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Por decisão unânime, 'gato' da Copa São Paulo é suspenso por 360 dias
O zagueiro Heltton Matheus Cardoso Rodrigues, 22, foi suspenso por 360 dias pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), em audiência nesta segunda-feira (13). A decisão foi unânime, com os quatro auditores optando pela suspensão e multa de R$ 500 ao jogador. A defesa do atleta recorrerá ao pleno do TJD. O jogador do Paulista na Copa São Paulo de Futebol Júnior usou documentos falsos para participar do torneio. Heltton, que disputou o torneio como Brendon Matheus Araujo Lima dos Santos, 19, preso no Rio acusado de tráfico de drogas, já estava suspenso preventivamente desde que a irregularidade foi descoberta. Heltton foi denunciado no artigo 234 do CBJD, que diz que falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular, omitir declaração que nele deveria constar, inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita, para o fim de usá-lo perante a Justiça Desportiva ou entidade desportiva, pode resultar em pena de 360 a 720 dias de suspensão. A procuradoria do TJD pediu a pena máxima para Heltton, mas a defesa alegou que o fato de o jogador não ser profissionalizado (ele nunca teve contrato profissional) impedia a pena máxima, segundo a legislação desportiva. Os auditores aceitaram o argumento e decidiram pela metade da pena máxima como punição. A falsificação dos documentos de Heltton resultou na eliminação do Paulista na Copa São Paulo de Futebol Júnior. A equipe havia se classificado para a final do torneio, mas perdeu a vaga para o Batatais, que acabou derrotado pelo Corinthians na final. Mesmo suspenso, Heltton já tem clube definido. Logo após a descoberta da falsificação, Vampeta, presidente do Audax Osasco, se ofereceu para ajudar o jogador. "Vou dar a oportunidade de ele jogar lá em Osasco. Não estou defendendo que tem que ser gato, mas vamos dar o exemplo para esse moleque. Ele não roubou, não usou uma arma para matar alguém, só tem o sonho de ser jogador de futebol", afirmou no final de janeiro.
esporte
Por decisão unânime, 'gato' da Copa São Paulo é suspenso por 360 diasO zagueiro Heltton Matheus Cardoso Rodrigues, 22, foi suspenso por 360 dias pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), em audiência nesta segunda-feira (13). A decisão foi unânime, com os quatro auditores optando pela suspensão e multa de R$ 500 ao jogador. A defesa do atleta recorrerá ao pleno do TJD. O jogador do Paulista na Copa São Paulo de Futebol Júnior usou documentos falsos para participar do torneio. Heltton, que disputou o torneio como Brendon Matheus Araujo Lima dos Santos, 19, preso no Rio acusado de tráfico de drogas, já estava suspenso preventivamente desde que a irregularidade foi descoberta. Heltton foi denunciado no artigo 234 do CBJD, que diz que falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular, omitir declaração que nele deveria constar, inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita, para o fim de usá-lo perante a Justiça Desportiva ou entidade desportiva, pode resultar em pena de 360 a 720 dias de suspensão. A procuradoria do TJD pediu a pena máxima para Heltton, mas a defesa alegou que o fato de o jogador não ser profissionalizado (ele nunca teve contrato profissional) impedia a pena máxima, segundo a legislação desportiva. Os auditores aceitaram o argumento e decidiram pela metade da pena máxima como punição. A falsificação dos documentos de Heltton resultou na eliminação do Paulista na Copa São Paulo de Futebol Júnior. A equipe havia se classificado para a final do torneio, mas perdeu a vaga para o Batatais, que acabou derrotado pelo Corinthians na final. Mesmo suspenso, Heltton já tem clube definido. Logo após a descoberta da falsificação, Vampeta, presidente do Audax Osasco, se ofereceu para ajudar o jogador. "Vou dar a oportunidade de ele jogar lá em Osasco. Não estou defendendo que tem que ser gato, mas vamos dar o exemplo para esse moleque. Ele não roubou, não usou uma arma para matar alguém, só tem o sonho de ser jogador de futebol", afirmou no final de janeiro.
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Marcha da oposição contra Maduro atrai cerca de 3.000 em Caracas
Milhares de pessoas participaram neste sábado de marchas opositoras convocadas em toda a Venezuela como primeira etapa de um ciclo de protestos que pretende forçar a renúncia do presidente Nicolás Maduro e demonstrar apoio a outros mecanismos para mudar de governo. Em Caracas, o comparecimento foi estimado pela Folha em cerca de 3.000 pessoas, um número maior que manifestações do ano passado, mas ainda longe de qualquer mobilização de massa capaz de pressionar o governo, que organizou sua própria manifestação para mais tarde em outra zona da capital. Não houve estimativa oficial de participantes. O cálculo, corroborado por fotógrafos de agências de notícias também presentes, foi feito com base no tamanho do local ocupado e a densidade da multidão. "Maduro, nos poupe da tragédia e renuncie já", bradou o veterano Henry Ramos Allup, presidente da hoje opositora Assembleia Nacional, sob gritos e aplausos da multidão reunida numa área nobre da capital. Usando linguajar tosco semelhante ao do chavismo, Ramos Allup zombou dos "motores da economia" com os quais o governo pretende reverter a crise e, apontando para a própria genitália, disse: "isto, sim, é um motor que funciona". O deputado Freddy Guevara disse que a manifestação deste sábado deve multiplicar-se e crescer-se em breve. "Nosso objetivo é que a próxima marcha se multiplique por dez, e a seguinte por mais dez, e assim por diante até que haja um milhão de pessoas protestando juntas em Caracas", afirmou. A oposição diz defender marchas pacíficas, mas, em 2014, protestos antigoverno desencadearam uma onda de violência que deixou 43 mortos, incluindo manifestantes e policiais. Neste sábado, porém, não houve sinal de violência. Simpatizante opositora, a professora Berenice Caruso, 74, trajava com orgulho uma camiseta com a mensagem: "11.04.2002, eu estive lá". Trata-se de referência à serie de protestos que criaram condições para uma tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Hugo Chávez naquele ano. "Eu sou a prova viva de que protestos de rua podem levar o presidente a renunciar, e hoje estamos reavivando este processo", disse Caruso, que rejeita chamar de golpe o ocorrido de 2002. Manifestações de rua são parte de uma estratégia tripla com a qual a aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) pretende usar o Legislativo, que controla desde janeiro, como plataforma para abreviar a Presidência de Maduro. As outras duas apostas da MUD são uma emenda constitucional para reduzir o mandato presidencial dos atuais seis para quatro anos (Maduro foi eleito em 2013) e um referendo revogatório para tirar o presidente do poder e convocar eleições ainda neste ano. INFLAÇÃO GALOPANTE - FMI projeta alta de 700% na Venezuela em 2016 CHAVISTAS Enquanto a oposição se reunia em um ponto da capital, o presidente Nicolás Maduro e sua militância faziam um ato no centro de Caracas contra o decreto dos Estados Unidos que considera a Venezuela uma ameaça à segurança. O protesto foi convocado na última quarta-feira (9), seis dias após Barack Obama renovar a medida por mais um ano. Nele, chavistas gritaram frases como "Yankees! Go home!" e "Maduro não vai embora". Em discurso, o mandatário criticou a oposição e disse que vai continuar no cargo até o último dia do mandato. "Façam o que quiserem. Eu estou aqui para lutar. E Maduro vai ficar aqui até o último dia que deixou Hugo Chávez". Ele prometeu fazer propaganda contra o decreto americano até que o texto seja retirado por Obama e lançou um censo de "chavistas autênticos", que terão uma carteira identificando-os como partidários do governo. Com agências de notícias.
mundo
Marcha da oposição contra Maduro atrai cerca de 3.000 em CaracasMilhares de pessoas participaram neste sábado de marchas opositoras convocadas em toda a Venezuela como primeira etapa de um ciclo de protestos que pretende forçar a renúncia do presidente Nicolás Maduro e demonstrar apoio a outros mecanismos para mudar de governo. Em Caracas, o comparecimento foi estimado pela Folha em cerca de 3.000 pessoas, um número maior que manifestações do ano passado, mas ainda longe de qualquer mobilização de massa capaz de pressionar o governo, que organizou sua própria manifestação para mais tarde em outra zona da capital. Não houve estimativa oficial de participantes. O cálculo, corroborado por fotógrafos de agências de notícias também presentes, foi feito com base no tamanho do local ocupado e a densidade da multidão. "Maduro, nos poupe da tragédia e renuncie já", bradou o veterano Henry Ramos Allup, presidente da hoje opositora Assembleia Nacional, sob gritos e aplausos da multidão reunida numa área nobre da capital. Usando linguajar tosco semelhante ao do chavismo, Ramos Allup zombou dos "motores da economia" com os quais o governo pretende reverter a crise e, apontando para a própria genitália, disse: "isto, sim, é um motor que funciona". O deputado Freddy Guevara disse que a manifestação deste sábado deve multiplicar-se e crescer-se em breve. "Nosso objetivo é que a próxima marcha se multiplique por dez, e a seguinte por mais dez, e assim por diante até que haja um milhão de pessoas protestando juntas em Caracas", afirmou. A oposição diz defender marchas pacíficas, mas, em 2014, protestos antigoverno desencadearam uma onda de violência que deixou 43 mortos, incluindo manifestantes e policiais. Neste sábado, porém, não houve sinal de violência. Simpatizante opositora, a professora Berenice Caruso, 74, trajava com orgulho uma camiseta com a mensagem: "11.04.2002, eu estive lá". Trata-se de referência à serie de protestos que criaram condições para uma tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Hugo Chávez naquele ano. "Eu sou a prova viva de que protestos de rua podem levar o presidente a renunciar, e hoje estamos reavivando este processo", disse Caruso, que rejeita chamar de golpe o ocorrido de 2002. Manifestações de rua são parte de uma estratégia tripla com a qual a aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) pretende usar o Legislativo, que controla desde janeiro, como plataforma para abreviar a Presidência de Maduro. As outras duas apostas da MUD são uma emenda constitucional para reduzir o mandato presidencial dos atuais seis para quatro anos (Maduro foi eleito em 2013) e um referendo revogatório para tirar o presidente do poder e convocar eleições ainda neste ano. INFLAÇÃO GALOPANTE - FMI projeta alta de 700% na Venezuela em 2016 CHAVISTAS Enquanto a oposição se reunia em um ponto da capital, o presidente Nicolás Maduro e sua militância faziam um ato no centro de Caracas contra o decreto dos Estados Unidos que considera a Venezuela uma ameaça à segurança. O protesto foi convocado na última quarta-feira (9), seis dias após Barack Obama renovar a medida por mais um ano. Nele, chavistas gritaram frases como "Yankees! Go home!" e "Maduro não vai embora". Em discurso, o mandatário criticou a oposição e disse que vai continuar no cargo até o último dia do mandato. "Façam o que quiserem. Eu estou aqui para lutar. E Maduro vai ficar aqui até o último dia que deixou Hugo Chávez". Ele prometeu fazer propaganda contra o decreto americano até que o texto seja retirado por Obama e lançou um censo de "chavistas autênticos", que terão uma carteira identificando-os como partidários do governo. Com agências de notícias.
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Brasil é esquecido em evento de turismo em Madri
O preço das passagens aéreas está subindo ou elas estão cada vez mais baratas? Descontando a desvalorização do real em relação ao dólar, a resposta depende de para quem você perguntar"¦ Se for para Michael O'Leary, diretor-executivo da Ryanair –que praticamente inventou o mercado de passagens aéreas baratas–, as companhias tradicionais só aumentaram seus preços de 2012 para cá e têm um único objetivo: tirar até o último centavo dos passageiros. Se fizer a mesma pergunta para Tony Tyler, diretor-geral da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), vai achar que os preços, na verdade, estão baixando. Nós, no Brasil, que ainda não pudemos experimentar o que é realmente uma empresa aérea de baixo custo, tendemos a concordar com O'Leary. Mas, segundo ele, tudo pode mudar em breve. Quando alguém perguntou sobre a possibilidade de a Ryanair inaugurar um voo transatlântico por, digamos, US$ 50 (R$ 150), sua resposta foi fulminante: "Por que não pensar em um bilhete por US$ 10 (R$ 30)?", questionou. Ele pode estar sendo apenas um marqueteiro, mas este é o cara que virou de cabeça para baixo o cenário mundial da aviação comercial... Será que passagens mais baratas aumentariam o interesse de estrangeiros pelo Brasil? O debate entre O'Leary e Tyler aconteceu no evento promovido pela "The Economist", em Madri, que incomodou este observador brasileiro não por algo que estava presente, mas ausente: justamente o Brasil (e a América Latina, em geral). Logo na abertura, Taleb Rifai, secretário-geral da UNWTO (Organização Mundial do Turismo, na sigla em inglês) deu um dado interessante. Em 1950, havia cerca de 25 milhões de pessoas viajando pelo mundo. Em 2014, já éramos quase 1 bilhão de viajantes! Impressionante, não é? Ainda mais quando ele completa que 50% dessas pessoas viajam para países em desenvolvimento. Aí vem o choque. Seus exemplos de destinos vão da África ao Sudeste Asiático. E o Brasil não foi lembrado nem uma vez. Os maiores responsáveis pelo crescimento nas viagens recentemente foram os chineses. Rifai falou em russos, indianos, europeus do leste... Só não falou de brasileiros. O lado positivo disso é que temos uma grande oportunidade de crescimento aí. A Copa talvez tenha ajudado a mudar isso, e torço para que a Olimpíada reforce nossa imagem positiva. Mas, por enquanto, somos apenas uma curiosidade –ou uma oportunidade desperdiçada num universo de turismo que não para de crescer.
turismo
Brasil é esquecido em evento de turismo em MadriO preço das passagens aéreas está subindo ou elas estão cada vez mais baratas? Descontando a desvalorização do real em relação ao dólar, a resposta depende de para quem você perguntar"¦ Se for para Michael O'Leary, diretor-executivo da Ryanair –que praticamente inventou o mercado de passagens aéreas baratas–, as companhias tradicionais só aumentaram seus preços de 2012 para cá e têm um único objetivo: tirar até o último centavo dos passageiros. Se fizer a mesma pergunta para Tony Tyler, diretor-geral da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), vai achar que os preços, na verdade, estão baixando. Nós, no Brasil, que ainda não pudemos experimentar o que é realmente uma empresa aérea de baixo custo, tendemos a concordar com O'Leary. Mas, segundo ele, tudo pode mudar em breve. Quando alguém perguntou sobre a possibilidade de a Ryanair inaugurar um voo transatlântico por, digamos, US$ 50 (R$ 150), sua resposta foi fulminante: "Por que não pensar em um bilhete por US$ 10 (R$ 30)?", questionou. Ele pode estar sendo apenas um marqueteiro, mas este é o cara que virou de cabeça para baixo o cenário mundial da aviação comercial... Será que passagens mais baratas aumentariam o interesse de estrangeiros pelo Brasil? O debate entre O'Leary e Tyler aconteceu no evento promovido pela "The Economist", em Madri, que incomodou este observador brasileiro não por algo que estava presente, mas ausente: justamente o Brasil (e a América Latina, em geral). Logo na abertura, Taleb Rifai, secretário-geral da UNWTO (Organização Mundial do Turismo, na sigla em inglês) deu um dado interessante. Em 1950, havia cerca de 25 milhões de pessoas viajando pelo mundo. Em 2014, já éramos quase 1 bilhão de viajantes! Impressionante, não é? Ainda mais quando ele completa que 50% dessas pessoas viajam para países em desenvolvimento. Aí vem o choque. Seus exemplos de destinos vão da África ao Sudeste Asiático. E o Brasil não foi lembrado nem uma vez. Os maiores responsáveis pelo crescimento nas viagens recentemente foram os chineses. Rifai falou em russos, indianos, europeus do leste... Só não falou de brasileiros. O lado positivo disso é que temos uma grande oportunidade de crescimento aí. A Copa talvez tenha ajudado a mudar isso, e torço para que a Olimpíada reforce nossa imagem positiva. Mas, por enquanto, somos apenas uma curiosidade –ou uma oportunidade desperdiçada num universo de turismo que não para de crescer.
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Repelentes têm eficácia menor que a anunciada, diz órgão de defesa do consumidor
A Proteste, entidade de defesa do consumidor, divulgou nesta segunda-feira (29) teste que revela que repelentes disponíveis no mercado protegem por menos tempo do que o informado no rótulo. Dez produtos foram testados –cinco de uso adulto, e cinco recomendado para crianças–, e apenas um foi aprovado. A eficácia dos repelentes foi testada contra o pernilongo comum e o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue. O repelente spray Moskitoff apresentou eficácia contra picadas por 2 horas, mesmo tempo informado no rótulo. Desta forma, foi o único produto aprovado no teste. Entre os repelentes para adultos, o que apresentou melhor eficácia foi o Exposis Extreme, do Laboratório Osler, com proteção média de 2 horas e 45 minutos contra os dois tipos de mosquito. Entretanto, a proteção anunciada na embalagem é de 10 horas. Os repelentes Super Repelex, Xô Inseto! e Moskitoff foram eficientes apenas contra o mosquito comum, apresentando curta proteção contra o Aedes aegypti. Além de ter a eficácia menor do que a anunciado, o repelente da marca Huggies Turma da Mônica não informa ao consumidor sobre a concentração do ativo IR3535, único indicado para crianças abaixo de dois anos, segundo a Proteste. Os repelentes infantis das marcas Off! Kids e Johnson's Baby tiveram eficácia de 1 hora e 30 minutos. A proteção prometida porém era de 2 horas e 4 horas, respectivamente. Veja os resultados completos da avaliação de eficácia feita pela Proteste na tabela abaixo. A entidade também testou dois aplicativos para celular –para iOS e Android–, que prometem afastar os mosquitos com emissão sonora em diferentes frequências. Porém, segundo avaliação da Proteste, nenhum deles apresentou efeito por mais que 30 segundos. Para realizar a avaliação, quatro voluntários adultos aplicaram os produtos e colocaram o braço em uma gaiola com 200 mosquitos. A exposição foi repetida, por no máximo três minutos, a cada meia hora, até que eles levassem a primeira picada. OUTRO LADO Em nota, as empresas Kimberly-Clark Brasil, fabricante do Huggies Turma da Mônica, Reckitt Benckiser, do Repelex, Johnson & Johnson, do Johnson's Baby, Nutracom, do Xô Inseto! e o Laboratório Osler, do Exposis, afirmam que os produtos foram testados seguindo a metodologia exigida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo os comunicados, os repelentes tiveram eficácia comprovada pelo período indicado nas embalagens, inclusive contra o mosquito Aedes aegypti. As empresas ainda questionam a metodologia utilizada pela Proteste e as condições da avaliação, que não foram detalhadas às fabricantes. A reportagem não conseguiu entrar em contato com nenhum representante das empresas Ceras Johnson, do Off! e Off! Kids, e Farmax, da marca Moskitoff, no início da noite desta segunda.
cotidiano
Repelentes têm eficácia menor que a anunciada, diz órgão de defesa do consumidorA Proteste, entidade de defesa do consumidor, divulgou nesta segunda-feira (29) teste que revela que repelentes disponíveis no mercado protegem por menos tempo do que o informado no rótulo. Dez produtos foram testados –cinco de uso adulto, e cinco recomendado para crianças–, e apenas um foi aprovado. A eficácia dos repelentes foi testada contra o pernilongo comum e o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue. O repelente spray Moskitoff apresentou eficácia contra picadas por 2 horas, mesmo tempo informado no rótulo. Desta forma, foi o único produto aprovado no teste. Entre os repelentes para adultos, o que apresentou melhor eficácia foi o Exposis Extreme, do Laboratório Osler, com proteção média de 2 horas e 45 minutos contra os dois tipos de mosquito. Entretanto, a proteção anunciada na embalagem é de 10 horas. Os repelentes Super Repelex, Xô Inseto! e Moskitoff foram eficientes apenas contra o mosquito comum, apresentando curta proteção contra o Aedes aegypti. Além de ter a eficácia menor do que a anunciado, o repelente da marca Huggies Turma da Mônica não informa ao consumidor sobre a concentração do ativo IR3535, único indicado para crianças abaixo de dois anos, segundo a Proteste. Os repelentes infantis das marcas Off! Kids e Johnson's Baby tiveram eficácia de 1 hora e 30 minutos. A proteção prometida porém era de 2 horas e 4 horas, respectivamente. Veja os resultados completos da avaliação de eficácia feita pela Proteste na tabela abaixo. A entidade também testou dois aplicativos para celular –para iOS e Android–, que prometem afastar os mosquitos com emissão sonora em diferentes frequências. Porém, segundo avaliação da Proteste, nenhum deles apresentou efeito por mais que 30 segundos. Para realizar a avaliação, quatro voluntários adultos aplicaram os produtos e colocaram o braço em uma gaiola com 200 mosquitos. A exposição foi repetida, por no máximo três minutos, a cada meia hora, até que eles levassem a primeira picada. OUTRO LADO Em nota, as empresas Kimberly-Clark Brasil, fabricante do Huggies Turma da Mônica, Reckitt Benckiser, do Repelex, Johnson & Johnson, do Johnson's Baby, Nutracom, do Xô Inseto! e o Laboratório Osler, do Exposis, afirmam que os produtos foram testados seguindo a metodologia exigida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo os comunicados, os repelentes tiveram eficácia comprovada pelo período indicado nas embalagens, inclusive contra o mosquito Aedes aegypti. As empresas ainda questionam a metodologia utilizada pela Proteste e as condições da avaliação, que não foram detalhadas às fabricantes. A reportagem não conseguiu entrar em contato com nenhum representante das empresas Ceras Johnson, do Off! e Off! Kids, e Farmax, da marca Moskitoff, no início da noite desta segunda.
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Apps que monitoram sexo são faca de dois gumes, diz professora da USP
Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP, Carmita Abdo diz que os aplicativos sexuais podem ser um bom método para obter informações, mas é perigoso usá-los para se comparar com outros usuários. "O que é prazer para um pode não ser para outro." Isso porque alguns aplicativos prometem ser aliados do prazer. A partir de estatísticas colhidas durante os atos sexuais, os apps pretendem ajudar usuários a melhorar sua performance na cama. Trata-se de uma espécie de evolução dos rastreadores de atividades físicas, em voga por causa dos aplicativos de corrida, das pulseiras que monitoram as atividades dos usuários e, mais recentemente, de aparelhos como o Apple Watch -o produto avisa o usuário quando ele está muito tempo sentado. Eficiência dos aplicativos É uma faca de dois gumes. Muitos podem se beneficiar por se sentirem dentro da maioria. Mas não dá para garantir que todas as respostas sejam fidedignas. Histórico Não podemos medir a vida sexual por meio de estatísticas que não levam em conta a história da pessoa, o momento que ela vive. Média dos brasileiros Os 3 minutos e 30 segundos [tempo médio gasto no sexo no Brasil, segundo o Spreadsheets] estão abaixo do que usamos no mundo acadêmico, que é de 10 a 15 minutos. Mas, se for só a penetração, é razoável.
tec
Apps que monitoram sexo são faca de dois gumes, diz professora da USPCoordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP, Carmita Abdo diz que os aplicativos sexuais podem ser um bom método para obter informações, mas é perigoso usá-los para se comparar com outros usuários. "O que é prazer para um pode não ser para outro." Isso porque alguns aplicativos prometem ser aliados do prazer. A partir de estatísticas colhidas durante os atos sexuais, os apps pretendem ajudar usuários a melhorar sua performance na cama. Trata-se de uma espécie de evolução dos rastreadores de atividades físicas, em voga por causa dos aplicativos de corrida, das pulseiras que monitoram as atividades dos usuários e, mais recentemente, de aparelhos como o Apple Watch -o produto avisa o usuário quando ele está muito tempo sentado. Eficiência dos aplicativos É uma faca de dois gumes. Muitos podem se beneficiar por se sentirem dentro da maioria. Mas não dá para garantir que todas as respostas sejam fidedignas. Histórico Não podemos medir a vida sexual por meio de estatísticas que não levam em conta a história da pessoa, o momento que ela vive. Média dos brasileiros Os 3 minutos e 30 segundos [tempo médio gasto no sexo no Brasil, segundo o Spreadsheets] estão abaixo do que usamos no mundo acadêmico, que é de 10 a 15 minutos. Mas, se for só a penetração, é razoável.
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Famiglia Mancini e outras cantinas atraem público em busca dos pratos fartos da cozinha italiana
DE SÃO PAULO São Paulo incorporou as cantinas italianas, cobriu suas mesas com toalha xadrez, adaptou receitas e criou sua própria versão de restaurante. Veja a seguir seleção delas e "mangia che te fa bene". * Bráz Trattoria Trata-se de uma trattoria moderna, com pé-direito alto, encravada na cobertura do shopping Cidade Jardim, um dos templos do luxo paulistano. O cardápio, porém, não foge dos clássicos, como o bem servido file à parmigiana com espaguete (R$ 68). Av. Magalhães de Castro, 12.000, 4º piso, Butantã, região oeste, tel. 3198-9435. 150 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 18h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 18h30 às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 22h. * Cantina Gigio Com quase 40 anos, é uma cantina autêntica, daquelas que enchem suas mesas com grupos de turistas e locais. O clássico balcão de antepastos abre alas para as generosas porções de massa. Elas chegam à mesa mergulhadas em boa dose de molho, caso do tagliarini verde ao molho de tomates frescos com cogumelos e tiras de filé (R$ 188) para quatro pessoas. R. do Gasômetro, 254, Brás, região leste, tel. 3228-2045. 220 lugares. Seg. a qui., dom. e feriado.: 12h às 23h. Sex. e sáb.: 11h às 24h. * Famiglia Mancini A farta mesa de antepastos com quase cem opções é de encher os olhos, mas convém reservar apetite para os pratos principais. Entre as pedidas, destaque para o cabrito ao forno com fettucine ao sugo (R$ 156). O salão, abarrotado de penduricalhos, é uma atração à parte. R. Avanhandava, 81, Bela Vista, região central, tel. 3256-4320. 150 lugares. Seg. a qua.: 11h30 à 1h. Qui.: 11h30 à 1h30. Sex. e sáb.: 11h30 às 2h30. Dom.: 11h30 às 24h. * Jardim de Napoli O polpettone, recheado com mozarela e mergulhado em molho de tomate (R$ 60), é pedida quase obrigatória. Não come carne? Bem, sendo assim, aproveite o longo cardápio de massas, como o espaguete à napolitana com funghi fresco (R$ 53). R. Martinico Prado, 463, Vila Buarque, região central, tel. 3666-3022. 126 lugares. Seg.: 12h às 15h e 19h às 23h. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h e 19h às 23h. Feriado.: 12h às 16h e 19h às 23h. * Trattoria O restaurante aposta em pratos cantineiros, típicos do sul da Itália. O espaguete à carbonara é feito com parmesão, gema de ovo e guanciale (R$ 74). Na ala das carnes, aposte no polpettone ao forno, servido com batata rústica ou purê (R$ 83). R. Iguatemi, s/ nº, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3167-3322. 146 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sex. e sáb.: 12h às 16h e 19h à 1h. Dom.: 12h às 16h. * Hospedaria Não é uma cantina, mas a aposta da casa também é a "comida de imigrantes" que chegaram da Itália e tiveram que adaptar suas receitas com ingredientes que encontravam por aqui. Um dos resultados é o "risoto" feito com arroz agulhinha, frango, carne suína, legumes, ovo e queijo meia cura. R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca, região leste, tel. 2291-5629. 72 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 23h30. Dom.: 12h às 16h.
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Famiglia Mancini e outras cantinas atraem público em busca dos pratos fartos da cozinha italianaDE SÃO PAULO São Paulo incorporou as cantinas italianas, cobriu suas mesas com toalha xadrez, adaptou receitas e criou sua própria versão de restaurante. Veja a seguir seleção delas e "mangia che te fa bene". * Bráz Trattoria Trata-se de uma trattoria moderna, com pé-direito alto, encravada na cobertura do shopping Cidade Jardim, um dos templos do luxo paulistano. O cardápio, porém, não foge dos clássicos, como o bem servido file à parmigiana com espaguete (R$ 68). Av. Magalhães de Castro, 12.000, 4º piso, Butantã, região oeste, tel. 3198-9435. 150 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 18h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 18h30 às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 22h. * Cantina Gigio Com quase 40 anos, é uma cantina autêntica, daquelas que enchem suas mesas com grupos de turistas e locais. O clássico balcão de antepastos abre alas para as generosas porções de massa. Elas chegam à mesa mergulhadas em boa dose de molho, caso do tagliarini verde ao molho de tomates frescos com cogumelos e tiras de filé (R$ 188) para quatro pessoas. R. do Gasômetro, 254, Brás, região leste, tel. 3228-2045. 220 lugares. Seg. a qui., dom. e feriado.: 12h às 23h. Sex. e sáb.: 11h às 24h. * Famiglia Mancini A farta mesa de antepastos com quase cem opções é de encher os olhos, mas convém reservar apetite para os pratos principais. Entre as pedidas, destaque para o cabrito ao forno com fettucine ao sugo (R$ 156). O salão, abarrotado de penduricalhos, é uma atração à parte. R. Avanhandava, 81, Bela Vista, região central, tel. 3256-4320. 150 lugares. Seg. a qua.: 11h30 à 1h. Qui.: 11h30 à 1h30. Sex. e sáb.: 11h30 às 2h30. Dom.: 11h30 às 24h. * Jardim de Napoli O polpettone, recheado com mozarela e mergulhado em molho de tomate (R$ 60), é pedida quase obrigatória. Não come carne? Bem, sendo assim, aproveite o longo cardápio de massas, como o espaguete à napolitana com funghi fresco (R$ 53). R. Martinico Prado, 463, Vila Buarque, região central, tel. 3666-3022. 126 lugares. Seg.: 12h às 15h e 19h às 23h. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h e 19h às 23h. Feriado.: 12h às 16h e 19h às 23h. * Trattoria O restaurante aposta em pratos cantineiros, típicos do sul da Itália. O espaguete à carbonara é feito com parmesão, gema de ovo e guanciale (R$ 74). Na ala das carnes, aposte no polpettone ao forno, servido com batata rústica ou purê (R$ 83). R. Iguatemi, s/ nº, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3167-3322. 146 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sex. e sáb.: 12h às 16h e 19h à 1h. Dom.: 12h às 16h. * Hospedaria Não é uma cantina, mas a aposta da casa também é a "comida de imigrantes" que chegaram da Itália e tiveram que adaptar suas receitas com ingredientes que encontravam por aqui. Um dos resultados é o "risoto" feito com arroz agulhinha, frango, carne suína, legumes, ovo e queijo meia cura. R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca, região leste, tel. 2291-5629. 72 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 23h30. Dom.: 12h às 16h.
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'Não sei se Gabriel Jesus volta nesta temporada', diz Guardiola
O técnico Pep Guardiola comemorou o sucesso da operação de Gabriel Jesus no pé direito realizada na quinta-feira (16) em Manchester. Nesta sexta, o City havia divulgado uma foto do brasileiro no hospital. "A operação de Gabriel Jesus foi muito boa. É importante que ele tenha uma boa recuperação. Ele terá todo nosso apoio", disse durante entrevista coletiva nesta sexta-feira. "Eu não sei se ele jogará de novo nesta temporada. Dizem que ele pode ficar fora por dois ou três meses", completou o técnico sem dar uma informação precisa sobre o atacante. Neste sábado, contra o Huddersfield - pela quinta fase da Copa da Inglaterra - Sergio Agüero retomará posição de titular do City. E o treinador deposita confiança no argentino. "Não tenho dúvidas sobre Sergio Aguero. Ele tem que fazer o que tem feito desde o início da carreira. Nada mais. Claro que não é fácil para um atleta não jogar, mas ele tem sido muito profissional", completou. RECUPERAÇÃO O atacante brasileiro Gabriel Jesus, do Manchester City, se recupera de cirurgia realizada na quinta-feira (16), em Barcelona. O clube inglês divulgou uma imagem do ex-palmeirense após passar por operação. O atacante da seleção brasileira sofreu uma fratura no quinta metatarso do pé direito, em jogo pelo City na segunda-feira (13). "Sorridente e bem disposto depois de ter sido operado ao pé, em Barcelona. Rápidas e boas melhoras", afirmou o clube em texto publicado no Twitter oficial do Mancheser City.
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'Não sei se Gabriel Jesus volta nesta temporada', diz GuardiolaO técnico Pep Guardiola comemorou o sucesso da operação de Gabriel Jesus no pé direito realizada na quinta-feira (16) em Manchester. Nesta sexta, o City havia divulgado uma foto do brasileiro no hospital. "A operação de Gabriel Jesus foi muito boa. É importante que ele tenha uma boa recuperação. Ele terá todo nosso apoio", disse durante entrevista coletiva nesta sexta-feira. "Eu não sei se ele jogará de novo nesta temporada. Dizem que ele pode ficar fora por dois ou três meses", completou o técnico sem dar uma informação precisa sobre o atacante. Neste sábado, contra o Huddersfield - pela quinta fase da Copa da Inglaterra - Sergio Agüero retomará posição de titular do City. E o treinador deposita confiança no argentino. "Não tenho dúvidas sobre Sergio Aguero. Ele tem que fazer o que tem feito desde o início da carreira. Nada mais. Claro que não é fácil para um atleta não jogar, mas ele tem sido muito profissional", completou. RECUPERAÇÃO O atacante brasileiro Gabriel Jesus, do Manchester City, se recupera de cirurgia realizada na quinta-feira (16), em Barcelona. O clube inglês divulgou uma imagem do ex-palmeirense após passar por operação. O atacante da seleção brasileira sofreu uma fratura no quinta metatarso do pé direito, em jogo pelo City na segunda-feira (13). "Sorridente e bem disposto depois de ter sido operado ao pé, em Barcelona. Rápidas e boas melhoras", afirmou o clube em texto publicado no Twitter oficial do Mancheser City.
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Nova lei que limita meia-entrada e torna carteirinha obrigatória beneficia estudantes? Não
MEIA-ENTRADA SEM MEIAS PALAVRAS Em 2001, ainda como representante estudantil, me incomodei com o monopólio da produção descontrolada de carteiras de estudantes pela UNE e contestei seu monopólio com um pequeno grupo. Fomos atendidos pela medida provisória 2.208/2001. O texto da MP, sobre comprovação da qualidade de estudante como condição de acesso à meia-entrada, foi aprovado e derrubou a reserva de mercado, consolidando a democratização do acesso à cultura para quem mais precisava. Há dois anos, porém, o Estatuto da Juventude retomou esse debate e, por infelicidade, encerrou aquela conquista universal que não exigia a filiação associativa a uma entidade que pouco representa a classe. Agora, com a maior crise econômica brasileira já vivida pelas presentes gerações, a presidente da República, em busca de sustentação política e de sobrevivência, decretou a regulamentação do direito à meia-entrada –com dois anos de atraso, diga-se–, obrigando os jovens a adquirir a CIE (Carteira de Identidade Estudantil), mais um documento da série que o brasileiro é obrigado a ter em pleno século 21. Não bastasse retornar ao século passado, quando a emissão dos documentos de identificação estudantil era centralizada pela UNE, a nova legislação limita a meia-entrada a uma cota de 40% dos ingressos disponíveis para cada evento. Há mais uma flexibilização esperta: o limite deverá ser respeitado até 48 horas antes do evento, o que significa que a partir dali os ingressos serão vendidos pelo preço inteiro. Muitas coisas estão fora do lugar. A primeira delas é o fato de tratarmos equivocadamente o direito de acesso à cultura. Agora, um jovem aos 18 anos em plena formação intelectual, mas que, por falta de oportunidade, tenha interrompido os estudos, teve seu direito de acesso à cultura extinto pela presidente Dilma por meio do decreto federal nº 8.537/2015. Isso não aconteceria se fosse estabelecido o critério de idade como garantia de acesso. Em segundo lugar, a descabida proliferação de beneficiários elevou os preços, resultando na máxima "tudo pela metade do dobro". Ocorreu, portanto, a maximização de preços ao longo dos anos, uma vez que 3 a cada 4 ingressos são adquiridos pela meia-entrada, por meio de algum tipo de benefício. Nesse contexto, a demanda de grandes grupos promotores e proprietários de equipamentos culturais pela redução de beneficiários foi atendida, mas atingiu quem mais deveria ter o direito: o jovem de até 29 anos, faixa etária abrangida pelo Estatuto da Juventude. Em terceiro lugar, o momento da decisão não poderia ser pior. A crise econômica, a inevitável diminuição de recursos para a área cultural e a evidente diminuição de público farão com que todos percam. Nem os preços se ajustarão para baixo, dados a desconfiança econômica, a inflação e o silêncio do mercado, e tampouco aqueles que perderão o benefício, pela lógica da trava de 40%, pagarão valores inteiros. Arrisco dizer que assistiremos à mais acentuada queda de público em eventos culturais dos últimos tempos. Subtraída a ansiedade da geração jovem e tecnológica que tem necessidade de viver o minuto como se fosse uma década, não há o que substitua o tempo perdido às oportunidades de formação cultural. Haverá quem diga que isso será passageiro, que tudo se corrigirá e voltará ao normal. Aqueles que vociferarem essa tolice provavelmente tiveram seus direitos de acesso à cultura cassados na sua juventude. LUIS SOBRAL, 37, é diretor-executivo da Apaa - Associação Paulista dos Amigos da Arte e foi secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2011 e 2012) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Nova lei que limita meia-entrada e torna carteirinha obrigatória beneficia estudantes? NãoMEIA-ENTRADA SEM MEIAS PALAVRAS Em 2001, ainda como representante estudantil, me incomodei com o monopólio da produção descontrolada de carteiras de estudantes pela UNE e contestei seu monopólio com um pequeno grupo. Fomos atendidos pela medida provisória 2.208/2001. O texto da MP, sobre comprovação da qualidade de estudante como condição de acesso à meia-entrada, foi aprovado e derrubou a reserva de mercado, consolidando a democratização do acesso à cultura para quem mais precisava. Há dois anos, porém, o Estatuto da Juventude retomou esse debate e, por infelicidade, encerrou aquela conquista universal que não exigia a filiação associativa a uma entidade que pouco representa a classe. Agora, com a maior crise econômica brasileira já vivida pelas presentes gerações, a presidente da República, em busca de sustentação política e de sobrevivência, decretou a regulamentação do direito à meia-entrada –com dois anos de atraso, diga-se–, obrigando os jovens a adquirir a CIE (Carteira de Identidade Estudantil), mais um documento da série que o brasileiro é obrigado a ter em pleno século 21. Não bastasse retornar ao século passado, quando a emissão dos documentos de identificação estudantil era centralizada pela UNE, a nova legislação limita a meia-entrada a uma cota de 40% dos ingressos disponíveis para cada evento. Há mais uma flexibilização esperta: o limite deverá ser respeitado até 48 horas antes do evento, o que significa que a partir dali os ingressos serão vendidos pelo preço inteiro. Muitas coisas estão fora do lugar. A primeira delas é o fato de tratarmos equivocadamente o direito de acesso à cultura. Agora, um jovem aos 18 anos em plena formação intelectual, mas que, por falta de oportunidade, tenha interrompido os estudos, teve seu direito de acesso à cultura extinto pela presidente Dilma por meio do decreto federal nº 8.537/2015. Isso não aconteceria se fosse estabelecido o critério de idade como garantia de acesso. Em segundo lugar, a descabida proliferação de beneficiários elevou os preços, resultando na máxima "tudo pela metade do dobro". Ocorreu, portanto, a maximização de preços ao longo dos anos, uma vez que 3 a cada 4 ingressos são adquiridos pela meia-entrada, por meio de algum tipo de benefício. Nesse contexto, a demanda de grandes grupos promotores e proprietários de equipamentos culturais pela redução de beneficiários foi atendida, mas atingiu quem mais deveria ter o direito: o jovem de até 29 anos, faixa etária abrangida pelo Estatuto da Juventude. Em terceiro lugar, o momento da decisão não poderia ser pior. A crise econômica, a inevitável diminuição de recursos para a área cultural e a evidente diminuição de público farão com que todos percam. Nem os preços se ajustarão para baixo, dados a desconfiança econômica, a inflação e o silêncio do mercado, e tampouco aqueles que perderão o benefício, pela lógica da trava de 40%, pagarão valores inteiros. Arrisco dizer que assistiremos à mais acentuada queda de público em eventos culturais dos últimos tempos. Subtraída a ansiedade da geração jovem e tecnológica que tem necessidade de viver o minuto como se fosse uma década, não há o que substitua o tempo perdido às oportunidades de formação cultural. Haverá quem diga que isso será passageiro, que tudo se corrigirá e voltará ao normal. Aqueles que vociferarem essa tolice provavelmente tiveram seus direitos de acesso à cultura cassados na sua juventude. LUIS SOBRAL, 37, é diretor-executivo da Apaa - Associação Paulista dos Amigos da Arte e foi secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2011 e 2012) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Leitores comentam declarações de Dilma sobre petrolão
A presidente culpou o PSDB pelo escândalo (Dilma culpa PSDB por corrupção na estatal). Ao dizer que se tivessem investigado e punido o funcionário que por mais de 20 anos ajudou a desviar dinheiro da Petrobras o escândalo não teria existido, ela esquece que foi presidente do Conselho de Administração da empresa. Deu dois tiros, um em cada pé: como diretora e como presidenta. JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP) * Tudo bem que a corrupção na Petrobras começou no governo FHC, mas então não era obrigação do partido que empunhava a bandeira da honestidade, moralidade e ética acabar com essa corrupção quando chegasse ao poder? No entanto, parece que ela foi aperfeiçoada, quase institucionalizada. A culpa nunca é do PT, sempre dos outros? MARIA DO ROCIO BARSZCZ (Campo Largo, Paraná) * Em conversa com os jornalistas na sexta-feira (20), após setenta dias de silêncio total, a presidente Dilma falou que se a corrupção na Petrobras fosse apurada na origem, entre 96 e 97, no governo FHC, o cenário hoje seria diferente. Por que ao invés de dar um basta nessa situação e levar à justiça todos os envolvidos, os governos Lula e Dilma aderiram e aprimoraram a corrupção supostamente instalada na Petrobras? A presidente Dilma também irá insistir na correção de 4,5% na tabela do imposto de renda, o Congresso aprovou 6,5%, pois o aumento não caberia no orçamento federal. Nessa questão do imposto de renda, a presidente está certa, pois com um deficit orçamentário de R$ 17,242 bilhões em 2014, o pior desde 1997, mais os quase 900 mil cargos distribuídos entre os 39 ministérios e a presidência, haverá o risco de faltar dinheiro até para comprar papel higiênico para tantos funcionários. EDGARD GOBBI (Campinas, SP) * Merece séria reflexão o lúcido comentário de Eliane Trindade (Mãos Limpas ) sobre as consequências da operação na Itália que exterminou partidos, lideranças e culminou no urgimento da Forza Italia e do magnata e sátiro Berlusconi. É necessário evitar que a Lava Jato tenha o mesmo resultado pela generalização do descrédito de políticos e de partidos, abrindo caminho para novos aventureiros. Ou já esquecemos de Collor, o "caçador de marajás"? Ou de antes dele, dos militares que prometeram extirpar a corrupção e nos deram trágicos 21 anos de ditadura? ANTONIO VISCONTI, procurador de Justiça aposentado (São Paulo, SP) * Esse ministro (Ministro da Justiça teve 3 encontros com advogados de réus da Lava Jato ) é especialista em dizer que tudo o que faz é normal, o que poderia até fazer sentido se não fosse evidente o tratamento "diferenciado" aos amigos do rei. Agora, é absolutamente normal e republicano receber advogados. PAULO MAGALHÃES, advogado (Paris, França) * Em seu documento em defesa da Petrobras, a CUT acusa a imprensa de massacrar a empresa com objetivos econômicos, ou seja, privatização (O petrolão segundo a CUT ). O controle da mídia é a grande meta de regimes pouco afeitos à democracia, enquanto que, na verdade, ela é sua principal guardiã. Como negar as delações premiadas, as propostas de devolução de grandes somas? O superfaturamento de contratos? O controle político de cargos técnicos? MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam declarações de Dilma sobre petrolãoA presidente culpou o PSDB pelo escândalo (Dilma culpa PSDB por corrupção na estatal). Ao dizer que se tivessem investigado e punido o funcionário que por mais de 20 anos ajudou a desviar dinheiro da Petrobras o escândalo não teria existido, ela esquece que foi presidente do Conselho de Administração da empresa. Deu dois tiros, um em cada pé: como diretora e como presidenta. JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP) * Tudo bem que a corrupção na Petrobras começou no governo FHC, mas então não era obrigação do partido que empunhava a bandeira da honestidade, moralidade e ética acabar com essa corrupção quando chegasse ao poder? No entanto, parece que ela foi aperfeiçoada, quase institucionalizada. A culpa nunca é do PT, sempre dos outros? MARIA DO ROCIO BARSZCZ (Campo Largo, Paraná) * Em conversa com os jornalistas na sexta-feira (20), após setenta dias de silêncio total, a presidente Dilma falou que se a corrupção na Petrobras fosse apurada na origem, entre 96 e 97, no governo FHC, o cenário hoje seria diferente. Por que ao invés de dar um basta nessa situação e levar à justiça todos os envolvidos, os governos Lula e Dilma aderiram e aprimoraram a corrupção supostamente instalada na Petrobras? A presidente Dilma também irá insistir na correção de 4,5% na tabela do imposto de renda, o Congresso aprovou 6,5%, pois o aumento não caberia no orçamento federal. Nessa questão do imposto de renda, a presidente está certa, pois com um deficit orçamentário de R$ 17,242 bilhões em 2014, o pior desde 1997, mais os quase 900 mil cargos distribuídos entre os 39 ministérios e a presidência, haverá o risco de faltar dinheiro até para comprar papel higiênico para tantos funcionários. EDGARD GOBBI (Campinas, SP) * Merece séria reflexão o lúcido comentário de Eliane Trindade (Mãos Limpas ) sobre as consequências da operação na Itália que exterminou partidos, lideranças e culminou no urgimento da Forza Italia e do magnata e sátiro Berlusconi. É necessário evitar que a Lava Jato tenha o mesmo resultado pela generalização do descrédito de políticos e de partidos, abrindo caminho para novos aventureiros. Ou já esquecemos de Collor, o "caçador de marajás"? Ou de antes dele, dos militares que prometeram extirpar a corrupção e nos deram trágicos 21 anos de ditadura? ANTONIO VISCONTI, procurador de Justiça aposentado (São Paulo, SP) * Esse ministro (Ministro da Justiça teve 3 encontros com advogados de réus da Lava Jato ) é especialista em dizer que tudo o que faz é normal, o que poderia até fazer sentido se não fosse evidente o tratamento "diferenciado" aos amigos do rei. Agora, é absolutamente normal e republicano receber advogados. PAULO MAGALHÃES, advogado (Paris, França) * Em seu documento em defesa da Petrobras, a CUT acusa a imprensa de massacrar a empresa com objetivos econômicos, ou seja, privatização (O petrolão segundo a CUT ). O controle da mídia é a grande meta de regimes pouco afeitos à democracia, enquanto que, na verdade, ela é sua principal guardiã. Como negar as delações premiadas, as propostas de devolução de grandes somas? O superfaturamento de contratos? O controle político de cargos técnicos? MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Erupção de vulcão gera 'manto' de cinzas na Indonésia; assista
O vulcão Sinabung, na ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia, continua a expelir grandes nuvens de cinzas, que avançam em direção às casas próximas. Assista o vídeo. Mais de 10 mil moradores da área de risco foram retirados e autoridades monitoram as atividades do vulcão. O nível máximo de alerta havia sido decretado em junho.
bbc
Erupção de vulcão gera 'manto' de cinzas na Indonésia; assistaO vulcão Sinabung, na ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia, continua a expelir grandes nuvens de cinzas, que avançam em direção às casas próximas. Assista o vídeo. Mais de 10 mil moradores da área de risco foram retirados e autoridades monitoram as atividades do vulcão. O nível máximo de alerta havia sido decretado em junho.
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Seleção feminina de futebol vai enfrentar China, Suécia e África do Sul na 1ª fase
DE SÃO PAULO A seleção feminina de futebol do Brasil enfrentará China, Suécia e África do Sul na primeira fase do torneio olímpico. O time comandado por Vadão estreia contra as chinesas no dia 3 de agosto, às 16h, no Engenhão, no Rio. A definição dos rivais da seleção brasileira foi feita nesta quinta-feira (14), em sorteio realizado no auditório do Maracanã. Tabela do futebol na Olimpíada - feminino Além das chinesas, o Brasil enfrentará a Suécia no dia 6, às 22h, também no Engenhão. A última partida da fase classificatória será às 21h do dia 9 em Manaus. Estas quatro seleções integram o Grupo E. O torneio feminino de futebol na Rio-2016 é disputado entre 12 equipes, divididas em três grupos. Os dois melhores colocados de cada grupo se classificam para as quartas de final. Dois melhores terceiros colocados também garantes vaga. A seleção feminina de futebol do Brasil nunca conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Em 2004, na Grécia, e em 2008, na China, o país perdeu as finais e ficou com a medalha de prata. GRUPOS DO FUTEBOL FEMININO NA RIO-2016 Grupo E: Brasil, China, Suécia e África do Sul Grupo F: Canadá, Austrália, Zimbábue e Alemanha Grupo G: Estados Unidos, Nova Zelândia, França e Colômbia MASCULINO A seleção brasileira masculina de futebol estreia no torneio olímpico de 2016 contra a África do Sul. O jogo será em Brasília, no Mané Garrincha, às 16h, no dia 4 de agosto. Cabeça de chave do grupo A, a seleção, que será comandada por Dunga, enfrentará ainda o Iraque, também na capital federal, no dia 7 de agosto, às 22h. Na última rodada da fase classificatória, a equipe a Dinamarca às 22h em Salvador.
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Seleção feminina de futebol vai enfrentar China, Suécia e África do Sul na 1ª fase DE SÃO PAULO A seleção feminina de futebol do Brasil enfrentará China, Suécia e África do Sul na primeira fase do torneio olímpico. O time comandado por Vadão estreia contra as chinesas no dia 3 de agosto, às 16h, no Engenhão, no Rio. A definição dos rivais da seleção brasileira foi feita nesta quinta-feira (14), em sorteio realizado no auditório do Maracanã. Tabela do futebol na Olimpíada - feminino Além das chinesas, o Brasil enfrentará a Suécia no dia 6, às 22h, também no Engenhão. A última partida da fase classificatória será às 21h do dia 9 em Manaus. Estas quatro seleções integram o Grupo E. O torneio feminino de futebol na Rio-2016 é disputado entre 12 equipes, divididas em três grupos. Os dois melhores colocados de cada grupo se classificam para as quartas de final. Dois melhores terceiros colocados também garantes vaga. A seleção feminina de futebol do Brasil nunca conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Em 2004, na Grécia, e em 2008, na China, o país perdeu as finais e ficou com a medalha de prata. GRUPOS DO FUTEBOL FEMININO NA RIO-2016 Grupo E: Brasil, China, Suécia e África do Sul Grupo F: Canadá, Austrália, Zimbábue e Alemanha Grupo G: Estados Unidos, Nova Zelândia, França e Colômbia MASCULINO A seleção brasileira masculina de futebol estreia no torneio olímpico de 2016 contra a África do Sul. O jogo será em Brasília, no Mané Garrincha, às 16h, no dia 4 de agosto. Cabeça de chave do grupo A, a seleção, que será comandada por Dunga, enfrentará ainda o Iraque, também na capital federal, no dia 7 de agosto, às 22h. Na última rodada da fase classificatória, a equipe a Dinamarca às 22h em Salvador.
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Sabe o que é tchoukball? Crianças têm aulas gratuitas do esporte
Uma quadra, uma bola e duas equipes com sete jogadores. Poderia ser o cenário de uma partida de handebol, mas não é. Esses elementos são usados em um esporte chamado tchoukball, uma mistura de vôlei, handebol e basquete. A partir desta segunda (23), crianças poderão conhecer e praticar o esporte em aulas gratuitas no Clube Escola Novo Glicério, na região central de São Paulo, organizadas pelo Sesc Carmo. A atividade será realizada até a próxima quinta (26) em um espaço externo, que pode ser alterado se chover. Os interessados devem confirmar o local das aulas pelo telefone (11) 3111-7022. Abaixo, confira as regras básicas do tchoukball – desenvolvido na década de 1970 pelo médico suíço Hermann Brandt–, segundo a Associação Brasileira de Tchoukball. * 1. O tchoukball é jogado entre duas equipes com sete jogadores 2. A quadra tem as dimensões do basquete (28 metros de comprimento e 15 metros de largura), e são necessários uma bola e dois quadros (semelhantes a trampolins inclinados), posicionados nas extremidades da quadra 3. Na prática, não há um lado para cada equipe; o campo de jogo é compartilhado por todos 4. O objetivo da equipe atacante é fazer com que a bola rebata em um dos quadros para que ela caia na quadra, sem que a outra equipe a recupere 5. Para arremessar no quadro é permitido até três passes para cada equipe 6. Durante o ataque, a outra equipe não pode interceptar a bola ou atrapalhar o adversário. Todo ato de perturbação ou obstrução de jogo é proibido, tanto no ataque quanto na defesa 7. Os defensores devem acompanhar o ataque adversário, mas podem apenas se antecipar ao arremesso, preparando-se para agarrar a bola que foi rebatida do quadro 8. O tchoukball também pode ser jogado em outras superfícies, como grama, areia e piscina PARA CONFERIR Aulas de Tchoukball ONDE Clube Escola Novo Glicério - av. Frederico Alvarenga, 391, Sé; tel.: (11) 3111-7000 QUANDO 23 a 26 de novembro, das 9h30 às 11h e das 14h30 às 16h QUANTO grátis INDICAÇÃO a partir de 7 anos Veja como se joga
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Sabe o que é tchoukball? Crianças têm aulas gratuitas do esporteUma quadra, uma bola e duas equipes com sete jogadores. Poderia ser o cenário de uma partida de handebol, mas não é. Esses elementos são usados em um esporte chamado tchoukball, uma mistura de vôlei, handebol e basquete. A partir desta segunda (23), crianças poderão conhecer e praticar o esporte em aulas gratuitas no Clube Escola Novo Glicério, na região central de São Paulo, organizadas pelo Sesc Carmo. A atividade será realizada até a próxima quinta (26) em um espaço externo, que pode ser alterado se chover. Os interessados devem confirmar o local das aulas pelo telefone (11) 3111-7022. Abaixo, confira as regras básicas do tchoukball – desenvolvido na década de 1970 pelo médico suíço Hermann Brandt–, segundo a Associação Brasileira de Tchoukball. * 1. O tchoukball é jogado entre duas equipes com sete jogadores 2. A quadra tem as dimensões do basquete (28 metros de comprimento e 15 metros de largura), e são necessários uma bola e dois quadros (semelhantes a trampolins inclinados), posicionados nas extremidades da quadra 3. Na prática, não há um lado para cada equipe; o campo de jogo é compartilhado por todos 4. O objetivo da equipe atacante é fazer com que a bola rebata em um dos quadros para que ela caia na quadra, sem que a outra equipe a recupere 5. Para arremessar no quadro é permitido até três passes para cada equipe 6. Durante o ataque, a outra equipe não pode interceptar a bola ou atrapalhar o adversário. Todo ato de perturbação ou obstrução de jogo é proibido, tanto no ataque quanto na defesa 7. Os defensores devem acompanhar o ataque adversário, mas podem apenas se antecipar ao arremesso, preparando-se para agarrar a bola que foi rebatida do quadro 8. O tchoukball também pode ser jogado em outras superfícies, como grama, areia e piscina PARA CONFERIR Aulas de Tchoukball ONDE Clube Escola Novo Glicério - av. Frederico Alvarenga, 391, Sé; tel.: (11) 3111-7000 QUANDO 23 a 26 de novembro, das 9h30 às 11h e das 14h30 às 16h QUANTO grátis INDICAÇÃO a partir de 7 anos Veja como se joga
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Latam terá voo entre Punta del Este e São Paulo a partir de julho
A companhia aérea Latam Airlines operará a partir do próximo dia de 2 de julho a conexão entre Punta del Este, no sul do Uruguai e considerado o principal balneário turístico estival do país, e São Paulo, informou o Ministério do Turismo uruguaio na última sexta-feira (15). "Esta é uma notícia muito importante para nós porque nos permite nos conectarmos com mais de 100 cidades e mais de 34 países", disse à Agência Efe a ministra do Turismo, Liliam Kechichián, em relação à grande quantidade de destinos que o aeroporto de São Paulo opera. O acordo para esta ponte aérea foi assinado pelo grupo Enjoy Conrad, que administra um cassino e um hotel em Punta del Este, e a companhia aérea Latam Airlines, que oferecerá dois voos semanais entre as cidades, quantidade que pode aumentar na alta temporada. Kechichián disse hoje que nos quatro primeiros meses de 2015 houve um crescimento "substancial" de turistas brasileiros ao país. "Trata-se de um mercado em que não temos teto e podemos continuar a crescer", concluiu.
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Latam terá voo entre Punta del Este e São Paulo a partir de julhoA companhia aérea Latam Airlines operará a partir do próximo dia de 2 de julho a conexão entre Punta del Este, no sul do Uruguai e considerado o principal balneário turístico estival do país, e São Paulo, informou o Ministério do Turismo uruguaio na última sexta-feira (15). "Esta é uma notícia muito importante para nós porque nos permite nos conectarmos com mais de 100 cidades e mais de 34 países", disse à Agência Efe a ministra do Turismo, Liliam Kechichián, em relação à grande quantidade de destinos que o aeroporto de São Paulo opera. O acordo para esta ponte aérea foi assinado pelo grupo Enjoy Conrad, que administra um cassino e um hotel em Punta del Este, e a companhia aérea Latam Airlines, que oferecerá dois voos semanais entre as cidades, quantidade que pode aumentar na alta temporada. Kechichián disse hoje que nos quatro primeiros meses de 2015 houve um crescimento "substancial" de turistas brasileiros ao país. "Trata-se de um mercado em que não temos teto e podemos continuar a crescer", concluiu.
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Mistério das águas escuras nas Cataratas do Niágara é desvendado
Quando as águas das famosas Cataratas do Niágara, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, apareceram escuras e fedidas, no último sábado, visitantes ficaram em alerta. O temor era de que se tratasse de um vazamento de óleo. Nesta segunda-feira, porém, o mistério foi desvendado. A mancha escura malcheirosa foi causada por resíduos produzidos pelos filtros de carvão que são usados para limpar a água. Esses resíduos foram despejados na água durante trabalhos de manutenção no sábado, segundo autoridades americanas. A Niagara Falls Water Board (NFWB), administradora do local, pediu desculpas pelo alarme causado entre moradores e turistas. Em comunicado, a administradora disse que a "água tingida" era resultado de "mudanças rotineiras, necessárias e de curto prazo feitas no processo de tratamento dos resíduos" na planta da NFWB perto da cidade americana de Buffalo. "A água escurecida continha alguns sólidos acumulados e resíduos de carbono, dentro dos limites permitidos. Não havia ali nenhum tipo de óleo ou solvente orgânico", agregou o comunicado. "O odor infeliz limitou-se ao cheiro normal de descarga de água de esgoto." Autoridades dizem que a planta de tratamento tinha autorização para liberar os resíduos na água. Um dos primeiros a notar o escurecimento das águas foi Pat Proctor, vice-presidente da Rainbow Air, que realiza tours de helicóptero sobre as cataratas. Ele afirmou que os resíduos escuros continuaram nas águas por diversas horas no sábado, até se dissiparem. "Eu só rezava para que não fosse um vazamento de óleo", disse Proctor à BBC. "(A mancha) se espalhou por meia milha (800 metros), parecia muito ameaçadora e tinha um cheiro horrível." Em geral, descargas desse tipo não ocorrem durante as temporadas altas no turismo (caso do fim de semana passado), queixou-se.
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Mistério das águas escuras nas Cataratas do Niágara é desvendadoQuando as águas das famosas Cataratas do Niágara, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, apareceram escuras e fedidas, no último sábado, visitantes ficaram em alerta. O temor era de que se tratasse de um vazamento de óleo. Nesta segunda-feira, porém, o mistério foi desvendado. A mancha escura malcheirosa foi causada por resíduos produzidos pelos filtros de carvão que são usados para limpar a água. Esses resíduos foram despejados na água durante trabalhos de manutenção no sábado, segundo autoridades americanas. A Niagara Falls Water Board (NFWB), administradora do local, pediu desculpas pelo alarme causado entre moradores e turistas. Em comunicado, a administradora disse que a "água tingida" era resultado de "mudanças rotineiras, necessárias e de curto prazo feitas no processo de tratamento dos resíduos" na planta da NFWB perto da cidade americana de Buffalo. "A água escurecida continha alguns sólidos acumulados e resíduos de carbono, dentro dos limites permitidos. Não havia ali nenhum tipo de óleo ou solvente orgânico", agregou o comunicado. "O odor infeliz limitou-se ao cheiro normal de descarga de água de esgoto." Autoridades dizem que a planta de tratamento tinha autorização para liberar os resíduos na água. Um dos primeiros a notar o escurecimento das águas foi Pat Proctor, vice-presidente da Rainbow Air, que realiza tours de helicóptero sobre as cataratas. Ele afirmou que os resíduos escuros continuaram nas águas por diversas horas no sábado, até se dissiparem. "Eu só rezava para que não fosse um vazamento de óleo", disse Proctor à BBC. "(A mancha) se espalhou por meia milha (800 metros), parecia muito ameaçadora e tinha um cheiro horrível." Em geral, descargas desse tipo não ocorrem durante as temporadas altas no turismo (caso do fim de semana passado), queixou-se.
