS DE ALTA VELOCIDADE Usando câmeras de alta velocidade, que gravam 2,9 mil quadros por segundo, eles puderam observar a pipoca enquanto ela era aquecida em um forno. Durante o processo, os pesquisadores aumentavam a temperatura em dez graus a cada cinco minutos. A umidade no interior do grão de milho de pipoca começa a se transformar em vapor quando a temperatura passa de 100 graus, mas quando aumenta para 180 graus, a pressão dentro do grão subiu para cerca de dez vezes a pressão atmosférica no nível no mar. Sem conseguir aguentar a pressão, a camada exterior do grão arrebenta e a parte interna se expande, forçando o caminho para fora, através da casca já rompida. Aos 170 graus, apenas 34% dos grãos tinham estourado, mas ao chegar aos 180 graus, 96% das pipocas estouraram. "Descobrimos que a temperatura crítica é cerca de 180 graus, não importando o tamanho ou a forma do grão" afirmou Virot à agência de notícias AFP. Continuando com a experiência, os cientistas analisaram a forma como a pipoca pula. A primeira a sair da casca foi uma estrutura mais protuberante, chamada de perna. A energia reprimida é liberada para esta estrutura e a empurra contra a superfície quente, lançando o grão para o alto, a uma altura que varia de alguns milímetros até centímetros. "Uma pipoca tem um jeito único de pular, (algo) no meio do caminho entre (o jeito de pular de) uma planta explosiva e animais cuja base são os músculos, como os humanos", disseram os pesquisadores no relatório sobre o estudo. Por fim, os dois estudaram o som característico feito pela pipoca. Eles descobriram que o ruído não está relacionado com pulo do grão, pois ele ocorria muito cedo. Ao invés disso, os físicos concluíram que o som é, mais provavelmente, causado pela liberação repentina do vapor de água do grão. Além disso, depois que o grão de milho estoura, a queda de pressão transforma as cavidades no grão de milho em uma espécie de caixa acústica, onde o som ressoa.
bbc
Pesquisadores revelam receita da pipoca perfeitaCientistas franceses afirmam que conseguiram descobrir a melhor temperatura para fazer pipoca. Os físicos Emmanuel Virot e Alexandre Ponomarenko, da Escola Politécnica de Paris, afirmam que quando a pipoca chega ao limite de temperatura de 180 graus, a camada exterior do milho vai estourar, não importando o tamanho e a forma do grão. A pesquisa também revelou novas informações sobre como o milho de pipoca pula e estoura e o som emitido quando o vapor de água é expelido rapidamente no processo. Todo este processo, desde o grão de milho até a pipoca, demora centésimos de um segundo mas os dois físicos conseguiram estudar cada fase para compreender a base científica do processo de fazer pipoca. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista especializada "Royal Society Interface". CÂMERAS DE ALTA VELOCIDADE Usando câmeras de alta velocidade, que gravam 2,9 mil quadros por segundo, eles puderam observar a pipoca enquanto ela era aquecida em um forno. Durante o processo, os pesquisadores aumentavam a temperatura em dez graus a cada cinco minutos. A umidade no interior do grão de milho de pipoca começa a se transformar em vapor quando a temperatura passa de 100 graus, mas quando aumenta para 180 graus, a pressão dentro do grão subiu para cerca de dez vezes a pressão atmosférica no nível no mar. Sem conseguir aguentar a pressão, a camada exterior do grão arrebenta e a parte interna se expande, forçando o caminho para fora, através da casca já rompida. Aos 170 graus, apenas 34% dos grãos tinham estourado, mas ao chegar aos 180 graus, 96% das pipocas estouraram. "Descobrimos que a temperatura crítica é cerca de 180 graus, não importando o tamanho ou a forma do grão" afirmou Virot à agência de notícias AFP. Continuando com a experiência, os cientistas analisaram a forma como a pipoca pula. A primeira a sair da casca foi uma estrutura mais protuberante, chamada de perna. A energia reprimida é liberada para esta estrutura e a empurra contra a superfície quente, lançando o grão para o alto, a uma altura que varia de alguns milímetros até centímetros. "Uma pipoca tem um jeito único de pular, (algo) no meio do caminho entre (o jeito de pular de) uma planta explosiva e animais cuja base são os músculos, como os humanos", disseram os pesquisadores no relatório sobre o estudo. Por fim, os dois estudaram o som característico feito pela pipoca. Eles descobriram que o ruído não está relacionado com pulo do grão, pois ele ocorria muito cedo. Ao invés disso, os físicos concluíram que o som é, mais provavelmente, causado pela liberação repentina do vapor de água do grão. Além disso, depois que o grão de milho estoura, a queda de pressão transforma as cavidades no grão de milho em uma espécie de caixa acústica, onde o som ressoa.
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Procuradoria-Geral pede a PF para apurar chacina de maio de 2006 em SP
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Superior Tribunal de Justiça que a Polícia Federal passe a investigar a chacina do Parque Bristol, bairro do extremo sul de São Paulo, ocorrida em maio de 2006 em meio aos Crimes de Maio. Três homens em um grupo de cinco amigos foram assassinados no local após serem atingidos por tiros disparados por pessoas encapuzadas —um quarto, baleado naquele dia, seria morto meses depois. Os assassinatos ocorreram durante onda de violência atribuída à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) contra as forças de segurança do Estado. A cena do crime, alterada, sugere forma de atuação similar a uma série de outros assassinatos que vinham acontecendo no Estado por parte de grupos de extermínio composto por policiais militares. A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquéritos para apurar os fatos, mas concluiu pela ausência de elementos suficientes de autoria, encaminhando os autos ao Ministério Público do Estado, que pediu o arquivamento do caso. A Justiça acolheu o pedido e alegou não haver informações sobre autoria, motivação ou envolvimento de policiais. Na avaliação da Procuradoria, a apuração policial do caso foi prematuramente interrompida e deixou de avaliar questões importantes para a elucidação do caso, como informações referentes às armas, munições e veículos utilizados ou a identificação das viaturas e policiais que estavam próximos ao local do crime, sem ouvir nenhum policial. "A Polícia Civil de São Paulo deixou de realizar diligências imprescindíveis à elucidação da autoria do episódio conhecido como chacina do parque Bristol", afirma o procurador-geral da República. "O que se constata é que falhas e omissões gravíssimas permearam todo o procedimento investigatório, que não levou em consideração o papel fundamental que a Polícia Militar desempenhou no episódio, muito menos o contexto de represália por parte dos órgãos de segurança pública", afirmou. "Manter o arquivamento do inquérito, sem a investigação adequada, seria ratificar a atuação institucionalmente violenta de agentes de segurança pública e, consequentemente, referendar grave violação de direitos humanos", completou. Para a Procuradoria, a violação aos direitos humanos, com a lesão ao dever estatal de uma adequada e eficiente investigação, pode ocasionar a responsabilização do Brasil nas cortes internacionais. O órgão federal propôs a ação menos de um mês depois de a Folha publicar reportagem que mostra fragilidades na apuração dos crimes de 2006. A CHACINA DO PARQUE BRISTOL No especial As Feridas de Maio, a Folha reconstituiu a chacina do Parque Bristol. Em 14 de maio, um domingo, Dia das Mães, cinco amigos conversavam à noite na rua Jorge Moraes. No extremo sul da capital paulista, nas franjas de Diadema e de São Bernardo do Campo, o Parque Bristol é uma típica favela da periferia, com casas sem pintura, vielas apertadas e bocas do tráfico de drogas. "Naquele domingo, minutos antes do crime, passei na rua e mexi com os cinco [amigos], os cumprimentei, mas fui para casa. A noite estava sinistra", conta um vizinho, nascido e criado no bairro e que, em maio de 2006, entregava lanches numa lanchonete da região. Pouco antes das 23h, um Vectra verde passou perto dos amigos. Na conta de um sobrevivente, o veículo retornou aproximadamente cinco minutos depois. "Tínhamos acabado de comer esfirra. Uma amiga até falou do perigo de ficar na rua, de bobeira, por causa dos atentados que já aconteciam na zona leste. Aí, do nada, apareceu um Vectra, os homens armados. Achamos que era uma abordagem, até levantamos as mãos, mas começaram os disparos. Ninguém disse uma palavra", relembra em entrevista à Folha L., único sobrevivente daquele ataque. "Eu me joguei no chão, não tínhamos para onde correr." Os homens não tiveram reação. O único que tentou fugir por uma viela encontrou um portão trancado. Fábio de Lima Andrade, 24, levou a maior quantidade de tiros. Foram oito só nele. Também morreram no local Edivaldo Barbosa de Andrade, 24, e Israel Alves de Souza, 25. Fernando Elza, 21, baleado naquele domingo, seria assassinado meses depois. "Eles foram embora porque deve ter acabado a munição. Eu me levantei e fui procurar ajuda. Pararam um carro, foi quando percebi que tinha sido baleado. Comecei a sentir o corpo adormecer, a perder a respiração, porque estava entrando sangue no meu pulmão. Fui para o hospital e apaguei. Só lembro de ter acordado após a cirurgia", recorda L., que sobreviveu aos seis tiros após semanas de internação e operações. No Parque Bristol, a polícia também não tomou os cuidados necessários para o trabalho da perícia e levou embora parte dos projéteis. Posteriormente, ao justificar a falta de "preservação" do local do crime, a PM afirmou que a região era de "grande periculosidade". O pai de uma das vítimas apanhou algumas, apresentadas depois à Justiça. Havia munição de grosso calibre, como a.12, de espingarda. A irmã de uma das vítimas disse ter visto, momentos antes do ataque, um carro idêntico ao do crime circulando nas ruas do bairro ao lado de um veículo da PM, segundo depoimento dela à polícia. Dois anos e cinco meses depois dos ataques, a Policia Civil concluiu a investigação sem "identificar os autores". As feridas de maio - PCC
cotidiano
Procuradoria-Geral pede a PF para apurar chacina de maio de 2006 em SPO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Superior Tribunal de Justiça que a Polícia Federal passe a investigar a chacina do Parque Bristol, bairro do extremo sul de São Paulo, ocorrida em maio de 2006 em meio aos Crimes de Maio. Três homens em um grupo de cinco amigos foram assassinados no local após serem atingidos por tiros disparados por pessoas encapuzadas —um quarto, baleado naquele dia, seria morto meses depois. Os assassinatos ocorreram durante onda de violência atribuída à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) contra as forças de segurança do Estado. A cena do crime, alterada, sugere forma de atuação similar a uma série de outros assassinatos que vinham acontecendo no Estado por parte de grupos de extermínio composto por policiais militares. A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquéritos para apurar os fatos, mas concluiu pela ausência de elementos suficientes de autoria, encaminhando os autos ao Ministério Público do Estado, que pediu o arquivamento do caso. A Justiça acolheu o pedido e alegou não haver informações sobre autoria, motivação ou envolvimento de policiais. Na avaliação da Procuradoria, a apuração policial do caso foi prematuramente interrompida e deixou de avaliar questões importantes para a elucidação do caso, como informações referentes às armas, munições e veículos utilizados ou a identificação das viaturas e policiais que estavam próximos ao local do crime, sem ouvir nenhum policial. "A Polícia Civil de São Paulo deixou de realizar diligências imprescindíveis à elucidação da autoria do episódio conhecido como chacina do parque Bristol", afirma o procurador-geral da República. "O que se constata é que falhas e omissões gravíssimas permearam todo o procedimento investigatório, que não levou em consideração o papel fundamental que a Polícia Militar desempenhou no episódio, muito menos o contexto de represália por parte dos órgãos de segurança pública", afirmou. "Manter o arquivamento do inquérito, sem a investigação adequada, seria ratificar a atuação institucionalmente violenta de agentes de segurança pública e, consequentemente, referendar grave violação de direitos humanos", completou. Para a Procuradoria, a violação aos direitos humanos, com a lesão ao dever estatal de uma adequada e eficiente investigação, pode ocasionar a responsabilização do Brasil nas cortes internacionais. O órgão federal propôs a ação menos de um mês depois de a Folha publicar reportagem que mostra fragilidades na apuração dos crimes de 2006. A CHACINA DO PARQUE BRISTOL No especial As Feridas de Maio, a Folha reconstituiu a chacina do Parque Bristol. Em 14 de maio, um domingo, Dia das Mães, cinco amigos conversavam à noite na rua Jorge Moraes. No extremo sul da capital paulista, nas franjas de Diadema e de São Bernardo do Campo, o Parque Bristol é uma típica favela da periferia, com casas sem pintura, vielas apertadas e bocas do tráfico de drogas. "Naquele domingo, minutos antes do crime, passei na rua e mexi com os cinco [amigos], os cumprimentei, mas fui para casa. A noite estava sinistra", conta um vizinho, nascido e criado no bairro e que, em maio de 2006, entregava lanches numa lanchonete da região. Pouco antes das 23h, um Vectra verde passou perto dos amigos. Na conta de um sobrevivente, o veículo retornou aproximadamente cinco minutos depois. "Tínhamos acabado de comer esfirra. Uma amiga até falou do perigo de ficar na rua, de bobeira, por causa dos atentados que já aconteciam na zona leste. Aí, do nada, apareceu um Vectra, os homens armados. Achamos que era uma abordagem, até levantamos as mãos, mas começaram os disparos. Ninguém disse uma palavra", relembra em entrevista à Folha L., único sobrevivente daquele ataque. "Eu me joguei no chão, não tínhamos para onde correr." Os homens não tiveram reação. O único que tentou fugir por uma viela encontrou um portão trancado. Fábio de Lima Andrade, 24, levou a maior quantidade de tiros. Foram oito só nele. Também morreram no local Edivaldo Barbosa de Andrade, 24, e Israel Alves de Souza, 25. Fernando Elza, 21, baleado naquele domingo, seria assassinado meses depois. "Eles foram embora porque deve ter acabado a munição. Eu me levantei e fui procurar ajuda. Pararam um carro, foi quando percebi que tinha sido baleado. Comecei a sentir o corpo adormecer, a perder a respiração, porque estava entrando sangue no meu pulmão. Fui para o hospital e apaguei. Só lembro de ter acordado após a cirurgia", recorda L., que sobreviveu aos seis tiros após semanas de internação e operações. No Parque Bristol, a polícia também não tomou os cuidados necessários para o trabalho da perícia e levou embora parte dos projéteis. Posteriormente, ao justificar a falta de "preservação" do local do crime, a PM afirmou que a região era de "grande periculosidade". O pai de uma das vítimas apanhou algumas, apresentadas depois à Justiça. Havia munição de grosso calibre, como a.12, de espingarda. A irmã de uma das vítimas disse ter visto, momentos antes do ataque, um carro idêntico ao do crime circulando nas ruas do bairro ao lado de um veículo da PM, segundo depoimento dela à polícia. Dois anos e cinco meses depois dos ataques, a Policia Civil concluiu a investigação sem "identificar os autores". As feridas de maio - PCC
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Devido a morte de civis, Iraque pausa ofensiva contra o EI em Mossul
As forças do governo iraquiano pausaram neste sábado (25) sua ofensiva para retomar Mossul dos extremistas do Estado Islâmico (EI) devido ao grande número de vítimas civis, informaram as autoridades de segurança locais. O anúncio da suspensão temporária da operação ocorre um dia depois de a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que dá apoio aéreo à ofensiva iraquiana, anunciar que está investigando os relatos de que uma série de bombardeios teria provocado a morte de cerca de 200 civis na área de Jadidah, na periferia da cidade. A ONU (Organização das Nações Unidas) expressou preocupação com a situação. "Estamos chocados com essa terrível perda de vida", disse em comunicado Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iraque. Os relatos sobre a quantidade de mortos são conflitantes, e socorristas e residentes de Mossul dizem que muitas pessoas continuam soterradas sob os escombros de prédios destruídos após os bombardeios. Segundo a agência de notícias Reuters, há suspeitas de que os ataques aéreos tenham atingindo um caminhão do EI com explosivos, destruindo vários prédios. Os relatos de civis mortos após os ataque aéreos são similares aos reportados na Síria. Na semana passada, as forças militares dos EUA admitiram a realização de um bombardeio que atingiu uma mesquita na província de Aleppo e deixou 46 mortos -segundo os EUA, porém, a mesquita não era o alvo, e sim posições da rede terrorista Al Qaeda. A segunda maior cidade iraquiana é palco de uma batalha contra o EI. Cada vez mais enfraquecida em Mossul, a facção se concentra na zona oeste da cidade. Cerca de 2.000 militantes, segundo uma estimativa da coalizão, estão escondidos na zona oeste de Mossul em meio a 700 mil civis. Combatentes estão usando a maioria desses reféns civis como escudos humanos, ao mesmo tempo em que forçam alguns a fugir para acobertar a movimentação de suas tropas.
mundo
Devido a morte de civis, Iraque pausa ofensiva contra o EI em MossulAs forças do governo iraquiano pausaram neste sábado (25) sua ofensiva para retomar Mossul dos extremistas do Estado Islâmico (EI) devido ao grande número de vítimas civis, informaram as autoridades de segurança locais. O anúncio da suspensão temporária da operação ocorre um dia depois de a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que dá apoio aéreo à ofensiva iraquiana, anunciar que está investigando os relatos de que uma série de bombardeios teria provocado a morte de cerca de 200 civis na área de Jadidah, na periferia da cidade. A ONU (Organização das Nações Unidas) expressou preocupação com a situação. "Estamos chocados com essa terrível perda de vida", disse em comunicado Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iraque. Os relatos sobre a quantidade de mortos são conflitantes, e socorristas e residentes de Mossul dizem que muitas pessoas continuam soterradas sob os escombros de prédios destruídos após os bombardeios. Segundo a agência de notícias Reuters, há suspeitas de que os ataques aéreos tenham atingindo um caminhão do EI com explosivos, destruindo vários prédios. Os relatos de civis mortos após os ataque aéreos são similares aos reportados na Síria. Na semana passada, as forças militares dos EUA admitiram a realização de um bombardeio que atingiu uma mesquita na província de Aleppo e deixou 46 mortos -segundo os EUA, porém, a mesquita não era o alvo, e sim posições da rede terrorista Al Qaeda. A segunda maior cidade iraquiana é palco de uma batalha contra o EI. Cada vez mais enfraquecida em Mossul, a facção se concentra na zona oeste da cidade. Cerca de 2.000 militantes, segundo uma estimativa da coalizão, estão escondidos na zona oeste de Mossul em meio a 700 mil civis. Combatentes estão usando a maioria desses reféns civis como escudos humanos, ao mesmo tempo em que forçam alguns a fugir para acobertar a movimentação de suas tropas.
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Conheça a bióloga brasileira que ganhou prêmio global de ciência
"Foi você mesmo quem escreveu isso? Está tão bem escrito." "Esse projeto é audacioso demais. Você tem certeza de que vai conseguir dar conta?" Foram perguntas ouvidas ao longo da carreira pela jovem bióloga Fernanda de Pinho Werneck, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), agraciada recentemente com um importante prêmio científico internacional. O "Rising Talents" ("Talentos Promissores", em tradução livre) –concedido pela Fundação L'Oréal em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)– é dado às 15 jovens cientistas de todo o mundo. Elas foram selecionadas por um júri de cientistas entre as 250 vencedoras das edições nacionais do programa "Para Mulheres na Ciência", também realizado em todas as regiões do mundo. Fernanda tinha sido uma das sete cientistas brasileiras escolhidas no "Para Mulheres na Ciência" na edição de 2016. Pelo "Rising Talents", ela recebeu uma bolsa de 15 mil euros (cerca de R$ 50 mil) para suas pesquisas. A brasileira, de 35 anos, estuda os efeitos das mudanças climáticas na vida animal, sobretudo répteis, como lagartos, e também anfíbios, mais sensíveis às alterações de temperaturas. Suas pesquisas buscam estimar os riscos de extinção e capacidade de adaptação de espécies que vivem na Amazônia e no Cerrado brasileiro, como também na área de transição entre esses dois biomas. Nascida em Goiânia e formada pela Universidade Federal de Brasília, com doutorado em biologia integrativa pela Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, Fernanda lembra que "sempre gostou de ciências na escola", onde se interessou pela evolução animal. Apesar de ter encontrado em seu trabalho algumas pessoas que duvidaram de suas competências pelo fato de ser mulher, Fernanda conta que, em geral, desde o início teve apoio em suas atividades, ao participar de estágios para trabalhos de campo na Amazônia. A brasileira representa uma minoria em sua profissão. Segundo um estudo do Boston Consulting Group (BCG) para a Fundação L'Oréal, apenas 30% dos pesquisadores de todo o mundo são mulheres. O percurso acadêmico de Fernanda é uma exceção à regra: segundo o relatório do BCG, uma estudante do ensino médio tem, em geral, 35% de chances de se inscrever em um curso universitário científico. No caso dos homens, o índice é de 77%. Já a probabilidade de uma mulher se formar na área científica seria de apenas 18%, com 8% de chances de cursar um mestrado (19% no caso dos homens) e apenas 2% de ser doutora em ciências. Assim como em outros setores, elas enfrentam desigualdade, como salários menores e há pouco encorajamento durante os estudos –e têm de conciliar o trabalho com o desejo de ter filhos. Nesse campo, os clichês são fortes, inclusive em países desenvolvidos: uma pesquisa realizada pelo instituto OpinionWay em vários países da Europa em 2015 revelou que 67% dos europeus consideram que as mulheres não teriam capacidade para "se tornarem cientistas de alto nível". O total de mulheres com essa opinião é de 66%, quase o mesmo dos homens. Não é de estranhar que apenas cerca de 3% dos prêmios Nobel na área científica foram atribuídos a mulheres desde sua criação, em 1901. Desse total, a grande maioria foi no campo da medicina. Até hoje, apenas duas mulheres ganharam prêmios Nobel de física: a franco-polonesa Marie Curie, em 1903, a americana Maria Goeppert-Mayer, em 1963. Na área de química foram apenas quatro: a última delas foi a israelense Ada Yonath, em 2009, após 45 anos de intervalo em relação à predecessora. No Brasil, há avanços. O número de mulheres que publicam artigos científicos, a principal forma de avaliação da carreira acadêmica, cresceu 11% nos últimos 20 anos, segundo estudo da Gender in Global Research Landscape (Gênero no Cenário Global de Pesquisa, em tradução literal). As pesquisadoras no Brasil que publicam artigos científicos somam 49% do total, ou seja, quase a mesma proporção dos homens. Entre os países pesquisados, Brasil e Portugal são os que apresentam maior número de autoras de trabalhos científicos. DESAFIOS Fernanda diz que a carreira de cientista apresenta vários desafios que vão além, no caso do Brasil, da dificuldade para conseguir financiamentos. "Não é um trabalho com horário comercial. Ele exige muitas horas de dedicação. A primeira coisa que faço quando volto para casa é ligar o computador", afirma. A bióloga conta ainda que teve de "aprender a conciliar a maternidade" com as pesquisas, que precisam prosseguir. Seu marido também é pesquisador e o casal compartilha os cuidados da filha. Além disso, os trabalhos em campo da bióloga podem levá-la a passar até um mês fora de casa, em áreas isoladas da Amazônia, com pouco contato com a família. Para a L'Oréal e a Unesco, as vencedoras do "Rising Talents" são mulheres "com o poder de mudar o mundo". Fernanda espera que o reconhecimento internacional trazido pelo prêmio atraia atenção para a presença das mulheres no mundo das ciências. E, ao mesmo tempo, alertar para a necessidade de preservação da biodiversidade, onde, segundo ela, estão "as respostas de muitos problemas da humanidade".
ciencia
Conheça a bióloga brasileira que ganhou prêmio global de ciência"Foi você mesmo quem escreveu isso? Está tão bem escrito." "Esse projeto é audacioso demais. Você tem certeza de que vai conseguir dar conta?" Foram perguntas ouvidas ao longo da carreira pela jovem bióloga Fernanda de Pinho Werneck, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), agraciada recentemente com um importante prêmio científico internacional. O "Rising Talents" ("Talentos Promissores", em tradução livre) –concedido pela Fundação L'Oréal em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)– é dado às 15 jovens cientistas de todo o mundo. Elas foram selecionadas por um júri de cientistas entre as 250 vencedoras das edições nacionais do programa "Para Mulheres na Ciência", também realizado em todas as regiões do mundo. Fernanda tinha sido uma das sete cientistas brasileiras escolhidas no "Para Mulheres na Ciência" na edição de 2016. Pelo "Rising Talents", ela recebeu uma bolsa de 15 mil euros (cerca de R$ 50 mil) para suas pesquisas. A brasileira, de 35 anos, estuda os efeitos das mudanças climáticas na vida animal, sobretudo répteis, como lagartos, e também anfíbios, mais sensíveis às alterações de temperaturas. Suas pesquisas buscam estimar os riscos de extinção e capacidade de adaptação de espécies que vivem na Amazônia e no Cerrado brasileiro, como também na área de transição entre esses dois biomas. Nascida em Goiânia e formada pela Universidade Federal de Brasília, com doutorado em biologia integrativa pela Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, Fernanda lembra que "sempre gostou de ciências na escola", onde se interessou pela evolução animal. Apesar de ter encontrado em seu trabalho algumas pessoas que duvidaram de suas competências pelo fato de ser mulher, Fernanda conta que, em geral, desde o início teve apoio em suas atividades, ao participar de estágios para trabalhos de campo na Amazônia. A brasileira representa uma minoria em sua profissão. Segundo um estudo do Boston Consulting Group (BCG) para a Fundação L'Oréal, apenas 30% dos pesquisadores de todo o mundo são mulheres. O percurso acadêmico de Fernanda é uma exceção à regra: segundo o relatório do BCG, uma estudante do ensino médio tem, em geral, 35% de chances de se inscrever em um curso universitário científico. No caso dos homens, o índice é de 77%. Já a probabilidade de uma mulher se formar na área científica seria de apenas 18%, com 8% de chances de cursar um mestrado (19% no caso dos homens) e apenas 2% de ser doutora em ciências. Assim como em outros setores, elas enfrentam desigualdade, como salários menores e há pouco encorajamento durante os estudos –e têm de conciliar o trabalho com o desejo de ter filhos. Nesse campo, os clichês são fortes, inclusive em países desenvolvidos: uma pesquisa realizada pelo instituto OpinionWay em vários países da Europa em 2015 revelou que 67% dos europeus consideram que as mulheres não teriam capacidade para "se tornarem cientistas de alto nível". O total de mulheres com essa opinião é de 66%, quase o mesmo dos homens. Não é de estranhar que apenas cerca de 3% dos prêmios Nobel na área científica foram atribuídos a mulheres desde sua criação, em 1901. Desse total, a grande maioria foi no campo da medicina. Até hoje, apenas duas mulheres ganharam prêmios Nobel de física: a franco-polonesa Marie Curie, em 1903, a americana Maria Goeppert-Mayer, em 1963. Na área de química foram apenas quatro: a última delas foi a israelense Ada Yonath, em 2009, após 45 anos de intervalo em relação à predecessora. No Brasil, há avanços. O número de mulheres que publicam artigos científicos, a principal forma de avaliação da carreira acadêmica, cresceu 11% nos últimos 20 anos, segundo estudo da Gender in Global Research Landscape (Gênero no Cenário Global de Pesquisa, em tradução literal). As pesquisadoras no Brasil que publicam artigos científicos somam 49% do total, ou seja, quase a mesma proporção dos homens. Entre os países pesquisados, Brasil e Portugal são os que apresentam maior número de autoras de trabalhos científicos. DESAFIOS Fernanda diz que a carreira de cientista apresenta vários desafios que vão além, no caso do Brasil, da dificuldade para conseguir financiamentos. "Não é um trabalho com horário comercial. Ele exige muitas horas de dedicação. A primeira coisa que faço quando volto para casa é ligar o computador", afirma. A bióloga conta ainda que teve de "aprender a conciliar a maternidade" com as pesquisas, que precisam prosseguir. Seu marido também é pesquisador e o casal compartilha os cuidados da filha. Além disso, os trabalhos em campo da bióloga podem levá-la a passar até um mês fora de casa, em áreas isoladas da Amazônia, com pouco contato com a família. Para a L'Oréal e a Unesco, as vencedoras do "Rising Talents" são mulheres "com o poder de mudar o mundo". Fernanda espera que o reconhecimento internacional trazido pelo prêmio atraia atenção para a presença das mulheres no mundo das ciências. E, ao mesmo tempo, alertar para a necessidade de preservação da biodiversidade, onde, segundo ela, estão "as respostas de muitos problemas da humanidade".
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Após 9 rodadas, paulistas ficam no top 10 pela 1ª vez nos pontos corridos
Os quatro grandes times de São Paulo estão em alta neste início de Campeonato Brasileiro. Depois de nove rodadas disputadas, praticamente um quarto da competição, esta é a primeira vez na história dos pontos corridos que Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos estão entre os dez primeiros colocados. Em 2003, primeira edição do Brasileiro sem o formato mata-mata, o feito poderia até ter sido realizado, mas enquanto Santos, São Paulo e Corinthians eram quarto, quinto e sexto, respectivamente, o time alviverde jogava a segunda divisão do torneio. De lá para cá muita coisa mudou. Conquistas e decepções foram acumuladas, e somente 13 anos depois os chamados grandes do futebol paulista conseguiram estar juntos na parte de cima da tabela. PALMEIRAS Mais bem colocado desta edição, em primeiro na tabela, com 19 pontos, o Palmeiras apostou suas fichas no técnico Cuca e nas contratações pontuais para essa temporada. A fórmula vem dando certo. Com jogadores polivalentes, como Tchê Tchê e Jean, a recuperação de Cleiton Xavier e a mão do treinador, que em oito rodadas fez cinco alterações que viraram gols, os palmeirenses ainda não perderam nenhum ponto em casa. O que preocupa é o aproveitamento longe de seus domínios. Em quatro jogos foram duas derrotas, um empate e apenas uma vitória. Veja vídeo CORINTHIANS Agora com Cristóvão Borges, o Corinthians foi deixado por Tite em uma boa situação. O treinador, hoje na seleção, conquistou 13 pontos e colocou o time na quarta posição. Com a vitória sobre o Botafogo, neste domingo (19), a equipe foi aos 16 e está justamente na quarta colocação. Mesmo passando por uma reformulação no começo do ano com a saída dos principais jogadores do elenco e com a queda precoce na Libertadores, o time alvinegro mostrou um futebol competitivo após Guilherme e Giovanni Augusto terem se encaixado no esquema proposto por Tite. É certo que agora com Borges e com a saída de Felipe, uma unanimidade na zaga, o futuro corintiano é incerto e reserva surpresas para o restante da competição. Veja vídeo SÃO PAULO O São Paulo é outro que vive com dúvidas em relação à continuidade. Destacando-se pelas vitórias fora de casa, a equipe comandada por Bauza continua firme na parte de cima da tabela, uma raridade entre os times brasileiros que chegam longe na Libertadores –está na quinta colocação, com 14 pontos. É bem provável que o treinador argentino passe a poupar os atletas às vésperas dos confrontos das semifinais do torneio continental diante do Atlético Nacional, nos dia 6 e 13 de julho. Com isso, o Brasileiro pode ficar comprometido. Outra preocupação é com a saída de jogadores importantes como Maicon e Calleri. O zagueiro tem contrato até o dia 30 de junho e continua com seu futuro indefinido. O atleta deve voltar ao Porto, clube que detém seus direitos. Já o atacante argentino tem um tempo a mais na equipe tricolor. No São Paulo até o fim da Libertadores, Calleri deu uma entrevista na sexta-feira (17) que pode dar esperanças aos são-paulinos. "Meu contrato vai até o final da Libertadores e depois eu vou falar com os dirigentes. Não tenho contrato acertado com nenhum clube e já se falou muito disso. Eu não tenho nada. Estou feliz aqui", comentou. Veja vídeo SANTOS Com um elenco recheado de jogadores de seleção, o Santos poderia estar em uma situação até melhor se não fosse a convocação para a Copa América. Sem Gabriel e Lucas Lima por cinco partidas, o time do litoral paulista somou sete pontos dos 15 possíveis e ainda conseguiu se manter em alta mesmo diante das ausências. Outro fator que joga a favor dos santistas é a Vila Belmiro. Apesar de ter sido derrotado para o Inter na quarta rodada do Nacional, a equipe de Dorival Júnior se caracteriza por jogar bem dentro de casa com um futebol ofensivo. A derrota para os gaúchos quebrou uma invencibilidade de quase um ano dentro da Vila. Ter jogadores de seleção, porém, tem seus malefícios. Durante e Olimpíada do Rio, o Campeonato Brasileiro não será paralisado e o Santos pode perder até três jogadores. Gabriel, Thiago Maia e Zeca são constantemente chamados para a seleção olímpica. As baixas podem comprometer o time, que não conquista o título do Brasileiro desde 2004. O Santos ocupa a oitava colocação no Nacional, com 13 pontos. Veja vídeo
esporte
Após 9 rodadas, paulistas ficam no top 10 pela 1ª vez nos pontos corridosOs quatro grandes times de São Paulo estão em alta neste início de Campeonato Brasileiro. Depois de nove rodadas disputadas, praticamente um quarto da competição, esta é a primeira vez na história dos pontos corridos que Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos estão entre os dez primeiros colocados. Em 2003, primeira edição do Brasileiro sem o formato mata-mata, o feito poderia até ter sido realizado, mas enquanto Santos, São Paulo e Corinthians eram quarto, quinto e sexto, respectivamente, o time alviverde jogava a segunda divisão do torneio. De lá para cá muita coisa mudou. Conquistas e decepções foram acumuladas, e somente 13 anos depois os chamados grandes do futebol paulista conseguiram estar juntos na parte de cima da tabela. PALMEIRAS Mais bem colocado desta edição, em primeiro na tabela, com 19 pontos, o Palmeiras apostou suas fichas no técnico Cuca e nas contratações pontuais para essa temporada. A fórmula vem dando certo. Com jogadores polivalentes, como Tchê Tchê e Jean, a recuperação de Cleiton Xavier e a mão do treinador, que em oito rodadas fez cinco alterações que viraram gols, os palmeirenses ainda não perderam nenhum ponto em casa. O que preocupa é o aproveitamento longe de seus domínios. Em quatro jogos foram duas derrotas, um empate e apenas uma vitória. Veja vídeo CORINTHIANS Agora com Cristóvão Borges, o Corinthians foi deixado por Tite em uma boa situação. O treinador, hoje na seleção, conquistou 13 pontos e colocou o time na quarta posição. Com a vitória sobre o Botafogo, neste domingo (19), a equipe foi aos 16 e está justamente na quarta colocação. Mesmo passando por uma reformulação no começo do ano com a saída dos principais jogadores do elenco e com a queda precoce na Libertadores, o time alvinegro mostrou um futebol competitivo após Guilherme e Giovanni Augusto terem se encaixado no esquema proposto por Tite. É certo que agora com Borges e com a saída de Felipe, uma unanimidade na zaga, o futuro corintiano é incerto e reserva surpresas para o restante da competição. Veja vídeo SÃO PAULO O São Paulo é outro que vive com dúvidas em relação à continuidade. Destacando-se pelas vitórias fora de casa, a equipe comandada por Bauza continua firme na parte de cima da tabela, uma raridade entre os times brasileiros que chegam longe na Libertadores –está na quinta colocação, com 14 pontos. É bem provável que o treinador argentino passe a poupar os atletas às vésperas dos confrontos das semifinais do torneio continental diante do Atlético Nacional, nos dia 6 e 13 de julho. Com isso, o Brasileiro pode ficar comprometido. Outra preocupação é com a saída de jogadores importantes como Maicon e Calleri. O zagueiro tem contrato até o dia 30 de junho e continua com seu futuro indefinido. O atleta deve voltar ao Porto, clube que detém seus direitos. Já o atacante argentino tem um tempo a mais na equipe tricolor. No São Paulo até o fim da Libertadores, Calleri deu uma entrevista na sexta-feira (17) que pode dar esperanças aos são-paulinos. "Meu contrato vai até o final da Libertadores e depois eu vou falar com os dirigentes. Não tenho contrato acertado com nenhum clube e já se falou muito disso. Eu não tenho nada. Estou feliz aqui", comentou. Veja vídeo SANTOS Com um elenco recheado de jogadores de seleção, o Santos poderia estar em uma situação até melhor se não fosse a convocação para a Copa América. Sem Gabriel e Lucas Lima por cinco partidas, o time do litoral paulista somou sete pontos dos 15 possíveis e ainda conseguiu se manter em alta mesmo diante das ausências. Outro fator que joga a favor dos santistas é a Vila Belmiro. Apesar de ter sido derrotado para o Inter na quarta rodada do Nacional, a equipe de Dorival Júnior se caracteriza por jogar bem dentro de casa com um futebol ofensivo. A derrota para os gaúchos quebrou uma invencibilidade de quase um ano dentro da Vila. Ter jogadores de seleção, porém, tem seus malefícios. Durante e Olimpíada do Rio, o Campeonato Brasileiro não será paralisado e o Santos pode perder até três jogadores. Gabriel, Thiago Maia e Zeca são constantemente chamados para a seleção olímpica. As baixas podem comprometer o time, que não conquista o título do Brasileiro desde 2004. O Santos ocupa a oitava colocação no Nacional, com 13 pontos. Veja vídeo
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Mega-Sena sorteia R$ 3 milhões neste sábado
Quem acertar as seis dezenas da Mega-Sena neste sábado pode levar para casa um prêmio estimado em R$ 3 milhões. Este será o terceiro sorteio da semana, que, por causa do Dia das Mães (no domingo, 10/5), também teve concursos na terça (5) e na quinta (7) –normalmente eles são realizados apenas às quartas e aos sábados. Neste último, uma aposta de Arapiraca (AL) ganhou a quantia de R$ 2.757.367,25 ao adivinhar os seis números contemplados: 17 - 19 - 33 - 35 - 39 - 42. REAJUSTE O preço das apostas no concurso vai subir para R$ 3,50 a partir do próximo dia 24. O aumento de 40% foi autorizado pelo Ministério da Fazenda e publicado no "Diário Oficial" da União no dia 29/4. Além da Mega-Sena, os valores dos jogos da Loteca, Lotogol, Quina, Lotofácil e Dupla Sena também serão reajustados entre os dias 18 e 24 de maio. Apenas o valor das apostas da Lotomania e da Timemania serão mantidos.
cotidiano
Mega-Sena sorteia R$ 3 milhões neste sábadoQuem acertar as seis dezenas da Mega-Sena neste sábado pode levar para casa um prêmio estimado em R$ 3 milhões. Este será o terceiro sorteio da semana, que, por causa do Dia das Mães (no domingo, 10/5), também teve concursos na terça (5) e na quinta (7) –normalmente eles são realizados apenas às quartas e aos sábados. Neste último, uma aposta de Arapiraca (AL) ganhou a quantia de R$ 2.757.367,25 ao adivinhar os seis números contemplados: 17 - 19 - 33 - 35 - 39 - 42. REAJUSTE O preço das apostas no concurso vai subir para R$ 3,50 a partir do próximo dia 24. O aumento de 40% foi autorizado pelo Ministério da Fazenda e publicado no "Diário Oficial" da União no dia 29/4. Além da Mega-Sena, os valores dos jogos da Loteca, Lotogol, Quina, Lotofácil e Dupla Sena também serão reajustados entre os dias 18 e 24 de maio. Apenas o valor das apostas da Lotomania e da Timemania serão mantidos.
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Doria promete fim de pastas como as de Mulheres e Pessoas com Deficiência
O candidato João Doria (PSDB) prometeu reduzir de 27 para 20 secretarias da administração pública, se eleito prefeito de São Paulo. O tucano citou, nesta quinta-feira (18), pastas voltadas a mulheres, negros, pessoas com deficiência, juventude e LGBT. As duas últimas não existem na atual gestão. "As políticas públicas serão mantidas integralmente, mas não os penduricalhos", afirmou em referência a estruturas como a de motorista e secretária. "Tudo isso é custo. Para quê? Gerar status? Prefiro gerar política pública." Ele afirmou que enxugar o tamanho do Estado não implicará em desemprego, porque, "ao colocar o setor privado na gestão, naturalmente ele passa a abrigar esses empregos e qualifica e paga melhor". No terceiro dia de campanha oficial, Doria visitou uma feira de rua nos Jardins, bairro nobre da capital, acompanhado de candidatos a vereador como Mario Covas Neto, presidente municipal do PSDB que tenta a reeleição, e Léo Coutinho (PSDB). Doria voltou a dizer que cobrirá o que não arrecadar em fundos para bancar a campanha, orçada em R$ 20 milhões, mas não disse quanto já aportou. A campanha informou que o tesoureiro será Helio Duarte, ex-diretor do HSBC. ADVERSÁRIOS A campanha do prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, afirmou que Doria "mostra mais uma vez desconhecer a cidade" ao citar pastas que não existem. "Nós iremos reforçar as políticas para mulheres, pessoas com deficiência, população LGBT, jovens e de igualdade racial", disse o candidato, em nota. A candidata do PSOL, Luiza Erundina, criticou a proposta de Doria de cortar secretarias caso seja eleito. Erundina afirmou que o tucano age de forma autoritária e excludente. "Ele já está anunciando que vai acabar com as políticas que interessam a esses segmentos, que são os mais excluídos", disse a candidata. "Isso mostra o caráter do governo dele se ele chegar lá. Excluir mulheres, deficientes, jovens... Ele vai governar pra quem? Pra minoria que ele representa", afirmou Erundina. "É um absurdo o que esse homem está dizendo que vai fazer. Além da privatização generalizada, ele exclui direitos importantes conquistados ao longo de décadas de luta", completou. Colaborou CAROLINA LINHARES, de São Paulo
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Doria promete fim de pastas como as de Mulheres e Pessoas com DeficiênciaO candidato João Doria (PSDB) prometeu reduzir de 27 para 20 secretarias da administração pública, se eleito prefeito de São Paulo. O tucano citou, nesta quinta-feira (18), pastas voltadas a mulheres, negros, pessoas com deficiência, juventude e LGBT. As duas últimas não existem na atual gestão. "As políticas públicas serão mantidas integralmente, mas não os penduricalhos", afirmou em referência a estruturas como a de motorista e secretária. "Tudo isso é custo. Para quê? Gerar status? Prefiro gerar política pública." Ele afirmou que enxugar o tamanho do Estado não implicará em desemprego, porque, "ao colocar o setor privado na gestão, naturalmente ele passa a abrigar esses empregos e qualifica e paga melhor". No terceiro dia de campanha oficial, Doria visitou uma feira de rua nos Jardins, bairro nobre da capital, acompanhado de candidatos a vereador como Mario Covas Neto, presidente municipal do PSDB que tenta a reeleição, e Léo Coutinho (PSDB). Doria voltou a dizer que cobrirá o que não arrecadar em fundos para bancar a campanha, orçada em R$ 20 milhões, mas não disse quanto já aportou. A campanha informou que o tesoureiro será Helio Duarte, ex-diretor do HSBC. ADVERSÁRIOS A campanha do prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, afirmou que Doria "mostra mais uma vez desconhecer a cidade" ao citar pastas que não existem. "Nós iremos reforçar as políticas para mulheres, pessoas com deficiência, população LGBT, jovens e de igualdade racial", disse o candidato, em nota. A candidata do PSOL, Luiza Erundina, criticou a proposta de Doria de cortar secretarias caso seja eleito. Erundina afirmou que o tucano age de forma autoritária e excludente. "Ele já está anunciando que vai acabar com as políticas que interessam a esses segmentos, que são os mais excluídos", disse a candidata. "Isso mostra o caráter do governo dele se ele chegar lá. Excluir mulheres, deficientes, jovens... Ele vai governar pra quem? Pra minoria que ele representa", afirmou Erundina. "É um absurdo o que esse homem está dizendo que vai fazer. Além da privatização generalizada, ele exclui direitos importantes conquistados ao longo de décadas de luta", completou. Colaborou CAROLINA LINHARES, de São Paulo
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Reservas de petróleo dos EUA superam as de Arábia Saudita e Rússia, diz estudo
Os Estados Unidos detêm mais reservas de petróleo que a Arábia Saudita e a Rússia, o que representa a primeira vez que suas reservas ultrapassaram as dos dois maiores exportadores mundiais da commodity, de acordo com um novo estudo. A Rystad Energy estima que as reservas de petróleo passíveis de extração nos campos existentes, novas descobertas e áreas produtoras ainda não descobertas dos Estados Unidos sejam equivalentes a 264 bilhões de barris. O número ultrapassa os 212 bilhões de barris da Arábia Saudita e os 256 bilhões de barris das reservas russas. A análise de 60 mil campos de petróleo em todo o planeta, conduzida ao longo de um período de três anos pela empresa sediada em Oslo demonstra que as reservas mundiais totais de petróleo atingem os 2,1 trilhões de barris. Isso equivale a 70 vezes o ritmo atual de produção de 30 bilhões de barris ao ano, informou a Rystad Energy na segunda-feira (4). As reservas passíveis de extração —os barris cuja extração é viável do ponto de vista tecnológico e econômico— são analisadas pelo setor de energia a fim de determinar o valor de mercado das empresas de petróleo e a saúde dos países produtores de petróleo em longo prazo. Os produtores de petróleo convencionais, como a Arábia Saudita, tradicionalmente usam sua imensa riqueza em recursos naturais a fim de exercer o poder em termos mundiais, especialmente junto a grandes países consumidores como os Estados Unidos. Esse relacionamento se viu abalado nos últimos anos pela fratura hidráulica e outras tecnologias novas que ajudaram os Estados Unidos a ganhar acesso a vastas reservas e permitiram que o país se tornasse mais independente em termos energéticos. "Existe pouco potencial para futuras surpresas em muitos outros países, mas nos Estados Unidos ele continua a existir", disse Per Magnus Nysveen, analista da Rystad Energy, apontando para recentes descobertas na Bacia de Permian, no Texas e Novo México, a região petroleira mais prolífica dos Estados Unidos. "Três anos atrás, os Estados Unidos estavam atrás da Rússia, Canadá e Arábia Saudita". Mais de metade das reservas remanescentes de petróleo dos Estados Unidos são constituídas por petróleo de xisto betuminoso, uma fonte heterodoxa, segundo os dados da Rystad Energy. O Texas detém, sozinho, mais de 60 bilhões de barris de petróleo de xisto betuminoso. Outros boletins sobre as reservas mundiais de petróleo, como o "BP Statistical Review", acompanhado com muita atenção pelo setor, se baseiam nas informações prestadas pelas autoridades nacionais, e mostram os Estados Unidos ainda atrás de países como Arábia Saudita, Rússia, Canadá, Iraque, Venezuela e Kuwait. A Rystad Energy afirma que os dados dos governos, em todo o planeta, são coligidos usando uma série de indicadores muitas vezes opacos. Os números de muitos países incluem frequentemente petróleo ainda não descoberto. CUSTO Embora os números relativos às reservas sejam cruciais, o custo de produção é igualmente vital, disse Richard Mallinson, da Energy Aspects, uma consultoria de energia sediada em Londres. "Os números quanto às reservas importam, mas muitos outros fatores também determinam os retornos de curto e longo prazo daquilo que companhias e nações detêm", disse Mallinson. "O ganho de importância dos Estados Unidos não diminui o papel da Rússia ou da Arábia Saudita, já que o petróleo dos dois países está entre os de extração mais barata no planeta". Os países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), liderados pela Arábia Saudita, nos dois últimos anos permitiram a queda dos preços do petróleo para garantir que sua fatia de mercado seja protegida em longo prazo, diante de produtores de custo mais alto. Ainda que a produção do petróleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos tenha se tornado mais barata —os custos nos últimos anos caíram, em alguns casos, para menos de US$ 40 por barril—, a Arábia Saudita e os demais produtores do Oriente Médio continuam a bombear petróleo por menos de US$ 10 por barril. "Existe uma faixa confortável de preços para os produtores convencionais da Opep. Eles querem preços altos o bastante para gerar receita sólida a fim de bancar gastos sociais em seus países, mas não altas o bastante para tornar petróleo de extração muito mais cara economicamente viável", disse Mallinson. O boom do petróleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos foi um dos fatores por trás do recente colapso no preço do petróleo, que derrubou o petróleo padrão Brent de um pico de US$ 115 por barril na metade de 2014 a abaixo de US$ 30 neste ano. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
Reservas de petróleo dos EUA superam as de Arábia Saudita e Rússia, diz estudoOs Estados Unidos detêm mais reservas de petróleo que a Arábia Saudita e a Rússia, o que representa a primeira vez que suas reservas ultrapassaram as dos dois maiores exportadores mundiais da commodity, de acordo com um novo estudo. A Rystad Energy estima que as reservas de petróleo passíveis de extração nos campos existentes, novas descobertas e áreas produtoras ainda não descobertas dos Estados Unidos sejam equivalentes a 264 bilhões de barris. O número ultrapassa os 212 bilhões de barris da Arábia Saudita e os 256 bilhões de barris das reservas russas. A análise de 60 mil campos de petróleo em todo o planeta, conduzida ao longo de um período de três anos pela empresa sediada em Oslo demonstra que as reservas mundiais totais de petróleo atingem os 2,1 trilhões de barris. Isso equivale a 70 vezes o ritmo atual de produção de 30 bilhões de barris ao ano, informou a Rystad Energy na segunda-feira (4). As reservas passíveis de extração —os barris cuja extração é viável do ponto de vista tecnológico e econômico— são analisadas pelo setor de energia a fim de determinar o valor de mercado das empresas de petróleo e a saúde dos países produtores de petróleo em longo prazo. Os produtores de petróleo convencionais, como a Arábia Saudita, tradicionalmente usam sua imensa riqueza em recursos naturais a fim de exercer o poder em termos mundiais, especialmente junto a grandes países consumidores como os Estados Unidos. Esse relacionamento se viu abalado nos últimos anos pela fratura hidráulica e outras tecnologias novas que ajudaram os Estados Unidos a ganhar acesso a vastas reservas e permitiram que o país se tornasse mais independente em termos energéticos. "Existe pouco potencial para futuras surpresas em muitos outros países, mas nos Estados Unidos ele continua a existir", disse Per Magnus Nysveen, analista da Rystad Energy, apontando para recentes descobertas na Bacia de Permian, no Texas e Novo México, a região petroleira mais prolífica dos Estados Unidos. "Três anos atrás, os Estados Unidos estavam atrás da Rússia, Canadá e Arábia Saudita". Mais de metade das reservas remanescentes de petróleo dos Estados Unidos são constituídas por petróleo de xisto betuminoso, uma fonte heterodoxa, segundo os dados da Rystad Energy. O Texas detém, sozinho, mais de 60 bilhões de barris de petróleo de xisto betuminoso. Outros boletins sobre as reservas mundiais de petróleo, como o "BP Statistical Review", acompanhado com muita atenção pelo setor, se baseiam nas informações prestadas pelas autoridades nacionais, e mostram os Estados Unidos ainda atrás de países como Arábia Saudita, Rússia, Canadá, Iraque, Venezuela e Kuwait. A Rystad Energy afirma que os dados dos governos, em todo o planeta, são coligidos usando uma série de indicadores muitas vezes opacos. Os números de muitos países incluem frequentemente petróleo ainda não descoberto. CUSTO Embora os números relativos às reservas sejam cruciais, o custo de produção é igualmente vital, disse Richard Mallinson, da Energy Aspects, uma consultoria de energia sediada em Londres. "Os números quanto às reservas importam, mas muitos outros fatores também determinam os retornos de curto e longo prazo daquilo que companhias e nações detêm", disse Mallinson. "O ganho de importância dos Estados Unidos não diminui o papel da Rússia ou da Arábia Saudita, já que o petróleo dos dois países está entre os de extração mais barata no planeta". Os países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), liderados pela Arábia Saudita, nos dois últimos anos permitiram a queda dos preços do petróleo para garantir que sua fatia de mercado seja protegida em longo prazo, diante de produtores de custo mais alto. Ainda que a produção do petróleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos tenha se tornado mais barata —os custos nos últimos anos caíram, em alguns casos, para menos de US$ 40 por barril—, a Arábia Saudita e os demais produtores do Oriente Médio continuam a bombear petróleo por menos de US$ 10 por barril. "Existe uma faixa confortável de preços para os produtores convencionais da Opep. Eles querem preços altos o bastante para gerar receita sólida a fim de bancar gastos sociais em seus países, mas não altas o bastante para tornar petróleo de extração muito mais cara economicamente viável", disse Mallinson. O boom do petróleo de xisto betuminoso nos Estados Unidos foi um dos fatores por trás do recente colapso no preço do petróleo, que derrubou o petróleo padrão Brent de um pico de US$ 115 por barril na metade de 2014 a abaixo de US$ 30 neste ano. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Supersalário e dupla remuneração da Unicamp são ilegais e imorais
Nas últimas semanas vem ganhando destaque a polêmica envolvendo os supersalários dos dirigentes da Unicamp. O estopim foi a ação movida pela Folha pedindo a divulgação dos salários dos servidores da Universidade. Há anos o TCE (Tribunal de Contas do Estado) critica o descumprimento do teto constitucional e a ilegalidade da dupla remuneração paga à cúpula universitária. Ainda em 2012, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp denunciou que alguns salários ultrapassavam o dobro do teto. O simples fato de ser necessário acionar a Justiça já é em si um escândalo. Os salários pagos em qualquer órgão público não são uma questão interna. É um direito da população ter acesso a todas as informações sobre o uso dos recursos públicos. E os trabalhadores da Unicamp, conscientes disso, há anos exigem da reitoria a divulgação dos salários, inclusive para mostrar que a situação da maioria é radicalmente diferente: mais de 80% dos técnico-administrativos da Unicamp estão abaixo dos pisos salariais praticados pela USP, ainda que ambas as universidades sejam mantidas pelo governo do Estado. Tal quadro constitui violação da regra de que trabalhos iguais devem ser igualmente remunerados, a exemplo do que corretamente já ocorre com o corpo docente. Feita a divulgação, descobriu-se que os salários da cúpula da Unicamp chegam a R$ 50 mil por mês, incluindo um salário extra de R$ 14,9 mil para o exercício de cargos da administração superior. Ora, no exercício do cargo, o reitor, por ter todo seu tempo consumido pelas atividades inerentes a tal posição, tem a justa prerrogativa de não cumprir as obrigações decorrentes do cargo de professor titular (ensino, pesquisa, extensão e atividades administrativas). Tal prerrogativa apenas mantém seu caráter de justiça se acompanhada da interrupção temporária do recebimento do salário de professor titular e recebimento exclusivo do salário de reitor. Nada justifica a dupla remuneração. Independentemente da controvérsia relativa ao teto, seja este o salário do governador do Estado ou o equivalente a 90,25% do salário de desembargador do Tribunal de Justiça (conforme defendido pelas associações docentes), chama atenção o fato de que uma pequena porção de servidores ganha salários inexplicavelmente altos, ultrapassando o dobro do atual teto constitucional e sendo muito maior que o teto reivindicado. Mesmo considerando um servidor no topo da carreira, com adicionais por tempo de serviço e outros benefícios, ainda assim não se explicam salários como os recebidos pela cúpula da Unicamp. Por isso, é urgente que a reitoria divulgue não apenas o montante pago, mas também a composição dos salários. Além, claro, de cumprir a lei sem apelar a heterodoxias legais. Por fim, um alerta. Parte da comunidade universitária teme que a exposição de tais mazelas ajude os que, nos governos e fora deles, intentam o desmonte e a privatização da universidade pública. Trata-se de uma preocupação legítima. Mas a nossa luta em defesa da ampliação do investimento no ensino público e da valorização salarial dos trabalhadores da educação nada tem a ganhar quando fechamos os olhos para o injustificável. Até porque a atual cúpula da Unicamp, que se beneficia dos supersalários, é formada justamente por uma (não tão) estranha composição entre os que há muitos anos conduzem nosso país e nosso Estado ao abismo educacional. IURIATAN FELIPE MUNIZ, 31, e TEÓFILO REIS, 31, são diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Supersalário e dupla remuneração da Unicamp são ilegais e imoraisNas últimas semanas vem ganhando destaque a polêmica envolvendo os supersalários dos dirigentes da Unicamp. O estopim foi a ação movida pela Folha pedindo a divulgação dos salários dos servidores da Universidade. Há anos o TCE (Tribunal de Contas do Estado) critica o descumprimento do teto constitucional e a ilegalidade da dupla remuneração paga à cúpula universitária. Ainda em 2012, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp denunciou que alguns salários ultrapassavam o dobro do teto. O simples fato de ser necessário acionar a Justiça já é em si um escândalo. Os salários pagos em qualquer órgão público não são uma questão interna. É um direito da população ter acesso a todas as informações sobre o uso dos recursos públicos. E os trabalhadores da Unicamp, conscientes disso, há anos exigem da reitoria a divulgação dos salários, inclusive para mostrar que a situação da maioria é radicalmente diferente: mais de 80% dos técnico-administrativos da Unicamp estão abaixo dos pisos salariais praticados pela USP, ainda que ambas as universidades sejam mantidas pelo governo do Estado. Tal quadro constitui violação da regra de que trabalhos iguais devem ser igualmente remunerados, a exemplo do que corretamente já ocorre com o corpo docente. Feita a divulgação, descobriu-se que os salários da cúpula da Unicamp chegam a R$ 50 mil por mês, incluindo um salário extra de R$ 14,9 mil para o exercício de cargos da administração superior. Ora, no exercício do cargo, o reitor, por ter todo seu tempo consumido pelas atividades inerentes a tal posição, tem a justa prerrogativa de não cumprir as obrigações decorrentes do cargo de professor titular (ensino, pesquisa, extensão e atividades administrativas). Tal prerrogativa apenas mantém seu caráter de justiça se acompanhada da interrupção temporária do recebimento do salário de professor titular e recebimento exclusivo do salário de reitor. Nada justifica a dupla remuneração. Independentemente da controvérsia relativa ao teto, seja este o salário do governador do Estado ou o equivalente a 90,25% do salário de desembargador do Tribunal de Justiça (conforme defendido pelas associações docentes), chama atenção o fato de que uma pequena porção de servidores ganha salários inexplicavelmente altos, ultrapassando o dobro do atual teto constitucional e sendo muito maior que o teto reivindicado. Mesmo considerando um servidor no topo da carreira, com adicionais por tempo de serviço e outros benefícios, ainda assim não se explicam salários como os recebidos pela cúpula da Unicamp. Por isso, é urgente que a reitoria divulgue não apenas o montante pago, mas também a composição dos salários. Além, claro, de cumprir a lei sem apelar a heterodoxias legais. Por fim, um alerta. Parte da comunidade universitária teme que a exposição de tais mazelas ajude os que, nos governos e fora deles, intentam o desmonte e a privatização da universidade pública. Trata-se de uma preocupação legítima. Mas a nossa luta em defesa da ampliação do investimento no ensino público e da valorização salarial dos trabalhadores da educação nada tem a ganhar quando fechamos os olhos para o injustificável. Até porque a atual cúpula da Unicamp, que se beneficia dos supersalários, é formada justamente por uma (não tão) estranha composição entre os que há muitos anos conduzem nosso país e nosso Estado ao abismo educacional. IURIATAN FELIPE MUNIZ, 31, e TEÓFILO REIS, 31, são diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Onça vira menino em tira da 'Folhinha'; veja todos os quadrinhos
Hoje, nas tiras da "Folhinha", o amigo do Capitão lembra as palavras mágicas para deixar de ser onça. Confira abaixo as tirinhas dos cartunistas Laerte, Adão, Pedro C. e Armandinho.
