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Acidente aéreo embaralha sucessão no comando do Bradesco
O acidente com o jato Cessna em Minas Gerais, que causou a morte do presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, 54, na noite da terça (10), deve embaralhar a sucessão na presidência do Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro. No acidente, morreram também Lucio Flavio de Oliveira, 55, que comandava a Bradesco Vida e Previdência, o piloto Ivan Vallim, 63, e o copiloto Francisco Tofoli Pinto, 32. No Bradesco há 34 anos, Rossi era visto como um dos candidatos mais fortes para suceder Luiz Trabuco no comando da instituição no início de 2017. O presidente do banco deve se aposentar após completar 65 anos, idade-limite para ocupar o cargo, em outubro do próximo ano. Rossi também presidia a CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), tinha trânsito com as demais seguradoras e era interlocutor do setor com os reguladores. A Bradesco Seguros é a maior seguradora do país, responde por um terço do lucro do conglomerado financeiro e ajuda a manter os ganhos nos períodos de baixa no crédito, como o atual. O próprio Trabuco fez carreira na seguradora antes de assumir a presidência do banco. CAUTELA A sucessão no Bradesco é um assunto discutido com extremo cuidado no banco. Trabuco evita manifestar sua preferência pessoal por um dos vice-presidentes ou fomentar a competição na cúpula do banco. "É assunto do conselho", costuma dizer. Também estão no páreo Sergio Clemente, vice-presidente do banco de atacado; Mauricio Machado de Minas, vice-presidente de tecnologia; e Domingos Figueiredo Abreu, vice-presidente de crédito e tesouraria. Nas últimas semanas, Rossi cuidava da venda da carteira de grandes riscos (por exemplo engenharia e acidentes aéreos) da seguradora, a exemplo do que fez o Itaú para a americana Ace no ano passado. A lógica é a vocação do Bradesco para vender seguro nas agências, além da necessidade de repassar a maior parte do risco (e ganho) para as grandes resseguradoras (seguradora da seguradora) estrangeiras. INTERINIDADE Na Bradesco Seguros, assume interinamente a presidência o vice-presidente Randal Zanetti, segundo fontes do mercado. Dentista de formação, Zanetti fundou a Odontoprev, comprada pelo Bradesco em 2013. Jair Lacerda, que fazia parte da equipe de Lucio Flavio, passa a responder, interinamente, pela Bradesco Vida e Previdência. A CNSeg não definiu o substituto de Rossi. Jayme Garfinkel, presidente do conselho da Porto Seguro, deve assumir o posto.
mercado
Acidente aéreo embaralha sucessão no comando do BradescoO acidente com o jato Cessna em Minas Gerais, que causou a morte do presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, 54, na noite da terça (10), deve embaralhar a sucessão na presidência do Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro. No acidente, morreram também Lucio Flavio de Oliveira, 55, que comandava a Bradesco Vida e Previdência, o piloto Ivan Vallim, 63, e o copiloto Francisco Tofoli Pinto, 32. No Bradesco há 34 anos, Rossi era visto como um dos candidatos mais fortes para suceder Luiz Trabuco no comando da instituição no início de 2017. O presidente do banco deve se aposentar após completar 65 anos, idade-limite para ocupar o cargo, em outubro do próximo ano. Rossi também presidia a CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), tinha trânsito com as demais seguradoras e era interlocutor do setor com os reguladores. A Bradesco Seguros é a maior seguradora do país, responde por um terço do lucro do conglomerado financeiro e ajuda a manter os ganhos nos períodos de baixa no crédito, como o atual. O próprio Trabuco fez carreira na seguradora antes de assumir a presidência do banco. CAUTELA A sucessão no Bradesco é um assunto discutido com extremo cuidado no banco. Trabuco evita manifestar sua preferência pessoal por um dos vice-presidentes ou fomentar a competição na cúpula do banco. "É assunto do conselho", costuma dizer. Também estão no páreo Sergio Clemente, vice-presidente do banco de atacado; Mauricio Machado de Minas, vice-presidente de tecnologia; e Domingos Figueiredo Abreu, vice-presidente de crédito e tesouraria. Nas últimas semanas, Rossi cuidava da venda da carteira de grandes riscos (por exemplo engenharia e acidentes aéreos) da seguradora, a exemplo do que fez o Itaú para a americana Ace no ano passado. A lógica é a vocação do Bradesco para vender seguro nas agências, além da necessidade de repassar a maior parte do risco (e ganho) para as grandes resseguradoras (seguradora da seguradora) estrangeiras. INTERINIDADE Na Bradesco Seguros, assume interinamente a presidência o vice-presidente Randal Zanetti, segundo fontes do mercado. Dentista de formação, Zanetti fundou a Odontoprev, comprada pelo Bradesco em 2013. Jair Lacerda, que fazia parte da equipe de Lucio Flavio, passa a responder, interinamente, pela Bradesco Vida e Previdência. A CNSeg não definiu o substituto de Rossi. Jayme Garfinkel, presidente do conselho da Porto Seguro, deve assumir o posto.
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Câncer de próstata: o momento de vencer esta doença
O câncer de próstata é o tumor mais frequente em homens no Brasil, comprometendo uma em cada seis homens acima dos 50 anos de idade, totalizando por ano cerca de 70 mil novos casos e 14 mil mortes. A boa notícia é que o diagnóstico e o tratamento desta doença foram substancialmente melhorados nos últimos anos. Nos dias atuais, cresce o número de casos diagnosticados em fases iniciais e, consequentemente, as chances de cura dos portadores dessa doença. Porém, mesmo em casos mais avançados, existem hoje possiblidades terapêuticas de controle mais eficazes e duradouras, às custas de aceitáveis efeitos colaterais. Nos casos de doença precoce, testes genéticos, em conjunto com o melhor entendimento das características do tumor, permitem discriminar pacientes que podem, com segurança, ser somente seguidos sem a necessidade de tratamentos imediatos. A estratégia de postergar o tratamento, ou eventualmente nunca ter quer realizá-lo, quando bem indicada, pode chegar a chances de sucesso em 15 anos acima de 99%. Para aqueles em que o tratamento é indicado, as técnicas cirúrgicas e radioterápicas vêm se tornando cada vez menos invasivas e mais precisas. Como resultado, as taxas de cura em pacientes com doença precoce podem chegar até a 98%. Para pacientes com doença avançada, existem hoje seis novas medicações que mudaram a maneira de tratar a doença além de aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes: os hormônios administrados por via oral (abiraterona e enzalutamida); a droga radioativa radium-223, que através de sua capacidade de "grudar" no osso e "envenenar" o tumor com radiação; o quimioterápico cabazitaxel e o sipuleucel-T, uma vacina ainda não disponível no Brasil. Assim, a combinação de esquemas terapêuticos já consagrados aliado à essas novas drogas permitem antever um futuro menos sombrio para os portadores de câncer de próstata avançado, permitindo que estes sejam tratados como portadores de doenças crônicas, tais como diabetes e insuficiência cardíaca, por exemplo. Infelizmente, em nosso país estes avanços e benefícios estão restritos a apenas uma pequena parcela da população-alvo. O diagnóstico precoce é conseguido através de rastreamento anual após os 50 anos de idade, e consiste de toque retal e dosagem de PSA. Em virtude da falta de rastreamento em alta escala, o risco relativo de morte por câncer de próstata no Brasil é de pelo menos duas vezes maior do que nos Estados Unidos em decorrência de maior percentual de diagnósticos tardios, gerando sofrimento e custos desnecessários. Números ainda mais alarmantes, em termos de menores chances de cura, assolam pacientes tratados no SUS e aqueles de raça negra. Talvez esse quadro se modifique nos próximos anos caso seja aplicada a lei 13045, sancionada no ano passado, que obriga o SUS a oferecer os exames para diagnóstico precoce. Paralelamente, campanhas como o Novembro Azul vêm tentando sensibilizar o homem brasileiro, incentivando-o a ir ao médico de forma regular, não somente para diagnosticar o câncer de próstata, mas também outras doenças tão comuns com hipertensão arterial, diabetes, e elevação do colesterol. Contudo, é premente que seja ampliado o número de centros de referências especializados para os tratamentos cirúrgicos e radioterápicos, a fim de se evitar atrasos que possam impactar negativamente na evolução dos pacientes. A médio prazo, o câncer de próstata pode ser superado pela maioria dos brasileiros por ele acometidos. Para tanto, é necessário por parte dos homens, o conhecimento do risco que correm e, por parte de nossas autoridades, a expansão dos exames preventivos e de centros de atendimento que permitam agilizar o tratamento, com qualidade, dos portadores desse tumor. Sim, é possível modificar a cor cinza do horizonte para um novo azul de esperança. FERNANDO COTAIT MALUF é chefe do Departamento de Oncologia Clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo CARLOS CORRADI é presidente da Sociedade Brasileira de Urologia e Chefe do Departamento de Urologia da Universidade Federal de Minas Gerais * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Câncer de próstata: o momento de vencer esta doençaO câncer de próstata é o tumor mais frequente em homens no Brasil, comprometendo uma em cada seis homens acima dos 50 anos de idade, totalizando por ano cerca de 70 mil novos casos e 14 mil mortes. A boa notícia é que o diagnóstico e o tratamento desta doença foram substancialmente melhorados nos últimos anos. Nos dias atuais, cresce o número de casos diagnosticados em fases iniciais e, consequentemente, as chances de cura dos portadores dessa doença. Porém, mesmo em casos mais avançados, existem hoje possiblidades terapêuticas de controle mais eficazes e duradouras, às custas de aceitáveis efeitos colaterais. Nos casos de doença precoce, testes genéticos, em conjunto com o melhor entendimento das características do tumor, permitem discriminar pacientes que podem, com segurança, ser somente seguidos sem a necessidade de tratamentos imediatos. A estratégia de postergar o tratamento, ou eventualmente nunca ter quer realizá-lo, quando bem indicada, pode chegar a chances de sucesso em 15 anos acima de 99%. Para aqueles em que o tratamento é indicado, as técnicas cirúrgicas e radioterápicas vêm se tornando cada vez menos invasivas e mais precisas. Como resultado, as taxas de cura em pacientes com doença precoce podem chegar até a 98%. Para pacientes com doença avançada, existem hoje seis novas medicações que mudaram a maneira de tratar a doença além de aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes: os hormônios administrados por via oral (abiraterona e enzalutamida); a droga radioativa radium-223, que através de sua capacidade de "grudar" no osso e "envenenar" o tumor com radiação; o quimioterápico cabazitaxel e o sipuleucel-T, uma vacina ainda não disponível no Brasil. Assim, a combinação de esquemas terapêuticos já consagrados aliado à essas novas drogas permitem antever um futuro menos sombrio para os portadores de câncer de próstata avançado, permitindo que estes sejam tratados como portadores de doenças crônicas, tais como diabetes e insuficiência cardíaca, por exemplo. Infelizmente, em nosso país estes avanços e benefícios estão restritos a apenas uma pequena parcela da população-alvo. O diagnóstico precoce é conseguido através de rastreamento anual após os 50 anos de idade, e consiste de toque retal e dosagem de PSA. Em virtude da falta de rastreamento em alta escala, o risco relativo de morte por câncer de próstata no Brasil é de pelo menos duas vezes maior do que nos Estados Unidos em decorrência de maior percentual de diagnósticos tardios, gerando sofrimento e custos desnecessários. Números ainda mais alarmantes, em termos de menores chances de cura, assolam pacientes tratados no SUS e aqueles de raça negra. Talvez esse quadro se modifique nos próximos anos caso seja aplicada a lei 13045, sancionada no ano passado, que obriga o SUS a oferecer os exames para diagnóstico precoce. Paralelamente, campanhas como o Novembro Azul vêm tentando sensibilizar o homem brasileiro, incentivando-o a ir ao médico de forma regular, não somente para diagnosticar o câncer de próstata, mas também outras doenças tão comuns com hipertensão arterial, diabetes, e elevação do colesterol. Contudo, é premente que seja ampliado o número de centros de referências especializados para os tratamentos cirúrgicos e radioterápicos, a fim de se evitar atrasos que possam impactar negativamente na evolução dos pacientes. A médio prazo, o câncer de próstata pode ser superado pela maioria dos brasileiros por ele acometidos. Para tanto, é necessário por parte dos homens, o conhecimento do risco que correm e, por parte de nossas autoridades, a expansão dos exames preventivos e de centros de atendimento que permitam agilizar o tratamento, com qualidade, dos portadores desse tumor. Sim, é possível modificar a cor cinza do horizonte para um novo azul de esperança. FERNANDO COTAIT MALUF é chefe do Departamento de Oncologia Clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo CARLOS CORRADI é presidente da Sociedade Brasileira de Urologia e Chefe do Departamento de Urologia da Universidade Federal de Minas Gerais * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Quem não veio para a Flip
Todos os anos, uma das listas mais aguardadas pelos amantes da literatura é a dos autores internacionais que, na última hora, resolvem cancelar sua participação na Flip. A maioria deles alega os famosos "problemas pessoais". Pouca gente ficou sabendo, mas a lista deste ano foi bem interessante. E vejam só quais foram suas justificativas, ou melhor, desculpas esfarrapadas: Saint-Exupéry - Eu tive um problema pessoal: sou piloto de aviação civil e meu avião desapareceu no mar Mediterrâneo em 1944. Seus destroços só foram localizados em 2004 e meu corpo nunca foi encontrado. Tudo bem, o essencial é invisível aos olhos. Oscar Wilde - Infelizmente não pude comparecer ao evento porque fui processado pelo pai de um dos meus amantes e condenado a dois anos de prisão. Ninguém merece... Franz Kafka - Não sei por que só agora me convidaram. Agora é tarde. Quando eu publiquei alguma coisa, ninguém quis saber. No momento, estou impossibilitado de comparecer a esta grande festa literária porque fui internado com tuberculose e morri aos 40 anos. Posso mandar o atestado médico para comprovar. Ernest Hemingway - Gostaria muito de ir mas, infelizmente, não pude comparecer. Aconteceu um imprevisto. Outro dia, peguei um fuzil de caça e dei um tiro na boca. Posso mandar o atestado de óbito para comprovar. Homero - O meu problema é o seguinte: sou de um tempo em que não existiam livros, jornais, e-books ou blogs. Tudo era transmitido oralmente e muitos críticos literários acham que minhas obras, a "Ilíada" e a "Odisseia", são compilações editadas por vários autores. Até contratei uma assessoria de imprensa para cuidar da minha imagem mas, no momento, não posso comparecer a nenhum festival de literatura porque eu mesmo não sei se eu existo.
colunas
Quem não veio para a FlipTodos os anos, uma das listas mais aguardadas pelos amantes da literatura é a dos autores internacionais que, na última hora, resolvem cancelar sua participação na Flip. A maioria deles alega os famosos "problemas pessoais". Pouca gente ficou sabendo, mas a lista deste ano foi bem interessante. E vejam só quais foram suas justificativas, ou melhor, desculpas esfarrapadas: Saint-Exupéry - Eu tive um problema pessoal: sou piloto de aviação civil e meu avião desapareceu no mar Mediterrâneo em 1944. Seus destroços só foram localizados em 2004 e meu corpo nunca foi encontrado. Tudo bem, o essencial é invisível aos olhos. Oscar Wilde - Infelizmente não pude comparecer ao evento porque fui processado pelo pai de um dos meus amantes e condenado a dois anos de prisão. Ninguém merece... Franz Kafka - Não sei por que só agora me convidaram. Agora é tarde. Quando eu publiquei alguma coisa, ninguém quis saber. No momento, estou impossibilitado de comparecer a esta grande festa literária porque fui internado com tuberculose e morri aos 40 anos. Posso mandar o atestado médico para comprovar. Ernest Hemingway - Gostaria muito de ir mas, infelizmente, não pude comparecer. Aconteceu um imprevisto. Outro dia, peguei um fuzil de caça e dei um tiro na boca. Posso mandar o atestado de óbito para comprovar. Homero - O meu problema é o seguinte: sou de um tempo em que não existiam livros, jornais, e-books ou blogs. Tudo era transmitido oralmente e muitos críticos literários acham que minhas obras, a "Ilíada" e a "Odisseia", são compilações editadas por vários autores. Até contratei uma assessoria de imprensa para cuidar da minha imagem mas, no momento, não posso comparecer a nenhum festival de literatura porque eu mesmo não sei se eu existo.
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Polícia Federal desarticula quadrilha internacional de tráfico de cocaína
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (29) a Operação Soberba para desarticular uma organização criminosa de tráfico internacional de cocaína que agia a partir de Mato Grosso. Treze mandados de prisão foram expedidos.A operação abrange ainda os Estados de Minas Gerais e São Paulo. As investigações foram iniciadas há cerca de um ano. A polícia descobriu que a droga era obtida na Bolívia e tinha como principal destino o estado de Minas Gerais. Havia também ramificações em Portugal e na Espanha. O grupo criminoso era financiado por um doleiro de Cuiabá, que usava uma empresa de turismo de fachada, em São Paulo, para movimentar o dinheiro, informou a PF. Foram cumpridos 44 mandados em três cidades de Mato Grosso, quatro em Minas Gerais e dois em São Paulo. Onze mandados são de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 13 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. O bloqueio das contas bancárias e o sequestro dos bens dos investigados foram determinados pela Justiça Federal. No período de investigações, cinco pessoas foram presas em flagrante. A polícia apreendeu 218 quilos de pasta base de cocaína, além de dinheiro e veículos.
cotidiano
Polícia Federal desarticula quadrilha internacional de tráfico de cocaínaA Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (29) a Operação Soberba para desarticular uma organização criminosa de tráfico internacional de cocaína que agia a partir de Mato Grosso. Treze mandados de prisão foram expedidos.A operação abrange ainda os Estados de Minas Gerais e São Paulo. As investigações foram iniciadas há cerca de um ano. A polícia descobriu que a droga era obtida na Bolívia e tinha como principal destino o estado de Minas Gerais. Havia também ramificações em Portugal e na Espanha. O grupo criminoso era financiado por um doleiro de Cuiabá, que usava uma empresa de turismo de fachada, em São Paulo, para movimentar o dinheiro, informou a PF. Foram cumpridos 44 mandados em três cidades de Mato Grosso, quatro em Minas Gerais e dois em São Paulo. Onze mandados são de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 13 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. O bloqueio das contas bancárias e o sequestro dos bens dos investigados foram determinados pela Justiça Federal. No período de investigações, cinco pessoas foram presas em flagrante. A polícia apreendeu 218 quilos de pasta base de cocaína, além de dinheiro e veículos.
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Imagens de fotógrafo eslovaco mostram cicatrizes do Holocausto
Recostada sobre a mesa, uma mulher idosa enrola a manga da blusa revelando uma sequência de números tatuados no antebraço. Lápides tombadas erguem-se contra um céu cinzento. No canto de uma sala mal iluminada, esconde-se uma estante com volumes amarelados. Essas são algumas das imagens captadas pelo fotógrafo Yuri Dojc, 70, que contam parte da história de destruição que a Segunda Guerra Mundial deixou entre a comunidade judaica na Eslováquia. Mais de 60 fotos estarão expostas em São Paulo a partir de quinta (18), na exposição "Last Folio - Preservando Memórias". Na abertura, haverá um debate com o fotógrafo e a sua colaboradora, a cineasta tcheca Katya Krausova. O eslovaco Dojc passou anos rastreando imagens dos últimos testemunhos da cultura judaica no país –primeiro por conta própria e, a partir de 2005, com a ajuda de Krausova. Os dois nasceram na antiga Tchecoslováquia e deixaram a terra natal em 1968, por razões políticas. Juntos, lançaram também um curta documental, em que ouvem relatos de sobreviventes. "Tudo isso só começou a me interessar depois da morte de meu pai. Minha mãe não era mais capaz de me dizer nada", diz Dojc, em uma cena do filme. "Nunca tive a figura completa, mas agora estou pegando a imagem dessas pessoas e, por meio de de suas histórias, chegando à de meus pais, cujo destino provavelmente foi muito parecido com o de muitos outros." ABANDONO As fotos mostram sinagogas e prédios escolares desertos, artefatos religiosos e livros que estavam sendo lidos, ensinados e celebrados até o momento das deportações em massa dos judeus para os campos de concentração. A exposição também contempla retratos contemporâneos de testemunhas do Holocausto. O conjunto de imagens está organizado em cinco núcleos: água e memória; cultura e destruição; estruturas; sobreviventes; e fragmentos e livros. A disposição propõe um percurso que conduz o visitante ao leste da Eslováquia em 1942, quando a população foi levada aos campos de concentração. O painel na quinta, mediado pelo colunista da Folha Jaime Spitzcovsky, terá ainda participação do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e do professor de teoria literária da Unicamp Márcio Seligmann. LAST FOLIO - PRESERVANDO MEMÓRIAS QUANDO de seg. a sáb., das 10h às 18h; de 18/8 a 22/10 ONDE Unibes Cultural, r. Oscar Freire, 2.500, tel. (11) 3065-4333 QUANTO Grátis PAINEL QUANDO qui. (18), às 17h ONDE Unibes Cultural, r. Oscar Freire, 2.500, tel. (11) 3065-4333 QUANTO grátis; inscrição pelo e-mail inscricao@unibescultural.org.br
ilustrada
Imagens de fotógrafo eslovaco mostram cicatrizes do HolocaustoRecostada sobre a mesa, uma mulher idosa enrola a manga da blusa revelando uma sequência de números tatuados no antebraço. Lápides tombadas erguem-se contra um céu cinzento. No canto de uma sala mal iluminada, esconde-se uma estante com volumes amarelados. Essas são algumas das imagens captadas pelo fotógrafo Yuri Dojc, 70, que contam parte da história de destruição que a Segunda Guerra Mundial deixou entre a comunidade judaica na Eslováquia. Mais de 60 fotos estarão expostas em São Paulo a partir de quinta (18), na exposição "Last Folio - Preservando Memórias". Na abertura, haverá um debate com o fotógrafo e a sua colaboradora, a cineasta tcheca Katya Krausova. O eslovaco Dojc passou anos rastreando imagens dos últimos testemunhos da cultura judaica no país –primeiro por conta própria e, a partir de 2005, com a ajuda de Krausova. Os dois nasceram na antiga Tchecoslováquia e deixaram a terra natal em 1968, por razões políticas. Juntos, lançaram também um curta documental, em que ouvem relatos de sobreviventes. "Tudo isso só começou a me interessar depois da morte de meu pai. Minha mãe não era mais capaz de me dizer nada", diz Dojc, em uma cena do filme. "Nunca tive a figura completa, mas agora estou pegando a imagem dessas pessoas e, por meio de de suas histórias, chegando à de meus pais, cujo destino provavelmente foi muito parecido com o de muitos outros." ABANDONO As fotos mostram sinagogas e prédios escolares desertos, artefatos religiosos e livros que estavam sendo lidos, ensinados e celebrados até o momento das deportações em massa dos judeus para os campos de concentração. A exposição também contempla retratos contemporâneos de testemunhas do Holocausto. O conjunto de imagens está organizado em cinco núcleos: água e memória; cultura e destruição; estruturas; sobreviventes; e fragmentos e livros. A disposição propõe um percurso que conduz o visitante ao leste da Eslováquia em 1942, quando a população foi levada aos campos de concentração. O painel na quinta, mediado pelo colunista da Folha Jaime Spitzcovsky, terá ainda participação do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e do professor de teoria literária da Unicamp Márcio Seligmann. LAST FOLIO - PRESERVANDO MEMÓRIAS QUANDO de seg. a sáb., das 10h às 18h; de 18/8 a 22/10 ONDE Unibes Cultural, r. Oscar Freire, 2.500, tel. (11) 3065-4333 QUANTO Grátis PAINEL QUANDO qui. (18), às 17h ONDE Unibes Cultural, r. Oscar Freire, 2.500, tel. (11) 3065-4333 QUANTO grátis; inscrição pelo e-mail inscricao@unibescultural.org.br
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Mundo ogro
Pela experiência que tenho em casa, nem mesmo os videogames (esqueça a televisão e o cinema) ocupam a maior parte do lazer entre os pré-adolescentes. Eles se divertem mesmo é com o YouTube. Ignoro, na qualidade de pai, os vídeos de conteúdo sexual. O que me é permitido acessar, fora as filmagens esportivas, tem a comida como tema. E nunca pensei que pudesse ficar chocado com programas a esse respeito. Começo pelos casos menos graves. O canal "Ana Maria Brogui", por exemplo, ensina os mais jovens a produzir na própria cozinha réplica de tudo o que as mães abominam em termos de alimentação. Sonhos de Valsa caseiros, Kit Kats gigantes feitos com wafer comprado pronto e chocolate derretido e até uma Fanta Uva artesanal têm seus segredos revelados pelo simpático Caio Novaes, um careca barbado não tão gordo quanto poderia ser. Um milhão e meio de seguidores aprendem a fazer esfirras folhadas de chocolate com M&Ms, ou o "melhor sanduíche de linguiça do mundo", que Novaes apresenta num didatismo sem escândalo. Com esse canal, estamos ainda no mundo da realidade prática, se bem que no limite daquilo que se possa recomendar como inofensivo. As coisas pioram muito com a turma do "Epic Meal Time", outro campeão de audiência do YouTube (quase 7 milhões de seguidores). Três ogros barbados, com cara de pouquíssimos amigos, oferecem verdadeiras aberrações culinárias. A pizza de cheesebúrguer, por exemplo. É um edifício de vários andares, tendo por base um disco de pizza de um palmo de altura, recheado de carne moída, em cima do qual se monta uma camada de carne, bacon e queijo do tamanho de dois dicionários Aurélio. Por cima, cheesebúrgueres inteiros, com fatias de salaminho e muito queijo para decorar. Cobre-se tudo com outra camada de massa. Num canto da tela, um contador de calorias vai girando em velocidade de foguete. O mestre-cuca, um ostrogodo de olhos tristes, não parece precisar dos outros dois ajudantes, postados a seu lado como guarda-costas ou acólitos de algum culto radical. Quando a maçaroca está terminada, entende-se a razão de estarem ali: vieram para comer, não para conversar. O espectador se inquieta a cada mordida furiosa. Será que tudo não se despedaça ao primeiro ataque? Não. Provavelmente o alimento é tão compacto, tão grudento sob a força do próprio peso, que nem mesmo a pressão daquelas mandíbulas de animal poderia desintegrá-lo. Em "Homens, Mulheres e Filhos", filme de Jason Reitman, há cenas assustadoras a respeito do que os adolescentes podem encontrar na internet. Pode-se acompanhar, por exemplo, a anorexia de uma jovem, fechada no quarto enquanto troca mensagens com suas companheiras de doença. O pai aparece com o jantar no prato. O computador ensina: cheire a comida, enquanto mastiga um salsão. Depois, jogue a refeição na privada. De alguma forma, um canal como "Epic Meal Time" serve como complemento para o fenômeno da anorexia entre as adolescentes. É a pornografia da comida, que se baseia, como a outra, no tabu e na repressão. Talvez tenha algo a ver com masculinidade também. Antigamente, as mães insistiam para que os filhos comessem bastante. Hoje, preocupam-se com o inverso. O rebelde careca e tatuado desprezará qualquer preocupação estética ou metabólica. Sua macheza, como sempre, está em emancipar-se da mãe sem nunca perdê-la de vista; introjeta-a, a golpes de leite condensado e chocolate derretido. Chegamos a "How to Basic". O canal do YouTube, teoricamente, também se propõe a ensinar uma receita. No começo, tudo é feito com método e minúcia. Mas logo o protagonista do filminho perde a paciência. Joga os ovos com casca e tudo na tigela; derruba quilos de farinha dentro da embalagem; usa um martelo para mexer a massa; termina quebrando a bancada e o fogão. A revolta, aqui, é contra a ideia de que algo possa ser aprendido. Quebra-se o computador, ignora-se a receita e a fome. O ogro, antes positivo na sua capacidade de absorver o mundo, não pode mais com nada. Faz uma sujeira indescritível na cozinha: talvez queira desintoxicar-se de tantos desejos, de tanta oferta, de tanta informação na internet. A anorexia surge como um protesto silencioso e suicida diante do mesmo problema; outros preferem o desperdício, o vandalismo, a hecatombe entre quatro paredes.
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Mundo ogroPela experiência que tenho em casa, nem mesmo os videogames (esqueça a televisão e o cinema) ocupam a maior parte do lazer entre os pré-adolescentes. Eles se divertem mesmo é com o YouTube. Ignoro, na qualidade de pai, os vídeos de conteúdo sexual. O que me é permitido acessar, fora as filmagens esportivas, tem a comida como tema. E nunca pensei que pudesse ficar chocado com programas a esse respeito. Começo pelos casos menos graves. O canal "Ana Maria Brogui", por exemplo, ensina os mais jovens a produzir na própria cozinha réplica de tudo o que as mães abominam em termos de alimentação. Sonhos de Valsa caseiros, Kit Kats gigantes feitos com wafer comprado pronto e chocolate derretido e até uma Fanta Uva artesanal têm seus segredos revelados pelo simpático Caio Novaes, um careca barbado não tão gordo quanto poderia ser. Um milhão e meio de seguidores aprendem a fazer esfirras folhadas de chocolate com M&Ms, ou o "melhor sanduíche de linguiça do mundo", que Novaes apresenta num didatismo sem escândalo. Com esse canal, estamos ainda no mundo da realidade prática, se bem que no limite daquilo que se possa recomendar como inofensivo. As coisas pioram muito com a turma do "Epic Meal Time", outro campeão de audiência do YouTube (quase 7 milhões de seguidores). Três ogros barbados, com cara de pouquíssimos amigos, oferecem verdadeiras aberrações culinárias. A pizza de cheesebúrguer, por exemplo. É um edifício de vários andares, tendo por base um disco de pizza de um palmo de altura, recheado de carne moída, em cima do qual se monta uma camada de carne, bacon e queijo do tamanho de dois dicionários Aurélio. Por cima, cheesebúrgueres inteiros, com fatias de salaminho e muito queijo para decorar. Cobre-se tudo com outra camada de massa. Num canto da tela, um contador de calorias vai girando em velocidade de foguete. O mestre-cuca, um ostrogodo de olhos tristes, não parece precisar dos outros dois ajudantes, postados a seu lado como guarda-costas ou acólitos de algum culto radical. Quando a maçaroca está terminada, entende-se a razão de estarem ali: vieram para comer, não para conversar. O espectador se inquieta a cada mordida furiosa. Será que tudo não se despedaça ao primeiro ataque? Não. Provavelmente o alimento é tão compacto, tão grudento sob a força do próprio peso, que nem mesmo a pressão daquelas mandíbulas de animal poderia desintegrá-lo. Em "Homens, Mulheres e Filhos", filme de Jason Reitman, há cenas assustadoras a respeito do que os adolescentes podem encontrar na internet. Pode-se acompanhar, por exemplo, a anorexia de uma jovem, fechada no quarto enquanto troca mensagens com suas companheiras de doença. O pai aparece com o jantar no prato. O computador ensina: cheire a comida, enquanto mastiga um salsão. Depois, jogue a refeição na privada. De alguma forma, um canal como "Epic Meal Time" serve como complemento para o fenômeno da anorexia entre as adolescentes. É a pornografia da comida, que se baseia, como a outra, no tabu e na repressão. Talvez tenha algo a ver com masculinidade também. Antigamente, as mães insistiam para que os filhos comessem bastante. Hoje, preocupam-se com o inverso. O rebelde careca e tatuado desprezará qualquer preocupação estética ou metabólica. Sua macheza, como sempre, está em emancipar-se da mãe sem nunca perdê-la de vista; introjeta-a, a golpes de leite condensado e chocolate derretido. Chegamos a "How to Basic". O canal do YouTube, teoricamente, também se propõe a ensinar uma receita. No começo, tudo é feito com método e minúcia. Mas logo o protagonista do filminho perde a paciência. Joga os ovos com casca e tudo na tigela; derruba quilos de farinha dentro da embalagem; usa um martelo para mexer a massa; termina quebrando a bancada e o fogão. A revolta, aqui, é contra a ideia de que algo possa ser aprendido. Quebra-se o computador, ignora-se a receita e a fome. O ogro, antes positivo na sua capacidade de absorver o mundo, não pode mais com nada. Faz uma sujeira indescritível na cozinha: talvez queira desintoxicar-se de tantos desejos, de tanta oferta, de tanta informação na internet. A anorexia surge como um protesto silencioso e suicida diante do mesmo problema; outros preferem o desperdício, o vandalismo, a hecatombe entre quatro paredes.
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Vendas de máquinas mantêm forte recuo
O setor agrícola continua com o pé no freio quando se trata de comprar novas máquinas. As indústrias repassaram apenas 271 unidades de colheitadeiras para as distribuidoras no mês passado, um número 39% inferior ao de igual período do ano passado. Com essa redução, as vendas acumuladas de janeiro a agosto ficam em 2.616 unidades, 31% menos do que as de igual período do ano passado, segundo dados provisórios do mercado. O produtor pisa no freio devido às incertezas com a safra 2015/16. Os preços das commodities caem e, além disso, o crédito está mais restrito neste ano e com taxas mais salgadas. As vendas das indústrias se limitam, em grande parte, aos produtores que estão com investimentos em andamento. Nesses casos, as compras já estavam programadas. Assim como as vendas de colheitadeiras, as de tratores também têm intenso recuo. No mês passado, foram comercializadas 3.625 unidades, somando 27,6 mil no ano. O ritmo atual das vendas fez com que as indústrias colocassem 33% menos tratores nas revendas em agosto e 27% menos no acumulado dos oito primeiros meses do ano. * EUA fazem estoques para segurar preço do suco Os estoques brasileiros de suco espalhados pelo mundo atingiram 766 mil toneladas em junho de 2013, recuaram para 534 mil no ano passado e, no final do primeiro semestre deste ano, estavam em 510 mil. No ano que vem, deverão recuar para 329 mil. Os estoques caem, mas a demanda também continua recuando. O consumo mundial, que era de 2,4 milhões de toneladas há dez anos, foi reduzido para 2,1 milhões de toneladas no ano passado. Diante dessa queda. O governo norte-americano entrou com uma política pública para enxugar parte desses estoques nos Estados Unidos e dar sustentação aos preços. O governo anunciou a compra de um volume de suco concentrado que corresponde a 60 milhões de litros nas gôndolas dos supermercados. É um volume pequeno em relação ao consumo anual norte-americano, que chega a 3 bilhões de litros. No Brasil, o consumo anual é de 70 milhões de litros. A ação visa, no entanto, equilibrar os estoques norte-americanos que, com a queda da demanda, chegou a patamares elevados. Em 8 de agosto, estavam em 152 mil toneladas, o que provocou novas quedas de preços. A Bolsa de futuros de Nova York, onde é negociado o suco, refletiu esse aumento de estoques, derrubando os preços. Uma das esperanças do setor é que a produção de 2015 será inferior à demanda, reduzindo ainda mais os estoques do produto. * Uma biografia não autorizada do clima O aquecimento global é um alarme falso. Estão querendo fazer uma demonização do CO2. Um jogo de marketing com intenções políticas e econômicas. Essa é a tônica do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" do jornalista Richard Jakubaszko e dos co-autores físicos Luiz Carlos Baldicero Molion e José Carlos Parente de Oliveira. Polêmico, Jakubaszko diz que é cético na questão do aquecimento climático e que essa é uma mentira bem contada. Por trás dessa falácia há uma tentativa de criminalizar o produtor e o boi, segundo ele. O livro que, segundo o autor, é uma biografia não autorizada do clima, não foi aceito por editoras universitárias e não está à venda em livrarias. O motivo da recusa foi a falta de embasamento científico e a não "descomprovação" do que já se estabeleceu como senso comum sobre o assunto, segundo as editoras. O autor, que tem outras três publicações no setor agropecuário, admite que o livro não tem pretensão de ser uma obra científica, mas provocar reflexões sobre o tema. Editado pela DBO Editores, a publicação, com 287 páginas, poderá ser obtida pelo e-mail CO2clima@gmail.com por R$ 40.
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Vendas de máquinas mantêm forte recuoO setor agrícola continua com o pé no freio quando se trata de comprar novas máquinas. As indústrias repassaram apenas 271 unidades de colheitadeiras para as distribuidoras no mês passado, um número 39% inferior ao de igual período do ano passado. Com essa redução, as vendas acumuladas de janeiro a agosto ficam em 2.616 unidades, 31% menos do que as de igual período do ano passado, segundo dados provisórios do mercado. O produtor pisa no freio devido às incertezas com a safra 2015/16. Os preços das commodities caem e, além disso, o crédito está mais restrito neste ano e com taxas mais salgadas. As vendas das indústrias se limitam, em grande parte, aos produtores que estão com investimentos em andamento. Nesses casos, as compras já estavam programadas. Assim como as vendas de colheitadeiras, as de tratores também têm intenso recuo. No mês passado, foram comercializadas 3.625 unidades, somando 27,6 mil no ano. O ritmo atual das vendas fez com que as indústrias colocassem 33% menos tratores nas revendas em agosto e 27% menos no acumulado dos oito primeiros meses do ano. * EUA fazem estoques para segurar preço do suco Os estoques brasileiros de suco espalhados pelo mundo atingiram 766 mil toneladas em junho de 2013, recuaram para 534 mil no ano passado e, no final do primeiro semestre deste ano, estavam em 510 mil. No ano que vem, deverão recuar para 329 mil. Os estoques caem, mas a demanda também continua recuando. O consumo mundial, que era de 2,4 milhões de toneladas há dez anos, foi reduzido para 2,1 milhões de toneladas no ano passado. Diante dessa queda. O governo norte-americano entrou com uma política pública para enxugar parte desses estoques nos Estados Unidos e dar sustentação aos preços. O governo anunciou a compra de um volume de suco concentrado que corresponde a 60 milhões de litros nas gôndolas dos supermercados. É um volume pequeno em relação ao consumo anual norte-americano, que chega a 3 bilhões de litros. No Brasil, o consumo anual é de 70 milhões de litros. A ação visa, no entanto, equilibrar os estoques norte-americanos que, com a queda da demanda, chegou a patamares elevados. Em 8 de agosto, estavam em 152 mil toneladas, o que provocou novas quedas de preços. A Bolsa de futuros de Nova York, onde é negociado o suco, refletiu esse aumento de estoques, derrubando os preços. Uma das esperanças do setor é que a produção de 2015 será inferior à demanda, reduzindo ainda mais os estoques do produto. * Uma biografia não autorizada do clima O aquecimento global é um alarme falso. Estão querendo fazer uma demonização do CO2. Um jogo de marketing com intenções políticas e econômicas. Essa é a tônica do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" do jornalista Richard Jakubaszko e dos co-autores físicos Luiz Carlos Baldicero Molion e José Carlos Parente de Oliveira. Polêmico, Jakubaszko diz que é cético na questão do aquecimento climático e que essa é uma mentira bem contada. Por trás dessa falácia há uma tentativa de criminalizar o produtor e o boi, segundo ele. O livro que, segundo o autor, é uma biografia não autorizada do clima, não foi aceito por editoras universitárias e não está à venda em livrarias. O motivo da recusa foi a falta de embasamento científico e a não "descomprovação" do que já se estabeleceu como senso comum sobre o assunto, segundo as editoras. O autor, que tem outras três publicações no setor agropecuário, admite que o livro não tem pretensão de ser uma obra científica, mas provocar reflexões sobre o tema. Editado pela DBO Editores, a publicação, com 287 páginas, poderá ser obtida pelo e-mail CO2clima@gmail.com por R$ 40.
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Queremos dar a 1ª volta olímpica no novo estádio
O Santos tem boas chances de vencer, já que o rival atacará desde o início, dando campo para a linha de frente alvinegra explorar as costas da defesa. Para o Corinthians, nas oitavas, isso foi fatal. Não vale dizer que o Palmeiras evitará os erros do arquirrival, que o jogo tem 90 minutos e blá-blá-blá. A torcida, se pudesse, pediria ao time que se lançasse ao ataque já durante o aquecimento. A cobrança será enorme. Isso porque o campeão dará a primeira volta olímpica da história do estádio. E a primeira vez a gente não esquece. Quando se fala em história, os santistas são imbatíveis. Passei anos conversando com meu amigo Fausto Macedo sobre reportagens que ele trazia do arquivo. Desta vez, quero ligar para falar de um título histórico. Mas de 2015.
esporte
Queremos dar a 1ª volta olímpica no novo estádioO Santos tem boas chances de vencer, já que o rival atacará desde o início, dando campo para a linha de frente alvinegra explorar as costas da defesa. Para o Corinthians, nas oitavas, isso foi fatal. Não vale dizer que o Palmeiras evitará os erros do arquirrival, que o jogo tem 90 minutos e blá-blá-blá. A torcida, se pudesse, pediria ao time que se lançasse ao ataque já durante o aquecimento. A cobrança será enorme. Isso porque o campeão dará a primeira volta olímpica da história do estádio. E a primeira vez a gente não esquece. Quando se fala em história, os santistas são imbatíveis. Passei anos conversando com meu amigo Fausto Macedo sobre reportagens que ele trazia do arquivo. Desta vez, quero ligar para falar de um título histórico. Mas de 2015.
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Poderosa só no Carnaval?
O gerente de uma das mais tradicionais lojas do Rio de Janeiro –a Casa Turuna– afirmou que a fantasia mais vendida para este Carnaval de 2016 foi a de Mulher Maravilha. Ele disse que, como é só "uma sainha e um top", é a fantasia ideal para o calor da cidade. Entrevistei algumas mulheres que compraram a fantasia para entender as suas motivações. Uma psicóloga de 23 anos disse: "No domingo, vou sair de Mulher Maravilha, na segunda, de noivinha e, na terça, de coelhinha. Acho divertido poder experimentar diferentes papéis e não ter apenas uma única identidade. Lógico que eu quero ser a Mulher Maravilha, poderosa, independente e forte. Mas também tenho o sonho de casar de véu e grinalda e ter filhos com um marido bacana. Também quero ser a coelhinha sexy da Playboy para deixar todos os homens loucos de desejo. Afinal, que mulher não quer tudo isso? Só no Carnaval que eu posso ser tudo o que eu quero ser, sem conflito nem culpa." Ela continua: "No Carnaval do ano passado, saí de princesa, de diabinha e de fada. Podem até pensar que eu tenho múltiplas personalidades, mas cada uma dessas fantasias representa um pouco dos meus desejos mais profundos. Se, no ano passado, eu estava mais para uma princesa-diabinha, neste ano eu me sinto muito mais uma Mulher Maravilha com uma pitada de coelhinha sexy. Que delícia poder ser tudo isso sem medo nem vergonha de me expor, nem que seja apenas por esses cinco dias". Uma atriz de 45 anos contou: "Acabei de terminar um casamento de quinze anos e quero me divertir muito neste Carnaval, sem qualquer censura ou repressão. Lógico que ainda estou sofrendo com a separação. Quem não sofre? Mas não quero me entregar ao sofrimento e ao medo de nunca mais conseguir casar e ter filhos, pois já estou passando da idade. O meu ex-marido acha que eu sou uma coroa caquética e me trocou por uma garota de 23 anos." Ela conclui: "O Carnaval é o momento ideal de colocar para fora tudo o que eu precisei reprimir, esconder e engolir a vida inteira. Decidi assumir que eu sou a Mulher Maravilha, ao menos nestes cinco dias de Carnaval. Mas eu quero acreditar que essa não é apenas uma fantasia e que eu também posso ser uma mulher linda, forte e poderosa durante o ano inteiro". E você? Qual é a sua fantasia? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, Professora Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "A Bela Velhice" (Ed. Record) miriangoldenberg@uol.com.br
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Poderosa só no Carnaval?O gerente de uma das mais tradicionais lojas do Rio de Janeiro –a Casa Turuna– afirmou que a fantasia mais vendida para este Carnaval de 2016 foi a de Mulher Maravilha. Ele disse que, como é só "uma sainha e um top", é a fantasia ideal para o calor da cidade. Entrevistei algumas mulheres que compraram a fantasia para entender as suas motivações. Uma psicóloga de 23 anos disse: "No domingo, vou sair de Mulher Maravilha, na segunda, de noivinha e, na terça, de coelhinha. Acho divertido poder experimentar diferentes papéis e não ter apenas uma única identidade. Lógico que eu quero ser a Mulher Maravilha, poderosa, independente e forte. Mas também tenho o sonho de casar de véu e grinalda e ter filhos com um marido bacana. Também quero ser a coelhinha sexy da Playboy para deixar todos os homens loucos de desejo. Afinal, que mulher não quer tudo isso? Só no Carnaval que eu posso ser tudo o que eu quero ser, sem conflito nem culpa." Ela continua: "No Carnaval do ano passado, saí de princesa, de diabinha e de fada. Podem até pensar que eu tenho múltiplas personalidades, mas cada uma dessas fantasias representa um pouco dos meus desejos mais profundos. Se, no ano passado, eu estava mais para uma princesa-diabinha, neste ano eu me sinto muito mais uma Mulher Maravilha com uma pitada de coelhinha sexy. Que delícia poder ser tudo isso sem medo nem vergonha de me expor, nem que seja apenas por esses cinco dias". Uma atriz de 45 anos contou: "Acabei de terminar um casamento de quinze anos e quero me divertir muito neste Carnaval, sem qualquer censura ou repressão. Lógico que ainda estou sofrendo com a separação. Quem não sofre? Mas não quero me entregar ao sofrimento e ao medo de nunca mais conseguir casar e ter filhos, pois já estou passando da idade. O meu ex-marido acha que eu sou uma coroa caquética e me trocou por uma garota de 23 anos." Ela conclui: "O Carnaval é o momento ideal de colocar para fora tudo o que eu precisei reprimir, esconder e engolir a vida inteira. Decidi assumir que eu sou a Mulher Maravilha, ao menos nestes cinco dias de Carnaval. Mas eu quero acreditar que essa não é apenas uma fantasia e que eu também posso ser uma mulher linda, forte e poderosa durante o ano inteiro". E você? Qual é a sua fantasia? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, Professora Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "A Bela Velhice" (Ed. Record) miriangoldenberg@uol.com.br
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Felipão comemora título da Euro e elogia técnico português
O técnico Luiz Felipe Scolari festejou o título de Portugal. O brasileiro ficou acordado durante toda a madrugada em Guanzhou, no sudoeste da China, onde vive atualmente, para ver a partida final, vencida pelos portugueses na prorrogação. Após o jogo, enviou mensagens festejando a taça de Portugal logo depois da conquista. "Era para ser assim. Foi merecida a conquista vir com um técnico português da gema em vez de ser com um brasileiro", disse em entrevista à Fox Sports, referindo-se a Fernando Santos, que dirigia o Sporting no período em que Felipão levava Portugal ao vice-campeonato europeu em 2004. "Ele merece. Conhece futebol e é um técnico das antigas, diferente destes novos treinadores", afirmou Scolari. O brasileiro dirigiu a seleção portuguesa entre 2002 e 2008. Foi finalista da Eurocopa de 2004, quarto colocado na Copa do Mundo de 2006 e caiu nas quartas-de-final da Euro 2008 contra a Alemanha. Ainda é o técnico com maior número de vitórias por Portugal (42), mas hoje tem aproveitamento inferior ao de seu colega, Fernando Santos. Felipão ganhou 57% dos pontos, o novo campeão da Euro tem 61%, mas em apenas 26 jogos, contra 74 do treinador brasileiro. O técnico também elogiou o principal jogador do time, o atacante Cristiano Ronaldo, que deixou a final lesionado. "Ele é uma pessoa incrível e muita gente faz uma imagem errada dele. É muito profissional e perfeccionista. Um cara sensacional que merecia o título", disse Felipão. Em 2003, pouco depois de chegar a Lisboa, Luiz Felipe Scolari afirmou que estava diante de um jogador que seria em breve eleito o melhor do mundo. Cristiano foi escolhido pela Fifa em 2008, 2013 e 2014 e é agora o favorito para ganhar o prêmio em 2016. Felipão tem contrato com o Guanzhou Evergrande até dezembro.
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Felipão comemora título da Euro e elogia técnico portuguêsO técnico Luiz Felipe Scolari festejou o título de Portugal. O brasileiro ficou acordado durante toda a madrugada em Guanzhou, no sudoeste da China, onde vive atualmente, para ver a partida final, vencida pelos portugueses na prorrogação. Após o jogo, enviou mensagens festejando a taça de Portugal logo depois da conquista. "Era para ser assim. Foi merecida a conquista vir com um técnico português da gema em vez de ser com um brasileiro", disse em entrevista à Fox Sports, referindo-se a Fernando Santos, que dirigia o Sporting no período em que Felipão levava Portugal ao vice-campeonato europeu em 2004. "Ele merece. Conhece futebol e é um técnico das antigas, diferente destes novos treinadores", afirmou Scolari. O brasileiro dirigiu a seleção portuguesa entre 2002 e 2008. Foi finalista da Eurocopa de 2004, quarto colocado na Copa do Mundo de 2006 e caiu nas quartas-de-final da Euro 2008 contra a Alemanha. Ainda é o técnico com maior número de vitórias por Portugal (42), mas hoje tem aproveitamento inferior ao de seu colega, Fernando Santos. Felipão ganhou 57% dos pontos, o novo campeão da Euro tem 61%, mas em apenas 26 jogos, contra 74 do treinador brasileiro. O técnico também elogiou o principal jogador do time, o atacante Cristiano Ronaldo, que deixou a final lesionado. "Ele é uma pessoa incrível e muita gente faz uma imagem errada dele. É muito profissional e perfeccionista. Um cara sensacional que merecia o título", disse Felipão. Em 2003, pouco depois de chegar a Lisboa, Luiz Felipe Scolari afirmou que estava diante de um jogador que seria em breve eleito o melhor do mundo. Cristiano foi escolhido pela Fifa em 2008, 2013 e 2014 e é agora o favorito para ganhar o prêmio em 2016. Felipão tem contrato com o Guanzhou Evergrande até dezembro.
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Record reduz equipe do Pan em mais de 60%; Globo não exibirá imagens
A exclusividade da Record na transmissão dos Jogos Pan-Americanos para TV aberta no país se manteve de 2011 para 2015. Mas o investimento da emissora paulista foi reduzido para esta edição em Toronto em relação à Guadalajara. Se há quatro anos a equipe da Record tinha 245 profissionais na cidade mexicana, desta vez serão 80 na sede canadense. A redução para cerca de um terço do enviados, reflete-se também no número de horas de exibição de competições. De acordo com a Record, serão de quatro a seis horas diárias de transmissões de diferentes modalidades, além de flashes durante toda a programação. Em 2011, eram cerca de oito horas diárias. Ainda segundo a emissora, cerca de 300 profissionais estarão envolvidos na cobertura em todo o Brasil e, na Record News, a transmissão chegará a 20 horas por dia, sendo dez de transmissão de eventos ao vivo. Para ter os direitos exclusivo de Guadalajara-2011, a Record pagou à época aproximadamente R$ 12 milhões. Aquele foi o primeiro grande teste da estratégia da emissora de abocanhar eventos top do esporte mundial. Na negociação, tiraram da Globo também os direitos de transmissão do Pan de 2015 (por cerca de R$ 20 milhões) e das Olimpíadas (R$ 139 milhões pelos Jogos de verão de 2012 e de inverno de 2010). A Record também tem os direitos do Pan de Lima-2019. A equipe da Record que viajará ao Pan de Toronto tem as apresentadoras Adriana Araújo, Carla Cecato e Mylena Ciribelli, os comentaristas Luisa Parente (ginástica) e Fernando Scherer (natação), e os narradores Álvaro José, Eduardo Vaz e Lucas Pereira, além dos repórteres Bruno Piccinato, Cleisla Garcia, Eduardo Ribeiro, Jean Brandão, Roberto Thomé e Vinícius Dônola. TV FECHADA Se em 2011 a cobertura se estendia apenas à Record News, agora a emissora paulista sublicenciou os direitos na TV fechada para a Globosat, que irá exibir o evento pelos três canais da SporTV. O canal que mandou apenas uma equipe para Guadalajara, desta vez estará no Canadá com cerca de 50 profissionais e já considera o evento como "um aquecimento para a Rio-2016". Segundo a SporTV, haverá transmissão ao vivo e 'in loco' em cinco modalidades: natação, atletismo, judô, ginástica e vôlei, além das cerimônias de abertura e encerramento. Com exclusividade na TV por assinatura no Brasil, a SporTV utilizará seus três canais para entradas ao vivo nos programas Bom Dia SporTV e Seleção, flashes ao vivo durante a programação e conclusão da jornada no Conexão SporTV, diariamente de um estúdio de vidro montado em Toronto. A SporTV estima 280 horas de transmissão ao vivo no evento que acontece de 10 a 26 de julho. Para isso, contará com três narradores (Luiz Carlos Jr, Roby Porto e Sergio Maurício) e cinco comentaristas (Nalbert, Alex Pussieldi, Lauter Nogueira, Andrea João e Angelo Paiva). Já a TV Globo, segunda a assessoria de imprensa da emissora carioca, "vai acompanhar factualmente nos telejornais o desempenho e a conquista de medalhas dos atletas brasileiros" no Pan de Toronto, "mas sem poder exibir imagens das competições, por não ser detentora dos direitos de transmissão da competição".
esporte
Record reduz equipe do Pan em mais de 60%; Globo não exibirá imagensA exclusividade da Record na transmissão dos Jogos Pan-Americanos para TV aberta no país se manteve de 2011 para 2015. Mas o investimento da emissora paulista foi reduzido para esta edição em Toronto em relação à Guadalajara. Se há quatro anos a equipe da Record tinha 245 profissionais na cidade mexicana, desta vez serão 80 na sede canadense. A redução para cerca de um terço do enviados, reflete-se também no número de horas de exibição de competições. De acordo com a Record, serão de quatro a seis horas diárias de transmissões de diferentes modalidades, além de flashes durante toda a programação. Em 2011, eram cerca de oito horas diárias. Ainda segundo a emissora, cerca de 300 profissionais estarão envolvidos na cobertura em todo o Brasil e, na Record News, a transmissão chegará a 20 horas por dia, sendo dez de transmissão de eventos ao vivo. Para ter os direitos exclusivo de Guadalajara-2011, a Record pagou à época aproximadamente R$ 12 milhões. Aquele foi o primeiro grande teste da estratégia da emissora de abocanhar eventos top do esporte mundial. Na negociação, tiraram da Globo também os direitos de transmissão do Pan de 2015 (por cerca de R$ 20 milhões) e das Olimpíadas (R$ 139 milhões pelos Jogos de verão de 2012 e de inverno de 2010). A Record também tem os direitos do Pan de Lima-2019. A equipe da Record que viajará ao Pan de Toronto tem as apresentadoras Adriana Araújo, Carla Cecato e Mylena Ciribelli, os comentaristas Luisa Parente (ginástica) e Fernando Scherer (natação), e os narradores Álvaro José, Eduardo Vaz e Lucas Pereira, além dos repórteres Bruno Piccinato, Cleisla Garcia, Eduardo Ribeiro, Jean Brandão, Roberto Thomé e Vinícius Dônola. TV FECHADA Se em 2011 a cobertura se estendia apenas à Record News, agora a emissora paulista sublicenciou os direitos na TV fechada para a Globosat, que irá exibir o evento pelos três canais da SporTV. O canal que mandou apenas uma equipe para Guadalajara, desta vez estará no Canadá com cerca de 50 profissionais e já considera o evento como "um aquecimento para a Rio-2016". Segundo a SporTV, haverá transmissão ao vivo e 'in loco' em cinco modalidades: natação, atletismo, judô, ginástica e vôlei, além das cerimônias de abertura e encerramento. Com exclusividade na TV por assinatura no Brasil, a SporTV utilizará seus três canais para entradas ao vivo nos programas Bom Dia SporTV e Seleção, flashes ao vivo durante a programação e conclusão da jornada no Conexão SporTV, diariamente de um estúdio de vidro montado em Toronto. A SporTV estima 280 horas de transmissão ao vivo no evento que acontece de 10 a 26 de julho. Para isso, contará com três narradores (Luiz Carlos Jr, Roby Porto e Sergio Maurício) e cinco comentaristas (Nalbert, Alex Pussieldi, Lauter Nogueira, Andrea João e Angelo Paiva). Já a TV Globo, segunda a assessoria de imprensa da emissora carioca, "vai acompanhar factualmente nos telejornais o desempenho e a conquista de medalhas dos atletas brasileiros" no Pan de Toronto, "mas sem poder exibir imagens das competições, por não ser detentora dos direitos de transmissão da competição".
