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Entenda a polêmica do parque Augusta, que reabriu ao público | DE SÃO PAULO O parque Augusta (na região central de São Paulo) reabriu as portas ao público na quarta (1º), após ter ficado um ano e meio fechado. A abertura do portão da rua Marquês de Paranaguá foi determinada em abril por meio de liminar (decisão temporária), concedida pela Justiça. O argumento é que o terreno de 24 mil metros quadrados deve ser livre para a passagem de pedestres. A área agora é aberta diariamente ao público das 8h às 18h, e os visitantes podem transitar pela parte do terreno onde está o bosque. O local, no entanto, continua sendo propriedade das construtoras Cyrela e Setin, que pretendem levantar três torres no local. Os empreendimentos devem ocupar cerca de 40% do terreno —mas ativistas defendem que toda a área seja preservada e efetivamente transformada em um parque. Abaixo, entenda a polêmica que envolve o terreno do parque Augusta. - 2004 O Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) tombou o terreno que possui árvores nativas da mata atlântica e que, de 1907 a 1967, abrigou o colégio feminino Des Oiseaux, onde estudaram Ruth Cardoso e Marta Suplicy. Em 1918, durante a epidemia da gripe espanhola, a escola funcionou como um hospital para crianças. * 2006 O Conpresp rejeita a construção de um hipermercado, que resultaria em 45 árvores derrubadas, no local. * 2008 Neste ano, o então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) aprovou decretou o terreno como utilidade pública. * 2011 Câmara Municipal aprova a criação de um parque no terreno. * 2013 O decreto de utilidade pública, realizado cinco anos antes, caduca. As construtoras Setin e Cyrela compram a área, e os portões são fechados ao público. Manifestantes fazem protestos e festivais para pedir a criação do parque. Em dezembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) aprova a criação do parque Augusta, mas faltam recursos para a desapropriação do terreno, que custaria R$ 70 milhões. * 2015 No dia 17 de janeiro, um grupo de 300 ativistas, favoráveis à inauguração do parque, ocupa a área. No dia 29, o Conpresp aprova a construção das três torres, com no máximo 45 metros cada, pois o empreendimento ocuparia cerca de 40% do terreno —o restante ainda seria destinado a ser uma área de fruição pública. Em fevereiro, a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público levantam a possibilidade de firmar um acordo para destinar à construção do parque parte das indenizações a serem recebidas por recursos desviados da cidade entre 1993 e 1998 —os bancos Citibank (dos EUA) e UBS (da Suíça) se comprometeram a pagar US$ 25 milhões. No começo de março, os quatro últimos ativistas que resistiam à Tropa de Choque foram retirados do local. A área é reintegrada e entregue às construtoras proprietárias. Em abril, a Justiça concedeu a liminar para a abertura de um dos três portões do parque. No dia 1º de julho, o portão da rua Marquês de Paranaguá, que dá acesso ao bosque, é aberto. A construção dos três prédios, no entanto, segue confirmada. | saopaulo | Entenda a polêmica do parque Augusta, que reabriu ao públicoDE SÃO PAULO O parque Augusta (na região central de São Paulo) reabriu as portas ao público na quarta (1º), após ter ficado um ano e meio fechado. A abertura do portão da rua Marquês de Paranaguá foi determinada em abril por meio de liminar (decisão temporária), concedida pela Justiça. O argumento é que o terreno de 24 mil metros quadrados deve ser livre para a passagem de pedestres. A área agora é aberta diariamente ao público das 8h às 18h, e os visitantes podem transitar pela parte do terreno onde está o bosque. O local, no entanto, continua sendo propriedade das construtoras Cyrela e Setin, que pretendem levantar três torres no local. Os empreendimentos devem ocupar cerca de 40% do terreno —mas ativistas defendem que toda a área seja preservada e efetivamente transformada em um parque. Abaixo, entenda a polêmica que envolve o terreno do parque Augusta. - 2004 O Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) tombou o terreno que possui árvores nativas da mata atlântica e que, de 1907 a 1967, abrigou o colégio feminino Des Oiseaux, onde estudaram Ruth Cardoso e Marta Suplicy. Em 1918, durante a epidemia da gripe espanhola, a escola funcionou como um hospital para crianças. * 2006 O Conpresp rejeita a construção de um hipermercado, que resultaria em 45 árvores derrubadas, no local. * 2008 Neste ano, o então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) aprovou decretou o terreno como utilidade pública. * 2011 Câmara Municipal aprova a criação de um parque no terreno. * 2013 O decreto de utilidade pública, realizado cinco anos antes, caduca. As construtoras Setin e Cyrela compram a área, e os portões são fechados ao público. Manifestantes fazem protestos e festivais para pedir a criação do parque. Em dezembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) aprova a criação do parque Augusta, mas faltam recursos para a desapropriação do terreno, que custaria R$ 70 milhões. * 2015 No dia 17 de janeiro, um grupo de 300 ativistas, favoráveis à inauguração do parque, ocupa a área. No dia 29, o Conpresp aprova a construção das três torres, com no máximo 45 metros cada, pois o empreendimento ocuparia cerca de 40% do terreno —o restante ainda seria destinado a ser uma área de fruição pública. Em fevereiro, a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público levantam a possibilidade de firmar um acordo para destinar à construção do parque parte das indenizações a serem recebidas por recursos desviados da cidade entre 1993 e 1998 —os bancos Citibank (dos EUA) e UBS (da Suíça) se comprometeram a pagar US$ 25 milhões. No começo de março, os quatro últimos ativistas que resistiam à Tropa de Choque foram retirados do local. A área é reintegrada e entregue às construtoras proprietárias. Em abril, a Justiça concedeu a liminar para a abertura de um dos três portões do parque. No dia 1º de julho, o portão da rua Marquês de Paranaguá, que dá acesso ao bosque, é aberto. A construção dos três prédios, no entanto, segue confirmada. | 17 |
Deficiências no transporte custam R$ 30 bilhões ao Brasil, diz CNI | O mais completo e longo estudo sobre o transporte no país mostrou que anualmente o Brasil pode desperdiçar R$ 30 bilhões por usar caminhos antigos e tortuosos para transportar suas mercadorias. O trabalho, realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nos últimos quatro anos com a consultoria Macrologística, levantou os custos de transporte das empresas para usar as atuais rodovias, ferrovias, portos e hidrovias brasileiras e quais seriam os caminhos que no futuro reduziriam mais os custos com esse item, que representa algo próximo de 7% do PIB nacional. Após levantamento em quatro regiões, o trabalho relativo ao Sudeste será divulgado nesta segunda (26) e apontará que o investimento em oito grandes eixos de transporte levaria em 2020 a uma redução de custos de transportes de cerca de R$ 10 bilhões/ano (5% dos gastos previstos). SAÍDA PARA INFRAESTRUTURA - Oito projetos no Sudeste fariam país economizar R$ 10 bilhões por ano com transporte Das obras consideradas, a grande maioria consta há ao menos uma década nos planos do governo, mas a execução patina na falta de recursos e de planejamento e na burocracia. O caso da rodovia Presidente Dutra é emblemático. Na concessão, realizada em 1996, havia a previsão de construção de uma nova pista na serra das Araras (RJ) num trecho sinuoso em que caminhões de grande porte têm dificuldade para trafegar. A obra não foi feita e há ao menos quatro anos o governo e a concessionária negociam uma forma de fazer a nova pista. Em agosto, foi anunciada como projeto do PIL 2 (Programa de Investimento em Logística), mas só deve começar em 2016. A nova pista da Dutra, aliada a outras grandes obras já em andamento, como a duplicação da serra do Cafezal, na Régis Bittencourt (SP), e o Rodoanel Norte (SP), teriam o potencial de reduzir os custos de transportes para as empresas em R$ 716 milhões por ano no início da próxima década. Economia grande também, de R$ 372 milhões/ano, seriam a duplicação da ferrovia que liga Mato Grosso ao porto de Santos (SP) e o aumento da capacidade de receber navios desse porto. Todas essas obras estão sendo realizadas, mas ainda longe de ficarem como prevê o estudo. Wagner Cardoso, gerente-executivo de infraestrutura da CNI, disse que a intenção do órgão é colaborar com trabalhos que o próprio governo já faz para planejar o desenvolvimento do transporte no país. Segundo ele, o fato de muitas obras se arrastarem é decorrente dos problemas com desapropriações e licenças. "Essas são partes que deveriam ficar com o governo, e não com o empreendedor." OUTRAS REGIÕES A situação das obras no Sudeste é muito parecida com a de outros dez eixos considerados prioritários das outras quatro regiões, identificados nas pesquisas anteriores. Todos já estiveram em algum plano governamental, muitos têm obras iniciadas, mas não conseguem ficar prontos. É o caso da ligação entre Mato Grosso e o Pará pela BR-163, chamada por Cardoso de "joia da coroa" da infraestrutura do país. É dos projetos com maior potencial de redução de custos (R$ 2,2 bilhões/ano), já que poderia levar cargas do agronegócio ao Norte e trazer cargas industriais em direção ao Sul, algo raro num eixo logístico. "Quando ficar pronto, muda tudo no Brasil. Estamos apostando que sai, mesmo com esse céu que não é de brigadeiro", diz Cardoso, que acredita no fim das obras da rodovia até 2018. Outro projeto considerado por ele de grande valor seria a reforma dos portos do Nordeste para que eles possam ampliar o transporte de cargas entre as capitais pelo mar, a cabotagem. Mas, segundo ele, os projetos previstos pelo governo de ampliar os terminais, que são operados pela iniciativa privada, não vão dar grandes resultados se empresas que administram os portos, chamadas companhias Docas, não forem privatizadas. "Porto é como shopping. O que adianta ter uma loja linda, que é o terminal, se o administrador do shopping, que é a Companhia Docas, não faz propaganda, estacionamento, deixa a loja sem luz?" | mercado | Deficiências no transporte custam R$ 30 bilhões ao Brasil, diz CNIO mais completo e longo estudo sobre o transporte no país mostrou que anualmente o Brasil pode desperdiçar R$ 30 bilhões por usar caminhos antigos e tortuosos para transportar suas mercadorias. O trabalho, realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nos últimos quatro anos com a consultoria Macrologística, levantou os custos de transporte das empresas para usar as atuais rodovias, ferrovias, portos e hidrovias brasileiras e quais seriam os caminhos que no futuro reduziriam mais os custos com esse item, que representa algo próximo de 7% do PIB nacional. Após levantamento em quatro regiões, o trabalho relativo ao Sudeste será divulgado nesta segunda (26) e apontará que o investimento em oito grandes eixos de transporte levaria em 2020 a uma redução de custos de transportes de cerca de R$ 10 bilhões/ano (5% dos gastos previstos). SAÍDA PARA INFRAESTRUTURA - Oito projetos no Sudeste fariam país economizar R$ 10 bilhões por ano com transporte Das obras consideradas, a grande maioria consta há ao menos uma década nos planos do governo, mas a execução patina na falta de recursos e de planejamento e na burocracia. O caso da rodovia Presidente Dutra é emblemático. Na concessão, realizada em 1996, havia a previsão de construção de uma nova pista na serra das Araras (RJ) num trecho sinuoso em que caminhões de grande porte têm dificuldade para trafegar. A obra não foi feita e há ao menos quatro anos o governo e a concessionária negociam uma forma de fazer a nova pista. Em agosto, foi anunciada como projeto do PIL 2 (Programa de Investimento em Logística), mas só deve começar em 2016. A nova pista da Dutra, aliada a outras grandes obras já em andamento, como a duplicação da serra do Cafezal, na Régis Bittencourt (SP), e o Rodoanel Norte (SP), teriam o potencial de reduzir os custos de transportes para as empresas em R$ 716 milhões por ano no início da próxima década. Economia grande também, de R$ 372 milhões/ano, seriam a duplicação da ferrovia que liga Mato Grosso ao porto de Santos (SP) e o aumento da capacidade de receber navios desse porto. Todas essas obras estão sendo realizadas, mas ainda longe de ficarem como prevê o estudo. Wagner Cardoso, gerente-executivo de infraestrutura da CNI, disse que a intenção do órgão é colaborar com trabalhos que o próprio governo já faz para planejar o desenvolvimento do transporte no país. Segundo ele, o fato de muitas obras se arrastarem é decorrente dos problemas com desapropriações e licenças. "Essas são partes que deveriam ficar com o governo, e não com o empreendedor." OUTRAS REGIÕES A situação das obras no Sudeste é muito parecida com a de outros dez eixos considerados prioritários das outras quatro regiões, identificados nas pesquisas anteriores. Todos já estiveram em algum plano governamental, muitos têm obras iniciadas, mas não conseguem ficar prontos. É o caso da ligação entre Mato Grosso e o Pará pela BR-163, chamada por Cardoso de "joia da coroa" da infraestrutura do país. É dos projetos com maior potencial de redução de custos (R$ 2,2 bilhões/ano), já que poderia levar cargas do agronegócio ao Norte e trazer cargas industriais em direção ao Sul, algo raro num eixo logístico. "Quando ficar pronto, muda tudo no Brasil. Estamos apostando que sai, mesmo com esse céu que não é de brigadeiro", diz Cardoso, que acredita no fim das obras da rodovia até 2018. Outro projeto considerado por ele de grande valor seria a reforma dos portos do Nordeste para que eles possam ampliar o transporte de cargas entre as capitais pelo mar, a cabotagem. Mas, segundo ele, os projetos previstos pelo governo de ampliar os terminais, que são operados pela iniciativa privada, não vão dar grandes resultados se empresas que administram os portos, chamadas companhias Docas, não forem privatizadas. "Porto é como shopping. O que adianta ter uma loja linda, que é o terminal, se o administrador do shopping, que é a Companhia Docas, não faz propaganda, estacionamento, deixa a loja sem luz?" | 2 |
Ministério pretende retomar parceria com escolas para vacina do HPV | Sem conseguir atingir a meta da segunda etapa de vacinação contra o HPV, o Ministério da Saúde pretende retomar a parceria com escolas em nova campanha nacional, segundo a Folha apurou. Inicialmente, o governo esperava vacinar 80% das adolescentes de 11 a 13 anos até dezembro. No entanto, até esta terça (3), apenas 58% das meninas dessa faixa etária haviam tomado a segunda dose da vacina, que protege contra câncer de colo de útero. Na primeira etapa, quando houve parceria com as escolas, 100% das meninas foram imunizadas. O ideal, para a vacina ser mais eficaz, é que a segunda dose da vacina seja ministrada em até seis meses após a primeira –especialistas recomendam que o prazo máximo não ultrapasse um ano. Em alguns municípios, como São Paulo, a parceria com escolas já está confirmada. O agendamento começa no dia 10. Agora, o governo quer estender a medida, por meio do Ministério da Educação, para escolas de todo o país. O objetivo é proteger as meninas contra o câncer de colo de útero, uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil. De acordo com Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, para garantir a redução da circulação do vírus e a vacina ser eficaz, é necessário que todas as doses sejam ministradas. "Precisamos garantir que as meninas que começaram o esquema vacinal terminem", afirma. O Ministério da Saúde não comentou os motivos da baixa cobertura vacinal na segunda etapa. A campanha nacional de vacinação contra o HPV deve ser lançada na próxima semana. Além das meninas de 11 a 13 anos que ainda não receberam a segunda dose, serão ofertadas vacinas para garotas de 9 e 11 anos. Outra novidade será a extensão da vacina para 33 mil meninas e mulheres no país de 9 a 26 anos com HIV/Aids. Esse grupo é considerado mais suscetível a complicações decorrentes do HPV. | cotidiano | Ministério pretende retomar parceria com escolas para vacina do HPVSem conseguir atingir a meta da segunda etapa de vacinação contra o HPV, o Ministério da Saúde pretende retomar a parceria com escolas em nova campanha nacional, segundo a Folha apurou. Inicialmente, o governo esperava vacinar 80% das adolescentes de 11 a 13 anos até dezembro. No entanto, até esta terça (3), apenas 58% das meninas dessa faixa etária haviam tomado a segunda dose da vacina, que protege contra câncer de colo de útero. Na primeira etapa, quando houve parceria com as escolas, 100% das meninas foram imunizadas. O ideal, para a vacina ser mais eficaz, é que a segunda dose da vacina seja ministrada em até seis meses após a primeira –especialistas recomendam que o prazo máximo não ultrapasse um ano. Em alguns municípios, como São Paulo, a parceria com escolas já está confirmada. O agendamento começa no dia 10. Agora, o governo quer estender a medida, por meio do Ministério da Educação, para escolas de todo o país. O objetivo é proteger as meninas contra o câncer de colo de útero, uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil. De acordo com Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, para garantir a redução da circulação do vírus e a vacina ser eficaz, é necessário que todas as doses sejam ministradas. "Precisamos garantir que as meninas que começaram o esquema vacinal terminem", afirma. O Ministério da Saúde não comentou os motivos da baixa cobertura vacinal na segunda etapa. A campanha nacional de vacinação contra o HPV deve ser lançada na próxima semana. Além das meninas de 11 a 13 anos que ainda não receberam a segunda dose, serão ofertadas vacinas para garotas de 9 e 11 anos. Outra novidade será a extensão da vacina para 33 mil meninas e mulheres no país de 9 a 26 anos com HIV/Aids. Esse grupo é considerado mais suscetível a complicações decorrentes do HPV. | 6 |
Aço chinês expõe desafios da indústria siderúrgica no mundo | Diante da ilusão criada pelo movimento de globalização, que anunciava a morte dos Estados e a perspectiva da paz universal, a Grã-Bretanha permitiu a migração de toda a sua indústria siderúrgica. Hoje, diante dos fatos, deve estar arrependida. Nada está mais longe do que a "paz universal"! Com Trump, Putin, Xi Jinping e o que promete o futuro eleitoral da Europa, a probabilidade de um conflito de proporções catastróficas deveria estar no seu radar (iluminado pelo Brexit). Se ele ocorrer, ela não produzirá mais os "Spitfires" que a salvaram de Hitler... Temos insistido que a siderurgia é fundamental para a sobrevivência de qualquer nação. É ela que proporciona as necessárias autonomias alimentar, energética e militar, mas tem merecido pouca atenção do nosso governo. Começamos a assistir a um processo de concentração propício à cartelização. O fator de perturbação do mercado mundial do aço é a China, com mais de 400 milhões de toneladas de capacidade ociosa. Não sendo uma economia de mercado, seus preços são "políticos" e servem à sua aparentemente mansa "realpolitik"! Nos anos 2000 o governo alemão aumentou a regulação do setor siderúrgico para reduzir a poluição e aumentou a regulação do mercado de trabalho, o que reduziu a competitividade da sua siderurgia. O grupo Thyssen-Krup decidiu fechar parte de suas unidades e as colocou à venda como sucata! Pelo cálculo dos alemães, a desmontagem levaria três anos. Os chineses compraram e desmontaram tudo em um ano! Transferiram as de Dortmund para Junfeng, onde o salário horário era de U$ 0,50 (então um infinitésimo diante do salário alemão) e não havia nem regulação trabalhista nem controle de poluição, ou seja, essas externalidades não estariam no preço. Hoje a produção de Jinfeng está incorporada à economia chinesa e o baixo valor do seu aço é insumo de outros setores. Propaga uma aparente eficiência produtiva que se estende a toda a exportação chinesa que contém produto siderúrgico (máquinas, equipamentos etc.). A tragédia é que alguns "cientistas" estão convencidos de que esse é o resultado da eficiente produção de aço da China, da alta competitividade do setor e da fixação dos seus preços pelo "custo marginal"! E agora Trump quer que suas obras públicas só usem aço americano... No Brasil apertamos o controle da poluição, aumentamos a regulação do mercado de trabalho e aplicamos ao setor, cujo processo de produção é longo, a maior taxa de juros real do mundo. Não satisfeitos, rejeitamos o "reintegra" e cobramos impostos até do descuidado consumidor mundial que quiser comprar nossos produtos! | colunas | Aço chinês expõe desafios da indústria siderúrgica no mundoDiante da ilusão criada pelo movimento de globalização, que anunciava a morte dos Estados e a perspectiva da paz universal, a Grã-Bretanha permitiu a migração de toda a sua indústria siderúrgica. Hoje, diante dos fatos, deve estar arrependida. Nada está mais longe do que a "paz universal"! Com Trump, Putin, Xi Jinping e o que promete o futuro eleitoral da Europa, a probabilidade de um conflito de proporções catastróficas deveria estar no seu radar (iluminado pelo Brexit). Se ele ocorrer, ela não produzirá mais os "Spitfires" que a salvaram de Hitler... Temos insistido que a siderurgia é fundamental para a sobrevivência de qualquer nação. É ela que proporciona as necessárias autonomias alimentar, energética e militar, mas tem merecido pouca atenção do nosso governo. Começamos a assistir a um processo de concentração propício à cartelização. O fator de perturbação do mercado mundial do aço é a China, com mais de 400 milhões de toneladas de capacidade ociosa. Não sendo uma economia de mercado, seus preços são "políticos" e servem à sua aparentemente mansa "realpolitik"! Nos anos 2000 o governo alemão aumentou a regulação do setor siderúrgico para reduzir a poluição e aumentou a regulação do mercado de trabalho, o que reduziu a competitividade da sua siderurgia. O grupo Thyssen-Krup decidiu fechar parte de suas unidades e as colocou à venda como sucata! Pelo cálculo dos alemães, a desmontagem levaria três anos. Os chineses compraram e desmontaram tudo em um ano! Transferiram as de Dortmund para Junfeng, onde o salário horário era de U$ 0,50 (então um infinitésimo diante do salário alemão) e não havia nem regulação trabalhista nem controle de poluição, ou seja, essas externalidades não estariam no preço. Hoje a produção de Jinfeng está incorporada à economia chinesa e o baixo valor do seu aço é insumo de outros setores. Propaga uma aparente eficiência produtiva que se estende a toda a exportação chinesa que contém produto siderúrgico (máquinas, equipamentos etc.). A tragédia é que alguns "cientistas" estão convencidos de que esse é o resultado da eficiente produção de aço da China, da alta competitividade do setor e da fixação dos seus preços pelo "custo marginal"! E agora Trump quer que suas obras públicas só usem aço americano... No Brasil apertamos o controle da poluição, aumentamos a regulação do mercado de trabalho e aplicamos ao setor, cujo processo de produção é longo, a maior taxa de juros real do mundo. Não satisfeitos, rejeitamos o "reintegra" e cobramos impostos até do descuidado consumidor mundial que quiser comprar nossos produtos! | 10 |
Ainda não vemos recuperação da aviação no Brasil, diz associação | O diretor-geral da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) falou na manhã desta sexta-feira (9) sobre a dificuldade enfrentada pelas companhias aéreas brasileiras, devido à crise econômica no país. Segundo Alexandre de Juniac, o ano de 2017 deverá ser conturbado para as empresas aéreas do país. "Nós não vimos ainda sinais muito positivos vindos da indústria [aérea no Brasil], pois isso está basicamente ligado ao crescimento da economia, que também depende da estabilidade política", disse. Um dos indicadores do momento delicado pelo qual passam as companhias brasileiras são os 15 meses de queda da demanda no setor. Para Juniac, nem mesmo a mudança de governo no país mudou a perspectiva para o setor. "A política econômica do novo governo e do novo presidente não está totalmente clara". Além disso, analisa o executivo, o presidente Michael Temer tem outros desafios, referindo-se à crise política dentro seu governo. Segundo o diretor da Iata, para a aviação no Brasil existem dois pontos importantes que devem ser resolvidos. O primeiro é que as taxas são muito altas. O segundo é que a noção de direito do consumidor no país está desequilibrada a favor do consumidor. "Nós entendemos o direito do consumidor, nós temos que protegê-lo. Mas temos que encontrar o equilíbrio certo entre proteger o consumidor e não colocar muita pressão sobre as companhias aéreas". Um dia antes, a Iata já havia classificado o momento vivido pela aviação brasileira como uma tempestade perfeita. Números da associação mostram a redução no Brasil de 12% da oferta no mercado doméstico e de 4% no mercado de voos internacionais. Enquanto isso, nos últimos anos, os custos operacionais cresceram 24%, enquanto a receita das empresas no país aumentaram apenas 3,7%. O jornalista Fabrício Lobel viajou a Genebra a convite da Iata | mercado | Ainda não vemos recuperação da aviação no Brasil, diz associaçãoO diretor-geral da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) falou na manhã desta sexta-feira (9) sobre a dificuldade enfrentada pelas companhias aéreas brasileiras, devido à crise econômica no país. Segundo Alexandre de Juniac, o ano de 2017 deverá ser conturbado para as empresas aéreas do país. "Nós não vimos ainda sinais muito positivos vindos da indústria [aérea no Brasil], pois isso está basicamente ligado ao crescimento da economia, que também depende da estabilidade política", disse. Um dos indicadores do momento delicado pelo qual passam as companhias brasileiras são os 15 meses de queda da demanda no setor. Para Juniac, nem mesmo a mudança de governo no país mudou a perspectiva para o setor. "A política econômica do novo governo e do novo presidente não está totalmente clara". Além disso, analisa o executivo, o presidente Michael Temer tem outros desafios, referindo-se à crise política dentro seu governo. Segundo o diretor da Iata, para a aviação no Brasil existem dois pontos importantes que devem ser resolvidos. O primeiro é que as taxas são muito altas. O segundo é que a noção de direito do consumidor no país está desequilibrada a favor do consumidor. "Nós entendemos o direito do consumidor, nós temos que protegê-lo. Mas temos que encontrar o equilíbrio certo entre proteger o consumidor e não colocar muita pressão sobre as companhias aéreas". Um dia antes, a Iata já havia classificado o momento vivido pela aviação brasileira como uma tempestade perfeita. Números da associação mostram a redução no Brasil de 12% da oferta no mercado doméstico e de 4% no mercado de voos internacionais. Enquanto isso, nos últimos anos, os custos operacionais cresceram 24%, enquanto a receita das empresas no país aumentaram apenas 3,7%. O jornalista Fabrício Lobel viajou a Genebra a convite da Iata | 2 |
Delcídio traiu confiança do PT e do governo, diz presidente do partido | O presidente do PT, Rui Falcão, disse nesta segunda-feira (30) que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na semana passada sob suspeita de atrapalhar as investigações da Lava Jato, "traiu a confiança" de seu partido e do governo Dilma Rousseff. "Todos sabemos que há uma seletividade nas investigações da Lava Jato, como também são nítidas as manobras para criminalizar o PT como instituição. [...] Nada disso, contudo, exime o senador do delito de usar seu cargo em benefício próprio, com prejuízos para o PT, o governo e o próprio País, sobretudo ao cogitar o suborno e a fuga de um criminoso que estaria colaborando com a Justiça", afirmou Falcão em sua coluna semanal publicada no site do partido. Delcídio foi preso depois que Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, entregou à Procuradoria-Geral da República a gravação de uma conversa na qual o parlamentar diz ter influência política sobre ministros do STF para tentar libertar Cerveró e organiza um plano de fuga para levá-lo à Europa. O petista já havia publicado uma nota dura contra o ex-líder do governo no Senado, quando o senador foi preso na operação que também levou à cadeia o banqueiro André Esteves. Na ocasião, Falcão foi criticado por correligionários e até pela oposição por abandonar o senador. Alguns dirigentes do PT chegaram a dizer que a nota era "desastrosa" por envolver a sigla na polêmica. "É injusta a crítica de que não defendemos o Estado Democrático de Direito ao divulgar a nota que reprova as "tratativas" do senador já amplamente divulgadas. Há muito temos alertado para o surgimento de um "embrião do estado de exceção dentro do Estado de Direito". Da mesma forma, temos denunciado o cerco ao PT, à Dilma e ao Lula por setores do aparelho de estado capturados pela direita", rebateu nesta segunda. Na semana que vem, a reunião da Executiva Nacional do PT vai debater a expulsão de Delcídio. Segundo integrantes da cúpula do partido, a tendência é pela desfiliação do parlamentar. | poder | Delcídio traiu confiança do PT e do governo, diz presidente do partidoO presidente do PT, Rui Falcão, disse nesta segunda-feira (30) que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na semana passada sob suspeita de atrapalhar as investigações da Lava Jato, "traiu a confiança" de seu partido e do governo Dilma Rousseff. "Todos sabemos que há uma seletividade nas investigações da Lava Jato, como também são nítidas as manobras para criminalizar o PT como instituição. [...] Nada disso, contudo, exime o senador do delito de usar seu cargo em benefício próprio, com prejuízos para o PT, o governo e o próprio País, sobretudo ao cogitar o suborno e a fuga de um criminoso que estaria colaborando com a Justiça", afirmou Falcão em sua coluna semanal publicada no site do partido. Delcídio foi preso depois que Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, entregou à Procuradoria-Geral da República a gravação de uma conversa na qual o parlamentar diz ter influência política sobre ministros do STF para tentar libertar Cerveró e organiza um plano de fuga para levá-lo à Europa. O petista já havia publicado uma nota dura contra o ex-líder do governo no Senado, quando o senador foi preso na operação que também levou à cadeia o banqueiro André Esteves. Na ocasião, Falcão foi criticado por correligionários e até pela oposição por abandonar o senador. Alguns dirigentes do PT chegaram a dizer que a nota era "desastrosa" por envolver a sigla na polêmica. "É injusta a crítica de que não defendemos o Estado Democrático de Direito ao divulgar a nota que reprova as "tratativas" do senador já amplamente divulgadas. Há muito temos alertado para o surgimento de um "embrião do estado de exceção dentro do Estado de Direito". Da mesma forma, temos denunciado o cerco ao PT, à Dilma e ao Lula por setores do aparelho de estado capturados pela direita", rebateu nesta segunda. Na semana que vem, a reunião da Executiva Nacional do PT vai debater a expulsão de Delcídio. Segundo integrantes da cúpula do partido, a tendência é pela desfiliação do parlamentar. | 0 |
Políticos com medo da internet | Nas duas últimas semanas, puxada pela bancada do PMDB, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados tenta a todo custo aprovar o projeto de lei 215 de 2015. Para quem não está a par, trata-se do projeto para aumentar as punições para crimes contra a honra na internet, que se tornam inafiançáveis (e em alguns casos hediondos), com o objetivo de punir quem fala mal de políticos na rede. Nessas tentativas, salta aos olhos um sentimento de medo generalizado da internet por parte dos defensores do texto. Poucas vezes se viu um projeto tramitar com tamanha velocidade e empenho. Parece até que se trata de uma questão essencial para o futuro do país. E que não há nenhum outro assunto mais importante no momento. Desde sua origem, o projeto sofreu modificações. No entanto, continua a trazer o que há de pior para se cercear a liberdade de expressão. Por exemplo, cria no Brasil o chamado "direito ao esquecimento". Não satisfeitos em punir quem possa falar mal deles, os autores querem também o direito de apagar sites e arquivos existentes na internet sempre que o conteúdo for "difamatório". Essa prática é perigosa. A respeito dela o advogado argentino Eduardo Bertoni diz: "O direito ao esquecimento é um insulto à história da América Latina". Referências a contas de políticos na Suíça poderiam ser apagadas por serem consideradas "difamatórias". O esquecimento é amigo do subterfúgio. Além disso, o projeto derruba salvaguardas importantes. Para que crimes contra a honra sejam processados, é preciso hoje haver "queixa" prévia do ofendido. O projeto acaba com isso. Torna obrigatório que o Ministério Público processe "ofensas" realizadas pela rede sem a necessidade de queixa. Permite assim que políticos usem sua influência para transformar procuradores em advogados particulares, pagos com dinheiro público. Felizmente, a reação ao PL 215 tem sido forte. Uma petição on-line contra o projeto conseguiu mais de 130 mil assinaturas em 24 horas. Além disso, o Comitê Gestor da Internet no Brasil, órgão que reúne representantes das comunidades científica e acadêmica, governo e setor privado, manifestou-se oficialmente contra, declarando que o "projeto e seus apensos subvertem os princípios e conceitos fundamentais da internet e estabelecem práticas que podem ameaçar a liberdade de expressão, a privacidade e os direitos humanos". Nos países democráticos (e também no Brasil), as pessoas públicas, especialmente aquelas que exercem cargo público, têm seus direitos de proteção à honra reduzidos. É vital que seja assim, justamente para permitir o escrutínio permanente. Afinal, a história dessas pessoas confunde-se com a história do país. Se o intuito é proteger o cidadão comum, que se excluam então os políticos da proteção irresponsável criada pelo projeto. Tal proposta seria suficiente para enterrar o PL 215, por total falta de apoio. | colunas | Políticos com medo da internetNas duas últimas semanas, puxada pela bancada do PMDB, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados tenta a todo custo aprovar o projeto de lei 215 de 2015. Para quem não está a par, trata-se do projeto para aumentar as punições para crimes contra a honra na internet, que se tornam inafiançáveis (e em alguns casos hediondos), com o objetivo de punir quem fala mal de políticos na rede. Nessas tentativas, salta aos olhos um sentimento de medo generalizado da internet por parte dos defensores do texto. Poucas vezes se viu um projeto tramitar com tamanha velocidade e empenho. Parece até que se trata de uma questão essencial para o futuro do país. E que não há nenhum outro assunto mais importante no momento. Desde sua origem, o projeto sofreu modificações. No entanto, continua a trazer o que há de pior para se cercear a liberdade de expressão. Por exemplo, cria no Brasil o chamado "direito ao esquecimento". Não satisfeitos em punir quem possa falar mal deles, os autores querem também o direito de apagar sites e arquivos existentes na internet sempre que o conteúdo for "difamatório". Essa prática é perigosa. A respeito dela o advogado argentino Eduardo Bertoni diz: "O direito ao esquecimento é um insulto à história da América Latina". Referências a contas de políticos na Suíça poderiam ser apagadas por serem consideradas "difamatórias". O esquecimento é amigo do subterfúgio. Além disso, o projeto derruba salvaguardas importantes. Para que crimes contra a honra sejam processados, é preciso hoje haver "queixa" prévia do ofendido. O projeto acaba com isso. Torna obrigatório que o Ministério Público processe "ofensas" realizadas pela rede sem a necessidade de queixa. Permite assim que políticos usem sua influência para transformar procuradores em advogados particulares, pagos com dinheiro público. Felizmente, a reação ao PL 215 tem sido forte. Uma petição on-line contra o projeto conseguiu mais de 130 mil assinaturas em 24 horas. Além disso, o Comitê Gestor da Internet no Brasil, órgão que reúne representantes das comunidades científica e acadêmica, governo e setor privado, manifestou-se oficialmente contra, declarando que o "projeto e seus apensos subvertem os princípios e conceitos fundamentais da internet e estabelecem práticas que podem ameaçar a liberdade de expressão, a privacidade e os direitos humanos". Nos países democráticos (e também no Brasil), as pessoas públicas, especialmente aquelas que exercem cargo público, têm seus direitos de proteção à honra reduzidos. É vital que seja assim, justamente para permitir o escrutínio permanente. Afinal, a história dessas pessoas confunde-se com a história do país. Se o intuito é proteger o cidadão comum, que se excluam então os políticos da proteção irresponsável criada pelo projeto. Tal proposta seria suficiente para enterrar o PL 215, por total falta de apoio. | 10 |
Cunha pede ao STF para voltar a usar gabinete para atividade partidária | Suspenso do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu nesta quarta-feira (25) ao STF (Supremo Tribunal Federal) autorização para voltar a frequentar seu gabinete na Casa. A justificativa da defesa de Cunha é que ele não está impedido pela decisão do tribunal de exercer sua atividade partidária. "O requerido [Cunha] teve suspenso o exercício do seu mandato de deputado federal e, consequentemente, da função de presidente, mas continua, por óbvio, com direitos políticos preservados. Ainda é filiado ao PMDB e não está impedido de exercer atividade partidária, como qualquer cidadão. A distinção entre atividades decorrentes do exercício do mandato e atividades partidárias é fundamental para evitar interpretações equivocadas", diz a ação. Os advogados citam que pela decisão do STF que impediu Cunha de exercer a atividade parlamentar ele não poderia, por exemplo, participar de reuniões e sessões da câmara, fazer uso da palavra, propor nem votar proposições e projetos, participar de comissões, por exemplo. A defesa requer ainda que o Supremo reconheça que são válidas as emendas que propôs à Lei Orçamentária Anual de 2016 porque foram apresentadas em outubro de 2015, antes da suspensão do mandato. As emendas são verbas indicadas no orçamento pelos parlamentares para obras em seus redutos eleitorais. Por unanimidade, o STF afastou cunha do mandato e do comando da Câmara sob o argumento de que há indícios de que o peemedebista utilizava o mandato para práticas criminosas e para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e seu processo de cassação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Apesar da suspensão da atividade parlamentar, a Mesa Diretora decidiu manter benefícios para Cunha, mesmo contrariando recomendação da área técnica da Casa. O PSOL entrou com uma ação no Supremo pedindo que sejam derrubados os benefícios. Segundo cálculo do partido, a Câmara gasta pouco mais de R$ 541 mil por mês com Cunha, sendo salário de R$ 33,7 mil, avião, carro, seguranças e R$ 92 mil de verba de gabinete para pagar funcionários, além de usar a residência oficial. A defesa de Cunha nega benefícios adicionais e argumenta que ele manteve os mesmos direitos concedidos à presidente afastada Dilma Rousseff, após admissibilidade do impeachment pelo Senado. | poder | Cunha pede ao STF para voltar a usar gabinete para atividade partidáriaSuspenso do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu nesta quarta-feira (25) ao STF (Supremo Tribunal Federal) autorização para voltar a frequentar seu gabinete na Casa. A justificativa da defesa de Cunha é que ele não está impedido pela decisão do tribunal de exercer sua atividade partidária. "O requerido [Cunha] teve suspenso o exercício do seu mandato de deputado federal e, consequentemente, da função de presidente, mas continua, por óbvio, com direitos políticos preservados. Ainda é filiado ao PMDB e não está impedido de exercer atividade partidária, como qualquer cidadão. A distinção entre atividades decorrentes do exercício do mandato e atividades partidárias é fundamental para evitar interpretações equivocadas", diz a ação. Os advogados citam que pela decisão do STF que impediu Cunha de exercer a atividade parlamentar ele não poderia, por exemplo, participar de reuniões e sessões da câmara, fazer uso da palavra, propor nem votar proposições e projetos, participar de comissões, por exemplo. A defesa requer ainda que o Supremo reconheça que são válidas as emendas que propôs à Lei Orçamentária Anual de 2016 porque foram apresentadas em outubro de 2015, antes da suspensão do mandato. As emendas são verbas indicadas no orçamento pelos parlamentares para obras em seus redutos eleitorais. Por unanimidade, o STF afastou cunha do mandato e do comando da Câmara sob o argumento de que há indícios de que o peemedebista utilizava o mandato para práticas criminosas e para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e seu processo de cassação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Apesar da suspensão da atividade parlamentar, a Mesa Diretora decidiu manter benefícios para Cunha, mesmo contrariando recomendação da área técnica da Casa. O PSOL entrou com uma ação no Supremo pedindo que sejam derrubados os benefícios. Segundo cálculo do partido, a Câmara gasta pouco mais de R$ 541 mil por mês com Cunha, sendo salário de R$ 33,7 mil, avião, carro, seguranças e R$ 92 mil de verba de gabinete para pagar funcionários, além de usar a residência oficial. A defesa de Cunha nega benefícios adicionais e argumenta que ele manteve os mesmos direitos concedidos à presidente afastada Dilma Rousseff, após admissibilidade do impeachment pelo Senado. | 0 |
Na briga pelo título, Arsenal conquista a oitava vitória seguida no Inglês | O Arsenal entrou em campo neste sábado (11), pela 32ª rodada do Campeonato Inglês, precisando vencer para não ver o líder Chelsea se distanciar ainda mais. E a equipe de Londres não decepcionou. Com gol de Aaron Ramsey, o time comandado pelo técnico Arsene Wenger venceu o Burnley por 1 a 0 e chegou à oitava vitória seguida na competição nacional. O resultado faz o Arsenal diminuir para quatro pontos a vantagem do Chelsea, que tem 70 pontos e dois jogos a menos. O único gol da partida não demorou para sair. Aos 11 min do primeiro tempo, Ramsey aproveitou uma confusão na área para finalizar no alto e abrir o placar. O Burnley teve chances de empatar o jogo na segunda etapa, mas parou na defesa do time londrino. Na próxima rodada, o Arsenal recebe o Sunderland, na segunda-feira (20). Já o Burnley visita o Everton, no sábado (18). 32ª RODADA DO CAMPEONATO INGLÊS: SÁBADO (11) Swansea City 1x1 Everton Tottenham 0x1 Aston Villa West Bromwich 2x3 Leicester City West Ham 1x1 Stoke City Southampton 2x0 Hull City Sunderland 1x4 Crystal Palace Burnley 0x1 Arsenal DOMINGO (12) Queens Park Rangers x Chelsea Manchester United x Manchester City Liverpool x Newcastle | esporte | Na briga pelo título, Arsenal conquista a oitava vitória seguida no InglêsO Arsenal entrou em campo neste sábado (11), pela 32ª rodada do Campeonato Inglês, precisando vencer para não ver o líder Chelsea se distanciar ainda mais. E a equipe de Londres não decepcionou. Com gol de Aaron Ramsey, o time comandado pelo técnico Arsene Wenger venceu o Burnley por 1 a 0 e chegou à oitava vitória seguida na competição nacional. O resultado faz o Arsenal diminuir para quatro pontos a vantagem do Chelsea, que tem 70 pontos e dois jogos a menos. O único gol da partida não demorou para sair. Aos 11 min do primeiro tempo, Ramsey aproveitou uma confusão na área para finalizar no alto e abrir o placar. O Burnley teve chances de empatar o jogo na segunda etapa, mas parou na defesa do time londrino. Na próxima rodada, o Arsenal recebe o Sunderland, na segunda-feira (20). Já o Burnley visita o Everton, no sábado (18). 32ª RODADA DO CAMPEONATO INGLÊS: SÁBADO (11) Swansea City 1x1 Everton Tottenham 0x1 Aston Villa West Bromwich 2x3 Leicester City West Ham 1x1 Stoke City Southampton 2x0 Hull City Sunderland 1x4 Crystal Palace Burnley 0x1 Arsenal DOMINGO (12) Queens Park Rangers x Chelsea Manchester United x Manchester City Liverpool x Newcastle | 4 |
Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, aponta estudo | A desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015 e permanece em níveis "chocantes", de acordo com um estudo feito pelo World Wealth and Income Database, instituto de pesquisa codirigido pelo economista Thomas Piketty, conhecido por seus estudos sobre desigualdade com a obra "O Capital no Século 21". Segundo a pesquisa, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua participação de 11% para 12% no período. Esse crescimento foi feito às custas de uma queda da participação de dois pontos percentuais dos 40% que estão entre os dois extremos (de 34% para 32%). O crescimento econômico observado no Brasil no período teve pouco impacto na redução da desigualdade porque foi capturado principalmente pelos 10% mais ricos, que ficaram com 61% da expansão observada no período. Já a metade mais pobre da população foi beneficiada com apenas 18% desses ganhos. "Em resumo, a desigualdade total de renda no Brasil parece ser muito resiliente à mudança, ao menos no médio prazo, principalmente em razão da extrema concentração de capital e seus fluxos de renda", conclui o estudo. O estudo do World Wealth and Income Database, assinado pelo economista Marc Morgan, vai na contramão de indicadores como o índice de Gini, que mostra a desigualdade, o qual indicou que houve uma melhora do cenário no Brasil, atribuída às políticas de redistribuição de renda dos governos do PT, como o Bolsa Família, e à política de valorização do salário mínimo, cujo valor real aumentou cerca de 50% no período. Com base nesses indicadores, os governos Lula e Dilma defenderam que houve redução na desigualdade durante suas gestões –o que o estudo questiona. Os resultados mais recentes estão em linha com os observados pelos pesquisadores Marcelo Medeiros, Pedro Souza e Fábio de Castro, da Universidade de Brasília, que identificaram uma estabilidade no nível de desigualdade entre 2006 e 2012. "A redistribuição que houve nos anos 2000 foi sobretudo na base da pirâmide, pelo aumento do salário dos trabalhadores menos qualificado por meio da valorização do salário mínimo e demanda maior por esses trabalhadores nos setores de serviços e construção naqueles anos", diz a economista da USP e colunista da Folha Laura Carvalho. "Os mais ricos continuaram se apropriando de uma parcela muitíssimo elevada da renda, que pode ser explicada pela alta concentração de riqueza financeira e não financeira no Brasil, além dos juros altos", completa. Segundo o estudo, a participação do Bolsa Família e do Benefício da Prestação Continuada (BPC) na renda total nacional foi de 1%, em média, nesses 15 anos. Apesar da contribuição total pequena, esses programas elevaram a taxa de crescimento da fatia dos 50% mais pobres de 9% para 21%. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação na renda nacional, em % QUESTÃO DE MÉTODO Uma das explicações para a discrepância é a metodologia adotada. O estudo do World Wealth and Income Database leva em conta dados da Receita Federal e das contas nacionais no cálculo, o que minimiza o problema de pesquisas com base em declarações de entrevistados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), nas quais os mais ricos tendem a omitir sua renda. Esther Dweck, assessora econômica do Ministério do Planejamento entre 2011 e 2016, afirma que não é possível medir se a situação de quem estava abaixo da linha da pobreza melhorou pelo estudo. "A renda dos mais miseráveis não é medida pelo Imposto de Renda, porque eles não declaram. Esse é um estudo que capta bem a situação do 1%, que não ganha com trabalho." "De fato, pela Pnad, os números pareciam melhores. O estudo mostra que, no Brasil, não conseguimos fazer uma política de redistribuição na riqueza de forma mais estruturante", diz Dweck. Assim, o levantamento chegou a uma média de renda anual de US$ 541 mil (R$ 1,6 milhão) entre o 1% mais rico da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) em 2015 —superior à renda média do top 1% francês (US$ 450 mil a US$ 500 mil). Ao mesmo tempo, a renda média dos 90% mais pobres no Brasil equivale à média dos 20% mais pobres da França. Os mais ricos no Brasil têm, então, uma renda superior aos mais ricos da França, enquanto a maioria dos brasileiros têm renda equivalente aos franceses mais pobres. Para Carvalho, são os dados comparativos com outros países os resultados mais chocantes da pesquisa. Outra diferença é que a renda considerada no estudo é aquela antes da incidência do Imposto de Renda. Em geral, estudos sobre desigualdade consideram a renda efetivamente disponível, portanto aquela após ser tributada. A justificativa de Morgan pela renda antes da incidência de impostos é que ela captaria melhor recursos de capital e propriedades recebidos. Um exemplo são os lucros não distribuídos de empresas fechadas, que cresceram a uma taxa três vezes superior à remuneração de empregados entre 2000 e 2015 (231% vs. 74%). Isso mostra que embora tenha ocorrido uma melhora na igualdade salarial, os recursos concentrados entre a população mais rica expandiram-se a uma velocidade muito maior. "Nossos resultados levam a uma revisão acentuada para cima das estimativas oficiais de desigualdade no Brasil, ao mesmo tempo em que as tendências de queda na desigualdade são revertidas de acordo com a nossa série de dados", afirma Morgan no estudo. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação dos 10% mais ricos na renda nacional por país, em % PT Na avaliação do PT, legenda que esteve no comando do país durante a maior parte do período coberto pelo levantamento, o estudo subestima a redistribuição de renda durante o período. Isso porque os cálculos foram feitos com base no IR, que, na avaliação do secretário de comunicação nacional do partido, Carlos Henrique Árabe, não é um bom indicador da renda da população mais pobre, pois boa parte da população pobre nem sequer declara. Na resposta, Árabe diz que o sistema tributário "espelha uma dinâmica de desigualdade". "O sistema tributário espelha uma dinâmica de desigualdade em grande medida alimentada pelo próprio sistema tributário". | mercado | Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, aponta estudoA desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015 e permanece em níveis "chocantes", de acordo com um estudo feito pelo World Wealth and Income Database, instituto de pesquisa codirigido pelo economista Thomas Piketty, conhecido por seus estudos sobre desigualdade com a obra "O Capital no Século 21". Segundo a pesquisa, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua participação de 11% para 12% no período. Esse crescimento foi feito às custas de uma queda da participação de dois pontos percentuais dos 40% que estão entre os dois extremos (de 34% para 32%). O crescimento econômico observado no Brasil no período teve pouco impacto na redução da desigualdade porque foi capturado principalmente pelos 10% mais ricos, que ficaram com 61% da expansão observada no período. Já a metade mais pobre da população foi beneficiada com apenas 18% desses ganhos. "Em resumo, a desigualdade total de renda no Brasil parece ser muito resiliente à mudança, ao menos no médio prazo, principalmente em razão da extrema concentração de capital e seus fluxos de renda", conclui o estudo. O estudo do World Wealth and Income Database, assinado pelo economista Marc Morgan, vai na contramão de indicadores como o índice de Gini, que mostra a desigualdade, o qual indicou que houve uma melhora do cenário no Brasil, atribuída às políticas de redistribuição de renda dos governos do PT, como o Bolsa Família, e à política de valorização do salário mínimo, cujo valor real aumentou cerca de 50% no período. Com base nesses indicadores, os governos Lula e Dilma defenderam que houve redução na desigualdade durante suas gestões –o que o estudo questiona. Os resultados mais recentes estão em linha com os observados pelos pesquisadores Marcelo Medeiros, Pedro Souza e Fábio de Castro, da Universidade de Brasília, que identificaram uma estabilidade no nível de desigualdade entre 2006 e 2012. "A redistribuição que houve nos anos 2000 foi sobretudo na base da pirâmide, pelo aumento do salário dos trabalhadores menos qualificado por meio da valorização do salário mínimo e demanda maior por esses trabalhadores nos setores de serviços e construção naqueles anos", diz a economista da USP e colunista da Folha Laura Carvalho. "Os mais ricos continuaram se apropriando de uma parcela muitíssimo elevada da renda, que pode ser explicada pela alta concentração de riqueza financeira e não financeira no Brasil, além dos juros altos", completa. Segundo o estudo, a participação do Bolsa Família e do Benefício da Prestação Continuada (BPC) na renda total nacional foi de 1%, em média, nesses 15 anos. Apesar da contribuição total pequena, esses programas elevaram a taxa de crescimento da fatia dos 50% mais pobres de 9% para 21%. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação na renda nacional, em % QUESTÃO DE MÉTODO Uma das explicações para a discrepância é a metodologia adotada. O estudo do World Wealth and Income Database leva em conta dados da Receita Federal e das contas nacionais no cálculo, o que minimiza o problema de pesquisas com base em declarações de entrevistados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), nas quais os mais ricos tendem a omitir sua renda. Esther Dweck, assessora econômica do Ministério do Planejamento entre 2011 e 2016, afirma que não é possível medir se a situação de quem estava abaixo da linha da pobreza melhorou pelo estudo. "A renda dos mais miseráveis não é medida pelo Imposto de Renda, porque eles não declaram. Esse é um estudo que capta bem a situação do 1%, que não ganha com trabalho." "De fato, pela Pnad, os números pareciam melhores. O estudo mostra que, no Brasil, não conseguimos fazer uma política de redistribuição na riqueza de forma mais estruturante", diz Dweck. Assim, o levantamento chegou a uma média de renda anual de US$ 541 mil (R$ 1,6 milhão) entre o 1% mais rico da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) em 2015 —superior à renda média do top 1% francês (US$ 450 mil a US$ 500 mil). Ao mesmo tempo, a renda média dos 90% mais pobres no Brasil equivale à média dos 20% mais pobres da França. Os mais ricos no Brasil têm, então, uma renda superior aos mais ricos da França, enquanto a maioria dos brasileiros têm renda equivalente aos franceses mais pobres. Para Carvalho, são os dados comparativos com outros países os resultados mais chocantes da pesquisa. Outra diferença é que a renda considerada no estudo é aquela antes da incidência do Imposto de Renda. Em geral, estudos sobre desigualdade consideram a renda efetivamente disponível, portanto aquela após ser tributada. A justificativa de Morgan pela renda antes da incidência de impostos é que ela captaria melhor recursos de capital e propriedades recebidos. Um exemplo são os lucros não distribuídos de empresas fechadas, que cresceram a uma taxa três vezes superior à remuneração de empregados entre 2000 e 2015 (231% vs. 74%). Isso mostra que embora tenha ocorrido uma melhora na igualdade salarial, os recursos concentrados entre a população mais rica expandiram-se a uma velocidade muito maior. "Nossos resultados levam a uma revisão acentuada para cima das estimativas oficiais de desigualdade no Brasil, ao mesmo tempo em que as tendências de queda na desigualdade são revertidas de acordo com a nossa série de dados", afirma Morgan no estudo. DESIGUALDADE RESILIENTE - Participação dos 10% mais ricos na renda nacional por país, em % PT Na avaliação do PT, legenda que esteve no comando do país durante a maior parte do período coberto pelo levantamento, o estudo subestima a redistribuição de renda durante o período. Isso porque os cálculos foram feitos com base no IR, que, na avaliação do secretário de comunicação nacional do partido, Carlos Henrique Árabe, não é um bom indicador da renda da população mais pobre, pois boa parte da população pobre nem sequer declara. Na resposta, Árabe diz que o sistema tributário "espelha uma dinâmica de desigualdade". "O sistema tributário espelha uma dinâmica de desigualdade em grande medida alimentada pelo próprio sistema tributário". | 2 |
Secretaria contesta reportagem sobre 'black blocs' | Em atenção à manchete "Inquérito sobre black blocs acaba sem acusar ninguém" (Primeira Página, 25/1), a SSP informa que há sete indiciados por crimes cometidos nas manifestações em 2013 e 2014. A Justiça recebeu as acusações feitas pelo Ministério Público. São processados Paulo Henrique Santiago dos Santos, Henrique Lima da Silva, Tiago Baptista dos Santos, Geraldo Holanda, Fabio Hideki Harano, Rafael Lusvarghi e João Antonio Roza. A Justiça recebeu as acusações do MP. A Corregedoria da PM instaurou 18 IPMs para apurar as condutas de policiais. Doze foram arquivados pela Justiça Militar, quatro encaminhados ao MP e dois estão em andamento. LUIZ MOTTA, assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (São Paulo, SP) * RESPOSTA DO JORNALISTA LUCAS FERRAZ - Conforme explica a reportagem, a principal investigação sobre os "black blocs", instaurada por iniciativa do governo, foi concluída em setembro de 2015 sem acusar ninguém. Restam apenas inquéritos de casos pontuais. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br | paineldoleitor | Secretaria contesta reportagem sobre 'black blocs'Em atenção à manchete "Inquérito sobre black blocs acaba sem acusar ninguém" (Primeira Página, 25/1), a SSP informa que há sete indiciados por crimes cometidos nas manifestações em 2013 e 2014. A Justiça recebeu as acusações feitas pelo Ministério Público. São processados Paulo Henrique Santiago dos Santos, Henrique Lima da Silva, Tiago Baptista dos Santos, Geraldo Holanda, Fabio Hideki Harano, Rafael Lusvarghi e João Antonio Roza. A Justiça recebeu as acusações do MP. A Corregedoria da PM instaurou 18 IPMs para apurar as condutas de policiais. Doze foram arquivados pela Justiça Militar, quatro encaminhados ao MP e dois estão em andamento. LUIZ MOTTA, assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (São Paulo, SP) * RESPOSTA DO JORNALISTA LUCAS FERRAZ - Conforme explica a reportagem, a principal investigação sobre os "black blocs", instaurada por iniciativa do governo, foi concluída em setembro de 2015 sem acusar ninguém. Restam apenas inquéritos de casos pontuais. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br | 16 |
Ramón Mercader ri no túmulo | Uma revista espanhola fez uma revelação que causou comoção no mundo do show business do país ibérico: Sara Montiel, um dos ícones do cinema espanhol do século 20 e uma das mulheres mais belas do mundo, pode ter tido uma filha ilegítima de ninguém mais, ninguém menos que Ramón Mercader, o assassino de León Trótski. Segundo a revista, a criança, concebida e nascida no México no período em que Montiel viveu nesse país, na década de 1950, nasceu por cesárea. Quando sua mãe acordou da anestesia, lhe disseram que a menina tinha nascido morta, sendo que, na realidade, fora sequestrada e enviada a Valencia, onde seria adotada e criada por uma família que ali vivia. A operação à qual submeteram a atriz e cantora foi tão brutal que, no processo, foi extirpado seu útero, deixando-a estéril pelo resto de sua vida. Sobre aquela gravidez de "la" Montiel pouco se soube na época. O assunto só foi comentado mais tarde, mas tudo parece indicar que aconteceu, embora não tenha sido possível determinar com clareza o destino da criança que ela gestou. E nunca se falou com certeza do possível pai, embora tenham sido aventados vários nomes de amantes duradouros e ocasionais da vedete. Agora, vários anos após a morte da bem chamada "Saritíssima", o homem que por anos foi seu cabeleireiro fez a revelação explosiva que a imprensa divulgou... com a cautela devida num caso como esse. Poucos dos roteiristas das telenovelas brasileiras mais cheias de reviravoltas teriam sido capazes de imaginar esse giro "dramático" no desenvolvimento de uma personagem. Isso porque, embora la Montiel pareça ter sido bastante liberal em suas relações amorosas, nesse episódio, para que a conjunção agora revelada pudesse ter acontecido, ela teria de ter ocorrido nos anos 50, quando Mercader estava encarcerado na temível prisão mexicana de Lecumberri, cumprindo 20 anos de pena pelo assassinato de Trótski. É sabido, pela própria Montiel e por seu amante da época, o colunista espanhol Juan Plaza, que a atriz visitou Mercader na prisão mexicana em duas ou três ocasiões e, num gesto de simpatia, lhe deu de presente um agasalho tricotado por ela. O que desconheço é se nesse inferno chamado Lecumberri havia autorizações para visitas conjugais... Se bem que é sabido que com um pouco de dinheiro é possível abrir qualquer porta no México, ainda mais a de uma instituição na qual sempre reinou a corrupção. Ou terá sido o longo braço de Stálin que, de Moscou, deu ordem para que fossem feitos "investimentos" para melhorar a vida de seu pistoleiro de aluguel e o presenteou com o petisco fino que era a jovem Sara Montiel? Os ingredientes da telenovela mais inesperada da biografia sempre obscura de Ramón Mercader foram colocados sobre a mesa. Agora falta esperar os próximos capítulos –ou então que, neste século 21 tão pouco novelesco, um simples exame de DNA esclareça tudo. Tradução de CLARA ALLAIN | colunas | Ramón Mercader ri no túmuloUma revista espanhola fez uma revelação que causou comoção no mundo do show business do país ibérico: Sara Montiel, um dos ícones do cinema espanhol do século 20 e uma das mulheres mais belas do mundo, pode ter tido uma filha ilegítima de ninguém mais, ninguém menos que Ramón Mercader, o assassino de León Trótski. Segundo a revista, a criança, concebida e nascida no México no período em que Montiel viveu nesse país, na década de 1950, nasceu por cesárea. Quando sua mãe acordou da anestesia, lhe disseram que a menina tinha nascido morta, sendo que, na realidade, fora sequestrada e enviada a Valencia, onde seria adotada e criada por uma família que ali vivia. A operação à qual submeteram a atriz e cantora foi tão brutal que, no processo, foi extirpado seu útero, deixando-a estéril pelo resto de sua vida. Sobre aquela gravidez de "la" Montiel pouco se soube na época. O assunto só foi comentado mais tarde, mas tudo parece indicar que aconteceu, embora não tenha sido possível determinar com clareza o destino da criança que ela gestou. E nunca se falou com certeza do possível pai, embora tenham sido aventados vários nomes de amantes duradouros e ocasionais da vedete. Agora, vários anos após a morte da bem chamada "Saritíssima", o homem que por anos foi seu cabeleireiro fez a revelação explosiva que a imprensa divulgou... com a cautela devida num caso como esse. Poucos dos roteiristas das telenovelas brasileiras mais cheias de reviravoltas teriam sido capazes de imaginar esse giro "dramático" no desenvolvimento de uma personagem. Isso porque, embora la Montiel pareça ter sido bastante liberal em suas relações amorosas, nesse episódio, para que a conjunção agora revelada pudesse ter acontecido, ela teria de ter ocorrido nos anos 50, quando Mercader estava encarcerado na temível prisão mexicana de Lecumberri, cumprindo 20 anos de pena pelo assassinato de Trótski. É sabido, pela própria Montiel e por seu amante da época, o colunista espanhol Juan Plaza, que a atriz visitou Mercader na prisão mexicana em duas ou três ocasiões e, num gesto de simpatia, lhe deu de presente um agasalho tricotado por ela. O que desconheço é se nesse inferno chamado Lecumberri havia autorizações para visitas conjugais... Se bem que é sabido que com um pouco de dinheiro é possível abrir qualquer porta no México, ainda mais a de uma instituição na qual sempre reinou a corrupção. Ou terá sido o longo braço de Stálin que, de Moscou, deu ordem para que fossem feitos "investimentos" para melhorar a vida de seu pistoleiro de aluguel e o presenteou com o petisco fino que era a jovem Sara Montiel? Os ingredientes da telenovela mais inesperada da biografia sempre obscura de Ramón Mercader foram colocados sobre a mesa. Agora falta esperar os próximos capítulos –ou então que, neste século 21 tão pouco novelesco, um simples exame de DNA esclareça tudo. Tradução de CLARA ALLAIN | 10 |