folhinha
Onça vira menino em tira da 'Folhinha'; veja todos os quadrinhosHoje, nas tiras da "Folhinha", o amigo do Capitão lembra as palavras mágicas para deixar de ser onça. Confira abaixo as tirinhas dos cartunistas Laerte, Adão, Pedro C. e Armandinho.
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São Paulo dá nova chance para Centurión e Kardec
Ao pensar no duelo contra o Rio Claro, Muricy Ramalho havia planejado escalar a formação que considera a melhor do São Paulo. Mas o técnico não imaginava que teria tantas baixas neste domingo (1º), às 16h, em Rio Claro, pelo Paulista. Já ciente de que o zagueiro Dória estava fora por causa de dores no tornozelo direito, Muricy soube na tarde de sábado que teria mais quatro desfalques. O zagueiro Rafael Toloi, o volante Denílson, o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Luis Fabiano apresentaram desgaste muscular. Como isso significa que há risco de lesão, serão poupados. As mudanças atrapalham o planejamento de Muricy. Ele pensava observar os titulares contra o Rio Claro visando os clássicos contra o Corinthians, nos dias 8 de março, pelo Estadual, e 22 de abril, pela Libertadores. Com isso, dois nomes que têm deixado Muricy em dúvida vão jogar. O meia-atacante argentino Centurión será escalado no lugar de Ganso, e o atacante Alan Kardec ficará com a vaga que seria de Luis Fabiano. Os dois atualmente são reservas, mas um deles será escolhido para formar dupla com Luis Fabiano contra o Corinthians. Isso porque Pato não poderá jogar por questões contratuais –só pode entrar em campo se o São Paulo pagar R$ 1 milhão ao rival. Centurión é o favorito neste momento porque é quem mais se aproxima do estilo de Pato. Os dois são rápidos, têm o drible como recurso e jogam fora da área. Finalizam bem e ajudam a criar jogadas. O argentino fez dois jogos desde que chegou, mas só foi titular uma única vez. Kardec já foi o preferido de Muricy, mas o rendimento irregular na temporada o tornou a terceira opção do treinador tricolor. O atacante fez seis jogos e dois gols. Mas nem saiu do banco contra o Danubio, na quarta (25), quando o time estreou no Morumbi pela Libertadores. Aos colegas Kardec diz que vai mudar a situação com dedicação nos treinos. A chance neste domingo não estava prevista, mas pode ajudá-lo a deixar Muricy em dúvida.
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São Paulo dá nova chance para Centurión e KardecAo pensar no duelo contra o Rio Claro, Muricy Ramalho havia planejado escalar a formação que considera a melhor do São Paulo. Mas o técnico não imaginava que teria tantas baixas neste domingo (1º), às 16h, em Rio Claro, pelo Paulista. Já ciente de que o zagueiro Dória estava fora por causa de dores no tornozelo direito, Muricy soube na tarde de sábado que teria mais quatro desfalques. O zagueiro Rafael Toloi, o volante Denílson, o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Luis Fabiano apresentaram desgaste muscular. Como isso significa que há risco de lesão, serão poupados. As mudanças atrapalham o planejamento de Muricy. Ele pensava observar os titulares contra o Rio Claro visando os clássicos contra o Corinthians, nos dias 8 de março, pelo Estadual, e 22 de abril, pela Libertadores. Com isso, dois nomes que têm deixado Muricy em dúvida vão jogar. O meia-atacante argentino Centurión será escalado no lugar de Ganso, e o atacante Alan Kardec ficará com a vaga que seria de Luis Fabiano. Os dois atualmente são reservas, mas um deles será escolhido para formar dupla com Luis Fabiano contra o Corinthians. Isso porque Pato não poderá jogar por questões contratuais –só pode entrar em campo se o São Paulo pagar R$ 1 milhão ao rival. Centurión é o favorito neste momento porque é quem mais se aproxima do estilo de Pato. Os dois são rápidos, têm o drible como recurso e jogam fora da área. Finalizam bem e ajudam a criar jogadas. O argentino fez dois jogos desde que chegou, mas só foi titular uma única vez. Kardec já foi o preferido de Muricy, mas o rendimento irregular na temporada o tornou a terceira opção do treinador tricolor. O atacante fez seis jogos e dois gols. Mas nem saiu do banco contra o Danubio, na quarta (25), quando o time estreou no Morumbi pela Libertadores. Aos colegas Kardec diz que vai mudar a situação com dedicação nos treinos. A chance neste domingo não estava prevista, mas pode ajudá-lo a deixar Muricy em dúvida.
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Alalaô: Confira os dias e horários dos blocos de rua do Rio
Milhares de foliões participam neste fim de semana dos desfiles dos blocos de rua no Rio de Janeiro. Ao todo, a Prefeitura do Rio autorizou 456 blocos, que vão agitar às ruas do Rio durante o Carnaval. A Riotur, empresa de turismo ... Leia post completo no blog
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Alalaô: Confira os dias e horários dos blocos de rua do RioMilhares de foliões participam neste fim de semana dos desfiles dos blocos de rua no Rio de Janeiro. Ao todo, a Prefeitura do Rio autorizou 456 blocos, que vão agitar às ruas do Rio durante o Carnaval. A Riotur, empresa de turismo ... Leia post completo no blog
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Saúde responde: Como diferenciar dengue, chikungunya e zika?
Gostaria de saber como é possível diferenciar os sintomas de dengue, chikungunya e do zika. Segundo o infectologista e presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, Artur Timerman, alguns sintomas como dores no corpo e febre são muito semelhante entre pacientes com as três doenças, transmitidas pelo mosquito Aedes. No entanto, a chikungunya, em boa parte dos casos, apresenta forte dores em articulações principalmente dos pés e das mãos, além de uma febre repentina acima dos 39°C. A febre causada pelo vírus zika em geral dura menos tempo e pode ser acompanhada por uma alergia intensa, que provoca manchas vermelhas na pele. Apesar dessas características, a distinção entre as três viroses só pode ser feita por meio da sorologia –pesquisa de anticorpos que o organismo já produziu ao ser infectado. Ainda não estão disponibilizados testes rápidos que detectem a chikungunya ou o zika. * ENVIE SUA DÚVIDA A cada semana, nas edições de sábado do jornal impresso, a editoria de Saúde da Folha responde a uma pergunta dos leitores sobre saúde. É dada preferência a questões mais gerais sobre doenças, cuidados com a saúde e hábitos saudáveis.
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Saúde responde: Como diferenciar dengue, chikungunya e zika?Gostaria de saber como é possível diferenciar os sintomas de dengue, chikungunya e do zika. Segundo o infectologista e presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, Artur Timerman, alguns sintomas como dores no corpo e febre são muito semelhante entre pacientes com as três doenças, transmitidas pelo mosquito Aedes. No entanto, a chikungunya, em boa parte dos casos, apresenta forte dores em articulações principalmente dos pés e das mãos, além de uma febre repentina acima dos 39°C. A febre causada pelo vírus zika em geral dura menos tempo e pode ser acompanhada por uma alergia intensa, que provoca manchas vermelhas na pele. Apesar dessas características, a distinção entre as três viroses só pode ser feita por meio da sorologia –pesquisa de anticorpos que o organismo já produziu ao ser infectado. Ainda não estão disponibilizados testes rápidos que detectem a chikungunya ou o zika. * ENVIE SUA DÚVIDA A cada semana, nas edições de sábado do jornal impresso, a editoria de Saúde da Folha responde a uma pergunta dos leitores sobre saúde. É dada preferência a questões mais gerais sobre doenças, cuidados com a saúde e hábitos saudáveis.
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Sábado tem Corinthians em campo, festa junina no Jockey e outros arraiás
Neste sábado (4), o Corinthians e o Coritiba se enfrentam pelo Campeonato Brasileiro, na Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste da cidade. A partida está marcada para as 20h30. O trânsito pode complicar nas imediações do estádio no horário de entrada e saída dos torcedores. Vias próximas ao parque da Água Branca, zona oeste da cidade, serão bloqueadas temporariamente para a realização da "Corrida Noturna Live Music Run", que começa às 19h30 –a CET estima a presença de 4.000 atletas. A avenida Doutor Adolpho Pinto, a rua Tagipuru, a alameda Olga e as ruas Marta e Margarida devem ser interditadas a partir das 19h. Hora de se preparar para pular fogueira e dançar quadrilha: começa a programação de festas juninas na cidade –só para este sábado, o "Guia" selecionou nove arraiás. Neste ano, o evento gratuito Arraial da Cidade será realizado no Jockey Club, a partir das 10h –trânsito pode complicar nas imediações. Veja a agenda completa aqui. * TEMPO Fim de semana deve começar chuvoso, com possibilidade de chuva a qualquer hora. Friozinho também é garantido, com máxima de 20ºC e mínima de 15ºC. * VOCÊ DEVERIA SABER Sobre o caso de estupro coletivo da adolescente de 16 anos, a Polícia Civil do Rio está trabalhando com a hipótese de que a jovem tenha sido violentada em diferentes momentos no dia 22 de maio. Tanto a polícia como a Promotoria entendem que a adolescente foi violentada em diferentes momentos, sendo assim, vítima de vários estupros. Motoristas do Uber criaram dois pontos em Guarulhos (Grande SP) para esperar chamadas de corridas vindas do aeroporto de Cumbica. Eles estão às margens da rodovia Hélio Smidt, principal ligação ao aeroporto, a cerca de 5 km. Um deles fica perto do hotel Pullman. O outro, no Parque Cecap. * AGENDA CULTURAL Teatro | O espetáculo "Cenas de uma Execução", sobre a história da pintora Galactia, que irritou as autoridades venezianas no século 16, estreia no Teatro Sérgio Cardoso. Teatro Sérgio Cardoso - sala Paschoal Carlos Magno - r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel. 3288-0136. Seg., sáb. e dom.: 19h30. Estreia: 4/6. Até 27/6. Ingr.: R$ 50. Ingr. p/ ingressorapido.com.br; Show | O paraibano Chico César interpreta músicas do álbum "Estado de Poesia", lançado em 2015, após oito anos sem um trabalho de músicas inéditas. Além dele, Maria Rita, Juliana Amaral e Lineker sobem aos palcos. Veja informações sobre preços e locais. Criança | Com o intuito de entreter e ensinar movimentos corporais ao público, o novo espetáculo do Barbatuques estreia no Teatro Morumbi Shopping. O repertório inclui canções inéditas, como "Mãos à Obra e Pé na Tábua", e novos arranjos para músicas brasileiras. Teatro Morumbi Shopping - av.Roque Petroni Júnior, 1.089, Jardim das Acácias, tel. 5183-2800. Sáb. e dom.: 15h. Até 3/7. 45 min. Ingr.: R$ 50. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Exposição | Também neste sábado, será aberta a exposição "Antes que Acabe". O artista João Galera reproduz com desenhos em nanquim diversas casinhas tradicionais da capital paulista —antes que elas sejam demolidas. Para a inauguração, food trucks, como o Nhoc Nhoc (com diversas versões de nhoque). No mesmo dia, o MCB também recebe a mostra de Leonardo Finotti, "Rio Enquadrado", com 80 fotos inéditas do Rio de Janeiro.
saopaulo
Sábado tem Corinthians em campo, festa junina no Jockey e outros arraiásNeste sábado (4), o Corinthians e o Coritiba se enfrentam pelo Campeonato Brasileiro, na Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste da cidade. A partida está marcada para as 20h30. O trânsito pode complicar nas imediações do estádio no horário de entrada e saída dos torcedores. Vias próximas ao parque da Água Branca, zona oeste da cidade, serão bloqueadas temporariamente para a realização da "Corrida Noturna Live Music Run", que começa às 19h30 –a CET estima a presença de 4.000 atletas. A avenida Doutor Adolpho Pinto, a rua Tagipuru, a alameda Olga e as ruas Marta e Margarida devem ser interditadas a partir das 19h. Hora de se preparar para pular fogueira e dançar quadrilha: começa a programação de festas juninas na cidade –só para este sábado, o "Guia" selecionou nove arraiás. Neste ano, o evento gratuito Arraial da Cidade será realizado no Jockey Club, a partir das 10h –trânsito pode complicar nas imediações. Veja a agenda completa aqui. * TEMPO Fim de semana deve começar chuvoso, com possibilidade de chuva a qualquer hora. Friozinho também é garantido, com máxima de 20ºC e mínima de 15ºC. * VOCÊ DEVERIA SABER Sobre o caso de estupro coletivo da adolescente de 16 anos, a Polícia Civil do Rio está trabalhando com a hipótese de que a jovem tenha sido violentada em diferentes momentos no dia 22 de maio. Tanto a polícia como a Promotoria entendem que a adolescente foi violentada em diferentes momentos, sendo assim, vítima de vários estupros. Motoristas do Uber criaram dois pontos em Guarulhos (Grande SP) para esperar chamadas de corridas vindas do aeroporto de Cumbica. Eles estão às margens da rodovia Hélio Smidt, principal ligação ao aeroporto, a cerca de 5 km. Um deles fica perto do hotel Pullman. O outro, no Parque Cecap. * AGENDA CULTURAL Teatro | O espetáculo "Cenas de uma Execução", sobre a história da pintora Galactia, que irritou as autoridades venezianas no século 16, estreia no Teatro Sérgio Cardoso. Teatro Sérgio Cardoso - sala Paschoal Carlos Magno - r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel. 3288-0136. Seg., sáb. e dom.: 19h30. Estreia: 4/6. Até 27/6. Ingr.: R$ 50. Ingr. p/ ingressorapido.com.br; Show | O paraibano Chico César interpreta músicas do álbum "Estado de Poesia", lançado em 2015, após oito anos sem um trabalho de músicas inéditas. Além dele, Maria Rita, Juliana Amaral e Lineker sobem aos palcos. Veja informações sobre preços e locais. Criança | Com o intuito de entreter e ensinar movimentos corporais ao público, o novo espetáculo do Barbatuques estreia no Teatro Morumbi Shopping. O repertório inclui canções inéditas, como "Mãos à Obra e Pé na Tábua", e novos arranjos para músicas brasileiras. Teatro Morumbi Shopping - av.Roque Petroni Júnior, 1.089, Jardim das Acácias, tel. 5183-2800. Sáb. e dom.: 15h. Até 3/7. 45 min. Ingr.: R$ 50. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Exposição | Também neste sábado, será aberta a exposição "Antes que Acabe". O artista João Galera reproduz com desenhos em nanquim diversas casinhas tradicionais da capital paulista —antes que elas sejam demolidas. Para a inauguração, food trucks, como o Nhoc Nhoc (com diversas versões de nhoque). No mesmo dia, o MCB também recebe a mostra de Leonardo Finotti, "Rio Enquadrado", com 80 fotos inéditas do Rio de Janeiro.
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Morre paciente hospitalizado após teste clínico na França
Morreu às 12h deste domingo (17) em Rennes, na França, o paciente que teve morte cerebral após ingerir um novo medicamento, ainda em fase de testes. Outros cinco voluntários do ensaio clínico ainda estão internados, segundo nota do hospital. Quatro dos pacientes têm problemas neurológicos cuja gravidade não foi especificada. Um deles não apresenta sintomas, mas segue em observação. Segundo o hospital, o estado dos pacientes é estável. Os voluntários, todos homens entre 28 e 49 anos, participaram de um estudo do laboratório francês Biotrial, para o grupo farmacêutico português Bial, em busca de um remédio para tratar problemas motores e de ansiedade ligados a doenças neurodegenerativas. FASE A FASE A molécula –que leva o nome provisório BIA 10-2474– foi distribuída a 90 voluntários. Os seis que tiveram sintomas pertenciam a um mesmo grupo, que começou a tomar o medicamento no dia 7 deste mês de forma repetida, diferentemente do restante dos voluntários. As outras 84 pessoas foram contatadas e dez delas foram submetidas a exames médicos complementares, que, segundo o hospital de Rennes, não detectaram anomalias clínicas nem radiológicas. SEGURANÇA EM VISTA A agência reguladora de medicamentos da França (ANSM) começou neste sábado (16) uma inspeção no lugar dos ensaios, enquanto isso a Justiça do país já investiga o caso. As autoridades francesas esperam ter um primeiro parecer sobre o acontecimento ainda neste mês. Os testes foram interrompidos.
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Morre paciente hospitalizado após teste clínico na FrançaMorreu às 12h deste domingo (17) em Rennes, na França, o paciente que teve morte cerebral após ingerir um novo medicamento, ainda em fase de testes. Outros cinco voluntários do ensaio clínico ainda estão internados, segundo nota do hospital. Quatro dos pacientes têm problemas neurológicos cuja gravidade não foi especificada. Um deles não apresenta sintomas, mas segue em observação. Segundo o hospital, o estado dos pacientes é estável. Os voluntários, todos homens entre 28 e 49 anos, participaram de um estudo do laboratório francês Biotrial, para o grupo farmacêutico português Bial, em busca de um remédio para tratar problemas motores e de ansiedade ligados a doenças neurodegenerativas. FASE A FASE A molécula –que leva o nome provisório BIA 10-2474– foi distribuída a 90 voluntários. Os seis que tiveram sintomas pertenciam a um mesmo grupo, que começou a tomar o medicamento no dia 7 deste mês de forma repetida, diferentemente do restante dos voluntários. As outras 84 pessoas foram contatadas e dez delas foram submetidas a exames médicos complementares, que, segundo o hospital de Rennes, não detectaram anomalias clínicas nem radiológicas. SEGURANÇA EM VISTA A agência reguladora de medicamentos da França (ANSM) começou neste sábado (16) uma inspeção no lugar dos ensaios, enquanto isso a Justiça do país já investiga o caso. As autoridades francesas esperam ter um primeiro parecer sobre o acontecimento ainda neste mês. Os testes foram interrompidos.
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Bellucci fecha contrato temporário com técnico do Brasil na Davis
O tenista Thomaz Bellucci terá um técnico interino neste início de temporada. Nesta quinta-feira (15), o brasileiro acertou com João Zwetsch, treinador do Brasil na Copa Davis. O acordo é válido até o Masters 1.000 de Miami, que acontece em março. João Zwetsch já foi treinador do número um do Brasil no ranking mundial entre 2008 e 2010. "Com ele, alcancei o melhor ranking da minha carreira, além de bons resultados na Copa Davis. Ele é, sem dúvida, um dos melhores técnicos do Brasil, com bastante experiência internacional, além de me conhecer muito bem", disse Bellucci, que estava sem técnico desde novembro, quando rompeu a parceria com o espanhol Francisco "Pato" Clavet. Bellucci e Zwetsch já iniciaram o trabalho nesta quinta-feira (15) em preparação para o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, que começa no domingo (18). Depois do Aberto da Austrália, Bellucci vai disputar o ATP 250 de Quito (2 de fevereiro), Brasil Open (9 de fevereiro), Rio Open (16 de fevereiro), ATP 250 de Buenos Aires (23 de fevereiro), ATP Masters 1.000 de Indian Wells (9 de março) e ATP Masters 1.000 de Miami (23 de março).
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Bellucci fecha contrato temporário com técnico do Brasil na DavisO tenista Thomaz Bellucci terá um técnico interino neste início de temporada. Nesta quinta-feira (15), o brasileiro acertou com João Zwetsch, treinador do Brasil na Copa Davis. O acordo é válido até o Masters 1.000 de Miami, que acontece em março. João Zwetsch já foi treinador do número um do Brasil no ranking mundial entre 2008 e 2010. "Com ele, alcancei o melhor ranking da minha carreira, além de bons resultados na Copa Davis. Ele é, sem dúvida, um dos melhores técnicos do Brasil, com bastante experiência internacional, além de me conhecer muito bem", disse Bellucci, que estava sem técnico desde novembro, quando rompeu a parceria com o espanhol Francisco "Pato" Clavet. Bellucci e Zwetsch já iniciaram o trabalho nesta quinta-feira (15) em preparação para o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, que começa no domingo (18). Depois do Aberto da Austrália, Bellucci vai disputar o ATP 250 de Quito (2 de fevereiro), Brasil Open (9 de fevereiro), Rio Open (16 de fevereiro), ATP 250 de Buenos Aires (23 de fevereiro), ATP Masters 1.000 de Indian Wells (9 de março) e ATP Masters 1.000 de Miami (23 de março).
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Liberdade de imprensa atinge pior nível em dez anos, diz ONG
Segundo organização Freedom House, violência e censura levaram à deterioração das condições de trabalho de jornalistas mundo afora. No Brasil, considerado "parcialmente livre", quatro jornalistas foram mortos em 2014. Jornalistas estão na mira de terroristas e de governos autoritários, e alguns países estão endurecendo o controle sobre a mídia. Isso fez com que, em 2014, a liberdade de imprensa tenha alcançado os piores níveis em mais de uma década, indica o relatório anual da ONG Freedom House, divulgado nesta quarta-feira (29). "Os governos usam a segurança ou as leis antiterrorismo como pretexto para silenciar a crítica. Grupos militantes e gangues usam, cada vez mais, táticas descaradas para intimidar jornalistas. Já os empresários da mídia tentam manipular o conteúdo das notícias para satisfazer seus interesses políticos e econômicos", disse Jennifer Dunham, que gerenciou o estudo. Num ranking, o relatório classifica os países como "livres", "parcialmente livres" ou "não livres". Dos 199 países analisados em 2014, 63 foram considerados "livres", 71, "relativamente livres", e 65, "não livres". Isso significa que apenas uma em cada sete pessoas no mundo vive nos países "livres", caracterizados por forte cobertura de notícias políticas, garantia de segurança aos jornalistas e com baixa influência do Estado nas questões midiáticas. O Brasil é classificado como "parcialmente livre", na 90ª posição do ranking. A mídia brasileira enfrenta "a ameaça constante de violência e impunidade, assim como censura judicial", destaca a Freedom House. A ONG lembra que quatro jornalistas foram mortos no país em 2014, e muitos outros foram atacados ao cobrir protestos. ESCANDINAVOS NA FRENTE Noruega, Suécia e Bélgica figuram entre os melhores colocados para o exercício da profissão de jornalista. Entre os piores, aparecem Belarus, Crimeia, Cuba, Guiné Equatorial, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, Síria, Turcomenistão e Uzbequistão. Devido à forma como a polícia tratou os jornalistas nos protestos de Ferguson, no Missouri, os Estados Unidos caíram no ranking. Outro país em que a situação para os jornalistas piorou foi a China, onde as autoridades intensificaram o controle sobre meios de comunicação liberais, segundo a Freedom House. A Europa ainda é a região com a pontuação mais alta, mas a situação também se deteriorou nos últimos dez anos. As condições de trabalho para jornalistas também ficaram mais duras na Rússia, Síria, Argélia, Nigéria e Etiópia, enquanto a Tunísia "registrou o melhor resultado entre os países árabes". Da população do Oriente Médio e do norte da África, apenas 2% vive num ambiente propício para o livre exercício do jornalismo. O PERIGO DA PROPAGANDA A Freedom House afirma que uma das razões para o declínio da liberdade de imprensa em todo o mundo é a aplicação de leis restritivas, muitas vezes aprovadas por motivos de segurança nacional. Segundo Dunham, um dos piores fatores do último ano foi o fato de os Estados democráticos terem que lidar com uma "investida propagandística" por parte de regimes autoritários e grupos paramilitares. "Há o perigo de que, em vez de encorajar a honestidade, o jornalismo objetivo e a liberdade de informação como antídoto, as democracias recorram à censura ou à própria propaganda", ressaltou.
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Liberdade de imprensa atinge pior nível em dez anos, diz ONGSegundo organização Freedom House, violência e censura levaram à deterioração das condições de trabalho de jornalistas mundo afora. No Brasil, considerado "parcialmente livre", quatro jornalistas foram mortos em 2014. Jornalistas estão na mira de terroristas e de governos autoritários, e alguns países estão endurecendo o controle sobre a mídia. Isso fez com que, em 2014, a liberdade de imprensa tenha alcançado os piores níveis em mais de uma década, indica o relatório anual da ONG Freedom House, divulgado nesta quarta-feira (29). "Os governos usam a segurança ou as leis antiterrorismo como pretexto para silenciar a crítica. Grupos militantes e gangues usam, cada vez mais, táticas descaradas para intimidar jornalistas. Já os empresários da mídia tentam manipular o conteúdo das notícias para satisfazer seus interesses políticos e econômicos", disse Jennifer Dunham, que gerenciou o estudo. Num ranking, o relatório classifica os países como "livres", "parcialmente livres" ou "não livres". Dos 199 países analisados em 2014, 63 foram considerados "livres", 71, "relativamente livres", e 65, "não livres". Isso significa que apenas uma em cada sete pessoas no mundo vive nos países "livres", caracterizados por forte cobertura de notícias políticas, garantia de segurança aos jornalistas e com baixa influência do Estado nas questões midiáticas. O Brasil é classificado como "parcialmente livre", na 90ª posição do ranking. A mídia brasileira enfrenta "a ameaça constante de violência e impunidade, assim como censura judicial", destaca a Freedom House. A ONG lembra que quatro jornalistas foram mortos no país em 2014, e muitos outros foram atacados ao cobrir protestos. ESCANDINAVOS NA FRENTE Noruega, Suécia e Bélgica figuram entre os melhores colocados para o exercício da profissão de jornalista. Entre os piores, aparecem Belarus, Crimeia, Cuba, Guiné Equatorial, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, Síria, Turcomenistão e Uzbequistão. Devido à forma como a polícia tratou os jornalistas nos protestos de Ferguson, no Missouri, os Estados Unidos caíram no ranking. Outro país em que a situação para os jornalistas piorou foi a China, onde as autoridades intensificaram o controle sobre meios de comunicação liberais, segundo a Freedom House. A Europa ainda é a região com a pontuação mais alta, mas a situação também se deteriorou nos últimos dez anos. As condições de trabalho para jornalistas também ficaram mais duras na Rússia, Síria, Argélia, Nigéria e Etiópia, enquanto a Tunísia "registrou o melhor resultado entre os países árabes". Da população do Oriente Médio e do norte da África, apenas 2% vive num ambiente propício para o livre exercício do jornalismo. O PERIGO DA PROPAGANDA A Freedom House afirma que uma das razões para o declínio da liberdade de imprensa em todo o mundo é a aplicação de leis restritivas, muitas vezes aprovadas por motivos de segurança nacional. Segundo Dunham, um dos piores fatores do último ano foi o fato de os Estados democráticos terem que lidar com uma "investida propagandística" por parte de regimes autoritários e grupos paramilitares. "Há o perigo de que, em vez de encorajar a honestidade, o jornalismo objetivo e a liberdade de informação como antídoto, as democracias recorram à censura ou à própria propaganda", ressaltou.
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Governo de SP contesta reportagem sobre cálculo da taxa de homicídios
A Secretaria da Segurança Pública esclarece que a afirmação de que a metodologia seguida pela pasta para compilação de estatísticas não segue padrão internacional é inverídica (Estado calcula taxa de assassinatos fora do padrão internacional ). As mortes decorrentes de intervenção policial, por serem consideradas lícitas, são excluídas dos dados de homicídios dos EUA e da União Europeia (Eurostat), pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e FBI. A Alemanha, assim como São Paulo, utiliza ocorrências de homicídios. A divulgação das estatísticas da Secretaria da Segurança Pública contempla também o número de vítimas de homicídios. Dessa forma, a própria Folha pode calcular as taxas em diferentes recortes. MARCO NASCIMENTO, diretor-executivo de imprensa e comunicação da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP) RESPOSTA DOS JORNALISTAS ANDRÉ MONTEIRO E ROGÉRIO PAGNAN - O padrão internacional, seguido por todos os órgãos citados, é usar a quantidade de vítimas, não de casos, no cálculo da taxa de homicídios. A EuroStat, agência estatística da União Europeia, da qual a Alemanha faz parte, também sugere essa metodologia. Ao contrário do que tenta fazer crer o missivista, a letalidade policial não foi o foco da reportagem, sendo apenas citada como exemplo de recomendação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Governo de SP contesta reportagem sobre cálculo da taxa de homicídiosA Secretaria da Segurança Pública esclarece que a afirmação de que a metodologia seguida pela pasta para compilação de estatísticas não segue padrão internacional é inverídica (Estado calcula taxa de assassinatos fora do padrão internacional ). As mortes decorrentes de intervenção policial, por serem consideradas lícitas, são excluídas dos dados de homicídios dos EUA e da União Europeia (Eurostat), pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e FBI. A Alemanha, assim como São Paulo, utiliza ocorrências de homicídios. A divulgação das estatísticas da Secretaria da Segurança Pública contempla também o número de vítimas de homicídios. Dessa forma, a própria Folha pode calcular as taxas em diferentes recortes. MARCO NASCIMENTO, diretor-executivo de imprensa e comunicação da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP) RESPOSTA DOS JORNALISTAS ANDRÉ MONTEIRO E ROGÉRIO PAGNAN - O padrão internacional, seguido por todos os órgãos citados, é usar a quantidade de vítimas, não de casos, no cálculo da taxa de homicídios. A EuroStat, agência estatística da União Europeia, da qual a Alemanha faz parte, também sugere essa metodologia. Ao contrário do que tenta fazer crer o missivista, a letalidade policial não foi o foco da reportagem, sendo apenas citada como exemplo de recomendação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Editorial: Shopping parlamentar
É certo que nenhum político sobrevive se não tiver alguma sede pelo poder. Mesmo essa característica, porém, se divide desigualmente entre os que se dedicam às atividades legislativas e de governo. Poucos a manifestam com mais ênfase, no contexto atual, do que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ainda que possam merecer reserva as suas motivações pessoais ou ideológicas, o fato é que as expressa com vigor desde que ascendeu ao cargo, dando a este dimensões de combatividade e de potencial perturbação que seus antecessores, mais tímidos ou bem contentados, não deixavam entrever. A "virtù" maquiaveliana de Eduardo Cunha –entenda-se o termo não em sua conotação moral, mas pelo que significa de impetuosidade e clareza de objetivos políticos– naturalmente se confirma quanto mais parece faltar nas paragens do Poder Executivo. Não é necessário recorrer a Maquiavel, entretanto, para dizer que todo príncipe –ou, vá lá, todo "condottiero"– ambiciona ter o seu palácio. Quanto a isso, Cunha não perdeu tempo, embora seja inegável que sua iniciativa chega em péssima hora. O deputado há de argumentar que o projeto de ampliar as instalações da Câmara, com novos gabinetes, vagas de estacionamento e até a construção de um shopping center, fazia parte de suas promessas de campanha, na qual pleiteou o cargo que ora ocupa. Já constitui aspecto lamentável que, numa eleição entre representantes da população, tal gênero de promessas circule e proporcione resultados. De que mais precisam os deputados? Chafarizes, ambulâncias? Dentaduras, mortadelas? Quiseram um shopping, e o presidente da Câmara pôs mãos à obra. O momento coincide, contudo, com o de um extremo aperto nas contas públicas. Votam-se, com os debates inevitáveis e as resistências que se conhecem, cortes em benefícios sociais e o fim de isenções tributárias. Numa perversidade especial de arquitetura legislativa, inseriu-se o shopping de Cunha no interior de uma medida provisória destinada a aumentar impostos sobre produtos importados. Diga-se que vários deputados tentaram derrubar a aberração. Do PSOL ao PSC, procurou-se colocar em destaque, para votação em separado, o projeto de Cunha. Mestre no uso do regimento, o presidente da Câmara conseguiu a princípio evitar que a matéria fosse examinada isoladamente; mais tarde, cedeu. Talvez sem surpresa, verificou que a maioria de seus pares, afinal, concordava com o projeto –cabendo a PT, PSDB e alguns poucos a honra de terem sido derrotados pelo fisiologismo dominante. Virá o shopping, portanto. Talvez os correligionários de Eduardo Cunha possam abrir lá mesmo suas tendas em que comercializam cargos e vantagens.
opiniao
Editorial: Shopping parlamentarÉ certo que nenhum político sobrevive se não tiver alguma sede pelo poder. Mesmo essa característica, porém, se divide desigualmente entre os que se dedicam às atividades legislativas e de governo. Poucos a manifestam com mais ênfase, no contexto atual, do que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ainda que possam merecer reserva as suas motivações pessoais ou ideológicas, o fato é que as expressa com vigor desde que ascendeu ao cargo, dando a este dimensões de combatividade e de potencial perturbação que seus antecessores, mais tímidos ou bem contentados, não deixavam entrever. A "virtù" maquiaveliana de Eduardo Cunha –entenda-se o termo não em sua conotação moral, mas pelo que significa de impetuosidade e clareza de objetivos políticos– naturalmente se confirma quanto mais parece faltar nas paragens do Poder Executivo. Não é necessário recorrer a Maquiavel, entretanto, para dizer que todo príncipe –ou, vá lá, todo "condottiero"– ambiciona ter o seu palácio. Quanto a isso, Cunha não perdeu tempo, embora seja inegável que sua iniciativa chega em péssima hora. O deputado há de argumentar que o projeto de ampliar as instalações da Câmara, com novos gabinetes, vagas de estacionamento e até a construção de um shopping center, fazia parte de suas promessas de campanha, na qual pleiteou o cargo que ora ocupa. Já constitui aspecto lamentável que, numa eleição entre representantes da população, tal gênero de promessas circule e proporcione resultados. De que mais precisam os deputados? Chafarizes, ambulâncias? Dentaduras, mortadelas? Quiseram um shopping, e o presidente da Câmara pôs mãos à obra. O momento coincide, contudo, com o de um extremo aperto nas contas públicas. Votam-se, com os debates inevitáveis e as resistências que se conhecem, cortes em benefícios sociais e o fim de isenções tributárias. Numa perversidade especial de arquitetura legislativa, inseriu-se o shopping de Cunha no interior de uma medida provisória destinada a aumentar impostos sobre produtos importados. Diga-se que vários deputados tentaram derrubar a aberração. Do PSOL ao PSC, procurou-se colocar em destaque, para votação em separado, o projeto de Cunha. Mestre no uso do regimento, o presidente da Câmara conseguiu a princípio evitar que a matéria fosse examinada isoladamente; mais tarde, cedeu. Talvez sem surpresa, verificou que a maioria de seus pares, afinal, concordava com o projeto –cabendo a PT, PSDB e alguns poucos a honra de terem sido derrotados pelo fisiologismo dominante. Virá o shopping, portanto. Talvez os correligionários de Eduardo Cunha possam abrir lá mesmo suas tendas em que comercializam cargos e vantagens.
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Governo quer 'puxar' conteúdo do ensino médio para o fundamental
Parte do conteúdo previsto para o ensino médio nas discussões sobre a nova Base Nacional Comum Curricular será "adiantado" para os anos finais do ensino fundamental. A iniciativa, diz a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, 69, facilitará a reformulação do ensino médio. A reforma foi anunciada pelo governo Michel Temer (PMDB) na última semana. A ideia central é fazer com que metade das aulas sejam iguais para todos os estudantes, a partir dos conteúdos descritos pela base curricular, que vai definir o que os alunos devem aprender em toda educação básica. O restante poderá ser escolhido pelos estudantes entre as áreas de linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino profissional. Também como aposta para melhorar indicadores como evasão e aprendizado na etapa, o governo quer colocar 500 mil alunos em escolas de tempo integral. Em entrevista à Folha, Maria Helena diz que todo o processo de flexibilização deve demorar ao menos cinco anos para ser consolidado nas redes pública e privada do país. * Flexibilização Dificilmente essa proposta vai aumentar a desigualdade, acredito que vai reduzir. Hoje há a tendência de reprovação e péssimo aproveitamento de aprendizagem. E as principais causas estão na falta de interesse pelo currículo. Quando tivermos uma escola mais interessante, projetos de vida que façam mais sentido, integração das áreas, vai diminuir esse problema. É impossível defender o atual ensino médio que há anos está em crise. Responsabilidades Os Estados terão um papel importante, mas gradativamente as redes vão se aperfeiçoar. Precisamos acompanhar e fazer formações de professores. Estamos iniciando uma reforma estrutural. Para fazer direito, com boa formação, materiais, levará no mínimo cinco anos. Até porque a base curricular [da etapa] só estará aprovada no ano que vem. Recursos Não obrigatoriamente precisaremos de mais recursos. Os Estados podem começar a implementar por uma das áreas de aprofundamento, enquanto se preparam para as outras. O ensino técnico custa mais caro, mas devemos fazer parcerias. O próprio MEC está reorganizando o Pronatec. Aprofundamentos Não será tão complicado a oferta dos blocos de aprofundamento. O maior problema é a estrutura de organização das carreiras, não a falta de professor. Terá que ter adaptação nas carreiras de ensino médio para maior flexibilidade do corpo docente. Os professores de matemática, por exemplo, poderão ter trabalho de complementação pedagógica para atuar na área de física, por exemplo. As redes têm condição de se adequar. Adiantamento Vários componentes de conteúdo que, na segunda versão da base curricular, estavam previstos no ensino médio, estão sendo puxados para o ensino fundamental, principalmente para o 8º e 9º anos. Seja na área de ciências, linguagens ou matemática. Ainda estamos em fase de revisão e só em outubro teremos detalhes sobre quais conteúdos. Mas isso vai reforçar o aprofundamento no ensino médio. Conteúdo Não discutimos ainda se haverá uma base do MEC para as áreas de aprofundamento, pode ser que seja uma demanda dos Estados. O Consed [conselho que reúne secretários estaduais de Educação] fará seminários sobre o ensino médio e a base curricular. Se houver essa decisão, faremos. Artes e educação física Educação física e artes permanecem e estão mantidas como diretrizes curriculares até a elaboração da Base Nacional. Esses componentes devem entrar na base, mas não sei ainda que peso terão [o documento não está pronto]. A base não define carga horária, isso serão os Estados. A minha percepção é que arte pode ser integrada também a áreas de aprofundamento, como linguagens, humanidades e até nas ciências exatas. Ensino integral A ideia é começar com número pequeno de escolas, que será supervisionado e avaliado para fazer correções ao longo do tempo. Vamos abrir um edital para as redes aderirem a partir dos critérios [escolas mais vulneráveis devem ter prioridade]. Haverá diretrizes a seguir, mas elas vão permitir modelos diferentes de ensino integral. REFORMAS NO ENSINO MÉDIO - Principais mudanças propostas pela medida provisória do governo Temer
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Governo quer 'puxar' conteúdo do ensino médio para o fundamentalParte do conteúdo previsto para o ensino médio nas discussões sobre a nova Base Nacional Comum Curricular será "adiantado" para os anos finais do ensino fundamental. A iniciativa, diz a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, 69, facilitará a reformulação do ensino médio. A reforma foi anunciada pelo governo Michel Temer (PMDB) na última semana. A ideia central é fazer com que metade das aulas sejam iguais para todos os estudantes, a partir dos conteúdos descritos pela base curricular, que vai definir o que os alunos devem aprender em toda educação básica. O restante poderá ser escolhido pelos estudantes entre as áreas de linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino profissional. Também como aposta para melhorar indicadores como evasão e aprendizado na etapa, o governo quer colocar 500 mil alunos em escolas de tempo integral. Em entrevista à Folha, Maria Helena diz que todo o processo de flexibilização deve demorar ao menos cinco anos para ser consolidado nas redes pública e privada do país. * Flexibilização Dificilmente essa proposta vai aumentar a desigualdade, acredito que vai reduzir. Hoje há a tendência de reprovação e péssimo aproveitamento de aprendizagem. E as principais causas estão na falta de interesse pelo currículo. Quando tivermos uma escola mais interessante, projetos de vida que façam mais sentido, integração das áreas, vai diminuir esse problema. É impossível defender o atual ensino médio que há anos está em crise. Responsabilidades Os Estados terão um papel importante, mas gradativamente as redes vão se aperfeiçoar. Precisamos acompanhar e fazer formações de professores. Estamos iniciando uma reforma estrutural. Para fazer direito, com boa formação, materiais, levará no mínimo cinco anos. Até porque a base curricular [da etapa] só estará aprovada no ano que vem. Recursos Não obrigatoriamente precisaremos de mais recursos. Os Estados podem começar a implementar por uma das áreas de aprofundamento, enquanto se preparam para as outras. O ensino técnico custa mais caro, mas devemos fazer parcerias. O próprio MEC está reorganizando o Pronatec. Aprofundamentos Não será tão complicado a oferta dos blocos de aprofundamento. O maior problema é a estrutura de organização das carreiras, não a falta de professor. Terá que ter adaptação nas carreiras de ensino médio para maior flexibilidade do corpo docente. Os professores de matemática, por exemplo, poderão ter trabalho de complementação pedagógica para atuar na área de física, por exemplo. As redes têm condição de se adequar. Adiantamento Vários componentes de conteúdo que, na segunda versão da base curricular, estavam previstos no ensino médio, estão sendo puxados para o ensino fundamental, principalmente para o 8º e 9º anos. Seja na área de ciências, linguagens ou matemática. Ainda estamos em fase de revisão e só em outubro teremos detalhes sobre quais conteúdos. Mas isso vai reforçar o aprofundamento no ensino médio. Conteúdo Não discutimos ainda se haverá uma base do MEC para as áreas de aprofundamento, pode ser que seja uma demanda dos Estados. O Consed [conselho que reúne secretários estaduais de Educação] fará seminários sobre o ensino médio e a base curricular. Se houver essa decisão, faremos. Artes e educação física Educação física e artes permanecem e estão mantidas como diretrizes curriculares até a elaboração da Base Nacional. Esses componentes devem entrar na base, mas não sei ainda que peso terão [o documento não está pronto]. A base não define carga horária, isso serão os Estados. A minha percepção é que arte pode ser integrada também a áreas de aprofundamento, como linguagens, humanidades e até nas ciências exatas. Ensino integral A ideia é começar com número pequeno de escolas, que será supervisionado e avaliado para fazer correções ao longo do tempo. Vamos abrir um edital para as redes aderirem a partir dos critérios [escolas mais vulneráveis devem ter prioridade]. Haverá diretrizes a seguir, mas elas vão permitir modelos diferentes de ensino integral. REFORMAS NO ENSINO MÉDIO - Principais mudanças propostas pela medida provisória do governo Temer
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Neil Young desautoriza Donald Trump a usar música em campanha presidencial
Neil Young criticou Donald Trump por o empresário e apresentador ter usado "Rockin' In The Free World" no lançamento de sua candidatura à presidência. Trump disputa as prévias do Partido Republicano para as eleições de 2016. Na terça-feira (17), apresentou sua candidatura em entrevista coletiva à imprensa – a música de Young tocou enquanto o empresário subia ao palco (veja acima). Representantes do músico canadense soltaram uma declaração, dizendo que Trump "não estava autorizado" a usar "Rockin' In The Free World". "Neil Young, um cidadão canadense, apoia Bernie Sanders para a presidência dos Estados Unidos", informou o site "Deadline". Já o pré-candidato rebateu, dizendo que tinha pago pelos direitos de usar a música, segundo o "TMZ". Young deve lançar ainda em junho seu 36º álbum de estúdio, "The Monsanto Years", com canções de protesto contra a empresa agrícola Monsanto. O disco deve sair junto com um documentário. Quem também já comprou briga com políticos pelo uso de músicas foi Johnny Marr, ex-guitarrista dos Smiths. Em 2010, ele passou o pito no primeiro-ministro britânico David Cameron – que usava músicas da banda em inserções na rádio – e pediu que ele parasse de dizer que gostava da banda. Repetiu a bronca em janeiro, quando o político posou vestindo uma camiseta com uma foto do grupo. "Não posso permitir que esse primeiro-ministro capitalista apareça por aí com a camiseta da minha banda", diz Marr.
ilustrada
Neil Young desautoriza Donald Trump a usar música em campanha presidencialNeil Young criticou Donald Trump por o empresário e apresentador ter usado "Rockin' In The Free World" no lançamento de sua candidatura à presidência. Trump disputa as prévias do Partido Republicano para as eleições de 2016. Na terça-feira (17), apresentou sua candidatura em entrevista coletiva à imprensa – a música de Young tocou enquanto o empresário subia ao palco (veja acima). Representantes do músico canadense soltaram uma declaração, dizendo que Trump "não estava autorizado" a usar "Rockin' In The Free World". "Neil Young, um cidadão canadense, apoia Bernie Sanders para a presidência dos Estados Unidos", informou o site "Deadline". Já o pré-candidato rebateu, dizendo que tinha pago pelos direitos de usar a música, segundo o "TMZ". Young deve lançar ainda em junho seu 36º álbum de estúdio, "The Monsanto Years", com canções de protesto contra a empresa agrícola Monsanto. O disco deve sair junto com um documentário. Quem também já comprou briga com políticos pelo uso de músicas foi Johnny Marr, ex-guitarrista dos Smiths. Em 2010, ele passou o pito no primeiro-ministro britânico David Cameron – que usava músicas da banda em inserções na rádio – e pediu que ele parasse de dizer que gostava da banda. Repetiu a bronca em janeiro, quando o político posou vestindo uma camiseta com uma foto do grupo. "Não posso permitir que esse primeiro-ministro capitalista apareça por aí com a camiseta da minha banda", diz Marr.
