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A filantropia é uma ação política
Entre os dias 22 e 24 de fevereiro, mais de 300 especialistas em filantropia se reuniram na cidade do México em um fórum promovido pelo Wings, uma associação mundial de organizações de apoio a doadores e investidores sociais. O principal de tema das conversas foi o preocupante encolhimento do espaço da sociedade civil em diversos países. Na Rússia, o governo está controlando a entrada de doações estrangeiras e de recursos para movimentos de defesa dos direitos humanos e outras causas relevantes para a mobilização social. Na Turquia e em alguns países do norte da África e Oriente Médio emergem posturas semelhantes. Na América do Sul, vivemos, há vários anos, a triste repressão a qualquer tipo de manifestação contrária ao regime na Venezuela. Sem falar sobre os Estados Unidos, onde tudo indica que o ambiente para o ativismo e a defesa de causas se tornará mais hostil. O evento contou com representantes de organizações de 44 países, e o Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) foi uma das instituições brasileiras presentes. O fórum discutiu questões como a emergência do populismo em vários países e a delicada gestão da relação entre os três setores para a promoção de transformações sociais: governo, empresas e sociedade civil. Foram apresentados dados sobre a infraestrutura global de apoio à filantropia, com destaque às ações de advocacy que começam a crescer nos últimos anos. Advocacy é como são chamadas as iniciativas que buscam influenciar o poder público para que crie e aprove leis e políticas com foco em agendas socioambientais. Trata-se de uma importante ferramenta do terceiro setor na batalha contra a diminuição do espaço na sociedade civil. A má notícia para nós é que os recursos financeiros e as organizações doadoras continuam concentrados nas regiões onde a filantropia já está consolidada, EUA e Europa. E os desafios a serem enfrentados, na América Latina, vão precisar de muito advocacy para mudanças regulatórias relativas aos impostos e à falta de incentivos para filantropia, em especial no Brasil. A mensagem que emergiu, depois de muitos debates, é que doadores e todos que trabalham com doações devem entender que a filantropia, apesar de na maioria dos casos ser apartidária, é uma ação política, que tem impacto político e responsabilidades políticas. A filantropia precisa trabalhar para garantir seu própria espaço, para melhorar seu próprio ambiente regulatório e para fortalecer a sociedade civil, que, em última instância, é porta-voz dos anseios do povo. PAULA FABIANI é diretora-presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), parceiro do Prêmio Empreendedor Social
empreendedorsocial
A filantropia é uma ação políticaEntre os dias 22 e 24 de fevereiro, mais de 300 especialistas em filantropia se reuniram na cidade do México em um fórum promovido pelo Wings, uma associação mundial de organizações de apoio a doadores e investidores sociais. O principal de tema das conversas foi o preocupante encolhimento do espaço da sociedade civil em diversos países. Na Rússia, o governo está controlando a entrada de doações estrangeiras e de recursos para movimentos de defesa dos direitos humanos e outras causas relevantes para a mobilização social. Na Turquia e em alguns países do norte da África e Oriente Médio emergem posturas semelhantes. Na América do Sul, vivemos, há vários anos, a triste repressão a qualquer tipo de manifestação contrária ao regime na Venezuela. Sem falar sobre os Estados Unidos, onde tudo indica que o ambiente para o ativismo e a defesa de causas se tornará mais hostil. O evento contou com representantes de organizações de 44 países, e o Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) foi uma das instituições brasileiras presentes. O fórum discutiu questões como a emergência do populismo em vários países e a delicada gestão da relação entre os três setores para a promoção de transformações sociais: governo, empresas e sociedade civil. Foram apresentados dados sobre a infraestrutura global de apoio à filantropia, com destaque às ações de advocacy que começam a crescer nos últimos anos. Advocacy é como são chamadas as iniciativas que buscam influenciar o poder público para que crie e aprove leis e políticas com foco em agendas socioambientais. Trata-se de uma importante ferramenta do terceiro setor na batalha contra a diminuição do espaço na sociedade civil. A má notícia para nós é que os recursos financeiros e as organizações doadoras continuam concentrados nas regiões onde a filantropia já está consolidada, EUA e Europa. E os desafios a serem enfrentados, na América Latina, vão precisar de muito advocacy para mudanças regulatórias relativas aos impostos e à falta de incentivos para filantropia, em especial no Brasil. A mensagem que emergiu, depois de muitos debates, é que doadores e todos que trabalham com doações devem entender que a filantropia, apesar de na maioria dos casos ser apartidária, é uma ação política, que tem impacto político e responsabilidades políticas. A filantropia precisa trabalhar para garantir seu própria espaço, para melhorar seu próprio ambiente regulatório e para fortalecer a sociedade civil, que, em última instância, é porta-voz dos anseios do povo. PAULA FABIANI é diretora-presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), parceiro do Prêmio Empreendedor Social
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Ônibus cai de viaduto e deixa dez feridos em São Gonçalo (RJ)
Ao menos dez pessoas ficaram feridas na noite desta terça-feira (21) após um ônibus cair de um viaduto, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista perdeu o controle da direção na descida do viaduto Maria Paula, na rodovia RJ-104, e o ônibus caiu de uma altura de cerca de dois metros. O acidente aconteceu por volta das 22h30. Os dez feridos foram levados pelos bombeiros aos hospitais Alberto Torres e Azevedo Lima. De acordo com os bombeiros, nenhum dos feridos corre risco de morte.
cotidiano
Ônibus cai de viaduto e deixa dez feridos em São Gonçalo (RJ)Ao menos dez pessoas ficaram feridas na noite desta terça-feira (21) após um ônibus cair de um viaduto, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista perdeu o controle da direção na descida do viaduto Maria Paula, na rodovia RJ-104, e o ônibus caiu de uma altura de cerca de dois metros. O acidente aconteceu por volta das 22h30. Os dez feridos foram levados pelos bombeiros aos hospitais Alberto Torres e Azevedo Lima. De acordo com os bombeiros, nenhum dos feridos corre risco de morte.
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Oswaldo torce por permanência de Valdivia e acha polêmica irrelevante
Nesta terça (10), o técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, não teve como escapar de falar da polêmica envolvendo Valdivia e o diretor Alexandre Mattos, muito embora esteja preparando o time para enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, nesta quarta-feira, às 22h. E desdenhou do assunto, embora tenha reforçado seu desejo de contar com o jogador no elenco. "Já falamos bastante do Valdivia. É um jogador do clube e estamos ansiosos pela recuperação dele para começar a jogar. Sabemos que há uma situação contratual a ser resolvida, mas ainda tem algum tempo", disse o técnico. "Não me incomoda falar sobre ele, mas, hoje, é irrelevante se falar disso. Aliás, falamos todo dia e fica sem explicação", disse o técnico, reforçando que o chileno tem comportamento exemplar atualmente nos treinamentos. Oswaldo, quando indagado se o contrato por produtividade poderia ser danoso para Valdivia, que, desde seu retorno ao Palmeiras, sempre jogou menos que 60% dos jogos do time em todas as temporadas, disse não ser pessimista. "Eu torço para que ele feche um contrato por produtividade e que o cumpra, para ser bem remunerado e ajude o Palmeiras", disse.
esporte
Oswaldo torce por permanência de Valdivia e acha polêmica irrelevanteNesta terça (10), o técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, não teve como escapar de falar da polêmica envolvendo Valdivia e o diretor Alexandre Mattos, muito embora esteja preparando o time para enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, nesta quarta-feira, às 22h. E desdenhou do assunto, embora tenha reforçado seu desejo de contar com o jogador no elenco. "Já falamos bastante do Valdivia. É um jogador do clube e estamos ansiosos pela recuperação dele para começar a jogar. Sabemos que há uma situação contratual a ser resolvida, mas ainda tem algum tempo", disse o técnico. "Não me incomoda falar sobre ele, mas, hoje, é irrelevante se falar disso. Aliás, falamos todo dia e fica sem explicação", disse o técnico, reforçando que o chileno tem comportamento exemplar atualmente nos treinamentos. Oswaldo, quando indagado se o contrato por produtividade poderia ser danoso para Valdivia, que, desde seu retorno ao Palmeiras, sempre jogou menos que 60% dos jogos do time em todas as temporadas, disse não ser pessimista. "Eu torço para que ele feche um contrato por produtividade e que o cumpra, para ser bem remunerado e ajude o Palmeiras", disse.
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'Renda não vem só da prefeitura', diz auditor fiscal investigado
O auditor fiscal José Rodrigo de Freitas justifica sua renda a uma composição do salário de auditor e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu mexo com imóveis desde 1990. Eu trabalho na prefeitura, mas a minha renda não vem só da prefeitura, graças a Deus", afirma. De acordo com Freitas, nem todos os imóveis encontrados em seu nome nos cartórios –um total de 83 matrículas– pertencem de fato a ele. "Se tivesse 80 imóveis estava vivendo de renda", afirma. "O que acontece em cartório? Nem sempre o que está lá é meu. Às vezes a pessoa que compra pode não ter dado baixa", completa. O fiscal, porém, não soube detalhar quantos imóveis tem atualmente. Ele se ofereceu a checar a situação e informá-la com detalhes na próxima semana à reportagem. "Quisera eu ter tudo isso que você falou aqui. Infelizmente não é, mas alguma coisa tem", disse o fiscal. Freitas afirmou que pretende se inteirar sobre a investigação a seu respeito, já que foi informado sobre o assunto apenas na última semana. O auditor fiscal afirmou ainda que entrega anualmente declarações de todos os seus bens à prefeitura de SP e à Receita Federal. A reportagem apurou que ele informou à prefeitura paulistana um número de imóveis semelhante ao mapeado agora pela Folha. CONFLITO Freitas afirma que não há conflito de interesses entre suas funções como auditor da prefeitura e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu só não posso ter função de gerência", afirma o fiscal. Atualmente, situações como essa de Freitas se repetem dentro da prefeitura, que prepara um código de ética para inibir esse tipo de caso. Sobre a sociedade com Amilcar Cançado Lemos, acusado de integrar a máfia do ISS, ele diz que foi uma coincidência. "Ele [Amilcar] foi um colega nosso, trabalhou com a gente até pouco. Ele tinha alguns imóveis na região e acabou sendo uma enorme coincidência", diz o fiscal. Procurado pela reportagem na semana passada, Amilcar Lemos não foi localizado até ontem para comentar sobre a sociedade com Freitas.
cotidiano
'Renda não vem só da prefeitura', diz auditor fiscal investigadoO auditor fiscal José Rodrigo de Freitas justifica sua renda a uma composição do salário de auditor e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu mexo com imóveis desde 1990. Eu trabalho na prefeitura, mas a minha renda não vem só da prefeitura, graças a Deus", afirma. De acordo com Freitas, nem todos os imóveis encontrados em seu nome nos cartórios –um total de 83 matrículas– pertencem de fato a ele. "Se tivesse 80 imóveis estava vivendo de renda", afirma. "O que acontece em cartório? Nem sempre o que está lá é meu. Às vezes a pessoa que compra pode não ter dado baixa", completa. O fiscal, porém, não soube detalhar quantos imóveis tem atualmente. Ele se ofereceu a checar a situação e informá-la com detalhes na próxima semana à reportagem. "Quisera eu ter tudo isso que você falou aqui. Infelizmente não é, mas alguma coisa tem", disse o fiscal. Freitas afirmou que pretende se inteirar sobre a investigação a seu respeito, já que foi informado sobre o assunto apenas na última semana. O auditor fiscal afirmou ainda que entrega anualmente declarações de todos os seus bens à prefeitura de SP e à Receita Federal. A reportagem apurou que ele informou à prefeitura paulistana um número de imóveis semelhante ao mapeado agora pela Folha. CONFLITO Freitas afirma que não há conflito de interesses entre suas funções como auditor da prefeitura e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu só não posso ter função de gerência", afirma o fiscal. Atualmente, situações como essa de Freitas se repetem dentro da prefeitura, que prepara um código de ética para inibir esse tipo de caso. Sobre a sociedade com Amilcar Cançado Lemos, acusado de integrar a máfia do ISS, ele diz que foi uma coincidência. "Ele [Amilcar] foi um colega nosso, trabalhou com a gente até pouco. Ele tinha alguns imóveis na região e acabou sendo uma enorme coincidência", diz o fiscal. Procurado pela reportagem na semana passada, Amilcar Lemos não foi localizado até ontem para comentar sobre a sociedade com Freitas.
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Presidente do Bradesco não é ingênuo, diz procurador que denunciou Trabuco
O procurador Frederico Paiva, um dos responsáveis pela denúncia contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que o executivo tinha pleno conhecimento de que seus subordinados negociavam pagamento de propina a uma organização criminosa e que Trabuco não é "ingênuo". Paiva argumentou que, embora não haja provas de contatos diretos do presidente do banco com lobistas que atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e à Receita Federal, os diretores do Bradesco não discutiriam processos envolvendo milhões sem a anuência do comandante da instituição. "Para assumir a presidência do Bradesco, ingênuo Trabuco não é. Se não participava (das tratativas) o tempo todo, ele controlava o que estava acontecendo. A confiança entre presidente e diretores é outro forte indício de autoria", listou, rechaçando a tese de que ele pode ser sido enganado por seus funcionários. Outro procurador que assina a petição, Herbert Mesquita foi além: "As coisa se passaram na sua antessala, com seus diretores. Ele esteve presente em certos momentos das reuniões, foi mencionado diretamente pelos interlocutores, então a gente não tem a menor dúvida de que ele sabia", concluiu No total, dez pessoas foram denunciados, entre elas Trabuco e outro três altos funcionários do banco: Mario da Silveira Teixeira Junior, membro do Conselho de Administração, o diretor vice-presidente, Domingos Figueiredo de Abreu, e diretor-gerente de relações com investidores, Luiz Carlos Angelotti. Para o Ministério Público e a Polícia Federal, Domingos Abreu, Mario Teixeira Junior e Luiz Carlos Angelotti eram os responsáveis por tratar os interesses do banco com os demais investigados. Eles são suspeitos de terem negociado pagamento de propina para livrar o Bradesco de dívidas ou recuperar créditos com a Receita Federal e o Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Segundo os procuradores, a denúncia lista ao menos três frentes de negociação dos suspeitos, mas nenhuma delas chegou a ser concretizada, ou seja, não ocorreu o pagamento de vantagens indevidas. O procurador Herbert Mesquita esclareceu, porém, que a simples negociação de repasses ilícitos já configura crime. "O pagamento não é essencial para a configuração do crime, ele existe mesmo com a promessa de pagamento. Estão sendo processados porque prometeram pagar propina a agentes públicos", afirmou Mesquita. Ainda de acordo com os investigadores, os suspeitos interromperam todas as tratativas depois que a primeira etapa da Operação Zelotes foi deflagrada, no início do ano passado. Frederico Paiva revelou ainda o advogado Mario Pagnozzi, um dos intermediários entre o banco e os órgão públicos e também denunciado, teria indicado o nome de Trabuco para a presidência do Bradesco. OUTRO LADO Procurado na tarde desta quinta-feira (28) para se pronunciar a respeito da denúncia envolvendo seus executivos, o Bradesco informou, por meio de assessoria de imprensa, que "reitera sua convicção de que nenhuma ilegalidade foi praticada por seus representantes". O banco acrescentou que, em respeito ao rito processual, vai apresentar todos os seus argumentos ao Judiciário no momento oportuno. A Folha não conseguiu localizar o ex-chefe da Divisão de Orientação e Análise Tributária da Delegacia Especial de Instituições financeiras em São Paulo Eduardo Cerqueira Leite. Em maio do ano passado, ele esteve no Congresso para prestar depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Carf, mas se recusou a responder às perguntas dos parlamentares. Na ocasião, Cerqueira Leita contava com um habeas corpus expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em junho, a defesa dele afirmou que seu cliente nunca "vendeu soluções" ou serviços ao Bradesco ou qualquer outro ente privado. Mário Pagnozzi Júnior também não foi localizado pela reportagem. Quando intimado a prestar esclarecimentos sobre o caso à Polícia Federal, Pagnozzi exerceu o direito de permanecer calado. LEIA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO DO BRADESCO O Banco Bradesco S.A. ("Bradesco") tomou conhecimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, e de seu recebimento pelo Juiz Federal da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, em relação a integrantes da sua administração. O Bradesco esclarece que se trata de um juízo preliminar, decorrente dos argumentos expendidos exclusivamente pelo Ministério Público Federal, e reitera que nenhuma irregularidade ou transgressão legal ou ética foi praticada por seus Administradores, o que restará cabalmente provado durante a instrução do processo.
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Presidente do Bradesco não é ingênuo, diz procurador que denunciou TrabucoO procurador Frederico Paiva, um dos responsáveis pela denúncia contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que o executivo tinha pleno conhecimento de que seus subordinados negociavam pagamento de propina a uma organização criminosa e que Trabuco não é "ingênuo". Paiva argumentou que, embora não haja provas de contatos diretos do presidente do banco com lobistas que atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e à Receita Federal, os diretores do Bradesco não discutiriam processos envolvendo milhões sem a anuência do comandante da instituição. "Para assumir a presidência do Bradesco, ingênuo Trabuco não é. Se não participava (das tratativas) o tempo todo, ele controlava o que estava acontecendo. A confiança entre presidente e diretores é outro forte indício de autoria", listou, rechaçando a tese de que ele pode ser sido enganado por seus funcionários. Outro procurador que assina a petição, Herbert Mesquita foi além: "As coisa se passaram na sua antessala, com seus diretores. Ele esteve presente em certos momentos das reuniões, foi mencionado diretamente pelos interlocutores, então a gente não tem a menor dúvida de que ele sabia", concluiu No total, dez pessoas foram denunciados, entre elas Trabuco e outro três altos funcionários do banco: Mario da Silveira Teixeira Junior, membro do Conselho de Administração, o diretor vice-presidente, Domingos Figueiredo de Abreu, e diretor-gerente de relações com investidores, Luiz Carlos Angelotti. Para o Ministério Público e a Polícia Federal, Domingos Abreu, Mario Teixeira Junior e Luiz Carlos Angelotti eram os responsáveis por tratar os interesses do banco com os demais investigados. Eles são suspeitos de terem negociado pagamento de propina para livrar o Bradesco de dívidas ou recuperar créditos com a Receita Federal e o Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Segundo os procuradores, a denúncia lista ao menos três frentes de negociação dos suspeitos, mas nenhuma delas chegou a ser concretizada, ou seja, não ocorreu o pagamento de vantagens indevidas. O procurador Herbert Mesquita esclareceu, porém, que a simples negociação de repasses ilícitos já configura crime. "O pagamento não é essencial para a configuração do crime, ele existe mesmo com a promessa de pagamento. Estão sendo processados porque prometeram pagar propina a agentes públicos", afirmou Mesquita. Ainda de acordo com os investigadores, os suspeitos interromperam todas as tratativas depois que a primeira etapa da Operação Zelotes foi deflagrada, no início do ano passado. Frederico Paiva revelou ainda o advogado Mario Pagnozzi, um dos intermediários entre o banco e os órgão públicos e também denunciado, teria indicado o nome de Trabuco para a presidência do Bradesco. OUTRO LADO Procurado na tarde desta quinta-feira (28) para se pronunciar a respeito da denúncia envolvendo seus executivos, o Bradesco informou, por meio de assessoria de imprensa, que "reitera sua convicção de que nenhuma ilegalidade foi praticada por seus representantes". O banco acrescentou que, em respeito ao rito processual, vai apresentar todos os seus argumentos ao Judiciário no momento oportuno. A Folha não conseguiu localizar o ex-chefe da Divisão de Orientação e Análise Tributária da Delegacia Especial de Instituições financeiras em São Paulo Eduardo Cerqueira Leite. Em maio do ano passado, ele esteve no Congresso para prestar depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Carf, mas se recusou a responder às perguntas dos parlamentares. Na ocasião, Cerqueira Leita contava com um habeas corpus expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em junho, a defesa dele afirmou que seu cliente nunca "vendeu soluções" ou serviços ao Bradesco ou qualquer outro ente privado. Mário Pagnozzi Júnior também não foi localizado pela reportagem. Quando intimado a prestar esclarecimentos sobre o caso à Polícia Federal, Pagnozzi exerceu o direito de permanecer calado. LEIA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO DO BRADESCO O Banco Bradesco S.A. ("Bradesco") tomou conhecimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, e de seu recebimento pelo Juiz Federal da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, em relação a integrantes da sua administração. O Bradesco esclarece que se trata de um juízo preliminar, decorrente dos argumentos expendidos exclusivamente pelo Ministério Público Federal, e reitera que nenhuma irregularidade ou transgressão legal ou ética foi praticada por seus Administradores, o que restará cabalmente provado durante a instrução do processo.
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Com bar e café, lavanderia dá toque gourmet à 'lavação de roupa suja'
MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO Um espaço recém-inaugurado na rua da Consolação, sentido Jardins, deixa quem está passando pelo local encucado. Os vidros, que permitem avistar máquinas de lavar, e o nome —Laundry Deluxe— dão a pista: é uma lavandeira. Mas a lousa indicando os pratos do dia, as mesinhas espalhadas pelo local e o balcão de drinques no segundo andar desbancam tanta certeza. É um bar? Um restaurante? O que é isso? De fato, a casa, que inaugura oficialmente nesta terça (23), é uma lavanderia comunitária no estilo "do it yourself" —por R$ 30, é possível lavar e secar, na função mais rápida da máquina, um balde de roupas com capacidade para 10 kg. Se quiser que os funcionários realizem a lavagem, acrescenta-se R$ 15 ao trabalho. O diferencial é que, enquanto isso, é possível tomar café da manhã, almoçar, jantar ou degustar um drinque. "A gente tentou matar aquela coisa chata que é ficar esperando a roupa lavar, como acontece nas lavanderias dos Estados Unidos e da Europa", explica Jefferson Paiano, um dos donos da empreitada, e ex-sócio da balada Mono Club, na Augusta. Da cozinha (sim, a lavanderia tem uma cozinha e um bar próprios), saem porções de boteco como bolinhos de arroz (R$ 18), batata rústica (R$ 19) e bruschettas (R$ 20). Lanches também marcam presença: o Laundry Classic Burguer tem 180 gramas de carne somados a queijo cheddar, alface e tomate, e sai por R$ 25. Se a ideia for almoçar ou jantar, dá para provar pratos como o salmão assado em crosta de gergelim, com legumes grelhados (R$ 45), ou o bem-servido entrecôte com batata rústica, farofa e arroz a provençal (R$ 35). Para acompanhar, cervejas long neck, drinques clássicos —como dry martini (R$ 27), negroni (R$ 27) e cosmopolitam (R$ 25)—, caipirinhas e doses. Somado ao menu gastronômico, a casa, toda decorada com street art, tem também uma mesa coletiva de onde é possível trabalhar (o wi-fi é livre). O quintal ao ar livre, coberto por ombrelones, pode ser reservado para confraternizações. Afinal, quem nunca pensou em comemorar o aniversário em uma lavanderia? R. da Consolação, 2.937, Cerqueira César, região oeste, tel. 2894-4084. 120 pessoas. Ter. a sáb.: 8h às 24h. Dom.: 9h às 19h. Preço: R$ 10 (cerveja Heineken - 355 ml). CC: AE, E, M e V. T: A e So. Estac. (R$ 8, no nº 2.907 - convênio).
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Com bar e café, lavanderia dá toque gourmet à 'lavação de roupa suja'MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO Um espaço recém-inaugurado na rua da Consolação, sentido Jardins, deixa quem está passando pelo local encucado. Os vidros, que permitem avistar máquinas de lavar, e o nome —Laundry Deluxe— dão a pista: é uma lavandeira. Mas a lousa indicando os pratos do dia, as mesinhas espalhadas pelo local e o balcão de drinques no segundo andar desbancam tanta certeza. É um bar? Um restaurante? O que é isso? De fato, a casa, que inaugura oficialmente nesta terça (23), é uma lavanderia comunitária no estilo "do it yourself" —por R$ 30, é possível lavar e secar, na função mais rápida da máquina, um balde de roupas com capacidade para 10 kg. Se quiser que os funcionários realizem a lavagem, acrescenta-se R$ 15 ao trabalho. O diferencial é que, enquanto isso, é possível tomar café da manhã, almoçar, jantar ou degustar um drinque. "A gente tentou matar aquela coisa chata que é ficar esperando a roupa lavar, como acontece nas lavanderias dos Estados Unidos e da Europa", explica Jefferson Paiano, um dos donos da empreitada, e ex-sócio da balada Mono Club, na Augusta. Da cozinha (sim, a lavanderia tem uma cozinha e um bar próprios), saem porções de boteco como bolinhos de arroz (R$ 18), batata rústica (R$ 19) e bruschettas (R$ 20). Lanches também marcam presença: o Laundry Classic Burguer tem 180 gramas de carne somados a queijo cheddar, alface e tomate, e sai por R$ 25. Se a ideia for almoçar ou jantar, dá para provar pratos como o salmão assado em crosta de gergelim, com legumes grelhados (R$ 45), ou o bem-servido entrecôte com batata rústica, farofa e arroz a provençal (R$ 35). Para acompanhar, cervejas long neck, drinques clássicos —como dry martini (R$ 27), negroni (R$ 27) e cosmopolitam (R$ 25)—, caipirinhas e doses. Somado ao menu gastronômico, a casa, toda decorada com street art, tem também uma mesa coletiva de onde é possível trabalhar (o wi-fi é livre). O quintal ao ar livre, coberto por ombrelones, pode ser reservado para confraternizações. Afinal, quem nunca pensou em comemorar o aniversário em uma lavanderia? R. da Consolação, 2.937, Cerqueira César, região oeste, tel. 2894-4084. 120 pessoas. Ter. a sáb.: 8h às 24h. Dom.: 9h às 19h. Preço: R$ 10 (cerveja Heineken - 355 ml). CC: AE, E, M e V. T: A e So. Estac. (R$ 8, no nº 2.907 - convênio).
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'Pokémon Go' leva jogador à cidade, mas não o faz conhecê-la
Como interpretar o sentido social do "Pokémon Go"? Será um avanço histórico entre os videogames, já que tira os usuários de obscuros quartos de televisão e os leva aos espaços abertos da cidade, próximos ao convívio com outras pessoas? Ou representará, ao contrário, uma forma evoluída de alienação, trazendo hordas de pessoas "zumbizadas" para as ruas, hipnotizadas por um universo que não existe? Há muito tempo que ouço profecias sobre como a generalização da internet iria acabar com o espaço urbano. Boa parte dos ensaios críticos, nos anos 1990, apostava na ideia de que as novas comunicações virtuais, somadas ao nascente sistema de entregas delivery de produtos, matariam os espaços públicos. Pois bem, o que vemos hoje é que nada disso aconteceu. Seja porque a interpretação estava errada, seja porque a portabilidade permitiu que a internet ativasse os usos do espaço urbano, ao invés de substituí-los. É nesse contexto que se insere, hoje, o "Pokémon Go", um jogo de realidade aumentada em que esses pequenos seres surgem virtualmente no mundo real, tanto dentro das casas quanto em calçadas, ruas e, sobretudo, avenidas, praças e parques. Sendo que as bolas, instrumento necessário para capturar os pokémons, são encontradas em inúmeros pontos espalhados pela cidade, preferencialmente monumentos. Mas o que determina a escolha desses pontos, e como isso é feito, na impressionante escala de todo o território do mundo? Há interesses econômicos nisso, privilegiando, por exemplo, alguns estabelecimentos comerciais? Claramente, há maiores concentrações de depósitos de bolas, assim como de pokémons, em áreas mais centrais e ricas das cidades, o que nos leva a uma associação evidente entre a lógica espacial do jogo e o consumo. O fenômeno Pokémon Go tem provocado uma série de situações desconcertantes no cotidiano das cidades, com a invasão ruidosa de jovens caçadores em cemitérios, hospitais ou lugares de culto. Mas, diferentemente de práticas conscientemente críticas aos usos tradicionais da cidade, baseadas também em experiências de derivas, o impulso de quem sai à cidade em busca de pokémons não é o de inventar novos cotidianos nem de potencializar a imaginação como forma de desprogramação da vida sob o capitalismo. Quando, alguns anos atrás, assisti na televisão a um episódio do desenho animado "Pokémon", estranhei a passividade do seu discurso. Pois os meninos –com quem deveríamos nos identificar na história– não lutam entre si, e sim comandam bichinhos que batalham através de suas instruções verbais. Eles são heróis inativos, que teleguiam suas ações para dispositivos fora deles. Posso estar errado, mas é também essa a sensação que tenho com o "Pokémon Go". Pois a atração que leva os seus jogadores para a cidade é justamente, por mais paradoxal que seja, o ímpeto que os faz não conhecê-la, aprisionando bichinhos em bolas vermelhas da mesma forma que turistas acumulam inutilmente imagens em suas câmeras fotográficas. Conta-se que há ladrões de tocaia perto de alguns "pokéstops" mais ermos, roubando celulares a rodo de "zumbis" desatentos. Há aqui, apesar de tudo, um aspecto construtivo. Pois nada melhor do que a fricção com a realidade para nos acordar do mundo de Matrix.
colunas
'Pokémon Go' leva jogador à cidade, mas não o faz conhecê-laComo interpretar o sentido social do "Pokémon Go"? Será um avanço histórico entre os videogames, já que tira os usuários de obscuros quartos de televisão e os leva aos espaços abertos da cidade, próximos ao convívio com outras pessoas? Ou representará, ao contrário, uma forma evoluída de alienação, trazendo hordas de pessoas "zumbizadas" para as ruas, hipnotizadas por um universo que não existe? Há muito tempo que ouço profecias sobre como a generalização da internet iria acabar com o espaço urbano. Boa parte dos ensaios críticos, nos anos 1990, apostava na ideia de que as novas comunicações virtuais, somadas ao nascente sistema de entregas delivery de produtos, matariam os espaços públicos. Pois bem, o que vemos hoje é que nada disso aconteceu. Seja porque a interpretação estava errada, seja porque a portabilidade permitiu que a internet ativasse os usos do espaço urbano, ao invés de substituí-los. É nesse contexto que se insere, hoje, o "Pokémon Go", um jogo de realidade aumentada em que esses pequenos seres surgem virtualmente no mundo real, tanto dentro das casas quanto em calçadas, ruas e, sobretudo, avenidas, praças e parques. Sendo que as bolas, instrumento necessário para capturar os pokémons, são encontradas em inúmeros pontos espalhados pela cidade, preferencialmente monumentos. Mas o que determina a escolha desses pontos, e como isso é feito, na impressionante escala de todo o território do mundo? Há interesses econômicos nisso, privilegiando, por exemplo, alguns estabelecimentos comerciais? Claramente, há maiores concentrações de depósitos de bolas, assim como de pokémons, em áreas mais centrais e ricas das cidades, o que nos leva a uma associação evidente entre a lógica espacial do jogo e o consumo. O fenômeno Pokémon Go tem provocado uma série de situações desconcertantes no cotidiano das cidades, com a invasão ruidosa de jovens caçadores em cemitérios, hospitais ou lugares de culto. Mas, diferentemente de práticas conscientemente críticas aos usos tradicionais da cidade, baseadas também em experiências de derivas, o impulso de quem sai à cidade em busca de pokémons não é o de inventar novos cotidianos nem de potencializar a imaginação como forma de desprogramação da vida sob o capitalismo. Quando, alguns anos atrás, assisti na televisão a um episódio do desenho animado "Pokémon", estranhei a passividade do seu discurso. Pois os meninos –com quem deveríamos nos identificar na história– não lutam entre si, e sim comandam bichinhos que batalham através de suas instruções verbais. Eles são heróis inativos, que teleguiam suas ações para dispositivos fora deles. Posso estar errado, mas é também essa a sensação que tenho com o "Pokémon Go". Pois a atração que leva os seus jogadores para a cidade é justamente, por mais paradoxal que seja, o ímpeto que os faz não conhecê-la, aprisionando bichinhos em bolas vermelhas da mesma forma que turistas acumulam inutilmente imagens em suas câmeras fotográficas. Conta-se que há ladrões de tocaia perto de alguns "pokéstops" mais ermos, roubando celulares a rodo de "zumbis" desatentos. Há aqui, apesar de tudo, um aspecto construtivo. Pois nada melhor do que a fricção com a realidade para nos acordar do mundo de Matrix.
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Deveríamos investigar produção de vegetais, afirma leitora
Fiquei revoltada com a página de "Comida" dedicada ao "foie gras" (Foie-se o tempo ), que é obtido da tortura de gansos. Seria melhor a Folha publicar reportagem mostrando como é produzido. Não aceito o argumento do chef, que quer liberdade de cozinhar o que desejar. CLERCY Y. S. SENNA (Valinhos, SP) * Achei interessante o apoio da vegetariana Tatiana Cardoso à proibição do "foie gras". Argumenta que a lei denuncia a ponta de iceberg dos absurdos da produção de proteínas de origem animal no Brasil. Como carnívora, sugiro investigações sobre a produção de vegetais, cuja ponta do iceberg são os transgênicos, mas que ainda tem os problemas de uso de agrotóxicos em excesso, que se acumulam nos lençóis freáticos, e consumo excessivo de água para irrigação, entre outros. "Foie gras" no Brasil ainda é consumido por muito pouca gente. MARIA DE NASARÉ FONSECA SERPA (Bragança Paulista, SP) * Se essa lei aprovada e sancionada pelo prefeito Fernando Haddad, sobre o "foie gras" fosse realmente para salvar os coitadinhos dos patinhos, cuja alimentação é colocada na marra goela abaixo, também não poderíamos comer os pobres dos franguinhos, que vivem confinados com luz acesa dia e noite, obrigados a comer sem parar para que cresçam o mais rápido possível, para nos alimentar. E as plantinhas, regadas com defensivos agrícolas para que cresçam rápido, mesmo que o chão fique contaminado? As vaquinhas confinadas em cubículos, para que nos dê uma carne mais tenra e apetitosa? Falta do que fazer, seu nome é Haddad, com a complacência da Câmara dos vereadores! BEATRIZ CAMPOS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Deveríamos investigar produção de vegetais, afirma leitoraFiquei revoltada com a página de "Comida" dedicada ao "foie gras" (Foie-se o tempo ), que é obtido da tortura de gansos. Seria melhor a Folha publicar reportagem mostrando como é produzido. Não aceito o argumento do chef, que quer liberdade de cozinhar o que desejar. CLERCY Y. S. SENNA (Valinhos, SP) * Achei interessante o apoio da vegetariana Tatiana Cardoso à proibição do "foie gras". Argumenta que a lei denuncia a ponta de iceberg dos absurdos da produção de proteínas de origem animal no Brasil. Como carnívora, sugiro investigações sobre a produção de vegetais, cuja ponta do iceberg são os transgênicos, mas que ainda tem os problemas de uso de agrotóxicos em excesso, que se acumulam nos lençóis freáticos, e consumo excessivo de água para irrigação, entre outros. "Foie gras" no Brasil ainda é consumido por muito pouca gente. MARIA DE NASARÉ FONSECA SERPA (Bragança Paulista, SP) * Se essa lei aprovada e sancionada pelo prefeito Fernando Haddad, sobre o "foie gras" fosse realmente para salvar os coitadinhos dos patinhos, cuja alimentação é colocada na marra goela abaixo, também não poderíamos comer os pobres dos franguinhos, que vivem confinados com luz acesa dia e noite, obrigados a comer sem parar para que cresçam o mais rápido possível, para nos alimentar. E as plantinhas, regadas com defensivos agrícolas para que cresçam rápido, mesmo que o chão fique contaminado? As vaquinhas confinadas em cubículos, para que nos dê uma carne mais tenra e apetitosa? Falta do que fazer, seu nome é Haddad, com a complacência da Câmara dos vereadores! BEATRIZ CAMPOS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Pacificação em São Paulo, caos no Brasil
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem repetido que a mais nova tragédia carcerária nada tem a ver com São Paulo e que no Estado está tudo sob controle. Trata-se de uma meia verdade: as prisões de São Paulo estão sob controle –sob o controle hegêmonico do PCC. Por estar sob o controle da facção é que o sistema prisional paulista passou quase incólume na última década no que diz respeito às cenas grotescas de violência que assistimos nas prisões de Norte e Nordeste. Contudo, não é verdadeira a afirmação de que São Paulo não tem relação com a tragédia. Ora, olhemos para trás. Em primeiro lugar, as prisões de São Paulo são o berço do PCC e lócus central de sua atuação. Desde 1993 (quando a facção foi criada), as prisões paulistas são terrenos férteis para a expansão do PCC, num processo que transcorreu durante os anos 1990 e 2000 –produzindo cenas muito semelhantes às de hoje. Em 2006, o PCC demonstrou publicamente que controlava não só as prisões paulistas, mas também a dinâmica criminal fora delas. Foi, portanto, a partir de São Paulo que o PCC foi "exportado" aos demais Estados, o que inclusive foi reconhecido por membros do Ministério Público paulista em reportagem da Folha desta segunda (16). A expansão do PCC para além de São Paulo decorreu de dois processos distintos. Por meio das transferências de presos, especialmente para Paraná e Mato Grosso do Sul, ainda no final da década de 1990. Na esteira das sucessivas crises que a facção provocava nas prisões de São Paulo, o governo passou a fazer permutas envolvendo os presos fundadores do PCC. Foi assim que Geleião, Cesinha e Misael tiveram êxito em fincar sua bandeira nas prisões desses dois Estados. Além disso, a expansão do PCC para outras unidades federativas ocorreu por projeto político e econômico deles próprios, a partir de 2006. Hegemônico no Estado mais rico e em dois de seus vizinhos –com posição geográfica estratégica na economia da droga ilícita–, o PCC tinha condições de estender sua área de influência para outras regiões. E o fez de duas formas concomitantes e inter-relacionadas: pela migração de seus integrantes para a organização da dinâmica criminal nestas regiões, principalmente o tráfico de drogas, mas também por roubos de grande porte. Na razão direta do encarceramento de seus "migrados", o PCC passou a aumentar sua influência nas prisões de outros Estados, apostando num discurso político-ideológico cuja base é a necessidade de união do crime contra o Estado opressor. Logrou êxito em alguns locais. Mas também provocou surgimento de facções locais, aliadas ou não ao seu projeto. O resto desta história já tem sido exaustivamente discutida e culmina com a mais nova crise. Nestas mais de duas décadas e especialmente a partir de 2006, a política adotada pelos sucessivos governos tucanos em São Paulo –inclusive nas várias gestões do atual governador– foi a da negação de tudo o que diz respeito ao PCC. Uma política fundada no segredo e na ocultação da forma como se administra uma população de mais de 230 mil presos em quase duas centenas de estabelecimentos prisionais em situação precária e degradante, sem que ocorram transbordamentos de violências. Pacificação é o nome dado pelo PCC ao processo que, em São Paulo, culminou com a sua hegemonia. A pacificação do Estado foi a base a partir da qual se construiu o cenário que culminou com a explosão da violência nos presídios de Norte e Nordeste e os enormes tensionamentos nas demais regiões. Dizer que São Paulo nada tem a ver com essa crise é mais um capítulo da nefasta política do segredo e da negação que marca a relação entre o PCC e os governos paulistas. CAMILA NUNES DIAS, socióloga, é professora da UFABC (Universidade Federal do ABC), pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP e autora do livro "PCC: Hegemonia nas prisões e monopólio da violência" (2013) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Pacificação em São Paulo, caos no BrasilO governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem repetido que a mais nova tragédia carcerária nada tem a ver com São Paulo e que no Estado está tudo sob controle. Trata-se de uma meia verdade: as prisões de São Paulo estão sob controle –sob o controle hegêmonico do PCC. Por estar sob o controle da facção é que o sistema prisional paulista passou quase incólume na última década no que diz respeito às cenas grotescas de violência que assistimos nas prisões de Norte e Nordeste. Contudo, não é verdadeira a afirmação de que São Paulo não tem relação com a tragédia. Ora, olhemos para trás. Em primeiro lugar, as prisões de São Paulo são o berço do PCC e lócus central de sua atuação. Desde 1993 (quando a facção foi criada), as prisões paulistas são terrenos férteis para a expansão do PCC, num processo que transcorreu durante os anos 1990 e 2000 –produzindo cenas muito semelhantes às de hoje. Em 2006, o PCC demonstrou publicamente que controlava não só as prisões paulistas, mas também a dinâmica criminal fora delas. Foi, portanto, a partir de São Paulo que o PCC foi "exportado" aos demais Estados, o que inclusive foi reconhecido por membros do Ministério Público paulista em reportagem da Folha desta segunda (16). A expansão do PCC para além de São Paulo decorreu de dois processos distintos. Por meio das transferências de presos, especialmente para Paraná e Mato Grosso do Sul, ainda no final da década de 1990. Na esteira das sucessivas crises que a facção provocava nas prisões de São Paulo, o governo passou a fazer permutas envolvendo os presos fundadores do PCC. Foi assim que Geleião, Cesinha e Misael tiveram êxito em fincar sua bandeira nas prisões desses dois Estados. Além disso, a expansão do PCC para outras unidades federativas ocorreu por projeto político e econômico deles próprios, a partir de 2006. Hegemônico no Estado mais rico e em dois de seus vizinhos –com posição geográfica estratégica na economia da droga ilícita–, o PCC tinha condições de estender sua área de influência para outras regiões. E o fez de duas formas concomitantes e inter-relacionadas: pela migração de seus integrantes para a organização da dinâmica criminal nestas regiões, principalmente o tráfico de drogas, mas também por roubos de grande porte. Na razão direta do encarceramento de seus "migrados", o PCC passou a aumentar sua influência nas prisões de outros Estados, apostando num discurso político-ideológico cuja base é a necessidade de união do crime contra o Estado opressor. Logrou êxito em alguns locais. Mas também provocou surgimento de facções locais, aliadas ou não ao seu projeto. O resto desta história já tem sido exaustivamente discutida e culmina com a mais nova crise. Nestas mais de duas décadas e especialmente a partir de 2006, a política adotada pelos sucessivos governos tucanos em São Paulo –inclusive nas várias gestões do atual governador– foi a da negação de tudo o que diz respeito ao PCC. Uma política fundada no segredo e na ocultação da forma como se administra uma população de mais de 230 mil presos em quase duas centenas de estabelecimentos prisionais em situação precária e degradante, sem que ocorram transbordamentos de violências. Pacificação é o nome dado pelo PCC ao processo que, em São Paulo, culminou com a sua hegemonia. A pacificação do Estado foi a base a partir da qual se construiu o cenário que culminou com a explosão da violência nos presídios de Norte e Nordeste e os enormes tensionamentos nas demais regiões. Dizer que São Paulo nada tem a ver com essa crise é mais um capítulo da nefasta política do segredo e da negação que marca a relação entre o PCC e os governos paulistas. CAMILA NUNES DIAS, socióloga, é professora da UFABC (Universidade Federal do ABC), pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP e autora do livro "PCC: Hegemonia nas prisões e monopólio da violência" (2013) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Volks oferece anistia a funcionários em troca de pistas em fraude
A Volkswagen, em um esforço por deslindar o escândalo de manipulação de testes de emissão de poluentes, na quinta-feira (12) pressionou seus funcionários a revelarem o que sabem, anunciando um programa de anistia para os informantes que expirará no final do mês. A companhia ainda não explicou publicamente quem foi o responsável por instalar em 11 milhões de veículos a diesel fabricados por ela um software criado para disfarçar as emissões de óxido de nitrogênio, poluente que prejudica os pulmões. A Volkswagen também admitiu, na semana passada, que reportou incorretamente os níveis de dióxido de carbono emitidos por cerca de 800 mil de seus veículos a diesel e a gasolina na Europa, e que havia exagerado quanto à economia de combustível desses modelos. Em carta aos funcionários da montadora na quinta-feira, Herbet Diess, presidente-executivo da divisão da montadora que produz carros com a marca Volkswagen, disse que as pessoas que fornecessem informações não seriam demitidas e nem teriam de arcar com os custos de indenizações. Diess acautelou, porém, que a companhia não teria como proteger seu pessoal contra acusações criminais. A oferta de anistia é válida até o dia 30 de novembro, escreveu Diess, de acordo com trechos da carta a que o "New York Times" teve acesso. A oferta se aplica apenas a trabalhadores empregados nos termos dos contratos coletivos de trabalho da companhia, e não inclui executivos. PRECEDENTE Embora programas empresariais de anistia sejam raros, a abordagem foi usada com sucesso pelo menos uma vez anteriormente, na Alemanha. O grupo de eletrônica e metalurgia Siemens, sediado em Munique, empregou uma oferta semelhante em 2008 a fim de encorajar seus funcionários a fornecer informações durante uma investigação sobre propinas a funcionários de governos no exterior. Dezenas de funcionários responderam ao apelo. Especialistas em questões judiciais dizem que não se sabe com que frequência empresas dos Estados Unidos oferecem esse tipo de anistia a funcionários durante investigações. Isso acontece, tipicamente, porque pouco se informa em público sobre uma investigação desse tipo; elas são conduzidas sigilosamente dentro da empresa, e frequentemente há esforços para evitar que um número maior de funcionários sejam informados, a fim de impedir a destruição de provas. "Não é um prática comum", disse Alexandra Wrage, presidente da Trace International, uma companhia em Annapolis, Maryland, que oferece consultoria a empresas sobre questões de fiscalização. "É uma admissão tácita, porém, de que os canais usuais de prestação de contas se provaram ineficazes". COLETA DE PISTAS Ao oferecer anistia aos funcionários, a Volkswagen pode conseguir duas coisas, diz Mike Koehler, professor de Direito na Universidade do Sul do Illinois que conduziu investigações internas em empresas durante quase uma década quando era advogado praticante: demonstrar às autoridades regulatórias que a companhia está seguindo todas as pistas em sua investigação interna, e que está indo além dos quadros executivos da companhia a fim de compreender o que aconteceu. "O programa de anistia não serve tanto às pessoas que possam ser encaradas como agentes passíveis de culpa, mas para o pessoal de nível médio que, mesmo sem saber disso, pode ter em mãos alguma informação relevante", disse Koehler. "Esse tipo de informação pode ser modesto em termos de escopo, mas o efeito cumulativo –todas essas pequenas informações, somadas– pode resultar em um quadro mais definido para a empresa". Na Volkswagen, uma denúncia interna foi a responsável por revelar as afirmações exageradas quanto a economia de combustível e a manipulação dos resultados de emissão de dióxido de carbono, divulgadas na semana passada. Reportagens na imprensa alemã informaram que investigadores internos que estavam estudando o software que trapaceava em testes de emissões, e que foi denunciado em setembro, haviam sido prejudicados pela relutância dos funcionários em oferecer informações. RAPIDEZ Ao estabelecer um prazo apertado, a Volkswagen pode estar tentando pressionar o pessoal informado a revelar o que sabe o mais rápido possível. A investigação interna está sendo conduzida pelo escritório de advocacia Jones Day. "Cada dia conta", escreveu Diess. "Estamos contando com a sua colaboração e conhecimento como funcionários de nossa empresa para descobrir tudo que aconteceu no caso das emissões dos motores diesel e do dióxido de carbono". A Volkswagen anteriormente operava um departamento interno de ombudsman que os funcionários podiam procurar quanto encontrassem irregularidades. Até quinta-feira, não havia um programa formal de anistia em vigor. Analistas e pessoas informadas sobre a investigação disseram ser provável que número substancial de funcionários estivesse envolvido na criação e instalação do software, e que um grupo ainda maior talvez estivesse ciente dele sem tomar providências. O software foi instalado em diversas gerações e tipos de motores diesel nos anos modelo 2009 a 2015. RESPONSABILIDADES Promotores em Braunschweig, uma cidade perto da sede da Volkswagen em Wolfsburg, estão investigando o caso, e ainda não realizaram detenções. Ainda que a companhia tenha dito que não poderia oferecer anistia contra processos criminais, se os funcionários que se apresentarem para revelar informações terminarem submetidos a acusações criminais "chamaremos a atenção das autoridades quanto à sua disposição de cooperar", escreveu Diess. "A experiência do passado mostra que isso conta em favor do funcionário". Ele afirmou também que a Volkswagen se reservava o direito de transferir os funcionários que revelassem informações a outros postos, ou de lhes atribuir diferentes responsabilidades. RENÚNCIA Também na quinta-feira, Martin Winterkorn, que deixou a presidência executiva da Volkswagen em setembro dias depois que a trapaça quanto às emissões foi revelada, rompeu seu último elo formal com a montadora ao renunciar à presidência do conselho de sua divisão Audi. Julio Schuback, porta-voz da Audi, confirmou na quinta-feira que Winterkorn havia renunciado no dia anterior. Schuback disse que não comentaria sobre o motivo para que Winterkorn se mantivesse na chefia do conselho por mais um mês depois de sua renúncia à presidência executiva. Winterkorn, que deixou o posto em setembro, continua a afirmar que não estava ciente de que o software dos veículos diesel havia sido criado para iludir as autoridades regulatórias. O software reconhece quando um carro está sendo testado e ativa os controles de emissões. Em outras ocasiões, os carros emitiam até 40 vezes mais que o limite de óxido de nitrogênio permitido nos Estados Unidos. Os carros apresentavam melhor desempenho e consumo de combustível com os controles desligados. AÇÕES Sob a lei alemã, os membros do conselho de uma empresa só podem ser derrubados pelos acionistas, e por isso teria sido complicado, judicialmente, forçar Winterkorn a deixar o conselho da Audi. A Volkswagen controla 99,5% das ações da Audi, mas investidores externos detêm o volume restante. Como resultado, a Audi teria de convocar uma assembleia extraordinária de acionistas para remover Winterkorn. A Volkswagen formou a Audi em 1969 combinando duas outras montadoras, a Auto Union e a NSU Motorenwerke, que anteriormente suas em suas histórias eram independentes. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Volks oferece anistia a funcionários em troca de pistas em fraudeA Volkswagen, em um esforço por deslindar o escândalo de manipulação de testes de emissão de poluentes, na quinta-feira (12) pressionou seus funcionários a revelarem o que sabem, anunciando um programa de anistia para os informantes que expirará no final do mês. A companhia ainda não explicou publicamente quem foi o responsável por instalar em 11 milhões de veículos a diesel fabricados por ela um software criado para disfarçar as emissões de óxido de nitrogênio, poluente que prejudica os pulmões. A Volkswagen também admitiu, na semana passada, que reportou incorretamente os níveis de dióxido de carbono emitidos por cerca de 800 mil de seus veículos a diesel e a gasolina na Europa, e que havia exagerado quanto à economia de combustível desses modelos. Em carta aos funcionários da montadora na quinta-feira, Herbet Diess, presidente-executivo da divisão da montadora que produz carros com a marca Volkswagen, disse que as pessoas que fornecessem informações não seriam demitidas e nem teriam de arcar com os custos de indenizações. Diess acautelou, porém, que a companhia não teria como proteger seu pessoal contra acusações criminais. A oferta de anistia é válida até o dia 30 de novembro, escreveu Diess, de acordo com trechos da carta a que o "New York Times" teve acesso. A oferta se aplica apenas a trabalhadores empregados nos termos dos contratos coletivos de trabalho da companhia, e não inclui executivos. PRECEDENTE Embora programas empresariais de anistia sejam raros, a abordagem foi usada com sucesso pelo menos uma vez anteriormente, na Alemanha. O grupo de eletrônica e metalurgia Siemens, sediado em Munique, empregou uma oferta semelhante em 2008 a fim de encorajar seus funcionários a fornecer informações durante uma investigação sobre propinas a funcionários de governos no exterior. Dezenas de funcionários responderam ao apelo. Especialistas em questões judiciais dizem que não se sabe com que frequência empresas dos Estados Unidos oferecem esse tipo de anistia a funcionários durante investigações. Isso acontece, tipicamente, porque pouco se informa em público sobre uma investigação desse tipo; elas são conduzidas sigilosamente dentro da empresa, e frequentemente há esforços para evitar que um número maior de funcionários sejam informados, a fim de impedir a destruição de provas. "Não é um prática comum", disse Alexandra Wrage, presidente da Trace International, uma companhia em Annapolis, Maryland, que oferece consultoria a empresas sobre questões de fiscalização. "É uma admissão tácita, porém, de que os canais usuais de prestação de contas se provaram ineficazes". COLETA DE PISTAS Ao oferecer anistia aos funcionários, a Volkswagen pode conseguir duas coisas, diz Mike Koehler, professor de Direito na Universidade do Sul do Illinois que conduziu investigações internas em empresas durante quase uma década quando era advogado praticante: demonstrar às autoridades regulatórias que a companhia está seguindo todas as pistas em sua investigação interna, e que está indo além dos quadros executivos da companhia a fim de compreender o que aconteceu. "O programa de anistia não serve tanto às pessoas que possam ser encaradas como agentes passíveis de culpa, mas para o pessoal de nível médio que, mesmo sem saber disso, pode ter em mãos alguma informação relevante", disse Koehler. "Esse tipo de informação pode ser modesto em termos de escopo, mas o efeito cumulativo –todas essas pequenas informações, somadas– pode resultar em um quadro mais definido para a empresa". Na Volkswagen, uma denúncia interna foi a responsável por revelar as afirmações exageradas quanto a economia de combustível e a manipulação dos resultados de emissão de dióxido de carbono, divulgadas na semana passada. Reportagens na imprensa alemã informaram que investigadores internos que estavam estudando o software que trapaceava em testes de emissões, e que foi denunciado em setembro, haviam sido prejudicados pela relutância dos funcionários em oferecer informações. RAPIDEZ Ao estabelecer um prazo apertado, a Volkswagen pode estar tentando pressionar o pessoal informado a revelar o que sabe o mais rápido possível. A investigação interna está sendo conduzida pelo escritório de advocacia Jones Day. "Cada dia conta", escreveu Diess. "Estamos contando com a sua colaboração e conhecimento como funcionários de nossa empresa para descobrir tudo que aconteceu no caso das emissões dos motores diesel e do dióxido de carbono". A Volkswagen anteriormente operava um departamento interno de ombudsman que os funcionários podiam procurar quanto encontrassem irregularidades. Até quinta-feira, não havia um programa formal de anistia em vigor. Analistas e pessoas informadas sobre a investigação disseram ser provável que número substancial de funcionários estivesse envolvido na criação e instalação do software, e que um grupo ainda maior talvez estivesse ciente dele sem tomar providências. O software foi instalado em diversas gerações e tipos de motores diesel nos anos modelo 2009 a 2015. RESPONSABILIDADES Promotores em Braunschweig, uma cidade perto da sede da Volkswagen em Wolfsburg, estão investigando o caso, e ainda não realizaram detenções. Ainda que a companhia tenha dito que não poderia oferecer anistia contra processos criminais, se os funcionários que se apresentarem para revelar informações terminarem submetidos a acusações criminais "chamaremos a atenção das autoridades quanto à sua disposição de cooperar", escreveu Diess. "A experiência do passado mostra que isso conta em favor do funcionário". Ele afirmou também que a Volkswagen se reservava o direito de transferir os funcionários que revelassem informações a outros postos, ou de lhes atribuir diferentes responsabilidades. RENÚNCIA Também na quinta-feira, Martin Winterkorn, que deixou a presidência executiva da Volkswagen em setembro dias depois que a trapaça quanto às emissões foi revelada, rompeu seu último elo formal com a montadora ao renunciar à presidência do conselho de sua divisão Audi. Julio Schuback, porta-voz da Audi, confirmou na quinta-feira que Winterkorn havia renunciado no dia anterior. Schuback disse que não comentaria sobre o motivo para que Winterkorn se mantivesse na chefia do conselho por mais um mês depois de sua renúncia à presidência executiva. Winterkorn, que deixou o posto em setembro, continua a afirmar que não estava ciente de que o software dos veículos diesel havia sido criado para iludir as autoridades regulatórias. O software reconhece quando um carro está sendo testado e ativa os controles de emissões. Em outras ocasiões, os carros emitiam até 40 vezes mais que o limite de óxido de nitrogênio permitido nos Estados Unidos. Os carros apresentavam melhor desempenho e consumo de combustível com os controles desligados. AÇÕES Sob a lei alemã, os membros do conselho de uma empresa só podem ser derrubados pelos acionistas, e por isso teria sido complicado, judicialmente, forçar Winterkorn a deixar o conselho da Audi. A Volkswagen controla 99,5% das ações da Audi, mas investidores externos detêm o volume restante. Como resultado, a Audi teria de convocar uma assembleia extraordinária de acionistas para remover Winterkorn. A Volkswagen formou a Audi em 1969 combinando duas outras montadoras, a Auto Union e a NSU Motorenwerke, que anteriormente suas em suas histórias eram independentes. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Manifestações pelo país ganham destaque na imprensa internacional
Os protestos que reúnem mais de um milhão de brasileiros neste domingo (15) repercutiram também em veículos da imprensa internacional. O jornal The Guardian, em sua página na internet, publicou que centenas de milhares de brasileiros "predominantemente brancos e de classe média" foram às ruas em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As manifestações, segundo a publicação, foram motivadas pela frustração relacionada à economia, à política e ao "grande escândalo político" na Petrobras. Nomes da oposição também são citados, a exemplo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Já a Bloomberg justificou os atos deste domingo como uma resposta à insatisfação dos brasileiros com o alto valor dos impostos e a gasolina, por exemplo. A publicação destaca que os protestos podem ser maiores do que aqueles ocorridos em junho de 2013. As manifestações também foram destaque na Espanha. "Brasil pede por mudanças em um dos maiores protestos de sua história" foi destaque do site do El País neste domingo. A publicação espanhola destaca que a multidão em São Paulo, com um milhão de pessoas nas ruas, é a maior da história da democracia brasileira. Os protestos também foram destaque no site do argentino Clarín, que lembrou que as manifestações brasileiras coincidem com os 30 anos da redemocratização no país. "Vestidos de verde e amarelo, as cores da bandeira brasileira, os manifestantes mostravam cartazes que pediam por mudanças na política e também a destituição da presidente Rousseff", afirma a publicação. O site da BBC dá ênfase ao pedido dos manifestantes pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, alegando que brasileiros pedem por sua saída devido ao envolvimento nos escândalos da Petrobras. O texto também retoma os protestos que aconteceram na última sexta-feira, que reuniu manifestantes de movimentos sociais alinhados ao governo federal. O Financial Times retoma os protestos de junho de 2013, além de mencionar um clima instabilidade política, provocado, dentre outros motivos, pela desvalorização histórica do real frente ao dólar e as medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo. O New York Times também repercutiu os protestos no país. Para o jornal, os brasileiros nas ruas refletem a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, a quem "falta talento para negociações políticas" se comparada ao seu "mentor", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress
poder
Manifestações pelo país ganham destaque na imprensa internacionalOs protestos que reúnem mais de um milhão de brasileiros neste domingo (15) repercutiram também em veículos da imprensa internacional. O jornal The Guardian, em sua página na internet, publicou que centenas de milhares de brasileiros "predominantemente brancos e de classe média" foram às ruas em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As manifestações, segundo a publicação, foram motivadas pela frustração relacionada à economia, à política e ao "grande escândalo político" na Petrobras. Nomes da oposição também são citados, a exemplo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Já a Bloomberg justificou os atos deste domingo como uma resposta à insatisfação dos brasileiros com o alto valor dos impostos e a gasolina, por exemplo. A publicação destaca que os protestos podem ser maiores do que aqueles ocorridos em junho de 2013. As manifestações também foram destaque na Espanha. "Brasil pede por mudanças em um dos maiores protestos de sua história" foi destaque do site do El País neste domingo. A publicação espanhola destaca que a multidão em São Paulo, com um milhão de pessoas nas ruas, é a maior da história da democracia brasileira. Os protestos também foram destaque no site do argentino Clarín, que lembrou que as manifestações brasileiras coincidem com os 30 anos da redemocratização no país. "Vestidos de verde e amarelo, as cores da bandeira brasileira, os manifestantes mostravam cartazes que pediam por mudanças na política e também a destituição da presidente Rousseff", afirma a publicação. O site da BBC dá ênfase ao pedido dos manifestantes pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, alegando que brasileiros pedem por sua saída devido ao envolvimento nos escândalos da Petrobras. O texto também retoma os protestos que aconteceram na última sexta-feira, que reuniu manifestantes de movimentos sociais alinhados ao governo federal. O Financial Times retoma os protestos de junho de 2013, além de mencionar um clima instabilidade política, provocado, dentre outros motivos, pela desvalorização histórica do real frente ao dólar e as medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo. O New York Times também repercutiu os protestos no país. Para o jornal, os brasileiros nas ruas refletem a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, a quem "falta talento para negociações políticas" se comparada ao seu "mentor", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress
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Cientistas criam baratas ciborgues guiadas por controle remoto
Uma equipe formada por engenheiros e entomólogos da Universidade Texas A&M tenta acoplar pequenos dispositivos eletrônicos a baratas gigantes da América Central. O objetivo é que os insetos possam ser guiados com um controle remoto para acessar áreas de difícil acesso após desastres naturais. Os pesquisadores foram inspirados pelo acidente nuclear provocado por um terremoto seguido de um tsunami em Fukushima, no Japão, em 2011. Na ocasião, vistorias nas instalações nucleares afetadas não podiam ser feitas por humanos. De acordo com eles, os animais não sentem dor e participam do experimento uma única vez. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Cientistas criam baratas ciborgues guiadas por controle remotoUma equipe formada por engenheiros e entomólogos da Universidade Texas A&M tenta acoplar pequenos dispositivos eletrônicos a baratas gigantes da América Central. O objetivo é que os insetos possam ser guiados com um controle remoto para acessar áreas de difícil acesso após desastres naturais. Os pesquisadores foram inspirados pelo acidente nuclear provocado por um terremoto seguido de um tsunami em Fukushima, no Japão, em 2011. Na ocasião, vistorias nas instalações nucleares afetadas não podiam ser feitas por humanos. De acordo com eles, os animais não sentem dor e participam do experimento uma única vez. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Chegada de Doriva não foi ideal para o São Paulo, diz PVC
O colunista PVC avaliou a estreia de Doriva como técnico do São Paulo, na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, nesta quarta (14), e acredita que a contratação do ex-treinador da Ponte Preta não foi a ideal para substituir Juan Carlos Osorio. Para o colunista, o Corinthians se manterá como líder até o final do Brasileiro, e será o campeão. Mas haverá mudança na segunda colocação, com o Grêmio ultrapassando o Atlético-MG. PVC participou da programação ao vivo da "TV Folha". A mesa também contou com os repórteres Marcel Rizzo e Camila Mattoso, de "Esporte". Leia Mais
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Chegada de Doriva não foi ideal para o São Paulo, diz PVCO colunista PVC avaliou a estreia de Doriva como técnico do São Paulo, na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, nesta quarta (14), e acredita que a contratação do ex-treinador da Ponte Preta não foi a ideal para substituir Juan Carlos Osorio. Para o colunista, o Corinthians se manterá como líder até o final do Brasileiro, e será o campeão. Mas haverá mudança na segunda colocação, com o Grêmio ultrapassando o Atlético-MG. PVC participou da programação ao vivo da "TV Folha". A mesa também contou com os repórteres Marcel Rizzo e Camila Mattoso, de "Esporte". Leia Mais
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Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, já funciona no largo da Batata
Foi inaugurado no sábado (24) o Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, em Pinheiros. Na região do largo da Batata, o Pitico funciona no terreno que era de um estacionamento. O espaço tem contêineres e uma área livre com cadeiras de praia, mesas de madeira e de paletes (estrados de madeira). Em um dos contêineres funciona a cozinha. De lá saem os conhecidos kebabs do Pita: de falafel, de couve-flor (R$ 15, cada) e de kafta (R$ 17), além de porções de batata frita com zaatar (R$ 10). Para beber, gim-tônica (R$ 12 ou R$ 16, a depender do gim), negroni (R$ 12 ou R$ 18), spritz (R$ 18) e cervejas (R$ 6,50). O espaço ainda deve ganhar árvores, mesas de madeira coletivas e uma horta. Em outros contêineres vão funcionar um bar e uma quitanda. O bar funciona de terça a domingo, das 17h às 23h. Pitico r. Guaicuí, 61, Pinheiros; tel. (11) 3582-7365
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Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, já funciona no largo da BatataFoi inaugurado no sábado (24) o Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, em Pinheiros. Na região do largo da Batata, o Pitico funciona no terreno que era de um estacionamento. O espaço tem contêineres e uma área livre com cadeiras de praia, mesas de madeira e de paletes (estrados de madeira). Em um dos contêineres funciona a cozinha. De lá saem os conhecidos kebabs do Pita: de falafel, de couve-flor (R$ 15, cada) e de kafta (R$ 17), além de porções de batata frita com zaatar (R$ 10). Para beber, gim-tônica (R$ 12 ou R$ 16, a depender do gim), negroni (R$ 12 ou R$ 18), spritz (R$ 18) e cervejas (R$ 6,50). O espaço ainda deve ganhar árvores, mesas de madeira coletivas e uma horta. Em outros contêineres vão funcionar um bar e uma quitanda. O bar funciona de terça a domingo, das 17h às 23h. Pitico r. Guaicuí, 61, Pinheiros; tel. (11) 3582-7365
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Os colombianos têm sido adversários duros e nem sempre leais
Os colombianos têm sido adversários duros e nem sempre leais quando enfrentam a seleção brasileira. Nesta terça-feira (5) não deve ser diferente porque bobearam em seu último jogo ao só empatar contra a eliminada Venezuela e agora correm o risco de uma combinação de resultados não apenas tirá-la do segundo lugar como despencá-la para a sexta posição. Bastará que perca para o Brasil e que Uruguai, Chile e Argentina ganhem, respectivamente, de Paraguai, Bolívia e Venezuela, embora só os argentinos joguem em casa. Neymar certamente será provocado depois que Zúñiga o tirou da Copa no Brasil e irritá-lo deu certo para que o eliminassem também da Copa América-2015. Desta vez, ao menos, ele terá o refresco da ausência do algoz nas quartas de final no Castelão, em Fortaleza. Nesta terça, em Barranquilla, a seleção jogará sua antepenúltima partida oficial antes da Copa na Rússia e como as duas próximas serão contra a Bolívia, fora, e Chile, em São Paulo, se algum risco há da perda de invencibilidade em jogos a valer este está posto agora. Em casa os colombianos só perderam para a Argentina, por 1 a 0, bateram no Peru, Equador, Venezuela e Bolívia e empataram com o Uruguai e Chile. O técnico argentino José Pekerman não pôde contar com James Rodríguez, machucado, no recente 0 a 0 contra a Venezuela, e deixou o palmeirense Borja no banco ao apostar no veterano Falcao Garcia, que não foi bem. É possível que Rodríguez vá para o jogo e será necessário que Neymar se controle, até porque uma expulsão nesta fase final das eliminatórias pode custar a suspensão em jogos da Copa do Mundo. Mesmo na casa do adversário, o favoritismo é brasileiro, em excelente oportunidade para Thiago Silva recuperar a confiança da torcida nacional e para Filipe Luís compensar com seu poder de marcação a ausência ofensiva de Marcelo. Lembremos, contudo, que nas nove vitórias do time de Tite nas eliminatórias, apenas contra a Colômbia, e em Manaus, o resultado foi apertado, só um gol de diferença (2 a 1). Enfim, se também a invencibilidade oficial for para o espaço não será grave, como não foi a derrota no amistoso para a Argentina. Repita-se que o jogo mais aguardado antes da Copa será mesmo o contra a Alemanha, dia 27 de março, em Berlim. GRÊMIO ALERTA O Tricolor gaúcho chegou aos 40 gols em 22 jogos com o 5 a 0 que impôs ao Sport, no sábado (2) O saldo do Corinthians ainda é maior (22 a 21), mas a demonstração de força dada pelos gremistas, sem Geromel (o Balbuena deles), Luan (o Jadson melhorado dos gaúchos) e Barrios (o Jô), deve servir como alerta para o líder, com sete pontos de vantagem que podem se transformar em quatro antes que o time alvinegro paulistano enfrente o santista, na Vila Belmiro, no próximo domingo (10), porque o Grêmio pegará o Vasco, em São Januário ainda com portões fechados, no sábado (9). Verdade que quatro dias depois o time terá o Botafogo, no estádio Nilton Santos, pelas quartas de final da Libertadores, e se Renato Portaluppi mantiver a política de preservar os titulares é possível que não consiga botar tanta pressão no primeiro colocado.