Bolsonaro quer mostrar nos EUA que é um liberal | O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) quer mostrar a sua "evolução liberal" a investidores e empresários nos Estados Unidos. O objetivo da viagem que fará ao país em outubro, segundo aliados, é desfazer a imagem de desenvolvimentista/nacionalista. Segundo colocado em pesquisas de intenção de voto na disputa presidencial de 2018, Bolsonaro fará palestras em instituições do mainstream, frequentes no roteiro de políticos brasileiros em visita àquele país, como a corretora XP, a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e o Council of the Americas. Por outro lado, terá agendas menos comuns. Em Nova York, visitará o presídio de Rikers Island, e participará de debate com o polemista conservador Olavo de Carvalho. Em Boston, terá um café da manhã com a comunidade evangélica brasileira. Os encontros com imigrantes ocorrerão nas três paradas previstas da viagem, Miami, Boston e Nova York. Nesta última, ele jantará com a ex-jogadora de vôlei Ana Paula e com o o lutador Renzo Gracie. Acompanhado dos filhos, Bolsonaro pediu para os organizadores da viagem reservarem algum tempo para passeio e compras. O cientista político Gerald Brant, que trabalha no mercado financeiro em Nova York, tem função estratégica na definição da agenda e do discurso do deputado nos Estados Unidos. Filho de mãe americana e pai diplomata brasileiro, Brant faz a ponte com instituições e também políticos que Bolsonaro pretende conhecer em Washington. Na capital americana, onde passará um dia, o deputado dará palestra na Universidade George Washington, para cerca de 200 pessoas, entre professores e estudantes. guinada liberal Aliados de Bolsonaro querem fazer da viagem um ponto de inflexão em sua imagem. Observam, reservadamente, que a pauta defendida pelo deputado é convencional para os padrões americanos, alinhada a bandeiras tradicionais da direita e do Partido Republicano. O porte de armas, por exemplo, liberado em alguns Estados americanos, é uma bandeira comum no país. Da mesma forma, pautas conservadoras nos costumes, como oposição ao aborto e restrições ao casamento gay, são populares nos EUA. Bolsonaro pretende mostrar que é uma figura palatável também à imprensa estrangeira. Tem agendadas uma visita à Bloomberg e uma entrevista a um canal israelense com programação em inglês. Outro ponto que o pré-candidato quer explorar é a sua crítica à política externa dos governos petistas e o alinhamento aos Brics e a países latino-americanos como Venezuela e Cuba. Em seu projeto de governo, o deputado defende maior engajamento com os EUA e um alinhamento comercial com Coreia do Sul, Canadá e Japão. A XP disse que o objetivo da palestra de Bolsonaro "é aproximar o mercado financeiro da economia real". "Será um evento fechado, só para clientes institucionais, que a XP promove de forma imparcial", disse. Eventos similares foram realizados com outros presidenciáveis como Henrique Meirelles (PSD). | poder | Bolsonaro quer mostrar nos EUA que é um liberalO deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) quer mostrar a sua "evolução liberal" a investidores e empresários nos Estados Unidos. O objetivo da viagem que fará ao país em outubro, segundo aliados, é desfazer a imagem de desenvolvimentista/nacionalista. Segundo colocado em pesquisas de intenção de voto na disputa presidencial de 2018, Bolsonaro fará palestras em instituições do mainstream, frequentes no roteiro de políticos brasileiros em visita àquele país, como a corretora XP, a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e o Council of the Americas. Por outro lado, terá agendas menos comuns. Em Nova York, visitará o presídio de Rikers Island, e participará de debate com o polemista conservador Olavo de Carvalho. Em Boston, terá um café da manhã com a comunidade evangélica brasileira. Os encontros com imigrantes ocorrerão nas três paradas previstas da viagem, Miami, Boston e Nova York. Nesta última, ele jantará com a ex-jogadora de vôlei Ana Paula e com o o lutador Renzo Gracie. Acompanhado dos filhos, Bolsonaro pediu para os organizadores da viagem reservarem algum tempo para passeio e compras. O cientista político Gerald Brant, que trabalha no mercado financeiro em Nova York, tem função estratégica na definição da agenda e do discurso do deputado nos Estados Unidos. Filho de mãe americana e pai diplomata brasileiro, Brant faz a ponte com instituições e também políticos que Bolsonaro pretende conhecer em Washington. Na capital americana, onde passará um dia, o deputado dará palestra na Universidade George Washington, para cerca de 200 pessoas, entre professores e estudantes. guinada liberal Aliados de Bolsonaro querem fazer da viagem um ponto de inflexão em sua imagem. Observam, reservadamente, que a pauta defendida pelo deputado é convencional para os padrões americanos, alinhada a bandeiras tradicionais da direita e do Partido Republicano. O porte de armas, por exemplo, liberado em alguns Estados americanos, é uma bandeira comum no país. Da mesma forma, pautas conservadoras nos costumes, como oposição ao aborto e restrições ao casamento gay, são populares nos EUA. Bolsonaro pretende mostrar que é uma figura palatável também à imprensa estrangeira. Tem agendadas uma visita à Bloomberg e uma entrevista a um canal israelense com programação em inglês. Outro ponto que o pré-candidato quer explorar é a sua crítica à política externa dos governos petistas e o alinhamento aos Brics e a países latino-americanos como Venezuela e Cuba. Em seu projeto de governo, o deputado defende maior engajamento com os EUA e um alinhamento comercial com Coreia do Sul, Canadá e Japão. A XP disse que o objetivo da palestra de Bolsonaro "é aproximar o mercado financeiro da economia real". "Será um evento fechado, só para clientes institucionais, que a XP promove de forma imparcial", disse. Eventos similares foram realizados com outros presidenciáveis como Henrique Meirelles (PSD). | 0 |
Arthur Zanetti é ouro na Copa do Mundo de Ginástica, em Cottbus | O campeão olímpico, campeão mundial em 2013 e vice em 2014, Arthur Zanetti confirmou o favoritismo e ganhou a medalha de ouro nas argolas na etapa da Copa do Mundo realizada em Cottbus, na Alemanha, neste sábado (21), conseguindo 15,675 na sua apresentação. Zanetti que já havia se saído bem nas eliminatórias - quando ficou em segundo lugar, com 15,475, numa disputa com o grego Eleftherios Petrounias, que avançou em primeiro com 15, 575. Na final, Petrounias foi o segundo a se apresentar, conseguindo 15,55. Zanetti foi o quinto e, com uma apresentação impecável e alto grau de dificuldade, obteve 15,625. "Espero boa nota", disse Zanneti, flagrado pelas câmeras quando esperava a confirmação da nota ao lado de seu técnico e não escondendo a alegria por superar o grego, que ficou com a prata. Daí para a frente precisou apenas esperar os três últimos rivais para confirmar mais um ouro na sua carreira. Vale lembrar que o principal rival do brasileiro na prova, o atual campeão mundial Yang Liu, não disputou a prova. Outro ginasta brasileiro que participou de uma final da etapa de Cottbus da ginástica artística foi Diego Hypólito. Classificado em terceiro lugar nas eliminatórias, ele acabou cometendo dois erros na sua performance que acabaram comprometendo a sua nota final. Com isso ficou com o oitavo e último lugar nas finais, com 12,825. "Quero ganhar resistência no solo para, garantida a minha vaga na Seleção Brasileira, ajudar o grupo no Mundial, como fiz no ano passado, em Nanning", disse Zanetti ao seu site oficial quando terminou a sua apresentação no solo, na sexta-feira. Além de Arthur Zanetti, Diego Hypólito, outro brasileiro também participou da competição: Péricles Silva. Ele disputou o cavalo com alça, mas terminou apenas na posição 34, com 13 pontos e não se classificou para as finais. A etapa de Cottbus segue neste domingo (22) com as decisões de salto, paralelas e barra fixa. MEDALHAS DE SÁBADO (21) Salto feminino Ouro - Oksana Chusovitina, (UZB) - 14,875 Prata - Tjasa Kysselef (SLO) - 14.000 Bronze - Teja Belak (SLO) - 13950 Cavalo com alças Ouro -Oleg Verniaiev (UCR) - 15,550 Prata - Donna-Donny Truyens (BEL) - 15,400 Bronze - Cyril Tommasone (FRA) - 15,200 Solo masculino Kenzo Shirai(JPN) - 16,450 Matthias Fahrig (ALE) - 15,200 Bart Deurloo (HOL) - 15,075 Diego Hypólito (BRA) - 12,825 | esporte | Arthur Zanetti é ouro na Copa do Mundo de Ginástica, em CottbusO campeão olímpico, campeão mundial em 2013 e vice em 2014, Arthur Zanetti confirmou o favoritismo e ganhou a medalha de ouro nas argolas na etapa da Copa do Mundo realizada em Cottbus, na Alemanha, neste sábado (21), conseguindo 15,675 na sua apresentação. Zanetti que já havia se saído bem nas eliminatórias - quando ficou em segundo lugar, com 15,475, numa disputa com o grego Eleftherios Petrounias, que avançou em primeiro com 15, 575. Na final, Petrounias foi o segundo a se apresentar, conseguindo 15,55. Zanetti foi o quinto e, com uma apresentação impecável e alto grau de dificuldade, obteve 15,625. "Espero boa nota", disse Zanneti, flagrado pelas câmeras quando esperava a confirmação da nota ao lado de seu técnico e não escondendo a alegria por superar o grego, que ficou com a prata. Daí para a frente precisou apenas esperar os três últimos rivais para confirmar mais um ouro na sua carreira. Vale lembrar que o principal rival do brasileiro na prova, o atual campeão mundial Yang Liu, não disputou a prova. Outro ginasta brasileiro que participou de uma final da etapa de Cottbus da ginástica artística foi Diego Hypólito. Classificado em terceiro lugar nas eliminatórias, ele acabou cometendo dois erros na sua performance que acabaram comprometendo a sua nota final. Com isso ficou com o oitavo e último lugar nas finais, com 12,825. "Quero ganhar resistência no solo para, garantida a minha vaga na Seleção Brasileira, ajudar o grupo no Mundial, como fiz no ano passado, em Nanning", disse Zanetti ao seu site oficial quando terminou a sua apresentação no solo, na sexta-feira. Além de Arthur Zanetti, Diego Hypólito, outro brasileiro também participou da competição: Péricles Silva. Ele disputou o cavalo com alça, mas terminou apenas na posição 34, com 13 pontos e não se classificou para as finais. A etapa de Cottbus segue neste domingo (22) com as decisões de salto, paralelas e barra fixa. MEDALHAS DE SÁBADO (21) Salto feminino Ouro - Oksana Chusovitina, (UZB) - 14,875 Prata - Tjasa Kysselef (SLO) - 14.000 Bronze - Teja Belak (SLO) - 13950 Cavalo com alças Ouro -Oleg Verniaiev (UCR) - 15,550 Prata - Donna-Donny Truyens (BEL) - 15,400 Bronze - Cyril Tommasone (FRA) - 15,200 Solo masculino Kenzo Shirai(JPN) - 16,450 Matthias Fahrig (ALE) - 15,200 Bart Deurloo (HOL) - 15,075 Diego Hypólito (BRA) - 12,825 | 4 |
Depois do foie gras | O tema não conquistou a mesma unanimidade que, na Câmara Municipal, cercou a votação do projeto que veta a produção e a comercialização do foie gras ("fígado gordo" em francês) em São Paulo. Essa circunstância, contudo, não impediu os vereadores de aprovar, com insólita celeridade, uma proposta apresentada por Dalton Silvano (PV): ampliar de 18 para 30 as vagas existentes em cada gabinete no Legislativo paulistano. O fato de o placar ter sido 38 a 7, com 10 abstenções, tampouco servirá para livrar os edis de críticas ainda mais duras do que as merecidas pela proibição do foie gras. Estariam, no caso da iguaria, mobilizados pela boa intenção de proteger patos e gansos, um mandamento que decerto os fez considerar de somenos a inconstitucionalidade do ato –a municipalidade não tem competência para banir produtos legalizados no país. Considerações dessa ordem não poderiam, naturalmente, justificar os 660 novos cargos de assessoria. Muito menos ajudariam a defender a análise a jato –não transcorreu nem uma semana entre a apresentação da proposta e sua aprovação. Sem argumentos palatáveis, o autor do projeto buscou um esdrúxulo: "Tivemos crescimento de 1,5 milhão de pessoas na cidade de 2002 para cá. São 12 novos assessores para trabalhar para a população". O raciocínio só faria sentido se São Paulo tivesse cerca de 2,3 milhões de habitantes há 13 anos; tinha pouco mais de 10,4 milhões. Debater nesses termos, todavia, já é atribuir à medida uma seriedade que ela não tem. Os edis, embora devessem, não estão preocupados em melhorar a qualidade de seu trabalho. Querem apenas usar os disputados recursos da cidade para contratar cabos eleitorais. Sem dar o braço a torcer, a presidência da Câmara alega que a medida não terá impactos na massa salarial da Casa. Ainda que seja verdade, um benefício como o vale-refeição pode trazer novas despesas de R$ 5,5 milhões ao ano. De resto, os legisladores deveriam diminuir o número de assessores e, sobretudo, a verba de gabinete: os R$ 130 mil mensais de que dispõem supera a rubrica equivalente na Câmara dos Deputados (R$ 92 mil), onde o parlamentar contrata no máximo 25 auxiliares. No sistema de freios e contrapesos, cabe ao Executivo conter esse tipo de excesso do Legislativo. Parece ocioso, porém, esperar o veto de Fernando Haddad (PT). Patos e gansos talvez estejam agradecidos, mas um prefeito precisa saber contrariar o interesse dos vereadores –sobretudo quando estes legislam em causa própria. editoriais@uol.com.br | opiniao | Depois do foie grasO tema não conquistou a mesma unanimidade que, na Câmara Municipal, cercou a votação do projeto que veta a produção e a comercialização do foie gras ("fígado gordo" em francês) em São Paulo. Essa circunstância, contudo, não impediu os vereadores de aprovar, com insólita celeridade, uma proposta apresentada por Dalton Silvano (PV): ampliar de 18 para 30 as vagas existentes em cada gabinete no Legislativo paulistano. O fato de o placar ter sido 38 a 7, com 10 abstenções, tampouco servirá para livrar os edis de críticas ainda mais duras do que as merecidas pela proibição do foie gras. Estariam, no caso da iguaria, mobilizados pela boa intenção de proteger patos e gansos, um mandamento que decerto os fez considerar de somenos a inconstitucionalidade do ato –a municipalidade não tem competência para banir produtos legalizados no país. Considerações dessa ordem não poderiam, naturalmente, justificar os 660 novos cargos de assessoria. Muito menos ajudariam a defender a análise a jato –não transcorreu nem uma semana entre a apresentação da proposta e sua aprovação. Sem argumentos palatáveis, o autor do projeto buscou um esdrúxulo: "Tivemos crescimento de 1,5 milhão de pessoas na cidade de 2002 para cá. São 12 novos assessores para trabalhar para a população". O raciocínio só faria sentido se São Paulo tivesse cerca de 2,3 milhões de habitantes há 13 anos; tinha pouco mais de 10,4 milhões. Debater nesses termos, todavia, já é atribuir à medida uma seriedade que ela não tem. Os edis, embora devessem, não estão preocupados em melhorar a qualidade de seu trabalho. Querem apenas usar os disputados recursos da cidade para contratar cabos eleitorais. Sem dar o braço a torcer, a presidência da Câmara alega que a medida não terá impactos na massa salarial da Casa. Ainda que seja verdade, um benefício como o vale-refeição pode trazer novas despesas de R$ 5,5 milhões ao ano. De resto, os legisladores deveriam diminuir o número de assessores e, sobretudo, a verba de gabinete: os R$ 130 mil mensais de que dispõem supera a rubrica equivalente na Câmara dos Deputados (R$ 92 mil), onde o parlamentar contrata no máximo 25 auxiliares. No sistema de freios e contrapesos, cabe ao Executivo conter esse tipo de excesso do Legislativo. Parece ocioso, porém, esperar o veto de Fernando Haddad (PT). Patos e gansos talvez estejam agradecidos, mas um prefeito precisa saber contrariar o interesse dos vereadores –sobretudo quando estes legislam em causa própria. editoriais@uol.com.br | 14 |
Veja as mortes e missas publicadas nesta terça-feira | MORTES Alcinda Rocha Pessoa - Aos 88, casada com José dos Santos matos. Deixa três filhos. Cemitério e Crematório Primaveras, Guarulhos (SP). Diamantino Augusto Marcos - Aos 67, casado com Margarida Rosa Marcos. Deixa dois filhos. Cemitério e Crematório Primaveras, Guarulhos (SP). Gervasio Marcolino- Aos 49, solteiro. Cemitério e Crematório Primaveras, Guarulhos (SP). Lhuba Hendler - Aos 91. Cemitério Israelita do Butantã. Lucilia da Silva- Aos 91, solteira. Cemitério Vila Mariana. * 7º DIA Deolinda de Souza Lenate - Amanhã (28/1), às 19h, na igreja São José do Belém, largo São José do Belém, s/nº, Belenzinho. Inez Maria Calabresi - Amanhã (28/1), às 19h30, na paróquia da Imaculada Conceição, avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 2.071, Bela Vista. Maria da Conceição Silva - Amanhã (28/1), às 18h30, na paróquia do Santíssimo Sacramento, Rua Tutoia, 1.125, Paraíso. Nelson Lourenço Butterby - Hoje (27/1), às 19h30, na paróquia Santo Antônio do Embaré, avenida Bartolomeu de Gusmão, 32, Embaré, Santos (SP). * 30º DIA Chicralla Haidar - Amanhã (28/1), às 12h, na igreja São Luiz Gonzaga, avenida Paulista, 2.378, Cerqueira César. Elza Soares de Vilhena Moraes - Hoje (27/1), às 19h30, na paróquia São João de Brito, rua Nebraska, 868, Brooklin Novo. * 39º ANO Nazha Madi - Hoje (27/1), às 17h30, na paróquia Nossa Senhora do Carmo da Aclimação, rua Braz Cubas, 163, Aclimação. | cotidiano | Veja as mortes e missas publicadas nesta terça-feiraMORTES Alcinda Rocha Pessoa - Aos 88, casada com José dos Santos matos. Deixa três filhos. Cemitério e Crematório Primaveras, Guarulhos (SP). Diamantino Augusto Marcos - Aos 67, casado com Margarida Rosa Marcos. Deixa dois filhos. Cemitério e Crematório Primaveras, Guarulhos (SP). Gervasio Marcolino- Aos 49, solteiro. Cemitério e Crematório Primaveras, Guarulhos (SP). Lhuba Hendler - Aos 91. Cemitério Israelita do Butantã. Lucilia da Silva- Aos 91, solteira. Cemitério Vila Mariana. * 7º DIA Deolinda de Souza Lenate - Amanhã (28/1), às 19h, na igreja São José do Belém, largo São José do Belém, s/nº, Belenzinho. Inez Maria Calabresi - Amanhã (28/1), às 19h30, na paróquia da Imaculada Conceição, avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 2.071, Bela Vista. Maria da Conceição Silva - Amanhã (28/1), às 18h30, na paróquia do Santíssimo Sacramento, Rua Tutoia, 1.125, Paraíso. Nelson Lourenço Butterby - Hoje (27/1), às 19h30, na paróquia Santo Antônio do Embaré, avenida Bartolomeu de Gusmão, 32, Embaré, Santos (SP). * 30º DIA Chicralla Haidar - Amanhã (28/1), às 12h, na igreja São Luiz Gonzaga, avenida Paulista, 2.378, Cerqueira César. Elza Soares de Vilhena Moraes - Hoje (27/1), às 19h30, na paróquia São João de Brito, rua Nebraska, 868, Brooklin Novo. * 39º ANO Nazha Madi - Hoje (27/1), às 17h30, na paróquia Nossa Senhora do Carmo da Aclimação, rua Braz Cubas, 163, Aclimação. | 6 |
País não é República das Bananas, diz reitor da Universidade Columbia | A turbulência na política brasileira, com manifestações contra e a favor de Dilma Rousseff e a possibilidade de impeachment da presidente, é um processo natural da democracia, e não um sinal de que o Brasil é uma República das Bananas, com forte instabilidade. Esta é a opinião de John Coatsworth, reitor da Universidade Columbia (EUA) e especialista em economia latino-americana. O americano diz estar otimista com o país, especialmente porque tem instituições mais sólidas do que em outros momentos da história, sem necessidade de troca de regime –e vê o combate à corrupção como um grande avanço no país. Para ele, o Brasil tem uma economia dinâmica e, quando o cenário global melhorar, o país também vai crescer junto. Leia a seguir a entrevista. Folha - A América Latina caminha para o segundo ano de recessão, o que não acontece desde o início dos anos 1980. A região está vivendo outra oportunidade perdida? John Coatsworth - O que é mais interessante é que, pela primeira vez desde os anos 1960, as instituições democráticas de boa parte da América Latina está sob pressão, e o que é mais impressionante é que essas instituições estão sobrevivendo –e até ficando mais fortes–, apesar da recessão. É uma oportunidade perdida? Talvez em termos econômicos, de usar o boom de preço das matérias-primas em crescimento sustentável, mas nem todos os países perderam essa oportunidade e devem voltar a crescer logo. Com quais países o sr. está mais otimista? Estou bastante otimista com o Brasil. Existe um dinamismo na economia que não foi afetado pelo colapso do boom das commodities e, à medida que a economia global melhorar, o Brasil vai estar muito melhor. Outro motivo é que parte dos problemas econômicos do Brasil se deve à turbulência política. Um presidente popular e com mão firme vai deixar os investidores e os consumidores mais confiantes. Mesmo na questão política, o fato de as instituições estarem descobrindo e punindo corrupção é um grande avanço. Há outros países da América Latina com os quais o sr. esteja tão otimista? A maioria da América Latina está passando por dificuldades no momento, mas há sinais positivos na Argentina, com a mudança de governo, no Chile, que, apesar da desaceleração, tem uma economia robusta, e até mesmo na Venezuela, que sofre com a queda do preço global do petróleo, mas há oportunidades para mudanças políticas que podem acontecer logo. Não no mês que vem, mas certamente em dois anos. E por que as instituições estão mais fortes agora? Um dos motivos é que, diferentemente dos anos 1960, os problemas políticos vividos pela América Latina são 100% internos, não são afetados pela Guerra Fria. Os EUA não estão envolvidos nas dificuldades atuais do Brasil e isso é altamente positivo, porque os brasileiros vão poder resolver seus problemas sem se preocupar com outros fatores –o que não foi o caso em 1961. Nós podemos comparar este momento da sociedade brasileira com outros da história do país? Se nós olharmos para outros momentos de mudança da história brasileira, como o colapso do Império, eu não vejo o país em uma situação similar. Hoje o Brasil tem instituições que permitem que resolva isso democraticamente, sem a mudança de regime. Eu não vejo nenhum motivo para o Brasil enfrentar uma crise constitucional –a Constituição oferece as respostas para os problemas. Quando o sr. analisa o momento atual do país, com discussão sobre impeachment, considera que é um processo saudável de uma democracia ou algo mais próximo de uma República de Bananas? Eu acho que quase todas as democracias da América Latina enfrentaram crises similares, exceto o Canadá, que é parlamentarista. Este é um processo natural da democracia. O problema aconteceria se os brasileiros considerarem que a democracia não funciona adequadamente. Eu acho que o mais provável é que os brasileiros considerem que a democracia funciona bem, mas que o problema são os políticos recentemente eleitos. E, se o problema for o sistema, quais seriam as consequências? Isso cria a possibilidade para a ascensão de líderes populistas ou antidemocráticos, desafiando as instituições democráticas. E eu não vejo isso acontecendo no Brasil. Como o sr. vê o futuro da América Latina? Uma economia muito dependente das flutuações dos preços das matérias-primas ou com um crescimento mais sustentável? É muito difícil falar da região como um todo, cada país tem suas particularidades. No caso brasileiro, há uma comunidade empresarial empreendedora e resiliente, que consegue se adaptar melhor aos cenários do que outros países da América Latina. É claro que o Brasil se aproveitou do boom do preço das commodities, mas a questão é: como o país aproveitou essa oportunidade para diversificar sua economia e tornar seu crescimento mais sustentável? Eu acho que há sinais positivos. Os EUA estão em período eleitoral. A América Latina deve se preocupar com quem será o ganhador? Não. Os EUA têm interesses permanentes, independentemente do governo que está no poder, e o cidadão americano, de modo geral, não está muito preocupado com a América Latina. Nenhum país latino-americano tem uma bomba atômica apontada para os EUA ou a capacidade de fazer mal aos EUA. Então há muitas oportunidades aqui [na América Latina], mas poucas ameaças, e os políticos americanos costumam responder mais a ameaças. Não faz diferença se Donald Trump vencer ou Hillary Clinton"? Não acredito, porque vocês [América Latina] não são uma ameaça aos Estados Unidos. O lado positivo é que isso pode gerar oportunidades de parceria. E não há lado negativo. Do ponto de vista da região, deveríamos estar mais preocupados com o que acontece na eleição presidencial americana ou com o que acontece na China? Do ponto de vista econômico do Brasil, tanto a China como os EUA são importantes. O problema no caso da China é que se preocupar não vai ajudar. Por quê? Porque os chineses vão fazer o que os chineses querem fazer. No caso americano, existe uma oportunidade maior de diálogo. Durante décadas, os latino-americanos rumaram para EUA e Europa em busca de oportunidades de trabalho. Nos últimos anos, esse processo mudou, mas é possível que, com a crise, volte ao cenário anterior. Como os americanos vão receber essas pessoas? Pelo menos nos últimos 200 anos, os americanos deram boas-vindas aos imigrantes para logo protestar contra eles. Quando a sociedade muda, mesmo que para melhor, sempre há aqueles que consideram que o mundo está indo na direção errada. Então, apesar de tudo o que você vê na campanha eleitoral americana, os EUA vão continuar a receber bem os migrantes. * RAIO X John Coatsworth FORMAÇÃO Graduado em história pela Universidade Wesleyan (EUA), com mestrado e doutorado em história econômica pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). É especialista em economia latino-americana e história internacional CARGOS É professor em Columbia desde 2006. Lecionou em Harvard (1992-2007) e na Universidade de Chicago (1969- 1992) | mercado | País não é República das Bananas, diz reitor da Universidade ColumbiaA turbulência na política brasileira, com manifestações contra e a favor de Dilma Rousseff e a possibilidade de impeachment da presidente, é um processo natural da democracia, e não um sinal de que o Brasil é uma República das Bananas, com forte instabilidade. Esta é a opinião de John Coatsworth, reitor da Universidade Columbia (EUA) e especialista em economia latino-americana. O americano diz estar otimista com o país, especialmente porque tem instituições mais sólidas do que em outros momentos da história, sem necessidade de troca de regime –e vê o combate à corrupção como um grande avanço no país. Para ele, o Brasil tem uma economia dinâmica e, quando o cenário global melhorar, o país também vai crescer junto. Leia a seguir a entrevista. Folha - A América Latina caminha para o segundo ano de recessão, o que não acontece desde o início dos anos 1980. A região está vivendo outra oportunidade perdida? John Coatsworth - O que é mais interessante é que, pela primeira vez desde os anos 1960, as instituições democráticas de boa parte da América Latina está sob pressão, e o que é mais impressionante é que essas instituições estão sobrevivendo –e até ficando mais fortes–, apesar da recessão. É uma oportunidade perdida? Talvez em termos econômicos, de usar o boom de preço das matérias-primas em crescimento sustentável, mas nem todos os países perderam essa oportunidade e devem voltar a crescer logo. Com quais países o sr. está mais otimista? Estou bastante otimista com o Brasil. Existe um dinamismo na economia que não foi afetado pelo colapso do boom das commodities e, à medida que a economia global melhorar, o Brasil vai estar muito melhor. Outro motivo é que parte dos problemas econômicos do Brasil se deve à turbulência política. Um presidente popular e com mão firme vai deixar os investidores e os consumidores mais confiantes. Mesmo na questão política, o fato de as instituições estarem descobrindo e punindo corrupção é um grande avanço. Há outros países da América Latina com os quais o sr. esteja tão otimista? A maioria da América Latina está passando por dificuldades no momento, mas há sinais positivos na Argentina, com a mudança de governo, no Chile, que, apesar da desaceleração, tem uma economia robusta, e até mesmo na Venezuela, que sofre com a queda do preço global do petróleo, mas há oportunidades para mudanças políticas que podem acontecer logo. Não no mês que vem, mas certamente em dois anos. E por que as instituições estão mais fortes agora? Um dos motivos é que, diferentemente dos anos 1960, os problemas políticos vividos pela América Latina são 100% internos, não são afetados pela Guerra Fria. Os EUA não estão envolvidos nas dificuldades atuais do Brasil e isso é altamente positivo, porque os brasileiros vão poder resolver seus problemas sem se preocupar com outros fatores –o que não foi o caso em 1961. Nós podemos comparar este momento da sociedade brasileira com outros da história do país? Se nós olharmos para outros momentos de mudança da história brasileira, como o colapso do Império, eu não vejo o país em uma situação similar. Hoje o Brasil tem instituições que permitem que resolva isso democraticamente, sem a mudança de regime. Eu não vejo nenhum motivo para o Brasil enfrentar uma crise constitucional –a Constituição oferece as respostas para os problemas. Quando o sr. analisa o momento atual do país, com discussão sobre impeachment, considera que é um processo saudável de uma democracia ou algo mais próximo de uma República de Bananas? Eu acho que quase todas as democracias da América Latina enfrentaram crises similares, exceto o Canadá, que é parlamentarista. Este é um processo natural da democracia. O problema aconteceria se os brasileiros considerarem que a democracia não funciona adequadamente. Eu acho que o mais provável é que os brasileiros considerem que a democracia funciona bem, mas que o problema são os políticos recentemente eleitos. E, se o problema for o sistema, quais seriam as consequências? Isso cria a possibilidade para a ascensão de líderes populistas ou antidemocráticos, desafiando as instituições democráticas. E eu não vejo isso acontecendo no Brasil. Como o sr. vê o futuro da América Latina? Uma economia muito dependente das flutuações dos preços das matérias-primas ou com um crescimento mais sustentável? É muito difícil falar da região como um todo, cada país tem suas particularidades. No caso brasileiro, há uma comunidade empresarial empreendedora e resiliente, que consegue se adaptar melhor aos cenários do que outros países da América Latina. É claro que o Brasil se aproveitou do boom do preço das commodities, mas a questão é: como o país aproveitou essa oportunidade para diversificar sua economia e tornar seu crescimento mais sustentável? Eu acho que há sinais positivos. Os EUA estão em período eleitoral. A América Latina deve se preocupar com quem será o ganhador? Não. Os EUA têm interesses permanentes, independentemente do governo que está no poder, e o cidadão americano, de modo geral, não está muito preocupado com a América Latina. Nenhum país latino-americano tem uma bomba atômica apontada para os EUA ou a capacidade de fazer mal aos EUA. Então há muitas oportunidades aqui [na América Latina], mas poucas ameaças, e os políticos americanos costumam responder mais a ameaças. Não faz diferença se Donald Trump vencer ou Hillary Clinton"? Não acredito, porque vocês [América Latina] não são uma ameaça aos Estados Unidos. O lado positivo é que isso pode gerar oportunidades de parceria. E não há lado negativo. Do ponto de vista da região, deveríamos estar mais preocupados com o que acontece na eleição presidencial americana ou com o que acontece na China? Do ponto de vista econômico do Brasil, tanto a China como os EUA são importantes. O problema no caso da China é que se preocupar não vai ajudar. Por quê? Porque os chineses vão fazer o que os chineses querem fazer. No caso americano, existe uma oportunidade maior de diálogo. Durante décadas, os latino-americanos rumaram para EUA e Europa em busca de oportunidades de trabalho. Nos últimos anos, esse processo mudou, mas é possível que, com a crise, volte ao cenário anterior. Como os americanos vão receber essas pessoas? Pelo menos nos últimos 200 anos, os americanos deram boas-vindas aos imigrantes para logo protestar contra eles. Quando a sociedade muda, mesmo que para melhor, sempre há aqueles que consideram que o mundo está indo na direção errada. Então, apesar de tudo o que você vê na campanha eleitoral americana, os EUA vão continuar a receber bem os migrantes. * RAIO X John Coatsworth FORMAÇÃO Graduado em história pela Universidade Wesleyan (EUA), com mestrado e doutorado em história econômica pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). É especialista em economia latino-americana e história internacional CARGOS É professor em Columbia desde 2006. Lecionou em Harvard (1992-2007) e na Universidade de Chicago (1969- 1992) | 2 |
O homem que construiu uma empresa de US$ 1 bilhão no porão de sua casa
| DA BBC BRASIL A família e os amigos achavam que ele tinha surtado. "Todo mundo pensou que eu estava completamente louco", recorda-se Carl Rodrigues. "Eles se perguntavam 'o que há de errado com esse cara? Ele está delirando?'" Rodrigues, um consultor de TI bem sucedido, acordou um dia e decidiu sair do emprego. Em vez de trabalhar para gerar lucro para terceiros, ele resolveu se isolar no porão de casa para desenvolver um produto de informática que seria um sucesso de vendas. O problema é que ele não tinha nenhuma ideia em mente. E para a preocupação de sua mulher e o desprezo de sua sogra - que morava com eles - Rodrigues estava irredutível. Assim, em 2001, ele se trancou no porão de casa, na cidade canadense de Mississauga, e começou a tentar criar algo. "Meu objetivo era ver o que eu poderia produzir se fizesse algo que realmente gostasse", conta. "Eu não sabia o que ia fazer, mas queria tentar". Após um mês trabalhando "loucamente", Rodrigues surgiu com sua primeira ideia totalmente formada - um sistema de software que permitia ao usuário controlar o celular a partir do laptop. As vendas da empresa, batizada de Soti, começaram lentamente, até que 12 meses depois, Rodrigues recebeu um telefonema de um dos maiores grupos de supermercados do Reino Unido. A companhia não queria vender o sistema a seus clientes. Em vez disso, queria incorporá-lo em suas operações, para que sua equipe pudesse se comunicar melhor, transmitir dados e outras informações. "Eu ainda estava no porão de casa quando recebi uma ligação da empresa, dizendo que gostaria de fazer um pedido", relembra Rodrigues, CEO da empresa. "Acho que eles não perceberam que estavam conversando apenas com um cara em um porão. Quando a pessoa pediu para falar com alguém do departamento de vendas, voltei ao telefone com um tom de voz ligeiramente diferente", conta. A estratégia funcionou. E a empresa do Reino Unido fez um pedido de 20 mil unidades. A partir de então, a Soti decolou. Enquanto a maioria das pessoas nunca ouviu falar da empresa - já que ela vende seus sistemas de software de tecnologia móvel para empresas em vez de consumidores - a Soti tem hoje receita anual de US$ 80 milhões (R$ 255 milhões). E isso tudo sem precisar de nenhum investimento externo. O negócio permanece 100% de propriedade de Rodrigues e sua mulher. Recusando inúmeras ofertas de aquisição, incluindo uma oferta da Microsoft em 2006, o empresário canadense quer que a Soti se "torne tão grande como essas empresas" no mundo da informática. Nascido no Paquistão em uma família católica, originária da antiga colônia portuguesa de Goa, na costa oeste da Índia, Rodrigues foi para o Canadá com os pais e quatro irmãos quando tinha 11 anos. A decisão de deixar o Paquistão foi de sua mãe que, segundo ele, estava cada vez mais preocupada com a instabilidade política e social no país no início da década de 1970. "Meu pai estava feliz no Paquistão, mas minha mãe queria que as crianças tivessem um lugar seguro para crescer e ter uma boa educação", afirma. Como sua família falava inglês em casa, Rodrigues conta que não teve problema de se adaptar em Toronto. E até gostou do tempo mais frio. "Eu estava morrendo de vontade de ver neve", diz. "Essa coisa mágica que eu nunca tinha visto". Depois de "fazer o suficiente na escola para ir para a universidade", Rodrigues se formou em ciência da computação e matemática na Universidade de Toronto. E passou vários anos trabalhando como consultor, antes de lançar a Soti em 2001. Hoje, a empresa é avaliada em mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões) e possui 17 mil clientes comerciais em todo o mundo. São 700 funcionários em 22 países. A sede da companhia deixou de ser o porão da casa de Rodrigues e se encontra agora em dois edifícios de Mississauga. O jornalista de tecnologia Martin Veitch, que vem acompanhando a trajetória de Rodrigues, atribui o sucesso da Soti a sua abordagem especializada. "A Soti é um exemplo de empresa que conseguiu focar em um nicho de negócios", avalia Veitch, que é editor do site IDG Connect. "Muitos dos seus competidores são grandes fornecedores que atuam em praticamente todos os setores de TI. Isso é bom para aqueles clientes que preferem adquirir todos os serviços de um mesmo fornecedor, mas para outros, uma empresa especializada representa uma escolha melhor", analisa. No dia a dia, Rodrigues diz que gosta que seus gerentes seniores se considerem "seus próprios CEOs". "Estou tão ocupado fazendo outras coisas, que eles precisam ser seus próprios CEOs e dirigir suas próprias organizações", afirma. Um problema que a empresa vem enfrentando, segundo Rodrigues, é a dificuldade para recrutar programadores de computador bons o suficiente. Para resolver esse problema, ele teve que usar a criatividade. A Soti publicou um anúncio convocando pessoas sem experiência em programação ou qualificações para tentar a sorte. Até agora, a empresa recrutou cerca de 16 pessoas a partir desta iniciativa, que submete os candidatos a uma série de testes. A Soti também contratou 20 programadores da Ucrânia, que ajudou a mudar para o Canadá com suas famílias. Rodrigues não precisa mais trabalhar do porão de casa, mas sua sogra ainda vive com ele, sua mulher e seus dois filhos. "Podemos dizer que minha sogra não seja uma pessoa que fala pouco... mas acho que ela está satisfeita (com o que eu consegui)", diz. | sobretudo |
O homem que construiu uma empresa de US$ 1 bilhão no porão de sua casa
DA BBC BRASIL A família e os amigos achavam que ele tinha surtado. "Todo mundo pensou que eu estava completamente louco", recorda-se Carl Rodrigues. "Eles se perguntavam 'o que há de errado com esse cara? Ele está delirando?'" Rodrigues, um consultor de TI bem sucedido, acordou um dia e decidiu sair do emprego. Em vez de trabalhar para gerar lucro para terceiros, ele resolveu se isolar no porão de casa para desenvolver um produto de informática que seria um sucesso de vendas. O problema é que ele não tinha nenhuma ideia em mente. E para a preocupação de sua mulher e o desprezo de sua sogra - que morava com eles - Rodrigues estava irredutível. Assim, em 2001, ele se trancou no porão de casa, na cidade canadense de Mississauga, e começou a tentar criar algo. "Meu objetivo era ver o que eu poderia produzir se fizesse algo que realmente gostasse", conta. "Eu não sabia o que ia fazer, mas queria tentar". Após um mês trabalhando "loucamente", Rodrigues surgiu com sua primeira ideia totalmente formada - um sistema de software que permitia ao usuário controlar o celular a partir do laptop. As vendas da empresa, batizada de Soti, começaram lentamente, até que 12 meses depois, Rodrigues recebeu um telefonema de um dos maiores grupos de supermercados do Reino Unido. A companhia não queria vender o sistema a seus clientes. Em vez disso, queria incorporá-lo em suas operações, para que sua equipe pudesse se comunicar melhor, transmitir dados e outras informações. "Eu ainda estava no porão de casa quando recebi uma ligação da empresa, dizendo que gostaria de fazer um pedido", relembra Rodrigues, CEO da empresa. "Acho que eles não perceberam que estavam conversando apenas com um cara em um porão. Quando a pessoa pediu para falar com alguém do departamento de vendas, voltei ao telefone com um tom de voz ligeiramente diferente", conta. A estratégia funcionou. E a empresa do Reino Unido fez um pedido de 20 mil unidades. A partir de então, a Soti decolou. Enquanto a maioria das pessoas nunca ouviu falar da empresa - já que ela vende seus sistemas de software de tecnologia móvel para empresas em vez de consumidores - a Soti tem hoje receita anual de US$ 80 milhões (R$ 255 milhões). E isso tudo sem precisar de nenhum investimento externo. O negócio permanece 100% de propriedade de Rodrigues e sua mulher. Recusando inúmeras ofertas de aquisição, incluindo uma oferta da Microsoft em 2006, o empresário canadense quer que a Soti se "torne tão grande como essas empresas" no mundo da informática. Nascido no Paquistão em uma família católica, originária da antiga colônia portuguesa de Goa, na costa oeste da Índia, Rodrigues foi para o Canadá com os pais e quatro irmãos quando tinha 11 anos. A decisão de deixar o Paquistão foi de sua mãe que, segundo ele, estava cada vez mais preocupada com a instabilidade política e social no país no início da década de 1970. "Meu pai estava feliz no Paquistão, mas minha mãe queria que as crianças tivessem um lugar seguro para crescer e ter uma boa educação", afirma. Como sua família falava inglês em casa, Rodrigues conta que não teve problema de se adaptar em Toronto. E até gostou do tempo mais frio. "Eu estava morrendo de vontade de ver neve", diz. "Essa coisa mágica que eu nunca tinha visto". Depois de "fazer o suficiente na escola para ir para a universidade", Rodrigues se formou em ciência da computação e matemática na Universidade de Toronto. E passou vários anos trabalhando como consultor, antes de lançar a Soti em 2001. Hoje, a empresa é avaliada em mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões) e possui 17 mil clientes comerciais em todo o mundo. São 700 funcionários em 22 países. A sede da companhia deixou de ser o porão da casa de Rodrigues e se encontra agora em dois edifícios de Mississauga. O jornalista de tecnologia Martin Veitch, que vem acompanhando a trajetória de Rodrigues, atribui o sucesso da Soti a sua abordagem especializada. "A Soti é um exemplo de empresa que conseguiu focar em um nicho de negócios", avalia Veitch, que é editor do site IDG Connect. "Muitos dos seus competidores são grandes fornecedores que atuam em praticamente todos os setores de TI. Isso é bom para aqueles clientes que preferem adquirir todos os serviços de um mesmo fornecedor, mas para outros, uma empresa especializada representa uma escolha melhor", analisa. No dia a dia, Rodrigues diz que gosta que seus gerentes seniores se considerem "seus próprios CEOs". "Estou tão ocupado fazendo outras coisas, que eles precisam ser seus próprios CEOs e dirigir suas próprias organizações", afirma. Um problema que a empresa vem enfrentando, segundo Rodrigues, é a dificuldade para recrutar programadores de computador bons o suficiente. Para resolver esse problema, ele teve que usar a criatividade. A Soti publicou um anúncio convocando pessoas sem experiência em programação ou qualificações para tentar a sorte. Até agora, a empresa recrutou cerca de 16 pessoas a partir desta iniciativa, que submete os candidatos a uma série de testes. A Soti também contratou 20 programadores da Ucrânia, que ajudou a mudar para o Canadá com suas famílias. Rodrigues não precisa mais trabalhar do porão de casa, mas sua sogra ainda vive com ele, sua mulher e seus dois filhos. "Podemos dizer que minha sogra não seja uma pessoa que fala pouco... mas acho que ela está satisfeita (com o que eu consegui)", diz. | 9 |
Cidade do Paraná teve oito prefeitos em cinco anos | A galeria de prefeitos de Bituruna (a 312 km de Curitiba) registrou, em apenas cinco anos, os nomes de Remi, Eduardo, Rodrigo, Pedro, Carlos, Catiane, José e Claudinei. Dos oito, dois deixaram a prefeitura cassados e um nem sequer assumiu o cargo por não ter comprovado um ano de filiação partidária. Os demais foram apenas tampões. No mês passado, os biturenenses ficaram novamente cara a cara com as urnas. Era a quarta vez desde 2008 que escolhiam um governante. O eleito, Claudinei Castilho (PSDB), 39, advogado e ex-presidente da Câmara que já estava como interino, reclama do troca-troca no cargo. "A cidade ficou sem planejamento. Não tem continuidade nos serviços com tanta mudança. Estamos recomeçando do zero", lamenta. Desde 2007, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 302 eleições suplementares já foram marcadas em todo o Brasil. Em média, foram eleitos três prefeitos por mês nos últimos oito anos. Um novo pleito é necessário quando um prefeito que recebeu mais de 50% dos votos tem o mandato cassado. A confusão em Bituruna, município de 16.448 habitantes conhecido como a Terra do Vinho, causou desentendimento até dentro de uma tradicional família da cidade. Quando Remi Ranssolin (PTB) foi cassado em 2010, por problemas nas contas de um mandato anterior, Eduardo Conrado assumiu como interino, até a posse do novo prefeito. O vice de Ranssolin, Carlos Roberto (PP), o Robertinho, concorreu nas eleições suplementares de 2011, mas perdeu para o sobrinho Rodrigo Rossoni (PSDB) por um diferença de 64 votos. Rossoni durou oito meses no cargo. A coligação derrotada entrou com representação alegando abuso de poder econômico, argumento que a Justiça acatou. Pedro Padilha ficou na prefeitura interinamente até que Robertinho, o segundo colocado no pleito, assumiu a vaga. Ficou os dez meses previstos do restante mandato. Em 2012, tentou se eleger, mas foi derrotado por Catiane Rossoni, mulher de Rodrigo. Ela teve 5.840 votos, ou 58% dos votos válidos, a maior votação da história da cidade, mas não chegou a assumir, pois não tinha um ano de filiação no PSDB, como era exigido. O vereador José Constantino de Lara Ribas foi eleito presidente da Câmara Municipal no dia 1° de janeiro de 2013 e, assim, passou a ser prefeito interino. O mesmo aconteceu com Claudinei Castilho em 1º de janeiro de 2015. O imbróglio só foi resolvido no mês passado, com novas eleições suplementares. A continuidade nos programas de governo, porém, não está garantida. Claudinei já avisa: "Não tenho pretensão de me candidatar de novo". Com a decisão, a galeria de prefeitos de Bituruna pode ter um novo nome em 2016. | poder | Cidade do Paraná teve oito prefeitos em cinco anosA galeria de prefeitos de Bituruna (a 312 km de Curitiba) registrou, em apenas cinco anos, os nomes de Remi, Eduardo, Rodrigo, Pedro, Carlos, Catiane, José e Claudinei. Dos oito, dois deixaram a prefeitura cassados e um nem sequer assumiu o cargo por não ter comprovado um ano de filiação partidária. Os demais foram apenas tampões. No mês passado, os biturenenses ficaram novamente cara a cara com as urnas. Era a quarta vez desde 2008 que escolhiam um governante. O eleito, Claudinei Castilho (PSDB), 39, advogado e ex-presidente da Câmara que já estava como interino, reclama do troca-troca no cargo. "A cidade ficou sem planejamento. Não tem continuidade nos serviços com tanta mudança. Estamos recomeçando do zero", lamenta. Desde 2007, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 302 eleições suplementares já foram marcadas em todo o Brasil. Em média, foram eleitos três prefeitos por mês nos últimos oito anos. Um novo pleito é necessário quando um prefeito que recebeu mais de 50% dos votos tem o mandato cassado. A confusão em Bituruna, município de 16.448 habitantes conhecido como a Terra do Vinho, causou desentendimento até dentro de uma tradicional família da cidade. Quando Remi Ranssolin (PTB) foi cassado em 2010, por problemas nas contas de um mandato anterior, Eduardo Conrado assumiu como interino, até a posse do novo prefeito. O vice de Ranssolin, Carlos Roberto (PP), o Robertinho, concorreu nas eleições suplementares de 2011, mas perdeu para o sobrinho Rodrigo Rossoni (PSDB) por um diferença de 64 votos. Rossoni durou oito meses no cargo. A coligação derrotada entrou com representação alegando abuso de poder econômico, argumento que a Justiça acatou. Pedro Padilha ficou na prefeitura interinamente até que Robertinho, o segundo colocado no pleito, assumiu a vaga. Ficou os dez meses previstos do restante mandato. Em 2012, tentou se eleger, mas foi derrotado por Catiane Rossoni, mulher de Rodrigo. Ela teve 5.840 votos, ou 58% dos votos válidos, a maior votação da história da cidade, mas não chegou a assumir, pois não tinha um ano de filiação no PSDB, como era exigido. O vereador José Constantino de Lara Ribas foi eleito presidente da Câmara Municipal no dia 1° de janeiro de 2013 e, assim, passou a ser prefeito interino. O mesmo aconteceu com Claudinei Castilho em 1º de janeiro de 2015. O imbróglio só foi resolvido no mês passado, com novas eleições suplementares. A continuidade nos programas de governo, porém, não está garantida. Claudinei já avisa: "Não tenho pretensão de me candidatar de novo". Com a decisão, a galeria de prefeitos de Bituruna pode ter um novo nome em 2016. | 0 |
Governo de SP cria controladoria para tentar melhorar gestão de hospitais | Motivado pela crise financeira na Santa Casa de São Paulo, o secretário de Estado da Saúde, David Uip, criou uma controladoria para tentar melhorar a gestão de hospitais, centros de saúde e farmácias ligados ao governo. O novo serviço, comandado por especialistas em gestão pública convidados por Uip, irá acompanhar os repasses financeiros do SUS e processos como compra e distribuição de remédios. Com orçamento de R$ 20,4 bilhões para 2015, a secretaria tem a maior rede hospitalar e ambulatorial do país. São 228 serviços onde atuam cerca de 250 mil funcionários. Segundo Uip, a ideia é que também haja aprimoramento dos mecanismos de controle e qualidade dos serviços administrados por OSS (Organizações Sociais de Saúde). Hoje essas entidades superam, na rede estadual, o número de serviços de saúde da administração direta. São 57 hospitais e centros de saúde administrados diretamente pela secretaria, contra 107 gerenciados por OSS. "O que aconteceu [na Santa Casa] e as notícias que chegam sobre a 'máfia das próteses' só reforçaram as minhas convicções de que é preciso um controle maior e mais transparência", afirma. Auditoria feita pelo governo na Santa Casa detectou várias irregularidades de gestão, como contratos de alugueis de imóveis da entidade firmados por valores até 81% inferiores aos de mercado. Embora sejam instituições privadas, as Santas Casas e outros hospitais filantrópicos gozam de uma série de isenções fiscais e recebem recursos públicos, o que justifica o controle do Estado. Uip diz que a controladoria também deve agir no combate à máfia das próteses, que, segundo denúncias, envolve médicos e outros profissionais da indústria em fraudes em licitações e superfaturamento de produtos. Uma das propostas, segundo ele, é criar uma espécie de Ceagesp (central de abastecimento) das próteses. A ideia é começar pela área da ortopedia, onde se concentra a maior parte das denúncias, como cirurgias superfaturadas. "O recado é muito claro. Vamos controlar preço e qualidade", diz. Na opinião de Uip, a falta de competência na gestão dos serviços públicos de saúde do país é "sistêmica". | cotidiano | Governo de SP cria controladoria para tentar melhorar gestão de hospitaisMotivado pela crise financeira na Santa Casa de São Paulo, o secretário de Estado da Saúde, David Uip, criou uma controladoria para tentar melhorar a gestão de hospitais, centros de saúde e farmácias ligados ao governo. O novo serviço, comandado por especialistas em gestão pública convidados por Uip, irá acompanhar os repasses financeiros do SUS e processos como compra e distribuição de remédios. Com orçamento de R$ 20,4 bilhões para 2015, a secretaria tem a maior rede hospitalar e ambulatorial do país. São 228 serviços onde atuam cerca de 250 mil funcionários. Segundo Uip, a ideia é que também haja aprimoramento dos mecanismos de controle e qualidade dos serviços administrados por OSS (Organizações Sociais de Saúde). Hoje essas entidades superam, na rede estadual, o número de serviços de saúde da administração direta. São 57 hospitais e centros de saúde administrados diretamente pela secretaria, contra 107 gerenciados por OSS. "O que aconteceu [na Santa Casa] e as notícias que chegam sobre a 'máfia das próteses' só reforçaram as minhas convicções de que é preciso um controle maior e mais transparência", afirma. Auditoria feita pelo governo na Santa Casa detectou várias irregularidades de gestão, como contratos de alugueis de imóveis da entidade firmados por valores até 81% inferiores aos de mercado. Embora sejam instituições privadas, as Santas Casas e outros hospitais filantrópicos gozam de uma série de isenções fiscais e recebem recursos públicos, o que justifica o controle do Estado. Uip diz que a controladoria também deve agir no combate à máfia das próteses, que, segundo denúncias, envolve médicos e outros profissionais da indústria em fraudes em licitações e superfaturamento de produtos. Uma das propostas, segundo ele, é criar uma espécie de Ceagesp (central de abastecimento) das próteses. A ideia é começar pela área da ortopedia, onde se concentra a maior parte das denúncias, como cirurgias superfaturadas. "O recado é muito claro. Vamos controlar preço e qualidade", diz. Na opinião de Uip, a falta de competência na gestão dos serviços públicos de saúde do país é "sistêmica". | 6 |
'Paraolimpíada' ou 'paralimpíada'? | Enquanto escrevo este texto, a cerimônia de abertura da Paraolimpíada (ou Paralimpíada?) está em pleno curso. Na maior parte dos sites, jornais e emissoras de rádio e TV, predomina a forma "Paralimpíada", como desejam os comitês oficiais (o Olímpico e o Paralímpico). Na Folha e no UOL, a forma empregada é "Paraolimpíada", como determinam os cânones da língua. Não quero me meter na discussão sobre as razões que o Comitê Paralímpico Internacional (International Paralympic Committee) tem para exigir que se suprima o "o" de "olympic" e, consequentemente, de "olímpico" na formação do nome do seu comitê em inglês, português etc. Parece que o que motiva o CPI (IPC, no original) a impor a supressão do "o" é algo de fundo comercial e sabe Deus mais o quê. O que temos em "paraolímpico" (ou "paralímpico"?) é a formação de um termo que resulta da soma do elemento grego "par(a)-" com o adjetivo "olímpico". De acordo com o "Houaiss", o elemento "par(a)-" ocorre com a noção de "junto", "ao lado de", "ao longo de", "para além de", o que se vê em vocábulos como "paramédico", "parapsicologia", "paratireoide", "paranormal" etc. A Paraolimpíada (ou Paralimpíada?) não é a Olimpíada, mas segue muitos dos seus ritos (os esportes, as premiações, as cerimônias, o espírito que norteia as competições etc.), ou seja, é algo paralelo à Olimpíada, daí o nome levar o "par(a)-". Pois bem. Chegamos ao xis da questão: a supressão do "o". "Portuguesmente" falando, essa supressão do "o" não faz o menor sentido, já que, na nossa língua, o que pode ocorrer é a supressão da vogal final do primeiro elemento e não da vogal inicial do segundo elemento. Vejamos: de "hidr(o)-" + "elétrico" tem-se "hidroelétrico" ou "hidrelétrico" (e não "hidrolétrico"); de "gastro-" + "intestinal" tem-se "gastrointestinal" ou "gastrintestinal" (e não "gastrontestinal"). Poderíamos, pois, ter também "Parolimpíada" e "parolímpico". Muitos desses vocábulos que resultam da supressão da vogal final do primeiro elemento (como "gastrenterologista", "gastrenterologia", entre tantos outros) podem causar surpresa, estranheza etc., o que talvez decorra da maior ou menor incidência desta ou daquela forma. Mais surpresa ainda causam formas que surgem de um processo que não é da língua, como o que se vê em "Paralimpíada" e "paralímpico". Espúrias, essas formas contradizem o que é natural no nosso idioma, fato que justifica a opção da Folha e do UOL pelas formas vernáculas. O "Houaiss", o "Aulete" e o "VOLP" ignoram solenemente as formas impostas pelos comitês internacionais, ou seja, só registram "paraolímpico" e "Paraolimpíada". Aproveito para lembrar um caso que não é propriamente semelhante, mas tem alguma afinidade. Refiro-me à Petrobras, que, quando fundada, era "Petrobrás", e assim ficou até a década de 90, quando perdeu o acento agudo. Os argumentos foram bizarros. Um deles dizia que "não existe acento em inglês". De acordo com esses gênios, investidores internacionais poderiam achar que se tratava de um apóstrofo ("Petrobra's"), o que poderia fazer um gringo achar que... Haja bobagem! Como se sabe, a suíça Nestlé nunca prosperou em canto nenhum do mundo justamente por causa do acento... É isso. Rio 2016 | colunas | 'Paraolimpíada' ou 'paralimpíada'?Enquanto escrevo este texto, a cerimônia de abertura da Paraolimpíada (ou Paralimpíada?) está em pleno curso. Na maior parte dos sites, jornais e emissoras de rádio e TV, predomina a forma "Paralimpíada", como desejam os comitês oficiais (o Olímpico e o Paralímpico). Na Folha e no UOL, a forma empregada é "Paraolimpíada", como determinam os cânones da língua. Não quero me meter na discussão sobre as razões que o Comitê Paralímpico Internacional (International Paralympic Committee) tem para exigir que se suprima o "o" de "olympic" e, consequentemente, de "olímpico" na formação do nome do seu comitê em inglês, português etc. Parece que o que motiva o CPI (IPC, no original) a impor a supressão do "o" é algo de fundo comercial e sabe Deus mais o quê. O que temos em "paraolímpico" (ou "paralímpico"?) é a formação de um termo que resulta da soma do elemento grego "par(a)-" com o adjetivo "olímpico". De acordo com o "Houaiss", o elemento "par(a)-" ocorre com a noção de "junto", "ao lado de", "ao longo de", "para além de", o que se vê em vocábulos como "paramédico", "parapsicologia", "paratireoide", "paranormal" etc. A Paraolimpíada (ou Paralimpíada?) não é a Olimpíada, mas segue muitos dos seus ritos (os esportes, as premiações, as cerimônias, o espírito que norteia as competições etc.), ou seja, é algo paralelo à Olimpíada, daí o nome levar o "par(a)-". Pois bem. Chegamos ao xis da questão: a supressão do "o". "Portuguesmente" falando, essa supressão do "o" não faz o menor sentido, já que, na nossa língua, o que pode ocorrer é a supressão da vogal final do primeiro elemento e não da vogal inicial do segundo elemento. Vejamos: de "hidr(o)-" + "elétrico" tem-se "hidroelétrico" ou "hidrelétrico" (e não "hidrolétrico"); de "gastro-" + "intestinal" tem-se "gastrointestinal" ou "gastrintestinal" (e não "gastrontestinal"). Poderíamos, pois, ter também "Parolimpíada" e "parolímpico". Muitos desses vocábulos que resultam da supressão da vogal final do primeiro elemento (como "gastrenterologista", "gastrenterologia", entre tantos outros) podem causar surpresa, estranheza etc., o que talvez decorra da maior ou menor incidência desta ou daquela forma. Mais surpresa ainda causam formas que surgem de um processo que não é da língua, como o que se vê em "Paralimpíada" e "paralímpico". Espúrias, essas formas contradizem o que é natural no nosso idioma, fato que justifica a opção da Folha e do UOL pelas formas vernáculas. O "Houaiss", o "Aulete" e o "VOLP" ignoram solenemente as formas impostas pelos comitês internacionais, ou seja, só registram "paraolímpico" e "Paraolimpíada". Aproveito para lembrar um caso que não é propriamente semelhante, mas tem alguma afinidade. Refiro-me à Petrobras, que, quando fundada, era "Petrobrás", e assim ficou até a década de 90, quando perdeu o acento agudo. Os argumentos foram bizarros. Um deles dizia que "não existe acento em inglês". De acordo com esses gênios, investidores internacionais poderiam achar que se tratava de um apóstrofo ("Petrobra's"), o que poderia fazer um gringo achar que... Haja bobagem! Como se sabe, a suíça Nestlé nunca prosperou em canto nenhum do mundo justamente por causa do acento... É isso. Rio 2016 | 10 |
Currículo de colégio integral tem de incluir tempo fora de sala e de ócio | A falta de tempo é uma das razões pela quais pais optam pelo ensino integral para os filhos. Mas, como consequência, as crianças passam a ter muito tempo disponível na escola e é preciso saber o que fazer com ele. Educadores recomendam que o currículo de um curso integral não seja uma repetição das aulas tradicionais. A ideia é que ele promova atividades artísticas, esportivas e brincadeiras que possam ter relação com as disciplinas. "Ampliar o tempo de aprendizagem é trazer outros saberes para dentro da escola, aqueles que não são acadêmicos", diz Guillermina Garcia, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (Cenpec). Segundo ela, é importante que a escola consiga correlacionar o que é estudado em sala de aula nas demais atividades. Em uma aula de capoeira, pode-se trabalhar aspectos históricos e geográficos, diz ela. "Período integral não pode ser depósito de criança nem se transformar em um castigo", afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp). Segundo ele, escolas que têm um programa definido para cada série estão conseguindo mais sucesso. "Seguir um currículo definido, em vez de só escolher o que se quer fazer, ajuda a melhorar o aproveitamento escolar." Silva aconselha os pais a verificarem se o currículo do integral prevê momentos livres, nos quais as crianças possam usufruir do espaço escolar como desejarem -lendo na biblioteca ou usando a internet, por exemplo. CULINÁRIA Com programa de ensino integral desde o infantil até o 5º ano do fundamental, o Colégio Mary Ward tem a proposta de utilizar todos os espaços da escola nesse módulo de ensino. Além de aulas na biblioteca, no laboratório de informática e na horta, as crianças desenvolvem projetos em grupo e realizam as tarefas de casa. Também há atividades esportivas, artísticas e de culinária. "Um risco que se corre com o período integral é a criança chegar e só fazer as atividades de casa", diz Alexandra Grassini, coordenadora do ensino integral do colégio. Com a preocupação de não exagerar nas atividades, o Colégio Visconde de Porto Seguro, que oferece período integral desde o ano passado, faz quatro avaliações por ano sobre o curso. O método reúne comentários dos alunos e um relatório para os pais sobre a participação dos filhos. "A proposta é de ampliar a formação geral do aluno", afirma Tânia Ruivo, coordenadora do período integral do colégio. "Não criamos um ambiente de reforço escolar, mas de união de atividades que os pais costumavam buscar fora da escola." | educacao | Currículo de colégio integral tem de incluir tempo fora de sala e de ócioA falta de tempo é uma das razões pela quais pais optam pelo ensino integral para os filhos. Mas, como consequência, as crianças passam a ter muito tempo disponível na escola e é preciso saber o que fazer com ele. Educadores recomendam que o currículo de um curso integral não seja uma repetição das aulas tradicionais. A ideia é que ele promova atividades artísticas, esportivas e brincadeiras que possam ter relação com as disciplinas. "Ampliar o tempo de aprendizagem é trazer outros saberes para dentro da escola, aqueles que não são acadêmicos", diz Guillermina Garcia, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (Cenpec). Segundo ela, é importante que a escola consiga correlacionar o que é estudado em sala de aula nas demais atividades. Em uma aula de capoeira, pode-se trabalhar aspectos históricos e geográficos, diz ela. "Período integral não pode ser depósito de criança nem se transformar em um castigo", afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp). Segundo ele, escolas que têm um programa definido para cada série estão conseguindo mais sucesso. "Seguir um currículo definido, em vez de só escolher o que se quer fazer, ajuda a melhorar o aproveitamento escolar." Silva aconselha os pais a verificarem se o currículo do integral prevê momentos livres, nos quais as crianças possam usufruir do espaço escolar como desejarem -lendo na biblioteca ou usando a internet, por exemplo. CULINÁRIA Com programa de ensino integral desde o infantil até o 5º ano do fundamental, o Colégio Mary Ward tem a proposta de utilizar todos os espaços da escola nesse módulo de ensino. Além de aulas na biblioteca, no laboratório de informática e na horta, as crianças desenvolvem projetos em grupo e realizam as tarefas de casa. Também há atividades esportivas, artísticas e de culinária. "Um risco que se corre com o período integral é a criança chegar e só fazer as atividades de casa", diz Alexandra Grassini, coordenadora do ensino integral do colégio. Com a preocupação de não exagerar nas atividades, o Colégio Visconde de Porto Seguro, que oferece período integral desde o ano passado, faz quatro avaliações por ano sobre o curso. O método reúne comentários dos alunos e um relatório para os pais sobre a participação dos filhos. "A proposta é de ampliar a formação geral do aluno", afirma Tânia Ruivo, coordenadora do período integral do colégio. "Não criamos um ambiente de reforço escolar, mas de união de atividades que os pais costumavam buscar fora da escola." | 11 |
Governo estuda elevar taxação do agronegócio para reduzir deficit no INSS | O governo Temer estuda incluir na sua proposta de reforma da Previdência Social elevar a taxação sobre o setor do agronegócio para reduzir o deficit do sistema de aposentadorias no país. A medida é defendida pela área econômica do governo e pelas centrais sindicais. A ideia é acabar com a isenção do agronegócio no pagamento de contribuição previdenciária sobre sua receita obtida com exportação. Simulações feitas por técnicos estimam que a medida poderia gerar uma receita extra de R$ 6,5 bilhões por ano para o caixa da Previdência. A proposta é criticada pelo Ministério da Agricultura e pelo setor ruralista sob o argumento que prejudicaria as exportações do país. Segundo a Folha apurou, ainda não há uma decisão final do governo sobre a proposta, que pode ser definida apenas no próximo mês. As centrais sindicais defendem a proposta de taxar o setor rural na tentativa de evitar que a reforma venha a atingir trabalhadores hoje no mercado de trabalho. O governo aceita estudar a medida, defendida também por técnicos da área econômica, mas diz que sua eventual adoção não elimina a necessidade de fazer uma regra de transição para os trabalhadores hoje na ativa. Ou seja, a equipe de Temer segue com a disposição de que a reforma da Previdência teria que atingir também quem está no mercado de trabalho, mas dentro de uma regra de transição gradual. IDADE MÍNIMA O governo defende ainda que é necessário estabelecer uma idade mínima para aposentadoria, de 65 anos para homens e 60 para mulheres. Além disso, quer que gradualmente a idade de aposentadoria seja igual para homens e para mulheres. O presidente interino, Michel Temer, quer enviar a proposta de reforma da Previdência ainda neste ano ao Congresso, mas já sinalizou que vai esperar o julgamento final do impeachment para lançar sua proposta. Os defensores de taxar o setor rural para ajudar a financiar o sistema argumentam que a Previdência rural tem um deficit anual na casa de R$ 90 bilhões. O governo quer também fazer uma unificação das regras da Previdência rural com as da urbana. Hoje, os trabalhadores rurais podem se aposentar mesmo sem ter contribuído pelos prazos exigidos na área urbana. No ano passado, enquanto a Previdência urbana apresentou um superavit de R$ 5,1 bilhões, a rural registrou um deficit de R$ 91 bilhões. | mercado | Governo estuda elevar taxação do agronegócio para reduzir deficit no INSSO governo Temer estuda incluir na sua proposta de reforma da Previdência Social elevar a taxação sobre o setor do agronegócio para reduzir o deficit do sistema de aposentadorias no país. A medida é defendida pela área econômica do governo e pelas centrais sindicais. A ideia é acabar com a isenção do agronegócio no pagamento de contribuição previdenciária sobre sua receita obtida com exportação. Simulações feitas por técnicos estimam que a medida poderia gerar uma receita extra de R$ 6,5 bilhões por ano para o caixa da Previdência. A proposta é criticada pelo Ministério da Agricultura e pelo setor ruralista sob o argumento que prejudicaria as exportações do país. Segundo a Folha apurou, ainda não há uma decisão final do governo sobre a proposta, que pode ser definida apenas no próximo mês. As centrais sindicais defendem a proposta de taxar o setor rural na tentativa de evitar que a reforma venha a atingir trabalhadores hoje no mercado de trabalho. O governo aceita estudar a medida, defendida também por técnicos da área econômica, mas diz que sua eventual adoção não elimina a necessidade de fazer uma regra de transição para os trabalhadores hoje na ativa. Ou seja, a equipe de Temer segue com a disposição de que a reforma da Previdência teria que atingir também quem está no mercado de trabalho, mas dentro de uma regra de transição gradual. IDADE MÍNIMA O governo defende ainda que é necessário estabelecer uma idade mínima para aposentadoria, de 65 anos para homens e 60 para mulheres. Além disso, quer que gradualmente a idade de aposentadoria seja igual para homens e para mulheres. O presidente interino, Michel Temer, quer enviar a proposta de reforma da Previdência ainda neste ano ao Congresso, mas já sinalizou que vai esperar o julgamento final do impeachment para lançar sua proposta. Os defensores de taxar o setor rural para ajudar a financiar o sistema argumentam que a Previdência rural tem um deficit anual na casa de R$ 90 bilhões. O governo quer também fazer uma unificação das regras da Previdência rural com as da urbana. Hoje, os trabalhadores rurais podem se aposentar mesmo sem ter contribuído pelos prazos exigidos na área urbana. No ano passado, enquanto a Previdência urbana apresentou um superavit de R$ 5,1 bilhões, a rural registrou um deficit de R$ 91 bilhões. | 2 |