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Assassino no Brasil tem 92% de chances de impunidade, diz leitor que defende porte de armas
No Brasil, de cada 100 homicídios somente 8 ou menos são solucionados, ou seja, o homicida tem 92% de chances de não ser punido. São quase 60 mil homicídios por ano no país, mais que o número de norte-americanos mortos em toda a Guerra do Vietnã. E o governo tem a cara de pau de dizer que você não precisa de uma arma para se defender (Debate sobre controle de armas renasce no Brasil ). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Assassino no Brasil tem 92% de chances de impunidade, diz leitor que defende porte de armasNo Brasil, de cada 100 homicídios somente 8 ou menos são solucionados, ou seja, o homicida tem 92% de chances de não ser punido. São quase 60 mil homicídios por ano no país, mais que o número de norte-americanos mortos em toda a Guerra do Vietnã. E o governo tem a cara de pau de dizer que você não precisa de uma arma para se defender (Debate sobre controle de armas renasce no Brasil ). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Mortes: Sobreviveu a naufrágio na 2ª Guerra Mundial
Náufrago no mar da Bahia, Dálvaro de Oliveira rezou. "Valei-me, meu Santo Antônio". O ano era 1942. O navio em que o soldado de 22 anos estava acabara de ser destruído por torpedos de um submarino alemão. Dias antes, o mesmo submarino já havia afundado outros três navios brasileiros. Praticamente todo o comando do qual o soldado fazia parte morreu no naufrágio. No mar, ele viu um amigo ser engolido por um tubarão. Viu ainda o navio que deveria resgatá-lo ser destruído por mais torpedos alemães. Depois de resgatado, prometeu ir à guerra contra os nazistas, se preciso fosse, e vingar a morte de seus colegas. Dálvaro foi assim personagem do fato histórico que provocou a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial. Um ano e meio depois, o soldado embarcou para a Europa com a missão de, junto com a Força Expedicionária Brasileira, romper a defesa alemã no norte da Itália. Com capacetes de pano, os pracinhas tentavam driblar o rigoroso frio europeu colocando jornal sob a farda e feno nas galochas. Após a rendição alemã, o soldado voltou ao Brasil, casou-se com Eufrosina e criou nove filhos. Em sua aposentadoria, passou longas tardes ouvindo discos de sambas e marchinhas de carnaval e papeando com seus amigos do bairro de Madureira, no Rio. Dizia a seus filhos que desejava ver os blocos de rua do Carnaval passarem em frente a sua casa. Morreu uma semana antes, no dia 2, aos 95 anos, de pneumonia. Uma missa será rezada nesta segunda (15), às 19h30, na igreja São Brás. coluna.obituario@grupofolha.com.br - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTA SEGUNDA Amelia Katz - Aos 65. Deixa os filhos Ioram, Daniella e David, irmãos, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. Andrea Cristine Ismael Liberato Stum - Aos 49. Casada com Luiz Augusto Stum, deixa os filhos Ariane e Aviner. Cemitério Municipal de Bebedouro. Carlota Hochheimer de Thalheimer - Aos 73. Deixa as filhas Sandra e Melanie e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Mauro Aranovich - Aos 57. Deixa irmãos. Cemitério Israelita do Butantã. Moyses Guttemberg Netto - Aos 76. Casado com Maria Mnitentang Guttemberg. Deixa a filha Silvia e netos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Luiza Bezerra de Oliveira - Nesta segunda (15), às 18h30, na catedral Senhor do Bonfim, praça da Matriz, Cateus (CE); às 19h, na igreja de São Paulo Apóstolo, QE 07 Lote F - A. E., Guará 1; às 18h45, na igreja Sagrado Coração de Jesus, av. Duque de Caxias, 235, Fortaleza; às 19h, na igreja Nossa Senhora da Piedade, av. Bernardo Vieria de Melo, 1.300, Jaboatão dos Guararapes (PE). Manoel Raphael Aranha Peixe - Nesta segunda (15), às 18h30, na ig. S. Gabriel, av. São Gabriel, 108, Jd. Pta. Maria Amélia de Carvalho Bruni - Nesta segunda (15), às 18h, na igreja N. S. Mãe da Igreja, al. Franca, 889, Jd. Paulista. Tom Murakami - Na terça (16), às 18h, na igreja N. S. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema. * 30º DIA Luiz Eduardo Reis de Toledo Barros - Na terça (16), às 19h, igreja Santa Teresinha, r. Maranhão, 617, Higienópolis. * 1º ANO Albertina Costa Mascaro - Nesta segunda (15), às 7h, na igreja de Santa Cecília, largo de Santa Cecília, s/nº, Santa Cecília. Maria Helena Gregori - Nesta segunda (15), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Wagner Felipe de Souza Weidebach - Nesta segunda (15), às 18h30, na igreja Assunção de N. S., al. Lorena, 665, Jd. Paulista. * 5º ANO Rosa Malzone Lourenço - Nesta segunda (15), às 19h, na igreja Santa Terezinha, r. Maranhão, 617, Higienópolis.
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Mortes: Sobreviveu a naufrágio na 2ª Guerra MundialNáufrago no mar da Bahia, Dálvaro de Oliveira rezou. "Valei-me, meu Santo Antônio". O ano era 1942. O navio em que o soldado de 22 anos estava acabara de ser destruído por torpedos de um submarino alemão. Dias antes, o mesmo submarino já havia afundado outros três navios brasileiros. Praticamente todo o comando do qual o soldado fazia parte morreu no naufrágio. No mar, ele viu um amigo ser engolido por um tubarão. Viu ainda o navio que deveria resgatá-lo ser destruído por mais torpedos alemães. Depois de resgatado, prometeu ir à guerra contra os nazistas, se preciso fosse, e vingar a morte de seus colegas. Dálvaro foi assim personagem do fato histórico que provocou a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial. Um ano e meio depois, o soldado embarcou para a Europa com a missão de, junto com a Força Expedicionária Brasileira, romper a defesa alemã no norte da Itália. Com capacetes de pano, os pracinhas tentavam driblar o rigoroso frio europeu colocando jornal sob a farda e feno nas galochas. Após a rendição alemã, o soldado voltou ao Brasil, casou-se com Eufrosina e criou nove filhos. Em sua aposentadoria, passou longas tardes ouvindo discos de sambas e marchinhas de carnaval e papeando com seus amigos do bairro de Madureira, no Rio. Dizia a seus filhos que desejava ver os blocos de rua do Carnaval passarem em frente a sua casa. Morreu uma semana antes, no dia 2, aos 95 anos, de pneumonia. Uma missa será rezada nesta segunda (15), às 19h30, na igreja São Brás. coluna.obituario@grupofolha.com.br - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTA SEGUNDA Amelia Katz - Aos 65. Deixa os filhos Ioram, Daniella e David, irmãos, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. Andrea Cristine Ismael Liberato Stum - Aos 49. Casada com Luiz Augusto Stum, deixa os filhos Ariane e Aviner. Cemitério Municipal de Bebedouro. Carlota Hochheimer de Thalheimer - Aos 73. Deixa as filhas Sandra e Melanie e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Mauro Aranovich - Aos 57. Deixa irmãos. Cemitério Israelita do Butantã. Moyses Guttemberg Netto - Aos 76. Casado com Maria Mnitentang Guttemberg. Deixa a filha Silvia e netos. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Luiza Bezerra de Oliveira - Nesta segunda (15), às 18h30, na catedral Senhor do Bonfim, praça da Matriz, Cateus (CE); às 19h, na igreja de São Paulo Apóstolo, QE 07 Lote F - A. E., Guará 1; às 18h45, na igreja Sagrado Coração de Jesus, av. Duque de Caxias, 235, Fortaleza; às 19h, na igreja Nossa Senhora da Piedade, av. Bernardo Vieria de Melo, 1.300, Jaboatão dos Guararapes (PE). Manoel Raphael Aranha Peixe - Nesta segunda (15), às 18h30, na ig. S. Gabriel, av. São Gabriel, 108, Jd. Pta. Maria Amélia de Carvalho Bruni - Nesta segunda (15), às 18h, na igreja N. S. Mãe da Igreja, al. Franca, 889, Jd. Paulista. Tom Murakami - Na terça (16), às 18h, na igreja N. S. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema. * 30º DIA Luiz Eduardo Reis de Toledo Barros - Na terça (16), às 19h, igreja Santa Teresinha, r. Maranhão, 617, Higienópolis. * 1º ANO Albertina Costa Mascaro - Nesta segunda (15), às 7h, na igreja de Santa Cecília, largo de Santa Cecília, s/nº, Santa Cecília. Maria Helena Gregori - Nesta segunda (15), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Wagner Felipe de Souza Weidebach - Nesta segunda (15), às 18h30, na igreja Assunção de N. S., al. Lorena, 665, Jd. Paulista. * 5º ANO Rosa Malzone Lourenço - Nesta segunda (15), às 19h, na igreja Santa Terezinha, r. Maranhão, 617, Higienópolis.
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Universitários de 17 países se reúnem em congresso de empresas juniores
Mais de 3 mil universitários estarão em Florianópolis (SC) a partir desta quarta (20) para 280 horas de atividades na Conferência Mundial de Empresas Juniores (JEWC, na sigla em inglês). Realizado a cada dois anos, o evento visa desenvolver o Movimento Empresa Júnior em escala global. Este ano, palestrantes nacionais e internacionais compartilham saberes e experiências ao redor do tema "Lead the co-era" (liderança na era da co-criação e colaboração). Entre eles estão Ketan Makwana, empreendedor e conselheiro no MIT Global Start Up; Monja Coen, jornalista que se tornou um referência em equilíbrio emocional; e Marcelo Sales, criador da Movile, líder no mercado latino americano de software para celulares. Já a sala da Endeavor, parceira do Prêmio Empreendedor Social, espera receber 1,8 mil pessoas para debater empreendedorismo com a presença de Juliano Seabra, diretor-geral da organização no país; Darino Tenório (Uatt); Alessio Alionço (Pipefy); e Eduardo Ferreira Lima (Avantia). As atividades também incluem o Desafio Ambev, que anuncia os três finalistas com as soluções mais inovadoras para ajudar a resolver o problema da falta de acesso à água potável no Brasil. Em agosto, os selecionados visitarão uma região do Brasil afetada pela escassez do recurso hídrico. O grupo ganhador receberá um aporte de R$ 20 mil da Ambev para desenvolver o projeto, a iniciativa poderá ser executada pela cervejaria. HÁ DOZE ANOS O maior evento global sobre empreendedorismo jovem teve sua primeira edição em 2004, em Fortaleza (CE). Desta vez, a escolhida foi a capital catarinense, por ser um polo de tecnologia e inovação e a segunda melhor cidade no país para se empreender, segundo pesquisa da Endeavor. Com origem na França em 1967, o Movimento Empresa Júnior tem seu maior contingente no Brasil, que acabou de superar a Europa, com 300 iniciativas em 18 estados.
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Universitários de 17 países se reúnem em congresso de empresas junioresMais de 3 mil universitários estarão em Florianópolis (SC) a partir desta quarta (20) para 280 horas de atividades na Conferência Mundial de Empresas Juniores (JEWC, na sigla em inglês). Realizado a cada dois anos, o evento visa desenvolver o Movimento Empresa Júnior em escala global. Este ano, palestrantes nacionais e internacionais compartilham saberes e experiências ao redor do tema "Lead the co-era" (liderança na era da co-criação e colaboração). Entre eles estão Ketan Makwana, empreendedor e conselheiro no MIT Global Start Up; Monja Coen, jornalista que se tornou um referência em equilíbrio emocional; e Marcelo Sales, criador da Movile, líder no mercado latino americano de software para celulares. Já a sala da Endeavor, parceira do Prêmio Empreendedor Social, espera receber 1,8 mil pessoas para debater empreendedorismo com a presença de Juliano Seabra, diretor-geral da organização no país; Darino Tenório (Uatt); Alessio Alionço (Pipefy); e Eduardo Ferreira Lima (Avantia). As atividades também incluem o Desafio Ambev, que anuncia os três finalistas com as soluções mais inovadoras para ajudar a resolver o problema da falta de acesso à água potável no Brasil. Em agosto, os selecionados visitarão uma região do Brasil afetada pela escassez do recurso hídrico. O grupo ganhador receberá um aporte de R$ 20 mil da Ambev para desenvolver o projeto, a iniciativa poderá ser executada pela cervejaria. HÁ DOZE ANOS O maior evento global sobre empreendedorismo jovem teve sua primeira edição em 2004, em Fortaleza (CE). Desta vez, a escolhida foi a capital catarinense, por ser um polo de tecnologia e inovação e a segunda melhor cidade no país para se empreender, segundo pesquisa da Endeavor. Com origem na França em 1967, o Movimento Empresa Júnior tem seu maior contingente no Brasil, que acabou de superar a Europa, com 300 iniciativas em 18 estados.
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Entenda o que é o 'direito ao reparo', a luta em defesa do faça-você-mesmo
Com objetos do dia a dia cada vez mais complexos tecnologicamente, há um costume sob risco de desparecer: desparafusar e consertar algo por conta própria, em vez de incumbir uma assistência técnica ou comprar um novo. Nos Estados Unidos, a terra do faça-você-mesmo, tramitam projetos de lei em oito Estados pedindo o "direito ao reparo". A ideia é exigir que fabricantes vendam peças originais e manuais de instrução para quem quiser comprar. "As empresas querem ter o monopólio do conserto", afirma Julia Bluff, diretora do site iFixit. "Nós acreditamos que o reparo deve ser algo acessível economicamente, não só para o usuário, mas também para criar empregos e estimular a economia local." No iFixit, há 24 mil manuais ensinando a desmontar todo tipo de utensílio: aspirador de pó, fone de ouvido, mouse, câmera e ar-condicionado do carro. Em 2009, quando a Apple criou o parafuso "pentalobe", que só abre com uma chave específica, o iFixit produziu uma cópia da chave e a colocou à venda. O faça-você-mesmo, conhecido por lá como DIY (do-it-yourself), é uma tradição do país, estimulada por revistas como a "Popular Mechanics" (desde 1912) e "Mechanix Illustrated" (de 1928 a 2001). O debate vai além do hobby, no entanto. Se um trator moderno precisa de uma troca de chip ou manutenção de software, ele pode ficar parado por dias, dando prejuízo. É o que argumentam associações de fazendeiros de Nova York, Nebraska, Texas, Iowa e Michigan, defensores do projeto. "Quando você conserta algo, se torna menos um usuário e mais um proprietário", diz Buff. "Na nossa cultura, a tecnologia está virando uma caixa preta. Há uma pressão para consumir e descartar, que é ruim para as pessoas e para o meio ambiente." Os norte-americanos já conquistaram o "direito ao reparo" dos carros em 2014, em um acordo nacional com as montadoras. As peças originais de carro geralmente são de fácil acesso, diferente do caso dos eletrônicos. A Repair Association, que está por trás dos projetos de lei, diz que mais de três milhões de norte-americanos trabalham com manutenção e reparo. No Brasil, havia 462 mil pessoas ocupadas no setor em 2014, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número não inclui centros informais de eletrônicos, como a rua Santa Ifigênia, em São Paulo. Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, as empresas que vendem bens duráveis são responsáveis por consertos e trocas, mas não há controle sobre os preços e condições desses serviços. "No Brasil, ainda há a ideia de que a exigência de consertar na rede autorizada está ligada a uma garantia de qualidade", afirma Simone Magalhães, membro do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor. "Muitas cidades do interior não contam com nenhuma autorizada, o que deixa o consumidor sem opções." Em 2016, o Procon registrou 2.368 queixas relacionadas a assistências técnicas, autorizadas ou não, no Estado de São Paulo. A maioria é causada por "vício de qualidade": um serviço mal executado, inadequado ou impróprio. Se houvesse acesso aos manuais de instrução dos fabricantes, o serviço seria melhor, afirma Magalhães. "Da forma que é hoje, incentiva o consumidor a não fazer o reparo, e sim substituir o produto." Veja um vídeo do iFixit explicando o movimento (em inglês). Vídeo do iFixit, em inglês
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Entenda o que é o 'direito ao reparo', a luta em defesa do faça-você-mesmoCom objetos do dia a dia cada vez mais complexos tecnologicamente, há um costume sob risco de desparecer: desparafusar e consertar algo por conta própria, em vez de incumbir uma assistência técnica ou comprar um novo. Nos Estados Unidos, a terra do faça-você-mesmo, tramitam projetos de lei em oito Estados pedindo o "direito ao reparo". A ideia é exigir que fabricantes vendam peças originais e manuais de instrução para quem quiser comprar. "As empresas querem ter o monopólio do conserto", afirma Julia Bluff, diretora do site iFixit. "Nós acreditamos que o reparo deve ser algo acessível economicamente, não só para o usuário, mas também para criar empregos e estimular a economia local." No iFixit, há 24 mil manuais ensinando a desmontar todo tipo de utensílio: aspirador de pó, fone de ouvido, mouse, câmera e ar-condicionado do carro. Em 2009, quando a Apple criou o parafuso "pentalobe", que só abre com uma chave específica, o iFixit produziu uma cópia da chave e a colocou à venda. O faça-você-mesmo, conhecido por lá como DIY (do-it-yourself), é uma tradição do país, estimulada por revistas como a "Popular Mechanics" (desde 1912) e "Mechanix Illustrated" (de 1928 a 2001). O debate vai além do hobby, no entanto. Se um trator moderno precisa de uma troca de chip ou manutenção de software, ele pode ficar parado por dias, dando prejuízo. É o que argumentam associações de fazendeiros de Nova York, Nebraska, Texas, Iowa e Michigan, defensores do projeto. "Quando você conserta algo, se torna menos um usuário e mais um proprietário", diz Buff. "Na nossa cultura, a tecnologia está virando uma caixa preta. Há uma pressão para consumir e descartar, que é ruim para as pessoas e para o meio ambiente." Os norte-americanos já conquistaram o "direito ao reparo" dos carros em 2014, em um acordo nacional com as montadoras. As peças originais de carro geralmente são de fácil acesso, diferente do caso dos eletrônicos. A Repair Association, que está por trás dos projetos de lei, diz que mais de três milhões de norte-americanos trabalham com manutenção e reparo. No Brasil, havia 462 mil pessoas ocupadas no setor em 2014, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número não inclui centros informais de eletrônicos, como a rua Santa Ifigênia, em São Paulo. Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, as empresas que vendem bens duráveis são responsáveis por consertos e trocas, mas não há controle sobre os preços e condições desses serviços. "No Brasil, ainda há a ideia de que a exigência de consertar na rede autorizada está ligada a uma garantia de qualidade", afirma Simone Magalhães, membro do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor. "Muitas cidades do interior não contam com nenhuma autorizada, o que deixa o consumidor sem opções." Em 2016, o Procon registrou 2.368 queixas relacionadas a assistências técnicas, autorizadas ou não, no Estado de São Paulo. A maioria é causada por "vício de qualidade": um serviço mal executado, inadequado ou impróprio. Se houvesse acesso aos manuais de instrução dos fabricantes, o serviço seria melhor, afirma Magalhães. "Da forma que é hoje, incentiva o consumidor a não fazer o reparo, e sim substituir o produto." Veja um vídeo do iFixit explicando o movimento (em inglês). Vídeo do iFixit, em inglês
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Elza Soares renasce das cinzas com seu já histórico novo disco
A primeira faixa, "Coração do Mar" (José Miguel Wisnik/Oswald de Andrade), é à capela. A voz de Elza Soares parece que vai falhar, mas nas sombras ela ilumina o início de tudo: "O navio humano, quente, negreiro do mangue". É o prólogo de um passeio pelos círculos do inferno de hoje. O já histórico CD "A Mulher do Fim do Mundo" tem shows de lançamento neste fim de semana no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Os sons e os versos das 11 inéditas são do núcleo de compositores e músicos paulistas formado por, entre outros, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Clima, Marcelo Cabral, Guilherme Kastrup e Celso Sim. A primeira etapa da saga é "Mulher do Fim do Mundo" (Romulo Fróes/Alice Coutinho), Elza como a narradora que viu e viveu tudo, perdeu dois filhos e agora vai registrar o apocalipse sem meias palavras. Na canção, a desintegração se dá no Carnaval, a "pele preta", a voz e o resto espatifados na avenida. Elza agoniza mas não morre, pede que a deixem "cantar até o fim", e as notas longas da segunda parte traduzem o cansaço e a persistência. "Maria da Vila Matilde" (Douglas Germano) trata da violência doméstica. A mulher reage: "Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Distorções sonoras se misturam à melodia. Samba ao rock e ao rap. Não é o fim da canção, mas a canção do fim. Em "Luz Vermelha" (Kiko Dinucci/Clima), com rap e punk rock sobrepostos, o apocalipse é recortado em cenas de periferia, tiroteio, ruas esvaziadas. "O mundo vai terminar num poço cheio de merda", diz a letra. PALAVRÕES No CD, a favela (ou as "quebradas") é o cenário do fim do mundo (ou do Brasil) e o lugar de onde ele pode ser reconstruído, pois ali se dão as maiores violências contra o ser humano. A reação ante a destruição sistemática é a chance de um renascer das cinzas, como Elza fez por toda a vida. Se o disco é sobre um tempo sem delicadeza, palavrões são naturais. Um virou título, "Pra Fuder" (Kiko Dinucci), samba rápido em que o tesão é cantado sem frescura e alardeado pelo naipe de metais. Elza é quente, não é "Frozen". Lirismo também não tem vez em "Benedita" (Celso Sim/Pepê Mata Machado), sobre a transexual que traz no corpo todas as violências sociais, mas nunca se rende. Vive à beira do fim do caminho, em meio a paus e pedras. Guitarras distorcidas e metais dão o clima. Em "Firmeza?!", Rodrigo Campos tornou mantras as frases e gírias que deve ouvir no bairro de São Mateus, seu berço. Angústia e fraternidade saem da música, gravada por Elza em duo com o autor. O tango "Dança" (Cacá Machado/Romulo Fróes) se situa depois do fim. A narradora está morta. Porém, já quase pó, insiste em dançar. Elza não desiste. O Oriente chega na sonoridade e na letra de "O Canal" (Rodrigo Campos). O arranjo segue no ritmo da caminhada feita em busca de algo, talvez renascer. Em "Solto" (Marcelo Cabral/Clima), como o título e as notas soltas indicam, a travessia é solitária, sem nada mais. "O meu corpo/ Caminha/ Na minha sombra." É a única faixa sem guitarras ou distorções. Elas voltam no início de "Comigo" (Romulo Fróes/Alberto Tassinari). O crescendo ruidoso estanca de repente, e Elza ressurge à capela, em tom de oração, de lamento sertanejo. "Levo/ Minha mãe/ Comigo/ Pois deu-me/ Seu próprio ser." E vem o longo silêncio do fim de tudo. Mas, no fundo, ainda se ouve a voz de Elza. Ela insiste. Um recado para nós. A MULHER DO FIM DO MUNDO ARTISTA Elza Soares GRAVADORA Circus/Natura Musical QUANTO R$ 30 SHOWS sáb. (3), às 21h, dom. (4), às 19h; Auditório Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, tel. 11-3269-1075); R$ 20 (esgotado); 10 anos LUIZ FERNANDO VIANNA é autor de "Aldir Blanc - Resposta ao Tempo" (Casa da Palavra)
ilustrada
Elza Soares renasce das cinzas com seu já histórico novo discoA primeira faixa, "Coração do Mar" (José Miguel Wisnik/Oswald de Andrade), é à capela. A voz de Elza Soares parece que vai falhar, mas nas sombras ela ilumina o início de tudo: "O navio humano, quente, negreiro do mangue". É o prólogo de um passeio pelos círculos do inferno de hoje. O já histórico CD "A Mulher do Fim do Mundo" tem shows de lançamento neste fim de semana no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Os sons e os versos das 11 inéditas são do núcleo de compositores e músicos paulistas formado por, entre outros, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Clima, Marcelo Cabral, Guilherme Kastrup e Celso Sim. A primeira etapa da saga é "Mulher do Fim do Mundo" (Romulo Fróes/Alice Coutinho), Elza como a narradora que viu e viveu tudo, perdeu dois filhos e agora vai registrar o apocalipse sem meias palavras. Na canção, a desintegração se dá no Carnaval, a "pele preta", a voz e o resto espatifados na avenida. Elza agoniza mas não morre, pede que a deixem "cantar até o fim", e as notas longas da segunda parte traduzem o cansaço e a persistência. "Maria da Vila Matilde" (Douglas Germano) trata da violência doméstica. A mulher reage: "Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Distorções sonoras se misturam à melodia. Samba ao rock e ao rap. Não é o fim da canção, mas a canção do fim. Em "Luz Vermelha" (Kiko Dinucci/Clima), com rap e punk rock sobrepostos, o apocalipse é recortado em cenas de periferia, tiroteio, ruas esvaziadas. "O mundo vai terminar num poço cheio de merda", diz a letra. PALAVRÕES No CD, a favela (ou as "quebradas") é o cenário do fim do mundo (ou do Brasil) e o lugar de onde ele pode ser reconstruído, pois ali se dão as maiores violências contra o ser humano. A reação ante a destruição sistemática é a chance de um renascer das cinzas, como Elza fez por toda a vida. Se o disco é sobre um tempo sem delicadeza, palavrões são naturais. Um virou título, "Pra Fuder" (Kiko Dinucci), samba rápido em que o tesão é cantado sem frescura e alardeado pelo naipe de metais. Elza é quente, não é "Frozen". Lirismo também não tem vez em "Benedita" (Celso Sim/Pepê Mata Machado), sobre a transexual que traz no corpo todas as violências sociais, mas nunca se rende. Vive à beira do fim do caminho, em meio a paus e pedras. Guitarras distorcidas e metais dão o clima. Em "Firmeza?!", Rodrigo Campos tornou mantras as frases e gírias que deve ouvir no bairro de São Mateus, seu berço. Angústia e fraternidade saem da música, gravada por Elza em duo com o autor. O tango "Dança" (Cacá Machado/Romulo Fróes) se situa depois do fim. A narradora está morta. Porém, já quase pó, insiste em dançar. Elza não desiste. O Oriente chega na sonoridade e na letra de "O Canal" (Rodrigo Campos). O arranjo segue no ritmo da caminhada feita em busca de algo, talvez renascer. Em "Solto" (Marcelo Cabral/Clima), como o título e as notas soltas indicam, a travessia é solitária, sem nada mais. "O meu corpo/ Caminha/ Na minha sombra." É a única faixa sem guitarras ou distorções. Elas voltam no início de "Comigo" (Romulo Fróes/Alberto Tassinari). O crescendo ruidoso estanca de repente, e Elza ressurge à capela, em tom de oração, de lamento sertanejo. "Levo/ Minha mãe/ Comigo/ Pois deu-me/ Seu próprio ser." E vem o longo silêncio do fim de tudo. Mas, no fundo, ainda se ouve a voz de Elza. Ela insiste. Um recado para nós. A MULHER DO FIM DO MUNDO ARTISTA Elza Soares GRAVADORA Circus/Natura Musical QUANTO R$ 30 SHOWS sáb. (3), às 21h, dom. (4), às 19h; Auditório Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, tel. 11-3269-1075); R$ 20 (esgotado); 10 anos LUIZ FERNANDO VIANNA é autor de "Aldir Blanc - Resposta ao Tempo" (Casa da Palavra)
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'Janis - Little Girl Blue' explora vida e mágoas de Janis Joplin
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO O documentário "Janis - Little Girl Blue", estreia desta semana, revê a trajetória da icônica Janis Joplin (1943-1970), artista consagrada no rock e no blues. O filme chega pouco tempo depois de "Amy", sobre Amy Winehouse e vencedor do Oscar. É curioso: as cantoras são constantemente comparadas pelo flerte com a música negra, pelas vozes poderosas, pelas personalidades fortes e pela vida desregrada que levaram. Ambas morreram aos 27 anos, vítimas de overdose. Se "Amy" se volta à conturbada relação da cantora com o pai, "Janis" explora a difícil infância e adolescência da artista, que morava no Texas. O título já diz: "Pequena Garota Triste". Foi difícil para ela crescer em uma sociedade que exigia um comportamento padrão das meninas. Joplin sabia que não tinha a aparência das modelos das revistas. Apesar disso, lutou para ser quem queria, usava roupas nada convencionais. Tinha a fachada forte, mas guardou a mágoa do bullying e da ausência de um convite para o baile de formatura. A diretora e roteirista Amy Berg traça a vida e a obra de Joplin por meio de imagens de arquivo e de depoimentos de amigas e amantes, ex-namorados, familiares e colegas. Cartas escritas pela artista revelam seus sentimentos -são narradas pela cantora Cat Power. O filme lembra momentos marcantes, como a formação da banda Big Brother and the Holding Company, a viagem pelo Brasil e o vai e vem com as drogas. O amigo Sam Andrew, que acompanhou Joplin por toda a carreira, chegou a conversar com ela sobre o vício em heroína, alertando que outros amigos haviam morrido. "Isso não vai acontecer comigo", ela disse. Veja salas e horários
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'Janis - Little Girl Blue' explora vida e mágoas de Janis JoplinLUIZA WOLF DE SÃO PAULO O documentário "Janis - Little Girl Blue", estreia desta semana, revê a trajetória da icônica Janis Joplin (1943-1970), artista consagrada no rock e no blues. O filme chega pouco tempo depois de "Amy", sobre Amy Winehouse e vencedor do Oscar. É curioso: as cantoras são constantemente comparadas pelo flerte com a música negra, pelas vozes poderosas, pelas personalidades fortes e pela vida desregrada que levaram. Ambas morreram aos 27 anos, vítimas de overdose. Se "Amy" se volta à conturbada relação da cantora com o pai, "Janis" explora a difícil infância e adolescência da artista, que morava no Texas. O título já diz: "Pequena Garota Triste". Foi difícil para ela crescer em uma sociedade que exigia um comportamento padrão das meninas. Joplin sabia que não tinha a aparência das modelos das revistas. Apesar disso, lutou para ser quem queria, usava roupas nada convencionais. Tinha a fachada forte, mas guardou a mágoa do bullying e da ausência de um convite para o baile de formatura. A diretora e roteirista Amy Berg traça a vida e a obra de Joplin por meio de imagens de arquivo e de depoimentos de amigas e amantes, ex-namorados, familiares e colegas. Cartas escritas pela artista revelam seus sentimentos -são narradas pela cantora Cat Power. O filme lembra momentos marcantes, como a formação da banda Big Brother and the Holding Company, a viagem pelo Brasil e o vai e vem com as drogas. O amigo Sam Andrew, que acompanhou Joplin por toda a carreira, chegou a conversar com ela sobre o vício em heroína, alertando que outros amigos haviam morrido. "Isso não vai acontecer comigo", ela disse. Veja salas e horários
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Google lança Chromecast para transmitir áudio para alto-falantes
O Google lançou nesta terça-feira (29) uma versão para áudio do Chromecast, que poderá ser usado em alto-falantes para transmitir qualquer arquivo em áudio, como músicas, rádios e podcasts, ao se conectar ao wi-fi. A ferramenta, lançada primeiro para vídeos, é uma espécie de pendrive que é encaixado na entrada de vídeo HDMI da TV para transmitir conteúdo on-line. No caso do Chromecast Audio, que custará US$ 35, ele pode ser ligado a alto-falantes -que tenham entradas RCA, 3,5 mm ou ótica- para transmitir o conteúdo de, por exemplo, diversos aplicativos, como Spotify e Pandora. O novo produto já está à venda nos EUA, com previsão de chegar "em breve" ao Brasil, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa. O Google também anunciou uma nova versão do Chromecast para TV, com um design diferente e com cabo flexível, que facilita o encaixe atrás da TV, além de novas cores em vermelho e amarelo. O dispositivo, cuja versão original já vendeu mais de 20 milhões de unidades, traz melhorias em sua antena e novas parcerias, como com a Showtime e a NBA. Nesta terça-feira, a gigante americana também apresentou os dois novos celulares da linha Nexus, os primeiros com o novo Android Marshmallow. Outra novidade foi o tablet Pixel C, feito do começo ao fim pelo Google, que poderá ser usado com um teclado acoplável vendido separadamente. O teclado é conectado magneticamente de diversas maneiras, como se fosse um laptop ou na parte de trás, sem atrapalhar a função tablet mas sempre a mão. A tela do tablet tem 10,2 polegadas e resolução de 2560 x 1800 (308ppi). O aparelho estará disponível para venda apenas no final do ano, a US$ 499 (32GBytes) e US$ 599 (64GBytes). O teclado custará outros US$ 149.
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Google lança Chromecast para transmitir áudio para alto-falantesO Google lançou nesta terça-feira (29) uma versão para áudio do Chromecast, que poderá ser usado em alto-falantes para transmitir qualquer arquivo em áudio, como músicas, rádios e podcasts, ao se conectar ao wi-fi. A ferramenta, lançada primeiro para vídeos, é uma espécie de pendrive que é encaixado na entrada de vídeo HDMI da TV para transmitir conteúdo on-line. No caso do Chromecast Audio, que custará US$ 35, ele pode ser ligado a alto-falantes -que tenham entradas RCA, 3,5 mm ou ótica- para transmitir o conteúdo de, por exemplo, diversos aplicativos, como Spotify e Pandora. O novo produto já está à venda nos EUA, com previsão de chegar "em breve" ao Brasil, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa. O Google também anunciou uma nova versão do Chromecast para TV, com um design diferente e com cabo flexível, que facilita o encaixe atrás da TV, além de novas cores em vermelho e amarelo. O dispositivo, cuja versão original já vendeu mais de 20 milhões de unidades, traz melhorias em sua antena e novas parcerias, como com a Showtime e a NBA. Nesta terça-feira, a gigante americana também apresentou os dois novos celulares da linha Nexus, os primeiros com o novo Android Marshmallow. Outra novidade foi o tablet Pixel C, feito do começo ao fim pelo Google, que poderá ser usado com um teclado acoplável vendido separadamente. O teclado é conectado magneticamente de diversas maneiras, como se fosse um laptop ou na parte de trás, sem atrapalhar a função tablet mas sempre a mão. A tela do tablet tem 10,2 polegadas e resolução de 2560 x 1800 (308ppi). O aparelho estará disponível para venda apenas no final do ano, a US$ 499 (32GBytes) e US$ 599 (64GBytes). O teclado custará outros US$ 149.
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Um novo modelo de polícia para o Brasil
Pense na estranheza que lhe causaria descobrir que o chefe de uma equipe cirúrgica tem muito menos experiência e especialização do que todos os seus demais subordinados. Ou se o projeto final de uma hidrelétrica fosse liderado e assinado por um engenheiro que acabou de sair da faculdade. Algo assim acontece na segurança pública brasileira por conta de um modelo muito peculiar e ultrapassado de ingresso nas polícias civis e federal. Se na maioria dos países do mundo o agente começa em posições de subordinação e sobe na carreira, conforme seu mérito e formação, por aqui o profissional recém-formado em direito é alçado imediatamente a chefe de polícia e investigação. E quais são as consequências? A Operação Carne Fraca -cuja deflagração e, principalmente, divulgação midiática apresentaram claros sinais de amadorismo- talvez ofereça algumas respostas. A ação desastrosa e a comunicação sensacionalista demonstradas no caso ameaçaram a posição do Brasil como exportador, atingiu nossa economia e gerou constrangimento à própria Polícia Federal. Na questão do papelão na carne, por exemplo, bastava que se ouvisse o diálogo gravado com o mínimo espírito crítico para perceber que os interlocutores falavam sobre embalagens. Agentes federais da área técnica, calejados pelo tempo de serviço, poderiam ter sido uma importante voz de cautela. Mas, apesar de trabalharem nas investigações, eles praticamente não participam da coordenação e da comunicação das grandes operações. Vale lembrar: o sistema de carreiras da polícia portuguesa, que originou o brasileiro, foi abolido na década de 1940, para dar lugar ao de ingresso único. O policial galga posições à medida que ganha experiência, como em qualquer empresa. A situação atual no Brasil remonta aos tempos do Império. Diante do grande analfabetismo da época, eram recrutados cidadãos letrados para ocupar, por delegação, o posto de chefe de polícia -função originalmente exercida pelos juízes. A única -e positiva- exceção no país é a Polícia Rodoviária Federal, com ingresso apenas por concurso público, na qual a promoção na carreira é feita por seleções internas. Esse modelo tem gerado avanços inegáveis. A Polícia Federal precisa ser cada vez mais multidisciplinar, com especialistas em temas como finanças, meio ambiente, informática e entorpecentes. Profissionais com formação em direito são importantes, pelo conhecimento das normas, mas não devem ter necessariamente o protagonismo. Se isso não mudar, viveremos sob o risco de perder tempo e recursos, impedindo a punição de empresas e pessoas envolvidas em atos ilícitos. No âmbito da Polícia Civil, menos de 10% dos homicídios são esclarecidos. Dados recentes mostram que, em São Paulo, as unidades do Poupatempo são mais eficientes para capturar foragidos do que a maior parte das delegacias -o sujeito vai fazer um documento e acaba pego. É preciso repensar e modernizar a estrutura de nossas polícias. A ineficiência do atual modelo pode causar danos enormes ao processo de reconstrução ética e ao combate à corrupção. FELIPE SANTA CRUZ, mestre em direito e sociologia pela Universidade Federal Fluminense, é presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio LUÍS ANTÔNIO BOUDENS, especialista em segurança pública, é presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Um novo modelo de polícia para o BrasilPense na estranheza que lhe causaria descobrir que o chefe de uma equipe cirúrgica tem muito menos experiência e especialização do que todos os seus demais subordinados. Ou se o projeto final de uma hidrelétrica fosse liderado e assinado por um engenheiro que acabou de sair da faculdade. Algo assim acontece na segurança pública brasileira por conta de um modelo muito peculiar e ultrapassado de ingresso nas polícias civis e federal. Se na maioria dos países do mundo o agente começa em posições de subordinação e sobe na carreira, conforme seu mérito e formação, por aqui o profissional recém-formado em direito é alçado imediatamente a chefe de polícia e investigação. E quais são as consequências? A Operação Carne Fraca -cuja deflagração e, principalmente, divulgação midiática apresentaram claros sinais de amadorismo- talvez ofereça algumas respostas. A ação desastrosa e a comunicação sensacionalista demonstradas no caso ameaçaram a posição do Brasil como exportador, atingiu nossa economia e gerou constrangimento à própria Polícia Federal. Na questão do papelão na carne, por exemplo, bastava que se ouvisse o diálogo gravado com o mínimo espírito crítico para perceber que os interlocutores falavam sobre embalagens. Agentes federais da área técnica, calejados pelo tempo de serviço, poderiam ter sido uma importante voz de cautela. Mas, apesar de trabalharem nas investigações, eles praticamente não participam da coordenação e da comunicação das grandes operações. Vale lembrar: o sistema de carreiras da polícia portuguesa, que originou o brasileiro, foi abolido na década de 1940, para dar lugar ao de ingresso único. O policial galga posições à medida que ganha experiência, como em qualquer empresa. A situação atual no Brasil remonta aos tempos do Império. Diante do grande analfabetismo da época, eram recrutados cidadãos letrados para ocupar, por delegação, o posto de chefe de polícia -função originalmente exercida pelos juízes. A única -e positiva- exceção no país é a Polícia Rodoviária Federal, com ingresso apenas por concurso público, na qual a promoção na carreira é feita por seleções internas. Esse modelo tem gerado avanços inegáveis. A Polícia Federal precisa ser cada vez mais multidisciplinar, com especialistas em temas como finanças, meio ambiente, informática e entorpecentes. Profissionais com formação em direito são importantes, pelo conhecimento das normas, mas não devem ter necessariamente o protagonismo. Se isso não mudar, viveremos sob o risco de perder tempo e recursos, impedindo a punição de empresas e pessoas envolvidas em atos ilícitos. No âmbito da Polícia Civil, menos de 10% dos homicídios são esclarecidos. Dados recentes mostram que, em São Paulo, as unidades do Poupatempo são mais eficientes para capturar foragidos do que a maior parte das delegacias -o sujeito vai fazer um documento e acaba pego. É preciso repensar e modernizar a estrutura de nossas polícias. A ineficiência do atual modelo pode causar danos enormes ao processo de reconstrução ética e ao combate à corrupção. FELIPE SANTA CRUZ, mestre em direito e sociologia pela Universidade Federal Fluminense, é presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio LUÍS ANTÔNIO BOUDENS, especialista em segurança pública, é presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Potro alcançou a final do tênis após batalha de mais três horas com Nadal
Em mais uma partida sensacional nesta Olimpíada, Juan Martin del Potro alcançou a final do tênis olímpico no Rio após uma "batalha" de mais de três horas contra Rafael Nadal. "Uma dura batalha, contra um dos melhores do mundo", sintetizou o espanhol, claramente decepcionado após o jogo em que ganhou o primeiro set (7/5), permitiu a reação do rival no segundo (4/6) e perdeu no tie break do terceiro (7/6-5) após esboçar uma reação espetacular. "Foi uma grande partida, de um tênis de bom nível. Tentei meu melhor até a última bola, mas não deu", declarou o espanhol, já ouro nas duplas e que tenta o bronze por volta das 13h30 neste domingo (14). Em um jogo que parecia até um Brasil x Argentina, dado que Nadal, queridinho da torcida no Rio, foi transformado em local imediatamente após a primeira cantoria argentina, o número 5 do mundo se esforçou muito para ganhar. "É duro jogar contra Rafa, você nunca sabe se vai ter capacidade de vencê-lo. Luta o tempo inteiro, nunca desiste, não importa o que aconteça. Depois do primeiro set, joguei de forma agressiva, procurando winners, foi o único jeito", disse o argentino, que encara na final Andy Murray, algoz de Kei Nishikori na primeira semifinal. A disputa pelo ouro deve começar por volta das 15h30. "Minhas emoções estão ficando cada vez mais altas. Após cada jogo nesta Olimpíada, isso me faz chorar. Tenho que agradecer muito ao público", disse Del Potro, que, como de hábito no Rio, arrebanhou compatriotas dentro e fora do estádio _muitos que, após o confronto Brasil x Argentina no basquete, correram para o complexo de tênis. 0:38 http://thumb.mais.uol.com.br/15959645-large.jpg?ver=1
esporte
Potro alcançou a final do tênis após batalha de mais três horas com Nadal Em mais uma partida sensacional nesta Olimpíada, Juan Martin del Potro alcançou a final do tênis olímpico no Rio após uma "batalha" de mais de três horas contra Rafael Nadal. "Uma dura batalha, contra um dos melhores do mundo", sintetizou o espanhol, claramente decepcionado após o jogo em que ganhou o primeiro set (7/5), permitiu a reação do rival no segundo (4/6) e perdeu no tie break do terceiro (7/6-5) após esboçar uma reação espetacular. "Foi uma grande partida, de um tênis de bom nível. Tentei meu melhor até a última bola, mas não deu", declarou o espanhol, já ouro nas duplas e que tenta o bronze por volta das 13h30 neste domingo (14). Em um jogo que parecia até um Brasil x Argentina, dado que Nadal, queridinho da torcida no Rio, foi transformado em local imediatamente após a primeira cantoria argentina, o número 5 do mundo se esforçou muito para ganhar. "É duro jogar contra Rafa, você nunca sabe se vai ter capacidade de vencê-lo. Luta o tempo inteiro, nunca desiste, não importa o que aconteça. Depois do primeiro set, joguei de forma agressiva, procurando winners, foi o único jeito", disse o argentino, que encara na final Andy Murray, algoz de Kei Nishikori na primeira semifinal. A disputa pelo ouro deve começar por volta das 15h30. "Minhas emoções estão ficando cada vez mais altas. Após cada jogo nesta Olimpíada, isso me faz chorar. Tenho que agradecer muito ao público", disse Del Potro, que, como de hábito no Rio, arrebanhou compatriotas dentro e fora do estádio _muitos que, após o confronto Brasil x Argentina no basquete, correram para o complexo de tênis. 0:38 http://thumb.mais.uol.com.br/15959645-large.jpg?ver=1
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Leitor defende radares "por toda a parte" para fiscalizar carros e motos
Os motoqueiros reivindicam, entre outras coisas, menos radares (Motociclistas pedem a volta dos corredores exclusivos em SP). É como se os assaltantes pedissem menos policiais nas ruas: o direito de burlar a lei demandado à luz do dia. Todos falam contra multas, inclusive a imprensa, que gosta de citar a "indústria das multas". A solução é simples: radares por toda parte –quanto mais, melhor– fiscalizando carros e motos. Quem não quiser ser multado basta seguir as prescrições dos código de trânsito. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor defende radares "por toda a parte" para fiscalizar carros e motosOs motoqueiros reivindicam, entre outras coisas, menos radares (Motociclistas pedem a volta dos corredores exclusivos em SP). É como se os assaltantes pedissem menos policiais nas ruas: o direito de burlar a lei demandado à luz do dia. Todos falam contra multas, inclusive a imprensa, que gosta de citar a "indústria das multas". A solução é simples: radares por toda parte –quanto mais, melhor– fiscalizando carros e motos. Quem não quiser ser multado basta seguir as prescrições dos código de trânsito. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Série sobre chefs e filme de Anna Muylaert são indicações para quem não quer sair de casa
DE SÃO PAULO Para aproveitar a semana sem precisar sair de casa, a sãopaulo selecionou dois programas disponíveis em serviços sob demanda. Confira. * Trailer da terceira temporada de Chef's Table, da Netflix A VEZ DOS CHEFS FRANCESES À MESA A terceira temporada de Chef's Table, de pequenos documentários sobre chefs de cozinha (sempre dirigidos por David Guelb, de O Sushi dos Sonhos de Jiro), tem como personagens estrelados representantes da cozinha francesa. Os capítulos, de 45 minutos, mostram a forte conexão, misturada à tradição francesa, de Alain Passard (L'Arpege), Michel Troisgros (Maison Troisgros), Adeline Grattard (Yam'Tcha) e Alexandre Couillon (La Marine) com a gastronomia. Chef's Table França, com Alain Passard, Adeline Grattard, Alexandre Couillon e Michel Troisgros, na Netflix, quatro capítulos Trailer ELA VOLTOU O último filme da diretora Anna Muylaert não é tão pop quanto "Que Horas Ela Volta?", mas também aborda conflitos familiares. A trama é centrada no adolescente Pierre (Naomi Nero), que vive experimentações sexuais e de gênero quando descobre que sua mãe o roubou na maternidade. Para piorar seus problemas, a nova família não convive bem com seus desejos. Mãe Só Há Uma (82 min.), no Google Play (R$ 6,90)
saopaulo
Série sobre chefs e filme de Anna Muylaert são indicações para quem não quer sair de casaDE SÃO PAULO Para aproveitar a semana sem precisar sair de casa, a sãopaulo selecionou dois programas disponíveis em serviços sob demanda. Confira. * Trailer da terceira temporada de Chef's Table, da Netflix A VEZ DOS CHEFS FRANCESES À MESA A terceira temporada de Chef's Table, de pequenos documentários sobre chefs de cozinha (sempre dirigidos por David Guelb, de O Sushi dos Sonhos de Jiro), tem como personagens estrelados representantes da cozinha francesa. Os capítulos, de 45 minutos, mostram a forte conexão, misturada à tradição francesa, de Alain Passard (L'Arpege), Michel Troisgros (Maison Troisgros), Adeline Grattard (Yam'Tcha) e Alexandre Couillon (La Marine) com a gastronomia. Chef's Table França, com Alain Passard, Adeline Grattard, Alexandre Couillon e Michel Troisgros, na Netflix, quatro capítulos Trailer ELA VOLTOU O último filme da diretora Anna Muylaert não é tão pop quanto "Que Horas Ela Volta?", mas também aborda conflitos familiares. A trama é centrada no adolescente Pierre (Naomi Nero), que vive experimentações sexuais e de gênero quando descobre que sua mãe o roubou na maternidade. Para piorar seus problemas, a nova família não convive bem com seus desejos. Mãe Só Há Uma (82 min.), no Google Play (R$ 6,90)
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Aliado de Russomanno é confirmado para relatar cassação de Cunha
O deputado Fausto Pinato (PRB-SP), 38, foi confirmado nesta quinta-feira (5) como o relator no Conselho de Ética do processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na entrevista coletiva após o anúncio, Pinato afirmou que muito possivelmente deve aceitar a denúncia contra o peemedebista –afastando a possibilidade regimental de arquivamento prévio– e que Cunha será julgado como qualquer um dos outros deputados. "O senhor Eduardo Cunha vai ser julgado como um deputado comum, não como presidente da Câmara. A partir desse momento eu me torno um juiz. E, como um juiz, tenho que ter imparcialidade e julgar conforme a prova dos autos", afirmou. O arquivamento sumário da representação contra Cunha é o objetivo principal dos aliados do peemedebista. Mesmo que o relator não o faça, a decisão é do colegiado do Conselho, composto por 21 membros titulares. "Nesse momento não tenho a convicção formada ainda, mas tudo indica que eu devo usar, nesse momento, o 'in dubio pro societate'. Vamos estar estudando, mas diante do que estamos sabendo pela imprensa, existe uma grande possibilidade de eu aceitar a denúncia", afirmou Pinato Pelo cronograma do Conselho, o relatório preliminar que dirá se a representação procede ou é inepta tem que ser concluído até o próximo dia 19. A sessão do colegiado para sua apresentação e votação está marcada para o dia 24. Caso o processo tenha sequência, é feita a investigação e apresentado o relatório final, pela cassação ou pela inocência. No papel, o processo contra Cunha tem prazo total de 90 dias úteis, sem contar o recesso parlamentar do fim de ano, o que levará uma possível conclusão para abril de 2016. Esse prazo pode ser dilatado, porém, como já ocorreu em ocasiões anteriores. Cunha só perde o mandato caso decisão do Conselho nesse sentido seja referendada por pelo menos 257 dos seus 512 colegas, em votação aberta no plenário. 'INDEPENDENTE' Pinato afirmou ser 'independente' e não ser ver como aliado do presidente da Câmara. "Eu não me considero aliado [de Cunha], sou um cara independente. (...) É o meu primeiro mandato, acho que isso inclusive de certa forma pesa a favor de mim, porque quem tem muito mandato é que tem muita relação", afirmou. "Eu estou falando isso agora, não pude me manifestar antes da escolha: independência, Justiça e transparência", acrescentou. NA ESTEIRA Deputado pelo PRB, Pinato filiou-se ao partido em 2013 porque avaliou que teria mais chances de se eleger. Ele calculava que o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) conseguiria uma votação recorde, o que facilitaria sua entrada na Câmara –como de fato ocorreu. Até então, Pinato era filiado ao PPS desde 2009, mas nunca havia disputado eleições. Ele é o deputado eleito por São Paulo com o menor número de votos (22.097), tendo obtido a cadeira na esteira do 1,5 milhão de votos de Russomanno. Russomanno, que é líder do PRB na Câmara e pré-candidato mais bem colocado à Prefeitura de São Paulo, assegurou ao presidente do Conselho que não haverá arquivamento sumário do processo contra Cunha e que o caso será relatado com absoluta isenção e sem concessões a pressões. O PRB, porém, é um dos partidos que dá sustentação política a Cunha, apesar das acusações de envolvimento do peemedebista com o esquema de corrupção da Petrobras RÉU NO STF Pinato responde no STF (Supremo Tribunal Federal) a um processo em que é acusado por falso testemunho e denunciação caluniosa —quando acusa-se alguém de um crime sabendo que a pessoa é inocente. O pai do parlamentar, Edilberto Donizeti Pinato, também é réu no processo original, mas responderá na primeira instância da Justiça, já que o processo foi desmembrado após um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Ambos são processados pelo empresário de Fernandópolis conhecido como Jurandir Baiano. Edilberto o processou por calúnia, mas foi derrotado, segundo a decisão do magistrado à época, porque "não há prova segura de que o fato tenha efetivamente ocorrido". O juiz acrescentou, ainda, que "tudo indica que o autor se uniu a terceiros [...] com o objetivo de montar uma farsa para deliberadamente prejudicar o réu". É neste contexto que se insere o processo que no STF. Duas testemunhas que haviam confirmado a versão de Edilberto no processo contra Jurandir, João Paulo de Jesus e José Nunes, voltaram atrás. João Paulo de Jesus disse também que Fausto havia oferecido uma vaga de assessor em campanha política, em troca do testemunho favorável. Tanto Edilberto como Fausto negam as acusações. "O poder Judiciário erra também. Eu tenho parecer do Ministério Público de primeira instância que pediu o arquivamento. Confio na Justiça da minha cidade de Fernandópolis e confio no STF. Tenho pressa que julguem esse processo porque tenho certeza absoluta de que vou ser absolvido", disse Fausto nesta quinta. SORTEIO O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), demorou dois dias para se definir entre Pinato e os outros dois deputados sorteados para o caso -Vinícius Gurgel (PR-AP) e Zé Geraldo (PT-PA). Nos bastidores, o presidente do Conselho, que não é do grupo político de Cunha, chegou a cogitar realizar novo sorteio com o argumento de que contra os três pesavam fatores que os impediriam de relatar o caso com isenção. Pinato e Gurgel apoiaram a eleição de Cunha para a presidência da Câmara. Geraldo pertence a um partido que, nos bastidores, discute com Cunha um acordo de não agressão que envolve os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. Venceu, porém, a tese de que novo sorteio poderia dar argumentos para Cunha questionar na Justiça eventual resultado desfavorável a ele no Conselho. Araújo também conversou com pessoas que conhecem Pinato, entre eles o ex-deputado e ex-secretário do Estado de São Paulo Julio Semeghini, para quem o deputado do PRB trabalhou.
poder
Aliado de Russomanno é confirmado para relatar cassação de CunhaO deputado Fausto Pinato (PRB-SP), 38, foi confirmado nesta quinta-feira (5) como o relator no Conselho de Ética do processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na entrevista coletiva após o anúncio, Pinato afirmou que muito possivelmente deve aceitar a denúncia contra o peemedebista –afastando a possibilidade regimental de arquivamento prévio– e que Cunha será julgado como qualquer um dos outros deputados. "O senhor Eduardo Cunha vai ser julgado como um deputado comum, não como presidente da Câmara. A partir desse momento eu me torno um juiz. E, como um juiz, tenho que ter imparcialidade e julgar conforme a prova dos autos", afirmou. O arquivamento sumário da representação contra Cunha é o objetivo principal dos aliados do peemedebista. Mesmo que o relator não o faça, a decisão é do colegiado do Conselho, composto por 21 membros titulares. "Nesse momento não tenho a convicção formada ainda, mas tudo indica que eu devo usar, nesse momento, o 'in dubio pro societate'. Vamos estar estudando, mas diante do que estamos sabendo pela imprensa, existe uma grande possibilidade de eu aceitar a denúncia", afirmou Pinato Pelo cronograma do Conselho, o relatório preliminar que dirá se a representação procede ou é inepta tem que ser concluído até o próximo dia 19. A sessão do colegiado para sua apresentação e votação está marcada para o dia 24. Caso o processo tenha sequência, é feita a investigação e apresentado o relatório final, pela cassação ou pela inocência. No papel, o processo contra Cunha tem prazo total de 90 dias úteis, sem contar o recesso parlamentar do fim de ano, o que levará uma possível conclusão para abril de 2016. Esse prazo pode ser dilatado, porém, como já ocorreu em ocasiões anteriores. Cunha só perde o mandato caso decisão do Conselho nesse sentido seja referendada por pelo menos 257 dos seus 512 colegas, em votação aberta no plenário. 'INDEPENDENTE' Pinato afirmou ser 'independente' e não ser ver como aliado do presidente da Câmara. "Eu não me considero aliado [de Cunha], sou um cara independente. (...) É o meu primeiro mandato, acho que isso inclusive de certa forma pesa a favor de mim, porque quem tem muito mandato é que tem muita relação", afirmou. "Eu estou falando isso agora, não pude me manifestar antes da escolha: independência, Justiça e transparência", acrescentou. NA ESTEIRA Deputado pelo PRB, Pinato filiou-se ao partido em 2013 porque avaliou que teria mais chances de se eleger. Ele calculava que o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) conseguiria uma votação recorde, o que facilitaria sua entrada na Câmara –como de fato ocorreu. Até então, Pinato era filiado ao PPS desde 2009, mas nunca havia disputado eleições. Ele é o deputado eleito por São Paulo com o menor número de votos (22.097), tendo obtido a cadeira na esteira do 1,5 milhão de votos de Russomanno. Russomanno, que é líder do PRB na Câmara e pré-candidato mais bem colocado à Prefeitura de São Paulo, assegurou ao presidente do Conselho que não haverá arquivamento sumário do processo contra Cunha e que o caso será relatado com absoluta isenção e sem concessões a pressões. O PRB, porém, é um dos partidos que dá sustentação política a Cunha, apesar das acusações de envolvimento do peemedebista com o esquema de corrupção da Petrobras RÉU NO STF Pinato responde no STF (Supremo Tribunal Federal) a um processo em que é acusado por falso testemunho e denunciação caluniosa —quando acusa-se alguém de um crime sabendo que a pessoa é inocente. O pai do parlamentar, Edilberto Donizeti Pinato, também é réu no processo original, mas responderá na primeira instância da Justiça, já que o processo foi desmembrado após um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Ambos são processados pelo empresário de Fernandópolis conhecido como Jurandir Baiano. Edilberto o processou por calúnia, mas foi derrotado, segundo a decisão do magistrado à época, porque "não há prova segura de que o fato tenha efetivamente ocorrido". O juiz acrescentou, ainda, que "tudo indica que o autor se uniu a terceiros [...] com o objetivo de montar uma farsa para deliberadamente prejudicar o réu". É neste contexto que se insere o processo que no STF. Duas testemunhas que haviam confirmado a versão de Edilberto no processo contra Jurandir, João Paulo de Jesus e José Nunes, voltaram atrás. João Paulo de Jesus disse também que Fausto havia oferecido uma vaga de assessor em campanha política, em troca do testemunho favorável. Tanto Edilberto como Fausto negam as acusações. "O poder Judiciário erra também. Eu tenho parecer do Ministério Público de primeira instância que pediu o arquivamento. Confio na Justiça da minha cidade de Fernandópolis e confio no STF. Tenho pressa que julguem esse processo porque tenho certeza absoluta de que vou ser absolvido", disse Fausto nesta quinta. SORTEIO O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), demorou dois dias para se definir entre Pinato e os outros dois deputados sorteados para o caso -Vinícius Gurgel (PR-AP) e Zé Geraldo (PT-PA). Nos bastidores, o presidente do Conselho, que não é do grupo político de Cunha, chegou a cogitar realizar novo sorteio com o argumento de que contra os três pesavam fatores que os impediriam de relatar o caso com isenção. Pinato e Gurgel apoiaram a eleição de Cunha para a presidência da Câmara. Geraldo pertence a um partido que, nos bastidores, discute com Cunha um acordo de não agressão que envolve os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. Venceu, porém, a tese de que novo sorteio poderia dar argumentos para Cunha questionar na Justiça eventual resultado desfavorável a ele no Conselho. Araújo também conversou com pessoas que conhecem Pinato, entre eles o ex-deputado e ex-secretário do Estado de São Paulo Julio Semeghini, para quem o deputado do PRB trabalhou.