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Os colombianos têm sido adversários duros e nem sempre leaisOs colombianos têm sido adversários duros e nem sempre leais quando enfrentam a seleção brasileira. Nesta terça-feira (5) não deve ser diferente porque bobearam em seu último jogo ao só empatar contra a eliminada Venezuela e agora correm o risco de uma combinação de resultados não apenas tirá-la do segundo lugar como despencá-la para a sexta posição. Bastará que perca para o Brasil e que Uruguai, Chile e Argentina ganhem, respectivamente, de Paraguai, Bolívia e Venezuela, embora só os argentinos joguem em casa. Neymar certamente será provocado depois que Zúñiga o tirou da Copa no Brasil e irritá-lo deu certo para que o eliminassem também da Copa América-2015. Desta vez, ao menos, ele terá o refresco da ausência do algoz nas quartas de final no Castelão, em Fortaleza. Nesta terça, em Barranquilla, a seleção jogará sua antepenúltima partida oficial antes da Copa na Rússia e como as duas próximas serão contra a Bolívia, fora, e Chile, em São Paulo, se algum risco há da perda de invencibilidade em jogos a valer este está posto agora. Em casa os colombianos só perderam para a Argentina, por 1 a 0, bateram no Peru, Equador, Venezuela e Bolívia e empataram com o Uruguai e Chile. O técnico argentino José Pekerman não pôde contar com James Rodríguez, machucado, no recente 0 a 0 contra a Venezuela, e deixou o palmeirense Borja no banco ao apostar no veterano Falcao Garcia, que não foi bem. É possível que Rodríguez vá para o jogo e será necessário que Neymar se controle, até porque uma expulsão nesta fase final das eliminatórias pode custar a suspensão em jogos da Copa do Mundo. Mesmo na casa do adversário, o favoritismo é brasileiro, em excelente oportunidade para Thiago Silva recuperar a confiança da torcida nacional e para Filipe Luís compensar com seu poder de marcação a ausência ofensiva de Marcelo. Lembremos, contudo, que nas nove vitórias do time de Tite nas eliminatórias, apenas contra a Colômbia, e em Manaus, o resultado foi apertado, só um gol de diferença (2 a 1). Enfim, se também a invencibilidade oficial for para o espaço não será grave, como não foi a derrota no amistoso para a Argentina. Repita-se que o jogo mais aguardado antes da Copa será mesmo o contra a Alemanha, dia 27 de março, em Berlim. GRÊMIO ALERTA O Tricolor gaúcho chegou aos 40 gols em 22 jogos com o 5 a 0 que impôs ao Sport, no sábado (2) O saldo do Corinthians ainda é maior (22 a 21), mas a demonstração de força dada pelos gremistas, sem Geromel (o Balbuena deles), Luan (o Jadson melhorado dos gaúchos) e Barrios (o Jô), deve servir como alerta para o líder, com sete pontos de vantagem que podem se transformar em quatro antes que o time alvinegro paulistano enfrente o santista, na Vila Belmiro, no próximo domingo (10), porque o Grêmio pegará o Vasco, em São Januário ainda com portões fechados, no sábado (9). Verdade que quatro dias depois o time terá o Botafogo, no estádio Nilton Santos, pelas quartas de final da Libertadores, e se Renato Portaluppi mantiver a política de preservar os titulares é possível que não consiga botar tanta pressão no primeiro colocado.
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Embraer vai encerrar produção de jatos Legacy na China
A Embraer vai encerrar a produção dos jatos Legacy 650 na China, com o fim da parceria com as subsidiárias da chinesa Avic para fabricação de jatos executivos, informou a brasileira nesta quarta-feira (1º). A companhia produzia o jato na China por meio da joint-venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), em parceria com a Harbin Aviation Industry e a Harbin Hafei Aviation Industry. Após 13 anos de parceria, a última entrega do Legacy 650 ocorreu em março. A fábrica localizada em Harbin também produzia anteriormente o jato regional ERJ-145. "A Embraer permanece totalmente comprometida e vai continuar a atender os mercados chineses de aeronaves comerciais e executivas", afirmou a empresa. A Embraer vai continuar oferecendo suporte aos consumidores existentes na China e à frota de 166 aeronaves da empresa no país por meio de sua equipe baseada em Pequim. Em teleconferência em abril, o presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou que a empresa estava vendo "muito pouca atividade de vendas" de jatos executivos no Brasil e na China. As ações da Embraer exibiam queda de 0,3% às 11h15, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,1% no horário.
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Embraer vai encerrar produção de jatos Legacy na ChinaA Embraer vai encerrar a produção dos jatos Legacy 650 na China, com o fim da parceria com as subsidiárias da chinesa Avic para fabricação de jatos executivos, informou a brasileira nesta quarta-feira (1º). A companhia produzia o jato na China por meio da joint-venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), em parceria com a Harbin Aviation Industry e a Harbin Hafei Aviation Industry. Após 13 anos de parceria, a última entrega do Legacy 650 ocorreu em março. A fábrica localizada em Harbin também produzia anteriormente o jato regional ERJ-145. "A Embraer permanece totalmente comprometida e vai continuar a atender os mercados chineses de aeronaves comerciais e executivas", afirmou a empresa. A Embraer vai continuar oferecendo suporte aos consumidores existentes na China e à frota de 166 aeronaves da empresa no país por meio de sua equipe baseada em Pequim. Em teleconferência em abril, o presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou que a empresa estava vendo "muito pouca atividade de vendas" de jatos executivos no Brasil e na China. As ações da Embraer exibiam queda de 0,3% às 11h15, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,1% no horário.
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Após expulsar casal gay, paleteria na rua Augusta organiza 'Dia do Amor'
DE SÃO PAULO No domingo (8), o jornalista Raul Perez, 24, e seu namorado, o estudante de design Gabriel Miranda, 22, foram expulsos de uma paleteria nos Jardins por terem se beijado. Incomodado com a troca de carinho entre os namorados, um casal heterossexual que tomava sorvete com uma criança reclamou ao segurança da Me Gusta Picolés Artesanais. "Percebi que o pai da menina olhou feio para a gente. Então, depois que eles saíram, o segurança da paleteria disse que deveríamos 'segurar a onda' porque aquele era um ambiente familiar, e que seria melhor nos retirarmos", relata Perez. "Fiquei me sentindo impotente e fui embora". Após o ocorrido, o casal enviou um e-mail para a paleteria e entrou em contato com o Centro de Combate à Homofobia (CCH), vinculado à prefeitura de São Paulo —que orientou os dois a oficializarem a denúncia. "Não espero que demitam o funcionário ou que prendam o pai da menina. Mas ocorreu um crime e isso precisa ser contabilizado", explica o jornalista. Por meio de seu perfil no Facebook, a paleteria publicou uma retratação fazendo um "pedido oficial de desculpas a todos aqueles que acreditam que o amor é que nem sorvete: de todos os tipos, todos os gostos e de todas as cores". O responsável pela comunicação da loja, Luís Henrique Deutsch —que também é homossexual— contou que está organizando um "Dia do Amor" na Me Gusta no sábado (14). A ideia, segundo ele, é convidar famílias e casais, independentemente da orientação sexual, para irem ao local e "manisfestarem seu amor". O segurança —que fazia bicos aos fins de semana no local— não prestará mais serviços para a paleteria. "Queremos pessoas que sigam a nossa filosofia e que topem ser conscientizadas. Eu sou homossexual, nossa sorveteria fica na rua Augusta. Não faz sentido a discriminação", afirma Deutsch. "Acho tanto absurdo o pai ter se sentido ofendido quanto o segurança ter expulsado a gente do lugar. Mas eles estão reproduzindo a lógica da sociedade, com a qual sofremos todos os dias. Se a gente não começa a aparecer, isso nunca vai mudar", relata Perez.
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Após expulsar casal gay, paleteria na rua Augusta organiza 'Dia do Amor'DE SÃO PAULO No domingo (8), o jornalista Raul Perez, 24, e seu namorado, o estudante de design Gabriel Miranda, 22, foram expulsos de uma paleteria nos Jardins por terem se beijado. Incomodado com a troca de carinho entre os namorados, um casal heterossexual que tomava sorvete com uma criança reclamou ao segurança da Me Gusta Picolés Artesanais. "Percebi que o pai da menina olhou feio para a gente. Então, depois que eles saíram, o segurança da paleteria disse que deveríamos 'segurar a onda' porque aquele era um ambiente familiar, e que seria melhor nos retirarmos", relata Perez. "Fiquei me sentindo impotente e fui embora". Após o ocorrido, o casal enviou um e-mail para a paleteria e entrou em contato com o Centro de Combate à Homofobia (CCH), vinculado à prefeitura de São Paulo —que orientou os dois a oficializarem a denúncia. "Não espero que demitam o funcionário ou que prendam o pai da menina. Mas ocorreu um crime e isso precisa ser contabilizado", explica o jornalista. Por meio de seu perfil no Facebook, a paleteria publicou uma retratação fazendo um "pedido oficial de desculpas a todos aqueles que acreditam que o amor é que nem sorvete: de todos os tipos, todos os gostos e de todas as cores". O responsável pela comunicação da loja, Luís Henrique Deutsch —que também é homossexual— contou que está organizando um "Dia do Amor" na Me Gusta no sábado (14). A ideia, segundo ele, é convidar famílias e casais, independentemente da orientação sexual, para irem ao local e "manisfestarem seu amor". O segurança —que fazia bicos aos fins de semana no local— não prestará mais serviços para a paleteria. "Queremos pessoas que sigam a nossa filosofia e que topem ser conscientizadas. Eu sou homossexual, nossa sorveteria fica na rua Augusta. Não faz sentido a discriminação", afirma Deutsch. "Acho tanto absurdo o pai ter se sentido ofendido quanto o segurança ter expulsado a gente do lugar. Mas eles estão reproduzindo a lógica da sociedade, com a qual sofremos todos os dias. Se a gente não começa a aparecer, isso nunca vai mudar", relata Perez.
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Hospital promove palestra sobre diagnóstico de câncer infantil nesta terça (24)
Nesta terça-feira (24), oncologistas pediátricos, psicólogos e psiquiatras se reunirão com a população para abordar os tipos mais comuns de câncer na infância, no auditório do Hospital A.C.Camargo, no bairro da Liberdade, em São Paulo. A diretora da Oncologia Pediátrica do A.C. Camargo, Cecília Lima da Costa, vai abrir o encontro, abordando os principais aspectos do câncer infantil. Febres persistentes e sem explicação, dor abdominal prolongada, perda de peso rápida e excessiva, dores de cabeça frequentes acompanhadas por vômitos são alguns dos sintomas que, considerando a histórica clínica do paciente, são indicativos para o médico pediatra solicitar os exames que são capazes de diagnosticar o câncer em crianças e adolescentes. A psiquiatra Carolina Marçal Cunha também vai participar da palestra, destacando a importância do suporte psiquiátrico para o paciente ao receber o diagnóstico. Crianças sentem o maior impacto nas mudanças na rotina e nos relacionamentos, com o distanciamento dos hábitos comuns da infância, como brincadeiras em locais abertos e passeios com a família. A probabilidade de cura global para o câncer hoje está em torno de 70%, sendo que para alguns dos tipos o índice é próximo a 90%. Mesmo assim, o tratamento ainda causa sofrimento físico e emocional tanto para os pais quanto para as crianças. Depois das apresentações, as especialistas vão responder às perguntas da plateia. O encontro acontece às 17h30. SERVIÇO Encontro com Especialistas do A.C.Camargo Cancer Center Tema: Aspectos Gerais do Câncer Infantil e Suporte Psiquiátrico Quando: 24/02 às 17h30 Onde: A.C.Camargo - Auditório Sen. José Ermírio de Moraes (Rua Professor Antônio Prudente, 211, Liberdade) Inscrições gratuitas: encontro@accamargo.org.br
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Hospital promove palestra sobre diagnóstico de câncer infantil nesta terça (24)Nesta terça-feira (24), oncologistas pediátricos, psicólogos e psiquiatras se reunirão com a população para abordar os tipos mais comuns de câncer na infância, no auditório do Hospital A.C.Camargo, no bairro da Liberdade, em São Paulo. A diretora da Oncologia Pediátrica do A.C. Camargo, Cecília Lima da Costa, vai abrir o encontro, abordando os principais aspectos do câncer infantil. Febres persistentes e sem explicação, dor abdominal prolongada, perda de peso rápida e excessiva, dores de cabeça frequentes acompanhadas por vômitos são alguns dos sintomas que, considerando a histórica clínica do paciente, são indicativos para o médico pediatra solicitar os exames que são capazes de diagnosticar o câncer em crianças e adolescentes. A psiquiatra Carolina Marçal Cunha também vai participar da palestra, destacando a importância do suporte psiquiátrico para o paciente ao receber o diagnóstico. Crianças sentem o maior impacto nas mudanças na rotina e nos relacionamentos, com o distanciamento dos hábitos comuns da infância, como brincadeiras em locais abertos e passeios com a família. A probabilidade de cura global para o câncer hoje está em torno de 70%, sendo que para alguns dos tipos o índice é próximo a 90%. Mesmo assim, o tratamento ainda causa sofrimento físico e emocional tanto para os pais quanto para as crianças. Depois das apresentações, as especialistas vão responder às perguntas da plateia. O encontro acontece às 17h30. SERVIÇO Encontro com Especialistas do A.C.Camargo Cancer Center Tema: Aspectos Gerais do Câncer Infantil e Suporte Psiquiátrico Quando: 24/02 às 17h30 Onde: A.C.Camargo - Auditório Sen. José Ermírio de Moraes (Rua Professor Antônio Prudente, 211, Liberdade) Inscrições gratuitas: encontro@accamargo.org.br
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'Açougue' vegano em SP quer conquistar carnívoros
DE SÃO PAULO Aberto no último dia 10, o "açougue" vegano No Bones, em Perdizes, vendeu todo seu estoque em apenas duas horas. "Esperávamos alta demanda e procuramos nos preparar, mas não foi suficiente", afirma o sócio Brunno Barbosa, 28. Desde então, cerca de 150 pessoas passam diariamente pelo estabelecimento em busca de itens como "costela" de cogumelo eryngui ao molho barbecue (R$ 39,90) e o "caveman meat" (R$ 29,90), à base de feijão e mandioca, para churrasco. Os proprietários Marcella Izzo, 26, responsável pelos produtos, e Barbosa, 28, têm como meta diminuir o preconceito com a comida sem carne e conquistar o "carnívoro cabeça aberta". O investimento inicial do casal foi de cerca de R$ 80 mil. Para 2017, a meta é investir em equipamentos e equipe extra, que já conta com cinco pessoas, para absorver a procura.
sobretudo
'Açougue' vegano em SP quer conquistar carnívoros DE SÃO PAULO Aberto no último dia 10, o "açougue" vegano No Bones, em Perdizes, vendeu todo seu estoque em apenas duas horas. "Esperávamos alta demanda e procuramos nos preparar, mas não foi suficiente", afirma o sócio Brunno Barbosa, 28. Desde então, cerca de 150 pessoas passam diariamente pelo estabelecimento em busca de itens como "costela" de cogumelo eryngui ao molho barbecue (R$ 39,90) e o "caveman meat" (R$ 29,90), à base de feijão e mandioca, para churrasco. Os proprietários Marcella Izzo, 26, responsável pelos produtos, e Barbosa, 28, têm como meta diminuir o preconceito com a comida sem carne e conquistar o "carnívoro cabeça aberta". O investimento inicial do casal foi de cerca de R$ 80 mil. Para 2017, a meta é investir em equipamentos e equipe extra, que já conta com cinco pessoas, para absorver a procura.
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Leitor comenta reportagem sobre testes de pílula anticâncer
Com relação à reportagem SP pede aval de órgão da Saúde para testar pílula anticâncer, noto que a fosfatidiletanolamina, associada ao estimulante imunológico muramil tripeptídeo, na forma de mifamurtide (MepactR), foi aprovada em diferentes países para o tratamento adjuvante do tumor maligno osteossarcoma. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor comenta reportagem sobre testes de pílula anticâncerCom relação à reportagem SP pede aval de órgão da Saúde para testar pílula anticâncer, noto que a fosfatidiletanolamina, associada ao estimulante imunológico muramil tripeptídeo, na forma de mifamurtide (MepactR), foi aprovada em diferentes países para o tratamento adjuvante do tumor maligno osteossarcoma. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Security Officer Dies After Being Shot by Drug Dealers in Slum
MARCO ANTÔNIO MARTINS FROM RIO Officer Hélio Vieira, a 35 year old member of the Brazil's national security force, died on Thursday (11). He suffered a gunshot wound to the head on Wednesday (10), after entering the Vila do João community, in the Maré complex, by mistake. The announcement of his death came on the night of the 11th and was made by Minister of Justice Alexandre de Moraes, via one of his social media accounts. On Friday morning (12), the federal government declared an official period of mourning for the officer. The death of Viera, who had been assigned by the Roraima Military Police, is the first among Olympic security officers. Another officer was shot during the same assault. In an interview with Folha last month, Moraes said that crime was more worrisome than terrorism during the Olympics. The officer assault was referenced by Minister of Defense Raul Jungmann, during the announcement for the modification of the safety plan at the Deodoro Sports Complex, in Rio's west zone. The decision came after two rifle projectiles were found at the Olympic Equestrian Centre on Saturday (6) and Wednesday (10), and after a bus full of journalists was attacked as it made its way along Transolímpica, which connects Deodoro to the Barra da Tijuca Olympic site. In response, the military surrounded the area at 2 am on Thursday morning, to keep delinquents from leaving the slum. In the morning, officers from BOPE (Battalion of Special Operations) and the Federal Police began the operation on the community. Four men, between the ages of 18 and 32, were shot. Igor Barbosa Gregório, 23, died from a bullet to the head. Translated by SUGHEY RAMIREZ Read the article in the original language +Latest news in English *Mangueira Slum Has ' V.I.P Area' with Funk and Barbecue During Opening *Rio-2016 Food Shops Run Out of Food on 1st Day of Olympics *Opening of Rio-2016 Is Praised by International Press; See the Reaction
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Security Officer Dies After Being Shot by Drug Dealers in Slum MARCO ANTÔNIO MARTINS FROM RIO Officer Hélio Vieira, a 35 year old member of the Brazil's national security force, died on Thursday (11). He suffered a gunshot wound to the head on Wednesday (10), after entering the Vila do João community, in the Maré complex, by mistake. The announcement of his death came on the night of the 11th and was made by Minister of Justice Alexandre de Moraes, via one of his social media accounts. On Friday morning (12), the federal government declared an official period of mourning for the officer. The death of Viera, who had been assigned by the Roraima Military Police, is the first among Olympic security officers. Another officer was shot during the same assault. In an interview with Folha last month, Moraes said that crime was more worrisome than terrorism during the Olympics. The officer assault was referenced by Minister of Defense Raul Jungmann, during the announcement for the modification of the safety plan at the Deodoro Sports Complex, in Rio's west zone. The decision came after two rifle projectiles were found at the Olympic Equestrian Centre on Saturday (6) and Wednesday (10), and after a bus full of journalists was attacked as it made its way along Transolímpica, which connects Deodoro to the Barra da Tijuca Olympic site. In response, the military surrounded the area at 2 am on Thursday morning, to keep delinquents from leaving the slum. In the morning, officers from BOPE (Battalion of Special Operations) and the Federal Police began the operation on the community. Four men, between the ages of 18 and 32, were shot. Igor Barbosa Gregório, 23, died from a bullet to the head. Translated by SUGHEY RAMIREZ Read the article in the original language +Latest news in English *Mangueira Slum Has ' V.I.P Area' with Funk and Barbecue During Opening *Rio-2016 Food Shops Run Out of Food on 1st Day of Olympics *Opening of Rio-2016 Is Praised by International Press; See the Reaction
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Ser Educacional encerra proposta para combinação de negócios com Estácio
A Ser Educacional informou nesta segunda-feira (11) que encerrou proposta para combinação de negócios com a Estácio Participações depois que a rival de maior porte aceitou oferta da Kroton na sexta-feira (8). "A Ser Educacional considera encerradas as obrigações da proposta divulgada em 29 de junho de 2016", informou a empresa em comunicado ao mercado em referência à oferta de fusão com a Estácio pela qual pagaria R$ 1 bilhão em dividendos aos acionistas da Estácio. A decisão ocorre após o conselho de administração da Estácio aprovar, na sexta, a oferta feita pela Kroton, líder do mercado de ensino privado. Para que o negócio se concretize, falta ainda passar pela assembleia de acionistas e pelo escrutínio do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O negócio deve passar com maior facilidade na assembleia porque os acionistas já vinham dando sinais de que estão de acordo. A fim de chegar ao acordo e conseguir levar a rede fluminense em uma operação avaliada em mais de R$ 5,5 bilhões, a Kroton precisou ampliar pela terceira vez sua oferta inicial. A troca de ações negociada chegou a 1,37 ação ordinária de emissão da Kroton para cada ação de emissão da Estácio, quando considerada a distribuição de R$ 420 milhões em dividendos a acionistas da Estácio. A escalada do preço teve como pano de fundo a resistência da família Zaher, maior acionista da Estácio, com cerca de 14%, em vender o negócio. Insatisfeita com os valores propostos, a família chegou a anunciar que estava em busca de capital para adquirir mais 36% da companhia e se tornar majoritária, impedindo a venda. Uma primeira aceitação dos termos propostos já havia ocorrido na semana passada, mas a reunião desta sexta era definitiva para a decisão de levar adiante a proposta em assembleia de acionistas. RENÚNCIA Chaim Zaher, que ocupava a presidência da empresa enquanto as negociações eram feitas pelos membros do conselho, decidiu renunciar ao posto executivo na terça-feira (5) para voltar a participar das discussões na reunião realizada nesta sexta, que decidiria o destino da Estácio. Nesta semana, Zaher enviou manifestações ao mercado lembrando que nenhuma proposta estava escolhida. Grande parte são fundos investidores que ao mesmo tempo são acionistas da Kroton e da Estácio e por isso reconhecem muitos ganhos no negócio. Com cerca de 1,5 milhão de alunos, a nova empresa poderá alcançar 25% de participação no mercado de educação privada, segundo a consultoria Hoper Educação. Analistas estimam que, dados o gigantismo do negócio e os riscos da concentração, o Cade deve impor restrições. A negociação já havia provocado reações como a da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, que entrou com denúncia no órgão no afirmando que a fusão pode prejudicar a qualidade. KROTON /1º TRI.2016 receita líquida: R$ 1,27 bilhão lucro líquido: R$ 505,9 milhões dívida líquida: R$ 137,2 milhões ESTÁCIO /1º TRI.2016 receita líquida: R$ 793 milhões lucro líquido: R$ 128,5 milhões dívida líquida: R$ 568,9 milhões
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Ser Educacional encerra proposta para combinação de negócios com EstácioA Ser Educacional informou nesta segunda-feira (11) que encerrou proposta para combinação de negócios com a Estácio Participações depois que a rival de maior porte aceitou oferta da Kroton na sexta-feira (8). "A Ser Educacional considera encerradas as obrigações da proposta divulgada em 29 de junho de 2016", informou a empresa em comunicado ao mercado em referência à oferta de fusão com a Estácio pela qual pagaria R$ 1 bilhão em dividendos aos acionistas da Estácio. A decisão ocorre após o conselho de administração da Estácio aprovar, na sexta, a oferta feita pela Kroton, líder do mercado de ensino privado. Para que o negócio se concretize, falta ainda passar pela assembleia de acionistas e pelo escrutínio do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O negócio deve passar com maior facilidade na assembleia porque os acionistas já vinham dando sinais de que estão de acordo. A fim de chegar ao acordo e conseguir levar a rede fluminense em uma operação avaliada em mais de R$ 5,5 bilhões, a Kroton precisou ampliar pela terceira vez sua oferta inicial. A troca de ações negociada chegou a 1,37 ação ordinária de emissão da Kroton para cada ação de emissão da Estácio, quando considerada a distribuição de R$ 420 milhões em dividendos a acionistas da Estácio. A escalada do preço teve como pano de fundo a resistência da família Zaher, maior acionista da Estácio, com cerca de 14%, em vender o negócio. Insatisfeita com os valores propostos, a família chegou a anunciar que estava em busca de capital para adquirir mais 36% da companhia e se tornar majoritária, impedindo a venda. Uma primeira aceitação dos termos propostos já havia ocorrido na semana passada, mas a reunião desta sexta era definitiva para a decisão de levar adiante a proposta em assembleia de acionistas. RENÚNCIA Chaim Zaher, que ocupava a presidência da empresa enquanto as negociações eram feitas pelos membros do conselho, decidiu renunciar ao posto executivo na terça-feira (5) para voltar a participar das discussões na reunião realizada nesta sexta, que decidiria o destino da Estácio. Nesta semana, Zaher enviou manifestações ao mercado lembrando que nenhuma proposta estava escolhida. Grande parte são fundos investidores que ao mesmo tempo são acionistas da Kroton e da Estácio e por isso reconhecem muitos ganhos no negócio. Com cerca de 1,5 milhão de alunos, a nova empresa poderá alcançar 25% de participação no mercado de educação privada, segundo a consultoria Hoper Educação. Analistas estimam que, dados o gigantismo do negócio e os riscos da concentração, o Cade deve impor restrições. A negociação já havia provocado reações como a da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, que entrou com denúncia no órgão no afirmando que a fusão pode prejudicar a qualidade. KROTON /1º TRI.2016 receita líquida: R$ 1,27 bilhão lucro líquido: R$ 505,9 milhões dívida líquida: R$ 137,2 milhões ESTÁCIO /1º TRI.2016 receita líquida: R$ 793 milhões lucro líquido: R$ 128,5 milhões dívida líquida: R$ 568,9 milhões
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Veja os lançamentos da área jurídica em destaque nesta semana
A Folha seleciona semanalmente sugestões de livros jurídicos. Confira os destaques: * LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO COMENTADA Autor Fábio Alexandre Coelho Editora Edipro / (14) 3234-8411 Quanto R$ 98 (240 págs.) Ao apresentar a análise dos dispositivos normativos, o autor recorre a argumentos doutrinários, ao histórico legislativo, a decisões judiciais e a especificações procedimentais, tais como registros em cartórios. O texto é objetivo e bastante prático. DIREITO CHINÊS CONTEMPORÂNEO Autores Fabrício B. Pasquot Polido e Marcelo Maciel Ramos Editora Almedina / (11) 3885-6624 Quanto R$ 99 (440 págs.) O livro introduz o leitor à cultura jurídica e ao direito chinês atual. Trata dos principais aspectos nacionais (constitucional, do trabalho, organização política e judiciária) e da disciplina jurídica das relações internacionais. Sistemático e de fácil de leitura. DIREITO ECONÔMICO ATUAL Autores Diogo R. Coutinho, Jean-Paul Veiga da Rocha e Mario G. Shapiro (coords.) Editora Método / (11) 5080-0770 Quanto R$ 96 (392 págs.) A obra é resultado de esforço acadêmico sério em problematizar questões da disciplina jurídica da economia. Há variados estudos de caso, com foco maior em regulação de setores de infra-estrutura e concorrência. A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO Autor Georg Jellinek Editora Atlas / 0800-171944 Quanto R$ 44 (112 págs.) Integra a coleção de clássicos do direito. A obra analisa as origens e o fundamento existencial da declaração francesa de 1789, trazendo seu contexto histórico e político comparado. Tradução e estudo introdutório de Emerson Garcia.
cotidiano
Veja os lançamentos da área jurídica em destaque nesta semanaA Folha seleciona semanalmente sugestões de livros jurídicos. Confira os destaques: * LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO COMENTADA Autor Fábio Alexandre Coelho Editora Edipro / (14) 3234-8411 Quanto R$ 98 (240 págs.) Ao apresentar a análise dos dispositivos normativos, o autor recorre a argumentos doutrinários, ao histórico legislativo, a decisões judiciais e a especificações procedimentais, tais como registros em cartórios. O texto é objetivo e bastante prático. DIREITO CHINÊS CONTEMPORÂNEO Autores Fabrício B. Pasquot Polido e Marcelo Maciel Ramos Editora Almedina / (11) 3885-6624 Quanto R$ 99 (440 págs.) O livro introduz o leitor à cultura jurídica e ao direito chinês atual. Trata dos principais aspectos nacionais (constitucional, do trabalho, organização política e judiciária) e da disciplina jurídica das relações internacionais. Sistemático e de fácil de leitura. DIREITO ECONÔMICO ATUAL Autores Diogo R. Coutinho, Jean-Paul Veiga da Rocha e Mario G. Shapiro (coords.) Editora Método / (11) 5080-0770 Quanto R$ 96 (392 págs.) A obra é resultado de esforço acadêmico sério em problematizar questões da disciplina jurídica da economia. Há variados estudos de caso, com foco maior em regulação de setores de infra-estrutura e concorrência. A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO Autor Georg Jellinek Editora Atlas / 0800-171944 Quanto R$ 44 (112 págs.) Integra a coleção de clássicos do direito. A obra analisa as origens e o fundamento existencial da declaração francesa de 1789, trazendo seu contexto histórico e político comparado. Tradução e estudo introdutório de Emerson Garcia.
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Leitor defende penas mais duras para tentar diminuir número de homícidios
O absurdo número de homicídios no Brasil tem razão óbvia: leis que tratam criminosos violentos como ladrões de galinha e vice-versa. É preciso penas longas para crimes violentos –hoje não faz diferença ao bandido matar ou não: estará solto em cinco ou seis anos. Mas ele pensará duas vezes se a violência custar 20 ou 30 anos –e, se não pensar, vai ficar fora de circulação por décadas quando for preso. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor defende penas mais duras para tentar diminuir número de homícidiosO absurdo número de homicídios no Brasil tem razão óbvia: leis que tratam criminosos violentos como ladrões de galinha e vice-versa. É preciso penas longas para crimes violentos –hoje não faz diferença ao bandido matar ou não: estará solto em cinco ou seis anos. Mas ele pensará duas vezes se a violência custar 20 ou 30 anos –e, se não pensar, vai ficar fora de circulação por décadas quando for preso. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Expedição daninha: artista explica mapeamento de plantas no Minhocão
Sentados no concreto em uma das vias do Minhocão —que, em dias úteis, recebe carros e caminhões—, futuros arquitetos, estudantes, professores e fotógrafos amadores são orientados a fechar os olhos e perceber os barulhos da cidade. O exercício que deu início à Oficina Ervas Daninhas - Desenhando o Minhocão, ministrada pela artista visual Laura Lydia, 35, foi o primeiro estágio da exploração do gigante de cimento que ocorreu neste domingo (12). A ação fazia parte do projeto Ervas SP, criado pela artista com o objetivo de identificar a natureza viva na paisagem infértil da cidade e que resultou na catalogação das diferentes espécies de plantas que sobrevivem nas rachaduras do Elevado Costa e Silva. O segundo passo, do que na verdade foi o encerramento do programa, foi observar e desenhar alguma particularidade do espaço. Vanessa Horiuchi, 25, está fazendo um trabalho de conclusão do seu curso de Arquitetura sobre a via expressa elevada. "Respiro o Minhocão. Fiquei sabendo da oficina em uma reportagem e vim ver. A gente trabalha muito com computador. É bom resgatar o desenho", diz. Na sequência, todos foram convidados para uma expedição coletiva, na qual poderiam ser observadas as intervenções de Lydia, feitas com a ajuda do biólogo Vitor Barão, 26. As intromissões artísticas são desenhos de Lydia de aproximadamente 40 espécies de ervas daninhas encontradas por lá e identificadas por ela e Barão com o auxílio do livro "Plantas Daninhas", de Harri Lorenzi, e de um grupo de especialistas em taxonomia vegetal, o DetWeb, via Facebook. Feitas com pincel sobre tinta de parede branca, as ilustrações no canteiro central ou próximas às grades laterais das vias formam um catálogo a céu aberto que sofre mudanças contínuas. "Algumas plantinhas morrem e outras florescem. Ao limpar, a prefeitura arranca algumas ou pinta o estêncil que também usamos no projeto", explica a artista. "Ela resgata algo dos cientistas naturalistas, uma relação histórica do desenho científico. É um registro. E ela não tira a planta do lugar para fazê-lo. Amplia o olhar", diz a artista plástica Teresa Berlinck, 52, que soube da atividade por meio de redes sociais. Conforme a pequena caravana avança, mais curiosos se aproximam. "É aqui o negócio das plantinhas?" Sim, chega mais. Na saída do largo do Arouche a caminhada já tinha 20 adeptos que ora palpitavam sobre a origem dos nomes das plantas —"pilosa vem de pêlo"—, ora relatavam a flora de seus quintais e o tráfego de sementes por intermédio de passarinhos. O passeio de hoje acabou com uma projeção de vídeo sobre o Ervas SP, assim como o projeto, mas a ideia é fazer mais catálogos. Uma proposta com o Sesc está sendo estudada e a artista, que mora no Rio, pensa em fazer algo na capital carioca. "A natureza é muito evidente no Rio, mas há vários lugares inóspitos. Quero mapear o mundo", diz Lydia aos risos.
cotidiano
Expedição daninha: artista explica mapeamento de plantas no MinhocãoSentados no concreto em uma das vias do Minhocão —que, em dias úteis, recebe carros e caminhões—, futuros arquitetos, estudantes, professores e fotógrafos amadores são orientados a fechar os olhos e perceber os barulhos da cidade. O exercício que deu início à Oficina Ervas Daninhas - Desenhando o Minhocão, ministrada pela artista visual Laura Lydia, 35, foi o primeiro estágio da exploração do gigante de cimento que ocorreu neste domingo (12). A ação fazia parte do projeto Ervas SP, criado pela artista com o objetivo de identificar a natureza viva na paisagem infértil da cidade e que resultou na catalogação das diferentes espécies de plantas que sobrevivem nas rachaduras do Elevado Costa e Silva. O segundo passo, do que na verdade foi o encerramento do programa, foi observar e desenhar alguma particularidade do espaço. Vanessa Horiuchi, 25, está fazendo um trabalho de conclusão do seu curso de Arquitetura sobre a via expressa elevada. "Respiro o Minhocão. Fiquei sabendo da oficina em uma reportagem e vim ver. A gente trabalha muito com computador. É bom resgatar o desenho", diz. Na sequência, todos foram convidados para uma expedição coletiva, na qual poderiam ser observadas as intervenções de Lydia, feitas com a ajuda do biólogo Vitor Barão, 26. As intromissões artísticas são desenhos de Lydia de aproximadamente 40 espécies de ervas daninhas encontradas por lá e identificadas por ela e Barão com o auxílio do livro "Plantas Daninhas", de Harri Lorenzi, e de um grupo de especialistas em taxonomia vegetal, o DetWeb, via Facebook. Feitas com pincel sobre tinta de parede branca, as ilustrações no canteiro central ou próximas às grades laterais das vias formam um catálogo a céu aberto que sofre mudanças contínuas. "Algumas plantinhas morrem e outras florescem. Ao limpar, a prefeitura arranca algumas ou pinta o estêncil que também usamos no projeto", explica a artista. "Ela resgata algo dos cientistas naturalistas, uma relação histórica do desenho científico. É um registro. E ela não tira a planta do lugar para fazê-lo. Amplia o olhar", diz a artista plástica Teresa Berlinck, 52, que soube da atividade por meio de redes sociais. Conforme a pequena caravana avança, mais curiosos se aproximam. "É aqui o negócio das plantinhas?" Sim, chega mais. Na saída do largo do Arouche a caminhada já tinha 20 adeptos que ora palpitavam sobre a origem dos nomes das plantas —"pilosa vem de pêlo"—, ora relatavam a flora de seus quintais e o tráfego de sementes por intermédio de passarinhos. O passeio de hoje acabou com uma projeção de vídeo sobre o Ervas SP, assim como o projeto, mas a ideia é fazer mais catálogos. Uma proposta com o Sesc está sendo estudada e a artista, que mora no Rio, pensa em fazer algo na capital carioca. "A natureza é muito evidente no Rio, mas há vários lugares inóspitos. Quero mapear o mundo", diz Lydia aos risos.
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Gigante chilena do cobre, estatal Codelco afirma não ter "um centavo"
"Não há dinheiro, entendam, nenhum centavo." A frase, de Nelson Pizarro, presidente-executivo da maior produtora de cobre do mundo, a chilena Codelco, simboliza a atual situação da estatal. Segundo ele, a empresa, criada em 1976 e que tem uma dívida de US$ 14 bilhões, passa pela pior crise da sua história. No primeiro semestre, a companhia teve prejuízo de US$ 97 milhões. Como se o resultado não fosse suficiente, a empresa precisa se capitalizar para manter a produção —e o Estado ainda não indicou se poderá fazer essa injeção.. O problema ganha proporções maiores quando se considera a importância da mineração para o país. O cobre foi responsável diretamente por 10% do PIB e de 2,5% dos empregos chilenos em 2015 —em 2007, a participação na economia chegava a 20%. Em 2015, só a Codelco gerou 2,5% do total arrecadado pelo Estado. Essa fatia, porém, caiu para 1,9% no acumulado até julho deste ano. A estatal precisa hoje de US$ 18 bilhões para fazer seus investimentos e produzir 2 milhões de toneladas de cobre por ano em 2020. "A situação vem piorando há uns cinco anos, principalmente porque o Estado restringiu ao máximo o orçamento de investimentos", disse à Folha o professor de economia Guillermo Pattillo, da Universidade de Santiago. Pizarro já sinalizou que alguns projetos poderão ser cortados se não houver financiamento, o que afastaria a empresa da meta dos 2 milhões de toneladas. Hoje, a produção é de 1,7 milhão. A redução da demanda global do cobre, sobretudo na China, e a subsequente queda do preço do produto também estão entre os fatores que desencadearam a crise da Codelco. O valor do cobre diminuiu 21% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2015. Se comparado com 2011, quando a cotação atingiu o seu auge, a retração é de 55%. "O cobre é uma das commodities com pior resultado nos últimos anos", diz o argentino Juan Pablo Ronderos, da consultoria Abeceb. DEBATE POLÍTICO A crise provocou debate político. A senadora Isabel Allende, do Partido Socialista (o mesmo da presidente Michelle Bachelet) defendeu que se acabe com a lei que determina o repasse de 10% do valor das vendas da Codelco para as Forças Armadas. O opositor e ex-presidente Sebastián Piñera também disse que é preciso mudar a lei e acrescentou que as pessoas não podem pensar que a estatal é "uma vaca leiteira". Bachelet, que tem a aprovação de apenas 19% dos chilenos, afirmou que o governo está comprometido com a empresa, mas que é necessário avaliar a melhor forma para capitalizá-la. Procurada, a assessora da Codelco disse que não comentaria o assunto.
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Gigante chilena do cobre, estatal Codelco afirma não ter "um centavo""Não há dinheiro, entendam, nenhum centavo." A frase, de Nelson Pizarro, presidente-executivo da maior produtora de cobre do mundo, a chilena Codelco, simboliza a atual situação da estatal. Segundo ele, a empresa, criada em 1976 e que tem uma dívida de US$ 14 bilhões, passa pela pior crise da sua história. No primeiro semestre, a companhia teve prejuízo de US$ 97 milhões. Como se o resultado não fosse suficiente, a empresa precisa se capitalizar para manter a produção —e o Estado ainda não indicou se poderá fazer essa injeção.. O problema ganha proporções maiores quando se considera a importância da mineração para o país. O cobre foi responsável diretamente por 10% do PIB e de 2,5% dos empregos chilenos em 2015 —em 2007, a participação na economia chegava a 20%. Em 2015, só a Codelco gerou 2,5% do total arrecadado pelo Estado. Essa fatia, porém, caiu para 1,9% no acumulado até julho deste ano. A estatal precisa hoje de US$ 18 bilhões para fazer seus investimentos e produzir 2 milhões de toneladas de cobre por ano em 2020. "A situação vem piorando há uns cinco anos, principalmente porque o Estado restringiu ao máximo o orçamento de investimentos", disse à Folha o professor de economia Guillermo Pattillo, da Universidade de Santiago. Pizarro já sinalizou que alguns projetos poderão ser cortados se não houver financiamento, o que afastaria a empresa da meta dos 2 milhões de toneladas. Hoje, a produção é de 1,7 milhão. A redução da demanda global do cobre, sobretudo na China, e a subsequente queda do preço do produto também estão entre os fatores que desencadearam a crise da Codelco. O valor do cobre diminuiu 21% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2015. Se comparado com 2011, quando a cotação atingiu o seu auge, a retração é de 55%. "O cobre é uma das commodities com pior resultado nos últimos anos", diz o argentino Juan Pablo Ronderos, da consultoria Abeceb. DEBATE POLÍTICO A crise provocou debate político. A senadora Isabel Allende, do Partido Socialista (o mesmo da presidente Michelle Bachelet) defendeu que se acabe com a lei que determina o repasse de 10% do valor das vendas da Codelco para as Forças Armadas. O opositor e ex-presidente Sebastián Piñera também disse que é preciso mudar a lei e acrescentou que as pessoas não podem pensar que a estatal é "uma vaca leiteira". Bachelet, que tem a aprovação de apenas 19% dos chilenos, afirmou que o governo está comprometido com a empresa, mas que é necessário avaliar a melhor forma para capitalizá-la. Procurada, a assessora da Codelco disse que não comentaria o assunto.
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O som experimental de Bemônio e Satanique
RESUMO Com participações especiais de Ava Rocha e de integrantes do grupo Metá Metá, o carioca Bemônio lança CD "Desgosto", que dá prosseguimento a uma linha sonora sombria e angustiante. De Brasília, o Satanique Samba Trio explora ritmos brasileiros, jazz e música de vanguarda. Em comum, um som do capeta. "Limpar as Vísceras", "Esfregar o Limão por Dentro e por Fora", "Deixar de Molho", "Picar em Tirinhas as Tripas e Demais Vísceras", "Temperar com Sal, Pimenta-do-Reino, Alho, Cebola, Cheiro-Verde, Louro e Hortelã", "Aquecer o Azeite e Adicionar o Toucinho", "Juntar o Sangue Coagulado", "Retirar o Bucho do Molho de Limão", "Costurar com Agulha e Linha" e, por fim, "Cozinhar em Fogo Brando durante 4 Horas". Essa é a receita proposta pelo trio carioca Bemônio no recém-lançado CD "Desgosto" (que pode ser ouvido em bemonio.bandcamp.com). Seguir todos os passos dessa cozinha experimental dura aproximadamente 50 minutos e é impossível passar incólume pelo processo. Ouvir o Bemônio não é uma experiência agradável. Partindo de uma estética próxima da das trilhas sonoras de filme de terror, a música do trio é sombria, angustiante, violenta. Mesmo nos momentos de mais calmaria –sem tanta pressão, distorção, feedback, ritmos epiléticos e gritos–, paira sobre o ouvinte uma aura sinistra. Bemônio é fruto da imaginação e dos sintetizadores sufocantes de Paulo Caetano. Sozinho, ele deu início a seus rituais ocultistas em julho de 2012 com o excelente "Vulgatum Clementinam", uma missa negra improvisada com sintetizadores. Prolífico, lançou dez álbuns e EPs desde então, incorporando à banda Gustavo Matos, na bateria, e Eduardo Manso, nas guitarras e sintetizadores. Até agora, nenhum disco do trio teve tanta repercussão quanto "Santo", de 2013. Mixado por Steve Austin, da banda americana Today Is the Day, é repleto de participações e pode ser descrito como uma encruzilhada onde ocorrem diferentes encontros com o Bemônio. Tantas ondas distintas fazem com que "Santo" seja um ponto fora da curva na discografia do grupo. O novo álbum, "Desgosto", também traz uma série de convidados, mas o resultado é muito mais próximo da liturgia do trio. "Esfregar o Limão por Dentro e por Fora" mostra como os convidados são incorporados mais organicamente desta vez. Ava Rocha, Juçara Marçal, Thiago França e Kiko Dinucci, os três últimos do Metá Metá, amalgamam-se no mar de notas sustentadas, sem que a interferência do sax circular, do dedilhado ou das vozes entrecortadas em oposição ao clima ruim criado pelo trio original. Bemônio faz música para ouvir com o corpo, para que se sintam na pele os açoites, para ficar fisicamente incomodado. A associação mais fácil é com o rock industrial de um Throbbling Gristle, com os experimentos radicais do Nurse with Wound ou com o noise japonês, especificamente com a agonia da série "Music for Bondage Performance", do Merzbow. A diferença é que o Bemônio não é só ruído abrasivo; muito da sua música parte do drone. MICROTONS Drone é uma música minimalista, caracterizada pela repetição, usando notas ou conjuntos de notas sustentadas, entonação justa e microtons. Drones podem conter a vastidão do oceano de som, mas eles também oferecem uma trama por meio da qual ele pode ser navegado. O compositor minimalista americano La Monte Young "falou de usar suas peças de tom sustentado como forma de produzir ou manter um estado de espírito particular ao estimular o sistema nervoso continuamente com um determinado grupo de vibrações sonoras –criando assim uma constante a partir da qual a mente pode se mover, para frente ou para trás", escreve o crítico inglês Marcus Boon no artigo "The Eternal Drone". "Drone é o veículo perfeito para expressar a alienação das noções tradicionais do sagrado –seja existencialmente, por meio de um culto ao 'sombrio', como faz o músico de vanguarda japonês Keiji Haino, vestido de preto com seu hurdy gurdy e pedais de efeitos, seja por meio de uma música que enfatiza mecanismos e dissonância ao imitar o ruído do maquinário da sociedade industrial", conclui Boon. O drone tem origem mais antiga que os lofts de Nova York nos anos 60, onde La Monte Young encenava seu "Theatre of Eternal Music". Toda a música mântrica indiana se baseia em drones e, desde a Idade Média na Europa, há relatos do êxtase causado pela combinação das luzes multicoloridas dos vitrais com os sons produzidos pelos órgãos nas igrejas. Há nessa memória sonora cultural uma relação direta com o som do trio. Em 2013, Paulo Caetano disse ao jornalista Bruno Natal que chegou à sonoridade do Bemônio por meio da missa católica e da trilha sonora do filme "A Profecia" (1976). "Quando ouvia coros ou cantos gregorianos numa missa, associados às imagens religiosas e ao 'reverb' que a acústica da igreja traz, tinha arrepios, ficava angustiado e não obtinha a mesma calma que um católico fervoroso. Quando eu vi esse mesmo canto associado a um filme de terror, falei: é isso que vou fazer." Por ser mais abstrata, a música causa horror mais intenso do que qualquer canção de louvor ao capeta, de Raul Seixas às bandas de metal. Até porque, na história, a música do diabo sempre se deu em oposição à música celestial, branca, europeia, domesticada pelos dogmas da escala temperada. Ritmo e dissonância são as principais marcas do diabo. O ritmo e a dança dos negros foram as primeiras vítimas do preconceito musical no Brasil. Uma passagem muito interessante narrada no livro "Sons, Formas, Cores e Movimentos da Modernidade Atlântica: Europa, América e África" (Annablume, org. Júnia Ferreira Furtado), ilustra o temor que o batuque negro provocara ao viajante Nuno Marques Ferreira, autor do "Peregrino da América". "'O estrondo dos tabaques, pandeiros, canzás, botijas e castanhetas' impediu que caísse no sono em uma das fazendas onde pernoitara a caminho de Minas. O calundu dos negros, com seus 'horríveis alaridos', representava para ele a 'confusão do inferno'. Avaliou que era o próprio demônio que mandava 'tocar em triunfo ao som destes infernais instrumentos', 'com tais estrondos', para mostrar sua vitória sobre o Deus cristãos nas terras coloniais. [...] Se o diabo se manifestava em som tão estridente, para Nuno Marques Pereira essa presença era também silêncio, pois era sintoma da ausência da verdadeira fé. Foi assim que, chamando o mestre dos calundus, explicou-lhe que em bom português, seguindo a etimologia do nome, calundu significava que se calam os dois: calo duo ("¦), vós e o diabo. Cala diabo, e calai vós o grande pecado que fazeis pelo pacto que tendes com o diabo." Na música clássica nada representa melhor o espírito da dissonância que o trítono. O intervalo cuja extensão tem um semitom a menos do que a quinta perfeita, chamado de "diabolus in musica" (o demônio musical), é empregado para produzir estranhamento. "Há muito tal intervalo produz vibrações incômodas nos ouvidos humanos", explica o crítico Alex Ross ao falar do escândalo causado pela abertura da ópera modernista "Salomé", de Richard Strauss. O trítono não é exclusivo da música clássica; foi usado por Leonard Bernstein em "Maria" e por Jimi Hendrix em "Purple Haze" –e se tornou uma marca do metal a partir da planta baixa desenhada pelo Black Sabbath. A dissonância intensifica o drama, como escreve Nietzsche, em "O Nascimento da Tragédia": "O mito trágico nos deve convencer de que mesmo o feio e o desarmônico são um jogo artístico que a vontade, na perene plenitude de seu prazer, joga consigo própria. Difícil como é de se apreender, esse fenômeno primordial da arte dionisíaca só por um caminho direto torna-se singularmente inteligível e é imediatamente captado: no maravilhoso significado da dissonância musical". A única banda que rivaliza com o Bemônio no campo do experimentalismo demoníaco brasileiro adota uma estética diferente. Trata-se do sexteto brasiliense Satanique Samba Trio. Ao longo de sete discos, desde "Misantropicália" (2004) até o recente "Mó Bad" (2015), o Satanique mistura ritmos brasileiros com jazz e música de vanguarda (algumas amostras podem ser escutadas em sataniquesambatrio.com.br). Tudo com muita dissonância, veneno e maldade. Por mais que seja uma música difícil, é bem menos angustiante do que a produzida pelo trio carioca –até porque usa brilhantemente o recurso da ironia. Nestas terras em franco processo de putrefação institucional, tomadas por Malafaias de todas as falanges, até que cai bem um culto na igreja do Bemônio ou pelo menos rir pra diabo com o som do Satanique Samba Trio. GUILHERME WERNECK, 43, é jornalista, roteirista, garimpeiro de música e sócio da agência de comunicação Latitude Zero.
ilustrissima
O som experimental de Bemônio e SataniqueRESUMO Com participações especiais de Ava Rocha e de integrantes do grupo Metá Metá, o carioca Bemônio lança CD "Desgosto", que dá prosseguimento a uma linha sonora sombria e angustiante. De Brasília, o Satanique Samba Trio explora ritmos brasileiros, jazz e música de vanguarda. Em comum, um som do capeta. "Limpar as Vísceras", "Esfregar o Limão por Dentro e por Fora", "Deixar de Molho", "Picar em Tirinhas as Tripas e Demais Vísceras", "Temperar com Sal, Pimenta-do-Reino, Alho, Cebola, Cheiro-Verde, Louro e Hortelã", "Aquecer o Azeite e Adicionar o Toucinho", "Juntar o Sangue Coagulado", "Retirar o Bucho do Molho de Limão", "Costurar com Agulha e Linha" e, por fim, "Cozinhar em Fogo Brando durante 4 Horas". Essa é a receita proposta pelo trio carioca Bemônio no recém-lançado CD "Desgosto" (que pode ser ouvido em bemonio.bandcamp.com). Seguir todos os passos dessa cozinha experimental dura aproximadamente 50 minutos e é impossível passar incólume pelo processo. Ouvir o Bemônio não é uma experiência agradável. Partindo de uma estética próxima da das trilhas sonoras de filme de terror, a música do trio é sombria, angustiante, violenta. Mesmo nos momentos de mais calmaria –sem tanta pressão, distorção, feedback, ritmos epiléticos e gritos–, paira sobre o ouvinte uma aura sinistra. Bemônio é fruto da imaginação e dos sintetizadores sufocantes de Paulo Caetano. Sozinho, ele deu início a seus rituais ocultistas em julho de 2012 com o excelente "Vulgatum Clementinam", uma missa negra improvisada com sintetizadores. Prolífico, lançou dez álbuns e EPs desde então, incorporando à banda Gustavo Matos, na bateria, e Eduardo Manso, nas guitarras e sintetizadores. Até agora, nenhum disco do trio teve tanta repercussão quanto "Santo", de 2013. Mixado por Steve Austin, da banda americana Today Is the Day, é repleto de participações e pode ser descrito como uma encruzilhada onde ocorrem diferentes encontros com o Bemônio. Tantas ondas distintas fazem com que "Santo" seja um ponto fora da curva na discografia do grupo. O novo álbum, "Desgosto", também traz uma série de convidados, mas o resultado é muito mais próximo da liturgia do trio. "Esfregar o Limão por Dentro e por Fora" mostra como os convidados são incorporados mais organicamente desta vez. Ava Rocha, Juçara Marçal, Thiago França e Kiko Dinucci, os três últimos do Metá Metá, amalgamam-se no mar de notas sustentadas, sem que a interferência do sax circular, do dedilhado ou das vozes entrecortadas em oposição ao clima ruim criado pelo trio original. Bemônio faz música para ouvir com o corpo, para que se sintam na pele os açoites, para ficar fisicamente incomodado. A associação mais fácil é com o rock industrial de um Throbbling Gristle, com os experimentos radicais do Nurse with Wound ou com o noise japonês, especificamente com a agonia da série "Music for Bondage Performance", do Merzbow. A diferença é que o Bemônio não é só ruído abrasivo; muito da sua música parte do drone. MICROTONS Drone é uma música minimalista, caracterizada pela repetição, usando notas ou conjuntos de notas sustentadas, entonação justa e microtons. Drones podem conter a vastidão do oceano de som, mas eles também oferecem uma trama por meio da qual ele pode ser navegado. O compositor minimalista americano La Monte Young "falou de usar suas peças de tom sustentado como forma de produzir ou manter um estado de espírito particular ao estimular o sistema nervoso continuamente com um determinado grupo de vibrações sonoras –criando assim uma constante a partir da qual a mente pode se mover, para frente ou para trás", escreve o crítico inglês Marcus Boon no artigo "The Eternal Drone". "Drone é o veículo perfeito para expressar a alienação das noções tradicionais do sagrado –seja existencialmente, por meio de um culto ao 'sombrio', como faz o músico de vanguarda japonês Keiji Haino, vestido de preto com seu hurdy gurdy e pedais de efeitos, seja por meio de uma música que enfatiza mecanismos e dissonância ao imitar o ruído do maquinário da sociedade industrial", conclui Boon. O drone tem origem mais antiga que os lofts de Nova York nos anos 60, onde La Monte Young encenava seu "Theatre of Eternal Music". Toda a música mântrica indiana se baseia em drones e, desde a Idade Média na Europa, há relatos do êxtase causado pela combinação das luzes multicoloridas dos vitrais com os sons produzidos pelos órgãos nas igrejas. Há nessa memória sonora cultural uma relação direta com o som do trio. Em 2013, Paulo Caetano disse ao jornalista Bruno Natal que chegou à sonoridade do Bemônio por meio da missa católica e da trilha sonora do filme "A Profecia" (1976). "Quando ouvia coros ou cantos gregorianos numa missa, associados às imagens religiosas e ao 'reverb' que a acústica da igreja traz, tinha arrepios, ficava angustiado e não obtinha a mesma calma que um católico fervoroso. Quando eu vi esse mesmo canto associado a um filme de terror, falei: é isso que vou fazer." Por ser mais abstrata, a música causa horror mais intenso do que qualquer canção de louvor ao capeta, de Raul Seixas às bandas de metal. Até porque, na história, a música do diabo sempre se deu em oposição à música celestial, branca, europeia, domesticada pelos dogmas da escala temperada. Ritmo e dissonância são as principais marcas do diabo. O ritmo e a dança dos negros foram as primeiras vítimas do preconceito musical no Brasil. Uma passagem muito interessante narrada no livro "Sons, Formas, Cores e Movimentos da Modernidade Atlântica: Europa, América e África" (Annablume, org. Júnia Ferreira Furtado), ilustra o temor que o batuque negro provocara ao viajante Nuno Marques Ferreira, autor do "Peregrino da América". "'O estrondo dos tabaques, pandeiros, canzás, botijas e castanhetas' impediu que caísse no sono em uma das fazendas onde pernoitara a caminho de Minas. O calundu dos negros, com seus 'horríveis alaridos', representava para ele a 'confusão do inferno'. Avaliou que era o próprio demônio que mandava 'tocar em triunfo ao som destes infernais instrumentos', 'com tais estrondos', para mostrar sua vitória sobre o Deus cristãos nas terras coloniais. [...] Se o diabo se manifestava em som tão estridente, para Nuno Marques Pereira essa presença era também silêncio, pois era sintoma da ausência da verdadeira fé. Foi assim que, chamando o mestre dos calundus, explicou-lhe que em bom português, seguindo a etimologia do nome, calundu significava que se calam os dois: calo duo ("¦), vós e o diabo. Cala diabo, e calai vós o grande pecado que fazeis pelo pacto que tendes com o diabo." Na música clássica nada representa melhor o espírito da dissonância que o trítono. O intervalo cuja extensão tem um semitom a menos do que a quinta perfeita, chamado de "diabolus in musica" (o demônio musical), é empregado para produzir estranhamento. "Há muito tal intervalo produz vibrações incômodas nos ouvidos humanos", explica o crítico Alex Ross ao falar do escândalo causado pela abertura da ópera modernista "Salomé", de Richard Strauss. O trítono não é exclusivo da música clássica; foi usado por Leonard Bernstein em "Maria" e por Jimi Hendrix em "Purple Haze" –e se tornou uma marca do metal a partir da planta baixa desenhada pelo Black Sabbath. A dissonância intensifica o drama, como escreve Nietzsche, em "O Nascimento da Tragédia": "O mito trágico nos deve convencer de que mesmo o feio e o desarmônico são um jogo artístico que a vontade, na perene plenitude de seu prazer, joga consigo própria. Difícil como é de se apreender, esse fenômeno primordial da arte dionisíaca só por um caminho direto torna-se singularmente inteligível e é imediatamente captado: no maravilhoso significado da dissonância musical". A única banda que rivaliza com o Bemônio no campo do experimentalismo demoníaco brasileiro adota uma estética diferente. Trata-se do sexteto brasiliense Satanique Samba Trio. Ao longo de sete discos, desde "Misantropicália" (2004) até o recente "Mó Bad" (2015), o Satanique mistura ritmos brasileiros com jazz e música de vanguarda (algumas amostras podem ser escutadas em sataniquesambatrio.com.br). Tudo com muita dissonância, veneno e maldade. Por mais que seja uma música difícil, é bem menos angustiante do que a produzida pelo trio carioca –até porque usa brilhantemente o recurso da ironia. Nestas terras em franco processo de putrefação institucional, tomadas por Malafaias de todas as falanges, até que cai bem um culto na igreja do Bemônio ou pelo menos rir pra diabo com o som do Satanique Samba Trio. GUILHERME WERNECK, 43, é jornalista, roteirista, garimpeiro de música e sócio da agência de comunicação Latitude Zero.
