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Deputada confronta Cunha e levanta cartaz sobre contas na Suíça
Uma das protagonistas do primeiro protesto contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Salão Verde da Câmara dos Deputados após virem a tona notícias de que o presidente da Casa esconde contas na Suíça, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) voltou a cobrar explicações do peemedebista nesta quarta-feira (28), desta vez, no plenário. Primeiro, a deputada reclamou de não ter a palavra quando chega sua vez de falar ao plenário. Há uma lista de inscrições para que os deputados falem. "Se está Casa está silenciada em relação à Vossa Excelência, eu não o pouparei. Por isso não me deixa falar. Há mais de três meses estou inscrita. Vossa Excelência é um ditador". Cunha, como de costume quando confrontado no plenário, fez que não ouviu e seguiu com a votação normalmente, embora tenha transparecido incômodo. A deputada então subiu à mesa em que o peemedebista preside os trabalhos e abriu um cartaz com o dizer: "Cunha quer trazer o dinheiro sujo da Suíça. Diga não!". O presidente permaneceu virado de costas para a deputada durante todo o tempo em que ela esteve atrás dele com o cartaz em mãos. Os seguranças chegaram a subir para retirá-la, mas não a forçaram a sair. Semana passada, enquanto Cunha concedia uma entrevista à imprensa, Clarissa Garotinho o interrompeu com questionamentos sobre suas contas na Suíça por diversas vezes. O peemedebista foi obrigado a interromper a coletiva com os gritos dos manifestantes que se juntaram aos da deputada de "Fora Cunha".
poder
Deputada confronta Cunha e levanta cartaz sobre contas na SuíçaUma das protagonistas do primeiro protesto contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Salão Verde da Câmara dos Deputados após virem a tona notícias de que o presidente da Casa esconde contas na Suíça, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) voltou a cobrar explicações do peemedebista nesta quarta-feira (28), desta vez, no plenário. Primeiro, a deputada reclamou de não ter a palavra quando chega sua vez de falar ao plenário. Há uma lista de inscrições para que os deputados falem. "Se está Casa está silenciada em relação à Vossa Excelência, eu não o pouparei. Por isso não me deixa falar. Há mais de três meses estou inscrita. Vossa Excelência é um ditador". Cunha, como de costume quando confrontado no plenário, fez que não ouviu e seguiu com a votação normalmente, embora tenha transparecido incômodo. A deputada então subiu à mesa em que o peemedebista preside os trabalhos e abriu um cartaz com o dizer: "Cunha quer trazer o dinheiro sujo da Suíça. Diga não!". O presidente permaneceu virado de costas para a deputada durante todo o tempo em que ela esteve atrás dele com o cartaz em mãos. Os seguranças chegaram a subir para retirá-la, mas não a forçaram a sair. Semana passada, enquanto Cunha concedia uma entrevista à imprensa, Clarissa Garotinho o interrompeu com questionamentos sobre suas contas na Suíça por diversas vezes. O peemedebista foi obrigado a interromper a coletiva com os gritos dos manifestantes que se juntaram aos da deputada de "Fora Cunha".
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Júri de Osasco rompe barreira ao condenar policiais por megachacina
A condenação de dois policiais militares e um guarda-civil apontados como autores da megachacina de Osasco e Barueri (Grande SP) surpreendeu o público presente no tribunal nesta sexta-feira (22). Ao longo da semana de julgamento, o promotor Marcelo de Oliveira, responsável pelo caso, falou da dificuldade de condenar policiais militares em tribunais do júri. A hipótese é corroborada por especialistas em segurança pública ouvidos pela Folha. Dentre as razões apresentadas para uma suposta tendência à absolvição, estão o medo de possíveis retaliações e a conivência da população com crimes praticados por policiais militares. "Eu já vi absolvições com a câmera filmando a execução, o policial não estava com máscara, não estava com luva, e foi absolvido. É claro que o medo é um fator que influencia ou que pode influenciar os jurados", disse Oliveira no primeiro dia do julgamento. Durante as audiências, ele chegou a pedir aos jurados que não tivessem medo de decidir pela condenação. Há poucos dados disponíveis sobre o assunto e não há estatísticas atualizadas e compiladas. O Ministério Público afirmou que não acompanha sistematicamente esse tipo de julgamento. O Tribunal de Justiça de São Paulo diz que levantar uma lista de julgamentos de policiais não corresponde à realidade porque o campo "profissão do réu" não é de preenchimento obrigatório em sistema interno de dados. Para a socióloga Ariadne Natal, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, há, por um lado, "um possível receio [dos jurados] de que, se o policial teve a capacidade de cometer aquele crime com alguém, poderá fazer algo contra ele também". Por outro lado, diz ela, há um respeito à instituição da Polícia Militar e uma confusão sobre a função do próprio conselho de sentença. "O policial é diante da sociedade um profissional respeitado, que tem a incumbência de proteger. Há uma confusão entre um julgamento individual e institucional. Uma eventual condenação de um policial não significa condenar a instituição". Ouvidor da Polícia de SP, Julio Cesar Fernandes Neves tem outra hipótese. "Quando se trata de crime cometido por policiais, muitos dos jurados pensam como os policiais. Acham que estão higienizando o Estado quando tiram o bandido da rua", diz. Já para a professora Ludmila Ribeiro, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, a condenação dos policiais não surpreende. "Havia uma grande pressão da opinião pública para que eles fossem condenados. Absolvê-los seria assumir um custo pela sociedade grande demais", diz. Ela, que também reclama da falta de estatísticas sobre casos assim, analisou, em 2013, 786 processos em cinco cidades de todas as regiões do país –Belém, BH, Goiânia, Recife e Porto Alegre– e viu pouca diferença entre os casos que envolvem e os que não envolvem policiais. Desses 786 casos, escolhidos de forma aleatória, 51 envolviam militares. Enquanto 23,5% dos policiais foram condenados, a taxa entre os processos que não envolviam policiais ficou em 30%. Ribeiro ressalva, no entanto, que os números não representam uma amostra estatística significante. Desde 1996, homicídios dolosos (com intenção de matar) praticados por policiais militares vão a júri popular, ou seja, a condenação ou absolvição fica a cargo de pessoas comuns, em muitos casos leigas. Até então, esses crimes eram analisados pela Justiça Militar. Procurada, a Polícia Militar não se manifestou. INCÔMODO Episódios no julgamento da chacina expuseram incômodo dos jurados em relação à exposição. A pedido da defesa dos réus, a juíza Elia Bulman autorizou que o sargento da PM Adriano Garcia, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento nos crimes, depusesse no tribunal voltado aos jurados. Pelo menos duas juradas começaram a ler documentos do processo, de modo a tampar o próprio rosto. Mais tarde, a defesa voltou a pedir que uma testemunha falasse ao conselho de sentença, mas, desta vez, a magistrada negou, segundo ela, a pedido dos membros do júri. Na quinta (21), o advogado Nilton Nunes, que defendeu o PM Eleutério, mencionou o nome e a profissão dos jurados no fim da fase de debates. Detalhes sobre os integrantes do júri vinham sendo mantidos sob reserva –sem divulgação a jornalistas. Para o promotor Oliveira, tratou-se de "uma tática baixa, para dizer o mínimo", pela hipótese de intimidação. Nunes afirmou não haver nenhuma proibição e disse que apenas tentou ser mais educado "para tratá-los por nome, e não por números".
cotidiano
Júri de Osasco rompe barreira ao condenar policiais por megachacinaA condenação de dois policiais militares e um guarda-civil apontados como autores da megachacina de Osasco e Barueri (Grande SP) surpreendeu o público presente no tribunal nesta sexta-feira (22). Ao longo da semana de julgamento, o promotor Marcelo de Oliveira, responsável pelo caso, falou da dificuldade de condenar policiais militares em tribunais do júri. A hipótese é corroborada por especialistas em segurança pública ouvidos pela Folha. Dentre as razões apresentadas para uma suposta tendência à absolvição, estão o medo de possíveis retaliações e a conivência da população com crimes praticados por policiais militares. "Eu já vi absolvições com a câmera filmando a execução, o policial não estava com máscara, não estava com luva, e foi absolvido. É claro que o medo é um fator que influencia ou que pode influenciar os jurados", disse Oliveira no primeiro dia do julgamento. Durante as audiências, ele chegou a pedir aos jurados que não tivessem medo de decidir pela condenação. Há poucos dados disponíveis sobre o assunto e não há estatísticas atualizadas e compiladas. O Ministério Público afirmou que não acompanha sistematicamente esse tipo de julgamento. O Tribunal de Justiça de São Paulo diz que levantar uma lista de julgamentos de policiais não corresponde à realidade porque o campo "profissão do réu" não é de preenchimento obrigatório em sistema interno de dados. Para a socióloga Ariadne Natal, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, há, por um lado, "um possível receio [dos jurados] de que, se o policial teve a capacidade de cometer aquele crime com alguém, poderá fazer algo contra ele também". Por outro lado, diz ela, há um respeito à instituição da Polícia Militar e uma confusão sobre a função do próprio conselho de sentença. "O policial é diante da sociedade um profissional respeitado, que tem a incumbência de proteger. Há uma confusão entre um julgamento individual e institucional. Uma eventual condenação de um policial não significa condenar a instituição". Ouvidor da Polícia de SP, Julio Cesar Fernandes Neves tem outra hipótese. "Quando se trata de crime cometido por policiais, muitos dos jurados pensam como os policiais. Acham que estão higienizando o Estado quando tiram o bandido da rua", diz. Já para a professora Ludmila Ribeiro, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, a condenação dos policiais não surpreende. "Havia uma grande pressão da opinião pública para que eles fossem condenados. Absolvê-los seria assumir um custo pela sociedade grande demais", diz. Ela, que também reclama da falta de estatísticas sobre casos assim, analisou, em 2013, 786 processos em cinco cidades de todas as regiões do país –Belém, BH, Goiânia, Recife e Porto Alegre– e viu pouca diferença entre os casos que envolvem e os que não envolvem policiais. Desses 786 casos, escolhidos de forma aleatória, 51 envolviam militares. Enquanto 23,5% dos policiais foram condenados, a taxa entre os processos que não envolviam policiais ficou em 30%. Ribeiro ressalva, no entanto, que os números não representam uma amostra estatística significante. Desde 1996, homicídios dolosos (com intenção de matar) praticados por policiais militares vão a júri popular, ou seja, a condenação ou absolvição fica a cargo de pessoas comuns, em muitos casos leigas. Até então, esses crimes eram analisados pela Justiça Militar. Procurada, a Polícia Militar não se manifestou. INCÔMODO Episódios no julgamento da chacina expuseram incômodo dos jurados em relação à exposição. A pedido da defesa dos réus, a juíza Elia Bulman autorizou que o sargento da PM Adriano Garcia, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento nos crimes, depusesse no tribunal voltado aos jurados. Pelo menos duas juradas começaram a ler documentos do processo, de modo a tampar o próprio rosto. Mais tarde, a defesa voltou a pedir que uma testemunha falasse ao conselho de sentença, mas, desta vez, a magistrada negou, segundo ela, a pedido dos membros do júri. Na quinta (21), o advogado Nilton Nunes, que defendeu o PM Eleutério, mencionou o nome e a profissão dos jurados no fim da fase de debates. Detalhes sobre os integrantes do júri vinham sendo mantidos sob reserva –sem divulgação a jornalistas. Para o promotor Oliveira, tratou-se de "uma tática baixa, para dizer o mínimo", pela hipótese de intimidação. Nunes afirmou não haver nenhuma proibição e disse que apenas tentou ser mais educado "para tratá-los por nome, e não por números".
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Peru investiga lavagem de dinheiro nas finanças da campanha de Keiko
Promotores do Peru investigam suspeitas de lavagem de dinheiro e outras potenciais irregularidades nas finanças de campanha de Keiko Fujimori. O anúncio veio dias antes do segundo turno da eleição presidencial, marcado para 5 de junho. Filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko venceu com ampla margem o primeiro turno da disputa e enfrenta agora o ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski. A unidade de lavagem de dinheiro da Promotoria Geral investiga doações de campanha feitas ao partido de Keiko, o centro-direita Força Popular, em dois eventos de arrecadação. Investiga também a compra de um terreno pelo marido da candidata. Keiko negou qualquer irregularidade e disse ser vítima de uma campanha difamatória. "Eu acho interessante que esse tipo de relatório tenha sido divulgado duas semanas antes da eleição presidencial", disse a candidata. "Nós sabemos que haverá mais alegações e mentiras. Eu peço que os peruanos não acreditem nelas." Keiko tem tido dificuldade de se distanciar da corrupção ampla do governo de seu pai (1990-2000). Fujimori cumpre pena de 25 anos de prisão por corrupção e violação dos direitos humanos. O procurador-geral Pablo Sanchez disse que uma investigação com prazo de 60 dias foi aberta em março por pedido de um advogado e foi estendida este mês. "É uma investigação preliminar que pode ou não chegar a um estágio preparatório para a apresentação da denúncia", disse Sanchez. "Mais evidência é necessária para tomar uma decisão." O inquérito ocorre em meio a alegações de que Keiko tem ligação com fundos ilegais. Um de seus principais assessores renunciou na quarta-feira (18) depois que a Univision divulgou que ele estava sob investigação de lavagem de dinheiro pela DEA, a agência de combate a tráfico de drogas dos EUA. Sanchez disse que não pode dar mais detalhes sobre a investigação por estar em andamento.
mundo
Peru investiga lavagem de dinheiro nas finanças da campanha de KeikoPromotores do Peru investigam suspeitas de lavagem de dinheiro e outras potenciais irregularidades nas finanças de campanha de Keiko Fujimori. O anúncio veio dias antes do segundo turno da eleição presidencial, marcado para 5 de junho. Filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko venceu com ampla margem o primeiro turno da disputa e enfrenta agora o ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski. A unidade de lavagem de dinheiro da Promotoria Geral investiga doações de campanha feitas ao partido de Keiko, o centro-direita Força Popular, em dois eventos de arrecadação. Investiga também a compra de um terreno pelo marido da candidata. Keiko negou qualquer irregularidade e disse ser vítima de uma campanha difamatória. "Eu acho interessante que esse tipo de relatório tenha sido divulgado duas semanas antes da eleição presidencial", disse a candidata. "Nós sabemos que haverá mais alegações e mentiras. Eu peço que os peruanos não acreditem nelas." Keiko tem tido dificuldade de se distanciar da corrupção ampla do governo de seu pai (1990-2000). Fujimori cumpre pena de 25 anos de prisão por corrupção e violação dos direitos humanos. O procurador-geral Pablo Sanchez disse que uma investigação com prazo de 60 dias foi aberta em março por pedido de um advogado e foi estendida este mês. "É uma investigação preliminar que pode ou não chegar a um estágio preparatório para a apresentação da denúncia", disse Sanchez. "Mais evidência é necessária para tomar uma decisão." O inquérito ocorre em meio a alegações de que Keiko tem ligação com fundos ilegais. Um de seus principais assessores renunciou na quarta-feira (18) depois que a Univision divulgou que ele estava sob investigação de lavagem de dinheiro pela DEA, a agência de combate a tráfico de drogas dos EUA. Sanchez disse que não pode dar mais detalhes sobre a investigação por estar em andamento.
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Sam Smith irá cantar música-tema de '007 contra Spectre'
O cantor britânico Sam Smith anunciou nesta terça-feira (8) que cantará a música-tema do próximo filme de James Bond, "007 contra Spectre", e entrará para uma lista que inclui artistas como Paul McCartney, Shirley Bassey, Carly Simon e Adele, entre outros. Ao mesmo tempo, as livrarias recebem hoje "Trigger Mortis", o novo livro da saga do espião criado por Ian Fleming, em uma obra assinada pelo escritor britânico Anthony Horowitz. As canções dos filmes do agente 007 costumam fazer muito sucesso e acompanham os créditos de abertura dos longas-metragens. "Spectre", o 24º filme de James Bond, tem novamente como protagonista Daniel Craig. O filme vai estrear no Reino Unido e na Irlanda em 26 de outubro. No Brasil, a estreia acontece em 5 de novembro. "É um dos maiores momentos da minha carreira. Estou honrado de finalmente anunciar que vou cantar a próxima canção de Bond", escreveu Smith em sua conta na rede social Instagram. Smith ficou famoso com a balada "Stay With Me". Ele foi o grande vencedor da última edição do Grammy, vencendo em três das quatro principais categorias. Bond segue provocando debate no Reino Unido —que ator o interpretou melhor?, quem será o próximo?, ele bebe demais?, é muito machista?—, e a última polêmica teve como protagonista justamente Horowitz, o autor do novo livro do agente 007. Em um momento de especulações sobre a possibilidade do próximo Bond ser um ator negro, com o nome de Idris Elba à frente, Horowitz disse que o ator "é muito da rua" para o papel. Elba respondeu com humor: "Sempre continue sorrindo! Não custa nada e nunca é demais. Aprendi isto na rua".
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Sam Smith irá cantar música-tema de '007 contra Spectre'O cantor britânico Sam Smith anunciou nesta terça-feira (8) que cantará a música-tema do próximo filme de James Bond, "007 contra Spectre", e entrará para uma lista que inclui artistas como Paul McCartney, Shirley Bassey, Carly Simon e Adele, entre outros. Ao mesmo tempo, as livrarias recebem hoje "Trigger Mortis", o novo livro da saga do espião criado por Ian Fleming, em uma obra assinada pelo escritor britânico Anthony Horowitz. As canções dos filmes do agente 007 costumam fazer muito sucesso e acompanham os créditos de abertura dos longas-metragens. "Spectre", o 24º filme de James Bond, tem novamente como protagonista Daniel Craig. O filme vai estrear no Reino Unido e na Irlanda em 26 de outubro. No Brasil, a estreia acontece em 5 de novembro. "É um dos maiores momentos da minha carreira. Estou honrado de finalmente anunciar que vou cantar a próxima canção de Bond", escreveu Smith em sua conta na rede social Instagram. Smith ficou famoso com a balada "Stay With Me". Ele foi o grande vencedor da última edição do Grammy, vencendo em três das quatro principais categorias. Bond segue provocando debate no Reino Unido —que ator o interpretou melhor?, quem será o próximo?, ele bebe demais?, é muito machista?—, e a última polêmica teve como protagonista justamente Horowitz, o autor do novo livro do agente 007. Em um momento de especulações sobre a possibilidade do próximo Bond ser um ator negro, com o nome de Idris Elba à frente, Horowitz disse que o ator "é muito da rua" para o papel. Elba respondeu com humor: "Sempre continue sorrindo! Não custa nada e nunca é demais. Aprendi isto na rua".