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Crianças contam quais são os seus programas preferidos na cidade de SP
GABRIELA VALDANHA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Rodamos sete escolas, particulares e públicas, para conhecer os programas preferidos de meninos e meninas da cidade. Descubra quais são neste joguinho. PERGUNTAS Aonde vou aos domingos? "Levo para lá brinquedos de praia para fazer esculturas nas caixas de areia. Vou com minha mãe todo domingo e, às vezes, também às sextas-feiras" Thiago Sampaio Cintra, 8 Que lugar é esse? "Me impressionou uma bola que, quando a gente coloca a mão, faz os cabelos arrepiarem" Beatriz Ferreira de Souza, 11 * QUEM SE REFERE A CADA UM DESSES LUGARES? Beatriz ( ) | Thiago ( ) Museu do Catavento Interativo e lúdico, o museu é recheado de atrações ligadas a ciência e tecnologia e tem até um pedaço de meteorito de verdade. É dividido em quatro seções: universo, vida, engenho e sociedade. Pça. Cívica Ulisses Guimarães, s/n, Brás, tel. 3315-0051. Ter. a dom.: 9h às 16h. Ingr.: R$ 3 (de 4 a 12 anos e maiores de 60 anos) e R$ 6. Menores de 3 anos, grátis Beatriz ( ) | Thiago ( ) Parque Villa-Lobos Tem ciclovia, quadras, campos de futebol, trilhas pelos bosques e passarela elevada, o Circuito das Árvores. No Dia da Criança, tem atrações como leitura do novo livro de Antonio Prata, às 14h30. Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2.001, Alto de Pinheiros, tel. 2683-6302. Seg. a dom.: 5h30 às 19h. * RESPOSTAS: Beatriz Ferreira de Souza: museu Catavento; Thiago Sampaio Cintra: parque Villa-Lobos. - PERGUNTAS Vamos fazer trilha? "O parque é bem grande e dá pra fazer trilha lá dentro. Tem vários balanços. Consigo ir de bicicleta da minha casa, mas cansa bastante" Lavínia França Sauer, 7 Tem zebra e elefante "Fui com 3 anos, mas lembro de tudo -como eu ia esquecer do dia em que passei a mão em uma girafa e dei comida para ela? Também dei mamadeira para um cabrito. Vi onça, leão, elefante, zebra e hipopótamo" Bruno Narbutis Borin, 10 O peixe tem olhos esbugalhados "Gosto do aquário de lá, tem vários peixes. O meu preferido é o que tem os olhos bem esbugalhados. Também dá para andar de patins. Tem galinhas e galos andando soltos pelo parque" Maria Luiza Dias da Silva, 8 Onde ver bonecos de super-heróis? "Gosto de ler os livros e ver os bonecos da Marvel" Joaquim Battistella Pereira, 9 * QUEM SE REFERE A CADA UM DESSES LUGARES? Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Zoológico Para comemorar o Dia Mundial dos Animais (4/10), o Zoológico apresenta um leão e duas onças-pardas. Também chegaram o Rei Billy e Princesa Julie, um casal de coalas. Av. Miguel Estéfano, 4.241, Água Funda, tel. 5073-0811. Seg. a dom.: 9h às 17h. Ingr.: R$ 10 (6 a 12 anos) e R$ 30 (grátis p/ menores de 5 anos e pessoa com deficiência) Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Fnac Paulista Lá, na Fnac Paulista, é possível encontrar bonecos do Homem de Ferro e do Capitão América, além de réplicas do Darth Vader, de "Star Wars". Também vende brinquedos como Genius e Jogo da Vida. Av. Paulista, 901 - Bela Vista, 2123-2000. De seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom. e feriados: 11h às 20h Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Parque da Água Branca Além do verde e dos peixes, o Parque da Água Branca tem Espaço de Leitura, com títulos infanto-juvenis e obras de literatura brasileira e estrangeira, poesia e artes. Às terças, aos sábados e aos domingos, tem feira de orgânicos. Av. Francisco Matarazzo, 455, Água Branca, tel. 3803-4200. Seg. a dom.: 6h às 20h. Ingr.: R$ 2 (aquário) Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Parque do Povo Com quadras poliesportivas, campos de futebol gramado, ciclovia, gangorras e brinquedões, o Parque do Povo é também boa opção para tomar sol ou fazer um piquenique. Av. Henrique Chamma, 420, Chácara Itaim, tel. 3073-1217. Seg. a dom.: 6h às 22h * RESPOSTAS: Lavínia França Sauer: Parque do Povo; Bruno Narbutis Borin: Zoológico; Maria Luiza Dias da Silva: Parque da Água Branca; Joaquim Battistella Pereira: Fnac Paulista - PERGUNTAS Sabe onde fiz bolo e pizza? "Minha profissão foi ser chefe de cozinha. Fiz bolo e pizza. Também fui médica, atendi vários pacientes, mas estavam todos saudáveis" Giulia Pedroso Barreto, 7 É um lugar para apostar corrida "Geralmente vou de skate. É bem cheio, mas sempre tem um espacinho para andar. Tem várias pistas -gosto de apostar corrida com meus pais e minha irmã. Tem também muita natureza e troncos de árvore em forma de banco para descansar" Henrique Hasui Tamião, 6 Lá tem um jardim incrível "O museu está reformando, mas o jardim de lá é muito incrível. Gostei da estátua do Dom Pedro 1º. Dá para andar de bicicleta e de skate. Quando reabrir, quero ser a primeira a visitar" Manoela Simões Santos, 10 Onde tem animais que sabem nadar? "Acho os animais do fundo do mar mais interessantes -porque eles sabem nadar muito bem. Também adoro assistir séries sobre esse tema na TV" Henrique Galvão de Brito, 7 * QUEM SE REFERE A CADA UM DESSES LUGARES? Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Parque da Independência Nos arredores do Museu do Ipiranga, tem jardim inspirado na área verde do Palácio de Versalhes, em Paris. Além de fontes e chafarizes, tem pista de corrida e playground. Av. Nazaré, Ipiranga, região sul, tel. 2273-7250. Seg. a dom.: 5h às 24h Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Parque das Bicicletas Permite não apenas bike, mas também, skate, patins e corredores por suas pistas. Al. Iraé, 35, Indianópolis, região sul, tel. 3396-6433. Seg. a dom.: 6h às 22h Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Aquário Além dos animais aquáticos, como tubarão-lixa e o peixe-boi, o Aquário abriga espécies terrestres, como coalas. R. Huet Bacelar, 407, Ipiranga, tel. 2273-5500. Seg. a dom.: 9h às 17h. R$ 40 (3 a 12 anos) e R$ 80 (grátis p/ menores de 3 anos e pessoa c/ deficiência) Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Kidzania Simula uma cidade de verdade, em que as crianças podem desempenhar profissões como chef, médico e bombeiro. Em outubro, quem levar um brinquedo em bom estado ganha desconto. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, tel. 3995-4500. 1.200 pessoas. Ter. a sex.: 10h às 16h30. Sáb. e dom.: 12h às 18h30. 4 a 14 anos. Ingr.: R$ 50 a R$ 120 * RESPOSTAS: Henrique Hasui Tamião: Parque das Bicicletas; Giulia Pedroso Barreto: Kidzania; Manoela Simões Santos: Jardim do Museu do Ipiranga; Henrique Galvão de Brito: Aquário
saopaulo
Crianças contam quais são os seus programas preferidos na cidade de SPGABRIELA VALDANHA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Rodamos sete escolas, particulares e públicas, para conhecer os programas preferidos de meninos e meninas da cidade. Descubra quais são neste joguinho. PERGUNTAS Aonde vou aos domingos? "Levo para lá brinquedos de praia para fazer esculturas nas caixas de areia. Vou com minha mãe todo domingo e, às vezes, também às sextas-feiras" Thiago Sampaio Cintra, 8 Que lugar é esse? "Me impressionou uma bola que, quando a gente coloca a mão, faz os cabelos arrepiarem" Beatriz Ferreira de Souza, 11 * QUEM SE REFERE A CADA UM DESSES LUGARES? Beatriz ( ) | Thiago ( ) Museu do Catavento Interativo e lúdico, o museu é recheado de atrações ligadas a ciência e tecnologia e tem até um pedaço de meteorito de verdade. É dividido em quatro seções: universo, vida, engenho e sociedade. Pça. Cívica Ulisses Guimarães, s/n, Brás, tel. 3315-0051. Ter. a dom.: 9h às 16h. Ingr.: R$ 3 (de 4 a 12 anos e maiores de 60 anos) e R$ 6. Menores de 3 anos, grátis Beatriz ( ) | Thiago ( ) Parque Villa-Lobos Tem ciclovia, quadras, campos de futebol, trilhas pelos bosques e passarela elevada, o Circuito das Árvores. No Dia da Criança, tem atrações como leitura do novo livro de Antonio Prata, às 14h30. Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2.001, Alto de Pinheiros, tel. 2683-6302. Seg. a dom.: 5h30 às 19h. * RESPOSTAS: Beatriz Ferreira de Souza: museu Catavento; Thiago Sampaio Cintra: parque Villa-Lobos. - PERGUNTAS Vamos fazer trilha? "O parque é bem grande e dá pra fazer trilha lá dentro. Tem vários balanços. Consigo ir de bicicleta da minha casa, mas cansa bastante" Lavínia França Sauer, 7 Tem zebra e elefante "Fui com 3 anos, mas lembro de tudo -como eu ia esquecer do dia em que passei a mão em uma girafa e dei comida para ela? Também dei mamadeira para um cabrito. Vi onça, leão, elefante, zebra e hipopótamo" Bruno Narbutis Borin, 10 O peixe tem olhos esbugalhados "Gosto do aquário de lá, tem vários peixes. O meu preferido é o que tem os olhos bem esbugalhados. Também dá para andar de patins. Tem galinhas e galos andando soltos pelo parque" Maria Luiza Dias da Silva, 8 Onde ver bonecos de super-heróis? "Gosto de ler os livros e ver os bonecos da Marvel" Joaquim Battistella Pereira, 9 * QUEM SE REFERE A CADA UM DESSES LUGARES? Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Zoológico Para comemorar o Dia Mundial dos Animais (4/10), o Zoológico apresenta um leão e duas onças-pardas. Também chegaram o Rei Billy e Princesa Julie, um casal de coalas. Av. Miguel Estéfano, 4.241, Água Funda, tel. 5073-0811. Seg. a dom.: 9h às 17h. Ingr.: R$ 10 (6 a 12 anos) e R$ 30 (grátis p/ menores de 5 anos e pessoa com deficiência) Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Fnac Paulista Lá, na Fnac Paulista, é possível encontrar bonecos do Homem de Ferro e do Capitão América, além de réplicas do Darth Vader, de "Star Wars". Também vende brinquedos como Genius e Jogo da Vida. Av. Paulista, 901 - Bela Vista, 2123-2000. De seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom. e feriados: 11h às 20h Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Parque da Água Branca Além do verde e dos peixes, o Parque da Água Branca tem Espaço de Leitura, com títulos infanto-juvenis e obras de literatura brasileira e estrangeira, poesia e artes. Às terças, aos sábados e aos domingos, tem feira de orgânicos. Av. Francisco Matarazzo, 455, Água Branca, tel. 3803-4200. Seg. a dom.: 6h às 20h. Ingr.: R$ 2 (aquário) Lavínia ( ) | Bruno ( ) | Maria Luiza ( ) | Joaquim ( ) Parque do Povo Com quadras poliesportivas, campos de futebol gramado, ciclovia, gangorras e brinquedões, o Parque do Povo é também boa opção para tomar sol ou fazer um piquenique. Av. Henrique Chamma, 420, Chácara Itaim, tel. 3073-1217. Seg. a dom.: 6h às 22h * RESPOSTAS: Lavínia França Sauer: Parque do Povo; Bruno Narbutis Borin: Zoológico; Maria Luiza Dias da Silva: Parque da Água Branca; Joaquim Battistella Pereira: Fnac Paulista - PERGUNTAS Sabe onde fiz bolo e pizza? "Minha profissão foi ser chefe de cozinha. Fiz bolo e pizza. Também fui médica, atendi vários pacientes, mas estavam todos saudáveis" Giulia Pedroso Barreto, 7 É um lugar para apostar corrida "Geralmente vou de skate. É bem cheio, mas sempre tem um espacinho para andar. Tem várias pistas -gosto de apostar corrida com meus pais e minha irmã. Tem também muita natureza e troncos de árvore em forma de banco para descansar" Henrique Hasui Tamião, 6 Lá tem um jardim incrível "O museu está reformando, mas o jardim de lá é muito incrível. Gostei da estátua do Dom Pedro 1º. Dá para andar de bicicleta e de skate. Quando reabrir, quero ser a primeira a visitar" Manoela Simões Santos, 10 Onde tem animais que sabem nadar? "Acho os animais do fundo do mar mais interessantes -porque eles sabem nadar muito bem. Também adoro assistir séries sobre esse tema na TV" Henrique Galvão de Brito, 7 * QUEM SE REFERE A CADA UM DESSES LUGARES? Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Parque da Independência Nos arredores do Museu do Ipiranga, tem jardim inspirado na área verde do Palácio de Versalhes, em Paris. Além de fontes e chafarizes, tem pista de corrida e playground. Av. Nazaré, Ipiranga, região sul, tel. 2273-7250. Seg. a dom.: 5h às 24h Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Parque das Bicicletas Permite não apenas bike, mas também, skate, patins e corredores por suas pistas. Al. Iraé, 35, Indianópolis, região sul, tel. 3396-6433. Seg. a dom.: 6h às 22h Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Aquário Além dos animais aquáticos, como tubarão-lixa e o peixe-boi, o Aquário abriga espécies terrestres, como coalas. R. Huet Bacelar, 407, Ipiranga, tel. 2273-5500. Seg. a dom.: 9h às 17h. R$ 40 (3 a 12 anos) e R$ 80 (grátis p/ menores de 3 anos e pessoa c/ deficiência) Henrique H. ( ) | Giulia ( ) | Manoela ( ) | Henrique G. ( ) Kidzania Simula uma cidade de verdade, em que as crianças podem desempenhar profissões como chef, médico e bombeiro. Em outubro, quem levar um brinquedo em bom estado ganha desconto. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, tel. 3995-4500. 1.200 pessoas. Ter. a sex.: 10h às 16h30. Sáb. e dom.: 12h às 18h30. 4 a 14 anos. Ingr.: R$ 50 a R$ 120 * RESPOSTAS: Henrique Hasui Tamião: Parque das Bicicletas; Giulia Pedroso Barreto: Kidzania; Manoela Simões Santos: Jardim do Museu do Ipiranga; Henrique Galvão de Brito: Aquário
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Centopeia usa sapato? Veja as tirinhas da 'Folhinha' desta semana
Já imaginou se o marido da centopeia tivesse que esperar ela colocar todos os sapatos antes de sair? Veja abaixo as tirinhas dos cartunistas Adão e Laerte e as aventuras de Armandinho. *
folhinha
Centopeia usa sapato? Veja as tirinhas da 'Folhinha' desta semanaJá imaginou se o marido da centopeia tivesse que esperar ela colocar todos os sapatos antes de sair? Veja abaixo as tirinhas dos cartunistas Adão e Laerte e as aventuras de Armandinho. *
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Balada Literária terá Ney Matogrosso e homenagem a Caio Fernando Abreu
Celebrando a amizade, a 11ª edição da Balada Literária começa nesta quarta-feira (23) e permanece até o domingo (27) com atividades em diversos pontos ao redor de São Paulo. Neste ano, o tradicional festival concebido pelo escritor Marcelino Freire homenageia o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, morto há vinte anos. "Caio Fernando Abreu é um escritor dos primeiros leitores, tem essa temática da libertação e liberação pouco convencional, do encontro consigo mesmo, você descobre nele um amigo, um companheiro", diz Freire. O curador explica que ainda que não houvesse a efeméride, a homenagem seria legítima: "Ele expressava a libertação da pessoa como cidadão, estilo de vida, posicionamento político e a balada tem muito isso de homenagear contravenção, quem está contra a corrente". A programação está repleta de amigos e familiares de Caio F., como a irmã, Cláudia Abreu, e a amiga e jornalista Paula Dib, autora da biografia "Para Sempre Teu, Caio F". Elas se juntam à fotografa Vania Toledo para uma roda de conversas mediada pelo jornalista Claudiney Ferreira, na Livraria da Vila, nesta quinta-feira (24). Outro destaque é Ney Matogrosso, que participa do show de abertura "Em Tercina", ladeado por Alzira E e Tetê Espíndola, na quarta, e, no dia seguinte, de uma conversa sobre letras e músicas com o jornalista Edson Natale e o escritor e ator gaúcho Ismael Caneppele. Além de Caio F., o evento também relembra Elke Maravilha, morta neste ano. Na quinta, o "Transarau Maravilha" será comandado por Ed Marte e Renato Negrão e terá participações de Gero Camilo, da cantora Fabiana Cozza e da dupla Pedro Guimarães e Will Robson. "Elke foi uma das primeiras a aceitar o convite para participar da balada deste ano, ela foi amiga do Caio e morou por um tempo em Porto Alegre, então a gente vai fazer esse transarau celebrando a diversidade sexual, outra temática que conversa com a obra dele", diz Freire. No sábado (26), haverá uma leitura dramática da peça "Tchau, Querida", de Ana Maria Gonçalves com a direção de Wagner Moura, seguida de bate-papo com a autora, o diretor e o elenco. As atrações têm entrada franca, com exceção do show de abertura, do Transarau e do projeto Estados de Poesia, a preços populares. ROUANET Sem tempo hábil para captar recursos via Lei Rouanet, como fez nos três últimos anos, a Balada Literária precisou contar com parceiros antigos para tirar do papel a sua 11ª edição. O projeto obteve autorização em setembro, mas o período para a captação dos R$ 644.490 só foi liberado no dia 1º de novembro, inviabilizando o patrocínio do evento durante sua concepção. "Chegou uma hora que não podíamos mais esperar a publicação no Diário Oficial, precisávamos confirmar as agendas dos artistas, a lei já era morta", diz Freire. A organização recorreu ao Itaú Cultural e ao Sesc para viabilizar o pagamento dos cachês dos artistas, transporte e outros custos de produção. "Sao 11 anos ininterruptos, nunca deixamos de fazer a Balada, resistimos em forma de guerrilha, os artistas compreendem", diz o curador. * BALADA LITERÁRIA QUANDO 23 a 27/11 ONDE Diversos lugares de São Paulo INFORMAÇÕES no site do evento
ilustrada
Balada Literária terá Ney Matogrosso e homenagem a Caio Fernando AbreuCelebrando a amizade, a 11ª edição da Balada Literária começa nesta quarta-feira (23) e permanece até o domingo (27) com atividades em diversos pontos ao redor de São Paulo. Neste ano, o tradicional festival concebido pelo escritor Marcelino Freire homenageia o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, morto há vinte anos. "Caio Fernando Abreu é um escritor dos primeiros leitores, tem essa temática da libertação e liberação pouco convencional, do encontro consigo mesmo, você descobre nele um amigo, um companheiro", diz Freire. O curador explica que ainda que não houvesse a efeméride, a homenagem seria legítima: "Ele expressava a libertação da pessoa como cidadão, estilo de vida, posicionamento político e a balada tem muito isso de homenagear contravenção, quem está contra a corrente". A programação está repleta de amigos e familiares de Caio F., como a irmã, Cláudia Abreu, e a amiga e jornalista Paula Dib, autora da biografia "Para Sempre Teu, Caio F". Elas se juntam à fotografa Vania Toledo para uma roda de conversas mediada pelo jornalista Claudiney Ferreira, na Livraria da Vila, nesta quinta-feira (24). Outro destaque é Ney Matogrosso, que participa do show de abertura "Em Tercina", ladeado por Alzira E e Tetê Espíndola, na quarta, e, no dia seguinte, de uma conversa sobre letras e músicas com o jornalista Edson Natale e o escritor e ator gaúcho Ismael Caneppele. Além de Caio F., o evento também relembra Elke Maravilha, morta neste ano. Na quinta, o "Transarau Maravilha" será comandado por Ed Marte e Renato Negrão e terá participações de Gero Camilo, da cantora Fabiana Cozza e da dupla Pedro Guimarães e Will Robson. "Elke foi uma das primeiras a aceitar o convite para participar da balada deste ano, ela foi amiga do Caio e morou por um tempo em Porto Alegre, então a gente vai fazer esse transarau celebrando a diversidade sexual, outra temática que conversa com a obra dele", diz Freire. No sábado (26), haverá uma leitura dramática da peça "Tchau, Querida", de Ana Maria Gonçalves com a direção de Wagner Moura, seguida de bate-papo com a autora, o diretor e o elenco. As atrações têm entrada franca, com exceção do show de abertura, do Transarau e do projeto Estados de Poesia, a preços populares. ROUANET Sem tempo hábil para captar recursos via Lei Rouanet, como fez nos três últimos anos, a Balada Literária precisou contar com parceiros antigos para tirar do papel a sua 11ª edição. O projeto obteve autorização em setembro, mas o período para a captação dos R$ 644.490 só foi liberado no dia 1º de novembro, inviabilizando o patrocínio do evento durante sua concepção. "Chegou uma hora que não podíamos mais esperar a publicação no Diário Oficial, precisávamos confirmar as agendas dos artistas, a lei já era morta", diz Freire. A organização recorreu ao Itaú Cultural e ao Sesc para viabilizar o pagamento dos cachês dos artistas, transporte e outros custos de produção. "Sao 11 anos ininterruptos, nunca deixamos de fazer a Balada, resistimos em forma de guerrilha, os artistas compreendem", diz o curador. * BALADA LITERÁRIA QUANDO 23 a 27/11 ONDE Diversos lugares de São Paulo INFORMAÇÕES no site do evento
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Prefeitura de SP chama empresas para modernizar parte do Anhembi
A Prefeitura de São Paulo anunciou na manhã desta segunda-feira (18) que vai chamar empresas privadas para modernizar o centro de convenções Anhembi. Os interessados terão 20 dias –a partir desta terça (19)– para apresentar propostas de projetos para a área de 300 mil m². O espaço total do complexo é de 400 mil m². A intenção do município é que sejam feitas obras no local para melhorar a oferta de serviços comerciais e alimentícios, a estrutura elétrica, expandir o número de vagas de estacionamento, além de melhorar a climatização, a logística e o transporte público até o Anhembi. A previsão é que as empresas invistam ao menos R$ 1,5 bilhão nessas melhorias. A Folha revelou em abril deste ano que a prefeitura estudava parcerias com empresas privadas para modernizar parte do complexo. O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a intenção é que o Anhembi faça frente aos outros grandes centros de convenções da cidade, como o Imigrantes e o Center Norte. "Se nós não modernizarmos o Anhembi, ele vai ficar obsoleto. É o melhor lugar da cidade para se fazer exposições, mas você precisa dar condições aos expositores", disse. O município também estuda uma opção de transporte público de trilhos direto entre o Anhembi e a estação Tietê do Metrô. "É óbvio que se você tiver uma conexão direta, por uma via elevada, não um transporte de massa. Um transporte exclusivo para quem precisa ir ao Anhembi. Isso pode ajudar muito a revitalizar aquela área", disse o prefeito. A área a ser construída inclui os dois pavilhões de exposição, o estacionamento e uma churrascaria. O sambódromo e o local destinado à futura Arena Anhembi não fazem parte dessa parceria. Uma das possibilidades levantadas pela prefeitura é construir um edifício-garagem para aproveitar melhor o estacionamento e ampliar o número de vagas. A área onde hoje funciona uma churrascaria pode ser aproveitada para a construção de um shopping ou hotel. A licitação só deve ser aberta o fim deste ano ou início de 2016, após a elaboração e análise dos estudos apresentados pelas empresas, da avaliação da viabilidade e do interesse público do projeto. O local recebe cerca de 300 eventos e 6 milhões de pessoas por ano, segundo estimativa da prefeitura.
cotidiano
Prefeitura de SP chama empresas para modernizar parte do AnhembiA Prefeitura de São Paulo anunciou na manhã desta segunda-feira (18) que vai chamar empresas privadas para modernizar o centro de convenções Anhembi. Os interessados terão 20 dias –a partir desta terça (19)– para apresentar propostas de projetos para a área de 300 mil m². O espaço total do complexo é de 400 mil m². A intenção do município é que sejam feitas obras no local para melhorar a oferta de serviços comerciais e alimentícios, a estrutura elétrica, expandir o número de vagas de estacionamento, além de melhorar a climatização, a logística e o transporte público até o Anhembi. A previsão é que as empresas invistam ao menos R$ 1,5 bilhão nessas melhorias. A Folha revelou em abril deste ano que a prefeitura estudava parcerias com empresas privadas para modernizar parte do complexo. O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a intenção é que o Anhembi faça frente aos outros grandes centros de convenções da cidade, como o Imigrantes e o Center Norte. "Se nós não modernizarmos o Anhembi, ele vai ficar obsoleto. É o melhor lugar da cidade para se fazer exposições, mas você precisa dar condições aos expositores", disse. O município também estuda uma opção de transporte público de trilhos direto entre o Anhembi e a estação Tietê do Metrô. "É óbvio que se você tiver uma conexão direta, por uma via elevada, não um transporte de massa. Um transporte exclusivo para quem precisa ir ao Anhembi. Isso pode ajudar muito a revitalizar aquela área", disse o prefeito. A área a ser construída inclui os dois pavilhões de exposição, o estacionamento e uma churrascaria. O sambódromo e o local destinado à futura Arena Anhembi não fazem parte dessa parceria. Uma das possibilidades levantadas pela prefeitura é construir um edifício-garagem para aproveitar melhor o estacionamento e ampliar o número de vagas. A área onde hoje funciona uma churrascaria pode ser aproveitada para a construção de um shopping ou hotel. A licitação só deve ser aberta o fim deste ano ou início de 2016, após a elaboração e análise dos estudos apresentados pelas empresas, da avaliação da viabilidade e do interesse público do projeto. O local recebe cerca de 300 eventos e 6 milhões de pessoas por ano, segundo estimativa da prefeitura.
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Homens são presos tentando saquear navio naufragado no Pará, diz governo
Três homens foram presos nesta quarta-feira (24) suspeitos de saquear o navio que naufragou no início da semana em Porto de Moz (PA), tragédia que deixou pelo menos 23 mortos. Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública do Pará, André Cunha, ao chegar para realizar buscas no local do naufrágio, na manhã desta quarta, havia oito catraias, espécie de canoa pequena e a motor, ao redor do barco Capitão Ribeiro, afundado no rio Xingu. Ao verem se aproximar os barcos do governo do Estado, as embarcações fugiram. Três homens, no entanto, foram pegos, vestindo roupa de mergulho e carregando celulares, sandálias de crianças e até o aparelho de som de um carro que estava dentro do navio. Eles disseram que buscavam itens a pedido do dono da embarcação, que negou, de acordo com Cunha, coronel da PM que deu voz de prisão aos suspeitos. O governo encontrou outros quatro sobreviventes nesta quarta, que não apareceram na lista de passageiros inicialmente. O número estimado de passageiros é 53, sendo 23 mortos e 30 sobreviventes. "O mais difícil hoje é não sabermos qual o total de passageiros. Ontem achávamos que eram 48. Hoje é 52. O barco não tinha lista de passageiros, então amanhã pode subir. Isso dificulta saber a dimensão do problema", afirma Cunha. DEPOIMENTO O maquinista Alcimar Almeida da Silva, 41, proprietário do barco Capitão Ribeiro, assumiu, em depoimento à Polícia Civil, que a embarcação não tinha autorização para transportar passageiros entre Santarém e Vitória do Xingu. A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transporte do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas ninguém compareceu à agência para regularizar a situação. Em depoimento à polícia, Almeida, que estava no barco e sobreviveu, confirmou que foi procurado pela Arcon, mas afirmou que não poderia regularizar o barco "em razão da crise e por estar em fase de 'experimentação'". Ele narrou à polícia que conseguiu autorização da Capitania dos Portos para fazer o trajeto de Santarém até a Prainha, segunda parada das cinco que o navio faz antes de chegar a Vitória do Xingu. Almeida diz que faz o trajeto há três anos desta com essa autorização parcial, em viagens semanais, e que, se registrasse que iria a Vitória do Xingu, deveria ter mais dois tripulantes a bordo. Ele afirmou que havia sete toneladas de carga, incluindo um carro Fiat Uno e duas motos, e que a embarcação suporta 56 toneladas. Como outros sobreviventes, Almeida narrou ainda que o navio afundou após uma ventania forte. A principal hipótese do governo é que o naufrágio tenha ocorrido após a formação de uma tromba d'água, espécie de tornado, formar-se no Xingu. Naufrágio no rio Xingu SOBE NÚMERO DE MORTOS Mais duas vítimas foram encontradas na manhã desta sexta-feira (25) nos escombros do barco Capitão Ribeiro, que naufragou na noite da última terça-feira (22) em Porto de Moz, interior do Pará. São duas crianças, uma menina de cerca de 10 anos e um menino de 5, que foram encontradas no porão do navio pelas equipes de mergulho do Corpo de Bombeiros entre as 9h e as 10h. Os corpos, já em estado avançado de decomposição, foram levados ao ginásio da cidade, onde está montado o centro de perícia do governo do Estado. Com isso, o número de mortos confirmados sobe para 23. Outros 30 passageiros foram encontrados vivos. O barco está atracado a uma balsa da prefeitura de Porto de Moz, que serve de base para as operações. Oficiais estão retirando a carga do porão do navio, que ainda está com o primeiro andar submerso.
cotidiano
Homens são presos tentando saquear navio naufragado no Pará, diz governoTrês homens foram presos nesta quarta-feira (24) suspeitos de saquear o navio que naufragou no início da semana em Porto de Moz (PA), tragédia que deixou pelo menos 23 mortos. Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública do Pará, André Cunha, ao chegar para realizar buscas no local do naufrágio, na manhã desta quarta, havia oito catraias, espécie de canoa pequena e a motor, ao redor do barco Capitão Ribeiro, afundado no rio Xingu. Ao verem se aproximar os barcos do governo do Estado, as embarcações fugiram. Três homens, no entanto, foram pegos, vestindo roupa de mergulho e carregando celulares, sandálias de crianças e até o aparelho de som de um carro que estava dentro do navio. Eles disseram que buscavam itens a pedido do dono da embarcação, que negou, de acordo com Cunha, coronel da PM que deu voz de prisão aos suspeitos. O governo encontrou outros quatro sobreviventes nesta quarta, que não apareceram na lista de passageiros inicialmente. O número estimado de passageiros é 53, sendo 23 mortos e 30 sobreviventes. "O mais difícil hoje é não sabermos qual o total de passageiros. Ontem achávamos que eram 48. Hoje é 52. O barco não tinha lista de passageiros, então amanhã pode subir. Isso dificulta saber a dimensão do problema", afirma Cunha. DEPOIMENTO O maquinista Alcimar Almeida da Silva, 41, proprietário do barco Capitão Ribeiro, assumiu, em depoimento à Polícia Civil, que a embarcação não tinha autorização para transportar passageiros entre Santarém e Vitória do Xingu. A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transporte do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas ninguém compareceu à agência para regularizar a situação. Em depoimento à polícia, Almeida, que estava no barco e sobreviveu, confirmou que foi procurado pela Arcon, mas afirmou que não poderia regularizar o barco "em razão da crise e por estar em fase de 'experimentação'". Ele narrou à polícia que conseguiu autorização da Capitania dos Portos para fazer o trajeto de Santarém até a Prainha, segunda parada das cinco que o navio faz antes de chegar a Vitória do Xingu. Almeida diz que faz o trajeto há três anos desta com essa autorização parcial, em viagens semanais, e que, se registrasse que iria a Vitória do Xingu, deveria ter mais dois tripulantes a bordo. Ele afirmou que havia sete toneladas de carga, incluindo um carro Fiat Uno e duas motos, e que a embarcação suporta 56 toneladas. Como outros sobreviventes, Almeida narrou ainda que o navio afundou após uma ventania forte. A principal hipótese do governo é que o naufrágio tenha ocorrido após a formação de uma tromba d'água, espécie de tornado, formar-se no Xingu. Naufrágio no rio Xingu SOBE NÚMERO DE MORTOS Mais duas vítimas foram encontradas na manhã desta sexta-feira (25) nos escombros do barco Capitão Ribeiro, que naufragou na noite da última terça-feira (22) em Porto de Moz, interior do Pará. São duas crianças, uma menina de cerca de 10 anos e um menino de 5, que foram encontradas no porão do navio pelas equipes de mergulho do Corpo de Bombeiros entre as 9h e as 10h. Os corpos, já em estado avançado de decomposição, foram levados ao ginásio da cidade, onde está montado o centro de perícia do governo do Estado. Com isso, o número de mortos confirmados sobe para 23. Outros 30 passageiros foram encontrados vivos. O barco está atracado a uma balsa da prefeitura de Porto de Moz, que serve de base para as operações. Oficiais estão retirando a carga do porão do navio, que ainda está com o primeiro andar submerso.
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Diretor da Livraria Cultura ainda deve desculpas, diz leitor
Ninguém põe em dúvida o papel da Livraria Cultura e do seu dono. O que está em foco é a infeliz declaração de que somos um país de ladrões. Ainda deve desculpas o senhor Herz. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Diretor da Livraria Cultura ainda deve desculpas, diz leitorNinguém põe em dúvida o papel da Livraria Cultura e do seu dono. O que está em foco é a infeliz declaração de que somos um país de ladrões. Ainda deve desculpas o senhor Herz. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Nervosa, Patti Smith interrompe canção ao representar Dylan no Nobel
Sem a presença de Bob Dylan, que havia anunciado há semanas que não iria a Estocolmo receber o Nobel de Literatura, a honraria foi apresentada neste sábado com uma performance da cantora Patti Smith, encerrando o discurso de Horace Engdahl, da Academia Sueca. Ídolo do rock e colaboradora de longa data de Dylan, ela cantou uma versão de "A Hard Rain's A-Gonna Fall", um dos clássicos do compositor americano. De terno, os longos cabelos grisalhos partidos ao meio, Smith fez uma performance contida até se emocionar e interromper um verso, logo pedindo desculpas. "Estou muito nervosa, me desculpem", ela disse, antes de retomar a canção, sob aplausos e arrancando lágrimas da plateia. Minutos antes da performance, em tom defensivo e tentando dar respaldo à polêmica decisão de entregar o maior prêmio mundial de literatura a um músico, Horace Engdahl alinhavou uma série de justificativas em sua fala. "O que provoca as maiores mudanças no mundo da literatura? Muitas vezes é quando alguém revê uma forma simples, às vezes negligenciada, não considerada arte erudita, e a transforma", disse. "Não deve causar espanto um cantor e compositor receber, portanto, o prêmio de literatura." Engdahl lembrou ainda que, no passado, toda poesia era recitada ou cantada por trovadores e cantores. Mas reconheceu que a raiz da obra de Dylan não está nos clássicos gregos, mas sim em sua "dedicação de corpo e alma" à música popular americana do século 20, "do tipo tocada em gramofones para pessoas comuns, negras e brancas". Nas mãos do músico, segundo Engdahl, "rimas banais e piadas grosseiras" se transformaram em "poesia de ouro, se de propósito ou sem querer é irrelevante". "Suas rimas são uma substância alquímica que dissolve contextos para criar novos contextos, mal acomodados no cérebro humano", acrescentou. "Diante de um público esperando músicas de toada popular, lá estava um homem com uma guitarra fundindo as linguagens da rua e da Bíblia num composto capaz de fazer o fim do mundo parecer um replay supérfluo. Ao mesmo tempo, ele falava de amor com uma convicção que todos gostariam de ter." Tida como imune a críticas e influências exteriores, a Academia Sueca parece não ter se deixado abalar pela ausência de Dylan. "Se as pessoas no mundo literário vão chiar, é importante lembrar que os deuses não escrevem, eles cantam e dançam", disse Engdahl, que encerrou sua fala, aplaudida de pé, dizendo que "os auspícios da Academia Sueca hão de seguir o senhor Dylan em seu caminho a novos palcos." Dylan havia dito à Academia que não poderia comparecer à cerimônia por causa de outros compromissos. Ele se junta a um pequeno time de autores que não foram a Estocolmo receber a honraria, embora os demais ausentes tenham apresentado motivos de saúde ou fobia de avião para a ausência, entre eles Alice Munro, Doris Lessing, Harold Pinter e Elfriede Jelinek.
ilustrada
Nervosa, Patti Smith interrompe canção ao representar Dylan no NobelSem a presença de Bob Dylan, que havia anunciado há semanas que não iria a Estocolmo receber o Nobel de Literatura, a honraria foi apresentada neste sábado com uma performance da cantora Patti Smith, encerrando o discurso de Horace Engdahl, da Academia Sueca. Ídolo do rock e colaboradora de longa data de Dylan, ela cantou uma versão de "A Hard Rain's A-Gonna Fall", um dos clássicos do compositor americano. De terno, os longos cabelos grisalhos partidos ao meio, Smith fez uma performance contida até se emocionar e interromper um verso, logo pedindo desculpas. "Estou muito nervosa, me desculpem", ela disse, antes de retomar a canção, sob aplausos e arrancando lágrimas da plateia. Minutos antes da performance, em tom defensivo e tentando dar respaldo à polêmica decisão de entregar o maior prêmio mundial de literatura a um músico, Horace Engdahl alinhavou uma série de justificativas em sua fala. "O que provoca as maiores mudanças no mundo da literatura? Muitas vezes é quando alguém revê uma forma simples, às vezes negligenciada, não considerada arte erudita, e a transforma", disse. "Não deve causar espanto um cantor e compositor receber, portanto, o prêmio de literatura." Engdahl lembrou ainda que, no passado, toda poesia era recitada ou cantada por trovadores e cantores. Mas reconheceu que a raiz da obra de Dylan não está nos clássicos gregos, mas sim em sua "dedicação de corpo e alma" à música popular americana do século 20, "do tipo tocada em gramofones para pessoas comuns, negras e brancas". Nas mãos do músico, segundo Engdahl, "rimas banais e piadas grosseiras" se transformaram em "poesia de ouro, se de propósito ou sem querer é irrelevante". "Suas rimas são uma substância alquímica que dissolve contextos para criar novos contextos, mal acomodados no cérebro humano", acrescentou. "Diante de um público esperando músicas de toada popular, lá estava um homem com uma guitarra fundindo as linguagens da rua e da Bíblia num composto capaz de fazer o fim do mundo parecer um replay supérfluo. Ao mesmo tempo, ele falava de amor com uma convicção que todos gostariam de ter." Tida como imune a críticas e influências exteriores, a Academia Sueca parece não ter se deixado abalar pela ausência de Dylan. "Se as pessoas no mundo literário vão chiar, é importante lembrar que os deuses não escrevem, eles cantam e dançam", disse Engdahl, que encerrou sua fala, aplaudida de pé, dizendo que "os auspícios da Academia Sueca hão de seguir o senhor Dylan em seu caminho a novos palcos." Dylan havia dito à Academia que não poderia comparecer à cerimônia por causa de outros compromissos. Ele se junta a um pequeno time de autores que não foram a Estocolmo receber a honraria, embora os demais ausentes tenham apresentado motivos de saúde ou fobia de avião para a ausência, entre eles Alice Munro, Doris Lessing, Harold Pinter e Elfriede Jelinek.
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Alalaô: Desfile das Campeãs do Carnaval de SP será nesta sexta; ainda há ingressos
As campeãs do Grupo Especial e do Acesso do Carnaval paulistano vão desfilar nesta sexta-feira (20), a partir das 22h, no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Pela ordem, desfilarão Pérola Negra e Unidos do Peruche, vice ... Leia post completo no blog
cotidiano
Alalaô: Desfile das Campeãs do Carnaval de SP será nesta sexta; ainda há ingressosAs campeãs do Grupo Especial e do Acesso do Carnaval paulistano vão desfilar nesta sexta-feira (20), a partir das 22h, no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Pela ordem, desfilarão Pérola Negra e Unidos do Peruche, vice ... Leia post completo no blog
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Veja sete casas que oferecem soluções de iluminação em São Paulo
ANA ELISA FARIA CAMILA SAYURI DE SÃO PAULO RAFAEL BAHIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo ART MAISON Abajures, pendentes e plafons estão entre os produtos oferecidos. A loja também trabalha com almofadas, painéis decorativos, divisórias de ambientes e biombos. artmaison.com.br. R. Rodésia, 216, Vila Madalena, região oeste, tel. 3032-3895. Seg. a sex.: 9h40 às 18h. Sáb.: 10h às 14h50. - BERTOLUCCI Fundada em 1956, conta com fábrica própria. As criações são assinadas por profissionais conceituados como a designer Ana Strumpf e o arquiteto Maurício Arruda. bertolucci.com.br. R. Espártaco, 367, Vila Romana, tel. 3873-2879. Seg a sex.: 9h às 18h. Sáb.: 9h às 14h. - LA LAMPE Oferece soluções de iluminação para ambientes residenciais e comerciais. Um dos destaques é a luminária articulada para mesa ou piso Bob, da designer Baba Vacaro, que sai por R$ 1.032. lalampe.com.br. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.258, Jardim América, tel. 3069-3949. Seg. a sex.: 9h30 às 19h. Sáb.: 10h às 14h. - LUMINI Com fábrica própria, oferece soluções em iluminação, com peças assinadas pelo designer Fernando Prado. Também é representante de marcas internacionais. No design, linhas retas, sem muito rebusque. lumini.com.br. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.441, Jardim América, tel. 3898-0222. Seg. a sex.: 9h30 às 19h. Sáb.: 10h às 14h. - LUSTRES YAMAMURA Na megaloja, chama atenção a quantidade de itens -mais de 18 mil, com destaque para produtos nas linhas de cristais. Entre as opções, o lustre cobre e preto (23 x 23 cm) sai por R$ 183. yamamura.com.br. R. da Consolação, 2.004/2.064, Cerqueira César, tel. 3218-2727. Seg. a sex.: 9h às 21h. Sáb.: 9h às 20h. Dom.: 10h às 19h. - PUNTOLUCE A loja trabalha com luminárias importadas de marcas como 4Concepts, Kandela, Carlesso e Swarovski, e produtos próprios criados pelo Studio Puntoluce. puntoluce.com.br. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 934, Jardim América, tel. 3064-6977. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 10h às 15h. - REKA A grife existe desde 1973. A maioria das luminárias é feita de latão, ferro, alumínio e acrílico. Seus modelos diversos incluem arandelas, pendentes e embutidos. reka.com.br. R. Fidalga, 565, Vila Madalena, tel. 3093-8177. Seg. a sex.: 9h30 às 18h30. Sáb.: 10h às 14h.
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Veja sete casas que oferecem soluções de iluminação em São PauloANA ELISA FARIA CAMILA SAYURI DE SÃO PAULO RAFAEL BAHIA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo ART MAISON Abajures, pendentes e plafons estão entre os produtos oferecidos. A loja também trabalha com almofadas, painéis decorativos, divisórias de ambientes e biombos. artmaison.com.br. R. Rodésia, 216, Vila Madalena, região oeste, tel. 3032-3895. Seg. a sex.: 9h40 às 18h. Sáb.: 10h às 14h50. - BERTOLUCCI Fundada em 1956, conta com fábrica própria. As criações são assinadas por profissionais conceituados como a designer Ana Strumpf e o arquiteto Maurício Arruda. bertolucci.com.br. R. Espártaco, 367, Vila Romana, tel. 3873-2879. Seg a sex.: 9h às 18h. Sáb.: 9h às 14h. - LA LAMPE Oferece soluções de iluminação para ambientes residenciais e comerciais. Um dos destaques é a luminária articulada para mesa ou piso Bob, da designer Baba Vacaro, que sai por R$ 1.032. lalampe.com.br. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.258, Jardim América, tel. 3069-3949. Seg. a sex.: 9h30 às 19h. Sáb.: 10h às 14h. - LUMINI Com fábrica própria, oferece soluções em iluminação, com peças assinadas pelo designer Fernando Prado. Também é representante de marcas internacionais. No design, linhas retas, sem muito rebusque. lumini.com.br. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.441, Jardim América, tel. 3898-0222. Seg. a sex.: 9h30 às 19h. Sáb.: 10h às 14h. - LUSTRES YAMAMURA Na megaloja, chama atenção a quantidade de itens -mais de 18 mil, com destaque para produtos nas linhas de cristais. Entre as opções, o lustre cobre e preto (23 x 23 cm) sai por R$ 183. yamamura.com.br. R. da Consolação, 2.004/2.064, Cerqueira César, tel. 3218-2727. Seg. a sex.: 9h às 21h. Sáb.: 9h às 20h. Dom.: 10h às 19h. - PUNTOLUCE A loja trabalha com luminárias importadas de marcas como 4Concepts, Kandela, Carlesso e Swarovski, e produtos próprios criados pelo Studio Puntoluce. puntoluce.com.br. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 934, Jardim América, tel. 3064-6977. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 10h às 15h. - REKA A grife existe desde 1973. A maioria das luminárias é feita de latão, ferro, alumínio e acrílico. Seus modelos diversos incluem arandelas, pendentes e embutidos. reka.com.br. R. Fidalga, 565, Vila Madalena, tel. 3093-8177. Seg. a sex.: 9h30 às 18h30. Sáb.: 10h às 14h.
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Agora é a hora para produtor comprar adubo, afirma banco
Este pode ser o melhor momento para o produtor pensar no fertilizante que utilizará na próxima safra. A alta da soja e a queda dos preços internacionais dos fertilizantes abriram uma boa oportunidade para a fixação da relação de troca pelo produtor, segundo Guilherme Melo, analista de agronegócios no Itaú BBA. A pressão menor da demanda por fertilizantes provocou queda nos preços internacionais. Já a quebra na safra de soja, principalmente na América do Sul, fez o preço da oleaginosa subir. Nesta sexta-feira (10), a soja chegou a ser negociada por valores superiores a US$ 12 por bushel (27,2 kg) na Bolsa de Chicago. Antonio Carlos Ortiz, diretor da área de produtores do Itaú BBA, diz que a fixação da relação de troca provoca incertezas, porque preços e demanda podem mudar. Mas, na avaliação dele, "é recomendável que o produtor considere a fixação agora". Para Ortiz, o produtor deve "travar" parte dos insumos que vai utilizar e parte da soja que será vendida. Em geral, a antecipação na comercialização de soja é de 30% da produção. Desempenho das lavouras e produtividade poderão determinar outros 20% a 30% durante a safra, com o restante ficando para vendas posteriores. Para permitir que o produtor aproveite este momento de relação de troca historicamente favorável, o banco estabeleceu uma linha de crédito para a safra 2016/17. Para Melo, as condições de preços nos próximos meses podem mudar e tornar a relação de troca menos favorável. As indústrias de fertilizantes deverão adequar a produção com a demanda, que havia recuado. Com isso, os preços atuais dos fertilizantes podem estar no melhor momento. Além de uma eventual alta com a adequação de produção das indústrias, a demanda pode crescer em algumas das principais regiões consumidoras. Melo aponta o momento favorável da relação de troca. No início de junho do ano passado, o produtor adquiria 0,8 tonelada de DAP (matéria-prima intermediária para fertilizantes) com uma tonelada de soja. Neste ano, a tonelada de soja compra 1,3 tonelada de fertilizante, aponta cálculo do Itaú BBA. MILHO Além da soja, o milho também está em alta. Para Ortiz, essa elevação se deve a uma mudança consistente e estrutural nesse mercado. Há uma convergência de preços entre os mercados externo e interno. O produto tem agora canais de liquidez e até de financiamento externo. "É saudável porque dá mais opções ao produtor." Esse novo cenário do milho está exigindo uma atitude nova das indústrias consumidoras, segundo Melo. Elas estão buscando "estratégias de aquisição do produto", complementa ele. * A DANÇA DOS NÚMEROS NA SAFRA DE GRÃOS As safras de grãos do Brasil, da Argentina e dos EUA são movidas a efeitos climáticos atualmente. Diante disso, há estimativas para todos os gostos. A Céleres, por exemplo, mantém a safra brasileira de soja 2015/16 em 100 milhões de toneladas. Para o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), serão 97 milhões de toneladas neste ano. Acima de 100 milhões só em 2016/17, segundo o Usda, quando a safra brasileira atingirá 103 milhões. Quanto ao milho, a grande questão é o potencial da safrinha, calculado em 48 milhões de toneladas pela AgRural, abaixo dos 50 milhões do Usda. Já a Céleres apontou nesta sexta-feira (10) um volume de 49,5 milhões para o período. Com isso, a safra nacional de milho de 2015/16 recuaria para 78,4 milhões de toneladas, ante 87,2 milhões no ano passado. A Argentina, afetada pelo excesso de chuvas durante a colheita, não ultrapassará os 60 milhões de toneladas de soja, como o previsto inicialmente, mas ficará em 56,5 milhões, segundo o Usda. Nos EUA, a safra de soja fica em 103 milhões de toneladas, e a de milho, em 366,5 milhões. Em um período de queda nas expectativas de produção, o consumo cresce, encurtando os estoques mundiais, tanto de soja como de milho, aponta o Usda. * Foliares Soja e milho lideram o consumo de produtos de tecnologia em nutrição vegetal, com 53% do mercado no Brasil. Os dados são do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal, da Abisolo. Hortifrútis A Abisolo agrega indústrias de fertilizantes foliares, orgânicos, organominerais e condicionadores de solo e substratos para plantas. Já os hortifrútis respondem por 17% das vendas do setor, segundo a associação. Nova alta A dificuldade na colheita de cana, devido às chuvas, provocou redução na oferta e nova alta nos preços do etanol nos postos de abastecimento da cidade de São Paulo, conforme pesquisa semanal da Folha. Preços O litro do derivado de cana do tipo hidratado foi a R$ 2,321. Mesmo assim, o etanol ainda mantém vantagem em relação à gasolina, ao manter a paridade em 66% do valor do derivado de petróleo. Peso no 2° semestre A pressão dos preços do milho e do farelo de soja vai pesar ainda no segundo semestre, somando-se à de produtos básicos como o feijão.
colunas
Agora é a hora para produtor comprar adubo, afirma bancoEste pode ser o melhor momento para o produtor pensar no fertilizante que utilizará na próxima safra. A alta da soja e a queda dos preços internacionais dos fertilizantes abriram uma boa oportunidade para a fixação da relação de troca pelo produtor, segundo Guilherme Melo, analista de agronegócios no Itaú BBA. A pressão menor da demanda por fertilizantes provocou queda nos preços internacionais. Já a quebra na safra de soja, principalmente na América do Sul, fez o preço da oleaginosa subir. Nesta sexta-feira (10), a soja chegou a ser negociada por valores superiores a US$ 12 por bushel (27,2 kg) na Bolsa de Chicago. Antonio Carlos Ortiz, diretor da área de produtores do Itaú BBA, diz que a fixação da relação de troca provoca incertezas, porque preços e demanda podem mudar. Mas, na avaliação dele, "é recomendável que o produtor considere a fixação agora". Para Ortiz, o produtor deve "travar" parte dos insumos que vai utilizar e parte da soja que será vendida. Em geral, a antecipação na comercialização de soja é de 30% da produção. Desempenho das lavouras e produtividade poderão determinar outros 20% a 30% durante a safra, com o restante ficando para vendas posteriores. Para permitir que o produtor aproveite este momento de relação de troca historicamente favorável, o banco estabeleceu uma linha de crédito para a safra 2016/17. Para Melo, as condições de preços nos próximos meses podem mudar e tornar a relação de troca menos favorável. As indústrias de fertilizantes deverão adequar a produção com a demanda, que havia recuado. Com isso, os preços atuais dos fertilizantes podem estar no melhor momento. Além de uma eventual alta com a adequação de produção das indústrias, a demanda pode crescer em algumas das principais regiões consumidoras. Melo aponta o momento favorável da relação de troca. No início de junho do ano passado, o produtor adquiria 0,8 tonelada de DAP (matéria-prima intermediária para fertilizantes) com uma tonelada de soja. Neste ano, a tonelada de soja compra 1,3 tonelada de fertilizante, aponta cálculo do Itaú BBA. MILHO Além da soja, o milho também está em alta. Para Ortiz, essa elevação se deve a uma mudança consistente e estrutural nesse mercado. Há uma convergência de preços entre os mercados externo e interno. O produto tem agora canais de liquidez e até de financiamento externo. "É saudável porque dá mais opções ao produtor." Esse novo cenário do milho está exigindo uma atitude nova das indústrias consumidoras, segundo Melo. Elas estão buscando "estratégias de aquisição do produto", complementa ele. * A DANÇA DOS NÚMEROS NA SAFRA DE GRÃOS As safras de grãos do Brasil, da Argentina e dos EUA são movidas a efeitos climáticos atualmente. Diante disso, há estimativas para todos os gostos. A Céleres, por exemplo, mantém a safra brasileira de soja 2015/16 em 100 milhões de toneladas. Para o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), serão 97 milhões de toneladas neste ano. Acima de 100 milhões só em 2016/17, segundo o Usda, quando a safra brasileira atingirá 103 milhões. Quanto ao milho, a grande questão é o potencial da safrinha, calculado em 48 milhões de toneladas pela AgRural, abaixo dos 50 milhões do Usda. Já a Céleres apontou nesta sexta-feira (10) um volume de 49,5 milhões para o período. Com isso, a safra nacional de milho de 2015/16 recuaria para 78,4 milhões de toneladas, ante 87,2 milhões no ano passado. A Argentina, afetada pelo excesso de chuvas durante a colheita, não ultrapassará os 60 milhões de toneladas de soja, como o previsto inicialmente, mas ficará em 56,5 milhões, segundo o Usda. Nos EUA, a safra de soja fica em 103 milhões de toneladas, e a de milho, em 366,5 milhões. Em um período de queda nas expectativas de produção, o consumo cresce, encurtando os estoques mundiais, tanto de soja como de milho, aponta o Usda. * Foliares Soja e milho lideram o consumo de produtos de tecnologia em nutrição vegetal, com 53% do mercado no Brasil. Os dados são do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal, da Abisolo. Hortifrútis A Abisolo agrega indústrias de fertilizantes foliares, orgânicos, organominerais e condicionadores de solo e substratos para plantas. Já os hortifrútis respondem por 17% das vendas do setor, segundo a associação. Nova alta A dificuldade na colheita de cana, devido às chuvas, provocou redução na oferta e nova alta nos preços do etanol nos postos de abastecimento da cidade de São Paulo, conforme pesquisa semanal da Folha. Preços O litro do derivado de cana do tipo hidratado foi a R$ 2,321. Mesmo assim, o etanol ainda mantém vantagem em relação à gasolina, ao manter a paridade em 66% do valor do derivado de petróleo. Peso no 2° semestre A pressão dos preços do milho e do farelo de soja vai pesar ainda no segundo semestre, somando-se à de produtos básicos como o feijão.
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Justiça barra lei que restringe direitos da comunidade LGBT no Mississippi
Um dia antes que ela entrasse em vigor, um juiz federal barrou uma lei do Estado americano do Mississippi que restringe direitos da população gay, lésbica, bissexual e transgênero. Na prática, a lei desobriga funcionários públicos de selar casamentos homossexuais, permite que empresas demitam gays e instituições religiosas (como escolas e igrejas) neguem o atendimento a essa comunidade. De acordo com a decisão judicial, a lei é inconstitucional ao dar preferência a determinadas crenças e criar um tratamento desigual para os gays. O juiz Carlton Reeves também declarou em sua decisão que o título, o texto e a história da lei mostra que ela é "uma tentativa do Estado de colocar cidadãos LGBT de volta em seu lugar". A lei "não honra aquela tradição de liberdade religiosa nem respeita a dignidade igual de todos os cidadão do Mississippi", afirma Reeves no texto. O governador do Mississippi, o republicano Phil Bryant, havia promulgado a lei em abril. O governo do Estado afirma que a legislação protege empresas e indivíduos que buscam aplicar suas visões religiosas. A determinação veio uma semana depois que líderes religiosos, incluindo um vigário episcopal e um rabino judeu, testemunharam na Corte Distrital do Mississippi que a lei não refletia seus pontos de vista religiosos. Reeves também ouviu de quatro membros da comunidade gay sobre o potencial danoso da legislação . "Estou agradecida que a corte tenha bloqueado esta lei divisiva. Como membro da comunidade LGBT e ministra do evangelho, estou feliz que a justiça tenha prevalecido", afirmou a reverenda Susan Hrostowski, uma sacerdotisa episcopal que é parte queixosa no caso. PRESSÃO O Mississippi está entre os Estados americanos que protagonizam batalhas judiciais sobre igualdade, privacidade e liberdade religiosa após a Suprema Corte dos Estados Unidos ter legalizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2015. Empresas como Google, Disney e Microsoft também fazem pressão sobre governos de Estados americanos que vêm criando leis para limitar os direitos de membros da comunidade LGBT. A pressão funcionou na Geórgia, onde em março o governador desistiu de chancelar legislação afim. Primeira a debandar do Mississippi, a PayPal havia anunciado em março que traria nova filial e 400 empregos para lá. Cancelou o plano.
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Justiça barra lei que restringe direitos da comunidade LGBT no MississippiUm dia antes que ela entrasse em vigor, um juiz federal barrou uma lei do Estado americano do Mississippi que restringe direitos da população gay, lésbica, bissexual e transgênero. Na prática, a lei desobriga funcionários públicos de selar casamentos homossexuais, permite que empresas demitam gays e instituições religiosas (como escolas e igrejas) neguem o atendimento a essa comunidade. De acordo com a decisão judicial, a lei é inconstitucional ao dar preferência a determinadas crenças e criar um tratamento desigual para os gays. O juiz Carlton Reeves também declarou em sua decisão que o título, o texto e a história da lei mostra que ela é "uma tentativa do Estado de colocar cidadãos LGBT de volta em seu lugar". A lei "não honra aquela tradição de liberdade religiosa nem respeita a dignidade igual de todos os cidadão do Mississippi", afirma Reeves no texto. O governador do Mississippi, o republicano Phil Bryant, havia promulgado a lei em abril. O governo do Estado afirma que a legislação protege empresas e indivíduos que buscam aplicar suas visões religiosas. A determinação veio uma semana depois que líderes religiosos, incluindo um vigário episcopal e um rabino judeu, testemunharam na Corte Distrital do Mississippi que a lei não refletia seus pontos de vista religiosos. Reeves também ouviu de quatro membros da comunidade gay sobre o potencial danoso da legislação . "Estou agradecida que a corte tenha bloqueado esta lei divisiva. Como membro da comunidade LGBT e ministra do evangelho, estou feliz que a justiça tenha prevalecido", afirmou a reverenda Susan Hrostowski, uma sacerdotisa episcopal que é parte queixosa no caso. PRESSÃO O Mississippi está entre os Estados americanos que protagonizam batalhas judiciais sobre igualdade, privacidade e liberdade religiosa após a Suprema Corte dos Estados Unidos ter legalizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2015. Empresas como Google, Disney e Microsoft também fazem pressão sobre governos de Estados americanos que vêm criando leis para limitar os direitos de membros da comunidade LGBT. A pressão funcionou na Geórgia, onde em março o governador desistiu de chancelar legislação afim. Primeira a debandar do Mississippi, a PayPal havia anunciado em março que traria nova filial e 400 empregos para lá. Cancelou o plano.
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Alunos usam aplicativo para xingar quem está nas proximidades
Durante um breve recesso em um curso para estudantes da Universidade Eastern Michigan, no fim do ano passado, uma assistente de ensino abordou as três professoras que cuidavam do curso. "Acho que vocês precisam ver isso", ela disse, tocando no ícone de um iaque (um bovino) peludo em seu iPhone. Ela começou a mover a tela do app. Enquanto as professoras lecionavam sobre cultura pós-apocalíptica, alguns dos cerca de 230 alunos de primeiro ano que ocupavam o auditório estavam mantendo conversa paralela sobre elas em uma rede social chamada Yik Yak. Havia dezenas de posts, muitos empregando termos rudes e vocabulário e descrições sexualmente explícitos. "Fui difamada, minha reputação foi maculada. Fui vítima de assédio sexual e de abusos verbais", escreveu Margaret Crouch, uma das professoras, ao sindicato que a representa. "Estou a ponto de contratar um advogado." No fim, os esforços de Crouch não deram grande resultado por um motivo simples: o Yik Yak é anônimo. Não havia como a universidade determinar quem era responsável pelas mensagens. A Eastern Michigan é uma das diversas universidades cujos campi foram abalados por "yaks" ofensivos. Desde que o app foi lançado, há pouco mais de um ano, ele foi usado para difundir ameaças de violência em massa nesses locais. Mensagens racistas, homofóbicas e misóginas geraram controvérsia em outras instituições. PROXIMIDADE Como o Facebook ou o Twitter, o Yik Yak é uma rede social, mas sem perfis de usuários. O serviço não divide as mensagens de acordo com amigoss, mas sim por localização geográfica. Apenas mensagens postadas em um raio de 2,5 km aparecem na tela do usuário. Ele serve como uma espécie de quadro de avisos comunitário –mais precisamente, uma porta de banheiro virtual. O app foi criado no final de 2013 por Tyler Droll e Brooks Buffington, que haviam se formado pouco tempo antes pela Universidade Furman, na Carolina do Sul. Em novembro, o Yik Yak recebeu US$ 62 milhões de investimento do fundo Sequoia, um dos mais importantes do Vale do Silício. Em resposta às queixas, os criadores promoveram mudanças, como a adição de filtros para impedir que nomes completos sejam postados. Algumas palavras-chave, como "judeu" ou "bomba", resultam na seguinte resposta: "Aperte os freios: esse yak [mensagem] pode conter linguagem ameaçadora". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Alunos usam aplicativo para xingar quem está nas proximidadesDurante um breve recesso em um curso para estudantes da Universidade Eastern Michigan, no fim do ano passado, uma assistente de ensino abordou as três professoras que cuidavam do curso. "Acho que vocês precisam ver isso", ela disse, tocando no ícone de um iaque (um bovino) peludo em seu iPhone. Ela começou a mover a tela do app. Enquanto as professoras lecionavam sobre cultura pós-apocalíptica, alguns dos cerca de 230 alunos de primeiro ano que ocupavam o auditório estavam mantendo conversa paralela sobre elas em uma rede social chamada Yik Yak. Havia dezenas de posts, muitos empregando termos rudes e vocabulário e descrições sexualmente explícitos. "Fui difamada, minha reputação foi maculada. Fui vítima de assédio sexual e de abusos verbais", escreveu Margaret Crouch, uma das professoras, ao sindicato que a representa. "Estou a ponto de contratar um advogado." No fim, os esforços de Crouch não deram grande resultado por um motivo simples: o Yik Yak é anônimo. Não havia como a universidade determinar quem era responsável pelas mensagens. A Eastern Michigan é uma das diversas universidades cujos campi foram abalados por "yaks" ofensivos. Desde que o app foi lançado, há pouco mais de um ano, ele foi usado para difundir ameaças de violência em massa nesses locais. Mensagens racistas, homofóbicas e misóginas geraram controvérsia em outras instituições. PROXIMIDADE Como o Facebook ou o Twitter, o Yik Yak é uma rede social, mas sem perfis de usuários. O serviço não divide as mensagens de acordo com amigoss, mas sim por localização geográfica. Apenas mensagens postadas em um raio de 2,5 km aparecem na tela do usuário. Ele serve como uma espécie de quadro de avisos comunitário –mais precisamente, uma porta de banheiro virtual. O app foi criado no final de 2013 por Tyler Droll e Brooks Buffington, que haviam se formado pouco tempo antes pela Universidade Furman, na Carolina do Sul. Em novembro, o Yik Yak recebeu US$ 62 milhões de investimento do fundo Sequoia, um dos mais importantes do Vale do Silício. Em resposta às queixas, os criadores promoveram mudanças, como a adição de filtros para impedir que nomes completos sejam postados. Algumas palavras-chave, como "judeu" ou "bomba", resultam na seguinte resposta: "Aperte os freios: esse yak [mensagem] pode conter linguagem ameaçadora". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Jogos da Copa do Brasil revelam como ninguém é melhor que ninguém
O líder do Brasileirão perdeu, pela Copa do Brasil, para o 8º colocado, 14 pontos atrás dele, e deve agradecer à fortuna porque 2 a 1 foi pouco para a superioridade que o Grêmio mostrou em Porto Alegre. O vice-líder do Brasileirão, o Flamengo, conseguiu a proeza de ser eliminado da Copa Sul-Americana pelo modesto Palestino chileno. Se não foi por querer, dá vontade de chorar. O 3º colocado do Brasileirão, o Galo, também pela Copa do Brasil, ganhou em casa do Juventude, da Série C, só por 1 a 0 e tomou sufoco. Já o Santos, o 4º, só ganhou, ainda pela Copa do Brasil, de 2 a 1 do Inter, antepenúltimo, a 18 pontos de distância. Finalmente, pela mesma Copa e mesmo placar, o 7º classificado Corinthians, 11 pontos à frente do Cruzeiro na zona do rebaixamento, também não foi capaz de abrir uma vantagem confortável para o jogo de volta. Seria só a prova do baixo nível técnico de nosso futebol não fosse o fato de que no mesmo dia, pela Liga dos Campeões, o poderoso Manchester City, de Pep Guardiola e um bando de estrelas, suou sangue para empatar com o apenas aguerrido Celtic, em Glasgow, na Escócia, o mesmo Celtic que havia levado de 7 a 0 do Barcelona, na Espanha. Difícil equação com tantas variáveis, dirão a perplexa leitora e o perplexo leitor. Ora, se há equilíbrio, não pode haver 7 a 0. Se a goleada se deveu ao fator casa, por que o Galo não a aplicou no Juventude? Se o fator casa não é tão importante assim por que o Palmeiras não foi capaz de superar o Grêmio? Esqueça na equação o embate entre Corinthians e Cruzeiro, dois times em busca de um rumo, os mineiros com jogadores tão mais qualificados como mais desesperados. Que não tem mais bobos no futebol estamos todos cansados de saber, embora, frequentemente, nos peguemos na armadilha de achar que o Palmeiras amanhã atropelará o Santa Cruz, mesmo no Recife, porque, afinal, trata-se do líder contra o vice-lanterna, 31 pontos entre um e outro. Pois dê-se por muito feliz o palmeirense se voltar para São Paulo com uma vitória simples na bagagem. O futebol está assim por aqui, na conta do chá e aguado, mais físico do que técnico. Na Europa, não. Por mais que o 3 a 3 de Glasgow surpreenda, quem viu o jogo ficou feliz pelo espetáculo. No Brasil, apesar dos gramados da Arena Grêmio, do Mineirão, da Vila Belmiro e da Arena Corinthians serem quase tão impecáveis como o escocês, os oito classificados na Copa do Brasil pareciam jogar um esporte diferente do jogado no Velho Mundo, embora Grêmio x Palmeiras tenha sido razoável, até bom se abdicarmos de comparações. Parece que perdemos o trem da história. NOVA LIBERTADORES É boa a ideia de fazer a Libertadores ao longo da temporada. Para fazer sentido no Brasil, porém, será preciso adaptar nosso calendário ao calendário mundial e tirar os grandes dos Estaduais, que deveriam também ser jogados pelo ano todo. É ruim a ideia de fazer a decisão em jogo único, dadas as dimensões do continente e porque em dois jogos é muito mais saboroso. Copiar o bom faz sentido. Macaquear o ruim, não. ESQUECIMENTO Faltou dizer na coluna passada : os Palmeiras de Evair e o de Rivaldo também são inesquecíveis.
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Jogos da Copa do Brasil revelam como ninguém é melhor que ninguémO líder do Brasileirão perdeu, pela Copa do Brasil, para o 8º colocado, 14 pontos atrás dele, e deve agradecer à fortuna porque 2 a 1 foi pouco para a superioridade que o Grêmio mostrou em Porto Alegre. O vice-líder do Brasileirão, o Flamengo, conseguiu a proeza de ser eliminado da Copa Sul-Americana pelo modesto Palestino chileno. Se não foi por querer, dá vontade de chorar. O 3º colocado do Brasileirão, o Galo, também pela Copa do Brasil, ganhou em casa do Juventude, da Série C, só por 1 a 0 e tomou sufoco. Já o Santos, o 4º, só ganhou, ainda pela Copa do Brasil, de 2 a 1 do Inter, antepenúltimo, a 18 pontos de distância. Finalmente, pela mesma Copa e mesmo placar, o 7º classificado Corinthians, 11 pontos à frente do Cruzeiro na zona do rebaixamento, também não foi capaz de abrir uma vantagem confortável para o jogo de volta. Seria só a prova do baixo nível técnico de nosso futebol não fosse o fato de que no mesmo dia, pela Liga dos Campeões, o poderoso Manchester City, de Pep Guardiola e um bando de estrelas, suou sangue para empatar com o apenas aguerrido Celtic, em Glasgow, na Escócia, o mesmo Celtic que havia levado de 7 a 0 do Barcelona, na Espanha. Difícil equação com tantas variáveis, dirão a perplexa leitora e o perplexo leitor. Ora, se há equilíbrio, não pode haver 7 a 0. Se a goleada se deveu ao fator casa, por que o Galo não a aplicou no Juventude? Se o fator casa não é tão importante assim por que o Palmeiras não foi capaz de superar o Grêmio? Esqueça na equação o embate entre Corinthians e Cruzeiro, dois times em busca de um rumo, os mineiros com jogadores tão mais qualificados como mais desesperados. Que não tem mais bobos no futebol estamos todos cansados de saber, embora, frequentemente, nos peguemos na armadilha de achar que o Palmeiras amanhã atropelará o Santa Cruz, mesmo no Recife, porque, afinal, trata-se do líder contra o vice-lanterna, 31 pontos entre um e outro. Pois dê-se por muito feliz o palmeirense se voltar para São Paulo com uma vitória simples na bagagem. O futebol está assim por aqui, na conta do chá e aguado, mais físico do que técnico. Na Europa, não. Por mais que o 3 a 3 de Glasgow surpreenda, quem viu o jogo ficou feliz pelo espetáculo. No Brasil, apesar dos gramados da Arena Grêmio, do Mineirão, da Vila Belmiro e da Arena Corinthians serem quase tão impecáveis como o escocês, os oito classificados na Copa do Brasil pareciam jogar um esporte diferente do jogado no Velho Mundo, embora Grêmio x Palmeiras tenha sido razoável, até bom se abdicarmos de comparações. Parece que perdemos o trem da história. NOVA LIBERTADORES É boa a ideia de fazer a Libertadores ao longo da temporada. Para fazer sentido no Brasil, porém, será preciso adaptar nosso calendário ao calendário mundial e tirar os grandes dos Estaduais, que deveriam também ser jogados pelo ano todo. É ruim a ideia de fazer a decisão em jogo único, dadas as dimensões do continente e porque em dois jogos é muito mais saboroso. Copiar o bom faz sentido. Macaquear o ruim, não. ESQUECIMENTO Faltou dizer na coluna passada : os Palmeiras de Evair e o de Rivaldo também são inesquecíveis.
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Fluminense desembarca sob protesto e Fred é atingido por lata de cerveja
O atacante Fred, do Fluminense, foi atingido por uma lata de cerveja durante protesto de torcedores no desembarque da equipe no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (14). O jogador tentou reagir, mas foi contido pelos seguranças. Durante o desembarque, cerca de 20 pessoas gritaram contra o time carioca. Apenas o zagueiro Marlon e os atacantes Marcos Júnior e Magno Alves foram poupados do protesto. Nenhum jogador parou para conversar com os jornalistas. No domingo (13), o Fluminense foi derrotado por 1 a 0 pelo Sport, fora de casa, e caiu para a 11ª colocação na tabela do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe chegou ao sexto jogo seguido sem vencer na competição. O último triunfo do clube carioca aconteceu em agosto, quando a equipe venceu o Figueirense por 2 a 1, na 19ª rodada. Na próxima quarta-feira (16), o Fluminense tenta se recuperar na partida contra o Palmeiras, no Maracanã.
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Fluminense desembarca sob protesto e Fred é atingido por lata de cervejaO atacante Fred, do Fluminense, foi atingido por uma lata de cerveja durante protesto de torcedores no desembarque da equipe no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (14). O jogador tentou reagir, mas foi contido pelos seguranças. Durante o desembarque, cerca de 20 pessoas gritaram contra o time carioca. Apenas o zagueiro Marlon e os atacantes Marcos Júnior e Magno Alves foram poupados do protesto. Nenhum jogador parou para conversar com os jornalistas. No domingo (13), o Fluminense foi derrotado por 1 a 0 pelo Sport, fora de casa, e caiu para a 11ª colocação na tabela do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe chegou ao sexto jogo seguido sem vencer na competição. O último triunfo do clube carioca aconteceu em agosto, quando a equipe venceu o Figueirense por 2 a 1, na 19ª rodada. Na próxima quarta-feira (16), o Fluminense tenta se recuperar na partida contra o Palmeiras, no Maracanã.
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Para Dilma, condução coercitiva de Lula foi 'desnecessária'
No dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de nova fase da Operação Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa nesta sexta-feira (4) de seu antecessor no Palácio do Planalto e avaliou como um "desnecessária" a expedição de um mandado de condução coercitiva contra o petista. Em reunião com a Frente Nacional de Prefeitos, a presidente abriu seu discurso com uma espécie de desabafo e lamentou o episódio envolvendo o seu padrinho político. Segundo relatos de presentes, ela avaliou que a situação está saindo da normalidade e do que prega o estado democrático de direito. Ela ponderou a necessidade de se respeitar as instituições judiciais do país, mas ressaltou que o petista nunca havia se negado a prestar esclarecimentos sobre as suspeitas contra ele. Mais cedo, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, também avaliou como um "exagero" o mandado de condução coercitiva e reconheceu que o episódio é "ruim" e gera um desgaste para o partido. "É um exagero e isso ficou nítido", criticou. Preocupada, a presidente Dilma Rousseff convocou nesta manhã uma reunião de emergência com seus ministros mais próximos no Palácio do Planalto para discutir os efeitos e a estratégia do governo federal diante do episódio. No diretório nacional do partido, o presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, saiu também em defesa do petista. Segundo ele, o juiz Sergio Moro e a Polícia Federal passaram dos limites e armaram um "espetáculo patético e vergonhoso" contra o petista. "Foi desnecessário", resumiu. No encontro, a petista também fez considerações sobre a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo relatos de presentes, ela não citou o nome do petista, chamando-o apenas de delator, e disse que o conteúdo não era relevante. Numa tentativa de minimizar as acusações dele, a petista lembrou que ele tinha a esperança de sair da prisão, indicando que esse objetivo o motivou a fazer uma delação premiada. No encontro na capital paulista, o partido discutirá a realização de protestos no país inteiro, inclusive em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, em solidariedade ao petista. A Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão no prédio do ex-presidente e de seu filo Fábio Luíz Lula da Silva –também conhecido como Lulinha. Essa fase da operação, batizada de Aletheia, apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações.
poder
Para Dilma, condução coercitiva de Lula foi 'desnecessária'No dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de nova fase da Operação Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa nesta sexta-feira (4) de seu antecessor no Palácio do Planalto e avaliou como um "desnecessária" a expedição de um mandado de condução coercitiva contra o petista. Em reunião com a Frente Nacional de Prefeitos, a presidente abriu seu discurso com uma espécie de desabafo e lamentou o episódio envolvendo o seu padrinho político. Segundo relatos de presentes, ela avaliou que a situação está saindo da normalidade e do que prega o estado democrático de direito. Ela ponderou a necessidade de se respeitar as instituições judiciais do país, mas ressaltou que o petista nunca havia se negado a prestar esclarecimentos sobre as suspeitas contra ele. Mais cedo, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, também avaliou como um "exagero" o mandado de condução coercitiva e reconheceu que o episódio é "ruim" e gera um desgaste para o partido. "É um exagero e isso ficou nítido", criticou. Preocupada, a presidente Dilma Rousseff convocou nesta manhã uma reunião de emergência com seus ministros mais próximos no Palácio do Planalto para discutir os efeitos e a estratégia do governo federal diante do episódio. No diretório nacional do partido, o presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, saiu também em defesa do petista. Segundo ele, o juiz Sergio Moro e a Polícia Federal passaram dos limites e armaram um "espetáculo patético e vergonhoso" contra o petista. "Foi desnecessário", resumiu. No encontro, a petista também fez considerações sobre a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo relatos de presentes, ela não citou o nome do petista, chamando-o apenas de delator, e disse que o conteúdo não era relevante. Numa tentativa de minimizar as acusações dele, a petista lembrou que ele tinha a esperança de sair da prisão, indicando que esse objetivo o motivou a fazer uma delação premiada. No encontro na capital paulista, o partido discutirá a realização de protestos no país inteiro, inclusive em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, em solidariedade ao petista. A Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão no prédio do ex-presidente e de seu filo Fábio Luíz Lula da Silva –também conhecido como Lulinha. Essa fase da operação, batizada de Aletheia, apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações.