Equipe brasileira cai em grupo fácil do mundial do game "League of Legends" | A equipe brasileira Pain Gaming já sabe quem serão seus adversários na primeira fase do campeonato mundial do game "League of Legends", que será disputada a partir do dia 1º de outubro, em Paris. O sorteio, realizado no último sábado (12), definiu que os brasileiros vão enfrentar a equipe Counter Logic Gaming (da América do Norte), a Flash Wolves (de Taiwan) e a Koo Tigers (da Coreia do Sul). De acordo com o ranking do site "Gosu Gamers", que não é oficial, a Pain Gaming escapou de pedreiras. O time mais bem classificado do grupo é a Flash Wolves, que ocupa a sexta colocação. Counter Logic está no nono posto, enquanto a Koo Tigers aparece em 19º. Os brasileiros estão na posição 24. Caso o time representando o Brasil passe da primeira fase, ele vai disputar as quartas de final em Londres. As semifinais estão marcadas para Bruxelas, enquanto a grande decisão será no dia 31 de outubro, no estádio de futebol do Stuttgart, em Berlim, na Alemanha. A primeira fase dura duas semanas, e cada grupo terá 12 partidas, além de eventuais desempates, no formato "melhor de um". Isto é, quem vencer a partida pontua. A Pain Gaming garantiu vaga no mundial ao conquistar o circuito brasileiro, cuja decisão aconteceu no começo do mês de agosto, no estádio do Palmeiras. Depois, os brasileiros derrotaram russos e chilenos em uma fase preliminar do torneio. No ano passado, a equipe que representou o país, a Kabum, foi eliminada na primeira fase do mundial. "League of Legends" é um dos games mais populares do mundo, com cerca de 67 milhões de jogadores ativos, segundo a Riot Games, empresa americana criadora do jogo. Nas partidas disputadas no game, classificado como de estratégia em tempo real, cada equipe de cinco integrantes tem como objetivo atravessar um campo de batalhas, entrar na base do time adversário e destruí-la. Cada jogador escolhe um personagem com superpoderes. | tec | Equipe brasileira cai em grupo fácil do mundial do game "League of Legends"A equipe brasileira Pain Gaming já sabe quem serão seus adversários na primeira fase do campeonato mundial do game "League of Legends", que será disputada a partir do dia 1º de outubro, em Paris. O sorteio, realizado no último sábado (12), definiu que os brasileiros vão enfrentar a equipe Counter Logic Gaming (da América do Norte), a Flash Wolves (de Taiwan) e a Koo Tigers (da Coreia do Sul). De acordo com o ranking do site "Gosu Gamers", que não é oficial, a Pain Gaming escapou de pedreiras. O time mais bem classificado do grupo é a Flash Wolves, que ocupa a sexta colocação. Counter Logic está no nono posto, enquanto a Koo Tigers aparece em 19º. Os brasileiros estão na posição 24. Caso o time representando o Brasil passe da primeira fase, ele vai disputar as quartas de final em Londres. As semifinais estão marcadas para Bruxelas, enquanto a grande decisão será no dia 31 de outubro, no estádio de futebol do Stuttgart, em Berlim, na Alemanha. A primeira fase dura duas semanas, e cada grupo terá 12 partidas, além de eventuais desempates, no formato "melhor de um". Isto é, quem vencer a partida pontua. A Pain Gaming garantiu vaga no mundial ao conquistar o circuito brasileiro, cuja decisão aconteceu no começo do mês de agosto, no estádio do Palmeiras. Depois, os brasileiros derrotaram russos e chilenos em uma fase preliminar do torneio. No ano passado, a equipe que representou o país, a Kabum, foi eliminada na primeira fase do mundial. "League of Legends" é um dos games mais populares do mundo, com cerca de 67 milhões de jogadores ativos, segundo a Riot Games, empresa americana criadora do jogo. Nas partidas disputadas no game, classificado como de estratégia em tempo real, cada equipe de cinco integrantes tem como objetivo atravessar um campo de batalhas, entrar na base do time adversário e destruí-la. Cada jogador escolhe um personagem com superpoderes. | 5 |
Frederico Vasconcelos: Redução de sessões do Órgão Especial do TJ-SP surpreende os advogados | Tribunal quer diminuir o consumo de água e energia. Medida não deverá retardar os julgamentos, diz Nalini. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de transformar em quinzenais as sessões semanais de julgamento do Órgão Especial -a título de ... Leia post completo no blog | poder | Frederico Vasconcelos: Redução de sessões do Órgão Especial do TJ-SP surpreende os advogadosTribunal quer diminuir o consumo de água e energia. Medida não deverá retardar os julgamentos, diz Nalini. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de transformar em quinzenais as sessões semanais de julgamento do Órgão Especial -a título de ... Leia post completo no blog | 0 |
Imperfeito, mas histórico | Aqui estamos: o grande momento que esperávamos, Barack Obama e Raúl Castro vão posar para a foto de família, sentar-se à mesa de conferências, trocar um aperto de mãos e possivelmente ter uma discussão de substância. O momento positivo possibilitado pelo anúncio de 17 de dezembro sobre o avanço diplomático, seguido pelo momento negativo da iniciativa de sanções contra a Venezuela, amortece o clima de celebração no encontro no Panamá na Cúpula das Américas. Mas não percamos de vista o quanto avançamos. A América Latina, especialmente Brasil e Colômbia, levaram Washington (presidentes republicanos e democratas) a tomar nota da natureza absurda e autoisoladora de sua política cubana, e Washington finalmente prestou atenção. Cuba trabalhou arduamente para fazer sua agenda ser sinônimo da latino-americana. A história é feita de passos minúsculos e às vezes grandes; logo, por mais imperfeito que seja o momento no Panamá, por mais que o fator Venezuela possa diluir o simbolismo poderoso do momento, não esqueçamos seu significado histórico. Cuba será representada não só por seu presidente e seus ministros do Exterior e do Comércio. Desta vez, empresários participarão da Cúpula de empresários, e líderes da sociedade civil cubana farão parte das atividades da sociedade civil que terão lugar lado a lado com os procedimentos governamentais formais. Não seja cético. Mantenha a mente aberta: Cuba está mudando e se abrindo e, enquanto o faz, está levando em conta suas próprias políticas e prerrogativas domésticas. Como todos os outros países presentes. Uma ilha, sim, mas uma ilha com fronteiras porosas. Uma sociedade e nação moldada pelo mundo que habita e que molda esse mundo. Precisamos resistir ao reflexo de fazer pouco caso da representação cubana no Panamá, enxergando-a como sendo de algum modo previamente traçada e hipercontrolada pelo governo. Quando vemos microempresários e autodescritos (ou adorados pela mídia estrangeira) dissidentes e blogueiros comparecendo em peso a uma Cúpula, é preciso valorizar este instantâneo da nova Cuba. É real. Mas, depois das fotos e do retorno ao "business as usual", vale formular algumas perguntas. Qual é o propósito da Cúpula das Américas? Com a Celac, Unasul, Alba, Caricom, Aliança do Pacífico, o BID e até a OEA e o Conselho de Segurança da ONU oferecendo plataformas para uma agenda multilateral regional, como a América Latina vai focalizar sua voz coletiva? E sobre que questões? É lamentável que os EUA tenham definido os problemas de direitos humanos na Venezuela como ameaça à sua segurança, sendo que esse discurso remete aos maus velhos tempos em que se escolhiam vencedores e perdedores com base em afinidade ideológica. Mas, levando em conta a probabilidade de Washington continuar, até certo ponto, fora de sintonia, mesmo em situação melhor graças à sua iniciativa em relação a Cuba, meu maior desejo é que esta região encontre um modo de voltar a incluir os EUA em suas discussões. Vocês conseguiram com Cuba. Agora vamos para algo maior. | colunas | Imperfeito, mas históricoAqui estamos: o grande momento que esperávamos, Barack Obama e Raúl Castro vão posar para a foto de família, sentar-se à mesa de conferências, trocar um aperto de mãos e possivelmente ter uma discussão de substância. O momento positivo possibilitado pelo anúncio de 17 de dezembro sobre o avanço diplomático, seguido pelo momento negativo da iniciativa de sanções contra a Venezuela, amortece o clima de celebração no encontro no Panamá na Cúpula das Américas. Mas não percamos de vista o quanto avançamos. A América Latina, especialmente Brasil e Colômbia, levaram Washington (presidentes republicanos e democratas) a tomar nota da natureza absurda e autoisoladora de sua política cubana, e Washington finalmente prestou atenção. Cuba trabalhou arduamente para fazer sua agenda ser sinônimo da latino-americana. A história é feita de passos minúsculos e às vezes grandes; logo, por mais imperfeito que seja o momento no Panamá, por mais que o fator Venezuela possa diluir o simbolismo poderoso do momento, não esqueçamos seu significado histórico. Cuba será representada não só por seu presidente e seus ministros do Exterior e do Comércio. Desta vez, empresários participarão da Cúpula de empresários, e líderes da sociedade civil cubana farão parte das atividades da sociedade civil que terão lugar lado a lado com os procedimentos governamentais formais. Não seja cético. Mantenha a mente aberta: Cuba está mudando e se abrindo e, enquanto o faz, está levando em conta suas próprias políticas e prerrogativas domésticas. Como todos os outros países presentes. Uma ilha, sim, mas uma ilha com fronteiras porosas. Uma sociedade e nação moldada pelo mundo que habita e que molda esse mundo. Precisamos resistir ao reflexo de fazer pouco caso da representação cubana no Panamá, enxergando-a como sendo de algum modo previamente traçada e hipercontrolada pelo governo. Quando vemos microempresários e autodescritos (ou adorados pela mídia estrangeira) dissidentes e blogueiros comparecendo em peso a uma Cúpula, é preciso valorizar este instantâneo da nova Cuba. É real. Mas, depois das fotos e do retorno ao "business as usual", vale formular algumas perguntas. Qual é o propósito da Cúpula das Américas? Com a Celac, Unasul, Alba, Caricom, Aliança do Pacífico, o BID e até a OEA e o Conselho de Segurança da ONU oferecendo plataformas para uma agenda multilateral regional, como a América Latina vai focalizar sua voz coletiva? E sobre que questões? É lamentável que os EUA tenham definido os problemas de direitos humanos na Venezuela como ameaça à sua segurança, sendo que esse discurso remete aos maus velhos tempos em que se escolhiam vencedores e perdedores com base em afinidade ideológica. Mas, levando em conta a probabilidade de Washington continuar, até certo ponto, fora de sintonia, mesmo em situação melhor graças à sua iniciativa em relação a Cuba, meu maior desejo é que esta região encontre um modo de voltar a incluir os EUA em suas discussões. Vocês conseguiram com Cuba. Agora vamos para algo maior. | 10 |
Terra de condomínios de luxo, Kissimmee também tem boa mesa | Além do contato com a natureza, com fazendas e espaços rústicos, Kissimmee ficou famosa por ser sede de condomínios de casas chiques, alguns com campo de golfe. Em vários, é possível circular e passar o dia, como no sofisticado Celebration –onde diversas celebridades, a exemplo do empresário e apresentador de TV Silvio Santos, têm casa. O condomínio possui um centrinho retrô, pequenas galerias, lojas e fontes públicas onde as crianças pequenas podem brincar. Há por ali também lugares informais como o Market Street Cafe (market-street- cafe.com), lanchonete com estilo dos anos 1950 que serve hambúrgueres e milk shakes, mas cujo forte são os clássicos ovos benedict, pochés servidos sobre torradas. Outro local bom para jantares mais formais, o Columbia (columbiarestaurant.com) tem pratos clássicos de inspiração hispânica. Para além das refeições e aventuras nos parques locais, se houver disposição (e fundos, já que o dólar está nas alturas) para compras, o melhor shopping de Kissimmee é o Orlando Premium Outlets (premiumoutlets.com). PASSEIOS CONTAM A HISTÓRIA DA OCUPAÇÃO LOCAL Além dos passeios de balão, a melhor parada para conhecer detalhes da geografia e da história de Kissimmee é o singelo museu Osceola Historical Society (osceolahistory.org). Na pequena casa de madeira estão expostos objetos que aludem à história da colonização do centro da península da Flórida. Guias voluntárias explicam a ocupação da região por meio de imagens e mapas de época, animais silvestres taxidermizados e ferramentas usadas nas casas e fazendas de antigamente. Nas fotos, dá bem para entender que a área, além de pantanosa, era –ainda é– dominada pelos "everglades", lagoas rasas a dividir o espaço com riachos e árvores imensas –como ciprestes, que podem viver 3.000 anos e alcançar 30 metros. Muitos desses cursos d'água foram dragados para ceder espaço a laranjais e fazendas de gado, atividades predominantes até a abertura dos parques. Mas o entorno ainda hoje serve de habitat para uma variedade de espécies de jacarés ("gators"), tartarugas, o felino de porte médio "bobcat", javalis e aves como pica-paus. Para conhecer esse lado natural e histórico, a Pioneer Village recria numa antiga fazenda, entre árvores centenárias, uma vila dos anos 1880 –com autênticas casas de colonos devidamente decoradas com mobiliário e objetos de época. Há uma oficina de ferreiro, uma casa burguesa com moenda de cana e outra com um anexo onde laranjas eram embaladas. * Laranjas e gado > eram as principais atividades econômicas da região até a abertura dos primeiros parques temáticos, nos anos 1970 Compartilhado > atrações ligadas a Orlando, como a Downtown Disney, onde se apresenta o Cirque du Soleil, ficam na verdade em Kissimmee | turismo | Terra de condomínios de luxo, Kissimmee também tem boa mesaAlém do contato com a natureza, com fazendas e espaços rústicos, Kissimmee ficou famosa por ser sede de condomínios de casas chiques, alguns com campo de golfe. Em vários, é possível circular e passar o dia, como no sofisticado Celebration –onde diversas celebridades, a exemplo do empresário e apresentador de TV Silvio Santos, têm casa. O condomínio possui um centrinho retrô, pequenas galerias, lojas e fontes públicas onde as crianças pequenas podem brincar. Há por ali também lugares informais como o Market Street Cafe (market-street- cafe.com), lanchonete com estilo dos anos 1950 que serve hambúrgueres e milk shakes, mas cujo forte são os clássicos ovos benedict, pochés servidos sobre torradas. Outro local bom para jantares mais formais, o Columbia (columbiarestaurant.com) tem pratos clássicos de inspiração hispânica. Para além das refeições e aventuras nos parques locais, se houver disposição (e fundos, já que o dólar está nas alturas) para compras, o melhor shopping de Kissimmee é o Orlando Premium Outlets (premiumoutlets.com). PASSEIOS CONTAM A HISTÓRIA DA OCUPAÇÃO LOCAL Além dos passeios de balão, a melhor parada para conhecer detalhes da geografia e da história de Kissimmee é o singelo museu Osceola Historical Society (osceolahistory.org). Na pequena casa de madeira estão expostos objetos que aludem à história da colonização do centro da península da Flórida. Guias voluntárias explicam a ocupação da região por meio de imagens e mapas de época, animais silvestres taxidermizados e ferramentas usadas nas casas e fazendas de antigamente. Nas fotos, dá bem para entender que a área, além de pantanosa, era –ainda é– dominada pelos "everglades", lagoas rasas a dividir o espaço com riachos e árvores imensas –como ciprestes, que podem viver 3.000 anos e alcançar 30 metros. Muitos desses cursos d'água foram dragados para ceder espaço a laranjais e fazendas de gado, atividades predominantes até a abertura dos parques. Mas o entorno ainda hoje serve de habitat para uma variedade de espécies de jacarés ("gators"), tartarugas, o felino de porte médio "bobcat", javalis e aves como pica-paus. Para conhecer esse lado natural e histórico, a Pioneer Village recria numa antiga fazenda, entre árvores centenárias, uma vila dos anos 1880 –com autênticas casas de colonos devidamente decoradas com mobiliário e objetos de época. Há uma oficina de ferreiro, uma casa burguesa com moenda de cana e outra com um anexo onde laranjas eram embaladas. * Laranjas e gado > eram as principais atividades econômicas da região até a abertura dos primeiros parques temáticos, nos anos 1970 Compartilhado > atrações ligadas a Orlando, como a Downtown Disney, onde se apresenta o Cirque du Soleil, ficam na verdade em Kissimmee | 20 |
Palmeiras não vai cobrar Corinthians pelas 202 cadeiras quebradas | O Palmeiras decidiu não cobrar do Corinthians o prejuízo causado pela torcida do time alvinegro no novo estádio do clube após o clássico do último domingo (8). De acordo com a vistoria feita nesta segunda-feira pela WTorre e o Palmeiras, 202 cadeiras do setor de visitante sofreram avarias. Destas, 44 foram destruídas, 129 tiveram os porta-copos quebrados e 29 apresentaram problemas nas molas. Portas e canos do banheiro também foram quebrados, além de pichações nas paredes, inclusive nos corredores de acesso do estádio. O prejuízo estimado foi de cerca de R$ 25 mil, que o Corinthians não vai precisar pagar, em reciprocidade ao gesto do clube de 27 de julho do ano passado. Na ocasião, quando os times se enfrentaram pelo Brasileiro no Itaquerão, a torcida do Palmeiras danificou 258 assentos, mas o time alviverde também não foi cobrado pelo prejuízo. Contudo, como o estádio ficará sob controle da WTorre por mais 30 anos, o Palmeiras terá de ressarcir o prejuízo à construtora. | esporte | Palmeiras não vai cobrar Corinthians pelas 202 cadeiras quebradasO Palmeiras decidiu não cobrar do Corinthians o prejuízo causado pela torcida do time alvinegro no novo estádio do clube após o clássico do último domingo (8). De acordo com a vistoria feita nesta segunda-feira pela WTorre e o Palmeiras, 202 cadeiras do setor de visitante sofreram avarias. Destas, 44 foram destruídas, 129 tiveram os porta-copos quebrados e 29 apresentaram problemas nas molas. Portas e canos do banheiro também foram quebrados, além de pichações nas paredes, inclusive nos corredores de acesso do estádio. O prejuízo estimado foi de cerca de R$ 25 mil, que o Corinthians não vai precisar pagar, em reciprocidade ao gesto do clube de 27 de julho do ano passado. Na ocasião, quando os times se enfrentaram pelo Brasileiro no Itaquerão, a torcida do Palmeiras danificou 258 assentos, mas o time alviverde também não foi cobrado pelo prejuízo. Contudo, como o estádio ficará sob controle da WTorre por mais 30 anos, o Palmeiras terá de ressarcir o prejuízo à construtora. | 4 |
Conselheira da Oi renuncia após saída de presidente-executivo | O grupo de telecomunicações Oi anunciou nesta segunda-feira (13) que a conselheira Robin Anne Bienenstock decidiu renunciar ao posto com mandato até 2018, em decisão divulgada após a também renúncia do presidente-executivo da empresa na sexta-feira (10). Bienenstock, sócia da consultoria Gladwyne Partners, que assessora fundos de investimentos, segundo a Oi, será substituída pelo suplente Marcos Grodetzky, que já foi diretor financeiro do grupo de telecomunicações. A Oi não informou o motivo da renúncia da conselheira. Na sexta-feira, a Oi anunciou que seu presidente-executivo, Bayard Gontijo renunciou ao cargo no que foi citado por fontes ouvidas pela Reuters como devido a uma relação tensa com parte do Conselho de Administração da companhia sobre a negociação da dívida da empresa. A Oi encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão, impactada pelo resultado financeiro negativo de R$ 1,9 bilhão. A dívida líquida estava em março em R$ 40,84 bilhões, alta de 7% ante o fim do ano passado, enquanto o caixa disponível ficou em R$ 8,53 bilhões, queda de 49,3% sobre o trimestre imediatamente anterior. | mercado | Conselheira da Oi renuncia após saída de presidente-executivoO grupo de telecomunicações Oi anunciou nesta segunda-feira (13) que a conselheira Robin Anne Bienenstock decidiu renunciar ao posto com mandato até 2018, em decisão divulgada após a também renúncia do presidente-executivo da empresa na sexta-feira (10). Bienenstock, sócia da consultoria Gladwyne Partners, que assessora fundos de investimentos, segundo a Oi, será substituída pelo suplente Marcos Grodetzky, que já foi diretor financeiro do grupo de telecomunicações. A Oi não informou o motivo da renúncia da conselheira. Na sexta-feira, a Oi anunciou que seu presidente-executivo, Bayard Gontijo renunciou ao cargo no que foi citado por fontes ouvidas pela Reuters como devido a uma relação tensa com parte do Conselho de Administração da companhia sobre a negociação da dívida da empresa. A Oi encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão, impactada pelo resultado financeiro negativo de R$ 1,9 bilhão. A dívida líquida estava em março em R$ 40,84 bilhões, alta de 7% ante o fim do ano passado, enquanto o caixa disponível ficou em R$ 8,53 bilhões, queda de 49,3% sobre o trimestre imediatamente anterior. | 2 |
Congressistas pressionam Dilma a rever aperto fiscal | Congressistas do PMDB e do PT buscam, nos bastidores, uma forma de reduzir a meta de aperto fiscal fixada para este ano pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A medida poderia reduzir em até R$ 20 bilhões os cortes de despesas e aumentos de impostos que o governo Dilma Rousseff precisa fazer. A proposta em articulação prevê que o superavit primário –a poupança destinada ao abatimento da dívida pública– a ser atingido cairia de 1,1% para 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Em valores absolutos, a meta cairia de R$ 66,3 bilhões para algo próximo de R$ 46 bilhões. Para petistas e peemedebistas, o objetivo estabelecido por Levy é impossível de realizar. O ceticismo é compartilhado pela maior parte dos analistas de mercado. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concorda com a tese, embora a articulação não tenha chegado ainda à sua mesa. "O mercado quer é saber se o governo está indo na linha certa, não acertar o número da loteria. Se o governo fizer primário de 0,8% este ano e 1% no ano que vem, é melhor do que fazer 1,2% este ano e 1% em 2016", disse à Folha. Como, por ora, o Ministério da Fazenda não pode ouvir falar em redução do esforço fiscal, integrantes da base política de Dilma querem alterá-la por meio de votação no Congresso Nacional. O plano é fazer a mudança por meio da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016, que definirá os objetivos e prioridades da administração pública para o ano. Técnicos do Senado afirmam que a manobra é possível, mesmo a meta sendo a deste ano. Trata-se de uma ameaça que ainda não havia entrado no radar Ministério da Fazenda, contrário a qualquer mexida nesse sentido. Por ora, a operação corre à revelia do Palácio do Planalto, mas a expectativa do grupo que defende a redução é de que o governo se convença, em algumas semanas, a apoiar a medida por simples falta de opção. Até lá, Dilma precisa concluir a votação do pacote fiscal, projeto para sanear as contas do Executivo, e anunciar o tamanho do corte que fará nas despesas para cumprir a meta de 1,1% do PIB. MAIS SUOR Os patrocinadores da mudança da meta argumentam que, como houve um deficit primário de 0,6% em 2014, o esforço fiscal para chegar a 1,1% em 2015 será maior, equivalente a 1,7%, pois parte de uma base negativa. E, sair do negativo, é ainda mais sofrido para quem precisa juntar dinheiro. "O governo vai cair na real. Tem um 'delay' [atraso]. Isso vai acontecer a partir de junho", disse um importante representante do PMDB, sob condição do anonimato. Estudos feitos por consultores do Congresso mostram que uma economia dessa magnitude teria potencial para agravar o quadro de recessão –o mercado prevê encolhimento de 1,2% do PIB este ano, conforme o relatório Focus, do Banco Central. O Ministério da Fazenda pensa diferente, e só vê condições de retomada do crescimento se as medidas de arrocho atingirem a meta plena. De olho nesse objetivo, Levy levou para a presidente Dilma uma proposta de cortar mais de R$ 70 bilhões em despesas do governo, incluindo programas sociais. O tema, tampouco o patamar, não é consenso na Esplanada. A ala mais política do governo pressiona por um corte próximo a R$ 60 bilhões para evitar uma paralisia do governo federal. O PT deve entrar na disputa pelo primário menor com mais ênfase nos próximos dias. As correntes mais à esquerda do partido começam a produzir posicionamentos contra o tom do ajuste. | poder | Congressistas pressionam Dilma a rever aperto fiscalCongressistas do PMDB e do PT buscam, nos bastidores, uma forma de reduzir a meta de aperto fiscal fixada para este ano pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A medida poderia reduzir em até R$ 20 bilhões os cortes de despesas e aumentos de impostos que o governo Dilma Rousseff precisa fazer. A proposta em articulação prevê que o superavit primário –a poupança destinada ao abatimento da dívida pública– a ser atingido cairia de 1,1% para 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Em valores absolutos, a meta cairia de R$ 66,3 bilhões para algo próximo de R$ 46 bilhões. Para petistas e peemedebistas, o objetivo estabelecido por Levy é impossível de realizar. O ceticismo é compartilhado pela maior parte dos analistas de mercado. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concorda com a tese, embora a articulação não tenha chegado ainda à sua mesa. "O mercado quer é saber se o governo está indo na linha certa, não acertar o número da loteria. Se o governo fizer primário de 0,8% este ano e 1% no ano que vem, é melhor do que fazer 1,2% este ano e 1% em 2016", disse à Folha. Como, por ora, o Ministério da Fazenda não pode ouvir falar em redução do esforço fiscal, integrantes da base política de Dilma querem alterá-la por meio de votação no Congresso Nacional. O plano é fazer a mudança por meio da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016, que definirá os objetivos e prioridades da administração pública para o ano. Técnicos do Senado afirmam que a manobra é possível, mesmo a meta sendo a deste ano. Trata-se de uma ameaça que ainda não havia entrado no radar Ministério da Fazenda, contrário a qualquer mexida nesse sentido. Por ora, a operação corre à revelia do Palácio do Planalto, mas a expectativa do grupo que defende a redução é de que o governo se convença, em algumas semanas, a apoiar a medida por simples falta de opção. Até lá, Dilma precisa concluir a votação do pacote fiscal, projeto para sanear as contas do Executivo, e anunciar o tamanho do corte que fará nas despesas para cumprir a meta de 1,1% do PIB. MAIS SUOR Os patrocinadores da mudança da meta argumentam que, como houve um deficit primário de 0,6% em 2014, o esforço fiscal para chegar a 1,1% em 2015 será maior, equivalente a 1,7%, pois parte de uma base negativa. E, sair do negativo, é ainda mais sofrido para quem precisa juntar dinheiro. "O governo vai cair na real. Tem um 'delay' [atraso]. Isso vai acontecer a partir de junho", disse um importante representante do PMDB, sob condição do anonimato. Estudos feitos por consultores do Congresso mostram que uma economia dessa magnitude teria potencial para agravar o quadro de recessão –o mercado prevê encolhimento de 1,2% do PIB este ano, conforme o relatório Focus, do Banco Central. O Ministério da Fazenda pensa diferente, e só vê condições de retomada do crescimento se as medidas de arrocho atingirem a meta plena. De olho nesse objetivo, Levy levou para a presidente Dilma uma proposta de cortar mais de R$ 70 bilhões em despesas do governo, incluindo programas sociais. O tema, tampouco o patamar, não é consenso na Esplanada. A ala mais política do governo pressiona por um corte próximo a R$ 60 bilhões para evitar uma paralisia do governo federal. O PT deve entrar na disputa pelo primário menor com mais ênfase nos próximos dias. As correntes mais à esquerda do partido começam a produzir posicionamentos contra o tom do ajuste. | 0 |
Neto respira sem aparelhos, e outros sobreviventes podem voltar ao Brasil | O zagueiro Neto voltou a respirar sem a ajuda de aparelhos depois de nove dias dependendo de ventilação mecânica. Segundo a equipe médica que está em Medellín, o jogador da Chapecoense, um dos seis sobreviventes do acidente com o avião do time catarinense, evoluiu bem nas últimas horas. "Conseguimos tirar ele da ventilação mecânica. Ele ainda é o paciente de UTI, que precisa de acompanhamento de hora em hora. As próximas 48 horas serão importantes para o Neto. Ele está a nove dias dependendo do ventilador. O pulmão dele precisa aprender a respirar sozinho. O pulmão desarmou. Ele evoluiu bem", disse o médico Edson Stakonski. O goleiro Follmann, por sua vez, terá de passar por uma operação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O jogador da Chapecoense tem uma fratura na segunda vértebra cervical. O procedimento ocorrerá nos próximos dias. O dia para o transporte do paciente ainda não foi definido. De acordo com o médico Marco André Sonagli, Follmann será operado por Jorge Pagura, da CBF. "Não há uma urgência para a cirurgia. A ressonância vai dar a segurança de transporte", afirmou. Em melhores condições, Alan Ruschel e Rafael Henzel devem ser transferidos para o Brasil até a próxima terça-feira (13). Ambos vão para Chapecó. O jogador, que está no quarto há quase 48 horas, tem uma infecção urinária –ela foi tratada e não preocupa os médicos. A equipe médica depende da logística para autorizar a viagem dos pacientes ao Brasil –Neto ficará em Medellín. "Estamos organizando. Temos de ter segurança na aeronave, qual o tempo exato de voo. Precisamos entender tudo isso. Para pensar na condição clínica de quem vai, temos de entender essa logística", explicou Stakonski. Acidente em voo da Chapecoense | esporte | Neto respira sem aparelhos, e outros sobreviventes podem voltar ao BrasilO zagueiro Neto voltou a respirar sem a ajuda de aparelhos depois de nove dias dependendo de ventilação mecânica. Segundo a equipe médica que está em Medellín, o jogador da Chapecoense, um dos seis sobreviventes do acidente com o avião do time catarinense, evoluiu bem nas últimas horas. "Conseguimos tirar ele da ventilação mecânica. Ele ainda é o paciente de UTI, que precisa de acompanhamento de hora em hora. As próximas 48 horas serão importantes para o Neto. Ele está a nove dias dependendo do ventilador. O pulmão dele precisa aprender a respirar sozinho. O pulmão desarmou. Ele evoluiu bem", disse o médico Edson Stakonski. O goleiro Follmann, por sua vez, terá de passar por uma operação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O jogador da Chapecoense tem uma fratura na segunda vértebra cervical. O procedimento ocorrerá nos próximos dias. O dia para o transporte do paciente ainda não foi definido. De acordo com o médico Marco André Sonagli, Follmann será operado por Jorge Pagura, da CBF. "Não há uma urgência para a cirurgia. A ressonância vai dar a segurança de transporte", afirmou. Em melhores condições, Alan Ruschel e Rafael Henzel devem ser transferidos para o Brasil até a próxima terça-feira (13). Ambos vão para Chapecó. O jogador, que está no quarto há quase 48 horas, tem uma infecção urinária –ela foi tratada e não preocupa os médicos. A equipe médica depende da logística para autorizar a viagem dos pacientes ao Brasil –Neto ficará em Medellín. "Estamos organizando. Temos de ter segurança na aeronave, qual o tempo exato de voo. Precisamos entender tudo isso. Para pensar na condição clínica de quem vai, temos de entender essa logística", explicou Stakonski. Acidente em voo da Chapecoense | 4 |
Historiador Arno Wehling é eleito para a Academia Brasileira de Letras | O historiador Arno Wehling foi eleito, na tarde desta quinta-feira (9), para suceder Ferreira Gullar na ABL (Academia Brasileira de Letras). Ele derrotou o poeta Antonio Cicero, por 18 votos a 15. Wehling vai ocupar a cadeira 37, que tem como patrono o escritor Tomás Antônio Gonzaga. A vaga estava aberta desde dezembro do ano passado, com a morte de Gullar. Autor de livros como "Os Níveis da Objetividade Histórica" (1974), o novo imortal é o atual presidente do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro), instituição de pesquisa fundada de 1838 por Dom Pedro 2º. O resultado é a conclusão de eleições confusas como não se costuma ver na ABL, onde a regra costuma ser a previsibilidade. As áreas de atuação de Wehling são a epistemologia da história, a história das ideias políticas e jurídicas, bem como a do direito. O novo membro da Casa de Machado é também professor emérito da Unirio. No exterior, ele é membro da Academia de Ciências de Lisboa. Em novembro do ano passado, a votação para a vaga de Ivo Pitanguy terminou sem que nenhum dos favoritos —o cientista político Francisco Weffort e o poeta Antonio Cicero— conseguisse a maioria simples para ser eleitos. O resultado fez os imortais abrirem uma nova votação, e Cicero resolveu concorrer à vaga de Gullar, que era um defensor de sua candidatura. Para a cadeira do cirurgião plástico, foi eleito nesta quarta (8) o escritor e diplomata João Almino. | ilustrada | Historiador Arno Wehling é eleito para a Academia Brasileira de LetrasO historiador Arno Wehling foi eleito, na tarde desta quinta-feira (9), para suceder Ferreira Gullar na ABL (Academia Brasileira de Letras). Ele derrotou o poeta Antonio Cicero, por 18 votos a 15. Wehling vai ocupar a cadeira 37, que tem como patrono o escritor Tomás Antônio Gonzaga. A vaga estava aberta desde dezembro do ano passado, com a morte de Gullar. Autor de livros como "Os Níveis da Objetividade Histórica" (1974), o novo imortal é o atual presidente do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro), instituição de pesquisa fundada de 1838 por Dom Pedro 2º. O resultado é a conclusão de eleições confusas como não se costuma ver na ABL, onde a regra costuma ser a previsibilidade. As áreas de atuação de Wehling são a epistemologia da história, a história das ideias políticas e jurídicas, bem como a do direito. O novo membro da Casa de Machado é também professor emérito da Unirio. No exterior, ele é membro da Academia de Ciências de Lisboa. Em novembro do ano passado, a votação para a vaga de Ivo Pitanguy terminou sem que nenhum dos favoritos —o cientista político Francisco Weffort e o poeta Antonio Cicero— conseguisse a maioria simples para ser eleitos. O resultado fez os imortais abrirem uma nova votação, e Cicero resolveu concorrer à vaga de Gullar, que era um defensor de sua candidatura. Para a cadeira do cirurgião plástico, foi eleito nesta quarta (8) o escritor e diplomata João Almino. | 1 |
Donald Trump está dizendo que a Constituição dos EUA não o deterá | Qual é o valor específico de uma notícia? No fluxo rápido do noticiário, o caso de Joe Arpaio, o caçador de imigrantes, teve vida curta. Mesmo quando ganhou alguma luz dos holofotes, permaneceu à sombra de eventos mais "quentes", como o míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão ou, no Brasil, a perene circulação de cargos de indicação política de nosso "presidencialismo de cooptação". Afinal, tem relevância especial o perdão de Trump um xerife aposentado, de 85 anos, do condado de Maricopa, Arizona? Steve Bannon, o arauto da alt-right, a "direita alternativa", expelido do cargo de estrategista-chefe da Casa Branca, reagiu à demissão por meio da sua plataforma online, o Breitbart News, que acusou o "pântano" de ter tragado o presidente. O decreto de perdão a Arpaio, assinado dias depois, é a réplica de Trump: um gesto prático no prometido empreendimento de "drenar o pântano". Na linguagem de Bannon, adotada por Trump, "pântano" é a "elite globalista" que, instrumentalizando os dois grandes partidos, domina a política americana. Tradução necessária: o "pântano" da direita ultranacionalista é o sistema de equilíbrio de Poderes, de pesos e contrapesos, que sustenta os princípios constitucionais dos EUA. O idoso de Maricopa, mais que um símbolo, funciona como veículo para a difusão de uma mensagem. Presidentes americanos detêm a prerrogativa ilimitada de conceder perdão judicial. Regra geral, o gesto beneficia indivíduos que cometerem crimes graves e deflagra amargas controvérsias. Bill Clinton perdoou Marc Rich, um escroque do mercado financeiro casado com uma proeminente financiadora de campanhas do Partido Democrata. George H. Bush perdoou Caspar Weinberger, secretário da Defesa de Reagan, condenado por obstrução de Justiça no episódio Irã-Contras. Gerald Ford perdoou Nixon, seu predecessor, por quaisquer atos ilegais que tivesse cometido na Casa Branca. Arpaio, contudo, é um caso singular: perdoando-o, Trump está dizendo que a Constituição não o deterá. Tradicionalmente, o perdão envolve um duplo reconhecimento de culpa. De um lado, o presidente só concede clemência depois que a sentença produziu parte de seu efeito (mesmo Nixon já sofrera a perda do mandato). De outro, o indultado exprime publicamente seu remorso, curvando-se à decisão judicial (ou, no caso de Nixon, do Congresso). Trump rompeu a tradição, firmando o indulto antes da publicação da sentença e perdoando um condenado que proclama a santidade de seus crimes. Mais: Trump expandiu seu gesto, convertendo-o em panegírico do "patriotismo" de Arpaio. A singularidade não se circunscreve a isso. Nos seus 24 anos como xerife, Arpaio notabilizou-se por uma coleção de ilegalidades, especialmente suas patrulhas de saturação destinadas a aterrorizar imigrantes e trabalhadores temporários hispânicos. Instado por juízes a suspender as ações policiais baseadas em seleção racial, o xerife deu as costas aos tribunais, persistindo nas suas práticas ilegais. O "patriota" de Trump não é um criminoso qualquer, mas uma figura que desafiou, deliberada e sistematicamente, o princípio fundamental da igualdade dos cidadãos perante a lei. Segundo uma tese que circula em Washington, o perdão deve ser interpretado como um sinal aos alvos da investigação federal sobre os laços entre a campanha presidencial de Trump e a Rússia. "Mintam, que lhes cubro a retaguarda", estaria dizendo o presidente. Mas há um sinal ainda mais grave, enviado por Trump a todos os xerifes e policiais nativistas americanos: "persigam à vontade os não-brancos, ignorando tanto as leis quanto os tribunais, que lhes cubro a retaguarda". Pela primeira vez, um presidente dos EUA usa o perdão para contestar as proteções constitucionais de direitos básicos. Não se preocupe, Bannon: Trump está mesmo disposto a "drenar o pântano". | colunas | Donald Trump está dizendo que a Constituição dos EUA não o deteráQual é o valor específico de uma notícia? No fluxo rápido do noticiário, o caso de Joe Arpaio, o caçador de imigrantes, teve vida curta. Mesmo quando ganhou alguma luz dos holofotes, permaneceu à sombra de eventos mais "quentes", como o míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão ou, no Brasil, a perene circulação de cargos de indicação política de nosso "presidencialismo de cooptação". Afinal, tem relevância especial o perdão de Trump um xerife aposentado, de 85 anos, do condado de Maricopa, Arizona? Steve Bannon, o arauto da alt-right, a "direita alternativa", expelido do cargo de estrategista-chefe da Casa Branca, reagiu à demissão por meio da sua plataforma online, o Breitbart News, que acusou o "pântano" de ter tragado o presidente. O decreto de perdão a Arpaio, assinado dias depois, é a réplica de Trump: um gesto prático no prometido empreendimento de "drenar o pântano". Na linguagem de Bannon, adotada por Trump, "pântano" é a "elite globalista" que, instrumentalizando os dois grandes partidos, domina a política americana. Tradução necessária: o "pântano" da direita ultranacionalista é o sistema de equilíbrio de Poderes, de pesos e contrapesos, que sustenta os princípios constitucionais dos EUA. O idoso de Maricopa, mais que um símbolo, funciona como veículo para a difusão de uma mensagem. Presidentes americanos detêm a prerrogativa ilimitada de conceder perdão judicial. Regra geral, o gesto beneficia indivíduos que cometerem crimes graves e deflagra amargas controvérsias. Bill Clinton perdoou Marc Rich, um escroque do mercado financeiro casado com uma proeminente financiadora de campanhas do Partido Democrata. George H. Bush perdoou Caspar Weinberger, secretário da Defesa de Reagan, condenado por obstrução de Justiça no episódio Irã-Contras. Gerald Ford perdoou Nixon, seu predecessor, por quaisquer atos ilegais que tivesse cometido na Casa Branca. Arpaio, contudo, é um caso singular: perdoando-o, Trump está dizendo que a Constituição não o deterá. Tradicionalmente, o perdão envolve um duplo reconhecimento de culpa. De um lado, o presidente só concede clemência depois que a sentença produziu parte de seu efeito (mesmo Nixon já sofrera a perda do mandato). De outro, o indultado exprime publicamente seu remorso, curvando-se à decisão judicial (ou, no caso de Nixon, do Congresso). Trump rompeu a tradição, firmando o indulto antes da publicação da sentença e perdoando um condenado que proclama a santidade de seus crimes. Mais: Trump expandiu seu gesto, convertendo-o em panegírico do "patriotismo" de Arpaio. A singularidade não se circunscreve a isso. Nos seus 24 anos como xerife, Arpaio notabilizou-se por uma coleção de ilegalidades, especialmente suas patrulhas de saturação destinadas a aterrorizar imigrantes e trabalhadores temporários hispânicos. Instado por juízes a suspender as ações policiais baseadas em seleção racial, o xerife deu as costas aos tribunais, persistindo nas suas práticas ilegais. O "patriota" de Trump não é um criminoso qualquer, mas uma figura que desafiou, deliberada e sistematicamente, o princípio fundamental da igualdade dos cidadãos perante a lei. Segundo uma tese que circula em Washington, o perdão deve ser interpretado como um sinal aos alvos da investigação federal sobre os laços entre a campanha presidencial de Trump e a Rússia. "Mintam, que lhes cubro a retaguarda", estaria dizendo o presidente. Mas há um sinal ainda mais grave, enviado por Trump a todos os xerifes e policiais nativistas americanos: "persigam à vontade os não-brancos, ignorando tanto as leis quanto os tribunais, que lhes cubro a retaguarda". Pela primeira vez, um presidente dos EUA usa o perdão para contestar as proteções constitucionais de direitos básicos. Não se preocupe, Bannon: Trump está mesmo disposto a "drenar o pântano". | 10 |
Principal promessa de Alckmin para evitar rodízio em SP trava após estreia | Pouco mais de três semanas após ter sido inaugurada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), a interligação de água entre os reservatórios Rio Grande e o Alto Tietê ainda patina para funcionar. A Sabesp não soube informar a quantidade exata de água transferida entre os dois reservatórios, no que é a principal aposta contra a crise hídrica em São Paulo. A empresa estima apenas que, em média, foram transferidos mil litros por segundo (25% do volume prometido pelo governo). A demora se dá pois, na semana passada, quando as bombas foram ligadas, a água chegou a um córrego no município de Ribeirão Pires com muita força, arrastando uma grande quantidade de terra. Com o assoreamento, revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o riacho alagou casas e empresas na semana passada. Desde então, o governo tenta alargar o curso do rio. A Prefeitura de Ribeirão Pires chegou a embargar o bombeamento por um dia. Em março, o secretário Benedito Braga (Recursos Hídricos) havia dito à Folha que o córrego seria capaz de aguentar essa água. A previsão é que nos próximos dias a operação normal seja retomada. - Clique na imagem abaixo e confira o nível dos reservatórios que abastecem a Grande SP: | cotidiano | Principal promessa de Alckmin para evitar rodízio em SP trava após estreiaPouco mais de três semanas após ter sido inaugurada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), a interligação de água entre os reservatórios Rio Grande e o Alto Tietê ainda patina para funcionar. A Sabesp não soube informar a quantidade exata de água transferida entre os dois reservatórios, no que é a principal aposta contra a crise hídrica em São Paulo. A empresa estima apenas que, em média, foram transferidos mil litros por segundo (25% do volume prometido pelo governo). A demora se dá pois, na semana passada, quando as bombas foram ligadas, a água chegou a um córrego no município de Ribeirão Pires com muita força, arrastando uma grande quantidade de terra. Com o assoreamento, revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o riacho alagou casas e empresas na semana passada. Desde então, o governo tenta alargar o curso do rio. A Prefeitura de Ribeirão Pires chegou a embargar o bombeamento por um dia. Em março, o secretário Benedito Braga (Recursos Hídricos) havia dito à Folha que o córrego seria capaz de aguentar essa água. A previsão é que nos próximos dias a operação normal seja retomada. - Clique na imagem abaixo e confira o nível dos reservatórios que abastecem a Grande SP: | 6 |
Revisão do PIB pelo IBGE deve afastar recessão em 2014 | A revisão do PIB (Produto Interno Bruto), a ser divulgada nesta quarta (11), está sendo comemorada dentro do governo porque deve garantir pelo menos um crescimento pequeno da economia no ano passado, em 2014. Com isso, a presidente Dilma escaparia de registrar um ano de recessão em seu mandato. Neste ano, a expectativa é de retração da economia –de 0,66%, segundo previsões de analistas incluídas no Boletim Focus, do Banco Central. Informações preliminares repassadas ao governo indicam que o PIB de 2011, por exemplo, deve passar de um crescimento de 2,7% para algo na casa de 3,9%. O de 2012 também deverá será alterado e deve subir também –a taxa havia sido de 1%. Se confirmados, os dados ampliam o chamado carregamento estatístico. Ou seja, o PIB já parte de uma base mais elevada de volume de produtos e serviços produzidos. Analistas projetam que o PIB de 2014 tenha oscilado entre estabilidade e um recuo de até 0,5%. O resultado será conhecido no final deste mês. Os dados recalculados do PIB serão divulgados nesta quarta-feira (11) de 2000 a 2009, além do PIB definitivo de 2010 e 2011 (haviam sido apresentados dados preliminares com base no PIB trimestral). Os números finais de 2012 a 2014 serão divulgados no dia 27 deste mês, junto com o PIB do quarto trimestre e o resultado preliminar de 2014. Desde 2010, o IBGE trabalha para introduzir novas recomendações metodológicas da ONU, lançadas em 2008, para a cálculo do PIB. O organismo internacional deu prazo até 2016 para a maior parte dos países. As mudanças, diz o IBGE e analistas, têm efeito "positivo" no PIB. O motivo básico para um incremento do PIB é que muitas despesas passaram a ser consideradas como investimento, além do fato de melhora da base de dados (que traz informações mais precisas sobre alguns setores). Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, prospecção e avaliação de recursos minerais (mesmo que não sejam encontradas, por exemplo, jazidas de minério ou petróleo) e aquisição de softwares são contabilizados no PIB. Antes, eram encarados como despesas intermediárias e descontadas do cálculo do PIB –que mede a produção de bens e serviços, excluído todo o gasto com compra de insumos, pagamentos de funcionários e outros. Pela nova metodologia, os gastos governamentais com a compra de equipamentos militares também passam a ser considerados como investimento. Nos EUA (país com pesados despesas com armamento bélicos e em pesquisa e desenvolvimento), o valor do PIB aumentou 2,4% com a introdução das recomendações da ONU, tarefa concluída em 2014. Foi o primeiro país a incorporar as alterações. No Brasil, a importância do agora investimento militar é pequeno, segundo o IBGE. Outra mudança importante é a forma de contabilizar a produção gerada pelas sedes de empresas industriais que realizam atividades de auxiliares e administrativas –caso tenham relevância para as companhias. Antes, eram contabilizadas como despesas, dentro da produção gerada pela unidade fabril da companhia. Agora, vai ser atribuído um valor para essa produção, que migrará do setor industrial para o de serviços. Um exemplo: todas os serviços corporativos da Vale, realizados na sede no Rio, serão computados como serviços prestados às unidades produtivas da mineradora em Minas Gerais e Pará. O IBGE também aperfeiçoou mecanismos de apuração de dados da saúde pública (considerando o tipo de atendimento e internação, e não mais apenas o total de procedimentos). Incluiu ainda na construção civil a evolução do custo da mão de obra, e não apenas dos insumos usados nas obras. O setor também terá uma nova abertura, com dados de edificações (residenciais e não residenciais) e obras de infraestrutura. O IBGE também passou a contar com mais fontes de dados, como o Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica e novas pesquisas da indústria (reformulada) e serviços, e reclassificou alguns subsetores. | mercado | Revisão do PIB pelo IBGE deve afastar recessão em 2014A revisão do PIB (Produto Interno Bruto), a ser divulgada nesta quarta (11), está sendo comemorada dentro do governo porque deve garantir pelo menos um crescimento pequeno da economia no ano passado, em 2014. Com isso, a presidente Dilma escaparia de registrar um ano de recessão em seu mandato. Neste ano, a expectativa é de retração da economia –de 0,66%, segundo previsões de analistas incluídas no Boletim Focus, do Banco Central. Informações preliminares repassadas ao governo indicam que o PIB de 2011, por exemplo, deve passar de um crescimento de 2,7% para algo na casa de 3,9%. O de 2012 também deverá será alterado e deve subir também –a taxa havia sido de 1%. Se confirmados, os dados ampliam o chamado carregamento estatístico. Ou seja, o PIB já parte de uma base mais elevada de volume de produtos e serviços produzidos. Analistas projetam que o PIB de 2014 tenha oscilado entre estabilidade e um recuo de até 0,5%. O resultado será conhecido no final deste mês. Os dados recalculados do PIB serão divulgados nesta quarta-feira (11) de 2000 a 2009, além do PIB definitivo de 2010 e 2011 (haviam sido apresentados dados preliminares com base no PIB trimestral). Os números finais de 2012 a 2014 serão divulgados no dia 27 deste mês, junto com o PIB do quarto trimestre e o resultado preliminar de 2014. Desde 2010, o IBGE trabalha para introduzir novas recomendações metodológicas da ONU, lançadas em 2008, para a cálculo do PIB. O organismo internacional deu prazo até 2016 para a maior parte dos países. As mudanças, diz o IBGE e analistas, têm efeito "positivo" no PIB. O motivo básico para um incremento do PIB é que muitas despesas passaram a ser consideradas como investimento, além do fato de melhora da base de dados (que traz informações mais precisas sobre alguns setores). Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, prospecção e avaliação de recursos minerais (mesmo que não sejam encontradas, por exemplo, jazidas de minério ou petróleo) e aquisição de softwares são contabilizados no PIB. Antes, eram encarados como despesas intermediárias e descontadas do cálculo do PIB –que mede a produção de bens e serviços, excluído todo o gasto com compra de insumos, pagamentos de funcionários e outros. Pela nova metodologia, os gastos governamentais com a compra de equipamentos militares também passam a ser considerados como investimento. Nos EUA (país com pesados despesas com armamento bélicos e em pesquisa e desenvolvimento), o valor do PIB aumentou 2,4% com a introdução das recomendações da ONU, tarefa concluída em 2014. Foi o primeiro país a incorporar as alterações. No Brasil, a importância do agora investimento militar é pequeno, segundo o IBGE. Outra mudança importante é a forma de contabilizar a produção gerada pelas sedes de empresas industriais que realizam atividades de auxiliares e administrativas –caso tenham relevância para as companhias. Antes, eram contabilizadas como despesas, dentro da produção gerada pela unidade fabril da companhia. Agora, vai ser atribuído um valor para essa produção, que migrará do setor industrial para o de serviços. Um exemplo: todas os serviços corporativos da Vale, realizados na sede no Rio, serão computados como serviços prestados às unidades produtivas da mineradora em Minas Gerais e Pará. O IBGE também aperfeiçoou mecanismos de apuração de dados da saúde pública (considerando o tipo de atendimento e internação, e não mais apenas o total de procedimentos). Incluiu ainda na construção civil a evolução do custo da mão de obra, e não apenas dos insumos usados nas obras. O setor também terá uma nova abertura, com dados de edificações (residenciais e não residenciais) e obras de infraestrutura. O IBGE também passou a contar com mais fontes de dados, como o Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica e novas pesquisas da indústria (reformulada) e serviços, e reclassificou alguns subsetores. | 2 |
Carrapatos e a União Europeia | Divido minha paixão por pets com a fascinação por política internacional, que acompanho há décadas. E, recentemente, ao ler um texto no site da tradicional BBC, consegui misturar os dois assuntos. A manchete capturou minha atenção por tratar de uma ameaça a animais de estimação: "Proprietários de cães recebem alerta sobre nova doença de carrapato". Com a mesma atenção com que busco o parasita escondido entre os pelos de meus pets, mergulhei na notícia. Em março, o Reino Unido relatou pela primeira vez uma onda de babesiose, doença provocada por um protozoário conhecido em terras brasileiras. O carrapato, portanto, pode ser o vetor que, ao picar o hospedeiro, transmite o causador da enfermidade –potencialmente letal, caso não tratada a tempo. Os britânicos registraram casos da doença na cidade de Harlow. Dois cães morreram e outros foram salvos com transfusões de sangue e medicação. Registrou a BBC: "Especialistas dizem que será impossível parar a expansão da doença". Veterinário entrevistado enfatizou a importância de uma nova ofensiva contra o carrapato, vetor de diversas doenças, inclusive para humanos. Na batalha, o Reino Unido conta com ajuda do "Big Tick Project" ("Projeto Grande Carrapato"). Trata-se de ampla pesquisa sobre o parasita, desenvolvida pela Universidade de Bristol e descrita como o maior estudo sobre o tema já feito ali. Em mais um texto da BBC, surge a suspeita de que a doença foi importada. E, como origem, é apontada a adoção de normas mais flexíveis, em 2011, para a entrada de cães, a fim de alinhar o país com as normas da União Europeia. O ataque do carrapato significa mais munição para a disputa do dia 23 de junho, quando os britânicos irão às urnas decidir se abandonam a União Europeia. O problema veterinário cai como uma luva para os setores desejosos em ver Londres se afastar do bloco, argumentando que participar da aliança trouxe mais problemas do que soluções. | colunas | Carrapatos e a União EuropeiaDivido minha paixão por pets com a fascinação por política internacional, que acompanho há décadas. E, recentemente, ao ler um texto no site da tradicional BBC, consegui misturar os dois assuntos. A manchete capturou minha atenção por tratar de uma ameaça a animais de estimação: "Proprietários de cães recebem alerta sobre nova doença de carrapato". Com a mesma atenção com que busco o parasita escondido entre os pelos de meus pets, mergulhei na notícia. Em março, o Reino Unido relatou pela primeira vez uma onda de babesiose, doença provocada por um protozoário conhecido em terras brasileiras. O carrapato, portanto, pode ser o vetor que, ao picar o hospedeiro, transmite o causador da enfermidade –potencialmente letal, caso não tratada a tempo. Os britânicos registraram casos da doença na cidade de Harlow. Dois cães morreram e outros foram salvos com transfusões de sangue e medicação. Registrou a BBC: "Especialistas dizem que será impossível parar a expansão da doença". Veterinário entrevistado enfatizou a importância de uma nova ofensiva contra o carrapato, vetor de diversas doenças, inclusive para humanos. Na batalha, o Reino Unido conta com ajuda do "Big Tick Project" ("Projeto Grande Carrapato"). Trata-se de ampla pesquisa sobre o parasita, desenvolvida pela Universidade de Bristol e descrita como o maior estudo sobre o tema já feito ali. Em mais um texto da BBC, surge a suspeita de que a doença foi importada. E, como origem, é apontada a adoção de normas mais flexíveis, em 2011, para a entrada de cães, a fim de alinhar o país com as normas da União Europeia. O ataque do carrapato significa mais munição para a disputa do dia 23 de junho, quando os britânicos irão às urnas decidir se abandonam a União Europeia. O problema veterinário cai como uma luva para os setores desejosos em ver Londres se afastar do bloco, argumentando que participar da aliança trouxe mais problemas do que soluções. | 10 |
Totti salva Roma de derrota em clássico e comemora com selfie | O meia Francesco Totti foi o grande destaque do empate no clássico entre Roma e Lazio, por 2 a 2, neste domingo (11), pela 18ª rodada do Campeonato Italiano, em Roma. Mauri, aos 25min, e o brasileiro Felipe Anderson, aos 29min, colocaram a Lazio na frente do placar no primeiro tempo. A reação do rival veio na segunda etapa. E Totti foi o herói da Roma. O meia anotou um gol aos 3min e outro aos 19min para deixar tudo igual no clássico. No segundo tento, o jogador, ídolo do clube, comemorou ao fazer um selfie com um celular bem à frente da torcida romanista. "Selfie já é moda. Eu não costumo fazer isso, porque a minha vida é privada e quero que continue assim, mas esta era uma ocasião especial, uma coisa que se recordará por muito tempo. Era importante não perder, ainda mais depois de como o jogo começou", disse Totti. Com o resultado, a Roma chegou aos 40 pontos e está na segunda colocação. Já a Lazio é terceira, com 31, e pode ser ultrapassado pelo Napoli, que encara a Juventus ainda neste domingo. VEJA OS JOGOS DA 18ª RODADA DO ITALIANO SÁBADO Sassuolo 1x1 Udinese Torino 1x1 Milan DOMINGO Inter 3x1 Genoa Atalanta 1x1 Chievo Cagliari 2x1 Cesena Fiorentina 4x3 Palermo Verona 3x1 Parma Roma 2x2 Lazio Sampdoria 1x0 Empoli Napoli 1x3 Juventus | esporte | Totti salva Roma de derrota em clássico e comemora com selfieO meia Francesco Totti foi o grande destaque do empate no clássico entre Roma e Lazio, por 2 a 2, neste domingo (11), pela 18ª rodada do Campeonato Italiano, em Roma. Mauri, aos 25min, e o brasileiro Felipe Anderson, aos 29min, colocaram a Lazio na frente do placar no primeiro tempo. A reação do rival veio na segunda etapa. E Totti foi o herói da Roma. O meia anotou um gol aos 3min e outro aos 19min para deixar tudo igual no clássico. No segundo tento, o jogador, ídolo do clube, comemorou ao fazer um selfie com um celular bem à frente da torcida romanista. "Selfie já é moda. Eu não costumo fazer isso, porque a minha vida é privada e quero que continue assim, mas esta era uma ocasião especial, uma coisa que se recordará por muito tempo. Era importante não perder, ainda mais depois de como o jogo começou", disse Totti. Com o resultado, a Roma chegou aos 40 pontos e está na segunda colocação. Já a Lazio é terceira, com 31, e pode ser ultrapassado pelo Napoli, que encara a Juventus ainda neste domingo. VEJA OS JOGOS DA 18ª RODADA DO ITALIANO SÁBADO Sassuolo 1x1 Udinese Torino 1x1 Milan DOMINGO Inter 3x1 Genoa Atalanta 1x1 Chievo Cagliari 2x1 Cesena Fiorentina 4x3 Palermo Verona 3x1 Parma Roma 2x2 Lazio Sampdoria 1x0 Empoli Napoli 1x3 Juventus | 4 |