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Ignorada pela crítica local, dança paulista é festejada fora do Brasil
A dança paulista pode ter sido ignorada pela crítica local, mas tem sido festejada por críticos (e públicos) internacionais. Enquanto no último prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), entregue no dia 15/3, não houve nenhum espetáculo de dança premiado, as duas grandes companhias públicas de São Paulo têm feito sucesso em turnês internacionais. O Balé da Cidade, municipal, acaba de voltar de uma bem-sucedida temporada europeia, passando pela Espanha, pela Alemanha e pela Suíça. Já a SPCD (São Paulo companhia de dança), estadual,começa sua série de apresentações em Lyon, França, no dia 31, com ingressos esgotados, e segue para a Suíça, Canadá e Nova York. Todas as turnês são pagas pelos teatros, festivais e produtores das instituições internacionais onde essas companhias brasileiras se apresentam. As coreografias apresentadas no exterior fazem parte dos repertórios do Balé da Cidade e da SPCD, e várias delas poderão ser vistas nas temporadas paulistanas dos dois grupos. A primeira temporada de 2016 do Balé da Cidade no Theatro Municipal começa no dia 30. Neste ano, a companhia lançou um programa de assinaturas para as quatro temporadas –as próximas serão em junho, setembro e novembro. A coreografia "Adastra" (leia ao lado), está na programação de junho. As temporadas da SPCD, com nove estreias, ocorrem em junho e novembro.
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Ignorada pela crítica local, dança paulista é festejada fora do BrasilA dança paulista pode ter sido ignorada pela crítica local, mas tem sido festejada por críticos (e públicos) internacionais. Enquanto no último prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), entregue no dia 15/3, não houve nenhum espetáculo de dança premiado, as duas grandes companhias públicas de São Paulo têm feito sucesso em turnês internacionais. O Balé da Cidade, municipal, acaba de voltar de uma bem-sucedida temporada europeia, passando pela Espanha, pela Alemanha e pela Suíça. Já a SPCD (São Paulo companhia de dança), estadual,começa sua série de apresentações em Lyon, França, no dia 31, com ingressos esgotados, e segue para a Suíça, Canadá e Nova York. Todas as turnês são pagas pelos teatros, festivais e produtores das instituições internacionais onde essas companhias brasileiras se apresentam. As coreografias apresentadas no exterior fazem parte dos repertórios do Balé da Cidade e da SPCD, e várias delas poderão ser vistas nas temporadas paulistanas dos dois grupos. A primeira temporada de 2016 do Balé da Cidade no Theatro Municipal começa no dia 30. Neste ano, a companhia lançou um programa de assinaturas para as quatro temporadas –as próximas serão em junho, setembro e novembro. A coreografia "Adastra" (leia ao lado), está na programação de junho. As temporadas da SPCD, com nove estreias, ocorrem em junho e novembro.
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Cinema evangélico dá primeiros passos a reboque de 'Os Dez Mandamentos - O Filme'
A expansão evangélica no Brasil dava um filme. Só que você dificilmente o veria nas telonas. Se tramas espíritas e católicas rendem campeões de público como "Nosso Lar" (4 milhões de espectadores em 2010) e "Maria" (2,3 milhões em 2003), o cinema gospel nunca decolou no circuito comercial do país. Até agora. Escrita por uma evangélica na emissora do bispo Edir Macedo, a novela "Os Dez Mandamentos" vai ganhar uma versão para passar nos cinemas. A releitura do episódio bíblico, segundo a Record, terá novo final. A novela fez o canal bater a Globo em audiência por vários dias. O novo corte deve estrear em fevereiro, em 500 salas. É uma média de respeito: o brasileiro de maior bilheteria em 2015, "S.O.S. Mulheres ao Mar 2", entrou em 464. "Enfim, um filme que podemos divulgar, sem cenas constrangedoras [...] e baseado em fatos reais da Bíblia, meu manual de vida", escreveu Cristiane Cardoso, filha de Edir, em boletim virtual para fiéis. HISTÓRIA DE EDIR O próprio Macedo, líder da Igreja Universal, ganhará cinebiografia para suas memórias, contadas na trilogia de livros "Nada a Perder", de Douglas Tavolaro, vice-presidente de jornalismo da Record. O diretor poderá ser Alexandre Avancini, que pilotou "Os Dez Mandamentos". Chegou-se a falar em Wagner Moura para viver o bispo –o ator já disse que recusaria o papel. Já "A Palavra", previsto para março, conta a história em que o profeta bíblico Elias vira pregador no sertão, e seu sucessor Eliseu, um engenheiro que trabalha na transposição do rio São Francisco. A advogada pernambucana Zitah Oliveira, evangélica, criou a produtora Anjoluz especialmente para fazer o filme. O trailer passará na Record, segundo Zitah –que quer promover uma sessão no Congresso Nacional com apoio de João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Evangélica. Outro plano: gravar um testemunho de Luciano Sfazir, no elenco do longa e de "Os Dez Mandamentos" (é o egípcio Meketre). A produtora Purpose Films planeja transformar em filme sua série virtual "Eu Escolhi te Esperar". Febre entre jovens evangélicos, é uma espécie de "Friends" gospel, isso se Rachel e Ross fossem adeptos do movimento que prega: transar, só depois de casar. "Nossas produções não são crentonas, sabe? Passamos a mensagem de forma engraçada", diz o diretor Maurício Bettini, que promete tratar de homossexualidade na produção. Ele ecoa crítica comum a pioneiros do cinema evangélico: a dificuldade de captar verba com leis de incentivo fiscal, como a Rouanet e a do Audiovisual. Falta estrutura para cuidar da papelada burocrática e sobra medo de ser acusado de proselitismo religioso em vez de cultura, o que a princípio é vetado pelas leis. FESTIVAL CRISTÃO Começa nesta segunda (23) a terceira edição do Festival Nacional de Cinema Cristão, no Cine Odeon, no Rio. A mostra é um espelho de como a produção evangélica tem sido irregular –só seis filmes se inscreveram, a maioria com estética amadora. "Ainda existem muitos amadores tentando fazer arte cristã. Isso é trágico, porque Deus ensina que devemos fazer com excelência", afirma a diretora do evento, Veronica Brendler. Das três obras aceitas, "Três Histórias, Um Destino" (baseada em best-seller do missionário R.R. Soares) foi a que mais se deu bem: 300 mil espectadores. É uma coprodução Brasil-EUA de 2012 –com atores "B" de Hollywood e dirigida por outro, Robert Treveiler, que fez uma ponta na série "Dawson's Creek". Mas ela é temporã. Desde então, nenhum gospel nacional entrou em cartaz. Pela ótica mercadológica, é difícil entender o desinteresse no gênero. Estima-se que um em cada quatro brasileiros seja evangélico. Na música e na literatura, eles são um fenômeno de vendas, como provam o grupo Diante do Trono e as biografias de Edir Macedo e da vice Miss Bumbum convertida Andressa Urach (tiragens iniciais com um milhão de exemplares, enquanto a média parte de 3.000). Em julho, o cineasta Fernando Meirelles ("Cidade de Deus") falou à Folha por que sua produtora, a O2 Filmes, "nunca pensou em fazer nada do tipo". "Respeito a fé alheia, mas não me toca o tema. Um sobre a bancada evangélica do Congresso já seria mais interessante, mas aí não pegaria o tal filão." 3º FESTIVAL NACIONAL DE CINEMA CRISTÃO QUANDO de seg. (23) a qua. (25) ONDE Cine Odeon, pça. Floriano, 7, tel. (21) 3547-0121 QUANTO de R$ 10 a R$ 20 > mais informações no site cinemacristao.com.br/festival DESTAQUES DO FESTIVAL CRISTÃO Três Histórias, Um Destino (EUA-Brasil, 2012) Baseado em best-seller de R.R. Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus), cruza três narraitvas: a do jovem da favela, a do pastor levado pela ganância e a do casal que se afastou de Deus Renascer - Acendendo A Chama Outra Vez (Brasil, 2015) Duas jovens partem em missões evangelizadoras pelos cafundós de Brasil, Suriname e Bolívia; lideranças indígenas criticaram o filme VAI NA FÉ Produções evangélicas brasileiras que vêm por aí A Palavra (Brasil, 2014) Leva para o Nordeste dos dias de hoje a parábola de dois profetas bíblicos: Elias e Eliseu. Prevista para março Edir Macedo (Brasil, sem data) Líder da Igreja Universal ganhará cinebiografia inspirada em suas memórias, contadas na trinca de livros 'Nada a Perder' Os Dez Mandamentos (Brasil, 2016) Novela da Record sobre a saga dos hebreus no Egito ganhará versão para cinema com final inédito
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Cinema evangélico dá primeiros passos a reboque de 'Os Dez Mandamentos - O Filme'A expansão evangélica no Brasil dava um filme. Só que você dificilmente o veria nas telonas. Se tramas espíritas e católicas rendem campeões de público como "Nosso Lar" (4 milhões de espectadores em 2010) e "Maria" (2,3 milhões em 2003), o cinema gospel nunca decolou no circuito comercial do país. Até agora. Escrita por uma evangélica na emissora do bispo Edir Macedo, a novela "Os Dez Mandamentos" vai ganhar uma versão para passar nos cinemas. A releitura do episódio bíblico, segundo a Record, terá novo final. A novela fez o canal bater a Globo em audiência por vários dias. O novo corte deve estrear em fevereiro, em 500 salas. É uma média de respeito: o brasileiro de maior bilheteria em 2015, "S.O.S. Mulheres ao Mar 2", entrou em 464. "Enfim, um filme que podemos divulgar, sem cenas constrangedoras [...] e baseado em fatos reais da Bíblia, meu manual de vida", escreveu Cristiane Cardoso, filha de Edir, em boletim virtual para fiéis. HISTÓRIA DE EDIR O próprio Macedo, líder da Igreja Universal, ganhará cinebiografia para suas memórias, contadas na trilogia de livros "Nada a Perder", de Douglas Tavolaro, vice-presidente de jornalismo da Record. O diretor poderá ser Alexandre Avancini, que pilotou "Os Dez Mandamentos". Chegou-se a falar em Wagner Moura para viver o bispo –o ator já disse que recusaria o papel. Já "A Palavra", previsto para março, conta a história em que o profeta bíblico Elias vira pregador no sertão, e seu sucessor Eliseu, um engenheiro que trabalha na transposição do rio São Francisco. A advogada pernambucana Zitah Oliveira, evangélica, criou a produtora Anjoluz especialmente para fazer o filme. O trailer passará na Record, segundo Zitah –que quer promover uma sessão no Congresso Nacional com apoio de João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Evangélica. Outro plano: gravar um testemunho de Luciano Sfazir, no elenco do longa e de "Os Dez Mandamentos" (é o egípcio Meketre). A produtora Purpose Films planeja transformar em filme sua série virtual "Eu Escolhi te Esperar". Febre entre jovens evangélicos, é uma espécie de "Friends" gospel, isso se Rachel e Ross fossem adeptos do movimento que prega: transar, só depois de casar. "Nossas produções não são crentonas, sabe? Passamos a mensagem de forma engraçada", diz o diretor Maurício Bettini, que promete tratar de homossexualidade na produção. Ele ecoa crítica comum a pioneiros do cinema evangélico: a dificuldade de captar verba com leis de incentivo fiscal, como a Rouanet e a do Audiovisual. Falta estrutura para cuidar da papelada burocrática e sobra medo de ser acusado de proselitismo religioso em vez de cultura, o que a princípio é vetado pelas leis. FESTIVAL CRISTÃO Começa nesta segunda (23) a terceira edição do Festival Nacional de Cinema Cristão, no Cine Odeon, no Rio. A mostra é um espelho de como a produção evangélica tem sido irregular –só seis filmes se inscreveram, a maioria com estética amadora. "Ainda existem muitos amadores tentando fazer arte cristã. Isso é trágico, porque Deus ensina que devemos fazer com excelência", afirma a diretora do evento, Veronica Brendler. Das três obras aceitas, "Três Histórias, Um Destino" (baseada em best-seller do missionário R.R. Soares) foi a que mais se deu bem: 300 mil espectadores. É uma coprodução Brasil-EUA de 2012 –com atores "B" de Hollywood e dirigida por outro, Robert Treveiler, que fez uma ponta na série "Dawson's Creek". Mas ela é temporã. Desde então, nenhum gospel nacional entrou em cartaz. Pela ótica mercadológica, é difícil entender o desinteresse no gênero. Estima-se que um em cada quatro brasileiros seja evangélico. Na música e na literatura, eles são um fenômeno de vendas, como provam o grupo Diante do Trono e as biografias de Edir Macedo e da vice Miss Bumbum convertida Andressa Urach (tiragens iniciais com um milhão de exemplares, enquanto a média parte de 3.000). Em julho, o cineasta Fernando Meirelles ("Cidade de Deus") falou à Folha por que sua produtora, a O2 Filmes, "nunca pensou em fazer nada do tipo". "Respeito a fé alheia, mas não me toca o tema. Um sobre a bancada evangélica do Congresso já seria mais interessante, mas aí não pegaria o tal filão." 3º FESTIVAL NACIONAL DE CINEMA CRISTÃO QUANDO de seg. (23) a qua. (25) ONDE Cine Odeon, pça. Floriano, 7, tel. (21) 3547-0121 QUANTO de R$ 10 a R$ 20 > mais informações no site cinemacristao.com.br/festival DESTAQUES DO FESTIVAL CRISTÃO Três Histórias, Um Destino (EUA-Brasil, 2012) Baseado em best-seller de R.R. Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus), cruza três narraitvas: a do jovem da favela, a do pastor levado pela ganância e a do casal que se afastou de Deus Renascer - Acendendo A Chama Outra Vez (Brasil, 2015) Duas jovens partem em missões evangelizadoras pelos cafundós de Brasil, Suriname e Bolívia; lideranças indígenas criticaram o filme VAI NA FÉ Produções evangélicas brasileiras que vêm por aí A Palavra (Brasil, 2014) Leva para o Nordeste dos dias de hoje a parábola de dois profetas bíblicos: Elias e Eliseu. Prevista para março Edir Macedo (Brasil, sem data) Líder da Igreja Universal ganhará cinebiografia inspirada em suas memórias, contadas na trinca de livros 'Nada a Perder' Os Dez Mandamentos (Brasil, 2016) Novela da Record sobre a saga dos hebreus no Egito ganhará versão para cinema com final inédito
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Piores que em 2014, times paulistas tentam se recuperar no Brasileiro
Após as primeiras dez rodadas do Campeonato Brasileiro, os times paulistas estão em posições piores na competição do que ocupavam depois do mesmo período do campeonato do ano passado. Em 2014, entre os cinco primeiros, três eram paulistas: São Paulo, Corinthians e Santos –neste ano, nenhum. Neste domingo (5), as cinco equipes paulistas no torneio entram em campo buscando melhorar a situação. O melhor paulista neste ano é o Corinthians. O time, que perdeu jogadores importantes como os atacantes Sheik e Guerrero, tem os mesmos 19 pontos que tinha nesta fase do torneio em 2014. No ano passado, essa pontuação era suficiente para deixar a equipe na vice-liderança. Mas agora é o bastante apenas para o sexto lugar. O líder Sport tem os mesmos 22 pontos que o Cruzeiro tinha em 2014, mas entre o Corinthians e o líder estão Atlético-MG, Fluminense, Grêmio e Atlético-PR. Os paulistas que mais caíram em relação ao ano passado são Santos e São Paulo. A equipe do Morumbi, que vive grave crise financeira, tendo inclusive que se desfazer de alguns atletas, soma apenas 17 pontos, em sétimo. No ano passado, tinha os mesmos 19 do Corinthians e ocupava a terceira posição da tabela de classificação. Mas foi o Santos o time que mais caiu em relação à campanha do ano passado. O time da Baixada Santista, que nas primeiras dez rodadas de 2014 ocupava a quinta posição, buscando uma vaga na zona de classificação para a Libertadores, com 17 pontos, agora luta para não entrar na zona de rebaixamento, com apenas dez. Por sua vez, o Palmeiras mostra uma pequena melhora em relação à sua campanha de 2014, ano em que brigou até a última rodada contra a queda para a Série B. Em bom momento após a goleada sobre o São Paulo, o time chegou a 15 pontos na última quarta, após vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense e ocupa a nona posição. Melhor que os 13 pontos conquistados no primeiro quarto do campeonato do ano passado, que davam, na época, a 12ª posição ao time (graças a punição ao Criciúma, que depois foi retirada). Neste domingo, a equipe alviverde enfrenta a Ponte Preta, que disputou a Série B no ano passado e que ocupa a oitava posição do Brasileiro deste ano, com 16 pontos.