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Agricultura urbana gera renda e comida limpa na zona leste de SP
José Aparecido Candido Vieira, 65, era vendedor na rua Santa Ifigênia, o paraíso dos componentes eletrônicos na cidade de São Paulo. Saía de casa para o trabalho às 5h30 e voltava só às 20h, depois de passar o dia batendo perna entre as lojas. Mas os anos foram-lhe pesando, ele já não rendia tanto, o dinheiro começou a minguar. Há dois anos, ele jogou tudo para o ar e transformou-se em um agricultor urbano. Nos extremos da zona leste, em um tal de Jardim Imperador, debaixo de um linhão de transmissão de energia elétrica da Eletropaulo, Vieira começou sua nova vida, agora plantando alface lisa, crespa, mimosa, roxa, couve, rúcula, temperos, almeirão, repolho, catalônia, maracujá e banana -tudo sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos. A horta de produtos orgânicos emprega a mãe e a mulher do ex-vendedor, que mora a uma quadra do atual trabalho. Rendimento mensal por cabeça: de R$ 700 a R$ 1.200, dependendo da estação. Veja imagens Longe de se constituir em excentricidade, a agricultura urbana é tendência no mundo todo. Por encurtar as distâncias que normalmente separam o produtor de seus consumidores, as hortas urbanas são consideradas ecologicamente corretas. Porque não usam pesticidas, também. Porque prescindem dos atravessadores (o consumidor pode ir até o produtor), são socialmente mais justas, remunerando melhor o trabalhador agrícola. À frente da implantação de 21 hortas urbanas voltadas para a geração de renda e de 32 outras, instaladas cem escolas públicas, está o administrador de empresas e técnico em políticas ambientais Hans Dieter Temp, 50, coordenador da organização não-governamental "Cidades sem Fome/Hortas Comunitárias". Esqueça a horta hippie, cheia de espécies exóticas, com agricultores da nova era. O objetivo principal das hortas do Cidades sem Fome é a geração de renda e oportunidades de trabalho em comunidades carentes, como as existentes na periferia de São Paulo. Nas escolas, é contribuir com a qualidade nutricional das merendas, além de ajudar as crianças a vivenciar um mundo alimentar diferente dos supermercados. "Tem terreno que não acaba mais disponível na cidade. São as áreas debaixo das linhas de transmissão da Eletropaulo, áreas cortadas por dutos de petróleo da Transpetro, terrenos baldios, áreas públicas abandonadas, além dos terrenos vagos nas 680 escolas públicas de São Paulo ", diz Temp (ele não tem os números precisos). A ONG legaliza o uso do solo por intermédio de contratos de comodato e cede o terreno para trabalhadores selecionados de acordo com critérios de necessidade e vulnerabilidade, a partir de indicações das comunidades do entorno. Mas, como manter essas hortas urbanas em uma cidade, como São Paulo, crescentemente acossada pela falta d'água? Segundo o ex-vendedor que virou agricultor, o dispêndio de água na sua horta é baixíssimo. "Depois do cultivo, nós recobrimos os canteiros com uma manta de capim que mantém a umidade do solo por vários dias", diz. O resultado é que o consumo de água em sua horta de 900 metros quadrados é menor do que o de uma casa com cinco moradores. Segundo Hans Dieter Temp, as hortas urbanas fomentadas pelo projeto Cidades sem Fome têm um tempo de maturação entre 12 e 18 meses para se tornarem auto-sustentáveis. A ideia é implantar essas hortas por toda a periferia, barateando o preço das hortaliças para as camadas mais pobres da população. "Em pouco tempo, quase 90% da população mundial estará morando em grandes cidades. É preciso inventar um modo para que as pessoas possam se alimentar de forma saudável, sem ter de importar alimentos imprescindíveis de lugares longínquos".
ambiente
Agricultura urbana gera renda e comida limpa na zona leste de SPJosé Aparecido Candido Vieira, 65, era vendedor na rua Santa Ifigênia, o paraíso dos componentes eletrônicos na cidade de São Paulo. Saía de casa para o trabalho às 5h30 e voltava só às 20h, depois de passar o dia batendo perna entre as lojas. Mas os anos foram-lhe pesando, ele já não rendia tanto, o dinheiro começou a minguar. Há dois anos, ele jogou tudo para o ar e transformou-se em um agricultor urbano. Nos extremos da zona leste, em um tal de Jardim Imperador, debaixo de um linhão de transmissão de energia elétrica da Eletropaulo, Vieira começou sua nova vida, agora plantando alface lisa, crespa, mimosa, roxa, couve, rúcula, temperos, almeirão, repolho, catalônia, maracujá e banana -tudo sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos. A horta de produtos orgânicos emprega a mãe e a mulher do ex-vendedor, que mora a uma quadra do atual trabalho. Rendimento mensal por cabeça: de R$ 700 a R$ 1.200, dependendo da estação. Veja imagens Longe de se constituir em excentricidade, a agricultura urbana é tendência no mundo todo. Por encurtar as distâncias que normalmente separam o produtor de seus consumidores, as hortas urbanas são consideradas ecologicamente corretas. Porque não usam pesticidas, também. Porque prescindem dos atravessadores (o consumidor pode ir até o produtor), são socialmente mais justas, remunerando melhor o trabalhador agrícola. À frente da implantação de 21 hortas urbanas voltadas para a geração de renda e de 32 outras, instaladas cem escolas públicas, está o administrador de empresas e técnico em políticas ambientais Hans Dieter Temp, 50, coordenador da organização não-governamental "Cidades sem Fome/Hortas Comunitárias". Esqueça a horta hippie, cheia de espécies exóticas, com agricultores da nova era. O objetivo principal das hortas do Cidades sem Fome é a geração de renda e oportunidades de trabalho em comunidades carentes, como as existentes na periferia de São Paulo. Nas escolas, é contribuir com a qualidade nutricional das merendas, além de ajudar as crianças a vivenciar um mundo alimentar diferente dos supermercados. "Tem terreno que não acaba mais disponível na cidade. São as áreas debaixo das linhas de transmissão da Eletropaulo, áreas cortadas por dutos de petróleo da Transpetro, terrenos baldios, áreas públicas abandonadas, além dos terrenos vagos nas 680 escolas públicas de São Paulo ", diz Temp (ele não tem os números precisos). A ONG legaliza o uso do solo por intermédio de contratos de comodato e cede o terreno para trabalhadores selecionados de acordo com critérios de necessidade e vulnerabilidade, a partir de indicações das comunidades do entorno. Mas, como manter essas hortas urbanas em uma cidade, como São Paulo, crescentemente acossada pela falta d'água? Segundo o ex-vendedor que virou agricultor, o dispêndio de água na sua horta é baixíssimo. "Depois do cultivo, nós recobrimos os canteiros com uma manta de capim que mantém a umidade do solo por vários dias", diz. O resultado é que o consumo de água em sua horta de 900 metros quadrados é menor do que o de uma casa com cinco moradores. Segundo Hans Dieter Temp, as hortas urbanas fomentadas pelo projeto Cidades sem Fome têm um tempo de maturação entre 12 e 18 meses para se tornarem auto-sustentáveis. A ideia é implantar essas hortas por toda a periferia, barateando o preço das hortaliças para as camadas mais pobres da população. "Em pouco tempo, quase 90% da população mundial estará morando em grandes cidades. É preciso inventar um modo para que as pessoas possam se alimentar de forma saudável, sem ter de importar alimentos imprescindíveis de lugares longínquos".
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Boneco inflável de Lula reaparece em SP e causa confronto entre militantes
Depois de sofrer um ataque e ser rasgado na sexta (28), o Pixuleko, boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, reapareceu neste domingo (30) consertado e com esquema de segurança reforçado. Cinco seguranças e um gradil foram contratados por cerca de R$ 2.000 e levados para isolar o boneco do público na avenida Paulista. "Se a gente não fizer isso a petralhada ataca de novo", afirmou Carla Zambelli, líder do movimento Nas Ruas. Mas não adiantou. Por volta das 13h, manisfestantes pró-Dilma foram ao local e gritaram pedindo que o boneco fosse retirado. Alguns chegaram a trocar socos com opositores do governo antes de serem separados pela Polícia Militar. Depois da intervenção da PM, os dois grupos passaram a se xingar e alternar gritos de guerra. No microfone, Heduan Pinheiro, do Movimento Brasil Melhor, pediu que os apoiadores do governo se manifestassem em outro local. "Não queremos conflito, estamos só protestando contra a corrupção. De quiserem, façam um boneco gigante meu também e vão protestar". O ato foi oficialmente encerrado por volta das 14h com a execução do hino nacional e gritos de " Viva a PM". "Vai gritar isso em Osasco", responderam os apoiadores do governo, em referência à chacina que deixou 19 mortos na cidade e, suspeita-se, pode ter sido promovida por policiais. Depois do encerramento, os presentes continuaram discutindo separados pela PM. CONSERTO Segundo o Movimento Brasil, responsável pela elaboração do boneco inflável, o conserto de Pixuleko teve um custo de R$ 200. O Pixuleko foi inflado na altura da alameda Ministro Rocha de Azevedo, na frente do prédio onde funciona TCU (Tribunal de Contas da União) em São Paulo, para pressionar o tribunal a agilizar a análise de supostas irregularidades na conta do governo Dilma em 2014. Líderes dos movimentos pró-impeachment também recolhiam assinaturas para um manifesto contra a corrupção. Em uma tentativa de transformar a alegoria de plástico em um símbolo dos protestos contra o governo federal, os movimentos pró-impeachment mandarão fazer, a partir da semana que vem, miniaturas do Pixuleko, como chaveiros e bonecos. "A intenção é torná-lo definidamente o símbolo da nossa insatisfação com os corruptos", disse Ricardo Honorato, do Movimento Brasil, responsável por tornar Pixuleko famoso em protesto em Brasília. Na capital federal, com o sucesso do boneco inflável, a artesã Elizabete dos Santos, 32, tem ganhado dinheiro com reproduções da personagem das manifestações. Nas últimas duas semanas, ela vendeu 25 miniaturas feitas sob encomenda. "Comecei a fazer depois que amigos e clientes, que participaram do protesto do dia 16 de agosto, se mostram interessados na imagem do boneco", disse. TRILHA SONORA Para animar os manifestantes, que se aglomeravam em torno do boneco e em cima da ciclovia da Paulista, a organização providenciou um alto falante que era usado para fazer discursos contra Dilma e Lula e tocar músicas diversas. A trilha sonora foi do hino brasileiro a adaptações de músicas famosas. "Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", trecho de "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores", de Geraldo Vandré, virou " Dilma vai embora, o Brasil não quer você. Leva junto o Lula e os vagabundos do PT". A letra de "Faroeste Cabloco", da Legião Urbana, foi modificada para criticar o escândalo na Petrobras. Os organizadores se revezavam no microfone para cantar junto com as gravações. MINISTRO VAIADO O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi cercado e xingado na avenida Paulista, na manhã deste domingo. Ele fazia uma caminhada junto com um amigo, que estava de camisa vermelha, e foi reconhecido por manifestantes. Raio X do Pixuleco
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Boneco inflável de Lula reaparece em SP e causa confronto entre militantesDepois de sofrer um ataque e ser rasgado na sexta (28), o Pixuleko, boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, reapareceu neste domingo (30) consertado e com esquema de segurança reforçado. Cinco seguranças e um gradil foram contratados por cerca de R$ 2.000 e levados para isolar o boneco do público na avenida Paulista. "Se a gente não fizer isso a petralhada ataca de novo", afirmou Carla Zambelli, líder do movimento Nas Ruas. Mas não adiantou. Por volta das 13h, manisfestantes pró-Dilma foram ao local e gritaram pedindo que o boneco fosse retirado. Alguns chegaram a trocar socos com opositores do governo antes de serem separados pela Polícia Militar. Depois da intervenção da PM, os dois grupos passaram a se xingar e alternar gritos de guerra. No microfone, Heduan Pinheiro, do Movimento Brasil Melhor, pediu que os apoiadores do governo se manifestassem em outro local. "Não queremos conflito, estamos só protestando contra a corrupção. De quiserem, façam um boneco gigante meu também e vão protestar". O ato foi oficialmente encerrado por volta das 14h com a execução do hino nacional e gritos de " Viva a PM". "Vai gritar isso em Osasco", responderam os apoiadores do governo, em referência à chacina que deixou 19 mortos na cidade e, suspeita-se, pode ter sido promovida por policiais. Depois do encerramento, os presentes continuaram discutindo separados pela PM. CONSERTO Segundo o Movimento Brasil, responsável pela elaboração do boneco inflável, o conserto de Pixuleko teve um custo de R$ 200. O Pixuleko foi inflado na altura da alameda Ministro Rocha de Azevedo, na frente do prédio onde funciona TCU (Tribunal de Contas da União) em São Paulo, para pressionar o tribunal a agilizar a análise de supostas irregularidades na conta do governo Dilma em 2014. Líderes dos movimentos pró-impeachment também recolhiam assinaturas para um manifesto contra a corrupção. Em uma tentativa de transformar a alegoria de plástico em um símbolo dos protestos contra o governo federal, os movimentos pró-impeachment mandarão fazer, a partir da semana que vem, miniaturas do Pixuleko, como chaveiros e bonecos. "A intenção é torná-lo definidamente o símbolo da nossa insatisfação com os corruptos", disse Ricardo Honorato, do Movimento Brasil, responsável por tornar Pixuleko famoso em protesto em Brasília. Na capital federal, com o sucesso do boneco inflável, a artesã Elizabete dos Santos, 32, tem ganhado dinheiro com reproduções da personagem das manifestações. Nas últimas duas semanas, ela vendeu 25 miniaturas feitas sob encomenda. "Comecei a fazer depois que amigos e clientes, que participaram do protesto do dia 16 de agosto, se mostram interessados na imagem do boneco", disse. TRILHA SONORA Para animar os manifestantes, que se aglomeravam em torno do boneco e em cima da ciclovia da Paulista, a organização providenciou um alto falante que era usado para fazer discursos contra Dilma e Lula e tocar músicas diversas. A trilha sonora foi do hino brasileiro a adaptações de músicas famosas. "Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", trecho de "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores", de Geraldo Vandré, virou " Dilma vai embora, o Brasil não quer você. Leva junto o Lula e os vagabundos do PT". A letra de "Faroeste Cabloco", da Legião Urbana, foi modificada para criticar o escândalo na Petrobras. Os organizadores se revezavam no microfone para cantar junto com as gravações. MINISTRO VAIADO O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi cercado e xingado na avenida Paulista, na manhã deste domingo. Ele fazia uma caminhada junto com um amigo, que estava de camisa vermelha, e foi reconhecido por manifestantes. Raio X do Pixuleco
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Horror ao vácuo
SÃO PAULO - A existência ou não do vácuo pautou um dos mais encarniçados debates da história da filosofia e, depois, da física. Até hoje a matéria é controversa. Mas, se não dá para afirmar peremptoriamente, como o fez Aristóteles, que a natureza tem horror ao vácuo, é seguro afirmar que a política tem. À luz desse princípio, parece improvável que o estado de esfacelamento do governo Dilma Rousseff possa se prolongar indefinidamente. Ou bem a crise se resolve com o afastamento da presidente (por impeachment, cassação ou renúncia), ou com a convergência de diferentes forças políticas em torno de uma agenda mínima que lhe dê condições de terminar o mandato, ainda que sangrando em praça pública. Não acho que o governo do PT valha uma lágrima, mas prefiro a segunda opção, por entender que ela é mais didática para o eleitor: votos têm consequências. Seja como for, a perspectiva é que, em algumas semanas, tenhamos mais clareza de para qual lado a balança vai pender. Isso nos coloca numa situação algo paradoxal. Podemos nutrir um certo otimismo em relação ao curto prazo, mas não em relação ao longo. Eu explico. Assim que a confusão política desanuviar um pouco, a encrenca econômica também dá uma melhorada. Basta sinalizar que as pautas-bomba desaparecerão e o país perseguirá de verdade um superavit primário para reduzir a incerteza e, assim, serenar as expectativas. Meu pessimismo de longo prazo vem do fato de que não vejo muita chance de o país, particularmente o Congresso, tentar resolver os problemas estruturais que continuarão travando a economia. Nenhum político parece muito disposto a discutir seriamente a necessidade de aumentar a idade da aposentadoria ou rever subsídios insustentáveis, como a zona franca de Manaus, entre vários outros. Para agravar o que já é ruim, vale lembrar que nosso bônus demográfico já está se esgotando.
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Horror ao vácuoSÃO PAULO - A existência ou não do vácuo pautou um dos mais encarniçados debates da história da filosofia e, depois, da física. Até hoje a matéria é controversa. Mas, se não dá para afirmar peremptoriamente, como o fez Aristóteles, que a natureza tem horror ao vácuo, é seguro afirmar que a política tem. À luz desse princípio, parece improvável que o estado de esfacelamento do governo Dilma Rousseff possa se prolongar indefinidamente. Ou bem a crise se resolve com o afastamento da presidente (por impeachment, cassação ou renúncia), ou com a convergência de diferentes forças políticas em torno de uma agenda mínima que lhe dê condições de terminar o mandato, ainda que sangrando em praça pública. Não acho que o governo do PT valha uma lágrima, mas prefiro a segunda opção, por entender que ela é mais didática para o eleitor: votos têm consequências. Seja como for, a perspectiva é que, em algumas semanas, tenhamos mais clareza de para qual lado a balança vai pender. Isso nos coloca numa situação algo paradoxal. Podemos nutrir um certo otimismo em relação ao curto prazo, mas não em relação ao longo. Eu explico. Assim que a confusão política desanuviar um pouco, a encrenca econômica também dá uma melhorada. Basta sinalizar que as pautas-bomba desaparecerão e o país perseguirá de verdade um superavit primário para reduzir a incerteza e, assim, serenar as expectativas. Meu pessimismo de longo prazo vem do fato de que não vejo muita chance de o país, particularmente o Congresso, tentar resolver os problemas estruturais que continuarão travando a economia. Nenhum político parece muito disposto a discutir seriamente a necessidade de aumentar a idade da aposentadoria ou rever subsídios insustentáveis, como a zona franca de Manaus, entre vários outros. Para agravar o que já é ruim, vale lembrar que nosso bônus demográfico já está se esgotando.
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Centro cultural na mata do litoral de SP lembra aventura de 'Fitzcarraldo'
Quem desce ao extremo sul de Ilhabela na parte voltada ao continente topa com a última faixa com areia na praia do Veloso. A partir daí, no arquipélago no litoral norte de São Paulo, ladeando os limites do Parque Estadual de Ilhabela, só vai encontrar costões, mata e, com sorte, uma ópera. O som de canto lírico e orquestra sinfônica vindo do lado do mar não é alucinação. Ele vem de uma ideia excêntrica do advogado Samuel Mac Dowell de Figueiredo, 67. Amigo íntimo de grandes nomes das artes e da música –foi o último namorado de Elis Regina (1945-1982)–, o advogado começou a sonhar com um teatro no meio da mata há cerca de 15 anos. "Comprei um terreno para construir um condomínio com um grupo de amigos e, quando contei para eles da minha ideia, disseram que eu queria fazer um Woodstock na ilha. Isso me coibiu e adiei o projeto", conta Mac Dowell. Não que tenha desistido. Como Brian Sweeney Fitzgerald, aventureiro irlandês que, no início do século 20, tentou construir um teatro de ópera no Alto Amazonas, retratado no filme "Fitzcarraldo" (1982), de Werner Herzog, o advogado manteve a ideia antiga, "surgida do nada". Voltou com mais força ao projeto quando comprou o terreno de 150 mil m² na Ponta da Sela, a cem metros de onde começa a reserva do Parque Estadual de Ilhabela. Na propriedade onde construiu sua casa de praia, ele faz os últimos preparativos para inaugurar um dos trechos mais grandiosos de seu sonho, após obter autorização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para supressão da vegetação nativa nos limites da lei e permissão da Prefeitura de Ilhabela para levar adiante o projeto cultural. Para chegar ao centro cultural a partir da balsa, é preciso seguir em direção a "praias do sul", na via asfaltada av. Gov. Mário Covas Jr. A cerca de 12,5 km do terminal de balsas, à direita, fica a entrada do Complexo Cultural Baía dos Vermelhos, no número 11.970. O Teatro da Floresta, espécie de concha acústica com fosso para orquestra e capacidade para 900 pessoas na plateia, será aberto oficialmente no começo de setembro, com espetáculos de música e balé. Uma ópera completa ainda não está na programação, mas o público poderá ouvir cantoras líricas e orquestras regidas por maestros famosos, como Júlio Medaglia e Emmanuele Baldini, e ver a "Carmen", da ópera de Bizet, na coreografia de Marcia Haydée para a São Paulo Companhia de Dança. O festival de três dias também terá apresentações dos pianistas Nelson Ayres e Jean-Louis Steuerman, do violoncelista Antonio Meneses e das cantoras Cida Moreira e Rosana Lamosa, entre outros. "Por isso sou diferente de Fitzcarraldo: o meu projeto deu certo", afirma Mac Dowell. Como conta o filme de Herzog, o irlandês fez um barco a vapor subir um morro na floresta, mas não conseguiu o dinheiro para sua ópera. Mac Dowell não carregou barcos morro acima, mas teve que rebocar um guindaste que atolou na estrada de terra, dentro do terreno, quando foi colocada a estrutura metálica de 1.600 m² que cobre o teatro, conta o arquiteto Marcos Figueiredo, filho de Mac Dowell, que está tocando a obra com o escritório de arquitetura Vazquez e Junqueira. A cobertura cria algum isolamento acústico para o palco de 190 m². "Quase o tamanho do da Sala São Paulo", gaba-se Mac Dowell (o do espaço paulistano tem 262,4 m²). As laterais são abertas para a vegetação da mata atlântica, com seus sons naturais e borrachudos. "Algumas pessoas me disseram para fechar o teatro. Fiz aberto, e só depois de pronto virá o engenheiro acústico –que nenhum músico purista me ouça." Os artistas convidados aparentam não estar preocupados com intempéries. No ano passado, numa espécie de pré-estreia do projeto, os bailarinos da São Paulo Companhia de Dança e o pianista Nelson Ayres dançaram e tocaram no canteiro de obras, com borrachudos e tudo –inclusive uma chuva fora do programa. "Quero que o festival marque a saída da fase de implementação do projeto para a de atividades", diz Mac Dowell. Os teatros (além do da Floresta, há um anfiteatro com capacidade para quase 300 pessoas) são só 1/3 do projeto. Mac Dowell quer construir um centro para exposições e oficinas e instalações para residências artísticas. VAQUINHA VIRTUAL Para isso busca patrocínio. Quando imaginou o projeto, há mais de uma década, saiu "com a pastinha na mão", mas não conseguiu nada. "Cheguei a ser aprovado na Lei Rouanet, mas nem parti para a arrecadação." Segundo Mac Dowell, o grosso do investimento veio de seu bolso e uma pequena parte foi doada por amigos. Ele não revela os valores, que incluem, além da construção, cachê dos artistas (a preços camaradas, ele diz) e aluguel de equipamentos de luz e som. Na plataforma de financiamento coletivo Catarse, o centro cultural busca obter R$ 160 mil, que fechariam o orçamento do festival, com entrada gratuita. Em 2017, Mac Dowell diz que cobrará ingressos e tentará fechar cotas de patrocínios públicos e privados. FESTIVAL VERMELHOS 2016 QUANDO de 9/9 a 11/9 ONDE Centro Cultural Baía dos Vermelhos, av. Gov. Mário Covas Jr., 11.970, Ilhabela QUANTO grátis; é preciso confirmar a presença por e-mail: soraia.andriani@culturalvermelhos.org.br ou marcia.carbone@culturalvermelhos.org.br; programação completa no site
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Centro cultural na mata do litoral de SP lembra aventura de 'Fitzcarraldo'Quem desce ao extremo sul de Ilhabela na parte voltada ao continente topa com a última faixa com areia na praia do Veloso. A partir daí, no arquipélago no litoral norte de São Paulo, ladeando os limites do Parque Estadual de Ilhabela, só vai encontrar costões, mata e, com sorte, uma ópera. O som de canto lírico e orquestra sinfônica vindo do lado do mar não é alucinação. Ele vem de uma ideia excêntrica do advogado Samuel Mac Dowell de Figueiredo, 67. Amigo íntimo de grandes nomes das artes e da música –foi o último namorado de Elis Regina (1945-1982)–, o advogado começou a sonhar com um teatro no meio da mata há cerca de 15 anos. "Comprei um terreno para construir um condomínio com um grupo de amigos e, quando contei para eles da minha ideia, disseram que eu queria fazer um Woodstock na ilha. Isso me coibiu e adiei o projeto", conta Mac Dowell. Não que tenha desistido. Como Brian Sweeney Fitzgerald, aventureiro irlandês que, no início do século 20, tentou construir um teatro de ópera no Alto Amazonas, retratado no filme "Fitzcarraldo" (1982), de Werner Herzog, o advogado manteve a ideia antiga, "surgida do nada". Voltou com mais força ao projeto quando comprou o terreno de 150 mil m² na Ponta da Sela, a cem metros de onde começa a reserva do Parque Estadual de Ilhabela. Na propriedade onde construiu sua casa de praia, ele faz os últimos preparativos para inaugurar um dos trechos mais grandiosos de seu sonho, após obter autorização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para supressão da vegetação nativa nos limites da lei e permissão da Prefeitura de Ilhabela para levar adiante o projeto cultural. Para chegar ao centro cultural a partir da balsa, é preciso seguir em direção a "praias do sul", na via asfaltada av. Gov. Mário Covas Jr. A cerca de 12,5 km do terminal de balsas, à direita, fica a entrada do Complexo Cultural Baía dos Vermelhos, no número 11.970. O Teatro da Floresta, espécie de concha acústica com fosso para orquestra e capacidade para 900 pessoas na plateia, será aberto oficialmente no começo de setembro, com espetáculos de música e balé. Uma ópera completa ainda não está na programação, mas o público poderá ouvir cantoras líricas e orquestras regidas por maestros famosos, como Júlio Medaglia e Emmanuele Baldini, e ver a "Carmen", da ópera de Bizet, na coreografia de Marcia Haydée para a São Paulo Companhia de Dança. O festival de três dias também terá apresentações dos pianistas Nelson Ayres e Jean-Louis Steuerman, do violoncelista Antonio Meneses e das cantoras Cida Moreira e Rosana Lamosa, entre outros. "Por isso sou diferente de Fitzcarraldo: o meu projeto deu certo", afirma Mac Dowell. Como conta o filme de Herzog, o irlandês fez um barco a vapor subir um morro na floresta, mas não conseguiu o dinheiro para sua ópera. Mac Dowell não carregou barcos morro acima, mas teve que rebocar um guindaste que atolou na estrada de terra, dentro do terreno, quando foi colocada a estrutura metálica de 1.600 m² que cobre o teatro, conta o arquiteto Marcos Figueiredo, filho de Mac Dowell, que está tocando a obra com o escritório de arquitetura Vazquez e Junqueira. A cobertura cria algum isolamento acústico para o palco de 190 m². "Quase o tamanho do da Sala São Paulo", gaba-se Mac Dowell (o do espaço paulistano tem 262,4 m²). As laterais são abertas para a vegetação da mata atlântica, com seus sons naturais e borrachudos. "Algumas pessoas me disseram para fechar o teatro. Fiz aberto, e só depois de pronto virá o engenheiro acústico –que nenhum músico purista me ouça." Os artistas convidados aparentam não estar preocupados com intempéries. No ano passado, numa espécie de pré-estreia do projeto, os bailarinos da São Paulo Companhia de Dança e o pianista Nelson Ayres dançaram e tocaram no canteiro de obras, com borrachudos e tudo –inclusive uma chuva fora do programa. "Quero que o festival marque a saída da fase de implementação do projeto para a de atividades", diz Mac Dowell. Os teatros (além do da Floresta, há um anfiteatro com capacidade para quase 300 pessoas) são só 1/3 do projeto. Mac Dowell quer construir um centro para exposições e oficinas e instalações para residências artísticas. VAQUINHA VIRTUAL Para isso busca patrocínio. Quando imaginou o projeto, há mais de uma década, saiu "com a pastinha na mão", mas não conseguiu nada. "Cheguei a ser aprovado na Lei Rouanet, mas nem parti para a arrecadação." Segundo Mac Dowell, o grosso do investimento veio de seu bolso e uma pequena parte foi doada por amigos. Ele não revela os valores, que incluem, além da construção, cachê dos artistas (a preços camaradas, ele diz) e aluguel de equipamentos de luz e som. Na plataforma de financiamento coletivo Catarse, o centro cultural busca obter R$ 160 mil, que fechariam o orçamento do festival, com entrada gratuita. Em 2017, Mac Dowell diz que cobrará ingressos e tentará fechar cotas de patrocínios públicos e privados. FESTIVAL VERMELHOS 2016 QUANDO de 9/9 a 11/9 ONDE Centro Cultural Baía dos Vermelhos, av. Gov. Mário Covas Jr., 11.970, Ilhabela QUANTO grátis; é preciso confirmar a presença por e-mail: soraia.andriani@culturalvermelhos.org.br ou marcia.carbone@culturalvermelhos.org.br; programação completa no site
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Skaf diz que vai para 'guerra' se governo cortar verba do Sistema S
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse nesta sexta-feira (25) que os empresários estão preparados para "ir à guerra", caso o governo mantenha a intenção de reduzir o repasse de recursos para o Sistema S, que reúne entidades como Sesi, Senai e Sebrae. A redução é uma das medidas previstas no pacote de ajuste fiscal do governo, mas a proposta ainda não foi enviada ao Congresso. A ideia inicial era cortar 30% dos recursos do Sistema S para usar esse montante para cobrir o rombo da Previdência. Após representantes da indústria, comércio e serviço terem feito pressão contra a mudança, o governo sinalizou que pode baixar essa redução para 20%. Mas os dirigentes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fiesp e Firjan, federação que reúne as indústrias do Rio, não consideram a mudança suficiente. "Se o governo encaminhar a proposta [de corte], estaremos prontos para a guerra no Congresso Nacional. Não vamos permitir que o governo feche escolas ou deixe de dar oportunidade a milhões de alunos em escolas de qualidade na formação profissional, na prática de esporte e na cultura. Não acredito que essa intenção irá prosperar", disse. A declaração foi feita momentos antes de o presidente da Fiesp jantar nesta sexta com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na sede da entidade. Participaram do encontro empresários dos setores automotivo, têxtil, transporte e agronegócios, além de representantes de federações das indústrias de outros Estados. Eles não falaram com a imprensa. "O governo está querendo atrapalhar aquilo que funciona bem. Todos reconhecem o trabalho que Sesi, Senai e Sebrae fazem em São Paulo", disse Skaf. "Para o Brasil, o custo-benefício é excelente. Há pesquisas que mostram que a indústria está feliz em pagar o Senai e não está reclamando em pagar [a contribuição para o sistema é sobre a folha de pagamento das empresas]. Ela reclama de pagar imposto." O empresário ressaltou ainda que, ao tentar usar os recursos do sistema S, o governo "manifesta a intenção de um confisco". "É um desvio de finalidade porque fere princípio constitucional, porque esses recursos são previstos em lei pela Constituição."
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Skaf diz que vai para 'guerra' se governo cortar verba do Sistema SO presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse nesta sexta-feira (25) que os empresários estão preparados para "ir à guerra", caso o governo mantenha a intenção de reduzir o repasse de recursos para o Sistema S, que reúne entidades como Sesi, Senai e Sebrae. A redução é uma das medidas previstas no pacote de ajuste fiscal do governo, mas a proposta ainda não foi enviada ao Congresso. A ideia inicial era cortar 30% dos recursos do Sistema S para usar esse montante para cobrir o rombo da Previdência. Após representantes da indústria, comércio e serviço terem feito pressão contra a mudança, o governo sinalizou que pode baixar essa redução para 20%. Mas os dirigentes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fiesp e Firjan, federação que reúne as indústrias do Rio, não consideram a mudança suficiente. "Se o governo encaminhar a proposta [de corte], estaremos prontos para a guerra no Congresso Nacional. Não vamos permitir que o governo feche escolas ou deixe de dar oportunidade a milhões de alunos em escolas de qualidade na formação profissional, na prática de esporte e na cultura. Não acredito que essa intenção irá prosperar", disse. A declaração foi feita momentos antes de o presidente da Fiesp jantar nesta sexta com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na sede da entidade. Participaram do encontro empresários dos setores automotivo, têxtil, transporte e agronegócios, além de representantes de federações das indústrias de outros Estados. Eles não falaram com a imprensa. "O governo está querendo atrapalhar aquilo que funciona bem. Todos reconhecem o trabalho que Sesi, Senai e Sebrae fazem em São Paulo", disse Skaf. "Para o Brasil, o custo-benefício é excelente. Há pesquisas que mostram que a indústria está feliz em pagar o Senai e não está reclamando em pagar [a contribuição para o sistema é sobre a folha de pagamento das empresas]. Ela reclama de pagar imposto." O empresário ressaltou ainda que, ao tentar usar os recursos do sistema S, o governo "manifesta a intenção de um confisco". "É um desvio de finalidade porque fere princípio constitucional, porque esses recursos são previstos em lei pela Constituição."
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Brasil pode contribuir com a África, diz Levy em Marrakesh
Em um painel sobre agricultura e fome na África, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, afirmou neste sábado (31) que o Brasil pode contribuir à região com sua experiência no setor. Em especial, Levy mencionou a importância da infraestrutura institucional e as políticas de crédito. "É necessário ter as instituições financeiras no terreno." Levy é um dos principais participantes da conferência Atlantic Dialogues, sobre cooperação entre países no Atlântico, realizada em Marrakesh neste final de semana. Ele confirmou a aparição apenas na véspera, após sua visita a Londres. Ele embarca ao Brasil no domingo. O debate sobre a "revolução verde" na África contava também com Olusegun Obasanjo, ex-presidente da Nigéria, entre outros participantes. Antes da discussão, a plateia pode votar por meio de um sistema virtual em uma enquete: que países são modelos para esse desenvolvimento? O Brasil foi elegido como o principal exemplo, ao lado do Marrocos. Em sua fala, o ministro Levy mencionou especificamente a experiência brasileira na agricultura com o auxílio de fosfato marroquino. O fosfato é um dos principais produtos exportados pelo Marrocos, país que possui 75% das reservas mundiais. O item, usado na fertilização, é também um fator importante do conflito territorial no Saara Ocidental, hoje controlado pelo Marrocos. Sentado ao lado de Levy estava Mostafa Terrab, chairman do grupo OCP, um gigante da exploração de fosfato que é propriedade do Estado marroquino. É uma produção frequentemente criticada. O ministro da Fazenda citou ainda a produção brasileira de feijão preto e soja. "Geramos riqueza e novas oportunidades. Podemos transformar a qualidade de vida e contribuir para o bem-estar de todas as classes." O jornalista DIOGO BERCITO viajou a convite do Atlantic Dialogues
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Brasil pode contribuir com a África, diz Levy em MarrakeshEm um painel sobre agricultura e fome na África, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, afirmou neste sábado (31) que o Brasil pode contribuir à região com sua experiência no setor. Em especial, Levy mencionou a importância da infraestrutura institucional e as políticas de crédito. "É necessário ter as instituições financeiras no terreno." Levy é um dos principais participantes da conferência Atlantic Dialogues, sobre cooperação entre países no Atlântico, realizada em Marrakesh neste final de semana. Ele confirmou a aparição apenas na véspera, após sua visita a Londres. Ele embarca ao Brasil no domingo. O debate sobre a "revolução verde" na África contava também com Olusegun Obasanjo, ex-presidente da Nigéria, entre outros participantes. Antes da discussão, a plateia pode votar por meio de um sistema virtual em uma enquete: que países são modelos para esse desenvolvimento? O Brasil foi elegido como o principal exemplo, ao lado do Marrocos. Em sua fala, o ministro Levy mencionou especificamente a experiência brasileira na agricultura com o auxílio de fosfato marroquino. O fosfato é um dos principais produtos exportados pelo Marrocos, país que possui 75% das reservas mundiais. O item, usado na fertilização, é também um fator importante do conflito territorial no Saara Ocidental, hoje controlado pelo Marrocos. Sentado ao lado de Levy estava Mostafa Terrab, chairman do grupo OCP, um gigante da exploração de fosfato que é propriedade do Estado marroquino. É uma produção frequentemente criticada. O ministro da Fazenda citou ainda a produção brasileira de feijão preto e soja. "Geramos riqueza e novas oportunidades. Podemos transformar a qualidade de vida e contribuir para o bem-estar de todas as classes." O jornalista DIOGO BERCITO viajou a convite do Atlantic Dialogues
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Currículo: as melhores práticas
A discussão sobre currículos escolares é sempre política e polêmica. Traz consequências significativas para a educação, especialmente avaliação, formação de professores e produção de materiais didáticos. Temos muito que aprender com a experiência de países centralizados ou federalistas como Austrália, Cingapura, Finlândia, França, Inglaterra, EUA, ou com as de regiões como o cantão suíço de Genebra ou da província de Ontário (Canadá). As nações desenvolvidas reformam seus currículos premidas pelas pressões crescentes da globalização, que passaram a exigir capital humano mais qualificado. Pelos avanços da neurociência e do conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo, que elevaram o patamar do que sabemos a respeito de como ensinar e aprender. E ainda pelos resultados de exames internacionais, que puseram os países diante do espelho, derrubando mitos e ministros da área. Reformar um currículo é algo que não se faz de maneira açodada. Exige amplo debate, pois, no geral, parte dos resultados das avaliações envolve especialistas nacionais e internacionais e busca situar a educação no contexto do país avaliado. Na Finlândia e na Inglaterra mudanças e ajustes curriculares tornaram-se algo recorrente. Isso permite modular melhor o que é desejável com o que é viável. Reformar um currículo exige reconhecer o que deu certo e abrir mão dos erros históricos e recentes e, com base em evidências, olhar para o futuro. Os estudos realizados em função do exame internacional Timss provocaram importantes mudanças nos currículos de matemática e ciências, reduzindo a ambição e aumentando o foco e rigor. Todos estão de olho no exemplo de Cingapura: o currículo da educação infantil e as opções no ensino médio se expandem, e o equivalente ao fundamental torna-se compacto e consistente. O ensino da alfabetização recuperou-se dos equívocos construtivistas, enquanto o da língua começa a abandonar os modismos dos "gêneros" e revalorizar o ensino da gramática. Reformar um currículo é tarefa realizada por especialistas com competência na área, no ensino da área e por suas contribuições acadêmicas ou profissionais. Nem sempre se obtém consenso. Divergências não superadas ficam registradas em votos separados e contribuem para manter aceso o debate. Depois de elaborado, a partir de princípios consistentes, é que uma nova proposta de currículo passa pelo crivo de professores qualificados, para testar a sua aderência e promover ajustes finos. No Brasil, nada disso é levado em conta. O Ministério da Educação estabelece prazos curtíssimos para elaborar currículos de 13 disciplinas em todas áreas e níveis. O ensino médio está condenado a mais algumas décadas de engessamento. Não há debate. Os consultores escolhidos para a tarefa refletem o pensamento hegemônico de que a pedagogia no país se tornou vítima. Uma ONG sugeriu ao ministério o nome de 60 especialistas com credenciais bastante adequadas na maioria dos casos, mas desses apenas três foram "aproveitados". Não há, no entanto, espaço para divergência. O que se prevê são apenas audiências públicas sem direito a fazer perguntas. Em raia paralela, o ministro Roberto Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) parece disposto a apresentar proposta alternativa de currículo –e esse é todo o espaço de debate existente. Por que não recomeçar do zero a discussão sobre currículos, aproveitando a experiência e a as melhores práticas dos países que têm avançado na educação? JOÃO BATISTA ARAUJO E OLIVEIRA, 67, doutor em educação, é presidente do Instituto Alfa e Beto * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Currículo: as melhores práticasA discussão sobre currículos escolares é sempre política e polêmica. Traz consequências significativas para a educação, especialmente avaliação, formação de professores e produção de materiais didáticos. Temos muito que aprender com a experiência de países centralizados ou federalistas como Austrália, Cingapura, Finlândia, França, Inglaterra, EUA, ou com as de regiões como o cantão suíço de Genebra ou da província de Ontário (Canadá). As nações desenvolvidas reformam seus currículos premidas pelas pressões crescentes da globalização, que passaram a exigir capital humano mais qualificado. Pelos avanços da neurociência e do conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo, que elevaram o patamar do que sabemos a respeito de como ensinar e aprender. E ainda pelos resultados de exames internacionais, que puseram os países diante do espelho, derrubando mitos e ministros da área. Reformar um currículo é algo que não se faz de maneira açodada. Exige amplo debate, pois, no geral, parte dos resultados das avaliações envolve especialistas nacionais e internacionais e busca situar a educação no contexto do país avaliado. Na Finlândia e na Inglaterra mudanças e ajustes curriculares tornaram-se algo recorrente. Isso permite modular melhor o que é desejável com o que é viável. Reformar um currículo exige reconhecer o que deu certo e abrir mão dos erros históricos e recentes e, com base em evidências, olhar para o futuro. Os estudos realizados em função do exame internacional Timss provocaram importantes mudanças nos currículos de matemática e ciências, reduzindo a ambição e aumentando o foco e rigor. Todos estão de olho no exemplo de Cingapura: o currículo da educação infantil e as opções no ensino médio se expandem, e o equivalente ao fundamental torna-se compacto e consistente. O ensino da alfabetização recuperou-se dos equívocos construtivistas, enquanto o da língua começa a abandonar os modismos dos "gêneros" e revalorizar o ensino da gramática. Reformar um currículo é tarefa realizada por especialistas com competência na área, no ensino da área e por suas contribuições acadêmicas ou profissionais. Nem sempre se obtém consenso. Divergências não superadas ficam registradas em votos separados e contribuem para manter aceso o debate. Depois de elaborado, a partir de princípios consistentes, é que uma nova proposta de currículo passa pelo crivo de professores qualificados, para testar a sua aderência e promover ajustes finos. No Brasil, nada disso é levado em conta. O Ministério da Educação estabelece prazos curtíssimos para elaborar currículos de 13 disciplinas em todas áreas e níveis. O ensino médio está condenado a mais algumas décadas de engessamento. Não há debate. Os consultores escolhidos para a tarefa refletem o pensamento hegemônico de que a pedagogia no país se tornou vítima. Uma ONG sugeriu ao ministério o nome de 60 especialistas com credenciais bastante adequadas na maioria dos casos, mas desses apenas três foram "aproveitados". Não há, no entanto, espaço para divergência. O que se prevê são apenas audiências públicas sem direito a fazer perguntas. Em raia paralela, o ministro Roberto Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) parece disposto a apresentar proposta alternativa de currículo –e esse é todo o espaço de debate existente. Por que não recomeçar do zero a discussão sobre currículos, aproveitando a experiência e a as melhores práticas dos países que têm avançado na educação? JOÃO BATISTA ARAUJO E OLIVEIRA, 67, doutor em educação, é presidente do Instituto Alfa e Beto * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Barcelona anuncia, e CBF confirma que Neymar jogará apenas a Rio-2016
MARCEL RIZZO DO PAINEL FC O Barcelona anunciou nesta quarta-feira (20) que o atacante Neymar jogará apenas a Olimpíada do Rio, em agosto. Com isso, o jogador está fora da Copa América Centenário, que será realizada em junho, nos EUA. A CBF, que tentava convencer o clube espanhol a liberar o atleta para jogar as duas competições, confirmou a informação. A Folha apurou que a decisão foi do presidente Marco Polo Del Nero, por entender que ganhar o ouro inédito, na Olimpíada do Brasil, é mais importante do que vencer mais uma Copa América. A decisão, porém, é ruim para o técnico Dunga, que não terá o principal destaque da seleção no torneio que pode determinar o seu futuro como técnico da equipe nacional. Com o time em sexto nas eliminatórias para a Copa-2018, Dunga depende de uma boa participação no torneio continental para permanecer no cargo –ele queria Neymar na Copa América porque sabe que pode não chegar à Olimpíada. Sem Neymar, a seleção de Dunga não é a mesma. Uma das duas derrotas nesta passagem do técnico pela seleção foi sem o craque, contra o Chile, em setembro de 2015, na estreia das eliminatórias. Ele estava suspenso por ter xingado o árbitro Enrique Osses justamente na outra derrota desta era Dunga, para a Colômbia, na Copa América chilena, em junho do ano passado. O aproveitamento da seleção de Dunga com Neymar em campo é de 85,4% dos pontos disputados, mas despenca para 61,1% sem ele. As demais seleções da Copa América, porém, terão força máxima. A Argentina, que também jogará a Rio-2016, terá Messi na Copa América, mas não na Olimpíada. O torneio será disputado pelas dez seleções filiadas à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e também por seis da Concacaf, confederação das Américas do Norte e Central, com a presença de Estados Unidos e México. "O Barcelona agradece a Confederação Brasileira de Futebol e o seu presidente, Marco Polo Del Nero, que aceitaram a proposta feita pelo clube de que Neymar tenha que disputar apenas os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecem entre 3 e 21 de agosto", disse o clube em nota. "Desta maneira, Neymar está livre de jogar a Copa América que acontecerá nos Estados Unidos entre 3 e 26 de junho", afirmou. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, enviou a carta que atendeu ao desejo do Barcelona. O clube sempre quis que Neymar jogasse a Olimpíada, em agosto, por entender que será o início da pré-temporada do atleta –ele, portanto, terá férias a partir de 23 de maio, um dia depois de o Barça jogar a final da Copa do Rei, contra o Sevilla. A previsão é que a seleção olímpica, formada por atletas sub-23, mas com três reforços veteranos (caso de Neymar), se apresente em 20 de julho para iniciar a preparação para os Jogos Olímpicos.
esporte
Barcelona anuncia, e CBF confirma que Neymar jogará apenas a Rio-2016 MARCEL RIZZO DO PAINEL FC O Barcelona anunciou nesta quarta-feira (20) que o atacante Neymar jogará apenas a Olimpíada do Rio, em agosto. Com isso, o jogador está fora da Copa América Centenário, que será realizada em junho, nos EUA. A CBF, que tentava convencer o clube espanhol a liberar o atleta para jogar as duas competições, confirmou a informação. A Folha apurou que a decisão foi do presidente Marco Polo Del Nero, por entender que ganhar o ouro inédito, na Olimpíada do Brasil, é mais importante do que vencer mais uma Copa América. A decisão, porém, é ruim para o técnico Dunga, que não terá o principal destaque da seleção no torneio que pode determinar o seu futuro como técnico da equipe nacional. Com o time em sexto nas eliminatórias para a Copa-2018, Dunga depende de uma boa participação no torneio continental para permanecer no cargo –ele queria Neymar na Copa América porque sabe que pode não chegar à Olimpíada. Sem Neymar, a seleção de Dunga não é a mesma. Uma das duas derrotas nesta passagem do técnico pela seleção foi sem o craque, contra o Chile, em setembro de 2015, na estreia das eliminatórias. Ele estava suspenso por ter xingado o árbitro Enrique Osses justamente na outra derrota desta era Dunga, para a Colômbia, na Copa América chilena, em junho do ano passado. O aproveitamento da seleção de Dunga com Neymar em campo é de 85,4% dos pontos disputados, mas despenca para 61,1% sem ele. As demais seleções da Copa América, porém, terão força máxima. A Argentina, que também jogará a Rio-2016, terá Messi na Copa América, mas não na Olimpíada. O torneio será disputado pelas dez seleções filiadas à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e também por seis da Concacaf, confederação das Américas do Norte e Central, com a presença de Estados Unidos e México. "O Barcelona agradece a Confederação Brasileira de Futebol e o seu presidente, Marco Polo Del Nero, que aceitaram a proposta feita pelo clube de que Neymar tenha que disputar apenas os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecem entre 3 e 21 de agosto", disse o clube em nota. "Desta maneira, Neymar está livre de jogar a Copa América que acontecerá nos Estados Unidos entre 3 e 26 de junho", afirmou. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, enviou a carta que atendeu ao desejo do Barcelona. O clube sempre quis que Neymar jogasse a Olimpíada, em agosto, por entender que será o início da pré-temporada do atleta –ele, portanto, terá férias a partir de 23 de maio, um dia depois de o Barça jogar a final da Copa do Rei, contra o Sevilla. A previsão é que a seleção olímpica, formada por atletas sub-23, mas com três reforços veteranos (caso de Neymar), se apresente em 20 de julho para iniciar a preparação para os Jogos Olímpicos.
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Moody's rebaixa perspectiva da nota da Vale de positiva para estável
A agência internacional de classificação de risco Moody's rebaixou nesta quinta-feira (29) a perspectiva da nota da Vale de positiva para estável. A agência também reafirmou as notas na escala global em moeda local na escala nacional da empresa, em Baa2 e Aaa.br, respectivamente. Além disso, debêntures (títulos de dívida) de infraestrutura da companhia, no valor de R$ 750 milhões, também tiveram as notas mantidas (em Baa2, na escala global, e Aaa.br, na nacional). Segundo avaliação da Moody's, o perfil de crédito e as operações da empresa permanecem sólidos, mas incorporam a "deterioração nos fundamentos de mercado para minério de ferro e metais base, pressionando os preços das commodities em um período em que a Vale implementa uma fase de ampla expansão com investimentos substanciais." A agência afirmou também que, embora a empresa esteja bem posicionada para tolerar um ambiente de preços mais baixos, o aumento nos volumes e no teor do minério de ferro, resultante dos investimentos em implementação, deve compensar parcialmente os preços baixos de commodities, não devendo ser totalmente refletido nas métricas de crédito da empresa até 2017/2018. NOTA REBAIXADA Na sexta-feira (23), outra agência de classificação de risco, a S&P (Standard & Poor's), rebaixou a nota de crédito da Vale de A- para BBB+, com perspectiva estável. Apesar disso, o grau de investimento (chancela de local seguro para se investir) foi mantido. A nova nota da agência também reflete a queda no preço do minério de ferro, o que afeta a capacidade de geração de caixa da Vale enquanto suas despesas continuam altas, devido ao seu plano de investimentos. RECOMENDAÇÃO Também na sexta-feira, o banco americano Goldman Sachs reduziu a recomendação do ADR [recibo de ação negociado em Nova York] da Vale de compra para neutra. A decisão também foi motivada por piora nas previsões para os preços dos metais.
mercado
Moody's rebaixa perspectiva da nota da Vale de positiva para estávelA agência internacional de classificação de risco Moody's rebaixou nesta quinta-feira (29) a perspectiva da nota da Vale de positiva para estável. A agência também reafirmou as notas na escala global em moeda local na escala nacional da empresa, em Baa2 e Aaa.br, respectivamente. Além disso, debêntures (títulos de dívida) de infraestrutura da companhia, no valor de R$ 750 milhões, também tiveram as notas mantidas (em Baa2, na escala global, e Aaa.br, na nacional). Segundo avaliação da Moody's, o perfil de crédito e as operações da empresa permanecem sólidos, mas incorporam a "deterioração nos fundamentos de mercado para minério de ferro e metais base, pressionando os preços das commodities em um período em que a Vale implementa uma fase de ampla expansão com investimentos substanciais." A agência afirmou também que, embora a empresa esteja bem posicionada para tolerar um ambiente de preços mais baixos, o aumento nos volumes e no teor do minério de ferro, resultante dos investimentos em implementação, deve compensar parcialmente os preços baixos de commodities, não devendo ser totalmente refletido nas métricas de crédito da empresa até 2017/2018. NOTA REBAIXADA Na sexta-feira (23), outra agência de classificação de risco, a S&P (Standard & Poor's), rebaixou a nota de crédito da Vale de A- para BBB+, com perspectiva estável. Apesar disso, o grau de investimento (chancela de local seguro para se investir) foi mantido. A nova nota da agência também reflete a queda no preço do minério de ferro, o que afeta a capacidade de geração de caixa da Vale enquanto suas despesas continuam altas, devido ao seu plano de investimentos. RECOMENDAÇÃO Também na sexta-feira, o banco americano Goldman Sachs reduziu a recomendação do ADR [recibo de ação negociado em Nova York] da Vale de compra para neutra. A decisão também foi motivada por piora nas previsões para os preços dos metais.
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Bill Cosby vai à Justiça pedir para barrar processo por agressão sexual
A defesa de Bill Cosby pediu à Justiça da Pensilvânia que desconsidere o processo do ator americano por um suposto caso de agressão sexual contra uma mulher em 2004. Em uma moção apresentada na segunda-feira (11) perante a Justiça do condado de Montgomery, os advogados de Cosby pediram que se "desconsidere todas as acusações contra ele", argumentando a existência de um acordo prévio com a promotoria relativa ao caso citado, segundo cópia do documento obtida pela agência France Press. "As acusações apresentadas em 30 de dezembro de 2015 violam um acordo expresso feito pelo procurador do Condado de Montgomery, em 2005, no qual o distrito acordou que o senhor Cosby nunca seria processado com relação às alegações de agressão sexuais feitas pela demandante, Andrea Constand", destaca o texto. "Este acordo, feito com o propósito expresso de induzir o senhor Cosby a testemunhar no caso civil da senhorita Constand contra ele, levando o senhor Cosby a dar seu testemunho em 2005 e 2006 sem invocar seus direitos constitucionais contra a auto-incriminação", continua. "Agora, para cumprir promessas eleitorais, o novo procurador eleito repudiou o acordo e baseou estas acusações criminais no depoimento que o senhor Cosby deu em troca da não acusação." Cosby é processado por "agressão indecente com agravante", uma acusação que pode condená-lo até 10 anos de prisão, depois que a procuradoria reabriu uma denúncia que não tinha prosperado em 2005 e pela qual também houve uma ação civil que resultou em um acordo financeiro. Andrea Constand, uma canadense, assegura ter sido vítima de uma agressão sexual na casa do ator em Cheltenham, nos arredores da Filadélfia, em 2004. Cosby, libertado sob uma fiança de US$ 1 milhão, deve se apresentar ao juiz em 2 de fevereiro. O ator, que foi uma das personalidades mais populares da TV do seu país, é acusado de agressão sexual por cerca de 50 mulheres e sempre negou as acusações contra ele. Muitas destas denúncias não podem ser levadas à Justiça porque prescreveram. O caso aceito na Pensilvânia ocorreu dentro do limite de 12 anos, indicado pela lei, segundo a procuradoria, embora a defesa afirme em sua moção da segunda-feira que a demora para efetuar o processo é "indesculpável" e, portanto, as acusações "devem ser desconsideradas". Na semana passada, as autoridades judiciais de Los Angeles decidiram não processá-lo por supostas agressões sexuais contra duas mulheres, devido principalmente a provas insuficientes.
ilustrada
Bill Cosby vai à Justiça pedir para barrar processo por agressão sexualA defesa de Bill Cosby pediu à Justiça da Pensilvânia que desconsidere o processo do ator americano por um suposto caso de agressão sexual contra uma mulher em 2004. Em uma moção apresentada na segunda-feira (11) perante a Justiça do condado de Montgomery, os advogados de Cosby pediram que se "desconsidere todas as acusações contra ele", argumentando a existência de um acordo prévio com a promotoria relativa ao caso citado, segundo cópia do documento obtida pela agência France Press. "As acusações apresentadas em 30 de dezembro de 2015 violam um acordo expresso feito pelo procurador do Condado de Montgomery, em 2005, no qual o distrito acordou que o senhor Cosby nunca seria processado com relação às alegações de agressão sexuais feitas pela demandante, Andrea Constand", destaca o texto. "Este acordo, feito com o propósito expresso de induzir o senhor Cosby a testemunhar no caso civil da senhorita Constand contra ele, levando o senhor Cosby a dar seu testemunho em 2005 e 2006 sem invocar seus direitos constitucionais contra a auto-incriminação", continua. "Agora, para cumprir promessas eleitorais, o novo procurador eleito repudiou o acordo e baseou estas acusações criminais no depoimento que o senhor Cosby deu em troca da não acusação." Cosby é processado por "agressão indecente com agravante", uma acusação que pode condená-lo até 10 anos de prisão, depois que a procuradoria reabriu uma denúncia que não tinha prosperado em 2005 e pela qual também houve uma ação civil que resultou em um acordo financeiro. Andrea Constand, uma canadense, assegura ter sido vítima de uma agressão sexual na casa do ator em Cheltenham, nos arredores da Filadélfia, em 2004. Cosby, libertado sob uma fiança de US$ 1 milhão, deve se apresentar ao juiz em 2 de fevereiro. O ator, que foi uma das personalidades mais populares da TV do seu país, é acusado de agressão sexual por cerca de 50 mulheres e sempre negou as acusações contra ele. Muitas destas denúncias não podem ser levadas à Justiça porque prescreveram. O caso aceito na Pensilvânia ocorreu dentro do limite de 12 anos, indicado pela lei, segundo a procuradoria, embora a defesa afirme em sua moção da segunda-feira que a demora para efetuar o processo é "indesculpável" e, portanto, as acusações "devem ser desconsideradas". Na semana passada, as autoridades judiciais de Los Angeles decidiram não processá-lo por supostas agressões sexuais contra duas mulheres, devido principalmente a provas insuficientes.
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Gestores e especialistas indicam leituras para dar um gás na carreira
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO CAROLINA MUNIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O livro de cabeceira é um aliado importante na ascensão profissional. "As leituras podem ajudam a mostrar caminhos, seja por orientações de especialistas ou pela experiência dos autores, além de revelar tendências organizacionais", afirma Denise Delboni, doutora em administração e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas). A pedido da Folha, dez especialistas indicam livros recém-lançados e clássicos em áreas como gestão de pessoas e cultura organizacional para quem procura crescer em seu ramo de atuação, fazer uma transição de carreira ou reavaliar suas prioridades. * Autor Joel Dutra e Elza Veloso Editora Atlas Preço R$ 53,90 RECOMENDADO POR Sigmar Malvezzi, doutor em psicologia organizacional e professor da USP (Universidade de São Paulo) "Os autores mostram como o desenvolvimento da carreira deve ser construído por cada um. São trabalhados temas para as organizações e para os profissionais, como gestão de talentos e da organização, identidade no trabalho e formas de explorar as potencialidades de cada um." Autor Malcolm Gladwell Editora Sextante Preço R$ 29,76 RECOMENDADO POR Marineide Aranha Neto, professora de psicologia organizacional na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Campinas "Discute o que torna uma pessoa um ponto fora da curva, como o Bill Gates, por exemplo. Para o autor, mais importante do que a genialidade é o tempo de preparação. Seriam necessárias pelo menos 10 mil horas de treino para alcançar a excelência em uma determinada área." Autor Joel Dutra e Elza Veloso (organizadores) Editora Atlas Preço R$ 58 (e-book) RECOMENDADO POR Carla Sauer, vice-presidente de RH da Heineken Brasil "Com reflexões de diversos pesquisadores da área, a obra aborda de forma atual conceitos de gestão e dilemas de carreira, sucessão nas empresas, dinâmica das relações entre pessoas e organizações -temas importantes não apenas para profissionais de RH." Autor Peter M. Senge Editora BestSeller Preço R$ 51,80 RECOMENDADO POR Sonia Helena dos Santos, professora de gestão de pessoas, economia criativa e criatividade e inovação da FAAP "Reflete sobre disciplinas fundamentais: domínio pessoal, modelos mentais, aprendizagem coletiva, visão compartilhada e a junção de todas elas. O conteúdo serve para qualquer área ou momento da carreira e ajuda o profissional a ter mais clareza e autonomia." Autor Eduardo Gianetti Editora Companhia das Letras Preço R$ 44,90 RECOMENDADO POR Ana Cristina Limongi-França, doutora em administração, especialista em qualidade de vida no trabalho e professora da USP "Abora questões muito atuais ligadas a grandes dilemas humanos, como a convivência com as pessoas, o poder, a tomada de riscos e grandes problemas econômicos relacionados à busca pela qualidade de vida, tudo de forma real e instigante." Autor Adam Grant Editora Sextante Preço R$ 39,90 RECOMENDADO POR Deli Matsuo, fundador da start-up de tecnologia Appus, e ex-diretor de RH do Google "Conta como as pessoas que não conseguem ficar quietas e vão contra a corrente são aquelas provocam as mudanças no mundo. A autor cita vários exemplos, como o do executivo de TV que impediu que a série Seinfeld, hoje bem-sucedida, fosse tirada do ar após pesquisas desfavoráveis." Autor Hélio Tadeu Martins Editora Qualitymark Preço R$ 42,93 RECOMENDADO POR João Baptista Brandão, especialista em liderança e gestão de pessoas e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) "Não é uma leitura edificante, mas de formação, de construção de bases para buscar a ascensão profissional. Ele ajuda a construir conceitos realistas e mais maduros sobre a trajetória profissional e seu significado para a pessoa. É uma obra esclarecedora e muito útil." Autor Liz Wiseman e Greg McKeown Editora Rocco Preço R$ 34,50 RECOMENDADO POR Luciana Depieri, diretora de RH da VMware Brasil "Os autores falam sobre a diferença entre o líder que diminui os subordinados e o multiplicador, que aproveita o melhor lado de cada integrante para que o time todo evolua. A obra dá ferramentas para buscar o melhor das pessoas e criar um ambiente colaborativo." Autor Susan Cloninger Editora Martins Fontes Preço R$ 159 RECOMENDADO POR Tânia Casado, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP "Traz os conceitos básicos das principais teorias de personalidade e a história de cada um desses estudiosos da psicologia. É interessante porque ajuda não apenas gestores de pessoas mas a qualquer pessoa que queira aprender como se relacionar com os colegas." Autor Herminia Ibarra Editora Gente Preço R$ 59,90 RECOMENDADO POR Denise Delboni, doutora em administração e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas) "A autora transita pelo conceito das âncoras de carreira, segundo qual cada indivíduo tem valores, habilidades e demandas que indicam caminhos profissionais. É um livro muito interessante para quem está numa fase de decisões ou de transição."
sobretudo
Gestores e especialistas indicam leituras para dar um gás na carreira ANNA RANGEL DE SÃO PAULO CAROLINA MUNIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O livro de cabeceira é um aliado importante na ascensão profissional. "As leituras podem ajudam a mostrar caminhos, seja por orientações de especialistas ou pela experiência dos autores, além de revelar tendências organizacionais", afirma Denise Delboni, doutora em administração e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas). A pedido da Folha, dez especialistas indicam livros recém-lançados e clássicos em áreas como gestão de pessoas e cultura organizacional para quem procura crescer em seu ramo de atuação, fazer uma transição de carreira ou reavaliar suas prioridades. * Autor Joel Dutra e Elza Veloso Editora Atlas Preço R$ 53,90 RECOMENDADO POR Sigmar Malvezzi, doutor em psicologia organizacional e professor da USP (Universidade de São Paulo) "Os autores mostram como o desenvolvimento da carreira deve ser construído por cada um. São trabalhados temas para as organizações e para os profissionais, como gestão de talentos e da organização, identidade no trabalho e formas de explorar as potencialidades de cada um." Autor Malcolm Gladwell Editora Sextante Preço R$ 29,76 RECOMENDADO POR Marineide Aranha Neto, professora de psicologia organizacional na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Campinas "Discute o que torna uma pessoa um ponto fora da curva, como o Bill Gates, por exemplo. Para o autor, mais importante do que a genialidade é o tempo de preparação. Seriam necessárias pelo menos 10 mil horas de treino para alcançar a excelência em uma determinada área." Autor Joel Dutra e Elza Veloso (organizadores) Editora Atlas Preço R$ 58 (e-book) RECOMENDADO POR Carla Sauer, vice-presidente de RH da Heineken Brasil "Com reflexões de diversos pesquisadores da área, a obra aborda de forma atual conceitos de gestão e dilemas de carreira, sucessão nas empresas, dinâmica das relações entre pessoas e organizações -temas importantes não apenas para profissionais de RH." Autor Peter M. Senge Editora BestSeller Preço R$ 51,80 RECOMENDADO POR Sonia Helena dos Santos, professora de gestão de pessoas, economia criativa e criatividade e inovação da FAAP "Reflete sobre disciplinas fundamentais: domínio pessoal, modelos mentais, aprendizagem coletiva, visão compartilhada e a junção de todas elas. O conteúdo serve para qualquer área ou momento da carreira e ajuda o profissional a ter mais clareza e autonomia." Autor Eduardo Gianetti Editora Companhia das Letras Preço R$ 44,90 RECOMENDADO POR Ana Cristina Limongi-França, doutora em administração, especialista em qualidade de vida no trabalho e professora da USP "Abora questões muito atuais ligadas a grandes dilemas humanos, como a convivência com as pessoas, o poder, a tomada de riscos e grandes problemas econômicos relacionados à busca pela qualidade de vida, tudo de forma real e instigante." Autor Adam Grant Editora Sextante Preço R$ 39,90 RECOMENDADO POR Deli Matsuo, fundador da start-up de tecnologia Appus, e ex-diretor de RH do Google "Conta como as pessoas que não conseguem ficar quietas e vão contra a corrente são aquelas provocam as mudanças no mundo. A autor cita vários exemplos, como o do executivo de TV que impediu que a série Seinfeld, hoje bem-sucedida, fosse tirada do ar após pesquisas desfavoráveis." Autor Hélio Tadeu Martins Editora Qualitymark Preço R$ 42,93 RECOMENDADO POR João Baptista Brandão, especialista em liderança e gestão de pessoas e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) "Não é uma leitura edificante, mas de formação, de construção de bases para buscar a ascensão profissional. Ele ajuda a construir conceitos realistas e mais maduros sobre a trajetória profissional e seu significado para a pessoa. É uma obra esclarecedora e muito útil." Autor Liz Wiseman e Greg McKeown Editora Rocco Preço R$ 34,50 RECOMENDADO POR Luciana Depieri, diretora de RH da VMware Brasil "Os autores falam sobre a diferença entre o líder que diminui os subordinados e o multiplicador, que aproveita o melhor lado de cada integrante para que o time todo evolua. A obra dá ferramentas para buscar o melhor das pessoas e criar um ambiente colaborativo." Autor Susan Cloninger Editora Martins Fontes Preço R$ 159 RECOMENDADO POR Tânia Casado, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP "Traz os conceitos básicos das principais teorias de personalidade e a história de cada um desses estudiosos da psicologia. É interessante porque ajuda não apenas gestores de pessoas mas a qualquer pessoa que queira aprender como se relacionar com os colegas." Autor Herminia Ibarra Editora Gente Preço R$ 59,90 RECOMENDADO POR Denise Delboni, doutora em administração e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas) "A autora transita pelo conceito das âncoras de carreira, segundo qual cada indivíduo tem valores, habilidades e demandas que indicam caminhos profissionais. É um livro muito interessante para quem está numa fase de decisões ou de transição."
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Aprenda a limpar o painel e as forrações plásticas do carro
DE SÃO PAULO O acúmulo de poeira e manchas deixa partes plásticas e emborrachadas com aspecto opaco no interior do automóvel. A sujeira também afeta os ícones dos botões do vidro elétrico, que parecem estar desgastados. Fernando Pagotto, gerente industrial da Interbrilho –fabricante da marca Rodabrill– explica como limpar essas peças na garagem de casa. O especialista lembra que produtos à base de silicone não devem ser aplicados nos pedais e no volante do carro, pois se tornam escorregadios e podem causar acidentes.