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Veja sugestões de food trucks para provar o melhor da comida de rua
DE SÃO PAULO Eles servem (quase) tudo: bebidas, doces, sanduíches, refeições. Os food trucks, liberados para circular em São Paulo desde maio do ano passado, têm como especialidade ceviches, hambúrgueres, milkshake, cervejas... Ficou na dúvida? Confira uma seleção com 24 furgões que se revezam pelas ruas e outros pontos da capital. BIO BARISTA Com uma máquina italiana La Marzocco instalada numa Kombi de 1974, o barista Alex Pereira serve expressos bem-tirados (e com direito à latte art). Pode ser puro, com leite, raspas de limão-siciliano ou boa dose de calda de chocolate, caso do mocha (R$ 7,50). Os grãos da FAF (Fazenda Ambiental Fortaleza) são moídos na hora. Itinerário em www.facebook.com/BioBaristaCafesEspeciais CANASTRA Tem a proposta de trazer a São Paulo os sabores da serra da Canastra (MG). O cardápio sugere o Arroz João Capivara, cujos grãos são cozidos em caldo de porco e incrementados com carne suína desfiada, ovo e pedaços de queijo curado (R$ 22). O hambúrguer de rabada vem dentro do pão de milho artesanal (R$ 25). Se a ideia é fazer um lanche, aposte no pão de queijo com goiabada (R$ 10 três unidades). Itinerário em www.canastrafoodtruck.com.br COZINHA COM Z A cozinha itinerante tem sotaque baiano: é o chef Zeca Amaral quem prepara especialidades como o baião de dois com queijo de coalho maçaricado (R$ 22). No cardápio rotativo, também podem aparecer o salpicão de carne-seca ao leite de coco e salsão (R$ 22), que é servido com salada verde e vinagrete de pimenta-biquinho, e a moqueca de camarão (R$ 24). Itinerário em www.cozinhacomz.com.br EL FAVORITO Especializado em comida de rua argentina, funciona sobre a carroceria de um charmoso caminhão Chevrolet 6400 verde, de 1950. No cardápio enxuto, o carro-chefe é o choripan (R$ 15), sanduíche de linguiça artesanal grelhada com molho chimichurri no pão francês. Destaque também para o bife ancho com tomate e alface no pão francês especial (R$ 25). Saladas e empanadas complementam as opções. Itinerário em www.facebook.com/elfavoritofoodtruck FAMILEE É uma confeitaria móvel, tocada pelos irmãos Lee (reparou no nome?). Eles oferecem "comfort desserts", como definem: bolos, minitortas, bolinhos de chuva, balas de coco (R$ 7,50; 80 g). Destaque para a torta de chocolate branco com banana e chantili e para o Rusticake, de cenoura, maçã, cream cheese e limão. As opções de cafés -expresso, iced coffee, coffee brownie e cappuccino- saem de R$ 5 a R$ 12. Itinerário em www.facebook.com/familee.oficial FURIKAKE A Kombi azul e vermelha oferece "pratos do dia a dia do Japão", como define o piloto Marcos Miyake. Entre as opções do cardápio, destaque para o karê, um cozido de carne e legumes ao curry, servido num bowl com gohan (arroz oriental). Tem também porco marinado no missô (pasta salgada de soja) mais gohan e furikake, um condimento em pó, feito com alga, gergelim e peixe seco (R$ 23). Itinerário em www.facebook.com/furikakefood GORILLA Promete receitas com pegada natural, orgânica e saudável, incluindo sugestões mais leves, como o frango com chimichurri sem sódio e salada funcional (R$ 20). Mas o cardápio não para por aí e oferece também itens mais substanciosos, como o hambúrguer de fraldinha com cheddar inglês, alface, cogumelos shimeji, pepino e maionese de ervas no pão australiano (R$ 22). Para beber, aposte no suco de açaí com mel e banana (R$ 12; 500 ml). Itinerário em www.facebook.com/gorillafoodtruckbr HOLY PASTA A Kombi preta percorre a cidade oferecendo o seu macarrão ao molho de queijos, bacon e nachos (R$ 23) e sugestões do chef que variam a cada semana -chance de encontrar o espaguete ao limone com shimeji e shiitake (R$ 23) e o ravióli de cordeiro ao pomodoro. Dá para reforçar o prato com três almôndegas de carne a R$ 6. De sobremesa, aposte na rabanada com doce de leite (R$ 6 a unidade). Itinerário em www.facebook.com/HolyPastaFoodtruck KOMBIER A Kombi Standard 1974, restaurada e customizada, aposta no serviço itinerante de venda de cervejas especiais (geladas!), ou seja, é uma verdadeira cervejaria sobre rodas. A carta conta sempre com 16 rótulos, que se revezam e abarcam diferentes estilos: pilsen, weissbier (de trigo), IPA (India Pale Ale), Stout, entre outros. As bebibas são servidas na própria garrafa a preços que variam de R$ 10 a R$ 30. Itinerário em www.kombiercervejaria.com.br KOMBOSA SHAKE A especialidade é o milkshake -ou "felicidade dentro do copinho", como está escrito no cardápio dos trucks azul e rosa (há quatro rodando pela cidade). Entre as opções da bebida, sempre aparece uma invencionice (bem) açucarada -do tipo da que mistura chocolate Lollo com sorvete. O Lá Vem o Negão, com biscoito Oreo e gotas de chocolate, é um dos mais pedidos pela clientela e sai por R$ 13 o copo (300 ml) ou R$ 22 o litro. Itinerário em www.kombosashake.com.br LA EMBARCACIÓN No truck azul-turquesa, peixes e frutos do mar estrelam pratos e sanduíches caprichados. No cardápio, podem aparecer o talharim artesanal ao molho rústico de tomate, camarões e manjericão (R$ 22) e o hambúrguer de salmão, incrementado com sunomono, alface, molho tarê e maionese caseira (R$ 18), campeão de pedidos. Itinerário em www.facebook.com/laembarcacion LA PERUANA Quem dirige o food truck é a chef peruana Marisabel Woodman. Seus ceviches são o destaque do cardápio: o clássico (R$ 20) combina peixe fresco a leche de tigre, cebola roxa, dedo-de-moça e coentro. Mais incrementada, a versão La Peruana leva camarão e lula dorê (R$ 25). Das opções quentes, o peixe com lula empanados vem com molho tártaro e salsa verde. Itinerário em www.laperuana.com.br LA VERA PORCHETTA Após conquistar fãs na Feirinha Gastronômica com sua receita de sanduíche de porchetta -à moda dos que são comercializados nas ruas da Itália-, o chef Guilhermo Pinto decidiu investir no food truck. A carne suína assada e temperada com azeite, limão-siciliano e salsinha é servida na ciabatta e sai por R$ 23. Itinerário em www.laveraporchetta.com.br LOS MENDOZITOS O trailer adaptado pelos sócios André Fischer, Danilo Janjacomo e Ariel Kogan é, na verdade, um "wine truck" e a proposta é oferecer apenas vinhos da região argentina de Mendoza. Opções orgânicas e de vinícolas familiares estão entre os 45 rótulos da carta. As bebidas são servidas em taça e os preços vão de R$ 12 a R$ 18. Há também drinques como o Verano (R$ 17), com espumante brut e amora. Itinerário em www.losmendozitos.com.br LUZ, C MERA, BURGER Sócios da produtora R2O Filmes pilotam o food truck -daí o nome. O cardápio sugere hambúrgueres artesanais, cujos nomes também refletem o universo cinematográfico. O Balboa (R$ 25), com hambúrguer (180 g), mozarela ralada, tomate-cereja e pesto, é o mais pedido. Outra opção, o 16 Milímetros (R$ 20) combina carne, queijos prato e gouda, cebola roxa e molho da casa. Não dispense a porção de batatas, que são fritas com dentes de alho, minicebolas, alecrim e sal grosso (R$ 10). Itinerário em www.luzcameraburger.com MERENDA DE RUA O destaque do caminhão vermelho -de cardápio assinado pela chef Brunella Mar -são os sanduíches, como o hambúrguer de cordeiro com queijo gouda e maionese de hortelã (R$ 20). Aos vegetarianos, a sugestão é a versão que leva cogumelos portobello, creme de queijos, ervas e rúcula (R$ 20), que pode ser reforçada pela porção de batatas frita (o preço varia de R$ 8 a R$ 10, dependendo do tamanho). Itinerário em www.facebook.com/merendaderua MOCOTÓ AQUI O caminhão itinerante do chef Rodrigo Oliveira leva as receitas do restaurante Mocotó, na Vila Medeiros, região norte, a outros pontos da cidade. Entre as receitas de sotaque nordestino, destaque para o baião de dois, com feijão-fradinho, carne-seca e queijo de coalho, uma das opções mais pedidas. Antes, vale petiscar as famosas porções de dadinhos de tapioca (R$ 15) e torresmo (R$ 10). Itinerário em www.mocotoaqui.com.br MR. POKE A ideia surgiu depois que os irmãos Felipe e Eduardo Scarpa viajaram para o Havaí e decidiram trazer o poke -prato típico local- para o Brasil. Junto com mais dois amigos montaram uma "moto truck" para servir a receita havaiana. A versão tradicional leva cubos de atum (R$ 27) ou salmão (R$ 25) crus em marinada de shoyu, cebola roxa, pepino japonês e alga yakinori. Há outras variações no cardápio. Itinerário em www.facebook.com/misterpoke NHOC NHOC Como o nome sugere, a especialidade do pequeno caminhão, ou "caminhoc", como foi apelidado pelas sócias, são os nhoques. No cardápio, há versões como o de beterraba com creme de limão-siciliano e farofa de pão, de batata ao pesto de rúcula, ricota de cabra e amêndoas, e de rúcula com pesto de tomate, queijo meia cura e castanha (todos R$ 24). De sobremesa, oferecem bolos gelados (R$ 6 o pedaço). Itinerário em www.facebook.com/nhocnhoctruck QUITINETE NA RUA O caminhão tem uma vitrine na lateral que deixa à vista dos clientes o preparo das comidinhas. O cardápio é focado nos sanduíches, como o de paleta (R$ 22), e nos hambúrgueres, como o Quitinete (R$ 22), com carne, cheddar, cebola grelhada, salsa de tomate assado, cogumelos e maionese de bacon no pão de brioche. Dá para reforçar o pedido com uma porção de fritas rústicas. Pratos que variam a cada semana também têm vez. Itinerário em www.quitinetenarua.com.br ROLANDO MASSINHA Veterano no ramo da comida de rua, Rolando Vanucci serve massas caseiras desde 2008 —começou num ponto na avenida Sumaré, onde estacionou por seis anos. Hoje possui cinco trucks na rua Cayowaá, 412, em Perdizes. De churros a saladas —passando por hambúrgueres e espetos—, todos os pratos saem por R$ 10, com exceções dos milkshakes (R$ 7) e de algumas massas recheadas (R$ 15). O cardápio sugere nove opções de pastas, que podem ser combinadas a três tipos de molhos. A sugestão é o nhoque de batata recheado com quatro queijos ao sugo (R$ 15) ou o de mandioquinha com molho bolonhesa (R$ 15). Itinerário em www.rolandomassinha.com.br R.U.A. A sigla quer dizer Restaurante Urbano Ambulante. O cardápio sugere pratos caprichados, como o risoto de ossobuco (R$ 22), mas as vedetes do truck azul e laranja são mesmo os hambúrgueres. Entre as três opções disponíveis, o Cogumelo (R$ 20) combina disco de carne bovina (160 g), cheddar inglês, shimeji e maionese. Como acompanhamento, a porção de batatas fritas com lemon pepper, que sai por R$ 6, também merece a pedida. Itinerário em www.ruafoodtruck.com.br RUA COFFEE ROASTERS Geralmente estacionados nas ruas da Vila Olímpia, os estilosos triciclos motorizados da marca são equipados com máquinas de expresso italianas. O cardápio tem a assinatura do barista carioca Léo Moço e sugere opções bem tiradas de cappuccino, mocha, macchiato, entre outras -os preços vão de R$ 5 a R$ 11. Para acompanhar, há quitutes como cookies ou bombocado, fornecidos por empresas parceiras. Itinerário em www.facebook.com/RuaCoffee VEGGIES NA PRAÇA 7 Em abril deste ano, os sócios Agatha Faria e Rogério Paes trocaram a loja física pelo atendimento móvel sobre quatro rodas. A dupla serve pratos como o picadinho de legumes com cogumelos na chapa, servido com batata palito e arroz integral (R$ 20). O pastel mexicano (R$ 5), com tomate, cebolinha, cominho e chilli vegetariano, também é destaque. Itinerário em www.veggiesnapraca.com
saopaulo
Veja sugestões de food trucks para provar o melhor da comida de ruaDE SÃO PAULO Eles servem (quase) tudo: bebidas, doces, sanduíches, refeições. Os food trucks, liberados para circular em São Paulo desde maio do ano passado, têm como especialidade ceviches, hambúrgueres, milkshake, cervejas... Ficou na dúvida? Confira uma seleção com 24 furgões que se revezam pelas ruas e outros pontos da capital. BIO BARISTA Com uma máquina italiana La Marzocco instalada numa Kombi de 1974, o barista Alex Pereira serve expressos bem-tirados (e com direito à latte art). Pode ser puro, com leite, raspas de limão-siciliano ou boa dose de calda de chocolate, caso do mocha (R$ 7,50). Os grãos da FAF (Fazenda Ambiental Fortaleza) são moídos na hora. Itinerário em www.facebook.com/BioBaristaCafesEspeciais CANASTRA Tem a proposta de trazer a São Paulo os sabores da serra da Canastra (MG). O cardápio sugere o Arroz João Capivara, cujos grãos são cozidos em caldo de porco e incrementados com carne suína desfiada, ovo e pedaços de queijo curado (R$ 22). O hambúrguer de rabada vem dentro do pão de milho artesanal (R$ 25). Se a ideia é fazer um lanche, aposte no pão de queijo com goiabada (R$ 10 três unidades). Itinerário em www.canastrafoodtruck.com.br COZINHA COM Z A cozinha itinerante tem sotaque baiano: é o chef Zeca Amaral quem prepara especialidades como o baião de dois com queijo de coalho maçaricado (R$ 22). No cardápio rotativo, também podem aparecer o salpicão de carne-seca ao leite de coco e salsão (R$ 22), que é servido com salada verde e vinagrete de pimenta-biquinho, e a moqueca de camarão (R$ 24). Itinerário em www.cozinhacomz.com.br EL FAVORITO Especializado em comida de rua argentina, funciona sobre a carroceria de um charmoso caminhão Chevrolet 6400 verde, de 1950. No cardápio enxuto, o carro-chefe é o choripan (R$ 15), sanduíche de linguiça artesanal grelhada com molho chimichurri no pão francês. Destaque também para o bife ancho com tomate e alface no pão francês especial (R$ 25). Saladas e empanadas complementam as opções. Itinerário em www.facebook.com/elfavoritofoodtruck FAMILEE É uma confeitaria móvel, tocada pelos irmãos Lee (reparou no nome?). Eles oferecem "comfort desserts", como definem: bolos, minitortas, bolinhos de chuva, balas de coco (R$ 7,50; 80 g). Destaque para a torta de chocolate branco com banana e chantili e para o Rusticake, de cenoura, maçã, cream cheese e limão. As opções de cafés -expresso, iced coffee, coffee brownie e cappuccino- saem de R$ 5 a R$ 12. Itinerário em www.facebook.com/familee.oficial FURIKAKE A Kombi azul e vermelha oferece "pratos do dia a dia do Japão", como define o piloto Marcos Miyake. Entre as opções do cardápio, destaque para o karê, um cozido de carne e legumes ao curry, servido num bowl com gohan (arroz oriental). Tem também porco marinado no missô (pasta salgada de soja) mais gohan e furikake, um condimento em pó, feito com alga, gergelim e peixe seco (R$ 23). Itinerário em www.facebook.com/furikakefood GORILLA Promete receitas com pegada natural, orgânica e saudável, incluindo sugestões mais leves, como o frango com chimichurri sem sódio e salada funcional (R$ 20). Mas o cardápio não para por aí e oferece também itens mais substanciosos, como o hambúrguer de fraldinha com cheddar inglês, alface, cogumelos shimeji, pepino e maionese de ervas no pão australiano (R$ 22). Para beber, aposte no suco de açaí com mel e banana (R$ 12; 500 ml). Itinerário em www.facebook.com/gorillafoodtruckbr HOLY PASTA A Kombi preta percorre a cidade oferecendo o seu macarrão ao molho de queijos, bacon e nachos (R$ 23) e sugestões do chef que variam a cada semana -chance de encontrar o espaguete ao limone com shimeji e shiitake (R$ 23) e o ravióli de cordeiro ao pomodoro. Dá para reforçar o prato com três almôndegas de carne a R$ 6. De sobremesa, aposte na rabanada com doce de leite (R$ 6 a unidade). Itinerário em www.facebook.com/HolyPastaFoodtruck KOMBIER A Kombi Standard 1974, restaurada e customizada, aposta no serviço itinerante de venda de cervejas especiais (geladas!), ou seja, é uma verdadeira cervejaria sobre rodas. A carta conta sempre com 16 rótulos, que se revezam e abarcam diferentes estilos: pilsen, weissbier (de trigo), IPA (India Pale Ale), Stout, entre outros. As bebibas são servidas na própria garrafa a preços que variam de R$ 10 a R$ 30. Itinerário em www.kombiercervejaria.com.br KOMBOSA SHAKE A especialidade é o milkshake -ou "felicidade dentro do copinho", como está escrito no cardápio dos trucks azul e rosa (há quatro rodando pela cidade). Entre as opções da bebida, sempre aparece uma invencionice (bem) açucarada -do tipo da que mistura chocolate Lollo com sorvete. O Lá Vem o Negão, com biscoito Oreo e gotas de chocolate, é um dos mais pedidos pela clientela e sai por R$ 13 o copo (300 ml) ou R$ 22 o litro. Itinerário em www.kombosashake.com.br LA EMBARCACIÓN No truck azul-turquesa, peixes e frutos do mar estrelam pratos e sanduíches caprichados. No cardápio, podem aparecer o talharim artesanal ao molho rústico de tomate, camarões e manjericão (R$ 22) e o hambúrguer de salmão, incrementado com sunomono, alface, molho tarê e maionese caseira (R$ 18), campeão de pedidos. Itinerário em www.facebook.com/laembarcacion LA PERUANA Quem dirige o food truck é a chef peruana Marisabel Woodman. Seus ceviches são o destaque do cardápio: o clássico (R$ 20) combina peixe fresco a leche de tigre, cebola roxa, dedo-de-moça e coentro. Mais incrementada, a versão La Peruana leva camarão e lula dorê (R$ 25). Das opções quentes, o peixe com lula empanados vem com molho tártaro e salsa verde. Itinerário em www.laperuana.com.br LA VERA PORCHETTA Após conquistar fãs na Feirinha Gastronômica com sua receita de sanduíche de porchetta -à moda dos que são comercializados nas ruas da Itália-, o chef Guilhermo Pinto decidiu investir no food truck. A carne suína assada e temperada com azeite, limão-siciliano e salsinha é servida na ciabatta e sai por R$ 23. Itinerário em www.laveraporchetta.com.br LOS MENDOZITOS O trailer adaptado pelos sócios André Fischer, Danilo Janjacomo e Ariel Kogan é, na verdade, um "wine truck" e a proposta é oferecer apenas vinhos da região argentina de Mendoza. Opções orgânicas e de vinícolas familiares estão entre os 45 rótulos da carta. As bebidas são servidas em taça e os preços vão de R$ 12 a R$ 18. Há também drinques como o Verano (R$ 17), com espumante brut e amora. Itinerário em www.losmendozitos.com.br LUZ, C MERA, BURGER Sócios da produtora R2O Filmes pilotam o food truck -daí o nome. O cardápio sugere hambúrgueres artesanais, cujos nomes também refletem o universo cinematográfico. O Balboa (R$ 25), com hambúrguer (180 g), mozarela ralada, tomate-cereja e pesto, é o mais pedido. Outra opção, o 16 Milímetros (R$ 20) combina carne, queijos prato e gouda, cebola roxa e molho da casa. Não dispense a porção de batatas, que são fritas com dentes de alho, minicebolas, alecrim e sal grosso (R$ 10). Itinerário em www.luzcameraburger.com MERENDA DE RUA O destaque do caminhão vermelho -de cardápio assinado pela chef Brunella Mar -são os sanduíches, como o hambúrguer de cordeiro com queijo gouda e maionese de hortelã (R$ 20). Aos vegetarianos, a sugestão é a versão que leva cogumelos portobello, creme de queijos, ervas e rúcula (R$ 20), que pode ser reforçada pela porção de batatas frita (o preço varia de R$ 8 a R$ 10, dependendo do tamanho). Itinerário em www.facebook.com/merendaderua MOCOTÓ AQUI O caminhão itinerante do chef Rodrigo Oliveira leva as receitas do restaurante Mocotó, na Vila Medeiros, região norte, a outros pontos da cidade. Entre as receitas de sotaque nordestino, destaque para o baião de dois, com feijão-fradinho, carne-seca e queijo de coalho, uma das opções mais pedidas. Antes, vale petiscar as famosas porções de dadinhos de tapioca (R$ 15) e torresmo (R$ 10). Itinerário em www.mocotoaqui.com.br MR. POKE A ideia surgiu depois que os irmãos Felipe e Eduardo Scarpa viajaram para o Havaí e decidiram trazer o poke -prato típico local- para o Brasil. Junto com mais dois amigos montaram uma "moto truck" para servir a receita havaiana. A versão tradicional leva cubos de atum (R$ 27) ou salmão (R$ 25) crus em marinada de shoyu, cebola roxa, pepino japonês e alga yakinori. Há outras variações no cardápio. Itinerário em www.facebook.com/misterpoke NHOC NHOC Como o nome sugere, a especialidade do pequeno caminhão, ou "caminhoc", como foi apelidado pelas sócias, são os nhoques. No cardápio, há versões como o de beterraba com creme de limão-siciliano e farofa de pão, de batata ao pesto de rúcula, ricota de cabra e amêndoas, e de rúcula com pesto de tomate, queijo meia cura e castanha (todos R$ 24). De sobremesa, oferecem bolos gelados (R$ 6 o pedaço). Itinerário em www.facebook.com/nhocnhoctruck QUITINETE NA RUA O caminhão tem uma vitrine na lateral que deixa à vista dos clientes o preparo das comidinhas. O cardápio é focado nos sanduíches, como o de paleta (R$ 22), e nos hambúrgueres, como o Quitinete (R$ 22), com carne, cheddar, cebola grelhada, salsa de tomate assado, cogumelos e maionese de bacon no pão de brioche. Dá para reforçar o pedido com uma porção de fritas rústicas. Pratos que variam a cada semana também têm vez. Itinerário em www.quitinetenarua.com.br ROLANDO MASSINHA Veterano no ramo da comida de rua, Rolando Vanucci serve massas caseiras desde 2008 —começou num ponto na avenida Sumaré, onde estacionou por seis anos. Hoje possui cinco trucks na rua Cayowaá, 412, em Perdizes. De churros a saladas —passando por hambúrgueres e espetos—, todos os pratos saem por R$ 10, com exceções dos milkshakes (R$ 7) e de algumas massas recheadas (R$ 15). O cardápio sugere nove opções de pastas, que podem ser combinadas a três tipos de molhos. A sugestão é o nhoque de batata recheado com quatro queijos ao sugo (R$ 15) ou o de mandioquinha com molho bolonhesa (R$ 15). Itinerário em www.rolandomassinha.com.br R.U.A. A sigla quer dizer Restaurante Urbano Ambulante. O cardápio sugere pratos caprichados, como o risoto de ossobuco (R$ 22), mas as vedetes do truck azul e laranja são mesmo os hambúrgueres. Entre as três opções disponíveis, o Cogumelo (R$ 20) combina disco de carne bovina (160 g), cheddar inglês, shimeji e maionese. Como acompanhamento, a porção de batatas fritas com lemon pepper, que sai por R$ 6, também merece a pedida. Itinerário em www.ruafoodtruck.com.br RUA COFFEE ROASTERS Geralmente estacionados nas ruas da Vila Olímpia, os estilosos triciclos motorizados da marca são equipados com máquinas de expresso italianas. O cardápio tem a assinatura do barista carioca Léo Moço e sugere opções bem tiradas de cappuccino, mocha, macchiato, entre outras -os preços vão de R$ 5 a R$ 11. Para acompanhar, há quitutes como cookies ou bombocado, fornecidos por empresas parceiras. Itinerário em www.facebook.com/RuaCoffee VEGGIES NA PRAÇA 7 Em abril deste ano, os sócios Agatha Faria e Rogério Paes trocaram a loja física pelo atendimento móvel sobre quatro rodas. A dupla serve pratos como o picadinho de legumes com cogumelos na chapa, servido com batata palito e arroz integral (R$ 20). O pastel mexicano (R$ 5), com tomate, cebolinha, cominho e chilli vegetariano, também é destaque. Itinerário em www.veggiesnapraca.com
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Tiradentes é dentista no SUS!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Enforcamos a segunda! Viva Tiradentes! Piada Pronta direto de Capinzal, SC: "Ivo Innocente condenado a 22 anos de prisão". Gente, no Brasil até o inocente tá preso. Manda pra Curitiba! Rarará! E a manchete do Sensacionalista: "Linguistas discutem qual a pronúncia correta: Vaccari, Vaccári ou ladrão". Ladrão! Rarará! E o resumo do futebol! O bando de loucos mudou o grito de "Vaaaai, Corinthians" pra "Foooi, Corinthians". E o Desimpedidos: "Os juízes dão pênalti pro Corinthians o ano todo, aí quando tem decisão os caras não conseguem bater". Rarará! E o Vasco? Roubado é mais gostoso! E agora o Vasco enfrenta a maior torcida do Brasil: o Botafogo! Rarará! E eu não tenho pena do São Paulo porque ele se ferrou por excesso de penas: Frango, Pato e Ganso. Que penas! Rarará! E o Ganso é mais lento que um pato e o Pato é mais desastrado que um ganso! Rarará! E deu ruim pros tucanos: "Blogueiro antipetista recebe R$ 70 mil mensais do governo Alckmin". RS 70 mil? O mesmo salário de professor? Rarará! Com esse dinheiro dava pra manter umas duas escolas. E eu falando mal aqui de graça! E o feriadão? Tiradentes devia ser o padroeiro do Brasil: todo mundo com a corda no pescoço! E passar o feriadão de Tiradentes em Minas não é turismo, é insurreição! Rarará! E se Tiradentes estivesse vivo ele seria dentista no SUS! E ninguém mais sabe quem foi Tiradentes. Perguntaram para um menino: "Você sabe quem é Tiradentes?". "Sei, um feriado!" Isso! Tiradentes é um feriado! Tiradentes foi enforcado, esquartejado e salgado por não pagar imposto, o quinto! Se fosse hoje ele seria passado numa máquina de moer carne. Virava hambúrguer. Quibe. Quibe mineiro. Rarará! E trabalhar em feriadão dá "grastite, escrisofinia, enframação na prósta e calo no chifre". Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Tiradentes é dentista no SUS!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Enforcamos a segunda! Viva Tiradentes! Piada Pronta direto de Capinzal, SC: "Ivo Innocente condenado a 22 anos de prisão". Gente, no Brasil até o inocente tá preso. Manda pra Curitiba! Rarará! E a manchete do Sensacionalista: "Linguistas discutem qual a pronúncia correta: Vaccari, Vaccári ou ladrão". Ladrão! Rarará! E o resumo do futebol! O bando de loucos mudou o grito de "Vaaaai, Corinthians" pra "Foooi, Corinthians". E o Desimpedidos: "Os juízes dão pênalti pro Corinthians o ano todo, aí quando tem decisão os caras não conseguem bater". Rarará! E o Vasco? Roubado é mais gostoso! E agora o Vasco enfrenta a maior torcida do Brasil: o Botafogo! Rarará! E eu não tenho pena do São Paulo porque ele se ferrou por excesso de penas: Frango, Pato e Ganso. Que penas! Rarará! E o Ganso é mais lento que um pato e o Pato é mais desastrado que um ganso! Rarará! E deu ruim pros tucanos: "Blogueiro antipetista recebe R$ 70 mil mensais do governo Alckmin". RS 70 mil? O mesmo salário de professor? Rarará! Com esse dinheiro dava pra manter umas duas escolas. E eu falando mal aqui de graça! E o feriadão? Tiradentes devia ser o padroeiro do Brasil: todo mundo com a corda no pescoço! E passar o feriadão de Tiradentes em Minas não é turismo, é insurreição! Rarará! E se Tiradentes estivesse vivo ele seria dentista no SUS! E ninguém mais sabe quem foi Tiradentes. Perguntaram para um menino: "Você sabe quem é Tiradentes?". "Sei, um feriado!" Isso! Tiradentes é um feriado! Tiradentes foi enforcado, esquartejado e salgado por não pagar imposto, o quinto! Se fosse hoje ele seria passado numa máquina de moer carne. Virava hambúrguer. Quibe. Quibe mineiro. Rarará! E trabalhar em feriadão dá "grastite, escrisofinia, enframação na prósta e calo no chifre". Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Maurício Tuffani: Índices do Cantareira desinformam população, dizem pesquisadores
Em vez de ter divulgado ontem (quarta-feira, 4.jan) o dado de 5,2% de armazenamento de água no sistema Cantareira, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deveria ter indicado 24,1% negativos em relação ao volume útil ... Leia post completo no blog
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Maurício Tuffani: Índices do Cantareira desinformam população, dizem pesquisadoresEm vez de ter divulgado ontem (quarta-feira, 4.jan) o dado de 5,2% de armazenamento de água no sistema Cantareira, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deveria ter indicado 24,1% negativos em relação ao volume útil ... Leia post completo no blog
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Gosto pelo monólogo levou Dilma ao ponto onde está
Dilma Rousseff leu sua carta ao povo diante de jornalistas, mas não aceitou perguntas. Ela gostaria de ir ao Senado para apresentar a sua defesa, mas não quer perguntas. Foi esse gosto pelo monólogo que a levou ao ponto onde está. Mesmo assim, há monólogos que ilustram. Esse não foi a caso da carta lida nesta terça (16). Quando a senhora e o PT não sabiam o que fazer, propunham um pacto. Assim foi em 2013, quando os brasileiros foram para rua. Ela ofereceu cinco pactos e mudou de assunto semanas depois. Ontem, novamente, ofereceu um "pacto pela unidade, pelo desenvolvimento e pela justiça". Quando pactos não rendem, surge a carta do plebiscito, e Dilma voltou a tirá-la da manga. Sugeriu a realização de um plebiscito "sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral". A reforma política é necessária e não precisa de plebiscito, mas é o caso de se lembrar que tipo de reforma era defendida pelo seu partido. O PT queria, e quase conseguiu, a instituição do voto de lista. Ela confiscaria o direito do eleitor de votar no candidato de sua escolha. Esse poder iria sobretudo para as direções partidárias. (O PT teve dois ex-presidentes e três ex-tesoureiros encarcerados.) Dilma e o PT revelaram-se intelectualmente exaustos. Tiveram em Eduardo Cunha um aliado, um cúmplice e, finalmente, um inimigo. Nem ela nem o PT conseguiram dar apoio à Operação Lava Jato. Ambos foram ostensivos críticos do instituto da colaboração premiada. Sem ela, a Lava Jato estaria no ralo. A um passo das cenas finais de sua carreira política, a presidente diz platitudes como esta: "É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade". A presidente arruinou a economia do país pulando do galho das "campeãs nacionais" para as "mãos de tesoura" de Joaquim Levy, e dele para o breve mandarinato de Nelson Barbosa. Teve em Michel Temer um parceiro de chapa, um articulador político, e finalmente, um inimigo a quem chama de usurpador. Num episódio raro, a carta de Dilma se parece mais com o programa de um governo que, tendo existido, deixou de existir, mas persiste, vagando tal qual alma penada. Sua carta aos senadores poderia ter sido diferente na extensão e no conteúdo. Por decisão dela e de seu bunker do Palácio do Planalto, foi um documento empolado no estilo e catastrófico na essência. Ele não seria capaz de mudar votos no plenário do Senado, que baixará a lâmina sobre seu mandato. Poderia ter motivado pessoas que aceitam parte de seus argumentos contra o processo de impeachment. Se ele não tiver esse efeito, isso refletirá a exaustão política do petismo e do dilmismo (se é que isso existe). A presidente afastada vive seus últimos dias de poder na redoma do Alvorada, transformado em magnífico calabouço. Lá espera o automóvel que a conduzirá ao aeroporto. Poderia ter sido diferente, se ela e o PT tivessem entendido que estar no poder não significa poder fazer o que se queira. Algum dia essa ficha haverá de cair.
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Gosto pelo monólogo levou Dilma ao ponto onde estáDilma Rousseff leu sua carta ao povo diante de jornalistas, mas não aceitou perguntas. Ela gostaria de ir ao Senado para apresentar a sua defesa, mas não quer perguntas. Foi esse gosto pelo monólogo que a levou ao ponto onde está. Mesmo assim, há monólogos que ilustram. Esse não foi a caso da carta lida nesta terça (16). Quando a senhora e o PT não sabiam o que fazer, propunham um pacto. Assim foi em 2013, quando os brasileiros foram para rua. Ela ofereceu cinco pactos e mudou de assunto semanas depois. Ontem, novamente, ofereceu um "pacto pela unidade, pelo desenvolvimento e pela justiça". Quando pactos não rendem, surge a carta do plebiscito, e Dilma voltou a tirá-la da manga. Sugeriu a realização de um plebiscito "sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral". A reforma política é necessária e não precisa de plebiscito, mas é o caso de se lembrar que tipo de reforma era defendida pelo seu partido. O PT queria, e quase conseguiu, a instituição do voto de lista. Ela confiscaria o direito do eleitor de votar no candidato de sua escolha. Esse poder iria sobretudo para as direções partidárias. (O PT teve dois ex-presidentes e três ex-tesoureiros encarcerados.) Dilma e o PT revelaram-se intelectualmente exaustos. Tiveram em Eduardo Cunha um aliado, um cúmplice e, finalmente, um inimigo. Nem ela nem o PT conseguiram dar apoio à Operação Lava Jato. Ambos foram ostensivos críticos do instituto da colaboração premiada. Sem ela, a Lava Jato estaria no ralo. A um passo das cenas finais de sua carreira política, a presidente diz platitudes como esta: "É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade". A presidente arruinou a economia do país pulando do galho das "campeãs nacionais" para as "mãos de tesoura" de Joaquim Levy, e dele para o breve mandarinato de Nelson Barbosa. Teve em Michel Temer um parceiro de chapa, um articulador político, e finalmente, um inimigo a quem chama de usurpador. Num episódio raro, a carta de Dilma se parece mais com o programa de um governo que, tendo existido, deixou de existir, mas persiste, vagando tal qual alma penada. Sua carta aos senadores poderia ter sido diferente na extensão e no conteúdo. Por decisão dela e de seu bunker do Palácio do Planalto, foi um documento empolado no estilo e catastrófico na essência. Ele não seria capaz de mudar votos no plenário do Senado, que baixará a lâmina sobre seu mandato. Poderia ter motivado pessoas que aceitam parte de seus argumentos contra o processo de impeachment. Se ele não tiver esse efeito, isso refletirá a exaustão política do petismo e do dilmismo (se é que isso existe). A presidente afastada vive seus últimos dias de poder na redoma do Alvorada, transformado em magnífico calabouço. Lá espera o automóvel que a conduzirá ao aeroporto. Poderia ter sido diferente, se ela e o PT tivessem entendido que estar no poder não significa poder fazer o que se queira. Algum dia essa ficha haverá de cair.
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Longa baseado em romance de Hatoum abre Mostra de Tiradentes
A partir de sexta-feira (24), o cinema contemporâneo brasileiro desembarca em Minas Gerais, na 18º Mostra de Cinema de Tiradentes. Em nove dias de festival, serão exibidos 128 filmes, 37 longas e 91 curtas, distribuídos em 59 sessões. Estarão ali representados o cinema de 16 Estados do país. Considerado o principal festival dedicado ao cinema de autor no Brasil, terá a programação de longas aberta com o inédito "Órfãos do Eldorado", de Guilherme Coelho, baseado na obra homônima de Milton Hatoum. "Ela Volta na Quinta", do mineiro André Novais, encerra o evento. A programação se divide em oito mostras temáticas, com só uma mostra competitiva, "Aurora", em que concorrem ao prêmio Itamaraty, de R$ 50 mil, sete longas, todos de jovens diretores com até três filmes no currículo. Este ano, a homenageada do festival é a atriz Dira Paes. "O nosso diferencial é que dedicamos toda a programação ao cinema independente. A ideia da curadoria é apresentar exclusivamente o que está acontecendo no cinema ano a ano, focar no novo", diz a coordenadora da mostra, Raquel Hallak. Além da exibição de filmes, o festival dedica-se também à formação. Este ano, serão 10 oficinas, com 270 vagas, e uma série de 27 debates, com o tema "Qual o lugar do cinema hoje?", onde profissionais do audiovisual vão discutir a relevância do cinema em tempos de novas tecnologias. "O Festival de Tiradentes atrai muitos curadores de festivais internacionais e olheiros de televisão em busca de diretores jovens. Estamos consolidados no mercado como uma plataforma de lançamento de novos nomes", comenta Hallak.
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Longa baseado em romance de Hatoum abre Mostra de TiradentesA partir de sexta-feira (24), o cinema contemporâneo brasileiro desembarca em Minas Gerais, na 18º Mostra de Cinema de Tiradentes. Em nove dias de festival, serão exibidos 128 filmes, 37 longas e 91 curtas, distribuídos em 59 sessões. Estarão ali representados o cinema de 16 Estados do país. Considerado o principal festival dedicado ao cinema de autor no Brasil, terá a programação de longas aberta com o inédito "Órfãos do Eldorado", de Guilherme Coelho, baseado na obra homônima de Milton Hatoum. "Ela Volta na Quinta", do mineiro André Novais, encerra o evento. A programação se divide em oito mostras temáticas, com só uma mostra competitiva, "Aurora", em que concorrem ao prêmio Itamaraty, de R$ 50 mil, sete longas, todos de jovens diretores com até três filmes no currículo. Este ano, a homenageada do festival é a atriz Dira Paes. "O nosso diferencial é que dedicamos toda a programação ao cinema independente. A ideia da curadoria é apresentar exclusivamente o que está acontecendo no cinema ano a ano, focar no novo", diz a coordenadora da mostra, Raquel Hallak. Além da exibição de filmes, o festival dedica-se também à formação. Este ano, serão 10 oficinas, com 270 vagas, e uma série de 27 debates, com o tema "Qual o lugar do cinema hoje?", onde profissionais do audiovisual vão discutir a relevância do cinema em tempos de novas tecnologias. "O Festival de Tiradentes atrai muitos curadores de festivais internacionais e olheiros de televisão em busca de diretores jovens. Estamos consolidados no mercado como uma plataforma de lançamento de novos nomes", comenta Hallak.
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Presidente do Itaú defende que governo dê seguimento a reformas
O presidente do Itaú, Roberto Setubal, defendeu nesta segunda-feira (21) que o governo de Michel Temer leve adiante as reformas da Previdência, trabalhista e a política. Para o banqueiro, que também preside a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o país se encontrava em uma "espiral negativa que nos levaria ao fundo do poço", mas o atual governo "restabeleceu a confiança". "Mas precisamos retomar o desenvolvimento", afirmou. "Só com o crescimento seremos capazes de solucionar nossos problemas", disse Setubal. O presidente do Itaú parabenizou Temer pelo encaminhamento da PEC 241, proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, e pela reforma da Previdência, que, envolvida em polêmicas, deve ser enviada ao Congresso em dezembro. Setubal defendeu uma reforma política que reduza o número de partidos políticos, o que, na visão dele, garantiria maior estabilidade para o governo. Ele também pediu que o governo desse seguimento à reforma trabalhista. "Não existe empresa no Brasil que seja capaz de cumprir todos os detalhes formais da nossa legislação trabalhista e as súmulas do TST (Tribunal Superior do Trabalho)", disse o banqueiro. TRANSPARÊNCIA A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, cobrou transparência e previsibilidade do governo. "Comunicação é necessária, mas precisamos ter transparência do tamanho do rombo fiscal, do tamanho dos esqueletos que a gente pode ter", disse Latif. A economista cobrou também transparência do governo em relação à gravidade da crise. "Temo que a lua de mel está indo embora", afirmou Zeina Latif. "Seria muito importante delimitar esta agenda (econômica). Sabemos que tem um norte, tem prioridades. Mas seria importante o governo estabelecer o que seria a agenda para os próximos dois anos", disse a economista-chefe da XP. COOPERAÇÃO Presidente do Conselho de Administração da BRF, Abílio Diniz defendeu em seu discurso que se pare de reclamar do governo e, em vez disso, as pessoas tentem ajudar o país. "Temos que parar de reclamar com o governo e esperar que ele faça alguma coisa por nós. O que podemos fazer?", disse o empresário durante a reunião do Conselhão. Diniz disse que é preciso "encarar a realidade" do país. "É preciso que destravemos os problemas de infraestrutura para receber investimentos externos", afirmou.
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Presidente do Itaú defende que governo dê seguimento a reformasO presidente do Itaú, Roberto Setubal, defendeu nesta segunda-feira (21) que o governo de Michel Temer leve adiante as reformas da Previdência, trabalhista e a política. Para o banqueiro, que também preside a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o país se encontrava em uma "espiral negativa que nos levaria ao fundo do poço", mas o atual governo "restabeleceu a confiança". "Mas precisamos retomar o desenvolvimento", afirmou. "Só com o crescimento seremos capazes de solucionar nossos problemas", disse Setubal. O presidente do Itaú parabenizou Temer pelo encaminhamento da PEC 241, proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, e pela reforma da Previdência, que, envolvida em polêmicas, deve ser enviada ao Congresso em dezembro. Setubal defendeu uma reforma política que reduza o número de partidos políticos, o que, na visão dele, garantiria maior estabilidade para o governo. Ele também pediu que o governo desse seguimento à reforma trabalhista. "Não existe empresa no Brasil que seja capaz de cumprir todos os detalhes formais da nossa legislação trabalhista e as súmulas do TST (Tribunal Superior do Trabalho)", disse o banqueiro. TRANSPARÊNCIA A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, cobrou transparência e previsibilidade do governo. "Comunicação é necessária, mas precisamos ter transparência do tamanho do rombo fiscal, do tamanho dos esqueletos que a gente pode ter", disse Latif. A economista cobrou também transparência do governo em relação à gravidade da crise. "Temo que a lua de mel está indo embora", afirmou Zeina Latif. "Seria muito importante delimitar esta agenda (econômica). Sabemos que tem um norte, tem prioridades. Mas seria importante o governo estabelecer o que seria a agenda para os próximos dois anos", disse a economista-chefe da XP. COOPERAÇÃO Presidente do Conselho de Administração da BRF, Abílio Diniz defendeu em seu discurso que se pare de reclamar do governo e, em vez disso, as pessoas tentem ajudar o país. "Temos que parar de reclamar com o governo e esperar que ele faça alguma coisa por nós. O que podemos fazer?", disse o empresário durante a reunião do Conselhão. Diniz disse que é preciso "encarar a realidade" do país. "É preciso que destravemos os problemas de infraestrutura para receber investimentos externos", afirmou.
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Apple Music é confuso e não tem versão web; veja comparação
Com seu novo serviço de música por assinatura, o Music, a Apple parece querer enfrentar a concorrência dando o maior número de opções possível, em vez de tentar fazê-lo sobressair em qualidade. A pioneira no segmento de música digital (o iTunes foi a primeira loja de MP3s realmente popular) empresta o modelo de streaming consagrado pela empresa sueca Spotify, mas há um quê do app de rádio virtual Pandora e um pouco de Myspace, a rede social musical. Disponível para iOS e computadores Mac e PC, o Music peca por não estar disponível pelo navegador e por exigir o pesado software iTunes. Uma versão para Android será lançada até setembro, segundo a empresa. Sua estação Beats 1, maior diferencial do Apple Music, é de fato uma rádio on-line: não permite pular músicas, tem locutor, vinhetas e convidados ao vivo –e, em breve, terá também propaganda. Comparativo de serviços de streaming STREAMING? "Streaming", que significa transmissão, pode ser explicado pela expressão "download progressivo": o usuário ouve música ao mesmo tempo em que baixa. A técnica também é empregada para vídeo, caso do Netflix, e difere da rádio on-line. Os principais aplicativos do tipo são Deezer, Google Play Music All Access, Rdio, Spotify e o Tidal, que será disponibilizado no Brasil em breve e que é patrocinado pelo rapper Jay-Z. Nem todo artista tem a obra nos acervos dessas empresas –os célebres discos dos Beatles são o exemplo mais notável do que não se pode ouvir em streaming–, mas a maior parte dos mais populares está. PREÇO Cobrado em dólares, diferentemente da concorrência, o Music sai por US$ 5 (cerca de R$ 16, um pouco mais que os rivais) no plano individual e US$ 8 (R$ 25) em um plano "familiar" para até seis pessoas. Este último é significantemente mais barato que os análogos no Rdio e no Spotify, que cobram a tarifa básica de R$ 15 adicionada de cerca de R$ 7,50 por membro extra, num máximo de cinco pessoas por R$ 45, patamar que só seria alcançado pelo Apple Music se o dólar chegasse a R$ 5,62 –e ainda assim daria direito a uma pessoa a mais. Os três primeiros meses do Music são gratuitos, mas é preciso inserir um cartão de crédito internacional que funcione –e tomar o cuidado de cancelar a assinatura automática antes do fim do período. Considerando que um MP3 no iTunes custa quase sempre US$ 0,99 (R$ 3,15) cada, ou US$ 8 (R$ 25) pelo álbum, é vantajoso financeiramente deixar para lá a coleção digital e migrar para as assinaturas. Serviços de streaming, ainda que demandem conexão para acessar conteúdo novo, permitem aos assinantes baixar o que quiserem para ouvir off-line. (É bom lembrar que essa função também ocupa espaço no aparelho e exige a conclusão do download, geralmente lento) A conveniência de acessar um acervo gigantesco de música pagando uma mensalidade relativamente baixa pode converter até quem pirateia tudo o que ouve –ainda mais em dias em que o Grooveshark, streaming dos piratas, tornou-se só uma lembrança. O Deezer e o Play Music All Access, do Google, permitem que o usuário faça upload de sua biblioteca para que ela se torne parte da biblioteca disponível on-line, incluindo conteúdo próprio ou de bandas groenlandesas obscuras. 'INTELIGÊNCIA' O sistema de recomendação ainda precisa ser refinado para se tornar útil. A página de um videoclipe de "Negro Drama", dos Racionais MC's, sugeria ver "Sugar", por Maroon 5, e "Gangnam Style". O de "Whiskey in the Jar", por Metallica, tinha como recomendação "Imagine", de John Lennon. A rádio Caetano Veloso traz, com a mesma frequência, música interpretada pelo artista, por Chico Buarque e por Ivete Sangalo. Na minha experiência com os principais serviços, a sensação é que o Spotify tem o algoritmo mais preciso de recomendação, apesar de manter a lista "surfando" quase sempre entre canções e artistas bastante conhecidos, o que é diferente do funcionamento do Rdio –que traz mais surpresas, às vezes aprazíveis, mas nem sempre. O Google usa no Play Music All Access o sistema de recomendação da empresa Songza, que adquiriu no ano passado, e também é bom. DESIGN A interface não é limpa como a de outros aplicativos da empresa, ou a do próprio sistema iOS. A página inicial (intitulada Para Você) sobrepõe as capas dos discos na parte dedicada às listas de reprodução, a primeira que é vista pelo usuário. Ao mesmo tempo, não permite navegação entre os álbuns e exibe longos título ("A caminho do trabalho com MPB") e sua descrição –o resultado é uma desnecessária poluição visual. Os concorrentes, com destaque para o Deezer e seu enorme botão play, simplificam e abreviam o início da reprodução de música –não há rádio baseada nos artistas favoritos e no histórico do usuário (graciosamente chamada "estou com sorte" no serviço do Google). Os menus de contexto –exibidos com um "clique longo" sobre, por exemplo, uma canção ou um álbum– têm ora opções de mais, ora de menos. Em um exemplo disso, a página de buscas só oferece as ações "iniciar emissora", uma lista de reprodução que toma o músico ou conjunto como base; e "compartilhar artista". No mínimo, uma terceira ação deveria ter sido disponibilizada, a de adicionar aos favoritos. Para álbuns e canções, há sete ações. (Vale lembrar que as opções para compartilhamento são as limitadas oferecidas por todo o sistema da Apple: SMS, e-mail usando o app padrão do sistema, post no mural do Facebook, copiar link) O controlador de mídia é bastante limpo e mostra uma foto grande da capa do álbum que está sendo reproduzido, mas, enquanto minimizado para a navegação por outras partes do aplicativo, só dá a opção de pausar o conteúdo –nada de passar ou retroceder a faixa atual. Há um problema também com o reprodutor de vídeo, que não tem a opção de entrar em tela cheia enquanto a orientação do celular é vertical e, quando ele está na horizontal, não dá para sair dela. Um ponto positivo é a seção de playlists baseadas em atividade (escondida na aba Novo), que tem estética impecável e utilidade evidente. Mas, em vez de tê-la "enterrado" na seção dedicada às novidades, a Apple poderia tê-la mesclado às estações de rádio automáticas. A impossibilidade de navegar lateralmente entre o conteúdo é um dos maiores fatores causadores da sensação de "prisão" no Music. RÁDIO Em inglês somente, a Beats 1 pode ser ouvida também por usuários não pagantes e é capitaneada por Zane Lowe, DJ neozelandês que comandou por 12 anos a Radio 1, da BBC, que tem público-alvo jovem. A estação é baseada em Los Angeles, em Nova York e Londres e tem conteúdo exclusivo, como foi o caso da entrevista de estreia, concedida pelo rapper Eminem, relativamente pouco midiático. Como a estação é a mesma para os mais de cem países em que está disponível, a programação é menos heterogênea que algumas difusões tradicionais –que por vezes têm na madrugada conteúdo menos comercial, por vezes puxado para o erudito e o experimental. Assim, prepare-se para muito pop e hip-hop americano. Um exemplo da programação pode ser visto nessa lista de reprodução no Spotify, feita por um internauta. As demais estações, baseadas em gênero (dance, sertanejo etc), são fruto da atividade de algoritmos. Apesar de poder passar a música atual, não dá para voltar à anterior.
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Apple Music é confuso e não tem versão web; veja comparaçãoCom seu novo serviço de música por assinatura, o Music, a Apple parece querer enfrentar a concorrência dando o maior número de opções possível, em vez de tentar fazê-lo sobressair em qualidade. A pioneira no segmento de música digital (o iTunes foi a primeira loja de MP3s realmente popular) empresta o modelo de streaming consagrado pela empresa sueca Spotify, mas há um quê do app de rádio virtual Pandora e um pouco de Myspace, a rede social musical. Disponível para iOS e computadores Mac e PC, o Music peca por não estar disponível pelo navegador e por exigir o pesado software iTunes. Uma versão para Android será lançada até setembro, segundo a empresa. Sua estação Beats 1, maior diferencial do Apple Music, é de fato uma rádio on-line: não permite pular músicas, tem locutor, vinhetas e convidados ao vivo –e, em breve, terá também propaganda. Comparativo de serviços de streaming STREAMING? "Streaming", que significa transmissão, pode ser explicado pela expressão "download progressivo": o usuário ouve música ao mesmo tempo em que baixa. A técnica também é empregada para vídeo, caso do Netflix, e difere da rádio on-line. Os principais aplicativos do tipo são Deezer, Google Play Music All Access, Rdio, Spotify e o Tidal, que será disponibilizado no Brasil em breve e que é patrocinado pelo rapper Jay-Z. Nem todo artista tem a obra nos acervos dessas empresas –os célebres discos dos Beatles são o exemplo mais notável do que não se pode ouvir em streaming–, mas a maior parte dos mais populares está. PREÇO Cobrado em dólares, diferentemente da concorrência, o Music sai por US$ 5 (cerca de R$ 16, um pouco mais que os rivais) no plano individual e US$ 8 (R$ 25) em um plano "familiar" para até seis pessoas. Este último é significantemente mais barato que os análogos no Rdio e no Spotify, que cobram a tarifa básica de R$ 15 adicionada de cerca de R$ 7,50 por membro extra, num máximo de cinco pessoas por R$ 45, patamar que só seria alcançado pelo Apple Music se o dólar chegasse a R$ 5,62 –e ainda assim daria direito a uma pessoa a mais. Os três primeiros meses do Music são gratuitos, mas é preciso inserir um cartão de crédito internacional que funcione –e tomar o cuidado de cancelar a assinatura automática antes do fim do período. Considerando que um MP3 no iTunes custa quase sempre US$ 0,99 (R$ 3,15) cada, ou US$ 8 (R$ 25) pelo álbum, é vantajoso financeiramente deixar para lá a coleção digital e migrar para as assinaturas. Serviços de streaming, ainda que demandem conexão para acessar conteúdo novo, permitem aos assinantes baixar o que quiserem para ouvir off-line. (É bom lembrar que essa função também ocupa espaço no aparelho e exige a conclusão do download, geralmente lento) A conveniência de acessar um acervo gigantesco de música pagando uma mensalidade relativamente baixa pode converter até quem pirateia tudo o que ouve –ainda mais em dias em que o Grooveshark, streaming dos piratas, tornou-se só uma lembrança. O Deezer e o Play Music All Access, do Google, permitem que o usuário faça upload de sua biblioteca para que ela se torne parte da biblioteca disponível on-line, incluindo conteúdo próprio ou de bandas groenlandesas obscuras. 'INTELIGÊNCIA' O sistema de recomendação ainda precisa ser refinado para se tornar útil. A página de um videoclipe de "Negro Drama", dos Racionais MC's, sugeria ver "Sugar", por Maroon 5, e "Gangnam Style". O de "Whiskey in the Jar", por Metallica, tinha como recomendação "Imagine", de John Lennon. A rádio Caetano Veloso traz, com a mesma frequência, música interpretada pelo artista, por Chico Buarque e por Ivete Sangalo. Na minha experiência com os principais serviços, a sensação é que o Spotify tem o algoritmo mais preciso de recomendação, apesar de manter a lista "surfando" quase sempre entre canções e artistas bastante conhecidos, o que é diferente do funcionamento do Rdio –que traz mais surpresas, às vezes aprazíveis, mas nem sempre. O Google usa no Play Music All Access o sistema de recomendação da empresa Songza, que adquiriu no ano passado, e também é bom. DESIGN A interface não é limpa como a de outros aplicativos da empresa, ou a do próprio sistema iOS. A página inicial (intitulada Para Você) sobrepõe as capas dos discos na parte dedicada às listas de reprodução, a primeira que é vista pelo usuário. Ao mesmo tempo, não permite navegação entre os álbuns e exibe longos título ("A caminho do trabalho com MPB") e sua descrição –o resultado é uma desnecessária poluição visual. Os concorrentes, com destaque para o Deezer e seu enorme botão play, simplificam e abreviam o início da reprodução de música –não há rádio baseada nos artistas favoritos e no histórico do usuário (graciosamente chamada "estou com sorte" no serviço do Google). Os menus de contexto –exibidos com um "clique longo" sobre, por exemplo, uma canção ou um álbum– têm ora opções de mais, ora de menos. Em um exemplo disso, a página de buscas só oferece as ações "iniciar emissora", uma lista de reprodução que toma o músico ou conjunto como base; e "compartilhar artista". No mínimo, uma terceira ação deveria ter sido disponibilizada, a de adicionar aos favoritos. Para álbuns e canções, há sete ações. (Vale lembrar que as opções para compartilhamento são as limitadas oferecidas por todo o sistema da Apple: SMS, e-mail usando o app padrão do sistema, post no mural do Facebook, copiar link) O controlador de mídia é bastante limpo e mostra uma foto grande da capa do álbum que está sendo reproduzido, mas, enquanto minimizado para a navegação por outras partes do aplicativo, só dá a opção de pausar o conteúdo –nada de passar ou retroceder a faixa atual. Há um problema também com o reprodutor de vídeo, que não tem a opção de entrar em tela cheia enquanto a orientação do celular é vertical e, quando ele está na horizontal, não dá para sair dela. Um ponto positivo é a seção de playlists baseadas em atividade (escondida na aba Novo), que tem estética impecável e utilidade evidente. Mas, em vez de tê-la "enterrado" na seção dedicada às novidades, a Apple poderia tê-la mesclado às estações de rádio automáticas. A impossibilidade de navegar lateralmente entre o conteúdo é um dos maiores fatores causadores da sensação de "prisão" no Music. RÁDIO Em inglês somente, a Beats 1 pode ser ouvida também por usuários não pagantes e é capitaneada por Zane Lowe, DJ neozelandês que comandou por 12 anos a Radio 1, da BBC, que tem público-alvo jovem. A estação é baseada em Los Angeles, em Nova York e Londres e tem conteúdo exclusivo, como foi o caso da entrevista de estreia, concedida pelo rapper Eminem, relativamente pouco midiático. Como a estação é a mesma para os mais de cem países em que está disponível, a programação é menos heterogênea que algumas difusões tradicionais –que por vezes têm na madrugada conteúdo menos comercial, por vezes puxado para o erudito e o experimental. Assim, prepare-se para muito pop e hip-hop americano. Um exemplo da programação pode ser visto nessa lista de reprodução no Spotify, feita por um internauta. As demais estações, baseadas em gênero (dance, sertanejo etc), são fruto da atividade de algoritmos. Apesar de poder passar a música atual, não dá para voltar à anterior.
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NSA espionou assessores de Merkel, diz WikiLeaks
O WikiLeaks publicou nesta quarta-feira (8) uma nova lista de números de telefone alemães que, segundo o site, mostram que a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) espionou assessores próximos da chanceler da Alemanha, a aliada Angela Merkel. A nova publicação –uma semana depois de o WikiLeaks ter revelado que a agência tinha uma série de alvos em outros ministérios alemães– reacendeu no país as preocupações com a espionagem dos EUA. Em 2013, documentos vazados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden mostraram que o celular da própria Merkel havia sido grampeado. A lista inclui um número de celular atribuído a Ronald Pofalla, chefe de gabinete da líder alemã de 2009 a 2013, um número de telefone fixo que parece pertencer ao líder da bancada parlamentar de Merkel e outros ligados ao escritório da chanceler. Não ficou claro de quando data a nova lista, com 56 números de telefone, e a agência de notícias Associated Press não conseguiu confirmar sua exatidão. Segundo o WikiLeaks, os documentos que incluem os telefones são baseados em relatórios de interceptações feitos pela NSA –um deles, de 2009, aborda as opiniões de Merkel sobre a crise financeira internacional; outro, de 2011, resume opiniões de consultores sobre os planos para um fundo de resgate da zona do euro. Na semana passada, o chefe de gabinete da chanceler convocou o embaixador americano na Alemanha para uma reunião e disse a ele que as leis do país deveriam ser respeitadas. O governo alemão não se manifestou sobre a publicação mais recente do WikiLeaks.
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NSA espionou assessores de Merkel, diz WikiLeaksO WikiLeaks publicou nesta quarta-feira (8) uma nova lista de números de telefone alemães que, segundo o site, mostram que a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) espionou assessores próximos da chanceler da Alemanha, a aliada Angela Merkel. A nova publicação –uma semana depois de o WikiLeaks ter revelado que a agência tinha uma série de alvos em outros ministérios alemães– reacendeu no país as preocupações com a espionagem dos EUA. Em 2013, documentos vazados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden mostraram que o celular da própria Merkel havia sido grampeado. A lista inclui um número de celular atribuído a Ronald Pofalla, chefe de gabinete da líder alemã de 2009 a 2013, um número de telefone fixo que parece pertencer ao líder da bancada parlamentar de Merkel e outros ligados ao escritório da chanceler. Não ficou claro de quando data a nova lista, com 56 números de telefone, e a agência de notícias Associated Press não conseguiu confirmar sua exatidão. Segundo o WikiLeaks, os documentos que incluem os telefones são baseados em relatórios de interceptações feitos pela NSA –um deles, de 2009, aborda as opiniões de Merkel sobre a crise financeira internacional; outro, de 2011, resume opiniões de consultores sobre os planos para um fundo de resgate da zona do euro. Na semana passada, o chefe de gabinete da chanceler convocou o embaixador americano na Alemanha para uma reunião e disse a ele que as leis do país deveriam ser respeitadas. O governo alemão não se manifestou sobre a publicação mais recente do WikiLeaks.
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Voltar atrás é última opção para quem muda de carreira, diz especialista
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Uma transição de carreira pode não dar certo ou ser mais tortuosa do que o esperado. Nesse caso, o indicado é manter a calma e reavaliar os motivos do fracasso. Foi o que viveu a fonoaudióloga Larissa Pannuzio, 40. Ela começou a mudança em 2010: diminuiu a carga em clínicas e hospitais e abriu dois negócios, um de decoração de eventos e uma chocolateria. Em 2013, largou totalmente a fonoaudiologia, mas também abriu mão das empresas. "Comecei a ter perda de qualidade de vida por trabalhar em horários pouco comuns", diz sobre a segunda mudança. Seu novo objetivo é virar "coach" de carreiras e, para isso, está fazendo um curso na área. Como mudar de carreira após os 40 Para Ricardo Basaglia, da recrutadora Michael Page, é um erro comum confundir vocação com hobby. "Às vezes o que a pessoa quer é encontrar formas de ter retorno financeiro com uma atividade prazerosa". Ele aconselha buscar pessoas competentes no mercado desejado e fazer uma autoavaliação. Para minimizar o risco, Joel Souza Dutra, da FIA recomenda escolher uma área com ligação com a ocupação anterior, para aproveitar competências e contatos. Para ele, retornar a área de origem deve ser a última opção. "É importante não desistir na primeira escorregada. A volta tem sabor de fracasso, porque você vai para onde já estava insatisfeito." A técnica em nutrição Iracema Garcia, 65, que estudou contabilidade ainda jovem, resolveu mudar de área com o apoio dos filhos. Uma delas já trabalhava na área de saúde e contratou a mãe, já com experiência na área, para treinar enfermeiras cooperadas. "A experiência anterior contou no estudo, já que eu vinha com uma bagagem boa. No trabalho, eu comecei no zero", diz.
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Voltar atrás é última opção para quem muda de carreira, diz especialista ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Uma transição de carreira pode não dar certo ou ser mais tortuosa do que o esperado. Nesse caso, o indicado é manter a calma e reavaliar os motivos do fracasso. Foi o que viveu a fonoaudióloga Larissa Pannuzio, 40. Ela começou a mudança em 2010: diminuiu a carga em clínicas e hospitais e abriu dois negócios, um de decoração de eventos e uma chocolateria. Em 2013, largou totalmente a fonoaudiologia, mas também abriu mão das empresas. "Comecei a ter perda de qualidade de vida por trabalhar em horários pouco comuns", diz sobre a segunda mudança. Seu novo objetivo é virar "coach" de carreiras e, para isso, está fazendo um curso na área. Como mudar de carreira após os 40 Para Ricardo Basaglia, da recrutadora Michael Page, é um erro comum confundir vocação com hobby. "Às vezes o que a pessoa quer é encontrar formas de ter retorno financeiro com uma atividade prazerosa". Ele aconselha buscar pessoas competentes no mercado desejado e fazer uma autoavaliação. Para minimizar o risco, Joel Souza Dutra, da FIA recomenda escolher uma área com ligação com a ocupação anterior, para aproveitar competências e contatos. Para ele, retornar a área de origem deve ser a última opção. "É importante não desistir na primeira escorregada. A volta tem sabor de fracasso, porque você vai para onde já estava insatisfeito." A técnica em nutrição Iracema Garcia, 65, que estudou contabilidade ainda jovem, resolveu mudar de área com o apoio dos filhos. Uma delas já trabalhava na área de saúde e contratou a mãe, já com experiência na área, para treinar enfermeiras cooperadas. "A experiência anterior contou no estudo, já que eu vinha com uma bagagem boa. No trabalho, eu comecei no zero", diz.