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'Nosso grupo é chato e vai exigir bastante do nosso time', diz Zé Roberto
MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO José Roberto Guimarães já sabia quem enfrentaria nos Jogos do Rio antes do anúncio nesta segunda-feira (23). Assim como sempre sabe exatamente quantos dias faltam para a cerimônia de abertura no Maracanã (73, nesta terça-feira), o treinador da seleção feminina de vôlei também acompanhava atentamente o desempenho das seleções nos respectivos pré-olímpicos. Como os grupos da Rio-2016 não foram definidos por sorteio, mas pelo ranking da Fivb (Federação Internacional de Vôlei), ele não se surpreendeu quando divulgou-se que suas rivais seriam Rússia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões. O que não quer dizer que não esteja preocupado. "Nosso grupo é chato pela alternância de escolas, o que vai exigir bastante do nosso time. São duas escolas completamente diferentes: a russa e a asiática (japonesas e coreanas)", afirmou Zé Roberto à Folha. GRUPOS DO VÔLEI FEMININO NA RIO-2016 - Países e as respectivas colocações no ranking mundial Arquirrival do Brasil nas últimas três Olimpíadas, a Rússia vai jogar com "bolas altas e atacantes muito fortes". Já as asiáticas tem um jogo "baseado no sistema defensivo", resume o técnico tricampeão olímpico. Os outros dois adversários do grupo são mais fracos. Segundo Zé Roberto, a Argentina "vem crescendo". Já sobre Camarões ele admite que conhece "muito pouco". O treinador da seleção feminina também nomeia quem devem ser as principais atletas rivais na primeira fase olímpica. Na Rússia, apesar da aposentadoria de Sokolova e Gamova, a preocupação continua sendo o ataque rival, principalmente em razão da oposta Goncharova e da ponteira Kosheleva. "As russas têm muita força no ataque, centrais altas e levantadoras experientes. É um time extremamente perigoso", diz. No Japão, para ele, o destaque é o "padrão de jogo definido". "Elas erram pouco, sempre preocupam". Na Coreia do Sul, que venceu e quase eliminou o Brasil de Londres-2012 após um 3 a 0, o maior perigo continua sendo a ponteira Kim Yeon-Koung, eleita a melhor jogadora da última Olimpíada. "Não tenho dúvida que teremos dificuldade em jogar com elas". Na Argentina, para o treinador, as destaques são atletas que passaram pela Superliga brasileira nos últimos anos, como a central Mimi Sosa, a líbero Tatiana Rizzo e a levantadora Yael Castiglione. "São as franco-atiradoras do grupo". Por fim, o treinador não quis fazer comentários sobre as campeãs do pré-olímpico africano, pois diz conhecer pouco sobre as camaronesas. "Temos que pensar na nossa preparação e no cruzamento [das quartas de final]", conclui Zé Roberto, que na fase eliminatória enfrentará uma das quatro melhores equipe do Grupo B, que tem EUA, China, Itália, Sérvia, Holanda e Porto Rico. A seleção feminina estreia em 6 de agosto e a final será dia 20.A ordem dos confrontos ainda não foi divulgada, mas a seleção feminina de vôlei já sabe em quais horários jogará na Olimpíada do Rio. Exceto pela primeira partida, em 6 de agosto, que será na sessão da tarde (com um jogo às 15h e outro às 17h, este provavelmente o do Brasil), as meninas atuarão no segundo jogo da sessão noturna, às 22h30. A previsão é que estes confrontos acabem por volta das 00h30.
esporte
'Nosso grupo é chato e vai exigir bastante do nosso time', diz Zé Roberto MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO José Roberto Guimarães já sabia quem enfrentaria nos Jogos do Rio antes do anúncio nesta segunda-feira (23). Assim como sempre sabe exatamente quantos dias faltam para a cerimônia de abertura no Maracanã (73, nesta terça-feira), o treinador da seleção feminina de vôlei também acompanhava atentamente o desempenho das seleções nos respectivos pré-olímpicos. Como os grupos da Rio-2016 não foram definidos por sorteio, mas pelo ranking da Fivb (Federação Internacional de Vôlei), ele não se surpreendeu quando divulgou-se que suas rivais seriam Rússia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões. O que não quer dizer que não esteja preocupado. "Nosso grupo é chato pela alternância de escolas, o que vai exigir bastante do nosso time. São duas escolas completamente diferentes: a russa e a asiática (japonesas e coreanas)", afirmou Zé Roberto à Folha. GRUPOS DO VÔLEI FEMININO NA RIO-2016 - Países e as respectivas colocações no ranking mundial Arquirrival do Brasil nas últimas três Olimpíadas, a Rússia vai jogar com "bolas altas e atacantes muito fortes". Já as asiáticas tem um jogo "baseado no sistema defensivo", resume o técnico tricampeão olímpico. Os outros dois adversários do grupo são mais fracos. Segundo Zé Roberto, a Argentina "vem crescendo". Já sobre Camarões ele admite que conhece "muito pouco". O treinador da seleção feminina também nomeia quem devem ser as principais atletas rivais na primeira fase olímpica. Na Rússia, apesar da aposentadoria de Sokolova e Gamova, a preocupação continua sendo o ataque rival, principalmente em razão da oposta Goncharova e da ponteira Kosheleva. "As russas têm muita força no ataque, centrais altas e levantadoras experientes. É um time extremamente perigoso", diz. No Japão, para ele, o destaque é o "padrão de jogo definido". "Elas erram pouco, sempre preocupam". Na Coreia do Sul, que venceu e quase eliminou o Brasil de Londres-2012 após um 3 a 0, o maior perigo continua sendo a ponteira Kim Yeon-Koung, eleita a melhor jogadora da última Olimpíada. "Não tenho dúvida que teremos dificuldade em jogar com elas". Na Argentina, para o treinador, as destaques são atletas que passaram pela Superliga brasileira nos últimos anos, como a central Mimi Sosa, a líbero Tatiana Rizzo e a levantadora Yael Castiglione. "São as franco-atiradoras do grupo". Por fim, o treinador não quis fazer comentários sobre as campeãs do pré-olímpico africano, pois diz conhecer pouco sobre as camaronesas. "Temos que pensar na nossa preparação e no cruzamento [das quartas de final]", conclui Zé Roberto, que na fase eliminatória enfrentará uma das quatro melhores equipe do Grupo B, que tem EUA, China, Itália, Sérvia, Holanda e Porto Rico. A seleção feminina estreia em 6 de agosto e a final será dia 20.A ordem dos confrontos ainda não foi divulgada, mas a seleção feminina de vôlei já sabe em quais horários jogará na Olimpíada do Rio. Exceto pela primeira partida, em 6 de agosto, que será na sessão da tarde (com um jogo às 15h e outro às 17h, este provavelmente o do Brasil), as meninas atuarão no segundo jogo da sessão noturna, às 22h30. A previsão é que estes confrontos acabem por volta das 00h30.
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Japão aposta em realidade virtual e Super Mario por mercado mundial
Quando a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016 se aproximou do final, os telões do estádio começaram a exibir imagens do Super Mario correndo pelas ruas de Tóquio —um superastro bigodudo do país que aperfeiçoou a transformação de pixels em bilionários heróis mundiais. Com um rodopio e um som digital instantaneamente familiar para muitos dos bilhões de pessoas que estavam assistindo à festa, o mais famoso encanador do planeta desapareceu ralo abaixo. Momentos mais tarde, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe emergiu de um cano parecido, usando o macacão e o boné vermelho da mais valiosa criação na história dos videogames. Para a maioria dos telespectadores, aquilo não passou de uma imitação inusitada. Para o setor de jogos eletrônicos, que movimenta US$ 100 bilhões ao ano, lá estava uma mensagem inconfundível de que o Japão está de volta, e pronto para enfrentar o mundo. A grande questão é se suas capacidades estarão à altura de suas ambições. Tendo sido cooptado de maneira tão espetacular, e não remunerada, para servir o país no Rio, o valor de Mario será expresso em termos financeiros muito mais duros no mês que vem, quando o jogo "Super Mario Run" for lançado por meio da Apple Store. O setor de jogos eletrônicos inteiro estará assistindo de perto essa evolução, especialmente depois que o lançamento de "Pokémon Go", em julho, fez com que o planeta recordasse o poder que a propriedade intelectual do Japão tem para monetizar a obsessão pessoal. A alta de 15% nas ações da Nintendo desde que o título foi anunciado, no começo do mês, sugere que os investidores estão antecipando um grande sucesso mundial. Mas será que no setor japonês de videogames existem Marios latentes em número suficiente para engendrar uma recuperação, depois de anos de ausência? Durante o período, a redução no movimento do mercado nacional reforçou o conservadorismo do setor, o que por sua vez erodiu sua capacidade de produzir sucessos de alcance mundial. Essa questão está sendo proposta no momento em que o setor enfrenta um desordenamento em sua tecnologia que pode se tornar o mais grave desde o surgimento dos smartphones: a chegada da realidade virtual. Muitos executivos apostam que a nova imersão oferecida pelos jogos e narrativas de realidade virtual oferecerão ao Japão um catalisador para retomar a liderança perdida para os produtores de jogos da Europa, Estados Unidos, China e Coreia do Sul. "Existe uma grande oportunidade de cultivar novos clientes quando uma plataforma ou tecnologia emerge. Já que a realidade virtual está apenas surgindo, há uma chance de criar um jogo que se torne sucesso mundial", disse Hironao Kunimisu, fundador da Gumi, a produtora do popular Brave Frontier, um jogo japonês para aparelhos móveis. VEJA TRECHO DO "SUPER MARIO RUN": Assista PRESSÃO PELO SUCESSO É motivo de otimismo o número recorde de visitantes da Tokyo Game Show, no começo do mês, e as estimativas de que o mercado de jogos eletrônicos para plataformas não móveis do Japão cresça pela primeira vez nesta década em 2017. Mas existe preocupação —baseadas no tradicional isolamento do setor— de que as empresas japonesas possam fracassar em seus esforços para globalizar sua experiência nos jogos para aparelhos móveis, em meio a ansiedade quanto a apostas possivelmente prematuras em jogos de realidade virtual. Os produtores japoneses de videogames tradicionalmente projetam produtos tendo em mente o mercado de seu país. Suas estratégias de "globalização", muita gente admite, costumavam se resumir ao sentimento de surpresa que os tomava quando algum produto de sucesso no país se tornava igualmente popular no exterior. "Algumas linhas de jogos se tornaram muito populares nos Estados Unidos e em outros países, mas isso não necessariamente significa que os desenvolvedores japoneses criem jogos para mercados externos. É só uma coincidência", disse Eiji Araki, vice-presidente da produtora japonesa de jogos Gree. Nas raras ocasiões em que tentaram produzir jogos direcionados a audiências não japonesas, o mercado nacional se sentiu insatisfeito e os jogadores estrangeiros reclamaram da ausência da "japonesidade" que apreciam. O setor de jogos para aparelhos móveis perdoa ainda menos, de acordo com Serkan Toto, um consultor de jogos eletrônicos que trabalha em Tóquio e diz que houve provas repetidas de que jogos para aparelhos móveis não funcionam bem fora de suas fronteiras. Alguns casos isolados, como "Clash of Clans" ou "Candy Crush", cujo sucesso em todo o mundo foi repetido no Japão, são as exceções que provam a regra. Os jogos nacionais que dominaram o setor de videogames para aparelhos móveis nas lojas de apps do Japão —"Puzzle & Dragons", da GungHo, e "Monster Strike", da Mixi, são os dois líderes— não repetiram esse sucesso no exterior. "Se as empresas japonesas desejam exportar esses jogos ao mercado ocidental, terão uma montanha de desafios a superar. Creio que a história venha demonstrando que todos os produtores japoneses de jogos para aparelhos móveis que tentaram a globalização fracassaram, até agora", diz Toto. Tradução de PAULO MIGLIACCI Caçada urbana
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Japão aposta em realidade virtual e Super Mario por mercado mundialQuando a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016 se aproximou do final, os telões do estádio começaram a exibir imagens do Super Mario correndo pelas ruas de Tóquio —um superastro bigodudo do país que aperfeiçoou a transformação de pixels em bilionários heróis mundiais. Com um rodopio e um som digital instantaneamente familiar para muitos dos bilhões de pessoas que estavam assistindo à festa, o mais famoso encanador do planeta desapareceu ralo abaixo. Momentos mais tarde, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe emergiu de um cano parecido, usando o macacão e o boné vermelho da mais valiosa criação na história dos videogames. Para a maioria dos telespectadores, aquilo não passou de uma imitação inusitada. Para o setor de jogos eletrônicos, que movimenta US$ 100 bilhões ao ano, lá estava uma mensagem inconfundível de que o Japão está de volta, e pronto para enfrentar o mundo. A grande questão é se suas capacidades estarão à altura de suas ambições. Tendo sido cooptado de maneira tão espetacular, e não remunerada, para servir o país no Rio, o valor de Mario será expresso em termos financeiros muito mais duros no mês que vem, quando o jogo "Super Mario Run" for lançado por meio da Apple Store. O setor de jogos eletrônicos inteiro estará assistindo de perto essa evolução, especialmente depois que o lançamento de "Pokémon Go", em julho, fez com que o planeta recordasse o poder que a propriedade intelectual do Japão tem para monetizar a obsessão pessoal. A alta de 15% nas ações da Nintendo desde que o título foi anunciado, no começo do mês, sugere que os investidores estão antecipando um grande sucesso mundial. Mas será que no setor japonês de videogames existem Marios latentes em número suficiente para engendrar uma recuperação, depois de anos de ausência? Durante o período, a redução no movimento do mercado nacional reforçou o conservadorismo do setor, o que por sua vez erodiu sua capacidade de produzir sucessos de alcance mundial. Essa questão está sendo proposta no momento em que o setor enfrenta um desordenamento em sua tecnologia que pode se tornar o mais grave desde o surgimento dos smartphones: a chegada da realidade virtual. Muitos executivos apostam que a nova imersão oferecida pelos jogos e narrativas de realidade virtual oferecerão ao Japão um catalisador para retomar a liderança perdida para os produtores de jogos da Europa, Estados Unidos, China e Coreia do Sul. "Existe uma grande oportunidade de cultivar novos clientes quando uma plataforma ou tecnologia emerge. Já que a realidade virtual está apenas surgindo, há uma chance de criar um jogo que se torne sucesso mundial", disse Hironao Kunimisu, fundador da Gumi, a produtora do popular Brave Frontier, um jogo japonês para aparelhos móveis. VEJA TRECHO DO "SUPER MARIO RUN": Assista PRESSÃO PELO SUCESSO É motivo de otimismo o número recorde de visitantes da Tokyo Game Show, no começo do mês, e as estimativas de que o mercado de jogos eletrônicos para plataformas não móveis do Japão cresça pela primeira vez nesta década em 2017. Mas existe preocupação —baseadas no tradicional isolamento do setor— de que as empresas japonesas possam fracassar em seus esforços para globalizar sua experiência nos jogos para aparelhos móveis, em meio a ansiedade quanto a apostas possivelmente prematuras em jogos de realidade virtual. Os produtores japoneses de videogames tradicionalmente projetam produtos tendo em mente o mercado de seu país. Suas estratégias de "globalização", muita gente admite, costumavam se resumir ao sentimento de surpresa que os tomava quando algum produto de sucesso no país se tornava igualmente popular no exterior. "Algumas linhas de jogos se tornaram muito populares nos Estados Unidos e em outros países, mas isso não necessariamente significa que os desenvolvedores japoneses criem jogos para mercados externos. É só uma coincidência", disse Eiji Araki, vice-presidente da produtora japonesa de jogos Gree. Nas raras ocasiões em que tentaram produzir jogos direcionados a audiências não japonesas, o mercado nacional se sentiu insatisfeito e os jogadores estrangeiros reclamaram da ausência da "japonesidade" que apreciam. O setor de jogos para aparelhos móveis perdoa ainda menos, de acordo com Serkan Toto, um consultor de jogos eletrônicos que trabalha em Tóquio e diz que houve provas repetidas de que jogos para aparelhos móveis não funcionam bem fora de suas fronteiras. Alguns casos isolados, como "Clash of Clans" ou "Candy Crush", cujo sucesso em todo o mundo foi repetido no Japão, são as exceções que provam a regra. Os jogos nacionais que dominaram o setor de videogames para aparelhos móveis nas lojas de apps do Japão —"Puzzle & Dragons", da GungHo, e "Monster Strike", da Mixi, são os dois líderes— não repetiram esse sucesso no exterior. "Se as empresas japonesas desejam exportar esses jogos ao mercado ocidental, terão uma montanha de desafios a superar. Creio que a história venha demonstrando que todos os produtores japoneses de jogos para aparelhos móveis que tentaram a globalização fracassaram, até agora", diz Toto. Tradução de PAULO MIGLIACCI Caçada urbana
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México tem 80 pessoas contaminadas com zika, seis são grávidas
O governo mexicano informou nesta terça-feira (16) que 80 pessoas foram contaminadas com o vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, entre elas seis mulheres grávidas. O vírus da zika mantém em alerta vários países da América Latina em virtude da suspeita de que esteja por trás dos casos de microcefalia (má formação no cérebro de bebês) em recém-nascidos devido ao contágio de suas mães durante a gravidez. Zika pelo mundo Dos 80 casos registrados no México, 45 estão no Estado de Chiapas, dos quais quatro são mulheres grávidas, disse a secretaria de Saúde em seu relatório semanal sobre o vírus. As outras duas mulheres doentes com zika vivem nos Estados de Oaxaca (sul) e Veracruz (leste). A média anual no México de recém-nascidos com microcefalia é de 600 casos, um número que não variou desde que o vírus da zika surgiu na América Latina, segundo as autoridades. Vírus da zika Na semana passada, o diretor-geral do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), Yukiya Amano, disse à imprensa que se uniria ao governo do México para testar um método baseado na radiação nuclear para esterilizar o mosquito macho do Aedes aegypti, que também é o vetor da dengue, da chikungunya e da febre amarela. No Brasil, com a ajuda da energia nuclear, cientistas do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz em Pernambuco e da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) estão esterilizando mosquitos machos do Aedes aegypti. O objetivo da nova estratégia, ainda em fase de testes, é diminuir a população desses mosquitos. Ao todo, 36 mil insetos estéreis foram soltos, na vila da Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (PE). Produzidos no insetário da Fiocruz-PE, os mosquitos são submetidos à radiação gama, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, quando ainda estão na fase de pupa (última etapa antes da fase adulta ou alada). Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
cotidiano
México tem 80 pessoas contaminadas com zika, seis são grávidasO governo mexicano informou nesta terça-feira (16) que 80 pessoas foram contaminadas com o vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, entre elas seis mulheres grávidas. O vírus da zika mantém em alerta vários países da América Latina em virtude da suspeita de que esteja por trás dos casos de microcefalia (má formação no cérebro de bebês) em recém-nascidos devido ao contágio de suas mães durante a gravidez. Zika pelo mundo Dos 80 casos registrados no México, 45 estão no Estado de Chiapas, dos quais quatro são mulheres grávidas, disse a secretaria de Saúde em seu relatório semanal sobre o vírus. As outras duas mulheres doentes com zika vivem nos Estados de Oaxaca (sul) e Veracruz (leste). A média anual no México de recém-nascidos com microcefalia é de 600 casos, um número que não variou desde que o vírus da zika surgiu na América Latina, segundo as autoridades. Vírus da zika Na semana passada, o diretor-geral do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), Yukiya Amano, disse à imprensa que se uniria ao governo do México para testar um método baseado na radiação nuclear para esterilizar o mosquito macho do Aedes aegypti, que também é o vetor da dengue, da chikungunya e da febre amarela. No Brasil, com a ajuda da energia nuclear, cientistas do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz em Pernambuco e da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) estão esterilizando mosquitos machos do Aedes aegypti. O objetivo da nova estratégia, ainda em fase de testes, é diminuir a população desses mosquitos. Ao todo, 36 mil insetos estéreis foram soltos, na vila da Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (PE). Produzidos no insetário da Fiocruz-PE, os mosquitos são submetidos à radiação gama, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, quando ainda estão na fase de pupa (última etapa antes da fase adulta ou alada). Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Venezuela define penas para oficiais detidos em março por suposto plano
O ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino López, anunciou nesta quarta-feira (6) que oficiais presos em março por envolvimento numa suposta tentativa de golpe contra o presidente Nicolás Maduro foram condenados a penas de prisão. As penas variam de cinco a oito anos de detenção, segundo a agência Associated Press. "A Pátria faz justiça! Tribunais Militares sentenciam oito oficiais da Operação Jericó por incitação à rebelião e crime contra o decoro militar", disse Padrino López pelo Twitter. Segundo o governo, a Operação Jericó era um plano pelo qual conspiradores usariam um avião militar do tipo Tucano, fabricado no Brasil, para bombardear edifícios estratégicos de Caracas e assassinar Maduro. O plano foi desbaratado pelo serviço de inteligência, segundo Maduro. As acusações surgiram em 12 de março, durante o programa de TV semanal do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e levaram a uma escalada das tensões num país já assolado por crise econômica, desabastecimento e altos índices de violência. Aliados do presidente disseram que o plano tinha participação do governo americano e do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, que havia sido detido semanas antes por suposta conspiração. Ledezma foi recentemente transferido para casa, onde cumpre regime de prisão domiciliar após passar por uma cirurgia de hérnia.
mundo
Venezuela define penas para oficiais detidos em março por suposto planoO ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino López, anunciou nesta quarta-feira (6) que oficiais presos em março por envolvimento numa suposta tentativa de golpe contra o presidente Nicolás Maduro foram condenados a penas de prisão. As penas variam de cinco a oito anos de detenção, segundo a agência Associated Press. "A Pátria faz justiça! Tribunais Militares sentenciam oito oficiais da Operação Jericó por incitação à rebelião e crime contra o decoro militar", disse Padrino López pelo Twitter. Segundo o governo, a Operação Jericó era um plano pelo qual conspiradores usariam um avião militar do tipo Tucano, fabricado no Brasil, para bombardear edifícios estratégicos de Caracas e assassinar Maduro. O plano foi desbaratado pelo serviço de inteligência, segundo Maduro. As acusações surgiram em 12 de março, durante o programa de TV semanal do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e levaram a uma escalada das tensões num país já assolado por crise econômica, desabastecimento e altos índices de violência. Aliados do presidente disseram que o plano tinha participação do governo americano e do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, que havia sido detido semanas antes por suposta conspiração. Ledezma foi recentemente transferido para casa, onde cumpre regime de prisão domiciliar após passar por uma cirurgia de hérnia.
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Em meio a crise financeira no PR, professores entram em greve
Em meio a uma grave crise financeira e ao anúncio de medidas de austeridade pelo governo, professores estaduais do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (9). A rede pública tem 950 mil alunos em todo o Estado. Segundo o sindicato, a adesão foi total. O governo, porém, diz que 75% das escolas ficaram sem aulas. Centenas de professores também protestavam em frente à sede do governo em Curitiba, pedindo a presença do governador Beto Richa (PSDB), a quem chamavam de "inimigo número 1 dos servidores". Em Apucarana (norte do Paraná), professores carregaram um caixão, com a faixa "Richa: não mate a educação". O governo cortou milhares de funcionários temporários da educação às vésperas do início do ano letivo, para poupar despesas. O pagamento de salários está atrasado (o terço de férias não foi pago desde dezembro, e promoções foram suspensas) e houve fechamento de turmas em todo o Estado. O secretário estadual de Educação, Fernando Xavier Ferreira, afirmou na sexta (6) que a pasta foi a mais atingida pelo "reequilíbrio orçamentário" do governo e que as medidas tomadas foram "duras, porém necessárias". Sobre o fechamento de turmas, a secretaria argumenta que há queda no número de matrículas, e que a medida "reorganizou" as salas de aula. O governo também afirma que tem chamado novos professores temporários e concursados desde a semana passada para suprir o deficit de profissionais e que determinou a volta de outros 12 mil docentes que estavam em funções administrativas para a sala de aula, para compensar o corte dos temporários. Diretores dizem que estão sem funcionários suficientes para começar as aulas e que ficaram sem verba para fazer melhorias e reformas necessárias às escolas –o chamado fundo rotativo. O governo depositou a primeira parcela do fundo apenas na semana passada. Foram R$ 4,2 milhões para todas as 2.100 escolas do Estado. CRISE O Paraná enfrenta uma crise financeira há pelo menos dois anos que já forçou o Estado a suspender obras, atrasar pagamentos e parcelar salários. Na semana passada, Richa enviou mais um pacote de austeridade para aprovação da Assembleia. Propôs cortar o anuênio de servidores estaduais, alterar o regime de previdência e congelar um quarto do orçamento. A APP Sindicato, que representa os professores estaduais, diz que a proposta do governo "aprofundou de vez a crise e o caos que já eram generalizados nas escolas", e que foi a gota d'água para o início da greve. Após o início da paralisação, o governo voltou atrás e anunciou nesta segunda à noite que pretende manter o pagamento de anuênios aos servidores. Uma nova proposta de lei, com essa modificação, deve ser apresentada à Assembleia para votação. O governo do Paraná ainda não se posicionou sobre a greve nesta segunda (9). No final de semana, quando a paralisação foi aprovada pelos professores, informou que a categoria "teve avanços históricos" no governo Richa, como aumento salarial e ampliação da hora-atividade. O piso salarial de um professor no Paraná pulou de R$ 2.000 para R$ 3.194 nos últimos cinco anos. O aumento, porém, que era promessa de campanha de Richa, foi um dos principais fatores que levou à crise financeira do Paraná. O reajuste elevou a folha de pagamento ao limite máximo permitido por lei, e engessou o orçamento do Estado, que ficou sem dinheiro para investir. MAIS GREVE Outras categorias no Paraná também prometem greve para esta semana. O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que representa 14 sindicatos do Estado, se reúne nesta terça (10) em assembleia. Professores das universidades estaduais e agentes penitenciários já dão como certa a paralisação, além dos servidores da saúde. A principal insatisfação dos servidores é com o pacote de austeridade enviado por Richa à Assembleia na semana passada. O corte do anuênio salarial e as mudanças na previdência estadual (que passará a ter um teto de R$ 4.600) são as medidas mais criticadas pelos funcionários. O pacote deve começar a ser votado nesta segunda-feira (9) na Assembleia.
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Em meio a crise financeira no PR, professores entram em greveEm meio a uma grave crise financeira e ao anúncio de medidas de austeridade pelo governo, professores estaduais do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (9). A rede pública tem 950 mil alunos em todo o Estado. Segundo o sindicato, a adesão foi total. O governo, porém, diz que 75% das escolas ficaram sem aulas. Centenas de professores também protestavam em frente à sede do governo em Curitiba, pedindo a presença do governador Beto Richa (PSDB), a quem chamavam de "inimigo número 1 dos servidores". Em Apucarana (norte do Paraná), professores carregaram um caixão, com a faixa "Richa: não mate a educação". O governo cortou milhares de funcionários temporários da educação às vésperas do início do ano letivo, para poupar despesas. O pagamento de salários está atrasado (o terço de férias não foi pago desde dezembro, e promoções foram suspensas) e houve fechamento de turmas em todo o Estado. O secretário estadual de Educação, Fernando Xavier Ferreira, afirmou na sexta (6) que a pasta foi a mais atingida pelo "reequilíbrio orçamentário" do governo e que as medidas tomadas foram "duras, porém necessárias". Sobre o fechamento de turmas, a secretaria argumenta que há queda no número de matrículas, e que a medida "reorganizou" as salas de aula. O governo também afirma que tem chamado novos professores temporários e concursados desde a semana passada para suprir o deficit de profissionais e que determinou a volta de outros 12 mil docentes que estavam em funções administrativas para a sala de aula, para compensar o corte dos temporários. Diretores dizem que estão sem funcionários suficientes para começar as aulas e que ficaram sem verba para fazer melhorias e reformas necessárias às escolas –o chamado fundo rotativo. O governo depositou a primeira parcela do fundo apenas na semana passada. Foram R$ 4,2 milhões para todas as 2.100 escolas do Estado. CRISE O Paraná enfrenta uma crise financeira há pelo menos dois anos que já forçou o Estado a suspender obras, atrasar pagamentos e parcelar salários. Na semana passada, Richa enviou mais um pacote de austeridade para aprovação da Assembleia. Propôs cortar o anuênio de servidores estaduais, alterar o regime de previdência e congelar um quarto do orçamento. A APP Sindicato, que representa os professores estaduais, diz que a proposta do governo "aprofundou de vez a crise e o caos que já eram generalizados nas escolas", e que foi a gota d'água para o início da greve. Após o início da paralisação, o governo voltou atrás e anunciou nesta segunda à noite que pretende manter o pagamento de anuênios aos servidores. Uma nova proposta de lei, com essa modificação, deve ser apresentada à Assembleia para votação. O governo do Paraná ainda não se posicionou sobre a greve nesta segunda (9). No final de semana, quando a paralisação foi aprovada pelos professores, informou que a categoria "teve avanços históricos" no governo Richa, como aumento salarial e ampliação da hora-atividade. O piso salarial de um professor no Paraná pulou de R$ 2.000 para R$ 3.194 nos últimos cinco anos. O aumento, porém, que era promessa de campanha de Richa, foi um dos principais fatores que levou à crise financeira do Paraná. O reajuste elevou a folha de pagamento ao limite máximo permitido por lei, e engessou o orçamento do Estado, que ficou sem dinheiro para investir. MAIS GREVE Outras categorias no Paraná também prometem greve para esta semana. O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que representa 14 sindicatos do Estado, se reúne nesta terça (10) em assembleia. Professores das universidades estaduais e agentes penitenciários já dão como certa a paralisação, além dos servidores da saúde. A principal insatisfação dos servidores é com o pacote de austeridade enviado por Richa à Assembleia na semana passada. O corte do anuênio salarial e as mudanças na previdência estadual (que passará a ter um teto de R$ 4.600) são as medidas mais criticadas pelos funcionários. O pacote deve começar a ser votado nesta segunda-feira (9) na Assembleia.
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Aplicação de pessoas físicas no mercado de capitais cresce em 2014
As aplicações de pessoas físicas em produtos como fundos de investimento, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e outros cresceram 14,8% em 2014 na comparação com o ano anterior, atingindo R$ 667,7 bilhões, de acordo com informações divulgadas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nesta quarta-feira (11). "O varejo apresentou alta principalmente pelo crescimento do poder aquisitivo de algumas classes sociais nos últimos anos, que agora querem investir, e pela acessibilidade maior aos produtos do varejo", afirma Marcos Daré, presidente do comitê do Varejo da Anbima. O número de investidores alcançou 8,8 milhões, alta de 8,4% em relação a 2013. Entre os títulos e valores mobiliários, o maior crescimento foi registrado pelas LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Em 2013, esse produto representava 18,7% do total investido nesses tipos de ativos, percentual que saltou para 28,2% no ano passado. As LCI e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) cresceram 54,3% e 21,7%, respectivamente. Em compensação, os CDBs viram sua participação cair de 45,1% em 2013 para 33,6%. Em relação à aplicação em ações, houve aumento de 14,3%, o que garantiu a manutenção da participação no total da carteira em 3,8%, mesmo com o desempenho desfavorável deste mercado no ano. O investimento em títulos do Tesouro Direto teve aumento 0,6 ponto percentual entre dezembro de 2013 e 2014, subindo de 1,4% para 2%. FUNDOS O crescimento tímido das aplicações em fundos de investimento, de 12,2%, provocou uma redução da participação dessa modalidade na carteira, de 42,8% para 41,9%, no mesmo período. Os recursos se concentraram majoritariamente na categoria DI, que respondeu por 44,3% do total aplicado em fundos de investimento. Ainda de acordo com a Anbima, o perfil de investimentos em 2014 foi semelhante ao de 2013, e refletiu a busca do investidor por operações de prazo mais curto e menor risco de mercado, em um ambiente de incerteza econômica e elevação dos juros.
mercado
Aplicação de pessoas físicas no mercado de capitais cresce em 2014As aplicações de pessoas físicas em produtos como fundos de investimento, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e outros cresceram 14,8% em 2014 na comparação com o ano anterior, atingindo R$ 667,7 bilhões, de acordo com informações divulgadas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nesta quarta-feira (11). "O varejo apresentou alta principalmente pelo crescimento do poder aquisitivo de algumas classes sociais nos últimos anos, que agora querem investir, e pela acessibilidade maior aos produtos do varejo", afirma Marcos Daré, presidente do comitê do Varejo da Anbima. O número de investidores alcançou 8,8 milhões, alta de 8,4% em relação a 2013. Entre os títulos e valores mobiliários, o maior crescimento foi registrado pelas LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Em 2013, esse produto representava 18,7% do total investido nesses tipos de ativos, percentual que saltou para 28,2% no ano passado. As LCI e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) cresceram 54,3% e 21,7%, respectivamente. Em compensação, os CDBs viram sua participação cair de 45,1% em 2013 para 33,6%. Em relação à aplicação em ações, houve aumento de 14,3%, o que garantiu a manutenção da participação no total da carteira em 3,8%, mesmo com o desempenho desfavorável deste mercado no ano. O investimento em títulos do Tesouro Direto teve aumento 0,6 ponto percentual entre dezembro de 2013 e 2014, subindo de 1,4% para 2%. FUNDOS O crescimento tímido das aplicações em fundos de investimento, de 12,2%, provocou uma redução da participação dessa modalidade na carteira, de 42,8% para 41,9%, no mesmo período. Os recursos se concentraram majoritariamente na categoria DI, que respondeu por 44,3% do total aplicado em fundos de investimento. Ainda de acordo com a Anbima, o perfil de investimentos em 2014 foi semelhante ao de 2013, e refletiu a busca do investidor por operações de prazo mais curto e menor risco de mercado, em um ambiente de incerteza econômica e elevação dos juros.
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Al Qaeda no Iêmen confirma morte de líder religioso em ataque dos EUA
A Al Qaeda na Península Arábica, filial da rede terrorista no Iêmen, anunciou nesta quinta (5) a morte de Harith al-Nadhari, dirigente religioso do grupo que foi atingido por um bombardeio feito por um drone dos Estados Unidos. A confirmação foi feita em uma nota divulgada por uma conta no microblog Twitter usada pela entidade. Segundo o grupo, o líder religioso foi morto enquanto seguia em um comboio na província de Shabwa. Outros três militantes morreram na ação. No comunicado, eles informam que Nadhari era membro da comissão religiosa da organização, responsável por elaborar as políticas judiciais do grupo baseada nos textos islâmicos. O militante morto apareceu em um vídeo de 9 de janeiro, em que ameaçou com mais atentados contra quem insulte o profeta Maomé, dias após o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo em Paris, que causou a morte de 12 pessoas. O ataque foi reivindicado pela entidade, que treinou em 2011 os irmãos Said e Chérif Kouachi, franceses de origem argelina que abriram fogo na redação do semanário. Os dois foram mortos em 9 de janeiro. O braço iemenita na Al Qaeda é o mais ativo da rede terrorista. Devido a isso, os Estados Unidos realizam ataques frequentes com aviões não tripulados para tentar minar a organização no país do Oriente Médio.
mundo
Al Qaeda no Iêmen confirma morte de líder religioso em ataque dos EUAA Al Qaeda na Península Arábica, filial da rede terrorista no Iêmen, anunciou nesta quinta (5) a morte de Harith al-Nadhari, dirigente religioso do grupo que foi atingido por um bombardeio feito por um drone dos Estados Unidos. A confirmação foi feita em uma nota divulgada por uma conta no microblog Twitter usada pela entidade. Segundo o grupo, o líder religioso foi morto enquanto seguia em um comboio na província de Shabwa. Outros três militantes morreram na ação. No comunicado, eles informam que Nadhari era membro da comissão religiosa da organização, responsável por elaborar as políticas judiciais do grupo baseada nos textos islâmicos. O militante morto apareceu em um vídeo de 9 de janeiro, em que ameaçou com mais atentados contra quem insulte o profeta Maomé, dias após o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo em Paris, que causou a morte de 12 pessoas. O ataque foi reivindicado pela entidade, que treinou em 2011 os irmãos Said e Chérif Kouachi, franceses de origem argelina que abriram fogo na redação do semanário. Os dois foram mortos em 9 de janeiro. O braço iemenita na Al Qaeda é o mais ativo da rede terrorista. Devido a isso, os Estados Unidos realizam ataques frequentes com aviões não tripulados para tentar minar a organização no país do Oriente Médio.
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Patrocinador libera Zanetti para participar do revezamento da tocha
DE SÃO PAULO A Caixa Econômica Federal liberou a participação do campeão olímpico Arthur Zanetti no revezamento da tocha, que começou na terça-feira (3) em Brasília. O ginasta tinha, até então, presença incerta no evento. Tudo por causa de conflito entre patrocinadores –o revezamento é bancado, entre outros, pelo Bradesco. O contrato da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) com a Caixa Econômica Federal proíbe a promoção de concorrentes do banco estatal. Para o evento da tocha, porém, foi aberta uma exceção. Zanetti, ouro nas argolas nos Jogos Olímpicos, deve carregar o fogo simbólico no dia 24 de julho, em São Caetano do Sul, onde treina. O impasse se arrastava desde fevereiro, mas a Caixa sinalizou a permissão para que ele pudesse conduzir a tocha nesta quarta (4), em comunicado enviado ao empresário do atleta, Marcel Camilo. Outros ginastas também viviam incerteza de participação, porque a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) é patrocinada pela Caixa. Tocha olímpica
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Patrocinador libera Zanetti para participar do revezamento da tocha DE SÃO PAULO A Caixa Econômica Federal liberou a participação do campeão olímpico Arthur Zanetti no revezamento da tocha, que começou na terça-feira (3) em Brasília. O ginasta tinha, até então, presença incerta no evento. Tudo por causa de conflito entre patrocinadores –o revezamento é bancado, entre outros, pelo Bradesco. O contrato da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) com a Caixa Econômica Federal proíbe a promoção de concorrentes do banco estatal. Para o evento da tocha, porém, foi aberta uma exceção. Zanetti, ouro nas argolas nos Jogos Olímpicos, deve carregar o fogo simbólico no dia 24 de julho, em São Caetano do Sul, onde treina. O impasse se arrastava desde fevereiro, mas a Caixa sinalizou a permissão para que ele pudesse conduzir a tocha nesta quarta (4), em comunicado enviado ao empresário do atleta, Marcel Camilo. Outros ginastas também viviam incerteza de participação, porque a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) é patrocinada pela Caixa. Tocha olímpica
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Prepare-se: domingo com aniversário de SP e mais de 25 shows gratuitos
DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "A vida é pra ser longa e cheia de realizações. Manter a consciência limpa, ser racional e buscar a paz de espírito é o caminho." Diogo Rodrigues, 22, barman, Santa Cecília * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Prepare-se: domingo com aniversário de SP e mais de 25 shows gratuitosDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "A vida é pra ser longa e cheia de realizações. Manter a consciência limpa, ser racional e buscar a paz de espírito é o caminho." Diogo Rodrigues, 22, barman, Santa Cecília * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Governo deveria arregaçar as mangas e achar solução para a crise, diz leitor
Quem está desesperado é o governo, que não sabe explicar tantos erros cometidos durante sua gestão (Oposição age por desespero, afirma ministro de Dilma, "Poder", 18/4). O cenário político e econômico do país vai de mal a pior, com pouca perspectiva de recuperação a curto prazo, pondo em risco o bem-estar de milhares de brasileiros. A presidente enfrenta os protestos das ruas com mais de 60 % dos brasileiros querendo seu afastamento. Para o governo, só o seu partido pode reivindicar alguma coisa. Quando é a oposição, chamam de golpe. Em vez de criticar a oposição, o governo deveria arregaçar as mangas e achar a solução para a crise. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI, engenheiro (Tupã, SP) * O ministro petista da Justiça (ou será ministro da Justiça petista?) torna-se cada vez mais partidário. Reuniões sigilosas com advogados de empreiteiras envolvidas no petrolão, e agora fazendo de tudo para descaracterizar o que é crime de responsabilidade fiscal (empréstimo de dinheiro dos bancos públicos BB e CEF ao Tesouro Nacional). Certamente merece medalha por desempenho. EDUARDO PASSOS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Governo deveria arregaçar as mangas e achar solução para a crise, diz leitorQuem está desesperado é o governo, que não sabe explicar tantos erros cometidos durante sua gestão (Oposição age por desespero, afirma ministro de Dilma, "Poder", 18/4). O cenário político e econômico do país vai de mal a pior, com pouca perspectiva de recuperação a curto prazo, pondo em risco o bem-estar de milhares de brasileiros. A presidente enfrenta os protestos das ruas com mais de 60 % dos brasileiros querendo seu afastamento. Para o governo, só o seu partido pode reivindicar alguma coisa. Quando é a oposição, chamam de golpe. Em vez de criticar a oposição, o governo deveria arregaçar as mangas e achar a solução para a crise. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI, engenheiro (Tupã, SP) * O ministro petista da Justiça (ou será ministro da Justiça petista?) torna-se cada vez mais partidário. Reuniões sigilosas com advogados de empreiteiras envolvidas no petrolão, e agora fazendo de tudo para descaracterizar o que é crime de responsabilidade fiscal (empréstimo de dinheiro dos bancos públicos BB e CEF ao Tesouro Nacional). Certamente merece medalha por desempenho. EDUARDO PASSOS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Ouro olímpico
O atletismo é uma das modalidades desportivas mais baratas e de maior impacto social. Para praticá-lo, bastam um par de tênis, um local adequado, um bom treinador e disposição. Nessa capacidade democrática e inclusiva reside a sua força transformadora. Afinal, esporte não se resume ao garimpo de metais preciosos. Ele também é cidadania. Refletir sobre a situação do atletismo na sede da Jogos Olímpicos nos ajuda a entender como funciona uma cidade transformada em ativo financeiro, esvaziada de sentido público, em que interesses escusos das oligarquias política e econômica se combinam em detrimento dos direitos da maioria da população. Em 2013, o Estádio de Atletismo Célio de Barros, templo do esporte no país e espaço onde centenas de promessas olímpicas e atletas amadores treinavam, foi fechado e parcialmente destruído. O objetivo era viabilizar financeiramente a privatização do Complexo do Maracanã, então assumido por Odebrecht, IMX e AEG, por meio da construção de um grande estacionamento. À primeira vista, ver a cidade-sede da Olimpíada fechar um equipamento esportivo de excelência para substitui-lo por vagas de garagem pode parecer uma contradição absurda. Não é. A marca registrada do que chamo cidade-negócio é justamente a submissão do interesse público aos desejos de um reduzido grupo de companhias aliadas ao poder político. Essas empresas são grandes financiadoras de campanhas eleitorais, partidos e bancadas parlamentares. A aliança não é fruto da simples cooptação da elite política pelo poder da grana. Os interesses são mútuos e se misturam, fundem-se numa só substância. Companhias que patrocinam candidatos passam a dirigir a cidade. A Operação Lava Jato vem desvendando como funcionam esses esquemas e como eles agem na organização de megaeventos como Olimpíadas e Copa do Mundo. Recentemente, a Procuradoria Geral da República acusou Eduardo Cunha e aliados de cobrarem propina em troca de favores a empreiteiras responsáveis por obras estratégicas dos Jogos. Além de barganhar benefícios financeiros, o grupo negocia mudanças em projetos de lei para atender aos interesses das empresas envolvidas no esquema, como a OAS. O problema não está nos megaeventos e nos negócios em si, mas na forma como são realizados. Por isso, a alegria em receber grandes esportistas e assistir às competições não impede a crítica. Alegria não é sinônimo de alienação. Tampouco é adversária da luta pelo resgate da soberania e do espírito público da cidade, entendida como o conjunto de cidadãos que a constroem cotidianamente, e não como ativo financeiro negociado por especuladores.
colunas
Ouro olímpicoO atletismo é uma das modalidades desportivas mais baratas e de maior impacto social. Para praticá-lo, bastam um par de tênis, um local adequado, um bom treinador e disposição. Nessa capacidade democrática e inclusiva reside a sua força transformadora. Afinal, esporte não se resume ao garimpo de metais preciosos. Ele também é cidadania. Refletir sobre a situação do atletismo na sede da Jogos Olímpicos nos ajuda a entender como funciona uma cidade transformada em ativo financeiro, esvaziada de sentido público, em que interesses escusos das oligarquias política e econômica se combinam em detrimento dos direitos da maioria da população. Em 2013, o Estádio de Atletismo Célio de Barros, templo do esporte no país e espaço onde centenas de promessas olímpicas e atletas amadores treinavam, foi fechado e parcialmente destruído. O objetivo era viabilizar financeiramente a privatização do Complexo do Maracanã, então assumido por Odebrecht, IMX e AEG, por meio da construção de um grande estacionamento. À primeira vista, ver a cidade-sede da Olimpíada fechar um equipamento esportivo de excelência para substitui-lo por vagas de garagem pode parecer uma contradição absurda. Não é. A marca registrada do que chamo cidade-negócio é justamente a submissão do interesse público aos desejos de um reduzido grupo de companhias aliadas ao poder político. Essas empresas são grandes financiadoras de campanhas eleitorais, partidos e bancadas parlamentares. A aliança não é fruto da simples cooptação da elite política pelo poder da grana. Os interesses são mútuos e se misturam, fundem-se numa só substância. Companhias que patrocinam candidatos passam a dirigir a cidade. A Operação Lava Jato vem desvendando como funcionam esses esquemas e como eles agem na organização de megaeventos como Olimpíadas e Copa do Mundo. Recentemente, a Procuradoria Geral da República acusou Eduardo Cunha e aliados de cobrarem propina em troca de favores a empreiteiras responsáveis por obras estratégicas dos Jogos. Além de barganhar benefícios financeiros, o grupo negocia mudanças em projetos de lei para atender aos interesses das empresas envolvidas no esquema, como a OAS. O problema não está nos megaeventos e nos negócios em si, mas na forma como são realizados. Por isso, a alegria em receber grandes esportistas e assistir às competições não impede a crítica. Alegria não é sinônimo de alienação. Tampouco é adversária da luta pelo resgate da soberania e do espírito público da cidade, entendida como o conjunto de cidadãos que a constroem cotidianamente, e não como ativo financeiro negociado por especuladores.
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IBS: Caravanas da educação
Faltavam 2 km até São Félix do Jalapão (TO). Juntos estavam Luis Salvatore, a irmã dele (Ana Elisa), um jornalista e o cachorro Trilha quando o carro off-road capotou.O acidente, ocorrido em 2001, quando estavam a caminho de Carolina (MA), provocou susto, ferimentos, esforço para desvirar o carro e perda do para-brisa. E também um veredicto: "Agora a gente vai em frente. Há pessoas esperando por nós".Assim o advogado e fotógrafo Luis Eduardo Cardoso de Almeida Salvatore, 38, se guia, num Brasil pouco conhecido e, não raro, à margem do poder público.Salvatore começou a desbravar o sertão e a descobrir-se sertanejo em 1999, quando percebeu que seu emprego numa multinacional não lhe permitia ter experiências como as dos avôs Eduardo (colecionador de objetos de viagem) e Plínio (que contava como o contato com gente poderia enriquecer a vida).O primeiro esboço do que seria uma expedição pelo Brasil -e que mais tarde moldou a criação do IBS (Instituto Brasil Solidário) foi no Parque Indígena do Xingu. "Foram 20 horas de ônibus até o Mato Grosso e mais 10 horas de barco até a aldeia Mehinako. Não falavam português", relata. "Foi incrível. Vi a reação dos índios com a primeira TV ligada lá."
