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Atentados na Somália terminam com ao menos 31 mortos e 40 feridos
Ao menos 31 pessoas foram mortas e 40 ficaram feridas em atentados na cidade de Mogadício, na capital da Somália, realizados pelo grupo Al Shabaab, filiado à rede terrorista Al Qaeda. Os atentados começaram nesta quarta-feira (14) quando um terrorista suicida colidiu um carro com explosivos em um restaurante movimentado no centro da cidade. Após a explosão, ao menos 20 pessoas foram mantidas reféns dentro do estabelecimento até a manhã desta quinta. Sobreviventes tiveram de se esconder embaixo de mesas ou atrás de cortinas enquanto os terroristas disparavam as suas armas. "Eu pensei que nunca teria a chance de ver o sol novamente. Eles estavam matando todas as pessoas à vista", disse a estudante universitária Saida Hussein à agência de notícias Associated Press. De acordo com a polícia local, todos os cinco terroristas foram mortos por soldados que conseguiram entrar no prédio logo após o amanhecer. Testemunhas contam que os terroristas se apresentaram como forças de segurança da Somália ao entrarem no restaurante e desligaram a luz do local, dificultando a ação da polícia. A região foi cercada e tiros podiam ser ouvidos a todo momento. Cinco meninas e um homem sírio que trabalhava como chef no restaurante estão entre as vítimas. ATENTADOS Mogadíscio é alvo frequente de ataques realizados pelo grupo Al Shabaab. Em fevereiro, outra explosão de um carro-bomba deixou 20 mortos e 50 feridos na cidade. O grupo havia prometido intensificar os ataques depois que o governo lançou nova ofensiva contra a facção. Na semana passada, os extremistas atacaram uma base no Estado de Puntland, no nordeste da Somália, matando ao menos 70 pessoas e ferindo dezenas. Como resposta, os Estados Unidos conduziram no domingo (11) um ataque aéreo uma base da milícia islâmica na região de Middle Juba, na região sul da Somália. O Al-Shabab se tornou em 2016 o grupo extremista islâmico mais mortal da África, com mais de 4.200 pessoas mortas em 2016, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos da África, com sede em Washington.
mundo
Atentados na Somália terminam com ao menos 31 mortos e 40 feridosAo menos 31 pessoas foram mortas e 40 ficaram feridas em atentados na cidade de Mogadício, na capital da Somália, realizados pelo grupo Al Shabaab, filiado à rede terrorista Al Qaeda. Os atentados começaram nesta quarta-feira (14) quando um terrorista suicida colidiu um carro com explosivos em um restaurante movimentado no centro da cidade. Após a explosão, ao menos 20 pessoas foram mantidas reféns dentro do estabelecimento até a manhã desta quinta. Sobreviventes tiveram de se esconder embaixo de mesas ou atrás de cortinas enquanto os terroristas disparavam as suas armas. "Eu pensei que nunca teria a chance de ver o sol novamente. Eles estavam matando todas as pessoas à vista", disse a estudante universitária Saida Hussein à agência de notícias Associated Press. De acordo com a polícia local, todos os cinco terroristas foram mortos por soldados que conseguiram entrar no prédio logo após o amanhecer. Testemunhas contam que os terroristas se apresentaram como forças de segurança da Somália ao entrarem no restaurante e desligaram a luz do local, dificultando a ação da polícia. A região foi cercada e tiros podiam ser ouvidos a todo momento. Cinco meninas e um homem sírio que trabalhava como chef no restaurante estão entre as vítimas. ATENTADOS Mogadíscio é alvo frequente de ataques realizados pelo grupo Al Shabaab. Em fevereiro, outra explosão de um carro-bomba deixou 20 mortos e 50 feridos na cidade. O grupo havia prometido intensificar os ataques depois que o governo lançou nova ofensiva contra a facção. Na semana passada, os extremistas atacaram uma base no Estado de Puntland, no nordeste da Somália, matando ao menos 70 pessoas e ferindo dezenas. Como resposta, os Estados Unidos conduziram no domingo (11) um ataque aéreo uma base da milícia islâmica na região de Middle Juba, na região sul da Somália. O Al-Shabab se tornou em 2016 o grupo extremista islâmico mais mortal da África, com mais de 4.200 pessoas mortas em 2016, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos da África, com sede em Washington.
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Delator da JBS usou quatro aparelhos para gravar procurador
No dia 3 de maio, Francisco de Assis e Silva abriu seu guarda-roupa e escolheu um paletó azul-escuro. A opção não era estética. O diretor jurídico da JBS havia sido orientado por policiais federais a usar um casaco que permitisse disfarçar o volume dos gravadores que ele carregaria mais tarde junto ao corpo. Francisco protagonizaria naquela noite uma ação controlada, nome dado a uma operação policial em que alguém infiltrado grava um fato criminoso no momento em que ele acontece. O executivo tinha um jantar na mansão de Willer Tomaz, advogado contratado pela Eldorado Celulose, empresa do grupo J&F, que controla a JBS. A Eldorado é alvo da Operação Greenfield, que investiga desvios em fundos de pensão. Tomaz, segundo o delator, dizia que pagava R$ 50 mil mensais ao procurador da República Angelo Vilella, um dos responsáveis pela Greenfield. Os delatores da JBS não tinham provas dos repasses a Vilella, mas Tomaz havia fornecido documentos sigilosos da investigação e também o áudio de um depoimento de uma testemunha da Greenfield, gravado pelo procurador. A ação tinha o objetivo de produzir uma prova definitiva contra Vilella. BRONCA Dois meses antes, Joesley Batista, dono da JBS, havia gravado escondido uma conversa com o presidente Michel Temer. Joesley diz que fez a gravação por conta própria, sem ajuda de policiais ou procuradores. No diálogo com Temer, ele disse que recebia informações sigilosas de pessoa do Ministério Público. "Consegui um procurador da força-tarefa que também está me dando informação." Em depoimento logo em seguida disse que aquela parte do diálogo era bravata. Joesley e seu irmão mais velho, Wesley Batista, temiam que ao denunciar a corrupção de um colega dos procuradores da República a delação pudesse naufragar. No final, decidiram arriscar e contaram em detalhes o caso envolvendo Angelo Vilella. Os procuradores, de início, ficaram enfurecidos com a omissão. Um deles, Sérgio Bruno, conhecido pelo vídeo em que aplica uma pesada bronca em Emilio Odebrecht, dono da Odebrecht, ameaçou interromper as tratativas. A conversa foi tão pesada que Francisco segurava nas pernas dos irmãos Batista para que eles não reagissem. Assim que Bruno fez uma pausa, Joesley disse que denunciar Vilella era prova de confiança na conduta dos procuradores, não o contrário. Aparadas as arestas, os investigadores decidiram então pelo encontro de Francisco de Assis com Tomaz e Vilella. MEDO Francisco estava a caminho da sede da Polícia Federal quando pipocou na tela do celular o alerta de mensagem do WhatsApp: "você foi adicionado ao grupo Festa 01". Havia sido criado por ordem do delegado Josélio de Sousa e tinha, além dele e de Francisco, agentes federais e o procurador Eduardo Pelella, braço direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Francisco chegou à PF às 17h30 e durante três horas recebeu orientações para o momento do jantar. Agentes esconderam nele três equipamentos de gravação. Um gravador, de espessura muito fina, foi enfiado dentro da carteira. Dois outros foram colocados nos bolsos dianteiro e lateral da calça. Sem contar aos investigadores, o executivo levava um gravador próprio no bolso do paletó. Um policial perguntou a Francisco se ele temia algo. "São dois medos. O primeiro é de ser morto. O segundo é de apanhar", respondeu. O executivo chegou à mansão do advogado, no Lago Sul, região nobre de Brasília, às 21h13. Fingiu que falava com a filha ao celular e fotografou o advogado e o procurador na mesa. Enviou a imagem para o Festa01. O grupo de WhatsApp era o único canal de contato do infiltrado com os policiais. Se algo desse errado, Francisco teria que se virar sozinho. Durante o jantar, ele apenas bebericou o vinho servido pelo garçom. Tomaz talvez tenha percebido seu nervosismo. Dizendo que havia excesso de formalidade à mesa, fez menção de levantar para tirar o paletó do convidado. Francisco se adiantou e colocou o casaco no espaldar da cadeira. Tomaz desconfiou. Já sob efeito do vinho, Tomaz fez um gesto em direção a Francisco. Com os dedos indicador e médio formando um "v", ele apontou para os próprios olhos e depois para o executivo e disse: "tô de olho no que você está fazendo". Mas não chegou a perceber que estava sendo gravado. O jantar terminou às 23 h. Francisco foi embora em um carro que pediu por um aplicativo de celular. Percebeu que era escoltado por policiais federais. Os investigadores devem ter estranhado que ele, ainda com os equipamentos no corpo, tenha parado no caminho. Joesley e Wesley o esperavam no Bierfass Gilberto Salomão, restaurante ali mesmo no Lago Sul. Francisco tomou uísque e chope para se acalmar, mas passou a noite em claro. Só no dia seguinte, entregou aos investigadores a gravação que ajudaria colocar na cadeia Angelo Vilella e Willer Tomaz, os únicos ainda presos em decorrência das denúncias dos executivos da JBS. Da prisão, os dois se dizem vítima de armação.
poder
Delator da JBS usou quatro aparelhos para gravar procuradorNo dia 3 de maio, Francisco de Assis e Silva abriu seu guarda-roupa e escolheu um paletó azul-escuro. A opção não era estética. O diretor jurídico da JBS havia sido orientado por policiais federais a usar um casaco que permitisse disfarçar o volume dos gravadores que ele carregaria mais tarde junto ao corpo. Francisco protagonizaria naquela noite uma ação controlada, nome dado a uma operação policial em que alguém infiltrado grava um fato criminoso no momento em que ele acontece. O executivo tinha um jantar na mansão de Willer Tomaz, advogado contratado pela Eldorado Celulose, empresa do grupo J&F, que controla a JBS. A Eldorado é alvo da Operação Greenfield, que investiga desvios em fundos de pensão. Tomaz, segundo o delator, dizia que pagava R$ 50 mil mensais ao procurador da República Angelo Vilella, um dos responsáveis pela Greenfield. Os delatores da JBS não tinham provas dos repasses a Vilella, mas Tomaz havia fornecido documentos sigilosos da investigação e também o áudio de um depoimento de uma testemunha da Greenfield, gravado pelo procurador. A ação tinha o objetivo de produzir uma prova definitiva contra Vilella. BRONCA Dois meses antes, Joesley Batista, dono da JBS, havia gravado escondido uma conversa com o presidente Michel Temer. Joesley diz que fez a gravação por conta própria, sem ajuda de policiais ou procuradores. No diálogo com Temer, ele disse que recebia informações sigilosas de pessoa do Ministério Público. "Consegui um procurador da força-tarefa que também está me dando informação." Em depoimento logo em seguida disse que aquela parte do diálogo era bravata. Joesley e seu irmão mais velho, Wesley Batista, temiam que ao denunciar a corrupção de um colega dos procuradores da República a delação pudesse naufragar. No final, decidiram arriscar e contaram em detalhes o caso envolvendo Angelo Vilella. Os procuradores, de início, ficaram enfurecidos com a omissão. Um deles, Sérgio Bruno, conhecido pelo vídeo em que aplica uma pesada bronca em Emilio Odebrecht, dono da Odebrecht, ameaçou interromper as tratativas. A conversa foi tão pesada que Francisco segurava nas pernas dos irmãos Batista para que eles não reagissem. Assim que Bruno fez uma pausa, Joesley disse que denunciar Vilella era prova de confiança na conduta dos procuradores, não o contrário. Aparadas as arestas, os investigadores decidiram então pelo encontro de Francisco de Assis com Tomaz e Vilella. MEDO Francisco estava a caminho da sede da Polícia Federal quando pipocou na tela do celular o alerta de mensagem do WhatsApp: "você foi adicionado ao grupo Festa 01". Havia sido criado por ordem do delegado Josélio de Sousa e tinha, além dele e de Francisco, agentes federais e o procurador Eduardo Pelella, braço direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Francisco chegou à PF às 17h30 e durante três horas recebeu orientações para o momento do jantar. Agentes esconderam nele três equipamentos de gravação. Um gravador, de espessura muito fina, foi enfiado dentro da carteira. Dois outros foram colocados nos bolsos dianteiro e lateral da calça. Sem contar aos investigadores, o executivo levava um gravador próprio no bolso do paletó. Um policial perguntou a Francisco se ele temia algo. "São dois medos. O primeiro é de ser morto. O segundo é de apanhar", respondeu. O executivo chegou à mansão do advogado, no Lago Sul, região nobre de Brasília, às 21h13. Fingiu que falava com a filha ao celular e fotografou o advogado e o procurador na mesa. Enviou a imagem para o Festa01. O grupo de WhatsApp era o único canal de contato do infiltrado com os policiais. Se algo desse errado, Francisco teria que se virar sozinho. Durante o jantar, ele apenas bebericou o vinho servido pelo garçom. Tomaz talvez tenha percebido seu nervosismo. Dizendo que havia excesso de formalidade à mesa, fez menção de levantar para tirar o paletó do convidado. Francisco se adiantou e colocou o casaco no espaldar da cadeira. Tomaz desconfiou. Já sob efeito do vinho, Tomaz fez um gesto em direção a Francisco. Com os dedos indicador e médio formando um "v", ele apontou para os próprios olhos e depois para o executivo e disse: "tô de olho no que você está fazendo". Mas não chegou a perceber que estava sendo gravado. O jantar terminou às 23 h. Francisco foi embora em um carro que pediu por um aplicativo de celular. Percebeu que era escoltado por policiais federais. Os investigadores devem ter estranhado que ele, ainda com os equipamentos no corpo, tenha parado no caminho. Joesley e Wesley o esperavam no Bierfass Gilberto Salomão, restaurante ali mesmo no Lago Sul. Francisco tomou uísque e chope para se acalmar, mas passou a noite em claro. Só no dia seguinte, entregou aos investigadores a gravação que ajudaria colocar na cadeia Angelo Vilella e Willer Tomaz, os únicos ainda presos em decorrência das denúncias dos executivos da JBS. Da prisão, os dois se dizem vítima de armação.
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Marchand se 'veste de periferia' para caçar novos talentos em São Paulo
NATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO Quando morou em Londres de 2000 a 2012, João Correia, 38, ficou de olho em Stik, grafiteiro conhecido por suas figuras brancas compridas com braços e pernas em formato palitinho. "Ele desenhava em tapumes de obras. Recomendava a conhecidos que recolhessem os pedaços antes de virarem lixo", conta o marchand (negociante de obras de arte). Comercializou uma peça dele de 50 cm por 80 cm por £ 3.000 (R$ 17,3 mil). Ver essa mágica da transformação do valor de uma peça é um dos prazeres do paulistano que cobra até R$ 600 por hora de consultoria. O seu retorno financeiro representa, em média, 10% do valor da compra feita pelo cliente —que pode atingir R$ 60 mil, por exemplo. Há 22 anos no mercado de arte, João frequenta bienais, museus e galerias ao redor do mundo para garimpar. Mas é a rua um dos seus maiores campos para caçar talentos. Além de considerar o recente boom da street art, ele elenca apelo emocional, discurso e diferencial estético como indicadores de sucesso. De volta a São Paulo há três anos, João tem se interessado pela cena da periferia, principalmente a pichação, que considera uma manifestação cultural brasileira autêntica. Alia o diferencial ao contexto político, que tem colocado uma arte ativista em pauta. "Por que a Bienal de Berlim está interessada na pichação e aqui esse tipo de expressão é visto como sujeira?", indaga. Ao menos uma vez por semana, ele bate perna por quebradas de São Paulo, como Jardim Jangadeiro e Paraisópolis. "Tiro a fantasia de marchand e me visto de periferia", diz em seu apartamento no Itaim. Isso significa substituir o jeans de marca, a camisa e o mocassim por moletom, camiseta de rap e tênis batido. Ele, que vê o próprio trabalho como uma "caça armada", se mune de um questionário: a obra é relevante? Representa o nosso tempo? O artista se arrisca de alguma maneira? O pichador Cripta Djan —do grupo que invadiu a Bienal de São Paulo em 2010—, passou pelo crivo. João conheceu o artista de Osasco em 2012. "A obra dele não tinha valor. Era inclusive depreciada, vista como vandalismo", conta. A aposta na identidade visual elaborada e no discurso rendeu. Hoje, chegam a pagar € 4.500 (cerca de R$ 18,4 mil), além do frete, por uma peça de Djan. "Há fila de espera", fala orgulhoso. Para João, a construção dessa "estética do picho" tem a ver com educar o público. "O meu trabalho é apresentar a arte de uma forma diferente, tirá-la de um contexto e levar para outro, sofisticado." A investigação desse cenário também será abordada no documentário "Como Nasce um Artista", que João está produzindo enquanto coordena um grupo de discussão de arte contemporânea e dá palestras sobre arte e negócios. "[Ao tomar essas iniciativas] Eu me vejo como um marchand e um 'problem solver'", conclui. - ENTÃO É NATAL A tradicional árvore de Natal em frente ao parque Ibirapuera (zona sul) já começou a ser montada. Por enquanto, a SPTuris mantém em segredo tanto detalhes da estrutura, por exemplo, a altura, como de quem pagará a conta. Uma comissão ainda analisa como será a decoração em outros pontos da capital paulista. - MULHERES NA DIREÇÃO Ex-atleta de três modalidades (ginástica artística, aeróbica e trampolim), Ana Paula Adami é a nova diretora-executiva de alto rendimento do Esporte Clube Pinheiros. A educadora física, que também preside o Instituto Vida Ideal —formador de atletas de baixa renda—, é a primeira mulher a assumir o cargo em 116 anos. - LEITURA EM CENA Grátis, o ciclo de leituras dramáticas criado pela atriz Maria Fernanda Cândido na Casa do Saber segue em 2016. A partir de janeiro, sempre no último sábado do mês, atores serão dirigidos por nomes como Elias Andreato. Na última sessão de 2015 (28/11), o texto "Trótksi no Exílio", de Peter Weiss, é conduzido por Oswaldo Mendes. - QUALQUER NÚMERO 2.000 quilos de alimentos, em média, são descartados nos três dias principais do GP Brasil de F-1, segundo Cláudia Troncoso, 53. Ela é coordenadora da Associação Brasileira de Redistribuição de Excedentes, que liga o evento a até 35 entidades beneficiárias. A maior parte dos restos são frutas, pães, bolos e congelados, e o total que os três voluntários carregam sofre variáveis: "se fizer frio, sobra mais água e refrigerante; se o melhor brasileiro deixar da prova, o público sai e resta mais comida", diz Cláudia. A entidade planeja lançar um aplicativo de doações em 2016. Saiba mais em www.abre-excedente.org.br.
saopaulo
Marchand se 'veste de periferia' para caçar novos talentos em São PauloNATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO Quando morou em Londres de 2000 a 2012, João Correia, 38, ficou de olho em Stik, grafiteiro conhecido por suas figuras brancas compridas com braços e pernas em formato palitinho. "Ele desenhava em tapumes de obras. Recomendava a conhecidos que recolhessem os pedaços antes de virarem lixo", conta o marchand (negociante de obras de arte). Comercializou uma peça dele de 50 cm por 80 cm por £ 3.000 (R$ 17,3 mil). Ver essa mágica da transformação do valor de uma peça é um dos prazeres do paulistano que cobra até R$ 600 por hora de consultoria. O seu retorno financeiro representa, em média, 10% do valor da compra feita pelo cliente —que pode atingir R$ 60 mil, por exemplo. Há 22 anos no mercado de arte, João frequenta bienais, museus e galerias ao redor do mundo para garimpar. Mas é a rua um dos seus maiores campos para caçar talentos. Além de considerar o recente boom da street art, ele elenca apelo emocional, discurso e diferencial estético como indicadores de sucesso. De volta a São Paulo há três anos, João tem se interessado pela cena da periferia, principalmente a pichação, que considera uma manifestação cultural brasileira autêntica. Alia o diferencial ao contexto político, que tem colocado uma arte ativista em pauta. "Por que a Bienal de Berlim está interessada na pichação e aqui esse tipo de expressão é visto como sujeira?", indaga. Ao menos uma vez por semana, ele bate perna por quebradas de São Paulo, como Jardim Jangadeiro e Paraisópolis. "Tiro a fantasia de marchand e me visto de periferia", diz em seu apartamento no Itaim. Isso significa substituir o jeans de marca, a camisa e o mocassim por moletom, camiseta de rap e tênis batido. Ele, que vê o próprio trabalho como uma "caça armada", se mune de um questionário: a obra é relevante? Representa o nosso tempo? O artista se arrisca de alguma maneira? O pichador Cripta Djan —do grupo que invadiu a Bienal de São Paulo em 2010—, passou pelo crivo. João conheceu o artista de Osasco em 2012. "A obra dele não tinha valor. Era inclusive depreciada, vista como vandalismo", conta. A aposta na identidade visual elaborada e no discurso rendeu. Hoje, chegam a pagar € 4.500 (cerca de R$ 18,4 mil), além do frete, por uma peça de Djan. "Há fila de espera", fala orgulhoso. Para João, a construção dessa "estética do picho" tem a ver com educar o público. "O meu trabalho é apresentar a arte de uma forma diferente, tirá-la de um contexto e levar para outro, sofisticado." A investigação desse cenário também será abordada no documentário "Como Nasce um Artista", que João está produzindo enquanto coordena um grupo de discussão de arte contemporânea e dá palestras sobre arte e negócios. "[Ao tomar essas iniciativas] Eu me vejo como um marchand e um 'problem solver'", conclui. - ENTÃO É NATAL A tradicional árvore de Natal em frente ao parque Ibirapuera (zona sul) já começou a ser montada. Por enquanto, a SPTuris mantém em segredo tanto detalhes da estrutura, por exemplo, a altura, como de quem pagará a conta. Uma comissão ainda analisa como será a decoração em outros pontos da capital paulista. - MULHERES NA DIREÇÃO Ex-atleta de três modalidades (ginástica artística, aeróbica e trampolim), Ana Paula Adami é a nova diretora-executiva de alto rendimento do Esporte Clube Pinheiros. A educadora física, que também preside o Instituto Vida Ideal —formador de atletas de baixa renda—, é a primeira mulher a assumir o cargo em 116 anos. - LEITURA EM CENA Grátis, o ciclo de leituras dramáticas criado pela atriz Maria Fernanda Cândido na Casa do Saber segue em 2016. A partir de janeiro, sempre no último sábado do mês, atores serão dirigidos por nomes como Elias Andreato. Na última sessão de 2015 (28/11), o texto "Trótksi no Exílio", de Peter Weiss, é conduzido por Oswaldo Mendes. - QUALQUER NÚMERO 2.000 quilos de alimentos, em média, são descartados nos três dias principais do GP Brasil de F-1, segundo Cláudia Troncoso, 53. Ela é coordenadora da Associação Brasileira de Redistribuição de Excedentes, que liga o evento a até 35 entidades beneficiárias. A maior parte dos restos são frutas, pães, bolos e congelados, e o total que os três voluntários carregam sofre variáveis: "se fizer frio, sobra mais água e refrigerante; se o melhor brasileiro deixar da prova, o público sai e resta mais comida", diz Cláudia. A entidade planeja lançar um aplicativo de doações em 2016. Saiba mais em www.abre-excedente.org.br.
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Duas pessoas morrem em tiroteio na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio
Marcos Vinícius Santos, 11, e um adolescente, 17, ainda não identificados, morreram atingidos por uma série de disparos ocorridos na noite desta quarta (23), na favela Cidade de Deus, zona oeste do Rio. Outras duas pessoas, sendo uma delas uma criança de nove anos, também foram baleadas e estão internadas. A polícia apura se um grupo de milicianos tentou invadir a favela. A Cidade de Deus ficou conhecida no Brasil e no exterior após o filme homônimo lançado em 2002 pelo cineasta Fernando Meirelles. A comunidade está ocupada por uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) desde 2009. De acordo com testemunhas, por volta das 20h, pelo menos três homens chegaram à favela fazendo uma série de disparos. Houve correria entre os moradores que estavam nas ruas. Marcos Vinícius da Costa, que ajudava o pai numa barraca vendendo frutas foi baleado no peito quando corria. "Perdi metade de mim. Mataram uma criança, um anjo", disse o pai, o feirante Marcos Santos, em entrevista à TV Globo. O menino trabalhava com o pai e cursava o 3º ano do ensino fundamental. Um outro menor, 17, também morreu. Juciara da Costa, 42, e Joaquim Cândido da Silva, 9, foram baleados e estão internados no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Os policiais da UPP chegaram ao local dos disparos após a saída do trio. Ninguém foi preso. O Comando da PM enviou à Cidade de Deus equipes do Batalhão de Choque para policiar o local. Revoltados com a situação, os moradores foram para as ruas e colocaram fogo em lixo que estava espalhado nas calçadas. Duas vias foram fechadas por cerca de 3h e só foi desobstruída com a chegada dos PMs.
cotidiano
Duas pessoas morrem em tiroteio na Cidade de Deus, na zona oeste do RioMarcos Vinícius Santos, 11, e um adolescente, 17, ainda não identificados, morreram atingidos por uma série de disparos ocorridos na noite desta quarta (23), na favela Cidade de Deus, zona oeste do Rio. Outras duas pessoas, sendo uma delas uma criança de nove anos, também foram baleadas e estão internadas. A polícia apura se um grupo de milicianos tentou invadir a favela. A Cidade de Deus ficou conhecida no Brasil e no exterior após o filme homônimo lançado em 2002 pelo cineasta Fernando Meirelles. A comunidade está ocupada por uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) desde 2009. De acordo com testemunhas, por volta das 20h, pelo menos três homens chegaram à favela fazendo uma série de disparos. Houve correria entre os moradores que estavam nas ruas. Marcos Vinícius da Costa, que ajudava o pai numa barraca vendendo frutas foi baleado no peito quando corria. "Perdi metade de mim. Mataram uma criança, um anjo", disse o pai, o feirante Marcos Santos, em entrevista à TV Globo. O menino trabalhava com o pai e cursava o 3º ano do ensino fundamental. Um outro menor, 17, também morreu. Juciara da Costa, 42, e Joaquim Cândido da Silva, 9, foram baleados e estão internados no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Os policiais da UPP chegaram ao local dos disparos após a saída do trio. Ninguém foi preso. O Comando da PM enviou à Cidade de Deus equipes do Batalhão de Choque para policiar o local. Revoltados com a situação, os moradores foram para as ruas e colocaram fogo em lixo que estava espalhado nas calçadas. Duas vias foram fechadas por cerca de 3h e só foi desobstruída com a chegada dos PMs.
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Na Argentina, Temer minimiza derrotas do PMDB em SP e no RJ
LUCIANA DYNIEWICZ DE BUENOS AIRES Após seu partido perder as eleições na duas maiores cidades do país, o presidente Michel Temer minimizou a derrota e destacou que o PMDB quase conseguiu manter o número de prefeituras -em 2012 foram 1.017 e, neste ano, 944. Temer também se desassociou das perdas em São Paulo e no Rio de Janeiro –dizendo que não participou da campanha de nenhum político– e frisou que é preciso "festejar" a democracia exercida no domingo (2). "Não saí da sala da Presidência da República [para fazer campanha]. Não gravei um vídeo", disse em Buenos Aires, onde chegou na manhã desta segunda (3) para se reunir com seu par argentino, Mauricio Macri. De acordo com Temer, ele não apoiou ninguém publicamente porque sua base parlamentar é ampla, com candidatos de diferentes partidos em cada cidade. No segundo turno, adotará a mesma postura, afirmou. Em relação à alta taxa de ausência e de votos nulos em todo o país, Temer admitiu que há uma decepção popular com a classe política e que os partidos precisam "reformular eventuais costumes inadequados" após o recado das urnas. O dirigente lembrou o caso do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), que venceu no primeiro turno com 53,3% e que destacava, em sua campanha, não ser político e, sim, empresário. "Isso deve ter auxiliado nos votos que ele obteve." Antes de partir para Assunção, já no aeroporto, o presidente acrescentou que o resultado das eleições foi positivo para o governo. "Os partidos da base tiveram uma vitória esplêndida em capitais e em municípios de todo o Brasil e isso fortalece a nossa base parlamentar, especialmente agora que temos de aprovar algo fundamental para a recuperação do emprego que é a proposta de emenda constitucional sobre teto nos gastos." Durante a entrevista coletiva que concedeu ao lado de Macri, ele já havia ressaltado que o projeto que limita o incremento do orçamento de acordo com a inflação dará credibilidade à economia do país. "Essa credibilidade gera a confiança que trará investimentos. Você só combate o desemprego investindo, e quem investe é a iniciativa privada. No Brasil, temos dito que o governo não pode fazer tudo. Se for assim, o poder publico contrataria milhões e milhões de servidores, como parece que aconteceu na Argentina, e teria solucionado [a crise]". A afirmação de Temer foi uma referência ao trabalho da antecessora de Macri, Cristina Kirchner (2007-2015). O atual mandatário argentino afirma que Kirchner contratou milhares de servidores públicos que não tinham função. Assim que assumiu, em dezembro do ano passado, Macri mandou que o contrato de cerca de 20 mil deles fosse revisto. PROTESTOS Sobre ter votado em um horário diferente do anunciado por sua equipe, Temer disse que não fugiu de protestos, mas que teve que comparecer a um compromisso. "A imprensa estava toda lá e registrou. Agora, se havia protestos mais tarde e eu evitei, tanto melhor para mim e para a democracia." Cerca de 40 brasileiros se manifestaram contra o mandatário, nesta segunda, diante da Quinta de Olivos, a residência oficial da Presidência, onde ocorreu o encontro com Macri. Temer frisou não se incomodar com os atos e que eles são naturais na democracia.
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Na Argentina, Temer minimiza derrotas do PMDB em SP e no RJLUCIANA DYNIEWICZ DE BUENOS AIRES Após seu partido perder as eleições na duas maiores cidades do país, o presidente Michel Temer minimizou a derrota e destacou que o PMDB quase conseguiu manter o número de prefeituras -em 2012 foram 1.017 e, neste ano, 944. Temer também se desassociou das perdas em São Paulo e no Rio de Janeiro –dizendo que não participou da campanha de nenhum político– e frisou que é preciso "festejar" a democracia exercida no domingo (2). "Não saí da sala da Presidência da República [para fazer campanha]. Não gravei um vídeo", disse em Buenos Aires, onde chegou na manhã desta segunda (3) para se reunir com seu par argentino, Mauricio Macri. De acordo com Temer, ele não apoiou ninguém publicamente porque sua base parlamentar é ampla, com candidatos de diferentes partidos em cada cidade. No segundo turno, adotará a mesma postura, afirmou. Em relação à alta taxa de ausência e de votos nulos em todo o país, Temer admitiu que há uma decepção popular com a classe política e que os partidos precisam "reformular eventuais costumes inadequados" após o recado das urnas. O dirigente lembrou o caso do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), que venceu no primeiro turno com 53,3% e que destacava, em sua campanha, não ser político e, sim, empresário. "Isso deve ter auxiliado nos votos que ele obteve." Antes de partir para Assunção, já no aeroporto, o presidente acrescentou que o resultado das eleições foi positivo para o governo. "Os partidos da base tiveram uma vitória esplêndida em capitais e em municípios de todo o Brasil e isso fortalece a nossa base parlamentar, especialmente agora que temos de aprovar algo fundamental para a recuperação do emprego que é a proposta de emenda constitucional sobre teto nos gastos." Durante a entrevista coletiva que concedeu ao lado de Macri, ele já havia ressaltado que o projeto que limita o incremento do orçamento de acordo com a inflação dará credibilidade à economia do país. "Essa credibilidade gera a confiança que trará investimentos. Você só combate o desemprego investindo, e quem investe é a iniciativa privada. No Brasil, temos dito que o governo não pode fazer tudo. Se for assim, o poder publico contrataria milhões e milhões de servidores, como parece que aconteceu na Argentina, e teria solucionado [a crise]". A afirmação de Temer foi uma referência ao trabalho da antecessora de Macri, Cristina Kirchner (2007-2015). O atual mandatário argentino afirma que Kirchner contratou milhares de servidores públicos que não tinham função. Assim que assumiu, em dezembro do ano passado, Macri mandou que o contrato de cerca de 20 mil deles fosse revisto. PROTESTOS Sobre ter votado em um horário diferente do anunciado por sua equipe, Temer disse que não fugiu de protestos, mas que teve que comparecer a um compromisso. "A imprensa estava toda lá e registrou. Agora, se havia protestos mais tarde e eu evitei, tanto melhor para mim e para a democracia." Cerca de 40 brasileiros se manifestaram contra o mandatário, nesta segunda, diante da Quinta de Olivos, a residência oficial da Presidência, onde ocorreu o encontro com Macri. Temer frisou não se incomodar com os atos e que eles são naturais na democracia.
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Situação de desigualdade é, no mínimo, revoltante, afirma leitora
Uma lei deveria ser criada para as grandes propriedades agrícolas reservarem uma porcentagem de sua produção para as famílias carentes da região. A situação mostrada na reportagem Terra de contrastes é, no mínimo, revoltante. LILIAN KOTUJANSKY FORTE (São Paulo, SP) * Limítrofes, uma área produz 12 mil toneladas de milho por safra, e, em outra, famílias plantam mandioca para comer e vender o que sobra. Que país é esse? EDILSON VIRGÍLIO DA CRUZ (Bastos, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Situação de desigualdade é, no mínimo, revoltante, afirma leitoraUma lei deveria ser criada para as grandes propriedades agrícolas reservarem uma porcentagem de sua produção para as famílias carentes da região. A situação mostrada na reportagem Terra de contrastes é, no mínimo, revoltante. LILIAN KOTUJANSKY FORTE (São Paulo, SP) * Limítrofes, uma área produz 12 mil toneladas de milho por safra, e, em outra, famílias plantam mandioca para comer e vender o que sobra. Que país é esse? EDILSON VIRGÍLIO DA CRUZ (Bastos, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Aposta feita no interior do Paraná leva R$ 46 milhões na Mega-Sena
Uma aposta feita na cidade de Toledo (PR) acertou as seis dezenas do concurso 1.694 da Mega-Sena e levou o prêmio de R$ 46.904.093,93. As dezenas sorteadas na noite deste sábado (11), em São Lourenço do Sul (RS), foram: 20- 29 - 34 - 37 - 45 - 57. Além do prêmio principal, outras 348 pessoas fizeram a quina e ganharam R$ 14.457,94. Outras 10.854 pessoas fizeram a quadra e ganharam R$ 662,21. A estimativa da Caixa Econômica Federal é que o prêmio do próximo concurso chegue a R$ 25 milhões. O sorteio vai ser realizado na quarta-feira (15). A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima -de seis número- custa R$ 2,50. Acompanhe o resultados das loterias
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Aposta feita no interior do Paraná leva R$ 46 milhões na Mega-SenaUma aposta feita na cidade de Toledo (PR) acertou as seis dezenas do concurso 1.694 da Mega-Sena e levou o prêmio de R$ 46.904.093,93. As dezenas sorteadas na noite deste sábado (11), em São Lourenço do Sul (RS), foram: 20- 29 - 34 - 37 - 45 - 57. Além do prêmio principal, outras 348 pessoas fizeram a quina e ganharam R$ 14.457,94. Outras 10.854 pessoas fizeram a quadra e ganharam R$ 662,21. A estimativa da Caixa Econômica Federal é que o prêmio do próximo concurso chegue a R$ 25 milhões. O sorteio vai ser realizado na quarta-feira (15). A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima -de seis número- custa R$ 2,50. Acompanhe o resultados das loterias
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Atingido por escândalo, conservador francês diz que mantém candidatura
O candidato conservador François Fillon anunciou na segunda-feira (6) que não irá abandonar a corrida presidencial francesa, a despeito do escândalo de corrupção pelo qual é investigado. O ex-premiê Fillon, do partido Republicanos, é acusado de empregar sua mulher para uma função pública que ela não exerceu. Fillon empregou também dois de seus filhos como advogados, segundo a mídia local. Ele se defendeu durante a tarde em uma entrevista coletiva, pedindo desculpas ao público francês por ter empregado familiares. O candidato insistiu, no entanto, que sua mulher de fato desempenhou a função de assistente parlamentar, pela qual foi paga por 15 anos. "Eu trabalhei por meu país sem jamais violar a lei", disse. O salário pago a sua mulher foi, segundo o conservador, "perfeitamente justificado" –em média, o equivalente a R$ 12 mil mensais. PERSPECTIVA Fillon afirmou que "uma nova campanha" começa agora, em meio às investigações, e que ele é vítima de uma perseguição política. Mas o conservador está perdendo terreno e, com a imagem danificada, deixa aos poucos de ser um dos favoritos para as eleições. O primeiro turno será em 23 de abril, com uma segunda rodada em 7 de maio. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira aponta que o segundo turno será disputado pelo centrista independente Emmanuel Macron e pela ultra-direitista Marine Le Pen, da Frente Nacional. Segundo essa sondagem, Macron venceria o pleito com 65% dos votos versus os 35% recebidos por Le Pen. Esses números são recebidos na França, no entanto, com bastante cautela. As perspectivas para o segundo turno já foram alteradas diversas vezes nas últimas semanas. Houve várias outras surpresas, incluindo a própria candidatura de Fillon, que derrotou o ex-presidente Nicolas Sarkozy nas primárias da direita.
mundo
Atingido por escândalo, conservador francês diz que mantém candidaturaO candidato conservador François Fillon anunciou na segunda-feira (6) que não irá abandonar a corrida presidencial francesa, a despeito do escândalo de corrupção pelo qual é investigado. O ex-premiê Fillon, do partido Republicanos, é acusado de empregar sua mulher para uma função pública que ela não exerceu. Fillon empregou também dois de seus filhos como advogados, segundo a mídia local. Ele se defendeu durante a tarde em uma entrevista coletiva, pedindo desculpas ao público francês por ter empregado familiares. O candidato insistiu, no entanto, que sua mulher de fato desempenhou a função de assistente parlamentar, pela qual foi paga por 15 anos. "Eu trabalhei por meu país sem jamais violar a lei", disse. O salário pago a sua mulher foi, segundo o conservador, "perfeitamente justificado" –em média, o equivalente a R$ 12 mil mensais. PERSPECTIVA Fillon afirmou que "uma nova campanha" começa agora, em meio às investigações, e que ele é vítima de uma perseguição política. Mas o conservador está perdendo terreno e, com a imagem danificada, deixa aos poucos de ser um dos favoritos para as eleições. O primeiro turno será em 23 de abril, com uma segunda rodada em 7 de maio. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira aponta que o segundo turno será disputado pelo centrista independente Emmanuel Macron e pela ultra-direitista Marine Le Pen, da Frente Nacional. Segundo essa sondagem, Macron venceria o pleito com 65% dos votos versus os 35% recebidos por Le Pen. Esses números são recebidos na França, no entanto, com bastante cautela. As perspectivas para o segundo turno já foram alteradas diversas vezes nas últimas semanas. Houve várias outras surpresas, incluindo a própria candidatura de Fillon, que derrotou o ex-presidente Nicolas Sarkozy nas primárias da direita.
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O plano perfeito
Fábio Carille prometeu na entrevista à margem do campo, instantes antes do apito inicial, que seu time manteria o estilo de jogo. Falou sobre ganhar a segunda bola no tiro de meta... Quantas vezes você ouviu a expressão "tiro de meta" na primeira entrevista da partida? Não é comum. Aos 15 minutos, Cássio chutou para o campo de ataque. Não era tiro de meta, mas cobrança de impedimento. Dá no mesmo. Jô ganhou de cabeça e correu para fazer o pivô, enquanto Rodriguinho se posicionava para a finalização. O gol foi como Fábio Carille descreveu. O Corinthians marcou 29 gols em 24 partidas neste ano, nove de bola parada. São 31%. Na saída do primeiro tempo, o atacante William Pottker queixou-se de a Ponte Preta não ganhar nunca a segunda bola, a que vem pelo alto, chutada pelo goleiro. Era parte do plano de jogo do Corinthians, não anulada pelo time da Ponte Preta. Gilson Kleina mudou sua equipe no segundo tempo. Piorou. Arthur é lateral ofensivo, substituto de Reinaldo, zagueiro improvisado do lado esquerdo. Renato Cajá tem qualidade de passe. Não apareceu. A média de passes certos da Ponte Preta no primeiro tempo era de 92%. Caiu para 77%. O pecado da primeira etapa era não transformar posse de bola em chance de gol. Na segunda etapa, nem a bola era bem tratada. Todo mundo sabe que este Corinthians não gosta da bola. Quer a precisão na transição da defesa para o ataque. Não se trata de velocidade, mas de certeza de que a bola chegará até a grande área rival para a finalização. Como no segundo gol. Contra-ataque puxado por Rodriguinho pela esquerda, sem pressa e com precisão. Passe exato para Jádson marcar 2 x 0. Rodriguinho é muito bom. O ideal seria que não precisasse ser o melhor jogador do time. Mas é. Como levou o terceiro cartão amarelo, o Corinthians sentirá muito a sua falta na semana que vem, especialmente porque se tornou o ponto de referência do meio-de-campo na ligação com o ataque. O Corinthians varia no sistema tático. Ora Rodriguinho está na mesma linha de Maycon. Em outros momentos, à frente dele, como meia de ligação, o meio-campista mais próximo de Jô. Foi o melhor em campo no clássico contra o São Paulo, no Morumbi, e de novo em Campinas. Dois gols e um passe para Jádson, camisa 77, número emblemático, no dia da reestreia do modelo de uniforme igual àquele da quebra do jejum, com gol de Basílio. O Corinthians seguiu entregando a bola à Ponte Preta. No primeiro tempo, 47% de posse de bola corintiana. No segundo, 46%. Se o adversário quer atacar, que ataque, mas sabendo que não conseguirá invadir a grande área de Cássio. Dos 14 gols sofridos pelo Corinthians neste ano, oito foram de bola parada e dois de fora da área. Somando o gol contra de Fágner, contra o Internacional, percebe-se como é difícil furar o bloqueio defensivo de Carille. Não diga que o Estadual não é parâmetro. Nada no Brasil é. Time que vai bem na Libertadores vai mal no Brasileiro e time que vai bem no Brasileiro não encaixa na Copa do Brasil. Importante é entender o que fez o Corinthians forte. E manter a força para ser campeão semana que vem. CENTENÁRIO O Corinthians completará 100 jogos na Arena Corinthians na semana que vem, na partida contra a Ponte Preta. Na festa, será campeão paulista pela 28ª vez na história. Até hoje, são 69 vitórias, 23 empates e 7 derrotas. Nenhuma vez perdeu por três gols de diferença. IGUAL A 2001 Das finais do Campeonato Paulista neste século, só houve três com dois grandes. A primeira com um "intruso" foi Botafogo-SP x Corinthians. Igual a este domingo. No primeiro jogo, o Corinthians ganhou por 3 a 0. Foi campeão com empate sem gols na segunda partida, no Morumbi.
colunas
O plano perfeitoFábio Carille prometeu na entrevista à margem do campo, instantes antes do apito inicial, que seu time manteria o estilo de jogo. Falou sobre ganhar a segunda bola no tiro de meta... Quantas vezes você ouviu a expressão "tiro de meta" na primeira entrevista da partida? Não é comum. Aos 15 minutos, Cássio chutou para o campo de ataque. Não era tiro de meta, mas cobrança de impedimento. Dá no mesmo. Jô ganhou de cabeça e correu para fazer o pivô, enquanto Rodriguinho se posicionava para a finalização. O gol foi como Fábio Carille descreveu. O Corinthians marcou 29 gols em 24 partidas neste ano, nove de bola parada. São 31%. Na saída do primeiro tempo, o atacante William Pottker queixou-se de a Ponte Preta não ganhar nunca a segunda bola, a que vem pelo alto, chutada pelo goleiro. Era parte do plano de jogo do Corinthians, não anulada pelo time da Ponte Preta. Gilson Kleina mudou sua equipe no segundo tempo. Piorou. Arthur é lateral ofensivo, substituto de Reinaldo, zagueiro improvisado do lado esquerdo. Renato Cajá tem qualidade de passe. Não apareceu. A média de passes certos da Ponte Preta no primeiro tempo era de 92%. Caiu para 77%. O pecado da primeira etapa era não transformar posse de bola em chance de gol. Na segunda etapa, nem a bola era bem tratada. Todo mundo sabe que este Corinthians não gosta da bola. Quer a precisão na transição da defesa para o ataque. Não se trata de velocidade, mas de certeza de que a bola chegará até a grande área rival para a finalização. Como no segundo gol. Contra-ataque puxado por Rodriguinho pela esquerda, sem pressa e com precisão. Passe exato para Jádson marcar 2 x 0. Rodriguinho é muito bom. O ideal seria que não precisasse ser o melhor jogador do time. Mas é. Como levou o terceiro cartão amarelo, o Corinthians sentirá muito a sua falta na semana que vem, especialmente porque se tornou o ponto de referência do meio-de-campo na ligação com o ataque. O Corinthians varia no sistema tático. Ora Rodriguinho está na mesma linha de Maycon. Em outros momentos, à frente dele, como meia de ligação, o meio-campista mais próximo de Jô. Foi o melhor em campo no clássico contra o São Paulo, no Morumbi, e de novo em Campinas. Dois gols e um passe para Jádson, camisa 77, número emblemático, no dia da reestreia do modelo de uniforme igual àquele da quebra do jejum, com gol de Basílio. O Corinthians seguiu entregando a bola à Ponte Preta. No primeiro tempo, 47% de posse de bola corintiana. No segundo, 46%. Se o adversário quer atacar, que ataque, mas sabendo que não conseguirá invadir a grande área de Cássio. Dos 14 gols sofridos pelo Corinthians neste ano, oito foram de bola parada e dois de fora da área. Somando o gol contra de Fágner, contra o Internacional, percebe-se como é difícil furar o bloqueio defensivo de Carille. Não diga que o Estadual não é parâmetro. Nada no Brasil é. Time que vai bem na Libertadores vai mal no Brasileiro e time que vai bem no Brasileiro não encaixa na Copa do Brasil. Importante é entender o que fez o Corinthians forte. E manter a força para ser campeão semana que vem. CENTENÁRIO O Corinthians completará 100 jogos na Arena Corinthians na semana que vem, na partida contra a Ponte Preta. Na festa, será campeão paulista pela 28ª vez na história. Até hoje, são 69 vitórias, 23 empates e 7 derrotas. Nenhuma vez perdeu por três gols de diferença. IGUAL A 2001 Das finais do Campeonato Paulista neste século, só houve três com dois grandes. A primeira com um "intruso" foi Botafogo-SP x Corinthians. Igual a este domingo. No primeiro jogo, o Corinthians ganhou por 3 a 0. Foi campeão com empate sem gols na segunda partida, no Morumbi.
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Prisão de cartolas da Fifa completa 100 dias; veja como está a situação de cada um dos indiciados
O ex-presidente da CBF José Maria Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos no dia 27 de maio pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção. A prisão dos dirigentes completa 100 dias nesta sexta-feira (4). Seis deles continuam detidos na Suíça. Veja abaixo como está a situação de cada um dos indiciados no caso. Ex-presidente da CBF, José Maria Marin continua preso na Suíça. Autoridades suíças devem decidir neste mês se vão extraditar o brasileiro para que seja julgado por corrupção nos Estados Unidos, conforme informou recentemente o porta-voz do Ministério da Justiça do país. Seus advogados tentam evitar a extradição. Uruguaio com naturalização americana e ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo continua preso na Suíça. Em junho, ele teve propriedades bloqueadas no Uruguai. Ex-presidente da Federação Costarriquenha de Futebol, Eduardo Li continua preso na Suíça. Ex-presidente da Federação Nicaraguense de Futebol, Julio Rocha continua preso na Suíça. No meio de agosto, ele concordou em ser extraditado para a Nicarágua, seu país natal. O caso, porém, ainda não teve definição. Ex-secretário-geral da Associação de Futebol das Ilhas Cayman e assessor de Jeffreys Webb, ex-presidente da Concacaf, o britânico Costas Takkas continua preso na Suíça. Ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel continua preso na Suíça. Ex-vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos em julho. Ele pagou fiança para permanecer em prisão domiciliar (num raio de, no máximo, 32 km de Brooklyn, em Nova York) até o seu julgamento, que deve ocorrer em outubro. Ex-presidente da Traffic EUA, braço americano da Traffic, do empresário brasileiro J. Hawilla, o americano Aaron Davidson está em prisão domiciliar em Miami. Principal controlador da empresa Torneos y Competencias, o argentino Alejandro Burzaco está em prisão domiciliar nos Estados Unidos. Em julho, ele se declarou inocente das acusações em escândalo da Fifa. Ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz está em prisão domiciliar em Assunção, no Paraguai. Ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner foi preso em Trinidad e Tobago, no fim de maio, mas pagou fiança e foi libertado. Ele deve, porém, se retratar regularmente às autoridades como condição de sua libertação. Os Estados Unidos já fizeram um pedido formal pela sua extradição, mas não tiveram sucesso. Argentino, pai de Mariano Jinkis e controlador da empresa Full Play S.A., Hugo Jinkis estava em prisão domiciliar, mas foi libertado na semana passada por um juiz argentino enquanto este examina o pedido de extradição dos Estados Unidos. Argentino, filho de Hugo Jinkis e controlador da empresa Full Play S.A., Mariano Jinkis estava em prisão domiciliar, mas foi libertado na semana passada por um juiz argentino enquanto este examina o pedido de extradição dos Estados Unidos. Controlador das empresas Valente Corp. e Somerton Ltd, envolvidas na transmissão de partidas de futebol, o brasileiro José Margulies continua na lista de procurados da Interpol.
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Prisão de cartolas da Fifa completa 100 dias; veja como está a situação de cada um dos indiciadosO ex-presidente da CBF José Maria Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos no dia 27 de maio pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção. A prisão dos dirigentes completa 100 dias nesta sexta-feira (4). Seis deles continuam detidos na Suíça. Veja abaixo como está a situação de cada um dos indiciados no caso. Ex-presidente da CBF, José Maria Marin continua preso na Suíça. Autoridades suíças devem decidir neste mês se vão extraditar o brasileiro para que seja julgado por corrupção nos Estados Unidos, conforme informou recentemente o porta-voz do Ministério da Justiça do país. Seus advogados tentam evitar a extradição. Uruguaio com naturalização americana e ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo continua preso na Suíça. Em junho, ele teve propriedades bloqueadas no Uruguai. Ex-presidente da Federação Costarriquenha de Futebol, Eduardo Li continua preso na Suíça. Ex-presidente da Federação Nicaraguense de Futebol, Julio Rocha continua preso na Suíça. No meio de agosto, ele concordou em ser extraditado para a Nicarágua, seu país natal. O caso, porém, ainda não teve definição. Ex-secretário-geral da Associação de Futebol das Ilhas Cayman e assessor de Jeffreys Webb, ex-presidente da Concacaf, o britânico Costas Takkas continua preso na Suíça. Ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel continua preso na Suíça. Ex-vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos em julho. Ele pagou fiança para permanecer em prisão domiciliar (num raio de, no máximo, 32 km de Brooklyn, em Nova York) até o seu julgamento, que deve ocorrer em outubro. Ex-presidente da Traffic EUA, braço americano da Traffic, do empresário brasileiro J. Hawilla, o americano Aaron Davidson está em prisão domiciliar em Miami. Principal controlador da empresa Torneos y Competencias, o argentino Alejandro Burzaco está em prisão domiciliar nos Estados Unidos. Em julho, ele se declarou inocente das acusações em escândalo da Fifa. Ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz está em prisão domiciliar em Assunção, no Paraguai. Ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner foi preso em Trinidad e Tobago, no fim de maio, mas pagou fiança e foi libertado. Ele deve, porém, se retratar regularmente às autoridades como condição de sua libertação. Os Estados Unidos já fizeram um pedido formal pela sua extradição, mas não tiveram sucesso. Argentino, pai de Mariano Jinkis e controlador da empresa Full Play S.A., Hugo Jinkis estava em prisão domiciliar, mas foi libertado na semana passada por um juiz argentino enquanto este examina o pedido de extradição dos Estados Unidos. Argentino, filho de Hugo Jinkis e controlador da empresa Full Play S.A., Mariano Jinkis estava em prisão domiciliar, mas foi libertado na semana passada por um juiz argentino enquanto este examina o pedido de extradição dos Estados Unidos. Controlador das empresas Valente Corp. e Somerton Ltd, envolvidas na transmissão de partidas de futebol, o brasileiro José Margulies continua na lista de procurados da Interpol.
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Turquia chama embaixador a Ancara em protesto contra Senado brasileiro
O governo da Turquia informou nesta segunda (8) que chamou de volta a Ancara o embaixador turco no Brasil para consultas. A decisão foi um protesto à moção aprovada pelo Senado brasileiro na terça passada (2) que reconheceu como genocídio a ação do Império Otomano contra os armênios durante a Primeira Guerra (1914-1918). Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Turquia, também o embaixador brasileiro em Ancara foi chamado a dar explicações no dia 3. "A decisão do Senado brasileiro distorce a realidade", disse o ministro turco em nota. Não é a primeira vez que a Turquia, Estado herdeiro dos otomanos, demonstra seu repúdio ao que diversos governos estrangeiros, além de acadêmicos, classificam como genocídio – estima-se que mais de 1 milhão de armênios cristãos tenham sido mortos na época. Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a decisão da Turquia é equivocada. "É uma decisão de quem não entende que há separação de poderes no Brasil. Não foi uma manifestação do governo, foi uma decisão do Senado." Ele avalia que a reação se deve ao uso do termo "genocídio". "Mas o fato é que ele é reconhecido como tal. Na Alemanha, por exemplo, o governo se pronunciou nesse sentido." O Itamaraty informou que só se pronunciaria sobre o caso na manhã de terça (9).
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Turquia chama embaixador a Ancara em protesto contra Senado brasileiroO governo da Turquia informou nesta segunda (8) que chamou de volta a Ancara o embaixador turco no Brasil para consultas. A decisão foi um protesto à moção aprovada pelo Senado brasileiro na terça passada (2) que reconheceu como genocídio a ação do Império Otomano contra os armênios durante a Primeira Guerra (1914-1918). Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Turquia, também o embaixador brasileiro em Ancara foi chamado a dar explicações no dia 3. "A decisão do Senado brasileiro distorce a realidade", disse o ministro turco em nota. Não é a primeira vez que a Turquia, Estado herdeiro dos otomanos, demonstra seu repúdio ao que diversos governos estrangeiros, além de acadêmicos, classificam como genocídio – estima-se que mais de 1 milhão de armênios cristãos tenham sido mortos na época. Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a decisão da Turquia é equivocada. "É uma decisão de quem não entende que há separação de poderes no Brasil. Não foi uma manifestação do governo, foi uma decisão do Senado." Ele avalia que a reação se deve ao uso do termo "genocídio". "Mas o fato é que ele é reconhecido como tal. Na Alemanha, por exemplo, o governo se pronunciou nesse sentido." O Itamaraty informou que só se pronunciaria sobre o caso na manhã de terça (9).
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PT irá processar delator da Operação Lava Jato, diz presidente do partido
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou nesta quarta-feira (11) que o partido irá processar o ex-gerente da Petrobras Pedro José Barusco Filho. Barusco declarou, em depoimento de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que o PT recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões provenientes de propina da petroleira. "Nós vamos fazer uma interpelação cível e criminal contra esse bandido Pedro José Barusco Filho", disse Falcão, na sede do diretório nacional do PT em São Paulo. O dirigente informou, ainda, que seu partido irá adotar a mesma postura com todos os que fizerem declarações "sem provas", o que seria, de acordo com ele, o caso. Rui Falcão reafirmou o que o PT tem declarado desde que apareceram as primeiras suspeitas de recebimento de propina: todas as doações recebidas pelo partido foram legais e declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Questionado se houve triangulação do dinheiro —empreiteiras conseguiam contratos com a Petrobras e, por isso, fariam doações legalmente ao partido—, Falcão afirmou que o partido não tem como saber se esse esquema acontecia. "A gente recebe [doações] de boa-fé", disse. "Como é que passa recibo para dinheiro de caixa dois?", finalizou. O partido também irá entrar com pedidos de sindicância no Ministério da Justiça pedindo que sejam investigados supostos vazamentos de informação por parte da Polícia Federal, subordinada à pasta. O PT também pedirá que haja uma apuração para descobrir, caso vazamentos de informação sejam comprovados, se eles foram seletivos —ou seja, se apenas dados negativos ao partido foram divulgados. Durante a entrevista, Falcão disse ainda que delegados envolvidos na Lava Jato quebraram o princípio da impessoalidade, ao manifestar-se a favor do então presidenciável tucano, senador Aécio Neves (MG), em redes sociais. O caso foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em novembro do ano passado. Os delegados também faziam críticas ao PT, à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Sobre as relações de petistas com o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque, que teria sido indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o presidente da sigla afirmou que eram apenas "relações sociais", sem ligação com recebimento de doações ao partido. Na quinta-feira (5) passada, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi conduzido à sede da PF em São Paulo para prestar esclarecimentos sobre, entre outros assuntos, suas relações com Duque. Ele confirmou que se encontrou com o ex-diretor no hotel Windsor, no Rio, mas disse que foram somente conversas sociais. Em outro trecho de seu depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-gerente Barusco narrou que Vaccari e Duque —seu ex-chefe na estatal— se encontraram não apenas no Windsor, o que o tesoureiro confirmou, mas também em um hotel de Santos (SP). Rui Falcão afirmou nesta quarta que o ex-gerente não foi indicado ao cargo pelo PT. "Quem indicou o Barusco, não sei", afirmou. "Não foi do PT." IMPEACHMENT O presidente nacional do PT também comentou as recentes movimentações a favor de um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff. A pedido de um advogado ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), o jurista Ives Gandra da Silva Martins elaborou um parecer afirmando que há base legal para o pedido na Câmara dos Deputados, informação revelada pela revista "Veja". De acordo com a publicação, o documento teria sido elaborado, originalmente, a pedido de uma das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato —a revista não revela qual. Em texto publicado na Folha na terça-feira (3) passada, Ives Gandra explica as razões por que acredita que há base legal para sustentar um impeachment. Após uma análise detalhada, ele diz que "à luz de raciocínio exclusivamente jurídico" o pedido é possível. "Não deixei, todavia, de esclarecer que o julgamento do impeachment pelo Congresso é mais político que jurídico", termina Ives Gandra. Para Rui Falcão, entretanto, não é possível mencionar a hipótese. "Não vejo nenhuma base jurídica nem política", afirmou. Ele classificou essas movimentações como "flertes com o golpismo". Em entrevista à Folha nesta terça-feira (10), o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves disse que "não é crime falar" sobre o assunto. "Desconhecer que há um sentimento de tamanha indignação na sociedade é desconhecer a realidade." No dia anterior, dois senadores —o líder tucano Cássio Cunha Lima (PB) e o petista Lindbergh Farias (RJ)— bateram boca em plenário por causa do tema.
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PT irá processar delator da Operação Lava Jato, diz presidente do partidoO presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou nesta quarta-feira (11) que o partido irá processar o ex-gerente da Petrobras Pedro José Barusco Filho. Barusco declarou, em depoimento de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que o PT recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões provenientes de propina da petroleira. "Nós vamos fazer uma interpelação cível e criminal contra esse bandido Pedro José Barusco Filho", disse Falcão, na sede do diretório nacional do PT em São Paulo. O dirigente informou, ainda, que seu partido irá adotar a mesma postura com todos os que fizerem declarações "sem provas", o que seria, de acordo com ele, o caso. Rui Falcão reafirmou o que o PT tem declarado desde que apareceram as primeiras suspeitas de recebimento de propina: todas as doações recebidas pelo partido foram legais e declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Questionado se houve triangulação do dinheiro —empreiteiras conseguiam contratos com a Petrobras e, por isso, fariam doações legalmente ao partido—, Falcão afirmou que o partido não tem como saber se esse esquema acontecia. "A gente recebe [doações] de boa-fé", disse. "Como é que passa recibo para dinheiro de caixa dois?", finalizou. O partido também irá entrar com pedidos de sindicância no Ministério da Justiça pedindo que sejam investigados supostos vazamentos de informação por parte da Polícia Federal, subordinada à pasta. O PT também pedirá que haja uma apuração para descobrir, caso vazamentos de informação sejam comprovados, se eles foram seletivos —ou seja, se apenas dados negativos ao partido foram divulgados. Durante a entrevista, Falcão disse ainda que delegados envolvidos na Lava Jato quebraram o princípio da impessoalidade, ao manifestar-se a favor do então presidenciável tucano, senador Aécio Neves (MG), em redes sociais. O caso foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em novembro do ano passado. Os delegados também faziam críticas ao PT, à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Sobre as relações de petistas com o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque, que teria sido indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o presidente da sigla afirmou que eram apenas "relações sociais", sem ligação com recebimento de doações ao partido. Na quinta-feira (5) passada, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi conduzido à sede da PF em São Paulo para prestar esclarecimentos sobre, entre outros assuntos, suas relações com Duque. Ele confirmou que se encontrou com o ex-diretor no hotel Windsor, no Rio, mas disse que foram somente conversas sociais. Em outro trecho de seu depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-gerente Barusco narrou que Vaccari e Duque —seu ex-chefe na estatal— se encontraram não apenas no Windsor, o que o tesoureiro confirmou, mas também em um hotel de Santos (SP). Rui Falcão afirmou nesta quarta que o ex-gerente não foi indicado ao cargo pelo PT. "Quem indicou o Barusco, não sei", afirmou. "Não foi do PT." IMPEACHMENT O presidente nacional do PT também comentou as recentes movimentações a favor de um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff. A pedido de um advogado ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), o jurista Ives Gandra da Silva Martins elaborou um parecer afirmando que há base legal para o pedido na Câmara dos Deputados, informação revelada pela revista "Veja". De acordo com a publicação, o documento teria sido elaborado, originalmente, a pedido de uma das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato —a revista não revela qual. Em texto publicado na Folha na terça-feira (3) passada, Ives Gandra explica as razões por que acredita que há base legal para sustentar um impeachment. Após uma análise detalhada, ele diz que "à luz de raciocínio exclusivamente jurídico" o pedido é possível. "Não deixei, todavia, de esclarecer que o julgamento do impeachment pelo Congresso é mais político que jurídico", termina Ives Gandra. Para Rui Falcão, entretanto, não é possível mencionar a hipótese. "Não vejo nenhuma base jurídica nem política", afirmou. Ele classificou essas movimentações como "flertes com o golpismo". Em entrevista à Folha nesta terça-feira (10), o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves disse que "não é crime falar" sobre o assunto. "Desconhecer que há um sentimento de tamanha indignação na sociedade é desconhecer a realidade." No dia anterior, dois senadores —o líder tucano Cássio Cunha Lima (PB) e o petista Lindbergh Farias (RJ)— bateram boca em plenário por causa do tema.
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Com gol de brasileiro, Porto consegue empate com o Basel na Suíça
Na Suíça, o Porto conseguiu um importante resultado no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões. Contra o Basel, os portugueses saíram atrás no placar, mas empataram em 1 a 1. O atacante paraguaio González, na etapa inicial, abriu o placar para os suíços. O lateral brasileiro Danilo, na segundo tempo, deixou tudo igual em cobrança de pênalti. O duelo de volta está marcado para o dia 10 de março. A partida acontecerá em Porto, no estádio do Dragão, e definirá quem alcançará as quartas de final.
esporte
Com gol de brasileiro, Porto consegue empate com o Basel na SuíçaNa Suíça, o Porto conseguiu um importante resultado no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões. Contra o Basel, os portugueses saíram atrás no placar, mas empataram em 1 a 1. O atacante paraguaio González, na etapa inicial, abriu o placar para os suíços. O lateral brasileiro Danilo, na segundo tempo, deixou tudo igual em cobrança de pênalti. O duelo de volta está marcado para o dia 10 de março. A partida acontecerá em Porto, no estádio do Dragão, e definirá quem alcançará as quartas de final.