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Diferença de salários entre homens e mulheres aumenta em cargos de chefia
A diferença salarial entre homens e mulheres permanece em queda no país, mas ainda há grande espaço para aproximação, principalmente em cargos de chefia. Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, o rendimento das mulheres equivalia a 76% do dos homens em 2015, cinco pontos percentuais a mais do que os 71% registrados em 2005. Em 2015, o rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.012. Já a trabalhadora recebeu, em média, R$ 1.522. Apesar da evolução de 38,2% no rendimento das mulheres em dez anos, o valor observado em 2015 ainda é menor do que os R$ 1.552 que os homens ganhavam em 2005. A diferença de salários é ainda maior em cargos de gerência ou direção, segundo os dados do IBGE. Neste caso, o salário médio das mulheres equivale a 68% do valor pago aos homens. Em 2005, equivalia a 71%. Há também um indicador de desigualdade entre as próprias mulheres: aquelas que têm emprego informal ganham apenas 49% das que trabalham com carteira assinada. No caso dos homens, a razão é de 55%. "As desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho podem ser analisadas também sob outras duas óticas: a diferenciação das jornadas de trabalho e a ocupação de cargos de chefia ou direção", ressalta o IBGE. AINDA DESIGUAL - Rendimento médio da mulher em relação ao do homem, em, % No primeiro caso, as mulheres tendem a ter uma jornada semanal menor do que 40 horas semanais, o que indica maior informalidade. De acordo com a pesquisa, a jornada média das mulheres foi de 34,9 horas por semana em 2015, enquanto a dos homens foi de 40,08 horas. Ainda assim, as mulheres têm uma jornada total maior, de 55,1 horas por semana, considerando os afazeres domésticos. Para os homens, a jornada média total é de 50,5 horas semanais. No caso da ocupação de cargos de chefia, do total de cargos ocupados por homens de 25 anos ou mais, 6,2% são de gerência ou direção. Para as mulheres, a proporção é de 4,7%.
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Diferença de salários entre homens e mulheres aumenta em cargos de chefiaA diferença salarial entre homens e mulheres permanece em queda no país, mas ainda há grande espaço para aproximação, principalmente em cargos de chefia. Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, o rendimento das mulheres equivalia a 76% do dos homens em 2015, cinco pontos percentuais a mais do que os 71% registrados em 2005. Em 2015, o rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.012. Já a trabalhadora recebeu, em média, R$ 1.522. Apesar da evolução de 38,2% no rendimento das mulheres em dez anos, o valor observado em 2015 ainda é menor do que os R$ 1.552 que os homens ganhavam em 2005. A diferença de salários é ainda maior em cargos de gerência ou direção, segundo os dados do IBGE. Neste caso, o salário médio das mulheres equivale a 68% do valor pago aos homens. Em 2005, equivalia a 71%. Há também um indicador de desigualdade entre as próprias mulheres: aquelas que têm emprego informal ganham apenas 49% das que trabalham com carteira assinada. No caso dos homens, a razão é de 55%. "As desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho podem ser analisadas também sob outras duas óticas: a diferenciação das jornadas de trabalho e a ocupação de cargos de chefia ou direção", ressalta o IBGE. AINDA DESIGUAL - Rendimento médio da mulher em relação ao do homem, em, % No primeiro caso, as mulheres tendem a ter uma jornada semanal menor do que 40 horas semanais, o que indica maior informalidade. De acordo com a pesquisa, a jornada média das mulheres foi de 34,9 horas por semana em 2015, enquanto a dos homens foi de 40,08 horas. Ainda assim, as mulheres têm uma jornada total maior, de 55,1 horas por semana, considerando os afazeres domésticos. Para os homens, a jornada média total é de 50,5 horas semanais. No caso da ocupação de cargos de chefia, do total de cargos ocupados por homens de 25 anos ou mais, 6,2% são de gerência ou direção. Para as mulheres, a proporção é de 4,7%.
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Facebook vai contratar 3.000 funcionários para evitar conteúdo violento
O Facebook vai contratar mais 3.000 funcionários ao longo do próximo ano para responder a denúncias publicação na rede social de material inapropriado e acelerar a remoção de vídeos exibindo assassinatos, suicídios e outros atos de violência, disse o presidente-executivo Mark Zuckerberg nesta quarta-feira (3). A contratação do pessoal é um reconhecimento pelo Facebook de que, pelo menos por enquanto, precisa de mais do que software automatizado para melhorar o monitoramento de posts. O Facebook Live, um serviço que permite a qualquer usuário transmitir ao vivo, foi prejudicado desde o seu lançamento no ano passado por pessoas que transmitem violência. Zuckerberg, cofundador da empresa, disse em publicação no Facebook que os novos contratados vão se unir aos 4.500 funcionários que já fazem a revisão de publicações que podem violar as políticas de serviço da rede social. Na semana passada, um pai na Tailândia transmitiu no Facebook Live ele próprio assassinando sua filha, disse a polícia. Depois de mais de um dia e 370 mil visualizações, o Facebook removeu o vídeo. Outros vídeos de Chicago e Cleveland também chocaram usuários pela violência que exibiram. mark zuckerberg "Estamos trabalhando para tornar esses vídeos mais fáceis de denunciar, para que possamos tomar a atitude correta mais cedo, seja respondendo rapidamente quando alguém precisa de ajuda ou derrubando um post." Os novos funcionários vão ocupar novos cargos e monitorar todo o conteúdo do Facebook, e não apenas vídeos ao vivo. A empresa não disse onde as vagas serão locados. A maior rede social do mundo, com 1,9 bilhão de usuários mensais, está se voltando para a inteligência artificial na tentativa de automatizar o processo de identificar pornografia, violência e outros materiais potencialmente ofensivos. Em março, a companhia disse ter planejado o uso de sua tecnologia para ajudar a localizar usuários com tendências suicidas e lhes dar assistência. Entretanto, o Facebook ainda depende em grande parte de seus usuários para reportar material problemático. A plataforma recebe milhões de denúncias de usuários por semana e, como outras grandes corporações do Vale do Silício, depende de milhares de monitores humanos para avaliar as denúncias. "Apesar da indústria alegar o contrário, eu não conheço nenhum mecanismo computadorizado que pode fazer este trabalho adequadamente, com precisão, 100% em vez de seres humanos. Nós não temos essa tecnologia ainda", disse Sarah Roberts, professora de estudos de informação na Universidade da Califórnia em Los Angeles, que acompanha o monitoramento de conteúdo.
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Facebook vai contratar 3.000 funcionários para evitar conteúdo violentoO Facebook vai contratar mais 3.000 funcionários ao longo do próximo ano para responder a denúncias publicação na rede social de material inapropriado e acelerar a remoção de vídeos exibindo assassinatos, suicídios e outros atos de violência, disse o presidente-executivo Mark Zuckerberg nesta quarta-feira (3). A contratação do pessoal é um reconhecimento pelo Facebook de que, pelo menos por enquanto, precisa de mais do que software automatizado para melhorar o monitoramento de posts. O Facebook Live, um serviço que permite a qualquer usuário transmitir ao vivo, foi prejudicado desde o seu lançamento no ano passado por pessoas que transmitem violência. Zuckerberg, cofundador da empresa, disse em publicação no Facebook que os novos contratados vão se unir aos 4.500 funcionários que já fazem a revisão de publicações que podem violar as políticas de serviço da rede social. Na semana passada, um pai na Tailândia transmitiu no Facebook Live ele próprio assassinando sua filha, disse a polícia. Depois de mais de um dia e 370 mil visualizações, o Facebook removeu o vídeo. Outros vídeos de Chicago e Cleveland também chocaram usuários pela violência que exibiram. mark zuckerberg "Estamos trabalhando para tornar esses vídeos mais fáceis de denunciar, para que possamos tomar a atitude correta mais cedo, seja respondendo rapidamente quando alguém precisa de ajuda ou derrubando um post." Os novos funcionários vão ocupar novos cargos e monitorar todo o conteúdo do Facebook, e não apenas vídeos ao vivo. A empresa não disse onde as vagas serão locados. A maior rede social do mundo, com 1,9 bilhão de usuários mensais, está se voltando para a inteligência artificial na tentativa de automatizar o processo de identificar pornografia, violência e outros materiais potencialmente ofensivos. Em março, a companhia disse ter planejado o uso de sua tecnologia para ajudar a localizar usuários com tendências suicidas e lhes dar assistência. Entretanto, o Facebook ainda depende em grande parte de seus usuários para reportar material problemático. A plataforma recebe milhões de denúncias de usuários por semana e, como outras grandes corporações do Vale do Silício, depende de milhares de monitores humanos para avaliar as denúncias. "Apesar da indústria alegar o contrário, eu não conheço nenhum mecanismo computadorizado que pode fazer este trabalho adequadamente, com precisão, 100% em vez de seres humanos. Nós não temos essa tecnologia ainda", disse Sarah Roberts, professora de estudos de informação na Universidade da Califórnia em Los Angeles, que acompanha o monitoramento de conteúdo.
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Tchau, querido
Houve golpe no Brasil. E mais de um. Houve golpe na eleição de 2014, que retesou tarifas para fingir controle na economia. Houve golpe naquela campanha vergonhosa, com o feijão sumindo do prato. Houve golpe nas pedaladas e no uso deslavado do caixa dois. Houve golpe em Pasadena, Abreu e Lima e nos favorecimentos do BNDES. Houve golpe na Petrobras e em Furnas. Foi tudo golpe, além, da traição do PMDB. Os que defendiam a permanência de Dilma Rousseff afirmavam que Temer perpetuaria o roubo e cortaria as asas da Justiça. Ruim com ela, pior sem ela, era o brado dos "Fora, Temer". De argumento parecido se valeu o ex-vice, ao dizer que era preciso deixá-lo no cargo, para garantir a retomada da economia. Hoje, isolado como está, já deve ter entendido que é justo o contrário. A Santa Inquisição de Dilma foi lenta e tortuosa, não resistiríamos a outro processo. Pelos solavancos do touro mecânico da Presidência, para citar Fábio Porchat, o Béla Lugosi do Jaburu aguarda apenas o coice honroso do TSE. O PMDB passou as últimas décadas agindo como eminência parda, a matéria escura da política brasileira. Onipresente e invisível ao olho nu do eleitor, era (e é) em torno dele que gravitava a coalizão partidária. Graças ao impeachment, a dracolândia abandonou as trevas e foi exposta ao sol abrasador do Planalto Central. Isso sempre me pareceu um dado novo e relevante. Pela primeira vez, desde a redemocratização, conhecemos quem, há muito, nos governa: homens brancos, saídos da Brasília dos anos 1970, afeitos a ternos demodês. Alheios à sociedade, não tiveram nem o cinismo de incluir mulheres e negros no quadro ministerial. E, em conluio com o tucanato e a bancada BBB, deram de baixar o cacete em índio, promover desmatamento em reserva ambiental, liberar pesticida na lavoura, arranha-céu em zona histórica, meia hora de almoço para trabalhador e aposentadoria para defunto. No embalo das medidas para deter o desastre econômico da era Dilma, do qual não guardo nenhuma saudade, a Transilvânia se viu livre para botar os dentes de fora. O problema é que sugar pescoços à luz do dia se mostrou tarefa árdua para aqueles acostumados à discrição dos gabinetes. Geddel Vieira dançou na mão de um ministrinho da Cultura, e o Vincent Price do Alvorada teve o peito cravado por uma estaca grampeada pelo açougueiro do boi sequestro. O PMDB se tornou frágil no momento em que se fez visível. A fúria dos Van Helsing da PF e da nova geração de juízes impressiona. A nação de Savonarolas. Demétrio Magnoli diagnostica uma dupla conspiração, entre a Justiça e o Executivo. Os poderes racharam. Perto disso, a disputa entre PT e PSDB virou fichinha. Se Wesley e Joesley Safadões saírem incólumes dessa mixórdia, proponho a canonização de Marcelo Odebrecht como mártir da Lava Jato. E, se a JBS é modelo de negociações público-privadas, pagando a multa da ladroagem com a valorização do câmbio, sugiro legalizar o comércio de armas e drogas, e transformar o PCC num partido-empresa. E para ocupar o deserto de homens e ideias de 2018, sugestão de uma amiga, lanço, com base no Mais Médicos, a campanha Mais Presidentes, convidando líderes aposentados do exterior para se alistarem na corrida eleitoral. Mujica e Obama despontam firmes na liderança. A fila anda. Tchau, querido.
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Tchau, queridoHouve golpe no Brasil. E mais de um. Houve golpe na eleição de 2014, que retesou tarifas para fingir controle na economia. Houve golpe naquela campanha vergonhosa, com o feijão sumindo do prato. Houve golpe nas pedaladas e no uso deslavado do caixa dois. Houve golpe em Pasadena, Abreu e Lima e nos favorecimentos do BNDES. Houve golpe na Petrobras e em Furnas. Foi tudo golpe, além, da traição do PMDB. Os que defendiam a permanência de Dilma Rousseff afirmavam que Temer perpetuaria o roubo e cortaria as asas da Justiça. Ruim com ela, pior sem ela, era o brado dos "Fora, Temer". De argumento parecido se valeu o ex-vice, ao dizer que era preciso deixá-lo no cargo, para garantir a retomada da economia. Hoje, isolado como está, já deve ter entendido que é justo o contrário. A Santa Inquisição de Dilma foi lenta e tortuosa, não resistiríamos a outro processo. Pelos solavancos do touro mecânico da Presidência, para citar Fábio Porchat, o Béla Lugosi do Jaburu aguarda apenas o coice honroso do TSE. O PMDB passou as últimas décadas agindo como eminência parda, a matéria escura da política brasileira. Onipresente e invisível ao olho nu do eleitor, era (e é) em torno dele que gravitava a coalizão partidária. Graças ao impeachment, a dracolândia abandonou as trevas e foi exposta ao sol abrasador do Planalto Central. Isso sempre me pareceu um dado novo e relevante. Pela primeira vez, desde a redemocratização, conhecemos quem, há muito, nos governa: homens brancos, saídos da Brasília dos anos 1970, afeitos a ternos demodês. Alheios à sociedade, não tiveram nem o cinismo de incluir mulheres e negros no quadro ministerial. E, em conluio com o tucanato e a bancada BBB, deram de baixar o cacete em índio, promover desmatamento em reserva ambiental, liberar pesticida na lavoura, arranha-céu em zona histórica, meia hora de almoço para trabalhador e aposentadoria para defunto. No embalo das medidas para deter o desastre econômico da era Dilma, do qual não guardo nenhuma saudade, a Transilvânia se viu livre para botar os dentes de fora. O problema é que sugar pescoços à luz do dia se mostrou tarefa árdua para aqueles acostumados à discrição dos gabinetes. Geddel Vieira dançou na mão de um ministrinho da Cultura, e o Vincent Price do Alvorada teve o peito cravado por uma estaca grampeada pelo açougueiro do boi sequestro. O PMDB se tornou frágil no momento em que se fez visível. A fúria dos Van Helsing da PF e da nova geração de juízes impressiona. A nação de Savonarolas. Demétrio Magnoli diagnostica uma dupla conspiração, entre a Justiça e o Executivo. Os poderes racharam. Perto disso, a disputa entre PT e PSDB virou fichinha. Se Wesley e Joesley Safadões saírem incólumes dessa mixórdia, proponho a canonização de Marcelo Odebrecht como mártir da Lava Jato. E, se a JBS é modelo de negociações público-privadas, pagando a multa da ladroagem com a valorização do câmbio, sugiro legalizar o comércio de armas e drogas, e transformar o PCC num partido-empresa. E para ocupar o deserto de homens e ideias de 2018, sugestão de uma amiga, lanço, com base no Mais Médicos, a campanha Mais Presidentes, convidando líderes aposentados do exterior para se alistarem na corrida eleitoral. Mujica e Obama despontam firmes na liderança. A fila anda. Tchau, querido.
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Leitora compara texto de garoto de dez anos com redação de vestibular
Nunca subestimem uma criança (Sempre subestimam as crianças)! A estrutura foi ótima: introdução que chama a atenção, desenvolvimento com retomadas de ideias, coesão, coerência e uma conclusão que conversa com o texto e explica o título. Técnicas que parecem complexas quando se fala em redação para vestibular, mas tão naturais para esse garoto. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitora compara texto de garoto de dez anos com redação de vestibularNunca subestimem uma criança (Sempre subestimam as crianças)! A estrutura foi ótima: introdução que chama a atenção, desenvolvimento com retomadas de ideias, coesão, coerência e uma conclusão que conversa com o texto e explica o título. Técnicas que parecem complexas quando se fala em redação para vestibular, mas tão naturais para esse garoto. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Após disparo de míssil, EUA pedem sanções fortes contra a Coreia do Norte
Os Estados Unidos pediram neste domingo (14) sanções mais fortes contra a Coreia do Norte após o lançamento de um novo míssil, o primeiro teste balístico do regime comunista desde a posse de um novo presidente na Coreia do Sul. O míssil, lançado da estação de Kusong, no noroeste do país, foi disparado às 17h30 (horário de Brasília) deste sábado (13) e percorreu cerca de 700 quilômetros antes de cair no mar do Japão, indicou o Estado-Maior Conjunto de Seul. "Que esta última provocação sirva de chamado a todas as nações para implementar sanções muito mais fortes contra a Coreia do Norte", disse a Casa Branca em comunicado. O míssil caiu "tão perto do solo russo (...) que o presidente não pode imaginar que a Rússia esteja feliz", acrescentou a Casa Branca. No entanto, o ministério da Defesa russo afirmou mais tarde que o míssil havia caído a 500 km de sua fronteira e que "não representa nenhum perigo" para o país, segundo um comunicado divulgado pelas agências de notícias russas. Pouco antes, o Kremlin afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, expressaram sua preocupação "pela escalada de tensões" durante uma reunião em Pequim. A China reagiu pedindo moderação e lembrou que "se opõe à violação por parte da Coreia do Norte das resoluções do Conselho de Segurança", indicou o ministério das Relações Exteriores em comunicado. Após o lançamento, o novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, investido no cargo esta semana, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete de segurança. "O presidente expressou seu profundo pesar depois da provocação insensata do Norte, lançada apenas dias depois do início de um novo governo no Sul", disse um porta-voz presidencial. "O Comando do Pacífico dos Estados Unidos detectou e rastreou um lançamento de míssil da Coreia do Norte", explico com nota, acrescentando que o tipo de míssil ainda está sendo avaliado. Trata-se do segundo lançamento de um míssil em cerca de duas semanas e do primeiro desde que Moon Jae-In chegou ao poder. Em fevereiro, Pyongyang lançou um míssil da mesma posição que conseguiu percorrer cerca de 500 quilômetros. 'GRAVE AMEAÇA' PARA O JAPÃO O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento deste domingo como "totalmente inaceitável" e de "grave ameaça" para Tóquio. O míssil permaneceu no ar durante meia hora, antes de cair no mar do Japão, situado entre os dois países, informou o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga. Em abril, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico sobre o Mar do Japão, dias antes da visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos e colocou os americanos, a Coreia do Sul e o Japão em alerta. Desde o ano passado, a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dezenas de testes de mísseis balísticos, em sua tentativa de desenvolver armamento que possa alcançar o território dos Estados Unidos.  Washington advertiu que todas as "opções estão a mesa", embora recentemente Donald Trump tenha suavizado seu discurso e dito que ficaria honrado em se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em seu discurso de posse, Moon, que diferentemente de seus antecessores é favorável ao diálogo com o Norte, disse estar disposto a visitar Pyongyang se existirem as circunstâncias adequadas. Mas neste domingo o novo presidente advertiu que o diálogo só será possível se "o Norte mudar de atitude".
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Após disparo de míssil, EUA pedem sanções fortes contra a Coreia do NorteOs Estados Unidos pediram neste domingo (14) sanções mais fortes contra a Coreia do Norte após o lançamento de um novo míssil, o primeiro teste balístico do regime comunista desde a posse de um novo presidente na Coreia do Sul. O míssil, lançado da estação de Kusong, no noroeste do país, foi disparado às 17h30 (horário de Brasília) deste sábado (13) e percorreu cerca de 700 quilômetros antes de cair no mar do Japão, indicou o Estado-Maior Conjunto de Seul. "Que esta última provocação sirva de chamado a todas as nações para implementar sanções muito mais fortes contra a Coreia do Norte", disse a Casa Branca em comunicado. O míssil caiu "tão perto do solo russo (...) que o presidente não pode imaginar que a Rússia esteja feliz", acrescentou a Casa Branca. No entanto, o ministério da Defesa russo afirmou mais tarde que o míssil havia caído a 500 km de sua fronteira e que "não representa nenhum perigo" para o país, segundo um comunicado divulgado pelas agências de notícias russas. Pouco antes, o Kremlin afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, expressaram sua preocupação "pela escalada de tensões" durante uma reunião em Pequim. A China reagiu pedindo moderação e lembrou que "se opõe à violação por parte da Coreia do Norte das resoluções do Conselho de Segurança", indicou o ministério das Relações Exteriores em comunicado. Após o lançamento, o novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, investido no cargo esta semana, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete de segurança. "O presidente expressou seu profundo pesar depois da provocação insensata do Norte, lançada apenas dias depois do início de um novo governo no Sul", disse um porta-voz presidencial. "O Comando do Pacífico dos Estados Unidos detectou e rastreou um lançamento de míssil da Coreia do Norte", explico com nota, acrescentando que o tipo de míssil ainda está sendo avaliado. Trata-se do segundo lançamento de um míssil em cerca de duas semanas e do primeiro desde que Moon Jae-In chegou ao poder. Em fevereiro, Pyongyang lançou um míssil da mesma posição que conseguiu percorrer cerca de 500 quilômetros. 'GRAVE AMEAÇA' PARA O JAPÃO O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento deste domingo como "totalmente inaceitável" e de "grave ameaça" para Tóquio. O míssil permaneceu no ar durante meia hora, antes de cair no mar do Japão, situado entre os dois países, informou o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga. Em abril, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico sobre o Mar do Japão, dias antes da visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos e colocou os americanos, a Coreia do Sul e o Japão em alerta. Desde o ano passado, a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dezenas de testes de mísseis balísticos, em sua tentativa de desenvolver armamento que possa alcançar o território dos Estados Unidos.  Washington advertiu que todas as "opções estão a mesa", embora recentemente Donald Trump tenha suavizado seu discurso e dito que ficaria honrado em se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em seu discurso de posse, Moon, que diferentemente de seus antecessores é favorável ao diálogo com o Norte, disse estar disposto a visitar Pyongyang se existirem as circunstâncias adequadas. Mas neste domingo o novo presidente advertiu que o diálogo só será possível se "o Norte mudar de atitude".
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Lista de 50 melhores restaurantes do mundo é divulgada; veja os vencedores
A revista britânica "Restaurant" divulgou, nesta segunda-feira (1º), a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. A cerimônia foi feita no Guildhall, em Londres –a do ano que vem será realizada, pela primeira vez, em Nova York (EUA). O restaurante El Celler de Can Roca, de San Sebastián, foi o 1o colocado no ranking –voltando ao topo depois de um ano. O top 3 contou com as mesmas casas do ano passado: o italiano Osteria Francescana, de Massimo Bottura, foi o vice-campeão; o Noma, do chef René Redzepi, de Copenhague (Dinamarca), vencedor em 2014, caiu para o terceiro lugar. Veja fotos da premiação A lista contou com apenas dois brasileiros: os paulistanos D.O.M., de Alex Atala, e Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo. O D.O.M. caiu do sétimo para o nono lugar e ainda perdeu o posto de melhor casa sul-americana para o peruano Central. que ficou em 4o lugar –vencedor da lista regional da América Latina no ano passado. O Maní também caiu cinco posições e ficou no 41o lugar. Veja abaixo a lista completa com todos os vencedores. * Conjunto da obra: Daniel Boulud, do Daniel, de Nova York (EUA) Escolha dos chefs: Daniel Humm, do Eleven Madison Park, de Nova York (EUA) Melhor chef mulher do mundo: Hélène Darroze, do Hélène Darroze, de Paris (França) Melhor chef pâtissier do mundo: Albert Adrià, do Tickets, de Barcelona (Espanha) * Melhor restaurante da Europa: El Celler de Can Roca, de San Sebastián (Espanha), 1o colocado Melhor restaurante da América do Sul: Central, de Lima (Peru), 4o colocado Melhor restaurante da América do Norte: Eleven Madison Park, de Nova York (EUA), 5o colocado Melhor restaurante da Ásia: Narisawa, de Tóquio (Japão), 8o colocado Melhor restaurante da África: Test Kitchen, da Cidade do Cabo (África do Sul), 28o colocado Melhor restaurante da Australásia: Attica, de Melbourne (Austrália), 32o colocado Restaurante sustentável do ano: Relae, de Copenhague (Dinamarca) Melhor entrada na lista: Asador Etxebarri, em San Sebastián (Espanha), 13o colocado Melhor evolução na lista: White Rabbit, de Moscou (Rússia), 23o colocado Restaurante promissor: Sepia, de Sydney (Austrália), 84o colocado * 1. El Celler de Can Roca, de Girona (Espanha) 2. Osteria Francescana, de Módena (Itália) 3. Noma, de Copenhague (Dinamarca) 4. Central, de Lima (Peru) 5. Eleven Madison Park, de Nova York (EUA) 6. Mugaritz, de San Sebastián (Espanha) 7. Dinner by Heston Blumenthal, de Londres (Inglaterra) 8. Narisawa, de Tóquio (Japão) 9. D.O.M., DE SÃO PAULO (BRASIL) 10. Gaggan, de Bancoc (Tailândia) 11. Mirazur, de Menton (França) 12. L'Arpége, de Paris (França) 13. Asador Etxebarri, de Atxondo (Espanha) 14. Astrid y Gastón, de Lima (Peru) 15. Steirereck, de Viena (Áustria) 16. Pujol, da Cidade do México (México) 17. Arzak, em San Sebastián (Espanha) 18. Le Bernardin, de Nova York (EUA) 19. Azurmendi, de Larrabetzu (Espanha) 20. The Ledbury, de Londres (Inglaterra) 21. Le Chateaubriand, de Paris (França) 22. Nahm, de Bancoc (Tailândia) 23. White Rabbit, de Moscou (Rússia) 24. Ultraviolet, de Xangai (China) 25. Fäviken, de Järpen (Suécia) 26. Alinea, de Chicago (EUA) 27. Piazza Duomo, de Alba (Itália) 28. Test Kitchen, de Cidade do Cabo (África) 29. Nihonryori Ryu Gin, de Tóquio (Japão) 30. Vendôme, de Bergisch Gladbach (Alemanha) 31. Frantzén, de Estocolmo (Suécia) 32. Attica, de Melbourne (Austrália) 33. Aqua, de Wolfsburg (Alemanha) 34. Le Calandre, de Rubano (Itália) 35. Quintonil, na Cidade do México (México) 36. L'Astrance, em Paris (França) 37. Biko, na Cidade do México (México) 38. Amber, em Hong Kong 39. Quique Dacosta, de Denia (Espanha) 40. Per Se, de Nova York (EUA) 41. MANÍ, DE SÃO PAULO (BRASIL) 42. Boragó, de Santiago (Chile) 42. Tickets, de Barcelona (ESpanha) 44. Maido, de Lima (Peru) 45. Relae, de Copenhague (Dinamarca) 46. André, de Cingapura 47. Alain Ducasse Au Plaza Athenée, de Paris (França) 48. Schloss Schauenstein, de Furstenau (Suíça) 49. Blue Hill at Stone Barns, de Pocantico Hills (EUA) 50. The French Laundry, de Yountville (EUA)
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Lista de 50 melhores restaurantes do mundo é divulgada; veja os vencedoresA revista britânica "Restaurant" divulgou, nesta segunda-feira (1º), a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. A cerimônia foi feita no Guildhall, em Londres –a do ano que vem será realizada, pela primeira vez, em Nova York (EUA). O restaurante El Celler de Can Roca, de San Sebastián, foi o 1o colocado no ranking –voltando ao topo depois de um ano. O top 3 contou com as mesmas casas do ano passado: o italiano Osteria Francescana, de Massimo Bottura, foi o vice-campeão; o Noma, do chef René Redzepi, de Copenhague (Dinamarca), vencedor em 2014, caiu para o terceiro lugar. Veja fotos da premiação A lista contou com apenas dois brasileiros: os paulistanos D.O.M., de Alex Atala, e Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo. O D.O.M. caiu do sétimo para o nono lugar e ainda perdeu o posto de melhor casa sul-americana para o peruano Central. que ficou em 4o lugar –vencedor da lista regional da América Latina no ano passado. O Maní também caiu cinco posições e ficou no 41o lugar. Veja abaixo a lista completa com todos os vencedores. * Conjunto da obra: Daniel Boulud, do Daniel, de Nova York (EUA) Escolha dos chefs: Daniel Humm, do Eleven Madison Park, de Nova York (EUA) Melhor chef mulher do mundo: Hélène Darroze, do Hélène Darroze, de Paris (França) Melhor chef pâtissier do mundo: Albert Adrià, do Tickets, de Barcelona (Espanha) * Melhor restaurante da Europa: El Celler de Can Roca, de San Sebastián (Espanha), 1o colocado Melhor restaurante da América do Sul: Central, de Lima (Peru), 4o colocado Melhor restaurante da América do Norte: Eleven Madison Park, de Nova York (EUA), 5o colocado Melhor restaurante da Ásia: Narisawa, de Tóquio (Japão), 8o colocado Melhor restaurante da África: Test Kitchen, da Cidade do Cabo (África do Sul), 28o colocado Melhor restaurante da Australásia: Attica, de Melbourne (Austrália), 32o colocado Restaurante sustentável do ano: Relae, de Copenhague (Dinamarca) Melhor entrada na lista: Asador Etxebarri, em San Sebastián (Espanha), 13o colocado Melhor evolução na lista: White Rabbit, de Moscou (Rússia), 23o colocado Restaurante promissor: Sepia, de Sydney (Austrália), 84o colocado * 1. El Celler de Can Roca, de Girona (Espanha) 2. Osteria Francescana, de Módena (Itália) 3. Noma, de Copenhague (Dinamarca) 4. Central, de Lima (Peru) 5. Eleven Madison Park, de Nova York (EUA) 6. Mugaritz, de San Sebastián (Espanha) 7. Dinner by Heston Blumenthal, de Londres (Inglaterra) 8. Narisawa, de Tóquio (Japão) 9. D.O.M., DE SÃO PAULO (BRASIL) 10. Gaggan, de Bancoc (Tailândia) 11. Mirazur, de Menton (França) 12. L'Arpége, de Paris (França) 13. Asador Etxebarri, de Atxondo (Espanha) 14. Astrid y Gastón, de Lima (Peru) 15. Steirereck, de Viena (Áustria) 16. Pujol, da Cidade do México (México) 17. Arzak, em San Sebastián (Espanha) 18. Le Bernardin, de Nova York (EUA) 19. Azurmendi, de Larrabetzu (Espanha) 20. The Ledbury, de Londres (Inglaterra) 21. Le Chateaubriand, de Paris (França) 22. Nahm, de Bancoc (Tailândia) 23. White Rabbit, de Moscou (Rússia) 24. Ultraviolet, de Xangai (China) 25. Fäviken, de Järpen (Suécia) 26. Alinea, de Chicago (EUA) 27. Piazza Duomo, de Alba (Itália) 28. Test Kitchen, de Cidade do Cabo (África) 29. Nihonryori Ryu Gin, de Tóquio (Japão) 30. Vendôme, de Bergisch Gladbach (Alemanha) 31. Frantzén, de Estocolmo (Suécia) 32. Attica, de Melbourne (Austrália) 33. Aqua, de Wolfsburg (Alemanha) 34. Le Calandre, de Rubano (Itália) 35. Quintonil, na Cidade do México (México) 36. L'Astrance, em Paris (França) 37. Biko, na Cidade do México (México) 38. Amber, em Hong Kong 39. Quique Dacosta, de Denia (Espanha) 40. Per Se, de Nova York (EUA) 41. MANÍ, DE SÃO PAULO (BRASIL) 42. Boragó, de Santiago (Chile) 42. Tickets, de Barcelona (ESpanha) 44. Maido, de Lima (Peru) 45. Relae, de Copenhague (Dinamarca) 46. André, de Cingapura 47. Alain Ducasse Au Plaza Athenée, de Paris (França) 48. Schloss Schauenstein, de Furstenau (Suíça) 49. Blue Hill at Stone Barns, de Pocantico Hills (EUA) 50. The French Laundry, de Yountville (EUA)
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Hélio Schwartsman panfleta dogmas materialistas, afirma leitor
A Folha não pode "marquetear" ser pluralista enquanto concede "imunidade diplomática" para Hélio Schwartsman panfletar seus dogmas materialistas, sem oferecer um contraponto, como pede o seu "Manual de Redação". O fenômeno da consciência aponta para o dualismo, assim pensa John Ecles, Nobel de medicina em neurofisiologia, e mostram pesquisas da "division of perceptual studies" da Virginia University. Cerca de 50% das faculdades de medicina nos Estados Unidos ministram aulas de "medicina e espiritualidade" para ensinar as novas descobertas, além da USP e da Unifesp, no Brasil. ZALMAN GIFT (São Paulo, SP) * Como sempre, muito bem fundamentados os argumentos de Hélio Schwartsman (Custo de oportunidade, "Opinião", 24/4). VITAL ROMANELI PENHA (Machado, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Hélio Schwartsman panfleta dogmas materialistas, afirma leitorA Folha não pode "marquetear" ser pluralista enquanto concede "imunidade diplomática" para Hélio Schwartsman panfletar seus dogmas materialistas, sem oferecer um contraponto, como pede o seu "Manual de Redação". O fenômeno da consciência aponta para o dualismo, assim pensa John Ecles, Nobel de medicina em neurofisiologia, e mostram pesquisas da "division of perceptual studies" da Virginia University. Cerca de 50% das faculdades de medicina nos Estados Unidos ministram aulas de "medicina e espiritualidade" para ensinar as novas descobertas, além da USP e da Unifesp, no Brasil. ZALMAN GIFT (São Paulo, SP) * Como sempre, muito bem fundamentados os argumentos de Hélio Schwartsman (Custo de oportunidade, "Opinião", 24/4). VITAL ROMANELI PENHA (Machado, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Bilheterias estagnadas na China e Trump põem Hollywood em apreensão
A década de crescimento em disparada nas bilheterias de cinema chinesas estacou repentinamente em 2016, despertando em Hollywood o medo de que o mais importante mercado novo do setor tenha perdido o gás. As vendas de ingressos no mercado interno chinês cresceram apenas 2,4% em 2016, ante os 49% de crescimento registrados em 2015, de acordo com o Entgroup, que acompanha o desempenho das bilheterias de cinema. Em valor (em dólar), o mercado chinês registrou resultados iguais ou ligeiramente inferiores aos de 2015, de acordo com a comScore, empresa de mensuração de audiência em diversas mídias. As indústrias cinematográficas dos Estados Unidos e da China se aproximaram nos últimos anos, e Hollywood tirou vantagem de uma elevação na cota chinesa para filmes importados, em 2012, e do investimento de empresas do país asiático em estúdios norte-americanos. Mas há medo em Hollywood de que os futuros retornos na China caiam caso o governo do republicano Donald Trump venha a cumprir sua promessa de adotar linha dura no comércio com a China. As medidas retaliatórias da China poderiam incluir restrições ao número de filmes norte-americanos aprovados para exibição; no momento, 34 filmes estrangeiros são aprovados a cada ano de acordo com a cota vigente. Hollywood tem muita coisa em jogo na China, disse Paul Dergarabedian, analista sênior da comScore. "É o segundo maior mercado mundial de cinema e um dia superará a América do Norte nas bilheterias." Ele apontou para filmes como "O Exterminador do Futuro: Gênesis" e "Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos", que fracassaram nos Estados Unidos, mas faturaram bem nos cinemas chinesas. "Alguns filmes não teriam apresentado bons resultados de bilheteria sem lançamento na China." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Bilheterias estagnadas na China e Trump põem Hollywood em apreensãoA década de crescimento em disparada nas bilheterias de cinema chinesas estacou repentinamente em 2016, despertando em Hollywood o medo de que o mais importante mercado novo do setor tenha perdido o gás. As vendas de ingressos no mercado interno chinês cresceram apenas 2,4% em 2016, ante os 49% de crescimento registrados em 2015, de acordo com o Entgroup, que acompanha o desempenho das bilheterias de cinema. Em valor (em dólar), o mercado chinês registrou resultados iguais ou ligeiramente inferiores aos de 2015, de acordo com a comScore, empresa de mensuração de audiência em diversas mídias. As indústrias cinematográficas dos Estados Unidos e da China se aproximaram nos últimos anos, e Hollywood tirou vantagem de uma elevação na cota chinesa para filmes importados, em 2012, e do investimento de empresas do país asiático em estúdios norte-americanos. Mas há medo em Hollywood de que os futuros retornos na China caiam caso o governo do republicano Donald Trump venha a cumprir sua promessa de adotar linha dura no comércio com a China. As medidas retaliatórias da China poderiam incluir restrições ao número de filmes norte-americanos aprovados para exibição; no momento, 34 filmes estrangeiros são aprovados a cada ano de acordo com a cota vigente. Hollywood tem muita coisa em jogo na China, disse Paul Dergarabedian, analista sênior da comScore. "É o segundo maior mercado mundial de cinema e um dia superará a América do Norte nas bilheterias." Ele apontou para filmes como "O Exterminador do Futuro: Gênesis" e "Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos", que fracassaram nos Estados Unidos, mas faturaram bem nos cinemas chinesas. "Alguns filmes não teriam apresentado bons resultados de bilheteria sem lançamento na China." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Por que a maioria das fotos do Japão feudal é enganosa
Quando comerciantes holandeses trouxeram a fotografia para o Japão, em 1843, poucos pensaram que a mídia poderia ser usada para difundir imagens exóticas do país asiático para o público ocidental. Naquela época, o Japão estava em um período isolacionista (1641-1853). O país havia rompido relações com todas outras nações, exceto, claro, a Holanda. O fascínio japonês pela fotografia foi quase instantâneo. Estava relacionado a sua importância como símbolo do progresso ocidental. Isso até os turistas surgirem. "Quando a fotografia chegou ao Japão, foi vista como uma tecnologia, uma ciência. Os samurais que estudavam em Nagasaki se interessaram por sua química e mecanismos", me disse David Odo, especialista em fotografias japonesas antigas e curador do Museu de Arte de Harvard, na Inglaterra. Odo me explicou que os samurais traduziam os manuais holandeses de modo meticuloso para entender os mínimos detalhes do funcionamento da fotografia. Na segunda metade do século 19, data do fim do período isolacionista, a sociedade japonesa passou por mudanças profundas. Liderado pelo imperador Mutsuhito (Meiji), o governo se esforçava para modernizar o país e emular os costumes europeus. Intelectuais como os membros da Sociedade Meiji promoviam a "civilização e o esclarecimento". O governo aboliu o sistema feudal do período Edo (1603-1868), e invenções ocidentais como os candeeiros à gasolina, o motor a vapor e a fotografia eram vistos como símbolos de progresso e avanço tecnológico. Nas décadas de 1860 e 1870, fotógrafos europeus como Felice Beato e Adolfo Farsai, interessados em capturar imagens exóticas do país recém-aberto, partiram rumo ao Japão. Lá eles construíram estúdios, contrataram aprendizes japoneses e passaram a vender suas fotos para os turistas que visitavam o país. Atualmente o Museu de Fotografia de Berlim exibe 200 imagens inéditas, retiradas de várias coleções alemãs e originárias dos estúdios de fotografia mais proeminentes do Japão do século 19. As fotos são um portal para paisagens, construções e pessoas daquela era. Mas existe um porém. Como todas essas fotos foram tiradas em estúdios comerciais, elas compõem uma visão de um país capturada para um público estrangeiro - que ia à passeio até o Japão. Tenhamos como exemplo visões estereotipadas de uma cidade coberta por flores de cerejeira, de uma cortesã anônima vestida com vestes japonesas e de uma paisagem pincelada com templos de arquitetura tradicional. "A maior parte das fotografias tiradas nas décadas de 1850 e 1860 no Japão era de fotos de cartões postais", disse Christine Kuhn, curadora da exposição no Museu da Fotografia de Berlim. "Elas mostram imagens estereotipadas do Japão que eram comuns nos países ocidentais. Por isso vemos gueixas e lutadores de kendô do período Edo, e não o verdadeiro Japão com suas ferrovias e a industrialização da era Meiji." Kuhn explica que, ao pisar em território nipônico, os turistas mais empolgados paravam em estúdios fotográficos próximos aos seus hotéis para garantir que seu kit de fotos personalizadas estaria pronto quando eles voltassem para casa. De acordo com Odo, havia uma certa relação entre o crescente número de ocidentais visitando as cidades portuárias do Japão e a demanda por fotografias. "Surge então um mercado duplo: a elite japonesa queria fotos relacionadas à ideia de modernização, e a produção voltada para os turistas moldava as imagens conforme o gosto europeu", disse Odo. Embora a fotografia comercial no Japão tenha sido dominada por europeus de início, no final do século 19 os fotógrafos locais começaram a ganhar espaço no mercado. "Fotógrafos japoneses começaram a abrir seus próprios estúdios no final do século 19 e, em pouco tempo, não existiam mais fotógrafos europeus bem sucedidos", explicou Odo. "Conforme a tecnologia se tornava mais acessível, o mercado mudava. O mercado doméstico se expandiu quando os próprios japoneses começaram a comprar fotografias." A fotografia no Japão passou a representar uma estética mais autenticamente japonesa. Um exemplo são as imagens produzidas para o mercado doméstico, caracterizadas por retratos personalizados de indivíduos e famílias, nos quais os sinais de modernização eram bem aparentes. Odo afirma que esse processo de adoção tecnológica não foi rápido. Apesar do grande interesse de certas parcelas da elite e dos fotógrafos comerciais, a tecnologia foi vista com desconfiança durante sua introdução no país. "O interessante é que as pessoas tinham motivos para tal desconfiança: muitas das fotografias exibidas em museus ocidentais são muito estereotipadas. Elas atendem aos desejos ocidentais", disse Odo. "Os japoneses não tinham controle algum sobre essas imagens, tampouco sobre a forma com que elas eram interpretadas." Tradução ANANDA PIERATTI Leia no site da Vice: Por que a maioria das fotos do Japão feudal é enganosa
vice
Por que a maioria das fotos do Japão feudal é enganosaQuando comerciantes holandeses trouxeram a fotografia para o Japão, em 1843, poucos pensaram que a mídia poderia ser usada para difundir imagens exóticas do país asiático para o público ocidental. Naquela época, o Japão estava em um período isolacionista (1641-1853). O país havia rompido relações com todas outras nações, exceto, claro, a Holanda. O fascínio japonês pela fotografia foi quase instantâneo. Estava relacionado a sua importância como símbolo do progresso ocidental. Isso até os turistas surgirem. "Quando a fotografia chegou ao Japão, foi vista como uma tecnologia, uma ciência. Os samurais que estudavam em Nagasaki se interessaram por sua química e mecanismos", me disse David Odo, especialista em fotografias japonesas antigas e curador do Museu de Arte de Harvard, na Inglaterra. Odo me explicou que os samurais traduziam os manuais holandeses de modo meticuloso para entender os mínimos detalhes do funcionamento da fotografia. Na segunda metade do século 19, data do fim do período isolacionista, a sociedade japonesa passou por mudanças profundas. Liderado pelo imperador Mutsuhito (Meiji), o governo se esforçava para modernizar o país e emular os costumes europeus. Intelectuais como os membros da Sociedade Meiji promoviam a "civilização e o esclarecimento". O governo aboliu o sistema feudal do período Edo (1603-1868), e invenções ocidentais como os candeeiros à gasolina, o motor a vapor e a fotografia eram vistos como símbolos de progresso e avanço tecnológico. Nas décadas de 1860 e 1870, fotógrafos europeus como Felice Beato e Adolfo Farsai, interessados em capturar imagens exóticas do país recém-aberto, partiram rumo ao Japão. Lá eles construíram estúdios, contrataram aprendizes japoneses e passaram a vender suas fotos para os turistas que visitavam o país. Atualmente o Museu de Fotografia de Berlim exibe 200 imagens inéditas, retiradas de várias coleções alemãs e originárias dos estúdios de fotografia mais proeminentes do Japão do século 19. As fotos são um portal para paisagens, construções e pessoas daquela era. Mas existe um porém. Como todas essas fotos foram tiradas em estúdios comerciais, elas compõem uma visão de um país capturada para um público estrangeiro - que ia à passeio até o Japão. Tenhamos como exemplo visões estereotipadas de uma cidade coberta por flores de cerejeira, de uma cortesã anônima vestida com vestes japonesas e de uma paisagem pincelada com templos de arquitetura tradicional. "A maior parte das fotografias tiradas nas décadas de 1850 e 1860 no Japão era de fotos de cartões postais", disse Christine Kuhn, curadora da exposição no Museu da Fotografia de Berlim. "Elas mostram imagens estereotipadas do Japão que eram comuns nos países ocidentais. Por isso vemos gueixas e lutadores de kendô do período Edo, e não o verdadeiro Japão com suas ferrovias e a industrialização da era Meiji." Kuhn explica que, ao pisar em território nipônico, os turistas mais empolgados paravam em estúdios fotográficos próximos aos seus hotéis para garantir que seu kit de fotos personalizadas estaria pronto quando eles voltassem para casa. De acordo com Odo, havia uma certa relação entre o crescente número de ocidentais visitando as cidades portuárias do Japão e a demanda por fotografias. "Surge então um mercado duplo: a elite japonesa queria fotos relacionadas à ideia de modernização, e a produção voltada para os turistas moldava as imagens conforme o gosto europeu", disse Odo. Embora a fotografia comercial no Japão tenha sido dominada por europeus de início, no final do século 19 os fotógrafos locais começaram a ganhar espaço no mercado. "Fotógrafos japoneses começaram a abrir seus próprios estúdios no final do século 19 e, em pouco tempo, não existiam mais fotógrafos europeus bem sucedidos", explicou Odo. "Conforme a tecnologia se tornava mais acessível, o mercado mudava. O mercado doméstico se expandiu quando os próprios japoneses começaram a comprar fotografias." A fotografia no Japão passou a representar uma estética mais autenticamente japonesa. Um exemplo são as imagens produzidas para o mercado doméstico, caracterizadas por retratos personalizados de indivíduos e famílias, nos quais os sinais de modernização eram bem aparentes. Odo afirma que esse processo de adoção tecnológica não foi rápido. Apesar do grande interesse de certas parcelas da elite e dos fotógrafos comerciais, a tecnologia foi vista com desconfiança durante sua introdução no país. "O interessante é que as pessoas tinham motivos para tal desconfiança: muitas das fotografias exibidas em museus ocidentais são muito estereotipadas. Elas atendem aos desejos ocidentais", disse Odo. "Os japoneses não tinham controle algum sobre essas imagens, tampouco sobre a forma com que elas eram interpretadas." Tradução ANANDA PIERATTI Leia no site da Vice: Por que a maioria das fotos do Japão feudal é enganosa
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Advogados dizem que Platini vai boicotar audiência na Fifa
Suspenso das atividades do futebol por 90 dias, o francês Michel Platini decidiu que não vai comparecer na audiência do Comitê de Ética da Fifa, marcada para sexta-feira (18), por considerar que o órgão está "viciado". A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelos advogados do ex-jogador. "Michael Platini decidiu não participar de sua audiência no Comitê de Ética de Fifa em 18 de dezembro de 2015, à medida que o veredito do comitê de ética foi anunciado na imprensa no fim de semana passado por um dos porta-vozes, senhor Andreas Bantel, em desrespeito a todos os direitos fundamentais, começando com a presunção de inocência", diz os advogados do francês através de um comunicado. Na última sexta-feira (11), Bantel afirmou que Platini seria suspenso "certamente suspenso por vários anos". A afirmação foi feita ao jornal esportivo francês L'Équipe. A entrevista foi dada pouco depois de o TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) rejeitar o apelo de Platini à suspensão provisória de 90 dias imposta pelo órgão da Fifa em outubro. O Comitê de Ética da Fifa está investigando o pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) que o francês recebeu em 2011 de Joseph Blatter, que também está suspenso. O suíço será ouvido pelo comitê nesta quinta-feira (17). Platini, que deseja concorrer à presidência da Fifa, pode ser banido do futebol, dependendo do resultado da investigação, que deve ter o resultado divulgado antes do Natal. No mês passado, o Comitê Eleitoral da Fifa anunciou que aprovou o nome de cinco candidatos à presidência da entidade que terá eleição em fevereiro: o suíço Gianni Infantino (secretário-geral da Uefa), Jérome Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, o sul-africano Tokyo Sexwale e o presidente da Confederação de Futebol da Ásia, Salman bin Ebrahim Al Khalifa. Dependendo do julgamento, o nome de Platini pode ser acrescentado na lista.
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Advogados dizem que Platini vai boicotar audiência na FifaSuspenso das atividades do futebol por 90 dias, o francês Michel Platini decidiu que não vai comparecer na audiência do Comitê de Ética da Fifa, marcada para sexta-feira (18), por considerar que o órgão está "viciado". A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelos advogados do ex-jogador. "Michael Platini decidiu não participar de sua audiência no Comitê de Ética de Fifa em 18 de dezembro de 2015, à medida que o veredito do comitê de ética foi anunciado na imprensa no fim de semana passado por um dos porta-vozes, senhor Andreas Bantel, em desrespeito a todos os direitos fundamentais, começando com a presunção de inocência", diz os advogados do francês através de um comunicado. Na última sexta-feira (11), Bantel afirmou que Platini seria suspenso "certamente suspenso por vários anos". A afirmação foi feita ao jornal esportivo francês L'Équipe. A entrevista foi dada pouco depois de o TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) rejeitar o apelo de Platini à suspensão provisória de 90 dias imposta pelo órgão da Fifa em outubro. O Comitê de Ética da Fifa está investigando o pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) que o francês recebeu em 2011 de Joseph Blatter, que também está suspenso. O suíço será ouvido pelo comitê nesta quinta-feira (17). Platini, que deseja concorrer à presidência da Fifa, pode ser banido do futebol, dependendo do resultado da investigação, que deve ter o resultado divulgado antes do Natal. No mês passado, o Comitê Eleitoral da Fifa anunciou que aprovou o nome de cinco candidatos à presidência da entidade que terá eleição em fevereiro: o suíço Gianni Infantino (secretário-geral da Uefa), Jérome Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, o sul-africano Tokyo Sexwale e o presidente da Confederação de Futebol da Ásia, Salman bin Ebrahim Al Khalifa. Dependendo do julgamento, o nome de Platini pode ser acrescentado na lista.