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Piores que em 2014, times paulistas tentam se recuperar no BrasileiroApós as primeiras dez rodadas do Campeonato Brasileiro, os times paulistas estão em posições piores na competição do que ocupavam depois do mesmo período do campeonato do ano passado. Em 2014, entre os cinco primeiros, três eram paulistas: São Paulo, Corinthians e Santos –neste ano, nenhum. Neste domingo (5), as cinco equipes paulistas no torneio entram em campo buscando melhorar a situação. O melhor paulista neste ano é o Corinthians. O time, que perdeu jogadores importantes como os atacantes Sheik e Guerrero, tem os mesmos 19 pontos que tinha nesta fase do torneio em 2014. No ano passado, essa pontuação era suficiente para deixar a equipe na vice-liderança. Mas agora é o bastante apenas para o sexto lugar. O líder Sport tem os mesmos 22 pontos que o Cruzeiro tinha em 2014, mas entre o Corinthians e o líder estão Atlético-MG, Fluminense, Grêmio e Atlético-PR. Os paulistas que mais caíram em relação ao ano passado são Santos e São Paulo. A equipe do Morumbi, que vive grave crise financeira, tendo inclusive que se desfazer de alguns atletas, soma apenas 17 pontos, em sétimo. No ano passado, tinha os mesmos 19 do Corinthians e ocupava a terceira posição da tabela de classificação. Mas foi o Santos o time que mais caiu em relação à campanha do ano passado. O time da Baixada Santista, que nas primeiras dez rodadas de 2014 ocupava a quinta posição, buscando uma vaga na zona de classificação para a Libertadores, com 17 pontos, agora luta para não entrar na zona de rebaixamento, com apenas dez. Por sua vez, o Palmeiras mostra uma pequena melhora em relação à sua campanha de 2014, ano em que brigou até a última rodada contra a queda para a Série B. Em bom momento após a goleada sobre o São Paulo, o time chegou a 15 pontos na última quarta, após vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense e ocupa a nona posição. Melhor que os 13 pontos conquistados no primeiro quarto do campeonato do ano passado, que davam, na época, a 12ª posição ao time (graças a punição ao Criciúma, que depois foi retirada). Neste domingo, a equipe alviverde enfrenta a Ponte Preta, que disputou a Série B no ano passado e que ocupa a oitava posição do Brasileiro deste ano, com 16 pontos.
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Força do peronismo deve eleger Scioli na Argentina, diz Clóvis Rossi
O candidato da situação à presidência da Argentina, Daniel Scioli, não conseguirá evitar o segundo turno nas eleições, segundo as pesquisas de intenção de voto, mas deve levar a disputa no futuro por causa de seu discurso peronista. A avaliação é do colunista da Folha Clóvis Rossi. O jornalista participou do debate ao vivo desta terça-feira (20) com a editora de "Mundo", Luciana Coelho, com a correspondente na Argentina, Mariana Carneiro, e a repórter especial Sylvia Colombo, enviada especial a Buenos Aires. A campanha da chapa formada por Scioli e Carlos Zannini tem 34,3% das intenções de voto, seguida pelo atual prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri (com Gabriela Michetti como vice), da chapa Cambiemos, com 25,1%. A sondagem foi realizada pelo instituto Management & Fit Opinión e publicada pelo jornal Clarín no último final de semana. Neste vídeo, os jornalistas falam sobre o clima nas ruas, o perfil de cada candidato e os desafios que o futuro governante enfrentará.
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Força do peronismo deve eleger Scioli na Argentina, diz Clóvis RossiO candidato da situação à presidência da Argentina, Daniel Scioli, não conseguirá evitar o segundo turno nas eleições, segundo as pesquisas de intenção de voto, mas deve levar a disputa no futuro por causa de seu discurso peronista. A avaliação é do colunista da Folha Clóvis Rossi. O jornalista participou do debate ao vivo desta terça-feira (20) com a editora de "Mundo", Luciana Coelho, com a correspondente na Argentina, Mariana Carneiro, e a repórter especial Sylvia Colombo, enviada especial a Buenos Aires. A campanha da chapa formada por Scioli e Carlos Zannini tem 34,3% das intenções de voto, seguida pelo atual prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri (com Gabriela Michetti como vice), da chapa Cambiemos, com 25,1%. A sondagem foi realizada pelo instituto Management & Fit Opinión e publicada pelo jornal Clarín no último final de semana. Neste vídeo, os jornalistas falam sobre o clima nas ruas, o perfil de cada candidato e os desafios que o futuro governante enfrentará.
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Trump aumenta apoio dos EUA a facções que combatem o EI na Síria
Milícias curdas e árabes que combatem a organização terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria afirmaram ter recebido apoio militar mais intenso dos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump, inclusive com a chegada de veículos blindados. Durante a administração do presidente Barack Obama, as Forças Democráticas da Síria (FDS) –coalizão de grupos das etnias curda e árabe que atua no norte da Síria– vinham recebendo apoio limitado, como munições e armas leves. Atualmente, as FDS participam de uma campanha por solo para cortar as rotas de acesso do EI à cidade de Raqqa, bastião dos extremistas na Síria. Os combatentes têm apoio de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA. "As FDS receberam pela primeira vez blindados americanos. Isso aconteceu após a chegada ao poder da administração do Donald Trump", declarou à agência de notícias AFP um porta-voz da coalizão. "Ocorreram encontros entre as FDS e representantes da nova administração, que nos prometeram mais apoio, em particular para a batalha por Raqqa", acrescentou o porta-voz. O apoio do governo Trump às facções armadas na Síria faz parte da estratégia americana de combate ao terrorismo. O republicano afirma que uma das prioridades de seu governo é "acabar com o EI". Apesar de sinalizar maior apoio às milícias que combatem o EI na Síria, Trump indica que irá retirar o apoio dos EUA aos grupos rebeldes que lutam na Síria há quase seis anos para derrubar o ditador Bashar al-Assad. Durante a campanha eleitoral, o republicano disse que uma revolução na Síria poderia levar ao poder "alguém tão mau" quanto Assad. O incremento no apoio a grupos armados na Síria pode criar tensões com a Turquia, aliada dos EUA na Otan (aliança militar ocidental). O governo de Ancara mantém operações na Síria para combater a milícia curda YPG –que integra as FDS– pois receia que o fortalecimento dos curdos na Síria pode estimular os grupos separatistas da mesma etnia que mantêm uma insurgência no sul da Turquia.
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Trump aumenta apoio dos EUA a facções que combatem o EI na SíriaMilícias curdas e árabes que combatem a organização terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria afirmaram ter recebido apoio militar mais intenso dos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump, inclusive com a chegada de veículos blindados. Durante a administração do presidente Barack Obama, as Forças Democráticas da Síria (FDS) –coalizão de grupos das etnias curda e árabe que atua no norte da Síria– vinham recebendo apoio limitado, como munições e armas leves. Atualmente, as FDS participam de uma campanha por solo para cortar as rotas de acesso do EI à cidade de Raqqa, bastião dos extremistas na Síria. Os combatentes têm apoio de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA. "As FDS receberam pela primeira vez blindados americanos. Isso aconteceu após a chegada ao poder da administração do Donald Trump", declarou à agência de notícias AFP um porta-voz da coalizão. "Ocorreram encontros entre as FDS e representantes da nova administração, que nos prometeram mais apoio, em particular para a batalha por Raqqa", acrescentou o porta-voz. O apoio do governo Trump às facções armadas na Síria faz parte da estratégia americana de combate ao terrorismo. O republicano afirma que uma das prioridades de seu governo é "acabar com o EI". Apesar de sinalizar maior apoio às milícias que combatem o EI na Síria, Trump indica que irá retirar o apoio dos EUA aos grupos rebeldes que lutam na Síria há quase seis anos para derrubar o ditador Bashar al-Assad. Durante a campanha eleitoral, o republicano disse que uma revolução na Síria poderia levar ao poder "alguém tão mau" quanto Assad. O incremento no apoio a grupos armados na Síria pode criar tensões com a Turquia, aliada dos EUA na Otan (aliança militar ocidental). O governo de Ancara mantém operações na Síria para combater a milícia curda YPG –que integra as FDS– pois receia que o fortalecimento dos curdos na Síria pode estimular os grupos separatistas da mesma etnia que mantêm uma insurgência no sul da Turquia.
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Política faliu mais que economia
É mais fácil estimar o que será da economia daqui até a eleição de 2018 do que pensar o futuro próximo da política e do "sistema partidário", essa barafunda gelatinosa mutante e despedaçada que há no Congresso. PSDB e PT lideraram os anos politicamente mais estáveis da República, 1994-2012. Representavam projetos claros de mudança. Tinham âncoras sociais consideráveis. Estabilidade não há desde 2013. PT e PSDB estão quase aos pedaços, literalmente. Perderam articulações sociais, entre outros desgastes graves. O resto dos partidos é ainda pior ou nanico. O PSDB se reduziu a um triunvirato de candidatos hiperindividualistas a presidente com um departamento de bons economistas liberais. O ex-clube de elites econômicas mais esclarecidas racha em três partes carcomidas, uma delas um grupo de direita retrógrada. Há rumores de que o PT pode rachar com uma debandada de parlamentares. Movimentos sociais ligados ao petismo, históricos ou novos, devaneiam com outras paragens políticas. A grande cola do PT é Lula. Os dois partidos perderam peso no Congresso, dada a fragmentação crescente desde 1998. Aliás, a fragmentação cresceu tanto de 2010 para 2014 quanto de 1998 a 2010. Além de Dilma Rousseff, algo mais grave aconteceu ou se revelou entre 2010 e 2014. Houve o Junho de 2013. Renasceu a polarização "ideológica" odienta, que amainava desde meados dos 1990. Apodreceu o sistema de relações entre governo e Congresso. Regras eleitorais, entre outras, reforçaram incentivos para a fragmentação partidária, nome bonito para a formação de grupos que vão de tropas de barganha a bandos de extorsão. Sim, a coisa vinha de longe. FHC formou a maioria mais sólida do período, mas adquiria apoio com ministérios (preservando os essenciais) e com emendas parlamentares; houve a compra de votos da emenda da reeleição. Lula, mais minoritário e de início avesso ao PMDB, pagou mais caro. Inflou o número de ministérios (em 60%) para acomodar a barganha e facções petistas irritadas com a "virada à direita" de 2002. Teve mensalão e petrolão. Nos anos da estabilidade, 1994-2012, politólogos dedicaram-se a um debate de tamanho bíblico sobre a governabilidade. Parecia prevalecer a ideia de que um sistema presidencialista com "n" partidos, o brasileiro, era "governável". Isto é, os poderes do presidente e de uma cúpula centralizada no Congresso eram capazes de organizar maiorias estáveis de partidos que votavam de modo relativamente previsível, "fiel", produzindo a legislação de interesse, em vez de impasses e tumultos. Pois então. Algo deu errado (já dava, mas não cabe aqui). Não se prestou atenção nas relações dos partidos com a sociedade nem a contextos sociais e econômicos que produziram essa governabilidade. Não se atentou para a qualidade desse processo. À corrupção progressiva (escassa prestação de contas). À substância dos partidos (propõem o quê? para quem?). Ao caos do troca-troca partidário. Ao resultado da "governabilidade", às políticas aprovadas: Dilma Rousseff produziu desastre com anuência ou conivência parlamentar e social. É uma descrição parcial do problema. Mas talvez a política esteja mais quebrada do que a economia.
colunas
Política faliu mais que economiaÉ mais fácil estimar o que será da economia daqui até a eleição de 2018 do que pensar o futuro próximo da política e do "sistema partidário", essa barafunda gelatinosa mutante e despedaçada que há no Congresso. PSDB e PT lideraram os anos politicamente mais estáveis da República, 1994-2012. Representavam projetos claros de mudança. Tinham âncoras sociais consideráveis. Estabilidade não há desde 2013. PT e PSDB estão quase aos pedaços, literalmente. Perderam articulações sociais, entre outros desgastes graves. O resto dos partidos é ainda pior ou nanico. O PSDB se reduziu a um triunvirato de candidatos hiperindividualistas a presidente com um departamento de bons economistas liberais. O ex-clube de elites econômicas mais esclarecidas racha em três partes carcomidas, uma delas um grupo de direita retrógrada. Há rumores de que o PT pode rachar com uma debandada de parlamentares. Movimentos sociais ligados ao petismo, históricos ou novos, devaneiam com outras paragens políticas. A grande cola do PT é Lula. Os dois partidos perderam peso no Congresso, dada a fragmentação crescente desde 1998. Aliás, a fragmentação cresceu tanto de 2010 para 2014 quanto de 1998 a 2010. Além de Dilma Rousseff, algo mais grave aconteceu ou se revelou entre 2010 e 2014. Houve o Junho de 2013. Renasceu a polarização "ideológica" odienta, que amainava desde meados dos 1990. Apodreceu o sistema de relações entre governo e Congresso. Regras eleitorais, entre outras, reforçaram incentivos para a fragmentação partidária, nome bonito para a formação de grupos que vão de tropas de barganha a bandos de extorsão. Sim, a coisa vinha de longe. FHC formou a maioria mais sólida do período, mas adquiria apoio com ministérios (preservando os essenciais) e com emendas parlamentares; houve a compra de votos da emenda da reeleição. Lula, mais minoritário e de início avesso ao PMDB, pagou mais caro. Inflou o número de ministérios (em 60%) para acomodar a barganha e facções petistas irritadas com a "virada à direita" de 2002. Teve mensalão e petrolão. Nos anos da estabilidade, 1994-2012, politólogos dedicaram-se a um debate de tamanho bíblico sobre a governabilidade. Parecia prevalecer a ideia de que um sistema presidencialista com "n" partidos, o brasileiro, era "governável". Isto é, os poderes do presidente e de uma cúpula centralizada no Congresso eram capazes de organizar maiorias estáveis de partidos que votavam de modo relativamente previsível, "fiel", produzindo a legislação de interesse, em vez de impasses e tumultos. Pois então. Algo deu errado (já dava, mas não cabe aqui). Não se prestou atenção nas relações dos partidos com a sociedade nem a contextos sociais e econômicos que produziram essa governabilidade. Não se atentou para a qualidade desse processo. À corrupção progressiva (escassa prestação de contas). À substância dos partidos (propõem o quê? para quem?). Ao caos do troca-troca partidário. Ao resultado da "governabilidade", às políticas aprovadas: Dilma Rousseff produziu desastre com anuência ou conivência parlamentar e social. É uma descrição parcial do problema. Mas talvez a política esteja mais quebrada do que a economia.