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Hoje na TV: Cruzeiro x Corinthians, pela semifinal da Copa São Paulo
17h30 Hamburgo x Bayern de Munique Alemão, ESPN Brasil 17h30 Sporting Gijón x Real Sociedad Espanhol, ESPN+ 17h30  Salernitana x Bresciao Italiano, Série B, Bandsports 17h45 Aberdeen x Dundee FC Escocês, Fox Sports 2 19h30 Cruzeiro x Corinthians Copa São Paulo, TV Brasil, ESPN Brasil, SporTV 20h Judô Grand Prix, ESPN+, EI MAXX 2, SporTV 2 20h45 Bauru x Marinos de Anzoátegui Basquete, Liga das Américas, SporTV 3 21h45 Flamengo x América-MG Copa São Paulo, TV Brasil, ESPN Brasil, SporTV 22h Aberto da Austrália Tênis, ESPN 23h Toronto Raptors x Miami Heat Basquete, NBA, ESPN+
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Hoje na TV: Cruzeiro x Corinthians, pela semifinal da Copa São Paulo17h30 Hamburgo x Bayern de Munique Alemão, ESPN Brasil 17h30 Sporting Gijón x Real Sociedad Espanhol, ESPN+ 17h30  Salernitana x Bresciao Italiano, Série B, Bandsports 17h45 Aberdeen x Dundee FC Escocês, Fox Sports 2 19h30 Cruzeiro x Corinthians Copa São Paulo, TV Brasil, ESPN Brasil, SporTV 20h Judô Grand Prix, ESPN+, EI MAXX 2, SporTV 2 20h45 Bauru x Marinos de Anzoátegui Basquete, Liga das Américas, SporTV 3 21h45 Flamengo x América-MG Copa São Paulo, TV Brasil, ESPN Brasil, SporTV 22h Aberto da Austrália Tênis, ESPN 23h Toronto Raptors x Miami Heat Basquete, NBA, ESPN+
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O sonho impossível da Europa
Há um pouco de uma calmaria nas notícias da Europa, mas a situação que se segue é tão terrível como antes. A Grécia está enfrentando uma queda pior do que a Grande Depressão, e nada do que está acontecendo agora oferece esperança de recuperação. A Espanha tem sido aclamada como uma história de sucesso, porque sua economia está finalmente crescendo –mas ainda tem 22% de desemprego. E há um arco de estagnação na parte superior do continente: a Finlândia está enfrentando uma depressão comparável à do sul da Europa, e a Dinamarca e a Holanda também estão indo muito mal. Como é que as coisas deram tão errado? A resposta é que isso acontece quando políticos autoindulgentes ignoram a aritmética e as lições da História. E não, eu não estou falando de esquerdistas na Grécia ou em outro lugar; estou falando de homens ultra respeitáveis em Berlim, Paris e Bruxelas, que passaram um quarto de século a tentar administrar a Europa com base em uma economia de fantasia. Para alguém que não sabe muito de economia, ou optou por ignorar perguntas embaraçosas, estabelecer uma moeda unificada soou como uma grande ideia. Tornaria os negócios além das fronteiras nacionais mais fáceis, enquanto serviria como um poderoso símbolo de unidade. Quem poderia ter previsto os enormes problemas que o euro acabaria por causar? Na verdade, muita gente. Em janeiro de 2010 dois economistas europeus publicaram um artigo intitulado "Não pode acontecer, é uma má ideia, não vai durar", zombando de economistas americanos que haviam alertado que o euro iria causar grandes problemas. Como se viu, o artigo foi um clássico acidental: no exato momento em que estava sendo escrito, todas aquelas terríveis advertências estavam em vias de serem justificadas. E o hall da vergonha em que se queria botar o artigo –a longa lista de economistas citados pelo estúpido pessimismo-tornou-se, em vez disso, uma espécie de quadro de honra, um "quem é quem" dos que mais ou menos acertaram. O único grande erro dos eurocéticos era subestimar o tamanho do dano que a moeda única causaria. O ponto é que ele não era de todo difícil de ver, desde o início, que uma união monetária sem uma união política era um projeto muito duvidoso. Então, por que a Europa foi em frente com isso? Principalmente, eu diria, porque a ideia do euro soou muito boa. Ou seja, soou inovadora, de espírito Europeu, exatamente o tipo de coisa que apelam as pessoas que dão discursos em Davos. Tais pessoas não queriam economistas "nerds" dizendo que a sua visão glamourosa era uma má ideia. Na verdade, dentro de elite da Europa tornou-se rapidamente muito difícil levantar objeções ao projeto da moeda. Lembro-me muito bem da atmosfera do início dos anos 1990: quem questionava a conveniência de o euro era efetivamente excluído da discussão. Além disso, se você fosse um americano que expressasse dúvidas você era invariavelmente acusado de segundas intenções –de ser hostil à Europa, ou de desejar preservar o "privilégio exorbitante" do dólar. E o euro veio. Por uma década após a sua introdução uma enorme bolha financeira mascarou seus problemas subjacentes. Mas agora, como eu disse, todos os medos dos céticos têm sido justificados. Além disso, a história não termina aí. Quando as tensões previstas e previsíveis em relação ao euro começaram, a resposta política da Europa foi impor austeridade draconiana aos países devedores –e negar a lógica simples e a evidência histórica que indicava que tais políticas iriam infligir danos econômicos terríveis e não conseguiriam alcançar a redução da dívida prometida. É impressionante, mesmo agora, como altos funcionários europeus alegremente ignoraram avisos de que cortar os gastos do governo e aumentar os impostos causaria profundas recessões, como eles insistiram que tudo ficaria bem, porque a disciplina fiscal inspiraria confiança (isso não aconteceu). A verdade é que tentar lidar com grandes dívidas por meio apenas de austeridade –em particular, ao perseguir simultaneamente uma política dura em relação ao dinheiro– nunca funcionou. Não funcionou para a Grã-Bretanha após a Primeira Guerra Mundial, apesar de imensos sacrifícios; por que alguém iria esperar que funcionasse para a Grécia? O que a Europa deveria fazer agora? Não há boas respostas –mas a razão pela qual não há boas respostas é que o euro se transformou em uma armadilha da qual é difícil escapar. Se a Grécia ainda tivesse a sua própria moeda, o caso de desvalorizá-la, melhorando a competitividade grega e acabando com a deflação, seria irresistível. O fato de que a Grécia já não tem uma moeda, que teria que criá-la a partir do zero, aumenta muito os riscos. Meu palpite é que a saída do euro ainda será necessária. E, de qualquer forma, será essencial para amortizar a maior parte da dívida da Grécia. No entanto, nós não estamos tendo uma discussão clara sobre essas opções, porque discurso europeu ainda é dominado por ideias que a elite do continente gostaria que fossem verdadeiras, mas não são. E a Europa está pagando um preço terrível por esta autoindulgência monstruosa. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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O sonho impossível da EuropaHá um pouco de uma calmaria nas notícias da Europa, mas a situação que se segue é tão terrível como antes. A Grécia está enfrentando uma queda pior do que a Grande Depressão, e nada do que está acontecendo agora oferece esperança de recuperação. A Espanha tem sido aclamada como uma história de sucesso, porque sua economia está finalmente crescendo –mas ainda tem 22% de desemprego. E há um arco de estagnação na parte superior do continente: a Finlândia está enfrentando uma depressão comparável à do sul da Europa, e a Dinamarca e a Holanda também estão indo muito mal. Como é que as coisas deram tão errado? A resposta é que isso acontece quando políticos autoindulgentes ignoram a aritmética e as lições da História. E não, eu não estou falando de esquerdistas na Grécia ou em outro lugar; estou falando de homens ultra respeitáveis em Berlim, Paris e Bruxelas, que passaram um quarto de século a tentar administrar a Europa com base em uma economia de fantasia. Para alguém que não sabe muito de economia, ou optou por ignorar perguntas embaraçosas, estabelecer uma moeda unificada soou como uma grande ideia. Tornaria os negócios além das fronteiras nacionais mais fáceis, enquanto serviria como um poderoso símbolo de unidade. Quem poderia ter previsto os enormes problemas que o euro acabaria por causar? Na verdade, muita gente. Em janeiro de 2010 dois economistas europeus publicaram um artigo intitulado "Não pode acontecer, é uma má ideia, não vai durar", zombando de economistas americanos que haviam alertado que o euro iria causar grandes problemas. Como se viu, o artigo foi um clássico acidental: no exato momento em que estava sendo escrito, todas aquelas terríveis advertências estavam em vias de serem justificadas. E o hall da vergonha em que se queria botar o artigo –a longa lista de economistas citados pelo estúpido pessimismo-tornou-se, em vez disso, uma espécie de quadro de honra, um "quem é quem" dos que mais ou menos acertaram. O único grande erro dos eurocéticos era subestimar o tamanho do dano que a moeda única causaria. O ponto é que ele não era de todo difícil de ver, desde o início, que uma união monetária sem uma união política era um projeto muito duvidoso. Então, por que a Europa foi em frente com isso? Principalmente, eu diria, porque a ideia do euro soou muito boa. Ou seja, soou inovadora, de espírito Europeu, exatamente o tipo de coisa que apelam as pessoas que dão discursos em Davos. Tais pessoas não queriam economistas "nerds" dizendo que a sua visão glamourosa era uma má ideia. Na verdade, dentro de elite da Europa tornou-se rapidamente muito difícil levantar objeções ao projeto da moeda. Lembro-me muito bem da atmosfera do início dos anos 1990: quem questionava a conveniência de o euro era efetivamente excluído da discussão. Além disso, se você fosse um americano que expressasse dúvidas você era invariavelmente acusado de segundas intenções –de ser hostil à Europa, ou de desejar preservar o "privilégio exorbitante" do dólar. E o euro veio. Por uma década após a sua introdução uma enorme bolha financeira mascarou seus problemas subjacentes. Mas agora, como eu disse, todos os medos dos céticos têm sido justificados. Além disso, a história não termina aí. Quando as tensões previstas e previsíveis em relação ao euro começaram, a resposta política da Europa foi impor austeridade draconiana aos países devedores –e negar a lógica simples e a evidência histórica que indicava que tais políticas iriam infligir danos econômicos terríveis e não conseguiriam alcançar a redução da dívida prometida. É impressionante, mesmo agora, como altos funcionários europeus alegremente ignoraram avisos de que cortar os gastos do governo e aumentar os impostos causaria profundas recessões, como eles insistiram que tudo ficaria bem, porque a disciplina fiscal inspiraria confiança (isso não aconteceu). A verdade é que tentar lidar com grandes dívidas por meio apenas de austeridade –em particular, ao perseguir simultaneamente uma política dura em relação ao dinheiro– nunca funcionou. Não funcionou para a Grã-Bretanha após a Primeira Guerra Mundial, apesar de imensos sacrifícios; por que alguém iria esperar que funcionasse para a Grécia? O que a Europa deveria fazer agora? Não há boas respostas –mas a razão pela qual não há boas respostas é que o euro se transformou em uma armadilha da qual é difícil escapar. Se a Grécia ainda tivesse a sua própria moeda, o caso de desvalorizá-la, melhorando a competitividade grega e acabando com a deflação, seria irresistível. O fato de que a Grécia já não tem uma moeda, que teria que criá-la a partir do zero, aumenta muito os riscos. Meu palpite é que a saída do euro ainda será necessária. E, de qualquer forma, será essencial para amortizar a maior parte da dívida da Grécia. No entanto, nós não estamos tendo uma discussão clara sobre essas opções, porque discurso europeu ainda é dominado por ideias que a elite do continente gostaria que fossem verdadeiras, mas não são. E a Europa está pagando um preço terrível por esta autoindulgência monstruosa. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Temos o desafio de tornar o Brasil governável, afirma leitor
GOVERNO TEMER Em tempos de contendas em que os ânimos estão exaltados, governar o Brasil não é tarefa fácil. O grande desafio é como vamos tornar este país governável. O PT, na oposição, está fazendo o que mais sabe: tumultuar. Michel Temer pode não ser o presidente ideal, mas foi eleito democraticamente, pelo voto direto, na mesma chapa do PT, e é o presidente. As manifestações estão crescendo e, se o governo não mostrar a que veio, será engolido pelas ruas. LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA) * O colunista Matias Spektor afirma que "o mercado comprou a ideia [das reformas de Temer], assim como boa parte das instituições e corporações que comandam a vida nacional" ("Mensagem estratégica", "Opinião", 8/9). Só esqueceram de consultar o povo, não é? JOSÉ PADILHA (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dilma diz que é honesta e competente e que seu governo só não deu certo porque a Câmara e o Senado não aprovaram seus maravilhosos projetos. Ora, ex-presidenta, os políticos continuam os mesmos, logo seus projetos continuariam a ser barrados. A coisa continuaria desastrosa. GERALDO DE PAULA E SILVA (Teresópolis, RJ) * A memória ainda me permite lembrar expressões do meu tempo. Essa proposta de diretas já do PT seria chamada de "golpe do João sem braço". Considerando o atual nível de prestígio do partido e a dificuldade de se identificar até a sigla dos seus candidatos no horário eleitoral, as tais diretas seriam como "passar a borracha" para tentar um recomeço. MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG) - SEGURANÇA PÚBLICA É oportuna a crítica ao modelo de combate à violência proposta pela Agenda Municipal de Segurança Cidadã ao abordar um conjunto de ações que vai além da recorrente promessa nas campanhas eleitorais de aumento do efetivo policial. Mas a proposta parece esquecer o combate ao protagonismo das facções criminosas, que constituem poder paralelo e terrorista, bem como o abismo social em todo o país, um incentivo à adesão ao crime pela falta de opções de ascensão social. MILTON DINES (São Paulo, SP) - ABORTO Se homens engravidassem, o aborto seria legalizado. Como o Estado, para respeitar as mitologias religiosas, pode adotar posturas tão arcaicas diante de questões que envolvem saúde pública e direitos individuais? EDILSON BORGES (Rio de Janeiro, RJ) - QUADRINHOS Parabenizo a Folha por contar com o humor inteligente de Thaïs Gualberto. A tirinha "Olga, a Sexóloga" desta quinta esnobou sabedoria. Tiro o meu boné. Lembrou-me de pessoas que não gostam de críticas. FELIPE LUIZ G. E SILVA (São Carlos, SP) - MANIFESTAÇÕES Para que Alckmin possa seguir a sugestão do editorial "Basta de Confronto", falta um detalhe importante: que os coronéis da PM se submetam, de fato, ao seu comando. FRANCISCO J. B. DE AGUIAR (São Paulo, SP) * A insistência em não reconhecer o óbvio só fará com que cresçam as manifestações. Por outro lado, seria bom que as análises abandonassem a tentativa de colar na opinião pública que os movimentos são comandados exclusivamente pelos descontentes com o impeachment e movimentos sindicais e refletissem sobre o anseio por novas eleições. Uma democracia só se consolida por meio do respeito às manifestações e do voto livre, conquistas tão caras ao nosso país. ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP) * Sobre "É preciso barrar a escalada repressiva", é importante esclarecer que houve quebra da ordem no largo da Batata, com policiais agredidos, conforme provam as imagens. Guilherme Boulos deveria incentivar as boas práticas. Está mais do que comprovado que a população de bem quer ordem, e depredações são crimes! Além disso, a Constituição não permite dois eventos no mesmo local. Não houve repressão! Houve defesa das pessoas, do direito de ir e vir e do patrimônio. ALVARO BATISTA CAMILO, deputado estadual (PSD-SP) (São Paulo, SP) - POLUIÇÃO O governo reduziu o ICMS do álcool de 25% para 12%. Ações da Cetesb foram importantes para a redução da poluição, com exigências de padrões de emissão mais restritivos às montadoras. Com a fiscalização da fumaça preta, a frota de veículos fora dos parâmetros passou de 40%, em 1997, para 6% hoje. A Folha desconsiderou que o número de estações de monitoramento passou de 55 para 60 no período e, por fim, ignorou o crescimento da frota: de 78% nos últimos dez anos para 12% no período analisado pela reportagem. *GISELE SOUZA,* gerente de comunicação da Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo, SP) - PARAOLIMPÍADA Como jornalista esportivo, Juca Kfouri é um cansativo analista político. Os seus argumentos bajuladores ao petismo estão sempre ancorados na emoção. Dessa vez, ele pega carona nos desafios dos atletas paraolímpicos para, de forma eleitoralmente interessada, entrar em uma "corrida sem obstáculos que excedem todos os limites". Quer fustigar autoridades que agem para manter a ordem, mas nada diz sobre vandalismo. Há uma cegueira ideológica que o impede de enxergar a realidade das ruas. CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do Governo de São Paulo (São Paulo, SP) * RESPOSTA DO COLUNISTA JUCA KFOURI - Só me faltava, nesta altura da vida, ser chamado de petista, o que jamais fui. Mas entendo que o missivista tenha de ficar bem com as autoridades que lhe pagam "e que agem para manter a ordem". Mesmo que seja a ordem dos cemitérios. - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Temos o desafio de tornar o Brasil governável, afirma leitorGOVERNO TEMER Em tempos de contendas em que os ânimos estão exaltados, governar o Brasil não é tarefa fácil. O grande desafio é como vamos tornar este país governável. O PT, na oposição, está fazendo o que mais sabe: tumultuar. Michel Temer pode não ser o presidente ideal, mas foi eleito democraticamente, pelo voto direto, na mesma chapa do PT, e é o presidente. As manifestações estão crescendo e, se o governo não mostrar a que veio, será engolido pelas ruas. LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA) * O colunista Matias Spektor afirma que "o mercado comprou a ideia [das reformas de Temer], assim como boa parte das instituições e corporações que comandam a vida nacional" ("Mensagem estratégica", "Opinião", 8/9). Só esqueceram de consultar o povo, não é? JOSÉ PADILHA (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dilma diz que é honesta e competente e que seu governo só não deu certo porque a Câmara e o Senado não aprovaram seus maravilhosos projetos. Ora, ex-presidenta, os políticos continuam os mesmos, logo seus projetos continuariam a ser barrados. A coisa continuaria desastrosa. GERALDO DE PAULA E SILVA (Teresópolis, RJ) * A memória ainda me permite lembrar expressões do meu tempo. Essa proposta de diretas já do PT seria chamada de "golpe do João sem braço". Considerando o atual nível de prestígio do partido e a dificuldade de se identificar até a sigla dos seus candidatos no horário eleitoral, as tais diretas seriam como "passar a borracha" para tentar um recomeço. MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG) - SEGURANÇA PÚBLICA É oportuna a crítica ao modelo de combate à violência proposta pela Agenda Municipal de Segurança Cidadã ao abordar um conjunto de ações que vai além da recorrente promessa nas campanhas eleitorais de aumento do efetivo policial. Mas a proposta parece esquecer o combate ao protagonismo das facções criminosas, que constituem poder paralelo e terrorista, bem como o abismo social em todo o país, um incentivo à adesão ao crime pela falta de opções de ascensão social. MILTON DINES (São Paulo, SP) - ABORTO Se homens engravidassem, o aborto seria legalizado. Como o Estado, para respeitar as mitologias religiosas, pode adotar posturas tão arcaicas diante de questões que envolvem saúde pública e direitos individuais? EDILSON BORGES (Rio de Janeiro, RJ) - QUADRINHOS Parabenizo a Folha por contar com o humor inteligente de Thaïs Gualberto. A tirinha "Olga, a Sexóloga" desta quinta esnobou sabedoria. Tiro o meu boné. Lembrou-me de pessoas que não gostam de críticas. FELIPE LUIZ G. E SILVA (São Carlos, SP) - MANIFESTAÇÕES Para que Alckmin possa seguir a sugestão do editorial "Basta de Confronto", falta um detalhe importante: que os coronéis da PM se submetam, de fato, ao seu comando. FRANCISCO J. B. DE AGUIAR (São Paulo, SP) * A insistência em não reconhecer o óbvio só fará com que cresçam as manifestações. Por outro lado, seria bom que as análises abandonassem a tentativa de colar na opinião pública que os movimentos são comandados exclusivamente pelos descontentes com o impeachment e movimentos sindicais e refletissem sobre o anseio por novas eleições. Uma democracia só se consolida por meio do respeito às manifestações e do voto livre, conquistas tão caras ao nosso país. ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP) * Sobre "É preciso barrar a escalada repressiva", é importante esclarecer que houve quebra da ordem no largo da Batata, com policiais agredidos, conforme provam as imagens. Guilherme Boulos deveria incentivar as boas práticas. Está mais do que comprovado que a população de bem quer ordem, e depredações são crimes! Além disso, a Constituição não permite dois eventos no mesmo local. Não houve repressão! Houve defesa das pessoas, do direito de ir e vir e do patrimônio. ALVARO BATISTA CAMILO, deputado estadual (PSD-SP) (São Paulo, SP) - POLUIÇÃO O governo reduziu o ICMS do álcool de 25% para 12%. Ações da Cetesb foram importantes para a redução da poluição, com exigências de padrões de emissão mais restritivos às montadoras. Com a fiscalização da fumaça preta, a frota de veículos fora dos parâmetros passou de 40%, em 1997, para 6% hoje. A Folha desconsiderou que o número de estações de monitoramento passou de 55 para 60 no período e, por fim, ignorou o crescimento da frota: de 78% nos últimos dez anos para 12% no período analisado pela reportagem. *GISELE SOUZA,* gerente de comunicação da Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo, SP) - PARAOLIMPÍADA Como jornalista esportivo, Juca Kfouri é um cansativo analista político. Os seus argumentos bajuladores ao petismo estão sempre ancorados na emoção. Dessa vez, ele pega carona nos desafios dos atletas paraolímpicos para, de forma eleitoralmente interessada, entrar em uma "corrida sem obstáculos que excedem todos os limites". Quer fustigar autoridades que agem para manter a ordem, mas nada diz sobre vandalismo. Há uma cegueira ideológica que o impede de enxergar a realidade das ruas. CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do Governo de São Paulo (São Paulo, SP) * RESPOSTA DO COLUNISTA JUCA KFOURI - Só me faltava, nesta altura da vida, ser chamado de petista, o que jamais fui. Mas entendo que o missivista tenha de ficar bem com as autoridades que lhe pagam "e que agem para manter a ordem". Mesmo que seja a ordem dos cemitérios. - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Mark Zuckerberg vai tirar 2 meses de licença paternidade
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta sexta-feira (18) que vai tirar dois meses de licença paternidade depois do nascimento de sua segunda filha. O magnata da internet afirmou que aproveitará a opção da empresa de tirar a licenças em etapas. "Vou tirar um mês de licença para estar com Priscilla [Chan, sua mulher] e as meninas no início, e então passaremos o mês inteiro de dezembro também", publicou na rede social. "Tenho certeza de que o escritório estará de pé quando eu retornar", brincou Zuckerberg no post. Zuckerberg também se afastou por dois meses depois que sua primeira filha, Maxima Chan Zuckerberg, nasceu em 2015. O executivo disse em março que o casal esperava sua segunda filha. O Facebook oferece a seus funcionários, tanto homens como mulheres, até quatro meses de licença quando têm filhos. O benefício pode ser utilizado imediatamente após o parto ou a qualquer momento durante o primeiro ano de vida do bebê. "É bom para a família toda", diz ele. face
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Mark Zuckerberg vai tirar 2 meses de licença paternidadeO fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta sexta-feira (18) que vai tirar dois meses de licença paternidade depois do nascimento de sua segunda filha. O magnata da internet afirmou que aproveitará a opção da empresa de tirar a licenças em etapas. "Vou tirar um mês de licença para estar com Priscilla [Chan, sua mulher] e as meninas no início, e então passaremos o mês inteiro de dezembro também", publicou na rede social. "Tenho certeza de que o escritório estará de pé quando eu retornar", brincou Zuckerberg no post. Zuckerberg também se afastou por dois meses depois que sua primeira filha, Maxima Chan Zuckerberg, nasceu em 2015. O executivo disse em março que o casal esperava sua segunda filha. O Facebook oferece a seus funcionários, tanto homens como mulheres, até quatro meses de licença quando têm filhos. O benefício pode ser utilizado imediatamente após o parto ou a qualquer momento durante o primeiro ano de vida do bebê. "É bom para a família toda", diz ele. face
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Ouro em 2012, velejadora espanhola foi diagnosticada com o vírus da zika
(...) Depoimento a FERNANDA GODOY COLABORAÇÃO PARA FOLHA, EM MADRI A espanhola Marina Alabau, 30, campeã em Londres-2012, foi diagnosticada com o vírus da zika ao retornar do Brasil doente, no início de janeiro (análises vão comprovar se ela, de fato, contraiu o vírus ). Ela havia acabado de se classificar para os Jogos Olímpicos do Rio na categoria RS: X da vela em competição na baía de Guanabara. Retornou para casa, em Cádiz, onde se recuperou. Diz que os sintomas foram mais fracos que os de uma gripe. Mas desistiu de levar a filha à Olimpíada. * Estive no Rio em dezembro para participar da Copa do Brasil, em Niterói. Era a última etapa de classificação para os Jogos Olímpicos. Depois da competição, passei uns dias em Búzios treinando. Tive febre um dia, assim, do nada, nem sequer me sentia mal. Simplesmente me sentia um pouco cansada. No dia seguinte, saíram erupções vermelhas por todo o corpo e pensei que fosse uma reação alérgica, porque havia trocado de repelente de mosquitos na véspera. Não dei muita importância. Meu marido tinha passado quatro dias gripado, e quando ele ficou bom começou minha febre. Pensei que fosse a mesma coisa. Aí começaram as dores articulares. Amigos mexicanos que também estavam treinando lá me alertaram sobre a chance de ser chikungunya. Nunca havia ouvido falar dessa doença. Disseram que eu deveria ir a um hospital. Foi aí que vi que todos os sintomas, as manchas vermelhas, as dores articulares, a febre, estavam ligados. Em vez de ir a um hospital no Brasil, preferi voltar para casa, em Cádiz, onde me sinto mais segura e mais cômoda. Passo três meses por ano treinando no Brasil e nunca tive uma má experiência de atendimento médico. O que acontece é que, na Espanha, tenho meu seguro médico privado, e me dava mais confiança estar na minha casa, com minha médica. E tampouco estava me sentindo tão mal para precisava ir a um hospital. Fui embora pensando apenas que, se a coisa piorasse, preferiria estar na minha casa. Voltei no dia 2 de janeiro. Cheguei e não fui ao hospital. Falei com minha médica por telefone, descrevi os sintomas, e ela me disse que, por todos os sintomas que tive, é 99% seguro que fosse o vírus da zika. Foi a primeira vez que escutei essa palavra. Ela me disse que não adiantava ir ao hospital porque não há remédio para esse vírus, que esperasse porque os sintomas passariam dentro de alguns dias. Os sintomas foram mais fracos que os de uma gripe. Tinha dores articulares e nada mais. As manchas tinham desaparecido em dois dias. Tive dores de cabeça esquisitas, iam e vinham. Uma ou duas horas de dores fortes, que logo desapareciam. Os sintomas sumiram em 10 de janeiro. No dia 15 voei para Miami, onde participei do Mundial, sem sequela. Parece que só se pega esse vírus uma vez e já se fica imunizado. Antes de saber da imunidade, pensávamos um pouco em como programar, em quando chegar ao Rio, porque a doença fica incubada uns 15 dias antes de aparecerem os sintomas. Então, se você chegar ao Rio faltando poucos dias para os Jogos, ainda que você receba uma picada de mosquito, os sintomas só vão aparecer depois da competição. Eu tinha pensado em chegar com mais antecedência e em levar minha filha de 2 anos e meio, mas agora estamos preferindo não levá-la. Se eu estivesse grávida, não iria ao Brasil. Não correria um risco tão grande. Outra coisa que me preocupa são as condições da água na Baía de Guanabara. Sei que estão trabalhando muito na limpeza da baía, mas um companheiro argentino sofreu um corte e teve infecção na perna. É preciso tomar precauções. Estão trabalhando, mas a despoluição de uma baía não é algo que se possa fazer em meses. É uma conscientização, não é fácil mudar os hábitos das pessoas. É uma pena porque o lugar é uma beleza. Não me sinto segura no Rio. Para os que gostam de esporte ao ar livre, não dá para sair de bicicleta tranquilamente, como se faz na Europa, pelo medo de assalto. Mas entendo que haja gente que roube no Brasil, onde há tanta desigualdade entre as classes sociais, tanta riqueza ao lado de tanta pobreza. Felizmente nunca fui assaltada, mas tenho amigos que passaram por isso. É preciso ter muito cuidado. OUTRO LADO O comitê organizador da Olimpíada de 2016 afirmou que adota medidas para proteção e esclarecimento dos atletas envolvidos nos Jogos e nos eventos-testes que têm acontecido na cidade. Segundo a entidade, o departamento médico da Rio-16 está esclarecendo atletas sobre o que é o vírus da zika. Para a organização, o fato da OMS (Organização Mundial da Saúde) não ter recomendado que se evite vir ao Brasil faz com que não exista um temor em relação à desistência de atletas. O comitê está distribuindo repelentes para atletas que participam do evento-teste de saltos ornamentais, no Parque Aquático Maria Lenk, que fica dentro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. De acordo com a entidade, a medida será tomada sempre que necessário. A Rio-16 acredita também que não será necessária a distribuição dos repelentes durante os Jogos, visto que a disseminação do mosquito é, historicamente, menor nos meses de agosto. Contudo, o comitê organizador afirma estar preparado caso seja necessário implementar essa medida. Sobre as críticas que a velejadora espanhola Marina Alabau faz à Baía de Guanabara, a organização dos Jogos Olímpicos diz que a qualidade das raias de competição na baía é adequada para a prática de vela.
esporte
Ouro em 2012, velejadora espanhola foi diagnosticada com o vírus da zika (...) Depoimento a FERNANDA GODOY COLABORAÇÃO PARA FOLHA, EM MADRI A espanhola Marina Alabau, 30, campeã em Londres-2012, foi diagnosticada com o vírus da zika ao retornar do Brasil doente, no início de janeiro (análises vão comprovar se ela, de fato, contraiu o vírus ). Ela havia acabado de se classificar para os Jogos Olímpicos do Rio na categoria RS: X da vela em competição na baía de Guanabara. Retornou para casa, em Cádiz, onde se recuperou. Diz que os sintomas foram mais fracos que os de uma gripe. Mas desistiu de levar a filha à Olimpíada. * Estive no Rio em dezembro para participar da Copa do Brasil, em Niterói. Era a última etapa de classificação para os Jogos Olímpicos. Depois da competição, passei uns dias em Búzios treinando. Tive febre um dia, assim, do nada, nem sequer me sentia mal. Simplesmente me sentia um pouco cansada. No dia seguinte, saíram erupções vermelhas por todo o corpo e pensei que fosse uma reação alérgica, porque havia trocado de repelente de mosquitos na véspera. Não dei muita importância. Meu marido tinha passado quatro dias gripado, e quando ele ficou bom começou minha febre. Pensei que fosse a mesma coisa. Aí começaram as dores articulares. Amigos mexicanos que também estavam treinando lá me alertaram sobre a chance de ser chikungunya. Nunca havia ouvido falar dessa doença. Disseram que eu deveria ir a um hospital. Foi aí que vi que todos os sintomas, as manchas vermelhas, as dores articulares, a febre, estavam ligados. Em vez de ir a um hospital no Brasil, preferi voltar para casa, em Cádiz, onde me sinto mais segura e mais cômoda. Passo três meses por ano treinando no Brasil e nunca tive uma má experiência de atendimento médico. O que acontece é que, na Espanha, tenho meu seguro médico privado, e me dava mais confiança estar na minha casa, com minha médica. E tampouco estava me sentindo tão mal para precisava ir a um hospital. Fui embora pensando apenas que, se a coisa piorasse, preferiria estar na minha casa. Voltei no dia 2 de janeiro. Cheguei e não fui ao hospital. Falei com minha médica por telefone, descrevi os sintomas, e ela me disse que, por todos os sintomas que tive, é 99% seguro que fosse o vírus da zika. Foi a primeira vez que escutei essa palavra. Ela me disse que não adiantava ir ao hospital porque não há remédio para esse vírus, que esperasse porque os sintomas passariam dentro de alguns dias. Os sintomas foram mais fracos que os de uma gripe. Tinha dores articulares e nada mais. As manchas tinham desaparecido em dois dias. Tive dores de cabeça esquisitas, iam e vinham. Uma ou duas horas de dores fortes, que logo desapareciam. Os sintomas sumiram em 10 de janeiro. No dia 15 voei para Miami, onde participei do Mundial, sem sequela. Parece que só se pega esse vírus uma vez e já se fica imunizado. Antes de saber da imunidade, pensávamos um pouco em como programar, em quando chegar ao Rio, porque a doença fica incubada uns 15 dias antes de aparecerem os sintomas. Então, se você chegar ao Rio faltando poucos dias para os Jogos, ainda que você receba uma picada de mosquito, os sintomas só vão aparecer depois da competição. Eu tinha pensado em chegar com mais antecedência e em levar minha filha de 2 anos e meio, mas agora estamos preferindo não levá-la. Se eu estivesse grávida, não iria ao Brasil. Não correria um risco tão grande. Outra coisa que me preocupa são as condições da água na Baía de Guanabara. Sei que estão trabalhando muito na limpeza da baía, mas um companheiro argentino sofreu um corte e teve infecção na perna. É preciso tomar precauções. Estão trabalhando, mas a despoluição de uma baía não é algo que se possa fazer em meses. É uma conscientização, não é fácil mudar os hábitos das pessoas. É uma pena porque o lugar é uma beleza. Não me sinto segura no Rio. Para os que gostam de esporte ao ar livre, não dá para sair de bicicleta tranquilamente, como se faz na Europa, pelo medo de assalto. Mas entendo que haja gente que roube no Brasil, onde há tanta desigualdade entre as classes sociais, tanta riqueza ao lado de tanta pobreza. Felizmente nunca fui assaltada, mas tenho amigos que passaram por isso. É preciso ter muito cuidado. OUTRO LADO O comitê organizador da Olimpíada de 2016 afirmou que adota medidas para proteção e esclarecimento dos atletas envolvidos nos Jogos e nos eventos-testes que têm acontecido na cidade. Segundo a entidade, o departamento médico da Rio-16 está esclarecendo atletas sobre o que é o vírus da zika. Para a organização, o fato da OMS (Organização Mundial da Saúde) não ter recomendado que se evite vir ao Brasil faz com que não exista um temor em relação à desistência de atletas. O comitê está distribuindo repelentes para atletas que participam do evento-teste de saltos ornamentais, no Parque Aquático Maria Lenk, que fica dentro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. De acordo com a entidade, a medida será tomada sempre que necessário. A Rio-16 acredita também que não será necessária a distribuição dos repelentes durante os Jogos, visto que a disseminação do mosquito é, historicamente, menor nos meses de agosto. Contudo, o comitê organizador afirma estar preparado caso seja necessário implementar essa medida. Sobre as críticas que a velejadora espanhola Marina Alabau faz à Baía de Guanabara, a organização dos Jogos Olímpicos diz que a qualidade das raias de competição na baía é adequada para a prática de vela.
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Descoberta em 'berçário' estelar surpreende astrônomos
Astrônomos ficaram surpresos ao encontrar estrelas de três idades diferentes em um "berçário" estelar na Via Láctea, pondo em questão o consenso científico sobre como as estrelas se formam. O Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, identificou três grupos distintos de estrelas-bebê na nebulosa de Órion –a "fábrica" de ​​estrelas mais próxima da Terra–, informou uma equipe de cientistas nesta quinta-feira (27). "Olhar para os dados pela primeira vez foi um daqueles momentos 'uau!' que ocorrem apenas uma ou duas vezes na vida de um astrônomo", disse em um comunicado o astrônomo do ESO Giacomo Beccari. As imagens revelam "sem dúvida que estamos vendo três populações distintas de estrelas nas partes centrais de Orion", acrescentou. Anteriormente, acreditava-se que todas as estrelas em uma jovem nebulosa se formavam simultaneamente. Agora, parece que o nascimento das estrelas ocorre em irrupções, "e mais rapidamente do que se pensava", disse a equipe. Com base no brilho e na cor das estrelas na nebulosa de Órion, a equipe determinou que três grupos diferentes de estrelas nasceram dentro de um período de três milhões de anos. As nebulosas são nuvens maciças de gás e poeira onde as estrelas se originam. A mais conhecida é a nebulosa de Orion, a 1.350 anos-luz da Terra. Ela é visível a olho nu como o ponto mais brilhante ao redor do "cinturão" da constelação de Órion.
ciencia
Descoberta em 'berçário' estelar surpreende astrônomosAstrônomos ficaram surpresos ao encontrar estrelas de três idades diferentes em um "berçário" estelar na Via Láctea, pondo em questão o consenso científico sobre como as estrelas se formam. O Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, identificou três grupos distintos de estrelas-bebê na nebulosa de Órion –a "fábrica" de ​​estrelas mais próxima da Terra–, informou uma equipe de cientistas nesta quinta-feira (27). "Olhar para os dados pela primeira vez foi um daqueles momentos 'uau!' que ocorrem apenas uma ou duas vezes na vida de um astrônomo", disse em um comunicado o astrônomo do ESO Giacomo Beccari. As imagens revelam "sem dúvida que estamos vendo três populações distintas de estrelas nas partes centrais de Orion", acrescentou. Anteriormente, acreditava-se que todas as estrelas em uma jovem nebulosa se formavam simultaneamente. Agora, parece que o nascimento das estrelas ocorre em irrupções, "e mais rapidamente do que se pensava", disse a equipe. Com base no brilho e na cor das estrelas na nebulosa de Órion, a equipe determinou que três grupos diferentes de estrelas nasceram dentro de um período de três milhões de anos. As nebulosas são nuvens maciças de gás e poeira onde as estrelas se originam. A mais conhecida é a nebulosa de Orion, a 1.350 anos-luz da Terra. Ela é visível a olho nu como o ponto mais brilhante ao redor do "cinturão" da constelação de Órion.
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Demi Lovato é processada por suposta violação de direitos autorais
A cantora e atriz Demi Lovato foi acusada pela banda de rock norte-americana Sleigh Bells por violação de direitos autorais. A vocalista Alexis Krauss e o guitarrista Derek Miller, da banda nova-iorquina, disseram em ação movida nesta segunda-feira (22), em um tribunal federal na Califórnia, que "Stars", faixa do disco "Confident", de Lovato, contém partes significativas tiradas de sua música "Infinity Guitars". Em documentos do tribunal, o grupo alega que similaridades entre as duas músicas "transcendem a área da coincidência ou de materiais genéricos compartilhados, e informam a essência dos trabalhos". Em publicação no Twitter, em novembro de 2015, a Sleigh Bells notificou publicamente a questão à ex-estrela do Disney Channel, agora com 24 anos. Na época, os produtores de "Stars", Carl Falk e Rami Yacoub, disseram em comunicado que não havia plágio e que Lovato não estava envolvida na produção da música. A banda busca uma liminar contra usos futuros da música de Demi Lovato, além de uma quantia não especificada por danos. Representantes da cantora não responderam aos pedidos de comentários.
ilustrada
Demi Lovato é processada por suposta violação de direitos autoraisA cantora e atriz Demi Lovato foi acusada pela banda de rock norte-americana Sleigh Bells por violação de direitos autorais. A vocalista Alexis Krauss e o guitarrista Derek Miller, da banda nova-iorquina, disseram em ação movida nesta segunda-feira (22), em um tribunal federal na Califórnia, que "Stars", faixa do disco "Confident", de Lovato, contém partes significativas tiradas de sua música "Infinity Guitars". Em documentos do tribunal, o grupo alega que similaridades entre as duas músicas "transcendem a área da coincidência ou de materiais genéricos compartilhados, e informam a essência dos trabalhos". Em publicação no Twitter, em novembro de 2015, a Sleigh Bells notificou publicamente a questão à ex-estrela do Disney Channel, agora com 24 anos. Na época, os produtores de "Stars", Carl Falk e Rami Yacoub, disseram em comunicado que não havia plágio e que Lovato não estava envolvida na produção da música. A banda busca uma liminar contra usos futuros da música de Demi Lovato, além de uma quantia não especificada por danos. Representantes da cantora não responderam aos pedidos de comentários.
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Leitor diz que uso de bens por juízes é comum
O triste caso do uso do carro de Eike Batista por um juiz é muito mais grave do que se imagina: é quase uma regra no Judiciário do Rio. Há cerca de 40 anos fui requerente do cumprimento da vontade da filha do conde Ribeiro do Valle, expressa em testamento: um casarão histórico na Tijuca foi ocupado por ordem judicial, durante meses, por um servidor da vara em que tramitava o inventário. No final do século 20, o juiz da 7ª Vara de Órfãos e Sucessões autorizou o inventariante dativo do inventário de Bherta Ribeiro, ex-esposa do inesquecível Darcy Ribeiro, a ocupar luxuoso apartamento em Copacabana, já que Bherta não deixou herdeiros. Casos como esses se repetem diariamente nas milhares de comarcas do país. MÁRIO GENIVAL TOURINHO, advogado (Belo Horizonte, MG) * Afastar o magistrado do caso Eike é hipocrisia: se o juiz Flávio Roberto de Souza fosse um corrupto negociador de sentenças, ele poderia desfrutar tranquilamente desses carrões em Miami. THIAGO CASSEMIRO DE SOUZA (Campo Grande, MS) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor diz que uso de bens por juízes é comumO triste caso do uso do carro de Eike Batista por um juiz é muito mais grave do que se imagina: é quase uma regra no Judiciário do Rio. Há cerca de 40 anos fui requerente do cumprimento da vontade da filha do conde Ribeiro do Valle, expressa em testamento: um casarão histórico na Tijuca foi ocupado por ordem judicial, durante meses, por um servidor da vara em que tramitava o inventário. No final do século 20, o juiz da 7ª Vara de Órfãos e Sucessões autorizou o inventariante dativo do inventário de Bherta Ribeiro, ex-esposa do inesquecível Darcy Ribeiro, a ocupar luxuoso apartamento em Copacabana, já que Bherta não deixou herdeiros. Casos como esses se repetem diariamente nas milhares de comarcas do país. MÁRIO GENIVAL TOURINHO, advogado (Belo Horizonte, MG) * Afastar o magistrado do caso Eike é hipocrisia: se o juiz Flávio Roberto de Souza fosse um corrupto negociador de sentenças, ele poderia desfrutar tranquilamente desses carrões em Miami. THIAGO CASSEMIRO DE SOUZA (Campo Grande, MS) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Futebol para além do bem e do mal
Talvez por mexer fundo com as paixões, heróis e vilões nascem e morrem todas as semanas no futebol. Têm brilho curto, exaltados ou criticados pela mídia e torcedores até que a próxima partida prove o contrário. E como sempre há uma próxima partida, a possibilidade do herói virar vilão é a ameaça constante daqueles que se encontram no palco de quatro linhas. Às vezes, alguns se destacam tanto que recebem alcunhas, desde santo até rei. Mas até mesmo estes, os ídolos, estão sujeitos à mudança dos humores dos torcedores que, ao vê-los perder um pênalti, o campeonato almejado ou se transferir para um time rival, transformam-no em personificação do mal. Habitar essa zona mutável entre o bem e o mal é uma característica marcante do futebol. É "nós" contra "eles", em uma ética maleável que não se altera enquanto prevalecer o "nosso" lado. Quando encontram a vitória, mesmo que esta venha em um erro da arbitragem ao seu favor, está tudo bem! E quando acerta um lance contra o seu time, o árbitro pode ser o vilão. Ludibriar a arbitragem, fazendo marcar um pênalti inexistente, vira esperteza do jogador. A mão de Maradona logo virou a mão de Deus para todo argentino, colocando-o acima do bem e do mal. Tal postura também se repete fora dos limites do campo. O modo como a mídia tem tratado a Medida Provisória do Futebol, aprovada nesta terça-feira (7) na Câmara dos Deputados, é um exemplo. A manobra regimental na comissão que discutia a matéria na Câmara foi aplaudida pela imprensa que repercutiu como um "olé" nos que são chamados de "bancada da bola" pela mídia. Uma vitória do "bem nosso" contra o "mal deles". Artifícios para formar opiniões unânimes. Como já disse Nelson Rodrigues, porém, toda unanimidade é burra. O primeiro equívoco é polarizar a discussão, tentando dar aos clubes e à CBF uma carga que não corresponde à verdade. Distribuem a imagem de que clubes e confederação são contra a modernização e as contrapartidas, quando, na verdade, são os maiores interessados. Outro equívoco, ainda mais grave: esquecem-se da importância do debate democrático entre os envolvidos na discussão. A divergência de opiniões e de posicionamentos é o que enriquece a sociedade, simplificá-la em um maniqueísmo não serve de nada à democracia. Mas no regime democrático, como no futebol, sempre há uma nova partida para virar o jogo. A CBF, por mais que a mídia tente negar, está preparada para um debate. Tanto é que se manteve aberta mesmo após o desentendimento na última sessão na comissão. A CBF vem ampliando sua democracia interna, mudando seu estatuto, diminuindo mandato, buscando a transparência e a responsabilidade social. As mudanças na Confederação Brasileira de Futebol estão em curso e será preciso assimilá-las, superando a alcunha de "vilã" que o maniqueísmo de parte da imprensa desportiva insiste em lhe conferir. E se superássemos, pelo menos em parte, o maniqueísmo em todo o futebol, o que teríamos? Quem sabe, um maior respeito entre torcidas rivais, a possibilidade de se encantar com um time que não o seu. Teríamos os jogadores em condições de igualdade e clima de cordialidade, fazendo do "fair play" a regra natural, e suas únicas subversões seriam os dribles. O futebol poderia ser a grande praça de encontro entre alteridades, de aproximação de diferenças, para além do bem e do mal. Poderia provocar reflexões, com exemplos para o desenvolvimento de uma educação para a ética e fugir de um posicionamento e lugar comum. A imprensa possui um papel fundamental para que isso ocorra. WALTER FELDMAN, 61, médico, é secretário-geral da CBF - Confederação Brasileira de Futebol. Foi deputado federal pelo PSB-SP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Futebol para além do bem e do malTalvez por mexer fundo com as paixões, heróis e vilões nascem e morrem todas as semanas no futebol. Têm brilho curto, exaltados ou criticados pela mídia e torcedores até que a próxima partida prove o contrário. E como sempre há uma próxima partida, a possibilidade do herói virar vilão é a ameaça constante daqueles que se encontram no palco de quatro linhas. Às vezes, alguns se destacam tanto que recebem alcunhas, desde santo até rei. Mas até mesmo estes, os ídolos, estão sujeitos à mudança dos humores dos torcedores que, ao vê-los perder um pênalti, o campeonato almejado ou se transferir para um time rival, transformam-no em personificação do mal. Habitar essa zona mutável entre o bem e o mal é uma característica marcante do futebol. É "nós" contra "eles", em uma ética maleável que não se altera enquanto prevalecer o "nosso" lado. Quando encontram a vitória, mesmo que esta venha em um erro da arbitragem ao seu favor, está tudo bem! E quando acerta um lance contra o seu time, o árbitro pode ser o vilão. Ludibriar a arbitragem, fazendo marcar um pênalti inexistente, vira esperteza do jogador. A mão de Maradona logo virou a mão de Deus para todo argentino, colocando-o acima do bem e do mal. Tal postura também se repete fora dos limites do campo. O modo como a mídia tem tratado a Medida Provisória do Futebol, aprovada nesta terça-feira (7) na Câmara dos Deputados, é um exemplo. A manobra regimental na comissão que discutia a matéria na Câmara foi aplaudida pela imprensa que repercutiu como um "olé" nos que são chamados de "bancada da bola" pela mídia. Uma vitória do "bem nosso" contra o "mal deles". Artifícios para formar opiniões unânimes. Como já disse Nelson Rodrigues, porém, toda unanimidade é burra. O primeiro equívoco é polarizar a discussão, tentando dar aos clubes e à CBF uma carga que não corresponde à verdade. Distribuem a imagem de que clubes e confederação são contra a modernização e as contrapartidas, quando, na verdade, são os maiores interessados. Outro equívoco, ainda mais grave: esquecem-se da importância do debate democrático entre os envolvidos na discussão. A divergência de opiniões e de posicionamentos é o que enriquece a sociedade, simplificá-la em um maniqueísmo não serve de nada à democracia. Mas no regime democrático, como no futebol, sempre há uma nova partida para virar o jogo. A CBF, por mais que a mídia tente negar, está preparada para um debate. Tanto é que se manteve aberta mesmo após o desentendimento na última sessão na comissão. A CBF vem ampliando sua democracia interna, mudando seu estatuto, diminuindo mandato, buscando a transparência e a responsabilidade social. As mudanças na Confederação Brasileira de Futebol estão em curso e será preciso assimilá-las, superando a alcunha de "vilã" que o maniqueísmo de parte da imprensa desportiva insiste em lhe conferir. E se superássemos, pelo menos em parte, o maniqueísmo em todo o futebol, o que teríamos? Quem sabe, um maior respeito entre torcidas rivais, a possibilidade de se encantar com um time que não o seu. Teríamos os jogadores em condições de igualdade e clima de cordialidade, fazendo do "fair play" a regra natural, e suas únicas subversões seriam os dribles. O futebol poderia ser a grande praça de encontro entre alteridades, de aproximação de diferenças, para além do bem e do mal. Poderia provocar reflexões, com exemplos para o desenvolvimento de uma educação para a ética e fugir de um posicionamento e lugar comum. A imprensa possui um papel fundamental para que isso ocorra. WALTER FELDMAN, 61, médico, é secretário-geral da CBF - Confederação Brasileira de Futebol. Foi deputado federal pelo PSB-SP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Livro e exposição marcam 85 anos da chegada do primeiro zepelim ao Brasil
Há 85 anos, o dirigível alemão Graf Zeppelin aterrissou pela primeira vez em solo brasileiro, no Recife, e inaugurou um período de seguidos voos comerciais da empresa Luftschiffbau-Zeppelin. O balão prateado de número LZ-127 tinha saído quatro dias antes de Friedrichshafen, na Alemanha, com escala em Sevilha, na Espanha. O destino final era o Rio, aonde chegou em 25 de maio de 1930. Na capital pernambucana, mais de 15 mil pessoas foram ao bairro do Jiquiá para ver a chegada do Zeppelin. Entre elas estava o sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987). Representante do então chefe do governo do Estado, Estácio Coimbra, Freyre foi quem recepcionou, na escada de desembarque, as 58 pessoas a bordo, 25 passageiros e 33 tripulantes. Escolhida por sua posição geográfica, a cidade havia preparado uma torre para atracar e abastecer o dirigível. Para comemorar a data, uma seleção de 30 fotografias da passagem do dirigível pela cidade estão na exposição "Zeppelin no Recife", aberta na última sexta (22), no Museu da Cidade do Recife. As fotografias também integram o livro de mesmo título, que foi lançado na abertura da mostra. Além das imagens que mostram o Zeppelin no cotidiano dos recifenses nos anos 30, haverá projeção de filmes sobre o dirigível e reprodução de músicas da época. "Imagine a sensação dos moradores. Primeiro, o susto por conta do barulho, que era ensurdecedor. Depois, esse encantamento. A beleza, o sonho, o mistério e tudo isso trouxe também um temor", diz o restaurador Jobson Figueiredo, um dos curadores. Pesquisador do Zeppelin há 18 anos, Figueiredo conta que algumas das imagens são inéditas no país, como as que ele encontrou em álbuns fotográficos de famílias alemãs. Em algumas dessas imagens, clicadas por diversos fotógrafos, é possível ver o Zeppelin sobrevoando pontos famosos do Recife, como a rua da Aurora e o rio Capibaribe. O dirigível media 236 metros de comprimento, o equivalente a seis Airbus A320 enfileirados. Trazia cargas, correspondências e passageiros abastados, como empresários e autoridades. "Mais do que a primeira vigem do zepelim ao Brasil, aquela foi a abertura da ligação comercial da Europa com América do Sul", diz Figueiredo. De 1930 a 1937, o Zeppelin fez voos regulares entre Europa, Recife e Rio. Com a chegada do nazismo ao poder na Alemanha, em 1933, o Zeppelin e o outro grande dirigível do país, o Hindenburg, rodariam o mundo ostentando a suástica em sua estrutura. Também assinam a curadoria da exposição o historiador Dirceu Marroquim e a arquiteta Betânia de Araújo. As fotografias pertencem aos acervos de Figueiredo e do Museu da Cidade. ZEPPELIN NO RECIFE - A EXPOSIÇÃO QUANDO de ter. a sáb., das 9h às 17h, até 26/6 ONDE Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas, s/n, São José, tel. 81-3355-3106) QUANTO grátis ZEPPELIN NO RECIFE - O LIVRO ORGANIZADORES Dirceu Marroquim e Jobson Figueiredo EDITORA Poço Cultural QUANTO R$ 35 (62 págs.)
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Livro e exposição marcam 85 anos da chegada do primeiro zepelim ao BrasilHá 85 anos, o dirigível alemão Graf Zeppelin aterrissou pela primeira vez em solo brasileiro, no Recife, e inaugurou um período de seguidos voos comerciais da empresa Luftschiffbau-Zeppelin. O balão prateado de número LZ-127 tinha saído quatro dias antes de Friedrichshafen, na Alemanha, com escala em Sevilha, na Espanha. O destino final era o Rio, aonde chegou em 25 de maio de 1930. Na capital pernambucana, mais de 15 mil pessoas foram ao bairro do Jiquiá para ver a chegada do Zeppelin. Entre elas estava o sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987). Representante do então chefe do governo do Estado, Estácio Coimbra, Freyre foi quem recepcionou, na escada de desembarque, as 58 pessoas a bordo, 25 passageiros e 33 tripulantes. Escolhida por sua posição geográfica, a cidade havia preparado uma torre para atracar e abastecer o dirigível. Para comemorar a data, uma seleção de 30 fotografias da passagem do dirigível pela cidade estão na exposição "Zeppelin no Recife", aberta na última sexta (22), no Museu da Cidade do Recife. As fotografias também integram o livro de mesmo título, que foi lançado na abertura da mostra. Além das imagens que mostram o Zeppelin no cotidiano dos recifenses nos anos 30, haverá projeção de filmes sobre o dirigível e reprodução de músicas da época. "Imagine a sensação dos moradores. Primeiro, o susto por conta do barulho, que era ensurdecedor. Depois, esse encantamento. A beleza, o sonho, o mistério e tudo isso trouxe também um temor", diz o restaurador Jobson Figueiredo, um dos curadores. Pesquisador do Zeppelin há 18 anos, Figueiredo conta que algumas das imagens são inéditas no país, como as que ele encontrou em álbuns fotográficos de famílias alemãs. Em algumas dessas imagens, clicadas por diversos fotógrafos, é possível ver o Zeppelin sobrevoando pontos famosos do Recife, como a rua da Aurora e o rio Capibaribe. O dirigível media 236 metros de comprimento, o equivalente a seis Airbus A320 enfileirados. Trazia cargas, correspondências e passageiros abastados, como empresários e autoridades. "Mais do que a primeira vigem do zepelim ao Brasil, aquela foi a abertura da ligação comercial da Europa com América do Sul", diz Figueiredo. De 1930 a 1937, o Zeppelin fez voos regulares entre Europa, Recife e Rio. Com a chegada do nazismo ao poder na Alemanha, em 1933, o Zeppelin e o outro grande dirigível do país, o Hindenburg, rodariam o mundo ostentando a suástica em sua estrutura. Também assinam a curadoria da exposição o historiador Dirceu Marroquim e a arquiteta Betânia de Araújo. As fotografias pertencem aos acervos de Figueiredo e do Museu da Cidade. ZEPPELIN NO RECIFE - A EXPOSIÇÃO QUANDO de ter. a sáb., das 9h às 17h, até 26/6 ONDE Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas, s/n, São José, tel. 81-3355-3106) QUANTO grátis ZEPPELIN NO RECIFE - O LIVRO ORGANIZADORES Dirceu Marroquim e Jobson Figueiredo EDITORA Poço Cultural QUANTO R$ 35 (62 págs.)
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Thyssenkrupp e Tata Steel firmam joint venture em operações de aço
A alemã Thyssenkrupp e a Tata Steel uniram nesta quarta-feira (20) suas operações siderúrgicas europeias em um acordo preliminar que criaria a segunda maior siderúrgica do continente, após a ArcelorMittal. O acordo não envolverá dinheiro, disse a Tata, acrescentando que ambos os grupos contribuiriam com dívida e passivos para alcançar uma parcela acionária equivalente e permanecerão investidores de longo prazo. O memorando de entendimento desta quarta-feira, amplamente esperado depois que a Thyssenkrupp disse na semana passada que um acordo poderia ser atingido este mês, ressalta sinergias entre 400 e 600 milhões de euros, assim como redução de até 4 mil postos de trabalho, ou cerca de 8% da força de trabalho conjunta. As companhias dizem que precisam se consolidar para solucionar o problema do excesso de capacidade no mercado europeu de aço, que enfrenta as importações baratas da China e de outros lugares, demanda para construção reduzida e plantas de legado ineficientes. "Ninguém conseguirá resolver problemas estruturais na Europa sozinho. Todos sofremos com o excesso de capacidade e isso significa que todos estão fazendo os mesmos esforços de reestruturação", disse o presidente-executivo da Thyssenkrupp, Heinrich Hiesinger, à emissora n-tv. As ações da Thyssenkrupp subiram 3,2%, impulsionadas pelas esperanças de que a joint venture também alivie o fardo em seu balanço, que será liberado de 4 bilhões de euros —a maior parte de passivos de pensões. As ações da Tata Steel subiram 1,7%. "Isto é um importante catalizador positivos sustentando nossa tese de que a operação central de bens de capital da Thyssenkrupp merece um novo rating significativo", escreveu o analista Seth Rosenfeld em nova, reiterando sua recomendação de compra para a ação.
mercado
Thyssenkrupp e Tata Steel firmam joint venture em operações de açoA alemã Thyssenkrupp e a Tata Steel uniram nesta quarta-feira (20) suas operações siderúrgicas europeias em um acordo preliminar que criaria a segunda maior siderúrgica do continente, após a ArcelorMittal. O acordo não envolverá dinheiro, disse a Tata, acrescentando que ambos os grupos contribuiriam com dívida e passivos para alcançar uma parcela acionária equivalente e permanecerão investidores de longo prazo. O memorando de entendimento desta quarta-feira, amplamente esperado depois que a Thyssenkrupp disse na semana passada que um acordo poderia ser atingido este mês, ressalta sinergias entre 400 e 600 milhões de euros, assim como redução de até 4 mil postos de trabalho, ou cerca de 8% da força de trabalho conjunta. As companhias dizem que precisam se consolidar para solucionar o problema do excesso de capacidade no mercado europeu de aço, que enfrenta as importações baratas da China e de outros lugares, demanda para construção reduzida e plantas de legado ineficientes. "Ninguém conseguirá resolver problemas estruturais na Europa sozinho. Todos sofremos com o excesso de capacidade e isso significa que todos estão fazendo os mesmos esforços de reestruturação", disse o presidente-executivo da Thyssenkrupp, Heinrich Hiesinger, à emissora n-tv. As ações da Thyssenkrupp subiram 3,2%, impulsionadas pelas esperanças de que a joint venture também alivie o fardo em seu balanço, que será liberado de 4 bilhões de euros —a maior parte de passivos de pensões. As ações da Tata Steel subiram 1,7%. "Isto é um importante catalizador positivos sustentando nossa tese de que a operação central de bens de capital da Thyssenkrupp merece um novo rating significativo", escreveu o analista Seth Rosenfeld em nova, reiterando sua recomendação de compra para a ação.
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Ex-governador Sérgio Cabral é ovacionado em posse de Pezão no Rio
O ex-governador Sérgio Cabral foi o convidado de honra na cerimônia de posse de Luiz Fernando Pezão (PMDB), que iniciou nesta quinta-feira (1º) seu segundo mandato à frente do Estado do Rio. Em cerimônia na sede da Assembleia Legislativa do Rio, no centro da cidade, Cabral foi mencionado ao longo de todo o discurso de Pezão. Antes do pronunciamento do atual governador, o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), agradeceu a presença de Cabral no plenário. O ex-governador foi aplaudido de pé pela plateia, composta por parlamentares da bancada estadual e também por representantes do Estado na Câmara dos Deputados (como Eduardo Cunha e Pedro Paulo, do PMDB), além de convidados. Sentado na primeira fila do plenário, Cabral se levantou e agradeceu os aplausos. Desgastado politicamente após denúncias de corrupção associadas a sua gestão, Cabral renunciou em abril de 2014 para dar visibilidade a Pezão, que teve um curto primeiro mandato já em ritmo de campanha eleitoral.
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Ex-governador Sérgio Cabral é ovacionado em posse de Pezão no RioO ex-governador Sérgio Cabral foi o convidado de honra na cerimônia de posse de Luiz Fernando Pezão (PMDB), que iniciou nesta quinta-feira (1º) seu segundo mandato à frente do Estado do Rio. Em cerimônia na sede da Assembleia Legislativa do Rio, no centro da cidade, Cabral foi mencionado ao longo de todo o discurso de Pezão. Antes do pronunciamento do atual governador, o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), agradeceu a presença de Cabral no plenário. O ex-governador foi aplaudido de pé pela plateia, composta por parlamentares da bancada estadual e também por representantes do Estado na Câmara dos Deputados (como Eduardo Cunha e Pedro Paulo, do PMDB), além de convidados. Sentado na primeira fila do plenário, Cabral se levantou e agradeceu os aplausos. Desgastado politicamente após denúncias de corrupção associadas a sua gestão, Cabral renunciou em abril de 2014 para dar visibilidade a Pezão, que teve um curto primeiro mandato já em ritmo de campanha eleitoral.
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Três pessoas são feitas de reféns durante roubo de carga no Rio
Um motorista e dois seguranças de uma transportadora foram levados como reféns por criminosos durante roubo de carga no Rio. Os três foram liberados, e parte da carga, recuperada. De acordo com a polícia, o caminhão com as três pessoas foi abordado na manhã deste sábado (24) na Pavuna, zona norte da cidade, e depois levado para o Morro da Pedreira, em Costa Barros, na mesma região. Os reféns foram liberados no final da manhã. A polícia realiza operação na comunidade em busca dos bandidos. Um dos seguranças contou ao telejornal "RJTV", da Rede Globo, que houve um "julgamento" entre os bandidos para decidir pela vida dos reféns. "Houve um 'tribunal', mas graças a Deus não aconteceu nada. Um [dos bandidos] estava muito alterado e queria porque queria matar a gente", disse a vítima. Em outra ocorrência, também na Pavuna, policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá) impediram o roubo de um caminhão dos Correios, quando faziam patrulhamento de rotina. Segundo a polícia, os criminosos atiraram contra os agentes ao avistar a viatura e fugiram. O caminhão foi abandonado na Estrada de Botafogo, em Costa Barros.
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Três pessoas são feitas de reféns durante roubo de carga no RioUm motorista e dois seguranças de uma transportadora foram levados como reféns por criminosos durante roubo de carga no Rio. Os três foram liberados, e parte da carga, recuperada. De acordo com a polícia, o caminhão com as três pessoas foi abordado na manhã deste sábado (24) na Pavuna, zona norte da cidade, e depois levado para o Morro da Pedreira, em Costa Barros, na mesma região. Os reféns foram liberados no final da manhã. A polícia realiza operação na comunidade em busca dos bandidos. Um dos seguranças contou ao telejornal "RJTV", da Rede Globo, que houve um "julgamento" entre os bandidos para decidir pela vida dos reféns. "Houve um 'tribunal', mas graças a Deus não aconteceu nada. Um [dos bandidos] estava muito alterado e queria porque queria matar a gente", disse a vítima. Em outra ocorrência, também na Pavuna, policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá) impediram o roubo de um caminhão dos Correios, quando faziam patrulhamento de rotina. Segundo a polícia, os criminosos atiraram contra os agentes ao avistar a viatura e fugiram. O caminhão foi abandonado na Estrada de Botafogo, em Costa Barros.
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Leitor comenta coluna de Contardo Calligaris sobre fundamentalismo
"Mas por que, em plena modernidade ocidental, alguém precisa impor suas práticas e crenças?", questiona Contardo Calligaris. Quem sabe a "Secretaria de Direitos Humanos" passasse a ser denominada "Secretaria de Direitos Divinos"? Não haveríamos mais motivos para equívocos, pois os parlamentares legislariam em nome de Deus. Todos os cidadãos se renderiam às leis sobrenaturais. Seria instaurada em nosso país uma "ditadura democrática evangélica". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor comenta coluna de Contardo Calligaris sobre fundamentalismo"Mas por que, em plena modernidade ocidental, alguém precisa impor suas práticas e crenças?", questiona Contardo Calligaris. Quem sabe a "Secretaria de Direitos Humanos" passasse a ser denominada "Secretaria de Direitos Divinos"? Não haveríamos mais motivos para equívocos, pois os parlamentares legislariam em nome de Deus. Todos os cidadãos se renderiam às leis sobrenaturais. Seria instaurada em nosso país uma "ditadura democrática evangélica". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira
* Jornais nacionais Folha de S.Paulo Terroristas matam 12 em ataque a jornal de Paris; multidão vai às ruas Agora S.Paulo Corte de pensões do INSS vai começar a partir do dia 14 O Estado de S.Paulo 12 morrem em ataque a jornal francês e milhares vão às ruas O Globo Ataque à liberdade de expressão mata 12 em Paris Valor Econômico Eletrobras fica fora do leilão de novas linhas de energia Correio Braziliense A liberdade é maior que o terror Zero Hora A França em vigília contra o terrorismo * Jornais internacionais The New York Times (EUA) Terroristas atacam jornal de Paris e deixam 12 mortos The Washington Post (EUA) Após ataque terrorista, perseguição toma conta de Paris The Guardian (Reino Unido) 'Um ataque à democracia' Le Figaro (França) A liberdade assassinada El País (Espanha) Ataque terrorista contra a liberdade de imprensa no coração da Europa
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Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira* Jornais nacionais Folha de S.Paulo Terroristas matam 12 em ataque a jornal de Paris; multidão vai às ruas Agora S.Paulo Corte de pensões do INSS vai começar a partir do dia 14 O Estado de S.Paulo 12 morrem em ataque a jornal francês e milhares vão às ruas O Globo Ataque à liberdade de expressão mata 12 em Paris Valor Econômico Eletrobras fica fora do leilão de novas linhas de energia Correio Braziliense A liberdade é maior que o terror Zero Hora A França em vigília contra o terrorismo * Jornais internacionais The New York Times (EUA) Terroristas atacam jornal de Paris e deixam 12 mortos The Washington Post (EUA) Após ataque terrorista, perseguição toma conta de Paris The Guardian (Reino Unido) 'Um ataque à democracia' Le Figaro (França) A liberdade assassinada El País (Espanha) Ataque terrorista contra a liberdade de imprensa no coração da Europa
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SP teve aumento de 21% no número de quedas de árvores em relação a 2013
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras divulgou que da madrugada da última segunda-feira (29) até as 19h30 desta quarta-feira (31), foram registradas 538 ocorrências de queda de árvores em São Paulo. Cerca de 490 destas árvores já foram cortadas para desobstrução das vias da cidade. Em 2013, foram registradas 1.881 quedas de árvores. Em 2014, o número chegou a 2.274. O aumento representa um crescimento de 21% na quantidade de quedas de árvores na cidade. Os moradores das regiões afetadas podem entrar em contato com a Defesa Civil através do telefone 199 para avisar sobre quedas de árvores. Qualquer cidadão também pode solicitar o manejo de árvores pelo telefone 156, pelo site da prefeitura ou pessoalmente na Praças de Atendimento das Subprefeituras. A prioridade para as remoções é definida pela Prefeitura em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Em alguns casos as equipes contam com o apoio da Eletropaulo no desligamento da rede elétrica.