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Aprenda a limpar o painel e as forrações plásticas do carro DE SÃO PAULO O acúmulo de poeira e manchas deixa partes plásticas e emborrachadas com aspecto opaco no interior do automóvel. A sujeira também afeta os ícones dos botões do vidro elétrico, que parecem estar desgastados. Fernando Pagotto, gerente industrial da Interbrilho –fabricante da marca Rodabrill– explica como limpar essas peças na garagem de casa. O especialista lembra que produtos à base de silicone não devem ser aplicados nos pedais e no volante do carro, pois se tornam escorregadios e podem causar acidentes.
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Mentora da versão 'light' de Trump, Kellyanne Conway ganha poder
Donald Trump não é o primeiro político linguarudo polemista que Kellyanne Conway tenta tornar palatável para o eleitorado americano. Em 2012, a estrategista defendeu Todd Akin, republicano que causou celeuma ao dizer, sem base científica, que o corpo da mulher rejeitaria uma gravidez em caso de "estupro legítimo". O presidenciável que já chamou mulheres de "porca gorda" (a apresentadora Rosie O'Donnel) e "feia por dentro e por fora" (Ariana Huffington, do site que leva seu sobrenome) é o Everest na carreira de Conway, 49. Há três décadas, ela se dedica a amaciar a imagem dos republicanos sobretudo para as mulheres, historicamente inclinadas aos democratas. Trump promoveu Conway, que já o assessorava e a quem conheceu numa reunião de condomínio da Trump World Tower em 2006, a codiretora de sua equipe. Se a democrata Hillary Clinton diz que sua candidatura à Casa Branca provocou "uma rachadura no telhado de vidro que retém a ascensão feminina, a republicana trincou a barreira invisível em casa: é a primeira mulher a gerir uma campanha presidencial para seu partido. Quando Trump mudou o controle da campanha há duas semanas, após uma centopeia de polêmicas que desidratou sua performance nas pesquisas, os holofotes pairaram sobre seu novo diretor-executivo, Stephen Bannon, um tipo tão afeito ao belicismo eleitoral quanto o chefe. É a Conway, porém, que se atribui uma guinada no comportamento do candidato. Sob sua influência, dizem colegas, ele não se meteu em grande controvérsia, fez um inédito pedido de desculpas por nem sempre "escolher as palavras certas" e sugeriu que pode recuar de posições mais duras contra a imigração. O tema voltará à tona nesta quarta (31) em um discurso sobre o tema que tem sido promovido como definitivo pela campanha. Sua nova diretora ajudou a redigir um memorando de 2014 que defendia uma rota para a legalização dos 11 milhões de imigrantes ilegais que Trump prometeu deportar à força. SUPERVISÃO ADULTA Avessa a palavrões ("talvez seja a mãe dentro de mim"), Conway disse à rede de TV MSNBC que conseguiu o emprego porque o empresário "sabe que não adoço a realidade, mas sou muito educada ao passar a mensagem". "Trump sabia que precisava de um adulto respeitado na sala, e Conway é admirada por republicanos que não têm paciência para ele", diz à Folha Jeremy Carl, do conservador Instituto Hoover. Ela sabe lidar como poucos com o ego do patrão, evitando sentenças como "não faça isto" -prefere dizer que seria "desagradável" se dissesse assim ou assado. Coautora, ao lado de uma estrategista democrata, de um livro sobre o eleitorado feminino, fundou em 1995 um centro de pesquisas especializado nas tendências dessa metade da população. A clientela inclui uma liga de beisebol, o Departamento da Justiça e a influente Associação Nacional do Rifle. Em 2014, aconselhou republicanos a não tratar mulheres como um bloco monolítico e restrito a temas como aborto e direitos reprodutivos. O partido, disse à revista "Time", não deveria falar com elas "da cintura para baixo", e sim "da cintura para cima, com nossos cérebros". Antes de embarcar no time de Trump, ela ajudava um grupo pró-Ted Cruz, maior rival do bilionário nas prévias. Loira franzina, que em 1982 foi eleita a Princesa do Mirtilo num concurso de beleza em Nova Jersey, Conway tem quatro filhos crianças. Em 2015, num programa sobre "supermães", definiu a trinca que a guia: "Família, fé e movimento constante". Porta-voz do conservadorismo desde os anos 1990, quando atacava na TV o então presidente, Bill Clinton (1993-2001), diz que já fez a filha trocar uma blusa turquesa por outra azul para um feriado nacional. "Turquesa não estava disponível para Betsy Ross [costureira do primeiro pendão do país, em 1776] quando ela virou a noite cerzindo a bandeira."
mundo
Mentora da versão 'light' de Trump, Kellyanne Conway ganha poderDonald Trump não é o primeiro político linguarudo polemista que Kellyanne Conway tenta tornar palatável para o eleitorado americano. Em 2012, a estrategista defendeu Todd Akin, republicano que causou celeuma ao dizer, sem base científica, que o corpo da mulher rejeitaria uma gravidez em caso de "estupro legítimo". O presidenciável que já chamou mulheres de "porca gorda" (a apresentadora Rosie O'Donnel) e "feia por dentro e por fora" (Ariana Huffington, do site que leva seu sobrenome) é o Everest na carreira de Conway, 49. Há três décadas, ela se dedica a amaciar a imagem dos republicanos sobretudo para as mulheres, historicamente inclinadas aos democratas. Trump promoveu Conway, que já o assessorava e a quem conheceu numa reunião de condomínio da Trump World Tower em 2006, a codiretora de sua equipe. Se a democrata Hillary Clinton diz que sua candidatura à Casa Branca provocou "uma rachadura no telhado de vidro que retém a ascensão feminina, a republicana trincou a barreira invisível em casa: é a primeira mulher a gerir uma campanha presidencial para seu partido. Quando Trump mudou o controle da campanha há duas semanas, após uma centopeia de polêmicas que desidratou sua performance nas pesquisas, os holofotes pairaram sobre seu novo diretor-executivo, Stephen Bannon, um tipo tão afeito ao belicismo eleitoral quanto o chefe. É a Conway, porém, que se atribui uma guinada no comportamento do candidato. Sob sua influência, dizem colegas, ele não se meteu em grande controvérsia, fez um inédito pedido de desculpas por nem sempre "escolher as palavras certas" e sugeriu que pode recuar de posições mais duras contra a imigração. O tema voltará à tona nesta quarta (31) em um discurso sobre o tema que tem sido promovido como definitivo pela campanha. Sua nova diretora ajudou a redigir um memorando de 2014 que defendia uma rota para a legalização dos 11 milhões de imigrantes ilegais que Trump prometeu deportar à força. SUPERVISÃO ADULTA Avessa a palavrões ("talvez seja a mãe dentro de mim"), Conway disse à rede de TV MSNBC que conseguiu o emprego porque o empresário "sabe que não adoço a realidade, mas sou muito educada ao passar a mensagem". "Trump sabia que precisava de um adulto respeitado na sala, e Conway é admirada por republicanos que não têm paciência para ele", diz à Folha Jeremy Carl, do conservador Instituto Hoover. Ela sabe lidar como poucos com o ego do patrão, evitando sentenças como "não faça isto" -prefere dizer que seria "desagradável" se dissesse assim ou assado. Coautora, ao lado de uma estrategista democrata, de um livro sobre o eleitorado feminino, fundou em 1995 um centro de pesquisas especializado nas tendências dessa metade da população. A clientela inclui uma liga de beisebol, o Departamento da Justiça e a influente Associação Nacional do Rifle. Em 2014, aconselhou republicanos a não tratar mulheres como um bloco monolítico e restrito a temas como aborto e direitos reprodutivos. O partido, disse à revista "Time", não deveria falar com elas "da cintura para baixo", e sim "da cintura para cima, com nossos cérebros". Antes de embarcar no time de Trump, ela ajudava um grupo pró-Ted Cruz, maior rival do bilionário nas prévias. Loira franzina, que em 1982 foi eleita a Princesa do Mirtilo num concurso de beleza em Nova Jersey, Conway tem quatro filhos crianças. Em 2015, num programa sobre "supermães", definiu a trinca que a guia: "Família, fé e movimento constante". Porta-voz do conservadorismo desde os anos 1990, quando atacava na TV o então presidente, Bill Clinton (1993-2001), diz que já fez a filha trocar uma blusa turquesa por outra azul para um feriado nacional. "Turquesa não estava disponível para Betsy Ross [costureira do primeiro pendão do país, em 1776] quando ela virou a noite cerzindo a bandeira."
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Extremismo à americana
Anos atrás, quando presidia organização global com sede nos EUA, alguém me deu forte tapa nas costas durante recepção a clientes em Nova York: "Henrique, bem-vindo a Nova York". Era Donald Trump. Ele já era um grande empreendedor, mas de trajetória instável. Naquele momento, passava por processo de reestruturação de dívidas. Trump então contou episódio que mostra bem seu estilo e verve. Ao ser abordado por mendigo na rua, ele retrucou: "Você não tem dinheiro, está zerado. Eu, somando tudo o que tenho e devo, estou no vermelho em US$ 1 bilhão. Você está melhor que eu". Por essas e outras, nas eleições primárias do Partido Republicano, Trump era visto como candidato folclórico que animaria o pleito até ser eliminado. Mas, para desespero do establishment republicano, ele fica cada vez mais forte e tem chances reais de levar a candidatura presidencial, com suas propostas populistas e extremistas, que incluem a construção de um muro na fronteira com o México e o aumento da força econômica e diplomática dos EUA no mundo. Seu mantra é "vamos restaurar a grandeza dos EUA". Seu maior aliado é a crise de confiança no sistema político americano. Do lado democrata, a favorita ainda é Hillary Clinton, mas ela vem sendo ameaçada por um candidato que também se alimenta da desconfiança em relação ao sistema político e que, nos padrões americanos, seria um socialista –Bernie Sanders. Ele propõe intervencionismo do governo e programas sociais contra a desigualdade de renda. Candidatos como Sanders e Trump crescem porque o modelo aberto das primárias facilita candidaturas de "outsiders". Isso, entre outras consequências, vem barrando o pluripartidarismo, já que postulantes de várias tendências disputam candidaturas nos partidos hegemônicos. Essas eleições assustam o establishment político de centro-esquerda e centro-direita, que se reveza no poder e construiu a força do país. Elas podem sinalizar transformação mais profunda nos EUA, tendo como um dos principais vetores a entrada crescente de imigrantes, principalmente latinos, que vêm alterando o eleitorado do ponto de vista político, cultural e de valores. Temos, de um lado, mais eleitores a favor de um Estado generoso e, do outro, radicalização de setores importantes que rejeitam maior ativismo estatal e creem no trabalho e no mérito individual, mesmo que gerem desigualdades. Ao final do processo eleitoral, em novembro, os americanos podem eleger Hillary a primeira presidente mulher. Mas as primárias mostram que os EUA estão mudando, e isso terá impactos importantes no mundo dada a força americana e sua projeção global.
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Extremismo à americanaAnos atrás, quando presidia organização global com sede nos EUA, alguém me deu forte tapa nas costas durante recepção a clientes em Nova York: "Henrique, bem-vindo a Nova York". Era Donald Trump. Ele já era um grande empreendedor, mas de trajetória instável. Naquele momento, passava por processo de reestruturação de dívidas. Trump então contou episódio que mostra bem seu estilo e verve. Ao ser abordado por mendigo na rua, ele retrucou: "Você não tem dinheiro, está zerado. Eu, somando tudo o que tenho e devo, estou no vermelho em US$ 1 bilhão. Você está melhor que eu". Por essas e outras, nas eleições primárias do Partido Republicano, Trump era visto como candidato folclórico que animaria o pleito até ser eliminado. Mas, para desespero do establishment republicano, ele fica cada vez mais forte e tem chances reais de levar a candidatura presidencial, com suas propostas populistas e extremistas, que incluem a construção de um muro na fronteira com o México e o aumento da força econômica e diplomática dos EUA no mundo. Seu mantra é "vamos restaurar a grandeza dos EUA". Seu maior aliado é a crise de confiança no sistema político americano. Do lado democrata, a favorita ainda é Hillary Clinton, mas ela vem sendo ameaçada por um candidato que também se alimenta da desconfiança em relação ao sistema político e que, nos padrões americanos, seria um socialista –Bernie Sanders. Ele propõe intervencionismo do governo e programas sociais contra a desigualdade de renda. Candidatos como Sanders e Trump crescem porque o modelo aberto das primárias facilita candidaturas de "outsiders". Isso, entre outras consequências, vem barrando o pluripartidarismo, já que postulantes de várias tendências disputam candidaturas nos partidos hegemônicos. Essas eleições assustam o establishment político de centro-esquerda e centro-direita, que se reveza no poder e construiu a força do país. Elas podem sinalizar transformação mais profunda nos EUA, tendo como um dos principais vetores a entrada crescente de imigrantes, principalmente latinos, que vêm alterando o eleitorado do ponto de vista político, cultural e de valores. Temos, de um lado, mais eleitores a favor de um Estado generoso e, do outro, radicalização de setores importantes que rejeitam maior ativismo estatal e creem no trabalho e no mérito individual, mesmo que gerem desigualdades. Ao final do processo eleitoral, em novembro, os americanos podem eleger Hillary a primeira presidente mulher. Mas as primárias mostram que os EUA estão mudando, e isso terá impactos importantes no mundo dada a força americana e sua projeção global.
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A forma como se avalia probabilidade pode levar a decisão financeira ruim
Imagine que Joana está se preparando para prestar vestibular. Sem conhecer nenhuma característica dela, qual das três opções a seguir você apostaria como escolha de curso: arquitetura, aquacultura ou biblioteconomia? Diante das três opções, é mais lógico imaginar que você tenha escolhido a primeira opção, tendo em vista a suposição de que há mais alunos matriculados em um curso de arquitetura do que nas duas outras opções. Agora suponhamos que sejam dadas algumas pistas sobre Joana. Existem boatos de que ela gosta muito de peixes e que seu hobby favorito é cuidar de aquários. Com essa informação, você se sente tentado a acreditar que ela tenha optado pelo curso de aquacultura? Não será espantoso se você disser que sim. Aliás, um resultado parecido foi apontado em um experimento desenvolvido pelo especialista em psicologia econômica Daniel Kahneman, que buscava tirar conclusões a respeito da forma como pensamos em probabilidade. Na primeira situação exposta neste texto, o julgamento é feito usando uma taxa-base como referência. A definição é mais precisa, tendo em vista que o raciocínio é norteado pelo curso que, em geral, possui maior número de matrículas dentre as opções apresentadas. No segundo caso, no entanto, se você tiver mudado o palpite, é sinal de que abriu mão de uma forte evidência para confiar em um estereótipo que foi transmitido. O resultado mostra como a representatividade pode interferir em nosso julgamento estatístico e o quanto isso pode nos prejudicar no dia a dia, levando-nos a decisões rasas e mal fundamentadas. Veja bem, deixamos bem claro que a informação adicional sobre Joana partiu de um boato. Além disso, pode haver milhares de pessoas por aí que são interessadas em peixes e aquários, mas nem por isso optaram por cursar aquacultura. Ainda assim, a informação apresentada serviu para confundir o seu julgamento inicial. Isso nos leva a outras reflexões. O próprio Daniel Kahneman dá um outro exemplo que pode servir como pegadinha. Você está no metrô de Nova York e vê uma pessoa lendo o New York Times. Qual dos dois palpites parece mais provável: a pessoa tem um doutorado ou ela ainda não tem um diploma universitário? Por mais que o estereótipo leve a acreditar que a pessoa com doutorado possa ter mais interesse no New York Times do que aquela que ainda não se graduou, o metrô tem uma quantidade de usuários muito maior entre graduandos do que doutorandos, ou seja, a segunda opção é mais provável. Pense nisso na hora de avaliar a credibilidade de uma empresa que você ainda não conhece bem. Você vai a um evento e vê o CEO de uma companhia muito bem vestido e falando com eloquência admirável. Em um primeiro momento, esses elementos podem te levar a crer que a empresa é confiável, mas será mesmo que todas as pessoas bem vestidas e com boa retórica estão por trás de empresas de sucesso? Aquele seu colega de faculdade extremamente competente resolveu empreender em um segmento com baixíssima taxa de sucesso e deseja fazer uma sociedade com você. A confiança que você tem na imagem que faz dele são maiores do que os números desta atividade no mercado? Misturar probabilidade e estereótipos é uma armadilha comum e difícil de ser desvencilhada, mas agora que você está atento a isso, faça um esforço para não ser enganado por suas primeiras impressões. Post escrito em parceria com Karina Alves, editora do site Finanças Femininas
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A forma como se avalia probabilidade pode levar a decisão financeira ruimImagine que Joana está se preparando para prestar vestibular. Sem conhecer nenhuma característica dela, qual das três opções a seguir você apostaria como escolha de curso: arquitetura, aquacultura ou biblioteconomia? Diante das três opções, é mais lógico imaginar que você tenha escolhido a primeira opção, tendo em vista a suposição de que há mais alunos matriculados em um curso de arquitetura do que nas duas outras opções. Agora suponhamos que sejam dadas algumas pistas sobre Joana. Existem boatos de que ela gosta muito de peixes e que seu hobby favorito é cuidar de aquários. Com essa informação, você se sente tentado a acreditar que ela tenha optado pelo curso de aquacultura? Não será espantoso se você disser que sim. Aliás, um resultado parecido foi apontado em um experimento desenvolvido pelo especialista em psicologia econômica Daniel Kahneman, que buscava tirar conclusões a respeito da forma como pensamos em probabilidade. Na primeira situação exposta neste texto, o julgamento é feito usando uma taxa-base como referência. A definição é mais precisa, tendo em vista que o raciocínio é norteado pelo curso que, em geral, possui maior número de matrículas dentre as opções apresentadas. No segundo caso, no entanto, se você tiver mudado o palpite, é sinal de que abriu mão de uma forte evidência para confiar em um estereótipo que foi transmitido. O resultado mostra como a representatividade pode interferir em nosso julgamento estatístico e o quanto isso pode nos prejudicar no dia a dia, levando-nos a decisões rasas e mal fundamentadas. Veja bem, deixamos bem claro que a informação adicional sobre Joana partiu de um boato. Além disso, pode haver milhares de pessoas por aí que são interessadas em peixes e aquários, mas nem por isso optaram por cursar aquacultura. Ainda assim, a informação apresentada serviu para confundir o seu julgamento inicial. Isso nos leva a outras reflexões. O próprio Daniel Kahneman dá um outro exemplo que pode servir como pegadinha. Você está no metrô de Nova York e vê uma pessoa lendo o New York Times. Qual dos dois palpites parece mais provável: a pessoa tem um doutorado ou ela ainda não tem um diploma universitário? Por mais que o estereótipo leve a acreditar que a pessoa com doutorado possa ter mais interesse no New York Times do que aquela que ainda não se graduou, o metrô tem uma quantidade de usuários muito maior entre graduandos do que doutorandos, ou seja, a segunda opção é mais provável. Pense nisso na hora de avaliar a credibilidade de uma empresa que você ainda não conhece bem. Você vai a um evento e vê o CEO de uma companhia muito bem vestido e falando com eloquência admirável. Em um primeiro momento, esses elementos podem te levar a crer que a empresa é confiável, mas será mesmo que todas as pessoas bem vestidas e com boa retórica estão por trás de empresas de sucesso? Aquele seu colega de faculdade extremamente competente resolveu empreender em um segmento com baixíssima taxa de sucesso e deseja fazer uma sociedade com você. A confiança que você tem na imagem que faz dele são maiores do que os números desta atividade no mercado? Misturar probabilidade e estereótipos é uma armadilha comum e difícil de ser desvencilhada, mas agora que você está atento a isso, faça um esforço para não ser enganado por suas primeiras impressões. Post escrito em parceria com Karina Alves, editora do site Finanças Femininas
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Mostra abre pela segunda vez com filme de Hector Babenco
De aspecto quase cadavérico, Diego (Willem Dafoe) canta sob o efeito do que parece ser uma overdose de morfina, numa cena rodada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Em "Meu Amigo Hindu", de Hector Babenco, Dafoe interpreta um cineasta que enfrenta a uma doença grave e se distrai contando histórias a um garoto hindu. O longa abre a Mostra de Cinema de São Paulo, na noite desta quarta-feira (21), em sessão só para convidados. Babenco, que teve câncer no sistema linfático nos anos 1990 e fez um transplante de medula, mas prefere não comentar a doença, diz que o filme não é necessariamente biográfico. "Desmontei a casa da minha vida e com os mesmos tijolos construí a casa da ficção", diz o diretor à Folha. "Mas não é a minha casa, não é a minha história. É criação, e não biografia." O âmago do filme, diz, é sobre a importância de contar uma história. "É o que valida a nossa existência." "Meu Amigo Hindu" é o segundo filme de Babenco a abrir a Mostra –em 2007 foi "O Passado". Também dele, "Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia" ganhou prêmio de melhor filme do público na primeira edição do festival, em 1977.
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Mostra abre pela segunda vez com filme de Hector BabencoDe aspecto quase cadavérico, Diego (Willem Dafoe) canta sob o efeito do que parece ser uma overdose de morfina, numa cena rodada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Em "Meu Amigo Hindu", de Hector Babenco, Dafoe interpreta um cineasta que enfrenta a uma doença grave e se distrai contando histórias a um garoto hindu. O longa abre a Mostra de Cinema de São Paulo, na noite desta quarta-feira (21), em sessão só para convidados. Babenco, que teve câncer no sistema linfático nos anos 1990 e fez um transplante de medula, mas prefere não comentar a doença, diz que o filme não é necessariamente biográfico. "Desmontei a casa da minha vida e com os mesmos tijolos construí a casa da ficção", diz o diretor à Folha. "Mas não é a minha casa, não é a minha história. É criação, e não biografia." O âmago do filme, diz, é sobre a importância de contar uma história. "É o que valida a nossa existência." "Meu Amigo Hindu" é o segundo filme de Babenco a abrir a Mostra –em 2007 foi "O Passado". Também dele, "Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia" ganhou prêmio de melhor filme do público na primeira edição do festival, em 1977.
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Governo exonera presidente da TV pública pela segunda vez
O governo voltou a exonerar o jornalista Ricardo Melo da presidência da EBC. A medida foi assinada por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Ele é hoje o presidente em exercício do Brasil, substituindo Michel Temer, que está em viagem à China. Maia assina a exoneração junto com o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil. É a segunda tentativa do governo de substituir Melo no cargo. Assim que assumiu interinamente, Temer assinou a exoneração do jornalista e colocou em seu lugar Laerte Rímoli, que participou da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB-MG) e chefiou a comunicação da Câmara dos Deputados na gestão de Eduardo Cunha. Ele foi novamente reconduzido ao cargo. Maia baixou também uma MP (Medida Provisória) que extingue o conselho curador da EBC e reformata a empresa. "É uma medida absolutamente autoritária e mostra o desrespeito desse governo biônico com o STF (Supremo Tribunal Federal), que já tinha dado uma liminar para manter Melo na presidência da empresa)", diz Marco Aurélio de Carvalho, advogado de Melo. Ele estuda medidas para tentar reverter a decisão na Justiça.
colunas
Governo exonera presidente da TV pública pela segunda vezO governo voltou a exonerar o jornalista Ricardo Melo da presidência da EBC. A medida foi assinada por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Ele é hoje o presidente em exercício do Brasil, substituindo Michel Temer, que está em viagem à China. Maia assina a exoneração junto com o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil. É a segunda tentativa do governo de substituir Melo no cargo. Assim que assumiu interinamente, Temer assinou a exoneração do jornalista e colocou em seu lugar Laerte Rímoli, que participou da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB-MG) e chefiou a comunicação da Câmara dos Deputados na gestão de Eduardo Cunha. Ele foi novamente reconduzido ao cargo. Maia baixou também uma MP (Medida Provisória) que extingue o conselho curador da EBC e reformata a empresa. "É uma medida absolutamente autoritária e mostra o desrespeito desse governo biônico com o STF (Supremo Tribunal Federal), que já tinha dado uma liminar para manter Melo na presidência da empresa)", diz Marco Aurélio de Carvalho, advogado de Melo. Ele estuda medidas para tentar reverter a decisão na Justiça.
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Filme póstumo de Manoel de Oliveira é exibido em sua cidade natal
A cidade do Porto, onde nasceu o recém-falecido cineasta português Manoel de Oliveira, assistiu na noite desta segunda (4) à pré-estreia de seu filme póstumo, "Visita ou Memória e Confissões". O diretor, morto em abril aos 106 anos, tinha pedido que o filme, rodado em 1982 e entregue depois à Cinemateca portuguesa, só fosse exibido após a sua morte, exceto em poucas sessões privadas. Autobiográfico, o longa-metragem foi exibido no teatro municipal Rivoli, na presença do prefeito do Porto, Rui Moreira, e de pessoas próximas do diretor. Nesta terça (5) haverá uma nova exibição do filme na Cinemateca portuguesa, em Lisboa, antes de sua estreia internacional no Festival de Cannes, na seção "Cannes Classics", em que são exibidos filmes restaurados e documentários sobre o cinema e seus protagonistas. Segundo o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa, a fita não aporta "nenhuma revelação chocante" sobre a vida do autor, mas é "um retrato autêntico, sincero e direto do homem e de sua forma de pensar", afirmou à AFP. Grande mestre do cinema português, Manoel de Oliveira morreu em 2 de abril. "Filmar é o meu trabalho e a minha paixão. Minha vida passou rápido demais e não tenho tempo a perder", dizia, cheio de energia, alguns anos atrás.
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Filme póstumo de Manoel de Oliveira é exibido em sua cidade natalA cidade do Porto, onde nasceu o recém-falecido cineasta português Manoel de Oliveira, assistiu na noite desta segunda (4) à pré-estreia de seu filme póstumo, "Visita ou Memória e Confissões". O diretor, morto em abril aos 106 anos, tinha pedido que o filme, rodado em 1982 e entregue depois à Cinemateca portuguesa, só fosse exibido após a sua morte, exceto em poucas sessões privadas. Autobiográfico, o longa-metragem foi exibido no teatro municipal Rivoli, na presença do prefeito do Porto, Rui Moreira, e de pessoas próximas do diretor. Nesta terça (5) haverá uma nova exibição do filme na Cinemateca portuguesa, em Lisboa, antes de sua estreia internacional no Festival de Cannes, na seção "Cannes Classics", em que são exibidos filmes restaurados e documentários sobre o cinema e seus protagonistas. Segundo o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa, a fita não aporta "nenhuma revelação chocante" sobre a vida do autor, mas é "um retrato autêntico, sincero e direto do homem e de sua forma de pensar", afirmou à AFP. Grande mestre do cinema português, Manoel de Oliveira morreu em 2 de abril. "Filmar é o meu trabalho e a minha paixão. Minha vida passou rápido demais e não tenho tempo a perder", dizia, cheio de energia, alguns anos atrás.
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Fotos mostram que atentados do EI em Bruxelas tiveram origem na Síria
Em algum lugar existe um arquivo digital contendo fotos da rede de combatentes da milícia radical Estado Islâmico na Europa. A imagem de cada combatente foi armazenada meses antes dos ataques do ano passado em Paris, e depois de cada ação terrorista o grupo acessa o arquivo e divulga as fotos. O mesmo aconteceu na quarta-feira (13). A última edição da "Dabiq", a bem produzida revista do Estado Islâmico, inclui a imagem de Najim Laachraoui, 24, ex-aluno de uma escola católica avistado pela última vez puxando uma mala de explosivos no aeroporto de Bruxelas. Na imagem da revista, ele está de uniforme militar e pisca sadicamente para a câmera. Ao lado dele há um homem com uma faca ensanguentada nas mãos, o que sugere que os dois haviam acabado de decapitar um cativo. Vale notar que os uniformes dos dois homens são exatamente iguais aos usados pelos participantes do ataque a Paris no ano passado, como demonstra um segundo conjunto de fotografias e um vídeo, também retirados do arquivo. As imagens foram registradas em algum lugar da Síria ou Iraque antes dos ataques, e tornadas públicas pouco depois. Os uniformes mostram o mesmo padrão de camuflagem para o deserto, o mesmo quepe bege e colete tático, as mesmas luvas para o deserto, com as pontas dos dedos cortadas, e uma cena comparável de carnificina grotesca. Antes de voltar à Europa, o terrorista de Bruxelas e os autores do ataque a Paris posaram para cenas cuidadosamente coreografadas, mostrando as atrocidades que cometeram na Síria e no Iraque. O propósito é claro: mostrar ao Ocidente que os atacantes foram realmente enviados do coração da máquina terrorista do grupo. Bakraoui BIOGRAFIA Em uma breve biografia de Laachraoui, identificado também pelo seu nome de guerra, Abu Idris al-Baljiki, o Estado Islâmico afirma que foi ele que produziu as bombas para os ataques em Paris e Bruxelas. A biografia também informa que a primeira incursão do futuro terrorista suicida à Síria foi como recruta no batalhão de Amr al-Absi, líder de um grupo que se designa como Conselho Shura Mujahedeen. Em 2012, esse grupo se tornou o polo de atração para os jihadistas europeus, especialmente os belgas, que acorriam à aldeia murada de Kafr Amra, nos arredores de Aleppo, na Síria, como reportou Ben Taub no "New York Times". Mais tarde, o grupo de Absi jurou fidelidade à milícia Estado Islâmico. A biografia afirma que Laachraoui "foi um dos primeiros, em companhia do resto do grupo, a jurar lealdade". Laachraoui passou meses se recuperando de um ferimento por bala na perna, disse a revista, antes de começar a treinar "a fim de realizar seu sonho de retornar à Europa e vingar os muçulmanos". Depois de concluir seu treinamento, "ele viajou a longa estrada até a França para executar sua operação". Mesmo fotos que parecem estar faltando nos arquivos do Estado Islâmico podem ajudar a responder algumas perguntas. IRMÃOS Nem Ibrahim el-Bakraoui, que se explodiu às 7h58min no aeroporto de Bruxelas, em 22 de março, nem seu irmão Khalid el-Bakraoui, que detonou seus explosivos às 9h11min em um vagão de metrô na capital belga, no mesmo dia, aparecem nas imagens dos combatentes registradas na Síria. As biografias de ambos na revista "Dabiq" não mencionam viagens à Síria e afirmam que em lugar disso os irmãos se radicalizaram enquanto estavam encarcerados na Europa. Isso sugere que nenhum dos dois chegou à Síria —algo que estava em questão desde junho, quando as autoridades turcas detiveram Ibrahim el-Bakraoui em Gaziantep, cidade próxima da fronteira síria. A cidade é um conhecido ponto de trânsito para combatentes estrangeiros a caminho de aderir ao Estado Islâmico, e isso levou a justificadas especulações de que ele havia se reunido com o Estado Islâmico na Síria. Mas o artigo na revista do Estado Islâmico, bem como o fato de que nenhum dos irmãos parece ter posado para a foto de publicidade que se tornou padrão, parecem ter resolvido a questão. A biografia de Ibrahim el-Bakraoui conta que, na prisão —onde ficou preso por uma série de assaltos violentos—, ele começou a ler sobre as atrocidades cometidas contra muçulmanos na Síria. "Uma ideia surgiu", diz a revista. "Ao ser libertado da prisão, ele rapidamente se uniu ao irmão Khalid e eles começaram a comprar armas, buscar abrigos e fazer planos". O Estado Islâmico atribui aos dois irmãos aos ataques de 13 de novembro em Paris. "Em primeiro lugar se deve a Alá, e em seguida a Ibrahim e seu irmão, que o ataque a Paris tenha acontecido". SONHOS Ainda que nenhum dos irmãos tenha aparentemente ido à Síria, a revista do Estado Islâmico relata uma complicada série de sonhos que Khalid el-Bakraoui supostamente teve quando estava preso na Europa. Os sonhos desempenham papel importante na ideologia dos jihadistas. São vistos como premonições inspiradas pela divindade. No primeiro, Khalid supostamente viu Maomé a cavalo, em batalha. Depois se viu como arqueiro disparando flechas contra o inimigo. O autor descreve um segundo e terceiro sonhos de, incluindo um que ele supostamente teve depois dos ataques em Paris. No último, ele detona seu cinturão explosivo e sua cabeça cai ao chão, de onde é apanhada por Abu Muhammad al-Adnani, o porta-voz oficial do Estado Islâmico. Agora sabemos que além de ser o principal propagandista da organização, Adnani também comanda um ramo do Estado Islâmico dedicado a executar ataques na Europa. O simbolismo é claro. O Estado Islâmico quer que o mundo saiba que a ala de operações externas de Adnani teve responsabilidade direta pela carnificina em Bruxelas. "Paris foi só um aviso", diz uma chamada sobre o artigo, na revista. "Bruxelas foi um lembrete. O que está por vir será ainda mais devastador e mais amargo". Tradução de PAULO MIGLIACCI
mundo
Fotos mostram que atentados do EI em Bruxelas tiveram origem na SíriaEm algum lugar existe um arquivo digital contendo fotos da rede de combatentes da milícia radical Estado Islâmico na Europa. A imagem de cada combatente foi armazenada meses antes dos ataques do ano passado em Paris, e depois de cada ação terrorista o grupo acessa o arquivo e divulga as fotos. O mesmo aconteceu na quarta-feira (13). A última edição da "Dabiq", a bem produzida revista do Estado Islâmico, inclui a imagem de Najim Laachraoui, 24, ex-aluno de uma escola católica avistado pela última vez puxando uma mala de explosivos no aeroporto de Bruxelas. Na imagem da revista, ele está de uniforme militar e pisca sadicamente para a câmera. Ao lado dele há um homem com uma faca ensanguentada nas mãos, o que sugere que os dois haviam acabado de decapitar um cativo. Vale notar que os uniformes dos dois homens são exatamente iguais aos usados pelos participantes do ataque a Paris no ano passado, como demonstra um segundo conjunto de fotografias e um vídeo, também retirados do arquivo. As imagens foram registradas em algum lugar da Síria ou Iraque antes dos ataques, e tornadas públicas pouco depois. Os uniformes mostram o mesmo padrão de camuflagem para o deserto, o mesmo quepe bege e colete tático, as mesmas luvas para o deserto, com as pontas dos dedos cortadas, e uma cena comparável de carnificina grotesca. Antes de voltar à Europa, o terrorista de Bruxelas e os autores do ataque a Paris posaram para cenas cuidadosamente coreografadas, mostrando as atrocidades que cometeram na Síria e no Iraque. O propósito é claro: mostrar ao Ocidente que os atacantes foram realmente enviados do coração da máquina terrorista do grupo. Bakraoui BIOGRAFIA Em uma breve biografia de Laachraoui, identificado também pelo seu nome de guerra, Abu Idris al-Baljiki, o Estado Islâmico afirma que foi ele que produziu as bombas para os ataques em Paris e Bruxelas. A biografia também informa que a primeira incursão do futuro terrorista suicida à Síria foi como recruta no batalhão de Amr al-Absi, líder de um grupo que se designa como Conselho Shura Mujahedeen. Em 2012, esse grupo se tornou o polo de atração para os jihadistas europeus, especialmente os belgas, que acorriam à aldeia murada de Kafr Amra, nos arredores de Aleppo, na Síria, como reportou Ben Taub no "New York Times". Mais tarde, o grupo de Absi jurou fidelidade à milícia Estado Islâmico. A biografia afirma que Laachraoui "foi um dos primeiros, em companhia do resto do grupo, a jurar lealdade". Laachraoui passou meses se recuperando de um ferimento por bala na perna, disse a revista, antes de começar a treinar "a fim de realizar seu sonho de retornar à Europa e vingar os muçulmanos". Depois de concluir seu treinamento, "ele viajou a longa estrada até a França para executar sua operação". Mesmo fotos que parecem estar faltando nos arquivos do Estado Islâmico podem ajudar a responder algumas perguntas. IRMÃOS Nem Ibrahim el-Bakraoui, que se explodiu às 7h58min no aeroporto de Bruxelas, em 22 de março, nem seu irmão Khalid el-Bakraoui, que detonou seus explosivos às 9h11min em um vagão de metrô na capital belga, no mesmo dia, aparecem nas imagens dos combatentes registradas na Síria. As biografias de ambos na revista "Dabiq" não mencionam viagens à Síria e afirmam que em lugar disso os irmãos se radicalizaram enquanto estavam encarcerados na Europa. Isso sugere que nenhum dos dois chegou à Síria —algo que estava em questão desde junho, quando as autoridades turcas detiveram Ibrahim el-Bakraoui em Gaziantep, cidade próxima da fronteira síria. A cidade é um conhecido ponto de trânsito para combatentes estrangeiros a caminho de aderir ao Estado Islâmico, e isso levou a justificadas especulações de que ele havia se reunido com o Estado Islâmico na Síria. Mas o artigo na revista do Estado Islâmico, bem como o fato de que nenhum dos irmãos parece ter posado para a foto de publicidade que se tornou padrão, parecem ter resolvido a questão. A biografia de Ibrahim el-Bakraoui conta que, na prisão —onde ficou preso por uma série de assaltos violentos—, ele começou a ler sobre as atrocidades cometidas contra muçulmanos na Síria. "Uma ideia surgiu", diz a revista. "Ao ser libertado da prisão, ele rapidamente se uniu ao irmão Khalid e eles começaram a comprar armas, buscar abrigos e fazer planos". O Estado Islâmico atribui aos dois irmãos aos ataques de 13 de novembro em Paris. "Em primeiro lugar se deve a Alá, e em seguida a Ibrahim e seu irmão, que o ataque a Paris tenha acontecido". SONHOS Ainda que nenhum dos irmãos tenha aparentemente ido à Síria, a revista do Estado Islâmico relata uma complicada série de sonhos que Khalid el-Bakraoui supostamente teve quando estava preso na Europa. Os sonhos desempenham papel importante na ideologia dos jihadistas. São vistos como premonições inspiradas pela divindade. No primeiro, Khalid supostamente viu Maomé a cavalo, em batalha. Depois se viu como arqueiro disparando flechas contra o inimigo. O autor descreve um segundo e terceiro sonhos de, incluindo um que ele supostamente teve depois dos ataques em Paris. No último, ele detona seu cinturão explosivo e sua cabeça cai ao chão, de onde é apanhada por Abu Muhammad al-Adnani, o porta-voz oficial do Estado Islâmico. Agora sabemos que além de ser o principal propagandista da organização, Adnani também comanda um ramo do Estado Islâmico dedicado a executar ataques na Europa. O simbolismo é claro. O Estado Islâmico quer que o mundo saiba que a ala de operações externas de Adnani teve responsabilidade direta pela carnificina em Bruxelas. "Paris foi só um aviso", diz uma chamada sobre o artigo, na revista. "Bruxelas foi um lembrete. O que está por vir será ainda mais devastador e mais amargo". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Frágil normalidade
Em momentos de crise política aguda, chefes de governo não raro cancelam compromissos no exterior, em geral meramente protocolares. Michel Temer (PMDB) pretendeu transmitir a impressão de normalidade ao manter a anódina agenda que cumpre na Rússia. A tarefa mostrou-se, decerto, mais árdua do que o imaginado. Quando era manhã de terça-feira (20) no Brasil, o presidente tinha de desconversar sobre o relatório parcial da Polícia Federal que lhe imputa o crime de corrupção passiva. "Vamos esperar. Isso é juízo jurídico, não é juízo político." Poucas horas depois já não podia recorrer a tal evasiva, ao ser questionado sobre uma inesperada derrota do governo em votação da reforma trabalhista no Senado. A saída foi minimizar o malogro, ainda reversível. São díspares, sem dúvida, as gravidades de um e outro episódio. Nem por isso, entretanto, seria possível dissociá-los. É na coesão de sua base de apoio parlamentar que Temer se fia para evitar um processo por crime comum, a partir de denúncia a ser apresentada em questão de dias ou semanas, conforme se espera, pela Procuradoria-Geral da República. E com a perspectiva de estabilidade econômica, além de algum avanço de reformas, o presidente reúne argumentos de ordem pragmática para ser mantido no posto —que se somam à aposta no espírito de preservação da classe política ameaçada pela Lava Jato. Hoje o Planalto parece contar com votos mais do que suficientes para barrar o avanço de uma denúncia de corrupção, que, pelo texto constitucional, depende de dois terços dos deputados. No entanto, a rejeição, por 10 votos a 9, da reforma trabalhista pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado é, até aqui, o sinal mais evidente de quão frágeis podem ser os laços a unir hoje a coalizão governista —na qual os partidos estão em busca de opções. O inquérito da Polícia Federal ainda não está concluído, mas o que se sabe já basta para minar a credibilidade de Temer. Dificilmente haverá explicações satisfatórias para seu diálogo comprometedor com Joesley Batista, da JBS, e a mala com R$ 500 mil entregue a um ex-assessor da Presidência. Outras suspeitas estão lançadas, como a suposta interferência do mandatário para favorecer o frigorífico no BNDES, ou comissões que teriam sido pagas a expoentes do PMDB. Resta conhecer a solidez da peça acusatória a ser apresentada pela Procuradoria-Geral. Há pela frente, como nas palavras de Temer, um juízo político e um jurídico. Neste, o presidente é inocente até prova em contrário; naquele, o preço a pagar pela própria sobrevivência assume viés de alta. editoriais@grupofolha.com.br
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Frágil normalidadeEm momentos de crise política aguda, chefes de governo não raro cancelam compromissos no exterior, em geral meramente protocolares. Michel Temer (PMDB) pretendeu transmitir a impressão de normalidade ao manter a anódina agenda que cumpre na Rússia. A tarefa mostrou-se, decerto, mais árdua do que o imaginado. Quando era manhã de terça-feira (20) no Brasil, o presidente tinha de desconversar sobre o relatório parcial da Polícia Federal que lhe imputa o crime de corrupção passiva. "Vamos esperar. Isso é juízo jurídico, não é juízo político." Poucas horas depois já não podia recorrer a tal evasiva, ao ser questionado sobre uma inesperada derrota do governo em votação da reforma trabalhista no Senado. A saída foi minimizar o malogro, ainda reversível. São díspares, sem dúvida, as gravidades de um e outro episódio. Nem por isso, entretanto, seria possível dissociá-los. É na coesão de sua base de apoio parlamentar que Temer se fia para evitar um processo por crime comum, a partir de denúncia a ser apresentada em questão de dias ou semanas, conforme se espera, pela Procuradoria-Geral da República. E com a perspectiva de estabilidade econômica, além de algum avanço de reformas, o presidente reúne argumentos de ordem pragmática para ser mantido no posto —que se somam à aposta no espírito de preservação da classe política ameaçada pela Lava Jato. Hoje o Planalto parece contar com votos mais do que suficientes para barrar o avanço de uma denúncia de corrupção, que, pelo texto constitucional, depende de dois terços dos deputados. No entanto, a rejeição, por 10 votos a 9, da reforma trabalhista pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado é, até aqui, o sinal mais evidente de quão frágeis podem ser os laços a unir hoje a coalizão governista —na qual os partidos estão em busca de opções. O inquérito da Polícia Federal ainda não está concluído, mas o que se sabe já basta para minar a credibilidade de Temer. Dificilmente haverá explicações satisfatórias para seu diálogo comprometedor com Joesley Batista, da JBS, e a mala com R$ 500 mil entregue a um ex-assessor da Presidência. Outras suspeitas estão lançadas, como a suposta interferência do mandatário para favorecer o frigorífico no BNDES, ou comissões que teriam sido pagas a expoentes do PMDB. Resta conhecer a solidez da peça acusatória a ser apresentada pela Procuradoria-Geral. Há pela frente, como nas palavras de Temer, um juízo político e um jurídico. Neste, o presidente é inocente até prova em contrário; naquele, o preço a pagar pela própria sobrevivência assume viés de alta. editoriais@grupofolha.com.br
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Cineastas registram últimos momentos de Dilma antes da votação do impeachment
Os cineastas Anna Muylaert, Cesar Charlone e Lô Politi estão bancando do próprio bolso o custo inicial do filme em que acompanham Dilma Rousseff depois que ela foi afastada do mandato. Eles estão há 20 dias registrando tudo o que acontece no Palácio da Alvorada. COISA NOSSA Politi diz que eles foram seduzidos pela ideia de lançar um filme sobre "um período absolutamente inédito da história", em que o Brasil tem uma presidente que não exerce o poder e outro, Michel Temer, que ainda não é presidente mas cumpre a função praticamente em sua plenitude. Charlone será diretor de fotografia, Anna Muylaert, a roteirista e Lô assinará a direção. Leia a coluna completa aqui
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Cineastas registram últimos momentos de Dilma antes da votação do impeachmentOs cineastas Anna Muylaert, Cesar Charlone e Lô Politi estão bancando do próprio bolso o custo inicial do filme em que acompanham Dilma Rousseff depois que ela foi afastada do mandato. Eles estão há 20 dias registrando tudo o que acontece no Palácio da Alvorada. COISA NOSSA Politi diz que eles foram seduzidos pela ideia de lançar um filme sobre "um período absolutamente inédito da história", em que o Brasil tem uma presidente que não exerce o poder e outro, Michel Temer, que ainda não é presidente mas cumpre a função praticamente em sua plenitude. Charlone será diretor de fotografia, Anna Muylaert, a roteirista e Lô assinará a direção. Leia a coluna completa aqui
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Com Dilma, resultado será desastroso
Começamos o novo ano sem concluirmos o anterior. Os planos traçados no início de 2015 nem sequer puderam ser iniciados. Com exceção dos progressos nas investigações policiais, o país está paralisado. As prisões deflagradas na Operação Lava Jato podem dar um sentimento de justiça. Todavia, isoladamente e sem a coragem das lideranças, para promover transformações profundas, e da sociedade, para enfrentar essas mudanças, elas não assegurarão nosso avanço civilizatório. O século 21 será diferente de tudo o que já vimos e exigirá grandes adaptações. As nações precisarão trabalhar para que a inovação, o empreendedorismo e a cooperação vençam os desafios do desenvolvimento desigual. Governos terão de operar como facilitadores, e não concorrentes, dos cidadãos. Infelizmente, o modelo corporativista cartorial brasileiro, com as decisões concentradas nas mãos do Estado, ficou obsoleto e incapaz de prover a governança mínima para enfrentarmos as adversidades. Na arquitetura do futuro de nossa sociedade, é que trago para discussão o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. As razões para o impedimento não são unânimes, e não cabe a mim aprofundar suas implicações jurídicas. Contudo, o risco da inação é alto e seria irresponsabilidade omitir minha opinião. O conluio do governo federal com uma minoria corporativista destruiu conquistas e expropriou os brasileiros. A crise atual é resultado do fracasso da liderança da presidente, fundamentada em conceitos de desenvolvimento equivocados. Em sua trajetória, Dilma demonstra dificuldades para compreender o processo de mudança em curso. Nos últimos anos, conduziu o país para o caminho oposto à evolução, com prejuízos financeiros e morais. Nas decisões sobre o futuro do Brasil, tem optado por atender a interesses particulares, ao invés de enfrentar os problemas que impedem o avanço do país. Além disso, a derrocada de sua credibilidade em meio às denúncias de corrupção destruiu sua popularidade, fragilizou sua relação com o Congresso Nacional e comprometeu sua capacidade de governar. A Petrobras é a maior expressão da falta de visão estratégica e da competência de Dilma. A corrupção e os prejuízos decorrem do desrespeito fiduciário com a riqueza nacional. Dilma tem a cegueira própria de burocratas de economias fechadas, buscando apoio por meio de concessões a grupos desacostumados à competição e favorecendo o clientelismo. O impeachment não diz respeito ao futuro da presidente, mas sim aos desafios para construir um país que assegure às futuras gerações oportunidades num mundo cada vez mais competitivo. Se mantivermos Dilma no cargo, o resultado será desastroso. Portanto, não podemos nos intimidar diante do medo da mudança. Uma nação é construída com base em princípios que conduzem a sociedade a agir com coragem e a superar as adversidades. O impeachment da presidente –ou sua renúncia, em gesto de reconhecimento de que sua gestão causa mais danos que ganhos– é um passo necessário para o país, apesar de não decisivo. Exigirá, para garantir nosso futuro, uma nova liderança comprometida com a governança, a abertura irrestrita à produtividade, a punição implacável dos malfeitos e o fim dos privilégios. O Brasil é maior do que tudo isso, mas precisa reconhecer suas diferenças e deficiências. A complexidade do país demanda uma reorganização profunda, fundamentada na igualdade e no trabalho honesto. Sem a liberdade de sonhar com o futuro e a esperança de alcançá-lo, é impossível exigir sacrifícios para ousarmos em novos rumos. GUSTAVO DINIZ JUNQUEIRA, 43, é presidente da Sociedade Rural Brasileira * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Com Dilma, resultado será desastrosoComeçamos o novo ano sem concluirmos o anterior. Os planos traçados no início de 2015 nem sequer puderam ser iniciados. Com exceção dos progressos nas investigações policiais, o país está paralisado. As prisões deflagradas na Operação Lava Jato podem dar um sentimento de justiça. Todavia, isoladamente e sem a coragem das lideranças, para promover transformações profundas, e da sociedade, para enfrentar essas mudanças, elas não assegurarão nosso avanço civilizatório. O século 21 será diferente de tudo o que já vimos e exigirá grandes adaptações. As nações precisarão trabalhar para que a inovação, o empreendedorismo e a cooperação vençam os desafios do desenvolvimento desigual. Governos terão de operar como facilitadores, e não concorrentes, dos cidadãos. Infelizmente, o modelo corporativista cartorial brasileiro, com as decisões concentradas nas mãos do Estado, ficou obsoleto e incapaz de prover a governança mínima para enfrentarmos as adversidades. Na arquitetura do futuro de nossa sociedade, é que trago para discussão o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. As razões para o impedimento não são unânimes, e não cabe a mim aprofundar suas implicações jurídicas. Contudo, o risco da inação é alto e seria irresponsabilidade omitir minha opinião. O conluio do governo federal com uma minoria corporativista destruiu conquistas e expropriou os brasileiros. A crise atual é resultado do fracasso da liderança da presidente, fundamentada em conceitos de desenvolvimento equivocados. Em sua trajetória, Dilma demonstra dificuldades para compreender o processo de mudança em curso. Nos últimos anos, conduziu o país para o caminho oposto à evolução, com prejuízos financeiros e morais. Nas decisões sobre o futuro do Brasil, tem optado por atender a interesses particulares, ao invés de enfrentar os problemas que impedem o avanço do país. Além disso, a derrocada de sua credibilidade em meio às denúncias de corrupção destruiu sua popularidade, fragilizou sua relação com o Congresso Nacional e comprometeu sua capacidade de governar. A Petrobras é a maior expressão da falta de visão estratégica e da competência de Dilma. A corrupção e os prejuízos decorrem do desrespeito fiduciário com a riqueza nacional. Dilma tem a cegueira própria de burocratas de economias fechadas, buscando apoio por meio de concessões a grupos desacostumados à competição e favorecendo o clientelismo. O impeachment não diz respeito ao futuro da presidente, mas sim aos desafios para construir um país que assegure às futuras gerações oportunidades num mundo cada vez mais competitivo. Se mantivermos Dilma no cargo, o resultado será desastroso. Portanto, não podemos nos intimidar diante do medo da mudança. Uma nação é construída com base em princípios que conduzem a sociedade a agir com coragem e a superar as adversidades. O impeachment da presidente –ou sua renúncia, em gesto de reconhecimento de que sua gestão causa mais danos que ganhos– é um passo necessário para o país, apesar de não decisivo. Exigirá, para garantir nosso futuro, uma nova liderança comprometida com a governança, a abertura irrestrita à produtividade, a punição implacável dos malfeitos e o fim dos privilégios. O Brasil é maior do que tudo isso, mas precisa reconhecer suas diferenças e deficiências. A complexidade do país demanda uma reorganização profunda, fundamentada na igualdade e no trabalho honesto. Sem a liberdade de sonhar com o futuro e a esperança de alcançá-lo, é impossível exigir sacrifícios para ousarmos em novos rumos. GUSTAVO DINIZ JUNQUEIRA, 43, é presidente da Sociedade Rural Brasileira * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Hamilton põe Mercedes na frente no penúltimo dia de testes da F-1
Depois de ver Felipe Massa cravar a melhor volta da manhã em Barcelona, Lewis Hamilton fechou na frente o penúltimo dia de testes da pré-temporada da F-1. O piloto da Mercedes marcou 1min23s022 na parte da tarde e baixou em 0s240 o tempo registrado por Massa. O brasileiro da Williams não irá mais testar nesta pré-temporada, já que neste domingo Valtteri Bottas será o responsável por guiar o FW37 no último dia de ensaios antes da abertura do Mundial, no próximo dia 15, em Melbourne. "Hoje não foi um dia espetacular e a pista parece ter ficado mais lenta do que nos últimos dias, então não deixei o carro muito satisfeito", disse Hamilton, que assim como Massa agora só sentará em seu carro em Melbourne, já que Nico Rosberg testa neste domingo. "Foi uma boa pré-temporada para mim. Acho que estamos tão bem como poderíamos estar e não é porque ganhamos [o título] no ano passado que vamos ter menos vontade neste. Agora começa tudo de novo e queremos vencer mais uma vez. Não vejo a hora de voltar a correr agora", completou o piloto da Mercedes. Massa também encerrou sua pré-temporada satisfeito. O brasileiro completou 102 neste sábado e fechou o inverno com 492 giros no total. "Nosso carro foi bastante confiável durante os três testes e nossas simulações de corrida nos deixaram animados. Mas não somos o único carro rápido e sabemos que a luta com a Mercedes não vai ser fácil", afirmou o brasileiro. Kimi Raikkonen, da Ferrari, terminou o sábado na terceira colocação, imediatamente à frente de Carlos Sainz, da Toro Rosso. Romain Grosjean, da Lotus, foi o quinto mais veloz, seguido pela Sauber de Marcus Ericsson. O piloto sueco marcou sua melhor volta em 1min24s477. Na sexta-feira, seu companheiro de time, o brasileiro Felipe Nasr, marcou seu melhor giro em 1min24s071. Nico Hulkenberg, da Force India, ficou na sétima posição, logo à frente de Kevin Magnussen. O piloto da McLaren completou apenas 39 voltas antes de sofrer com um vazamento de óleo em seu carro. Daniel Ricciardo, da Red Bull, ficou na última posição na folha de tempos. Sua melhor tentativa foi registrada em 1min25s742.
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Hamilton põe Mercedes na frente no penúltimo dia de testes da F-1Depois de ver Felipe Massa cravar a melhor volta da manhã em Barcelona, Lewis Hamilton fechou na frente o penúltimo dia de testes da pré-temporada da F-1. O piloto da Mercedes marcou 1min23s022 na parte da tarde e baixou em 0s240 o tempo registrado por Massa. O brasileiro da Williams não irá mais testar nesta pré-temporada, já que neste domingo Valtteri Bottas será o responsável por guiar o FW37 no último dia de ensaios antes da abertura do Mundial, no próximo dia 15, em Melbourne. "Hoje não foi um dia espetacular e a pista parece ter ficado mais lenta do que nos últimos dias, então não deixei o carro muito satisfeito", disse Hamilton, que assim como Massa agora só sentará em seu carro em Melbourne, já que Nico Rosberg testa neste domingo. "Foi uma boa pré-temporada para mim. Acho que estamos tão bem como poderíamos estar e não é porque ganhamos [o título] no ano passado que vamos ter menos vontade neste. Agora começa tudo de novo e queremos vencer mais uma vez. Não vejo a hora de voltar a correr agora", completou o piloto da Mercedes. Massa também encerrou sua pré-temporada satisfeito. O brasileiro completou 102 neste sábado e fechou o inverno com 492 giros no total. "Nosso carro foi bastante confiável durante os três testes e nossas simulações de corrida nos deixaram animados. Mas não somos o único carro rápido e sabemos que a luta com a Mercedes não vai ser fácil", afirmou o brasileiro. Kimi Raikkonen, da Ferrari, terminou o sábado na terceira colocação, imediatamente à frente de Carlos Sainz, da Toro Rosso. Romain Grosjean, da Lotus, foi o quinto mais veloz, seguido pela Sauber de Marcus Ericsson. O piloto sueco marcou sua melhor volta em 1min24s477. Na sexta-feira, seu companheiro de time, o brasileiro Felipe Nasr, marcou seu melhor giro em 1min24s071. Nico Hulkenberg, da Force India, ficou na sétima posição, logo à frente de Kevin Magnussen. O piloto da McLaren completou apenas 39 voltas antes de sofrer com um vazamento de óleo em seu carro. Daniel Ricciardo, da Red Bull, ficou na última posição na folha de tempos. Sua melhor tentativa foi registrada em 1min25s742.
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Justiça Federal decide arquivar denúncia contra família Neymar
A Justiça Federal de São Paulo, por meio do Tribunal Regional, decidiu pelo arquivamento da denúncia de sonegação fiscal e falsidade ideológica contra o jogador Neymar e o seu pai. Segunda a decisão da desembargadora Cecilia Mello, da 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o processo só poderia ser movido após o fim do julgamento do caso pelo Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A Receita Federal cobrava R$ 200 milhões do jogador em multas e impostos que deixaram de ser arrecadados. No entanto, em um primeiro julgamento, Neymar teve uma vitória parcial e a multa foi reduzida. A defesa do jogador estima o pagamento diminua entre 50% a 70% do montante. Já a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) estima uma redução de 20% a 30%. Ambas recorreram da decisão. A denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) de Santos em janeiro 2016 dizia que o jogador e o pai dele, além do dirigentes do Barcelona Alexandre Rosell Feliu e Josep Maria Bartolomeu Floresta forjaram uma série de documentos entre 2006 e 2013 com o intuito de sonegar imposto de renda. O esquema envolveria três empresas da família de Neymar. Com a decisão em segunda instância, o MPF só poderá abrir um novo processo sobre o caso após o julgamento dos recursos no Carf. Em caso de derrota na Justiça, o jogador do Barcelona e da seleção brasileira poderia ser condenado a até seis anos de prisão. Já seu pai poderia pegar até dez anos de prisão. "Apesar de muitos duvidarem, há sim justiça em nosso país. Acusação por acusação, uma após outra, foram todas derrubadas por nossa defesa, deixando explícito que não sonegamos sequer um centavo de imposto. Espero agora que possamos nos concentrar apenas no trabalho e que minha família tenha a paz que merece", afirmou o pai do atacante Neymar por meio de nota. As fraudes, segundo a promotoria, ocorreram em contratos relacionados ao uso do direito de imagem de Neymar enquanto ele ainda atuava pelo Santos, a partir de 2006 e, depois, durante o processo de transferência do atacante para a Espanha, quando as negociações começaram em 2011. Para apresentar a denúncia, o Ministério Público Federal e a Receita Federal investigaram os denunciados e as empresas por aproximadamente dois anos. Nesse período, mais de cinco mil folhas de documentos foram reunidos. Várias testemunhas também prestaram seus depoimentos e a Justiça espanhola participou das investigações. Neymar ainda responde a um processo no Brasil por sonegação fiscal e a outro na Espanha. Na Europa, ele é acusado de fraude e corrupção entre particulares. Crimes que teriam ocorrido na transferência do jogador para o Barcelona, em 2011.
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Justiça Federal decide arquivar denúncia contra família NeymarA Justiça Federal de São Paulo, por meio do Tribunal Regional, decidiu pelo arquivamento da denúncia de sonegação fiscal e falsidade ideológica contra o jogador Neymar e o seu pai. Segunda a decisão da desembargadora Cecilia Mello, da 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o processo só poderia ser movido após o fim do julgamento do caso pelo Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A Receita Federal cobrava R$ 200 milhões do jogador em multas e impostos que deixaram de ser arrecadados. No entanto, em um primeiro julgamento, Neymar teve uma vitória parcial e a multa foi reduzida. A defesa do jogador estima o pagamento diminua entre 50% a 70% do montante. Já a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) estima uma redução de 20% a 30%. Ambas recorreram da decisão. A denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) de Santos em janeiro 2016 dizia que o jogador e o pai dele, além do dirigentes do Barcelona Alexandre Rosell Feliu e Josep Maria Bartolomeu Floresta forjaram uma série de documentos entre 2006 e 2013 com o intuito de sonegar imposto de renda. O esquema envolveria três empresas da família de Neymar. Com a decisão em segunda instância, o MPF só poderá abrir um novo processo sobre o caso após o julgamento dos recursos no Carf. Em caso de derrota na Justiça, o jogador do Barcelona e da seleção brasileira poderia ser condenado a até seis anos de prisão. Já seu pai poderia pegar até dez anos de prisão. "Apesar de muitos duvidarem, há sim justiça em nosso país. Acusação por acusação, uma após outra, foram todas derrubadas por nossa defesa, deixando explícito que não sonegamos sequer um centavo de imposto. Espero agora que possamos nos concentrar apenas no trabalho e que minha família tenha a paz que merece", afirmou o pai do atacante Neymar por meio de nota. As fraudes, segundo a promotoria, ocorreram em contratos relacionados ao uso do direito de imagem de Neymar enquanto ele ainda atuava pelo Santos, a partir de 2006 e, depois, durante o processo de transferência do atacante para a Espanha, quando as negociações começaram em 2011. Para apresentar a denúncia, o Ministério Público Federal e a Receita Federal investigaram os denunciados e as empresas por aproximadamente dois anos. Nesse período, mais de cinco mil folhas de documentos foram reunidos. Várias testemunhas também prestaram seus depoimentos e a Justiça espanhola participou das investigações. Neymar ainda responde a um processo no Brasil por sonegação fiscal e a outro na Espanha. Na Europa, ele é acusado de fraude e corrupção entre particulares. Crimes que teriam ocorrido na transferência do jogador para o Barcelona, em 2011.
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Petroleiras obtêm liminar contra cobrança de novos impostos no Rio
Petroleiras internacionais com operação no Brasil obtiveram liminares judiciais contra a criação de novos impostos sobre a produção de petróleo no Rio. A cobrança foi instituída no dia 30 de dezembro de 2015, como parte do esforço para buscar alternativas à crise financeira do Estado. A primeira liminar refere-se à cobrança de ICMS sobre a produção de petróleo –atualmente, o imposto incide apenas sobre a venda de combustíveis. A Justiça acatou o argumento de que "não há que se falar em mercadoria enquanto o petróleo se encontra no subsolo". O governo do Rio esperava arrecadar R$ 1,2 bilhão com o imposto, cuja alíquota foi definida em 18%. Na segunda liminar, as petroleiras questionavam a taxa de fiscalização ambiental da atividade de produção de petróleo, de R$ 2,71 por barril produzido. As empresas alegam que a atribuição é do Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e, por isso, não há razão para a cobrança pelo governo do Rio. Segundo estimativas da secretaria estadual de Fazenda, a taxa garantiria uma arrecadação de R$ 1,8 bilhão. O pedido de liminar foi feito pelo escritório Machado Meyer Advogados, contratado pelas empresas BG., Chevron, Petrogal, Repsol, Shell e Statoil. As petroleiras também questionam os impostos no Supremo Tribunal Federal, por meio da Associação Brasileira das Empresas de Petróleo (Abep). Principal prejudicada pelas novas taxas, a Petrobras informou em seu balanço de 2015 que também questionará os novos impostos na Justiça.
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Petroleiras obtêm liminar contra cobrança de novos impostos no RioPetroleiras internacionais com operação no Brasil obtiveram liminares judiciais contra a criação de novos impostos sobre a produção de petróleo no Rio. A cobrança foi instituída no dia 30 de dezembro de 2015, como parte do esforço para buscar alternativas à crise financeira do Estado. A primeira liminar refere-se à cobrança de ICMS sobre a produção de petróleo –atualmente, o imposto incide apenas sobre a venda de combustíveis. A Justiça acatou o argumento de que "não há que se falar em mercadoria enquanto o petróleo se encontra no subsolo". O governo do Rio esperava arrecadar R$ 1,2 bilhão com o imposto, cuja alíquota foi definida em 18%. Na segunda liminar, as petroleiras questionavam a taxa de fiscalização ambiental da atividade de produção de petróleo, de R$ 2,71 por barril produzido. As empresas alegam que a atribuição é do Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e, por isso, não há razão para a cobrança pelo governo do Rio. Segundo estimativas da secretaria estadual de Fazenda, a taxa garantiria uma arrecadação de R$ 1,8 bilhão. O pedido de liminar foi feito pelo escritório Machado Meyer Advogados, contratado pelas empresas BG., Chevron, Petrogal, Repsol, Shell e Statoil. As petroleiras também questionam os impostos no Supremo Tribunal Federal, por meio da Associação Brasileira das Empresas de Petróleo (Abep). Principal prejudicada pelas novas taxas, a Petrobras informou em seu balanço de 2015 que também questionará os novos impostos na Justiça.
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Macri demite mais 700 funcionários públicos, sendo 50 na Casa Rosada
As demissões do governo argentino chegaram à Casa Rosada. Na manhã desta sexta (29), cerca de 50 funcionários que trabalhavam na sede do executivo foram dispensados. O governo do presidente Maurício Macri vem reduzindo o número de postos de trabalho desde o fim de dezembro. Segundo o dirigente, sua antecessora, Cristina Kirchner, inchou a máquina pública entre 2013 e 2015. Nos últimos dias de Cristina no poder, a situação se acentuou com a nomeação de centenas de servidores, que foram qualificados pelo atual governo como "ñoquis" (nhoques, em português) —como são chamados na Argentina os funcionários fantasmas ou que recebem sem trabalhar. O novo presidente determinou que ministérios, secretarias, autarquias e estatais revejam, até junho, os concursos e processos seletivos de servidores temporários. A previsão é que até 24 mil contratos sejam cancelados. Os funcionários demitidos da Casa Rosada afirmaram que não conseguiram entrar no local na manhã desta sexta. "Não somos camporistas [associados ao grupo político do filho de Cristina, Máximo Kirchner] nem nada", disseram. Também nesta sexta, o Ministério da Cultura dispensou 500 empregados. Eles receberam um telegrama durante a semana avisando que isso ocorreria. Na quinta (28), foram rescindidos 140 contratos de um órgão ligado ao Ministério da Defesa e 47 do Banco Central. Demitidos e kirchneristas se reúnem nesta sexta na Praça de Maio em um protesto batizado de "marcha dos ñoquis".