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Quatro golpes que estão circulando na internet -e como não cair neles
As redes sociais são um dos meios preferidos dos criminosos virtuais. Basicamente, há duas razões que explicam o interesse deles em sites como Facebook, Twitter ou Instagram: o gigantesco número de usuários e o fato de essas plataformas aceitarem aplicativos de software aberto. Isso quer dizer que qualquer programador mais ou menos experiente pode escrever um código malicioso com o qual consegue enganar usuários. Os golpes normalmente consistem em oferecer produtos ou serviços que os usuários nunca vão receber. Ao concorrer a supostos prêmios, eles acabam por abrir as portas a vírus ou malwares, compartilhando, assim, informações pessoais. Os hackers então vendem os dados ou obrigam os usuários a assinarem serviços de mensagens denominados "premium". Assim, eles recebem mensagens com música, jogos, concursos, notícias, campanhas e outros tipos de conteúdo a um custo superior ao de um SMS. Há fraudes de todos os tipos. A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, listou as quatro principais abaixo. CUPONS DE DESCONTO Desconfie se um dia lhe oferecerem cupons de desconto de US$ 500 (R$ 2.000) em troca de resposta a questionários. É o que aconselha a empresa de segurança de internet Kapersky Lab. Quem está por trás desses golpes normalmente usa como isca o nome de empresas conhecidas, incluindo a criação de páginas inteiramente fictícias para conferir maior veracidade às campanhas. A estratégia costuma ser sempre a mesma: os hackers pedem que o usuário responda a um questionário, depois que o compartilhe, e, por último, solicitam seus dados pessoais para lhes enviar um suposto cupom de desconto. O benefício, entretanto, nunca chega, e o usuário acaba tendo de pagar uma fatura mais elevada de cartão de crédito no final do mês. SOLICITAÇÕES DE "PHISHING" Especialistas de segurança na internet recomendam a usuários desconfiar de mensagens sobre prêmios "Alguém acaba de publicar uma foto sua", diz uma mensagem que aparece nas notificações do perfil do usuário nas redes sociais. Para ver a imagem em questão, o usuário clica no link, que, em seguida, o leva à página inicial do Twitter ou do Facebook. Ali ele coloca seu nome de usuário e senha. E, ao fazer isso, um hacker obtém seus dados pessoais, porque a página de acesso às redes sociais era falsa. MENSAGENS DE VOZ NO WHATSAPP Outro golpe comum envolve mensagens de voz no WhatsApp. Usuários recebem e-mails dizendo que um de seus contatos deixou uma mensagem de voz no aplicativo e um convite para acessá-la. Na verdade, trata-se de uma fraude, advertem os especialistas da Kapersky Lab. Ao cair no golpe, o usuário abre as portas para um malware que se instalará em seu equipamento. O próprio WhatsApp adverte que se trata de um golpe. Em sua página na internet, a empresa esclarece que não envia mensagens de texto nem e-mails, a não ser que o usuário tenha entrado em contato com o suporte técnico anteriormente. NOTIFICAÇÕES DE ENVIO DE REMESSA Trata-se de um sistema similar ao da fraude dos cupons de desconto. O usuário recebe uma mensagem em nome de uma empresa de envio de remessas notificando-lhe sobre uma encomenda. Nesse caso, o arquivo em anexo provavelmente contém um código malicioso. Para não cair nesse golpe, especialistas recomendam confirmar o remetente, pois normalmente os dados são falsos e não correspondem aos da empresa de envio de remessas. Quanto ao resto, a Kapersky Lab aconselha ter cautela e desconfiar sempre de promoções e de concursos virtuais. Dessa forma, se um dia você se deparar com uma promoção de uma marca conhecida nas redes sociais, especialistas em segurança recomendam checar se a empresa possui perfil oficial no Facebook ou no Twitter. Eles também advertem conferir o URL da página a qual está atrelada a promoção. Se o link estiver cortado ou contiver erros ortográficos, trata-se de uma fraude. A Norton, divisão de antivírus da empresa de segurança na internet Symantec, recomenda não incluir informações pessoais como e-mail ou número de telefone ao criar ou atualizar o perfil em uma rede social. Além disso, especialistas em segurança na internet aconselham ter cuidado com e-mails sobre o suposto fechamento de contas do Facebook ou do Hotmail; sobre morte de alguma celebridade, sobre pedidos de doação, e sobre qualquer outra solicitação que requer nome de usuário e senha. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Quatro golpes que estão circulando na internet -e como não cair nelesAs redes sociais são um dos meios preferidos dos criminosos virtuais. Basicamente, há duas razões que explicam o interesse deles em sites como Facebook, Twitter ou Instagram: o gigantesco número de usuários e o fato de essas plataformas aceitarem aplicativos de software aberto. Isso quer dizer que qualquer programador mais ou menos experiente pode escrever um código malicioso com o qual consegue enganar usuários. Os golpes normalmente consistem em oferecer produtos ou serviços que os usuários nunca vão receber. Ao concorrer a supostos prêmios, eles acabam por abrir as portas a vírus ou malwares, compartilhando, assim, informações pessoais. Os hackers então vendem os dados ou obrigam os usuários a assinarem serviços de mensagens denominados "premium". Assim, eles recebem mensagens com música, jogos, concursos, notícias, campanhas e outros tipos de conteúdo a um custo superior ao de um SMS. Há fraudes de todos os tipos. A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, listou as quatro principais abaixo. CUPONS DE DESCONTO Desconfie se um dia lhe oferecerem cupons de desconto de US$ 500 (R$ 2.000) em troca de resposta a questionários. É o que aconselha a empresa de segurança de internet Kapersky Lab. Quem está por trás desses golpes normalmente usa como isca o nome de empresas conhecidas, incluindo a criação de páginas inteiramente fictícias para conferir maior veracidade às campanhas. A estratégia costuma ser sempre a mesma: os hackers pedem que o usuário responda a um questionário, depois que o compartilhe, e, por último, solicitam seus dados pessoais para lhes enviar um suposto cupom de desconto. O benefício, entretanto, nunca chega, e o usuário acaba tendo de pagar uma fatura mais elevada de cartão de crédito no final do mês. SOLICITAÇÕES DE "PHISHING" Especialistas de segurança na internet recomendam a usuários desconfiar de mensagens sobre prêmios "Alguém acaba de publicar uma foto sua", diz uma mensagem que aparece nas notificações do perfil do usuário nas redes sociais. Para ver a imagem em questão, o usuário clica no link, que, em seguida, o leva à página inicial do Twitter ou do Facebook. Ali ele coloca seu nome de usuário e senha. E, ao fazer isso, um hacker obtém seus dados pessoais, porque a página de acesso às redes sociais era falsa. MENSAGENS DE VOZ NO WHATSAPP Outro golpe comum envolve mensagens de voz no WhatsApp. Usuários recebem e-mails dizendo que um de seus contatos deixou uma mensagem de voz no aplicativo e um convite para acessá-la. Na verdade, trata-se de uma fraude, advertem os especialistas da Kapersky Lab. Ao cair no golpe, o usuário abre as portas para um malware que se instalará em seu equipamento. O próprio WhatsApp adverte que se trata de um golpe. Em sua página na internet, a empresa esclarece que não envia mensagens de texto nem e-mails, a não ser que o usuário tenha entrado em contato com o suporte técnico anteriormente. NOTIFICAÇÕES DE ENVIO DE REMESSA Trata-se de um sistema similar ao da fraude dos cupons de desconto. O usuário recebe uma mensagem em nome de uma empresa de envio de remessas notificando-lhe sobre uma encomenda. Nesse caso, o arquivo em anexo provavelmente contém um código malicioso. Para não cair nesse golpe, especialistas recomendam confirmar o remetente, pois normalmente os dados são falsos e não correspondem aos da empresa de envio de remessas. Quanto ao resto, a Kapersky Lab aconselha ter cautela e desconfiar sempre de promoções e de concursos virtuais. Dessa forma, se um dia você se deparar com uma promoção de uma marca conhecida nas redes sociais, especialistas em segurança recomendam checar se a empresa possui perfil oficial no Facebook ou no Twitter. Eles também advertem conferir o URL da página a qual está atrelada a promoção. Se o link estiver cortado ou contiver erros ortográficos, trata-se de uma fraude. A Norton, divisão de antivírus da empresa de segurança na internet Symantec, recomenda não incluir informações pessoais como e-mail ou número de telefone ao criar ou atualizar o perfil em uma rede social. Além disso, especialistas em segurança na internet aconselham ter cuidado com e-mails sobre o suposto fechamento de contas do Facebook ou do Hotmail; sobre morte de alguma celebridade, sobre pedidos de doação, e sobre qualquer outra solicitação que requer nome de usuário e senha. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Erramos: Greve nas universidades federais agrava crise após corte de verba
Diferentemente do informado no quadro que acompanhou o texto "Greve nas universidades federais agrava crise após corte de verba", 63 é o número de universidades federais no Brasil, o que não inclui centros e institutos. O texto foi corrigido.
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Erramos: Greve nas universidades federais agrava crise após corte de verbaDiferentemente do informado no quadro que acompanhou o texto "Greve nas universidades federais agrava crise após corte de verba", 63 é o número de universidades federais no Brasil, o que não inclui centros e institutos. O texto foi corrigido.
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Governo critica coluna que trata de viagens feitas por Lu Alckmin
O Governo de São Paulo estranha e lamenta que a Folha, embora de posse da informação, tenha omitido que os 132 deslocamentos da primeira-dama, Lu Alckmin, em aeronaves oficiais aconteceram em meio às mais de 800 agendas públicas que ela cumpriu desde 2011 como presidente do Fundo Social de Solidariedade. À frente da entidade, Lu Alckmin desenvolve amplo trabalho voluntário. Todos os seus voos estão amparados pela lei e todas as suas agendas são divulgadas com transparência. Suas viagens de trabalho incluem, por exemplo, as relacionadas às campanhas do agasalho e às inaugurações de 168 polos de qualificação profissional em todas as regiões do Estado. CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do Governo de São Paulo (São Paulo, SP) * RESPOSTA DA EDITORA DO PAINEL NATUZA NERY - A justificativa do governo para os deslocamentos de Lu Alckmin está contemplada na coluna, na nota "Às claras 1". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Governo critica coluna que trata de viagens feitas por Lu AlckminO Governo de São Paulo estranha e lamenta que a Folha, embora de posse da informação, tenha omitido que os 132 deslocamentos da primeira-dama, Lu Alckmin, em aeronaves oficiais aconteceram em meio às mais de 800 agendas públicas que ela cumpriu desde 2011 como presidente do Fundo Social de Solidariedade. À frente da entidade, Lu Alckmin desenvolve amplo trabalho voluntário. Todos os seus voos estão amparados pela lei e todas as suas agendas são divulgadas com transparência. Suas viagens de trabalho incluem, por exemplo, as relacionadas às campanhas do agasalho e às inaugurações de 168 polos de qualificação profissional em todas as regiões do Estado. CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do Governo de São Paulo (São Paulo, SP) * RESPOSTA DA EDITORA DO PAINEL NATUZA NERY - A justificativa do governo para os deslocamentos de Lu Alckmin está contemplada na coluna, na nota "Às claras 1". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Conferência Ethos traz diversidade às mesas e lança plano contra corrupção
A Conferência Ethos 360° reuniu 1.200 empresários, especialistas e líderes de institutos e organizações do terceiro setor para pensar num projeto de retomada do crescimento do país pautado pela diversidade, nesta terça-feira (24) e quarta (25). É a primeira vez que a conferência seleciona os palestrantes pensando em equilibrar o número de homens e mulheres –que ainda assim representaram 46%– e brancos e negros, que compunham cerca de 10% das mesas. "Dirigentes mulheres são muito diferentes de dirigentes homens quando estão falando de questões ambientais e de impacto social. A gente precisa ter essa experiência plural se expressando aqui", afirma Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos. Primeira vez também que o evento vai sair do eixo Rio-São Paulo. A terceira edição deste ano será em Belém, em outubro. É uma tentativa de contornar a limitação das conferências do Ethos de falar apenas para empresas já comprometidas com práticas sustentáveis, segundo Magri. A diversidade foi tema de, pelo menos, dez palestras, dentre elas "Mulheres e Negócios: o empreendedorismo que transforma o mundo", "Enfrentamento às desigualdades raciais no mercado de trabalho", "Como medir o valor da diversidade?" e "Respeito e inclusão LGBT nas empresas". Magri atribui a mudança ao contexto social. "Nos últimos dois anos houve agudização do preconceito, radicalização de posições e aumento das bolhas, com reações violentas de intolerância no Brasil e no mundo. Incentivar o respeito às diferenças faz parte do nosso papel." OBJETIVOS GLOBAIS Os compromissos da agenda 2030 da ONU com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) também permearam as mesas de discussão. Um deles, de erradicar a fome, foi tema do painel "Segurança Alimentar: recursos naturais, resiliência e sustentabilidade agrícola", que lançou o Índice Global de Segurança Alimentar, do The Economist Unit. O Brasil manteve o 38º no lugar, mas os pesquisadores alertaram que os cortes no orçamento do Ministério da Agricultura podem comprometer a independência do país. "Setores públicos e privados devem trabalhar em conjunto para fornecer investimentos financeiros e inovações necessárias para garantir que o suprimento de alimentos seja suficiente para atender às necessidades da crescente população global," diz Katherine Stewart, editora do relatório. Outro compromisso da agenda da ONU é o trabalho digno, pauta da mesa "Transparência como estratégia contra o trabalho forçado", que apresentou cases da InPACTO e da Transparentem, empresas com esse propósito. "Precisamos acelerar a responsabilidade empresarial. Não é opcional trabalhar com o setor privado, porque ele está em tudo" diz Benjamin Skinner, fundador da Transparentem. "A pergunta feita hoje pelos consumidores nos EUA e na Europa é 'Você mapeia toda a sua cadeia de produção?'. E é a indústria que tem que dar o primeiro passo para tirar milhares de pessoas da miséria e da exploração", afirma Skinner. CORRUPÇÃO E TERCEIRO SETOR Outro estudo lançado durante a conferência foi o Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à corrupção, assunto que, junto à instabilidade econômica e política, se fez presente em vários debates. "A gente está sem projeto de país. Há um retrocesso na agenda ambiental, com crescimento do desmatamento e perda de terras indígenas, afirma Magri. "Havia expectativa de que as reformas, como a trabalhista, pudessem gerar mais emprego e isso não aconteceu até agora." O presidente do Ethos criticou também as prisões como única forma de combater a corrupção. "Não estamos combatendo as causas, que estão lá atrás. É preciso mudar a cultura", diz Magri. Para ele, as empresas têm papel importante nessa mudança e deveriam fazer um lobby "do bem", além de se opor a crescer economicamente a qualquer custo, preferindo apostar na responsabilidade social e ambiental. Especialistas apoiaram ainda que o Estado condicione suas compras públicas tendo a sustentabilidade como critério, ou seja, aceitando fazer contratos apenas com empresas que tenham mecanismos de integridade consistentes. Para Caio Magri, a integração das empresas privadas com o terceiro setor é outro caminho. "Muitas criaram suas fundações para desenvolver o braço social, mas têm empresas trazendo essa ação para dentro do 'core business', do negócio."
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Conferência Ethos traz diversidade às mesas e lança plano contra corrupçãoA Conferência Ethos 360° reuniu 1.200 empresários, especialistas e líderes de institutos e organizações do terceiro setor para pensar num projeto de retomada do crescimento do país pautado pela diversidade, nesta terça-feira (24) e quarta (25). É a primeira vez que a conferência seleciona os palestrantes pensando em equilibrar o número de homens e mulheres –que ainda assim representaram 46%– e brancos e negros, que compunham cerca de 10% das mesas. "Dirigentes mulheres são muito diferentes de dirigentes homens quando estão falando de questões ambientais e de impacto social. A gente precisa ter essa experiência plural se expressando aqui", afirma Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos. Primeira vez também que o evento vai sair do eixo Rio-São Paulo. A terceira edição deste ano será em Belém, em outubro. É uma tentativa de contornar a limitação das conferências do Ethos de falar apenas para empresas já comprometidas com práticas sustentáveis, segundo Magri. A diversidade foi tema de, pelo menos, dez palestras, dentre elas "Mulheres e Negócios: o empreendedorismo que transforma o mundo", "Enfrentamento às desigualdades raciais no mercado de trabalho", "Como medir o valor da diversidade?" e "Respeito e inclusão LGBT nas empresas". Magri atribui a mudança ao contexto social. "Nos últimos dois anos houve agudização do preconceito, radicalização de posições e aumento das bolhas, com reações violentas de intolerância no Brasil e no mundo. Incentivar o respeito às diferenças faz parte do nosso papel." OBJETIVOS GLOBAIS Os compromissos da agenda 2030 da ONU com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) também permearam as mesas de discussão. Um deles, de erradicar a fome, foi tema do painel "Segurança Alimentar: recursos naturais, resiliência e sustentabilidade agrícola", que lançou o Índice Global de Segurança Alimentar, do The Economist Unit. O Brasil manteve o 38º no lugar, mas os pesquisadores alertaram que os cortes no orçamento do Ministério da Agricultura podem comprometer a independência do país. "Setores públicos e privados devem trabalhar em conjunto para fornecer investimentos financeiros e inovações necessárias para garantir que o suprimento de alimentos seja suficiente para atender às necessidades da crescente população global," diz Katherine Stewart, editora do relatório. Outro compromisso da agenda da ONU é o trabalho digno, pauta da mesa "Transparência como estratégia contra o trabalho forçado", que apresentou cases da InPACTO e da Transparentem, empresas com esse propósito. "Precisamos acelerar a responsabilidade empresarial. Não é opcional trabalhar com o setor privado, porque ele está em tudo" diz Benjamin Skinner, fundador da Transparentem. "A pergunta feita hoje pelos consumidores nos EUA e na Europa é 'Você mapeia toda a sua cadeia de produção?'. E é a indústria que tem que dar o primeiro passo para tirar milhares de pessoas da miséria e da exploração", afirma Skinner. CORRUPÇÃO E TERCEIRO SETOR Outro estudo lançado durante a conferência foi o Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à corrupção, assunto que, junto à instabilidade econômica e política, se fez presente em vários debates. "A gente está sem projeto de país. Há um retrocesso na agenda ambiental, com crescimento do desmatamento e perda de terras indígenas, afirma Magri. "Havia expectativa de que as reformas, como a trabalhista, pudessem gerar mais emprego e isso não aconteceu até agora." O presidente do Ethos criticou também as prisões como única forma de combater a corrupção. "Não estamos combatendo as causas, que estão lá atrás. É preciso mudar a cultura", diz Magri. Para ele, as empresas têm papel importante nessa mudança e deveriam fazer um lobby "do bem", além de se opor a crescer economicamente a qualquer custo, preferindo apostar na responsabilidade social e ambiental. Especialistas apoiaram ainda que o Estado condicione suas compras públicas tendo a sustentabilidade como critério, ou seja, aceitando fazer contratos apenas com empresas que tenham mecanismos de integridade consistentes. Para Caio Magri, a integração das empresas privadas com o terceiro setor é outro caminho. "Muitas criaram suas fundações para desenvolver o braço social, mas têm empresas trazendo essa ação para dentro do 'core business', do negócio."
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Delação da empreiteira Odebrecht promete fortes emoções, diz leitor
LAVA JATO O aguardado acordo que a empreiteira Odebrecht negocia com a força-tarefa da Lava Jato para uma delação promete forte emoções em breve. Se o presidente da maior empreiteira brasileira resolver contar o que sabe, os grampos de Sérgio Machado serão historinhas de ninar diante das revelações bombásticas. Dependendo da seriedade e das provas apresentadas, poderemos ter eleições muito antes do que imaginamos para a Presidência da República. A grande questão é saber se sobrará algum candidato elegível. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Vídeo gravado por câmaras de segurança comprova, segundo a Polícia Federal, que o então presidente do PSDB e senador Sérgio Guerra tentou sabotar a CPI da Petrobras em 2009. Delações alegam que Guerra pediu R$ 10 milhões para enterrar a CPI. Corrupção política no Brasil é como sonegação fiscal: é raro o político, empresário ou comerciante que não a pratiquem. ANTÔNIO BEETHOVEN DE MELO (São Paulo, SP) - PORTO DE SANTOS Absolutamente inverídica é a reportagem subscrita pelos jornalistas Cátia Seabra, Reynaldo Turollo Jr. e Ricardo Gallo, relativa à contratação de advogado pelo porto de Santos, na parte em que é afirmado que aquele seria parceiro de meu filho. ​Não existe nenhuma parceria de qualquer espécie, inclusive para o exercício da advocacia, no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro Estado da federação, de meu filho e advogado Robinson Eliseu Reck Padilha com o advogado Nelson Wilians ou com o escritório de advocacia deste. A inverídica afirmação, que foi publicada sem ouvir meu filho, deverá ser imediatamente reparada. ELISEU LEMOS PADILHA, ministro da da Casa Civil (Brasília, DF) RESPOSTA DOS JORNALISTAS CATIA SEABRA E REYNALDO TUROLLO JR. - A informação de parceria foi dada pelo próprio advogado Nelson Wilians. GOVERNO TEMER O novo ministro da Transparência, Controle e Fiscalização, Torquato Jardim, acaba de descobrir a pólvora no Brasil ao fazer tal afirmação. Foi justamente este "novo centrão" citado por ele que articulou contra Dilma e dá sustentação política ao atual governo. É muita hipocrisia, sr. Torquato! PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS, advogado (Curitiba, PR) * Discordo da leitora Neli Aparecida de Faria, que cumprimentou o presidente interino por restringir o uso dos aviões da FAB pela presidente afastada Dilma Rousseff. Esse ato de Temer não visa aliviar o já tão combalido bolso do contribuinte brasileiro. É, na verdade, tão somente ditado pela fraqueza, medo e mesquinharia de uma pessoa que conspirou indecentemente contra a presidente do país e agora se vê diante de um quadro nada improvável de que ela possa retornar, visto que Temer está a cada dia mostrando que seu governo veio a nada. Mara Chagas (São Paulo, SP) REVISTA 'SÃOPAULO' Parabéns, gostei do novo layout da revista, ficou melhor. Só não tirem o espaço dedicado aos bichos. É um tema de grande importância para muitas pessoas, pouco abordado em outras publicações. RENATA VAN HEESEWIJK (São Paulo, SP) MENINO MORTO POR PM Secretaria de Segurança Pública que diz ser legítima ação da PM que resultou em morte de criança de dez anos não me representa. Primeiramente, existem meios não letais para bloquear atos de uma criança, transtornada por não ter nem moradia fixa. Além disso, um Estado que não consegue amparar crianças e adolescentes não tem moral para julgá-los. FERNANDA DE OLIVEIRA FONSECA (São Paulo, SP) * Quem matou o menino de dez anos? A mãe que nunca cuidou dele. O resto da família que não assumiu essa responsabilidade. O crime de omissão é dos pais. Fazer cena de mãe extremosa agora? Onde estava ela enquanto ele roubava? Lembrando, ele tinha 10 anos e era responsabilidade da mãe. Não é do policial essa culpa. MARCIA HORTA SILVA (Timóteo, SP) DIREITOS DAS MULHERES Sou delegado de polícia há 22 anos. Desde 1994, sempre observei os recursos, a estrutura e a valorização da Polícia Civil paulista minguarem em progressão geométrica. Diante desta realidade, não apenas mulheres vítimas de estupros mas também homens vítimas de roubos, crianças vítimas de sequestros e a sociedade como um todo, vítima dos mais brutais crimes, continuarão vivendo a tal via-crúcis quando buscarem o amparo do sucateado serviço público de investigação criminal. PAULO LEW (São Paulo, SP) * ILUSTRÍSSIMA Claro, preciso, contundente. Faltam adjetivos para definir o brilhante artigo dos não menos brilhantes Marcos Lisboa e Samuel Pessôa. Vale a pena emoldurá-lo e fixá-lo na parede, de preferência dos gabinetes de nossos congressistas. JOEL NICOLAU RODRIGUES (Belo Horizonte, MG) COLUNISTAS Excelente a coluna de Angela Alonso. Raciocínio claro e conhecimento do assunto, narra com precisão a condição inferiorizada da mulher, na visão patriarcal. Discordo porém, fortemente, da afirmação no fina: as panelas não foram contra uma mulher, elas já foram batidas contra um homem também, Lula. A meu ver, não se trata de uma condição de gênero apenas, e sim da abissal incompetência com que Dilma tentou gerenciar um cargo que estava muito além de suas capacidades. Pena que isso aconteceu na gestão de uma mulher. SYLVIA LOEB, psicanalista (São Paulo, SP) * Pela tricentésima vez, agora na coluna de Bernardo Mello Franco, leio a reclamação de que o ministério de Temer não inclui negros, japoneses, mulheres, anões etc. Gostaria de saber: vamos escolher um representante de cada grupo e colocar lá? Ou os ministros são escolhidos por eficiência, conhecimento e confiança do presidente? Aliás, ninguém ainda falou dos homossexuais. Isso não é preconceito? LUIZ CARLOS S. DE MACEDO, (São Paulo, SP)
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Delação da empreiteira Odebrecht promete fortes emoções, diz leitorLAVA JATO O aguardado acordo que a empreiteira Odebrecht negocia com a força-tarefa da Lava Jato para uma delação promete forte emoções em breve. Se o presidente da maior empreiteira brasileira resolver contar o que sabe, os grampos de Sérgio Machado serão historinhas de ninar diante das revelações bombásticas. Dependendo da seriedade e das provas apresentadas, poderemos ter eleições muito antes do que imaginamos para a Presidência da República. A grande questão é saber se sobrará algum candidato elegível. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Vídeo gravado por câmaras de segurança comprova, segundo a Polícia Federal, que o então presidente do PSDB e senador Sérgio Guerra tentou sabotar a CPI da Petrobras em 2009. Delações alegam que Guerra pediu R$ 10 milhões para enterrar a CPI. Corrupção política no Brasil é como sonegação fiscal: é raro o político, empresário ou comerciante que não a pratiquem. ANTÔNIO BEETHOVEN DE MELO (São Paulo, SP) - PORTO DE SANTOS Absolutamente inverídica é a reportagem subscrita pelos jornalistas Cátia Seabra, Reynaldo Turollo Jr. e Ricardo Gallo, relativa à contratação de advogado pelo porto de Santos, na parte em que é afirmado que aquele seria parceiro de meu filho. ​Não existe nenhuma parceria de qualquer espécie, inclusive para o exercício da advocacia, no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro Estado da federação, de meu filho e advogado Robinson Eliseu Reck Padilha com o advogado Nelson Wilians ou com o escritório de advocacia deste. A inverídica afirmação, que foi publicada sem ouvir meu filho, deverá ser imediatamente reparada. ELISEU LEMOS PADILHA, ministro da da Casa Civil (Brasília, DF) RESPOSTA DOS JORNALISTAS CATIA SEABRA E REYNALDO TUROLLO JR. - A informação de parceria foi dada pelo próprio advogado Nelson Wilians. GOVERNO TEMER O novo ministro da Transparência, Controle e Fiscalização, Torquato Jardim, acaba de descobrir a pólvora no Brasil ao fazer tal afirmação. Foi justamente este "novo centrão" citado por ele que articulou contra Dilma e dá sustentação política ao atual governo. É muita hipocrisia, sr. Torquato! PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS, advogado (Curitiba, PR) * Discordo da leitora Neli Aparecida de Faria, que cumprimentou o presidente interino por restringir o uso dos aviões da FAB pela presidente afastada Dilma Rousseff. Esse ato de Temer não visa aliviar o já tão combalido bolso do contribuinte brasileiro. É, na verdade, tão somente ditado pela fraqueza, medo e mesquinharia de uma pessoa que conspirou indecentemente contra a presidente do país e agora se vê diante de um quadro nada improvável de que ela possa retornar, visto que Temer está a cada dia mostrando que seu governo veio a nada. Mara Chagas (São Paulo, SP) REVISTA 'SÃOPAULO' Parabéns, gostei do novo layout da revista, ficou melhor. Só não tirem o espaço dedicado aos bichos. É um tema de grande importância para muitas pessoas, pouco abordado em outras publicações. RENATA VAN HEESEWIJK (São Paulo, SP) MENINO MORTO POR PM Secretaria de Segurança Pública que diz ser legítima ação da PM que resultou em morte de criança de dez anos não me representa. Primeiramente, existem meios não letais para bloquear atos de uma criança, transtornada por não ter nem moradia fixa. Além disso, um Estado que não consegue amparar crianças e adolescentes não tem moral para julgá-los. FERNANDA DE OLIVEIRA FONSECA (São Paulo, SP) * Quem matou o menino de dez anos? A mãe que nunca cuidou dele. O resto da família que não assumiu essa responsabilidade. O crime de omissão é dos pais. Fazer cena de mãe extremosa agora? Onde estava ela enquanto ele roubava? Lembrando, ele tinha 10 anos e era responsabilidade da mãe. Não é do policial essa culpa. MARCIA HORTA SILVA (Timóteo, SP) DIREITOS DAS MULHERES Sou delegado de polícia há 22 anos. Desde 1994, sempre observei os recursos, a estrutura e a valorização da Polícia Civil paulista minguarem em progressão geométrica. Diante desta realidade, não apenas mulheres vítimas de estupros mas também homens vítimas de roubos, crianças vítimas de sequestros e a sociedade como um todo, vítima dos mais brutais crimes, continuarão vivendo a tal via-crúcis quando buscarem o amparo do sucateado serviço público de investigação criminal. PAULO LEW (São Paulo, SP) * ILUSTRÍSSIMA Claro, preciso, contundente. Faltam adjetivos para definir o brilhante artigo dos não menos brilhantes Marcos Lisboa e Samuel Pessôa. Vale a pena emoldurá-lo e fixá-lo na parede, de preferência dos gabinetes de nossos congressistas. JOEL NICOLAU RODRIGUES (Belo Horizonte, MG) COLUNISTAS Excelente a coluna de Angela Alonso. Raciocínio claro e conhecimento do assunto, narra com precisão a condição inferiorizada da mulher, na visão patriarcal. Discordo porém, fortemente, da afirmação no fina: as panelas não foram contra uma mulher, elas já foram batidas contra um homem também, Lula. A meu ver, não se trata de uma condição de gênero apenas, e sim da abissal incompetência com que Dilma tentou gerenciar um cargo que estava muito além de suas capacidades. Pena que isso aconteceu na gestão de uma mulher. SYLVIA LOEB, psicanalista (São Paulo, SP) * Pela tricentésima vez, agora na coluna de Bernardo Mello Franco, leio a reclamação de que o ministério de Temer não inclui negros, japoneses, mulheres, anões etc. Gostaria de saber: vamos escolher um representante de cada grupo e colocar lá? Ou os ministros são escolhidos por eficiência, conhecimento e confiança do presidente? Aliás, ninguém ainda falou dos homossexuais. Isso não é preconceito? LUIZ CARLOS S. DE MACEDO, (São Paulo, SP)
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Produtores brasileiros investem em café gourmet para fugir de oscilações
Assim que o sol nasce na Serra de Caparaó, no Espírito Santo, Tarcisio Lacerda leva a reportagem da BBC para um tour em sua propriedade. No passeio em sua picape, por meio das colinas, é possível avistar os trabalhadores colhendo grãos de café nas plantações que tomam o vasto vale ao redor. O café tem sido a espinha dorsal econômica dessa região há mais de um século. Por décadas, a família de Lacerda conheceu a riqueza e a pobreza, uma vez que sua renda sempre oscilou em torno do café. Secas, medidas do governo, consumo global e questões cambiais, entre outros fatores, foram bênçãos e maldições que determinavam seu destino. Mas, nos últimos cinco anos, os fazendeiros dessa região brasileira estão encontrando novas maneiras para comandar seu próprio destino em um cenário global em que, após um período de boom no preço das commodities, economias como a brasileira têm dificuldades para se ajustar à queda na demanda e aos preços menores. Tarcisio Lacerda levou a BBC até o topo de uma colina e mostrou o segredo deles. ESPECIAL O vale está cheio de plantas de café —mas nem todas necessariamente produzem um bom café. No passado, os fazendeiros costumavam coletar todos os grãos, colocá-los em sacas e embarcá-los em navios rumo ao exterior, aceitando qualquer preço que estivesse listado no mercado de commodities. Agora, porém, Tarcisio Lacerda e sua família estão separando os melhores grãos —a maioria deles cultivados 1,5 mil metros acima do nível do mar— e produzindo suas próprias marcas especiais com eles. O restante é vendido ao mercado ainda na forma de grãos verdes, ou seja, baratos e não processados. "Normalmente nós dobramos o preço ao migrar da commodity para a especialidade. Uma saca de café comum vale agora R$ 450, mas nós podemos vender o café especial por cerca de R$ 900 ou R$ 1 mil", conta. A fazenda vizinha à de Tarcisio, a Forquilha do Rio, venceu alguns dos principais prêmios brasileiros dedicados ao café. A qualidade de seu produto se deve às favoráveis condições locais —temperaturas amenas, boa exposição ao sol e altitude elevada. "Nós sabíamos que nosso café era bom, mas não tínhamos a menor ideia de que era tão bom assim. E foi assim até começarmos a disputar esses concursos, há cerca de cinco anos. Descobrimos o quão valioso ele é", diz Afonso de Abreu Lacerda (que não é parente de Tarcisio) em frente a um armário cheio de troféus. Em 2012, quando a Forquilha do Rio venceu um dos principais prêmios do país, eles conseguiam vender um de seus lotes por US$ 950 (R$ 3,5 mil), mais que seis vezes o preço da commodity à época. Hoje, a fazenda exporta seu próprio produto final, com sua marca, para China e Japão. REVOLUÇÃO DOS JOVENS A "revolução do café gourmet" ocorre, em parte, graças a Jhone, de 26 anos, filho de Tarcisio. Quando tinha apenas 15 anos, ele largou a escola e se mudou para a propriedade da família, determinado a aprender tudo sobre o mercado do café. A cada temporada, pai e filho experimentaram diferentes formas de colheita, secagem e torrefação de seu produto. Jhone desenhou, construiu e patenteou um novo equipamento para secagem —responsável, em boa parte, por tornar grãos commodity em café gourmet. Ele também se tornou um Q-Grader licenciado —ou seja, parte de uma categoria altamente qualificada de provadores de café. Pai e filho começaram a desenvolver sua marca, a Fazenda Santa Rita, após comprarem torrefadoras. Agora, comercializam seus próprios pacotes. IMPOSIÇÃO DO MERCADO O principal desafio de Jhone Lacerda era produzir café de qualidade pronto para o consumo e, com isso, deixar de depender do mercado das commodities. "Essa mudança de curso foi algo que o mercado nos impôs. Nós estávamos acostumados a depender do preço das commodities, de aspectos como quanto café as pessoas estavam bebendo em outros países ou se esses locais estavam em crise ou não", diz ele. "Queremos fazer parte de um setor menor, mas que não depende apenas da demanda. No mercado do café especial, não é a demanda global que determina o preço. É a qualidade do produto que você oferece." Com esse pensamento, fazendeiros da região estão atuando em conjunto para elevar a qualidade de seus produtos. E Jhone tem um papel importante: ele usa suas habilidades de provador Q-Grade para aconselhar todos os produtores vizinhos sobre qual preço cobrar por sua produção. Com outras duas famílias, ele criou o Montanhas do Caparaó, um mix de alguns dos melhores cafés da região, que já venceu um dos principais prêmios do país. Jhone agora está de volta à escola: ele estuda a produção do café no Instituto Federal do Espírito Santo. BRASIL IMPORTA O CAFÉ BRASILEIRO Segundo seu pai, o Brasil finalmente acordou de um sono de séculos e sente o cheiro de seu próprio café especial. Seus pais, diz, jamais pensaram nisso. O país é, de longe, o maior produtor e exportador mundial de café. Cerca de um terço do café mundial vem de terras brasileiras —mas praticamente tudo isso é composto de grãos verdes, com valor agregado muito baixo. A Alemanha, por exemplo, não colhe café, mas é um dos maiores exportadores globais. Ela importa grãos crus e os transforma em marcas finais, as quais vende para outros países por preços altos. O valor que o Brasil agrega a seu café é tão baixo que o país importa exatamente os mesmos grãos que exporta —uma lógica que desafia os economistas. Esse é o caso da mistura que está dentro das cápsulas da marca Dolce Gusto, da Nestlé. Grãos verdes do Brasil são enviados à Alemanha e ao Reino Unido para serem transformados em cápsulas. Essas mesmas cápsulas são, então, exportadas para o Brasil, onde são vendidas aos consumidores locais. A Nestlé está mudando isso e planeja abrir sua primeira fábrica do produto no país ainda neste ano. "O Brasil sempre foi o maior produtor e um dos maiores consumidores de café e, por isso, nunca teve de se preocupar em cuidar da qualidade do produto para seus próprios consumidores", afirma Tarcisio Lacerda. TENDÊNCIA No mercado commodity, o preço dos grãos verdes de café depende de fatores como o clima e o consumo mundial. Mas outros tipos de commodities —como grão de soja e minério de ferro— estão sofrendo, por exemplo, os efeitos da desaceleração da economia chinesa. Como o Brasil e a América Latina dependem severamente das commodities e do consumo na China, toda a região acaba, por consequência, afetada. As estimativas são que economia brasileira tenha uma retração de mais de 2% neste ano. O chefe do departamento de relações exteriores do Ministério da Agricultura, Alberto Coelho Fonseca, afirma que produtores de diferentes áreas estão agora tentando agregar valor aos alimentos e exportar produtos refinados como estratégia para compensar a queda dos preços no mundo. "Um café especial pode ser vendido a um preço 300% maior que o do café comum. Mesmo que eles ainda sejam uma parte muito pequena das exportações, as técnicas de produção de bons cafés especiais podem se espalhar pela cadeia." No mercado de aves, afirma Coelho Fonseca, empresas brasileiras estão contratando cortadores de carne japoneses para consultoria sobre como produzir cortes "premium" no país antes de exportá-los para o Japão. Agora, o governo quer ajudar essas marcas "premium" a decolar no exterior. Na Olimpíada do Rio, no ano que vem, haverá espaços para promover o café especial produzido no país nas Casas Brasil, espaços dedicados a divulgar o turismo brasileiro. "Cerca de 70% do café preparado por marcas (estrangeiras) como Starbucks, Café Nero e Costa certamente vem do Brasil. Nós precisamos mostrar melhor nossos produtos." TURISMO Na Serra do Caparaó, os produtores locais encontraram uma outra forma de agregar valor a seus produtos: o turismo. Fazendeiros abriram cafeterias e hostels nos quais visitantes podem fazer tours de degustação de café, inspirados na experiência dos produtores de vinhos do Vale de Napa, na Califórnia. O trabalho ainda está no início, mas já ajuda a consolidar a reputação da região. Cafés especiais são uma relativa novidade no Brasil. Cafeterias gourmet têm sido abertas em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Muitas delas já carregam as marcas da Caparaó. Jhone e Tarcisio Lacerda têm grandes planos. Metade dos grãos de suas fazendas já são usados para produzir seu café especial. E, a cada colheita, eles experimentam novas técnicas de produção. Em apenas cinco anos, percorreram um longo caminho. Mas Jhone Lacerda diz que eles estão apenas começando. "Nós queremos produzir o melhor café do mundo. Nós queremos que a região da Caparaó se torne reconhecida em todo o mundo."
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Produtores brasileiros investem em café gourmet para fugir de oscilaçõesAssim que o sol nasce na Serra de Caparaó, no Espírito Santo, Tarcisio Lacerda leva a reportagem da BBC para um tour em sua propriedade. No passeio em sua picape, por meio das colinas, é possível avistar os trabalhadores colhendo grãos de café nas plantações que tomam o vasto vale ao redor. O café tem sido a espinha dorsal econômica dessa região há mais de um século. Por décadas, a família de Lacerda conheceu a riqueza e a pobreza, uma vez que sua renda sempre oscilou em torno do café. Secas, medidas do governo, consumo global e questões cambiais, entre outros fatores, foram bênçãos e maldições que determinavam seu destino. Mas, nos últimos cinco anos, os fazendeiros dessa região brasileira estão encontrando novas maneiras para comandar seu próprio destino em um cenário global em que, após um período de boom no preço das commodities, economias como a brasileira têm dificuldades para se ajustar à queda na demanda e aos preços menores. Tarcisio Lacerda levou a BBC até o topo de uma colina e mostrou o segredo deles. ESPECIAL O vale está cheio de plantas de café —mas nem todas necessariamente produzem um bom café. No passado, os fazendeiros costumavam coletar todos os grãos, colocá-los em sacas e embarcá-los em navios rumo ao exterior, aceitando qualquer preço que estivesse listado no mercado de commodities. Agora, porém, Tarcisio Lacerda e sua família estão separando os melhores grãos —a maioria deles cultivados 1,5 mil metros acima do nível do mar— e produzindo suas próprias marcas especiais com eles. O restante é vendido ao mercado ainda na forma de grãos verdes, ou seja, baratos e não processados. "Normalmente nós dobramos o preço ao migrar da commodity para a especialidade. Uma saca de café comum vale agora R$ 450, mas nós podemos vender o café especial por cerca de R$ 900 ou R$ 1 mil", conta. A fazenda vizinha à de Tarcisio, a Forquilha do Rio, venceu alguns dos principais prêmios brasileiros dedicados ao café. A qualidade de seu produto se deve às favoráveis condições locais —temperaturas amenas, boa exposição ao sol e altitude elevada. "Nós sabíamos que nosso café era bom, mas não tínhamos a menor ideia de que era tão bom assim. E foi assim até começarmos a disputar esses concursos, há cerca de cinco anos. Descobrimos o quão valioso ele é", diz Afonso de Abreu Lacerda (que não é parente de Tarcisio) em frente a um armário cheio de troféus. Em 2012, quando a Forquilha do Rio venceu um dos principais prêmios do país, eles conseguiam vender um de seus lotes por US$ 950 (R$ 3,5 mil), mais que seis vezes o preço da commodity à época. Hoje, a fazenda exporta seu próprio produto final, com sua marca, para China e Japão. REVOLUÇÃO DOS JOVENS A "revolução do café gourmet" ocorre, em parte, graças a Jhone, de 26 anos, filho de Tarcisio. Quando tinha apenas 15 anos, ele largou a escola e se mudou para a propriedade da família, determinado a aprender tudo sobre o mercado do café. A cada temporada, pai e filho experimentaram diferentes formas de colheita, secagem e torrefação de seu produto. Jhone desenhou, construiu e patenteou um novo equipamento para secagem —responsável, em boa parte, por tornar grãos commodity em café gourmet. Ele também se tornou um Q-Grader licenciado —ou seja, parte de uma categoria altamente qualificada de provadores de café. Pai e filho começaram a desenvolver sua marca, a Fazenda Santa Rita, após comprarem torrefadoras. Agora, comercializam seus próprios pacotes. IMPOSIÇÃO DO MERCADO O principal desafio de Jhone Lacerda era produzir café de qualidade pronto para o consumo e, com isso, deixar de depender do mercado das commodities. "Essa mudança de curso foi algo que o mercado nos impôs. Nós estávamos acostumados a depender do preço das commodities, de aspectos como quanto café as pessoas estavam bebendo em outros países ou se esses locais estavam em crise ou não", diz ele. "Queremos fazer parte de um setor menor, mas que não depende apenas da demanda. No mercado do café especial, não é a demanda global que determina o preço. É a qualidade do produto que você oferece." Com esse pensamento, fazendeiros da região estão atuando em conjunto para elevar a qualidade de seus produtos. E Jhone tem um papel importante: ele usa suas habilidades de provador Q-Grade para aconselhar todos os produtores vizinhos sobre qual preço cobrar por sua produção. Com outras duas famílias, ele criou o Montanhas do Caparaó, um mix de alguns dos melhores cafés da região, que já venceu um dos principais prêmios do país. Jhone agora está de volta à escola: ele estuda a produção do café no Instituto Federal do Espírito Santo. BRASIL IMPORTA O CAFÉ BRASILEIRO Segundo seu pai, o Brasil finalmente acordou de um sono de séculos e sente o cheiro de seu próprio café especial. Seus pais, diz, jamais pensaram nisso. O país é, de longe, o maior produtor e exportador mundial de café. Cerca de um terço do café mundial vem de terras brasileiras —mas praticamente tudo isso é composto de grãos verdes, com valor agregado muito baixo. A Alemanha, por exemplo, não colhe café, mas é um dos maiores exportadores globais. Ela importa grãos crus e os transforma em marcas finais, as quais vende para outros países por preços altos. O valor que o Brasil agrega a seu café é tão baixo que o país importa exatamente os mesmos grãos que exporta —uma lógica que desafia os economistas. Esse é o caso da mistura que está dentro das cápsulas da marca Dolce Gusto, da Nestlé. Grãos verdes do Brasil são enviados à Alemanha e ao Reino Unido para serem transformados em cápsulas. Essas mesmas cápsulas são, então, exportadas para o Brasil, onde são vendidas aos consumidores locais. A Nestlé está mudando isso e planeja abrir sua primeira fábrica do produto no país ainda neste ano. "O Brasil sempre foi o maior produtor e um dos maiores consumidores de café e, por isso, nunca teve de se preocupar em cuidar da qualidade do produto para seus próprios consumidores", afirma Tarcisio Lacerda. TENDÊNCIA No mercado commodity, o preço dos grãos verdes de café depende de fatores como o clima e o consumo mundial. Mas outros tipos de commodities —como grão de soja e minério de ferro— estão sofrendo, por exemplo, os efeitos da desaceleração da economia chinesa. Como o Brasil e a América Latina dependem severamente das commodities e do consumo na China, toda a região acaba, por consequência, afetada. As estimativas são que economia brasileira tenha uma retração de mais de 2% neste ano. O chefe do departamento de relações exteriores do Ministério da Agricultura, Alberto Coelho Fonseca, afirma que produtores de diferentes áreas estão agora tentando agregar valor aos alimentos e exportar produtos refinados como estratégia para compensar a queda dos preços no mundo. "Um café especial pode ser vendido a um preço 300% maior que o do café comum. Mesmo que eles ainda sejam uma parte muito pequena das exportações, as técnicas de produção de bons cafés especiais podem se espalhar pela cadeia." No mercado de aves, afirma Coelho Fonseca, empresas brasileiras estão contratando cortadores de carne japoneses para consultoria sobre como produzir cortes "premium" no país antes de exportá-los para o Japão. Agora, o governo quer ajudar essas marcas "premium" a decolar no exterior. Na Olimpíada do Rio, no ano que vem, haverá espaços para promover o café especial produzido no país nas Casas Brasil, espaços dedicados a divulgar o turismo brasileiro. "Cerca de 70% do café preparado por marcas (estrangeiras) como Starbucks, Café Nero e Costa certamente vem do Brasil. Nós precisamos mostrar melhor nossos produtos." TURISMO Na Serra do Caparaó, os produtores locais encontraram uma outra forma de agregar valor a seus produtos: o turismo. Fazendeiros abriram cafeterias e hostels nos quais visitantes podem fazer tours de degustação de café, inspirados na experiência dos produtores de vinhos do Vale de Napa, na Califórnia. O trabalho ainda está no início, mas já ajuda a consolidar a reputação da região. Cafés especiais são uma relativa novidade no Brasil. Cafeterias gourmet têm sido abertas em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Muitas delas já carregam as marcas da Caparaó. Jhone e Tarcisio Lacerda têm grandes planos. Metade dos grãos de suas fazendas já são usados para produzir seu café especial. E, a cada colheita, eles experimentam novas técnicas de produção. Em apenas cinco anos, percorreram um longo caminho. Mas Jhone Lacerda diz que eles estão apenas começando. "Nós queremos produzir o melhor café do mundo. Nós queremos que a região da Caparaó se torne reconhecida em todo o mundo."
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Artista que 'deformou' cartão-postal argentino expõe obra em São Paulo
No final do ano passado, o obelisco -principal emblema de Buenos Aires- perdeu sua ponta. Ela (aparentemente) desceu do topo de sua base de cerca de 60 metros de altura e se deslocou por quatro quilômetros até a esplanada do Malba, o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires. A intervenção foi feita pelo artista plástico argentino Leandro Erlich, 43, a convite do museu, que celebrava seus 14 anos. O trabalho fez com que Erlich se reencontrasse com o objeto central do seu primeiro projeto de instalação. O argentino começou a trabalhar pintando quadros -aos 18 fez sua primeira exposição. Dois anos depois, abandonou as tintas e caminhou em direção às instalações urbanas. "Mudei paulatinamente. Comecei com um primeiro projeto no obelisco, um trabalho que me tomou um ano. Quando o conclui, era muito tarde para voltar a pintar. Havia entendido melhor meus interesses." Seus interesses estavam relacionados a sua história e ao ambiente em que cresceu. Erlich é filho, irmão e sobrinho de arquitetos e sempre viveu rodeado por pessoas que criavam espaços. Na sua primeira interação com o Obelisco, em 1994, projetou construir uma réplica com as mesmas dimensões do original no bairro operário de La Boca, na capital argentina. A ideia era acabar com a unidade do ícone portenho, duplicando-o. O plano foi apresentado à Prefeitura de Buenos Aires, mas, sem a aprovação do governo, ficou no papel. No ano passado, o artista voltou ao cartão-postal. "É um símbolo que todo mundo conhece, mas ninguém esteve em seu interior. Para que as pessoas pudessem subir, trouxe o pico para baixo." A ponta recriada diante do Malba (a verdadeira continuou no monumento, escondida por um jogo de espelhos) tinha janelas que mostravam, por vídeos, a vista que se tem da cidade lá de cima. As obras do argentino costumam alterar a realidade cotidiana. "Quero que as pessoas reconheçam, pela minha obra, que a realidade é um conceito muito rígido criado pelos seres humanos, pela sociedade, pela história do homem. Por isso me interessa a arquitetura, porque é um exemplo claríssimo de que somos nós que fabricamos a realidade física." Com essa intenção, Erlich já colocou alguns observadores de suas instalações dentro de uma piscina e os fez saírem secos dela (a piscina tinha água apenas entre duas lâminas de vidro dispostas em sua parte superior). Também fez outros se pendurarem em paredes, janelas e telhado de uma casa (a fachada estava pintada no chão, mas um espelho fixado em um ângulo de 45 graus dava a impressão de verticalidade). Agora, ele envia ao Brasil o trabalho "Changing Rooms". Nele, o visitante entra em um provador de loja que se multiplica infinitamente por meio de portas abertas e espelhos. "Você passa por aqui [uma porta] e depois por ali, até que, em um fragmento de segundo, você acredita que o outro é teu reflexo. Essa ideia de que o outro possa ser você me parece interessante." "Changing Rooms" será exibido no shopping Iguatemi, em São Paulo, entre 7 de junho e 10 de julho, como parte das comemorações dos 50 anos do local. Muitos artistas poderiam torcer o nariz para a ideia de colocar uma instalação em um centro de compras. Erlich não tem preconceitos. "A primeira coisa que alguém pensa é que, em um shopping, perde-se a solenidade. Mas não me importa a solenidade. O que me importa é o contexto. Acho que sempre existe um projeto possível para cada lugar", diz. Como costuma ocorrer com suas instalações, "Changing Rooms" deve atrair visitantes, celulares e flashs. As pessoas costumam entrar nos mundos paralelos criados pelo artista sedentas por fotos, postadas em seguida em redes sociais. Novamente, Erlich não se incomoda e incorpora o hábito. "O que faço costuma ter um aspecto acessível ao público. Me dá um grande prazer ver que minha obra está em sintonia com a nossa geração e tenho uma visão bastante otimista sobre a humanidade. Acredito que as pessoas tenham capacidade de serem críticas e desenvolver [a partir da observação da arte] ideias próprias."
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Artista que 'deformou' cartão-postal argentino expõe obra em São PauloNo final do ano passado, o obelisco -principal emblema de Buenos Aires- perdeu sua ponta. Ela (aparentemente) desceu do topo de sua base de cerca de 60 metros de altura e se deslocou por quatro quilômetros até a esplanada do Malba, o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires. A intervenção foi feita pelo artista plástico argentino Leandro Erlich, 43, a convite do museu, que celebrava seus 14 anos. O trabalho fez com que Erlich se reencontrasse com o objeto central do seu primeiro projeto de instalação. O argentino começou a trabalhar pintando quadros -aos 18 fez sua primeira exposição. Dois anos depois, abandonou as tintas e caminhou em direção às instalações urbanas. "Mudei paulatinamente. Comecei com um primeiro projeto no obelisco, um trabalho que me tomou um ano. Quando o conclui, era muito tarde para voltar a pintar. Havia entendido melhor meus interesses." Seus interesses estavam relacionados a sua história e ao ambiente em que cresceu. Erlich é filho, irmão e sobrinho de arquitetos e sempre viveu rodeado por pessoas que criavam espaços. Na sua primeira interação com o Obelisco, em 1994, projetou construir uma réplica com as mesmas dimensões do original no bairro operário de La Boca, na capital argentina. A ideia era acabar com a unidade do ícone portenho, duplicando-o. O plano foi apresentado à Prefeitura de Buenos Aires, mas, sem a aprovação do governo, ficou no papel. No ano passado, o artista voltou ao cartão-postal. "É um símbolo que todo mundo conhece, mas ninguém esteve em seu interior. Para que as pessoas pudessem subir, trouxe o pico para baixo." A ponta recriada diante do Malba (a verdadeira continuou no monumento, escondida por um jogo de espelhos) tinha janelas que mostravam, por vídeos, a vista que se tem da cidade lá de cima. As obras do argentino costumam alterar a realidade cotidiana. "Quero que as pessoas reconheçam, pela minha obra, que a realidade é um conceito muito rígido criado pelos seres humanos, pela sociedade, pela história do homem. Por isso me interessa a arquitetura, porque é um exemplo claríssimo de que somos nós que fabricamos a realidade física." Com essa intenção, Erlich já colocou alguns observadores de suas instalações dentro de uma piscina e os fez saírem secos dela (a piscina tinha água apenas entre duas lâminas de vidro dispostas em sua parte superior). Também fez outros se pendurarem em paredes, janelas e telhado de uma casa (a fachada estava pintada no chão, mas um espelho fixado em um ângulo de 45 graus dava a impressão de verticalidade). Agora, ele envia ao Brasil o trabalho "Changing Rooms". Nele, o visitante entra em um provador de loja que se multiplica infinitamente por meio de portas abertas e espelhos. "Você passa por aqui [uma porta] e depois por ali, até que, em um fragmento de segundo, você acredita que o outro é teu reflexo. Essa ideia de que o outro possa ser você me parece interessante." "Changing Rooms" será exibido no shopping Iguatemi, em São Paulo, entre 7 de junho e 10 de julho, como parte das comemorações dos 50 anos do local. Muitos artistas poderiam torcer o nariz para a ideia de colocar uma instalação em um centro de compras. Erlich não tem preconceitos. "A primeira coisa que alguém pensa é que, em um shopping, perde-se a solenidade. Mas não me importa a solenidade. O que me importa é o contexto. Acho que sempre existe um projeto possível para cada lugar", diz. Como costuma ocorrer com suas instalações, "Changing Rooms" deve atrair visitantes, celulares e flashs. As pessoas costumam entrar nos mundos paralelos criados pelo artista sedentas por fotos, postadas em seguida em redes sociais. Novamente, Erlich não se incomoda e incorpora o hábito. "O que faço costuma ter um aspecto acessível ao público. Me dá um grande prazer ver que minha obra está em sintonia com a nossa geração e tenho uma visão bastante otimista sobre a humanidade. Acredito que as pessoas tenham capacidade de serem críticas e desenvolver [a partir da observação da arte] ideias próprias."
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Novo ministro da Educação quer prova Brasil Anual
O novo ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou nesta segunda-feira (5) que quer uma avaliação anual dos estudantes da educação básica de rede pública. Hoje, esse exame - a chamada Prova Brasil - é aplicado a cada dois anos. "É fundamental que a gente estabeleça metas [para a educação básica]. Metas de acesso, metas de regularidade, metas de aprendizado e avaliações permanentes. Eu, por exemplo, pretendo fazer com que as avaliações, hoje feitas de dois em dois anos, possam ser feitas anualmente", afirmou Gomes em entrevista ao "Bom dia Brasil", da Rede Globo. A Prova Brasil avalia conhecimentos em português e matemática dos alunos do 5º e 9º anos do fundamental e, aliado às taxas de aprovação dos estudantes, compõe o Ideb, índice federal de qualidade da educação. AVALIAÇÃO DE DIRETORES O ministro indicou que, inicialmente, pretende aplicar uma avaliação dos diretores das escolas, mas destacou que a iniciativa tem "como premissa fundamental a voluntariedade". "É fundamental escola com bons diretores, [eles] fazem diferença. (...) Nós pretendemos, com avaliações, estimular os Estados a adotarem [as avaliações] e o Governo Federal poder ajudar no financiamento, melhorar o salário, e na sequência fazer isso [prova] com professores. No caso dos professores, ponderou Cid, a avaliação poderia ser utilizada como "passaporte para o ingresso" do profissional na carreira docente, em vagas ofertadas por Estados ou municípios. ENSINO MÉDIO Cid Gomes reconheceu que o ensino médio é atualmente "o setor da educação que tem os piores resultados" e defendeu a possibilidade de o jovem, nessa etapa do ensino, ter acesso a "currículos diferenciados", a exemplo do que afirmou em cerimônia de transmissão de cargo. Na ocasião, ele afirmou que pretende definir um novo currículo para o ensino médio no prazo de dois anos. "[O estudante poderia cursar] algumas disciplinas que sejam base do currículo e outras disciplinas que possam ser opcionais, segundo a vocação e o gosto de cada estudante." Para ele, o ensino integral, outra prioridade da presidente Dilma Rousseff, deve ser estimulada em regiões periféricas, "onde há indicadores de violência maior".
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Novo ministro da Educação quer prova Brasil AnualO novo ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou nesta segunda-feira (5) que quer uma avaliação anual dos estudantes da educação básica de rede pública. Hoje, esse exame - a chamada Prova Brasil - é aplicado a cada dois anos. "É fundamental que a gente estabeleça metas [para a educação básica]. Metas de acesso, metas de regularidade, metas de aprendizado e avaliações permanentes. Eu, por exemplo, pretendo fazer com que as avaliações, hoje feitas de dois em dois anos, possam ser feitas anualmente", afirmou Gomes em entrevista ao "Bom dia Brasil", da Rede Globo. A Prova Brasil avalia conhecimentos em português e matemática dos alunos do 5º e 9º anos do fundamental e, aliado às taxas de aprovação dos estudantes, compõe o Ideb, índice federal de qualidade da educação. AVALIAÇÃO DE DIRETORES O ministro indicou que, inicialmente, pretende aplicar uma avaliação dos diretores das escolas, mas destacou que a iniciativa tem "como premissa fundamental a voluntariedade". "É fundamental escola com bons diretores, [eles] fazem diferença. (...) Nós pretendemos, com avaliações, estimular os Estados a adotarem [as avaliações] e o Governo Federal poder ajudar no financiamento, melhorar o salário, e na sequência fazer isso [prova] com professores. No caso dos professores, ponderou Cid, a avaliação poderia ser utilizada como "passaporte para o ingresso" do profissional na carreira docente, em vagas ofertadas por Estados ou municípios. ENSINO MÉDIO Cid Gomes reconheceu que o ensino médio é atualmente "o setor da educação que tem os piores resultados" e defendeu a possibilidade de o jovem, nessa etapa do ensino, ter acesso a "currículos diferenciados", a exemplo do que afirmou em cerimônia de transmissão de cargo. Na ocasião, ele afirmou que pretende definir um novo currículo para o ensino médio no prazo de dois anos. "[O estudante poderia cursar] algumas disciplinas que sejam base do currículo e outras disciplinas que possam ser opcionais, segundo a vocação e o gosto de cada estudante." Para ele, o ensino integral, outra prioridade da presidente Dilma Rousseff, deve ser estimulada em regiões periféricas, "onde há indicadores de violência maior".
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Procuradoria pede inquérito no STF para apurar se senador agrediu jovem
A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um inquérito para investigar o senador Telmário Mota (PDT-RR) por supostas agressões contra a estudante Maria Aparecida Nery de Melo. Conforme a Folha revelou , em dezembro passado a jovem de 19 anos registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher em Boa Vista (RR) no qual acusou o senador de tê-la agredido a chutes e socos em um acesso de ciúmes na noite de 26 de dezembro de 2015 em uma casa na periferia da cidade. Dias depois ela se desfez de seu advogado e tentou retirar o boletim, mas pela Lei Maria da Penha a investigação criminal pode continuar, pois independe da vontade da vítima. No pedido de abertura da investigação no STF, datado de terça-feira (9), o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que, "apesar da diversidade de versões, a verossímil é a primeira, porquanto o exame de corpo de delito efetivado em Maria Aparecida Ney de Melo apontou lesões em diversas partes do corpo, que infirmam [desmentem] a hipótese de inexistência das agressões e de que as lesões seriam decorrentes de ação do congressista em legítima defesa". Na petição, Janot transcreveu trechos de um segundo depoimento prestado por Maria Aparecida. Nessa peça, até aqui inédita, ela confirma que ela e o senador "foram para o quarto dela para dormir", mas que o senador "cobrou ciúmes" porque a viu cumprimentar um tio. Por isso, disse Maria, "ela ficou com raiva dele [Telmário] por não largar o celular e não dar atenção para ela". Ainda segundo essa outra versão, Maria disse que ela começou a agredir o senador, "com socos e chutes, por isso ele [Telmário] segurou os braços dela para se defender". Nesse momento, ela teria caído no chão e "não se lembra de muita coisa porque estava bêbada". Janot analisou as duas versões de Maria e afirmou que "se Telmário Mota a tivesse tão somente segurado para fazer cessar injusta agressão, Maria Aparecida não apresentaria lesões na face e no corpo". "Dos dois relatos da vítima, colhidos no registro da ocorrência policial e no depoimento em que negou a agressão, infere-se a existência de relacionamento íntimo com Telmário Mota. Na primeira oportunidade, Maria Aparecida afirmou que mantinha relação conjugal com o congressista há cerca de três anos e meio. Ao se retratar, argumentou que a discussão se iniciou pelo fato de o congressista não a tratar como sua namorada perante a família dela", escreveu o procurador-geral. "No caso dos autos ou havia coabitação –pois a vítima afirmou, primeiramente, que vivia maritalmente com Telmário Mota há cerca de 3 anos e meio–, ou havia relação íntima de afeto, pois a vítima afirmou posteriormente que considerava-se namorada do congressista, ao ponto de iniciar discussão acerca do tema", escreveu o procurador-geral da República. Assim, segundo Janot, "a situação descrita nos autos" está inserida na Lei Maria da Penha. O caso agora será analisado por ministro relator do STF para abertura de inquérito e intimação de Maria, Telmário e outras pessoas, incluindo o advogado Thiago Amorim, que acompanhou Maria no primeiro registro do boletim de ocorrência. Telmário já negou à Folha manter relacionamento amoroso com Maria ou tê-la agredido. Em julho, ele disse que "adversários" tentavam "usar" Maria e que iria procurar Rodrigo Janot para prestar informações sobre a suspeita.
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Procuradoria pede inquérito no STF para apurar se senador agrediu jovemA PGR (Procuradoria Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um inquérito para investigar o senador Telmário Mota (PDT-RR) por supostas agressões contra a estudante Maria Aparecida Nery de Melo. Conforme a Folha revelou , em dezembro passado a jovem de 19 anos registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher em Boa Vista (RR) no qual acusou o senador de tê-la agredido a chutes e socos em um acesso de ciúmes na noite de 26 de dezembro de 2015 em uma casa na periferia da cidade. Dias depois ela se desfez de seu advogado e tentou retirar o boletim, mas pela Lei Maria da Penha a investigação criminal pode continuar, pois independe da vontade da vítima. No pedido de abertura da investigação no STF, datado de terça-feira (9), o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que, "apesar da diversidade de versões, a verossímil é a primeira, porquanto o exame de corpo de delito efetivado em Maria Aparecida Ney de Melo apontou lesões em diversas partes do corpo, que infirmam [desmentem] a hipótese de inexistência das agressões e de que as lesões seriam decorrentes de ação do congressista em legítima defesa". Na petição, Janot transcreveu trechos de um segundo depoimento prestado por Maria Aparecida. Nessa peça, até aqui inédita, ela confirma que ela e o senador "foram para o quarto dela para dormir", mas que o senador "cobrou ciúmes" porque a viu cumprimentar um tio. Por isso, disse Maria, "ela ficou com raiva dele [Telmário] por não largar o celular e não dar atenção para ela". Ainda segundo essa outra versão, Maria disse que ela começou a agredir o senador, "com socos e chutes, por isso ele [Telmário] segurou os braços dela para se defender". Nesse momento, ela teria caído no chão e "não se lembra de muita coisa porque estava bêbada". Janot analisou as duas versões de Maria e afirmou que "se Telmário Mota a tivesse tão somente segurado para fazer cessar injusta agressão, Maria Aparecida não apresentaria lesões na face e no corpo". "Dos dois relatos da vítima, colhidos no registro da ocorrência policial e no depoimento em que negou a agressão, infere-se a existência de relacionamento íntimo com Telmário Mota. Na primeira oportunidade, Maria Aparecida afirmou que mantinha relação conjugal com o congressista há cerca de três anos e meio. Ao se retratar, argumentou que a discussão se iniciou pelo fato de o congressista não a tratar como sua namorada perante a família dela", escreveu o procurador-geral. "No caso dos autos ou havia coabitação –pois a vítima afirmou, primeiramente, que vivia maritalmente com Telmário Mota há cerca de 3 anos e meio–, ou havia relação íntima de afeto, pois a vítima afirmou posteriormente que considerava-se namorada do congressista, ao ponto de iniciar discussão acerca do tema", escreveu o procurador-geral da República. Assim, segundo Janot, "a situação descrita nos autos" está inserida na Lei Maria da Penha. O caso agora será analisado por ministro relator do STF para abertura de inquérito e intimação de Maria, Telmário e outras pessoas, incluindo o advogado Thiago Amorim, que acompanhou Maria no primeiro registro do boletim de ocorrência. Telmário já negou à Folha manter relacionamento amoroso com Maria ou tê-la agredido. Em julho, ele disse que "adversários" tentavam "usar" Maria e que iria procurar Rodrigo Janot para prestar informações sobre a suspeita.