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Contrato e cobertura médica impedem americanos de trocar de emprego
Os conservadores norte-americanos adoram falar sobre liberdade. Milton Friedman escreveu um livro em favor do capitalismo que se tornou famoso, e virou série de TV, com o título "livre para escolher". E a linha dura da Câmara dos Deputados que pressiona pelo completo desmonte do Obamacare se denomina "bancada da liberdade". Bem, por que não? Afinal, os Estados Unidos são uma sociedade aberta na qual todos estão livres para fazer suas escolhas sobre onde trabalhar e como viver. Todos, é claro, excetuados os 30 milhões de trabalhadores sujeitos a contratos que os proíbem de trabalhar para concorrentes caso deixem seus atuais empregos; os 52 milhões de norte-americanos com problemas de saúde pré-existentes que na prática não poderão adquirir planos de saúde individuais, e portanto estarão presos aos seus atuais empregadores se a bancada da liberdade conseguir o que deseja; e os milhões de norte-americanos que arcam com o peso de suas dívidas, educacionais e outras. A realidade é que os norte-americanos, especialmente os trabalhadores norte-americanos, não se sentem tão livres. A Pesquisa Mundial Gallup pergunta a moradores de diversos países se eles se sentem "livres para fazer escolhas em suas vidas". Os Estados Unidos não apresentam resultados assim tão bons, especialmente se comparados aos elevados indicadores de liberdade encontrados em países europeus dotados de fortes redes de seguridade social. E é possível argumentar convincentemente que estamos nos tornando menos livres com o passar do tempo. Falemos primeiro sobre os acordos que restringem a liberdade de trabalhar para concorrentes, tema recente de um artigo chocante do "New York Times" (o mais recente de uma série), e de um relatório do governo Obama que pressionava por limitações à prática. Os acordos que restringem trabalhar para concorrentes tinham por objetivo original a proteção de segredos comerciais, e portanto ajudavam a promover a inovação e o investimento em treinamento profissional. Suponha que uma empresa que está desenvolvendo uma nova ratoeira contrate um novo engenheiro de ratoeiras. O contrato de emprego do novo trabalhador pode bem incluir uma cláusula que impeça que ele deixe o posto depois de apenas alguns meses e aceite emprego em uma empresa rival de desratização, porque ele poderia levar informações cruciais para o concorrente. E isso é perfeitamente razoável. A esta altura, porém, cerca de 20% dos trabalhadores norte-americanos estão sujeitos a alguma forma de contrato que restringe que aceitem empregos oferecidos por empresas concorrentes. Não é possível que existam tantos trabalhadores que detenham segredos comerciais valiosos, especialmente quando muitos desses trabalhadores ocupam postos de trabalho com remuneração relativamente baixa. Um exemplo é o famoso caso da cadeia de sanduíches Jimmy John's, que basicamente proibia antigos operadores de sua franquia de trabalhar com outras redes de lanchonetes especializadas em sanduíches. Além disso, os termos das cláusulas de proteção são muitas vezes definidos com amplitude absurda. É como se o nosso engenheiro de ratoeiras hipotético ficasse proibido não só de procurar emprego em outro fabricante de ratoeiras mas também em qualquer outra empresa que pudesse fazer uso de sua capacitação como engenheiro. A esta altura, em outras palavras, as cláusulas que restringem trabalhar para concorrentes são menos sobre a proteção de segredos comerciais e mais sobre amarrar trabalhadores aos seus empregadores atuais, impossibilitando-os de negociar em busca de salários melhores ou de deixar seus empregos em busca de postos melhores. Isso não deveria acontecer nos Estados Unidos, e é justo ressaltar que alguns políticos de ambos os partidos vêm falando sobre a necessidade de mudar essa situação (ainda que poucos esperem que o governo Trump dê continuidade aos esforços de reforma iniciados no governo Obama). Mas há outro aspecto da liberdade do trabalhador que é questão fortemente partidária: os serviços de saúde. Até 2014, só existia uma maneira para que norte-americanos com menos de 65 anos de idade e portadores de problemas de saúde pré-existentes obtivessem cobertura médica: encontrar um empregador que lhes oferecesse um plano de saúde. E alguns empregadores se dispunham a fazê-lo. Por quê? Porque havia grandes vantagens tributárias –os pagamentos de planos de saúde não eram computados como renda tributável–, mas para obter essas vantagens os empregadores precisavam oferecer a mesma cobertura a todos os trabalhadores, não importa quais fossem os históricos médicos destes. Mas e se a pessoa mudasse de emprego, ou abrisse um negócio? Azar dela: estaria basicamente desprovida de cobertura (e conheci diversas pessoas que viviam nessa situação). Então o Obamacare entrou em vigor, garantindo cobertura de saúde a preço acessível até mesmo para as pessoas com problemas de saúde pré-existentes. Foi uma mudança imensa e libertadora, para milhões de norte-americanos. Mesmo que a pessoa não tirasse vantagem imediata do novo programa para mudar de emprego ou começar um negócio, o fato é que isso se tornou uma possibilidade concreta. Mas talvez não por muito tempo mais. O Trumpcare reduziria drasticamente a proteção aos norte-americanos com problemas de saúde pré-existentes. E mesmo que o projeto de lei jamais entre em vigor, o governo Trump está na prática sabotando os mercados individuais de planos de saúde, e por isso em muitos casos os norte-americanos que perderem a cobertura oferecida por empregadores não terão a quem recorrer –o que vai amarrar as pessoas dotadas de planos de saúde fornecidos pelos empregadores aos seus atuais empregos. Seria possível afirmar, com apenas uma pontinha de hipérbole, que os trabalhadores dos Estados Unidos, supostamente a terra da liberdade, estão na verdade rastejando no caminho da servidão, atrelados aos seus empregadores da mesma maneira que os servos russos estavam presos aos seus senhores. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Contrato e cobertura médica impedem americanos de trocar de empregoOs conservadores norte-americanos adoram falar sobre liberdade. Milton Friedman escreveu um livro em favor do capitalismo que se tornou famoso, e virou série de TV, com o título "livre para escolher". E a linha dura da Câmara dos Deputados que pressiona pelo completo desmonte do Obamacare se denomina "bancada da liberdade". Bem, por que não? Afinal, os Estados Unidos são uma sociedade aberta na qual todos estão livres para fazer suas escolhas sobre onde trabalhar e como viver. Todos, é claro, excetuados os 30 milhões de trabalhadores sujeitos a contratos que os proíbem de trabalhar para concorrentes caso deixem seus atuais empregos; os 52 milhões de norte-americanos com problemas de saúde pré-existentes que na prática não poderão adquirir planos de saúde individuais, e portanto estarão presos aos seus atuais empregadores se a bancada da liberdade conseguir o que deseja; e os milhões de norte-americanos que arcam com o peso de suas dívidas, educacionais e outras. A realidade é que os norte-americanos, especialmente os trabalhadores norte-americanos, não se sentem tão livres. A Pesquisa Mundial Gallup pergunta a moradores de diversos países se eles se sentem "livres para fazer escolhas em suas vidas". Os Estados Unidos não apresentam resultados assim tão bons, especialmente se comparados aos elevados indicadores de liberdade encontrados em países europeus dotados de fortes redes de seguridade social. E é possível argumentar convincentemente que estamos nos tornando menos livres com o passar do tempo. Falemos primeiro sobre os acordos que restringem a liberdade de trabalhar para concorrentes, tema recente de um artigo chocante do "New York Times" (o mais recente de uma série), e de um relatório do governo Obama que pressionava por limitações à prática. Os acordos que restringem trabalhar para concorrentes tinham por objetivo original a proteção de segredos comerciais, e portanto ajudavam a promover a inovação e o investimento em treinamento profissional. Suponha que uma empresa que está desenvolvendo uma nova ratoeira contrate um novo engenheiro de ratoeiras. O contrato de emprego do novo trabalhador pode bem incluir uma cláusula que impeça que ele deixe o posto depois de apenas alguns meses e aceite emprego em uma empresa rival de desratização, porque ele poderia levar informações cruciais para o concorrente. E isso é perfeitamente razoável. A esta altura, porém, cerca de 20% dos trabalhadores norte-americanos estão sujeitos a alguma forma de contrato que restringe que aceitem empregos oferecidos por empresas concorrentes. Não é possível que existam tantos trabalhadores que detenham segredos comerciais valiosos, especialmente quando muitos desses trabalhadores ocupam postos de trabalho com remuneração relativamente baixa. Um exemplo é o famoso caso da cadeia de sanduíches Jimmy John's, que basicamente proibia antigos operadores de sua franquia de trabalhar com outras redes de lanchonetes especializadas em sanduíches. Além disso, os termos das cláusulas de proteção são muitas vezes definidos com amplitude absurda. É como se o nosso engenheiro de ratoeiras hipotético ficasse proibido não só de procurar emprego em outro fabricante de ratoeiras mas também em qualquer outra empresa que pudesse fazer uso de sua capacitação como engenheiro. A esta altura, em outras palavras, as cláusulas que restringem trabalhar para concorrentes são menos sobre a proteção de segredos comerciais e mais sobre amarrar trabalhadores aos seus empregadores atuais, impossibilitando-os de negociar em busca de salários melhores ou de deixar seus empregos em busca de postos melhores. Isso não deveria acontecer nos Estados Unidos, e é justo ressaltar que alguns políticos de ambos os partidos vêm falando sobre a necessidade de mudar essa situação (ainda que poucos esperem que o governo Trump dê continuidade aos esforços de reforma iniciados no governo Obama). Mas há outro aspecto da liberdade do trabalhador que é questão fortemente partidária: os serviços de saúde. Até 2014, só existia uma maneira para que norte-americanos com menos de 65 anos de idade e portadores de problemas de saúde pré-existentes obtivessem cobertura médica: encontrar um empregador que lhes oferecesse um plano de saúde. E alguns empregadores se dispunham a fazê-lo. Por quê? Porque havia grandes vantagens tributárias –os pagamentos de planos de saúde não eram computados como renda tributável–, mas para obter essas vantagens os empregadores precisavam oferecer a mesma cobertura a todos os trabalhadores, não importa quais fossem os históricos médicos destes. Mas e se a pessoa mudasse de emprego, ou abrisse um negócio? Azar dela: estaria basicamente desprovida de cobertura (e conheci diversas pessoas que viviam nessa situação). Então o Obamacare entrou em vigor, garantindo cobertura de saúde a preço acessível até mesmo para as pessoas com problemas de saúde pré-existentes. Foi uma mudança imensa e libertadora, para milhões de norte-americanos. Mesmo que a pessoa não tirasse vantagem imediata do novo programa para mudar de emprego ou começar um negócio, o fato é que isso se tornou uma possibilidade concreta. Mas talvez não por muito tempo mais. O Trumpcare reduziria drasticamente a proteção aos norte-americanos com problemas de saúde pré-existentes. E mesmo que o projeto de lei jamais entre em vigor, o governo Trump está na prática sabotando os mercados individuais de planos de saúde, e por isso em muitos casos os norte-americanos que perderem a cobertura oferecida por empregadores não terão a quem recorrer –o que vai amarrar as pessoas dotadas de planos de saúde fornecidos pelos empregadores aos seus atuais empregos. Seria possível afirmar, com apenas uma pontinha de hipérbole, que os trabalhadores dos Estados Unidos, supostamente a terra da liberdade, estão na verdade rastejando no caminho da servidão, atrelados aos seus empregadores da mesma maneira que os servos russos estavam presos aos seus senhores. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Blog de Tec: Participantes da Campus Party aprendem a falar língua dos elfos
Os fãs de "O Senhor dos Anéis" estão se sentindo contemplados na Campus Party 2015. A "feira nerd" teve nesta quinta (5) um workshop sobre o quenya, linguagem élfica inventada pelo escritor e linguista J.R.R Tolkien no livro de ficção... Leia post completo no blog
tec
Blog de Tec: Participantes da Campus Party aprendem a falar língua dos elfosOs fãs de "O Senhor dos Anéis" estão se sentindo contemplados na Campus Party 2015. A "feira nerd" teve nesta quinta (5) um workshop sobre o quenya, linguagem élfica inventada pelo escritor e linguista J.R.R Tolkien no livro de ficção... Leia post completo no blog
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Tem muita gente de olho no seu FGTS
Nos próximos meses, você e milhões de brasileiros terão a oportunidade de sacar o dinheiro aprisionado nas contas inativas do FGTS. E tem muita gente de olho no seu dinheiro, doida para abocanhar um pedaço dessa grana. A começar pelo governo, que quer que você gaste, que consuma, para ajudar a aquecer a economia. Os bancos vão te atacar por duas frentes. Estão esperançosos de que você use o dinheiro para pagar dívidas e resolvam o problema deles, de atraso nos pagamento e inadimplência, por falta de pagamento. Também vão oferecer uma linha de crédito que antecipa uma boa parte do saldo do FGTS, para pagamento único até o fim de agosto (o prazo para liberação dos saldos termina em julho, lembra?), com juros na faixa entre 4% e 5% ao mês. Juros mais baixos que os praticados no mercado, mas ainda altos, considerando a operação de baixo risco para o banco. Muita calma nessa hora. Seu dinheiro vale muito, está sendo disputado a tapa. Mas, antes de fazer qualquer coisa com ele, pense muito bem e prepare-se para valorizar cada centavo. Pagar dívidas é a recomendação mais frequente. Será que é mesmo a melhor coisa a fazer? Depende das condições que a instituição financeira vai lhe oferecer. Não entregue uma bolada sem receber nada em troca. Se o credor não estiver disposto a conceder um bom desconto, mantenha a dívida e se organize para pagá-la no prazo contratado inicialmente. Quando você contraiu a dívida, não tinha a perspectiva de usar o dinheiro das contas inativas do FGTS para quitá-la, não é? Se você propuser ao credor a mera antecipação do pagamento sem nenhuma vantagem para você, talvez seja um bom negócio apenas para o credor. Na falta de um acordo vantajoso, aproveite esse dinheiro extra para organizar suas finanças, recompor sua reserva financeira, planejar seus gastos e se fortalecer para a travessia dos próximos meses, que será ainda muito difícil, com a recuperação lenta do crescimento econômico e da oferta de emprego. A Caixa é o único banco que sabe quem tem dinheiro nas contas inativas do FGTS. Os outros não sabem e vão te assediar na esperança de que você faça negócio com eles, seja pagando o que deve, seja contraindo novo empréstimo para antecipar esse recebimento. Fique ligado! O varejo vai te seduzir fortemente com ofertas tentadoras, negócio da China que há tempos você não vê. Os estoques estão altos, e o caixa dos lojistas, baixo. E você é visto como o salvador da pátria que vai aproveitar as ofertas e deixar parte do seu dinheiro lá. Descontos enormes (a conferir), pagamento em muitas parcelas, a perder de vista, compre agora e comece a pagar somente quando sacar seu FGTS são algumas das abordagens comerciais para atrair e convencer você a gastar dinheiro com consumo. Muito cuidado! Não caia em tentação, compre apenas o absolutamente necessário. A economia ainda vai demorar um bocado para se recuperar. Se você está desempregado, definitivamente não é um bom momento para consumir. Investir, pensando no futuro, faz todo sentido. Poupar para compor ou recompor sua reserva financeira, sábia decisão. Aplicar esse dinheiro na poupança vai garantir o dobro dos juros que você ganhava. O FGTS remunera 3% ao ano de juros, enquanto a poupança paga 6,17% -além da TR, nos dois casos. Atenção em relação às alternativas de investimento que cobram taxa de administração, taxa de custódia, corretagem, e estão sujeitas ao pagamento do Imposto de Renda. Pesquise muito antes de investir para pagar o menor custo possível, caso contrário, você pode acabar ganhando menos do que a poupança. Planos de previdência são os mais caros. Fundos de investimento que aceitam valores baixos de aplicação, também. Depósitos bancários (CDB, RDB) podem oferecer rentabilidade menor do que a poupança depois do Imposto de Renda. Tesouro Direto é sua melhor chance de receber rentabilidade alta com baixo risco. Não se esqueça de liberar também o dinheiro aplicado em ações da Vale e da Petrobras. Você pode vendê-las, esperar momento mais adequado para fazer isso ou mudar para fundos de ações com maior diversificação de carteira.
colunas
Tem muita gente de olho no seu FGTSNos próximos meses, você e milhões de brasileiros terão a oportunidade de sacar o dinheiro aprisionado nas contas inativas do FGTS. E tem muita gente de olho no seu dinheiro, doida para abocanhar um pedaço dessa grana. A começar pelo governo, que quer que você gaste, que consuma, para ajudar a aquecer a economia. Os bancos vão te atacar por duas frentes. Estão esperançosos de que você use o dinheiro para pagar dívidas e resolvam o problema deles, de atraso nos pagamento e inadimplência, por falta de pagamento. Também vão oferecer uma linha de crédito que antecipa uma boa parte do saldo do FGTS, para pagamento único até o fim de agosto (o prazo para liberação dos saldos termina em julho, lembra?), com juros na faixa entre 4% e 5% ao mês. Juros mais baixos que os praticados no mercado, mas ainda altos, considerando a operação de baixo risco para o banco. Muita calma nessa hora. Seu dinheiro vale muito, está sendo disputado a tapa. Mas, antes de fazer qualquer coisa com ele, pense muito bem e prepare-se para valorizar cada centavo. Pagar dívidas é a recomendação mais frequente. Será que é mesmo a melhor coisa a fazer? Depende das condições que a instituição financeira vai lhe oferecer. Não entregue uma bolada sem receber nada em troca. Se o credor não estiver disposto a conceder um bom desconto, mantenha a dívida e se organize para pagá-la no prazo contratado inicialmente. Quando você contraiu a dívida, não tinha a perspectiva de usar o dinheiro das contas inativas do FGTS para quitá-la, não é? Se você propuser ao credor a mera antecipação do pagamento sem nenhuma vantagem para você, talvez seja um bom negócio apenas para o credor. Na falta de um acordo vantajoso, aproveite esse dinheiro extra para organizar suas finanças, recompor sua reserva financeira, planejar seus gastos e se fortalecer para a travessia dos próximos meses, que será ainda muito difícil, com a recuperação lenta do crescimento econômico e da oferta de emprego. A Caixa é o único banco que sabe quem tem dinheiro nas contas inativas do FGTS. Os outros não sabem e vão te assediar na esperança de que você faça negócio com eles, seja pagando o que deve, seja contraindo novo empréstimo para antecipar esse recebimento. Fique ligado! O varejo vai te seduzir fortemente com ofertas tentadoras, negócio da China que há tempos você não vê. Os estoques estão altos, e o caixa dos lojistas, baixo. E você é visto como o salvador da pátria que vai aproveitar as ofertas e deixar parte do seu dinheiro lá. Descontos enormes (a conferir), pagamento em muitas parcelas, a perder de vista, compre agora e comece a pagar somente quando sacar seu FGTS são algumas das abordagens comerciais para atrair e convencer você a gastar dinheiro com consumo. Muito cuidado! Não caia em tentação, compre apenas o absolutamente necessário. A economia ainda vai demorar um bocado para se recuperar. Se você está desempregado, definitivamente não é um bom momento para consumir. Investir, pensando no futuro, faz todo sentido. Poupar para compor ou recompor sua reserva financeira, sábia decisão. Aplicar esse dinheiro na poupança vai garantir o dobro dos juros que você ganhava. O FGTS remunera 3% ao ano de juros, enquanto a poupança paga 6,17% -além da TR, nos dois casos. Atenção em relação às alternativas de investimento que cobram taxa de administração, taxa de custódia, corretagem, e estão sujeitas ao pagamento do Imposto de Renda. Pesquise muito antes de investir para pagar o menor custo possível, caso contrário, você pode acabar ganhando menos do que a poupança. Planos de previdência são os mais caros. Fundos de investimento que aceitam valores baixos de aplicação, também. Depósitos bancários (CDB, RDB) podem oferecer rentabilidade menor do que a poupança depois do Imposto de Renda. Tesouro Direto é sua melhor chance de receber rentabilidade alta com baixo risco. Não se esqueça de liberar também o dinheiro aplicado em ações da Vale e da Petrobras. Você pode vendê-las, esperar momento mais adequado para fazer isso ou mudar para fundos de ações com maior diversificação de carteira.
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Cirurgia de 27 horas separa irmãos siameses nos EUA
Após 27 horas de cirurgia, os irmãos gêmeos Anias e Jadon McDonald começaram uma nova vida, separados. Eles nasceram há 13 meses nos EUA unidos pela cabeça. A cirurgia começou na quinta de manhã e terminou só na sexta no Centro Médico Montefiore no Bronx, em Nova York. Só a operação para separá-los durou 16 horas –o restante foi para reconstruir os crânios dos dois, de acordo com a rede de TV americana CNN, que acompanhou o caso com exclusividade. A operação foi conduzida por James Goodrich, considerado um dos maiores especialistas nesse tipo de cirurgia. Esse foi seu sétimo e mais longo procedimento –e apenas a 59ª separação de crânio no mundo desde 1952. Não é também a primeira cirurgia dos meninos –eles já haviam passado por três outras operações, cada uma resultando em cérebros cada vez mais separados. O estágio final, porém, é o que traz mais riscos de morte ou danos cerebrais em um ou em ambos pacientes. Não operá-los, porém, também implica riscos: 80% dos bebês unidos pela cabeça morrem de complicações médicas até os dois anos se não forem separados, segundo o estudo. A mãe, Nicole McDonald, passou o dia postando atualizações, em sua página no Facebook, sobre a cirurgia e o estado de saúde dos bebês. "Finalmente reunidos. Como é surreal. Eu agora percebo que sempre vi vocês como dois bebês separados porque ver vocês assim não é nada diferente pra mim (...) Agora é hora de começar um novo capítulo das nossas vidas", ela escreveu no fim da tarde desta sexta (16), ao publicar uma foto dos bebês, cada um em uma cama do hospital.