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SP teve aumento de 21% no número de quedas de árvores em relação a 2013A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras divulgou que da madrugada da última segunda-feira (29) até as 19h30 desta quarta-feira (31), foram registradas 538 ocorrências de queda de árvores em São Paulo. Cerca de 490 destas árvores já foram cortadas para desobstrução das vias da cidade. Em 2013, foram registradas 1.881 quedas de árvores. Em 2014, o número chegou a 2.274. O aumento representa um crescimento de 21% na quantidade de quedas de árvores na cidade. Os moradores das regiões afetadas podem entrar em contato com a Defesa Civil através do telefone 199 para avisar sobre quedas de árvores. Qualquer cidadão também pode solicitar o manejo de árvores pelo telefone 156, pelo site da prefeitura ou pessoalmente na Praças de Atendimento das Subprefeituras. A prioridade para as remoções é definida pela Prefeitura em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Em alguns casos as equipes contam com o apoio da Eletropaulo no desligamento da rede elétrica.
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É possível sobreviver comendo apenas um tipo de alimento?
Nem só de pão vive o homem –em parte porque esse homem desenvolveria escorbuto (uma doença desencadeada pela carência de vitamina C) em cerca de um mês nesse experimento. Em geral, as melhores dietas são as que oferecem uma boa variedade de alimentos, garantindo que você tenha tudo, desde vitamina C até ferro ou ácido linoleico, sem você sequer ter que pensar no assunto. Até mesmo dietas da moda que focam em algumas comidas ou em eliminar algumas coisas geralmente são variadas o bastante para oferecer um nível razoável de nutrição. Ainda assim, e se você tivesse que viver a situação extremamente improvável de ter que se alimentar apenas de um único alimento, qual seria o mais nutritivo e completo de todos? Você poderia conseguir o que precisa a partir de, digamos, somente batatas, ou bananas, ou abacates? Há apenas uma certeza, a de que entre os alimentos candidatos não estarão carne nem a maioria das frutas, legumes e verduras na dieta. A carne não tem fibra, nem vitaminas e nutrientes importantes. Frutas, legumes e verduras podem ter vitaminas, mas não chegam perto da quantidade de gordura e proteína da carne, mesmo se consumidos em grandes quantidades. O explorador do Ártico Vilhjalmur Stefansson escreveu sobre um fenômeno conhecido no norte do Canadá como "rabbit starvation" ("inanição do coelho"), que ocorre quando só se come carne magra –sem gordura–, como a de coelho. Após uma semana, a pessoa "tem diarreia, dor de cabeça, lassidão [fadiga] e um vago desconforto". Acredita-se que quando todas as calorias diárias são obtidas apenas de proteína, o fígado é sobrecarregado e não consegue processar a proteína. Uma opção melhor seria comer só batatas. A nutricionista Jennie Jackson, da Glasgow Caledonian University, escreveu no ano passado sobre o caso do australiano Andrew Taylor, que passou um ano comendo apenas batatas para perder peso e desenvolver hábitos mais saudáveis. O que faz das batatas um alimento especial é que, para um amiláceo, ela tem uma quantidade incomum de proteína, o que inclui uma grande variedade de aminoácidos, diz Jackson. Mesmo assim, comer 3 kg de batatas por dia chegaria apenas a dois terços da quantidade de proteína recomendada para alguém do tamanho de Taylor. As batatas também não têm a quantidade recomendada de gordura e, apesar de Taylor ter incluído batata-doce na categoria, o que incluiria vitaminas A e E, ferro e cálcio, Jackson percebeu que vitaminas B, zinco e outros minerais estariam em falta. Mas ele parece ter conseguido sobreviver ao seu desafio sem grandes prejuízos. E ele conseguiu perder bastante peso. Como acompanhamento, as batatas frequentemente são mencionadas nesse tipo de assunto. Há alguns anos, um leitor perguntou à famosa coluna The Straight Dope do jornal "The Chicago Reader", dedicada a responder dúvidas sobre vários assuntos, se era verdade que você poderia viver apenas à base de batatas e leite. Afinal de contas, diz-se que antes da Grande Fome da Irlanda, as pessoas viviam praticamente só de batata. Cecil Adams, o principal autor dessa coluna, diz ter investigado a questão com seu assistente e descoberto que com muita batata e leite você consegue quase tudo o que precisa –com exceção do mineral molibdênio. Mas você resolve o problema se acrescentar um pouco de aveia à dieta. Ao ouvir isso, Jackson ri. "Ah, essa é a nossa dieta, é a dieta escocesa há centenas de anos. Isso faz sentido. Batatas, leite e aveia, com um pouco de couve também." Mas além da mera nutrição, há outras barreiras para a dieta de um alimento só. Os humanos têm mecanismos feitos justamente para evitar esse tipo de situação (provavelmente porque isso acaba levando alguém à desnutrição) –um fenômeno chamado saciedade sensorial específica, em que quanto mais você come de um alimento, menos seu estômago consegue processá-lo. "Eu chamo isso de situação sobremesa", diz Jackson, "quando você come uma refeição e fica cheio, você não conseguiria dar mais nenhuma mordida. Então alguém traz uma sobremesa e você consegue ingerir mais algumas calorias". Há o perigo de que comer a mesma coisa dia após dia por um longo período torna mais difícil você comer o suficiente disso para mantê-lo firme (alguém se habilita a comer 3 kgs de abacate por dia?). Além disso, a lógica de que deve ser possível viver com um único alimento –desde que todas as vitaminas, minerais e calorias estejam presentes– não funciona. Para entender por que, considere como chegamos à visão da nutrição ideal. Pesquisadores no começo do século 20 tiravam certos nutrientes dos ratos e os acompanhavam para ver se eles ficariam doentes ou morreriam. Foi assim que aprendemos sobre a existência de vitaminas, por exemplo. Esse tipo de experimento mostra quais são os nutrientes vitais –que precisam ser consumidos a curto prazo para evitar a morte. Porém, é possível que alguns benefícios de uma dieta variada –que faz a diferença a longo prazo– não sejam detectados em experimentos desse tipo, diz Jackson. Dados epidemiológicos das pessoas deixaram claro que uma variedade de legumes e verduras na dieta é mais saudável do comer apenas alguns, por exemplo, mas ainda não se sabe ao certo o motivo. Talvez uma dieta sem hortaliças verdes signifique que, em algum momento da vida, você terá uma probabilidade maior de desenvolver câncer. "Não sabemos exatamente que comidas provocam quais efeitos", diz Jackson. "Então se por um lado você pode saber o que consegue tirar de nutrientes macro, pelo outro, você não saberá exatamente o que está perdendo". A dieta de apenas um alimento pode poupar tempo e estresse, mas seria uma maneira rápida de ficar doente e também entediado.
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É possível sobreviver comendo apenas um tipo de alimento?Nem só de pão vive o homem –em parte porque esse homem desenvolveria escorbuto (uma doença desencadeada pela carência de vitamina C) em cerca de um mês nesse experimento. Em geral, as melhores dietas são as que oferecem uma boa variedade de alimentos, garantindo que você tenha tudo, desde vitamina C até ferro ou ácido linoleico, sem você sequer ter que pensar no assunto. Até mesmo dietas da moda que focam em algumas comidas ou em eliminar algumas coisas geralmente são variadas o bastante para oferecer um nível razoável de nutrição. Ainda assim, e se você tivesse que viver a situação extremamente improvável de ter que se alimentar apenas de um único alimento, qual seria o mais nutritivo e completo de todos? Você poderia conseguir o que precisa a partir de, digamos, somente batatas, ou bananas, ou abacates? Há apenas uma certeza, a de que entre os alimentos candidatos não estarão carne nem a maioria das frutas, legumes e verduras na dieta. A carne não tem fibra, nem vitaminas e nutrientes importantes. Frutas, legumes e verduras podem ter vitaminas, mas não chegam perto da quantidade de gordura e proteína da carne, mesmo se consumidos em grandes quantidades. O explorador do Ártico Vilhjalmur Stefansson escreveu sobre um fenômeno conhecido no norte do Canadá como "rabbit starvation" ("inanição do coelho"), que ocorre quando só se come carne magra –sem gordura–, como a de coelho. Após uma semana, a pessoa "tem diarreia, dor de cabeça, lassidão [fadiga] e um vago desconforto". Acredita-se que quando todas as calorias diárias são obtidas apenas de proteína, o fígado é sobrecarregado e não consegue processar a proteína. Uma opção melhor seria comer só batatas. A nutricionista Jennie Jackson, da Glasgow Caledonian University, escreveu no ano passado sobre o caso do australiano Andrew Taylor, que passou um ano comendo apenas batatas para perder peso e desenvolver hábitos mais saudáveis. O que faz das batatas um alimento especial é que, para um amiláceo, ela tem uma quantidade incomum de proteína, o que inclui uma grande variedade de aminoácidos, diz Jackson. Mesmo assim, comer 3 kg de batatas por dia chegaria apenas a dois terços da quantidade de proteína recomendada para alguém do tamanho de Taylor. As batatas também não têm a quantidade recomendada de gordura e, apesar de Taylor ter incluído batata-doce na categoria, o que incluiria vitaminas A e E, ferro e cálcio, Jackson percebeu que vitaminas B, zinco e outros minerais estariam em falta. Mas ele parece ter conseguido sobreviver ao seu desafio sem grandes prejuízos. E ele conseguiu perder bastante peso. Como acompanhamento, as batatas frequentemente são mencionadas nesse tipo de assunto. Há alguns anos, um leitor perguntou à famosa coluna The Straight Dope do jornal "The Chicago Reader", dedicada a responder dúvidas sobre vários assuntos, se era verdade que você poderia viver apenas à base de batatas e leite. Afinal de contas, diz-se que antes da Grande Fome da Irlanda, as pessoas viviam praticamente só de batata. Cecil Adams, o principal autor dessa coluna, diz ter investigado a questão com seu assistente e descoberto que com muita batata e leite você consegue quase tudo o que precisa –com exceção do mineral molibdênio. Mas você resolve o problema se acrescentar um pouco de aveia à dieta. Ao ouvir isso, Jackson ri. "Ah, essa é a nossa dieta, é a dieta escocesa há centenas de anos. Isso faz sentido. Batatas, leite e aveia, com um pouco de couve também." Mas além da mera nutrição, há outras barreiras para a dieta de um alimento só. Os humanos têm mecanismos feitos justamente para evitar esse tipo de situação (provavelmente porque isso acaba levando alguém à desnutrição) –um fenômeno chamado saciedade sensorial específica, em que quanto mais você come de um alimento, menos seu estômago consegue processá-lo. "Eu chamo isso de situação sobremesa", diz Jackson, "quando você come uma refeição e fica cheio, você não conseguiria dar mais nenhuma mordida. Então alguém traz uma sobremesa e você consegue ingerir mais algumas calorias". Há o perigo de que comer a mesma coisa dia após dia por um longo período torna mais difícil você comer o suficiente disso para mantê-lo firme (alguém se habilita a comer 3 kgs de abacate por dia?). Além disso, a lógica de que deve ser possível viver com um único alimento –desde que todas as vitaminas, minerais e calorias estejam presentes– não funciona. Para entender por que, considere como chegamos à visão da nutrição ideal. Pesquisadores no começo do século 20 tiravam certos nutrientes dos ratos e os acompanhavam para ver se eles ficariam doentes ou morreriam. Foi assim que aprendemos sobre a existência de vitaminas, por exemplo. Esse tipo de experimento mostra quais são os nutrientes vitais –que precisam ser consumidos a curto prazo para evitar a morte. Porém, é possível que alguns benefícios de uma dieta variada –que faz a diferença a longo prazo– não sejam detectados em experimentos desse tipo, diz Jackson. Dados epidemiológicos das pessoas deixaram claro que uma variedade de legumes e verduras na dieta é mais saudável do comer apenas alguns, por exemplo, mas ainda não se sabe ao certo o motivo. Talvez uma dieta sem hortaliças verdes signifique que, em algum momento da vida, você terá uma probabilidade maior de desenvolver câncer. "Não sabemos exatamente que comidas provocam quais efeitos", diz Jackson. "Então se por um lado você pode saber o que consegue tirar de nutrientes macro, pelo outro, você não saberá exatamente o que está perdendo". A dieta de apenas um alimento pode poupar tempo e estresse, mas seria uma maneira rápida de ficar doente e também entediado.
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Escândalo da Volkswagen avança para além do diesel
Qualquer sensação de que a Volkswagen tinha conseguido colocar sob controle o grande escândalo relacionado às emissões de poluentes por seus veículos se evaporou, em dois dias desta semana. Na segunda-feira (5), a Porsche, subsidiária da Volkswagen para veículos de luxo, foi envolvida no escândalo depois que surgiram acusações de que seu utilitário esportivo Cayenne registrava resultados inferiores aos reais na emissão de óxidos de nitrogênio, uma substância nociva. Mais tarde, na terça-feira (6), a montadora alemã revelou um novo problema quanto a registros de emissões inferiores às reais em 800 mil veículos fabricados por ela. Os preços das ações da Volkswagen voltaram a cair acentuadamente uma vez mais, ontem, em quase 10%, enquanto os investidores tentavam avaliar as escassas informações fornecidas pela companhia. As ações da Volkswagen caíram em 38% desde 18 de setembro, quando uma agência regulatória dos Estados Unidos acusou a companhia de trapacear nos testes de emissões de óxidos de nitrogênio. A companhia subsequentemente admitiu ter instalado dispositivos de manipulação, um software ilegal que serve para registrar emissões inferiores às reais em testes de poluição, em até 11 milhões de veículos acionados por motores diesel Volkswagen. Todos eles estão sujeitos a recall. Boa parte dos detalhes quanto às revelações da Volkswagen sobre emissões de dióxido de carbono ainda não estão claros. Mas um ponto importante já é conhecido: o escândalo de emissões se estende para além dos veículos diesel da Volkswagen e inclui alguns de seus modelos acionados a gasolina. No entanto, a Volkswagen afirma que sua revelação sobre os 800 mil veículos e suas emissões de dióxido de carbono - que surgiu de investigações internas da empresa para expor quaisquer outros delitos - não envolve dispositivos manipuladores, e que um recall não será necessário. O problema não está nos motores, mas no processo de teste e certificação dos carros, e tem por centro a questão de como os 800 mil veículos da Volkswagen conseguiram obter um índice de consumo de combustível quase 15% melhor em testes de laboratório do que o obtido nas ruas. Ao fazê-lo, os veículos também registraram emissões de carbono inferiores às reais, nos testes. "Não podemos fechar os olhos a isso", disse um porta-voz da Volkswagen. "É uma manipulação ofensiva... e temos de revelá-la". O anúncio pode ser interpretado como um esforço para divulgar más notícias por conta própria antes que elas surjam por outros meios, depois da revelação, segunda-feira, de que mais 10 mil carros fabricados pelo grupo Volkswagen e vendidos nos Estados Unidos estavam emitindo mais óxidos de nitrogênio nas ruas do que em testes de laboratório. Esse número de 10 mil vem se somar aos 482 mil veículos a diesel vendidos pela Volkswagen nos Estados Unidos e identificados pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana em 18 de setembro. Mas, juntas, as recentes notícias reforçam a crescente convicção de que, longe de serem obra de um pequeno grupo de engenheiros operando sem ordens, os problemas da Volkswagen são endêmicos. "Em minha opinião, jamais foi crível que tudo se devesse apenas a um pequeno grupo de engenheiros', diz Max Warburton, analista da Bernstein Research. "Dada a complexidade dos carros modernos e o número de engenheiros envolvidos no desenvolvimento de produtos, argumentei desde o começo que teríamos de estar falando de centenas de pessoas". Com base nos montantes reservados pela Volkswagen até agora para enfrentar a crise - dois bilhões de euro para os problemas do dióxido de carbono e 6,7 bilhões de euros para o problema dos óxidos de nitrogênio - o impacto financeiro por veículo envolvido é muito mais grave na primeira questão do que na segunda. A revelação da montadora pode disparar alarmes em outras montadoras porque as emissões de dióxido de carbono de seus veículos estão sofrendo escrutínio de grupos de ativistas. "A principal questão [na Volkswagen] é, de novo, determinar se isso é uma fraude ou compatível com aquilo que o setor todo faz", disse Thomas Besson, analista da Kepler Chevreaux. Como no caso das emissões de óxidos de nitrogênio por veículos, os resultados de laboratório para o dióxido de carbono são reconhecidamente distintos da realidade registrada nas estradas. Isso acontece em parte porque as montadoras de automóveis da Europa podem explorar - de maneira perfeitamente legal - as flexibilidades de um regime de testes obsoleto, a fim de obter índices ótimos de emissões de dióxido de carbono, posteriormente alardeados no material de vendas dos veículos. Mas grupos de ativistas apontam que as montadoras de automóveis melhoraram muito em termos de explorar a distância entre os testes de laboratório e o mundo real. Em média, os veículos das montadoras europeias emitiram 35% mais dióxido de carbono nas ruas do que em laboratório, no ano passado, ante 10% em 2002. Embora algumas montadoras de automóveis tenham sido multadas pelas autoridades regulatórias norte-americanas por subestimarem as emissões de dióxido de carbono - especialmente a Hyundai e Kia -, não há exemplos comparáveis na Europa, a despeito de os limites para emissões serem muito mais rigorosos na União Europeia do que na América do Norte. Mas as autoridades europeias estão mais resolutas, agora. Elzbieta Bienkowska, comissária europeia responsável por fiscalizar o mercado unido, diz que o escândalo da Volkswagen demonstrou a necessidade de as potências da União Europeia supervisionarem o trabalho das autoridades nacionais de aprovação de automóveis. O sistema de testes de carros existente "não vem funcionando como devia, e isso é muito visível", disse a comissária ao "Financial Times". Para dissipar o nevoeiro do escândalo, respostas são necessárias Nos últimos dias, o escândalo dos testes de emissões na Volkswagen se expandiu em duas direções. As autoridades regulatórias dos Estados Unidos anunciaram que estavam estendendo sua investigação para determinar se as linhas de luxo da montadora também estavam equipadas com software que registra uma redução artificial nas emissões de poluentes. Em seguida, a segunda maior montadora de automóvel do planeta revelou que havia descoberto irregularidades nas emissões de dióxido de carbono de alguns veículos. Eis o que se sabe sobre as mais recentes revelações, até agora: P. Achei que o problema era nos carros menores a diesel da Volkswagen; o que mudou? R. Muita coisa. Os proprietários de 11 milhões de veículos diesel da Audi, Volkswagen, Seat e Skoda (com motores de 2.000cc ou menos), construídos de 2009 em diante, já estavam sujeitos a um recall para remoção do software de manipulação. Agora parece que o problema é maior. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que estava investigando software instalado em motores diesel de 3.000cc instalados em carros do grupo Volkswagen, entre os quais o Porsche Cayenne, o Audi A6 Quattro 2016 e o Volkswagen Touareg 2014. A agência informou que testes mostram emissões de óxidos de nitrogênio até 900% superiores às autorizadas. A Volkswagen rejeitou a asserção de que isso se devia ao uso de um dispositivo manipulador semelhante ao empregado em modelos menores, mas posteriormente anunciou que suspenderia as vendas do Cayenne nos Estados Unidos. P. Como, então, a questão subitamente se expandiu de trapaça da Volkswagen quanto a emissões de óxidos de nitrogênio para um problema com as emissões de dióxido de carbono? R. A companhia afirmou que uma investigação interna lançada pelo novo presidente-executivo Matthias Müller registrou "inconsistências inesperadas" nos níveis reportados de emissões de dióxido de carbono em 800 mil veículos. P. Isso significa que existem quase 12 milhões de carros com problema, agora? R. Isso não está claro. A Volkswagen continua a contestar as asserções da EPA sobre seus veiculos diesel de maior porte, e depois de confessar o problema de emissões de dióxido de carbono pouco acrescentou sobre que modelos eram afetados pelo mais recente problema. A Volkswagen revelou ao "Financial Times" que todos os veículos afetados pelo problema nas emissões de dióxido de carbono tem motores de 1.400cc e em sua maioria representam modelos Volkswagen Polo e Golf, mas também incluem alguns Audis, Seats e Skodas. A montadora informou que os 800 mil carros afetados eram "em sua maioria movidos a diesel". O governo alemão revelou que 98 mil dos carros com problemas de emissão de dióxido de carbono têm motores a gasolina. P. O que acontece a seguir? R. Todos os carros afetados podem ser dirigidos em segurança. No caso dos 11 milhões de veículos com motores diesel de menor porte, a Volkswagen já está trabalhando para desenvolver uma série de soluções. Para a maioria desses carros, as mudanças devem envolver simplesmente a remoção do software irregular, sem qualquer outro impacto sobre o carro. Não está claro se alguns veículos precisarão de reparos adicionais que possam reduzir sua potência ou piorar seu consumo de combustível. No caso dos veículos de luxo com motores diesel, é cedo demais para dizer que reparo, se algum, a Volkswagen teria de implementar. Grupos ambientais documentaram repetidamente casos em que carros produzidos por diferentes montadoras emitiam mais dióxido de carbono nas ruas do que em testes de laboratório. Há boa chance de que a questão exponha todo o setor a escrutínio mais severo. P. Haverá impacto financeiro para os proprietários de automóveis? R. Em alguns países, entre os quais o Reino Unido, os impostos sobre os carros se baseiam em suas emissões; por isso, se um veículo emitir mais que o declarado, o proprietário poderia ter de pagar mais impostos. Mas a Volkswagen afirmou, em conexão com o problema dos óxidos de nitrogênio, que cobriria qualquer custo adicional para os proprietários. Também constituiu uma provisão de dois bilhões de euros para cobrir custos relacionados aos 800 mil carros afetados pelo problema do dióxido de carbono. CAVANDO MAIS FUNDO Se Matthias Müller, o novo presidente-executivo da Volkswagen, precisava de qualquer confirmação de que está sujeito a grande pressão, esta semana a ofereceu. Revelações surgidas na segunda-feira de que veículos produzidos pela Porsche, subsidiária da Volkswagen, foram apanhados no escândalo de emissões que vem abalando o grupo alemão colocaram o seu nome no centro da questão pela primeira vez. Ele foi presidente-executivo da Porsche de 2010 até setembro. A resposta inicial da Volkswagen a essas mais recentes acusações de uma agência regulatória norte-americana também causou preocupação. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos disse que a Volkswagen havia instalado um dispositivo manipulador ilegal em 10 mil carros a diesel a mais do que a empresa havia admitido anteriormente - entre os quais alguns utilitários esportivos da Porsche - em um esforço para trapacear durante testes de emissões de óxidos de nitrogênio. A Volkswagen, que não foi informada sobre as acusações com antecedência, rapidamente divulgou um comunicado negado que tivesse instalado qualquer software que alterasse "as características de emissões de maneira proibida". O diário financeiro alemão "Handelsblatt" afirmou que Müller se havia colocado "em rota de colisão com os investigadores e acionistas". Mas a revelação, na noite de terça-feira pela Volkswagen, de uma grande segunda frente no escândalo, envolvendo emissões de dióxido de carbono por 800 mil veículos, resultou em algo de quase tão chocante: elogios de analistas a Müller. Arndt Ellinghorst, da Evercore ISI acrescentou que "o presidente-executivo Müller aponta corretamente que se trata de um processo doloroso. A Volkswagen está cavando fundo e identificando muita coisa desagradável". Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
Escândalo da Volkswagen avança para além do dieselQualquer sensação de que a Volkswagen tinha conseguido colocar sob controle o grande escândalo relacionado às emissões de poluentes por seus veículos se evaporou, em dois dias desta semana. Na segunda-feira (5), a Porsche, subsidiária da Volkswagen para veículos de luxo, foi envolvida no escândalo depois que surgiram acusações de que seu utilitário esportivo Cayenne registrava resultados inferiores aos reais na emissão de óxidos de nitrogênio, uma substância nociva. Mais tarde, na terça-feira (6), a montadora alemã revelou um novo problema quanto a registros de emissões inferiores às reais em 800 mil veículos fabricados por ela. Os preços das ações da Volkswagen voltaram a cair acentuadamente uma vez mais, ontem, em quase 10%, enquanto os investidores tentavam avaliar as escassas informações fornecidas pela companhia. As ações da Volkswagen caíram em 38% desde 18 de setembro, quando uma agência regulatória dos Estados Unidos acusou a companhia de trapacear nos testes de emissões de óxidos de nitrogênio. A companhia subsequentemente admitiu ter instalado dispositivos de manipulação, um software ilegal que serve para registrar emissões inferiores às reais em testes de poluição, em até 11 milhões de veículos acionados por motores diesel Volkswagen. Todos eles estão sujeitos a recall. Boa parte dos detalhes quanto às revelações da Volkswagen sobre emissões de dióxido de carbono ainda não estão claros. Mas um ponto importante já é conhecido: o escândalo de emissões se estende para além dos veículos diesel da Volkswagen e inclui alguns de seus modelos acionados a gasolina. No entanto, a Volkswagen afirma que sua revelação sobre os 800 mil veículos e suas emissões de dióxido de carbono - que surgiu de investigações internas da empresa para expor quaisquer outros delitos - não envolve dispositivos manipuladores, e que um recall não será necessário. O problema não está nos motores, mas no processo de teste e certificação dos carros, e tem por centro a questão de como os 800 mil veículos da Volkswagen conseguiram obter um índice de consumo de combustível quase 15% melhor em testes de laboratório do que o obtido nas ruas. Ao fazê-lo, os veículos também registraram emissões de carbono inferiores às reais, nos testes. "Não podemos fechar os olhos a isso", disse um porta-voz da Volkswagen. "É uma manipulação ofensiva... e temos de revelá-la". O anúncio pode ser interpretado como um esforço para divulgar más notícias por conta própria antes que elas surjam por outros meios, depois da revelação, segunda-feira, de que mais 10 mil carros fabricados pelo grupo Volkswagen e vendidos nos Estados Unidos estavam emitindo mais óxidos de nitrogênio nas ruas do que em testes de laboratório. Esse número de 10 mil vem se somar aos 482 mil veículos a diesel vendidos pela Volkswagen nos Estados Unidos e identificados pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana em 18 de setembro. Mas, juntas, as recentes notícias reforçam a crescente convicção de que, longe de serem obra de um pequeno grupo de engenheiros operando sem ordens, os problemas da Volkswagen são endêmicos. "Em minha opinião, jamais foi crível que tudo se devesse apenas a um pequeno grupo de engenheiros', diz Max Warburton, analista da Bernstein Research. "Dada a complexidade dos carros modernos e o número de engenheiros envolvidos no desenvolvimento de produtos, argumentei desde o começo que teríamos de estar falando de centenas de pessoas". Com base nos montantes reservados pela Volkswagen até agora para enfrentar a crise - dois bilhões de euro para os problemas do dióxido de carbono e 6,7 bilhões de euros para o problema dos óxidos de nitrogênio - o impacto financeiro por veículo envolvido é muito mais grave na primeira questão do que na segunda. A revelação da montadora pode disparar alarmes em outras montadoras porque as emissões de dióxido de carbono de seus veículos estão sofrendo escrutínio de grupos de ativistas. "A principal questão [na Volkswagen] é, de novo, determinar se isso é uma fraude ou compatível com aquilo que o setor todo faz", disse Thomas Besson, analista da Kepler Chevreaux. Como no caso das emissões de óxidos de nitrogênio por veículos, os resultados de laboratório para o dióxido de carbono são reconhecidamente distintos da realidade registrada nas estradas. Isso acontece em parte porque as montadoras de automóveis da Europa podem explorar - de maneira perfeitamente legal - as flexibilidades de um regime de testes obsoleto, a fim de obter índices ótimos de emissões de dióxido de carbono, posteriormente alardeados no material de vendas dos veículos. Mas grupos de ativistas apontam que as montadoras de automóveis melhoraram muito em termos de explorar a distância entre os testes de laboratório e o mundo real. Em média, os veículos das montadoras europeias emitiram 35% mais dióxido de carbono nas ruas do que em laboratório, no ano passado, ante 10% em 2002. Embora algumas montadoras de automóveis tenham sido multadas pelas autoridades regulatórias norte-americanas por subestimarem as emissões de dióxido de carbono - especialmente a Hyundai e Kia -, não há exemplos comparáveis na Europa, a despeito de os limites para emissões serem muito mais rigorosos na União Europeia do que na América do Norte. Mas as autoridades europeias estão mais resolutas, agora. Elzbieta Bienkowska, comissária europeia responsável por fiscalizar o mercado unido, diz que o escândalo da Volkswagen demonstrou a necessidade de as potências da União Europeia supervisionarem o trabalho das autoridades nacionais de aprovação de automóveis. O sistema de testes de carros existente "não vem funcionando como devia, e isso é muito visível", disse a comissária ao "Financial Times". Para dissipar o nevoeiro do escândalo, respostas são necessárias Nos últimos dias, o escândalo dos testes de emissões na Volkswagen se expandiu em duas direções. As autoridades regulatórias dos Estados Unidos anunciaram que estavam estendendo sua investigação para determinar se as linhas de luxo da montadora também estavam equipadas com software que registra uma redução artificial nas emissões de poluentes. Em seguida, a segunda maior montadora de automóvel do planeta revelou que havia descoberto irregularidades nas emissões de dióxido de carbono de alguns veículos. Eis o que se sabe sobre as mais recentes revelações, até agora: P. Achei que o problema era nos carros menores a diesel da Volkswagen; o que mudou? R. Muita coisa. Os proprietários de 11 milhões de veículos diesel da Audi, Volkswagen, Seat e Skoda (com motores de 2.000cc ou menos), construídos de 2009 em diante, já estavam sujeitos a um recall para remoção do software de manipulação. Agora parece que o problema é maior. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que estava investigando software instalado em motores diesel de 3.000cc instalados em carros do grupo Volkswagen, entre os quais o Porsche Cayenne, o Audi A6 Quattro 2016 e o Volkswagen Touareg 2014. A agência informou que testes mostram emissões de óxidos de nitrogênio até 900% superiores às autorizadas. A Volkswagen rejeitou a asserção de que isso se devia ao uso de um dispositivo manipulador semelhante ao empregado em modelos menores, mas posteriormente anunciou que suspenderia as vendas do Cayenne nos Estados Unidos. P. Como, então, a questão subitamente se expandiu de trapaça da Volkswagen quanto a emissões de óxidos de nitrogênio para um problema com as emissões de dióxido de carbono? R. A companhia afirmou que uma investigação interna lançada pelo novo presidente-executivo Matthias Müller registrou "inconsistências inesperadas" nos níveis reportados de emissões de dióxido de carbono em 800 mil veículos. P. Isso significa que existem quase 12 milhões de carros com problema, agora? R. Isso não está claro. A Volkswagen continua a contestar as asserções da EPA sobre seus veiculos diesel de maior porte, e depois de confessar o problema de emissões de dióxido de carbono pouco acrescentou sobre que modelos eram afetados pelo mais recente problema. A Volkswagen revelou ao "Financial Times" que todos os veículos afetados pelo problema nas emissões de dióxido de carbono tem motores de 1.400cc e em sua maioria representam modelos Volkswagen Polo e Golf, mas também incluem alguns Audis, Seats e Skodas. A montadora informou que os 800 mil carros afetados eram "em sua maioria movidos a diesel". O governo alemão revelou que 98 mil dos carros com problemas de emissão de dióxido de carbono têm motores a gasolina. P. O que acontece a seguir? R. Todos os carros afetados podem ser dirigidos em segurança. No caso dos 11 milhões de veículos com motores diesel de menor porte, a Volkswagen já está trabalhando para desenvolver uma série de soluções. Para a maioria desses carros, as mudanças devem envolver simplesmente a remoção do software irregular, sem qualquer outro impacto sobre o carro. Não está claro se alguns veículos precisarão de reparos adicionais que possam reduzir sua potência ou piorar seu consumo de combustível. No caso dos veículos de luxo com motores diesel, é cedo demais para dizer que reparo, se algum, a Volkswagen teria de implementar. Grupos ambientais documentaram repetidamente casos em que carros produzidos por diferentes montadoras emitiam mais dióxido de carbono nas ruas do que em testes de laboratório. Há boa chance de que a questão exponha todo o setor a escrutínio mais severo. P. Haverá impacto financeiro para os proprietários de automóveis? R. Em alguns países, entre os quais o Reino Unido, os impostos sobre os carros se baseiam em suas emissões; por isso, se um veículo emitir mais que o declarado, o proprietário poderia ter de pagar mais impostos. Mas a Volkswagen afirmou, em conexão com o problema dos óxidos de nitrogênio, que cobriria qualquer custo adicional para os proprietários. Também constituiu uma provisão de dois bilhões de euros para cobrir custos relacionados aos 800 mil carros afetados pelo problema do dióxido de carbono. CAVANDO MAIS FUNDO Se Matthias Müller, o novo presidente-executivo da Volkswagen, precisava de qualquer confirmação de que está sujeito a grande pressão, esta semana a ofereceu. Revelações surgidas na segunda-feira de que veículos produzidos pela Porsche, subsidiária da Volkswagen, foram apanhados no escândalo de emissões que vem abalando o grupo alemão colocaram o seu nome no centro da questão pela primeira vez. Ele foi presidente-executivo da Porsche de 2010 até setembro. A resposta inicial da Volkswagen a essas mais recentes acusações de uma agência regulatória norte-americana também causou preocupação. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos disse que a Volkswagen havia instalado um dispositivo manipulador ilegal em 10 mil carros a diesel a mais do que a empresa havia admitido anteriormente - entre os quais alguns utilitários esportivos da Porsche - em um esforço para trapacear durante testes de emissões de óxidos de nitrogênio. A Volkswagen, que não foi informada sobre as acusações com antecedência, rapidamente divulgou um comunicado negado que tivesse instalado qualquer software que alterasse "as características de emissões de maneira proibida". O diário financeiro alemão "Handelsblatt" afirmou que Müller se havia colocado "em rota de colisão com os investigadores e acionistas". Mas a revelação, na noite de terça-feira pela Volkswagen, de uma grande segunda frente no escândalo, envolvendo emissões de dióxido de carbono por 800 mil veículos, resultou em algo de quase tão chocante: elogios de analistas a Müller. Arndt Ellinghorst, da Evercore ISI acrescentou que "o presidente-executivo Müller aponta corretamente que se trata de um processo doloroso. A Volkswagen está cavando fundo e identificando muita coisa desagradável". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Governo de MG põe em sigilo dados sobre voos de Pimentel
Depois de ter divulgado à Folha os dados de viagens aéreas de 2015 do governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, e os dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia –hoje senadores por Minas Gerais–, o governo mineiro passou a considerar os voos do chefe do Executivo estadual como "informação sigilosa". O Gabinete Militar classificou como "reservada", após solicitação feita pela reportagem via Lei de Acesso à Informação em abril, a divulgação dos trechos voados pelo governador em aeronaves oficiais e em voos fretados –além do nome das pessoas que o acompanhavam nas viagens. De acordo com o órgão e com o governo, o acesso aos dados só será liberado depois que Pimentel deixar o cargo. Em 2015, a Folha fez pedidos de acesso à informação ao governo mineiro sobre os voos feitos pelo petista e também pelos ex-governadores Aécio (2003-2010) e Anatasia (2010-2014) e obteve planilhas com as informações. Os dados mostravam que Aécio, adversário político do PT, cedeu aeronaves oficiais a celebridades como Luciano Huck e viajou 124 vezes ao Rio de Janeiro, onde morou até o início da vida adulta. Pimentel, por outro lado, tinha voado até então uma única vez à capital fluminense e emprestado um avião ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. SEGURANÇA Agora, em abril deste ano, a reportagem voltou a fazer a solicitação pelo portal de transparência do governo sobre os dados de Pimentel referentes ao período até abril deste ano. A informação foi negada, de acordo com o gabinete, sob justificativa de que poderia pôr a segurança do governador e de sua família em risco. A reportagem pediu os trechos voados em aeronaves oficiais e fretadas, as datas dos voos e quais passageiros acompanhavam o governador –informações que haviam sido disponibilizadas no ano passado. De acordo com o Gabinete Militar, "se em algum momento houve a disponibilização de tais dados tratou-se de inobservância do dispositivo legal". Procurado, o governo fez a mesma alegação (leia texto nesta página). Pimentel assumiu o governo em janeiro de 2015 com promessas de uma gestão transparente. Dizia, na ocasião, que isso o diferenciaria dos governos anteriores. 'ESTRANHAMENTO' Para o pesquisador e consultor em transparência pública Fabiano Angélico, o sigilo de informação dos voos "é de causar estranhamento" e "precisa ser melhor justificado". Diz que, em tese, a medida é justificável só em viagens futuras e, mesmo assim, "em um clima de eventual desordem política ou social". "Se a viagem já aconteceu não vejo razão para pôr sigilo", afirma ele, que atua na ONG Transparência Internacional. Até setembro de 2015, Pimentel havia voado 154 vezes em aviões oficiais, com trajeto mais comum dentro da cidade de Belo Horizonte. O governador responde a processos que correm em Brasília. Ele é investigado na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Sua defesa sempre negou a existência de irregularidades. O petista também tem viajado constantemente à capital federal para tratar da renegociação da dívida do Estado com a União. OUTRO LADO O governo de Minas Gerais e o Gabinete Militar afirmam que, se houve divulgação anterior dos voos do governador Fernando Pimentel (PT), foi por "inobservância" do decreto que regulamenta o acesso à informação em MG. "Informamos que os dados solicitados são classificados como sigilosos", diz o gabinete em nota também reproduzida pela assessoria de imprensa do governo mineiro. Segundo a gestão Pimentel, o sigilo foi definido a partir de artigo do decreto, de 2012, que afirma: "As informações que puderem colocar em risco a segurança do governador do Estado, do vice-governador e seus cônjuges, filhos e ascendentes serão classificados no grau reservado e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição". O governo não detalhou como uma informação como essa colocaria a segurança deles e risco. O avião cedido a Luciano Huck, afirma, serviu como "grande ação de divulgação turística". Já no caso de Aécio Neves, quando seus voos foram divulgados, sua assessoria informou que eles eram "regulares, dentro das normas legais e atenderam a interesse da administração do Estado".
poder
Governo de MG põe em sigilo dados sobre voos de PimentelDepois de ter divulgado à Folha os dados de viagens aéreas de 2015 do governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, e os dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia –hoje senadores por Minas Gerais–, o governo mineiro passou a considerar os voos do chefe do Executivo estadual como "informação sigilosa". O Gabinete Militar classificou como "reservada", após solicitação feita pela reportagem via Lei de Acesso à Informação em abril, a divulgação dos trechos voados pelo governador em aeronaves oficiais e em voos fretados –além do nome das pessoas que o acompanhavam nas viagens. De acordo com o órgão e com o governo, o acesso aos dados só será liberado depois que Pimentel deixar o cargo. Em 2015, a Folha fez pedidos de acesso à informação ao governo mineiro sobre os voos feitos pelo petista e também pelos ex-governadores Aécio (2003-2010) e Anatasia (2010-2014) e obteve planilhas com as informações. Os dados mostravam que Aécio, adversário político do PT, cedeu aeronaves oficiais a celebridades como Luciano Huck e viajou 124 vezes ao Rio de Janeiro, onde morou até o início da vida adulta. Pimentel, por outro lado, tinha voado até então uma única vez à capital fluminense e emprestado um avião ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. SEGURANÇA Agora, em abril deste ano, a reportagem voltou a fazer a solicitação pelo portal de transparência do governo sobre os dados de Pimentel referentes ao período até abril deste ano. A informação foi negada, de acordo com o gabinete, sob justificativa de que poderia pôr a segurança do governador e de sua família em risco. A reportagem pediu os trechos voados em aeronaves oficiais e fretadas, as datas dos voos e quais passageiros acompanhavam o governador –informações que haviam sido disponibilizadas no ano passado. De acordo com o Gabinete Militar, "se em algum momento houve a disponibilização de tais dados tratou-se de inobservância do dispositivo legal". Procurado, o governo fez a mesma alegação (leia texto nesta página). Pimentel assumiu o governo em janeiro de 2015 com promessas de uma gestão transparente. Dizia, na ocasião, que isso o diferenciaria dos governos anteriores. 'ESTRANHAMENTO' Para o pesquisador e consultor em transparência pública Fabiano Angélico, o sigilo de informação dos voos "é de causar estranhamento" e "precisa ser melhor justificado". Diz que, em tese, a medida é justificável só em viagens futuras e, mesmo assim, "em um clima de eventual desordem política ou social". "Se a viagem já aconteceu não vejo razão para pôr sigilo", afirma ele, que atua na ONG Transparência Internacional. Até setembro de 2015, Pimentel havia voado 154 vezes em aviões oficiais, com trajeto mais comum dentro da cidade de Belo Horizonte. O governador responde a processos que correm em Brasília. Ele é investigado na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Sua defesa sempre negou a existência de irregularidades. O petista também tem viajado constantemente à capital federal para tratar da renegociação da dívida do Estado com a União. OUTRO LADO O governo de Minas Gerais e o Gabinete Militar afirmam que, se houve divulgação anterior dos voos do governador Fernando Pimentel (PT), foi por "inobservância" do decreto que regulamenta o acesso à informação em MG. "Informamos que os dados solicitados são classificados como sigilosos", diz o gabinete em nota também reproduzida pela assessoria de imprensa do governo mineiro. Segundo a gestão Pimentel, o sigilo foi definido a partir de artigo do decreto, de 2012, que afirma: "As informações que puderem colocar em risco a segurança do governador do Estado, do vice-governador e seus cônjuges, filhos e ascendentes serão classificados no grau reservado e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição". O governo não detalhou como uma informação como essa colocaria a segurança deles e risco. O avião cedido a Luciano Huck, afirma, serviu como "grande ação de divulgação turística". Já no caso de Aécio Neves, quando seus voos foram divulgados, sua assessoria informou que eles eram "regulares, dentro das normas legais e atenderam a interesse da administração do Estado".
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Plano contra Obamacare avança em nova comissão da Câmara dos EUA
O Comitê do Orçamento da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quinta-feira (16) o projeto do governo Donald Trump que pretende substituir o Obamacare, sistema de ampliação de assistência à saúde criado pela administração Barack Obama. Apertado, o placar de 19 a 17 teve três deputados republicanos votando contra o projeto, além de todos os parlamentares democratas da comissão. Segundo um deputado republicano, Trump ligou para cada nome do partido pressionando pela aprovação da lei. Os republicanos, que controlam a Câmara, esperam votar o projeto em plenário na próxima semana. Esta é a segunda vitória dos republicanos no Congresso para a aprovação da lei que irá desmontar o Obamacare. Na semana passada, o comitê da Câmara responsável pela tributação (chamado Ways and Means) também aprovara o projeto. "Essa lei é uma visão conservadora para um sistema de saúde do livre mercado e centrado no paciente", disse a chefe do Comitê do Orçamento, a republicana Diane Black. "Ela desmonta as normas e impostos do Obamacare. Ela coloca as decisões de saúde de volta nas mãos de pacientes e médicos." O Partido Republicano ainda não está seguro quanto ao número de votos necessários para a aprovação do projeto em plenário. Os republicanos têm 237 assentos, os democratas, 193. O presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, desencorajou mudanças na lei defendidas por alas conservadoras do partido. "No final se resume a uma escolha binária" entre esta lei, que rejeita o Obamacare, e nada. Nesta quarta-feira (15), porém, Ryan mudou o tom e disse: "Nós podemos fazer algumas mudanças necessárias e aperfeiçoamentos ao projeto". Para os conservadores mais radicais do Partido Republicano, o Trumpcare está longe de abolir o que seria uma exagerada presença do Estado no sistema de saúde. Apelidado por essa ala de "Obamacare Lite", o projeto é censurado por insistir no provimento de subsídios federais e na manutenção, mesmo redesenhada, de um sistema de créditos fiscais que representaria a criação indevida de um direito. A oposição democrata argumenta que, com o fim do Obamacare, 24 milhões de americanos perderiam seu seguro de saúde nos próximos dez anos. "Isso é Robin Hood ao contrário, mas muito pior", afirmou o líder democrata no Comitê do Orçament, John Yarmuth. Ele cita assembleias com cidadãos contrários à nova lei e diz: "Essa lei não é o que o povo americano quer". O programa do governo Obama aumentou em 20 milhões o número de assegurados ao adotar medidas como obrigar que todos os americanos acima da linha da pobreza contratassem um plano básico de saúde e oferecer recursos federais aos Estados para ampliar o Medicaid, sistema público voltado aos mais pobres.
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Plano contra Obamacare avança em nova comissão da Câmara dos EUAO Comitê do Orçamento da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quinta-feira (16) o projeto do governo Donald Trump que pretende substituir o Obamacare, sistema de ampliação de assistência à saúde criado pela administração Barack Obama. Apertado, o placar de 19 a 17 teve três deputados republicanos votando contra o projeto, além de todos os parlamentares democratas da comissão. Segundo um deputado republicano, Trump ligou para cada nome do partido pressionando pela aprovação da lei. Os republicanos, que controlam a Câmara, esperam votar o projeto em plenário na próxima semana. Esta é a segunda vitória dos republicanos no Congresso para a aprovação da lei que irá desmontar o Obamacare. Na semana passada, o comitê da Câmara responsável pela tributação (chamado Ways and Means) também aprovara o projeto. "Essa lei é uma visão conservadora para um sistema de saúde do livre mercado e centrado no paciente", disse a chefe do Comitê do Orçamento, a republicana Diane Black. "Ela desmonta as normas e impostos do Obamacare. Ela coloca as decisões de saúde de volta nas mãos de pacientes e médicos." O Partido Republicano ainda não está seguro quanto ao número de votos necessários para a aprovação do projeto em plenário. Os republicanos têm 237 assentos, os democratas, 193. O presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, desencorajou mudanças na lei defendidas por alas conservadoras do partido. "No final se resume a uma escolha binária" entre esta lei, que rejeita o Obamacare, e nada. Nesta quarta-feira (15), porém, Ryan mudou o tom e disse: "Nós podemos fazer algumas mudanças necessárias e aperfeiçoamentos ao projeto". Para os conservadores mais radicais do Partido Republicano, o Trumpcare está longe de abolir o que seria uma exagerada presença do Estado no sistema de saúde. Apelidado por essa ala de "Obamacare Lite", o projeto é censurado por insistir no provimento de subsídios federais e na manutenção, mesmo redesenhada, de um sistema de créditos fiscais que representaria a criação indevida de um direito. A oposição democrata argumenta que, com o fim do Obamacare, 24 milhões de americanos perderiam seu seguro de saúde nos próximos dez anos. "Isso é Robin Hood ao contrário, mas muito pior", afirmou o líder democrata no Comitê do Orçament, John Yarmuth. Ele cita assembleias com cidadãos contrários à nova lei e diz: "Essa lei não é o que o povo americano quer". O programa do governo Obama aumentou em 20 milhões o número de assegurados ao adotar medidas como obrigar que todos os americanos acima da linha da pobreza contratassem um plano básico de saúde e oferecer recursos federais aos Estados para ampliar o Medicaid, sistema público voltado aos mais pobres.
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Ortega escolhe a própria mulher para ser vice em sua chapa na Nicarágua
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, anunciou nesta terça-feira (2) que sua mulher e porta-voz, Rosario Murillo, será candidata a vice em sua chapa na busca pela reeleição, no pleito marcado para 6 de novembro. No poder desde 2007, Ortega mudou a Constituição para garantir reeleição indefinida e, na semana passada, destituiu os 16 deputados da oposição no Congresso por meio de uma manobra jurídica. Com esse movimento, a liderança do partido passou de Eduardo Montealegre, um político crítico de Ortega, para Pedro Reyes, alinhado ao governo. Desde então, Reyes tinha a tarefa de obter o apoio dos 16 deputados para o presidente. Como não conseguiu, acionou o Conselho e obteve a expulsão dos parlamentares por "desobediência" à liderança do partido. Segundo o jornal local "El Confidencial", independente, esses deputados vinham denunciando arbitrariedades de Ortega e o que consideravam uma manipulação para que o presidente vença sem dificuldades a eleição, com um Congresso totalmente alinhado ao governo. Devido a essas manobras, as demais legendas de oposição já haviam anunciado que não participarão das eleições. Depois da decisão desta sexta (29), dirigentes da sigla opositora MRS, formada por dissidentes da Frente Sandinista e liderados pelo ex-vice-presidente e escritor Sergio Ramirez, lançaram um comunicado público dizendo que o Congresso foi "liquidado com a saída dos deputados opositores".
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Ortega escolhe a própria mulher para ser vice em sua chapa na NicaráguaO presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, anunciou nesta terça-feira (2) que sua mulher e porta-voz, Rosario Murillo, será candidata a vice em sua chapa na busca pela reeleição, no pleito marcado para 6 de novembro. No poder desde 2007, Ortega mudou a Constituição para garantir reeleição indefinida e, na semana passada, destituiu os 16 deputados da oposição no Congresso por meio de uma manobra jurídica. Com esse movimento, a liderança do partido passou de Eduardo Montealegre, um político crítico de Ortega, para Pedro Reyes, alinhado ao governo. Desde então, Reyes tinha a tarefa de obter o apoio dos 16 deputados para o presidente. Como não conseguiu, acionou o Conselho e obteve a expulsão dos parlamentares por "desobediência" à liderança do partido. Segundo o jornal local "El Confidencial", independente, esses deputados vinham denunciando arbitrariedades de Ortega e o que consideravam uma manipulação para que o presidente vença sem dificuldades a eleição, com um Congresso totalmente alinhado ao governo. Devido a essas manobras, as demais legendas de oposição já haviam anunciado que não participarão das eleições. Depois da decisão desta sexta (29), dirigentes da sigla opositora MRS, formada por dissidentes da Frente Sandinista e liderados pelo ex-vice-presidente e escritor Sergio Ramirez, lançaram um comunicado público dizendo que o Congresso foi "liquidado com a saída dos deputados opositores".
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Caminhoneiros protestam antes de chegada de Dilma a evento no RS
Integrantes de um movimento de caminhoneiros promovem protesto nas proximidades de local preparado para uma cerimônia com a presidente Dilma Rousseff no interior do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (27). Atualmente, os bloqueios de caminhoneiros se concentram no Sul do país. O grupo, chamado "Movimento Social dos Trabalhadores Autônomos de Cargas", está fazendo um "apitaço" e exibindo faixas de protesto contra o preço dos pedágios e a remuneração dos fretes. Dilma inaugura nesta tarde um parque eólico em Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho. A presidente chegou ao local de helicóptero por volta de 15h30 e os manifestantes permanecem a cerca de cem metros do palco. O protesto ocorre apesar da segurança reforçada. Homens do Exército fizeram uma barreira na entrada do parque eólico e só permitem a passagem de pessoas envolvidas com o evento ou convidados. O Rio Grande do Sul é um dos Estados com mais mobilização de caminhoneiros desde a semana passada. Já falta combustível e alimentos em cidades do interior. Em estradas do Estado, faixas fazem críticas à presidente. Pela manhã desta sexta (27), o Estado concentrava 19 dos 59 bloqueios em estradas federais no país. Eles ocorrem principalmente em Estados do Sul. Ainda de manhã as estradas estaduais registravam 57 paralisações, todas elas em Estados do Sul. Agentes da tropa de choque da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros chegaram a usar bombas de gás lacrimogêneo para desbloquear trecho da BR 101 em Três Cachoeiras (RS) mais cedo. Um grupo de produtores de leite bloqueou a rodovia federal que leva a Santa Vitória do Palmar. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trânsito era fechado a cada 15 minutos. A categoria reivindica redução do valor do diesel e aumento do frete, apesar de o governo ter anunciado um acordo com os caminhoneiros.
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Caminhoneiros protestam antes de chegada de Dilma a evento no RSIntegrantes de um movimento de caminhoneiros promovem protesto nas proximidades de local preparado para uma cerimônia com a presidente Dilma Rousseff no interior do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (27). Atualmente, os bloqueios de caminhoneiros se concentram no Sul do país. O grupo, chamado "Movimento Social dos Trabalhadores Autônomos de Cargas", está fazendo um "apitaço" e exibindo faixas de protesto contra o preço dos pedágios e a remuneração dos fretes. Dilma inaugura nesta tarde um parque eólico em Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho. A presidente chegou ao local de helicóptero por volta de 15h30 e os manifestantes permanecem a cerca de cem metros do palco. O protesto ocorre apesar da segurança reforçada. Homens do Exército fizeram uma barreira na entrada do parque eólico e só permitem a passagem de pessoas envolvidas com o evento ou convidados. O Rio Grande do Sul é um dos Estados com mais mobilização de caminhoneiros desde a semana passada. Já falta combustível e alimentos em cidades do interior. Em estradas do Estado, faixas fazem críticas à presidente. Pela manhã desta sexta (27), o Estado concentrava 19 dos 59 bloqueios em estradas federais no país. Eles ocorrem principalmente em Estados do Sul. Ainda de manhã as estradas estaduais registravam 57 paralisações, todas elas em Estados do Sul. Agentes da tropa de choque da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros chegaram a usar bombas de gás lacrimogêneo para desbloquear trecho da BR 101 em Três Cachoeiras (RS) mais cedo. Um grupo de produtores de leite bloqueou a rodovia federal que leva a Santa Vitória do Palmar. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trânsito era fechado a cada 15 minutos. A categoria reivindica redução do valor do diesel e aumento do frete, apesar de o governo ter anunciado um acordo com os caminhoneiros.
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Papa, formigas e Black Friday
Elas são pequenas, frágeis, aparentemente vulneráveis, mas não há força conhecida que tenha conseguido erradicá-las do planeta. Já resistiram a glaciações, inundações, incêndios, formicidas... Preconceituosamente, há quem as considere uma praga, principalmente ao rivalizar conosco a disputa por alimentos. Pode até ser. Mas as formigas que chegaram por aqui antes de nós, há aproximadamente 100 milhões de anos, nos trazem um ensinamento valioso nestes tempos de crise (ou de múltiplas crises que se entrelaçam caprichosamente). Se elas ainda não desapareceram do mapa é porque, na base da sofisticada organização social de um formigueiro, está implícito um conhecimento adquirido ao longo de um complexo processo evolutivo, "ensinando" que a resiliência do grupo passa por um projeto coletivo. Podemos chamar esse comportamento -comum a muitas espécies- de instinto de sobrevivência. Enquanto as formigas se mantêm em constante estado de alerta, nós, que também somos dotados de instinto, seguimos perigosamente distraídos, indiferentes ou distantes dos acachapantes sinais de perigo que nos cercam. Todos causados por nossos estilos de vida e atuais padrões de consumo. Já percebemos a nossa parcela de culpa na crise climática, na falta d'água ou na péssima qualidade do ar que respiramos. Abalamos o software inteligente da vida, mas hesitamos em instalar o antivírus correto porque sabemos que isso implicaria em uma profunda revisão de valores, atitudes e comportamentos. Que tal um novo mundo onde a Black Friday não tenha efeito hipnótico, o closet só guarde o que seja efetivamente útil, tenhamos objetivos existenciais mais nobres do que consumir, acumular, ostentar? Há um ano o papa Francisco apresentou em sua encíclica "Laudato Si" o que para muitos vem a ser a grande síntese dos tempos modernos. Segundo ele, o atual modelo de desenvolvimento promove a exclusão social e a destruição da natureza, enquanto a ganância, o individualismo e o consumismo ameaçam a nossa espécie. Que as formigas nos inspirem. Nada pode ser mais importante que a sobrevivência. Ainda há tempo.
colunas
Papa, formigas e Black FridayElas são pequenas, frágeis, aparentemente vulneráveis, mas não há força conhecida que tenha conseguido erradicá-las do planeta. Já resistiram a glaciações, inundações, incêndios, formicidas... Preconceituosamente, há quem as considere uma praga, principalmente ao rivalizar conosco a disputa por alimentos. Pode até ser. Mas as formigas que chegaram por aqui antes de nós, há aproximadamente 100 milhões de anos, nos trazem um ensinamento valioso nestes tempos de crise (ou de múltiplas crises que se entrelaçam caprichosamente). Se elas ainda não desapareceram do mapa é porque, na base da sofisticada organização social de um formigueiro, está implícito um conhecimento adquirido ao longo de um complexo processo evolutivo, "ensinando" que a resiliência do grupo passa por um projeto coletivo. Podemos chamar esse comportamento -comum a muitas espécies- de instinto de sobrevivência. Enquanto as formigas se mantêm em constante estado de alerta, nós, que também somos dotados de instinto, seguimos perigosamente distraídos, indiferentes ou distantes dos acachapantes sinais de perigo que nos cercam. Todos causados por nossos estilos de vida e atuais padrões de consumo. Já percebemos a nossa parcela de culpa na crise climática, na falta d'água ou na péssima qualidade do ar que respiramos. Abalamos o software inteligente da vida, mas hesitamos em instalar o antivírus correto porque sabemos que isso implicaria em uma profunda revisão de valores, atitudes e comportamentos. Que tal um novo mundo onde a Black Friday não tenha efeito hipnótico, o closet só guarde o que seja efetivamente útil, tenhamos objetivos existenciais mais nobres do que consumir, acumular, ostentar? Há um ano o papa Francisco apresentou em sua encíclica "Laudato Si" o que para muitos vem a ser a grande síntese dos tempos modernos. Segundo ele, o atual modelo de desenvolvimento promove a exclusão social e a destruição da natureza, enquanto a ganância, o individualismo e o consumismo ameaçam a nossa espécie. Que as formigas nos inspirem. Nada pode ser mais importante que a sobrevivência. Ainda há tempo.