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Escritora chilena Diamela Eltit retrata vácuo pós-luta contra ditadura
"Nós tínhamos nos transformado em profissionais da clandestinidade, sabíamos como nos mover, em que estradas nos disfarçar, como vagar pelos espaços, fugir, fugir da cidade e atenuar o impacto dos nossos corpos nas ruas", diz a narradora feminina do romance "Jamais o Fogo Nunca" (Relicário). O livro da chilena Diamela Eltit, 67, cujo título é emprestado de um verso do poeta experimental e cosmopolita peruano César Vallejo (1892-1938), trata de pessoas que viveram a resistência à ditadura Pinochet (1973-1990) e depois dela passaram a viver numa espécie de vácuo. No incerto momento pós-ditadura em que vivem, perderam sentido o glossário que utilizaram em seu ambiente revolucionário –palavras como "célula", "organização", "base"– e também o modo como estabeleciam laços afetivos e se comunicavam. O romance se passa praticamente dentro de quatro paredes, num quarto abafado em que um casal vive entre a nostalgia do passado e o vazio atual. Perambulam entre a lembrança de seus mortos e de seus erros, num eterno presente que parece infinito e cotidiano, e no qual parecem seguir juntos apenas porque estão vinculados às mesmas recordações. "A grande inspiração foi 'Pedro Páramo', de Juan Rulfo (1917-1986), com sua ideia de um lugar onde todas as pessoas estão mortas e vivem esse eterno presente desesperançado, esse tempo em suspense", conta Eltit, em entrevista por telefone, desde Santiago. E acrescenta: "Rulfo me ofereceu uma metáfora da figura do desaparecido que era então uma realidade no Chile da ditadura, todos conhecíamos pessoas que tinham sumido, e que não sabíamos se estavam vivas, escondidas, ou mortas". Na obra, o casal compartilha um quarto e uma cama, e nela se revolve entre os traumas causados pelas privações, delações, prisões e até a morte de um filho, que não puderam levar ao hospital para não colocar em risco a "organização". Com isso também vem a culpa, e a sensação de ter desperdiçado energia e algo muito valioso numa guerra perdida. "No tempo em que se passa o romance, eles já não entendem bem os parâmetros do mundo em que vivem e não têm mais a linguagem que usavam antes, ela não lhe serve para descrever o que sentem nem onde estão agora", explica. A escritora é uma das convidadas da próxima edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que ocorre entre 26 e 30 de julho. Eltit viveu os anos da ditadura sem deixar o Chile, mas nunca participou da militância política, como muitos de seus colegas de geração. Seu modo de resistência se deu por meio de um grupo artístico, o CADA (Colectivo de Acciones de Arte), ao lado do poeta Raúl Zurita, do sociólogo Fernando Balcells e dos artistas Lotty Rosenfeld e Juan Castillo. "Foi a melhor maneira que encontrei de atuar, pois não me via na luta armada nem na movimentação política dos grupos da minha geração. Mas o fato de os conhecer dá veracidade a esses personagens, porque sei como agiam, como falavam. E conheço muita gente que, ao perder a luta como razão de viver, ficou assim, parada no tempo", conta. Não foi o que ocorreu com ela, que já nos anos 1970 começou uma carreira acadêmica no Chile, e que depois desenvolveria nos EUA e na Europa, dando aulas de escritura criativa em Cambridge e em Nova York. Em seu país-natal, seguiu publicando ensaios políticos e sobre literatura, alguns deles reunidos em "A Máquina Pinochet" (e-galáxia), que agora também é publicado no Brasil, com tradução do professor de Princeton Pedro Meira Monteiro. Os textos tratam do "boom latino-americano", da ditadura e traçam um perfil da atual presidente, Michelle Bachelet, entre outras coisas. "Prefiro escrever romances do que ensaios. Os ensaios são mais circunstanciais, um retrato do tempo em que foram escritos. Já nas novelas posso desenvolver mais fios condutores e uma ideia que fica no tempo", diz. Sobre sua participação numa Flip que nesta edição expressará mais diversidade e dará mais espaço a questões raciais e de gênero, Eltit crê que se trata de um momento positivo, mas faz ressalvas. "É positivo o que está ocorrendo com esse novo olhar para o diferente. Do ponto de vista do feminino, porém, não sou muito otimista, pois tudo é muito lento. Se levarmos em conta a questão dos salários, que é o índice mais mensurável, as mulheres ainda ganham menos que os homens em quase todo o mundo. E isso ocorre por uma razão muito simples, está instalada a visão de que a grande maioria das sociedades creem que elas, de fato, valem menos. E não vejo isso mudando tão cedo." JAMAIS O FOGO NUNCA AUTORA Diamela Eltit TRADUÇÃO Julián Fuks EDITORA Relicário QUANTO R$ 39 (172 págs.)
ilustrada
Escritora chilena Diamela Eltit retrata vácuo pós-luta contra ditadura"Nós tínhamos nos transformado em profissionais da clandestinidade, sabíamos como nos mover, em que estradas nos disfarçar, como vagar pelos espaços, fugir, fugir da cidade e atenuar o impacto dos nossos corpos nas ruas", diz a narradora feminina do romance "Jamais o Fogo Nunca" (Relicário). O livro da chilena Diamela Eltit, 67, cujo título é emprestado de um verso do poeta experimental e cosmopolita peruano César Vallejo (1892-1938), trata de pessoas que viveram a resistência à ditadura Pinochet (1973-1990) e depois dela passaram a viver numa espécie de vácuo. No incerto momento pós-ditadura em que vivem, perderam sentido o glossário que utilizaram em seu ambiente revolucionário –palavras como "célula", "organização", "base"– e também o modo como estabeleciam laços afetivos e se comunicavam. O romance se passa praticamente dentro de quatro paredes, num quarto abafado em que um casal vive entre a nostalgia do passado e o vazio atual. Perambulam entre a lembrança de seus mortos e de seus erros, num eterno presente que parece infinito e cotidiano, e no qual parecem seguir juntos apenas porque estão vinculados às mesmas recordações. "A grande inspiração foi 'Pedro Páramo', de Juan Rulfo (1917-1986), com sua ideia de um lugar onde todas as pessoas estão mortas e vivem esse eterno presente desesperançado, esse tempo em suspense", conta Eltit, em entrevista por telefone, desde Santiago. E acrescenta: "Rulfo me ofereceu uma metáfora da figura do desaparecido que era então uma realidade no Chile da ditadura, todos conhecíamos pessoas que tinham sumido, e que não sabíamos se estavam vivas, escondidas, ou mortas". Na obra, o casal compartilha um quarto e uma cama, e nela se revolve entre os traumas causados pelas privações, delações, prisões e até a morte de um filho, que não puderam levar ao hospital para não colocar em risco a "organização". Com isso também vem a culpa, e a sensação de ter desperdiçado energia e algo muito valioso numa guerra perdida. "No tempo em que se passa o romance, eles já não entendem bem os parâmetros do mundo em que vivem e não têm mais a linguagem que usavam antes, ela não lhe serve para descrever o que sentem nem onde estão agora", explica. A escritora é uma das convidadas da próxima edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que ocorre entre 26 e 30 de julho. Eltit viveu os anos da ditadura sem deixar o Chile, mas nunca participou da militância política, como muitos de seus colegas de geração. Seu modo de resistência se deu por meio de um grupo artístico, o CADA (Colectivo de Acciones de Arte), ao lado do poeta Raúl Zurita, do sociólogo Fernando Balcells e dos artistas Lotty Rosenfeld e Juan Castillo. "Foi a melhor maneira que encontrei de atuar, pois não me via na luta armada nem na movimentação política dos grupos da minha geração. Mas o fato de os conhecer dá veracidade a esses personagens, porque sei como agiam, como falavam. E conheço muita gente que, ao perder a luta como razão de viver, ficou assim, parada no tempo", conta. Não foi o que ocorreu com ela, que já nos anos 1970 começou uma carreira acadêmica no Chile, e que depois desenvolveria nos EUA e na Europa, dando aulas de escritura criativa em Cambridge e em Nova York. Em seu país-natal, seguiu publicando ensaios políticos e sobre literatura, alguns deles reunidos em "A Máquina Pinochet" (e-galáxia), que agora também é publicado no Brasil, com tradução do professor de Princeton Pedro Meira Monteiro. Os textos tratam do "boom latino-americano", da ditadura e traçam um perfil da atual presidente, Michelle Bachelet, entre outras coisas. "Prefiro escrever romances do que ensaios. Os ensaios são mais circunstanciais, um retrato do tempo em que foram escritos. Já nas novelas posso desenvolver mais fios condutores e uma ideia que fica no tempo", diz. Sobre sua participação numa Flip que nesta edição expressará mais diversidade e dará mais espaço a questões raciais e de gênero, Eltit crê que se trata de um momento positivo, mas faz ressalvas. "É positivo o que está ocorrendo com esse novo olhar para o diferente. Do ponto de vista do feminino, porém, não sou muito otimista, pois tudo é muito lento. Se levarmos em conta a questão dos salários, que é o índice mais mensurável, as mulheres ainda ganham menos que os homens em quase todo o mundo. E isso ocorre por uma razão muito simples, está instalada a visão de que a grande maioria das sociedades creem que elas, de fato, valem menos. E não vejo isso mudando tão cedo." JAMAIS O FOGO NUNCA AUTORA Diamela Eltit TRADUÇÃO Julián Fuks EDITORA Relicário QUANTO R$ 39 (172 págs.)
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Em noite de festa para Ceni, São Paulo vence com gol de estreante
O São Paulo chegou ao Morumbi com uma lista de desfalques maior que o número de jogadores em campo. No total, o técnico Juan Carlos Osorio não pôde contar com 12 nomes, incluindo o de Rogério Ceni. Contundido, ele foi homenageado antes da partida contra o Internacional, neste sábado (5), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O São Paulo jogou com uma frase alusiva a seu capitão, que completa 25 anos de clube. Dentro de campo, porém, a equipe contou com outro Rogério para vencer por 2 a 0. Vindo da Série B, onde jogava pelo Vitória, e apresentado durante a semana, o atacante marcou o primeiro gol da partida. Michel Bastos ampliou o placar. O resultado coloca a equipe tricolor no G-4 do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos. A equipe ultrapassou o Atlético-PR, que apenas empatou com o Joinville por 0 a 0, em casa, e ficou com 37 pontos O time do técnico Juan Carlos Osório confirma o bom retrospecto em seus jogos no Morumbi pelo Brasileiro. Com 12 jogos em sua casa, o São Paulo possui oito vitórias, três empates e uma derrota. Na próxima rodada, o São Paulo disputa o clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, na quarta-feira (9). O Internacional atua no mesmo dia, quando recebe o Palmeiras, no Beira-Rio. Veja vídeo O JOGO Os desfalques são-paulinos para a partida seriam capazes de formar uma equipe: Rogério Ceni; Rodrigo Caio, Lucão, Luiz Eduardo e Carlinhos; Breno, Thiago Mendes e Wesley; Alexandre Pato, Alan Kardec e Luis Fabiano, além do goleiro reserva Denis. A falta de opções levou Osorio a promover a estreia do atacante Rogério. O reforço não sentiu a responsabilidade e foi um dos jogadores que mais levou perigo ao Internacional desde o início da partida. Logo aos 4min, o estreante pedalou para cima de Nilton dentro da área e finalizou para ótima defesa de Muriel. Por todo o primeiro tempo, foi o jogador mais incisivo do ataque são-paulino. O Internacional se posicionou em seu campo de forma conservadora, esperando por uma oportunidade de contra-ataque para surpreender o adversário. A melhor chance colorada na partida veio aos 37min, quando Valdívia invadiu a área sozinho após cobrança de falta rápida de Paulão e finalizou para a defesa de Renan Ribeiro. Jogando em busca do gol, o time da casa abriu o placar aos 3min do segundo tempo. Ganso arrancou no meio de campo, fez ótima jogada e serviu Guisao na direita. O colombiano cruzou e Rogério apareceu para mergulhar e desviar de cabeça para o gol. Controlando o ritmo da partida, Ganso quase ampliou aos 11min, em um chute de fora da área que passou muito perto do travessão. O placar foi consolidado aos 26min. Guisao recebeu na área e cruzou para Ganso. O camisa 10 segurou a bola e ajeitou para Michel Bastos, que chutou de primeira para marcar. O goleiro Muriel chegou a espalmar, mas não evitou o gol.
esporte
Em noite de festa para Ceni, São Paulo vence com gol de estreanteO São Paulo chegou ao Morumbi com uma lista de desfalques maior que o número de jogadores em campo. No total, o técnico Juan Carlos Osorio não pôde contar com 12 nomes, incluindo o de Rogério Ceni. Contundido, ele foi homenageado antes da partida contra o Internacional, neste sábado (5), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O São Paulo jogou com uma frase alusiva a seu capitão, que completa 25 anos de clube. Dentro de campo, porém, a equipe contou com outro Rogério para vencer por 2 a 0. Vindo da Série B, onde jogava pelo Vitória, e apresentado durante a semana, o atacante marcou o primeiro gol da partida. Michel Bastos ampliou o placar. O resultado coloca a equipe tricolor no G-4 do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos. A equipe ultrapassou o Atlético-PR, que apenas empatou com o Joinville por 0 a 0, em casa, e ficou com 37 pontos O time do técnico Juan Carlos Osório confirma o bom retrospecto em seus jogos no Morumbi pelo Brasileiro. Com 12 jogos em sua casa, o São Paulo possui oito vitórias, três empates e uma derrota. Na próxima rodada, o São Paulo disputa o clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, na quarta-feira (9). O Internacional atua no mesmo dia, quando recebe o Palmeiras, no Beira-Rio. Veja vídeo O JOGO Os desfalques são-paulinos para a partida seriam capazes de formar uma equipe: Rogério Ceni; Rodrigo Caio, Lucão, Luiz Eduardo e Carlinhos; Breno, Thiago Mendes e Wesley; Alexandre Pato, Alan Kardec e Luis Fabiano, além do goleiro reserva Denis. A falta de opções levou Osorio a promover a estreia do atacante Rogério. O reforço não sentiu a responsabilidade e foi um dos jogadores que mais levou perigo ao Internacional desde o início da partida. Logo aos 4min, o estreante pedalou para cima de Nilton dentro da área e finalizou para ótima defesa de Muriel. Por todo o primeiro tempo, foi o jogador mais incisivo do ataque são-paulino. O Internacional se posicionou em seu campo de forma conservadora, esperando por uma oportunidade de contra-ataque para surpreender o adversário. A melhor chance colorada na partida veio aos 37min, quando Valdívia invadiu a área sozinho após cobrança de falta rápida de Paulão e finalizou para a defesa de Renan Ribeiro. Jogando em busca do gol, o time da casa abriu o placar aos 3min do segundo tempo. Ganso arrancou no meio de campo, fez ótima jogada e serviu Guisao na direita. O colombiano cruzou e Rogério apareceu para mergulhar e desviar de cabeça para o gol. Controlando o ritmo da partida, Ganso quase ampliou aos 11min, em um chute de fora da área que passou muito perto do travessão. O placar foi consolidado aos 26min. Guisao recebeu na área e cruzou para Ganso. O camisa 10 segurou a bola e ajeitou para Michel Bastos, que chutou de primeira para marcar. O goleiro Muriel chegou a espalmar, mas não evitou o gol.
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Proibição das drogas gera mais violência e fortalece crime organizado
A guerra contra as drogas tem se mostrado mais danosa, custosa e letal que o comércio e uso de drogas em si. Sua baixa eficácia fica evidente quando se observa que o crime de tráfico de drogas é o que mais atulha os já superlotados presídios brasileiros e é o terceiro que mais mobiliza forças policiais do país –que prendem sobretudo por roubo, furto e tráfico, mas investigam apenas 8% dos homicídios cometidos no país, quase 60 mil por ano. Além disso, o crime de tráfico há anos legitima ações militarizadas em comunidades dominadas por facções, tornando os estratos mais vulneráveis da sociedade reféns do terror de tiroteios, quando não eles mesmos vítimas de balas perdidas. Ainda assim, nenhum indicador aponta diminuição do consumo de drogas aqui. Ao contrário: o Brasil se tornou o segundo maior consumidor do mundo de cocaína e derivados, como o crack. Por outro lado, a experiência internacional na descriminalização do uso de drogas (em vigor em países como Alemanha, Colômbia, México e Portugal, entre outros) aponta que ela tem pouco ou nenhum impacto no consumo, ou seja, não faz explodir seu uso como se teme. A medida também não aumentou as mortes por overdose nem a incidência de doenças mentais, e ainda aproxima usuários problemáticos do sistema de saúde e evita que caiam na Justiça –que drena recursos e vidas. A esses resultados, porém, soma-se uma contradição: se portar drogas não é crime, como pode ser crime sua comercialização? Se desconsiderarmos o caso da maconha cultivada para consumo próprio, como a substância foi parar no bolso de alguém? A regulamentação do mercado de drogas não é uma panaceia, mas parece ser a chave para amenizar esses problemas: liberaria forças policiais para a atuação em crimes mais graves, descongestionaria a Justiça e desafogaria o sistema penitenciário, para que fosse possível ressocializar presos, além de retirar recursos financeiros e humanos do crime organizado. Existem hoje duas experiências em curso, restritas à maconha: no Uruguai e em oito Estados americanos, que legalizaram o mercado para uso recreativo por adultos. Em Washington, por exemplo, a prisão por posse de maconha caiu 98% desde a mudança, e as projeções de impostos com a venda atingiam US$ 270 milhões em 2016 –dinheiro carimbado para ações como prevenção ao abuso de drogas nas escolas. Apesar das evidências, é um desafio pensar fora do paradigma proibicionista, que tem mais de cem anos. Mas vale lembrar: estudos apontam que a droga que mais causa danos ao usuário e a terceiros é o álcool, vendido em qualquer esquina. Alguém ouviu falar em proibi-lo? * Clique aqui para ler a opinião do repórter especial Rogério Gentile. As feridas de maio - PCC
cotidiano
Proibição das drogas gera mais violência e fortalece crime organizadoA guerra contra as drogas tem se mostrado mais danosa, custosa e letal que o comércio e uso de drogas em si. Sua baixa eficácia fica evidente quando se observa que o crime de tráfico de drogas é o que mais atulha os já superlotados presídios brasileiros e é o terceiro que mais mobiliza forças policiais do país –que prendem sobretudo por roubo, furto e tráfico, mas investigam apenas 8% dos homicídios cometidos no país, quase 60 mil por ano. Além disso, o crime de tráfico há anos legitima ações militarizadas em comunidades dominadas por facções, tornando os estratos mais vulneráveis da sociedade reféns do terror de tiroteios, quando não eles mesmos vítimas de balas perdidas. Ainda assim, nenhum indicador aponta diminuição do consumo de drogas aqui. Ao contrário: o Brasil se tornou o segundo maior consumidor do mundo de cocaína e derivados, como o crack. Por outro lado, a experiência internacional na descriminalização do uso de drogas (em vigor em países como Alemanha, Colômbia, México e Portugal, entre outros) aponta que ela tem pouco ou nenhum impacto no consumo, ou seja, não faz explodir seu uso como se teme. A medida também não aumentou as mortes por overdose nem a incidência de doenças mentais, e ainda aproxima usuários problemáticos do sistema de saúde e evita que caiam na Justiça –que drena recursos e vidas. A esses resultados, porém, soma-se uma contradição: se portar drogas não é crime, como pode ser crime sua comercialização? Se desconsiderarmos o caso da maconha cultivada para consumo próprio, como a substância foi parar no bolso de alguém? A regulamentação do mercado de drogas não é uma panaceia, mas parece ser a chave para amenizar esses problemas: liberaria forças policiais para a atuação em crimes mais graves, descongestionaria a Justiça e desafogaria o sistema penitenciário, para que fosse possível ressocializar presos, além de retirar recursos financeiros e humanos do crime organizado. Existem hoje duas experiências em curso, restritas à maconha: no Uruguai e em oito Estados americanos, que legalizaram o mercado para uso recreativo por adultos. Em Washington, por exemplo, a prisão por posse de maconha caiu 98% desde a mudança, e as projeções de impostos com a venda atingiam US$ 270 milhões em 2016 –dinheiro carimbado para ações como prevenção ao abuso de drogas nas escolas. Apesar das evidências, é um desafio pensar fora do paradigma proibicionista, que tem mais de cem anos. Mas vale lembrar: estudos apontam que a droga que mais causa danos ao usuário e a terceiros é o álcool, vendido em qualquer esquina. Alguém ouviu falar em proibi-lo? * Clique aqui para ler a opinião do repórter especial Rogério Gentile. As feridas de maio - PCC
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Novo colunista da 'Folhinha' sabe tudo de 'Star Wars' e 'Senhor dos Anéis'
Entre cavaleiros jedis, elfos, robôs e hobbits. É assim que vive Leonardo Bueno de Paula, 8, o novo colunista da "Folhinha" "Gosto muito de 'Star Wars' e 'Senhor dos Anéis', mas acho que prefiro 'Star Wars'. Ele é mais futurístico, queria muito que aquelas naves existissem de verdade", diz o garoto, que achou bom o último episódio da saga, "O Despertar da Força", que estreou no final do ano passado –mas está longe de ser o seu favorito. "Gosto mais do segundo episódio, 'O Ataque dos Clones", conta Leonardo, que mora em Jacareí (a 84 km de São Paulo). "Star Wars" e "Senhor dos Anéis" são tema de duas das quatro colunas que o garoto vai publicar na "Folhinha". O interesse pelas séries surgiu de repente. "Um dia estava passeando com meus pais, vi alguma coisa sobre um dos filmes e perguntei o que era aquilo. Hoje sou fã", afirma. Com a coluna, pretende falar diretamente com mais pessoas que gostam dos mesmos assuntos que ele. "Entre os meus amigos, sou o mais fanático. Eles até conversam comigo, mas tenho que ficar explicando toda hora quem é quem e o que aconteceu", reclama. A coluna, por sinal, talvez seja o primeiro passo para a futura carreira de escritor. "Quero escrever livros sobre como ser um bom youtuber e bom jogador de 'Minecraft'". Essas são suas outras paixões: Leonardo passa horas jogando "Minecraft", jogo on-line que é tema de muitos canais no YouTube. Para criar seu próprio canal no site de vídeos, ele está juntando dinheiro, com o qual quer comprar uma boa câmera. "Estou tendo que economizar. Vou para o shopping e não gasto muito. Estou até comprando menos doces", diz Leonardo. Para também ser colunista da "Folhinha", crianças de até 12 anos devem escrever um texto de mil caracteres e mandar para folhinha@uol.com.br, com nome, idade e "Ideias" no campo do assunto. O autor muda a cada mês e o tema é livre.
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Novo colunista da 'Folhinha' sabe tudo de 'Star Wars' e 'Senhor dos Anéis'Entre cavaleiros jedis, elfos, robôs e hobbits. É assim que vive Leonardo Bueno de Paula, 8, o novo colunista da "Folhinha" "Gosto muito de 'Star Wars' e 'Senhor dos Anéis', mas acho que prefiro 'Star Wars'. Ele é mais futurístico, queria muito que aquelas naves existissem de verdade", diz o garoto, que achou bom o último episódio da saga, "O Despertar da Força", que estreou no final do ano passado –mas está longe de ser o seu favorito. "Gosto mais do segundo episódio, 'O Ataque dos Clones", conta Leonardo, que mora em Jacareí (a 84 km de São Paulo). "Star Wars" e "Senhor dos Anéis" são tema de duas das quatro colunas que o garoto vai publicar na "Folhinha". O interesse pelas séries surgiu de repente. "Um dia estava passeando com meus pais, vi alguma coisa sobre um dos filmes e perguntei o que era aquilo. Hoje sou fã", afirma. Com a coluna, pretende falar diretamente com mais pessoas que gostam dos mesmos assuntos que ele. "Entre os meus amigos, sou o mais fanático. Eles até conversam comigo, mas tenho que ficar explicando toda hora quem é quem e o que aconteceu", reclama. A coluna, por sinal, talvez seja o primeiro passo para a futura carreira de escritor. "Quero escrever livros sobre como ser um bom youtuber e bom jogador de 'Minecraft'". Essas são suas outras paixões: Leonardo passa horas jogando "Minecraft", jogo on-line que é tema de muitos canais no YouTube. Para criar seu próprio canal no site de vídeos, ele está juntando dinheiro, com o qual quer comprar uma boa câmera. "Estou tendo que economizar. Vou para o shopping e não gasto muito. Estou até comprando menos doces", diz Leonardo. Para também ser colunista da "Folhinha", crianças de até 12 anos devem escrever um texto de mil caracteres e mandar para folhinha@uol.com.br, com nome, idade e "Ideias" no campo do assunto. O autor muda a cada mês e o tema é livre.
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Físico Stephen Hawking lança prêmio de divulgação científica
O astrofísico britânico Stephen Hawking apresentou, nesta quarta-feira (16) em Londres, uma medalha que levará seu nome e que recompensará aqueles que popularizarem a ciência por meio de um livro, um filme ou uma obra de arte. "Estou contente de estar aqui para anunciar um prêmio e não para recebê-lo", brincou o cientista. "Esta medalha recompensará a excelência da comunicação científica." As medalhas serão concedidas durante o festival de astronomia e música Starmus, a partir do ano de 2016. O evento de apresentação do prêmio, em Londres, teve a presença do biólogo britânico Richard Dawkins, do ex-cosmonauta Alexei Leonov, do professor de astrofísica Garik Israelian e do guitarrista da banda de rock Queen, Brian May, que também é astrofísico.
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Físico Stephen Hawking lança prêmio de divulgação científicaO astrofísico britânico Stephen Hawking apresentou, nesta quarta-feira (16) em Londres, uma medalha que levará seu nome e que recompensará aqueles que popularizarem a ciência por meio de um livro, um filme ou uma obra de arte. "Estou contente de estar aqui para anunciar um prêmio e não para recebê-lo", brincou o cientista. "Esta medalha recompensará a excelência da comunicação científica." As medalhas serão concedidas durante o festival de astronomia e música Starmus, a partir do ano de 2016. O evento de apresentação do prêmio, em Londres, teve a presença do biólogo britânico Richard Dawkins, do ex-cosmonauta Alexei Leonov, do professor de astrofísica Garik Israelian e do guitarrista da banda de rock Queen, Brian May, que também é astrofísico.
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Dilma e o PT erram até o fim
Sentindo-se mais uma vez traída e agindo lentamente, a presidente afastada Dilma Rousseff adiou nesta quarta (10) a divulgação de uma carta aos senadores em que faria sua defesa e pediria que votassem contra o processo de impeachment. O ponto central da carta, agora prevista para a semana que vem, seria a defesa de um plebiscito para a realização de novas eleições. O fato não só contraria a posição do presidente nacional do PT, Rui Falcão, como é totalmente inviável, segundo o próprio petista. Para que novas eleições sejam realizadas a partir de um plebiscito, Dilma primeiro precisaria voltar ao cargo e manter sua promessa. Depois, teria que pedir ao Congresso para convocar o plebiscito. O STF teria então que decidir se isso pode ser feito ou não. Se decidir a favor, seria necessária a votação de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) em dois turnos na Câmara e no Senado (com três quintos dos votos). Se passasse pelo Congresso, a proposta só entraria em vigor depois de um ano. Ou seja, em 2018, quando já haverá eleições de qualquer maneira. Mas fica pior. Falcão defende que em vez de brigar pelo plebiscito, Dilma deveria sinalizar que, se voltar, mudará novamente a política econômica atual e a que vigorou no início de seu segundo mandato, quando começou parte do ajuste fiscal em curso. Ou seja, quer a volta ao que deu errado e que acabou justamente levando ao processo de impeachment da presidente. Junte-se a isso Lula dizer que só não será candidato em 2018 se o Brasil der certo e temos, com um tom de absurdo, o fim melancólico desse período.
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Dilma e o PT erram até o fimSentindo-se mais uma vez traída e agindo lentamente, a presidente afastada Dilma Rousseff adiou nesta quarta (10) a divulgação de uma carta aos senadores em que faria sua defesa e pediria que votassem contra o processo de impeachment. O ponto central da carta, agora prevista para a semana que vem, seria a defesa de um plebiscito para a realização de novas eleições. O fato não só contraria a posição do presidente nacional do PT, Rui Falcão, como é totalmente inviável, segundo o próprio petista. Para que novas eleições sejam realizadas a partir de um plebiscito, Dilma primeiro precisaria voltar ao cargo e manter sua promessa. Depois, teria que pedir ao Congresso para convocar o plebiscito. O STF teria então que decidir se isso pode ser feito ou não. Se decidir a favor, seria necessária a votação de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) em dois turnos na Câmara e no Senado (com três quintos dos votos). Se passasse pelo Congresso, a proposta só entraria em vigor depois de um ano. Ou seja, em 2018, quando já haverá eleições de qualquer maneira. Mas fica pior. Falcão defende que em vez de brigar pelo plebiscito, Dilma deveria sinalizar que, se voltar, mudará novamente a política econômica atual e a que vigorou no início de seu segundo mandato, quando começou parte do ajuste fiscal em curso. Ou seja, quer a volta ao que deu errado e que acabou justamente levando ao processo de impeachment da presidente. Junte-se a isso Lula dizer que só não será candidato em 2018 se o Brasil der certo e temos, com um tom de absurdo, o fim melancólico desse período.
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Livro infantil mostra favela mágica, com desenhos que parecem 3D
Favela mágica, essa é minha definição para o livro "Favela", bela obra de Dílvia Ludvichak. Favela feita de poesia, de magia. Revivi a infância nos becos do Complexo do Alemão, bons momentos de leitura, que me conduziu a um ambiente de extrema mística. Senti na pele as peripécias de Pepeu e amigos. As ilustrações de Rogério Coelho saltam e se misturam à favela de verdade. Parece um filme 3D. A autora consegue com maestria extrair o universo mágico da infância na favela : brincadeiras, escolhas, amizade, lealdade e solidariedade fazem parte do vocabulário da favela encantada. Cores, vista privilegiada. O tempo passa, e a favela continua no coração de quem viveu por lá, essa essência é feita de bela poesia nesse livro. Sinto falta de obras como "Favela". Quero destacar a importância do livro para formar leitores em zonas periféricas. Títulos com essa temática são escassos, e muitas crianças não se reconhecem nos livros. Termino aqui recorrendo ao meu vocabulário da favela mágica. Esse livro é: na moral, maneiro, da hora, tri, massa, relíquia... FAVELA Autora DílviaLudvichak Editora Mundo Mirim Preço R$ 36,90 Indicação a partir de 7 anos OTÁVIO JÚNIOR é autor do livro "O Garoto da Camisa Vermelha". Nascido e criado no Morro do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, Otávio começou a escrever em 2007 no projeto Ler é 10 - Leia Favela.
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Livro infantil mostra favela mágica, com desenhos que parecem 3DFavela mágica, essa é minha definição para o livro "Favela", bela obra de Dílvia Ludvichak. Favela feita de poesia, de magia. Revivi a infância nos becos do Complexo do Alemão, bons momentos de leitura, que me conduziu a um ambiente de extrema mística. Senti na pele as peripécias de Pepeu e amigos. As ilustrações de Rogério Coelho saltam e se misturam à favela de verdade. Parece um filme 3D. A autora consegue com maestria extrair o universo mágico da infância na favela : brincadeiras, escolhas, amizade, lealdade e solidariedade fazem parte do vocabulário da favela encantada. Cores, vista privilegiada. O tempo passa, e a favela continua no coração de quem viveu por lá, essa essência é feita de bela poesia nesse livro. Sinto falta de obras como "Favela". Quero destacar a importância do livro para formar leitores em zonas periféricas. Títulos com essa temática são escassos, e muitas crianças não se reconhecem nos livros. Termino aqui recorrendo ao meu vocabulário da favela mágica. Esse livro é: na moral, maneiro, da hora, tri, massa, relíquia... FAVELA Autora DílviaLudvichak Editora Mundo Mirim Preço R$ 36,90 Indicação a partir de 7 anos OTÁVIO JÚNIOR é autor do livro "O Garoto da Camisa Vermelha". Nascido e criado no Morro do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, Otávio começou a escrever em 2007 no projeto Ler é 10 - Leia Favela.
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Taxistas tem isenção de IPVA e ICMS, diz leitor sobre Uber
Sobre a guerra "taxistas x Uber" não sou a favor de uma atividade remunerada funcionar sem qualquer tipo de regulamentação, mas certamente os taxistas teriam bem mais aliados se fizessem sua parte. Já viajei muitas vezes a trabalho a Belo Horizonte. Quando tomo um táxi, necessito de recibo identificando a placa do veículo. Na grande maioria das vezes, anotam uma placa fria, quando não dão a desculpa de estarem sem talão. Alguns taxistas correm como loucos e frequentemente usam telefone celular, inclusive para ler e escrever mensagens. Não raramente, os cintos de segurança do banco traseiro estão sob o assento, impedindo o uso. E, absurdo completo, os taxistas do terminal rodoviário cobram extra se o passageiro levar bagagem! Sobre a alegação da concorrência desleal, é sempre bom lembrar que os taxistas possuem isenção de IPVA e ICMS em seus carros. Que o Uber seja bem vindo * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Taxistas tem isenção de IPVA e ICMS, diz leitor sobre UberSobre a guerra "taxistas x Uber" não sou a favor de uma atividade remunerada funcionar sem qualquer tipo de regulamentação, mas certamente os taxistas teriam bem mais aliados se fizessem sua parte. Já viajei muitas vezes a trabalho a Belo Horizonte. Quando tomo um táxi, necessito de recibo identificando a placa do veículo. Na grande maioria das vezes, anotam uma placa fria, quando não dão a desculpa de estarem sem talão. Alguns taxistas correm como loucos e frequentemente usam telefone celular, inclusive para ler e escrever mensagens. Não raramente, os cintos de segurança do banco traseiro estão sob o assento, impedindo o uso. E, absurdo completo, os taxistas do terminal rodoviário cobram extra se o passageiro levar bagagem! Sobre a alegação da concorrência desleal, é sempre bom lembrar que os taxistas possuem isenção de IPVA e ICMS em seus carros. Que o Uber seja bem vindo * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Corinthians vira no último minuto e dorme na liderança do Brasileiro
Com gols do atacante André e do lateral Uendel, aos 44min e 49min do segundo tempo, o Corinthians conseguiu evitar a primeira derrota no Itaquerão desde agosto do ano passado e venceu o Coritiba por 2 a 1, de virada, na noite deste sábado (4), no Itaquerão, pela sexta rodada da competição. Com o primeiro gol do atacante corintiano nesta edição do Nacional, o time alvinegro ampliou a sua série vitoriosa para quatro jogos consecutivos. Com o resultado, a equipe do técnico Tite chegou aos 13 pontos e assumiu provisoriamente a liderança da tabela. Mas o Internacional, que joga neste domingo (5), ainda pode reassumir a primeira colocação. Depois da maratona de quatro partidas em dez dias, o Corinthians terá uma semana de folga para treinar e só volta a campo no próximo domingo (12), quando faz o clássico diante do Palmeiras, no Allianz Parque. No mesmo dia, o Coritiba recebe o Sport. O JOGO Apesar da maior posse de bola e presença ofensiva, o Corinthians esbarrou na forte marcação do Coritiba e pouco criou ofensivamente no primeiro tempo. Sem inspiração para criar jogadas pelo chão, o time alvinegro abusou dos cruzamentos pelo alto para a grande área adversária, o que facilitou o trabalho da defesa paranaense. Uma das raras oportunidades no campo de ataque aconteceu graças a uma jogada individual de Guilherme, que se livrou da marcação e deu belo passe para o lateral Uendel exigir importante defesa do goleiro Wilson. Para agravar ainda mais a má atuação corintiana na partida, o Coritiba conseguiu abrir o placar com Negueba, em um rápido contra-ataque nos acréscimos da etapa inicial. A equipe da casa melhorou a produção ofensiva com a entrada de Giovanni Augusto no lugar de Marlone logo na volta para o segundo tempo. Aos 9min, Bruno Henrique quase empatou após acertar a trave adversária em cabeçada na grande área. Depois, Tite colocou Danilo e André nas vagas de Cristian e Pedro Henrique, que fez a sua estreia oficial, e expôs o Corinthians ainda mais aos contra-ataques dos visitantes. Ao mesmo tempo, o time paulista encurralou os paranaenses até o apito final. E foi premiado com dois gols no fim do jogo. André, de carrinho, empatou aos 44min, enquanto Uendel, de cabeça, selou os 2 a 1, aos 49min.
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Corinthians vira no último minuto e dorme na liderança do BrasileiroCom gols do atacante André e do lateral Uendel, aos 44min e 49min do segundo tempo, o Corinthians conseguiu evitar a primeira derrota no Itaquerão desde agosto do ano passado e venceu o Coritiba por 2 a 1, de virada, na noite deste sábado (4), no Itaquerão, pela sexta rodada da competição. Com o primeiro gol do atacante corintiano nesta edição do Nacional, o time alvinegro ampliou a sua série vitoriosa para quatro jogos consecutivos. Com o resultado, a equipe do técnico Tite chegou aos 13 pontos e assumiu provisoriamente a liderança da tabela. Mas o Internacional, que joga neste domingo (5), ainda pode reassumir a primeira colocação. Depois da maratona de quatro partidas em dez dias, o Corinthians terá uma semana de folga para treinar e só volta a campo no próximo domingo (12), quando faz o clássico diante do Palmeiras, no Allianz Parque. No mesmo dia, o Coritiba recebe o Sport. O JOGO Apesar da maior posse de bola e presença ofensiva, o Corinthians esbarrou na forte marcação do Coritiba e pouco criou ofensivamente no primeiro tempo. Sem inspiração para criar jogadas pelo chão, o time alvinegro abusou dos cruzamentos pelo alto para a grande área adversária, o que facilitou o trabalho da defesa paranaense. Uma das raras oportunidades no campo de ataque aconteceu graças a uma jogada individual de Guilherme, que se livrou da marcação e deu belo passe para o lateral Uendel exigir importante defesa do goleiro Wilson. Para agravar ainda mais a má atuação corintiana na partida, o Coritiba conseguiu abrir o placar com Negueba, em um rápido contra-ataque nos acréscimos da etapa inicial. A equipe da casa melhorou a produção ofensiva com a entrada de Giovanni Augusto no lugar de Marlone logo na volta para o segundo tempo. Aos 9min, Bruno Henrique quase empatou após acertar a trave adversária em cabeçada na grande área. Depois, Tite colocou Danilo e André nas vagas de Cristian e Pedro Henrique, que fez a sua estreia oficial, e expôs o Corinthians ainda mais aos contra-ataques dos visitantes. Ao mesmo tempo, o time paulista encurralou os paranaenses até o apito final. E foi premiado com dois gols no fim do jogo. André, de carrinho, empatou aos 44min, enquanto Uendel, de cabeça, selou os 2 a 1, aos 49min.
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Domingo tem 15 ruas abertas para pedestres e cinema para crianças
O QUE AFETA SUA VIDA Neste domingo (27) além da já tradicional abertura da avenida Paulista para ciclistas e pedestres –e interdição da circulação de carros– outras 14 vias seguem o mesmo procedimento, como parte do programa Rua Aberta, da Prefeitura de São Paulo. As vias ficam nos bairros de Aricanduva, Butantã, Campo Limpo, Cidade Ademar, Ermelino Matarazzo, Jaçanã, M'Boi Mirim, Penha, Pirituba, Sapobemba, Vila Maria, Perus, Jabaquara e Lapa e seguem interditadas para carros das 10 às 16h. Devido ao incêndio no Museu da Língua Portuguesa , continua interditada a estação Luz da CPTM, que integra com as linhas 7-rubi (Luz - Francisco Morato - Jundiaí) e 11-coral (Luz - Guaianases - Estudantes). Por ora, a linha 7 está aberta até a estação Barra Funda, e a linha 11 vai até o Brás. A estação Luz da linha 4-amarela do Metrô funciona normalmente. * TEMPO O domingo segue quente com mínima de 22ºC e máxima de 28ºC. Há previsão de chuva durante todo o dia. * CULTURA E LAZER Se a boa do final de semana de calor for um bar, o "Guia" separou 11 bares entre os clássicos e os que abriram as portas neste ano para você aproveitar o período entre festas e fazer uma retrospectiva pela cidade. Confira a lista e os horários em que eles ficam abertos. Veja trailer original (em francês) de O Menino da Floresta Para as crianças, o Sesc tem reexibição de filmes infantis fizeram sucesso neste ano. No domingo, é dia de "O Menino da Floresta", que tem sessão gratuita às 15h30. Sesc Vila Mariana R. Pelotas, 141; tel. (11) 5080-3000. Grátis Aproveite também o domingo para visitar seis boas exposições que devem sair de cartaz ainda na primeira quinzena de janeiro. AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia
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Domingo tem 15 ruas abertas para pedestres e cinema para criançasO QUE AFETA SUA VIDA Neste domingo (27) além da já tradicional abertura da avenida Paulista para ciclistas e pedestres –e interdição da circulação de carros– outras 14 vias seguem o mesmo procedimento, como parte do programa Rua Aberta, da Prefeitura de São Paulo. As vias ficam nos bairros de Aricanduva, Butantã, Campo Limpo, Cidade Ademar, Ermelino Matarazzo, Jaçanã, M'Boi Mirim, Penha, Pirituba, Sapobemba, Vila Maria, Perus, Jabaquara e Lapa e seguem interditadas para carros das 10 às 16h. Devido ao incêndio no Museu da Língua Portuguesa , continua interditada a estação Luz da CPTM, que integra com as linhas 7-rubi (Luz - Francisco Morato - Jundiaí) e 11-coral (Luz - Guaianases - Estudantes). Por ora, a linha 7 está aberta até a estação Barra Funda, e a linha 11 vai até o Brás. A estação Luz da linha 4-amarela do Metrô funciona normalmente. * TEMPO O domingo segue quente com mínima de 22ºC e máxima de 28ºC. Há previsão de chuva durante todo o dia. * CULTURA E LAZER Se a boa do final de semana de calor for um bar, o "Guia" separou 11 bares entre os clássicos e os que abriram as portas neste ano para você aproveitar o período entre festas e fazer uma retrospectiva pela cidade. Confira a lista e os horários em que eles ficam abertos. Veja trailer original (em francês) de O Menino da Floresta Para as crianças, o Sesc tem reexibição de filmes infantis fizeram sucesso neste ano. No domingo, é dia de "O Menino da Floresta", que tem sessão gratuita às 15h30. Sesc Vila Mariana R. Pelotas, 141; tel. (11) 5080-3000. Grátis Aproveite também o domingo para visitar seis boas exposições que devem sair de cartaz ainda na primeira quinzena de janeiro. AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h. Coordenação: Ricardo Ampudia
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Secretário de Turismo cai, e Alckmin tem segunda baixa em uma semana
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou neste sábado (2) a demissão de Laércio Benko (PHS) da Secretaria de Turismo, na segunda baixa da gestão em uma semana. Na segunda-feira (28), Ricardo Salles (PP) deixou a pasta do Meio Ambiente. Ex-secretário particular de Alckmin, Salles vinha sendo pressionado por seu partido a dar espaço a outro nome, já que era visto como da cota pessoal do governador. Benko alegou que decidiu ficar exclusivamente por conta da presidência nacional do PHS, que ele deve assumir neste mês. Mas aliados de Alckmin atribuem a sua saída à exoneração de seu irmão da Prefeitura Regional da Lapa após ser gravado negociando suposta propina. Ele é acusado de participar de um esquema de cobrança de propina para liberar a utilização de propaganda irregular na capital paulista. Leandro Benko nega. Em nota, o governo Alckmin informou que o secretário adjunto da Casa Civil, Fabricio Cobra Arbex, "foi designado para responder pelo expediente da secretaria estadual de Turismo". "O governador Geraldo Alckmin agradeceu o trabalho realizado por Benko Lopes enquanto esteve à frente da pasta, período em que contribuiu com o desenvolvimento de ações para incrementar e promover o turismo estadual", disse.
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Secretário de Turismo cai, e Alckmin tem segunda baixa em uma semanaO governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou neste sábado (2) a demissão de Laércio Benko (PHS) da Secretaria de Turismo, na segunda baixa da gestão em uma semana. Na segunda-feira (28), Ricardo Salles (PP) deixou a pasta do Meio Ambiente. Ex-secretário particular de Alckmin, Salles vinha sendo pressionado por seu partido a dar espaço a outro nome, já que era visto como da cota pessoal do governador. Benko alegou que decidiu ficar exclusivamente por conta da presidência nacional do PHS, que ele deve assumir neste mês. Mas aliados de Alckmin atribuem a sua saída à exoneração de seu irmão da Prefeitura Regional da Lapa após ser gravado negociando suposta propina. Ele é acusado de participar de um esquema de cobrança de propina para liberar a utilização de propaganda irregular na capital paulista. Leandro Benko nega. Em nota, o governo Alckmin informou que o secretário adjunto da Casa Civil, Fabricio Cobra Arbex, "foi designado para responder pelo expediente da secretaria estadual de Turismo". "O governador Geraldo Alckmin agradeceu o trabalho realizado por Benko Lopes enquanto esteve à frente da pasta, período em que contribuiu com o desenvolvimento de ações para incrementar e promover o turismo estadual", disse.
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Leitores comentam desistência de Datena na corrida municipal em SP
José Luiz Datena desistiu de disputar a eleição municipal porque políticos do seu partido, o PP, desviaram R$ 358 milhões da Petrobras. Mostrou ser um jornalista muito mal informado, pois se sabe desde o início da Lava Jato que Alberto Youssef era operador do PP na Petrobras. Marta Suplicy, se coerente fosse, deveria também desistir da disputa, tendo em vista que saiu do PT por não concordar com os desvios do partido e porque o PMDB, hoje sua sigla, também foi implicado na Operação Lava Jato. Francisco Nascimento Xavier (São Paulo, SP) * Desistir de concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo foi o que José Luiz Datena poderia ter feito de melhor. Ele corria o risco de perder toda uma história construída com muita luta ao longo desses anos, e ver sua carreira de jornalista arrebentada pela podridão da política. LUIZ EDGARD BUENO, escritor (Londrina, PR) * O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo utiliza o espaço na seção Tiroteio, do "Painel" ("Poder", 18/1), para fazer gracinha a respeito da posição do prefeito Fernando Haddad com referência ao projeto de eleição direta para subprefeito. Pois o que ele não deve saber é que nos Estados Unidos –país de seus devaneios, provavelmente– elege-se junto com o prefeito, juízes, promotores, chefes de polícia e para outros tantos cargos públicos. O voto é a arma do povo na democracia. Gilberto Alvares Giusepone (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam desistência de Datena na corrida municipal em SPJosé Luiz Datena desistiu de disputar a eleição municipal porque políticos do seu partido, o PP, desviaram R$ 358 milhões da Petrobras. Mostrou ser um jornalista muito mal informado, pois se sabe desde o início da Lava Jato que Alberto Youssef era operador do PP na Petrobras. Marta Suplicy, se coerente fosse, deveria também desistir da disputa, tendo em vista que saiu do PT por não concordar com os desvios do partido e porque o PMDB, hoje sua sigla, também foi implicado na Operação Lava Jato. Francisco Nascimento Xavier (São Paulo, SP) * Desistir de concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo foi o que José Luiz Datena poderia ter feito de melhor. Ele corria o risco de perder toda uma história construída com muita luta ao longo desses anos, e ver sua carreira de jornalista arrebentada pela podridão da política. LUIZ EDGARD BUENO, escritor (Londrina, PR) * O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo utiliza o espaço na seção Tiroteio, do "Painel" ("Poder", 18/1), para fazer gracinha a respeito da posição do prefeito Fernando Haddad com referência ao projeto de eleição direta para subprefeito. Pois o que ele não deve saber é que nos Estados Unidos –país de seus devaneios, provavelmente– elege-se junto com o prefeito, juízes, promotores, chefes de polícia e para outros tantos cargos públicos. O voto é a arma do povo na democracia. Gilberto Alvares Giusepone (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Erramos: O inferno de Dante (e Rauschenberg) e outras cinco indicações culturais
Após o encerramento da edição, a organização da exposição "Horizonte, Deserto, Tecido, Cimento", de Fábio Miguez, modificou a data do debate entre o artista, o colecionador Carlos Figueiredo Ferraz e o crítico Tiago Mesquita. O encontro foi adiado para sábado, 28/3, às 11h30, na galeria Nara Roesler, em São Paulo. Publicado em "O inferno de Dante (e Rauschenberg) e outras cinco indicações culturais", divulgado na versão impressa e no site da Folha (Ilustríssima - 15/03/2015 - 03h01), o texto foi corrigido.
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Erramos: O inferno de Dante (e Rauschenberg) e outras cinco indicações culturaisApós o encerramento da edição, a organização da exposição "Horizonte, Deserto, Tecido, Cimento", de Fábio Miguez, modificou a data do debate entre o artista, o colecionador Carlos Figueiredo Ferraz e o crítico Tiago Mesquita. O encontro foi adiado para sábado, 28/3, às 11h30, na galeria Nara Roesler, em São Paulo. Publicado em "O inferno de Dante (e Rauschenberg) e outras cinco indicações culturais", divulgado na versão impressa e no site da Folha (Ilustríssima - 15/03/2015 - 03h01), o texto foi corrigido.
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Campanha mundial luta contra exploração e abuso sexual de jovens
Até quinta-feira (18), data marcada pelo Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças, a Childhood está em campanha contra esse tipo de abuso. O vídeo, lançado no Global Child Forum, realizado em São Paulo, primeira cidade da América Latina a receber o evento no início de abril, foi exibido em telão no prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista. O Prêmio Empreendedor Social está com inscrições abertas; participe O objetivo é incentivar as pessoas a denunciarem qualquer prática de exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes pelo Disque 100. Com o mote: "Não feche seus olhos. Só porque você não vê não significa que não acontece. Mantenha seus olhos bem abertos", a ação promove a hashtag #EyesWideOpen. Uma versão do filme especialmente dedicada ao setor de turismo também faz parte da campanha e já circula em toda a rede Atlantica Hotels, parceira da ChildhoodBrasil, instituição fundada pela rainha Silvia da Suécia, de nacionalidade brasileira.
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Campanha mundial luta contra exploração e abuso sexual de jovensAté quinta-feira (18), data marcada pelo Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças, a Childhood está em campanha contra esse tipo de abuso. O vídeo, lançado no Global Child Forum, realizado em São Paulo, primeira cidade da América Latina a receber o evento no início de abril, foi exibido em telão no prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista. O Prêmio Empreendedor Social está com inscrições abertas; participe O objetivo é incentivar as pessoas a denunciarem qualquer prática de exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes pelo Disque 100. Com o mote: "Não feche seus olhos. Só porque você não vê não significa que não acontece. Mantenha seus olhos bem abertos", a ação promove a hashtag #EyesWideOpen. Uma versão do filme especialmente dedicada ao setor de turismo também faz parte da campanha e já circula em toda a rede Atlantica Hotels, parceira da ChildhoodBrasil, instituição fundada pela rainha Silvia da Suécia, de nacionalidade brasileira.
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Jovens imigrantes protestam contra decisão de Trump que revoga vistos
Com gritos de "Não a Trump, não à KKK, não aos EUA fascistas", dezenas de manifestantes marcharam nesta terça (5) da Casa Branca até o Departamento de Justiça, em Washington, após o secretário Jeff Sessions anunciar o fim do programa que regularizava temporariamente a situação de imigrantes que chegaram aos EUA quando crianças. Entre elas, estava a mexicana Angeles Mendez, 19, que chegou aos EUA aos dois anos e deve perder o status regular garantido pelo decreto conhecido como Daca quando sua permissão atual expirar, em fevereiro de 2018. "Nasci no México, mas me assusta a possibilidade de ter que voltar, pois eu teria que aprender tudo sobre um lugar que eu não conheci de fato. Eu cresci aqui falando inglês", diz Mendez, que vive em Nova York e veio a Washington para protestar. Em Nova York, o grupo de manifestantes diante da Trump Tower foi maior. Houve protestos em cidades como Phoenix e Denver. Em Washington, a marcha passou em frente ao Trump Hotel, na avenida Pensilvânia, a mesma da Casa Branca, aos gritos de "vergonha". Os procuradores-gerais de Califórnia, Nova York e Washington afirmaram que entrarão com ações contra o governo para manter o programa. O governador de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, também cogita processar o governo federal. "O presidente Trump virou as costas para centenas de milhares de crianças e jovens americanos que colocaram sua confiança no governo. Ao acabar com o Daca, o governo Trump também violou a lei federal e a Constituição", disse o procurador-geral da Califórnia, Xavier Becerra, um democrata. A decisão de Trump responde à ameaça de dez procuradores-gerais republicanos (de Texas, Louisiana, Alabama e Arkansas e outros) de processá-lo se ele não revogasse o Daca. Em comunicado, Trump, disse ter sido aconselhado por Sessions e "todos os outros especialistas legais" que o programa era "inconstitucional e não poderia ser defendido nos tribunais".
mundo
Jovens imigrantes protestam contra decisão de Trump que revoga vistosCom gritos de "Não a Trump, não à KKK, não aos EUA fascistas", dezenas de manifestantes marcharam nesta terça (5) da Casa Branca até o Departamento de Justiça, em Washington, após o secretário Jeff Sessions anunciar o fim do programa que regularizava temporariamente a situação de imigrantes que chegaram aos EUA quando crianças. Entre elas, estava a mexicana Angeles Mendez, 19, que chegou aos EUA aos dois anos e deve perder o status regular garantido pelo decreto conhecido como Daca quando sua permissão atual expirar, em fevereiro de 2018. "Nasci no México, mas me assusta a possibilidade de ter que voltar, pois eu teria que aprender tudo sobre um lugar que eu não conheci de fato. Eu cresci aqui falando inglês", diz Mendez, que vive em Nova York e veio a Washington para protestar. Em Nova York, o grupo de manifestantes diante da Trump Tower foi maior. Houve protestos em cidades como Phoenix e Denver. Em Washington, a marcha passou em frente ao Trump Hotel, na avenida Pensilvânia, a mesma da Casa Branca, aos gritos de "vergonha". Os procuradores-gerais de Califórnia, Nova York e Washington afirmaram que entrarão com ações contra o governo para manter o programa. O governador de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, também cogita processar o governo federal. "O presidente Trump virou as costas para centenas de milhares de crianças e jovens americanos que colocaram sua confiança no governo. Ao acabar com o Daca, o governo Trump também violou a lei federal e a Constituição", disse o procurador-geral da Califórnia, Xavier Becerra, um democrata. A decisão de Trump responde à ameaça de dez procuradores-gerais republicanos (de Texas, Louisiana, Alabama e Arkansas e outros) de processá-lo se ele não revogasse o Daca. Em comunicado, Trump, disse ter sido aconselhado por Sessions e "todos os outros especialistas legais" que o programa era "inconstitucional e não poderia ser defendido nos tribunais".
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Samsung vendeu 6 milhões de Galaxy S6 até abril, diz empresa
As vendas dos smartphones Galaxy S6, da Samsung Electronics, alcançaram 6 milhões de unidades ao final de abril, menos de um mês após seu lançamento, informou a empresa de pesquisa Counterpoint nesta terça-feira (2), o que os torna os dispositivos mais populares do mundo depois dos iPhones da Apple. A Counterpoint disse que espera que as vendas do novos celulares da Samsung alcancem 50 milhões de unidades até o final do ano, número que, segundo a Samsung, marcaria um novo recorde para sua linha Galaxy S.
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Samsung vendeu 6 milhões de Galaxy S6 até abril, diz empresaAs vendas dos smartphones Galaxy S6, da Samsung Electronics, alcançaram 6 milhões de unidades ao final de abril, menos de um mês após seu lançamento, informou a empresa de pesquisa Counterpoint nesta terça-feira (2), o que os torna os dispositivos mais populares do mundo depois dos iPhones da Apple. A Counterpoint disse que espera que as vendas do novos celulares da Samsung alcancem 50 milhões de unidades até o final do ano, número que, segundo a Samsung, marcaria um novo recorde para sua linha Galaxy S.
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Maurício Tuffani: Sabesp expõe precariedade de seu índice do Cantareira
A Folha publicou nesta quarta-feira (18.mar) em sua edição online minha reportagem "Promotoria quer que Sabesp use índices negativos para o Cantareira", que mostra a decisão do Ministério Público do Estado de São Paulo de acionar judicialmente a companhia de ... Leia post completo no blog
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Maurício Tuffani: Sabesp expõe precariedade de seu índice do CantareiraA Folha publicou nesta quarta-feira (18.mar) em sua edição online minha reportagem "Promotoria quer que Sabesp use índices negativos para o Cantareira", que mostra a decisão do Ministério Público do Estado de São Paulo de acionar judicialmente a companhia de ... Leia post completo no blog
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Após fala de Obama, Turquia diz que continuará retirando tropas do Iraque
A Turquia anunciou neste sábado (19) que continuará a retirar suas tropas do Iraque. A declaração vem um dia após o presidente americano, Barack Obama, pedir ao colega turco, Recep Tayyip Erdogan, que mantenha a medida para reduzir a tensão entre ambos os vizinhos. "Levando em conta a sensibilidade da parte iraquiana (...), a Turquia continuará com o processo de retirada de suas tropas estacionadas na província de Mossul [norte do Iraque]", anunciou o Ministério turco das Relações Exteriores em um comunicado. Em telefonema, Obama insistiu na necessidade de que a Turquia "respeite a soberania e a integridade territorial do Iraque", segundo o comunicado da Casa Branca divulgado na sexta-feira. Na mesma conversa, o presidente americano saudou "a contribuição" da Turquia para a coalizão militar contra o grupo Estado Islâmico (EI), liderada por Estados Unidos. Em seu comunicado, a Chancelaria turca admite "uma falta de comunicação" com Bagdá sobre o assunto e garante que Ancara "continuará coordenando com o governo iraquiano sua contribuição militar na luta contra o Daesh [acrônimo em árabe para o EI]". Na última terça, o Iraque reivindicou a "retirada total" das forças turcas de seu território.
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Após fala de Obama, Turquia diz que continuará retirando tropas do IraqueA Turquia anunciou neste sábado (19) que continuará a retirar suas tropas do Iraque. A declaração vem um dia após o presidente americano, Barack Obama, pedir ao colega turco, Recep Tayyip Erdogan, que mantenha a medida para reduzir a tensão entre ambos os vizinhos. "Levando em conta a sensibilidade da parte iraquiana (...), a Turquia continuará com o processo de retirada de suas tropas estacionadas na província de Mossul [norte do Iraque]", anunciou o Ministério turco das Relações Exteriores em um comunicado. Em telefonema, Obama insistiu na necessidade de que a Turquia "respeite a soberania e a integridade territorial do Iraque", segundo o comunicado da Casa Branca divulgado na sexta-feira. Na mesma conversa, o presidente americano saudou "a contribuição" da Turquia para a coalizão militar contra o grupo Estado Islâmico (EI), liderada por Estados Unidos. Em seu comunicado, a Chancelaria turca admite "uma falta de comunicação" com Bagdá sobre o assunto e garante que Ancara "continuará coordenando com o governo iraquiano sua contribuição militar na luta contra o Daesh [acrônimo em árabe para o EI]". Na última terça, o Iraque reivindicou a "retirada total" das forças turcas de seu território.