Manifestações anti-Temer reúnem centenas na av. Paulista e em Brasília | Centenas de manifestantes se reuniram na noite desta quarta (17) em frente ao Masp, na av. Paulista (centro de São Paulo), para protestar contra o governo de Michel Temer (PMDB). Os manifestantes chegaram a ocupar toda a pista sentido Consolação, provocando paralisação do trânsito no local Antes mesmo da divulgação do conteúdo de gravações que implicam Temer no início desta noite, já havia um debate promovido pela Frente Povo Sem Medo, que discutia as reformas trabalhista e previdenciária patrocinadas pelo governo. Outros movimentos aderiram ao ato, como a Frente Brasil Popular e manifestantes da UNE, da CUT e movimentos pelos direitos LGBT. Após a publicação do conteúdo das gravações, mais manifestantes foram convocados por meio das redes sociais, engrossando o público no local. Houve uma negociação com a polícia para que uma parte da avenida fosse interditada para dar espaço para a manifestação, mas o pedido foi inicialmente negado, o que não impediu os manifestantes de levarem a intenção a cabo. Depois do aumento do número de manifestantes, e sem conflito, chegou-se a um consenso e a polícia passou a realizar o bloqueio Paulista Entre os gritos de ordem estão os pedidos de "diretas já", "fora, Temer" e cânticos pedindo o fim do governo do peemedebista. Em Brasília, cerca de 300 manifestantes se reuniam às 22h40 na praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. A polícia militar impediu com spray de pimenta que os manifestantes tomassem a via. Eles gritam palavras de ordem como "diretas já" e "golpistas, fascistas", não passarão. Apesar de contar com a presença de militantes das duas frentes, segundo os coordenadores a concentração é espontânea. Deputados da bancada do PT na Câmara se juntaram à manifestação. Eles saíram da Casa de braços dados e forma recebidos com gritos de "fora Temer" dos manifestantes. Entre os que vieram para a praça estão Reginaldo Lopes (MG), Erika Kakay (DF), Paulo Pimenta (SP) e Leonardo Monteiro (MG). "Por muito menos, a Dilma foi deposta", afirmou Raimundo Bonfim, que faz parte da coordenação da Central de Movimentos Populares. Em sua conta no Twitter, o coordenador da Povo Sem Medo e do MTST Guilherme Boulos pediu eleições diretas. "A casa caiu pro Temer. Pede pra sair já!", afirmou. O foco das manifestações contra as reformas da Previdência e trabalhista agendadas para o dia 24 de maio também devem ganhar um novo foco. "Agora o 'Fora, Temer' ganha força, não tem como ele ficar. O governo morreu hoje", afirma Bonfim. Em São Paulo, entre os manifestantes estava o ator Otávio Muller, que falou com a Folha. "Vim aqui porque estou indignado e sou contra o governo Temer. Não sou filiado a partido nenhum. Sou um cidadão de bem, comum e que tenho o direito de me manifestar", diz. "O problema é que acordo cedo amanhã para a gravação, porque cinema se grava cedo.", lamenta. Por volta das 23h40, o grupo deixou o Masp em direção ao escritório da Presidência em São Paulo, em prédio situado na esquina da Av. Paulista com a Rua Augusta, para a parte final do ato. À 0h40, a PM tentou a liberação do quarteirão que os manifestantes ocupavam, entre as ruas Augusta e Haddock Lobo, mas um grupo se sentou no asfalto para forçar a permanência. Markus Castro, tenente da PM que comandava a operação na Avenida Paulista, tentou então negociar a liberação de duas faixas, sem sucesso. Criou-se um clima tenso. Como as lideranças dos grupos organizadores já tinham ido embora, não havia um representante do ato anti-Temer. Após 30 minutos de diálogos com os mais diversos manifestantes, a PM recuou e o ato, já bem esvaziado, prosseguiu. Os organizadores planejam uma nova manifestação em São Paulo no domingo (21). CONVOCAÇÃO Os movimentos populares divulgaram o texto abaixo nas redes sociais: A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo convocam todos e todas para construir atos e manifestações em todas as capitais do Brasil para exigir a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas. As provas divulgadas hoje de corrupção e suborno para calar o ex-deputado Eduardo Cunha comprovam, o que há mais de um ano afirmamos, que o presidente ilegítimo Michel Temer não tem nenhuma condição de continuar na presidência da República. Só o voto popular pode resolver essa imensa crise política, resgatar a democracia e credibilidade na principal instituição brasileira. Qualquer outra saída será golpe dentro do próprio golpe. É por isso, que as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam todos e todas para ocupar as ruas no próximo domingo, dia 21 de maio, de todas as capitais do país para exigir Fora, Temer e Eleições Diretas, Já! Colaborou LUCAS VETORAZZO, de Brasília O QUE ACONTECE SE MICHEL TEMER DEIXAR A PRESIDÊNCIA? Nos dois anos finais do mandato, a Constituição prevê eleição indireta em caso de dupla vacância, ou seja, queda do presidente e do vice por renúncia, afastamento ou morte. Quem assumiria a Presidência? O primeiro na linha sucessória é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) –depois vêm o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e a do STF, Cármen Lúcia. Maia teria 30 dias para convocar uma eleição indireta. Quem elegeria o novo presidente? Os 513 deputados e 81 senadores, em sessão bicameral, com voto aberto e peso igual para todos. Quem poderia se candidatar? A Constituição não especifica se as regras de elegibilidade (ser brasileiro, ter 35 anos ou mais, filiado a um partido etc.) se aplicam num pleito indireto. Alguns especialistas defendem que se siga o roteiro geral. Outros, que essas normas não valem aqui. Caberia ao Congresso definir. Magistrados poderiam virar presidente? Para a turma que aponta buracos na Constituição sobre quem é elegível, sim. Numa eleição direita, só pode se candidatar quem se descompatibilizar do cargo seis meses antes do pleito. Diretas Já é algo possível? Seria preciso aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para alterar as atuais regras do jogo. Já há iniciativa afim no Congresso, de Miro Teixeira (Rede-RJ). Temer pode ser denunciado? Sim, se a Procuradoria-Geral entender que houve crime no mandato atual. Mas a denúncia só chegaria ao STF com autorização de dois terços da Câmara (crimes de responsabilidade, caso de Dilma, também passam pelo Senado). O rito não é ágil. | poder | Manifestações anti-Temer reúnem centenas na av. Paulista e em BrasíliaCentenas de manifestantes se reuniram na noite desta quarta (17) em frente ao Masp, na av. Paulista (centro de São Paulo), para protestar contra o governo de Michel Temer (PMDB). Os manifestantes chegaram a ocupar toda a pista sentido Consolação, provocando paralisação do trânsito no local Antes mesmo da divulgação do conteúdo de gravações que implicam Temer no início desta noite, já havia um debate promovido pela Frente Povo Sem Medo, que discutia as reformas trabalhista e previdenciária patrocinadas pelo governo. Outros movimentos aderiram ao ato, como a Frente Brasil Popular e manifestantes da UNE, da CUT e movimentos pelos direitos LGBT. Após a publicação do conteúdo das gravações, mais manifestantes foram convocados por meio das redes sociais, engrossando o público no local. Houve uma negociação com a polícia para que uma parte da avenida fosse interditada para dar espaço para a manifestação, mas o pedido foi inicialmente negado, o que não impediu os manifestantes de levarem a intenção a cabo. Depois do aumento do número de manifestantes, e sem conflito, chegou-se a um consenso e a polícia passou a realizar o bloqueio Paulista Entre os gritos de ordem estão os pedidos de "diretas já", "fora, Temer" e cânticos pedindo o fim do governo do peemedebista. Em Brasília, cerca de 300 manifestantes se reuniam às 22h40 na praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. A polícia militar impediu com spray de pimenta que os manifestantes tomassem a via. Eles gritam palavras de ordem como "diretas já" e "golpistas, fascistas", não passarão. Apesar de contar com a presença de militantes das duas frentes, segundo os coordenadores a concentração é espontânea. Deputados da bancada do PT na Câmara se juntaram à manifestação. Eles saíram da Casa de braços dados e forma recebidos com gritos de "fora Temer" dos manifestantes. Entre os que vieram para a praça estão Reginaldo Lopes (MG), Erika Kakay (DF), Paulo Pimenta (SP) e Leonardo Monteiro (MG). "Por muito menos, a Dilma foi deposta", afirmou Raimundo Bonfim, que faz parte da coordenação da Central de Movimentos Populares. Em sua conta no Twitter, o coordenador da Povo Sem Medo e do MTST Guilherme Boulos pediu eleições diretas. "A casa caiu pro Temer. Pede pra sair já!", afirmou. O foco das manifestações contra as reformas da Previdência e trabalhista agendadas para o dia 24 de maio também devem ganhar um novo foco. "Agora o 'Fora, Temer' ganha força, não tem como ele ficar. O governo morreu hoje", afirma Bonfim. Em São Paulo, entre os manifestantes estava o ator Otávio Muller, que falou com a Folha. "Vim aqui porque estou indignado e sou contra o governo Temer. Não sou filiado a partido nenhum. Sou um cidadão de bem, comum e que tenho o direito de me manifestar", diz. "O problema é que acordo cedo amanhã para a gravação, porque cinema se grava cedo.", lamenta. Por volta das 23h40, o grupo deixou o Masp em direção ao escritório da Presidência em São Paulo, em prédio situado na esquina da Av. Paulista com a Rua Augusta, para a parte final do ato. À 0h40, a PM tentou a liberação do quarteirão que os manifestantes ocupavam, entre as ruas Augusta e Haddock Lobo, mas um grupo se sentou no asfalto para forçar a permanência. Markus Castro, tenente da PM que comandava a operação na Avenida Paulista, tentou então negociar a liberação de duas faixas, sem sucesso. Criou-se um clima tenso. Como as lideranças dos grupos organizadores já tinham ido embora, não havia um representante do ato anti-Temer. Após 30 minutos de diálogos com os mais diversos manifestantes, a PM recuou e o ato, já bem esvaziado, prosseguiu. Os organizadores planejam uma nova manifestação em São Paulo no domingo (21). CONVOCAÇÃO Os movimentos populares divulgaram o texto abaixo nas redes sociais: A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo convocam todos e todas para construir atos e manifestações em todas as capitais do Brasil para exigir a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas. As provas divulgadas hoje de corrupção e suborno para calar o ex-deputado Eduardo Cunha comprovam, o que há mais de um ano afirmamos, que o presidente ilegítimo Michel Temer não tem nenhuma condição de continuar na presidência da República. Só o voto popular pode resolver essa imensa crise política, resgatar a democracia e credibilidade na principal instituição brasileira. Qualquer outra saída será golpe dentro do próprio golpe. É por isso, que as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam todos e todas para ocupar as ruas no próximo domingo, dia 21 de maio, de todas as capitais do país para exigir Fora, Temer e Eleições Diretas, Já! Colaborou LUCAS VETORAZZO, de Brasília O QUE ACONTECE SE MICHEL TEMER DEIXAR A PRESIDÊNCIA? Nos dois anos finais do mandato, a Constituição prevê eleição indireta em caso de dupla vacância, ou seja, queda do presidente e do vice por renúncia, afastamento ou morte. Quem assumiria a Presidência? O primeiro na linha sucessória é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) –depois vêm o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e a do STF, Cármen Lúcia. Maia teria 30 dias para convocar uma eleição indireta. Quem elegeria o novo presidente? Os 513 deputados e 81 senadores, em sessão bicameral, com voto aberto e peso igual para todos. Quem poderia se candidatar? A Constituição não especifica se as regras de elegibilidade (ser brasileiro, ter 35 anos ou mais, filiado a um partido etc.) se aplicam num pleito indireto. Alguns especialistas defendem que se siga o roteiro geral. Outros, que essas normas não valem aqui. Caberia ao Congresso definir. Magistrados poderiam virar presidente? Para a turma que aponta buracos na Constituição sobre quem é elegível, sim. Numa eleição direita, só pode se candidatar quem se descompatibilizar do cargo seis meses antes do pleito. Diretas Já é algo possível? Seria preciso aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para alterar as atuais regras do jogo. Já há iniciativa afim no Congresso, de Miro Teixeira (Rede-RJ). Temer pode ser denunciado? Sim, se a Procuradoria-Geral entender que houve crime no mandato atual. Mas a denúncia só chegaria ao STF com autorização de dois terços da Câmara (crimes de responsabilidade, caso de Dilma, também passam pelo Senado). O rito não é ágil. | 0 |
Advogado de Dirceu é barrado pela PF ao tentar visitá-lo em Curitiba | O advogado Juarez Cirino dos Santos, que impetrou um mandado de segurança contra a quebra de sigilo bancário e fiscal de José Dirceu, foi barrado na tarde desta quarta-feira (5) ao tentar visitar o cliente na sede da Polícia Federal em Curitiba. "Encontraram um novo obstáculo para falarmos com o cliente. Agora os presos só podem receber um advogado por dia", afirmou o defensor à Folha. Na tarde desta quarta, o ex-ministro já havia recebido a advogada Ana Luiza de Souza, que trouxe comida e roupas a Dirceu. Devido a isso, o outro criminalista não pode ver o cliente, conforme disse a Polícia Federal. Santos afirmou que em março deste ano teve uma reunião com Dirceu em que ficou acertado que entraria com o mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para contestar as quebras de sigilo da empresa do petista, a JD Consultoria, e do próprio José Dirceu e de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Os dois foram presos na segunda (3) na 17ª fase da Operação Lava Lato batizada de "Pixuleco". "Entendemos que a quebra de sigilo é ilegal porque não havia fatos concretos que a justificassem", criticou Santos. "Depois, surgiram as delações inconfiáveis por terem sido feitas em situações de pressão e coerção", emendou. O mandado de segurança foi negado pelo TRF. O advogado entrou com um recurso em julho para que ele fosse julgado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). De acordo com Santos, era sobre o andamento dessa medida que pretendia falar com Dirceu. Questionado pela reportagem sobre a atuação de outro escritório na defesa do petista, o advogado dele nas ações da Lava Jato, Roberto Podval, afirmou que Cirino conduz um mandado de segurança. As demais ações continuam com o escritório de Podval. ESQUEMA Dirceu foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pela criação do esquema de corrupção na Petrobras. Para os investigadores, o esquema foi "sistematizado" no governo Lula e reproduziu a prática do mensalão. Roberto Podval afirmou nesta segunda que os pagamentos recebidos pela empresa de seu cliente referem-se todos a serviços prestados. A prisão de Dirceu não tinha "justificativa jurídica", segundo o defensor, que a classificou como "política". OUTRO LADO Segundo a Polícia Federal de Curitiba, o advogado Juarez Cirino dos Santos não pôde ver o seu cliente porque a quarta-feira é o dia da semana voltado para visitas familiares. Nos demais dias, fora os finais de semana, é permitida a visita ao cliente desde que o advogado esteja portando a documentação necessária. A Polícia Federal também informou que abriu uma exceção para que a advogada Anna Luiza Sousa visitasse José Dirceu porque ela veio de Brasília para lhe trazer utensílios necessários na prisão. A PF também destacou que a defensora apresentou a procuração exigida para que se permita a visita, e disse que Cirino dos Santos não portava essa documentação. José Dirceu é preso | poder | Advogado de Dirceu é barrado pela PF ao tentar visitá-lo em CuritibaO advogado Juarez Cirino dos Santos, que impetrou um mandado de segurança contra a quebra de sigilo bancário e fiscal de José Dirceu, foi barrado na tarde desta quarta-feira (5) ao tentar visitar o cliente na sede da Polícia Federal em Curitiba. "Encontraram um novo obstáculo para falarmos com o cliente. Agora os presos só podem receber um advogado por dia", afirmou o defensor à Folha. Na tarde desta quarta, o ex-ministro já havia recebido a advogada Ana Luiza de Souza, que trouxe comida e roupas a Dirceu. Devido a isso, o outro criminalista não pode ver o cliente, conforme disse a Polícia Federal. Santos afirmou que em março deste ano teve uma reunião com Dirceu em que ficou acertado que entraria com o mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para contestar as quebras de sigilo da empresa do petista, a JD Consultoria, e do próprio José Dirceu e de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Os dois foram presos na segunda (3) na 17ª fase da Operação Lava Lato batizada de "Pixuleco". "Entendemos que a quebra de sigilo é ilegal porque não havia fatos concretos que a justificassem", criticou Santos. "Depois, surgiram as delações inconfiáveis por terem sido feitas em situações de pressão e coerção", emendou. O mandado de segurança foi negado pelo TRF. O advogado entrou com um recurso em julho para que ele fosse julgado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). De acordo com Santos, era sobre o andamento dessa medida que pretendia falar com Dirceu. Questionado pela reportagem sobre a atuação de outro escritório na defesa do petista, o advogado dele nas ações da Lava Jato, Roberto Podval, afirmou que Cirino conduz um mandado de segurança. As demais ações continuam com o escritório de Podval. ESQUEMA Dirceu foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pela criação do esquema de corrupção na Petrobras. Para os investigadores, o esquema foi "sistematizado" no governo Lula e reproduziu a prática do mensalão. Roberto Podval afirmou nesta segunda que os pagamentos recebidos pela empresa de seu cliente referem-se todos a serviços prestados. A prisão de Dirceu não tinha "justificativa jurídica", segundo o defensor, que a classificou como "política". OUTRO LADO Segundo a Polícia Federal de Curitiba, o advogado Juarez Cirino dos Santos não pôde ver o seu cliente porque a quarta-feira é o dia da semana voltado para visitas familiares. Nos demais dias, fora os finais de semana, é permitida a visita ao cliente desde que o advogado esteja portando a documentação necessária. A Polícia Federal também informou que abriu uma exceção para que a advogada Anna Luiza Sousa visitasse José Dirceu porque ela veio de Brasília para lhe trazer utensílios necessários na prisão. A PF também destacou que a defensora apresentou a procuração exigida para que se permita a visita, e disse que Cirino dos Santos não portava essa documentação. José Dirceu é preso | 0 |
Luciano Rezende se reelege em Vitória (ES) | FERNANDA PERRIN DE SÃO PAULO Luciano Rezende (PPS) conseguiu se reeleger em Vitória (ES), com 51,19% dos votos. Amaro Neto (SD) sai derrotado, com 48,81% dos votos. O índice de abstenção foi de 13,29%. Brancos e nulos somam 7,62%. O resultado reflete a disputa acirrada pela prefeitura da capital do Estado. No início da campanha, Rezende estava em segundo lugar nas intenções de voto, atrás de Neto, mas acabou na dianteira no primeiro turno. Já às vésperas da votação no segundo turno, pesquisa Ibope apontou empate técnico entre os candidatos, após o candidato do Solidariedade subir seis pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. No primeiro turno, o atual prefeito teve 43,8% dos votos. Neto teve 35,3%. O principal tema da campanha de Rezende foi o trabalho. Em seu programa de governo, o prefeito promete promover ações de capacitação e formação profissional. O vice Sérgio Sá (PSB) completa a chapa. A coligação "Para Vitória Seguir em Boas Mãos", que apoiou Rezende, é formada por 12 partidos (PPS, PSDC, PC do B, Rede, PHS, PP, PV, PSB, PROS, PRB, PPL e PEN). | poder | Luciano Rezende se reelege em Vitória (ES)FERNANDA PERRIN DE SÃO PAULO Luciano Rezende (PPS) conseguiu se reeleger em Vitória (ES), com 51,19% dos votos. Amaro Neto (SD) sai derrotado, com 48,81% dos votos. O índice de abstenção foi de 13,29%. Brancos e nulos somam 7,62%. O resultado reflete a disputa acirrada pela prefeitura da capital do Estado. No início da campanha, Rezende estava em segundo lugar nas intenções de voto, atrás de Neto, mas acabou na dianteira no primeiro turno. Já às vésperas da votação no segundo turno, pesquisa Ibope apontou empate técnico entre os candidatos, após o candidato do Solidariedade subir seis pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. No primeiro turno, o atual prefeito teve 43,8% dos votos. Neto teve 35,3%. O principal tema da campanha de Rezende foi o trabalho. Em seu programa de governo, o prefeito promete promover ações de capacitação e formação profissional. O vice Sérgio Sá (PSB) completa a chapa. A coligação "Para Vitória Seguir em Boas Mãos", que apoiou Rezende, é formada por 12 partidos (PPS, PSDC, PC do B, Rede, PHS, PP, PV, PSB, PROS, PRB, PPL e PEN). | 0 |
'Relatos Selvagens' é o maior vencedor do Prêmio Platino | O filme argentino "Relatos Selvagens", de Damián Szifrón, foi o maior vencedor do Prêmio Platino do Cinema Ibero-Americano, faturando oito estatuetas em cerimônia que terminou neste sábado (18), em Marbella, na Espanha. Em sua segunda edição, o evento tenta se firmar como uma vitrine da produção cinematográfica latino-americana. A comédia de humor negro dirigida por Szifrón concorria a dez indicações e levou oito: filme de ficção, direção, roteiro, atriz (Érica Rivas), montagem, direção de arte, trilha sonora e som. O filme argentino, indicado ao oscar deste ano, é composto de várias histórias curtas sobre vingança. O Brasil saiu com dois prêmios. "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, ganhou como melhor animação, e o prêmio de melhor documentário foi para a coprodução França-Brasil-Alemanha "O Sal da Terra", de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, sobre o fotógrafo Sebastião Salgado. Leandra Leal concorria ao prêmio de atriz ("O Lobo Atrás da Porta"), mas perdeu para Érica Rivas. Na categoria de animação também concorria outro brasileiro, o filme "Até que Sbórnia nos Separe", de Otto Guerra e Ennio Torresan. O espanhol Antonio Banderas foi o homenageado desta edição com um prêmio pelo conjunto da obra. No ano passado, a honraria foi para a brasileira Sonia Braga. | ilustrada | 'Relatos Selvagens' é o maior vencedor do Prêmio PlatinoO filme argentino "Relatos Selvagens", de Damián Szifrón, foi o maior vencedor do Prêmio Platino do Cinema Ibero-Americano, faturando oito estatuetas em cerimônia que terminou neste sábado (18), em Marbella, na Espanha. Em sua segunda edição, o evento tenta se firmar como uma vitrine da produção cinematográfica latino-americana. A comédia de humor negro dirigida por Szifrón concorria a dez indicações e levou oito: filme de ficção, direção, roteiro, atriz (Érica Rivas), montagem, direção de arte, trilha sonora e som. O filme argentino, indicado ao oscar deste ano, é composto de várias histórias curtas sobre vingança. O Brasil saiu com dois prêmios. "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, ganhou como melhor animação, e o prêmio de melhor documentário foi para a coprodução França-Brasil-Alemanha "O Sal da Terra", de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, sobre o fotógrafo Sebastião Salgado. Leandra Leal concorria ao prêmio de atriz ("O Lobo Atrás da Porta"), mas perdeu para Érica Rivas. Na categoria de animação também concorria outro brasileiro, o filme "Até que Sbórnia nos Separe", de Otto Guerra e Ennio Torresan. O espanhol Antonio Banderas foi o homenageado desta edição com um prêmio pelo conjunto da obra. No ano passado, a honraria foi para a brasileira Sonia Braga. | 1 |
Autor português José Luiz Peixoto é o vencedor do Prêmio Oceanos | O escritor português José Luiz Peixoto foi o vencedor deste ano do Prêmio Oceanos, com o romance "Galveias" (Companhia das Letras), anunciou na noite desta terça-feira (6) a organização do troféu literário. No romance premiado, Peixoto usa suas memórias de infância e conta uma história passada em sua cidade natal, que tem o mesmo nome do livro, na região do Alentejo. A narrativa é disparada pela queda de um meteorito no local. "É incrível estar numa cidade como São Paulo, com 16 milhões de pessoas, a falar de um lugar que tem mil pessoas. Acho importante que nossos países se conheçam por inteiro. Não posso deixar de dedicar esse prêmio a Essas mil pessoas que estão em Galveias e existem, com sua dose de resistência, às dificuldades do interior de Portugal", disse o autor. Nas demais colocações, todos os livros eleitos pelo júri do Oceano são de lançamentos do Grupo Companhia das Letras. "A Resistência", de Julián Fuks, por exemplo, que havia ganhado o Prêmio Jabuti de livro de ficção do ano, ficou em segundo lugar. Em terceiro, veio "O Livro das Semelhanças", da mineira Ana Martins Marques, uma das vozes mais importantes da poesia contemporânea nacional, mas que não havia figurado entre os 14 finalistas de poesia no Prêmio Jabuti. "Maracanazo e Outras Histórias", de Arthur Dapieve, ficou em quarto. O primeiro colocado receberá como prêmio R$ 100 mil; o segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O prêmio é promovido pelo Itaú Cultural. Entre os dez finalistas, estavam ainda "Escuta" (Companhia das Letras), de Eucanaã Ferraz, "Manual de Flutuação para Amadores" (7Letras), de Marcos Siscar, e "Sermões" (Iluminuras), de Nuno Ramos. Também concorriam o romance "Uma Menina Perdida no seu Século à Procura do Pai" (Companhia das Letras), de Gonçalo M. Tavares; "Ainda Estou Aqui" (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva; e "Jeito de Matar Lagartas", de Antonio Carlos Viana. Morto em outubro deste ano, Viana é um dos homenageados da cerimônia do Oceanos. | ilustrada | Autor português José Luiz Peixoto é o vencedor do Prêmio OceanosO escritor português José Luiz Peixoto foi o vencedor deste ano do Prêmio Oceanos, com o romance "Galveias" (Companhia das Letras), anunciou na noite desta terça-feira (6) a organização do troféu literário. No romance premiado, Peixoto usa suas memórias de infância e conta uma história passada em sua cidade natal, que tem o mesmo nome do livro, na região do Alentejo. A narrativa é disparada pela queda de um meteorito no local. "É incrível estar numa cidade como São Paulo, com 16 milhões de pessoas, a falar de um lugar que tem mil pessoas. Acho importante que nossos países se conheçam por inteiro. Não posso deixar de dedicar esse prêmio a Essas mil pessoas que estão em Galveias e existem, com sua dose de resistência, às dificuldades do interior de Portugal", disse o autor. Nas demais colocações, todos os livros eleitos pelo júri do Oceano são de lançamentos do Grupo Companhia das Letras. "A Resistência", de Julián Fuks, por exemplo, que havia ganhado o Prêmio Jabuti de livro de ficção do ano, ficou em segundo lugar. Em terceiro, veio "O Livro das Semelhanças", da mineira Ana Martins Marques, uma das vozes mais importantes da poesia contemporânea nacional, mas que não havia figurado entre os 14 finalistas de poesia no Prêmio Jabuti. "Maracanazo e Outras Histórias", de Arthur Dapieve, ficou em quarto. O primeiro colocado receberá como prêmio R$ 100 mil; o segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O prêmio é promovido pelo Itaú Cultural. Entre os dez finalistas, estavam ainda "Escuta" (Companhia das Letras), de Eucanaã Ferraz, "Manual de Flutuação para Amadores" (7Letras), de Marcos Siscar, e "Sermões" (Iluminuras), de Nuno Ramos. Também concorriam o romance "Uma Menina Perdida no seu Século à Procura do Pai" (Companhia das Letras), de Gonçalo M. Tavares; "Ainda Estou Aqui" (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva; e "Jeito de Matar Lagartas", de Antonio Carlos Viana. Morto em outubro deste ano, Viana é um dos homenageados da cerimônia do Oceanos. | 1 |
No Dia do Muçulmano, mulheres explicam como é seguir o Islã no Brasil | "A mulher muçulmana carrega no corpo a religião", diz Claudia Asma, 44, sobre a responsabilidade feminina diante do islamismo. Brasileira, ela não nasceu em nenhum país muçulmano e não tem familiares praticantes da religião. Claudia, que estudou por seis anos o Alcorão antes de converter, vive em Foz do Iguaçu, cidade que tem a maior comunidade islâmica do Brasil, em proporção à sua população total. A cidade paranaense comemora, no dia 12 de maio, o Dia do Muçulmano. Dentro de uma das mesquitas de Foz do Iguaçu, Claudia e cinco amigas se revezam para explicar à Folha o que é ser uma mulher muçulmana e o que significa optar por esse caminho em um país como o Brasil. "Se uma mulher islâmica faz algo de errado, não é uma mulher, e sim uma muçulmana que está fazendo algo de errado", define ela. Vir de família evangélica, segundo ela, facilitou conviver em um ambiente em que o dia a dia é conduzido a partir de questões espirituais. A mesma visão é compartilhada com a amiga Raquel Diniz, 41, que se converteu ao casar com um libanês que morava na casa vizinha de seus pais. "A muçulmana não é uma mulher oprimida. (...) Usar o véu não tem nada a ver com o pai ou com o marido, e sim com Deus", afirma Raquel ao falar sobre a "hijab" (lenço curto, que cobre a cabeça e o colo). Elas também podem usar o usar o xador, véu mais longo e na altura do quadril. "Não é obrigatório, há muitas mulheres que conhecem a religião mas preferem não usar o véu." Claudia conta que sua filha, por exemplo, optou por não adotar a vestimenta aos nove anos, idade a partir da qual passa ser permitido, e não usa até hoje. Para a antropóloga Francirosy Ferreira, que estuda o assunto há 19 anos, existe uma especificidade em ser mulher que vem antes da sua cultura ou religião, e que difere de contexto em contexto. Segundo ela, nem sempre as reivindicações das mulheres no Ocidente colaboram para as pautas feministas no Oriente. Apesar de o islamismo não obrigar uma filha a casar com quem o pai escolher, culturalmente isso acontece em países muçulmanos. Tal pauta não aparece em bandeiras ocidentais, exemplifica Francirosy. "Nós temos um grande problema que é o etnocentrismo, o que fazemos é sempre melhor do que os outros. Vivemos um momento de intolerância em vários sentidos. (...) Falta uma construção de alteridade, de entender que o outro é diferente." PRECONCEITO "Tudo o que é diferente é observado. Quando acontece algum ato terrorista [como o 11 de Setembro], nesses casos sim, somos hostilizadas. É desagradável, já aconteceu comigo, mas eu não me incomodei", conta Claudia. "Terrorismo e religião são coisas diferentes", repete. A reclamação de Claudia e suas amigas é a mesma: o islamismo é generalizado em práticas que, nem sempre, estão ligadas a ele. "A pena de morte não é uma lei islâmica, porém países muçulmanos a praticam. Os Estados Unidos, por exemplo, têm pena de morte, mas ninguém fala nada", compara Hanadi Diniz, 19, filha de Raquel. Hanadi destaca, no entanto, o fato de em Foz do Iguaçu as pessoas já estarem acostumadas com os muçulmanos. Para ela, esse é um dos motivos de não sofrerem nenhum preconceito explícito. Sobre o noticiário recente acerca do Estado Islâmico (EI), milícia radical que prega agir com base no islã, Hanadi também diz que a população local não associa tais práticas aos muçulmanos locais. "Quando ficamos sabendo de algum noticiário sobre o EI, também ficamos chocados, assim como vocês" explica. "São grupos isolados que agem de acordo com suas necessidades, ficamos indignados." | mundo | No Dia do Muçulmano, mulheres explicam como é seguir o Islã no Brasil"A mulher muçulmana carrega no corpo a religião", diz Claudia Asma, 44, sobre a responsabilidade feminina diante do islamismo. Brasileira, ela não nasceu em nenhum país muçulmano e não tem familiares praticantes da religião. Claudia, que estudou por seis anos o Alcorão antes de converter, vive em Foz do Iguaçu, cidade que tem a maior comunidade islâmica do Brasil, em proporção à sua população total. A cidade paranaense comemora, no dia 12 de maio, o Dia do Muçulmano. Dentro de uma das mesquitas de Foz do Iguaçu, Claudia e cinco amigas se revezam para explicar à Folha o que é ser uma mulher muçulmana e o que significa optar por esse caminho em um país como o Brasil. "Se uma mulher islâmica faz algo de errado, não é uma mulher, e sim uma muçulmana que está fazendo algo de errado", define ela. Vir de família evangélica, segundo ela, facilitou conviver em um ambiente em que o dia a dia é conduzido a partir de questões espirituais. A mesma visão é compartilhada com a amiga Raquel Diniz, 41, que se converteu ao casar com um libanês que morava na casa vizinha de seus pais. "A muçulmana não é uma mulher oprimida. (...) Usar o véu não tem nada a ver com o pai ou com o marido, e sim com Deus", afirma Raquel ao falar sobre a "hijab" (lenço curto, que cobre a cabeça e o colo). Elas também podem usar o usar o xador, véu mais longo e na altura do quadril. "Não é obrigatório, há muitas mulheres que conhecem a religião mas preferem não usar o véu." Claudia conta que sua filha, por exemplo, optou por não adotar a vestimenta aos nove anos, idade a partir da qual passa ser permitido, e não usa até hoje. Para a antropóloga Francirosy Ferreira, que estuda o assunto há 19 anos, existe uma especificidade em ser mulher que vem antes da sua cultura ou religião, e que difere de contexto em contexto. Segundo ela, nem sempre as reivindicações das mulheres no Ocidente colaboram para as pautas feministas no Oriente. Apesar de o islamismo não obrigar uma filha a casar com quem o pai escolher, culturalmente isso acontece em países muçulmanos. Tal pauta não aparece em bandeiras ocidentais, exemplifica Francirosy. "Nós temos um grande problema que é o etnocentrismo, o que fazemos é sempre melhor do que os outros. Vivemos um momento de intolerância em vários sentidos. (...) Falta uma construção de alteridade, de entender que o outro é diferente." PRECONCEITO "Tudo o que é diferente é observado. Quando acontece algum ato terrorista [como o 11 de Setembro], nesses casos sim, somos hostilizadas. É desagradável, já aconteceu comigo, mas eu não me incomodei", conta Claudia. "Terrorismo e religião são coisas diferentes", repete. A reclamação de Claudia e suas amigas é a mesma: o islamismo é generalizado em práticas que, nem sempre, estão ligadas a ele. "A pena de morte não é uma lei islâmica, porém países muçulmanos a praticam. Os Estados Unidos, por exemplo, têm pena de morte, mas ninguém fala nada", compara Hanadi Diniz, 19, filha de Raquel. Hanadi destaca, no entanto, o fato de em Foz do Iguaçu as pessoas já estarem acostumadas com os muçulmanos. Para ela, esse é um dos motivos de não sofrerem nenhum preconceito explícito. Sobre o noticiário recente acerca do Estado Islâmico (EI), milícia radical que prega agir com base no islã, Hanadi também diz que a população local não associa tais práticas aos muçulmanos locais. "Quando ficamos sabendo de algum noticiário sobre o EI, também ficamos chocados, assim como vocês" explica. "São grupos isolados que agem de acordo com suas necessidades, ficamos indignados." | 3 |
Napoli derrota a Inter de Milão e assume a liderança do Italiano | O Napoli derrotou a Inter de Milão nesta segunda-feira (30), por 2 a 1, em casa, pela 14ª rodada do Campeonato Italiano, ultrapassou o rival e assumiu a liderança da competição. Com o resultado, o Napoli chegou aos 31 pontos, enquanto a Inter, com 30, caiu para a segunda posição. A Fiorentina está em terceiro lugar, com 29 pontos. O atacante argentino Higuaín foi o grande destaque da partida ao anotar os dois gols da equipe mandante. Ljajic descontou para os visitantes, que acertaram a trave duas vezes nos acréscimos da partida. Na próxima rodada do Campeonato Italiano, o Napoli visita o Bologna, enquanto a Inter de Milão recebe o Genoa. | esporte | Napoli derrota a Inter de Milão e assume a liderança do ItalianoO Napoli derrotou a Inter de Milão nesta segunda-feira (30), por 2 a 1, em casa, pela 14ª rodada do Campeonato Italiano, ultrapassou o rival e assumiu a liderança da competição. Com o resultado, o Napoli chegou aos 31 pontos, enquanto a Inter, com 30, caiu para a segunda posição. A Fiorentina está em terceiro lugar, com 29 pontos. O atacante argentino Higuaín foi o grande destaque da partida ao anotar os dois gols da equipe mandante. Ljajic descontou para os visitantes, que acertaram a trave duas vezes nos acréscimos da partida. Na próxima rodada do Campeonato Italiano, o Napoli visita o Bologna, enquanto a Inter de Milão recebe o Genoa. | 4 |
Só o acordo de paz pode libertar a Colômbia da prisão do destino | Macondo, a cidade metafórica de Gabriel Gárcia Márquez, terminou destruída por um furacão bíblico. O motivo da catástrofe derradeira é que, incapazes de suportar as incertezas do futuro, seus habitantes condenaram-se a repetir, eterna e circularmente, o passado. Os defensores do "não" no plebiscito colombiano sobre o acordo de paz têm razões poderosas. Contudo, só o "sim" pode romper o ciclo da reiteração, libertando a Colômbia dessa prisão chamada destino. José Miguel Vivanco, da Human Rights Watch, e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe brandiram o mesmo argumento contra o acordo de paz, mas por motivos simétricos (Folha, 27/9 ). Vivanco acusa-o de impedir a punição de comandantes militares e paramilitares que cometeram violações em massa de direitos humanos –mas justifica, em nome da paz, a impunidade parcial concedida aos chefes das Farc. Uribe, por sua vez, exige sentenças de prisão contra os guerrilheiras –mas cala-se sobre as culpas das Forças Armadas e das milícias. A posição de Vivanco é incoerente, ao propor que se pesem as violações em balanças distintas, e irrealista, ao sugerir que, derrotadas no campo de batalha, as Farc sejam declaradas vitoriosas no acordo de paz. Já Uribe exercita o realismo e repercute sentimentos difundidos entre os colombianos, que hesitam em conceder salvo-conduto aos chefes de uma guerrilha degenerada, sanguinária e associada ao negócio do narcotráfico. Entretanto, seu horizonte é Macondo: a maldição dos Buendía. As Farc não nasceram em 1993, quando a morte de Pablo Escobar propiciou a aliança dos guerrilheiros com os cartéis, nem em 1964, quando Manuel Marulanda fugiu do enclave de Marquetalia sob ataque do Exército e, com outros comunistas, criou o bloco guerrilheiro precursor. De fato, as raízes da maior guerrilha colombiana encontram-se na guerra civil conhecida como La Violencia, deflagrada em 1948 pelo assassinato do candidato presidencial Jorge Eliécer Gaitán, um reformador populista do Partido Liberal. Marulanda, nome de guerra de Pedro Marín, filho de cafeicultores alinhados ao Partido Liberal, cresceu nos confrontos de milícias rurais da guerra civil, combatendo com seus familiares contra forças ligadas ao Partido Conservador. No "Cem Anos de Solidão", ciclos de guerras formam uma linha indiferenciada, afogando o presente em perpétuo passado. A década de La Violencia reproduziu as guerras crônicas do século 19 entre liberais e conservadores, deixando 200 mil mortos. A saga das Farc inscreve-se na paisagem de uma nação cindida, anestesiada pela rotina do conflito. Che Guevara, o comunismo e o foquismo não passaram de temperos circunstanciais: tênues influências externas sobre a Macondo dos espectros. As Farc irromperam como resíduo de uma guerra sem fim. Durante a degeneração da guerrilha, a Colômbia modernizou-se, abriu janelas e desafiou tradições. No governo de Uribe (2002-2010), com auxílio americano, pela via do difamado Plano Colômbia, as Forças Armadas converteram-se em instituição nacional, desvencilhando-se da companhia abominável dos paramilitares. Ao mesmo tempo, emergiram novas correntes políticas, rompendo-se a antiga polaridade. Bogotá é governada pelo Partido Verde, que se tornou o segundo maior do país. O acordo de paz, fruto da ruptura do presidente Juan Manuel Santos com Uribe, a quem serviu como ministro da Defesa, reflete essa trajetória recente. O princípio do extermínio governou a história da Colômbia. Todo o delicado edifício do acordo de paz ergue-se sobre a ideia de transformar a guerrilha em partido político, inserindo seus líderes no parlamento. Inventou-se para isso a justiça de transição, instrumento destinado a sentenciar as violações sem trancar os violadores na prisão. É que só o pluralismo pleno, radical, pode impulsionar a nação para fora de Macondo. | colunas | Só o acordo de paz pode libertar a Colômbia da prisão do destinoMacondo, a cidade metafórica de Gabriel Gárcia Márquez, terminou destruída por um furacão bíblico. O motivo da catástrofe derradeira é que, incapazes de suportar as incertezas do futuro, seus habitantes condenaram-se a repetir, eterna e circularmente, o passado. Os defensores do "não" no plebiscito colombiano sobre o acordo de paz têm razões poderosas. Contudo, só o "sim" pode romper o ciclo da reiteração, libertando a Colômbia dessa prisão chamada destino. José Miguel Vivanco, da Human Rights Watch, e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe brandiram o mesmo argumento contra o acordo de paz, mas por motivos simétricos (Folha, 27/9 ). Vivanco acusa-o de impedir a punição de comandantes militares e paramilitares que cometeram violações em massa de direitos humanos –mas justifica, em nome da paz, a impunidade parcial concedida aos chefes das Farc. Uribe, por sua vez, exige sentenças de prisão contra os guerrilheiras –mas cala-se sobre as culpas das Forças Armadas e das milícias. A posição de Vivanco é incoerente, ao propor que se pesem as violações em balanças distintas, e irrealista, ao sugerir que, derrotadas no campo de batalha, as Farc sejam declaradas vitoriosas no acordo de paz. Já Uribe exercita o realismo e repercute sentimentos difundidos entre os colombianos, que hesitam em conceder salvo-conduto aos chefes de uma guerrilha degenerada, sanguinária e associada ao negócio do narcotráfico. Entretanto, seu horizonte é Macondo: a maldição dos Buendía. As Farc não nasceram em 1993, quando a morte de Pablo Escobar propiciou a aliança dos guerrilheiros com os cartéis, nem em 1964, quando Manuel Marulanda fugiu do enclave de Marquetalia sob ataque do Exército e, com outros comunistas, criou o bloco guerrilheiro precursor. De fato, as raízes da maior guerrilha colombiana encontram-se na guerra civil conhecida como La Violencia, deflagrada em 1948 pelo assassinato do candidato presidencial Jorge Eliécer Gaitán, um reformador populista do Partido Liberal. Marulanda, nome de guerra de Pedro Marín, filho de cafeicultores alinhados ao Partido Liberal, cresceu nos confrontos de milícias rurais da guerra civil, combatendo com seus familiares contra forças ligadas ao Partido Conservador. No "Cem Anos de Solidão", ciclos de guerras formam uma linha indiferenciada, afogando o presente em perpétuo passado. A década de La Violencia reproduziu as guerras crônicas do século 19 entre liberais e conservadores, deixando 200 mil mortos. A saga das Farc inscreve-se na paisagem de uma nação cindida, anestesiada pela rotina do conflito. Che Guevara, o comunismo e o foquismo não passaram de temperos circunstanciais: tênues influências externas sobre a Macondo dos espectros. As Farc irromperam como resíduo de uma guerra sem fim. Durante a degeneração da guerrilha, a Colômbia modernizou-se, abriu janelas e desafiou tradições. No governo de Uribe (2002-2010), com auxílio americano, pela via do difamado Plano Colômbia, as Forças Armadas converteram-se em instituição nacional, desvencilhando-se da companhia abominável dos paramilitares. Ao mesmo tempo, emergiram novas correntes políticas, rompendo-se a antiga polaridade. Bogotá é governada pelo Partido Verde, que se tornou o segundo maior do país. O acordo de paz, fruto da ruptura do presidente Juan Manuel Santos com Uribe, a quem serviu como ministro da Defesa, reflete essa trajetória recente. O princípio do extermínio governou a história da Colômbia. Todo o delicado edifício do acordo de paz ergue-se sobre a ideia de transformar a guerrilha em partido político, inserindo seus líderes no parlamento. Inventou-se para isso a justiça de transição, instrumento destinado a sentenciar as violações sem trancar os violadores na prisão. É que só o pluralismo pleno, radical, pode impulsionar a nação para fora de Macondo. | 10 |
Intel colabora com dona do Google em tecnologia de carro autônomo | A Intel Corp anunciou nesta segunda-feira (18) uma colaboração com a Waymo, unidade de direção autônoma da Alphabet (controladora do Google), dizendo que trabalhou com a empresa durante o desenvolvimento de sua plataforma de computador para permitir que carros autônomos processem informações em tempo real. A maior fabricante de chips do mundo disse que as suas tecnologias para sensores de processamento, computação geral e conectividade foram usadas nas minivans híbridas Pacifica da Chrysler, que a Waymo tem usado desde 2015 para testar seu sistema de direção autônoma. "À medida que a tecnologia autônoma da Waymo se torna mais inteligente e mais capaz, seu hardware e software de alto desempenho exigirão um cálculo ainda mais poderoso e eficiente", disse o presidente-executivo da Intel, Brian Krzanich, em uma declaração anunciando a colaboração. A Intel, que anunciou a aquisição por US$ 15 bilhões da empresa de visão autônoma Mobileye em março, está buscando expandir sua participação em veículos autônomos, uma indústria em rápido crescimento. Uma colaboração com a Waymo, que muitos especialistas consideram estar na vanguarda da tecnologia autônoma, aumenta o portfólio da fabricante de chips. O anúncio também marcou a primeira vez que a Waymo reconheceu uma colaboração com um fornecedor. A empresa realizou a maioria de seu trabalho de desenvolvimento internamente. A Intel começou a fornecer chips para o então programa de direção autônoma do Google em 2009, mas esse relacionamento tornou-se uma colaboração mais profunda quando o Google começou a trabalhar com a Fiat Chrysler Automobiles para desenvolver e instalar a tecnologia de condução autônoma da empresa nas minivans da montadora. A Waymo, que desenvolveu seus próprios sensores, não está usando o sistema de visão autônomo criado pela Mobileye. O CEO da Waymo, John Krafcik, disse que o processamento rápido é crucial para o desempenho de seus veículos autônomos. "A tecnologia da Intel suporta o processamento avançado dentro de nossos veículos, com a capacidade de fabricar para satisfazer as necessidades da Waymo em escala", disse Krafcik em comunicado. | mercado | Intel colabora com dona do Google em tecnologia de carro autônomoA Intel Corp anunciou nesta segunda-feira (18) uma colaboração com a Waymo, unidade de direção autônoma da Alphabet (controladora do Google), dizendo que trabalhou com a empresa durante o desenvolvimento de sua plataforma de computador para permitir que carros autônomos processem informações em tempo real. A maior fabricante de chips do mundo disse que as suas tecnologias para sensores de processamento, computação geral e conectividade foram usadas nas minivans híbridas Pacifica da Chrysler, que a Waymo tem usado desde 2015 para testar seu sistema de direção autônoma. "À medida que a tecnologia autônoma da Waymo se torna mais inteligente e mais capaz, seu hardware e software de alto desempenho exigirão um cálculo ainda mais poderoso e eficiente", disse o presidente-executivo da Intel, Brian Krzanich, em uma declaração anunciando a colaboração. A Intel, que anunciou a aquisição por US$ 15 bilhões da empresa de visão autônoma Mobileye em março, está buscando expandir sua participação em veículos autônomos, uma indústria em rápido crescimento. Uma colaboração com a Waymo, que muitos especialistas consideram estar na vanguarda da tecnologia autônoma, aumenta o portfólio da fabricante de chips. O anúncio também marcou a primeira vez que a Waymo reconheceu uma colaboração com um fornecedor. A empresa realizou a maioria de seu trabalho de desenvolvimento internamente. A Intel começou a fornecer chips para o então programa de direção autônoma do Google em 2009, mas esse relacionamento tornou-se uma colaboração mais profunda quando o Google começou a trabalhar com a Fiat Chrysler Automobiles para desenvolver e instalar a tecnologia de condução autônoma da empresa nas minivans da montadora. A Waymo, que desenvolveu seus próprios sensores, não está usando o sistema de visão autônomo criado pela Mobileye. O CEO da Waymo, John Krafcik, disse que o processamento rápido é crucial para o desempenho de seus veículos autônomos. "A tecnologia da Intel suporta o processamento avançado dentro de nossos veículos, com a capacidade de fabricar para satisfazer as necessidades da Waymo em escala", disse Krafcik em comunicado. | 2 |
Thiago Silva, Alex Sandro e Coutinho serão as novidades contra a Bolívia | Tite fará três mudanças na seleção para a partida contra a Bolívia, quinta (5), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Depois do treino da tarde desta terça (3), Tite confirmou o zagueiro Thiago Silva, o lateral Alex Sandro e o meia Philippe Coutinho como titulares em La Paz. Thiago Silva vai substituir Marquinhos. Já Alex Sandro ficará na vaga de Marcelo, cortado por contusão. Coutinho, por sua vez, entrará na vaga de Willian. Tite rejeitou que as mudanças no time serão um teste para os atletas disputarem o Mundial da Rússia. "Não faço teste com atletas de alto nível. Eles precisam competir entre eles, mais têm que ser leais. Joguem muito e cabe a mim e a comissão decidir. É uma grande oportunidade. Se eu fosse o Alex Sandro ia dentro. É assim mesmo", afirmou o treinador. Antes do treino, o meia Diego, do Flamengo, foi cortado dos dois últimos jogos das eliminatórias. Ele se apresentou reclamando de dores musculares na coxa esquerda. Na segunda (2), ele atuou na derrota do Flamengo para a Ponte Preta, por 1 a 0, em Campinas, pelo Campeonato Brasileiro. Tite não chamará nenhum jogador para substituí-lo. O volante Casemiro, do Real Madrid, será o capitão da seleção em La Paz. Ele será o 12º jogador a utilizar a braçadeira desde o início da era Tite. No dia 10, a seleção enfrenta o Chile, em São Paulo. No final da entrevista coletiva, Tite anunciou o goleiro Ederson como titular na partida no estádio do Palmeiras. | esporte | Thiago Silva, Alex Sandro e Coutinho serão as novidades contra a BolíviaTite fará três mudanças na seleção para a partida contra a Bolívia, quinta (5), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Depois do treino da tarde desta terça (3), Tite confirmou o zagueiro Thiago Silva, o lateral Alex Sandro e o meia Philippe Coutinho como titulares em La Paz. Thiago Silva vai substituir Marquinhos. Já Alex Sandro ficará na vaga de Marcelo, cortado por contusão. Coutinho, por sua vez, entrará na vaga de Willian. Tite rejeitou que as mudanças no time serão um teste para os atletas disputarem o Mundial da Rússia. "Não faço teste com atletas de alto nível. Eles precisam competir entre eles, mais têm que ser leais. Joguem muito e cabe a mim e a comissão decidir. É uma grande oportunidade. Se eu fosse o Alex Sandro ia dentro. É assim mesmo", afirmou o treinador. Antes do treino, o meia Diego, do Flamengo, foi cortado dos dois últimos jogos das eliminatórias. Ele se apresentou reclamando de dores musculares na coxa esquerda. Na segunda (2), ele atuou na derrota do Flamengo para a Ponte Preta, por 1 a 0, em Campinas, pelo Campeonato Brasileiro. Tite não chamará nenhum jogador para substituí-lo. O volante Casemiro, do Real Madrid, será o capitão da seleção em La Paz. Ele será o 12º jogador a utilizar a braçadeira desde o início da era Tite. No dia 10, a seleção enfrenta o Chile, em São Paulo. No final da entrevista coletiva, Tite anunciou o goleiro Ederson como titular na partida no estádio do Palmeiras. | 4 |
Audiência na Justiça tenta pôr fim à greve de ônibus em Curitiba | A greve que paralisou o sistema de ônibus de Curitiba, considerado modelo de transporte público, continuava em andamento no início da noite desta segunda-feira (26). Uma audiência na Justiça do Trabalho, iniciada às 17h, tentava pôr fim à paralisação, que tirou todos os ônibus das ruas a partir da meia-noite. O desembargador Luiz Eduardo Gunther, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), pedia que se fizesse valer a ordem judicial que ordenou a circulação de no mínimo 50% da frota durante a greve. Nenhum ônibus circulou durante o dia. A greve é motivada pelo atraso de salários, que vem ocorrendo desde o fim do ano passado. No último dia 20, motoristas e cobradores não receberam o adiantamento de 40% do salário, o que levou à paralisação de hoje, válida por tempo indeterminado. A categoria reclama que tem sido tratada como "palhaço". Alguns motoristas chegaram a usar narizes vermelhos de plástico para trabalhar nos últimos dias. Nas ruas, passageiros tiveram de recorrer ao carro, a táxi ou a lotações, que cobram R$ 6 por pessoa, para irem ao trabalho. Centrais telefônicas ficaram congestionadas, assim como o trânsito. Algumas lojas no centro só abriram perto do meio-dia. Outros empresários, prevenidos, buscaram seus funcionários de carro, em "caravanas". A prefeitura tentou remediar: para substituir os icônicos biarticulados -os ônibus "vermelhões" que se tornaram símbolo do transporte de Curitiba-, kombis foram colocadas à disposição dos passageiros nos principais terminais. As peruas operam gratuitamente e fazem o mesmo roteiro dos biarticulados. Esta é a terceira greve geral dos ônibus em Curitiba desde 2012. A cidade é conhecida por ter um sistema de transporte público modelo, concebido na década de 1970 e copiado em todo o mundo. São características as vias exclusivas para ônibus, as estações-tubo, o pagamento antecipado da passagem e a integração das linhas em terminais. FUNDO POLÍTICO As empresas de ônibus argumentam que estão sem dinheiro devido a atrasos nos pagamentos feitos pelo poder público. O governo do Paraná, comandado por Beto Richa (PSDB), dá um subsídio mensal ao sistema, mas ainda não pagou as últimas três parcelas, numa dívida de R$ 16,5 milhões. A prefeitura, gerida pelo adversário político Gustavo Fruet (PDT), afirma que a falta desse repasse impediu o pagamento integral às empresas. Governo e prefeitura travam agora uma queda de braço para definir o valor mensal dos repasses. No início do mês, o convênio que firmava o subsídio expirou. A gestão de Richa quer pagar menos por passageiro; a prefeitura discorda do cálculo feito pelo governo e o acusa de "desinteresse" pelo transporte coletivo. | cotidiano | Audiência na Justiça tenta pôr fim à greve de ônibus em CuritibaA greve que paralisou o sistema de ônibus de Curitiba, considerado modelo de transporte público, continuava em andamento no início da noite desta segunda-feira (26). Uma audiência na Justiça do Trabalho, iniciada às 17h, tentava pôr fim à paralisação, que tirou todos os ônibus das ruas a partir da meia-noite. O desembargador Luiz Eduardo Gunther, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), pedia que se fizesse valer a ordem judicial que ordenou a circulação de no mínimo 50% da frota durante a greve. Nenhum ônibus circulou durante o dia. A greve é motivada pelo atraso de salários, que vem ocorrendo desde o fim do ano passado. No último dia 20, motoristas e cobradores não receberam o adiantamento de 40% do salário, o que levou à paralisação de hoje, válida por tempo indeterminado. A categoria reclama que tem sido tratada como "palhaço". Alguns motoristas chegaram a usar narizes vermelhos de plástico para trabalhar nos últimos dias. Nas ruas, passageiros tiveram de recorrer ao carro, a táxi ou a lotações, que cobram R$ 6 por pessoa, para irem ao trabalho. Centrais telefônicas ficaram congestionadas, assim como o trânsito. Algumas lojas no centro só abriram perto do meio-dia. Outros empresários, prevenidos, buscaram seus funcionários de carro, em "caravanas". A prefeitura tentou remediar: para substituir os icônicos biarticulados -os ônibus "vermelhões" que se tornaram símbolo do transporte de Curitiba-, kombis foram colocadas à disposição dos passageiros nos principais terminais. As peruas operam gratuitamente e fazem o mesmo roteiro dos biarticulados. Esta é a terceira greve geral dos ônibus em Curitiba desde 2012. A cidade é conhecida por ter um sistema de transporte público modelo, concebido na década de 1970 e copiado em todo o mundo. São características as vias exclusivas para ônibus, as estações-tubo, o pagamento antecipado da passagem e a integração das linhas em terminais. FUNDO POLÍTICO As empresas de ônibus argumentam que estão sem dinheiro devido a atrasos nos pagamentos feitos pelo poder público. O governo do Paraná, comandado por Beto Richa (PSDB), dá um subsídio mensal ao sistema, mas ainda não pagou as últimas três parcelas, numa dívida de R$ 16,5 milhões. A prefeitura, gerida pelo adversário político Gustavo Fruet (PDT), afirma que a falta desse repasse impediu o pagamento integral às empresas. Governo e prefeitura travam agora uma queda de braço para definir o valor mensal dos repasses. No início do mês, o convênio que firmava o subsídio expirou. A gestão de Richa quer pagar menos por passageiro; a prefeitura discorda do cálculo feito pelo governo e o acusa de "desinteresse" pelo transporte coletivo. | 6 |
Premiê japonês dissolve Câmara baixa para antecipar eleições legislativas | Após ter anunciado a antecipação das eleições parlamentares na segunda-feira (25), o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, dissolveu hoje a Câmara baixa do Parlamento. A eleição dos membros do equivalente da Câmara dos Deputados brasileira acontecerá no dia 22 de outubro e a campanha oficial começará no dia 10. Abe e o Partido Liberal Democrata, ao qual pertence, começaram a recuperar apoio depois que os ataques políticos contra ele devido a escândalos se dissiparam durante o recesso parlamentar, que se encerrou nesta quinta. Além disso, os partidos oposicionistas estão se reorganizando e parecem despreparados para uma eleição. "Um combate difícil começa hoje", disse Abe a sua bancada. "Devemos resolver o problema dos mísseis e do programa nuclear norte-coreano, e temos a responsabilidade de melhorar a vida dos cidadãos". No anúncio da segunda-feira, Abe disse que estava em busca de mandato popular para implantar seus planos de usar novas receitas tributárias para a educação e cuidados com os idosos, e para sua política de defesa para a escalada de tensões com a Coreia do Norte. A antecipação também é uma forma de bloquear o avanço da governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que anunciou, na segunda-feira, a criação do Partido da Esperança, do qual deve ser a líder. O Partido Democrata (PD) do Japão, principal força de oposição ao premiê, decidiu abster-se de inscrever candidatos nas eleições legislativas antecipadas. Ao deixar que seus membros disputem o pleito pelo novo partido da governadora de Tóquio, o PD espera fortalecer a oposição a Abe. | mundo | Premiê japonês dissolve Câmara baixa para antecipar eleições legislativasApós ter anunciado a antecipação das eleições parlamentares na segunda-feira (25), o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, dissolveu hoje a Câmara baixa do Parlamento. A eleição dos membros do equivalente da Câmara dos Deputados brasileira acontecerá no dia 22 de outubro e a campanha oficial começará no dia 10. Abe e o Partido Liberal Democrata, ao qual pertence, começaram a recuperar apoio depois que os ataques políticos contra ele devido a escândalos se dissiparam durante o recesso parlamentar, que se encerrou nesta quinta. Além disso, os partidos oposicionistas estão se reorganizando e parecem despreparados para uma eleição. "Um combate difícil começa hoje", disse Abe a sua bancada. "Devemos resolver o problema dos mísseis e do programa nuclear norte-coreano, e temos a responsabilidade de melhorar a vida dos cidadãos". No anúncio da segunda-feira, Abe disse que estava em busca de mandato popular para implantar seus planos de usar novas receitas tributárias para a educação e cuidados com os idosos, e para sua política de defesa para a escalada de tensões com a Coreia do Norte. A antecipação também é uma forma de bloquear o avanço da governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que anunciou, na segunda-feira, a criação do Partido da Esperança, do qual deve ser a líder. O Partido Democrata (PD) do Japão, principal força de oposição ao premiê, decidiu abster-se de inscrever candidatos nas eleições legislativas antecipadas. Ao deixar que seus membros disputem o pleito pelo novo partido da governadora de Tóquio, o PD espera fortalecer a oposição a Abe. | 3 |
Corpos de turistas argentinas mortas no Equador são repatriados | Os corpos das turistas argentinas Marina Menegazzo e María José Coni, assassinadas em um balneário equatoriano, foram repatriados nesta quarta-feira (30) para a Argentina, informou Hernán Ulloa, advogado dos familiares. "Em silêncio, foram repatriados os corpos de #MarinayMajo para Mza (Mendoza)-Arg (Argentina). Meus sinceros pêsames a todos os seus familiares", escreveu Ulloa em sua conta no Twitter. Os corpos foram devolvidos à cidade argentina de Mendoza um mês depois de terem sido encontrados com sinais de violência em 28 de fevereiro em Montañita, um balneário a 300 km a sudoeste de Quito. Os corpos de Menegazzo e Coni, de 21 e 22 anos, respectivamente, foram encontrados depois que os familiares das jovens as deram como desaparecidas nas redes sociais. Ulloa declarou à imprensa que as famílias pediram discrição para fazer o translado dos corpos. "É preciso muitas peças para acabar de montar este quebra-cabeça", expressou Ulloa em declarações difundidas no canal Ecuavisa. A morte das jovens gerou diferentes versões de autoridades equatorianas e familiares das vítimas na Argentina, que motivaram o presidente Mauricio Macri a enviar ao Equador uma equipe de médicos legistas, com a aceitação das autoridades locais. Além disso, em cidades argentinas e no Equador foram realizadas marchas para pedir o fim dos feminicídios e o esclarecimento do crime em Montañita. | mundo | Corpos de turistas argentinas mortas no Equador são repatriadosOs corpos das turistas argentinas Marina Menegazzo e María José Coni, assassinadas em um balneário equatoriano, foram repatriados nesta quarta-feira (30) para a Argentina, informou Hernán Ulloa, advogado dos familiares. "Em silêncio, foram repatriados os corpos de #MarinayMajo para Mza (Mendoza)-Arg (Argentina). Meus sinceros pêsames a todos os seus familiares", escreveu Ulloa em sua conta no Twitter. Os corpos foram devolvidos à cidade argentina de Mendoza um mês depois de terem sido encontrados com sinais de violência em 28 de fevereiro em Montañita, um balneário a 300 km a sudoeste de Quito. Os corpos de Menegazzo e Coni, de 21 e 22 anos, respectivamente, foram encontrados depois que os familiares das jovens as deram como desaparecidas nas redes sociais. Ulloa declarou à imprensa que as famílias pediram discrição para fazer o translado dos corpos. "É preciso muitas peças para acabar de montar este quebra-cabeça", expressou Ulloa em declarações difundidas no canal Ecuavisa. A morte das jovens gerou diferentes versões de autoridades equatorianas e familiares das vítimas na Argentina, que motivaram o presidente Mauricio Macri a enviar ao Equador uma equipe de médicos legistas, com a aceitação das autoridades locais. Além disso, em cidades argentinas e no Equador foram realizadas marchas para pedir o fim dos feminicídios e o esclarecimento do crime em Montañita. | 3 |
O tratamento experimental para câncer que devolveu a cor aos cabelos dos pacientes grisalhos | Pacientes grisalhos que participaram de testes para um novo tratamento contra câncer terminaram o experimento sem fios brancos. Dos 52 pacientes com câncer de pulmão, 14 recuperaram a cor de cabelo de quando eram mais jovens. A queda dos fios é um efeito colateral comum em tratamentos de quimioterapia, já a mudança da cor do cabelo pegou os pesquisadores de surpresa. "Foi um efeito colateral totalmente inesperado", explicou à BBC Mundo Noelia Rivera, dermatologista da Universidade Autônoma de Barcelona e coautora do estudo. Quando o primeiro paciente consultou os pesquisadores sobre essa transformação, a equipe acreditava se tratar de um caso isolado. Mas ao conversar com outros pacientes e analisar fotos feitas antes e depois do tratamento, concluíram que as drogas Keytruda, Opdivo e Tecentriq, usadas em tratamentos de imunoterapia contra o câncer, provocavam de fato a mudança. Em 13 pacientes, o cabelo se tornou castanho escuro ou negro e em um 14º, apenas algumas áreas do cabelo ganharam a nova cor. Os outros 38 pacientes ou não eram grisalhos na época do tratamento ou não notaram mudanças. Os pesquisadores não souberam precisar se todos os pacientes que perderam os cabelos brancos ganharam fios iguais ao da juventude ou mais escuros. "Os pacientes dizem que é a cor que tinham quando jovens, mas como a maioria da nossa população (na Espanha) tem o cabelo castanho escuro ou preto, e como não tivemos loiros no estudo, não podemos dizer com absoluta certeza de que não se trata simplesmente de um escurecimento (do cabelo)", explica Rivera. Um fator interessante associado à mudança de cor do cabelo é que isto parece indicar que o tratamento está funcionando para o paciente. Todos - com exceção de um - dos 14 pacientes que manifestaram uma mudança de cor responderam bem ao tratamento. No entanto, Rivera esclarece que isto ainda está no campo da especulação, já que o estudo ainda não foi concluído, e o tratamento ainda está em fase de testes. Direito de imagem Getty Images Image caption Se for descoberto o mecanismo da coloração, pode-se desenvolver drogas para reverter os cabelos brancos O que muitos se perguntam agora é quais são as possibilidades de desenvolver um tratamento para reverter cabelos brancos a partir desta descoberta. A princípio, explica a pesquisadora, este medicamento não pode ser usado em pessoas saudáveis para fins estéticos porque tem efeitos colaterais sérios. O tratamento de imunoterapia estimula o sistema imunológico a combater o câncer. Isso porque os tumores conseguem desativar o sistema de defesa do corpo, que passa a não reconhecê-los como uma ameaça. A droga injetada pela corrente sanguínea faz com que as células de defesa continuem funcionando. Como estimula o sistema imunológico, o medicamento tem provocado reações nas quais as células de defesa de alguns pacientes atacam o próprio organismo, provocando doenças autoimunes. "Ele pode provocar doenças autoimunes do sistema endócrino, pode alterar a tireoide e outros órgãos, as glândulas suprarrenais, a hipófise, pode afetar o fígado de forma autoimune...", lista a pesquisadora. Além disso, o tratamento é bastante caro. Segundo a organização Cancer Reserach UK, ele chega a custar £ 100 mil (R$ 412 mil) por ano. No entanto, Rivera destaca que se for encontrado o mecanismo molecular responsável por mudar a cor do cabelo, seria possível desenvolver um fármaco mais seguro com essa intenção específica. | equilibrioesaude | O tratamento experimental para câncer que devolveu a cor aos cabelos dos pacientes grisalhosPacientes grisalhos que participaram de testes para um novo tratamento contra câncer terminaram o experimento sem fios brancos. Dos 52 pacientes com câncer de pulmão, 14 recuperaram a cor de cabelo de quando eram mais jovens. A queda dos fios é um efeito colateral comum em tratamentos de quimioterapia, já a mudança da cor do cabelo pegou os pesquisadores de surpresa. "Foi um efeito colateral totalmente inesperado", explicou à BBC Mundo Noelia Rivera, dermatologista da Universidade Autônoma de Barcelona e coautora do estudo. Quando o primeiro paciente consultou os pesquisadores sobre essa transformação, a equipe acreditava se tratar de um caso isolado. Mas ao conversar com outros pacientes e analisar fotos feitas antes e depois do tratamento, concluíram que as drogas Keytruda, Opdivo e Tecentriq, usadas em tratamentos de imunoterapia contra o câncer, provocavam de fato a mudança. Em 13 pacientes, o cabelo se tornou castanho escuro ou negro e em um 14º, apenas algumas áreas do cabelo ganharam a nova cor. Os outros 38 pacientes ou não eram grisalhos na época do tratamento ou não notaram mudanças. Os pesquisadores não souberam precisar se todos os pacientes que perderam os cabelos brancos ganharam fios iguais ao da juventude ou mais escuros. "Os pacientes dizem que é a cor que tinham quando jovens, mas como a maioria da nossa população (na Espanha) tem o cabelo castanho escuro ou preto, e como não tivemos loiros no estudo, não podemos dizer com absoluta certeza de que não se trata simplesmente de um escurecimento (do cabelo)", explica Rivera. Um fator interessante associado à mudança de cor do cabelo é que isto parece indicar que o tratamento está funcionando para o paciente. Todos - com exceção de um - dos 14 pacientes que manifestaram uma mudança de cor responderam bem ao tratamento. No entanto, Rivera esclarece que isto ainda está no campo da especulação, já que o estudo ainda não foi concluído, e o tratamento ainda está em fase de testes. Direito de imagem Getty Images Image caption Se for descoberto o mecanismo da coloração, pode-se desenvolver drogas para reverter os cabelos brancos O que muitos se perguntam agora é quais são as possibilidades de desenvolver um tratamento para reverter cabelos brancos a partir desta descoberta. A princípio, explica a pesquisadora, este medicamento não pode ser usado em pessoas saudáveis para fins estéticos porque tem efeitos colaterais sérios. O tratamento de imunoterapia estimula o sistema imunológico a combater o câncer. Isso porque os tumores conseguem desativar o sistema de defesa do corpo, que passa a não reconhecê-los como uma ameaça. A droga injetada pela corrente sanguínea faz com que as células de defesa continuem funcionando. Como estimula o sistema imunológico, o medicamento tem provocado reações nas quais as células de defesa de alguns pacientes atacam o próprio organismo, provocando doenças autoimunes. "Ele pode provocar doenças autoimunes do sistema endócrino, pode alterar a tireoide e outros órgãos, as glândulas suprarrenais, a hipófise, pode afetar o fígado de forma autoimune...", lista a pesquisadora. Além disso, o tratamento é bastante caro. Segundo a organização Cancer Reserach UK, ele chega a custar £ 100 mil (R$ 412 mil) por ano. No entanto, Rivera destaca que se for encontrado o mecanismo molecular responsável por mudar a cor do cabelo, seria possível desenvolver um fármaco mais seguro com essa intenção específica. | 8 |