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Escola sem Partido não resolve o problema e torna o professor refém
RESUMO O projeto Escola sem Partido não cumpre o papel a que supostamente se propõe. Numa perspectiva que considera liberal, o artigo advoga que visões ideológicas parciais de esquerda ou de direita deveriam ceder lugar a uma educação capaz de fornecer instrumentos para o estudante tomar as suas próprias decisões. No segundo ano do ensino médio, tive que aprender, na aula de geografia, os males da globalização, as vantagens do socialismo e, para completar, a diferença entre mais-valia absoluta e mais-valia relativa. Ao mesmo tempo, não me foram passados nem os rudimentos de oferta e demanda, sistema de preços e vantagens comparativas, tópicos que, esses sim, fazem parte da ciência econômica até hoje. O professor em questão era autoritário e não tolerava discordâncias em sala. Meu antigo colégio é um dos melhores do Brasil e me deu uma excelente formação. Mesmo ali, esse professor enviesado no conteúdo e autoritário na exposição fazia da aula um espaço de doutrinação. Em muitas escolas do país a situação é ainda pior, conforme relatos, vídeos e fotos publicados na internet têm revelado. Professores fazem de suas salas palanque político ou ideológico e de seus alunos um rebanho a ser convertido. O projeto de lei Escola sem Partido aparece para, supostamente, dar um fim a essa situação. No entanto, propõe meios tão nocivos e é guiado por um ideal tão questionável que, se passar e pegar, deve causar mais mal do que bem. Ele propõe duas medidas práticas: a primeira é colar um cartaz em todas as salas de aulas do país com os "deveres do professor", uma lista de seis itens bastante genéricos, como a proibição de promover suas próprias opiniões e preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas ou partidárias. Por si só, um cartaz não é grande coisa. Mas ele adquire uma conotação de ameaça ao ser acompanhado do segundo ponto: todas as secretarias de educação devem estabelecer um canal de comunicação para receber denúncias anônimas contra professores que violarem seus deveres; denúncias que, por sua vez, deverão ser encaminhadas ao Ministério Público. Em outras palavras: dá-se a todos os estudantes (e a seus pais, cujas convicções também devem ser preservadas) uma arma a ser usada contra qualquer professor que lhes desagrade. Foi mal na prova de história? O professor não aceitou a resposta do aluno? Oportunidade perfeita para denunciar um ato terrível de doutrinação. SEM LIMITES Não há limite para o que a lei poderá ser usada para coibir: ensino da teoria da evolução, educação sexual, discussão de gênero, toda e qualquer interpretação histórica etc. Na prática, todo conteúdo curricular virará objeto de cabo de guerra entre diversas militâncias organizadas, com o professor no meio, sem nenhuma autonomia. Vai acabar com a doutrinação? Talvez. O certo é que acabará com a própria possibilidade de uma aula enriquecedora e minará ainda mais a relação entre professores e alunos. A oposição que a esquerda –representada, por exemplo, pelos sindicatos de professores– tem feito ao Escola sem Partido chega a ser pior do que sua defesa. Defender-se das intenções do projeto alegando que "toda fala ou ato humano são inerentemente carregados de intenções –portanto, são atos políticos" (conforme a moção de repúdio publicada por entidades do setor) é aceitar como inevitável e até desejável a doutrinação em sala. É ser incapaz de distinguir entre uma aula séria e panfletagem de quinta categoria. Há professores lutando justamente para preservar seu direito de fazer a cabeça dos alunos pela causa que eles consideram certa. Nesse debate, entram diferentes concepções do que é a educação e de qual sua finalidade na vida do estudante. Para uma, que podemos chamar de esquerda, o papel da educação é mostrar que vivemos em um sistema injusto e atiçar os jovens a lutarem pelos direitos que lhes são privados. Para outra, de direita, a educação serve para reforçar os valores tradicionais ou religiosos passados de geração em geração e, caso se veja ameaçada pelo sistema de ensino, deve-se lutar para amordaçá-lo. Para uma terceira vertente, que podemos chamar de liberal (em sentido ético, não econômico), educar é dar ao jovem as ferramentas necessárias para formar suas próprias crenças e convicções, formar seus critérios, ensinando-o a pensar por conta própria. Apenas para essa concepção faz sentido a distinção entre educar e doutrinar. E é justamente ela que ficará seriamente comprometida se o Escola sem Partido vingar. A concepção de ensino neutro que o projeto pinta como ideal é vaga e mal formulada. É impossível que um professor dedique, por exemplo, igual profundidade a diferentes teorias e leituras da história. A ideia de que o ensino não deve ofender a sensibilidade moral de nenhum aluno (ou, mais ainda, de pais de alunos) é, ademais, incompatível com uma aula dada em sala de aula plural e com dezenas de alunos. Sempre há alguém que se sentirá ofendido e isso não é necessariamente ruim. IMPOSSIBILIDADE A neutralidade plena pretendida pelo Escola sem Partido é impossível, e por isso todo professor terá o flanco aberto a ataques. Cada professor reflete, em sala, a formação que teve e os autores de sua preferência. Não é possível cobrir todas as diferentes escolas de pensamento em sala, e a escolha de mostrar uma ou duas consideradas mais relevantes já carrega consigo uma dose de viés pessoal. A questão é se isso será feito com mais ou menos honestidade, se apresentará argumentos, se fará referência a outras abordagens sem demonizá-las e se abrirá espaço para questionamentos dos alunos, incentivando seu crescimento intelectual, ou se será panfletário e enviesado. Não vamos jamais conseguir legislar a melhora do ensino. O problema de viés de esquerda existe e uma de suas causas está nos cursos de pedagogia e licenciatura, que precisam ser urgentemente reformulados para que percam menos tempo com teorias abstratas e militância política e ensinem o futuro professor a lidar com uma sala de aula real. Só teremos um ensino mais plural com entrada de professores com visões diferentes, e não com a censura à discussão, que é, na verdade, o fim da possibilidade do ensino. Há que se considerar, por fim, a relevância do projeto. Em primeiro lugar porque, hoje em dia, com internet e smartphones, o poder do professor em sala –que nunca foi tanto quanto pintam os defensores do Escola sem Partido– está menor do que nunca. Aulas são filmadas e divulgadas na rede, afirmações são imediatamente contestadas com uma breve consulta on-line. O Escola sem Partido nasce obsoleto. Questionar um professor e encontrar referências fora da sala de aula nunca foi tão fácil. Em vez de tentar legislar a melhora do ensino –tentativa fadada ao fracasso– deveríamos nos preocupar em dar a ele mais ferramentas para fazer melhor seu trabalho, que, afinal, faz falta. É impossível discutir esse tema no Brasil sem suspeitar que estamos focando a questão errada, gastando tempo demais com um problema que é, infelizmente, secundário. Pois o fato mais grave do ensino básico no Brasil não é seu viés ideológico, e sim sua incapacidade de ensinar os conteúdos elementares. Jovens terminam o ensino médio sem conseguir compreender um texto minimamente complexo ou calcular frações. O grande problema da educação no Brasil não é que jovens leiam muito Marx na escola, é que saiam da escola sem saber ler. Ao colocar uma corda no pescoço de todos os professores e fazer dessa carreira algo ainda mais estressante e menos atrativo, corre-se o sério risco de prejudicar nosso sistema educacional como um todo. O que já não é bom ainda pode piorar. JOEL PINHEIRO DA FONSECA, 31, economista e mestre em filosofia, escreve para o site Spotniks.
ilustrissima
Escola sem Partido não resolve o problema e torna o professor refémRESUMO O projeto Escola sem Partido não cumpre o papel a que supostamente se propõe. Numa perspectiva que considera liberal, o artigo advoga que visões ideológicas parciais de esquerda ou de direita deveriam ceder lugar a uma educação capaz de fornecer instrumentos para o estudante tomar as suas próprias decisões. No segundo ano do ensino médio, tive que aprender, na aula de geografia, os males da globalização, as vantagens do socialismo e, para completar, a diferença entre mais-valia absoluta e mais-valia relativa. Ao mesmo tempo, não me foram passados nem os rudimentos de oferta e demanda, sistema de preços e vantagens comparativas, tópicos que, esses sim, fazem parte da ciência econômica até hoje. O professor em questão era autoritário e não tolerava discordâncias em sala. Meu antigo colégio é um dos melhores do Brasil e me deu uma excelente formação. Mesmo ali, esse professor enviesado no conteúdo e autoritário na exposição fazia da aula um espaço de doutrinação. Em muitas escolas do país a situação é ainda pior, conforme relatos, vídeos e fotos publicados na internet têm revelado. Professores fazem de suas salas palanque político ou ideológico e de seus alunos um rebanho a ser convertido. O projeto de lei Escola sem Partido aparece para, supostamente, dar um fim a essa situação. No entanto, propõe meios tão nocivos e é guiado por um ideal tão questionável que, se passar e pegar, deve causar mais mal do que bem. Ele propõe duas medidas práticas: a primeira é colar um cartaz em todas as salas de aulas do país com os "deveres do professor", uma lista de seis itens bastante genéricos, como a proibição de promover suas próprias opiniões e preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas ou partidárias. Por si só, um cartaz não é grande coisa. Mas ele adquire uma conotação de ameaça ao ser acompanhado do segundo ponto: todas as secretarias de educação devem estabelecer um canal de comunicação para receber denúncias anônimas contra professores que violarem seus deveres; denúncias que, por sua vez, deverão ser encaminhadas ao Ministério Público. Em outras palavras: dá-se a todos os estudantes (e a seus pais, cujas convicções também devem ser preservadas) uma arma a ser usada contra qualquer professor que lhes desagrade. Foi mal na prova de história? O professor não aceitou a resposta do aluno? Oportunidade perfeita para denunciar um ato terrível de doutrinação. SEM LIMITES Não há limite para o que a lei poderá ser usada para coibir: ensino da teoria da evolução, educação sexual, discussão de gênero, toda e qualquer interpretação histórica etc. Na prática, todo conteúdo curricular virará objeto de cabo de guerra entre diversas militâncias organizadas, com o professor no meio, sem nenhuma autonomia. Vai acabar com a doutrinação? Talvez. O certo é que acabará com a própria possibilidade de uma aula enriquecedora e minará ainda mais a relação entre professores e alunos. A oposição que a esquerda –representada, por exemplo, pelos sindicatos de professores– tem feito ao Escola sem Partido chega a ser pior do que sua defesa. Defender-se das intenções do projeto alegando que "toda fala ou ato humano são inerentemente carregados de intenções –portanto, são atos políticos" (conforme a moção de repúdio publicada por entidades do setor) é aceitar como inevitável e até desejável a doutrinação em sala. É ser incapaz de distinguir entre uma aula séria e panfletagem de quinta categoria. Há professores lutando justamente para preservar seu direito de fazer a cabeça dos alunos pela causa que eles consideram certa. Nesse debate, entram diferentes concepções do que é a educação e de qual sua finalidade na vida do estudante. Para uma, que podemos chamar de esquerda, o papel da educação é mostrar que vivemos em um sistema injusto e atiçar os jovens a lutarem pelos direitos que lhes são privados. Para outra, de direita, a educação serve para reforçar os valores tradicionais ou religiosos passados de geração em geração e, caso se veja ameaçada pelo sistema de ensino, deve-se lutar para amordaçá-lo. Para uma terceira vertente, que podemos chamar de liberal (em sentido ético, não econômico), educar é dar ao jovem as ferramentas necessárias para formar suas próprias crenças e convicções, formar seus critérios, ensinando-o a pensar por conta própria. Apenas para essa concepção faz sentido a distinção entre educar e doutrinar. E é justamente ela que ficará seriamente comprometida se o Escola sem Partido vingar. A concepção de ensino neutro que o projeto pinta como ideal é vaga e mal formulada. É impossível que um professor dedique, por exemplo, igual profundidade a diferentes teorias e leituras da história. A ideia de que o ensino não deve ofender a sensibilidade moral de nenhum aluno (ou, mais ainda, de pais de alunos) é, ademais, incompatível com uma aula dada em sala de aula plural e com dezenas de alunos. Sempre há alguém que se sentirá ofendido e isso não é necessariamente ruim. IMPOSSIBILIDADE A neutralidade plena pretendida pelo Escola sem Partido é impossível, e por isso todo professor terá o flanco aberto a ataques. Cada professor reflete, em sala, a formação que teve e os autores de sua preferência. Não é possível cobrir todas as diferentes escolas de pensamento em sala, e a escolha de mostrar uma ou duas consideradas mais relevantes já carrega consigo uma dose de viés pessoal. A questão é se isso será feito com mais ou menos honestidade, se apresentará argumentos, se fará referência a outras abordagens sem demonizá-las e se abrirá espaço para questionamentos dos alunos, incentivando seu crescimento intelectual, ou se será panfletário e enviesado. Não vamos jamais conseguir legislar a melhora do ensino. O problema de viés de esquerda existe e uma de suas causas está nos cursos de pedagogia e licenciatura, que precisam ser urgentemente reformulados para que percam menos tempo com teorias abstratas e militância política e ensinem o futuro professor a lidar com uma sala de aula real. Só teremos um ensino mais plural com entrada de professores com visões diferentes, e não com a censura à discussão, que é, na verdade, o fim da possibilidade do ensino. Há que se considerar, por fim, a relevância do projeto. Em primeiro lugar porque, hoje em dia, com internet e smartphones, o poder do professor em sala –que nunca foi tanto quanto pintam os defensores do Escola sem Partido– está menor do que nunca. Aulas são filmadas e divulgadas na rede, afirmações são imediatamente contestadas com uma breve consulta on-line. O Escola sem Partido nasce obsoleto. Questionar um professor e encontrar referências fora da sala de aula nunca foi tão fácil. Em vez de tentar legislar a melhora do ensino –tentativa fadada ao fracasso– deveríamos nos preocupar em dar a ele mais ferramentas para fazer melhor seu trabalho, que, afinal, faz falta. É impossível discutir esse tema no Brasil sem suspeitar que estamos focando a questão errada, gastando tempo demais com um problema que é, infelizmente, secundário. Pois o fato mais grave do ensino básico no Brasil não é seu viés ideológico, e sim sua incapacidade de ensinar os conteúdos elementares. Jovens terminam o ensino médio sem conseguir compreender um texto minimamente complexo ou calcular frações. O grande problema da educação no Brasil não é que jovens leiam muito Marx na escola, é que saiam da escola sem saber ler. Ao colocar uma corda no pescoço de todos os professores e fazer dessa carreira algo ainda mais estressante e menos atrativo, corre-se o sério risco de prejudicar nosso sistema educacional como um todo. O que já não é bom ainda pode piorar. JOEL PINHEIRO DA FONSECA, 31, economista e mestre em filosofia, escreve para o site Spotniks.
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Porto Alegre vai às urnas depois de campanha turbulenta
PAULA SPERB DE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE O segundo turno da eleição na capital gaúcha chega ao fim após quase um mês de uma campanha turbulenta. Nelson Marchezan Jr., do PSDB, e Sebastião Melo, do PMDB, trocaram farpas em debates, um incêndio criminoso atingiu departamento municipal, um coordenador de campanha peemedebista foi encontrado morto e suposto ataque a tiros ao comitê tucano foi desmentido. Pesquisa do Ibope divulgada noite de sexta (28) mostrou o deputado federal Marchezan com 56% e o vice-prefeito Melo com 44%, considerando-se os votos válidos. O Departamento de Esgotos Pluviais foi palco de um dos episódios que aumentaram a tensão da campanha. Na madrugada da segunda (17), um incêndio criminoso, segundo a polícia, queimou uma das salas do órgão. No mesmo dia, integrantes da campanha de Marchezan registraram boletim de ocorrência relatando um ataque ao comitê do candidato, que teria sido alvo de 12 tiros e teve as vidraças quebradas. Dez dias depois, porém, o PSDB relatou que o comitê não foi atacado. O vento forte e a chuva é que teriam rompido os vidros, e não tiros. Também dia 17, o assessor Plínio Zalewski foi achado morto no banheiro do diretório do PMDB. A polícia apura ameaças virtuais recebidas por ele durante a campanha. Dias antes, Zalewski foi alvo de um vídeo do MBL (Movimento Brasil Livre) que denunciava que o assessor fazia campanha para Melo durante seu expediente na Assembleia Legislativa. Zalewski se exonerou no mesmo dia em que o vídeo foi ao ar. MBL ACUSADO A candidata ao cargo de vice-prefeita na chapa de Melo, a deputada estadual Juliana Brizola (PDT), relatou ter sofrido perseguição do MBL. A sessão na Assembleia Legislativa da última terça (25) foi suspensa em apoio a Juliana, depois de seu discurso. "Que vocês sejam testemunhas. Se acontecer algo de errado comigo ou com a minha família, tem nome: MBL", disse ela. O MBL negou agressões e divulgou um vídeo em que um homem persegue Juliana em ato político para indagar por que ela votou em Dilma Rousseff (PT) e foi contra o impeachment mas apoia o PMDB de Michel Temer. Fernando Holiday, eleito vereador em São Paulo pelo DEM, diz que o homem do vídeo não é integrante do MBL e que ele não agrediu Juliana.
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Porto Alegre vai às urnas depois de campanha turbulentaPAULA SPERB DE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE O segundo turno da eleição na capital gaúcha chega ao fim após quase um mês de uma campanha turbulenta. Nelson Marchezan Jr., do PSDB, e Sebastião Melo, do PMDB, trocaram farpas em debates, um incêndio criminoso atingiu departamento municipal, um coordenador de campanha peemedebista foi encontrado morto e suposto ataque a tiros ao comitê tucano foi desmentido. Pesquisa do Ibope divulgada noite de sexta (28) mostrou o deputado federal Marchezan com 56% e o vice-prefeito Melo com 44%, considerando-se os votos válidos. O Departamento de Esgotos Pluviais foi palco de um dos episódios que aumentaram a tensão da campanha. Na madrugada da segunda (17), um incêndio criminoso, segundo a polícia, queimou uma das salas do órgão. No mesmo dia, integrantes da campanha de Marchezan registraram boletim de ocorrência relatando um ataque ao comitê do candidato, que teria sido alvo de 12 tiros e teve as vidraças quebradas. Dez dias depois, porém, o PSDB relatou que o comitê não foi atacado. O vento forte e a chuva é que teriam rompido os vidros, e não tiros. Também dia 17, o assessor Plínio Zalewski foi achado morto no banheiro do diretório do PMDB. A polícia apura ameaças virtuais recebidas por ele durante a campanha. Dias antes, Zalewski foi alvo de um vídeo do MBL (Movimento Brasil Livre) que denunciava que o assessor fazia campanha para Melo durante seu expediente na Assembleia Legislativa. Zalewski se exonerou no mesmo dia em que o vídeo foi ao ar. MBL ACUSADO A candidata ao cargo de vice-prefeita na chapa de Melo, a deputada estadual Juliana Brizola (PDT), relatou ter sofrido perseguição do MBL. A sessão na Assembleia Legislativa da última terça (25) foi suspensa em apoio a Juliana, depois de seu discurso. "Que vocês sejam testemunhas. Se acontecer algo de errado comigo ou com a minha família, tem nome: MBL", disse ela. O MBL negou agressões e divulgou um vídeo em que um homem persegue Juliana em ato político para indagar por que ela votou em Dilma Rousseff (PT) e foi contra o impeachment mas apoia o PMDB de Michel Temer. Fernando Holiday, eleito vereador em São Paulo pelo DEM, diz que o homem do vídeo não é integrante do MBL e que ele não agrediu Juliana.
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Morta em incêndio, fotógrafa retratou objetos sagrados africanos
As chamas que, na madrugada de 14 de junho, destruíram a torre Grenfell, no oeste de Londres, deixaram vítimas e histórias que estão sendo contadas até agora. As autoridades britânicas estimam em 79 o número de mortos. E, aos poucos, começam a aparecer retratos das vidas deles. A fotógrafa Khadija Saye, que tinha 24 anos, morava com a mãe no 20º andar. Elas não conseguiram fugir do fogo repentino que engoliu o prédio de apartamentos populares administrado pela subprefeitura de Kensington, uma das mais nobres de Londres. Saye nasceu no Reino Unido, e a mãe era da Gâmbia. Cerca de um mês antes do incêndio, a jovem comemorava a escolha de seu primeiro grande trabalho para uma exposição em Veneza, intitulada "Diaspora Pavilion". A obra "Dwelling: In This Space We Breathe" (habitação: neste espaço nós respiramos) é uma série de fotografias feitas com uma técnica antiga chamada ferrótipo, quando as imagens são produzidas com uma substância sobre uma fina plaqueta de ferro. OBJETOS SAGRADOS De acordo com o Fórum de Curadores Internacionais, um dos responsáveis por levar o trabalho dela a Veneza, onde está exposto até novembro no Palazzo Pisani Santa Marina, a obra da jovem explora a migração das práticas religiosas tradicionais da Gâmbia e busca por consolo em um poder superior. A fotógrafa usou objetos considerados sagrados no país africano para compor seus autorretratos. Em Londres, Saye teve reconhecimento póstumo com a exibição de um quadro seu na Tate Britain. A obra "Sothiou", parte da série enviada a Veneza, está em um espaço dedicado a artistas que morreram recentemente. O curador Andrew Wilson lembrou que Saye estava apenas começando a ganhar reconhecimento público. "Expor a obra aqui é uma forma de comemorar as conquistas dela e de homenagear todos que morreram tragicamente no incêndio na torre Grenfell", disse. A Tate Britain é uma das instituições artísticas mais prestigiadas do Reino Unido, tem entrada gratuita e só apresenta trabalhos de britânicos. Numa sala próxima à que abriga o trabalho de Saye, estão expostas fotografias do bairro de Kensington, tiradas entre 1977 e 2008. A coleção "Uninhabited London" (Londres inabitada), de Jon Savage, mostra, entre outras construções, a torre Grenfell 40 anos atrás. Foi uma coincidência. As imagens de Savage já estavam na Tate desde fevereiro, muito antes do incêndio. "Não sabia que a obra de uma das vítimas estava exposta perto da minha. Por um lado, é um prazer estar associado a uma grande artista, mas ao mesmo tempo é perturbador por causa das circunstâncias", disse Savage à Folha. "De certa forma, a situação no bairro que fotografei em 1977 permanece igual. Apesar da mudança na aparência, continua sendo uma área [em meio a uma vizinhança rica] onde vivem os pobres e os esquecidos." Abi Salman e Ehsan Haque moram numa região próxima a Kensington e chegaram a ver o prédio em chamas. Em visita à Tate, o casal ficou emocionado. A bancária Salman desatou em lágrimas diante do quadro de Saye e ao ver fotos antigas do edifício. "É tão interessante que esses trabalhos estejam tão perto um do outro", disse. O marido dela achou a obra de Saye tocante. "Ela era muito talentosa, e é maravilhoso que as pessoas se lembrem dela dessa forma." O quadro de Saye pode ser visto na Tate Britain, que tem entrada franca, até 4 de julho. O site da fotógrafa é sayephotography.co.uk.
ilustrada
Morta em incêndio, fotógrafa retratou objetos sagrados africanosAs chamas que, na madrugada de 14 de junho, destruíram a torre Grenfell, no oeste de Londres, deixaram vítimas e histórias que estão sendo contadas até agora. As autoridades britânicas estimam em 79 o número de mortos. E, aos poucos, começam a aparecer retratos das vidas deles. A fotógrafa Khadija Saye, que tinha 24 anos, morava com a mãe no 20º andar. Elas não conseguiram fugir do fogo repentino que engoliu o prédio de apartamentos populares administrado pela subprefeitura de Kensington, uma das mais nobres de Londres. Saye nasceu no Reino Unido, e a mãe era da Gâmbia. Cerca de um mês antes do incêndio, a jovem comemorava a escolha de seu primeiro grande trabalho para uma exposição em Veneza, intitulada "Diaspora Pavilion". A obra "Dwelling: In This Space We Breathe" (habitação: neste espaço nós respiramos) é uma série de fotografias feitas com uma técnica antiga chamada ferrótipo, quando as imagens são produzidas com uma substância sobre uma fina plaqueta de ferro. OBJETOS SAGRADOS De acordo com o Fórum de Curadores Internacionais, um dos responsáveis por levar o trabalho dela a Veneza, onde está exposto até novembro no Palazzo Pisani Santa Marina, a obra da jovem explora a migração das práticas religiosas tradicionais da Gâmbia e busca por consolo em um poder superior. A fotógrafa usou objetos considerados sagrados no país africano para compor seus autorretratos. Em Londres, Saye teve reconhecimento póstumo com a exibição de um quadro seu na Tate Britain. A obra "Sothiou", parte da série enviada a Veneza, está em um espaço dedicado a artistas que morreram recentemente. O curador Andrew Wilson lembrou que Saye estava apenas começando a ganhar reconhecimento público. "Expor a obra aqui é uma forma de comemorar as conquistas dela e de homenagear todos que morreram tragicamente no incêndio na torre Grenfell", disse. A Tate Britain é uma das instituições artísticas mais prestigiadas do Reino Unido, tem entrada gratuita e só apresenta trabalhos de britânicos. Numa sala próxima à que abriga o trabalho de Saye, estão expostas fotografias do bairro de Kensington, tiradas entre 1977 e 2008. A coleção "Uninhabited London" (Londres inabitada), de Jon Savage, mostra, entre outras construções, a torre Grenfell 40 anos atrás. Foi uma coincidência. As imagens de Savage já estavam na Tate desde fevereiro, muito antes do incêndio. "Não sabia que a obra de uma das vítimas estava exposta perto da minha. Por um lado, é um prazer estar associado a uma grande artista, mas ao mesmo tempo é perturbador por causa das circunstâncias", disse Savage à Folha. "De certa forma, a situação no bairro que fotografei em 1977 permanece igual. Apesar da mudança na aparência, continua sendo uma área [em meio a uma vizinhança rica] onde vivem os pobres e os esquecidos." Abi Salman e Ehsan Haque moram numa região próxima a Kensington e chegaram a ver o prédio em chamas. Em visita à Tate, o casal ficou emocionado. A bancária Salman desatou em lágrimas diante do quadro de Saye e ao ver fotos antigas do edifício. "É tão interessante que esses trabalhos estejam tão perto um do outro", disse. O marido dela achou a obra de Saye tocante. "Ela era muito talentosa, e é maravilhoso que as pessoas se lembrem dela dessa forma." O quadro de Saye pode ser visto na Tate Britain, que tem entrada franca, até 4 de julho. O site da fotógrafa é sayephotography.co.uk.
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Após eleição, esquerda vive o Apocalipse e direita, a Restauração
Os que acham que os resultados do domingo beneficiarão beltrano ou sicrano nas próximas eleições deveriam consultar quem sabe tudo sobre previsões: Eduardo Campos. Ele era um candidato fortíssimo ao Planalto até tomar aquele malsinado jatinho para Santos. Prever a política é fazer política. É projetar a vitória presente no futuro, decretar que o tempo se congele e 2018 será semelhante a 2016. Além de desprezar o imponderável, é negar a matéria mesma da política, a possibilidade de mudar os dias de hoje e os que virão. Na hora alta do PT, há menos de dois anos, não faltou quem previsse que o partido ficaria mais três mandatos no poder. A profecia, funesta para os tucanos, fez com que eles sustentassem que a presidente era ilegítima, e em seguida agissem para destroná-la. A resposta à derrota pode moldar o futuro mais do que a vitória. O Brasil não está condenado a ser Pindamonhangaba –onde, aliás, Alckmin foi duplamente derrotado no domingo: o candidato tucano e uma sobrinha do governador perderam a prefeitura para um candidato apoiado, entre outros, pelo PC do B. Os homens fazem a sua história, diz a sentença outrora célebre, mas não a fazem segundo a sua livre vontade, não a fazem em circunstâncias da sua escolha, e sim naquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. As circunstâncias com as quais nos defrontamos estão marcadas pelo tropel dos quatro cavaleiros do apocalipse. O primeiro deles derrubou Dilma no laço. O segundo atropelou a esquerda eleitoralmente. O prestes a relinchar inviabilizará os investimentos por duas décadas. O quarto cavaleiro mandará a idade da aposentadoria para as calendas. Para a direita, os quatro cavaleiros anunciam não o final dos tempos, mas a Restauração. Imposto até o fim, seu programa empurrará a nação 30 anos para trás, invalidará o que foi feito para os pobres a partir de 1988. Para quem já vem levando no lombo, o sacrifício vale a pena porque o Brasil ficará um brinco. Virá gente de fora para ver as contas públicas; a jornada de 12 horas; o macro-entusiasmo dos rentistas; a eficácia do micro-Estado; septuagenários gramando na roça sem essa moleza de aposentadoria; os mortadelas, por definição preguiçosos e corruptos, devidamente enjaulados. Seremos uma grande empresa –com patrão eleito, uma seleta casta de parlamentares e uma massa de funcionários comemorando a conciliação. Para a esquerda, a paisagem é ainda pior. Ela não tem projeto, nem método, nem liderança; e o passado recente lhe oprime o cérebro como um pesadelo. Meia dúzia de prefeituras, de Araraquara a Rio Branco, não configura um ponto de apoio capaz de impulsioná-la. O PSOL, caso venha a eleger Marcelo Freixo prefeito do Rio no segundo turno, parece acanhado diante das tarefas práticas e teóricas que o aguardam. Mas ele é, de fato, das poucas coisas que restaram da ruína da esquerda. Quanto ao PT, ele precisa provar que está vivo e é capaz de reagir. Poderá começar a fazer isso nesta quarta, quando a sua direção nacional se reunirá. Se o partido se colocar, mais uma vez, na exclusiva condição de vítima, dificilmente conseguirá fazer frente aos dias difíceis que virão. Se reconhecer lisamente que o segundo mandato de Dilma foi uma catástrofe, e começar a debater porque isso aconteceu, terá alguma chance de ser ouvido e, quem sabe, de voltar a servir de instrumento aos desvalidos.
colunas
Após eleição, esquerda vive o Apocalipse e direita, a RestauraçãoOs que acham que os resultados do domingo beneficiarão beltrano ou sicrano nas próximas eleições deveriam consultar quem sabe tudo sobre previsões: Eduardo Campos. Ele era um candidato fortíssimo ao Planalto até tomar aquele malsinado jatinho para Santos. Prever a política é fazer política. É projetar a vitória presente no futuro, decretar que o tempo se congele e 2018 será semelhante a 2016. Além de desprezar o imponderável, é negar a matéria mesma da política, a possibilidade de mudar os dias de hoje e os que virão. Na hora alta do PT, há menos de dois anos, não faltou quem previsse que o partido ficaria mais três mandatos no poder. A profecia, funesta para os tucanos, fez com que eles sustentassem que a presidente era ilegítima, e em seguida agissem para destroná-la. A resposta à derrota pode moldar o futuro mais do que a vitória. O Brasil não está condenado a ser Pindamonhangaba –onde, aliás, Alckmin foi duplamente derrotado no domingo: o candidato tucano e uma sobrinha do governador perderam a prefeitura para um candidato apoiado, entre outros, pelo PC do B. Os homens fazem a sua história, diz a sentença outrora célebre, mas não a fazem segundo a sua livre vontade, não a fazem em circunstâncias da sua escolha, e sim naquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. As circunstâncias com as quais nos defrontamos estão marcadas pelo tropel dos quatro cavaleiros do apocalipse. O primeiro deles derrubou Dilma no laço. O segundo atropelou a esquerda eleitoralmente. O prestes a relinchar inviabilizará os investimentos por duas décadas. O quarto cavaleiro mandará a idade da aposentadoria para as calendas. Para a direita, os quatro cavaleiros anunciam não o final dos tempos, mas a Restauração. Imposto até o fim, seu programa empurrará a nação 30 anos para trás, invalidará o que foi feito para os pobres a partir de 1988. Para quem já vem levando no lombo, o sacrifício vale a pena porque o Brasil ficará um brinco. Virá gente de fora para ver as contas públicas; a jornada de 12 horas; o macro-entusiasmo dos rentistas; a eficácia do micro-Estado; septuagenários gramando na roça sem essa moleza de aposentadoria; os mortadelas, por definição preguiçosos e corruptos, devidamente enjaulados. Seremos uma grande empresa –com patrão eleito, uma seleta casta de parlamentares e uma massa de funcionários comemorando a conciliação. Para a esquerda, a paisagem é ainda pior. Ela não tem projeto, nem método, nem liderança; e o passado recente lhe oprime o cérebro como um pesadelo. Meia dúzia de prefeituras, de Araraquara a Rio Branco, não configura um ponto de apoio capaz de impulsioná-la. O PSOL, caso venha a eleger Marcelo Freixo prefeito do Rio no segundo turno, parece acanhado diante das tarefas práticas e teóricas que o aguardam. Mas ele é, de fato, das poucas coisas que restaram da ruína da esquerda. Quanto ao PT, ele precisa provar que está vivo e é capaz de reagir. Poderá começar a fazer isso nesta quarta, quando a sua direção nacional se reunirá. Se o partido se colocar, mais uma vez, na exclusiva condição de vítima, dificilmente conseguirá fazer frente aos dias difíceis que virão. Se reconhecer lisamente que o segundo mandato de Dilma foi uma catástrofe, e começar a debater porque isso aconteceu, terá alguma chance de ser ouvido e, quem sabe, de voltar a servir de instrumento aos desvalidos.
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Tite comemora elenco competitivo e cita entrosamento do Palmeiras
Um dia após eleger seu novo presidente, Roberto de Andrade, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0 neste domingo (8), na terceira rodada do Campeonato Paulista, com um time recheado de reservas. Foi o primeiro clássico disputado no novo estádio alviverde. Em função do jogo contra o Once Caldas (COL), pela fase preliminar da Libertadores, na próxima quarta (11), Tite poupou seis atletas. Fagner, Felipe, Elias, Jadson, Renato Augusto e Emerson, que foram titulares no primeiro confronto do torneio continental, ficaram no banco. Com exceção de Jadson, os outros cinco nem sequer foram relacionados. Ao término da partida o treinador corintiano mostrou-se bastante satisfeito com o que viu em campo. "Mesmo trocando peças, eu, enquanto técnico, sei que eles entraram e produziram aquilo que normalmente apresentam nos treinamentos", afirmou, referindo-se a Edilson, Edu Dracena, Bruno Henrique, Petros, Danilo e Mendoza. "É importante incutir nos atletas a ideia de que precisam competir de forma leal para buscar seu espaço no campo", acrescentou o comandante alvinegro, que quer ter dois bons jogadores em cada função. Além do "senso de equipe", na avaliação de Tite, o Corinthians também se aproveitou da falta de entrosamento do Palmeiras para vencer o duelo. "É um time que ainda passa por um processo de construção. Conseguimos tirar proveito dessa busca por um entrosamento maior." Com um jogo a menos em função da partida da Libertadores, os corintianos chegaram aos seis pontos, no Grupo B.
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Tite comemora elenco competitivo e cita entrosamento do PalmeirasUm dia após eleger seu novo presidente, Roberto de Andrade, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0 neste domingo (8), na terceira rodada do Campeonato Paulista, com um time recheado de reservas. Foi o primeiro clássico disputado no novo estádio alviverde. Em função do jogo contra o Once Caldas (COL), pela fase preliminar da Libertadores, na próxima quarta (11), Tite poupou seis atletas. Fagner, Felipe, Elias, Jadson, Renato Augusto e Emerson, que foram titulares no primeiro confronto do torneio continental, ficaram no banco. Com exceção de Jadson, os outros cinco nem sequer foram relacionados. Ao término da partida o treinador corintiano mostrou-se bastante satisfeito com o que viu em campo. "Mesmo trocando peças, eu, enquanto técnico, sei que eles entraram e produziram aquilo que normalmente apresentam nos treinamentos", afirmou, referindo-se a Edilson, Edu Dracena, Bruno Henrique, Petros, Danilo e Mendoza. "É importante incutir nos atletas a ideia de que precisam competir de forma leal para buscar seu espaço no campo", acrescentou o comandante alvinegro, que quer ter dois bons jogadores em cada função. Além do "senso de equipe", na avaliação de Tite, o Corinthians também se aproveitou da falta de entrosamento do Palmeiras para vencer o duelo. "É um time que ainda passa por um processo de construção. Conseguimos tirar proveito dessa busca por um entrosamento maior." Com um jogo a menos em função da partida da Libertadores, os corintianos chegaram aos seis pontos, no Grupo B.
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Chá em Londres celebra a rainha e a bebê real com doces de ouro e prata
A menos de um quilômetro do palácio de Buckingham, uma família de bilionários indianos comemora o aniversário de três anos da caçula com um chá da tarde em um ensolarado domingo de fim da primavera em Londres. O ritual tipicamente inglês é também uma homenagem aos 90 anos da rainha Elizabeth, completados em abril, e ao primeiro ano de sua bisneta, a princesa Charlotte, festejado em maio. É que ambas, símbolos de duas gerações da Casa de Windsor, são o tema do Pink Princess Afternoon Tea, espécie de brunch que será servido todos os dias, até o final de junho, no restaurante do hotel Lanesborough, no coração da capital inglesa –com uma seleção de docinhos da pâtisserie francesa, em formatos que vão de coroa a borboleta, com toques de ouro e prata comestíveis. Reinaugurado há um ano (leia mais abaixo), o Lanesborough tem vista para o Hyde Park e fica a alguns passos da residência oficial da realeza britânica. É parte da mesma rede que administra o Le Bristol, na capital francesa, onde Woody Allen gravou cenas do longa "Meia-Noite em Paris". Para o chá em Londres, súditos de sua majestade e hóspedes dos quatro cantos do mundo precisam estar dispostos a pagar £ 48 (R$ 243) –com uma taça de champanhe Tattinger, o valor vai a £ 62 (R$ 313); o pacote que inclui uma noite no hotel sai por £ 590 (R$ 2.984). Além de guloseimas artisticamente esculpidas em tons de rosa, o chá da tarde (sempre às 15h, não às 17h) inclui sanduíches salgados e saborosos "scoons", os bolinhos que acompanham bem a bebida quente preferida dos ingleses –com ou sem leite. O menu de chás é rico (preenche oito páginas de descrição de aromas e sabores). Há opções de £ 5,50 (R$ 28) a £ 18 (R$ 92), passando por extravagâncias como um chá branco do Tibete –cujo quilo, em lojas especializadas, chega a £ 5.000 (R$ 25.921). O Formosa Oolong Top Fancy, apelidado de Beleza Asiática, é "verdadeiramente magnífico", descrito como delicado aos olhos e intenso no sabor de flores, com leves pitadas de especiarias. Tanto requinte é apreciado por duas senhoras que moram em Mayfair, na vizinhança chique do hotel. Elas parecem estar à espera de sua alteza real, enquanto aguardam para serem acomodadas em uma mesa central do restaurante Céleste, decorado na cor que lhe dá nome e com um enorme lustre ao centro. É uma ocasião para reviver tradições, segundo uma delas. "É como tomar chá em casa, mas cercada de mimos", diz Claire, que, sem dizer o sobrenome, interrompe a conversa elegantemente quando descobre se tratar de uma entrevista. "É domingo, minha querida", despede-se, sem mais delongas, com um sorriso no rosto. Enquanto isso, a festa infantil indiana parece não perturbar a clientela discreta e elegante. Algazarra só na entrega de dois balões para a aniversariante, enquanto adultos se deliciam com cheesecake de ruibarbo, musse de morango, creme de cereja e biscoitos de framboesa. Cada guloseima é esculpida em uma forma delicada e adornada com pérolas ou miniflores de açúcar. Com champanhe ou chá, no início da degustação é de bom tom fazer um brinde de vida longa à rainha Elizabeth e à mais nova princesa. * HOTEL ESTÁ ENTRE OS MAIS CAROS DA CIDADE O hotel Lanesborough foi erguido para servir como residência de caça do visconde de mesmo nome, em uma época em que o hoje central Hyde Park era uma zona afastada do centro do Londres. A mansão de tijolos aparentes passou por uma reforma de £ 80 milhões (R$ 405 milhões) e foi reaberta, em agosto do ano passado, como um dos hotéis mais caros da capital britânica. A fachada, os salões e as 93 suítes –com diárias que podem chegar a custar £ 26 mil (R$ 132 mil)– ganharam detalhes do estilo georgiano, em um trabalho que durou 18 meses e envolveu arquitetos, designers e artesãos de renome mundial, sob supervisão de institutos de preservação e do patrimônio histórico, como a Comissão Real de Belas Artes e a Sociedade Georgiana. É um passeio por cômodos que poderiam ser descritos em romances de época como o clássico "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen. Papéis de parede temáticos enfeitam as paredes, que ganharam coberturas de madeira talhadas com motivos de época. Tecnologias modernas ficam discretamente escondidas no mobiliário que remonta ao século 19. A TV de tela plana, por exemplo, é sustentada por uma moldura e "encoberta" por uma tela pintada quando não está ligada. Todo os aparatos eletrônicos, assim como os dispositivos que abrem e fecham janelas e cortinas, podem ser ligados e desligados de um tablet colocado na mesinha de cabeceira. Cada hóspede tem direito a mordomo e motorista 24 horas e ganha cartões de visitas impressos com seu nome e o endereço do hotel. Situado no centro da capital, o hotel fica a uma caminhada rápida da movimentada Oxford Street, repleta de lojas de departamento, e da zona comercial mais exclusiva de Londres. A jornalista visitou o hotel Lanesborough a convite da rede Oetker Collection
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Chá em Londres celebra a rainha e a bebê real com doces de ouro e prataA menos de um quilômetro do palácio de Buckingham, uma família de bilionários indianos comemora o aniversário de três anos da caçula com um chá da tarde em um ensolarado domingo de fim da primavera em Londres. O ritual tipicamente inglês é também uma homenagem aos 90 anos da rainha Elizabeth, completados em abril, e ao primeiro ano de sua bisneta, a princesa Charlotte, festejado em maio. É que ambas, símbolos de duas gerações da Casa de Windsor, são o tema do Pink Princess Afternoon Tea, espécie de brunch que será servido todos os dias, até o final de junho, no restaurante do hotel Lanesborough, no coração da capital inglesa –com uma seleção de docinhos da pâtisserie francesa, em formatos que vão de coroa a borboleta, com toques de ouro e prata comestíveis. Reinaugurado há um ano (leia mais abaixo), o Lanesborough tem vista para o Hyde Park e fica a alguns passos da residência oficial da realeza britânica. É parte da mesma rede que administra o Le Bristol, na capital francesa, onde Woody Allen gravou cenas do longa "Meia-Noite em Paris". Para o chá em Londres, súditos de sua majestade e hóspedes dos quatro cantos do mundo precisam estar dispostos a pagar £ 48 (R$ 243) –com uma taça de champanhe Tattinger, o valor vai a £ 62 (R$ 313); o pacote que inclui uma noite no hotel sai por £ 590 (R$ 2.984). Além de guloseimas artisticamente esculpidas em tons de rosa, o chá da tarde (sempre às 15h, não às 17h) inclui sanduíches salgados e saborosos "scoons", os bolinhos que acompanham bem a bebida quente preferida dos ingleses –com ou sem leite. O menu de chás é rico (preenche oito páginas de descrição de aromas e sabores). Há opções de £ 5,50 (R$ 28) a £ 18 (R$ 92), passando por extravagâncias como um chá branco do Tibete –cujo quilo, em lojas especializadas, chega a £ 5.000 (R$ 25.921). O Formosa Oolong Top Fancy, apelidado de Beleza Asiática, é "verdadeiramente magnífico", descrito como delicado aos olhos e intenso no sabor de flores, com leves pitadas de especiarias. Tanto requinte é apreciado por duas senhoras que moram em Mayfair, na vizinhança chique do hotel. Elas parecem estar à espera de sua alteza real, enquanto aguardam para serem acomodadas em uma mesa central do restaurante Céleste, decorado na cor que lhe dá nome e com um enorme lustre ao centro. É uma ocasião para reviver tradições, segundo uma delas. "É como tomar chá em casa, mas cercada de mimos", diz Claire, que, sem dizer o sobrenome, interrompe a conversa elegantemente quando descobre se tratar de uma entrevista. "É domingo, minha querida", despede-se, sem mais delongas, com um sorriso no rosto. Enquanto isso, a festa infantil indiana parece não perturbar a clientela discreta e elegante. Algazarra só na entrega de dois balões para a aniversariante, enquanto adultos se deliciam com cheesecake de ruibarbo, musse de morango, creme de cereja e biscoitos de framboesa. Cada guloseima é esculpida em uma forma delicada e adornada com pérolas ou miniflores de açúcar. Com champanhe ou chá, no início da degustação é de bom tom fazer um brinde de vida longa à rainha Elizabeth e à mais nova princesa. * HOTEL ESTÁ ENTRE OS MAIS CAROS DA CIDADE O hotel Lanesborough foi erguido para servir como residência de caça do visconde de mesmo nome, em uma época em que o hoje central Hyde Park era uma zona afastada do centro do Londres. A mansão de tijolos aparentes passou por uma reforma de £ 80 milhões (R$ 405 milhões) e foi reaberta, em agosto do ano passado, como um dos hotéis mais caros da capital britânica. A fachada, os salões e as 93 suítes –com diárias que podem chegar a custar £ 26 mil (R$ 132 mil)– ganharam detalhes do estilo georgiano, em um trabalho que durou 18 meses e envolveu arquitetos, designers e artesãos de renome mundial, sob supervisão de institutos de preservação e do patrimônio histórico, como a Comissão Real de Belas Artes e a Sociedade Georgiana. É um passeio por cômodos que poderiam ser descritos em romances de época como o clássico "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen. Papéis de parede temáticos enfeitam as paredes, que ganharam coberturas de madeira talhadas com motivos de época. Tecnologias modernas ficam discretamente escondidas no mobiliário que remonta ao século 19. A TV de tela plana, por exemplo, é sustentada por uma moldura e "encoberta" por uma tela pintada quando não está ligada. Todo os aparatos eletrônicos, assim como os dispositivos que abrem e fecham janelas e cortinas, podem ser ligados e desligados de um tablet colocado na mesinha de cabeceira. Cada hóspede tem direito a mordomo e motorista 24 horas e ganha cartões de visitas impressos com seu nome e o endereço do hotel. Situado no centro da capital, o hotel fica a uma caminhada rápida da movimentada Oxford Street, repleta de lojas de departamento, e da zona comercial mais exclusiva de Londres. A jornalista visitou o hotel Lanesborough a convite da rede Oetker Collection
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Editorial: O papel da Justiça
A crer no clichê mais em voga, a Justiça brasileira é ruim porque, entre outros motivos, oferece às partes tantas e tão generosas possibilidades recursais que se torna lenta e ineficiente. Embora exista uma boa dose de verdade nesse lugar-comum, ele peca por passar a sensação de que o Judiciário sempre se comporta de maneira leniente. Quando se trata de prisões em flagrante, contudo, dá-se o contrário: prevalece o rigor excessivo. Na prática, o indivíduo detido enquanto comete um ato criminoso permanece encarcerado por muito mais tempo do que seria justificável, muitas vezes sem nem ter seu caso examinado por um juiz. Uma anomalia que, com décadas de atraso, o Conselho Nacional de Justiça pretende corrigir, começando neste mês em São Paulo. Exceção no nosso ordenamento, a prisão em flagrante representa rara circunstância em que a Constituição permite a restrição da liberdade por ato administrativo. Sem um instrumento desse tipo, homicidas furiosos com armas em riste, por exemplo, só poderiam ser detidos após deliberação da Justiça. A fim de evitar exageros, prisões em flagrante devem ser informadas de imediato ao Ministério Público, a familiares e ao juiz competente, a quem cabe convertê-la em preventiva ou liberar o acusado, adotando as providências cabíveis. A polícia, entretanto, costuma encaminhar ao juiz só a papelada do caso. O contraditório, quando existe, fica prejudicado, já que o acusado, nesta fase inicial, pode não ter um defensor de confiança. Foi para diminuir o risco de abusos que o Brasil, no longínquo ano de 1992, ratificou o Pacto de San José, no âmbito da Organização dos Estados Americanos. Entre outras disposições, o documento determina que toda pessoa detida seja conduzida sem demora à presença de autoridade judicial, que, ato contínuo, decidirá os próximos passos. Não se trata de panaceia, mas a apresentação física tende a equilibrar o jogo. O acusado tem não só a oportunidade de contestar as informações trazidas pela polícia mas também, e mais importante, de denunciar práticas como coação ou tortura, que, infelizmente, ainda são rotina em certas delegacias. É fundamental, assim, que essa audiência de custódia se torne realidade. Não se ignoram as dificuldades logísticas para fazê-lo, entre as quais se destacam o deslocamento de criminosos perigosos e o volume de situações a serem analisadas pelos magistrados. São obstáculos, mas não barreiras intransponíveis. As autoridades devem encontrar, e logo, a melhor fórmula para contornar o problema. Não dá para aceitar que o Brasil mantenha um sistema que, no papel, dá todas as garantias aos presos, mas, na prática, permite que se repitam graves abusos.
opiniao
Editorial: O papel da JustiçaA crer no clichê mais em voga, a Justiça brasileira é ruim porque, entre outros motivos, oferece às partes tantas e tão generosas possibilidades recursais que se torna lenta e ineficiente. Embora exista uma boa dose de verdade nesse lugar-comum, ele peca por passar a sensação de que o Judiciário sempre se comporta de maneira leniente. Quando se trata de prisões em flagrante, contudo, dá-se o contrário: prevalece o rigor excessivo. Na prática, o indivíduo detido enquanto comete um ato criminoso permanece encarcerado por muito mais tempo do que seria justificável, muitas vezes sem nem ter seu caso examinado por um juiz. Uma anomalia que, com décadas de atraso, o Conselho Nacional de Justiça pretende corrigir, começando neste mês em São Paulo. Exceção no nosso ordenamento, a prisão em flagrante representa rara circunstância em que a Constituição permite a restrição da liberdade por ato administrativo. Sem um instrumento desse tipo, homicidas furiosos com armas em riste, por exemplo, só poderiam ser detidos após deliberação da Justiça. A fim de evitar exageros, prisões em flagrante devem ser informadas de imediato ao Ministério Público, a familiares e ao juiz competente, a quem cabe convertê-la em preventiva ou liberar o acusado, adotando as providências cabíveis. A polícia, entretanto, costuma encaminhar ao juiz só a papelada do caso. O contraditório, quando existe, fica prejudicado, já que o acusado, nesta fase inicial, pode não ter um defensor de confiança. Foi para diminuir o risco de abusos que o Brasil, no longínquo ano de 1992, ratificou o Pacto de San José, no âmbito da Organização dos Estados Americanos. Entre outras disposições, o documento determina que toda pessoa detida seja conduzida sem demora à presença de autoridade judicial, que, ato contínuo, decidirá os próximos passos. Não se trata de panaceia, mas a apresentação física tende a equilibrar o jogo. O acusado tem não só a oportunidade de contestar as informações trazidas pela polícia mas também, e mais importante, de denunciar práticas como coação ou tortura, que, infelizmente, ainda são rotina em certas delegacias. É fundamental, assim, que essa audiência de custódia se torne realidade. Não se ignoram as dificuldades logísticas para fazê-lo, entre as quais se destacam o deslocamento de criminosos perigosos e o volume de situações a serem analisadas pelos magistrados. São obstáculos, mas não barreiras intransponíveis. As autoridades devem encontrar, e logo, a melhor fórmula para contornar o problema. Não dá para aceitar que o Brasil mantenha um sistema que, no papel, dá todas as garantias aos presos, mas, na prática, permite que se repitam graves abusos.
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Editorial: Investir na mudança
Além do descalabro nas contas públicas, talvez o principal legado da política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) em seu primeiro mandato seja a deterioração do ambiente de negócios no país, traduzido em termos concretos pela redução dos investimentos. O quadro agrava-se neste ano com a recessão, o aperto nos gastos do governo e a paralisia de diversas construtoras e estatais envolvidas em escândalos de corrupção. Sabia-se há anos que a expansão do consumo encontraria seus limites; que seria necessário criar condições para que os investimentos, sobretudo na infraestrutura, tivessem maior protagonismo no desenvolvimento do país. O governo, porém, gastou muito tempo tentando restringir artificialmente a rentabilidade das concessões de rodovias, ferrovias e portos. Para piorar, perdeu-se na barafunda de órgãos públicos envolvidos com um assunto complexo e regulado por normas ineficientes. Tornaram-se regra os relatos de obras iniciadas sem projeto de engenharia, porta aberta para a corrupção, por meio de aditivos contratuais e ajustes emergenciais –e estes, por sua vez, terminam contestados pelos órgãos de controle. O investimento, obviamente, não deslanchou. Patina há anos em torno de 20% do PIB, quando seria necessário ao menos 25% para o país crescer a um ritmo razoável. Não será fácil mudar essa tendência na atual conjuntura econômica. Para começar, o investimento público é carta fora do baralho. As despesas da administração federal direta com infraestrutura e equipamentos caíram 31,3% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2014, enquanto os investimentos das estatais recuaram 23,7%. Os governos estaduais agem da mesma forma –em São Paulo, a retração chega a 17,1%. Reavivar o interesse do setor privado constitui desafio à parte. Além de acertar a política econômica, tarefa que apenas se inicia, é urgente relançar a agenda de concessões em novas bases. As condições para o sucesso são conhecidas: maior protagonismo do setor privado, fim do aparelhamento partidário nas agências reguladoras, organização racional das etapas de licenciamento, exigência de projetos detalhados etc. O governo, entretanto, ainda não demonstrou competência para enfrentar o problema. Talvez as adversidades forcem uma atitude que de outra forma não existiria. Mesmo no melhor cenário, infelizmente, não se deve contar com melhoras palpáveis antes de 2016.
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Editorial: Investir na mudançaAlém do descalabro nas contas públicas, talvez o principal legado da política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) em seu primeiro mandato seja a deterioração do ambiente de negócios no país, traduzido em termos concretos pela redução dos investimentos. O quadro agrava-se neste ano com a recessão, o aperto nos gastos do governo e a paralisia de diversas construtoras e estatais envolvidas em escândalos de corrupção. Sabia-se há anos que a expansão do consumo encontraria seus limites; que seria necessário criar condições para que os investimentos, sobretudo na infraestrutura, tivessem maior protagonismo no desenvolvimento do país. O governo, porém, gastou muito tempo tentando restringir artificialmente a rentabilidade das concessões de rodovias, ferrovias e portos. Para piorar, perdeu-se na barafunda de órgãos públicos envolvidos com um assunto complexo e regulado por normas ineficientes. Tornaram-se regra os relatos de obras iniciadas sem projeto de engenharia, porta aberta para a corrupção, por meio de aditivos contratuais e ajustes emergenciais –e estes, por sua vez, terminam contestados pelos órgãos de controle. O investimento, obviamente, não deslanchou. Patina há anos em torno de 20% do PIB, quando seria necessário ao menos 25% para o país crescer a um ritmo razoável. Não será fácil mudar essa tendência na atual conjuntura econômica. Para começar, o investimento público é carta fora do baralho. As despesas da administração federal direta com infraestrutura e equipamentos caíram 31,3% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2014, enquanto os investimentos das estatais recuaram 23,7%. Os governos estaduais agem da mesma forma –em São Paulo, a retração chega a 17,1%. Reavivar o interesse do setor privado constitui desafio à parte. Além de acertar a política econômica, tarefa que apenas se inicia, é urgente relançar a agenda de concessões em novas bases. As condições para o sucesso são conhecidas: maior protagonismo do setor privado, fim do aparelhamento partidário nas agências reguladoras, organização racional das etapas de licenciamento, exigência de projetos detalhados etc. O governo, entretanto, ainda não demonstrou competência para enfrentar o problema. Talvez as adversidades forcem uma atitude que de outra forma não existiria. Mesmo no melhor cenário, infelizmente, não se deve contar com melhoras palpáveis antes de 2016.
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Guarulhos está no top 3 dos grandes aeroportos mais pontuais do mundo
O aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi considerado o terceiro mais pontual do mundo entre os terminais de grande porte pela consultoria britânica OAG, que monitora viagens aéreas. O ranking de pontualidade de 2015, divulgado nesta quinta-feira (7), foi liderado pelo aeroporto de Haneda, em Tóquio (Japão), com média de 91,25% da chamada OTP ("on-time performance", ou desempenho pontual). Em seguida, vieram os terminais de Munique (Alemanha), com 87,71%, e de Guarulhos, com 87,47%. Também tiveram destaque duas companhias aéreas brasileiras: Azul e Gol ficaram no top 3 de pontualidade entre as empresas consideradas de baixo custo ("low cost") pela OAG. A Azul liderou o ranking, com média de OTP de 91,03%, seguida pela norueguesa Norwegian Air Shuttle (86,67%) e pela Gol (86,45%). Entre as grandes companhias, a airBaltic, da Letônia, foi a mais pontual: 94,39% de OTP. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, vieram Copa Airlines (91,69%), que opera no Brasil, e Japan Airlines (90,,44%). A brasileira TAM ficou em 7o lugar nessa lista. MAIS ESTATÍSTICAS A lista da OAG não é a única a medir a pontualidade de voos no mundo. A FlightStats, organização que faz serviço semelhante, também divulgou, nesta quarta (6), seu ranking de 2015. A japonesa Japan Airlines (JAL) liderou o ranking entre as maiores companhias, com 89,44% dos voos "on-time", seguida por Iberia e ANA –a brasileira TAM repetiu o 7o lugar. Nos dados segmentados para a América Latina, a Copa foi a mais bem avaliada, à frente de TAM e Avianca. Entre os grandes aeroportos, Haneda (Tóquio, Japão), Doha (Qatar) e Istambul (Turquia) foram os destaques, nos dados da FlightStats.
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Guarulhos está no top 3 dos grandes aeroportos mais pontuais do mundoO aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi considerado o terceiro mais pontual do mundo entre os terminais de grande porte pela consultoria britânica OAG, que monitora viagens aéreas. O ranking de pontualidade de 2015, divulgado nesta quinta-feira (7), foi liderado pelo aeroporto de Haneda, em Tóquio (Japão), com média de 91,25% da chamada OTP ("on-time performance", ou desempenho pontual). Em seguida, vieram os terminais de Munique (Alemanha), com 87,71%, e de Guarulhos, com 87,47%. Também tiveram destaque duas companhias aéreas brasileiras: Azul e Gol ficaram no top 3 de pontualidade entre as empresas consideradas de baixo custo ("low cost") pela OAG. A Azul liderou o ranking, com média de OTP de 91,03%, seguida pela norueguesa Norwegian Air Shuttle (86,67%) e pela Gol (86,45%). Entre as grandes companhias, a airBaltic, da Letônia, foi a mais pontual: 94,39% de OTP. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, vieram Copa Airlines (91,69%), que opera no Brasil, e Japan Airlines (90,,44%). A brasileira TAM ficou em 7o lugar nessa lista. MAIS ESTATÍSTICAS A lista da OAG não é a única a medir a pontualidade de voos no mundo. A FlightStats, organização que faz serviço semelhante, também divulgou, nesta quarta (6), seu ranking de 2015. A japonesa Japan Airlines (JAL) liderou o ranking entre as maiores companhias, com 89,44% dos voos "on-time", seguida por Iberia e ANA –a brasileira TAM repetiu o 7o lugar. Nos dados segmentados para a América Latina, a Copa foi a mais bem avaliada, à frente de TAM e Avianca. Entre os grandes aeroportos, Haneda (Tóquio, Japão), Doha (Qatar) e Istambul (Turquia) foram os destaques, nos dados da FlightStats.
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Educação no futuro será portátil, personalizada e onipresente
Enquanto o aluno caminha para a escola, recebe textos sobre a aula do dia. Softwares identificam, com base nas suas atividades, as necessidades individuais para que, a partir daí, o professor possa escolher exercícios customizados para ele. Assim será o futuro da educação, segundo gestores do setor ouvidos pela Folha. A mobilidade, a personalização da aprendizagem e o modelo híbrido (presencial e on-line) –já praticado nos cursos de educação a distância– devem ser levados aos programas de ensino básico. A escola, ou boa parte dela, vai caber nos dispositivos móveis. A educação se tornará onipresente. Discussões em ambientes virtuais, por exemplo, serão incorporadas às aulas presenciais, segundo Daniel Ribeiro Silva Mill, professor e gestor de educação a distância na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Em crescimento - Educação a distância cresce mais que a presencial na última década Essa personalização do aprendizado traz como grande mudança a possibilidade de respeitar o ritmo de cada aluno, segundo Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, que atua na área da educação. Caberá ao professor de amanhã o papel de curador. "Ele vai escolher os conteúdos, os meios e fazer a conexão disso com o mundo real." Mas a incorporação da tecnologia pela escola brasileira apresenta desafios como falhas na infraestrutura e na formação docente, diz Mizne. "O governo precisa aprender a escolher a tecnologia que vai comprar e complementar com formação de professor." Uma dessas tecnologias é o big data, análise de dados em larga escala, que entra em cena para auxiliar na customização do ensino. "Já há softwares capazes de analisar os perfis dos alunos para traçar trilhas de estudo" de acordo com cada caso", diz Mairum Ceoldo Andrade, superintendente de tecnologia do Cieb (Centro de Inovação Para a Educação Brasileira). Um exemplo é a Knewton, plataforma de ensino adaptativo que já atua no Brasil em parceria com a escola de idiomas Wizard e com a LFG, empresa de cursos preparatórios do grupo Kroton Educacional. Ela indica os pontos que precisam ser melhorados depois de fazer a análise das respostas do aluno às questões propostas de acordo com o nível de ensino. O professor recebe um relatório, tal qual um prontuário médico, que o ajuda a fornecer o melhor diagnóstico para as dificuldades de aprendizagem. NA ESCOLA Algumas escolas já colocam em prática essas tendências. Nas Steve Jobs Schools, com mais de 20 unidades na Holanda e duas na África do Sul, os alunos fazem todas as atividades em tablets. Em vez de aulas há workshops, com temas escolhidos por eles. Em Cotia (Grande SP), a associação Projeto Âncora mantém uma escola onde o estudante dita o ritmo, escolhendo conteúdo e cronograma. O professor é só auxiliar do processo, um mentor. "No futuro, a criança vai ter um caminho só dela e investir no campo de conhecimento que escolheu", diz Rosa Alegria, pesquisadora do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP. "A educação será voltada para fazer a pessoa mais feliz". Para Mill, da UFScar, o desafio é educar professores e alunos, para que saibam quais ferramentas usar. Nem sempre a tecnologia adequada é a mais nova, diz. "A tecnologia da escrita ainda é mais importante que a digital", exemplifica. Segundo Mill, o docente precisa pesquisar a tecnologia, mas não tem tempo nem salário que o incentive a isso. "O ensino básico tem grande deficit de qualidade, ainda é muito ruim, e os professores são desvalorizados", concorda Madalena Guasco Peixoto, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. "Mas como, sem dinheiro, fazer políticas eficientes para melhorar o ensino?"