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IBS: Caravanas da educaçãoFaltavam 2 km até São Félix do Jalapão (TO). Juntos estavam Luis Salvatore, a irmã dele (Ana Elisa), um jornalista e o cachorro Trilha quando o carro off-road capotou.O acidente, ocorrido em 2001, quando estavam a caminho de Carolina (MA), provocou susto, ferimentos, esforço para desvirar o carro e perda do para-brisa. E também um veredicto: "Agora a gente vai em frente. Há pessoas esperando por nós".Assim o advogado e fotógrafo Luis Eduardo Cardoso de Almeida Salvatore, 38, se guia, num Brasil pouco conhecido e, não raro, à margem do poder público.Salvatore começou a desbravar o sertão e a descobrir-se sertanejo em 1999, quando percebeu que seu emprego numa multinacional não lhe permitia ter experiências como as dos avôs Eduardo (colecionador de objetos de viagem) e Plínio (que contava como o contato com gente poderia enriquecer a vida).O primeiro esboço do que seria uma expedição pelo Brasil -e que mais tarde moldou a criação do IBS (Instituto Brasil Solidário) foi no Parque Indígena do Xingu. "Foram 20 horas de ônibus até o Mato Grosso e mais 10 horas de barco até a aldeia Mehinako. Não falavam português", relata. "Foi incrível. Vi a reação dos índios com a primeira TV ligada lá."
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Maurício Tuffani: A árvore que não caiu e as lições do vendaval
A Prefeitura de São Paulo precisa reavaliar sua forma de lidar com a vegetação de suas vias públicas -e isso vale para outras cidades brasileiras. Depois de mais de mil árvores terem caído na capital paulista em pouco mais de duas semanas ... Leia post completo no blog
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Maurício Tuffani: A árvore que não caiu e as lições do vendavalA Prefeitura de São Paulo precisa reavaliar sua forma de lidar com a vegetação de suas vias públicas -e isso vale para outras cidades brasileiras. Depois de mais de mil árvores terem caído na capital paulista em pouco mais de duas semanas ... Leia post completo no blog
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Falésias coloridas contrastam com mar azul e dunas brancas em Pipa, no RN
Diferentes línguas se cruzam no balcão da lanchonete onde trabalha Carmem Lúcia da Silva, a Carminha. O falar dos estrangeiros se mistura sem cerimônia à diversidade de sotaques dos brasileiros. É ali, bem ao lado do seu comércio, o ponto de partida e chegada das vans que percorrem as linhas praianas Tibau do Sul-Pipa e Pipa-Sibaúma, por exemplo. O olhar atento da moça de 22 anos registra com alguma desconfiança a agitação que faz a fama da praia entre tantos gringos e brasucas. Sorridente e comunicativa, Carminha também é crítica: "Aqui em Pipa tudo pode. É liberal demais, com controle de menos", diz ela. Entre um aceno e outro a quem passa, relaciona os problemas advindos da permissividade a que se tinha referido. "Construção desordenada, lixo acumulado em muitos cantos, caos na ruazinha principal, onde pedestres se equilibram em calçadas esburacadas, desviando-se de carros, caminhões e motos conduzidas por gente sem capacete. Ah, tudo isso sem falar na 'drogaiada' e no excesso de ambulantes", afirma. Com o tempo e os problemas, essa babel à beira-mar vem perdendo a aura paradisíaca que a celebrizou nos anos 1980 entre os amantes do surfe, responsáveis por fixá-la no mapa das atrações turísticas. Mesmo assim, o cenário continua atraindo forasteiros, sempre encantados com as belezas naturais e o aconchego do vilarejo. Falésias multicoloridas cobertas por vegetação de mata atlântica contrastam com dunas branquíssimas. Com tanta generosidade da natureza, que ainda pôs ali piscinas naturais e mirantes, Pipa figura fácil no "top ten" das praias brasileiras. Em 15 anos, o lugar atravessa seu quarto ciclo de "colonização estrangeira". No começo dos anos 2000, com a prosperidade da União Europeia, vieram os portugueses e logo depois os espanhóis. Em seguida, a praia seria descoberta pelos escandinavos, que chegavam em voo charter, pousando em Natal, a cerca de 80 km de Pipa. HOLA, QUÉ TAL? Agora chegou a vez dos argentinos. Eles estão por toda parte: em lojas, restaurantes, bares, pousadas e passeios. "De fato, eles são muitos, mas não sabemos quantos. Alguns entram pelo Recife; outros, por Natal", diz Beth Bauchwitz, secretária de Turismo de Tibau do Sul (onde fica Pipa), ela mesma nascida em Buenos Aires. Reconhece os problemas citados no começo desta reportagem e diz que há muito a fazer para que Pipa volte a ser "o paraíso que a gente conhecia". Em viagem de férias por lá, o empresário Beto Siccardi, 40, da região de Córdoba, lembra que na Argentina só se fala daquele trecho ensolarado do litoral sul do Rio Grande do Norte. "Adoramos as praias, as paisagens, a comida, os passeios", empolga-se. Até mesmo o centrinho, como é chamada a avenida Baía dos Golfinhos, a mais movimentada de Pipa, por onde circulam nativos e turistas, lhe caiu no agrado. Vendedora numa loja de roupas, a portenha Martinella Gonzalles, 22, foi parar em Pipa depois de uma passagem-relâmpago pela Rio-2016 –segundo ela, por causa da fama do local. Chegou e ficou. Festeira, acha "cosmopolita e agitada a balada pipense", que costuma terminar com o colorido do raiar do sol. "Consigo conciliar trabalho com a vida e seus prazeres. Isto é um privilégio", diz ela, caprichando no português. "E ainda posso me dar ao luxo de assistir ao espetáculo do pôr do sol a cada dia em uma praia diferente, pintada por uma paleta de cores fora do catálogo. Vou querer mais o que da vida, me diz?" Arredores de Pipa
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Falésias coloridas contrastam com mar azul e dunas brancas em Pipa, no RNDiferentes línguas se cruzam no balcão da lanchonete onde trabalha Carmem Lúcia da Silva, a Carminha. O falar dos estrangeiros se mistura sem cerimônia à diversidade de sotaques dos brasileiros. É ali, bem ao lado do seu comércio, o ponto de partida e chegada das vans que percorrem as linhas praianas Tibau do Sul-Pipa e Pipa-Sibaúma, por exemplo. O olhar atento da moça de 22 anos registra com alguma desconfiança a agitação que faz a fama da praia entre tantos gringos e brasucas. Sorridente e comunicativa, Carminha também é crítica: "Aqui em Pipa tudo pode. É liberal demais, com controle de menos", diz ela. Entre um aceno e outro a quem passa, relaciona os problemas advindos da permissividade a que se tinha referido. "Construção desordenada, lixo acumulado em muitos cantos, caos na ruazinha principal, onde pedestres se equilibram em calçadas esburacadas, desviando-se de carros, caminhões e motos conduzidas por gente sem capacete. Ah, tudo isso sem falar na 'drogaiada' e no excesso de ambulantes", afirma. Com o tempo e os problemas, essa babel à beira-mar vem perdendo a aura paradisíaca que a celebrizou nos anos 1980 entre os amantes do surfe, responsáveis por fixá-la no mapa das atrações turísticas. Mesmo assim, o cenário continua atraindo forasteiros, sempre encantados com as belezas naturais e o aconchego do vilarejo. Falésias multicoloridas cobertas por vegetação de mata atlântica contrastam com dunas branquíssimas. Com tanta generosidade da natureza, que ainda pôs ali piscinas naturais e mirantes, Pipa figura fácil no "top ten" das praias brasileiras. Em 15 anos, o lugar atravessa seu quarto ciclo de "colonização estrangeira". No começo dos anos 2000, com a prosperidade da União Europeia, vieram os portugueses e logo depois os espanhóis. Em seguida, a praia seria descoberta pelos escandinavos, que chegavam em voo charter, pousando em Natal, a cerca de 80 km de Pipa. HOLA, QUÉ TAL? Agora chegou a vez dos argentinos. Eles estão por toda parte: em lojas, restaurantes, bares, pousadas e passeios. "De fato, eles são muitos, mas não sabemos quantos. Alguns entram pelo Recife; outros, por Natal", diz Beth Bauchwitz, secretária de Turismo de Tibau do Sul (onde fica Pipa), ela mesma nascida em Buenos Aires. Reconhece os problemas citados no começo desta reportagem e diz que há muito a fazer para que Pipa volte a ser "o paraíso que a gente conhecia". Em viagem de férias por lá, o empresário Beto Siccardi, 40, da região de Córdoba, lembra que na Argentina só se fala daquele trecho ensolarado do litoral sul do Rio Grande do Norte. "Adoramos as praias, as paisagens, a comida, os passeios", empolga-se. Até mesmo o centrinho, como é chamada a avenida Baía dos Golfinhos, a mais movimentada de Pipa, por onde circulam nativos e turistas, lhe caiu no agrado. Vendedora numa loja de roupas, a portenha Martinella Gonzalles, 22, foi parar em Pipa depois de uma passagem-relâmpago pela Rio-2016 –segundo ela, por causa da fama do local. Chegou e ficou. Festeira, acha "cosmopolita e agitada a balada pipense", que costuma terminar com o colorido do raiar do sol. "Consigo conciliar trabalho com a vida e seus prazeres. Isto é um privilégio", diz ela, caprichando no português. "E ainda posso me dar ao luxo de assistir ao espetáculo do pôr do sol a cada dia em uma praia diferente, pintada por uma paleta de cores fora do catálogo. Vou querer mais o que da vida, me diz?" Arredores de Pipa
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Veia cômica de Seth MacFarlane volta a funcionar em 'Ted 2'
Seth MacFarlane, um dos criadores das séries de animação "Family Guy" e "American Dad!", estreou como diretor de cinema com "Ted" (2012), longa sobre um ursinho de pelúcia que fala, toma drogas e é politicamente incorreto de uma forma divertida. Após o medíocre "Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola" (2014), mais uma confirmação da dificuldade de se misturar comédia com faroeste (uma exceção: "Banzé no Oeste", de 1974, de Mel Brooks), ele resolve ir no certo e fazer este "Ted 2". Aqui, o ursinho de voz grave (de MacFarlane) se casa com Tami-Lynn (Jessica Barth), colega de trabalho. Após algum tempo, eles começam a brigar. As contas não fecham e um joga para o outro a responsabilidade. A solução, pensam, é ter um filho. Precisam de um doador de esperma. Ted recorre ao melhor amigo, John (Mark Wahlberg). O problema é que Tami-Lynn, de tanto se drogar, comprometeu seu sistema reprodutor e não pode mais ter filhos. O jeito é adotar uma criança. Aí surge outro problema: aos olhos da lei, Ted passa a não ser mais considerado humano. Sua vida não tem mais sentido. É apenas uma propriedade de John. Mas eles não desistem. Com a ajuda da jovem advogada Samantha (Amanda Seyfried), vão tentar provar que Ted é humano, sim. Prato cheio para a veia cômica de MacFarlane, que finalmente volta a funcionar. Vale destacar as presenças de Morgan Freeman, como um poderoso advogado, e Liam Neeson, em uma pequena e hilária participação. TED 2 DIREÇÃO: SETH MACFARLANE ELENCO: MARK WAHLBERG, SETH MACFARLANE PRODUÇÃO: EUA/2015 CLASSIFICAÇÃO: 16 ANOS QUANDO: EM CARTAZ
ilustrada
Veia cômica de Seth MacFarlane volta a funcionar em 'Ted 2'Seth MacFarlane, um dos criadores das séries de animação "Family Guy" e "American Dad!", estreou como diretor de cinema com "Ted" (2012), longa sobre um ursinho de pelúcia que fala, toma drogas e é politicamente incorreto de uma forma divertida. Após o medíocre "Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola" (2014), mais uma confirmação da dificuldade de se misturar comédia com faroeste (uma exceção: "Banzé no Oeste", de 1974, de Mel Brooks), ele resolve ir no certo e fazer este "Ted 2". Aqui, o ursinho de voz grave (de MacFarlane) se casa com Tami-Lynn (Jessica Barth), colega de trabalho. Após algum tempo, eles começam a brigar. As contas não fecham e um joga para o outro a responsabilidade. A solução, pensam, é ter um filho. Precisam de um doador de esperma. Ted recorre ao melhor amigo, John (Mark Wahlberg). O problema é que Tami-Lynn, de tanto se drogar, comprometeu seu sistema reprodutor e não pode mais ter filhos. O jeito é adotar uma criança. Aí surge outro problema: aos olhos da lei, Ted passa a não ser mais considerado humano. Sua vida não tem mais sentido. É apenas uma propriedade de John. Mas eles não desistem. Com a ajuda da jovem advogada Samantha (Amanda Seyfried), vão tentar provar que Ted é humano, sim. Prato cheio para a veia cômica de MacFarlane, que finalmente volta a funcionar. Vale destacar as presenças de Morgan Freeman, como um poderoso advogado, e Liam Neeson, em uma pequena e hilária participação. TED 2 DIREÇÃO: SETH MACFARLANE ELENCO: MARK WAHLBERG, SETH MACFARLANE PRODUÇÃO: EUA/2015 CLASSIFICAÇÃO: 16 ANOS QUANDO: EM CARTAZ
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Na Catalunha, política cria dilema entre independência ou vida normal
SÃO PAULO - Quer um exemplo de como os políticos são capazes de arrastar toda uma população para uma agenda que diz respeito a eles mesmos? Olhe para a Catalunha. Marcado para domingo, o plebiscito sobre a independência é daqueles eventos que interessam muito mais à classe dirigente do que às pessoas. Carreiras políticas inteiras foram construídas graças a essa questão, que tira o foco de escândalos e drena energia de problemas reais. Tem razão Felipe González, mais duradouro premiê espanhol após a redemocratização, que há alguns anos disse ser a independência um objetivo impossível, mas ainda assim capaz de causar dano por décadas. A tertúlia de séculos ganhou ares sombrios. O plebiscito é ilegal, decidiu a Justiça espanhola. Daí decorre que a polícia catalã foi instada a agir contra seu chefe, o governo local. A ilegalidade coloca a votação em patamar muito diferente das ocorridas na Escócia e em Québec. As pesquisas até aqui não apontam apoio maciço à separação. Até porque o sentido da história vai contra os pilares do catalanismo. A imigração deste século multiplicou por seis a população estrangeira, que totaliza 14% dos 7,5 milhões de habitantes. O espanhol é língua universal. O catalão, dominado por 60%, não seduziu nem o mais idolatrado habitante da área, Lionel Messi. Tampouco há algum drama malparado. Integrar a Espanha não impediu que Barcelona virasse o que virou: uma das maiores concentrações de pessoas interessantes, criativas e de bem com a vida do planeta. Uma metáfora usada na Catalunha diz que o independentismo funciona como um trem. Cada um dos políticos vai descendo na estação que mais lhe convém, após ganhar um pouco mais de autonomia ou dinheiro. Ao destino final, a independência, ninguém quer de fato chegar, porque faria secar o combustível que os move. Interesse público? Esse continua na plataforma de embarque.
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Na Catalunha, política cria dilema entre independência ou vida normalSÃO PAULO - Quer um exemplo de como os políticos são capazes de arrastar toda uma população para uma agenda que diz respeito a eles mesmos? Olhe para a Catalunha. Marcado para domingo, o plebiscito sobre a independência é daqueles eventos que interessam muito mais à classe dirigente do que às pessoas. Carreiras políticas inteiras foram construídas graças a essa questão, que tira o foco de escândalos e drena energia de problemas reais. Tem razão Felipe González, mais duradouro premiê espanhol após a redemocratização, que há alguns anos disse ser a independência um objetivo impossível, mas ainda assim capaz de causar dano por décadas. A tertúlia de séculos ganhou ares sombrios. O plebiscito é ilegal, decidiu a Justiça espanhola. Daí decorre que a polícia catalã foi instada a agir contra seu chefe, o governo local. A ilegalidade coloca a votação em patamar muito diferente das ocorridas na Escócia e em Québec. As pesquisas até aqui não apontam apoio maciço à separação. Até porque o sentido da história vai contra os pilares do catalanismo. A imigração deste século multiplicou por seis a população estrangeira, que totaliza 14% dos 7,5 milhões de habitantes. O espanhol é língua universal. O catalão, dominado por 60%, não seduziu nem o mais idolatrado habitante da área, Lionel Messi. Tampouco há algum drama malparado. Integrar a Espanha não impediu que Barcelona virasse o que virou: uma das maiores concentrações de pessoas interessantes, criativas e de bem com a vida do planeta. Uma metáfora usada na Catalunha diz que o independentismo funciona como um trem. Cada um dos políticos vai descendo na estação que mais lhe convém, após ganhar um pouco mais de autonomia ou dinheiro. Ao destino final, a independência, ninguém quer de fato chegar, porque faria secar o combustível que os move. Interesse público? Esse continua na plataforma de embarque.
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Descompasso de visão em montagem de peça de Shakespeare
Em uma Viena medieval libertina, o Duque, homem de brandos costumes, indica um puritano para governar, esperançoso que este restaure a ordem. Ângelo, o substituto, reativa leis para combater a amoralidade. Fecha prostíbulos e prende quem pratica sexo fora do casamento. Mas o novo administrador não só exagera na dose ao condenar o jovem Claudio à morte por ter engravidado a noiva. Revela também sua hipocrisia ao coagir Isabella, irmã desse e futura freira, que o procura pedindo clemência. Os favores sexuais exigidos são impedidos pelo Duque, que observa o andamento de seus planos disfarçado de padre. Finalmente, o regente revigora seu poder ao impor três casamentos: um para punir Ângelo, outro para calar possíveis críticos e um para garantir sua sucessão. A comédia "Medida por Medida", no Sesc Vila Mariana até 31/1, cheia de guinadas aparelhadas pelo Duque, foi até agora pouco encenada no Brasil. Na Europa, porém, essa obra shakespeariana tem sido relevante desde a segunda metade do século 20. Foi usada para leituras feministas, defendendo a autonomia da mulher sobre seu corpo, ou em encenações que denunciam o autoritarismo do Duque, evidente no final irônico dos matrimônios. Escrutinando a relação entre legislação e sexualidade, ela permite discutir a política sexual no teatro. Basta pensar nas mais recentes polêmicas sobre a lei do aborto ou o casamento gay para vislumbrar a atualidade da peça. A encenação de Ron Daniels trilha outro caminho. Conforme uma leitura mais clássica, realça a dimensão humana dos personagens. Ângelo (Thiago Lacerda) é um burocrata reprimido que se encanta com o fervor religioso de Isabella (Luisa Thiré). Desde logo fica perturbado com a tentação, até sucumbir ao remorso. A noviça, por sua vez, é uma alma nobre sem fanatismo religioso que se apaixona pelo Duque (Marco Antônio Pâmio), homem bom, preocupado com o bem-estar de todos. Os atores constroem com clareza e afinco os personagens, evitando qualquer julgamento de valor acerca de seus atos, nem mesmo os do agressor. Mas há decisões que tornam tal leitura conservadora e incômoda. O retrato da classe baixa e dos gêneros, sobretudo. O diretor trouxe a Viena medieval para a contemporaneidade brasileira. Mas os populares –a cafetina Madame Bem-Passada (Giulia Gam), o cafetão Pompeu (Lourival Prudêncio), o brincalhão Lúcio (Marcos Suchara), o encarcerado Barnabé e o policial Cotovelo (Felipe Martins)– embora divertidos, são caricatos. O figurino berrante de Bia Salgado ainda realça o quanto essas figuras folclóricas do imaginário brasileiro são irrisórias. Duque, Ângelo e Isabella, por outro lado, vestem ternos ou hábitos sóbrios e nunca perdem sua nobreza por completo. Conforme lugares-comuns de gênero, somente Claudio (Rafael Losso) ganha densidade maior em seu medo de morte, enquanto sua noiva Francisca (Ana Kutner) é uma grávida histérica. Assim, a encenação, que começa com foliões dançando e termina em samba, emprega a cultura popular de forma pitoresca, eliminando sua verve transgressora. Homens e mulheres agem dentro de parâmetros antiquados de gênero. Ao evitar também qualquer ironia em relação ao Duque e seu maquiavelismo, assistimos acríticos a suas manobras para reinstaurar seu governo por meio de núpcias forçadas. Quando Isabella aceita a mão do Duque, a noviça solta o cabelo. Supostamente é um gesto libertador com o qual ela reconstitui sua feminilidade. As jovens mulheres que estão protestando contra o PL 5.069 certamente não se reconhecerão nesta submissão ao mando masculino, que implica abdicar do próprio desejo. Também duvido que neste momento alguém queira aplaudir um líder feudalista que faz artimanhas para o "bem do povo". Embora seja uma montagem sólida e com boa direção de atores, é difícil concordar com sua concepção politica, de gênero e de classe. CAROLIN OVERHOFF FERREIRA, 46, professora de cinema e história da arte da Unifesp, é autora de "Cinema Português - Aproximações à sua História e Indisciplinaridade" (Alameda).
ilustrissima
Descompasso de visão em montagem de peça de ShakespeareEm uma Viena medieval libertina, o Duque, homem de brandos costumes, indica um puritano para governar, esperançoso que este restaure a ordem. Ângelo, o substituto, reativa leis para combater a amoralidade. Fecha prostíbulos e prende quem pratica sexo fora do casamento. Mas o novo administrador não só exagera na dose ao condenar o jovem Claudio à morte por ter engravidado a noiva. Revela também sua hipocrisia ao coagir Isabella, irmã desse e futura freira, que o procura pedindo clemência. Os favores sexuais exigidos são impedidos pelo Duque, que observa o andamento de seus planos disfarçado de padre. Finalmente, o regente revigora seu poder ao impor três casamentos: um para punir Ângelo, outro para calar possíveis críticos e um para garantir sua sucessão. A comédia "Medida por Medida", no Sesc Vila Mariana até 31/1, cheia de guinadas aparelhadas pelo Duque, foi até agora pouco encenada no Brasil. Na Europa, porém, essa obra shakespeariana tem sido relevante desde a segunda metade do século 20. Foi usada para leituras feministas, defendendo a autonomia da mulher sobre seu corpo, ou em encenações que denunciam o autoritarismo do Duque, evidente no final irônico dos matrimônios. Escrutinando a relação entre legislação e sexualidade, ela permite discutir a política sexual no teatro. Basta pensar nas mais recentes polêmicas sobre a lei do aborto ou o casamento gay para vislumbrar a atualidade da peça. A encenação de Ron Daniels trilha outro caminho. Conforme uma leitura mais clássica, realça a dimensão humana dos personagens. Ângelo (Thiago Lacerda) é um burocrata reprimido que se encanta com o fervor religioso de Isabella (Luisa Thiré). Desde logo fica perturbado com a tentação, até sucumbir ao remorso. A noviça, por sua vez, é uma alma nobre sem fanatismo religioso que se apaixona pelo Duque (Marco Antônio Pâmio), homem bom, preocupado com o bem-estar de todos. Os atores constroem com clareza e afinco os personagens, evitando qualquer julgamento de valor acerca de seus atos, nem mesmo os do agressor. Mas há decisões que tornam tal leitura conservadora e incômoda. O retrato da classe baixa e dos gêneros, sobretudo. O diretor trouxe a Viena medieval para a contemporaneidade brasileira. Mas os populares –a cafetina Madame Bem-Passada (Giulia Gam), o cafetão Pompeu (Lourival Prudêncio), o brincalhão Lúcio (Marcos Suchara), o encarcerado Barnabé e o policial Cotovelo (Felipe Martins)– embora divertidos, são caricatos. O figurino berrante de Bia Salgado ainda realça o quanto essas figuras folclóricas do imaginário brasileiro são irrisórias. Duque, Ângelo e Isabella, por outro lado, vestem ternos ou hábitos sóbrios e nunca perdem sua nobreza por completo. Conforme lugares-comuns de gênero, somente Claudio (Rafael Losso) ganha densidade maior em seu medo de morte, enquanto sua noiva Francisca (Ana Kutner) é uma grávida histérica. Assim, a encenação, que começa com foliões dançando e termina em samba, emprega a cultura popular de forma pitoresca, eliminando sua verve transgressora. Homens e mulheres agem dentro de parâmetros antiquados de gênero. Ao evitar também qualquer ironia em relação ao Duque e seu maquiavelismo, assistimos acríticos a suas manobras para reinstaurar seu governo por meio de núpcias forçadas. Quando Isabella aceita a mão do Duque, a noviça solta o cabelo. Supostamente é um gesto libertador com o qual ela reconstitui sua feminilidade. As jovens mulheres que estão protestando contra o PL 5.069 certamente não se reconhecerão nesta submissão ao mando masculino, que implica abdicar do próprio desejo. Também duvido que neste momento alguém queira aplaudir um líder feudalista que faz artimanhas para o "bem do povo". Embora seja uma montagem sólida e com boa direção de atores, é difícil concordar com sua concepção politica, de gênero e de classe. CAROLIN OVERHOFF FERREIRA, 46, professora de cinema e história da arte da Unifesp, é autora de "Cinema Português - Aproximações à sua História e Indisciplinaridade" (Alameda).
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Marcas nacionais de cerveja vão à Europa desenvolver receitas
Mais do que desenvolver receitas em conjunto aqui no Brasil, cervejarias nacionais têm aproveitado a vinda de marcas estrangeiras para apostar também na produção bem longe daqui. Essa fabricação de cerveja, conhecida como "cigana", virou tendência entre artesanais há alguns anos –são empresas que não têm fábrica própria e alugam instalações de outras marcas para produzir seus rótulos, como faz a dinamarquesa Mikkeller. Entre as vantagens desse negócio estão o custo mais baixo da produção e o know-how aprendido no exterior. Entre as brasileiras, a paraense Amazon Beer já se lançou ao mar para fazer cerveja na Inglaterra. Pelo menos outras três devem aportar na Europa ainda em 2015 para operar de forma cigana –Colorado, Bodebrown e Invicta. Desde março do ano passado, a Amazon licenciou a marca e a fórmula de dois de seus rótulos (Forest Pilsen e Forest Bacuri) para uma cervejaria inglesa. Os ingredientes amazônicos (como o fruto bacuri) são enviados daqui, mas a produção e o envase são feitos na região metropolitana de Londres; as cervejas vão para todo o Reino Unido. "Estávamos buscando canais de exportação, mas apareceu essa oportunidade. Como é muito mais barato produzir lá do que exportar daqui, ganhamos competitividade", diz Caio Guimarães, sócio da cervejaria. Marcelo Carneiro, dono da Colorado, que tem planos de ir para a Espanha, explica: "Custos de produção, burocracia e questão tributária são bem menos complexos fora do Brasil. São fatores que se tornam ainda mais importantes no cenário de indefinições de 2015". Mesmo que a cerveja feita lá fora não chegue ao mercado nacional, ainda assim o cliente brasileiro pode lucrar com a expertise adquirida. Em outra metáfora gastronômica, é o chef que sai daqui para fazer estágio no restaurante Noma, o melhor do mundo segundo a revista "Restaurant", e volta com novas ideias para o seu menu. "Quem fizer cerveja boa vai ter espaço, no país que for. A verdade está dentro da garrafa", diz Tiago Carneiro, da mineira Wäls. * Nova tributação pode valorizar artesanais Começa a valer em maio um novo modelo tributário para a indústria de bebidas. Na prática, as cervejarias pagarão impostos sobre o preço de venda e terão descontos segundo o volume de produção, que podem chegar a 20% para quem produzir menos de 5 milhões de litros anuais (marca dificilmente ultrapassada pelas artesanais). Para Marcelo Carneiro, sócio da Colorado e presidente da Abracerva (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), a tributação deve aumentar, mas a mudança é positiva, pois, segundo ele, de certa forma, o governo reconhece as marcas artesanais pela primeira vez como um setor.
comida
Marcas nacionais de cerveja vão à Europa desenvolver receitasMais do que desenvolver receitas em conjunto aqui no Brasil, cervejarias nacionais têm aproveitado a vinda de marcas estrangeiras para apostar também na produção bem longe daqui. Essa fabricação de cerveja, conhecida como "cigana", virou tendência entre artesanais há alguns anos –são empresas que não têm fábrica própria e alugam instalações de outras marcas para produzir seus rótulos, como faz a dinamarquesa Mikkeller. Entre as vantagens desse negócio estão o custo mais baixo da produção e o know-how aprendido no exterior. Entre as brasileiras, a paraense Amazon Beer já se lançou ao mar para fazer cerveja na Inglaterra. Pelo menos outras três devem aportar na Europa ainda em 2015 para operar de forma cigana –Colorado, Bodebrown e Invicta. Desde março do ano passado, a Amazon licenciou a marca e a fórmula de dois de seus rótulos (Forest Pilsen e Forest Bacuri) para uma cervejaria inglesa. Os ingredientes amazônicos (como o fruto bacuri) são enviados daqui, mas a produção e o envase são feitos na região metropolitana de Londres; as cervejas vão para todo o Reino Unido. "Estávamos buscando canais de exportação, mas apareceu essa oportunidade. Como é muito mais barato produzir lá do que exportar daqui, ganhamos competitividade", diz Caio Guimarães, sócio da cervejaria. Marcelo Carneiro, dono da Colorado, que tem planos de ir para a Espanha, explica: "Custos de produção, burocracia e questão tributária são bem menos complexos fora do Brasil. São fatores que se tornam ainda mais importantes no cenário de indefinições de 2015". Mesmo que a cerveja feita lá fora não chegue ao mercado nacional, ainda assim o cliente brasileiro pode lucrar com a expertise adquirida. Em outra metáfora gastronômica, é o chef que sai daqui para fazer estágio no restaurante Noma, o melhor do mundo segundo a revista "Restaurant", e volta com novas ideias para o seu menu. "Quem fizer cerveja boa vai ter espaço, no país que for. A verdade está dentro da garrafa", diz Tiago Carneiro, da mineira Wäls. * Nova tributação pode valorizar artesanais Começa a valer em maio um novo modelo tributário para a indústria de bebidas. Na prática, as cervejarias pagarão impostos sobre o preço de venda e terão descontos segundo o volume de produção, que podem chegar a 20% para quem produzir menos de 5 milhões de litros anuais (marca dificilmente ultrapassada pelas artesanais). Para Marcelo Carneiro, sócio da Colorado e presidente da Abracerva (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), a tributação deve aumentar, mas a mudança é positiva, pois, segundo ele, de certa forma, o governo reconhece as marcas artesanais pela primeira vez como um setor.
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São Paulo começa a vacinar crianças e gestantes contra H1N1 em 11 de abril
A vacina contra a gripe H1N1 começará a ser dada às gestantes, crianças de seis meses a até cinco anos e idosos a partir de 11 de abril na cidade de São Paulo e nas cidades da região metropolitana, anunciou nesta terça-feira (29) a Secretaria de Estado da Saúde. O Estado vive um surto da doença, com hospitais públicos e particulares lotados. Serão 2,991 milhões de doses a esses três grupos, os de maior risco caso contraiam a doença. As doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde. Em 8 de abril, três dias antes, 532,4 mil profissionais de saúde de hospitais públicos e particulares de São Paulo e da Grande São Paulo serão imunizados. O governo paulista antecipou o calendário de vacinação para esses grupos, em razão do surto da doença. Os demais grupos que são público-alvo (portadores de doenças crônicas, população prisional, índios) e as outras cidades do Estado receberão a partir da mesma data prevista para o calendário nacional de vacinação, 30 de abril. DISTRIBUIÇÃO O Ministério da Saúde informou que a partir de 1º de abril enviará aos Estados 25,6 milhões de doses da vacina, dos quais 9,9 milhões para a região Sudeste. Não houve mudança de processos, disse o ministério –o envio já ocorre normalmente um mês antes do calendário de vacinação começar. A vacina a ser dada é a trivalente, que protege contra as gripes H1N1, H3N2 e B. Atualmente, em hospitais e clínicas particulares já é possível encontrar a vacina. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, até 22 de março foram notificados 260 casos e 38 mortes pelo vírus H1N1. Em 2015, haviam sido 28 mortes. Virus H1N1
cotidiano
São Paulo começa a vacinar crianças e gestantes contra H1N1 em 11 de abrilA vacina contra a gripe H1N1 começará a ser dada às gestantes, crianças de seis meses a até cinco anos e idosos a partir de 11 de abril na cidade de São Paulo e nas cidades da região metropolitana, anunciou nesta terça-feira (29) a Secretaria de Estado da Saúde. O Estado vive um surto da doença, com hospitais públicos e particulares lotados. Serão 2,991 milhões de doses a esses três grupos, os de maior risco caso contraiam a doença. As doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde. Em 8 de abril, três dias antes, 532,4 mil profissionais de saúde de hospitais públicos e particulares de São Paulo e da Grande São Paulo serão imunizados. O governo paulista antecipou o calendário de vacinação para esses grupos, em razão do surto da doença. Os demais grupos que são público-alvo (portadores de doenças crônicas, população prisional, índios) e as outras cidades do Estado receberão a partir da mesma data prevista para o calendário nacional de vacinação, 30 de abril. DISTRIBUIÇÃO O Ministério da Saúde informou que a partir de 1º de abril enviará aos Estados 25,6 milhões de doses da vacina, dos quais 9,9 milhões para a região Sudeste. Não houve mudança de processos, disse o ministério –o envio já ocorre normalmente um mês antes do calendário de vacinação começar. A vacina a ser dada é a trivalente, que protege contra as gripes H1N1, H3N2 e B. Atualmente, em hospitais e clínicas particulares já é possível encontrar a vacina. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, até 22 de março foram notificados 260 casos e 38 mortes pelo vírus H1N1. Em 2015, haviam sido 28 mortes. Virus H1N1
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Combate a violência sexual requer discussão sobre masculinidade
Redefinir conceitos de masculinidade e desenvolver a educação sexual para jovens foram os caminhos discutidos no painel "Como Superar a Cultura do Abuso", que encerrou a programação do Fórum Exploração Sexual Infantil, organizado nesta quinta (18) pela Folha, em parceria com o instituto Liberta e a incorporadora Cyrela. "Quando falamos em situações de violência ou que levam a abusos e estupros, nem sempre conversamos com os meninos, que muitas vezes são os agentes, embora também sejam vítimas", afirmou Fernanda Lopes, representante auxiliar do Fundo de População da ONU no Brasil, disse que é preciso discutir conceitos como a paternidade precoce e a desconstrução das masculinidades. A mesa também contou com a presença de Assis da Costa Oliveira, professor de direitos humanos da UFPA, Tatiana Landini, professora de sociologia da Unifesp, e Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha. Os participantes concordaram que desenvolver a educação sexual nas escolas contribuirá para combater abusos e alcançar a equidade de gênero. Segundo Rosely Sayão, os professores não têm preparação adequada para abordar valores sociais e princípios que regem a sociedade quando discutem a sexualidade em sala de aula. "Quase todas as escolas que conheço tratam mais da orientação sexual, do aparato biológico, dos comportamentos sexuais e da sexualidade genital". Sayão diz que "é preciso relacionar a educação sexual com a educação como um todo" _e a responsabilidade também é das famílias. "Muitas conversam a respeito da gravidez e da prevenção de doenças, mas poucas falam sobre o comportamento que diz respeito à mulher e ao homem". MERCADO SEXUAL Para Fernanda Lopes, a exploração sexual de jovens só será resolvida com o combate às desigualdades sociais do país. "São os grupos de maior vulnerabilidade social que vivenciam essa violência, que é estrutural, institucional e perpetrada pela recessão de oportunidades." Para ela, o machismo estrutural é um dos fatores que explicam a presença majoritária de homens como exploradores de crianças. "Eles foram educados a acreditar que aquilo era legítimo da forma que fosse, ainda violenta". Assis Oliveira, que realiza pesquisas sobre abuso sexual na região de Altamira (Pará), afirmou que também é necessário transformar a forma como os agentes desses abusos são tratados. O tratamento humanizado, segundo ele, ajudaria a coibir redes de exploração. "Precisamos pensar em um atendimento humanizado a esses agressores e autores. A lógica do encarceramento por si só não resolverá o problema", disse.
seminariosfolha
Combate a violência sexual requer discussão sobre masculinidadeRedefinir conceitos de masculinidade e desenvolver a educação sexual para jovens foram os caminhos discutidos no painel "Como Superar a Cultura do Abuso", que encerrou a programação do Fórum Exploração Sexual Infantil, organizado nesta quinta (18) pela Folha, em parceria com o instituto Liberta e a incorporadora Cyrela. "Quando falamos em situações de violência ou que levam a abusos e estupros, nem sempre conversamos com os meninos, que muitas vezes são os agentes, embora também sejam vítimas", afirmou Fernanda Lopes, representante auxiliar do Fundo de População da ONU no Brasil, disse que é preciso discutir conceitos como a paternidade precoce e a desconstrução das masculinidades. A mesa também contou com a presença de Assis da Costa Oliveira, professor de direitos humanos da UFPA, Tatiana Landini, professora de sociologia da Unifesp, e Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha. Os participantes concordaram que desenvolver a educação sexual nas escolas contribuirá para combater abusos e alcançar a equidade de gênero. Segundo Rosely Sayão, os professores não têm preparação adequada para abordar valores sociais e princípios que regem a sociedade quando discutem a sexualidade em sala de aula. "Quase todas as escolas que conheço tratam mais da orientação sexual, do aparato biológico, dos comportamentos sexuais e da sexualidade genital". Sayão diz que "é preciso relacionar a educação sexual com a educação como um todo" _e a responsabilidade também é das famílias. "Muitas conversam a respeito da gravidez e da prevenção de doenças, mas poucas falam sobre o comportamento que diz respeito à mulher e ao homem". MERCADO SEXUAL Para Fernanda Lopes, a exploração sexual de jovens só será resolvida com o combate às desigualdades sociais do país. "São os grupos de maior vulnerabilidade social que vivenciam essa violência, que é estrutural, institucional e perpetrada pela recessão de oportunidades." Para ela, o machismo estrutural é um dos fatores que explicam a presença majoritária de homens como exploradores de crianças. "Eles foram educados a acreditar que aquilo era legítimo da forma que fosse, ainda violenta". Assis Oliveira, que realiza pesquisas sobre abuso sexual na região de Altamira (Pará), afirmou que também é necessário transformar a forma como os agentes desses abusos são tratados. O tratamento humanizado, segundo ele, ajudaria a coibir redes de exploração. "Precisamos pensar em um atendimento humanizado a esses agressores e autores. A lógica do encarceramento por si só não resolverá o problema", disse.
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Restaurante paulistano Mocotó abrirá sua primeira filial em shopping
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO O Mocotó abrirá sua primeira filial dentro de um shopping em dezembro deste ano. Será no shopping D, no Canindé, ao lado da marginal Tietê, na zona norte paulistana. Batizada de Mocotó Café, a casa terá refeições variadas. "O projeto alia os clássicos do Mocotó para almoço e happy hour a um exclusivo café da manhã sertanejo, com tapioca, cuscuz e carne-seca na nata", afirma Rodrigo Oliveira, chef do restaurante. O cardápio terá as receitas inspiradas na cozinha nordestina que deram fama ao restaurante, como baião de dois, escondidinho, torresmo, guisados e assados. E também cafés especiais, trazidos de Pernambuco e da Chapada Diamantina. "Vamos servir comida rápida, mas autoral, sem ser fast food. Parte dela será feita na sede e finalizada na hora", acrescenta Oliveira. A nova unidade recebeu investimento de R$ 1 milhão. Criado em 1973 na Vila Medeiros, zona norte, o Mocotó foi incluído no guia "Michelin" Rio de Janeiro e São Paulo de 2015, edição brasileira do importantes guia gastronômico. O Esquina Mocotó, em que Rodrigo Oliveira apresenta sua cozinha autoral, recebeu uma estrela na edição deste ano. A cotação máxima é de três estrelas. Na edição "O Melhor de sãopaulo - Restaurantes 2016", o Mocotó foi eleito como melhor restaurante brasileiro. A rede conta ainda com um Mocotó Café, no Mercado de Pinheiros, e um food truck. No shopping, o café será vizinho de outros quatro restaurantes, ainda não revelados, que ocuparão uma nova área do shopping, de 1.000 m². "Criaremos um espaço gastronômico com ícones da culinária da zona norte", afirma Antonio Mascarenhas, diretor comercial da CCP, que administra o D. Além de reforma arquitetônica, o local passará a ter um espaço com cerca de 20 lojas de produtos e serviços de casamento, como aluguel de carros, bufê e vestidos, incluindo um do estilista Ronaldo Ésper. As primeiras lojas começam a funcionar nesta semana. O D também sediará um posto da Polícia Federal para emissão de passaportes, com abertura prevista para novembro deste ano. Ao todo, o shopping receberá investimento de R$ 10 milhões em modernização.
saopaulo
Restaurante paulistano Mocotó abrirá sua primeira filial em shoppingRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO O Mocotó abrirá sua primeira filial dentro de um shopping em dezembro deste ano. Será no shopping D, no Canindé, ao lado da marginal Tietê, na zona norte paulistana. Batizada de Mocotó Café, a casa terá refeições variadas. "O projeto alia os clássicos do Mocotó para almoço e happy hour a um exclusivo café da manhã sertanejo, com tapioca, cuscuz e carne-seca na nata", afirma Rodrigo Oliveira, chef do restaurante. O cardápio terá as receitas inspiradas na cozinha nordestina que deram fama ao restaurante, como baião de dois, escondidinho, torresmo, guisados e assados. E também cafés especiais, trazidos de Pernambuco e da Chapada Diamantina. "Vamos servir comida rápida, mas autoral, sem ser fast food. Parte dela será feita na sede e finalizada na hora", acrescenta Oliveira. A nova unidade recebeu investimento de R$ 1 milhão. Criado em 1973 na Vila Medeiros, zona norte, o Mocotó foi incluído no guia "Michelin" Rio de Janeiro e São Paulo de 2015, edição brasileira do importantes guia gastronômico. O Esquina Mocotó, em que Rodrigo Oliveira apresenta sua cozinha autoral, recebeu uma estrela na edição deste ano. A cotação máxima é de três estrelas. Na edição "O Melhor de sãopaulo - Restaurantes 2016", o Mocotó foi eleito como melhor restaurante brasileiro. A rede conta ainda com um Mocotó Café, no Mercado de Pinheiros, e um food truck. No shopping, o café será vizinho de outros quatro restaurantes, ainda não revelados, que ocuparão uma nova área do shopping, de 1.000 m². "Criaremos um espaço gastronômico com ícones da culinária da zona norte", afirma Antonio Mascarenhas, diretor comercial da CCP, que administra o D. Além de reforma arquitetônica, o local passará a ter um espaço com cerca de 20 lojas de produtos e serviços de casamento, como aluguel de carros, bufê e vestidos, incluindo um do estilista Ronaldo Ésper. As primeiras lojas começam a funcionar nesta semana. O D também sediará um posto da Polícia Federal para emissão de passaportes, com abertura prevista para novembro deste ano. Ao todo, o shopping receberá investimento de R$ 10 milhões em modernização.
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Câmera flagra mulher que abandonou bebê no centro de SP; assista
A Polícia Civil começou a analisar nesta segunda-feira (5) imagens que mostram uma mulher abandonando um bebê no centro de São Paulo no domingo (4). A suspeita foi flagrada por câmeras de segurança de um prédio. O recém-nascido foi deixado em uma sacola de pano, embaixo de uma árvore, diante de um edifício da rua Piauí, em Higienópolis, bairro de classe média alta da região central de São Paulo. Quem tiver informações que possam ajudar a identificar a mulher que aparece no vídeo deve ligar para a Polícia Civil: 3256-4148. A sacola foi encontrada a poucos metros da praça Vilaboim por um morador, que, curioso ergueu o saco para sentir seu peso e ouviu o gemido ao depositá-lo novamente no chão. Ao abrir o pano, encontrou o bebê –uma menina branca, que aparentava poucos dias de vida– com roupas de recém-nascido. Por volta das 19h, ele acionou a Polícia Militar, que encontrou a criança já agasalhada com um pequeno cobertor, no colo do homem que a resgatou, cercada por mais dez moradores. "Ela estava quietinha. E é muito linda", conta o soldado Gustavo Quirino, 25, que atendeu à ocorrência. "Foi complicado... Tenho um filho recém-nascido e fiquei triste. A gente não consegue entender a cabeça de quem faz uma coisa dessas", disse. A criança foi levada para a a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foi examinada pelo setor de pediatria, que estimou sua idade em três dias. Após a internação, foram feitos exames clínicos, que não apontaram sinais de maus-tratos nem problemas aparentes de saúde. Segundo o hospital, a bebê foi alimentada com leite industrializado para recém-nascidos e passa bem. O caso está sendo investigado no 78º DP (Jardins).
cotidiano
Câmera flagra mulher que abandonou bebê no centro de SP; assistaA Polícia Civil começou a analisar nesta segunda-feira (5) imagens que mostram uma mulher abandonando um bebê no centro de São Paulo no domingo (4). A suspeita foi flagrada por câmeras de segurança de um prédio. O recém-nascido foi deixado em uma sacola de pano, embaixo de uma árvore, diante de um edifício da rua Piauí, em Higienópolis, bairro de classe média alta da região central de São Paulo. Quem tiver informações que possam ajudar a identificar a mulher que aparece no vídeo deve ligar para a Polícia Civil: 3256-4148. A sacola foi encontrada a poucos metros da praça Vilaboim por um morador, que, curioso ergueu o saco para sentir seu peso e ouviu o gemido ao depositá-lo novamente no chão. Ao abrir o pano, encontrou o bebê –uma menina branca, que aparentava poucos dias de vida– com roupas de recém-nascido. Por volta das 19h, ele acionou a Polícia Militar, que encontrou a criança já agasalhada com um pequeno cobertor, no colo do homem que a resgatou, cercada por mais dez moradores. "Ela estava quietinha. E é muito linda", conta o soldado Gustavo Quirino, 25, que atendeu à ocorrência. "Foi complicado... Tenho um filho recém-nascido e fiquei triste. A gente não consegue entender a cabeça de quem faz uma coisa dessas", disse. A criança foi levada para a a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foi examinada pelo setor de pediatria, que estimou sua idade em três dias. Após a internação, foram feitos exames clínicos, que não apontaram sinais de maus-tratos nem problemas aparentes de saúde. Segundo o hospital, a bebê foi alimentada com leite industrializado para recém-nascidos e passa bem. O caso está sendo investigado no 78º DP (Jardins).
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Jovens largam carreira para abrir cafés enxutos e com grãos selecionados
Paulo Filho sabia de três coisas ao deixar o design. Queria sair da frente do computador, trabalhar em pé e com pessoas. Abriu um café, o Kof, com sua amiga arquiteta Camila Romano. Rodolfo Herrera e Flavio Seixlack também colocaram de lado as profissões de formação. E lá se foram para trás do balcão do pequeno Beluga Café, que eles mesmos montaram. Jamais imaginaram perder 10 quilos em poucos meses de trabalho. Como na "Quadrilha" de Drummond, Douglas Siqueira, que não tinha entrado na história, largou a vida de executivo e abriu o Torra Clara. Há muito em comum entre esses três cafés paulistanos -além de serem tocados pessoalmente por seus proprietários. Talvez sejam fruto de um movimento impulsionado pela abertura, mais remota, do Coffee Lab, que adotou sistema descomplicado de serviço e teve ótima projeção. Todos eles têm estruturas enxutíssimas, e serviço idem. O cliente deve fazer o pedido no balcão e nenhum cobra os 10% de taxa habitual. O fato de essas cafeterias serem um plano B, no entanto, não diminui o cuidado que há por trás dos negócios. Os donos estudam o produto e garimpam cafés de alta qualidade, a exemplo da edição limitada de catuaí vermelho vendido no Beluga. Como outros pequenos lotes, os grãos são produzidos com cuidado, sob condições especiais de clima e de solo, com características únicas de aroma e sabor. Exemplares do produtor e torrefador Hugo Wolff e grãos da Fazenda Ambiental Fortaleza (FAF), no ramo desde 1850 no interior de SP, também marcam presença. No Torra Clara pode-se provar boa parte da linha da FAF, como o Carmen Miranda (R$ 7). Este, preparado no V 60 (um coador com sulcos internos em espiral, que permitem melhor fluxo da água), mostra notas florais e doçura acentuada -em parte, graças ao seu processamento natural, no qual o grão seca com polpa e casca. Nota-se, ainda, a exploração dos mais variados métodos de preparo. No Kof, por exemplo, há um ousado (para brasileiros) café coado no gelo (R$ 10). Para a dose dupla, faz-se uma extração concentrada do café sobre o gelo, que, conforme derrete, dá bom equilíbrio à bebida. Para abastecer o cardápio, firmam parcerias com fornecedores selecionados, outro reflexo da estrutura enxuta. O Torra Clara recebe tortas do Torta no Quintal -a de cinco cogumelos com cream cheese e massa podre já nasceu hit (R$ 26, com salada). No Beluga, o pão de mel com geleia de damasco e chocolate meio amargo (R$ 5, a fatia) sai das mãos da dupla Beza, formada por uma polonesa e uma belga. No balcão, bolos de uma "boleira do bairro" e waffles. Estes são também boa pedida no Kof. Lá, são fornecidos por Thierry Pouge, outro sujeito que largou sua profissão-plano-A para dedicar-se a uma pequena produção de waffles (fofos por dentro e crocantes por fora; a R$ 7, para besuntar com manteiga) e de cookies (altos, macios, a R$ 7). Eis que comes, bebes e o clima despretensioso desses cafés andam atraindo público. No mesmo embalo que a gastronomia tem seguido em São Paulo: mais simples e descomplicada. TORRA CLARA Onde r. Oscar Freire, 2.286, Pinheiros, tel. 11/3297-8486 Kof - King of the Fork Onde r. Artur de Azevedo, 1.317, Pinheiros, tel. 11/2533-9391 BELUGA CAFÉ Onde r. Doutor Cesário Mota Júnior, 379, Vila Buarque; tel. 11/3214-5322
comida
Jovens largam carreira para abrir cafés enxutos e com grãos selecionadosPaulo Filho sabia de três coisas ao deixar o design. Queria sair da frente do computador, trabalhar em pé e com pessoas. Abriu um café, o Kof, com sua amiga arquiteta Camila Romano. Rodolfo Herrera e Flavio Seixlack também colocaram de lado as profissões de formação. E lá se foram para trás do balcão do pequeno Beluga Café, que eles mesmos montaram. Jamais imaginaram perder 10 quilos em poucos meses de trabalho. Como na "Quadrilha" de Drummond, Douglas Siqueira, que não tinha entrado na história, largou a vida de executivo e abriu o Torra Clara. Há muito em comum entre esses três cafés paulistanos -além de serem tocados pessoalmente por seus proprietários. Talvez sejam fruto de um movimento impulsionado pela abertura, mais remota, do Coffee Lab, que adotou sistema descomplicado de serviço e teve ótima projeção. Todos eles têm estruturas enxutíssimas, e serviço idem. O cliente deve fazer o pedido no balcão e nenhum cobra os 10% de taxa habitual. O fato de essas cafeterias serem um plano B, no entanto, não diminui o cuidado que há por trás dos negócios. Os donos estudam o produto e garimpam cafés de alta qualidade, a exemplo da edição limitada de catuaí vermelho vendido no Beluga. Como outros pequenos lotes, os grãos são produzidos com cuidado, sob condições especiais de clima e de solo, com características únicas de aroma e sabor. Exemplares do produtor e torrefador Hugo Wolff e grãos da Fazenda Ambiental Fortaleza (FAF), no ramo desde 1850 no interior de SP, também marcam presença. No Torra Clara pode-se provar boa parte da linha da FAF, como o Carmen Miranda (R$ 7). Este, preparado no V 60 (um coador com sulcos internos em espiral, que permitem melhor fluxo da água), mostra notas florais e doçura acentuada -em parte, graças ao seu processamento natural, no qual o grão seca com polpa e casca. Nota-se, ainda, a exploração dos mais variados métodos de preparo. No Kof, por exemplo, há um ousado (para brasileiros) café coado no gelo (R$ 10). Para a dose dupla, faz-se uma extração concentrada do café sobre o gelo, que, conforme derrete, dá bom equilíbrio à bebida. Para abastecer o cardápio, firmam parcerias com fornecedores selecionados, outro reflexo da estrutura enxuta. O Torra Clara recebe tortas do Torta no Quintal -a de cinco cogumelos com cream cheese e massa podre já nasceu hit (R$ 26, com salada). No Beluga, o pão de mel com geleia de damasco e chocolate meio amargo (R$ 5, a fatia) sai das mãos da dupla Beza, formada por uma polonesa e uma belga. No balcão, bolos de uma "boleira do bairro" e waffles. Estes são também boa pedida no Kof. Lá, são fornecidos por Thierry Pouge, outro sujeito que largou sua profissão-plano-A para dedicar-se a uma pequena produção de waffles (fofos por dentro e crocantes por fora; a R$ 7, para besuntar com manteiga) e de cookies (altos, macios, a R$ 7). Eis que comes, bebes e o clima despretensioso desses cafés andam atraindo público. No mesmo embalo que a gastronomia tem seguido em São Paulo: mais simples e descomplicada. TORRA CLARA Onde r. Oscar Freire, 2.286, Pinheiros, tel. 11/3297-8486 Kof - King of the Fork Onde r. Artur de Azevedo, 1.317, Pinheiros, tel. 11/2533-9391 BELUGA CAFÉ Onde r. Doutor Cesário Mota Júnior, 379, Vila Buarque; tel. 11/3214-5322
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Erramos: Outro Canal - Na reta final, 'Alto Astral' bate recorde de audiência
Diferentemente do informado no texto Na reta final, "Alto Astral" bate recorde de audiência (Outro Canal - 22/04/2015 - 17h06 ), a novela "Babilônia" marcou 28 pontos de audiência na terça-feira (21). O texto foi corrigido.
ilustrada
Erramos: Outro Canal - Na reta final, 'Alto Astral' bate recorde de audiênciaDiferentemente do informado no texto Na reta final, "Alto Astral" bate recorde de audiência (Outro Canal - 22/04/2015 - 17h06 ), a novela "Babilônia" marcou 28 pontos de audiência na terça-feira (21). O texto foi corrigido.