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Macri demite mais 700 funcionários públicos, sendo 50 na Casa RosadaAs demissões do governo argentino chegaram à Casa Rosada. Na manhã desta sexta (29), cerca de 50 funcionários que trabalhavam na sede do executivo foram dispensados. O governo do presidente Maurício Macri vem reduzindo o número de postos de trabalho desde o fim de dezembro. Segundo o dirigente, sua antecessora, Cristina Kirchner, inchou a máquina pública entre 2013 e 2015. Nos últimos dias de Cristina no poder, a situação se acentuou com a nomeação de centenas de servidores, que foram qualificados pelo atual governo como "ñoquis" (nhoques, em português) —como são chamados na Argentina os funcionários fantasmas ou que recebem sem trabalhar. O novo presidente determinou que ministérios, secretarias, autarquias e estatais revejam, até junho, os concursos e processos seletivos de servidores temporários. A previsão é que até 24 mil contratos sejam cancelados. Os funcionários demitidos da Casa Rosada afirmaram que não conseguiram entrar no local na manhã desta sexta. "Não somos camporistas [associados ao grupo político do filho de Cristina, Máximo Kirchner] nem nada", disseram. Também nesta sexta, o Ministério da Cultura dispensou 500 empregados. Eles receberam um telegrama durante a semana avisando que isso ocorreria. Na quinta (28), foram rescindidos 140 contratos de um órgão ligado ao Ministério da Defesa e 47 do Banco Central. Demitidos e kirchneristas se reúnem nesta sexta na Praça de Maio em um protesto batizado de "marcha dos ñoquis".
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Novo parlatório em presídio preocupa presos da Operação Lava Jato
A construção de um parlatório com três cabines telefônicas no CMP (Centro Médico Penal), presídio da região metropolitana de Curitiba (PR) que abriga a maior parte dos presos da Lava Jato, incluindo o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, preocupa advogados e detentos da operação. Inaugurado em 8 de abril, o espaço promete mudar a rotina de encontros entre criminalistas e seus clientes. Até então, as conversas aconteciam em uma sala cuja única separação era feita por meio de uma grade. Já no parlatório, eles estarão isolados por um vidro. A comunicação passa a ser feita por um interfone, como acontece na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense. O principal receio dos presos é em relação à gravação de conversas telefônicas. Três advogados com clientes da Lava Jato no CMP relataram que essa é a maior preocupação dos acusados. Um deles mencionou uma decisão de 2010, quando um colegiado de juízes, incluindo Sergio Moro, responsável pela operação, autorizou a gravação de conversas de presos com advogados e familiares devido à presença de traficantes no presídio federal de Catanduvas (PR). Outro ponto controverso é o controle sobre documentos que interessam aos detentos. Segundo advogados ouvidos pela Folha, no esquema de conversas anterior, os clientes conseguiam analisar documentos, passados por meio das grades. A partir de agora, com a separação sendo feita por um vidro, a operação foi dificultada. Os presos também acreditam que podem ter o tempo com seus defensores reduzido, já que o número de cabines é pequeno. O presídio, que já tinha quatro unidades, agora tem ao todo sete para atender a população carcerária, que pode chegar a 750 pessoas quando alcança lotação máxima. Atualmente, não há um tempo fixado para advogados atenderem seus clientes, mas as conversas duram, em média, 40 minutos, de acordo com os criminalistas. Já na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, o limite é 30 minutos. REVIDE Para criminalistas ouvidos pela Folha, a ação é uma resposta às supostas regalias que presos da operação teriam recebido no local. Em reportagem publicada em 4 de abril, uma podóloga afirmou ter recebido R$ 2.000 da empreiteira Andrade Gutierrez para atender oito presos da Lava Jato, que também estariam recebendo "alimentação diferenciada" em relação à recebida pelos demais presos. Segundo a assessoria de imprensa do presídio, o parlatório foi construído para diminuir a fila de advogados. A demanda já existia, mas teria sido acelerada após a ida de réus da operação para o local, fato que intensificou a movimentação dos defensores no CMP.
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Novo parlatório em presídio preocupa presos da Operação Lava JatoA construção de um parlatório com três cabines telefônicas no CMP (Centro Médico Penal), presídio da região metropolitana de Curitiba (PR) que abriga a maior parte dos presos da Lava Jato, incluindo o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, preocupa advogados e detentos da operação. Inaugurado em 8 de abril, o espaço promete mudar a rotina de encontros entre criminalistas e seus clientes. Até então, as conversas aconteciam em uma sala cuja única separação era feita por meio de uma grade. Já no parlatório, eles estarão isolados por um vidro. A comunicação passa a ser feita por um interfone, como acontece na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense. O principal receio dos presos é em relação à gravação de conversas telefônicas. Três advogados com clientes da Lava Jato no CMP relataram que essa é a maior preocupação dos acusados. Um deles mencionou uma decisão de 2010, quando um colegiado de juízes, incluindo Sergio Moro, responsável pela operação, autorizou a gravação de conversas de presos com advogados e familiares devido à presença de traficantes no presídio federal de Catanduvas (PR). Outro ponto controverso é o controle sobre documentos que interessam aos detentos. Segundo advogados ouvidos pela Folha, no esquema de conversas anterior, os clientes conseguiam analisar documentos, passados por meio das grades. A partir de agora, com a separação sendo feita por um vidro, a operação foi dificultada. Os presos também acreditam que podem ter o tempo com seus defensores reduzido, já que o número de cabines é pequeno. O presídio, que já tinha quatro unidades, agora tem ao todo sete para atender a população carcerária, que pode chegar a 750 pessoas quando alcança lotação máxima. Atualmente, não há um tempo fixado para advogados atenderem seus clientes, mas as conversas duram, em média, 40 minutos, de acordo com os criminalistas. Já na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, o limite é 30 minutos. REVIDE Para criminalistas ouvidos pela Folha, a ação é uma resposta às supostas regalias que presos da operação teriam recebido no local. Em reportagem publicada em 4 de abril, uma podóloga afirmou ter recebido R$ 2.000 da empreiteira Andrade Gutierrez para atender oito presos da Lava Jato, que também estariam recebendo "alimentação diferenciada" em relação à recebida pelos demais presos. Segundo a assessoria de imprensa do presídio, o parlatório foi construído para diminuir a fila de advogados. A demanda já existia, mas teria sido acelerada após a ida de réus da operação para o local, fato que intensificou a movimentação dos defensores no CMP.
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Leitores relembram Museu da Língua Portuguesa, atingido por incêndio; envie relato ou foto
Um grande incêndio atingiu o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, na tarde desta segunda (21). Você já passou pelo local, tirou fotografias ou tem alguma história para contar? Envie relato e imagem para a Folha. Basta publicar sua foto no Instagram com a hashtag #folhadespaulo ou enviar pelo WhatsApp (11-994-901-649). Se preferir, mande e-mail para enviesuanoticia@grupofolha.com.br. Leia abaixo relatos de leitores: * Museu da Língua Portuguesa, o primeiro museu que eu fui. Em 2009, lembro do dia, chovia em São Paulo. Eu estava muito feliz numa excursão com a escola. Marcou minha vida para sempre. Escolhi estudar arte, museologia, literatura. Quase nada é tão lindo quanto um museu dedicado à língua portuguesa, a língua da Luz. Sinto muito pelo funcionário bombeiro que se foi. Lamento pela perda material, sobretudo arquitetônica. Mensagem enviada pelo Instagram, por @caleidoscopiomiope caleidoscopiomiope * Nós, em 2011, na estação da Luz, numa visita ao Museu da Língua Portuguesa, que hoje enfrenta um incêndio de grandes proporções. Muito tristeeee, lugar lindo demais pra virar cinzas!! Mensagem enviada pelo Instagram, por @rafamarialsf rafamarialsf * Há dois anos tive a oportunidade de conhecer o Museu da Língua Portuguesa. Foi uma experiência, no mínimo, extasiante. Telas de TV o tempo ligadas apresentando os principais comunicadores do Brasil. Narrativas em áudio de verso e prosa brasileiros. Mesas digitais com prefixos e sufixos que, misturando-se, davam sentido às palavras. Eu não estava num Museu. Eu estava num Templo. Que pena que isto aconteceu. Mas, assim como as palavras, o Museu encontrará um meio e voltará e será melhor e mais lindo que antes. Valmir Aparecido Moreira, Araras (SP) * Estou chocado com este incêndio. No dia em que visitamos havia uma exposição do Cazuza. Leandro Schmitz, Joinville (SC) * Sou a professora Maricilia da cidade de Guará, interior de SP. Visitei a exposição de Câmara Cascudo no Museu da Língua Portuguesa na semana passada com meus alunos do ensino médio da Escola Estadual Marechal Rondon...é mesmo uma grande perda de grande parte do acervo, mais ainda pela morte do bombeiro local, lamentavelmente. Meus alunos estão entristecidos... Maricilia Silva * Registro da minha visita a esse lugar lindo e cheio de histórias interessantes sobre a nossa língua mãe. Renata Melo
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Leitores relembram Museu da Língua Portuguesa, atingido por incêndio; envie relato ou fotoUm grande incêndio atingiu o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, na tarde desta segunda (21). Você já passou pelo local, tirou fotografias ou tem alguma história para contar? Envie relato e imagem para a Folha. Basta publicar sua foto no Instagram com a hashtag #folhadespaulo ou enviar pelo WhatsApp (11-994-901-649). Se preferir, mande e-mail para enviesuanoticia@grupofolha.com.br. Leia abaixo relatos de leitores: * Museu da Língua Portuguesa, o primeiro museu que eu fui. Em 2009, lembro do dia, chovia em São Paulo. Eu estava muito feliz numa excursão com a escola. Marcou minha vida para sempre. Escolhi estudar arte, museologia, literatura. Quase nada é tão lindo quanto um museu dedicado à língua portuguesa, a língua da Luz. Sinto muito pelo funcionário bombeiro que se foi. Lamento pela perda material, sobretudo arquitetônica. Mensagem enviada pelo Instagram, por @caleidoscopiomiope caleidoscopiomiope * Nós, em 2011, na estação da Luz, numa visita ao Museu da Língua Portuguesa, que hoje enfrenta um incêndio de grandes proporções. Muito tristeeee, lugar lindo demais pra virar cinzas!! Mensagem enviada pelo Instagram, por @rafamarialsf rafamarialsf * Há dois anos tive a oportunidade de conhecer o Museu da Língua Portuguesa. Foi uma experiência, no mínimo, extasiante. Telas de TV o tempo ligadas apresentando os principais comunicadores do Brasil. Narrativas em áudio de verso e prosa brasileiros. Mesas digitais com prefixos e sufixos que, misturando-se, davam sentido às palavras. Eu não estava num Museu. Eu estava num Templo. Que pena que isto aconteceu. Mas, assim como as palavras, o Museu encontrará um meio e voltará e será melhor e mais lindo que antes. Valmir Aparecido Moreira, Araras (SP) * Estou chocado com este incêndio. No dia em que visitamos havia uma exposição do Cazuza. Leandro Schmitz, Joinville (SC) * Sou a professora Maricilia da cidade de Guará, interior de SP. Visitei a exposição de Câmara Cascudo no Museu da Língua Portuguesa na semana passada com meus alunos do ensino médio da Escola Estadual Marechal Rondon...é mesmo uma grande perda de grande parte do acervo, mais ainda pela morte do bombeiro local, lamentavelmente. Meus alunos estão entristecidos... Maricilia Silva * Registro da minha visita a esse lugar lindo e cheio de histórias interessantes sobre a nossa língua mãe. Renata Melo
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Associação Nacional de Jornais vai ao STF contra Lei de Direito de Resposta
A ANJ (Associação Nacional de Jornais) entrou nesta segunda-feira (14) com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), questionando trechos da recém-sancionada Lei de Direito de Resposta e pedindo que alguns artigos sejam considerados inconstitucionais. A entidade questiona o trecho da lei segundo o qual mesmo que um órgão de imprensa faça retratação ou retificação de maneira espontânea -após a publicação de uma reportagem-, ainda estará sujeito a publicar um direito de resposta e a indenizar os citados que se sentirem, eventualmente, lesados. A associação também questiona o rito estabelecido em lei para que um direito de resposta seja publicado. A lei determina que, em caso de decisão do juiz de primeira instância decidindo pela publicação da resposta, os órgãos de imprensa poderão recorrer a tribunais que abrangem a comarca onde a ação foi proposta em busca de uma liminar que suspenda essa decisão até o julgamento do mérito da ação. Porém, após eventual decisão favorável por um juiz de primeiro grau, os veículos de imprensa têm, então, 24 horas para apresentar defesa. Findo o prazo, o juiz já pode fixar prazo e condições para que ocorra a publicação. ARGUMENTOS Os advogados do órgão argumentam que o trecho segundo o qual o reparo espontâneo não substitui um eventual pedido de direito de resposta equivale a afirmar que não há nada que os veículos de imprensa façam no sentido de "corrigir, atenuar ou esclarecer eventuais equívocos e incorreções, mesmo os cometidos involuntariamente e com a devida diligência na apuração dos fatos", que seja suficiente à luz da lei. A ação é a terceira proposta por uma entidade de classe para questionar a lei 13.188/2015, que ficou conhecida como Lei de Direito de Resposta, a chegar ao tribunal. A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também foram ao STF para contestar trechos da lei. Tanto a ANJ como a ABI e a OAB argumentam nas ações que a determinação fere o direito de defesa, porque determina ritos e prazo inexequíveis para que a defesa dos veículos de comunicação ocorra de fato e a contento. "A pretexto de imprimir celeridade ao exercício do direito de resposta, o procedimento recém-estabelecido afronta diversas garantias constitucionais que são caras ao Estado Democrático de Direito, a exemplo do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, do princípio da isonomia e da inafastabilidade do controle jurisdicional", argumentam os advogados da ANJ, na peça inicial enviada ao Supremo. Assim como a ANJ, a ABI e a OAB também se opõem a outros trechos específicos da nova legislação, que foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de novembro deste ano.
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Associação Nacional de Jornais vai ao STF contra Lei de Direito de RespostaA ANJ (Associação Nacional de Jornais) entrou nesta segunda-feira (14) com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), questionando trechos da recém-sancionada Lei de Direito de Resposta e pedindo que alguns artigos sejam considerados inconstitucionais. A entidade questiona o trecho da lei segundo o qual mesmo que um órgão de imprensa faça retratação ou retificação de maneira espontânea -após a publicação de uma reportagem-, ainda estará sujeito a publicar um direito de resposta e a indenizar os citados que se sentirem, eventualmente, lesados. A associação também questiona o rito estabelecido em lei para que um direito de resposta seja publicado. A lei determina que, em caso de decisão do juiz de primeira instância decidindo pela publicação da resposta, os órgãos de imprensa poderão recorrer a tribunais que abrangem a comarca onde a ação foi proposta em busca de uma liminar que suspenda essa decisão até o julgamento do mérito da ação. Porém, após eventual decisão favorável por um juiz de primeiro grau, os veículos de imprensa têm, então, 24 horas para apresentar defesa. Findo o prazo, o juiz já pode fixar prazo e condições para que ocorra a publicação. ARGUMENTOS Os advogados do órgão argumentam que o trecho segundo o qual o reparo espontâneo não substitui um eventual pedido de direito de resposta equivale a afirmar que não há nada que os veículos de imprensa façam no sentido de "corrigir, atenuar ou esclarecer eventuais equívocos e incorreções, mesmo os cometidos involuntariamente e com a devida diligência na apuração dos fatos", que seja suficiente à luz da lei. A ação é a terceira proposta por uma entidade de classe para questionar a lei 13.188/2015, que ficou conhecida como Lei de Direito de Resposta, a chegar ao tribunal. A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também foram ao STF para contestar trechos da lei. Tanto a ANJ como a ABI e a OAB argumentam nas ações que a determinação fere o direito de defesa, porque determina ritos e prazo inexequíveis para que a defesa dos veículos de comunicação ocorra de fato e a contento. "A pretexto de imprimir celeridade ao exercício do direito de resposta, o procedimento recém-estabelecido afronta diversas garantias constitucionais que são caras ao Estado Democrático de Direito, a exemplo do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, do princípio da isonomia e da inafastabilidade do controle jurisdicional", argumentam os advogados da ANJ, na peça inicial enviada ao Supremo. Assim como a ANJ, a ABI e a OAB também se opõem a outros trechos específicos da nova legislação, que foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de novembro deste ano.
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"Pensei no meu filho", diz policial que carregou corpo de menino sírio
O policial turco que recolheu o corpo de Aylan Kurdi na praia de Bodrum afirmou à imprensa local que pensou em seu próprio filho ao ver o menino sírio de três anos. As imagens do menino e do policial Mehmet Ciplak carregando-o circularam na imprensa de todo mundo como um símbolo da extensão da crise migratória na Europa. "Quando cheguei perto do menino, disse a mim mesmo: 'Meu Deus, espero que esteja vivo'. Mas não mostrava sinais de vida. fiquei devastado", disse Ciplak à agência de notícias turca Dogan. "Tenho um filho de seis anos. Quando vi o pequeno pensei em meu filho e me coloquei no lugar de seu pai. Não posso descrever com palavras a visão tão triste e trágica que era aquilo", contou. Ciplak disse ainda que não sabia que neste momento viraria personagem de uma das fotos mais comoventes da crise migratória europeia. A imagem ocupou a primeira página de jornais de todo o mundo e virou símbolo do drama dos refugiados sírios. Aylan e outros onze refugiados sírios morreram afogados na quarta-feira (2), quando dois botes naufragaram entre a Turquia e a Grécia. O menino Aylan foi enterrado na sexta-feira (4), na cidade síria de Kobani, símbolo da resistência dos curdos contra o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico. O irmão de quatro anos de Aylan, Ghaleb, e sua mãe, Rihana, também morreram afogados. O único sobrevivente foi seu pai, Abdullah, que voltou a Kobani para o enterro da família.
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"Pensei no meu filho", diz policial que carregou corpo de menino sírioO policial turco que recolheu o corpo de Aylan Kurdi na praia de Bodrum afirmou à imprensa local que pensou em seu próprio filho ao ver o menino sírio de três anos. As imagens do menino e do policial Mehmet Ciplak carregando-o circularam na imprensa de todo mundo como um símbolo da extensão da crise migratória na Europa. "Quando cheguei perto do menino, disse a mim mesmo: 'Meu Deus, espero que esteja vivo'. Mas não mostrava sinais de vida. fiquei devastado", disse Ciplak à agência de notícias turca Dogan. "Tenho um filho de seis anos. Quando vi o pequeno pensei em meu filho e me coloquei no lugar de seu pai. Não posso descrever com palavras a visão tão triste e trágica que era aquilo", contou. Ciplak disse ainda que não sabia que neste momento viraria personagem de uma das fotos mais comoventes da crise migratória europeia. A imagem ocupou a primeira página de jornais de todo o mundo e virou símbolo do drama dos refugiados sírios. Aylan e outros onze refugiados sírios morreram afogados na quarta-feira (2), quando dois botes naufragaram entre a Turquia e a Grécia. O menino Aylan foi enterrado na sexta-feira (4), na cidade síria de Kobani, símbolo da resistência dos curdos contra o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico. O irmão de quatro anos de Aylan, Ghaleb, e sua mãe, Rihana, também morreram afogados. O único sobrevivente foi seu pai, Abdullah, que voltou a Kobani para o enterro da família.
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Conselho de Ética do Senado acata representação contra Delcídio
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), acatou nesta terça-feira (15) a representação contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso em novembro pela Operação Lava Jato. Dessa forma, o processo começará a tramitar no colegiado com um atraso de duas semanas. Souza também acatou uma denúncia contra os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e João Capiberibe (PSB-AP). Ela foi apresentada em 2013 mas ficaram paradas na área jurídica da Casa até o início deste mês. O presidente do Conselho só resolveu requerer de volta as representações no mesmo dia em que Randolfe acionou o Conselho contra Delcídio. Os prazos para análise da denúncia são diferentes dos que serão usados para a representação contra o petista. A representação contra o petista foi protocolada pela Rede e pelo PPS em 1º de dezembro, logo após o senador ter sido preso pela Operação Lava Jato sob a acusação de atrapalhar as investigações e de ter planejado uma rota de fuga para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, também preso pela mesma operação, acusado de corrupção. O documento argumenta que Delcídio quebrou o decoro parlamentar. Segundo Souza, uma reunião do colegiado será marcada para a próxima quinta-feira (17) para a escolha do relator. O peemedebista então sorteará um relator entre os integrantes do colegiado. Ficam excluídos do processo os senadores da Rede e do PPS, porque os partidos assinaram a representação e, pelas regras, seus membros não podem relatar o processo. Delcídio já poderá ser notificado pelo conselho e terá dez dias úteis para apresentar sua defesa. Souza defendeu que o petista compareça pessoalmente ao Senado para apresentar sua defesa mas, pelo regimento, ele não é obrigado a isso. Seu advogado poderá representá-lo. Delcídio pode arrolar ainda cinco testemunhas de defesa nesta fase do processo. Aliado do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Souza ditará o ritmo de investigação contra Delcídio, que poderá levar à cassação do mandato parlamentar do petista.
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Conselho de Ética do Senado acata representação contra DelcídioO presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), acatou nesta terça-feira (15) a representação contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso em novembro pela Operação Lava Jato. Dessa forma, o processo começará a tramitar no colegiado com um atraso de duas semanas. Souza também acatou uma denúncia contra os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e João Capiberibe (PSB-AP). Ela foi apresentada em 2013 mas ficaram paradas na área jurídica da Casa até o início deste mês. O presidente do Conselho só resolveu requerer de volta as representações no mesmo dia em que Randolfe acionou o Conselho contra Delcídio. Os prazos para análise da denúncia são diferentes dos que serão usados para a representação contra o petista. A representação contra o petista foi protocolada pela Rede e pelo PPS em 1º de dezembro, logo após o senador ter sido preso pela Operação Lava Jato sob a acusação de atrapalhar as investigações e de ter planejado uma rota de fuga para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, também preso pela mesma operação, acusado de corrupção. O documento argumenta que Delcídio quebrou o decoro parlamentar. Segundo Souza, uma reunião do colegiado será marcada para a próxima quinta-feira (17) para a escolha do relator. O peemedebista então sorteará um relator entre os integrantes do colegiado. Ficam excluídos do processo os senadores da Rede e do PPS, porque os partidos assinaram a representação e, pelas regras, seus membros não podem relatar o processo. Delcídio já poderá ser notificado pelo conselho e terá dez dias úteis para apresentar sua defesa. Souza defendeu que o petista compareça pessoalmente ao Senado para apresentar sua defesa mas, pelo regimento, ele não é obrigado a isso. Seu advogado poderá representá-lo. Delcídio pode arrolar ainda cinco testemunhas de defesa nesta fase do processo. Aliado do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Souza ditará o ritmo de investigação contra Delcídio, que poderá levar à cassação do mandato parlamentar do petista.
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Supersalário e dupla remuneração da Unicamp são ilegais e imorais
Nas últimas semanas vem ganhando destaque a polêmica envolvendo os supersalários dos dirigentes da Unicamp. O estopim foi a ação movida pela Folha pedindo a divulgação dos salários dos servidores da Universidade. Há anos o TCE (Tribunal de Contas do Estado) critica o descumprimento do teto constitucional e a ilegalidade da dupla remuneração paga à cúpula universitária. Ainda em 2012, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp denunciou que alguns salários ultrapassavam o dobro do teto. O simples fato de ser necessário acionar a Justiça já é em si um escândalo. Os salários pagos em qualquer órgão público não são uma questão interna. É um direito da população ter acesso a todas as informações sobre o uso dos recursos públicos. E os trabalhadores da Unicamp, conscientes disso, há anos exigem da reitoria a divulgação dos salários, inclusive para mostrar que a situação da maioria é radicalmente diferente: mais de 80% dos técnico-administrativos da Unicamp estão abaixo dos pisos salariais praticados pela USP, ainda que ambas as universidades sejam mantidas pelo governo do Estado. Tal quadro constitui violação da regra de que trabalhos iguais devem ser igualmente remunerados, a exemplo do que corretamente já ocorre com o corpo docente. Feita a divulgação, descobriu-se que os salários da cúpula da Unicamp chegam a R$ 50 mil por mês, incluindo um salário extra de R$ 14,9 mil para o exercício de cargos da administração superior. Ora, no exercício do cargo, o reitor, por ter todo seu tempo consumido pelas atividades inerentes a tal posição, tem a justa prerrogativa de não cumprir as obrigações decorrentes do cargo de professor titular (ensino, pesquisa, extensão e atividades administrativas). Tal prerrogativa apenas mantém seu caráter de justiça se acompanhada da interrupção temporária do recebimento do salário de professor titular e recebimento exclusivo do salário de reitor. Nada justifica a dupla remuneração. Independentemente da controvérsia relativa ao teto, seja este o salário do governador do Estado ou o equivalente a 90,25% do salário de desembargador do Tribunal de Justiça (conforme defendido pelas associações docentes), chama atenção o fato de que uma pequena porção de servidores ganha salários inexplicavelmente altos, ultrapassando o dobro do atual teto constitucional e sendo muito maior que o teto reivindicado. Mesmo considerando um servidor no topo da carreira, com adicionais por tempo de serviço e outros benefícios, ainda assim não se explicam salários como os recebidos pela cúpula da Unicamp. Por isso, é urgente que a reitoria divulgue não apenas o montante pago, mas também a composição dos salários. Além, claro, de cumprir a lei sem apelar a heterodoxias legais. Por fim, um alerta. Parte da comunidade universitária teme que a exposição de tais mazelas ajude os que, nos governos e fora deles, intentam o desmonte e a privatização da universidade pública. Trata-se de uma preocupação legítima. Mas a nossa luta em defesa da ampliação do investimento no ensino público e da valorização salarial dos trabalhadores da educação nada tem a ganhar quando fechamos os olhos para o injustificável. Até porque a atual cúpula da Unicamp, que se beneficia dos supersalários, é formada justamente por uma (não tão) estranha composição entre os que há muitos anos conduzem nosso país e nosso Estado ao abismo educacional. IURIATAN FELIPE MUNIZ, 31, e TEÓFILO REIS, 31, são diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Supersalário e dupla remuneração da Unicamp são ilegais e imoraisNas últimas semanas vem ganhando destaque a polêmica envolvendo os supersalários dos dirigentes da Unicamp. O estopim foi a ação movida pela Folha pedindo a divulgação dos salários dos servidores da Universidade. Há anos o TCE (Tribunal de Contas do Estado) critica o descumprimento do teto constitucional e a ilegalidade da dupla remuneração paga à cúpula universitária. Ainda em 2012, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp denunciou que alguns salários ultrapassavam o dobro do teto. O simples fato de ser necessário acionar a Justiça já é em si um escândalo. Os salários pagos em qualquer órgão público não são uma questão interna. É um direito da população ter acesso a todas as informações sobre o uso dos recursos públicos. E os trabalhadores da Unicamp, conscientes disso, há anos exigem da reitoria a divulgação dos salários, inclusive para mostrar que a situação da maioria é radicalmente diferente: mais de 80% dos técnico-administrativos da Unicamp estão abaixo dos pisos salariais praticados pela USP, ainda que ambas as universidades sejam mantidas pelo governo do Estado. Tal quadro constitui violação da regra de que trabalhos iguais devem ser igualmente remunerados, a exemplo do que corretamente já ocorre com o corpo docente. Feita a divulgação, descobriu-se que os salários da cúpula da Unicamp chegam a R$ 50 mil por mês, incluindo um salário extra de R$ 14,9 mil para o exercício de cargos da administração superior. Ora, no exercício do cargo, o reitor, por ter todo seu tempo consumido pelas atividades inerentes a tal posição, tem a justa prerrogativa de não cumprir as obrigações decorrentes do cargo de professor titular (ensino, pesquisa, extensão e atividades administrativas). Tal prerrogativa apenas mantém seu caráter de justiça se acompanhada da interrupção temporária do recebimento do salário de professor titular e recebimento exclusivo do salário de reitor. Nada justifica a dupla remuneração. Independentemente da controvérsia relativa ao teto, seja este o salário do governador do Estado ou o equivalente a 90,25% do salário de desembargador do Tribunal de Justiça (conforme defendido pelas associações docentes), chama atenção o fato de que uma pequena porção de servidores ganha salários inexplicavelmente altos, ultrapassando o dobro do atual teto constitucional e sendo muito maior que o teto reivindicado. Mesmo considerando um servidor no topo da carreira, com adicionais por tempo de serviço e outros benefícios, ainda assim não se explicam salários como os recebidos pela cúpula da Unicamp. Por isso, é urgente que a reitoria divulgue não apenas o montante pago, mas também a composição dos salários. Além, claro, de cumprir a lei sem apelar a heterodoxias legais. Por fim, um alerta. Parte da comunidade universitária teme que a exposição de tais mazelas ajude os que, nos governos e fora deles, intentam o desmonte e a privatização da universidade pública. Trata-se de uma preocupação legítima. Mas a nossa luta em defesa da ampliação do investimento no ensino público e da valorização salarial dos trabalhadores da educação nada tem a ganhar quando fechamos os olhos para o injustificável. Até porque a atual cúpula da Unicamp, que se beneficia dos supersalários, é formada justamente por uma (não tão) estranha composição entre os que há muitos anos conduzem nosso país e nosso Estado ao abismo educacional. IURIATAN FELIPE MUNIZ, 31, e TEÓFILO REIS, 31, são diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Security Increased by 670% during Games Compared to Normal Days
MARCO ANTÔNIO MARTINS FROM RIO The security presence in Olympic areas and expressways in Rio will have a contingent composed of seven times the number of men deployed by the Military Police in normal circumstances. The multiplication of active personnel is possible due to reinforcements from Armed Forces on public security alert, from the National Security Force and due to extra payment made on Wednesday (6th) to civil and military police (PM) - the State increased the contingent of PMs in the streets by paying officers to work on their days off. In the four regions where competition will take place, the Rio PM currently have an effective presence available of 6.447 police - the number of the contingent in battalions that normally work in these regions. Starting on the 24th of this month, when all of the effective event security personnel become available, 49.845 officers and agents will be present and visible in streets or arenas where visitors and the so called "Olympic family" (athletes, press, leaders, delegations, etc.) are present USUAL TACTIC The number of security officers and agents deployed in the streets repeats a formula in use since Rio-92, a climate summit attended by heads of state. At that time, a large contingent of police and military forces was deployed to inhibit any criminal activity in locales or points close to the events. The same thing was done during the Pan-American Games in 2007. Unable to bring all 9.600 men from the National Force (only 6.000 were brought, including 1.000 PMs from the State of São Paulo), security coordinators for the Games decided to bring an additional 3.000 military forces to Rio Now, instead of 18 thousand, 21.845 forces will be deployed in the city. According to Jungmann, this increase was the result of a request from Rio's interim Governor, Francisco Dornelles (PP). In addition to occupying strategic structures, military forces will be deployed on expressways that access competition locales, as well as train/metro stations. "With regard to public safety, foreigners can come to Rio with complete peace of mind", affirmed Alexandre de Moraes, Minister of Justice and Citizenship. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English
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Security Increased by 670% during Games Compared to Normal Days MARCO ANTÔNIO MARTINS FROM RIO The security presence in Olympic areas and expressways in Rio will have a contingent composed of seven times the number of men deployed by the Military Police in normal circumstances. The multiplication of active personnel is possible due to reinforcements from Armed Forces on public security alert, from the National Security Force and due to extra payment made on Wednesday (6th) to civil and military police (PM) - the State increased the contingent of PMs in the streets by paying officers to work on their days off. In the four regions where competition will take place, the Rio PM currently have an effective presence available of 6.447 police - the number of the contingent in battalions that normally work in these regions. Starting on the 24th of this month, when all of the effective event security personnel become available, 49.845 officers and agents will be present and visible in streets or arenas where visitors and the so called "Olympic family" (athletes, press, leaders, delegations, etc.) are present USUAL TACTIC The number of security officers and agents deployed in the streets repeats a formula in use since Rio-92, a climate summit attended by heads of state. At that time, a large contingent of police and military forces was deployed to inhibit any criminal activity in locales or points close to the events. The same thing was done during the Pan-American Games in 2007. Unable to bring all 9.600 men from the National Force (only 6.000 were brought, including 1.000 PMs from the State of São Paulo), security coordinators for the Games decided to bring an additional 3.000 military forces to Rio Now, instead of 18 thousand, 21.845 forces will be deployed in the city. According to Jungmann, this increase was the result of a request from Rio's interim Governor, Francisco Dornelles (PP). In addition to occupying strategic structures, military forces will be deployed on expressways that access competition locales, as well as train/metro stations. "With regard to public safety, foreigners can come to Rio with complete peace of mind", affirmed Alexandre de Moraes, Minister of Justice and Citizenship. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English
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Paraíso, Ilha Grande já foi 'caldeirão do inferno'
"Se nos largassem, vagaríamos tristes, inofensivos e desocupados, farrapos vivos, fantasmas prematuros; desejaríamos enlouquecer, recolhermo-nos ao hospício ou ter coragem de amarrar uma corda ao pescoço e dar o mergulho decisivo." Assim escreveu Graciliano Ramos nas suas "Memórias do Cárcere", o mais contundente testemunho sobre o presídio da Ilha Grande. Preso político na ditadura de Getúlio Vargas, Graciliano nunca soube a real razão de ter sido mandado para trás das grades, pois não havia acusação formal contra ele. Por dez meses, de março de 1936 a janeiro de 1937, o escritor foi torturado. Viveu em porões imundos. Sofreu privações. O relato das experiências longe da liberdade foi lançado em 1953, após sua morte. Em meio a tanta beleza natural, a Ilha Grande já foi um dos lugares mais sinistros e sombrios do Brasil, quando, diante de suas praias sedutoras, abrigava um sistema carcerário para onde era encaminhado todo tipo de "ladrão, desordeiro ou subversivo". Ao longo de aproximadamente cem anos, as colônias correcionais, prisões e penitenciárias da Ilha Grande estiveram associadas a condições desumanas a que os internos eram submetidos. Outros presos ilustres passaram por lá: os jornalistas e escritores Orígenes Lessa e Fernando Gabeira, os revolucionários Flores da Cunha e Luiz Carlos Prestes, o dramaturgo Nelson Rodrigues, a psiquiatra Nise da Silveira. Ilha Grande funcionou ainda como uma espécie de "laboratório" para o aprimoramento do crime organizado. Entre os "colaboradores", Rogério Lengruber, o "Bagulhão", um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, assim como Escadinha e João Francisco dos Santos, figura controversa, malandro transformista conhecido como Madame Satã. INFERNO Localizada numa das praias mais belas da Ilha Grande, a de Dois Rios, a colônia foi instalada em 1894. No local, também foram construídas 50 casas para abrigar as famílias de oficiais encarregados da segurança da cadeia –apelidada de "caldeirão do inferno". Somente em 1994 os prédios do complexo arquitetônico Instituto Penal Cândido Mendes foram implodidos. Hoje, ali funciona um museu. Seu acervo é uma importante fonte de reflexão sobre as políticas carcerárias e seus efeitos na sociedade brasileira. Para chegar a Dois Rios, o visitante segue pela única estrada de terra da ilha. São cerca de 12 quilômetros, partindo da Vila do Abraão. Atenção: pelo caminho, você poderá cruzar com um caminhão, que faz o transporte de moradores, mas não adianta insistir, carona ali é proibida.
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Paraíso, Ilha Grande já foi 'caldeirão do inferno'"Se nos largassem, vagaríamos tristes, inofensivos e desocupados, farrapos vivos, fantasmas prematuros; desejaríamos enlouquecer, recolhermo-nos ao hospício ou ter coragem de amarrar uma corda ao pescoço e dar o mergulho decisivo." Assim escreveu Graciliano Ramos nas suas "Memórias do Cárcere", o mais contundente testemunho sobre o presídio da Ilha Grande. Preso político na ditadura de Getúlio Vargas, Graciliano nunca soube a real razão de ter sido mandado para trás das grades, pois não havia acusação formal contra ele. Por dez meses, de março de 1936 a janeiro de 1937, o escritor foi torturado. Viveu em porões imundos. Sofreu privações. O relato das experiências longe da liberdade foi lançado em 1953, após sua morte. Em meio a tanta beleza natural, a Ilha Grande já foi um dos lugares mais sinistros e sombrios do Brasil, quando, diante de suas praias sedutoras, abrigava um sistema carcerário para onde era encaminhado todo tipo de "ladrão, desordeiro ou subversivo". Ao longo de aproximadamente cem anos, as colônias correcionais, prisões e penitenciárias da Ilha Grande estiveram associadas a condições desumanas a que os internos eram submetidos. Outros presos ilustres passaram por lá: os jornalistas e escritores Orígenes Lessa e Fernando Gabeira, os revolucionários Flores da Cunha e Luiz Carlos Prestes, o dramaturgo Nelson Rodrigues, a psiquiatra Nise da Silveira. Ilha Grande funcionou ainda como uma espécie de "laboratório" para o aprimoramento do crime organizado. Entre os "colaboradores", Rogério Lengruber, o "Bagulhão", um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, assim como Escadinha e João Francisco dos Santos, figura controversa, malandro transformista conhecido como Madame Satã. INFERNO Localizada numa das praias mais belas da Ilha Grande, a de Dois Rios, a colônia foi instalada em 1894. No local, também foram construídas 50 casas para abrigar as famílias de oficiais encarregados da segurança da cadeia –apelidada de "caldeirão do inferno". Somente em 1994 os prédios do complexo arquitetônico Instituto Penal Cândido Mendes foram implodidos. Hoje, ali funciona um museu. Seu acervo é uma importante fonte de reflexão sobre as políticas carcerárias e seus efeitos na sociedade brasileira. Para chegar a Dois Rios, o visitante segue pela única estrada de terra da ilha. São cerca de 12 quilômetros, partindo da Vila do Abraão. Atenção: pelo caminho, você poderá cruzar com um caminhão, que faz o transporte de moradores, mas não adianta insistir, carona ali é proibida.
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China lidera ganhos na Ásia com alta de mais de 3%
As ações asiáticas subiram nesta segunda-feira (12), com o salto de mais de 3% na China, e com o yuan tendo alcançado seu maior nível desde a desvalorização em agosto que surpreendeu os mercados. Os dados da China devem ser o destaque da semana, com investidores olhando dados de comércio na terça-feira para avaliar a extensão da desvalorização na segunda maior economia do mundo. Apesar de um forte início para as ações no quarto trimestre, investidores permanecem preocupados sobre a ameaça de desaceleração do crescimento global, mesmo com bancos centrais tendo injetado bilhões de dólares em suas economias. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subiu 0,84%, para 427,8 pontos, estendendo um impressionante avanço de 11% no mês. As ações chinesas subiram depois que o banco central deu novos passos para injetar liquidez na economia e disse que a correção do mercado de ações "já está quase no fim". O índice CSI 300, das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen subiu 3,2% e o Xangai Composite teve valorização de 3,3%. "Qualquer sinal de estímulo está sendo aproveitado pelos mercados como um sinal de estabilização e há fome de barganha, especialmente em setores mais afetados, relacionados a commodities", disse Nicholas Yeo, diretor de ações da Aberdeen Asset Management. Em Tóquio, o índice Nikkei não abriu para negócios. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,21%, a 22.730 pontos. Em Xangai, o índice SSEC ganhou 3,29%, para 3.287 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,22%, para 3.447 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve leve alta de 0,1%, para 2.021 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 1,51%, a 8.573 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times teve alta de 1,12%, a 3.032 pontos. Em Sydney o índice S&P/ASX 200 caiu 0,89%, a 5.232 pontos.
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China lidera ganhos na Ásia com alta de mais de 3%As ações asiáticas subiram nesta segunda-feira (12), com o salto de mais de 3% na China, e com o yuan tendo alcançado seu maior nível desde a desvalorização em agosto que surpreendeu os mercados. Os dados da China devem ser o destaque da semana, com investidores olhando dados de comércio na terça-feira para avaliar a extensão da desvalorização na segunda maior economia do mundo. Apesar de um forte início para as ações no quarto trimestre, investidores permanecem preocupados sobre a ameaça de desaceleração do crescimento global, mesmo com bancos centrais tendo injetado bilhões de dólares em suas economias. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subiu 0,84%, para 427,8 pontos, estendendo um impressionante avanço de 11% no mês. As ações chinesas subiram depois que o banco central deu novos passos para injetar liquidez na economia e disse que a correção do mercado de ações "já está quase no fim". O índice CSI 300, das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen subiu 3,2% e o Xangai Composite teve valorização de 3,3%. "Qualquer sinal de estímulo está sendo aproveitado pelos mercados como um sinal de estabilização e há fome de barganha, especialmente em setores mais afetados, relacionados a commodities", disse Nicholas Yeo, diretor de ações da Aberdeen Asset Management. Em Tóquio, o índice Nikkei não abriu para negócios. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,21%, a 22.730 pontos. Em Xangai, o índice SSEC ganhou 3,29%, para 3.287 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 3,22%, para 3.447 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve leve alta de 0,1%, para 2.021 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 1,51%, a 8.573 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times teve alta de 1,12%, a 3.032 pontos. Em Sydney o índice S&P/ASX 200 caiu 0,89%, a 5.232 pontos.
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Austrália corta taxa de juros à mínima histórica para combater deflação
O banco central australiano cortou a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a mínima histórica de 1,5%, nesta terça-feira (2). É o segundo afrouxamento realizado neste ano, em medida em que busca defender a economia da deflação e conter a valorização da moeda local. O dólar australiano recuou inicialmente com o movimento amplamente esperado da autoridade monetária. Mas a divisa se recuperou rapidamente, conforme investidores previram afrouxamentos por outros bancos centrais, destacando o desafio de manter a moeda mais fraca em um mundo onde juros negativos agora são corriqueiros. "O conselho considerou que as perspectivas para o crescimento sustentável da economia, com a inflação voltando à meta ao longo do tempo, seriam melhoradas pela flexibilização da política monetária nesta reunião", disse o presidente do banco central australiano, Glenn Stevens. Ele ressaltou, porém, que a inflação deverá ficar baixa por um período prolongado. Dados divulgados na semana passada mostraram que a inflação dos preços ao consumidor desacelerou para a mínima de 17 anos no trimestre de junho, enquanto a inflação geral atingiu a mínima histórica de 1,5%.
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Austrália corta taxa de juros à mínima histórica para combater deflaçãoO banco central australiano cortou a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a mínima histórica de 1,5%, nesta terça-feira (2). É o segundo afrouxamento realizado neste ano, em medida em que busca defender a economia da deflação e conter a valorização da moeda local. O dólar australiano recuou inicialmente com o movimento amplamente esperado da autoridade monetária. Mas a divisa se recuperou rapidamente, conforme investidores previram afrouxamentos por outros bancos centrais, destacando o desafio de manter a moeda mais fraca em um mundo onde juros negativos agora são corriqueiros. "O conselho considerou que as perspectivas para o crescimento sustentável da economia, com a inflação voltando à meta ao longo do tempo, seriam melhoradas pela flexibilização da política monetária nesta reunião", disse o presidente do banco central australiano, Glenn Stevens. Ele ressaltou, porém, que a inflação deverá ficar baixa por um período prolongado. Dados divulgados na semana passada mostraram que a inflação dos preços ao consumidor desacelerou para a mínima de 17 anos no trimestre de junho, enquanto a inflação geral atingiu a mínima histórica de 1,5%.
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Governistas contra privatizações
A FESTA para comemorar as privatizações de Michel Temer continua na Bolsa de São Paulo. No entanto, na coalizão do governo começam operações de sabotagem ou crítica técnica às vendas que são o filé do programa, a Eletrobras e os maiores aeroportos do país. As estatais elétricas são dos últimos fazendões de cargos, pelo que tais empresas constam muitas vezes e outras na literatura dos casos de corrupção. Furnas, por exemplo, é um caso no ar pelo menos desde o governo FHC, sob suspeita de ser vampirizada de modo ecumênico, por partidos variados, tal como a Petrobras. Governadores, parlamentares e interessados vários discutem ainda de modo informal como complicar a venda de Furnas e da Chesf, o grosso da Eletrobras. A oposição se organiza principalmente em Minas Gerais, em Pernambuco, na Bahia e no Rio de Janeiro, embora a privatização vá "incomodar o pessoal do Nordeste inteiro", diz um parlamentar. A birra é multipartidária, vai do PT ao PMDB, passando por PSDB, DEM e PSB. Há quem sugira desde já o lançamento de uma "frente de defesa" dessas estatais. Os mais comedidos acham que é melhor esperar e agir nas internas, pois o tempo estaria a favor de quem se opõe à privatização. Além do mais, nem se sabe muito bem como o governo pretende vender a Eletrobras, assunto que fica mais esquisito a cada entrevista enrolada das autoridades envolvidas, que de resto ainda vão passar vexame com essa história de que a privatização vai reduzir o preço da luz, no curto ou no médio prazo. O governo, por ora, diz vagamente que quer apenas aumentar o capital da estatal elétrica, pulverizando a venda de ações de modo a se tornar minoritário, mas ainda detentor do maior bloco de ações. Quem vai mandar de fato na empresa (governo e políticos até hoje dão palpite na Vale)? Se não o governo, um outro minoritário maior, como o banqueiro Juca Abdalla, próximo de Michel Temer? Ou vai haver vários minoritários relevantes, a se engalfinharem em disputas societárias que levam a empresa para o buraco (caso de pelo menos duas teles privatizadas)? Como se não bastasse essa dúvida séria e imensos problemas regulatórios, há a oposição política. Para adversários governistas da privatização, o governo tem pelo menos dois problemas grandes para tocar o negócio. Primeiro, será necessário modificar leis a fim de permitir que o governo se torne minoritário na Eletrobras —até o início de setembro, o governo baixa uma medida provisória sobre o assunto. "Então, a negociação começa por aí. Precisa definir modelo [de venda] antes de querer passar uma lei. Para passar a lei, vai ter conversa. Isso demora. Aí, já vamos para a eleição", explica o político pernambucano, que pede anonimato. Segundo, diz o representante desse grupo de políticos, o governo está "desesperado em várias frentes. Se quiser tudo, não vai levar quase nada. Já vai levar pouco", diz o parlamentar referindo-se a projetos governistas no Congresso. O governo poderia ainda levar um "pedacinho" de reforma da Previdência e, mais urgente, tem o reajuste fiscal de emergência para aprovar, as medidas do pacote de agosto. "Se não conversar sobre Chesf e Furnas, pode chegar a dezembro no desespero", diz o parlamentar.
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Governistas contra privatizaçõesA FESTA para comemorar as privatizações de Michel Temer continua na Bolsa de São Paulo. No entanto, na coalizão do governo começam operações de sabotagem ou crítica técnica às vendas que são o filé do programa, a Eletrobras e os maiores aeroportos do país. As estatais elétricas são dos últimos fazendões de cargos, pelo que tais empresas constam muitas vezes e outras na literatura dos casos de corrupção. Furnas, por exemplo, é um caso no ar pelo menos desde o governo FHC, sob suspeita de ser vampirizada de modo ecumênico, por partidos variados, tal como a Petrobras. Governadores, parlamentares e interessados vários discutem ainda de modo informal como complicar a venda de Furnas e da Chesf, o grosso da Eletrobras. A oposição se organiza principalmente em Minas Gerais, em Pernambuco, na Bahia e no Rio de Janeiro, embora a privatização vá "incomodar o pessoal do Nordeste inteiro", diz um parlamentar. A birra é multipartidária, vai do PT ao PMDB, passando por PSDB, DEM e PSB. Há quem sugira desde já o lançamento de uma "frente de defesa" dessas estatais. Os mais comedidos acham que é melhor esperar e agir nas internas, pois o tempo estaria a favor de quem se opõe à privatização. Além do mais, nem se sabe muito bem como o governo pretende vender a Eletrobras, assunto que fica mais esquisito a cada entrevista enrolada das autoridades envolvidas, que de resto ainda vão passar vexame com essa história de que a privatização vai reduzir o preço da luz, no curto ou no médio prazo. O governo, por ora, diz vagamente que quer apenas aumentar o capital da estatal elétrica, pulverizando a venda de ações de modo a se tornar minoritário, mas ainda detentor do maior bloco de ações. Quem vai mandar de fato na empresa (governo e políticos até hoje dão palpite na Vale)? Se não o governo, um outro minoritário maior, como o banqueiro Juca Abdalla, próximo de Michel Temer? Ou vai haver vários minoritários relevantes, a se engalfinharem em disputas societárias que levam a empresa para o buraco (caso de pelo menos duas teles privatizadas)? Como se não bastasse essa dúvida séria e imensos problemas regulatórios, há a oposição política. Para adversários governistas da privatização, o governo tem pelo menos dois problemas grandes para tocar o negócio. Primeiro, será necessário modificar leis a fim de permitir que o governo se torne minoritário na Eletrobras —até o início de setembro, o governo baixa uma medida provisória sobre o assunto. "Então, a negociação começa por aí. Precisa definir modelo [de venda] antes de querer passar uma lei. Para passar a lei, vai ter conversa. Isso demora. Aí, já vamos para a eleição", explica o político pernambucano, que pede anonimato. Segundo, diz o representante desse grupo de políticos, o governo está "desesperado em várias frentes. Se quiser tudo, não vai levar quase nada. Já vai levar pouco", diz o parlamentar referindo-se a projetos governistas no Congresso. O governo poderia ainda levar um "pedacinho" de reforma da Previdência e, mais urgente, tem o reajuste fiscal de emergência para aprovar, as medidas do pacote de agosto. "Se não conversar sobre Chesf e Furnas, pode chegar a dezembro no desespero", diz o parlamentar.
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'Dama de Ferro', húngara ganha segunda medalha de ouro na natação e chora
MARIANA LAJOLO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO O apelido remete a alguém frio e calculista "Dama de Ferro". Uma mulher capaz de suportar esforços que outras não conseguem. Mas nesta segunda, no alto do pódio, ouvindo o hino da Hungria, Katinka Hosszu parecia inofensiva, vulnerável até. Experimentava pela segunda vez um sabor que esperava desde os Jogos de Atenas, em 2004. Passou por Pequim-2008 em branco, bateu na trave em Londres-2012. Já tinha cinco títulos Mundiais, mas nenhum medalha em Olimpíadas para exibir. Katinka provou o gosto da medalha olímpica e se lambuzou. Em sua primeira prova, estraçalhou o recorde mundial dos 400 m medley, 4m26s36. A marca anterior era da chinesa Ye Shiwen, anotado quatro anos antes (4m28s43). "Eu vinha buscando esse recorde há um tempo. Há mais de sete anos penso nisso. Não achava que podia nadar tão mais rápido, que podia superar o recorde com tanta folga", afirmou. O desempenho levou à loucura seu marido e treinador, Shane Tusup, flagrado vibrando enlouquecidamente pelas TVs. Nesta segunda, ela venceu os 100 m costas, com 58s94. A prata ficou com a norte-americana Kathleen Baker (58s75), e o bronze, com a canadense Kulie Masse (58s76). No pódio, ficou emocionada ao acrescentar o segundo ouro nos Jogos do Rio a sua coleção que já tinha cinco Mundiais. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
esporte
'Dama de Ferro', húngara ganha segunda medalha de ouro na natação e chora MARIANA LAJOLO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO O apelido remete a alguém frio e calculista "Dama de Ferro". Uma mulher capaz de suportar esforços que outras não conseguem. Mas nesta segunda, no alto do pódio, ouvindo o hino da Hungria, Katinka Hosszu parecia inofensiva, vulnerável até. Experimentava pela segunda vez um sabor que esperava desde os Jogos de Atenas, em 2004. Passou por Pequim-2008 em branco, bateu na trave em Londres-2012. Já tinha cinco títulos Mundiais, mas nenhum medalha em Olimpíadas para exibir. Katinka provou o gosto da medalha olímpica e se lambuzou. Em sua primeira prova, estraçalhou o recorde mundial dos 400 m medley, 4m26s36. A marca anterior era da chinesa Ye Shiwen, anotado quatro anos antes (4m28s43). "Eu vinha buscando esse recorde há um tempo. Há mais de sete anos penso nisso. Não achava que podia nadar tão mais rápido, que podia superar o recorde com tanta folga", afirmou. O desempenho levou à loucura seu marido e treinador, Shane Tusup, flagrado vibrando enlouquecidamente pelas TVs. Nesta segunda, ela venceu os 100 m costas, com 58s94. A prata ficou com a norte-americana Kathleen Baker (58s75), e o bronze, com a canadense Kulie Masse (58s76). No pódio, ficou emocionada ao acrescentar o segundo ouro nos Jogos do Rio a sua coleção que já tinha cinco Mundiais. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Minuto da Política: veja destaques desta quinta-feira
A Comissão Especial do Impeachment anunciou que pretende reduzir o período de tramitação do processo contra Dilma Rousseff. A votação final pode ocorrer ainda em julho, mas a decisão final será do Supremo.Em entrevista, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu que há preocupação com recuos de senadores que votaram a favor do impeachment e que o governo interino quer que o processo seja o mais breve possível.Veja estes e outros destaques neste vídeo, com Carolina Linhares.
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Minuto da Política: veja destaques desta quinta-feiraA Comissão Especial do Impeachment anunciou que pretende reduzir o período de tramitação do processo contra Dilma Rousseff. A votação final pode ocorrer ainda em julho, mas a decisão final será do Supremo.Em entrevista, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu que há preocupação com recuos de senadores que votaram a favor do impeachment e que o governo interino quer que o processo seja o mais breve possível.Veja estes e outros destaques neste vídeo, com Carolina Linhares.
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Irmão de Geddel volta à Câmara e diz que ex-ministro se defenderá nos autos
Irmão de Geddel Vieira Lima, preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) voltou à Câmara nesta terça-feira (19) e evitou comentar a possibilidade de que o ex-ministro faça um acordo de delação premiada. "Não estive com ele, não posso comentar nada. A defesa tem que ser tratada por ele mesmo e pelo advogado", declarou. Questionado se aconselharia o irmão a colaborar com as investigações, respondeu: "Não me disporia a dar conselho nenhum. Sou agrônomo, não sou advogado." O deputado afirmou que não visitou Geddel na Papuda desde que ele foi preso, no dia 8 de setembro, depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento atribuído a ele. O parlamentar que o irmão vai se defender nos autos do processo. "Se o silêncio já provoca distorções, imagine uma fala mal-entendida ou mal-interpretada", disse Lúcio. "Todos combatem questões de vazamento e informações deturpadas. Não cabe a mim contribuir para que isso aconteça. Qualquer questionamento deverá ser buscado nos autos, para evitar distorções." Lúcio disse confiar na inocência do irmão e de "qualquer cidadão brasileiro até que ele tenha exercido amplo direito de defesa e seja julgado". "Já tivemos diversos pedidos de arquivamento pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, inclusive casos onde houve condenação sumária antecipada." O deputado também afirmou que só pretende esclarecer nos autos os elementos que, segundo a Polícia Federal, podem ligá-lo ao apartamento em que o dinheiro foi encontrado. Testemunhas disseram que Lúcio frequentava o local, e os investigadores encontraram no imóvel uma fatura de uma empregada doméstica que trabalhava para ele. Lúcio Vieira Lima despachou em seu gabinete na Câmara pela primeira vez desde a prisão do irmão. Na semana passada, ficou em Salvador para "cuidar da família". Nesta terça, recebeu prefeitos da Bahia que, segundo ele, pleiteiam recursos do governo federal para o combate à seca e disse não haver constrangimento em procurar ministros de Michel Temer no momento em que o irmão está preso, acusado de corrupção. "Não há nenhum desconforto nisso. No cenário que está aí, muitas autoridades que eu procuro estão com os mesmos eventuais problemas", afirmou. "Estou exercendo o mandato que o povo da Bahia me conferiu para lutar por seus interesses."
poder
Irmão de Geddel volta à Câmara e diz que ex-ministro se defenderá nos autosIrmão de Geddel Vieira Lima, preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) voltou à Câmara nesta terça-feira (19) e evitou comentar a possibilidade de que o ex-ministro faça um acordo de delação premiada. "Não estive com ele, não posso comentar nada. A defesa tem que ser tratada por ele mesmo e pelo advogado", declarou. Questionado se aconselharia o irmão a colaborar com as investigações, respondeu: "Não me disporia a dar conselho nenhum. Sou agrônomo, não sou advogado." O deputado afirmou que não visitou Geddel na Papuda desde que ele foi preso, no dia 8 de setembro, depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento atribuído a ele. O parlamentar que o irmão vai se defender nos autos do processo. "Se o silêncio já provoca distorções, imagine uma fala mal-entendida ou mal-interpretada", disse Lúcio. "Todos combatem questões de vazamento e informações deturpadas. Não cabe a mim contribuir para que isso aconteça. Qualquer questionamento deverá ser buscado nos autos, para evitar distorções." Lúcio disse confiar na inocência do irmão e de "qualquer cidadão brasileiro até que ele tenha exercido amplo direito de defesa e seja julgado". "Já tivemos diversos pedidos de arquivamento pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, inclusive casos onde houve condenação sumária antecipada." O deputado também afirmou que só pretende esclarecer nos autos os elementos que, segundo a Polícia Federal, podem ligá-lo ao apartamento em que o dinheiro foi encontrado. Testemunhas disseram que Lúcio frequentava o local, e os investigadores encontraram no imóvel uma fatura de uma empregada doméstica que trabalhava para ele. Lúcio Vieira Lima despachou em seu gabinete na Câmara pela primeira vez desde a prisão do irmão. Na semana passada, ficou em Salvador para "cuidar da família". Nesta terça, recebeu prefeitos da Bahia que, segundo ele, pleiteiam recursos do governo federal para o combate à seca e disse não haver constrangimento em procurar ministros de Michel Temer no momento em que o irmão está preso, acusado de corrupção. "Não há nenhum desconforto nisso. No cenário que está aí, muitas autoridades que eu procuro estão com os mesmos eventuais problemas", afirmou. "Estou exercendo o mandato que o povo da Bahia me conferiu para lutar por seus interesses."
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Licenciamento ambiental: ruim com ele, muito pior sem ele
A prova concreta de que os processos de licenciamento ambiental para grandes obras são muito frágeis no Brasil é o caso da barragem do Fundão, em Mariana (MG), cujo rompimento, no final do ano passado, nos levou ao maior desastre ambiental da história do nosso país. E o que poderíamos esperar do poder público depois desse desastre? Deixar tudo como está, obviamente, não é a saída. Hoje, os processos de licenciamento ambiental são transgredidos por todos os lados. As empresas, responsáveis por contratar os estudos de impacto ambiental (EIA), muitas vezes pressionam os técnicos responsáveis por realizá-los e chegam até mesmo a alterar o conteúdo dos relatórios. Do outro lado, os próprios governos pressionam para que os relatórios sejam aprovados, uma vez que já decidiram, muito antes da elaboração dos estudos, que vão realizar as obras de qualquer jeito. Ou seja, os processos de licenciamento ambiental hoje não servem para decidir se obras ou empreendimentos serão feitos a partir das considerações sobre seus impactos socioambientais, nem sequer para definir diretrizes básicas para os projetos. Como não existe independência na elaboração dos estudos de impacto, estes terminam servindo tão somente para apontar quais problemas podem ser mitigados e que compensações devem ser feitas, muitas delas às vezes sem nenhuma relação com os impactos do empreendimento. Ainda assim, a regra trifásica –EIA, Licença de Implantação e Licença de Operação–, que em tese deveria servir para verificar se as medidas compensatórias e mitigadoras estão de fato sendo implantadas, é em diversos casos uma ficção: muitos empreendimentos já se encontram em plena operação antes de estas licenças serem expedidas. Assim, diante da forma como vem sendo implantado esse modelo, no mínimo esperam-se mudanças no sentido de aperfeiçoar os processos de licenciamento, melhorando a qualidade dos relatórios de impacto, ampliando a participação da sociedade desde a concepção dos projetos, promovendo a articulação entre os diversos órgãos públicos envolvidos e sua capacidade de fiscalização. É assustador, porém, ver que as discussões em curso hoje, ao menos no âmbito do legislativo federal, vão completamente na contramão disso tudo. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional 65/2012, do senador Arcir Gurcacz (PDT-RO), que inclui um parágrafo a mais no artigo 225 da Constituição Federal, determinando que basta a apresentação de um estudo prévio de impacto para que a execução da obra seja autorizada, sem que esta possa posteriormente ser suspensa ou cancelada.Na prática, essa PEC simplesmente anula o licenciamento ambiental. O Congresso também discute hoje o projeto de lei nº 654/2015, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentado no âmbito da chamada "Agenda Brasil", pacote proposto pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para enfrentar a crise econômica. Esse PL propõe simplificar o licenciamento ambiental para obras de infraestrutura consideradas estratégicas. Isso significa que justamente as obras mais complexas e de maior impacto socioambiental, como usinas, represas, barragens, estradas etc, ficariam praticamente livres do licenciamento. Segundo levantamento do Instituto Socioambiental, existem hoje no Congresso Nacional 34 propostas de alteração no licenciamento. Infelizmente, a maior parte dessas iniciativas tem como objetivo e justificativa simplesmente encurtar os prazos. Ou seja, o único problema que deputados e senadores enxergam é a demora na aprovação dos licenciamentos. Não tocam em nenhuma das questões que de fato precisam ser enfrentadas. Pior, propõem destruir o pouco que temos hoje, que foi duramente construído ao longo de muitos anos, e isso inclui o aprendizado das próprias empresas para lidar com questões socioambientais, que não pode ser desprezado. Assim, fico me perguntando por que, mesmo com casos tão recentes como o desastre de Mariana, que mostram que o licenciamento ambiental precisa ser urgentemente aperfeiçoado, surgem nesse momento propostas que representam tamanho retrocesso? Não consigo não pensar no momento de crise política e econômica que vivemos, com um processo de impeachment em curso e investigações de corrupção. E aí percebo que estamos diante de um completo esvaziamento da ideia do espaço da política como aquilo que cuida do bem comum. E então me vem à lembrança o discurso personalista e messiânico de boa parte dos deputados na votação da admissibilidade do impeachment na Câmara Federal. O que importa, para estes, é fazer obra rápido, a tempo de inaugurar com o nome da mãe, agradecer a Deus em público, filmar e tirar foto para postar nas redes sociais. Aliás, permitir a inauguração de obras no curso de um mandato aparece como justificativa em um dos projetos de simplificação do licenciamento em tramitação. Não vem ao caso saber se precisamos ou não dessa obra e qual seu efeito na transformação do território e na vida das pessoas. Apesar de todos os problemas, o licenciamento ambiental que temos hoje ainda é a única instância no processo de decisão e implantação de grandes transformações do nosso território que exige que as populações atingidas sejam de algum modo informadas e que elabora e publiciza um mínimo de informações sobre as obras e seus impactos. O que está sendo proposto desmonta o pouco que temos de mecanismos de controle, afastando ainda mais as possibilidades de enfrentarmos os reais problemas socioambientais de nosso país.
colunas
Licenciamento ambiental: ruim com ele, muito pior sem eleA prova concreta de que os processos de licenciamento ambiental para grandes obras são muito frágeis no Brasil é o caso da barragem do Fundão, em Mariana (MG), cujo rompimento, no final do ano passado, nos levou ao maior desastre ambiental da história do nosso país. E o que poderíamos esperar do poder público depois desse desastre? Deixar tudo como está, obviamente, não é a saída. Hoje, os processos de licenciamento ambiental são transgredidos por todos os lados. As empresas, responsáveis por contratar os estudos de impacto ambiental (EIA), muitas vezes pressionam os técnicos responsáveis por realizá-los e chegam até mesmo a alterar o conteúdo dos relatórios. Do outro lado, os próprios governos pressionam para que os relatórios sejam aprovados, uma vez que já decidiram, muito antes da elaboração dos estudos, que vão realizar as obras de qualquer jeito. Ou seja, os processos de licenciamento ambiental hoje não servem para decidir se obras ou empreendimentos serão feitos a partir das considerações sobre seus impactos socioambientais, nem sequer para definir diretrizes básicas para os projetos. Como não existe independência na elaboração dos estudos de impacto, estes terminam servindo tão somente para apontar quais problemas podem ser mitigados e que compensações devem ser feitas, muitas delas às vezes sem nenhuma relação com os impactos do empreendimento. Ainda assim, a regra trifásica –EIA, Licença de Implantação e Licença de Operação–, que em tese deveria servir para verificar se as medidas compensatórias e mitigadoras estão de fato sendo implantadas, é em diversos casos uma ficção: muitos empreendimentos já se encontram em plena operação antes de estas licenças serem expedidas. Assim, diante da forma como vem sendo implantado esse modelo, no mínimo esperam-se mudanças no sentido de aperfeiçoar os processos de licenciamento, melhorando a qualidade dos relatórios de impacto, ampliando a participação da sociedade desde a concepção dos projetos, promovendo a articulação entre os diversos órgãos públicos envolvidos e sua capacidade de fiscalização. É assustador, porém, ver que as discussões em curso hoje, ao menos no âmbito do legislativo federal, vão completamente na contramão disso tudo. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional 65/2012, do senador Arcir Gurcacz (PDT-RO), que inclui um parágrafo a mais no artigo 225 da Constituição Federal, determinando que basta a apresentação de um estudo prévio de impacto para que a execução da obra seja autorizada, sem que esta possa posteriormente ser suspensa ou cancelada.Na prática, essa PEC simplesmente anula o licenciamento ambiental. O Congresso também discute hoje o projeto de lei nº 654/2015, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentado no âmbito da chamada "Agenda Brasil", pacote proposto pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para enfrentar a crise econômica. Esse PL propõe simplificar o licenciamento ambiental para obras de infraestrutura consideradas estratégicas. Isso significa que justamente as obras mais complexas e de maior impacto socioambiental, como usinas, represas, barragens, estradas etc, ficariam praticamente livres do licenciamento. Segundo levantamento do Instituto Socioambiental, existem hoje no Congresso Nacional 34 propostas de alteração no licenciamento. Infelizmente, a maior parte dessas iniciativas tem como objetivo e justificativa simplesmente encurtar os prazos. Ou seja, o único problema que deputados e senadores enxergam é a demora na aprovação dos licenciamentos. Não tocam em nenhuma das questões que de fato precisam ser enfrentadas. Pior, propõem destruir o pouco que temos hoje, que foi duramente construído ao longo de muitos anos, e isso inclui o aprendizado das próprias empresas para lidar com questões socioambientais, que não pode ser desprezado. Assim, fico me perguntando por que, mesmo com casos tão recentes como o desastre de Mariana, que mostram que o licenciamento ambiental precisa ser urgentemente aperfeiçoado, surgem nesse momento propostas que representam tamanho retrocesso? Não consigo não pensar no momento de crise política e econômica que vivemos, com um processo de impeachment em curso e investigações de corrupção. E aí percebo que estamos diante de um completo esvaziamento da ideia do espaço da política como aquilo que cuida do bem comum. E então me vem à lembrança o discurso personalista e messiânico de boa parte dos deputados na votação da admissibilidade do impeachment na Câmara Federal. O que importa, para estes, é fazer obra rápido, a tempo de inaugurar com o nome da mãe, agradecer a Deus em público, filmar e tirar foto para postar nas redes sociais. Aliás, permitir a inauguração de obras no curso de um mandato aparece como justificativa em um dos projetos de simplificação do licenciamento em tramitação. Não vem ao caso saber se precisamos ou não dessa obra e qual seu efeito na transformação do território e na vida das pessoas. Apesar de todos os problemas, o licenciamento ambiental que temos hoje ainda é a única instância no processo de decisão e implantação de grandes transformações do nosso território que exige que as populações atingidas sejam de algum modo informadas e que elabora e publiciza um mínimo de informações sobre as obras e seus impactos. O que está sendo proposto desmonta o pouco que temos de mecanismos de controle, afastando ainda mais as possibilidades de enfrentarmos os reais problemas socioambientais de nosso país.