Moscou aproveita a inapetência ocidental em sujar as mãos | Os consensos em formação após os ataques em Paris deixam o presidente russo, Vladimir Putin, em posição favorecida na esgrima geopolítica que trava com o Ocidente. Há duas ideias centrais na praça de negociações, que por praticidade retórica do momento desconsideram o fato de que o terror jihadista não começou nem acabará com o Estado Islâmico. De toda forma, está estabelecido que é preciso uma ação mais incisiva, por terra e que vise também o financiamento da facção, para deter o EI. E que apenas a pacificação da Síria poderá sustentar alguma segurança posterior à sua eventual neutralização. A Rússia, que iniciou sua intervenção direta na guerra da Síria há apenas um mês e meio, é hoje a potência estrangeira mais capacitada a influir nos dois quesitos. Um fator é a inapetência ocidental para sujar as mãos. Prova disso é o discurso de François Hollande falando em "guerra", enquanto quem manda, Barack Obama, dizia não fazer sentido comprometer muitas tropas contra o EI. A França tem capacidade limitada de ação unilateral, ainda que acima da média europeia. Interveio com o aval do governo local a partir de 2013 no Mali, contra um misto de revolta nacionalista tuaregue e insurreição jihadista. Deu certo e, em 2014, a ação foi ampliada pela região do Sahel com forças africanas. Hoje, há cerca de 3.000 soldados franceses em ex-colônias de Paris. Mas a Síria não é o Sahel, e o que a França pode fazer sozinha é aumentar a intensidade do bombardeio. No país árabe, o quadro é complexo. Há uma ditadura acuada, extremistas do EI, gente da Al Qaeda, rebeldes que só não são chamados de terroristas porque têm o apoio do Ocidente e das monarquias do golfo que querem barrar a influência do Irã. E a Rússia. Instalado com forças aeronavais na região de Latakia, berço do aliado Bashar al-Assad, Putin ataca rebeldes de todas as tonalidades, não só do EI, e tem a seu dispor em terra as tropas do ditador, forças irregulares iranianas e o Hizbullah. Isso mudou o panorama da guerra, embora seja perceptível por ora mais uma estabilização do que uma virada. Ainda assim, é mais do que os ataques liderados pelos EUA fizeram em um ano. Washington reagiu, dando mais armas aos fracionados rebeldes sírios e apoiando ataques curdos contra o EI. Nada impede o uso pontual de forças especiais, francesas ou dos EUA, mas, para isso ter efeito, é necessário superioridade aérea –o que a presença russa na Síria não possibilita sem coordenação. Síria e seus inimigos COORDENAÇÃO DE PUTIN Uma alternativa ao Ocidente seria trabalhar com um Putin em posição de força, dando cartas na sucessão síria. Duas coisas importam a Moscou: que o aliado não acabe humilhado e morto como Muammar Gaddafi e que seu Exército e burocracia não sejam destroçados como foram os de outro ditador assassinado após intervenção ocidental, Saddam Hussein. A permanência de Assad no cargo não é um imperativo. Manter algum poder da seita alauita do ditador, contudo, é vital para seus interesses estratégicos e para os do regime xiita do Irã. No caso russo, um trunfo sírio poderá abrir o caminho para o fim das sanções europeias contra sua economia cambaleante devido à intervenção de 2014 na Ucrânia. O Conselho Europeu discutirá o tema em dezembro. De quebra, com um governo de transição com elementos do regime de Assad, Moscou poderá manter-se ativa no eixo mar Negro-Mediterrâneo oriental e reforçar a aliança com Teerã, que vinha se abrindo aos EUA. A questão é: até onde o Ocidente estaria disposto a ir numa negociação com o russo, vilão preferido das democracias lideradas pelos EUA? A tragédia jogou em favor de Putin, não só em Paris. Mesmo a derrubada de um Airbus russo sobre o Sinai, inicialmente divulgada como acidental, poderá ser assumida como atentado por Moscou. O que era exposição de fragilidade vira argumento. | mundo | Moscou aproveita a inapetência ocidental em sujar as mãosOs consensos em formação após os ataques em Paris deixam o presidente russo, Vladimir Putin, em posição favorecida na esgrima geopolítica que trava com o Ocidente. Há duas ideias centrais na praça de negociações, que por praticidade retórica do momento desconsideram o fato de que o terror jihadista não começou nem acabará com o Estado Islâmico. De toda forma, está estabelecido que é preciso uma ação mais incisiva, por terra e que vise também o financiamento da facção, para deter o EI. E que apenas a pacificação da Síria poderá sustentar alguma segurança posterior à sua eventual neutralização. A Rússia, que iniciou sua intervenção direta na guerra da Síria há apenas um mês e meio, é hoje a potência estrangeira mais capacitada a influir nos dois quesitos. Um fator é a inapetência ocidental para sujar as mãos. Prova disso é o discurso de François Hollande falando em "guerra", enquanto quem manda, Barack Obama, dizia não fazer sentido comprometer muitas tropas contra o EI. A França tem capacidade limitada de ação unilateral, ainda que acima da média europeia. Interveio com o aval do governo local a partir de 2013 no Mali, contra um misto de revolta nacionalista tuaregue e insurreição jihadista. Deu certo e, em 2014, a ação foi ampliada pela região do Sahel com forças africanas. Hoje, há cerca de 3.000 soldados franceses em ex-colônias de Paris. Mas a Síria não é o Sahel, e o que a França pode fazer sozinha é aumentar a intensidade do bombardeio. No país árabe, o quadro é complexo. Há uma ditadura acuada, extremistas do EI, gente da Al Qaeda, rebeldes que só não são chamados de terroristas porque têm o apoio do Ocidente e das monarquias do golfo que querem barrar a influência do Irã. E a Rússia. Instalado com forças aeronavais na região de Latakia, berço do aliado Bashar al-Assad, Putin ataca rebeldes de todas as tonalidades, não só do EI, e tem a seu dispor em terra as tropas do ditador, forças irregulares iranianas e o Hizbullah. Isso mudou o panorama da guerra, embora seja perceptível por ora mais uma estabilização do que uma virada. Ainda assim, é mais do que os ataques liderados pelos EUA fizeram em um ano. Washington reagiu, dando mais armas aos fracionados rebeldes sírios e apoiando ataques curdos contra o EI. Nada impede o uso pontual de forças especiais, francesas ou dos EUA, mas, para isso ter efeito, é necessário superioridade aérea –o que a presença russa na Síria não possibilita sem coordenação. Síria e seus inimigos COORDENAÇÃO DE PUTIN Uma alternativa ao Ocidente seria trabalhar com um Putin em posição de força, dando cartas na sucessão síria. Duas coisas importam a Moscou: que o aliado não acabe humilhado e morto como Muammar Gaddafi e que seu Exército e burocracia não sejam destroçados como foram os de outro ditador assassinado após intervenção ocidental, Saddam Hussein. A permanência de Assad no cargo não é um imperativo. Manter algum poder da seita alauita do ditador, contudo, é vital para seus interesses estratégicos e para os do regime xiita do Irã. No caso russo, um trunfo sírio poderá abrir o caminho para o fim das sanções europeias contra sua economia cambaleante devido à intervenção de 2014 na Ucrânia. O Conselho Europeu discutirá o tema em dezembro. De quebra, com um governo de transição com elementos do regime de Assad, Moscou poderá manter-se ativa no eixo mar Negro-Mediterrâneo oriental e reforçar a aliança com Teerã, que vinha se abrindo aos EUA. A questão é: até onde o Ocidente estaria disposto a ir numa negociação com o russo, vilão preferido das democracias lideradas pelos EUA? A tragédia jogou em favor de Putin, não só em Paris. Mesmo a derrubada de um Airbus russo sobre o Sinai, inicialmente divulgada como acidental, poderá ser assumida como atentado por Moscou. O que era exposição de fragilidade vira argumento. | 3 |
Instituto Lula nega fala de ex-presidente sobre Delcídio | O Instituto Lula negou, por intermédio de sua assessoria, que o ex-presidente Lula tenha usado a expressão "coisa de imbecil" para se referir ao comportamento de Delcídio, preso nesta quarta (25) sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A informação, porém, foi confirmada por dois participantes do almoço com Lula. A interlocutores, o ex-presidente reconheceu que a prisão de Delcídio desestabiliza o governo e leva a crise para o Palácio do Planalto. Dizendo que Delcídio fez uma "coisa de imbecil", Lula lamentou que a detenção do líder do governo no Senado tenha ocorrido num momento em que considerava praticamente debelado o movimento pelo impeachment da presidente Dilma. A avaliação foi feita durante almoço na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Segundo participantes, Lula se disse perplexo com a "burrada" de um homem tão sofisticado. Ele afirmou que cada um deve se responsabilizar pelos seus atos, sem que o governo seja contaminado. O presidente do PT, Rui Falcão, presente no mesmo evento, afirmou que há diferença entre o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ambos presos no âmbito da Operação Lava Jato. Questionado por que não manifestou ao senador, preso nesta quarta (25) acusado de atrapalhar as investigações do esquema de corrupção na Petrobras, a mesma solidariedade dedicada a Vaccari, Rui afirmou: "Existe uma diferença clara entre atividade partidária e não partidária". Após a prisão de Delcídio, o presidente do PT emitiu nota para dizer que o partido "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" a ele. Segundo Falcão, que se diz "perplexo" com os fatos que levaram o Supremo Tribunal Federal a ordenar a prisão do senador, as tratativas atribuídas a Delcídio "não têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado". Na avaliação do PT, Vaccari agiu em nome do partido. Delcídio, não. Veja abaixo a íntegra da nota: | poder | Instituto Lula nega fala de ex-presidente sobre DelcídioO Instituto Lula negou, por intermédio de sua assessoria, que o ex-presidente Lula tenha usado a expressão "coisa de imbecil" para se referir ao comportamento de Delcídio, preso nesta quarta (25) sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A informação, porém, foi confirmada por dois participantes do almoço com Lula. A interlocutores, o ex-presidente reconheceu que a prisão de Delcídio desestabiliza o governo e leva a crise para o Palácio do Planalto. Dizendo que Delcídio fez uma "coisa de imbecil", Lula lamentou que a detenção do líder do governo no Senado tenha ocorrido num momento em que considerava praticamente debelado o movimento pelo impeachment da presidente Dilma. A avaliação foi feita durante almoço na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Segundo participantes, Lula se disse perplexo com a "burrada" de um homem tão sofisticado. Ele afirmou que cada um deve se responsabilizar pelos seus atos, sem que o governo seja contaminado. O presidente do PT, Rui Falcão, presente no mesmo evento, afirmou que há diferença entre o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ambos presos no âmbito da Operação Lava Jato. Questionado por que não manifestou ao senador, preso nesta quarta (25) acusado de atrapalhar as investigações do esquema de corrupção na Petrobras, a mesma solidariedade dedicada a Vaccari, Rui afirmou: "Existe uma diferença clara entre atividade partidária e não partidária". Após a prisão de Delcídio, o presidente do PT emitiu nota para dizer que o partido "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" a ele. Segundo Falcão, que se diz "perplexo" com os fatos que levaram o Supremo Tribunal Federal a ordenar a prisão do senador, as tratativas atribuídas a Delcídio "não têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado". Na avaliação do PT, Vaccari agiu em nome do partido. Delcídio, não. Veja abaixo a íntegra da nota: | 0 |
Veja o cartum deste domingo | CHARLIE HANKIN é pintor, cartunista e animador. | ilustrissima | Veja o cartum deste domingoCHARLIE HANKIN é pintor, cartunista e animador. | 18 |
Eunício diz que Senado pode rever decisão se STF mantiver Aécio afastado | O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quarta-feira (4) que o plenário da Casa pode reverter cautelares impostas a Aécio Neves (PSDB-MG) se o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir mantê-las. "Se a posição do Supremo for manter, é natural que o Congresso delibere", disse. A declaração ocorre um dia depois de o Senado adiar para o próximo dia 17 a análise de um ofício que pode reverter as determinações impostas pela Justiça a Aécio. Senadores decidiram aguardar o resultado de um julgamento marcado pelo STF para o dia 11 de outubro. Está na pauta da corte a análise de uma ação direta de inconstitucionalidade que pede que medidas cautelares impostas a parlamentares passem pelo aval do Congresso. O caso tem impacto direto na situação de Aécio. A primeira turma do STF proibiu o tucano de exercer atividades parlamentares e de deixar sua casa do período da noite. "Eu passei o dia todo conversando com a ministra Carmen Lúcia e os parlamentares com influência na Casa para que a gente esperasse a decisão, já que ela antecipou a pauta [para o dia 11], dando ao pleno a condição de rever uma posição de alguns de seus membros. Se o Supremo não tomar a decisão, a matéria está pautada para o dia 17", disse Eunício. "Se o supremo tomar uma decisão que não necessite mais essa dúvida, obviamente essa matéria fica prejudicada", acrescentou. REFORMA POLÍTICA Eunício comemorou ainda a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que cria cláusula de barreira para partidos e impõe o fim das coligações a partir de 2020. O texto, única medida aprovada pelo Congresso até o momento no âmbito na reforma política, deve ser promulgado pelo Senado na tarde desta quarta-feira (4). Eunício disse ainda ter conversado na noite de terça com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para fazer um acordo sobre aprovação de um fundo de financiamento de campanhas eleitorais. O peemedebista se dispôs a negociar com o Palácio do Planalto vetos parciais ao projeto para que a Câmara aprove ainda nesta quarta o texto. Para terem validade nas eleições de 2018, as modificações legislativas precisam estar sancionadas ou promulgadas até o próximo sábado (7). Eunício avalia que se a Câmara alterar o texto do fundo, isso obriga uma nova análise pelos senadores e não haverá tempo para a proposta ser válida em 2018. | poder | Eunício diz que Senado pode rever decisão se STF mantiver Aécio afastadoO presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quarta-feira (4) que o plenário da Casa pode reverter cautelares impostas a Aécio Neves (PSDB-MG) se o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir mantê-las. "Se a posição do Supremo for manter, é natural que o Congresso delibere", disse. A declaração ocorre um dia depois de o Senado adiar para o próximo dia 17 a análise de um ofício que pode reverter as determinações impostas pela Justiça a Aécio. Senadores decidiram aguardar o resultado de um julgamento marcado pelo STF para o dia 11 de outubro. Está na pauta da corte a análise de uma ação direta de inconstitucionalidade que pede que medidas cautelares impostas a parlamentares passem pelo aval do Congresso. O caso tem impacto direto na situação de Aécio. A primeira turma do STF proibiu o tucano de exercer atividades parlamentares e de deixar sua casa do período da noite. "Eu passei o dia todo conversando com a ministra Carmen Lúcia e os parlamentares com influência na Casa para que a gente esperasse a decisão, já que ela antecipou a pauta [para o dia 11], dando ao pleno a condição de rever uma posição de alguns de seus membros. Se o Supremo não tomar a decisão, a matéria está pautada para o dia 17", disse Eunício. "Se o supremo tomar uma decisão que não necessite mais essa dúvida, obviamente essa matéria fica prejudicada", acrescentou. REFORMA POLÍTICA Eunício comemorou ainda a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que cria cláusula de barreira para partidos e impõe o fim das coligações a partir de 2020. O texto, única medida aprovada pelo Congresso até o momento no âmbito na reforma política, deve ser promulgado pelo Senado na tarde desta quarta-feira (4). Eunício disse ainda ter conversado na noite de terça com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para fazer um acordo sobre aprovação de um fundo de financiamento de campanhas eleitorais. O peemedebista se dispôs a negociar com o Palácio do Planalto vetos parciais ao projeto para que a Câmara aprove ainda nesta quarta o texto. Para terem validade nas eleições de 2018, as modificações legislativas precisam estar sancionadas ou promulgadas até o próximo sábado (7). Eunício avalia que se a Câmara alterar o texto do fundo, isso obriga uma nova análise pelos senadores e não haverá tempo para a proposta ser válida em 2018. | 0 |
Google inaugura campus de empreendedorismo na zona sul | GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Café e wi-fi rápido são ótimos combustíveis na hora de ter ideias. No recém-inaugurado campus do Google, não só empreendedores, mas qualquer interessado pode desfrutar dessa combinação. Basta tornar-se um membro pelo site. Esse é o sexto espaço desse tipo no mundo e o primeiro na América Latina. Os outros cinco estão em Londres, Tel Aviv, Seul, Madri e Varsóvia. O projeto, instalado em um prédio de seis andares na região sul da cidade, deve funcionar como um híbrido de aceleradora e incubadora de start-ups. "É a nossa tentativa de alavancar ecossistemas empreendedores", diz André Barrence, diretor do campus. A decoração, inspirada em conceito definido por "selva de pedra", é tão diversificada quanto nas filiais do Google. As salas de reuniões representam festas da cidade, como Virada Cultural, Feira da Kantuta e Ano-Novo Chinês. No quinto andar, aberto ao público, vacas amarelas e panelas ("quem falar primeiro") indicam o espaço do silêncio. Ali, orelhões de ponta cabeça foram transformados em poltronas. O local possui ainda um mural dividido em duas partes: "ofereço" e "procuro". Cartões de visita estimulam o "networking": podem ser fixados com prendedores de roupa em fios de aço ao lado da escada. No último piso fica o Sofa Café, que possui ainda terraços espaçosos ocupados com espreguiçadeiras e redes. Até julho, serão selecionados entre dez e 15 negócios para residirem no espaço por, no mínimo, seis meses -sem pagar nada por isso-e receberem auxílio de especialistas. Uma característica levada em consideração é que as start-ups invistam projetos que envolvam algum tipo de tecnologia. Google Campus. R. Cel. Oscar Porto, 70, Paraíso, região sul, s/tel. Seg. a sex.: 9h às 19h. É necessário fazer cadastro p/ campus.co/saopaulo. | saopaulo | Google inaugura campus de empreendedorismo na zona sulGABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Café e wi-fi rápido são ótimos combustíveis na hora de ter ideias. No recém-inaugurado campus do Google, não só empreendedores, mas qualquer interessado pode desfrutar dessa combinação. Basta tornar-se um membro pelo site. Esse é o sexto espaço desse tipo no mundo e o primeiro na América Latina. Os outros cinco estão em Londres, Tel Aviv, Seul, Madri e Varsóvia. O projeto, instalado em um prédio de seis andares na região sul da cidade, deve funcionar como um híbrido de aceleradora e incubadora de start-ups. "É a nossa tentativa de alavancar ecossistemas empreendedores", diz André Barrence, diretor do campus. A decoração, inspirada em conceito definido por "selva de pedra", é tão diversificada quanto nas filiais do Google. As salas de reuniões representam festas da cidade, como Virada Cultural, Feira da Kantuta e Ano-Novo Chinês. No quinto andar, aberto ao público, vacas amarelas e panelas ("quem falar primeiro") indicam o espaço do silêncio. Ali, orelhões de ponta cabeça foram transformados em poltronas. O local possui ainda um mural dividido em duas partes: "ofereço" e "procuro". Cartões de visita estimulam o "networking": podem ser fixados com prendedores de roupa em fios de aço ao lado da escada. No último piso fica o Sofa Café, que possui ainda terraços espaçosos ocupados com espreguiçadeiras e redes. Até julho, serão selecionados entre dez e 15 negócios para residirem no espaço por, no mínimo, seis meses -sem pagar nada por isso-e receberem auxílio de especialistas. Uma característica levada em consideração é que as start-ups invistam projetos que envolvam algum tipo de tecnologia. Google Campus. R. Cel. Oscar Porto, 70, Paraíso, região sul, s/tel. Seg. a sex.: 9h às 19h. É necessário fazer cadastro p/ campus.co/saopaulo. | 17 |
Após manobra pró-Cunha, presidente da CCJ diz querer 'recuperar imagem' | Um dia após ter encerrado a sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e adiado para esta quinta (14) o desfecho do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Osmar Serraglio pediu a palavra durante a sessão para se justificar e "recuperar um pouco da minha imagem". Aliado de Cunha e presidente da CCJ, Serraglio encerrou a sessão na quarta (13) por volta das 17h, embora a eleição para novo presidente da Câmara só fosse ter início às 19h. Foi chamado de "vendido" e criticado pelos deputados aos gritos de "vergonha". "Imaginando que minimamente eu possa recuperar um pouco da minha imagem diante do que se vê hoje nos jornais, nas redes sociais, nos programas jornalísticos, e aqui está o plenário da CCJ para que eu possa afirmar mais uma vez que eu não prossegui, em nenhum momento, de forma que não fosse regimental", afirmou Serraglio. E complementou: "Peço com muita humildade e encarecidamente que a imprensa se puder esclareça isso à população brasileira". Depois, em conversa com os jornalistas, Serraglio perguntou: "Vocês vão registrar que as pessoas que me criticaram ontem me elogiaram hoje?". Isso porque alguns parlamentares pediram a palavra nesta quinta para defender sua condução à frente da CCJ. Serraglio admitiu estar aliviado com o fim do processo na CCJ. "É claro que atrapalha. Estávamos já há 12 dias úteis discutindo esse assunto", afirmou. Um dos mais ferrenhos defensores de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), consolou Serraglio: "O senhor tomou pau da imprensa um dia, ontem, injustamente. Eu estou tomando há um ano e estou aqui com as costas largas". Marun, dentre outras ações, foi o autor do recurso contra a cassação de Cunha no Conselho de Ética, que nesta quinta também acabou rejeitado na CCJ. No mês passado, o conselho aprovou a cassação de Cunha por 11 votos a 9, no processo mais longo de sua história. Nesta quinta, a CCJ rejeitou o recurso em defesa de Cunha, por 48 votos a 12, e decidiu encaminhar seu processo de cassação ao plenário. Na volta do recesso, em agosto, a Câmara deve decidir se Cunha deve ou não perder o mandato. A acusação é que ele mentiu aos seus pares por dizer que não tinha contas no exterior. O Ministério Público da Suíça enviou documentação às autoridades brasileiras apontando que Cunha era beneficiário final de três contas naquele país, cuja titularidade estava em nome de trusts– instituto jurídico para administrar bens de terceiros. | poder | Após manobra pró-Cunha, presidente da CCJ diz querer 'recuperar imagem'Um dia após ter encerrado a sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e adiado para esta quinta (14) o desfecho do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Osmar Serraglio pediu a palavra durante a sessão para se justificar e "recuperar um pouco da minha imagem". Aliado de Cunha e presidente da CCJ, Serraglio encerrou a sessão na quarta (13) por volta das 17h, embora a eleição para novo presidente da Câmara só fosse ter início às 19h. Foi chamado de "vendido" e criticado pelos deputados aos gritos de "vergonha". "Imaginando que minimamente eu possa recuperar um pouco da minha imagem diante do que se vê hoje nos jornais, nas redes sociais, nos programas jornalísticos, e aqui está o plenário da CCJ para que eu possa afirmar mais uma vez que eu não prossegui, em nenhum momento, de forma que não fosse regimental", afirmou Serraglio. E complementou: "Peço com muita humildade e encarecidamente que a imprensa se puder esclareça isso à população brasileira". Depois, em conversa com os jornalistas, Serraglio perguntou: "Vocês vão registrar que as pessoas que me criticaram ontem me elogiaram hoje?". Isso porque alguns parlamentares pediram a palavra nesta quinta para defender sua condução à frente da CCJ. Serraglio admitiu estar aliviado com o fim do processo na CCJ. "É claro que atrapalha. Estávamos já há 12 dias úteis discutindo esse assunto", afirmou. Um dos mais ferrenhos defensores de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), consolou Serraglio: "O senhor tomou pau da imprensa um dia, ontem, injustamente. Eu estou tomando há um ano e estou aqui com as costas largas". Marun, dentre outras ações, foi o autor do recurso contra a cassação de Cunha no Conselho de Ética, que nesta quinta também acabou rejeitado na CCJ. No mês passado, o conselho aprovou a cassação de Cunha por 11 votos a 9, no processo mais longo de sua história. Nesta quinta, a CCJ rejeitou o recurso em defesa de Cunha, por 48 votos a 12, e decidiu encaminhar seu processo de cassação ao plenário. Na volta do recesso, em agosto, a Câmara deve decidir se Cunha deve ou não perder o mandato. A acusação é que ele mentiu aos seus pares por dizer que não tinha contas no exterior. O Ministério Público da Suíça enviou documentação às autoridades brasileiras apontando que Cunha era beneficiário final de três contas naquele país, cuja titularidade estava em nome de trusts– instituto jurídico para administrar bens de terceiros. | 0 |
Tradicional feira de arte holandesa Tefaf anuncia 2 edições em Nova York | Uma das mais importantes feiras de arte do mundo, a Tefaf, que acontece anualmente em Maastricht, na Holanda, terá duas edições em Nova York neste ano e em 2017, anunciaram os organizadores nesta quinta-feira (4), O evento se consolidou como a maior plataforma para compra de obras antigas, em contraponto às feiras focadas em arte contemporânea, como as gigantes Art Basel, com braços em Basileia, Miami e Hong Kong, e a Frieze, que acontece em Londres e Nova York. Na Tefaf, o comércio é o centro das atenções: há a venda desde quadros de velhos mestres a joias e antiguidades egípcias. Em Nova York, a feira ocupará o Park Avenue Armory, primeiro no outono americano, de 22 a 27 de outubro de 2016 e, depois, na primavera, entre 4 e 9 de maio do ano seguinte. Juntas, as duas edições acomodarão cerca de 170 galerias, aprovadas em um rigoroso processo de seleção. Em 2012, quando chegou a sua 25ª edição em Maastricht, a Tefaf realizou uma versão reduzida em São Paulo, reunindo na Casa Petra, espaço expositivo em Moema, um recorte com obras de 31 galerias. Entre os trabalhos trazidos ao país, estiveram obras de mestres como Canaletto e Francisco de Zurbarán, trabalhos de impressionistas como Henri Fantin-Latour e Odilon Redon, além de autores modernos e contemporâneos como Lucio Fontana e Andy Warhol. | ilustrada | Tradicional feira de arte holandesa Tefaf anuncia 2 edições em Nova YorkUma das mais importantes feiras de arte do mundo, a Tefaf, que acontece anualmente em Maastricht, na Holanda, terá duas edições em Nova York neste ano e em 2017, anunciaram os organizadores nesta quinta-feira (4), O evento se consolidou como a maior plataforma para compra de obras antigas, em contraponto às feiras focadas em arte contemporânea, como as gigantes Art Basel, com braços em Basileia, Miami e Hong Kong, e a Frieze, que acontece em Londres e Nova York. Na Tefaf, o comércio é o centro das atenções: há a venda desde quadros de velhos mestres a joias e antiguidades egípcias. Em Nova York, a feira ocupará o Park Avenue Armory, primeiro no outono americano, de 22 a 27 de outubro de 2016 e, depois, na primavera, entre 4 e 9 de maio do ano seguinte. Juntas, as duas edições acomodarão cerca de 170 galerias, aprovadas em um rigoroso processo de seleção. Em 2012, quando chegou a sua 25ª edição em Maastricht, a Tefaf realizou uma versão reduzida em São Paulo, reunindo na Casa Petra, espaço expositivo em Moema, um recorte com obras de 31 galerias. Entre os trabalhos trazidos ao país, estiveram obras de mestres como Canaletto e Francisco de Zurbarán, trabalhos de impressionistas como Henri Fantin-Latour e Odilon Redon, além de autores modernos e contemporâneos como Lucio Fontana e Andy Warhol. | 1 |
Desemprego assume estágio mais grave e atinge chefes de família | O desemprego provocado pela recessão, que já dura dois anos, chegou a um estágio mais grave: passou a atingir os trabalhadores que respondem pela principal fonte de renda da família. Normalmente mais resistentes às intempéries do mercado, com vínculo mais longo no emprego e experiência, esses trabalhadores já não estão mais sendo poupados. Chefes de família (homens ou mulheres) respondem por 45% dos funcionários com mais de dois anos na mesma empresa, segundo o IBGE. Foi esse justamente o grupo mais afetado pelo desemprego no ano passado, representando cerca de um terço das demissões, segundo levantamento do economista Sérgio Firpo, do Insper. Pior marca desde 2002, o número é ainda mais negativo do que o de outras crises, como em 2003 e 2009. A taxa de desemprego dos chefes de família subiu 72%, de 3,53% dos trabalhadores no início da recessão, em meados de 2014, para 6,07% no primeiro trimestre de 2016. Crise afeta os trabalhadores com mais tempo de casa - Desempregados de acordo com o tempo de vínculo de trabalho antes da demissão, em % DANO DURADOURO O fenômeno deve ter consequências profundas nas famílias e nas empresas mesmo após a crise, dizem economistas. A perda da principal renda da família empurra para o mercado de trabalho os demais integrantes, muitos deles filhos com idade entre 14 e 17 anos, que passam a dividir horas de estudo com a busca por trabalho. O risco é que esses jovens reduzam suas chances de melhores empregos e salários no futuro, o que pode comprometer seu progresso econômico e afetar o crescimento do país no longo prazo. É essa uma das preocupações do metalúrgico Ricardo Lopes de Oliveira, 45, demitido depois de 23 anos de trabalho na fabricante de autopeças Autometal. Sem perspectivas de se reempregar com salário equivalente ao que tinha, ele reuniu a mulher e as duas filhas, de 11 e 15 anos, para planejar as contas até o final do ano. "As meninas sugeriram passar a vender trufas", diz o operador de máquina, cuja mulher, fora do mercado há mais de dez anos, também vai procurar emprego agora. Oliveira espera conseguir uma vaga até o fim do ano, para não tirar as meninas da escola particular. "Vou ter que fazer um curso para me atualizar. A máquina que eu operava era muito velha." Para as empresas, a saída desses funcionários também é má notícia que pode perdurar. "Esse trabalhador domina a tecnologia utilizada pela empresa e é mais produtivo naquele ambiente. Quando sai, é uma perda que não aparece na contabilidade, um custo invisível de perda de capital humano", afirma Hélio Zylberztajn, da USP. Rendimento derrete com piora do mercado de trabalho - Taxa de desemprego, em % PERDA Segundo Firpo, os desligamentos de trabalhadores com vínculos mais longos podem significar perda de conhecimento para as empresas e para os funcionários. "O empregador terá que treinar outra pessoa, e o trabalhador vê pouca utilidade nas habilidades adquiridas na firma." O gráfico Valter Gonçalves dos Santos, 50, demitido com outros 274 funcionários em dezembro do ano passado, já deu o primeiro passo para mudar de atividade. Na Prol Editora, que o dispensou, ele foi operador de impressora rotativa por sete anos e oito meses. Agora faz um curso de refrigeração e, em seguida, quer se especializar em ar-condicionado. Sem recursos para pagar o curso, está sendo ajudado por um de seus filhos, que custeia a mensalidade de R$ 315. A última parcela do seguro-desemprego, 60% menor que o salário anterior, já venceu. "Minha mulher começou a trabalhar como merendeira em meio período, por R$ 600. Só de aluguel, gastamos R$ 1.000. Só não está pior porque meus filhos estão segurando as contas", diz Valter, pai de três jovens de 29, 27 e 21 anos. Onde está o desemprego? - Variação da população, ante o mesmo período do ano passado, em % MAU SINAL O diretor da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Renato da Fonseca afirma que é um mau sinal olhando à frente quando as empresas chegam ao ponto de fazer demissões em massa. Sobretudo de funcionários com mais experiência. "Significa que o empresário segurou ao máximo as demissões e decidiu desligar funcionários que, com a produção escassa, estavam sendo deslocados para outras atividades, como manutenção. Isso indica que a retomada, quando vier, será lenta." ENTENDA Série discute os efeitos da recessão Esta é a terceira reportagem da série "Marcas da Crise", que discute os impactos da atual recessão, talvez a mais profunda da história do país. Alguns dos efeitos desta crise podem durar muito tempo, afetando a capacidade de reação da economia, mesmo passado o pior momento da contração econômica brasileira. | mercado | Desemprego assume estágio mais grave e atinge chefes de famíliaO desemprego provocado pela recessão, que já dura dois anos, chegou a um estágio mais grave: passou a atingir os trabalhadores que respondem pela principal fonte de renda da família. Normalmente mais resistentes às intempéries do mercado, com vínculo mais longo no emprego e experiência, esses trabalhadores já não estão mais sendo poupados. Chefes de família (homens ou mulheres) respondem por 45% dos funcionários com mais de dois anos na mesma empresa, segundo o IBGE. Foi esse justamente o grupo mais afetado pelo desemprego no ano passado, representando cerca de um terço das demissões, segundo levantamento do economista Sérgio Firpo, do Insper. Pior marca desde 2002, o número é ainda mais negativo do que o de outras crises, como em 2003 e 2009. A taxa de desemprego dos chefes de família subiu 72%, de 3,53% dos trabalhadores no início da recessão, em meados de 2014, para 6,07% no primeiro trimestre de 2016. Crise afeta os trabalhadores com mais tempo de casa - Desempregados de acordo com o tempo de vínculo de trabalho antes da demissão, em % DANO DURADOURO O fenômeno deve ter consequências profundas nas famílias e nas empresas mesmo após a crise, dizem economistas. A perda da principal renda da família empurra para o mercado de trabalho os demais integrantes, muitos deles filhos com idade entre 14 e 17 anos, que passam a dividir horas de estudo com a busca por trabalho. O risco é que esses jovens reduzam suas chances de melhores empregos e salários no futuro, o que pode comprometer seu progresso econômico e afetar o crescimento do país no longo prazo. É essa uma das preocupações do metalúrgico Ricardo Lopes de Oliveira, 45, demitido depois de 23 anos de trabalho na fabricante de autopeças Autometal. Sem perspectivas de se reempregar com salário equivalente ao que tinha, ele reuniu a mulher e as duas filhas, de 11 e 15 anos, para planejar as contas até o final do ano. "As meninas sugeriram passar a vender trufas", diz o operador de máquina, cuja mulher, fora do mercado há mais de dez anos, também vai procurar emprego agora. Oliveira espera conseguir uma vaga até o fim do ano, para não tirar as meninas da escola particular. "Vou ter que fazer um curso para me atualizar. A máquina que eu operava era muito velha." Para as empresas, a saída desses funcionários também é má notícia que pode perdurar. "Esse trabalhador domina a tecnologia utilizada pela empresa e é mais produtivo naquele ambiente. Quando sai, é uma perda que não aparece na contabilidade, um custo invisível de perda de capital humano", afirma Hélio Zylberztajn, da USP. Rendimento derrete com piora do mercado de trabalho - Taxa de desemprego, em % PERDA Segundo Firpo, os desligamentos de trabalhadores com vínculos mais longos podem significar perda de conhecimento para as empresas e para os funcionários. "O empregador terá que treinar outra pessoa, e o trabalhador vê pouca utilidade nas habilidades adquiridas na firma." O gráfico Valter Gonçalves dos Santos, 50, demitido com outros 274 funcionários em dezembro do ano passado, já deu o primeiro passo para mudar de atividade. Na Prol Editora, que o dispensou, ele foi operador de impressora rotativa por sete anos e oito meses. Agora faz um curso de refrigeração e, em seguida, quer se especializar em ar-condicionado. Sem recursos para pagar o curso, está sendo ajudado por um de seus filhos, que custeia a mensalidade de R$ 315. A última parcela do seguro-desemprego, 60% menor que o salário anterior, já venceu. "Minha mulher começou a trabalhar como merendeira em meio período, por R$ 600. Só de aluguel, gastamos R$ 1.000. Só não está pior porque meus filhos estão segurando as contas", diz Valter, pai de três jovens de 29, 27 e 21 anos. Onde está o desemprego? - Variação da população, ante o mesmo período do ano passado, em % MAU SINAL O diretor da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Renato da Fonseca afirma que é um mau sinal olhando à frente quando as empresas chegam ao ponto de fazer demissões em massa. Sobretudo de funcionários com mais experiência. "Significa que o empresário segurou ao máximo as demissões e decidiu desligar funcionários que, com a produção escassa, estavam sendo deslocados para outras atividades, como manutenção. Isso indica que a retomada, quando vier, será lenta." ENTENDA Série discute os efeitos da recessão Esta é a terceira reportagem da série "Marcas da Crise", que discute os impactos da atual recessão, talvez a mais profunda da história do país. Alguns dos efeitos desta crise podem durar muito tempo, afetando a capacidade de reação da economia, mesmo passado o pior momento da contração econômica brasileira. | 2 |
Sete Brasil gerou propinas e esquema para iludir o público e o mercado | Desde o final de 2014, sabe-se que a Sete Brasil, empresa que forneceria 29 sondas à Petrobras, era uma fabricação duvidosa na origem, anacrônica nos meios e perdulária nos fins. Ideia do petrogatuno Pedro Barusco, produziria equipamentos caros, porém nacionais. Lula meteu no negócio de R$ 28 bilhões os fundos estatais (Previ, Petros, Funcef, mais as arcas do FGTS) e atraiu os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander. As coisas só iriam bem se o BNDES financiasse R$ 8,8 bilhões, mas o banco sentiu o cheiro de queimado e retraiu-se. Micou a Caixa Econômica, com R$ 700 milhões. Até aí há apenas mais uma petrorroubalheira. No caso da Sete houve mais. Construiu-se uma catedral de patranhas indicativa de que, apesar da Lava Jato, ainda há gente jogando com a boa fé do público e as ilusões do mercado. Ao longo de dois anos, repetiu-se que o problema seria resolvido pelo BNDES. Fechada essa porta, tudo seria acertado com um redimensionamento do contrato pela Petrobras. Era tudo fantasia, e a empresa marchava para a recuperação judicial. Em maio do ano passado, o presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro, disse à CPI da Petrobras que auditores externos examinaram a empresa e nada acharam de anormal. Mais: informou que Pedro Barusco e João Carlos Ferraz (seu antecessor no cargo) não foram "bons" executivos. Carneiro dizia essas coisas enquanto Ferraz negociava sua colaboração com o Ministério Público. Na semana passada, Ferraz contou ao juiz Sergio Moro que cobrava propinas de 0,9% aos estaleiros que contratava e dividia o butim com João Vaccari, então tesoureiro do PT. O comissariado coletava dois terços e o terço restante ia para Barusco e outros dois diretores da Petrobras. Os bancos que investiram na Sete, bem como empresas que pagavam propinas, têm ações no mercado. A propagação de mentiras e fantasias em torno das atividades da Sete não ofendiam apenas os otários que lhes davam crédito. Iludiam também o mercado. * MADAME NATASHA Madame Natasha concedeu uma rápida bolsa de estudos ao presidente da Petrobras, doutor Pedro Parente. É apenas um pedido para que evite repetir uma expressão que usou ao enumerar seu planos para a empresa. Ele disse o seguinte: "Na hipótese de a gente abrir a maior parte do controle, é com co-controle." Considerando o que fizeram seus antecessores, ele deveria evitar o uso desse bissílabo mesmo como prefixo. No caso, "controle compartilhado" iria bem. RECORDAR É VIVER Para a história da Petrobras. O marechal Waldemar Levy Cardoso morreu em 2009. Ele presidiu a empresa em 1969 e ficou no seu conselho até 1985. Levy Cardoso morreu aos 108 anos e, além do nome, deixou para a família apenas um apartamento de três quartos, sala e um banheiro, na rua Tonelero, em Copacabana. MARCA-PASSOS Não era só a quadrilha dos marca-passos cerebrais do Hospital da Clínicas que agia na medicina pública de São Paulo. Há anos, outras quadrilhas de médicos acertados com fabricantes trabalham em torno dos marca-passos de coração. Uma delas foi silenciosamente desbaratada há poucos meses. TEMER NA ACADEMIA Pela malvada e inexorável passagem do tempo, é possível que a abertura da vaga de Sábato Magaldi na Academia Brasileira de Letras venha a ser a primeira de uma série. Depois de 2018, a pista receberá um novo candidato: Michel Temer. Ele é autor de livros de Direito e comete poesias ("Anônima Intimidade"). Se os seus versos podem jogar luz sobre seu governo, ele ficará no patamar de pedestres de José Sarney, autor de "Marimbondos de Fogo". QUEDA DE BRAÇO O governo sabe que sua lua de mel com as centrais sindicais tem prazo de validade. Prenuncia-se um debate do mudo com o surdo em torno da reforma trabalhista. O Planalto ainda não disse o que quer e as centrais ainda não sinalizaram o que podem negociar. Há algo de teatral nas promessas reformistas do governo, pois ele não diz uma só palavra a respeito do Sistema S. Trata-se de um avanço de uns 5% sobre as folhas de pagamento, que nasceu durante o Estado Novo e, em 2014, arrecadou R$ 31 bilhões. O ministro Joaquim Levy tentou mexer nessa caixa preta e o presidente da Federação das Industrias de São Paulo, doutor Paulo Skaf, disse que os empresários iriam "à guerra" para defendê-la. Na semana passada, a Fiesp, madrinha do famoso pato amarelo que enfeitava as manifestações contra Dilma Rousseff, perdeu um de seus 86 diretores. O empresário Laodse de Abreu Duarte foi exposto como o maior devedor da União, com um espeto de R$ 6,9 bilhões. AULA DE ALUNOS Há um ano, quando Dilma Rousseff decidiu limitar o acesso de estudantes ao financiamento público de seus cursos superiores, as guildas das faculdades privadas protestaram. O governo não queria emprestar dinheiro a quem tirasse zero nas redações ou não conseguisse fazer 450 pontos no Enem. O doutor José Alberto Loureiro, da rede de educação Laureate, disse que isso significaria uma "limpeza étnica", porque prejudicaria os pobres. Uma pesquisa realizada junto a jovens que pretendem entrar nas universidades revela que oito em cada dez defendem a nota mínima. - Em 1973, o aristocrata Nigel Nicolson encantou o mundo com o livro "Retrato de um Casamento", no qual contou a história de amor de seus pais. Ela, Vita Sackville-West (1892-1962), namorara a escritora Virginia Woolf e outras 50 senhoras, inclusive uma cunhada. Ele, Harold Nicolson, tivera dezenas de romances, inclusive com um crítico de arte. Esse era o mundo dos aristocratas e seria falta de educação espalhar suas histórias. Vita tivera um incandescente romance com a filha da amante do rei Edward 7º, que vem a ser a bisavó da atual mulher do príncipe Charles. Virginia Woolf tivera um caso com o namorado do economista John Maynard Keynes. Num novo mundo, Juliet Nicolson, neta de Vita, acaba de publicar "A House full of Daughters" ("Uma casa cheia de filhas"). O livro atravessa sete gerações de mulheres onde aconteceu de tudo, desde a vida semiclandestina de Pepita, uma dançarina espanhola, amante do primeiro Sackville-West, até o alcoolismo de três das seis adultas e os lençóis compartilhados. Nigel, o filho de Vita e pai de Juliet, perdeu a virgindade aos 31 anos e achava a prática tão desagradável como ir ao vaso sanitário. Juliet nasceu em 1955 e ganhou esse nome porque a mãe tinha um cachorro chamado Romeu. Foi a primeira a cursar uma universidade. Atravessando-se o livro da senhora Nicolson sente-se o vigor das mulheres da família Goldsmith, o ramo materno de Kate Middleton, com seus mineiros que ralavam, morriam de doenças pulmonares e passavam períodos na cadeia. Dali sairá a futura rainha da Inglaterra. | colunas | Sete Brasil gerou propinas e esquema para iludir o público e o mercadoDesde o final de 2014, sabe-se que a Sete Brasil, empresa que forneceria 29 sondas à Petrobras, era uma fabricação duvidosa na origem, anacrônica nos meios e perdulária nos fins. Ideia do petrogatuno Pedro Barusco, produziria equipamentos caros, porém nacionais. Lula meteu no negócio de R$ 28 bilhões os fundos estatais (Previ, Petros, Funcef, mais as arcas do FGTS) e atraiu os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander. As coisas só iriam bem se o BNDES financiasse R$ 8,8 bilhões, mas o banco sentiu o cheiro de queimado e retraiu-se. Micou a Caixa Econômica, com R$ 700 milhões. Até aí há apenas mais uma petrorroubalheira. No caso da Sete houve mais. Construiu-se uma catedral de patranhas indicativa de que, apesar da Lava Jato, ainda há gente jogando com a boa fé do público e as ilusões do mercado. Ao longo de dois anos, repetiu-se que o problema seria resolvido pelo BNDES. Fechada essa porta, tudo seria acertado com um redimensionamento do contrato pela Petrobras. Era tudo fantasia, e a empresa marchava para a recuperação judicial. Em maio do ano passado, o presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro, disse à CPI da Petrobras que auditores externos examinaram a empresa e nada acharam de anormal. Mais: informou que Pedro Barusco e João Carlos Ferraz (seu antecessor no cargo) não foram "bons" executivos. Carneiro dizia essas coisas enquanto Ferraz negociava sua colaboração com o Ministério Público. Na semana passada, Ferraz contou ao juiz Sergio Moro que cobrava propinas de 0,9% aos estaleiros que contratava e dividia o butim com João Vaccari, então tesoureiro do PT. O comissariado coletava dois terços e o terço restante ia para Barusco e outros dois diretores da Petrobras. Os bancos que investiram na Sete, bem como empresas que pagavam propinas, têm ações no mercado. A propagação de mentiras e fantasias em torno das atividades da Sete não ofendiam apenas os otários que lhes davam crédito. Iludiam também o mercado. * MADAME NATASHA Madame Natasha concedeu uma rápida bolsa de estudos ao presidente da Petrobras, doutor Pedro Parente. É apenas um pedido para que evite repetir uma expressão que usou ao enumerar seu planos para a empresa. Ele disse o seguinte: "Na hipótese de a gente abrir a maior parte do controle, é com co-controle." Considerando o que fizeram seus antecessores, ele deveria evitar o uso desse bissílabo mesmo como prefixo. No caso, "controle compartilhado" iria bem. RECORDAR É VIVER Para a história da Petrobras. O marechal Waldemar Levy Cardoso morreu em 2009. Ele presidiu a empresa em 1969 e ficou no seu conselho até 1985. Levy Cardoso morreu aos 108 anos e, além do nome, deixou para a família apenas um apartamento de três quartos, sala e um banheiro, na rua Tonelero, em Copacabana. MARCA-PASSOS Não era só a quadrilha dos marca-passos cerebrais do Hospital da Clínicas que agia na medicina pública de São Paulo. Há anos, outras quadrilhas de médicos acertados com fabricantes trabalham em torno dos marca-passos de coração. Uma delas foi silenciosamente desbaratada há poucos meses. TEMER NA ACADEMIA Pela malvada e inexorável passagem do tempo, é possível que a abertura da vaga de Sábato Magaldi na Academia Brasileira de Letras venha a ser a primeira de uma série. Depois de 2018, a pista receberá um novo candidato: Michel Temer. Ele é autor de livros de Direito e comete poesias ("Anônima Intimidade"). Se os seus versos podem jogar luz sobre seu governo, ele ficará no patamar de pedestres de José Sarney, autor de "Marimbondos de Fogo". QUEDA DE BRAÇO O governo sabe que sua lua de mel com as centrais sindicais tem prazo de validade. Prenuncia-se um debate do mudo com o surdo em torno da reforma trabalhista. O Planalto ainda não disse o que quer e as centrais ainda não sinalizaram o que podem negociar. Há algo de teatral nas promessas reformistas do governo, pois ele não diz uma só palavra a respeito do Sistema S. Trata-se de um avanço de uns 5% sobre as folhas de pagamento, que nasceu durante o Estado Novo e, em 2014, arrecadou R$ 31 bilhões. O ministro Joaquim Levy tentou mexer nessa caixa preta e o presidente da Federação das Industrias de São Paulo, doutor Paulo Skaf, disse que os empresários iriam "à guerra" para defendê-la. Na semana passada, a Fiesp, madrinha do famoso pato amarelo que enfeitava as manifestações contra Dilma Rousseff, perdeu um de seus 86 diretores. O empresário Laodse de Abreu Duarte foi exposto como o maior devedor da União, com um espeto de R$ 6,9 bilhões. AULA DE ALUNOS Há um ano, quando Dilma Rousseff decidiu limitar o acesso de estudantes ao financiamento público de seus cursos superiores, as guildas das faculdades privadas protestaram. O governo não queria emprestar dinheiro a quem tirasse zero nas redações ou não conseguisse fazer 450 pontos no Enem. O doutor José Alberto Loureiro, da rede de educação Laureate, disse que isso significaria uma "limpeza étnica", porque prejudicaria os pobres. Uma pesquisa realizada junto a jovens que pretendem entrar nas universidades revela que oito em cada dez defendem a nota mínima. - Em 1973, o aristocrata Nigel Nicolson encantou o mundo com o livro "Retrato de um Casamento", no qual contou a história de amor de seus pais. Ela, Vita Sackville-West (1892-1962), namorara a escritora Virginia Woolf e outras 50 senhoras, inclusive uma cunhada. Ele, Harold Nicolson, tivera dezenas de romances, inclusive com um crítico de arte. Esse era o mundo dos aristocratas e seria falta de educação espalhar suas histórias. Vita tivera um incandescente romance com a filha da amante do rei Edward 7º, que vem a ser a bisavó da atual mulher do príncipe Charles. Virginia Woolf tivera um caso com o namorado do economista John Maynard Keynes. Num novo mundo, Juliet Nicolson, neta de Vita, acaba de publicar "A House full of Daughters" ("Uma casa cheia de filhas"). O livro atravessa sete gerações de mulheres onde aconteceu de tudo, desde a vida semiclandestina de Pepita, uma dançarina espanhola, amante do primeiro Sackville-West, até o alcoolismo de três das seis adultas e os lençóis compartilhados. Nigel, o filho de Vita e pai de Juliet, perdeu a virgindade aos 31 anos e achava a prática tão desagradável como ir ao vaso sanitário. Juliet nasceu em 1955 e ganhou esse nome porque a mãe tinha um cachorro chamado Romeu. Foi a primeira a cursar uma universidade. Atravessando-se o livro da senhora Nicolson sente-se o vigor das mulheres da família Goldsmith, o ramo materno de Kate Middleton, com seus mineiros que ralavam, morriam de doenças pulmonares e passavam períodos na cadeia. Dali sairá a futura rainha da Inglaterra. | 10 |
Nova era nacionalista pode estar a caminho com vitória de Trump | A espantosa vitória eleitoral de Donald Trump sobre Hillary Clinton marca um momento decisivo não só para a política dos EUA mas para toda a ordem mundial. Parecemos estar ingressando em uma nova era de nacionalismo populista, na qual a ordem liberal dominante construída dos anos 50 em diante passa a sofrer ataque da parte de maiorias democráticas raivosas e energizadas. O risco de decairmos a um mundo de nacionalismos concorrentes e igualmente raivosos é imenso. Se acontecer, a ocasião poderá ser tão momentosa quanto a queda do Muro de Berlim, em 1989. A forma da vitória de Trump expõe a base social do movimento que ele mobilizou. Observar o mapa eleitoral demonstra que o apoio a Hillary se concentrou geograficamente nas cidades ao longo das duas costas dos EUA, enquanto as regiões rurais e as pequenas cidades votavam maciçamente em Trump. A virada mais surpreendente veio na Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, três Estados industriais do norte do país que foram tão solidamente democratas nas eleições presidenciais recentes que Hillary nem mesmo fez viagens de campanha ao terceiro deles. Trump venceu ao conquistar o voto dos trabalhadores antes sindicalizados que foram prejudicados pela desindustrialização, prometendo que voltaria a tornar os EUA grandes ao restaurar os empregos industriais perdidos. Já vimos isso. É a história do "brexit", quando a votação em favor da saída britânica da União Europeia se concentrou igualmente nas áreas rurais e pequenas cidades, longe de Londres. Mas o nacionalismo populista é um fenômeno muito mais amplo que isso. Vladimir Putin continua impopular junto aos eleitores de bom nível educacional nas grandes cidades russas, como São Petersburgo e Moscou, mas tem ampla base de apoio no resto do país. O mesmo se aplica a Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Turquia, que conta com apoio entusiástico de parte da classe média baixa. A classe social, hoje definida pelo nível educacional da pessoa, parece ter se tornado a fratura social mais importante em incontáveis países industrializados e de mercado emergente. Isso é propelido diretamente pela globalização e pela marcha da tecnologia, que foram facilitadas pela ordem mundial liberal criada em larga medida por influência dos EUA, de 1945 em diante. Quando falamos sobre uma ordem mundial liberal, estamos falando dos sistemas de comércio e investimento internacional baseados em regras mutuamente aceitáveis que alimentaram o crescimento mundial dos últimos anos. Esse é o sistema que permite que iPhones sejam montados na China e transportados para venda a consumidores nos EUA ou Europa na semana antes do Natal. O sistema funcionou exatamente como previsto: entre 1970 e a crise financeira dos Estados Unidos em 2008, a produção mundial de bens e serviços quadruplicou, tirando centenas de milhões de pessoas da pobreza não só na China e Índia, mas na América Latina e na África. Mas todo mundo está dolorosamente consciente agora de que os benefícios desse sistema não se estenderam a toda a população. As classes trabalhadoras nos países desenvolvidos viram seus empregos desaparecer, com a terceirização de funções pelas empresas e a busca de máxima eficiência em um mercado mundial implacavelmente competitivo. A história de longo prazo foi atingida seriamente pela crise do mercado de títulos financeiros de alto risco (subprime) dos EUA, em 2008, e pela crise do euro que atingiu a Europa dois anos mais tarde. Nos dois casos, sistemas projetados pela elite –os mercados financeiros liberalizados, nos EUA, e políticas como o sistema Schengen de livre migração de mão de obra, na Europa –desabaram diante de choques externos. Os custos desses fracassos voltaram a incidir muito mais pesadamente sobre os trabalhadores comuns do que sobre a elite. Desde então, a questão real não deveria ter sido por que o populismo emergiu em 2016, mas por que demorou tanto tempo para que se manifestasse. Nos EUA, há uma falha política gerada pelo fato de que o sistema não representa adequadamente a classe trabalhadora tradicional. O Partido Republicano está sob o domínio das grandes empresas do país e de seus aliados, que lucraram generosamente com a globalização, e o Partido Democrata se tornou o partido da política de identidade: uma coalizão entre mulheres, negros, hispânicos, ambientalistas e a comunidade LGBT, que perdeu o foco no que tange às questões econômicas. O fracasso da esquerda dos EUA em representar a classe trabalhadora é espelhado por fracassos semelhantes na Europa. A social-democracia europeia havia aceitado a globalização duas décadas atrás, na forma do centrismo de Tony Blair ou do tipo de reformismo neoliberal empreendido pelo Partido Social-Democrata de Gerhard Schröder na Alemanha dos anos 2000. Mas o fracasso mais amplo da esquerda se assemelha aos erros que ela cometeu nos anos que antecederam 1914 e a Primeira Guerra Mundial, quando, nas concisas palavras do filósofo britânico de origem tcheca Ernest Gellner, uma carta enviada para a caixa postal "classe" foi parar por engano na caixa "nação". Nação quase sempre se sobrepõe a classe, porque é capaz de explorar uma poderosa fonte de identidade: o desejo de conexão com uma comunidade cultural orgânica. Essa busca de identidade está emergindo agora na forma da direita alternativa americana, uma coleção de grupos políticos antes excluídos que promovem variedades de nacionalismo branco. Mesmo desconsiderados esses extremistas, muitos cidadãos comuns dos EUA começaram a questionar por que suas comunidades vieram a abrigar grande número de imigrantes e autorizaram um sistema de linguagem politicamente correta que não permite queixas quanto ao problema. É por isso que Trump conquistou número imenso de votos de eleitores com nível educacional e financeiro mais elevado, que não foram vítimas da globalização mas ainda assim sentem que seu país lhes foi tomado. Não seria necessário acrescentar que a mesma dinâmica embasou o "brexit". Assim, quais serão as consequências concretas da vitória de Trump para o sistema internacional? O presidente eleito já declarou que buscará renegociar os acordos de comércio internacional já existentes, a exemplo do Nafta, e presumivelmente a participação de seu país na Organização Mundial do Comércio (OMC); se não obtiver o que deseja, está disposto a abandoná-los. Trump também expressou admiração por líderes "fortes", como Putin. Portanto, ele se interessa muito menos por aliados tradicionais dos EUA, como a Otan (aliança militar ocidental) ou o Japão e Coreia do Sul, a quem acusou de pegar carona no poderio americano. Isso sugere que o apoio a eles todos também será condicionado a uma renegociação dos arranjos de divisão de custos hoje em vigor. É impossível subestimar os perigos dessas posições tanto para a economia mundial quanto para o sistema mundial de segurança. Tradicionalmente, o regime de comércio e investimento internacional aberto sempre dependeu da hegemonia dos EUA para se manter à tona. Se Washington começar a agir de maneira unilateral quanto aos termos dos contratos, haverá muitos agentes poderosos em todo o mundo dispostos a retaliar, o que poderia criar uma espiral de decadência econômica semelhante à dos anos 30. O perigo para o sistema internacional de segurança é igualmente grande. Nas últimas décadas, Rússia e China emergiram como as principais potências autoritárias, e ambos os países têm ambições territoriais. A posição de Trump quanto à Rússia é especialmente preocupante: ele jamais fez qualquer crítica a Putin e sugeriu que a tomada da Crimeia pelos russos talvez tenha sido justificável. Dada sua ignorância geral sobre a maioria dos aspectos da política externa, a coerência constante de sua posição com relação à Rússia sugere que Putin exerça alguma influência oculta sobre ele, talvez na forma de dívidas para com instituições russas que teriam permitido a Trump manter à tona seu império empresarial. Em termos amplos, uma presidência de Trump sinalizará o final de uma era na qual os EUA simbolizavam a democracia para povos vivendo sob governos corruptos e autoritários pelo mundo. A influência dos EUA sempre dependeu mais do "soft power" do país do que de projeções ilusórias de força, tais como a invasão do Iraque. A escolha feita na última terça-feira (8) sinaliza que o país está deixando a ala liberal e internacionalista do espectro político e ingressando na ala populista e nacionalista. Restam muitas incertezas com relação aos novos EUA. Embora Trump pareça ter um coração firmemente nacionalista, também é uma pessoa fortemente transacional. O que ele fará ao descobrir que outros países não renegociarão acordos comerciais ou alianças nos termos que ele preferiria? Aceitará o melhor acordo possível ou simplesmente abandonará os tratados? Houve muita conversa sobre o perigo de tê-lo no controle do arsenal nuclear, mas minha sensação é a de que, no fundo, ele é muito mais um isolacionista do que alguém disposto a usar a força militar pelo mundo. Quando tiver de encarar a realidade da guerra civil na Síria, é bem possível que se inspire na atitude de Obama e opte por ficar de fora. É quanto a isso que a questão do caráter se fará sentir. Como muitos outros americanos, me parece difícil imaginar uma personalidade menos adequada à posição de líder do mundo livre. Isso deriva apenas em parte das posições políticas de Trump, e mais de sua extrema vaidade e sensibilidade a supostos insultos. Na semana passada, quando estava no palanque em companhia de militares que receberam a Medalha de Honra do Congresso [a maior condecoração por bravura dos Estados Unidos], ele disse que também era um homem de bravura, "financeiramente bravo". Quando tiver de lidar com outros líderes mundiais que poderão insultá-lo, reagirá como um chefão da máfia diante de um desafio ou como um empreendedor? Hoje, o grande desafio para a democracia liberal não vem de regimes abertamente autoritários, como a China, mas de dentro. Nos EUA, Reino Unido, UE e em diversos outros países, a parte democrática do sistema político está se sublevando contra a parte liberal, e ameaçando usar sua aparente legitimidade a fim de destruir as regras que até o momento controlavam os comportamentos e serviam de âncora a um mundo aberto e tolerante. A elite liberal que criou o sistema precisa ouvir as vozes raivosas que gritam diante dos portões, e pensar em igualdade social e identidade como questões de primeira ordem que precisam ser resolvidas. De uma forma ou de outra, teremos uma estrada difícil nos próximos anos. FRANCIS FUKUYAMA é pesquisador sênior do Instituto Freeman Sprogli, da Universidade Stanford, e autor de "Political Order and Political Decay" Tradução de PAULO MIGLIACCI | mundo | Nova era nacionalista pode estar a caminho com vitória de TrumpA espantosa vitória eleitoral de Donald Trump sobre Hillary Clinton marca um momento decisivo não só para a política dos EUA mas para toda a ordem mundial. Parecemos estar ingressando em uma nova era de nacionalismo populista, na qual a ordem liberal dominante construída dos anos 50 em diante passa a sofrer ataque da parte de maiorias democráticas raivosas e energizadas. O risco de decairmos a um mundo de nacionalismos concorrentes e igualmente raivosos é imenso. Se acontecer, a ocasião poderá ser tão momentosa quanto a queda do Muro de Berlim, em 1989. A forma da vitória de Trump expõe a base social do movimento que ele mobilizou. Observar o mapa eleitoral demonstra que o apoio a Hillary se concentrou geograficamente nas cidades ao longo das duas costas dos EUA, enquanto as regiões rurais e as pequenas cidades votavam maciçamente em Trump. A virada mais surpreendente veio na Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, três Estados industriais do norte do país que foram tão solidamente democratas nas eleições presidenciais recentes que Hillary nem mesmo fez viagens de campanha ao terceiro deles. Trump venceu ao conquistar o voto dos trabalhadores antes sindicalizados que foram prejudicados pela desindustrialização, prometendo que voltaria a tornar os EUA grandes ao restaurar os empregos industriais perdidos. Já vimos isso. É a história do "brexit", quando a votação em favor da saída britânica da União Europeia se concentrou igualmente nas áreas rurais e pequenas cidades, longe de Londres. Mas o nacionalismo populista é um fenômeno muito mais amplo que isso. Vladimir Putin continua impopular junto aos eleitores de bom nível educacional nas grandes cidades russas, como São Petersburgo e Moscou, mas tem ampla base de apoio no resto do país. O mesmo se aplica a Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Turquia, que conta com apoio entusiástico de parte da classe média baixa. A classe social, hoje definida pelo nível educacional da pessoa, parece ter se tornado a fratura social mais importante em incontáveis países industrializados e de mercado emergente. Isso é propelido diretamente pela globalização e pela marcha da tecnologia, que foram facilitadas pela ordem mundial liberal criada em larga medida por influência dos EUA, de 1945 em diante. Quando falamos sobre uma ordem mundial liberal, estamos falando dos sistemas de comércio e investimento internacional baseados em regras mutuamente aceitáveis que alimentaram o crescimento mundial dos últimos anos. Esse é o sistema que permite que iPhones sejam montados na China e transportados para venda a consumidores nos EUA ou Europa na semana antes do Natal. O sistema funcionou exatamente como previsto: entre 1970 e a crise financeira dos Estados Unidos em 2008, a produção mundial de bens e serviços quadruplicou, tirando centenas de milhões de pessoas da pobreza não só na China e Índia, mas na América Latina e na África. Mas todo mundo está dolorosamente consciente agora de que os benefícios desse sistema não se estenderam a toda a população. As classes trabalhadoras nos países desenvolvidos viram seus empregos desaparecer, com a terceirização de funções pelas empresas e a busca de máxima eficiência em um mercado mundial implacavelmente competitivo. A história de longo prazo foi atingida seriamente pela crise do mercado de títulos financeiros de alto risco (subprime) dos EUA, em 2008, e pela crise do euro que atingiu a Europa dois anos mais tarde. Nos dois casos, sistemas projetados pela elite –os mercados financeiros liberalizados, nos EUA, e políticas como o sistema Schengen de livre migração de mão de obra, na Europa –desabaram diante de choques externos. Os custos desses fracassos voltaram a incidir muito mais pesadamente sobre os trabalhadores comuns do que sobre a elite. Desde então, a questão real não deveria ter sido por que o populismo emergiu em 2016, mas por que demorou tanto tempo para que se manifestasse. Nos EUA, há uma falha política gerada pelo fato de que o sistema não representa adequadamente a classe trabalhadora tradicional. O Partido Republicano está sob o domínio das grandes empresas do país e de seus aliados, que lucraram generosamente com a globalização, e o Partido Democrata se tornou o partido da política de identidade: uma coalizão entre mulheres, negros, hispânicos, ambientalistas e a comunidade LGBT, que perdeu o foco no que tange às questões econômicas. O fracasso da esquerda dos EUA em representar a classe trabalhadora é espelhado por fracassos semelhantes na Europa. A social-democracia europeia havia aceitado a globalização duas décadas atrás, na forma do centrismo de Tony Blair ou do tipo de reformismo neoliberal empreendido pelo Partido Social-Democrata de Gerhard Schröder na Alemanha dos anos 2000. Mas o fracasso mais amplo da esquerda se assemelha aos erros que ela cometeu nos anos que antecederam 1914 e a Primeira Guerra Mundial, quando, nas concisas palavras do filósofo britânico de origem tcheca Ernest Gellner, uma carta enviada para a caixa postal "classe" foi parar por engano na caixa "nação". Nação quase sempre se sobrepõe a classe, porque é capaz de explorar uma poderosa fonte de identidade: o desejo de conexão com uma comunidade cultural orgânica. Essa busca de identidade está emergindo agora na forma da direita alternativa americana, uma coleção de grupos políticos antes excluídos que promovem variedades de nacionalismo branco. Mesmo desconsiderados esses extremistas, muitos cidadãos comuns dos EUA começaram a questionar por que suas comunidades vieram a abrigar grande número de imigrantes e autorizaram um sistema de linguagem politicamente correta que não permite queixas quanto ao problema. É por isso que Trump conquistou número imenso de votos de eleitores com nível educacional e financeiro mais elevado, que não foram vítimas da globalização mas ainda assim sentem que seu país lhes foi tomado. Não seria necessário acrescentar que a mesma dinâmica embasou o "brexit". Assim, quais serão as consequências concretas da vitória de Trump para o sistema internacional? O presidente eleito já declarou que buscará renegociar os acordos de comércio internacional já existentes, a exemplo do Nafta, e presumivelmente a participação de seu país na Organização Mundial do Comércio (OMC); se não obtiver o que deseja, está disposto a abandoná-los. Trump também expressou admiração por líderes "fortes", como Putin. Portanto, ele se interessa muito menos por aliados tradicionais dos EUA, como a Otan (aliança militar ocidental) ou o Japão e Coreia do Sul, a quem acusou de pegar carona no poderio americano. Isso sugere que o apoio a eles todos também será condicionado a uma renegociação dos arranjos de divisão de custos hoje em vigor. É impossível subestimar os perigos dessas posições tanto para a economia mundial quanto para o sistema mundial de segurança. Tradicionalmente, o regime de comércio e investimento internacional aberto sempre dependeu da hegemonia dos EUA para se manter à tona. Se Washington começar a agir de maneira unilateral quanto aos termos dos contratos, haverá muitos agentes poderosos em todo o mundo dispostos a retaliar, o que poderia criar uma espiral de decadência econômica semelhante à dos anos 30. O perigo para o sistema internacional de segurança é igualmente grande. Nas últimas décadas, Rússia e China emergiram como as principais potências autoritárias, e ambos os países têm ambições territoriais. A posição de Trump quanto à Rússia é especialmente preocupante: ele jamais fez qualquer crítica a Putin e sugeriu que a tomada da Crimeia pelos russos talvez tenha sido justificável. Dada sua ignorância geral sobre a maioria dos aspectos da política externa, a coerência constante de sua posição com relação à Rússia sugere que Putin exerça alguma influência oculta sobre ele, talvez na forma de dívidas para com instituições russas que teriam permitido a Trump manter à tona seu império empresarial. Em termos amplos, uma presidência de Trump sinalizará o final de uma era na qual os EUA simbolizavam a democracia para povos vivendo sob governos corruptos e autoritários pelo mundo. A influência dos EUA sempre dependeu mais do "soft power" do país do que de projeções ilusórias de força, tais como a invasão do Iraque. A escolha feita na última terça-feira (8) sinaliza que o país está deixando a ala liberal e internacionalista do espectro político e ingressando na ala populista e nacionalista. Restam muitas incertezas com relação aos novos EUA. Embora Trump pareça ter um coração firmemente nacionalista, também é uma pessoa fortemente transacional. O que ele fará ao descobrir que outros países não renegociarão acordos comerciais ou alianças nos termos que ele preferiria? Aceitará o melhor acordo possível ou simplesmente abandonará os tratados? Houve muita conversa sobre o perigo de tê-lo no controle do arsenal nuclear, mas minha sensação é a de que, no fundo, ele é muito mais um isolacionista do que alguém disposto a usar a força militar pelo mundo. Quando tiver de encarar a realidade da guerra civil na Síria, é bem possível que se inspire na atitude de Obama e opte por ficar de fora. É quanto a isso que a questão do caráter se fará sentir. Como muitos outros americanos, me parece difícil imaginar uma personalidade menos adequada à posição de líder do mundo livre. Isso deriva apenas em parte das posições políticas de Trump, e mais de sua extrema vaidade e sensibilidade a supostos insultos. Na semana passada, quando estava no palanque em companhia de militares que receberam a Medalha de Honra do Congresso [a maior condecoração por bravura dos Estados Unidos], ele disse que também era um homem de bravura, "financeiramente bravo". Quando tiver de lidar com outros líderes mundiais que poderão insultá-lo, reagirá como um chefão da máfia diante de um desafio ou como um empreendedor? Hoje, o grande desafio para a democracia liberal não vem de regimes abertamente autoritários, como a China, mas de dentro. Nos EUA, Reino Unido, UE e em diversos outros países, a parte democrática do sistema político está se sublevando contra a parte liberal, e ameaçando usar sua aparente legitimidade a fim de destruir as regras que até o momento controlavam os comportamentos e serviam de âncora a um mundo aberto e tolerante. A elite liberal que criou o sistema precisa ouvir as vozes raivosas que gritam diante dos portões, e pensar em igualdade social e identidade como questões de primeira ordem que precisam ser resolvidas. De uma forma ou de outra, teremos uma estrada difícil nos próximos anos. FRANCIS FUKUYAMA é pesquisador sênior do Instituto Freeman Sprogli, da Universidade Stanford, e autor de "Political Order and Political Decay" Tradução de PAULO MIGLIACCI | 3 |