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Circuito fechado
RIO DE JANEIRO - Vai se tornando público o que era comentado desde a morte de Jaime Gold, no último dia 20: o adolescente rapidamente apresentado como responsável pelas facadas que mataram o médico, no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, não estava na cena do crime. Ele pratica assaltos, sim, e por isso integra a lista dos "suspeitos de sempre". A polícia parece ter lançado mão dela para mostrar eficiência e dar à sociedade e à imprensa o que estas queriam: um menor de idade para ser linchado (desta vez, apenas virtualmente). Queridinha dos jornais quando lhes interessa, a delegada Monique Vidal, da 14ª DP (a primeira a cuidar do caso, antes da Divisão de Homicídios), comentou no Facebook que a única testemunha afirmara ser impossível reconhecer os criminosos –e quem conhece aquela área escura da Lagoa entende isso. Monique Vidal fortaleceu, assim, a hipótese de o adolescente detido ser uma "bucha", um falso culpado. Dos dois rapazes que roubaram a bicicleta de Gold, pelo menos um é menor de idade. Ou seja, quem defende a redução da maioridade penal pode continuar vibrando. Mas a polícia que queremos é essa, que fabrica culpados e encerra as investigações sem encontrar provas? Na quinta (28), o jornal "O Globo" informou que policiais são suspeitos de controlar a venda de produtos roubados, sobretudo celulares, no camelódromo da rua Uruguaiana. (Isso é tão novidade no Rio quanto dizer que há tramoias na CBF.) Vejamos, então. Os celulares roubados nas ruas rendem dinheiro para policiais. A população pede mais policiamento. Quando este aparece, prende um ladrão que já conhece, pois é um elo da mesma cadeia econômica. Se não aparece, cidadãos assustados contratam empresas de segurança privada. Entre os donos destas estão policiais e ex-policiais. A banca sempre ganha.
colunas
Circuito fechadoRIO DE JANEIRO - Vai se tornando público o que era comentado desde a morte de Jaime Gold, no último dia 20: o adolescente rapidamente apresentado como responsável pelas facadas que mataram o médico, no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, não estava na cena do crime. Ele pratica assaltos, sim, e por isso integra a lista dos "suspeitos de sempre". A polícia parece ter lançado mão dela para mostrar eficiência e dar à sociedade e à imprensa o que estas queriam: um menor de idade para ser linchado (desta vez, apenas virtualmente). Queridinha dos jornais quando lhes interessa, a delegada Monique Vidal, da 14ª DP (a primeira a cuidar do caso, antes da Divisão de Homicídios), comentou no Facebook que a única testemunha afirmara ser impossível reconhecer os criminosos –e quem conhece aquela área escura da Lagoa entende isso. Monique Vidal fortaleceu, assim, a hipótese de o adolescente detido ser uma "bucha", um falso culpado. Dos dois rapazes que roubaram a bicicleta de Gold, pelo menos um é menor de idade. Ou seja, quem defende a redução da maioridade penal pode continuar vibrando. Mas a polícia que queremos é essa, que fabrica culpados e encerra as investigações sem encontrar provas? Na quinta (28), o jornal "O Globo" informou que policiais são suspeitos de controlar a venda de produtos roubados, sobretudo celulares, no camelódromo da rua Uruguaiana. (Isso é tão novidade no Rio quanto dizer que há tramoias na CBF.) Vejamos, então. Os celulares roubados nas ruas rendem dinheiro para policiais. A população pede mais policiamento. Quando este aparece, prende um ladrão que já conhece, pois é um elo da mesma cadeia econômica. Se não aparece, cidadãos assustados contratam empresas de segurança privada. Entre os donos destas estão policiais e ex-policiais. A banca sempre ganha.
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Pela primeira vez, Prêmio Pritzker terá integrante brasileiro no juri
O embaixador do Brasil no Japão, o carioca André Correa do Lago, 57, é o primeiro brasileiro a integrar o júri do prêmio Pritzker, considerado o Nobel da Arquitetura. O anúncio foi feito na noite deste sábado (20) de Tóquio, onde o escritório espanhol RCR recebeu o prêmio deste ano. Formado em Economia pela UFRJ, diplomata de carreira desde 1983, Correa do Lago foi curador do pavilhao do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2014, e membro do Comitê de Arquitetura do MoMa, o Museu de Arte Moderna de Nova York, entre 2005 e 2016. Escreveu vários livros de arquitetura, entre eles "Ainda moderno? - arquitetura brasileira contemporânea" (Nova Fronteira, 2005), com Lauro Cavalcanti, e "Oscar Niemeyer, uma arquitetura da seduçao" (Bei, 2009). Seu último livro, publicado no Japao, é sobre a casa que Paulo Mendes da Rocha fez para si, no Butanta, editado pela GA, em Tóquio. À Folha, pouco antes do anúncio oficial, Correa do Lago, notório apaixonado por arquitetura, se disse muito feliz com o convite. Acha que o comitê deve ter levado em conta sua experiência com desenvolvimento sustentável e mudança climática (ele foi o negociador-chefe do Brasil, entre 2011 e 2013, inclusive para a conferência Rio+20). "A dimensao desses temas é cada vez mais importante, e a boa arquitetura é um fenômeno global", diz. O Pritzker é decidido anualmente por oito jurados, um mix de arquitetos famosos, grandes empresários e críticos de arquitetura. Já foram integrantes desse clube de Giovanni Agnelli, ex-presidente da Fiat, a Ratan Tata, ex-presidente do grande conglomerado indiano; e arquitetos como Frank Gehry, Norman Foster e Richard Rogers. Philip Johnson, o primeiro profissional premiado com o Pritzker, em 1979, foi jurado por seis anos. O premiado recebe uma medalha e US$ 100 mil, da família Pritzker, dona do conglomerado Hyatt, com sede em Chicago. Dois brasileiros já receberam a distinçao: Oscar Niemeyer, em 1988, e Paulo Mendes da Rocha, em 2006. ​
ilustrada
Pela primeira vez, Prêmio Pritzker terá integrante brasileiro no juriO embaixador do Brasil no Japão, o carioca André Correa do Lago, 57, é o primeiro brasileiro a integrar o júri do prêmio Pritzker, considerado o Nobel da Arquitetura. O anúncio foi feito na noite deste sábado (20) de Tóquio, onde o escritório espanhol RCR recebeu o prêmio deste ano. Formado em Economia pela UFRJ, diplomata de carreira desde 1983, Correa do Lago foi curador do pavilhao do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2014, e membro do Comitê de Arquitetura do MoMa, o Museu de Arte Moderna de Nova York, entre 2005 e 2016. Escreveu vários livros de arquitetura, entre eles "Ainda moderno? - arquitetura brasileira contemporânea" (Nova Fronteira, 2005), com Lauro Cavalcanti, e "Oscar Niemeyer, uma arquitetura da seduçao" (Bei, 2009). Seu último livro, publicado no Japao, é sobre a casa que Paulo Mendes da Rocha fez para si, no Butanta, editado pela GA, em Tóquio. À Folha, pouco antes do anúncio oficial, Correa do Lago, notório apaixonado por arquitetura, se disse muito feliz com o convite. Acha que o comitê deve ter levado em conta sua experiência com desenvolvimento sustentável e mudança climática (ele foi o negociador-chefe do Brasil, entre 2011 e 2013, inclusive para a conferência Rio+20). "A dimensao desses temas é cada vez mais importante, e a boa arquitetura é um fenômeno global", diz. O Pritzker é decidido anualmente por oito jurados, um mix de arquitetos famosos, grandes empresários e críticos de arquitetura. Já foram integrantes desse clube de Giovanni Agnelli, ex-presidente da Fiat, a Ratan Tata, ex-presidente do grande conglomerado indiano; e arquitetos como Frank Gehry, Norman Foster e Richard Rogers. Philip Johnson, o primeiro profissional premiado com o Pritzker, em 1979, foi jurado por seis anos. O premiado recebe uma medalha e US$ 100 mil, da família Pritzker, dona do conglomerado Hyatt, com sede em Chicago. Dois brasileiros já receberam a distinçao: Oscar Niemeyer, em 1988, e Paulo Mendes da Rocha, em 2006. ​
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Vingancinha contra Reinaldo Azevedo revela pessoas por trás do Estado
Em "O Mágico de Oz", Dorothy e seus três amigos acreditam que o grande mágico será capaz de resolver todos os seus problemas: dar um coração ao homem de lata, coragem ao leão covarde, um cérebro ao espantalho e mostrar à garota o caminho de casa. Ao encontrar o mágico, o grupo se decepciona. Ele não passa de um velhinho picareta, um ex-artista de circo sem grandes poderes. Como Dorothy, os brasileiros acreditam que o Estado é capaz de curar todos os males da população. Damos ao Estado nomes pomposos como Procuradoria-Geral da República, Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Supremo Tribunal Federal. Mas se olharmos direito vamos descobrir que por trás da fachada do palácio há velhinhos vaidosos e vingativos. Lembrei dessa metáfora ao ler que o STF tirou o sigilo de uma conversa entre Reinaldo Azevedo e a irmã de Aécio Neves. Mesmo se Reinaldo não fosse jornalista haveria no ato um atentado à privacidade, pois não há na conversa nada que contribua com a investigação. Mas o Estado são pessoas, e pessoas se ressentem. Gostam de desfrutar a vingança. No caso, foi uma vingancinha bem safada, daquelas de senhoras barraqueiras do núcleo cômico da novela das sete. Quase diariamente Reinaldo Azevedo reclama da atuação de Rodrigo Janot como procurador-geral. Tem sido crítico aos atropelos da Lava Jato. Dificultou a nomeação de Edson Fachin ao STF mostrando que ele apoiava líderes do MST. Desde a semana passada vem repetindo que os grampos de Joesley são uma mutreta para derrubar Michel Temer. Diga que você não ficaria tentado a fazer igual. Há anos um jornalista reclama de você e do seu trabalho, a ponto de ridicularizá-lo. As posições políticas e partidárias dele são opostas às suas. De repente cai na sua mesa uma conversa desse jornalista com uma investigada que acabou de ser presa. A conversa tem o poder de constranger o jornalista com a revista em que trabalha e com o público, ao provar o que todo mundo suspeitava —que ele tem relações bem próximas com os tucanos. Ai, tendo em vista que a liberação da conversa renderia mais um ótimo capítulo do "House of Cards" brasileiro, eu, que sou de carne e osso, não tenho vocação para mágico de Oz, confesso que dificilmente me seguraria.
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Vingancinha contra Reinaldo Azevedo revela pessoas por trás do EstadoEm "O Mágico de Oz", Dorothy e seus três amigos acreditam que o grande mágico será capaz de resolver todos os seus problemas: dar um coração ao homem de lata, coragem ao leão covarde, um cérebro ao espantalho e mostrar à garota o caminho de casa. Ao encontrar o mágico, o grupo se decepciona. Ele não passa de um velhinho picareta, um ex-artista de circo sem grandes poderes. Como Dorothy, os brasileiros acreditam que o Estado é capaz de curar todos os males da população. Damos ao Estado nomes pomposos como Procuradoria-Geral da República, Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Supremo Tribunal Federal. Mas se olharmos direito vamos descobrir que por trás da fachada do palácio há velhinhos vaidosos e vingativos. Lembrei dessa metáfora ao ler que o STF tirou o sigilo de uma conversa entre Reinaldo Azevedo e a irmã de Aécio Neves. Mesmo se Reinaldo não fosse jornalista haveria no ato um atentado à privacidade, pois não há na conversa nada que contribua com a investigação. Mas o Estado são pessoas, e pessoas se ressentem. Gostam de desfrutar a vingança. No caso, foi uma vingancinha bem safada, daquelas de senhoras barraqueiras do núcleo cômico da novela das sete. Quase diariamente Reinaldo Azevedo reclama da atuação de Rodrigo Janot como procurador-geral. Tem sido crítico aos atropelos da Lava Jato. Dificultou a nomeação de Edson Fachin ao STF mostrando que ele apoiava líderes do MST. Desde a semana passada vem repetindo que os grampos de Joesley são uma mutreta para derrubar Michel Temer. Diga que você não ficaria tentado a fazer igual. Há anos um jornalista reclama de você e do seu trabalho, a ponto de ridicularizá-lo. As posições políticas e partidárias dele são opostas às suas. De repente cai na sua mesa uma conversa desse jornalista com uma investigada que acabou de ser presa. A conversa tem o poder de constranger o jornalista com a revista em que trabalha e com o público, ao provar o que todo mundo suspeitava —que ele tem relações bem próximas com os tucanos. Ai, tendo em vista que a liberação da conversa renderia mais um ótimo capítulo do "House of Cards" brasileiro, eu, que sou de carne e osso, não tenho vocação para mágico de Oz, confesso que dificilmente me seguraria.
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Acesso a escola de tempo integral no ensino médio é desigual, diz pesquisa
Apontado com uma das principais políticas educacionais para a melhora do ensino, a educação em tempo integral no ensino médio não tem sido oferecida de maneira igualitária entre as camadas sociais da população. Estudo realizado em quatro estados brasileiros –São Paulo, Pernambuco, Ceará e Goiás– mostra que, em geral, as escolas com maior carga horária atendem aos alunos com melhor situação socioeconômica. A relação é inversa no noturno, modalidade com piores condições de aprendizado: as turmas são frequentadas por alunos mais pobres. As informações são de estudo divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Cenpec (Centro de Pesquisas e Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária) em São Paulo. De acordo com o coordenador de pesquisa do Cenpec, Antônio Augusto Gomes Batista, a análise reforça que há uma distribuição desigual das oportunidades educacionais entre os estudantes brasileiros. "As escolhas [dos modelos de escola] não são propriamente escolhas, mas tendem a ser forçadas pelas condições de território e socioeconômicas", diz. O estudo indica, segundo Batista, que a diversificação de oferta produz desigualdades educacionais. "A educação que as escolas de tempo integral oferece é muito melhor. Como ela não chega de maneira equânime a todos, há um aumento da desigualdade." Em todos os Estados analisados, as escolas em tempo integral têm menores taxas de alunos atrasados (a chamada distorção idade-série), quando comparadas às escolas de tempo parcial. Além disso, as condições de trabalho dos professores são melhores nas unidades com turno expandido. O percentual de professores temporários é menor nas escolas com turmas de tempo integral na comparação com as de turno parcial. Docentes de escolas de meio período têm maior carga horária de trabalho, atendendo mais alunos e atuando em mais escolas, quando comparado com a realidade da escola integral. A análise se debruçou sobre os quatro Estados por terem políticas e resultados similares. Mas o acesso ao tempo integral varia entre eles. Em São Paulo, 2,95% dos estudantes da rede estadual estavam em tempo integral em 2014, enquanto esse percentual é de 34,76% em Pernambuco. Goiás tinha 2,17% e Ceará, 12,43%. Os pesquisadores fizeram um trabalho de campo em 24 escolas, seis por Estado, selecionadas a partir de critérios como vulnerabilidade, índice de ruralidade e tamanho das cidades. A partir disso, houve a análise das políticas implementadas em busca de entender como as políticas contribuem para a melhoria da qualidade da educação e equidade. Os resultados no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foram levados em conta na escolha dos Estados, mas não entraram na análise. Não há resultados de Ideb por escola no ensino médio, uma vez que a avaliação é amostral nessa etapa. Foram realizadas entrevistas com 669 estudantes do 2º ano do ensino médio. Em geral, os jovens mantêm uma relação positiva com a escola, encarando-a como espaço de socialização e como instrumento para colocação no mundo do trabalho. A maioria espera prosseguir com os estudos. PERCEPÇÃO Mas a diversidades do atendimento também reflete na percepção dos estudantes. No tempo integral, os estudantes gostam mais da escola do que em outras modalidades. No noturno, por exemplo, um terço dos estudantes afirmaram que, se pudessem, mudariam de escola. O ensino médio é considerado um dos grandes desafios educacionais do país. "É um tema ainda mais importante no momento em que o país discute a Base Nacional Comum, dada a necessidade de flexibilizar essa etapa", afirma a presidente do Conselho Administrativo do Cenpec, Maria Alice Setubal. A base está sendo construída pelo MEC (Ministério da Educação) e vai estabelecer os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes devem aprender na educação básica. Mais de 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos, idade adequada no ensino médio, estão fora da escola. Além disso, 11 milhões de jovens entre 18 e 29 anos não concluíram o ensino médio, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE).
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Acesso a escola de tempo integral no ensino médio é desigual, diz pesquisaApontado com uma das principais políticas educacionais para a melhora do ensino, a educação em tempo integral no ensino médio não tem sido oferecida de maneira igualitária entre as camadas sociais da população. Estudo realizado em quatro estados brasileiros –São Paulo, Pernambuco, Ceará e Goiás– mostra que, em geral, as escolas com maior carga horária atendem aos alunos com melhor situação socioeconômica. A relação é inversa no noturno, modalidade com piores condições de aprendizado: as turmas são frequentadas por alunos mais pobres. As informações são de estudo divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Cenpec (Centro de Pesquisas e Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária) em São Paulo. De acordo com o coordenador de pesquisa do Cenpec, Antônio Augusto Gomes Batista, a análise reforça que há uma distribuição desigual das oportunidades educacionais entre os estudantes brasileiros. "As escolhas [dos modelos de escola] não são propriamente escolhas, mas tendem a ser forçadas pelas condições de território e socioeconômicas", diz. O estudo indica, segundo Batista, que a diversificação de oferta produz desigualdades educacionais. "A educação que as escolas de tempo integral oferece é muito melhor. Como ela não chega de maneira equânime a todos, há um aumento da desigualdade." Em todos os Estados analisados, as escolas em tempo integral têm menores taxas de alunos atrasados (a chamada distorção idade-série), quando comparadas às escolas de tempo parcial. Além disso, as condições de trabalho dos professores são melhores nas unidades com turno expandido. O percentual de professores temporários é menor nas escolas com turmas de tempo integral na comparação com as de turno parcial. Docentes de escolas de meio período têm maior carga horária de trabalho, atendendo mais alunos e atuando em mais escolas, quando comparado com a realidade da escola integral. A análise se debruçou sobre os quatro Estados por terem políticas e resultados similares. Mas o acesso ao tempo integral varia entre eles. Em São Paulo, 2,95% dos estudantes da rede estadual estavam em tempo integral em 2014, enquanto esse percentual é de 34,76% em Pernambuco. Goiás tinha 2,17% e Ceará, 12,43%. Os pesquisadores fizeram um trabalho de campo em 24 escolas, seis por Estado, selecionadas a partir de critérios como vulnerabilidade, índice de ruralidade e tamanho das cidades. A partir disso, houve a análise das políticas implementadas em busca de entender como as políticas contribuem para a melhoria da qualidade da educação e equidade. Os resultados no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foram levados em conta na escolha dos Estados, mas não entraram na análise. Não há resultados de Ideb por escola no ensino médio, uma vez que a avaliação é amostral nessa etapa. Foram realizadas entrevistas com 669 estudantes do 2º ano do ensino médio. Em geral, os jovens mantêm uma relação positiva com a escola, encarando-a como espaço de socialização e como instrumento para colocação no mundo do trabalho. A maioria espera prosseguir com os estudos. PERCEPÇÃO Mas a diversidades do atendimento também reflete na percepção dos estudantes. No tempo integral, os estudantes gostam mais da escola do que em outras modalidades. No noturno, por exemplo, um terço dos estudantes afirmaram que, se pudessem, mudariam de escola. O ensino médio é considerado um dos grandes desafios educacionais do país. "É um tema ainda mais importante no momento em que o país discute a Base Nacional Comum, dada a necessidade de flexibilizar essa etapa", afirma a presidente do Conselho Administrativo do Cenpec, Maria Alice Setubal. A base está sendo construída pelo MEC (Ministério da Educação) e vai estabelecer os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes devem aprender na educação básica. Mais de 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos, idade adequada no ensino médio, estão fora da escola. Além disso, 11 milhões de jovens entre 18 e 29 anos não concluíram o ensino médio, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE).
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Candidatos a bolsa do Fies têm até esta quarta para se inscreverem
Com menos bolsas, os candidatos interessados no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) do segundo semestre devem realizar a inscrição até as 23h59 desta quarta-feira (29). Os candidatos devem ser inscrever apenas pela internet, no site da seleção do Fies. Não há cobrança de taxas e as instituições de ensino superior devem garantir acesso gratuito à internet para inscrição. Ao todo, o MEC (Ministério da Educação) oferta 75 mil novas vagas. Contudo, desde o ano passado, a oferta de vagas do programa federal tem caído. No primeiro semestre, segundo ministro Mendonça Filho (Educação), foram 147 mil vagas disponibilizadas. A novidade desta edição é a ampliação da renda mensal bruta per capita de 2,5 para 3 salários mínimos, ou seja, de R$ 2.200 para R$ 2.640, para ter acesso às bolsas do programa. No dia do anúncio, o ministro ressaltou que o objetivo da iniciativa era ampliar o acesso às bolsas de estudos para famílias que também faziam parte do perfil do programa federal, mas que não eram atendidas. Entenda o Fies Além de cumprir o critério de renda, poderão se inscrever os candidatos que ainda não tenham concluído o ensino superior, mas tenham obtido média acima de 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a partir da edição do exame de 2010, e nota superior a zero na redação. O candidato ao Fies poderá indicar apenas um único curso e turno de graduação de seu interesse. Ao longo do período de inscrição, o estudante poderá alterar sua opção de vaga. RESULTADO O resultado do Fies será divulgado no dia 30 de junho. Na mesma data, será divulgada uma lista de espera, para o caso de disponibilidade de vagas após a rodada de oferta. No dia 1° de julho, os pré-selecionados terão de concluir a inscrição no SisFies (Sistema Informatizado do Fies). Já os estudantes da lista de espera que forem pré-selecionados deverão concluir sua inscrição no SisFies no prazo de cinco dias úteis. Segundo o edital, a escolha dos estudantes no site da seleção do Fies "assegura apenas a expectativa de direito às vagas para as quais se inscreveram, (...) estando a contratação do financiamento condicionada à conclusão de sua inscrição no Sistema Informatizado do Fies –Sisfies".
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Candidatos a bolsa do Fies têm até esta quarta para se inscreveremCom menos bolsas, os candidatos interessados no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) do segundo semestre devem realizar a inscrição até as 23h59 desta quarta-feira (29). Os candidatos devem ser inscrever apenas pela internet, no site da seleção do Fies. Não há cobrança de taxas e as instituições de ensino superior devem garantir acesso gratuito à internet para inscrição. Ao todo, o MEC (Ministério da Educação) oferta 75 mil novas vagas. Contudo, desde o ano passado, a oferta de vagas do programa federal tem caído. No primeiro semestre, segundo ministro Mendonça Filho (Educação), foram 147 mil vagas disponibilizadas. A novidade desta edição é a ampliação da renda mensal bruta per capita de 2,5 para 3 salários mínimos, ou seja, de R$ 2.200 para R$ 2.640, para ter acesso às bolsas do programa. No dia do anúncio, o ministro ressaltou que o objetivo da iniciativa era ampliar o acesso às bolsas de estudos para famílias que também faziam parte do perfil do programa federal, mas que não eram atendidas. Entenda o Fies Além de cumprir o critério de renda, poderão se inscrever os candidatos que ainda não tenham concluído o ensino superior, mas tenham obtido média acima de 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a partir da edição do exame de 2010, e nota superior a zero na redação. O candidato ao Fies poderá indicar apenas um único curso e turno de graduação de seu interesse. Ao longo do período de inscrição, o estudante poderá alterar sua opção de vaga. RESULTADO O resultado do Fies será divulgado no dia 30 de junho. Na mesma data, será divulgada uma lista de espera, para o caso de disponibilidade de vagas após a rodada de oferta. No dia 1° de julho, os pré-selecionados terão de concluir a inscrição no SisFies (Sistema Informatizado do Fies). Já os estudantes da lista de espera que forem pré-selecionados deverão concluir sua inscrição no SisFies no prazo de cinco dias úteis. Segundo o edital, a escolha dos estudantes no site da seleção do Fies "assegura apenas a expectativa de direito às vagas para as quais se inscreveram, (...) estando a contratação do financiamento condicionada à conclusão de sua inscrição no Sistema Informatizado do Fies –Sisfies".
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Anvisa comenta reportagem sobre atraso na liberação de produtos
Em relação à reportagem Atrasos da Anvisa afetam farmacêuticas, a Anvisa esclarece que tem envidado esforços no sentido de normalizar a liberação de cargas de interesse sanitário em Viracopos, bem como nos demais postos em São Paulo. Além das forças-tarefas, a Anvisa iniciou processo de remoção de servidores como medida definitiva para reduzir a sobrecarga existente. A agência também está elaborando alterações no processo de trabalho, com o intuito de dar maior agilidade à análise dos pleitos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Anvisa comenta reportagem sobre atraso na liberação de produtosEm relação à reportagem Atrasos da Anvisa afetam farmacêuticas, a Anvisa esclarece que tem envidado esforços no sentido de normalizar a liberação de cargas de interesse sanitário em Viracopos, bem como nos demais postos em São Paulo. Além das forças-tarefas, a Anvisa iniciou processo de remoção de servidores como medida definitiva para reduzir a sobrecarga existente. A agência também está elaborando alterações no processo de trabalho, com o intuito de dar maior agilidade à análise dos pleitos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Governo quer protocolo para conter uso de Ritalina por crianças
O Ministério da Saúde recomendou a Estados e municípios aumentar o controle sobre a prescrição e a distribuição de um medicamento indicado para tratar crianças e adolescentes com deficit de atenção e hiperatividade. O documento, ao qual a Folha teve acesso, visa coibir um possível uso abusivo de metilfenidato, conhecido pelos nomes de Ritalina e Concerta, e evitar a "medicação excessiva" de crianças. Segundo o ministério, a medida ocorre diante da "tendência de compreensão de dificuldades de aprendizagem como transtornos biológicos a serem medicados" e de um "aumento intenso" no consumo do psicotrópico. Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apontam crescimento de 21,5% na venda do metilfenidato em quatro anos –de 2,2 milhões de caixas em 2010 para 2,6 milhões em 2013 (último dado disponível). O ministério cita ainda as estimativas "bastante discordantes" sobre a ocorrência de TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) em crianças e adolescentes –de 0,9% a 26,8%. Infográfico: Quantidade de remédios comercializados "Parece evidente que tem muitas crianças no Brasil utilizando de maneira desnecessária o medicamento", afirma o coordenador de saúde da criança no ministério, Paulo Bonilha. "São múltiplas as variáveis que influenciam no processo de aprendizagem e concentração. Olhar como se isso fosse sempre uma doença da criança é reducionista." Isso não significa, porém, que o diagnóstico de TDAH não possa ocorrer, defende ele. "O que se recomenda é que seja mais criterioso, feito por equipe multiprofissional e não apenas pelo médico, com a presença de psicólogo e pedagogo." MUNICÍPIOS Agora, a ideia é fazer com que mais municípios elaborem protocolos para prescrição e distribuição do remédio, assim como fizeram as prefeituras de São Paulo e Campinas (SP) nos últimos anos. O metilfenidato não é distribuído diretamente pelo governo federal. Secretarias da Saúde têm autonomia para comprar e ofertar o remédio –em geral, liberado com a apresentação de uma receita especial para psicotrópicos. "Vimos que estávamos utilizando de forma irracional", diz a coordenadora de saúde da criança em Campinas, Tânia Marcucci. "Antes, a criança já vinha com diagnóstico prévio até da escola." Com a mudança, a prefeitura passou a exigir uma avaliação com uma equipe multidisciplinar, que preenche um formulário com dados de saúde e situação da criança. Em São Paulo, a adoção do protocolo no ano passado reduziu o consumo do remédio na rede pública: de 54 mil comprimidos distribuídos em setembro de 2014 para 25 mil no mesmo mês deste ano. Já o número de usuários foi de 550 para 324. "O protocolo mostrou que, quando há a orientação clara do uso, do diagnóstico e do acompanhamento, há redução do uso abusivo", afirma o secretário municipal de saúde, Alexandre Padilha. "Antes, havia casos de inclusão [no tratamento] porque a criança mexia mais de quatro vezes na cama." CRÍTICAS O diretor da AMB (Associação Médica Brasileira) e professor associado de psiquiatria na Unifesp, Miguel Jorge, diz ser favorável à adoção de critérios que levem a diagnósticos mais precisos. Mas critica a possibilidade de a decisão final caber a outros profissionais que não médicos. "Não há sentido, cabimento ou lógica em se depositar na mão de pessoas estranhas à categoria médica a determinação se um diagnóstico está correto e se a pessoa deve receber o medicamento." Para ele, além de uma possível medicalização excessiva, é preciso considerar que alguns transtornos passaram a ser mais conhecidos, o que pode explicar um aumento no diagnóstico de pessoas antes não tratadas, diz. "O deficit de atenção, pelo menos até o momento, não tem outro tipo de tratamento preconizado que não o tratamento medicamentoso."
cotidiano
Governo quer protocolo para conter uso de Ritalina por criançasO Ministério da Saúde recomendou a Estados e municípios aumentar o controle sobre a prescrição e a distribuição de um medicamento indicado para tratar crianças e adolescentes com deficit de atenção e hiperatividade. O documento, ao qual a Folha teve acesso, visa coibir um possível uso abusivo de metilfenidato, conhecido pelos nomes de Ritalina e Concerta, e evitar a "medicação excessiva" de crianças. Segundo o ministério, a medida ocorre diante da "tendência de compreensão de dificuldades de aprendizagem como transtornos biológicos a serem medicados" e de um "aumento intenso" no consumo do psicotrópico. Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apontam crescimento de 21,5% na venda do metilfenidato em quatro anos –de 2,2 milhões de caixas em 2010 para 2,6 milhões em 2013 (último dado disponível). O ministério cita ainda as estimativas "bastante discordantes" sobre a ocorrência de TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) em crianças e adolescentes –de 0,9% a 26,8%. Infográfico: Quantidade de remédios comercializados "Parece evidente que tem muitas crianças no Brasil utilizando de maneira desnecessária o medicamento", afirma o coordenador de saúde da criança no ministério, Paulo Bonilha. "São múltiplas as variáveis que influenciam no processo de aprendizagem e concentração. Olhar como se isso fosse sempre uma doença da criança é reducionista." Isso não significa, porém, que o diagnóstico de TDAH não possa ocorrer, defende ele. "O que se recomenda é que seja mais criterioso, feito por equipe multiprofissional e não apenas pelo médico, com a presença de psicólogo e pedagogo." MUNICÍPIOS Agora, a ideia é fazer com que mais municípios elaborem protocolos para prescrição e distribuição do remédio, assim como fizeram as prefeituras de São Paulo e Campinas (SP) nos últimos anos. O metilfenidato não é distribuído diretamente pelo governo federal. Secretarias da Saúde têm autonomia para comprar e ofertar o remédio –em geral, liberado com a apresentação de uma receita especial para psicotrópicos. "Vimos que estávamos utilizando de forma irracional", diz a coordenadora de saúde da criança em Campinas, Tânia Marcucci. "Antes, a criança já vinha com diagnóstico prévio até da escola." Com a mudança, a prefeitura passou a exigir uma avaliação com uma equipe multidisciplinar, que preenche um formulário com dados de saúde e situação da criança. Em São Paulo, a adoção do protocolo no ano passado reduziu o consumo do remédio na rede pública: de 54 mil comprimidos distribuídos em setembro de 2014 para 25 mil no mesmo mês deste ano. Já o número de usuários foi de 550 para 324. "O protocolo mostrou que, quando há a orientação clara do uso, do diagnóstico e do acompanhamento, há redução do uso abusivo", afirma o secretário municipal de saúde, Alexandre Padilha. "Antes, havia casos de inclusão [no tratamento] porque a criança mexia mais de quatro vezes na cama." CRÍTICAS O diretor da AMB (Associação Médica Brasileira) e professor associado de psiquiatria na Unifesp, Miguel Jorge, diz ser favorável à adoção de critérios que levem a diagnósticos mais precisos. Mas critica a possibilidade de a decisão final caber a outros profissionais que não médicos. "Não há sentido, cabimento ou lógica em se depositar na mão de pessoas estranhas à categoria médica a determinação se um diagnóstico está correto e se a pessoa deve receber o medicamento." Para ele, além de uma possível medicalização excessiva, é preciso considerar que alguns transtornos passaram a ser mais conhecidos, o que pode explicar um aumento no diagnóstico de pessoas antes não tratadas, diz. "O deficit de atenção, pelo menos até o momento, não tem outro tipo de tratamento preconizado que não o tratamento medicamentoso."
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Má-fé corporativa
Diga-se com todas as letras: é absurda a campanha judicial que magistrados e promotores do Paraná movem contra o jornal "Gazeta do Povo", abrindo, em pelo menos 15 cidades, processos quase idênticos contra o periódico. A iniciativa tem obrigado cinco jornalistas a viajar dias seguidos para comparecer às audiências, deixando de trabalhar nesse período. Os pedidos somam R$ 1,3 milhão em indenizações. As ações contestam reportagem na qual se revelou que magistrados e promotores daquele Estado recebem salários que, em média, ultrapassam mais de 20% o limite constitucional do funcionalismo. O veículo ainda publicou a lista nominal dos beneficiados. Autores das petições afirmam que os pagamentos não violam a lei, pois incluem 13º, férias e outras verbas que não entram no cômputo do teto. Dizem também que foram ridicularizados após a publicação —o que, em suas fantasias de poder, justificaria a indenização. O jornal sustenta que seu objetivo era expor e debater o teto constitucional –o qual, de fato, dá margem a confusões que uma regulamentação deveria dirimir. A "Gazeta do Povo" praticou jornalismo. Lançou bem-vinda luz sobre os vencimentos de funcionários públicos. Se estes não se sentem confortáveis com os generosos proventos que recebem, poderiam liderar mobilização para reduzi-los. Deveriam, além disso, aproveitar a ocasião para debater o assunto tendo em vista a média salarial no país, a crise econômica e o princípio da moralidade administrativa. Em vez disso, decidiram tentar intimidar a imprensa. Admita-se, por um instante, que estivesse em jogo um genuíno conflito de opiniões, e não a defesa de um privilégio. Nada haveria a contestar caso as associações dessas duas classes tivessem se mobilizado e proposto uma ação para pacificar o entendimento sobre o tema. Os envolvidos, porém, revivendo estratégia que a Igreja Universal do Reino de Deus utilizara contra a Folha em 2008, optaram por bombardear o veículo e seus jornalistas com dezenas de processos pulverizados em várias comarcas. Trata-se de estratégia coordenada com o vão propósito de silenciar os jornalistas, e não de legítima busca por reparação judicial. A democracia equilibra a proteção à honra pessoal com os direitos de crítica, de informar e de ser informado, que estão na base dos avanços civilizacionais. Quando aqueles que deveriam zelar pelo bom funcionamento desse mecanismo procuram deturpá-lo em favor de interesses próprios ou corporativos, a sociedade conhece mais um escândalo.
opiniao
Má-fé corporativaDiga-se com todas as letras: é absurda a campanha judicial que magistrados e promotores do Paraná movem contra o jornal "Gazeta do Povo", abrindo, em pelo menos 15 cidades, processos quase idênticos contra o periódico. A iniciativa tem obrigado cinco jornalistas a viajar dias seguidos para comparecer às audiências, deixando de trabalhar nesse período. Os pedidos somam R$ 1,3 milhão em indenizações. As ações contestam reportagem na qual se revelou que magistrados e promotores daquele Estado recebem salários que, em média, ultrapassam mais de 20% o limite constitucional do funcionalismo. O veículo ainda publicou a lista nominal dos beneficiados. Autores das petições afirmam que os pagamentos não violam a lei, pois incluem 13º, férias e outras verbas que não entram no cômputo do teto. Dizem também que foram ridicularizados após a publicação —o que, em suas fantasias de poder, justificaria a indenização. O jornal sustenta que seu objetivo era expor e debater o teto constitucional –o qual, de fato, dá margem a confusões que uma regulamentação deveria dirimir. A "Gazeta do Povo" praticou jornalismo. Lançou bem-vinda luz sobre os vencimentos de funcionários públicos. Se estes não se sentem confortáveis com os generosos proventos que recebem, poderiam liderar mobilização para reduzi-los. Deveriam, além disso, aproveitar a ocasião para debater o assunto tendo em vista a média salarial no país, a crise econômica e o princípio da moralidade administrativa. Em vez disso, decidiram tentar intimidar a imprensa. Admita-se, por um instante, que estivesse em jogo um genuíno conflito de opiniões, e não a defesa de um privilégio. Nada haveria a contestar caso as associações dessas duas classes tivessem se mobilizado e proposto uma ação para pacificar o entendimento sobre o tema. Os envolvidos, porém, revivendo estratégia que a Igreja Universal do Reino de Deus utilizara contra a Folha em 2008, optaram por bombardear o veículo e seus jornalistas com dezenas de processos pulverizados em várias comarcas. Trata-se de estratégia coordenada com o vão propósito de silenciar os jornalistas, e não de legítima busca por reparação judicial. A democracia equilibra a proteção à honra pessoal com os direitos de crítica, de informar e de ser informado, que estão na base dos avanços civilizacionais. Quando aqueles que deveriam zelar pelo bom funcionamento desse mecanismo procuram deturpá-lo em favor de interesses próprios ou corporativos, a sociedade conhece mais um escândalo.
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O Supremo em chamas
A desinteligência verbal entre os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, absolutamente gratuita e inusitada, diante das câmeras de TV, é mais um ingrediente de uma crise que promete se agravar. Em ambiente marcado pela tensão política (dois ex-governadores do Rio de Janeiro presos, situação e oposição na mira da Lava Jato, a economia na UTI, Estados falidos e o germe fascista se espalhando, como demonstram a invasão da Câmara dos Deputados por defensores de intervenção militar e a agressão ao jornalista Caco Barcellos, da Rede Globo, por grupos supostamente progressistas), o Supremo Tribunal Federal poderia ser reduto de credibilidade. Mas não é. Como a Folha demonstrou esta semana, o STF tem se revelado incapaz de cumprir, com eficácia, a atribuição de julgar autoridades com foro privilegiado (parlamentares e ministros). O padrão de agilidade da Justiça Federal em Curitiba produz um inevitável efeito comparativo que conspira contra a imagem do tribunal. O Supremo está entulhado e se dedica a discussões irrelevantes. Conforme dados atualizados até quinta-feira (17), o acervo seria de 61.632 processos, 10.278 no gabinete da Presidência, o restante distribuído entre seus membros. Na mesma data, o acervo de processos de Celso de Mello seria de 3.429 e o de Marco Aurélio, 8.061. Parece humanamente impossível dar andamento eficiente a tanta papelada. É uma pequena amostra do Judiciário brasileiro, que, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça divulgado em outubro, teria 73,9 milhões de processos em tramitação, um congestionamento provocado, sobretudo, pelas execuções fiscais: seriam necessários três anos para liquidar o passivo, desde que nenhuma outra demanda se instaurasse. Mas a imagem do Supremo poderia ser diferente, mesmo sem a reforma constitucional (alteração de suas competências) de que tanto necessita. Bastaria a instituição de uma pauta racional de trabalho, com fixação de prazos rígidos de tramitação e, convenhamos, com redução do palavrório inútil (nos autos e fora dos autos). Falta choque de gestão no STF. Por que não estabelecer prioridades de julgamento, entre elas as causas criminais, para reduzir o risco de prescrição? Por que pedidos de vista são instrumentos para adiar indefinidamente a solução dos litígios? Por que liminares se perpetuam, como a que concedeu o pagamento de auxílio moradia a todos os juízes do país? Sem olhar para o futuro, o Brasil busca caminhos legislativos esdrúxulos. Além das tentativas de anistiar o "caixa dois", acaba de ser aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados projeto de lei que inverte a ordem das coisas para proteger a reputação de parlamentares: veda a transmissão ao vivo ou gravada, com ou sem edição, dos julgamentos criminais e cíveis, como se o olhar da opinião pública representasse um perigo institucional. A heterodoxia (expressão usada pelos dois ministros durante o bate-boca do STF) está, na verdade, no caráter personalíssimo do funcionamento da Casa. O Supremo se converteu em 11 gabinetes autônomos, cada qual com sua plateia e sua pauta ideológica. Não é assim que se transmite segurança jurídica.
colunas
O Supremo em chamasA desinteligência verbal entre os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, absolutamente gratuita e inusitada, diante das câmeras de TV, é mais um ingrediente de uma crise que promete se agravar. Em ambiente marcado pela tensão política (dois ex-governadores do Rio de Janeiro presos, situação e oposição na mira da Lava Jato, a economia na UTI, Estados falidos e o germe fascista se espalhando, como demonstram a invasão da Câmara dos Deputados por defensores de intervenção militar e a agressão ao jornalista Caco Barcellos, da Rede Globo, por grupos supostamente progressistas), o Supremo Tribunal Federal poderia ser reduto de credibilidade. Mas não é. Como a Folha demonstrou esta semana, o STF tem se revelado incapaz de cumprir, com eficácia, a atribuição de julgar autoridades com foro privilegiado (parlamentares e ministros). O padrão de agilidade da Justiça Federal em Curitiba produz um inevitável efeito comparativo que conspira contra a imagem do tribunal. O Supremo está entulhado e se dedica a discussões irrelevantes. Conforme dados atualizados até quinta-feira (17), o acervo seria de 61.632 processos, 10.278 no gabinete da Presidência, o restante distribuído entre seus membros. Na mesma data, o acervo de processos de Celso de Mello seria de 3.429 e o de Marco Aurélio, 8.061. Parece humanamente impossível dar andamento eficiente a tanta papelada. É uma pequena amostra do Judiciário brasileiro, que, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça divulgado em outubro, teria 73,9 milhões de processos em tramitação, um congestionamento provocado, sobretudo, pelas execuções fiscais: seriam necessários três anos para liquidar o passivo, desde que nenhuma outra demanda se instaurasse. Mas a imagem do Supremo poderia ser diferente, mesmo sem a reforma constitucional (alteração de suas competências) de que tanto necessita. Bastaria a instituição de uma pauta racional de trabalho, com fixação de prazos rígidos de tramitação e, convenhamos, com redução do palavrório inútil (nos autos e fora dos autos). Falta choque de gestão no STF. Por que não estabelecer prioridades de julgamento, entre elas as causas criminais, para reduzir o risco de prescrição? Por que pedidos de vista são instrumentos para adiar indefinidamente a solução dos litígios? Por que liminares se perpetuam, como a que concedeu o pagamento de auxílio moradia a todos os juízes do país? Sem olhar para o futuro, o Brasil busca caminhos legislativos esdrúxulos. Além das tentativas de anistiar o "caixa dois", acaba de ser aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados projeto de lei que inverte a ordem das coisas para proteger a reputação de parlamentares: veda a transmissão ao vivo ou gravada, com ou sem edição, dos julgamentos criminais e cíveis, como se o olhar da opinião pública representasse um perigo institucional. A heterodoxia (expressão usada pelos dois ministros durante o bate-boca do STF) está, na verdade, no caráter personalíssimo do funcionamento da Casa. O Supremo se converteu em 11 gabinetes autônomos, cada qual com sua plateia e sua pauta ideológica. Não é assim que se transmite segurança jurídica.
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Merkel e Hollande vão a Ucrânia e Rússia para tentar encerrar conflito
O presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, viajaram nesta quinta (5) a Kiev e vão na sexta (6) a Moscou para propor uma solução diplomática ao conflito entre governo e separatistas pró-Russia no leste da Ucrânia. A viagem acontece no mesmo dia em que o secretário de Estado americano, John Kerry, chegou à capital ucraniana. Desde o início da semana, membros do governo americano dizem que os EUA avaliam fornecer armas ao Exército do país. Alguns integrantes da administração de Barack Obama consideram que as sanções econômicas impostas à Rússia não fizeram o presidente Vladimir Putin desistir de armar os rebeldes. Ele também é acusado de enviar armas e soldados para a região. Hollande e Merkel se reunirão nesta quinta com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e na sexta com Putin. Em entrevista coletiva em Paris, Hollande disse que esta é uma tentativa para resolver o conflito de forma pacífica. "A França não está em guerra na Ucrânia e nem quer estar. Quer evitar a guerra. A França não pode entrar nessa lógica e devemos fazer todo o possível pela política e pela diplomacia. Nós não entramos na lógica do fornecimento de armas", disse. Assim como Hollande, Merkel também se mostrou favorável ao diálogo e contra o armamento do Exército ucraniano. Segundo o presidente francês, a intenção é fazer uma proposta "baseada na integridade do território ucraniano". Em nota, o principal assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, disse que o líder russo "está pronto para conversas construtivas" para dar fim ao conflito, que já deixou cerca de 5.300 mortos desde abril. Os líderes europeus encaram esta como uma das últimas chances para dar fim aos confrontos antes de que eles se transformem em uma guerra civil, em que tanto o Ocidente quanto a Rússia aumentariam o envio de armas. PRESSÃO Apesar da iniciativa de Hollande e Merkel, a União Europeia incluiu nesta quinta mais 19 indivíduos, sendo cinco russos, e nove entidades na lista de sanções econômicas devido à participação russa no conflito no leste ucraniano. A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, disse que usa todos os meios para levar a uma solução pacífica, "através de pressões, assim como com diálogo". A nova lista, no entanto, não traz nenhum funcionário de alto escalão do governo Putin. Também como resposta ao avanço russo, a Otan informou que enviará mais de 5.000 soldados para os países membros da aliança ocidental próximos da Rússia, como Romênia, Hungria, Polônia, Letônia, Estônia e Lituânia. Nesta quinta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Alexander Lukashevich, disse que um possível envio de armas ao Exército ucraniano não apenas escalaria o conflito, mas também ameaçaria a segurança russa. O chefe militar da Otan, o americano Philip Breedlove, disse que os Estados Unidos e os países que decidirem fornecer armas a Kiev deve esperar uma reação mais contundente da Rússia, embora tenha defendido o direito da Ucrânia de se defender. Apesar dos rumores, o secretário de Estado americano, John Kerry, não fez nenhum anúncio de apoio militar aos ucranianos. O único anúncio feito foi de uma ajuda humanitária de US$ 14,6 milhões (R$ 44,3 milhões) às regiões de Donetsk e Lugansk. Kerry, porém, disse que os Estados Unidos não pretendem entrar em guerra contra a Rússia, mas pediu que Moscou encerre imediatamente seu apoio aos separatistas.