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Base mais sólida
Após dois anos de debates, a terceira versão da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) comprova o dito de que a luz do sol é o melhor desinfetante. Melhorou de forma considerável o documento que dará clareza a professores e pais sobre o que cada aluno tem o direito de aprender e a escola tem obrigação de ensinar. Enquanto era discutido em comitês fechados, o texto acumulou distorções de fundo ideológico. Entre os pontos controversos despontavam os objetivos de aprendizado de língua portuguesa, com certo desprezo por gramática e redação, e de história, em que se negligenciavam processos importantes ocorridos no Ocidente. Tais defeitos se concentravam na parte da BNCC referente ao ensino médio, que não integra o documento veiculado nesta quinta-feira (6), voltado ao nível fundamental. O tomo da base sobre o nível médio deve ficar pronto em um ano, em consonância com a reforma em curso nessa etapa de ensino. Quanto ao fundamental, observam-se relevantes aperfeiçoamentos. Fixou-se que a alfabetização deve terminar no segundo ano, não mais no terceiro (até os oito anos), objetivo que especialistas consideravam leniente. Deu-se mais atenção à ordem temporal em história, à redação em língua portuguesa e à estatística em matemática. Incluiu-se a necessidade de reflexão sobre uso de tecnologias e redes sociais. Retirou-se a menção ao ensino religioso, que a própria Constituição define como facultativo e, portanto, não deve sobrecarregar um currículo nacional obrigatório. O Conselho Nacional de Educação tem um ano para realizar cinco audiências públicas sobre a BNCC. Seria bom que aproveitasse o período e os novos debates para encetar novas correções. Recomenda-se incluir alguma referência à programação de computadores, decisiva na produção e organização do conhecimento. Seria útil, ainda, esclarecer o confuso episódio de corte das menções a orientação sexual e identidade de gênero; não que tais noções sejam cruciais, mas uma base consensual não se constrói sem um mínimo de transparência. Mesmo depois de chancelada, a base ainda terá longo caminho antes de se concretizar e induzir a ansiada melhora do aprendizado. Projeta-se, por exemplo, que o ensino de ciências seja mais experimental, mas só 10% das escolas públicas contam com laboratórios; sem eles, apenas um bom treinamento de professores permitirá o uso eficaz dos recursos disponíveis. Percalços e dificuldades da educação nacional continuarão sendo muitos, mas ao menos o país disporá de um ponto de partida mais sólido e de uma noção mais clara do objetivo que pretende atingir. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Base mais sólidaApós dois anos de debates, a terceira versão da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) comprova o dito de que a luz do sol é o melhor desinfetante. Melhorou de forma considerável o documento que dará clareza a professores e pais sobre o que cada aluno tem o direito de aprender e a escola tem obrigação de ensinar. Enquanto era discutido em comitês fechados, o texto acumulou distorções de fundo ideológico. Entre os pontos controversos despontavam os objetivos de aprendizado de língua portuguesa, com certo desprezo por gramática e redação, e de história, em que se negligenciavam processos importantes ocorridos no Ocidente. Tais defeitos se concentravam na parte da BNCC referente ao ensino médio, que não integra o documento veiculado nesta quinta-feira (6), voltado ao nível fundamental. O tomo da base sobre o nível médio deve ficar pronto em um ano, em consonância com a reforma em curso nessa etapa de ensino. Quanto ao fundamental, observam-se relevantes aperfeiçoamentos. Fixou-se que a alfabetização deve terminar no segundo ano, não mais no terceiro (até os oito anos), objetivo que especialistas consideravam leniente. Deu-se mais atenção à ordem temporal em história, à redação em língua portuguesa e à estatística em matemática. Incluiu-se a necessidade de reflexão sobre uso de tecnologias e redes sociais. Retirou-se a menção ao ensino religioso, que a própria Constituição define como facultativo e, portanto, não deve sobrecarregar um currículo nacional obrigatório. O Conselho Nacional de Educação tem um ano para realizar cinco audiências públicas sobre a BNCC. Seria bom que aproveitasse o período e os novos debates para encetar novas correções. Recomenda-se incluir alguma referência à programação de computadores, decisiva na produção e organização do conhecimento. Seria útil, ainda, esclarecer o confuso episódio de corte das menções a orientação sexual e identidade de gênero; não que tais noções sejam cruciais, mas uma base consensual não se constrói sem um mínimo de transparência. Mesmo depois de chancelada, a base ainda terá longo caminho antes de se concretizar e induzir a ansiada melhora do aprendizado. Projeta-se, por exemplo, que o ensino de ciências seja mais experimental, mas só 10% das escolas públicas contam com laboratórios; sem eles, apenas um bom treinamento de professores permitirá o uso eficaz dos recursos disponíveis. Percalços e dificuldades da educação nacional continuarão sendo muitos, mas ao menos o país disporá de um ponto de partida mais sólido e de uma noção mais clara do objetivo que pretende atingir. editoriais@grupofolha.com.br
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Nove textos de José de Alencar são descobertos no 'Correio Mercantil'
Escritos de um José de Alencar que, aos 20 e poucos anos, travava seus primeiros contatos com a imprensa foram localizados, no mês passado, em meio a 11 milhões de páginas de periódicos no site da Hemeroteca Digital, da Biblioteca Nacional. Veiculados no "Correio Mercantil" de 1851 a 1855 e nunca editados em livro, nove textos do célebre autor romântico (1829-1877) foram resgatados por um pesquisador durante estudo sobre a presença de escritores no jornal carioca. O mais antigo é uma resenha que o futuro autor de "Iracema" (1865) fez do livro de poemas "Dores e Flores", do luso-brasileiro Augusto Emílio Zaluar. Saiu em duas partes, em 30/7 e 23/8/1851, assinada por "Alencar". Os outros oito textos são crônicas veiculadas de setembro de 1854 a julho de 1855 na seção "Ao Correr da Pena", sob a assinatura "Al." Elas ficaram de fora da primeira coletânea de "Ao Correr da Pena", feita com permissão de Alencar, em 1874, e de todas as posteriores –a mais recente é de 2004. O material foi identificado por Wilton Marques, 50, professor da Universidade Federal de São Carlos, que há quatro meses localizou no mesmo jornal um poema desconhecido de Machado de Assis. Marques encontrou os novos textos pesquisando para um livro sobre o poema, cuja descoberta foi noticiada pela Folha. Ao levantar dados sobre outros escritores que publicaram no "Correio Mercantil", ele se deparou com 45 crônicas do "Ao Correr da Pena", em vez das 37 que entraram nas coletâneas. Na sequência, achou a resenha de 1851. ARTIGO PAGO Ao menos quatro dos nove textos foram citados em estudos sobre Alencar, embora não tenham aparecido na íntegra nos últimos 160 anos. Agora, podem ser lidos na Hemeroteca Digital (memoria.bn.br), no ar desde 2012, com fac-símiles de 5.000 jornais e revistas desde o século 18. Até publicar a resenha de 1851, numa seção de artigos pagos do "Correio Mercantil", Alencar só tinha escrito para uma revista estudantil criada com colegas da faculdade de direito, em São Paulo. Recém-formado, aos 22 anos, e empregado num escritório do Rio, ele escreve sobre o livro de Zaluar: "Quero contar essa história: é simples e natural; é o sentir íntimo e suave que perfuma as folhas deste livro, e que se insinua docemente no coração de quem o lê e compreende." Nove anos depois, a resenha foi citada em verbete sobre o já famoso José de Alencar no "Dicionário Bibliográfico Português". Esse verbete serviu de base para estudos posteriores que mencionaram o texto de 1851, sem aparentemente localizá-lo. As crônicas do "Ao Correr da Pena", iniciadas três anos depois daquela primeira resenha, marcam a transição de Alencar da advocacia para o jornalismo. Entre as nunca coligidas em livro está uma de 10/9/1854, domingo seguinte ao da estreia da coluna (veja reprodução e leia texto nesta página). Até hoje, acreditava-se que ele ficara sem escrever entre os dias 3 e 17, enquanto se familiarizava com o formato de folhetim, nome então dado a esses resumos jornalísticos e literários das semanas. 'BICHINHOS' As colunas tratam com ironia temas como os festejos do 7 de Setembro ("Em prosa o dia pode amanhecer chovendo: mas em verso, tenha paciência, há de ser, quer queira quer não, límpido, esplêndido e radiante") e a chamada "máquina-deputado", que "serve para votar, levantando-se e sentando-se para dar apartes". Numa delas, de 28/1/1855 –a mais citada em estudos dentre as inéditas em livro–, o autor ironiza a ideia de a literatura se aproximar da cultura indígena, procedimento ao qual recorreria dois anos depois, em "O Guarani". O texto debocha de uma "mina ainda não explorada de imagens poéticas, uma multidão de nomes fanhos, de frutas, de coquinhos, de bichinhos, de cipós, que devem ser de uma originalidade encantadora". Na biografia "O Inimigo do Rei" (2006), Lira Neto incluiu trechos dessa e de mais duas crônicas que ficaram de fora das coletâneas, sempre tratando do nacionalismo na literatura. "Não há prova de que Alencar tenha pedido para excluí-las, mas é possível que sim, já que mudou de opinião sobre o que disse nelas", diz Neto. Outra hipótese é que os textos tenham se perdido pela dificuldade de pesquisa na época. Wilton Marques, que planeja edição comentada dos textos, diz que "só um estudo mais aprofundado confirmará se foi intencional". "É fantástica a descoberta e possível publicação desses textos. É um indicativo de que muita coisa ainda pode vir à tona com a ajuda da tecnologia", resume Lira Neto.
ilustrada
Nove textos de José de Alencar são descobertos no 'Correio Mercantil'Escritos de um José de Alencar que, aos 20 e poucos anos, travava seus primeiros contatos com a imprensa foram localizados, no mês passado, em meio a 11 milhões de páginas de periódicos no site da Hemeroteca Digital, da Biblioteca Nacional. Veiculados no "Correio Mercantil" de 1851 a 1855 e nunca editados em livro, nove textos do célebre autor romântico (1829-1877) foram resgatados por um pesquisador durante estudo sobre a presença de escritores no jornal carioca. O mais antigo é uma resenha que o futuro autor de "Iracema" (1865) fez do livro de poemas "Dores e Flores", do luso-brasileiro Augusto Emílio Zaluar. Saiu em duas partes, em 30/7 e 23/8/1851, assinada por "Alencar". Os outros oito textos são crônicas veiculadas de setembro de 1854 a julho de 1855 na seção "Ao Correr da Pena", sob a assinatura "Al." Elas ficaram de fora da primeira coletânea de "Ao Correr da Pena", feita com permissão de Alencar, em 1874, e de todas as posteriores –a mais recente é de 2004. O material foi identificado por Wilton Marques, 50, professor da Universidade Federal de São Carlos, que há quatro meses localizou no mesmo jornal um poema desconhecido de Machado de Assis. Marques encontrou os novos textos pesquisando para um livro sobre o poema, cuja descoberta foi noticiada pela Folha. Ao levantar dados sobre outros escritores que publicaram no "Correio Mercantil", ele se deparou com 45 crônicas do "Ao Correr da Pena", em vez das 37 que entraram nas coletâneas. Na sequência, achou a resenha de 1851. ARTIGO PAGO Ao menos quatro dos nove textos foram citados em estudos sobre Alencar, embora não tenham aparecido na íntegra nos últimos 160 anos. Agora, podem ser lidos na Hemeroteca Digital (memoria.bn.br), no ar desde 2012, com fac-símiles de 5.000 jornais e revistas desde o século 18. Até publicar a resenha de 1851, numa seção de artigos pagos do "Correio Mercantil", Alencar só tinha escrito para uma revista estudantil criada com colegas da faculdade de direito, em São Paulo. Recém-formado, aos 22 anos, e empregado num escritório do Rio, ele escreve sobre o livro de Zaluar: "Quero contar essa história: é simples e natural; é o sentir íntimo e suave que perfuma as folhas deste livro, e que se insinua docemente no coração de quem o lê e compreende." Nove anos depois, a resenha foi citada em verbete sobre o já famoso José de Alencar no "Dicionário Bibliográfico Português". Esse verbete serviu de base para estudos posteriores que mencionaram o texto de 1851, sem aparentemente localizá-lo. As crônicas do "Ao Correr da Pena", iniciadas três anos depois daquela primeira resenha, marcam a transição de Alencar da advocacia para o jornalismo. Entre as nunca coligidas em livro está uma de 10/9/1854, domingo seguinte ao da estreia da coluna (veja reprodução e leia texto nesta página). Até hoje, acreditava-se que ele ficara sem escrever entre os dias 3 e 17, enquanto se familiarizava com o formato de folhetim, nome então dado a esses resumos jornalísticos e literários das semanas. 'BICHINHOS' As colunas tratam com ironia temas como os festejos do 7 de Setembro ("Em prosa o dia pode amanhecer chovendo: mas em verso, tenha paciência, há de ser, quer queira quer não, límpido, esplêndido e radiante") e a chamada "máquina-deputado", que "serve para votar, levantando-se e sentando-se para dar apartes". Numa delas, de 28/1/1855 –a mais citada em estudos dentre as inéditas em livro–, o autor ironiza a ideia de a literatura se aproximar da cultura indígena, procedimento ao qual recorreria dois anos depois, em "O Guarani". O texto debocha de uma "mina ainda não explorada de imagens poéticas, uma multidão de nomes fanhos, de frutas, de coquinhos, de bichinhos, de cipós, que devem ser de uma originalidade encantadora". Na biografia "O Inimigo do Rei" (2006), Lira Neto incluiu trechos dessa e de mais duas crônicas que ficaram de fora das coletâneas, sempre tratando do nacionalismo na literatura. "Não há prova de que Alencar tenha pedido para excluí-las, mas é possível que sim, já que mudou de opinião sobre o que disse nelas", diz Neto. Outra hipótese é que os textos tenham se perdido pela dificuldade de pesquisa na época. Wilton Marques, que planeja edição comentada dos textos, diz que "só um estudo mais aprofundado confirmará se foi intencional". "É fantástica a descoberta e possível publicação desses textos. É um indicativo de que muita coisa ainda pode vir à tona com a ajuda da tecnologia", resume Lira Neto.
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Ex-prefeito de Londres compara União Europeia a Hitler e Napoleão
O ex-prefeito de Londres Boris Johnson, defensor da saída do Reino Unido da União Europeia, afirmou que bloco está seguindo o mesmo caminho que Adolf Hitler e Napoleão Bonaparte ao tentar criar um "superestado" no continente. Johnson é membro do Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, e um dos principais nomes na disputa por sua sucessão na liderança da legenda. Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Telegraph", Johnson afirmou que falta democracia e uma autoridade unificadora à união, e que por isso ela estaria fadada ao fracasso. "Napoleão, Hitler, várias pessoas tentaram fazer isso [um superbloco], o que acabou em tragédia", disse. O imperador francês e o ditador alemão entraram em guerra com os vizinhos na tentativa de dominar seus territórios. "A União Europeia está tentando fazer isso usando métodos diferentes, mas o que falta, fundamentalmente, é o problema eterno da falta de lealdade a uma ideia de Europa. Não há uma única autoridade que todos respeitem ou entendam. Isso gera um vácuo democrático gigantesco." Os comentários foram criticados por defensores da permanência do país no bloco. Hilary Benn, porta-voz de relações exteriores do Partido Trabalhista, de oposição, afirmou que Johnson perdeu sua "envergadura moral". "Depois do horror da Segunda Guerra Mundial, a União Europeia ajudou a colocar um fim a séculos de conflito na Europa. A comparação feita por Boris Johnson é ofensiva e desesperada", declarou. No dia 23 de junho, os ingleses votarão para decidir se o país permanece ou sai do bloco. Pesquisas apontam que a população está dividida. O premiê britânico defende a continuidade do Reino Unido na união, que tornaria o Estado mais seguro, influente e próspero. POLÊMICO Em abril, quando ainda era prefeito da capital britânica, Johnson causou polêmica ao sugerir que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem uma "aversão ancestral pelo Império britânico" por causa de suas raízes quenianas. Durante sua visita ao país, Obama defendeu a permanência do Reino Unido na União Europeia. O posicionamento irritou quem quer a saída do bloco, como Johnson. O pai falecido de Obama era do Quênia, uma ex-colônia britânica que conquistou a independência nos anos de 1960. Mais tarde, Johnson afirmou que era "um grande fã de Barack Obama" e que não havia tentado sugerir que o presidente era antibritânico.
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Ex-prefeito de Londres compara União Europeia a Hitler e NapoleãoO ex-prefeito de Londres Boris Johnson, defensor da saída do Reino Unido da União Europeia, afirmou que bloco está seguindo o mesmo caminho que Adolf Hitler e Napoleão Bonaparte ao tentar criar um "superestado" no continente. Johnson é membro do Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, e um dos principais nomes na disputa por sua sucessão na liderança da legenda. Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Telegraph", Johnson afirmou que falta democracia e uma autoridade unificadora à união, e que por isso ela estaria fadada ao fracasso. "Napoleão, Hitler, várias pessoas tentaram fazer isso [um superbloco], o que acabou em tragédia", disse. O imperador francês e o ditador alemão entraram em guerra com os vizinhos na tentativa de dominar seus territórios. "A União Europeia está tentando fazer isso usando métodos diferentes, mas o que falta, fundamentalmente, é o problema eterno da falta de lealdade a uma ideia de Europa. Não há uma única autoridade que todos respeitem ou entendam. Isso gera um vácuo democrático gigantesco." Os comentários foram criticados por defensores da permanência do país no bloco. Hilary Benn, porta-voz de relações exteriores do Partido Trabalhista, de oposição, afirmou que Johnson perdeu sua "envergadura moral". "Depois do horror da Segunda Guerra Mundial, a União Europeia ajudou a colocar um fim a séculos de conflito na Europa. A comparação feita por Boris Johnson é ofensiva e desesperada", declarou. No dia 23 de junho, os ingleses votarão para decidir se o país permanece ou sai do bloco. Pesquisas apontam que a população está dividida. O premiê britânico defende a continuidade do Reino Unido na união, que tornaria o Estado mais seguro, influente e próspero. POLÊMICO Em abril, quando ainda era prefeito da capital britânica, Johnson causou polêmica ao sugerir que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem uma "aversão ancestral pelo Império britânico" por causa de suas raízes quenianas. Durante sua visita ao país, Obama defendeu a permanência do Reino Unido na União Europeia. O posicionamento irritou quem quer a saída do bloco, como Johnson. O pai falecido de Obama era do Quênia, uma ex-colônia britânica que conquistou a independência nos anos de 1960. Mais tarde, Johnson afirmou que era "um grande fã de Barack Obama" e que não havia tentado sugerir que o presidente era antibritânico.
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Locador pode deduzir despesas com IPTU no Imposto de Renda
O proprietário de imóvel que recebe rendimento de aluguel (locador) pode deduzir algumas despesas quando for calcular mensalmente o carnê-leão, desde que pagas por ele. Assim, quando for apurar a base de cálculo do carnê-leão, o locador poderá excluir do valor do aluguel recebido as despesas relativas ao pagamento do IPTU, independentemente se os rendimentos foram recebidos durante todo o ano ou somente em parte dele, ou que o imposto municipal tenha sido pago à vista ou parcelado, desde que dentro do ano em que o rendimento do aluguel foi recebido. Também podem ser abatidos os gastos com condomínio e as despesas pagas a imobiliárias e a administradoras de imóveis para cobrança ou para recebimento do aluguel. Se o IPTU e o condomínio forem pagos pelo inquilino (locatário), o dono do imóvel não pode deduzi-las na hora de calcular o valor a ser pago no carnê-leão. 136 - Eu e meu irmão recebemos 50% de aluguel cada um. Sou casado em comunhão de bens e declaro em separado. Posso declarar metade da minha parte do aluguel na declaração da minha mulher e compensar o IR do carnê-leão na minha declaração? (D.H.). Não. O IR todo pode ser compensado na sua declaração desde que você informe a totalidade dos rendimentos comuns. Se os rendimentos forem divididos pelo casal, o IR pode ser compensado meio a meio. 137 - Preciso declarar imóvel novo, mas a quantidade de caracteres não cabe no campo Discriminação da ficha Bens e direitos. Como faço? (C.H.). Abrevie o que puder para informar os dados do imóvel. 138 - Tenho nota fiscal de microempresa de fisioterapia (código 13) com CNPJ. Na declaração só aceita CPF. Como faço? Gasto com nutricionista é dedutível? (S.T.). Use o código 21. Gasto com nutricionista não é dedutível. 139 - Como declaro imóvel adquirido por usucapião, conforme sentença judicial? Na certidão de valor venal da prefeitura, anexada ao registro, consta valor do terreno R$ 50 mil e predial, R$ 65 mil. Que valor considero? (G.L.). Depende do tipo de usucapião da ação. Se for extraordinário ou especial, o custo é zero, pois não houve valor pago pelo imóvel. Informe na ficha Bens e direitos, discrimine o bem e a ação de usucapião. Não preencha o campo de 2015. Se for ordinário, discrimine o fato e, nos campos de 2014 e de 2015, informe o custo de aquisição constante em documento. 140 - Onde lanço rendimentos da minha mulher para efeito de fechar a evolução patrimonial do casal? (A.F.). Informe os CPFs de ambos na ficha Identificação do contribuinte. O programa faz o cálculo automaticamente. 141 - Paguei em 30/12/15 o e-Social de doméstica que vencia em 7/1/2016. Posso deduzir o valor já em 2016? (A.J.F.L.). Sim. Informe pelo código 50 na ficha Pagamentos efetuados. 142 - Fiz pagamentos mensais a advogado. Posso somar os pagamentos e informar apenas um valor? (A.A.). Na ficha Pagamentos efetuados, informe o código correspondente ao pagamento, o nome e CPF do advogado e o valor total pago no ano. Não há necessidade de lançamento individual. Saiba mais sobre o IR folha.com/ir2016
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Locador pode deduzir despesas com IPTU no Imposto de RendaO proprietário de imóvel que recebe rendimento de aluguel (locador) pode deduzir algumas despesas quando for calcular mensalmente o carnê-leão, desde que pagas por ele. Assim, quando for apurar a base de cálculo do carnê-leão, o locador poderá excluir do valor do aluguel recebido as despesas relativas ao pagamento do IPTU, independentemente se os rendimentos foram recebidos durante todo o ano ou somente em parte dele, ou que o imposto municipal tenha sido pago à vista ou parcelado, desde que dentro do ano em que o rendimento do aluguel foi recebido. Também podem ser abatidos os gastos com condomínio e as despesas pagas a imobiliárias e a administradoras de imóveis para cobrança ou para recebimento do aluguel. Se o IPTU e o condomínio forem pagos pelo inquilino (locatário), o dono do imóvel não pode deduzi-las na hora de calcular o valor a ser pago no carnê-leão. 136 - Eu e meu irmão recebemos 50% de aluguel cada um. Sou casado em comunhão de bens e declaro em separado. Posso declarar metade da minha parte do aluguel na declaração da minha mulher e compensar o IR do carnê-leão na minha declaração? (D.H.). Não. O IR todo pode ser compensado na sua declaração desde que você informe a totalidade dos rendimentos comuns. Se os rendimentos forem divididos pelo casal, o IR pode ser compensado meio a meio. 137 - Preciso declarar imóvel novo, mas a quantidade de caracteres não cabe no campo Discriminação da ficha Bens e direitos. Como faço? (C.H.). Abrevie o que puder para informar os dados do imóvel. 138 - Tenho nota fiscal de microempresa de fisioterapia (código 13) com CNPJ. Na declaração só aceita CPF. Como faço? Gasto com nutricionista é dedutível? (S.T.). Use o código 21. Gasto com nutricionista não é dedutível. 139 - Como declaro imóvel adquirido por usucapião, conforme sentença judicial? Na certidão de valor venal da prefeitura, anexada ao registro, consta valor do terreno R$ 50 mil e predial, R$ 65 mil. Que valor considero? (G.L.). Depende do tipo de usucapião da ação. Se for extraordinário ou especial, o custo é zero, pois não houve valor pago pelo imóvel. Informe na ficha Bens e direitos, discrimine o bem e a ação de usucapião. Não preencha o campo de 2015. Se for ordinário, discrimine o fato e, nos campos de 2014 e de 2015, informe o custo de aquisição constante em documento. 140 - Onde lanço rendimentos da minha mulher para efeito de fechar a evolução patrimonial do casal? (A.F.). Informe os CPFs de ambos na ficha Identificação do contribuinte. O programa faz o cálculo automaticamente. 141 - Paguei em 30/12/15 o e-Social de doméstica que vencia em 7/1/2016. Posso deduzir o valor já em 2016? (A.J.F.L.). Sim. Informe pelo código 50 na ficha Pagamentos efetuados. 142 - Fiz pagamentos mensais a advogado. Posso somar os pagamentos e informar apenas um valor? (A.A.). Na ficha Pagamentos efetuados, informe o código correspondente ao pagamento, o nome e CPF do advogado e o valor total pago no ano. Não há necessidade de lançamento individual. Saiba mais sobre o IR folha.com/ir2016
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Ana Marcela Cunha divide bronze no Mundial de Esportes Aquáticos
A nadadora Ana Marcela Cunha, 25, ficou em terceiro lugar na prova de 10 km em águas abertas no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado na Hungria, neste domingo (16). A disputa foi realizada no lago de Balaton, próximo à capital Budapeste. A baiana dividiu a medalha de bronze com a italiana Arianna Bridi, 21, que cruzou a linha de chegada ao mesmo tempo que ela. A francesa Aurelie Muller, 27, levou o ouro e a prata ficou com a equatoriana Samantha Arévalo, 22. "Me senti um pouco cansada no meio da prova, mas depois da alimentação me senti mais forte e com força para brigar nos últimos metros", disse a atleta brasileira. Esta é a oitava medalha de Ana Marcela em mundiais, incluindo duas medalhas de ouro em Shangai, na China, (2011) e Kazan, na Rússia, (2015). A nadadora, que passou por uma cirurgia para retirada de baço em outubro de 2016 e se prepara para Tóquio-2020, disputará mais três provas na Hungria: a competição de 5 km na quarta-feira (19), revezamento na quinta-feira (20) e 25 km na sexta-feira (21).
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Ana Marcela Cunha divide bronze no Mundial de Esportes AquáticosA nadadora Ana Marcela Cunha, 25, ficou em terceiro lugar na prova de 10 km em águas abertas no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado na Hungria, neste domingo (16). A disputa foi realizada no lago de Balaton, próximo à capital Budapeste. A baiana dividiu a medalha de bronze com a italiana Arianna Bridi, 21, que cruzou a linha de chegada ao mesmo tempo que ela. A francesa Aurelie Muller, 27, levou o ouro e a prata ficou com a equatoriana Samantha Arévalo, 22. "Me senti um pouco cansada no meio da prova, mas depois da alimentação me senti mais forte e com força para brigar nos últimos metros", disse a atleta brasileira. Esta é a oitava medalha de Ana Marcela em mundiais, incluindo duas medalhas de ouro em Shangai, na China, (2011) e Kazan, na Rússia, (2015). A nadadora, que passou por uma cirurgia para retirada de baço em outubro de 2016 e se prepara para Tóquio-2020, disputará mais três provas na Hungria: a competição de 5 km na quarta-feira (19), revezamento na quinta-feira (20) e 25 km na sexta-feira (21).
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AlunaGeorge encara anonimato e faz show corajoso no palco Mundo
A coisa não estava fácil para o duo eletrônico britânico AlunaGeorge. Foi escalado de última hora no palco principal do Rock in Rio para cobrir o buraco deixado por Robyn, que desistiu de vir, seu eletropop é desconhecido no Brasil e, para coroar a série de obstáculos, chovia canivetes enquanto se apresentava na noite deste domingo (27). Ainda assim, conseguiu fazer os fãs solares de Katy Perry, atração principal da noite, se mexerem ao som das músicas do seu único CD, adequadamente intitulado "Body Music". Poças d'água viraram pistas de dança para a plateia que abraçou a fossa da chuva. Pelo menos por um tempo. A partir da metade do show, já se escutava comentários de "É legal, mas já deu, né?" Esforço não faltou. A carismática vocalista Aluna Francis encarou a chuva em vários momentos e foi dançar na parte descoberta do palco. "Me sinto tão à vontade no Brasil! Queria morar aqui! Posso ficar com vocês pra sempre?", gritou, encharcada. Estava vestida com conforto para a batalha, de tênis branco, blusinha verde fosforescente e saia branca que permitia que dançasse bastante. Já George Reid, o "George do nome da banda", que produz e toca teclado, não estava no palco. Segundo a assessoria, ele não se apresenta ao vivo, toca apenas em estúdio. Em momentos, o som do duo lembra uma rave light. Em outros, um quase soul. Tocou músicas familiares aos ouvidos europeus, mas incógnitas por aqui, como "White Noise", parceria com a banda Disclosure, e "Best Be Believing". E fechou com o principal hit, "You Know You Like It", ainda que o público não o reconhecesse. No final das contas, foi melhor para a plateia ter conhecido a dupla do que ouvido o já batido som de Robyn.
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AlunaGeorge encara anonimato e faz show corajoso no palco MundoA coisa não estava fácil para o duo eletrônico britânico AlunaGeorge. Foi escalado de última hora no palco principal do Rock in Rio para cobrir o buraco deixado por Robyn, que desistiu de vir, seu eletropop é desconhecido no Brasil e, para coroar a série de obstáculos, chovia canivetes enquanto se apresentava na noite deste domingo (27). Ainda assim, conseguiu fazer os fãs solares de Katy Perry, atração principal da noite, se mexerem ao som das músicas do seu único CD, adequadamente intitulado "Body Music". Poças d'água viraram pistas de dança para a plateia que abraçou a fossa da chuva. Pelo menos por um tempo. A partir da metade do show, já se escutava comentários de "É legal, mas já deu, né?" Esforço não faltou. A carismática vocalista Aluna Francis encarou a chuva em vários momentos e foi dançar na parte descoberta do palco. "Me sinto tão à vontade no Brasil! Queria morar aqui! Posso ficar com vocês pra sempre?", gritou, encharcada. Estava vestida com conforto para a batalha, de tênis branco, blusinha verde fosforescente e saia branca que permitia que dançasse bastante. Já George Reid, o "George do nome da banda", que produz e toca teclado, não estava no palco. Segundo a assessoria, ele não se apresenta ao vivo, toca apenas em estúdio. Em momentos, o som do duo lembra uma rave light. Em outros, um quase soul. Tocou músicas familiares aos ouvidos europeus, mas incógnitas por aqui, como "White Noise", parceria com a banda Disclosure, e "Best Be Believing". E fechou com o principal hit, "You Know You Like It", ainda que o público não o reconhecesse. No final das contas, foi melhor para a plateia ter conhecido a dupla do que ouvido o já batido som de Robyn.
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Ameaça de Trump de rejeitar resultados ofusca seu melhor debate
Dois candidatos centrados, um mediador eficaz em cobrar e obter respostas e, como resultado, um debate com (alguma) substância política. O último dos três embates televisionados entre Donald Trump e Hillary Clinton, na noite desta quarta (19), poderia até parecer parte de uma campanha eleitoral de muito mais alto nível do que esta de 2016, se não fosse a inédita declaração do republicano de que "decidirá na hora" se acata o resultado das urnas. A ameaça de não reconhecer os resultados, resposta à cobrança de um compromisso com o processo feita pelo mediador Chris Wallace, indica que a tática de Trump na reta final será repetir a acusação de que o processo eleitoral nos EUA é manipulado, mesmo sem provas que a sustentem. A menos de três semanas da votação, é uma aposta de risco, que pode ricochetear no orgulho que os americanos sentem de sua democracia. Veja os bastidores do debate Nas mesas-redondas televisivas após o confronto, não sobrou espaço para outra coisa. A pesquisa instantânea da CNN indicou vitória por 52% a 39% para Hillary. E foi o melhor desempenho de Trump, que se mostrou mais contido e preocupado em amparar as acusações contra Hillary em questões concretas, e não em generalidades como "ela mente" (embora a frase não tenha faltado). Assim, o empresário conseguiu enervar a adversária, algo que não havia ocorrido antes, e parecer mais "presidencial", como dizem os americanos —um dos seis temas escolhido por Wallace para a noite foi a capacidade de se comportar de acordo com o cargo. A mudança, porém, foi mais na forma do que na substância. Se Trump interrompeu Hillary menos vezes e manteve o tom mais sóbrio, não faltaram ofensas. A democrata foi chamada de "nasty", nojenta, quando falava de benefícios sociais, e as mulheres que o acusam de agredi-las sexualmente foram descritas pelo republicano como mentirosas em busca de fama. Na sua retórica, sírios que procuram os EUA para se refugiar de cinco anos de guerra civil em seu país foram associados à facção terrorista Estado Islâmico, a mesma que os persegue, e imigrantes sem documentos foram genericamente lembrados por assassinatos e outros crimes. Mas Hillary também se viu acuada por Trump e pelo mediador. Enrolou-se ao responder sobre as doações à fundação que mantém com o marido ex-presidente e mais uma vez teve que responder sobre os e-mails do Departamento de Estado que apagou sem autorização. Foi descrita pelo republicano como hipócrita, por defender os direitos femininos e aceitar doações da Arábia Saudita, país que cerceia as mulheres, e patinou quando o mediador perguntou por que ela defendera fronteiras abertas para o comércio em uma palestra no banco brasileiro Itaú, em 2013, se agora fala contra tratados. A seu favor, buscou cristalizar a imagem de polarizador do adversário, com algum sucesso. Apesar de o debate ter ganho profundidade —mérito de Wallace, que delimitou os tópicos e foi ainda mais implacável com enrolações do que Anderson Cooper e Martha Raddatz no debate anterior—, ele não trouxe novidade. Ambos os candidatos pregaram para convertidos. Um Trump mais centrado pode ganhar pontos com analistas, mas é improvável que essa imagem, no rastro das acusações que o derrubaram de um empate técnico para uma média de seis pontos atrás de Hillary nas pesquisas, convença a ponto de alterar significativamente a campanha. Já a ameaça de desqualificar a votação pode causar estrago para o republicano. Trump dera uma bola fora similar na campanha ao criticar os pais de um militar americano muçulmano morto em batalha. A lição não parece ter calado. Os americanos gostam de se ver como idôneos, a maior democracia do mundo, e por em dúvida o processo eleitoral do país é questão de orgulho nacional. Pode mexer com os brios patrióticos de muita gente que ainda está em dúvida sobre ir às urnas em 8 de novembro. É o efeito inverso ao que o candidato espera.
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Ameaça de Trump de rejeitar resultados ofusca seu melhor debateDois candidatos centrados, um mediador eficaz em cobrar e obter respostas e, como resultado, um debate com (alguma) substância política. O último dos três embates televisionados entre Donald Trump e Hillary Clinton, na noite desta quarta (19), poderia até parecer parte de uma campanha eleitoral de muito mais alto nível do que esta de 2016, se não fosse a inédita declaração do republicano de que "decidirá na hora" se acata o resultado das urnas. A ameaça de não reconhecer os resultados, resposta à cobrança de um compromisso com o processo feita pelo mediador Chris Wallace, indica que a tática de Trump na reta final será repetir a acusação de que o processo eleitoral nos EUA é manipulado, mesmo sem provas que a sustentem. A menos de três semanas da votação, é uma aposta de risco, que pode ricochetear no orgulho que os americanos sentem de sua democracia. Veja os bastidores do debate Nas mesas-redondas televisivas após o confronto, não sobrou espaço para outra coisa. A pesquisa instantânea da CNN indicou vitória por 52% a 39% para Hillary. E foi o melhor desempenho de Trump, que se mostrou mais contido e preocupado em amparar as acusações contra Hillary em questões concretas, e não em generalidades como "ela mente" (embora a frase não tenha faltado). Assim, o empresário conseguiu enervar a adversária, algo que não havia ocorrido antes, e parecer mais "presidencial", como dizem os americanos —um dos seis temas escolhido por Wallace para a noite foi a capacidade de se comportar de acordo com o cargo. A mudança, porém, foi mais na forma do que na substância. Se Trump interrompeu Hillary menos vezes e manteve o tom mais sóbrio, não faltaram ofensas. A democrata foi chamada de "nasty", nojenta, quando falava de benefícios sociais, e as mulheres que o acusam de agredi-las sexualmente foram descritas pelo republicano como mentirosas em busca de fama. Na sua retórica, sírios que procuram os EUA para se refugiar de cinco anos de guerra civil em seu país foram associados à facção terrorista Estado Islâmico, a mesma que os persegue, e imigrantes sem documentos foram genericamente lembrados por assassinatos e outros crimes. Mas Hillary também se viu acuada por Trump e pelo mediador. Enrolou-se ao responder sobre as doações à fundação que mantém com o marido ex-presidente e mais uma vez teve que responder sobre os e-mails do Departamento de Estado que apagou sem autorização. Foi descrita pelo republicano como hipócrita, por defender os direitos femininos e aceitar doações da Arábia Saudita, país que cerceia as mulheres, e patinou quando o mediador perguntou por que ela defendera fronteiras abertas para o comércio em uma palestra no banco brasileiro Itaú, em 2013, se agora fala contra tratados. A seu favor, buscou cristalizar a imagem de polarizador do adversário, com algum sucesso. Apesar de o debate ter ganho profundidade —mérito de Wallace, que delimitou os tópicos e foi ainda mais implacável com enrolações do que Anderson Cooper e Martha Raddatz no debate anterior—, ele não trouxe novidade. Ambos os candidatos pregaram para convertidos. Um Trump mais centrado pode ganhar pontos com analistas, mas é improvável que essa imagem, no rastro das acusações que o derrubaram de um empate técnico para uma média de seis pontos atrás de Hillary nas pesquisas, convença a ponto de alterar significativamente a campanha. Já a ameaça de desqualificar a votação pode causar estrago para o republicano. Trump dera uma bola fora similar na campanha ao criticar os pais de um militar americano muçulmano morto em batalha. A lição não parece ter calado. Os americanos gostam de se ver como idôneos, a maior democracia do mundo, e por em dúvida o processo eleitoral do país é questão de orgulho nacional. Pode mexer com os brios patrióticos de muita gente que ainda está em dúvida sobre ir às urnas em 8 de novembro. É o efeito inverso ao que o candidato espera.
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Amorim contesta fala de embaixador do Irã sobre acordo mediado por Brasil
Em sabatina na Folha na manhã desta terça (19), o ex-chanceler Celso Amorim disse estranhar as declarações do embaixador iraniano no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh, de que o acordo negociado com as potências agora é mais positivo para Teerã do que o acertado entre Brasil, Turquia e Irã em 2010, quando ele era ministro. Leia mais aqui
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Amorim contesta fala de embaixador do Irã sobre acordo mediado por BrasilEm sabatina na Folha na manhã desta terça (19), o ex-chanceler Celso Amorim disse estranhar as declarações do embaixador iraniano no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh, de que o acordo negociado com as potências agora é mais positivo para Teerã do que o acertado entre Brasil, Turquia e Irã em 2010, quando ele era ministro. Leia mais aqui
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'Shape of You', de Ed Sheeran, torna-se a música mais reproduzida no Spotify
A faixa pop "Shape of You", de Ed Sheeran, tornou-se a canção mais reproduzida no Spotify, pondo fim ao reinado de 11 meses de "One Dance", do rapper Drake. A canção suave do compositor inglês sobre a busca pelo amor em um bar foi ouvida 1,3 bilhão de vezes até esta sexta-feira (22) no serviço de streaming mais popular do mundo. "Shape of You" foi lançada em janeiro como uma das primeiras músicas do álbum "Divide", de Sheeran. Esse foi o terceiro disco do músico, mas o primeiro desde que ele foi impulsado ao estrelato pela balada "Thinking Out Loud", que continua sendo a sexta canção mais reproduzida na história do Spotify. "Shape of You" e "One Dance" compartilham semelhanças sutis. Ambas incorporam ritmos de dancehall, um gênero popular jamaicano dos anos 1970 que renasceu através de produtores de pop. "One Dance" chegou ao topo da lista de canções mais tocadas do Spotify em outubro de 2016, apesar da estreita relação de Drake com o serviço de streaming rival, Apple Music. Dois meses depois, "One Dance" se tornou a primeira canção a alcançar um bilhão de reproduções no Spotify, uma façanha que desde então foi realizada por outras três faixas.
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'Shape of You', de Ed Sheeran, torna-se a música mais reproduzida no SpotifyA faixa pop "Shape of You", de Ed Sheeran, tornou-se a canção mais reproduzida no Spotify, pondo fim ao reinado de 11 meses de "One Dance", do rapper Drake. A canção suave do compositor inglês sobre a busca pelo amor em um bar foi ouvida 1,3 bilhão de vezes até esta sexta-feira (22) no serviço de streaming mais popular do mundo. "Shape of You" foi lançada em janeiro como uma das primeiras músicas do álbum "Divide", de Sheeran. Esse foi o terceiro disco do músico, mas o primeiro desde que ele foi impulsado ao estrelato pela balada "Thinking Out Loud", que continua sendo a sexta canção mais reproduzida na história do Spotify. "Shape of You" e "One Dance" compartilham semelhanças sutis. Ambas incorporam ritmos de dancehall, um gênero popular jamaicano dos anos 1970 que renasceu através de produtores de pop. "One Dance" chegou ao topo da lista de canções mais tocadas do Spotify em outubro de 2016, apesar da estreita relação de Drake com o serviço de streaming rival, Apple Music. Dois meses depois, "One Dance" se tornou a primeira canção a alcançar um bilhão de reproduções no Spotify, uma façanha que desde então foi realizada por outras três faixas.
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PT assaltou o Brasil
Como era previsível, o PT, na sua primeira semana de retorno à oposição, fez cobranças ao novo governo com a autoridade de quem se presume vítima –e não réu– dos delitos expostos. O país está arruinado. Os números da economia são bem piores do que se imaginava. As contas ainda não estão inteiramente levantadas, já que o governo deposto –e o termo é esse, pois ninguém de bom senso cogita vê-lo de volta– se recusou a providenciar o processo de transição. Tal recusa a um procedimento meramente técnico equivale a uma confissão de crime, que os números confirmam. Não há outra expressão: o PT assaltou os brasileiros, dilapidou o Estado, deixou atrás de si um rastro de destruição. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a um deficit estratosférico: R$ 120 bilhões. Logo na sequência, porém, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, constatou que o rombo é maior: R$ 160 bilhões. Nenhum desses levantamentos incluiu a novidade que se anunciou na quarta-feira: as perdas da Eletrobras, suspensa pela Bolsa de Nova York por não apresentar o balanço auditado de 2014. A perda imediata é de R$ 40 bilhões, mas pode aumentar, já que o escritório Hogan Lovells, que investiga a estatal brasileira, ainda não chegou ao fim da linha. Segundo a agência Reuters, "a cada apuração feita, encontram-se novos indícios de irregularidades que estimulam novas investigações". A Eletrobras é uma das muitas caixas-pretas a serem abertas –como BNDES, Dnit, Caixa Econômica, Banco do Brasil, fundos de pensão. Como se diz na roça, "a cada enxadada, uma minhoca". Na Petrobras, os prejuízos são de R$ 42 bilhões –mas os danos são bem maiores. Além de ter perdido a oportunidade de leiloar mais de 40 áreas do pré-sal, quando o barril valia US$ 120, vende agora todos os ativos a preço de banana. É, hoje, a empresa mais endividada do mundo. Outra descoberta assombrosa relaciona-se à publicidade. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República, sob Dilma Rousseff, já gastou toda a verba prevista para 2016: R$ 152 milhões. Essa verba alimenta, entre outras coisas, os blogs sujos da internet, pagos não só para defender a quadrilha do PT mas, sobretudo, difamar seus adversários. Esses blogueiros estão organizando um congresso na Bahia, para junho, em que esperam a presença de Dilma e Lula, para tratar do "combate ao golpe". A insistência criminosa no termo "golpe", para definir o processo constitucional de impeachment, mereceu reação por parte da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que pediu esclarecimentos à presidente afastada, dando-lhe o prazo de dez dias para se manifestar. Não o fará, por falta de argumentos. A letal conjunção de corrupção sistêmica e gestão desastrosa, que os números atestam, produz efeitos em todos os setores da vida nacional, atingindo sobretudo a parcela mais desprotegida da população. Na saúde, por exemplo, segundo levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina, perderam-se nada menos que 24 mil leitos de internação do SUS, ao longo dos últimos cinco anos –tempo que corresponde à presença de Dilma na Presidência. A tragédia do desemprego –11 milhões de vítimas–, da qual a militância do PT estava poupada, é outro subproduto dessa herança maldita. E uma das medidas preliminares de higiene moral –e de cunho pedagógico– é fazer uma assepsia da máquina pública federal demitindo os milhares que foram nomeados para partidarizar o Estado. E esperar que a Justiça seja célere em julgar e condenar os que assaltaram o Brasil.
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PT assaltou o BrasilComo era previsível, o PT, na sua primeira semana de retorno à oposição, fez cobranças ao novo governo com a autoridade de quem se presume vítima –e não réu– dos delitos expostos. O país está arruinado. Os números da economia são bem piores do que se imaginava. As contas ainda não estão inteiramente levantadas, já que o governo deposto –e o termo é esse, pois ninguém de bom senso cogita vê-lo de volta– se recusou a providenciar o processo de transição. Tal recusa a um procedimento meramente técnico equivale a uma confissão de crime, que os números confirmam. Não há outra expressão: o PT assaltou os brasileiros, dilapidou o Estado, deixou atrás de si um rastro de destruição. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a um deficit estratosférico: R$ 120 bilhões. Logo na sequência, porém, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, constatou que o rombo é maior: R$ 160 bilhões. Nenhum desses levantamentos incluiu a novidade que se anunciou na quarta-feira: as perdas da Eletrobras, suspensa pela Bolsa de Nova York por não apresentar o balanço auditado de 2014. A perda imediata é de R$ 40 bilhões, mas pode aumentar, já que o escritório Hogan Lovells, que investiga a estatal brasileira, ainda não chegou ao fim da linha. Segundo a agência Reuters, "a cada apuração feita, encontram-se novos indícios de irregularidades que estimulam novas investigações". A Eletrobras é uma das muitas caixas-pretas a serem abertas –como BNDES, Dnit, Caixa Econômica, Banco do Brasil, fundos de pensão. Como se diz na roça, "a cada enxadada, uma minhoca". Na Petrobras, os prejuízos são de R$ 42 bilhões –mas os danos são bem maiores. Além de ter perdido a oportunidade de leiloar mais de 40 áreas do pré-sal, quando o barril valia US$ 120, vende agora todos os ativos a preço de banana. É, hoje, a empresa mais endividada do mundo. Outra descoberta assombrosa relaciona-se à publicidade. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República, sob Dilma Rousseff, já gastou toda a verba prevista para 2016: R$ 152 milhões. Essa verba alimenta, entre outras coisas, os blogs sujos da internet, pagos não só para defender a quadrilha do PT mas, sobretudo, difamar seus adversários. Esses blogueiros estão organizando um congresso na Bahia, para junho, em que esperam a presença de Dilma e Lula, para tratar do "combate ao golpe". A insistência criminosa no termo "golpe", para definir o processo constitucional de impeachment, mereceu reação por parte da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que pediu esclarecimentos à presidente afastada, dando-lhe o prazo de dez dias para se manifestar. Não o fará, por falta de argumentos. A letal conjunção de corrupção sistêmica e gestão desastrosa, que os números atestam, produz efeitos em todos os setores da vida nacional, atingindo sobretudo a parcela mais desprotegida da população. Na saúde, por exemplo, segundo levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina, perderam-se nada menos que 24 mil leitos de internação do SUS, ao longo dos últimos cinco anos –tempo que corresponde à presença de Dilma na Presidência. A tragédia do desemprego –11 milhões de vítimas–, da qual a militância do PT estava poupada, é outro subproduto dessa herança maldita. E uma das medidas preliminares de higiene moral –e de cunho pedagógico– é fazer uma assepsia da máquina pública federal demitindo os milhares que foram nomeados para partidarizar o Estado. E esperar que a Justiça seja célere em julgar e condenar os que assaltaram o Brasil.
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Conheça os integrantes da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais
A Rede Folha de Empreendedores Socioambientais reúne 92 líderes altamente inovadores com o objetivo de disseminar ideias e soluções do terceiro setor para um novo Brasil. Sua criação abre novos canais de comunicação com o terceiro setor e mais informações sobre ele. Clique nas fotos abaixo para conhecer os membros da rede e suas histórias. Membros da Rede Folha
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Conheça os integrantes da Rede Folha de Empreendedores SocioambientaisA Rede Folha de Empreendedores Socioambientais reúne 92 líderes altamente inovadores com o objetivo de disseminar ideias e soluções do terceiro setor para um novo Brasil. Sua criação abre novos canais de comunicação com o terceiro setor e mais informações sobre ele. Clique nas fotos abaixo para conhecer os membros da rede e suas histórias. Membros da Rede Folha
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MEC libera consulta para vagas do Sisu do meio de ano; inscrição começa 2ª
O MEC liberou nesta sexta-feira (26) a consulta das vagas disponíveis pelo Sisu neste meio de ano. Ao todo, são 51.913 vagas que podem ser conferidas no site do sistema. As inscrições começam na próxima segunda-feira (29). Os candidatos deverão se inscrever exclusivamente pela internet, no site do Sisu, e informar o número de inscrição e senha do Enem 2016. Cada candidato pode escolher até duas opções de curso e poderá alterá-las ao longo do processo ou até cancelar a sua inscrição. O sistema somente considerará válida a última inscrição confirmada. Estudantes de qualquer lugar do país podem se inscrever nas instituições de ensino que aderiram ao programa. O candidato, no entanto, tem que ter feito a prova do Enem em 2016 e tirado nota acima de zero na redação. Nesta edição de meio de ano, o Sisu oferece vagas para 1.462 cursos. O Estado com mais instituições com vagas disponíveis é Minas, seguido por Rio, Bahia e Rio Grande do Sul. Veja aqui a lista completa de cursos e instituições. O resultado será divulgado em 6 de junho e os candidatos selecionados poderão efetuar suas matrículas na instituição para a qual foram selecionados entre os dias 9 e 13 do mesmo mês. A convocação dos candidatos em lista de espera será feita pela própria instituição, a partir de 26 de junho.
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MEC libera consulta para vagas do Sisu do meio de ano; inscrição começa 2ªO MEC liberou nesta sexta-feira (26) a consulta das vagas disponíveis pelo Sisu neste meio de ano. Ao todo, são 51.913 vagas que podem ser conferidas no site do sistema. As inscrições começam na próxima segunda-feira (29). Os candidatos deverão se inscrever exclusivamente pela internet, no site do Sisu, e informar o número de inscrição e senha do Enem 2016. Cada candidato pode escolher até duas opções de curso e poderá alterá-las ao longo do processo ou até cancelar a sua inscrição. O sistema somente considerará válida a última inscrição confirmada. Estudantes de qualquer lugar do país podem se inscrever nas instituições de ensino que aderiram ao programa. O candidato, no entanto, tem que ter feito a prova do Enem em 2016 e tirado nota acima de zero na redação. Nesta edição de meio de ano, o Sisu oferece vagas para 1.462 cursos. O Estado com mais instituições com vagas disponíveis é Minas, seguido por Rio, Bahia e Rio Grande do Sul. Veja aqui a lista completa de cursos e instituições. O resultado será divulgado em 6 de junho e os candidatos selecionados poderão efetuar suas matrículas na instituição para a qual foram selecionados entre os dias 9 e 13 do mesmo mês. A convocação dos candidatos em lista de espera será feita pela própria instituição, a partir de 26 de junho.
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Transforme a sua TV numa 'smart' para assistir a séries e filmes na tela grande
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Esperar a hora de um programa começar para assisti-lo é algo cada vez mais raro. Serviços como Netflix e Globo Play dão a oportunidade de assistir, pela internet, a um filme, série ou novela na hora em que o espectador quiser. Para colocar essa programação na sua TV que não é modelo "smart", não é preciso trocar de aparelho. Por meio de acessórios como Apple TV ou Chromecast, dá para acessar conteúdos de mais de oito canais diferentes, entre opções gratuitas, serviços de aluguel e compra de filmes e acervos de emissoras de TV paga. São milhares de horas para assistir a poucos toques de distância. * Apple TV A pequena caixa permite passar vídeos do iPhone, iPad ou computador para a tela da TV ou acessar filmes, jogos e músicas do iTunes. A versão mais moderna custa R$ 1.099. Chromecast O pequeno aparelho se conecta à TV e permite assistir a vídeos do Netflix e YouTube, por exemplo. A versão mais recente custa a partir de R$ 269. Computador Se o seu notebook tem saída HDMI, pode ser ligado à TV por um cabo desse tipo. Aí basta abrir os sites de vídeo (leia ao lado) e dar play. O cabo custa em torno de R$ 20. Video game Consoles como Xbox e PlayStation dão acesso direto a plataformas de vídeo como Netflix e YouTube. * Vídeos via internet Claro Vídeo Há filmes, séries, shows e desenhos. Clientes da empresa podem assistir parte do conteúdo gratuitamente, os demais têm de pagar R$ 19,90 por mês para ter acesso a ele. Também é possível alugar filmes, a partir de R$ 6,90 cada um. Fox Play Reúne séries e filmes distribuídos pela Fox, jogos de futebol e programas dos canais NatGeo e FX. Disponível para quem já assina a Fox via TV paga. Para usar, entre com login e senha fornecidos por sua operadora (Net, Sky, Vivo etc). Globo Play Exibe ao vivo o conteúdo da TV Globo pela web. Para ver programas anteriores na íntegra (incluindo novelas antigas, como "Avenida Brasil"), é preciso pagar mensalidade de R$ 14,20. Globosat Play Assinantes de canais de TV paga como GloboNews, Premiere, SporTV e Viva podem acessá-los ao vivo pela internet. Há também programas salvos. O Telecine Play, por exemplo, tem 1.500 filmes em seu acervo. Google Play Tem aluguel (o vídeo fica disponível por algum tempo) e compra de filmes, via download. Títulos custam a partir de R$ 3,90. HBO Go Traz séries como "Game of Thrones" e "West World" e filmes elogiados, como "Whiplash". Por enquanto, disponível só para assinantes HBO. iTunes Oferece 85 mil filmes para alugar (a partir de US$ 0,99 cada um). É preciso ter uma Apple TV ou conectar o computador à TV. Netflix Custa a partir de R$ 19,90 mensais e dá acesso a dezenas de séries e filmes, parte deles de produções próprias, como "House of Cards", "Black Mirror", e séries da Marvel, como "Luke Cage". YouTube Gratuito, mas com comerciais, tem milhares de clipes musicais, canais com programas sobre culinária, curiosidades, comportamento e tutoriais. Há, também, filmes antigos na íntegra.
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Transforme a sua TV numa 'smart' para assistir a séries e filmes na tela grandeRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Esperar a hora de um programa começar para assisti-lo é algo cada vez mais raro. Serviços como Netflix e Globo Play dão a oportunidade de assistir, pela internet, a um filme, série ou novela na hora em que o espectador quiser. Para colocar essa programação na sua TV que não é modelo "smart", não é preciso trocar de aparelho. Por meio de acessórios como Apple TV ou Chromecast, dá para acessar conteúdos de mais de oito canais diferentes, entre opções gratuitas, serviços de aluguel e compra de filmes e acervos de emissoras de TV paga. São milhares de horas para assistir a poucos toques de distância. * Apple TV A pequena caixa permite passar vídeos do iPhone, iPad ou computador para a tela da TV ou acessar filmes, jogos e músicas do iTunes. A versão mais moderna custa R$ 1.099. Chromecast O pequeno aparelho se conecta à TV e permite assistir a vídeos do Netflix e YouTube, por exemplo. A versão mais recente custa a partir de R$ 269. Computador Se o seu notebook tem saída HDMI, pode ser ligado à TV por um cabo desse tipo. Aí basta abrir os sites de vídeo (leia ao lado) e dar play. O cabo custa em torno de R$ 20. Video game Consoles como Xbox e PlayStation dão acesso direto a plataformas de vídeo como Netflix e YouTube. * Vídeos via internet Claro Vídeo Há filmes, séries, shows e desenhos. Clientes da empresa podem assistir parte do conteúdo gratuitamente, os demais têm de pagar R$ 19,90 por mês para ter acesso a ele. Também é possível alugar filmes, a partir de R$ 6,90 cada um. Fox Play Reúne séries e filmes distribuídos pela Fox, jogos de futebol e programas dos canais NatGeo e FX. Disponível para quem já assina a Fox via TV paga. Para usar, entre com login e senha fornecidos por sua operadora (Net, Sky, Vivo etc). Globo Play Exibe ao vivo o conteúdo da TV Globo pela web. Para ver programas anteriores na íntegra (incluindo novelas antigas, como "Avenida Brasil"), é preciso pagar mensalidade de R$ 14,20. Globosat Play Assinantes de canais de TV paga como GloboNews, Premiere, SporTV e Viva podem acessá-los ao vivo pela internet. Há também programas salvos. O Telecine Play, por exemplo, tem 1.500 filmes em seu acervo. Google Play Tem aluguel (o vídeo fica disponível por algum tempo) e compra de filmes, via download. Títulos custam a partir de R$ 3,90. HBO Go Traz séries como "Game of Thrones" e "West World" e filmes elogiados, como "Whiplash". Por enquanto, disponível só para assinantes HBO. iTunes Oferece 85 mil filmes para alugar (a partir de US$ 0,99 cada um). É preciso ter uma Apple TV ou conectar o computador à TV. Netflix Custa a partir de R$ 19,90 mensais e dá acesso a dezenas de séries e filmes, parte deles de produções próprias, como "House of Cards", "Black Mirror", e séries da Marvel, como "Luke Cage". YouTube Gratuito, mas com comerciais, tem milhares de clipes musicais, canais com programas sobre culinária, curiosidades, comportamento e tutoriais. Há, também, filmes antigos na íntegra.
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Homem está perdido há mais de um dia em trilha na serra do litoral de SP
Um homem de 40 anos está há mais de um dia perdido em uma trilha na serra do litoral de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele se perdeu na trilha Itapanhaú por volta das 11h desta sexta-feira (27). Não foi informado se ele foi sozinho para o local nem a identidade do homem. Os bombeiros disseram que o homem entrou na mata por um acesso no km 81 da rodovia Mogi-Bertioga. Cinco carros de resgate, com 15 agentes e um cachorro, foram enviados para ajudar as buscas no local. Essa trilha é procurada principalmente por pessoas que querem visitar a cachoeira do Elefante e conhecer o trecho preservado da mata Atlântica.
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Homem está perdido há mais de um dia em trilha na serra do litoral de SPUm homem de 40 anos está há mais de um dia perdido em uma trilha na serra do litoral de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele se perdeu na trilha Itapanhaú por volta das 11h desta sexta-feira (27). Não foi informado se ele foi sozinho para o local nem a identidade do homem. Os bombeiros disseram que o homem entrou na mata por um acesso no km 81 da rodovia Mogi-Bertioga. Cinco carros de resgate, com 15 agentes e um cachorro, foram enviados para ajudar as buscas no local. Essa trilha é procurada principalmente por pessoas que querem visitar a cachoeira do Elefante e conhecer o trecho preservado da mata Atlântica.
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Dilma sinaliza apoio a nova eleição para negociar retorno ao Planalto
A presidente afastada, Dilma Rousseff, sinalizou a senadores e aliados que aceitaria propor um plebiscito para definir a convocação de novas eleições presidenciais, caso seja reconduzida ao cargo. Segundo pessoas próximas à petista e parlamentares que a procuraram para tratar do assunto na quarta (8), Dilma demonstrou disposição em abraçar a proposta, se ela for adotada, primeiro, pelos movimentos sociais. A promessa de que terá disposição para deixar o Planalto caso seja reconduzida é o principal argumento que aliados da petista têm usado para tentar reverter votos no Senado contra sua cassação. No Senado Dilma teve 22 votos contra seu afastamento. Precisa de 27 para barrar o impeachment. Em entrevista à TV Brasil nesta quinta (9), Dilma defendeu uma consulta popular para 'lavar lambança' do governo interino de Michel Temer. A ideia é que a proposta de novas eleições surja como uma demanda das ruas, para minimizar a tese de que, na verdade, esse caminho representa uma admissão de que a petista não tem condições de governar até 2018. O problema é que não há consenso sobre o assunto entre os movimentos sociais e, ainda que houvesse, o fato de a petista deixar o cargo não garante que o hoje Temer fará o mesmo. Os principais articuladores da proposta reconhecem que esse é o principal entrave, inclusive jurídico, à viabilidade das novas eleições. No Congresso, aliados de Temer dizem ainda que, de saída, a medida é inconstitucional, porque implica o encurtamento do mandato. Há também resistência na base social do PT. A principal vem do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Procurado pela Folha, o líder do MST, João Pedro Stédile, refutou a tese e disse que "não há fórmula mágica de antecipação de eleições". "O MST e a ampla maioria dos movimentos da Frente Brasil Popular têm como linha política lutar contra o governo golpista de [Michel] Temer e exigir a revogação do processo contra a presidente Dilma, para que ela reassuma", disse Stédile. Segundo ele, o MST já deixou claro para a petista que, se ela voltar ao Planalto, precisaria repactuar o governo, sinalizando para os grupos que a apoiaram. O discurso do MST é o de que só uma reforma política ampla poria fim à crise. Por isso, defende que Dilma convoque um plebiscito sobre a realização de Assembleia Nacional Constituinte para discutir esse tema. Stédile admite, por fim, que "antecipar eleições presidenciais ou gerais não resolve os problemas. Ao contrário, poderia legitimar as mesmas forças conservadoras que deram o golpe". Outros líderes, no entanto, como Guilherme Boulos, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), concordam com a convocação de novas eleições. Por isso, até que o impasse se resolva, a ordem é que Dilma não fale publicamente sobre o assunto. Aliados de Dilma já trabalham com um cronograma. Ele que prevê que, uma vez reempossada, a petista convoque o plebiscito, e, vencendo a tese de novas eleições, envie uma mensagem ao Congresso dizendo que abre mão de seu mandato. Leia a íntegra da posição de João Pedro Stédile enviada à Folha. * O MST e a ampla maioria dos movimentos da Frente Brasil Popular têm como linha política lutar contra o governo golpista de Temer e exigir a revogação do processo contra a presidenta Dilma, para que ela reassuma em 17 de agosto de 2016. E já apresentamos à presidenta a necessidade de que anuncie ao povo brasileiro seu novo programa de governo, com uma nova política econômica que atenda às necessidades da população e tire o país da crise. Montar um novo ministério em diálogo e representativo das forças da sociedade que a apoiaram. Ao mesmo tempo, que se comprometa a promover a reforma política, que somente poderá vir por meio de um plebiscito nacional que convoque eleições para uma assembleia constituinte exclusiva. Como, aliás, ela já se manifestou favoravelmente em recente entrevista à revista "Carta Capital". A crise na qual o país está envolvido somente será resolvida com uma ampla reforma política, que mude os critérios e garanta a verdadeira representação do povo. Antecipar eleições presidenciais ou gerais não resolve os problemas da crise política e, ao contrário, poderia legitimar as mesmas forças conservadoras que deram o golpe, para implementar um programa neoliberal e conservador na sociedade. Todos sabemos que a derrota dos golpistas no Senado, e a implementação da reforma política necessária somente virá com a pressão de mobilizações populares, que espero aumentem a cada dia. Não há pois nenhuma fórmula mágica de antecipação de eleições que se viabilize no curto prazo e resolva os problemas da política. Se os senadores sérios fossem a maioria no Senado, já teriam aprovado a PEC de antecipação das eleições gerais (antes do processo de impecheament) e, melhor ainda, o projeto de lei que convoca um plebiscito sobre a reforma politica via assembleia constituinte, que estão lá dormindo nas gavetas do Senado.
poder
Dilma sinaliza apoio a nova eleição para negociar retorno ao PlanaltoA presidente afastada, Dilma Rousseff, sinalizou a senadores e aliados que aceitaria propor um plebiscito para definir a convocação de novas eleições presidenciais, caso seja reconduzida ao cargo. Segundo pessoas próximas à petista e parlamentares que a procuraram para tratar do assunto na quarta (8), Dilma demonstrou disposição em abraçar a proposta, se ela for adotada, primeiro, pelos movimentos sociais. A promessa de que terá disposição para deixar o Planalto caso seja reconduzida é o principal argumento que aliados da petista têm usado para tentar reverter votos no Senado contra sua cassação. No Senado Dilma teve 22 votos contra seu afastamento. Precisa de 27 para barrar o impeachment. Em entrevista à TV Brasil nesta quinta (9), Dilma defendeu uma consulta popular para 'lavar lambança' do governo interino de Michel Temer. A ideia é que a proposta de novas eleições surja como uma demanda das ruas, para minimizar a tese de que, na verdade, esse caminho representa uma admissão de que a petista não tem condições de governar até 2018. O problema é que não há consenso sobre o assunto entre os movimentos sociais e, ainda que houvesse, o fato de a petista deixar o cargo não garante que o hoje Temer fará o mesmo. Os principais articuladores da proposta reconhecem que esse é o principal entrave, inclusive jurídico, à viabilidade das novas eleições. No Congresso, aliados de Temer dizem ainda que, de saída, a medida é inconstitucional, porque implica o encurtamento do mandato. Há também resistência na base social do PT. A principal vem do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Procurado pela Folha, o líder do MST, João Pedro Stédile, refutou a tese e disse que "não há fórmula mágica de antecipação de eleições". "O MST e a ampla maioria dos movimentos da Frente Brasil Popular têm como linha política lutar contra o governo golpista de [Michel] Temer e exigir a revogação do processo contra a presidente Dilma, para que ela reassuma", disse Stédile. Segundo ele, o MST já deixou claro para a petista que, se ela voltar ao Planalto, precisaria repactuar o governo, sinalizando para os grupos que a apoiaram. O discurso do MST é o de que só uma reforma política ampla poria fim à crise. Por isso, defende que Dilma convoque um plebiscito sobre a realização de Assembleia Nacional Constituinte para discutir esse tema. Stédile admite, por fim, que "antecipar eleições presidenciais ou gerais não resolve os problemas. Ao contrário, poderia legitimar as mesmas forças conservadoras que deram o golpe". Outros líderes, no entanto, como Guilherme Boulos, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), concordam com a convocação de novas eleições. Por isso, até que o impasse se resolva, a ordem é que Dilma não fale publicamente sobre o assunto. Aliados de Dilma já trabalham com um cronograma. Ele que prevê que, uma vez reempossada, a petista convoque o plebiscito, e, vencendo a tese de novas eleições, envie uma mensagem ao Congresso dizendo que abre mão de seu mandato. Leia a íntegra da posição de João Pedro Stédile enviada à Folha. * O MST e a ampla maioria dos movimentos da Frente Brasil Popular têm como linha política lutar contra o governo golpista de Temer e exigir a revogação do processo contra a presidenta Dilma, para que ela reassuma em 17 de agosto de 2016. E já apresentamos à presidenta a necessidade de que anuncie ao povo brasileiro seu novo programa de governo, com uma nova política econômica que atenda às necessidades da população e tire o país da crise. Montar um novo ministério em diálogo e representativo das forças da sociedade que a apoiaram. Ao mesmo tempo, que se comprometa a promover a reforma política, que somente poderá vir por meio de um plebiscito nacional que convoque eleições para uma assembleia constituinte exclusiva. Como, aliás, ela já se manifestou favoravelmente em recente entrevista à revista "Carta Capital". A crise na qual o país está envolvido somente será resolvida com uma ampla reforma política, que mude os critérios e garanta a verdadeira representação do povo. Antecipar eleições presidenciais ou gerais não resolve os problemas da crise política e, ao contrário, poderia legitimar as mesmas forças conservadoras que deram o golpe, para implementar um programa neoliberal e conservador na sociedade. Todos sabemos que a derrota dos golpistas no Senado, e a implementação da reforma política necessária somente virá com a pressão de mobilizações populares, que espero aumentem a cada dia. Não há pois nenhuma fórmula mágica de antecipação de eleições que se viabilize no curto prazo e resolva os problemas da política. Se os senadores sérios fossem a maioria no Senado, já teriam aprovado a PEC de antecipação das eleições gerais (antes do processo de impecheament) e, melhor ainda, o projeto de lei que convoca um plebiscito sobre a reforma politica via assembleia constituinte, que estão lá dormindo nas gavetas do Senado.