Massa diz que equipe está mais confiante e mira pódio nos EUA | Apesar de ter se firmado nos últimos dois anos como uma das principais forças da F-1, a Williams sempre teve um ponto fraco: seu desempenho na chuva. Mas, depois de várias sessões realizadas nestas circunstâncias nas últimas etapas do Mundial, Felipe Massa disse estar confiante em um bom desempenho no GP do EUA, cujos primeiros treinos livres serão realizados nesta sexta-feira (23) e que deve ter chuva na maioria das sessões, de acordo com a previsão do tempo. "Estamos mais confiantes agora de que podemos ter um bom desempenho porque entendemos algumas coisas no nosso carro nos últimos treinos que tivemos com chuva e acho que isso ajudou bastante a gente", disse Massa nesta quinta no paddock do Circuito das Américas. "Claro que precisamos esperar uma sessão real, seja uma classificação ou uma corrida, quando todos os carros estiverem em igualdade de condições para ter certeza de que melhoramos, mas a sensação agora é melhor", completou o piloto brasileiro. De acordo com Massa, o principal motivo para as fracas performances de seu carro no asfalto molhado é o fato de ele sofrer com a aderência mecânica nestas condições. "Isso atrapalha a gente tanto na chuva como em curvas lentas. Mas entendemos coisas no carro com os últimos treinos a agora conseguimos fazer coisas no acerto que minimizam este problema. Vamos ver se a gente consegue continuar melhorando neste sentindo neste final de semana", disse. Ainda segundo o piloto brasileiro, o objetivo em Austin é voltar ao pódio, como aconteceu no GP da Itália, última vez em que chegou entre os três primeiros colocados. "Sempre andei bem nesta pista e, no ano passado, só perdemos o pódio aqui por causa da estratégia. Então nosso objetivo é evitar que isso se repita agora." Os primeiros treinos livres no Texas acontecem nesta sexta, às 13h e às 17h (de Brasília). A corrida, no domingo, tem largada prevista para as 17h. | esporte | Massa diz que equipe está mais confiante e mira pódio nos EUAApesar de ter se firmado nos últimos dois anos como uma das principais forças da F-1, a Williams sempre teve um ponto fraco: seu desempenho na chuva. Mas, depois de várias sessões realizadas nestas circunstâncias nas últimas etapas do Mundial, Felipe Massa disse estar confiante em um bom desempenho no GP do EUA, cujos primeiros treinos livres serão realizados nesta sexta-feira (23) e que deve ter chuva na maioria das sessões, de acordo com a previsão do tempo. "Estamos mais confiantes agora de que podemos ter um bom desempenho porque entendemos algumas coisas no nosso carro nos últimos treinos que tivemos com chuva e acho que isso ajudou bastante a gente", disse Massa nesta quinta no paddock do Circuito das Américas. "Claro que precisamos esperar uma sessão real, seja uma classificação ou uma corrida, quando todos os carros estiverem em igualdade de condições para ter certeza de que melhoramos, mas a sensação agora é melhor", completou o piloto brasileiro. De acordo com Massa, o principal motivo para as fracas performances de seu carro no asfalto molhado é o fato de ele sofrer com a aderência mecânica nestas condições. "Isso atrapalha a gente tanto na chuva como em curvas lentas. Mas entendemos coisas no carro com os últimos treinos a agora conseguimos fazer coisas no acerto que minimizam este problema. Vamos ver se a gente consegue continuar melhorando neste sentindo neste final de semana", disse. Ainda segundo o piloto brasileiro, o objetivo em Austin é voltar ao pódio, como aconteceu no GP da Itália, última vez em que chegou entre os três primeiros colocados. "Sempre andei bem nesta pista e, no ano passado, só perdemos o pódio aqui por causa da estratégia. Então nosso objetivo é evitar que isso se repita agora." Os primeiros treinos livres no Texas acontecem nesta sexta, às 13h e às 17h (de Brasília). A corrida, no domingo, tem largada prevista para as 17h. | 4 |
Vilas em SP só poderão colocar portão e fechar rua após prefeitura autorizar | O projeto que a Prefeitura de São Paulo vai enviar à Câmara Municipal para regulamentar o fechamento de vilas e ruas sem saída prevê que 70% dos proprietários de imóveis aprovem o bloqueio. PORTÃO Será necessária autorização prévia da administração –antes, moradores só comunicavam a obstrução e pediam a regularização. Hoje existem quase 700 ruas já nessa condição na cidade, segundo a prefeitura. Pelas novas regras, o portão ou cancela deverá ficar aberto a pedestres entre as 6h e as 22h. A multa por descumprimento será de R$ 1.000 por casa. PORTÃO 2 E o prefeito Fernando Haddad deve receber moradores dos Jardins, da Vila Mariana e de Santana na próxima semana para discutir o projeto. O vereador Nelo Rodolfo (PMDB-SP), que também propõe o fechamento das ruas sem saída, defende que os contemplados paguem IPTU maior pelo benefício. ORAÇÃO AO TEMPO Caetano Veloso e Gilberto Gil fizeram na quinta (20) a estreia nacional da turnê "Dois Amigos, um Século de Música", em que comemoram sua amizade e os 50 anos de carreira de cada um. A mulher e empresária de Gil, Flora, e um dos filhos do casal, Bem, acompanharam o cantor. O diretor Andrucha Waddington, a atriz Sabrina Sato, o comediante Rafael Cortez e sua mãe, Ieda, foram ao evento. O presidente da T4F, Fernando Altério, a joalheira Djaya Levy e as empresárias Ana Maria Monteiro de Carvalho e Lilibeth Monteiro de Carvalho estiveram na plateia do Citibank Hall. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi com a mulher, Ana Estela, e o filho, Frederico. SIRENE A Secretaria de Estado da Segurança Pública diz que "considera uma de suas prioridades o combate à criminalidade na região do Morumbi" e que as polícias "estão empenhadas nesse trabalho". Moradores da área farão neste domingo (23) protesto contra a violência. Segundo a pasta, no primeiro semestre do ano houve queda de 23% nos roubos de veículos, 10% nos roubos em geral, 42% nos homicídios e 25% nos latrocínios registrados nas duas delegacias da região. NA PELE O espetáculo francês "Tragédia" vai abrir a Bienal Sesc de Dança, no dia 17, em Campinas. A obra, do coreógrafo Olivier Dubois, traz 18 bailarinos completamente nus ao palco –nove homens e nove mulheres. A coreografia foi apresentada pela primeira vez em 2012, em Avignon. NA PELE 2 O estilista Vitorino Campos não vai mostrar nenhuma roupa no catálogo de sua coleção de verão 2016. Ele preferiu utilizar modelos nus como forma de mostrar o espírito do trabalho. "Eu quis passar uma sensação de suavidade", diz Vitorino. BELA DE FORA A modelo namibiana Behati Prinsloo foi homenageada com um almoço na casa de Donata Meirelles, uma das diretoras da revista "Vogue". A empresária Marina Morena e as blogueiras Lala Rudge e Carol Celico estiveram no evento, na segunda (17). REINADO O sertanejo domina a lista de canções mais ouvidas em estabelecimentos com música ao vivo. Das dez mais tocadas no primeiro trimestre, oito são do gênero –"Até Você Voltar", famosa na voz da dupla Henrique & Juliano, está em 3º lugar, e "Jeito Carinhoso", cantada por Jads & Jadson, em 4º. A mais executada é a tradicional "Parabéns a Você" e na 2ª posição vem "Porque Homem Não Chora", do astro do arrocha Pablo. REINADO 2 O ranking é do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). E a lista dos dez compositores que tiveram maior rendimento com direitos autorais no período é encabeçada por Djavan, Lulu Santos e Renato Russo. * CURTO-CIRCUITO A cantora Claudia Dorei se apresenta no Sesc Consolação neste sábado (22) às 21h. 14 anos. A Festa Ploc tem edição neste sábado (22) na Audio Club SP, com lançamento de DVD, a partir das 22h. 18 anos. O radialista Antonio Aguillar promove festa em homenagem aos 50 anos da Jovem Guarda, neste sábado (22), das 18h às 23h, no Club Homs. Cesar Gananian lança "filme som", neste domingo (23), durante o Festival Internacional de Curtas. Às 21h, no MIS. Elza Soares faz show na segunda (24), às 21h, no Teatro Augusta. 12 anos. Pedro Lourenço participa de papo sobre dispositivos vestíveis, na terça (25), na Vivo Eco Berrini, no Brooklin. Para convidados. JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI | colunas | Vilas em SP só poderão colocar portão e fechar rua após prefeitura autorizarO projeto que a Prefeitura de São Paulo vai enviar à Câmara Municipal para regulamentar o fechamento de vilas e ruas sem saída prevê que 70% dos proprietários de imóveis aprovem o bloqueio. PORTÃO Será necessária autorização prévia da administração –antes, moradores só comunicavam a obstrução e pediam a regularização. Hoje existem quase 700 ruas já nessa condição na cidade, segundo a prefeitura. Pelas novas regras, o portão ou cancela deverá ficar aberto a pedestres entre as 6h e as 22h. A multa por descumprimento será de R$ 1.000 por casa. PORTÃO 2 E o prefeito Fernando Haddad deve receber moradores dos Jardins, da Vila Mariana e de Santana na próxima semana para discutir o projeto. O vereador Nelo Rodolfo (PMDB-SP), que também propõe o fechamento das ruas sem saída, defende que os contemplados paguem IPTU maior pelo benefício. ORAÇÃO AO TEMPO Caetano Veloso e Gilberto Gil fizeram na quinta (20) a estreia nacional da turnê "Dois Amigos, um Século de Música", em que comemoram sua amizade e os 50 anos de carreira de cada um. A mulher e empresária de Gil, Flora, e um dos filhos do casal, Bem, acompanharam o cantor. O diretor Andrucha Waddington, a atriz Sabrina Sato, o comediante Rafael Cortez e sua mãe, Ieda, foram ao evento. O presidente da T4F, Fernando Altério, a joalheira Djaya Levy e as empresárias Ana Maria Monteiro de Carvalho e Lilibeth Monteiro de Carvalho estiveram na plateia do Citibank Hall. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi com a mulher, Ana Estela, e o filho, Frederico. SIRENE A Secretaria de Estado da Segurança Pública diz que "considera uma de suas prioridades o combate à criminalidade na região do Morumbi" e que as polícias "estão empenhadas nesse trabalho". Moradores da área farão neste domingo (23) protesto contra a violência. Segundo a pasta, no primeiro semestre do ano houve queda de 23% nos roubos de veículos, 10% nos roubos em geral, 42% nos homicídios e 25% nos latrocínios registrados nas duas delegacias da região. NA PELE O espetáculo francês "Tragédia" vai abrir a Bienal Sesc de Dança, no dia 17, em Campinas. A obra, do coreógrafo Olivier Dubois, traz 18 bailarinos completamente nus ao palco –nove homens e nove mulheres. A coreografia foi apresentada pela primeira vez em 2012, em Avignon. NA PELE 2 O estilista Vitorino Campos não vai mostrar nenhuma roupa no catálogo de sua coleção de verão 2016. Ele preferiu utilizar modelos nus como forma de mostrar o espírito do trabalho. "Eu quis passar uma sensação de suavidade", diz Vitorino. BELA DE FORA A modelo namibiana Behati Prinsloo foi homenageada com um almoço na casa de Donata Meirelles, uma das diretoras da revista "Vogue". A empresária Marina Morena e as blogueiras Lala Rudge e Carol Celico estiveram no evento, na segunda (17). REINADO O sertanejo domina a lista de canções mais ouvidas em estabelecimentos com música ao vivo. Das dez mais tocadas no primeiro trimestre, oito são do gênero –"Até Você Voltar", famosa na voz da dupla Henrique & Juliano, está em 3º lugar, e "Jeito Carinhoso", cantada por Jads & Jadson, em 4º. A mais executada é a tradicional "Parabéns a Você" e na 2ª posição vem "Porque Homem Não Chora", do astro do arrocha Pablo. REINADO 2 O ranking é do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). E a lista dos dez compositores que tiveram maior rendimento com direitos autorais no período é encabeçada por Djavan, Lulu Santos e Renato Russo. * CURTO-CIRCUITO A cantora Claudia Dorei se apresenta no Sesc Consolação neste sábado (22) às 21h. 14 anos. A Festa Ploc tem edição neste sábado (22) na Audio Club SP, com lançamento de DVD, a partir das 22h. 18 anos. O radialista Antonio Aguillar promove festa em homenagem aos 50 anos da Jovem Guarda, neste sábado (22), das 18h às 23h, no Club Homs. Cesar Gananian lança "filme som", neste domingo (23), durante o Festival Internacional de Curtas. Às 21h, no MIS. Elza Soares faz show na segunda (24), às 21h, no Teatro Augusta. 12 anos. Pedro Lourenço participa de papo sobre dispositivos vestíveis, na terça (25), na Vivo Eco Berrini, no Brooklin. Para convidados. JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI | 10 |
Albergue em Florianópolis é eleito o melhor do Brasil | O albergue Barra da Lagoa, em Florianópolis (SC), foi eleito o melhor hostel do Brasil por um ranking da rede Hostelling International, que escolheu os dez melhores albergues do país. Localizado na costa leste da ilha e próximo da praia, o estabelecimento tem cozinha para hóspede, internet, refeitório, estacionamento e quartos coletivos com quatro camas –também há quartos privativos para casal. No site da Hostelling International, o Barra da Lagoa teve 95% de avaliações positivas. Os dez melhores hostels foram escolhidos com base em avaliações realizadas pelos usuários –brasileiros e estrangeiros–, considerando serviço, limpeza e localização. Em segundo lugar ficou o Paudimar Hostel, em Foz do Iguaçu (PR), seguido pelo Arrecifes Hostel, em Recife (a veja lista completa abaixo). O site determinou ainda os dez albergues mais visitados do país; o vencedor foi o Copa Hostel, no Rio de Janeiro. | turismo | Albergue em Florianópolis é eleito o melhor do BrasilO albergue Barra da Lagoa, em Florianópolis (SC), foi eleito o melhor hostel do Brasil por um ranking da rede Hostelling International, que escolheu os dez melhores albergues do país. Localizado na costa leste da ilha e próximo da praia, o estabelecimento tem cozinha para hóspede, internet, refeitório, estacionamento e quartos coletivos com quatro camas –também há quartos privativos para casal. No site da Hostelling International, o Barra da Lagoa teve 95% de avaliações positivas. Os dez melhores hostels foram escolhidos com base em avaliações realizadas pelos usuários –brasileiros e estrangeiros–, considerando serviço, limpeza e localização. Em segundo lugar ficou o Paudimar Hostel, em Foz do Iguaçu (PR), seguido pelo Arrecifes Hostel, em Recife (a veja lista completa abaixo). O site determinou ainda os dez albergues mais visitados do país; o vencedor foi o Copa Hostel, no Rio de Janeiro. | 20 |
Saída para o feriado deve movimentar estradas nesta quinta; veja os horários | A saída para o feriado prolongado de 1º de Maio deve deixar o trânsito carregado na maior parte das rodovias paulistas nesta quinta-feira (30). A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estima que 1,7 milhão de carros deixarão a capital paulista. Assim como nos últimos feriados, as estradas que dão acesso ao interior do Estado deverão concentrar o maior movimento, recebendo quase o dobro de carros que as vias de acesso ao litoral, segundo estimativa da Secretaria Estadual dos Transportes. O movimento mais intenso deve acontecer a partir das 14h, podendo se estender até a madrugada de sexta em alguns casos. A busca pelo interior mais uma vez vai coincidir com a queda das temperaturas em parte do Estado. Apenas o sábado deve registrar uma pequena elevação nas temperaturas, mas uma frente fria logo deve chegar à região, aumentando a nebulosidade no domingo (3). As temperaturas ficarão entre os 13°C e os 22°C na capital paulista. Para quem decidir permanecer na capital paulista, o rodízio de veículos estará suspenso na sexta, voltando a operar normalmente apenas na segunda. A ZMRC (Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões) e a ZMRF (Zona de Máxima Restrição ao Fretamento) serão suspensas na sexta, mas voltam normalmente no sábado. As ciclofaixas de lazer, que costumam ser montadas em diversos pontos da capital paulista aos domingos, funcionarão também na sexta por conta do feriado. | cotidiano | Saída para o feriado deve movimentar estradas nesta quinta; veja os horáriosA saída para o feriado prolongado de 1º de Maio deve deixar o trânsito carregado na maior parte das rodovias paulistas nesta quinta-feira (30). A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estima que 1,7 milhão de carros deixarão a capital paulista. Assim como nos últimos feriados, as estradas que dão acesso ao interior do Estado deverão concentrar o maior movimento, recebendo quase o dobro de carros que as vias de acesso ao litoral, segundo estimativa da Secretaria Estadual dos Transportes. O movimento mais intenso deve acontecer a partir das 14h, podendo se estender até a madrugada de sexta em alguns casos. A busca pelo interior mais uma vez vai coincidir com a queda das temperaturas em parte do Estado. Apenas o sábado deve registrar uma pequena elevação nas temperaturas, mas uma frente fria logo deve chegar à região, aumentando a nebulosidade no domingo (3). As temperaturas ficarão entre os 13°C e os 22°C na capital paulista. Para quem decidir permanecer na capital paulista, o rodízio de veículos estará suspenso na sexta, voltando a operar normalmente apenas na segunda. A ZMRC (Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões) e a ZMRF (Zona de Máxima Restrição ao Fretamento) serão suspensas na sexta, mas voltam normalmente no sábado. As ciclofaixas de lazer, que costumam ser montadas em diversos pontos da capital paulista aos domingos, funcionarão também na sexta por conta do feriado. | 6 |
Espectadores fiéis mantêm cinemas de rua | Na contramão de outros municípios da região, os cinemas de rua de Matão (a 305 km de São Paulo) e de São Carlos (a 232 km de São Paulo) ainda atraem público. O Cine Matão foi aberto há cerca de dez anos -a cidade ficou sem cinema desde a década de 1980. Segundo a proprietária, Valéria Tadiotti, 62, o local dividia espaço com apresentações de teatro e formaturas. Porém, a necessidade de aposentar os antigos projetores de película e implantar a digitalização fez com que se transformasse, exclusivamente, em cinema. São duas salas, de 312 e 137 lugares. As sessões acontecem apenas aos finais de semana e estão sempre cheias. "Não sobrevivo do cinema porque tudo o que entra é reinvestido", afirma. Embora tenha sido a primeira pequena exibidora a digitalizar o cinema de rua na região, Valéria diz temer os futuros avanços tecnológicos. "Não sei até quando conseguiremos acompanhar as mudanças", afirma. "O problema é que ainda falta mão de obra especializada na manutenção desses equipamentos digitais", diz Fernando Kaxassa, fundador do Cine Clube Cauim de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). De São Carlos, Pedro Casella, 60, afirma que já recorreu à Ancine (Agência Nacional de Cinema) para financiar a compra de projetor digital. A intenção é manter o público. "Embora haja cinema em shopping, a nossa movimentação continua alta." Para ele, o fluxo ainda é intenso porque se formou um público fiel, que assiste de lançamentos a filmes antigos e alternativos. O Cine São Carlos, por exemplo, foi o único da região de Ribeirão a exibir "Relatos Selvagens" (2014), uma coprodução entre Argentina e Espanha. Casella abriu o cinema depois de vencer uma licitação da Prefeitura de São Carlos que pretendia revitalizar a região central da cidade. O contrato é válido por dez anos. Mensalmente, ele repassa 4% de cada ingresso vendido ao Fundo Municipal de Cultura. "O empresário de cinema tem de se adaptar com o passar dos anos. Quem não fizer isso vai ficar para trás." SITUAÇÃO RUIM No Cine Mococa, a situação é ruim: o espaço tem capacidade para receber 700 pessoas, mas tem, em média, 80 espectadores por mês. Em 2004, para impedir o fechamento por falta de público, um grupo de moradores criou uma sociedade anônima para mantê-lo. As dificuldades financeiras, no entanto, ainda persistem, segundo Roberto Mônaco, 78, diretor do cinema. "Não é possível saber até por quanto tempo continuaremos abertos." Já em Altinópolis (a 333 km de São Paulo), após dez anos de funcionamento, a população viu seu único cinema fechar as portas. "O dono do prédio o pediu de volta, e a prefeitura teve de devolver", diz João Mello Rodrigues, 54, ex-diretor. | cotidiano | Espectadores fiéis mantêm cinemas de ruaNa contramão de outros municípios da região, os cinemas de rua de Matão (a 305 km de São Paulo) e de São Carlos (a 232 km de São Paulo) ainda atraem público. O Cine Matão foi aberto há cerca de dez anos -a cidade ficou sem cinema desde a década de 1980. Segundo a proprietária, Valéria Tadiotti, 62, o local dividia espaço com apresentações de teatro e formaturas. Porém, a necessidade de aposentar os antigos projetores de película e implantar a digitalização fez com que se transformasse, exclusivamente, em cinema. São duas salas, de 312 e 137 lugares. As sessões acontecem apenas aos finais de semana e estão sempre cheias. "Não sobrevivo do cinema porque tudo o que entra é reinvestido", afirma. Embora tenha sido a primeira pequena exibidora a digitalizar o cinema de rua na região, Valéria diz temer os futuros avanços tecnológicos. "Não sei até quando conseguiremos acompanhar as mudanças", afirma. "O problema é que ainda falta mão de obra especializada na manutenção desses equipamentos digitais", diz Fernando Kaxassa, fundador do Cine Clube Cauim de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). De São Carlos, Pedro Casella, 60, afirma que já recorreu à Ancine (Agência Nacional de Cinema) para financiar a compra de projetor digital. A intenção é manter o público. "Embora haja cinema em shopping, a nossa movimentação continua alta." Para ele, o fluxo ainda é intenso porque se formou um público fiel, que assiste de lançamentos a filmes antigos e alternativos. O Cine São Carlos, por exemplo, foi o único da região de Ribeirão a exibir "Relatos Selvagens" (2014), uma coprodução entre Argentina e Espanha. Casella abriu o cinema depois de vencer uma licitação da Prefeitura de São Carlos que pretendia revitalizar a região central da cidade. O contrato é válido por dez anos. Mensalmente, ele repassa 4% de cada ingresso vendido ao Fundo Municipal de Cultura. "O empresário de cinema tem de se adaptar com o passar dos anos. Quem não fizer isso vai ficar para trás." SITUAÇÃO RUIM No Cine Mococa, a situação é ruim: o espaço tem capacidade para receber 700 pessoas, mas tem, em média, 80 espectadores por mês. Em 2004, para impedir o fechamento por falta de público, um grupo de moradores criou uma sociedade anônima para mantê-lo. As dificuldades financeiras, no entanto, ainda persistem, segundo Roberto Mônaco, 78, diretor do cinema. "Não é possível saber até por quanto tempo continuaremos abertos." Já em Altinópolis (a 333 km de São Paulo), após dez anos de funcionamento, a população viu seu único cinema fechar as portas. "O dono do prédio o pediu de volta, e a prefeitura teve de devolver", diz João Mello Rodrigues, 54, ex-diretor. | 6 |
Deputado quer endurecer regras para quem deve ao INSS | O relator da proposta de reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), sugeriu nesta quinta-feira (16) o endurecimento de regras para empresas e municípios que têm dívidas com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ele não deu detalhes, contudo, de como isso poderia ser feito. "A minha ideia como relator é que possamos endurecer as normas contra aqueles que deixam de pagar o INSS, inclusive as empresas privadas", afirmou durante audiência pública da comissão que discute o tema. O consultor de Orçamento da Câmara e especialista em Previdência, Leonardo Rolim, aprova a ideia do relator, mas diz que é necessário estudar como esse mecanismo poderia ser implementado. "Sem dúvida, é uma ótima ideia. É necessário avaliar se será na Constituição ou por meio de lei", afirmou Rolim, que também participou da audiência pública. Cerca de 3.500 municípios não têm um regime próprio de Previdência e têm seu servidores vinculados ao INSS. Outros 2.000 municípios têm regimes próprios. Os deputados da comissão se reuniram nesta terça para uma audiência pública sobre o regime de previdência dos servidores, que levou mais de 4 horas. A reunião, que foi a segunda audiência do colegiado, terminou sem a presença de Oliveira Maia, relator, e do presidente, Carlos Marun (PMDB-MS). | mercado | Deputado quer endurecer regras para quem deve ao INSSO relator da proposta de reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), sugeriu nesta quinta-feira (16) o endurecimento de regras para empresas e municípios que têm dívidas com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ele não deu detalhes, contudo, de como isso poderia ser feito. "A minha ideia como relator é que possamos endurecer as normas contra aqueles que deixam de pagar o INSS, inclusive as empresas privadas", afirmou durante audiência pública da comissão que discute o tema. O consultor de Orçamento da Câmara e especialista em Previdência, Leonardo Rolim, aprova a ideia do relator, mas diz que é necessário estudar como esse mecanismo poderia ser implementado. "Sem dúvida, é uma ótima ideia. É necessário avaliar se será na Constituição ou por meio de lei", afirmou Rolim, que também participou da audiência pública. Cerca de 3.500 municípios não têm um regime próprio de Previdência e têm seu servidores vinculados ao INSS. Outros 2.000 municípios têm regimes próprios. Os deputados da comissão se reuniram nesta terça para uma audiência pública sobre o regime de previdência dos servidores, que levou mais de 4 horas. A reunião, que foi a segunda audiência do colegiado, terminou sem a presença de Oliveira Maia, relator, e do presidente, Carlos Marun (PMDB-MS). | 2 |
Saiba como deduzir gastos médicos do Imposto de Renda | A Receita Federal permite abater integralmente da renda bruta as despesas médicas na declaração do Imposto de Renda. O contribuinte pode incluir gastos com exames, consultas e plano de saúde. Também podem ser abatidas despesas com hospitalização e pagamentos efetuados a médicos de qualquer especialidade, além de despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. Se for um plano de saúde pago pela empresa e pelo funcionário, é possível incluir os valores desembolsados pelo empregado na declaração. IR 2017: Deduções - Limites, em R$ As despesas médicas dos filhos que são incluídos como dependentes também podem ser abatidas. "É preciso guardar os recibos por pelo menos sete anos", sugere Bianca Xavier, especialista em Imposto de Renda e sócia do setor tributário no Siqueira Castro Advogados. Vale lembrar que profissionais como médicos, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados e psicólogos são obrigados a informar o CPF de quem pagou pelos serviços prestados. É uma forma de a Receita cruzar a informações e identificar possíveis fraudes. Informar valores errados pode levar o contribuinte à malha fina. Alguns gastos não podem ser abatidos, porém. Prótese de silicone, por exemplo, não é dedutível, exceto quando o valor integrar a conta emitida pela clínica ou hospital e for referente a uma despesa médica dedutível. IR2017 - Precisa declarar quem... A mesma coisa ocorre com remédios comprados em farmácias, que só são dedutíveis se integrarem uma conta de estabelecimento hospitalar. Todas as despesas devem ser lançadas na ficha de pagamentos efetuados, com o código aplicável, CNPJ ou CPF do beneficiário e o valor total. O eventual reembolso do serviço, total ou parcial, deve ser igualmente informado. Até segunda-feira (13), a Receita Federal já havia recebido mais de 2,6 milhões de declarações de Imposto de Renda. A expectativa é de que 28,3 milhões de contribuintes declarem até 28 de abril, quando termina o prazo para transmitir o IR. IR2017: novidades | mercado | Saiba como deduzir gastos médicos do Imposto de RendaA Receita Federal permite abater integralmente da renda bruta as despesas médicas na declaração do Imposto de Renda. O contribuinte pode incluir gastos com exames, consultas e plano de saúde. Também podem ser abatidas despesas com hospitalização e pagamentos efetuados a médicos de qualquer especialidade, além de despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. Se for um plano de saúde pago pela empresa e pelo funcionário, é possível incluir os valores desembolsados pelo empregado na declaração. IR 2017: Deduções - Limites, em R$ As despesas médicas dos filhos que são incluídos como dependentes também podem ser abatidas. "É preciso guardar os recibos por pelo menos sete anos", sugere Bianca Xavier, especialista em Imposto de Renda e sócia do setor tributário no Siqueira Castro Advogados. Vale lembrar que profissionais como médicos, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados e psicólogos são obrigados a informar o CPF de quem pagou pelos serviços prestados. É uma forma de a Receita cruzar a informações e identificar possíveis fraudes. Informar valores errados pode levar o contribuinte à malha fina. Alguns gastos não podem ser abatidos, porém. Prótese de silicone, por exemplo, não é dedutível, exceto quando o valor integrar a conta emitida pela clínica ou hospital e for referente a uma despesa médica dedutível. IR2017 - Precisa declarar quem... A mesma coisa ocorre com remédios comprados em farmácias, que só são dedutíveis se integrarem uma conta de estabelecimento hospitalar. Todas as despesas devem ser lançadas na ficha de pagamentos efetuados, com o código aplicável, CNPJ ou CPF do beneficiário e o valor total. O eventual reembolso do serviço, total ou parcial, deve ser igualmente informado. Até segunda-feira (13), a Receita Federal já havia recebido mais de 2,6 milhões de declarações de Imposto de Renda. A expectativa é de que 28,3 milhões de contribuintes declarem até 28 de abril, quando termina o prazo para transmitir o IR. IR2017: novidades | 2 |
Hillary foi relapsa com e-mails quando era secretária de Estado, indica FBI | Hillary Clinton não pediu autorização para usar um servidor privado de e-mail quando era secretária de Estado (2009-2013) "como era sua obrigação", segundo um relatório do FBI (polícia federal americana) nesta sexta (2). O documento de 58 páginas, que inclui entrevistas do FBI com Hillary e membros de sua equipe, dá mais detalhes sobre a controvérsia que tornou-se uma sombra na campanha da atual candidata democrata à Presidência. Após um ano de investigação, o FBI, principal polícia federal dos EUA, concluiu em julho que não havia motivo para recomendar o indiciamento da ex-chanceler, mas a criticou por ter sido "extremamente descuidada" pelos e-mails relativos ao cargo. Segundo o relatório, Hillary disse que "não se lembrava explicitamente de ter pedido permissão para usar um servidor ou e-mail privado", apesar de ter dito antes que a prática havia sido autorizada. Na versão dada ao FBI, ela disse que funcionários do Departamento de Estado estava a par de seu uso de um e-mail privado, já que se correspondiam com ela por ele. Ao longo do interrogatório de três horas e meia, a candidata usou 39 vezes a frase "não lembro" para responder às perguntas dos agentes. "Não me lembro de nenhuma palestra ou treinamento do governo sobre documentos federais ou como lidar com informação secreta", disse, alegando que delegava a assessores com conhecimento do tema a tarefa de enviar os e-mails de trabalho. Hillary disse ainda que não estava familiarizada com o significado da letra C em um parágrafo, pensando se tratar de "ordem alfabética" -é o sinal "confidencial", nível mais baixo de sigilo em mensagens oficiais. RELAPSA O relatório sugere desleixo de Hillary com os aparelhos com que se comunicava. O FBI identificou 13 aparelhos de celular Blackberry e cinco tablets usados por ela quando era secretária de Estado. Nenhum foi achado. Segundo Huma Abedin, uma de suas principais assessoras, a chefe trocava de aparelho com frequência. Outro assessor disse ter visto a ex-chanceler destruir com um martelo alguns aparelhos. Ao menos em duas ocasiões, arquivos de e-mails de Hillary foram perdidas no correio eletrônico. Uma com um tablet, outra com um pendrive que também tinha um arquivo de e-mails dela. Por e-mail, Colin Powell alertou a Hillary que, se o uso de um Blackberry se tornasse público, as mensagens se tornariam documento oficial e "sujeitas à lei". O documento do FBI revela ainda o esforço de um especialista em computação para apagar arquivos de e-mails da ex-secretária semanas depois que a existência do servidor privado veio a público, em março de 2015. Para a campanha do rival republicano de Hillary na disputa presidencial, Donald Trump, o documento comprova que ela não é qualificada para ser a "comandante-em-chefe" dos EUA. "As notas do FBI reiteram seu tremendo mau julgamento e desonestidade", disse Jason Miller, porta-voz de Trump. A campanha de Hillary minimizou. "Esse material mostra por que o Departamento de Justiça concluiu que não há base para o caso", disse seu porta-voz, Brian Fallon. | mundo | Hillary foi relapsa com e-mails quando era secretária de Estado, indica FBIHillary Clinton não pediu autorização para usar um servidor privado de e-mail quando era secretária de Estado (2009-2013) "como era sua obrigação", segundo um relatório do FBI (polícia federal americana) nesta sexta (2). O documento de 58 páginas, que inclui entrevistas do FBI com Hillary e membros de sua equipe, dá mais detalhes sobre a controvérsia que tornou-se uma sombra na campanha da atual candidata democrata à Presidência. Após um ano de investigação, o FBI, principal polícia federal dos EUA, concluiu em julho que não havia motivo para recomendar o indiciamento da ex-chanceler, mas a criticou por ter sido "extremamente descuidada" pelos e-mails relativos ao cargo. Segundo o relatório, Hillary disse que "não se lembrava explicitamente de ter pedido permissão para usar um servidor ou e-mail privado", apesar de ter dito antes que a prática havia sido autorizada. Na versão dada ao FBI, ela disse que funcionários do Departamento de Estado estava a par de seu uso de um e-mail privado, já que se correspondiam com ela por ele. Ao longo do interrogatório de três horas e meia, a candidata usou 39 vezes a frase "não lembro" para responder às perguntas dos agentes. "Não me lembro de nenhuma palestra ou treinamento do governo sobre documentos federais ou como lidar com informação secreta", disse, alegando que delegava a assessores com conhecimento do tema a tarefa de enviar os e-mails de trabalho. Hillary disse ainda que não estava familiarizada com o significado da letra C em um parágrafo, pensando se tratar de "ordem alfabética" -é o sinal "confidencial", nível mais baixo de sigilo em mensagens oficiais. RELAPSA O relatório sugere desleixo de Hillary com os aparelhos com que se comunicava. O FBI identificou 13 aparelhos de celular Blackberry e cinco tablets usados por ela quando era secretária de Estado. Nenhum foi achado. Segundo Huma Abedin, uma de suas principais assessoras, a chefe trocava de aparelho com frequência. Outro assessor disse ter visto a ex-chanceler destruir com um martelo alguns aparelhos. Ao menos em duas ocasiões, arquivos de e-mails de Hillary foram perdidas no correio eletrônico. Uma com um tablet, outra com um pendrive que também tinha um arquivo de e-mails dela. Por e-mail, Colin Powell alertou a Hillary que, se o uso de um Blackberry se tornasse público, as mensagens se tornariam documento oficial e "sujeitas à lei". O documento do FBI revela ainda o esforço de um especialista em computação para apagar arquivos de e-mails da ex-secretária semanas depois que a existência do servidor privado veio a público, em março de 2015. Para a campanha do rival republicano de Hillary na disputa presidencial, Donald Trump, o documento comprova que ela não é qualificada para ser a "comandante-em-chefe" dos EUA. "As notas do FBI reiteram seu tremendo mau julgamento e desonestidade", disse Jason Miller, porta-voz de Trump. A campanha de Hillary minimizou. "Esse material mostra por que o Departamento de Justiça concluiu que não há base para o caso", disse seu porta-voz, Brian Fallon. | 3 |
Ex-governadora do RN, Wilma de Faria morre aos 72 | Governadora do Rio Grande do Norte por dois mandatos, entre 2003 e 2010, Wilma de Faria morreu na noite desta quinta-feira (15) em Natal, aos 72 anos. Ela cumpria mandato de vereadora em Natal pelo PTdoB desde o início deste ano, mas estava afastada do cargo desde abril para tratamento de um câncer no sistema digestivo. Nascida em Mossoró, segunda maior cidade do Estado, Wilma era professora da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Casou-se com Lavosier Maia, que foi governador do RN entre 1979 e 1982. Iniciou a vida pública como primeira-dama, período em que coordenou o Movimento de Integração e Orientação Social do Estado. Entre 1983 e 1985, foi secretária de Bem Estar Social do governo de Agripino Maia. Em 1986, foi eleita deputada federal pelo PDS, em seu primeiro cargo eletivo. Em 1988, foi eleita prefeita de Natal pelo PDT. Depois de cumprir o mandato e eleger seu sucessor, Wilma volta à prefeitura em 1996, sendo reeleita para o cargo em 2000. Foi eleita governadora do Estado em 2002 pelo PSB, cargo para o qual foi reeleita em 2006. Nas eleições seguintes, em 2010 e 2014, foi derrotada na disputa para o Senado. Entre 20013 e 2016 foi vice-prefeita de Natal na gestão do prefeito Carlos Eduardo (PDT). O velório de Wilma de Faria está sendo realizado no Palácio Potengi, sede do governo do Estado. O sepultamento será no Cemitério Morada da Paz, às 20h. O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), decretou luto oficial de três dias e emitiu na qual afirma que a ex-governadora "foi uma das mais relevantes mulheres na política nacional e tornou-se referência da força feminina". O senador Garibaldi Alves (PMDB), aliado político de Wilma, a classificou como "uma mulher forte, obstinada e carismática". "A notícia de sua morte entristece o Rio Grande do Norte. Peço a Deus conforto para sua família nesse momento de dor". O PTdoB, que recentemente mudou o nome para Avante, também emitiu nota lamentando a morte de Wilma de Faria. | poder | Ex-governadora do RN, Wilma de Faria morre aos 72Governadora do Rio Grande do Norte por dois mandatos, entre 2003 e 2010, Wilma de Faria morreu na noite desta quinta-feira (15) em Natal, aos 72 anos. Ela cumpria mandato de vereadora em Natal pelo PTdoB desde o início deste ano, mas estava afastada do cargo desde abril para tratamento de um câncer no sistema digestivo. Nascida em Mossoró, segunda maior cidade do Estado, Wilma era professora da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Casou-se com Lavosier Maia, que foi governador do RN entre 1979 e 1982. Iniciou a vida pública como primeira-dama, período em que coordenou o Movimento de Integração e Orientação Social do Estado. Entre 1983 e 1985, foi secretária de Bem Estar Social do governo de Agripino Maia. Em 1986, foi eleita deputada federal pelo PDS, em seu primeiro cargo eletivo. Em 1988, foi eleita prefeita de Natal pelo PDT. Depois de cumprir o mandato e eleger seu sucessor, Wilma volta à prefeitura em 1996, sendo reeleita para o cargo em 2000. Foi eleita governadora do Estado em 2002 pelo PSB, cargo para o qual foi reeleita em 2006. Nas eleições seguintes, em 2010 e 2014, foi derrotada na disputa para o Senado. Entre 20013 e 2016 foi vice-prefeita de Natal na gestão do prefeito Carlos Eduardo (PDT). O velório de Wilma de Faria está sendo realizado no Palácio Potengi, sede do governo do Estado. O sepultamento será no Cemitério Morada da Paz, às 20h. O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), decretou luto oficial de três dias e emitiu na qual afirma que a ex-governadora "foi uma das mais relevantes mulheres na política nacional e tornou-se referência da força feminina". O senador Garibaldi Alves (PMDB), aliado político de Wilma, a classificou como "uma mulher forte, obstinada e carismática". "A notícia de sua morte entristece o Rio Grande do Norte. Peço a Deus conforto para sua família nesse momento de dor". O PTdoB, que recentemente mudou o nome para Avante, também emitiu nota lamentando a morte de Wilma de Faria. | 0 |
Justiça bloqueia R$ 3,1 bilhões de Cabral por supostas fraudes no metrô | A Justiça do Rio decretou o bloqueio de até R$ 3,1 bilhões dos bens do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), do ex-secretário de Transportes e deputado federal, Julio Lopes e outras pessoas envolvidas nas supostas fraudes na contratação das obras da linha 4 do metrô. Ação civil pública do Ministério Público do Rio afirma, com base em relatório técnico do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que o contrato da obra provocou um prejuízo de R$ 3,17 bilhões –o custo total é de R$ 10,4 bilhões. "Havendo indícios de irregularidades dos envolvidos e evidenciado o prejuízo à Administração, impõem-se as medidas necessárias para assegurar a futura reparação do dano, caso a obrigação venha a se confirmar", justifica a Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte em sua decisão. As empresas envolvidas tiveram um bloqueio de percentuais da renda mensal de cada uma. A juíza negou o bloqueio de bens do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) do ex-secretário de Transportes e deputado estadual, Carlos Osório (PSDB) por entender que o aditivo assinado por eles não faz parte do cálculo do prejuízo feito pelos auditores do TCE-RJ. OUTRO LADO A defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que vai se pronunciar no processo. A assessoria de Lopes disse que não foi notificada da decisão judicial. Ele afirmou ainda "que não teve qualquer responsabilidade ou mesmo qualquer ingerência na definição de custos, preços e pagamentos das obras da linha 4". "Todas as atribuições pertinentes a linha 4 eram de responsabilidade da Casa Civil", diz nota do deputado. | poder | Justiça bloqueia R$ 3,1 bilhões de Cabral por supostas fraudes no metrôA Justiça do Rio decretou o bloqueio de até R$ 3,1 bilhões dos bens do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), do ex-secretário de Transportes e deputado federal, Julio Lopes e outras pessoas envolvidas nas supostas fraudes na contratação das obras da linha 4 do metrô. Ação civil pública do Ministério Público do Rio afirma, com base em relatório técnico do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que o contrato da obra provocou um prejuízo de R$ 3,17 bilhões –o custo total é de R$ 10,4 bilhões. "Havendo indícios de irregularidades dos envolvidos e evidenciado o prejuízo à Administração, impõem-se as medidas necessárias para assegurar a futura reparação do dano, caso a obrigação venha a se confirmar", justifica a Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte em sua decisão. As empresas envolvidas tiveram um bloqueio de percentuais da renda mensal de cada uma. A juíza negou o bloqueio de bens do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) do ex-secretário de Transportes e deputado estadual, Carlos Osório (PSDB) por entender que o aditivo assinado por eles não faz parte do cálculo do prejuízo feito pelos auditores do TCE-RJ. OUTRO LADO A defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que vai se pronunciar no processo. A assessoria de Lopes disse que não foi notificada da decisão judicial. Ele afirmou ainda "que não teve qualquer responsabilidade ou mesmo qualquer ingerência na definição de custos, preços e pagamentos das obras da linha 4". "Todas as atribuições pertinentes a linha 4 eram de responsabilidade da Casa Civil", diz nota do deputado. | 0 |
Cartão de crédito sem anuidade e com juro menor tem 'fila de espera' | Um cartão de crédito que não cobra anuidade e oferece taxas de juros menores do que as cobradas no mercado tem atraído cada vez mais brasileiros. Meio milhão de pessoas já utiliza o produto, e outras 250 mil aguardam na fila para garantir o seu. Cobiçado especialmente pelos mais jovens, o Nubank MasterCard Platinum é emitido pela administradora de cartões Nubank –uma start-up criada em 2014 com o objetivo de reduzir custos para os consumidores com a ajuda do smartphone. Em um mercado em que os juros atingiram 414,3% ao ano no rotativo do cartão, de acordo com dados de setembro do Banco Central, a Nubank cobra taxa máxima de 144,9% ao ano. E mantendo benefícios da categoria Platinum, como assistência pessoal 24 horas e descontos em cinemas, bares e restaurantes –que geralmente estão acessíveis ao público do varejo alta renda dos bancos. Isso é possível, diz Cristina Junqueira, diretora e cofundadora da Nubank, porque a empresa tem custo de operação bem menor que os bancos, pois existe unicamente no mundo virtual. Não há, por exemplo, agências físicas. Toda pendência é resolvida pelo aplicativo. Sem anuidade e outras tarifas, a principal fonte de receita da companhia é uma parcela da taxa obtida nas operações com cartões que é repassada aos emissores. A empresa também lucra com a taxa de juro cobrada no parcelamento de faturas, mesmo que com alíquotas menores. CRÉDITO O crédito concedido pela Nubank também é fruto de investimentos realizados pelas empresas Sequoia Capital –que tem Apple, Google e YouTube no portfólio– e Kaszek Ventures. "Não temos um colchão de emergência. Se muita gente 'der calote', falimos. Por isso nossa análise de crédito é conservadora e pode levar até três meses para que um cliente seja aprovado", diz a diretora da Nubank. Usuário do cartão de crédito há quatro meses, o publicitário Bruno Padovam, 27, procurou o Nubank para fugir da anuidade. "Cancelei três cartões que cobravam mais de R$ 300 cada um em taxas por ano. E eles não eram Platinum", diz Padovam. A também publicitária Laís Sturaro, 26, foi uma das mais de 40 pessoas indicadas por Padovam para se cadastrar no site do Nubank e solicitar o produto. "O que falta é um programa de pontuação. Há os benefícios da bandeira MasterCard, mas que não são tão amplos quanto os oferecidos por empresas especializadas", diz. "Se houvesse, pontuaria bastante porque parcelo muitas compras. Mas, em alguns casos, utilizo outros cartões por causa do baixo limite do Nubank." A definição do limite de crédito do cliente é feita com base nas informações de renda fornecidas pelo usuário e na checagem em empresas de informações financeiras, como a Serasa e a Boa Vista SCPC. O próprio cliente também pode regular seu limite, diminuindo ou aumentando o valor dentro de uma faixa estabelecida pelo Nubank. Tudo via aplicativo. CUIDADOS Mesmo com juros menores, é preciso evitar o uso indiscriminado do cartão. "É necessário lembrar que o crédito representa um dinheiro que você ainda não tem. É uma dívida", afirma o consultor financeiro Erasmo Vieira. "Se você vai ao mercado com uma nota de R$ 100, esse é o seu limite para gastar. Se vai com o cartão, poderá comprar mais que isso, mas terá de pagar a conta lá na frente." O planejador financeiro Valter Police Júnior orienta o consumidor a testar o novo produto antes de se desfazer dos cartões antigos. "Como requer conhecimento de tecnologia, para o uso do aplicativo, as pessoas mais conservadoras podem não se adaptar ao Nubank." Isso se reflete no público que o cartão tem atraído até agora: de acordo com Cristina Junqueira, cerca de 80% dos clientes da Nubank têm menos de 35 anos. | mercado | Cartão de crédito sem anuidade e com juro menor tem 'fila de espera'Um cartão de crédito que não cobra anuidade e oferece taxas de juros menores do que as cobradas no mercado tem atraído cada vez mais brasileiros. Meio milhão de pessoas já utiliza o produto, e outras 250 mil aguardam na fila para garantir o seu. Cobiçado especialmente pelos mais jovens, o Nubank MasterCard Platinum é emitido pela administradora de cartões Nubank –uma start-up criada em 2014 com o objetivo de reduzir custos para os consumidores com a ajuda do smartphone. Em um mercado em que os juros atingiram 414,3% ao ano no rotativo do cartão, de acordo com dados de setembro do Banco Central, a Nubank cobra taxa máxima de 144,9% ao ano. E mantendo benefícios da categoria Platinum, como assistência pessoal 24 horas e descontos em cinemas, bares e restaurantes –que geralmente estão acessíveis ao público do varejo alta renda dos bancos. Isso é possível, diz Cristina Junqueira, diretora e cofundadora da Nubank, porque a empresa tem custo de operação bem menor que os bancos, pois existe unicamente no mundo virtual. Não há, por exemplo, agências físicas. Toda pendência é resolvida pelo aplicativo. Sem anuidade e outras tarifas, a principal fonte de receita da companhia é uma parcela da taxa obtida nas operações com cartões que é repassada aos emissores. A empresa também lucra com a taxa de juro cobrada no parcelamento de faturas, mesmo que com alíquotas menores. CRÉDITO O crédito concedido pela Nubank também é fruto de investimentos realizados pelas empresas Sequoia Capital –que tem Apple, Google e YouTube no portfólio– e Kaszek Ventures. "Não temos um colchão de emergência. Se muita gente 'der calote', falimos. Por isso nossa análise de crédito é conservadora e pode levar até três meses para que um cliente seja aprovado", diz a diretora da Nubank. Usuário do cartão de crédito há quatro meses, o publicitário Bruno Padovam, 27, procurou o Nubank para fugir da anuidade. "Cancelei três cartões que cobravam mais de R$ 300 cada um em taxas por ano. E eles não eram Platinum", diz Padovam. A também publicitária Laís Sturaro, 26, foi uma das mais de 40 pessoas indicadas por Padovam para se cadastrar no site do Nubank e solicitar o produto. "O que falta é um programa de pontuação. Há os benefícios da bandeira MasterCard, mas que não são tão amplos quanto os oferecidos por empresas especializadas", diz. "Se houvesse, pontuaria bastante porque parcelo muitas compras. Mas, em alguns casos, utilizo outros cartões por causa do baixo limite do Nubank." A definição do limite de crédito do cliente é feita com base nas informações de renda fornecidas pelo usuário e na checagem em empresas de informações financeiras, como a Serasa e a Boa Vista SCPC. O próprio cliente também pode regular seu limite, diminuindo ou aumentando o valor dentro de uma faixa estabelecida pelo Nubank. Tudo via aplicativo. CUIDADOS Mesmo com juros menores, é preciso evitar o uso indiscriminado do cartão. "É necessário lembrar que o crédito representa um dinheiro que você ainda não tem. É uma dívida", afirma o consultor financeiro Erasmo Vieira. "Se você vai ao mercado com uma nota de R$ 100, esse é o seu limite para gastar. Se vai com o cartão, poderá comprar mais que isso, mas terá de pagar a conta lá na frente." O planejador financeiro Valter Police Júnior orienta o consumidor a testar o novo produto antes de se desfazer dos cartões antigos. "Como requer conhecimento de tecnologia, para o uso do aplicativo, as pessoas mais conservadoras podem não se adaptar ao Nubank." Isso se reflete no público que o cartão tem atraído até agora: de acordo com Cristina Junqueira, cerca de 80% dos clientes da Nubank têm menos de 35 anos. | 2 |
Na primeira competição do ano, Maurren Maggi vence | Depois de quase dois anos sem competir no Brasil, Maurren Maggi voltou a saltar neste sábado (28), em Campinas, pela segunda etapa do Campeonato Paulista de Atletismo. A campeã olímpica venceu a prova do salto em distância, com a marca de 6,51 m. Nos Jogos Olímpicos de Londres, Maurrren atingiu 6,37m, resultado abaixo do alcançado neste sábado. "Estou muito feliz porque consegui o melhor resultado desde antes do Jogos Olímpicos de Londres, em 2012", comentou a ganhadora da medalha de ouro em Pequim-2008, que comemorou o resultado com o técnico Nélio Moura. Jessica Carolina Alves dos Reis ficou em segundo lugar, com a marca de 6,47 m. | esporte | Na primeira competição do ano, Maurren Maggi venceDepois de quase dois anos sem competir no Brasil, Maurren Maggi voltou a saltar neste sábado (28), em Campinas, pela segunda etapa do Campeonato Paulista de Atletismo. A campeã olímpica venceu a prova do salto em distância, com a marca de 6,51 m. Nos Jogos Olímpicos de Londres, Maurrren atingiu 6,37m, resultado abaixo do alcançado neste sábado. "Estou muito feliz porque consegui o melhor resultado desde antes do Jogos Olímpicos de Londres, em 2012", comentou a ganhadora da medalha de ouro em Pequim-2008, que comemorou o resultado com o técnico Nélio Moura. Jessica Carolina Alves dos Reis ficou em segundo lugar, com a marca de 6,47 m. | 4 |
Menores de seis anos não podem entrar no ensino fundamental, diz STJ | A Primeira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que crianças menores de seis anos não podem ingressar no ensino fundamental mesmo mediante comprovação de capacidade intelectual. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (23), foi tomada após a União e o Ministério Público Federal entrarem com recursos contra uma decisão anterior, que permitiu o ingresso de crianças menores de seis anos na rede de ensino de Pernambuco. A idade limite de seis anos foi determinada em 2010 por resoluções do CNE (Conselho Nacional de Educação). Pelo órgão, para ingressar na primeira série do ensino fundamental, a criança deve contar com seis anos de idade completos até o dia 31 de março do ano a ser cursado. As resoluções do CNE não têm força de lei, mas servem de orientação geral para os sistemas públicos e privados de ensino. Contrário ao critério etário, o Ministério Público Federal em Pernambuco moveu uma ação civil pública ainda em 2011. Para a Procuradoria, a capacidade de aprendizagem da criança deve ser analisada de forma individual e não genérica. A Justiça Federal em Pernambuco concordou com o órgão e acatou o pedido, liberando as matrículas de menores de seis anos no ensino fundamental das redes pública e privada de todo o país. A União recorreu ao TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região), que reformou a decisão de primeira instância, e limitou a possibilidade de ingresso com menos de seis anos apenas ao Estado de Pernambuco. Com isso, as duas partes recorreram ao STJ. A União sustentou que a fixação da idade mínima para ingresso no ensino fundamental é atribuição do CNE e que as resoluções foram expedidas após estudos e audiências públicas. O Ministério Público, por sua vez, sustentou que a sentença deveria ter validade em todo o território nacional, e não apenas Pernambuco. A Primeira Turma do STJ então decidiu manter o limite de seis anos em todo o país. Para o ministro Sérgio Kukina, relator dos recursos, o critério cronológico não é ilegal nem abusivo, e não foi definido aleatoriamente, já que foi precedido de diversas audiências públicas e sugestões de especialistas. De acordo com o ministro, o Poder Judiciário não poderia decidir contra as resoluções do CNE porque estaria invadindo a competência do Poder Executivo na tarefa de definir diretrizes educacionais no âmbito do ensino fundamental. | educacao | Menores de seis anos não podem entrar no ensino fundamental, diz STJA Primeira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que crianças menores de seis anos não podem ingressar no ensino fundamental mesmo mediante comprovação de capacidade intelectual. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (23), foi tomada após a União e o Ministério Público Federal entrarem com recursos contra uma decisão anterior, que permitiu o ingresso de crianças menores de seis anos na rede de ensino de Pernambuco. A idade limite de seis anos foi determinada em 2010 por resoluções do CNE (Conselho Nacional de Educação). Pelo órgão, para ingressar na primeira série do ensino fundamental, a criança deve contar com seis anos de idade completos até o dia 31 de março do ano a ser cursado. As resoluções do CNE não têm força de lei, mas servem de orientação geral para os sistemas públicos e privados de ensino. Contrário ao critério etário, o Ministério Público Federal em Pernambuco moveu uma ação civil pública ainda em 2011. Para a Procuradoria, a capacidade de aprendizagem da criança deve ser analisada de forma individual e não genérica. A Justiça Federal em Pernambuco concordou com o órgão e acatou o pedido, liberando as matrículas de menores de seis anos no ensino fundamental das redes pública e privada de todo o país. A União recorreu ao TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região), que reformou a decisão de primeira instância, e limitou a possibilidade de ingresso com menos de seis anos apenas ao Estado de Pernambuco. Com isso, as duas partes recorreram ao STJ. A União sustentou que a fixação da idade mínima para ingresso no ensino fundamental é atribuição do CNE e que as resoluções foram expedidas após estudos e audiências públicas. O Ministério Público, por sua vez, sustentou que a sentença deveria ter validade em todo o território nacional, e não apenas Pernambuco. A Primeira Turma do STJ então decidiu manter o limite de seis anos em todo o país. Para o ministro Sérgio Kukina, relator dos recursos, o critério cronológico não é ilegal nem abusivo, e não foi definido aleatoriamente, já que foi precedido de diversas audiências públicas e sugestões de especialistas. De acordo com o ministro, o Poder Judiciário não poderia decidir contra as resoluções do CNE porque estaria invadindo a competência do Poder Executivo na tarefa de definir diretrizes educacionais no âmbito do ensino fundamental. | 11 |