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Merkel e Hollande vão a Ucrânia e Rússia para tentar encerrar conflitoO presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, viajaram nesta quinta (5) a Kiev e vão na sexta (6) a Moscou para propor uma solução diplomática ao conflito entre governo e separatistas pró-Russia no leste da Ucrânia. A viagem acontece no mesmo dia em que o secretário de Estado americano, John Kerry, chegou à capital ucraniana. Desde o início da semana, membros do governo americano dizem que os EUA avaliam fornecer armas ao Exército do país. Alguns integrantes da administração de Barack Obama consideram que as sanções econômicas impostas à Rússia não fizeram o presidente Vladimir Putin desistir de armar os rebeldes. Ele também é acusado de enviar armas e soldados para a região. Hollande e Merkel se reunirão nesta quinta com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e na sexta com Putin. Em entrevista coletiva em Paris, Hollande disse que esta é uma tentativa para resolver o conflito de forma pacífica. "A França não está em guerra na Ucrânia e nem quer estar. Quer evitar a guerra. A França não pode entrar nessa lógica e devemos fazer todo o possível pela política e pela diplomacia. Nós não entramos na lógica do fornecimento de armas", disse. Assim como Hollande, Merkel também se mostrou favorável ao diálogo e contra o armamento do Exército ucraniano. Segundo o presidente francês, a intenção é fazer uma proposta "baseada na integridade do território ucraniano". Em nota, o principal assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, disse que o líder russo "está pronto para conversas construtivas" para dar fim ao conflito, que já deixou cerca de 5.300 mortos desde abril. Os líderes europeus encaram esta como uma das últimas chances para dar fim aos confrontos antes de que eles se transformem em uma guerra civil, em que tanto o Ocidente quanto a Rússia aumentariam o envio de armas. PRESSÃO Apesar da iniciativa de Hollande e Merkel, a União Europeia incluiu nesta quinta mais 19 indivíduos, sendo cinco russos, e nove entidades na lista de sanções econômicas devido à participação russa no conflito no leste ucraniano. A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, disse que usa todos os meios para levar a uma solução pacífica, "através de pressões, assim como com diálogo". A nova lista, no entanto, não traz nenhum funcionário de alto escalão do governo Putin. Também como resposta ao avanço russo, a Otan informou que enviará mais de 5.000 soldados para os países membros da aliança ocidental próximos da Rússia, como Romênia, Hungria, Polônia, Letônia, Estônia e Lituânia. Nesta quinta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Alexander Lukashevich, disse que um possível envio de armas ao Exército ucraniano não apenas escalaria o conflito, mas também ameaçaria a segurança russa. O chefe militar da Otan, o americano Philip Breedlove, disse que os Estados Unidos e os países que decidirem fornecer armas a Kiev deve esperar uma reação mais contundente da Rússia, embora tenha defendido o direito da Ucrânia de se defender. Apesar dos rumores, o secretário de Estado americano, John Kerry, não fez nenhum anúncio de apoio militar aos ucranianos. O único anúncio feito foi de uma ajuda humanitária de US$ 14,6 milhões (R$ 44,3 milhões) às regiões de Donetsk e Lugansk. Kerry, porém, disse que os Estados Unidos não pretendem entrar em guerra contra a Rússia, mas pediu que Moscou encerre imediatamente seu apoio aos separatistas.
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Macri pretende viajar ao Rio para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos
LUCIANA DYNIEWICZ DE BUENOS AIRES O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pretende estar no Brasil no dia 5 de agosto para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos do Rio. A viagem, que será sua primeira ao país como chefe de Estado, deverá ser confirmada na próxima semana. Macri esteve no Brasil no início de dezembro, uma semana antes de assumir a Casa Rosada, em sua primeira viagem internacional como presidente eleito –gesto que marcou sua intenção de reaproximar os dois países. Na ocasião, esteve com a presidente afastada Dilma Rousseff, em Brasília, e com empresários na Fiesp, em São Paulo. O mandatário tinha planos de voltar ao Brasil no primeiro semestre deste ano, mas desistiu devido à instabilidade política. O processo de impeachment também tem contribuído para que chefes de Estado resistam à ideia de viajar ao Rio para a abertura dos Jogos. Por enquanto, entre as autoridades confirmadas estão o presidente da França, François Hollande, o secretário de Estado americano, John Kerry, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, o emir do Qatar, Tamin Bin Hamad Al Thani, e a princesa Anne, da família real britânica (irmã do príncipe Charles). Se a ida de Macri ao Rio for confirmada, deverão estar na comitiva o ministro de Educação e Esportes, Esteban Bullrich, o secretário de assuntos estratégicos, Fulvio Pompeo, e o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta.
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Macri pretende viajar ao Rio para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos LUCIANA DYNIEWICZ DE BUENOS AIRES O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pretende estar no Brasil no dia 5 de agosto para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos do Rio. A viagem, que será sua primeira ao país como chefe de Estado, deverá ser confirmada na próxima semana. Macri esteve no Brasil no início de dezembro, uma semana antes de assumir a Casa Rosada, em sua primeira viagem internacional como presidente eleito –gesto que marcou sua intenção de reaproximar os dois países. Na ocasião, esteve com a presidente afastada Dilma Rousseff, em Brasília, e com empresários na Fiesp, em São Paulo. O mandatário tinha planos de voltar ao Brasil no primeiro semestre deste ano, mas desistiu devido à instabilidade política. O processo de impeachment também tem contribuído para que chefes de Estado resistam à ideia de viajar ao Rio para a abertura dos Jogos. Por enquanto, entre as autoridades confirmadas estão o presidente da França, François Hollande, o secretário de Estado americano, John Kerry, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, o emir do Qatar, Tamin Bin Hamad Al Thani, e a princesa Anne, da família real britânica (irmã do príncipe Charles). Se a ida de Macri ao Rio for confirmada, deverão estar na comitiva o ministro de Educação e Esportes, Esteban Bullrich, o secretário de assuntos estratégicos, Fulvio Pompeo, e o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta.
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Restaurantes de NY vão servir refeições inspiradas em 'Mad Men'
Os fãs da série de TV norte-americana "Mad Men" poderão ficar um pouco mais próximos do cotidiano de Dan Draper por alguns dias. Entre 23 e 29 deste mês, 34 restaurantes de Nova York oferecerão o "Mad Men Dining Week", em que cada um dos estabelecimentos servirá refeições inspiradas no período em que o seriado é ambientado, os anos 1960. Os pratos do evento, que comemora o lançamento da última temporada da série, terão preço fixo de US$ 19,69 (R$ 61,62), de acordo com a emissora de televisão "AMC" e a empresa oficial de turismo da cidade, NYC & Company. Além das refeições, os restaurantes também poderão escolher entre dois cardápios de drinques e entrada ou de entrada e sobremesa e contar com bebidas, como o famoso martíni com uma azeitona no copo. Estabelecimentos como 21 Club, P.J.Clarke's e Delmonico's são alguns dos participantes.
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Restaurantes de NY vão servir refeições inspiradas em 'Mad Men'Os fãs da série de TV norte-americana "Mad Men" poderão ficar um pouco mais próximos do cotidiano de Dan Draper por alguns dias. Entre 23 e 29 deste mês, 34 restaurantes de Nova York oferecerão o "Mad Men Dining Week", em que cada um dos estabelecimentos servirá refeições inspiradas no período em que o seriado é ambientado, os anos 1960. Os pratos do evento, que comemora o lançamento da última temporada da série, terão preço fixo de US$ 19,69 (R$ 61,62), de acordo com a emissora de televisão "AMC" e a empresa oficial de turismo da cidade, NYC & Company. Além das refeições, os restaurantes também poderão escolher entre dois cardápios de drinques e entrada ou de entrada e sobremesa e contar com bebidas, como o famoso martíni com uma azeitona no copo. Estabelecimentos como 21 Club, P.J.Clarke's e Delmonico's são alguns dos participantes.
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Filme 'We Come as Friends' expõe colonialismo contemporâneo
Não faltam momentos assombrosos no novo filme de Hubert Sauper, "We Come as Friends", um ensaio ilustrado sobre o colonialismo contemporâneo. Mas o mais pungente de todos talvez seja uma visita noturna, iluminada por relâmpagos, a um líder tribal do Sudão do Sul. Sauper apresenta uma cópia de um contrato para confirmar uma verdade terrível. Os olhos úmidos e a postura abatida do líder dizem tudo. O idoso assinou um documento entregando milhares de hectares de terra a uma empresa do Texas. Entrevistado em Paris, Sauper comentou: "Era a história acontecendo de sua forma mais sarcástica diante de minha câmera. E então chegou a tempestade. Como cineasta, era bom demais para ser verdade." Esse é um exemplo de como Sauper, o diretor de "We Come as Friends", retrata realidades complexas por meio de reportagens vívidas. Dez anos atrás, seu documentário "O Pesadelo de Darwin", indicado ao Oscar, analisou os estragos resultantes da globalização, examinando a indústria de pesca para exportação no lago Vitória, o impacto dela sobre a população tanzaniana local e uma subcultura de pilotos russos de aviões de carga. Os filmes de não ficção de Sauper são um híbrido elegante de retratos coloridos e fortes e investigação ousada. "We Come as Friends" foi avaliado pela revista "Sight & Sound", do British Film Institute, como um dos melhores trabalhos de não ficção de 2014. Voando em um avião "de lata" que ele próprio construiu, o cineasta percorreu o Sudão de alto a baixo durante dois anos e meio. "O ponto de partida do filme foi a tentativa de analisar a psicologia ou patologia do colonialismo", disse Sauper. "Eu não sabia o quanto disso encontraria em nossos tempos, na vida real." Ele visitou pessoas de todos os tipos, todas fazendo parte de uma história que está se desenrolando para melhor ou para pior: sudaneses que estão perdendo suas casas devido à guerra e ao desenvolvimento voraz, engenheiros chineses confiantes na vocação de superpotência de seu país, missionários texanos que lutam para vestir moradores de vilarejos no Sudão e um chefe militar sudanês que se converteu em político e não consegue lembrar o hino nacional. O avião lhe proporcionava um meio rápido de fuga de tudo isso quando necessário, além de ser uma metáfora vívida da influência e do acesso ocidentais. Longe de ser um relato superficial de viagem, o filme de Sauper transmite uma impressão rara de seres humanos que suportam os efeitos de forças históricas maiores e interesses poderosos. Quando lhe foi citado um livro sobre cinema que divide a história dos cineastas de não ficção entre exploradores, repórteres, pintores e ativistas, Sauper recordou o crédito dado a um colaborador passado, o escritor Nick Flynn : "Existe um termo muito bom que é 'poeta de campo'".
ilustrada
Filme 'We Come as Friends' expõe colonialismo contemporâneoNão faltam momentos assombrosos no novo filme de Hubert Sauper, "We Come as Friends", um ensaio ilustrado sobre o colonialismo contemporâneo. Mas o mais pungente de todos talvez seja uma visita noturna, iluminada por relâmpagos, a um líder tribal do Sudão do Sul. Sauper apresenta uma cópia de um contrato para confirmar uma verdade terrível. Os olhos úmidos e a postura abatida do líder dizem tudo. O idoso assinou um documento entregando milhares de hectares de terra a uma empresa do Texas. Entrevistado em Paris, Sauper comentou: "Era a história acontecendo de sua forma mais sarcástica diante de minha câmera. E então chegou a tempestade. Como cineasta, era bom demais para ser verdade." Esse é um exemplo de como Sauper, o diretor de "We Come as Friends", retrata realidades complexas por meio de reportagens vívidas. Dez anos atrás, seu documentário "O Pesadelo de Darwin", indicado ao Oscar, analisou os estragos resultantes da globalização, examinando a indústria de pesca para exportação no lago Vitória, o impacto dela sobre a população tanzaniana local e uma subcultura de pilotos russos de aviões de carga. Os filmes de não ficção de Sauper são um híbrido elegante de retratos coloridos e fortes e investigação ousada. "We Come as Friends" foi avaliado pela revista "Sight & Sound", do British Film Institute, como um dos melhores trabalhos de não ficção de 2014. Voando em um avião "de lata" que ele próprio construiu, o cineasta percorreu o Sudão de alto a baixo durante dois anos e meio. "O ponto de partida do filme foi a tentativa de analisar a psicologia ou patologia do colonialismo", disse Sauper. "Eu não sabia o quanto disso encontraria em nossos tempos, na vida real." Ele visitou pessoas de todos os tipos, todas fazendo parte de uma história que está se desenrolando para melhor ou para pior: sudaneses que estão perdendo suas casas devido à guerra e ao desenvolvimento voraz, engenheiros chineses confiantes na vocação de superpotência de seu país, missionários texanos que lutam para vestir moradores de vilarejos no Sudão e um chefe militar sudanês que se converteu em político e não consegue lembrar o hino nacional. O avião lhe proporcionava um meio rápido de fuga de tudo isso quando necessário, além de ser uma metáfora vívida da influência e do acesso ocidentais. Longe de ser um relato superficial de viagem, o filme de Sauper transmite uma impressão rara de seres humanos que suportam os efeitos de forças históricas maiores e interesses poderosos. Quando lhe foi citado um livro sobre cinema que divide a história dos cineastas de não ficção entre exploradores, repórteres, pintores e ativistas, Sauper recordou o crédito dado a um colaborador passado, o escritor Nick Flynn : "Existe um termo muito bom que é 'poeta de campo'".
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Folha e SBPSP discutem 'Black Mirror' no ciclo Cinema e Psicanálise
A Folha e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) promovem a segunda sessão do ciclo Cinema e Psicanálise: A Subjetividade Contemporânea e o Mal-estar da Civilização. Na próxima quinta (24), às 20h, haverá exibição do terceiro episódio da terceira temporada da série "Black Mirror": "Cala a Boca e Dança". A produção retrata os impactos das novas tecnologias na sociedade moderna. Após a exibição haverá debate com o psicanalista Luiz Meyer e o repórter associado da Folha Naief Haddad. O encontro ocorrerá na sede da SBPSP (av. Dr. Cardoso de Melo 1450 - 1º andar). As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site www.sbpsp.org.br
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Folha e SBPSP discutem 'Black Mirror' no ciclo Cinema e PsicanáliseA Folha e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) promovem a segunda sessão do ciclo Cinema e Psicanálise: A Subjetividade Contemporânea e o Mal-estar da Civilização. Na próxima quinta (24), às 20h, haverá exibição do terceiro episódio da terceira temporada da série "Black Mirror": "Cala a Boca e Dança". A produção retrata os impactos das novas tecnologias na sociedade moderna. Após a exibição haverá debate com o psicanalista Luiz Meyer e o repórter associado da Folha Naief Haddad. O encontro ocorrerá na sede da SBPSP (av. Dr. Cardoso de Melo 1450 - 1º andar). As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site www.sbpsp.org.br
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Nascido em food truck, La Peruana é eleito o melhor restaurante latino-americano
LIGIA MESQUITA DE SÃO PAULO Para não pairar dúvida, o La Peruana desenhou na parede do salão principal. O peixe bem grande ali é o #ficaadica do que a casa oferece de melhor: ceviches. De pescados e também de frutos do mar, assim como é boa parte do cardápio. O que leva o nome do restaurante é uma mistura saborosíssima de peixe branco do dia, camarão e lula empanada, regada a leite de tigre (molho cítrico feito com caldo de peixe), milho, pimenta e uma "quenelle" (espécie de bolinho) de batata-doce cozida no molho de laranja. Tudo com pimenta, coentro e cebola, ingredientes que não são vistos no igualmente delicioso "apaltado" (com abacate e gengibre). E o melhor: nenhum ceviche é servido naquelas taças, normalmente usadas para drinques e que viraram lugar-comum. No La Peruana, ele vem em um prato fundo de ágata, para todo mundo comer junto. E o garçom já traz uma colher para poder tomar o leite de tigre. Essa alegria não acontece ao receber drinques com pisco, bebida típica peruana: eles também entraram na moda(!) de servir coquetéis em vidro de conserva. Entre os pratos mais pedidos está o gostoso "pulpo parrillero", um polvo na brasa com gremolata, molho com alcaparras, salsinha e limão, acompanhado de uma saladinha com batatas assadas e cogumelos. Nascido como um food truck, o La Peruana conseguiu fazer a transição para um espaço físico, nos Jardins, sem virar um lugar pretensioso. Lá, a chef Marisabel Woodman continua oferecendo uma comida típica gostosa, que ressalta a mistura de sabores de seu país de origem a preços justos (o almoço-executivo sai por R$ 39,90). Tudo isso num ambiente agradável, com serviço atencioso (em sua maioria, de peruanos) e música latina boa tocando. Na hora de pedir a conta, "Todo Se Acabó", canta o grupo cubano Juan Formell y Los Van Van. * La Peruana. Al. Campinas, 1.357, Jardim Paulista, tel: 3885-0148
o-melhor-de-sao-paulo
Nascido em food truck, La Peruana é eleito o melhor restaurante latino-americanoLIGIA MESQUITA DE SÃO PAULO Para não pairar dúvida, o La Peruana desenhou na parede do salão principal. O peixe bem grande ali é o #ficaadica do que a casa oferece de melhor: ceviches. De pescados e também de frutos do mar, assim como é boa parte do cardápio. O que leva o nome do restaurante é uma mistura saborosíssima de peixe branco do dia, camarão e lula empanada, regada a leite de tigre (molho cítrico feito com caldo de peixe), milho, pimenta e uma "quenelle" (espécie de bolinho) de batata-doce cozida no molho de laranja. Tudo com pimenta, coentro e cebola, ingredientes que não são vistos no igualmente delicioso "apaltado" (com abacate e gengibre). E o melhor: nenhum ceviche é servido naquelas taças, normalmente usadas para drinques e que viraram lugar-comum. No La Peruana, ele vem em um prato fundo de ágata, para todo mundo comer junto. E o garçom já traz uma colher para poder tomar o leite de tigre. Essa alegria não acontece ao receber drinques com pisco, bebida típica peruana: eles também entraram na moda(!) de servir coquetéis em vidro de conserva. Entre os pratos mais pedidos está o gostoso "pulpo parrillero", um polvo na brasa com gremolata, molho com alcaparras, salsinha e limão, acompanhado de uma saladinha com batatas assadas e cogumelos. Nascido como um food truck, o La Peruana conseguiu fazer a transição para um espaço físico, nos Jardins, sem virar um lugar pretensioso. Lá, a chef Marisabel Woodman continua oferecendo uma comida típica gostosa, que ressalta a mistura de sabores de seu país de origem a preços justos (o almoço-executivo sai por R$ 39,90). Tudo isso num ambiente agradável, com serviço atencioso (em sua maioria, de peruanos) e música latina boa tocando. Na hora de pedir a conta, "Todo Se Acabó", canta o grupo cubano Juan Formell y Los Van Van. * La Peruana. Al. Campinas, 1.357, Jardim Paulista, tel: 3885-0148
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Doações e palestras pagas motivaram ação contra Lula, dizem procuradores
Promotores da Lava Jato afirmaram nesta sexta-feira (4) que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher e filhos concentram-se no indício de que o maior volume de pagamentos ao Instituto Lula e à empresa de palestras do ex-presidente vieram de grandes empreiteiras investigadas na operação. Lula foi conduzido a depor na 24ª fase da operação, deflagrada nesta sexta. Outra suspeita dos investigadores refere-se a supostos favores recebidos pelas empreiteiras que reformaram um sítio usado pela família de Lula e também de reformas em um tríplex no Guarujá (SP). Segundo Carlos Fernando Lima, um dos procuradores da força-tarefa, 60% das doações ao instituto, entre 2011 e 2014, foram feitas pelas empreiteiras, e também elas são as responsáveis por 47% dos valores pagos à Lils palestras. São elas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC, Camargo Correa e Andrade Gutierrez. "Hoje estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventual consecução de atos dentro do governo", disse Lima, em entrevista coletiva. Também está em apuração, segundo os procuradores, que o Instituto Lula pagou para a G4, que pertence a um dos filhos do ex-presidente, mais de R$ 1 milhão em serviços e outros R$ 90 mil para a Flex BR. "Agora precisamos investigar se foram feitos", afirmou o procurador. A análise da documentação fiscal de Instituto Lula e LILS foi definida, nas palavras do representante da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima, como "confusão operacional e financeira entre as duas entidades". "A LILS Palestra é uma empresa cuja sede é no endereço residencial do ex-presidente e não possui atividade operacional. A principal são as palestras dadas pelo ex-presidente. Então toda atividade operacional e logística são feitas por empregados e pessoas ligadas ao Instituto Lula." MUDANÇA EM CONTÊINERES A investigação envolve ainda suspeita de que a empreiteira OAS gastou R$ 1,3 milhão para armazenar a mudança de Lula quando ele deixou o Palácio do Planalto, no fim de seu mandato, em 2010. Foram dez contêineres alugados com este fim. Embora a negociação para guardar os bens tenha sido coordenada por Paulo Okamotto, também investigado nesta operação, a força-tarefa apontou que o contrato foi fechado entre a empresa armazenadora e a OAS. "Nesse momento é mais um indicativo de mais um suposto favor que precisamos investigar", afirmou o procurador Lima. A opção por tomar o depoimento de Lula em uma delegacia da PF no aeroporto de Congonhas visou a segurança do ex-presidente, segundo o delegado Igor Romário de Paula. Segundo ele, o acesso até a Superintendência da PF de São Paulo seria facilmente bloqueado por manifestantes e a opção de Congonhas pareceu mais segura. O ex-presidente prestou depoimento por toda a manhã. Do lado de fora da PF, manifestantes pró e contra Lula chegaram a trocar acusações. BOLSONARO EM CURITIBA O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi para Curitiba para comemorar a ação da PF contra o ex-presidente Lula nesta sexta. Ele e o também deputado Fernando Francischini (SD-PR) convocaram um ato em frente à delegacia. Antes, gravou um vídeo –publicado pela "Gazeta do Povo"– no qual convocava as pessoas para o ato de "comemoração". Nele, o parlamentar também ironizou a situação, mandando "um abraço" ao petista. "Espero que, quando for decretada a prisão do Lula, não seja como lá atrás, no período militar, que [a detenção do ex-presidente] seja para sempre", disse Bolsonaro no vídeo, referindo-se aos poucos dias de prisão do ex-presidente durante a ditadura militar (1964-85). No local, o deputado do Rio de Janeiro chegou a soltar rojões em homenagem à PF. Alethea: 24º fase da Lava-jato - Quem foi alvo de condução coercitiva da PF
poder
Doações e palestras pagas motivaram ação contra Lula, dizem procuradoresPromotores da Lava Jato afirmaram nesta sexta-feira (4) que as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher e filhos concentram-se no indício de que o maior volume de pagamentos ao Instituto Lula e à empresa de palestras do ex-presidente vieram de grandes empreiteiras investigadas na operação. Lula foi conduzido a depor na 24ª fase da operação, deflagrada nesta sexta. Outra suspeita dos investigadores refere-se a supostos favores recebidos pelas empreiteiras que reformaram um sítio usado pela família de Lula e também de reformas em um tríplex no Guarujá (SP). Segundo Carlos Fernando Lima, um dos procuradores da força-tarefa, 60% das doações ao instituto, entre 2011 e 2014, foram feitas pelas empreiteiras, e também elas são as responsáveis por 47% dos valores pagos à Lils palestras. São elas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC, Camargo Correa e Andrade Gutierrez. "Hoje estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventual consecução de atos dentro do governo", disse Lima, em entrevista coletiva. Também está em apuração, segundo os procuradores, que o Instituto Lula pagou para a G4, que pertence a um dos filhos do ex-presidente, mais de R$ 1 milhão em serviços e outros R$ 90 mil para a Flex BR. "Agora precisamos investigar se foram feitos", afirmou o procurador. A análise da documentação fiscal de Instituto Lula e LILS foi definida, nas palavras do representante da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima, como "confusão operacional e financeira entre as duas entidades". "A LILS Palestra é uma empresa cuja sede é no endereço residencial do ex-presidente e não possui atividade operacional. A principal são as palestras dadas pelo ex-presidente. Então toda atividade operacional e logística são feitas por empregados e pessoas ligadas ao Instituto Lula." MUDANÇA EM CONTÊINERES A investigação envolve ainda suspeita de que a empreiteira OAS gastou R$ 1,3 milhão para armazenar a mudança de Lula quando ele deixou o Palácio do Planalto, no fim de seu mandato, em 2010. Foram dez contêineres alugados com este fim. Embora a negociação para guardar os bens tenha sido coordenada por Paulo Okamotto, também investigado nesta operação, a força-tarefa apontou que o contrato foi fechado entre a empresa armazenadora e a OAS. "Nesse momento é mais um indicativo de mais um suposto favor que precisamos investigar", afirmou o procurador Lima. A opção por tomar o depoimento de Lula em uma delegacia da PF no aeroporto de Congonhas visou a segurança do ex-presidente, segundo o delegado Igor Romário de Paula. Segundo ele, o acesso até a Superintendência da PF de São Paulo seria facilmente bloqueado por manifestantes e a opção de Congonhas pareceu mais segura. O ex-presidente prestou depoimento por toda a manhã. Do lado de fora da PF, manifestantes pró e contra Lula chegaram a trocar acusações. BOLSONARO EM CURITIBA O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi para Curitiba para comemorar a ação da PF contra o ex-presidente Lula nesta sexta. Ele e o também deputado Fernando Francischini (SD-PR) convocaram um ato em frente à delegacia. Antes, gravou um vídeo –publicado pela "Gazeta do Povo"– no qual convocava as pessoas para o ato de "comemoração". Nele, o parlamentar também ironizou a situação, mandando "um abraço" ao petista. "Espero que, quando for decretada a prisão do Lula, não seja como lá atrás, no período militar, que [a detenção do ex-presidente] seja para sempre", disse Bolsonaro no vídeo, referindo-se aos poucos dias de prisão do ex-presidente durante a ditadura militar (1964-85). No local, o deputado do Rio de Janeiro chegou a soltar rojões em homenagem à PF. Alethea: 24º fase da Lava-jato - Quem foi alvo de condução coercitiva da PF
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Conta de luz não pode cobrir rombo do governo
O governo federal prepara uma ampla reestruturação do setor elétrico. Mudanças vão da suspensão do regime de cotas de energia, implementado na administração anterior, à reformulação de todo o marco legal do setor, por projeto em vias de ser enviado ao Congresso. Passa também pela privatização da Eletrobras, anunciada em agosto em meio a queixas sobre a realidade da empresa, que seria um cabide de empregos sem utilidade. Privatizações já não causam polêmica. Todas as forças políticas atuantes no país já promoveram desestatizações. No caso da Eletrobras, porém, é preciso examinar as motivações e contexto. E é preciso abrir o debate e dar visibilidade às implicações, que não são pequenas nem simples. Foi por pensar assim que os governadores do Nordeste enviaram carta ao presidente Michel Temer (PMDB), no último dia 5. No documento, reconhecemos a gravidade do quadro fiscal e defendemos a busca de soluções. Alertamos, porém, que um setor com tamanho impacto sobre a economia não deve, em hipótese alguma, cobrir deficits no caixa do governo. Pela política de cotas, cerca de 20% da energia hoje alocada no mercado regulado é vendida por valores entre R$ 40 e R$ 80/MWH. Após uma eventual privatização e a suspensão das cotas de energia, as operadoras que substituírem as empresas do grupo Eletrobras ofertarão a mesma energia a preço de mercado, hoje perto de R$ 200/MWH. Sem contar a insegurança jurídica, com quebra dos contratos em vigor. Assim, embora o governo negue, a mera suspensão da política de cotas terá como consequência imediata um reajuste na conta de luz que pode variar de 7% a 17%, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). E a energia elétrica, é bom frisar, tem peso praticamente igual a transporte/combustível na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, o aumento da tarifa onera todas as cadeias produtivas e chega a ser cruel com os mais pobres. Quanto à privatização da Eletrobras, mais importante do que os R$ 30 bilhões que se espera arrecadar é o que ocorrerá depois, inevitavelmente. Hidrelétricas são máquinas e água represada. Portanto, quem comprar a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) estará adquirindo, como contrapeso, o próprio São Francisco, o rio da integração nacional. Contra isso já se insurgira o ex-governador Miguel Arraes (PE) por meio de carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso (1995) e em artigo publicado nesta Folha (1999). E contra isso nos posicionamos, mostrando que, consumada a privatização, outros usos da água do Velho Chico -como a irrigação e o abastecimento das cidades da região- estarão limitados por pelo menos 30 anos, mesmo que outras fontes energéticas, como eólica e solar, ganhem peso e permitam a liberação da vazão atualmente comprometida com a geração hidrelétrica. Para não só criticar, mas também propor soluções, sugerimos a exclusão da Chesf do grupo Eletrobras, transformando-a numa empresa pública, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, encarregada de coordenar uma política de desenvolvimento regional. Sua atuação seria financiada com a manutenção da política de cotas e o ajustamento da tarifa em, no máximo, 1,5% -percentual que, segundo especialistas do setor, garantiria a conclusão do plano de obras já contratado com a Aneel os investimentos em fontes alternativas, além do plano de revitalização dos rios energéticos, elaborado pela ANA (Agência Nacional de Águas). Mas, o mais importante: pedimos diálogo e transparência. É o mínimo antes que medidas tão extremas sejam implementadas. PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA, economista, é governador de Pernambuco (PSB) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Conta de luz não pode cobrir rombo do governoO governo federal prepara uma ampla reestruturação do setor elétrico. Mudanças vão da suspensão do regime de cotas de energia, implementado na administração anterior, à reformulação de todo o marco legal do setor, por projeto em vias de ser enviado ao Congresso. Passa também pela privatização da Eletrobras, anunciada em agosto em meio a queixas sobre a realidade da empresa, que seria um cabide de empregos sem utilidade. Privatizações já não causam polêmica. Todas as forças políticas atuantes no país já promoveram desestatizações. No caso da Eletrobras, porém, é preciso examinar as motivações e contexto. E é preciso abrir o debate e dar visibilidade às implicações, que não são pequenas nem simples. Foi por pensar assim que os governadores do Nordeste enviaram carta ao presidente Michel Temer (PMDB), no último dia 5. No documento, reconhecemos a gravidade do quadro fiscal e defendemos a busca de soluções. Alertamos, porém, que um setor com tamanho impacto sobre a economia não deve, em hipótese alguma, cobrir deficits no caixa do governo. Pela política de cotas, cerca de 20% da energia hoje alocada no mercado regulado é vendida por valores entre R$ 40 e R$ 80/MWH. Após uma eventual privatização e a suspensão das cotas de energia, as operadoras que substituírem as empresas do grupo Eletrobras ofertarão a mesma energia a preço de mercado, hoje perto de R$ 200/MWH. Sem contar a insegurança jurídica, com quebra dos contratos em vigor. Assim, embora o governo negue, a mera suspensão da política de cotas terá como consequência imediata um reajuste na conta de luz que pode variar de 7% a 17%, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). E a energia elétrica, é bom frisar, tem peso praticamente igual a transporte/combustível na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, o aumento da tarifa onera todas as cadeias produtivas e chega a ser cruel com os mais pobres. Quanto à privatização da Eletrobras, mais importante do que os R$ 30 bilhões que se espera arrecadar é o que ocorrerá depois, inevitavelmente. Hidrelétricas são máquinas e água represada. Portanto, quem comprar a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) estará adquirindo, como contrapeso, o próprio São Francisco, o rio da integração nacional. Contra isso já se insurgira o ex-governador Miguel Arraes (PE) por meio de carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso (1995) e em artigo publicado nesta Folha (1999). E contra isso nos posicionamos, mostrando que, consumada a privatização, outros usos da água do Velho Chico -como a irrigação e o abastecimento das cidades da região- estarão limitados por pelo menos 30 anos, mesmo que outras fontes energéticas, como eólica e solar, ganhem peso e permitam a liberação da vazão atualmente comprometida com a geração hidrelétrica. Para não só criticar, mas também propor soluções, sugerimos a exclusão da Chesf do grupo Eletrobras, transformando-a numa empresa pública, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, encarregada de coordenar uma política de desenvolvimento regional. Sua atuação seria financiada com a manutenção da política de cotas e o ajustamento da tarifa em, no máximo, 1,5% -percentual que, segundo especialistas do setor, garantiria a conclusão do plano de obras já contratado com a Aneel os investimentos em fontes alternativas, além do plano de revitalização dos rios energéticos, elaborado pela ANA (Agência Nacional de Águas). Mas, o mais importante: pedimos diálogo e transparência. É o mínimo antes que medidas tão extremas sejam implementadas. PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA, economista, é governador de Pernambuco (PSB) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Conheça cursos on-line gratuitos para fazer nas férias
DE SÃO PAULO Luciano Salamacha, professor da FGV, indica cursos on-line gratuitos para fazer nas férias. * FERRAMENTAS PRÁTICAS DE INOVAÇÃO Apresenta ideias criadas em universidades como Stanford e Harvard, nos EUA, que podem ser usadas nas empresas. Oferecido pela Endeavor, tem duração de duas horas; endeavor.org.br SUSTENTABILIDADE APLICADA AOS NEGÓCIOS Curso da Fundação Getulio Vargas. Em dez horas de aulas, o aluno aprende como aplicar conceitos sobre temas como responsabilidade social na gestão corporativa; fgv.br GESTÃO DA INOVAÇÃO São abordados temas como criatividade, gerenciamento de incertezas e modelos empresariais. Tem 45 horas e é oferecido pela plataforma Veduca; veduca.org SUSTENTABILIDADE Curso do Sebrae com seis horas de duração. As aulas ensinam a relacionar sustentabilidade e ganhos empresariais, como diminuição de custos e impactos na imagem da empresa; sebrae.com.br
sobretudo
Conheça cursos on-line gratuitos para fazer nas férias DE SÃO PAULO Luciano Salamacha, professor da FGV, indica cursos on-line gratuitos para fazer nas férias. * FERRAMENTAS PRÁTICAS DE INOVAÇÃO Apresenta ideias criadas em universidades como Stanford e Harvard, nos EUA, que podem ser usadas nas empresas. Oferecido pela Endeavor, tem duração de duas horas; endeavor.org.br SUSTENTABILIDADE APLICADA AOS NEGÓCIOS Curso da Fundação Getulio Vargas. Em dez horas de aulas, o aluno aprende como aplicar conceitos sobre temas como responsabilidade social na gestão corporativa; fgv.br GESTÃO DA INOVAÇÃO São abordados temas como criatividade, gerenciamento de incertezas e modelos empresariais. Tem 45 horas e é oferecido pela plataforma Veduca; veduca.org SUSTENTABILIDADE Curso do Sebrae com seis horas de duração. As aulas ensinam a relacionar sustentabilidade e ganhos empresariais, como diminuição de custos e impactos na imagem da empresa; sebrae.com.br
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Prefeitura culpa Eletropaulo por falhas em semáforos em SP
Quem passa diariamente pela região central de São Paulo sofre com o excesso de semáforos quebrados desde o início desta semana. Cruzamentos de vias importantes, como as avenidas Rudge, Rio Branco e São João, chegaram a ficar até três dias sem a sinalização. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta quinta-feira (29) que a maior parte desses problemas ocorre devido à falta de energia. "O nobreak [aparelho que armazena energia] só aguenta por duas a três horas. A cidade está vivendo uma falta da energia devido ao excesso de chuvas, quedas de árvores, e isso acaba atrapalhando", disse. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também informou ter registrado "sequenciais furtos de fios" na região da avenida Rio Branco e ressaltou que sempre faz a troca da fiação após constatar os crimes. A companhia disse ter registrado boletins de ocorrência para que a polícia investigue os casos. Na tarde desta quinta, a cidade tinha 55 semáforos quebrados mesmo sem registros de chuvas –o equivalente a 0,9% do total da cidade. No dia anterior, a cidade tinha 99 cruzamentos sem a sinalização semafórica, 1,6% do total. De acordo com o secretário, a prefeitura está instalando um sistema de "reset", capaz de fazer o conserto remoto dos equipamentos em alguns casos. "Já temos mais de 500 semáforos nessa modalidade. Porque às vezes eles deixam de funcionar apenas por causa de uma queda de energia e a gente tem que ir até o controlador para religá-lo manualmente. Agora, está sendo feito por uma central", afirmou. Tatto disse ainda que o número de semáforos com problemas registrado pela cidade está dentro do aceitável. "Em 2013, tínhamos picos de até 500 com problemas. Nossa meta agora é manter o padrão internacional de registrar problemas em, no máximo, 1% dos semáforos –o equivalente a 61. Isso atrapalha, mas a cidade está na sua normalidade, numa situação de conforto." A CET disse que tem 28 equipes para fazer a manutenção dos semáforos. A companhia afirmou que em dias "sem ocorrências climáticas importantes" consegue manter a cidade com menos de 0,5% dos semáforos inoperantes. Questionada, a Eletropaulo não comentou a declaração do secretário e informou que não havia falta de energia em nenhum dos pontos citados.
cotidiano
Prefeitura culpa Eletropaulo por falhas em semáforos em SPQuem passa diariamente pela região central de São Paulo sofre com o excesso de semáforos quebrados desde o início desta semana. Cruzamentos de vias importantes, como as avenidas Rudge, Rio Branco e São João, chegaram a ficar até três dias sem a sinalização. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta quinta-feira (29) que a maior parte desses problemas ocorre devido à falta de energia. "O nobreak [aparelho que armazena energia] só aguenta por duas a três horas. A cidade está vivendo uma falta da energia devido ao excesso de chuvas, quedas de árvores, e isso acaba atrapalhando", disse. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também informou ter registrado "sequenciais furtos de fios" na região da avenida Rio Branco e ressaltou que sempre faz a troca da fiação após constatar os crimes. A companhia disse ter registrado boletins de ocorrência para que a polícia investigue os casos. Na tarde desta quinta, a cidade tinha 55 semáforos quebrados mesmo sem registros de chuvas –o equivalente a 0,9% do total da cidade. No dia anterior, a cidade tinha 99 cruzamentos sem a sinalização semafórica, 1,6% do total. De acordo com o secretário, a prefeitura está instalando um sistema de "reset", capaz de fazer o conserto remoto dos equipamentos em alguns casos. "Já temos mais de 500 semáforos nessa modalidade. Porque às vezes eles deixam de funcionar apenas por causa de uma queda de energia e a gente tem que ir até o controlador para religá-lo manualmente. Agora, está sendo feito por uma central", afirmou. Tatto disse ainda que o número de semáforos com problemas registrado pela cidade está dentro do aceitável. "Em 2013, tínhamos picos de até 500 com problemas. Nossa meta agora é manter o padrão internacional de registrar problemas em, no máximo, 1% dos semáforos –o equivalente a 61. Isso atrapalha, mas a cidade está na sua normalidade, numa situação de conforto." A CET disse que tem 28 equipes para fazer a manutenção dos semáforos. A companhia afirmou que em dias "sem ocorrências climáticas importantes" consegue manter a cidade com menos de 0,5% dos semáforos inoperantes. Questionada, a Eletropaulo não comentou a declaração do secretário e informou que não havia falta de energia em nenhum dos pontos citados.
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Os números do jogo
Sentado no saguão do aeroporto internacional de Bogotá, na volta da viagem a Manizales, Tite trabalhava com o computador aberto, ao lado do assistente Fernando Lázaro. O técnico tinha acabado de alcançar seu primeiro objetivo do ano, a classificação para a fase de grupos da Libertadores, e estava a dez metros de entrar no avião para uma viagem de seis horas. Não parava. Entre suas observações, Tite pode ter percebido que o número de passes de Jadson aumentou 65% neste ano. No Brasileirão, eram 23 certos e três errados. Os erros seguem iguais, mas Jadson tornou-se o terceiro melhor passador do time, com 37 toques corretos "" Elias acerta 42, mas também erra mais (7 por jogo). Filho do lateral campeão do mundo Zé Maria, o Super Zé, Fernando Lázaro é o mapa do Corinthians desde 2005. Tem todos os dados, vídeos, detalhes sobre quem passa melhor, quem erra menos, como os adversários se posicionam em bolas paradas no ataque, na defesa. Às vezes conta por que Émerson Leão foi quem mais o ajudou. Leão não gostava e não via nada. Quando recebeu uma fita VHS para estudar respondeu que aquela tecnologia não existia em sua casa havia anos. O Corinthians melhorou a tecnologia. Tite usa tudo. Quem produz conteúdo estatístico para a maior parte dos clubes percebe isso pela utilização da senha de acesso. No Corinthians, o sistema é usado todos os dias. Em outros clubes, nem sempre. Analisar um jogo com base nas estatísticas é bobagem. Não há fórmula para a vitória, ensina o livro Os Números do Jogo, de Chris Anderson e David Sally. Mas comparar o que você viu com o que os números informam ajuda bastante. O Datafolha faz isso desde 1986. O Footstats, companhia dedicada às estatísticas, acaba de lançar uma rede social para distribuir informações detalhadas sobre os jogos. No passado, só as tabelas de artilheiros faziam sucesso. Hoje, muita gente quer saber quem dá mais passes para gol. O refinamento agora chegará a quem clareia a jogada, dá o toque chave, escancara a defesa adversária. Surpresa: Maicon do São Paulo faz muito isso. Não quer dizer que a torcida tricolor não tenha razão ao julgar que o time fica mais lento com ele. Fica mesmo! Mas Ganso também está certo ao afirmar que com Maicon na equipe a vida fica mais fácil. Os números desmentem a retina, mas também confirmam o que você vê. Os dados da nova rede social indicam qual jogador do futebol brasileiro faz mais gols que valem pontos "" aqueles da vitória suada por 1 x 0, 2 x 1. Essa você sabe e Tite também! No Brasileirão passado, o Corinthians venceu onze vezes por um gol de diferença. Em sete dessas vitórias, Guerrero fez o gol que abriu ou o que fechou o placar.
colunas
Os números do jogoSentado no saguão do aeroporto internacional de Bogotá, na volta da viagem a Manizales, Tite trabalhava com o computador aberto, ao lado do assistente Fernando Lázaro. O técnico tinha acabado de alcançar seu primeiro objetivo do ano, a classificação para a fase de grupos da Libertadores, e estava a dez metros de entrar no avião para uma viagem de seis horas. Não parava. Entre suas observações, Tite pode ter percebido que o número de passes de Jadson aumentou 65% neste ano. No Brasileirão, eram 23 certos e três errados. Os erros seguem iguais, mas Jadson tornou-se o terceiro melhor passador do time, com 37 toques corretos "" Elias acerta 42, mas também erra mais (7 por jogo). Filho do lateral campeão do mundo Zé Maria, o Super Zé, Fernando Lázaro é o mapa do Corinthians desde 2005. Tem todos os dados, vídeos, detalhes sobre quem passa melhor, quem erra menos, como os adversários se posicionam em bolas paradas no ataque, na defesa. Às vezes conta por que Émerson Leão foi quem mais o ajudou. Leão não gostava e não via nada. Quando recebeu uma fita VHS para estudar respondeu que aquela tecnologia não existia em sua casa havia anos. O Corinthians melhorou a tecnologia. Tite usa tudo. Quem produz conteúdo estatístico para a maior parte dos clubes percebe isso pela utilização da senha de acesso. No Corinthians, o sistema é usado todos os dias. Em outros clubes, nem sempre. Analisar um jogo com base nas estatísticas é bobagem. Não há fórmula para a vitória, ensina o livro Os Números do Jogo, de Chris Anderson e David Sally. Mas comparar o que você viu com o que os números informam ajuda bastante. O Datafolha faz isso desde 1986. O Footstats, companhia dedicada às estatísticas, acaba de lançar uma rede social para distribuir informações detalhadas sobre os jogos. No passado, só as tabelas de artilheiros faziam sucesso. Hoje, muita gente quer saber quem dá mais passes para gol. O refinamento agora chegará a quem clareia a jogada, dá o toque chave, escancara a defesa adversária. Surpresa: Maicon do São Paulo faz muito isso. Não quer dizer que a torcida tricolor não tenha razão ao julgar que o time fica mais lento com ele. Fica mesmo! Mas Ganso também está certo ao afirmar que com Maicon na equipe a vida fica mais fácil. Os números desmentem a retina, mas também confirmam o que você vê. Os dados da nova rede social indicam qual jogador do futebol brasileiro faz mais gols que valem pontos "" aqueles da vitória suada por 1 x 0, 2 x 1. Essa você sabe e Tite também! No Brasileirão passado, o Corinthians venceu onze vezes por um gol de diferença. Em sete dessas vitórias, Guerrero fez o gol que abriu ou o que fechou o placar.