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Educação no futuro será portátil, personalizada e onipresenteEnquanto o aluno caminha para a escola, recebe textos sobre a aula do dia. Softwares identificam, com base nas suas atividades, as necessidades individuais para que, a partir daí, o professor possa escolher exercícios customizados para ele. Assim será o futuro da educação, segundo gestores do setor ouvidos pela Folha. A mobilidade, a personalização da aprendizagem e o modelo híbrido (presencial e on-line) –já praticado nos cursos de educação a distância– devem ser levados aos programas de ensino básico. A escola, ou boa parte dela, vai caber nos dispositivos móveis. A educação se tornará onipresente. Discussões em ambientes virtuais, por exemplo, serão incorporadas às aulas presenciais, segundo Daniel Ribeiro Silva Mill, professor e gestor de educação a distância na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Em crescimento - Educação a distância cresce mais que a presencial na última década Essa personalização do aprendizado traz como grande mudança a possibilidade de respeitar o ritmo de cada aluno, segundo Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, que atua na área da educação. Caberá ao professor de amanhã o papel de curador. "Ele vai escolher os conteúdos, os meios e fazer a conexão disso com o mundo real." Mas a incorporação da tecnologia pela escola brasileira apresenta desafios como falhas na infraestrutura e na formação docente, diz Mizne. "O governo precisa aprender a escolher a tecnologia que vai comprar e complementar com formação de professor." Uma dessas tecnologias é o big data, análise de dados em larga escala, que entra em cena para auxiliar na customização do ensino. "Já há softwares capazes de analisar os perfis dos alunos para traçar trilhas de estudo" de acordo com cada caso", diz Mairum Ceoldo Andrade, superintendente de tecnologia do Cieb (Centro de Inovação Para a Educação Brasileira). Um exemplo é a Knewton, plataforma de ensino adaptativo que já atua no Brasil em parceria com a escola de idiomas Wizard e com a LFG, empresa de cursos preparatórios do grupo Kroton Educacional. Ela indica os pontos que precisam ser melhorados depois de fazer a análise das respostas do aluno às questões propostas de acordo com o nível de ensino. O professor recebe um relatório, tal qual um prontuário médico, que o ajuda a fornecer o melhor diagnóstico para as dificuldades de aprendizagem. NA ESCOLA Algumas escolas já colocam em prática essas tendências. Nas Steve Jobs Schools, com mais de 20 unidades na Holanda e duas na África do Sul, os alunos fazem todas as atividades em tablets. Em vez de aulas há workshops, com temas escolhidos por eles. Em Cotia (Grande SP), a associação Projeto Âncora mantém uma escola onde o estudante dita o ritmo, escolhendo conteúdo e cronograma. O professor é só auxiliar do processo, um mentor. "No futuro, a criança vai ter um caminho só dela e investir no campo de conhecimento que escolheu", diz Rosa Alegria, pesquisadora do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP. "A educação será voltada para fazer a pessoa mais feliz". Para Mill, da UFScar, o desafio é educar professores e alunos, para que saibam quais ferramentas usar. Nem sempre a tecnologia adequada é a mais nova, diz. "A tecnologia da escrita ainda é mais importante que a digital", exemplifica. Segundo Mill, o docente precisa pesquisar a tecnologia, mas não tem tempo nem salário que o incentive a isso. "O ensino básico tem grande deficit de qualidade, ainda é muito ruim, e os professores são desvalorizados", concorda Madalena Guasco Peixoto, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. "Mas como, sem dinheiro, fazer políticas eficientes para melhorar o ensino?"
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Estudantes ocupam escola de SP contra 'máfia da merenda'
Centenas de estudantes da rede estadual e escolas técnicas protestaram na tarde desta quinta-feira (28) contra a chamada máfia da merenda, que é investigada pelo Ministério Público, e pedindo que o governo estadual faça mais investimentos na área da educação. Com cartazes que traziam dizeres como "fora ladrão da merenda", a manifestação se concentrou na avenida Paulista e seguiu até uma Etec (escola técnica) na rua dos Andradas, na Luz, centro de São Paulo. A Polícia Militar não informou o número de participantes. No fim da tarde, manifestantes entraram no local e pediram reunião com a diretoria –na pauta estava, entre outras demandas, pedido para que haja refeições para alunos de escolas técnicas. Por volta das 21h, o grupo, com cerca de 50 alunos, fez uma assembleia e informou que passaria a noite no prédio. A PM acompanhou o movimento e bloqueou os portões para evitar que mais manifestantes entrassem. ALBA BRANCA Deflagrada em janeiro, a operação Alba Branca investiga dois contratos da Coaf, cooperativa suspeita de fraudes, e a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB), para fornecimento de suco de laranja para as refeições de escolas públicas, no valor de R$ 11,4 milhões. Alckmin nomeou, na semana passada, para a função de coordenador do Arquivo Público do Estado o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação que é um dos investigados no caso, Fernando Padula. Em grampos feitos pela Polícia Civil de Bebedouro, cidade no interior do Estado, em dezembro do ano passado, Padula é citado pelos funcionários da Coaf como "nosso amigo" –as escutas apontam que ele seria o contato do grupo dentro da Educação. Padula é filiado ao PSDB. Em nota, o governo defendeu sua nomeação para a chefia do Arquivo Público afirmando que, em apuração da Corregedoria do Estado, nada ficou provado contra ele. Outro político investigado no caso é o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), que nega envolvimento.
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Estudantes ocupam escola de SP contra 'máfia da merenda'Centenas de estudantes da rede estadual e escolas técnicas protestaram na tarde desta quinta-feira (28) contra a chamada máfia da merenda, que é investigada pelo Ministério Público, e pedindo que o governo estadual faça mais investimentos na área da educação. Com cartazes que traziam dizeres como "fora ladrão da merenda", a manifestação se concentrou na avenida Paulista e seguiu até uma Etec (escola técnica) na rua dos Andradas, na Luz, centro de São Paulo. A Polícia Militar não informou o número de participantes. No fim da tarde, manifestantes entraram no local e pediram reunião com a diretoria –na pauta estava, entre outras demandas, pedido para que haja refeições para alunos de escolas técnicas. Por volta das 21h, o grupo, com cerca de 50 alunos, fez uma assembleia e informou que passaria a noite no prédio. A PM acompanhou o movimento e bloqueou os portões para evitar que mais manifestantes entrassem. ALBA BRANCA Deflagrada em janeiro, a operação Alba Branca investiga dois contratos da Coaf, cooperativa suspeita de fraudes, e a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB), para fornecimento de suco de laranja para as refeições de escolas públicas, no valor de R$ 11,4 milhões. Alckmin nomeou, na semana passada, para a função de coordenador do Arquivo Público do Estado o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação que é um dos investigados no caso, Fernando Padula. Em grampos feitos pela Polícia Civil de Bebedouro, cidade no interior do Estado, em dezembro do ano passado, Padula é citado pelos funcionários da Coaf como "nosso amigo" –as escutas apontam que ele seria o contato do grupo dentro da Educação. Padula é filiado ao PSDB. Em nota, o governo defendeu sua nomeação para a chefia do Arquivo Público afirmando que, em apuração da Corregedoria do Estado, nada ficou provado contra ele. Outro político investigado no caso é o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), que nega envolvimento.
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Artista plástico paulista Octávio Araújo morre aos 89 anos
O artista plástico Octávio Araújo morreu na última quinta (25/6) em São Paulo, aos 89 anos. Ele foi internado no Hospital Universitário da USP no dia 20/6, com infecção urinária. Já com a saúde bastante debilitada, não resistiu ao tratamento. Deixa mulher, dois filhos e três netos. Octávio Ferreira de Araújo nasceu em Terra Roxa (SP) em 1926. Ao longo de sua extensa carreira, iniciada nos anos 1930, produziu pinturas, gravuras e ilustrações para livros. Estudou pintura na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, entre 1939 e 1943. Octávio Araújo participou da exposição do Grupo dos 19, realizada em abril de 1947 na galeria Prestes Maia, em São Paulo, que reuniu trabalhos de 19 jovens artistas da época, como Luiz Sacilotto, Marcelo Grassmann, Mário Gruber e Maria Leontina. A exposição revelou novos talentos das artes plásticas e ajudou a difundir no Brasil as vanguardas abstracionistas da Europa. Dois anos depois, viajou para Paris, onde estudou gravura na École National Supérieure des Beaux-Arts. As pinturas e gravuras de Octávio Araújo ficaram marcadas pela influência de pintores flamengos, alemães e italianos dos séculos 15 e 16. Outra influência, apontam os críticos, foi o surrealismo, especialmente pela apresentação de uma atmosfera onírica que mistura, por exemplo, imagens de animais, objetos e ruínas.
ilustrada
Artista plástico paulista Octávio Araújo morre aos 89 anosO artista plástico Octávio Araújo morreu na última quinta (25/6) em São Paulo, aos 89 anos. Ele foi internado no Hospital Universitário da USP no dia 20/6, com infecção urinária. Já com a saúde bastante debilitada, não resistiu ao tratamento. Deixa mulher, dois filhos e três netos. Octávio Ferreira de Araújo nasceu em Terra Roxa (SP) em 1926. Ao longo de sua extensa carreira, iniciada nos anos 1930, produziu pinturas, gravuras e ilustrações para livros. Estudou pintura na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, entre 1939 e 1943. Octávio Araújo participou da exposição do Grupo dos 19, realizada em abril de 1947 na galeria Prestes Maia, em São Paulo, que reuniu trabalhos de 19 jovens artistas da época, como Luiz Sacilotto, Marcelo Grassmann, Mário Gruber e Maria Leontina. A exposição revelou novos talentos das artes plásticas e ajudou a difundir no Brasil as vanguardas abstracionistas da Europa. Dois anos depois, viajou para Paris, onde estudou gravura na École National Supérieure des Beaux-Arts. As pinturas e gravuras de Octávio Araújo ficaram marcadas pela influência de pintores flamengos, alemães e italianos dos séculos 15 e 16. Outra influência, apontam os críticos, foi o surrealismo, especialmente pela apresentação de uma atmosfera onírica que mistura, por exemplo, imagens de animais, objetos e ruínas.
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Queda dos juros pode ser boa ou ruim; entenda em vídeo de três minutos
Você já deve ter lido ou ouvido notícias sobre a taxa de juros básica da economia, a Selic. Na última semana de julho, mesmo, veio mais uma: o Banco Central cortou a taxa para 9,25% ao ano. Desde o final do ano passado, a tendência tem sido esta, de queda; e ela deve continuar, segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Orçamentária. Mas o que você, cidadão, tem a ver com isso? Juros básicos da economia mais baixos ajudam a vida ou podem atrapalhar? Como interpretar essas oscilações? Neste vídeo da série "FolhaInvest", produzida pela TV Folha, a repórter de "Mercado" Danielle Brant explica os dois lados da queda de juros. Um deles, como lembra a Dani, afeta seus investimentos –e, aí, vale rever outro episódio da série, sobre os diferentes perfis de investidores.
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Queda dos juros pode ser boa ou ruim; entenda em vídeo de três minutosVocê já deve ter lido ou ouvido notícias sobre a taxa de juros básica da economia, a Selic. Na última semana de julho, mesmo, veio mais uma: o Banco Central cortou a taxa para 9,25% ao ano. Desde o final do ano passado, a tendência tem sido esta, de queda; e ela deve continuar, segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Orçamentária. Mas o que você, cidadão, tem a ver com isso? Juros básicos da economia mais baixos ajudam a vida ou podem atrapalhar? Como interpretar essas oscilações? Neste vídeo da série "FolhaInvest", produzida pela TV Folha, a repórter de "Mercado" Danielle Brant explica os dois lados da queda de juros. Um deles, como lembra a Dani, afeta seus investimentos –e, aí, vale rever outro episódio da série, sobre os diferentes perfis de investidores.
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Governo deve enviar nova medida provisória para rever INSS
Para evitar uma interrupção na revisão de benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), o governo federal deverá enviar uma nova medida provisória ao Congresso Nacional para garantir a continuidade do pente-fino nos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Em julho, o governo publicou a MP 739, que determinou a revisão de 530 mil auxílios-doença e 1,2 milhão de aposentadorias por invalidez. O texto prevê o pagamento de um valor extra, por perícia realizada, aos médicos peritos do INSS. O pente-fino começou em setembro e o objetivo é economizar cerca de R$ 6 bilhões ao ano. Por ser uma medida provisória, a iniciativa entrou em vigor, mas não chegou a ser votada nem pela Câmara dos Deputados nem pelo Senado Federal. Por isso, ela perde a validade nesta sexta-feira (4). Na prática, o INSS pode continuar a revisar benefícios, mas, sem a aprovação da MP, o órgão não pode pagar valores adicionais para os médicos peritos que realizarem perícias extras, o que dificulta o fluxo das revisões. A área técnica da Casa Civil chegou a considerar o envio de um projeto de lei, mas, com receio de que a demora de sua aprovação afetasse a revisão, decidiu enviar uma nova medida provisória, que deve ser publicada até a próxima segunda-feira (7). No mesmo ano legislativo, o governo não pode enviar duas medidas provisórias com a mesma proposta. Por isso, o Palácio do Planalto deve fazer uma MP sobre outro tema e incluir no texto os termos da revisão dos benefícios por invalidez. CRÍTICA Apesar de defender a necessidade de os benefícios serem revisados, como está previsto em lei, a Defensoria Pública da União (DPU) critica a medida provisória do governo e diz que a revisão está sendo feita de forma atropelada. O defensor público-geral federal, Carlos Paz, destacou que o programa que revisa os benefícios "não nasceu descontextualizado de um cenário de uma meta econômica". "No momento em que o governo diz que precisa, no total, economizar R$ 6 bilhões com a revisão de benefício, não dá para ser muito crível que tudo isso venha de fraude, de irregularidade de concessão. Então supõe-se que isso possa gerar uma rigidez ainda maior na avaliação dos benefícios por incapacidade", afirmou à Folha. A DPU argumenta que os procedimentos de revisão não estão claros no documento. O órgão defende, por exemplo, que sejam fixados prazos "razoáveis" para os beneficiários fazerem nova perícia, de forma que consigam reunir documentos e laudos médicos para comprovar a situação. Para os defensores públicos, é necessário, ainda, que a agenda de revisão dos benefícios não atrapalhe o andamento dos outros processos, como o de pessoas que solicitam outros benefícios.
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Governo deve enviar nova medida provisória para rever INSSPara evitar uma interrupção na revisão de benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), o governo federal deverá enviar uma nova medida provisória ao Congresso Nacional para garantir a continuidade do pente-fino nos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Em julho, o governo publicou a MP 739, que determinou a revisão de 530 mil auxílios-doença e 1,2 milhão de aposentadorias por invalidez. O texto prevê o pagamento de um valor extra, por perícia realizada, aos médicos peritos do INSS. O pente-fino começou em setembro e o objetivo é economizar cerca de R$ 6 bilhões ao ano. Por ser uma medida provisória, a iniciativa entrou em vigor, mas não chegou a ser votada nem pela Câmara dos Deputados nem pelo Senado Federal. Por isso, ela perde a validade nesta sexta-feira (4). Na prática, o INSS pode continuar a revisar benefícios, mas, sem a aprovação da MP, o órgão não pode pagar valores adicionais para os médicos peritos que realizarem perícias extras, o que dificulta o fluxo das revisões. A área técnica da Casa Civil chegou a considerar o envio de um projeto de lei, mas, com receio de que a demora de sua aprovação afetasse a revisão, decidiu enviar uma nova medida provisória, que deve ser publicada até a próxima segunda-feira (7). No mesmo ano legislativo, o governo não pode enviar duas medidas provisórias com a mesma proposta. Por isso, o Palácio do Planalto deve fazer uma MP sobre outro tema e incluir no texto os termos da revisão dos benefícios por invalidez. CRÍTICA Apesar de defender a necessidade de os benefícios serem revisados, como está previsto em lei, a Defensoria Pública da União (DPU) critica a medida provisória do governo e diz que a revisão está sendo feita de forma atropelada. O defensor público-geral federal, Carlos Paz, destacou que o programa que revisa os benefícios "não nasceu descontextualizado de um cenário de uma meta econômica". "No momento em que o governo diz que precisa, no total, economizar R$ 6 bilhões com a revisão de benefício, não dá para ser muito crível que tudo isso venha de fraude, de irregularidade de concessão. Então supõe-se que isso possa gerar uma rigidez ainda maior na avaliação dos benefícios por incapacidade", afirmou à Folha. A DPU argumenta que os procedimentos de revisão não estão claros no documento. O órgão defende, por exemplo, que sejam fixados prazos "razoáveis" para os beneficiários fazerem nova perícia, de forma que consigam reunir documentos e laudos médicos para comprovar a situação. Para os defensores públicos, é necessário, ainda, que a agenda de revisão dos benefícios não atrapalhe o andamento dos outros processos, como o de pessoas que solicitam outros benefícios.
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Apple alerta para trote que pode inutilizar iPhone e iPad
A gigante de tecnologia Apple está alertando usuários de iPhone e iPad sobre uma propaganda enganosa na internet que poderia inutilizar permanentemente os dispositivos. Uma mensagem que circula nas redes sociais diz que mudar a data dos aparelhos para 1º de janeiro de 1970 permitiria desbloquear um visual retrô, o que, na prática, não acontece. A mudança de data poderia deixar o celular permanentemente congelado após ser religado. O bug afeta iPad Air, Mini 2 e iPhones a partir da versão 5s. A falha foi descoberta na semana passada, quando uma propaganda falsa circulou nas redes sociais incentivando as pessoas a mudar a data em iPhones 5s e em versões posteriores. O propaganda enganosa dizia que os usuários poderiam desbloquear um visual retrô dos anos 1970 caso mudassem a data de seus aparelhos. De acordo com a Apple, qualquer dispositivo iOS com um processador de 64 bits pode ser afetado pelo problema. Sendo assim, a falha abrange iPhones 5s, 6, 6 Plus, 6s e 6s Plus, além do iPad Air 2, iPad Mini 3 e 4, e a sexta geração do iPod Touch. Solução A Apple confirmou a falha em seu site, e disse que o problema seria solucionado em uma próxima atualização de seu sistema operacional, o iOS. Para muitos usuários que acreditaram na propaganda, no entanto, a única solução foi a troca do aparelho. Restaurar o dispositivo pelo iTunes, a loja virtual da Apple, também não funciona. Alguns usuários relatam ter conseguido solucionar o problema ao remover a bateria, mas retirá-la pode danificar o dispositivo e anular a garantia.
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Apple alerta para trote que pode inutilizar iPhone e iPadA gigante de tecnologia Apple está alertando usuários de iPhone e iPad sobre uma propaganda enganosa na internet que poderia inutilizar permanentemente os dispositivos. Uma mensagem que circula nas redes sociais diz que mudar a data dos aparelhos para 1º de janeiro de 1970 permitiria desbloquear um visual retrô, o que, na prática, não acontece. A mudança de data poderia deixar o celular permanentemente congelado após ser religado. O bug afeta iPad Air, Mini 2 e iPhones a partir da versão 5s. A falha foi descoberta na semana passada, quando uma propaganda falsa circulou nas redes sociais incentivando as pessoas a mudar a data em iPhones 5s e em versões posteriores. O propaganda enganosa dizia que os usuários poderiam desbloquear um visual retrô dos anos 1970 caso mudassem a data de seus aparelhos. De acordo com a Apple, qualquer dispositivo iOS com um processador de 64 bits pode ser afetado pelo problema. Sendo assim, a falha abrange iPhones 5s, 6, 6 Plus, 6s e 6s Plus, além do iPad Air 2, iPad Mini 3 e 4, e a sexta geração do iPod Touch. Solução A Apple confirmou a falha em seu site, e disse que o problema seria solucionado em uma próxima atualização de seu sistema operacional, o iOS. Para muitos usuários que acreditaram na propaganda, no entanto, a única solução foi a troca do aparelho. Restaurar o dispositivo pelo iTunes, a loja virtual da Apple, também não funciona. Alguns usuários relatam ter conseguido solucionar o problema ao remover a bateria, mas retirá-la pode danificar o dispositivo e anular a garantia.
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'Gilmore Girls' e 'O Quarto de Jack' para quem não quer sair de casa
DE SÃO PAULO Para aproveitar a semana sem precisar sair de casa, a sãopaulo selecionou dois programas disponíveis em serviços sob demanda. Confira. Chega de silêncio Lorelai e Rory falaram sem parar por sete anos. Mas, desde 2007, só o que se ouve é silêncio. Tudo isso está prestes a mudar: as sete temporadas de "Gilmore Girls", série que narra a vida de mãe e filha, entraram no catálogo da Netflix e a casa parece cheia de novo. Mate a saudade ou comece a ver logo para se preparar para o retorno da produção: até o fim do ano, o serviço de streaming lança um especial com quatro novos episódios, de 90 minutos cada :) Gilmore Girls, disponível na Netflix (152 episódios) * O Mundo Lá Fora O filme "O Quarto de Jack" também trata da relação entre mãe e filho. Neste caso, porém, a premissa é terrível: uma jovem trancafiada em um quarto mínimo com o filho que teve com o homem que a sequestrou e a mantém refém. O assunto não é leve, mas o filme é delicado e profundo, ganhou elogios da crítica e rendeu até um Oscar para a protagonista (Brie Larson). Imperdível. O Quarto de Jack (117 min), no Google Play (R$ 6,90)
saopaulo
'Gilmore Girls' e 'O Quarto de Jack' para quem não quer sair de casaDE SÃO PAULO Para aproveitar a semana sem precisar sair de casa, a sãopaulo selecionou dois programas disponíveis em serviços sob demanda. Confira. Chega de silêncio Lorelai e Rory falaram sem parar por sete anos. Mas, desde 2007, só o que se ouve é silêncio. Tudo isso está prestes a mudar: as sete temporadas de "Gilmore Girls", série que narra a vida de mãe e filha, entraram no catálogo da Netflix e a casa parece cheia de novo. Mate a saudade ou comece a ver logo para se preparar para o retorno da produção: até o fim do ano, o serviço de streaming lança um especial com quatro novos episódios, de 90 minutos cada :) Gilmore Girls, disponível na Netflix (152 episódios) * O Mundo Lá Fora O filme "O Quarto de Jack" também trata da relação entre mãe e filho. Neste caso, porém, a premissa é terrível: uma jovem trancafiada em um quarto mínimo com o filho que teve com o homem que a sequestrou e a mantém refém. O assunto não é leve, mas o filme é delicado e profundo, ganhou elogios da crítica e rendeu até um Oscar para a protagonista (Brie Larson). Imperdível. O Quarto de Jack (117 min), no Google Play (R$ 6,90)
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Decreto bolivariano
A Assembleia Nacional da Venezuela derrubou na última sexta-feira (22) o decreto pelo qual o presidente do país, Nicolás Maduro, requisitava poderes especiais para intervir na economia. Anunciado no dia 15 deste mês, o diploma ora rejeitado constituía tentativa do Executivo de lidar com penúria terminal das finanças públicas venezuelanas e o desabastecimento geral de produtos. A reprovação não causou surpresa num Parlamento dominado pela oposição pela primeira vez desde 1999. Disputas partidárias à parte, o conjunto de medidas mais agrava que atenua a crise do país. O decreto estabelecia um "estado de emergência econômica" por 60 dias, período no qual o Executivo teria amplos poderes para, por exemplo, alterar o Orçamento sem consultar o Legislativo. Chegava-se a permitir a requisição (não ficava claro se temporária) de meios de produção "para garantir o acesso da população a alimentos, remédios e demais bens de primeira necessidade". Tratava-se, em resumo, de radicalizar o modelo populista e intervencionista vigente, responsável direto pelo estado catastrófico da economia da Venezuela. De acordo com a projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional, o PIB do país deve encolher 8% neste ano, após um recuo de 10% em 2015 –taxas mais encontradiças em casos de guerras e desastres naturais. O desabastecimento, que segundo o Banco Central venezuelano atinge 87% dos produtos do país, provocou uma explosão nos preços, com inflação acima dos 200% no ano passado. Em 2016, pelas contas do FMI, a taxa deve chegar a inacreditáveis 720%. Diante desse quadro desastroso, é lamentável que Nicolás Maduro ainda se guie pelo voluntarismo, acusando a oposição de arruinar os esforços para reerguer o país. Mesmo que as medidas propostas primassem pela razoabilidade, a pretensão de instituir um Executivo salvador da pátria, agindo ao arrepio das instituições, já conspurcaria a iniciativa. No longo prazo, tal comportamento leva a abusos de poder e acentua a insegurança de cidadãos e empresas. Teme-se agora que o presidente busque amparo em decisões do Tribunal Supremo de Justiça para atropelar a negativa da assembleia. Dominado por chavistas, o órgão máximo do Judiciário deu seu aval ao decreto na semana passada. Se optar por esse caminho, Nicolás Maduro aprofundará ainda mais o caos em seu país, ao agregar à estarrecedora crise econômica um confronto institucional. editoriais@uol.com.br
opiniao
Decreto bolivarianoA Assembleia Nacional da Venezuela derrubou na última sexta-feira (22) o decreto pelo qual o presidente do país, Nicolás Maduro, requisitava poderes especiais para intervir na economia. Anunciado no dia 15 deste mês, o diploma ora rejeitado constituía tentativa do Executivo de lidar com penúria terminal das finanças públicas venezuelanas e o desabastecimento geral de produtos. A reprovação não causou surpresa num Parlamento dominado pela oposição pela primeira vez desde 1999. Disputas partidárias à parte, o conjunto de medidas mais agrava que atenua a crise do país. O decreto estabelecia um "estado de emergência econômica" por 60 dias, período no qual o Executivo teria amplos poderes para, por exemplo, alterar o Orçamento sem consultar o Legislativo. Chegava-se a permitir a requisição (não ficava claro se temporária) de meios de produção "para garantir o acesso da população a alimentos, remédios e demais bens de primeira necessidade". Tratava-se, em resumo, de radicalizar o modelo populista e intervencionista vigente, responsável direto pelo estado catastrófico da economia da Venezuela. De acordo com a projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional, o PIB do país deve encolher 8% neste ano, após um recuo de 10% em 2015 –taxas mais encontradiças em casos de guerras e desastres naturais. O desabastecimento, que segundo o Banco Central venezuelano atinge 87% dos produtos do país, provocou uma explosão nos preços, com inflação acima dos 200% no ano passado. Em 2016, pelas contas do FMI, a taxa deve chegar a inacreditáveis 720%. Diante desse quadro desastroso, é lamentável que Nicolás Maduro ainda se guie pelo voluntarismo, acusando a oposição de arruinar os esforços para reerguer o país. Mesmo que as medidas propostas primassem pela razoabilidade, a pretensão de instituir um Executivo salvador da pátria, agindo ao arrepio das instituições, já conspurcaria a iniciativa. No longo prazo, tal comportamento leva a abusos de poder e acentua a insegurança de cidadãos e empresas. Teme-se agora que o presidente busque amparo em decisões do Tribunal Supremo de Justiça para atropelar a negativa da assembleia. Dominado por chavistas, o órgão máximo do Judiciário deu seu aval ao decreto na semana passada. Se optar por esse caminho, Nicolás Maduro aprofundará ainda mais o caos em seu país, ao agregar à estarrecedora crise econômica um confronto institucional. editoriais@uol.com.br
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João Dória deixa a concentração da seleção um dia após a estreia
Chefe de delegação da seleção brasileira na Copa América, o empresário e jornalista João Dória Jr. foi embora da concentração do Brasil nesta segunda (15), um dia depois da estreia do time na Copa América – vitória sobre o Peru, 2 a 1, em Temuco. Ele já havia comunicado aos membros da comissão técnica e da diretoria da CBF que precisaria voltar ao Brasil durante a competição. A decisão de Dória surpreendeu. O chefe de delegação sempre fica o tempo todo com a delegação, principalmente em torneios oficiais no exterior. O cargo é simbólico, não interfere no dia a dia do time, mas é necessária a presença 24 horas para representar a CBF em eventos. Sem Dória, quem fala pela CBF neste momento no Chile é o diretor de marketing, Gilberto Ratto, já que o secretário geral, Walter Feldman, também retornou ao país depois da estreia. Segundo a assessoria de Dória, desde janeiro sua agenda está fechada e ele tem compromissos do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que se autodenomina a maior organização empresarial do Brasil – Dória preside o grupo. Ele, ainda segundo a assessoria do Lide, voltará na quarta-feira (17) para a partida entre Brasil e Colômbia (e deve continuar fazendo bate e volta no restante da competição). O empresário de 57 anos se juntou ao grupo na sexta (12), em Porto Alegre, e voou no mesmo dia para Temuco, cidade a 670 km ao sul de Santiago, ficando o final de semana com a delegação no palco da estreia. No período, Dória trocou o terno pelo agasalho da CBF, para se aproximar dos jogadores. A estratégia parece ter dado certo. Nos três dias no Chile, ele se entrosou com os atletas. No embarque dos jogadores no ônibus, rumo ao estádio Germán Becker, Dória cumprimentou e abraçou quase todos. O empresário foge do perfil de chefes de delegação, normalmente formado por cartolas, seja presidentes de clube ou de federações, que são convidados para acompanhar a seleção, normalmente viagens internacionais bancadas pela CBF, e que em troca podem dar apoio político à gestão do momento. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF que assumiu em abril de 2015, preferiu mudar o perfil. Oficialmente disse que quer aproximar a seleção da sociedade, e que Dória, que lidera um influente grupo de líderes empresariais, seria essa ponte. Del Nero, também, queria se aproximar de empresário neste primeiro momento de sua gestão. Não sonhava o presidente, porém, que semanas depois de anunciar Dória na seleção uma investigação por corrupção colocaria na cadeia seu antecessor, José Maria Marin. Del Nero também é suspeito de participar do esquema, segundo investigação do Departamento de Justiça americano. Infográfico Seleções na Copa América
esporte
João Dória deixa a concentração da seleção um dia após a estreiaChefe de delegação da seleção brasileira na Copa América, o empresário e jornalista João Dória Jr. foi embora da concentração do Brasil nesta segunda (15), um dia depois da estreia do time na Copa América – vitória sobre o Peru, 2 a 1, em Temuco. Ele já havia comunicado aos membros da comissão técnica e da diretoria da CBF que precisaria voltar ao Brasil durante a competição. A decisão de Dória surpreendeu. O chefe de delegação sempre fica o tempo todo com a delegação, principalmente em torneios oficiais no exterior. O cargo é simbólico, não interfere no dia a dia do time, mas é necessária a presença 24 horas para representar a CBF em eventos. Sem Dória, quem fala pela CBF neste momento no Chile é o diretor de marketing, Gilberto Ratto, já que o secretário geral, Walter Feldman, também retornou ao país depois da estreia. Segundo a assessoria de Dória, desde janeiro sua agenda está fechada e ele tem compromissos do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que se autodenomina a maior organização empresarial do Brasil – Dória preside o grupo. Ele, ainda segundo a assessoria do Lide, voltará na quarta-feira (17) para a partida entre Brasil e Colômbia (e deve continuar fazendo bate e volta no restante da competição). O empresário de 57 anos se juntou ao grupo na sexta (12), em Porto Alegre, e voou no mesmo dia para Temuco, cidade a 670 km ao sul de Santiago, ficando o final de semana com a delegação no palco da estreia. No período, Dória trocou o terno pelo agasalho da CBF, para se aproximar dos jogadores. A estratégia parece ter dado certo. Nos três dias no Chile, ele se entrosou com os atletas. No embarque dos jogadores no ônibus, rumo ao estádio Germán Becker, Dória cumprimentou e abraçou quase todos. O empresário foge do perfil de chefes de delegação, normalmente formado por cartolas, seja presidentes de clube ou de federações, que são convidados para acompanhar a seleção, normalmente viagens internacionais bancadas pela CBF, e que em troca podem dar apoio político à gestão do momento. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF que assumiu em abril de 2015, preferiu mudar o perfil. Oficialmente disse que quer aproximar a seleção da sociedade, e que Dória, que lidera um influente grupo de líderes empresariais, seria essa ponte. Del Nero, também, queria se aproximar de empresário neste primeiro momento de sua gestão. Não sonhava o presidente, porém, que semanas depois de anunciar Dória na seleção uma investigação por corrupção colocaria na cadeia seu antecessor, José Maria Marin. Del Nero também é suspeito de participar do esquema, segundo investigação do Departamento de Justiça americano. Infográfico Seleções na Copa América
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Governo acredita na isenção de quem apura denúncias, diz ministro
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira (20) que "acredita na isenção das instituições que apuram as denúncias" sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Edinho, porém, disse que o Palácio do Planalto "não irá se pronunciar sobre o conteúdo da manifestação" de Cunha que, após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusou o governo de estar por trás das investigações. "O governo não irá se pronunciar sobre o conteúdo da manifestação do presidente da Câmara dos Deputados. O governo da Presidenta Dilma acredita na isenção das instituições que apuram as denúncias", diz nota assinada pelo ministro. Cunha tem negado envolvimento nas irregularidades e acusa o Planalto de perseguição. Desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, tem pautado projetos que não contam com aval do governo. "Agora, ao que parece, estou sendo escolhido para ser denunciado, e, ainda, figurando como o primeiro da lista", afirmou. A avaliação do Planalto é que a denúncia de Cunha vai fazer com que o presidente da Câmara aumente as articulações e retaliações contra o governo, o que vai "contribuir ainda mais" com a instabilidade política do país. A nota de Cunha, em que ele também diz estar "sereno", foi divulgada no fim da tarde, após a PGR protocolar a denúncia no STF (Supremo Tribunal Federal). A acusação é de que o peemedebista recebeu propina após o fechamento de contratos entre a Petrobras e a Samsung Heavy Industries, da Coreia, para fornecimento de navios-sondas para a estatal do petróleo.
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Governo acredita na isenção de quem apura denúncias, diz ministroO ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira (20) que "acredita na isenção das instituições que apuram as denúncias" sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Edinho, porém, disse que o Palácio do Planalto "não irá se pronunciar sobre o conteúdo da manifestação" de Cunha que, após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusou o governo de estar por trás das investigações. "O governo não irá se pronunciar sobre o conteúdo da manifestação do presidente da Câmara dos Deputados. O governo da Presidenta Dilma acredita na isenção das instituições que apuram as denúncias", diz nota assinada pelo ministro. Cunha tem negado envolvimento nas irregularidades e acusa o Planalto de perseguição. Desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, tem pautado projetos que não contam com aval do governo. "Agora, ao que parece, estou sendo escolhido para ser denunciado, e, ainda, figurando como o primeiro da lista", afirmou. A avaliação do Planalto é que a denúncia de Cunha vai fazer com que o presidente da Câmara aumente as articulações e retaliações contra o governo, o que vai "contribuir ainda mais" com a instabilidade política do país. A nota de Cunha, em que ele também diz estar "sereno", foi divulgada no fim da tarde, após a PGR protocolar a denúncia no STF (Supremo Tribunal Federal). A acusação é de que o peemedebista recebeu propina após o fechamento de contratos entre a Petrobras e a Samsung Heavy Industries, da Coreia, para fornecimento de navios-sondas para a estatal do petróleo.
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'Se a campanha for nacionalizada, será difícil para Haddad', diz vice
Vice de Fernando Haddad (PT) na campanha à reeleição, Gabriel Chalita (PDT) afirmou nesta sexta (12) que a rejeição ao PT na capital paulista pode atrapalhar a chapa na corrida municipal. "Se nós nacionalizarmos a disputa em São Paulo, haverá uma dificuldade muito grande para a reeleição de Haddad", disse Chalita em entrevista à "TV Folha". Segundo ele, a rejeição não é ao prefeito e sim ao partido, o PT. Por isso, é importante aproveitar a campanha para mostrar o que foi feito na cidade pela administração de Haddad em vez de gastar tempo para "desconstruir candidaturas". Chalita disse que o "PT errou", mas que "PMDB, PSDB, PP" também erraram. "Quase todos os partidos terá alguém envolvido no processo de corrupção", disse. Segundo ele, a operação Lava Jato tem revelado um sistema de "corrupção sistêmico, que pegou todos os partidos políticos". "É claro que há muitas ilações, nem tudo que é revelado é verdade", afirmou. A campanha de Chalita à Prefeitura de São Paulo em 2012 foi citada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em delação premiada como beneficiária de um pagamento de propina a pedido do presidente interino Michel Temer. O valor acertado foi de R$ 1,5 milhão. Questionado sobre o repasse, o candidato a vice de Haddad repetiu que não conhece Machado e disse achar "impossível" que Temer tenha feito esse tipo de pedido. "Acho difícil que o Temer tenha pedido porque esse Sergio Machado nunca teve relação com o ele. Sempre teve com o Renan [Calheiros], não com o Temer", afirmou, referindo-se ao presidente do Senado. "Você tem, propositalmente, no universo político, aqueles que querem destruir os outros, então eles saem falando e acusando", disse. Chalita disse não concordar com a avaliação de que Fernando Haddad tenha negligenciado a população da periferia. Para ele, o prefeito não soube se comunicar suas realizações. "Quando falamos que Haddad abriu 400 creches, duas por semana, ele abriu onde? Tudo na periferia. Quando falamos em 400 quilômetros de faixa exclusiva de ônibus, isso é para beneficiar quem? A periferia", afirmou. Questionado se concordava com declaração de Haddad, para quem "golpe é uma palavra muito dura" para classificar o processo contra Dilma Rousseff, Chalita disse que a colocação se referia à comparação com o golpe militar de 1964. O candidato não quis dizer, contudo, se acredita que o processo é legítimo ou não. "Vamos falar de São Paulo", desconversou. Chalita, que já mudou de legenda quatro vezes desde que iniciou sua carreira política, afirmou que acredita na "união de pessoas por temas e não por partidos". "No sistema político que a gente tem no Brasil hoje, os partidos políticos não funcionam", afirmou. Em março, ele trocou o deixou o PMDB e para se filiar ao PDT e assumir a vaga de vice do prefeito na eleição deste ano. O PDT foi o primeiro partido da carreira política de Chalita, que foi eleito vereador aos 19 anos em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo. Ele deixou o partido em 1989 para se filiar ao PSDB, onde ficou até 2009. Antes de migrar para o PMDB, no início de 2011, Chalita ficou dois anos no PSB (de 2009 a 2011) de Eduardo Campos, morto em 2014. "Talvez se a cláusula de barreira tivesse ocorrido, e tivéssemos menos partidos, você teria condições de identificar mais claramente quem é a favor disso ou aquilo. Hoje isso é muito difícil". Na política há quase 30 anos, Chalita disse que, para ele, "política não é profissão". "Sou professor e escritor, a política é um instrumento em que posso defender bandeiras em que acredito", afirmou. SABATINA Chalita foi o último entrevistado na série de sabatinas com os candidatos a vice. Na segunda-feira (9), a "TV Folha" entrevistou o vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB) Andrea Matarazzo (PSD). Nesta terça (9), foi a vez de David Martins. Marlene Campos Machado foi a terceira convidada da série de sabatinas com os candidatos a vice em São Paulo. Nesta quinta-feira (11), foi a vez de Bruno Covas. Nesta sexta (12) também foi a vez de Ivan Valente. Os candidatos à Prefeitura já foram entrevistados em sabatinas realizadas pela Folha, UOL e SBT. Confira: Fernando Haddad Marta Suplicy Luiza Erundina Celso Russomanno João Doria
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'Se a campanha for nacionalizada, será difícil para Haddad', diz viceVice de Fernando Haddad (PT) na campanha à reeleição, Gabriel Chalita (PDT) afirmou nesta sexta (12) que a rejeição ao PT na capital paulista pode atrapalhar a chapa na corrida municipal. "Se nós nacionalizarmos a disputa em São Paulo, haverá uma dificuldade muito grande para a reeleição de Haddad", disse Chalita em entrevista à "TV Folha". Segundo ele, a rejeição não é ao prefeito e sim ao partido, o PT. Por isso, é importante aproveitar a campanha para mostrar o que foi feito na cidade pela administração de Haddad em vez de gastar tempo para "desconstruir candidaturas". Chalita disse que o "PT errou", mas que "PMDB, PSDB, PP" também erraram. "Quase todos os partidos terá alguém envolvido no processo de corrupção", disse. Segundo ele, a operação Lava Jato tem revelado um sistema de "corrupção sistêmico, que pegou todos os partidos políticos". "É claro que há muitas ilações, nem tudo que é revelado é verdade", afirmou. A campanha de Chalita à Prefeitura de São Paulo em 2012 foi citada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em delação premiada como beneficiária de um pagamento de propina a pedido do presidente interino Michel Temer. O valor acertado foi de R$ 1,5 milhão. Questionado sobre o repasse, o candidato a vice de Haddad repetiu que não conhece Machado e disse achar "impossível" que Temer tenha feito esse tipo de pedido. "Acho difícil que o Temer tenha pedido porque esse Sergio Machado nunca teve relação com o ele. Sempre teve com o Renan [Calheiros], não com o Temer", afirmou, referindo-se ao presidente do Senado. "Você tem, propositalmente, no universo político, aqueles que querem destruir os outros, então eles saem falando e acusando", disse. Chalita disse não concordar com a avaliação de que Fernando Haddad tenha negligenciado a população da periferia. Para ele, o prefeito não soube se comunicar suas realizações. "Quando falamos que Haddad abriu 400 creches, duas por semana, ele abriu onde? Tudo na periferia. Quando falamos em 400 quilômetros de faixa exclusiva de ônibus, isso é para beneficiar quem? A periferia", afirmou. Questionado se concordava com declaração de Haddad, para quem "golpe é uma palavra muito dura" para classificar o processo contra Dilma Rousseff, Chalita disse que a colocação se referia à comparação com o golpe militar de 1964. O candidato não quis dizer, contudo, se acredita que o processo é legítimo ou não. "Vamos falar de São Paulo", desconversou. Chalita, que já mudou de legenda quatro vezes desde que iniciou sua carreira política, afirmou que acredita na "união de pessoas por temas e não por partidos". "No sistema político que a gente tem no Brasil hoje, os partidos políticos não funcionam", afirmou. Em março, ele trocou o deixou o PMDB e para se filiar ao PDT e assumir a vaga de vice do prefeito na eleição deste ano. O PDT foi o primeiro partido da carreira política de Chalita, que foi eleito vereador aos 19 anos em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo. Ele deixou o partido em 1989 para se filiar ao PSDB, onde ficou até 2009. Antes de migrar para o PMDB, no início de 2011, Chalita ficou dois anos no PSB (de 2009 a 2011) de Eduardo Campos, morto em 2014. "Talvez se a cláusula de barreira tivesse ocorrido, e tivéssemos menos partidos, você teria condições de identificar mais claramente quem é a favor disso ou aquilo. Hoje isso é muito difícil". Na política há quase 30 anos, Chalita disse que, para ele, "política não é profissão". "Sou professor e escritor, a política é um instrumento em que posso defender bandeiras em que acredito", afirmou. SABATINA Chalita foi o último entrevistado na série de sabatinas com os candidatos a vice. Na segunda-feira (9), a "TV Folha" entrevistou o vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB) Andrea Matarazzo (PSD). Nesta terça (9), foi a vez de David Martins. Marlene Campos Machado foi a terceira convidada da série de sabatinas com os candidatos a vice em São Paulo. Nesta quinta-feira (11), foi a vez de Bruno Covas. Nesta sexta (12) também foi a vez de Ivan Valente. Os candidatos à Prefeitura já foram entrevistados em sabatinas realizadas pela Folha, UOL e SBT. Confira: Fernando Haddad Marta Suplicy Luiza Erundina Celso Russomanno João Doria
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Lobos invadem palco de Débora Falabella em nova peça
Um lobo acompanha o processo de adoção de um bebê. Observa, silencioso, a entrevista de uma mulher com uma assistente social na peça "Mantenha Fora do Alcance do Bebê", segunda parceria da dramaturga Silvia Gomez e do diretor Eric Lenate. Do lado de fora do prédio da repartição pública, uma superpopulação de lobos invade ruas e calçadas. "Esses lobos representam o que existe de mais terrível, opressivo e destruidor no ser humano", diz Lenate. Gomez diz não ter resposta única para explicar o animal em cena. Há muitas significações possíveis. Em todas elas, a presença do lobo instaura uma tensão desestabilizadora. "O fato dele estar em cena altera completamente a relação entre as personagens", diz o diretor. A invasão do selvagem no terreno da civilização sugere um descompasso do homem com o mundo no qual está inserido. A autora usa o tema da adoção como pretexto para falar sobre um aspecto subterrâneo e urgente. "O homem se afoga para conseguir se adequar aos padrões de consumo e para se enquadrar ao que se entende por felicidade. A felicidade se tornou um pacote formalizado: é preciso se casar, ter dois filhos, passar férias no resort, colocar sua vida na rede social, etc.", afirma Gomez. MERCADORIAS É contra essa formatação do humano que a autora grita. O texto sugere uma equivalência entre o desejo da mulher, interpretada por Débora Falabella, em adotar um bebê e o de possuir qualquer outra mercadoria. A personagem pede para a assistente social (Anapaula Csernik) "um modelo [de filho] que não dê muito trabalho, tenha um nível médio de energia, não faça muitas perguntas, já venha com certos conhecimentos prévios e não tenha tiques nervosos". Como escreve o autor e diretor Roberto Alvim no prefácio do texto, que ganha uma publicação e será distribuído gratuitamente aos espectadores após o espetáculo, nesta peça "mesmo as emoções humanas mais nobres são encaradas como valores agregados ao produto-bebê". O espetáculo inaugura a primeira Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo. A intenção de Kil Abreu, curador de teatro do espaço, é "olhar a dramaturgia como elemento estruturante da criação teatral". Outros dois textos foram selecionados: "O Taxidermista", de René Piazentin, que entra em cartaz em 10 de julho, e "Memórias Impressas", de Claudia Schapira, apresentada a partir de 31 de julho. As inscrições para a segunda edição do edital começam na próxima segunda-feira (15), no site. MANTENHA FORA DO ALCANCE DO BEBÊ QUANDO sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; estreia sáb. (13); até 5/7 ONDE Centro Cultural São Paulo - r. Vergueiro, 1.000; tel. (11) 3397-4002 QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Lobos invadem palco de Débora Falabella em nova peçaUm lobo acompanha o processo de adoção de um bebê. Observa, silencioso, a entrevista de uma mulher com uma assistente social na peça "Mantenha Fora do Alcance do Bebê", segunda parceria da dramaturga Silvia Gomez e do diretor Eric Lenate. Do lado de fora do prédio da repartição pública, uma superpopulação de lobos invade ruas e calçadas. "Esses lobos representam o que existe de mais terrível, opressivo e destruidor no ser humano", diz Lenate. Gomez diz não ter resposta única para explicar o animal em cena. Há muitas significações possíveis. Em todas elas, a presença do lobo instaura uma tensão desestabilizadora. "O fato dele estar em cena altera completamente a relação entre as personagens", diz o diretor. A invasão do selvagem no terreno da civilização sugere um descompasso do homem com o mundo no qual está inserido. A autora usa o tema da adoção como pretexto para falar sobre um aspecto subterrâneo e urgente. "O homem se afoga para conseguir se adequar aos padrões de consumo e para se enquadrar ao que se entende por felicidade. A felicidade se tornou um pacote formalizado: é preciso se casar, ter dois filhos, passar férias no resort, colocar sua vida na rede social, etc.", afirma Gomez. MERCADORIAS É contra essa formatação do humano que a autora grita. O texto sugere uma equivalência entre o desejo da mulher, interpretada por Débora Falabella, em adotar um bebê e o de possuir qualquer outra mercadoria. A personagem pede para a assistente social (Anapaula Csernik) "um modelo [de filho] que não dê muito trabalho, tenha um nível médio de energia, não faça muitas perguntas, já venha com certos conhecimentos prévios e não tenha tiques nervosos". Como escreve o autor e diretor Roberto Alvim no prefácio do texto, que ganha uma publicação e será distribuído gratuitamente aos espectadores após o espetáculo, nesta peça "mesmo as emoções humanas mais nobres são encaradas como valores agregados ao produto-bebê". O espetáculo inaugura a primeira Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo. A intenção de Kil Abreu, curador de teatro do espaço, é "olhar a dramaturgia como elemento estruturante da criação teatral". Outros dois textos foram selecionados: "O Taxidermista", de René Piazentin, que entra em cartaz em 10 de julho, e "Memórias Impressas", de Claudia Schapira, apresentada a partir de 31 de julho. As inscrições para a segunda edição do edital começam na próxima segunda-feira (15), no site. MANTENHA FORA DO ALCANCE DO BEBÊ QUANDO sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; estreia sáb. (13); até 5/7 ONDE Centro Cultural São Paulo - r. Vergueiro, 1.000; tel. (11) 3397-4002 QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Greve dos bancários fecha 13 mil agências e bate recorde, diz sindicato
A greve dos bancários chegou ao 14º dia: em todo o país, foram 13.071 agências fechadas, um recorde de acordo com o sindicato nacional da categoria. Segundo o Contraf-CUT, o número representa 56% do total de agências do Brasil. Iniciada em 6 de setembro, a paralisação chega à sua terceira semana após duas rodadas de negociação terminarem sem acordo. Na reunião do dia 15 de setembro, a Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa os bancos) manteve a proposta apresentada na sexta-feira (9), em que oferece reajuste salarial de 7% mais abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. Na negociação anterior, realizada na terça (13), a entidade também não havia feito alterações na proposta. Os dois encontros foram uma "reunião exploratória" e sem expectativa de se fechar um acordo, diz a Fenaban em comunicado. Ainda não há previsão de data para uma nova reunião. Os trabalhadores pedem reajuste de 5% mais a inflação no período, que até agosto foi de 9,62%, além do equivalente a um salário mínimo de benefícios como vale refeição, vale alimentação e auxílio creche. Em 2015, os bancários pararam por 21 dias e conseguiram um reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%. - >>> reajuste - 5% mais a inflação de 9,62% >>> benefícios - R$ 880 em vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche >>> piso - R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese) * >>> reajuste - 7% sobre salário e benefícios >>> abono - R$ 3.300 >>> piso - R$ 2.856,31 - 1 - Pagar contas O cliente do banco pode utilizar internet banking e aplicativos para celular do banco para efetuar o pagamento. Para isso, confira se as senhas os aplicativos estão funcionando e vá a agências ainda não paralisadas para atualizá-las. Os caixas eletrônicos e correspondentes bancários, como agências lotéricas, Correios e até alguns supermercados também recebem pagamentos de contas Em caso de dificuldade, o cliente pode entrar em contato com a empresa e pedir alternativas para realizar o pagamento. É importante registrar o pedido, enviando por e-mail ou anotando o número de protocolo de atendimento. Caso o fornecedor não dê opções para pagar a conta, o consumidor deve usar esses documentos para reclamar junto a um órgão de defesa do consumidor. 2 - Transferências de dinheiro É possível fazer por internet banking, celular, caixa eletrônico e atendimento por telefone. Atenção: os valores das transferências podem ser limitados por esses canais, dependendo do seu perfil de renda e padrão de gastos. Se existe a previsão de uma transferência nos próximos dias, procure uma agência que ainda esteja funcionando 3 - Investimentos e resgates Também podem ser feitos por internet, aplicativo, caixa eletrônico e central de atendimento por telefone. Seja qual for o canal de atendimento, lembre-se de pesquisar o rendimento oferecido e as taxas cobradas para aplicar ou resgatar o dinheiro aplicado 4 - Empréstimos e financiamentos Os bancos também oferecem crédito pessoal em condições pré-aprovadas nas plataformas de atendimento eletrônico. Lembre-se, no entanto, que as taxas nessas modalidades costumam ser altas e devem ser usadas apenas em emergências. Para quem precisa renegociar dívidas, os grandes bancos oferecem plataformas de renegociação sem atendimento ou então permitem o envio de propostas pela internet. A documentação para financiamento imobiliário é entregue na agência. Esse tipo de crédito tende a ficar suspenso durante a greve.
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Greve dos bancários fecha 13 mil agências e bate recorde, diz sindicatoA greve dos bancários chegou ao 14º dia: em todo o país, foram 13.071 agências fechadas, um recorde de acordo com o sindicato nacional da categoria. Segundo o Contraf-CUT, o número representa 56% do total de agências do Brasil. Iniciada em 6 de setembro, a paralisação chega à sua terceira semana após duas rodadas de negociação terminarem sem acordo. Na reunião do dia 15 de setembro, a Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa os bancos) manteve a proposta apresentada na sexta-feira (9), em que oferece reajuste salarial de 7% mais abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. Na negociação anterior, realizada na terça (13), a entidade também não havia feito alterações na proposta. Os dois encontros foram uma "reunião exploratória" e sem expectativa de se fechar um acordo, diz a Fenaban em comunicado. Ainda não há previsão de data para uma nova reunião. Os trabalhadores pedem reajuste de 5% mais a inflação no período, que até agosto foi de 9,62%, além do equivalente a um salário mínimo de benefícios como vale refeição, vale alimentação e auxílio creche. Em 2015, os bancários pararam por 21 dias e conseguiram um reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%. - >>> reajuste - 5% mais a inflação de 9,62% >>> benefícios - R$ 880 em vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche >>> piso - R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese) * >>> reajuste - 7% sobre salário e benefícios >>> abono - R$ 3.300 >>> piso - R$ 2.856,31 - 1 - Pagar contas O cliente do banco pode utilizar internet banking e aplicativos para celular do banco para efetuar o pagamento. Para isso, confira se as senhas os aplicativos estão funcionando e vá a agências ainda não paralisadas para atualizá-las. Os caixas eletrônicos e correspondentes bancários, como agências lotéricas, Correios e até alguns supermercados também recebem pagamentos de contas Em caso de dificuldade, o cliente pode entrar em contato com a empresa e pedir alternativas para realizar o pagamento. É importante registrar o pedido, enviando por e-mail ou anotando o número de protocolo de atendimento. Caso o fornecedor não dê opções para pagar a conta, o consumidor deve usar esses documentos para reclamar junto a um órgão de defesa do consumidor. 2 - Transferências de dinheiro É possível fazer por internet banking, celular, caixa eletrônico e atendimento por telefone. Atenção: os valores das transferências podem ser limitados por esses canais, dependendo do seu perfil de renda e padrão de gastos. Se existe a previsão de uma transferência nos próximos dias, procure uma agência que ainda esteja funcionando 3 - Investimentos e resgates Também podem ser feitos por internet, aplicativo, caixa eletrônico e central de atendimento por telefone. Seja qual for o canal de atendimento, lembre-se de pesquisar o rendimento oferecido e as taxas cobradas para aplicar ou resgatar o dinheiro aplicado 4 - Empréstimos e financiamentos Os bancos também oferecem crédito pessoal em condições pré-aprovadas nas plataformas de atendimento eletrônico. Lembre-se, no entanto, que as taxas nessas modalidades costumam ser altas e devem ser usadas apenas em emergências. Para quem precisa renegociar dívidas, os grandes bancos oferecem plataformas de renegociação sem atendimento ou então permitem o envio de propostas pela internet. A documentação para financiamento imobiliário é entregue na agência. Esse tipo de crédito tende a ficar suspenso durante a greve.
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Refugiado senegalês ganha R$ 1,7 milhão em loteria na Espanha
Um refugiado do Senegal que foi resgatado do mar após o naufrágio do barco em que tentava chegar à Europa ganhou 400 mil euros (R$ 1,7 milhão) na loteria de Natal da Espanha. O homem, identificado apenas pelo primeiro nome, Ngagne, chegou ao país em 2007, vindo do Marrocos. Ele foi salvo pela guarda costeira espanhola quando o barco em que estava naufragou no Mar Mediterrâneo, principal ligação entre a África e o sul da Europa. Ngagne chegou à Espanha em 2007, após ser resgatado de naufrágio O bilhete premiado saiu para o povoado de Roquetas de Mar, no sul da Espanha. O prêmio principal, de 640 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões), será dividido entre 1,6 mil apostadores. Ao contrário da maioria das loterias, não há um só bilhete premiado no concurso El Gordo. Apostadores de Sevilla e Granada dividiram um prêmio menor. Realizada todos os anos, a loteria de Natal é aguardada com ansiedade pelos espanhóis, que acompanham a transmissão do concurso pela TV. Leia também: Três perguntas para os irmãos Dallari, juristas em trincheiras opostas no impeachment Marroquina Imanes Naame, de 18 anos, também comprou bilhete premiado Ngagne, de 35 anos, afirmou ao jornal espanhol La Voz de Almeria que, antes de fazer a aposta, ele e a mulher só tinham cinco euros (R$ 22) no bolso. O senegalês falou sobre o resgate de ambos do mar, em 2007. "Havia 65 pessoas no nosso barco", contou ao La Voz de Almeria. "Queria agradecer aos espanhóis e ao governo deste país por me resgatar do mar." Ele afirmou a jornalistas que perdeu recentemente o emprego como agricultor em fazendas nos arredores da cidade de Almeria. Ngnane não foi o único imigrante a tirar a sorte grande na loteria. A marroquina Imanes Naamane, de 18 anos, que se mudou para a Espanha com os pais quando criança, também comprou o bilhete premiado. "Vamos poder fazer várias coisas (com o dinheiro), tudo o que a gente sempre sonhou", disse ela ao La Voz de Almeria. "Estávamos realmente passando necessidade antes disso." Com uma taxa de desemprego de mais de 30% - acima da média nacional de 21% -, o povoado de Roquetas de Mar sobrevive principalmente do turismo e da agricultura. Leia também: Quais são os países que proíbem o Natal?
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Refugiado senegalês ganha R$ 1,7 milhão em loteria na EspanhaUm refugiado do Senegal que foi resgatado do mar após o naufrágio do barco em que tentava chegar à Europa ganhou 400 mil euros (R$ 1,7 milhão) na loteria de Natal da Espanha. O homem, identificado apenas pelo primeiro nome, Ngagne, chegou ao país em 2007, vindo do Marrocos. Ele foi salvo pela guarda costeira espanhola quando o barco em que estava naufragou no Mar Mediterrâneo, principal ligação entre a África e o sul da Europa. Ngagne chegou à Espanha em 2007, após ser resgatado de naufrágio O bilhete premiado saiu para o povoado de Roquetas de Mar, no sul da Espanha. O prêmio principal, de 640 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões), será dividido entre 1,6 mil apostadores. Ao contrário da maioria das loterias, não há um só bilhete premiado no concurso El Gordo. Apostadores de Sevilla e Granada dividiram um prêmio menor. Realizada todos os anos, a loteria de Natal é aguardada com ansiedade pelos espanhóis, que acompanham a transmissão do concurso pela TV. Leia também: Três perguntas para os irmãos Dallari, juristas em trincheiras opostas no impeachment Marroquina Imanes Naame, de 18 anos, também comprou bilhete premiado Ngagne, de 35 anos, afirmou ao jornal espanhol La Voz de Almeria que, antes de fazer a aposta, ele e a mulher só tinham cinco euros (R$ 22) no bolso. O senegalês falou sobre o resgate de ambos do mar, em 2007. "Havia 65 pessoas no nosso barco", contou ao La Voz de Almeria. "Queria agradecer aos espanhóis e ao governo deste país por me resgatar do mar." Ele afirmou a jornalistas que perdeu recentemente o emprego como agricultor em fazendas nos arredores da cidade de Almeria. Ngnane não foi o único imigrante a tirar a sorte grande na loteria. A marroquina Imanes Naamane, de 18 anos, que se mudou para a Espanha com os pais quando criança, também comprou o bilhete premiado. "Vamos poder fazer várias coisas (com o dinheiro), tudo o que a gente sempre sonhou", disse ela ao La Voz de Almeria. "Estávamos realmente passando necessidade antes disso." Com uma taxa de desemprego de mais de 30% - acima da média nacional de 21% -, o povoado de Roquetas de Mar sobrevive principalmente do turismo e da agricultura. Leia também: Quais são os países que proíbem o Natal?