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Cirurgia de 27 horas separa irmãos siameses nos EUAApós 27 horas de cirurgia, os irmãos gêmeos Anias e Jadon McDonald começaram uma nova vida, separados. Eles nasceram há 13 meses nos EUA unidos pela cabeça. A cirurgia começou na quinta de manhã e terminou só na sexta no Centro Médico Montefiore no Bronx, em Nova York. Só a operação para separá-los durou 16 horas –o restante foi para reconstruir os crânios dos dois, de acordo com a rede de TV americana CNN, que acompanhou o caso com exclusividade. A operação foi conduzida por James Goodrich, considerado um dos maiores especialistas nesse tipo de cirurgia. Esse foi seu sétimo e mais longo procedimento –e apenas a 59ª separação de crânio no mundo desde 1952. Não é também a primeira cirurgia dos meninos –eles já haviam passado por três outras operações, cada uma resultando em cérebros cada vez mais separados. O estágio final, porém, é o que traz mais riscos de morte ou danos cerebrais em um ou em ambos pacientes. Não operá-los, porém, também implica riscos: 80% dos bebês unidos pela cabeça morrem de complicações médicas até os dois anos se não forem separados, segundo o estudo. A mãe, Nicole McDonald, passou o dia postando atualizações, em sua página no Facebook, sobre a cirurgia e o estado de saúde dos bebês. "Finalmente reunidos. Como é surreal. Eu agora percebo que sempre vi vocês como dois bebês separados porque ver vocês assim não é nada diferente pra mim (...) Agora é hora de começar um novo capítulo das nossas vidas", ela escreveu no fim da tarde desta sexta (16), ao publicar uma foto dos bebês, cada um em uma cama do hospital.
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Leões estrelas de documentário são envenenados no Quênia
Dois leões morreram e oito estão sendo tratados após envenenamento no Quênia Dois pastores de gado da tribo queniana Maasai foram acusados de envenenar um grupo de leões na cidade de Narok, no sudoeste do país africano, segundo uma autoridade local. Simindei Naururi e Kulangash Toposat teriam colocado veneno no corpo de uma vaca morta na reserva Maasai de Mara Game. Os leões teriam se alimentado dos restos do animal. Oito leões estão sendo tratados por envenenamento. Dois outros morreram. Leia também: Como a disputa interna do PMDB pode selar o futuro de Dilma A ação teria sido motivada pelo fato de o grupo de leões ter matado três vacas dos pastores dentro da reserva. O Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quênia alertou que outros animais podem ter sido afetados pelo envenenamento. Os leões haviam participado de um documentário da BBC chamado Big Cat Diary. O envenenamento foi reportado em uma página do Facebook dedicada a essa família de leões. Leia também: Da Bélgica a Gaza: O trajeto de um fuzil europeu até as mãos de extremistas Siga a BBC Brasil no Facebook e no Twitter Um dos animais mortos era Bibi, uma fêmea de 17 anos de idade. Uma equipe da BBC que trabalhava na região informou que ela foi encontrada ofegante e espumando pela boca. Depois de morrer, o outro leão foi comido por hienas, segundo o porta-voz do Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quênia, Paul Udoto. Outra leoa, Sienna, está desaparecida, segundo outra organização que luta pela conservação dos animais. O filhote dela, que tem dois anos, está sendo tratado por veterinários. Segundo o correspondente da BBC em Nairóbi, Alastais Leithead, há um conflito entre os grandes felinos e os pastores Maasai. No passado, eles já haviam envenenado leões que abateram seu gado.
bbc
Leões estrelas de documentário são envenenados no QuêniaDois leões morreram e oito estão sendo tratados após envenenamento no Quênia Dois pastores de gado da tribo queniana Maasai foram acusados de envenenar um grupo de leões na cidade de Narok, no sudoeste do país africano, segundo uma autoridade local. Simindei Naururi e Kulangash Toposat teriam colocado veneno no corpo de uma vaca morta na reserva Maasai de Mara Game. Os leões teriam se alimentado dos restos do animal. Oito leões estão sendo tratados por envenenamento. Dois outros morreram. Leia também: Como a disputa interna do PMDB pode selar o futuro de Dilma A ação teria sido motivada pelo fato de o grupo de leões ter matado três vacas dos pastores dentro da reserva. O Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quênia alertou que outros animais podem ter sido afetados pelo envenenamento. Os leões haviam participado de um documentário da BBC chamado Big Cat Diary. O envenenamento foi reportado em uma página do Facebook dedicada a essa família de leões. Leia também: Da Bélgica a Gaza: O trajeto de um fuzil europeu até as mãos de extremistas Siga a BBC Brasil no Facebook e no Twitter Um dos animais mortos era Bibi, uma fêmea de 17 anos de idade. Uma equipe da BBC que trabalhava na região informou que ela foi encontrada ofegante e espumando pela boca. Depois de morrer, o outro leão foi comido por hienas, segundo o porta-voz do Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quênia, Paul Udoto. Outra leoa, Sienna, está desaparecida, segundo outra organização que luta pela conservação dos animais. O filhote dela, que tem dois anos, está sendo tratado por veterinários. Segundo o correspondente da BBC em Nairóbi, Alastais Leithead, há um conflito entre os grandes felinos e os pastores Maasai. No passado, eles já haviam envenenado leões que abateram seu gado.
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Leia o texto de 1999 'Não há perigo de melhorar', de Roberto Campos
O economista e diplomata Roberto Campos (1917-2001), que faria 100 anos nesta segunda-feira, foi colunista da Folha, onde manteve a seção "Lanterna na Popa" entre 1994 e 2000. Leia abaixo texto publicado no jornal em 5 de dezembro de 1999.: * - "As leis são como as salsichas. É melhor não ver como são feitas" Chanceler Bismarck É comovente o esforço de vários meses da comissão especial de reforma tributária, da Câmara dos Deputados, para produzir uma reforma fiscal. Comovente e inútil, porque o Brasil precisa de uma revolução conceitual e não de remendos fiscais. O projeto de Mussa Demes introduz, na era do jato, aperfeiçoamentos tecnológicos numa carroça. A proposta do governo, tardiamente apresentada, é um ligeiro melhoramento. Unifica a coleta do IVA e preserva o IMF com alíquota simbólica, para facilitar o controle da evasão. Fabrica uma carruagem. Ambos são trabalhos artesanais na idade da eletrônica e da internáutica. Se a globalização financeira e a explosão do comércio pela Internet tornam obsoletos os impostos clássicos, por que não foram ainda eletronificados os sistemas fiscais dos países líderes? A explicação é simples. Nesses países, os contribuintes preservam razoável ética fiscal, não há déficits escandalosos, e a taxa de corrupção fiscal é tolerável. Prevalece então o ditado prudencial: "If it ain't broken, don't fix it" (se não está quebrado, não vale a pena consertar). No Brasil, tudo é diferente. Temos apenas uma "tapera fiscal", cheia de goteiras e roída por cupins. Em vez de consertá-la, é melhor construir um edifício inteligente. A inovação, para outros países, é facultativa. Para nós, imperativa. O Brasil já foi capaz de inovações ousadas, consideradas perigosas à época e depois largamente imitadas. Uma foi o FGTS, que permitiu fusões e incorporações de empresas, inviabilizadas pelo passivo trabalhista da era getulista. Outra foi a implantação do sistema do "valor adicionado" nos impostos de consumo (ICM) e de produção (IPI). Isso foi feito em 1966 pela emenda constitucional nº 18, muito antes que os europeus implantassem o TVA como padrão no mercado comum. A falta de criatividade, tanto no Congresso como no Executivo, se traduz em remendos fantasiados de reforma. Outra coisa não foi a reforma previdenciária, que meramente adia o colapso no sistema de repartição, em vez de transformar a seguridade social em alavancagem de poupança, por meio do sistema de capitalização individual, já adotado em países vizinhos. E nenhum dos dois projetos de reforma fiscal o do relator Mussa Demes e as sugestões do Executivo, apesar de simplificarem um pouco o sistema, pela absorção no IVA de vários impostos, corrige quatro defeitos fundamentais: 1) A praga do sufixo nasal "ão" _ elisão, evasão, sonegação e corrupção; 2) Os encargos diretos da contratação de mão-de-obra; 3) O altíssimo custo de arrecadação; 4) A crescente informalização da economia e a distorção da competitividade em favor das empresas sonegadoras. A primeira praga é decorrente dos impostos clássicos, de tipo "declaratório", num ambiente de ética fiscal degradada. Revoltado contra a magra contrapartida de serviços, a complicação burocrática do sistema e a corrupção dos fiscais, o contribuinte brasileiro tende a subdeclarar quer a renda quer as vendas quer a prestação de serviços. Além disso, na economia globalizada e informatizada, a capacidade extrativa dos impostos clássicos fica cada vez menor. As empresas poderão deslocar a geração de lucros para os países de fiscalidade benigna, buscar paraísos fiscais ou fatiar os serviços via Internet. O mesmo acontece com a escolha de componentes nas fábricas globais, que cada vez mais se concentrarão em países de mansa tributação. Em futuro não-distante, a tributação tenderá a se confinar a dois momentos da cadeia produtiva _ um financeiro e outro físico: a transação financeira e a compra de produtos e insumos básicos, felizmente, ambos atingíveis por tributação automática. É o que sugeriram 200 deputados que apoiaram a emenda constitucional nº 8 (baseada em textos dos deputados Luiz Roberto Ponte e Marcos Cintra), infelizmente não votada na comissão especial. Essa emenda elege dois tributos básicos: o IMF sobre transações financeiras e o Imposto Seletivo sobre grandes produtos e serviços (combustíveis, eletricidade, veículos, telecomunicações, bebidas e cigarros), cobráveis na fonte, independentemente de declaração e segundo medidas de vazão eletrônica. O custo de arrecadação (calculado hoje em pelo menos 5% do PIB) baixaria dramaticamente, a produtividade daria um salto pela eliminação de custos burocráticos e os tributos seriam universalizados, evitando-se a injusta vantagem competitiva que têm hoje os sonegadores. E a taxa global de corrupção, hoje inquietante para investidores e financiadores, se tornaria menos indecente. Infelizmente, ignorando essas perspectivas, tanto o projeto de Demes como o do governo, mantêm o IVA como principal imposto declaratório, sujeito a todas as deformações do sufixo "ão" e mantendo intactas três burocracias: a do contribuinte, a do exator e a do contencioso fiscal. E isso em três níveis: municipal, estadual e federal, sem falar no fisco trabalhista e previdenciário. A modernização do sistema fiscal exige uma lavagem cerebral de vários preconceitos. Um deles é a condenação indiscriminada dos impostos em cascata, como o IMF. Há cascatas benignas e malignas. Um imposto em cascata, insonegável e desburocratizado e com alíquotas pequenas, é preferível, por exemplo, a um ICMS com alíquotas altas. Outro preconceito é que a autonomia política dos Estados e municípios exige também autonomia para criar tributos e manter custosas máquinas fiscais, como fonte de poder político e distribuição de empregos. Mas a verdadeira autonomia está no acesso rápido e automático aos recursos captados pela via mais econômica e na liberdade para escolher os gastos prioritários. A emenda constitucional nº 8, que poderá ser ressuscitada em plenário, se houver um impasse entre as propostas atuais, federaliza a tributação, para torná-la eletrônica e insonegável, mas garante critérios de partilha automática a Estados e municípios, que cobrariam suas alíquotas diretamente dos bancos e das agências arrecadadoras dos impostos seletivos. O único consolo que me resta nesse confuso debate entre artesãos e eletrônicos é que as reformas previstas não conseguirão piorar nosso manicômio fiscal. Mas, como dizia um engraxate da Câmara, "não há perigo de melhorar". * Leia outras colunas de Roberto Campos para a Folha: *'O liberalismo e a pobreza', de 1996
mercado
Leia o texto de 1999 'Não há perigo de melhorar', de Roberto CamposO economista e diplomata Roberto Campos (1917-2001), que faria 100 anos nesta segunda-feira, foi colunista da Folha, onde manteve a seção "Lanterna na Popa" entre 1994 e 2000. Leia abaixo texto publicado no jornal em 5 de dezembro de 1999.: * - "As leis são como as salsichas. É melhor não ver como são feitas" Chanceler Bismarck É comovente o esforço de vários meses da comissão especial de reforma tributária, da Câmara dos Deputados, para produzir uma reforma fiscal. Comovente e inútil, porque o Brasil precisa de uma revolução conceitual e não de remendos fiscais. O projeto de Mussa Demes introduz, na era do jato, aperfeiçoamentos tecnológicos numa carroça. A proposta do governo, tardiamente apresentada, é um ligeiro melhoramento. Unifica a coleta do IVA e preserva o IMF com alíquota simbólica, para facilitar o controle da evasão. Fabrica uma carruagem. Ambos são trabalhos artesanais na idade da eletrônica e da internáutica. Se a globalização financeira e a explosão do comércio pela Internet tornam obsoletos os impostos clássicos, por que não foram ainda eletronificados os sistemas fiscais dos países líderes? A explicação é simples. Nesses países, os contribuintes preservam razoável ética fiscal, não há déficits escandalosos, e a taxa de corrupção fiscal é tolerável. Prevalece então o ditado prudencial: "If it ain't broken, don't fix it" (se não está quebrado, não vale a pena consertar). No Brasil, tudo é diferente. Temos apenas uma "tapera fiscal", cheia de goteiras e roída por cupins. Em vez de consertá-la, é melhor construir um edifício inteligente. A inovação, para outros países, é facultativa. Para nós, imperativa. O Brasil já foi capaz de inovações ousadas, consideradas perigosas à época e depois largamente imitadas. Uma foi o FGTS, que permitiu fusões e incorporações de empresas, inviabilizadas pelo passivo trabalhista da era getulista. Outra foi a implantação do sistema do "valor adicionado" nos impostos de consumo (ICM) e de produção (IPI). Isso foi feito em 1966 pela emenda constitucional nº 18, muito antes que os europeus implantassem o TVA como padrão no mercado comum. A falta de criatividade, tanto no Congresso como no Executivo, se traduz em remendos fantasiados de reforma. Outra coisa não foi a reforma previdenciária, que meramente adia o colapso no sistema de repartição, em vez de transformar a seguridade social em alavancagem de poupança, por meio do sistema de capitalização individual, já adotado em países vizinhos. E nenhum dos dois projetos de reforma fiscal o do relator Mussa Demes e as sugestões do Executivo, apesar de simplificarem um pouco o sistema, pela absorção no IVA de vários impostos, corrige quatro defeitos fundamentais: 1) A praga do sufixo nasal "ão" _ elisão, evasão, sonegação e corrupção; 2) Os encargos diretos da contratação de mão-de-obra; 3) O altíssimo custo de arrecadação; 4) A crescente informalização da economia e a distorção da competitividade em favor das empresas sonegadoras. A primeira praga é decorrente dos impostos clássicos, de tipo "declaratório", num ambiente de ética fiscal degradada. Revoltado contra a magra contrapartida de serviços, a complicação burocrática do sistema e a corrupção dos fiscais, o contribuinte brasileiro tende a subdeclarar quer a renda quer as vendas quer a prestação de serviços. Além disso, na economia globalizada e informatizada, a capacidade extrativa dos impostos clássicos fica cada vez menor. As empresas poderão deslocar a geração de lucros para os países de fiscalidade benigna, buscar paraísos fiscais ou fatiar os serviços via Internet. O mesmo acontece com a escolha de componentes nas fábricas globais, que cada vez mais se concentrarão em países de mansa tributação. Em futuro não-distante, a tributação tenderá a se confinar a dois momentos da cadeia produtiva _ um financeiro e outro físico: a transação financeira e a compra de produtos e insumos básicos, felizmente, ambos atingíveis por tributação automática. É o que sugeriram 200 deputados que apoiaram a emenda constitucional nº 8 (baseada em textos dos deputados Luiz Roberto Ponte e Marcos Cintra), infelizmente não votada na comissão especial. Essa emenda elege dois tributos básicos: o IMF sobre transações financeiras e o Imposto Seletivo sobre grandes produtos e serviços (combustíveis, eletricidade, veículos, telecomunicações, bebidas e cigarros), cobráveis na fonte, independentemente de declaração e segundo medidas de vazão eletrônica. O custo de arrecadação (calculado hoje em pelo menos 5% do PIB) baixaria dramaticamente, a produtividade daria um salto pela eliminação de custos burocráticos e os tributos seriam universalizados, evitando-se a injusta vantagem competitiva que têm hoje os sonegadores. E a taxa global de corrupção, hoje inquietante para investidores e financiadores, se tornaria menos indecente. Infelizmente, ignorando essas perspectivas, tanto o projeto de Demes como o do governo, mantêm o IVA como principal imposto declaratório, sujeito a todas as deformações do sufixo "ão" e mantendo intactas três burocracias: a do contribuinte, a do exator e a do contencioso fiscal. E isso em três níveis: municipal, estadual e federal, sem falar no fisco trabalhista e previdenciário. A modernização do sistema fiscal exige uma lavagem cerebral de vários preconceitos. Um deles é a condenação indiscriminada dos impostos em cascata, como o IMF. Há cascatas benignas e malignas. Um imposto em cascata, insonegável e desburocratizado e com alíquotas pequenas, é preferível, por exemplo, a um ICMS com alíquotas altas. Outro preconceito é que a autonomia política dos Estados e municípios exige também autonomia para criar tributos e manter custosas máquinas fiscais, como fonte de poder político e distribuição de empregos. Mas a verdadeira autonomia está no acesso rápido e automático aos recursos captados pela via mais econômica e na liberdade para escolher os gastos prioritários. A emenda constitucional nº 8, que poderá ser ressuscitada em plenário, se houver um impasse entre as propostas atuais, federaliza a tributação, para torná-la eletrônica e insonegável, mas garante critérios de partilha automática a Estados e municípios, que cobrariam suas alíquotas diretamente dos bancos e das agências arrecadadoras dos impostos seletivos. O único consolo que me resta nesse confuso debate entre artesãos e eletrônicos é que as reformas previstas não conseguirão piorar nosso manicômio fiscal. Mas, como dizia um engraxate da Câmara, "não há perigo de melhorar". * Leia outras colunas de Roberto Campos para a Folha: *'O liberalismo e a pobreza', de 1996