O médico veterinário em defesa da Saúde Única | De acordo com a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), seis de cada dez doenças infecciosas humanas conhecidas têm sua origem em animais, domésticos ou selvagens. Além disso, a ingestão de alimentos como leite, ovos e carne impróprios para consumo pode gerar contaminação, trazer prejuízos para a saúde humana e, consequentemente, para a saúde pública. O fluxo de pessoas por todo o mundo a negócios ou turismo, além da comercialização de produtos, permite que agentes causadores de doenças rompam as barreiras de proteção territorial e se estabeleçam onde antes não existiam. Doenças, vírus e bactérias encontram na globalização a oportunidade de se multiplicarem e difundirem. À medida que aumenta o deslocamento de pessoas, a interligação entre humanos, animais e meio ambiente torna-se mais significativa, criando uma dinâmica na qual a saúde de cada um está intimamente ligada. Promover uma Saúde Única torna-se estratégico. Tal conceito define a interdependência da saúde humana, animal e ambiental e foi pensado nos anos 60 pelo médico veterinário Calvin Schwabe. O desmatamento e a invasão das florestas aproximou a convivência do homem com diferentes espécies de animais. As mudanças climáticas permitem que os patógenos, através de vetores, como os mosquitos, colonizem áreas que até então eram muito frias, contribuindo para a proliferação de zoonoses –doenças infecciosas transmitidas entre os animais e o homem. Para citar alguns exemplos, ebola, raiva, leishmaniose, tuberculose, leptospirose, dengue, febre amarela. Diante desse cenário, constata-se que os profissionais de Medicina Veterinária não são apenas médicos dos animais. Trabalham na supervisão da produção e na inspeção dos alimentos de origem animal que chegam à mesa dos consumidores, atuando nos frigoríficos, fábricas de conservas de carnes, pescado e laticínios, por exemplo. Além de trabalhar em pesquisas na área da saúde pública, no controle de zoonoses, cuidando da saúde de diferentes espécies animais e proteção do meio ambiente. Aos poucos, o mundo desperta para a importância de se trabalhar em prol dessa integração, incentivando a ação conjunta de várias profissões. Devido ao amplo leque de competências, a Medicina Veterinária é a profissão de natural articulação no processo de convergência entre as saúdes humana, animal e ambiental. A eficácia dessa abordagem depende da colaboração entre a Medicina Veterinária e a Medicina Humana, compartilhando experiências de forma a preparar os profissionais para os desafios da saúde pública mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem solicitado aos países membros a participação dos médicos veterinários nas equipes de administração, planejamento e coordenação dos programas de saúde. No Brasil, desde 2011, os médicos veterinários integram as equipes multiprofissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) trabalhando, ao lado de outros profissionais, na atenção básica à saúde nos municípios brasileiros. Durante as visitas domiciliares é feito o diagnóstico de risco à saúde na interação entre os seres humanos, animais e meio ambiente, orientando a população sobre a prevenção das zoonoses. O Conselho Federal de Medicina Veterinária atua para que o Brasil se torne um dos protagonistas mundiais na Saúde Única com médicos veterinários capacitados para garantir a harmonia das várias frentes da saúde. Com isso, ganha a sociedade e ganham os profissionais. BENEDITO FORTES DE ARRUDA, 66, médico veterinário, é presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. | opiniao | O médico veterinário em defesa da Saúde ÚnicaDe acordo com a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), seis de cada dez doenças infecciosas humanas conhecidas têm sua origem em animais, domésticos ou selvagens. Além disso, a ingestão de alimentos como leite, ovos e carne impróprios para consumo pode gerar contaminação, trazer prejuízos para a saúde humana e, consequentemente, para a saúde pública. O fluxo de pessoas por todo o mundo a negócios ou turismo, além da comercialização de produtos, permite que agentes causadores de doenças rompam as barreiras de proteção territorial e se estabeleçam onde antes não existiam. Doenças, vírus e bactérias encontram na globalização a oportunidade de se multiplicarem e difundirem. À medida que aumenta o deslocamento de pessoas, a interligação entre humanos, animais e meio ambiente torna-se mais significativa, criando uma dinâmica na qual a saúde de cada um está intimamente ligada. Promover uma Saúde Única torna-se estratégico. Tal conceito define a interdependência da saúde humana, animal e ambiental e foi pensado nos anos 60 pelo médico veterinário Calvin Schwabe. O desmatamento e a invasão das florestas aproximou a convivência do homem com diferentes espécies de animais. As mudanças climáticas permitem que os patógenos, através de vetores, como os mosquitos, colonizem áreas que até então eram muito frias, contribuindo para a proliferação de zoonoses –doenças infecciosas transmitidas entre os animais e o homem. Para citar alguns exemplos, ebola, raiva, leishmaniose, tuberculose, leptospirose, dengue, febre amarela. Diante desse cenário, constata-se que os profissionais de Medicina Veterinária não são apenas médicos dos animais. Trabalham na supervisão da produção e na inspeção dos alimentos de origem animal que chegam à mesa dos consumidores, atuando nos frigoríficos, fábricas de conservas de carnes, pescado e laticínios, por exemplo. Além de trabalhar em pesquisas na área da saúde pública, no controle de zoonoses, cuidando da saúde de diferentes espécies animais e proteção do meio ambiente. Aos poucos, o mundo desperta para a importância de se trabalhar em prol dessa integração, incentivando a ação conjunta de várias profissões. Devido ao amplo leque de competências, a Medicina Veterinária é a profissão de natural articulação no processo de convergência entre as saúdes humana, animal e ambiental. A eficácia dessa abordagem depende da colaboração entre a Medicina Veterinária e a Medicina Humana, compartilhando experiências de forma a preparar os profissionais para os desafios da saúde pública mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem solicitado aos países membros a participação dos médicos veterinários nas equipes de administração, planejamento e coordenação dos programas de saúde. No Brasil, desde 2011, os médicos veterinários integram as equipes multiprofissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) trabalhando, ao lado de outros profissionais, na atenção básica à saúde nos municípios brasileiros. Durante as visitas domiciliares é feito o diagnóstico de risco à saúde na interação entre os seres humanos, animais e meio ambiente, orientando a população sobre a prevenção das zoonoses. O Conselho Federal de Medicina Veterinária atua para que o Brasil se torne um dos protagonistas mundiais na Saúde Única com médicos veterinários capacitados para garantir a harmonia das várias frentes da saúde. Com isso, ganha a sociedade e ganham os profissionais. BENEDITO FORTES DE ARRUDA, 66, médico veterinário, é presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. | 14 |
Livro inacabado de García Márquez volta ao tema da prostituição | Faltava pouco para García Márquez colocar um ponto final no romance "Em Agosto Nos Vemos", mas o escritor não estava contente com o fim da história e, obsessivamente, trabalhava para melhorá-lo. Não deu tempo: em abril do ano passado, Gabo morreu no México, aos 87 anos. Até hoje, conhecia-se apenas o primeiro capítulo, que ele leu em público e que teve trechos reproduzidos pela mídia. Com a abertura do arquivo em Austin, se saberá como segue a história de Ana Magdalena Bach, uma mulher de meia-idade, casada, que uma vez por ano viaja até uma cidade da costa colombiana para visitar a sepultura da mãe. Numa dessas ocasiões, tem um encontro sexual com um desconhecido, no hotel em que se hospeda. Ele sai de fininho antes do amanhecer, mas deixa a ela US$ 20. "Nessa obra inacabada, García Márquez volta ao tema da prostituição, que era também o do universo do romance mais recente, 'Memórias de Minhas Putas Tristes' [2004]", diz Héctor Feliciano. Porém, não se sabia se a mulher, que até então só havia feito sexo com o marido, continuaria nesse caminho do sexo por dinheiro. A trama contém ainda outros elementos recorrentes na obra de Gabo: as superstições do povo da costa com relação aos mortos, os tabus daquela sociedade e a fatalidade do destino de cada um. Além de "Em Agosto Nos Vemos", o Nobel ainda trabalhava no segundo volume de suas memórias, que daria continuidade a "Viver para Contar", lançado em 2002. "Ele já tinha escrito e juntado muito material para isso. A ideia inicial era fazer três tomos de memórias. Infelizmente, ficou apenas no primeiro", completa Feliciano. A editora Random House propôs à família lançar seus escritos como obras inacabadas. A viúva, Mercedes, e os filhos disseram não. | ilustrada | Livro inacabado de García Márquez volta ao tema da prostituiçãoFaltava pouco para García Márquez colocar um ponto final no romance "Em Agosto Nos Vemos", mas o escritor não estava contente com o fim da história e, obsessivamente, trabalhava para melhorá-lo. Não deu tempo: em abril do ano passado, Gabo morreu no México, aos 87 anos. Até hoje, conhecia-se apenas o primeiro capítulo, que ele leu em público e que teve trechos reproduzidos pela mídia. Com a abertura do arquivo em Austin, se saberá como segue a história de Ana Magdalena Bach, uma mulher de meia-idade, casada, que uma vez por ano viaja até uma cidade da costa colombiana para visitar a sepultura da mãe. Numa dessas ocasiões, tem um encontro sexual com um desconhecido, no hotel em que se hospeda. Ele sai de fininho antes do amanhecer, mas deixa a ela US$ 20. "Nessa obra inacabada, García Márquez volta ao tema da prostituição, que era também o do universo do romance mais recente, 'Memórias de Minhas Putas Tristes' [2004]", diz Héctor Feliciano. Porém, não se sabia se a mulher, que até então só havia feito sexo com o marido, continuaria nesse caminho do sexo por dinheiro. A trama contém ainda outros elementos recorrentes na obra de Gabo: as superstições do povo da costa com relação aos mortos, os tabus daquela sociedade e a fatalidade do destino de cada um. Além de "Em Agosto Nos Vemos", o Nobel ainda trabalhava no segundo volume de suas memórias, que daria continuidade a "Viver para Contar", lançado em 2002. "Ele já tinha escrito e juntado muito material para isso. A ideia inicial era fazer três tomos de memórias. Infelizmente, ficou apenas no primeiro", completa Feliciano. A editora Random House propôs à família lançar seus escritos como obras inacabadas. A viúva, Mercedes, e os filhos disseram não. | 1 |
Criticidade: problemas, soluções e olhar dos leitores | DE SÃO PAULO Veja problemas, soluções e o olhar dos leitores em São Paulo: * Confira o que vai bem e o que vai mal nas ruas: VAI BEM - CURVA DO 'S' A obra na "Curva do 'S'", no Jardim Helena, zona leste, foi finalizada e inaugurada. O trânsito nas ruas Bernardo de Chaves Cabral, Alfredo de Melo e Domingues Nobre está fluindo melhor VAI MAL - SOFÁ PROTETOR Um sofá está sinalizando um buraco no cruzamento entre as ruas Geremia Lunardelli e Professor Maximo Ribeiro Nunes. Segundo a Subprefeitura do Butantã, o local já foi reformado * FOTO DO LEITOR - BICICLETA Guidão Autor: João Martini, 61, arquiteto "O detalhe de uma bicicleta decorada" | saopaulo | Criticidade: problemas, soluções e olhar dos leitoresDE SÃO PAULO Veja problemas, soluções e o olhar dos leitores em São Paulo: * Confira o que vai bem e o que vai mal nas ruas: VAI BEM - CURVA DO 'S' A obra na "Curva do 'S'", no Jardim Helena, zona leste, foi finalizada e inaugurada. O trânsito nas ruas Bernardo de Chaves Cabral, Alfredo de Melo e Domingues Nobre está fluindo melhor VAI MAL - SOFÁ PROTETOR Um sofá está sinalizando um buraco no cruzamento entre as ruas Geremia Lunardelli e Professor Maximo Ribeiro Nunes. Segundo a Subprefeitura do Butantã, o local já foi reformado * FOTO DO LEITOR - BICICLETA Guidão Autor: João Martini, 61, arquiteto "O detalhe de uma bicicleta decorada" | 17 |
Palmeiras empata com Atlético-MG em jogo com 3 pênaltis e 2 expulsões | O Palmeiras segurou, com dois jogadores a menos –Luan e Willian acabaram expulsos–, o Atlético-MG no Horto. Na tarde deste sábado (9), em partida marcada pela arbitragem polêmica e dois pênaltis perdidos (Fred parou em Prass, enquanto Deyverson em Victor), paulistas e mineiros ficaram no empate por 1 a 1 e desperdiçaram a chance de se aproximarem ainda mais das primeiras posições do Campeonato Brasileiro. A igualdade segurou o avanço das duas equipes na tabela de classificação. Sem aproveitar a vantagem numérica desde a primeira etapa, o Atlético-MG subiu ligeiramente na classificação - pulou da 10ª para a 9ª colocação ao chegar aos 30 pontos após 23 jogos. O Palmeiras, por outro lado, segue na quarta colocação, com 37, um a menos do que o Santos. O confronto no Independência se mostrou cheio de alternativas e erros. A arbitragem de Leandro Pedro Vuaden movimentou o confronto ao anotar três pênaltis - apenas Fábio Santos, autor do gol atleticano, converteu - e expulsar os dois palmeirenses. Os visitantes, mesmo com a adversidade, se sustentaram e evitaram a pressão atleticana. As duas equipes agora contarão com uma semana de trabalho para tentarem novamente embalar no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras retorna a campo somente na segunda-feira, dia 18, a partir das 20h (de Brasília), para enfrentar o Coritiba, no Estádio do Pacaembu. O Atlético-MG volta a campo um dia antes, às 11h, para encarar o Avaí, em Florianópolis. QUEM FOI BEM: PRASS E VICTOR Os dois goleiros são os responsáveis pelo empate de 1 a 1, especialmente pelas defesas de pênalti. Fernando Prass parou Fred quando o placar ainda se encontrava zerado, e Victor impediu o Palmeiras de assumir a liderança na segunda etapa. A frustração dos torcedores deve-se muito a um sábado bom dos dois camisa 1. Veja vídeo QUEM FOI MAL: FRED E LUAN Além de Fred, que pouco incomodou a defesa palmeirense e ainda desperdiçou um pênalti, o zagueiro palmeirense Luan teve uma tarde para se esquecer. O lance que simboliza o dia ruim ocorreu no pênalti convertido por Fábio Santos: o camisa 13 da equipe alviverde segurou a camisa de Leonardo Silva desde o início da jogada (uma falta para a área) e acabou expulso de maneira "boba". QUE FASE, EGÍDIO... Fora dos últimos três jogos do Palmeiras por "blindagem" do técnico Cuca, o lateral Egídio se destacou nos treinamentos das duas últimas semanas e ganhou uma nova chance. Entretanto, não demorou para as críticas ressurgirem nas redes sociais. Aos 26min, o camisa 6 chegou atrasado em disputa de bola e derrubou o lateral atleticano Alex Silva dentro da área. Pênalti infantil contra o atual campeão nacional. ...QUE FASE, FRED Sorte palmeirense é que Fred se encontra em um momento ruim. Sem marcar desde julho, contra o Atlético-GO, o centroavante chamou a responsabilidade e assumiu a cobrança da penalidade marcada por Leandro Pedro Vuaden. No entanto, o momento ruim se sustentou: Fernando Prass fez bela defesa e evitou o gol atleticano. PALMEIRAS EFICIENTE Veja vídeo Passado o susto com a defesa de Prass e incomodado com a arbitragem - os jogadores da equipe paulista reclamam de um pênalti ignorado no início do jogo -, o Palmeiras mostrou eficiência no contra-ataque. Na primeira finalização, gol. Willian deixou Deyverson na cara do gol, e o camisa 16 chutou na saída de Victor para abrir o placar. MAIS UMA VEZ, ARBITRAGEM VIRA PROTAGONISTA A vantagem palmeirense, entretanto, durou pouco - e a irritação com a arbitragem cresceu ainda mais. Aos 33min, Leandro Pedro Vuaden viu pênalti do zagueiro Luan em Leonardo Silva - o palmeirense puxou a camisa do atleticano dentro da área. Mais que a infração, o árbitro expulsou o defensor palmeirense com os segundo cartão amarelo, desmontando o plano inicial de Cuca com quatro meio-campistas - Guerra deixou o jogo. PÊNALTI É COM FÁBIO SANTOS Veja vídeo Se Fred errou o quinto pênalti do Atlético-MG no Brasileiro, Fábio Santos tratou de consertar após a expulsão de Luan. O lateral esquerdo tratou de converter o seu terceiro pênalti no campeonato. Em cobrança sem defesa, o camisa 6 deslocou Fernando Prass e igualou o marcador, recolocando os donos da casa no confronto. PRASS E VICTOR Não apenas Fernando Prass tratou de se destacar diante de um rival na marca do pênalti. Na segunda etapa, logo aos 10min, Leonardo Silva colocou a mão na bola e o árbitro não titubeou para anotar a terceira penalidade no jogo. Deyverson, com moral após o gol marcado, cobrou no canto esquerdo de Victor, que defendeu pela quarta vez um tiro direto da marca da cal na competição - contra o Palmeiras, no primeiro turno, parou Willian. DOIS A MENOS O Palmeiras ainda encarou um problema maior na parte final da partida. Se suportou o Atlético-MG sem Luan, expulso ainda na primeira etapa, a equipe alviverde precisou sustentar o empate com nove jogadores. Destaque no jogo - e acima de tudo na temporada -, o atacante Willian recebeu o cartão vermelho depois de lance com Valdívia. A arbitragem acusou o "Bigode" de agressão sobre o atleticano. CUCA Veja vídeo O técnico Cuca, que tem portas abertas para retornar ao Atlético-MG em um futuro próximo, conforme mostrou a coluna De Primeira, testemunhou o carinho do clube mineiro neste sábado. O comandante do Palmeiras foi cumprimentado por funcionários e jogadores atleticanos, além de ser saudado pelos torcedores presentes no Independência. Mesmo rival, teve o nome gritado pelo público mais próximo ao banco de reservas. DE TITULAR PARA DESFALQUE A entrada de Egídio ocorre também pelo problema físico do até então titular, Michel Bastos. Contratado como meio-campista no início do ano, o camisa 15, que acabou deslocado para a primeira linha de defesa nos últimos três duelos do Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, sentiu uma lesão no adutor e sequer foi relacionado para o compromisso deste sábado. | esporte | Palmeiras empata com Atlético-MG em jogo com 3 pênaltis e 2 expulsõesO Palmeiras segurou, com dois jogadores a menos –Luan e Willian acabaram expulsos–, o Atlético-MG no Horto. Na tarde deste sábado (9), em partida marcada pela arbitragem polêmica e dois pênaltis perdidos (Fred parou em Prass, enquanto Deyverson em Victor), paulistas e mineiros ficaram no empate por 1 a 1 e desperdiçaram a chance de se aproximarem ainda mais das primeiras posições do Campeonato Brasileiro. A igualdade segurou o avanço das duas equipes na tabela de classificação. Sem aproveitar a vantagem numérica desde a primeira etapa, o Atlético-MG subiu ligeiramente na classificação - pulou da 10ª para a 9ª colocação ao chegar aos 30 pontos após 23 jogos. O Palmeiras, por outro lado, segue na quarta colocação, com 37, um a menos do que o Santos. O confronto no Independência se mostrou cheio de alternativas e erros. A arbitragem de Leandro Pedro Vuaden movimentou o confronto ao anotar três pênaltis - apenas Fábio Santos, autor do gol atleticano, converteu - e expulsar os dois palmeirenses. Os visitantes, mesmo com a adversidade, se sustentaram e evitaram a pressão atleticana. As duas equipes agora contarão com uma semana de trabalho para tentarem novamente embalar no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras retorna a campo somente na segunda-feira, dia 18, a partir das 20h (de Brasília), para enfrentar o Coritiba, no Estádio do Pacaembu. O Atlético-MG volta a campo um dia antes, às 11h, para encarar o Avaí, em Florianópolis. QUEM FOI BEM: PRASS E VICTOR Os dois goleiros são os responsáveis pelo empate de 1 a 1, especialmente pelas defesas de pênalti. Fernando Prass parou Fred quando o placar ainda se encontrava zerado, e Victor impediu o Palmeiras de assumir a liderança na segunda etapa. A frustração dos torcedores deve-se muito a um sábado bom dos dois camisa 1. Veja vídeo QUEM FOI MAL: FRED E LUAN Além de Fred, que pouco incomodou a defesa palmeirense e ainda desperdiçou um pênalti, o zagueiro palmeirense Luan teve uma tarde para se esquecer. O lance que simboliza o dia ruim ocorreu no pênalti convertido por Fábio Santos: o camisa 13 da equipe alviverde segurou a camisa de Leonardo Silva desde o início da jogada (uma falta para a área) e acabou expulso de maneira "boba". QUE FASE, EGÍDIO... Fora dos últimos três jogos do Palmeiras por "blindagem" do técnico Cuca, o lateral Egídio se destacou nos treinamentos das duas últimas semanas e ganhou uma nova chance. Entretanto, não demorou para as críticas ressurgirem nas redes sociais. Aos 26min, o camisa 6 chegou atrasado em disputa de bola e derrubou o lateral atleticano Alex Silva dentro da área. Pênalti infantil contra o atual campeão nacional. ...QUE FASE, FRED Sorte palmeirense é que Fred se encontra em um momento ruim. Sem marcar desde julho, contra o Atlético-GO, o centroavante chamou a responsabilidade e assumiu a cobrança da penalidade marcada por Leandro Pedro Vuaden. No entanto, o momento ruim se sustentou: Fernando Prass fez bela defesa e evitou o gol atleticano. PALMEIRAS EFICIENTE Veja vídeo Passado o susto com a defesa de Prass e incomodado com a arbitragem - os jogadores da equipe paulista reclamam de um pênalti ignorado no início do jogo -, o Palmeiras mostrou eficiência no contra-ataque. Na primeira finalização, gol. Willian deixou Deyverson na cara do gol, e o camisa 16 chutou na saída de Victor para abrir o placar. MAIS UMA VEZ, ARBITRAGEM VIRA PROTAGONISTA A vantagem palmeirense, entretanto, durou pouco - e a irritação com a arbitragem cresceu ainda mais. Aos 33min, Leandro Pedro Vuaden viu pênalti do zagueiro Luan em Leonardo Silva - o palmeirense puxou a camisa do atleticano dentro da área. Mais que a infração, o árbitro expulsou o defensor palmeirense com os segundo cartão amarelo, desmontando o plano inicial de Cuca com quatro meio-campistas - Guerra deixou o jogo. PÊNALTI É COM FÁBIO SANTOS Veja vídeo Se Fred errou o quinto pênalti do Atlético-MG no Brasileiro, Fábio Santos tratou de consertar após a expulsão de Luan. O lateral esquerdo tratou de converter o seu terceiro pênalti no campeonato. Em cobrança sem defesa, o camisa 6 deslocou Fernando Prass e igualou o marcador, recolocando os donos da casa no confronto. PRASS E VICTOR Não apenas Fernando Prass tratou de se destacar diante de um rival na marca do pênalti. Na segunda etapa, logo aos 10min, Leonardo Silva colocou a mão na bola e o árbitro não titubeou para anotar a terceira penalidade no jogo. Deyverson, com moral após o gol marcado, cobrou no canto esquerdo de Victor, que defendeu pela quarta vez um tiro direto da marca da cal na competição - contra o Palmeiras, no primeiro turno, parou Willian. DOIS A MENOS O Palmeiras ainda encarou um problema maior na parte final da partida. Se suportou o Atlético-MG sem Luan, expulso ainda na primeira etapa, a equipe alviverde precisou sustentar o empate com nove jogadores. Destaque no jogo - e acima de tudo na temporada -, o atacante Willian recebeu o cartão vermelho depois de lance com Valdívia. A arbitragem acusou o "Bigode" de agressão sobre o atleticano. CUCA Veja vídeo O técnico Cuca, que tem portas abertas para retornar ao Atlético-MG em um futuro próximo, conforme mostrou a coluna De Primeira, testemunhou o carinho do clube mineiro neste sábado. O comandante do Palmeiras foi cumprimentado por funcionários e jogadores atleticanos, além de ser saudado pelos torcedores presentes no Independência. Mesmo rival, teve o nome gritado pelo público mais próximo ao banco de reservas. DE TITULAR PARA DESFALQUE A entrada de Egídio ocorre também pelo problema físico do até então titular, Michel Bastos. Contratado como meio-campista no início do ano, o camisa 15, que acabou deslocado para a primeira linha de defesa nos últimos três duelos do Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, sentiu uma lesão no adutor e sequer foi relacionado para o compromisso deste sábado. | 4 |
Aos 81, bailarina Marilena Ansaldi revisita história da dança no Masp | O palco está descascado. Cortinas abertas revelam a falta de coxias, as paredes de concreto e a arquitetura brutalista de Lina Bo Bardi no auditório do Masp. À estrutura arquitetônica revelada, uma companhia de dança sobrepõe a forma do espetáculo em construção em "Sala de Ensaio", última criação da Studio 3. Marilena Ansaldi, 81, ensaia mais uma vez sua despedida da carreira. Ela já a havia "encerrado oficialmente" há sete anos, mas voltou à cena no ano passado em "Paixão e Fúria - Callas, o Mito". "Depois de 60 anos, finalizo minha carreira com um solo improvisado a partir de uma música de Wagner sobre a estrela do amanhecer. É uma estrela de brilho fosco, mas que está lá no céu da manhã", diz a precursora da dança-teatro (mais dramatizada) no país. No ensaio, nada ofuscava o brilho de Ansaldi, mesmo quando ela poupava o corpo. "Ia fazer outra coisa, mais complicada, mas agora a carne dói. Então ponho a alma em cena", diz ela. Num cenário com apenas cadeiras e bancos que formam cinco salas de ensaio e usando "roupa de aula" como figurino, os bailarinos da Studio 3 dançam o que o público não pode ver. "Ensaio é quase um tabu, ninguém pode ver. Ainda mais quando é dança, uma coisa muito vaidosa. Mas é comum o ensaio ser o momento em que o bailarino se revela, arrisca fazer o impossível e alcança o sublime", diz o coreógrafo Anselmo Zolla, criador e diretor do espetáculo. As improvisações de Ansaldi revivem a história da dança paulistana. O Auditório do Masp, que foi um dos palcos dessa história, nos anos 70 e 80, recebe, em seguida, a mais recente criação do grupo Stagium. Em comemoração aos 45 anos da companhia, o coreógrafo Décio Otero criou "O Canto da Minha Terra", inspirado na obra do músico Ary Barroso (1903-1964). Mineiro de Ubá, como o músico, Otero montou um "espetáculo sentimental". Em movimentos da dança contemporânea, ele mescla sambas-exaltação e hinos à boemia e às letras bem-humoradas do compositor. "Mostramos que o Stagium ainda pode ser brejeiro", diz Marika Gidali, diretora da companhia que fundou com Otero, seu marido, em 1970. SALA DE ENSAIO E O CANTO DA MINHA TERRA Quando: ter. (8) e qua. (9), às 21h ("Sala"); sex. (11) e sáb. (12), às 21h, dom. (13), às 18h ("O Canto") Onde: Auditório Masp, av. Paulista, 1.578, tel. (11) 3149-5959 Quanto: R$ 30 Classificação: livre | ilustrada | Aos 81, bailarina Marilena Ansaldi revisita história da dança no MaspO palco está descascado. Cortinas abertas revelam a falta de coxias, as paredes de concreto e a arquitetura brutalista de Lina Bo Bardi no auditório do Masp. À estrutura arquitetônica revelada, uma companhia de dança sobrepõe a forma do espetáculo em construção em "Sala de Ensaio", última criação da Studio 3. Marilena Ansaldi, 81, ensaia mais uma vez sua despedida da carreira. Ela já a havia "encerrado oficialmente" há sete anos, mas voltou à cena no ano passado em "Paixão e Fúria - Callas, o Mito". "Depois de 60 anos, finalizo minha carreira com um solo improvisado a partir de uma música de Wagner sobre a estrela do amanhecer. É uma estrela de brilho fosco, mas que está lá no céu da manhã", diz a precursora da dança-teatro (mais dramatizada) no país. No ensaio, nada ofuscava o brilho de Ansaldi, mesmo quando ela poupava o corpo. "Ia fazer outra coisa, mais complicada, mas agora a carne dói. Então ponho a alma em cena", diz ela. Num cenário com apenas cadeiras e bancos que formam cinco salas de ensaio e usando "roupa de aula" como figurino, os bailarinos da Studio 3 dançam o que o público não pode ver. "Ensaio é quase um tabu, ninguém pode ver. Ainda mais quando é dança, uma coisa muito vaidosa. Mas é comum o ensaio ser o momento em que o bailarino se revela, arrisca fazer o impossível e alcança o sublime", diz o coreógrafo Anselmo Zolla, criador e diretor do espetáculo. As improvisações de Ansaldi revivem a história da dança paulistana. O Auditório do Masp, que foi um dos palcos dessa história, nos anos 70 e 80, recebe, em seguida, a mais recente criação do grupo Stagium. Em comemoração aos 45 anos da companhia, o coreógrafo Décio Otero criou "O Canto da Minha Terra", inspirado na obra do músico Ary Barroso (1903-1964). Mineiro de Ubá, como o músico, Otero montou um "espetáculo sentimental". Em movimentos da dança contemporânea, ele mescla sambas-exaltação e hinos à boemia e às letras bem-humoradas do compositor. "Mostramos que o Stagium ainda pode ser brejeiro", diz Marika Gidali, diretora da companhia que fundou com Otero, seu marido, em 1970. SALA DE ENSAIO E O CANTO DA MINHA TERRA Quando: ter. (8) e qua. (9), às 21h ("Sala"); sex. (11) e sáb. (12), às 21h, dom. (13), às 18h ("O Canto") Onde: Auditório Masp, av. Paulista, 1.578, tel. (11) 3149-5959 Quanto: R$ 30 Classificação: livre | 1 |
Mortes: Uma apaixonada cineasta gaúcha | Peças de teatro, filmes de ficção, documentários. Monica Schmiedt gostava de estar à frente dos projetos que tocava, fosse trazendo as ideias, produzindo ou dirigindo. "Determinação era seu diferencial. Não aceitava a ideia de que os homens trazem as ideias e uma produtora aparece pra viabilizar. Ela ia lá e fazia", conta a amiga Liliana. Nascida na pequena cidade gaúcha de Não-Me-Toque, a filha de agricultores foi para Porto Alegre na adolescência, para estudar. Passou pelo colégio Sinodal antes de cursar história e arquitetura. A paixão por teatro e cinema, porém, falou mais alto. Sem nunca trabalhar nas áreas em que estudou, ela começou, nos anos 80, a trabalhar como atriz, designer e produtora-assistente, até se tornar produtora e, mais tarde, diretora. Fez parte do grupo que mudou o cinema no Estado, até então focado no campo e nas culturas locais. Produziu filmes como "O Mentiroso", "Ilha das Flores" e "O Quatrilho" –o último indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Também teve produção campeã nos festivais de Brasília e Gramado. Mesmo quando não estava trabalhando, ela não dispensava o teatro e o cinema, mas também gostava de esportes, em especial, escaladas. A paixão chegou a ser abordada em "Extremo Sul", que chega a mostrá-la escalando. Sua mais recente produção, "Prova de Coragem", também aborda a vida de um alpinista. Monica trabalhou no filme até o final, mas não conseguiu ver o lançamento, marcado para 12 de maio. Morreu no dia 28, aos 54, devido a um câncer. Deixa marido, mãe, irmão e amigos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas - | cotidiano | Mortes: Uma apaixonada cineasta gaúchaPeças de teatro, filmes de ficção, documentários. Monica Schmiedt gostava de estar à frente dos projetos que tocava, fosse trazendo as ideias, produzindo ou dirigindo. "Determinação era seu diferencial. Não aceitava a ideia de que os homens trazem as ideias e uma produtora aparece pra viabilizar. Ela ia lá e fazia", conta a amiga Liliana. Nascida na pequena cidade gaúcha de Não-Me-Toque, a filha de agricultores foi para Porto Alegre na adolescência, para estudar. Passou pelo colégio Sinodal antes de cursar história e arquitetura. A paixão por teatro e cinema, porém, falou mais alto. Sem nunca trabalhar nas áreas em que estudou, ela começou, nos anos 80, a trabalhar como atriz, designer e produtora-assistente, até se tornar produtora e, mais tarde, diretora. Fez parte do grupo que mudou o cinema no Estado, até então focado no campo e nas culturas locais. Produziu filmes como "O Mentiroso", "Ilha das Flores" e "O Quatrilho" –o último indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Também teve produção campeã nos festivais de Brasília e Gramado. Mesmo quando não estava trabalhando, ela não dispensava o teatro e o cinema, mas também gostava de esportes, em especial, escaladas. A paixão chegou a ser abordada em "Extremo Sul", que chega a mostrá-la escalando. Sua mais recente produção, "Prova de Coragem", também aborda a vida de um alpinista. Monica trabalhou no filme até o final, mas não conseguiu ver o lançamento, marcado para 12 de maio. Morreu no dia 28, aos 54, devido a um câncer. Deixa marido, mãe, irmão e amigos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas - | 6 |
Grécia entra em recessão após novo recuo da economia | A economia da Grécia encolheu 0,2% no primeiro trimestre, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (13), enquanto a zona do euro cresceu 0,4% entre janeiro e março. O país volta à recessão num momento em que a turbulência política colocou os freios em uma frágil recuperação. No ano passado a Grécia emergiu de uma recessão de seis anos, mas enfrentou dificuldades nos últimos meses depois da volta da turbulência política no fim do ano passado, o que levou à antecipação das eleições e a esquerda ao poder com um programa contrário às medidas de austeridade. A contração vista no período, com base em dados ajustados sazonalmente do serviço de estatísticas Elstat, seguiu-se a um declínio de 0,4% no último trimestre do ano passado. "O PIB grego continuou encolhendo no primeiro trimestre por causa do enfraquecimento da confiança empresarial em meio a um período prolongado de negociações entre o governo e os credores, bem como a deterioração das condições de liquidez", disse Nikos Magginas, economista sênior do Banco Nacional da Grécia. O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras está há meses travado em negociações com os credores sobre um acordo para obtenção de recursos em troca de reformas. O país precisa de um acordo para desbloquear a ajuda nas próximas semanas e assim evitar ficar sem dinheiro. Na comparação anual, o PIB ajustado sazonalmente cresceu 0,3%, um pouco acima da expansão de 0,2% projetada por analistas, mas desacelerou em relação à taxa de 1,3% no quarto trimestre. | mercado | Grécia entra em recessão após novo recuo da economiaA economia da Grécia encolheu 0,2% no primeiro trimestre, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (13), enquanto a zona do euro cresceu 0,4% entre janeiro e março. O país volta à recessão num momento em que a turbulência política colocou os freios em uma frágil recuperação. No ano passado a Grécia emergiu de uma recessão de seis anos, mas enfrentou dificuldades nos últimos meses depois da volta da turbulência política no fim do ano passado, o que levou à antecipação das eleições e a esquerda ao poder com um programa contrário às medidas de austeridade. A contração vista no período, com base em dados ajustados sazonalmente do serviço de estatísticas Elstat, seguiu-se a um declínio de 0,4% no último trimestre do ano passado. "O PIB grego continuou encolhendo no primeiro trimestre por causa do enfraquecimento da confiança empresarial em meio a um período prolongado de negociações entre o governo e os credores, bem como a deterioração das condições de liquidez", disse Nikos Magginas, economista sênior do Banco Nacional da Grécia. O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras está há meses travado em negociações com os credores sobre um acordo para obtenção de recursos em troca de reformas. O país precisa de um acordo para desbloquear a ajuda nas próximas semanas e assim evitar ficar sem dinheiro. Na comparação anual, o PIB ajustado sazonalmente cresceu 0,3%, um pouco acima da expansão de 0,2% projetada por analistas, mas desacelerou em relação à taxa de 1,3% no quarto trimestre. | 2 |
Nova proposta promete mudança radical na Lei das Licitações | O governo e o Senado, que disputavam a autoria de mudanças na Lei de Licitações, se aliaram em um projeto único, que promete ser a mais radical mudança na norma em duas décadas. O senador Fernando Bezerra (PSB-PE), relator da proposta, apresentará nesta semana a quarta versão do texto com alterações na lei 8.666, principalmente para a contratação de projetos e obras de engenharia. O objetivo é unificar regras diferentes criadas ao longo dos 23 anos da lei e, segundo o relator, "modernizar" o texto. A intenção também é tentar unificar posições conflitantes de grupos de interesse no setor de construção civil. "É como colocar um elefante numa caixa de sapato", brinca Bezerra, que espera votar o projeto neste mês. As versões anteriores do texto de Bezerra sofreram críticas de entidades ligadas a arquitetos e engenheiros de projetos e de pequenas e médias construtoras. Eles reclamavam que as mudanças propostas tendiam a beneficiar grandes construtoras. As principais críticas envolviam a permissão total para a Contratação Integrada (contratar projeto de engenharia e a obra com mesma empresa) e a obrigatoriedade de seguro para conclusão da obra em valores de até 100% do projeto. Agora Bezerra definiu que a Contratação Integrada será permitida para grandes obras, provavelmente acima de R$ 100 milhões, mas o valor ainda não está fechado. A proposta de permitir esse modelo para projetos caros e complexos tem apoio de representantes de grandes e médias empreiteiras, mas enfrenta oposição das associações de arquitetos, que defendem a separação total. SEGURO Segundo Bezerra, o seguro deverá ficar em até 30% do valor do projeto. Houve consenso entre empresas e seguradoras de que acima de 30% o seguro encareceria a obra em excesso, sem a segurança de que seria de fato concluída. Para as organizações do setor, outros dois mecanismos deverão contribuir mais para garantir a finalização de obras: a Matriz de Risco e a definição de projeto. As entidades dizem que a maior parte das obras atualmente param porque o governo não cumpre a sua parte. Para tentar garantir o cumprimento dos contratos, Bezerra afirmou que vai determinar a chamada Matriz de Risco, documento que vai definir qual a responsabilidade das partes –governo e empresa. Com isso, tornará mais clara a cobrança sobre quem não cumpriu suas obrigações. Ele também afirma que acabará com a indefinição sobre nível de projeto. A lei atual fala em licitar obra com projeto básico, mas sem definir o que ele deve conter. A nova lei vai definir o que deve ter o projeto para ser colocado em licitação. * MUDANÇA NAS LICITAÇÕES Entenda as alterações que a lei pode sofrer 1 - Contratação Integrada O que é: contratar o projeto da obra e a construção com uma única empresa Como é hoje: permitido em obras do PAC e de estatais O que quer o projeto: permitir só para obra grande (acima de R$ 100 milhões) 2 - Seguro para obras O que é: obrigatoriedade de contratar um seguro para garantir o término da obra Como é hoje: limitado a menos de 20% do custo da obra O que quer o projeto: aumentar para mínimo de 30% do custo da obra, podendo chegar a 100% 3- Matriz de Risco O que é: define quais riscos serão assumidos por governos e contratados Como é hoje: há incertezas sobre o que ocorre se o combinado não for cumprido O que quer o projeto: especificar a responsabilidade 4 - Nível de Projeto O que é: informação que os projetos têm que permitem fazer licitação e iniciar obra Como é hoje: licitação pode ser feita com projeto básico (muitas vezes incompletos) O que quer o projeto: deixar claro na lei o que deve ter um projeto completo | mercado | Nova proposta promete mudança radical na Lei das LicitaçõesO governo e o Senado, que disputavam a autoria de mudanças na Lei de Licitações, se aliaram em um projeto único, que promete ser a mais radical mudança na norma em duas décadas. O senador Fernando Bezerra (PSB-PE), relator da proposta, apresentará nesta semana a quarta versão do texto com alterações na lei 8.666, principalmente para a contratação de projetos e obras de engenharia. O objetivo é unificar regras diferentes criadas ao longo dos 23 anos da lei e, segundo o relator, "modernizar" o texto. A intenção também é tentar unificar posições conflitantes de grupos de interesse no setor de construção civil. "É como colocar um elefante numa caixa de sapato", brinca Bezerra, que espera votar o projeto neste mês. As versões anteriores do texto de Bezerra sofreram críticas de entidades ligadas a arquitetos e engenheiros de projetos e de pequenas e médias construtoras. Eles reclamavam que as mudanças propostas tendiam a beneficiar grandes construtoras. As principais críticas envolviam a permissão total para a Contratação Integrada (contratar projeto de engenharia e a obra com mesma empresa) e a obrigatoriedade de seguro para conclusão da obra em valores de até 100% do projeto. Agora Bezerra definiu que a Contratação Integrada será permitida para grandes obras, provavelmente acima de R$ 100 milhões, mas o valor ainda não está fechado. A proposta de permitir esse modelo para projetos caros e complexos tem apoio de representantes de grandes e médias empreiteiras, mas enfrenta oposição das associações de arquitetos, que defendem a separação total. SEGURO Segundo Bezerra, o seguro deverá ficar em até 30% do valor do projeto. Houve consenso entre empresas e seguradoras de que acima de 30% o seguro encareceria a obra em excesso, sem a segurança de que seria de fato concluída. Para as organizações do setor, outros dois mecanismos deverão contribuir mais para garantir a finalização de obras: a Matriz de Risco e a definição de projeto. As entidades dizem que a maior parte das obras atualmente param porque o governo não cumpre a sua parte. Para tentar garantir o cumprimento dos contratos, Bezerra afirmou que vai determinar a chamada Matriz de Risco, documento que vai definir qual a responsabilidade das partes –governo e empresa. Com isso, tornará mais clara a cobrança sobre quem não cumpriu suas obrigações. Ele também afirma que acabará com a indefinição sobre nível de projeto. A lei atual fala em licitar obra com projeto básico, mas sem definir o que ele deve conter. A nova lei vai definir o que deve ter o projeto para ser colocado em licitação. * MUDANÇA NAS LICITAÇÕES Entenda as alterações que a lei pode sofrer 1 - Contratação Integrada O que é: contratar o projeto da obra e a construção com uma única empresa Como é hoje: permitido em obras do PAC e de estatais O que quer o projeto: permitir só para obra grande (acima de R$ 100 milhões) 2 - Seguro para obras O que é: obrigatoriedade de contratar um seguro para garantir o término da obra Como é hoje: limitado a menos de 20% do custo da obra O que quer o projeto: aumentar para mínimo de 30% do custo da obra, podendo chegar a 100% 3- Matriz de Risco O que é: define quais riscos serão assumidos por governos e contratados Como é hoje: há incertezas sobre o que ocorre se o combinado não for cumprido O que quer o projeto: especificar a responsabilidade 4 - Nível de Projeto O que é: informação que os projetos têm que permitem fazer licitação e iniciar obra Como é hoje: licitação pode ser feita com projeto básico (muitas vezes incompletos) O que quer o projeto: deixar claro na lei o que deve ter um projeto completo | 2 |
Homem que denunciou empresário próximo aos Kirchner é achado morto | O homem que denunciou um esquema no qual o ex-presidente argentino Néstor Kirchner (2003-07) dava ordens ao empresário Lázaro Báez, preso há 35 dias sob suspeita de lavagem de dinheiro, foi achado morto nesta terça (10) em seu apartamento, em Buenos Aires. Horacio Quiroga, 65, foi presidente de duas empresas de petróleo de Báez e, em 2013, afirmara que seu chefe "recebia indicações e ordens de Néstor Kirchner". O corpo do executivo foi encontrado no banheiro do apartamento por seu filho de 10 anos, que chamou a polícia. Quiroga teve traumatismo craniano, mas as circunstâncias da morte não estão claras –uma hipótese é ele ter tido uma crise respiratória, caído e batido a cabeça. Em entrevista a uma revista em 2013, Quiroga havia dito que Kirchner, que morrera três anos antes, enviava dólares às empresas de petróleo de Báez: "Era dinheiro que Néstor Kirchner mandou a Lázaro Báez. Uns US$ 7 milhões [R$ 25 milhões]. Contaram tudo em cima da mesa". O caso ainda é investigado. Pouco antes de a entrevista ser publicada, o executivo havia rompido com Báez e sido desalojado do apartamento em que morava, cujo aluguel era pago pela empresa. À época, a Austral Construções negou irregularidades e disse que Quiroga fora demitido por não cumprir metas. As companhias de Báez estão entre as que mais venceram licitações sob o kirchnerismo (2003-15). O empresário era um dos melhores amigos de Néstor e foi responsável pela construção do mausoléu do ex-presidente. No início deste ano, um vídeo em que um filho de Báez conta dólares em uma financeira vazou para a imprensa e fez com que a Justiça retomasse investigações sobre o patrimônio do empresário. Em um programa de delação premiada, Leonardo Fariña, um dos homens que trabalhava para Báez, afirmou à Justiça que, no governo Kirchner as obras realizadas pela Austral Construções (de propriedade de Báez) eram superfaturadas. Após Néstor morrer, afirmou, o empresário teria começado a enviar dinheiro para o exterior. Fariña disse ainda que Cristina Kirchner, sucessora de Néstor, não tinha conhecimento de todos os movimentos financeiros do marido e, por isso, após a morte de Néstor, passou a desconfiar que Báez lhe roubava. CASO SEM SOLUÇÃO A descoberta do corpo de Quiroga remeteu a imprensa argentina ao caso Nisman, sem solução há 16 meses. Em janeiro de 2015, o corpo do promotor Alberto Nisman foi achado no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires. Quatro dias antes, ele acusara a então presidente, Cristina Kirchner, de encobrir o envolvimento do Irã no atentado terrorista à associação israelita Amia, que deixou 85 mortos em 1994. No inícios das investigações, a Justiça afirmou que se tratava de suicídio. Em março, porém, dois juízes consideraram "plausível" a hipótese de que Nisman ter sido assassinado e remeteram o processo à Justiça Federal . | mundo | Homem que denunciou empresário próximo aos Kirchner é achado mortoO homem que denunciou um esquema no qual o ex-presidente argentino Néstor Kirchner (2003-07) dava ordens ao empresário Lázaro Báez, preso há 35 dias sob suspeita de lavagem de dinheiro, foi achado morto nesta terça (10) em seu apartamento, em Buenos Aires. Horacio Quiroga, 65, foi presidente de duas empresas de petróleo de Báez e, em 2013, afirmara que seu chefe "recebia indicações e ordens de Néstor Kirchner". O corpo do executivo foi encontrado no banheiro do apartamento por seu filho de 10 anos, que chamou a polícia. Quiroga teve traumatismo craniano, mas as circunstâncias da morte não estão claras –uma hipótese é ele ter tido uma crise respiratória, caído e batido a cabeça. Em entrevista a uma revista em 2013, Quiroga havia dito que Kirchner, que morrera três anos antes, enviava dólares às empresas de petróleo de Báez: "Era dinheiro que Néstor Kirchner mandou a Lázaro Báez. Uns US$ 7 milhões [R$ 25 milhões]. Contaram tudo em cima da mesa". O caso ainda é investigado. Pouco antes de a entrevista ser publicada, o executivo havia rompido com Báez e sido desalojado do apartamento em que morava, cujo aluguel era pago pela empresa. À época, a Austral Construções negou irregularidades e disse que Quiroga fora demitido por não cumprir metas. As companhias de Báez estão entre as que mais venceram licitações sob o kirchnerismo (2003-15). O empresário era um dos melhores amigos de Néstor e foi responsável pela construção do mausoléu do ex-presidente. No início deste ano, um vídeo em que um filho de Báez conta dólares em uma financeira vazou para a imprensa e fez com que a Justiça retomasse investigações sobre o patrimônio do empresário. Em um programa de delação premiada, Leonardo Fariña, um dos homens que trabalhava para Báez, afirmou à Justiça que, no governo Kirchner as obras realizadas pela Austral Construções (de propriedade de Báez) eram superfaturadas. Após Néstor morrer, afirmou, o empresário teria começado a enviar dinheiro para o exterior. Fariña disse ainda que Cristina Kirchner, sucessora de Néstor, não tinha conhecimento de todos os movimentos financeiros do marido e, por isso, após a morte de Néstor, passou a desconfiar que Báez lhe roubava. CASO SEM SOLUÇÃO A descoberta do corpo de Quiroga remeteu a imprensa argentina ao caso Nisman, sem solução há 16 meses. Em janeiro de 2015, o corpo do promotor Alberto Nisman foi achado no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires. Quatro dias antes, ele acusara a então presidente, Cristina Kirchner, de encobrir o envolvimento do Irã no atentado terrorista à associação israelita Amia, que deixou 85 mortos em 1994. No inícios das investigações, a Justiça afirmou que se tratava de suicídio. Em março, porém, dois juízes consideraram "plausível" a hipótese de que Nisman ter sido assassinado e remeteram o processo à Justiça Federal . | 3 |
De moral maniqueísta, 'Una' tem mulher histérica e homem tarado | Abuso sexual é um tema tão delicado que os que tentam dramatizá-lo correm o risco de carregar demais nas tintas ou, ao contrário, torná-lo só mais uma ofensa entre tantas. "Una" tenta pisar nesse terreno minado sem ferir suscetibilidades e, por isso, o resultado é frustrante. O diretor Benedict Andrews estreia no formato longa depois de coassinar as filmagens de uma montagem teatral de "Um Bonde Chamado Desejo". Em "Una", Andrews também parte de um texto teatral e obedece a algumas convenções do meio, como a concentração espacial e a encenação do conflito por meio de duelos verbais. Assista ao trailer Essa regra só é quebrada pela inserção de flashbacks, artifício narrativo antiquado que se usa aqui para expor os motivos que mortificam a personagem-título e para tentar libertar o filme da pesada moldura teatral. Outro investimento evidente aparece no elenco, com os sólidos Rooney Mara e Ben Mendelsohn se digladiando na pele de personagens difíceis e nada simpáticos. O núcleo do drama é o reencontro de Una e Ray. Ela tinha 12 anos quando teve um caso com ele, um vizinho maduro. O amor proibido acabou interrompido e ela se transformou numa mulher obcecada, que se entrega ao sexo anônimo e que decide procurar o ex-amante para um acerto de contas. Ele foi condenado por abuso e depois reconstruiu a vida. Logo nas primeiras cenas, o filme mostra que não vai tratar o assunto da perspectiva do desejo maduro e da sedução adolescente, como Nabokov e Kubrick ousaram fazer mais de meio século atrás no clássico "Lolita". Nem se interessa pelas possibilidades de abordar o erotismo infantil sem inibições, como fez Gregg Araki em "Mistérios da Carne". Agora, sinal dos tempos, tudo se resume à culpa e à punição. No fim, a moral maniqueísta do texto impõe imagens, no mínimo questionáveis, da mulher como histérica vingativa e do homem como tarado. O mundo já não anda bastante limitado para termos de aguentar isso? * UNA (UNA UND RAY) QUANDO: estreia nesta quinta (13) ELENCO: Rooney Mara, Ben Mendelsohn, Riz Ahmed PRODUÇÃO: Reino Unido, EUA, Canadá, 2016, 16 ANOS DIREÇÃO: Benedict Andrews Veja salas e horários de exibição. | ilustrada | De moral maniqueísta, 'Una' tem mulher histérica e homem taradoAbuso sexual é um tema tão delicado que os que tentam dramatizá-lo correm o risco de carregar demais nas tintas ou, ao contrário, torná-lo só mais uma ofensa entre tantas. "Una" tenta pisar nesse terreno minado sem ferir suscetibilidades e, por isso, o resultado é frustrante. O diretor Benedict Andrews estreia no formato longa depois de coassinar as filmagens de uma montagem teatral de "Um Bonde Chamado Desejo". Em "Una", Andrews também parte de um texto teatral e obedece a algumas convenções do meio, como a concentração espacial e a encenação do conflito por meio de duelos verbais. Assista ao trailer Essa regra só é quebrada pela inserção de flashbacks, artifício narrativo antiquado que se usa aqui para expor os motivos que mortificam a personagem-título e para tentar libertar o filme da pesada moldura teatral. Outro investimento evidente aparece no elenco, com os sólidos Rooney Mara e Ben Mendelsohn se digladiando na pele de personagens difíceis e nada simpáticos. O núcleo do drama é o reencontro de Una e Ray. Ela tinha 12 anos quando teve um caso com ele, um vizinho maduro. O amor proibido acabou interrompido e ela se transformou numa mulher obcecada, que se entrega ao sexo anônimo e que decide procurar o ex-amante para um acerto de contas. Ele foi condenado por abuso e depois reconstruiu a vida. Logo nas primeiras cenas, o filme mostra que não vai tratar o assunto da perspectiva do desejo maduro e da sedução adolescente, como Nabokov e Kubrick ousaram fazer mais de meio século atrás no clássico "Lolita". Nem se interessa pelas possibilidades de abordar o erotismo infantil sem inibições, como fez Gregg Araki em "Mistérios da Carne". Agora, sinal dos tempos, tudo se resume à culpa e à punição. No fim, a moral maniqueísta do texto impõe imagens, no mínimo questionáveis, da mulher como histérica vingativa e do homem como tarado. O mundo já não anda bastante limitado para termos de aguentar isso? * UNA (UNA UND RAY) QUANDO: estreia nesta quinta (13) ELENCO: Rooney Mara, Ben Mendelsohn, Riz Ahmed PRODUÇÃO: Reino Unido, EUA, Canadá, 2016, 16 ANOS DIREÇÃO: Benedict Andrews Veja salas e horários de exibição. | 1 |
Editorial: Mudança de clima | Paris não será uma nova Copenhague. A 21ª conferência do clima (COP21) na capital francesa, em dezembro, deve parir um tratado para substituir o Protocolo de Kyoto, embora as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento continuem enormes. A atmosfera das negociações internacionais evoluiu de modo favorável no último ano. Os ventos mudaram no plano rarefeito da política e no terreno áspero da realidade econômica –não o bastante, contudo, para que o acordo de Paris seja mais que um ponto de partida. A alteração mais significativa se deu entre as principais forças poluidoras do planeta, EUA e China, cujo desacordo sempre representou a maior barreira a um entendimento sobre como combater a mudança climática. Elas surpreenderam o mundo em novembro passado ao anunciar o compromisso conjunto de diminuir a poluição que agrava o efeito estufa. O presidente americano, Barack Obama, passou a atropelar os obstáculos a ações contra o clima erguidos por um Congresso conservador. Usou decretos para impor limites a emissões domésticas de carbono e encetou negociações bilaterais sobre o tema com a China. A locomotiva chinesa, de seu lado, pisou no freio para mudar sua trajetória poluidora. Próxima de igualar as emissões per capita da União Europeia, investiu em energia eólica e solar e, em 2014, logrou reduzir o uso de carvão em 2,9%, mesmo com o PIB andando a 7,4%. A cúpula chinesa tem razões de política interna para dar essa guinada: a poluição do ar nas cidades atingiu o ponto em que já se torna fator de distúrbio social. Resolvendo o problema doméstico, também melhora sua projeção no plano mundial como ator responsável. Em paralelo, Alemanha e França pressionam União Europeia e G7 a cumprir o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais ao combate contra a mudança climática. Para mostrar boa vontade, a chanceler Angela Merkel anunciou que a contribuição alemã irá de US$ 2,2 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Paris verá algum progresso em matéria financeira, questão de honra para países em desenvolvimento. Porém, no que mais importa –manter o aquecimento neste século abaixo dos 2°C–, já se sabe que as metas voluntárias nacionais serão insuficientes para afastar o espectro de riscos mais graves. O ponto principal em negociação em Paris será como revisar os compromissos adotados domesticamente para garantir o objetivo de longo prazo para a atmosfera. Mesmo que se resolva, restará ainda muito por realizar no chão. | opiniao | Editorial: Mudança de climaParis não será uma nova Copenhague. A 21ª conferência do clima (COP21) na capital francesa, em dezembro, deve parir um tratado para substituir o Protocolo de Kyoto, embora as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento continuem enormes. A atmosfera das negociações internacionais evoluiu de modo favorável no último ano. Os ventos mudaram no plano rarefeito da política e no terreno áspero da realidade econômica –não o bastante, contudo, para que o acordo de Paris seja mais que um ponto de partida. A alteração mais significativa se deu entre as principais forças poluidoras do planeta, EUA e China, cujo desacordo sempre representou a maior barreira a um entendimento sobre como combater a mudança climática. Elas surpreenderam o mundo em novembro passado ao anunciar o compromisso conjunto de diminuir a poluição que agrava o efeito estufa. O presidente americano, Barack Obama, passou a atropelar os obstáculos a ações contra o clima erguidos por um Congresso conservador. Usou decretos para impor limites a emissões domésticas de carbono e encetou negociações bilaterais sobre o tema com a China. A locomotiva chinesa, de seu lado, pisou no freio para mudar sua trajetória poluidora. Próxima de igualar as emissões per capita da União Europeia, investiu em energia eólica e solar e, em 2014, logrou reduzir o uso de carvão em 2,9%, mesmo com o PIB andando a 7,4%. A cúpula chinesa tem razões de política interna para dar essa guinada: a poluição do ar nas cidades atingiu o ponto em que já se torna fator de distúrbio social. Resolvendo o problema doméstico, também melhora sua projeção no plano mundial como ator responsável. Em paralelo, Alemanha e França pressionam União Europeia e G7 a cumprir o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais ao combate contra a mudança climática. Para mostrar boa vontade, a chanceler Angela Merkel anunciou que a contribuição alemã irá de US$ 2,2 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Paris verá algum progresso em matéria financeira, questão de honra para países em desenvolvimento. Porém, no que mais importa –manter o aquecimento neste século abaixo dos 2°C–, já se sabe que as metas voluntárias nacionais serão insuficientes para afastar o espectro de riscos mais graves. O ponto principal em negociação em Paris será como revisar os compromissos adotados domesticamente para garantir o objetivo de longo prazo para a atmosfera. Mesmo que se resolva, restará ainda muito por realizar no chão. | 14 |
PM e bombeiro são mortos a tiros na Grande São Paulo | Um policial militar e um bombeiro morreram após serem baleados em tentativas de roubo na Grande São Paulo, na noite de quarta-feira (23). O bombeiro foi baleado ao tentar impedir que ladrões roubassem o carro da mulher em frente de casa na rua Muniz Falcão, no Jardim Helena, na zona leste. Segundo a Polícia Militar, o bombeiro reagiu e baleou dois criminosos, mas também acabou ferido. Ele foi levado ao hospital Tide Setúbal, onde morreu na madrugada desta quinta-feira (24). Um dos ladrões foi levado ao hospital Santa Marcelina, na zona leste. Mesmo ferido, o comparsa conseguiu fugir do local do roubo, mas foi localizado quando buscava atendimento no hospital da Vila Maria, na zona norte. Os dois ladrões permanecem internados e sob escolta policial, de acordo com a PM. Em Guarulhos, um policial militar também foi baleado em outra tentativa de roubo a uma padaria na rua Cumbé, no Parques das Nações. Ele foi levado ao Hospital dos Pimentas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Os ladrões estão foragidos, segundo a PM. | cotidiano | PM e bombeiro são mortos a tiros na Grande São PauloUm policial militar e um bombeiro morreram após serem baleados em tentativas de roubo na Grande São Paulo, na noite de quarta-feira (23). O bombeiro foi baleado ao tentar impedir que ladrões roubassem o carro da mulher em frente de casa na rua Muniz Falcão, no Jardim Helena, na zona leste. Segundo a Polícia Militar, o bombeiro reagiu e baleou dois criminosos, mas também acabou ferido. Ele foi levado ao hospital Tide Setúbal, onde morreu na madrugada desta quinta-feira (24). Um dos ladrões foi levado ao hospital Santa Marcelina, na zona leste. Mesmo ferido, o comparsa conseguiu fugir do local do roubo, mas foi localizado quando buscava atendimento no hospital da Vila Maria, na zona norte. Os dois ladrões permanecem internados e sob escolta policial, de acordo com a PM. Em Guarulhos, um policial militar também foi baleado em outra tentativa de roubo a uma padaria na rua Cumbé, no Parques das Nações. Ele foi levado ao Hospital dos Pimentas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Os ladrões estão foragidos, segundo a PM. | 6 |
Uau! Rainha dá tchau pra Europa! | Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bom dia! Para quem AINDA não está preso! Breaking News! "Sensacionalista": "Polícia encontra três quilos de feijão na casa de Paulo Bernardo". Corrupção pesada! Propina agora se paga com feijão! Rarará! E o Reino Unido se separa da União Europeia! Os ingleses não são mais europeus. Nunca foram! Rarará! A Inglaterra é um país que fica perto da Europa! E se a moda pega, Higienópolis vai querer sair do Brasil. Aliás, São Paulo vai querer sair do Brasil. Vai precisar de passaporte pra ir pra Bahia! Rarará! Os ingleses não são mais europeus. Nunca foram! A migração tem duas filas: a de "UK Citizens", cidadãos do Reino Unido, e a outra fila: "rest of the world". Existem a Inglaterra e o resto do mundo! Rarará! E um leitor me falou que Brexit quer dizer "British exit"e Drexit quer dizer "Dilma exit". Rarará! E dois cidadãos de Manchester votaram pra Inglaterra sair. E hoje se arrependeram do voto. Parece o Brasil! Eu achava que se arrepender do voto era copiraite do Brasil! Rarará! E como diz o Andre Fran: "Bolsonaro no Brasil, Trump nos Estados Unidos e Brexit na Inglaterra. Idade Média voltando com tudo". E o tuiteiro André Erdna: "já que o Reino Unido saiu da União Europeia, podia ir pra um país mais quente, não?". Rarará! E a rainha com aquela mão dando adeusinho? Tchau, Europa! Tchau, Querida! Rarará! É mole? É mole mas sobe! O Brasil é lúdico! Em Manaus tem o forró "Gemido da Cabrita". E em Natal tem um forró pra melhor idade: "Forró da Peia Mole'. E na Paraíba: "O Mastigado da Jumenta". E tem a banda "Forró da Gata Kaceteira". Apoio Adão Bijuterias! Rarará! E em São Bernardo: "O Forró da Mulher Feia". Hostess: Ursa! Rarará! E no Rio: "Arraial da Panterona". Com show da Inês Brasil! ÊBA! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! | colunas | Uau! Rainha dá tchau pra Europa!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bom dia! Para quem AINDA não está preso! Breaking News! "Sensacionalista": "Polícia encontra três quilos de feijão na casa de Paulo Bernardo". Corrupção pesada! Propina agora se paga com feijão! Rarará! E o Reino Unido se separa da União Europeia! Os ingleses não são mais europeus. Nunca foram! Rarará! A Inglaterra é um país que fica perto da Europa! E se a moda pega, Higienópolis vai querer sair do Brasil. Aliás, São Paulo vai querer sair do Brasil. Vai precisar de passaporte pra ir pra Bahia! Rarará! Os ingleses não são mais europeus. Nunca foram! A migração tem duas filas: a de "UK Citizens", cidadãos do Reino Unido, e a outra fila: "rest of the world". Existem a Inglaterra e o resto do mundo! Rarará! E um leitor me falou que Brexit quer dizer "British exit"e Drexit quer dizer "Dilma exit". Rarará! E dois cidadãos de Manchester votaram pra Inglaterra sair. E hoje se arrependeram do voto. Parece o Brasil! Eu achava que se arrepender do voto era copiraite do Brasil! Rarará! E como diz o Andre Fran: "Bolsonaro no Brasil, Trump nos Estados Unidos e Brexit na Inglaterra. Idade Média voltando com tudo". E o tuiteiro André Erdna: "já que o Reino Unido saiu da União Europeia, podia ir pra um país mais quente, não?". Rarará! E a rainha com aquela mão dando adeusinho? Tchau, Europa! Tchau, Querida! Rarará! É mole? É mole mas sobe! O Brasil é lúdico! Em Manaus tem o forró "Gemido da Cabrita". E em Natal tem um forró pra melhor idade: "Forró da Peia Mole'. E na Paraíba: "O Mastigado da Jumenta". E tem a banda "Forró da Gata Kaceteira". Apoio Adão Bijuterias! Rarará! E em São Bernardo: "O Forró da Mulher Feia". Hostess: Ursa! Rarará! E no Rio: "Arraial da Panterona". Com show da Inês Brasil! ÊBA! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! | 10 |
Em duelo de reservas, Palmeiras conta com gol contra para vencer o Grêmio | Numa partida repleta de reservas dos dois lados, já que as duas equipes têm jogos importantes da Libertadores no meio de semana, o Palmeiras venceu o Grêmio por 1 a 0 na tarde deste sábado (1º), no Pacaembu. É a quarta vitória seguida do time na competição. O único gol da partida foi contra, marcado pelo volante gremista Machado após cruzamento de Raphael Veiga. O Palmeiras agora ocupa provisoriamente o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. O Grêmio segue em segundo. O JOGO O Palmeiras dominou amplamente as ações do primeiro tempo. Com mais posse de bola, pressionou os gremistas em seu campo de defesa. Aos 18, Borja chegou bem à linha de fundo e cruzou forte. Erik não alcançou a bola para empurrar para o gol por muito pouco. Dez minutos depois, Michel Bastos chutou em cima da zaga gremista. A bola subiu e sobrou para Borja, que concluiu na rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, após boa trama do ataque palmeirense, Michel Bastos chutou para boa defesa de Léo. Logo depois foi a vez de Keno assustar os gremistas chute de fora da área. A bola foi para fora. O segundo tempo começou da mesma maneira. Logo aos 5, Michel Bastos cobrou falta na área e Borja, de cabeça, mandou por cima. Erik também desperdiçou boa chance minutos depois, e o mesmo Michel Bastos bateu falta perigosa aos 21. Após tantas chances desperdiçadas, Cuca resolveu mexer na equipe. Pôs Raphael Veiga, Willian e Róger Guedes nos lugares de Michel Bastos, Erik e Keno, respectivamente. Dois dos que entraram participaram da jogada que gerou a vitória palmeirense, mas o gol do Palmeiras foi marcado por um gremista –contra. Aaos 32 minutos. Raphael Veiga recebeu lançamento de Róger Guedes pela direita e cruzou. O volante Machado –que acabara de entrar– tentou cortar e acabou desviando para trás. A bola bateu em Bressan e seguiu para o gol. Veja vídeo O Grêmio pouco produziu na partida. Na sua melhor chance, Kaio invadiu a área e, no bate-rebate, a bola tocou em Zé Roberto e tomou a direção do gol. Egídio salvou em cima da linha. O resultado poderia ter sido mais elástico caso a arbitragem marcasse um pênalti de Léo Gomes em Egídio, ainda no Primeiro tempo. Os Palmeirenses reclamaram muito do lance. As duas equipes agora voltam sua atenção para a Copa Libertadores. O Palmeiras enfrenta o Barcelona de Guayaquil, no Equador, na quarta-feira (5), às 21h45. O Grêmio vai à Argentina enfrentar o Gody Cruz no dia anterior, às 19h15. | esporte | Em duelo de reservas, Palmeiras conta com gol contra para vencer o GrêmioNuma partida repleta de reservas dos dois lados, já que as duas equipes têm jogos importantes da Libertadores no meio de semana, o Palmeiras venceu o Grêmio por 1 a 0 na tarde deste sábado (1º), no Pacaembu. É a quarta vitória seguida do time na competição. O único gol da partida foi contra, marcado pelo volante gremista Machado após cruzamento de Raphael Veiga. O Palmeiras agora ocupa provisoriamente o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. O Grêmio segue em segundo. O JOGO O Palmeiras dominou amplamente as ações do primeiro tempo. Com mais posse de bola, pressionou os gremistas em seu campo de defesa. Aos 18, Borja chegou bem à linha de fundo e cruzou forte. Erik não alcançou a bola para empurrar para o gol por muito pouco. Dez minutos depois, Michel Bastos chutou em cima da zaga gremista. A bola subiu e sobrou para Borja, que concluiu na rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, após boa trama do ataque palmeirense, Michel Bastos chutou para boa defesa de Léo. Logo depois foi a vez de Keno assustar os gremistas chute de fora da área. A bola foi para fora. O segundo tempo começou da mesma maneira. Logo aos 5, Michel Bastos cobrou falta na área e Borja, de cabeça, mandou por cima. Erik também desperdiçou boa chance minutos depois, e o mesmo Michel Bastos bateu falta perigosa aos 21. Após tantas chances desperdiçadas, Cuca resolveu mexer na equipe. Pôs Raphael Veiga, Willian e Róger Guedes nos lugares de Michel Bastos, Erik e Keno, respectivamente. Dois dos que entraram participaram da jogada que gerou a vitória palmeirense, mas o gol do Palmeiras foi marcado por um gremista –contra. Aaos 32 minutos. Raphael Veiga recebeu lançamento de Róger Guedes pela direita e cruzou. O volante Machado –que acabara de entrar– tentou cortar e acabou desviando para trás. A bola bateu em Bressan e seguiu para o gol. Veja vídeo O Grêmio pouco produziu na partida. Na sua melhor chance, Kaio invadiu a área e, no bate-rebate, a bola tocou em Zé Roberto e tomou a direção do gol. Egídio salvou em cima da linha. O resultado poderia ter sido mais elástico caso a arbitragem marcasse um pênalti de Léo Gomes em Egídio, ainda no Primeiro tempo. Os Palmeirenses reclamaram muito do lance. As duas equipes agora voltam sua atenção para a Copa Libertadores. O Palmeiras enfrenta o Barcelona de Guayaquil, no Equador, na quarta-feira (5), às 21h45. O Grêmio vai à Argentina enfrentar o Gody Cruz no dia anterior, às 19h15. | 4 |