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Histórias fantásticas e outras seis indicações culturais
LIVROS | HISTÓRIAS FANTÁSTICAS Foi um desafio a escrever histórias de fantasmas, proposto em 1816 por Lorde Byron ao grupo de amigos que com ele veraneava no lago Genebra, a motivação da inglesa Mary Shelley (1797-1851) para criar "Frankenstein" (1). Publicada em 1818, a história desse "Prometeu moderno" acabou fazendo de sua autora uma pioneira do gênero de ficção científica e agora sai no Brasil em nova tradução, pela Penguin Companhia. Lançado em 1897, outro clássico multiplicado em adaptações variadas, "Drácula" (2), do irlandês Bram Stoker (1847-1912), também ganha nova tradução e roupagem de luxo, em edição comentada, pela Zahar. Se Mary Shelley e Bram Stoker gravaram seus nomes entre um público amplo por essas únicas obras, o norte-americano H.P. Lovecraft (1890-1937) foi autor de muitos títulos de culto –póstumo, somente. Suas coletâneas fantásticas, nas quais cunhou uma mitologia própria, vêm ganhando, desde o ano passado, edições revistas pela Iluminuras –o volume mais recente é "Dagon" (3), com textos escritos entre 1917 e 1931. (1) trad. Christian Schwartz | R$ 34,90 (424 págs.); R$ 23,90 (e-book) (2) trad., apresentação e notas Alexandre Barbosa de Souza | R$ 64,90 (468 págs.); R$ 24,90 (e-book) (3) trad. Celso M. Paciornik | R$ 45 (192 págs.) * EXPOSIÇÃO | ÍCARO LIRA O artista (Fortaleza, 1986), sob curadoria de Marta Ramos-Yzquierdo, mostra em "Campo Geral" o resultado de sua pesquisa sobre as migrações do Ceará para outras partes do país, ocasionadas pela seca no Estado. Central Galeria de Arte | tel. (11) 2645-4480 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h | grátis | até 12/12 LIVRO | FELIPE FORTUNA O diplomata e poeta lança na próxima semana "Taturana", volume já disponível para venda em que estão reunidos seus poemas visuais, como "Faixa de Pedestre" (abaixo). Edições Pinakotheke | R$ 42 (116 págs.) Carpe Diem Restaurante - Brasília | (61) 3325-5301 | qui. (17), às 19h * FEIRA | PUBLICAÇÕES INDEPENDENTES A quarta edição da feira do Sesc Pompeia recebe o nome de Avessa e reúne produções coletivas de diferentes linguagens das artes visuais do Brasil, Argentina, Venezuela, México e Colômbia. Ao mesmo tempo que os 55 grupos expõem e vendem seus trabalhos, serão ministrados minicursos, workshops e um encontro de desenho. Sesc Pompeia | tel. (11) 3871-7700 | sáb. (12) e dom. (13), a partir das 14h | grátis * DANÇA | DAMAS EM TRÂNSITO E OS BUCANEIROS A reencenação do espetáculo "Ponto de Fuga" na casa do pintor Gaetano Miani (1920-2009), desenhada por Paulo Mendes da Rocha, marca o início das comemorações de dez anos da companhia de Alex Ratton. Ao longo do próximo ano serão encenadas outras quatro coreografias do grupo. Instituto Miani | tel. (11) 99202-1031 | sex., às 20h30; sáb. e dom., às 19h30 | grátis | até 20/12 * LIVRO | CHANTAL MOUFFE Professora de ciências políticas na Universidade de Westminster, em Londres, a filósofa pós-marxista trata em "Sobre o Político" da democracia sem a polarização esquerda-direita. Ela sublinha a importância das paixões e do coletivo para a vida democrática. trad. Fernando Santos | WMF Martins Fontes | R$ 34,90 (160 págs.) * EXPOSIÇÃO | CLOVIS A mostra que leva o nome do artista Clovis Aparecido dos Santos (Avaré, 1960) traz 35 de suas obras, entre esculturas, desenhos e pinturas. Contemporâneo de Bispo do Rosário na Colônia Juliano Moreira, ele coleta na rua parte dos materiais para seus trabalhos. Galeria Estação | tel. (11) 3813-7253 | de seg. a sex., das 11h às 19h; sáb., das 11h às 15h | grátis | até 15/12
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Histórias fantásticas e outras seis indicações culturaisLIVROS | HISTÓRIAS FANTÁSTICAS Foi um desafio a escrever histórias de fantasmas, proposto em 1816 por Lorde Byron ao grupo de amigos que com ele veraneava no lago Genebra, a motivação da inglesa Mary Shelley (1797-1851) para criar "Frankenstein" (1). Publicada em 1818, a história desse "Prometeu moderno" acabou fazendo de sua autora uma pioneira do gênero de ficção científica e agora sai no Brasil em nova tradução, pela Penguin Companhia. Lançado em 1897, outro clássico multiplicado em adaptações variadas, "Drácula" (2), do irlandês Bram Stoker (1847-1912), também ganha nova tradução e roupagem de luxo, em edição comentada, pela Zahar. Se Mary Shelley e Bram Stoker gravaram seus nomes entre um público amplo por essas únicas obras, o norte-americano H.P. Lovecraft (1890-1937) foi autor de muitos títulos de culto –póstumo, somente. Suas coletâneas fantásticas, nas quais cunhou uma mitologia própria, vêm ganhando, desde o ano passado, edições revistas pela Iluminuras –o volume mais recente é "Dagon" (3), com textos escritos entre 1917 e 1931. (1) trad. Christian Schwartz | R$ 34,90 (424 págs.); R$ 23,90 (e-book) (2) trad., apresentação e notas Alexandre Barbosa de Souza | R$ 64,90 (468 págs.); R$ 24,90 (e-book) (3) trad. Celso M. Paciornik | R$ 45 (192 págs.) * EXPOSIÇÃO | ÍCARO LIRA O artista (Fortaleza, 1986), sob curadoria de Marta Ramos-Yzquierdo, mostra em "Campo Geral" o resultado de sua pesquisa sobre as migrações do Ceará para outras partes do país, ocasionadas pela seca no Estado. Central Galeria de Arte | tel. (11) 2645-4480 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h | grátis | até 12/12 LIVRO | FELIPE FORTUNA O diplomata e poeta lança na próxima semana "Taturana", volume já disponível para venda em que estão reunidos seus poemas visuais, como "Faixa de Pedestre" (abaixo). Edições Pinakotheke | R$ 42 (116 págs.) Carpe Diem Restaurante - Brasília | (61) 3325-5301 | qui. (17), às 19h * FEIRA | PUBLICAÇÕES INDEPENDENTES A quarta edição da feira do Sesc Pompeia recebe o nome de Avessa e reúne produções coletivas de diferentes linguagens das artes visuais do Brasil, Argentina, Venezuela, México e Colômbia. Ao mesmo tempo que os 55 grupos expõem e vendem seus trabalhos, serão ministrados minicursos, workshops e um encontro de desenho. Sesc Pompeia | tel. (11) 3871-7700 | sáb. (12) e dom. (13), a partir das 14h | grátis * DANÇA | DAMAS EM TRÂNSITO E OS BUCANEIROS A reencenação do espetáculo "Ponto de Fuga" na casa do pintor Gaetano Miani (1920-2009), desenhada por Paulo Mendes da Rocha, marca o início das comemorações de dez anos da companhia de Alex Ratton. Ao longo do próximo ano serão encenadas outras quatro coreografias do grupo. Instituto Miani | tel. (11) 99202-1031 | sex., às 20h30; sáb. e dom., às 19h30 | grátis | até 20/12 * LIVRO | CHANTAL MOUFFE Professora de ciências políticas na Universidade de Westminster, em Londres, a filósofa pós-marxista trata em "Sobre o Político" da democracia sem a polarização esquerda-direita. Ela sublinha a importância das paixões e do coletivo para a vida democrática. trad. Fernando Santos | WMF Martins Fontes | R$ 34,90 (160 págs.) * EXPOSIÇÃO | CLOVIS A mostra que leva o nome do artista Clovis Aparecido dos Santos (Avaré, 1960) traz 35 de suas obras, entre esculturas, desenhos e pinturas. Contemporâneo de Bispo do Rosário na Colônia Juliano Moreira, ele coleta na rua parte dos materiais para seus trabalhos. Galeria Estação | tel. (11) 3813-7253 | de seg. a sex., das 11h às 19h; sáb., das 11h às 15h | grátis | até 15/12
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TCU questiona outorgas e Aneel adia edital de leilão de usinas da Cemig
O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que o governo federal refaça cálculos e avaliações sobre um leilão previsto para setembro, no qual serão oferecidas as concessões de quatro grandes hidrelétricas da Cemig cujos contratos expiraram. Com as determinações, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) adiou a aprovação do edital do certame, que seria analisada pela diretoria colegiada do órgão em reunião na segunda-feira. O governo pretende arrecadar até R$ 11 bilhões de reais com a cobrança de bônus de outorga na licitação. Mas o TCU exigiu que o Ministério de Minas e Energia "refaça o cálculo" do custo médio ponderado de capital (WACC) utilizado na definição dos parâmetros do leilão, "uma vez que não estão presentes riscos de negócio relevantes" nos ativos a serem ofertados, que já estão em operação. O tribunal também determinou que o governo avalie, após a publicação do edital e após analisar considerações de investidores, "se persiste a conveniência de manter a exigência do pagamento integral à vista do valor de bonificação". Segundo a corte, a exigência pode reduzir o número de ofertantes no leilão, "devendo ser devidamente motivada, sob pena de responsabilização da autoridade competente". "Não aparenta ser a melhor prática definir a priori que uma outorga de concessão deve gerar uma 'receita expressiva' para contribuir com o atingimento da meta fiscal em um exercício", argumentou o relator do processo sobre a licitação no TCU, ministro Aroldo Cedraz. O TCU pediu ainda que o governo avalie, "até a data de julgamento das propostas" os impactos financeiros de médio e longo prazos do leilão para os consumidores de energia. Das hidrelétricas que seriam oferecidas na licitação, a usina São Simão, com 1,7 gigawatt em capacidade, tem outorga de R$ 6,74 bilhões; a usina de Jaguara, com 424 megawatts, de R$ 1,9 bilhão. Na usina Miranda, a outorga será de R$ 1,1 bilhão, enquanto em Volta Grande o valor é de R$ 1,29 bilhão.
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TCU questiona outorgas e Aneel adia edital de leilão de usinas da CemigO TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que o governo federal refaça cálculos e avaliações sobre um leilão previsto para setembro, no qual serão oferecidas as concessões de quatro grandes hidrelétricas da Cemig cujos contratos expiraram. Com as determinações, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) adiou a aprovação do edital do certame, que seria analisada pela diretoria colegiada do órgão em reunião na segunda-feira. O governo pretende arrecadar até R$ 11 bilhões de reais com a cobrança de bônus de outorga na licitação. Mas o TCU exigiu que o Ministério de Minas e Energia "refaça o cálculo" do custo médio ponderado de capital (WACC) utilizado na definição dos parâmetros do leilão, "uma vez que não estão presentes riscos de negócio relevantes" nos ativos a serem ofertados, que já estão em operação. O tribunal também determinou que o governo avalie, após a publicação do edital e após analisar considerações de investidores, "se persiste a conveniência de manter a exigência do pagamento integral à vista do valor de bonificação". Segundo a corte, a exigência pode reduzir o número de ofertantes no leilão, "devendo ser devidamente motivada, sob pena de responsabilização da autoridade competente". "Não aparenta ser a melhor prática definir a priori que uma outorga de concessão deve gerar uma 'receita expressiva' para contribuir com o atingimento da meta fiscal em um exercício", argumentou o relator do processo sobre a licitação no TCU, ministro Aroldo Cedraz. O TCU pediu ainda que o governo avalie, "até a data de julgamento das propostas" os impactos financeiros de médio e longo prazos do leilão para os consumidores de energia. Das hidrelétricas que seriam oferecidas na licitação, a usina São Simão, com 1,7 gigawatt em capacidade, tem outorga de R$ 6,74 bilhões; a usina de Jaguara, com 424 megawatts, de R$ 1,9 bilhão. Na usina Miranda, a outorga será de R$ 1,1 bilhão, enquanto em Volta Grande o valor é de R$ 1,29 bilhão.
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Iniciativas voltadas à juventude rural podem concorrer a edital de R$ 5 mi
Projetos que estimulem o protagonismo da juventude rural, a promoção da igualdade de gênero, o fortalecimento de práticas sustentáveis e de cultivo agroecológico e da agrobiodiversidade podem concorrer a R$ 5 milhões em investimentos. A iniciativa é uma seleção pública lançada pela Fundação Banco do Brasil em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A proposta é apoiar iniciativas que visam estruturar empreendimentos econômicos coletivos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. Podem se inscrever cooperativas ou associações com mais de dois anos de existência, formadas por agricultores familiares e empreendedores familiares rurais, silvicultores, extrativistas artesanais, aquicultores, pescadores artesanais, povos indígenas e comunidades quilombolas localizadas no campo. Os projetos inscritos devem ter valor entre R$ 70 mil e R$ 200 mil e como atividade a produção, o beneficiamento ou a comercialização de produtos extrativistas, agrícolas e não agrícolas, o turismo rural, e a prestação de serviços. Entre os benefícios que os projetos poderão receber estão máquinas e equipamentos novos –de fabricação nacional, equipamentos de informática, comunicação e software, caminhões e veículos utilitários novos, implantação de lavoura permanente em área coletiva, construção e reparo de imóveis, capacitação e serviços técnicos de beneficiamento e de comercialização relacionados à atividade produtiva. O prazo máximo para execução dos projetos premiados é de 18 meses. As inscrições foram prorrogadas e os documentos (veja a lista completa aqui) podem ser enviados até às 18h do dia 31 de julho.
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Iniciativas voltadas à juventude rural podem concorrer a edital de R$ 5 miProjetos que estimulem o protagonismo da juventude rural, a promoção da igualdade de gênero, o fortalecimento de práticas sustentáveis e de cultivo agroecológico e da agrobiodiversidade podem concorrer a R$ 5 milhões em investimentos. A iniciativa é uma seleção pública lançada pela Fundação Banco do Brasil em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A proposta é apoiar iniciativas que visam estruturar empreendimentos econômicos coletivos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. Podem se inscrever cooperativas ou associações com mais de dois anos de existência, formadas por agricultores familiares e empreendedores familiares rurais, silvicultores, extrativistas artesanais, aquicultores, pescadores artesanais, povos indígenas e comunidades quilombolas localizadas no campo. Os projetos inscritos devem ter valor entre R$ 70 mil e R$ 200 mil e como atividade a produção, o beneficiamento ou a comercialização de produtos extrativistas, agrícolas e não agrícolas, o turismo rural, e a prestação de serviços. Entre os benefícios que os projetos poderão receber estão máquinas e equipamentos novos –de fabricação nacional, equipamentos de informática, comunicação e software, caminhões e veículos utilitários novos, implantação de lavoura permanente em área coletiva, construção e reparo de imóveis, capacitação e serviços técnicos de beneficiamento e de comercialização relacionados à atividade produtiva. O prazo máximo para execução dos projetos premiados é de 18 meses. As inscrições foram prorrogadas e os documentos (veja a lista completa aqui) podem ser enviados até às 18h do dia 31 de julho.
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Preço faz carro blindado usado ser a bola da vez no mercado
RODRIGO MORA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O mercado de veículos usados blindados está aquecido no Brasil. Consumidores com potencial para comprar um zero-quilômetro com esse diferencial podem encontrar custo-benefício mais atraente num blindado seminovo. "E se somarmos o fato de que o mercado de carros de luxo também está em crescimento, na contramão do mercado de veículos em geral, a conclusão é que o nicho deve continuar aquecido dessa forma ainda nos próximos anos", analisa Adriano Fernandes, diretor da Yasuda Marítima Seguros. "O mercado está demandando usados, e elegeu estrelas como o Audi Q3, o Volkswagen Tiguan, o Land Rover Evoque e o Toyota Corolla", destaca Rogério Garrubbo, presidente da Associação Brasileira de Blindagem. Há boas ofertas de blindados usados. Na Hi Tech Blindados, um Volkswagen Jetta 2010 sai por R$ 60 mil; o mesmo modelo sem blindagem custa R$ 40.450, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). No Hyundai Santa Fe 2007 a diferença cai mais: são R$ 47 mil com blindagem, só R$ 2.000 mais caro do que esse modelo sem o serviço, que custa, em média, R$ 40 mil. Esses valores flertam com público novo. "O patamar de preço atual no mercado de usados vem atraindo a classe média, que antes não podia ter um blindado. O estigma de que blindado é pesado, barulhento e problemático vem diminuindo", analisa Alexandre Hernandez, consultor de vendas da Hi Tech. "Ocorre que algumas pessoas não cuidam da blindagem, gerando muitos reparos no carro, que acaba desvalorizado por não ter a manutenção feita corretamente", argumenta Hernandez. Segundo o diretor da Steel Blindagens, Antônio Donato, os processos de construção e a qualidade dos materiais usados na blindagem evoluíram. Mesmo assim, a proteção balística eleva o peso do carro em cerca de 200 quilos. PRECAUÇÕES Para fazer um bom negócio com usado blindado, a primeira precaução é checar a procedência da empresa. "Deve-se averiguar se a blindadora existe. Muitas empresas entram e saem do mercado rápido, deixando o cliente sem suporte", diz Paula Truffi, da W.Truffi Blindados. "O seminovo já tem que ter na documentação, emitida pelo Exército, que ele é blindado", conclui Truffi. Há também cuidados mecânicos. "Vidros elétricos devem ter boa aparência, sem trincas, e ser testados cuidadosamente porque, com a blindagem, ficam mais pesados. Se o maquinário não for adequado, pode causar quebra", ensina Donato. Procure comprar um modelo com câmbio automático, para não correr o risco de o carro morrer em uma possível fuga. "É essencial, também, verificar o estado da suspensão e dos pneus, por conta do peso extra. Pneus de carros blindados levam uma cinta metálica, que permite a rodagem mesmo com o pneu furado", acrescenta o diretor da Steel Blindagens. Não há restrições a marcas ou modelos. Todo veículo pode ser blindado. "Indicamos mais para motor acima de dois litros, para que o cliente não tenha a sensação de perda de potência, mas já blindamos carros de motor 1.4", afirma Junior Mello, da Avallon Blindagens. Importante ponderar que o seguro de automóvel com blindagem é mais caro. "Quem protege um veículo blindado necessita da garantia adicional do reforço, que oferece cobertura para danos causados à blindagem, como incêndio ou colisão", diz o vice-presidente da Sulamérica Seguros, Eduardo Dal Ri. A tendência é o mercado de usados blindados seguir em alta e a desconfiança em relação a esse produto se dissipar mais, reforça Garrubbo, o presidente da associação de blindadoras. "A polícia está fechando o cerco para carros blindados sem documentação. E vem aí uma nova regulamentação, com processos mais rígidos, que deverão moralizar esse mercado."
sobretudo
Preço faz carro blindado usado ser a bola da vez no mercado RODRIGO MORA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O mercado de veículos usados blindados está aquecido no Brasil. Consumidores com potencial para comprar um zero-quilômetro com esse diferencial podem encontrar custo-benefício mais atraente num blindado seminovo. "E se somarmos o fato de que o mercado de carros de luxo também está em crescimento, na contramão do mercado de veículos em geral, a conclusão é que o nicho deve continuar aquecido dessa forma ainda nos próximos anos", analisa Adriano Fernandes, diretor da Yasuda Marítima Seguros. "O mercado está demandando usados, e elegeu estrelas como o Audi Q3, o Volkswagen Tiguan, o Land Rover Evoque e o Toyota Corolla", destaca Rogério Garrubbo, presidente da Associação Brasileira de Blindagem. Há boas ofertas de blindados usados. Na Hi Tech Blindados, um Volkswagen Jetta 2010 sai por R$ 60 mil; o mesmo modelo sem blindagem custa R$ 40.450, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). No Hyundai Santa Fe 2007 a diferença cai mais: são R$ 47 mil com blindagem, só R$ 2.000 mais caro do que esse modelo sem o serviço, que custa, em média, R$ 40 mil. Esses valores flertam com público novo. "O patamar de preço atual no mercado de usados vem atraindo a classe média, que antes não podia ter um blindado. O estigma de que blindado é pesado, barulhento e problemático vem diminuindo", analisa Alexandre Hernandez, consultor de vendas da Hi Tech. "Ocorre que algumas pessoas não cuidam da blindagem, gerando muitos reparos no carro, que acaba desvalorizado por não ter a manutenção feita corretamente", argumenta Hernandez. Segundo o diretor da Steel Blindagens, Antônio Donato, os processos de construção e a qualidade dos materiais usados na blindagem evoluíram. Mesmo assim, a proteção balística eleva o peso do carro em cerca de 200 quilos. PRECAUÇÕES Para fazer um bom negócio com usado blindado, a primeira precaução é checar a procedência da empresa. "Deve-se averiguar se a blindadora existe. Muitas empresas entram e saem do mercado rápido, deixando o cliente sem suporte", diz Paula Truffi, da W.Truffi Blindados. "O seminovo já tem que ter na documentação, emitida pelo Exército, que ele é blindado", conclui Truffi. Há também cuidados mecânicos. "Vidros elétricos devem ter boa aparência, sem trincas, e ser testados cuidadosamente porque, com a blindagem, ficam mais pesados. Se o maquinário não for adequado, pode causar quebra", ensina Donato. Procure comprar um modelo com câmbio automático, para não correr o risco de o carro morrer em uma possível fuga. "É essencial, também, verificar o estado da suspensão e dos pneus, por conta do peso extra. Pneus de carros blindados levam uma cinta metálica, que permite a rodagem mesmo com o pneu furado", acrescenta o diretor da Steel Blindagens. Não há restrições a marcas ou modelos. Todo veículo pode ser blindado. "Indicamos mais para motor acima de dois litros, para que o cliente não tenha a sensação de perda de potência, mas já blindamos carros de motor 1.4", afirma Junior Mello, da Avallon Blindagens. Importante ponderar que o seguro de automóvel com blindagem é mais caro. "Quem protege um veículo blindado necessita da garantia adicional do reforço, que oferece cobertura para danos causados à blindagem, como incêndio ou colisão", diz o vice-presidente da Sulamérica Seguros, Eduardo Dal Ri. A tendência é o mercado de usados blindados seguir em alta e a desconfiança em relação a esse produto se dissipar mais, reforça Garrubbo, o presidente da associação de blindadoras. "A polícia está fechando o cerco para carros blindados sem documentação. E vem aí uma nova regulamentação, com processos mais rígidos, que deverão moralizar esse mercado."
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Rolling Stones iniciam turnê 'Olé' com show de mais de duas horas no Chile
Se passaram quase sete meses desde que os Rolling Stones fizeram seu último show, mas foi como se nunca tivessem feito uma pausa quando deram início à sua turnê América Latina Olé em Santiago, na quarta-feira (3). Observadores experientes dos Stones esperavam que o primeiro show da banda no Chile há quase 21 anos (e apenas a segunda vez do grupo no país) seria um ensaio geral para as paradas muito esperadas na Argentina (a partir de 10 de fevereiro em La Plata) e Brasil (a partir de 20 de fevereiro no Maracanã). Mas é difícil apontar onde precisam melhorar. O show de 2 horas e 10 minutos foi quase impecável, muito diferente dos recentes inícios de turnê que deixaram a desejar em San Diego, no ano passado, e em Oslo, no ano anterior. (É claro, em ambos os casos, eles posteriormente acertaram o passo.) Idealmente, os Stones apresentariam um set mais ousado a cada noite, mas raramente são revolucionários. Logo, os fãs brasileiros podem esperar uma segunda metade repleta de velhos sucessos como "Midnight Rambler", "Miss You", "Gimme Shelter", "Sympathy for the Devil" e o encerramento com "(I Can't Get No) Satisfaction". A única relativa raridade, "She's a Rainbow", foi escolhida pelos fãs online. Jagger tocou guitarra e o guitarrista Ronnie Wood se sentou para tocar a "pedal steel guitar", fazendo parecer que estavam prestes a transformar a balada da era psicodélica em uma canção country. No final, a canção serviu mais como espaço para o tecladista Chuck Leavell brilhar. Os destaques foram "Paint It Black", que finalmente levou o público ao delírio passados 40 minutos da apresentação; e o blues homicida "Midnight Rambler", que se estendeu por 13 minutos. Quanto aos próprios Stones, Mick Jagger continua sendo o homem mais sexy no rock and roll, impossivelmente ágil e em plena voz. Ele foi dono do palco e posteriormente do Estádio Nacional, sem parar por um segundo, e encontrando tempo para fazer piadas com o público em espanhol (é claro, as piadas foram escritas previamente e foram lidas em um teleprompter). Seu relacionamento com Keith Richards permanece extremamente amistoso. Os dois têm se mostrado os melhores amigos desde que a namorada estilista de moda de Jagger cometeu suicídio no início de 2014. Antes disso, a tensão no palco entre eles durante a turnê de 2013 pela América do Norte era distintamente desconfortável. Bem no final do show em Santiago, enquanto Jagger concluía "Satisfaction", ele deu passos para trás na direção de Richards, que o empurrou de volta brincando e parecia que sairia perseguindo Jagger pelo palco. Ambos caíram na gargalhada. Nos últimos anos, invasões territoriais como essa provocavam trocas de olhares furiosas e até mesmo violência de fato por parte de Richards. Escute o repertório do show Por sua vez, Richards passou grande parte do show profundamente concentrado, em contato visual próximo com Ronnie Wood e com o baterista Charlie Watts. Richards ocasionalmente se aventurava pela passarela que se estende pelo gramado do estádio, sem perder o passo enquanto sorria para os fãs empunhando smartphones e paus de selfie. Wood brilhou durante os solos em "Tumbling Dice" e "Midnight Rambler". E Watts, como de costume, era o homem mais bem vestido no palco, exibindo as cores nacionais do Chile –camisa vermelha, calças azuis e meias brancas. Veremos quais serão suas escolhas de cores no Brasil. No geral, foi uma unidade coesa e em forma no palco, contando com o bom suporte dos sete músicos e cantores de apoio. Entre eles estava Sasha Allen, fazendo sua estreia como substituta da veterana cantora de apoio Lisa Fischer, que oficialmente tinha outros compromissos. Allen, mais de duas décadas mais jovem que Fischer, acrescentou uma elegância sutil a canções como "Gimme Shelter", que se tornou desagradável de ver e ouvir nos últimos anos. O show teve início pouco depois das 21h, horário local, com "Start Me Up", uma das três canções que se revezam como abertura –as duas outras sendo "Brown Sugar" e "Jumpin' Jack Flash", que foram guardadas para depois. São opções seguras, permitindo aos Stones posarem para os fotógrafos presentes no fosso em frente ao palco por uma única canção. Richards passou rapidamente ao modo de ataque em "It's Only Rock 'n' Roll", a melhor canção de Chuck Berry não composta por este. Ele optou por não fazer o "backing vocal" em "Let's Spend the Night Together", mesmo com um microfone trazido ao palco para que usasse, mas agraciou os fãs com suas harmonias ásperas em "Wild Horses", uma rara balada que Jagger apresentou como sendo uma canção "romântica". A canção mais nova no set, com apenas 19 anos, foi "Out of Control", na qual Jagger de fato parecia "fora de controle", dançando pelo palco como um homem possesso por demônios. Os fãs de carteirinha entre o público jovem apreciaram a faixa do álbum "Bridges to Babylon"; outros podem ter ficado um pouco confusos. Tendo o pôr do sol mais tardio do verão sul-americano em mente, os Stones vieram com um design de palco chamativo –tons pastel fluorescentes emoldurando a imensa estrutura preta. Os souvenires eram previsivelmente abundantes e caros. É claro, tudo desapareceu das prateleiras. No final, esta é basicamente uma turnê de despedida em benefício dos seguidores mais fanáticos –e injustamente ignorados– da banda, os sul-americanos. Será que os Stones voltarão daqui dez anos? Provavelmente não. E esse é o motivo para a banda estar cobrando ingressos embaraçosamente caros e tocando em estádios que não estão lotados. Mesmo assim, ninguém quer admitir que perdeu uma oportunidade de ver os Stones. E uma coisa é sempre verdadeira a respeito de um concerto dos Rolling Stones. Ninguém vai embora insatisfeito. Tradução de GEORGE ANDOLFATO
ilustrada
Rolling Stones iniciam turnê 'Olé' com show de mais de duas horas no ChileSe passaram quase sete meses desde que os Rolling Stones fizeram seu último show, mas foi como se nunca tivessem feito uma pausa quando deram início à sua turnê América Latina Olé em Santiago, na quarta-feira (3). Observadores experientes dos Stones esperavam que o primeiro show da banda no Chile há quase 21 anos (e apenas a segunda vez do grupo no país) seria um ensaio geral para as paradas muito esperadas na Argentina (a partir de 10 de fevereiro em La Plata) e Brasil (a partir de 20 de fevereiro no Maracanã). Mas é difícil apontar onde precisam melhorar. O show de 2 horas e 10 minutos foi quase impecável, muito diferente dos recentes inícios de turnê que deixaram a desejar em San Diego, no ano passado, e em Oslo, no ano anterior. (É claro, em ambos os casos, eles posteriormente acertaram o passo.) Idealmente, os Stones apresentariam um set mais ousado a cada noite, mas raramente são revolucionários. Logo, os fãs brasileiros podem esperar uma segunda metade repleta de velhos sucessos como "Midnight Rambler", "Miss You", "Gimme Shelter", "Sympathy for the Devil" e o encerramento com "(I Can't Get No) Satisfaction". A única relativa raridade, "She's a Rainbow", foi escolhida pelos fãs online. Jagger tocou guitarra e o guitarrista Ronnie Wood se sentou para tocar a "pedal steel guitar", fazendo parecer que estavam prestes a transformar a balada da era psicodélica em uma canção country. No final, a canção serviu mais como espaço para o tecladista Chuck Leavell brilhar. Os destaques foram "Paint It Black", que finalmente levou o público ao delírio passados 40 minutos da apresentação; e o blues homicida "Midnight Rambler", que se estendeu por 13 minutos. Quanto aos próprios Stones, Mick Jagger continua sendo o homem mais sexy no rock and roll, impossivelmente ágil e em plena voz. Ele foi dono do palco e posteriormente do Estádio Nacional, sem parar por um segundo, e encontrando tempo para fazer piadas com o público em espanhol (é claro, as piadas foram escritas previamente e foram lidas em um teleprompter). Seu relacionamento com Keith Richards permanece extremamente amistoso. Os dois têm se mostrado os melhores amigos desde que a namorada estilista de moda de Jagger cometeu suicídio no início de 2014. Antes disso, a tensão no palco entre eles durante a turnê de 2013 pela América do Norte era distintamente desconfortável. Bem no final do show em Santiago, enquanto Jagger concluía "Satisfaction", ele deu passos para trás na direção de Richards, que o empurrou de volta brincando e parecia que sairia perseguindo Jagger pelo palco. Ambos caíram na gargalhada. Nos últimos anos, invasões territoriais como essa provocavam trocas de olhares furiosas e até mesmo violência de fato por parte de Richards. Escute o repertório do show Por sua vez, Richards passou grande parte do show profundamente concentrado, em contato visual próximo com Ronnie Wood e com o baterista Charlie Watts. Richards ocasionalmente se aventurava pela passarela que se estende pelo gramado do estádio, sem perder o passo enquanto sorria para os fãs empunhando smartphones e paus de selfie. Wood brilhou durante os solos em "Tumbling Dice" e "Midnight Rambler". E Watts, como de costume, era o homem mais bem vestido no palco, exibindo as cores nacionais do Chile –camisa vermelha, calças azuis e meias brancas. Veremos quais serão suas escolhas de cores no Brasil. No geral, foi uma unidade coesa e em forma no palco, contando com o bom suporte dos sete músicos e cantores de apoio. Entre eles estava Sasha Allen, fazendo sua estreia como substituta da veterana cantora de apoio Lisa Fischer, que oficialmente tinha outros compromissos. Allen, mais de duas décadas mais jovem que Fischer, acrescentou uma elegância sutil a canções como "Gimme Shelter", que se tornou desagradável de ver e ouvir nos últimos anos. O show teve início pouco depois das 21h, horário local, com "Start Me Up", uma das três canções que se revezam como abertura –as duas outras sendo "Brown Sugar" e "Jumpin' Jack Flash", que foram guardadas para depois. São opções seguras, permitindo aos Stones posarem para os fotógrafos presentes no fosso em frente ao palco por uma única canção. Richards passou rapidamente ao modo de ataque em "It's Only Rock 'n' Roll", a melhor canção de Chuck Berry não composta por este. Ele optou por não fazer o "backing vocal" em "Let's Spend the Night Together", mesmo com um microfone trazido ao palco para que usasse, mas agraciou os fãs com suas harmonias ásperas em "Wild Horses", uma rara balada que Jagger apresentou como sendo uma canção "romântica". A canção mais nova no set, com apenas 19 anos, foi "Out of Control", na qual Jagger de fato parecia "fora de controle", dançando pelo palco como um homem possesso por demônios. Os fãs de carteirinha entre o público jovem apreciaram a faixa do álbum "Bridges to Babylon"; outros podem ter ficado um pouco confusos. Tendo o pôr do sol mais tardio do verão sul-americano em mente, os Stones vieram com um design de palco chamativo –tons pastel fluorescentes emoldurando a imensa estrutura preta. Os souvenires eram previsivelmente abundantes e caros. É claro, tudo desapareceu das prateleiras. No final, esta é basicamente uma turnê de despedida em benefício dos seguidores mais fanáticos –e injustamente ignorados– da banda, os sul-americanos. Será que os Stones voltarão daqui dez anos? Provavelmente não. E esse é o motivo para a banda estar cobrando ingressos embaraçosamente caros e tocando em estádios que não estão lotados. Mesmo assim, ninguém quer admitir que perdeu uma oportunidade de ver os Stones. E uma coisa é sempre verdadeira a respeito de um concerto dos Rolling Stones. Ninguém vai embora insatisfeito. Tradução de GEORGE ANDOLFATO
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Vivo dá respostas distintas para disponibilidade de TV paga, diz leitor
O leitor Waldemar Silva, de Cajamar, na Grande São Paulo, conta que, após contratar internet da Vivo, perguntou para a operadora se havia disponibilidade também de TV por assinatura para a área onde vive. Segundo ele, a atendente disse que tinha, sim, como instalar TV paga na casa de Silva. Enquanto eram feitos os procedimentos para a contratação do serviço, no entanto, o sistema da empresa travou. Silva seria contatado posteriormente para concluir o contrato, o que não aconteceu. "Depois de muita demora, decidi ligar. Fiz novamente todos os procedimentos e, quando ela [atendente] foi gerar o número do chamado, disse que na minha região não há disponibilidade de TV Vivo", afirma. Resposta - A Telefônica Vivo informa que o caso está sendo analisado e que o assinante está ciente dos procedimentos necessários. - Queixa de Rafael Medeiros Carraro: Canais bloqueados Pacote avulso de canais de esporte não funciona em ponto adicional. Por telefone, foram feitos todos os procedimentos solicitados pela Net, mas problema não é resolvido, e a operadora não dá outra opção. Resposta da Net Afirma que, em contato com o cliente, confirmou a normalização do serviço. - Queixa de Michele da Silva Félix: Fios roubados AES Eletropaulo foi contatada após roubo de fios de energia elétrica. No entanto, concessionária não atendeu aos diversos pedidos para regularizar a situação, e empresa ficou dois dias sem luz. Resposta da AES Eletropaulo Esclarece que a situação foi normalizada na empresa da consumidora. - Queixa de Eneida Simões: Plano cancelado Plano de saúde da Allianz com parcelas atrasadas, mas com data para serem pagas, foi cancelado. De acordo com carta assinada pela diretora do grupo, decisão fazia parte de um processo de "clean up". Resposta da Allianz Saúde Informa que contatou a segurada e esclareceu as dúvidas sobre o procedimento. - Queixa de Ana Paula Pimentel Michel: Seguro pendente Carro teve perda total em enchente e, para liberar valor do veículo, seguradora pede comprovante de que o mesmo estava quitado, já que foi financiado pelo Itaú. Banco, porém, não envia documento. Resposta do Itaú Unibanco Diz que o documento está sob análise e que, depois, será encaminhado à seguradora.
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Vivo dá respostas distintas para disponibilidade de TV paga, diz leitorO leitor Waldemar Silva, de Cajamar, na Grande São Paulo, conta que, após contratar internet da Vivo, perguntou para a operadora se havia disponibilidade também de TV por assinatura para a área onde vive. Segundo ele, a atendente disse que tinha, sim, como instalar TV paga na casa de Silva. Enquanto eram feitos os procedimentos para a contratação do serviço, no entanto, o sistema da empresa travou. Silva seria contatado posteriormente para concluir o contrato, o que não aconteceu. "Depois de muita demora, decidi ligar. Fiz novamente todos os procedimentos e, quando ela [atendente] foi gerar o número do chamado, disse que na minha região não há disponibilidade de TV Vivo", afirma. Resposta - A Telefônica Vivo informa que o caso está sendo analisado e que o assinante está ciente dos procedimentos necessários. - Queixa de Rafael Medeiros Carraro: Canais bloqueados Pacote avulso de canais de esporte não funciona em ponto adicional. Por telefone, foram feitos todos os procedimentos solicitados pela Net, mas problema não é resolvido, e a operadora não dá outra opção. Resposta da Net Afirma que, em contato com o cliente, confirmou a normalização do serviço. - Queixa de Michele da Silva Félix: Fios roubados AES Eletropaulo foi contatada após roubo de fios de energia elétrica. No entanto, concessionária não atendeu aos diversos pedidos para regularizar a situação, e empresa ficou dois dias sem luz. Resposta da AES Eletropaulo Esclarece que a situação foi normalizada na empresa da consumidora. - Queixa de Eneida Simões: Plano cancelado Plano de saúde da Allianz com parcelas atrasadas, mas com data para serem pagas, foi cancelado. De acordo com carta assinada pela diretora do grupo, decisão fazia parte de um processo de "clean up". Resposta da Allianz Saúde Informa que contatou a segurada e esclareceu as dúvidas sobre o procedimento. - Queixa de Ana Paula Pimentel Michel: Seguro pendente Carro teve perda total em enchente e, para liberar valor do veículo, seguradora pede comprovante de que o mesmo estava quitado, já que foi financiado pelo Itaú. Banco, porém, não envia documento. Resposta do Itaú Unibanco Diz que o documento está sob análise e que, depois, será encaminhado à seguradora.
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Livro trata de questões existenciais só com ilustrações
As melhores histórias infantis são aquelas que encantam crianças e geram o mesmo efeito em pais, professores ou qualquer adulto. É o caso do livro "Vazio". Feito só com ilustrações, ele trata de questões filosóficas profundas sem usar palavras. Como se sentir completo hoje em dia? Qual é a essência do ser humano? Às vezes, crianças entendem perguntas desse tipo melhor que adultos. "VAZIO" AUTORA Catarina Sobral EDITORA 34 PREÇO R$ 34 INDICAÇÃO a partir de 7 anos
folhinha
Livro trata de questões existenciais só com ilustraçõesAs melhores histórias infantis são aquelas que encantam crianças e geram o mesmo efeito em pais, professores ou qualquer adulto. É o caso do livro "Vazio". Feito só com ilustrações, ele trata de questões filosóficas profundas sem usar palavras. Como se sentir completo hoje em dia? Qual é a essência do ser humano? Às vezes, crianças entendem perguntas desse tipo melhor que adultos. "VAZIO" AUTORA Catarina Sobral EDITORA 34 PREÇO R$ 34 INDICAÇÃO a partir de 7 anos
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Gesso trabalhista
Na expectativa de assumir o governo em breve, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) intensificou sua agenda com empresários e sindicalistas. Pretende convencer tais segmentos de que buscará consensos entre eles, equilibrando a necessidade de ajustar as contas públicas com a de preservar programas sociais. A julgar pelas propostas levadas a Temer por integrantes de centrais sindicais em encontro na terça-feira (26), não será nada fácil –mesmo para um governo sem ligações estreitas com o setor. Tome-se a Previdência. Permanece o discurso de sempre, refratário à adoção de idade mínima para a aposentadoria compatível com a expectativa de vida. Os sindicalistas rechaçam, na prática, qualquer medida de ajuste das contas, hoje a caminho da insolvência. São inequívocos os estudos que apontam explosivo aumento do deficit na ausência de reformas. Dados do economista David Beker, publicados pelo jornal "Valor Econômico", indicam que a manutenção do status quo ampliará o buraco no sistema previdenciário de 1,5% do PIB, em 2015, para 13% do PIB em 2060 –o custo total nesse período chegaria a 23% do PIB. Em vez de lutar contra essa realidade, os sindicatos deveriam pugnar por regras de transição que equilibrem direitos adquiridos com direitos das novas gerações. Só dizer que reformas contrariam o interesse dos trabalhadores e da coletividade não passa de populismo. Do mesmo modo, as centrais se opõem a iniciativas de modernização das leis trabalhistas e sindicais. Foi-se o tempo em que a CUT defendia a liberdade sindical e a prevalência da negociação coletiva sobre as amarras da CLT –um debate, aliás, que precisa ser retomado. A resistência a mudanças por parte das centrais foi reforçada pelo acesso ao maná do imposto sindical, oferecido pelo governo Lula em uma virada de 180° em suas convicções históricas sobre o tema. Aninhadas no Estado e sem obrigações de prestar contas do que fazem com o dinheiro do imposto sindical, as centrais não parecem ter interesse em lidar com os desafios das relações de trabalho contemporâneas, que são cada vez mais fluidas e flexíveis. A esse respeito, também é incompreensível a repulsa a tentativas de regulamentar a terceirização. Essa modalidade de contrato já é uma realidade para milhões de trabalhadores, que ficam numa situação de fragilidade, como se fossem cidadãos de segunda classe em relação aos que são protegidos por sindicatos fortes. Uma agenda de entendimento nacional demanda respeito a direitos e preservação de ganhos sociais. Mas é preciso abertura para uma visão moderna e condizente com a realidade atual, o que ainda não se vislumbra em grande parte das lideranças sindicais. editoriais@uol.com.br
opiniao
Gesso trabalhistaNa expectativa de assumir o governo em breve, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) intensificou sua agenda com empresários e sindicalistas. Pretende convencer tais segmentos de que buscará consensos entre eles, equilibrando a necessidade de ajustar as contas públicas com a de preservar programas sociais. A julgar pelas propostas levadas a Temer por integrantes de centrais sindicais em encontro na terça-feira (26), não será nada fácil –mesmo para um governo sem ligações estreitas com o setor. Tome-se a Previdência. Permanece o discurso de sempre, refratário à adoção de idade mínima para a aposentadoria compatível com a expectativa de vida. Os sindicalistas rechaçam, na prática, qualquer medida de ajuste das contas, hoje a caminho da insolvência. São inequívocos os estudos que apontam explosivo aumento do deficit na ausência de reformas. Dados do economista David Beker, publicados pelo jornal "Valor Econômico", indicam que a manutenção do status quo ampliará o buraco no sistema previdenciário de 1,5% do PIB, em 2015, para 13% do PIB em 2060 –o custo total nesse período chegaria a 23% do PIB. Em vez de lutar contra essa realidade, os sindicatos deveriam pugnar por regras de transição que equilibrem direitos adquiridos com direitos das novas gerações. Só dizer que reformas contrariam o interesse dos trabalhadores e da coletividade não passa de populismo. Do mesmo modo, as centrais se opõem a iniciativas de modernização das leis trabalhistas e sindicais. Foi-se o tempo em que a CUT defendia a liberdade sindical e a prevalência da negociação coletiva sobre as amarras da CLT –um debate, aliás, que precisa ser retomado. A resistência a mudanças por parte das centrais foi reforçada pelo acesso ao maná do imposto sindical, oferecido pelo governo Lula em uma virada de 180° em suas convicções históricas sobre o tema. Aninhadas no Estado e sem obrigações de prestar contas do que fazem com o dinheiro do imposto sindical, as centrais não parecem ter interesse em lidar com os desafios das relações de trabalho contemporâneas, que são cada vez mais fluidas e flexíveis. A esse respeito, também é incompreensível a repulsa a tentativas de regulamentar a terceirização. Essa modalidade de contrato já é uma realidade para milhões de trabalhadores, que ficam numa situação de fragilidade, como se fossem cidadãos de segunda classe em relação aos que são protegidos por sindicatos fortes. Uma agenda de entendimento nacional demanda respeito a direitos e preservação de ganhos sociais. Mas é preciso abertura para uma visão moderna e condizente com a realidade atual, o que ainda não se vislumbra em grande parte das lideranças sindicais. editoriais@uol.com.br
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'Logan' rompe barreira do homem infantilizado e alcança outros públicos
Apresentado na sexta (17) no Festival de Berlim, "Logan" talvez seja o melhor filme de super-herói já feito. Ao menos, para quem tem o estômago embrulhado cada vez que a Marvel anuncia mais um "Homem-Aranha" ou que a DC Comics insiste que não é ridículo ter um Superman voando por aí de capa vermelha. As convenções do gênero estão lá: o herói quase indestrutível (no caso, Wolverine, em seu terceiro filme solo), os vilões sem caráter algum e a ação praticamente incessante. Mas o mérito de "Logan" é não supor que seu público se resume a homens infantilizados. O próprio diretor, James Mangold, diz que não quis um filme para crianças. "Tem linguagem chula, violência. Não é para elas", disse na coletiva de imprensa que se seguiu à exibição do longa, na capital alemã. Passado num futuro próximo, "Logan" retoma os personagens da franquia "X-Men". No tempo do filme, os mutantes são esparsos: Wolverine (interpretado mais uma vez por Hugh Jackman) ganha uns trocados como motorista de limusine na fronteira Estados Unidos-México e cuida de seu mentor, professor Xavier (Patrick Stewart). O surgimento de uma garota com poderes especiais, Laura (Dafne Keen), forçará ambos a sair da toca. "Logan" tem ares de um sangrento "road movie": as garras de adamantium de Wolverine decepam dezenas de capangas que cruzam sua estrada. Com Wolverine tendo que defender tanto o debilitado Xavier quanto a (não tão) indefesa Laura, o filme abre brecha para discutir os dilemas da paternidade no herói de garras. "Esse personagem está comigo há 17 anos", disse Jackman, que o personificou pela primeira vez com "X-Men" (2000). "Mas foi com esse filme que pela primeira vez eu o senti. É o filme que o define", afirmou aos jornalistas. Patinho feio dentro de um festival como o de Berlim, que exibe o que julga ser o suprassumo do cinema autoral no mundo, "Logan" foi escolhido para integrar a mostra porque os organizadores queriam dar mais espaço ao cinema de gênero, segundo o diretor do evento, Dieter Kosslick. "É importante que as franquias façam muito mais do que filmes para se vender bonecos ou camisetas. Elas têm de usar essa plataforma do longa de super-herói, mas para fazer reflexões", disse Mangold, que veio de um cinema calcado nas atuações (são dele os oscarizados "Johnny & June" e "Garota, Interrompida"). Quieto durante a maior parte da coletiva de imprensa, o ator inglês Patrick Stewart limitou-se a criticar o referendo do "brexit". "Sinto vergonha pelo meu país. Aquilo foi um erro calamitoso", disse ele, que confundiu as palavras "brexit" e "breakfast" (café da manhã). "É que foi um café da manhã difícil de digerir", brincou.
ilustrada
'Logan' rompe barreira do homem infantilizado e alcança outros públicosApresentado na sexta (17) no Festival de Berlim, "Logan" talvez seja o melhor filme de super-herói já feito. Ao menos, para quem tem o estômago embrulhado cada vez que a Marvel anuncia mais um "Homem-Aranha" ou que a DC Comics insiste que não é ridículo ter um Superman voando por aí de capa vermelha. As convenções do gênero estão lá: o herói quase indestrutível (no caso, Wolverine, em seu terceiro filme solo), os vilões sem caráter algum e a ação praticamente incessante. Mas o mérito de "Logan" é não supor que seu público se resume a homens infantilizados. O próprio diretor, James Mangold, diz que não quis um filme para crianças. "Tem linguagem chula, violência. Não é para elas", disse na coletiva de imprensa que se seguiu à exibição do longa, na capital alemã. Passado num futuro próximo, "Logan" retoma os personagens da franquia "X-Men". No tempo do filme, os mutantes são esparsos: Wolverine (interpretado mais uma vez por Hugh Jackman) ganha uns trocados como motorista de limusine na fronteira Estados Unidos-México e cuida de seu mentor, professor Xavier (Patrick Stewart). O surgimento de uma garota com poderes especiais, Laura (Dafne Keen), forçará ambos a sair da toca. "Logan" tem ares de um sangrento "road movie": as garras de adamantium de Wolverine decepam dezenas de capangas que cruzam sua estrada. Com Wolverine tendo que defender tanto o debilitado Xavier quanto a (não tão) indefesa Laura, o filme abre brecha para discutir os dilemas da paternidade no herói de garras. "Esse personagem está comigo há 17 anos", disse Jackman, que o personificou pela primeira vez com "X-Men" (2000). "Mas foi com esse filme que pela primeira vez eu o senti. É o filme que o define", afirmou aos jornalistas. Patinho feio dentro de um festival como o de Berlim, que exibe o que julga ser o suprassumo do cinema autoral no mundo, "Logan" foi escolhido para integrar a mostra porque os organizadores queriam dar mais espaço ao cinema de gênero, segundo o diretor do evento, Dieter Kosslick. "É importante que as franquias façam muito mais do que filmes para se vender bonecos ou camisetas. Elas têm de usar essa plataforma do longa de super-herói, mas para fazer reflexões", disse Mangold, que veio de um cinema calcado nas atuações (são dele os oscarizados "Johnny & June" e "Garota, Interrompida"). Quieto durante a maior parte da coletiva de imprensa, o ator inglês Patrick Stewart limitou-se a criticar o referendo do "brexit". "Sinto vergonha pelo meu país. Aquilo foi um erro calamitoso", disse ele, que confundiu as palavras "brexit" e "breakfast" (café da manhã). "É que foi um café da manhã difícil de digerir", brincou.
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Pai constrói balanço para ajudar filho autista a experimentar novidades
O menino Bruno, 4, é avesso a mudanças. Diagnosticado aos dois anos com autismo, ele fica nervoso e reage mal toda vez que a família tenta fazer algo diferente. O garoto, porém, tem o seu porto seguro: o balanço do parquinho do condomínio onde vive, em Canoas, perto de Porto Alegre (RS). É lá que, todo fim de tarde, o pai, Pablo Menezes de Souza, 34, o leva para brincar. Pablo, porém, queria quebrar "essa rotina dele", evitar suas crises de choro -como no dia em que Bruno se irritou ao sentar no balanço do lado esquerdo, e não do direito, como de costume, sempre virado para o sol. Decidiu, então, construir um balanço portátil. Balanço sem rotina A estrutura de 78 quilos feita de ferro pode ser montada em qualquer lugar. A cor escolhida foi azul, que simboliza o autismo. O brinquedo só mudou de cor no Ano Novo, quando foi pintado de branco e decorado com luzes. A experiência deu certo. Bruno, tão resistente a novidades, passou a ir a novos lugares e a dar pequenos passeios ao redor do balanço. Antes de ser embalado, Bruno dá um beijo no pai, que empurra o garoto sempre pela frente, para estimular o contato visual, que costuma ser difícil para os autistas. Uma das viagens mais marcantes foi no final do ano, a Agudo (RS), onde estiveram em uma cachoeira. "Tivemos a melhor experiência possível. Ele ficou muito tranquilo. Além do balanço, ele brincou com outras coisas, na água, com pedrinhas. Foi surreal", conta Pablo. No sábado (3), uma viagem à praia de Torres, no litoral gaúcho, desencadeou uma crise no garoto, que chegou a se beliscar. Pablo não desanimou. No dia seguinte, levou a família para uma praia mais tranquila, a Atlântida Sul, e, diferentemente do que fez em Torres, montou o balanço. Perto de árvores, em frente ao mar. Deu tão certo que nem mesmo os sustos com a força das ondas abalaram Bruno. INCLUSÃO As viagens, além de significarem alívio para Pablo, a mãe Margarete e os irmãos de Bruno, Leonardo, 11, e Valentina, 1, rendem belas imagens, assim como as que foram tiradas na estrada para Camaquã, a 105 km da capital gaúcha. Todas foram publicadas no Instagram, em perfil que já tem mais de 3.500 seguidores. Além de ajudar o filho, Pablo quer que as fotografias de Bruno no balanço sirvam para conscientizar as pessoas sobre o autismo. "Já existem páginas com conteúdo para pais, cuidadores, terapeutas. Eu quero conscientizar o público comum, que pode ter preconceito. Quero chegar no jovem que poderia cometer bullying com o colega autista, mas que, com o acesso à informação, não fará isso", diz Pablo. Ele conta que Bruno estuda em uma escola comum em Canoas, acompanhado de uma monitora. "Encontramos uma inclusão efetiva." BALANÇO DUPLO Para continuar a luta contra o preconceito, o empresário construiu agora um balanço duplo, para fotografar outras crianças autistas ao lado do filho. "A ideia é conscientizar que é possível uma criança autista ter qualidade de vida", diz. Os ensaios itinerantes serão feitos inicialmente em cidades gaúchas, mas Pablo planeja buscar belas paisagens em todo o Brasil para atrair mais atenção.
cotidiano
Pai constrói balanço para ajudar filho autista a experimentar novidadesO menino Bruno, 4, é avesso a mudanças. Diagnosticado aos dois anos com autismo, ele fica nervoso e reage mal toda vez que a família tenta fazer algo diferente. O garoto, porém, tem o seu porto seguro: o balanço do parquinho do condomínio onde vive, em Canoas, perto de Porto Alegre (RS). É lá que, todo fim de tarde, o pai, Pablo Menezes de Souza, 34, o leva para brincar. Pablo, porém, queria quebrar "essa rotina dele", evitar suas crises de choro -como no dia em que Bruno se irritou ao sentar no balanço do lado esquerdo, e não do direito, como de costume, sempre virado para o sol. Decidiu, então, construir um balanço portátil. Balanço sem rotina A estrutura de 78 quilos feita de ferro pode ser montada em qualquer lugar. A cor escolhida foi azul, que simboliza o autismo. O brinquedo só mudou de cor no Ano Novo, quando foi pintado de branco e decorado com luzes. A experiência deu certo. Bruno, tão resistente a novidades, passou a ir a novos lugares e a dar pequenos passeios ao redor do balanço. Antes de ser embalado, Bruno dá um beijo no pai, que empurra o garoto sempre pela frente, para estimular o contato visual, que costuma ser difícil para os autistas. Uma das viagens mais marcantes foi no final do ano, a Agudo (RS), onde estiveram em uma cachoeira. "Tivemos a melhor experiência possível. Ele ficou muito tranquilo. Além do balanço, ele brincou com outras coisas, na água, com pedrinhas. Foi surreal", conta Pablo. No sábado (3), uma viagem à praia de Torres, no litoral gaúcho, desencadeou uma crise no garoto, que chegou a se beliscar. Pablo não desanimou. No dia seguinte, levou a família para uma praia mais tranquila, a Atlântida Sul, e, diferentemente do que fez em Torres, montou o balanço. Perto de árvores, em frente ao mar. Deu tão certo que nem mesmo os sustos com a força das ondas abalaram Bruno. INCLUSÃO As viagens, além de significarem alívio para Pablo, a mãe Margarete e os irmãos de Bruno, Leonardo, 11, e Valentina, 1, rendem belas imagens, assim como as que foram tiradas na estrada para Camaquã, a 105 km da capital gaúcha. Todas foram publicadas no Instagram, em perfil que já tem mais de 3.500 seguidores. Além de ajudar o filho, Pablo quer que as fotografias de Bruno no balanço sirvam para conscientizar as pessoas sobre o autismo. "Já existem páginas com conteúdo para pais, cuidadores, terapeutas. Eu quero conscientizar o público comum, que pode ter preconceito. Quero chegar no jovem que poderia cometer bullying com o colega autista, mas que, com o acesso à informação, não fará isso", diz Pablo. Ele conta que Bruno estuda em uma escola comum em Canoas, acompanhado de uma monitora. "Encontramos uma inclusão efetiva." BALANÇO DUPLO Para continuar a luta contra o preconceito, o empresário construiu agora um balanço duplo, para fotografar outras crianças autistas ao lado do filho. "A ideia é conscientizar que é possível uma criança autista ter qualidade de vida", diz. Os ensaios itinerantes serão feitos inicialmente em cidades gaúchas, mas Pablo planeja buscar belas paisagens em todo o Brasil para atrair mais atenção.
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Não existe cidade linda sem catadores
Janeiro começou com a posse dos novos prefeitos dos mais de 5.500 municípios brasileiros e em vários deles a transmissão do cargo foi tumultuada ou truncada por denúncias de corrupção e improbidade. A sujeira, no sentido figurado da palavra, é um dos grandes desafios dos governos municipais, estaduais e federal. Mas a sujeira, no sentido literal, também é: a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil cresceu 29% entre 2003 e 2014, cinco vezes mais que a taxa de crescimento da população brasileira nesse período, que foi de 6%, segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Ou seja, o lixo, que sempre foi um item crítico da agenda municipal, tende a ganhar cada vez mais relevância e exigir a expansão da coleta seletiva, sem a qual é impossível enfrentar o crescimento na geração de resíduos. A reciclagem é também fundamental para que as cidades cumpram os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU –e não só o ODS 11, "Cidades e Comunidades Sustentáveis". De maneira interdependente, a reciclagem pode contribuir para se atingir todos os 17 objetivos se contar com a participação dos catadores. Trabalhando de modo autônomo pelas ruas ou organizados em cooperativas e associações, os catadores retiram das ruas diariamente toneladas de resíduos sólidos urbanos, contribuindo diretamente com a coleta de recicláveis, limpeza pública, logística reversa e preservação de recursos naturais. Sua valorização representa desde a agenda de inclusão de uma parcela socialmente fragilizada da população, movimentando um setor econômico inteiro, até a contribuição direta para a preservação e recuperação da água, do solo e outros recursos naturais. A valorização do trabalho dos catadores é um fenômeno global: estima-se que existam mais de 64 milhões deles pelo mundo, também em cidades como Berlim, na Alemanha, e São Francisco, nos Estados Unidos, que possuem sistemas de coleta seletiva amplos e eficientes. Em Nova York existem mais de 7.000 catadores que são remunerados pela logística reversa do imposto de cada embalagem. A atuação dos catadores reduz drasticamente os gastos operacionais das prefeituras e das empresas contratadas para a coleta seletiva, aumentando também a vida útil dos aterros. De acordo com o Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), "os catadores aumentam a eficiência na coleta seletiva". Por isso, as catadoras e catadores não podem continuar "invisíveis" para nossa sociedade e os prefeitos que estão assumindo seus mandatos. Apesar da importância das cooperativas e associações ter sido reconhecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, precisamos de ações de fato efetivas e inovadoras em políticas públicas que promovam a valorização social e econômica desses profissionais. Com a comunidade internacional engajada no cumprimento das metas do acordo climático de Paris, que entrou em vigor em 2016, a transição para uma produção mais sustentável e de baixo carbono passa necessariamente pela logística reversa, pela economia circular, pela reintegração das matérias-primas nas cadeias de produção de tudo o que consumimos. Em São Paulo, os 25 mil catadores da cidade têm papel fundamental para que essa transição aconteça de maneira mais acelerada e eficiente. Em tempos de Cidade Linda, é importante ter em mente que não basta ampliar a coleta municipal, nem há decoração que consiga deixar as ruas mais "charmosas" sem resolvermos a gestão integrada dos resíduos. As soluções são várias, precisam ser desenvolvidas coletivamente e passam necessariamente pela inclusão dos catadores –eles são parte essencial da solução. DANIELA TEIXEIRA, produtora cultural, é integrante da ONG Pimp my Carroça PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
opiniao
Não existe cidade linda sem catadoresJaneiro começou com a posse dos novos prefeitos dos mais de 5.500 municípios brasileiros e em vários deles a transmissão do cargo foi tumultuada ou truncada por denúncias de corrupção e improbidade. A sujeira, no sentido figurado da palavra, é um dos grandes desafios dos governos municipais, estaduais e federal. Mas a sujeira, no sentido literal, também é: a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil cresceu 29% entre 2003 e 2014, cinco vezes mais que a taxa de crescimento da população brasileira nesse período, que foi de 6%, segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Ou seja, o lixo, que sempre foi um item crítico da agenda municipal, tende a ganhar cada vez mais relevância e exigir a expansão da coleta seletiva, sem a qual é impossível enfrentar o crescimento na geração de resíduos. A reciclagem é também fundamental para que as cidades cumpram os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU –e não só o ODS 11, "Cidades e Comunidades Sustentáveis". De maneira interdependente, a reciclagem pode contribuir para se atingir todos os 17 objetivos se contar com a participação dos catadores. Trabalhando de modo autônomo pelas ruas ou organizados em cooperativas e associações, os catadores retiram das ruas diariamente toneladas de resíduos sólidos urbanos, contribuindo diretamente com a coleta de recicláveis, limpeza pública, logística reversa e preservação de recursos naturais. Sua valorização representa desde a agenda de inclusão de uma parcela socialmente fragilizada da população, movimentando um setor econômico inteiro, até a contribuição direta para a preservação e recuperação da água, do solo e outros recursos naturais. A valorização do trabalho dos catadores é um fenômeno global: estima-se que existam mais de 64 milhões deles pelo mundo, também em cidades como Berlim, na Alemanha, e São Francisco, nos Estados Unidos, que possuem sistemas de coleta seletiva amplos e eficientes. Em Nova York existem mais de 7.000 catadores que são remunerados pela logística reversa do imposto de cada embalagem. A atuação dos catadores reduz drasticamente os gastos operacionais das prefeituras e das empresas contratadas para a coleta seletiva, aumentando também a vida útil dos aterros. De acordo com o Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), "os catadores aumentam a eficiência na coleta seletiva". Por isso, as catadoras e catadores não podem continuar "invisíveis" para nossa sociedade e os prefeitos que estão assumindo seus mandatos. Apesar da importância das cooperativas e associações ter sido reconhecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, precisamos de ações de fato efetivas e inovadoras em políticas públicas que promovam a valorização social e econômica desses profissionais. Com a comunidade internacional engajada no cumprimento das metas do acordo climático de Paris, que entrou em vigor em 2016, a transição para uma produção mais sustentável e de baixo carbono passa necessariamente pela logística reversa, pela economia circular, pela reintegração das matérias-primas nas cadeias de produção de tudo o que consumimos. Em São Paulo, os 25 mil catadores da cidade têm papel fundamental para que essa transição aconteça de maneira mais acelerada e eficiente. Em tempos de Cidade Linda, é importante ter em mente que não basta ampliar a coleta municipal, nem há decoração que consiga deixar as ruas mais "charmosas" sem resolvermos a gestão integrada dos resíduos. As soluções são várias, precisam ser desenvolvidas coletivamente e passam necessariamente pela inclusão dos catadores –eles são parte essencial da solução. DANIELA TEIXEIRA, produtora cultural, é integrante da ONG Pimp my Carroça PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Reflexos da tarifa de São Paulo
A decisão do prefeito eleito de São Paulo, João Doria, de congelar as tarifas do transporte público coletivo urbano no primeiro ano do seu governo, se confirmada, pode ter reflexos devastadores na região metropolitana de São Paulo e, de resto, em todo o país. É fato que as redes de transporte público coletivo das grandes cidades brasileiras encontram-se atualmente em desequilíbrio financeiro, fruto dos efeitos inflacionários e da queda de demanda provocada pela crise econômica. Essa situação obrigará corrigir a remuneração das empresas operadoras já a partir de dezembro, o que poderá ser feito praticamente de duas formas: subvenção pública para complementar a receita tarifária ou aumento dos preços das passagens cobradas dos usuários. São Paulo é talvez a única entre as grandes cidades do país que pode se dar ao luxo de utilizar parte de seu orçamento público para subvencionar de forma significativa (em torno de 30%) o transporte coletivo. As demais, quando destinam recursos públicos à subvenção desse serviço, o fazem com valores pouco significativos, normalmente apenas para cobrir algum tipo de gratuidade ou benefício tarifário. Mesmo em situação privilegiada, São Paulo vem enfrentando dificuldades para garantir essa política. Se em 2012 os subsídios atingiam R$ 1,17 bilhão, já se estima que chegarão a R$ 3,2 bilhões em 2017, se as tarifas forem de fato congeladas. Hoje essa situação já é crítica. Tanto é que uma correção das tarifas ainda neste ano foi aventada pela atual administração. Ainda que tenha a capacidade de ajustar o Orçamento municipal do próximo ano para bancar esses custos, o futuro prefeito tomou uma decisão que certamente irá gerar reflexos que se espalharão pelo país. Isso porque as tarifas de ônibus de São Paulo são referências não só para a região em torno da capital mas para todo o Brasil. O serviço na capital também exerce influência primordial na estruturação da complexa rede de transporte público que atende a região metropolitana, incluindo metrô, trem metropolitano e as ligações de ônibus intermunicipais de caráter urbano, administrados pelo Estado. Diante desse quadro, eis algumas questões que precisam ser respondidas, sob pena de transformar o transporte público urbano em imbróglio nacional. 1) Como o Estado e os demais municípios de São Paulo vão reequilibrar financeiramente suas redes de transporte? 2) Será que correrão o risco de degradar a qualidade dos serviços ou vão praticar tarifas superiores às da cidade de São Paulo? 3) Até que ponto essa situação de São Paulo se refletirá em outros Estados? Buscar soluções para essas questões é dar um passo em direção ao bom senso. MARCOS BICALHO DOS SANTOS, engenheiro civil, é diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Reflexos da tarifa de São PauloA decisão do prefeito eleito de São Paulo, João Doria, de congelar as tarifas do transporte público coletivo urbano no primeiro ano do seu governo, se confirmada, pode ter reflexos devastadores na região metropolitana de São Paulo e, de resto, em todo o país. É fato que as redes de transporte público coletivo das grandes cidades brasileiras encontram-se atualmente em desequilíbrio financeiro, fruto dos efeitos inflacionários e da queda de demanda provocada pela crise econômica. Essa situação obrigará corrigir a remuneração das empresas operadoras já a partir de dezembro, o que poderá ser feito praticamente de duas formas: subvenção pública para complementar a receita tarifária ou aumento dos preços das passagens cobradas dos usuários. São Paulo é talvez a única entre as grandes cidades do país que pode se dar ao luxo de utilizar parte de seu orçamento público para subvencionar de forma significativa (em torno de 30%) o transporte coletivo. As demais, quando destinam recursos públicos à subvenção desse serviço, o fazem com valores pouco significativos, normalmente apenas para cobrir algum tipo de gratuidade ou benefício tarifário. Mesmo em situação privilegiada, São Paulo vem enfrentando dificuldades para garantir essa política. Se em 2012 os subsídios atingiam R$ 1,17 bilhão, já se estima que chegarão a R$ 3,2 bilhões em 2017, se as tarifas forem de fato congeladas. Hoje essa situação já é crítica. Tanto é que uma correção das tarifas ainda neste ano foi aventada pela atual administração. Ainda que tenha a capacidade de ajustar o Orçamento municipal do próximo ano para bancar esses custos, o futuro prefeito tomou uma decisão que certamente irá gerar reflexos que se espalharão pelo país. Isso porque as tarifas de ônibus de São Paulo são referências não só para a região em torno da capital mas para todo o Brasil. O serviço na capital também exerce influência primordial na estruturação da complexa rede de transporte público que atende a região metropolitana, incluindo metrô, trem metropolitano e as ligações de ônibus intermunicipais de caráter urbano, administrados pelo Estado. Diante desse quadro, eis algumas questões que precisam ser respondidas, sob pena de transformar o transporte público urbano em imbróglio nacional. 1) Como o Estado e os demais municípios de São Paulo vão reequilibrar financeiramente suas redes de transporte? 2) Será que correrão o risco de degradar a qualidade dos serviços ou vão praticar tarifas superiores às da cidade de São Paulo? 3) Até que ponto essa situação de São Paulo se refletirá em outros Estados? Buscar soluções para essas questões é dar um passo em direção ao bom senso. MARCOS BICALHO DOS SANTOS, engenheiro civil, é diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Veja 25 anúncios criados por marcas campeãs para edições do Top of Mind
A pesquisa Folha Top of Mind é mais uma oportunidade para agências e marcas mostrarem sua criatividade. Tem sido assim há 25 anos. As principais marcas que aparecem entre as mais citadas pelos brasileiros aproveitam a edição especial que traz o resultado da pesquisa para celebrar seus desempenhos. Elas preparam anúncios exclusivos, brincam com campanhas consagradas que as levaram ao Top of Mind e agradecem aos consumidores que lembraram delas. Misturam personagens e elementos conhecidos a criações únicas. Confira uma seleção de 25 anúncios que se destacaram nas edições da Folha Top of Mind.