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Editorial: Pendenga sem sentido
Noticia-se que membros do Ministério Público Federal (MPF) e delegados da Polícia Federal (PF) envolvidos nas apurações da Operação Lava Jato tentam realizar uma reunião a fim de diminuir os pontos de atrito entre as duas equipes. Pelo bem do país, espera-se que consigam –e logo. Na última quarta-feira (15), o ministro Teori Zavascki suspendeu a tomada de depoimentos relativos a sete inquéritos conduzidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, segundo quem seria necessário definir melhor as estratégias do caso. Por trás do gesto de Janot há mais que um simples esforço para coordenar a linha de atuação dos investigadores. Sua intervenção representou, até agora, o ápice da disputa entre os órgãos encarregados de escrutinar o escândalo de corrupção na Petrobras. Procuradores vinham manifestando desconforto com o fato de a PF ter marcado oitivas sem consultar o MPF, a quem cabe apresentar a acusação formal à Justiça. Policiais, por sua vez, sustentam que procuradores estariam incomodados com as articulações da PF para conquistar autonomia operacional e orçamentária. O conflito de interesses chegou a tal ponto que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se sentiu instado a agir para amenizar o clima entre as cúpulas das instituições –sem sucesso, por enquanto. Ministros do STF também se mostraram preocupados com a pendenga. Como atesta a própria suspensão de depoimentos na semana passada, as desavenças entre o MPF e a PF prejudicam o andamento das investigações. Embora não se saiba quais oitivas terminaram adiadas, não custa lembrar que estão no Supremo, sob a relatoria de Teori Zavascki, os inquéritos da Operação Lava Jato que se referem a políticos. Circunstância que, sem dúvida, acrescenta desconfianças ao que de outra forma poderia parecer apenas uma reedição de antigas rixas entre os dois órgãos. Em qualquer hipótese, nada pode haver de proveitoso nesse mal-estar. Até para afastar as piores conjecturas, as cúpulas do Ministério Público Federal e da Polícia Federal precisam, a despeito das diferenças, levar adiante as apurações sobre os desvios bilionários na Petrobras.
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Editorial: Pendenga sem sentidoNoticia-se que membros do Ministério Público Federal (MPF) e delegados da Polícia Federal (PF) envolvidos nas apurações da Operação Lava Jato tentam realizar uma reunião a fim de diminuir os pontos de atrito entre as duas equipes. Pelo bem do país, espera-se que consigam –e logo. Na última quarta-feira (15), o ministro Teori Zavascki suspendeu a tomada de depoimentos relativos a sete inquéritos conduzidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, segundo quem seria necessário definir melhor as estratégias do caso. Por trás do gesto de Janot há mais que um simples esforço para coordenar a linha de atuação dos investigadores. Sua intervenção representou, até agora, o ápice da disputa entre os órgãos encarregados de escrutinar o escândalo de corrupção na Petrobras. Procuradores vinham manifestando desconforto com o fato de a PF ter marcado oitivas sem consultar o MPF, a quem cabe apresentar a acusação formal à Justiça. Policiais, por sua vez, sustentam que procuradores estariam incomodados com as articulações da PF para conquistar autonomia operacional e orçamentária. O conflito de interesses chegou a tal ponto que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se sentiu instado a agir para amenizar o clima entre as cúpulas das instituições –sem sucesso, por enquanto. Ministros do STF também se mostraram preocupados com a pendenga. Como atesta a própria suspensão de depoimentos na semana passada, as desavenças entre o MPF e a PF prejudicam o andamento das investigações. Embora não se saiba quais oitivas terminaram adiadas, não custa lembrar que estão no Supremo, sob a relatoria de Teori Zavascki, os inquéritos da Operação Lava Jato que se referem a políticos. Circunstância que, sem dúvida, acrescenta desconfianças ao que de outra forma poderia parecer apenas uma reedição de antigas rixas entre os dois órgãos. Em qualquer hipótese, nada pode haver de proveitoso nesse mal-estar. Até para afastar as piores conjecturas, as cúpulas do Ministério Público Federal e da Polícia Federal precisam, a despeito das diferenças, levar adiante as apurações sobre os desvios bilionários na Petrobras.
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Protestos a favor
Um espectro ronda o governo: o espectro do 16 de agosto. A data foi escolhida para as novas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff. Se os protestos lotarem as ruas, o Planalto teme que a Câmara se sinta pressionada a abrir um processo de impeachment. Preocupado, o PT começou a organizar uma série de manifestações pró-governo, com foco em São Paulo. "Temos que criar uma base de apoio na sociedade, já que o Parlamento tem sido um lugar de dificuldades", diz o presidente Rui Falcão. O calendário prevê cinco atos nas próximas semanas e foi batizado de "Agosto pela democracia". Como o nome indica, a ordem é carimbar como antidemocrática e golpista a defesa do afastamento da presidente antes do fim do mandato, em 2018. A primeira mobilização será no dia 6, na capital paulista. Coincidirá com o programa do partido na TV. No dia 11, os petistas farão novo ato na cidade, no largo São Francisco, onde se comemora nesta data a fundação da Faculdade de Direito. No mesmo dia, chega a Brasília a Marcha das Margaridas, com milhares de trabalhadoras rurais. Depois dos protestos contra Dilma, estão previstas mais duas manifestações pró-governo. Uma no dia 20, com o apoio do MST e dos sem-teto, e outra no dia 24, aniversário do suicídio de Getúlio Vargas. A ideia é apresentar 2015 como uma reedição de 1954, comparando a Lava Jato à República do Galeão. Os petistas argumentam que seria um erro ficar em casa enquanto a oposição sai para pedir a derrubada do governo. A tese esbarra em dois problemas. Primeiro: a popularidade de Dilma continua no volume morto. Segundo: é mais fácil mobilizar os insatisfeitos do que encher protestos a favor. O presidente Rui Falcão já ensaiou o discurso para escapar das comparações numéricas, que deverão ser desfavoráveis para o PT: "Não vamos fazer concurso para ver quem bota mais gente na rua".
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Protestos a favorUm espectro ronda o governo: o espectro do 16 de agosto. A data foi escolhida para as novas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff. Se os protestos lotarem as ruas, o Planalto teme que a Câmara se sinta pressionada a abrir um processo de impeachment. Preocupado, o PT começou a organizar uma série de manifestações pró-governo, com foco em São Paulo. "Temos que criar uma base de apoio na sociedade, já que o Parlamento tem sido um lugar de dificuldades", diz o presidente Rui Falcão. O calendário prevê cinco atos nas próximas semanas e foi batizado de "Agosto pela democracia". Como o nome indica, a ordem é carimbar como antidemocrática e golpista a defesa do afastamento da presidente antes do fim do mandato, em 2018. A primeira mobilização será no dia 6, na capital paulista. Coincidirá com o programa do partido na TV. No dia 11, os petistas farão novo ato na cidade, no largo São Francisco, onde se comemora nesta data a fundação da Faculdade de Direito. No mesmo dia, chega a Brasília a Marcha das Margaridas, com milhares de trabalhadoras rurais. Depois dos protestos contra Dilma, estão previstas mais duas manifestações pró-governo. Uma no dia 20, com o apoio do MST e dos sem-teto, e outra no dia 24, aniversário do suicídio de Getúlio Vargas. A ideia é apresentar 2015 como uma reedição de 1954, comparando a Lava Jato à República do Galeão. Os petistas argumentam que seria um erro ficar em casa enquanto a oposição sai para pedir a derrubada do governo. A tese esbarra em dois problemas. Primeiro: a popularidade de Dilma continua no volume morto. Segundo: é mais fácil mobilizar os insatisfeitos do que encher protestos a favor. O presidente Rui Falcão já ensaiou o discurso para escapar das comparações numéricas, que deverão ser desfavoráveis para o PT: "Não vamos fazer concurso para ver quem bota mais gente na rua".
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Abusando das mentiras
Até quando interesses escusos abusarão da paciência do povo brasileiro? Por quanto tempo haverá tentativas de reduzir as relações espúrias entre políticos e empresários, colocadas a nu pela Lava Jato, a um compromisso sem consequências nefastas para nosso país? Até quando zombarão de nós aqueles que afirmam que congressistas são apenas "despachantes de luxo", intermediários de inofensivos interesses das empresas? Nunca antes ficaram tão evidentes as causas e as consequências da corrupção endêmica que nos afeta. Mas já intuíamos isso. Como entender que um país tão rico tenha uma população tão pobre? Sabíamos que a corrupção desviava recursos públicos apenas para aumentar lucros de empresas e pagar propina. E esse "acarajé", esse suborno, chegava aos agentes públicos de diversas formas, desde o benefício indireto do uso de aviões, empregos para filhos e residências na praia até depósitos em contas no exterior, pagamentos em espécie e financiamento de caras campanhas eleitorais. O câncer da corrupção corrói a própria democracia ao subverter as eleições. Dinheiro de corrupção irriga as campanhas políticas por meio de caixa um ou dois. Importa aqui a sua origem escusa. Proveniente de corrupção, esse valor não muda sua natureza pela aplicação posterior que lhe é dada. Mais que isso, tentar esconder sua gênese configura também o crime de lavagem de dinheiro. E agora nem o temor da população impede mais as manobras. Políticos envolvidos no escândalo apresentam propostas para anistiar a prática ilícita e punir quem os investiga, processa e julga. Acham-se acima da lei só porque foram escolhidos para legislar. Não percebem que essa conspiração já é do conhecimento de todos. Assim, apócrifos projetos de lei passeiam no Congresso com o objetivo de anistiar a corrupção, disfarçados como apenas uma anistia ao caixa dois. Afinal, por qual motivo os políticos deveriam temer ser acusados por esse tipo de crime? Reportagem da rádio CBN de 2016 apontou que o TSE possui apenas uma única condenação criminal por caixa dois em sua história. Então, ainda que não anistiado de direito, há muito foi anistiado de fato. Além desses projetos, outro tão nocivo já se encontra em tramitação acelerada no Senado. De autoria do senador Renan Calheiros, visa, sob a fachada de tratar do abuso de autoridade, apenas ameaçar aqueles que investigam, processam e julgam a corrupção. Qual outro motivo para tanto açodamento, sem um debate amplo perante a sociedade? Por que não dão ouvidos à consulta pública feita pelo Senado em seu portal, em que 98% das respostas são contra o projeto como proposto? Quem diz apoiar a anistia ao caixa dois deseja, na verdade, a anistia à corrupção, o fim das investigações da Lava Jato e a soltura dos condenados. Mente, portanto, aquele que diz que o loteamento dos cargos públicos é o preço para governar o país, quando se sabe que dele resultam corrupção e falta de serviços públicos para a sociedade. Torna-se um simples despachante a mando de criminosos aquele que defende interesses escusos na esperança de se manter na política. Por fim, abusa da autoridade aquele que a usa para criar leis com o objetivo tão somente de ameaçar procuradores e juízes. Advogar essas ideias é desprezar a sociedade. Sabemos quem são e onde se encontram essas pessoas. Não ignoramos o que fizeram em noites passadas e que decisão tomaram. São tempos difíceis, mas devemos, como povo, tomar os caminhos certos. O Brasil será, de fato, um país de trambiqueiros, condenado ao atraso e à pobreza, se perdoarmos a corrupção e deixarmos que intimidem as autoridades. CARLOS FERNANDO DOS SANTOS LIMA, JÚLIO CARLOS MOTTA NORONHA e ROBERSON HENRIQUE POZZOBON são procuradores da República e membros da força-tarefa da Lava Jato no Paraná PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Abusando das mentirasAté quando interesses escusos abusarão da paciência do povo brasileiro? Por quanto tempo haverá tentativas de reduzir as relações espúrias entre políticos e empresários, colocadas a nu pela Lava Jato, a um compromisso sem consequências nefastas para nosso país? Até quando zombarão de nós aqueles que afirmam que congressistas são apenas "despachantes de luxo", intermediários de inofensivos interesses das empresas? Nunca antes ficaram tão evidentes as causas e as consequências da corrupção endêmica que nos afeta. Mas já intuíamos isso. Como entender que um país tão rico tenha uma população tão pobre? Sabíamos que a corrupção desviava recursos públicos apenas para aumentar lucros de empresas e pagar propina. E esse "acarajé", esse suborno, chegava aos agentes públicos de diversas formas, desde o benefício indireto do uso de aviões, empregos para filhos e residências na praia até depósitos em contas no exterior, pagamentos em espécie e financiamento de caras campanhas eleitorais. O câncer da corrupção corrói a própria democracia ao subverter as eleições. Dinheiro de corrupção irriga as campanhas políticas por meio de caixa um ou dois. Importa aqui a sua origem escusa. Proveniente de corrupção, esse valor não muda sua natureza pela aplicação posterior que lhe é dada. Mais que isso, tentar esconder sua gênese configura também o crime de lavagem de dinheiro. E agora nem o temor da população impede mais as manobras. Políticos envolvidos no escândalo apresentam propostas para anistiar a prática ilícita e punir quem os investiga, processa e julga. Acham-se acima da lei só porque foram escolhidos para legislar. Não percebem que essa conspiração já é do conhecimento de todos. Assim, apócrifos projetos de lei passeiam no Congresso com o objetivo de anistiar a corrupção, disfarçados como apenas uma anistia ao caixa dois. Afinal, por qual motivo os políticos deveriam temer ser acusados por esse tipo de crime? Reportagem da rádio CBN de 2016 apontou que o TSE possui apenas uma única condenação criminal por caixa dois em sua história. Então, ainda que não anistiado de direito, há muito foi anistiado de fato. Além desses projetos, outro tão nocivo já se encontra em tramitação acelerada no Senado. De autoria do senador Renan Calheiros, visa, sob a fachada de tratar do abuso de autoridade, apenas ameaçar aqueles que investigam, processam e julgam a corrupção. Qual outro motivo para tanto açodamento, sem um debate amplo perante a sociedade? Por que não dão ouvidos à consulta pública feita pelo Senado em seu portal, em que 98% das respostas são contra o projeto como proposto? Quem diz apoiar a anistia ao caixa dois deseja, na verdade, a anistia à corrupção, o fim das investigações da Lava Jato e a soltura dos condenados. Mente, portanto, aquele que diz que o loteamento dos cargos públicos é o preço para governar o país, quando se sabe que dele resultam corrupção e falta de serviços públicos para a sociedade. Torna-se um simples despachante a mando de criminosos aquele que defende interesses escusos na esperança de se manter na política. Por fim, abusa da autoridade aquele que a usa para criar leis com o objetivo tão somente de ameaçar procuradores e juízes. Advogar essas ideias é desprezar a sociedade. Sabemos quem são e onde se encontram essas pessoas. Não ignoramos o que fizeram em noites passadas e que decisão tomaram. São tempos difíceis, mas devemos, como povo, tomar os caminhos certos. O Brasil será, de fato, um país de trambiqueiros, condenado ao atraso e à pobreza, se perdoarmos a corrupção e deixarmos que intimidem as autoridades. CARLOS FERNANDO DOS SANTOS LIMA, JÚLIO CARLOS MOTTA NORONHA e ROBERSON HENRIQUE POZZOBON são procuradores da República e membros da força-tarefa da Lava Jato no Paraná PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Celso Amorim defende estratégia que governo Temer criticou
O ex-chanceler Celso Amorim rebateu com previsível veemência a crítica de que faltou à diplomacia brasileira nos três governos mais recentes "uma grande estratégia", crítica formulada pela Secretaria Especial de Planejamento Estratégico do governo Michel Temer. "Você pode discordar da estratégia, mas dizer que não havia uma é totalmente falso e revela desconhecimento da realidade", disse à Folha o ex-chanceler, o mais duradouro de todos os ministros do Exterior na história –o que significa que as críticas à diplomacia batem diretamente nele. Ainda mais que ocupou, depois, no governo Dilma Rousseff (PT), o Ministério da Defesa e, antes, havia sido embaixador em postos-chaves, como Genebra e Londres. Ainda a propósito de estratégia, o ex-chanceler conta que acaba de lançar um livro com o título, precisamente, de "A Grande Estratégia do Brasil". Conta também que está chegando de Xangai (China), cidade em que está instalado o banco dos Brics, grupo criticado no texto do governo Temer. Os Brics nasceram, segundo Amorim, do interesse de China e Rússia pelo Ibas (grupo formado por Índia, Brasil e África do Sul, as grandes democracias multiétnicas do mundo). Seria uma evidência de que funcionou a estratégia diplomática brasileira, calcada no multilateralismo, "sem hostilizar outros parceiros". Como é natural, pela proeminência que teve no governo Lula, Amorim centra a sua crítica ao documento do governo Temer na avaliação que este faz desse período. Acha que não é razoável falar em fracasso, como faz o texto palaciano, quando "é notório o respeito internacional que o governo Lula angariou". Dá um exemplo pontual: "Nem sonhando se poderia pensar, antes, em que representantes brasileiros fossem eleitos, praticamente ao mesmo tempo, para a direção geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) e para a FAO (braço da ONU para Agricultura e Alimentação)". Hoje, o embaixador Roberto Azevêdo comanda a OMC e José Graziano é o chefe da FAO. Amorim não quis rebater ponto a ponto as críticas contidas no documento da Assessoria de Planejamento Estratégico, alegando que o lera apressadamente. "Pensei a princípio que era um documento dos críticos habituais [da gestão Lula]. Depois é que minha mulher me avisou que se tratava de um trabalho do palácio de governo. É lamentável que se tenha essa visão do Brasil". A estratégia brasileira, não apenas a de política externa, foi, segundo Amorim, acumular a eliminação de hipotecas. Primeiro, a superação do autoritarismo, que envolveu diferentes atores políticos e a sociedade civil; depois, a superação da instabilidade econômica (obras dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso) e, por fim, no governo Lula, a diminuição da desigualdade social. Amorim admite, como é natural, que não conseguiu fazer tudo. Dá um exemplo concreto: "No Mercosul [também criticado no documento do governo Temer], fizemos o que era possível dentro da realidade". O único ponto em que o ex-chanceler concorda com o texto da Assessoria de Planejamento Estratégico é na crítica ao governo do próprio Michel Temer, também feita pela Assessoria. "O Brasil perdeu presença internacional", diz Amorim.
mundo
Celso Amorim defende estratégia que governo Temer criticouO ex-chanceler Celso Amorim rebateu com previsível veemência a crítica de que faltou à diplomacia brasileira nos três governos mais recentes "uma grande estratégia", crítica formulada pela Secretaria Especial de Planejamento Estratégico do governo Michel Temer. "Você pode discordar da estratégia, mas dizer que não havia uma é totalmente falso e revela desconhecimento da realidade", disse à Folha o ex-chanceler, o mais duradouro de todos os ministros do Exterior na história –o que significa que as críticas à diplomacia batem diretamente nele. Ainda mais que ocupou, depois, no governo Dilma Rousseff (PT), o Ministério da Defesa e, antes, havia sido embaixador em postos-chaves, como Genebra e Londres. Ainda a propósito de estratégia, o ex-chanceler conta que acaba de lançar um livro com o título, precisamente, de "A Grande Estratégia do Brasil". Conta também que está chegando de Xangai (China), cidade em que está instalado o banco dos Brics, grupo criticado no texto do governo Temer. Os Brics nasceram, segundo Amorim, do interesse de China e Rússia pelo Ibas (grupo formado por Índia, Brasil e África do Sul, as grandes democracias multiétnicas do mundo). Seria uma evidência de que funcionou a estratégia diplomática brasileira, calcada no multilateralismo, "sem hostilizar outros parceiros". Como é natural, pela proeminência que teve no governo Lula, Amorim centra a sua crítica ao documento do governo Temer na avaliação que este faz desse período. Acha que não é razoável falar em fracasso, como faz o texto palaciano, quando "é notório o respeito internacional que o governo Lula angariou". Dá um exemplo pontual: "Nem sonhando se poderia pensar, antes, em que representantes brasileiros fossem eleitos, praticamente ao mesmo tempo, para a direção geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) e para a FAO (braço da ONU para Agricultura e Alimentação)". Hoje, o embaixador Roberto Azevêdo comanda a OMC e José Graziano é o chefe da FAO. Amorim não quis rebater ponto a ponto as críticas contidas no documento da Assessoria de Planejamento Estratégico, alegando que o lera apressadamente. "Pensei a princípio que era um documento dos críticos habituais [da gestão Lula]. Depois é que minha mulher me avisou que se tratava de um trabalho do palácio de governo. É lamentável que se tenha essa visão do Brasil". A estratégia brasileira, não apenas a de política externa, foi, segundo Amorim, acumular a eliminação de hipotecas. Primeiro, a superação do autoritarismo, que envolveu diferentes atores políticos e a sociedade civil; depois, a superação da instabilidade econômica (obras dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso) e, por fim, no governo Lula, a diminuição da desigualdade social. Amorim admite, como é natural, que não conseguiu fazer tudo. Dá um exemplo concreto: "No Mercosul [também criticado no documento do governo Temer], fizemos o que era possível dentro da realidade". O único ponto em que o ex-chanceler concorda com o texto da Assessoria de Planejamento Estratégico é na crítica ao governo do próprio Michel Temer, também feita pela Assessoria. "O Brasil perdeu presença internacional", diz Amorim.
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Petroleira BP cancela patrocínio ao museu Tate após quase 30 anos
A petroleira britânica BP informou nesta sexta-feira (11) que não vai renovar seu patrocínio de quase 30 anos ao museu londrino Tate, semanas depois de registrar o pior prejuízo anual de sua história, o que a obriga a cortar despesas. "Estamos lidando com um ambiente de negócios extremamente desafiador e reduzindo gastos", disse um porta-voz da empresa. "Como resultado, decidimos relutantemente não renovar nossa parceria de longa data com a Tate Britain". A empresa, que não informou o valor do patrocínio, vem sendo afetada pela queda do valor do preço do petróleo e afirmou que terá que economizar US$ 7 bilhões (R$ 25,7 bilhões) até 2017. A BP patrocinou várias exibições do museu de arte moderna, incluindo a série BP Spotlights, que recentemente abrigou "Minha Cama", instalação de Tracey Emin de 1998 que foi indicada ao Prêmio Turner de 1999. O museu foi alvo de protestos por causa de sua associação com a BP, entre eles uma ocupação parcial de ativistas contra a mudança climática. A BP disse que sua decisão de não continuar com a parceria, que vence em fevereiro de 2017, não tem relação com as manifestações.
ilustrada
Petroleira BP cancela patrocínio ao museu Tate após quase 30 anosA petroleira britânica BP informou nesta sexta-feira (11) que não vai renovar seu patrocínio de quase 30 anos ao museu londrino Tate, semanas depois de registrar o pior prejuízo anual de sua história, o que a obriga a cortar despesas. "Estamos lidando com um ambiente de negócios extremamente desafiador e reduzindo gastos", disse um porta-voz da empresa. "Como resultado, decidimos relutantemente não renovar nossa parceria de longa data com a Tate Britain". A empresa, que não informou o valor do patrocínio, vem sendo afetada pela queda do valor do preço do petróleo e afirmou que terá que economizar US$ 7 bilhões (R$ 25,7 bilhões) até 2017. A BP patrocinou várias exibições do museu de arte moderna, incluindo a série BP Spotlights, que recentemente abrigou "Minha Cama", instalação de Tracey Emin de 1998 que foi indicada ao Prêmio Turner de 1999. O museu foi alvo de protestos por causa de sua associação com a BP, entre eles uma ocupação parcial de ativistas contra a mudança climática. A BP disse que sua decisão de não continuar com a parceria, que vence em fevereiro de 2017, não tem relação com as manifestações.
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Um terço das famílias se considera tão endividada quanto no início de 2016
Segundo uma pesquisa encomendada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), 31% das famílias brasileiras se considera tão endividada no início de 2017 quanto estavam no mesmo período do ano passado. A pesquisa contou com uma amostra de 1.200 entrevistados em 72 municípios brasileiros. Os resultados mostram que 27% não consideram que sua família esteja endividada, 22% acreditam estar menos endividados do que no início de 2016 e 19% se consideram mais endividados. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, de acordo com o Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp e do Ciesp (Depecon). A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (22). A maioria dos entrevistados (66%) diz não ter dívidas com bancos, e 68% não planeja ficar inadimplente caso tenha dificuldades financeiras nos próximos meses. Entre os 32% que deixariam de quitar algum compromisso, há diferentes prioridades. Destes, 49% não pagaria água, luz e telefone; 24% não pagaria compras de eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia e informática e apenas 2% adiaria a conta do cartão de crédito. Nas contas da casa, 54% dizem que sentem dificuldades, mas que conseguem pagar em dia, 32% dizem não sentir dificuldade e 10% afirmam que deixaram de pagar contas recentemente. Em classes sociais diferentes, os resultados variaram. Nas classes D e E, a expectativa de não contrair novas dívidas é de 67%, comparado com 44% na classe C e 42% nas classes A e B.
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Um terço das famílias se considera tão endividada quanto no início de 2016Segundo uma pesquisa encomendada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), 31% das famílias brasileiras se considera tão endividada no início de 2017 quanto estavam no mesmo período do ano passado. A pesquisa contou com uma amostra de 1.200 entrevistados em 72 municípios brasileiros. Os resultados mostram que 27% não consideram que sua família esteja endividada, 22% acreditam estar menos endividados do que no início de 2016 e 19% se consideram mais endividados. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, de acordo com o Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp e do Ciesp (Depecon). A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (22). A maioria dos entrevistados (66%) diz não ter dívidas com bancos, e 68% não planeja ficar inadimplente caso tenha dificuldades financeiras nos próximos meses. Entre os 32% que deixariam de quitar algum compromisso, há diferentes prioridades. Destes, 49% não pagaria água, luz e telefone; 24% não pagaria compras de eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia e informática e apenas 2% adiaria a conta do cartão de crédito. Nas contas da casa, 54% dizem que sentem dificuldades, mas que conseguem pagar em dia, 32% dizem não sentir dificuldade e 10% afirmam que deixaram de pagar contas recentemente. Em classes sociais diferentes, os resultados variaram. Nas classes D e E, a expectativa de não contrair novas dívidas é de 67%, comparado com 44% na classe C e 42% nas classes A e B.
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Imposto kafkiano
Em boa hora, o Supremo Tribunal Federal suspendeu provisoriamente a validade de parte de uma norma que alterou o modo de pagamento do ICMS. O regulamento vinha atazanando, em particular, micro e pequenas empresas dedicadas ao comércio eletrônico. Conforme entendimento dos secretários estaduais de Fazenda, tais empreendimentos deveriam se adequar à determinação, aprovada em 2015 pelo Congresso, de que o imposto devido nas transações de venda pela internet seja partilhado entre o Estado de origem e o de destino das mercadorias. Com isso, as empresas inscritas no Simples, que em circunstâncias normais apenas recolhem ao fisco uma parcela fixa de sua receita, tiveram de gastar tempo e dinheiro em uma rotina kafkiana de impressão de múltiplas guias de pagamento e consulta às tabelas de alíquotas do ICMS, que variam de Estado para Estado. Por pequeno que pareça, o episódio é ilustrativo da instabilidade legal e do inferno burocrático que caracterizam o sistema tributário brasileiro, líder mundial em tarefas exigidas dos contribuintes –para nada falar da carga equivalente a mais de um terço da renda nacional, extravagante para um país emergente. Tributo de maior arrecadação do país e principal fonte de receita dos Estados, o ICMS é alvo contumaz de propostas de reforma que se acumulam há décadas nos escaninhos do Congresso. A complexidade desse e de outros impostos e contribuições sociais impõe o custo da criação de departamentos grandes de administração tributária. Energias empresariais se voltam à faina de reivindicação de regimes especiais nos lobbies brasilienses. A alocação do capital é distorcida pelos favores concedidos por União, Estados e municípios: benesses estatais, não as condições de mercado, acabam por reger decisões de investimento. Estímulos fiscais dos tempos de bonança precisam ser revertidos em tempos de vacas magras como os atuais. Nesse edifício precário e insalubre de puxadinhos legais ampara-se o sistema tributário brasileiro, causa de ineficiência e de atraso. Dadas a penúria orçamentária, a pequenez e a falta de visão dos governantes, tão cedo não vai se dar cabo dessa barafunda. editoriais@grupofolha.com.br
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Imposto kafkianoEm boa hora, o Supremo Tribunal Federal suspendeu provisoriamente a validade de parte de uma norma que alterou o modo de pagamento do ICMS. O regulamento vinha atazanando, em particular, micro e pequenas empresas dedicadas ao comércio eletrônico. Conforme entendimento dos secretários estaduais de Fazenda, tais empreendimentos deveriam se adequar à determinação, aprovada em 2015 pelo Congresso, de que o imposto devido nas transações de venda pela internet seja partilhado entre o Estado de origem e o de destino das mercadorias. Com isso, as empresas inscritas no Simples, que em circunstâncias normais apenas recolhem ao fisco uma parcela fixa de sua receita, tiveram de gastar tempo e dinheiro em uma rotina kafkiana de impressão de múltiplas guias de pagamento e consulta às tabelas de alíquotas do ICMS, que variam de Estado para Estado. Por pequeno que pareça, o episódio é ilustrativo da instabilidade legal e do inferno burocrático que caracterizam o sistema tributário brasileiro, líder mundial em tarefas exigidas dos contribuintes –para nada falar da carga equivalente a mais de um terço da renda nacional, extravagante para um país emergente. Tributo de maior arrecadação do país e principal fonte de receita dos Estados, o ICMS é alvo contumaz de propostas de reforma que se acumulam há décadas nos escaninhos do Congresso. A complexidade desse e de outros impostos e contribuições sociais impõe o custo da criação de departamentos grandes de administração tributária. Energias empresariais se voltam à faina de reivindicação de regimes especiais nos lobbies brasilienses. A alocação do capital é distorcida pelos favores concedidos por União, Estados e municípios: benesses estatais, não as condições de mercado, acabam por reger decisões de investimento. Estímulos fiscais dos tempos de bonança precisam ser revertidos em tempos de vacas magras como os atuais. Nesse edifício precário e insalubre de puxadinhos legais ampara-se o sistema tributário brasileiro, causa de ineficiência e de atraso. Dadas a penúria orçamentária, a pequenez e a falta de visão dos governantes, tão cedo não vai se dar cabo dessa barafunda. editoriais@grupofolha.com.br
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Cientistas encontram fósseis mais antigos da América do Sul
Centenas de estruturas em forma de disco achadas em rochas da Argentina são os mais antigos indícios da evolução da vida complexa na América do Sul. Com idade entre 570 milhões e 560 milhões de anos, os pequenos discos ainda são um mistério quase completo, mas o certo é que pertenciam a criaturas multicelulares, ou seja, cujo organismo era construído pelo trabalho colaborativo de muitas células, como o nosso. "Por enquanto não podemos dizer nada [sobre o parentesco deles com os seres vivos atuais], estamos trabalhando nisso. Podem ter afinidades tanto com animais quanto com vegetais", disse à Folha a pesquisadora María Julia Arrouy, do Centro de Investigações Geológicas de La Plata, na Argentina. Junto com colegas argentinos e brasileiros, María Julia assina um estudo sobre o tema na revista especializada "Scientific Reports". Fósseis da época são notórios por sua capacidade de deixar os paleontólogos confusos. Coletivamente conhecidos como a biota de Ediacara. tais criaturas costumam ter forma simples e enigmática –além dos discos, há estruturas tubulares, enquanto outras lembram talos ou folhas. Do lado brasileiro da fronteira também existem fósseis ediacaranos, achados em regiões como o Mato Grosso do Sul, por exemplo, mas eles possuem um corpo calcário e relativamente duro, enquanto os novos achados parecem ter possuído corpo mole. Os discos identificados deixam claro que estamos falando de criaturas diminutas. Os maiores não passam de 14 cm de diâmetro; alguns têm só poucos milímetros, e a maioria mede entre 1 cm e 2,5 cm. Curiosamente, há uma conexão entre tamanho dos discos e detalhes de sua estrutura, o que talvez indique os passos do desenvolvimento das antigas criaturas. Enquanto os menorzinhos têm superfície lisa, os maiores apresentam "dobraduras" e raios que se estendem do centro para as bordas, além de uma marca característica no centro. Em alguns dos espécimes, parece que desse ponto no centro está brotando um começo de "caule". Esses detalhes levaram os cientistas a propor que as criaturas pertenciam ao grupo das chamadas Aspidella, já encontrados em outros registros da biota de Ediacara. "As Aspidella são fósseis enigmáticos, de distribuição global. A associação delas com outros fósseis, representados por estruturas frondosas e na forma de talos, levaram os pesquisadores a interpretarem-nas como estruturas de fixação de organismos", explica Marcello Simões, da da Unesp de Botucatu, também autor do estudo. O bicho inteiro, portanto (se é que era um animal mesmo), lembraria vagamente uma folha ou uma pena fincada numa base redonda no leito marinho –no caso dos achados da Argentina, numa área rasa, próxima da praia, que poderia ficar temporariamente descoberta dependendo da maré. A criatura usaria sua fronde ou folha para filtrar nutrientes da água do mar. Segundo María Julia, a luz solar talvez fosse importante para a sobrevivência de tais criaturas. "Ocorre que, durante a vida do organismo ou mesmo após sua morte, as diferentes partes anatômicas, como o disco basal, o 'talo', a 'fronde', poderiam se desconectar, de forma que nem sempre é comum encontrar todas as partes ainda em conexão orgânica", afirma Simões. SUMIÇO Quando comparados com os grandes grupos de seres vivos complexos atuais, os Aspidella são considerados mais próximos dos animais –ou talvez dos fungos, como os cogumelos modernos. "As formas com frondes não parecem ter sobrevivido até o intervalo de tempo seguinte", diz Fernanda Quaglio, da Universidade Federal de Uberlândia (MG), outra coautora da pesquisa. Essa fase da história do planeta é o Cambriano, que começa há 541 milhões de anos e se caracteriza pela primeira grande explosão de diversidade dos animais, com a chegada dos ancestrais de insetos e vertebrados. "Uma hipótese é que, com o surgimento desses novos organismos, a dinâmica da coluna d'água mudou. Antes, as águas eram riquíssimas em nutrientes", explica Fernanda. Com menos comida para absorver ou filtrar por causa da presença dos concorrentes, os misteriosos "bichos-caules" teriam perecido.
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Cientistas encontram fósseis mais antigos da América do SulCentenas de estruturas em forma de disco achadas em rochas da Argentina são os mais antigos indícios da evolução da vida complexa na América do Sul. Com idade entre 570 milhões e 560 milhões de anos, os pequenos discos ainda são um mistério quase completo, mas o certo é que pertenciam a criaturas multicelulares, ou seja, cujo organismo era construído pelo trabalho colaborativo de muitas células, como o nosso. "Por enquanto não podemos dizer nada [sobre o parentesco deles com os seres vivos atuais], estamos trabalhando nisso. Podem ter afinidades tanto com animais quanto com vegetais", disse à Folha a pesquisadora María Julia Arrouy, do Centro de Investigações Geológicas de La Plata, na Argentina. Junto com colegas argentinos e brasileiros, María Julia assina um estudo sobre o tema na revista especializada "Scientific Reports". Fósseis da época são notórios por sua capacidade de deixar os paleontólogos confusos. Coletivamente conhecidos como a biota de Ediacara. tais criaturas costumam ter forma simples e enigmática –além dos discos, há estruturas tubulares, enquanto outras lembram talos ou folhas. Do lado brasileiro da fronteira também existem fósseis ediacaranos, achados em regiões como o Mato Grosso do Sul, por exemplo, mas eles possuem um corpo calcário e relativamente duro, enquanto os novos achados parecem ter possuído corpo mole. Os discos identificados deixam claro que estamos falando de criaturas diminutas. Os maiores não passam de 14 cm de diâmetro; alguns têm só poucos milímetros, e a maioria mede entre 1 cm e 2,5 cm. Curiosamente, há uma conexão entre tamanho dos discos e detalhes de sua estrutura, o que talvez indique os passos do desenvolvimento das antigas criaturas. Enquanto os menorzinhos têm superfície lisa, os maiores apresentam "dobraduras" e raios que se estendem do centro para as bordas, além de uma marca característica no centro. Em alguns dos espécimes, parece que desse ponto no centro está brotando um começo de "caule". Esses detalhes levaram os cientistas a propor que as criaturas pertenciam ao grupo das chamadas Aspidella, já encontrados em outros registros da biota de Ediacara. "As Aspidella são fósseis enigmáticos, de distribuição global. A associação delas com outros fósseis, representados por estruturas frondosas e na forma de talos, levaram os pesquisadores a interpretarem-nas como estruturas de fixação de organismos", explica Marcello Simões, da da Unesp de Botucatu, também autor do estudo. O bicho inteiro, portanto (se é que era um animal mesmo), lembraria vagamente uma folha ou uma pena fincada numa base redonda no leito marinho –no caso dos achados da Argentina, numa área rasa, próxima da praia, que poderia ficar temporariamente descoberta dependendo da maré. A criatura usaria sua fronde ou folha para filtrar nutrientes da água do mar. Segundo María Julia, a luz solar talvez fosse importante para a sobrevivência de tais criaturas. "Ocorre que, durante a vida do organismo ou mesmo após sua morte, as diferentes partes anatômicas, como o disco basal, o 'talo', a 'fronde', poderiam se desconectar, de forma que nem sempre é comum encontrar todas as partes ainda em conexão orgânica", afirma Simões. SUMIÇO Quando comparados com os grandes grupos de seres vivos complexos atuais, os Aspidella são considerados mais próximos dos animais –ou talvez dos fungos, como os cogumelos modernos. "As formas com frondes não parecem ter sobrevivido até o intervalo de tempo seguinte", diz Fernanda Quaglio, da Universidade Federal de Uberlândia (MG), outra coautora da pesquisa. Essa fase da história do planeta é o Cambriano, que começa há 541 milhões de anos e se caracteriza pela primeira grande explosão de diversidade dos animais, com a chegada dos ancestrais de insetos e vertebrados. "Uma hipótese é que, com o surgimento desses novos organismos, a dinâmica da coluna d'água mudou. Antes, as águas eram riquíssimas em nutrientes", explica Fernanda. Com menos comida para absorver ou filtrar por causa da presença dos concorrentes, os misteriosos "bichos-caules" teriam perecido.
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Seleção espera até último momento para ter Neymar, que sente dores no tornozelo
SÉRGIO RANGEL DE SÃO PAULO A seleção brasileira vai tentar neste sábado (13) garantir a vaga na semifinal e estabelecer um novo recorde de vitórias na história do torneio olímpico masculino. Se ganhar da Colômbia, no Itaquerão lotado, às 22h, o time nacional vai superar a Itália ao vencer pela 33ª vez nas 12 edições de Jogos Olímpicos que disputou. A dúvida do técnico Rogério Micale é o atacante Neymar. Com dores no tornozelo direito, o principal jogador do time brasileiro terá de fazer um teste na tarde deste sábado para confirmar a sua escalação no primeiro mata-mata da Olimpíada. Ele sofreu uma entorse leve no tornozelo no fim da vitória diante da Dinamarca, quarta (10), em Salvador, e realiza tratamento médico desde então. Na sexta (12), Neymar ainda caminhava com dificuldade e ficou fora do único treino para a partida, realizado no centro de treinamento do Corinthians. Se for liberado pelos médicos para entrar em campo em São Paulo, o atacante do Barcelona vai enfrentar um adversário que o tirou da Copa do Mundo de 2014 e da Copa América do Chile, em 2015. No Mundial, ele sofreu fratura em uma das vértebras nas quartas de final, ao receber uma joelhada do lateral Zuñiga, e ficou fora do restante da competição. Depois dali, a seleção só perdeu no torneio (Alemanha, por 7 a 1; e Holanda, por 3 a 0). No ano passado, Neymar brigou com os colombianos após o jogo entre as seleções, em Santiago, e foi suspenso por quatro partidas. "Isso tudo fica no passado. Já tiramos as lições daqueles episódios. Agora é Olimpíada. É tudo diferente", disse Micale, que está otimista em contar com o seu jogador mais valioso em Itaquera. O técnico disse que vai manter a formação ofensiva. Se Neymar jogar, ele vai escalar a equipe com quatro atacantes, como na quarta. Se o atacante ficar fora, o volante Thiago Maia voltará ao time, e Luan ficará no ataque. Brasileiros classificados para a Olimpíada
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Seleção espera até último momento para ter Neymar, que sente dores no tornozelo SÉRGIO RANGEL DE SÃO PAULO A seleção brasileira vai tentar neste sábado (13) garantir a vaga na semifinal e estabelecer um novo recorde de vitórias na história do torneio olímpico masculino. Se ganhar da Colômbia, no Itaquerão lotado, às 22h, o time nacional vai superar a Itália ao vencer pela 33ª vez nas 12 edições de Jogos Olímpicos que disputou. A dúvida do técnico Rogério Micale é o atacante Neymar. Com dores no tornozelo direito, o principal jogador do time brasileiro terá de fazer um teste na tarde deste sábado para confirmar a sua escalação no primeiro mata-mata da Olimpíada. Ele sofreu uma entorse leve no tornozelo no fim da vitória diante da Dinamarca, quarta (10), em Salvador, e realiza tratamento médico desde então. Na sexta (12), Neymar ainda caminhava com dificuldade e ficou fora do único treino para a partida, realizado no centro de treinamento do Corinthians. Se for liberado pelos médicos para entrar em campo em São Paulo, o atacante do Barcelona vai enfrentar um adversário que o tirou da Copa do Mundo de 2014 e da Copa América do Chile, em 2015. No Mundial, ele sofreu fratura em uma das vértebras nas quartas de final, ao receber uma joelhada do lateral Zuñiga, e ficou fora do restante da competição. Depois dali, a seleção só perdeu no torneio (Alemanha, por 7 a 1; e Holanda, por 3 a 0). No ano passado, Neymar brigou com os colombianos após o jogo entre as seleções, em Santiago, e foi suspenso por quatro partidas. "Isso tudo fica no passado. Já tiramos as lições daqueles episódios. Agora é Olimpíada. É tudo diferente", disse Micale, que está otimista em contar com o seu jogador mais valioso em Itaquera. O técnico disse que vai manter a formação ofensiva. Se Neymar jogar, ele vai escalar a equipe com quatro atacantes, como na quarta. Se o atacante ficar fora, o volante Thiago Maia voltará ao time, e Luan ficará no ataque. Brasileiros classificados para a Olimpíada
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Tatuagens são mais seguras, mas efeitos são desconhecidos, dizem médicos
A imagem de rebeldia associada às tatuagens ficou para trás, junto com antigos padrões baixos de higiene. Mas, apesar dos desenhos terem ganhado mais popularidade e segurança, ainda há dúvidas sobre seus efeitos a longo prazo e até mesmo sobre a composição das tintas, afirma artigo publicado na "Lancet", uma das mais prestigiosas revistas médicas. O texto, escrito por autores de dez diferentes países, incluindo EUA, Reino Unido e Alemanha, afirma que pouco se sabe sobre os riscos toxicológicos dos ingredientes usados nas tatuagens. De acordo com o artigo, apesar de as tintas modernas conterem principalmente pigmentos orgânicos, metais pesados ainda aparecem em algumas análises. E mais: um estudo feito na Dinamarca e publicado no "Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology" apontou que 6 de 58 embalagens de tinta lacradas estavam contaminadas com bactérias. Tatuagem - O que pode dar errado? Segundo Christa De Cuyper, dermatologista do Hospital AZ St.-Jan, em Bruges, na Bélgica, os requerimentos em relação às tintas na Europa são insuficientes para garantir o uso seguro delas. Ela vai na mesma linha dos autores do artigo citado e diz que as tintas precisam ser testadas quanto ao seu potencial de toxicidade, fototoxicidade, a migração das substâncias, o potencial carcinogênico e a possível conversão metabólica dos ingredientes das tintas. Mas, antes, afirma, é necessário ter um único padrão na Europa para assegurar a segurança das tatuagens, como uma lista de ingredientes e pigmentos seguros, por exemplo. "Em muitos casos, os ingredientes nem aparecem nos rótulos. Esse mercado é mal controlado", afirmou De Cuyper no Congresso Europeu de Dermatologia, que ocorreu em Copenhague. A própria FDA (agência reguladora de alimentos e remédios nos EUA) admite que não exerce sua atividade regulatória em relação às tintas para tatuagem por causa de outras prioridades relacionadas à saúde pública. A agência, porém, tem investigado a composição química das tintas e como elas são metabolizadas no corpo, a segurança delas a curto e longo prazo e como o corpo responde à interação da luz com as tintas, mas ainda não há esses dados. O sinal de alerta foi aceso cerca de três anos atrás, quando uma família de bactérias chamada micobactérias não tuberculosas foi encontrada em tintas nos EUA e provocou nódulos vermelhos nos tatuados. No Brasil, as tintas e os acessórios para tatuagem passaram a necessitar de um registro em 2008. Uma resolução publicada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exigiu que, para obter registro, os fabricantes deveriam fazer testes para comprovar que as tintas não são tóxicas nem causam câncer. Três produtos estão devidamente registrados no país: Amazon, Electric Ink e Brasil Art & Cores. Outros dois estão sob análise da Anvisa. As regras, porém, podem mudar. Um texto colocado em consulta pública encerrada no último dia 23 pela agência propõe que a avaliação possa incluir tanto um estudo de experiência pré-clínica e clínica relevantes quanto testes reais. Essa avaliação poderá resultar na conclusão de que nenhum teste é necessário se o material demonstrar histórico seguro de uso.
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Tatuagens são mais seguras, mas efeitos são desconhecidos, dizem médicosA imagem de rebeldia associada às tatuagens ficou para trás, junto com antigos padrões baixos de higiene. Mas, apesar dos desenhos terem ganhado mais popularidade e segurança, ainda há dúvidas sobre seus efeitos a longo prazo e até mesmo sobre a composição das tintas, afirma artigo publicado na "Lancet", uma das mais prestigiosas revistas médicas. O texto, escrito por autores de dez diferentes países, incluindo EUA, Reino Unido e Alemanha, afirma que pouco se sabe sobre os riscos toxicológicos dos ingredientes usados nas tatuagens. De acordo com o artigo, apesar de as tintas modernas conterem principalmente pigmentos orgânicos, metais pesados ainda aparecem em algumas análises. E mais: um estudo feito na Dinamarca e publicado no "Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology" apontou que 6 de 58 embalagens de tinta lacradas estavam contaminadas com bactérias. Tatuagem - O que pode dar errado? Segundo Christa De Cuyper, dermatologista do Hospital AZ St.-Jan, em Bruges, na Bélgica, os requerimentos em relação às tintas na Europa são insuficientes para garantir o uso seguro delas. Ela vai na mesma linha dos autores do artigo citado e diz que as tintas precisam ser testadas quanto ao seu potencial de toxicidade, fototoxicidade, a migração das substâncias, o potencial carcinogênico e a possível conversão metabólica dos ingredientes das tintas. Mas, antes, afirma, é necessário ter um único padrão na Europa para assegurar a segurança das tatuagens, como uma lista de ingredientes e pigmentos seguros, por exemplo. "Em muitos casos, os ingredientes nem aparecem nos rótulos. Esse mercado é mal controlado", afirmou De Cuyper no Congresso Europeu de Dermatologia, que ocorreu em Copenhague. A própria FDA (agência reguladora de alimentos e remédios nos EUA) admite que não exerce sua atividade regulatória em relação às tintas para tatuagem por causa de outras prioridades relacionadas à saúde pública. A agência, porém, tem investigado a composição química das tintas e como elas são metabolizadas no corpo, a segurança delas a curto e longo prazo e como o corpo responde à interação da luz com as tintas, mas ainda não há esses dados. O sinal de alerta foi aceso cerca de três anos atrás, quando uma família de bactérias chamada micobactérias não tuberculosas foi encontrada em tintas nos EUA e provocou nódulos vermelhos nos tatuados. No Brasil, as tintas e os acessórios para tatuagem passaram a necessitar de um registro em 2008. Uma resolução publicada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exigiu que, para obter registro, os fabricantes deveriam fazer testes para comprovar que as tintas não são tóxicas nem causam câncer. Três produtos estão devidamente registrados no país: Amazon, Electric Ink e Brasil Art & Cores. Outros dois estão sob análise da Anvisa. As regras, porém, podem mudar. Um texto colocado em consulta pública encerrada no último dia 23 pela agência propõe que a avaliação possa incluir tanto um estudo de experiência pré-clínica e clínica relevantes quanto testes reais. Essa avaliação poderá resultar na conclusão de que nenhum teste é necessário se o material demonstrar histórico seguro de uso.
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PSDB pagará por falta de atitude em relação a Aécio, diz leitor
AÉCIO NEVES Aécio Neves pediu dinheiro para Joesley Batista, mas quem vai pagar a conta em votos é o PSDB, que, aos olhos do povo, dá aval indireto à falcatrua ao fingir que não tem nada a ver com isso. THYRSO DE CARVALHO JÚNIOR (Pereira Barreto, SP) * Não me lembro de tantos e tão veementes protestos por parte dos colunistas desse jornal —o tema foi até objeto de um editorial— contra a medida do STF ao afastar Aécio Neves das funções de senador e determinar seu recolhimento noturno, se compararmos com as reações ao afastamento de Delcídio do Amaral e Eduardo Cunha. "Ausência de sabedoria", "temerário", "irresponsabilidade" e "terreno perigoso" são algumas das expressões com que fomos brindados nos últimos dias. MARIA CECÍLIA DE ARRUDA NAVARRO (Bauru, SP) - DENÚNCIA CONTRA TEMER Nossos políticos agem sempre do mesmo jeito: colocam uma raposa para tomar conta do galinheiro. Alguém tem dúvida do resultado? Não sabemos quando nossos políticos sabujos vão tomar vergonha! JORGE SCANDELAI (São José do Rio Preto, SP) * Entregaram o ouro muito antes do esperado. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara está parecendo o juizado federal de Curitiba. AMAURY MACHADO (Belo Horizonte, MG) - RELIGIÃO NA ESCOLA Vivemos em um Estado laico, é o que diz a Constituição, mas os signos religiosos continuam a ocupar lugar de destaque nos espaços públicos e as escolas públicas dão aula de religião. Não bastasse, o STF, guardião da Carta Magna, autorizou agora o uso da rede pública para a pregação das crenças ligadas a religiões específicas. Triste retrocesso e frontal desrespeito à igualdade de tratamento. E justamente com a caneta do STF. JOSEBEL RUBIN (São Paulo, SP) * É mais um daqueles casos escabrosos em que o Judiciário toma para si atribuições do Legislativo. Como se não bastasse a intromissão, ainda passa por cima e fere de morte uma regra estabelecida na Constituição, o Estado laico. Lamentável! ANTONIO JOSÉ DA C. LIMA (São Luís, MA) * Escola foi feita para ensinar, para debater assuntos de diversas áreas do conhecimento científico e cultural. Com relação ao ensino religioso, sou contra, pois somos um país laico. Quem deve pregar e ensinar religião? As igrejas, cada uma com a sua fé. O povo que examine, de acordo com sua mente e coração. Agora, nas escolas, deve haver, isso sim, ensino de ética. DEUSDETE JOSÉ DOS SANTOS (Marília, SP) - REFORMA POLÍTICA A revolta da sociedade contra o fundo partidário não se origina propriamente no montante dos recursos, mas a quem eles serão endereçados. Tal fato constitui um reflexo da absoluta falta de confiança na classe política. Talvez seja a primeira vez que a população vislumbra uma oportunidade de corrigir alguns dos equívocos que cometeu no passado. Deseja abrir caminho a uma nova geração que se importe mais com o interesse público, em vez de instrumentalizá-lo para a eternização no poder e para o autoenriquecimento. PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ) - ELEIÇÕES DE 2018 É incrível como São Paulo tem a capacidade de escolher mal. Já teve Maluf, Marta Suplicy e Kassab. Quando teve Haddad, que não arredava o pé da cidade e tentou fazer de São Paulo uma metrópole um pouco mais moderna, foi derrotado por Doria, que não passou 10% do tempo governando onde foi eleito. Isso é respeito com a maior cidade da América Latina? E tem mais: cadê o TSE? Isso é propaganda extemporânea. Não é "Acelera, Brasil", é "Fica Esperto, Brasil". RENATO FELIPE (Nova Lima, MG) - EDUCAÇÃO Talvez seja mais fácil para a "política velhaca" esconder e contar caixas e malas com pilhas de notas de dinheiro em seus confortáveis apartamentos do que pensar um novo modelo de escola e universidade pública para São Paulo e para o Brasil. Dificilmente seus personagens voltarão olhos e preocupações à ciência e à pesquisa. DEVANIR AMÂNCIO (São Paulo, SP) - PAULO MALUF Pouco trabalho tem Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf. Basta repetir como um papagaio que seu chefe não tem e nunca teve conta no exterior. Ele poderia acrescentar que Maluf nunca mentiu em sua vida pública. JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP) * Maluf declarou que tem 101% de certeza de que Temer é honesto. Ao ler essa declaração, fiquei indignado. Mas, depois, pensando um pouco mais, dei total razão a Maluf. Como fui tolo! É que o conceito de honestidade de Maluf é outro. Cada um julga e avalia de acordo com seus princípios e valores. LAERTES NARDELLI (Blumenau, SC) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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PSDB pagará por falta de atitude em relação a Aécio, diz leitorAÉCIO NEVES Aécio Neves pediu dinheiro para Joesley Batista, mas quem vai pagar a conta em votos é o PSDB, que, aos olhos do povo, dá aval indireto à falcatrua ao fingir que não tem nada a ver com isso. THYRSO DE CARVALHO JÚNIOR (Pereira Barreto, SP) * Não me lembro de tantos e tão veementes protestos por parte dos colunistas desse jornal —o tema foi até objeto de um editorial— contra a medida do STF ao afastar Aécio Neves das funções de senador e determinar seu recolhimento noturno, se compararmos com as reações ao afastamento de Delcídio do Amaral e Eduardo Cunha. "Ausência de sabedoria", "temerário", "irresponsabilidade" e "terreno perigoso" são algumas das expressões com que fomos brindados nos últimos dias. MARIA CECÍLIA DE ARRUDA NAVARRO (Bauru, SP) - DENÚNCIA CONTRA TEMER Nossos políticos agem sempre do mesmo jeito: colocam uma raposa para tomar conta do galinheiro. Alguém tem dúvida do resultado? Não sabemos quando nossos políticos sabujos vão tomar vergonha! JORGE SCANDELAI (São José do Rio Preto, SP) * Entregaram o ouro muito antes do esperado. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara está parecendo o juizado federal de Curitiba. AMAURY MACHADO (Belo Horizonte, MG) - RELIGIÃO NA ESCOLA Vivemos em um Estado laico, é o que diz a Constituição, mas os signos religiosos continuam a ocupar lugar de destaque nos espaços públicos e as escolas públicas dão aula de religião. Não bastasse, o STF, guardião da Carta Magna, autorizou agora o uso da rede pública para a pregação das crenças ligadas a religiões específicas. Triste retrocesso e frontal desrespeito à igualdade de tratamento. E justamente com a caneta do STF. JOSEBEL RUBIN (São Paulo, SP) * É mais um daqueles casos escabrosos em que o Judiciário toma para si atribuições do Legislativo. Como se não bastasse a intromissão, ainda passa por cima e fere de morte uma regra estabelecida na Constituição, o Estado laico. Lamentável! ANTONIO JOSÉ DA C. LIMA (São Luís, MA) * Escola foi feita para ensinar, para debater assuntos de diversas áreas do conhecimento científico e cultural. Com relação ao ensino religioso, sou contra, pois somos um país laico. Quem deve pregar e ensinar religião? As igrejas, cada uma com a sua fé. O povo que examine, de acordo com sua mente e coração. Agora, nas escolas, deve haver, isso sim, ensino de ética. DEUSDETE JOSÉ DOS SANTOS (Marília, SP) - REFORMA POLÍTICA A revolta da sociedade contra o fundo partidário não se origina propriamente no montante dos recursos, mas a quem eles serão endereçados. Tal fato constitui um reflexo da absoluta falta de confiança na classe política. Talvez seja a primeira vez que a população vislumbra uma oportunidade de corrigir alguns dos equívocos que cometeu no passado. Deseja abrir caminho a uma nova geração que se importe mais com o interesse público, em vez de instrumentalizá-lo para a eternização no poder e para o autoenriquecimento. PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ) - ELEIÇÕES DE 2018 É incrível como São Paulo tem a capacidade de escolher mal. Já teve Maluf, Marta Suplicy e Kassab. Quando teve Haddad, que não arredava o pé da cidade e tentou fazer de São Paulo uma metrópole um pouco mais moderna, foi derrotado por Doria, que não passou 10% do tempo governando onde foi eleito. Isso é respeito com a maior cidade da América Latina? E tem mais: cadê o TSE? Isso é propaganda extemporânea. Não é "Acelera, Brasil", é "Fica Esperto, Brasil". RENATO FELIPE (Nova Lima, MG) - EDUCAÇÃO Talvez seja mais fácil para a "política velhaca" esconder e contar caixas e malas com pilhas de notas de dinheiro em seus confortáveis apartamentos do que pensar um novo modelo de escola e universidade pública para São Paulo e para o Brasil. Dificilmente seus personagens voltarão olhos e preocupações à ciência e à pesquisa. DEVANIR AMÂNCIO (São Paulo, SP) - PAULO MALUF Pouco trabalho tem Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf. Basta repetir como um papagaio que seu chefe não tem e nunca teve conta no exterior. Ele poderia acrescentar que Maluf nunca mentiu em sua vida pública. JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP) * Maluf declarou que tem 101% de certeza de que Temer é honesto. Ao ler essa declaração, fiquei indignado. Mas, depois, pensando um pouco mais, dei total razão a Maluf. Como fui tolo! É que o conceito de honestidade de Maluf é outro. Cada um julga e avalia de acordo com seus princípios e valores. LAERTES NARDELLI (Blumenau, SC) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Por que, porque, por quê ou porquê? Saiba como usar a grafia correta
Embora pareça fácil, muitos ainda se confundem na hora de escrever "porque". O motivo da hesitação pode ser o fato de haver quatro grafias possíveis para o mesmo som, como explica Thaís Nicoleti. Nesta edição do "Português em Foco", a professora explica as diferenças entre "por que", "porquê", "porque" e "por quê". Mais detalhes sobre o assunto podem ser lidos no blog da Thaís.
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Por que, porque, por quê ou porquê? Saiba como usar a grafia corretaEmbora pareça fácil, muitos ainda se confundem na hora de escrever "porque". O motivo da hesitação pode ser o fato de haver quatro grafias possíveis para o mesmo som, como explica Thaís Nicoleti. Nesta edição do "Português em Foco", a professora explica as diferenças entre "por que", "porquê", "porque" e "por quê". Mais detalhes sobre o assunto podem ser lidos no blog da Thaís.