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Leia trecho de "Euforia", de Lily King, inspirado em Margaret Mead
SOBRE O TEXTO Baseado em um breve período da vida da antropóloga norte-americana Margaret Mead (1901-78), "Euforia", do qual se extraiu este trecho e que sai pela Globo em julho, foi considerado um dos melhores livros do ano passado pelo jornal "The New York Times". No romance, o triângulo amoroso entre os pesquisadores Nell Stone, seu marido, Schuyler Fenwick, ou Fen, e Bankson se desenha contra o pano de fundo de um árduo trabalho de campo na Nova Guiné. * Ela sonhava com bebês mortos, escreveu em seu livro de pano de casca de árvore. Bebês em chamas. Bebês presos em árvores entrelaçadas. Bebês cobertos de formigas. Deitada em sua cama, contava o número de bebês mortos que tinha visto nos últimos dois anos. O menino anapa tinha sido o primeiro, cortado do ventre de sua mãe morta para que não os assombrasse. A menina Minalana, quase um ano de idade, picada por uma aranha-de-costas-vermelhas. Com os mumbanyos, muitas vezes não havia cerimônia para a morte de uma criança. Tropeçava-se nelas, semienterradas ou presas entre os juncos do rio. Qualquer bebê que fosse inconveniente, ou que se acreditasse ser de outro homem. E um homem podia evitar o tabu pós-parto de seis meses sem relações sexuais livrando-se do bebê. Com os anapas houvera cinco, dezessete com os mumbanyos, e agora Sali. Vinte e três bebês mortos. Vinte e quatro se ela contasse o seu próprio bebê, um grumo escuro envolto em folha de bananeira e enterrado debaixo de uma árvore que ela nunca mais veria. Ouviu-os debaixo da casa, esperando por ela. A risadinha da filha de nove anos de Sema e o choramingo de seu irmãozinho, provavelmente querendo mais da cana que a mãe balançava sobre a cabeça. Ela ouviu as palavras para "comer", "doce" e o nome que eles lhe haviam dado, Nell-Nell. Surpreendia-a que ainda viessem. Eles não tinham atribuído a morte do bebê de Sali à sua presença no momento do nascimento. Ainda não, pelo menos. Quando ela visitou Sali na noite anterior, Sali descansara a cabeça em seu ombro por um longo tempo. Seu filho havia sido enterrado dois dias antes, numa clareira a meia hora dali. Sali o levou, seu corpo pequenino pintado de barro vermelho, o rosto de branco, o peito diminuto decorado com conchas. Numa das mãos colocaram um pedaço de bolo de sagu, na outra uma flauta em miniatura, para crianças. Seu pai cavou uma cova rasa. Pouco antes de Sali colocá-lo ali, ela apertou algumas gotas de leite de seu peito duro e cheio para os lábios pintados, e Nell desejou tanto que aqueles lábios se movessem, mas eles não se moveram, e em seguida o cobriram de solo arenoso marrom. Fen entrou no mosquiteiro com uma xícara de café para ela. Ele se sentou na cama e ela se levantou para pegar a xícara. – Obrigada. Fen se sentou de lado para ela, esmagou um gorgulho azul claro com o sapato, ficou olhando para o pano que cobria a janela. Tinha uma cabeça pequena, considerando-se o seu comprimento e circunferência. Fazia seus olhos e seus ombros parecerem maiores do que eram de fato. Sua barba crescia depressa, os pelos escuros. Ele tinha se barbeado na noite anterior, mas já tinha começado a crescer, e não o azul escuro que aparecia depois de algumas horas, como uma nuvem de tempestade, mas pelos mesmo, brotando dois ou três por poro. Mulheres, em todos os lugares, costumavam achá-lo atraente. Ela o achara bonito no início, naquele barco no oceano Índico. Ele sabia que Nell tinha chorado e não olhava para ela. – Eu só queria ver uma criança ficar viva. – Eu sei – disse ele, mas não tocou nela. Debaixo da casa, eles tinham começado a bater varas nos apoios. – Aonde você vai hoje? – ela perguntou. – Vou ajudar com a canoa. Trabalhar na canoa, o que tinha feito nos últimos cinco dias, significava escavar as entranhas de uma enorme árvore de fruta-pão para que oito homens pudessem viajar dentro dela. Isso significava mais um dia sem fazer anotações, mais um dia sem conseguir reunir dados. – Luro vai a Parambai hoje, para ajudar a resolver a briga sobre o preço da noiva de Mwroni. – Quem? – Mwroni. O primo de Sali. – Eu vou ajudar com a canoa, Nell. – Nós simplesmente não fazemos ideia de como eles negociam... – Não é minha culpa você não estar grávida. A mentira contida nessas palavras ficou pairando entre eles. – Eu continuo fazendo a minha parte – disse Fen. Seriam sete meses agora, ela pensou. Ele também sabia. Por trás da tela, Nell ouviu Bani preparar o café da manhã de Fen enquanto cantava. Ela não conseguia entender a letra. Canções sempre eram a última coisa. Muitas vezes, eram um encadeamento de nomes, uma linhagem de antepassados, sem pausas entre as palavras. Madatulopanara-ratelambanokanitwogo-mrainountwuatniwran, ele cantava, a voz aguda, e com ternura. Ele às vezes era tão sério que ficava difícil lembrar que era apenas um menino. Bani tinha dito a Nell que ele não nascera tam. Era um yesan, roubado pelos tam num ataque em retaliação pelo sequestro de uma menina tam por quem um yesan estava apaixonado. Ele achava que tinha menos de dois anos de idade quando isso aconteceu. Ela perguntou quem o criara, e Bani disse que muitas pessoas. Ela perguntou quem era sua família ali, e ele falou que era ela e Fen. – Você vê a sua mãe? – ela quis saber. – Às vezes. Se eu for com as mulheres ao mercado. Ela é muito magra. Nell não tinha entendido a palavra "tinu", magra, até ele encolher a barriga e apertar os braços junto ao corpo. Ele tinha cicatrizes de iniciação do ombro ao pulso e nas costas, calombos que eles criavam infectando deliberadamente os cortes. – O que você sente quando a vê? – Eu me sinto feliz por não ser magro e feio como ela. – E ela? O que ela sente? – Ela sente que as nossas mulheres tam cobram muito caro pelos peixes. É o que ela diz todas as vezes. LILY KING, 51, é escritora americana. Seu quarto romance, "Euforia", foi finalista do prêmio do National Book Critics Circle. ADRIANA LISBOA, 45, escritora e tradutora, é autora de, entre outros, "Sinfonia em Branco" (Alfaguara), vencedor do Prêmio José Saramago. ELISA VON RANDOW, 41, é ilustradora.
ilustrissima
Leia trecho de "Euforia", de Lily King, inspirado em Margaret MeadSOBRE O TEXTO Baseado em um breve período da vida da antropóloga norte-americana Margaret Mead (1901-78), "Euforia", do qual se extraiu este trecho e que sai pela Globo em julho, foi considerado um dos melhores livros do ano passado pelo jornal "The New York Times". No romance, o triângulo amoroso entre os pesquisadores Nell Stone, seu marido, Schuyler Fenwick, ou Fen, e Bankson se desenha contra o pano de fundo de um árduo trabalho de campo na Nova Guiné. * Ela sonhava com bebês mortos, escreveu em seu livro de pano de casca de árvore. Bebês em chamas. Bebês presos em árvores entrelaçadas. Bebês cobertos de formigas. Deitada em sua cama, contava o número de bebês mortos que tinha visto nos últimos dois anos. O menino anapa tinha sido o primeiro, cortado do ventre de sua mãe morta para que não os assombrasse. A menina Minalana, quase um ano de idade, picada por uma aranha-de-costas-vermelhas. Com os mumbanyos, muitas vezes não havia cerimônia para a morte de uma criança. Tropeçava-se nelas, semienterradas ou presas entre os juncos do rio. Qualquer bebê que fosse inconveniente, ou que se acreditasse ser de outro homem. E um homem podia evitar o tabu pós-parto de seis meses sem relações sexuais livrando-se do bebê. Com os anapas houvera cinco, dezessete com os mumbanyos, e agora Sali. Vinte e três bebês mortos. Vinte e quatro se ela contasse o seu próprio bebê, um grumo escuro envolto em folha de bananeira e enterrado debaixo de uma árvore que ela nunca mais veria. Ouviu-os debaixo da casa, esperando por ela. A risadinha da filha de nove anos de Sema e o choramingo de seu irmãozinho, provavelmente querendo mais da cana que a mãe balançava sobre a cabeça. Ela ouviu as palavras para "comer", "doce" e o nome que eles lhe haviam dado, Nell-Nell. Surpreendia-a que ainda viessem. Eles não tinham atribuído a morte do bebê de Sali à sua presença no momento do nascimento. Ainda não, pelo menos. Quando ela visitou Sali na noite anterior, Sali descansara a cabeça em seu ombro por um longo tempo. Seu filho havia sido enterrado dois dias antes, numa clareira a meia hora dali. Sali o levou, seu corpo pequenino pintado de barro vermelho, o rosto de branco, o peito diminuto decorado com conchas. Numa das mãos colocaram um pedaço de bolo de sagu, na outra uma flauta em miniatura, para crianças. Seu pai cavou uma cova rasa. Pouco antes de Sali colocá-lo ali, ela apertou algumas gotas de leite de seu peito duro e cheio para os lábios pintados, e Nell desejou tanto que aqueles lábios se movessem, mas eles não se moveram, e em seguida o cobriram de solo arenoso marrom. Fen entrou no mosquiteiro com uma xícara de café para ela. Ele se sentou na cama e ela se levantou para pegar a xícara. – Obrigada. Fen se sentou de lado para ela, esmagou um gorgulho azul claro com o sapato, ficou olhando para o pano que cobria a janela. Tinha uma cabeça pequena, considerando-se o seu comprimento e circunferência. Fazia seus olhos e seus ombros parecerem maiores do que eram de fato. Sua barba crescia depressa, os pelos escuros. Ele tinha se barbeado na noite anterior, mas já tinha começado a crescer, e não o azul escuro que aparecia depois de algumas horas, como uma nuvem de tempestade, mas pelos mesmo, brotando dois ou três por poro. Mulheres, em todos os lugares, costumavam achá-lo atraente. Ela o achara bonito no início, naquele barco no oceano Índico. Ele sabia que Nell tinha chorado e não olhava para ela. – Eu só queria ver uma criança ficar viva. – Eu sei – disse ele, mas não tocou nela. Debaixo da casa, eles tinham começado a bater varas nos apoios. – Aonde você vai hoje? – ela perguntou. – Vou ajudar com a canoa. Trabalhar na canoa, o que tinha feito nos últimos cinco dias, significava escavar as entranhas de uma enorme árvore de fruta-pão para que oito homens pudessem viajar dentro dela. Isso significava mais um dia sem fazer anotações, mais um dia sem conseguir reunir dados. – Luro vai a Parambai hoje, para ajudar a resolver a briga sobre o preço da noiva de Mwroni. – Quem? – Mwroni. O primo de Sali. – Eu vou ajudar com a canoa, Nell. – Nós simplesmente não fazemos ideia de como eles negociam... – Não é minha culpa você não estar grávida. A mentira contida nessas palavras ficou pairando entre eles. – Eu continuo fazendo a minha parte – disse Fen. Seriam sete meses agora, ela pensou. Ele também sabia. Por trás da tela, Nell ouviu Bani preparar o café da manhã de Fen enquanto cantava. Ela não conseguia entender a letra. Canções sempre eram a última coisa. Muitas vezes, eram um encadeamento de nomes, uma linhagem de antepassados, sem pausas entre as palavras. Madatulopanara-ratelambanokanitwogo-mrainountwuatniwran, ele cantava, a voz aguda, e com ternura. Ele às vezes era tão sério que ficava difícil lembrar que era apenas um menino. Bani tinha dito a Nell que ele não nascera tam. Era um yesan, roubado pelos tam num ataque em retaliação pelo sequestro de uma menina tam por quem um yesan estava apaixonado. Ele achava que tinha menos de dois anos de idade quando isso aconteceu. Ela perguntou quem o criara, e Bani disse que muitas pessoas. Ela perguntou quem era sua família ali, e ele falou que era ela e Fen. – Você vê a sua mãe? – ela quis saber. – Às vezes. Se eu for com as mulheres ao mercado. Ela é muito magra. Nell não tinha entendido a palavra "tinu", magra, até ele encolher a barriga e apertar os braços junto ao corpo. Ele tinha cicatrizes de iniciação do ombro ao pulso e nas costas, calombos que eles criavam infectando deliberadamente os cortes. – O que você sente quando a vê? – Eu me sinto feliz por não ser magro e feio como ela. – E ela? O que ela sente? – Ela sente que as nossas mulheres tam cobram muito caro pelos peixes. É o que ela diz todas as vezes. LILY KING, 51, é escritora americana. Seu quarto romance, "Euforia", foi finalista do prêmio do National Book Critics Circle. ADRIANA LISBOA, 45, escritora e tradutora, é autora de, entre outros, "Sinfonia em Branco" (Alfaguara), vencedor do Prêmio José Saramago. ELISA VON RANDOW, 41, é ilustradora.
18
Manicure brasileira vira 'luxo' em Nova York e cobra R$ 135 pela mão
A baiana Luize Cunha, 30, é manicure em Nova York, nos Estados Unidos, há sete anos. "Brasileiro sabe o que quer e corre atrás. Não vou encontrar nenhum lugar que pague mais caro que aqui." No Estado americano, que acaba de criar uma força-tarefa para coibir abusos trabalhistas contra manicures após uma reportagem do "The New York Times" expor a exploração de mão de obra imigrante nos salões de beleza da cidade, Luize é privilegiada: cobra US$ 110 (R$ 330) para fazer as unhas das mãos e dos pés de um cliente. A média nacional, segundo estudo feito pela "Nails Magazine" (sim, há uma), é de US$ 52,80 (R$ 158,40). A brasileira se beneficia da fama criada por suas precursoras, que fizeram com que o serviço das manicures do país fosse visto como artigo de luxo na ilha de Manhattan. Com estilo único de fazer a unha (que elas dizem exigir treinamento), as brasileiras vêm ao país para trabalhar em salões que operam sob a grife "Brazilian manicure" e escapam dos locais que são, agora, alvo do governador democrata Andrew Cuomo. É o caso do já famoso salão J. Sisters, aberto por sete irmãs capixabas em 1987, que hoje atende cerca de 300 clientes por dia, em sua maioria americanos. Com o tempo, o negócio deixou de contratar apenas imigrantes nacionais, mas continua "treinando com qualidade brasileira", diz Silvia Dantas, 32, que ajuda a gerenciar o negócio. "O estilo é diferente. Nós nos preocupamos com a saúde da unha, higiene. Cobramos mais, mas o serviço é melhor, o material é de qualidade", diz Luzimar Bronfman, 40, dona do Nails by Lucy. A longa investigação detalhou o dia a dia das manicures imigrantes, em geral de origem asiática ou hispânica, que muitas vezes culmina em problemas de saúde. Uma pesquisa feita pelo "NYT" aponta relação direta entre a qualidade de vida dessas trabalhadoras e o valor cobrado por seus serviços: entre os 105 salões listados pelo jornal, a média de preço para fazer as unhas das mãos era de US$ 10,50 (R$ 31,50). Nos salões brasileiros, o custo é de US$ 45 (R$ 135). "Isso aí é salão de esquina, não tem brasileira trabalhando", diz Luize, que recebe uma comissão dos valores cobrados por seus serviços. "Se começarem a olhar de verdade, vão fechar muitos desses lugares por causa das condições sanitárias."
mundo
Manicure brasileira vira 'luxo' em Nova York e cobra R$ 135 pela mãoA baiana Luize Cunha, 30, é manicure em Nova York, nos Estados Unidos, há sete anos. "Brasileiro sabe o que quer e corre atrás. Não vou encontrar nenhum lugar que pague mais caro que aqui." No Estado americano, que acaba de criar uma força-tarefa para coibir abusos trabalhistas contra manicures após uma reportagem do "The New York Times" expor a exploração de mão de obra imigrante nos salões de beleza da cidade, Luize é privilegiada: cobra US$ 110 (R$ 330) para fazer as unhas das mãos e dos pés de um cliente. A média nacional, segundo estudo feito pela "Nails Magazine" (sim, há uma), é de US$ 52,80 (R$ 158,40). A brasileira se beneficia da fama criada por suas precursoras, que fizeram com que o serviço das manicures do país fosse visto como artigo de luxo na ilha de Manhattan. Com estilo único de fazer a unha (que elas dizem exigir treinamento), as brasileiras vêm ao país para trabalhar em salões que operam sob a grife "Brazilian manicure" e escapam dos locais que são, agora, alvo do governador democrata Andrew Cuomo. É o caso do já famoso salão J. Sisters, aberto por sete irmãs capixabas em 1987, que hoje atende cerca de 300 clientes por dia, em sua maioria americanos. Com o tempo, o negócio deixou de contratar apenas imigrantes nacionais, mas continua "treinando com qualidade brasileira", diz Silvia Dantas, 32, que ajuda a gerenciar o negócio. "O estilo é diferente. Nós nos preocupamos com a saúde da unha, higiene. Cobramos mais, mas o serviço é melhor, o material é de qualidade", diz Luzimar Bronfman, 40, dona do Nails by Lucy. A longa investigação detalhou o dia a dia das manicures imigrantes, em geral de origem asiática ou hispânica, que muitas vezes culmina em problemas de saúde. Uma pesquisa feita pelo "NYT" aponta relação direta entre a qualidade de vida dessas trabalhadoras e o valor cobrado por seus serviços: entre os 105 salões listados pelo jornal, a média de preço para fazer as unhas das mãos era de US$ 10,50 (R$ 31,50). Nos salões brasileiros, o custo é de US$ 45 (R$ 135). "Isso aí é salão de esquina, não tem brasileira trabalhando", diz Luize, que recebe uma comissão dos valores cobrados por seus serviços. "Se começarem a olhar de verdade, vão fechar muitos desses lugares por causa das condições sanitárias."