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Para se expandir, marca converte concorrente menor em franqueado
Em busca de presença no mercado, empresas de diferentes segmentos têm investido na conversão de bandeiras, quando convencem um concorrente menor a se tornar um de seus franqueados. Entre as linhas de negócios que mais apostam na prática, estão petshops, farmácias e cursos de idiomas, segundo a ABF, associação do setor. "A unidade demora, ao menos, três meses para assumir a nova identidade", estima Claudio Tieghi, da entidade. "O mercado de petshops ainda é muito pulverizado no Brasil. O desafio é preparar um comerciante pequeno para uma estrutura de rede", analisa Rodrigo Albuquerque, executivo da marca. A prática é mais conhecida pelas academias e não é raro ver o centro de ginástica da esquina mudar toda a estrutura e assumir um nome mais familiar ao consumidor. Oito unidades que a rede de academias Runner pretende abrir neste ano serão no sistema de troca de marca. "Mostramos para a empresa de bairro que em experiências anteriores dobramos o número de alunos e subiu o tíquete médio pago por eles." "A troca de bandeira é boa para quem está no começo, pois estende a marca rapidamente", diz Ronaldo Pereira Jr., das Óticas Carol, que conseguiu vários franqueados dessa forma. "Mas é trabalhoso construir uma cultura única, de rede, em uma ex-marca." * Até novembro, construção civil teve 365,5 mil cortes em 2015 A construção civil teve em novembro o pior índice de demissões de 2015, com 61,3 mil cortes –uma queda 2,03% em relação ao mês anterior. O resultado de dezembro ainda não foi divulgado pelo Sinduscon-SP (sindicado do setor), responsável pela pesquisa, em parceria com a FGV. O número de empregos formais na indústria tem caído desde outubro de 2014. A falta de investimentos no setor é o principal fator apontado pelo vice-presidente do sindicato, Eduardo Zaidan. Ele também destaca que, no final do ano, o ritmo de obras é tradicionalmente mais lento, o que agrava o cenário –de fato, o segmento que mais sofreu queda em novembro foi o de preparação de terrenos (3,63%). A projeção para 2016 segue pessimista, para Zaidan. "Mesmo que o país saia da recessão, vai demorar pelo menos um ano até que isso se converta em novas obras." Até o fim de novembro, havia 2,95 milhões de trabalhadores empregados no setor –o índice foi registrado pela última vez em agosto de 2010. No Estado de São Paulo, o número de demissões também foi o pior do ano: 12,8 mil cortes, uma queda de 1,62%. QUEDA LIVRE - Redução nos índices de emprego na construção civil em 2015 * EMPREGO NA UTI O número de postos de trabalho em hospitais particulares neste ano pode cair, após um crescimento estimado de 4,1% em 2015, mais tímido que em anos anteriores. "O setor contratava em um ritmo adequado. Com a baixa de movimento dos hospitais, acaba-se empregando menos do que a expectativa", diz Francisco Balestrin, presidente da Anahp, associação de empresas do setor. Em 2014, as contratações tiveram alta de quase 12% -três vezes mais que em 2015. A expectativa da Anahp é de uma queda neste ano ou ao menos que não sejam abertas novas vagas. "A área de saúde é a última a ser afetada por crises, afinal, as pessoas continuam a ficar doentes. Mas nada indica que irá melhorar. Vamos demitir ou só conseguir manter as vagas do ano passado." A entidade também projeta uma redução de 1,8% na receita líquida nominal dos hospitais em 2015 e, para este ano, um aumento considerável das despesas, com a alta nos preços de insumos importados, calculados em dólar. HOSPITAIS - Número de empregos gerados, em mil * PEQUENOS DIMINUEM O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo em novembro do ano passado foi de R$ 47,6 bilhões, semelhante ao de setembro de 2009, depois de feitos os ajustes relativos à inflação do período. Os dados são do Sebrae-SP. É a 11ª queda consecutiva da receita de negócios desses portes. Em porcentagem, foi um resultado negativo em 15,9% na comparação com novembro de 2014. No acumulado entre janeiro e novembro de 2015, as empresas perderam 13,3% de faturamento em relação ao mesmo período de 2014. Faturamento de PMEs cai - Comparação novembro 2015 - 2014, em % RETROCESSO ENTRE PEQUENAS - Por região do Estado de SP * Com demanda Kenneth Antunes Ferreira é o novo sócio na área de mercado de capitais no escritório TozziniFreire Advogados. * HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Para se expandir, marca converte concorrente menor em franqueadoEm busca de presença no mercado, empresas de diferentes segmentos têm investido na conversão de bandeiras, quando convencem um concorrente menor a se tornar um de seus franqueados. Entre as linhas de negócios que mais apostam na prática, estão petshops, farmácias e cursos de idiomas, segundo a ABF, associação do setor. "A unidade demora, ao menos, três meses para assumir a nova identidade", estima Claudio Tieghi, da entidade. "O mercado de petshops ainda é muito pulverizado no Brasil. O desafio é preparar um comerciante pequeno para uma estrutura de rede", analisa Rodrigo Albuquerque, executivo da marca. A prática é mais conhecida pelas academias e não é raro ver o centro de ginástica da esquina mudar toda a estrutura e assumir um nome mais familiar ao consumidor. Oito unidades que a rede de academias Runner pretende abrir neste ano serão no sistema de troca de marca. "Mostramos para a empresa de bairro que em experiências anteriores dobramos o número de alunos e subiu o tíquete médio pago por eles." "A troca de bandeira é boa para quem está no começo, pois estende a marca rapidamente", diz Ronaldo Pereira Jr., das Óticas Carol, que conseguiu vários franqueados dessa forma. "Mas é trabalhoso construir uma cultura única, de rede, em uma ex-marca." * Até novembro, construção civil teve 365,5 mil cortes em 2015 A construção civil teve em novembro o pior índice de demissões de 2015, com 61,3 mil cortes –uma queda 2,03% em relação ao mês anterior. O resultado de dezembro ainda não foi divulgado pelo Sinduscon-SP (sindicado do setor), responsável pela pesquisa, em parceria com a FGV. O número de empregos formais na indústria tem caído desde outubro de 2014. A falta de investimentos no setor é o principal fator apontado pelo vice-presidente do sindicato, Eduardo Zaidan. Ele também destaca que, no final do ano, o ritmo de obras é tradicionalmente mais lento, o que agrava o cenário –de fato, o segmento que mais sofreu queda em novembro foi o de preparação de terrenos (3,63%). A projeção para 2016 segue pessimista, para Zaidan. "Mesmo que o país saia da recessão, vai demorar pelo menos um ano até que isso se converta em novas obras." Até o fim de novembro, havia 2,95 milhões de trabalhadores empregados no setor –o índice foi registrado pela última vez em agosto de 2010. No Estado de São Paulo, o número de demissões também foi o pior do ano: 12,8 mil cortes, uma queda de 1,62%. QUEDA LIVRE - Redução nos índices de emprego na construção civil em 2015 * EMPREGO NA UTI O número de postos de trabalho em hospitais particulares neste ano pode cair, após um crescimento estimado de 4,1% em 2015, mais tímido que em anos anteriores. "O setor contratava em um ritmo adequado. Com a baixa de movimento dos hospitais, acaba-se empregando menos do que a expectativa", diz Francisco Balestrin, presidente da Anahp, associação de empresas do setor. Em 2014, as contratações tiveram alta de quase 12% -três vezes mais que em 2015. A expectativa da Anahp é de uma queda neste ano ou ao menos que não sejam abertas novas vagas. "A área de saúde é a última a ser afetada por crises, afinal, as pessoas continuam a ficar doentes. Mas nada indica que irá melhorar. Vamos demitir ou só conseguir manter as vagas do ano passado." A entidade também projeta uma redução de 1,8% na receita líquida nominal dos hospitais em 2015 e, para este ano, um aumento considerável das despesas, com a alta nos preços de insumos importados, calculados em dólar. HOSPITAIS - Número de empregos gerados, em mil * PEQUENOS DIMINUEM O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo em novembro do ano passado foi de R$ 47,6 bilhões, semelhante ao de setembro de 2009, depois de feitos os ajustes relativos à inflação do período. Os dados são do Sebrae-SP. É a 11ª queda consecutiva da receita de negócios desses portes. Em porcentagem, foi um resultado negativo em 15,9% na comparação com novembro de 2014. No acumulado entre janeiro e novembro de 2015, as empresas perderam 13,3% de faturamento em relação ao mesmo período de 2014. Faturamento de PMEs cai - Comparação novembro 2015 - 2014, em % RETROCESSO ENTRE PEQUENAS - Por região do Estado de SP * Com demanda Kenneth Antunes Ferreira é o novo sócio na área de mercado de capitais no escritório TozziniFreire Advogados. * HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Daqui a pouco estou indo embora, diz zagueiro do São Paulo após ser vaiado
Após a derrota para o Atlético-MG por 2 a 1, neste domingo (18), o zagueiro do São Paulo, Lucão, 21, foi vaiado pela torcida são-paulina que compareceu ao Morumbi. O jogador falhou no lance que originou o triunfo da equipe mineira. "Normal [o lance]. Se tivesse chutado para fora, era um lance normal. Era um dos únicos que não poderia errar, para alegria de muitos torcedores já já estou indo embora", afirmou Lucão, revelado nas categorias de base do clube. "De uns quatro anos para cá, eles [torcedores] sempre pegam muito no pé e eu sou um deles. Dentro de campo, eu era o único que não podia errar. Fui infeliz no lance, a bola bateu e acabaram fazendo o gol", completou o zagueiro. Lucão é alvo da torcida são-paulina desde a última temporada, por conta da falha no clássico contra o Corinthians, disputado no Campeonato Paulista de 2016. O jogador chegou a ter uma negociação cogitada com o Porto e quase foi envolvido na negociação que acertou a chegada do zagueiro Maicon. Veja vídeo Ele ficou no Morumbi e ganhou o prestígio do técnico Rogério Ceni. Desde sua chegada, o treinador afirmou que iria aproveitar o jovem atleta no seu elenco. Ele já atuou em mais de 10 jogos nesta temporada e ganhou diversas oportunidades nos últimos jogos, quando Ceni resolveu botar em prática sistema com três zagueiros. O técnico afirmou que o jogador precisa ter paciência para avaliar sua situação, a despeito da pressão da torcida. "Sou de uma época que, independentemente de vaias e aplausos, era sempre muito importante jogar pelo São Paulo. Gostaria que ele valorizasse essa oportunidade especial. Que reflita e pense bem no que disse", afirmou o treinador. "Ele vinha fazendo bom jogo, com confiança. Deu bons dribles. Na hora da troca, com dois zagueiros, achei Militão mais cansado. Lucão vinha firme, mas traçam paralelo do jogo inteiro a partir de um erro nos minutos finais. Aí vem a declaração, tudo em cima do erro nos últimos minutos. Precisa ter calma", completou. Logo após a declaração, Lucão também recebeu o apoio dos companheiros de time. "Ele é um grande jogador. A gente sempre apoia ele. É um menino novo, erros acontecem. Temos de levantar a cabeça e ir para o próximo jogo", minimizou o atacante Marcinho, autor do gol do São Paulo. Com a derrota em casa, o São Paulo perdeu a oportunidade de ficar entre os cinco primeiros colocados e ainda caiu para o 13º lugar com 10 pontos. O time que tinha chance de se aproximar dos líderes, agora está a apenas dois pontos do AtléticoPR, primeiro time dentro da zona de rebaixamento na competição nacional.
esporte
Daqui a pouco estou indo embora, diz zagueiro do São Paulo após ser vaiadoApós a derrota para o Atlético-MG por 2 a 1, neste domingo (18), o zagueiro do São Paulo, Lucão, 21, foi vaiado pela torcida são-paulina que compareceu ao Morumbi. O jogador falhou no lance que originou o triunfo da equipe mineira. "Normal [o lance]. Se tivesse chutado para fora, era um lance normal. Era um dos únicos que não poderia errar, para alegria de muitos torcedores já já estou indo embora", afirmou Lucão, revelado nas categorias de base do clube. "De uns quatro anos para cá, eles [torcedores] sempre pegam muito no pé e eu sou um deles. Dentro de campo, eu era o único que não podia errar. Fui infeliz no lance, a bola bateu e acabaram fazendo o gol", completou o zagueiro. Lucão é alvo da torcida são-paulina desde a última temporada, por conta da falha no clássico contra o Corinthians, disputado no Campeonato Paulista de 2016. O jogador chegou a ter uma negociação cogitada com o Porto e quase foi envolvido na negociação que acertou a chegada do zagueiro Maicon. Veja vídeo Ele ficou no Morumbi e ganhou o prestígio do técnico Rogério Ceni. Desde sua chegada, o treinador afirmou que iria aproveitar o jovem atleta no seu elenco. Ele já atuou em mais de 10 jogos nesta temporada e ganhou diversas oportunidades nos últimos jogos, quando Ceni resolveu botar em prática sistema com três zagueiros. O técnico afirmou que o jogador precisa ter paciência para avaliar sua situação, a despeito da pressão da torcida. "Sou de uma época que, independentemente de vaias e aplausos, era sempre muito importante jogar pelo São Paulo. Gostaria que ele valorizasse essa oportunidade especial. Que reflita e pense bem no que disse", afirmou o treinador. "Ele vinha fazendo bom jogo, com confiança. Deu bons dribles. Na hora da troca, com dois zagueiros, achei Militão mais cansado. Lucão vinha firme, mas traçam paralelo do jogo inteiro a partir de um erro nos minutos finais. Aí vem a declaração, tudo em cima do erro nos últimos minutos. Precisa ter calma", completou. Logo após a declaração, Lucão também recebeu o apoio dos companheiros de time. "Ele é um grande jogador. A gente sempre apoia ele. É um menino novo, erros acontecem. Temos de levantar a cabeça e ir para o próximo jogo", minimizou o atacante Marcinho, autor do gol do São Paulo. Com a derrota em casa, o São Paulo perdeu a oportunidade de ficar entre os cinco primeiros colocados e ainda caiu para o 13º lugar com 10 pontos. O time que tinha chance de se aproximar dos líderes, agora está a apenas dois pontos do AtléticoPR, primeiro time dentro da zona de rebaixamento na competição nacional.
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Menções a mortos aumentam com avanço da Operação Lava Jato
Com um sorriso contido e efêmero, o ex-presidente da Odebrecht Pedro Novis interrompeu a narrativa de sua delação premiada, em dezembro de 2016, para se desculpar com representantes do Ministério Público. "O senhor vai me perdoar: mais um morto", introduziu. "A gente começa a contar essas histórias, embora essa seja recente, mas tem história que vai para 20, 30 anos atrás, aparece uma porção de mortos." O procurador respondeu apenas: "Sei". Novis chegava ao segundo morto de sua história, Rubens Jordão, que trabalhava em 2012 com José Serra (PSDB) e teria sido o receptador de repasses no caixa dois da campanha do tucano à Prefeitura de São Paulo, embora fosse fundador do PSD ao lado de Gilberto Kassab. "Num certo momento mais recente [2013], ele deu cabo à vida, já não existe mais", observou o delator. O outro personagem mencionado foi o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra. O primeiro tucano envolvido na Lava Jato foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa meses depois de sua morte, em 2014. Primeiro delator da operação, Costa disse que Guerra exigiu R$ 10 milhões para enterrar, em 2009, a CPI da Petrobras, da qual era membro. Colega na CPI, até então no PSDB, senador Alvaro Dias, hoje no Podemos, saiu em sua defesa. "Cobrei por anos a instauração dos inquéritos. Agora acusam uma pessoa morta de ter recebido propina. Coisa esquisita", lançou. Dois anos depois, um vídeo mostrou a reunião em que Costa e Guerra acertaram o repasse. O tucano diz na gravação que tentaria "controlar" Dias, que queria tocar os trabalhos da comissão adiante. "Foi uma decepção enorme", diz agora o senador. Em 2014, o PSDB se restringiu a dizer que apoiava a Lava Jato, sem entrar em pormenores. Em 2016, Novis voltou à carga: afirmou que foi Guerra quem negociou o repasse de R$ 23 milhões à campanha presidencial de Serra em 2010. O tucano nega. MARISA LETÍCIA Outra menção foi feita pelo ex-presidente Lula (PT) ao juiz Sergio Moro, em maio de 2017, quando o petista atribuiu à mulher, Marisa Letícia, morta em fevereiro, decisões sobre o tríplex de Guarujá (SP), caso em que depois foi condenado. "Não sei se o senhor tem mulher, mas nem sempre ela pergunta para a gente o que vai fazer", disse. A afirmação gerou reações variadas, de críticas a piadas. Moro, na sentença em que condenou o ex-presidente, considerou a explicação insatisfatória. Marisa era ré em duas ações penais, e a possibilidade de ser punida foi extinta. Morto em acidente aéreo em meio à campanha de 2014, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) vem sendo alvo de delatores desde a tragédia. No mais recente episódio, o diretor da J&F (controladora da JBS) Ricardo Saud disse ter pago R$ 14,6 milhões para a sua campanha por meio de caixa dois, incluindo dinheiro em espécie. Com a morte do então presidenciável, disse Saud, o compromisso com a campanha foi honrado e correligionários pediram ainda mais repasses. Em 2016, Campos também protagonizou, mesmo morto, a denúncia oferecida contra o senador Fernando Bezerra (PSB), acusado de cobrar propina em obras em Pernambuco –o congressista nega. Em abril, após a divulgação de mais acusações, na ocasião pela Odebrecht, Marina Silva (Rede), que assumiu a candidatura presidencial do PSB após o acidente, saiu em defesa de seu ex-colega de chapa e disse que "ninguém é, a priori, culpado ou inocente". Também na delação da JBS, uma das principais da Lava Jato, Ricardo Saud disse que tratou de uma doação oficial para "comprar" o apoio do PMN ao tucano Aécio Neves, na eleição de 2014, com "Telma" –Telma dos Santos foi presidente do partido de 2014 até morrer, em 2016. O atual presidente, Carlos Massarollo, diz que não houve ilegalidade e lamenta: "Ela não está aqui para se defender e quem sucedeu não tem as informações". 'A CULPA É DELE' Mas não só menções a pessoas que já morreram permeiam a Lava Jato. No caso do ex-deputado federal pelo PP José Janene, morto em 2010, a situação vai além: ele foi apontado como culpado por delatores e acusados pelos pagamentos a empreiteiras que atuavam na Petrobras. Executivos de empresas como Mendes Júnior disseram que pagavam propina porque eram ameaçados pelo ex-congressista. "As conversas sobre isso eram impositivas", disse o empresário Augusto Mendonça, em depoimento. Trecho de depoimento a Moro em que Lula reclama de acusações contra Marisa Trecho de depoimento em que Lula reclama de acusações contra Marisa
poder
Menções a mortos aumentam com avanço da Operação Lava JatoCom um sorriso contido e efêmero, o ex-presidente da Odebrecht Pedro Novis interrompeu a narrativa de sua delação premiada, em dezembro de 2016, para se desculpar com representantes do Ministério Público. "O senhor vai me perdoar: mais um morto", introduziu. "A gente começa a contar essas histórias, embora essa seja recente, mas tem história que vai para 20, 30 anos atrás, aparece uma porção de mortos." O procurador respondeu apenas: "Sei". Novis chegava ao segundo morto de sua história, Rubens Jordão, que trabalhava em 2012 com José Serra (PSDB) e teria sido o receptador de repasses no caixa dois da campanha do tucano à Prefeitura de São Paulo, embora fosse fundador do PSD ao lado de Gilberto Kassab. "Num certo momento mais recente [2013], ele deu cabo à vida, já não existe mais", observou o delator. O outro personagem mencionado foi o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra. O primeiro tucano envolvido na Lava Jato foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa meses depois de sua morte, em 2014. Primeiro delator da operação, Costa disse que Guerra exigiu R$ 10 milhões para enterrar, em 2009, a CPI da Petrobras, da qual era membro. Colega na CPI, até então no PSDB, senador Alvaro Dias, hoje no Podemos, saiu em sua defesa. "Cobrei por anos a instauração dos inquéritos. Agora acusam uma pessoa morta de ter recebido propina. Coisa esquisita", lançou. Dois anos depois, um vídeo mostrou a reunião em que Costa e Guerra acertaram o repasse. O tucano diz na gravação que tentaria "controlar" Dias, que queria tocar os trabalhos da comissão adiante. "Foi uma decepção enorme", diz agora o senador. Em 2014, o PSDB se restringiu a dizer que apoiava a Lava Jato, sem entrar em pormenores. Em 2016, Novis voltou à carga: afirmou que foi Guerra quem negociou o repasse de R$ 23 milhões à campanha presidencial de Serra em 2010. O tucano nega. MARISA LETÍCIA Outra menção foi feita pelo ex-presidente Lula (PT) ao juiz Sergio Moro, em maio de 2017, quando o petista atribuiu à mulher, Marisa Letícia, morta em fevereiro, decisões sobre o tríplex de Guarujá (SP), caso em que depois foi condenado. "Não sei se o senhor tem mulher, mas nem sempre ela pergunta para a gente o que vai fazer", disse. A afirmação gerou reações variadas, de críticas a piadas. Moro, na sentença em que condenou o ex-presidente, considerou a explicação insatisfatória. Marisa era ré em duas ações penais, e a possibilidade de ser punida foi extinta. Morto em acidente aéreo em meio à campanha de 2014, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) vem sendo alvo de delatores desde a tragédia. No mais recente episódio, o diretor da J&F (controladora da JBS) Ricardo Saud disse ter pago R$ 14,6 milhões para a sua campanha por meio de caixa dois, incluindo dinheiro em espécie. Com a morte do então presidenciável, disse Saud, o compromisso com a campanha foi honrado e correligionários pediram ainda mais repasses. Em 2016, Campos também protagonizou, mesmo morto, a denúncia oferecida contra o senador Fernando Bezerra (PSB), acusado de cobrar propina em obras em Pernambuco –o congressista nega. Em abril, após a divulgação de mais acusações, na ocasião pela Odebrecht, Marina Silva (Rede), que assumiu a candidatura presidencial do PSB após o acidente, saiu em defesa de seu ex-colega de chapa e disse que "ninguém é, a priori, culpado ou inocente". Também na delação da JBS, uma das principais da Lava Jato, Ricardo Saud disse que tratou de uma doação oficial para "comprar" o apoio do PMN ao tucano Aécio Neves, na eleição de 2014, com "Telma" –Telma dos Santos foi presidente do partido de 2014 até morrer, em 2016. O atual presidente, Carlos Massarollo, diz que não houve ilegalidade e lamenta: "Ela não está aqui para se defender e quem sucedeu não tem as informações". 'A CULPA É DELE' Mas não só menções a pessoas que já morreram permeiam a Lava Jato. No caso do ex-deputado federal pelo PP José Janene, morto em 2010, a situação vai além: ele foi apontado como culpado por delatores e acusados pelos pagamentos a empreiteiras que atuavam na Petrobras. Executivos de empresas como Mendes Júnior disseram que pagavam propina porque eram ameaçados pelo ex-congressista. "As conversas sobre isso eram impositivas", disse o empresário Augusto Mendonça, em depoimento. Trecho de depoimento a Moro em que Lula reclama de acusações contra Marisa Trecho de depoimento em que Lula reclama de acusações contra Marisa
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Senado argentino inicia processo para escolher novos juízes do Supremo
O Senado argentino aprovou por unanimidade, na tarde desta quinta-feira (11), o início dos trâmites que permitirão a nomeação de dois novos juízes na Suprema Corte. A votação ocorreu em uma sessão extraordinária que durou poucos minutos e que havia sido convocada pelo presidente Mauricio Macri nesta semana. A convocação foi vista como um recuo de Macri, que, em dezembro, designara por decreto Horacio Rosatti e Carlos Rosenkrantz para os cargos da mais alta instância do Poder Judiciário no país. A medida havia sido considerada autoritária e gerou a primeira crise no governo do presidente, criticada até por políticos da base aliada. Apesar de a designação por decreto ser constitucional, ela ocorre, por tradição, com a aprovação de dois terços do Senado. Para conseguir iniciar os trâmites na Casa (onde o governo não tem a maioria), a vice-presidente do país, Gabriela Michetti, e o chefe de gabinete da Presidência, Marcos Peña, se reuniram na quarta-feira (10) para negociações com os líderes das bancadas do Senado. A oposição indicou que fará exigências para aprovar os magistrados –deverá pedir recursos para as províncias.
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Senado argentino inicia processo para escolher novos juízes do SupremoO Senado argentino aprovou por unanimidade, na tarde desta quinta-feira (11), o início dos trâmites que permitirão a nomeação de dois novos juízes na Suprema Corte. A votação ocorreu em uma sessão extraordinária que durou poucos minutos e que havia sido convocada pelo presidente Mauricio Macri nesta semana. A convocação foi vista como um recuo de Macri, que, em dezembro, designara por decreto Horacio Rosatti e Carlos Rosenkrantz para os cargos da mais alta instância do Poder Judiciário no país. A medida havia sido considerada autoritária e gerou a primeira crise no governo do presidente, criticada até por políticos da base aliada. Apesar de a designação por decreto ser constitucional, ela ocorre, por tradição, com a aprovação de dois terços do Senado. Para conseguir iniciar os trâmites na Casa (onde o governo não tem a maioria), a vice-presidente do país, Gabriela Michetti, e o chefe de gabinete da Presidência, Marcos Peña, se reuniram na quarta-feira (10) para negociações com os líderes das bancadas do Senado. A oposição indicou que fará exigências para aprovar os magistrados –deverá pedir recursos para as províncias.
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Hoje na TV: Memphis Grizzlies x Golden State Warriors, pela NBA
15h Fenerbahçe Istanbul (TUR) x Telekom Baku (AZE) Vôlei fem.; Liga dos Campeões; Bandsports 16h São Paulo x Joinville Copa do Brasil sub-20, ESPN Brasil, SporTV 18h30 Cruzeiro x Canoas Superliga de vôlei, SporTV 21h Brasil (seleção olímpica) x EUA Amistoso, SporTV 22h Brasília x Malvin (URU) basquete; Liga Sul-Americana, SporTV 2 23h Memphis Grizzlies x Golden State Warriors Basquete, NBA, ESPN
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Hoje na TV: Memphis Grizzlies x Golden State Warriors, pela NBA15h Fenerbahçe Istanbul (TUR) x Telekom Baku (AZE) Vôlei fem.; Liga dos Campeões; Bandsports 16h São Paulo x Joinville Copa do Brasil sub-20, ESPN Brasil, SporTV 18h30 Cruzeiro x Canoas Superliga de vôlei, SporTV 21h Brasil (seleção olímpica) x EUA Amistoso, SporTV 22h Brasília x Malvin (URU) basquete; Liga Sul-Americana, SporTV 2 23h Memphis Grizzlies x Golden State Warriors Basquete, NBA, ESPN
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Versões gratuitas permitem experimentar 'Fifa 17' e novos 'Just Dance' e 'Resident Evil'
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO O desembarque oficial do "Fifa 17" está marcado para a próxima quinta-feira (29). Mas já é possível conferir, na prática, algumas das mudanças em relação à versão anterior. Além do jogo de futebol, a sãopaulo selecionou quatro títulos, para dançar ou enfrentar perigos, que contam com demos. Para baixá-las de graça, acesse a parte de compra nos próprios consoles, chamadas de PS Store ou Xbox Games Store. * Destiny O enredo do jogo de tiro se passa no futuro e coloca o jogador para defender a última cidade da Terra. Há um grande ambiente on-line a ser explorado. A versão de teste permite avançar até o nível sete. Para: PS4 e Xbox One. * FIFA 17 Um dos mais populares títulos de futebol ganhou mudanças no controle de jogadores, como nos momentos de cobrança de bola parada. A demo traz 12 times, entre eles Chelsea, Juventus, Real Madrid, Manchester United e Paris Saint-Germain. Para: PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One. * Resident Evil 7 Esse episódio da série mistura jogo de tiro, suspense e terror, com visão em primeira pessoa. Na demo, o jogador acorda em um chalé sombrio e enfrenta perigos. Para: PC, PS4 e Xbox One. * Just Dance Funciona como uma máquina de dança: exibe as coreografias e avalia o quanto cada jogador consegue seguir os passos. "Sorry", de Justin Bieber, está na lista de hits. Para: PS4 e Xbox One. * Lego Vingadores Os super-heróis do filme, como Capitão América, Homem de Ferro e Hulk, tornam-se personagens da marca de brinquedos e vivem aventuras. Para: PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One, Wii U e outros.
saopaulo
Versões gratuitas permitem experimentar 'Fifa 17' e novos 'Just Dance' e 'Resident Evil'RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO O desembarque oficial do "Fifa 17" está marcado para a próxima quinta-feira (29). Mas já é possível conferir, na prática, algumas das mudanças em relação à versão anterior. Além do jogo de futebol, a sãopaulo selecionou quatro títulos, para dançar ou enfrentar perigos, que contam com demos. Para baixá-las de graça, acesse a parte de compra nos próprios consoles, chamadas de PS Store ou Xbox Games Store. * Destiny O enredo do jogo de tiro se passa no futuro e coloca o jogador para defender a última cidade da Terra. Há um grande ambiente on-line a ser explorado. A versão de teste permite avançar até o nível sete. Para: PS4 e Xbox One. * FIFA 17 Um dos mais populares títulos de futebol ganhou mudanças no controle de jogadores, como nos momentos de cobrança de bola parada. A demo traz 12 times, entre eles Chelsea, Juventus, Real Madrid, Manchester United e Paris Saint-Germain. Para: PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One. * Resident Evil 7 Esse episódio da série mistura jogo de tiro, suspense e terror, com visão em primeira pessoa. Na demo, o jogador acorda em um chalé sombrio e enfrenta perigos. Para: PC, PS4 e Xbox One. * Just Dance Funciona como uma máquina de dança: exibe as coreografias e avalia o quanto cada jogador consegue seguir os passos. "Sorry", de Justin Bieber, está na lista de hits. Para: PS4 e Xbox One. * Lego Vingadores Os super-heróis do filme, como Capitão América, Homem de Ferro e Hulk, tornam-se personagens da marca de brinquedos e vivem aventuras. Para: PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One, Wii U e outros.
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Conmebol diz que Neymar, por enquanto, está suspenso por 1 partida
Nem a Conmebol entende o próprio regulamento que fez para a Copa América. Depois de informar, no fim da manhã, que Neymar estava provisoriamente suspenso por dois jogos, agora a entidade afirma que a suspensão provisória é por uma partida –a ser cumprida domingo (21), quando o Brasil enfrenta a Venezuela. A pena ainda pode aumentar para duas partidas ou mais, mas vai depender de decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol, que abriu processo para investigar a expulsão do atacante contra a Colômbia, quando se envolveu em confusão após a partida. A CBF tem até o meio-dia desta sexta (19) para apresentar a defesa, mas a decisão pode sair apenas no domingo (21). Neymar recebeu o segundo cartão amarelo na competição no primeiro tempo da partida contra os colombianos, ao tocar a mão na bola. Já estaria suspenso contra a Venezuela. Mas como recebeu o vermelho direto depois do fim do jogo, quando chutou a bola em Armero e depois se meteu em confusão com Bacca, pelo artigo 29 do regulamento da edição, deveria cumprir dois jogos de suspensão, no mínimo (um pelo acúmulo de amarelos, outro pelo vermelho direto). A primeira informação dada pela Conmebol, via o site oficial da competição, era essa. Mas depois, mudou e afirmou que apenas a suspensão pelo amarelo está confirmada, e que o gancho pelo vermelho vai depender da decisão do Tribunal de Disciplina, que é presidido por um brasileiro, Caio Rocha. Rocha defendeu à Folha que não pode existir o acúmulo das suspensões e que o texto no regulamento da Copa América leva à dupla interpretação. Como ele é brasileiro, ele não participará da decisão que poderá punir Neymar por mais partidas. "Caso o tribunal entenda que o amarelo é anulado pelo vermelho, a suspensão automática cai e o Neymar poderá ser punido com apenas um jogo pela expulsão", disse o presidente do Comite Disciplinar da Conmebol, Caio Rocha. Ele também é presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Já o procurador do STJD, Paulo Schmit, acredita que Neymar vai pegar no mínimo duas partidas de suspensão. "O regulamento é claro no meu entender. O segundo amarelo é mantido. Neymar também pode pegar até mais de um jogo pela agressão", disse Schmit, que não integra o Comitê Disciplinar do STJD. Infográfico Seleções na Copa América
esporte
Conmebol diz que Neymar, por enquanto, está suspenso por 1 partidaNem a Conmebol entende o próprio regulamento que fez para a Copa América. Depois de informar, no fim da manhã, que Neymar estava provisoriamente suspenso por dois jogos, agora a entidade afirma que a suspensão provisória é por uma partida –a ser cumprida domingo (21), quando o Brasil enfrenta a Venezuela. A pena ainda pode aumentar para duas partidas ou mais, mas vai depender de decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol, que abriu processo para investigar a expulsão do atacante contra a Colômbia, quando se envolveu em confusão após a partida. A CBF tem até o meio-dia desta sexta (19) para apresentar a defesa, mas a decisão pode sair apenas no domingo (21). Neymar recebeu o segundo cartão amarelo na competição no primeiro tempo da partida contra os colombianos, ao tocar a mão na bola. Já estaria suspenso contra a Venezuela. Mas como recebeu o vermelho direto depois do fim do jogo, quando chutou a bola em Armero e depois se meteu em confusão com Bacca, pelo artigo 29 do regulamento da edição, deveria cumprir dois jogos de suspensão, no mínimo (um pelo acúmulo de amarelos, outro pelo vermelho direto). A primeira informação dada pela Conmebol, via o site oficial da competição, era essa. Mas depois, mudou e afirmou que apenas a suspensão pelo amarelo está confirmada, e que o gancho pelo vermelho vai depender da decisão do Tribunal de Disciplina, que é presidido por um brasileiro, Caio Rocha. Rocha defendeu à Folha que não pode existir o acúmulo das suspensões e que o texto no regulamento da Copa América leva à dupla interpretação. Como ele é brasileiro, ele não participará da decisão que poderá punir Neymar por mais partidas. "Caso o tribunal entenda que o amarelo é anulado pelo vermelho, a suspensão automática cai e o Neymar poderá ser punido com apenas um jogo pela expulsão", disse o presidente do Comite Disciplinar da Conmebol, Caio Rocha. Ele também é presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Já o procurador do STJD, Paulo Schmit, acredita que Neymar vai pegar no mínimo duas partidas de suspensão. "O regulamento é claro no meu entender. O segundo amarelo é mantido. Neymar também pode pegar até mais de um jogo pela agressão", disse Schmit, que não integra o Comitê Disciplinar do STJD. Infográfico Seleções na Copa América
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Movimentos sociais protestam em SP a favor de Dilma, mas contra ajuste
Movimentos sociais pró-governo protestaram neste sábado (3) em São Paulo contra os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, mas também contra o ajuste fiscal promovido pela gestão da presidente. Encabeçado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pelo MST (Movimento dos Sem Terra) e pela UNE, o ato que reuniu cerca de 50 entidades teve como principais alvos figuras do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG), e do PMDB, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros. A passeata começou por volta das 14h na avenida Paulista e seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio em direção à praça da Sé, seu destino final. Historicamente ligados ao PT, os movimentos evitaram críticas diretas a Dilma, mas acusaram seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de ser um representante de interesses dos banqueiros no governo. Segundo eles, o pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado por Levy, que inclui cortes em programas sociais e adiamento de reajuste salarial, tenta equilibrar as contas federais onerando apenas os mais pobres. Em uma das poucas menções críticas à presidente, os manifestantes gritaram "Fora, Renan. Fora, Levy. Eu quero a Dilma que elegi". PETROBRAS Sob gritos de "o petróleo é nosso", outra pauta da manifestação foi a "defesa da Petrobras", que estaria "sob ataques da direita e das multinacionais". Um desses ataques seria o projeto de Lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP), que propõe que campos de petróleo do pré-sal possam ser explorados sem a participação da Petrobras, diferentemente do que estava inicialmente acordado. "Não foi o capital privado que investiu para descobrir o pré-sal", gritou ao microfone Cibele Vieira, representante do SindiPetro, dos trabalhadores da indústria petrolífera. "O dinheiro do petróleo tem que ir para a educação e a para descobrir novas formas de energia, não para o bolso das multinacionais", defendeu. Os organizadores estimam que 8.000 manifestantes estiveram presentes. A Polícia Militar não divulgou estimativa. OUTRAS CIDADES Em mobilizações em nove capitais, organizadas pela manhã, os manifestantes se posicionaram "contra o golpe" e o impeachment da presidente, a qual, segundo argumentam, foi eleita democrática e legitimamente. Em Curitiba, o evento reuniu 300 pessoas, segundo a organização. Também houve mobilizações em Fortaleza (2.000 participantes, segundo os organizadores), Belo Horizonte (150 pessoas, segundo a PM), Recife, Porto Alegre, Salvador, Florianópolis, João Pessoa e Teresina.
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Movimentos sociais protestam em SP a favor de Dilma, mas contra ajusteMovimentos sociais pró-governo protestaram neste sábado (3) em São Paulo contra os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, mas também contra o ajuste fiscal promovido pela gestão da presidente. Encabeçado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pelo MST (Movimento dos Sem Terra) e pela UNE, o ato que reuniu cerca de 50 entidades teve como principais alvos figuras do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG), e do PMDB, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros. A passeata começou por volta das 14h na avenida Paulista e seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio em direção à praça da Sé, seu destino final. Historicamente ligados ao PT, os movimentos evitaram críticas diretas a Dilma, mas acusaram seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de ser um representante de interesses dos banqueiros no governo. Segundo eles, o pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado por Levy, que inclui cortes em programas sociais e adiamento de reajuste salarial, tenta equilibrar as contas federais onerando apenas os mais pobres. Em uma das poucas menções críticas à presidente, os manifestantes gritaram "Fora, Renan. Fora, Levy. Eu quero a Dilma que elegi". PETROBRAS Sob gritos de "o petróleo é nosso", outra pauta da manifestação foi a "defesa da Petrobras", que estaria "sob ataques da direita e das multinacionais". Um desses ataques seria o projeto de Lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP), que propõe que campos de petróleo do pré-sal possam ser explorados sem a participação da Petrobras, diferentemente do que estava inicialmente acordado. "Não foi o capital privado que investiu para descobrir o pré-sal", gritou ao microfone Cibele Vieira, representante do SindiPetro, dos trabalhadores da indústria petrolífera. "O dinheiro do petróleo tem que ir para a educação e a para descobrir novas formas de energia, não para o bolso das multinacionais", defendeu. Os organizadores estimam que 8.000 manifestantes estiveram presentes. A Polícia Militar não divulgou estimativa. OUTRAS CIDADES Em mobilizações em nove capitais, organizadas pela manhã, os manifestantes se posicionaram "contra o golpe" e o impeachment da presidente, a qual, segundo argumentam, foi eleita democrática e legitimamente. Em Curitiba, o evento reuniu 300 pessoas, segundo a organização. Também houve mobilizações em Fortaleza (2.000 participantes, segundo os organizadores), Belo Horizonte (150 pessoas, segundo a PM), Recife, Porto Alegre, Salvador, Florianópolis, João Pessoa e Teresina.
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Incêndio atinge acampamento de refugiados na Eslovênia
Um acampamento de refugiados pegou fogo na Eslovênia nesta quarta (21), na cidade de Brezice, perto da fronteira com a Croácia. Não há informação sobre feridos. Embora as causas do incêndio não estejam apuradas, é possível que ele esteja relacionado aos métodos precários que os estrangeiros têm usado para se aquecer com a aproximação do inverno europeu e a consequente queda das temperaturas. Bombeiros apagaram as chamas, que consumiram diversas tendas, enquanto mulheres e crianças eram removidas do acampamento. Muitos dos refugiados em Brezice haviam chegado tarde da noite após cruzar pela água o rio Sutla com a temperatura ambiente inferior a 10°C. Sérvia, Croácia e Eslovênia têm enfrentado dificuldades para lidar com o fluxo de refugiados que cruzam os Bálcãs na tentativa de chegar até os países mais ricos da Europa, principalmente a Alemanha. A viagem se tornou mais difícil desde que a Hungria fechou suas fronteiras com a Sérvia, em 15 de setembro, e com a Croácia, no sábado (17). Desde então, mais de 20 mil refugiados entraram na Eslovênia, via Croácia, na tentativa de encontrar novas rotas. O país, de cerca de 2 milhões de habitantes, alega não ter condições de fornecer assistência a tantas pessoas. A Eslovênia aprovou na manhã desta quarta o envio do Exército para auxiliar a polícia no controles do fluxo de estrangeiros em suas fronteiras. Centenas de pessoas também passaram a noite de terça para quarta no frio perto da fronteira entre a Croácia e a Sérvia. Francesca Bonelli, enviada da ONU para o local, afirmou que cerca de 3.000 estrangeiros se encontravam no local, incluindo crianças, idosos e pessoas em cadeiras de rodas. Muitos deles estavam exaustos pelo frio e pelo esforço que a viagem demanda. 500 MIL Segundo o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), mais de 500 mil pessoas já atravessaram o mar em direção à Grécia para solicitarem asilo na Europa em 2015. As chegadas estão se torando mais frequentes e já chegam a 8.000 por dia, disse o órgão, na segunda. A maioria vem da Síria, Iraque e Afeganistão, fugindo dos conflitos que assolam a região. Eritreia, Somália e Nigéria também são a origem de boa parte dos estrangeiros.
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Incêndio atinge acampamento de refugiados na EslovêniaUm acampamento de refugiados pegou fogo na Eslovênia nesta quarta (21), na cidade de Brezice, perto da fronteira com a Croácia. Não há informação sobre feridos. Embora as causas do incêndio não estejam apuradas, é possível que ele esteja relacionado aos métodos precários que os estrangeiros têm usado para se aquecer com a aproximação do inverno europeu e a consequente queda das temperaturas. Bombeiros apagaram as chamas, que consumiram diversas tendas, enquanto mulheres e crianças eram removidas do acampamento. Muitos dos refugiados em Brezice haviam chegado tarde da noite após cruzar pela água o rio Sutla com a temperatura ambiente inferior a 10°C. Sérvia, Croácia e Eslovênia têm enfrentado dificuldades para lidar com o fluxo de refugiados que cruzam os Bálcãs na tentativa de chegar até os países mais ricos da Europa, principalmente a Alemanha. A viagem se tornou mais difícil desde que a Hungria fechou suas fronteiras com a Sérvia, em 15 de setembro, e com a Croácia, no sábado (17). Desde então, mais de 20 mil refugiados entraram na Eslovênia, via Croácia, na tentativa de encontrar novas rotas. O país, de cerca de 2 milhões de habitantes, alega não ter condições de fornecer assistência a tantas pessoas. A Eslovênia aprovou na manhã desta quarta o envio do Exército para auxiliar a polícia no controles do fluxo de estrangeiros em suas fronteiras. Centenas de pessoas também passaram a noite de terça para quarta no frio perto da fronteira entre a Croácia e a Sérvia. Francesca Bonelli, enviada da ONU para o local, afirmou que cerca de 3.000 estrangeiros se encontravam no local, incluindo crianças, idosos e pessoas em cadeiras de rodas. Muitos deles estavam exaustos pelo frio e pelo esforço que a viagem demanda. 500 MIL Segundo o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), mais de 500 mil pessoas já atravessaram o mar em direção à Grécia para solicitarem asilo na Europa em 2015. As chegadas estão se torando mais frequentes e já chegam a 8.000 por dia, disse o órgão, na segunda. A maioria vem da Síria, Iraque e Afeganistão, fugindo dos conflitos que assolam a região. Eritreia, Somália e Nigéria também são a origem de boa parte dos estrangeiros.
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Justiça nega liminar ao Hopi Hari, antes de decisão sobre recuperação
O parque de diversões Hopi Hari teve pedido de liminar negado pela Justiça para que fossem suspensas ações de cobrança contra a empresa. A companhia entrou com pedido de recuperação judicial em 24 de agosto na 2ª Vara da Comarca de Vinhedo (SP). No dia seguinte, a juíza Euzy Lopes Feijó Liberatti remeteu o processo à 1ª Vara da Comarca, alegando já haver pedidos de falência contra o Hopi Hari e, portanto, não ser de sua competência o julgamento do pedido de recuperação judicial. Em 6 de setembro, a companhia ponderou, em pedido à juíza, que a "paralisação da recuperação judicial até o julgamento do conflito de competência o julgamento [...] ocasiona enorme risco ao resultado útil do processo", e por isso pediu, como cautela provisória de urgência (medida liminar), que as ações contra ela fossem suspensas. Na quinta (8), a juíza indeferiu esse pedido de tutela provisória de urgência, alegando que o Hopi Hari pretende obter "por via transversa os efeitos decorrentes do processo da recuperação judicial". Em dificuldades financeiras já há alguns anos, o Hopi Hari tem enfrentado resultados fracos e alto endividamento. No fim de 2015, sua dívida líquida estava em R$ 276 milhões.
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Justiça nega liminar ao Hopi Hari, antes de decisão sobre recuperaçãoO parque de diversões Hopi Hari teve pedido de liminar negado pela Justiça para que fossem suspensas ações de cobrança contra a empresa. A companhia entrou com pedido de recuperação judicial em 24 de agosto na 2ª Vara da Comarca de Vinhedo (SP). No dia seguinte, a juíza Euzy Lopes Feijó Liberatti remeteu o processo à 1ª Vara da Comarca, alegando já haver pedidos de falência contra o Hopi Hari e, portanto, não ser de sua competência o julgamento do pedido de recuperação judicial. Em 6 de setembro, a companhia ponderou, em pedido à juíza, que a "paralisação da recuperação judicial até o julgamento do conflito de competência o julgamento [...] ocasiona enorme risco ao resultado útil do processo", e por isso pediu, como cautela provisória de urgência (medida liminar), que as ações contra ela fossem suspensas. Na quinta (8), a juíza indeferiu esse pedido de tutela provisória de urgência, alegando que o Hopi Hari pretende obter "por via transversa os efeitos decorrentes do processo da recuperação judicial". Em dificuldades financeiras já há alguns anos, o Hopi Hari tem enfrentado resultados fracos e alto endividamento. No fim de 2015, sua dívida líquida estava em R$ 276 milhões.
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Fundador da Fashion Week conta como SP o inspirou a criar o evento
São Paulo me puxou, me atraiu para a moda. Eu já gostava do assunto, mas como consumidor. Quando cheguei aqui, em 1982, vindo de São José do Rio Preto, queria trabalhar com computação. Uma das primeiras coisas que fiz ao chegar foi pegar um ônibus para conhecer a cidade. E, ao passar em frente ao prédio da IBM, na avenida 23 de Maio, resolvi que ia trabalhar lá. Assim, consegui meu primeiro emprego paulistano. Era meu desejo desde criança vir para cá. Esta é uma das grandes marcas de São Paulo, ela cria desejos, atrai pessoas de todo o Brasil, de todo o mundo. Vivi tudo intensamente por aqui. Estudei teatro na Escola Macunaíma, até atuei em uma peça. E, ainda trabalhando na área de informática, fui ajudar um amigo a fazer um desfile, sem nada entender do assunto. Comecei a gostar do que estava fazendo. Veio então o pensamento: "Por que não tínhamos semanas de moda como em outras cidades?" E essa metrópole, geradora de desejos, com toda sua riqueza e liberdade, me permitiu, 14 anos depois de chegar aqui, criar a São Paulo Fashion Week, que completa seu 20º aniversário. Nestes 20 anos, inserimos a cidade como protagonista da moda global, com um dos principais eventos do calendário mundial. Com o meu trabalho, sempre quis entender e mostrar por que São Paulo é assim, tem essa dinâmica, criatividade, efervescência. Na SPFW a moda é um dos principais temas, mas não o único. Também homenageamos e discutimos muitas questões ligadas à cidade. No dia 25 de janeiro de 2004, aniversário de 450 anos de São Paulo, fizemos a abertura da semana de moda com um grande desfile no Palácio das Indústrias, na região central, onde cada uma das 30 marcas participantes fez um look especial interpretando a cidade. Com direção artística de Daniela Thomas, nosso lema foi celebrar o ecletismo que é a essência de São Paulo. Usando projeções, mostramos três momentos fundamentais de nossa história: a Semana de 22, a antropofagia dos anos 30 e o concretismo dos anos 60 e 70. Essa minha relação de amor e constante descoberta com a cidade continua. Procuro apresentar novos locais, com desfiles no Theatro Municipal, na Praça das Artes, nas ruas, em parques. Em 2013, fizemos um desfile totalmente diferente: 40 modelos na linha verde do metrô, indo de Pinheiros até a Vila Prudente, ocupando os vagões e as estações. A repercussão foi enorme, levando imagens da cidade ao mundo todo. Em dezembro passado, comecei um novo desafio, ao fazer a direção e concepção do espetáculo "Rainha dos Raios", de Alice Caymmi. Nessa estreia na área musical, escolhi o Teatro Itália como cenário. Importante na história do teatro e da música nos anos 70, ele andava meio esquecido. São Paulo tem muitas memórias e histórias que não podemos deixar escondidas, no esquecimento. Paulo Borges é fundador e organizador da São Paulo Fashion Week.
serafina
Fundador da Fashion Week conta como SP o inspirou a criar o eventoSão Paulo me puxou, me atraiu para a moda. Eu já gostava do assunto, mas como consumidor. Quando cheguei aqui, em 1982, vindo de São José do Rio Preto, queria trabalhar com computação. Uma das primeiras coisas que fiz ao chegar foi pegar um ônibus para conhecer a cidade. E, ao passar em frente ao prédio da IBM, na avenida 23 de Maio, resolvi que ia trabalhar lá. Assim, consegui meu primeiro emprego paulistano. Era meu desejo desde criança vir para cá. Esta é uma das grandes marcas de São Paulo, ela cria desejos, atrai pessoas de todo o Brasil, de todo o mundo. Vivi tudo intensamente por aqui. Estudei teatro na Escola Macunaíma, até atuei em uma peça. E, ainda trabalhando na área de informática, fui ajudar um amigo a fazer um desfile, sem nada entender do assunto. Comecei a gostar do que estava fazendo. Veio então o pensamento: "Por que não tínhamos semanas de moda como em outras cidades?" E essa metrópole, geradora de desejos, com toda sua riqueza e liberdade, me permitiu, 14 anos depois de chegar aqui, criar a São Paulo Fashion Week, que completa seu 20º aniversário. Nestes 20 anos, inserimos a cidade como protagonista da moda global, com um dos principais eventos do calendário mundial. Com o meu trabalho, sempre quis entender e mostrar por que São Paulo é assim, tem essa dinâmica, criatividade, efervescência. Na SPFW a moda é um dos principais temas, mas não o único. Também homenageamos e discutimos muitas questões ligadas à cidade. No dia 25 de janeiro de 2004, aniversário de 450 anos de São Paulo, fizemos a abertura da semana de moda com um grande desfile no Palácio das Indústrias, na região central, onde cada uma das 30 marcas participantes fez um look especial interpretando a cidade. Com direção artística de Daniela Thomas, nosso lema foi celebrar o ecletismo que é a essência de São Paulo. Usando projeções, mostramos três momentos fundamentais de nossa história: a Semana de 22, a antropofagia dos anos 30 e o concretismo dos anos 60 e 70. Essa minha relação de amor e constante descoberta com a cidade continua. Procuro apresentar novos locais, com desfiles no Theatro Municipal, na Praça das Artes, nas ruas, em parques. Em 2013, fizemos um desfile totalmente diferente: 40 modelos na linha verde do metrô, indo de Pinheiros até a Vila Prudente, ocupando os vagões e as estações. A repercussão foi enorme, levando imagens da cidade ao mundo todo. Em dezembro passado, comecei um novo desafio, ao fazer a direção e concepção do espetáculo "Rainha dos Raios", de Alice Caymmi. Nessa estreia na área musical, escolhi o Teatro Itália como cenário. Importante na história do teatro e da música nos anos 70, ele andava meio esquecido. São Paulo tem muitas memórias e histórias que não podemos deixar escondidas, no esquecimento. Paulo Borges é fundador e organizador da São Paulo Fashion Week.
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Para organização evento foi um sucesso, apesar de escalação fraca
Mesmo tendo organizado a edição com o line-up mais fraco da história do Rock in Rio, a vice-presidente do evento, Roberta Medina, diz que ele foi um sucesso. Pela primeira vez, todos os headliners (artistas que fazem as principais apresentações do dia) eram repetidos. Medina diz que simplesmente há poucos artistas no mercado internacional que seguram uma platéia de 85 mil pessoas, lotação do evento por dia, e que a resposta do público ao line-up foi positiva. "A nota média do público no primeiro fim de semana foi 9,4, ou seja, as pessoas estão felizes com os headliners. As bandas que vêm são as que as pessoas querem ver, e é isso que a gente quer. Seria muito bom trazer novidades sempre, mas não tem muito artista que possa fazer um show para esse público tão grande." Esta também foi a edição com menos bons momentos no palco Sunset, que deixou de lado, em parte, sua vocação como um local de encontros de artistas que costumam surpeender o público. "Os dias em que tivemos shows individuais foram, em sua maioria, de heavy-metal, que são mais difíceis de juntar, mas nossa prioridade continua sendo fazer do Sunset um palco para encontros. Em outros casos, como o John Legend, entendemos que valia mais a pena para o público vê-lo sozinho no Sunset do que não vê-lo, porque ele não é um artista para o Mundo." Problemas de line-up ficaram claros na sexta-feira (25), dia heavy-metal que teve Faith No More e Slipknot como principais atrações. A Cidade do Rock virou uma cidade fantasma. Medina afirma que todos os ingressos de público foram vendidos e atribui a baixa de público aos ingressos promocionais, distribuídos pela organização a patrocinadores e parceiros de mídia. "Foi um surpresa para a gente. De fato foi um dia atipicamente vazio", diz, e tenta elencar as razões. "Esse foi a último dia a esgotar, então demos mais ingressos promocionais do que nos outros dias. Foi um dia de perfil musical bastante específico, o tempo estava ruim, tudo isso pode afetar a disposição das pessoas que ganharam ingressos promocionais a vir." A venda e distribuição de ingressos para o Rock in Rio é uma caixa-preta, e a organização pretende mantê-las assim. Medina afirma que não divulgará dados de público por uma questão de sigilo contratual com patrocinadores e parceiros de mídia. CRISE Medina diz que a crise econômica afetou, sim, as contas do festival, que tem 40% do seu orçamento em dólar. Com a alta do moeda americana, alguns contratos com fornecedores tiveram que ser renegociados. Mas, segundo ela, o impacto foi minimizado pois a organização se antecipou à crise: a venda de ingressos começou cedo e os patrocínios já haviam sido negociados. Segundo ela, a área que pode ter sido mais afetada é o consumo do público dentro da Cidade do Rock.
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Para organização evento foi um sucesso, apesar de escalação fracaMesmo tendo organizado a edição com o line-up mais fraco da história do Rock in Rio, a vice-presidente do evento, Roberta Medina, diz que ele foi um sucesso. Pela primeira vez, todos os headliners (artistas que fazem as principais apresentações do dia) eram repetidos. Medina diz que simplesmente há poucos artistas no mercado internacional que seguram uma platéia de 85 mil pessoas, lotação do evento por dia, e que a resposta do público ao line-up foi positiva. "A nota média do público no primeiro fim de semana foi 9,4, ou seja, as pessoas estão felizes com os headliners. As bandas que vêm são as que as pessoas querem ver, e é isso que a gente quer. Seria muito bom trazer novidades sempre, mas não tem muito artista que possa fazer um show para esse público tão grande." Esta também foi a edição com menos bons momentos no palco Sunset, que deixou de lado, em parte, sua vocação como um local de encontros de artistas que costumam surpeender o público. "Os dias em que tivemos shows individuais foram, em sua maioria, de heavy-metal, que são mais difíceis de juntar, mas nossa prioridade continua sendo fazer do Sunset um palco para encontros. Em outros casos, como o John Legend, entendemos que valia mais a pena para o público vê-lo sozinho no Sunset do que não vê-lo, porque ele não é um artista para o Mundo." Problemas de line-up ficaram claros na sexta-feira (25), dia heavy-metal que teve Faith No More e Slipknot como principais atrações. A Cidade do Rock virou uma cidade fantasma. Medina afirma que todos os ingressos de público foram vendidos e atribui a baixa de público aos ingressos promocionais, distribuídos pela organização a patrocinadores e parceiros de mídia. "Foi um surpresa para a gente. De fato foi um dia atipicamente vazio", diz, e tenta elencar as razões. "Esse foi a último dia a esgotar, então demos mais ingressos promocionais do que nos outros dias. Foi um dia de perfil musical bastante específico, o tempo estava ruim, tudo isso pode afetar a disposição das pessoas que ganharam ingressos promocionais a vir." A venda e distribuição de ingressos para o Rock in Rio é uma caixa-preta, e a organização pretende mantê-las assim. Medina afirma que não divulgará dados de público por uma questão de sigilo contratual com patrocinadores e parceiros de mídia. CRISE Medina diz que a crise econômica afetou, sim, as contas do festival, que tem 40% do seu orçamento em dólar. Com a alta do moeda americana, alguns contratos com fornecedores tiveram que ser renegociados. Mas, segundo ela, o impacto foi minimizado pois a organização se antecipou à crise: a venda de ingressos começou cedo e os patrocínios já haviam sido negociados. Segundo ela, a área que pode ter sido mais afetada é o consumo do público dentro da Cidade do Rock.
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Atração da Flip, cantor Luís Perequê reconhece efeitos da crise em evento
Com redução nas verbas, a 13ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) começou na quarta-feira (1º) tendo pela primeira vez como atração principal de um show de abertura um artista local.Em contraste com as últimas edições, com shows de cantores renomados, como Gal Costa, Gilberto Gil e Lenine, a abertura contou com o poeta e compositor paratiense Luís Perequê, além do grupo Os Caiçaras e da cantora paulistana Dani Lasalvia. Leia mais aqui
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Atração da Flip, cantor Luís Perequê reconhece efeitos da crise em eventoCom redução nas verbas, a 13ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) começou na quarta-feira (1º) tendo pela primeira vez como atração principal de um show de abertura um artista local.Em contraste com as últimas edições, com shows de cantores renomados, como Gal Costa, Gilberto Gil e Lenine, a abertura contou com o poeta e compositor paratiense Luís Perequê, além do grupo Os Caiçaras e da cantora paulistana Dani Lasalvia. Leia mais aqui
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Após protestos, comissão parlamentar polonesa rejeita proibição do aborto
A comissão do Parlamento da Polônia responsável por analisar o projeto de proibir o aborto no país recomendou nesta quarta-feira (5) rejeitar a iniciativa. A decisão ocorre após os protestos maciços dos últimos dias. A recomendação da comissão parlamentar, entretanto, ainda deve ser submetida à votação no plenário da Câmara, provavelmente nesta quinta-feira. A decisão da comissão, tomada numa sessão caótica e realizada num tom emocional, ocorreu após um protesto que reuniu milhares de mulheres na segunda, que vestiram preto e boicotaram o trabalho. A manifestação fez lojas, universidade e escolas a fecharem as portas. O projeto rejeitado buscava proibir totalmente a interrupção voluntária da gravidez. Mulheres que tivessem passado pelo procedimento poderiam ser punidas com cinco anos de prisão. Médicos que tivessem feito assistência também poderiam ir para a cadeia. A Polônia já tem uma das leis de aborto mais restritivas da Europa e pesquisas de opinião mostram pouco apoio a um diploma ainda mais rigoroso. De maioria católica, a Polônia permite hoje o aborto legal apenas em caso de estupro, incesto, problemas graves com o feto e sério risco à saúde da mulher grávida.
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Após protestos, comissão parlamentar polonesa rejeita proibição do abortoA comissão do Parlamento da Polônia responsável por analisar o projeto de proibir o aborto no país recomendou nesta quarta-feira (5) rejeitar a iniciativa. A decisão ocorre após os protestos maciços dos últimos dias. A recomendação da comissão parlamentar, entretanto, ainda deve ser submetida à votação no plenário da Câmara, provavelmente nesta quinta-feira. A decisão da comissão, tomada numa sessão caótica e realizada num tom emocional, ocorreu após um protesto que reuniu milhares de mulheres na segunda, que vestiram preto e boicotaram o trabalho. A manifestação fez lojas, universidade e escolas a fecharem as portas. O projeto rejeitado buscava proibir totalmente a interrupção voluntária da gravidez. Mulheres que tivessem passado pelo procedimento poderiam ser punidas com cinco anos de prisão. Médicos que tivessem feito assistência também poderiam ir para a cadeia. A Polônia já tem uma das leis de aborto mais restritivas da Europa e pesquisas de opinião mostram pouco apoio a um diploma ainda mais rigoroso. De maioria católica, a Polônia permite hoje o aborto legal apenas em caso de estupro, incesto, problemas graves com o feto e sério risco à saúde da mulher grávida.
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Bancos gregos vão reabrir para aposentados nesta quinta, diz fonte
Segundo uma autoridade do governo que pediu anonimato, os bancos gregos devem reabrir 850 agências para o pagamento de aposentadorias na quinta-feira (2), mas permanecerão fechados para outros negócios durante toda a semana. Informações repassadas à agência internacional Bloomberg, no entanto, afirmam que os bancos poderiam ser abertos já na quarta-feira. Com a convocação pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras de um plebiscito para o próximo domingo decidindo se a Grécia aceita ou não a proposta de seus credores para a liberação de verbas, parece cada vez menor a probabilidade de que o país pague 1,6 bilhão de euros de empréstimo ao FMI dentro do prazo que se esgota nesta terça (30). O cenário fez com que o governo restringisse o acesso ao sistema financeiro via decreto neste domingo, como forma de evitar uma corrida aos bancos. Fora a exceção para os aposentados, as instituições devem ser fechadas até o dia 7 de julho. Foi estabelecido limite de saques diários de 60 euros para os caixas eletrônicos. Muitos aposentados na Grécia não têm cartões de crédito ou débito, por isso o fechamento dos bancos representa um golpe especialmente forte para esse grupo, o que fez com que filas se formassem nesta segunda. Segundo a mesma autoridade, se os bancos continuarem a receber suporte da linha de financiamento emergencial (ELA, na sigla em inglês) do Banco Central Europeu (BCE), o atual limite diário para saques em caixas eletrônicos pode ser elevado. De acordo com fontes, o financiamento deve ser mantido, mas o O Banco Central Europeu (BCE) rejeitou neste domingo o pedido da Grécia por 6 bilhões de euros. Na Grécia existem cerca de 5.500 caixas automáticos. Em Atenas as pessoas já faziam filas em muitos deles. "Tenho cinco euros no meu bolso, pensei em tentar a sorte aqui e pegar algum dinheiro. As filas no meu bairro estavam muito longas ontem", disse o encanador Yannis Kalaizakis, de 58 anos, do lado de fora de um caixa vazio no centro de Atenas nesta segunda-feira. Grécia "Não sei mais o que dizer. Está uma bagunça." O documento publicado ontem informa que poderão ser realizados pagamentos com cartão no país assim como transações internas através dos serviços bancários das páginas na internet. As transações ao estrangeiro serão restringidas às necessidades urgentes como a compra de remédios e o pagamento de serviços médicos. As medidas relativas ao controle de capitais não serão aplicadas aos turistas, que poderão realizar transações e retiradas de dinheiro nos caixas automáticos com os cartões de crédito ou débito emitidos em seus países de origem. DESCRENÇA E MEDO Mas, depois de Tsipras ter irritado os credores internacionais da Grécia ao anunciar um plebiscito para o próximo domingo sobre os termos do acordo de reformas em troca de dinheiro, as esperanças de um avanço de última hora estão acabando rapidamente. Os gregos reagiram com uma mistura de descrença e medo. "Não posso acreditar", disse a moradora de Atenas Evgenia Gekou, de 50 anos, em seu caminho para o trabalho. "Continuo achando que vamos acordar amanhã e tudo estará bem. Estou tentando muito não me preocupar." Autoridades europeias enviaram sinais confusos sobre seus próximos passos. Um porta-voz da Comissão Europeia disse a uma rádio francesa que Bruxelas não fará nenhuma nova proposta nesta segunda-feira. Ele aparentemente contradiz as declarações do comissário econômico da UE, Pierre Moscovici, que disse que uma nova oferta estava vindo e que os dois lados estavam "a apenas alguns centímetros" de um acordo. Após meses de brigas, os parceiros europeus da Grécia colocaram a culpa pela crise em Tsipras. Os credores querem que a Grécia corte aposentadorias e eleve impostos de maneiras que Tsipras há muito argumenta que vai aprofundar uma das piores crises econômicas da era moderna em um país onde um quarto da força de trabalho já está desempregada.
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Bancos gregos vão reabrir para aposentados nesta quinta, diz fonteSegundo uma autoridade do governo que pediu anonimato, os bancos gregos devem reabrir 850 agências para o pagamento de aposentadorias na quinta-feira (2), mas permanecerão fechados para outros negócios durante toda a semana. Informações repassadas à agência internacional Bloomberg, no entanto, afirmam que os bancos poderiam ser abertos já na quarta-feira. Com a convocação pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras de um plebiscito para o próximo domingo decidindo se a Grécia aceita ou não a proposta de seus credores para a liberação de verbas, parece cada vez menor a probabilidade de que o país pague 1,6 bilhão de euros de empréstimo ao FMI dentro do prazo que se esgota nesta terça (30). O cenário fez com que o governo restringisse o acesso ao sistema financeiro via decreto neste domingo, como forma de evitar uma corrida aos bancos. Fora a exceção para os aposentados, as instituições devem ser fechadas até o dia 7 de julho. Foi estabelecido limite de saques diários de 60 euros para os caixas eletrônicos. Muitos aposentados na Grécia não têm cartões de crédito ou débito, por isso o fechamento dos bancos representa um golpe especialmente forte para esse grupo, o que fez com que filas se formassem nesta segunda. Segundo a mesma autoridade, se os bancos continuarem a receber suporte da linha de financiamento emergencial (ELA, na sigla em inglês) do Banco Central Europeu (BCE), o atual limite diário para saques em caixas eletrônicos pode ser elevado. De acordo com fontes, o financiamento deve ser mantido, mas o O Banco Central Europeu (BCE) rejeitou neste domingo o pedido da Grécia por 6 bilhões de euros. Na Grécia existem cerca de 5.500 caixas automáticos. Em Atenas as pessoas já faziam filas em muitos deles. "Tenho cinco euros no meu bolso, pensei em tentar a sorte aqui e pegar algum dinheiro. As filas no meu bairro estavam muito longas ontem", disse o encanador Yannis Kalaizakis, de 58 anos, do lado de fora de um caixa vazio no centro de Atenas nesta segunda-feira. Grécia "Não sei mais o que dizer. Está uma bagunça." O documento publicado ontem informa que poderão ser realizados pagamentos com cartão no país assim como transações internas através dos serviços bancários das páginas na internet. As transações ao estrangeiro serão restringidas às necessidades urgentes como a compra de remédios e o pagamento de serviços médicos. As medidas relativas ao controle de capitais não serão aplicadas aos turistas, que poderão realizar transações e retiradas de dinheiro nos caixas automáticos com os cartões de crédito ou débito emitidos em seus países de origem. DESCRENÇA E MEDO Mas, depois de Tsipras ter irritado os credores internacionais da Grécia ao anunciar um plebiscito para o próximo domingo sobre os termos do acordo de reformas em troca de dinheiro, as esperanças de um avanço de última hora estão acabando rapidamente. Os gregos reagiram com uma mistura de descrença e medo. "Não posso acreditar", disse a moradora de Atenas Evgenia Gekou, de 50 anos, em seu caminho para o trabalho. "Continuo achando que vamos acordar amanhã e tudo estará bem. Estou tentando muito não me preocupar." Autoridades europeias enviaram sinais confusos sobre seus próximos passos. Um porta-voz da Comissão Europeia disse a uma rádio francesa que Bruxelas não fará nenhuma nova proposta nesta segunda-feira. Ele aparentemente contradiz as declarações do comissário econômico da UE, Pierre Moscovici, que disse que uma nova oferta estava vindo e que os dois lados estavam "a apenas alguns centímetros" de um acordo. Após meses de brigas, os parceiros europeus da Grécia colocaram a culpa pela crise em Tsipras. Os credores querem que a Grécia corte aposentadorias e eleve impostos de maneiras que Tsipras há muito argumenta que vai aprofundar uma das piores crises econômicas da era moderna em um país onde um quarto da força de trabalho já está desempregada.