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A utopia tropical de Eduardo Giannetti
RESUMO Em novo livro, composto de microensaios, Eduardo Giannetti analisa a relação entre ciência e o avanço da espécie humana. Para o economista, que foi consultor de Marina Silva em sua campanha à Presidência em 2014, o caráter brasileiro pode ajudar a resolver o impasse entre progresso e sustentabilidade. "Trópicos Utópicos", o mais recente livro de Eduardo Giannetti, é uma obra ambiciosa. O autor busca, numa sequência de 124 microensaios, que se estendem por apenas 163 páginas do breve volume [Companhia das Letras, 216 págs., R$ 49,90], identificar a crise civilizatória que acomete nossos tempos, destrinchar as ilusões que a alimentam e ainda esboçar uma saída para o problema, sob a perspectiva brasileira. Caberá ao leitor julgar em que medida Giannetti cumpre essas promessas, mas posso assegurar que é um grande prazer navegar pelos textos, que amalgamam "insights" valiosos com informações relevantes, erudição e estilo. Mesmo que o leitor discorde inteiramente dos diagnósticos e da terapia propostos pelo autor, encontrará farto material para reflexão. Antes de prosseguir, em obediência ao princípio da transparência, devo alertar para um potencial conflito de interesses. Como Giannetti é meu amigo, por mais objetivo que eu procure ser, é mais ou menos inevitável que esta resenha seja benevolente para com o autor e a obra. Cientes disso, os leitores podem dar a minhas observações os descontos que considerarem devidos. A estrutura de "Trópicos Utópicos" é simples. "Grosso modo", a primeira parte sustenta que a ciência falhou em sua promessa de banir o mistério do mundo e elucidar o sentido da vida; a segunda mostra que os avanços tecnológicos têm um limite e jamais nos levarão ao completo domínio sobre a natureza; e a terceira afirma que o crescimento econômico e os ganhos civilizatórios a ele associados não levam necessariamente ao aprimoramento ético e intelectual da humanidade. Na quarta parte, Giannetti propõe uma discussão sobre utopias e sobre a identidade nacional e sugere que algo contido no caráter brasileiro pode nos ajudar a resolver os impasses descritos nas três partes anteriores. A simplicidade da estrutura é, obviamente, enganosa. Todas as partes se inter-relacionam, e os microensaios, nome que Giannetti prefere a aforismos, embora possam ser lidos de modo isolado, só adquirem pleno sentido se interpretados de forma mais sistemática. Tenho várias discordâncias em relação aos tópicos discutidos, mas elas são muito mais de grau do que de natureza. Pincelo, sem nenhuma pretensão de exaurir as discussões suscitadas pelo livro, alguns pontos que me pareceram especialmente instigantes. No que diz respeito à primeira parte, acho que nem o mais ferrenho positivista lógico sustentaria, hoje, que a ciência tem a resposta para todos os nossos problemas. Giannetti, porém, não se contenta em indicar os limites da ciência e mostrar que ela também está calcada numa metafísica. Ele sustenta que a ciência, ao delimitar o tipo de pergunta que é legítimo fazer, acabou corroendo as metafísicas, como a religião, que davam sentido à existência. Isso é, para o autor, uma receita para o niilismo. Como já ensinava o físico Steven Weinberg, quanto mais compreendemos o universo, mais ele fica destituído de propósito. Ou, para utilizar as palavras de Giannetti, "a ciência ilumina, mas não sacia –e pior: mina e desacredita todas as fontes possíveis de repleção". De acordo. Mas, dando rédeas ao pequeno niilista que existe dentro de cada um de nós, pergunto: e se o universo e a existência forem de fato algo sem fim ou propósito? Será que, aí, criar sentido onde não existe um, buscar a tal da repleção, não seria uma forma de autoengano que a ciência teria por missão afastar? É claro que, ao dizer isso, já estou afirmando uma metafísica na qual a "verdade" (coloquem quantas aspas quiserem) prepondera sobre a "fome de sentido" (o termo é de Giannetti). O ponto central é justamente não conseguirmos, por mais que tentemos, nos livrar de alguma metafísica e nos faltarem critérios não metafísicos para hierarquizá-las. A opção do autor pelo sentido é válida e, provavelmente, mais em linha com os apetites humanos, mas é apenas uma opção, entre outras possíveis. Na segunda parte, Giannetti desnuda sua faceta ecológica. Mas, se ele é um "tree hugger" (abraçador de árvores), que denuncia o beco sem saída em que a exploração insustentável do planeta nos lança, não deixa de ser o economista racional, que reconhece as virtudes da economia de mercado, tanto em seus aspectos materiais (geração de prosperidade) como morais (promoção da liberdade). Conciliar as duas posições talvez seja impossível na prática, mas não o é na teoria. O próprio sistema de preços pode trazer parte da solução, ensina Giannetti, se for recalibrado para refletir o impacto negativo que cada tecnologia, produto ou serviço exerce sobre a biosfera. Aproveito aqui para abrir um parêntese. Todos os ecologistas, do papa a Giannetti, passando pelos frequentadores de São Tomé das Letras, adoram falar mal do ar-condicionado. É como se esse aparelhinho não passasse de um luxo supérfluo que devora energia em quantidades pantagruélicas, contribuindo enormemente para o aquecimento global. Admito que é egoisticamente prazeroso escapar ao calor senegalesco que muitas vezes nos assalta nos meses de estio, mas ares-condicionados também salvam vidas. E não poucas. Estudo de 2013 de Alan Barreca, da Universidade Tulane, e colaboradores mostra que a adoção maciça de ares-condicionados pelos norte-americanos é o principal motivo para uma redução de 80% no número de mortes prematuras nos dias mais tórridos do verão naquele país. Pelas estimativas dos autores, os óbitos caíram de 3.600 ao ano no período entre 1900 e 1959 para 600 entre 1960 e 2004. Os valores foram ajustados para permitir a comparação. Segundo Barreca, a popularização dos ares-condicionados explica quase todo esse efeito. IDOLATRIA Voltando a "Trópicos Utópicos", a cegueira do sistema de preços para as externalidades é apenas um dos muito desafios, que também incluem uma espécie de idolatria que mantemos em relação ao crescimento econômico e as próprias vicissitudes da liberdade (comportamentos individuais inofensivos, como ligar o ar-condicionado, podem se tornar um problema quando exercidos por multidões, como se vê pela crescente demanda de energia elétrica). Na terceira parte, Giannetti se embrenha por temas tão variados como sociedade de consumo, sexo e a combinação dos dois, expressa na máxima "Se as mulheres não existissem, todo o dinheiro perderia o sentido", atribuída ao milionário e sedutor Aristóteles Onassis. Nesse capítulo, provavelmente o meu favorito, Giannetti vai, em seus microensaios, compondo um quadro não muito lisonjeiro, mas, a meu ver, bastante preciso da natureza humana e da civilização. Na série discordâncias de grau, eu, como sou mais otimista do que o autor, enfatizaria um pouco mais o lado bonito de nossa história. É verdade que nós não passamos de animais, e as estruturas que nos ligam ao que se convencionou chamar de civilização são frágeis, um verniz ralinho. Ainda assim, considerada a série histórica longa, estamos fazendo um bom trabalho. O mundo nunca foi tão próspero quanto o é hoje –e mesmo os mais pobres se beneficiam disso– e está se tornando cada vez menos violento. O processo de autodomesticação humana, ao qual o autor alude, está dando certo, ainda que talvez não no ritmo desejado. O fato de haver barreiras físicas à continuidade dessa expansão não diminui o valor do que logramos até aqui. É na quarta parte que Giannetti se torna um sonhático. Ele não perderia, é claro, a oportunidade de teorizar sobre isso. E o faz refletindo sobre o valor das utopias. "Ocorre, porém, que a realidade objetiva não é toda a realidade. A vida dos povos, não menos que a dos indivíduos, é vivida em larga medida na imaginação. A capacidade de sonho e o desejo de mudar fertilizam o real, expandem as fronteiras do possível e reembaralham as cartas do provável", escreve numa das várias passagens memoráveis do livro. A partir daí, Giannetti passa a se mover no terreno mais pantanoso da psicologia dos povos. Se, até o século 19, esse era um tópico quase obrigatório para autores tão diversos quanto Rousseau, Montesquieu, Marx, Nietzsche etc, ele se tornou suspeito em algum momento do século 20, quando passou a ser visto como uma generalização insustentável, quando não ingênua ou interessada. Confesso que fico um pouco incomodado com discussões sobre identidade nacional e seu corolário, que é a utilização de clichês como "cordialidade do brasileiro", "vocação para a felicidade", "exuberância tropical", "país do Carnaval". Frequentemente, julgo ter mais em comum com um jornalista americano ou francês vivendo em Nova York ou Paris do que com um brasileiro que habite em Belém do Pará e tire seu sustento da pesca. Por outro lado, não dá nem para começar a falar em cultura (um conceito que goza de grande prestígio na academia) sem ter como pressuposto certas comunalidades meio esotéricas e valores compartilhados que necessariamente resvalam nos clichês mencionados. Assim, considero legítima a incursão de Giannetti pela psicologia dos povos, mas não estou ainda certo de que compro sua conclusão –a saber, a de que o brasileiro, numa espécie de sabedoria não intencional, reúne as condições ideais para encontrar um caminho do meio, que, sem renunciar à prosperidade e ao conforto material proporcionados pela economia de mercado, consiga buscar em valores menos ocidentalizados os freios necessários para manter o desenvolvimento numa escala compatível com a preservação do planeta. Utopia? Provavelmente. Mas a intenção do autor é justamente nos provocar para que não caiamos na armadilha da objetividade possível. Nota: "Trópicos Utópicos" será lançado em São Paulo nesta segunda (27), às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. HÉLIO SCHWARTSMAN, 50, é titular da coluna São Paulo, publicada na página 2 da Folha. FILIPE ROCHA, 27, é designer gráfico da Folha.
ilustrissima
A utopia tropical de Eduardo GiannettiRESUMO Em novo livro, composto de microensaios, Eduardo Giannetti analisa a relação entre ciência e o avanço da espécie humana. Para o economista, que foi consultor de Marina Silva em sua campanha à Presidência em 2014, o caráter brasileiro pode ajudar a resolver o impasse entre progresso e sustentabilidade. "Trópicos Utópicos", o mais recente livro de Eduardo Giannetti, é uma obra ambiciosa. O autor busca, numa sequência de 124 microensaios, que se estendem por apenas 163 páginas do breve volume [Companhia das Letras, 216 págs., R$ 49,90], identificar a crise civilizatória que acomete nossos tempos, destrinchar as ilusões que a alimentam e ainda esboçar uma saída para o problema, sob a perspectiva brasileira. Caberá ao leitor julgar em que medida Giannetti cumpre essas promessas, mas posso assegurar que é um grande prazer navegar pelos textos, que amalgamam "insights" valiosos com informações relevantes, erudição e estilo. Mesmo que o leitor discorde inteiramente dos diagnósticos e da terapia propostos pelo autor, encontrará farto material para reflexão. Antes de prosseguir, em obediência ao princípio da transparência, devo alertar para um potencial conflito de interesses. Como Giannetti é meu amigo, por mais objetivo que eu procure ser, é mais ou menos inevitável que esta resenha seja benevolente para com o autor e a obra. Cientes disso, os leitores podem dar a minhas observações os descontos que considerarem devidos. A estrutura de "Trópicos Utópicos" é simples. "Grosso modo", a primeira parte sustenta que a ciência falhou em sua promessa de banir o mistério do mundo e elucidar o sentido da vida; a segunda mostra que os avanços tecnológicos têm um limite e jamais nos levarão ao completo domínio sobre a natureza; e a terceira afirma que o crescimento econômico e os ganhos civilizatórios a ele associados não levam necessariamente ao aprimoramento ético e intelectual da humanidade. Na quarta parte, Giannetti propõe uma discussão sobre utopias e sobre a identidade nacional e sugere que algo contido no caráter brasileiro pode nos ajudar a resolver os impasses descritos nas três partes anteriores. A simplicidade da estrutura é, obviamente, enganosa. Todas as partes se inter-relacionam, e os microensaios, nome que Giannetti prefere a aforismos, embora possam ser lidos de modo isolado, só adquirem pleno sentido se interpretados de forma mais sistemática. Tenho várias discordâncias em relação aos tópicos discutidos, mas elas são muito mais de grau do que de natureza. Pincelo, sem nenhuma pretensão de exaurir as discussões suscitadas pelo livro, alguns pontos que me pareceram especialmente instigantes. No que diz respeito à primeira parte, acho que nem o mais ferrenho positivista lógico sustentaria, hoje, que a ciência tem a resposta para todos os nossos problemas. Giannetti, porém, não se contenta em indicar os limites da ciência e mostrar que ela também está calcada numa metafísica. Ele sustenta que a ciência, ao delimitar o tipo de pergunta que é legítimo fazer, acabou corroendo as metafísicas, como a religião, que davam sentido à existência. Isso é, para o autor, uma receita para o niilismo. Como já ensinava o físico Steven Weinberg, quanto mais compreendemos o universo, mais ele fica destituído de propósito. Ou, para utilizar as palavras de Giannetti, "a ciência ilumina, mas não sacia –e pior: mina e desacredita todas as fontes possíveis de repleção". De acordo. Mas, dando rédeas ao pequeno niilista que existe dentro de cada um de nós, pergunto: e se o universo e a existência forem de fato algo sem fim ou propósito? Será que, aí, criar sentido onde não existe um, buscar a tal da repleção, não seria uma forma de autoengano que a ciência teria por missão afastar? É claro que, ao dizer isso, já estou afirmando uma metafísica na qual a "verdade" (coloquem quantas aspas quiserem) prepondera sobre a "fome de sentido" (o termo é de Giannetti). O ponto central é justamente não conseguirmos, por mais que tentemos, nos livrar de alguma metafísica e nos faltarem critérios não metafísicos para hierarquizá-las. A opção do autor pelo sentido é válida e, provavelmente, mais em linha com os apetites humanos, mas é apenas uma opção, entre outras possíveis. Na segunda parte, Giannetti desnuda sua faceta ecológica. Mas, se ele é um "tree hugger" (abraçador de árvores), que denuncia o beco sem saída em que a exploração insustentável do planeta nos lança, não deixa de ser o economista racional, que reconhece as virtudes da economia de mercado, tanto em seus aspectos materiais (geração de prosperidade) como morais (promoção da liberdade). Conciliar as duas posições talvez seja impossível na prática, mas não o é na teoria. O próprio sistema de preços pode trazer parte da solução, ensina Giannetti, se for recalibrado para refletir o impacto negativo que cada tecnologia, produto ou serviço exerce sobre a biosfera. Aproveito aqui para abrir um parêntese. Todos os ecologistas, do papa a Giannetti, passando pelos frequentadores de São Tomé das Letras, adoram falar mal do ar-condicionado. É como se esse aparelhinho não passasse de um luxo supérfluo que devora energia em quantidades pantagruélicas, contribuindo enormemente para o aquecimento global. Admito que é egoisticamente prazeroso escapar ao calor senegalesco que muitas vezes nos assalta nos meses de estio, mas ares-condicionados também salvam vidas. E não poucas. Estudo de 2013 de Alan Barreca, da Universidade Tulane, e colaboradores mostra que a adoção maciça de ares-condicionados pelos norte-americanos é o principal motivo para uma redução de 80% no número de mortes prematuras nos dias mais tórridos do verão naquele país. Pelas estimativas dos autores, os óbitos caíram de 3.600 ao ano no período entre 1900 e 1959 para 600 entre 1960 e 2004. Os valores foram ajustados para permitir a comparação. Segundo Barreca, a popularização dos ares-condicionados explica quase todo esse efeito. IDOLATRIA Voltando a "Trópicos Utópicos", a cegueira do sistema de preços para as externalidades é apenas um dos muito desafios, que também incluem uma espécie de idolatria que mantemos em relação ao crescimento econômico e as próprias vicissitudes da liberdade (comportamentos individuais inofensivos, como ligar o ar-condicionado, podem se tornar um problema quando exercidos por multidões, como se vê pela crescente demanda de energia elétrica). Na terceira parte, Giannetti se embrenha por temas tão variados como sociedade de consumo, sexo e a combinação dos dois, expressa na máxima "Se as mulheres não existissem, todo o dinheiro perderia o sentido", atribuída ao milionário e sedutor Aristóteles Onassis. Nesse capítulo, provavelmente o meu favorito, Giannetti vai, em seus microensaios, compondo um quadro não muito lisonjeiro, mas, a meu ver, bastante preciso da natureza humana e da civilização. Na série discordâncias de grau, eu, como sou mais otimista do que o autor, enfatizaria um pouco mais o lado bonito de nossa história. É verdade que nós não passamos de animais, e as estruturas que nos ligam ao que se convencionou chamar de civilização são frágeis, um verniz ralinho. Ainda assim, considerada a série histórica longa, estamos fazendo um bom trabalho. O mundo nunca foi tão próspero quanto o é hoje –e mesmo os mais pobres se beneficiam disso– e está se tornando cada vez menos violento. O processo de autodomesticação humana, ao qual o autor alude, está dando certo, ainda que talvez não no ritmo desejado. O fato de haver barreiras físicas à continuidade dessa expansão não diminui o valor do que logramos até aqui. É na quarta parte que Giannetti se torna um sonhático. Ele não perderia, é claro, a oportunidade de teorizar sobre isso. E o faz refletindo sobre o valor das utopias. "Ocorre, porém, que a realidade objetiva não é toda a realidade. A vida dos povos, não menos que a dos indivíduos, é vivida em larga medida na imaginação. A capacidade de sonho e o desejo de mudar fertilizam o real, expandem as fronteiras do possível e reembaralham as cartas do provável", escreve numa das várias passagens memoráveis do livro. A partir daí, Giannetti passa a se mover no terreno mais pantanoso da psicologia dos povos. Se, até o século 19, esse era um tópico quase obrigatório para autores tão diversos quanto Rousseau, Montesquieu, Marx, Nietzsche etc, ele se tornou suspeito em algum momento do século 20, quando passou a ser visto como uma generalização insustentável, quando não ingênua ou interessada. Confesso que fico um pouco incomodado com discussões sobre identidade nacional e seu corolário, que é a utilização de clichês como "cordialidade do brasileiro", "vocação para a felicidade", "exuberância tropical", "país do Carnaval". Frequentemente, julgo ter mais em comum com um jornalista americano ou francês vivendo em Nova York ou Paris do que com um brasileiro que habite em Belém do Pará e tire seu sustento da pesca. Por outro lado, não dá nem para começar a falar em cultura (um conceito que goza de grande prestígio na academia) sem ter como pressuposto certas comunalidades meio esotéricas e valores compartilhados que necessariamente resvalam nos clichês mencionados. Assim, considero legítima a incursão de Giannetti pela psicologia dos povos, mas não estou ainda certo de que compro sua conclusão –a saber, a de que o brasileiro, numa espécie de sabedoria não intencional, reúne as condições ideais para encontrar um caminho do meio, que, sem renunciar à prosperidade e ao conforto material proporcionados pela economia de mercado, consiga buscar em valores menos ocidentalizados os freios necessários para manter o desenvolvimento numa escala compatível com a preservação do planeta. Utopia? Provavelmente. Mas a intenção do autor é justamente nos provocar para que não caiamos na armadilha da objetividade possível. Nota: "Trópicos Utópicos" será lançado em São Paulo nesta segunda (27), às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. HÉLIO SCHWARTSMAN, 50, é titular da coluna São Paulo, publicada na página 2 da Folha. FILIPE ROCHA, 27, é designer gráfico da Folha.
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Tentativa de assalto em Higienópolis termina com um baleado
Uma tentativa de assalto a uma loja em Higienópolis terminou com uma vítima baleada na tarde deste domingo (27). O incidente ocorreu por volta das 16h30, na rua Sergipe, na altura do número 220. O criminoso ainda não foi localizado, segundo informações da Polícia Militar. A pessoa ferida, que era um cliente da loja, levou um tiro na região do ombro e foi levada ao pronto socorro da Santa Casa de Misericórdia. Até às 20h, PM não tinha informações oficiais sobre o quadro da vítima.
cotidiano
Tentativa de assalto em Higienópolis termina com um baleadoUma tentativa de assalto a uma loja em Higienópolis terminou com uma vítima baleada na tarde deste domingo (27). O incidente ocorreu por volta das 16h30, na rua Sergipe, na altura do número 220. O criminoso ainda não foi localizado, segundo informações da Polícia Militar. A pessoa ferida, que era um cliente da loja, levou um tiro na região do ombro e foi levada ao pronto socorro da Santa Casa de Misericórdia. Até às 20h, PM não tinha informações oficiais sobre o quadro da vítima.
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Vale não chega a acordo para vender 40% da Mineração Rio do Norte
A mineradora Vale informou nesta terça-feira (10) que as negociações com a norueguesa Hydro chegaram ao fim sem um acordo para venda de sua participação de 40% na Mineração Rio do Norte, produtora de bauxita no Brasil. A Vale afirmou em comunicado que as duas empresas elaboraram uma carta de intenção em outubro de 2015 para uma possível transação, "mas não conseguiram concordar com os termos comerciais". As empresas não explicaram os motivos para o encerramento das negociações. Duramente impactada pelo cenário de baixos preços do minério de ferro, seu principal produto, a Vale está em meio a um plano bilionário de vendas de ativos, necessário para reduzir sua dívida. O programa de desinvestimentos inclui até mesmo a oferta de projetos essenciais. Quando o acordo com a Hydro foi anunciado, no ano passado, as empresas não publicaram o valor possível do negócio. A Mineração Rio do Norte produz bauxita, usado para fazer a alumina, matéria-prima para a fabricação de alumínio. A empresa tem capacidade para produzir 18 milhões de toneladas de bauxita por ano. A Norsk Hydro, segunda maior produtora global de alumínio, depois da Alcoa, já é dona de 5% na Mineração Rio do Norte. Para executar o negócio, além da aprovação dos termos por ambas as partes, as empresas também precisavam do apoio de outros acionistas da Mineração Rio do Norte, incluindo a Alcoa, que tem 18,2%.
mercado
Vale não chega a acordo para vender 40% da Mineração Rio do NorteA mineradora Vale informou nesta terça-feira (10) que as negociações com a norueguesa Hydro chegaram ao fim sem um acordo para venda de sua participação de 40% na Mineração Rio do Norte, produtora de bauxita no Brasil. A Vale afirmou em comunicado que as duas empresas elaboraram uma carta de intenção em outubro de 2015 para uma possível transação, "mas não conseguiram concordar com os termos comerciais". As empresas não explicaram os motivos para o encerramento das negociações. Duramente impactada pelo cenário de baixos preços do minério de ferro, seu principal produto, a Vale está em meio a um plano bilionário de vendas de ativos, necessário para reduzir sua dívida. O programa de desinvestimentos inclui até mesmo a oferta de projetos essenciais. Quando o acordo com a Hydro foi anunciado, no ano passado, as empresas não publicaram o valor possível do negócio. A Mineração Rio do Norte produz bauxita, usado para fazer a alumina, matéria-prima para a fabricação de alumínio. A empresa tem capacidade para produzir 18 milhões de toneladas de bauxita por ano. A Norsk Hydro, segunda maior produtora global de alumínio, depois da Alcoa, já é dona de 5% na Mineração Rio do Norte. Para executar o negócio, além da aprovação dos termos por ambas as partes, as empresas também precisavam do apoio de outros acionistas da Mineração Rio do Norte, incluindo a Alcoa, que tem 18,2%.
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Não é 2016 que tem que ser diferente, é você
Há uma verdade cruel nessa filosofia de botequim. Você pode vestir roupa amarela (dinheiro), cueca rosa (amor), comer lentilhas (fartura), uvas (prosperidade) e brindar com champanhe. Não me lembro exatamente por que, mas também não consigo imaginar nada que represente mais dinheiro, fartura, prosperidade e, claro, amor, do que champanhe. Mesmo que não tenha escrito suas resoluções no Facebook, como se fossem os dez mandamentos para um novo ano campeão, deve ter feito isso mentalmente. Eu faria apenas mentalmente. Dá uma vergoinha querer sempre o básico e não conseguir terminar o ano nem com o básico feito. E lá está você novamente de cara com uma nova chance imaginária de ter uma vida menos solitária, menos pobre, menos medíocre ou apenas menos igual. E o que você faz? Você vai lá, pula as ondinhas. As sete. Joga umas flores para Iemanjá, abraça todo mundo, chora, pede um ano novinho em folha, porque nesse não deu. Não deu pra nada. Não deu nem para o gasto. Então, amanhã, você acordará com um baita problemão, porque no dia primeiro de janeiro sua vida será exatamente igual ao dia anterior, do ano anterior. E terá que se acostumar com a realidade de que o ano pode ser novo, mas a sua vida continua velha. Então, aquele ditado de botequim faz todo sentido. Não é o ano novo que tem que ser diferente, é você. E é muito difícil ser alguém que não o mesmo com quem estamos acostumados. A gente planeja a vida com coragem e se acovarda quando tem que viver, quando depois dos planos feitos dá de cara com nosso velho "eu". Nosso eu tão acostumado a velhos caminhos, velhas manias, conhecidas bengalas, aqueles barrancos familiares onde nos apoiamos quando nosso mundinho invariavelmente costuma desmoronar. Nosso eu tão satisfeito em apenas pensar, querer e se conformar. Nosso velho eu cheio de neuras, de medos, de preguiças. A gente se acostuma com uma vida incompleta. Incompleta, mas conhecida, dominada, confortável em seus vazios. É como uma dor na lombar que a gente nem lembra mais que está ali. Acomodamos o quadril, os velhos problemas, as frustrações de cada dia. Vida que segue. Eu tinha um sonho de viajar pelo mundo e falava sobre isso com amigos, com colegas de trabalho, com meus pais. No começo do ano eu vou, dizia para todos. Mas não pesquisava passagens, não definia roteiros, não fazia contas para ver se o sonho cabia em minhas vontades. Até que aconteceu uma demissão em massa e eu, que não estava ma lista de demitidos, dei de cara com minha chefe na porta do banheiro, que me ofereceu um acordo. Ela me demitiria, eu levaria uma boladinha, e teria frilas garantidos até minha partida. Tive o fim de semana para pensar. Na segunda, a proposta se concretizou. Eu teria mais dinheiro para a realização dos meus planos, trabalho até partir e de quebra ainda salvei a pele de um colega que estaria na rua. Tudo certo. Certo? Passei a noite no banheiro de casa, abraçada à privada, chorando e vomitando. Colocando pra fora o medo. Expurgando o nervoso. Só o querer já estava bom, pra que mexer nisso? O que eu tanto queria estava ali e eu apavorada com a vida me dizendo "vem". Talvez para todo mundo o maior desafio, agora que o calendário zera, não seja encontrar um amor, mudar de emprego, entrar na calça jeans, terminar a monografia, escrever um livro, vender tudo e ir embora, mas encontrar dentro de si a pessoa que a gente sonha em ser quando tem coragem. É difícil admitir que a gente tem vontades, mas medos muito maiores. Que desejos, sonhos e planos se multiplicam e entram na fila, cada dia maior, da nossa sala de espera emocional. Não é o próximo ano que precisa ser diferente, é você. Ficamos em dívidas com amigos, com pessoas queridas, com parceiros de trabalho, mas sobretudo conosco. O ano só será diferente, se você for diferente. Ou isso ou ajeitar a lombar, acomodar problemas, ignorar frustrações, acumular resoluções que nunca serão mais do que intenções platônicas. Nenhum ano, coitado, tem culpa do que fazemos com nossa vida. Primeiro, a gente tem que mudar, e só, então, fazer a listinha do que queremos que seja diferente. Desejo a todos um tantão de coisas boas em 2016. E obrigada por mais esse ano :-)
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Não é 2016 que tem que ser diferente, é vocêHá uma verdade cruel nessa filosofia de botequim. Você pode vestir roupa amarela (dinheiro), cueca rosa (amor), comer lentilhas (fartura), uvas (prosperidade) e brindar com champanhe. Não me lembro exatamente por que, mas também não consigo imaginar nada que represente mais dinheiro, fartura, prosperidade e, claro, amor, do que champanhe. Mesmo que não tenha escrito suas resoluções no Facebook, como se fossem os dez mandamentos para um novo ano campeão, deve ter feito isso mentalmente. Eu faria apenas mentalmente. Dá uma vergoinha querer sempre o básico e não conseguir terminar o ano nem com o básico feito. E lá está você novamente de cara com uma nova chance imaginária de ter uma vida menos solitária, menos pobre, menos medíocre ou apenas menos igual. E o que você faz? Você vai lá, pula as ondinhas. As sete. Joga umas flores para Iemanjá, abraça todo mundo, chora, pede um ano novinho em folha, porque nesse não deu. Não deu pra nada. Não deu nem para o gasto. Então, amanhã, você acordará com um baita problemão, porque no dia primeiro de janeiro sua vida será exatamente igual ao dia anterior, do ano anterior. E terá que se acostumar com a realidade de que o ano pode ser novo, mas a sua vida continua velha. Então, aquele ditado de botequim faz todo sentido. Não é o ano novo que tem que ser diferente, é você. E é muito difícil ser alguém que não o mesmo com quem estamos acostumados. A gente planeja a vida com coragem e se acovarda quando tem que viver, quando depois dos planos feitos dá de cara com nosso velho "eu". Nosso eu tão acostumado a velhos caminhos, velhas manias, conhecidas bengalas, aqueles barrancos familiares onde nos apoiamos quando nosso mundinho invariavelmente costuma desmoronar. Nosso eu tão satisfeito em apenas pensar, querer e se conformar. Nosso velho eu cheio de neuras, de medos, de preguiças. A gente se acostuma com uma vida incompleta. Incompleta, mas conhecida, dominada, confortável em seus vazios. É como uma dor na lombar que a gente nem lembra mais que está ali. Acomodamos o quadril, os velhos problemas, as frustrações de cada dia. Vida que segue. Eu tinha um sonho de viajar pelo mundo e falava sobre isso com amigos, com colegas de trabalho, com meus pais. No começo do ano eu vou, dizia para todos. Mas não pesquisava passagens, não definia roteiros, não fazia contas para ver se o sonho cabia em minhas vontades. Até que aconteceu uma demissão em massa e eu, que não estava ma lista de demitidos, dei de cara com minha chefe na porta do banheiro, que me ofereceu um acordo. Ela me demitiria, eu levaria uma boladinha, e teria frilas garantidos até minha partida. Tive o fim de semana para pensar. Na segunda, a proposta se concretizou. Eu teria mais dinheiro para a realização dos meus planos, trabalho até partir e de quebra ainda salvei a pele de um colega que estaria na rua. Tudo certo. Certo? Passei a noite no banheiro de casa, abraçada à privada, chorando e vomitando. Colocando pra fora o medo. Expurgando o nervoso. Só o querer já estava bom, pra que mexer nisso? O que eu tanto queria estava ali e eu apavorada com a vida me dizendo "vem". Talvez para todo mundo o maior desafio, agora que o calendário zera, não seja encontrar um amor, mudar de emprego, entrar na calça jeans, terminar a monografia, escrever um livro, vender tudo e ir embora, mas encontrar dentro de si a pessoa que a gente sonha em ser quando tem coragem. É difícil admitir que a gente tem vontades, mas medos muito maiores. Que desejos, sonhos e planos se multiplicam e entram na fila, cada dia maior, da nossa sala de espera emocional. Não é o próximo ano que precisa ser diferente, é você. Ficamos em dívidas com amigos, com pessoas queridas, com parceiros de trabalho, mas sobretudo conosco. O ano só será diferente, se você for diferente. Ou isso ou ajeitar a lombar, acomodar problemas, ignorar frustrações, acumular resoluções que nunca serão mais do que intenções platônicas. Nenhum ano, coitado, tem culpa do que fazemos com nossa vida. Primeiro, a gente tem que mudar, e só, então, fazer a listinha do que queremos que seja diferente. Desejo a todos um tantão de coisas boas em 2016. E obrigada por mais esse ano :-)
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Supremo da Venezuela proíbe procuradora-geral de deixar o país
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela proibiu nesta quarta (28) a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, de deixar o país e congelou suas contas e bens. As medidas são uma consequência da convocação de Ortega a comparecer em 4 de julho a uma audiência no TSJ que decidirá se irá levá-la a juízo. Ex-aliada do chavismo, Ortega Díaz tornou-se nos últimos meses crítica ferrenha do presidente Nicolás Maduro. Ela enviou três ações ao TSJ para impedir a Assembleia Constituinte convocada por Maduro para escrever uma nova Constituição. Para a procuradora, o presidente viola a lei ao não submeter a convocação a referendo popular e por fazer a eleição da assembleia sem sufrágio universal. A ação do TSJ ocorre no mesmo dia em que Ortega Díaz afirmou que o governo de Nicolás Maduro impôs um "terrorismo de Estado" por meio dos militares e do Tribunal Supremo de Justiça. "Aqui parece que todo o país é terrorista (...), creio que temos um terrorismo de Estado", disse a procuradora à imprensa. Ortega Díaz também pediu que o país mantenha o respeito à lei e reiterou que a Venezuela vive uma ruptura da ordem constitucional. A procuradora contestou ainda decisão da Suprema Corte da Venezuela de restringir os seus poderes e afirmou que não irá reconhecê-las. Na terça (27), o TSJ emitiu decreto que fortalece o defensor público Tarek William Saab e permite que ele realize investigações criminais, tarefa antes exclusiva do gabinete de Ortega Díaz. A procuradora alega haver "clara intenção", com a medida, de anular o Ministério Público. Vídeo SOBREVOO EM CARACAS O governo venezuelano também iniciou sua reação contra Oscar Pérez, o piloto do helicóptero da polícia científica que sobrevoou na terça-feira, em Caracas, os prédios do Tribunal Supremo de Justiça, do Ministério de Interior e Justiça e o Palácio de Miraflores, sede do Executivo do país. Segundo Nicolás Maduro, quatro granadas foram lançadas pela aeronave contra o TSJ e 15 tiros foram disparados contra a sede do ministério. Ele classificou a ação de "ataque terrorista" e "tentativa de golpe de Estado". Testemunhas afirmaram terem ouvido barulhos de explosões e de tiros. Não há, contudo, informações sobre vítimas. Nesta quarta (28), o governo venezuelano emitiu uma ordem de prisão internacional contra Pérez, 36, que é membro do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminais, a quem acusa de ter sequestrado a aeronave. Durante a madrugada, agentes do serviço secreto venezuelano, o Sebin, revistaram a casa de Pérez, onde teriam sido encontrados vários uniformes militares. O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, informou na tarde desta quarta que o helicóptero usado no sobrevoo foi encontrado em Osma, na região costeira do Estado de Vargas, norte do país. Imagens publicadas em uma conta de rede social mantida por Aissami mostram a aeronave no meio de uma plantação de bananas. PROTESTOS O presidente colocou as Forças Armadas do país em alerta nesta quarta, quando novos protestos convocados pela oposição tomararm as ruas das principais cidades do país. No Estado de Anzoátegui (norte), um jovem de 18 anos foi morto a tiros por policiais na madrugada desta quarta, segundo o jornal "El Nacional", durante manifestações contra Maduro. Com isso, o número de mortos nesta onda de protestos antichavistas chega a 76. REAÇÕES A França pediu o fim imediato das ações violentas, enquanto o Equador, aliado de Caracas, condenou o "ataque armado" e criticou o que chamou de "tentativas desestabilizadoras". Em nota, o Itamaraty afirmou que "acompanha com muita preocupação a escalada de tensões na Venezuela". "A violação sistemática do princípio da independência dos poderes é uma das provas mais ostensivas da situação autoritária em que vive a Venezuela", diz o comunicado.
mundo
Supremo da Venezuela proíbe procuradora-geral de deixar o paísO Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela proibiu nesta quarta (28) a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, de deixar o país e congelou suas contas e bens. As medidas são uma consequência da convocação de Ortega a comparecer em 4 de julho a uma audiência no TSJ que decidirá se irá levá-la a juízo. Ex-aliada do chavismo, Ortega Díaz tornou-se nos últimos meses crítica ferrenha do presidente Nicolás Maduro. Ela enviou três ações ao TSJ para impedir a Assembleia Constituinte convocada por Maduro para escrever uma nova Constituição. Para a procuradora, o presidente viola a lei ao não submeter a convocação a referendo popular e por fazer a eleição da assembleia sem sufrágio universal. A ação do TSJ ocorre no mesmo dia em que Ortega Díaz afirmou que o governo de Nicolás Maduro impôs um "terrorismo de Estado" por meio dos militares e do Tribunal Supremo de Justiça. "Aqui parece que todo o país é terrorista (...), creio que temos um terrorismo de Estado", disse a procuradora à imprensa. Ortega Díaz também pediu que o país mantenha o respeito à lei e reiterou que a Venezuela vive uma ruptura da ordem constitucional. A procuradora contestou ainda decisão da Suprema Corte da Venezuela de restringir os seus poderes e afirmou que não irá reconhecê-las. Na terça (27), o TSJ emitiu decreto que fortalece o defensor público Tarek William Saab e permite que ele realize investigações criminais, tarefa antes exclusiva do gabinete de Ortega Díaz. A procuradora alega haver "clara intenção", com a medida, de anular o Ministério Público. Vídeo SOBREVOO EM CARACAS O governo venezuelano também iniciou sua reação contra Oscar Pérez, o piloto do helicóptero da polícia científica que sobrevoou na terça-feira, em Caracas, os prédios do Tribunal Supremo de Justiça, do Ministério de Interior e Justiça e o Palácio de Miraflores, sede do Executivo do país. Segundo Nicolás Maduro, quatro granadas foram lançadas pela aeronave contra o TSJ e 15 tiros foram disparados contra a sede do ministério. Ele classificou a ação de "ataque terrorista" e "tentativa de golpe de Estado". Testemunhas afirmaram terem ouvido barulhos de explosões e de tiros. Não há, contudo, informações sobre vítimas. Nesta quarta (28), o governo venezuelano emitiu uma ordem de prisão internacional contra Pérez, 36, que é membro do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminais, a quem acusa de ter sequestrado a aeronave. Durante a madrugada, agentes do serviço secreto venezuelano, o Sebin, revistaram a casa de Pérez, onde teriam sido encontrados vários uniformes militares. O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, informou na tarde desta quarta que o helicóptero usado no sobrevoo foi encontrado em Osma, na região costeira do Estado de Vargas, norte do país. Imagens publicadas em uma conta de rede social mantida por Aissami mostram a aeronave no meio de uma plantação de bananas. PROTESTOS O presidente colocou as Forças Armadas do país em alerta nesta quarta, quando novos protestos convocados pela oposição tomararm as ruas das principais cidades do país. No Estado de Anzoátegui (norte), um jovem de 18 anos foi morto a tiros por policiais na madrugada desta quarta, segundo o jornal "El Nacional", durante manifestações contra Maduro. Com isso, o número de mortos nesta onda de protestos antichavistas chega a 76. REAÇÕES A França pediu o fim imediato das ações violentas, enquanto o Equador, aliado de Caracas, condenou o "ataque armado" e criticou o que chamou de "tentativas desestabilizadoras". Em nota, o Itamaraty afirmou que "acompanha com muita preocupação a escalada de tensões na Venezuela". "A violação sistemática do princípio da independência dos poderes é uma das provas mais ostensivas da situação autoritária em que vive a Venezuela", diz o comunicado.
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'Viaja sãopaulo' escolhe as dez melhores fotos de férias dos leitores; confira
DE SÃO PAULO A sãopaulo pediu, e os leitores publicaram suas fotos de viagem no Instagram com a hashtag#viajasaopaulo nos últimos meses. Confira, na galeria acima, as dez melhores imagens, selecionadas pela equipe da revista. * 1. Jalapão (TO), por @flafusco 2. Deserto de Sossusvlei (Namíbia), por @paulovicelli 3. Praia da Daniela (SC), por @danibertachini 4. Auditório Harpa, Reykjavik (Islândia), por @william_akamine 5. Campos do Jordão (SP), por @joao.barbosa89 6. Castelo Miramare, Trieste (Itália), por @roberto.spina 7. Praia de Juquehy (SP), por @_tripsaroundtheworld 8. Campos do Jordão (SP), por @daniel.adiron 9. Vevey (Suíça), por @matheusopracontrariar 10. Bahia, por @fredavellar
saopaulo
'Viaja sãopaulo' escolhe as dez melhores fotos de férias dos leitores; confiraDE SÃO PAULO A sãopaulo pediu, e os leitores publicaram suas fotos de viagem no Instagram com a hashtag#viajasaopaulo nos últimos meses. Confira, na galeria acima, as dez melhores imagens, selecionadas pela equipe da revista. * 1. Jalapão (TO), por @flafusco 2. Deserto de Sossusvlei (Namíbia), por @paulovicelli 3. Praia da Daniela (SC), por @danibertachini 4. Auditório Harpa, Reykjavik (Islândia), por @william_akamine 5. Campos do Jordão (SP), por @joao.barbosa89 6. Castelo Miramare, Trieste (Itália), por @roberto.spina 7. Praia de Juquehy (SP), por @_tripsaroundtheworld 8. Campos do Jordão (SP), por @daniel.adiron 9. Vevey (Suíça), por @matheusopracontrariar 10. Bahia, por @fredavellar
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Ter ou não ter
Chega sempre aquele momento na vida de um casal em que eles (calma, leitor. Não é uma falha de concordância. Eu sei que "casal" é do singular, e "eles" é plural, mas acontece que optei por usar aqui uma silepse, a figura em que a concordância não tem em conta a palavra, mas aquilo que ela designa. Um casal tem dois elementos, e é a eles que se refere aquele "eles". O leitor fez mal em ter interrompido. Não deve ter muitos colunistas que lhe ofereçam uma silepse logo na primeira frase, e mesmo assim protesta). Como eu dizia, chega sempre aquele momento na vida de um casal em que eles optam entre viver felizes para sempre ou ter filhos. A maior parte dos casais escolhe a segunda hipótese. Foi o que eu fiz. Na verdade, não há nenhuma boa razão para ter filhos. Não me interpretem mal: eu adoro as minhas filhas. Na maior parte do tempo. Mas não houve nenhum motivo nobre por trás da decisão de as ter. Tive-as, simplesmente. Quase toda a gente tenta apresentar um bom argumento a favor de ter filhos. Quase toda a gente falha. Um dos mais comuns é: os filhos dão muita alegria. É verdade, mas não constitui uma boa razão para tê-los. Para dar alegria já existem cachorros e peixinhos de aquário. Esse nicho de mercado está bem preenchido. Quem deseja alegrar-se também pode contratar um artista de variedades. É mais justo e decente do que gerar um ser para nosso divertimento. Outro argumento é: para dar sentido à vida. Também não serve. Quando admitimos que são os filhos que dão sentido à vida, estamos a dizer que a vida deles não tem sentido, pelo menos até eles terem filhos. Ou seja, geramos uma vida sem sentido para dar sentido à nossa. Não parece correto. Até resolver esse problema filosófico, convém continuar a investir em métodos anticoncepcionais. No meu caso, talvez a irresponsabilidade tenha sido, por uma vez, o caminho acertado. Não sei por que tive filhas. E assim é que está certo. Elas não devem ter uma razão de ser, uma utilidade. Olhar para elas, vê-las crescer, é a única coisa a que eu tenho direito. Por isso, todas as noites, quando vou dar um beijo nas minhas filhas, já elas dormem, segredo-lhes ao ouvido: "Um asilo melhor para o papá". Para que, quando eu for velho, elas escolham para mim uma casa de repouso superior à da minha mulher. Ver essa ideia a germinar no subconsciente delas fará a minha felicidade.
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Ter ou não terChega sempre aquele momento na vida de um casal em que eles (calma, leitor. Não é uma falha de concordância. Eu sei que "casal" é do singular, e "eles" é plural, mas acontece que optei por usar aqui uma silepse, a figura em que a concordância não tem em conta a palavra, mas aquilo que ela designa. Um casal tem dois elementos, e é a eles que se refere aquele "eles". O leitor fez mal em ter interrompido. Não deve ter muitos colunistas que lhe ofereçam uma silepse logo na primeira frase, e mesmo assim protesta). Como eu dizia, chega sempre aquele momento na vida de um casal em que eles optam entre viver felizes para sempre ou ter filhos. A maior parte dos casais escolhe a segunda hipótese. Foi o que eu fiz. Na verdade, não há nenhuma boa razão para ter filhos. Não me interpretem mal: eu adoro as minhas filhas. Na maior parte do tempo. Mas não houve nenhum motivo nobre por trás da decisão de as ter. Tive-as, simplesmente. Quase toda a gente tenta apresentar um bom argumento a favor de ter filhos. Quase toda a gente falha. Um dos mais comuns é: os filhos dão muita alegria. É verdade, mas não constitui uma boa razão para tê-los. Para dar alegria já existem cachorros e peixinhos de aquário. Esse nicho de mercado está bem preenchido. Quem deseja alegrar-se também pode contratar um artista de variedades. É mais justo e decente do que gerar um ser para nosso divertimento. Outro argumento é: para dar sentido à vida. Também não serve. Quando admitimos que são os filhos que dão sentido à vida, estamos a dizer que a vida deles não tem sentido, pelo menos até eles terem filhos. Ou seja, geramos uma vida sem sentido para dar sentido à nossa. Não parece correto. Até resolver esse problema filosófico, convém continuar a investir em métodos anticoncepcionais. No meu caso, talvez a irresponsabilidade tenha sido, por uma vez, o caminho acertado. Não sei por que tive filhas. E assim é que está certo. Elas não devem ter uma razão de ser, uma utilidade. Olhar para elas, vê-las crescer, é a única coisa a que eu tenho direito. Por isso, todas as noites, quando vou dar um beijo nas minhas filhas, já elas dormem, segredo-lhes ao ouvido: "Um asilo melhor para o papá". Para que, quando eu for velho, elas escolham para mim uma casa de repouso superior à da minha mulher. Ver essa ideia a germinar no subconsciente delas fará a minha felicidade.
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Leitor lamenta 'fraude' do público de 'Os Dez Mandamentos' no cinema
Há algumas semanas, fui ao cinema ver "O Regresso" e, na saída, um homem me abordou perguntando se eu não gostaria de ver "Os Dez Mandamentos". Ele disse que me daria o ingresso, mas eu teria de assistir imediatamente ao filme. Disse que estava ali a pedido do pastor de sua igreja e tinha em mãos um maço com mais de 40 ingressos. É lamentável que o "maior" público do cinema brasileiro seja uma fraude (Não mentirás ). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor lamenta 'fraude' do público de 'Os Dez Mandamentos' no cinemaHá algumas semanas, fui ao cinema ver "O Regresso" e, na saída, um homem me abordou perguntando se eu não gostaria de ver "Os Dez Mandamentos". Ele disse que me daria o ingresso, mas eu teria de assistir imediatamente ao filme. Disse que estava ali a pedido do pastor de sua igreja e tinha em mãos um maço com mais de 40 ingressos. É lamentável que o "maior" público do cinema brasileiro seja uma fraude (Não mentirás ). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Brasil vai lançar e controlar satélite de telecomunicações
Nesta quinta-feira (4), às 17h31, abre-se a janela de oportunidade para o lançamento mais importante do programa espacial brasileiro nesta década. De Kourou, na Guiana Francesa, parte para o espaço o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Ele será apenas uma das muitas espaçonaves que hoje pairam sobre o território nacional e fornecem conexões via satélite para os mais variados fins, como telefonia, televisão e internet. Mas será a primeira a ser operada e controlada pelo governo brasileiro -numa parceria entre o Ministério da Defesa e a Telebras. De acordo com o governo brasileiro, o novo satélite é indispensável para a preservação da soberania nacional, permitindo comunicações seguras das Forças Armadas e a implementação do Plano Nacional de Banda Larga, que pretende levar internet rápida, pelo espaço, a locais do país onde a infraestrutura de telecomunicações por solo é deficitária. "O Brasil vai estar no controle", diz Petrônio Noronha de Souza, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB (Agência Espacial Brasileira). Discutido desde 2011, o contrato para a construção do SGDC foi assinado em novembro de 2013, dois meses depois que documentos revelaram que contas de e-mail de diversos membros do governo brasileiro, inclusive da ex-presidente Dilma Rousseff, foram alvo de espionagem pela NSA, agência de segurança nacional dos EUA. NO MESMO LUGAR Os satélites geoestacionários são assim chamados porque se localizam num anel ao redor do equador terrestre, a cerca de 36 mil km de altitude. Nessa posição, têm a propriedade especial de evoluir em torno da Terra no mesmo ritmo da rotação do próprio planeta -com isso, é como se estivessem o tempo todo sobre o mesmo ponto do globo. Por essa razão, a órbita geoestacionária é a preferencial para satélites de telecomunicações, pois podem atender ininterruptamente uma grande região territorial. As tecnologias envolvidas num desses artefatos espaciais de última geração, contudo, não são dominadas pelo Brasil. Por isso, o governo decidiu criar uma empresa integradora nacional -a Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer- e contratar, por meio dela, a construção do satélite no exterior. A vencedora da licitação foi a empresa franco-italiana Thales Alenia, que se comprometeu a realizar transferência de tecnologias envolvidas na construção do SGDC e construiu o satélite com a colaboração de dezenas de engenheiros brasileiros. O lançamento será feito pelo foguete Ariane 5, da empresa francesa Arianespace, que opera seus voos a partir de Kourou, na Guiana Francesa. Com 5,7 toneladas, o SGDC será a carga principal, e um segundo satélite, o KoreaSat-7, da Coreia do Sul, voará como carga útil secundária. E AGORA? O satélite transmitirá em duas bandas: a X (entre 8 e 12 gigahertz) e a Ka (26 a 40 gigahertz). A primeira será usada exclusivamente para uso da Defesa e a segunda será parcialmente dedicada à implementação, pela Telebras, do Plano Nacional de Banda Larga. A capacidade excedente será licitada para uso por outras empresas interessadas. A iniciativa pode dar algum retorno imediato ao governo, que investiu R$ 2,7 bilhões no projeto, entre satélite, lançamento e investimentos na infraestrutura de solo para suas operações. Contudo, ao chegar à sua conclusão, o projeto deixa um enorme vazio para o futuro. Originalmente, a ideia era que o SGDC fosse o primeiro de uma constelação de três satélites geoestacionários de telecomunicações, incorporando gradualmente tecnologia nacional. Contudo, o segundo satélite da série está apenas em fase de conceito, e sem essas especificações e um contrato firmado, a Visiona -empresa criada para integrar esse e os futuros satélites- basicamente fica sem o que fazer. A Folha apurou que a situação tira o sono dos diretores da empresa, que não terão recursos para manter toda a mão de obra qualificada que se dedicou à construção do SGDC. Seria preciso, para evitar que o investimento na criação da integradora fosse perdido, ter um outro projeto de grande monta para ela. "Temos essa preocupação e estamos trabalhando nisso, é tudo que posso dizer", afirma Noronha de Souza. A Folha transmite ao vivo o lançamento do SGDC, a partir das 17h.
ciencia
Brasil vai lançar e controlar satélite de telecomunicaçõesNesta quinta-feira (4), às 17h31, abre-se a janela de oportunidade para o lançamento mais importante do programa espacial brasileiro nesta década. De Kourou, na Guiana Francesa, parte para o espaço o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Ele será apenas uma das muitas espaçonaves que hoje pairam sobre o território nacional e fornecem conexões via satélite para os mais variados fins, como telefonia, televisão e internet. Mas será a primeira a ser operada e controlada pelo governo brasileiro -numa parceria entre o Ministério da Defesa e a Telebras. De acordo com o governo brasileiro, o novo satélite é indispensável para a preservação da soberania nacional, permitindo comunicações seguras das Forças Armadas e a implementação do Plano Nacional de Banda Larga, que pretende levar internet rápida, pelo espaço, a locais do país onde a infraestrutura de telecomunicações por solo é deficitária. "O Brasil vai estar no controle", diz Petrônio Noronha de Souza, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB (Agência Espacial Brasileira). Discutido desde 2011, o contrato para a construção do SGDC foi assinado em novembro de 2013, dois meses depois que documentos revelaram que contas de e-mail de diversos membros do governo brasileiro, inclusive da ex-presidente Dilma Rousseff, foram alvo de espionagem pela NSA, agência de segurança nacional dos EUA. NO MESMO LUGAR Os satélites geoestacionários são assim chamados porque se localizam num anel ao redor do equador terrestre, a cerca de 36 mil km de altitude. Nessa posição, têm a propriedade especial de evoluir em torno da Terra no mesmo ritmo da rotação do próprio planeta -com isso, é como se estivessem o tempo todo sobre o mesmo ponto do globo. Por essa razão, a órbita geoestacionária é a preferencial para satélites de telecomunicações, pois podem atender ininterruptamente uma grande região territorial. As tecnologias envolvidas num desses artefatos espaciais de última geração, contudo, não são dominadas pelo Brasil. Por isso, o governo decidiu criar uma empresa integradora nacional -a Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer- e contratar, por meio dela, a construção do satélite no exterior. A vencedora da licitação foi a empresa franco-italiana Thales Alenia, que se comprometeu a realizar transferência de tecnologias envolvidas na construção do SGDC e construiu o satélite com a colaboração de dezenas de engenheiros brasileiros. O lançamento será feito pelo foguete Ariane 5, da empresa francesa Arianespace, que opera seus voos a partir de Kourou, na Guiana Francesa. Com 5,7 toneladas, o SGDC será a carga principal, e um segundo satélite, o KoreaSat-7, da Coreia do Sul, voará como carga útil secundária. E AGORA? O satélite transmitirá em duas bandas: a X (entre 8 e 12 gigahertz) e a Ka (26 a 40 gigahertz). A primeira será usada exclusivamente para uso da Defesa e a segunda será parcialmente dedicada à implementação, pela Telebras, do Plano Nacional de Banda Larga. A capacidade excedente será licitada para uso por outras empresas interessadas. A iniciativa pode dar algum retorno imediato ao governo, que investiu R$ 2,7 bilhões no projeto, entre satélite, lançamento e investimentos na infraestrutura de solo para suas operações. Contudo, ao chegar à sua conclusão, o projeto deixa um enorme vazio para o futuro. Originalmente, a ideia era que o SGDC fosse o primeiro de uma constelação de três satélites geoestacionários de telecomunicações, incorporando gradualmente tecnologia nacional. Contudo, o segundo satélite da série está apenas em fase de conceito, e sem essas especificações e um contrato firmado, a Visiona -empresa criada para integrar esse e os futuros satélites- basicamente fica sem o que fazer. A Folha apurou que a situação tira o sono dos diretores da empresa, que não terão recursos para manter toda a mão de obra qualificada que se dedicou à construção do SGDC. Seria preciso, para evitar que o investimento na criação da integradora fosse perdido, ter um outro projeto de grande monta para ela. "Temos essa preocupação e estamos trabalhando nisso, é tudo que posso dizer", afirma Noronha de Souza. A Folha transmite ao vivo o lançamento do SGDC, a partir das 17h.