3
Regina Casé repagina o programa 'Esquenta' e volta a rodar o país
"Eu ouso dizer que estamos com um formato original. Brinco que até podemos vender para a Endemol [produtora dona do 'Big Brother']", diz Regina Casé à Folha, às vésperas de estrear mais uma temporada de seu dominical "Esquenta". "A demanda da gente sempre foi de transgressão, inovação." O programa, que era gravado inteiramente em estúdio, no Rio, com convidados e grande foco na parte musical, ganhou novo formato – o original fica por conta da apresentadora, já que existem atrações parecidas, como o britânico "Gogglebox". Casé voltou a viajar pelo país, como fazia em "Brasil Legal", que comandou entre 1994 e 1998. Agora, a apresentadora almoça a cada semana com uma família em uma região do país, num esforço de deixar o dominical com uma cara menos carioca, como antes era percebido por parte do público –a audiência no Rio era bem melhor que em SP, onde o "Esquenta" perdia embates para a Record. Durante essas visitas a casas de anônimos, Casé assiste junto com eles a uma parte do "Esquenta" gravada em estúdio. A gravação é feita com base em uma pesquisa anterior com a família, abordando assuntos que dialogam com seus integrantes. No programa de estreia, neste domingo (16), por exemplo, a apresentadora contará a história de uma jovem da plateia que, abandonada ao nascer, foi adotada. Quando corta para o sofá onde Casé está, em Fortaleza, a família de lá também revela ter adotado uma criança, deixada na porta da casa. Em outro momento, a apresentadora conta a história da empregada da família, Vera Lúcia, que trabalha há 36 anos na casa e cuidou mais dos filhos dos patrões do que dos seus próprios. No palco do estúdio, o cantor Emicida fala sobre ter crescido sem a presença da mãe, que também era doméstica e ficava o dia todo fora. E dá-lhe lágrimas rolando nas casas e no estúdio. O risco de cair no pieguismo, no entanto, não preocupa Casé. "Gosto de dar risada e me emocionar quando vejo TV, seja numa novela, numa entrevista", afirma. Para o antropólogo Hermano Vianna, um dos criadores do "Esquenta", a ideia principal da nova temporada é que a TV volte a pautar as conversas, assim como acontece nas redes sociais. - NA TV - "Esquenta" Quando: a partir deste domingo (16), às 13h45, na Globo
ilustrada
Regina Casé repagina o programa 'Esquenta' e volta a rodar o país"Eu ouso dizer que estamos com um formato original. Brinco que até podemos vender para a Endemol [produtora dona do 'Big Brother']", diz Regina Casé à Folha, às vésperas de estrear mais uma temporada de seu dominical "Esquenta". "A demanda da gente sempre foi de transgressão, inovação." O programa, que era gravado inteiramente em estúdio, no Rio, com convidados e grande foco na parte musical, ganhou novo formato – o original fica por conta da apresentadora, já que existem atrações parecidas, como o britânico "Gogglebox". Casé voltou a viajar pelo país, como fazia em "Brasil Legal", que comandou entre 1994 e 1998. Agora, a apresentadora almoça a cada semana com uma família em uma região do país, num esforço de deixar o dominical com uma cara menos carioca, como antes era percebido por parte do público –a audiência no Rio era bem melhor que em SP, onde o "Esquenta" perdia embates para a Record. Durante essas visitas a casas de anônimos, Casé assiste junto com eles a uma parte do "Esquenta" gravada em estúdio. A gravação é feita com base em uma pesquisa anterior com a família, abordando assuntos que dialogam com seus integrantes. No programa de estreia, neste domingo (16), por exemplo, a apresentadora contará a história de uma jovem da plateia que, abandonada ao nascer, foi adotada. Quando corta para o sofá onde Casé está, em Fortaleza, a família de lá também revela ter adotado uma criança, deixada na porta da casa. Em outro momento, a apresentadora conta a história da empregada da família, Vera Lúcia, que trabalha há 36 anos na casa e cuidou mais dos filhos dos patrões do que dos seus próprios. No palco do estúdio, o cantor Emicida fala sobre ter crescido sem a presença da mãe, que também era doméstica e ficava o dia todo fora. E dá-lhe lágrimas rolando nas casas e no estúdio. O risco de cair no pieguismo, no entanto, não preocupa Casé. "Gosto de dar risada e me emocionar quando vejo TV, seja numa novela, numa entrevista", afirma. Para o antropólogo Hermano Vianna, um dos criadores do "Esquenta", a ideia principal da nova temporada é que a TV volte a pautar as conversas, assim como acontece nas redes sociais. - NA TV - "Esquenta" Quando: a partir deste domingo (16), às 13h45, na Globo
1
Roberto Jefferson chama Cunha de herói e pede votos pró-impeachment
"Eduardo Cunha é meu herói. Estou na torcida por ele e quero uma foto autografada". Com elogios ao presidente da Câmara, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) voltou a pisar no Congresso nesta quarta-feira (6), depois de cumprir pena pelo mensalão. Ele reapareceu no dia em que o aliado Jovair Arantes (PTB-GO) leu relatório a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Até a semana passada eu estava na dúvida, mas agora acho que o impeachment vai passar", disse Jefferson, entusiasmado. "O papel do Cunha se esgotará quando ele presidir a sessão do impeachment. É a última batalha e ele sabe disso". Em Brasília pela primeira vez desde que deixou a cadeia, o petebista visitou Michel Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. Ele prometeu que o PTB apoiará o eventual governo do peemedebista se o impeachment for aprovado. "Temer é um político sereno e sensato. Ele tem condições de pacificar o Brasil", elogiou o ex-deputado. Segundo Jefferson, Temer agradeceu o apoio e sinalizou com uma aliança caso assuma o poder. "Ele disse que o Brasil de hoje não tem uma liderança que dê um norte ao país", relatou. Na Câmara, o petebista se emocionou e chorou quando a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), sua filha, prendeu em sua lapela o broche que identifica os parlamentares. "Foi muito sofrimento", disse Cristiane, referindo-se aos 14 meses que o pai passou na cadeia. Ele estava em prisão domiciliar até o mês passado, quando teve a pena perdoada com base nas regras do indulto natalino. Em 2005, Jefferson deu início à maior crise do governo Lula ao denunciar o mensalão em entrevista à Folha. Ele teve o mandato cassado e foi condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O petebista prometeu pedir votos pelo impeachment e disse que estará em Brasília no dia da votação. "Vai haver troca de tapa, pescoção na rua. Sangue, eu não creio que haverá. O PT não vai querer sair do governo deixando de herança um cadáver", afirmou.
poder
Roberto Jefferson chama Cunha de herói e pede votos pró-impeachment"Eduardo Cunha é meu herói. Estou na torcida por ele e quero uma foto autografada". Com elogios ao presidente da Câmara, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) voltou a pisar no Congresso nesta quarta-feira (6), depois de cumprir pena pelo mensalão. Ele reapareceu no dia em que o aliado Jovair Arantes (PTB-GO) leu relatório a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Até a semana passada eu estava na dúvida, mas agora acho que o impeachment vai passar", disse Jefferson, entusiasmado. "O papel do Cunha se esgotará quando ele presidir a sessão do impeachment. É a última batalha e ele sabe disso". Em Brasília pela primeira vez desde que deixou a cadeia, o petebista visitou Michel Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. Ele prometeu que o PTB apoiará o eventual governo do peemedebista se o impeachment for aprovado. "Temer é um político sereno e sensato. Ele tem condições de pacificar o Brasil", elogiou o ex-deputado. Segundo Jefferson, Temer agradeceu o apoio e sinalizou com uma aliança caso assuma o poder. "Ele disse que o Brasil de hoje não tem uma liderança que dê um norte ao país", relatou. Na Câmara, o petebista se emocionou e chorou quando a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), sua filha, prendeu em sua lapela o broche que identifica os parlamentares. "Foi muito sofrimento", disse Cristiane, referindo-se aos 14 meses que o pai passou na cadeia. Ele estava em prisão domiciliar até o mês passado, quando teve a pena perdoada com base nas regras do indulto natalino. Em 2005, Jefferson deu início à maior crise do governo Lula ao denunciar o mensalão em entrevista à Folha. Ele teve o mandato cassado e foi condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O petebista prometeu pedir votos pelo impeachment e disse que estará em Brasília no dia da votação. "Vai haver troca de tapa, pescoção na rua. Sangue, eu não creio que haverá. O PT não vai querer sair do governo deixando de herança um cadáver", afirmou.
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Meirelles projeta crescimento 'em ritmo de 3%' no fim deste ano
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça (4) esperar que o país esteja crescendo até 2,7% no quarto trimestre, e em "ritmo de 3%" no fim do ano. "Se olharmos a previsão do crescimento do quatro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, esperamos um crescimento de 2,7%. Vamos entrar em 2018 com um crescimento, um ritmo, acima de 3%. Portanto, está dentro da previsão", disse. Presente à abertura de uma feira de defesa no Rio, Meirelles disse esperar recuperar "nos próximos trimestres" os 30% perdidos em investimentos nos dois últimos anos. O quadro róseo foi reforçado pelo crescimento da produção automotiva, comemorado por Meirelles, ainda que não reflita a indústria como um todo. Sobre o contingenciamento de R$ 41 bilhões anunciados na semana passada, Meirelles disse ser possível abater algo disso com o uso de precatórios depositados pela União em bancos e não retirados. "Existe a disponibilidade de precatórios que foram depositados pela União nos bancos e que os beneficiários não retiram. Serão vários bilhões de reais", disse, complementando ao citar a expectativa de arrecadar R$ 8 bilhões com leilões do pré-sal ainda neste ano.
mercado
Meirelles projeta crescimento 'em ritmo de 3%' no fim deste anoO ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça (4) esperar que o país esteja crescendo até 2,7% no quarto trimestre, e em "ritmo de 3%" no fim do ano. "Se olharmos a previsão do crescimento do quatro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, esperamos um crescimento de 2,7%. Vamos entrar em 2018 com um crescimento, um ritmo, acima de 3%. Portanto, está dentro da previsão", disse. Presente à abertura de uma feira de defesa no Rio, Meirelles disse esperar recuperar "nos próximos trimestres" os 30% perdidos em investimentos nos dois últimos anos. O quadro róseo foi reforçado pelo crescimento da produção automotiva, comemorado por Meirelles, ainda que não reflita a indústria como um todo. Sobre o contingenciamento de R$ 41 bilhões anunciados na semana passada, Meirelles disse ser possível abater algo disso com o uso de precatórios depositados pela União em bancos e não retirados. "Existe a disponibilidade de precatórios que foram depositados pela União nos bancos e que os beneficiários não retiram. Serão vários bilhões de reais", disse, complementando ao citar a expectativa de arrecadar R$ 8 bilhões com leilões do pré-sal ainda neste ano.
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Neymar e Messi se destacam, Barça goleia e segue de perto líder Real
Com grande atuação do brasileiro Neymar e do argentino Lionel Messi, o Barcelona goleou o Elche por 6 a 0 fora de casa pela 20ª rodada do Campeonato Espanhol. Com o resultado, o time chegou aos 47 pontos e manteve a distância de apenas um ponto para o líder Real Madrid, que mais cedo bateu o Córdoba. O Barcelona demorou a engrenar na partida, e seu primeiro gol saiu somente aos 35 minutos do primeiro tempo, em jogada de bola parada. O meia Xavi cobrou falta na área, Piqué dominou no peito e chutou com o pé direito. O vice-líder do Espanhol entrou em ritmo de goleada somente no segundo tempo, liderado por Neymar. Aos nove minutos, o brasileiro driblou o zagueiro Pelegrín e foi derrubado na área. O árbitro marcou pênalti, que foi convertido por Messi. Aos 24 minutos, Messi deu passe que deixou Neymar de frente para o gol adversário. O brasileiro apenas tocou na saída do goleiro Tyton. Aos 26, o argentino deu uma assistência pelo alto para Neymar que, sem deixar a bola cair, tocou com categoria, "de chapa", no canto do goleiro. 4 a 0 para o Barcelona. Após duas assistências, Messi decidiu fazer seu segundo gol na partida, chutando cruzado na saída do goleiro após passe de Bartra. Já nos acréscimos, Pedro, que deixou o uruguaio Luis Suárez no banco, deu números finais à partida. Na quarta-feira (28), o Barcelona enfrenta o Atlético de Madri pelas quartas de final da Copa do Rei.
esporte
Neymar e Messi se destacam, Barça goleia e segue de perto líder RealCom grande atuação do brasileiro Neymar e do argentino Lionel Messi, o Barcelona goleou o Elche por 6 a 0 fora de casa pela 20ª rodada do Campeonato Espanhol. Com o resultado, o time chegou aos 47 pontos e manteve a distância de apenas um ponto para o líder Real Madrid, que mais cedo bateu o Córdoba. O Barcelona demorou a engrenar na partida, e seu primeiro gol saiu somente aos 35 minutos do primeiro tempo, em jogada de bola parada. O meia Xavi cobrou falta na área, Piqué dominou no peito e chutou com o pé direito. O vice-líder do Espanhol entrou em ritmo de goleada somente no segundo tempo, liderado por Neymar. Aos nove minutos, o brasileiro driblou o zagueiro Pelegrín e foi derrubado na área. O árbitro marcou pênalti, que foi convertido por Messi. Aos 24 minutos, Messi deu passe que deixou Neymar de frente para o gol adversário. O brasileiro apenas tocou na saída do goleiro Tyton. Aos 26, o argentino deu uma assistência pelo alto para Neymar que, sem deixar a bola cair, tocou com categoria, "de chapa", no canto do goleiro. 4 a 0 para o Barcelona. Após duas assistências, Messi decidiu fazer seu segundo gol na partida, chutando cruzado na saída do goleiro após passe de Bartra. Já nos acréscimos, Pedro, que deixou o uruguaio Luis Suárez no banco, deu números finais à partida. Na quarta-feira (28), o Barcelona enfrenta o Atlético de Madri pelas quartas de final da Copa do Rei.
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Arrocho, mesmo que a vaca tussa
Crescia nos últimos dias o burburinho sobre o risco de os economistas de Dilma 2 não cumprirem a meta de contenção de despesas deste ano. Ontem, o governo fez questão de demonstrar que vai cortar despesas mesmo que vaca tussa. Se não for o bastante, insinua que vai fazer o bovino uivar com um aumento de impostos que tende a baixar o nível de emprego. Ontem parecia quase decidido que o governo vai aumentar a alíquota da contribuição patronal para o INSS cobrada sobre o faturamento, inovação do governo Dilma 1 que acabou por criar um grande buraco nas contas públicas. Nessa desoneração, a contribuição patronal de 20% sobre a folha de salários fora substituída por um imposto de até 2% sobre o faturamento. A coisa agora vai dar para trás. Haverá choro e ranger de dentes e, provavelmente, desemprego na veia caso sobrevenha tal aumento de imposto. Até por isso, não está decidido se o ajuste da alíquota será horizontal (igual para todos os setores, como querem os economistas). Também não foi possível descobrir o tamanho da paulada, do aumento da alíquota. Note-se que o desemprego de janeiro já foi preocupante, pelo menos nos dados relativos às seis maiores regiões metropolitanas, as que constam da pesquisa mensal do IBGE. De dezembro para janeiro de 2015 ocorreu o terceiro maior salto na taxa de desemprego desde o início da série, faz 13 anos, sendo que um desses pulos pode ser descartado, pois ocorreu no grande pânico de 2008-09. No que diz respeito à contenção de gastos, o governo decretou uma limitação de despesas para o primeiro quadrimestre que, estendida para o resto do ano, parece implicar um talho de cerca de um quarto do investimento federal. Foram limitadas as despesas com gastos ditos discricionários, aqueles que não estão vinculados a isto ou aquilo ou não são compulsórios. Isto é, gastos de custeio e investimento. Ficaram reservados cerca R$ 15 bilhões para obras do PAC no quadrimestre e uns R$ 60 bilhões para outros gastos de investimento e custeio (manutenção do funcionamento da máquina). Para o ano inteiro, dá cerca de R$ 225,5 bilhões, R$ 65,6 bilhões a menos do que o previsto no Orçamento fantasia da União para 2015. Uma olhada inicial dos gastos de custeio e capital indica que, além do reservado ao PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, não sobraria mais nada para o investimento, o que implica aquele talho de um quarto do investimento realizado em 2014. A conta é ainda mais imprecisa porque não se sabe muito bem de quanto vai ser o nível de despesas obrigatórias (gastos com o INSS dependem, por exemplo, do número de benefícios requeridos e concedidos de aposentadorias, pensões, auxílio para acidentados etc.). Juntando os dinheiros do novo corte, extrapolado para o ano inteiro, com os aumentos de impostos já previstos e com cortes de despesas sociais e de subsídios, a poupança (excluídos gastos com juros) iria para além de R$ 110 bilhões, para uma meta federal de superávit de R$ 55 bilhões. Para que uma boca tão grande? Para compensar a perda de arrecadação deste ano e pagar umas caveirinhas deixadas pelo governo Dilma 1.
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Arrocho, mesmo que a vaca tussaCrescia nos últimos dias o burburinho sobre o risco de os economistas de Dilma 2 não cumprirem a meta de contenção de despesas deste ano. Ontem, o governo fez questão de demonstrar que vai cortar despesas mesmo que vaca tussa. Se não for o bastante, insinua que vai fazer o bovino uivar com um aumento de impostos que tende a baixar o nível de emprego. Ontem parecia quase decidido que o governo vai aumentar a alíquota da contribuição patronal para o INSS cobrada sobre o faturamento, inovação do governo Dilma 1 que acabou por criar um grande buraco nas contas públicas. Nessa desoneração, a contribuição patronal de 20% sobre a folha de salários fora substituída por um imposto de até 2% sobre o faturamento. A coisa agora vai dar para trás. Haverá choro e ranger de dentes e, provavelmente, desemprego na veia caso sobrevenha tal aumento de imposto. Até por isso, não está decidido se o ajuste da alíquota será horizontal (igual para todos os setores, como querem os economistas). Também não foi possível descobrir o tamanho da paulada, do aumento da alíquota. Note-se que o desemprego de janeiro já foi preocupante, pelo menos nos dados relativos às seis maiores regiões metropolitanas, as que constam da pesquisa mensal do IBGE. De dezembro para janeiro de 2015 ocorreu o terceiro maior salto na taxa de desemprego desde o início da série, faz 13 anos, sendo que um desses pulos pode ser descartado, pois ocorreu no grande pânico de 2008-09. No que diz respeito à contenção de gastos, o governo decretou uma limitação de despesas para o primeiro quadrimestre que, estendida para o resto do ano, parece implicar um talho de cerca de um quarto do investimento federal. Foram limitadas as despesas com gastos ditos discricionários, aqueles que não estão vinculados a isto ou aquilo ou não são compulsórios. Isto é, gastos de custeio e investimento. Ficaram reservados cerca R$ 15 bilhões para obras do PAC no quadrimestre e uns R$ 60 bilhões para outros gastos de investimento e custeio (manutenção do funcionamento da máquina). Para o ano inteiro, dá cerca de R$ 225,5 bilhões, R$ 65,6 bilhões a menos do que o previsto no Orçamento fantasia da União para 2015. Uma olhada inicial dos gastos de custeio e capital indica que, além do reservado ao PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, não sobraria mais nada para o investimento, o que implica aquele talho de um quarto do investimento realizado em 2014. A conta é ainda mais imprecisa porque não se sabe muito bem de quanto vai ser o nível de despesas obrigatórias (gastos com o INSS dependem, por exemplo, do número de benefícios requeridos e concedidos de aposentadorias, pensões, auxílio para acidentados etc.). Juntando os dinheiros do novo corte, extrapolado para o ano inteiro, com os aumentos de impostos já previstos e com cortes de despesas sociais e de subsídios, a poupança (excluídos gastos com juros) iria para além de R$ 110 bilhões, para uma meta federal de superávit de R$ 55 bilhões. Para que uma boca tão grande? Para compensar a perda de arrecadação deste ano e pagar umas caveirinhas deixadas pelo governo Dilma 1.