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Capriles cobra Dilma, mas vê nova posição do Brasil
Governador do Estado de Miranda, que abriga Caracas, e candidato derrotado duas vezes à Presidência venezuelana, o opositor Henrique Capriles vê mudança na posição do Brasil sobre o governo do presidente Nicolás Maduro. Em entrevista à Folha nesta sexta, Capriles revelou que só pôde participar de um encontro com chanceleres da Unasul, em março, porque o Brasil pressionou o governo. Ele diz que, há quatro anos, nem sequer era recebido pela embaixada brasileira. Mas exigiu que a presidente Dilma Rousseff eleve o tom para condenar o episódio desta quinta, no qual um comboio de senadores brasileiros foi hostilizado por manifestantes e impedido de visitar presos políticos em Caracas. * Folha - Como vê o episódio dos senadores brasileiros? Henrique Capriles - É a cara do governo mandar pessoas gritarem contra adversários. Mas desta vez, o governo passou dos limites. Foi absurdo impedir que a delegação pudesse chegar a Caracas. Sinto vergonha por aquilo. Os venezuelanos não são assim. A delegação, aliás, veio num avião da FAB, o que mostra como funcionam as instituições no Brasil. Aqui seria impossível que parlamentares opositores viajassem num avião da Força Área Venezuelana. O senhor não tem dúvida de que foi orquestrado? Foi ordem direta do governo. Havia grupos espontâneos no início dos anos 2000, quando os seguidores do [então presidente Hugo] Chávez eram muitos, e as pessoas se mobilizavam. Este governo não mobiliza ninguém espontaneamente. Não tem liderança nem apoio para isso. A estrada foi trancada com cumplicidade dos corpos de segurança do Estado. O senhor vê inflexão do Brasil em relação à Venezuela? Há quatro anos, era impossível falar com o embaixador do Brasil. Ele tinha ordem para não falar com a oposição. Ele tinha ordem para não falar com a oposição. Eu, na condição de funcionário público [governador], não de líder da oposição, não conseguia nem sequer ter intercâmbio cultural com a embaixada. A razão é que o Brasil via a oposição venezuelana como golpista. [Após os protestos de 2014], todos os chanceleres da Unasul vieram a Caracas. Ao fim da reunião, o então chanceler Luiz Alberto Figueiredo disse que havia sido instruído pela presidente Dilma a conversar a sós comigo. Apresentei a situação para que ela não tenha só a versão do governo. Na última reunião de chanceleres e oposição, em março, o governo vetou minha participação. Disseram: "Capriles não vai." Sabe quem me pôs lá dentro? O Brasil. Há ou não há uma visão diferente? Mas, diante de uma situação como a de quinta, pedimos que Dilma eleve o tom não só sobre o ocorrido [dos senadores], mas sobre tudo o que acontece na Venezuela. O que acha da ideia, defendida por setores no Brasil, de expulsar a Venezuela do Mercosul? Não quero que isso aconteça porque quem sairia prejudicado é o meu país, não o governo. Temos que fazer com que produtos comprados dos países do sul tenham o melhor preço possível. O senhor se vê como líder da oposição democrática. Isso significa que existe uma oposição não democrática? O governo tem seus extremistas, e a oposição, também. O certo é focar os extremos ou o centro, onde estão a maioria dos venezuelanos? A maioria quer uma mudança pacífica, eleitoral e constitucional. Eu estou do lado desta maioria e trabalho para que ela se imponha democraticamente. Muita gente na oposição diz que o governo nunca sairá do poder pela via eleitoral. Então por que [López e outros] fazem greve de fome para pedir eleições? Este país mudou no dia 14 de abril de 2013 [eleição presidencial convocada após a morte de Hugo Chávez, na qual Nicolás Maduro derrotou Capriles por margem mínima]. Foi aí que acabou a maioria governista. Maduro chegou ao poder por uma eleição questionada e impugnada. Qualquer pesquisa de opinião mostra que 80% vê a situação como negativa. Você não acha que esses 80%, se bem organizados, podem derrotar os 20% que usam as armas e controlam as instituições? Eu, que fui vítima do abuso do Estado, creio no voto. Além disso, ninguém me deu de presente o governo do Estado de Miranda. Ganhei o pleito de forma contundente. Numa eleição apertada, o governo pode te tirar a vitória das mãos. Mas, com a base de apoio popular que temos, com vantagem de 20 pontos da oposição que aparece em qualquer pesquisa, podemos ganhar. Muita gente o critica por ter aceitado o resultado de 2013. O que querem que faça contra tanques e fuzis? Pegar em armas também? [O herói da independência da Venezuela Simón] Bolívar também recuou. Recuar não significa dobrar-se ou entregar-se. Nunca vou pôr em risco nenhuma vida que não seja a minha própria. Coragem é saber dizer não. Uma guerra civil estava tomando forma. Quem morre nestas horas? Os mais humildes. A oposição não aguenta mais andar como carrinho de bate-bate. Há um ano diziam que era impossível ir às urnas. Hoje estão em greve de fome para pedir eleições. Um dia quiseram uma Constituinte, no outro, um Congresso Cidadão. Imagina o governo anunciando vitória da oposição na TV? Diante de uma maioria arrasadora, o resultado terá de ser lido. E a vitória na Assembleia Nacional será o ponto de partida para mudar os rumos da Venezuela. Imagine se aprovarmos uma lei para anistiar presos políticos. Outra lei: proibir dar petróleo de presente a outros países. Há países que não querem mudança porque a "renda-Venezuela" acabaria. Isso pode explicar o silêncio de alguns presidentes. Como Dilma Rousseff? Não quero pensar que ela seja pragmática a esse ponto. Por que o senhor não visitou López na prisão nem participou de eventos com ex-presidentes que foram a Caracas apoiar os opositores presos? Li na mídia brasileira que a mulher dele disse que eu não o havia visitado. Ela mentiu. Visitei Leopoldo e Daniel Ceballos, que foi transferido a uma prisão comum e, por isso, se tornou o rosto mais emblemático da sujeira do governo. Sou solidário a 1000% com os companheiros presos, faria qualquer coisa para obter sua liberdade. Mas todos sabemos que isso não depende dos meus atos. Isso depende de ganharmos a Assembleia Nacional. Minha maior contribuição para a liberdade de Leopoldo é estar todos os dias em alguma comunidade carente. Você acha que a visita de ex-presidentes significa algo para as pessoas nas favelas? Os aliados de López têm uma poderosa máquina de comunicação que o coloca na mídia o tempo todo. Prisão política sempre atrai atenção da mídia. É natural que o pessoal do Leopoldo faça o que está fazendo. Eu não compito com eles. Se competem comigo, é problema deles. Quando você pergunta às pessoas o que eles esperam de seu líder, elas dizem que ele os visite e leve esperança. Quem faz isso? Dá para contar nos dedos de uma mão. Mas não vou mencioná-los porque é hora de agregar. É preciso ter cuidado com as bolhas. Liderança não é uma campanha de marketing nem tirar foto bonita. Há uma oposição que é refém do seu entorno e que não ir além dele.
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Capriles cobra Dilma, mas vê nova posição do BrasilGovernador do Estado de Miranda, que abriga Caracas, e candidato derrotado duas vezes à Presidência venezuelana, o opositor Henrique Capriles vê mudança na posição do Brasil sobre o governo do presidente Nicolás Maduro. Em entrevista à Folha nesta sexta, Capriles revelou que só pôde participar de um encontro com chanceleres da Unasul, em março, porque o Brasil pressionou o governo. Ele diz que, há quatro anos, nem sequer era recebido pela embaixada brasileira. Mas exigiu que a presidente Dilma Rousseff eleve o tom para condenar o episódio desta quinta, no qual um comboio de senadores brasileiros foi hostilizado por manifestantes e impedido de visitar presos políticos em Caracas. * Folha - Como vê o episódio dos senadores brasileiros? Henrique Capriles - É a cara do governo mandar pessoas gritarem contra adversários. Mas desta vez, o governo passou dos limites. Foi absurdo impedir que a delegação pudesse chegar a Caracas. Sinto vergonha por aquilo. Os venezuelanos não são assim. A delegação, aliás, veio num avião da FAB, o que mostra como funcionam as instituições no Brasil. Aqui seria impossível que parlamentares opositores viajassem num avião da Força Área Venezuelana. O senhor não tem dúvida de que foi orquestrado? Foi ordem direta do governo. Havia grupos espontâneos no início dos anos 2000, quando os seguidores do [então presidente Hugo] Chávez eram muitos, e as pessoas se mobilizavam. Este governo não mobiliza ninguém espontaneamente. Não tem liderança nem apoio para isso. A estrada foi trancada com cumplicidade dos corpos de segurança do Estado. O senhor vê inflexão do Brasil em relação à Venezuela? Há quatro anos, era impossível falar com o embaixador do Brasil. Ele tinha ordem para não falar com a oposição. Ele tinha ordem para não falar com a oposição. Eu, na condição de funcionário público [governador], não de líder da oposição, não conseguia nem sequer ter intercâmbio cultural com a embaixada. A razão é que o Brasil via a oposição venezuelana como golpista. [Após os protestos de 2014], todos os chanceleres da Unasul vieram a Caracas. Ao fim da reunião, o então chanceler Luiz Alberto Figueiredo disse que havia sido instruído pela presidente Dilma a conversar a sós comigo. Apresentei a situação para que ela não tenha só a versão do governo. Na última reunião de chanceleres e oposição, em março, o governo vetou minha participação. Disseram: "Capriles não vai." Sabe quem me pôs lá dentro? O Brasil. Há ou não há uma visão diferente? Mas, diante de uma situação como a de quinta, pedimos que Dilma eleve o tom não só sobre o ocorrido [dos senadores], mas sobre tudo o que acontece na Venezuela. O que acha da ideia, defendida por setores no Brasil, de expulsar a Venezuela do Mercosul? Não quero que isso aconteça porque quem sairia prejudicado é o meu país, não o governo. Temos que fazer com que produtos comprados dos países do sul tenham o melhor preço possível. O senhor se vê como líder da oposição democrática. Isso significa que existe uma oposição não democrática? O governo tem seus extremistas, e a oposição, também. O certo é focar os extremos ou o centro, onde estão a maioria dos venezuelanos? A maioria quer uma mudança pacífica, eleitoral e constitucional. Eu estou do lado desta maioria e trabalho para que ela se imponha democraticamente. Muita gente na oposição diz que o governo nunca sairá do poder pela via eleitoral. Então por que [López e outros] fazem greve de fome para pedir eleições? Este país mudou no dia 14 de abril de 2013 [eleição presidencial convocada após a morte de Hugo Chávez, na qual Nicolás Maduro derrotou Capriles por margem mínima]. Foi aí que acabou a maioria governista. Maduro chegou ao poder por uma eleição questionada e impugnada. Qualquer pesquisa de opinião mostra que 80% vê a situação como negativa. Você não acha que esses 80%, se bem organizados, podem derrotar os 20% que usam as armas e controlam as instituições? Eu, que fui vítima do abuso do Estado, creio no voto. Além disso, ninguém me deu de presente o governo do Estado de Miranda. Ganhei o pleito de forma contundente. Numa eleição apertada, o governo pode te tirar a vitória das mãos. Mas, com a base de apoio popular que temos, com vantagem de 20 pontos da oposição que aparece em qualquer pesquisa, podemos ganhar. Muita gente o critica por ter aceitado o resultado de 2013. O que querem que faça contra tanques e fuzis? Pegar em armas também? [O herói da independência da Venezuela Simón] Bolívar também recuou. Recuar não significa dobrar-se ou entregar-se. Nunca vou pôr em risco nenhuma vida que não seja a minha própria. Coragem é saber dizer não. Uma guerra civil estava tomando forma. Quem morre nestas horas? Os mais humildes. A oposição não aguenta mais andar como carrinho de bate-bate. Há um ano diziam que era impossível ir às urnas. Hoje estão em greve de fome para pedir eleições. Um dia quiseram uma Constituinte, no outro, um Congresso Cidadão. Imagina o governo anunciando vitória da oposição na TV? Diante de uma maioria arrasadora, o resultado terá de ser lido. E a vitória na Assembleia Nacional será o ponto de partida para mudar os rumos da Venezuela. Imagine se aprovarmos uma lei para anistiar presos políticos. Outra lei: proibir dar petróleo de presente a outros países. Há países que não querem mudança porque a "renda-Venezuela" acabaria. Isso pode explicar o silêncio de alguns presidentes. Como Dilma Rousseff? Não quero pensar que ela seja pragmática a esse ponto. Por que o senhor não visitou López na prisão nem participou de eventos com ex-presidentes que foram a Caracas apoiar os opositores presos? Li na mídia brasileira que a mulher dele disse que eu não o havia visitado. Ela mentiu. Visitei Leopoldo e Daniel Ceballos, que foi transferido a uma prisão comum e, por isso, se tornou o rosto mais emblemático da sujeira do governo. Sou solidário a 1000% com os companheiros presos, faria qualquer coisa para obter sua liberdade. Mas todos sabemos que isso não depende dos meus atos. Isso depende de ganharmos a Assembleia Nacional. Minha maior contribuição para a liberdade de Leopoldo é estar todos os dias em alguma comunidade carente. Você acha que a visita de ex-presidentes significa algo para as pessoas nas favelas? Os aliados de López têm uma poderosa máquina de comunicação que o coloca na mídia o tempo todo. Prisão política sempre atrai atenção da mídia. É natural que o pessoal do Leopoldo faça o que está fazendo. Eu não compito com eles. Se competem comigo, é problema deles. Quando você pergunta às pessoas o que eles esperam de seu líder, elas dizem que ele os visite e leve esperança. Quem faz isso? Dá para contar nos dedos de uma mão. Mas não vou mencioná-los porque é hora de agregar. É preciso ter cuidado com as bolhas. Liderança não é uma campanha de marketing nem tirar foto bonita. Há uma oposição que é refém do seu entorno e que não ir além dele.
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Força Nacional chega ao Rio Grande do Sul neste domingo
Em meio a uma crise de segurança pública, o Rio Grande do Sul recebe neste domingo (28) as primeiras equipes da Força Nacional, enviadas para reforçar o policiamento no Estado. Os policiais foram deslocados do Rio de Janeiro, onde atuavam na Olimpíada, para o Sul ainda na sexta-feira (26), quando o presidente interino Michel Temer (PMDB) aceitou o pedido do governador José Ivo Sartori (PMDB) para o envio das tropas. A equipe de 120 pessoas iria trabalhar na Paraolimpíada do Rio. Agora, atuará no policiamento ostensivo em Porto Alegre, junto com policiais militares. Em crise financeira, o Estado tem atrasado salários de servidores, inclusive de policiais, e enfrentado alta nos índices de criminalidade. Policiais militares e civis tiveram os salários parcelados, algumas vezes em parcelas menores que o salário mínimo. O efetivo diminuiu, e Sartori chegou a cortar o combustível para os carros da polícia. Na noite desta quinta-feira (25), o secretário de Segurança, Waltuir Jacini, deixou o cargo depois de mais um latrocínio (roubo seguido de morte) em Porto Alegre, tipo de crime que subiu 35% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2015 -de 66 para 89. Sartori diz que a crise da segurança "vem de longo tempo, de outras circunstâncias". Ele anunciou, após a demissão do secretário, a criação de um "gabinete de crise", capitaneado pelo seu vice, José Paulo Cairoli (PSD). PRESÍDIOS A intenção inicial era que a Força Nacional reforçasse o policiamento dos presídios do Estado, cuja população aumentou cerca de 15% no último ano -atualmente, são 34 mil detentos. Após reunião com o comando da Força, porém, ficou estabelecido que os soldados vão atuar nas ruas. O governador Sartori também pediu ajuda de Temer para comprar equipamentos, armamentos e construir um presídio na capital gaúcha. Ainda não houve resposta. Os 120 homens da Força Nacional estarão nas ruas de Porto Alegre a partir desta segunda (29), por tempo indeterminado. RIO GRANDE DO NORTE Também em crise na segurança, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais, o Rio Grande do Norte era outro que havia solicitado ao governo federal o envio de tropas da Força Nacional ao Estado. Nesta terça (23), homens dasForças Armadas, que ajudavam no policiamento local, deixaram o Estado após três semanas de atuação. O governador Robinson Faria (PSD) enviou um ofício ao governo federal no mesmo dia, mas ainda não obteve resposta. O Estado anunciou que reforçaria o policiamento da PM em pontos turísticos, corredores de transporte público e áreas comerciais. Até o início da semana, o Ministério da Defesa argumentava que as Forças Armadas e a Força Nacional estavam envolvidas em "operações de garantia da lei e da ordem" nos Jogos Olímpicos.
cotidiano
Força Nacional chega ao Rio Grande do Sul neste domingoEm meio a uma crise de segurança pública, o Rio Grande do Sul recebe neste domingo (28) as primeiras equipes da Força Nacional, enviadas para reforçar o policiamento no Estado. Os policiais foram deslocados do Rio de Janeiro, onde atuavam na Olimpíada, para o Sul ainda na sexta-feira (26), quando o presidente interino Michel Temer (PMDB) aceitou o pedido do governador José Ivo Sartori (PMDB) para o envio das tropas. A equipe de 120 pessoas iria trabalhar na Paraolimpíada do Rio. Agora, atuará no policiamento ostensivo em Porto Alegre, junto com policiais militares. Em crise financeira, o Estado tem atrasado salários de servidores, inclusive de policiais, e enfrentado alta nos índices de criminalidade. Policiais militares e civis tiveram os salários parcelados, algumas vezes em parcelas menores que o salário mínimo. O efetivo diminuiu, e Sartori chegou a cortar o combustível para os carros da polícia. Na noite desta quinta-feira (25), o secretário de Segurança, Waltuir Jacini, deixou o cargo depois de mais um latrocínio (roubo seguido de morte) em Porto Alegre, tipo de crime que subiu 35% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2015 -de 66 para 89. Sartori diz que a crise da segurança "vem de longo tempo, de outras circunstâncias". Ele anunciou, após a demissão do secretário, a criação de um "gabinete de crise", capitaneado pelo seu vice, José Paulo Cairoli (PSD). PRESÍDIOS A intenção inicial era que a Força Nacional reforçasse o policiamento dos presídios do Estado, cuja população aumentou cerca de 15% no último ano -atualmente, são 34 mil detentos. Após reunião com o comando da Força, porém, ficou estabelecido que os soldados vão atuar nas ruas. O governador Sartori também pediu ajuda de Temer para comprar equipamentos, armamentos e construir um presídio na capital gaúcha. Ainda não houve resposta. Os 120 homens da Força Nacional estarão nas ruas de Porto Alegre a partir desta segunda (29), por tempo indeterminado. RIO GRANDE DO NORTE Também em crise na segurança, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais, o Rio Grande do Norte era outro que havia solicitado ao governo federal o envio de tropas da Força Nacional ao Estado. Nesta terça (23), homens dasForças Armadas, que ajudavam no policiamento local, deixaram o Estado após três semanas de atuação. O governador Robinson Faria (PSD) enviou um ofício ao governo federal no mesmo dia, mas ainda não obteve resposta. O Estado anunciou que reforçaria o policiamento da PM em pontos turísticos, corredores de transporte público e áreas comerciais. Até o início da semana, o Ministério da Defesa argumentava que as Forças Armadas e a Força Nacional estavam envolvidas em "operações de garantia da lei e da ordem" nos Jogos Olímpicos.
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'Turquia tem o direito de defender seu território', diz Obama sobre incidente
O presidente dos EUA, Barack Obama, não tentou esconder as divergências com Moscou ao falar da derrubada do caça russo pela artilharia turca. Ele afirmou que a Turquia "tem o direito de defender o seu território e seu espaço aéreo" e criticou a ofensiva aérea russa na Síria. Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva na Casa Branca ao lado do presidente francês, François Hollande. A tensão após a queda do avião tornou mais difícil o esforço de Hollande para unir EUA e Rússia numa frente de combate à facção terrorista Estado Islâmico. Obama ressaltou a importância do diálogo entre Rússia e Turquia a fim de evitar uma escalada após o incidente, classificado como "punhalada nas costas" pelo presidente russo, Vladimir Putin. Apesar de iniciar seu comentário sobre o incidente de modo cauteloso, afirmando que não tinha ainda todas as informações a respeito, Obama partiu para o ataque contra Moscou, observando que a aviação russa estava perto demais da fronteira tuca. "Isso indica um problema sobre as operações da Rússia. Elas agem muito perto da fronteira e estão indo atrás da oposição moderada que é apoiada não só pela Turquia, mas por vários países. Se a Rússia direcionar sua energia contra o EI, alguns conflitos e o potencial de erros e escalada serão mais difíceis de ocorrer", disse o presidente. COALIZÃO O encontro com Obama faz parte da campanha de Hollande para construir uma coalizão internacional contra o EI após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13. Na véspera de chegar a Washington, ele recebera o premiê britânico, David Cameron, que ofereceu uma base aérea britânica no Chipre para os bombardeios da França contra o EI. A turnê para criar uma estratégia comum de combate inclui visitas nesta semana aos líderes de Rússia, Alemanha, Itália e China. O encontro mais esperado é o de quinta, com Vladimir Putin. Na Casa Branca, o presidente francês reiterou que o ditador sírio deve deixar o poder "o quanto antes", posição que se choca à da Rússia, a favor da permanência de Assad na transição política. No plano militar, porém, França e Rússia estão mais alinhados. Na semana passado o porta-aviões francês Charles de Gaulle foi enviado à costa síria e os dois países anunciaram operações conjuntas contra o EI. Na entrevista em Washington, Hollande descartou tropas terrestres, dizendo que o plano é apoiar forças locais e intensificar a operação aérea. O encontro de Hollande e Obama não trouxe novidades à estratégia contra o EI, que o presidente americano insiste que está dando resultado. Segundo ele, depois de quase um ano e cerca de 8.000 bombardeios, a campanha liderada pelos EUA conteve o avanço da milícia. Obama disse que a coalizão de 65 países está aberta à Rússia, mas que para isso Moscou deve priorizar a destruição do EI, não a manutenção do regime sírio: "A Rússia está numa coalizão de dois, com o Irã, por Assad". Na segunda, Putin reuniu-se por quase duas horas com o líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em Teerã. Após o encontro, um porta-voz do Kremlin disse que os dois concordam que uma solução política na Síria "não pode ser ditada de fora". Durante a visita, Putin disse que "ninguém fora da Síria pode e deve impor à sua população qualquer forma de governo". "Isso deve ser decidido pelo povo sírio", afirmou. "A crise síria deve e vai ser resolvida politicamente."
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'Turquia tem o direito de defender seu território', diz Obama sobre incidenteO presidente dos EUA, Barack Obama, não tentou esconder as divergências com Moscou ao falar da derrubada do caça russo pela artilharia turca. Ele afirmou que a Turquia "tem o direito de defender o seu território e seu espaço aéreo" e criticou a ofensiva aérea russa na Síria. Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva na Casa Branca ao lado do presidente francês, François Hollande. A tensão após a queda do avião tornou mais difícil o esforço de Hollande para unir EUA e Rússia numa frente de combate à facção terrorista Estado Islâmico. Obama ressaltou a importância do diálogo entre Rússia e Turquia a fim de evitar uma escalada após o incidente, classificado como "punhalada nas costas" pelo presidente russo, Vladimir Putin. Apesar de iniciar seu comentário sobre o incidente de modo cauteloso, afirmando que não tinha ainda todas as informações a respeito, Obama partiu para o ataque contra Moscou, observando que a aviação russa estava perto demais da fronteira tuca. "Isso indica um problema sobre as operações da Rússia. Elas agem muito perto da fronteira e estão indo atrás da oposição moderada que é apoiada não só pela Turquia, mas por vários países. Se a Rússia direcionar sua energia contra o EI, alguns conflitos e o potencial de erros e escalada serão mais difíceis de ocorrer", disse o presidente. COALIZÃO O encontro com Obama faz parte da campanha de Hollande para construir uma coalizão internacional contra o EI após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13. Na véspera de chegar a Washington, ele recebera o premiê britânico, David Cameron, que ofereceu uma base aérea britânica no Chipre para os bombardeios da França contra o EI. A turnê para criar uma estratégia comum de combate inclui visitas nesta semana aos líderes de Rússia, Alemanha, Itália e China. O encontro mais esperado é o de quinta, com Vladimir Putin. Na Casa Branca, o presidente francês reiterou que o ditador sírio deve deixar o poder "o quanto antes", posição que se choca à da Rússia, a favor da permanência de Assad na transição política. No plano militar, porém, França e Rússia estão mais alinhados. Na semana passado o porta-aviões francês Charles de Gaulle foi enviado à costa síria e os dois países anunciaram operações conjuntas contra o EI. Na entrevista em Washington, Hollande descartou tropas terrestres, dizendo que o plano é apoiar forças locais e intensificar a operação aérea. O encontro de Hollande e Obama não trouxe novidades à estratégia contra o EI, que o presidente americano insiste que está dando resultado. Segundo ele, depois de quase um ano e cerca de 8.000 bombardeios, a campanha liderada pelos EUA conteve o avanço da milícia. Obama disse que a coalizão de 65 países está aberta à Rússia, mas que para isso Moscou deve priorizar a destruição do EI, não a manutenção do regime sírio: "A Rússia está numa coalizão de dois, com o Irã, por Assad". Na segunda, Putin reuniu-se por quase duas horas com o líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em Teerã. Após o encontro, um porta-voz do Kremlin disse que os dois concordam que uma solução política na Síria "não pode ser ditada de fora". Durante a visita, Putin disse que "ninguém fora da Síria pode e deve impor à sua população qualquer forma de governo". "Isso deve ser decidido pelo povo sírio", afirmou. "A crise síria deve e vai ser resolvida politicamente."
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Disseminação da obesidade contribuiu para o aumento dos casos de câncer
A suspeita de que a obesidade aumenta o risco de câncer vem de longe. A disseminação da epidemia de obesidade ocorrida nos últimos 20 anos contribuiu para o aumento atual do número de casos de tumores malignos. Em 2003, a revista médica de maior circulação -"The New England Journal of Medicine"- publicou um estudo prospectivo conduzido entre 900 mil americanos que não tinham câncer ao entrar na pesquisa, no ano de 1982. Os autores examinaram a relação entre os índices de massa corpórea (IMC = peso/altura x altura) e os 57.145 óbitos por câncer ocorridos no período de 1982 a 1998. Os resultados foram os seguintes: 1) Quando comparados com pessoas com peso corpóreo na faixa da normalidade (IMC de 20 a 24,9), homens com IMCs de 40 ou mais apresentaram risco de morrer de câncer 52% mais alto. Nas mulheres com os mesmos níveis de obesidade, o aumento de risco foi de 62%. 2) IMCs de 40 ou mais foram claramente associados à morte por câncer de esôfago, cólon, reto, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rim, mieloma múltiplo e linfoma não-Hodgkin. Embora não significantes estatisticamente, pareceu haver relação também com os óbitos por câncer de mama, útero e ovário e, no sexo masculino, estômago e próstata. 3) Com base nessas associações, os autores estimaram que a obesidade na população dos Estados Unidos daquela época seria responsável por 14% de todas as mortes por câncer em homens, e por 20% nas mulheres. Desde então, o número de pessoas obesas não parou de subir naquele país. Em 2014, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica publicou o primeiro alerta: "As pesquisas demonstram a existência de relações críticas entre câncer e obesidade. Como cerca de três quartos da população americana cai na faixa de excesso de peso ou obesidade, essa ameaça pode superar a do fumo como a principal causa passível de prevenção". Clifford Hudis, presidente da sociedade naquele ano, foi enfático: "A epidemia de obesidade poderá neutralizar décadas de esforço de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer". Agora, o grupo de Maria Kyrgiou, do Imperial College London, publicou os resultados de uma análise exaustiva de 204 estudos sobre o tema. Os autores encontraram evidências indiscutíveis de que a obesidade aumenta os riscos de câncer de estômago, cólon, reto, vias biliares, pâncreas, esôfago, mama, endométrio, ovário, rim e mieloma múltiplo. Nos homens, para cada 5 kg/m² de aumento do IMC, o risco de câncer de reto sobe 9%, e o das vias biliares, 56%. Na menopausa, cada 5 kg/m² de aumento do IMC acrescenta 11% ao risco de câncer de mama. Em publicação recente, a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer (Iarc) afirmou que "a despeito das discussões sobre a metodologia empregada nos estudos, a conclusão inevitável é de que prevenir o ganho excessivo de peso na vida adulta reduz o risco de câncer". Os mecanismos pelos quais o excesso de tecido adiposo facilita o aparecimento de tumores malignos são variados e mal esclarecidos. Alguns são bem conhecidos, como o contato do suco gástrico com a mucosa do esôfago, causado pela doença do refluxo gastroesofágico. Outros, como os cânceres de mama, ovário, próstata e endométrio, provavelmente envolvam desequilíbrios provocados pelos hormônios secretados pelas células adiposas. Outros, ainda, como é o caso do mieloma múltiplo, percorrem caminhos mais nebulosos. É possível que exista um mecanismo comum que justifique, pelo menos em parte, o aumento de risco: a inflamação. Da mesma forma que na maioria dos tecidos, as células adiposas estão em processo de renovação constante. O organismo se livra das que envelheceram e dos restos mortos de membranas e corpúsculos celulares, atraindo para o local glóbulos brancos especializados nessa função, como os macrófagos, por exemplo. O afluxo dessas células imunologicamente competentes cria uma inflamação tanto mais intensa quanto maior o número de células adiposas. A obesidade é hoje entendida como causadora de um processo inflamatório crônico, pano de fundo para enfermidades díspares como ataques cardíacos, diabetes, câncer e doenças reumatológicas, além de outras com alta prevalência no mundo atual.
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Disseminação da obesidade contribuiu para o aumento dos casos de câncerA suspeita de que a obesidade aumenta o risco de câncer vem de longe. A disseminação da epidemia de obesidade ocorrida nos últimos 20 anos contribuiu para o aumento atual do número de casos de tumores malignos. Em 2003, a revista médica de maior circulação -"The New England Journal of Medicine"- publicou um estudo prospectivo conduzido entre 900 mil americanos que não tinham câncer ao entrar na pesquisa, no ano de 1982. Os autores examinaram a relação entre os índices de massa corpórea (IMC = peso/altura x altura) e os 57.145 óbitos por câncer ocorridos no período de 1982 a 1998. Os resultados foram os seguintes: 1) Quando comparados com pessoas com peso corpóreo na faixa da normalidade (IMC de 20 a 24,9), homens com IMCs de 40 ou mais apresentaram risco de morrer de câncer 52% mais alto. Nas mulheres com os mesmos níveis de obesidade, o aumento de risco foi de 62%. 2) IMCs de 40 ou mais foram claramente associados à morte por câncer de esôfago, cólon, reto, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rim, mieloma múltiplo e linfoma não-Hodgkin. Embora não significantes estatisticamente, pareceu haver relação também com os óbitos por câncer de mama, útero e ovário e, no sexo masculino, estômago e próstata. 3) Com base nessas associações, os autores estimaram que a obesidade na população dos Estados Unidos daquela época seria responsável por 14% de todas as mortes por câncer em homens, e por 20% nas mulheres. Desde então, o número de pessoas obesas não parou de subir naquele país. Em 2014, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica publicou o primeiro alerta: "As pesquisas demonstram a existência de relações críticas entre câncer e obesidade. Como cerca de três quartos da população americana cai na faixa de excesso de peso ou obesidade, essa ameaça pode superar a do fumo como a principal causa passível de prevenção". Clifford Hudis, presidente da sociedade naquele ano, foi enfático: "A epidemia de obesidade poderá neutralizar décadas de esforço de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer". Agora, o grupo de Maria Kyrgiou, do Imperial College London, publicou os resultados de uma análise exaustiva de 204 estudos sobre o tema. Os autores encontraram evidências indiscutíveis de que a obesidade aumenta os riscos de câncer de estômago, cólon, reto, vias biliares, pâncreas, esôfago, mama, endométrio, ovário, rim e mieloma múltiplo. Nos homens, para cada 5 kg/m² de aumento do IMC, o risco de câncer de reto sobe 9%, e o das vias biliares, 56%. Na menopausa, cada 5 kg/m² de aumento do IMC acrescenta 11% ao risco de câncer de mama. Em publicação recente, a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer (Iarc) afirmou que "a despeito das discussões sobre a metodologia empregada nos estudos, a conclusão inevitável é de que prevenir o ganho excessivo de peso na vida adulta reduz o risco de câncer". Os mecanismos pelos quais o excesso de tecido adiposo facilita o aparecimento de tumores malignos são variados e mal esclarecidos. Alguns são bem conhecidos, como o contato do suco gástrico com a mucosa do esôfago, causado pela doença do refluxo gastroesofágico. Outros, como os cânceres de mama, ovário, próstata e endométrio, provavelmente envolvam desequilíbrios provocados pelos hormônios secretados pelas células adiposas. Outros, ainda, como é o caso do mieloma múltiplo, percorrem caminhos mais nebulosos. É possível que exista um mecanismo comum que justifique, pelo menos em parte, o aumento de risco: a inflamação. Da mesma forma que na maioria dos tecidos, as células adiposas estão em processo de renovação constante. O organismo se livra das que envelheceram e dos restos mortos de membranas e corpúsculos celulares, atraindo para o local glóbulos brancos especializados nessa função, como os macrófagos, por exemplo. O afluxo dessas células imunologicamente competentes cria uma inflamação tanto mais intensa quanto maior o número de células adiposas. A obesidade é hoje entendida como causadora de um processo inflamatório crônico, pano de fundo para enfermidades díspares como ataques cardíacos, diabetes, câncer e doenças reumatológicas, além de outras com alta prevalência no mundo atual.
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Governador do Amazonas tem o mandato cassado pelo TRE
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas decidiu cassar o mandato do governador José Melo (Pros) e de seu vice Henrique Oliveira (SDD) em sessão realizada nesta segunda-feira (25). Por cinco votos a um, os juízes aceitaram as denúncias de compra de voto pela campanha de reeleição de José Melo, A acusação foi protocolada pelo seu adversário direto à época, o hoje ministro Eduardo Braga (Minas e Energia). A decisão tem efeito suspensivo, o que garante a permanência de Melo no governo até o julgamento de recurso pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele vai recorrer. Melo foi acusado de se beneficiar de um esquema de compra de votos com dinheiro público obtido a partir de um contrato do governo com uma empresa de segurança durante a Copa do Mundo de 2014. O julgamento foi retomando neste ano após cinco juízes já terem decidido pela perda do cargo do governador em sessão do último dia 16 de dezembro. A análise foi interrompida por pedido de vista do juiz Márcio Meirelles. Em seu voto nesta segunda, Meirelles afirmou não ter encontrado provas suficientes que justificassem a "pena capital da perda do mandato". Em 2015, a coligação liderada por Eduardo Braga, a "Renovação e Experiência", denunciou José Melo por compra de votos e abuso de poder político. Durante o segundo turno da campanha eleitoral, a Polícia Federal apreendeu quase R$ 12 mil em um comitê de campanha de Melo, em Manaus. Além do dinheiro, a polícia também encontrou notas de recibos que comprovariam o pagamento de benefícios em troca de votos. Segundo a denúncia, eleitores de Melo receberam óculos, reforma de túmulos, pagamento de festas de formatura e transporte para cidades do interior do Amazonas. Os advogados de Eduardo Braga afirmam que o dinheiro usado para a compra de votos partiu de um contrato fraudulento entre o governo do Amazonas e uma empresa para realizar serviços de monitoramento eletrônico para atuar na organização da Copa em Manaus. Segundo a denúncia, o Estado repassou R$ 1 milhão para a Agência Nacional de Segurança e Defesa, entidade fantasma com sede em Brasília e presidida por Nair Blair, presa pela Polícia Federal no mesmo comitê onde os quase R$ 12 mil foram apreendidos. Antes do repasse de R$ 1 milhão do governo José Melo, a agência de segurança não apresentava nenhuma movimentação financeira em sua conta. O dinheiro, de acordo com a denúncia, foi repassado para a agência semanas após o fim dos quatro jogos da primeira fase da Copa que aconteceram em Manaus. A Folha não localizou o advogado de Nair Blair. De acordo com o advogado de Eduardo Braga, Daniel Nogueira, dois saques foram feitos das contas da empresa dias antes do primeiro turno. OUTRO LADO A defesa do governador nega todas as acusações. "Este contrato não tem nenhum tipo de ligação com a campanha [eleitoral de 2014], não há nenhuma conotação eleitoral com o contrato. Não houve abuso de poder político e tampouco compra de votos", diz Yuri Dantas, advogado de José Melo. Dantas afirma que vai esperar a publicação da decisão para decidir se entra com embargos de declaração no TRE ou um recurso ordinário junto ao TSE. Para o advogado, ambos os recursos têm efeito suspensivo sobre a decisão, assegurando a permanência de Melo no governo. POSSE DE EDUARDO BRAGA O advogado de Eduardo Braga diz acreditar que, se mantida a cassação pelo TSE, a Corte pode decidir pela posse do ministro de Minas e Energia no governo do Amazonas, mesmo com a minirreforma eleitoral sancionada pela presidente Dilma Rousseff que prevê a realização de uma nova disputa em casos de cassação. "Há uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral dizendo que este dispositivo do segundo colocado na minirreforma não se aplica nas eleições que já tenham ocorrido. Por mais que haja um posicionamento doutrinário questionando este entendimento, eu prefiro acreditar na posição jurisprudencial do TSE", diz Daniel Nogueira.
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Governador do Amazonas tem o mandato cassado pelo TREO Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas decidiu cassar o mandato do governador José Melo (Pros) e de seu vice Henrique Oliveira (SDD) em sessão realizada nesta segunda-feira (25). Por cinco votos a um, os juízes aceitaram as denúncias de compra de voto pela campanha de reeleição de José Melo, A acusação foi protocolada pelo seu adversário direto à época, o hoje ministro Eduardo Braga (Minas e Energia). A decisão tem efeito suspensivo, o que garante a permanência de Melo no governo até o julgamento de recurso pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele vai recorrer. Melo foi acusado de se beneficiar de um esquema de compra de votos com dinheiro público obtido a partir de um contrato do governo com uma empresa de segurança durante a Copa do Mundo de 2014. O julgamento foi retomando neste ano após cinco juízes já terem decidido pela perda do cargo do governador em sessão do último dia 16 de dezembro. A análise foi interrompida por pedido de vista do juiz Márcio Meirelles. Em seu voto nesta segunda, Meirelles afirmou não ter encontrado provas suficientes que justificassem a "pena capital da perda do mandato". Em 2015, a coligação liderada por Eduardo Braga, a "Renovação e Experiência", denunciou José Melo por compra de votos e abuso de poder político. Durante o segundo turno da campanha eleitoral, a Polícia Federal apreendeu quase R$ 12 mil em um comitê de campanha de Melo, em Manaus. Além do dinheiro, a polícia também encontrou notas de recibos que comprovariam o pagamento de benefícios em troca de votos. Segundo a denúncia, eleitores de Melo receberam óculos, reforma de túmulos, pagamento de festas de formatura e transporte para cidades do interior do Amazonas. Os advogados de Eduardo Braga afirmam que o dinheiro usado para a compra de votos partiu de um contrato fraudulento entre o governo do Amazonas e uma empresa para realizar serviços de monitoramento eletrônico para atuar na organização da Copa em Manaus. Segundo a denúncia, o Estado repassou R$ 1 milhão para a Agência Nacional de Segurança e Defesa, entidade fantasma com sede em Brasília e presidida por Nair Blair, presa pela Polícia Federal no mesmo comitê onde os quase R$ 12 mil foram apreendidos. Antes do repasse de R$ 1 milhão do governo José Melo, a agência de segurança não apresentava nenhuma movimentação financeira em sua conta. O dinheiro, de acordo com a denúncia, foi repassado para a agência semanas após o fim dos quatro jogos da primeira fase da Copa que aconteceram em Manaus. A Folha não localizou o advogado de Nair Blair. De acordo com o advogado de Eduardo Braga, Daniel Nogueira, dois saques foram feitos das contas da empresa dias antes do primeiro turno. OUTRO LADO A defesa do governador nega todas as acusações. "Este contrato não tem nenhum tipo de ligação com a campanha [eleitoral de 2014], não há nenhuma conotação eleitoral com o contrato. Não houve abuso de poder político e tampouco compra de votos", diz Yuri Dantas, advogado de José Melo. Dantas afirma que vai esperar a publicação da decisão para decidir se entra com embargos de declaração no TRE ou um recurso ordinário junto ao TSE. Para o advogado, ambos os recursos têm efeito suspensivo sobre a decisão, assegurando a permanência de Melo no governo. POSSE DE EDUARDO BRAGA O advogado de Eduardo Braga diz acreditar que, se mantida a cassação pelo TSE, a Corte pode decidir pela posse do ministro de Minas e Energia no governo do Amazonas, mesmo com a minirreforma eleitoral sancionada pela presidente Dilma Rousseff que prevê a realização de uma nova disputa em casos de cassação. "Há uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral dizendo que este dispositivo do segundo colocado na minirreforma não se aplica nas eleições que já tenham ocorrido. Por mais que haja um posicionamento doutrinário questionando este entendimento, eu prefiro acreditar na posição jurisprudencial do TSE", diz Daniel Nogueira.
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Fotografia: Categoria se renova com indicados 'virgens' de Oscar
Quatro dos cinco indicados ao Oscar de melhor fotografia em 2017 concorrem ao prêmio pela primeira vez. Mesmo o cinematógrafo que já disputou a estatueta, o mexicano Rodrigo Prieto, por "Brokeback Mountain", perdeu a chance que teve. Os cinco jovens concorrentes –o mais velho, Prieto, tem 51 anos, e o mais jovem, James Laxton, 36– contrastam com a seleção do ano anterior, que reuniu nomes como Ed Lachman, 68 ("Carol"), John Seale ("Mad Max"), 74, e Roger Deakins, 67 ("Sicario"), este último esnobado 13 vezes pela Academia. Leia a seguir comentários sobre cada um dos filmes na categoria. * "Moonlight - Sob a Luz do Luar" A oposição entre a sombria história do protagonista Chiron e as cores intensas de Miami, onde o longa foi filmado, é o trunfo de James Laxton em "Moonlight - Sob a Luz do Luar". O cinematógrafo norte-americano captou as imagens em um padrão de cores "anêmico", como se elas estivessem lavadas, para depois colorir o material digitalmente. Assim, as cenas ganham contraste e riqueza de cores sem perder detalhes que seriam absorvidos por sombras agressivas. A luz do título não é mera poesia: esculpe os rostos dos atores, todos negros, e faz com que a pele do elenco brilhe. "Moonlight" também se destaca pelos enquadramentos mais quebrados, menos óbvios, tanto devido à câmera solta, menos estática, quanto pela proporção do quadro (2.35 : 1), que faz com que a tela vire uma tira bem fininha. * "La La Land - Cantando Estações" Se a Academia quiser seguir o padrão pirotécnico que dominou a categoria nos últimos três anos, quando o mexicano Emmanuel Lubezki venceu três estatuetas consecutivas pelos trabalhos em "Gravidade", "Birdman" e "O Regresso", o prêmio irá para Linus Sandgren. Os planos sequências que ocorrem durante os musicais, em que a câmera se move como se estivesse em um balé coreografado, com pequenos efeitos para juntar as tomadas, são características que aproximam a estética de "La La Land" da de "Birdman". O cinematógrafo sueco, responsável pela fotografia de dois longas recentes de David O. Russell, "Joy" e "Trapaça", trabalha agora com Damien Chazelle, cujo filme anterior, "Whiplash", também operava a partir do jazz. Chazelle e Sandgren transformam a câmera num instrumento musical e fazem transições belíssimas, como quando dividem sem sutileza o sonho e a realidade na narrativa dos personagens de "La La Land". * 'Lion -Uma Jornada Para Casa' Por outro lado, se o Oscar quiser premiar um "filme de Oscar", esse filme é o melodrama "Lion: Uma Jornada Para Casa", cheio de cenas deslumbrantes e feitas para emocionar. Aqui, o australiano Greig Fraser imprime estética bem diferente da que construiu em trabalhos passados, como "Foxcatcher" e "Rogue One: Uma História Star Wars". Isso demonstra versatilidade. Em "Lion", o cinematógrafo intercala tomadas abertas, que valorizam a imagem de uma Índia exótica, colorida e pobre, e closes nos rostos dos protagonistas, destacando o carisma de Sunny Pawar, que interpreta o personagem Saroo quando criança. Sobram desfoques e exuberância nas cores num filme que parece todo calculado, com ar heróico. Fraser já venceu o prêmio concedido pela ASC (American Society of Cinematographers) deste ano, no qual concorreu com os outros mesmos indicados ao Oscar. Favoritismo? Provável. Nos últimos dez anos, ASC e Oscar escolheram o mesmo vencedor sete vezes. * 'A Chegada' Estava claro que, se Denis Villeneuve resolvesse filmar uma ficção científica, esta não seria uma ficção científica com cara de ficção científica. Para isso, o canadense sempre lembrado por dramas como "Incêndios", de 2010, contou com um cinematógrafo que também não tem a carreira ligada às atmosferas espaciais e artificiais que os fãs de ficção científica estão acostumados a ver. Logo no começo de "A Chegada", o norte-americano Bradford Young desfila sofisticação com tons frios e muitos planos geométricos, sempre com tomadas mais escuras. O desafio, na verdade, era ainda maior do que criar um visual diferente para esse tipo de longa: o interior da nave alienígena no qual os protagonistas passam grande parte do filme não poderia parecer algo ridículo. Young conseguiu. Em vez do exagero, criou um ambiente que mescla escuridão e claridade, com poucos elementos, mas muita força visual. * 'Silence' Rodrigo Prieto é o mais experiente entre os concorrentes. Aos 51 anos, já foi indicado ao Oscar por "Brokeback Mountain" e filmou obras como "Argo", "O Lobo de Wall Street" e "Babel", um longa que exibe quatro tipos de fotografia. Agora, atua ao lado de Martin Scorsese numa superprodução sobre missionários jesuítas no Japão do século 17. "Silence" carrega as características de um romance histórico, com tons inspirados em pintores barrocos, como o próprio cinematógrafo explicou em entrevistas. Também foi filmado, em parte, com película, o que é muito bom para tons de pele e nuance dos rostos. Se a Academia o premiar, será a quarta vez consecutiva que o Oscar de melhor fotografia será dado a um mexicano. - Veja a lista das outras categorias comentadas por profissionais, críticos e colaboradores da Folha. Melhor filme, por Inácio Araujo Melhor diretor, por Sergio Alpendre Melhor animação, por Sandro Macedo Melhor documentário, por Aline Pellegrini Melhor documentário de curta-metragem, por Lívia Sampaio Melhor roteiro original, por Francesca Angiolillo Melhor roteiro adaptado, por Francesca Angiolillo Melhor ator, por Guilherme Genestreti Melhor atriz, por Teté Ribeiro Melhor ator coadjuvante, por Guilherme Genestreti Melhor atriz coadjuvante, por Teté Ribeiro Melhor montagem, por Matheus Magenta Melhor direção de arte, por Guilherme Genestreti Melhor trilha sonora, por Alex Kidd Melhor canção original, por Giuliana Vallone Melhor figurino, por Pedro Diniz Melhor maquiagem e penteado, por Anna Virginia Balloussier
ilustrada
Fotografia: Categoria se renova com indicados 'virgens' de OscarQuatro dos cinco indicados ao Oscar de melhor fotografia em 2017 concorrem ao prêmio pela primeira vez. Mesmo o cinematógrafo que já disputou a estatueta, o mexicano Rodrigo Prieto, por "Brokeback Mountain", perdeu a chance que teve. Os cinco jovens concorrentes –o mais velho, Prieto, tem 51 anos, e o mais jovem, James Laxton, 36– contrastam com a seleção do ano anterior, que reuniu nomes como Ed Lachman, 68 ("Carol"), John Seale ("Mad Max"), 74, e Roger Deakins, 67 ("Sicario"), este último esnobado 13 vezes pela Academia. Leia a seguir comentários sobre cada um dos filmes na categoria. * "Moonlight - Sob a Luz do Luar" A oposição entre a sombria história do protagonista Chiron e as cores intensas de Miami, onde o longa foi filmado, é o trunfo de James Laxton em "Moonlight - Sob a Luz do Luar". O cinematógrafo norte-americano captou as imagens em um padrão de cores "anêmico", como se elas estivessem lavadas, para depois colorir o material digitalmente. Assim, as cenas ganham contraste e riqueza de cores sem perder detalhes que seriam absorvidos por sombras agressivas. A luz do título não é mera poesia: esculpe os rostos dos atores, todos negros, e faz com que a pele do elenco brilhe. "Moonlight" também se destaca pelos enquadramentos mais quebrados, menos óbvios, tanto devido à câmera solta, menos estática, quanto pela proporção do quadro (2.35 : 1), que faz com que a tela vire uma tira bem fininha. * "La La Land - Cantando Estações" Se a Academia quiser seguir o padrão pirotécnico que dominou a categoria nos últimos três anos, quando o mexicano Emmanuel Lubezki venceu três estatuetas consecutivas pelos trabalhos em "Gravidade", "Birdman" e "O Regresso", o prêmio irá para Linus Sandgren. Os planos sequências que ocorrem durante os musicais, em que a câmera se move como se estivesse em um balé coreografado, com pequenos efeitos para juntar as tomadas, são características que aproximam a estética de "La La Land" da de "Birdman". O cinematógrafo sueco, responsável pela fotografia de dois longas recentes de David O. Russell, "Joy" e "Trapaça", trabalha agora com Damien Chazelle, cujo filme anterior, "Whiplash", também operava a partir do jazz. Chazelle e Sandgren transformam a câmera num instrumento musical e fazem transições belíssimas, como quando dividem sem sutileza o sonho e a realidade na narrativa dos personagens de "La La Land". * 'Lion -Uma Jornada Para Casa' Por outro lado, se o Oscar quiser premiar um "filme de Oscar", esse filme é o melodrama "Lion: Uma Jornada Para Casa", cheio de cenas deslumbrantes e feitas para emocionar. Aqui, o australiano Greig Fraser imprime estética bem diferente da que construiu em trabalhos passados, como "Foxcatcher" e "Rogue One: Uma História Star Wars". Isso demonstra versatilidade. Em "Lion", o cinematógrafo intercala tomadas abertas, que valorizam a imagem de uma Índia exótica, colorida e pobre, e closes nos rostos dos protagonistas, destacando o carisma de Sunny Pawar, que interpreta o personagem Saroo quando criança. Sobram desfoques e exuberância nas cores num filme que parece todo calculado, com ar heróico. Fraser já venceu o prêmio concedido pela ASC (American Society of Cinematographers) deste ano, no qual concorreu com os outros mesmos indicados ao Oscar. Favoritismo? Provável. Nos últimos dez anos, ASC e Oscar escolheram o mesmo vencedor sete vezes. * 'A Chegada' Estava claro que, se Denis Villeneuve resolvesse filmar uma ficção científica, esta não seria uma ficção científica com cara de ficção científica. Para isso, o canadense sempre lembrado por dramas como "Incêndios", de 2010, contou com um cinematógrafo que também não tem a carreira ligada às atmosferas espaciais e artificiais que os fãs de ficção científica estão acostumados a ver. Logo no começo de "A Chegada", o norte-americano Bradford Young desfila sofisticação com tons frios e muitos planos geométricos, sempre com tomadas mais escuras. O desafio, na verdade, era ainda maior do que criar um visual diferente para esse tipo de longa: o interior da nave alienígena no qual os protagonistas passam grande parte do filme não poderia parecer algo ridículo. Young conseguiu. Em vez do exagero, criou um ambiente que mescla escuridão e claridade, com poucos elementos, mas muita força visual. * 'Silence' Rodrigo Prieto é o mais experiente entre os concorrentes. Aos 51 anos, já foi indicado ao Oscar por "Brokeback Mountain" e filmou obras como "Argo", "O Lobo de Wall Street" e "Babel", um longa que exibe quatro tipos de fotografia. Agora, atua ao lado de Martin Scorsese numa superprodução sobre missionários jesuítas no Japão do século 17. "Silence" carrega as características de um romance histórico, com tons inspirados em pintores barrocos, como o próprio cinematógrafo explicou em entrevistas. Também foi filmado, em parte, com película, o que é muito bom para tons de pele e nuance dos rostos. Se a Academia o premiar, será a quarta vez consecutiva que o Oscar de melhor fotografia será dado a um mexicano. - Veja a lista das outras categorias comentadas por profissionais, críticos e colaboradores da Folha. Melhor filme, por Inácio Araujo Melhor diretor, por Sergio Alpendre Melhor animação, por Sandro Macedo Melhor documentário, por Aline Pellegrini Melhor documentário de curta-metragem, por Lívia Sampaio Melhor roteiro original, por Francesca Angiolillo Melhor roteiro adaptado, por Francesca Angiolillo Melhor ator, por Guilherme Genestreti Melhor atriz, por Teté Ribeiro Melhor ator coadjuvante, por Guilherme Genestreti Melhor atriz coadjuvante, por Teté Ribeiro Melhor montagem, por Matheus Magenta Melhor direção de arte, por Guilherme Genestreti Melhor trilha sonora, por Alex Kidd Melhor canção original, por Giuliana Vallone Melhor figurino, por Pedro Diniz Melhor maquiagem e penteado, por Anna Virginia Balloussier
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Golpe contra o Brasil
Enquanto o país naufraga em águas turvas, vítima da combinação letal de crise política e recessão profunda, o governismo discursa aos incautos e ataca os indignados. Entrincheirados no bunker palaciano, avessos à realidade que lhes bate às portas, criam uma narrativa golpista, disparando um pesado arsenal de retórica belicosa que precisa ser combatida. Não importa quão delirante seja o discurso da vitimização, o essencial é disseminar o clima incendiário de caça a todos os que ousam levantar a bandeira do impeachment. O discurso radical é a ponta do iceberg de uma estratégia orquestrada pelo governo para ganhar, no grito, o que ele vem perdendo de fato e de direito. No mesmo pacote de guerrilha pode-se ver o esforço de demonização e as manobras reiteradas de obstrução da Justiça, a pressão sobre a Polícia Federal, até o uso das embaixadas brasileiras no exterior para propagar mensagens de alerta contra o risco de um golpe político no país. Vale tudo para não perder o poder. Mas a verdade é que o processo de impeachment avança no Congresso, em rito aprovado pelo Supremo Tribunal Federal, absolutamente dentro dos trâmites legais e constitucionais. A própria bancada do PT e os partidos aliados votaram pela constituição da comissão do impeachment. Tratar a destituição do chefe de Estado prevista em lei como uma ação golpista é atentar contra a democracia e o Estado de Direito. Esse é o verdadeiro sentido dos ataques e do estímulo à intolerância que estão em andamento, contra os quais é preciso reagir com energia e coragem. O governo faria muito melhor se se ocupasse e olhasse de verdade para a realidade do país. Alguns indicadores da economia, divulgados na véspera do feriado santo, revelam a dimensão da tragédia brasileira: a recessão fechou 277 indústrias, o desemprego já atinge um em cada cinco jovens e, para culminar, depois de mais de duas décadas, o Brasil volta a registrar, ao mesmo tempo, a queda na renda e o aumento da sua desigualdade. Cai por terra, assim, a melhora na equidade social brasileira, uma marca emblemática do marketing petista. Agora, estamos assistindo a um espetáculo patético de diversionismo patrocinado pelo PT. Na ausência de argumentos e respostas consistentes que façam frente às acusações que lhe são imputadas, investe-se contra a oposição e os milhões de brasileiros que foram às ruas, para protestar legitimamente contra a corrupção e a má gestão. No lugar de ações responsáveis que recoloquem o Brasil na rota do crescimento, o discurso irado e intolerante. O país sangra, mas só há uma obsessão: manter o poder a qualquer custo. Isso, sim, é um golpe contra o Brasil.
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Golpe contra o BrasilEnquanto o país naufraga em águas turvas, vítima da combinação letal de crise política e recessão profunda, o governismo discursa aos incautos e ataca os indignados. Entrincheirados no bunker palaciano, avessos à realidade que lhes bate às portas, criam uma narrativa golpista, disparando um pesado arsenal de retórica belicosa que precisa ser combatida. Não importa quão delirante seja o discurso da vitimização, o essencial é disseminar o clima incendiário de caça a todos os que ousam levantar a bandeira do impeachment. O discurso radical é a ponta do iceberg de uma estratégia orquestrada pelo governo para ganhar, no grito, o que ele vem perdendo de fato e de direito. No mesmo pacote de guerrilha pode-se ver o esforço de demonização e as manobras reiteradas de obstrução da Justiça, a pressão sobre a Polícia Federal, até o uso das embaixadas brasileiras no exterior para propagar mensagens de alerta contra o risco de um golpe político no país. Vale tudo para não perder o poder. Mas a verdade é que o processo de impeachment avança no Congresso, em rito aprovado pelo Supremo Tribunal Federal, absolutamente dentro dos trâmites legais e constitucionais. A própria bancada do PT e os partidos aliados votaram pela constituição da comissão do impeachment. Tratar a destituição do chefe de Estado prevista em lei como uma ação golpista é atentar contra a democracia e o Estado de Direito. Esse é o verdadeiro sentido dos ataques e do estímulo à intolerância que estão em andamento, contra os quais é preciso reagir com energia e coragem. O governo faria muito melhor se se ocupasse e olhasse de verdade para a realidade do país. Alguns indicadores da economia, divulgados na véspera do feriado santo, revelam a dimensão da tragédia brasileira: a recessão fechou 277 indústrias, o desemprego já atinge um em cada cinco jovens e, para culminar, depois de mais de duas décadas, o Brasil volta a registrar, ao mesmo tempo, a queda na renda e o aumento da sua desigualdade. Cai por terra, assim, a melhora na equidade social brasileira, uma marca emblemática do marketing petista. Agora, estamos assistindo a um espetáculo patético de diversionismo patrocinado pelo PT. Na ausência de argumentos e respostas consistentes que façam frente às acusações que lhe são imputadas, investe-se contra a oposição e os milhões de brasileiros que foram às ruas, para protestar legitimamente contra a corrupção e a má gestão. No lugar de ações responsáveis que recoloquem o Brasil na rota do crescimento, o discurso irado e intolerante. O país sangra, mas só há uma obsessão: manter o poder a qualquer custo. Isso, sim, é um golpe contra o Brasil.
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Tribunal português autoriza extradição de operador da Lava Jato
O Tribunal da Relação de Lisboa autorizou nesta quarta-feira (29) a extradição do luso-brasileiro Raul Schmidt Felippe Junior, detido desde março em Portugal por conta de investigações da Operação Lava Jato. A decisão do tribunal era a última etapa necessária para efetivamente se iniciar o processo de extradição. Em maio, o governo português já havia autorizado o procedimento. Segundo o Ministério Público de Portugal, os crimes que motivaram o pedido aconteceram antes da aquisição da nacionalidade portuguesa. Schmidt é suspeito de pagar propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Ele foi detido em um apartamento de luxo na capital portuguesa em uma operação conjunta da Polícia Federal do Brasil e de autoridades de Portugal. Os detalhes da decisão, assinada pelos desembargadores Américo Augusto Lourenço e Ana Paula Grandvaux, ainda não foram divulgados. Segundo a "Agência Lusa", as autoridades portuguesas fizeram algumas ressalvas, pedindo o chamado "princípio da especialidade" em que o suspeito só pode ser julgado pelos crimes que constam do pedido de extradição. Além disso, a Justiça de Portugal também teria imposto a condição de que Raul Schmidt só poderá ser julgado pelos delitos cometidos antes de 14 de dezembro de 2011, data em que adquiriu a nacionalidade portuguesa. Ainda não há data para marcada para a extradição. O advogado de Schmidt, Rui Patrício, informou que irá recorrer da decisão e manifestou o desejo do operador em permanecer em Portugal. "Esta decisão não corresponde, de modo nenhum, ao que consideramos ser correto, por várias razões, nomeadamente ligadas à nacionalidade, ao princípio constitucional da igualdade, a questões processuais fundamentais da nossa ordem jurídica, que o processo no Brasil não garante, entre outras", afirmou o advogado, em declaração à Lusa. Antes de se mudar para Lisboa, Raul Schmidt viveu em Londres. Ele ficou foragido de julho de 2015 até sua prisão em 21 de março de 2016, na 25° fase da Lava Jato, e chegou a figurar na lista de procurados da Interpol.
poder
Tribunal português autoriza extradição de operador da Lava JatoO Tribunal da Relação de Lisboa autorizou nesta quarta-feira (29) a extradição do luso-brasileiro Raul Schmidt Felippe Junior, detido desde março em Portugal por conta de investigações da Operação Lava Jato. A decisão do tribunal era a última etapa necessária para efetivamente se iniciar o processo de extradição. Em maio, o governo português já havia autorizado o procedimento. Segundo o Ministério Público de Portugal, os crimes que motivaram o pedido aconteceram antes da aquisição da nacionalidade portuguesa. Schmidt é suspeito de pagar propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Ele foi detido em um apartamento de luxo na capital portuguesa em uma operação conjunta da Polícia Federal do Brasil e de autoridades de Portugal. Os detalhes da decisão, assinada pelos desembargadores Américo Augusto Lourenço e Ana Paula Grandvaux, ainda não foram divulgados. Segundo a "Agência Lusa", as autoridades portuguesas fizeram algumas ressalvas, pedindo o chamado "princípio da especialidade" em que o suspeito só pode ser julgado pelos crimes que constam do pedido de extradição. Além disso, a Justiça de Portugal também teria imposto a condição de que Raul Schmidt só poderá ser julgado pelos delitos cometidos antes de 14 de dezembro de 2011, data em que adquiriu a nacionalidade portuguesa. Ainda não há data para marcada para a extradição. O advogado de Schmidt, Rui Patrício, informou que irá recorrer da decisão e manifestou o desejo do operador em permanecer em Portugal. "Esta decisão não corresponde, de modo nenhum, ao que consideramos ser correto, por várias razões, nomeadamente ligadas à nacionalidade, ao princípio constitucional da igualdade, a questões processuais fundamentais da nossa ordem jurídica, que o processo no Brasil não garante, entre outras", afirmou o advogado, em declaração à Lusa. Antes de se mudar para Lisboa, Raul Schmidt viveu em Londres. Ele ficou foragido de julho de 2015 até sua prisão em 21 de março de 2016, na 25° fase da Lava Jato, e chegou a figurar na lista de procurados da Interpol.