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Investimento brasileiro mira performance histórica nas Paraolimpíadas
Para atingir a meta de ficar entre os cinco melhores países do mundo na Paraolimpíada do Rio, em setembro, feito que vai exigir ao menos cerca de 30 medalhas de ouro, uma estratégia de valorização e treinamento de um "time de elite" foi montada pelo comitê brasileiro .Desde 2010, um grupo de 40 potenciais medalhista é acompanhado e cercado de atenção que envolve deslocamento de suas cidades natal para grande centros, staff de profissionais de ponta para aumento do rendimento e de resultados, acesso a patrocinadores e gratificações que podem atingir R$ 40 mil.A maior parte da nata paraolímpica está nas modalidades que mais rendem premiações, o atletismo e a natação. Mas há também representantes em outros esportes como a canoagem, o futebol de 5 (jogado por cegos), a bocha e o vôlei sentado.
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Investimento brasileiro mira performance histórica nas ParaolimpíadasPara atingir a meta de ficar entre os cinco melhores países do mundo na Paraolimpíada do Rio, em setembro, feito que vai exigir ao menos cerca de 30 medalhas de ouro, uma estratégia de valorização e treinamento de um "time de elite" foi montada pelo comitê brasileiro .Desde 2010, um grupo de 40 potenciais medalhista é acompanhado e cercado de atenção que envolve deslocamento de suas cidades natal para grande centros, staff de profissionais de ponta para aumento do rendimento e de resultados, acesso a patrocinadores e gratificações que podem atingir R$ 40 mil.A maior parte da nata paraolímpica está nas modalidades que mais rendem premiações, o atletismo e a natação. Mas há também representantes em outros esportes como a canoagem, o futebol de 5 (jogado por cegos), a bocha e o vôlei sentado.
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Defesa de Elize Matsunaga diz que houve quebra de regra e quer novo júri
Os advogados de defesa de Elize Matsunaga estudam pedir a anulação do julgamento, que ocorre desde a última segunda (28), pelo desrespeito a regras da condução do júri: foi violada a incomunicabilidade de testemunhas. Esse pedido pode ser feito ainda nesta sexta (2) ou, após declarado o resultado do júri. Uma das dessas violações foi identificada na manhã desta quinta-feira (1°) durante o depoimento do médico legista Carlos Alberto de Souza Coelho, que falava sobre a análise do corpo da vítima, o empresário Marcos Matsunaga, que foi assassinato em maio de 2012. Quase no final das perguntas da acusação, Coelho disse ter falado "agora" com o também perito Jorge Pereira de Oliveira do porque de ter feito o laudo com anexos, e não um único laudo. Nesse momento, a advogada Roselle Soglio pediu, "pela ordem", que a frase "agora" fosse explicada. Coelho, então, disse que na terça ou quarta, se reuniu com Oliveira para falar dessa questão. Como o artigo 460 do Código de Processo Penal prevê que as testemunhas não podem falar sobre o processo enquanto estiverem reunidas aguardando para depor, a defesa pediu a dissolução imediata do júri. O juiz Adilson Paukoski Simoni registrou a reclamação em ata, mas manteve a continuação do julgamento. Disse que o teor da conversa não foi prejudicial ao processo e que o laudo discutido é de conhecimento público. "Não pode haver conversa sobre o teor do processo", disse a advogada, que considerou algo "grave". A Folha também apurou que, também a pedido da defesa, foi constado em ata que o promotor José Carlos Cosenzo se reuniu com uma das testemunhas de acusação –o delegado Mauro Gomes Dias– já com o júri em andamento. O promotor teria alegado ao magistrado que esteve com a testemunha para saber se ela precisava de remédios, já que faz uso controlado de medicamentos. LEGISTA O médico legista Carlos Alberto Souza Coelho foi última testemunha de acusação ouvida nesta quinta no julgamento. Ele disse que o início do esquartejamento do corpo do empresário Marcos Matsunaga ocorreu com ele ainda vivo ou "minutos" após sua morte. A avaliação do perito contraria a alegação da bacharel de direito, e ex-garota de programa, que diz ter começado a cortar as partes do marido dez horas depois de atirar contra ele, na manhã de 20 de maio de 2012. "Não foram horas", disse o médico. Coelho disse, ainda, que, se Marcos tivesse sido socorrido adequadamente, teria chance de sobreviver, ainda que com graves sequelas –embora isso fosse apenas hipótese. Reverenciado tanto pela defesa quanto pela acusação, e considerado um dos melhores especialistas na área, as opiniões do médico pareceram ter causado forte impacto nos jurados, que fizeram 34 perguntas técnicas a ele. As declarações do médico foram, ao mesmo tempo, contrárias e favoráveis a Elize. Ele falou sobre o momento do corte do pescoço, durante o esquartejamento da vítima, afirmação que pesou contra a ré. De favorável a Elize, o médico disse que, mesmo que o esquartejamento tenha ocorrido em vida, é possível que Marcos já estivesse em coma profundo. "Acredito que não sofreu dor", declarou. Esse detalhe pode influenciar uma das principais qualificadoras que pensam contra a ré: se não houve sofrimento, o crime pode não ser considerado cruel. Segundo o médico, ainda, o disparo da arma de fogo contra a vítima ocorreu a curta distância (entre 40 cm ou 50 cm) e não é possível afirmar com certeza o trajeto do projétil no crânio. As duas afirmações abrandam a situação de Elize. Coelho disse também que a ré pode ter agido sozinha na fragmentação do corpo. A acusação afirmava que o corpo da vítima possuía tipo de cortes diferentes e, assim, mais uma pessoa teria participado do esquartejamento. EMPREGADA A empregada doméstica Neuza Goveia da Silva, que trabalhava na casa de Elize na época do crime, disse que dias antes do crime percebeu a patroa triste –muitas vezes, com lágrimas nos olhos– e presenciou ao menos duas brigas. Foi o último depoimento no quarto dia de julgamento. Em uma discussão, Goveia declarou que presenciou o marido xingando a família da ré. "Ele disse que o pai dela era um vagabundo", disse a mulher, que havia começado a trabalhar no apartamento do casal em 8 maio de 2012 (o crime foi no dia 19). A empregada doméstica disse que não questionava os motivos das lágrimas da patroa. "Eu não sou de muito de conversar com os patrões", disse ela. Ela também relatou ter ouvido Marcos dar um soco na mesa de jantar em uma discussão. Arrolada pela defesa, Goveia disse que não encontrou uma única gota de sangue na casa quando a limpou na segunda (o esquartejamento foi no domingo) ou, também, em qualquer peça de roupa da patroa. A única coisa que deu falta na casa foi panos de chão que desapareceram. Goveia, porém, não notou a ausência de nenhuma faca da cozinha. Elize disse ter usado o utensílio para cortar partes do marido e depois tê-lo jogado fora. A empregada também declarou que não tinha visto nenhuma serra elétrica nova. A única existente já estava no apartamento (de cor vermelha) antes da viagem de Elize ao Paraná. A compra de serra elétrica é apontada pela acusação como prova da premeditação do crime, já que ocorreu no mesmo dia do assassinato, embora nenhum dos legistas ouvidos tenha apontado a utilização desse tipo de instrumento nos cortes. A tia materna de Elize, Roseli de Araújo também foi ouvida na tarde desta quinta. Ela falou da infância de abono de Elize pelos pais e da violência sexual causada pelo padrasto, quando era adolescente, motivo que a levou a fugir de casa –e ficar desaparecida por cerca de um mês. Roseli também contou aos jurados que a família de Marcos não permite mais que ela possa ver a filha de Elize, que já tem cinco anos. A tia disse que viu a criança pela última vez na época em que a família Matsunaga realizou teste de DNA para confirmar se Marcos era pai da criança.
cotidiano
Defesa de Elize Matsunaga diz que houve quebra de regra e quer novo júriOs advogados de defesa de Elize Matsunaga estudam pedir a anulação do julgamento, que ocorre desde a última segunda (28), pelo desrespeito a regras da condução do júri: foi violada a incomunicabilidade de testemunhas. Esse pedido pode ser feito ainda nesta sexta (2) ou, após declarado o resultado do júri. Uma das dessas violações foi identificada na manhã desta quinta-feira (1°) durante o depoimento do médico legista Carlos Alberto de Souza Coelho, que falava sobre a análise do corpo da vítima, o empresário Marcos Matsunaga, que foi assassinato em maio de 2012. Quase no final das perguntas da acusação, Coelho disse ter falado "agora" com o também perito Jorge Pereira de Oliveira do porque de ter feito o laudo com anexos, e não um único laudo. Nesse momento, a advogada Roselle Soglio pediu, "pela ordem", que a frase "agora" fosse explicada. Coelho, então, disse que na terça ou quarta, se reuniu com Oliveira para falar dessa questão. Como o artigo 460 do Código de Processo Penal prevê que as testemunhas não podem falar sobre o processo enquanto estiverem reunidas aguardando para depor, a defesa pediu a dissolução imediata do júri. O juiz Adilson Paukoski Simoni registrou a reclamação em ata, mas manteve a continuação do julgamento. Disse que o teor da conversa não foi prejudicial ao processo e que o laudo discutido é de conhecimento público. "Não pode haver conversa sobre o teor do processo", disse a advogada, que considerou algo "grave". A Folha também apurou que, também a pedido da defesa, foi constado em ata que o promotor José Carlos Cosenzo se reuniu com uma das testemunhas de acusação –o delegado Mauro Gomes Dias– já com o júri em andamento. O promotor teria alegado ao magistrado que esteve com a testemunha para saber se ela precisava de remédios, já que faz uso controlado de medicamentos. LEGISTA O médico legista Carlos Alberto Souza Coelho foi última testemunha de acusação ouvida nesta quinta no julgamento. Ele disse que o início do esquartejamento do corpo do empresário Marcos Matsunaga ocorreu com ele ainda vivo ou "minutos" após sua morte. A avaliação do perito contraria a alegação da bacharel de direito, e ex-garota de programa, que diz ter começado a cortar as partes do marido dez horas depois de atirar contra ele, na manhã de 20 de maio de 2012. "Não foram horas", disse o médico. Coelho disse, ainda, que, se Marcos tivesse sido socorrido adequadamente, teria chance de sobreviver, ainda que com graves sequelas –embora isso fosse apenas hipótese. Reverenciado tanto pela defesa quanto pela acusação, e considerado um dos melhores especialistas na área, as opiniões do médico pareceram ter causado forte impacto nos jurados, que fizeram 34 perguntas técnicas a ele. As declarações do médico foram, ao mesmo tempo, contrárias e favoráveis a Elize. Ele falou sobre o momento do corte do pescoço, durante o esquartejamento da vítima, afirmação que pesou contra a ré. De favorável a Elize, o médico disse que, mesmo que o esquartejamento tenha ocorrido em vida, é possível que Marcos já estivesse em coma profundo. "Acredito que não sofreu dor", declarou. Esse detalhe pode influenciar uma das principais qualificadoras que pensam contra a ré: se não houve sofrimento, o crime pode não ser considerado cruel. Segundo o médico, ainda, o disparo da arma de fogo contra a vítima ocorreu a curta distância (entre 40 cm ou 50 cm) e não é possível afirmar com certeza o trajeto do projétil no crânio. As duas afirmações abrandam a situação de Elize. Coelho disse também que a ré pode ter agido sozinha na fragmentação do corpo. A acusação afirmava que o corpo da vítima possuía tipo de cortes diferentes e, assim, mais uma pessoa teria participado do esquartejamento. EMPREGADA A empregada doméstica Neuza Goveia da Silva, que trabalhava na casa de Elize na época do crime, disse que dias antes do crime percebeu a patroa triste –muitas vezes, com lágrimas nos olhos– e presenciou ao menos duas brigas. Foi o último depoimento no quarto dia de julgamento. Em uma discussão, Goveia declarou que presenciou o marido xingando a família da ré. "Ele disse que o pai dela era um vagabundo", disse a mulher, que havia começado a trabalhar no apartamento do casal em 8 maio de 2012 (o crime foi no dia 19). A empregada doméstica disse que não questionava os motivos das lágrimas da patroa. "Eu não sou de muito de conversar com os patrões", disse ela. Ela também relatou ter ouvido Marcos dar um soco na mesa de jantar em uma discussão. Arrolada pela defesa, Goveia disse que não encontrou uma única gota de sangue na casa quando a limpou na segunda (o esquartejamento foi no domingo) ou, também, em qualquer peça de roupa da patroa. A única coisa que deu falta na casa foi panos de chão que desapareceram. Goveia, porém, não notou a ausência de nenhuma faca da cozinha. Elize disse ter usado o utensílio para cortar partes do marido e depois tê-lo jogado fora. A empregada também declarou que não tinha visto nenhuma serra elétrica nova. A única existente já estava no apartamento (de cor vermelha) antes da viagem de Elize ao Paraná. A compra de serra elétrica é apontada pela acusação como prova da premeditação do crime, já que ocorreu no mesmo dia do assassinato, embora nenhum dos legistas ouvidos tenha apontado a utilização desse tipo de instrumento nos cortes. A tia materna de Elize, Roseli de Araújo também foi ouvida na tarde desta quinta. Ela falou da infância de abono de Elize pelos pais e da violência sexual causada pelo padrasto, quando era adolescente, motivo que a levou a fugir de casa –e ficar desaparecida por cerca de um mês. Roseli também contou aos jurados que a família de Marcos não permite mais que ela possa ver a filha de Elize, que já tem cinco anos. A tia disse que viu a criança pela última vez na época em que a família Matsunaga realizou teste de DNA para confirmar se Marcos era pai da criança.
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Daniela Mercury recusa convite para ser secretária nacional de Cultura
A cantora Daniela Mercury foi procurada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e recusou o convite para assumir a Secretaria Nacional de Cultura, relata a repórter fotográfica Marlene Bergamo. Marta fez contato com a artista baiana no início desta semana e recebeu a negativa. Pelo menos outras quatro mulheres procuradas pelo governo de Michel Temer (PMDB) para o posto já teriam recusado convites: a atriz Bruna Lombardi, a jornalista e apresentadora Marília Gabriela, a antropóloga Cláudia Leitão e a consultora de projetos culturais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Eliane Costa. Também já estiveram cotadas para o posto a ex-secretária municipal da área no Rio, Adriana Rattes, e a diretora mundial de Educação do Banco Mundial, ex-secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, e a antropóloga Cláudia Leitão. O governo fez os convites por causa da intenção de nomear uma mulher para a chefia do órgão, como resposta às críticas pela ausência de mulheres no ministério.
colunas
Daniela Mercury recusa convite para ser secretária nacional de CulturaA cantora Daniela Mercury foi procurada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e recusou o convite para assumir a Secretaria Nacional de Cultura, relata a repórter fotográfica Marlene Bergamo. Marta fez contato com a artista baiana no início desta semana e recebeu a negativa. Pelo menos outras quatro mulheres procuradas pelo governo de Michel Temer (PMDB) para o posto já teriam recusado convites: a atriz Bruna Lombardi, a jornalista e apresentadora Marília Gabriela, a antropóloga Cláudia Leitão e a consultora de projetos culturais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Eliane Costa. Também já estiveram cotadas para o posto a ex-secretária municipal da área no Rio, Adriana Rattes, e a diretora mundial de Educação do Banco Mundial, ex-secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, e a antropóloga Cláudia Leitão. O governo fez os convites por causa da intenção de nomear uma mulher para a chefia do órgão, como resposta às críticas pela ausência de mulheres no ministério.
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Mortes: Padre, desbravou florestas para ajudar fiéis
Embrenhar-se na floresta amazônica era o que o padre Paolino Baldassari mais gostava de fazer. Por décadas, em viagens de barco que duravam até seis meses, visitava seringais, aldeias e comunidades ribeirinhas. Nas incursões, chamadas de desobrigas, celebrava batismos, casamentos e outras obrigações dos fiéis em áreas isoladas. Não que a missão fosse fácil. Em 56 anos de Acre, o religioso italiano contraiu malária 84 vezes. Após cada viagem, passava seis meses se recuperando na pequena Sena Madureira (AC). Certa vez, chegou com tanto verme que uma laboratorista da cidade, pintora diletante, presenteou-lhe com um quadro com todos os bichinhos encontrados na barriga do religioso. Padre Paolino não cuidava apenas do lado espiritual. Graças a ele, dezenas de escolas foram erguidas floresta adentro. Recrutava qualquer um que soubesse um pouquinho mais para fazer as vezes de professor. Era também um defensor da floresta. Escreveu cartas a todos os presidentes desde Itamar Franco denunciando a devastação. Seus esforços, no entanto, pouco adiantaram: quase toda a floresta da sua região acabou sendo transformada em pasto. Nos últimos anos, sem saúde para viajar, Paolino se concentrou em atender pacientes pobres em um consultório anexo à igreja. Misturava os remédios da floresta com medicina tradicional. Morreu no dia 8, aos 90 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Deixa um baú recheado de cadernos onde registrou, hora a hora, cada uma de suas aventuras. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
cotidiano
Mortes: Padre, desbravou florestas para ajudar fiéisEmbrenhar-se na floresta amazônica era o que o padre Paolino Baldassari mais gostava de fazer. Por décadas, em viagens de barco que duravam até seis meses, visitava seringais, aldeias e comunidades ribeirinhas. Nas incursões, chamadas de desobrigas, celebrava batismos, casamentos e outras obrigações dos fiéis em áreas isoladas. Não que a missão fosse fácil. Em 56 anos de Acre, o religioso italiano contraiu malária 84 vezes. Após cada viagem, passava seis meses se recuperando na pequena Sena Madureira (AC). Certa vez, chegou com tanto verme que uma laboratorista da cidade, pintora diletante, presenteou-lhe com um quadro com todos os bichinhos encontrados na barriga do religioso. Padre Paolino não cuidava apenas do lado espiritual. Graças a ele, dezenas de escolas foram erguidas floresta adentro. Recrutava qualquer um que soubesse um pouquinho mais para fazer as vezes de professor. Era também um defensor da floresta. Escreveu cartas a todos os presidentes desde Itamar Franco denunciando a devastação. Seus esforços, no entanto, pouco adiantaram: quase toda a floresta da sua região acabou sendo transformada em pasto. Nos últimos anos, sem saúde para viajar, Paolino se concentrou em atender pacientes pobres em um consultório anexo à igreja. Misturava os remédios da floresta com medicina tradicional. Morreu no dia 8, aos 90 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Deixa um baú recheado de cadernos onde registrou, hora a hora, cada uma de suas aventuras. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
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Lendas do dub, Lee Perry e Mad Professor se apresentam juntos em SP
São Paulo receberá neste domingo (4) um encontro célebre de dois ícones do dub. O jamaicano Lee "Scrath" Perry, 79, se apresentará ao lado de Mad Professor, 60, durante o One Drop Festival —evento que, em sua segunda edição, traz representantes do gênero criado na Jamaica nos anos 1960 e revigorado no Reino Unido nas décadas seguintes. O estilo consiste em dar destaque aos sons graves do reggae, como os produzidos por baixo e da bateria, por exemplo. Perry, que foi produtor de Bob Marley, foi pioneiro no formato. Já Professor, nascido na Guiana e radicado em Londres ainda adolescente, aprimorou o gênero décadas mais tarde, incorporando referências do pop e punk inglês. Os dois firmaram parceria em 2000 com o lançamento de "Lee Perry Meets Mad Professor", clássico do dub internacional. Professor já esteve diversas vezes no Brasil, além de ter gravado projetos com os brasileiros do Natiruts e Marcelinho da Lua. "O Brasil é um mercado empolgante. Especialmente as cidades do Rio e São Paulo. Temos muitos fãs da música eletrônica", disse à Folha por e-mail. Para ele, desde que se apresentou pela primeira vez no país, em 2002, o público do dub tornou-se mais jovem, e há maior presença feminina nos shows. Naquele ano, Professor se apresentaria no festival Dub Mamute, no Sesc Pompeia, também ao lado de Perry, porém o jamaicano não embarcou de última hora para o show, por motivos nunca explicados. Ele viria mais tarde, em 2007, para o festival Abril pro Rock, e em 2011, para o Black na Cena. "O que me deixa seguro de que ele virá desta vez é que ele vem fazendo vários shows, e não faltou em nenhum", diz o diretor do festival, Gilson Simões. "Acho que a cena dub cresceu bastante nos últimos dez anos. Já existia aqui em São Paulo e no Rio, mas hoje há centenas de pessoas fazendo este som no Brasil", conta. Para um público mais restrito, e um som que exige ambientes pequenos, o festival fará uma edição menor em comparação a de 2013, que aconteceu no Estância Alto da Serra, em São Bernardo, e teve como atrações nomes do reggae pop, como Alpha Blondy, Alborosie, Mat McHugh e Katchafire. Os ingressos para ver as lendas do dub não saem por pouco: o primeiro lote custa R$ 160 e o segundo, R$ 200. É possível obter meia-entrada levando 1 kg de alimento não perecível. Além da dupla mitológica, sobem ao palco os paulistanos do High Public, Jurassic Sound System, o o coletivo carioca Digital Dubs e o DJ e produtor Marcelinho da Lua. ONE DROP FESTIVAL QUANDO domingo (4), a partir das 16h ONDE Estúdio, r. Pedroso de Moraes, 1036 QUANTO R$ 160 (primeiro lote, inteira) e R$ 200 (segundo lote); meia-entrada válida com carteira de estudante ou 1kg de alimento não perecível CLASSIFICAÇÃO 18 anos > pontos de venda em www.ingresso.com
ilustrada
Lendas do dub, Lee Perry e Mad Professor se apresentam juntos em SPSão Paulo receberá neste domingo (4) um encontro célebre de dois ícones do dub. O jamaicano Lee "Scrath" Perry, 79, se apresentará ao lado de Mad Professor, 60, durante o One Drop Festival —evento que, em sua segunda edição, traz representantes do gênero criado na Jamaica nos anos 1960 e revigorado no Reino Unido nas décadas seguintes. O estilo consiste em dar destaque aos sons graves do reggae, como os produzidos por baixo e da bateria, por exemplo. Perry, que foi produtor de Bob Marley, foi pioneiro no formato. Já Professor, nascido na Guiana e radicado em Londres ainda adolescente, aprimorou o gênero décadas mais tarde, incorporando referências do pop e punk inglês. Os dois firmaram parceria em 2000 com o lançamento de "Lee Perry Meets Mad Professor", clássico do dub internacional. Professor já esteve diversas vezes no Brasil, além de ter gravado projetos com os brasileiros do Natiruts e Marcelinho da Lua. "O Brasil é um mercado empolgante. Especialmente as cidades do Rio e São Paulo. Temos muitos fãs da música eletrônica", disse à Folha por e-mail. Para ele, desde que se apresentou pela primeira vez no país, em 2002, o público do dub tornou-se mais jovem, e há maior presença feminina nos shows. Naquele ano, Professor se apresentaria no festival Dub Mamute, no Sesc Pompeia, também ao lado de Perry, porém o jamaicano não embarcou de última hora para o show, por motivos nunca explicados. Ele viria mais tarde, em 2007, para o festival Abril pro Rock, e em 2011, para o Black na Cena. "O que me deixa seguro de que ele virá desta vez é que ele vem fazendo vários shows, e não faltou em nenhum", diz o diretor do festival, Gilson Simões. "Acho que a cena dub cresceu bastante nos últimos dez anos. Já existia aqui em São Paulo e no Rio, mas hoje há centenas de pessoas fazendo este som no Brasil", conta. Para um público mais restrito, e um som que exige ambientes pequenos, o festival fará uma edição menor em comparação a de 2013, que aconteceu no Estância Alto da Serra, em São Bernardo, e teve como atrações nomes do reggae pop, como Alpha Blondy, Alborosie, Mat McHugh e Katchafire. Os ingressos para ver as lendas do dub não saem por pouco: o primeiro lote custa R$ 160 e o segundo, R$ 200. É possível obter meia-entrada levando 1 kg de alimento não perecível. Além da dupla mitológica, sobem ao palco os paulistanos do High Public, Jurassic Sound System, o o coletivo carioca Digital Dubs e o DJ e produtor Marcelinho da Lua. ONE DROP FESTIVAL QUANDO domingo (4), a partir das 16h ONDE Estúdio, r. Pedroso de Moraes, 1036 QUANTO R$ 160 (primeiro lote, inteira) e R$ 200 (segundo lote); meia-entrada válida com carteira de estudante ou 1kg de alimento não perecível CLASSIFICAÇÃO 18 anos > pontos de venda em www.ingresso.com
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Processos e polêmicas marcam a carreira de Michel Houellebecq
Michel Houellebecq irrompeu na cena literária francesa em 1994 com o romance "Extensão do Domínio da Luta" (Sulina), sobre um homem na casa dos 30 anos, programador de computadores, que não tem sucesso com mulheres. Ali, conceitos de economia são transportados para as relações homem-mulher, e a sexualidade é descrita como sistema de hierarquia social. Três anos antes, o autor publicara, por uma pequena editora, um ensaio sobre H. P. Lovecraft, que ganhou prefácio de Stephen King na edição em inglês, de 2004. Em 2008, finalmente recebeu o prêmio Goncourt, o mais prestigioso da língua francesa, por "O Mapa e o Território" (Record), seu quinto e menos polêmico romance. Ele era cotado para a distinção havia pelo menos dez anos. Pessimista, o livro tem como personagem um artista plástico, além do escritor ele mesmo, o que possibilita que ele narre sua própria morte, sangrenta, com decapitação e corpo cortado em pedaços. QUERELAS É em 1998 que Houellebecq ganha projeção nacional e internacional, com o romance "Partículas Elementares" (Sulina), que conta a história de dois irmãos que cresceram separados e se reencontram já adultos. A história traz toques de autobiografia. Os filhos são abandonados pela mãe, de origem argelina, descrita como "velha puta" e "burguesa liberada e cheia de dinheiro", para viverem com os avós, a fim de que ela possa seguir uma vida "hippie". O escritor, hoje com 60 anos, foi criado pela avó paterna, de quem empresta o sobrenome, após ser abandonado por sua mãe, médica que cresceu na Argélia. Lucie Ceccaldi, a progenitora, publicou um livro em 2008, "L'Innocente" (Scali), no qual acusa seu filho de ser um impostor. O escritor havia declarado anos antes a uma revista francesa que sua mãe estava morta. Não foi a única contenda pública de Houellebecq. Seus embates frequentes na mídia com o filósofo Bernard-Henri Lévy acabaram por virar um livro, "Ennemis Publics" [inimigos públicos] (Flammarion/Grasset), que reúne seis meses de trocas de farpas, ou melhor, de cartas entre eles. Em 2001, ele foi processado por incitação ao ódio e injúria após afirmar, numa entrevista, que o islã é a religião mais idiota de todas. Saiu inocentado do julgamento. Em setembro deste ano, porém, Houellebecq perdeu um processo. Aqui, o antagonista era o jornal "Le Monde", que publicou em 2015 uma série de reportagens em que figurava um recado que ele havia passado a seu advogado durante o julgamento citado acima. O diário há tempos queria tecer um longo perfil do autor, que se recusava a dar entrevistas e pediu que todos a seu redor fizessem o mesmo. O advogado do periódico declarou: "O que estava em jogo era a liberdade de um jornal publicar o retrato de um escritor que lhe recusava qualquer entrevista". Logo após a divulgação das seis reportagens, assinadas por Ariane Chemin, em agosto de 2015, Houellebecq declarou que os textos, ao revelar seus hábitos, colocavam-no em perigo –e também à força policial encarregada de protegê-lo desde os ataques ao "Charlie Hebdo", que ocorreram no dia do lançamento de "Submissão". Mais do que islamofóbico, porém, seu livro mais recente foi acusado de ser machista. Ali, com a ascensão da Fraternidade Muçulmana ao poder, as mulheres são obrigadas a se retirar do mercado de trabalho. No "Figaro", a escritora iraniana radicada na França Chahdortt Djavann declarou: "É pela misoginia que ele subjuga todas as mulheres, sem lhes atribuir o menor desejo de resistência ao véu, à poligamia e à expulsão do espaço público". Pelo menos desde seu primeiro romance, Houellebecq é acusado de misoginia, seja em suas declarações, seja pelas ações e palavras de seus personagens. Em 1996, em entrevista para a revista "20 Ans", fez jus à fama: "Sempre considerei amáveis idiotas as feministas". Em "A Possibilidade de uma Ilha" (Record), de 2005, descreve sua heroína, Isabelle, inspirada em Isabelle Chazot, editora da "20 Ans" e antiga amiga do escritor, como uma "especialista em felação que termina seus dias em calça de moletom, gorda, deprimida, viciada em morfina e toda enrugada". Ali também, um dos personagens, humorista, faz a seguinte piada: "Sabe como se chama a gordura em volta da vagina? Mulher". ÚRSULA PASSOS, 29, é repórter da "Ilustríssima". ZÉ OTAVIO, 32, é ilustrador.
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Processos e polêmicas marcam a carreira de Michel HouellebecqMichel Houellebecq irrompeu na cena literária francesa em 1994 com o romance "Extensão do Domínio da Luta" (Sulina), sobre um homem na casa dos 30 anos, programador de computadores, que não tem sucesso com mulheres. Ali, conceitos de economia são transportados para as relações homem-mulher, e a sexualidade é descrita como sistema de hierarquia social. Três anos antes, o autor publicara, por uma pequena editora, um ensaio sobre H. P. Lovecraft, que ganhou prefácio de Stephen King na edição em inglês, de 2004. Em 2008, finalmente recebeu o prêmio Goncourt, o mais prestigioso da língua francesa, por "O Mapa e o Território" (Record), seu quinto e menos polêmico romance. Ele era cotado para a distinção havia pelo menos dez anos. Pessimista, o livro tem como personagem um artista plástico, além do escritor ele mesmo, o que possibilita que ele narre sua própria morte, sangrenta, com decapitação e corpo cortado em pedaços. QUERELAS É em 1998 que Houellebecq ganha projeção nacional e internacional, com o romance "Partículas Elementares" (Sulina), que conta a história de dois irmãos que cresceram separados e se reencontram já adultos. A história traz toques de autobiografia. Os filhos são abandonados pela mãe, de origem argelina, descrita como "velha puta" e "burguesa liberada e cheia de dinheiro", para viverem com os avós, a fim de que ela possa seguir uma vida "hippie". O escritor, hoje com 60 anos, foi criado pela avó paterna, de quem empresta o sobrenome, após ser abandonado por sua mãe, médica que cresceu na Argélia. Lucie Ceccaldi, a progenitora, publicou um livro em 2008, "L'Innocente" (Scali), no qual acusa seu filho de ser um impostor. O escritor havia declarado anos antes a uma revista francesa que sua mãe estava morta. Não foi a única contenda pública de Houellebecq. Seus embates frequentes na mídia com o filósofo Bernard-Henri Lévy acabaram por virar um livro, "Ennemis Publics" [inimigos públicos] (Flammarion/Grasset), que reúne seis meses de trocas de farpas, ou melhor, de cartas entre eles. Em 2001, ele foi processado por incitação ao ódio e injúria após afirmar, numa entrevista, que o islã é a religião mais idiota de todas. Saiu inocentado do julgamento. Em setembro deste ano, porém, Houellebecq perdeu um processo. Aqui, o antagonista era o jornal "Le Monde", que publicou em 2015 uma série de reportagens em que figurava um recado que ele havia passado a seu advogado durante o julgamento citado acima. O diário há tempos queria tecer um longo perfil do autor, que se recusava a dar entrevistas e pediu que todos a seu redor fizessem o mesmo. O advogado do periódico declarou: "O que estava em jogo era a liberdade de um jornal publicar o retrato de um escritor que lhe recusava qualquer entrevista". Logo após a divulgação das seis reportagens, assinadas por Ariane Chemin, em agosto de 2015, Houellebecq declarou que os textos, ao revelar seus hábitos, colocavam-no em perigo –e também à força policial encarregada de protegê-lo desde os ataques ao "Charlie Hebdo", que ocorreram no dia do lançamento de "Submissão". Mais do que islamofóbico, porém, seu livro mais recente foi acusado de ser machista. Ali, com a ascensão da Fraternidade Muçulmana ao poder, as mulheres são obrigadas a se retirar do mercado de trabalho. No "Figaro", a escritora iraniana radicada na França Chahdortt Djavann declarou: "É pela misoginia que ele subjuga todas as mulheres, sem lhes atribuir o menor desejo de resistência ao véu, à poligamia e à expulsão do espaço público". Pelo menos desde seu primeiro romance, Houellebecq é acusado de misoginia, seja em suas declarações, seja pelas ações e palavras de seus personagens. Em 1996, em entrevista para a revista "20 Ans", fez jus à fama: "Sempre considerei amáveis idiotas as feministas". Em "A Possibilidade de uma Ilha" (Record), de 2005, descreve sua heroína, Isabelle, inspirada em Isabelle Chazot, editora da "20 Ans" e antiga amiga do escritor, como uma "especialista em felação que termina seus dias em calça de moletom, gorda, deprimida, viciada em morfina e toda enrugada". Ali também, um dos personagens, humorista, faz a seguinte piada: "Sabe como se chama a gordura em volta da vagina? Mulher". ÚRSULA PASSOS, 29, é repórter da "Ilustríssima". ZÉ OTAVIO, 32, é ilustrador.
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Diego Souza deixa o Sport e acerta volta ao Flu até o final de 2018
Após dez anos de sua primeira passagem, o meia Diego Souza está de volta ao Fluminense. Nesta sexta-feira (18), o clube carioca confirmou o retorno do jogador que atuou pelo Sport na temporada deste ano. O jogador se destacou no último Campeonato Brasileiro pelo time pernambucano ainda sob o comando do técnico Eduardo Baptista, com quem vai voltar a trabalhar nas Laranjeiras. O acerto foi por três anos -até o final de 2018. "Estou muito feliz de poder voltar ao clube que sou muito grato por ter me formado. Volto com o desejo de conquistar títulos. Já disputei uma final de Copa do Brasil, fui campeão Carioca em 2005, mas pelo tamanho do clube quero muito mais. O Fluminense tem que estar na briga desses títulos todo ano e chego com essa vontade", disse o jogador ao site oficial da equipe do Rio de Janeiro. Para conseguir trazer Diego Souza, o Fluminense efetuou a compra dos direitos econômicos do atleta junto ao Metalist, da Ucrânia. Diego Souza foi a prioridade da diretoria para 2016. Cria das categorias de base do clube, em Xerém, o jogador foi promovido ao time profissional em 2003 e começou a se destacar nas temporadas seguintes. Em 2005, foi vendido para o Benfica, de Portugal, que o emprestou posteriormente para Flamengo e Grêmio, respectivamente. Além do Sport, o jogador atuou em outros times brasileiros: Atlético-MG, Vasco, Cruzeiro e Palmeiras. O meio-campista é o segundo reforço do time carioca para a temporada 2016. O primeiro foi o meia Felipe Amorim, do América-MG. Com agências
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Diego Souza deixa o Sport e acerta volta ao Flu até o final de 2018Após dez anos de sua primeira passagem, o meia Diego Souza está de volta ao Fluminense. Nesta sexta-feira (18), o clube carioca confirmou o retorno do jogador que atuou pelo Sport na temporada deste ano. O jogador se destacou no último Campeonato Brasileiro pelo time pernambucano ainda sob o comando do técnico Eduardo Baptista, com quem vai voltar a trabalhar nas Laranjeiras. O acerto foi por três anos -até o final de 2018. "Estou muito feliz de poder voltar ao clube que sou muito grato por ter me formado. Volto com o desejo de conquistar títulos. Já disputei uma final de Copa do Brasil, fui campeão Carioca em 2005, mas pelo tamanho do clube quero muito mais. O Fluminense tem que estar na briga desses títulos todo ano e chego com essa vontade", disse o jogador ao site oficial da equipe do Rio de Janeiro. Para conseguir trazer Diego Souza, o Fluminense efetuou a compra dos direitos econômicos do atleta junto ao Metalist, da Ucrânia. Diego Souza foi a prioridade da diretoria para 2016. Cria das categorias de base do clube, em Xerém, o jogador foi promovido ao time profissional em 2003 e começou a se destacar nas temporadas seguintes. Em 2005, foi vendido para o Benfica, de Portugal, que o emprestou posteriormente para Flamengo e Grêmio, respectivamente. Além do Sport, o jogador atuou em outros times brasileiros: Atlético-MG, Vasco, Cruzeiro e Palmeiras. O meio-campista é o segundo reforço do time carioca para a temporada 2016. O primeiro foi o meia Felipe Amorim, do América-MG. Com agências
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Explosões pareciam fogos de artifício, diz testemunha em Paris
Ataques próximos ao Stade de France, em Paris, pareciam fogos de artifício, relatam testemunhas nesta sexta-feira (13). "O som foi de fogos de artifício", disse Emilioi Macchio, um italiano próximo ao restaurante Carillon. Macchio, que se escondeu em uma esquina, disse não ter visto nenhum atirador ou vítima. Um repórter da agência de notícias Associated Press relata que o estrondo pôde ser ouvido pelo público que assistia a um amistoso entre França e Alemanha dentro do estádio, que foi esvaziado. O público tomou o gramado ao final da partida (assista aqui ). Os ataques a tiros e explosões desta sexta deixaram 45 mortos na capital francesa. Além dos ataques do lado de fora do estádio, pessoas foram mortas em um restaurante e na casa de show Bataclan, onde há reféns. O local foi invadido pela polícia. Segundo o policial Gregory Goupil, houve dois ataques suicidas e uma explosão próximo ao estádio –em duas entradas e dentro de um McDonald's. Assista 'CARNIFICINA' "Estou ainda na Bataclan. Primeiro andar. Existem sobreviventes aqui dentro. Eles atacaram a todos. Um por um. Primeiro andar, rápido", escreveu o francês Benjamin Cazenoves em sua página no Facebook. O relato havia sido compartilhado mais de 16.700 vezes até as 22h desta sexta. "Vivo. Uma carnificina. Cadáveres por todo lado", completou em outra publicação. "Todos se abaixaram após os tiros. Foram de 20 a 30 tiros, disparados aleatoriamente. Eu pisei em um corpo, havia sangue", afirma uma testemunha ao jornal francês "Le Monde". A testemunha relata três atiradores no local. Do lado de fora da casa de show, uma testemunha identificada como Anna pela TV BFM disse que o local está cheio. "É horrível. Tem um corpo ali", disse. A Prefeitura de Paris pediu a todos os cidadãos que não saiam de casa e aguardem "instruções das autoridades". O presidente francês, François Hollande, declarou estado de emergência em toda a França e fechou as fronteiras do país. Hollande também enviou o Exército para a capital francesa. Mapa: Onde foram os ataques
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Explosões pareciam fogos de artifício, diz testemunha em ParisAtaques próximos ao Stade de France, em Paris, pareciam fogos de artifício, relatam testemunhas nesta sexta-feira (13). "O som foi de fogos de artifício", disse Emilioi Macchio, um italiano próximo ao restaurante Carillon. Macchio, que se escondeu em uma esquina, disse não ter visto nenhum atirador ou vítima. Um repórter da agência de notícias Associated Press relata que o estrondo pôde ser ouvido pelo público que assistia a um amistoso entre França e Alemanha dentro do estádio, que foi esvaziado. O público tomou o gramado ao final da partida (assista aqui ). Os ataques a tiros e explosões desta sexta deixaram 45 mortos na capital francesa. Além dos ataques do lado de fora do estádio, pessoas foram mortas em um restaurante e na casa de show Bataclan, onde há reféns. O local foi invadido pela polícia. Segundo o policial Gregory Goupil, houve dois ataques suicidas e uma explosão próximo ao estádio –em duas entradas e dentro de um McDonald's. Assista 'CARNIFICINA' "Estou ainda na Bataclan. Primeiro andar. Existem sobreviventes aqui dentro. Eles atacaram a todos. Um por um. Primeiro andar, rápido", escreveu o francês Benjamin Cazenoves em sua página no Facebook. O relato havia sido compartilhado mais de 16.700 vezes até as 22h desta sexta. "Vivo. Uma carnificina. Cadáveres por todo lado", completou em outra publicação. "Todos se abaixaram após os tiros. Foram de 20 a 30 tiros, disparados aleatoriamente. Eu pisei em um corpo, havia sangue", afirma uma testemunha ao jornal francês "Le Monde". A testemunha relata três atiradores no local. Do lado de fora da casa de show, uma testemunha identificada como Anna pela TV BFM disse que o local está cheio. "É horrível. Tem um corpo ali", disse. A Prefeitura de Paris pediu a todos os cidadãos que não saiam de casa e aguardem "instruções das autoridades". O presidente francês, François Hollande, declarou estado de emergência em toda a França e fechou as fronteiras do país. Hollande também enviou o Exército para a capital francesa. Mapa: Onde foram os ataques
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Governo autoriza reajuste de até 4,76% em medicamentos
O preço dos remédios pode subir em até 4,76% a partir desta sexta-feira (31). O índice máximo de reajuste, que varia conforme a categoria de medicamentos, foi divulgado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O cálculo é feito com base na inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), além fatores como a produtividade, custos dos insumos e concorrência do setor. O índice, porém, varia em três níveis de medicamentos, com base na concentração de mercado. Assim, medicamentos mais simples e produzidos por mais empresas podem ter reajuste maior, de 4,76%, valor semelhante à inflação dos últimos 12 meses. É o caso dos genéricos.. Para o governo, a maior concorrência tende a fazer com que as empresas mantenham os preços —daí a previsão de maior aumento. Na outra ponta, remédios patenteados ou fabricados por menos empresas, e que teriam mais facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido, de 1,36% –como medicamentos oncológicos e penicilinas injetáveis (amoxicilina, por exemplo) . Já medicamentos no intervalo entre essas duas categorias, e com concorrência média, podem ter reajuste de 3,06% —caso de antifúngicos, como o fluconazol. No ano passado, o índice máximo de reajuste permitido foi de 12,5%, devido ao aumento na inflação. A variação do câmbio e a alta na energia elétrica também colaboraram para esta conta. Já em 2015, os índices variaram de 5% a 7,7%. Segundo o Ministério da Saúde, o índice médio de reajuste deste ano é o menor dos últimos dez anos. Para a pasta, a queda na inflação, nas taxas de energia e câmbio impactaram no cálculo. O aumento permitido pare este ano, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a dois meses, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes. INDÚSTRIA Em nota, o Sindusfarma, sindicato que representa as principais farmacêuticas do país, criticou a divulgação do índice, considerado baixo pelo setor. Para o sindicato, os índices não repõem a inflação "e muito menos os aumentos incorporados à estrutura de custos do setor". "Essa situação perversa afeta a saúde financeira das empresas, com reflexos negativos nos investimentos e no lançamento de novos produtos", afirma o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
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Governo autoriza reajuste de até 4,76% em medicamentosO preço dos remédios pode subir em até 4,76% a partir desta sexta-feira (31). O índice máximo de reajuste, que varia conforme a categoria de medicamentos, foi divulgado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O cálculo é feito com base na inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), além fatores como a produtividade, custos dos insumos e concorrência do setor. O índice, porém, varia em três níveis de medicamentos, com base na concentração de mercado. Assim, medicamentos mais simples e produzidos por mais empresas podem ter reajuste maior, de 4,76%, valor semelhante à inflação dos últimos 12 meses. É o caso dos genéricos.. Para o governo, a maior concorrência tende a fazer com que as empresas mantenham os preços —daí a previsão de maior aumento. Na outra ponta, remédios patenteados ou fabricados por menos empresas, e que teriam mais facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido, de 1,36% –como medicamentos oncológicos e penicilinas injetáveis (amoxicilina, por exemplo) . Já medicamentos no intervalo entre essas duas categorias, e com concorrência média, podem ter reajuste de 3,06% —caso de antifúngicos, como o fluconazol. No ano passado, o índice máximo de reajuste permitido foi de 12,5%, devido ao aumento na inflação. A variação do câmbio e a alta na energia elétrica também colaboraram para esta conta. Já em 2015, os índices variaram de 5% a 7,7%. Segundo o Ministério da Saúde, o índice médio de reajuste deste ano é o menor dos últimos dez anos. Para a pasta, a queda na inflação, nas taxas de energia e câmbio impactaram no cálculo. O aumento permitido pare este ano, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a dois meses, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes. INDÚSTRIA Em nota, o Sindusfarma, sindicato que representa as principais farmacêuticas do país, criticou a divulgação do índice, considerado baixo pelo setor. Para o sindicato, os índices não repõem a inflação "e muito menos os aumentos incorporados à estrutura de custos do setor". "Essa situação perversa afeta a saúde financeira das empresas, com reflexos negativos nos investimentos e no lançamento de novos produtos", afirma o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
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Domingo com previsão de chuva tem feira de noivas e festival de doces no Club Homs
DE SÃO PAULO São Paulo, 23 de outubro de 2016. Domingo. Bom dia para você que hoje vai comer aquele prato que te fez passar a semana inteira aguando de tanta vontade. Veja o que precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Feira para casar | É o último dia da Expo Noivas & Festas, que reúne cerca de 200 empresas para apresentar o que há de novo em produtos, serviços e tendências para casamentos e festas de debutantes. Entre as novidades está um "robô pajem" que, além de levar as alianças ao altar, pode ser utilizado para entreter convidados. Entradas custam de R$ 12 a R$ 30 na bilheteria ou pelo site www.exponoivas.com.br Rimas | O rapper paulista Rashid apresenta músicas de seu disco de estreia, "A Coragem da Luz (2015), no Sesc Pinheiros. Destaque para as faixas "Depois da Tempestade" e "Ruaterapia" –que conta com participação de Max de Castro e de Mano Brown, este último um dos integrantes do Racionais MC's. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. Veja mais aqui. Intercâmbio | Sob a regência de Nelson Ayres e Tiago Costa, a Orquestra Jovem Tom Jobim convida músicos da Juilliard School, de Nova York, para concerto no Auditório Ibirapuera que presta homenagem aos compositores Moacir Santos e Duke Ellington com a interpretação de repertório que transita por músicas da MPB e do jazz. Ingressos custam R$ 20. Saiba mais aqui. Última chance | Termina neste domingo a peça "A Reunificação das Duas Coreias", encenada no teatro Morumbi Shopping. Em 18 cenas independentes, os atores do espetáculo mostram o amor sob diversos pontos de vista, salientando o cômico e o trágico das relações. Uma das histórias é sobre um homem que precisa conviver com sua mulher, que perdeu a memória. Ingressos custam de R$ 50 a R$ 70. Saiba mais aqui. Feito de açúcar | O Club Homs recebe festival de doces no qual vende receitas de quitutes por até R$ 10. Este é o preço, por exemplo, do mil folhas, mas também estarão à disposição cannolis (R$ 5), brownies e brigadeiros (R$ 3). O evento ocorre das 10h às 22h. Veja mais informações aqui. * PARA TER ASSUNTO Estádios | Parece que a Lava Jato vai chegar ao Corinthians. Em negociação de acordo de delação premiada, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração do grupo, afirmou que o estádio construído pela empreiteira em Itaquera foi um presente ao ex-presidente Lula, torcedor do time. Teria sido um agrado em retribuição à suposta ajuda do petista ao grupo nos oito anos em que esteve na Presidência da República. O time paulistano, aliás, enfrenta o Flamengo, às 17h, no retorno dos clubes e do campeonato Brasileiro ao estádio do Maracanã após a Olimpíada e a Paraolimpíada. Símbolo | Na Amazônia, nenhuma intervenção humana provoca tantas mudanças como uma rodovia. E nenhuma rodovia causa tanto impacto na maior floresta tropical do mundo como a Transamazônica. Aos 40 anos, a estrada, um dos maiores símbolos da ditadura militar (1964-1985) no Brasil, vive hoje situação precária. Menos de 10% de seus 1.751 quilômetros estão asfaltados. Tornou-se rota do crime e, em seus arredores, vê pulularem episódios de desmatamento ilegal, grilagem e violência. Retomada | Após mais de cinco anos de duração e quase 500 mil vítimas, a guerra civil na Síria chega a um ponto decisivo. Após um bem-sucedido cerco, as tropas do ditador Bashar al-Assad estão muito perto de retomar dos rebeldes o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, gerando inclusive a expectativa do fim do conflito. Amplamente apoiada pela Rússia, a operação, porém, deixa sufocadas e sem acesso a água, alimentos, medicamentos ou atendimento médico entre 200 mil e 300 mil pessoas. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para este domingo é de 25ºC. A mínima é de 16ºC, e há previsão de pancadas de chuva. Zona norte | A av. Cruzeiro do Sul, na zona norte, terá três faixas interditadas no sentido bairro entre as ruas Alferes Magalhães e Darzan das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona oeste | A Rua Barbalha, no Alto da Lapa, será interditada das 7h30 às 16h deste para a realização de trabalho de remoção de árvore de grande porte. Zona sul | A Rua Desembargador Aguiar Valim será interditada, entre a av. Santo Amaro e a rua João Cachoeira, das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona sul 2 | Bloqueada na segunda (24), a pista sentido bairro da av. Santo Amaro segue interditada entre a av. Roque Petroni Junior e a rua São Sebastião para a realização de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio tem duração prevista de 15 dias. Zona leste | Duas faixas da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo seguem interditadas entre as ruas Ibitirama e Oliveira Gouveia na pista sentido bairro pelo mesmo motivo. O bloqueio tem duração prevista de 18 meses.
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Domingo com previsão de chuva tem feira de noivas e festival de doces no Club HomsDE SÃO PAULO São Paulo, 23 de outubro de 2016. Domingo. Bom dia para você que hoje vai comer aquele prato que te fez passar a semana inteira aguando de tanta vontade. Veja o que precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Feira para casar | É o último dia da Expo Noivas & Festas, que reúne cerca de 200 empresas para apresentar o que há de novo em produtos, serviços e tendências para casamentos e festas de debutantes. Entre as novidades está um "robô pajem" que, além de levar as alianças ao altar, pode ser utilizado para entreter convidados. Entradas custam de R$ 12 a R$ 30 na bilheteria ou pelo site www.exponoivas.com.br Rimas | O rapper paulista Rashid apresenta músicas de seu disco de estreia, "A Coragem da Luz (2015), no Sesc Pinheiros. Destaque para as faixas "Depois da Tempestade" e "Ruaterapia" –que conta com participação de Max de Castro e de Mano Brown, este último um dos integrantes do Racionais MC's. Ingressos custam de R$ 12 a R$ 40. Veja mais aqui. Intercâmbio | Sob a regência de Nelson Ayres e Tiago Costa, a Orquestra Jovem Tom Jobim convida músicos da Juilliard School, de Nova York, para concerto no Auditório Ibirapuera que presta homenagem aos compositores Moacir Santos e Duke Ellington com a interpretação de repertório que transita por músicas da MPB e do jazz. Ingressos custam R$ 20. Saiba mais aqui. Última chance | Termina neste domingo a peça "A Reunificação das Duas Coreias", encenada no teatro Morumbi Shopping. Em 18 cenas independentes, os atores do espetáculo mostram o amor sob diversos pontos de vista, salientando o cômico e o trágico das relações. Uma das histórias é sobre um homem que precisa conviver com sua mulher, que perdeu a memória. Ingressos custam de R$ 50 a R$ 70. Saiba mais aqui. Feito de açúcar | O Club Homs recebe festival de doces no qual vende receitas de quitutes por até R$ 10. Este é o preço, por exemplo, do mil folhas, mas também estarão à disposição cannolis (R$ 5), brownies e brigadeiros (R$ 3). O evento ocorre das 10h às 22h. Veja mais informações aqui. * PARA TER ASSUNTO Estádios | Parece que a Lava Jato vai chegar ao Corinthians. Em negociação de acordo de delação premiada, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração do grupo, afirmou que o estádio construído pela empreiteira em Itaquera foi um presente ao ex-presidente Lula, torcedor do time. Teria sido um agrado em retribuição à suposta ajuda do petista ao grupo nos oito anos em que esteve na Presidência da República. O time paulistano, aliás, enfrenta o Flamengo, às 17h, no retorno dos clubes e do campeonato Brasileiro ao estádio do Maracanã após a Olimpíada e a Paraolimpíada. Símbolo | Na Amazônia, nenhuma intervenção humana provoca tantas mudanças como uma rodovia. E nenhuma rodovia causa tanto impacto na maior floresta tropical do mundo como a Transamazônica. Aos 40 anos, a estrada, um dos maiores símbolos da ditadura militar (1964-1985) no Brasil, vive hoje situação precária. Menos de 10% de seus 1.751 quilômetros estão asfaltados. Tornou-se rota do crime e, em seus arredores, vê pulularem episódios de desmatamento ilegal, grilagem e violência. Retomada | Após mais de cinco anos de duração e quase 500 mil vítimas, a guerra civil na Síria chega a um ponto decisivo. Após um bem-sucedido cerco, as tropas do ditador Bashar al-Assad estão muito perto de retomar dos rebeldes o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, gerando inclusive a expectativa do fim do conflito. Amplamente apoiada pela Rússia, a operação, porém, deixa sufocadas e sem acesso a água, alimentos, medicamentos ou atendimento médico entre 200 mil e 300 mil pessoas. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para este domingo é de 25ºC. A mínima é de 16ºC, e há previsão de pancadas de chuva. Zona norte | A av. Cruzeiro do Sul, na zona norte, terá três faixas interditadas no sentido bairro entre as ruas Alferes Magalhães e Darzan das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona oeste | A Rua Barbalha, no Alto da Lapa, será interditada das 7h30 às 16h deste para a realização de trabalho de remoção de árvore de grande porte. Zona sul | A Rua Desembargador Aguiar Valim será interditada, entre a av. Santo Amaro e a rua João Cachoeira, das 6h às 14h deste domingo para o estacionamento de um guindaste. Zona sul 2 | Bloqueada na segunda (24), a pista sentido bairro da av. Santo Amaro segue interditada entre a av. Roque Petroni Junior e a rua São Sebastião para a realização de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio tem duração prevista de 15 dias. Zona leste | Duas faixas da av. Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo seguem interditadas entre as ruas Ibitirama e Oliveira Gouveia na pista sentido bairro pelo mesmo motivo. O bloqueio tem duração prevista de 18 meses.
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Livro conta saga de 4.000 anos da galinha, da selva à globalização
Como uma ave selvagem arisca e de difícil trato foi retirada da selva no sul da Ásia, domesticada, e se espalhou por 4.000 anos até tomar o planeta inteiro? Essa é a pergunta que o jornalista Andrew Lawler ataca no livro "Why did the chicken cross the World?" (Por que a galinha atravessou o mundo?). É estranho pensar que, apesar de a ave ter hoje uma população de 20 bilhões -graças às granjas de confinamento maciço-, questões sobre sua origem sejam tão difíceis de se responder. Cientistas não sabem como era exatamente o galo que originou os frangos domésticos, mostra Lawler. Populações selvagens já estão tão "contaminadas" com genes de galinhas domésticas que mesmo estudos de DNA não dão respostas precisas sobre a origem desse animal. A chave para tal, curiosamente, pode não estar mais na Ásia. As herdeiras mais "puras" da ave selvagem são hoje descendentes de galos-vermelhos que o ecólogo Gardiner Bump importou de Burma para os EUA na década de 1950 e foram mantidas isoladas de galinhas domésticas. Mesmo com a história natural do animal ainda obscura, Lawler mostra como a galinha tem sido útil para estudar arqueologia. Seu DNA vem sendo usado, por exemplo, para investigar a colonização das ilhas do Pacífico. O primeiro frango exportado em direção ao Ocidente provavelmente saiu do vale do rio Indo, há quatro milênios, mas ninguém sabe se este povo foi o primeiro a domesticar a ave, nem o único. Lawler, que rodou o mundo para escrever o livro, explora também a história cultural da relação dos homens com esse animal. Sem julgar ninguém, mesclou-se a grupos tão distintos quanto apostadores de rinha de galo e ativistas de direito animal. O livro não traz uma resposta fácil para a questão do título, mas é eficaz em mostrar o quanto o frango, hoje a maior fonte de proteína para alimentação no mundo, influenciou civilizações. WHY DID THE CHICKEN THE WORLD? Autor Andrew Lawler Editora Atria Books Quanto R$ 36,69 (337 págs.)
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Livro conta saga de 4.000 anos da galinha, da selva à globalizaçãoComo uma ave selvagem arisca e de difícil trato foi retirada da selva no sul da Ásia, domesticada, e se espalhou por 4.000 anos até tomar o planeta inteiro? Essa é a pergunta que o jornalista Andrew Lawler ataca no livro "Why did the chicken cross the World?" (Por que a galinha atravessou o mundo?). É estranho pensar que, apesar de a ave ter hoje uma população de 20 bilhões -graças às granjas de confinamento maciço-, questões sobre sua origem sejam tão difíceis de se responder. Cientistas não sabem como era exatamente o galo que originou os frangos domésticos, mostra Lawler. Populações selvagens já estão tão "contaminadas" com genes de galinhas domésticas que mesmo estudos de DNA não dão respostas precisas sobre a origem desse animal. A chave para tal, curiosamente, pode não estar mais na Ásia. As herdeiras mais "puras" da ave selvagem são hoje descendentes de galos-vermelhos que o ecólogo Gardiner Bump importou de Burma para os EUA na década de 1950 e foram mantidas isoladas de galinhas domésticas. Mesmo com a história natural do animal ainda obscura, Lawler mostra como a galinha tem sido útil para estudar arqueologia. Seu DNA vem sendo usado, por exemplo, para investigar a colonização das ilhas do Pacífico. O primeiro frango exportado em direção ao Ocidente provavelmente saiu do vale do rio Indo, há quatro milênios, mas ninguém sabe se este povo foi o primeiro a domesticar a ave, nem o único. Lawler, que rodou o mundo para escrever o livro, explora também a história cultural da relação dos homens com esse animal. Sem julgar ninguém, mesclou-se a grupos tão distintos quanto apostadores de rinha de galo e ativistas de direito animal. O livro não traz uma resposta fácil para a questão do título, mas é eficaz em mostrar o quanto o frango, hoje a maior fonte de proteína para alimentação no mundo, influenciou civilizações. WHY DID THE CHICKEN THE WORLD? Autor Andrew Lawler Editora Atria Books Quanto R$ 36,69 (337 págs.)