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Veja 25 anúncios criados por marcas campeãs para edições do Top of MindA pesquisa Folha Top of Mind é mais uma oportunidade para agências e marcas mostrarem sua criatividade. Tem sido assim há 25 anos. As principais marcas que aparecem entre as mais citadas pelos brasileiros aproveitam a edição especial que traz o resultado da pesquisa para celebrar seus desempenhos. Elas preparam anúncios exclusivos, brincam com campanhas consagradas que as levaram ao Top of Mind e agradecem aos consumidores que lembraram delas. Misturam personagens e elementos conhecidos a criações únicas. Confira uma seleção de 25 anúncios que se destacaram nas edições da Folha Top of Mind.
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10 destinos católicos latino-americanos para conhecer virtualmente neste Natal
Viajar sempre é bom, mas nem sempre há dinheiro para isso. Os tours pelo Google Street View podem ajudar a "viajar" de uma forma alternativa. Com o Natal chegando, a ferramenta selecionou dez igrejas e pontos de interesse católico na América Latina que podem ser vistas virtualmente –e, quando possível, pessoalmente também. * Localizada na Cidade do México, a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe é um dos principais cartões-postais da capital mexicana, onde é possível entender um pouco a devoção do povo mexicano –no país, 76% da população se diz católica. A Catedral Metropolitana de Buenos Aires sempre atraiu os turistas que visitam a capital argentina. No entanto, desde que o cardeal e arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio assumiu como papa, a catedral virou verdadeiro ponto de peregrinação –Francisco trabalhou lá antes de se mudar para o Vaticano. A Catedral Primada da América, além de um belíssimo interior, tem como principal atrativo o fato de ser a catedral mais antiga da América: sua inauguração se deu nas primeiras décadas do século 16, quando portugueses e espanhóis recém haviam chegados ao continente. Inaugurada em 1535, a Basílica Nossa Senhora das Mercedes, em Lima, foi palco da primeira missa celebrada na capital peruana –com a presença de Francisco Pizarro, explorador espanhol conhecido como "conquistador do Peru". A fachada está mal preservada, mas ainda assim o tour vale a pena pela importância da construção, do século 18, para a capital cubana. A Catedral da Virgem Maria da Conceição Imaculada foi um dos locais por que passou o papa Francisco em sua histórica visita ao país caribenho, em setembro. A Catedral Nossa Senhora de La Paz, na capital boliviana, tem estilo neoclássico com elementos do barroco. Foi inaugurada em 1925, em comemoração ao centenário de fundação da Bolívia. El Sagrario é mais conhecido como Santa Iglesia Catedral Metropolitana, próxima à praça da Constituição e ao centro histórico da Cidade da Guatemala. Foi severamente atingida pelos terremotos de 1917-1918, mas foi reerguida mais tarde. A cidade de Puerto Varas está localizada quase 1.000 quilômetros ao sul da capital, Santiago, em plena Patagônia chilena. Isso não impede de haver ali uma das construções católicas mais conhecidas do país, a Igreja do Sagrado Coração, de estilo neorromânico e barroco. O Santuário de Nossa Senhora do Rosário de las Lajas foi construído no meio de uma montanha –só se tem acesso a ele por meio de uma ponte. O local é destino de peregrinação desde o século 18. A Catedral Metropolitana de Montevidéu é a principal igreja Católica do Uruguai, localizada na praça Constituición, onde se celebram os principais eventos uruguaios.
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10 destinos católicos latino-americanos para conhecer virtualmente neste NatalViajar sempre é bom, mas nem sempre há dinheiro para isso. Os tours pelo Google Street View podem ajudar a "viajar" de uma forma alternativa. Com o Natal chegando, a ferramenta selecionou dez igrejas e pontos de interesse católico na América Latina que podem ser vistas virtualmente –e, quando possível, pessoalmente também. * Localizada na Cidade do México, a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe é um dos principais cartões-postais da capital mexicana, onde é possível entender um pouco a devoção do povo mexicano –no país, 76% da população se diz católica. A Catedral Metropolitana de Buenos Aires sempre atraiu os turistas que visitam a capital argentina. No entanto, desde que o cardeal e arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio assumiu como papa, a catedral virou verdadeiro ponto de peregrinação –Francisco trabalhou lá antes de se mudar para o Vaticano. A Catedral Primada da América, além de um belíssimo interior, tem como principal atrativo o fato de ser a catedral mais antiga da América: sua inauguração se deu nas primeiras décadas do século 16, quando portugueses e espanhóis recém haviam chegados ao continente. Inaugurada em 1535, a Basílica Nossa Senhora das Mercedes, em Lima, foi palco da primeira missa celebrada na capital peruana –com a presença de Francisco Pizarro, explorador espanhol conhecido como "conquistador do Peru". A fachada está mal preservada, mas ainda assim o tour vale a pena pela importância da construção, do século 18, para a capital cubana. A Catedral da Virgem Maria da Conceição Imaculada foi um dos locais por que passou o papa Francisco em sua histórica visita ao país caribenho, em setembro. A Catedral Nossa Senhora de La Paz, na capital boliviana, tem estilo neoclássico com elementos do barroco. Foi inaugurada em 1925, em comemoração ao centenário de fundação da Bolívia. El Sagrario é mais conhecido como Santa Iglesia Catedral Metropolitana, próxima à praça da Constituição e ao centro histórico da Cidade da Guatemala. Foi severamente atingida pelos terremotos de 1917-1918, mas foi reerguida mais tarde. A cidade de Puerto Varas está localizada quase 1.000 quilômetros ao sul da capital, Santiago, em plena Patagônia chilena. Isso não impede de haver ali uma das construções católicas mais conhecidas do país, a Igreja do Sagrado Coração, de estilo neorromânico e barroco. O Santuário de Nossa Senhora do Rosário de las Lajas foi construído no meio de uma montanha –só se tem acesso a ele por meio de uma ponte. O local é destino de peregrinação desde o século 18. A Catedral Metropolitana de Montevidéu é a principal igreja Católica do Uruguai, localizada na praça Constituición, onde se celebram os principais eventos uruguaios.
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Cerca de 1,3 mil protestam em Berlim contra investigação de blog por traição
Cerca de 1,3 mil pessoas, segundo a polícia, protestaram em Berlim neste sábado contra as investigações sobre o blog Netzpolitik.org por suspeita de alta traição. O Escritório Federal de Proteção da Constituição pediu a investigação do blog após a publicação de extratos de um relatório considerado confidencial. Os documentos falavam na criação de uma unidade para a vigilância da internet e para a detecção de perfis de radicais e extremistas nas redes sociais. O Netzpolitik.org cobre questões de direito digital e é um dos blogs políticos mais conhecidos da Alemanha. Em 2014, recebeu o prestigiado prêmio Grimme na categoria de portais digitais. As investigações foram anunciadas na quinta-feira (30), mas logo suspensas diante das críticas à Procuradoria Geral de que tentava restringir a liberdade de imprensa. A passeata, convocada com o lema "Pelos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa", percorreu o centro da capital alemã como solidariedade ao blog jornalístico, até parar em uma concentração em frente ao Ministério da Justiça. A manifestação continuou com as críticas ao procurador-geral, Harald Range, e com as declarações do ministro alemão de Justiça, o social-democrata Heiko Maas, que questionou se o blog pode ser enquadrado em alta traição sem ter colocado em perigo a segurança do Estado. Dentro do Partido Social-Democrata (SPD) já houve alguns pedidos de renúncia do procurador-geral, assim como nos partidos da oposição, Os Verdes e A Esquerda. O caso se comparou na Alemanha com a denúncia por alta traição apresentada em 1962 contra a revista "Der Spiegel" por publicar em plena Guerra Fria um artigo sobre manobras da Otan, a aliança militar atlântica, e os planos de compra de armas do então ministro da Defesa da Alemanha, Franz Josef Strauss. O diretor da revista, Rudolf Augstein, passou três meses na prisão, em meio a uma grande campanha de solidariedade e a favor da liberdade de expressão em escala nacional e da imprensa.
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Cerca de 1,3 mil protestam em Berlim contra investigação de blog por traiçãoCerca de 1,3 mil pessoas, segundo a polícia, protestaram em Berlim neste sábado contra as investigações sobre o blog Netzpolitik.org por suspeita de alta traição. O Escritório Federal de Proteção da Constituição pediu a investigação do blog após a publicação de extratos de um relatório considerado confidencial. Os documentos falavam na criação de uma unidade para a vigilância da internet e para a detecção de perfis de radicais e extremistas nas redes sociais. O Netzpolitik.org cobre questões de direito digital e é um dos blogs políticos mais conhecidos da Alemanha. Em 2014, recebeu o prestigiado prêmio Grimme na categoria de portais digitais. As investigações foram anunciadas na quinta-feira (30), mas logo suspensas diante das críticas à Procuradoria Geral de que tentava restringir a liberdade de imprensa. A passeata, convocada com o lema "Pelos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa", percorreu o centro da capital alemã como solidariedade ao blog jornalístico, até parar em uma concentração em frente ao Ministério da Justiça. A manifestação continuou com as críticas ao procurador-geral, Harald Range, e com as declarações do ministro alemão de Justiça, o social-democrata Heiko Maas, que questionou se o blog pode ser enquadrado em alta traição sem ter colocado em perigo a segurança do Estado. Dentro do Partido Social-Democrata (SPD) já houve alguns pedidos de renúncia do procurador-geral, assim como nos partidos da oposição, Os Verdes e A Esquerda. O caso se comparou na Alemanha com a denúncia por alta traição apresentada em 1962 contra a revista "Der Spiegel" por publicar em plena Guerra Fria um artigo sobre manobras da Otan, a aliança militar atlântica, e os planos de compra de armas do então ministro da Defesa da Alemanha, Franz Josef Strauss. O diretor da revista, Rudolf Augstein, passou três meses na prisão, em meio a uma grande campanha de solidariedade e a favor da liberdade de expressão em escala nacional e da imprensa.
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Veteranos de guerra nos EUA têm dificuldade de conseguir emprego
"Para todos os presidentes de empresas nos Estados Unidos, eu repito: se você quer alguém que faça o trabalho direito, contrate um veterano." A frase parece saída de um anúncio de uma agência de empregos para ex-militares, mas foi dita pelo presidente Barack Obama durante seu mais importante discurso do ano, em janeiro. "Enquanto uma nova geração de veteranos volta para casa, nós devemos a eles a oportunidade de viver o sonho americano que ajudaram a defender", disse Obama. Desde os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, durante o período conhecido como Guerra ao Terror, os EUA começaram guerras no Iraque e no Afeganistão. Com o fim oficial dessas operações, os cerca de 2,8 milhões de veteranos dos conflitos enfrentam o desafio de se readaptar à sociedade civil e achar um novo emprego. Segundo o Departamento do Trabalho, o índice de desemprego entre veteranos do pós-11 de Setembro ficou em 6,7% em fevereiro, acima da média nacional, de 5,5%. Os números estão melhorando –há um ano, a taxa era de 9,2%–, graças a um esforço de governo e organizações privadas para aumentar a contratação de homens e mulheres que deixaram o serviço militar. Hoje empresas que contratam veteranos têm, por exemplo, benefícios fiscais. "Nos últimos dois anos, tivemos um crescimento anual de 35% na empresa, porque há uma demanda tremenda por veteranos", afirma Peter Gudmundsson, presidente da Recruit Military, que faz a intermediação entre as companhias e os veteranos. FALTA DE PREPARO Mas, para Carl Castro, do Centro de Pesquisa e Inovação para Veteranos e Famílias Militares da Universidade do Sul da Califórnia, essa é uma realidade distorcida. "Muitos dos empregos oferecidos não interessam aos veteranos, justamente porque eles querem fazer algo diferente. E a maioria das coisas que aprenderam enquanto serviam não se traduzem diretamente em habilidades para o mercado de trabalho." Além disso, diz, boa parte dos veteranos não está preparada para emprego algum. Steven Millar, 29, passou dois anos no Iraque como soldado da infantaria. Ao voltar aos EUA, inscreveu-se em um dos programas do governo para financiar seus estudos. Passou por cursos de administração de empresas, culinária e personal training e já teve quatro empregos. "Eu ainda estou tentando me adaptar à vida civil, cinco anos depois de deixar o Iraque", contou à Folha. Para ele, as ofertas de emprego a veteranos não interessam. "É difícil para quem não quer ser um policial ou trabalhar em empresas do setor de defesa. Eu quero recomeçar, ter a vida de um americano comum." Brock McIntosh, 27, veterano do Afeganistão, diz que a experiência no serviço militar não é o que os empregadores interessantes buscam num candidato. "Eles querem MBAs, PhDs, e muitos de nós saíram da escola direto para o Exército. E, ao voltar, mesmo com a ajuda financeira do governo, vários veteranos não terminam a faculdade." Segundo ele, é difícil voltar da zona de guerra e entrar numa sala de aula com colegas mais novos e experiências radicalmente diferentes. Além disso, afirma, muitos veteranos se casaram ou tiveram filhos durante o serviço militar, o que dificulta o acesso ao estudos. "Para mim, voltar foi muito estranho. Você é recebido por pessoas acenando, aplaudindo. Mas 90% delas nem saberiam apontar o Afeganistão no mapa ou dizer contra quem estamos lutando –e, ainda assim, somos heróis", diz ele, que hoje faz parte de uma organização antiguerra. E, ao tentar falar sobre o assunto, ele percebeu que as pessoas não querem saber ou ficam desconfortáveis em ouvir sobre a guerra. "Então você simplesmente não fala." "Muitos pensam que, só porque as guerras no Afeganistão e no Iraque acabaram, tudo vai voltar ao normal imediatamente. Mas não vai –isso vai levar anos. Os desafios não apenas não estão acabando como a maior parte deles está só começando", afirma Carl Castro.
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Veteranos de guerra nos EUA têm dificuldade de conseguir emprego"Para todos os presidentes de empresas nos Estados Unidos, eu repito: se você quer alguém que faça o trabalho direito, contrate um veterano." A frase parece saída de um anúncio de uma agência de empregos para ex-militares, mas foi dita pelo presidente Barack Obama durante seu mais importante discurso do ano, em janeiro. "Enquanto uma nova geração de veteranos volta para casa, nós devemos a eles a oportunidade de viver o sonho americano que ajudaram a defender", disse Obama. Desde os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, durante o período conhecido como Guerra ao Terror, os EUA começaram guerras no Iraque e no Afeganistão. Com o fim oficial dessas operações, os cerca de 2,8 milhões de veteranos dos conflitos enfrentam o desafio de se readaptar à sociedade civil e achar um novo emprego. Segundo o Departamento do Trabalho, o índice de desemprego entre veteranos do pós-11 de Setembro ficou em 6,7% em fevereiro, acima da média nacional, de 5,5%. Os números estão melhorando –há um ano, a taxa era de 9,2%–, graças a um esforço de governo e organizações privadas para aumentar a contratação de homens e mulheres que deixaram o serviço militar. Hoje empresas que contratam veteranos têm, por exemplo, benefícios fiscais. "Nos últimos dois anos, tivemos um crescimento anual de 35% na empresa, porque há uma demanda tremenda por veteranos", afirma Peter Gudmundsson, presidente da Recruit Military, que faz a intermediação entre as companhias e os veteranos. FALTA DE PREPARO Mas, para Carl Castro, do Centro de Pesquisa e Inovação para Veteranos e Famílias Militares da Universidade do Sul da Califórnia, essa é uma realidade distorcida. "Muitos dos empregos oferecidos não interessam aos veteranos, justamente porque eles querem fazer algo diferente. E a maioria das coisas que aprenderam enquanto serviam não se traduzem diretamente em habilidades para o mercado de trabalho." Além disso, diz, boa parte dos veteranos não está preparada para emprego algum. Steven Millar, 29, passou dois anos no Iraque como soldado da infantaria. Ao voltar aos EUA, inscreveu-se em um dos programas do governo para financiar seus estudos. Passou por cursos de administração de empresas, culinária e personal training e já teve quatro empregos. "Eu ainda estou tentando me adaptar à vida civil, cinco anos depois de deixar o Iraque", contou à Folha. Para ele, as ofertas de emprego a veteranos não interessam. "É difícil para quem não quer ser um policial ou trabalhar em empresas do setor de defesa. Eu quero recomeçar, ter a vida de um americano comum." Brock McIntosh, 27, veterano do Afeganistão, diz que a experiência no serviço militar não é o que os empregadores interessantes buscam num candidato. "Eles querem MBAs, PhDs, e muitos de nós saíram da escola direto para o Exército. E, ao voltar, mesmo com a ajuda financeira do governo, vários veteranos não terminam a faculdade." Segundo ele, é difícil voltar da zona de guerra e entrar numa sala de aula com colegas mais novos e experiências radicalmente diferentes. Além disso, afirma, muitos veteranos se casaram ou tiveram filhos durante o serviço militar, o que dificulta o acesso ao estudos. "Para mim, voltar foi muito estranho. Você é recebido por pessoas acenando, aplaudindo. Mas 90% delas nem saberiam apontar o Afeganistão no mapa ou dizer contra quem estamos lutando –e, ainda assim, somos heróis", diz ele, que hoje faz parte de uma organização antiguerra. E, ao tentar falar sobre o assunto, ele percebeu que as pessoas não querem saber ou ficam desconfortáveis em ouvir sobre a guerra. "Então você simplesmente não fala." "Muitos pensam que, só porque as guerras no Afeganistão e no Iraque acabaram, tudo vai voltar ao normal imediatamente. Mas não vai –isso vai levar anos. Os desafios não apenas não estão acabando como a maior parte deles está só começando", afirma Carl Castro.
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Alunos em Itaquera vão passar a noite em escola em ato contra fechamento
Inspirados nos alunos do colégio Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, cerca de cem estudantes ocuparam a escola estadual Salvador Allende Gossens, em Itaquera (zona leste), no início da manhã desta quinta-feira (12). Os estudantes quebraram os cadeados dos portões por volta das 5h e colocaram novos no lugar para controlar o acesso. Eles disseram que a polícia ainda tentou invadir o local algumas vezes após a entrada dos alunos. "Eles [PMs] deram muitos chutes nos portões. As meninas tremiam muito, então tivemos de montar uma barreira na porta", disse o estudante Diego Italo Silvério, 19. Os alunos afirmam que não contaram com a ajuda de nenhum partido político ou movimento social para planejar a ocupação. Eles dizem apenas que a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) os informou que apoia a iniciativa. A escola em Itaquera atende 494 alunos do ensino fundamental 2 e médio e tem apenas 26% de sua capacidade, de acordo com a Secretaria do Estado de Educação. A pasta informou que os estudantes do ensino médio e 8º e 9º anos do ensino fundamental serão transferidos para a escola estadual Professor Francisco de Assis Pires Corrêa, que fica a 1,3 km distante da escola atual. Já os alunos do 7º ano do ensino fundamental estudarão, a partir de 2016, na escola estadual Professora Maria de Lourdes Aranha de Assis Pacheco, que também fica a 1,1 km. A diretoria de ensino da região diz que lamenta a interrupção das aulas e que a PM está no local para garantir o controle e a integridade de alunos e professores. "As manifestações legítimas, desde que não desrespeitem a lei e o direito de estudar dos alunos". O prédio da escola Salvador Allende Gossens será usado pelo Centro Paula Souza ou pela Prefeitura de São Paulo, que poderá transformá-la em creches ou pré-escolas. Essa é a terceira ocupação organizada por alunos contra a reformulação das escolas. A secretaria lembrou ainda que no próximo sábado (14) as unidades da rede estadual estarão abertas para receber pais e responsáveis para sanar eventuais dúvidas e dar todas as informações sobre o processo de reorganização das escolas. A diretoria de ensino disse também que um boletim de ocorrência foi registrado pela direção da escola e que o Conselho Tutelar foi acionado. Os estudantes dizem ter decidido ocupar o local após a diretoria da escola anunciar o fechamento da unidade. Eles dizem que o local tem aulas para alunos do ensino médio no período da manhã e para o segundo ciclo (do 5º ao 9º ano) à tarde. Os estudantes do ensino médio devem ser transferidos para a escola Francisco de Assis Pires Correia, a 1,3 km de distância à pé do atual colégio. Durante visita à área interna a escola às 11h, a Folha presenciou os alunos concentrados no pátio e na cozinha. Parte deles preparava o almoço, mas a maioria jogava pingue-pongue, futebol ou fabricava cartazes. Os estudantes trancaram os acessos às salas, laboratórios e biblioteca da escola. A intenção é preservar o local e os materiais e trabalhos guardados. Eles pretendem ficar no local até serem recebidos pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) para negociar o funcionamento da escola no próximo ano letivo. PASSAR A NOITE Assim como os estudantes da escola estadual Fernão Dias Paes, os alunos da escola Salvador Allende já se preparam para passar a noite no local. Os estudantes pedem para que as pessoas levem colchonetes e mantimentos para eles se manterem no local pelos próximos dias. Em assembleia, os estudantes vetaram o uso de drogas ou bebidas alcoólicas dentro da escola. Eles também definiram equipes de segurança, limpeza e cozinha para manter a organização do espaço. Mãe de uma estudante de 16 anos que estuda no colégio, a auxiliar de limpeza Sandra Elisa Guimarães dos Santos, 46, disse que apoia o protesto e, se puder, também vai dormir no local. "Eles querem fazer minha filha sair de uma escola perto de casa para andar 1,5 km. O caminho da nova escola tem pontos de tráfico de drogas e ela vai ter de passar por lá 6h30. Agora, você acha que eu vou ficar tranquila no trabalho pensando na segurança dela?, disse. No início da tarde, o acesso de jornalistas e outras pessoas que não sejam estudantes foi vetado após uma assembleia dos alunos. Uma equipe do conselho tutelar regional também foi ao local. Infográfico: Mudanças na educação PROTESTO NA GRANDE SP A Secretaria de Estado da Educação informou que tenta negociar com pessoas que ocuparam também nesta sexta (12) a escola estadual Valdomiro Silveira, em Santo André, na Grande SP, mas ainda não conseguiu. A unidade, segundo a pasta, tem 450 alunos matriculados e capacidade para 2.000 estudantes. De acordo com o governo, os alunos já estão matriculados em unidades de sua preferência para o ano letivo de 2016. A secretaria da Educação diz estar "aberta ao diálogo, mas não apoia atos de vandalismo orquestrados por entidades que não estão em busca da melhoria do ensino." Na última terça (17), alunos de uma escola em Diadema, na Grande São Paulo, também ocuparam uma unidade contra a reorganização feita pela gestão Alckmin.
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Alunos em Itaquera vão passar a noite em escola em ato contra fechamentoInspirados nos alunos do colégio Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, cerca de cem estudantes ocuparam a escola estadual Salvador Allende Gossens, em Itaquera (zona leste), no início da manhã desta quinta-feira (12). Os estudantes quebraram os cadeados dos portões por volta das 5h e colocaram novos no lugar para controlar o acesso. Eles disseram que a polícia ainda tentou invadir o local algumas vezes após a entrada dos alunos. "Eles [PMs] deram muitos chutes nos portões. As meninas tremiam muito, então tivemos de montar uma barreira na porta", disse o estudante Diego Italo Silvério, 19. Os alunos afirmam que não contaram com a ajuda de nenhum partido político ou movimento social para planejar a ocupação. Eles dizem apenas que a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) os informou que apoia a iniciativa. A escola em Itaquera atende 494 alunos do ensino fundamental 2 e médio e tem apenas 26% de sua capacidade, de acordo com a Secretaria do Estado de Educação. A pasta informou que os estudantes do ensino médio e 8º e 9º anos do ensino fundamental serão transferidos para a escola estadual Professor Francisco de Assis Pires Corrêa, que fica a 1,3 km distante da escola atual. Já os alunos do 7º ano do ensino fundamental estudarão, a partir de 2016, na escola estadual Professora Maria de Lourdes Aranha de Assis Pacheco, que também fica a 1,1 km. A diretoria de ensino da região diz que lamenta a interrupção das aulas e que a PM está no local para garantir o controle e a integridade de alunos e professores. "As manifestações legítimas, desde que não desrespeitem a lei e o direito de estudar dos alunos". O prédio da escola Salvador Allende Gossens será usado pelo Centro Paula Souza ou pela Prefeitura de São Paulo, que poderá transformá-la em creches ou pré-escolas. Essa é a terceira ocupação organizada por alunos contra a reformulação das escolas. A secretaria lembrou ainda que no próximo sábado (14) as unidades da rede estadual estarão abertas para receber pais e responsáveis para sanar eventuais dúvidas e dar todas as informações sobre o processo de reorganização das escolas. A diretoria de ensino disse também que um boletim de ocorrência foi registrado pela direção da escola e que o Conselho Tutelar foi acionado. Os estudantes dizem ter decidido ocupar o local após a diretoria da escola anunciar o fechamento da unidade. Eles dizem que o local tem aulas para alunos do ensino médio no período da manhã e para o segundo ciclo (do 5º ao 9º ano) à tarde. Os estudantes do ensino médio devem ser transferidos para a escola Francisco de Assis Pires Correia, a 1,3 km de distância à pé do atual colégio. Durante visita à área interna a escola às 11h, a Folha presenciou os alunos concentrados no pátio e na cozinha. Parte deles preparava o almoço, mas a maioria jogava pingue-pongue, futebol ou fabricava cartazes. Os estudantes trancaram os acessos às salas, laboratórios e biblioteca da escola. A intenção é preservar o local e os materiais e trabalhos guardados. Eles pretendem ficar no local até serem recebidos pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) para negociar o funcionamento da escola no próximo ano letivo. PASSAR A NOITE Assim como os estudantes da escola estadual Fernão Dias Paes, os alunos da escola Salvador Allende já se preparam para passar a noite no local. Os estudantes pedem para que as pessoas levem colchonetes e mantimentos para eles se manterem no local pelos próximos dias. Em assembleia, os estudantes vetaram o uso de drogas ou bebidas alcoólicas dentro da escola. Eles também definiram equipes de segurança, limpeza e cozinha para manter a organização do espaço. Mãe de uma estudante de 16 anos que estuda no colégio, a auxiliar de limpeza Sandra Elisa Guimarães dos Santos, 46, disse que apoia o protesto e, se puder, também vai dormir no local. "Eles querem fazer minha filha sair de uma escola perto de casa para andar 1,5 km. O caminho da nova escola tem pontos de tráfico de drogas e ela vai ter de passar por lá 6h30. Agora, você acha que eu vou ficar tranquila no trabalho pensando na segurança dela?, disse. No início da tarde, o acesso de jornalistas e outras pessoas que não sejam estudantes foi vetado após uma assembleia dos alunos. Uma equipe do conselho tutelar regional também foi ao local. Infográfico: Mudanças na educação PROTESTO NA GRANDE SP A Secretaria de Estado da Educação informou que tenta negociar com pessoas que ocuparam também nesta sexta (12) a escola estadual Valdomiro Silveira, em Santo André, na Grande SP, mas ainda não conseguiu. A unidade, segundo a pasta, tem 450 alunos matriculados e capacidade para 2.000 estudantes. De acordo com o governo, os alunos já estão matriculados em unidades de sua preferência para o ano letivo de 2016. A secretaria da Educação diz estar "aberta ao diálogo, mas não apoia atos de vandalismo orquestrados por entidades que não estão em busca da melhoria do ensino." Na última terça (17), alunos de uma escola em Diadema, na Grande São Paulo, também ocuparam uma unidade contra a reorganização feita pela gestão Alckmin.
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Com CPMF, em 2016 já estaremos recuperados, diz empresário
Empresário e membro do conselho de administração da Klabin —uma das grandes produtoras e exportadoras de papel do país—, Israel Klabin, 89, critica a presidente Dilma Rousseff por uma visão "imediatista" e "centralizadora", mas aposta em uma recuperação econômica mais rápida do que o esperado. A condição para isso, afirma, é que o Congresso aprove a recriação da CPMF em caráter provisório. Nesse sentido, o empresário considera urgente a aprovação pelos parlamentares do ajuste fiscal proposto pelo governo. "O verdadeiro problema está nas mãos do Congresso, que olha antes para os interesses corporativos", critica. Klabin conversou com a Folha, na terça-feira (6), em Nova York, durante premiação do centro de estudos e políticas públicas Woodrow Wilson, que agraciou André Esteves, do banco BTG Pactual, e o biólogo Thomas Lovejoy. Presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, Klabin se diz otimista com o agronegócio e o combate às mudanças climáticas no Brasil. * Folha - Como o senhor vê a crise no Brasil? Israel Klabin - Tenho profundo desgosto pela presidente, mas sou otimista com o Brasil. Estamos caminhando na estrada certa, mas teremos as dores da correção do passado. Antes dessas eleições [primeiro mandato de Dilma, 2011-2014], estávamos muito mal estruturalmente na parte macroeconômica, sobretudo. Por que desgosto? Uma presidente da República, numa estrutura federativa como a do Brasil, precisa ser estadista, e não centralizadora. Defendo a ideia de formação de opinião a partir de um líder que seja representativo de uma visão de prazo longo e que dirija o país. Na medida em que essa visão é de prazo curto, imediatista e eventualmente administrativa, não temos presidente. Qual foi o principal erro da presidente? A falta de capacidade administrativa e, ao mesmo tempo, a decisão de centralizar a administração. Os preços de energia administrados, subsídios excessivos? Isso foi uma calamidade. A falta de um conceito de administrar macroeconomicamente o país foi outra situação complicada. Mas tudo isso está sendo corrigido, a duras penas, e estamos pagando o preço. Acho que o verdadeiro problema não está mais nas mãos da presidente. Está nas mãos do Congresso, que está olhando antes para os interesses corporativos do que os interesses brasileiros. Isso tem que mudar. O Congresso Nacional tem que responder ao voto, e o voto hoje é mais consciente do que jamais foi. Teremos eleições [municipais] no ano que vem e acredito que isso vai começar a mudar a cara do Brasil. O que o senhor espera do Congresso? Posso falar com toda franqueza e do fundo do meu coração? Não tenho a menor ideia, porque o Congresso está procurando o seu próprio caminho e é tão pouco estruturado que a gente não sabe quais vão ser as reações. Podem ser positivas, podem ser negativas. Não sabemos. Nós todos sabemos é o que nós queremos. A coisa mais importante nas mãos dos Congresso é o programa de macroeconomia, o ajuste fiscal. O senhor é a favor da volta da CPMF? Sou totalmente favorável a prazo curto, três ou quatro anos. Se for aprovada, a partir de meados do ano que vem, teremos uma inflação relativamente controlada e o lado macroeconômico administrado. Estou muito contente com a decisão do governo de fazer um grupo que estude a reforma do Estado. O senhor foi convidado? Não, eu trabalho em sustentabilidade, e o governo não está muito preparado, apesar de ter uma excelente ministra de Meio Ambiente [Izabella Teixeira]. Não podia ser melhor. Mas as metas de combate às mudanças climáticas [anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na ONU, no fim do mês passado] são tímidas? São realistas, possíveis e verdadeiras. Foram muito pensadas por um grupo de cientistas, inclusive o meu grupo, juntamente com o da ministra, todos Ph.Ds, altamente qualificados. A presidente praticamente não influiu em nada e aceitou o que a ministra Izabella fez. O que seria prioridade na reforma do Estado? Torná-lo menos possessivo e mais direcionado. Todo mundo sabe que o Estado como tal assumiu um tamanho maior do que o necessário e com isso menos importante no direcionamento do interesse público. Por exemplo, a vinculação de despesas no Orçamento? O Brasil é um país muito cartorial, acostumado a ser dependente do Estado. O país tem que se liberar do Estado, e o Estado não deve ser todo-poderoso. Deve ser a marca central, mas não o executor de seus próprios projetos. Um Estado moderno é aquele que não assume a responsabilidade executiva de seus projetos, mas assume os limites e a direção na qual deve ir. Há um excesso de benefícios, programas de transferência de renda? Sem dúvida. O Estado brasileiro assumiu uma participação na renda nacional muito maior do que qualquer outro Estado democrático que eu conheço. Acha que a recessão vai se estender até final do ano que vem? Em meados ou final do ano que vem, estamos recuperados e num caminho possivelmente melhor que outro país, e vou te dizer por quê. Nós estamos trabalhando hoje na implementação do CAR (Cadastro Ambiental Rural, que registra imóveis), na fundação, e todos os subprodutos nos dirigem a um boom enorme na área agropecuária e de recuperação florestal do país. É definitivo. Estamos exportando 210 milhões de toneladas de grãos, já ultrapassamos os Estados Unidos. Quando for 2050, tecnicamente, se não acontecer absolutamente nada e conseguirmos evitar os males da mudança climática na agricultura, teremos capacidade de produção de 660 milhões de toneladas, ou seja, o total das necessidades de segurança alimentar do planeta. Você acha que eu não vou ser otimista com relação ao Brasil? Então, o futuro do país está no agronegócio? Sem dúvida alguma. É ruim a economia se basear em exportação de commodities? Muito ao contrário. É uma commodity segura, que independe de especulação e de demandas específicas —é uma demanda constante e necessária para o planeta. A demanda da China ameaçada é um problema? Não. A China será um mercado permanente para todos os nossos produtos agropecuários e, além do mais, vamos recuperar praticamente 12 milhões de hectares de floresta nos próximos dez anos. Isso significa um gigantesco "sink" [sequestrador] de carbono, mais do que qualquer outro país. Acredita em impeachment? Aí já não sei. Não é a minha profissão. - > formado em engenharia civil e matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro > pós-graduado pelo Instituto de Ciências Políticas (França) > presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável > membro do conselho de administração da Klabin > foi prefeito do Rio de Janeiro (1979)
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Com CPMF, em 2016 já estaremos recuperados, diz empresárioEmpresário e membro do conselho de administração da Klabin —uma das grandes produtoras e exportadoras de papel do país—, Israel Klabin, 89, critica a presidente Dilma Rousseff por uma visão "imediatista" e "centralizadora", mas aposta em uma recuperação econômica mais rápida do que o esperado. A condição para isso, afirma, é que o Congresso aprove a recriação da CPMF em caráter provisório. Nesse sentido, o empresário considera urgente a aprovação pelos parlamentares do ajuste fiscal proposto pelo governo. "O verdadeiro problema está nas mãos do Congresso, que olha antes para os interesses corporativos", critica. Klabin conversou com a Folha, na terça-feira (6), em Nova York, durante premiação do centro de estudos e políticas públicas Woodrow Wilson, que agraciou André Esteves, do banco BTG Pactual, e o biólogo Thomas Lovejoy. Presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, Klabin se diz otimista com o agronegócio e o combate às mudanças climáticas no Brasil. * Folha - Como o senhor vê a crise no Brasil? Israel Klabin - Tenho profundo desgosto pela presidente, mas sou otimista com o Brasil. Estamos caminhando na estrada certa, mas teremos as dores da correção do passado. Antes dessas eleições [primeiro mandato de Dilma, 2011-2014], estávamos muito mal estruturalmente na parte macroeconômica, sobretudo. Por que desgosto? Uma presidente da República, numa estrutura federativa como a do Brasil, precisa ser estadista, e não centralizadora. Defendo a ideia de formação de opinião a partir de um líder que seja representativo de uma visão de prazo longo e que dirija o país. Na medida em que essa visão é de prazo curto, imediatista e eventualmente administrativa, não temos presidente. Qual foi o principal erro da presidente? A falta de capacidade administrativa e, ao mesmo tempo, a decisão de centralizar a administração. Os preços de energia administrados, subsídios excessivos? Isso foi uma calamidade. A falta de um conceito de administrar macroeconomicamente o país foi outra situação complicada. Mas tudo isso está sendo corrigido, a duras penas, e estamos pagando o preço. Acho que o verdadeiro problema não está mais nas mãos da presidente. Está nas mãos do Congresso, que está olhando antes para os interesses corporativos do que os interesses brasileiros. Isso tem que mudar. O Congresso Nacional tem que responder ao voto, e o voto hoje é mais consciente do que jamais foi. Teremos eleições [municipais] no ano que vem e acredito que isso vai começar a mudar a cara do Brasil. O que o senhor espera do Congresso? Posso falar com toda franqueza e do fundo do meu coração? Não tenho a menor ideia, porque o Congresso está procurando o seu próprio caminho e é tão pouco estruturado que a gente não sabe quais vão ser as reações. Podem ser positivas, podem ser negativas. Não sabemos. Nós todos sabemos é o que nós queremos. A coisa mais importante nas mãos dos Congresso é o programa de macroeconomia, o ajuste fiscal. O senhor é a favor da volta da CPMF? Sou totalmente favorável a prazo curto, três ou quatro anos. Se for aprovada, a partir de meados do ano que vem, teremos uma inflação relativamente controlada e o lado macroeconômico administrado. Estou muito contente com a decisão do governo de fazer um grupo que estude a reforma do Estado. O senhor foi convidado? Não, eu trabalho em sustentabilidade, e o governo não está muito preparado, apesar de ter uma excelente ministra de Meio Ambiente [Izabella Teixeira]. Não podia ser melhor. Mas as metas de combate às mudanças climáticas [anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na ONU, no fim do mês passado] são tímidas? São realistas, possíveis e verdadeiras. Foram muito pensadas por um grupo de cientistas, inclusive o meu grupo, juntamente com o da ministra, todos Ph.Ds, altamente qualificados. A presidente praticamente não influiu em nada e aceitou o que a ministra Izabella fez. O que seria prioridade na reforma do Estado? Torná-lo menos possessivo e mais direcionado. Todo mundo sabe que o Estado como tal assumiu um tamanho maior do que o necessário e com isso menos importante no direcionamento do interesse público. Por exemplo, a vinculação de despesas no Orçamento? O Brasil é um país muito cartorial, acostumado a ser dependente do Estado. O país tem que se liberar do Estado, e o Estado não deve ser todo-poderoso. Deve ser a marca central, mas não o executor de seus próprios projetos. Um Estado moderno é aquele que não assume a responsabilidade executiva de seus projetos, mas assume os limites e a direção na qual deve ir. Há um excesso de benefícios, programas de transferência de renda? Sem dúvida. O Estado brasileiro assumiu uma participação na renda nacional muito maior do que qualquer outro Estado democrático que eu conheço. Acha que a recessão vai se estender até final do ano que vem? Em meados ou final do ano que vem, estamos recuperados e num caminho possivelmente melhor que outro país, e vou te dizer por quê. Nós estamos trabalhando hoje na implementação do CAR (Cadastro Ambiental Rural, que registra imóveis), na fundação, e todos os subprodutos nos dirigem a um boom enorme na área agropecuária e de recuperação florestal do país. É definitivo. Estamos exportando 210 milhões de toneladas de grãos, já ultrapassamos os Estados Unidos. Quando for 2050, tecnicamente, se não acontecer absolutamente nada e conseguirmos evitar os males da mudança climática na agricultura, teremos capacidade de produção de 660 milhões de toneladas, ou seja, o total das necessidades de segurança alimentar do planeta. Você acha que eu não vou ser otimista com relação ao Brasil? Então, o futuro do país está no agronegócio? Sem dúvida alguma. É ruim a economia se basear em exportação de commodities? Muito ao contrário. É uma commodity segura, que independe de especulação e de demandas específicas —é uma demanda constante e necessária para o planeta. A demanda da China ameaçada é um problema? Não. A China será um mercado permanente para todos os nossos produtos agropecuários e, além do mais, vamos recuperar praticamente 12 milhões de hectares de floresta nos próximos dez anos. Isso significa um gigantesco "sink" [sequestrador] de carbono, mais do que qualquer outro país. Acredita em impeachment? Aí já não sei. Não é a minha profissão. - > formado em engenharia civil e matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro > pós-graduado pelo Instituto de Ciências Políticas (França) > presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável > membro do conselho de administração da Klabin > foi prefeito do Rio de Janeiro (1979)
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Procuradoria da Colômbia concede primeiras anistias a membros das Farc
A Procuradoria da Colômbia anunciou nesta segunda-feira (27) que outorgou as primeiras quatro anistias a membros das Farc, dentro da aplicação do acordo de paz selado entre a guerrilha e o governo. Em nota, o órgão informou ter recebido 98 pedidos de anistia como resultado do processo de paz. Dos anistiados, três são de Neiva, no departamento de Huila (oeste), e um de Paz de Ariporo, em Casanare (leste). Pelo pacto, só os guerrilheiros que não cometeram crimes graves, como homicídio, estupro e sequestro, ou contra a humanidade podem ter os delitos perdoados. Os demais passarão por um tribunal especial para a paz. Outros 72 pedidos de liberdade condicional de militantes que já haviam sido condenados por associação com as Farc e cumpriam pena começaram a ser avaliados pelos procuradores colombianos. A decisão sobre estes pedidos devem ser anunciadas nos próximos dias pelo Tribunal Superior de Bogotá. Neste caso, eles terão que assinar um termo de compromisso para se submeter livremente à corte especial.
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Procuradoria da Colômbia concede primeiras anistias a membros das FarcA Procuradoria da Colômbia anunciou nesta segunda-feira (27) que outorgou as primeiras quatro anistias a membros das Farc, dentro da aplicação do acordo de paz selado entre a guerrilha e o governo. Em nota, o órgão informou ter recebido 98 pedidos de anistia como resultado do processo de paz. Dos anistiados, três são de Neiva, no departamento de Huila (oeste), e um de Paz de Ariporo, em Casanare (leste). Pelo pacto, só os guerrilheiros que não cometeram crimes graves, como homicídio, estupro e sequestro, ou contra a humanidade podem ter os delitos perdoados. Os demais passarão por um tribunal especial para a paz. Outros 72 pedidos de liberdade condicional de militantes que já haviam sido condenados por associação com as Farc e cumpriam pena começaram a ser avaliados pelos procuradores colombianos. A decisão sobre estes pedidos devem ser anunciadas nos próximos dias pelo Tribunal Superior de Bogotá. Neste caso, eles terão que assinar um termo de compromisso para se submeter livremente à corte especial.
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'Não tenho o que dedurar', diz Marcelo Odebrecht sobre delação
O presidente afastado da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou nesta terça-feira (1º) à CPI da Petrobras que "não tenho o que dedurar", rejeitando a hipótese de um acordo de colaboração premiada na Operação Lava Jato, e disse que a investigação está causando "desgaste desnecessário". Ressaltando aos deputados que não poderia comentar detalhes das acusações que responde na Justiça, porque serão defendidas pelos seus advogados no processo, Marcelo foi o primeiro executivo da empreiteira Odebrecht a responder perguntas da CPI nesta sessão. Também foram ouvidos outros quatro executivos da Odebrecht: Márcio Faria, Rogério Araújo, César Ramos e Alexandrino Alencar, mas todos ficaram calados. Marcelo Odebrecht foi preso em junho como parte das investigações da Lava Jato, sob acusação de integrar o esquema de corrupção na Petrobras e formar um cartel para obter contratos com a estatal. Ele teve a prisão prorrogada em julho. Questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ) se tinha intenção de firmar uma colaboração, Marcelo deu um exemplo com suas filhas. Segundo Odebrecht, quando elas brigavam e ele perguntava quem provocou a briga, "eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquele que fez o fato". "Para alguém dedurar, ele precisa ter o que dedurar. Esse é o primeiro fato. Isso eu acho que não ocorre aqui", declarou. Ele disse que a Polícia Federal lhe ofereceu a possibilidade de um acordo de colaboração quando foi ouvido. Marcelo Odebrecht ainda afirmou que sua defesa não teve acesso a todas as provas contra ele e, respondendo a perguntas sobre pressões pelo esvaziamento das investigações ou da possibilidade de fuga da prisão, disse "jamais". O advogado Nabor Bulhões, que defende Marcelo Odebrecht, destacou que a fala do executivo na CPI buscou chamar atenção para o cerceamento de defesa que ele e outros investigados na operação vêm sofrendo. "A defesa tem que conhecer não só o teor da acusação, mas todos os elementos que o MPF (Ministério Público Federal) se baseia para fazer a denuncia, e isso não aconteceu até agora. A situação é preocupante, traduz um enorme cerceamento de defesa para todos os acusados, entre eles o Marcelo", disse à Folha. Em agosto, a defesa do executivo protocolou uma petição solicitando ao juiz Sérgio Moro acesso a todas as delações premiadas que foram usadas pelo MPF para oferecer a denuncia contra Marcelo Odebrecht. O documento também pede acesso a registros sobre as doações bancárias envolvendo as empresas Intercorp, Trident, Klienfeld, Pexo Corporation e Quinus, e à integra de processos instaurados pelas Comissões Internas de Apuração da Petrobras, entre outros materiais. DESGASTE O presidente da Odebrecht afirmou ainda que a Lava Jato "está gerando desgaste desnecessário para a Petrobras e as empresas nacionais" e que "nós devíamos cuidar melhor tanto da imagem da Petrobras como das empresas nacionais". Questionado sobre a atual imagem da Odebrecht vinculada à corrupção, Marcelo chamou-a de "fenômeno da publicidade opressiva" e disse inclusive contar com os deputados para reverter essa concepção. Em sua fala inicial, Marcelo disse que "sempre" esteve à disposição para ser ouvido antes de ser preso, mas reclamou que só foi ouvido uma vez pela Polícia Federal, e após a sua prisão. Questionado pelo deputado Bruno Covas (PSDB-SP) se conversou sobre a relação entre a Odebrecht e a Petrobras em encontros com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, Marcelo respondeu positivamente. "É provável e mais do que natural", disse e ressaltou ter se tratado de conversas "republicanas" e que provavelmente falaria sobre o tema com amigos, empresários e outros políticos. A questões sobre as acusações de fazer parte de um cartel de empreiteiras ou de pagamento de propina, por exemplo, Marcelo não quis comentar. Apesar de preso e afastado do dia a dia da empresa, o empreiteiro disse que a Odebrecht "continua absolutamente sólida" e vai superar a crise. "Cada um de nós vai superar esse momento e vamos sair mais fortalecidos dessa crise", afirmou. O ex-gerente da Petrobras Celso Araripe optou pelo silêncio também, mas chegou a afirmar que foi demitido da estatal sem ter conhecimento do relatório que lhe acusou.
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'Não tenho o que dedurar', diz Marcelo Odebrecht sobre delaçãoO presidente afastado da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou nesta terça-feira (1º) à CPI da Petrobras que "não tenho o que dedurar", rejeitando a hipótese de um acordo de colaboração premiada na Operação Lava Jato, e disse que a investigação está causando "desgaste desnecessário". Ressaltando aos deputados que não poderia comentar detalhes das acusações que responde na Justiça, porque serão defendidas pelos seus advogados no processo, Marcelo foi o primeiro executivo da empreiteira Odebrecht a responder perguntas da CPI nesta sessão. Também foram ouvidos outros quatro executivos da Odebrecht: Márcio Faria, Rogério Araújo, César Ramos e Alexandrino Alencar, mas todos ficaram calados. Marcelo Odebrecht foi preso em junho como parte das investigações da Lava Jato, sob acusação de integrar o esquema de corrupção na Petrobras e formar um cartel para obter contratos com a estatal. Ele teve a prisão prorrogada em julho. Questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ) se tinha intenção de firmar uma colaboração, Marcelo deu um exemplo com suas filhas. Segundo Odebrecht, quando elas brigavam e ele perguntava quem provocou a briga, "eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquele que fez o fato". "Para alguém dedurar, ele precisa ter o que dedurar. Esse é o primeiro fato. Isso eu acho que não ocorre aqui", declarou. Ele disse que a Polícia Federal lhe ofereceu a possibilidade de um acordo de colaboração quando foi ouvido. Marcelo Odebrecht ainda afirmou que sua defesa não teve acesso a todas as provas contra ele e, respondendo a perguntas sobre pressões pelo esvaziamento das investigações ou da possibilidade de fuga da prisão, disse "jamais". O advogado Nabor Bulhões, que defende Marcelo Odebrecht, destacou que a fala do executivo na CPI buscou chamar atenção para o cerceamento de defesa que ele e outros investigados na operação vêm sofrendo. "A defesa tem que conhecer não só o teor da acusação, mas todos os elementos que o MPF (Ministério Público Federal) se baseia para fazer a denuncia, e isso não aconteceu até agora. A situação é preocupante, traduz um enorme cerceamento de defesa para todos os acusados, entre eles o Marcelo", disse à Folha. Em agosto, a defesa do executivo protocolou uma petição solicitando ao juiz Sérgio Moro acesso a todas as delações premiadas que foram usadas pelo MPF para oferecer a denuncia contra Marcelo Odebrecht. O documento também pede acesso a registros sobre as doações bancárias envolvendo as empresas Intercorp, Trident, Klienfeld, Pexo Corporation e Quinus, e à integra de processos instaurados pelas Comissões Internas de Apuração da Petrobras, entre outros materiais. DESGASTE O presidente da Odebrecht afirmou ainda que a Lava Jato "está gerando desgaste desnecessário para a Petrobras e as empresas nacionais" e que "nós devíamos cuidar melhor tanto da imagem da Petrobras como das empresas nacionais". Questionado sobre a atual imagem da Odebrecht vinculada à corrupção, Marcelo chamou-a de "fenômeno da publicidade opressiva" e disse inclusive contar com os deputados para reverter essa concepção. Em sua fala inicial, Marcelo disse que "sempre" esteve à disposição para ser ouvido antes de ser preso, mas reclamou que só foi ouvido uma vez pela Polícia Federal, e após a sua prisão. Questionado pelo deputado Bruno Covas (PSDB-SP) se conversou sobre a relação entre a Odebrecht e a Petrobras em encontros com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, Marcelo respondeu positivamente. "É provável e mais do que natural", disse e ressaltou ter se tratado de conversas "republicanas" e que provavelmente falaria sobre o tema com amigos, empresários e outros políticos. A questões sobre as acusações de fazer parte de um cartel de empreiteiras ou de pagamento de propina, por exemplo, Marcelo não quis comentar. Apesar de preso e afastado do dia a dia da empresa, o empreiteiro disse que a Odebrecht "continua absolutamente sólida" e vai superar a crise. "Cada um de nós vai superar esse momento e vamos sair mais fortalecidos dessa crise", afirmou. O ex-gerente da Petrobras Celso Araripe optou pelo silêncio também, mas chegou a afirmar que foi demitido da estatal sem ter conhecimento do relatório que lhe acusou.
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Taxar emissão de carbono poderia gerar empregos, diz Marina Silva
Para a ex-senadora Marina Silva (Rede) um imposto sobre emissões de carbono poderia levar à implementação de novas tecnologias no Brasil e à geração de empregos. "Esse imposto pode ter um efeito muito grande se pudermos superar os efeitos indesejáveis", afirmou. A ex-candidata à Presidência esteve presente como espectadora no debate "Economia de Baixo Carbono", promovido nesta terça-feira (24) pela Folha em parceria com o Insper e o Instituto Escolhas. O comentário foi feito durante a apresentação do estudo "Impactos Econômicos e Sociais da Tributação de Carbono no Brasil". Elaborado pelo Instituto Escolhas, ele afirma que a taxação excluiria setores mais poluidores e ineficientes, e impulsionaria setores ligados a fontes menos poluentes. Isso ajudaria o governo brasileiro a cumprir a própria meta de chegar ao patamar de emissão de 1,3 giga-tonelada de CO2 (ou bilhão de tonelada de dióxido de carbono) em 2025, uma redução de 37% na comparação com 2005. Para 2030, a meta é de 1,2 giga-tonelada uma redução de 43% na comparação com o mesmo período. "Uma das formas para reduzir emissões é criar uma taxa por barril de petróleo que entra na refinaria", afirmou Roberto Kishinami, especialista em meio ambiente e energia. IMPACTO SOBRE O PIB O estudo destaca a necessidade de tomar medidas para diminuir o impacto imediato sobre o PIB que a oneração de empresas mais poluentes traria. Se um novo imposto fosse criado em cima dos outros já existentes, "uma tributação de US$ 10 por tonelada de CO2 traria uma redução de 0,19% do PIB e uma taxação de US$ 50 por tonelada poderia reduzir o PIB em 0,94% no curto prazo", afirmou o economista Bernard Appy, formulador do estudo. Para diminuir esse impacto, o trabalho propõe criar uma taxação sobre o carbono combinada com a redução do valor pago pelo PIS/Cofins e a simplificação do tributo. Segundo os cálculos do estudo, a simplificação do PIS/Cofins reduziria a arrecadação em R$ 37,4 bilhões (em valores de dezembro de 2011). A alíquota proposta para o imposto sobre a emissão de CO2 é de US$ 35,68 por tonelada. "O governo discute a reforma do PIS/Cofins e o aumento da alíquota; sugerimos que seja criado um novo imposto para tributar o carbono ao invés de se aumentar a alíquota do PIS/Cofins", explicou o economista. De acordo com Appy, para não prejudicar a competitividade dos produtos brasileiros, seria preciso adotar medidas compensatórias, como tributar a importação de produtos com alta emissão de carbono e desonerar exportações. "Os setores intensivos em carbono seriam mais tributados; a ideia é desestimular as emissões", disse. O documento aponta também que a adoção de um imposto sobre as emissões deveria vir acompanhada de outras políticas, como as de incentivo à inovação tecnológica e investimentos em infraestrutura.
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Taxar emissão de carbono poderia gerar empregos, diz Marina SilvaPara a ex-senadora Marina Silva (Rede) um imposto sobre emissões de carbono poderia levar à implementação de novas tecnologias no Brasil e à geração de empregos. "Esse imposto pode ter um efeito muito grande se pudermos superar os efeitos indesejáveis", afirmou. A ex-candidata à Presidência esteve presente como espectadora no debate "Economia de Baixo Carbono", promovido nesta terça-feira (24) pela Folha em parceria com o Insper e o Instituto Escolhas. O comentário foi feito durante a apresentação do estudo "Impactos Econômicos e Sociais da Tributação de Carbono no Brasil". Elaborado pelo Instituto Escolhas, ele afirma que a taxação excluiria setores mais poluidores e ineficientes, e impulsionaria setores ligados a fontes menos poluentes. Isso ajudaria o governo brasileiro a cumprir a própria meta de chegar ao patamar de emissão de 1,3 giga-tonelada de CO2 (ou bilhão de tonelada de dióxido de carbono) em 2025, uma redução de 37% na comparação com 2005. Para 2030, a meta é de 1,2 giga-tonelada uma redução de 43% na comparação com o mesmo período. "Uma das formas para reduzir emissões é criar uma taxa por barril de petróleo que entra na refinaria", afirmou Roberto Kishinami, especialista em meio ambiente e energia. IMPACTO SOBRE O PIB O estudo destaca a necessidade de tomar medidas para diminuir o impacto imediato sobre o PIB que a oneração de empresas mais poluentes traria. Se um novo imposto fosse criado em cima dos outros já existentes, "uma tributação de US$ 10 por tonelada de CO2 traria uma redução de 0,19% do PIB e uma taxação de US$ 50 por tonelada poderia reduzir o PIB em 0,94% no curto prazo", afirmou o economista Bernard Appy, formulador do estudo. Para diminuir esse impacto, o trabalho propõe criar uma taxação sobre o carbono combinada com a redução do valor pago pelo PIS/Cofins e a simplificação do tributo. Segundo os cálculos do estudo, a simplificação do PIS/Cofins reduziria a arrecadação em R$ 37,4 bilhões (em valores de dezembro de 2011). A alíquota proposta para o imposto sobre a emissão de CO2 é de US$ 35,68 por tonelada. "O governo discute a reforma do PIS/Cofins e o aumento da alíquota; sugerimos que seja criado um novo imposto para tributar o carbono ao invés de se aumentar a alíquota do PIS/Cofins", explicou o economista. De acordo com Appy, para não prejudicar a competitividade dos produtos brasileiros, seria preciso adotar medidas compensatórias, como tributar a importação de produtos com alta emissão de carbono e desonerar exportações. "Os setores intensivos em carbono seriam mais tributados; a ideia é desestimular as emissões", disse. O documento aponta também que a adoção de um imposto sobre as emissões deveria vir acompanhada de outras políticas, como as de incentivo à inovação tecnológica e investimentos em infraestrutura.
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Do sofá ao boteco, Elma Chips é a marca de salgadinho mais citada em pesquisa
LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO Na prateleira do supermercado, são 17 marcas sob os braços da Elma Chips para o segmento "snacks". Ou salgadinhos, como preferem os paulistanos. Qual será o da vez? A Ruffles dá um pulinho à imaginação: noite de domingo, série na TV, refrigerante e um pote de catchup para lambuzar cada "batata da onda", sabor churrasco. Será? A propaganda brinca com a preguiça geral da república: "Sabor irresistível de churrasco, sem os perrengues de acender a churrasqueira". Pula. Quem sabe o "Extreme Cheddarlicious" (cheddar) ou a "Pepperonda" (pepperoni)? Tantos sabores, tantas ondas. Aliás, como elas são feitas, as ondas? A empresa explica: "Um sistema cuidadoso de plantação que começa com a escolha do terreno e se estende à colheita, seleção, lavagem e acondicionamento adequado de cada uma das batatas". Depois, começa a mágica, diz, quando as batatas vão parar nas três fábricas da empresa no país. "São lavadas, descascadas, cortadas, fritadas/assadas e escaneadas para evitar imperfeições." Logo adiante vem o Doritos. Sofá, refrigerante, final da NBA. Cada cesta uma tortilha. "Sabor intenso e crocância incomparável." Mais para o final da gôndola, o veterano Baconzitos, no mercado desde 1974. Um dos primeiros salgadinhos da Elma Chips no Brasil. E seu irmão, o Cebolitos, nas ruas desde 1978? "Irresistível sabor de cebola." A Elma Chips pertence à gigante Pepsico desde 1974. Da mesma multinacional é a marca Lucky —adquirida pela Pepsico em 2007—, responsável pelos famigerados salgadinhos Fofura e Torcida. O primeiro é do fim dos anos 1980. Baratinho, saco grande para dividir com o irmão, pois era época da hiperinflação, sabe como é. Sofá, suco em pó, Faustão na TV. O segundo é aquele que "conquistou o Brasil". Lembra mesa de bar, cerveja, um prato de plástico e esses minúsculos tira-gostos por cima. Sabor galeto? Picanha? Pimenta?
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Do sofá ao boteco, Elma Chips é a marca de salgadinho mais citada em pesquisaLEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO Na prateleira do supermercado, são 17 marcas sob os braços da Elma Chips para o segmento "snacks". Ou salgadinhos, como preferem os paulistanos. Qual será o da vez? A Ruffles dá um pulinho à imaginação: noite de domingo, série na TV, refrigerante e um pote de catchup para lambuzar cada "batata da onda", sabor churrasco. Será? A propaganda brinca com a preguiça geral da república: "Sabor irresistível de churrasco, sem os perrengues de acender a churrasqueira". Pula. Quem sabe o "Extreme Cheddarlicious" (cheddar) ou a "Pepperonda" (pepperoni)? Tantos sabores, tantas ondas. Aliás, como elas são feitas, as ondas? A empresa explica: "Um sistema cuidadoso de plantação que começa com a escolha do terreno e se estende à colheita, seleção, lavagem e acondicionamento adequado de cada uma das batatas". Depois, começa a mágica, diz, quando as batatas vão parar nas três fábricas da empresa no país. "São lavadas, descascadas, cortadas, fritadas/assadas e escaneadas para evitar imperfeições." Logo adiante vem o Doritos. Sofá, refrigerante, final da NBA. Cada cesta uma tortilha. "Sabor intenso e crocância incomparável." Mais para o final da gôndola, o veterano Baconzitos, no mercado desde 1974. Um dos primeiros salgadinhos da Elma Chips no Brasil. E seu irmão, o Cebolitos, nas ruas desde 1978? "Irresistível sabor de cebola." A Elma Chips pertence à gigante Pepsico desde 1974. Da mesma multinacional é a marca Lucky —adquirida pela Pepsico em 2007—, responsável pelos famigerados salgadinhos Fofura e Torcida. O primeiro é do fim dos anos 1980. Baratinho, saco grande para dividir com o irmão, pois era época da hiperinflação, sabe como é. Sofá, suco em pó, Faustão na TV. O segundo é aquele que "conquistou o Brasil". Lembra mesa de bar, cerveja, um prato de plástico e esses minúsculos tira-gostos por cima. Sabor galeto? Picanha? Pimenta?
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Morre em São Paulo aos 79 anos o ator Walter Portella
Morreu na manhã desta sexta (25), aos 79 anos, o ator Walter Portella, cuja trajetória atravessou momentos fundamentais para a história do teatro nacional, principalmente nos anos 1970 e 1980, quando trabalhou ao lado de Antunes Filho. Portella havia sido diagnosticado com polineuropatia, doença com sintomas similares ao do mal de Parkinson. Entre as peças que fez com o encenador e diretor do Centro de Pesquisa Teatral está "Macunaíma" (1978), adaptação para o romance de Mário de Andrade apontado por historiadores como marco da contemporaneidade no teatro nacional. No CPT de Antunes, Portella também atuou em "Nelson Rodrigues - Eterno Retorno" (1984), montagem com adaptações do autor pernambucano. Foram quase 20 anos de carreira ao lado de Antunes. Em 2002, atuou em "O Beijo no Asfalto", também de Nelson Rodrigues, em encenação do grupo Círculo dos Comediantes, com direção de Marco Antônio Braz. Mais recentemente, esteve em montagens da Velha Companhia, fundada por Kiko Marques, Alejandra Sampaio e Virgínia Buckowski. Junto deles, fez o espetáculo "Cais ou da Indiferença das Embarcações" (2013), interpretando o narrador de uma história que atravessava diversas gerações de uma família caiçara. Em maio, voltou a atuar com a Velha Companhia em "Valéria e os Pássaros", espetáculo de traços oníricos sobre uma mulher rodeada por personagens mortos. Por questões de saúde, deixou a peça antes de terminar a temporada e foi substituído por Marques, o diretor.