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Brasil já perdeu US$ 12 bi com queda no preço de commodities, diz ministro
O ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou nesta terça-feira (25) que o país já perdeu US$ 12 bilhões neste ano em receitas de exportação com a queda dos preços das commodities e que os prejuízos tendem a se acentuar se as turbulências na China se agravarem. Os preços das commodities passaram a cair nos últimos três anos, após um longo ciclo de alta, como resultado, principalmente, da desaceleração do crescimento da China. "O mundo inteiro nessa hora tem os olhos voltados para a China, está acompanhando o desenrolar dessa crise e desse momento de instabilidade", disse o ministro, após participar de um seminário sobre política industrial. "O Brasil já sente os efeitos dessa desaceleração. Se houver um agravamento da situação, é evidente que teremos um efeito maior." As exportações brasileiras somaram US$ 113 bilhões de janeiro a julho, queda de 15,5% em relação ao mesmo período de 2014. Nas últimas semanas, as Bolsas chinesas sofreram fortes quedas, que se acentuaram na última segunda-feira (24), gerando turbulência nos mercados mundiais. Apesar de dizer que o momento gera preocupação, Monteiro ponderou que o fato de a economia brasileira ser relativamente fechada minimiza o impacto da queda das exportações sobre o PIB (Produto Interno Bruto). Ele também disse esperar que a instabilidade leve o banco central americano a postergar uma elevação na taxa de juros, o que pode contribuir para uma estabilização do cenário. O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que ainda é cedo para avaliar o impacto da crise na China sobre a economia global e brasileira, mas frisou as notícias são graves e que "estamos suscetíveis a uma grande mudança no cenário econômico mundial". Depois de apresentar em seminário projeções do governo apontando para uma recuperação da atividade no Brasil a partir do último trimestre de 2015, ele reconheceu que as estimativas poderão ter de ser revistas a depender de o que ocorrer na China. Oliveira afirmou, ainda, que no ano que vem o país tem de estar preparado para fazer um "esforço adicional" em sua política fiscal. "Toda essa perspectiva de retomada de crescimento depende de que a gente tenha uma estabilidade fiscal e de o governo demonstre uma capacidade de recuperação", afirmou. Segunda-feira negra - Fechamento das bolsas pelo mundo, em % CRISE NA CHINA A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989. A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de agosto de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor. Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas. Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações. Infográfico PIB Chinês
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Brasil já perdeu US$ 12 bi com queda no preço de commodities, diz ministroO ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou nesta terça-feira (25) que o país já perdeu US$ 12 bilhões neste ano em receitas de exportação com a queda dos preços das commodities e que os prejuízos tendem a se acentuar se as turbulências na China se agravarem. Os preços das commodities passaram a cair nos últimos três anos, após um longo ciclo de alta, como resultado, principalmente, da desaceleração do crescimento da China. "O mundo inteiro nessa hora tem os olhos voltados para a China, está acompanhando o desenrolar dessa crise e desse momento de instabilidade", disse o ministro, após participar de um seminário sobre política industrial. "O Brasil já sente os efeitos dessa desaceleração. Se houver um agravamento da situação, é evidente que teremos um efeito maior." As exportações brasileiras somaram US$ 113 bilhões de janeiro a julho, queda de 15,5% em relação ao mesmo período de 2014. Nas últimas semanas, as Bolsas chinesas sofreram fortes quedas, que se acentuaram na última segunda-feira (24), gerando turbulência nos mercados mundiais. Apesar de dizer que o momento gera preocupação, Monteiro ponderou que o fato de a economia brasileira ser relativamente fechada minimiza o impacto da queda das exportações sobre o PIB (Produto Interno Bruto). Ele também disse esperar que a instabilidade leve o banco central americano a postergar uma elevação na taxa de juros, o que pode contribuir para uma estabilização do cenário. O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que ainda é cedo para avaliar o impacto da crise na China sobre a economia global e brasileira, mas frisou as notícias são graves e que "estamos suscetíveis a uma grande mudança no cenário econômico mundial". Depois de apresentar em seminário projeções do governo apontando para uma recuperação da atividade no Brasil a partir do último trimestre de 2015, ele reconheceu que as estimativas poderão ter de ser revistas a depender de o que ocorrer na China. Oliveira afirmou, ainda, que no ano que vem o país tem de estar preparado para fazer um "esforço adicional" em sua política fiscal. "Toda essa perspectiva de retomada de crescimento depende de que a gente tenha uma estabilidade fiscal e de o governo demonstre uma capacidade de recuperação", afirmou. Segunda-feira negra - Fechamento das bolsas pelo mundo, em % CRISE NA CHINA A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989. A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de agosto de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor. Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas. Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações. Infográfico PIB Chinês
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Sociedade quer mais transparência
A medida provisória 777 determina que a Taxa de Longo Prazo (TLP) irá substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) como referência para para esse modelo de financiamento no país. Além de proporcionar melhor remuneração dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), diminuindo seu atual deficit e possibilitando a utilização do fundo em políticas direcionadas ao trabalhador, a MP 777 lança luz sobre a forma com que os recursos públicos são aplicados por meio de subsídios. Embora não passe pelo processo de aprovação orçamentária, a utilização de uma taxa de longo prazo artificial e insensível ao mercado, como é o caso da TJLP, gera o aumento da dívida pública. Sua manutenção em valores bem abaixo dos juros de mercado acarreta um custo, pago pelos contribuintes. Esse preço, que corresponde à diferença entre o valor de captação do Tesouro Nacional (TN) e o valor contratual dos empréstimos concedidos pelo BNDES com os recursos do FAT e do TN, chegou a R$ 240 bilhões nos últimos dez anos. É assustador constatar, no atual momento de crise, que tal soma foi destinada à concessão de empréstimos subsidiados, sem que isso fosse debatido, ou até mesmo conhecido, pela sociedade. Dados comprovam que 70% dos valores emprestados pelo BNDES com os recursos do FAT e do TN foram captados por empresas de grande porte, com faturamento superior a R$ 300 milhões. Menos de 30% das quantias subsidiadas chegaram às médias, pequenas e microempresas. Tal modelo tem se constituído, na prática, em transferência invisível da renda para grandes grupos econômicos. Não se trata de impedir o subsídio para a indústria, uma vez que pode contribuir para a maior geração de emprego e renda, mas de fazê-lo às claras. Em uma sociedade democrática, espera-se que esse processo seja explícito e representativo da vontade da população. Assim como se discute quanto será destinado para as políticas públicas, também deve ser debatido quanto será destinado ao desenvolvimento e à indústria. A substituição da TJLP pela TLP reduz o subsídio implícito, mas não inviabiliza sua concessão. O governo poderá liberá-lo a empresas ou a setores específicos, se considerar que é importante para a sociedade. No entanto, para que ocorra, será necessário o exame da proposta pelos representantes da sociedade no Poder Legislativo, por meio da inclusão dos subsídios no Orçamento Geral da União. Isso diminuirá a dívida pública, permitirá a distribuição democrática de crédito e a diminuição da taxa de juros estrutural da economia, entre outros benefícios. Mais importante ainda - impedirá os gastos públicos às escuras. A sociedade brasileira não admite mais a execução de políticas governamentais pouco transparentes. Com a TLP, os subsídios serão distribuídos de forma clara, com seus efeitos financeiros vistoriados pela sociedade. Não caberá ao cidadão apenas pagar a conta do endividamento público por meio de despesas veladas; a ele será devolvido o poder de acompanhar os gastos públicos e de aprová-los. PARTICIPAÇÃO BETINHO GOMES é deputado federal (PSDB-PE) e relator da medida provisória 777 PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
opiniao
Sociedade quer mais transparênciaA medida provisória 777 determina que a Taxa de Longo Prazo (TLP) irá substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) como referência para para esse modelo de financiamento no país. Além de proporcionar melhor remuneração dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), diminuindo seu atual deficit e possibilitando a utilização do fundo em políticas direcionadas ao trabalhador, a MP 777 lança luz sobre a forma com que os recursos públicos são aplicados por meio de subsídios. Embora não passe pelo processo de aprovação orçamentária, a utilização de uma taxa de longo prazo artificial e insensível ao mercado, como é o caso da TJLP, gera o aumento da dívida pública. Sua manutenção em valores bem abaixo dos juros de mercado acarreta um custo, pago pelos contribuintes. Esse preço, que corresponde à diferença entre o valor de captação do Tesouro Nacional (TN) e o valor contratual dos empréstimos concedidos pelo BNDES com os recursos do FAT e do TN, chegou a R$ 240 bilhões nos últimos dez anos. É assustador constatar, no atual momento de crise, que tal soma foi destinada à concessão de empréstimos subsidiados, sem que isso fosse debatido, ou até mesmo conhecido, pela sociedade. Dados comprovam que 70% dos valores emprestados pelo BNDES com os recursos do FAT e do TN foram captados por empresas de grande porte, com faturamento superior a R$ 300 milhões. Menos de 30% das quantias subsidiadas chegaram às médias, pequenas e microempresas. Tal modelo tem se constituído, na prática, em transferência invisível da renda para grandes grupos econômicos. Não se trata de impedir o subsídio para a indústria, uma vez que pode contribuir para a maior geração de emprego e renda, mas de fazê-lo às claras. Em uma sociedade democrática, espera-se que esse processo seja explícito e representativo da vontade da população. Assim como se discute quanto será destinado para as políticas públicas, também deve ser debatido quanto será destinado ao desenvolvimento e à indústria. A substituição da TJLP pela TLP reduz o subsídio implícito, mas não inviabiliza sua concessão. O governo poderá liberá-lo a empresas ou a setores específicos, se considerar que é importante para a sociedade. No entanto, para que ocorra, será necessário o exame da proposta pelos representantes da sociedade no Poder Legislativo, por meio da inclusão dos subsídios no Orçamento Geral da União. Isso diminuirá a dívida pública, permitirá a distribuição democrática de crédito e a diminuição da taxa de juros estrutural da economia, entre outros benefícios. Mais importante ainda - impedirá os gastos públicos às escuras. A sociedade brasileira não admite mais a execução de políticas governamentais pouco transparentes. Com a TLP, os subsídios serão distribuídos de forma clara, com seus efeitos financeiros vistoriados pela sociedade. Não caberá ao cidadão apenas pagar a conta do endividamento público por meio de despesas veladas; a ele será devolvido o poder de acompanhar os gastos públicos e de aprová-los. PARTICIPAÇÃO BETINHO GOMES é deputado federal (PSDB-PE) e relator da medida provisória 777 PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Com Chico Buarque, Mangueira invoca santos no tradicional show de verão
Os santos brasileiros serão celebrados em um show que a Mangueira realiza, "sob divina proteção", nesta quarta-feira (15) em São Paulo, um dia após se apresentar no Rio de Janeiro. Trata-se da tradicional celebração de verão da escola de samba, que chega à sua 16ª edição, antecipando o samba-enredo deste ano, "Só Com a Ajuda do Santo". "Vamos abordar o cancioneiro religioso de uma forma tanto séria quanto brincalhona, falaremos dos santos não só da Ave-Maria [da liturgia Católica], como também do Candomblé", explica o diretor artístico Túlio Feliciano. No altar do samba, mais conhecido por aqui como o palco do Tom Brasil, subirão artistas do calibre de Maria Bethânia, Alcione, Fafá de Belém e Elba Ramalho. Num imbróglio reverencioso, Mariene de Castro canta para as nossas senhoras do Candomblé, enquanto Elba entoa "Ave Maria", de Vicente Paiva, e Rosemary a versão de Roberto Carlos. À parte do enredo central, os artistas, que doam seus cachês à escola de samba, também tocam sucessos da carreira individual de cada um. Uma parte do show será dedicada aos duos no palco. Fafá de Belém se encontra com Lecy Brandão e Elba Ramalho tocará Jackson do Pandeiro com Fernanda Abreu, entre outras parcerias. O elenco será encabeçado pelo notório anfitrião do espetáculo, Chico Buarque. No ano passado, ele se apresentou com Maria Bethânia, quebrando um hiato de 14 anos sem dueto entre eles. Cantaram "Olhos Nos Olhos" e "Noite dos Mascarados". Nesta edição, Chico divide repertório com Alcione, entoando "O Meu Amor" -canção que ele mesmo compôs e que foi interpretada por pelo menos três das cantoras presentes na ocasião, inclusive pela própria Marrom. Como de praxe, o show será arrematado pela bateria da Mangueira com todos os artistas reunidos. O ANFITRIÃO Chico está para o Show de Verão da Mangueira assim como Roberto Carlos está para o especial de Natal da Globo. Ao lado de José Maria Monteiro, o cantor, compositor e mangueirense de carteirinha ajudou a idealizar o espetáculo em 1997. Criado com o intuito de ajudar a financiar o desfile da escola, o show arrecadou, em sua última edição, no ano passado, cerca de R$ 200 mil. A quantia é simbólica perto dos R$ 8 milhões que custam os desfiles da escola, segundo o conselheiro e ex-presidente da Mangueira Álvaro Caetano, o Alvinho. O restante é financiado com venda de ingressos para os desfiles, aporte da prefeitura carioca, patrocínios e direitos de imagem vendidos para a Globo. Há ainda cerca de 2 mil sócios pagantes que colaboram com a escola. "Essa é a reta final para o Carnaval, as dificuldades são grandes e qualquer forma de arrecadar recursos tem uma importância fundamental", explica Caetano. Para ele, o show de verão permite que a Mangueira coloque "a cereja do bolo" em seu trabalho e, em retorno, dá ao público a "oportunidade única de ver esses artistas cantando juntos". A grande novidade deste ano é que o show, antes praticamente exclusivo a empresas, mudou seu formato para atingir o grande público. Após consecutivas reclamações dos que não conseguiam acesso ao espetáculo, a cota de ingressos dedicada ao público geral foi ampliada, passando de 10% para cerca de 60%. "A gente tem que acompanhar a evolução das coisas", diz Caetano. * SHOW DE VERÃO DA MANGUEIRA QUANDO quarta (15), às 21h30 ONDE Tom Brasil, r. Bragança Paulista, 1281, tel. (11) 4003-1212 QUANTO de R$ 200 a R$ 400; ingressos esgotados CLASSIFICAÇÃO 14 anos
ilustrada
Com Chico Buarque, Mangueira invoca santos no tradicional show de verãoOs santos brasileiros serão celebrados em um show que a Mangueira realiza, "sob divina proteção", nesta quarta-feira (15) em São Paulo, um dia após se apresentar no Rio de Janeiro. Trata-se da tradicional celebração de verão da escola de samba, que chega à sua 16ª edição, antecipando o samba-enredo deste ano, "Só Com a Ajuda do Santo". "Vamos abordar o cancioneiro religioso de uma forma tanto séria quanto brincalhona, falaremos dos santos não só da Ave-Maria [da liturgia Católica], como também do Candomblé", explica o diretor artístico Túlio Feliciano. No altar do samba, mais conhecido por aqui como o palco do Tom Brasil, subirão artistas do calibre de Maria Bethânia, Alcione, Fafá de Belém e Elba Ramalho. Num imbróglio reverencioso, Mariene de Castro canta para as nossas senhoras do Candomblé, enquanto Elba entoa "Ave Maria", de Vicente Paiva, e Rosemary a versão de Roberto Carlos. À parte do enredo central, os artistas, que doam seus cachês à escola de samba, também tocam sucessos da carreira individual de cada um. Uma parte do show será dedicada aos duos no palco. Fafá de Belém se encontra com Lecy Brandão e Elba Ramalho tocará Jackson do Pandeiro com Fernanda Abreu, entre outras parcerias. O elenco será encabeçado pelo notório anfitrião do espetáculo, Chico Buarque. No ano passado, ele se apresentou com Maria Bethânia, quebrando um hiato de 14 anos sem dueto entre eles. Cantaram "Olhos Nos Olhos" e "Noite dos Mascarados". Nesta edição, Chico divide repertório com Alcione, entoando "O Meu Amor" -canção que ele mesmo compôs e que foi interpretada por pelo menos três das cantoras presentes na ocasião, inclusive pela própria Marrom. Como de praxe, o show será arrematado pela bateria da Mangueira com todos os artistas reunidos. O ANFITRIÃO Chico está para o Show de Verão da Mangueira assim como Roberto Carlos está para o especial de Natal da Globo. Ao lado de José Maria Monteiro, o cantor, compositor e mangueirense de carteirinha ajudou a idealizar o espetáculo em 1997. Criado com o intuito de ajudar a financiar o desfile da escola, o show arrecadou, em sua última edição, no ano passado, cerca de R$ 200 mil. A quantia é simbólica perto dos R$ 8 milhões que custam os desfiles da escola, segundo o conselheiro e ex-presidente da Mangueira Álvaro Caetano, o Alvinho. O restante é financiado com venda de ingressos para os desfiles, aporte da prefeitura carioca, patrocínios e direitos de imagem vendidos para a Globo. Há ainda cerca de 2 mil sócios pagantes que colaboram com a escola. "Essa é a reta final para o Carnaval, as dificuldades são grandes e qualquer forma de arrecadar recursos tem uma importância fundamental", explica Caetano. Para ele, o show de verão permite que a Mangueira coloque "a cereja do bolo" em seu trabalho e, em retorno, dá ao público a "oportunidade única de ver esses artistas cantando juntos". A grande novidade deste ano é que o show, antes praticamente exclusivo a empresas, mudou seu formato para atingir o grande público. Após consecutivas reclamações dos que não conseguiam acesso ao espetáculo, a cota de ingressos dedicada ao público geral foi ampliada, passando de 10% para cerca de 60%. "A gente tem que acompanhar a evolução das coisas", diz Caetano. * SHOW DE VERÃO DA MANGUEIRA QUANDO quarta (15), às 21h30 ONDE Tom Brasil, r. Bragança Paulista, 1281, tel. (11) 4003-1212 QUANTO de R$ 200 a R$ 400; ingressos esgotados CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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De lavoura a bufê, trabalho infantil tem quatro flagrantes por dia em SP
João, 9, trabalha oito horas por dia em um lava-rápido de São Paulo. Ganha R$ 5 por carro dos R$ 40 que são pagos pelo serviço. José, 15, chega às 7h a uma praia de Guarujá e só sai ao entardecer, após servir clientes da barraca, tarefa pela qual recebe R$ 50 e gorjetas. Maria, 16, trabalha até a meia-noite em um bufê. Cuida de crianças e ganha um cachorro-quente e sobras de salgadinho como refeição. Os nomes são fictícios, mas as histórias retratam a realidade de crianças e adolescentes que trabalham ilegalmente no Estado de São Paulo. Se na zona rural a lavoura ainda atrai o trabalho infantil, nas cidades ele está em lava-rápidos, oficinas, bufês infantis e nas ruas –caso de entregadores de panfletos e vendedores ambulantes. Apesar de o IBGE registrar queda no trabalho infantil, em SP o número de flagrantes de ilegais é o maior desde 2009, segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho a pedido da Folha. A Procuradoria fez 1.495 autuações por flagrantes de trabalho infantil no Estado em 2014 –média de quatro por dia. Cinco anos antes, foram 591 (veja quadro). O aumento de denúncias e da fiscalização e a expansão da informalidade, que atrai mão de obra infantil, explicam os números, diz o órgão. IRREGULARIDADES O trabalho infantil é autorizado para jovens de 14 e 15 anos como aprendiz, por até seis horas diárias, desde que não afete o horário escolar e seja supervisionado. Aos 16, o garoto deve ser registrado. Para qualquer menor de 18 anos está proibido o trabalho ao ar livre, perigoso, insalubre, entre as 22h e as 5h, em contato com bebida alcoólica ou produtos químicos. Assim como em outras atividades, lava-rápidos e oficinas recrutam adolescentes porque custam menos. "Ouvimos, nas inspeções, que adultos não querem trabalhar pela baixa remuneração. Aí está o viés da exploração da mão de obra infantil", diz a procuradora do trabalho Luana Duarte Vieira. A maioria dos patrões são pequenas empresas. Mas, segundo a procuradora Ana Elisa Segatti, já foram enquadradas construtoras, por exemplo, por serem corresponsáveis pela panfletagem de lançamentos imobiliários. Bufês infantis também exploram essa mão de obra irregularmente. Em uma das denúncias à Procuradoria, neste ano, adolescentes atuavam como monitores até tarde e precisavam lavar o salão inteiro, incluindo banheiros. Um menor de idade cuidava de uma fritadeira de óleo. Na capital, uma preocupação recente é com os artistas mirins. Segundo Segatti, atores, "MCs" do funk e minimodelos trabalham após as 22h, prejudicando os estudos. Mesmo com maior rigor na fiscalização, no campo ainda se veem irregularidades. Na região de Marília, quatro adolescentes foram flagrados no cultivo de mandioca em maio. CANSAÇO Além da informalidade, o serviço em ambiente familiar também desafia os fiscais. "Não se pensa nas consequências. Ouvi garotos de feiras que acordavam às 4h para trabalhar e estudavam à noite, mas admitiram que já não iam à escola pelo cansaço", diz a auditora fiscal do trabalho Carolina Almeida. Segundo o IBGE, trabalham no país 3,188 milhões de crianças e adolescentes, ou 7,5% dos menores de 18 anos. Em 2002, eram 12,6%.
cotidiano
De lavoura a bufê, trabalho infantil tem quatro flagrantes por dia em SPJoão, 9, trabalha oito horas por dia em um lava-rápido de São Paulo. Ganha R$ 5 por carro dos R$ 40 que são pagos pelo serviço. José, 15, chega às 7h a uma praia de Guarujá e só sai ao entardecer, após servir clientes da barraca, tarefa pela qual recebe R$ 50 e gorjetas. Maria, 16, trabalha até a meia-noite em um bufê. Cuida de crianças e ganha um cachorro-quente e sobras de salgadinho como refeição. Os nomes são fictícios, mas as histórias retratam a realidade de crianças e adolescentes que trabalham ilegalmente no Estado de São Paulo. Se na zona rural a lavoura ainda atrai o trabalho infantil, nas cidades ele está em lava-rápidos, oficinas, bufês infantis e nas ruas –caso de entregadores de panfletos e vendedores ambulantes. Apesar de o IBGE registrar queda no trabalho infantil, em SP o número de flagrantes de ilegais é o maior desde 2009, segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho a pedido da Folha. A Procuradoria fez 1.495 autuações por flagrantes de trabalho infantil no Estado em 2014 –média de quatro por dia. Cinco anos antes, foram 591 (veja quadro). O aumento de denúncias e da fiscalização e a expansão da informalidade, que atrai mão de obra infantil, explicam os números, diz o órgão. IRREGULARIDADES O trabalho infantil é autorizado para jovens de 14 e 15 anos como aprendiz, por até seis horas diárias, desde que não afete o horário escolar e seja supervisionado. Aos 16, o garoto deve ser registrado. Para qualquer menor de 18 anos está proibido o trabalho ao ar livre, perigoso, insalubre, entre as 22h e as 5h, em contato com bebida alcoólica ou produtos químicos. Assim como em outras atividades, lava-rápidos e oficinas recrutam adolescentes porque custam menos. "Ouvimos, nas inspeções, que adultos não querem trabalhar pela baixa remuneração. Aí está o viés da exploração da mão de obra infantil", diz a procuradora do trabalho Luana Duarte Vieira. A maioria dos patrões são pequenas empresas. Mas, segundo a procuradora Ana Elisa Segatti, já foram enquadradas construtoras, por exemplo, por serem corresponsáveis pela panfletagem de lançamentos imobiliários. Bufês infantis também exploram essa mão de obra irregularmente. Em uma das denúncias à Procuradoria, neste ano, adolescentes atuavam como monitores até tarde e precisavam lavar o salão inteiro, incluindo banheiros. Um menor de idade cuidava de uma fritadeira de óleo. Na capital, uma preocupação recente é com os artistas mirins. Segundo Segatti, atores, "MCs" do funk e minimodelos trabalham após as 22h, prejudicando os estudos. Mesmo com maior rigor na fiscalização, no campo ainda se veem irregularidades. Na região de Marília, quatro adolescentes foram flagrados no cultivo de mandioca em maio. CANSAÇO Além da informalidade, o serviço em ambiente familiar também desafia os fiscais. "Não se pensa nas consequências. Ouvi garotos de feiras que acordavam às 4h para trabalhar e estudavam à noite, mas admitiram que já não iam à escola pelo cansaço", diz a auditora fiscal do trabalho Carolina Almeida. Segundo o IBGE, trabalham no país 3,188 milhões de crianças e adolescentes, ou 7,5% dos menores de 18 anos. Em 2002, eram 12,6%.
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Leitores comentam carta aberta ao casal Alckmin
O texto Carta aberta ao casal Alckmin constitui-se em um relato sensível, tocante e comovente, ao mesmo tempo em que é uma mensagem de conforto e esperança. Aponta para a força necessária no momento de uma das mais cruéis das dores –a de perder um filho no auge da juventude. VALDIR ROCHA, artista plástico (São Paulo, SP) * Sem desmerecer a intenção de Ricardo Viveiros, sua carta deveria ser dirigida a todos os pais que perdem seus filhos. O autor peca pela omissão. O filho do casal Alckmin morreu fazendo o que gostava, um consolo para a família. Os pais de Eduardo, 10, morto sem saber por que e de tantos outros, vítimas da truculência policial e do tráfico, também deveriam ser destinatários da carta. MARIA INÊS PRADO (São João da Boa Vista, SP) * Sensacional, único e sincero. Quando leio os textos de Ricardo Viveiros, seja em seus livros ou este publicado na Folha, tenho a sensação plena de estar conversando pessoalmente com um amigo. Algo fantástico. Só tenho a agradecer e desejar muito sucesso para o autor. VITOR NASSER, empresário (São Paulo, SP) * * Jacob Klintowitz escreve sobre a compaixão que o ser humano deve sentir em relação a outros que perdem os seus filhos. É quase insuportável a dor. Perdi uma filha, com 17 anos, há muito tempo (mais de 30 anos). Até hoje sofro por tudo que ela não viveu: amores, casamento, maternidade. Portanto sinto uma forte empatia com a dor dos Alckmin, a qual entendo perfeitamente. Após o luto, deve vir uma grande alegria com os netos. E o conforto de que, pelo menos esta etapa, ele viveu. Esperança será o novo sentimento. RENE FRANCO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam carta aberta ao casal AlckminO texto Carta aberta ao casal Alckmin constitui-se em um relato sensível, tocante e comovente, ao mesmo tempo em que é uma mensagem de conforto e esperança. Aponta para a força necessária no momento de uma das mais cruéis das dores –a de perder um filho no auge da juventude. VALDIR ROCHA, artista plástico (São Paulo, SP) * Sem desmerecer a intenção de Ricardo Viveiros, sua carta deveria ser dirigida a todos os pais que perdem seus filhos. O autor peca pela omissão. O filho do casal Alckmin morreu fazendo o que gostava, um consolo para a família. Os pais de Eduardo, 10, morto sem saber por que e de tantos outros, vítimas da truculência policial e do tráfico, também deveriam ser destinatários da carta. MARIA INÊS PRADO (São João da Boa Vista, SP) * Sensacional, único e sincero. Quando leio os textos de Ricardo Viveiros, seja em seus livros ou este publicado na Folha, tenho a sensação plena de estar conversando pessoalmente com um amigo. Algo fantástico. Só tenho a agradecer e desejar muito sucesso para o autor. VITOR NASSER, empresário (São Paulo, SP) * * Jacob Klintowitz escreve sobre a compaixão que o ser humano deve sentir em relação a outros que perdem os seus filhos. É quase insuportável a dor. Perdi uma filha, com 17 anos, há muito tempo (mais de 30 anos). Até hoje sofro por tudo que ela não viveu: amores, casamento, maternidade. Portanto sinto uma forte empatia com a dor dos Alckmin, a qual entendo perfeitamente. Após o luto, deve vir uma grande alegria com os netos. E o conforto de que, pelo menos esta etapa, ele viveu. Esperança será o novo sentimento. RENE FRANCO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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'Reality' versus realidade
Contra todos os prognósticos, o "Big Brother Brasil" entrou na reta final da 15ª edição sem dar sinais de que a sua fórmula esteja esgotada. No ar desde 2002, o reality show da Globo segue firme como uma opção de entretenimento rentável para a emissora, com audiência ainda significativa e, não menos importante, sem perder a capacidade de gerar polêmicas que extrapolam o espaço da televisão. É um fenômeno, especialmente por se tratar de uma atração sem atores, sem roteiro, "interpretada" por figuras anônimas, exibida em um dos horários mais nobres da emissora. O formato mexe com o espectador por inúmeros motivos, sendo os mais explícitos o fascínio oferecido pelo "voyeurismo" e o prazer de julgar o comportamento alheio. Para quem demoniza o conceito do reality show, é sempre bom lembrar, como já escrevi antes, que a programação da TV paga, supostamente destinada a um público mais qualificado, está hoje dominada por programas em que o público é convidado a compartilhar da intimidade alheia ou decidir o destino de candidatos a prêmios variados. Para muita gente, porém, o "BBB" permanece como símbolo maior do que, em tese, a televisão tem de pior. E isso se deve muito à visão que o diretor J. B. Oliveira, o Boninho, tem do programa e do entretenimento, de uma maneira geral. Assim que a cirurgiã-dentista Tamires, de 24 anos, pediu para abandonar o reality, no último domingo (8), Boninho se dirigiu aos participantes que restaram e falou: "Quem sai é desistente, é perdedor. Quem é eliminado, lutou até o final com louvor, lutou com a sua alma. Quem perde é quem desiste, quem é fraco." De forma provavelmente intencional, o áudio do diretor foi captado por quem acompanhava o programa no canal pago e na internet. "Eu acho que vocês devem acabar de enterrar esse eliminado, essa pessoa que se autoeliminou, que se suicidou ou que foi embora para o espaço." Os problemas reais que Tamires enfrentou durante o confinamento, como bullying, machismo e assédio moral, foram encarados como "fraquezas" pelo diretor. Não é difícil enxergar cinismo nesta postura, mas o fato é que, por suas atitudes, Boninho dá a entender que a realidade é apenas um combustível para gerar conteúdo "divertido" na casa. Diferentes ex-participantes já relataram os danos causados pela exposição da intimidade no "BBB" –desde distúrbios físicos e mentais até prejuízos profissionais graves. Cabe a pergunta: o candidato não sabia onde estava se metendo? O prêmio em dinheiro (R$ 1,5 mi) e, tão ou mais importante, a oportunidade de ficar famoso ainda falam mais alto. Por seu impacto nos mais variados cantos do mundo, o conceito de reality show pode ser considerado a inovação mais significativa no conteúdo da televisão ocorrida nos últimos 15 anos. Veja o caso de "Dropped". O programa francês ia mostrar a experiência de ex-atletas, bem-sucedidos em suas especialidades, ao serem "abandonados" no meio da natureza, na Argentina. A promessa de "realidade" do programa, porém, foi obscurecida pelo choque –real– de dois helicópteros, que causou a morte de dez pessoas. Acho improvável que mesmo uma tragédia deste tamanho diminua o ímpeto por programas deste gênero.
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'Reality' versus realidadeContra todos os prognósticos, o "Big Brother Brasil" entrou na reta final da 15ª edição sem dar sinais de que a sua fórmula esteja esgotada. No ar desde 2002, o reality show da Globo segue firme como uma opção de entretenimento rentável para a emissora, com audiência ainda significativa e, não menos importante, sem perder a capacidade de gerar polêmicas que extrapolam o espaço da televisão. É um fenômeno, especialmente por se tratar de uma atração sem atores, sem roteiro, "interpretada" por figuras anônimas, exibida em um dos horários mais nobres da emissora. O formato mexe com o espectador por inúmeros motivos, sendo os mais explícitos o fascínio oferecido pelo "voyeurismo" e o prazer de julgar o comportamento alheio. Para quem demoniza o conceito do reality show, é sempre bom lembrar, como já escrevi antes, que a programação da TV paga, supostamente destinada a um público mais qualificado, está hoje dominada por programas em que o público é convidado a compartilhar da intimidade alheia ou decidir o destino de candidatos a prêmios variados. Para muita gente, porém, o "BBB" permanece como símbolo maior do que, em tese, a televisão tem de pior. E isso se deve muito à visão que o diretor J. B. Oliveira, o Boninho, tem do programa e do entretenimento, de uma maneira geral. Assim que a cirurgiã-dentista Tamires, de 24 anos, pediu para abandonar o reality, no último domingo (8), Boninho se dirigiu aos participantes que restaram e falou: "Quem sai é desistente, é perdedor. Quem é eliminado, lutou até o final com louvor, lutou com a sua alma. Quem perde é quem desiste, quem é fraco." De forma provavelmente intencional, o áudio do diretor foi captado por quem acompanhava o programa no canal pago e na internet. "Eu acho que vocês devem acabar de enterrar esse eliminado, essa pessoa que se autoeliminou, que se suicidou ou que foi embora para o espaço." Os problemas reais que Tamires enfrentou durante o confinamento, como bullying, machismo e assédio moral, foram encarados como "fraquezas" pelo diretor. Não é difícil enxergar cinismo nesta postura, mas o fato é que, por suas atitudes, Boninho dá a entender que a realidade é apenas um combustível para gerar conteúdo "divertido" na casa. Diferentes ex-participantes já relataram os danos causados pela exposição da intimidade no "BBB" –desde distúrbios físicos e mentais até prejuízos profissionais graves. Cabe a pergunta: o candidato não sabia onde estava se metendo? O prêmio em dinheiro (R$ 1,5 mi) e, tão ou mais importante, a oportunidade de ficar famoso ainda falam mais alto. Por seu impacto nos mais variados cantos do mundo, o conceito de reality show pode ser considerado a inovação mais significativa no conteúdo da televisão ocorrida nos últimos 15 anos. Veja o caso de "Dropped". O programa francês ia mostrar a experiência de ex-atletas, bem-sucedidos em suas especialidades, ao serem "abandonados" no meio da natureza, na Argentina. A promessa de "realidade" do programa, porém, foi obscurecida pelo choque –real– de dois helicópteros, que causou a morte de dez pessoas. Acho improvável que mesmo uma tragédia deste tamanho diminua o ímpeto por programas deste gênero.
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Em documento interno, Planalto diz que comunicação é 'errada e errática'
Em um momento em que enfrenta uma crise política e protestos de ruas, documento reservado do governo Dilma Rousseff admite que sua comunicação foi "errada e errática", mas avalia que "a crise é maior do que isso". O documento, de autoria da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, diz que os "eleitores de Dilma e Lula estão acomodados brigando com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela, distribui mensagens pelo Whatsapp e veste camisa verde-amarela". O arquivo foi divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e depois obtido pela Folha. Em seguida, afirma que "dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas". Segundo a Folha apurou, o texto é de responsabilidade do ministro Thomas Traumann e chegou à imprensa num momento em que setores do PT fazem uma nova ofensiva para controlar diretamente a comunicação oficial do Palácio do Planalto, principalmente a distribuição de verbas públicas para bancar a publicidade oficial. Nos últimos dias, setores do PT têm criticado a comunicação do governo e defendido mudanças no setor. Uma proposta do partido é transferir para o Ministério das Comunicações, comandado pelo partido, o controle da publicidade do governo. O documento, que faz parte do trabalho de análise de conjuntura feito semanalmente pela Secom para a presidente da República, é dividido em três tópicos: onde estamos, como chegamos até aqui e como virar o jogo? Depois das críticas à comunicação do governo e à atuação do PT em defesa do governo, o documento anota em seu terceiro capítulo que "não será fácil virar o jogo", mas aponta que "a entrevista presidencial deste dia 16 foi um excelente início", avaliando que Dilma Rousseff falou "com firmeza sobre sue compromisso com a democracia", explicou de "forma fácil a necessidade do ajuste fiscal" e assumiu "falhas como a da condução do Fies". Segundo o texto, a "presidente deu um rumo novo na comunicação do governo", mas "não pode parar". Acesse a íntegra do documento
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Em documento interno, Planalto diz que comunicação é 'errada e errática'Em um momento em que enfrenta uma crise política e protestos de ruas, documento reservado do governo Dilma Rousseff admite que sua comunicação foi "errada e errática", mas avalia que "a crise é maior do que isso". O documento, de autoria da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, diz que os "eleitores de Dilma e Lula estão acomodados brigando com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela, distribui mensagens pelo Whatsapp e veste camisa verde-amarela". O arquivo foi divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e depois obtido pela Folha. Em seguida, afirma que "dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas". Segundo a Folha apurou, o texto é de responsabilidade do ministro Thomas Traumann e chegou à imprensa num momento em que setores do PT fazem uma nova ofensiva para controlar diretamente a comunicação oficial do Palácio do Planalto, principalmente a distribuição de verbas públicas para bancar a publicidade oficial. Nos últimos dias, setores do PT têm criticado a comunicação do governo e defendido mudanças no setor. Uma proposta do partido é transferir para o Ministério das Comunicações, comandado pelo partido, o controle da publicidade do governo. O documento, que faz parte do trabalho de análise de conjuntura feito semanalmente pela Secom para a presidente da República, é dividido em três tópicos: onde estamos, como chegamos até aqui e como virar o jogo? Depois das críticas à comunicação do governo e à atuação do PT em defesa do governo, o documento anota em seu terceiro capítulo que "não será fácil virar o jogo", mas aponta que "a entrevista presidencial deste dia 16 foi um excelente início", avaliando que Dilma Rousseff falou "com firmeza sobre sue compromisso com a democracia", explicou de "forma fácil a necessidade do ajuste fiscal" e assumiu "falhas como a da condução do Fies". Segundo o texto, a "presidente deu um rumo novo na comunicação do governo", mas "não pode parar". Acesse a íntegra do documento
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Fãs de Justin Bieber já acampam no sambódromo a cinco meses do show
O show da turnê Purpose World do cantor canadense Justin Bieber só irá ocorrer no dia 29 de março de 2017, mas isso não impediu que os "beliebers" –como são conhecidas os fãs do cantor– montassem acampamento na entrada do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, local onde será a apresentação. Para o estudante Igor Artioli, 20, que foi o primeiro a chegar, todo sacrifício vale a pena para ficar próximo do ídolo. "Nós soubemos que um grupo grande estaria vindo pra cá, então decidimos correr logo e garantir os primeiros lugares. Queremos ficar o mais perto possível do palco". Como o show só irá ocorrer em 2017, ele diz acreditar que os fãs acamparão até mesmo durante o Natal e Ano Novo. "Não iremos sair daqui. Já estamos nos organizando até para a ceia. Vamos trazer tudo e comer aqui na calçada mesmo. Pode parecer difícil, mas quando o show começar sei que terá sido bom", disse o fã. O grupo diz já reunir 160 pessoas –quando a reportagem esteve no local, às 16h desta quinta (3), havia 15 fãs. Eles se dividem para levar água e comida. Para ir ao banheiro e tomar banho os acampantes contam com o apoio de vizinhos e comerciantes nas proximidades. Alguns chegam a cobrar R$ 5 pela utilização do espaço. Para guardar o lugar na fila de seu grupo, Camila Rangel, 19, chegou por volta de 5h da manhã e só saiu por volta das 17h. Segundo ela, o período maior de plantão é para ajudar as amigas que tinham prova. "Tem algumas pessoas que estão estudando para o Enem ou têm provas na faculdade. Essas temos liberado de estar aqui. Com isso, fazemos uma forcinha e ficamos mais tempo para ajudá-las", disse ela. Alguns se conhecem de outros shows, como Fernanda Gotinho, 20, e Ana Guimarães, 22. "Eu passei mal e tinha uma menina do meu lado, ela me ajudou e acabamos virando amigas", contou Ana. Com medo de assaltos e outros problemas, os "beliebers" já pediram ajuda para polícia. Segundo eles, foi solicitado um carro policial próximo ao acampamento.
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Fãs de Justin Bieber já acampam no sambódromo a cinco meses do showO show da turnê Purpose World do cantor canadense Justin Bieber só irá ocorrer no dia 29 de março de 2017, mas isso não impediu que os "beliebers" –como são conhecidas os fãs do cantor– montassem acampamento na entrada do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, local onde será a apresentação. Para o estudante Igor Artioli, 20, que foi o primeiro a chegar, todo sacrifício vale a pena para ficar próximo do ídolo. "Nós soubemos que um grupo grande estaria vindo pra cá, então decidimos correr logo e garantir os primeiros lugares. Queremos ficar o mais perto possível do palco". Como o show só irá ocorrer em 2017, ele diz acreditar que os fãs acamparão até mesmo durante o Natal e Ano Novo. "Não iremos sair daqui. Já estamos nos organizando até para a ceia. Vamos trazer tudo e comer aqui na calçada mesmo. Pode parecer difícil, mas quando o show começar sei que terá sido bom", disse o fã. O grupo diz já reunir 160 pessoas –quando a reportagem esteve no local, às 16h desta quinta (3), havia 15 fãs. Eles se dividem para levar água e comida. Para ir ao banheiro e tomar banho os acampantes contam com o apoio de vizinhos e comerciantes nas proximidades. Alguns chegam a cobrar R$ 5 pela utilização do espaço. Para guardar o lugar na fila de seu grupo, Camila Rangel, 19, chegou por volta de 5h da manhã e só saiu por volta das 17h. Segundo ela, o período maior de plantão é para ajudar as amigas que tinham prova. "Tem algumas pessoas que estão estudando para o Enem ou têm provas na faculdade. Essas temos liberado de estar aqui. Com isso, fazemos uma forcinha e ficamos mais tempo para ajudá-las", disse ela. Alguns se conhecem de outros shows, como Fernanda Gotinho, 20, e Ana Guimarães, 22. "Eu passei mal e tinha uma menina do meu lado, ela me ajudou e acabamos virando amigas", contou Ana. Com medo de assaltos e outros problemas, os "beliebers" já pediram ajuda para polícia. Segundo eles, foi solicitado um carro policial próximo ao acampamento.
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Drone flagra homem durante escalada a 300 metros de altura
O mochilerio polonês Marcin Zabinski, 32, tomou um susto durante sua visita ao Gorges du Verdon, famoso canyon na região de Provence, na França, e colocar seu drone para voar. Viu um homem dependurado em um penhasco de 300 metros de altura sem nenhuma proteção.Ele e um amigo, incrédulos com a cena, logo perceberam que era o alpinista Alain Robert, conhecido como o "Homem-Aranha francês". "Depois de alguns momentos, quando eu percebi que ele estava subindo, sem qualquer equipamento de segurança, fiquei fascinado em vez de chocado", disse Zabinski.Alain, contou ele, então se ofereceu para descer alguns metros para que Zabinski pudesse captar algumas imagens dos últimos 50 metros da subida.Neste ano, Alain escalou o arranha-céu Cayan Tower, em Dubai, sem qualquer equipamento de segurança. O prédio tem 310 m de altura.Em 2011, ele foi até o topo do então edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, também em Dubai, que tem mais de 800 metros.No Brasil, o alpinista já tentou escalar o Edifício Itália, em São Paulo, mas acabou detido.
tv
Drone flagra homem durante escalada a 300 metros de alturaO mochilerio polonês Marcin Zabinski, 32, tomou um susto durante sua visita ao Gorges du Verdon, famoso canyon na região de Provence, na França, e colocar seu drone para voar. Viu um homem dependurado em um penhasco de 300 metros de altura sem nenhuma proteção.Ele e um amigo, incrédulos com a cena, logo perceberam que era o alpinista Alain Robert, conhecido como o "Homem-Aranha francês". "Depois de alguns momentos, quando eu percebi que ele estava subindo, sem qualquer equipamento de segurança, fiquei fascinado em vez de chocado", disse Zabinski.Alain, contou ele, então se ofereceu para descer alguns metros para que Zabinski pudesse captar algumas imagens dos últimos 50 metros da subida.Neste ano, Alain escalou o arranha-céu Cayan Tower, em Dubai, sem qualquer equipamento de segurança. O prédio tem 310 m de altura.Em 2011, ele foi até o topo do então edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, também em Dubai, que tem mais de 800 metros.No Brasil, o alpinista já tentou escalar o Edifício Itália, em São Paulo, mas acabou detido.
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Prepare-se: quinta com nevoeiro, Odair José e duas reestreias no teatro
DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA Carlos: "Chá chá chá e bolero é vida" Adelina: "a gente ama dançar" Carlos: "só não danço forró, forró tá totalmente fora de moda" Adelina: "acredita que não somos casados? Ele não quer me namorar" Carlos: "não é que eu não quero, já te disse que você está na fila. Anota ai também que sou Flamengo, por favor" Adelina: "o importante é aprender a viver do nosso jeito, né?" Adelina Paes, 75, aposentada, e Carlos Zannoni, 75, aposentado, Artur Alvin, zona leste * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
saopaulo
Prepare-se: quinta com nevoeiro, Odair José e duas reestreias no teatroDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA Carlos: "Chá chá chá e bolero é vida" Adelina: "a gente ama dançar" Carlos: "só não danço forró, forró tá totalmente fora de moda" Adelina: "acredita que não somos casados? Ele não quer me namorar" Carlos: "não é que eu não quero, já te disse que você está na fila. Anota ai também que sou Flamengo, por favor" Adelina: "o importante é aprender a viver do nosso jeito, né?" Adelina Paes, 75, aposentada, e Carlos Zannoni, 75, aposentado, Artur Alvin, zona leste * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Ônibus e caminhão são incendiados na zona sul de São Paulo
Um ônibus e um caminhão foram incendiados na tarde deste sábado (21), próximo ao shopping Interlagos, zona sul de São Paulo. Segundo a PM, o coletivo foi parado por cerca de cinco pessoas, na avenida Interlagos, às 14h. Posteriormente, o grupo fugiu a pé em direção à favela Morro da Macumba e incendiou um caminhão. Bombeiros, CET e policiais seguiram para a região. Nenhuma das cinco pessoas foi presa. A avenida Interlagos foi interditada no sentido centro, causando trânsito no local. A faixa de ônibus segue bloqueada, de acordo com a CET. No dia 03 de fevereiro, dois ônibus foram alvos de ataque na região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Não houve feridos.
cotidiano
Ônibus e caminhão são incendiados na zona sul de São PauloUm ônibus e um caminhão foram incendiados na tarde deste sábado (21), próximo ao shopping Interlagos, zona sul de São Paulo. Segundo a PM, o coletivo foi parado por cerca de cinco pessoas, na avenida Interlagos, às 14h. Posteriormente, o grupo fugiu a pé em direção à favela Morro da Macumba e incendiou um caminhão. Bombeiros, CET e policiais seguiram para a região. Nenhuma das cinco pessoas foi presa. A avenida Interlagos foi interditada no sentido centro, causando trânsito no local. A faixa de ônibus segue bloqueada, de acordo com a CET. No dia 03 de fevereiro, dois ônibus foram alvos de ataque na região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Não houve feridos.
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Série derivada de 'Big Bang Theory' mostrará adolescência de Sheldon
Uma série derivada de "The Big Bang Theory" está sendo produzida pela emissora norte-americana CBS e mostrará a adolescência no Texas de Sheldon Cooper, o personagem mais emblemático da famosa comédia, interpretado por Jim Parsons. De acordo com a Vulture, o ator estaria atrelado como produtor executivo ao lado dos co-criadores da série original Chuck Lorre, Bill Prady e Steve Molaro. Até o momento, nenhum ator do elenco da série conhecida, atualmente em sua décima temporada, tem participação confirmada no spin-off. A produção original permanece como a comédia mais assistida nos EUA, com uma média de 15 milhões de telespectadores por episódio, e ainda pode ser renovada por mais algumas temporadas antes de virar uma franquia. O trio de protagonistas Jim Parsons, Kaley Cuoco e Johnny Galecki faturaUS$ 1 milhão por episódio cada, sendo os atores mais bem-pagos da TV americana segundo levantamento da revista "Variety".
ilustrada
Série derivada de 'Big Bang Theory' mostrará adolescência de SheldonUma série derivada de "The Big Bang Theory" está sendo produzida pela emissora norte-americana CBS e mostrará a adolescência no Texas de Sheldon Cooper, o personagem mais emblemático da famosa comédia, interpretado por Jim Parsons. De acordo com a Vulture, o ator estaria atrelado como produtor executivo ao lado dos co-criadores da série original Chuck Lorre, Bill Prady e Steve Molaro. Até o momento, nenhum ator do elenco da série conhecida, atualmente em sua décima temporada, tem participação confirmada no spin-off. A produção original permanece como a comédia mais assistida nos EUA, com uma média de 15 milhões de telespectadores por episódio, e ainda pode ser renovada por mais algumas temporadas antes de virar uma franquia. O trio de protagonistas Jim Parsons, Kaley Cuoco e Johnny Galecki faturaUS$ 1 milhão por episódio cada, sendo os atores mais bem-pagos da TV americana segundo levantamento da revista "Variety".
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'Não há lugar mais seguro para estar do que o Brasil', diz Ricardo Teixeira
Suspeito de ter recebido propina para ajudar a eleger o Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, Ricardo Teixeira, 70, chamou de "não conclusivo" o "Relatório Garcia", divulgado nesta terça-feira (27) pela Fifa. Apesar de ter declarado que não leu o documento, o ex-presidente da CBF disse que o relatório de mais de 300 páginas "só levanta suspeitas". O cartola brasileiro já é réu nos EUA e investigado na Espanha. Em entrevista à Folha, ele descartou a possibilidade de seguir outros cartolas e fazer uma delação premiada nos Estados Unidos. "Não existe esse acordo. É ridículo dizerem que telefonei para o Sandro [Rosell, ex-presidente do Barcelona, preso na Espanha acusado de dividir propina com o brasileiro] combinando um lugar para morar. Quero ver a gravação", afirmou, por telefone. Teixeira é acusado pelo FBI e pela Justiça da Espanha de receber propina na venda dos direitos da seleção e de torneios no Brasil e no continente. O cartola vive atualmente no Rio e disse que não pretende deixar o Brasil. "Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não", acrescentou. * Folha - O senhor foi apontado no relatório divulgado nesta terça pela Fifa como beneficiário de uma série de favores e é suspeito de corrupção na escolha da Copa do Qatar? O senhor recebeu dinheiro mesmo... Ricardo Teixeira - Repito o que disse há três anos. O voto no Qatar foi um acerto dos sul-americanos para apoiar a candidatura conjunta da Espanha e Portugal [ao Mundial de 2018]. No acordo, o Qatar daria os votos dos eleitores deles para a Espanha, que acabou ficando em segundo. Em troca, daríamos os nossos para o Qatar. Não teve dinheiro e nem confusão com a CBF. A única pessoa envolvida nessa eleição fui eu [Teixeira era um dos 23 integrantes do Comitê Executivo da Fifa, que escolheu os países-sedes ao Mundiais de 2018 e 2022]. O preço do jogo que fizemos no Qatar com a Argentina foi literalmente o mesmo do contrato dos outros jogos. O contrato era de US$ 1,15 milhão. Mas recebi apenas US$ 800 mil porque a empresa dona dos direitos da seleção tinha me antecipado US$ 8,5 milhões na assinatura do contrato. Como estava ruim de grana, sempre estamos ruim de grana [risos], a empresa me antecipou esse valor em 2006 e diminuiu esse valor da cota individual dos jogos. Tenho o depósito e toda a documentação disso. O senhor é acusado de receber dinheiro de uma empresa do Sandro Rosell com sede em Nova Jersey... Não, sempre assinamos com a empresa da Suíça. O Sandro [Rosell] nunca teve um contrato assinado com a CBF. Zero. Não existe contrato da CBF com o Sandro. Voltando ao Qatar, fizemos o acordo e quase a Espanha ganhou. Essa foi a história do Qatar. Alguma vez, algum país me deixou de fora de uma suíte principal? O relatório diz que a candidatura que pagou a hospedagem do senhor. Foi isso? Esse negócio é tão ridículo. Me recuso a responder. Deixa eu fazer uma pergunta simples. Quando, por exemplo, a Inglaterra vem jogar aqui, quem vai pagar a hospedagem no Copacabana Palace do presidente da federação? A CBF vai pagar. Mas lá foi o comitê de candidatura de Qatar. A Fifa não permite isso. Esse procedimento viola o Código de Ética. Qual é a diferença que faz federação do Qatar do governo? Lá tem um dono só. Estou mentindo? Quem pagou? Sei lá quem pagou. Com toda a honestidade, você quer ser mais realista que o rei? Alguma vez viajando com a seleção eu me preocupei para saber quem pagava a conta da minha hospedagem? O senhor leu o relatório, que o acusa dessas irregularidades. Não li. Não vou ler um relatório que não é conclusivo. Tudo é "se", "teria". Ele falou que levei dinheiro aqui ou ali? É só teria. Ele disse que recebi? Deixa eu dizer uma coisa para você entender: não recebi presente, não recebi presente e não recebi presente! A Justiça Espanhola afirma que o senhor dividiu com o Sandro Rosell € 15 milhões [parte do valor da venda de direitos de amistosos da seleção]... Nunca recebi dinheiro da empresa do Sandro [mas familiares do cartola receberam mais de R$ 10 mi de empresas de Rosell].. Mas quero falar do relatório não conclusivo do Garcia. O relatório não é conclusivo. O senhor continua trabalhando no futebol ou se aposentou? Estou cansado de futebol. Tenho que cuidar da minha saúde. Sou um cara pela metade. Não tenho rim, pedi emprestando ao meu irmão. Não posso brincar. Já tenho 70 anos de idade. O senhor negocia uma delação com a Justiça dos EUA? Não existe esse acordo. É ridículo dizerem que telefonei para o Sandro [Rosell] combinando um lugar para morar [investigação na Espanha informou que o brasileiro consultou o ex-presidente do Barcelona sobre uma opção de "lugar seguro" para fugir caso autoridades fechassem cerco contra ele]. Quero ver a gravação dessa conversa. Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não. O senhor tem relação com o Marco Polo Del Nero? Falo. Mas desde que saí da CBF nunca fui lá. Acho que já passei tempo suficiente lá. O senhor acha que ele faz um bom trabalho? Abraço [desliga o telefone].
esporte
'Não há lugar mais seguro para estar do que o Brasil', diz Ricardo TeixeiraSuspeito de ter recebido propina para ajudar a eleger o Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, Ricardo Teixeira, 70, chamou de "não conclusivo" o "Relatório Garcia", divulgado nesta terça-feira (27) pela Fifa. Apesar de ter declarado que não leu o documento, o ex-presidente da CBF disse que o relatório de mais de 300 páginas "só levanta suspeitas". O cartola brasileiro já é réu nos EUA e investigado na Espanha. Em entrevista à Folha, ele descartou a possibilidade de seguir outros cartolas e fazer uma delação premiada nos Estados Unidos. "Não existe esse acordo. É ridículo dizerem que telefonei para o Sandro [Rosell, ex-presidente do Barcelona, preso na Espanha acusado de dividir propina com o brasileiro] combinando um lugar para morar. Quero ver a gravação", afirmou, por telefone. Teixeira é acusado pelo FBI e pela Justiça da Espanha de receber propina na venda dos direitos da seleção e de torneios no Brasil e no continente. O cartola vive atualmente no Rio e disse que não pretende deixar o Brasil. "Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não", acrescentou. * Folha - O senhor foi apontado no relatório divulgado nesta terça pela Fifa como beneficiário de uma série de favores e é suspeito de corrupção na escolha da Copa do Qatar? O senhor recebeu dinheiro mesmo... Ricardo Teixeira - Repito o que disse há três anos. O voto no Qatar foi um acerto dos sul-americanos para apoiar a candidatura conjunta da Espanha e Portugal [ao Mundial de 2018]. No acordo, o Qatar daria os votos dos eleitores deles para a Espanha, que acabou ficando em segundo. Em troca, daríamos os nossos para o Qatar. Não teve dinheiro e nem confusão com a CBF. A única pessoa envolvida nessa eleição fui eu [Teixeira era um dos 23 integrantes do Comitê Executivo da Fifa, que escolheu os países-sedes ao Mundiais de 2018 e 2022]. O preço do jogo que fizemos no Qatar com a Argentina foi literalmente o mesmo do contrato dos outros jogos. O contrato era de US$ 1,15 milhão. Mas recebi apenas US$ 800 mil porque a empresa dona dos direitos da seleção tinha me antecipado US$ 8,5 milhões na assinatura do contrato. Como estava ruim de grana, sempre estamos ruim de grana [risos], a empresa me antecipou esse valor em 2006 e diminuiu esse valor da cota individual dos jogos. Tenho o depósito e toda a documentação disso. O senhor é acusado de receber dinheiro de uma empresa do Sandro Rosell com sede em Nova Jersey... Não, sempre assinamos com a empresa da Suíça. O Sandro [Rosell] nunca teve um contrato assinado com a CBF. Zero. Não existe contrato da CBF com o Sandro. Voltando ao Qatar, fizemos o acordo e quase a Espanha ganhou. Essa foi a história do Qatar. Alguma vez, algum país me deixou de fora de uma suíte principal? O relatório diz que a candidatura que pagou a hospedagem do senhor. Foi isso? Esse negócio é tão ridículo. Me recuso a responder. Deixa eu fazer uma pergunta simples. Quando, por exemplo, a Inglaterra vem jogar aqui, quem vai pagar a hospedagem no Copacabana Palace do presidente da federação? A CBF vai pagar. Mas lá foi o comitê de candidatura de Qatar. A Fifa não permite isso. Esse procedimento viola o Código de Ética. Qual é a diferença que faz federação do Qatar do governo? Lá tem um dono só. Estou mentindo? Quem pagou? Sei lá quem pagou. Com toda a honestidade, você quer ser mais realista que o rei? Alguma vez viajando com a seleção eu me preocupei para saber quem pagava a conta da minha hospedagem? O senhor leu o relatório, que o acusa dessas irregularidades. Não li. Não vou ler um relatório que não é conclusivo. Tudo é "se", "teria". Ele falou que levei dinheiro aqui ou ali? É só teria. Ele disse que recebi? Deixa eu dizer uma coisa para você entender: não recebi presente, não recebi presente e não recebi presente! A Justiça Espanhola afirma que o senhor dividiu com o Sandro Rosell € 15 milhões [parte do valor da venda de direitos de amistosos da seleção]... Nunca recebi dinheiro da empresa do Sandro [mas familiares do cartola receberam mais de R$ 10 mi de empresas de Rosell].. Mas quero falar do relatório não conclusivo do Garcia. O relatório não é conclusivo. O senhor continua trabalhando no futebol ou se aposentou? Estou cansado de futebol. Tenho que cuidar da minha saúde. Sou um cara pela metade. Não tenho rim, pedi emprestando ao meu irmão. Não posso brincar. Já tenho 70 anos de idade. O senhor negocia uma delação com a Justiça dos EUA? Não existe esse acordo. É ridículo dizerem que telefonei para o Sandro [Rosell] combinando um lugar para morar [investigação na Espanha informou que o brasileiro consultou o ex-presidente do Barcelona sobre uma opção de "lugar seguro" para fugir caso autoridades fechassem cerco contra ele]. Quero ver a gravação dessa conversa. Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não. O senhor tem relação com o Marco Polo Del Nero? Falo. Mas desde que saí da CBF nunca fui lá. Acho que já passei tempo suficiente lá. O senhor acha que ele faz um bom trabalho? Abraço [desliga o telefone].