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Em conversa gravada, Temer disse a Calero ter sido 'inconveniente'
As transcrições de áudios gravados pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero confirmam a atuação do principal assessor jurídico da Presidência, Gustavo do Vale Rocha, no caso do empreendimento imobiliário em Salvador (BA) que derrubou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Nas conversas, Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, subordinado ao ministro Eliseu Padilha, diz que iria "dar entrada" com "pedido protocolar", se referindo a recurso no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que havia embargado a obra na Bahia, de interesse de Geddel. O teor dos telefonemas foi divulgado nesta terça-feira (29) pela Globonews. Em outro telefonema, o presidente Michel Temer disse ter sido "inconveniente" com o então ministro da Cultura ao insistir para que ele permanecesse no cargo. "Quero pedir minha demissão e quero que o sr. aceite, por gentileza, porque eu não me vejo mais com... condições e espaço de estar no governo", afirmou o ex-ministro da Cultura. Temer respondeu ao subordinado: "Se é sua decisão, tem que respeitar. Ontem, acho que até fui um pouco inconveniente, né? Insistindo muito para você... para você permanecer. Confesso que não vejo razão pra isso, mas você terá as suas razões." As conversas foram gravadas pelo próprio Calero e entregues à Polícia Federal. A crise veio à tona após entrevista do ex-ministro à Folha. Geddel pediu demissão após o jornal revelar o teor do depoimento de Calero à PF. Temer reclamou publicamente sobre o fato de ter sido gravado. Em coletiva, usou as palavras "indigno" e "gravíssimo" para classificar o ato de registro de ligações. No diálogo do presidente com Calero, não há menção direta ao caso do prédio embargado pelo Iphan. Os áudios foram analisados pela PF e depois enviados para o Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avaliar o material, junto com o depoimento do ex-ministro, e decidir se pede ou não abertura de inquérito ao Supremo. Há ainda uma gravação de conversa entre Calero e Padilha. A Globonews também divulgou um trecho em que o ex-ministro da Cultura dizia que a questão do Iphan estava "judicializada". O chefe da Casa Civil pergunta se a Advocacia Geral da União "deu o parecer" ou se foi um advogado que produziu. Na conversa com Gustavo Rocha, Calero menciona a conversa que teve com Temer sobre o tema: "Eu até falei com o presidente, Gustavo, eu não quero me meter com essa história, não". Rocha então responde: "O que ele [Temer] me falou pra falar era: 'veja se ele encaminha, e não precisa fazer nada, encaminha pra AGU.'" ENCAMINHAMENTO Em nota, Rocha alegou "que iria encaminhar recurso ao Iphan, de autoria de outro advogado, que fora deixado equivocadamente" em seu gabinete. "O ministro [Calero] havia dito que não tomaria nenhuma decisão, mesmo tendo competência para isso. Por isso, usei a expressão 'dando entrada'. Contudo, jamais se deu seguimento a tal ação, já que o recurso foi devolvido a seu autor", disse o servidor, sem especificar quem seria esse autor. O subchefe já havia afirmado que tomou a iniciativa porque a AGU é competente para "dirimir conflitos" entre órgãos. Negou, porém, ter sido o "articulador de movimentações" para resolver o caso. O secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Moreira Franco, afirmou que os áudios não causam "impacto nenhum" no governo federal. Em evento no Palácio do Planalto, ele afirmou que há uma tentativa de "espetacularizar" algo que não incrimina a "atitude séria" do presidente Michel Temer. "Não só o presidente Michel Temer como os que falaram sabem ter compostura institucional e sabem o que deve e não deve ser feito. E é isso que essas gravações mostram", disse Franco. CONVERSA COM GUSTAVO DO VALE ROCHA
poder
Em conversa gravada, Temer disse a Calero ter sido 'inconveniente'As transcrições de áudios gravados pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero confirmam a atuação do principal assessor jurídico da Presidência, Gustavo do Vale Rocha, no caso do empreendimento imobiliário em Salvador (BA) que derrubou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Nas conversas, Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, subordinado ao ministro Eliseu Padilha, diz que iria "dar entrada" com "pedido protocolar", se referindo a recurso no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que havia embargado a obra na Bahia, de interesse de Geddel. O teor dos telefonemas foi divulgado nesta terça-feira (29) pela Globonews. Em outro telefonema, o presidente Michel Temer disse ter sido "inconveniente" com o então ministro da Cultura ao insistir para que ele permanecesse no cargo. "Quero pedir minha demissão e quero que o sr. aceite, por gentileza, porque eu não me vejo mais com... condições e espaço de estar no governo", afirmou o ex-ministro da Cultura. Temer respondeu ao subordinado: "Se é sua decisão, tem que respeitar. Ontem, acho que até fui um pouco inconveniente, né? Insistindo muito para você... para você permanecer. Confesso que não vejo razão pra isso, mas você terá as suas razões." As conversas foram gravadas pelo próprio Calero e entregues à Polícia Federal. A crise veio à tona após entrevista do ex-ministro à Folha. Geddel pediu demissão após o jornal revelar o teor do depoimento de Calero à PF. Temer reclamou publicamente sobre o fato de ter sido gravado. Em coletiva, usou as palavras "indigno" e "gravíssimo" para classificar o ato de registro de ligações. No diálogo do presidente com Calero, não há menção direta ao caso do prédio embargado pelo Iphan. Os áudios foram analisados pela PF e depois enviados para o Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avaliar o material, junto com o depoimento do ex-ministro, e decidir se pede ou não abertura de inquérito ao Supremo. Há ainda uma gravação de conversa entre Calero e Padilha. A Globonews também divulgou um trecho em que o ex-ministro da Cultura dizia que a questão do Iphan estava "judicializada". O chefe da Casa Civil pergunta se a Advocacia Geral da União "deu o parecer" ou se foi um advogado que produziu. Na conversa com Gustavo Rocha, Calero menciona a conversa que teve com Temer sobre o tema: "Eu até falei com o presidente, Gustavo, eu não quero me meter com essa história, não". Rocha então responde: "O que ele [Temer] me falou pra falar era: 'veja se ele encaminha, e não precisa fazer nada, encaminha pra AGU.'" ENCAMINHAMENTO Em nota, Rocha alegou "que iria encaminhar recurso ao Iphan, de autoria de outro advogado, que fora deixado equivocadamente" em seu gabinete. "O ministro [Calero] havia dito que não tomaria nenhuma decisão, mesmo tendo competência para isso. Por isso, usei a expressão 'dando entrada'. Contudo, jamais se deu seguimento a tal ação, já que o recurso foi devolvido a seu autor", disse o servidor, sem especificar quem seria esse autor. O subchefe já havia afirmado que tomou a iniciativa porque a AGU é competente para "dirimir conflitos" entre órgãos. Negou, porém, ter sido o "articulador de movimentações" para resolver o caso. O secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Moreira Franco, afirmou que os áudios não causam "impacto nenhum" no governo federal. Em evento no Palácio do Planalto, ele afirmou que há uma tentativa de "espetacularizar" algo que não incrimina a "atitude séria" do presidente Michel Temer. "Não só o presidente Michel Temer como os que falaram sabem ter compostura institucional e sabem o que deve e não deve ser feito. E é isso que essas gravações mostram", disse Franco. CONVERSA COM GUSTAVO DO VALE ROCHA
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Estácio ainda não aprovou nenhuma das propostas, diz Chaim Zaher
A Estácio Participações ainda não aprovou nenhuma das propostas de associação recebidas por concorrentes, de acordo com documento assinado pelo segundo maior acionista da empresa carioca, Chaim Zaher, e enviado ao mercado. As propostas "dependem de deliberação da assembleia de acionistas, cuja convocação depende de análise, negociação e aprovações societárias necessárias pelo Conselho de Administração que ainda não foram concluídas", disse Zaher. O comunicado foi enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta terça-feira (5) após pedidos de esclarecimentos da autarquia a respeito de reportagem do jornal "O Globo" que afirma que os acionistas da Estácio resistem em aprovar proposta feita pela Kroton, apesar de a empresa ter anunciado que aceitou os novos termos da proposta. No documento, Zaher reafirmou sua intenção de realizar uma oferta, por meio do Clube de Investimentos TCA, para adquirir o controle da companhia. Uma fonte disse à Reuters na semana passada que a proposta seria realizada caso as ofertas da Ser Educacional e da Kroton não fossem consideradas atrativas. No final de junho, a CVM deu prazo de 20 dias para que o TCA decida por uma oferta pública para compra do controle da Estácio Participações ou informe que não pretende realizar a oferta dentro de seis meses. A Kroton aumentou sua oferta na quinta-feira da semana passada (30) e o conselho da Estácio aceitou os novos termos para ser adquirida pela rival direta, em uma operação avaliada em cerca de R$ 5,5 bilhões. A Estácio informou na ocasião que seu conselho vai se reunir em 8 de julho para avaliar todas as condições da proposta da Kroton, antes de convocar assembleia de acionistas da companhia. Antes disso, a Ser Educacional também divulgou nova proposta, com distribuição de dividendos de R$ 1 bilhão aos acionistas da Estácio. Mais cedo nesta terça-feira, a Estácio informou a renúncia de Zaher como diretor-presidente. O executivo disse à companhia que vai atuar em defesa do "melhor interesse" da empresa de educação carioca e dos demais acionistas, ao retornar aos seus papéis como membro do conselho, membro de comitês e acionista relevante.
mercado
Estácio ainda não aprovou nenhuma das propostas, diz Chaim ZaherA Estácio Participações ainda não aprovou nenhuma das propostas de associação recebidas por concorrentes, de acordo com documento assinado pelo segundo maior acionista da empresa carioca, Chaim Zaher, e enviado ao mercado. As propostas "dependem de deliberação da assembleia de acionistas, cuja convocação depende de análise, negociação e aprovações societárias necessárias pelo Conselho de Administração que ainda não foram concluídas", disse Zaher. O comunicado foi enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta terça-feira (5) após pedidos de esclarecimentos da autarquia a respeito de reportagem do jornal "O Globo" que afirma que os acionistas da Estácio resistem em aprovar proposta feita pela Kroton, apesar de a empresa ter anunciado que aceitou os novos termos da proposta. No documento, Zaher reafirmou sua intenção de realizar uma oferta, por meio do Clube de Investimentos TCA, para adquirir o controle da companhia. Uma fonte disse à Reuters na semana passada que a proposta seria realizada caso as ofertas da Ser Educacional e da Kroton não fossem consideradas atrativas. No final de junho, a CVM deu prazo de 20 dias para que o TCA decida por uma oferta pública para compra do controle da Estácio Participações ou informe que não pretende realizar a oferta dentro de seis meses. A Kroton aumentou sua oferta na quinta-feira da semana passada (30) e o conselho da Estácio aceitou os novos termos para ser adquirida pela rival direta, em uma operação avaliada em cerca de R$ 5,5 bilhões. A Estácio informou na ocasião que seu conselho vai se reunir em 8 de julho para avaliar todas as condições da proposta da Kroton, antes de convocar assembleia de acionistas da companhia. Antes disso, a Ser Educacional também divulgou nova proposta, com distribuição de dividendos de R$ 1 bilhão aos acionistas da Estácio. Mais cedo nesta terça-feira, a Estácio informou a renúncia de Zaher como diretor-presidente. O executivo disse à companhia que vai atuar em defesa do "melhor interesse" da empresa de educação carioca e dos demais acionistas, ao retornar aos seus papéis como membro do conselho, membro de comitês e acionista relevante.
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Após vida de luxo, ex-milionário de Wall Street vive hoje na rua
Um amigo do famoso investidor Jordan Belfort —que inspirou o filme "Lobo de Wall Street"— foi visto recentemente dormindo sobre caixas de papelão nas ruas de Nova York, noticiou o jornal americano "New York Post". Na década de 1980, William "Preston" King vivia em um vasto apartamento no Soho (bairro de Nova York) e dirigia uma BMW, enquanto trabalhava em empregos privilegiados no Merrill Lynch e Oppenheimer & Co, segundo a publicação. Durante seus anos de abundância, ele inclusive aprendeu sozinho cinco línguas estrangeiras. Mas seus vícios, turbinados por idas frequentes a festas com bebidas caras e drogas pesadas, destruíram seu casamento e, ao final, o levaram a uma vida nas ruas. A cena de King dormindo sobre embalagens vazias de pizza foi captada em uma fotografia do sindicado dos sargentos do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), como parte de uma campanha para incitar a prefeitura da cidade a agir contra a proliferação de moradores de rua. "Ele tinha tudo o que quisesse", disse sua irmã Kristine King, de 45 anos ao "New York Post". Ela diz tê-lo visto pela última vez em janeiro. "Quero que ele saiba que sua irmã o ama e quer ajudá-lo e ter certeza de que ele está bem", afirmou ao jornal.
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Após vida de luxo, ex-milionário de Wall Street vive hoje na ruaUm amigo do famoso investidor Jordan Belfort —que inspirou o filme "Lobo de Wall Street"— foi visto recentemente dormindo sobre caixas de papelão nas ruas de Nova York, noticiou o jornal americano "New York Post". Na década de 1980, William "Preston" King vivia em um vasto apartamento no Soho (bairro de Nova York) e dirigia uma BMW, enquanto trabalhava em empregos privilegiados no Merrill Lynch e Oppenheimer & Co, segundo a publicação. Durante seus anos de abundância, ele inclusive aprendeu sozinho cinco línguas estrangeiras. Mas seus vícios, turbinados por idas frequentes a festas com bebidas caras e drogas pesadas, destruíram seu casamento e, ao final, o levaram a uma vida nas ruas. A cena de King dormindo sobre embalagens vazias de pizza foi captada em uma fotografia do sindicado dos sargentos do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), como parte de uma campanha para incitar a prefeitura da cidade a agir contra a proliferação de moradores de rua. "Ele tinha tudo o que quisesse", disse sua irmã Kristine King, de 45 anos ao "New York Post". Ela diz tê-lo visto pela última vez em janeiro. "Quero que ele saiba que sua irmã o ama e quer ajudá-lo e ter certeza de que ele está bem", afirmou ao jornal.
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Lucas Corvacho e Jonas Lessa vencem a Escolha do Leitor
Os jovens empreendedores Jonas Lessa, 25, e Lucas Corvacho, 28, foram eleitos os preferidos do público com 24,9% dos votos na enquete Escolha do Leitor, pelo trabalho feito na Retalhar, que faz reciclagem de uniformes profissionais. O anúncio foi feito na cerimônia do Prêmio Empreendedor Social na noite desta segunda-feira (7), no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. Jonas agradece tudo que compõe sua formação, já Lucas disse que é uma honra estar aqui frente a seis idéias que precisam e devem ser replicadas. Em categoria com patrocínio exclusivo da Fundação Banco do Brasil, os mais de 150 mil internautas engajados nas reportagens e na votação que ficou no ar durante 27 dias decidiram seu favorito entre os seis concorrentes das duas categorias. Os fundadores da Retalhar disputaram a preferência do público com os outros cinco finalistas nas duas categorias da premiação: Carlos Pereira, 38, da Livox, Cláudio Spínola, 40, da Morada da Floresta, e Tatsuo Suzuki, 67, da Magnamed (candidatos ao Empreendedor Social); além dos outros dois finalista na categoria Empreendedor de Futuro: Michael Kapps, 27, da Tá.Na.Hora, e Nina Valentini, 29, do Arredondar. FUTURO Outro vencedor foi anunciado na noite desta segunda. Nina Valentini levou o troféu do Prêmio Empreendedor Social de Futuro com seu trabalho que instituiu o arredondamento de centavos para contribuir com o custeio de ONGs e instituições do terceiro setor e que contribui para fomentar a cultura de doação no país. Na categoria, disputava, além de Jonas Lessa e Lucas Corvacho, Michael Kapps, que saiu do Vale do Silício para "tropicalizar" o sistema de saúde no Brasil com uma tecnologia de engajamento e monitoramento de pacientes, gestantes e voluntários de estudos como o da vacina da dengue via SMS. O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, Vivo, IEL, uma iniciativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), e Fundação Banco do Brasil. Conta com a LATAM como transportadora oficial e o apoio da Porto Seguro. UOL, ESPM e Fundação Dom Cabral são parceiros estratégicos. Leia nesta terça (8), na Folha, o caderno especial sobre os finalistas da edição deste ano.
empreendedorsocial
Lucas Corvacho e Jonas Lessa vencem a Escolha do LeitorOs jovens empreendedores Jonas Lessa, 25, e Lucas Corvacho, 28, foram eleitos os preferidos do público com 24,9% dos votos na enquete Escolha do Leitor, pelo trabalho feito na Retalhar, que faz reciclagem de uniformes profissionais. O anúncio foi feito na cerimônia do Prêmio Empreendedor Social na noite desta segunda-feira (7), no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. Jonas agradece tudo que compõe sua formação, já Lucas disse que é uma honra estar aqui frente a seis idéias que precisam e devem ser replicadas. Em categoria com patrocínio exclusivo da Fundação Banco do Brasil, os mais de 150 mil internautas engajados nas reportagens e na votação que ficou no ar durante 27 dias decidiram seu favorito entre os seis concorrentes das duas categorias. Os fundadores da Retalhar disputaram a preferência do público com os outros cinco finalistas nas duas categorias da premiação: Carlos Pereira, 38, da Livox, Cláudio Spínola, 40, da Morada da Floresta, e Tatsuo Suzuki, 67, da Magnamed (candidatos ao Empreendedor Social); além dos outros dois finalista na categoria Empreendedor de Futuro: Michael Kapps, 27, da Tá.Na.Hora, e Nina Valentini, 29, do Arredondar. FUTURO Outro vencedor foi anunciado na noite desta segunda. Nina Valentini levou o troféu do Prêmio Empreendedor Social de Futuro com seu trabalho que instituiu o arredondamento de centavos para contribuir com o custeio de ONGs e instituições do terceiro setor e que contribui para fomentar a cultura de doação no país. Na categoria, disputava, além de Jonas Lessa e Lucas Corvacho, Michael Kapps, que saiu do Vale do Silício para "tropicalizar" o sistema de saúde no Brasil com uma tecnologia de engajamento e monitoramento de pacientes, gestantes e voluntários de estudos como o da vacina da dengue via SMS. O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, Vivo, IEL, uma iniciativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), e Fundação Banco do Brasil. Conta com a LATAM como transportadora oficial e o apoio da Porto Seguro. UOL, ESPM e Fundação Dom Cabral são parceiros estratégicos. Leia nesta terça (8), na Folha, o caderno especial sobre os finalistas da edição deste ano.
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Para presidente do PMDB, Temer foi útil ao governo nas eleições
Publicamente favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, o presidente interino do PMDB, senador Romero Jucá (RR), tomou a tribuna do Senado na noite desta segunda-feira (18) para responder a petista que, em declaração à imprensa nesta tarde, acusou o vice-presidente, Michel Temer, de trair e conspirar abertamente contra ela. Para o peemedebista, o resultado da votação do impeachment neste domingo (17) mostrou que o governo não conseguiu angariar apoio no Congresso desde o início do segundo mandato da presidente e disse que, quando o PT precisou compor com o PMDB para ampliar seu tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, Temer "era o melhor homem do mundo para compor a chapa". "Me desculpe a presidenta, eu não tenho nada contra ela, mas ela não tem condição de questionar moralmente Temer. [...] O presidente Temer veio para a campanha, trazendo o maior partido do Brasil para a campanha de 2014, elegemos o maior número de governadores e demos o maior tempo de televisão. Será que se ele não fosse o vice na chapa, ela teria ganho a eleição, com três milhões de votos de diferença?", disse. O peemedebista questionou ainda o discurso do governo de que, se o impeachment for derrubado no Congresso, Dilma ainda tem capacidade de salvar o seu governo. "Se até ontem tínhamos uma solução com Dilma, porque não podemos ter daqui a 15 dias uma solução com Michel?", disse. Segundo Jucá, os 137 votos obtidos pelo governo na votação do impeachment na Câmara equivalem ao total que o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) obteve quando disputou a presidência da Câmara contra o atual presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no ano passado. "Com a distribuição de ministérios, esforço, apelo do presidente Lula, todo tipo de movimentação dos governadores, pressão, contrapressão, e o que é que nós vimos? A esquálida base do governo mantida da forma como o PT teve votos lá na Câmara na disputa contra Eduardo Cunha", afirmou. Um dia após a Câmara aprovar a continuidade do processo de impeachment, o senador disse "lamentar" o posicionamento de Dilma. Segundo Jucá, caso o processo de impeachment de Dilma seja avalizado pelo Senado, Temer será apenas "alguém que estava no lugar certo, na hora certa". O senador também cobrou uma fatura do governo ao afirmar que o Senado sempre conteve as pautas bombas aprovadas pela Câmara. "As pautas-bombas foram armadas na Câmara mas foram desarmadas no Senado. O governo não pode reclamar disso", disse. Em um aparte a Jucá, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ressaltou pesquisa Datafolha que mostrou um percentual de 54% a favor do impeachment de Temer entre o grupo que também defende o afastamento de Dilma. "Temer não aguenta três meses de governo. Quem diz que vamos ter estabilidade, está enganado. Basta sentar na cadeira, para o povo brasileiro pedir a cabeça dele, porque não tem legitimidade, é fruto de um processo de golpe". Em resposta, Jucá afirmou que a tentativa é de se "buscar alternativa dentro da Constituição". "Se houver afastamento vamos saber o tipo de aprovação do governo eventual do Michel daqui seis meses. Hoje, a Dilma é uma certeza de desastre. O Michel pode ser uma possibilidade de acerto", afirmou Jucá que ainda falou diretamente à Lindbergh, em tom de brincadeira: "Um dia vou recuperá-lo. Minha missão franciscana. Não vamos desistir de você, vamos trazê-lo para o lado certo da força".
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Para presidente do PMDB, Temer foi útil ao governo nas eleiçõesPublicamente favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, o presidente interino do PMDB, senador Romero Jucá (RR), tomou a tribuna do Senado na noite desta segunda-feira (18) para responder a petista que, em declaração à imprensa nesta tarde, acusou o vice-presidente, Michel Temer, de trair e conspirar abertamente contra ela. Para o peemedebista, o resultado da votação do impeachment neste domingo (17) mostrou que o governo não conseguiu angariar apoio no Congresso desde o início do segundo mandato da presidente e disse que, quando o PT precisou compor com o PMDB para ampliar seu tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, Temer "era o melhor homem do mundo para compor a chapa". "Me desculpe a presidenta, eu não tenho nada contra ela, mas ela não tem condição de questionar moralmente Temer. [...] O presidente Temer veio para a campanha, trazendo o maior partido do Brasil para a campanha de 2014, elegemos o maior número de governadores e demos o maior tempo de televisão. Será que se ele não fosse o vice na chapa, ela teria ganho a eleição, com três milhões de votos de diferença?", disse. O peemedebista questionou ainda o discurso do governo de que, se o impeachment for derrubado no Congresso, Dilma ainda tem capacidade de salvar o seu governo. "Se até ontem tínhamos uma solução com Dilma, porque não podemos ter daqui a 15 dias uma solução com Michel?", disse. Segundo Jucá, os 137 votos obtidos pelo governo na votação do impeachment na Câmara equivalem ao total que o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) obteve quando disputou a presidência da Câmara contra o atual presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no ano passado. "Com a distribuição de ministérios, esforço, apelo do presidente Lula, todo tipo de movimentação dos governadores, pressão, contrapressão, e o que é que nós vimos? A esquálida base do governo mantida da forma como o PT teve votos lá na Câmara na disputa contra Eduardo Cunha", afirmou. Um dia após a Câmara aprovar a continuidade do processo de impeachment, o senador disse "lamentar" o posicionamento de Dilma. Segundo Jucá, caso o processo de impeachment de Dilma seja avalizado pelo Senado, Temer será apenas "alguém que estava no lugar certo, na hora certa". O senador também cobrou uma fatura do governo ao afirmar que o Senado sempre conteve as pautas bombas aprovadas pela Câmara. "As pautas-bombas foram armadas na Câmara mas foram desarmadas no Senado. O governo não pode reclamar disso", disse. Em um aparte a Jucá, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ressaltou pesquisa Datafolha que mostrou um percentual de 54% a favor do impeachment de Temer entre o grupo que também defende o afastamento de Dilma. "Temer não aguenta três meses de governo. Quem diz que vamos ter estabilidade, está enganado. Basta sentar na cadeira, para o povo brasileiro pedir a cabeça dele, porque não tem legitimidade, é fruto de um processo de golpe". Em resposta, Jucá afirmou que a tentativa é de se "buscar alternativa dentro da Constituição". "Se houver afastamento vamos saber o tipo de aprovação do governo eventual do Michel daqui seis meses. Hoje, a Dilma é uma certeza de desastre. O Michel pode ser uma possibilidade de acerto", afirmou Jucá que ainda falou diretamente à Lindbergh, em tom de brincadeira: "Um dia vou recuperá-lo. Minha missão franciscana. Não vamos desistir de você, vamos trazê-lo para o lado certo da força".
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Com ajuda de Medina, Mineirinho é campeão mundial de surfe
O paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, 28, conquistou nesta quinta-feira (17), na praia de Pipeline, no Havaí, o título do Mundial de surfe pela primeira vez na sua carreira. Este é o segundo título do Brasil na competição. No ano passado, o também paulista Gabriel Medina, 21, conquistou o troféu no Havaí. Para obter o título, Mineirinho derrotou o havaiano Mason Ho na semifinal por 6.83 a 3.83. Ele também contou com a vitória de Medina sobre o australiano Mick Fanning na outra semi. Com a bandeira do Brasil e saudado pelos gritos de "pula sai do chão, Mineirinho é campeão", ele foi recepcionado de forma eufórica pelos companheiros e amigos. Na sequência, em duelo de compatriotas pelo título da etapa, Mineirinho teve um desempenho ainda melhor e bateu Medina por 14.07 a 8.50. Após a vitória, ele fez questão de agradecer o colega. "Eu disse para o Gabriel que sem ele eu nunca seria campeão. Muito obrigado, Gabriel, por mostrar como ser um campeão mundial", afirmou. O segundo brasileiro a alcançar o topo do esporte chegou a Pipeline em terceiro lugar no ranking. Fanning era o líder, e a segunda posição era ocupada por Filipe Toledo, que caiu precocemente no Havaí. A classificação final da temporada teve Mineirinho com 57.700 pontos, seguido de Fanning (54.650), Medina (51.600) e Filipinho (50.950). Mineirinho comemora título 'VETERANO' Mineirinho é o surfista mais velho do Brasil no circuito. Disputa a elite desde 2006. Em seus dois primeiros anos, não teve grandes resultados. Em sua temporada de estreia, por exemplo, ficou em 20º. No campeonato seguinte, amargou a 28ª colocação. Mas o surfista que nasceu em Guarujá, litoral de São Paulo, logo despontou como uma grata surpresa do país na modalidade. Em 2008, foi o sétimo colocado. Um ano depois, ele conquistou a sua primeira vitória na elite ao ganhar a etapa da Espanha. Esteve bem perto do título mundial. Ficou em quinto no ranking. Esta posição se repetiria por mais dois anos –em 2011 e 2012. A regularidade sempre esteve com Mineirinho. Desde 2008, com exceção de 2013, quando foi 13º, ele sempre esteve no top 10 da elite. Em 2014, ele viu Medina despontar e se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial, com apenas 20 anos. Isso parece ter motivado ainda mais Mineirinho. Conhecido por treinar muito e estar sempre bem focado nas etapas, o paulista entrou na temporada 2015 mais preparado do que nunca. E ele teve um início dos sonhos. Nas três primeiras etapas, todas disputadas na Austrália, acumulou um terceiro lugar (em Gold Coast), um vice (em Bells Beach) e um título (em Margaret River ). Os seus resultados seguintes não foram tão bons, mas ele se manteve sempre entre os líderes. Em Trestles, nos Estados Unidos, foi vice novamente. Uma boa colocação, que o manteve bem vivo na disputa do título mundial. Antes da disputa no Havaí, Mineirinho se mostrava muito tranquilo, mas sabia que ali estava a sua grande chance, como admitiu em entrevista para a Folha. "É uma oportunidade de ouro para mim". E ele não desperdiçou. Mineirinho campeão mundial
esporte
Com ajuda de Medina, Mineirinho é campeão mundial de surfeO paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, 28, conquistou nesta quinta-feira (17), na praia de Pipeline, no Havaí, o título do Mundial de surfe pela primeira vez na sua carreira. Este é o segundo título do Brasil na competição. No ano passado, o também paulista Gabriel Medina, 21, conquistou o troféu no Havaí. Para obter o título, Mineirinho derrotou o havaiano Mason Ho na semifinal por 6.83 a 3.83. Ele também contou com a vitória de Medina sobre o australiano Mick Fanning na outra semi. Com a bandeira do Brasil e saudado pelos gritos de "pula sai do chão, Mineirinho é campeão", ele foi recepcionado de forma eufórica pelos companheiros e amigos. Na sequência, em duelo de compatriotas pelo título da etapa, Mineirinho teve um desempenho ainda melhor e bateu Medina por 14.07 a 8.50. Após a vitória, ele fez questão de agradecer o colega. "Eu disse para o Gabriel que sem ele eu nunca seria campeão. Muito obrigado, Gabriel, por mostrar como ser um campeão mundial", afirmou. O segundo brasileiro a alcançar o topo do esporte chegou a Pipeline em terceiro lugar no ranking. Fanning era o líder, e a segunda posição era ocupada por Filipe Toledo, que caiu precocemente no Havaí. A classificação final da temporada teve Mineirinho com 57.700 pontos, seguido de Fanning (54.650), Medina (51.600) e Filipinho (50.950). Mineirinho comemora título 'VETERANO' Mineirinho é o surfista mais velho do Brasil no circuito. Disputa a elite desde 2006. Em seus dois primeiros anos, não teve grandes resultados. Em sua temporada de estreia, por exemplo, ficou em 20º. No campeonato seguinte, amargou a 28ª colocação. Mas o surfista que nasceu em Guarujá, litoral de São Paulo, logo despontou como uma grata surpresa do país na modalidade. Em 2008, foi o sétimo colocado. Um ano depois, ele conquistou a sua primeira vitória na elite ao ganhar a etapa da Espanha. Esteve bem perto do título mundial. Ficou em quinto no ranking. Esta posição se repetiria por mais dois anos –em 2011 e 2012. A regularidade sempre esteve com Mineirinho. Desde 2008, com exceção de 2013, quando foi 13º, ele sempre esteve no top 10 da elite. Em 2014, ele viu Medina despontar e se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial, com apenas 20 anos. Isso parece ter motivado ainda mais Mineirinho. Conhecido por treinar muito e estar sempre bem focado nas etapas, o paulista entrou na temporada 2015 mais preparado do que nunca. E ele teve um início dos sonhos. Nas três primeiras etapas, todas disputadas na Austrália, acumulou um terceiro lugar (em Gold Coast), um vice (em Bells Beach) e um título (em Margaret River ). Os seus resultados seguintes não foram tão bons, mas ele se manteve sempre entre os líderes. Em Trestles, nos Estados Unidos, foi vice novamente. Uma boa colocação, que o manteve bem vivo na disputa do título mundial. Antes da disputa no Havaí, Mineirinho se mostrava muito tranquilo, mas sabia que ali estava a sua grande chance, como admitiu em entrevista para a Folha. "É uma oportunidade de ouro para mim". E ele não desperdiçou. Mineirinho campeão mundial
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H. Stern admite ter adulterado certificados de joias de Sérgio Cabral
Executivos da H. Stern afirmaram em depoimento nesta terça-feira (19) que incluíram o nome do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo em certificados que originalmente não constavam seus dados. Esses papéis adulterados foram entregues ao Ministério Público Federal um dia após a deflagração da Operação Calicute, que prendeu Cabral em novembro de 2016. Meses depois, os executivos da joalheria firmaram delação premiada com o Ministério Público Federal e apresentaram documentos em que no campo de dados do comprador constava "Cliente não quis fornecer dados". A divergência foi explorada pelas defesas de Cabral e Adriana durante o depoimento, com o objetivo de tentar colocar em dúvida as provas entregues pela H. Stern. A ausência dos nomes nos certificados reforça a tese da Procuradoria segundo a qual o casal buscava esconder seus nomes a fim de ocultar o patrimônio. "Nós entendemos que a ordem judicial determinava que fossem identificados os reais compradores. Por isso incluímos os nomes", disse o vice-presidente da H. Stern, Ronaldo Stern. Os executivos da H. Stern afirmaram ao juiz Marcelo Bretas que os dados do sistema interno da empresa não foram alterados. Segundo eles, os arquivos originais constavam no campo comprador a informação "Cliente não quis fornecer dados". A informação foi modificada fora do programa da joalheria, afirmaram em executivos. A decisão da Calicute determinava que as joalherias apresentassem os documentos referentes às compras realizadas pelo casal Cabral. A empresa então emitiu notas fiscais –que não haviam sido produzidas na data da compra–, bem como imprimiu os certificados incluindo o nome dos dois. Os executivos prestaram depoimento na ação penal sobre a aquisição de R$ 4,5 milhões de joias sem notas fiscais na joalheria. De acordo com os depoimentos, os reais compradores das joias foram atribuídos pela diretora comercial da empresa, Maria Luiza Trotta, responsável pelas vendas ao casal a partir de 2012. "Seria risível se não houvesse pessoas presas por isso, que toda a prova do processo tenha sido extraída da memória da diretora. Os documentos foram confessadamente adulterados. Sérgio Cabral deveria ser absolvido hoje", disse o advogado do ex-governador, Rodrigo Roca. Na denúncia, a Procuradoria apresenta como provas adicionais e-mails entre Trotta e o presidente da H. Stern, Roberto Stern, à época das compras descrevendo as transações. "Os certificados para a gente não têm a importância que vocês estão dando", declarou o diretor financeiro da joalheria à época, Oscar Luiz Goldemberg. Goldemberg também reconheceu que uma das notas fiscais de uma joia no valor de cerca de R$ 50 mil foi atribuída equivocadamente em nome de Adriana Ancelmo, quando o real comprador era Cabral. O casal é acusado de ter adquirido no total R$ 11 milhões em joias na H. Stern e Antônio Bernardo de forma a ocultar patrimônio. Em seu depoimento, Trotta reafirmou que a maior parte das compras foi feita em dinheiro vivo. A diretora declarou ainda que apenas o casal tinha esse tipo de atendimento exclusivo, como o dado pela H. Stern. "Eles eram os únicos atendidos por uma diretora, que pagavam em dinheiro direto na tesouraria da empresa e sem terem o nome no sistema", disse Trotta. O presidente da H. Stern admitiu, porém, que outros clientes tiveram os nomes omitidos em notas fiscais ou certificados. Contudo, "nunca nos valores e no volume deles [casal Cabral]".
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H. Stern admite ter adulterado certificados de joias de Sérgio CabralExecutivos da H. Stern afirmaram em depoimento nesta terça-feira (19) que incluíram o nome do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo em certificados que originalmente não constavam seus dados. Esses papéis adulterados foram entregues ao Ministério Público Federal um dia após a deflagração da Operação Calicute, que prendeu Cabral em novembro de 2016. Meses depois, os executivos da joalheria firmaram delação premiada com o Ministério Público Federal e apresentaram documentos em que no campo de dados do comprador constava "Cliente não quis fornecer dados". A divergência foi explorada pelas defesas de Cabral e Adriana durante o depoimento, com o objetivo de tentar colocar em dúvida as provas entregues pela H. Stern. A ausência dos nomes nos certificados reforça a tese da Procuradoria segundo a qual o casal buscava esconder seus nomes a fim de ocultar o patrimônio. "Nós entendemos que a ordem judicial determinava que fossem identificados os reais compradores. Por isso incluímos os nomes", disse o vice-presidente da H. Stern, Ronaldo Stern. Os executivos da H. Stern afirmaram ao juiz Marcelo Bretas que os dados do sistema interno da empresa não foram alterados. Segundo eles, os arquivos originais constavam no campo comprador a informação "Cliente não quis fornecer dados". A informação foi modificada fora do programa da joalheria, afirmaram em executivos. A decisão da Calicute determinava que as joalherias apresentassem os documentos referentes às compras realizadas pelo casal Cabral. A empresa então emitiu notas fiscais –que não haviam sido produzidas na data da compra–, bem como imprimiu os certificados incluindo o nome dos dois. Os executivos prestaram depoimento na ação penal sobre a aquisição de R$ 4,5 milhões de joias sem notas fiscais na joalheria. De acordo com os depoimentos, os reais compradores das joias foram atribuídos pela diretora comercial da empresa, Maria Luiza Trotta, responsável pelas vendas ao casal a partir de 2012. "Seria risível se não houvesse pessoas presas por isso, que toda a prova do processo tenha sido extraída da memória da diretora. Os documentos foram confessadamente adulterados. Sérgio Cabral deveria ser absolvido hoje", disse o advogado do ex-governador, Rodrigo Roca. Na denúncia, a Procuradoria apresenta como provas adicionais e-mails entre Trotta e o presidente da H. Stern, Roberto Stern, à época das compras descrevendo as transações. "Os certificados para a gente não têm a importância que vocês estão dando", declarou o diretor financeiro da joalheria à época, Oscar Luiz Goldemberg. Goldemberg também reconheceu que uma das notas fiscais de uma joia no valor de cerca de R$ 50 mil foi atribuída equivocadamente em nome de Adriana Ancelmo, quando o real comprador era Cabral. O casal é acusado de ter adquirido no total R$ 11 milhões em joias na H. Stern e Antônio Bernardo de forma a ocultar patrimônio. Em seu depoimento, Trotta reafirmou que a maior parte das compras foi feita em dinheiro vivo. A diretora declarou ainda que apenas o casal tinha esse tipo de atendimento exclusivo, como o dado pela H. Stern. "Eles eram os únicos atendidos por uma diretora, que pagavam em dinheiro direto na tesouraria da empresa e sem terem o nome no sistema", disse Trotta. O presidente da H. Stern admitiu, porém, que outros clientes tiveram os nomes omitidos em notas fiscais ou certificados. Contudo, "nunca nos valores e no volume deles [casal Cabral]".
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A ética de Ali Babá
O Brasil assiste, estarrecido, a uma aula magna de sem-vergonhice, descaramento e falta de ética. A lição descabida de corporativismo é digna dos 40 ladrões de Ali Babá. Em matéria de política, a criminalidade resulta da soma de imunidade com impunidade. A CPI da Petrobras gasta fortunas do contribuinte e termina com um relatório pífio, no qual o único culpado é quem, por meio de delação premiada, colabora com a Justiça na identificação de criminosos. Pretender impor uma lei que proíba a delação premiada é o mesmo que convocar a nação à omissão geral frente ao crime. Se você souber que alguém rouba os cofres públicos, sonega tributos, compra parlamentares, faça vista grossa, fique calado, associe-se ao criminoso pela via da omissão cúmplice. Boa lição para as nossas crianças e jovens! Só falta suprimir das delegacias o boletim de ocorrência. Ao ser assaltado ou furtado, cale-se, jamais delate o crime e o bandido. Há décadas se fala em ética na ou da política e pouco se avança. Nem as provas inquestionáveis do crime são suficientes para ao menos envergonhar parlamentares que, como o rei da parábola, estão nus, mas insistem que todos admirem seus lindos trajes. Uns, porque sonham com o golpe paraguaio de decretar o impeachment de Dilma. Outros, porque Ali Babá sabe distribuir benesses aos 40 ladrões e agora os mantém com o rabo preso. Se o traírem, haverão de pagar com a secura das fontes escusas de abastecimento de campanhas eleitorais. Por que a nação não se mobiliza pela ética? Porque estamos, como diria Guimarães Rosa, na terceira margem do rio. Saímos do longo período em que a ética era pautada por valores religiosos, consciência de pecado, culpa diante de Deus. Quantos jovens estão, hoje, preocupados com pecado? E ainda não atingimos a margem socrática da ética fundada na razão, alicerçada em princípios kantianos e assegurada por instituições que sejam mais fortes que as virtudes humanas. Assim, o limbo ético abre espaço à política do "toma lá, dá cá"; do corporativismo que coa mosquitos ao se tratar do adversário e engole camelos quando se trata de defender sua "tchurma"; da omissão e do silêncio que buscam encobrir a mentira, a malversação, o nepotismo e a corrupção. Na casa da mãe Joana, o debate "ético" consiste em medir se o meu corrupto amealhou mais que o seu. Haja Jesus batizando empresas de fachadas! Usa-se e abusa-se do Santo Nome em vão, já que isso ilude os incautos e amealha votos para a seara dos lobos em pele de cordeiros. Se o Brasil não reagir a tanto descaramento e cinismo, faltarão bananas para espelhar o baixo nível de nossa republiqueta. CARLOS ALBERTO LIBANIO CHRISTO, 71, o Frei Betto, é assessor de movimentos sociais e escritor. É autor de "Paraíso perdido "" Viagens aos Países Socialistas" (Rocco), entre outros livros * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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A ética de Ali BabáO Brasil assiste, estarrecido, a uma aula magna de sem-vergonhice, descaramento e falta de ética. A lição descabida de corporativismo é digna dos 40 ladrões de Ali Babá. Em matéria de política, a criminalidade resulta da soma de imunidade com impunidade. A CPI da Petrobras gasta fortunas do contribuinte e termina com um relatório pífio, no qual o único culpado é quem, por meio de delação premiada, colabora com a Justiça na identificação de criminosos. Pretender impor uma lei que proíba a delação premiada é o mesmo que convocar a nação à omissão geral frente ao crime. Se você souber que alguém rouba os cofres públicos, sonega tributos, compra parlamentares, faça vista grossa, fique calado, associe-se ao criminoso pela via da omissão cúmplice. Boa lição para as nossas crianças e jovens! Só falta suprimir das delegacias o boletim de ocorrência. Ao ser assaltado ou furtado, cale-se, jamais delate o crime e o bandido. Há décadas se fala em ética na ou da política e pouco se avança. Nem as provas inquestionáveis do crime são suficientes para ao menos envergonhar parlamentares que, como o rei da parábola, estão nus, mas insistem que todos admirem seus lindos trajes. Uns, porque sonham com o golpe paraguaio de decretar o impeachment de Dilma. Outros, porque Ali Babá sabe distribuir benesses aos 40 ladrões e agora os mantém com o rabo preso. Se o traírem, haverão de pagar com a secura das fontes escusas de abastecimento de campanhas eleitorais. Por que a nação não se mobiliza pela ética? Porque estamos, como diria Guimarães Rosa, na terceira margem do rio. Saímos do longo período em que a ética era pautada por valores religiosos, consciência de pecado, culpa diante de Deus. Quantos jovens estão, hoje, preocupados com pecado? E ainda não atingimos a margem socrática da ética fundada na razão, alicerçada em princípios kantianos e assegurada por instituições que sejam mais fortes que as virtudes humanas. Assim, o limbo ético abre espaço à política do "toma lá, dá cá"; do corporativismo que coa mosquitos ao se tratar do adversário e engole camelos quando se trata de defender sua "tchurma"; da omissão e do silêncio que buscam encobrir a mentira, a malversação, o nepotismo e a corrupção. Na casa da mãe Joana, o debate "ético" consiste em medir se o meu corrupto amealhou mais que o seu. Haja Jesus batizando empresas de fachadas! Usa-se e abusa-se do Santo Nome em vão, já que isso ilude os incautos e amealha votos para a seara dos lobos em pele de cordeiros. Se o Brasil não reagir a tanto descaramento e cinismo, faltarão bananas para espelhar o baixo nível de nossa republiqueta. CARLOS ALBERTO LIBANIO CHRISTO, 71, o Frei Betto, é assessor de movimentos sociais e escritor. É autor de "Paraíso perdido "" Viagens aos Países Socialistas" (Rocco), entre outros livros * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Joesley Batista diz que não teme delações premiadas nem fará uma
Um dos donos da JBS, o empresário Joesley Batista diz que notícias sobre sua eventual delação premiada são "maldosas". Alvo da Operação Greenfield, que investiga prejuízos em fundos de pensão estatais, ele diz que não cometeu irregularidades. Nesse trecho da entrevista concedida à Folha, o empresário fala de sua relação com o ex-ministro Geddel Vieira Lima e com Lúcio Funaro, apontado pela Lava Jato como operador de Eduardo Cunha num esquema de pagamento de propina e preso desde o ano passado. Segundo Joesley, ele nunca tratou com Geddel e Funaro sobre pagamentos para facilitar empréstimos na Caixa Econômica Federal. Ele afirma que sua relação com Geddel é antiga, pois o ex-ministro "mata boi" num frigorífico do grupo na Bahia. * Folha - Não preocupa o senhor o fato da J&F ter aparecido em mensagens de Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha, dando a entender que estavam facilitando os empréstimos para a empresa? Joesley Batista - Me preocupa. Tanto que soltamos a nota, que isso nos causa muita estranheza. Qual o interesse de Geddel ficar vazando informação? É sigilo bancário, pô. Ficar vazando informação minha para um deputado? Numa das mensagens do celular de Eduardo Cunha analisadas pela operação "Cui Bono?", ele e Geddel debatem sobre um empréstimo em andamento na Caixa para a empresa. Por que Eduardo Cunha estava intercedendo a favor da J&F? Mais ou menos a mesma pergunta sobre o Max [que fez a denúncia ao Ministério Público de que Joesley estava interferindo no trabalho da auditoria contratada na Eldorado]. Eu tenho muita curiosidade de saber o que motivava essas pessoas a seguir nossa vida ou o Max a denunciar. Vocês já pensaram na hipótese de que algum executivo de vocês tenha feito esse pedido ou negociado com Eduardo Cunha ou com Geddel? Olha, eu não acredito. Fizeram investigação interna? Fizemos agora com a Ernst & Young e Verano. Olha, eles vasculharam os computadores, e-mails. Eles fizeram contabilidade. Não acharam nada. E, olha, em que pese o Max ter feito essa denúncia estapafúrdia, a Ernst & Young tem que respeitar. O Verano, também. Eu não conhecia, mas depois fui atrás é um escritório importante. Mas o fato de serem empresas que vivem de reputação não impede que também se envolvam em casos de corrupção. Evidente. Mas também, por outro lado, a gente tem que acreditar em alguma coisa, não é? Se não pudermos acreditar Tem uma governança, um acordo de acionistas, um conselho. O Max conseguiu desmoralizar de uma vez só sete conselheiros, inclusive o da Petros também. Só que é o seguinte: o Max mentiu. Aquilo é uma mentira. Ele mentiu que foi ele quem pediu a auditoria. Ele mentiu que nós não mostramos. Estão lá os papéis no Verano. Ele nunca foi lá. Teve conselheiro independente que foi e fez o que deveria ter feito. Ir lá fazer a reunião calmamente. Por que o Max nunca foi lá? Se ele estava tão preocupado e tão interessado no bem da companhia? Ele deveria ter ido, não é? Ele não pareceu lá não. É difícil entender o que esse sujeito está querendo. Qual a natureza da relação do senhor com Eduardo Cunha? Eduardo Cunha: deputado, presidente da Câmara. Tive relações institucionais. Nunca me relacionei com o Eduardo Cunha. Me relacionei com o deputado, com o presidente da Câmara. Em algum momento Eduardo Cunha pediu dinheiro para o senhor para facilitar alguma coisa? Nunca. Jamais. Para não atrapalhar? Nunca. Jamais. Ouço várias coisas do Eduardo, mas não posso falar nada sobre ele. Bem, algum interesse ele tinha nos negócios do senhor para despachar com Geddel sobre o assunto. É. Tem, óbvio. Agora, saber dos negócios de uma grande empresa por si só já é bom, já mostra influência. Só de saber o que está acontecendo. Somos a maior empresa brasileira privada hoje. Só de saber já é um ativo. Ele mostra intimidade, ou tenta mostrar talvez. Não estou dizendo que ele fez isso. Com o Lúcio Funaro então o senhor tinha uma relação mais próxima? Com ele sim. Ele prestou trabalho aqui para nós uns três anos. Ele foi quem resolveu o nosso problema com o Bertin [frigorífico adquirido pela JBS]. Ele foi que fez o negócio com o Big Frango [outra empresa adquirida]. Ele vendeu boi para nós aqui, que eu nem sabia, depois que eu fui olhar. Como começou sua relação com Funaro? Foi através do negócio com o Bertin. Foram dois negócios. Nós fizemos fusão, onde ficamos sócios. Isso foi em 2009. Aí depois, começaram as negociações de solução da sociedade, em que acabamos comprando a parte deles. Deu até isso na mídia. Normal, um negócio grande a sociedade, né? Teve, na disputa, momentos de um clima mais tenso e tal, mas no final resolveu. O senhor em nenhum momento se preocupou em fazer negócios e ter uma relação mais próxima com Funaro? Funaro, no mensalão, já havia reconhecido em delação o envolvimento em crimes. Curiosamente os dois negócios principais que fizemos com ele vieram do Bertin e do Big Frango. Não fomos nós que contratamos ele na Big Frango. Quando compramos a empresa, o antigo dono já tinha contratado ele. Isso foi resolvido na Justiça inclusive. Porque não sabíamos disso, ele veio nos cobrar. Dissemos não, nós não devemos isso. Deve, porque você comprou a empresa e a empresa me deve. Aí, ele entrou na Justiça, brigou. E acertamos. O negócio do Bertin foi mais ou menos igual. Ele se meteu primeiro para ajudar os Bertin. E aí ele tava no meio daquela confusão e a forma de solução... Como se diz: deixa a Justiça julgá-lo, se ele é criminoso ou não, se é mau caráter ou não. No que diz respeito a mim, ele resolveu meu problema com a Bertin e nós compramos a parte da Bertin. Foi uma coisa que, enfim, foi combinado, foi feito e resolvido. Então o senhor não se preocupou por ele ser investigado Na época, ele não era investigado. Ele já tinha feito acordo de delação com as autoridades para não ser preso. Ele foi delator. Não cabe a mim julgar um delator. Nem conhecia ele na época. Quanto no total a J&F pagou ao Funaro? Ao menos R$ 12 milhões foram pagos à Viscaya, empresa de Funaro, mas houve outros pagamentos. É mais do que isso. Foram uns R$ 30 milhões. Não sei exatamente. [A empresa informou que foram R$ 37,4 milhões pagos a empresas de Funaro pela Eldorado Brasil por conta e ordem da J&F]. Todos relacionados a Bertin e Big Frango? Teve gado que ele forneceu. Os principais são esses. Teve mais uma ou outra coisinha. Alguém já se aproximou do senhor para sugerir que a J&F faça delação? Não. Volta e meia eu olho essas notinhas maldosas. Alguém da força-tarefa da Lava Jato se aproximou? Não. O primeiro contato foi com a procuradoria de Brasília. Nosso contato é lá, que é o procurador que diz que nós quebramos o princípio de boa fé do acordo. O acordo nosso tem lá todas as cláusulas. Nós cumprimos tudo. Nós já fomos seis vezes lá nesse período prestar esclarecimentos. Eu pessoalmente já fui três vezes. Estou 100% à disposição, sempre estive. O senhor teme a delação de Lúcio Funaro? Eu quero que ele conte tudo que ele sabe sobre o relacionamento, o mais claro possível. Ele já delatou uma, duas vezes. Pra mim, se ele tiver alguma coisa para falar, tem que falar. Outro dia saiu uma notinha maldosa, de alguém que quer me prejudicar, falando que ele não vai me delatar. Como não vai me delatar? Quando alguém planta uma nota dizendo Lúcio Funaro vai delatar menos o Joesley... Ué, quem plantou essa nota sabe que o que está fazendo. Quem tem interesse nisso? Quem? Não sei. No caso do Funaro, o senhor tinha uma relação com ele. Eu tenho medo zero disso. Lúcio Funaro nunca pediu ao senhor ou o senhor tratou com ele de pagamentos para que Eduardo Cunha fizesse algo Eu nunca pedi nada ao Lúcio. E com Geddel? Tratou alguma vez sobre empréstimos diretamente? Nunca. E outra coisa, conheço o Geddel antes. Por que eu precisaria de Eduardo Cunha para falar com Geddel? Ele é da Bahia, é uma pessoa pública há muitos anos. O senhor conhece ele há muito tempo por quê? Porque ele tem gado. Ele mata boi conosco lá, no frigorífico da Bahia. Enfim.. Ele é um homem público há muitos anos. O MPF também fala sobre isso. Sobre uma doação ao PTB da Bahia, para aliados de Geddel, que seria doação com dinheiro público dos fundos. Isso é outra coisa que não existe. O PTB até soltou uma nota, que não existe isso. ENTENDA OS CASOS Operação Greenfield Investiga prejuízos em fundos de pensão de estatais. A Justiça viu indícios de que Funcef e Petros adquiriram cotas superfaturadas da Eldorado, que pertence à J&F. A empresa nega Bloqueio de bens Joesley e Wesley Batista fizeram acordo para suspender ordem de bloqueio de bens e de afastamento do comando de suas empresas. A Justiça analisa novo pedido de sanções a Joesley por suposto descumprimento do acordo, o que ele nega. Fábio Cleto Em delação, ex-executivo da Caixa diz que ele e Eduardo Cunha receberam propina para atuar na liberação de R$ 940 milhões do FI-FGTS à Eldorado e apontou Joesley como autor do pagamento (negado por ele). Operação Cui Bono? Mensagens do celular de Cunha mostraram o ex-deputado discutindo com Geddel Vieira Lima, então executivo da Caixa, o andamento de pedidos de empréstimos feitos pela J&F (Joesley nega envolvimento).
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Joesley Batista diz que não teme delações premiadas nem fará umaUm dos donos da JBS, o empresário Joesley Batista diz que notícias sobre sua eventual delação premiada são "maldosas". Alvo da Operação Greenfield, que investiga prejuízos em fundos de pensão estatais, ele diz que não cometeu irregularidades. Nesse trecho da entrevista concedida à Folha, o empresário fala de sua relação com o ex-ministro Geddel Vieira Lima e com Lúcio Funaro, apontado pela Lava Jato como operador de Eduardo Cunha num esquema de pagamento de propina e preso desde o ano passado. Segundo Joesley, ele nunca tratou com Geddel e Funaro sobre pagamentos para facilitar empréstimos na Caixa Econômica Federal. Ele afirma que sua relação com Geddel é antiga, pois o ex-ministro "mata boi" num frigorífico do grupo na Bahia. * Folha - Não preocupa o senhor o fato da J&F ter aparecido em mensagens de Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha, dando a entender que estavam facilitando os empréstimos para a empresa? Joesley Batista - Me preocupa. Tanto que soltamos a nota, que isso nos causa muita estranheza. Qual o interesse de Geddel ficar vazando informação? É sigilo bancário, pô. Ficar vazando informação minha para um deputado? Numa das mensagens do celular de Eduardo Cunha analisadas pela operação "Cui Bono?", ele e Geddel debatem sobre um empréstimo em andamento na Caixa para a empresa. Por que Eduardo Cunha estava intercedendo a favor da J&F? Mais ou menos a mesma pergunta sobre o Max [que fez a denúncia ao Ministério Público de que Joesley estava interferindo no trabalho da auditoria contratada na Eldorado]. Eu tenho muita curiosidade de saber o que motivava essas pessoas a seguir nossa vida ou o Max a denunciar. Vocês já pensaram na hipótese de que algum executivo de vocês tenha feito esse pedido ou negociado com Eduardo Cunha ou com Geddel? Olha, eu não acredito. Fizeram investigação interna? Fizemos agora com a Ernst & Young e Verano. Olha, eles vasculharam os computadores, e-mails. Eles fizeram contabilidade. Não acharam nada. E, olha, em que pese o Max ter feito essa denúncia estapafúrdia, a Ernst & Young tem que respeitar. O Verano, também. Eu não conhecia, mas depois fui atrás é um escritório importante. Mas o fato de serem empresas que vivem de reputação não impede que também se envolvam em casos de corrupção. Evidente. Mas também, por outro lado, a gente tem que acreditar em alguma coisa, não é? Se não pudermos acreditar Tem uma governança, um acordo de acionistas, um conselho. O Max conseguiu desmoralizar de uma vez só sete conselheiros, inclusive o da Petros também. Só que é o seguinte: o Max mentiu. Aquilo é uma mentira. Ele mentiu que foi ele quem pediu a auditoria. Ele mentiu que nós não mostramos. Estão lá os papéis no Verano. Ele nunca foi lá. Teve conselheiro independente que foi e fez o que deveria ter feito. Ir lá fazer a reunião calmamente. Por que o Max nunca foi lá? Se ele estava tão preocupado e tão interessado no bem da companhia? Ele deveria ter ido, não é? Ele não pareceu lá não. É difícil entender o que esse sujeito está querendo. Qual a natureza da relação do senhor com Eduardo Cunha? Eduardo Cunha: deputado, presidente da Câmara. Tive relações institucionais. Nunca me relacionei com o Eduardo Cunha. Me relacionei com o deputado, com o presidente da Câmara. Em algum momento Eduardo Cunha pediu dinheiro para o senhor para facilitar alguma coisa? Nunca. Jamais. Para não atrapalhar? Nunca. Jamais. Ouço várias coisas do Eduardo, mas não posso falar nada sobre ele. Bem, algum interesse ele tinha nos negócios do senhor para despachar com Geddel sobre o assunto. É. Tem, óbvio. Agora, saber dos negócios de uma grande empresa por si só já é bom, já mostra influência. Só de saber o que está acontecendo. Somos a maior empresa brasileira privada hoje. Só de saber já é um ativo. Ele mostra intimidade, ou tenta mostrar talvez. Não estou dizendo que ele fez isso. Com o Lúcio Funaro então o senhor tinha uma relação mais próxima? Com ele sim. Ele prestou trabalho aqui para nós uns três anos. Ele foi quem resolveu o nosso problema com o Bertin [frigorífico adquirido pela JBS]. Ele foi que fez o negócio com o Big Frango [outra empresa adquirida]. Ele vendeu boi para nós aqui, que eu nem sabia, depois que eu fui olhar. Como começou sua relação com Funaro? Foi através do negócio com o Bertin. Foram dois negócios. Nós fizemos fusão, onde ficamos sócios. Isso foi em 2009. Aí depois, começaram as negociações de solução da sociedade, em que acabamos comprando a parte deles. Deu até isso na mídia. Normal, um negócio grande a sociedade, né? Teve, na disputa, momentos de um clima mais tenso e tal, mas no final resolveu. O senhor em nenhum momento se preocupou em fazer negócios e ter uma relação mais próxima com Funaro? Funaro, no mensalão, já havia reconhecido em delação o envolvimento em crimes. Curiosamente os dois negócios principais que fizemos com ele vieram do Bertin e do Big Frango. Não fomos nós que contratamos ele na Big Frango. Quando compramos a empresa, o antigo dono já tinha contratado ele. Isso foi resolvido na Justiça inclusive. Porque não sabíamos disso, ele veio nos cobrar. Dissemos não, nós não devemos isso. Deve, porque você comprou a empresa e a empresa me deve. Aí, ele entrou na Justiça, brigou. E acertamos. O negócio do Bertin foi mais ou menos igual. Ele se meteu primeiro para ajudar os Bertin. E aí ele tava no meio daquela confusão e a forma de solução... Como se diz: deixa a Justiça julgá-lo, se ele é criminoso ou não, se é mau caráter ou não. No que diz respeito a mim, ele resolveu meu problema com a Bertin e nós compramos a parte da Bertin. Foi uma coisa que, enfim, foi combinado, foi feito e resolvido. Então o senhor não se preocupou por ele ser investigado Na época, ele não era investigado. Ele já tinha feito acordo de delação com as autoridades para não ser preso. Ele foi delator. Não cabe a mim julgar um delator. Nem conhecia ele na época. Quanto no total a J&F pagou ao Funaro? Ao menos R$ 12 milhões foram pagos à Viscaya, empresa de Funaro, mas houve outros pagamentos. É mais do que isso. Foram uns R$ 30 milhões. Não sei exatamente. [A empresa informou que foram R$ 37,4 milhões pagos a empresas de Funaro pela Eldorado Brasil por conta e ordem da J&F]. Todos relacionados a Bertin e Big Frango? Teve gado que ele forneceu. Os principais são esses. Teve mais uma ou outra coisinha. Alguém já se aproximou do senhor para sugerir que a J&F faça delação? Não. Volta e meia eu olho essas notinhas maldosas. Alguém da força-tarefa da Lava Jato se aproximou? Não. O primeiro contato foi com a procuradoria de Brasília. Nosso contato é lá, que é o procurador que diz que nós quebramos o princípio de boa fé do acordo. O acordo nosso tem lá todas as cláusulas. Nós cumprimos tudo. Nós já fomos seis vezes lá nesse período prestar esclarecimentos. Eu pessoalmente já fui três vezes. Estou 100% à disposição, sempre estive. O senhor teme a delação de Lúcio Funaro? Eu quero que ele conte tudo que ele sabe sobre o relacionamento, o mais claro possível. Ele já delatou uma, duas vezes. Pra mim, se ele tiver alguma coisa para falar, tem que falar. Outro dia saiu uma notinha maldosa, de alguém que quer me prejudicar, falando que ele não vai me delatar. Como não vai me delatar? Quando alguém planta uma nota dizendo Lúcio Funaro vai delatar menos o Joesley... Ué, quem plantou essa nota sabe que o que está fazendo. Quem tem interesse nisso? Quem? Não sei. No caso do Funaro, o senhor tinha uma relação com ele. Eu tenho medo zero disso. Lúcio Funaro nunca pediu ao senhor ou o senhor tratou com ele de pagamentos para que Eduardo Cunha fizesse algo Eu nunca pedi nada ao Lúcio. E com Geddel? Tratou alguma vez sobre empréstimos diretamente? Nunca. E outra coisa, conheço o Geddel antes. Por que eu precisaria de Eduardo Cunha para falar com Geddel? Ele é da Bahia, é uma pessoa pública há muitos anos. O senhor conhece ele há muito tempo por quê? Porque ele tem gado. Ele mata boi conosco lá, no frigorífico da Bahia. Enfim.. Ele é um homem público há muitos anos. O MPF também fala sobre isso. Sobre uma doação ao PTB da Bahia, para aliados de Geddel, que seria doação com dinheiro público dos fundos. Isso é outra coisa que não existe. O PTB até soltou uma nota, que não existe isso. ENTENDA OS CASOS Operação Greenfield Investiga prejuízos em fundos de pensão de estatais. A Justiça viu indícios de que Funcef e Petros adquiriram cotas superfaturadas da Eldorado, que pertence à J&F. A empresa nega Bloqueio de bens Joesley e Wesley Batista fizeram acordo para suspender ordem de bloqueio de bens e de afastamento do comando de suas empresas. A Justiça analisa novo pedido de sanções a Joesley por suposto descumprimento do acordo, o que ele nega. Fábio Cleto Em delação, ex-executivo da Caixa diz que ele e Eduardo Cunha receberam propina para atuar na liberação de R$ 940 milhões do FI-FGTS à Eldorado e apontou Joesley como autor do pagamento (negado por ele). Operação Cui Bono? Mensagens do celular de Cunha mostraram o ex-deputado discutindo com Geddel Vieira Lima, então executivo da Caixa, o andamento de pedidos de empréstimos feitos pela J&F (Joesley nega envolvimento).
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Em ato pró-Dilma, PT evitará falar em 'golpe'
O PT organizará na noite desta terça-feira (14), em São Paulo, um ato em defesa do governo Dilma Rousseff. Os discursos, porém, serão diferentes das declarações dos ministros e da própria presidente. A cúpula do partido orientou os organizadores do ato a evitar referências à palavra "golpe". Em entrevista à Folha na semana passada, Dilma acusou setores da oposição de serem "um tanto golpistas". Nesta segunda (13), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, também disse que a "ideia de impeachment, de golpe" é inaceitável. Segundo petistas, parte da direção nacional do partido orientou que os discursos do evento sigam outra linha: exaltem a defesa da democracia. Essa ala entende que fomentar a ideia de que o governo é vítima de um golpe pode parecer alarmista. Não seria, portanto, benéfica ao objetivo do ato. Assuntos espinhosos para o governo federal, como as críticas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao ajuste fiscal, serão evitados. O encontro desta terça será o primeiro de um calendário em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff que está sendo organizado pelo diretório municipal do PT de São Paulo. A realização do ato, que será em auditório para 700 pessoas no campus da Uninove, está sendo encarada por alguns petistas como um desafio, já que os últimos eventos do partido na capital paulista estavam esvaziados. Um deles foi o Congresso estadual da sigla, em maio. Mesmo com o anúncio da presença do ex-presidente Lula, o número de militantes ficou bem abaixo do esperado. Lula acabou não aparecendo. Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, sua ausência deveu-se ao baixo quórum. Segundo o presidente do diretório municipal do PT, Paulo Fiorilo, o "formato dos demais encontros não foi definido, mas o objetivo é criar uma agenda em torno da defesa da democracia e uma coordenação para estar à frente do debate". A organização buscou adesões que vão além dos partidos aliados e dos movimentos sociais e sindicais que sempre apoiam o PT. Intelectuais e atores, entre outros, foram chamados.
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Em ato pró-Dilma, PT evitará falar em 'golpe'O PT organizará na noite desta terça-feira (14), em São Paulo, um ato em defesa do governo Dilma Rousseff. Os discursos, porém, serão diferentes das declarações dos ministros e da própria presidente. A cúpula do partido orientou os organizadores do ato a evitar referências à palavra "golpe". Em entrevista à Folha na semana passada, Dilma acusou setores da oposição de serem "um tanto golpistas". Nesta segunda (13), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, também disse que a "ideia de impeachment, de golpe" é inaceitável. Segundo petistas, parte da direção nacional do partido orientou que os discursos do evento sigam outra linha: exaltem a defesa da democracia. Essa ala entende que fomentar a ideia de que o governo é vítima de um golpe pode parecer alarmista. Não seria, portanto, benéfica ao objetivo do ato. Assuntos espinhosos para o governo federal, como as críticas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao ajuste fiscal, serão evitados. O encontro desta terça será o primeiro de um calendário em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff que está sendo organizado pelo diretório municipal do PT de São Paulo. A realização do ato, que será em auditório para 700 pessoas no campus da Uninove, está sendo encarada por alguns petistas como um desafio, já que os últimos eventos do partido na capital paulista estavam esvaziados. Um deles foi o Congresso estadual da sigla, em maio. Mesmo com o anúncio da presença do ex-presidente Lula, o número de militantes ficou bem abaixo do esperado. Lula acabou não aparecendo. Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, sua ausência deveu-se ao baixo quórum. Segundo o presidente do diretório municipal do PT, Paulo Fiorilo, o "formato dos demais encontros não foi definido, mas o objetivo é criar uma agenda em torno da defesa da democracia e uma coordenação para estar à frente do debate". A organização buscou adesões que vão além dos partidos aliados e dos movimentos sociais e sindicais que sempre apoiam o PT. Intelectuais e atores, entre outros, foram chamados.
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Bellucci faz 6 a 0 no primeiro set, mas é derrotado por Djokovic
Por 2 sets a 1, o brasileiro Thomaz Bellucci foi derrotado, nesta quinta-feira (12), pelo sérvio Novak Djokovic e se despediu do Masters 1.000 de Roma. Bellucci deu indícios de que poderia bater o número um do mundo. No primeiro set, o paulista conseguiu um pneu (quando o tenista vence o set por 6/0) e colocou pressão para cima de Djokovic. A última vez que Djokovic sofreu um revés de 6/0 foi em 2012, contra Roger Federer, em Cincinati. O melhor tenista da atualidade, porém, mostrou porque está no topo. No segundo set, bateu o brasileiro com um 6/3 e fechou o terceiro com um 6/2. "Fiz um primeiro set perfeito, jogando um alto nível de tênis e nos dois sets seguintes ele praticamente não errou. Mérito dele de sair do buraco e conseguir ganhar de mim. Fiquei chateado por não ter conseguido a vitória, mas satisfeito por ter mantido um nível muito bom por três sets contra um cara que praticamente não perdeu de ninguém nos últimos dois anos", afirmou o brasileiro. Nas quartas de final, Djokovic enfrentará o espanhol Rafael Nadal, que venceu o australiano Nick Kyrgios mais cedo. Djokovic
esporte
Bellucci faz 6 a 0 no primeiro set, mas é derrotado por DjokovicPor 2 sets a 1, o brasileiro Thomaz Bellucci foi derrotado, nesta quinta-feira (12), pelo sérvio Novak Djokovic e se despediu do Masters 1.000 de Roma. Bellucci deu indícios de que poderia bater o número um do mundo. No primeiro set, o paulista conseguiu um pneu (quando o tenista vence o set por 6/0) e colocou pressão para cima de Djokovic. A última vez que Djokovic sofreu um revés de 6/0 foi em 2012, contra Roger Federer, em Cincinati. O melhor tenista da atualidade, porém, mostrou porque está no topo. No segundo set, bateu o brasileiro com um 6/3 e fechou o terceiro com um 6/2. "Fiz um primeiro set perfeito, jogando um alto nível de tênis e nos dois sets seguintes ele praticamente não errou. Mérito dele de sair do buraco e conseguir ganhar de mim. Fiquei chateado por não ter conseguido a vitória, mas satisfeito por ter mantido um nível muito bom por três sets contra um cara que praticamente não perdeu de ninguém nos últimos dois anos", afirmou o brasileiro. Nas quartas de final, Djokovic enfrentará o espanhol Rafael Nadal, que venceu o australiano Nick Kyrgios mais cedo. Djokovic
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'Perigo' urbano
Soube na semana passada da morte prematura de um escritor americano apaixonado pela carne, Joshua Ozersky, aos 47 anos. Além de autor, ele também realizava eventos, sendo o mais conhecido o Meatopia. Foi encontrado morto em um hotel em Chicago, aonde tinha ido participar da premiação anual da James Beard Foundation, e até agora as causas da morte são inconclusivas. Colaborador de diversas publicações (ultimamente, "Esquire", "The Wall Street Journal", "Food & Wine"), Josh mostrava sua predileção culinária já no título de livros como "The Hamburger: a History" e "Meat Me in Manhattan" (um trocadilho em que "meet me", encontre-me, é grafado "meat", carne). Sua mais chamativa participação na vida gastronômica era o Meatopia: evento ao ar livre no qual chefs, restaurateurs e churrasqueiros profissionais preparavam carnes na brasa para um imenso e faminto público. Foi realizado por nove anos seguidos em Nova York e em 2013 aconteceu no Texas e em Londres. Eu o conheci no Uruguai, em 2011, quando participamos do festival Punta Food & Wine, em Punta del Este. Josh não teria do que reclamar de pelo menos uma atividade do evento, o almoço ao ar livre promovido pelo chef Francis Mallmann, ocupando toda a praça do pequeno vilarejo de Pueblo Garzón. Mallmann é aficionado pelo fogo e pelas brasas, como fica evidente em seu livro "Sete Fogos" (editora Vergara & Riba), que mostra sete diferentes técnicas, em geral bem rústicas, de preparo de carnes, peixes e vegetais no fogo. Naquele ano –e nos seguintes, sempre no festival– ele distribuiu pela praça diferentes estações de preparo, que iam desde a conhecida parrilla (a churrasqueira) até o forno de lenha, passando por legumes enterrados sob brasas no chão. O "happening" de Mallmann, como os de Ozersky, são eventos que impelem moradores e turistas a uma convivência divertida e informal. São fenômenos de comida de rua que no Brasil ainda apenas engatinham, e de maneira tortuosa. Comida de rua costuma se equilibrar entre o apetitoso (com seus aromas ganhando diretamente as narinas dos passantes) e o perigoso (quando não se sabe direito quais os cuidados de higiene observados). Mas nos países do mundo onde ela é de regra (especialmente na Ásia, mas também em algumas cidades ocidentais), flertar com o risco faz parte da aventura. E, quanto mais existe, mais o público separa o que há de melhor, nem que seja à custa de eventuais desarranjos físicos, típicos da seleção natural... No Brasil, se descontarmos as exceções –o tacacá do Pará, o acarajé da Bahia, o pastel de feira de São Paulo, os carrinhos de comida em volta dos estádios, o hot-dog na porta das baladas– a comida de rua tem uma oferta limitada. E agora, que resolveu aparecer com mais força, foi direto para a pedante solução dos caros food trucks, ou de festivais de comidas "de rua" confinadas em estacionamentos e galpões. Acho ótimo que existam reluzentes e equipadíssimos food trucks com boa comida pelo meu caminho, e torço para que tenham sucesso, embora prefira, pelo preço que a maioria cobra, comer sentado e com mais conforto em um bar ou em um restaurante. Também dou força às feirinhas gastronômicas que andam ocorrendo em espaços fechados. Mas um pouco mais de espontaneidade, de exagero, no estilo do comilão Josh Ozersky também faria bem.