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Símbolo da crise de 2008, Michigan testa candidatos presidenciais dos EUA
Republicanos e democratas votam nesta terça (8) em prévias partidárias em mais quatro Estados, com as atenções voltadas a Michigan, peso-pesado na política nacional e foco de um escândalo de água contaminada que choca o país. As pesquisas dão boa vantagem para os dois líderes da corrida, Hillary Clinton, entre os democratas, e Donald Trump, do lado republicano. A vitória do senador Bernie Sanders em dois Estados no fim de semana foi insuficiente para fazer frente a Hillary. Apesar do apelo entre os jovens, ele precisaria arrebatar Michigan, onde estará em jogo o maior número de delegados (130) desta terça, para se manter vivo na corrida. No sistema americano, eleitores escolhem seu favorito em prévias estaduais. Depois, cada Estado envia representantes ("delegados") para votarem na convenção partidária de acordo com os resultados de suas urnas. Prévia da Eleição nos EUA Sem um resultado retumbante em Michigan, a candidatura de Sanders estará praticamente morta, já que seus 499 delegados o deixam muito atrás dos 1.130 de Hillary (é preciso 2.382 para vencer). Ela é favorita também no Mississippi, o outro Estado a votar nesta terça nas prévias democratas (Idaho e Havaí só terão prévias da oposição). Hillary obteve, até agora, 58% da votação popular. Mas entre os "superdelegados", que podem votar sem seguir as urnas, a proporção de seu apoio é de 20 votos para cada um de Sanders (458 a 22). "É uma conclusão inevitável que Hillary será a candidata, e acho que Michigan vai ajudar a confirmar isso", disse o analista político Larry Sabato ao "Detroit News". Para ele, Sanders não abandonará a disputa, pois encara sua candidatura como um movimento para "puxar Hillary e a plataforma do partido para a esquerda". Michigan é um Estado marcado por sucessivas crises, simbolizadas por Detroit. Esvaziada pela migração da indústria para outros países, a ex-capital mundial do automóvel virou um cenário de prédios abandonados e desemprego. Castigada pela crise de 2008, foi a primeira grande cidade do país a pedir concordata, em 2013. A crise que mais mobiliza o Estado hoje está a cerca de 100 km de Detroit, em Flint. Para cortar custos, as autoridades passaram a abastecer a cidade com água do rio local, corrosiva e contaminada com chumbo. Disputa pela Casa Branca REPUBLICANOS Se do lado democrata o rumo parece claro, do lado republicano a elite do partido faz contas para saber se ainda é possível frear Trump e arrecada milhões para usar em propaganda negativa contra o empresário. As prévias desta terça servirão de termômetro após uma semana de ataques retóricos cerrados contra o empresário que culminou em duas derrotas no sábado para o senador Ted Cruz. No placar geral, Trump ganhou em 12 dos Estados que votaram até agora (de 50), Cruz em seis, e Marco Rubio em um Estado e um território, Porto Rico. Na briga por delegados republicanos, o bilionário tem 384 delegados, seguido agora mais de perto por Cruz, com 300. Rubio, em quem a elite republicana apostou para barrar Trump, ficou para trás, com 151. Firme na disputa e à frente de Rubio nas pesquisas em Michigan, embora só tenha 37 delegados, o governador de Ohio, John Kasich, conta com uma vitória em seu Estado no dia 15 para se manter no jogo, já sem esconder que a estratégia é forçar uma "convenção disputada". Nesse cenário, se nenhum dos pré-candidatos obter os 1.237 votos necessários para selar vitória na convenção, os delegados ficam desobrigados de seguir as urnas e podem escolher qualquer um dos candidatos que tenha tido votação nas prévias. A maioria dos analistas já prevê que os únicos cenários possíveis para os republicanos são a vitória de Trump ou a convenção disputada. * PRÉVIAS, 8.MAR REPUBLICANOS Delegados em jogo 150 - 59 em Michigan, 19 no Havaí, 32 em Idaho e 40 no Mississippi 1.237 necessários para indicação DEMOCRATAS Delegados em jogo 166 - 130 em Michigan e 36 no Mississippi (sem contar superdelegados) 2.382 necessários para indicação
mundo
Símbolo da crise de 2008, Michigan testa candidatos presidenciais dos EUARepublicanos e democratas votam nesta terça (8) em prévias partidárias em mais quatro Estados, com as atenções voltadas a Michigan, peso-pesado na política nacional e foco de um escândalo de água contaminada que choca o país. As pesquisas dão boa vantagem para os dois líderes da corrida, Hillary Clinton, entre os democratas, e Donald Trump, do lado republicano. A vitória do senador Bernie Sanders em dois Estados no fim de semana foi insuficiente para fazer frente a Hillary. Apesar do apelo entre os jovens, ele precisaria arrebatar Michigan, onde estará em jogo o maior número de delegados (130) desta terça, para se manter vivo na corrida. No sistema americano, eleitores escolhem seu favorito em prévias estaduais. Depois, cada Estado envia representantes ("delegados") para votarem na convenção partidária de acordo com os resultados de suas urnas. Prévia da Eleição nos EUA Sem um resultado retumbante em Michigan, a candidatura de Sanders estará praticamente morta, já que seus 499 delegados o deixam muito atrás dos 1.130 de Hillary (é preciso 2.382 para vencer). Ela é favorita também no Mississippi, o outro Estado a votar nesta terça nas prévias democratas (Idaho e Havaí só terão prévias da oposição). Hillary obteve, até agora, 58% da votação popular. Mas entre os "superdelegados", que podem votar sem seguir as urnas, a proporção de seu apoio é de 20 votos para cada um de Sanders (458 a 22). "É uma conclusão inevitável que Hillary será a candidata, e acho que Michigan vai ajudar a confirmar isso", disse o analista político Larry Sabato ao "Detroit News". Para ele, Sanders não abandonará a disputa, pois encara sua candidatura como um movimento para "puxar Hillary e a plataforma do partido para a esquerda". Michigan é um Estado marcado por sucessivas crises, simbolizadas por Detroit. Esvaziada pela migração da indústria para outros países, a ex-capital mundial do automóvel virou um cenário de prédios abandonados e desemprego. Castigada pela crise de 2008, foi a primeira grande cidade do país a pedir concordata, em 2013. A crise que mais mobiliza o Estado hoje está a cerca de 100 km de Detroit, em Flint. Para cortar custos, as autoridades passaram a abastecer a cidade com água do rio local, corrosiva e contaminada com chumbo. Disputa pela Casa Branca REPUBLICANOS Se do lado democrata o rumo parece claro, do lado republicano a elite do partido faz contas para saber se ainda é possível frear Trump e arrecada milhões para usar em propaganda negativa contra o empresário. As prévias desta terça servirão de termômetro após uma semana de ataques retóricos cerrados contra o empresário que culminou em duas derrotas no sábado para o senador Ted Cruz. No placar geral, Trump ganhou em 12 dos Estados que votaram até agora (de 50), Cruz em seis, e Marco Rubio em um Estado e um território, Porto Rico. Na briga por delegados republicanos, o bilionário tem 384 delegados, seguido agora mais de perto por Cruz, com 300. Rubio, em quem a elite republicana apostou para barrar Trump, ficou para trás, com 151. Firme na disputa e à frente de Rubio nas pesquisas em Michigan, embora só tenha 37 delegados, o governador de Ohio, John Kasich, conta com uma vitória em seu Estado no dia 15 para se manter no jogo, já sem esconder que a estratégia é forçar uma "convenção disputada". Nesse cenário, se nenhum dos pré-candidatos obter os 1.237 votos necessários para selar vitória na convenção, os delegados ficam desobrigados de seguir as urnas e podem escolher qualquer um dos candidatos que tenha tido votação nas prévias. A maioria dos analistas já prevê que os únicos cenários possíveis para os republicanos são a vitória de Trump ou a convenção disputada. * PRÉVIAS, 8.MAR REPUBLICANOS Delegados em jogo 150 - 59 em Michigan, 19 no Havaí, 32 em Idaho e 40 no Mississippi 1.237 necessários para indicação DEMOCRATAS Delegados em jogo 166 - 130 em Michigan e 36 no Mississippi (sem contar superdelegados) 2.382 necessários para indicação
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Teori autoriza transferência de Delcídio da PF para quartel da PM
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou nesta sexta-feira (11) a transferência do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) da carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília para o Quartel da Polícia Militar do Distrito Federal. Delcídio está preso desde o dia 25 de novembro acusado de participar de uma trama para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Ele é o primeiro senador preso desde a Constituição de 1988. Teori atendeu a um pedido da defesa do senador, que recebeu parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. O Supremo não divulgou a íntegra da decisão do ministro e não há detalhes do que teria motivado a transferência. Ele ocupava numa sala administrativa adaptada às pressas para recebê-lo, na sede da Superintendência da PF. DENÚNCIA Na segunda, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia ao STF contra o senador Delcídio, o banqueiro André Esteves e outras duas pessoas acusadas de tentar obstruir as investigações da Lava Jato. O plano estabelecia a compra da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para evitar que os dois fossem citados. Em troca, ele receberia uma mesada de R$ 50 mil e teria auxílio para fugir do país. Se a acusação for acolhida pelo Supremo, Delcídio poderá pegar pelo menos 4 anos e 6 meses de prisão e Esteves 3 anos e seis meses. Além do senador e do banqueiro, também são alvos da Procuradoria Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista, e o advogado Edson Ribeiro, que atuava na defesa de Cerveró. Os quatro são acusados dos crimes de impedir e embaraçar a investigação de infrações penais (3 a 8 anos de prisão) e patrocínio infiel (6 meses a 3 anos). Delcídio, Diogo e Edson também são acusados de crime de exploração de prestígio (1 a 5 anos), isso porque houve a promessa de que haveria intervenção junto a ministros do STF para conseguir a liberdade de Cerveró. A denúncia foi mantida em sigilo no Supremo. A partir de agora, Teori deve abrir prazo para a apresentação da defesa dos acusados. Na sequência, a Procuradoria poderá apresentar suas contrarrazões. Depois, Teori levará o caso para que a segunda turma do Supremo, responsável pelos casos da Lava Jato, decidam se acolhem ou rejeitam a denúncia -ainda não há prazo para a decisão. Se acolhida, a denúncia torna-se ação penal e os quatro passam à condição de réu. Após a prisão, Delcídio teve sua filiação do PT suspensa. Ele e seu assessor ficaram na PF. André Esteves, um dos homens mais ricos do país, e Edson Ribeiro estão no presídio Bangu 8, no Rio. A trama foi descoberta depois que o filho do ex-diretor da Petrobras, Bernardo Cerveró, fez uma gravação de uma reunião na qual o senador petista prometia auxílio financeiro para impedir que o ex-diretor o citasse em sua delação premiada. Segundo as investigações da Procuradoria-Geral da República, esse auxílio seria de R$ 50 mil mensais e bancado pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. Nas buscas feitas pela Polícia Federal após autorização do Supremo Tribunal Federal, foram encontrados cópias de documentos sigilosos da delação de Cerveró nos endereços de Diogo Ferreira. Também foram localizados trechos da delação do lobista Fernando Baiano. Em seu depoimento, o senador Delcídio confirmou ter tido uma conversa com o banqueiro André Esteves sobre a ajuda financeira a Cerveró. Esteves, porém, disse que se reuniu com o senador apenas para falar sobre temas econômicos. Os advogados de Delcídio, Maurício Leite, e de Diogo, Délio Lins e Silva Júnior, afirmaram que não tiveram acesso ainda à denúncia. Em seu depoimento, Delcídio disse que prometeu ajuda a Cerveró por uma questão "humanitária". Já a defesa de André Esteves, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tem argumentado que não há provas do envolvimento do seu cliente e que ele apenas é citado por terceiros.
poder
Teori autoriza transferência de Delcídio da PF para quartel da PMO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou nesta sexta-feira (11) a transferência do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) da carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília para o Quartel da Polícia Militar do Distrito Federal. Delcídio está preso desde o dia 25 de novembro acusado de participar de uma trama para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Ele é o primeiro senador preso desde a Constituição de 1988. Teori atendeu a um pedido da defesa do senador, que recebeu parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. O Supremo não divulgou a íntegra da decisão do ministro e não há detalhes do que teria motivado a transferência. Ele ocupava numa sala administrativa adaptada às pressas para recebê-lo, na sede da Superintendência da PF. DENÚNCIA Na segunda, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia ao STF contra o senador Delcídio, o banqueiro André Esteves e outras duas pessoas acusadas de tentar obstruir as investigações da Lava Jato. O plano estabelecia a compra da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para evitar que os dois fossem citados. Em troca, ele receberia uma mesada de R$ 50 mil e teria auxílio para fugir do país. Se a acusação for acolhida pelo Supremo, Delcídio poderá pegar pelo menos 4 anos e 6 meses de prisão e Esteves 3 anos e seis meses. Além do senador e do banqueiro, também são alvos da Procuradoria Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista, e o advogado Edson Ribeiro, que atuava na defesa de Cerveró. Os quatro são acusados dos crimes de impedir e embaraçar a investigação de infrações penais (3 a 8 anos de prisão) e patrocínio infiel (6 meses a 3 anos). Delcídio, Diogo e Edson também são acusados de crime de exploração de prestígio (1 a 5 anos), isso porque houve a promessa de que haveria intervenção junto a ministros do STF para conseguir a liberdade de Cerveró. A denúncia foi mantida em sigilo no Supremo. A partir de agora, Teori deve abrir prazo para a apresentação da defesa dos acusados. Na sequência, a Procuradoria poderá apresentar suas contrarrazões. Depois, Teori levará o caso para que a segunda turma do Supremo, responsável pelos casos da Lava Jato, decidam se acolhem ou rejeitam a denúncia -ainda não há prazo para a decisão. Se acolhida, a denúncia torna-se ação penal e os quatro passam à condição de réu. Após a prisão, Delcídio teve sua filiação do PT suspensa. Ele e seu assessor ficaram na PF. André Esteves, um dos homens mais ricos do país, e Edson Ribeiro estão no presídio Bangu 8, no Rio. A trama foi descoberta depois que o filho do ex-diretor da Petrobras, Bernardo Cerveró, fez uma gravação de uma reunião na qual o senador petista prometia auxílio financeiro para impedir que o ex-diretor o citasse em sua delação premiada. Segundo as investigações da Procuradoria-Geral da República, esse auxílio seria de R$ 50 mil mensais e bancado pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. Nas buscas feitas pela Polícia Federal após autorização do Supremo Tribunal Federal, foram encontrados cópias de documentos sigilosos da delação de Cerveró nos endereços de Diogo Ferreira. Também foram localizados trechos da delação do lobista Fernando Baiano. Em seu depoimento, o senador Delcídio confirmou ter tido uma conversa com o banqueiro André Esteves sobre a ajuda financeira a Cerveró. Esteves, porém, disse que se reuniu com o senador apenas para falar sobre temas econômicos. Os advogados de Delcídio, Maurício Leite, e de Diogo, Délio Lins e Silva Júnior, afirmaram que não tiveram acesso ainda à denúncia. Em seu depoimento, Delcídio disse que prometeu ajuda a Cerveró por uma questão "humanitária". Já a defesa de André Esteves, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tem argumentado que não há provas do envolvimento do seu cliente e que ele apenas é citado por terceiros.
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Cuca diz que terá mais trabalho do que imaginava no Palmeiras
Cuca completa uma semana no comando do Palmeiras nesta segunda-feira (21), já com duas derrotas, para Nacional (URU), na quinta, e Audax, neste domingo. O técnico avaliou após o tropeço por 2 a 1 em Osasco, pelo Campeonato Paulista, que o time precisa ter mais atitude. "Tem seis dias que eu estou aqui e tem muito trabalho, mais até do que eu pensava. No futebol tem que ter cuidado, preservar as coisas boas, porque se não você perde até o que tem de bom. Aqui é uma coisa, lá dentro com os jogadores é outra", afirmou o treinador. "Assumo a responsabilidade da derrota. Acho que o Audax mereceu ganhar, jogou um futebol merecedor da vitória. Temos que melhorar nossa pegada, diminuir espaço, é tudo coisa que com o tempo a gente vai fazer, mas tem que ter tempo. Se tivesse as coisas todas certas, tudo bacana, eu não teria vindo", completou. Audax 2 x 1 Palmeiras Parte da torcida do Palmeiras vaiou o time no estádio José Liberatti. Cuca diz que entende a cobrança, mesmo que ainda não tenha tido tempo para fazer tudo o que deseja e encontrar a formação ideal. "No futebol não existe tempo, existe conquista de resultados. Hoje já tinha nego me mandando de volta para a China. E eles têm razão. Se vejo meu time perder dois jogos em uma semana quero que o técnico vá embora. A culpa é minha. Eu espero que nossa atitude mude, tivemos atitude no segundo tempo no Uruguai e hoje, tem que ter essa atitude desde o primeiro minuto", finalizou. O resultado deste domingo complica a situação palmeirense no Paulista. Com 15 pontos, a equipe segue na liderança do Grupo B, mas com uma diferença de três pontos para o Novorizontino, lanterna da chave. Tabela e resultados do Campeonato Paulista 2016
esporte
Cuca diz que terá mais trabalho do que imaginava no PalmeirasCuca completa uma semana no comando do Palmeiras nesta segunda-feira (21), já com duas derrotas, para Nacional (URU), na quinta, e Audax, neste domingo. O técnico avaliou após o tropeço por 2 a 1 em Osasco, pelo Campeonato Paulista, que o time precisa ter mais atitude. "Tem seis dias que eu estou aqui e tem muito trabalho, mais até do que eu pensava. No futebol tem que ter cuidado, preservar as coisas boas, porque se não você perde até o que tem de bom. Aqui é uma coisa, lá dentro com os jogadores é outra", afirmou o treinador. "Assumo a responsabilidade da derrota. Acho que o Audax mereceu ganhar, jogou um futebol merecedor da vitória. Temos que melhorar nossa pegada, diminuir espaço, é tudo coisa que com o tempo a gente vai fazer, mas tem que ter tempo. Se tivesse as coisas todas certas, tudo bacana, eu não teria vindo", completou. Audax 2 x 1 Palmeiras Parte da torcida do Palmeiras vaiou o time no estádio José Liberatti. Cuca diz que entende a cobrança, mesmo que ainda não tenha tido tempo para fazer tudo o que deseja e encontrar a formação ideal. "No futebol não existe tempo, existe conquista de resultados. Hoje já tinha nego me mandando de volta para a China. E eles têm razão. Se vejo meu time perder dois jogos em uma semana quero que o técnico vá embora. A culpa é minha. Eu espero que nossa atitude mude, tivemos atitude no segundo tempo no Uruguai e hoje, tem que ter essa atitude desde o primeiro minuto", finalizou. O resultado deste domingo complica a situação palmeirense no Paulista. Com 15 pontos, a equipe segue na liderança do Grupo B, mas com uma diferença de três pontos para o Novorizontino, lanterna da chave. Tabela e resultados do Campeonato Paulista 2016
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6 sucos para rebater o calorão
Para curar a ressaca depois de uma noite de exageros, matar a sede e até enganar a fome. Os sucos quebram um galho e tanto –ainda mais porque tudo o que você precisa está às mãos. Frutas, água, gelo e um liquidificador –adeptos mais exigentes podem precisar de um coador, talvez. Veja aqui seis ideias de refrescantes sucos para rebater as altas temperaturas desse país tropical. * Para quem exagerou na noite anterior, uma receita bem hidratante e revigorante, do livro "500 Sucos & Vitaminas" (Marco Zero, 2009). 1 maçã 1 cenoura sem casca, picada 2 talos de salsão picados 1 pedaço (2 cm) de raiz de gengibre sem casca 225 g de frutas vermelhas O "cura ressaca" pode levar também o suco de duas laranjas. A receita da chef Carla Pernambuco, do Carlota, combina frutas que dão um belo colorido ao suco e que, com um docinho toque de mel, agrada também os pequenos. 1 1/2 copos (americano) de suco de tangerina 1 xíc. de frutas vermelhas frescas (cerejas, amoras, framboesa, mirtilo, por exemplo) 1 colher (sopa) de mel Esse calorão de meu Deus pede: frutas leves, cítricas e água de coco. Tan dan: olha a receita da casa de sucos Madureira. 1 1/2 xíc. de abacaxi 1/2 xíc. de uva roxa 1/2 xíc. de água de coco O tão falado suco verde não precisa ser difícil de engolir. Essa receita agrada até os sofredores de frescurite aguda. 1 fatia abacaxi 200 ml água de coco Suco de 1/4 de limão 1 folha couve manteiga crua fatiada 1 pedaço (2 cm) de gengibre sem casca folhas de hortelã a gosto A água de coco pode ser substituída por suco de laranja. Sabe quando você sai da piscina varado de fome e o almoço ainda precisa ser feito? Para tapear a fome um suco de manga ajuda. A receita da chef Flavia Mariotto, da Mercearia do Conde, tem um toque a mais. 1/2 Manga 100 ml Suco de maracujá 500 ml Água de coco Uma limonada, certo? Certo, mas que tal dar um tchan na sua? 1 limão-taiti sem casca e sem caroço 5 ramos de capim-santo 1 xíc. de água O ideal é bater o limão e o capim-santo com água e gelo no liquidificador (pode acrescentar 2 colheres de açúcar, claro).
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6 sucos para rebater o calorãoPara curar a ressaca depois de uma noite de exageros, matar a sede e até enganar a fome. Os sucos quebram um galho e tanto –ainda mais porque tudo o que você precisa está às mãos. Frutas, água, gelo e um liquidificador –adeptos mais exigentes podem precisar de um coador, talvez. Veja aqui seis ideias de refrescantes sucos para rebater as altas temperaturas desse país tropical. * Para quem exagerou na noite anterior, uma receita bem hidratante e revigorante, do livro "500 Sucos & Vitaminas" (Marco Zero, 2009). 1 maçã 1 cenoura sem casca, picada 2 talos de salsão picados 1 pedaço (2 cm) de raiz de gengibre sem casca 225 g de frutas vermelhas O "cura ressaca" pode levar também o suco de duas laranjas. A receita da chef Carla Pernambuco, do Carlota, combina frutas que dão um belo colorido ao suco e que, com um docinho toque de mel, agrada também os pequenos. 1 1/2 copos (americano) de suco de tangerina 1 xíc. de frutas vermelhas frescas (cerejas, amoras, framboesa, mirtilo, por exemplo) 1 colher (sopa) de mel Esse calorão de meu Deus pede: frutas leves, cítricas e água de coco. Tan dan: olha a receita da casa de sucos Madureira. 1 1/2 xíc. de abacaxi 1/2 xíc. de uva roxa 1/2 xíc. de água de coco O tão falado suco verde não precisa ser difícil de engolir. Essa receita agrada até os sofredores de frescurite aguda. 1 fatia abacaxi 200 ml água de coco Suco de 1/4 de limão 1 folha couve manteiga crua fatiada 1 pedaço (2 cm) de gengibre sem casca folhas de hortelã a gosto A água de coco pode ser substituída por suco de laranja. Sabe quando você sai da piscina varado de fome e o almoço ainda precisa ser feito? Para tapear a fome um suco de manga ajuda. A receita da chef Flavia Mariotto, da Mercearia do Conde, tem um toque a mais. 1/2 Manga 100 ml Suco de maracujá 500 ml Água de coco Uma limonada, certo? Certo, mas que tal dar um tchan na sua? 1 limão-taiti sem casca e sem caroço 5 ramos de capim-santo 1 xíc. de água O ideal é bater o limão e o capim-santo com água e gelo no liquidificador (pode acrescentar 2 colheres de açúcar, claro).
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Com Lima Barreto, Flip retoma a boêmia romântica da belle époque
Desde que a Flip deixou de trazer grandes estrelas para seu show de abertura, em 2015, fala-se em uma festa sem festa. Naquele ano, o evento literário colocou para tocar Luís Perequê, um artista local. À época, para se ter ideia, uma reportagem nesta Folha dizia que o momento mais animado de sua apresentação foi quando um cachorro invadiu o palco. A parte mais viva da boêmia, então, continuava intensa apenas em festas com cercadinho VIP, acessíveis apenas à fauna do meio literário –ou a quem conhecesse alguém que conhecesse alguém. A vida na rua não era desprezível, mas também não chegava a apresentar todo o potencial de sua alma encantadora. Os tempos em que era possível encontrar um Gay Talese na praça, com as bochechas coradas pelo álcool, haviam ficado para trás. Sob as bênçãos de um escritor que gastou muita sola de sapato por aí, Lima Barreto, essa vida está de volta. A programação concentrada na praça da Matriz ajuda. A roda de samba da livraria Folha Seca, uma das vivazes do Rio de Janeiro, onde bêbados choram comovidos, está em Paraty para uma apresentação neste sábado (29). Nesta quinta (27), Luiz Antonio Simas, Alberto Mussa e Felipe Botelho Corrêa –convidados da Flip– ressuscitarão na rua do Comércio o Café Papagaio, onde Lima Barreto tomava seus tragos. Como diz um anúncio da época, era um local que "vendia até café". Uma pequena multidão deve ser reunir, também no sábado, na Festa do Policarpo, promovida pelo site "Publishnews", vestindo cartola. A farra acontece na praia do Pontal, onde ano passado alguns viram o sol nascer. A boêmia romântica de belle époque carioca, quando Lima Barreto escrevia, está em Paraty. O autor, que reclamava das calçadas esburacadas de Todos os Santos, seu bairro, só estaria em apuros nas ruas irregulares da cidade. Cuidado ao trocar as pernas.
ilustrada
Com Lima Barreto, Flip retoma a boêmia romântica da belle époqueDesde que a Flip deixou de trazer grandes estrelas para seu show de abertura, em 2015, fala-se em uma festa sem festa. Naquele ano, o evento literário colocou para tocar Luís Perequê, um artista local. À época, para se ter ideia, uma reportagem nesta Folha dizia que o momento mais animado de sua apresentação foi quando um cachorro invadiu o palco. A parte mais viva da boêmia, então, continuava intensa apenas em festas com cercadinho VIP, acessíveis apenas à fauna do meio literário –ou a quem conhecesse alguém que conhecesse alguém. A vida na rua não era desprezível, mas também não chegava a apresentar todo o potencial de sua alma encantadora. Os tempos em que era possível encontrar um Gay Talese na praça, com as bochechas coradas pelo álcool, haviam ficado para trás. Sob as bênçãos de um escritor que gastou muita sola de sapato por aí, Lima Barreto, essa vida está de volta. A programação concentrada na praça da Matriz ajuda. A roda de samba da livraria Folha Seca, uma das vivazes do Rio de Janeiro, onde bêbados choram comovidos, está em Paraty para uma apresentação neste sábado (29). Nesta quinta (27), Luiz Antonio Simas, Alberto Mussa e Felipe Botelho Corrêa –convidados da Flip– ressuscitarão na rua do Comércio o Café Papagaio, onde Lima Barreto tomava seus tragos. Como diz um anúncio da época, era um local que "vendia até café". Uma pequena multidão deve ser reunir, também no sábado, na Festa do Policarpo, promovida pelo site "Publishnews", vestindo cartola. A farra acontece na praia do Pontal, onde ano passado alguns viram o sol nascer. A boêmia romântica de belle époque carioca, quando Lima Barreto escrevia, está em Paraty. O autor, que reclamava das calçadas esburacadas de Todos os Santos, seu bairro, só estaria em apuros nas ruas irregulares da cidade. Cuidado ao trocar as pernas.
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Na estrada de Santos
BRASÍLIA - Em junho de 1999, o senador Antonio Carlos Magalhães disparou: "Se abrirem um inquérito sobre o porto de Santos, Temer ficará péssimo". Dezoito anos depois, a profecia de ACM volta a assombrar o presidente. O tema aparece em 9 das 82 perguntas que a Polícia Federal enviou ao Planalto. "Vossa Excelência tem relação de proximidade com empresários atuantes no segmento portuário, especialmente de Santos?", questiona o item 54. O interrogatório também trata do decreto dos portos, que Temer assinou no mês passado, renovando as concessões do setor sem licitação. Os jornais registram a influência do peemedebista em Santos desde os anos 90. No segundo governo FHC, a Codesp passou ao comando de Wagner Rossi, um dos homens mais próximos do atual presidente. A estatal administra o porto e regula a atuação das empresas da área. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito sobre Temer por suspeitas de corrupção na gestão do afilhado. O então vice-presidente foi investigado, mas a corte arquivou o caso por falta de provas. Desta vez, há novas pistas sobre a atuação do peemedebista. Seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, preso na semana passada, foi gravado quando conversava com um empresário interessado no decreto dos portos. Os investigadores apuram as relações do homem da mala e de seu chefe com a concessionária Rodrimar, que já recebeu uma visita da PF. Pelo teor do interrogatório, policiais e procuradores que investigam Temer parecem convencidos de que todos os caminhos levam a Santos. Ao levantar a lebre, ACM afirmou que "as coisas morais nunca foram o forte do senhor Michel Temer". O presidente devolveu de bate-pronto: "Em matéria de moral, dou de dez a zero nele. Comigo ele não vai avacalhar". O senador baiano respondeu com outra provocação: "Eu não poderia avacalhá-lo, porque avacalhado ele já é. Não me impressiona sua pose de mordomo de filme de terror".
colunas
Na estrada de SantosBRASÍLIA - Em junho de 1999, o senador Antonio Carlos Magalhães disparou: "Se abrirem um inquérito sobre o porto de Santos, Temer ficará péssimo". Dezoito anos depois, a profecia de ACM volta a assombrar o presidente. O tema aparece em 9 das 82 perguntas que a Polícia Federal enviou ao Planalto. "Vossa Excelência tem relação de proximidade com empresários atuantes no segmento portuário, especialmente de Santos?", questiona o item 54. O interrogatório também trata do decreto dos portos, que Temer assinou no mês passado, renovando as concessões do setor sem licitação. Os jornais registram a influência do peemedebista em Santos desde os anos 90. No segundo governo FHC, a Codesp passou ao comando de Wagner Rossi, um dos homens mais próximos do atual presidente. A estatal administra o porto e regula a atuação das empresas da área. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito sobre Temer por suspeitas de corrupção na gestão do afilhado. O então vice-presidente foi investigado, mas a corte arquivou o caso por falta de provas. Desta vez, há novas pistas sobre a atuação do peemedebista. Seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, preso na semana passada, foi gravado quando conversava com um empresário interessado no decreto dos portos. Os investigadores apuram as relações do homem da mala e de seu chefe com a concessionária Rodrimar, que já recebeu uma visita da PF. Pelo teor do interrogatório, policiais e procuradores que investigam Temer parecem convencidos de que todos os caminhos levam a Santos. Ao levantar a lebre, ACM afirmou que "as coisas morais nunca foram o forte do senhor Michel Temer". O presidente devolveu de bate-pronto: "Em matéria de moral, dou de dez a zero nele. Comigo ele não vai avacalhar". O senador baiano respondeu com outra provocação: "Eu não poderia avacalhá-lo, porque avacalhado ele já é. Não me impressiona sua pose de mordomo de filme de terror".
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Dólar sobe; real registra a segunda maior queda entre moedas emergentes
Após dois dias de queda, o dólar sobe nesta sexta-feira (10) acompanhando o mercado internacional. Às 16h17, de 24 moedas emergentes monitoradas pela agência internacional Bloomberg, o dólar subia em relação a 16. O real era a segunda moeda emergente que mais se desvalorizava em relação ao dólar (-1,19%), logo após o rublo russo (-2,40%) O dólar à vista, referência no mercado financeiro, registrava alta de 1,20%, a R$ 3,080. Às 16h20, o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, tinha valorização de 0,55%, a R$ 3,088. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subia 0,57%, para 54.107 pontos. PETROBRAS Às 16h20, as ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, subiam 1,90%, a R$ 11,78. Os papéis ordinários, com direito a voto, subiam 2,42%, para R$ 11,82. "Os investidores estão levando como séria a informação de que a Petrobras irá conseguir fechar seu balanço de 2014 até a semana que vem. O cenário valoriza as ações da empresa nesta sexta", afirmou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora. A petroleira estatal quer apresentar seus demonstrativos financeiros até 20 de abril e, assim, colocar um ponto final na novela que se arrasta desde 31 de outubro de 2014, quando a PwC se recusou a assinar o resultado do terceiro trimestre de 2014, porque altos executivos que assinariam a prestação de informações ficaram sob suspeita. CENÁRIO INTERNO Agentes financeiros monitoram nova fase da operação Lava Jato com investigações que abrangem outros órgãos federais além da Petrobras, bem como a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ainda assim, o cenário político continua "acalmando" o mercado, de acordo com o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "Os investidores continuam acompanhando as negociações entre governo e Congresso na tentativa de aprovar os ajustes fiscais. Ontem, com o anúncio da Fitch de que poderia rebaixar a nota do país, esse entusiasmo ficou um pouco mais contido", afirma. A agência de classificação de risco Fitch indicou nesta quinta-feira (9) que poderá rebaixar a nota do Brasil. Hoje, o país tem o selo de bom pagador concedido pela agência -o chamado grau de investimento, que indica que o país é um local seguro para investir. É que, embora a Fitch tenha mantido a nota atribuída ao Brasil (BBB), colocou a avaliação em perspectiva em negativa -antes, estável-, o que significa que pode rebaixá-la caso as condições macroeconômicas brasileiras não melhorem. Atualmente, o país está a dois degraus de perder o grau de investimento conferido pela agência.
mercado
Dólar sobe; real registra a segunda maior queda entre moedas emergentesApós dois dias de queda, o dólar sobe nesta sexta-feira (10) acompanhando o mercado internacional. Às 16h17, de 24 moedas emergentes monitoradas pela agência internacional Bloomberg, o dólar subia em relação a 16. O real era a segunda moeda emergente que mais se desvalorizava em relação ao dólar (-1,19%), logo após o rublo russo (-2,40%) O dólar à vista, referência no mercado financeiro, registrava alta de 1,20%, a R$ 3,080. Às 16h20, o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, tinha valorização de 0,55%, a R$ 3,088. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subia 0,57%, para 54.107 pontos. PETROBRAS Às 16h20, as ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, subiam 1,90%, a R$ 11,78. Os papéis ordinários, com direito a voto, subiam 2,42%, para R$ 11,82. "Os investidores estão levando como séria a informação de que a Petrobras irá conseguir fechar seu balanço de 2014 até a semana que vem. O cenário valoriza as ações da empresa nesta sexta", afirmou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora. A petroleira estatal quer apresentar seus demonstrativos financeiros até 20 de abril e, assim, colocar um ponto final na novela que se arrasta desde 31 de outubro de 2014, quando a PwC se recusou a assinar o resultado do terceiro trimestre de 2014, porque altos executivos que assinariam a prestação de informações ficaram sob suspeita. CENÁRIO INTERNO Agentes financeiros monitoram nova fase da operação Lava Jato com investigações que abrangem outros órgãos federais além da Petrobras, bem como a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ainda assim, o cenário político continua "acalmando" o mercado, de acordo com o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "Os investidores continuam acompanhando as negociações entre governo e Congresso na tentativa de aprovar os ajustes fiscais. Ontem, com o anúncio da Fitch de que poderia rebaixar a nota do país, esse entusiasmo ficou um pouco mais contido", afirma. A agência de classificação de risco Fitch indicou nesta quinta-feira (9) que poderá rebaixar a nota do Brasil. Hoje, o país tem o selo de bom pagador concedido pela agência -o chamado grau de investimento, que indica que o país é um local seguro para investir. É que, embora a Fitch tenha mantido a nota atribuída ao Brasil (BBB), colocou a avaliação em perspectiva em negativa -antes, estável-, o que significa que pode rebaixá-la caso as condições macroeconômicas brasileiras não melhorem. Atualmente, o país está a dois degraus de perder o grau de investimento conferido pela agência.
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Senado aprova pedido de investigação a Temer em última votação do ano
Em mais um embate com o vice-presidente da República Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou em votação um requerimento que pede ao TCU (Tribunal de Contas da União) a investigação de Temer em relação às assinaturas dele em, ao menos, sete decretos não numerados que autorizaram a abertura de crédito orçamentário sem o aval do Congresso em 2015. De autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o pedido de investigação foi aprovado por voto simbólico. Apesar de ser comum que os senadores aprovem este tipo de requerimento, Renan poderia não ter colocado o texto em votação. Os decretos questionados somaram R$ 10,8 bilhões. Eles são semelhantes aos assinados pela presidente Dilma Rousseff e embasam o pedido de impeachment contra ela. Renan colocou o pedido em votação sem mencionar o seu conteúdo e sobre quem se tratava. Esta foi a última votação do ano realizada no Senado. Após o resultado, o presidente do Senado encerrou os trabalhos legislativos e fez um longo balanço sobre os trabalhos da Casa. Questionado sobre o motivo de não ter explicado o teor do documento, o peemedebista afirmou que não queria "personalizar" a votação. "Há uma prática de que todos são aprovados. [Não mencionei] porque, aí, as pessoas pensariam que estava personalizando o problema e minha característica é exatamente contrária", disse. Este é mais um capítulo na briga entre Temer e Renan, que começou quando o presidente do Senado acusou o vice de atuar para barrar filiações temporárias com o objetivo de frear a articulação alimentada pelo Planalto para favorecer o retorno de Picciani à liderança da legenda. Após ter sido acusado de ter se preocupado apenas com o "RH" do PMDB ao ter coordenado a articulação política do governo, Temer respondeu a Renan, dizendo que o partido não tem dono "nem coronéis". Em uma espécie de tréplica ao correligionário, Renan fez chegar a um grande número de senadores na noite desta quarta (16) que cogitou escrever uma nota de resposta com duas provocações. Ele contou aos colegas que escreveria que o vice trocou de emprego, deixando a carreira política para virar carteiro, em alusão à carta enviada por Temer à Dilma com reclamações sobre a relação entre os dois e chamaria Temer de "mordomo de filme de terror". A expressão foi cunhada em 1999 por Antonio Carlos Magalhães, que, em um embate com o hoje vice-presidente, disse que ele não o impressionava com "sua pose de mordomo de filme de terror". A reação de Renan às movimentações de Temer teve a chancela da bancada do PMDB no Senado, que viu na aproximação do vice com o grupo pró-impeachment do partido na Câmara a criação de uma cizânia interna por causa de uma disputa de poder. Peemedebistas vêem nas ações de Temer uma clara intenção de herdar a Presidência da República caso o impeachment de Dilma se confirme.
poder
Senado aprova pedido de investigação a Temer em última votação do anoEm mais um embate com o vice-presidente da República Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou em votação um requerimento que pede ao TCU (Tribunal de Contas da União) a investigação de Temer em relação às assinaturas dele em, ao menos, sete decretos não numerados que autorizaram a abertura de crédito orçamentário sem o aval do Congresso em 2015. De autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o pedido de investigação foi aprovado por voto simbólico. Apesar de ser comum que os senadores aprovem este tipo de requerimento, Renan poderia não ter colocado o texto em votação. Os decretos questionados somaram R$ 10,8 bilhões. Eles são semelhantes aos assinados pela presidente Dilma Rousseff e embasam o pedido de impeachment contra ela. Renan colocou o pedido em votação sem mencionar o seu conteúdo e sobre quem se tratava. Esta foi a última votação do ano realizada no Senado. Após o resultado, o presidente do Senado encerrou os trabalhos legislativos e fez um longo balanço sobre os trabalhos da Casa. Questionado sobre o motivo de não ter explicado o teor do documento, o peemedebista afirmou que não queria "personalizar" a votação. "Há uma prática de que todos são aprovados. [Não mencionei] porque, aí, as pessoas pensariam que estava personalizando o problema e minha característica é exatamente contrária", disse. Este é mais um capítulo na briga entre Temer e Renan, que começou quando o presidente do Senado acusou o vice de atuar para barrar filiações temporárias com o objetivo de frear a articulação alimentada pelo Planalto para favorecer o retorno de Picciani à liderança da legenda. Após ter sido acusado de ter se preocupado apenas com o "RH" do PMDB ao ter coordenado a articulação política do governo, Temer respondeu a Renan, dizendo que o partido não tem dono "nem coronéis". Em uma espécie de tréplica ao correligionário, Renan fez chegar a um grande número de senadores na noite desta quarta (16) que cogitou escrever uma nota de resposta com duas provocações. Ele contou aos colegas que escreveria que o vice trocou de emprego, deixando a carreira política para virar carteiro, em alusão à carta enviada por Temer à Dilma com reclamações sobre a relação entre os dois e chamaria Temer de "mordomo de filme de terror". A expressão foi cunhada em 1999 por Antonio Carlos Magalhães, que, em um embate com o hoje vice-presidente, disse que ele não o impressionava com "sua pose de mordomo de filme de terror". A reação de Renan às movimentações de Temer teve a chancela da bancada do PMDB no Senado, que viu na aproximação do vice com o grupo pró-impeachment do partido na Câmara a criação de uma cizânia interna por causa de uma disputa de poder. Peemedebistas vêem nas ações de Temer uma clara intenção de herdar a Presidência da República caso o impeachment de Dilma se confirme.
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Ilustrador cria pôsteres com modalidades olímpicas irônicas, como 'surfe no trem'
GUILHERME SETO DE SÃO PAULO Esgrima com mosquito da zika, funk sincronizado, surfe no trem, nado em petróleo e corrida de obstáculos desviando de balas perdidas. Essas modalidades pouco olímpicas têm raizes na criatividade do ilustrador e designer paranaense Pietro Luigi, 27, e são retratadas na série de pôsteres "Brazilian Olympics". Eles são divulgados pelo autor em sua loja virtual e ironizam a chegada dos Jogos ao país em agosto. A proposta irônica que orienta os pôsteres de Luigi procura contrapor os problemas estruturais do país e a organização de um megaevento como a Olimpíada. "Desde antes da Copa do Mundo existe a discussão se a gente deveria ter eventos desse porte com o país em crise, com os problemas infraestruturais que temos. Agora vemos a ciclovia desmoronando... E também queria questionar as condições do esporte no Brasil, já que sabemos que muitos atletas de modalidades menos conhecidas passam por muitas dificuldades para conseguir patrocínios e no final são eles que ganham medalhas", explica. "Como ter um evento internacional glamoroso quando a gente passa por uma epidemia de zika, h1n1, além de mazelas sociais, como o desemprego em massa, além da crise política?", questiona. Entre os personagens retratados, Luigi chama a atenção para os "surfistas de trem", aqueles indivíduos que sobem nos vagões das composições e tentam se equilibrar sobre eles. "Eles se matam. Tem gente que morre fazendo isso... É muito 'sangue nos olhos'", diz. " A série também trata do aspecto de como a periferia desenvolve sua própria cultura, seus ídolos, e até mesmo seus esportes. É o caso do funk e do próprio surfista de trem." As obras buscam inspiração nos pôsteres olímpicos que são tradicionais durante os Jogos. "Assimilei referências dos pôsteres das Olimpíadas do Canadá, da Rússia. São clássicos do design. Eles procuram fazer um pôster por modalidade, colocam um esporte em cada anel, etc.. Tem uma coisa 'art déco', eles costumam ser mais limpos, pouco rebuscados, com imagens grandes." Editor da revista em quadrinhos "O Banhero Selvagem", Luigi não irá à Rio-2016, mas acompanha alguns esportes, especialmente de boxe. "Gosto de boxe muito por causa da literatura. Sempre achei as histórias de boxe muito ricas. O [escritor norte-americano Ernest] Hemingway lutava. O conto "Um pedaço de bife", do Jack London, é um soco no estômago. A filmografia desse esporte também é riquíssima: "Hurricane" é indispensável, além de "Touro Indomável", "Rocky", "O Vencedor, que é aquele que o Christian Bale faz um campeão viciado em crack e que treina o irmão mais novo", diz. "A primeira Olimpíada que eu acompanhei conscientemente foi a de Atlanta [1996]. Lembro do [ex-boxeador norte-americano] Muhammad Ali acendendo a pira olímpica, já muito debilitado pelo mal de Parkinson. Somente muitos anos depois fui ter o conhecimento do grande atleta que ele foi. Inclusive, o Brasil tem grandes nomes do boxe: Eder Jofre, Maguila, Popó", completa. Luigi conta que foi procurado para organizar exposições, mas, no momento, seus pôsteres estão disponíveis apenas no site http://loja.bselvagem.com.br/olimpiadas-ct-1375b9, onde podem ser adquiridos por valores entre R$ 40 e R$ 420, a depender do formato.
esporte
Ilustrador cria pôsteres com modalidades olímpicas irônicas, como 'surfe no trem' GUILHERME SETO DE SÃO PAULO Esgrima com mosquito da zika, funk sincronizado, surfe no trem, nado em petróleo e corrida de obstáculos desviando de balas perdidas. Essas modalidades pouco olímpicas têm raizes na criatividade do ilustrador e designer paranaense Pietro Luigi, 27, e são retratadas na série de pôsteres "Brazilian Olympics". Eles são divulgados pelo autor em sua loja virtual e ironizam a chegada dos Jogos ao país em agosto. A proposta irônica que orienta os pôsteres de Luigi procura contrapor os problemas estruturais do país e a organização de um megaevento como a Olimpíada. "Desde antes da Copa do Mundo existe a discussão se a gente deveria ter eventos desse porte com o país em crise, com os problemas infraestruturais que temos. Agora vemos a ciclovia desmoronando... E também queria questionar as condições do esporte no Brasil, já que sabemos que muitos atletas de modalidades menos conhecidas passam por muitas dificuldades para conseguir patrocínios e no final são eles que ganham medalhas", explica. "Como ter um evento internacional glamoroso quando a gente passa por uma epidemia de zika, h1n1, além de mazelas sociais, como o desemprego em massa, além da crise política?", questiona. Entre os personagens retratados, Luigi chama a atenção para os "surfistas de trem", aqueles indivíduos que sobem nos vagões das composições e tentam se equilibrar sobre eles. "Eles se matam. Tem gente que morre fazendo isso... É muito 'sangue nos olhos'", diz. " A série também trata do aspecto de como a periferia desenvolve sua própria cultura, seus ídolos, e até mesmo seus esportes. É o caso do funk e do próprio surfista de trem." As obras buscam inspiração nos pôsteres olímpicos que são tradicionais durante os Jogos. "Assimilei referências dos pôsteres das Olimpíadas do Canadá, da Rússia. São clássicos do design. Eles procuram fazer um pôster por modalidade, colocam um esporte em cada anel, etc.. Tem uma coisa 'art déco', eles costumam ser mais limpos, pouco rebuscados, com imagens grandes." Editor da revista em quadrinhos "O Banhero Selvagem", Luigi não irá à Rio-2016, mas acompanha alguns esportes, especialmente de boxe. "Gosto de boxe muito por causa da literatura. Sempre achei as histórias de boxe muito ricas. O [escritor norte-americano Ernest] Hemingway lutava. O conto "Um pedaço de bife", do Jack London, é um soco no estômago. A filmografia desse esporte também é riquíssima: "Hurricane" é indispensável, além de "Touro Indomável", "Rocky", "O Vencedor, que é aquele que o Christian Bale faz um campeão viciado em crack e que treina o irmão mais novo", diz. "A primeira Olimpíada que eu acompanhei conscientemente foi a de Atlanta [1996]. Lembro do [ex-boxeador norte-americano] Muhammad Ali acendendo a pira olímpica, já muito debilitado pelo mal de Parkinson. Somente muitos anos depois fui ter o conhecimento do grande atleta que ele foi. Inclusive, o Brasil tem grandes nomes do boxe: Eder Jofre, Maguila, Popó", completa. Luigi conta que foi procurado para organizar exposições, mas, no momento, seus pôsteres estão disponíveis apenas no site http://loja.bselvagem.com.br/olimpiadas-ct-1375b9, onde podem ser adquiridos por valores entre R$ 40 e R$ 420, a depender do formato.
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Primeira tripulação chegou à Estação Espacial Internacional há 15 anos
Faz 15 anos que o americano Bill Shepherd e os russos Yuri Gidzenko e Sergei Krikalev chegaram à Estação Internacional Internacional (ISS, na sigla em inglês) –eles eram a primeira tripulação a desembarcar na megaestrtura. A iniciativa de construir uma estrutura do tamanho de um casarão e de mais de 400 toneladas no espaço trouxe benefícios para a humanidade. Nessa lista, o melhor entendimento de como funcionam doenças como osteoporose e o monitoramento da qualidade da água em várias partes do mundo No entanto, o empreendimento passa por um período delicado, com um futuro nebuloso. A expansão dos interesses de exploração espacial por países como Índia e China colocam em xeque a primazia da ISS, que é principalmente visitada por americanos, russos, canadenses, japoneses e italianos. Apenas um brasileiro foi levado à ISS, o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes, no ano de 2006. Ele ficou dez dias a bordo. MÚSICA Entre os grandes momentos da ISS está a gravação de um videoclipe protagonizada pelo comandante Cris Hadfield. Com seu violão, ele foi o pioneiro a gravar um videoclipe no espaço. A canção é de David Bowie, "Space Oddity", e foi lançada pouco antes de a Apolo 11 pousar na lua em 1969. O clipe de Hadfield teve grande repercussão e foi visto quase 27 milhões de vezes no YouTube: "Space Oddity" com Chris Hadfield
ciencia
Primeira tripulação chegou à Estação Espacial Internacional há 15 anosFaz 15 anos que o americano Bill Shepherd e os russos Yuri Gidzenko e Sergei Krikalev chegaram à Estação Internacional Internacional (ISS, na sigla em inglês) –eles eram a primeira tripulação a desembarcar na megaestrtura. A iniciativa de construir uma estrutura do tamanho de um casarão e de mais de 400 toneladas no espaço trouxe benefícios para a humanidade. Nessa lista, o melhor entendimento de como funcionam doenças como osteoporose e o monitoramento da qualidade da água em várias partes do mundo No entanto, o empreendimento passa por um período delicado, com um futuro nebuloso. A expansão dos interesses de exploração espacial por países como Índia e China colocam em xeque a primazia da ISS, que é principalmente visitada por americanos, russos, canadenses, japoneses e italianos. Apenas um brasileiro foi levado à ISS, o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes, no ano de 2006. Ele ficou dez dias a bordo. MÚSICA Entre os grandes momentos da ISS está a gravação de um videoclipe protagonizada pelo comandante Cris Hadfield. Com seu violão, ele foi o pioneiro a gravar um videoclipe no espaço. A canção é de David Bowie, "Space Oddity", e foi lançada pouco antes de a Apolo 11 pousar na lua em 1969. O clipe de Hadfield teve grande repercussão e foi visto quase 27 milhões de vezes no YouTube: "Space Oddity" com Chris Hadfield
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Buscando o 'prazer da dança', francês coloca bailarinos amadores em cena
É por meio das diferenças que Jérôme Bel busca a igualdade. Em "Gala", espetáculo que apresenta a partir deste sábado (29) no Brasil, dentro do festival FranceDanse, o coreógrafo francês coloca em cena, juntos, bailarinos amadores e profissionais. "Busco, na grande disparidade entre essas pessoas, uma igualdade", diz Bel à Folha, por email. "Uma igualdade produzida graças à singularidade de cada uma delas." Um dos principais nomes da dança contemporânea em seu país, Bel se interessa por questões íntimas dos bailarinos. Bebe na fonte de nomes como a alemã Pina Bausch (1940-2009) e o americano Merce Cunningham (1919-2009). Em "Disabled Theater" (2012), por exemplo, dirigiu artistas com deficiência intelectual do grupo suíço Theater Hora. Também critica a padronização que vê hoje na dança contemporânea. "Em 99% dos espetáculos os bailarinos têm entre 20 e 35 anos anos, são esbeltos, em plena forma e bonitos, senão bonitos demais." FRÁGIL "Gala", que estreou em Bruxelas no ano passado, começou por acaso. Bel aceitou o convite da colega Jeanne Balibar para lecionar nos ateliês de voz e dança da atriz e cantora na periferia de Paris. Interessou-se pelo aspecto "frágil" de diletantes. "Eles nunca conseguem fazer o que um profissional faz. Digamos que o projeto é este: tentar, explorar mais do que dominar, nunca desistir. Como diria Samuel Beckett: 'Try again, fail again, fail better' [tente de novo, erre de novo, erre melhor]." Gala Mergulhando nessa diversidade de pessoas, oriundas de classes sociais diferentes, Bel se viu diante de um "problema sócio-político". "Achei que seria interessante resolvê-lo artisticamente, coreograficamente." Mas ele rejeita rótulos como o de "projeto social". "Faço arte e sei que ela é social e política, mas não queria chegar a essa categoria porque, artisticamente, ela não é levada tão a sério." O coreógrafo busca, assim, o princípio do que move a arte, o desejo de dançar. "A prática amadora se baseia na ideia do prazer", conta Bel. O que se vê em cena é uma espécie de celebração, como em espetáculos típicos de fim de ano, a que o título de "Gala" remete. Os amadores tentam um "moon walk" ao estilo Michael Jackson, soltam-se ao som de hits como "Happy", de Pharrell Williams, ensaiam um passo de Broadway com "New York, New York". Ali, o francês testa também o olhar do espectador e seus julgamentos diante da dança amadora. "O que me interessa é o que a dança significa, como ela se exprime no indivíduo (amador ou profissional) e o que ela permite revelar nas pessoas que a linguagem não consegue." QUANDO sáb. (29), às 21h, e dom. (30), às 18h ONDE Sesc Bom Retiro, al. Nothmann, 185, tel. (11) 3332-3600 QUANTO R$ 15 a R$ 50 CLASSIFICAÇÃO livre
ilustrada
Buscando o 'prazer da dança', francês coloca bailarinos amadores em cenaÉ por meio das diferenças que Jérôme Bel busca a igualdade. Em "Gala", espetáculo que apresenta a partir deste sábado (29) no Brasil, dentro do festival FranceDanse, o coreógrafo francês coloca em cena, juntos, bailarinos amadores e profissionais. "Busco, na grande disparidade entre essas pessoas, uma igualdade", diz Bel à Folha, por email. "Uma igualdade produzida graças à singularidade de cada uma delas." Um dos principais nomes da dança contemporânea em seu país, Bel se interessa por questões íntimas dos bailarinos. Bebe na fonte de nomes como a alemã Pina Bausch (1940-2009) e o americano Merce Cunningham (1919-2009). Em "Disabled Theater" (2012), por exemplo, dirigiu artistas com deficiência intelectual do grupo suíço Theater Hora. Também critica a padronização que vê hoje na dança contemporânea. "Em 99% dos espetáculos os bailarinos têm entre 20 e 35 anos anos, são esbeltos, em plena forma e bonitos, senão bonitos demais." FRÁGIL "Gala", que estreou em Bruxelas no ano passado, começou por acaso. Bel aceitou o convite da colega Jeanne Balibar para lecionar nos ateliês de voz e dança da atriz e cantora na periferia de Paris. Interessou-se pelo aspecto "frágil" de diletantes. "Eles nunca conseguem fazer o que um profissional faz. Digamos que o projeto é este: tentar, explorar mais do que dominar, nunca desistir. Como diria Samuel Beckett: 'Try again, fail again, fail better' [tente de novo, erre de novo, erre melhor]." Gala Mergulhando nessa diversidade de pessoas, oriundas de classes sociais diferentes, Bel se viu diante de um "problema sócio-político". "Achei que seria interessante resolvê-lo artisticamente, coreograficamente." Mas ele rejeita rótulos como o de "projeto social". "Faço arte e sei que ela é social e política, mas não queria chegar a essa categoria porque, artisticamente, ela não é levada tão a sério." O coreógrafo busca, assim, o princípio do que move a arte, o desejo de dançar. "A prática amadora se baseia na ideia do prazer", conta Bel. O que se vê em cena é uma espécie de celebração, como em espetáculos típicos de fim de ano, a que o título de "Gala" remete. Os amadores tentam um "moon walk" ao estilo Michael Jackson, soltam-se ao som de hits como "Happy", de Pharrell Williams, ensaiam um passo de Broadway com "New York, New York". Ali, o francês testa também o olhar do espectador e seus julgamentos diante da dança amadora. "O que me interessa é o que a dança significa, como ela se exprime no indivíduo (amador ou profissional) e o que ela permite revelar nas pessoas que a linguagem não consegue." QUANDO sáb. (29), às 21h, e dom. (30), às 18h ONDE Sesc Bom Retiro, al. Nothmann, 185, tel. (11) 3332-3600 QUANTO R$ 15 a R$ 50 CLASSIFICAÇÃO livre
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Conheça 10 praias perto de Pipa, das cheias de surfistas às mais vazias
Rios, lagoas, dunas e falésias. O litoral sul do Rio Grande do Norte oferece opções paradisíacas para quem gosta de agitação ou sossego. Conheça dez praias ao redor de Pipa, das mais lotadas de surfistas às mais vazias e que parecem ter parado no tempo. * Quem disse que é só mar? Em Tibau do Sul, município do qual Pipa é distrito, o passeio mais agradável é o feito de barco pela lagoa de Guaraíras. Num tempo longínquo, a lagoa já foi doce, antes de ser aberta pela força da natureza e correr ao encontro do Atlântico. As águas banham um total de quatro municípios, com uma extensa área de mangue, e são a base de uma das mais importantes atividades econômicas daquela região: a criação de camarões. "Feita em canoas, a pesca artesanal também está presente por ali, onde as águas mansas e rasas são misturadas às do mar", explica Aude Barbosa, uma francesa casada com um pernambucano que comanda um passeio regado a boas histórias, petiscos e bebidas. E gringos! O tour, que se inicia pela manhã e segue até o pôr do sol, custa R$ 195, com traslados (uma van busca o turista no hotel e depois o leva de volta) e inclui comes e bebes. No fim do passeio, percebe-se o quanto Tibau é bem mais tranquila que Pipa. Informações e reservas podem ser obtidas pelos pelos telefones: (84) 3246-4351 e (84) 98824-0023. _ Dois caminhos e duas paisagens distintas formam a praia de Cacimbinhas, que fica entre o município de Tibau do Sul e o distrito de Pipa. Um pelo alto das falésias, com aquele mar a perder de vista, observado de cima dos paredões, apinhado de surfistas e kitesurfistas que deslizam por suas águas. Outro, pela areia sempre deserta, fina e clarinha, à beira-mar, de águas profundas e de vento constante. Se a escolha for pelo pé na areia, vale a pena conferir lá de baixo a mudança de tonalidades das falésias, que podem ir de um marrom escuro a um vermelho vivo, em contraste com as cores do mar. _ Muita gente que visita o litoral potiguar não economiza elogios quando avista a praia do Madeiro: ela ostenta uma das paisagens mais belas do Estado, numa estreita faixa de areia emoldurada por uma sequência de falésias de tirar o fôlego e mar verde-esmeralda. Nessas águas quentes e calmas, há espaço para o banho e também para os iniciantes do surfe. _ Quem vai sentir falta de barracas quando se tem um visual daqueles, com falésias avermelhadas acompanhando toda a orla? Popularmente conhecida como Baía dos Golfinhos, é destinada a quem pretende fugir da agitação das praias do Centro e do Amor. Antes de seguir pela areia, confira a tábua das marés, pois o único acesso é pela praia. A caminhada deve ser feita somente com a maré baixa (siga ou pelo Madeiro ou pela praia do Centro). Aqui vale uma sugestão: para ter uma noção exata do visual, faça uma das 14 trilhas sinalizadas até os mirantes do Santuário Ecológico, área que abrange cerca de 20 km de praias e falésias. O ingresso para percorrer esse ambiente preservado de mata atlântica custa R$ 10. Arredores de Pipa _ Do alto do Chapadão fica fácil de entender por que a praia ganhou esse nome: o mar faz com que a orla ganhe o formato de um coração. O areal é um dos mais concorridos e está sempre apinhado de gente que ocupa suas cadeiras de madeira e espreguiçadeiras acolchoadas. Para chegar à praia, é preciso primeiro encarar os degraus irregulares esculpidos na falésia. Lá embaixo, descortina-se um mar esverdeado com areia dourada. Por causa da maré brava, tornou-se point de surfistas, mas moradores também costumam marcar presença. _ Quase sempre desabitada, é uma praia que esconde uma curiosidade histórica sobre o vilarejo –ela tem uma pedra que foi avistada pelos portugueses no passado e que rendeu o batismo da região: Pipa. Isso porque a rocha tem formato de barril, também chamado de pipa, principalmente por ser usado para armazenar bebidas alcoólicas. A tal pedra alimenta ainda histórias curiosas entre nativos, como a que defende a existência de uma serpente que se esconde lá dentro. Fato é que o local, de ondas poderosas, é daqueles pontos para contemplar a natureza no fim de tarde, quando o céu colore mar e dunas de uma paleta que até mesmo os mais devotos duvidam. Nem sempre a praia é boa para banho, mas a paisagem convida para caminhar. No mar, surfistas e kitesurfistas. Em terra –ou melhor, na areia–, ninhos de tartaruga marinha. Quer mais o quê? Para quem procurar ficar longe da muvuca, uma dica é hospedar-se na pousada Spa da Alma (spadaalma.tur.br), que oferece aos hóspedes transfer de hora em hora para o centrinho de Pipa. Ao todo, são 18 chalés, com diária a partir de R$ 380 (casal, com café da manhã). _ Originado de um antigo quilombo, o vilarejo parece ser um lugar que ficou praticamente parado no tempo. A pesca continua pautando a rotina de seus moradores e não raro é possível avistar barquinhos ancorados em frente às palmeiras e aos bancos de areia. Mas o turismo começa lentamente a alterar o cotidiano em alguns pontos da pequena vila –já há pousadas e restaurantes. O rio Catú, que é limpo, pode ser atravessado a pé. Ele divide a área. Balsas fazem o transporte dos carros. Do outro lado, no sentido sul, uma grande barreira de recifes protege a costa das ondas mais fortes, criando, assim, piscinas naturais, ideais para um banho calmo. Seguindo mais um bocado pelo lado sul, há algumas fazendas de criação de camarão, em uma região onde o visitante irá se deparar com praias ainda mais desertas. _ Vale a pena seguir adiante. Aos menos sedentários, é possível caminhar pela praia. São 9 km de trecho. Se a preguiça bater, uma van faz o transporte público do outro lado do rio Catú, em Sibaúma, até a barra. Chegando lá, uma dúvida: um banho tranquilo de rio nas águas do Curimataú ou pegar onda no Pontal da Boca da Barra? Pouco importa. Tanto no rio quando no mar, kitesurfe e windsurfe trafegam lado a lado nesse vilarejo de povo hospitaleiro. Há passeios de barco pela barra. _ Praias desertas se estendem por cerca de 20 km ao lado de falésias coloridas e lagoas de água doce. Quer mais? Esse pedaço ainda abriga um dos trechos de mata atlântica mais bem preservados do Estado do Rio Grande do Norte. Todos esses encantos naturais estão próximos a duas grandes capitais nordestinas: Baía Formosa fica a 94 km de Natal e a 110 km João Pessoa (PB). Há outro motivo que costuma atrair adeptos do turismo de natureza: ali se encontra a Mata da Estrela, reserva particular do patrimônio natural. Além dos atrativos da floresta atlântica, o lugar ganhou fama graças a outro destaque regional: a lagoa Araraquara, mais conhecida como Lagoa da Coca-Cola –ganhou esse nome devido às suas águas escuras, fruto da pigmentação das raízes das árvores e da composição química do solo, rico em iodo e ferro. Em qualquer bate-papo com os moradores locais, logo a gente fica sabendo de uma outra curiosidade: os nativos acreditam que as águas têm poderes medicinais e rejuvenescedores. O turismo está em expansão, com boas opções de hospedagem e restaurantes, a maioria deles, bem simples. _ Aqui também a solidão costuma pautar as andanças por suas areias. A praia do Sagi segue como um pedacinho da costa sul do Rio Grande do Norte que é ainda menos visitada e conhecida pelos turistas, inclusive do Estado. A tranquilidade parece ser moldada pelas dunas, ao assobio do vento, no pequeno vilarejo de pescadores, onde os menos de mil moradores estão sempre dispostos a receber bem os forasteiros. Na última praia sul do Rio Grande do Norte, na divisa com a Paraíba, a natureza se faz ainda mais soberana: estrada de terra vermelha, manguezal onde o som é só o dos bichos, dunas de areias branquinhas, mar que mistura diferentes tonalidades de verde... É como se fosse Pipa, só que do jeito que era mais ou menos 30 anos atrás.
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Conheça 10 praias perto de Pipa, das cheias de surfistas às mais vaziasRios, lagoas, dunas e falésias. O litoral sul do Rio Grande do Norte oferece opções paradisíacas para quem gosta de agitação ou sossego. Conheça dez praias ao redor de Pipa, das mais lotadas de surfistas às mais vazias e que parecem ter parado no tempo. * Quem disse que é só mar? Em Tibau do Sul, município do qual Pipa é distrito, o passeio mais agradável é o feito de barco pela lagoa de Guaraíras. Num tempo longínquo, a lagoa já foi doce, antes de ser aberta pela força da natureza e correr ao encontro do Atlântico. As águas banham um total de quatro municípios, com uma extensa área de mangue, e são a base de uma das mais importantes atividades econômicas daquela região: a criação de camarões. "Feita em canoas, a pesca artesanal também está presente por ali, onde as águas mansas e rasas são misturadas às do mar", explica Aude Barbosa, uma francesa casada com um pernambucano que comanda um passeio regado a boas histórias, petiscos e bebidas. E gringos! O tour, que se inicia pela manhã e segue até o pôr do sol, custa R$ 195, com traslados (uma van busca o turista no hotel e depois o leva de volta) e inclui comes e bebes. No fim do passeio, percebe-se o quanto Tibau é bem mais tranquila que Pipa. Informações e reservas podem ser obtidas pelos pelos telefones: (84) 3246-4351 e (84) 98824-0023. _ Dois caminhos e duas paisagens distintas formam a praia de Cacimbinhas, que fica entre o município de Tibau do Sul e o distrito de Pipa. Um pelo alto das falésias, com aquele mar a perder de vista, observado de cima dos paredões, apinhado de surfistas e kitesurfistas que deslizam por suas águas. Outro, pela areia sempre deserta, fina e clarinha, à beira-mar, de águas profundas e de vento constante. Se a escolha for pelo pé na areia, vale a pena conferir lá de baixo a mudança de tonalidades das falésias, que podem ir de um marrom escuro a um vermelho vivo, em contraste com as cores do mar. _ Muita gente que visita o litoral potiguar não economiza elogios quando avista a praia do Madeiro: ela ostenta uma das paisagens mais belas do Estado, numa estreita faixa de areia emoldurada por uma sequência de falésias de tirar o fôlego e mar verde-esmeralda. Nessas águas quentes e calmas, há espaço para o banho e também para os iniciantes do surfe. _ Quem vai sentir falta de barracas quando se tem um visual daqueles, com falésias avermelhadas acompanhando toda a orla? Popularmente conhecida como Baía dos Golfinhos, é destinada a quem pretende fugir da agitação das praias do Centro e do Amor. Antes de seguir pela areia, confira a tábua das marés, pois o único acesso é pela praia. A caminhada deve ser feita somente com a maré baixa (siga ou pelo Madeiro ou pela praia do Centro). Aqui vale uma sugestão: para ter uma noção exata do visual, faça uma das 14 trilhas sinalizadas até os mirantes do Santuário Ecológico, área que abrange cerca de 20 km de praias e falésias. O ingresso para percorrer esse ambiente preservado de mata atlântica custa R$ 10. Arredores de Pipa _ Do alto do Chapadão fica fácil de entender por que a praia ganhou esse nome: o mar faz com que a orla ganhe o formato de um coração. O areal é um dos mais concorridos e está sempre apinhado de gente que ocupa suas cadeiras de madeira e espreguiçadeiras acolchoadas. Para chegar à praia, é preciso primeiro encarar os degraus irregulares esculpidos na falésia. Lá embaixo, descortina-se um mar esverdeado com areia dourada. Por causa da maré brava, tornou-se point de surfistas, mas moradores também costumam marcar presença. _ Quase sempre desabitada, é uma praia que esconde uma curiosidade histórica sobre o vilarejo –ela tem uma pedra que foi avistada pelos portugueses no passado e que rendeu o batismo da região: Pipa. Isso porque a rocha tem formato de barril, também chamado de pipa, principalmente por ser usado para armazenar bebidas alcoólicas. A tal pedra alimenta ainda histórias curiosas entre nativos, como a que defende a existência de uma serpente que se esconde lá dentro. Fato é que o local, de ondas poderosas, é daqueles pontos para contemplar a natureza no fim de tarde, quando o céu colore mar e dunas de uma paleta que até mesmo os mais devotos duvidam. Nem sempre a praia é boa para banho, mas a paisagem convida para caminhar. No mar, surfistas e kitesurfistas. Em terra –ou melhor, na areia–, ninhos de tartaruga marinha. Quer mais o quê? Para quem procurar ficar longe da muvuca, uma dica é hospedar-se na pousada Spa da Alma (spadaalma.tur.br), que oferece aos hóspedes transfer de hora em hora para o centrinho de Pipa. Ao todo, são 18 chalés, com diária a partir de R$ 380 (casal, com café da manhã). _ Originado de um antigo quilombo, o vilarejo parece ser um lugar que ficou praticamente parado no tempo. A pesca continua pautando a rotina de seus moradores e não raro é possível avistar barquinhos ancorados em frente às palmeiras e aos bancos de areia. Mas o turismo começa lentamente a alterar o cotidiano em alguns pontos da pequena vila –já há pousadas e restaurantes. O rio Catú, que é limpo, pode ser atravessado a pé. Ele divide a área. Balsas fazem o transporte dos carros. Do outro lado, no sentido sul, uma grande barreira de recifes protege a costa das ondas mais fortes, criando, assim, piscinas naturais, ideais para um banho calmo. Seguindo mais um bocado pelo lado sul, há algumas fazendas de criação de camarão, em uma região onde o visitante irá se deparar com praias ainda mais desertas. _ Vale a pena seguir adiante. Aos menos sedentários, é possível caminhar pela praia. São 9 km de trecho. Se a preguiça bater, uma van faz o transporte público do outro lado do rio Catú, em Sibaúma, até a barra. Chegando lá, uma dúvida: um banho tranquilo de rio nas águas do Curimataú ou pegar onda no Pontal da Boca da Barra? Pouco importa. Tanto no rio quando no mar, kitesurfe e windsurfe trafegam lado a lado nesse vilarejo de povo hospitaleiro. Há passeios de barco pela barra. _ Praias desertas se estendem por cerca de 20 km ao lado de falésias coloridas e lagoas de água doce. Quer mais? Esse pedaço ainda abriga um dos trechos de mata atlântica mais bem preservados do Estado do Rio Grande do Norte. Todos esses encantos naturais estão próximos a duas grandes capitais nordestinas: Baía Formosa fica a 94 km de Natal e a 110 km João Pessoa (PB). Há outro motivo que costuma atrair adeptos do turismo de natureza: ali se encontra a Mata da Estrela, reserva particular do patrimônio natural. Além dos atrativos da floresta atlântica, o lugar ganhou fama graças a outro destaque regional: a lagoa Araraquara, mais conhecida como Lagoa da Coca-Cola –ganhou esse nome devido às suas águas escuras, fruto da pigmentação das raízes das árvores e da composição química do solo, rico em iodo e ferro. Em qualquer bate-papo com os moradores locais, logo a gente fica sabendo de uma outra curiosidade: os nativos acreditam que as águas têm poderes medicinais e rejuvenescedores. O turismo está em expansão, com boas opções de hospedagem e restaurantes, a maioria deles, bem simples. _ Aqui também a solidão costuma pautar as andanças por suas areias. A praia do Sagi segue como um pedacinho da costa sul do Rio Grande do Norte que é ainda menos visitada e conhecida pelos turistas, inclusive do Estado. A tranquilidade parece ser moldada pelas dunas, ao assobio do vento, no pequeno vilarejo de pescadores, onde os menos de mil moradores estão sempre dispostos a receber bem os forasteiros. Na última praia sul do Rio Grande do Norte, na divisa com a Paraíba, a natureza se faz ainda mais soberana: estrada de terra vermelha, manguezal onde o som é só o dos bichos, dunas de areias branquinhas, mar que mistura diferentes tonalidades de verde... É como se fosse Pipa, só que do jeito que era mais ou menos 30 anos atrás.