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Padoca do Maní e Julice Boulangère engrossam time de boas padarias na cidade
DE SÃO PAULO Parte do cotidiano da cidade, as padarias são uma instituição paulistana. De um simples pingado com pão na chapa a doces portugueses e baguetes orgânicas, as fornadas agradam a todo tipo de cliente. Veja uma seleção. Boulangerie Santo Pão Apesar da pinta de padaria gourmet –e do caprichado cardápio com opções para almoço e jantar-, não faz feio quando a pedida é o clássico pão francês na chapa com pingado. Mais vigorosa, a opção com dois ovos fritos, bacon artesanal em tiras e torradas de baguete também vai bem. R. Pe. João Manuel, 968, Cerqueira César, região oeste, tel. 2309-5594. * Julice Boulangère A cozinha da padeira Julice Vaz expede uma infinidade de pães, como os saborosos figo seco com erva doce e gorgonzola com nozes. No cardápio, a seção Petit Dèj sugere combos de café da manhã, como o Rapide, com croissant na chapa com geleia artesanal e uma bebida quente à escolha. R. Dep. Lacerda Franco, 536, Pinheiros, região oeste, tel. 3097-9162. * Le Pain Quotidien Além dos famosos pães de fermentação natural –que podem ser levados para casa inteiros ou em quartos-, a rede de padarias belga trabalha com cardápio robusto, com opções para o dia todo. A cesta de café da manhã inclui pães, croissant, pain au chocolat, suco de laranja e uma bebida quente. R. Wizard, 138, Vila Madalena, região oeste, tel. 3031-6977. * Miolo Padaria Artesanal Aos pés da serra da Cantareira, numa casinha rústica, o padeiro Marcos Carnero oferece pães de fermentação natural, feitos com farinha orgânica. Sente-se no quintal e aprecie uma das opções para o café da manhã –destaque para a focaccia com ovos caipiras mexidos. Pingado ou café coado acompanham. Av. Sen. José Ermírio de Moraes, 1.400, Tremembé, região norte, tel. 2203-2478. * Padaria da Esquina É uma autêntica padaria portuguesa, com pães de fermentação longa feitos como na terrinha. Quem procura mais do que um pão na chapa pode apostar em sugestões como o Évora, com pães do dia, folhado do Porto, ovo mexido, presunto royale, mortadela com pistache, queijo meia cura, manteiga, fruta do dia, mel, compota e pastel de nata. Al. Campinas, 1.630, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2387-0149. * Padoca do Maní Numa casinha de decoração rústica, oferece pães de fermentação natural preparados pela padeira Papoula Ribeiro. Quem consegue uma mesa na varanda pode desfrutar do "café padoca", com suco de laranja, expresso ou pingado, ovos mexidos com queijo, salada de frutas com iogurte e granola, cesta de pães, geleia, manteiga e requeijão. R. Joaquim Antunes, 138, Pinheiros, região oeste, tel. 2579-2410. * PÃO O cardápio da Padaria Artesanal Orgânica sugere a tartine grelhada com geleia e manteiga entre as opções de café da manhã (servidas ao longo do dia). Se a fome for maior, peça o sanduíche de mozarela de búfala, tomate assado e manjericão e suco de uva branca para acompanhar. R. Mourato Coelho, 1.039, Pinheiros, região oeste, tel. 3791-5532. * ABERTAS ATÉ ALTAS HORAS: A Lareira Av. Sumaré, 488, Perdizes, tel. 2892-0073. Bella Paulista R. Haddock Lobo, 354, Cerqueira César, tel. 3214-3347. Dona Deôla Av. Pompéia, 1.937, Vila Pompéia, tel. 3672-6600.
especial
Padoca do Maní e Julice Boulangère engrossam time de boas padarias na cidadeDE SÃO PAULO Parte do cotidiano da cidade, as padarias são uma instituição paulistana. De um simples pingado com pão na chapa a doces portugueses e baguetes orgânicas, as fornadas agradam a todo tipo de cliente. Veja uma seleção. Boulangerie Santo Pão Apesar da pinta de padaria gourmet –e do caprichado cardápio com opções para almoço e jantar-, não faz feio quando a pedida é o clássico pão francês na chapa com pingado. Mais vigorosa, a opção com dois ovos fritos, bacon artesanal em tiras e torradas de baguete também vai bem. R. Pe. João Manuel, 968, Cerqueira César, região oeste, tel. 2309-5594. * Julice Boulangère A cozinha da padeira Julice Vaz expede uma infinidade de pães, como os saborosos figo seco com erva doce e gorgonzola com nozes. No cardápio, a seção Petit Dèj sugere combos de café da manhã, como o Rapide, com croissant na chapa com geleia artesanal e uma bebida quente à escolha. R. Dep. Lacerda Franco, 536, Pinheiros, região oeste, tel. 3097-9162. * Le Pain Quotidien Além dos famosos pães de fermentação natural –que podem ser levados para casa inteiros ou em quartos-, a rede de padarias belga trabalha com cardápio robusto, com opções para o dia todo. A cesta de café da manhã inclui pães, croissant, pain au chocolat, suco de laranja e uma bebida quente. R. Wizard, 138, Vila Madalena, região oeste, tel. 3031-6977. * Miolo Padaria Artesanal Aos pés da serra da Cantareira, numa casinha rústica, o padeiro Marcos Carnero oferece pães de fermentação natural, feitos com farinha orgânica. Sente-se no quintal e aprecie uma das opções para o café da manhã –destaque para a focaccia com ovos caipiras mexidos. Pingado ou café coado acompanham. Av. Sen. José Ermírio de Moraes, 1.400, Tremembé, região norte, tel. 2203-2478. * Padaria da Esquina É uma autêntica padaria portuguesa, com pães de fermentação longa feitos como na terrinha. Quem procura mais do que um pão na chapa pode apostar em sugestões como o Évora, com pães do dia, folhado do Porto, ovo mexido, presunto royale, mortadela com pistache, queijo meia cura, manteiga, fruta do dia, mel, compota e pastel de nata. Al. Campinas, 1.630, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2387-0149. * Padoca do Maní Numa casinha de decoração rústica, oferece pães de fermentação natural preparados pela padeira Papoula Ribeiro. Quem consegue uma mesa na varanda pode desfrutar do "café padoca", com suco de laranja, expresso ou pingado, ovos mexidos com queijo, salada de frutas com iogurte e granola, cesta de pães, geleia, manteiga e requeijão. R. Joaquim Antunes, 138, Pinheiros, região oeste, tel. 2579-2410. * PÃO O cardápio da Padaria Artesanal Orgânica sugere a tartine grelhada com geleia e manteiga entre as opções de café da manhã (servidas ao longo do dia). Se a fome for maior, peça o sanduíche de mozarela de búfala, tomate assado e manjericão e suco de uva branca para acompanhar. R. Mourato Coelho, 1.039, Pinheiros, região oeste, tel. 3791-5532. * ABERTAS ATÉ ALTAS HORAS: A Lareira Av. Sumaré, 488, Perdizes, tel. 2892-0073. Bella Paulista R. Haddock Lobo, 354, Cerqueira César, tel. 3214-3347. Dona Deôla Av. Pompéia, 1.937, Vila Pompéia, tel. 3672-6600.
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Bolshoi demite diretor artístico que foi atacado com ácido em 2013
O teatro russo Bolshoi anunciou nesta quinta-feira (30) a demissão de seu diretor artístico, Sergei Filin, que foi atacado com ácido em 2013. É o último capítulo de um escândalo que chocou o mundo da dança na Rússia. "A decisão está relacionada com questões internas do teatro", disse Urin à agência de notícias russa "Tass". Filin, 44, continuará, no entanto, até o final da temporada como "responsável dos programas em curso e da gestão diária da companhia de dançarinos do teatro", segundo o comunicado oficial. O Bolshoi propôs a Filin prosseguir a sua colaboração "de outra forma", sem dar mais detalhes. Filin, que declarou à "Tass" "não ter queixas" contra o teatro, quase perdeu a visão depois de ser atacado com ácido em janeiro de 2013 pelo bailarino Pavel Dmitrichenko, condenado a seis anos de prisão, e outros dois cúmplices. Na época, após o ataque, Filin declarou à CNN que "não há sentença que possa recuperar minha visão" e que não poderia perdoar seus agressores. O caso trouxe à luz a grande rivalidade e intimidação nos bastidores deste grande teatro russo. O mundo da arte condenou o ataque. O ataque também levou à demissão do então diretor do Bolshoi, Anatoly Iksanov, e do bailarino Nikolai Tsiskaridze, acusado quase diretamente de ser o instigador do ataque. O bailarino questionou as lesões sofridas por Filin e considerou pouco depois, em um jornal de Moscou, que o diretor artístico colocou "uns contra os outros com histórias de dinheiro e amor". Tsiskaridze foi nomeado no final de 2014 diretor da prestigiada Academia Vaganova de São Petersburgo, uma decisão contestada por uma centena de professores da instituição que solicitaram sua remoção.
ilustrada
Bolshoi demite diretor artístico que foi atacado com ácido em 2013O teatro russo Bolshoi anunciou nesta quinta-feira (30) a demissão de seu diretor artístico, Sergei Filin, que foi atacado com ácido em 2013. É o último capítulo de um escândalo que chocou o mundo da dança na Rússia. "A decisão está relacionada com questões internas do teatro", disse Urin à agência de notícias russa "Tass". Filin, 44, continuará, no entanto, até o final da temporada como "responsável dos programas em curso e da gestão diária da companhia de dançarinos do teatro", segundo o comunicado oficial. O Bolshoi propôs a Filin prosseguir a sua colaboração "de outra forma", sem dar mais detalhes. Filin, que declarou à "Tass" "não ter queixas" contra o teatro, quase perdeu a visão depois de ser atacado com ácido em janeiro de 2013 pelo bailarino Pavel Dmitrichenko, condenado a seis anos de prisão, e outros dois cúmplices. Na época, após o ataque, Filin declarou à CNN que "não há sentença que possa recuperar minha visão" e que não poderia perdoar seus agressores. O caso trouxe à luz a grande rivalidade e intimidação nos bastidores deste grande teatro russo. O mundo da arte condenou o ataque. O ataque também levou à demissão do então diretor do Bolshoi, Anatoly Iksanov, e do bailarino Nikolai Tsiskaridze, acusado quase diretamente de ser o instigador do ataque. O bailarino questionou as lesões sofridas por Filin e considerou pouco depois, em um jornal de Moscou, que o diretor artístico colocou "uns contra os outros com histórias de dinheiro e amor". Tsiskaridze foi nomeado no final de 2014 diretor da prestigiada Academia Vaganova de São Petersburgo, uma decisão contestada por uma centena de professores da instituição que solicitaram sua remoção.
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Licitação de sistema de bikes de SP é adiada por recomendação do TCM
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO A concorrência para escolher a empresa que assumirá o serviço público de empréstimo de bicicletas de São Paulo foi adiada após recomendação do TCM (Tribunal de Contas do Município). A Secretaria Municipal de Transportes, responsável pela concorrência, tem até o dia 27 para apresentar um relatório propondo modificações no edital. A abertura das propostas estava marcada para 12/6. A SSB Produções e Eventos e a E-Max, do setor de telecomunicações, entraram com pedido de impugnação do edital, alegando que as regras da disputa restringem o número de participantes ao exigir que a empresa interessada tenha experiência em operar um sistema com ao menos 40 estações e que o prazo, de 30 dias entre a divulgação do edital e o fim do recebimento das propostas, era insuficiente. As duas empresas também apontaram que a exigência de instalar um sistema com ao menos 400 estações afasta interessados e que o ideal seria a divisão em lotes menores. "Não foi adotado o procedimento de divisão em lotes, tendo em vista que atualmente não existe um padrão tecnológico único de travamento de estações, o que dificultaria a implementação de um sistema único e integrado", respondeu a secretaria no processo. Outros pontos questionados foram o prazo de implantação, considerado insuficiente, e que deixar a escolha da localização dos pontos de empréstimo a cargo da empresa vencedora prejudica o interesse público. Regras para as bicicletas, como o peso máximo de 18 kg e a necessidade de instalar um chip localizador, também foram questionadas. O contrato entre a prefeitura e o Bike Sampa, que possui mais de 200 estações de empréstimo na cidade, expirou em maio após três anos de vigência. A gestão Haddad abriu uma concorrência para definir se o Bike Sampa, controlado pelo Itaú e pela Serttel, continuará a operar o sistema ou se outra empresa irá assumi-lo. Enquanto a licitação não for concluída, o Bike Sampa segue funcionando, mas não pode inaugurar novas estações.
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Licitação de sistema de bikes de SP é adiada por recomendação do TCMRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO A concorrência para escolher a empresa que assumirá o serviço público de empréstimo de bicicletas de São Paulo foi adiada após recomendação do TCM (Tribunal de Contas do Município). A Secretaria Municipal de Transportes, responsável pela concorrência, tem até o dia 27 para apresentar um relatório propondo modificações no edital. A abertura das propostas estava marcada para 12/6. A SSB Produções e Eventos e a E-Max, do setor de telecomunicações, entraram com pedido de impugnação do edital, alegando que as regras da disputa restringem o número de participantes ao exigir que a empresa interessada tenha experiência em operar um sistema com ao menos 40 estações e que o prazo, de 30 dias entre a divulgação do edital e o fim do recebimento das propostas, era insuficiente. As duas empresas também apontaram que a exigência de instalar um sistema com ao menos 400 estações afasta interessados e que o ideal seria a divisão em lotes menores. "Não foi adotado o procedimento de divisão em lotes, tendo em vista que atualmente não existe um padrão tecnológico único de travamento de estações, o que dificultaria a implementação de um sistema único e integrado", respondeu a secretaria no processo. Outros pontos questionados foram o prazo de implantação, considerado insuficiente, e que deixar a escolha da localização dos pontos de empréstimo a cargo da empresa vencedora prejudica o interesse público. Regras para as bicicletas, como o peso máximo de 18 kg e a necessidade de instalar um chip localizador, também foram questionadas. O contrato entre a prefeitura e o Bike Sampa, que possui mais de 200 estações de empréstimo na cidade, expirou em maio após três anos de vigência. A gestão Haddad abriu uma concorrência para definir se o Bike Sampa, controlado pelo Itaú e pela Serttel, continuará a operar o sistema ou se outra empresa irá assumi-lo. Enquanto a licitação não for concluída, o Bike Sampa segue funcionando, mas não pode inaugurar novas estações.
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Guerra e pacificação
No domingo passado, o presidente dos EUA, Barack Obama fez um discurso em que reafirmou sua intenção de guerrear contra a facção radical Estado Islâmico e tentou pacificar ânimos que vêm se exaltando contra muçulmanos. Enfatizou que a histeria ameaça tanto os planos de combater o terrorismo como as liberdades e o próprio convívio democrático. Dias depois, teve-se notícia do sucesso da extrema-direita nas eleições regionais francesas e de um discurso em que o pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, advogava o fechamento das fronteiras aos muçulmanos. São evidências de que o ódio e a xenofobia firmam-se no núcleo da política de dois dos países mais democráticos do mundo. Por vias tortas, trata-se de um pequeno sucesso do terror, que outra vez contamina democracias com a doença da intolerância. Combater esse mal e o terrorismo será tarefa difícil. Não é possível tolerar o Estado Islâmico ou redes terroristas que se dizem de inspiração muçulmana, mas é preciso dar combate firme a tais ameaças sem que se promova uma guerra de civilizações. É improvável que se obtenha sucesso nessas campanhas sem dar conta da desordem e do sofrimento impostos às populações do Oriente Médio, em parte relevante fruto das intervenções desastrosas do Ocidente nessa região. As intromissões mais evidentes foram as invasões militares, lideradas pelos EUA, sendo especialmente grave o ato imperial da invasão do Iraque em 2003. A comunidade internacional agora tem as múltiplas missões de derrotar o terrorismo, conter as guerras civis e reconstruir um ordenamento político que possa apaziguar as sociedades da região. Frear o terror, o ódio e as reações xenofóbicas de lado a lado depende não só de um programa de combate mas também de um plano que contemple a pacificação dos ânimos de populações que viram suas vidas destruídas pela guerra. O desastre que se criou no Oriente Médio e cercanias não será reparado com soluções pontuais. Parecem corretos os princípios que norteiam o discurso de Barack Obama: guerra ao terror e pacificação dos espíritos. Mais duvidoso é que os americanos apresentem um programa prático que sustente tais ideias e evite atiçar mais ódios no mundo muçulmano. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Guerra e pacificaçãoNo domingo passado, o presidente dos EUA, Barack Obama fez um discurso em que reafirmou sua intenção de guerrear contra a facção radical Estado Islâmico e tentou pacificar ânimos que vêm se exaltando contra muçulmanos. Enfatizou que a histeria ameaça tanto os planos de combater o terrorismo como as liberdades e o próprio convívio democrático. Dias depois, teve-se notícia do sucesso da extrema-direita nas eleições regionais francesas e de um discurso em que o pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, advogava o fechamento das fronteiras aos muçulmanos. São evidências de que o ódio e a xenofobia firmam-se no núcleo da política de dois dos países mais democráticos do mundo. Por vias tortas, trata-se de um pequeno sucesso do terror, que outra vez contamina democracias com a doença da intolerância. Combater esse mal e o terrorismo será tarefa difícil. Não é possível tolerar o Estado Islâmico ou redes terroristas que se dizem de inspiração muçulmana, mas é preciso dar combate firme a tais ameaças sem que se promova uma guerra de civilizações. É improvável que se obtenha sucesso nessas campanhas sem dar conta da desordem e do sofrimento impostos às populações do Oriente Médio, em parte relevante fruto das intervenções desastrosas do Ocidente nessa região. As intromissões mais evidentes foram as invasões militares, lideradas pelos EUA, sendo especialmente grave o ato imperial da invasão do Iraque em 2003. A comunidade internacional agora tem as múltiplas missões de derrotar o terrorismo, conter as guerras civis e reconstruir um ordenamento político que possa apaziguar as sociedades da região. Frear o terror, o ódio e as reações xenofóbicas de lado a lado depende não só de um programa de combate mas também de um plano que contemple a pacificação dos ânimos de populações que viram suas vidas destruídas pela guerra. O desastre que se criou no Oriente Médio e cercanias não será reparado com soluções pontuais. Parecem corretos os princípios que norteiam o discurso de Barack Obama: guerra ao terror e pacificação dos espíritos. Mais duvidoso é que os americanos apresentem um programa prático que sustente tais ideias e evite atiçar mais ódios no mundo muçulmano. editoriais@grupofolha.com.br
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Hackers estão invadindo as webcams de mulheres e postando tudo no YouTube
Mais evidências de que não, você não é paranoico ao cobrir sua webcam com um post-it ou fita adesiva. De acordo com novo relatório do grupo de direitos digitais Digital Citizens Alliance, hackers estão tomando o controle da webcam de meninas e mulheres e subindo o material íntimo para o YouTube em busca de lucros. O relatório, divulgado durante a conferência Black Hat, descreve como hackers conhecidos como "ratters" usam um tipo de malware específico chamado de trojan de acesso remoto, ou RAT, na sigla original, para acessarem o computador de uma vítima e controlar sua webcam. Trojans são cerca de 70% dos malwares disponíveis na rede hoje; e, segundo o relatório, os RATs são os mais fáceis de usar. Depois de obterem material íntimo o suficiente, os "ratters" fazem o upload para o YouTube e esperam as visualizações e likes chegarem. Um vídeo de uma jovem diante de seu computador, possivelmente sem a menor ideia de que está sendo observada, pode chegar a centenas de milhares de visualizações –o que gera grande renda de publicidade. Este tipo de atividade não é tão nova. Em 2013, o hacker Jared James Abraham foi preso por tentar extorquir a Miss Teen Estados Unidos Cassidy Wolf ao obter vídeos dela com um malware do tipo RAT. A Digital Citizens Alliance recomenda que o Google tome uma postura mais ativa na busca e remoção desses vídeos no YouTube. E talvez o mais importante, ressalta os riscos reais enfrentados por mulheres na rede. Tradução de Thiago "Índio" Silva Leia no site da Vice.
vice
Hackers estão invadindo as webcams de mulheres e postando tudo no YouTubeMais evidências de que não, você não é paranoico ao cobrir sua webcam com um post-it ou fita adesiva. De acordo com novo relatório do grupo de direitos digitais Digital Citizens Alliance, hackers estão tomando o controle da webcam de meninas e mulheres e subindo o material íntimo para o YouTube em busca de lucros. O relatório, divulgado durante a conferência Black Hat, descreve como hackers conhecidos como "ratters" usam um tipo de malware específico chamado de trojan de acesso remoto, ou RAT, na sigla original, para acessarem o computador de uma vítima e controlar sua webcam. Trojans são cerca de 70% dos malwares disponíveis na rede hoje; e, segundo o relatório, os RATs são os mais fáceis de usar. Depois de obterem material íntimo o suficiente, os "ratters" fazem o upload para o YouTube e esperam as visualizações e likes chegarem. Um vídeo de uma jovem diante de seu computador, possivelmente sem a menor ideia de que está sendo observada, pode chegar a centenas de milhares de visualizações –o que gera grande renda de publicidade. Este tipo de atividade não é tão nova. Em 2013, o hacker Jared James Abraham foi preso por tentar extorquir a Miss Teen Estados Unidos Cassidy Wolf ao obter vídeos dela com um malware do tipo RAT. A Digital Citizens Alliance recomenda que o Google tome uma postura mais ativa na busca e remoção desses vídeos no YouTube. E talvez o mais importante, ressalta os riscos reais enfrentados por mulheres na rede. Tradução de Thiago "Índio" Silva Leia no site da Vice.
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Prefeitura de São Paulo contesta editorial sobre gestão Haddad
Diferentemente do que conclui o editorial Haddad e a realidade, não são "entraves burocráticos" que impedem a chegada de recursos do PAC a São Paulo. A cidade já licitou, licenciou e contratou um pacote de R$ 5,47 bi de investimentos. As etapas seguintes, que dependem do governo federal, têm sofrido atrasos por causa da conjuntura econômica, sobejamente conhecida e noticiada. Em alguns casos, não é emitida a Autorização de Início de Obras. Em outros, não há cronograma de reembolso, o que impede a prefeitura de iniciar ou continuar obras, sob pena de vê-las paralisadas ou zerar o capital de giro próprio. Hoje, por exemplo, cerca de R$ 300 milhões em reembolsos aguardam liberação ou desbloqueio na conta. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Prefeitura de São Paulo contesta editorial sobre gestão HaddadDiferentemente do que conclui o editorial Haddad e a realidade, não são "entraves burocráticos" que impedem a chegada de recursos do PAC a São Paulo. A cidade já licitou, licenciou e contratou um pacote de R$ 5,47 bi de investimentos. As etapas seguintes, que dependem do governo federal, têm sofrido atrasos por causa da conjuntura econômica, sobejamente conhecida e noticiada. Em alguns casos, não é emitida a Autorização de Início de Obras. Em outros, não há cronograma de reembolso, o que impede a prefeitura de iniciar ou continuar obras, sob pena de vê-las paralisadas ou zerar o capital de giro próprio. Hoje, por exemplo, cerca de R$ 300 milhões em reembolsos aguardam liberação ou desbloqueio na conta. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitora aponta erros na implantação de ciclovia em São Paulo
A rua Fernandes Moreira, em São Paulo, tem pouquíssimas bocas de lobo. Para instalar a ciclovia, a prefeitura cobriu os paralelepípedos com uma camada tão grossa de asfalto que o leito carroçável ficou mais elevado que as calçadas. Agora, mesmo com uma chuva rápida, a água ultrapassa os portões das casas. Ainda não enfrentamos temporais demorados, mas, quando isso acontecer, a situação vai se agravar. Temos alertado a prefeitura desde julho, quando começou a ser instalada a ciclovia. Técnicos já vistoriaram a rua e admitiram o erro. Numa madrugada eles demarcaram calçadas e trouxeram tratores para quebrar as guias, mas sem conversar com ninguém: estava tudo pronto para causar um novo transtorno que não iria resolver o problema do alagamento. Quando os moradores descobriram o plano, eles suspenderam os trabalhos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitora aponta erros na implantação de ciclovia em São PauloA rua Fernandes Moreira, em São Paulo, tem pouquíssimas bocas de lobo. Para instalar a ciclovia, a prefeitura cobriu os paralelepípedos com uma camada tão grossa de asfalto que o leito carroçável ficou mais elevado que as calçadas. Agora, mesmo com uma chuva rápida, a água ultrapassa os portões das casas. Ainda não enfrentamos temporais demorados, mas, quando isso acontecer, a situação vai se agravar. Temos alertado a prefeitura desde julho, quando começou a ser instalada a ciclovia. Técnicos já vistoriaram a rua e admitiram o erro. Numa madrugada eles demarcaram calçadas e trouxeram tratores para quebrar as guias, mas sem conversar com ninguém: estava tudo pronto para causar um novo transtorno que não iria resolver o problema do alagamento. Quando os moradores descobriram o plano, eles suspenderam os trabalhos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Guia ajuda empreendedor a encontrar apoio para negócio social de impacto
Facilitar a vida do empreendedor que busca apoio para seu negócio social de impacto é o que propõe o "Guia 2.5: Guia para o desenvolvimento de negócios de impacto", lançado no último dia 14. Idealizado pelo Instituto Quintessa, aceleradora de negócios de impacto, as 89 páginas on-line fazem uma conexão entre organizações que oferecem suporte e empreendedores. A publicação gratuita traz o perfil completo e a análise comparativa das organizações de apoio, com informações sobre tipos de suporte que oferecem aos negócios, diferenciais de cada organização, critérios de seleção e detalhes sobre seu funcionamento. Já o número do título, "2.5", é uma referência ao que seria uma união entre as características do segundo setor, composto por empresas privadas e do terceiro setor, que compreende as organizações sem fins lucrativos. Segundo o Instituto Quintessa, o desafio do guia é facilitar não só o caminho do empreendedor, que muitas vezes não conhece os meios que podem facilitar e impulsionar seus negócios, mas também os das organizações que oferecem apoiam e fazem busca ativa em busca de projetos inovadores. Para "navegar" pela publicação, existem dois filtros principais: "Qual o estágio atual do seu negócio de impacto?" e "De quais tipos de suporte você e o seu negócio precisam?". As 11 organizações presentes no guia são: Artemisia, Ashoka Brasil, Impact Hub, Instituto Quintessa, Nesst Brasil, Red Bull Amaphiko Brasil, Rede Papel Solidário, Sistema B Brasil, Social Good Brasil, Worth a Million, Yunus & Youth. Para acessar o guia, é necessário fazer um breve cadastro no site Guia Dois e Meio.
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Guia ajuda empreendedor a encontrar apoio para negócio social de impactoFacilitar a vida do empreendedor que busca apoio para seu negócio social de impacto é o que propõe o "Guia 2.5: Guia para o desenvolvimento de negócios de impacto", lançado no último dia 14. Idealizado pelo Instituto Quintessa, aceleradora de negócios de impacto, as 89 páginas on-line fazem uma conexão entre organizações que oferecem suporte e empreendedores. A publicação gratuita traz o perfil completo e a análise comparativa das organizações de apoio, com informações sobre tipos de suporte que oferecem aos negócios, diferenciais de cada organização, critérios de seleção e detalhes sobre seu funcionamento. Já o número do título, "2.5", é uma referência ao que seria uma união entre as características do segundo setor, composto por empresas privadas e do terceiro setor, que compreende as organizações sem fins lucrativos. Segundo o Instituto Quintessa, o desafio do guia é facilitar não só o caminho do empreendedor, que muitas vezes não conhece os meios que podem facilitar e impulsionar seus negócios, mas também os das organizações que oferecem apoiam e fazem busca ativa em busca de projetos inovadores. Para "navegar" pela publicação, existem dois filtros principais: "Qual o estágio atual do seu negócio de impacto?" e "De quais tipos de suporte você e o seu negócio precisam?". As 11 organizações presentes no guia são: Artemisia, Ashoka Brasil, Impact Hub, Instituto Quintessa, Nesst Brasil, Red Bull Amaphiko Brasil, Rede Papel Solidário, Sistema B Brasil, Social Good Brasil, Worth a Million, Yunus & Youth. Para acessar o guia, é necessário fazer um breve cadastro no site Guia Dois e Meio.
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8 dicas para encontrar passagens aéreas mais baratas na internet
BBC Mundo Viajantes podem economizar com medidas simples como apagar cookies ou trocar de navegador na hora de pesquisar passagens online Já há alguns anos, muitos passageiros trocaram as agências de turismo por sites de compra de passagens. Mas quem nunca passou pela experiência de, dias, horas ou mesmo minutos após ter comprado uma passagem, encontrar outra com valor menor? Escolher o dia certo para comprar a passagem também é uma boa estratégia; a terça-feira foi 'eleita' como o melhor dia Para reduzir essa possibilidade ao máximo nas pesquisas de suas próximas férias, listamos algumas dicas. 1. Use os sites que comparam preços Se você tem flexibilidade de datas para viajar, visite sites como kayak, farecompare, momondo e skyscanner para comparar os valores das passagem. Vale a pena entrar em vários sites, já que as companhias têm acordos diferentes com cada um deles. Alguns dos sites, por exemplo, incluem tarifas de companhias de baixo custo. Além disso, você pode filtrar os resultados mais convenientes para sua viagem. Um ferramente interessante do farecompare e do skyscanner é ativar alertas de tarifas para quando os preços caírem de uma trecho em que você tem interesse. Já no momondo, a ferramenta "previsão de voo" é útil para te dar detalhes de uma rota específica. Por exemplo: fazendo uma busca de voos de Londres para o México, essa opção mostra em que dias da semana é mais barato viajar ou até em que semanas do ano as tarifas são mais baixas. Agora, se você tiver um espírito mais aventureiro e topar viajar para onde houver uma oferta, em sites como o skyscanner pode-se colocar como destino "qualquer lugar" e encontrar voos a todos os países. Uma vez que você encontrar a tarifa mais em conta, não custa checar o valor disponível no site da companhia aérea também. Mas corra porque algumas companhias, como Lufthansa e o grupo AirFrance-KLM, estão adotando estratégias para combater esses sites, como uma cobrança extra nos bilhetes emitidos fora de seus sites oficiais ou de sistemas operados por agentes de turismo. A Lufthansa anunciou que vai cobrar 16 euros. A ideia é atrair mais clientes para os sites das companhias aéreas, evitando esses sites intermediários. 2. Cheque quando é mais barato viajar Provavelmente você já tenha percebido, mas nunca é demais repetir: viajar durante a semana é mais barato. A sexta-feira e o domingo são os dias mais escolhidos pelas pessoas que viajam a negócios e também para turistas que querem aproveitar o fim de semana. Assim, é mais provável encontrar uma boa oferta na terça ou na quarta-feira. A ferramenta "previsão de voo", mencionada no item interior, também pode ajudar a identificar o dia mais barato da semana em uma rota específica. 3. Ver quando é mais barato comprar a passagem Segundo um comunicado da Airlines Reporting Corporation, publicado em novembro de 2014, o melhor dia para se comprar uma passagem aérea é a terça-feira. A data também é sugerida por vários blogueiros e especialistas em viagens. As explicações para isso variam, mas, em geral, esse é o momento em que as companhias aéreas lançam suas ofertas de passagens restantes, para tentar obter a ocupação máximo em seus voos. Monitorar durante vários dias, em horários distintos, ajuda bastante a assumir um risco calculado na hora da compra. 4. Vale a pena esperar uma oferta de último minuto? Há alguns anos, existia esse mito. Mas atualmente a posição geral da indústria é a de que não vale a pena. Vários estudos mostram que o ideal é comprar com uma antecedência de cerca de 60 dias para voos internacionais. Apenas no caso de alguns pacotes de viagens é que pode valer a pena checar ofertas às vésperas da viagem, já que pode haver cancelamentos ou lugares vagos em voos charter. 5. Limpe os cookies de seu computador e troque de navegador Ainda que a BBC não tenha conseguido verificar essa informação de maneira independentes, há relatos de que algumas companhias aéreas usem informações providas por cookies para monitorar sua navegação e aumentar os preços de um voo se souber que você está interessado. Isso explicaria porque, algumas vezes, quando você volta meia hora depois para comprar uma passagem, encontra um valor mais alto. Por outro lado, a jornalista Erica Ho, que trabalhava para a revista Time em Hong Kong, comprovou que os preços das mesmas rotas variavam de maneira exorbitante dependendo do país em que se acessava o site da companhia aérea. Há muitas estratégias para testar isso: uma opção é apagar as cookies antes de pagar a passagem ou utilizar outro navegador para fazer a mesma busca. Uma outra dica sugerida por Erica é, no site de compras, trocar a sua localização e o idioma. Se estiver no Brasil, escolha um país diferente e não selecione o português. 6. Busque por rotas alternativas Se não encontrar a oferta que procura e se o destino for distante, uma ideia é usar sua criatividade para buscar voos partindo ou chegando a outros aeroportos ou com escalas. Por exemplo, se seu destino for São Paulo, voar para Viracopos (no município de Campinas) pode ser mais barato do que para o aeroporto de Guarulhos. É possível saber de promoções em primeira mão ao se assinar as newsletter das companhias aéreas ou segui-las no Twitter 7. Se inscreva em programas de milhagem Se você viaja bastante, pode aproveitar as ofertas de programas de fidelidade. Algumas companhias aéreas também oferecem cartões de crédito próprio, com os quais se ganha mais milhas com seu uso. 8. Assine as newsletters das companhias aéreas Receber ofertas por e-mail pode ser um pouco irritante, mas te permite ficar sabendo em primeira mão quando uma companhia lança uma promoção. Outra boa ideia pode ser seguir as contas de Twitter das empresas que fazem as rotas que mais te interessam. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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8 dicas para encontrar passagens aéreas mais baratas na internetBBC Mundo Viajantes podem economizar com medidas simples como apagar cookies ou trocar de navegador na hora de pesquisar passagens online Já há alguns anos, muitos passageiros trocaram as agências de turismo por sites de compra de passagens. Mas quem nunca passou pela experiência de, dias, horas ou mesmo minutos após ter comprado uma passagem, encontrar outra com valor menor? Escolher o dia certo para comprar a passagem também é uma boa estratégia; a terça-feira foi 'eleita' como o melhor dia Para reduzir essa possibilidade ao máximo nas pesquisas de suas próximas férias, listamos algumas dicas. 1. Use os sites que comparam preços Se você tem flexibilidade de datas para viajar, visite sites como kayak, farecompare, momondo e skyscanner para comparar os valores das passagem. Vale a pena entrar em vários sites, já que as companhias têm acordos diferentes com cada um deles. Alguns dos sites, por exemplo, incluem tarifas de companhias de baixo custo. Além disso, você pode filtrar os resultados mais convenientes para sua viagem. Um ferramente interessante do farecompare e do skyscanner é ativar alertas de tarifas para quando os preços caírem de uma trecho em que você tem interesse. Já no momondo, a ferramenta "previsão de voo" é útil para te dar detalhes de uma rota específica. Por exemplo: fazendo uma busca de voos de Londres para o México, essa opção mostra em que dias da semana é mais barato viajar ou até em que semanas do ano as tarifas são mais baixas. Agora, se você tiver um espírito mais aventureiro e topar viajar para onde houver uma oferta, em sites como o skyscanner pode-se colocar como destino "qualquer lugar" e encontrar voos a todos os países. Uma vez que você encontrar a tarifa mais em conta, não custa checar o valor disponível no site da companhia aérea também. Mas corra porque algumas companhias, como Lufthansa e o grupo AirFrance-KLM, estão adotando estratégias para combater esses sites, como uma cobrança extra nos bilhetes emitidos fora de seus sites oficiais ou de sistemas operados por agentes de turismo. A Lufthansa anunciou que vai cobrar 16 euros. A ideia é atrair mais clientes para os sites das companhias aéreas, evitando esses sites intermediários. 2. Cheque quando é mais barato viajar Provavelmente você já tenha percebido, mas nunca é demais repetir: viajar durante a semana é mais barato. A sexta-feira e o domingo são os dias mais escolhidos pelas pessoas que viajam a negócios e também para turistas que querem aproveitar o fim de semana. Assim, é mais provável encontrar uma boa oferta na terça ou na quarta-feira. A ferramenta "previsão de voo", mencionada no item interior, também pode ajudar a identificar o dia mais barato da semana em uma rota específica. 3. Ver quando é mais barato comprar a passagem Segundo um comunicado da Airlines Reporting Corporation, publicado em novembro de 2014, o melhor dia para se comprar uma passagem aérea é a terça-feira. A data também é sugerida por vários blogueiros e especialistas em viagens. As explicações para isso variam, mas, em geral, esse é o momento em que as companhias aéreas lançam suas ofertas de passagens restantes, para tentar obter a ocupação máximo em seus voos. Monitorar durante vários dias, em horários distintos, ajuda bastante a assumir um risco calculado na hora da compra. 4. Vale a pena esperar uma oferta de último minuto? Há alguns anos, existia esse mito. Mas atualmente a posição geral da indústria é a de que não vale a pena. Vários estudos mostram que o ideal é comprar com uma antecedência de cerca de 60 dias para voos internacionais. Apenas no caso de alguns pacotes de viagens é que pode valer a pena checar ofertas às vésperas da viagem, já que pode haver cancelamentos ou lugares vagos em voos charter. 5. Limpe os cookies de seu computador e troque de navegador Ainda que a BBC não tenha conseguido verificar essa informação de maneira independentes, há relatos de que algumas companhias aéreas usem informações providas por cookies para monitorar sua navegação e aumentar os preços de um voo se souber que você está interessado. Isso explicaria porque, algumas vezes, quando você volta meia hora depois para comprar uma passagem, encontra um valor mais alto. Por outro lado, a jornalista Erica Ho, que trabalhava para a revista Time em Hong Kong, comprovou que os preços das mesmas rotas variavam de maneira exorbitante dependendo do país em que se acessava o site da companhia aérea. Há muitas estratégias para testar isso: uma opção é apagar as cookies antes de pagar a passagem ou utilizar outro navegador para fazer a mesma busca. Uma outra dica sugerida por Erica é, no site de compras, trocar a sua localização e o idioma. Se estiver no Brasil, escolha um país diferente e não selecione o português. 6. Busque por rotas alternativas Se não encontrar a oferta que procura e se o destino for distante, uma ideia é usar sua criatividade para buscar voos partindo ou chegando a outros aeroportos ou com escalas. Por exemplo, se seu destino for São Paulo, voar para Viracopos (no município de Campinas) pode ser mais barato do que para o aeroporto de Guarulhos. É possível saber de promoções em primeira mão ao se assinar as newsletter das companhias aéreas ou segui-las no Twitter 7. Se inscreva em programas de milhagem Se você viaja bastante, pode aproveitar as ofertas de programas de fidelidade. Algumas companhias aéreas também oferecem cartões de crédito próprio, com os quais se ganha mais milhas com seu uso. 8. Assine as newsletters das companhias aéreas Receber ofertas por e-mail pode ser um pouco irritante, mas te permite ficar sabendo em primeira mão quando uma companhia lança uma promoção. Outra boa ideia pode ser seguir as contas de Twitter das empresas que fazem as rotas que mais te interessam. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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O pior da moda é nem tentar, diz o estilista franco-japonês Kenzo Takada
ONTEM Eu sonhava em fazer... Maravilhas. Meu estilo de arte predileto era... Naive. Paris, para mim, era um lugar de... De luz. Minha vida tinha cheiro de... Cores. Meu lar era para onde... Onde eu nunca ficava. Eu me exercitava por uma questão de... Saúde. As roupas eram para... As pessoas. O melhor da moda era... A ousadia. O pior da moda era... Nem tentar. A pessoa que mais admirava era... Uma pessoa criativa. HOJE Eu sonho em fazer... Alegria. Meu estilo de arte predileto é... Naive, ainda. Paris, para mim, é um lugar de... Mágica. Minha vida tem cheiro de... Sonhos. Meu lar é para onde... Para onde eu sempre volto. Eu me exercito por uma questão de... Atitude. As roupas são para... Todas as pessoas. O melhor da moda é... Se destacar. O pior da moda é... Nem tentar. A pessoa que mais admiro é... Uma pessoa curiosa.
serafina
O pior da moda é nem tentar, diz o estilista franco-japonês Kenzo TakadaONTEM Eu sonhava em fazer... Maravilhas. Meu estilo de arte predileto era... Naive. Paris, para mim, era um lugar de... De luz. Minha vida tinha cheiro de... Cores. Meu lar era para onde... Onde eu nunca ficava. Eu me exercitava por uma questão de... Saúde. As roupas eram para... As pessoas. O melhor da moda era... A ousadia. O pior da moda era... Nem tentar. A pessoa que mais admirava era... Uma pessoa criativa. HOJE Eu sonho em fazer... Alegria. Meu estilo de arte predileto é... Naive, ainda. Paris, para mim, é um lugar de... Mágica. Minha vida tem cheiro de... Sonhos. Meu lar é para onde... Para onde eu sempre volto. Eu me exercito por uma questão de... Atitude. As roupas são para... Todas as pessoas. O melhor da moda é... Se destacar. O pior da moda é... Nem tentar. A pessoa que mais admiro é... Uma pessoa curiosa.
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Judicialização da saúde é produto de um sistema mal gerido, diz advogada
A judicialização é defensora do direito à saúde ou vilã? Esta foi a discussão da primeira mesa desta quarta-feira (15) do 3º Fórum A Saúde no Brasil, promovido pela Folha, Interfarma e Unimed. Com o tema "saúde em tempo de recessão", os participantes começaram o segundo dia do fórum debatendo o impacto das ações judiciais no custo da saúde e o dilema entre proteger e garantir os direitos dos cidadãos e o risco de inviabilizar o sistema. "O Judiciário tem a clareza de estar trabalhando para aumentar a eficiência do sistema", afirmou Deborah Ciocci, juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo. Há também clareza, segundo ela, dos excessos que estão sendo cometidos. "Houve um aumento de 129% nos gastos com judicialização na área de saúde", disse a juíza. A criação de um núcleo de apoio técnico ao Judiciário, no qual médicos e especialistas poderiam dar aos juízes informações necessárias para as decisões (real urgência de um atendimento, custo/benefício de um medicamento) seria uma forma de melhorar esse quadro. Para Renata Vilhena Silva, advogada especialista em direito da saúde, o aumento de ações judiciais está acontecendo porque a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não tem conseguido cumprir seu papel de reguladora e não garante que o cidadão receba o serviço pelo qual pagou. Segundo Vilhena, há operadoras que vendem planos sem ter hospitais para realizar todos os procedimentos previstos, por exemplo. E a falta de transparência na relação com prestadores de serviços, como hospitais e laboratórios, encarece a saúde tanto para o consumidor quanto para as operadoras. "A judicialização não é causa da crise, e sim consequência de um sistema mal gerido", afirmou Vilhena. Solange Mendes, presidente da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) rebateu: "A judicialização é hoje a indústria do direito individual se sobrepondo ao coletivo". No Judiciário, ações contra o SUS são tratadas da mesma forma que as ações contra as empresas da saúde privada, afirmou Ciocci. "Não é possível dar tudo o tempo todo para todas. Mas há decisões que beneficiam o indivíduo e prejudicam o coletivo", disse Mendes. As ações individuais têm tido muito êxito, segundo Ciocci, mas a juíza lembra que embora o acesso à Justiça seja garantido a todos, não é todo mundo que tem condições de arcar com as despesas de advogados. Vilhena Silva lembrou que pessoas fragilizadas por uma doença também podem ser vítimas de maus profissionais. "Existem médicos que estimulam pacientes a entrar com ação para receber propina (de fabricantes de equipamentos médicos, por exemplo). Ou advogados que só estão pensando em seus honorários. Há maus profissionais em todas as áreas. Mas não é possível que os juízes que têm aprovado essa tonelada de processos ajam só por 'dó' do paciente. Juiz não é bobo", disse a advogada. Para superar os impasses, Mendes afirmou que é preciso um debate com a sociedade sobre o que a população espera do SUS e dos planos de saúde e como as políticas públicas e as regras de utilização e acesso podem garantir os direitos de todos e não de apenas alguns.
seminariosfolha
Judicialização da saúde é produto de um sistema mal gerido, diz advogadaA judicialização é defensora do direito à saúde ou vilã? Esta foi a discussão da primeira mesa desta quarta-feira (15) do 3º Fórum A Saúde no Brasil, promovido pela Folha, Interfarma e Unimed. Com o tema "saúde em tempo de recessão", os participantes começaram o segundo dia do fórum debatendo o impacto das ações judiciais no custo da saúde e o dilema entre proteger e garantir os direitos dos cidadãos e o risco de inviabilizar o sistema. "O Judiciário tem a clareza de estar trabalhando para aumentar a eficiência do sistema", afirmou Deborah Ciocci, juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo. Há também clareza, segundo ela, dos excessos que estão sendo cometidos. "Houve um aumento de 129% nos gastos com judicialização na área de saúde", disse a juíza. A criação de um núcleo de apoio técnico ao Judiciário, no qual médicos e especialistas poderiam dar aos juízes informações necessárias para as decisões (real urgência de um atendimento, custo/benefício de um medicamento) seria uma forma de melhorar esse quadro. Para Renata Vilhena Silva, advogada especialista em direito da saúde, o aumento de ações judiciais está acontecendo porque a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não tem conseguido cumprir seu papel de reguladora e não garante que o cidadão receba o serviço pelo qual pagou. Segundo Vilhena, há operadoras que vendem planos sem ter hospitais para realizar todos os procedimentos previstos, por exemplo. E a falta de transparência na relação com prestadores de serviços, como hospitais e laboratórios, encarece a saúde tanto para o consumidor quanto para as operadoras. "A judicialização não é causa da crise, e sim consequência de um sistema mal gerido", afirmou Vilhena. Solange Mendes, presidente da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) rebateu: "A judicialização é hoje a indústria do direito individual se sobrepondo ao coletivo". No Judiciário, ações contra o SUS são tratadas da mesma forma que as ações contra as empresas da saúde privada, afirmou Ciocci. "Não é possível dar tudo o tempo todo para todas. Mas há decisões que beneficiam o indivíduo e prejudicam o coletivo", disse Mendes. As ações individuais têm tido muito êxito, segundo Ciocci, mas a juíza lembra que embora o acesso à Justiça seja garantido a todos, não é todo mundo que tem condições de arcar com as despesas de advogados. Vilhena Silva lembrou que pessoas fragilizadas por uma doença também podem ser vítimas de maus profissionais. "Existem médicos que estimulam pacientes a entrar com ação para receber propina (de fabricantes de equipamentos médicos, por exemplo). Ou advogados que só estão pensando em seus honorários. Há maus profissionais em todas as áreas. Mas não é possível que os juízes que têm aprovado essa tonelada de processos ajam só por 'dó' do paciente. Juiz não é bobo", disse a advogada. Para superar os impasses, Mendes afirmou que é preciso um debate com a sociedade sobre o que a população espera do SUS e dos planos de saúde e como as políticas públicas e as regras de utilização e acesso podem garantir os direitos de todos e não de apenas alguns.
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Consumo de gás no Brasil cai em julho com demanda menor por indústrias e térmicas
O consumo de gás natural no Brasil atingiu 56,18 milhões de metros cúbicos por dia em julho, queda de 4,95% o mês anterior e retração de 22,55% ante o mesmo mês de 2015. O recuo se deve à redução da demanda para indústria e para a geração de energia, em meio à maior recessão do país em décadas. O consumo industrial de gás em julho caiu 8,09% ante junho e recuou 9,75% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados publicados nesta segunda-feira (26) pela Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado). Já o consumo na geração elétrica em térmicas em julho retraiu 17,74% ante o mês anterior e teve queda de 56,42% em relação a julho de 2015, de acordo com a entidade. "A queda de consumo industrial e na geração elétrica ainda é reflexo da queda da atividade e da produção industrial no país, confirmado em pesquisas da CNI e IBGE", disse em nota o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon. O executivo defendeu que o gás natural é um aliado estratégico no esforço para que a economia brasileira retome o crescimento e defendeu a busca pelo governo federal para a realização de mudanças para estimular investimentos no setor. "Defendemos a relevância da elaboração de uma política para o gás natural, que vem sendo delineada no programa Gás para Crescer em desenvolvimento no Ministério de Minas e Energia", declarou Salomon.
mercado
Consumo de gás no Brasil cai em julho com demanda menor por indústrias e térmicasO consumo de gás natural no Brasil atingiu 56,18 milhões de metros cúbicos por dia em julho, queda de 4,95% o mês anterior e retração de 22,55% ante o mesmo mês de 2015. O recuo se deve à redução da demanda para indústria e para a geração de energia, em meio à maior recessão do país em décadas. O consumo industrial de gás em julho caiu 8,09% ante junho e recuou 9,75% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados publicados nesta segunda-feira (26) pela Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado). Já o consumo na geração elétrica em térmicas em julho retraiu 17,74% ante o mês anterior e teve queda de 56,42% em relação a julho de 2015, de acordo com a entidade. "A queda de consumo industrial e na geração elétrica ainda é reflexo da queda da atividade e da produção industrial no país, confirmado em pesquisas da CNI e IBGE", disse em nota o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon. O executivo defendeu que o gás natural é um aliado estratégico no esforço para que a economia brasileira retome o crescimento e defendeu a busca pelo governo federal para a realização de mudanças para estimular investimentos no setor. "Defendemos a relevância da elaboração de uma política para o gás natural, que vem sendo delineada no programa Gás para Crescer em desenvolvimento no Ministério de Minas e Energia", declarou Salomon.
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Razer, marca de gamers, apresenta óculos de realidade virtual de US$ 200
A Razer, fabricante de fones de ouvido, mouses e outros periféricos voltados para games, apresentou nesta terça-feira (6) os óculos de realidade virtual OSVR, que estão em fase de desenvolvimento e estão sendo vendidos por US$ 200 (cerca de R$ 540) nos EUA. OSVR é uma sigla para realidade virtual de código aberto (em inglês). O aparelho é atualmente voltado para programadores que pretendem trabalhar na plataforma. É um concorrente do Rift, aparelho cuja responsável, a Oculus, foi adquirida pelo Facebook no ano passado. "Criaremos um enorme 'playground' para que desenvolvedores imediatamente comecem a indicar as melhores tecnologias e plataformas", disse Min-Liang Tan, presidente-executivo da Razer, ao site "Gizmodo". Dotado de lentes e de um dispositivo de 5,5 polegadas e resolução 1.080p (Full HD), o aparelho tem ângulo de visão de cerca de 100°. Também tem acelerômetro, mas não uma câmera tal qual o concorrente Oculus DK2. A companhia lançou um site para a iniciativa de desenvolvimento de software de realidade virtual, também chamada OSVR e compatível com outros dispositivos (assista ao vídeo, em inglês, abaixo). OSVR Outras empresas que estão investindo em realidade virtual são a Samsung e a Sony. VIDEOGAME E PULSEIRA A Razer mostrou também durante a feira seu novo console de games, o Forge TV (US$ 100), que funciona como uma espécie de set-top box que usa a plataforma Android TV para rodar games por meio do serviço Cortex, da empresa, ao se parear com um PC. Por meio do smartphone (com Android) ou de um joystick que a marca venderá por US$ 80. Outra novidade é a pulseira de "fitness" Nabu X (US$ 50), versão mais barata da anteriormente lançada (nos EUA) Nabu, capaz de exibir luzes de notificação de mensagens de um celular, de monitorar passos e sono. A venda dos lançamentos começa na primavera no hemisfério norte, que começa em março e termina em junho.
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Razer, marca de gamers, apresenta óculos de realidade virtual de US$ 200A Razer, fabricante de fones de ouvido, mouses e outros periféricos voltados para games, apresentou nesta terça-feira (6) os óculos de realidade virtual OSVR, que estão em fase de desenvolvimento e estão sendo vendidos por US$ 200 (cerca de R$ 540) nos EUA. OSVR é uma sigla para realidade virtual de código aberto (em inglês). O aparelho é atualmente voltado para programadores que pretendem trabalhar na plataforma. É um concorrente do Rift, aparelho cuja responsável, a Oculus, foi adquirida pelo Facebook no ano passado. "Criaremos um enorme 'playground' para que desenvolvedores imediatamente comecem a indicar as melhores tecnologias e plataformas", disse Min-Liang Tan, presidente-executivo da Razer, ao site "Gizmodo". Dotado de lentes e de um dispositivo de 5,5 polegadas e resolução 1.080p (Full HD), o aparelho tem ângulo de visão de cerca de 100°. Também tem acelerômetro, mas não uma câmera tal qual o concorrente Oculus DK2. A companhia lançou um site para a iniciativa de desenvolvimento de software de realidade virtual, também chamada OSVR e compatível com outros dispositivos (assista ao vídeo, em inglês, abaixo). OSVR Outras empresas que estão investindo em realidade virtual são a Samsung e a Sony. VIDEOGAME E PULSEIRA A Razer mostrou também durante a feira seu novo console de games, o Forge TV (US$ 100), que funciona como uma espécie de set-top box que usa a plataforma Android TV para rodar games por meio do serviço Cortex, da empresa, ao se parear com um PC. Por meio do smartphone (com Android) ou de um joystick que a marca venderá por US$ 80. Outra novidade é a pulseira de "fitness" Nabu X (US$ 50), versão mais barata da anteriormente lançada (nos EUA) Nabu, capaz de exibir luzes de notificação de mensagens de um celular, de monitorar passos e sono. A venda dos lançamentos começa na primavera no hemisfério norte, que começa em março e termina em junho.
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Peça 'Fim?' é uma das sugestões para curtir com as crianças na semana em SP
DE SÃO PAULO Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, indica a peça "Fim?" Indicação: acima de 6 anos O espetáculo é uma espécie de fábula ambiental de uma dupla de palhaços, que luta contra baratas para salvar a Terra quando chega o fim do mundo e só o que resta são lixões, campos de guerra e lama. Os hilariantes Batatinha (Rani Guerra) e Nerdolino (Kleber Brianez) pesquisam nas ruínas da civilização o ponto no mapa onde será o melhor lugar para reflorestar o planeta. É para morrer de rir. Do premiado Grupo Esparrama, conhecido por apresentações na região do elevado João Goulart, o Minhocão. Teatro Alfa - sala B. R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 204 lugares. Sáb. e dom.: 17h30. Até 27/11. 50 min. Livre CC: V, M, AE, D. Valet R$ 18. Ingresso: R$ 30. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", destaca o livro "Uma Noite na Praia" Indicação: acima de 8 anos Ao mesmo tempo sombrio e doce, tenso e tocante, o livro da italiana Elena Ferrante é rodeado de sombras –como as que envolvem a própria autora: é uma das escritoras mais comentadas do mundo hoje, mas mantém sua identidade anônima há mais de 20 anos. Na história, contada a partir do ponto de vista de uma boneca que é esquecida na praia por sua "mãe", os sentimentos de abandono e de solidão costuram uma instigante narrativa, que é feita para crianças mas se revela capaz de encantar também aos adultos. Autora: Elena Ferrante (tradução: Marcello Lino). Ilustradora: Mara Cerri. Editora: Intrínseca (2016, 40 págs., R$ 34,90). * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, recomenda a peça "A Menina da Lagoa" Indicação: acima de 5 anos Fruto de uma cuidadosa pesquisa, o espetáculo traz o imaginário, os saberes, o jeito de falar e as festas dos manezinhos da ilha –como são chamados os moradores de Florianópolis. Ele conta a história da menina Benta, a caçula de uma família de sete irmãos, que tem fama de bruxa em seu vilarejo, onde vivem benzedeiras, tecelãs, pescadores, encantadores de cobras e, é claro, feiticeiras. Sesc Ipiranga - teatro. R. Bom Pastor, 822, Ipiranga, tel. 3340-2000. 200 lugares. Dom.: 11h. Até 6/11. 60 min. Livre Ingr. p/ sescsp.org.br. Ingresso: R$ 5 a R$ 17. * Fabiana Futema, do blog "Maternar", sugere o livro "O Agente Laranja e a Maçã do Amor" Indicação: acima de 4 anos O fiscal da prefeitura Alan Laranjeira tem a missão de inspecionar a qualidade das frutas que serão consumidas na Festa das Neves, em homenagem à padroeira de João Pessoa. Tudo ele cheira, apalpa, lambe e examina. Até que depara com uma fruta carmim, a mais cheirosa e suculenta que já havia provado. Surge aí uma parceria improvável. Autor: Chico César. Ilustradora: Fernanda Lerner. Editora: Escritinha (2016, 48 págs., R$ 32)
saopaulo
Peça 'Fim?' é uma das sugestões para curtir com as crianças na semana em SPDE SÃO PAULO Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, indica a peça "Fim?" Indicação: acima de 6 anos O espetáculo é uma espécie de fábula ambiental de uma dupla de palhaços, que luta contra baratas para salvar a Terra quando chega o fim do mundo e só o que resta são lixões, campos de guerra e lama. Os hilariantes Batatinha (Rani Guerra) e Nerdolino (Kleber Brianez) pesquisam nas ruínas da civilização o ponto no mapa onde será o melhor lugar para reflorestar o planeta. É para morrer de rir. Do premiado Grupo Esparrama, conhecido por apresentações na região do elevado João Goulart, o Minhocão. Teatro Alfa - sala B. R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 204 lugares. Sáb. e dom.: 17h30. Até 27/11. 50 min. Livre CC: V, M, AE, D. Valet R$ 18. Ingresso: R$ 30. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", destaca o livro "Uma Noite na Praia" Indicação: acima de 8 anos Ao mesmo tempo sombrio e doce, tenso e tocante, o livro da italiana Elena Ferrante é rodeado de sombras –como as que envolvem a própria autora: é uma das escritoras mais comentadas do mundo hoje, mas mantém sua identidade anônima há mais de 20 anos. Na história, contada a partir do ponto de vista de uma boneca que é esquecida na praia por sua "mãe", os sentimentos de abandono e de solidão costuram uma instigante narrativa, que é feita para crianças mas se revela capaz de encantar também aos adultos. Autora: Elena Ferrante (tradução: Marcello Lino). Ilustradora: Mara Cerri. Editora: Intrínseca (2016, 40 págs., R$ 34,90). * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, recomenda a peça "A Menina da Lagoa" Indicação: acima de 5 anos Fruto de uma cuidadosa pesquisa, o espetáculo traz o imaginário, os saberes, o jeito de falar e as festas dos manezinhos da ilha –como são chamados os moradores de Florianópolis. Ele conta a história da menina Benta, a caçula de uma família de sete irmãos, que tem fama de bruxa em seu vilarejo, onde vivem benzedeiras, tecelãs, pescadores, encantadores de cobras e, é claro, feiticeiras. Sesc Ipiranga - teatro. R. Bom Pastor, 822, Ipiranga, tel. 3340-2000. 200 lugares. Dom.: 11h. Até 6/11. 60 min. Livre Ingr. p/ sescsp.org.br. Ingresso: R$ 5 a R$ 17. * Fabiana Futema, do blog "Maternar", sugere o livro "O Agente Laranja e a Maçã do Amor" Indicação: acima de 4 anos O fiscal da prefeitura Alan Laranjeira tem a missão de inspecionar a qualidade das frutas que serão consumidas na Festa das Neves, em homenagem à padroeira de João Pessoa. Tudo ele cheira, apalpa, lambe e examina. Até que depara com uma fruta carmim, a mais cheirosa e suculenta que já havia provado. Surge aí uma parceria improvável. Autor: Chico César. Ilustradora: Fernanda Lerner. Editora: Escritinha (2016, 48 págs., R$ 32)
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Vox Capital investe R$ 4 milhões em startup de educação e tecnologia
A Vox Capital, primeira empresa brasileira de investimentos em projetos de impacto social, anunciou na terça-feira (21) aporte de R$ 4 milhões na startup carioca de educação e tecnologia Aondê Educacional. O primeiro financiamento do novo fundo da investidora, parceira do Prêmio Empreendedor Social, será feito em dois anos. O objetivo é acelerar o desenvolvimento da Conecturma, uma metodologia de aprendizagem de língua portuguesa, matemática e habilidades sócio-emocionais para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Cerca de 4.000 alunos já utilizaram a metodologia, e a expectativa é chegar a 190 mil em cinco anos.
empreendedorsocial
Vox Capital investe R$ 4 milhões em startup de educação e tecnologiaA Vox Capital, primeira empresa brasileira de investimentos em projetos de impacto social, anunciou na terça-feira (21) aporte de R$ 4 milhões na startup carioca de educação e tecnologia Aondê Educacional. O primeiro financiamento do novo fundo da investidora, parceira do Prêmio Empreendedor Social, será feito em dois anos. O objetivo é acelerar o desenvolvimento da Conecturma, uma metodologia de aprendizagem de língua portuguesa, matemática e habilidades sócio-emocionais para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Cerca de 4.000 alunos já utilizaram a metodologia, e a expectativa é chegar a 190 mil em cinco anos.
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