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'Israel não precisa do apoio do mundo', diz leitor
o leitor Zalman Gift, obviamente judeu e sionista, aproveita a reportagem sobre os curdos para dizer que os palestinos precisam sumir da Cisjordânia e ir para o outro lado do Jordão, na antiga Transjordânia, atual Jordânia. Os palestinos já foram expulsos de Israel, são maltratados diariamente na Cisjordânia e a opção sugerida pelo leitor é emigrar. Israel não precisa do apoio do mundo, pois já domina os Estados Unidos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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'Israel não precisa do apoio do mundo', diz leitoro leitor Zalman Gift, obviamente judeu e sionista, aproveita a reportagem sobre os curdos para dizer que os palestinos precisam sumir da Cisjordânia e ir para o outro lado do Jordão, na antiga Transjordânia, atual Jordânia. Os palestinos já foram expulsos de Israel, são maltratados diariamente na Cisjordânia e a opção sugerida pelo leitor é emigrar. Israel não precisa do apoio do mundo, pois já domina os Estados Unidos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores escrevem sobre editorial que critica redução da maioridade penal
Parabéns pelo excelente editorial "Populismo penal" ("Opinião", 5/4), que mostra o caráter populista e irracional das medidas que o Congresso está tomando sobre a maioridade penal e o aumento de penas. A forma de reduzir a impunidade é investir mais na polícia, como foi feito com a PF. O que leva os jovens a cometer delitos é o baixo índice de crimes solucionados. O índice de assassinatos que receberam punição no Brasil é inferior a 8% contra mais de 80% na Alemanha, por exemplo. Esse dado é tão baixo porque o número de policiais é relativamente pequeno quando comparado ao de países ricos. Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda - governo Sarney e professor emérito da Fundação Getulio Vargas (São Paulo, SP) * Sem preconceitos, a Folha deveria entender melhor as razões dos que querem a redução da maioridade penal. Sabemos que, por si só, ela não vai resolver o problema da violência. Ela significa, porém, atribuir responsabilidade penal à pessoa que pratica o crime deliberadamente. A redução, sobretudo, está baseada num princípio ético, cuja aplicação visa diminuir a sensação de impunidade. Se o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 25 anos, demonstrou grande inadequação com a realidade, por que não dar chance à mudança? Jorge Alberto Quadros de Carvalho Silva, juiz de direito (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores escrevem sobre editorial que critica redução da maioridade penalParabéns pelo excelente editorial "Populismo penal" ("Opinião", 5/4), que mostra o caráter populista e irracional das medidas que o Congresso está tomando sobre a maioridade penal e o aumento de penas. A forma de reduzir a impunidade é investir mais na polícia, como foi feito com a PF. O que leva os jovens a cometer delitos é o baixo índice de crimes solucionados. O índice de assassinatos que receberam punição no Brasil é inferior a 8% contra mais de 80% na Alemanha, por exemplo. Esse dado é tão baixo porque o número de policiais é relativamente pequeno quando comparado ao de países ricos. Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda - governo Sarney e professor emérito da Fundação Getulio Vargas (São Paulo, SP) * Sem preconceitos, a Folha deveria entender melhor as razões dos que querem a redução da maioridade penal. Sabemos que, por si só, ela não vai resolver o problema da violência. Ela significa, porém, atribuir responsabilidade penal à pessoa que pratica o crime deliberadamente. A redução, sobretudo, está baseada num princípio ético, cuja aplicação visa diminuir a sensação de impunidade. Se o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 25 anos, demonstrou grande inadequação com a realidade, por que não dar chance à mudança? Jorge Alberto Quadros de Carvalho Silva, juiz de direito (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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'Cidade inteligente' não é garantia de melhorias sociais, diz urbanista
O alto investimento no conceito de "cidade inteligente", que usa tecnologia para automatizar a gestão de setores como trânsito e saúde, é um erro. A avaliação é do especialista holandês Ton Dassen, 48, coautor do livro "Smart About Cities - Visualising the Challenge for 21st Century Urbanism" (2015) (Inteligência sobre Cidades - Visualizando o Desafio para o Urbanismo do Século 21, em tradução livre), escrito com o pesquisador Maarten Hajer, ainda sem edição brasileira. Na publicação, ele defende um planejamento urbano inteligente no lugar de uma aceitação acrítica do conceito de cidade inteligente. Para Dassen, trata-se de "moda" que resulta de esforços agressivos de empresas de tecnologia para vender suas soluções. Leia trechos da entrevista abaixo. * Folha - O título do seu livro defende outro tipo de inteligência para planejar as cidades. Por quê? Ton Dassen - Há um enorme debate no mundo sobre cidades inteligentes. Mas há intenções claras por trás disso. É uma coalizão de interesses de governos e grandes empresas de tecnologia. Até agora, o discurso sobre cidade inteligente tem demonstrado pouca sensibilidade sobre o contexto em que elas terão que ser construídas. Não há relação com uma proposta de reforma social. É inovação tecnológica, não social ou institucional. Como funciona esse lobby de empresas de tecnologia? O Banco Mundial estima que de US$ 30 trilhões a US$ 50 trilhões serão necessários nos próximos 20 a 30 anos para reformar e reconstruir cidades. Não surpreende que as soluções mágicas que a ideia de cidade inteligente oferece sejam atraentes. Pode dar exemplos? Os exemplos mais conhecidos de cidades inteligentes no modelo modernista são Songdo (Coreia do Sul), Masdar (Emirados Árabes) e Chengdu (China). Os poderes tecnocráticos vendem soluções tecnológicas utópicas sobre cidades mais seguras, sustentáveis e inteligentes. O grau de sucesso varia. Em Amsterdã, o resultado tem sido bom. Em países que têm política mais fechada, como China e países árabes, ou que têm concentração de capital, como Índia, há a tendência de implantar tecnologia para tornar partes das cidades mais seguras, limpas e eficientes. A meu ver, essas cidades negligenciam problemas mais graves, pois são muitas vezes inabitáveis e muito desiguais. Acredito que a acessibilidade e algum grau de igualdade são precondições para a construção de uma cidade ecossustentável. Enquanto os mais pobres tiverem preocupações maiores do que o ambiente e os ricos estiverem preocupados mais com a manutenção do privilégio e da segurança, os antigos padrões serão mantidos. Quais são as políticas que devemos priorizar? Ainda construímos cidades como se fazia no século 20. Países em desenvolvimento deveriam planejar suas cidades pulando etapas pelas quais nós passamos, priorizando o transporte público em detrimento do carro, por exemplo. Senão, vão virar cidades disfuncionais.
cotidiano
'Cidade inteligente' não é garantia de melhorias sociais, diz urbanistaO alto investimento no conceito de "cidade inteligente", que usa tecnologia para automatizar a gestão de setores como trânsito e saúde, é um erro. A avaliação é do especialista holandês Ton Dassen, 48, coautor do livro "Smart About Cities - Visualising the Challenge for 21st Century Urbanism" (2015) (Inteligência sobre Cidades - Visualizando o Desafio para o Urbanismo do Século 21, em tradução livre), escrito com o pesquisador Maarten Hajer, ainda sem edição brasileira. Na publicação, ele defende um planejamento urbano inteligente no lugar de uma aceitação acrítica do conceito de cidade inteligente. Para Dassen, trata-se de "moda" que resulta de esforços agressivos de empresas de tecnologia para vender suas soluções. Leia trechos da entrevista abaixo. * Folha - O título do seu livro defende outro tipo de inteligência para planejar as cidades. Por quê? Ton Dassen - Há um enorme debate no mundo sobre cidades inteligentes. Mas há intenções claras por trás disso. É uma coalizão de interesses de governos e grandes empresas de tecnologia. Até agora, o discurso sobre cidade inteligente tem demonstrado pouca sensibilidade sobre o contexto em que elas terão que ser construídas. Não há relação com uma proposta de reforma social. É inovação tecnológica, não social ou institucional. Como funciona esse lobby de empresas de tecnologia? O Banco Mundial estima que de US$ 30 trilhões a US$ 50 trilhões serão necessários nos próximos 20 a 30 anos para reformar e reconstruir cidades. Não surpreende que as soluções mágicas que a ideia de cidade inteligente oferece sejam atraentes. Pode dar exemplos? Os exemplos mais conhecidos de cidades inteligentes no modelo modernista são Songdo (Coreia do Sul), Masdar (Emirados Árabes) e Chengdu (China). Os poderes tecnocráticos vendem soluções tecnológicas utópicas sobre cidades mais seguras, sustentáveis e inteligentes. O grau de sucesso varia. Em Amsterdã, o resultado tem sido bom. Em países que têm política mais fechada, como China e países árabes, ou que têm concentração de capital, como Índia, há a tendência de implantar tecnologia para tornar partes das cidades mais seguras, limpas e eficientes. A meu ver, essas cidades negligenciam problemas mais graves, pois são muitas vezes inabitáveis e muito desiguais. Acredito que a acessibilidade e algum grau de igualdade são precondições para a construção de uma cidade ecossustentável. Enquanto os mais pobres tiverem preocupações maiores do que o ambiente e os ricos estiverem preocupados mais com a manutenção do privilégio e da segurança, os antigos padrões serão mantidos. Quais são as políticas que devemos priorizar? Ainda construímos cidades como se fazia no século 20. Países em desenvolvimento deveriam planejar suas cidades pulando etapas pelas quais nós passamos, priorizando o transporte público em detrimento do carro, por exemplo. Senão, vão virar cidades disfuncionais.
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Leitor afirma que defesa Comissão Nacional da Verdade buscou apenas indenizações para esquerdistas
Não aguento mais textos defendendo os "direitos humanos" (Responsabilidade empresarial ). A tal Comissão Nacional da Verdade pode ser muita coisa, menos da verdade, já que trata única e exclusivamente de conseguir "reparações" para os que se locupletam com o dinheiro público nos sindicatos e repartições públicas onde foram instalados pelos esquerdistas de plantão. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor afirma que defesa Comissão Nacional da Verdade buscou apenas indenizações para esquerdistasNão aguento mais textos defendendo os "direitos humanos" (Responsabilidade empresarial ). A tal Comissão Nacional da Verdade pode ser muita coisa, menos da verdade, já que trata única e exclusivamente de conseguir "reparações" para os que se locupletam com o dinheiro público nos sindicatos e repartições públicas onde foram instalados pelos esquerdistas de plantão. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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A arte do mau relacionamento e outras seis indicações culturais
CINEMA | A ARTE DO MAU RELACIONAMENTO A mostra de título bem-humorado exibe 20 filmes em que os relacionamentos amorosos escapam ao lugar-comum do "felizes para sempre". Estão na lista duas produções de Wong Kar-wai, "Felizes Juntos" (1998) e "Amor à Flor da Pele" (2001), além de "Nossos Filhos" (2012), de Joachim Lafosse, "Climas" (2006), de Nuri Bilge Ceylan e a trilogia "Dois Lados do Amor" (2015), de Ned Benson, com James McAvoy e Jessica Chastain. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 | de ter. (9) a dom. | R$ 1 | até 21/6 | programação em centrocultural.sp.gov.br * CURSO | RENATA PALLOTTINI Em quatro encontros, a poeta e dramaturga aborda "Princípios de Dramaturgia". O objetivo do curso é apresentar noções teóricas e práticas de escrita dramática para cinema, teatro e televisão. b_arco | tel. (11) 3081-6986 | inscrições até seg. (8) | de 15 a 18/6, das 19h30 às 21h30 | R$ 450 * EXPOSIÇÃO | MARCO GIANNOTTI O artista e professor de pintura na ECA-USP (São Paulo, 1966) apresenta na individual "Entropia" dez telas que têm como ponto de partida resíduos urbanos, como grades e plantas. A galeria exibe ainda "Traço Volume Espaço", com obras inéditas de Sérvulo Esmeraldo (Crato, CE, 1929), realizadas neste ano, entre esculturas, relevos e desenhos. galeria Raquel Arnaud | tel. (11) 3083-6322 | abertura qua. (10), às 19h | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 12h às 16h | grátis | até 1º/8 * TEATRO | DIZER E NÃO PEDIR SEGREDO O espetáculo que trata da homossexualidade masculina no país é baseado no livro "Devassos no Paraíso - A Homossexualidade no Brasil, da Colônia à Atualidade", de João Silvério Trevisan. Sob direção de Luiz Fernando Marques, o grupo Teatro Kunyn encerra temporada da peça no próximo fim de semana. Oficina Cultural Oswald de Andrade | tel. (11) 3222-2662 | sex. (12) e sáb. (13), às 20h30 | grátis (distribuição meia hora antes) * LANÇAMENTO | NISE DA SILVEIRA Com o subtítulo "Caminhos de Uma Psiquiatra Rebelde", o livro de Luiz Carlos Mello, ilustrado com fotografias, narra a trajetória da médica (1905-99) que influenciou a prática terapêutica em regime de externato no país. O autor, que conviveu com Nise, participa de debate com o cientista político e professor da PUC-SP Edson Passetti e o psicoterapeuta Roberto Gambini. Livraria Cultura - Cj. Nacional | tel. (11) 3170-4033 | seg. (8), às 19h Automática Edições | R$ 60 (386 págs.) * EXPOSIÇÃO | FLAVIA MIELNIK A artista (São Paulo, 1982) exibe "Arquiteturas Adormecidas sobre um Vetor entre Duas Cidades", resultado de projeto contemplado pelo ProAc para as artes visuais. Vídeos, mapas e fotografias feitos em viagens entre São Paulo e Ribeirão Preto registram ruínas e vestígios do percurso. Museu de Arte de Ribeirão Preto | tel. (16) 3635 2421 de ter. a sex., das 9h às 18h; sáb., dom. e feriados, das 12h às 18h | grátis | até 5/7 * LANÇAMENTO | NOEMI JAFFE A escritora lança em São Paulo "Írisz: As Orquídeas". O romance narra a história de uma garota húngara que foge para o Brasil em 1956 após a chegada dos soviéticos a seu país. Livraria da Vila - Fradique | tel. (11) 3814-5811 | ter. (9), às 19h grátis Companhia das Letras | R$ 39,90 (224 págs.)
ilustrissima
A arte do mau relacionamento e outras seis indicações culturaisCINEMA | A ARTE DO MAU RELACIONAMENTO A mostra de título bem-humorado exibe 20 filmes em que os relacionamentos amorosos escapam ao lugar-comum do "felizes para sempre". Estão na lista duas produções de Wong Kar-wai, "Felizes Juntos" (1998) e "Amor à Flor da Pele" (2001), além de "Nossos Filhos" (2012), de Joachim Lafosse, "Climas" (2006), de Nuri Bilge Ceylan e a trilogia "Dois Lados do Amor" (2015), de Ned Benson, com James McAvoy e Jessica Chastain. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 | de ter. (9) a dom. | R$ 1 | até 21/6 | programação em centrocultural.sp.gov.br * CURSO | RENATA PALLOTTINI Em quatro encontros, a poeta e dramaturga aborda "Princípios de Dramaturgia". O objetivo do curso é apresentar noções teóricas e práticas de escrita dramática para cinema, teatro e televisão. b_arco | tel. (11) 3081-6986 | inscrições até seg. (8) | de 15 a 18/6, das 19h30 às 21h30 | R$ 450 * EXPOSIÇÃO | MARCO GIANNOTTI O artista e professor de pintura na ECA-USP (São Paulo, 1966) apresenta na individual "Entropia" dez telas que têm como ponto de partida resíduos urbanos, como grades e plantas. A galeria exibe ainda "Traço Volume Espaço", com obras inéditas de Sérvulo Esmeraldo (Crato, CE, 1929), realizadas neste ano, entre esculturas, relevos e desenhos. galeria Raquel Arnaud | tel. (11) 3083-6322 | abertura qua. (10), às 19h | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 12h às 16h | grátis | até 1º/8 * TEATRO | DIZER E NÃO PEDIR SEGREDO O espetáculo que trata da homossexualidade masculina no país é baseado no livro "Devassos no Paraíso - A Homossexualidade no Brasil, da Colônia à Atualidade", de João Silvério Trevisan. Sob direção de Luiz Fernando Marques, o grupo Teatro Kunyn encerra temporada da peça no próximo fim de semana. Oficina Cultural Oswald de Andrade | tel. (11) 3222-2662 | sex. (12) e sáb. (13), às 20h30 | grátis (distribuição meia hora antes) * LANÇAMENTO | NISE DA SILVEIRA Com o subtítulo "Caminhos de Uma Psiquiatra Rebelde", o livro de Luiz Carlos Mello, ilustrado com fotografias, narra a trajetória da médica (1905-99) que influenciou a prática terapêutica em regime de externato no país. O autor, que conviveu com Nise, participa de debate com o cientista político e professor da PUC-SP Edson Passetti e o psicoterapeuta Roberto Gambini. Livraria Cultura - Cj. Nacional | tel. (11) 3170-4033 | seg. (8), às 19h Automática Edições | R$ 60 (386 págs.) * EXPOSIÇÃO | FLAVIA MIELNIK A artista (São Paulo, 1982) exibe "Arquiteturas Adormecidas sobre um Vetor entre Duas Cidades", resultado de projeto contemplado pelo ProAc para as artes visuais. Vídeos, mapas e fotografias feitos em viagens entre São Paulo e Ribeirão Preto registram ruínas e vestígios do percurso. Museu de Arte de Ribeirão Preto | tel. (16) 3635 2421 de ter. a sex., das 9h às 18h; sáb., dom. e feriados, das 12h às 18h | grátis | até 5/7 * LANÇAMENTO | NOEMI JAFFE A escritora lança em São Paulo "Írisz: As Orquídeas". O romance narra a história de uma garota húngara que foge para o Brasil em 1956 após a chegada dos soviéticos a seu país. Livraria da Vila - Fradique | tel. (11) 3814-5811 | ter. (9), às 19h grátis Companhia das Letras | R$ 39,90 (224 págs.)
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Mortes: Diretora de arte ágil, metódica e criteriosa
Era só bater o olho em alguma peça (fosse foto, cartaz, livro etc.) que Sylvia Monteiro já sabia onde faltava cor, espaço, sombra. Além de ágil, era metódica, criteriosa e organizada em tudo o que fazia, lembram os amigos. Filha de industriais paulistas, casou-se aos 20 e teve dois filhos, mas separou-se dez anos depois. Estudou comunicação visual na Faap, em São Paulo, e fez mestrado em ciência da tecnologia gráfica no Instituto de Tecnologia de Rochester, nos EUA. Nos anos 1980, foi editora de arte da revista "Veja", época em que criou o projeto gráfico da "Veja São Paulo". Dirigiu depois a arte da edição brasileira da revista "Elle". Quando veio o plano Collor, em 1990, decidiu sair mais uma vez do país. "O mundo era pequeno para ela", diz a irmã Stella. Acionou contatos fora e recebeu um convite para assumir a direção de arte da "Elle" alemã. De 1992 a 1994, também criou as capas das edições de Portugal, Chile e Argentina da publicação de moda. Em 1999, já de volta ao Brasil, assumiu as capas da "Carta Capital", onde criou cerca de 200 edições até 2005. Fez o projeto gráfico e capas de livros e cartazes de mostras e peças de teatro, além de logotipos e sites, e foi curadora de exposições. "Conhecia arte como ninguém. Era um prazer ir a museus com ela, era uma enciclopédia. Vai ser difícil voltar agora", afirma o marido, Adolfo Leirner, com quem era casada desde 2003. Lutava contra um câncer na região do abdome desde agosto de 2014. Morreu no último dia 13, aos 71. Deixa o marido, dois filhos e irmãos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Diretora de arte ágil, metódica e criteriosaEra só bater o olho em alguma peça (fosse foto, cartaz, livro etc.) que Sylvia Monteiro já sabia onde faltava cor, espaço, sombra. Além de ágil, era metódica, criteriosa e organizada em tudo o que fazia, lembram os amigos. Filha de industriais paulistas, casou-se aos 20 e teve dois filhos, mas separou-se dez anos depois. Estudou comunicação visual na Faap, em São Paulo, e fez mestrado em ciência da tecnologia gráfica no Instituto de Tecnologia de Rochester, nos EUA. Nos anos 1980, foi editora de arte da revista "Veja", época em que criou o projeto gráfico da "Veja São Paulo". Dirigiu depois a arte da edição brasileira da revista "Elle". Quando veio o plano Collor, em 1990, decidiu sair mais uma vez do país. "O mundo era pequeno para ela", diz a irmã Stella. Acionou contatos fora e recebeu um convite para assumir a direção de arte da "Elle" alemã. De 1992 a 1994, também criou as capas das edições de Portugal, Chile e Argentina da publicação de moda. Em 1999, já de volta ao Brasil, assumiu as capas da "Carta Capital", onde criou cerca de 200 edições até 2005. Fez o projeto gráfico e capas de livros e cartazes de mostras e peças de teatro, além de logotipos e sites, e foi curadora de exposições. "Conhecia arte como ninguém. Era um prazer ir a museus com ela, era uma enciclopédia. Vai ser difícil voltar agora", afirma o marido, Adolfo Leirner, com quem era casada desde 2003. Lutava contra um câncer na região do abdome desde agosto de 2014. Morreu no último dia 13, aos 71. Deixa o marido, dois filhos e irmãos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Geração 'Z' é mal-educada e mais pé no chão que a 'Y', diz especialista
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO A nova onda de profissionais que chega às empresas é menos educada, mais realista e tão exigente quanto a turma "Y" -caracterizada pelo interesse por maior autonomia no trabalho, pela baixa fidelidade às empresas e a necessidade de feedbacks constantes de seus chefes. Enquanto os "Y" cresceram em meio ao avanço econômico dos anos 1990, a nova leva, "Z", foi marcada pela crise de 2008 e a ascensão do terrorismo, diz Bruce Tulgan, consultor norte-americano em recursos humanos. O resultado é uma força de trabalho mais pé no chão, cínica e desconfiada. "Eles não creem que as empresas possam dar segurança no longo prazo", diz Tulgan, autor de "O que Todo Jovem Talento Precisa Aprender" (Sextante, R$ 38,90, 228 págs.). Gestores se queixam da falta de iniciativa dos jovens, que querem ser acompanhados de perto por superiores. É como se esperassem do chefe uma atitude mista entre mentor e pai. * Folha - Quais as diferenças entre profissionais "Y" e "Z"? Bruce Tulgan - São duas levas de um grupo só: o dos millenials. A primeira, "Y", nasceu entre 1978 e 1990, e a segunda, os "Z", a partir dos anos 1990. Os "Z" são parecidos com a geração nascida logo após a Grande Depressão, nos anos 1930, pois viram a incerteza econômica pós-2008 e o terrorismo. Mas também foram muito protegidos por pais e professores. São precoces, mas imaturos. Esperam que o empregador lhe ofereça aconselhamento, apoio e espaço para errar. Qual foi o impacto da crise de 2008 nos jovens "Z"? Esse contexto fez com que os "Z" baixassem suas expectativas de rápida ascensão e confiassem ainda menos nas empresas como provedoras de estabilidade, se comparados aos "Y". Esperam, mais do que os mais velhos, que os chefes lhes acompanhem e abram exceções, permitindo que escolham tarefas e horários com base em suas preferências. Quais as queixas dos empregadores em relação aos "Z"? É que muitos não têm competências comportamentais básicas. Têm dificuldades para dizer "por favor" e "obrigado", não entendem por que respeitar as regras de vestuário e passam tempo demais no celular durante o trabalho. É um ponto cego na formação. Como reduzir o número de demissões por comportamento? Muitas empresas, após a contratação, dão lições ao funcionário sobre como se conduzir em uma reunião ou se comunicar por e-mail. Basta mostrar por que isso é importante para a ascensão profissional dele e incentivar que busque isso por conta própria. Como os gestores devem lidar com esses mais jovens? Essa geração não quer só se divertir e receber tudo de mão beijada. Isso é mito. Quer saber o que se espera dela. É preciso deixar clara essa expectativa e agir como coach ou professor. Se o jovem não melhorar, deve ser responsabilizado pela falha. E como o jovem pode cuidar do próprio desenvolvimento? Ele deve aprender com o dia a dia e se gerir sozinho, o que vai até contra a forma como foi criado. Vale fazer reunião de aconselhamento com o gestor. E é vital anotar tudo, coisa que muitos não fazem.
sobretudo
Geração 'Z' é mal-educada e mais pé no chão que a 'Y', diz especialista ANNA RANGEL DE SÃO PAULO A nova onda de profissionais que chega às empresas é menos educada, mais realista e tão exigente quanto a turma "Y" -caracterizada pelo interesse por maior autonomia no trabalho, pela baixa fidelidade às empresas e a necessidade de feedbacks constantes de seus chefes. Enquanto os "Y" cresceram em meio ao avanço econômico dos anos 1990, a nova leva, "Z", foi marcada pela crise de 2008 e a ascensão do terrorismo, diz Bruce Tulgan, consultor norte-americano em recursos humanos. O resultado é uma força de trabalho mais pé no chão, cínica e desconfiada. "Eles não creem que as empresas possam dar segurança no longo prazo", diz Tulgan, autor de "O que Todo Jovem Talento Precisa Aprender" (Sextante, R$ 38,90, 228 págs.). Gestores se queixam da falta de iniciativa dos jovens, que querem ser acompanhados de perto por superiores. É como se esperassem do chefe uma atitude mista entre mentor e pai. * Folha - Quais as diferenças entre profissionais "Y" e "Z"? Bruce Tulgan - São duas levas de um grupo só: o dos millenials. A primeira, "Y", nasceu entre 1978 e 1990, e a segunda, os "Z", a partir dos anos 1990. Os "Z" são parecidos com a geração nascida logo após a Grande Depressão, nos anos 1930, pois viram a incerteza econômica pós-2008 e o terrorismo. Mas também foram muito protegidos por pais e professores. São precoces, mas imaturos. Esperam que o empregador lhe ofereça aconselhamento, apoio e espaço para errar. Qual foi o impacto da crise de 2008 nos jovens "Z"? Esse contexto fez com que os "Z" baixassem suas expectativas de rápida ascensão e confiassem ainda menos nas empresas como provedoras de estabilidade, se comparados aos "Y". Esperam, mais do que os mais velhos, que os chefes lhes acompanhem e abram exceções, permitindo que escolham tarefas e horários com base em suas preferências. Quais as queixas dos empregadores em relação aos "Z"? É que muitos não têm competências comportamentais básicas. Têm dificuldades para dizer "por favor" e "obrigado", não entendem por que respeitar as regras de vestuário e passam tempo demais no celular durante o trabalho. É um ponto cego na formação. Como reduzir o número de demissões por comportamento? Muitas empresas, após a contratação, dão lições ao funcionário sobre como se conduzir em uma reunião ou se comunicar por e-mail. Basta mostrar por que isso é importante para a ascensão profissional dele e incentivar que busque isso por conta própria. Como os gestores devem lidar com esses mais jovens? Essa geração não quer só se divertir e receber tudo de mão beijada. Isso é mito. Quer saber o que se espera dela. É preciso deixar clara essa expectativa e agir como coach ou professor. Se o jovem não melhorar, deve ser responsabilizado pela falha. E como o jovem pode cuidar do próprio desenvolvimento? Ele deve aprender com o dia a dia e se gerir sozinho, o que vai até contra a forma como foi criado. Vale fazer reunião de aconselhamento com o gestor. E é vital anotar tudo, coisa que muitos não fazem.
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Leitor reclama de falta de internet por erro de informação da Vivo
O leitor Jorge Araujo Colognesi reclama que, por um erro de informação da Vivo, está sem internet e não consegue mais trabalhar. Antes de se mudar para um novo endereço na zona norte de São Paulo onde só a operadora Vivo fornece internet, o leitor questionou a companhia se havia disponibilidade de conexão na nova casa, e ele só fechou o contrato de locação após a Vivo confirmar. Contudo, ao se mudar e pedir a instalação do serviço, atendentes da operadora informaram que a empresa não fornecia o serviço na região. Colognese reclama que trabalha com internet e que, sem o serviço, está "praticamente desempregado", diz. Resposta da Vivo: A Vivo diz que por condições da rede não pode oferecer o serviço e que prestou esclarecimentos. - Queixa de Silvino Torres: serviço mais caro A NET oferece aos moradores do condomínio onde mora o leitor apenas dois pacotes mais caros de internet e TV e os atendentes não sabem explicar por que ele não pode assinar o plano mais em conta. Resposta da NET: Diz apenas que contatou o cliente para "finalização do caso" e que está à disposição. - Queixa de Basílio Dagnino: internet lenta A Oi não aumenta a velocidade de banda larga do leitor de mesmo após ele fazer 11 ligações, três visitas a lojas físicas e reclamação na Anatel, o que o impede de participar de videoconferências. Resposta da Oi: Pede desculpas pelo transtorno e diz que foi feito o pedido de alteração de velocidade. - Queixa de Arlene Maia: cobrança indevida O Mercado Livre cobra a leitora pela compra de uma pia e uma torneira que ela diz nunca ter feito. A conta dela no site foi bloqueada. O site informa um nome errado e um cartão que ela nunca teve. Resposta do Mercado Livre: Diz que entrou em contato com a leitora e que o problema foi resolvido. - Queixa de Alexandra Escobar: produto com defeito O Magazine Luiz entregou uma cafeteira com defeito de fabricação. Ao tentar fazer a troca, a cliente ouviu que a empresa entraria em contato, o que não ocorreu. A companhia também não respondeu aos e-mails enviados. Resposta do Magazine Luiza: Afirma que o produto será trocado e pede desculpas pelo transtorno.
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Leitor reclama de falta de internet por erro de informação da VivoO leitor Jorge Araujo Colognesi reclama que, por um erro de informação da Vivo, está sem internet e não consegue mais trabalhar. Antes de se mudar para um novo endereço na zona norte de São Paulo onde só a operadora Vivo fornece internet, o leitor questionou a companhia se havia disponibilidade de conexão na nova casa, e ele só fechou o contrato de locação após a Vivo confirmar. Contudo, ao se mudar e pedir a instalação do serviço, atendentes da operadora informaram que a empresa não fornecia o serviço na região. Colognese reclama que trabalha com internet e que, sem o serviço, está "praticamente desempregado", diz. Resposta da Vivo: A Vivo diz que por condições da rede não pode oferecer o serviço e que prestou esclarecimentos. - Queixa de Silvino Torres: serviço mais caro A NET oferece aos moradores do condomínio onde mora o leitor apenas dois pacotes mais caros de internet e TV e os atendentes não sabem explicar por que ele não pode assinar o plano mais em conta. Resposta da NET: Diz apenas que contatou o cliente para "finalização do caso" e que está à disposição. - Queixa de Basílio Dagnino: internet lenta A Oi não aumenta a velocidade de banda larga do leitor de mesmo após ele fazer 11 ligações, três visitas a lojas físicas e reclamação na Anatel, o que o impede de participar de videoconferências. Resposta da Oi: Pede desculpas pelo transtorno e diz que foi feito o pedido de alteração de velocidade. - Queixa de Arlene Maia: cobrança indevida O Mercado Livre cobra a leitora pela compra de uma pia e uma torneira que ela diz nunca ter feito. A conta dela no site foi bloqueada. O site informa um nome errado e um cartão que ela nunca teve. Resposta do Mercado Livre: Diz que entrou em contato com a leitora e que o problema foi resolvido. - Queixa de Alexandra Escobar: produto com defeito O Magazine Luiz entregou uma cafeteira com defeito de fabricação. Ao tentar fazer a troca, a cliente ouviu que a empresa entraria em contato, o que não ocorreu. A companhia também não respondeu aos e-mails enviados. Resposta do Magazine Luiza: Afirma que o produto será trocado e pede desculpas pelo transtorno.
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Com torcicolo, Fabiana Murer abandona última prova antes da Rio-2016
DE SÃO PAULO Devido a um torcicolo, a saltadora brasileira Fabiana Murer, 35, desistiu de participar da etapa de Londres da Liga Diamante neste sábado (23). Líder do ranking internacional do salto com vara com a marca de 4,87 m, Murer é uma das principais esperanças de medalha da delegação brasileira. A 14 dias dos Jogos Olímpicos, ela preferiu não colocar em risco a sua condição física ao participar da prova. "Achei melhor me manter bem fisicamente. Eu estava sentindo um pouco de dor. Achei que ia melhorar até hoje, mas não senti confiança para entrar. Dói no pescoço e reflete nas costas. Saltei semana passada, é só questão de tempo para cuidar dessa contratura nas costas. É simples. Decidi não arriscar mesmo para não piorar", disse Murer ao site "Globoesporte.com". Murer agora voltará ao Brasil para finalizar sua preparação. "Estou superbem fisicamente, bem tecnicamente. Foi só um torcicolo mais forte que tive aqui. E o salto com vara precisa de braço, preciso estar bem no corpo todo. Para passar energia para a vara. E não me senti confiante e achei melhor me poupar", completou a atleta. A vencedora da prova em Londres foi a grega Ekaterina Stefanidi, segunda colocada do ranking e uma das principais concorrentes de Murer na briga por uma medalha de ouro na Rio-2016. A prata ficou com a cubana Yarisley Silva e o bronze com Eliza McCartney, da Nova Zelândia. Murer recebeu medalha de bronze na etapa anterior da Liga Diamante, em Mônaco, na França.
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Com torcicolo, Fabiana Murer abandona última prova antes da Rio-2016 DE SÃO PAULO Devido a um torcicolo, a saltadora brasileira Fabiana Murer, 35, desistiu de participar da etapa de Londres da Liga Diamante neste sábado (23). Líder do ranking internacional do salto com vara com a marca de 4,87 m, Murer é uma das principais esperanças de medalha da delegação brasileira. A 14 dias dos Jogos Olímpicos, ela preferiu não colocar em risco a sua condição física ao participar da prova. "Achei melhor me manter bem fisicamente. Eu estava sentindo um pouco de dor. Achei que ia melhorar até hoje, mas não senti confiança para entrar. Dói no pescoço e reflete nas costas. Saltei semana passada, é só questão de tempo para cuidar dessa contratura nas costas. É simples. Decidi não arriscar mesmo para não piorar", disse Murer ao site "Globoesporte.com". Murer agora voltará ao Brasil para finalizar sua preparação. "Estou superbem fisicamente, bem tecnicamente. Foi só um torcicolo mais forte que tive aqui. E o salto com vara precisa de braço, preciso estar bem no corpo todo. Para passar energia para a vara. E não me senti confiante e achei melhor me poupar", completou a atleta. A vencedora da prova em Londres foi a grega Ekaterina Stefanidi, segunda colocada do ranking e uma das principais concorrentes de Murer na briga por uma medalha de ouro na Rio-2016. A prata ficou com a cubana Yarisley Silva e o bronze com Eliza McCartney, da Nova Zelândia. Murer recebeu medalha de bronze na etapa anterior da Liga Diamante, em Mônaco, na França.
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'Provei suco detox e digo que já passei por coisa pior', escreve Josimar Melo
Qual a diferença entre acreditar nos produtos "naturais" anticalvície ou antirrugas anunciados em programas popularescos de TV e engolir os milagrosos poderes "desintoxicantes" oferecidos a almas igualmente ingênuas em graciosas garrafinhas de suco pretensamente "detox"? Nenhuma, a não ser pela propaganda mais charmosa dessas últimas –e pelo fato de que o veículo de propaganda são blogueiras venais dispostas a jurar que usam tudo (e que funciona!) por um punhado de dólares. Todos eles exploram a ingenuidade do público com promessas questionadas pela ciência. Mas há uma diferença em relação aos ditos "detox": provei as novas poções milagrosas, e digo que já passei por coisas piores. Ocorre que várias vezes já bati umas folhas de couve para dar profundidade de sabor, uma maçã para adocicar, laranja para encharcar. A fórmula não desintoxica nada, é claro, mas é um suco nutritivo e pode ser gostoso. A ideia de que "limpe" o organismo é uma piada. Para desintoxicar um corpo com excesso de açúcar, de gordura, de tabaco, de cocaína ou o que for, o caminho é não colocar mais para dentro a substância em questão. Mas, pelo menos, sucos feitos de produtos frescos são gostosos e nutritivos. E quanto às marcas que provei, citadas ao lado, nenhuma desapontou quanto ao sabor. Todas dizem que não têm aditivos e conservantes –e deve ser verdade: nenhum revelou gostos industriais. Eles vêm revestidos com rótulos que emulam uma linguagem médica, para reforçar a falsa impressão de que têm algum efeito medicinal. Nada: são apenas bons sucos. Mas, feito em casa e consumido na hora, o mesmo produto terá sabor ainda mais intenso. E sairá barato: os supostos "detox" podem custar cinco vezes mais que os ingredientes que anunciam, pois há que se pagar a confecção do suco, a distribuição, o marketing e belos cachês das blogueiras.
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'Provei suco detox e digo que já passei por coisa pior', escreve Josimar MeloQual a diferença entre acreditar nos produtos "naturais" anticalvície ou antirrugas anunciados em programas popularescos de TV e engolir os milagrosos poderes "desintoxicantes" oferecidos a almas igualmente ingênuas em graciosas garrafinhas de suco pretensamente "detox"? Nenhuma, a não ser pela propaganda mais charmosa dessas últimas –e pelo fato de que o veículo de propaganda são blogueiras venais dispostas a jurar que usam tudo (e que funciona!) por um punhado de dólares. Todos eles exploram a ingenuidade do público com promessas questionadas pela ciência. Mas há uma diferença em relação aos ditos "detox": provei as novas poções milagrosas, e digo que já passei por coisas piores. Ocorre que várias vezes já bati umas folhas de couve para dar profundidade de sabor, uma maçã para adocicar, laranja para encharcar. A fórmula não desintoxica nada, é claro, mas é um suco nutritivo e pode ser gostoso. A ideia de que "limpe" o organismo é uma piada. Para desintoxicar um corpo com excesso de açúcar, de gordura, de tabaco, de cocaína ou o que for, o caminho é não colocar mais para dentro a substância em questão. Mas, pelo menos, sucos feitos de produtos frescos são gostosos e nutritivos. E quanto às marcas que provei, citadas ao lado, nenhuma desapontou quanto ao sabor. Todas dizem que não têm aditivos e conservantes –e deve ser verdade: nenhum revelou gostos industriais. Eles vêm revestidos com rótulos que emulam uma linguagem médica, para reforçar a falsa impressão de que têm algum efeito medicinal. Nada: são apenas bons sucos. Mas, feito em casa e consumido na hora, o mesmo produto terá sabor ainda mais intenso. E sairá barato: os supostos "detox" podem custar cinco vezes mais que os ingredientes que anunciam, pois há que se pagar a confecção do suco, a distribuição, o marketing e belos cachês das blogueiras.
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Janelas de prédios contam história da verticalização de São Paulo
LUIS DÁVILA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Até os anos 1970, o hábito de morar em prédio ainda encontrava resistência por parte da população, por isso os apartamentos tentavam imitar o clima das casas. Os construtores optavam por janelas de madeira com venezianas que abrem para fora, com duas folhas de vidro que correm para cima e para baixo, usadas também nas casas. As janelas tinham um mecanismo que emperrava frequentemente e eram de difícil manutenção. Ainda hoje é possível encontrá-las em prédios antigos e baixos. Na verticalização que a metrópole viveu a partir dos anos 1970, as janelas de madeira foram substituídas pelas de alumínio, que correm da direita para a esquerda e abrem sobrepostas. Foi a solução da indústria da construção para baratear o custo e construir em grande escala. Perdeu-se a veneziana que protegia do sol, e o espaço para entrada de ar e luz diminuiu. A obra tinha seu custo reduzido, mas o apartamento ficava prejudicado pela diminuição da ventilação. As janelas de alumínio mais populares também falham em relação ao conforto acústico. Na década seguinte, elas foram substituídas pelas de alumínio anodizado, com maior durabilidade, mas ainda pouca luminosidade e baixa redução de ruído, em uma cidade cada vez mais barulhenta. A tendência atual são as janelas brancas de PVC. Além de reduzir muito mais o som externo, trazem de volta a persiana, agora com uma dimensão menor e com engrenagens mais modernas, que exigem menos manutenção. As folhas de vidro ficam expostas quando a persiana está totalmente levantada, intensificando a luminosidade e baixando o consumo de energia elétrica. Além da praticidade da ventilação, são maiores que as de alumínio e permitem controlar a iluminação dentro do ambiente. A durabilidade é menor que as de alumínio e não têm a elegância das janelas de madeira, mas o custo-benefício compensa. E os moradores que sofrem com o trânsito da metrópole, com o caminhão de gás ou com os vizinhos prendados nas artes da marcenaria podem dormir um pouco mais sossegados.
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Janelas de prédios contam história da verticalização de São Paulo LUIS DÁVILA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Até os anos 1970, o hábito de morar em prédio ainda encontrava resistência por parte da população, por isso os apartamentos tentavam imitar o clima das casas. Os construtores optavam por janelas de madeira com venezianas que abrem para fora, com duas folhas de vidro que correm para cima e para baixo, usadas também nas casas. As janelas tinham um mecanismo que emperrava frequentemente e eram de difícil manutenção. Ainda hoje é possível encontrá-las em prédios antigos e baixos. Na verticalização que a metrópole viveu a partir dos anos 1970, as janelas de madeira foram substituídas pelas de alumínio, que correm da direita para a esquerda e abrem sobrepostas. Foi a solução da indústria da construção para baratear o custo e construir em grande escala. Perdeu-se a veneziana que protegia do sol, e o espaço para entrada de ar e luz diminuiu. A obra tinha seu custo reduzido, mas o apartamento ficava prejudicado pela diminuição da ventilação. As janelas de alumínio mais populares também falham em relação ao conforto acústico. Na década seguinte, elas foram substituídas pelas de alumínio anodizado, com maior durabilidade, mas ainda pouca luminosidade e baixa redução de ruído, em uma cidade cada vez mais barulhenta. A tendência atual são as janelas brancas de PVC. Além de reduzir muito mais o som externo, trazem de volta a persiana, agora com uma dimensão menor e com engrenagens mais modernas, que exigem menos manutenção. As folhas de vidro ficam expostas quando a persiana está totalmente levantada, intensificando a luminosidade e baixando o consumo de energia elétrica. Além da praticidade da ventilação, são maiores que as de alumínio e permitem controlar a iluminação dentro do ambiente. A durabilidade é menor que as de alumínio e não têm a elegância das janelas de madeira, mas o custo-benefício compensa. E os moradores que sofrem com o trânsito da metrópole, com o caminhão de gás ou com os vizinhos prendados nas artes da marcenaria podem dormir um pouco mais sossegados.
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Caminho para a recolocação profissional é solitário, diz especialista
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Um bom relacionamento com colegas e chefes é importante para tudo, mas que ninguém se fie só em networking para concretizar seu desejo de mudar de área dentro da empresa ou de conseguir um novo emprego. "A recolocação é um caminho solitário. Por isso, o próprio profissional deve se responsabilizar pela busca por uma nova oportunidade", afirma Laura Castelhano, que é psicóloga, especialista em RH e professora da Business School São Paulo. As relações no ambiente de trabalho tendem a ser mais superficiais, poucas permanecem a longo prazo, segundo ela. Retomar uma relação antiga para pedir uma chance pode não render indicações. O contador Ivon Jacobina, 52, acionou sua rede de contatos quando foi demitido de uma grande varejista, onde atuou no setor de compras. "Eu decidi que tentaria uma oportunidade no setor industrial e contei sobre a minha decisão para alguns colegas", diz ele. Meses depois, um dos contatos acionados, diretor em uma indústria de equipamentos eletroeletrônicos, indicou Jacobina para uma vaga na área de vendas. Para conquistar o apoio dos colegas, o especialista em transição de carreira José Augusto Minarelli aconselha que o funcionário mostre outras competências ao assumir novos projetos e responsabilidades, além de divulgar seu interesse na mudança. Ao apresentar suas aptidões na prática, o funcionário poderá provar aos poucos sua competência para o novo cargo que assumiu. "O gestor está assumindo um risco ao contratar alguém de outro setor, já que poderia optar por um profissional com experiência específica na função", diz Caroline Cadorin, da recrutadora Hays. "Ele investigará se a pessoa tem boas referências e se sabe atuar em grupo." * ANTES DE AVISAR O RH Aumente suas chances de sucesso na hora de pedir transferência INVENTÁRIO É importante conhecer suas melhores competências antes de vendê-las para a empresa. Faça um balanço para identificar como pode contribuir com a nova área, em quais cursos de capacitação investir e se você é mesmo adequado para a posição LEITURA Entenda o processo de transferência interna da organização. Em alguns casos, o melhor caminho é iniciar a abordagem pelo atual gestor. Em outros, notificar o departamento de RH durante o processo de feedback, por exemplo, é o mais indicado ESTRATÉGIA Mudar só pelo desejo de salário maior ou por conflitos na área de origem pode não dar bom resultado. Considere planos de longo prazo Fontes: Caroline Cadorin, da recrutadora Hays, e Laura Marques Castelhano, professora da BSP (Business School São Paulo)
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Caminho para a recolocação profissional é solitário, diz especialista ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Um bom relacionamento com colegas e chefes é importante para tudo, mas que ninguém se fie só em networking para concretizar seu desejo de mudar de área dentro da empresa ou de conseguir um novo emprego. "A recolocação é um caminho solitário. Por isso, o próprio profissional deve se responsabilizar pela busca por uma nova oportunidade", afirma Laura Castelhano, que é psicóloga, especialista em RH e professora da Business School São Paulo. As relações no ambiente de trabalho tendem a ser mais superficiais, poucas permanecem a longo prazo, segundo ela. Retomar uma relação antiga para pedir uma chance pode não render indicações. O contador Ivon Jacobina, 52, acionou sua rede de contatos quando foi demitido de uma grande varejista, onde atuou no setor de compras. "Eu decidi que tentaria uma oportunidade no setor industrial e contei sobre a minha decisão para alguns colegas", diz ele. Meses depois, um dos contatos acionados, diretor em uma indústria de equipamentos eletroeletrônicos, indicou Jacobina para uma vaga na área de vendas. Para conquistar o apoio dos colegas, o especialista em transição de carreira José Augusto Minarelli aconselha que o funcionário mostre outras competências ao assumir novos projetos e responsabilidades, além de divulgar seu interesse na mudança. Ao apresentar suas aptidões na prática, o funcionário poderá provar aos poucos sua competência para o novo cargo que assumiu. "O gestor está assumindo um risco ao contratar alguém de outro setor, já que poderia optar por um profissional com experiência específica na função", diz Caroline Cadorin, da recrutadora Hays. "Ele investigará se a pessoa tem boas referências e se sabe atuar em grupo." * ANTES DE AVISAR O RH Aumente suas chances de sucesso na hora de pedir transferência INVENTÁRIO É importante conhecer suas melhores competências antes de vendê-las para a empresa. Faça um balanço para identificar como pode contribuir com a nova área, em quais cursos de capacitação investir e se você é mesmo adequado para a posição LEITURA Entenda o processo de transferência interna da organização. Em alguns casos, o melhor caminho é iniciar a abordagem pelo atual gestor. Em outros, notificar o departamento de RH durante o processo de feedback, por exemplo, é o mais indicado ESTRATÉGIA Mudar só pelo desejo de salário maior ou por conflitos na área de origem pode não dar bom resultado. Considere planos de longo prazo Fontes: Caroline Cadorin, da recrutadora Hays, e Laura Marques Castelhano, professora da BSP (Business School São Paulo)
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Ben & Jerry's distribui sorvete de graça nesta terça-feira
DANIELLE NAGASE DE SÃO PAULO Como acontece em toda segunda terça-feira de abril nas lojas gringas da sorveteria Ben & Jerry's, nesta terça-feira (14) as unidades paulistanas da rede também vão distribuir sorvetes gratuitamente aos seus clientes. O evento, batizado de Free Cone Day, é realizado desde 1979 e celebra o primeiro aniversário da marca, que nasceu em Burlington, nos Estados Unidos. A expectativa é que 1 milhão de bolas de sorvete sejam distribuídas nas 36 lojas da rede pelo mundo. Cada cliente recebe uma porção por vez (na casquinha ou no copo), mas é permitido entrar quantas vezes quiser na fila. R. Oscar Freire, 957, Cerqueira César, região sul, tel. 3213-9127. 80 lugares. Ter. (14): 12h às 21h.
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Ben & Jerry's distribui sorvete de graça nesta terça-feiraDANIELLE NAGASE DE SÃO PAULO Como acontece em toda segunda terça-feira de abril nas lojas gringas da sorveteria Ben & Jerry's, nesta terça-feira (14) as unidades paulistanas da rede também vão distribuir sorvetes gratuitamente aos seus clientes. O evento, batizado de Free Cone Day, é realizado desde 1979 e celebra o primeiro aniversário da marca, que nasceu em Burlington, nos Estados Unidos. A expectativa é que 1 milhão de bolas de sorvete sejam distribuídas nas 36 lojas da rede pelo mundo. Cada cliente recebe uma porção por vez (na casquinha ou no copo), mas é permitido entrar quantas vezes quiser na fila. R. Oscar Freire, 957, Cerqueira César, região sul, tel. 3213-9127. 80 lugares. Ter. (14): 12h às 21h.
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Twitter melhora exibição de GIFs e tira limite de espaço em mensagens
O Twitter anunciou nesta terça-feira (16) que vai permitir a reprodução automática de vídeos e GIFs na timeline da rede social. O recurso, já visto no Facebook e no Instagram, é mais uma tentativa de melhorar a atratividade do serviço para os anunciantes. Na semana passada, a empresa revelou que Dick Costolo deixará o cargo de presidente-executivo no dia 1º de julho. Ao jornal "The New York Times", Brian Blau, analista da consultoria Gartner, afirmou "A situação do Twitter deve ser muito pior do que parece, já que substituir um presidente-executivo é um grande passo". Na mesma semana, foi também anunciado que as mensagens diretas não terão mais limite de 140 caracteres, e sim de 10 mil caracteres, o que transforma o microblog em uma app de mensagens, como WhatsApp, Viber e Facebook Messenger. A ideia é atrair mais usuários –atualmente são 302 milhões de cadastrados e 100 milhões com atividade diária. O Facebook conta com 1,4 bilhão de pessoas. Como acontece no Facebook desde 2013, o recurso de reprodução automática de vídeos pode ser usado para propagandas, o que seria bem-vindo para o microblog, cuja receita é 90% composta por publicidade. No último trimestre fiscal, a receita da companhia ficou abaixo da expectativa dos investidores (US$ 436 milhões contra US$ 457 milhões). E as projeções para o ano também já estão abaixo do esperado (US$ 2,17 bilhões contra US$ 2,38 bilhões). Com uma base de usuários que não cresce e dificuldades para atrair anunciantes, alguns investidores já apontam uma "crise de identidade" da companhia. Chris Sacca, um dos primeiros e maiores investidores do Twitter, escreveu um longo post sobre aquilo que o microblog pode ser. Aponta que deveria ser mais fácil acessar conteúdo relevante e que deveria aproveitar melhor o fato de o serviço ser o local na internet onde as pessoas acompanham juntas grandes eventos ao vivo.
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Twitter melhora exibição de GIFs e tira limite de espaço em mensagensO Twitter anunciou nesta terça-feira (16) que vai permitir a reprodução automática de vídeos e GIFs na timeline da rede social. O recurso, já visto no Facebook e no Instagram, é mais uma tentativa de melhorar a atratividade do serviço para os anunciantes. Na semana passada, a empresa revelou que Dick Costolo deixará o cargo de presidente-executivo no dia 1º de julho. Ao jornal "The New York Times", Brian Blau, analista da consultoria Gartner, afirmou "A situação do Twitter deve ser muito pior do que parece, já que substituir um presidente-executivo é um grande passo". Na mesma semana, foi também anunciado que as mensagens diretas não terão mais limite de 140 caracteres, e sim de 10 mil caracteres, o que transforma o microblog em uma app de mensagens, como WhatsApp, Viber e Facebook Messenger. A ideia é atrair mais usuários –atualmente são 302 milhões de cadastrados e 100 milhões com atividade diária. O Facebook conta com 1,4 bilhão de pessoas. Como acontece no Facebook desde 2013, o recurso de reprodução automática de vídeos pode ser usado para propagandas, o que seria bem-vindo para o microblog, cuja receita é 90% composta por publicidade. No último trimestre fiscal, a receita da companhia ficou abaixo da expectativa dos investidores (US$ 436 milhões contra US$ 457 milhões). E as projeções para o ano também já estão abaixo do esperado (US$ 2,17 bilhões contra US$ 2,38 bilhões). Com uma base de usuários que não cresce e dificuldades para atrair anunciantes, alguns investidores já apontam uma "crise de identidade" da companhia. Chris Sacca, um dos primeiros e maiores investidores do Twitter, escreveu um longo post sobre aquilo que o microblog pode ser. Aponta que deveria ser mais fácil acessar conteúdo relevante e que deveria aproveitar melhor o fato de o serviço ser o local na internet onde as pessoas acompanham juntas grandes eventos ao vivo.
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