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'Mulher mais pesada do mundo' perde 100 kg após cirurgia na Índia
Apontada como a mulher mais pesada do mundo, a egípcia Eman Ahmed Abd El Aty, 36, já perdeu cem quilos dos cerca de 500 quilos que tinha quando chegou à Índia, em janeiro, para uma cirurgia bariátrica, segundo informou o hospital Saifee Hospital, em Mumbai (ex-Bombaim), na Índia. "Estamos tentando colocá-la em forma para que possa voar de volta ao Egito o quanto antes", disse o hospital, por meio de um comunicado. A família de Abd El Aty disse que ela não saiu de casa por 25 anos, até janeiro deste ano, quando foi para a Índia num voo particular pago para transportá-la. Um porta-voz do hospital disse à BBC que a egípcia deve perder mais peso nos próximos meses. A operação foi feita por uma equipe de médicos liderada pelo cirurgião Muffazal Lakdawala, especialista em cirurgia bariátrica. Esse tipo de cirurgia, também conhecida como de "redução de estômago" é feita para acelerar a perda de peso e é usada como último recurso para pacientes diagnosticados com obesidade mórbida –pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 40– ou que tenham IMC maior que 35 e problemas de saúde como alto risco cardiovascular. A família da egípcia diz que ela nasceu pesando cinco quilos e foi diagnosticada com elefantíase, uma doença infecciosa causada por parasitas e que provoca inchaço e engrossamento da pele das partes afetadas. Quando ela tinha 11 anos, ganhou peso rapidamente e sofreu um derrame que a deixou na cama. Desde então, a mãe e uma irmã cuidam dela. Segundo disse o médico Lakdawala à BBC, ainda em dezembro do ano passado, Abd El Aty não teve elefantíase, mas provavelmente sofria de um tipo de obesidade relacionada à linfedema –doença crônica do sistema linfático que pode ser hereditária e causa inchaços agudos, principalmente nas pernas. O QUE É UMA CIRURGIA BARIÁTRICA? Esse tipo de intervenção cirúrgica é recomendada para pessoas com dificuldade extrema de perder peso e que tenham Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 40, com ou sem doenças associadas. Também entram na lista de pacientes aptos a se submeter ao procedimento os que têm IMC maior que 35 e problemas de saúde sem sucesso no tratamento clínico como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, alto risco cardiovascular, ou doenças articulares degenerativas. Existem diferentes técnicas. Há duas mais comuns: - Cirurgia bypass gástrico, na qual parte do estômago é grampeada e o intestino desviado de forma que menos alimentos sejam digeridos e a pessoa tenha a sensação de saciedade. - Cirurgia banda gástrica, na qual uma banda de silicone é colocada em volta do estômago, reduzindo a quantidade de alimentos necessária para saciar uma pessoa. No Brasil, em 2016, foram feitas cerca de cem mil cirurgias bariátricas. Dessas, aproximadamente 10% foram na rede pública, onde o tempo de espera pode chegar a até dez anos. Recentemente, o senador e ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) se submeteu a uma cirurgia bariátrica numa técnica polêmica e contestada para curar o diabetes. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a técnica é experimental.
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'Mulher mais pesada do mundo' perde 100 kg após cirurgia na ÍndiaApontada como a mulher mais pesada do mundo, a egípcia Eman Ahmed Abd El Aty, 36, já perdeu cem quilos dos cerca de 500 quilos que tinha quando chegou à Índia, em janeiro, para uma cirurgia bariátrica, segundo informou o hospital Saifee Hospital, em Mumbai (ex-Bombaim), na Índia. "Estamos tentando colocá-la em forma para que possa voar de volta ao Egito o quanto antes", disse o hospital, por meio de um comunicado. A família de Abd El Aty disse que ela não saiu de casa por 25 anos, até janeiro deste ano, quando foi para a Índia num voo particular pago para transportá-la. Um porta-voz do hospital disse à BBC que a egípcia deve perder mais peso nos próximos meses. A operação foi feita por uma equipe de médicos liderada pelo cirurgião Muffazal Lakdawala, especialista em cirurgia bariátrica. Esse tipo de cirurgia, também conhecida como de "redução de estômago" é feita para acelerar a perda de peso e é usada como último recurso para pacientes diagnosticados com obesidade mórbida –pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 40– ou que tenham IMC maior que 35 e problemas de saúde como alto risco cardiovascular. A família da egípcia diz que ela nasceu pesando cinco quilos e foi diagnosticada com elefantíase, uma doença infecciosa causada por parasitas e que provoca inchaço e engrossamento da pele das partes afetadas. Quando ela tinha 11 anos, ganhou peso rapidamente e sofreu um derrame que a deixou na cama. Desde então, a mãe e uma irmã cuidam dela. Segundo disse o médico Lakdawala à BBC, ainda em dezembro do ano passado, Abd El Aty não teve elefantíase, mas provavelmente sofria de um tipo de obesidade relacionada à linfedema –doença crônica do sistema linfático que pode ser hereditária e causa inchaços agudos, principalmente nas pernas. O QUE É UMA CIRURGIA BARIÁTRICA? Esse tipo de intervenção cirúrgica é recomendada para pessoas com dificuldade extrema de perder peso e que tenham Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 40, com ou sem doenças associadas. Também entram na lista de pacientes aptos a se submeter ao procedimento os que têm IMC maior que 35 e problemas de saúde sem sucesso no tratamento clínico como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, alto risco cardiovascular, ou doenças articulares degenerativas. Existem diferentes técnicas. Há duas mais comuns: - Cirurgia bypass gástrico, na qual parte do estômago é grampeada e o intestino desviado de forma que menos alimentos sejam digeridos e a pessoa tenha a sensação de saciedade. - Cirurgia banda gástrica, na qual uma banda de silicone é colocada em volta do estômago, reduzindo a quantidade de alimentos necessária para saciar uma pessoa. No Brasil, em 2016, foram feitas cerca de cem mil cirurgias bariátricas. Dessas, aproximadamente 10% foram na rede pública, onde o tempo de espera pode chegar a até dez anos. Recentemente, o senador e ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) se submeteu a uma cirurgia bariátrica numa técnica polêmica e contestada para curar o diabetes. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a técnica é experimental.
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Dólar sobe e fecha em R$ 3,305, o maior valor em quase 12 anos
O dólar atingiu R$ 3,30 nesta quinta (19) e fechou no maior valor em quase 12 anos com a tensão crescente entre o governo e o Congresso Nacional. Após a demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação os investidores temem que fique cada vez mais difícil aprovar um ajuste nas contas do governo. O episódio ajudou a reverter a euforia da véspera. A moeda americana havia tido forte baixa devido à leitura de que o Federal Reserve (BC dos EUA) deverá atrasar para setembro e fazer em ritmo mais gradual o aumento nos juros. Nesta quinta, porém, aumentou o coro daqueles que discordam dessa visão, veem sinais contraditórios emitidos pelo Fed e esperam uma alta mais rápida das taxas. No Brasil, o agravamento da crise política se somou às dúvidas sobre o futuro das intervenções do Banco Central no câmbio e fez a moeda americana se valorizar mais fortemente do que em outros países. Entre as moedas emergentes, o real foi a que mais se desvalorizou em relação ao dólar, segundo a Bloomberg. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou esta quinta em alta de 1,19%, a R$ 3,305, o maior valor desde 1º de abril de 2003. O dólar comercial teve valorização de 2,58%, para R$ 3,296, também no maior patamar desde 1º de abril de 2003. Na máxima, a moeda atingiu R$ 3,307. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 1,11%, a 50.953 pontos, quebrando uma sequência de três altas. Das 68 ações negociadas, 46 caíram, 20 subiram e duas se mantiveram inalteradas. CRISE POLÍTICA A avaliação inicial dos analistas foi de que a demissão de Cid Gomes aceleraria a reforma ministerial que o governo estaria pensando em fazer para agradar sua base de aliados no Congresso. "Isso seria positivo para o governo, pois poderia melhorar a articulação com a base aliada", diz Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos. Ainda durante a manhã, porém, a presidente Dilma Rousseff descartou fazer uma reforma ministerial e afirmou que não usará um critério partidário para nomear o substituto de Cid Gomes na Educação. "A decisão pode causar mais fragilidade da articulação política em um cenário já desafiador", ressalta Rey. "Agora, a moeda retoma uma tendência de alta que deve se manter no curto prazo", completa. ATUAÇÕES DO BC As dúvidas sobre o fim do programa de intervenção do Banco Central também pesaram na alta da moeda americana. Na quarta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária ainda não definiu sobre a continuidade das intervenções no mercado de câmbio por meio do programa de leilões de contratos de "swap cambial" (que equivalem a uma venda futura de dólares). "O término do programa tende a gerar uma pressão adicional de alta sobre o dólar. Isso deve ser definido no dia 24, quando o Tombini comparecerá no Senado. O fim do programa, na nossa avaliação, é bastante provável", diz Ignácio Rey, da Guide. No mercado brasileiro, Banco Central deu sequência nesta quinta às vendas de contratos de swap cambial que tem sido feitas normalmente, segundo programa de intervenções no mercado já em vigor. EUA A alta do dólar ocorreu na contramão da maioria das principais moedas emergentes, que se apreciaram em relação à divisa americana ainda sob efeito da ata do Fed (BC dos EUA). Das 24 principais moedas emergentes, 17 se valorizaram ante o dólar nesta sessão. Na quarta-feira, o Fed indicou preocupação com o crescimento moderado da economia americana e sinalizou que só elevará as taxas de juros quando sentir uma recuperação sólida dos Estados Unidos. "Os mercados receberam bem a indicação de que, quando o Fed começar a subir os juros, vai fazer isso de uma forma responsável, e não brusca, o que poderia causar muita instabilidade no mercado", diz André Moraes, analista da corretora Rico. Nesta quinta, foram divulgados dados de auxílio-desemprego nos EUA, mostrando que os pedidos cresceram levemente na semana passada. Isso indica que o mercado de trabalho americano continua em terreno sólido, apesar da desaceleração no crescimento econômico. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram de 290 mil para 291 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira. BOLSA A tensão política impactou a Bolsa nesta sessão, embora os investidores também tenham aproveitado para embolsar lucros obtidos nos três pregões anteriores. Destaque para as ações da Petrobras, que fecharam em baixa após três altas fortes. Os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, caíram 3,99%, para R$ 8,90. As ações ordinárias, com direito a voto, sofreram desvalorização de 4,40%, para R$ 8,69. A queda das ações acompanhou a desvalorização do preço do petróleo no mercado externo. Vale e siderúrgicas foram afetadas pela desvalorização do preço do minério de ferro no exterior. As ações preferenciais da Vale caíram 1,07%, para R$ 16,60. As ações ordinárias tiveram baixa de 2,25%, para R$ 19,15. O minério caiu pelo terceiro dia seguido e já acumula desvalorização de 4,6% na semana.
mercado
Dólar sobe e fecha em R$ 3,305, o maior valor em quase 12 anosO dólar atingiu R$ 3,30 nesta quinta (19) e fechou no maior valor em quase 12 anos com a tensão crescente entre o governo e o Congresso Nacional. Após a demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação os investidores temem que fique cada vez mais difícil aprovar um ajuste nas contas do governo. O episódio ajudou a reverter a euforia da véspera. A moeda americana havia tido forte baixa devido à leitura de que o Federal Reserve (BC dos EUA) deverá atrasar para setembro e fazer em ritmo mais gradual o aumento nos juros. Nesta quinta, porém, aumentou o coro daqueles que discordam dessa visão, veem sinais contraditórios emitidos pelo Fed e esperam uma alta mais rápida das taxas. No Brasil, o agravamento da crise política se somou às dúvidas sobre o futuro das intervenções do Banco Central no câmbio e fez a moeda americana se valorizar mais fortemente do que em outros países. Entre as moedas emergentes, o real foi a que mais se desvalorizou em relação ao dólar, segundo a Bloomberg. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou esta quinta em alta de 1,19%, a R$ 3,305, o maior valor desde 1º de abril de 2003. O dólar comercial teve valorização de 2,58%, para R$ 3,296, também no maior patamar desde 1º de abril de 2003. Na máxima, a moeda atingiu R$ 3,307. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 1,11%, a 50.953 pontos, quebrando uma sequência de três altas. Das 68 ações negociadas, 46 caíram, 20 subiram e duas se mantiveram inalteradas. CRISE POLÍTICA A avaliação inicial dos analistas foi de que a demissão de Cid Gomes aceleraria a reforma ministerial que o governo estaria pensando em fazer para agradar sua base de aliados no Congresso. "Isso seria positivo para o governo, pois poderia melhorar a articulação com a base aliada", diz Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos. Ainda durante a manhã, porém, a presidente Dilma Rousseff descartou fazer uma reforma ministerial e afirmou que não usará um critério partidário para nomear o substituto de Cid Gomes na Educação. "A decisão pode causar mais fragilidade da articulação política em um cenário já desafiador", ressalta Rey. "Agora, a moeda retoma uma tendência de alta que deve se manter no curto prazo", completa. ATUAÇÕES DO BC As dúvidas sobre o fim do programa de intervenção do Banco Central também pesaram na alta da moeda americana. Na quarta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária ainda não definiu sobre a continuidade das intervenções no mercado de câmbio por meio do programa de leilões de contratos de "swap cambial" (que equivalem a uma venda futura de dólares). "O término do programa tende a gerar uma pressão adicional de alta sobre o dólar. Isso deve ser definido no dia 24, quando o Tombini comparecerá no Senado. O fim do programa, na nossa avaliação, é bastante provável", diz Ignácio Rey, da Guide. No mercado brasileiro, Banco Central deu sequência nesta quinta às vendas de contratos de swap cambial que tem sido feitas normalmente, segundo programa de intervenções no mercado já em vigor. EUA A alta do dólar ocorreu na contramão da maioria das principais moedas emergentes, que se apreciaram em relação à divisa americana ainda sob efeito da ata do Fed (BC dos EUA). Das 24 principais moedas emergentes, 17 se valorizaram ante o dólar nesta sessão. Na quarta-feira, o Fed indicou preocupação com o crescimento moderado da economia americana e sinalizou que só elevará as taxas de juros quando sentir uma recuperação sólida dos Estados Unidos. "Os mercados receberam bem a indicação de que, quando o Fed começar a subir os juros, vai fazer isso de uma forma responsável, e não brusca, o que poderia causar muita instabilidade no mercado", diz André Moraes, analista da corretora Rico. Nesta quinta, foram divulgados dados de auxílio-desemprego nos EUA, mostrando que os pedidos cresceram levemente na semana passada. Isso indica que o mercado de trabalho americano continua em terreno sólido, apesar da desaceleração no crescimento econômico. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram de 290 mil para 291 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira. BOLSA A tensão política impactou a Bolsa nesta sessão, embora os investidores também tenham aproveitado para embolsar lucros obtidos nos três pregões anteriores. Destaque para as ações da Petrobras, que fecharam em baixa após três altas fortes. Os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, caíram 3,99%, para R$ 8,90. As ações ordinárias, com direito a voto, sofreram desvalorização de 4,40%, para R$ 8,69. A queda das ações acompanhou a desvalorização do preço do petróleo no mercado externo. Vale e siderúrgicas foram afetadas pela desvalorização do preço do minério de ferro no exterior. As ações preferenciais da Vale caíram 1,07%, para R$ 16,60. As ações ordinárias tiveram baixa de 2,25%, para R$ 19,15. O minério caiu pelo terceiro dia seguido e já acumula desvalorização de 4,6% na semana.
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Selfie de Miss Líbano e Miss Israel provoca críticas nas redes sociais
O concurso de Miss Universo adquiriu um viés diplomático neste domingo (18), após a Miss Líbano aparecer em uma selfie tirada pela Miss Israel, despertando a indignação da primeira. "Desde que cheguei em Miami [onde acontece a competição], tenho sido extremamente cuidadosa para não aparecer em fotos nem me comunicar com a Miss Israel", escreveu Saly Greige, a Miss Líbano, em sua página no Facebook. Os dois países estão tecnicamente em guerra desde o conflito em 2006 entre o movimento libanês Hizbullah e Israel, ainda que os combates durem várias décadas. A Miss Líbano explicou que, quando posava ao lado da Miss Japão e da Miss Eslovênia, Doron Matalon, que representa Israel, se aproximou, tirou uma foto com sua câmera e postou imediatamente no Instagram. A selfie já foi compartilhada milhares de vezes nas redes sociais, dividindo os internautas libaneses a favor e contra a atitude de Greige. A candidata israelense também escreveu no Facebook e lamentou a polêmica: "Não me surpreende, mas me entristece. Que pena que não possas deixar a hostilidade de lado", disse.
mundo
Selfie de Miss Líbano e Miss Israel provoca críticas nas redes sociaisO concurso de Miss Universo adquiriu um viés diplomático neste domingo (18), após a Miss Líbano aparecer em uma selfie tirada pela Miss Israel, despertando a indignação da primeira. "Desde que cheguei em Miami [onde acontece a competição], tenho sido extremamente cuidadosa para não aparecer em fotos nem me comunicar com a Miss Israel", escreveu Saly Greige, a Miss Líbano, em sua página no Facebook. Os dois países estão tecnicamente em guerra desde o conflito em 2006 entre o movimento libanês Hizbullah e Israel, ainda que os combates durem várias décadas. A Miss Líbano explicou que, quando posava ao lado da Miss Japão e da Miss Eslovênia, Doron Matalon, que representa Israel, se aproximou, tirou uma foto com sua câmera e postou imediatamente no Instagram. A selfie já foi compartilhada milhares de vezes nas redes sociais, dividindo os internautas libaneses a favor e contra a atitude de Greige. A candidata israelense também escreveu no Facebook e lamentou a polêmica: "Não me surpreende, mas me entristece. Que pena que não possas deixar a hostilidade de lado", disse.
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Gilberto Gil está internado para tratar hipertensão em São Paulo
Gilberto Gil está internado há cinco dias em São Paulo, informou nesta terça-feira (1º) o hospital Sírio-Libanês. O cantor deu entrada na unidade no último dia 25 para exames anuais de rotina e foi diagnosticado com um quadro de hipertensão arterial. Por isso, permaneceu para observação e tratamento clínico, segundo boletim médico. Sua mulher, Flora Gil, o acompanha no hospital. Segundo a assessoria de Gil, seu estado de saúde é bom e ele volta já nesta quarta (2) ao Rio de Janeiro, onde mora. Nenhuma alteração foi feita na agenda do músico. Em abril, ele retoma a turnê "Dois Amigos, Um Século de Música", ao lado de Caetano Veloso, com shows marcados nos Estados Unidos e em países da Europa até maio.
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Gilberto Gil está internado para tratar hipertensão em São PauloGilberto Gil está internado há cinco dias em São Paulo, informou nesta terça-feira (1º) o hospital Sírio-Libanês. O cantor deu entrada na unidade no último dia 25 para exames anuais de rotina e foi diagnosticado com um quadro de hipertensão arterial. Por isso, permaneceu para observação e tratamento clínico, segundo boletim médico. Sua mulher, Flora Gil, o acompanha no hospital. Segundo a assessoria de Gil, seu estado de saúde é bom e ele volta já nesta quarta (2) ao Rio de Janeiro, onde mora. Nenhuma alteração foi feita na agenda do músico. Em abril, ele retoma a turnê "Dois Amigos, Um Século de Música", ao lado de Caetano Veloso, com shows marcados nos Estados Unidos e em países da Europa até maio.
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Garantias do Tesouro cobriram perdas sofridas com Sete Brasil
O balanço do primeiro semestre deste ano do FI-FGTS mostra que os investimentos no período renderam 5,38%, o que representou R$ 1,7 bilhão. Com esse resultado, o fundo cobriu o prejuízo de 3% do ano passado, quando foi obrigado a reconhecer perdas de cerca de R$ 1 bilhão com o investimento na Sete Brasil. O fundo conseguiu reverter a situação porque, no final do ano passado, quando já era público que os sócios da Sete discutiam entrar em recuperação judicial, os credores conseguiram sacar as garantias dadas pelo Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN), abastecido pelo Tesouro Nacional. O FI-FGTS recebeu cerca de R$ 900 milhões em ações do Banco do Brasil. O valor representou 32% de tudo o que o FI-FGTS colocou na Sete, entre participação acionária e empréstimos diretos. Com a valorização desses papéis, o fundo recuperou cerca de 90% do que foi investido na Sete Brasil. A legislação do FI-FGTS não permite que o fundo renda menos do que 6% ao ano, além da TR (Taxa Referencial). O fundo não usa dinheiro das contas dos trabalhadores diretamente. O saldo do FGTS é aplicado no mercado e parte desse rendimento é que abastece o FI-FGTS. Além de auxiliar no financiamento das obras de infraestrutura que não recebiam recursos do FGTS diretamente, o FI foi criado para tentar melhorar o rendimento do Fundo, que é remunerado por índices, em média, menores que a inflação. Mas, ao longo dos anos, houve críticas à forma como o FI escolhia as empresas em que investiria. Como a remuneração exigida pelo Fundo é uma taxa menor que a de empréstimos de mercado, os concorrentes reclamavam que o investimento desse fundo ajudava as empresas a terem propostas mais vantajosas nas licitações. LIMITAÇÃO DOS RECURSOS Com R$ 12 bilhões em caixa, o FI-FGTS, bilionário fundo que investe em infraestrutura com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dos trabalhadores, terá regras mais rígidas para seus investimentos, que serão aplicadas no novo programa de concessões que o governo apresentará nesta semana. Após perdas decorrentes de sua participação em empresas investigadas pela Operação Lava Jato, o objetivo é reduzir ao máximo o risco dos investimentos do fundo e estimular a participação de grandes investidores privados no financiamento dos projetos do novo governo.
mercado
Garantias do Tesouro cobriram perdas sofridas com Sete BrasilO balanço do primeiro semestre deste ano do FI-FGTS mostra que os investimentos no período renderam 5,38%, o que representou R$ 1,7 bilhão. Com esse resultado, o fundo cobriu o prejuízo de 3% do ano passado, quando foi obrigado a reconhecer perdas de cerca de R$ 1 bilhão com o investimento na Sete Brasil. O fundo conseguiu reverter a situação porque, no final do ano passado, quando já era público que os sócios da Sete discutiam entrar em recuperação judicial, os credores conseguiram sacar as garantias dadas pelo Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN), abastecido pelo Tesouro Nacional. O FI-FGTS recebeu cerca de R$ 900 milhões em ações do Banco do Brasil. O valor representou 32% de tudo o que o FI-FGTS colocou na Sete, entre participação acionária e empréstimos diretos. Com a valorização desses papéis, o fundo recuperou cerca de 90% do que foi investido na Sete Brasil. A legislação do FI-FGTS não permite que o fundo renda menos do que 6% ao ano, além da TR (Taxa Referencial). O fundo não usa dinheiro das contas dos trabalhadores diretamente. O saldo do FGTS é aplicado no mercado e parte desse rendimento é que abastece o FI-FGTS. Além de auxiliar no financiamento das obras de infraestrutura que não recebiam recursos do FGTS diretamente, o FI foi criado para tentar melhorar o rendimento do Fundo, que é remunerado por índices, em média, menores que a inflação. Mas, ao longo dos anos, houve críticas à forma como o FI escolhia as empresas em que investiria. Como a remuneração exigida pelo Fundo é uma taxa menor que a de empréstimos de mercado, os concorrentes reclamavam que o investimento desse fundo ajudava as empresas a terem propostas mais vantajosas nas licitações. LIMITAÇÃO DOS RECURSOS Com R$ 12 bilhões em caixa, o FI-FGTS, bilionário fundo que investe em infraestrutura com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dos trabalhadores, terá regras mais rígidas para seus investimentos, que serão aplicadas no novo programa de concessões que o governo apresentará nesta semana. Após perdas decorrentes de sua participação em empresas investigadas pela Operação Lava Jato, o objetivo é reduzir ao máximo o risco dos investimentos do fundo e estimular a participação de grandes investidores privados no financiamento dos projetos do novo governo.
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Aniversário de São Paulo marca vida de esportista, fotógrafo e empresário
Um veio de Santa Catarina e venceu regatas em dois rios até então navegáveis –o Tietê e o Jurubatuba, continuação do rio Pinheiros. Outro, nascido no Brás, fotografou uma Catedral da Sé recém-inaugurada e um parque Ibirapuera ainda em obras. Um terceiro, ainda, mantém viva a tradição de um bolo de milhares de pedaços no Bexiga. Seus feitos marcaram a história das comemorações do aniversário de São Paulo, que completa 462 anos na próxima segunda-feira (25). * EM 1954, FESTA TAMBÉM ACONTECIA ÀS MARGENS DO TIETÊ Uma das lembranças mais importantes do ex-atleta de remo catarinense Francisco Schmitt foi nas comemorações 4° centenário de aniversário de São Paulo, em 1954. Com apenas 21 anos, Schmitt foi um dos ganhadores de duas das competições de remo que fizeram parte dos eventos esportivos realizados no ano das comemorações dos 400 anos da cidade. Uma das provas foi a regata Forças Armadas e a outra Fundação da Cidade. As provas aconteceram nas ainda limpas águas do Jurubatuba, continuação do rio Pinheiros, já próximo ao início da represa Billings, na zona sul. O Aldo Luz, clube de regatas com sede em Florianópolis, foi o campeão das duas provas. A manchete da "Folha da Manhã foi "Dupla vitória dos catarinenses nas competições de Jurubatuba". Em 1960, os três títulos "Folha da Manhã", "Folha da Tarde" e "Folha da Noite" se fundem e surge o jornal Folha de S.Paulo. Apesar de jovem, seu Chicão, como é chamado por amigos do Aldo Luz, que defendeu por 22 anos, já era uma atleta experiente. Estava em seu quarto ano de competições. "Havia vários clubes de outros estados, como a Bahia e o Espírito Santo", afirmou. Um dos maiores oponentes do Aldo Luz foi Vasco da Gama, representante do Rio de Janeiro, até então capital do país. Os treinos eram realizadas no rio Tietê. Para se deslocar até o local de provas, os competidores precisavam ir até o km 29 da rodovia Anchieta. "Naquela época o rio Tietê já era poluído, era difícil para os atletas. A gente tinha de andar aquilo tudo para ir e voltar para treinar, era uma loucura", conta seu Chicão. Já a hospedagem dos atletas foi no estádio do Pacaembu. "Era um luxo só o local, quase um hotel. O presidente da federação paulista de remo, o médico Ariosto Buller Souto ficou amigo nosso, era uma mordomia danada", relembra. AS PROVAS As duas regatas foram realizadas em dias consecutivos, em 24 e 25 de janeiro. Os oito atletas do Aldo Luz, incluindo seu Chicão, usaram um barco modelo out-riggerr. "As provas foram muito difíceis. Estava muito quente, não chovia há dias na cidade", conta. Seu Chicão era o solta-voga, segundo de trás pra frente do barco. Disputada, a prova Forças Armadas, no dia 24, só foi vencida nos últimos segundos, deixando o Vasco da Gama em segundo lugar. "A minha posição era de avanço, para impulsionar o barco. A primeira ganhamos por pico de prova", relata o ex-atleta, usando a linguagem do remo. O Aldo Luz emparelhou com o Vasco da Gama desde os 300 até os 1700 metros, para nos 300 metros finais virar sensacionalmente, dando 38 remadas por minuto, e vencer a prova por meio barco de vantagem, conta a reportagem da época. Já na prova do Aniversário da Cidade o Aldo Luz estava em terceiro lugar e, nos 200 metros finais, superou o Vasco e o clube capixaba Álvares Cabral, que ficou em segundo lugar. "As grandes competições aconteciam de dois em dois anos. Participei de outras suas duas outras provas nos anos seguintes. Durante 10 anos, de 1952 a 1962, não tive uma derrota", relembra seu Chicão. FORA DAS ÁGUAS Com 82 anos, seu Chicão ainda guarda boas lembranças da cidade, que viu crescer ao longo dos anos, mesmo morando longe. "Gostava bastante de encontrar amigos encontrava amigos no restaurante do Masp, lá na alameda Santos", disse. Na década de 1970, ele passou a morar no Rio de Janeiro, onde abriu uma empresa de recrutamento de pessoas, e continuou no remo, no Clube Botafogo. Um dos escritórios da empresa era em um dos prédios da avenida São Luiz, próximo à rua da Consolação e à biblioteca Mário da Andrade, no centro. Um dos roteiros preferidos naquela época era visitar os parques da cidade, em especial o da Água Branca e o Ibirapuera, além de visitar as instalações do Pacaembu, para relembrar da época de hospedagem dos tempos de remo. "São Paulo é muito grande, a região das represas quase não era povoada na em 1954 e hoje não falta gente por aí". - O FOTÓGRAFO OFICIAL DO ANIVERSÁRIO Cinquenta anos separam imagens da missa da Catedral da Sé, uma das mais tradicionais celebrações do 25 de janeiro, registradas pelas lentes do fotógrafo paulistano, nascido no Brás, German Lorca. As primeiras fotografias são de 1954, ano de inauguração da catedral, durante as comemorações do 4° Centenário da cidade. Naquele ano o fotógrafo estava no começo da carreira, quando decidiu largar definitivamente a formação em Ciências Contábeis e montar um estúdio próprio. Era um dos membros do Cine Clube Bandeirante, um dos mais antigos fotoclubes do país. Convidado pelo colega do Cine Clube, Geraldo de Barros, em conversa com o industrial Ciccillo Matarazzo, Lorca foi o fotógrafo oficial das comemorações. A câmera usada por ele era uma rolleiflex, que usou para tirar fotos dos presentes na missa, como os políticos Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. "A única coisa que eu não consegui pegar foi o presidente Getúlio Vargas entrando na Sé. A inauguração foi usada como símbolo de poder. Trouxeram índios do Xingu, colocaram calças neles", relembra o fotógrafo. Os objetivos das fotos, segundo Lorca, foi a produção de uma revista sobre os 400 anos, publicada somente em outubro daquele ano. Além da missa, Lorca registrou o balé do quarto centenário, e algumas obras ainda inacabadas do parque o Ibirapuera, inaugurado em agosto daquele ano. "Uma das imagens mais marcantes foi a do meu filho com a avó, em frente à Oca andando pelo parque, simbolizando o antigo e o moderno", relembra. Outras imagens feitas por Lorca foram do Teatro Experimental do Negro, liderado pelo ator e poeta Abdias do Nascimento. O projeto recrutava negros de diferentes origens para a realização de peças. "Infelizmente essas fotos não saíram na revista", lamenta o fotógrafo. O segundo registro da missa na Sé foi em 2004, nos festejos dos 450 anos. Desta vez as fotos só foram da missa e de espaços do centro, a máquina usada foi uma Leica de 35mm, que registrou imagens coloridas. "A missa de 1954 foi para pessoas escolhidas da época, já em 2004 a missa foi aberta", disse. Cerca de 1.300 pessoas estavam na catedral em 2004, mas um aglomerado ficou do lado de fora da missa e precisou assistir à celebração por telões.. Mais de 5 mil pessoas estavam no entorno da praça da Sé, segundo informações da Guarda Civil Metropolitana na época. As mudanças nos prédios, construções e que passam pelas e avenidas ruas de São Paulo foram temas das fotografias de Lorca. Filho de imigrantes espanhois, o fotógrafo mora hoje no bairro de Moema e mantém um estúdio de fotografia com os filhos na Vila Mariana, na zona sul. O fotógrafo trabalhou com publicidade, registrando a abertura e fechamento de estabelecimentos e lojas como o Mappin, loja de departamentos que famosa nos anos 1980 para qual já fez campanhas. Além disso, ele fotografou vários espaços da cidade, como as praças da República e Clovis Bevilácqua, o vale do Anhangabaú a avenida São Luiz. "Antes tudo girava em torno do centro, era um círculo, saía para fotografar sem medo de ser atropelado, hoje cada bairro é um centro comercial", conta rindo. Para Lorca, não houve apenas mudanças na paisagem, com o crescimento da metrópole, mas também no jeito e postura das pessoas fotografadas. "Hoje as pessoas são exigentes para posarem para uma foto, naquele tempo poderíamos fazê-lo sem problemas, havia uma inocência". - AOS 82 ANOS, PREPARA 6.000 PEDAÇOS DE BOLO Sentado em uma das mesas de sua cantina italiana na rua 13 de maio, Walter Taverna planeja mais um "bolo do Bexiga", símbolo das comemorações do aniversário de São Paulo. Aos 82 anos, seo Walter, como é conhecido, trabalha 18 horas por dia. "É por recomendação médica", diz. Uma das tarefas que se dedica é a organização de festas no Bexiga, para manter as tradições do bairro, segundo ele. O empresário, lamenta, no entanto, que o bolo do Bexiga não seja mais servido inteiro. Neste ano, a distribuição da sobremesa será feita em pedaços separados. Há oito anos que não ocorre o "avanço ao bolo". Os pedaços eram consumidos em segundos, enfiado em sacolas e baldes e levado por pessoas de diversas partes. A última edição em formato de tabuleiro, em 2008, entrou para o livro dos recordes, o "Guinness", como o maior bolo de aniversário do mundo. "Depois de cantar o parabéns, as pessoas avançavam. Eu gostava porque é uma festa do povo, e ao povo não se pode negar nada". Mesmo com a falta do bolo inteiro, a festa continuou. "Em 2009, com a falta de patrocínio para a distribuição da sobremesa, pedimos para pintores e grafiteiros desenharem o bolo no chão, representando as comemorações", conta Solang Taverna, filha do empresário. Neste ano, a festa será na rua Rui Barbosa, entre a Conselheiro Carrão e a 13 de maio. Naquele ano, o programa "Pânico", então transmitido pela RedeTV!, apareceu na festa. Apresentadores fizeram graça com o público e incentivaram uma guerra de comida com os restos que ficaram na mesa. Eles saíram lambuzados de chantili. Depois dessa intervenção, a realização do bolo em forma de tapete foi perdendo patrocínio. Seo Walter chegou a vender um carro e um apartamento para garantir a comemoração do aniversário da cidade. "Se não houver festa, o bairro morre", afirma. A ideia do bolo surgiu em 1985 e envolvia apenas a comunidade, inclusive para a confecção. O idealizador, Armando Puglisi -o Armandinho do Bexiga- morreu em 1994. O ano seguinte, de 1995, foi o único que não contou com as comemorações, mas seo Walter acabou mantendo a tradição. "Foi um dos momentos mais difíceis para continuar", conta. Para a edição de 2016, o planejamento da festa começou em agosto do ano passado. Além dos mais de 6.000 pedaços distribuídos, haverá um palco com músicos e a realização de concursos, como o de sósia e o de rainha do Bexiga. A montagem das barracas começará já às 3h da manhã, e a distribuição ocorrerá por volta das 13h. Seo Walter garante que a metragem do bolo continuará igual, com 462 metros, um para cada ano da cidade. AMOR AO BEXIGA A história de seo Walter se confunde com a do bairro que nasceu. Neto de sicilianos, o empresário tornou-se responsável pelo Centro de Memória do Bexiga, onde guarda documentos e fotografias do bairro. Mesmo morando na Vila Mariana, seo Walter, onde também é presidente honorário, ainda preserva a tradição do bairro de origem italiana. A culinária italiana é a maior dedicação de seo Walter. As festas, como a Nossa Senhora de Achiropita, a maior pizza do mundo e o maior pão de filão do mundo são apenas uma dedicações do empresário, que tem nas massas e o macarrão seus pratos preferidos. Em suas cantinas ele costuma fazer o panelaço, batendo tampas de caldeirões para chamar os clientes. "Eu faço essas loucuras para animar as pessoas". Já a musica, em especial o samba, também é outra paixão do empresário. Amigo pessoal de Adoniran Barbosa, seo Walter fundou juntamente com amigos um dos maiores blocos da cidade, o Esfarrapados, em 1947. Ele também é um dos diretores da escola de Samba Vai-Vai e escreveu o hino do bairro. Perguntado sobre outros lugares que gosta na cidade, seo Walter não falou de outro bairro. "Sim, tem o Bexiga. Não conheço tão bem outro lugar".
cotidiano
Aniversário de São Paulo marca vida de esportista, fotógrafo e empresárioUm veio de Santa Catarina e venceu regatas em dois rios até então navegáveis –o Tietê e o Jurubatuba, continuação do rio Pinheiros. Outro, nascido no Brás, fotografou uma Catedral da Sé recém-inaugurada e um parque Ibirapuera ainda em obras. Um terceiro, ainda, mantém viva a tradição de um bolo de milhares de pedaços no Bexiga. Seus feitos marcaram a história das comemorações do aniversário de São Paulo, que completa 462 anos na próxima segunda-feira (25). * EM 1954, FESTA TAMBÉM ACONTECIA ÀS MARGENS DO TIETÊ Uma das lembranças mais importantes do ex-atleta de remo catarinense Francisco Schmitt foi nas comemorações 4° centenário de aniversário de São Paulo, em 1954. Com apenas 21 anos, Schmitt foi um dos ganhadores de duas das competições de remo que fizeram parte dos eventos esportivos realizados no ano das comemorações dos 400 anos da cidade. Uma das provas foi a regata Forças Armadas e a outra Fundação da Cidade. As provas aconteceram nas ainda limpas águas do Jurubatuba, continuação do rio Pinheiros, já próximo ao início da represa Billings, na zona sul. O Aldo Luz, clube de regatas com sede em Florianópolis, foi o campeão das duas provas. A manchete da "Folha da Manhã foi "Dupla vitória dos catarinenses nas competições de Jurubatuba". Em 1960, os três títulos "Folha da Manhã", "Folha da Tarde" e "Folha da Noite" se fundem e surge o jornal Folha de S.Paulo. Apesar de jovem, seu Chicão, como é chamado por amigos do Aldo Luz, que defendeu por 22 anos, já era uma atleta experiente. Estava em seu quarto ano de competições. "Havia vários clubes de outros estados, como a Bahia e o Espírito Santo", afirmou. Um dos maiores oponentes do Aldo Luz foi Vasco da Gama, representante do Rio de Janeiro, até então capital do país. Os treinos eram realizadas no rio Tietê. Para se deslocar até o local de provas, os competidores precisavam ir até o km 29 da rodovia Anchieta. "Naquela época o rio Tietê já era poluído, era difícil para os atletas. A gente tinha de andar aquilo tudo para ir e voltar para treinar, era uma loucura", conta seu Chicão. Já a hospedagem dos atletas foi no estádio do Pacaembu. "Era um luxo só o local, quase um hotel. O presidente da federação paulista de remo, o médico Ariosto Buller Souto ficou amigo nosso, era uma mordomia danada", relembra. AS PROVAS As duas regatas foram realizadas em dias consecutivos, em 24 e 25 de janeiro. Os oito atletas do Aldo Luz, incluindo seu Chicão, usaram um barco modelo out-riggerr. "As provas foram muito difíceis. Estava muito quente, não chovia há dias na cidade", conta. Seu Chicão era o solta-voga, segundo de trás pra frente do barco. Disputada, a prova Forças Armadas, no dia 24, só foi vencida nos últimos segundos, deixando o Vasco da Gama em segundo lugar. "A minha posição era de avanço, para impulsionar o barco. A primeira ganhamos por pico de prova", relata o ex-atleta, usando a linguagem do remo. O Aldo Luz emparelhou com o Vasco da Gama desde os 300 até os 1700 metros, para nos 300 metros finais virar sensacionalmente, dando 38 remadas por minuto, e vencer a prova por meio barco de vantagem, conta a reportagem da época. Já na prova do Aniversário da Cidade o Aldo Luz estava em terceiro lugar e, nos 200 metros finais, superou o Vasco e o clube capixaba Álvares Cabral, que ficou em segundo lugar. "As grandes competições aconteciam de dois em dois anos. Participei de outras suas duas outras provas nos anos seguintes. Durante 10 anos, de 1952 a 1962, não tive uma derrota", relembra seu Chicão. FORA DAS ÁGUAS Com 82 anos, seu Chicão ainda guarda boas lembranças da cidade, que viu crescer ao longo dos anos, mesmo morando longe. "Gostava bastante de encontrar amigos encontrava amigos no restaurante do Masp, lá na alameda Santos", disse. Na década de 1970, ele passou a morar no Rio de Janeiro, onde abriu uma empresa de recrutamento de pessoas, e continuou no remo, no Clube Botafogo. Um dos escritórios da empresa era em um dos prédios da avenida São Luiz, próximo à rua da Consolação e à biblioteca Mário da Andrade, no centro. Um dos roteiros preferidos naquela época era visitar os parques da cidade, em especial o da Água Branca e o Ibirapuera, além de visitar as instalações do Pacaembu, para relembrar da época de hospedagem dos tempos de remo. "São Paulo é muito grande, a região das represas quase não era povoada na em 1954 e hoje não falta gente por aí". - O FOTÓGRAFO OFICIAL DO ANIVERSÁRIO Cinquenta anos separam imagens da missa da Catedral da Sé, uma das mais tradicionais celebrações do 25 de janeiro, registradas pelas lentes do fotógrafo paulistano, nascido no Brás, German Lorca. As primeiras fotografias são de 1954, ano de inauguração da catedral, durante as comemorações do 4° Centenário da cidade. Naquele ano o fotógrafo estava no começo da carreira, quando decidiu largar definitivamente a formação em Ciências Contábeis e montar um estúdio próprio. Era um dos membros do Cine Clube Bandeirante, um dos mais antigos fotoclubes do país. Convidado pelo colega do Cine Clube, Geraldo de Barros, em conversa com o industrial Ciccillo Matarazzo, Lorca foi o fotógrafo oficial das comemorações. A câmera usada por ele era uma rolleiflex, que usou para tirar fotos dos presentes na missa, como os políticos Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. "A única coisa que eu não consegui pegar foi o presidente Getúlio Vargas entrando na Sé. A inauguração foi usada como símbolo de poder. Trouxeram índios do Xingu, colocaram calças neles", relembra o fotógrafo. Os objetivos das fotos, segundo Lorca, foi a produção de uma revista sobre os 400 anos, publicada somente em outubro daquele ano. Além da missa, Lorca registrou o balé do quarto centenário, e algumas obras ainda inacabadas do parque o Ibirapuera, inaugurado em agosto daquele ano. "Uma das imagens mais marcantes foi a do meu filho com a avó, em frente à Oca andando pelo parque, simbolizando o antigo e o moderno", relembra. Outras imagens feitas por Lorca foram do Teatro Experimental do Negro, liderado pelo ator e poeta Abdias do Nascimento. O projeto recrutava negros de diferentes origens para a realização de peças. "Infelizmente essas fotos não saíram na revista", lamenta o fotógrafo. O segundo registro da missa na Sé foi em 2004, nos festejos dos 450 anos. Desta vez as fotos só foram da missa e de espaços do centro, a máquina usada foi uma Leica de 35mm, que registrou imagens coloridas. "A missa de 1954 foi para pessoas escolhidas da época, já em 2004 a missa foi aberta", disse. Cerca de 1.300 pessoas estavam na catedral em 2004, mas um aglomerado ficou do lado de fora da missa e precisou assistir à celebração por telões.. Mais de 5 mil pessoas estavam no entorno da praça da Sé, segundo informações da Guarda Civil Metropolitana na época. As mudanças nos prédios, construções e que passam pelas e avenidas ruas de São Paulo foram temas das fotografias de Lorca. Filho de imigrantes espanhois, o fotógrafo mora hoje no bairro de Moema e mantém um estúdio de fotografia com os filhos na Vila Mariana, na zona sul. O fotógrafo trabalhou com publicidade, registrando a abertura e fechamento de estabelecimentos e lojas como o Mappin, loja de departamentos que famosa nos anos 1980 para qual já fez campanhas. Além disso, ele fotografou vários espaços da cidade, como as praças da República e Clovis Bevilácqua, o vale do Anhangabaú a avenida São Luiz. "Antes tudo girava em torno do centro, era um círculo, saía para fotografar sem medo de ser atropelado, hoje cada bairro é um centro comercial", conta rindo. Para Lorca, não houve apenas mudanças na paisagem, com o crescimento da metrópole, mas também no jeito e postura das pessoas fotografadas. "Hoje as pessoas são exigentes para posarem para uma foto, naquele tempo poderíamos fazê-lo sem problemas, havia uma inocência". - AOS 82 ANOS, PREPARA 6.000 PEDAÇOS DE BOLO Sentado em uma das mesas de sua cantina italiana na rua 13 de maio, Walter Taverna planeja mais um "bolo do Bexiga", símbolo das comemorações do aniversário de São Paulo. Aos 82 anos, seo Walter, como é conhecido, trabalha 18 horas por dia. "É por recomendação médica", diz. Uma das tarefas que se dedica é a organização de festas no Bexiga, para manter as tradições do bairro, segundo ele. O empresário, lamenta, no entanto, que o bolo do Bexiga não seja mais servido inteiro. Neste ano, a distribuição da sobremesa será feita em pedaços separados. Há oito anos que não ocorre o "avanço ao bolo". Os pedaços eram consumidos em segundos, enfiado em sacolas e baldes e levado por pessoas de diversas partes. A última edição em formato de tabuleiro, em 2008, entrou para o livro dos recordes, o "Guinness", como o maior bolo de aniversário do mundo. "Depois de cantar o parabéns, as pessoas avançavam. Eu gostava porque é uma festa do povo, e ao povo não se pode negar nada". Mesmo com a falta do bolo inteiro, a festa continuou. "Em 2009, com a falta de patrocínio para a distribuição da sobremesa, pedimos para pintores e grafiteiros desenharem o bolo no chão, representando as comemorações", conta Solang Taverna, filha do empresário. Neste ano, a festa será na rua Rui Barbosa, entre a Conselheiro Carrão e a 13 de maio. Naquele ano, o programa "Pânico", então transmitido pela RedeTV!, apareceu na festa. Apresentadores fizeram graça com o público e incentivaram uma guerra de comida com os restos que ficaram na mesa. Eles saíram lambuzados de chantili. Depois dessa intervenção, a realização do bolo em forma de tapete foi perdendo patrocínio. Seo Walter chegou a vender um carro e um apartamento para garantir a comemoração do aniversário da cidade. "Se não houver festa, o bairro morre", afirma. A ideia do bolo surgiu em 1985 e envolvia apenas a comunidade, inclusive para a confecção. O idealizador, Armando Puglisi -o Armandinho do Bexiga- morreu em 1994. O ano seguinte, de 1995, foi o único que não contou com as comemorações, mas seo Walter acabou mantendo a tradição. "Foi um dos momentos mais difíceis para continuar", conta. Para a edição de 2016, o planejamento da festa começou em agosto do ano passado. Além dos mais de 6.000 pedaços distribuídos, haverá um palco com músicos e a realização de concursos, como o de sósia e o de rainha do Bexiga. A montagem das barracas começará já às 3h da manhã, e a distribuição ocorrerá por volta das 13h. Seo Walter garante que a metragem do bolo continuará igual, com 462 metros, um para cada ano da cidade. AMOR AO BEXIGA A história de seo Walter se confunde com a do bairro que nasceu. Neto de sicilianos, o empresário tornou-se responsável pelo Centro de Memória do Bexiga, onde guarda documentos e fotografias do bairro. Mesmo morando na Vila Mariana, seo Walter, onde também é presidente honorário, ainda preserva a tradição do bairro de origem italiana. A culinária italiana é a maior dedicação de seo Walter. As festas, como a Nossa Senhora de Achiropita, a maior pizza do mundo e o maior pão de filão do mundo são apenas uma dedicações do empresário, que tem nas massas e o macarrão seus pratos preferidos. Em suas cantinas ele costuma fazer o panelaço, batendo tampas de caldeirões para chamar os clientes. "Eu faço essas loucuras para animar as pessoas". Já a musica, em especial o samba, também é outra paixão do empresário. Amigo pessoal de Adoniran Barbosa, seo Walter fundou juntamente com amigos um dos maiores blocos da cidade, o Esfarrapados, em 1947. Ele também é um dos diretores da escola de Samba Vai-Vai e escreveu o hino do bairro. Perguntado sobre outros lugares que gosta na cidade, seo Walter não falou de outro bairro. "Sim, tem o Bexiga. Não conheço tão bem outro lugar".
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Bolsa de NY tem pior sequência em cinco anos com incerteza sobre eleição
A chance de um aumento dos juros nos EUA no mês que vem cresceu para 78% após a decisão do Fed (banco central americano) de não mexer na taxa nesta quarta-feira (2), mas a principal preocupação dos investidores neste momento é a eleição entre Hillary Clinton e Donald Trump. O índice S&P 500 (que inclui 500 grandes empresas americanas), da Bolsa de Nova York, caiu 0,7% e acumula sete pregões seguidos de queda, a pior sequência desde novembro de 2011. O índice Dow Jones caiu 0,43% para 17.959,64, e o Nasdaq Composite perdeu 0,93%, para 5.105,57. A queda da Bolsa de Valores dos Estados Unidos reflete as incertezas sobre a eleição presidencial da semana que vem, com pesquisa nacional recente mostrando Trump à frente da rival democrata. Não é só a Bolsa americana que mostra a preocupação com o cenário eleitoral indefinido. Um indicador de volatilidade, que mede as expectativas dos investidores para as ações, acumula também sete pregões de alta, algo que não acontecia desde 2013. O resultado é que os investidores estão, na reta final do período eleitoral americano, aumentando a procura por aplicações que garantam uma maior proteção do seu portfólio contra variações bruscas.
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Bolsa de NY tem pior sequência em cinco anos com incerteza sobre eleiçãoA chance de um aumento dos juros nos EUA no mês que vem cresceu para 78% após a decisão do Fed (banco central americano) de não mexer na taxa nesta quarta-feira (2), mas a principal preocupação dos investidores neste momento é a eleição entre Hillary Clinton e Donald Trump. O índice S&P 500 (que inclui 500 grandes empresas americanas), da Bolsa de Nova York, caiu 0,7% e acumula sete pregões seguidos de queda, a pior sequência desde novembro de 2011. O índice Dow Jones caiu 0,43% para 17.959,64, e o Nasdaq Composite perdeu 0,93%, para 5.105,57. A queda da Bolsa de Valores dos Estados Unidos reflete as incertezas sobre a eleição presidencial da semana que vem, com pesquisa nacional recente mostrando Trump à frente da rival democrata. Não é só a Bolsa americana que mostra a preocupação com o cenário eleitoral indefinido. Um indicador de volatilidade, que mede as expectativas dos investidores para as ações, acumula também sete pregões de alta, algo que não acontecia desde 2013. O resultado é que os investidores estão, na reta final do período eleitoral americano, aumentando a procura por aplicações que garantam uma maior proteção do seu portfólio contra variações bruscas.
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Veja momento em que PM dispersa acampamento perto de casa de Temer
Após pouco mais de quatro horas acampadas, as cerca de 150 pessoas que se mantinham acampadas em uma praça próxima à residência do presidente interino, Michel Temer (PMDB), foram tiradas do local pela Polícia Militar. Por volta das 23h45, pouco mais de uma hora após ordenarem a saída dos manifestantes, os policiais militares começaram a dispersar o acampamento com bombas de efeito moral, bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água. A fotógrafa da Folha Marlene Bergamo foi atingida pelo jato d'água da PM e por um estilhaço de bomba de efeito moral na perna. Os manifestantes se recusaram a sair das redondezas da casa de Temer, no bairro de Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e ensaiaram resistir sentados sobre colchões. Após a ação da PM, no entanto, os manifestantes deixaram o local. Leia a reportagem
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Veja momento em que PM dispersa acampamento perto de casa de TemerApós pouco mais de quatro horas acampadas, as cerca de 150 pessoas que se mantinham acampadas em uma praça próxima à residência do presidente interino, Michel Temer (PMDB), foram tiradas do local pela Polícia Militar. Por volta das 23h45, pouco mais de uma hora após ordenarem a saída dos manifestantes, os policiais militares começaram a dispersar o acampamento com bombas de efeito moral, bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água. A fotógrafa da Folha Marlene Bergamo foi atingida pelo jato d'água da PM e por um estilhaço de bomba de efeito moral na perna. Os manifestantes se recusaram a sair das redondezas da casa de Temer, no bairro de Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e ensaiaram resistir sentados sobre colchões. Após a ação da PM, no entanto, os manifestantes deixaram o local. Leia a reportagem
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Saída honrosa
Separar-se da União Europeia representa o fortalecimento do Parlamento do Reino Unido, argumentavam os defensores do "brexit" (junção das palavras "Britain" e "exit", saída em inglês). Não deixa de ser irônico, portanto, que a Justiça tenha resolvido que a palavra final sobre o assunto cabe aos parlamentares, e não aos cidadãos que participaram do plebiscito realizado em junho. De forma unânime, três juízes da Alta Corte em Londres entenderam que o Parlamento precisa ratificar a posição majoritária na consulta popular —51,9% dos votantes apoiaram a saída do bloco. A premiê Theresa May já anunciou que recorrerá à Suprema Corte. Embora a maioria do Parlamento se oponha ao "brexit", dificilmente os legisladores decidirão contrariar o resultado de um processo democrático legítimo. O mais provável é que negociem com o governo os termos do divórcio. Esse, porém, não era o plano de May, que chegou ao cargo graças ao resultado do plebiscito. Na avaliação da primeira-ministra, participação do Parlamento diminui seu poder de barganha diante da UE. Por isso, a fim de deter o monopólio do processo, prometeu manter os legisladores informados sobre as futuras tramitações. Independentemente do que diga a Suprema Corte, a decisão da semana passada tem o mérito de fomentar um debate mais equilibrado sobre os termos de separação. Em sua origem, o "brexit" resultou de um grave erro de cálculo do ex-primeiro-ministro David Cameron. Contrário à saída, convocou o plebiscito em fevereiro, imaginando que uma derrota clamorosa silenciaria os líderes separatistas. Realizado no clima emotivo da crise imigratória na Europa, a consulta popular ocorreu após curta campanha, na qual o eleitorado teve pouco tempo para analisar o que os inconsequentes arautos do "Leave" prometiam. Nesse cenário, um "brexit" mais mediado e demorado traz o potencial de diminuir os estragos não somente para a economia como também para a vida de milhões que vivem, trabalham e se deslocam dentro das regras atuais. Tão importante quanto uma eventual redução de danos, a decisão do Judiciário e o envolvimento do Parlamento, se confirmados, tendem a fortalecer o contrapeso das instituições democráticas diante das atuais vagas populistas. editoriais@grupofolha.com.br
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Saída honrosaSeparar-se da União Europeia representa o fortalecimento do Parlamento do Reino Unido, argumentavam os defensores do "brexit" (junção das palavras "Britain" e "exit", saída em inglês). Não deixa de ser irônico, portanto, que a Justiça tenha resolvido que a palavra final sobre o assunto cabe aos parlamentares, e não aos cidadãos que participaram do plebiscito realizado em junho. De forma unânime, três juízes da Alta Corte em Londres entenderam que o Parlamento precisa ratificar a posição majoritária na consulta popular —51,9% dos votantes apoiaram a saída do bloco. A premiê Theresa May já anunciou que recorrerá à Suprema Corte. Embora a maioria do Parlamento se oponha ao "brexit", dificilmente os legisladores decidirão contrariar o resultado de um processo democrático legítimo. O mais provável é que negociem com o governo os termos do divórcio. Esse, porém, não era o plano de May, que chegou ao cargo graças ao resultado do plebiscito. Na avaliação da primeira-ministra, participação do Parlamento diminui seu poder de barganha diante da UE. Por isso, a fim de deter o monopólio do processo, prometeu manter os legisladores informados sobre as futuras tramitações. Independentemente do que diga a Suprema Corte, a decisão da semana passada tem o mérito de fomentar um debate mais equilibrado sobre os termos de separação. Em sua origem, o "brexit" resultou de um grave erro de cálculo do ex-primeiro-ministro David Cameron. Contrário à saída, convocou o plebiscito em fevereiro, imaginando que uma derrota clamorosa silenciaria os líderes separatistas. Realizado no clima emotivo da crise imigratória na Europa, a consulta popular ocorreu após curta campanha, na qual o eleitorado teve pouco tempo para analisar o que os inconsequentes arautos do "Leave" prometiam. Nesse cenário, um "brexit" mais mediado e demorado traz o potencial de diminuir os estragos não somente para a economia como também para a vida de milhões que vivem, trabalham e se deslocam dentro das regras atuais. Tão importante quanto uma eventual redução de danos, a decisão do Judiciário e o envolvimento do Parlamento, se confirmados, tendem a fortalecer o contrapeso das instituições democráticas diante das atuais vagas populistas. editoriais@grupofolha.com.br
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Maquiagem melecada domina backstages da SPFW
O gloss migrou da boca para os olhos. Ele também apareceu nas têmporas fazendo as vezes de iluminador. Se não fosse uma maquiagem que desse para usar no dia a dia a gente não mostrava aqui", disse Henrique Martins, que usou gloss nos desfiles das grifes Sacada e Juliana Jabour. "Claro que a mulher não pode achar que vai ficar linda depois de se acabar na balada, maquiagem líquida dura menos". Quem quiser levar o make para a vida real, ele indica dar batidinhas nas pálpebras para espalhar o produto ao longo da noite. Para Daniel Hernandes, o segredo para evitar que o make glossy borre é apostar em produtos específicos. No desfile da Lilly Sarti, Hernandes usou sombra marrom bastante cremosa [Palette Trend Forcast Eyes - Power Player] e ela foi "selada" com um gloss específico para os olhos [Studio Eye Gloss, da M.A.C, R$99]. O efeito "lustruso" serviu para atualizar o look Gucci dos anos 70, usados como base para criar o visual do desfile da marca Lilly Sarti. Os cílios postiços e bastante máscara nos cílios inferiores completam a referência setentista. Hernandes lembra que há vinte anos essa maquiagem "molhada" seria considerada um erro. "Hoje é mais vale tudo, com menos regras", afirma o maquiador que participa desde os primeiros backstages da semana de moda de São Paulo. O gloss também serviu como iluminador na maquiagem de sereia que Max Weber criou para a Triya. O gloss transparente labial foi aplicado sobre o osso do nariz, têmporas e embaixo da sobrancelha. Dica: o gloss foi aplicado depois que o restante da maquiagem já estava pronta. O produto também serviu como cola para grudar os iluminador com glitter nos olhos (fica a dica para o próximo Carnaval). Weber não usou nenhum produto em pó. O batom serviu como blush para dar o aspecto ainda mais hidratado à pele das modelos. Nas meninas negras, ele usou batom vermelho e, nas mais brancas, rosa. Para "esculpir" o rosto, ele usou o Paint Stick [uma base em bastão], mais escuro da Caherine Hill como pó bronzeador e o mais o claro como iluminador. O truque para não deixar a pele marcada, erro comum quando se usa produtos cremosos, é aplicá-los com pincel fofo.
colunas
Maquiagem melecada domina backstages da SPFWO gloss migrou da boca para os olhos. Ele também apareceu nas têmporas fazendo as vezes de iluminador. Se não fosse uma maquiagem que desse para usar no dia a dia a gente não mostrava aqui", disse Henrique Martins, que usou gloss nos desfiles das grifes Sacada e Juliana Jabour. "Claro que a mulher não pode achar que vai ficar linda depois de se acabar na balada, maquiagem líquida dura menos". Quem quiser levar o make para a vida real, ele indica dar batidinhas nas pálpebras para espalhar o produto ao longo da noite. Para Daniel Hernandes, o segredo para evitar que o make glossy borre é apostar em produtos específicos. No desfile da Lilly Sarti, Hernandes usou sombra marrom bastante cremosa [Palette Trend Forcast Eyes - Power Player] e ela foi "selada" com um gloss específico para os olhos [Studio Eye Gloss, da M.A.C, R$99]. O efeito "lustruso" serviu para atualizar o look Gucci dos anos 70, usados como base para criar o visual do desfile da marca Lilly Sarti. Os cílios postiços e bastante máscara nos cílios inferiores completam a referência setentista. Hernandes lembra que há vinte anos essa maquiagem "molhada" seria considerada um erro. "Hoje é mais vale tudo, com menos regras", afirma o maquiador que participa desde os primeiros backstages da semana de moda de São Paulo. O gloss também serviu como iluminador na maquiagem de sereia que Max Weber criou para a Triya. O gloss transparente labial foi aplicado sobre o osso do nariz, têmporas e embaixo da sobrancelha. Dica: o gloss foi aplicado depois que o restante da maquiagem já estava pronta. O produto também serviu como cola para grudar os iluminador com glitter nos olhos (fica a dica para o próximo Carnaval). Weber não usou nenhum produto em pó. O batom serviu como blush para dar o aspecto ainda mais hidratado à pele das modelos. Nas meninas negras, ele usou batom vermelho e, nas mais brancas, rosa. Para "esculpir" o rosto, ele usou o Paint Stick [uma base em bastão], mais escuro da Caherine Hill como pó bronzeador e o mais o claro como iluminador. O truque para não deixar a pele marcada, erro comum quando se usa produtos cremosos, é aplicá-los com pincel fofo.
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Motorista avança sobre parada de estudantes e mata quatro nos EUA
Uma motorista que trafegava com seu carro em alta velocidade avançou sobre uma parada de estudantes e matou quatro participantes do evento na cidade de Stillwater, no Estado americano de Oklahoma, neste sábado (24). Dentre as vítimas, está uma criança de dois anos. Outras 33 pessoas ficaram feridas. A mulher de 25 anos vinha em uma transversal à principal avenida da cidade, que estava fechada devido à parada de boas-vindas da Universidade do Estado de Oklahoma. Segundo testemunhas, as pessoas que estavam na esquina entre a rua por onde vinha a motorista e a avenida foram arremessadas a metros de distância com o impacto da colisão. "Inicialmente pensei que fosse parte do show", disse Konda Walker, ex-aluna da universidade, ao jornal "Stillwater News Press". "As pessoas foram arremessadas a nove metros de altura como se fossem bonecos." "Nós ouvimos alguém dizer 'Cuidado!'. O carro arremessou um carro da polícia e depois uma multidão. As pessoas voavam por todos os lados", afirmou o espectador Dave Kapple, que veio do Texas para ver a parada. Dos feridos, oito estão em estado grave. A motorista, identificada como Adacia Chambers, 25, foi presa logo após o acidente e apresentava sinais de embriaguez. Ela foi submetida a exame que confirmou seu estado etílico. CONDOLÊNCIAS A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, viajou a Stillwater para visitar as vítimas. Em mensagem no Twitter, ela deu os pêsames aos familiares dos mortos e deixou suas orações a todos os afetados pelo acidente. Mesmo com a tragédia, a Universidade de Oklahoma decidiu manter o jogo de futebol americano entre o time local e o da Universidade do Kansas. "Vamos jogar e vamos lembrar as vítimas neste jogo", disse o reitor, V. Burns Hargis. Esta não é a primeira tragédia a atingir alunos da universidade. Em 2011, dez estudantes, incluindo dois jogadores de basquete universitário, foram mortos em um acidente de avião quando voltavam do Colorado.
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Motorista avança sobre parada de estudantes e mata quatro nos EUAUma motorista que trafegava com seu carro em alta velocidade avançou sobre uma parada de estudantes e matou quatro participantes do evento na cidade de Stillwater, no Estado americano de Oklahoma, neste sábado (24). Dentre as vítimas, está uma criança de dois anos. Outras 33 pessoas ficaram feridas. A mulher de 25 anos vinha em uma transversal à principal avenida da cidade, que estava fechada devido à parada de boas-vindas da Universidade do Estado de Oklahoma. Segundo testemunhas, as pessoas que estavam na esquina entre a rua por onde vinha a motorista e a avenida foram arremessadas a metros de distância com o impacto da colisão. "Inicialmente pensei que fosse parte do show", disse Konda Walker, ex-aluna da universidade, ao jornal "Stillwater News Press". "As pessoas foram arremessadas a nove metros de altura como se fossem bonecos." "Nós ouvimos alguém dizer 'Cuidado!'. O carro arremessou um carro da polícia e depois uma multidão. As pessoas voavam por todos os lados", afirmou o espectador Dave Kapple, que veio do Texas para ver a parada. Dos feridos, oito estão em estado grave. A motorista, identificada como Adacia Chambers, 25, foi presa logo após o acidente e apresentava sinais de embriaguez. Ela foi submetida a exame que confirmou seu estado etílico. CONDOLÊNCIAS A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, viajou a Stillwater para visitar as vítimas. Em mensagem no Twitter, ela deu os pêsames aos familiares dos mortos e deixou suas orações a todos os afetados pelo acidente. Mesmo com a tragédia, a Universidade de Oklahoma decidiu manter o jogo de futebol americano entre o time local e o da Universidade do Kansas. "Vamos jogar e vamos lembrar as vítimas neste jogo", disse o reitor, V. Burns Hargis. Esta não é a primeira tragédia a atingir alunos da universidade. Em 2011, dez estudantes, incluindo dois jogadores de basquete universitário, foram mortos em um acidente de avião quando voltavam do Colorado.
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