Estado Islâmico liberta 216 prisioneiros yazidi no Iraque | A facção radical Estado Islâmico (EI) liberou nesta quarta-feira (8) 216 crianças e idosos da minoria yazidi, de etnia curda, após oito meses de cativeiro, segundo autoridades curdas no Iraque. Segundo o general Hiwa Abdullah, um comandante das forças curdas em Kirkuk, no Iraque, a maior parte dos prisioneiros liberados apresenta sinais de abuso e negligência e tem sua saúde debilitada. Cerca de 40 crianças fazem parte do grupo, que foi transferido para Irbil, capital do Curdistão iraquiano, para receber tratamento médico. Ainda não se sabe o motivo da libertação dos prisioneiros, que foram capturados em agosto na área de Sinjar, no norte do Iraque. Dezenas de milhares de membros da seita Yazidi fugiram desde o início da ofensiva do EI no norte do Iraque. Um relatório recente das Nações Unidas aponta que o EI pode ter cometido genocídio contra a minoria yazidi. | mundo | Estado Islâmico liberta 216 prisioneiros yazidi no IraqueA facção radical Estado Islâmico (EI) liberou nesta quarta-feira (8) 216 crianças e idosos da minoria yazidi, de etnia curda, após oito meses de cativeiro, segundo autoridades curdas no Iraque. Segundo o general Hiwa Abdullah, um comandante das forças curdas em Kirkuk, no Iraque, a maior parte dos prisioneiros liberados apresenta sinais de abuso e negligência e tem sua saúde debilitada. Cerca de 40 crianças fazem parte do grupo, que foi transferido para Irbil, capital do Curdistão iraquiano, para receber tratamento médico. Ainda não se sabe o motivo da libertação dos prisioneiros, que foram capturados em agosto na área de Sinjar, no norte do Iraque. Dezenas de milhares de membros da seita Yazidi fugiram desde o início da ofensiva do EI no norte do Iraque. Um relatório recente das Nações Unidas aponta que o EI pode ter cometido genocídio contra a minoria yazidi. | 3 |
Governo de SP, agora, quer ouvir professor sobre bonificação | Após a suspensão do pagamento de bônus deste ano aos professores e servidores da educação paulista, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu iniciar uma consulta na rede para que os profissionais escolham entre receber a gratificação ou um reajuste salarial estimado em 2,5% pela secretaria da Educação. A enquete foi divulgada nesta terça (29), em mensagem na intranet dos servidores da educação paulista. O secretário da Educação, José Renato Nalini, afirmou à Folha que a pasta decidiu pela consulta depois de receber manifestações de servidores contrários à suspensão do bônus. Historicamente, os sindicatos da categoria são críticos da bonificação, mas criticam a proposta de reajuste salarial de apenas 2,5%. "Eles [Apeoesp, principal sindicato dos professores] fizeram a proposta. Em vez de bonificação, que premia apenas uma parcela do magistério, a classe preferiria que esse dinheiro fosse convertido em reajuste linear, igual para todos", disse Nalini. De acordo com a secretaria, a queda na arrecadação e a crise econômica levaram a uma redução no valor destinado ao bônus neste ano –R$ 500 milhões, ante R$ 1 bilhão no ano passado. "Quando pegamos o dinheiro reservado ao bônus e fizemos o cálculo do que caberia a cada servidor, nós vimos que o máximo seria 2,5%", completa Nalini. A adoção de bonificação por desempenho é parte central da política educacional do Estado. Criada em 2008, é a primeira vez que não é paga. A categoria também está sem reajuste desde julho de 2014 e fez, no ano passado, uma greve que durou 89 dias. A inflação acumulada pelo IPCA no período é de 16%. A Apeoesp afirma que a consulta foi unilateral. Defende que esse debate seja realizado na assembleia da categoria, no próximo dia 8. "A consulta significa que o governo não tem norte", afirmou a presidente da entidade, Maria Izabel Noronha. Os servidores podem responder à enquete até as 14h desta quinta (31). Segundo Nalini, o resultado da consulta não será definitivo, e sim mais um elemento considerado. frustração O anúncio da suspensão do bônus frustrou os servidores da educação, que contavam com o dinheiro, pago anualmente sempre em março. "Fazia dois anos que a escola não batia a meta no [ensino] fundamental. Agora que conseguimos, o governo cancela. Foi um balde de água fria", afirmou o professor Paulo Lucchini, 40, em referência às metas do último Idesp –índice de qualidade do Estado adotado como critério para o pagamento. A situação é pior para quem é agente escolar –com salário-base menor, o bônus faz mais diferença no caso deles. "A notícia foi péssima", disse a agente escolar de uma escola do centro da capital que pediu para não ser identificada. Há nove anos na rede, ela tem salário-base de R$ 1.000 e recebeu em 2015 um bônus de R$ 1.400. No ano passado, 232 mil servidores receberam um total de R$ 1 bilhão em bônus. Há casos em que os profissionais recebem até três salários. | educacao | Governo de SP, agora, quer ouvir professor sobre bonificaçãoApós a suspensão do pagamento de bônus deste ano aos professores e servidores da educação paulista, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu iniciar uma consulta na rede para que os profissionais escolham entre receber a gratificação ou um reajuste salarial estimado em 2,5% pela secretaria da Educação. A enquete foi divulgada nesta terça (29), em mensagem na intranet dos servidores da educação paulista. O secretário da Educação, José Renato Nalini, afirmou à Folha que a pasta decidiu pela consulta depois de receber manifestações de servidores contrários à suspensão do bônus. Historicamente, os sindicatos da categoria são críticos da bonificação, mas criticam a proposta de reajuste salarial de apenas 2,5%. "Eles [Apeoesp, principal sindicato dos professores] fizeram a proposta. Em vez de bonificação, que premia apenas uma parcela do magistério, a classe preferiria que esse dinheiro fosse convertido em reajuste linear, igual para todos", disse Nalini. De acordo com a secretaria, a queda na arrecadação e a crise econômica levaram a uma redução no valor destinado ao bônus neste ano –R$ 500 milhões, ante R$ 1 bilhão no ano passado. "Quando pegamos o dinheiro reservado ao bônus e fizemos o cálculo do que caberia a cada servidor, nós vimos que o máximo seria 2,5%", completa Nalini. A adoção de bonificação por desempenho é parte central da política educacional do Estado. Criada em 2008, é a primeira vez que não é paga. A categoria também está sem reajuste desde julho de 2014 e fez, no ano passado, uma greve que durou 89 dias. A inflação acumulada pelo IPCA no período é de 16%. A Apeoesp afirma que a consulta foi unilateral. Defende que esse debate seja realizado na assembleia da categoria, no próximo dia 8. "A consulta significa que o governo não tem norte", afirmou a presidente da entidade, Maria Izabel Noronha. Os servidores podem responder à enquete até as 14h desta quinta (31). Segundo Nalini, o resultado da consulta não será definitivo, e sim mais um elemento considerado. frustração O anúncio da suspensão do bônus frustrou os servidores da educação, que contavam com o dinheiro, pago anualmente sempre em março. "Fazia dois anos que a escola não batia a meta no [ensino] fundamental. Agora que conseguimos, o governo cancela. Foi um balde de água fria", afirmou o professor Paulo Lucchini, 40, em referência às metas do último Idesp –índice de qualidade do Estado adotado como critério para o pagamento. A situação é pior para quem é agente escolar –com salário-base menor, o bônus faz mais diferença no caso deles. "A notícia foi péssima", disse a agente escolar de uma escola do centro da capital que pediu para não ser identificada. Há nove anos na rede, ela tem salário-base de R$ 1.000 e recebeu em 2015 um bônus de R$ 1.400. No ano passado, 232 mil servidores receberam um total de R$ 1 bilhão em bônus. Há casos em que os profissionais recebem até três salários. | 11 |
Daltônico, artista pinta fachadas de casas e barcos em ilha no Pará | "Este Rio É Minha Rua" é o título e primeiro verso de composição do músico paraense Paulo André Barata. É também a realidade nas comunidades ribeirinhas do Estado. Ao transportar a arte urbana para casas e barcos da ilha de Combu, em Belém, o artista Sebá Tapajós, 29, levou a frase em consideração. Dela nasceu o #StreetRiver. A ideia de Sebá ao pintar a fachada de casas e barcos de moradores da ilha é criar a primeira galeria fluvial do país, que deve estar concluída até outubro. No momento, ele pinta a terceira casa e já terminou dois barcos. Quando pronta, a obra estampará a fachada de até dez embarcações e dez moradias. A galeria terá a participação de mais cinco grafiteiros. Sebá usa os períodos livres entre outros trabalhos para tocar o projeto e ensinar belas artes a crianças da ilha. "É tudo de graça. Eu pego R$ 50 do meu bolso, imprimo as apostilas e levo. É como se fosse um dízimo em prol da minha cidade. Só que, em vez de ir pra a igreja rezar, eu ensino artes", disse ele, que não dispensa propostas para patrocinar a ideia. ÍNDIOS POP Suas obras misturam elementos regionais com arte de rua -é o caso de índios usando elementos pop, como óculos escuros, uma de suas marcas registradas. Outra é o abuso das cores, embora ele tenha alto grau de daltonismo -"quase igual ao de um cachorro". "Até brincam que eu vejo em 50 tons de cinza", riu. "Na verdade, eu confundo leques de cores", explicou. Para driblar o problema, Sebá lê a cor nos rótulos das latas antes de pintar. "Eu fiquei muito tempo desenhando e pintando em preto e branco", disse. A "entrega às cores" se deu quando ele ganhou uma bolsa para cursar design gráfico. Para Geraldo Teixeira, curador de uma exposição de Sebá em cartaz em Belém, a #StreetRiver dá visibilidade aos contrastes da região. "Da Bahia para baixo, pouco se entende a Amazônia como metrópole", afirma. "Com essa provocação, Sebá faz a grande cidade olhar para as pessoas que vivem em miséria do outro lado do rio", acrescentou. | cotidiano | Daltônico, artista pinta fachadas de casas e barcos em ilha no Pará"Este Rio É Minha Rua" é o título e primeiro verso de composição do músico paraense Paulo André Barata. É também a realidade nas comunidades ribeirinhas do Estado. Ao transportar a arte urbana para casas e barcos da ilha de Combu, em Belém, o artista Sebá Tapajós, 29, levou a frase em consideração. Dela nasceu o #StreetRiver. A ideia de Sebá ao pintar a fachada de casas e barcos de moradores da ilha é criar a primeira galeria fluvial do país, que deve estar concluída até outubro. No momento, ele pinta a terceira casa e já terminou dois barcos. Quando pronta, a obra estampará a fachada de até dez embarcações e dez moradias. A galeria terá a participação de mais cinco grafiteiros. Sebá usa os períodos livres entre outros trabalhos para tocar o projeto e ensinar belas artes a crianças da ilha. "É tudo de graça. Eu pego R$ 50 do meu bolso, imprimo as apostilas e levo. É como se fosse um dízimo em prol da minha cidade. Só que, em vez de ir pra a igreja rezar, eu ensino artes", disse ele, que não dispensa propostas para patrocinar a ideia. ÍNDIOS POP Suas obras misturam elementos regionais com arte de rua -é o caso de índios usando elementos pop, como óculos escuros, uma de suas marcas registradas. Outra é o abuso das cores, embora ele tenha alto grau de daltonismo -"quase igual ao de um cachorro". "Até brincam que eu vejo em 50 tons de cinza", riu. "Na verdade, eu confundo leques de cores", explicou. Para driblar o problema, Sebá lê a cor nos rótulos das latas antes de pintar. "Eu fiquei muito tempo desenhando e pintando em preto e branco", disse. A "entrega às cores" se deu quando ele ganhou uma bolsa para cursar design gráfico. Para Geraldo Teixeira, curador de uma exposição de Sebá em cartaz em Belém, a #StreetRiver dá visibilidade aos contrastes da região. "Da Bahia para baixo, pouco se entende a Amazônia como metrópole", afirma. "Com essa provocação, Sebá faz a grande cidade olhar para as pessoas que vivem em miséria do outro lado do rio", acrescentou. | 6 |
EI divulga imagens de jordaniano sendo queimado vivo | A facção radical Estado Islâmico (EI) divulgou nesta terça-feira (3) um vídeo mostrando o piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh sendo queimado vivo. A vida de al-Kaseasbeh vinha sendo negociada nas últimas semanas entre o EI e os governos do Japão e da Jordânia, o qual demandava uma garantia —que nunca foi apresentada pelos radicais— de que o piloto ainda estava vivo. Al-Kaseasbeh, 26, foi sequestrado pelo EI na Síria em dezembro após a queda do seu avião. O piloto participava das forças de segurança internacionais que combatem os extremistas. Segundo a a televisão estatal jordaniana, o governo da Jordânia confirmou nesta terça que militantes do EI mataram al-Kaseasbeh em 3 de janeiro, embora as imagens tenham sido divulgadas apenas um mês depois. As forças armadas do país afirmaram que al-Kaseasbeh "se transformou em um mártir". Também foi prometida retaliação pela morte do piloto. "Nossa punição e nossa vingança serão tão grandes quanto a perda de todos os jordanianos", afirmou em vídeo o porta-voz das forças armadas da Jordânia. A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou o assassinato de al-Kaseasbeh e garantiu que a Alemanha está ao lado da Jordânia na luta contra o terrorismo. "É inconcebível que um ser humano seja capaz de um ato tão cruel", afirmou Merkel em um telegrama de condolências enviado ao rei Abdullah, da Jordânia. O presidente francês, François Holande, também condenou a ação do EI e disse em comunicado que "França e Jordânia seguirão trabalhando juntos contra os terroristas e pela paz no Oriente Médio". O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o vídeo do EI é um sinal da "crueldade" e da "barbaridade" da facção radical. "Seja qual for a ideologia sob a qual os militantes do EI operam, ela está corrompida", afirmou Obama. O Conselho Nacional de Segurança dos EUA (CNS) também se pronunciou sobre as imagens. "A comunidade de inteligência está trabalhando para verificar a autenticidade [da gravação]. Os EUA condenam as ações do EI, e nós exigimos a libertação imediata de todos aqueles mantidos como reféns pelo EI", afirmou em comunicado o porta-voz do CNS, Bernadette Meehan. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que a "comunidade internacional não pode ficar indiferente diante de tais atos de barbárie". O Itamaraty expressou ainda "profunda indignação diante do atroz assassinato" praticado por "membros do autodenominado 'estado islâmico'". "O Governo brasileiro estende à família do piloto, ao povo e ao Governo da Jordânia suas condolências e sua solidariedade", conclui o texto. DECAPITAÇÕES O EI anunciou recentemente as supostas decapitações de dois japoneses mantidos como reféns. Haruna Yukawa, 42, foi sequestrado em agosto e foi morto pelos radicais no último dia 24. O jornalista Kenji Goto, 47, foi sequestrado em outubro e apareceu decapitado em vídeo no dia 30. O piloto jordaniano é o oitavo estrangeiro morto pelo EI desde agosto e traz uma novidade: as mortes divulgadas anteriormente ocorriam por meio de decapitações. Caso seja confirmada a veracidade das imagens, é a primeira vez que um estrangeiro é morto pela facção radical sendo queimado vivo. | mundo | EI divulga imagens de jordaniano sendo queimado vivoA facção radical Estado Islâmico (EI) divulgou nesta terça-feira (3) um vídeo mostrando o piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh sendo queimado vivo. A vida de al-Kaseasbeh vinha sendo negociada nas últimas semanas entre o EI e os governos do Japão e da Jordânia, o qual demandava uma garantia —que nunca foi apresentada pelos radicais— de que o piloto ainda estava vivo. Al-Kaseasbeh, 26, foi sequestrado pelo EI na Síria em dezembro após a queda do seu avião. O piloto participava das forças de segurança internacionais que combatem os extremistas. Segundo a a televisão estatal jordaniana, o governo da Jordânia confirmou nesta terça que militantes do EI mataram al-Kaseasbeh em 3 de janeiro, embora as imagens tenham sido divulgadas apenas um mês depois. As forças armadas do país afirmaram que al-Kaseasbeh "se transformou em um mártir". Também foi prometida retaliação pela morte do piloto. "Nossa punição e nossa vingança serão tão grandes quanto a perda de todos os jordanianos", afirmou em vídeo o porta-voz das forças armadas da Jordânia. A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou o assassinato de al-Kaseasbeh e garantiu que a Alemanha está ao lado da Jordânia na luta contra o terrorismo. "É inconcebível que um ser humano seja capaz de um ato tão cruel", afirmou Merkel em um telegrama de condolências enviado ao rei Abdullah, da Jordânia. O presidente francês, François Holande, também condenou a ação do EI e disse em comunicado que "França e Jordânia seguirão trabalhando juntos contra os terroristas e pela paz no Oriente Médio". O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o vídeo do EI é um sinal da "crueldade" e da "barbaridade" da facção radical. "Seja qual for a ideologia sob a qual os militantes do EI operam, ela está corrompida", afirmou Obama. O Conselho Nacional de Segurança dos EUA (CNS) também se pronunciou sobre as imagens. "A comunidade de inteligência está trabalhando para verificar a autenticidade [da gravação]. Os EUA condenam as ações do EI, e nós exigimos a libertação imediata de todos aqueles mantidos como reféns pelo EI", afirmou em comunicado o porta-voz do CNS, Bernadette Meehan. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que a "comunidade internacional não pode ficar indiferente diante de tais atos de barbárie". O Itamaraty expressou ainda "profunda indignação diante do atroz assassinato" praticado por "membros do autodenominado 'estado islâmico'". "O Governo brasileiro estende à família do piloto, ao povo e ao Governo da Jordânia suas condolências e sua solidariedade", conclui o texto. DECAPITAÇÕES O EI anunciou recentemente as supostas decapitações de dois japoneses mantidos como reféns. Haruna Yukawa, 42, foi sequestrado em agosto e foi morto pelos radicais no último dia 24. O jornalista Kenji Goto, 47, foi sequestrado em outubro e apareceu decapitado em vídeo no dia 30. O piloto jordaniano é o oitavo estrangeiro morto pelo EI desde agosto e traz uma novidade: as mortes divulgadas anteriormente ocorriam por meio de decapitações. Caso seja confirmada a veracidade das imagens, é a primeira vez que um estrangeiro é morto pela facção radical sendo queimado vivo. | 3 |
Enquanto Netflix avança na conquista do mundo, Globo mostra suas armas | A notícia desta semana foi o anúncio da Netflix de que registrou um crescimento recorde no último trimestre de 2016. A empresa adicionou 7,05 milhões de assinantes, a maior parte (5,1 milhões) fora dos Estados Unidos. Agora, do total de 93,8 milhões de membros, 47% estão espalhados pelo mundo. O resultado sugere que a empresa está certa na percepção de que o caminho do crescimento passa necessariamente pela expansão global. E o lugar do Brasil nesta estratégia foi mais uma vez reiterado no informe aos acionistas. Além do lançamento de "3%", a primeira série produzida no país, o ano que passou registrou também a estreia da segunda temporada de "Narcos", a série que, de acordo com a Bloomberg, mais fez pela Netflix no Brasil. Em uma entrevista recente a esta publicação, o CEO Reed Hastings desenvolveu uma ideia que já havia expresso a Nelson de Sá, na "Ilustrada" -a de que o mercado brasileiro é o grande laboratório da estratégia de conquista de mais espaços ao redor do mundo. "Para sermos um serviço global bem-sucedido, precisamos ser mais do que Hollywood para o mundo. Precisamos ser uma companhia que compartilha histórias do mundo todo", disse ele. "A questão é como podemos tornar nosso conteúdo amplo, importante e relevante o bastante para isso acontecer." A resposta pode estar no Brasil. "É aqui, na sombra da Globo, que a Netflix vem criando, revisando e aperfeiçoando o primeiro rascunho de seu manual internacional", diz a Bloomberg. Estima-se, na falta de dados oficiais, que a empresa tenha entre 4 e 5 milhões de assinantes no país. Vários outros dados, aparentemente contraditórios, podem ajudar a entender melhor por que o mercado brasileiro é hoje um importante campo de batalha. Números do Ibope, divulgados pelo site Notícias da TV, informam que em 2016 o espectador brasileiro bateu recorde de permanência diária em frente à televisão –6 horas e 17 minutos, um crescimento de 16 minutos em relação ao ano anterior. Em 2010, a média era uma hora a menos. A crise econômica explica este recorde e, também, a má notícia de que, pelo segundo ano seguido, o total de assinantes de TV paga registrou queda em 2016. O último dado disponível, referente a novembro, indica 18,87 milhões de assinantes, contra 19,8 milhões, o pico, registrado no final de 2014. A Globo, claro, tem reagido em várias frentes. Uma delas, como escrevi em dezembro, é o investimento pesado em seu aplicativo on-line, resultado da percepção de não há mais como trazer para a televisão linear parte do público que a trocou pela internet. A programação neste mês de janeiro fornece outras informações importantes. Intensificando uma atitude já observada em anos anteriores, a emissora ofereceu um grande cardápio de novidades, enquanto as suas principais concorrentes serviam o público com reprises e melhores momentos. Até o fim do mês terão sido oito estreias –um exercício até ostentatório de exibir capacidade de produção num período em que o mercado publicitário considera menos importante. Além da quantidade, há também a preocupação com a relevância, ao menos de parte, desta produção. A minissérie "Dois Irmãos", encerrada nesta última sexta-feira, é de uma qualidade espantosa para quem tem acesso apenas à TV aberta no Brasil. Esta adaptação do livro de Milton Hatoum dirigida por Luiz Fernando Carvalho chega a parecer deslocada em meio à falta de ambição geral da programação. | colunas | Enquanto Netflix avança na conquista do mundo, Globo mostra suas armasA notícia desta semana foi o anúncio da Netflix de que registrou um crescimento recorde no último trimestre de 2016. A empresa adicionou 7,05 milhões de assinantes, a maior parte (5,1 milhões) fora dos Estados Unidos. Agora, do total de 93,8 milhões de membros, 47% estão espalhados pelo mundo. O resultado sugere que a empresa está certa na percepção de que o caminho do crescimento passa necessariamente pela expansão global. E o lugar do Brasil nesta estratégia foi mais uma vez reiterado no informe aos acionistas. Além do lançamento de "3%", a primeira série produzida no país, o ano que passou registrou também a estreia da segunda temporada de "Narcos", a série que, de acordo com a Bloomberg, mais fez pela Netflix no Brasil. Em uma entrevista recente a esta publicação, o CEO Reed Hastings desenvolveu uma ideia que já havia expresso a Nelson de Sá, na "Ilustrada" -a de que o mercado brasileiro é o grande laboratório da estratégia de conquista de mais espaços ao redor do mundo. "Para sermos um serviço global bem-sucedido, precisamos ser mais do que Hollywood para o mundo. Precisamos ser uma companhia que compartilha histórias do mundo todo", disse ele. "A questão é como podemos tornar nosso conteúdo amplo, importante e relevante o bastante para isso acontecer." A resposta pode estar no Brasil. "É aqui, na sombra da Globo, que a Netflix vem criando, revisando e aperfeiçoando o primeiro rascunho de seu manual internacional", diz a Bloomberg. Estima-se, na falta de dados oficiais, que a empresa tenha entre 4 e 5 milhões de assinantes no país. Vários outros dados, aparentemente contraditórios, podem ajudar a entender melhor por que o mercado brasileiro é hoje um importante campo de batalha. Números do Ibope, divulgados pelo site Notícias da TV, informam que em 2016 o espectador brasileiro bateu recorde de permanência diária em frente à televisão –6 horas e 17 minutos, um crescimento de 16 minutos em relação ao ano anterior. Em 2010, a média era uma hora a menos. A crise econômica explica este recorde e, também, a má notícia de que, pelo segundo ano seguido, o total de assinantes de TV paga registrou queda em 2016. O último dado disponível, referente a novembro, indica 18,87 milhões de assinantes, contra 19,8 milhões, o pico, registrado no final de 2014. A Globo, claro, tem reagido em várias frentes. Uma delas, como escrevi em dezembro, é o investimento pesado em seu aplicativo on-line, resultado da percepção de não há mais como trazer para a televisão linear parte do público que a trocou pela internet. A programação neste mês de janeiro fornece outras informações importantes. Intensificando uma atitude já observada em anos anteriores, a emissora ofereceu um grande cardápio de novidades, enquanto as suas principais concorrentes serviam o público com reprises e melhores momentos. Até o fim do mês terão sido oito estreias –um exercício até ostentatório de exibir capacidade de produção num período em que o mercado publicitário considera menos importante. Além da quantidade, há também a preocupação com a relevância, ao menos de parte, desta produção. A minissérie "Dois Irmãos", encerrada nesta última sexta-feira, é de uma qualidade espantosa para quem tem acesso apenas à TV aberta no Brasil. Esta adaptação do livro de Milton Hatoum dirigida por Luiz Fernando Carvalho chega a parecer deslocada em meio à falta de ambição geral da programação. | 10 |
'Eu pensei que fosse morrer no ano passado', diz Oscar Schmidt | Um dos maiores nomes da história do basquete brasileiro, Oscar Schmidt teve diagnosticado, há quatro anos, um câncer no cérebro, contra o qual luta até hoje. Ele já se submeteu a cirurgia e faz quimioterapia mensalmente. Do alto de seus 2,05 m, costuma dizer que "não é um tumorzinho que vai derrubá-lo". Só que o maior susto de seus 57 anos vida não veio da cabeça, mas do coração. No início de 2014, durante viagem a passeio pelos EUA, o Mão Santa, como é conhecido, sofreu uma arritmia, problema que não está associado ao câncer. "Dessa vez pensei que ia morrer. Minha respiração tapou, vomitei um monte, fui para o hospital e fizeram um procedimento que 'matam e ressuscitam'", contou o ex-jogador de basquete em sabatina na Folha, nesta quinta (29), com o colunista de "Esporte" Edgard Alves e o repórter Paulo Roberto Conde. Leia mais aqui | tv | 'Eu pensei que fosse morrer no ano passado', diz Oscar SchmidtUm dos maiores nomes da história do basquete brasileiro, Oscar Schmidt teve diagnosticado, há quatro anos, um câncer no cérebro, contra o qual luta até hoje. Ele já se submeteu a cirurgia e faz quimioterapia mensalmente. Do alto de seus 2,05 m, costuma dizer que "não é um tumorzinho que vai derrubá-lo". Só que o maior susto de seus 57 anos vida não veio da cabeça, mas do coração. No início de 2014, durante viagem a passeio pelos EUA, o Mão Santa, como é conhecido, sofreu uma arritmia, problema que não está associado ao câncer. "Dessa vez pensei que ia morrer. Minha respiração tapou, vomitei um monte, fui para o hospital e fizeram um procedimento que 'matam e ressuscitam'", contou o ex-jogador de basquete em sabatina na Folha, nesta quinta (29), com o colunista de "Esporte" Edgard Alves e o repórter Paulo Roberto Conde. Leia mais aqui | 12 |
Plano de previdência conservador rende muito pouco, aponta estudo | Apontados como uma das peças que podem aliviar o sistema previdenciário brasileiro, os planos de aposentadoria privada conservadores vendidos por bancos e seguradoras têm tido rentabilidade inferior à que os clientes conseguiriam se aplicassem diretamente em produtos com baixo risco disponíveis, como títulos públicos. No longo prazo, o ganho menor pode levar o investidor a demorar mais para se aposentar ou receber uma renda inferior à desejada. A conclusão é de um estudo da XP Investimentos que analisou a rentabilidade de fundos de previdência conservadores (renda fixa) e mais arriscados (multimercados) nos últimos 12 e 24 meses. O levantamento tomou como base 524 produtos com patrimônio líquido superior a R$ 30 milhões, ou seja, os maiores da indústria. Apesar de mostrarem um retrato da situação dos produtos no período, é preciso lembrar que planos de previdência têm como objetivo a aposentadoria; portanto, devem ser encarados como investimento de longo prazo. Uma parcela dos fundos conservadores analisados investe em títulos públicos pós-fixados (de baixa volatilidade). Outros aplicam também em papéis privados e em ativos com vencimento mais longo atrelados à inflação (alta volatilidade). Já nos fundos multimercados, o nível de risco varia conforme a aplicação em ações, ativos no exterior ou outros investimentos considerados mais arriscados. O resultado mostra que só 12 em cada 100 (11,9%) fundos conservadores superou, nos últimos 12 meses, o CDI. A taxa –que é a média dos juros cobrados em empréstimos entre instituições financeiras, hoje em 14,13% ao ano– serve como parâmetro para o retorno de aplicações em carteiras com menor risco. Quando o prazo é ampliado para os últimos dois anos, só pouco mais de 3 de cada 100 (3,6%) superaram o CDI. O principal diferencial dos fundos que renderam mais que o CDI foi a taxa de administração inferior a 1%. Na ponta contrária, 46% dos fundos conservadores com ganho inferior ao do indicador de referência cobravam taxas superiores a esse percentual. "A qualidade da gestão é importante, mas o ponto principal a ser analisado é o custo. Tem uma correlação enorme entre os fundos mais caros e uma performance pior", afirma Gustavo Pires, sócio da XP Investimentos. A taxa de administração incide sobre o patrimônio dos fundos que é distribuído aos cotistas. Quanto maior a mordida, menos os investidores recebem. | mercado | Plano de previdência conservador rende muito pouco, aponta estudoApontados como uma das peças que podem aliviar o sistema previdenciário brasileiro, os planos de aposentadoria privada conservadores vendidos por bancos e seguradoras têm tido rentabilidade inferior à que os clientes conseguiriam se aplicassem diretamente em produtos com baixo risco disponíveis, como títulos públicos. No longo prazo, o ganho menor pode levar o investidor a demorar mais para se aposentar ou receber uma renda inferior à desejada. A conclusão é de um estudo da XP Investimentos que analisou a rentabilidade de fundos de previdência conservadores (renda fixa) e mais arriscados (multimercados) nos últimos 12 e 24 meses. O levantamento tomou como base 524 produtos com patrimônio líquido superior a R$ 30 milhões, ou seja, os maiores da indústria. Apesar de mostrarem um retrato da situação dos produtos no período, é preciso lembrar que planos de previdência têm como objetivo a aposentadoria; portanto, devem ser encarados como investimento de longo prazo. Uma parcela dos fundos conservadores analisados investe em títulos públicos pós-fixados (de baixa volatilidade). Outros aplicam também em papéis privados e em ativos com vencimento mais longo atrelados à inflação (alta volatilidade). Já nos fundos multimercados, o nível de risco varia conforme a aplicação em ações, ativos no exterior ou outros investimentos considerados mais arriscados. O resultado mostra que só 12 em cada 100 (11,9%) fundos conservadores superou, nos últimos 12 meses, o CDI. A taxa –que é a média dos juros cobrados em empréstimos entre instituições financeiras, hoje em 14,13% ao ano– serve como parâmetro para o retorno de aplicações em carteiras com menor risco. Quando o prazo é ampliado para os últimos dois anos, só pouco mais de 3 de cada 100 (3,6%) superaram o CDI. O principal diferencial dos fundos que renderam mais que o CDI foi a taxa de administração inferior a 1%. Na ponta contrária, 46% dos fundos conservadores com ganho inferior ao do indicador de referência cobravam taxas superiores a esse percentual. "A qualidade da gestão é importante, mas o ponto principal a ser analisado é o custo. Tem uma correlação enorme entre os fundos mais caros e uma performance pior", afirma Gustavo Pires, sócio da XP Investimentos. A taxa de administração incide sobre o patrimônio dos fundos que é distribuído aos cotistas. Quanto maior a mordida, menos os investidores recebem. | 2 |
Com futuro incerto, Bernardinho conduz seleção masculina com mais calma
| MARCEL MERGUIZO MARIANA LAJOLO ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO Bernardinho ensaia um grito à beira da quadra. Serginho olha para ele, sério, faz gesto com a mão pedindo calma, e o treinador se lembra de que é hora de se controlar. Uma cena comum nos últimos anos. Estranha para quem costuma acompanhar o vôlei. O treinador da seleção continua obsessivo pela excelência, mas mudou a forma de se portar à beira da quadra. Foi assim, mais quieto e mais aberto, que ele conduziu a seleção de vôlei ao terceiro ouro olímpico, o segundo sob sua batuta. Agora, tem sete pódios em oito edições dos Jogos, seis como técnico. "Consegui mudar até para evitar pressão maior sobre os jogadores. Por isso tentei ser um Bernardo melhor à beira da quadra", disse ele, que fez conversas particulares com os atletas antes de cada jogo. A mudança coincide com período conturbado da vida do treinador. Nos últimos quatro anos, o time chegou a quase todas as finais dos torneios que disputou, mas só venceu a Copa dos Campeões-2013. Enquanto isso, a Confederação Brasileira de Vôlei se via envolvida em denúncias de irregularidades. Ele comprou a briga. Em 2014, após o vice no Mundial, Bernardinho descobriu e extirpou câncer no rim. Foi um baque. O treinador disse que poderia ser o preço pago pela falta de cuidado com a saúde e a dedicação ao trabalho. "Vivo o vôlei intensamente. Já errei muito por ser intenso. Sou da emoção e tem coisas que tomo como ofensa pessoal." Na Olimpíada, Bernardinho trabalhou no time a ideia de que ganharia o ouro quem merecesse mais. O ouro na Rio-2016 pode ter sido a despedida do treinador da seleção. Há anos ele sofre a pressão das filhas, Júlia, 14, e Vitória, 6, e da mulher Fernanda Venturini, 45, para ficar mais tempo com a família. Não vai se afastar do vôlei. "Nos próximos 15 dias, não me liguem que não vou atender. Quem quiser me achar, pegue uma bicicleta e vá atrás porque vou pedalar por aí. Preciso pensar na vida. São 23 anos, preciso respirar." | esporte |
Com futuro incerto, Bernardinho conduz seleção masculina com mais calma
MARCEL MERGUIZO MARIANA LAJOLO ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO Bernardinho ensaia um grito à beira da quadra. Serginho olha para ele, sério, faz gesto com a mão pedindo calma, e o treinador se lembra de que é hora de se controlar. Uma cena comum nos últimos anos. Estranha para quem costuma acompanhar o vôlei. O treinador da seleção continua obsessivo pela excelência, mas mudou a forma de se portar à beira da quadra. Foi assim, mais quieto e mais aberto, que ele conduziu a seleção de vôlei ao terceiro ouro olímpico, o segundo sob sua batuta. Agora, tem sete pódios em oito edições dos Jogos, seis como técnico. "Consegui mudar até para evitar pressão maior sobre os jogadores. Por isso tentei ser um Bernardo melhor à beira da quadra", disse ele, que fez conversas particulares com os atletas antes de cada jogo. A mudança coincide com período conturbado da vida do treinador. Nos últimos quatro anos, o time chegou a quase todas as finais dos torneios que disputou, mas só venceu a Copa dos Campeões-2013. Enquanto isso, a Confederação Brasileira de Vôlei se via envolvida em denúncias de irregularidades. Ele comprou a briga. Em 2014, após o vice no Mundial, Bernardinho descobriu e extirpou câncer no rim. Foi um baque. O treinador disse que poderia ser o preço pago pela falta de cuidado com a saúde e a dedicação ao trabalho. "Vivo o vôlei intensamente. Já errei muito por ser intenso. Sou da emoção e tem coisas que tomo como ofensa pessoal." Na Olimpíada, Bernardinho trabalhou no time a ideia de que ganharia o ouro quem merecesse mais. O ouro na Rio-2016 pode ter sido a despedida do treinador da seleção. Há anos ele sofre a pressão das filhas, Júlia, 14, e Vitória, 6, e da mulher Fernanda Venturini, 45, para ficar mais tempo com a família. Não vai se afastar do vôlei. "Nos próximos 15 dias, não me liguem que não vou atender. Quem quiser me achar, pegue uma bicicleta e vá atrás porque vou pedalar por aí. Preciso pensar na vida. São 23 anos, preciso respirar." | 4 |
Manchester City aproxima jogadores e torcedores com 'aquário' | Ao caminhar pelo túnel que liga o gramado aos vestiários, alguns jogadores do Manchester City e do Everton ocasionalmente olhavam para as paredes de vidro que os cercavam. Um dos atletas pareceu confuso por um instante, mas logo deixou para lá. Eles estavam preocupados demais após o empate por 1 a 1, na última segunda-feira (21), para se incomodarem com o fato de estarem sendo observados de tão perto. Os jogadores estão acostumados a serem assistidos pelos milhares de torcedores que vão aos estádios da Premier League e por milhões de telespectadores -um tipo de escrutínio que normalmente é distante e frio. No túnel, a presença dos observadores parece mais íntima. Esse é o Tunnel Club do Manchester City. O nome diz tudo: por preços a partir de 299 libras (R$ 1.200) por partida, e chegando a 15 mil libras (R$ 75,2 mil) para acesso a uma temporada completa, torcedores podem ocupar algumas áreas privilegiadas do Etihad Stadium. Quem compra o acesso à essa novidade ganha o direito de observar os jogadores do seu time e do rival quando entram no estádio e podem ver o técnico Pep Guardiola reclamando com o árbitro, por exemplo. O túnel é uma ideia que o Manchester City importou dos Estados Unidos, especialmente do Dallas Cowboys, cujo AT&T Stadium oferece programa semelhante. O City adotou o sistema do time de futebol americano e o modificou, para não contrariar costumes do futebol europeu. No AT&T Stadium, os atletas passam por bares e multidões entusiásticas, a caminho do campo. Na Europa, é outra história. O túnel sempre foi considerado como um espaço sagrado e, por isso, os jogadores em Manchester são vistos como se estivessem em um aquário. Nas imediações, há um bar circular, mesas com garçons, uma carta de vinhos extensa e, nas noites de segunda-feira, uma mesa de degustação de gim. O lançamento do Tunnel Club encontrou certa resistência por parte da torcida -não só dos espectadores que perderam suas cadeiras para a instalação de um novo banco com assentos individuais luxuosos, de couro, por trás dos bancos de reservas dos dois times, de onde os membros do novo clube assistem às partidas, mas também de seções mais amplas da torcida do Manchester City, que veem a ideia como uma nova prova de que a Premier League pouco se importa com os torcedores comuns. É uma queixa frequente. Clubes que existem por causa da constância de seus velhos torcedores, fiéis e muitas vezes sofridos, agora os estão abandonando em troca de clientes empresariais, em busca daquilo que Adrian Pettett, presidente-executivo da agência de marketing esportivo Cake, define como "espectadores de grandes eventos". Ele está falando de pessoas que veem o esporte não como uma forma de identificação tribal mas simplesmente como outra forma de entretenimento, e as mesmas queixas quanto a isso serão repetidas no ano que vem quando o novo estádio do Tottenham for inaugurado. Ele também contará com um clube para acesso ao túnel. As preocupações são válidas, é claro, mas o argumento de venda mais forte do Tunnel Club não é o luxo. Padrões de hospitalidade semelhantes já são oferecidos pelo Etihad Stadium, para torcedores capazes de pagar ingressos de alto preço, e a mesma situação existe na maior parte dos estádios da Premier League. Não, o que o Tunnel Club oferece é algo de muito diferente, algo que ecoa na maneira pela qual nos engajamos com o esporte na mídia social e pela qual o assistimos na TV, algo que fala ao nosso desejo, como torcedores, de não simplesmente assistirmos a um evento, mas sermos parte dele. "Não é só observar", disse James Cook, diretor comercial da Stadia Solutions, consultoria que trabalha para diversos times ingleses. "A era que vivemos é participativa". Em um estudo publicado em 2014 pelo "Journal of Consumer Psychology", Thomas Gilovich, professor de psicologia na Universidade Cornell, e seus coautores, Amit Kumar e Lily Jampol, encontraram diferença significativa entre o montante de prazer obtido com a compra de alguma coisa -um bem material- e o montante de prazer propiciado por uma experiência. Eles constataram que "aquisições de experiências são mais gratificantes, em média, que aquisições materiais". Experiências, em lugar de coisas, "facilitam um maior número de conexões sociais, estão mais vinculadas ao self, e são experimentadas de maneira mais pessoal". Em outras palavras, fazer coisas, em lugar de comprá-las, torna as pessoas mais felizes. A lógica por trás do Tunnel Club, aquilo que lhe confere valor, é que ele adensa a experiência de assistir a um jogo de futebol. Não é só "chegar ao seu lugar 10 segundos antes do pontapé inicial e sair assim que o jogo acaba", nas palavras de Cook. É mais do que isso. O Manchester City não transplantou para a Inglaterra a ideia do Cowboys tal qual a encontrou em Arlington, o local do estádio do time. A diretoria do clube tentou ajustá-la, aproveitando ideias da Fórmula 1 -espectadores VIPs tradicionalmente têm direito a uma turnê dos boxes quando os pilotos e carros estão sendo preparados para a corrida - e dos shows de música, nos quais acesso aos bastidores é vendido como benefício adicional. As pessoas que pagam o alto preço que o Manchester City cobra pelo Tunnel Club assistem a uma palestra tática antes do jogo feita por dois analistas e podem fazer perguntas a Brian Kidd, um dos treinadores assistentes do time. Podem assistir ao aquecimento dos times de uma área privativa na beira do gramado. Durante esse período, os sócios do Tunnel Club não só têm a melhor visão do estádio como podem pisar na mesma grama artificial que os jogadores encontrarão em campo. É um aditivo sensorial para o efeito geral que o clube está buscando criar: o de que o torcedor é parte da ação, vê o que os jogadores veem e sente o que eles sentem. Depois do jogo, os torcedores associados puderam assistir às entrevistas coletivas de Guardiola e de seu colega do Everton, Ronald Koelman. E, apesar da resistência inicial de Guardiola, em futuros jogos os membros do Tunnel Club poderão assistir a uma entrevista adicional com um jogador, antes de qualquer outra pessoa. "Os torcedores adoram estar do lado de dentro, ver os bastidores", disse Cook. "Algumas das coisas mais populares que fizemos com clubes envolvem câmeras móveis nos centros de treinamento. Essas são coisas que as pessoas normalmente não veem". Tracey Hughes, presidente-executiva da Silicon Valley Sports Ventures e veterana do projeto do AT&T Stadium, disse que via paralelos nas relações dos consumidores com outras marcas. "É um diálogo constante entre consumidor e marca", ela disse. "Queremos estar informados sobre o que a marca está fazendo, quer se trate de uma companhia ou de uma pessoa. Queremos saber como são seus dias, que roupas a pessoa usa. Isso faz com que nos sintamos mais próximos, mais conectados. O conceito de acesso foi redefinido". Isso é o que leva clubes e atletas a dedicar mais e mais tempo e recursos ao conteúdo para mídia social. Foi o que levou os times a permitir câmeras de TV nos túneis, dois anos atrás -outra decisão na qual o Manchester City esteve na vanguarda-, e a divulgar imagens de seus treinos. Isso também explica a popularidade da chamada spider camera, que acompanha do alto os jogadores em cobranças de falta e escanteios, em diversos estádios. Todas essas inovações foram concebidas para oferecer aos telespectadores em casa uma experiência mais próxima, ou para intensificar a experiência daqueles que já têm a sorte de acompanhar o jogo em pessoa. "A responsabilidade dos clubes não é só fornecer um assento ao espectador", disse Hughes. "Precisam oferecer aos torcedores a percepção de que eles é que são os donos da experiência". Cook disse que "o jargão que ouço o tempo é engajamento dos torcedores". Da mesma forma que programas de TV pedem a telespectadores que compartilhem suas impressões por meio de um hashtag específico, os clubes desejam que os torcedores sintam ser parte da experiência, ou seja, que sintam ter comprado não um bem material - um ingresso que lhes confere papel passivo - mas sim uma participação ativa e dinâmica no drama. O Tunnel Club do Manchester City e a experiência semelhante que o Tottenham em breve oferecerá são uma extensão natural dessa tendência. Os torcedores não querem ficar sentados assistindo a um jogo: eles querem ser parte de um evento. Não querem consumir conteúdo, mas participar de sua criação. Querem não só estar perto dos jogadores mas sentir o que os jogadores sentem. É um aditivo sensorial. O apelo do Tunnel Club não é que seja um aquário, mas uma oportunidade de saber como os peixes se sentem. Tradução de PAULO MIGLIACCI | esporte | Manchester City aproxima jogadores e torcedores com 'aquário'Ao caminhar pelo túnel que liga o gramado aos vestiários, alguns jogadores do Manchester City e do Everton ocasionalmente olhavam para as paredes de vidro que os cercavam. Um dos atletas pareceu confuso por um instante, mas logo deixou para lá. Eles estavam preocupados demais após o empate por 1 a 1, na última segunda-feira (21), para se incomodarem com o fato de estarem sendo observados de tão perto. Os jogadores estão acostumados a serem assistidos pelos milhares de torcedores que vão aos estádios da Premier League e por milhões de telespectadores -um tipo de escrutínio que normalmente é distante e frio. No túnel, a presença dos observadores parece mais íntima. Esse é o Tunnel Club do Manchester City. O nome diz tudo: por preços a partir de 299 libras (R$ 1.200) por partida, e chegando a 15 mil libras (R$ 75,2 mil) para acesso a uma temporada completa, torcedores podem ocupar algumas áreas privilegiadas do Etihad Stadium. Quem compra o acesso à essa novidade ganha o direito de observar os jogadores do seu time e do rival quando entram no estádio e podem ver o técnico Pep Guardiola reclamando com o árbitro, por exemplo. O túnel é uma ideia que o Manchester City importou dos Estados Unidos, especialmente do Dallas Cowboys, cujo AT&T Stadium oferece programa semelhante. O City adotou o sistema do time de futebol americano e o modificou, para não contrariar costumes do futebol europeu. No AT&T Stadium, os atletas passam por bares e multidões entusiásticas, a caminho do campo. Na Europa, é outra história. O túnel sempre foi considerado como um espaço sagrado e, por isso, os jogadores em Manchester são vistos como se estivessem em um aquário. Nas imediações, há um bar circular, mesas com garçons, uma carta de vinhos extensa e, nas noites de segunda-feira, uma mesa de degustação de gim. O lançamento do Tunnel Club encontrou certa resistência por parte da torcida -não só dos espectadores que perderam suas cadeiras para a instalação de um novo banco com assentos individuais luxuosos, de couro, por trás dos bancos de reservas dos dois times, de onde os membros do novo clube assistem às partidas, mas também de seções mais amplas da torcida do Manchester City, que veem a ideia como uma nova prova de que a Premier League pouco se importa com os torcedores comuns. É uma queixa frequente. Clubes que existem por causa da constância de seus velhos torcedores, fiéis e muitas vezes sofridos, agora os estão abandonando em troca de clientes empresariais, em busca daquilo que Adrian Pettett, presidente-executivo da agência de marketing esportivo Cake, define como "espectadores de grandes eventos". Ele está falando de pessoas que veem o esporte não como uma forma de identificação tribal mas simplesmente como outra forma de entretenimento, e as mesmas queixas quanto a isso serão repetidas no ano que vem quando o novo estádio do Tottenham for inaugurado. Ele também contará com um clube para acesso ao túnel. As preocupações são válidas, é claro, mas o argumento de venda mais forte do Tunnel Club não é o luxo. Padrões de hospitalidade semelhantes já são oferecidos pelo Etihad Stadium, para torcedores capazes de pagar ingressos de alto preço, e a mesma situação existe na maior parte dos estádios da Premier League. Não, o que o Tunnel Club oferece é algo de muito diferente, algo que ecoa na maneira pela qual nos engajamos com o esporte na mídia social e pela qual o assistimos na TV, algo que fala ao nosso desejo, como torcedores, de não simplesmente assistirmos a um evento, mas sermos parte dele. "Não é só observar", disse James Cook, diretor comercial da Stadia Solutions, consultoria que trabalha para diversos times ingleses. "A era que vivemos é participativa". Em um estudo publicado em 2014 pelo "Journal of Consumer Psychology", Thomas Gilovich, professor de psicologia na Universidade Cornell, e seus coautores, Amit Kumar e Lily Jampol, encontraram diferença significativa entre o montante de prazer obtido com a compra de alguma coisa -um bem material- e o montante de prazer propiciado por uma experiência. Eles constataram que "aquisições de experiências são mais gratificantes, em média, que aquisições materiais". Experiências, em lugar de coisas, "facilitam um maior número de conexões sociais, estão mais vinculadas ao self, e são experimentadas de maneira mais pessoal". Em outras palavras, fazer coisas, em lugar de comprá-las, torna as pessoas mais felizes. A lógica por trás do Tunnel Club, aquilo que lhe confere valor, é que ele adensa a experiência de assistir a um jogo de futebol. Não é só "chegar ao seu lugar 10 segundos antes do pontapé inicial e sair assim que o jogo acaba", nas palavras de Cook. É mais do que isso. O Manchester City não transplantou para a Inglaterra a ideia do Cowboys tal qual a encontrou em Arlington, o local do estádio do time. A diretoria do clube tentou ajustá-la, aproveitando ideias da Fórmula 1 -espectadores VIPs tradicionalmente têm direito a uma turnê dos boxes quando os pilotos e carros estão sendo preparados para a corrida - e dos shows de música, nos quais acesso aos bastidores é vendido como benefício adicional. As pessoas que pagam o alto preço que o Manchester City cobra pelo Tunnel Club assistem a uma palestra tática antes do jogo feita por dois analistas e podem fazer perguntas a Brian Kidd, um dos treinadores assistentes do time. Podem assistir ao aquecimento dos times de uma área privativa na beira do gramado. Durante esse período, os sócios do Tunnel Club não só têm a melhor visão do estádio como podem pisar na mesma grama artificial que os jogadores encontrarão em campo. É um aditivo sensorial para o efeito geral que o clube está buscando criar: o de que o torcedor é parte da ação, vê o que os jogadores veem e sente o que eles sentem. Depois do jogo, os torcedores associados puderam assistir às entrevistas coletivas de Guardiola e de seu colega do Everton, Ronald Koelman. E, apesar da resistência inicial de Guardiola, em futuros jogos os membros do Tunnel Club poderão assistir a uma entrevista adicional com um jogador, antes de qualquer outra pessoa. "Os torcedores adoram estar do lado de dentro, ver os bastidores", disse Cook. "Algumas das coisas mais populares que fizemos com clubes envolvem câmeras móveis nos centros de treinamento. Essas são coisas que as pessoas normalmente não veem". Tracey Hughes, presidente-executiva da Silicon Valley Sports Ventures e veterana do projeto do AT&T Stadium, disse que via paralelos nas relações dos consumidores com outras marcas. "É um diálogo constante entre consumidor e marca", ela disse. "Queremos estar informados sobre o que a marca está fazendo, quer se trate de uma companhia ou de uma pessoa. Queremos saber como são seus dias, que roupas a pessoa usa. Isso faz com que nos sintamos mais próximos, mais conectados. O conceito de acesso foi redefinido". Isso é o que leva clubes e atletas a dedicar mais e mais tempo e recursos ao conteúdo para mídia social. Foi o que levou os times a permitir câmeras de TV nos túneis, dois anos atrás -outra decisão na qual o Manchester City esteve na vanguarda-, e a divulgar imagens de seus treinos. Isso também explica a popularidade da chamada spider camera, que acompanha do alto os jogadores em cobranças de falta e escanteios, em diversos estádios. Todas essas inovações foram concebidas para oferecer aos telespectadores em casa uma experiência mais próxima, ou para intensificar a experiência daqueles que já têm a sorte de acompanhar o jogo em pessoa. "A responsabilidade dos clubes não é só fornecer um assento ao espectador", disse Hughes. "Precisam oferecer aos torcedores a percepção de que eles é que são os donos da experiência". Cook disse que "o jargão que ouço o tempo é engajamento dos torcedores". Da mesma forma que programas de TV pedem a telespectadores que compartilhem suas impressões por meio de um hashtag específico, os clubes desejam que os torcedores sintam ser parte da experiência, ou seja, que sintam ter comprado não um bem material - um ingresso que lhes confere papel passivo - mas sim uma participação ativa e dinâmica no drama. O Tunnel Club do Manchester City e a experiência semelhante que o Tottenham em breve oferecerá são uma extensão natural dessa tendência. Os torcedores não querem ficar sentados assistindo a um jogo: eles querem ser parte de um evento. Não querem consumir conteúdo, mas participar de sua criação. Querem não só estar perto dos jogadores mas sentir o que os jogadores sentem. É um aditivo sensorial. O apelo do Tunnel Club não é que seja um aquário, mas uma oportunidade de saber como os peixes se sentem. Tradução de PAULO MIGLIACCI | 4 |
Modelo institucional é defasado, diz Alckmin sobre denúncia contra Temer | O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (2) que o "modelo institucional" brasileiro é "do tempo do Império" e deve ser revisto. O tucano se referia à tramitação de denúncias contra presidentes, como a contra Michel Temer (PMDB) que tramita hoje na Câmara dos Deputados. Segundo o governador, o ideal seria que não fosse necessária a aprovação dos parlamentares para o prosseguimento da acusação, mas também evitar que um presidente investigado seja afastado do cargo. "De um lado, no caso do prefeito e do governador não precisa ter autorização para investigar, e não há necessidade disso. E de outro lado não me parece razoável afastar seis meses por causa de uma denúncia", disse. "Nosso modelo institucional precisa ser revisto, isso é uma coisa do tempo do Império", afirmou Alckmin, para quem é "pouco provável" que a denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer (PMDB) receba o aval para ir adiante. O tucano falou à imprensa após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, durante visita a Brasília. Mais cedo, ele havia se encontrado com Temer no Planalto e negou que o presidente tenha falado sobre a acusação de obstrução de justiça e organização criminosa. Ele, no entanto, afirmou ter dito ao peemedebista que não se envolveria. "Eu reiterei que a mesma postura que tive na primeira votação eu terei agora, isso é um assunto dos deputados, eu acho pouco provável que prospere porque já na primeira denuncia não prosperou", disse. Alckmin também elogiou o deputado Bonifácio de Andrada (MG), seu correligionário, aliado do presidente escolhido para relatar a denúncia. "É professor de direito constitucional, respeitado, uma pessoa séria. É uma questão de foro íntimo: se ele quiser relatar, relate". AGÊNCIA DE INTELIGÊNCIA O governador afirmou ter tratado com o presidente a respeito da criação de uma agência de inteligência integrada entre os Estados e a União. A proposta, disse, seria do atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, na época em que comandou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Segundo o tucano, a ideia seria unir agentes das polícias estaduais com policiais federais, policiais rodoviários federais, agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para formar uma agência voltada ao combate ao tráfico de armas e drogas, principalmente nas fronteiras. O tucano afirmou ainda ter pedido ao governo federal que liberasse verba para a construção do trecho norte do Rodoanel. "O presidente disse que iria verificar e nós insistimos porque já estamos em outubro e só foram liberados R$ 87 milhões", disse. | poder | Modelo institucional é defasado, diz Alckmin sobre denúncia contra TemerO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (2) que o "modelo institucional" brasileiro é "do tempo do Império" e deve ser revisto. O tucano se referia à tramitação de denúncias contra presidentes, como a contra Michel Temer (PMDB) que tramita hoje na Câmara dos Deputados. Segundo o governador, o ideal seria que não fosse necessária a aprovação dos parlamentares para o prosseguimento da acusação, mas também evitar que um presidente investigado seja afastado do cargo. "De um lado, no caso do prefeito e do governador não precisa ter autorização para investigar, e não há necessidade disso. E de outro lado não me parece razoável afastar seis meses por causa de uma denúncia", disse. "Nosso modelo institucional precisa ser revisto, isso é uma coisa do tempo do Império", afirmou Alckmin, para quem é "pouco provável" que a denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer (PMDB) receba o aval para ir adiante. O tucano falou à imprensa após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, durante visita a Brasília. Mais cedo, ele havia se encontrado com Temer no Planalto e negou que o presidente tenha falado sobre a acusação de obstrução de justiça e organização criminosa. Ele, no entanto, afirmou ter dito ao peemedebista que não se envolveria. "Eu reiterei que a mesma postura que tive na primeira votação eu terei agora, isso é um assunto dos deputados, eu acho pouco provável que prospere porque já na primeira denuncia não prosperou", disse. Alckmin também elogiou o deputado Bonifácio de Andrada (MG), seu correligionário, aliado do presidente escolhido para relatar a denúncia. "É professor de direito constitucional, respeitado, uma pessoa séria. É uma questão de foro íntimo: se ele quiser relatar, relate". AGÊNCIA DE INTELIGÊNCIA O governador afirmou ter tratado com o presidente a respeito da criação de uma agência de inteligência integrada entre os Estados e a União. A proposta, disse, seria do atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, na época em que comandou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Segundo o tucano, a ideia seria unir agentes das polícias estaduais com policiais federais, policiais rodoviários federais, agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para formar uma agência voltada ao combate ao tráfico de armas e drogas, principalmente nas fronteiras. O tucano afirmou ainda ter pedido ao governo federal que liberasse verba para a construção do trecho norte do Rodoanel. "O presidente disse que iria verificar e nós insistimos porque já estamos em outubro e só foram liberados R$ 87 milhões", disse. | 0 |
Maioria das empresas planeja investir mais em inovação, aponta pesquisa | Pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 100 empresas mostra que 57% delas pretende aumentar os investimentos em inovação nos próximos cinco anos. Segundo elas, o investimento é necessário para lidar com desafios do mercado em que atuam e ganhar vantagem competitiva. As empresas citam ainda a necessidade de diversificar a atuação como estímulo para os desembolsos em inovação. Hoje, a maior parte das companhias pesquisadas (54%) investe até 3% de seu orçamento nesse quesito. Apenas 28% delas aplicam 5% ou mais, mostrou o estudo divulgado nesta terça-feira (12) pela entidade. A pesquisa foi feita a partir de entrevistas com diretores, vice-presidentes ou presidentes de 40 grandes e 60 pequenas e médias empresas com atuação em treze setores da economia. A maioria das companhias de grande porte (67%) combina diferentes fontes de recursos para financiar a inovação, incluindo recursos próprios, captados em instituições privadas e em instituições públicas. Somente 30% valem-se apenas de suas receitas para investir no quesito. Já as pequenas e médias têm mais dificuldade de conseguir empréstimos para esse fim. Entre elas, 46,7% afirmam ter de recorrer a recursos próprios para financiar iniciativas relacionadas à inovação. PERCEPÇÃO Apesar de quase todas as empresas afirmarem que a inovação faz parte da estratégia de negócios, esse esforço ainda é insuficiente. Para 62% delas, o grau de inovação do país é baixo ou muito baixo. Segundo elas, o Brasil somente importa ou copia o que é feito lá fora. Faltam ainda cultura de inovação nas empresas e políticas de incentivo efetivas no país. Na avaliação das companhias, a burocracia e a regulamentação excessiva inibem os investimentos no setor. Também dificultam a inovação os níveis baixos de educação e de qualificação de mão de obra. Para 89% das empresas entrevistadas, os profissionais que mais contribuem para a inovação em sua empresa não chegam ao mercado de trabalho suficientemente capacitados. Na avaliação das companhias, hoje os que mais auxiliam no processo de inovação são os profissionais com curso superior, em especial os engenheiros, e os funcionários com pós-graduação. A inovação vem ganhando importância na estratégia das empresas, uma vez que contribui para aumentar a competitividade, de acordo com a CNI. "A inovação é o meio mais estratégico para a indústria crescer e colher resultados mesmo em cenários adversos com o atual", diz o superintendente nacional do Instituto Euvaldi Lódi (IEL), Paulo Mól. | mercado | Maioria das empresas planeja investir mais em inovação, aponta pesquisaPesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 100 empresas mostra que 57% delas pretende aumentar os investimentos em inovação nos próximos cinco anos. Segundo elas, o investimento é necessário para lidar com desafios do mercado em que atuam e ganhar vantagem competitiva. As empresas citam ainda a necessidade de diversificar a atuação como estímulo para os desembolsos em inovação. Hoje, a maior parte das companhias pesquisadas (54%) investe até 3% de seu orçamento nesse quesito. Apenas 28% delas aplicam 5% ou mais, mostrou o estudo divulgado nesta terça-feira (12) pela entidade. A pesquisa foi feita a partir de entrevistas com diretores, vice-presidentes ou presidentes de 40 grandes e 60 pequenas e médias empresas com atuação em treze setores da economia. A maioria das companhias de grande porte (67%) combina diferentes fontes de recursos para financiar a inovação, incluindo recursos próprios, captados em instituições privadas e em instituições públicas. Somente 30% valem-se apenas de suas receitas para investir no quesito. Já as pequenas e médias têm mais dificuldade de conseguir empréstimos para esse fim. Entre elas, 46,7% afirmam ter de recorrer a recursos próprios para financiar iniciativas relacionadas à inovação. PERCEPÇÃO Apesar de quase todas as empresas afirmarem que a inovação faz parte da estratégia de negócios, esse esforço ainda é insuficiente. Para 62% delas, o grau de inovação do país é baixo ou muito baixo. Segundo elas, o Brasil somente importa ou copia o que é feito lá fora. Faltam ainda cultura de inovação nas empresas e políticas de incentivo efetivas no país. Na avaliação das companhias, a burocracia e a regulamentação excessiva inibem os investimentos no setor. Também dificultam a inovação os níveis baixos de educação e de qualificação de mão de obra. Para 89% das empresas entrevistadas, os profissionais que mais contribuem para a inovação em sua empresa não chegam ao mercado de trabalho suficientemente capacitados. Na avaliação das companhias, hoje os que mais auxiliam no processo de inovação são os profissionais com curso superior, em especial os engenheiros, e os funcionários com pós-graduação. A inovação vem ganhando importância na estratégia das empresas, uma vez que contribui para aumentar a competitividade, de acordo com a CNI. "A inovação é o meio mais estratégico para a indústria crescer e colher resultados mesmo em cenários adversos com o atual", diz o superintendente nacional do Instituto Euvaldi Lódi (IEL), Paulo Mól. | 2 |
Bar espanhol Donostia promove festival de queijo raclette às quartas | MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO O bar espanhol Donostia trocou o endereço na rua Simão Álvares, na zona oeste, por uma casa na esquina da rua dos Pinheiros com a Cônego Eugênio Leite, no mesmo bairro. Diferente do antigo salão, mais fechado, o local conta com área externa —com mesinhas na calçada— e três andares. O ambiente tem toque rústico e clima informal: os já conhecidos "pintxos" (aperitivos espanhóis; R$ 12,90 cada) ficam sobre o balcão, e é o cliente que vai até lá olhar as opções do dia. Chance de provar o de creme de gorgonzola e o de queijo gouda com linguiça. A novidade no cardápio, que aposta no preparo de receitas com sotaque espanhol e ingredientes brasileiros, é o festival de raclette (R$ 59,90 por pessoa). Durante as quartas-feiras, a partir das 19h, o queijo mineiro da Mercearia Mestre Queijeiro é servido com "pintxos", acompanhamentos e taças de vinho a valores promocionais (a partir de R$ 15). Se quiser provar outras receitas, há opções de pratos mais robustos, caso da paleta de cordeiro desfiada com molho de jamón e legumes (R$ 65,90). Para beber, a carta lista drinques como o aperol spritz. R. dos Pinheiros, 220, Pinheiros, região oeste, tel. 3034-0996. 80 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h à 1h. Sáb.: 13h às 16h e 19h à 1h. Dom.: 12h às 16h. Preço: R$ 8,50 (cerveja long neck Stella Artois - 350 ml). Reserva (12h às 15h e 18h às 24h). | saopaulo | Bar espanhol Donostia promove festival de queijo raclette às quartasMARIANA MARINHO DE SÃO PAULO O bar espanhol Donostia trocou o endereço na rua Simão Álvares, na zona oeste, por uma casa na esquina da rua dos Pinheiros com a Cônego Eugênio Leite, no mesmo bairro. Diferente do antigo salão, mais fechado, o local conta com área externa —com mesinhas na calçada— e três andares. O ambiente tem toque rústico e clima informal: os já conhecidos "pintxos" (aperitivos espanhóis; R$ 12,90 cada) ficam sobre o balcão, e é o cliente que vai até lá olhar as opções do dia. Chance de provar o de creme de gorgonzola e o de queijo gouda com linguiça. A novidade no cardápio, que aposta no preparo de receitas com sotaque espanhol e ingredientes brasileiros, é o festival de raclette (R$ 59,90 por pessoa). Durante as quartas-feiras, a partir das 19h, o queijo mineiro da Mercearia Mestre Queijeiro é servido com "pintxos", acompanhamentos e taças de vinho a valores promocionais (a partir de R$ 15). Se quiser provar outras receitas, há opções de pratos mais robustos, caso da paleta de cordeiro desfiada com molho de jamón e legumes (R$ 65,90). Para beber, a carta lista drinques como o aperol spritz. R. dos Pinheiros, 220, Pinheiros, região oeste, tel. 3034-0996. 80 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h à 1h. Sáb.: 13h às 16h e 19h à 1h. Dom.: 12h às 16h. Preço: R$ 8,50 (cerveja long neck Stella Artois - 350 ml). Reserva (12h às 15h e 18h às 24h). | 17 |