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'Perigo' urbanoSoube na semana passada da morte prematura de um escritor americano apaixonado pela carne, Joshua Ozersky, aos 47 anos. Além de autor, ele também realizava eventos, sendo o mais conhecido o Meatopia. Foi encontrado morto em um hotel em Chicago, aonde tinha ido participar da premiação anual da James Beard Foundation, e até agora as causas da morte são inconclusivas. Colaborador de diversas publicações (ultimamente, "Esquire", "The Wall Street Journal", "Food & Wine"), Josh mostrava sua predileção culinária já no título de livros como "The Hamburger: a History" e "Meat Me in Manhattan" (um trocadilho em que "meet me", encontre-me, é grafado "meat", carne). Sua mais chamativa participação na vida gastronômica era o Meatopia: evento ao ar livre no qual chefs, restaurateurs e churrasqueiros profissionais preparavam carnes na brasa para um imenso e faminto público. Foi realizado por nove anos seguidos em Nova York e em 2013 aconteceu no Texas e em Londres. Eu o conheci no Uruguai, em 2011, quando participamos do festival Punta Food & Wine, em Punta del Este. Josh não teria do que reclamar de pelo menos uma atividade do evento, o almoço ao ar livre promovido pelo chef Francis Mallmann, ocupando toda a praça do pequeno vilarejo de Pueblo Garzón. Mallmann é aficionado pelo fogo e pelas brasas, como fica evidente em seu livro "Sete Fogos" (editora Vergara & Riba), que mostra sete diferentes técnicas, em geral bem rústicas, de preparo de carnes, peixes e vegetais no fogo. Naquele ano –e nos seguintes, sempre no festival– ele distribuiu pela praça diferentes estações de preparo, que iam desde a conhecida parrilla (a churrasqueira) até o forno de lenha, passando por legumes enterrados sob brasas no chão. O "happening" de Mallmann, como os de Ozersky, são eventos que impelem moradores e turistas a uma convivência divertida e informal. São fenômenos de comida de rua que no Brasil ainda apenas engatinham, e de maneira tortuosa. Comida de rua costuma se equilibrar entre o apetitoso (com seus aromas ganhando diretamente as narinas dos passantes) e o perigoso (quando não se sabe direito quais os cuidados de higiene observados). Mas nos países do mundo onde ela é de regra (especialmente na Ásia, mas também em algumas cidades ocidentais), flertar com o risco faz parte da aventura. E, quanto mais existe, mais o público separa o que há de melhor, nem que seja à custa de eventuais desarranjos físicos, típicos da seleção natural... No Brasil, se descontarmos as exceções –o tacacá do Pará, o acarajé da Bahia, o pastel de feira de São Paulo, os carrinhos de comida em volta dos estádios, o hot-dog na porta das baladas– a comida de rua tem uma oferta limitada. E agora, que resolveu aparecer com mais força, foi direto para a pedante solução dos caros food trucks, ou de festivais de comidas "de rua" confinadas em estacionamentos e galpões. Acho ótimo que existam reluzentes e equipadíssimos food trucks com boa comida pelo meu caminho, e torço para que tenham sucesso, embora prefira, pelo preço que a maioria cobra, comer sentado e com mais conforto em um bar ou em um restaurante. Também dou força às feirinhas gastronômicas que andam ocorrendo em espaços fechados. Mas um pouco mais de espontaneidade, de exagero, no estilo do comilão Josh Ozersky também faria bem.
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Anatel autoriza Silvio Santos a driblar lei para ter outra TV
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou a família do empresário e apresentador Silvio Santos a driblar a lei que proíbe uma emissora de possuir uma TV por assinatura. A decisão abre uma brecha para a repetição da mesma prática em casos futuros. Lei de 2011 determinou que proprietários de empresas de radiodifusão e de conteúdo não possam ter mais de 50% das ações totais de uma companhia de TV paga, nem ter seu controle. Embora o texto não especifique casos em que o controle ou a propriedade estejam numa mesma família, parecer da Procuradoria Federal Especializada, órgão que dá pareceres jurídicos na agência, recomenda a proibição nessas situações. A Anatel permitiu, porém, que Silvio Santos transferisse para sua filha Patrícia Abravanel 49% do capital total e votante da TV Alphaville, canal por assinatura que atende aproximadamente 20 mil domicílios na região de Barueri, Santana do Parnaíba e Granja Vianna, na Grande São Paulo. Com essa posição da agência reguladora do setor de telecomunicações, Silvio Santos mantém em sua família o controle das duas empresas: o SBT fica em nome de Senor Abravanel (nome real de Silvio Santos) e a TV Alphaville em nome da filha e apresentadora Patrícia Abravanel. DECISÃO A decisão da Anatel é de março do ano passado, analisando um pedido feito em outubro de 2013 pelo empresário. A família Abravanel não comentou o episódio. Segundo a Folha apurou, a agência negou os pedidos do empresário para manter o controle sobre as duas empresas até aceitar a saída da transferência familiar. Conforme a Anatel, ainda assim o conselho entendeu que "uma limitação neste sentido extrapolaria o espírito da lei". Pesa contra a decisão o fato de Renata Abravanel, irmã de Patrícia e diretora do SBT, também possuir 6% das ações da TV Alphaville, aumentando a participação da família no negócio. No entendimento expresso no processo pela Procuradoria Federal Especializada, a "transferência de controle societário entre membros de uma mesma família" não deveria ser aprovada. GLOBO E NET Após a aprovação da lei, a Rede Globo, que detinha parte do controle da Net, teve de vender ações para a Embratel/Claro, sócia majoritária da TV por assinatura. A Globo, no entanto, manteve participação indireta na Net, já que é sócia da EGPar, companhia que detém 4,11% das ações da TV a cabo. OUTRO LADO Questionada por ter aprovado a operação, mesmo diante do grau de parentesco de Silvio Santos e Patrícia Abravanel, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que, conforme avaliação do conselho diretor da agência, impor "uma limitação neste sentido extrapolaria o espírito da lei". A agência reguladora também defendeu que foram seguidos os todos os trâmites internos para a avaliação. O grupo Silvio Santos informou, por meio de sua gerente de comunicação, Maisa Alves, que não vai se manifestar sobre o caso. A assessoria de imprensa respondeu tanto pelo canal SBT como pela TV Alphaville e pela família Abravanel. O canal por assinatura TV Alphaville atende cerca de 20 mil domicílios na região de Barueri, Santana do Parnaíba e Granja Vianna (SP). Além das emissoras, o grupo Silvio Santos tem negócios nas áreas financeira, de cosméticos e de hotelaria, entre outras.
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Anatel autoriza Silvio Santos a driblar lei para ter outra TVA Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou a família do empresário e apresentador Silvio Santos a driblar a lei que proíbe uma emissora de possuir uma TV por assinatura. A decisão abre uma brecha para a repetição da mesma prática em casos futuros. Lei de 2011 determinou que proprietários de empresas de radiodifusão e de conteúdo não possam ter mais de 50% das ações totais de uma companhia de TV paga, nem ter seu controle. Embora o texto não especifique casos em que o controle ou a propriedade estejam numa mesma família, parecer da Procuradoria Federal Especializada, órgão que dá pareceres jurídicos na agência, recomenda a proibição nessas situações. A Anatel permitiu, porém, que Silvio Santos transferisse para sua filha Patrícia Abravanel 49% do capital total e votante da TV Alphaville, canal por assinatura que atende aproximadamente 20 mil domicílios na região de Barueri, Santana do Parnaíba e Granja Vianna, na Grande São Paulo. Com essa posição da agência reguladora do setor de telecomunicações, Silvio Santos mantém em sua família o controle das duas empresas: o SBT fica em nome de Senor Abravanel (nome real de Silvio Santos) e a TV Alphaville em nome da filha e apresentadora Patrícia Abravanel. DECISÃO A decisão da Anatel é de março do ano passado, analisando um pedido feito em outubro de 2013 pelo empresário. A família Abravanel não comentou o episódio. Segundo a Folha apurou, a agência negou os pedidos do empresário para manter o controle sobre as duas empresas até aceitar a saída da transferência familiar. Conforme a Anatel, ainda assim o conselho entendeu que "uma limitação neste sentido extrapolaria o espírito da lei". Pesa contra a decisão o fato de Renata Abravanel, irmã de Patrícia e diretora do SBT, também possuir 6% das ações da TV Alphaville, aumentando a participação da família no negócio. No entendimento expresso no processo pela Procuradoria Federal Especializada, a "transferência de controle societário entre membros de uma mesma família" não deveria ser aprovada. GLOBO E NET Após a aprovação da lei, a Rede Globo, que detinha parte do controle da Net, teve de vender ações para a Embratel/Claro, sócia majoritária da TV por assinatura. A Globo, no entanto, manteve participação indireta na Net, já que é sócia da EGPar, companhia que detém 4,11% das ações da TV a cabo. OUTRO LADO Questionada por ter aprovado a operação, mesmo diante do grau de parentesco de Silvio Santos e Patrícia Abravanel, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que, conforme avaliação do conselho diretor da agência, impor "uma limitação neste sentido extrapolaria o espírito da lei". A agência reguladora também defendeu que foram seguidos os todos os trâmites internos para a avaliação. O grupo Silvio Santos informou, por meio de sua gerente de comunicação, Maisa Alves, que não vai se manifestar sobre o caso. A assessoria de imprensa respondeu tanto pelo canal SBT como pela TV Alphaville e pela família Abravanel. O canal por assinatura TV Alphaville atende cerca de 20 mil domicílios na região de Barueri, Santana do Parnaíba e Granja Vianna (SP). Além das emissoras, o grupo Silvio Santos tem negócios nas áreas financeira, de cosméticos e de hotelaria, entre outras.
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Astrologia
Vênus e Marte em sintonia total dinamizam esfera artística e cultural. LUA CRESCENTE EM CÂNCER: 14/4 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Seu coração quer aconchego, mas a profissão pede foco e empenho. Você, empolgado, empolga outros, e esse entusiasmo conjunto produz ótimos frutos no campo social. Vênus e Marte em trígono trazem ótima vibração para o amor também. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Um dia de sucesso para você, mesmo que não seja reconhecido agora. Espere mais umas semanas para receber os aplausos por isso. Lua e Plutão em ângulo tenso avisam contra jogos de manipulação emocional. Acolha quem precisa, mas saiba ser firme. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Mercúrio e Júpiter em um ângulo superpositivo até amanhã sinalizam ótimo entrosamento entre você e seus clientes, sócios e parceiros. Um ajuda o outro, e todos ganham. No emocional, nem tudo flui suave; exercite sua generosidade hoje. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A Lua em seu signo pede um dia para chamar de seu. Um pequeno momento de tensão no início da tarde aconselha adiamento de pedidos e decisões, caso contrário, você pode se dar mal. Preserve sua liberdade e sua intimidade de olhares curiosos. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Três astros em Áries levantam seu moral, garantindo energia, disposição e coragem para lutar por seus ideais e pontos de vista. Viradas inesperadas da vida contribuirão hoje para isso. Boa articulação, mente clara e paixão esquentando o amor. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Tudo segue muito bem no campo racional, lógico, analítico, Mercúrio e Júpiter em signos compatíveis com o seu abrem caminhos, apuram seu juízo crítico, trazem aliados importantes e garantem certeza nas ações. No emocional, altos e baixos. LIBRA (23 set. a 22 out.) Vênus em Áries se harmoniza com Marte em Sagitário, acendendo a fogueira das paixões -de seus parceiros- e indiretamente favorecem seu trabalho e suas atividades. Como você está à mercê de seus aliados, escolha-os muito bem. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Astral bom para cuidar de seu dinheiro, trabalhar duro, seguir com fé no seu potencial e foco na sua capacidade de realização. Ótimo dia para iniciar uma nova tarefa, ou um trabalho pioneiro. Acertos com amigos sobre viagens e assuntos legais. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Você está cuidando direitinho da imagem que tem no mundo lá fora? Tem zelado por boas relações com seus parceiros, chefes, colegas? Converse, troque ideias, mostre-se útil e antenado. As pessoas querem respostas concretas neste momento difícil. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Cuidado com imposições, cobranças rígidas demais e caras feias; evite abortar a boa sorte de hoje. Cenário astral flui bem para os assuntos dos campos material e amoroso, com abundância, prosperidade, sorte e sensualidade. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Preste atenção aos sinais de seu organismo, que está vulnerável às pressões da vida cotidiana. Confira se você não está mais carente de braços abertos e sorrisos carinhosos, do que de discussões teóricas. Equilibre seu cotidiano com delicadeza hoje. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Boa comunicação é tudo neste seu dia! Contatos certos e argumentos consistentes terão resultado espetacular. Você irá encarar qualquer parada difícil muito bem sendo objetivo, simples e realista. Sucesso em transações financeiras.
ilustrada
AstrologiaVênus e Marte em sintonia total dinamizam esfera artística e cultural. LUA CRESCENTE EM CÂNCER: 14/4 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Seu coração quer aconchego, mas a profissão pede foco e empenho. Você, empolgado, empolga outros, e esse entusiasmo conjunto produz ótimos frutos no campo social. Vênus e Marte em trígono trazem ótima vibração para o amor também. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Um dia de sucesso para você, mesmo que não seja reconhecido agora. Espere mais umas semanas para receber os aplausos por isso. Lua e Plutão em ângulo tenso avisam contra jogos de manipulação emocional. Acolha quem precisa, mas saiba ser firme. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Mercúrio e Júpiter em um ângulo superpositivo até amanhã sinalizam ótimo entrosamento entre você e seus clientes, sócios e parceiros. Um ajuda o outro, e todos ganham. No emocional, nem tudo flui suave; exercite sua generosidade hoje. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A Lua em seu signo pede um dia para chamar de seu. Um pequeno momento de tensão no início da tarde aconselha adiamento de pedidos e decisões, caso contrário, você pode se dar mal. Preserve sua liberdade e sua intimidade de olhares curiosos. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Três astros em Áries levantam seu moral, garantindo energia, disposição e coragem para lutar por seus ideais e pontos de vista. Viradas inesperadas da vida contribuirão hoje para isso. Boa articulação, mente clara e paixão esquentando o amor. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Tudo segue muito bem no campo racional, lógico, analítico, Mercúrio e Júpiter em signos compatíveis com o seu abrem caminhos, apuram seu juízo crítico, trazem aliados importantes e garantem certeza nas ações. No emocional, altos e baixos. LIBRA (23 set. a 22 out.) Vênus em Áries se harmoniza com Marte em Sagitário, acendendo a fogueira das paixões -de seus parceiros- e indiretamente favorecem seu trabalho e suas atividades. Como você está à mercê de seus aliados, escolha-os muito bem. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Astral bom para cuidar de seu dinheiro, trabalhar duro, seguir com fé no seu potencial e foco na sua capacidade de realização. Ótimo dia para iniciar uma nova tarefa, ou um trabalho pioneiro. Acertos com amigos sobre viagens e assuntos legais. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Você está cuidando direitinho da imagem que tem no mundo lá fora? Tem zelado por boas relações com seus parceiros, chefes, colegas? Converse, troque ideias, mostre-se útil e antenado. As pessoas querem respostas concretas neste momento difícil. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Cuidado com imposições, cobranças rígidas demais e caras feias; evite abortar a boa sorte de hoje. Cenário astral flui bem para os assuntos dos campos material e amoroso, com abundância, prosperidade, sorte e sensualidade. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Preste atenção aos sinais de seu organismo, que está vulnerável às pressões da vida cotidiana. Confira se você não está mais carente de braços abertos e sorrisos carinhosos, do que de discussões teóricas. Equilibre seu cotidiano com delicadeza hoje. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Boa comunicação é tudo neste seu dia! Contatos certos e argumentos consistentes terão resultado espetacular. Você irá encarar qualquer parada difícil muito bem sendo objetivo, simples e realista. Sucesso em transações financeiras.
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Peru determina prisão de governador acusado de receber verba da Odebrecht
A Justiça peruana determinou a prisão preventiva de Felix Moreno, governador de Callao, por um prazo de até 18 meses. Moreno é acusado de receber US$ 4 milhões (R$ 12,5 milhões) em propina da construtora Odebrecht. O juiz Ricardo Mairinque decidiu no sábado (8), que as provas de que Moreno recebeu dinheiro em troca de um contrato de construção de uma estrada de 5km na costa do país são substanciais. O uso da prisão preventiva por longos períodos para evitar a fuga de suspeitos e a obstrução das investigações é uma prática comum no Peru. A medida é criticada por alguns por violar o direito do devido processo penal. O advogado de Moreno, Jose Luis Castillo, afirmou que considera a decisão arbitrária e que recorrerá. Em dezembro, a Odebrecht admitiu que pagou propinas para obter contratos com governos de países da América Latina. No Peru, foram pagos US$ 29 milhões pelo favorecimento em obras públicas. Segundo a Procuradoria, a campanha de reeleição de Moreno em 2014, comandada por Luis Favre, foi financiada com dinheiro da corrupção. Favre e Moreno negam as acusações. As investigações do caso Odebrecht envolvem o ex-presidente peruano Alan Garcia, acusado de corrupção na construção do metro de Lima, e o ex-presidente Alejandro Toledo, também acusado de receber propina. O Peru solicitou aos Estados Unidos a extradição de Toledo. EFEITOS DA LAVA JATO NO MUNDO - Países em que a Odebrecht é acusada de beneficiar políticos em troca de licitações propinas da odebrecht no mundo - Em US$ bilhões
mundo
Peru determina prisão de governador acusado de receber verba da OdebrechtA Justiça peruana determinou a prisão preventiva de Felix Moreno, governador de Callao, por um prazo de até 18 meses. Moreno é acusado de receber US$ 4 milhões (R$ 12,5 milhões) em propina da construtora Odebrecht. O juiz Ricardo Mairinque decidiu no sábado (8), que as provas de que Moreno recebeu dinheiro em troca de um contrato de construção de uma estrada de 5km na costa do país são substanciais. O uso da prisão preventiva por longos períodos para evitar a fuga de suspeitos e a obstrução das investigações é uma prática comum no Peru. A medida é criticada por alguns por violar o direito do devido processo penal. O advogado de Moreno, Jose Luis Castillo, afirmou que considera a decisão arbitrária e que recorrerá. Em dezembro, a Odebrecht admitiu que pagou propinas para obter contratos com governos de países da América Latina. No Peru, foram pagos US$ 29 milhões pelo favorecimento em obras públicas. Segundo a Procuradoria, a campanha de reeleição de Moreno em 2014, comandada por Luis Favre, foi financiada com dinheiro da corrupção. Favre e Moreno negam as acusações. As investigações do caso Odebrecht envolvem o ex-presidente peruano Alan Garcia, acusado de corrupção na construção do metro de Lima, e o ex-presidente Alejandro Toledo, também acusado de receber propina. O Peru solicitou aos Estados Unidos a extradição de Toledo. EFEITOS DA LAVA JATO NO MUNDO - Países em que a Odebrecht é acusada de beneficiar políticos em troca de licitações propinas da odebrecht no mundo - Em US$ bilhões
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Freira diz que foi estuprada e agora processa Igreja Católica no Chile
Quando pediram para que a irmã Francisca cuidasse da alimentação do grupo de homens que reformavam o convento onde vivia enclausurada no coração de Santiago, no Chile, não tinha ideia do quanto aquilo mudaria sua vida. Ela resume o que ocorreu em três palavras: "Começou meu calvário", segundo a emissora local TVN. Tudo ocorreu em 2012, quando a madre superiora autorizou um grupo de homens a dormir no convento onde trabalhavam. Francisca cuidava deles. Mas certo dia, aproveitando que ela não se sentia bem –segundo conta a religiosa–, um dos homens, Hernán Rios Valdivia, a levou para um quarto e a estuprou. Foi "um golpe assustador que mudou a minha vida", relembra ela hoje. Traumatizada e com medo de que ninguém acreditasse na história, irmã Francisca não contou para ninguém o que havia acontecido. "Como mulher, me senti incapaz de falar, com medo de não acreditarem em mim e fazer ameaças. E eu preferia ficar quieta", diz. Mas, três meses depois do ataque, ela descobriu que estava grávida. No convento, a notícia não foi bem recebida. "Fui caluniada, disseram que era culpada e que fiz aquilo de propósito", conta a freira. "Eu implorei dizendo que era inocente. Minhas irmãs foram muito cruéis comigo." Desde então, a encarregada do convento passou a pressioná-la para que deixasse o hábito e assinasse sua demissão "voluntária" da ordem. No entanto, Francisca se negou. Como ninguém acreditou em sua versão –e até chegaram a acusá-la de roubo, de acordo com o seu testemunho–, Francisca decidiu deixar o convento. DENÚNCIAS À JUSTIÇA Com a ajuda de ONGs, ela deu seu bebê para adoção e denunciou o que aconteceu para a Justiça. Em novembro de 2015, Rios Valdivia foi condenado por estupro. No entanto, a irmã Francisca diz que isso não foi suficiente para que pudesse viver em paz, como disse à TVN. "Eu tive que me calar, tive que fingir que estava tudo bem, tive que engolir minhas lágrimas e tive que esconder coisas que me aterrorizavam", diz ela. E culpa uma instituição que considerava "minha única família" e a abandonou: "A igreja, que sempre defendi como um leoa". Francisca processou a arquidiocese de Santiago e as irmãs Clarissas Capuchinhas. A RESPOSTA DA IGREJA Os assessores do arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati, dizem que ele não esteve a par do caso. "O bispo não entra em detalhes da vida interna, comum e cotidiana das freiras", disse Jorge Concha, bispo auxiliar de Santiago, entrevistado pelo programa de televisão 24 horas. A principal diocese da Igreja Católica no Chile diz que soube do caso apenas quando recebeu a notificação do processo e que, anteriormente, nunca tinha sido informada pela vítima ou pela madre superior. Francisca duvida dessa versão. Ela garante que advogados da arquidiocese a visitaram anteriormente com "suas irmãs" para discutir a sua renúncia. "Senti-me extremamente intimidada", diz a Francisca. O Vaticano não comentou o caso.
mundo
Freira diz que foi estuprada e agora processa Igreja Católica no ChileQuando pediram para que a irmã Francisca cuidasse da alimentação do grupo de homens que reformavam o convento onde vivia enclausurada no coração de Santiago, no Chile, não tinha ideia do quanto aquilo mudaria sua vida. Ela resume o que ocorreu em três palavras: "Começou meu calvário", segundo a emissora local TVN. Tudo ocorreu em 2012, quando a madre superiora autorizou um grupo de homens a dormir no convento onde trabalhavam. Francisca cuidava deles. Mas certo dia, aproveitando que ela não se sentia bem –segundo conta a religiosa–, um dos homens, Hernán Rios Valdivia, a levou para um quarto e a estuprou. Foi "um golpe assustador que mudou a minha vida", relembra ela hoje. Traumatizada e com medo de que ninguém acreditasse na história, irmã Francisca não contou para ninguém o que havia acontecido. "Como mulher, me senti incapaz de falar, com medo de não acreditarem em mim e fazer ameaças. E eu preferia ficar quieta", diz. Mas, três meses depois do ataque, ela descobriu que estava grávida. No convento, a notícia não foi bem recebida. "Fui caluniada, disseram que era culpada e que fiz aquilo de propósito", conta a freira. "Eu implorei dizendo que era inocente. Minhas irmãs foram muito cruéis comigo." Desde então, a encarregada do convento passou a pressioná-la para que deixasse o hábito e assinasse sua demissão "voluntária" da ordem. No entanto, Francisca se negou. Como ninguém acreditou em sua versão –e até chegaram a acusá-la de roubo, de acordo com o seu testemunho–, Francisca decidiu deixar o convento. DENÚNCIAS À JUSTIÇA Com a ajuda de ONGs, ela deu seu bebê para adoção e denunciou o que aconteceu para a Justiça. Em novembro de 2015, Rios Valdivia foi condenado por estupro. No entanto, a irmã Francisca diz que isso não foi suficiente para que pudesse viver em paz, como disse à TVN. "Eu tive que me calar, tive que fingir que estava tudo bem, tive que engolir minhas lágrimas e tive que esconder coisas que me aterrorizavam", diz ela. E culpa uma instituição que considerava "minha única família" e a abandonou: "A igreja, que sempre defendi como um leoa". Francisca processou a arquidiocese de Santiago e as irmãs Clarissas Capuchinhas. A RESPOSTA DA IGREJA Os assessores do arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati, dizem que ele não esteve a par do caso. "O bispo não entra em detalhes da vida interna, comum e cotidiana das freiras", disse Jorge Concha, bispo auxiliar de Santiago, entrevistado pelo programa de televisão 24 horas. A principal diocese da Igreja Católica no Chile diz que soube do caso apenas quando recebeu a notificação do processo e que, anteriormente, nunca tinha sido informada pela vítima ou pela madre superior. Francisca duvida dessa versão. Ela garante que advogados da arquidiocese a visitaram anteriormente com "suas irmãs" para discutir a sua renúncia. "Senti-me extremamente intimidada", diz a Francisca. O Vaticano não comentou o caso.
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Veja cartum de Hubert sobre 'Minha Luta', livro de Adolf Hitler
HUBERT, 55, cartunista carioca, faz parte do grupo do Casseta & Planeta.
ilustrissima
Veja cartum de Hubert sobre 'Minha Luta', livro de Adolf HitlerHUBERT, 55, cartunista carioca, faz parte do grupo do Casseta & Planeta.
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Atletas como Mineirinho e Flávio Saretta participam da Semana Move
GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Até o dia 27/9, todas as unidades do Sesc e arenas montadas no parque Praia do Sol e no largo da Batata irão sediar atividades esportivas gratuitas. Trata-se da 3ª edição da Semana Move Brasil, principal evento da campanha homônima. Criada em 2012, a ação visa facilitar o acesso ao esporte e fazer com que o maior número de pessoas tornem a prática de atividade física um hábito até 2016, ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Fãs também poderão conhecer seus ídolos. Dá, por exemplo, para andar de skate com Mineirinho e jogar basquete com Josuel. Flávio Canto e Fernanda Keller também estão confirmados. Confira abaixo alguns dos atletas que participam dos eventos e aqui, mais atividades da Semana Move Brasil. Bate-papo com Júnior Negão Público poderá conversar com o ex-atleta da seleção brasileira de futebol de areia. Pq. Praia do Sol - Represa Guarapiranga. Av. Atlântica, 3.391, Jardim Três Marias, região sul, tel. 3396-6400. 5.000 pessoas. Dom. (20): 9h30. - Skate com Mineirinho Skatistas terão a chance de andar com Sandro Dias, hexacampeão mundial. Lgo. da Batata. Av. Brig. Faria Lima esq. c/ r. Teodoro Sampaio, Pinheiros, região oeste, s/tel. Dom. (20): 14h. - Jogo exibição de tênis com atletas A atividade conta com a participaçãode Flávio Saretta, Vanessa Menga, Dadá Vieira e Thiago Alves. Sesc Itaquera. Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1.000, Parque do Carmo, região leste, tel. 2523-9200. Livre, dom. (20): 14h às 17h. Estac. (R$ 5 e R$ 10). - Basquete com Josuel O jogador Josuel estará em quadra para jogar com o público. A atividade, no Sesc Santo Amaro, é recomendada para maiores de dez anos de idade. Sesc Santo Amaro. R. Amador Bueno, 505, Santo Amaro, tel. 5541-4000. 10 anos, dom. (20): 15h30 às 18h30. - Atletas no Sesc Vila Mariana Até sexta (25), o Sesc Vila Mariana recebe, para recreações e bate-papos, os atletas Fofão, Nicolas Oliveira, Alessandra, Diogo Hubner e Aline Pellegrino. Sesc Vila Mariana. R. Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Oficina de Nado com Nicolas Oliveira, 12 anos, dom. (20): 10h30 às 12h30. Basquete com Alessandra, livre, ter. (22): 19h às 21h. Handebol com Diogo Hubner, livre, qua. (23): 19h às 21h. Futsal com Aline Pellegrino, livre, qui. (24): 19h às 21h. Vôlei com Fofão, livre, sex. (25): 19h às 21h. Estac. (R$ 3 e R$ 6 a 1ª h). - Desafio de lutas com atletas Trata-se de circuito com judô, taekwondo, caratê e jiu-jítsu com participação de Daniel Hernandes, Natália Falavigna, Natália Brozulatto e Marcos Barbosa. Sesc Santana. av. Luiz Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo, tel. 2971-8700. Desafio de Lutas com Atletas, livre, sáb. (26): 15h às 18h. Estac. (R$ 3,50 e R$ 7 p/ h). - Espaço Move Brasil Corridas Os dois últimos dias da Semana Move Brasil, 26 e 27/9, serão dedicados aos universos da caminhada e da corrida com bate-papos e aulas. No sábado (26), Marilson Gomes comanda treino ao lado de Robson Caetano, a partir das 21h. Pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, s/tel. Espaço Move Brasil Corridas, livre, sáb. (26): 7h às 23h30. Dom. (27): 9h às 17h. Estac. (sistema Zona Azul - portões 3 e 7).
saopaulo
Atletas como Mineirinho e Flávio Saretta participam da Semana MoveGABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Até o dia 27/9, todas as unidades do Sesc e arenas montadas no parque Praia do Sol e no largo da Batata irão sediar atividades esportivas gratuitas. Trata-se da 3ª edição da Semana Move Brasil, principal evento da campanha homônima. Criada em 2012, a ação visa facilitar o acesso ao esporte e fazer com que o maior número de pessoas tornem a prática de atividade física um hábito até 2016, ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Fãs também poderão conhecer seus ídolos. Dá, por exemplo, para andar de skate com Mineirinho e jogar basquete com Josuel. Flávio Canto e Fernanda Keller também estão confirmados. Confira abaixo alguns dos atletas que participam dos eventos e aqui, mais atividades da Semana Move Brasil. Bate-papo com Júnior Negão Público poderá conversar com o ex-atleta da seleção brasileira de futebol de areia. Pq. Praia do Sol - Represa Guarapiranga. Av. Atlântica, 3.391, Jardim Três Marias, região sul, tel. 3396-6400. 5.000 pessoas. Dom. (20): 9h30. - Skate com Mineirinho Skatistas terão a chance de andar com Sandro Dias, hexacampeão mundial. Lgo. da Batata. Av. Brig. Faria Lima esq. c/ r. Teodoro Sampaio, Pinheiros, região oeste, s/tel. Dom. (20): 14h. - Jogo exibição de tênis com atletas A atividade conta com a participaçãode Flávio Saretta, Vanessa Menga, Dadá Vieira e Thiago Alves. Sesc Itaquera. Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1.000, Parque do Carmo, região leste, tel. 2523-9200. Livre, dom. (20): 14h às 17h. Estac. (R$ 5 e R$ 10). - Basquete com Josuel O jogador Josuel estará em quadra para jogar com o público. A atividade, no Sesc Santo Amaro, é recomendada para maiores de dez anos de idade. Sesc Santo Amaro. R. Amador Bueno, 505, Santo Amaro, tel. 5541-4000. 10 anos, dom. (20): 15h30 às 18h30. - Atletas no Sesc Vila Mariana Até sexta (25), o Sesc Vila Mariana recebe, para recreações e bate-papos, os atletas Fofão, Nicolas Oliveira, Alessandra, Diogo Hubner e Aline Pellegrino. Sesc Vila Mariana. R. Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Oficina de Nado com Nicolas Oliveira, 12 anos, dom. (20): 10h30 às 12h30. Basquete com Alessandra, livre, ter. (22): 19h às 21h. Handebol com Diogo Hubner, livre, qua. (23): 19h às 21h. Futsal com Aline Pellegrino, livre, qui. (24): 19h às 21h. Vôlei com Fofão, livre, sex. (25): 19h às 21h. Estac. (R$ 3 e R$ 6 a 1ª h). - Desafio de lutas com atletas Trata-se de circuito com judô, taekwondo, caratê e jiu-jítsu com participação de Daniel Hernandes, Natália Falavigna, Natália Brozulatto e Marcos Barbosa. Sesc Santana. av. Luiz Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo, tel. 2971-8700. Desafio de Lutas com Atletas, livre, sáb. (26): 15h às 18h. Estac. (R$ 3,50 e R$ 7 p/ h). - Espaço Move Brasil Corridas Os dois últimos dias da Semana Move Brasil, 26 e 27/9, serão dedicados aos universos da caminhada e da corrida com bate-papos e aulas. No sábado (26), Marilson Gomes comanda treino ao lado de Robson Caetano, a partir das 21h. Pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, s/tel. Espaço Move Brasil Corridas, livre, sáb. (26): 7h às 23h30. Dom. (27): 9h às 17h. Estac. (sistema Zona Azul - portões 3 e 7).
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Choque-Rei pela Libertadores
Dos quatro times que hoje estariam classificados para a Libertadores, o Palmeiras é quem mais perde pontos quando joga em casa. Estranha contradição de quem leva mais público aos estádios –28 mil pagantes contra o Joinville, 34 mil em média no Brasileirão. Errar demais não é um privilégio do time de Marcelo Oliveira. O Choque-Rei que se projeta por uma vaga na Libertadores contrapõe o time que mais reforços recebeu durante o Brasileirão contra o que mais perdeu jogadores. Barrios, Alecsandro, Egídio, Leandro Almeida e Thiago Santos chegaram ao Palmeiras. Denílson, Souza, Paulo Miranda, Jonathan Cafu, Rafael Toloi e Boschillia foram embora do São Paulo. A percepção das chegadas é sempre de que o time ficou melhor, mas no fundo a perda de conjunto é quase igual quando se monta ou desmonta no decorrer da campanha. O Palmeiras, quarto colocado, e o São Paulo, em quinto, oscilam mais do que os líderes, montados há mais tempo. O São Paulo fez boa atuação no sábado, a melhor de Ganso nos últimos meses. Pato não marcou. Ele tem 22 gols neste ano e só Ricardo Oliveira, com 24, marcou mais vezes em 2015, por qualquer clube do Brasil. Por isso, Osório definiu-o como melhor atacante do país. Pato é mais técnico do que Ricardo Oliveira e mais efetivo do que Fred, nesta temporada. Mesmo assim, às vezes faz questão de dizer que nada é problema seu. "Gostaria de ficar no São Paulo, mas não depende de mim." Como não? O Corinthians é quem decide, mas se Pato gritar que prefere jogar a Libertadores em 2016 pelo São Paulo a disputar o sexto lugar no Campeonato Inglês pelo Tottenham, a chance de ficar aumenta. Os dois gols dados pelo Palmeiras ao Joinville no fim do primeiro tempo de ontem, mais os dois oferecidos ao Cruzeiro depois de fazer 3 x 0 no Mineirão, dão a impressão de que o Palmeiras erra mais do que o São Paulo. Quase sempre fica a última imagem. Há duas semanas, quando perdeu por 3 x 0 para o Goiás, a percepção era diferente. O São Paulo é um pouco menos instável, porque tem uma base que se conhece há mais tempo. Ganso, Michel Bastos, Pato, Luís Fabiano e Rogério Ceni foram vice-campeões no ano passado. O Palmeiras montou uma equipe para ser forte a partir de 2015. É isso o que torna mais importante classificar-se para a Libertadores. Ampliaria a percepção de que o investimento dará retorno. Ontem, Marcelo Oliveira escalou um 4-2-3-1, com Robinho fechando a ponta direita para Gabriel Jesus atacar pela esquerda. Sua grande arma não é a variação, mas poder trocar jogadores sem perder qualidade. Sai Barrios, entra Alecsandro, sai Egídio, joga Zé Roberto. Nesse ponto, tem mais chance de terminar a campanha em quarto, com o São Paulo em quinto, como mostra a classificação de hoje. CHAPECÓ A Chapecoense só tinha perdido para o São Paulo em casa e se estabeleceu distante da briga para não cair. Caiu ontem, porque é muito difícil enfrentar o Corinthians nos dias em que está bem. Para estar bem, o ótimo gramado ajuda em Chapecó, o que faz os jogos serem bons por lá. MARACANÃ O Atlético-MG foi sempre melhor do que o Fluminense no jogo de ontem, com destaque para os deslocamentos de Lucas Pratto e Giovanni Augusto. Rafael Carioca voltou a jogar bem e o ponto fraco do time é a marcação pela direita da defesa. Isso pode melhorar.
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Choque-Rei pela LibertadoresDos quatro times que hoje estariam classificados para a Libertadores, o Palmeiras é quem mais perde pontos quando joga em casa. Estranha contradição de quem leva mais público aos estádios –28 mil pagantes contra o Joinville, 34 mil em média no Brasileirão. Errar demais não é um privilégio do time de Marcelo Oliveira. O Choque-Rei que se projeta por uma vaga na Libertadores contrapõe o time que mais reforços recebeu durante o Brasileirão contra o que mais perdeu jogadores. Barrios, Alecsandro, Egídio, Leandro Almeida e Thiago Santos chegaram ao Palmeiras. Denílson, Souza, Paulo Miranda, Jonathan Cafu, Rafael Toloi e Boschillia foram embora do São Paulo. A percepção das chegadas é sempre de que o time ficou melhor, mas no fundo a perda de conjunto é quase igual quando se monta ou desmonta no decorrer da campanha. O Palmeiras, quarto colocado, e o São Paulo, em quinto, oscilam mais do que os líderes, montados há mais tempo. O São Paulo fez boa atuação no sábado, a melhor de Ganso nos últimos meses. Pato não marcou. Ele tem 22 gols neste ano e só Ricardo Oliveira, com 24, marcou mais vezes em 2015, por qualquer clube do Brasil. Por isso, Osório definiu-o como melhor atacante do país. Pato é mais técnico do que Ricardo Oliveira e mais efetivo do que Fred, nesta temporada. Mesmo assim, às vezes faz questão de dizer que nada é problema seu. "Gostaria de ficar no São Paulo, mas não depende de mim." Como não? O Corinthians é quem decide, mas se Pato gritar que prefere jogar a Libertadores em 2016 pelo São Paulo a disputar o sexto lugar no Campeonato Inglês pelo Tottenham, a chance de ficar aumenta. Os dois gols dados pelo Palmeiras ao Joinville no fim do primeiro tempo de ontem, mais os dois oferecidos ao Cruzeiro depois de fazer 3 x 0 no Mineirão, dão a impressão de que o Palmeiras erra mais do que o São Paulo. Quase sempre fica a última imagem. Há duas semanas, quando perdeu por 3 x 0 para o Goiás, a percepção era diferente. O São Paulo é um pouco menos instável, porque tem uma base que se conhece há mais tempo. Ganso, Michel Bastos, Pato, Luís Fabiano e Rogério Ceni foram vice-campeões no ano passado. O Palmeiras montou uma equipe para ser forte a partir de 2015. É isso o que torna mais importante classificar-se para a Libertadores. Ampliaria a percepção de que o investimento dará retorno. Ontem, Marcelo Oliveira escalou um 4-2-3-1, com Robinho fechando a ponta direita para Gabriel Jesus atacar pela esquerda. Sua grande arma não é a variação, mas poder trocar jogadores sem perder qualidade. Sai Barrios, entra Alecsandro, sai Egídio, joga Zé Roberto. Nesse ponto, tem mais chance de terminar a campanha em quarto, com o São Paulo em quinto, como mostra a classificação de hoje. CHAPECÓ A Chapecoense só tinha perdido para o São Paulo em casa e se estabeleceu distante da briga para não cair. Caiu ontem, porque é muito difícil enfrentar o Corinthians nos dias em que está bem. Para estar bem, o ótimo gramado ajuda em Chapecó, o que faz os jogos serem bons por lá. MARACANÃ O Atlético-MG foi sempre melhor do que o Fluminense no jogo de ontem, com destaque para os deslocamentos de Lucas Pratto e Giovanni Augusto. Rafael Carioca voltou a jogar bem e o ponto fraco do time é a marcação pela direita da defesa. Isso pode melhorar.
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Pré-sal coloca em risco cidades do 'Texas brasileiro'
Fornecedores da Petrobras baseados em Catu (BA) iniciam, a partir do próximo dia 15, uma onda de demissões que deve atingir cerca de 600 trabalhadores, segundo projeção do Sindicato dos Petroleiros da Bahia. São profissionais ligados à atividade de perfuração de poços em campos terrestres de petróleo, que saiu do radar da estatal após a revisão de seu plano de investimentos para o período entre 2015 e 2019, anunciada em janeiro. A cerca de 80 quilômetros de Salvador, Catu é um dos principais polos de produção de petróleo em terra do país e, como outras cidades nordestinas, passou por um período de bonança na virada da década, quando o petróleo caro trouxe investimentos na busca por reservas. Poços exploratórios perfurados em áreas terrestres - No melhor momento, a estatal chegou a ter 14 sondas operando no interior da Bahia. Hoje, há apenas uma, que será desmobilizada quando terminar o poço, em meados deste mês. "Em 74 anos de operações, este é o pior momento da atividade na região", diz o sindicalista Radiovaldo Costa. O cenário se repete nos outros grandes polos produtores do Nordeste, em Sergipe, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte, onde a desmobilização de equipamentos também anda a passos largos. No Espírito Santo, único produtor de petróleo em terra no Sudeste, o fim do contrato das duas únicas sondas mobilizadas pela Petrobras foi antecipado para maio, informa o sindicato local. Produção de petróleo em campos terrestres - Em mil barris por dia READEQUAÇÃO A Petrobras diz que "está readequando sua frota de sondas aos atuais níveis de demandas e realizando ajustes na programação da perfuração dos poços". A medida tem o objetivo de poupar os escassos recursos da estatal para a exploração do pré-sal, cujos poços apresentam grande produtividade e, por isso, dão retorno financeiro mais rápido. Empresários, sindicalistas e autoridades das bases terrestres temem os impactos na geração de emprego e renda e no futuro da atividade, uma vez que novos poços são necessários para compensar o declínio da produção. RECEITA COM ROYALTIES DIMINUI - Arrecadação com royalties e participações especiais das cidades que baseiam a atividade, em R$ milhões* "Se olhar pelo enfoque financeiro, a estratégia não está errada, mas a atividade terrestre tem grande peso na economia regional", argumenta Fernando Lucena, presidente do sindicato de prestadores de serviço à Petrobras no Rio Grande do Norte. Ele afirma que a suspensão das perfurações tem impacto em uma cadeia que vai desde a operação das sondas a empresas responsáveis pelo transporte e alimentação. A estratégia da Petrobras pegou os municípios produtores da região em dificuldades financeiras, com arrecadação em baixa devido à queda do preço do petróleo. Principal base no Rio Grande do Norte, Mossoró teve queda de 50% na receita com royalties no ano passado. Em janeiro, com salários em atraso, a prefeitura decidiu cortar em 30% o quadro de servidores e reduzir o número de secretarias de 19 para 11. "Se a Petrobras fechar os poços, podemos esperar um novo baque na economia local, lamenta o prefeito, Francisco José Júnior (PSD). SOLUÇÕES O consultor Jean Paul Prates, que preside o Centro de Estratégias e Recursos Naturais e Energia, baseado em Natal, defende uma política específica para evitar o fechamento de bases petroleiras. Segundo ele, um primeiro passo seria a redução dos royalties cobrados sobre a produção em terra, hoje em 10% –mesmo patamar dos grandes campos produtores de petróleo no mar–, melhorando a competitividade dos projetos de menor porte. Na semana passada, a Petrobras anunciou que venderá parte de seus campos terrestres, uma das reivindicações de fornecedores, que esperam a retomada das operações por novos investidores. Serão dez pacotes, que incluem conjuntos de campos produtores e equipamentos de escoamento e tratamento da produção de petróleo.
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Pré-sal coloca em risco cidades do 'Texas brasileiro'Fornecedores da Petrobras baseados em Catu (BA) iniciam, a partir do próximo dia 15, uma onda de demissões que deve atingir cerca de 600 trabalhadores, segundo projeção do Sindicato dos Petroleiros da Bahia. São profissionais ligados à atividade de perfuração de poços em campos terrestres de petróleo, que saiu do radar da estatal após a revisão de seu plano de investimentos para o período entre 2015 e 2019, anunciada em janeiro. A cerca de 80 quilômetros de Salvador, Catu é um dos principais polos de produção de petróleo em terra do país e, como outras cidades nordestinas, passou por um período de bonança na virada da década, quando o petróleo caro trouxe investimentos na busca por reservas. Poços exploratórios perfurados em áreas terrestres - No melhor momento, a estatal chegou a ter 14 sondas operando no interior da Bahia. Hoje, há apenas uma, que será desmobilizada quando terminar o poço, em meados deste mês. "Em 74 anos de operações, este é o pior momento da atividade na região", diz o sindicalista Radiovaldo Costa. O cenário se repete nos outros grandes polos produtores do Nordeste, em Sergipe, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte, onde a desmobilização de equipamentos também anda a passos largos. No Espírito Santo, único produtor de petróleo em terra no Sudeste, o fim do contrato das duas únicas sondas mobilizadas pela Petrobras foi antecipado para maio, informa o sindicato local. Produção de petróleo em campos terrestres - Em mil barris por dia READEQUAÇÃO A Petrobras diz que "está readequando sua frota de sondas aos atuais níveis de demandas e realizando ajustes na programação da perfuração dos poços". A medida tem o objetivo de poupar os escassos recursos da estatal para a exploração do pré-sal, cujos poços apresentam grande produtividade e, por isso, dão retorno financeiro mais rápido. Empresários, sindicalistas e autoridades das bases terrestres temem os impactos na geração de emprego e renda e no futuro da atividade, uma vez que novos poços são necessários para compensar o declínio da produção. RECEITA COM ROYALTIES DIMINUI - Arrecadação com royalties e participações especiais das cidades que baseiam a atividade, em R$ milhões* "Se olhar pelo enfoque financeiro, a estratégia não está errada, mas a atividade terrestre tem grande peso na economia regional", argumenta Fernando Lucena, presidente do sindicato de prestadores de serviço à Petrobras no Rio Grande do Norte. Ele afirma que a suspensão das perfurações tem impacto em uma cadeia que vai desde a operação das sondas a empresas responsáveis pelo transporte e alimentação. A estratégia da Petrobras pegou os municípios produtores da região em dificuldades financeiras, com arrecadação em baixa devido à queda do preço do petróleo. Principal base no Rio Grande do Norte, Mossoró teve queda de 50% na receita com royalties no ano passado. Em janeiro, com salários em atraso, a prefeitura decidiu cortar em 30% o quadro de servidores e reduzir o número de secretarias de 19 para 11. "Se a Petrobras fechar os poços, podemos esperar um novo baque na economia local, lamenta o prefeito, Francisco José Júnior (PSD). SOLUÇÕES O consultor Jean Paul Prates, que preside o Centro de Estratégias e Recursos Naturais e Energia, baseado em Natal, defende uma política específica para evitar o fechamento de bases petroleiras. Segundo ele, um primeiro passo seria a redução dos royalties cobrados sobre a produção em terra, hoje em 10% –mesmo patamar dos grandes campos produtores de petróleo no mar–, melhorando a competitividade dos projetos de menor porte. Na semana passada, a Petrobras anunciou que venderá parte de seus campos terrestres, uma das reivindicações de fornecedores, que esperam a retomada das operações por novos investidores. Serão dez pacotes, que incluem conjuntos de campos produtores e equipamentos de escoamento e tratamento da produção de petróleo.
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Viracopos é eleito melhor aeroporto do país; confira lista
O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), foi eleito o melhor do país em ranking da Secretária de Aviação Civil. A pesquisa foi encomendada à Praxian Business & Marketing, que ouviu 12.992 passageiros nos 15 aeroportos responsáveis por 95% da movimentação em todo país. Os aeroportos foram avaliados em quesitos como limpeza geral, limpeza de banheiros, eficiência do check-in e conforto do terminal. Viracopos, numa escala de 1 a 5, obteve a média de 4,29 pontos. O aeroporto foi o mais bem avaliado em diversas categorias, como a eficiência dos funcionários do check-in, cordialidade, tempo de fila na emigração e no guichê. Confira o ranking: 1. Viracopos, Campinas (SP) - 4,29 2. Gilberto Freire, Recife (PE) - 4,28 3. Afonso Pena, Curitiba (PR) - 4,27 4. Santos Dumont, Rio de Janeiro (RJ) - 4,19 5. Salgado Filho, Porto Alegre (RS) - 4,16 6. Pinto Martins, Fortaleza (CE) - 4,11 7. Congonhas, São Paulo (SP) - 4,06 8. Juscelino Kubitschek, Brasília (DF) - 4,03 9. São Gonçalo do Amarante, Natal (RN) - 3,86 10. Confins, Belo Horizonte (MG) - 3,81 11. Eduardo Gomes, Manaus (AM) - 3,78 12. Luiz Eduardo Magalhães, Salvador (BA) - 3,78 13. Galeão, Rio de Janeiro (RJ) - 3,77 14. Guarulhos (SP) - 3,73 15. Marechal Rondón, Cuiabá (MT) - 3,48 Veja pesquisa completa aqui
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Viracopos é eleito melhor aeroporto do país; confira listaO aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), foi eleito o melhor do país em ranking da Secretária de Aviação Civil. A pesquisa foi encomendada à Praxian Business & Marketing, que ouviu 12.992 passageiros nos 15 aeroportos responsáveis por 95% da movimentação em todo país. Os aeroportos foram avaliados em quesitos como limpeza geral, limpeza de banheiros, eficiência do check-in e conforto do terminal. Viracopos, numa escala de 1 a 5, obteve a média de 4,29 pontos. O aeroporto foi o mais bem avaliado em diversas categorias, como a eficiência dos funcionários do check-in, cordialidade, tempo de fila na emigração e no guichê. Confira o ranking: 1. Viracopos, Campinas (SP) - 4,29 2. Gilberto Freire, Recife (PE) - 4,28 3. Afonso Pena, Curitiba (PR) - 4,27 4. Santos Dumont, Rio de Janeiro (RJ) - 4,19 5. Salgado Filho, Porto Alegre (RS) - 4,16 6. Pinto Martins, Fortaleza (CE) - 4,11 7. Congonhas, São Paulo (SP) - 4,06 8. Juscelino Kubitschek, Brasília (DF) - 4,03 9. São Gonçalo do Amarante, Natal (RN) - 3,86 10. Confins, Belo Horizonte (MG) - 3,81 11. Eduardo Gomes, Manaus (AM) - 3,78 12. Luiz Eduardo Magalhães, Salvador (BA) - 3,78 13. Galeão, Rio de Janeiro (RJ) - 3,77 14. Guarulhos (SP) - 3,73 15. Marechal Rondón, Cuiabá (MT) - 3,48 Veja pesquisa completa aqui
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Consumidor é cético com marcas, diz pesquisa
No mundo, apenas 22% dos consumidores dizem acreditar que as marcas são abertas e honestas. No Brasil, o percentual é menor, 19%. Um quarto dos entrevistados afirmam que as marcas fazem do mundo um lugar melhor e assumem responsabilidades por suas ações. O resultado faz parte de estudo da empresa de comunicação corporativa Cohn & Wolfe (dona da Máquina Cohn & Wolfe no Brasil), que ouviu 12 mil consumidores de 14 países. Jim Joseph, presidente para as Américas da Cohn & Wolfe, afirma que a má avaliação é resultado da combinação de dois principais fatores: reflexos da crise econômica da última década e uma nova forma de consumidores avaliarem as empresas. Globalmente, a marca mais autêntica é a Disney, seguida por BMW e três expoentes do setor tecnológico: Microsoft, Amazon e Apple. Apesar de estarem entre as mais autênticas, Amazon e Apple são questionadas em contratações de fornecedores. Joseph argumenta que o importante é que elas tratem seus problemas de forma aberta e honesta. No topo das marcas mais autênticas na visão dos brasileiros estão O Boticário e Bombril, seguidas pelas multinacionais Johnson&Johnson, Nestlé e Apple.
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Consumidor é cético com marcas, diz pesquisaNo mundo, apenas 22% dos consumidores dizem acreditar que as marcas são abertas e honestas. No Brasil, o percentual é menor, 19%. Um quarto dos entrevistados afirmam que as marcas fazem do mundo um lugar melhor e assumem responsabilidades por suas ações. O resultado faz parte de estudo da empresa de comunicação corporativa Cohn & Wolfe (dona da Máquina Cohn & Wolfe no Brasil), que ouviu 12 mil consumidores de 14 países. Jim Joseph, presidente para as Américas da Cohn & Wolfe, afirma que a má avaliação é resultado da combinação de dois principais fatores: reflexos da crise econômica da última década e uma nova forma de consumidores avaliarem as empresas. Globalmente, a marca mais autêntica é a Disney, seguida por BMW e três expoentes do setor tecnológico: Microsoft, Amazon e Apple. Apesar de estarem entre as mais autênticas, Amazon e Apple são questionadas em contratações de fornecedores. Joseph argumenta que o importante é que elas tratem seus problemas de forma aberta e honesta. No topo das marcas mais autênticas na visão dos brasileiros estão O Boticário e Bombril, seguidas pelas multinacionais Johnson&Johnson, Nestlé e Apple.
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Apelo de Temer por união entre partidos divide líderes da oposição
Representantes da oposição reagiram de maneiras distintas nesta quinta-feira (6) ao apelo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) por uma união suprapartidária, com o objetivo de evitar o agravamento da crise que assola o governo da petista Dilma Rousseff. Enquanto líderes do PSDB e do DEM no Congresso sinalizaram que não estão dispostos a uma composição e passaram a pregar a renúncia de Dilma e Temer, para que sejam convocadas novas eleições, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), homenageou o peemedebista e se referiu a ele como defensor "do interesse público e do bem comum". A pregação pela renúncia de Dilma e Temer foi vocalizada pelos líderes do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Ambos são muito ligados ao senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da sigla. Aécio disputou a eleição de 2014 contra Dilma e perdeu por uma pequena margem de votos. Seus aliados defendem a tese de que a disputa foi permeada de irregularidades e pedem na Justiça Eleitoral a cassação da chapa petista, o que levaria a novas eleições. Hoje, o mineiro lidera as pesquisas de intenção de votos. Cunha Lima e Sampaio planejam sugerir à população que deixe de lado o pedido de impeachment de Dilma nas manifestações contra o governo, no dia 16, e passem a defender novas eleições, exigindo a renúncia da presidente e de seu vice. "O PSDB continua na defesa da soberania do voto, da necessidade de encontrar na nação e no povo a escolha de um novo governo para tirar o país da crise", disse Cunha Lima. Ele rejeitou a tese de que a convocação de novas eleições poderia representar um golpe, argumentando que o novo presidente teria a legitimidade das urnas. "Estamos lançando um movimento para que as pessoas reflitam que a melhor saída para a gravidade da crise é a realização de novas eleições", concluiu. O mesmo tom foi usado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). "É determinante convocar novas eleições. Estamos em uma democracia e esse alguém ao qual ele se referiu não pode sair de conchavos de cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria." CONTRAMÃO Na contramão desse movimento, o governador Geraldo Alckmin recebeu Temer em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, e fez a ele uma homenagem por ter sido o primeiro político a implantar uma delegacia de atendimento à mulher, há 30 anos. O evento foi cenário para troca de elogios e gestos de solidariedade. Em seu discurso, Alckmin listou todos os cargos ocupados por Temer e disse que "acima de tudo" o vice era "uma pessoa simples, desprovida de vaidade". O tucano usou uma citação do escritor Gilbert Chesterton para definir Temer: "Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes." Por fim, disse que o vice "defende o interesse público e o bem comum". Disposto a se lançar candidato à Presidência em 2018, Alckmin não tem interesse na convocação de eleições agora, pois não teria condições de se afastar do governo para concorrer. Michel Temer retribuiu os elogios. Disse que Alckmin tem capacidade "agregadora", que "está acima dos acontecimentos" e, por isso, consegue "enxergar melhor". O governador não é o único no PSDB a fazer gestos na direção de Temer. O vice é amigo do senador José Serra (SP). Esses laços alimentam setores que, hoje, citam Temer como a alternativa menos traumática à crise, caso Dilma não termine o mandato.
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Apelo de Temer por união entre partidos divide líderes da oposiçãoRepresentantes da oposição reagiram de maneiras distintas nesta quinta-feira (6) ao apelo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) por uma união suprapartidária, com o objetivo de evitar o agravamento da crise que assola o governo da petista Dilma Rousseff. Enquanto líderes do PSDB e do DEM no Congresso sinalizaram que não estão dispostos a uma composição e passaram a pregar a renúncia de Dilma e Temer, para que sejam convocadas novas eleições, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), homenageou o peemedebista e se referiu a ele como defensor "do interesse público e do bem comum". A pregação pela renúncia de Dilma e Temer foi vocalizada pelos líderes do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Ambos são muito ligados ao senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da sigla. Aécio disputou a eleição de 2014 contra Dilma e perdeu por uma pequena margem de votos. Seus aliados defendem a tese de que a disputa foi permeada de irregularidades e pedem na Justiça Eleitoral a cassação da chapa petista, o que levaria a novas eleições. Hoje, o mineiro lidera as pesquisas de intenção de votos. Cunha Lima e Sampaio planejam sugerir à população que deixe de lado o pedido de impeachment de Dilma nas manifestações contra o governo, no dia 16, e passem a defender novas eleições, exigindo a renúncia da presidente e de seu vice. "O PSDB continua na defesa da soberania do voto, da necessidade de encontrar na nação e no povo a escolha de um novo governo para tirar o país da crise", disse Cunha Lima. Ele rejeitou a tese de que a convocação de novas eleições poderia representar um golpe, argumentando que o novo presidente teria a legitimidade das urnas. "Estamos lançando um movimento para que as pessoas reflitam que a melhor saída para a gravidade da crise é a realização de novas eleições", concluiu. O mesmo tom foi usado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). "É determinante convocar novas eleições. Estamos em uma democracia e esse alguém ao qual ele se referiu não pode sair de conchavos de cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria." CONTRAMÃO Na contramão desse movimento, o governador Geraldo Alckmin recebeu Temer em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, e fez a ele uma homenagem por ter sido o primeiro político a implantar uma delegacia de atendimento à mulher, há 30 anos. O evento foi cenário para troca de elogios e gestos de solidariedade. Em seu discurso, Alckmin listou todos os cargos ocupados por Temer e disse que "acima de tudo" o vice era "uma pessoa simples, desprovida de vaidade". O tucano usou uma citação do escritor Gilbert Chesterton para definir Temer: "Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes." Por fim, disse que o vice "defende o interesse público e o bem comum". Disposto a se lançar candidato à Presidência em 2018, Alckmin não tem interesse na convocação de eleições agora, pois não teria condições de se afastar do governo para concorrer. Michel Temer retribuiu os elogios. Disse que Alckmin tem capacidade "agregadora", que "está acima dos acontecimentos" e, por isso, consegue "enxergar melhor". O governador não é o único no PSDB a fazer gestos na direção de Temer. O vice é amigo do senador José Serra (SP). Esses laços alimentam setores que, hoje, citam Temer como a alternativa menos traumática à crise, caso Dilma não termine o mandato.
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Djokovic vence belga e enfrenta Nishikori na final do Masters de Miami
Atual número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic bateu o belga David Goffin nesta sexta-feira e chegou pela sétima vez à decisão do Masters 1.000 de Miami. A vitória sobre Goffin, 15º do ranking, foi por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/5) e 6/4. A partida teve duração de duas horas e cinco minutos. Maior vencedor da história do torneio, Djokovic pode alcançar o seu sexto título em Miami. O certo é que ele já ampliou o recorde de finais consecutivas em competições de nível Masters 1.000, com 11. Na decisão, o sérvio enfrentará Kei Nishikori, 6º melhor do planeta. O japonês derrotou na semifinal o australiano Nick Kyrgios (16º) por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/5, em uma hora e 14 minutos. Caso vença a final, Djokovic se tornará o maior vencedor de Masters 1.000, ultrapassando o recordista Rafael Nadal, com 27 troféus. De quebra, deixará para trás Roger Federer como o atleta que mais faturou em premiações na história do tênis profissional.
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Djokovic vence belga e enfrenta Nishikori na final do Masters de MiamiAtual número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic bateu o belga David Goffin nesta sexta-feira e chegou pela sétima vez à decisão do Masters 1.000 de Miami. A vitória sobre Goffin, 15º do ranking, foi por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/5) e 6/4. A partida teve duração de duas horas e cinco minutos. Maior vencedor da história do torneio, Djokovic pode alcançar o seu sexto título em Miami. O certo é que ele já ampliou o recorde de finais consecutivas em competições de nível Masters 1.000, com 11. Na decisão, o sérvio enfrentará Kei Nishikori, 6º melhor do planeta. O japonês derrotou na semifinal o australiano Nick Kyrgios (16º) por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/5, em uma hora e 14 minutos. Caso vença a final, Djokovic se tornará o maior vencedor de Masters 1.000, ultrapassando o recordista Rafael Nadal, com 27 troféus. De quebra, deixará para trás Roger Federer como o atleta que mais faturou em premiações na história do tênis profissional.
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Vamos sair da crise?
SÃO PAULO - O Congresso Nacional tem dezenas de parlamentares que não estão à altura de seus cargos, mas ainda é o Congresso. Estamos falando, afinal, do Legislativo do país que, independentemente de quem o componha, conserva os poderes que a Constituição lhe atribui. O STF é outra instituição fundamental para a democracia. É composto por 11 integrantes não eleitos, detentores de conhecimento técnico específico, o qual deveriam temperar com sabedoria política. Como o Congresso, o STF extrai sua força, não de cada membro individual, mas do conjunto de seus componentes. É bem verdade que o Supremo tem a prerrogativa constitucional de errar por último, mas, para que as coisas funcionem um pouco melhor, ministros deveriam abster-se de tomar decisões monocráticas polêmicas sem antes certificar-se de que serão acompanhados pela maioria dos colegas. Ao insistir em shows particulares, apenas desmoralizam a corte. Para sair da crise, não basta parar de lançar gasolina ao fogo. É preciso tentar desatar o nó político-judicial decorrente da Lava Jato. Dois leitores me enviaram, de forma independente, uma ideia que, embora eu ainda hesite em abraçar, tem potencial. É um acordão, mas que me parece palatável e não foge ao que está sendo negociado nas delações premiadas. A ideia é estabelecer um prazo, como março ou abril, para que os agentes públicos que têm algo a temer renunciem a seus mandatos ou cargos e se comprometam a ficar longe da política por, digamos, oito anos (todos os parâmetros são negociáveis). Em troca, as penas a que se sujeitam no caso de condenação por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes correlatos ficariam limitadas a prisão em regime domiciliar e à devolução dos valores desviados, mais multa. Como escreveu um dos missivistas (não dou seus nomes porque não consegui autorização), os larápios poderiam se livrar da cadeia, mas o país também se livraria deles.
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Vamos sair da crise?SÃO PAULO - O Congresso Nacional tem dezenas de parlamentares que não estão à altura de seus cargos, mas ainda é o Congresso. Estamos falando, afinal, do Legislativo do país que, independentemente de quem o componha, conserva os poderes que a Constituição lhe atribui. O STF é outra instituição fundamental para a democracia. É composto por 11 integrantes não eleitos, detentores de conhecimento técnico específico, o qual deveriam temperar com sabedoria política. Como o Congresso, o STF extrai sua força, não de cada membro individual, mas do conjunto de seus componentes. É bem verdade que o Supremo tem a prerrogativa constitucional de errar por último, mas, para que as coisas funcionem um pouco melhor, ministros deveriam abster-se de tomar decisões monocráticas polêmicas sem antes certificar-se de que serão acompanhados pela maioria dos colegas. Ao insistir em shows particulares, apenas desmoralizam a corte. Para sair da crise, não basta parar de lançar gasolina ao fogo. É preciso tentar desatar o nó político-judicial decorrente da Lava Jato. Dois leitores me enviaram, de forma independente, uma ideia que, embora eu ainda hesite em abraçar, tem potencial. É um acordão, mas que me parece palatável e não foge ao que está sendo negociado nas delações premiadas. A ideia é estabelecer um prazo, como março ou abril, para que os agentes públicos que têm algo a temer renunciem a seus mandatos ou cargos e se comprometam a ficar longe da política por, digamos, oito anos (todos os parâmetros são negociáveis). Em troca, as penas a que se sujeitam no caso de condenação por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes correlatos ficariam limitadas a prisão em regime domiciliar e à devolução dos valores desviados, mais multa. Como escreveu um dos missivistas (não dou seus nomes porque não consegui autorização), os larápios poderiam se livrar da cadeia, mas o país também se livraria deles.
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