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Morre em São Paulo aos 79 anos o ator Walter PortellaMorreu na manhã desta sexta (25), aos 79 anos, o ator Walter Portella, cuja trajetória atravessou momentos fundamentais para a história do teatro nacional, principalmente nos anos 1970 e 1980, quando trabalhou ao lado de Antunes Filho. Portella havia sido diagnosticado com polineuropatia, doença com sintomas similares ao do mal de Parkinson. Entre as peças que fez com o encenador e diretor do Centro de Pesquisa Teatral está "Macunaíma" (1978), adaptação para o romance de Mário de Andrade apontado por historiadores como marco da contemporaneidade no teatro nacional. No CPT de Antunes, Portella também atuou em "Nelson Rodrigues - Eterno Retorno" (1984), montagem com adaptações do autor pernambucano. Foram quase 20 anos de carreira ao lado de Antunes. Em 2002, atuou em "O Beijo no Asfalto", também de Nelson Rodrigues, em encenação do grupo Círculo dos Comediantes, com direção de Marco Antônio Braz. Mais recentemente, esteve em montagens da Velha Companhia, fundada por Kiko Marques, Alejandra Sampaio e Virgínia Buckowski. Junto deles, fez o espetáculo "Cais ou da Indiferença das Embarcações" (2013), interpretando o narrador de uma história que atravessava diversas gerações de uma família caiçara. Em maio, voltou a atuar com a Velha Companhia em "Valéria e os Pássaros", espetáculo de traços oníricos sobre uma mulher rodeada por personagens mortos. Por questões de saúde, deixou a peça antes de terminar a temporada e foi substituído por Marques, o diretor.
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Em crise de medalhas, Cuba está em todas as finais do boxe e ameaça Brasil
A crise de medalhas que vive Cuba neste Pan Americano não atingiu seu esporte mais popular. O país está presente em todas as dez finais de boxe masculino dos Jogos de Toronto. É a primeira vez que boxeadores da ilha atingem essa marca. Cada país tem apenas um atleta por categoria. Cuba domina o esporte no Pan desde Winnipeg-67. O boxe é uma das apostas para compensar o mau desempenho em outras modalidades e tentar tomar o terceiro lugar do Brasil no quadro de medalhas. Isso não significa que os atletas do esporte mais popular da ilha não enfrentem também dificuldades. "Agora começa uma abertura com os Estados Unidos. Mas ainda estamos sob bloqueio [econômico]. Isso dificulta o desenvolvimento do esporte. Construção de ginásios, materiais de trabalho. O Estado faz um esforço muito grande para manter o esporte cubano. Mas tem que lidar com muitos programas de saúde, educação, construções...", disse o técnico da seleção cubana de boxe, Rolando Acebal. Apesar da marca positiva, Cuba precisa confirmar o favoritismo para manter o desempenho de Guadalajara-11, quando conquistou oito ouros. No último Pan, o país ficou fora de apenas uma final. "O sucesso é produto de um trabalho que vem da base, bem organizado. Temos bons técnicos que ensinam os atletas desde cedo", disse Acebal. Dois brasileiros caíram no caminho dos cubanos. O baiano Carlos Rocha, categoria até 56 kg, foi eliminado por Andy Cruz nas quartas-de-finais por 3 a 0. Joedison Teixeira (até 64 kg) perdeu nas semifinais para Yasnier Toledo, e saiu com o bronze. Outro brasileiro que ficou chegou ao pódio no terceiro lugar foi o paraense Rafael Lima, na categoria acima de 91kg. FEMININO Cuba não tem atletas no boxe feminino, que tem três categorias nesse Pan. As mulheres não fazem parte do programa do governo para o esporte. A mudança deve estar próxima, sob exigência a ser criada pela Série Mundial de Boxe, da qual a ilha faz parte desde 2013. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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Em crise de medalhas, Cuba está em todas as finais do boxe e ameaça BrasilA crise de medalhas que vive Cuba neste Pan Americano não atingiu seu esporte mais popular. O país está presente em todas as dez finais de boxe masculino dos Jogos de Toronto. É a primeira vez que boxeadores da ilha atingem essa marca. Cada país tem apenas um atleta por categoria. Cuba domina o esporte no Pan desde Winnipeg-67. O boxe é uma das apostas para compensar o mau desempenho em outras modalidades e tentar tomar o terceiro lugar do Brasil no quadro de medalhas. Isso não significa que os atletas do esporte mais popular da ilha não enfrentem também dificuldades. "Agora começa uma abertura com os Estados Unidos. Mas ainda estamos sob bloqueio [econômico]. Isso dificulta o desenvolvimento do esporte. Construção de ginásios, materiais de trabalho. O Estado faz um esforço muito grande para manter o esporte cubano. Mas tem que lidar com muitos programas de saúde, educação, construções...", disse o técnico da seleção cubana de boxe, Rolando Acebal. Apesar da marca positiva, Cuba precisa confirmar o favoritismo para manter o desempenho de Guadalajara-11, quando conquistou oito ouros. No último Pan, o país ficou fora de apenas uma final. "O sucesso é produto de um trabalho que vem da base, bem organizado. Temos bons técnicos que ensinam os atletas desde cedo", disse Acebal. Dois brasileiros caíram no caminho dos cubanos. O baiano Carlos Rocha, categoria até 56 kg, foi eliminado por Andy Cruz nas quartas-de-finais por 3 a 0. Joedison Teixeira (até 64 kg) perdeu nas semifinais para Yasnier Toledo, e saiu com o bronze. Outro brasileiro que ficou chegou ao pódio no terceiro lugar foi o paraense Rafael Lima, na categoria acima de 91kg. FEMININO Cuba não tem atletas no boxe feminino, que tem três categorias nesse Pan. As mulheres não fazem parte do programa do governo para o esporte. A mudança deve estar próxima, sob exigência a ser criada pela Série Mundial de Boxe, da qual a ilha faz parte desde 2013. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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Exposição em shopping reúne 12 fotografias que celebram o amor
JÚLIA GOUVEIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Apreciar o trabalho de artistas novos e já conhecidos também é um motivo para ir ao shopping. Nesta semana, três centros comerciais da capital paulista apostaram nessa ideia e transformaram seus espaços em galerias de arte. O Pátio Higienópolis aproveitou a área de acesso ao restaurante MoDi, no piso Higienópolis, para expor 12 fotografias que celebram o amor. Criada pela fotógrafa Caroline Vargas, a exposição "I See Hearts" reúne imagens de elementos da natureza (como nuvens, pássaros, flores) que foram clicados em poses que sugerem o formato de corações. A mostra vai ser aberta gratuitamente ao público nesta quarta (7) e segue em cartaz até 30/6. Outra mostra de fotografia é a "Interiores Contemporâneos", que pode ser vista até sábado (10) no Lar Center. Composta por painéis com imagens de projetos da designer de interiores e paisagista Iara Kílaris, a exposição chega a São Paulo depois de passar por cidades do interior do Estado. A proposta é apresentar ao público diferentes projetos de arquitetura e novidades do design criados no país. Com o objetivo de dar visibilidade a novos artistas brasileiros, o D&D inaugura, na quinta (8), uma mostra resultante do concurso Reflexão: Arte Hoje, que recebeu cerca de 350 trabalhos. A seleção de 50 dessas obras, divididas em suportes como pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia e multimeios, estará exposta no shopping especializado em decoração e design. Pátio Higienópolis - passagem do restaurante MoDi. Av Higienópolis, 618, Higienópolis, região central, tel. 3823-2300. 12h às 22h. De 7/6 a 30/6. Livre. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS Lar Center. Av. Otto Baumgart, 500, Vila Guilherme, região norte, tel. 2224-5959. Seg. a sex.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Livre. Até sábado (10). Estac. a partir de R$ 9. GRÁTIS D&D - 1º andar. Av. das Nações Unidas, 12.555, Brooklin, região sul, tel. 3043-9000. Seg. a sex.: 10h às 21h. Sáb.: 10h às 20h. Dom.: 14h às 19h. De 8/6 a 24/6. Livre. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS - Saúde é o que interessa Wellness Week Além das compras, quem visitar o Cidade Jardim nesta semana poderá meditar ao pôr do sol, fazer aulas de ioga, dança e participar de palestras como de culinária funcional e preceitos da cabala. As atividades são gratuitas e fazem parte da Wellness Week, que ocorre entre terça (6) e domingo (11). Haverá ainda um "health market" com produtos orgânicos e saudáveis. Shopping Cidade Jardim. Av. Magalhães de Castro, 12.000, Butatã, região oeste, tel. 3552-1000. De ter. (6) a dom. (11). Livre. Mais informações em shoppingcidadejardim.com/principal/cidade-jardim-wellness-week-por-it-brands * O amor está no ar Dias dos Namorados no Boulevard Com direito à música ao vivo, velas, iluminação e cardápio especial, os casais apaixonados poderão aproveitar o boulevard do West Plaza (uma área ao ar livre que liga as torres do empreendimento) para comemorar o Dia dos Namorados. O espaço receberá, no fim de semana da data, mesas onde os casais serão servidos enquanto curtem pockets shows musicais. Os espetáculos são gratuitos, e os drinques e pratos terão preços promocionais. Shopping West Plaza - boulevard. Av. Francisco Matarazzo, Água Branca, região oeste, tel. 3677-4000. Sex. (9) a seg. (12): 19h às 22h. Livre. Estac. a partir de R$ 10. * Segura, peão! Fazendinha Park Para que a criançada se sinta no campo em plena cidade, o Boulevard Tatuapé criou um espaço inspirado em uma fazenda. Os brinquedos da área são infláveis, e um touro mecânico disputa a preferência dos baixinhos com escorregadores e cama elástica, entre outras atrações. Shopping Metrô Boulevard Tatuapé - pça de eventos. R. Gonçalves Crespo, 78, Tatuapé, região leste, tel. 2225-7000. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Até 13/6. Ingr.: R$ 25, para 30 min. Livre. Estac. a partir de R$ 8. GRÁTIS * Atletas de 4 patas 2ª edição da Pet Run É bom já ir treinando seu cãozinho para a corrida, que espera reunir mais de mil participantes. As provas ocorrem em um percurso de 2 km, feito no estacionamento do Santana Park. A competição será em 16/7, mas as inscrições se encerram no dia 11/6. Santana Parque Shopping. R. Conselheiro Moreira de Barros, 2780, Santana, região norte, tel. 2238-3002. Inscrições até 11/,6 por R$ 40, p/ petrun.com.br. Prova: 16/7, a partir das 8h. Estac. a partir de R$ 12.
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Exposição em shopping reúne 12 fotografias que celebram o amorJÚLIA GOUVEIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Apreciar o trabalho de artistas novos e já conhecidos também é um motivo para ir ao shopping. Nesta semana, três centros comerciais da capital paulista apostaram nessa ideia e transformaram seus espaços em galerias de arte. O Pátio Higienópolis aproveitou a área de acesso ao restaurante MoDi, no piso Higienópolis, para expor 12 fotografias que celebram o amor. Criada pela fotógrafa Caroline Vargas, a exposição "I See Hearts" reúne imagens de elementos da natureza (como nuvens, pássaros, flores) que foram clicados em poses que sugerem o formato de corações. A mostra vai ser aberta gratuitamente ao público nesta quarta (7) e segue em cartaz até 30/6. Outra mostra de fotografia é a "Interiores Contemporâneos", que pode ser vista até sábado (10) no Lar Center. Composta por painéis com imagens de projetos da designer de interiores e paisagista Iara Kílaris, a exposição chega a São Paulo depois de passar por cidades do interior do Estado. A proposta é apresentar ao público diferentes projetos de arquitetura e novidades do design criados no país. Com o objetivo de dar visibilidade a novos artistas brasileiros, o D&D inaugura, na quinta (8), uma mostra resultante do concurso Reflexão: Arte Hoje, que recebeu cerca de 350 trabalhos. A seleção de 50 dessas obras, divididas em suportes como pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia e multimeios, estará exposta no shopping especializado em decoração e design. Pátio Higienópolis - passagem do restaurante MoDi. Av Higienópolis, 618, Higienópolis, região central, tel. 3823-2300. 12h às 22h. De 7/6 a 30/6. Livre. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS Lar Center. Av. Otto Baumgart, 500, Vila Guilherme, região norte, tel. 2224-5959. Seg. a sex.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Livre. Até sábado (10). Estac. a partir de R$ 9. GRÁTIS D&D - 1º andar. Av. das Nações Unidas, 12.555, Brooklin, região sul, tel. 3043-9000. Seg. a sex.: 10h às 21h. Sáb.: 10h às 20h. Dom.: 14h às 19h. De 8/6 a 24/6. Livre. Estac. a partir de R$ 15. GRÁTIS - Saúde é o que interessa Wellness Week Além das compras, quem visitar o Cidade Jardim nesta semana poderá meditar ao pôr do sol, fazer aulas de ioga, dança e participar de palestras como de culinária funcional e preceitos da cabala. As atividades são gratuitas e fazem parte da Wellness Week, que ocorre entre terça (6) e domingo (11). Haverá ainda um "health market" com produtos orgânicos e saudáveis. Shopping Cidade Jardim. Av. Magalhães de Castro, 12.000, Butatã, região oeste, tel. 3552-1000. De ter. (6) a dom. (11). Livre. Mais informações em shoppingcidadejardim.com/principal/cidade-jardim-wellness-week-por-it-brands * O amor está no ar Dias dos Namorados no Boulevard Com direito à música ao vivo, velas, iluminação e cardápio especial, os casais apaixonados poderão aproveitar o boulevard do West Plaza (uma área ao ar livre que liga as torres do empreendimento) para comemorar o Dia dos Namorados. O espaço receberá, no fim de semana da data, mesas onde os casais serão servidos enquanto curtem pockets shows musicais. Os espetáculos são gratuitos, e os drinques e pratos terão preços promocionais. Shopping West Plaza - boulevard. Av. Francisco Matarazzo, Água Branca, região oeste, tel. 3677-4000. Sex. (9) a seg. (12): 19h às 22h. Livre. Estac. a partir de R$ 10. * Segura, peão! Fazendinha Park Para que a criançada se sinta no campo em plena cidade, o Boulevard Tatuapé criou um espaço inspirado em uma fazenda. Os brinquedos da área são infláveis, e um touro mecânico disputa a preferência dos baixinhos com escorregadores e cama elástica, entre outras atrações. Shopping Metrô Boulevard Tatuapé - pça de eventos. R. Gonçalves Crespo, 78, Tatuapé, região leste, tel. 2225-7000. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. Até 13/6. Ingr.: R$ 25, para 30 min. Livre. Estac. a partir de R$ 8. GRÁTIS * Atletas de 4 patas 2ª edição da Pet Run É bom já ir treinando seu cãozinho para a corrida, que espera reunir mais de mil participantes. As provas ocorrem em um percurso de 2 km, feito no estacionamento do Santana Park. A competição será em 16/7, mas as inscrições se encerram no dia 11/6. Santana Parque Shopping. R. Conselheiro Moreira de Barros, 2780, Santana, região norte, tel. 2238-3002. Inscrições até 11/,6 por R$ 40, p/ petrun.com.br. Prova: 16/7, a partir das 8h. Estac. a partir de R$ 12.
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Dez produtos que subiram de preço para esta Páscoa
Com a inflação elevada, produtos tradicionais no almoço de Páscoa não escaparam da alta de preços. Pescados, batatas, bombons (sem incluir ovos de chocolate) e vinho estão entre eles. De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas), o preço da cesta de produtos com maior procura na Páscoa (composta por 10 itens) teve aumento de 25%, em média, na comparação com o valor praticado no feriado da Semana Santa de 2014. A pesquisa considerou a variação de preços nos últimos 12 meses até fevereiro de 2015. Foram escolhidos para a cesta os produtos mais procurados na Páscoa pelos consumidores. De acordo com André Braz, economista da FGV e responsável pela pesquisa, os ovos de chocolate não entraram na pesquisa porque precisavam de mais tempo para análise, já que os produtos só aparecem nos mercados algumas semanas antes do feriado. "A pesquisa de ovos leva mais tempo. No início de março, quando a pesquisa foi finalizada, as gondolas com os ovos de Páscoa estavam sendo montadas em muitos dos locais pesquisados". Os preços tiveram uma alta acima da inflação medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FGV, DE 7,99% em 12 meses até fevereiro deste ano e usada como referência pelos pesquisadores. BACALHAU EM CONTA Os únicos produtos que tiveram queda de preço, dos dez selecionados pela FGV, foram o bacalhau e o peixe tipo bacalhau (na categoria pescados salgados). Assim como em 2014, esses itens tiveram desvalorização de 3,36% para o consumidor. Abaixo, veja a variação média dos preços dos produtos.
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Dez produtos que subiram de preço para esta PáscoaCom a inflação elevada, produtos tradicionais no almoço de Páscoa não escaparam da alta de preços. Pescados, batatas, bombons (sem incluir ovos de chocolate) e vinho estão entre eles. De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas), o preço da cesta de produtos com maior procura na Páscoa (composta por 10 itens) teve aumento de 25%, em média, na comparação com o valor praticado no feriado da Semana Santa de 2014. A pesquisa considerou a variação de preços nos últimos 12 meses até fevereiro de 2015. Foram escolhidos para a cesta os produtos mais procurados na Páscoa pelos consumidores. De acordo com André Braz, economista da FGV e responsável pela pesquisa, os ovos de chocolate não entraram na pesquisa porque precisavam de mais tempo para análise, já que os produtos só aparecem nos mercados algumas semanas antes do feriado. "A pesquisa de ovos leva mais tempo. No início de março, quando a pesquisa foi finalizada, as gondolas com os ovos de Páscoa estavam sendo montadas em muitos dos locais pesquisados". Os preços tiveram uma alta acima da inflação medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FGV, DE 7,99% em 12 meses até fevereiro deste ano e usada como referência pelos pesquisadores. BACALHAU EM CONTA Os únicos produtos que tiveram queda de preço, dos dez selecionados pela FGV, foram o bacalhau e o peixe tipo bacalhau (na categoria pescados salgados). Assim como em 2014, esses itens tiveram desvalorização de 3,36% para o consumidor. Abaixo, veja a variação média dos preços dos produtos.
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Terça tem interdição no Morumbi e novas ciclovias na zona norte
A prefeitura inaugurou nesta segunda (14) dois novos trechos de ciclovias na zona norte da cidade. Na av. Mergenthaler, o trecho de 700 m se integra com o já existente na av. Dr. Gastão Vidigal. Na av. Santos Dumont, uma das principais vias da região, o trecho conta com 1,7 km sobre o canteiro central e lateral direito da pista, conectando-se com a ciclovia da av. Braz Leme. Aproveite a novidade e vá de bike! Na zona sul da cidade, o acesso da rua Funchal para à av. Dr. Cardoso de Melo está bloqueado para troca de pavimentação e reconfiguração do canteiro central. As obras fazem parte do corredor de ônibus da Berrini. TEMPO A terça deve ser de sol com muitas nuvens, com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima de 29ºC e mínima de 19ºC. VOCÊ DEVERIA SABER Mais de 500 mil pessoas compareceram à av. Paulista neste domingo, no maior ato político da história, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rouseff. Foi resgatado o último corpo de vítima de chuvas em SP; mortos chegam a 25. AGENDA CULTURAL Verde que te quero | Celebrando a semana do dia de St. Patrick, comemorado na quinta (17), o pub Camden House serve, a partir desta terça, o "irish stew com dumplings", um ensopado com pernil de cordeiro com cerveja servido com uma espécie de nhoque (os tais dumplings). Camden House - R. Manuel Guedes, 243, Jardim Europa, tel. 2369-0488. 80 lugares. Ter. e qua.: 17h às 24h. Qui. e sex.: 12h à 1h. Sáb.: 10h à 1h. Dom.: 10h às 17h. Preço: R$ 14 (chope Bamberg Pilsen - 568 ml). Celeste | Para quem é fã de rock, o grupo uruguaio Hablan por la Espalda se apresenta nesta terça, às 21h30, no Sesc Pompeia. Referência do país no exterior, a banda, que persegue uma linha estética rebelde e vanguardista, apresenta o que denominam de "candoblues", estilo que predomina no grupo com influências de bandas uruguaias dos anos 1970. Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca - Oeste. Telefone: 3871-7700. Ingresso: R$ 6 a R$ 20. 21h30.
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Terça tem interdição no Morumbi e novas ciclovias na zona norteA prefeitura inaugurou nesta segunda (14) dois novos trechos de ciclovias na zona norte da cidade. Na av. Mergenthaler, o trecho de 700 m se integra com o já existente na av. Dr. Gastão Vidigal. Na av. Santos Dumont, uma das principais vias da região, o trecho conta com 1,7 km sobre o canteiro central e lateral direito da pista, conectando-se com a ciclovia da av. Braz Leme. Aproveite a novidade e vá de bike! Na zona sul da cidade, o acesso da rua Funchal para à av. Dr. Cardoso de Melo está bloqueado para troca de pavimentação e reconfiguração do canteiro central. As obras fazem parte do corredor de ônibus da Berrini. TEMPO A terça deve ser de sol com muitas nuvens, com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima de 29ºC e mínima de 19ºC. VOCÊ DEVERIA SABER Mais de 500 mil pessoas compareceram à av. Paulista neste domingo, no maior ato político da história, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rouseff. Foi resgatado o último corpo de vítima de chuvas em SP; mortos chegam a 25. AGENDA CULTURAL Verde que te quero | Celebrando a semana do dia de St. Patrick, comemorado na quinta (17), o pub Camden House serve, a partir desta terça, o "irish stew com dumplings", um ensopado com pernil de cordeiro com cerveja servido com uma espécie de nhoque (os tais dumplings). Camden House - R. Manuel Guedes, 243, Jardim Europa, tel. 2369-0488. 80 lugares. Ter. e qua.: 17h às 24h. Qui. e sex.: 12h à 1h. Sáb.: 10h à 1h. Dom.: 10h às 17h. Preço: R$ 14 (chope Bamberg Pilsen - 568 ml). Celeste | Para quem é fã de rock, o grupo uruguaio Hablan por la Espalda se apresenta nesta terça, às 21h30, no Sesc Pompeia. Referência do país no exterior, a banda, que persegue uma linha estética rebelde e vanguardista, apresenta o que denominam de "candoblues", estilo que predomina no grupo com influências de bandas uruguaias dos anos 1970. Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca - Oeste. Telefone: 3871-7700. Ingresso: R$ 6 a R$ 20. 21h30.
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Leitores debatem redução da maioridade penal
Geralmente as crianças tendem a imitar um modelo para moldar sua personalidade. Infelizmente nosso país está carente de bons exemplos, começando com as autoridades constituídas. Como podemos exigir que nossos jovens tenham responsabilidade se os ditos "adultos responsáveis" são flagrados cotidianamente nos seus malfeitos? Essas "autoridades" fariam um serviço muito maior para o país e para os jovens se se comportassem como adultos verdadeiramente probos. TSUNETO SASSAKI (São Paulo, SP) * Se o Estatuto da Criança e do Adolescente mostra-se inadequado com a realidade do crime, como disse o juiz de direito Jorge Alberto Quadros de Carvalho, não seria melhor modificá-lo, endurecendo suas regras em vez de colocar adolescentes recuperáveis com adultos irrecuperáveis no sistema penitenciário já falido? JOSÉ REINALDO BALDIM (Dourado, SP) * O grande problema não é a questão da maioridade ou minoridade, mas, sim, que aqui a lei é tão laxista e plena de atenuantes que os mais variados crimes acabam compensando. Quem realmente é punido em nosso país são a vítima e seus familiares, que, além da perda e da dor que os acompanharão por toda a vida, passado algum tempo, geralmente pouco, poderão cruzar nas ruas com aqueles que causaram todos esses males. JOSÉ AUGUSTO BALDASSARI (Franca, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores debatem redução da maioridade penalGeralmente as crianças tendem a imitar um modelo para moldar sua personalidade. Infelizmente nosso país está carente de bons exemplos, começando com as autoridades constituídas. Como podemos exigir que nossos jovens tenham responsabilidade se os ditos "adultos responsáveis" são flagrados cotidianamente nos seus malfeitos? Essas "autoridades" fariam um serviço muito maior para o país e para os jovens se se comportassem como adultos verdadeiramente probos. TSUNETO SASSAKI (São Paulo, SP) * Se o Estatuto da Criança e do Adolescente mostra-se inadequado com a realidade do crime, como disse o juiz de direito Jorge Alberto Quadros de Carvalho, não seria melhor modificá-lo, endurecendo suas regras em vez de colocar adolescentes recuperáveis com adultos irrecuperáveis no sistema penitenciário já falido? JOSÉ REINALDO BALDIM (Dourado, SP) * O grande problema não é a questão da maioridade ou minoridade, mas, sim, que aqui a lei é tão laxista e plena de atenuantes que os mais variados crimes acabam compensando. Quem realmente é punido em nosso país são a vítima e seus familiares, que, além da perda e da dor que os acompanharão por toda a vida, passado algum tempo, geralmente pouco, poderão cruzar nas ruas com aqueles que causaram todos esses males. JOSÉ AUGUSTO BALDASSARI (Franca, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Novos empreendimentos na Vila Ema transformam perfil do lugar
BÁRBARA LIBÓRIO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A Avenida Vila Ema, que atravessa bairros da zona leste como Vila Prudente, Parque São Lucas, Vila Ema e Sapopemba, é um dos focos das incorporadoras na região. São ao menos três novos empreendimentos em construção na via, segundo levantamento da consultoria imobiliária Geoimovel. Todos os prédios têm apartamentos de dois dormitórios e médio padrão, voltados para quem quer comprar a sua primeira moradia. "São imóveis de perfil mais econômico, bem feitos e que são muito buscados na região", descreve Igor Freire, que é diretor de vendas da imobiliária Lello. Um dos novos empreendimentos é o Reserva Vila Ema, da Diálogo Engenharia. A torre, localizada na altura do número 4.049 da avenida, tem apartamentos de 62 m² e 82 m², com opções de dois e três dormitórios, e preço de R$ 6.700 por metro quadrado. Na infraestrutura de lazer, há piscina, brinquedoteca, churrasqueira, bicicletário, espaço para os animais de estimação e academia. Quase de frente a ele, na altura do número 4.146, está o Família Vila Ema, empreendimento da Developing Incorporadora com imóveis de 58 m², dois dormitórios e terraço gourmet. O preço do metro quadrado da unidade, ali, gira em torno de R$ 9.300. Pouco mais de 1,5 quilômetro adiante está o Lisse Residence, investimento da PDG na altura do número 5.446 da avenida Vila Ema. São apartamentos de dois dormitórios e 56 m², vendidos por cerca de R$ 7.400 o metro quadrado. CRESCIMENTO Os novos prédios aceleram uma transformação já em curso nos últimos anos no perfil da avenida. "Antes havia muitas casas, que foram dando lugar a essas novas construções", afirma Julio Takao, 62, dono há 12 anos de uma banca de jornal na avenida. Ele diz esperar que a expansão imobiliária atraia também mais comércio para o local. "Temos um supermercado, uma relojoaria, uma loja de roupas. É pouco. Quando temos que fazer compras, sempre vamos a outros bairros." Essa é a expectativa também de Rusni da Silva, 41, zelador de um prédio na avenida e morador da região há cinco anos. "Morava em Itaquera antes, mas gosto mais daqui, é mais sossegado. Os novos prédios ajudam a trazer comércio e segurança." Segundo Silva, o transporte fácil é um dos pontos mais fortes da região hoje. "Temos o metrô Vila Prudente [linha 2, verde] e o monotrilho [linha 15, prata] que está em obras. Linha de ônibus tem para onde você quiser. É uma localização estratégica, temos fácil acesso a vários lugares, inclusive ao ABC", lista o zelador. A facilidade de ir da Vila Ema para outros bairros de São Paulo foi o que garantiu a fidelidade da auxiliar administrativa Katia Geraldo, 43, ao bairro e à avenida homônimas. "Passei três anos em Angatuba, no interior, mas quando retornei a São Paulo, fiz questão de voltar pra cá." Para Bruno Vivanco, vice-presidente da imobiliária Abyara, a avenida Vila Ema ganhou status justamente porque atravessa a zona leste. Ele não acredita que o adensamento, concentrado na avenida, se espalhe pelo bairro a ponto de comprometer seu perfil. "Ali sempre houve muitas casinhas e não há terrenos muito grandes para fazer uma grande intervenção urbana." * Bairro faz aniversário de 122 anos A Vila Ema teve origem em um loteamento lançado em 1891 pelo imigrante e investidor alemão Victor Nothmann. Na época da fundação, ocorrida oficialmente em 17 de outubro de 1894, quase 122 anos atrás, a região atraiu muitos alemães recém chegados ao Brasil. O nome do bairro, escolhido por Nothmann, é uma homenagem à esposa do fundador -Emma Nothmann-, e teria sido abrasileirado, perdendo uma das letras, durante a Segunda Guerra. Hoje vivem no bairro, além dos descendentes de alemães, filhos e netos de libaneses e italianos.
sobretudo
Novos empreendimentos na Vila Ema transformam perfil do lugar BÁRBARA LIBÓRIO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A Avenida Vila Ema, que atravessa bairros da zona leste como Vila Prudente, Parque São Lucas, Vila Ema e Sapopemba, é um dos focos das incorporadoras na região. São ao menos três novos empreendimentos em construção na via, segundo levantamento da consultoria imobiliária Geoimovel. Todos os prédios têm apartamentos de dois dormitórios e médio padrão, voltados para quem quer comprar a sua primeira moradia. "São imóveis de perfil mais econômico, bem feitos e que são muito buscados na região", descreve Igor Freire, que é diretor de vendas da imobiliária Lello. Um dos novos empreendimentos é o Reserva Vila Ema, da Diálogo Engenharia. A torre, localizada na altura do número 4.049 da avenida, tem apartamentos de 62 m² e 82 m², com opções de dois e três dormitórios, e preço de R$ 6.700 por metro quadrado. Na infraestrutura de lazer, há piscina, brinquedoteca, churrasqueira, bicicletário, espaço para os animais de estimação e academia. Quase de frente a ele, na altura do número 4.146, está o Família Vila Ema, empreendimento da Developing Incorporadora com imóveis de 58 m², dois dormitórios e terraço gourmet. O preço do metro quadrado da unidade, ali, gira em torno de R$ 9.300. Pouco mais de 1,5 quilômetro adiante está o Lisse Residence, investimento da PDG na altura do número 5.446 da avenida Vila Ema. São apartamentos de dois dormitórios e 56 m², vendidos por cerca de R$ 7.400 o metro quadrado. CRESCIMENTO Os novos prédios aceleram uma transformação já em curso nos últimos anos no perfil da avenida. "Antes havia muitas casas, que foram dando lugar a essas novas construções", afirma Julio Takao, 62, dono há 12 anos de uma banca de jornal na avenida. Ele diz esperar que a expansão imobiliária atraia também mais comércio para o local. "Temos um supermercado, uma relojoaria, uma loja de roupas. É pouco. Quando temos que fazer compras, sempre vamos a outros bairros." Essa é a expectativa também de Rusni da Silva, 41, zelador de um prédio na avenida e morador da região há cinco anos. "Morava em Itaquera antes, mas gosto mais daqui, é mais sossegado. Os novos prédios ajudam a trazer comércio e segurança." Segundo Silva, o transporte fácil é um dos pontos mais fortes da região hoje. "Temos o metrô Vila Prudente [linha 2, verde] e o monotrilho [linha 15, prata] que está em obras. Linha de ônibus tem para onde você quiser. É uma localização estratégica, temos fácil acesso a vários lugares, inclusive ao ABC", lista o zelador. A facilidade de ir da Vila Ema para outros bairros de São Paulo foi o que garantiu a fidelidade da auxiliar administrativa Katia Geraldo, 43, ao bairro e à avenida homônimas. "Passei três anos em Angatuba, no interior, mas quando retornei a São Paulo, fiz questão de voltar pra cá." Para Bruno Vivanco, vice-presidente da imobiliária Abyara, a avenida Vila Ema ganhou status justamente porque atravessa a zona leste. Ele não acredita que o adensamento, concentrado na avenida, se espalhe pelo bairro a ponto de comprometer seu perfil. "Ali sempre houve muitas casinhas e não há terrenos muito grandes para fazer uma grande intervenção urbana." * Bairro faz aniversário de 122 anos A Vila Ema teve origem em um loteamento lançado em 1891 pelo imigrante e investidor alemão Victor Nothmann. Na época da fundação, ocorrida oficialmente em 17 de outubro de 1894, quase 122 anos atrás, a região atraiu muitos alemães recém chegados ao Brasil. O nome do bairro, escolhido por Nothmann, é uma homenagem à esposa do fundador -Emma Nothmann-, e teria sido abrasileirado, perdendo uma das letras, durante a Segunda Guerra. Hoje vivem no bairro, além dos descendentes de alemães, filhos e netos de libaneses e italianos.
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Desembargador que vetou aumento de vereadores ganha R$ 92 mil
O desembargador que barrou o aumento de salário dos vereadores de SP —de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil— recebeu R$ 92 mil de salário em novembro. O mês é o último com dados atualizados no portal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP). Dimas Borelli Thomaz, assim como outros desembargadores da corte, possui ganhos acima do teto constitucional, de R$ 33,7 mil. NO PAPEL Na sentença sobre a Câmara Municipal, Thomaz escreveu que o reajuste "mostra-se incompatível com os primados da moralidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da economicidade". NA FORMA DA LEI O salário dos desembargadores tem como paradigma o valor de R$ 30 mil. O excedente, segundo o TJ-SP, se refere a subsídios e verbas indenizatórias. Thomaz diz que sua folha de novembro inclui uma parcela do 13º e recomposições. "Não existe ilegalidade nem imoralidade", afirma. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Desembargador que vetou aumento de vereadores ganha R$ 92 milO desembargador que barrou o aumento de salário dos vereadores de SP —de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil— recebeu R$ 92 mil de salário em novembro. O mês é o último com dados atualizados no portal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de SP). Dimas Borelli Thomaz, assim como outros desembargadores da corte, possui ganhos acima do teto constitucional, de R$ 33,7 mil. NO PAPEL Na sentença sobre a Câmara Municipal, Thomaz escreveu que o reajuste "mostra-se incompatível com os primados da moralidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da economicidade". NA FORMA DA LEI O salário dos desembargadores tem como paradigma o valor de R$ 30 mil. O excedente, segundo o TJ-SP, se refere a subsídios e verbas indenizatórias. Thomaz diz que sua folha de novembro inclui uma parcela do 13º e recomposições. "Não existe ilegalidade nem imoralidade", afirma. Leia a coluna completa aqui.
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Vídeo explica o que pode mudar nas eleições com a reforma política
Uma comissão especial da Câmara dos Deputados concluiu, nesta terça-feira (15), a votação das emendas de parte da reforma política que exige mudanças na Constituição. A expectativa é que nos próximos dias o plenário analise esses pontos –alguns deles são polêmicos, como a criação de um fundo de R$ 3,6 bilhões para custear campanhas e a implantação do chamado "distritão" na escolha de parlamentares. Neste vídeo da série "Sua Política", produzida pela TV Folha, a repórter Angela Boldrini, da sucursal de Brasília do jornal, destaca quais podem ser as principais mudanças propostas pela reforma.
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Vídeo explica o que pode mudar nas eleições com a reforma políticaUma comissão especial da Câmara dos Deputados concluiu, nesta terça-feira (15), a votação das emendas de parte da reforma política que exige mudanças na Constituição. A expectativa é que nos próximos dias o plenário analise esses pontos –alguns deles são polêmicos, como a criação de um fundo de R$ 3,6 bilhões para custear campanhas e a implantação do chamado "distritão" na escolha de parlamentares. Neste vídeo da série "Sua Política", produzida pela TV Folha, a repórter Angela Boldrini, da sucursal de Brasília do jornal, destaca quais podem ser as principais mudanças propostas pela reforma.
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Calouro 'voador' é favorito no torneio de enterradas da NBA
Mesmo com somente seis jogos, 11 pontos marcados e uma média de 3,3 minutos em quadra, o ala Derrick Jones Jr.,20, estará entre os melhores jogadores de basquete da temporada neste sábado (18), às 23h, no NBA All-Star. O atleta, que defende o Phoenix Suns, é a surpresa no torneio de enterradas. Parece um contrassenso. Desde setembro na franquia do Arizona, seu primeiro ponto enterrando aconteceu apenas na última quarta-feira (15), quando sua equipe bateu o Los Angeles Lakers. Apesar da estatística tímida, ele foi chamado para o evento antes mesmo de ter executado o lance na maior liga de basquete do mundo. Se pelos números o convite ao jogador parece inexplicável, uma conferida em seu histórico enquanto estudante ajuda a compreender a escolha -ele também se destacou na D-League, a liga de desenvolvimento da NBA. Jones começou no esporte na John Carroll High School. Na temporada 2014/15, teve campanha relevante e faturou o torneio de enterradas no campeonato escolar. No ano seguinte, foi para a Universidade de Nevada, em Las Vegas, onde passou a ser chamado de "modo avião" pela sua capacidade de voar em direção à cesta. Uma fraude, porém, freou sua ascensão. Ainda no primeiro ano de ensino superior, Jones teve sua prova de admissão anulada. Ele e outras pessoas foram flagradas com irregularidades. Mais tarde, embora liberado para os estudos, não pôde mais jogar o campeonato universitário pela instituição de Las Vegas. Tentou ser draftado para a NBA no início de 2016, sem sucesso. A chance veio seis meses mais tarde, quando o Sacramento Kings o escolheu para sua franquia. Mais uma vez, um problema surgiu: desta vez, uma lesão não o deixou prosseguir na liga. Sem time, correu atrás de oportunidades até conseguir participar de uma sessão de treinamentos do Phoenix Suns, na qual se destacou. Com seus 2,01 m de altura, impressionou pela facilidade para dar enterradas com grau de dificuldade elevado. Na mesma proporção em que impressiona pelas jogadas, também chama a atenção seu jeito confiante, que beira a arrogância. "A primeira coisa que se passa na minha mente depois que eu enterro é: 'Por que [os rivais] saltaram? Por que fizeram isso consigo mesmos, honestamente?", afirmou certa vez, ainda na escola. Ele divide a condição de favorito para faturar o troféu de campeão das enterradas ao lado de Aaron Gordon, ala do Orlando Magic e vice-campeão na última disputa. DeAndre Jordan, do Los Angeles Clippers, e Glenn Robinson III, do Indiana Pacers, são os outros desafiantes. OUTROS DUELOS Além do torneio de enterradas, a noite de sábado do NBA All-Star também reserva as disputas de habilidade e arremessos de três pontos. Recordista em conversões da linha de três em um só jogo da história da liga (13), Stephen Curry não estará na disputa, após cinco anos de participações consecutivas. Antes do último evento, o armador avisou que se fosse derrotado não entraria mais na disputa. O seu companheiro de Golden State Warriors, Klay Thompson, derrotou-o e ele cumpriu sua palavra. Thompson é favorito para o bicampeonato. Terá como rivais Wesley Matthews, Kemba Walker, C.J. McCollum, Kyrie Irving, Eric Gordon, Kyle Lowry e Nick Young. No torneio de habilidades, a atração é Isaiah Thomas, do Boston Celtics, armador que tem sido um dos mais regulares do ano. Sua ausência no jogo das estrelas foi sentida. Enterradas - Neste sábado (17), serão realizadas as competições de enterradas, arremesso de três pontos e habilidade três pontos - Neste sábado (17), serão realizadas as competições de enterradas, arremesso de três pontos e habilidade três pontos - Neste sábado (17), serão realizadas as competições de enterradas, arremesso de três pontos e habilidade
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Calouro 'voador' é favorito no torneio de enterradas da NBAMesmo com somente seis jogos, 11 pontos marcados e uma média de 3,3 minutos em quadra, o ala Derrick Jones Jr.,20, estará entre os melhores jogadores de basquete da temporada neste sábado (18), às 23h, no NBA All-Star. O atleta, que defende o Phoenix Suns, é a surpresa no torneio de enterradas. Parece um contrassenso. Desde setembro na franquia do Arizona, seu primeiro ponto enterrando aconteceu apenas na última quarta-feira (15), quando sua equipe bateu o Los Angeles Lakers. Apesar da estatística tímida, ele foi chamado para o evento antes mesmo de ter executado o lance na maior liga de basquete do mundo. Se pelos números o convite ao jogador parece inexplicável, uma conferida em seu histórico enquanto estudante ajuda a compreender a escolha -ele também se destacou na D-League, a liga de desenvolvimento da NBA. Jones começou no esporte na John Carroll High School. Na temporada 2014/15, teve campanha relevante e faturou o torneio de enterradas no campeonato escolar. No ano seguinte, foi para a Universidade de Nevada, em Las Vegas, onde passou a ser chamado de "modo avião" pela sua capacidade de voar em direção à cesta. Uma fraude, porém, freou sua ascensão. Ainda no primeiro ano de ensino superior, Jones teve sua prova de admissão anulada. Ele e outras pessoas foram flagradas com irregularidades. Mais tarde, embora liberado para os estudos, não pôde mais jogar o campeonato universitário pela instituição de Las Vegas. Tentou ser draftado para a NBA no início de 2016, sem sucesso. A chance veio seis meses mais tarde, quando o Sacramento Kings o escolheu para sua franquia. Mais uma vez, um problema surgiu: desta vez, uma lesão não o deixou prosseguir na liga. Sem time, correu atrás de oportunidades até conseguir participar de uma sessão de treinamentos do Phoenix Suns, na qual se destacou. Com seus 2,01 m de altura, impressionou pela facilidade para dar enterradas com grau de dificuldade elevado. Na mesma proporção em que impressiona pelas jogadas, também chama a atenção seu jeito confiante, que beira a arrogância. "A primeira coisa que se passa na minha mente depois que eu enterro é: 'Por que [os rivais] saltaram? Por que fizeram isso consigo mesmos, honestamente?", afirmou certa vez, ainda na escola. Ele divide a condição de favorito para faturar o troféu de campeão das enterradas ao lado de Aaron Gordon, ala do Orlando Magic e vice-campeão na última disputa. DeAndre Jordan, do Los Angeles Clippers, e Glenn Robinson III, do Indiana Pacers, são os outros desafiantes. OUTROS DUELOS Além do torneio de enterradas, a noite de sábado do NBA All-Star também reserva as disputas de habilidade e arremessos de três pontos. Recordista em conversões da linha de três em um só jogo da história da liga (13), Stephen Curry não estará na disputa, após cinco anos de participações consecutivas. Antes do último evento, o armador avisou que se fosse derrotado não entraria mais na disputa. O seu companheiro de Golden State Warriors, Klay Thompson, derrotou-o e ele cumpriu sua palavra. Thompson é favorito para o bicampeonato. Terá como rivais Wesley Matthews, Kemba Walker, C.J. McCollum, Kyrie Irving, Eric Gordon, Kyle Lowry e Nick Young. No torneio de habilidades, a atração é Isaiah Thomas, do Boston Celtics, armador que tem sido um dos mais regulares do ano. Sua ausência no jogo das estrelas foi sentida. Enterradas - Neste sábado (17), serão realizadas as competições de enterradas, arremesso de três pontos e habilidade três pontos - Neste sábado (17), serão realizadas as competições de enterradas, arremesso de três pontos e habilidade três pontos - Neste sábado (17), serão realizadas as competições de enterradas, arremesso de três pontos e habilidade
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Fotógrafa registra o dia de trabalho do Mickey na Disney; veja imagens
A fotógrafa Flávia Junqueira resolveu fazer um registro diferente em sua visita à Disney. Durante um dia inteiro, ela acompanhou o trabalho do Mickey Mouse: posar para fotos com turistas que aguardam em filas gigantescas pelo momento de encontrar o personagem. "As pessoas vão para a Disney porque estão de férias e querem se divertir, mas gastam tempo em muitas filas cansativas pelo parque", diz. "Quis inverter a ideia de férias registrando o trabalho envolvido nas fotos." O resultado foi um conjunto de cerca de 400 imagens que capturam diferentes reações do personagem e dos visitantes, que, segundo Junqueira, passavam em média apenas dois minutos com o Mickey –os horários em que as fotos foram tiradas estão indicados em cada imagem. Embora para os turistas o personagem sempre parecesse o mesmo, o ator era trocado em intervalos de 15 minutos. "Busquei retratar esse elemento da ficção que representa a festa e a felicidade em uma situação de trabalho. É uma maneira de desmistificar a ficção", encerra.
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Fotógrafa registra o dia de trabalho do Mickey na Disney; veja imagensA fotógrafa Flávia Junqueira resolveu fazer um registro diferente em sua visita à Disney. Durante um dia inteiro, ela acompanhou o trabalho do Mickey Mouse: posar para fotos com turistas que aguardam em filas gigantescas pelo momento de encontrar o personagem. "As pessoas vão para a Disney porque estão de férias e querem se divertir, mas gastam tempo em muitas filas cansativas pelo parque", diz. "Quis inverter a ideia de férias registrando o trabalho envolvido nas fotos." O resultado foi um conjunto de cerca de 400 imagens que capturam diferentes reações do personagem e dos visitantes, que, segundo Junqueira, passavam em média apenas dois minutos com o Mickey –os horários em que as fotos foram tiradas estão indicados em cada imagem. Embora para os turistas o personagem sempre parecesse o mesmo, o ator era trocado em intervalos de 15 minutos. "Busquei retratar esse elemento da ficção que representa a festa e a felicidade em uma situação de trabalho. É uma maneira de desmistificar a ficção", encerra.
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Maurício Tuffani: A pesquisa sobre cartas de Chico Xavier
A imprensa divulgou recentemente a publicação de uma pesquisa de brasileiros que concluiu que são verídicas as informações de 13 cartas redigidas de 1974 a 1979 pelo médium Chico Xavier (1910-2002) e por ele atribuídas ao estudante Jair Presente, morto por ... Leia post completo no blog
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Maurício Tuffani: A pesquisa sobre cartas de Chico XavierA imprensa divulgou recentemente a publicação de uma pesquisa de brasileiros que concluiu que são verídicas as informações de 13 cartas redigidas de 1974 a 1979 pelo médium Chico Xavier (1910-2002) e por ele atribuídas ao estudante Jair Presente, morto por ... Leia post completo no blog
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Justiça poética
SÃO PAULO - Enquanto as finanças do Rio de Janeiro vão se desmilinguindo e a Assembleia Legislativa local vira palco de confrontos campais, a Justiça determina a prisão preventiva dos ex-governadores Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. Não sei se o "timing" das operações policiais foi ajustado para coincidir com o agravamento da crise. Também não sei se as prisões preventivas, que em tese servem apenas para garantir o bom andamento do processo, não para punir criminosos, foram aplicadas segundo a melhor interpretação da lei. O que eu sei é que o encarceramento dos ex-mandatários, especialmente o de Cabral, oferece à população fluminense um pouquinho de justiça poética. Num momento em que autoridades propõem cortar até um terço dos salários e aposentadorias de servidores públicos, não deixa de ser reconfortante ver pelo menos um dos responsáveis pelo descalabro econômico sofrer um pouquinho. Justiça poética, para os que não lembram, é um artifício literário utilizado para fazer com que a virtude seja recompensada, e o vício, punido. É o esquema básico de Hollywood. O mocinho vence, fica com a garota e o bandido sempre leva a pior, não raro provando do próprio veneno. Fazer justiça poética significa, assim, restaurar a ordem moral, que é o que, no universo clássico, justifica socialmente a própria literatura, vista com desconfiança já desde Platão. O mundo da literatura, contudo, tem uma vantagem sobre o mundo real. No reino das letras, a história acaba no ponto em que o autor desejar, não sendo necessário lidar com toda a bagunça deixada pelo vilão. A narrativa pode simplesmente calar sobre isso. No Rio de verdade, porém, mesmo que punições exemplares sejam distribuídas a todos os políticos, ainda restará o caos fiscal para administrar. Isso significa que será necessário definir quais grupos pagarão quais fatias da conta. Não há justiça poética que resolva isso.
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Justiça poéticaSÃO PAULO - Enquanto as finanças do Rio de Janeiro vão se desmilinguindo e a Assembleia Legislativa local vira palco de confrontos campais, a Justiça determina a prisão preventiva dos ex-governadores Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. Não sei se o "timing" das operações policiais foi ajustado para coincidir com o agravamento da crise. Também não sei se as prisões preventivas, que em tese servem apenas para garantir o bom andamento do processo, não para punir criminosos, foram aplicadas segundo a melhor interpretação da lei. O que eu sei é que o encarceramento dos ex-mandatários, especialmente o de Cabral, oferece à população fluminense um pouquinho de justiça poética. Num momento em que autoridades propõem cortar até um terço dos salários e aposentadorias de servidores públicos, não deixa de ser reconfortante ver pelo menos um dos responsáveis pelo descalabro econômico sofrer um pouquinho. Justiça poética, para os que não lembram, é um artifício literário utilizado para fazer com que a virtude seja recompensada, e o vício, punido. É o esquema básico de Hollywood. O mocinho vence, fica com a garota e o bandido sempre leva a pior, não raro provando do próprio veneno. Fazer justiça poética significa, assim, restaurar a ordem moral, que é o que, no universo clássico, justifica socialmente a própria literatura, vista com desconfiança já desde Platão. O mundo da literatura, contudo, tem uma vantagem sobre o mundo real. No reino das letras, a história acaba no ponto em que o autor desejar, não sendo necessário lidar com toda a bagunça deixada pelo vilão. A narrativa pode simplesmente calar sobre isso. No Rio de verdade, porém, mesmo que punições exemplares sejam distribuídas a todos os políticos, ainda restará o caos fiscal para administrar. Isso significa que será necessário definir quais grupos pagarão quais fatias da conta. Não há justiça poética que resolva isso.
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Microsoft e Nasa testarão uso de realidade virtual por astronautas
Astronautas da Estação Espacial Internacional usarão o HoloLens, óculos de realidade aumentada e realidade virtual da Microsoft. A Nasa e a companhia anunciaram hoje (25) que duas unidades do aparelho serão enviadas ao espaço no próximo domingo (28). O HoloLens será utilizado de duas maneiras pelos astronautas. Em um deles, uma janela holográfica do Skype aparecerá no campo de visão, permitindo a comunicação entre o astronauta e técnicos na Terra durante tarefas complexas. ISS O segundo modo combinará imagens holográficas com objetos reais com os quais os astronautas estiverem interagindo. A Nasa acredita que o aparelho reduzirá o tempo de treinamento na realização de diferentes processos. Para garantir que não terá problemas de funcionamento, o HoloLens já foi testado na Terra para situações de gravidade zero. Essa não é a primeira parceria entre Nasa e Microsoft para a utilização do HoloLens. Em janeiro, durante o anúncios dos óculos, foi demonstrado um projeto que usava as imagens do robô Curiosity para criar um ambiente virtual de Marte, que permitia pesquisadores na Terra explorar o planeta vermelho.
tec
Microsoft e Nasa testarão uso de realidade virtual por astronautasAstronautas da Estação Espacial Internacional usarão o HoloLens, óculos de realidade aumentada e realidade virtual da Microsoft. A Nasa e a companhia anunciaram hoje (25) que duas unidades do aparelho serão enviadas ao espaço no próximo domingo (28). O HoloLens será utilizado de duas maneiras pelos astronautas. Em um deles, uma janela holográfica do Skype aparecerá no campo de visão, permitindo a comunicação entre o astronauta e técnicos na Terra durante tarefas complexas. ISS O segundo modo combinará imagens holográficas com objetos reais com os quais os astronautas estiverem interagindo. A Nasa acredita que o aparelho reduzirá o tempo de treinamento na realização de diferentes processos. Para garantir que não terá problemas de funcionamento, o HoloLens já foi testado na Terra para situações de gravidade zero. Essa não é a primeira parceria entre Nasa e Microsoft para a utilização do HoloLens. Em janeiro, durante o anúncios dos óculos, foi demonstrado um projeto que usava as imagens do robô Curiosity para criar um ambiente virtual de Marte, que permitia pesquisadores na Terra explorar o planeta vermelho.
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Sob alerta, Cannes reforça segurança para receber festival de cinema
Cannes está gastando milhões para reforçar a segurança para a 70ª edição do festival de cinema mais importante do mundo. Segundo o site americano "Variety", os reforços são decorrentes de ataques terroristas que o país sofreu em Nice em julho de 2016, que matou 86 pessoas após ataque de um caminhão, e, em abril deste ano, quando um policial morreu no tiroteio na Avenida Champs-Elysées. David Lisnard, prefeito de Cannes, gastou US$ 6 milhões para instalar balizas retráteis automáticas em cada ponto de entrada para a cidade. A cidade recrutou 500 voluntários locais e 80 vigilantes de vizinhos, que são responsáveis por patrulhar todo local, que devem prestar atenção em atividades suspeitas e denunciá-la às autoridades. "Trabalho no festival há 35 anos e a segurança sempre foi ótima, mas este ano vai alcançar novos níveis", disse Yves Darros, chefe da polícia de Cannes, sobre o festival que começa no dia 17 de maio —dez dias após as eleições presidenciais— e vai até 28/5. Em 2016, foram contratados mais de 500 seguranças extras e 500 câmeras foram instaladas na cidade. Além disso, por razões de segurança, a Quinzena de Realizadores, mostra paralela do festival, foi forçada a reduzir para 18 o número de filmes exibidos.
ilustrada
Sob alerta, Cannes reforça segurança para receber festival de cinemaCannes está gastando milhões para reforçar a segurança para a 70ª edição do festival de cinema mais importante do mundo. Segundo o site americano "Variety", os reforços são decorrentes de ataques terroristas que o país sofreu em Nice em julho de 2016, que matou 86 pessoas após ataque de um caminhão, e, em abril deste ano, quando um policial morreu no tiroteio na Avenida Champs-Elysées. David Lisnard, prefeito de Cannes, gastou US$ 6 milhões para instalar balizas retráteis automáticas em cada ponto de entrada para a cidade. A cidade recrutou 500 voluntários locais e 80 vigilantes de vizinhos, que são responsáveis por patrulhar todo local, que devem prestar atenção em atividades suspeitas e denunciá-la às autoridades. "Trabalho no festival há 35 anos e a segurança sempre foi ótima, mas este ano vai alcançar novos níveis", disse Yves Darros, chefe da polícia de Cannes, sobre o festival que começa no dia 17 de maio —dez dias após as eleições presidenciais— e vai até 28/5. Em 2016, foram contratados mais de 500 seguranças extras e 500 câmeras foram instaladas na cidade. Além disso, por razões de segurança, a Quinzena de Realizadores, mostra paralela do festival, foi forçada a reduzir para 18 o número de filmes exibidos.
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Mudança no parque Jamanxim, no PA, abre caminho para garimpo
Proposta com o objetivo declarado de "organizar e regularizar o processo de ocupação", a APA (Área de Proteção Ambiental) Rio Branco abre caminho para a mineração e o desmatamento em uma das florestas mais preservadas do Pará. Aprovada pelo Congresso, sua criação depende agora do aval do presidente Michel Temer (PMDB). Com 101 mil hectares e localizada no município de Trairão (PA), a APA é um desmembramento do Parque Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará, que corre o risco de perder 12% de sua área. Na proposta original da Medida Provisória 758, o parque Jamanxim perderia 862 hectares da área original, por causa da construção da ferrovia Ferrogrão. Por outro lado, teria a área aumentada em 51 mil hectares, expansão derrubada pelo Congresso. O argumento principal dos defensores da APA é que, ao permitir a ocupação humana e atividades como garimpo e pecuária, ela vai regularizar posseiros que já estão no local desde antes da criação do parque, em 2006. No entanto o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável pela administração do parque, afirma que a área da APA está praticamente intacta e que não há posseiros vivendo nela. Caso seja criada a APA, a diminuição no grau de proteção permitirá atividades de garimpo licenciadas pela prefeitura de Trairão, município de 18 mil habitantes que sobrevive principalmente da extração ilegal da madeira e do ouro. Em janeiro, a prefeitura foi multada pelo ICMBio por emitir uma licença de lavra dentro da Floresta Nacional de Altamira, atribuição exclusiva de órgãos federais. O megagarimpo, para extração ilegal de cassiterita, é vizinho ao parque Jamanxim e tem cerca de 6 km de extensão. "A área é vítima de saqueio madeireiro e de uma nova onda de garimpos, nisso se resume sua ocupação. Com a APA, podemos esperar a área ser tomada por grileiros. Aos crimes ambientais que hoje acontecem se somará o desmatamento", afirma o cientista social Mauricio Torres, coautor do livro "Dono é quem desmata: conexões entre grilagem e desmatamento no sudoeste paraense". "A APA não regulariza absolutamente nada. Ao contrário, reduz uma unidade de conservação criada onde não havia ocupação de colonos para abrigar grileiros e outras atividades ilegais, diz. EXTRATIVISMO Morador do distrito Três Bueiros, que pertence a Trairão, o gaúcho Salatiel Antonio da Silva é uma das cerca de 180 pessoas que reivindicam uma área dentro da APA Rio Branco, mas diz que só ficam durante alguns períodos no local por causa da fiscalização ambiental. "Eles garimpam topázio um pouquinho meio escondido, extraem açaí, palmito, copaíba, castanha, pesca", afirmou. "Aqui, ninguém está pedindo área para desmatar nem um hectare", disse Silva. "É difícil entender o pessoal do Ibama. Já me disseram que eu não tenho direito por não ter derrubado nada. Aí eu perguntei: 'Você está me incentivando a derrubar?'. Aí outro derrubou, e aí falaram que não tinha direito e chamaram de criminoso. Quem é que entende esse povo?". Ele afirma que comprou o direito de posse de um lote dentro do atual parque, em 1997. Com a APA, pretende reivindicar cerca de 2.500 hectares, junto com seus três filhos, de idades entre 34 e 38 anos. CRÍTICA À REPORTAGEM Os vereadores Francisco Gomes de Sousa (PSC-PA) e Jovenil Vargas (PPS-PA) apresentaram na Câmara Municipal de Novo Progresso (PA) uma moção de repúdio à reportagem "Redução de área protegida no PA beneficia latifúndios e até prefeito, de Fabiano Maisonnave, publicada na segunda-feira (12) na Folha. No texto, os vereadores afirmam que são inverídicas as afirmações de que a medida provisória 756 vai regularizar e beneficiar o desmatamento e que as terras públicas foram invadidas e griladas. Segundo os vereadores, as alterações na MP têm como finalidade a justiça social e reparar o erro da criação de reserva florestal em área já ocupada há mais de 30 anos. A reportagem da Folha afirma que um dos beneficiados com a MP 756, que reduz a proteção de 486 mil hectares da Flona Jamanxim (PA), seria Ubiraci Soares da Silva, o Macarrão, garimpeiro e prefeito de Novo Progresso (PA) pelo PSC. Silva reivindica 963 hectares da área. Na última quinta-feira (8), sua área na Flona Jamanxim foi flagrada, por fiscais do Ibama, com desmatamento ilegal em andamento. O prefeito tem multas somadas de R$ 1,9 milhão por crimes ambientais.
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Mudança no parque Jamanxim, no PA, abre caminho para garimpoProposta com o objetivo declarado de "organizar e regularizar o processo de ocupação", a APA (Área de Proteção Ambiental) Rio Branco abre caminho para a mineração e o desmatamento em uma das florestas mais preservadas do Pará. Aprovada pelo Congresso, sua criação depende agora do aval do presidente Michel Temer (PMDB). Com 101 mil hectares e localizada no município de Trairão (PA), a APA é um desmembramento do Parque Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará, que corre o risco de perder 12% de sua área. Na proposta original da Medida Provisória 758, o parque Jamanxim perderia 862 hectares da área original, por causa da construção da ferrovia Ferrogrão. Por outro lado, teria a área aumentada em 51 mil hectares, expansão derrubada pelo Congresso. O argumento principal dos defensores da APA é que, ao permitir a ocupação humana e atividades como garimpo e pecuária, ela vai regularizar posseiros que já estão no local desde antes da criação do parque, em 2006. No entanto o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável pela administração do parque, afirma que a área da APA está praticamente intacta e que não há posseiros vivendo nela. Caso seja criada a APA, a diminuição no grau de proteção permitirá atividades de garimpo licenciadas pela prefeitura de Trairão, município de 18 mil habitantes que sobrevive principalmente da extração ilegal da madeira e do ouro. Em janeiro, a prefeitura foi multada pelo ICMBio por emitir uma licença de lavra dentro da Floresta Nacional de Altamira, atribuição exclusiva de órgãos federais. O megagarimpo, para extração ilegal de cassiterita, é vizinho ao parque Jamanxim e tem cerca de 6 km de extensão. "A área é vítima de saqueio madeireiro e de uma nova onda de garimpos, nisso se resume sua ocupação. Com a APA, podemos esperar a área ser tomada por grileiros. Aos crimes ambientais que hoje acontecem se somará o desmatamento", afirma o cientista social Mauricio Torres, coautor do livro "Dono é quem desmata: conexões entre grilagem e desmatamento no sudoeste paraense". "A APA não regulariza absolutamente nada. Ao contrário, reduz uma unidade de conservação criada onde não havia ocupação de colonos para abrigar grileiros e outras atividades ilegais, diz. EXTRATIVISMO Morador do distrito Três Bueiros, que pertence a Trairão, o gaúcho Salatiel Antonio da Silva é uma das cerca de 180 pessoas que reivindicam uma área dentro da APA Rio Branco, mas diz que só ficam durante alguns períodos no local por causa da fiscalização ambiental. "Eles garimpam topázio um pouquinho meio escondido, extraem açaí, palmito, copaíba, castanha, pesca", afirmou. "Aqui, ninguém está pedindo área para desmatar nem um hectare", disse Silva. "É difícil entender o pessoal do Ibama. Já me disseram que eu não tenho direito por não ter derrubado nada. Aí eu perguntei: 'Você está me incentivando a derrubar?'. Aí outro derrubou, e aí falaram que não tinha direito e chamaram de criminoso. Quem é que entende esse povo?". Ele afirma que comprou o direito de posse de um lote dentro do atual parque, em 1997. Com a APA, pretende reivindicar cerca de 2.500 hectares, junto com seus três filhos, de idades entre 34 e 38 anos. CRÍTICA À REPORTAGEM Os vereadores Francisco Gomes de Sousa (PSC-PA) e Jovenil Vargas (PPS-PA) apresentaram na Câmara Municipal de Novo Progresso (PA) uma moção de repúdio à reportagem "Redução de área protegida no PA beneficia latifúndios e até prefeito, de Fabiano Maisonnave, publicada na segunda-feira (12) na Folha. No texto, os vereadores afirmam que são inverídicas as afirmações de que a medida provisória 756 vai regularizar e beneficiar o desmatamento e que as terras públicas foram invadidas e griladas. Segundo os vereadores, as alterações na MP têm como finalidade a justiça social e reparar o erro da criação de reserva florestal em área já ocupada há mais de 30 anos. A reportagem da Folha afirma que um dos beneficiados com a MP 756, que reduz a proteção de 486 mil hectares da Flona Jamanxim (PA), seria Ubiraci Soares da Silva, o Macarrão, garimpeiro e prefeito de Novo Progresso (PA) pelo PSC. Silva reivindica 963 hectares da área. Na última quinta-feira (8), sua área na Flona Jamanxim foi flagrada, por fiscais do Ibama, com desmatamento ilegal em andamento. O prefeito tem multas somadas de R$ 1,9 milhão por crimes ambientais.
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