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Orquestra Sinfônica Municipal lota Theatro durante a Virada
Em apresentação no Theatro Municipal lotado neste sábado (20), a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo foi aplaudida de pé três vezes pelo público. Regidos por Luís Gustavo Petri, os músicos apresentaram peças compostas por Heitor Villa-Lobos. A apresentação começou sem atrasos, às 22h, e durou cerca de uma hora e meia. O teatro, com lotação de mil lugares, teve todas as cadeiras ocupadas. Segundo a organização, as filas começaram a ser formadas às 18h. A compradora Denise Nascimento, 27, veio de Interlagos para assistir ao concerto e passou uma hora e meia na fila. Apesar de algumas apresentações da Virada estarem marcadas para acontecer no bairro onde mora, decidiu vir para a apresentação da orquestra e depois emendar para os shows de forró e sertanejo previstos para acontecer no centro da cidade. "Em Interlagos a maior parte dos shows é infantil. Eu gostei de terem espalhado a Virada, e espero que espalhem mais, para eu ter mais opções perto de casa", diz. As primas Elaine, 37, e Mônica Costa, 39, trouxeram os filhos Thomas, 8, e Nickolas, 9, para assistir à orquestra também pela primeira vez. O convite veio do irmão de Elaine, que é contrabaixista na orquestra. Por conta das crianças, disseram não pretender assistir mais apresentações da Virada. "Só se for alguma coisa amanhã, mais perto de casa." Uma das peças apresentadas foi "Magdalena", musical escrito para a Broadway por Heitor Villa-Lobos que estreou em 1948 e que inspirou Leonard Bernstein em trecho de "West Side Story".
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Orquestra Sinfônica Municipal lota Theatro durante a ViradaEm apresentação no Theatro Municipal lotado neste sábado (20), a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo foi aplaudida de pé três vezes pelo público. Regidos por Luís Gustavo Petri, os músicos apresentaram peças compostas por Heitor Villa-Lobos. A apresentação começou sem atrasos, às 22h, e durou cerca de uma hora e meia. O teatro, com lotação de mil lugares, teve todas as cadeiras ocupadas. Segundo a organização, as filas começaram a ser formadas às 18h. A compradora Denise Nascimento, 27, veio de Interlagos para assistir ao concerto e passou uma hora e meia na fila. Apesar de algumas apresentações da Virada estarem marcadas para acontecer no bairro onde mora, decidiu vir para a apresentação da orquestra e depois emendar para os shows de forró e sertanejo previstos para acontecer no centro da cidade. "Em Interlagos a maior parte dos shows é infantil. Eu gostei de terem espalhado a Virada, e espero que espalhem mais, para eu ter mais opções perto de casa", diz. As primas Elaine, 37, e Mônica Costa, 39, trouxeram os filhos Thomas, 8, e Nickolas, 9, para assistir à orquestra também pela primeira vez. O convite veio do irmão de Elaine, que é contrabaixista na orquestra. Por conta das crianças, disseram não pretender assistir mais apresentações da Virada. "Só se for alguma coisa amanhã, mais perto de casa." Uma das peças apresentadas foi "Magdalena", musical escrito para a Broadway por Heitor Villa-Lobos que estreou em 1948 e que inspirou Leonard Bernstein em trecho de "West Side Story".
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TV Folha estreia 3 quadros temáticos, com entrevistas, 'gordices' e mais
A TV Folha renovou sua programação. Nesta terça-feira (28), estreia o quadro "Português em Foco", no qual a professora Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa da Folha e do UOL, apresentará problemas comuns da língua e sanará dúvidas dos espectadores. "É uma conversa que parte dos textos do jornal para abordar, com recursos gráficos, as dificuldades de boa parte dos falantes com o idioma", explica Thaís. Na quarta (29), "Pensando Alto" estreia com um bate-papo com a atriz Maria Fernanda Cândido. No programa, o fotógrafo Marcus Leoni conversará com artistas e formadores de opinião sobre a subjetividade do dia a dia. Já as quintas recebem "Gordices", quadro da crítica gastronômica Luiza Fecarotta. Em vídeos de um minuto, ela apresenta sugestões para comer fora e aproveitar a boa comida. "Garimpo São Paulo, dando dicas de coisas a cozinhar, onde comprar apetrechos legais e coisas curiosas da cidade."
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TV Folha estreia 3 quadros temáticos, com entrevistas, 'gordices' e maisA TV Folha renovou sua programação. Nesta terça-feira (28), estreia o quadro "Português em Foco", no qual a professora Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa da Folha e do UOL, apresentará problemas comuns da língua e sanará dúvidas dos espectadores. "É uma conversa que parte dos textos do jornal para abordar, com recursos gráficos, as dificuldades de boa parte dos falantes com o idioma", explica Thaís. Na quarta (29), "Pensando Alto" estreia com um bate-papo com a atriz Maria Fernanda Cândido. No programa, o fotógrafo Marcus Leoni conversará com artistas e formadores de opinião sobre a subjetividade do dia a dia. Já as quintas recebem "Gordices", quadro da crítica gastronômica Luiza Fecarotta. Em vídeos de um minuto, ela apresenta sugestões para comer fora e aproveitar a boa comida. "Garimpo São Paulo, dando dicas de coisas a cozinhar, onde comprar apetrechos legais e coisas curiosas da cidade."
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Diferença de R$ 14 mi em reforços é usada contra críticos no Palmeiras
Críticas pela irregularidade do time fizeram comparativos de gastos de 2014 e 2015 já serem usados internamente no Palmeiras. No ano passado, o futebol gastou com contratações R$ 45 milhões - principalmente com os atletas argentinos e com Leandro, hoje no Santos. Em 2015, foram desembolsados R$ 31 milhões. A folha salarial do futebol era de R$ 6 milhões no ano passado, e agora é de R$ 7,2 milhões. O argumento dos que defendem a atual gestão é que, com 20% a mais, o clube que lutou contra o rebaixamento em 2014 está na semifinal da Copa do Brasil e na briga pelo G4 da Série A em 2015.
esporte
Diferença de R$ 14 mi em reforços é usada contra críticos no PalmeirasCríticas pela irregularidade do time fizeram comparativos de gastos de 2014 e 2015 já serem usados internamente no Palmeiras. No ano passado, o futebol gastou com contratações R$ 45 milhões - principalmente com os atletas argentinos e com Leandro, hoje no Santos. Em 2015, foram desembolsados R$ 31 milhões. A folha salarial do futebol era de R$ 6 milhões no ano passado, e agora é de R$ 7,2 milhões. O argumento dos que defendem a atual gestão é que, com 20% a mais, o clube que lutou contra o rebaixamento em 2014 está na semifinal da Copa do Brasil e na briga pelo G4 da Série A em 2015.
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Ousar mais na Antártida
Não deixa de ser manifestação de coragem uma nação tropical como o Brasil manter presença na Antártida há três décadas. Contra todas as vicissitudes orçamentárias, a atuação do país no continente gelado nunca sofreu interrupção. Encerra-se neste mês de março a 34ª Operação Antártica. Assim são batizadas as missões da Marinha que garantem a "atividade substancial de pesquisa" na região austral necessária para figurar entre os 29 membros plenos do Tratado Antártico, em vigor desde 1961. O acordo estabelece a Antártida como domínio reservado à paz, à preservação e à ciência. Suspendeu todas as reivindicações territoriais, mas passará por revisão em 2048, quando membros como a China poderão pôr em discussão direitos de exploração mineral. Há razões estratégicas de sobra, portanto, para o Brasil continuar ativo no continente austral. Além disso, a pesquisa ali permite entender melhor as massas de ar que afetam o clima no território nacional. O maior revés já sofrido pelo Programa Antártico se deu em 2012. Um incêndio inutilizou a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e vitimou dois militares. O governo brasileiro manteve a base em funcionamento com recurso a contêineres, os módulos antárticos emergenciais (MAE). Agora se inicia a reconstrução da EACF, com um projeto premiado do escritório de arquitetura curitibano Estúdio 41. Ao preço de US$ 100 milhões –mais de R$ 360 milhões–, a nova base terá 4.500 m2 e abrigará 64 pessoas. O Ministério da Defesa afirma que não faltarão recursos para a construção, a cargo da firma chinesa Ceiec. Cientistas, contudo, queixam-se com frequência da irregularidade das verbas para pesquisa e questionam o custo, o porte e o local da nova estação, na mesma península Keller da antiga EACF. Argumenta-se que a área já foi muito estudada em três décadas e que o correto seria construir algo menos ambicioso, para investir recursos em incursões mais ao sul. A estação brasileira fica numa ilha mais próxima do Chile que do polo Sul. Para projetar-se além no ambiente antártico, o Brasil precisaria adquirir um quebra-gelo, mas isso parece fora de questão –a construção de um navio desses pode custar US$ 800 milhões. Não é má ideia ampliar os horizontes da pesquisa na Antártida. Para melhor aproveitar os recursos existentes e fixar as prioridades adequadas, militares e cientistas deveriam fortalecer sua tradicional parceria submetendo eventuais divergências à luz regeneradora do debate público. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Ousar mais na AntártidaNão deixa de ser manifestação de coragem uma nação tropical como o Brasil manter presença na Antártida há três décadas. Contra todas as vicissitudes orçamentárias, a atuação do país no continente gelado nunca sofreu interrupção. Encerra-se neste mês de março a 34ª Operação Antártica. Assim são batizadas as missões da Marinha que garantem a "atividade substancial de pesquisa" na região austral necessária para figurar entre os 29 membros plenos do Tratado Antártico, em vigor desde 1961. O acordo estabelece a Antártida como domínio reservado à paz, à preservação e à ciência. Suspendeu todas as reivindicações territoriais, mas passará por revisão em 2048, quando membros como a China poderão pôr em discussão direitos de exploração mineral. Há razões estratégicas de sobra, portanto, para o Brasil continuar ativo no continente austral. Além disso, a pesquisa ali permite entender melhor as massas de ar que afetam o clima no território nacional. O maior revés já sofrido pelo Programa Antártico se deu em 2012. Um incêndio inutilizou a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e vitimou dois militares. O governo brasileiro manteve a base em funcionamento com recurso a contêineres, os módulos antárticos emergenciais (MAE). Agora se inicia a reconstrução da EACF, com um projeto premiado do escritório de arquitetura curitibano Estúdio 41. Ao preço de US$ 100 milhões –mais de R$ 360 milhões–, a nova base terá 4.500 m2 e abrigará 64 pessoas. O Ministério da Defesa afirma que não faltarão recursos para a construção, a cargo da firma chinesa Ceiec. Cientistas, contudo, queixam-se com frequência da irregularidade das verbas para pesquisa e questionam o custo, o porte e o local da nova estação, na mesma península Keller da antiga EACF. Argumenta-se que a área já foi muito estudada em três décadas e que o correto seria construir algo menos ambicioso, para investir recursos em incursões mais ao sul. A estação brasileira fica numa ilha mais próxima do Chile que do polo Sul. Para projetar-se além no ambiente antártico, o Brasil precisaria adquirir um quebra-gelo, mas isso parece fora de questão –a construção de um navio desses pode custar US$ 800 milhões. Não é má ideia ampliar os horizontes da pesquisa na Antártida. Para melhor aproveitar os recursos existentes e fixar as prioridades adequadas, militares e cientistas deveriam fortalecer sua tradicional parceria submetendo eventuais divergências à luz regeneradora do debate público. editoriais@grupofolha.com.br
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Se a lava jato não parar, parará o país
Desde quando a Lava Jato pegou o primeiro gato gordo das empreiteiras, a turma de desobediência civil tem argumentado que essa operação prejudica a economia do país, a tal "retomada do crescimento". Afinal, "com as finanças já arruinadas, com uma dívida pública que vai crescendo a passos agigantados, com as fontes de produção ameaçadas, é preciso que os representantes da nação sejam mais cautelosos." Renan Calheiros? Eliseu Padilha? Não, Domingos Andrade Figueira no dia 9 de maio de 1888, quando a Câmara discutia o projeto de abolição da escravatura. Dias depois a lei foi aprovada, com o voto contrário de um senador e nove deputados. Um deles era o doutor Andrade Figueira. Quem achou essa advertência foi a historiadora Keila Grinberg. Ela publicou-a num texto que pode ser encontrado no blog "Conversa de Historiadoras", onde também está o texto da professora Hebe Mattos. Em maio de 2015, o doutor Emílio Odebrecht escreveu o seguinte: "A corrupção é problema grave e deve ser tratado com respeito à lei e aos princípios do Estado democrático de Direito, mas é fundamental que a energia da nação, particularmente das lideranças, das autoridades e dos meios de comunicação, seja canalizada para o debate do que precisamos fazer para mudar o país. Quem aqui vive quer olhar com otimismo para o futuro —que não podemos esquecer—, sem ficar digerindo o passado e o presente." A Odebrecht está negociando os termos de sua colaboração com a Lava Jato. Leia a coluna completa aqui
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Se a lava jato não parar, parará o paísDesde quando a Lava Jato pegou o primeiro gato gordo das empreiteiras, a turma de desobediência civil tem argumentado que essa operação prejudica a economia do país, a tal "retomada do crescimento". Afinal, "com as finanças já arruinadas, com uma dívida pública que vai crescendo a passos agigantados, com as fontes de produção ameaçadas, é preciso que os representantes da nação sejam mais cautelosos." Renan Calheiros? Eliseu Padilha? Não, Domingos Andrade Figueira no dia 9 de maio de 1888, quando a Câmara discutia o projeto de abolição da escravatura. Dias depois a lei foi aprovada, com o voto contrário de um senador e nove deputados. Um deles era o doutor Andrade Figueira. Quem achou essa advertência foi a historiadora Keila Grinberg. Ela publicou-a num texto que pode ser encontrado no blog "Conversa de Historiadoras", onde também está o texto da professora Hebe Mattos. Em maio de 2015, o doutor Emílio Odebrecht escreveu o seguinte: "A corrupção é problema grave e deve ser tratado com respeito à lei e aos princípios do Estado democrático de Direito, mas é fundamental que a energia da nação, particularmente das lideranças, das autoridades e dos meios de comunicação, seja canalizada para o debate do que precisamos fazer para mudar o país. Quem aqui vive quer olhar com otimismo para o futuro —que não podemos esquecer—, sem ficar digerindo o passado e o presente." A Odebrecht está negociando os termos de sua colaboração com a Lava Jato. Leia a coluna completa aqui
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Viver para contar
Tenho um amigo paulistano, divertidíssimo, que tem medo de voar. Teoria dele: "Os pilotos são humanos, certo?". Certo, camarada. "Então eles não são diferentes de mim ou de você." Tradução: eles bebem, ressacam; medicam-se, intoxicam-se; têm desgostos amorosos, pensamentos suicidas. Ou, para não sermos tão dramáticos, noites mal dormidas. "Como é possível entrar num avião quando o mestre de cerimônias é uma besta como eu?" Durante uns tempos, tentei argumentar contra. Voar é seguro. O número de acidentes aéreos é diminuto. O fator humano não é tudo. Sem sucesso. Ele prefere dirigir –ou viajar de barco– a furar a estratosfera com ataques de ansiedade que só horrorizam os passageiros. Eu? Mantenho a minha posição a respeito e até gosto de planar sobre o mundo, pelos menos enquanto os celulares estiverem proibidos a bordo. O único problema é que o meu amigo, quando acerta, acerta barbaramente. Leio os relatos sobre a tragédia do voo da Germanwings. E leio as informações disponíveis sobre a saúde mental do copiloto. Alguns fatos: deprimido; fortemente medicado; com problemas de visão –orgânicos? psicossomáticos?– que seriam o fim de uma carreira tão intensamente desejada. E, perante essa certeza, ele próprio apressou o fim, levando 149 pessoas atrás. O mundo está abismado. E pergunta como é possível a doença instalar-se tão completamente na cabeça de um sujeito, fazendo do suicídio e do homicídio uma combinação letal. Um livro talvez ajude na discussão. Intitula-se "The Utopia Experiment" (Picador, 274 págs.), foi escrito por Dylan Evans e, sem exagero, é a melhor colheita que li neste inverno inglês. Até porque as minhas expectativas eram outras: quando farejei as críticas, imaginei um livro cômico sobre um excêntrico que resolve fundar uma comunidade utópica na Escócia –e, "hélas", termina os dias no manicômio. O enredo é precisamente esse. O tom, admito, tem momentos de comédia pura. Mas o livro é, sobretudo, a descrição pessoal, e verdadeira, e verdadeiramente pungente, de uma viagem à terra da loucura. Tudo começa em 2005, quando Evans visita o México e as ruínas da civilização maia. Um pensamento melancólico estremece os seus neurônios, como um vento gélido vindo de lugar nenhum: e se um dia a nossa civilização também deixar de existir? Seremos capazes de sobreviver entregues ao nosso destino? Escrevi "pensamento melancólico", mas a palavra "tumor" seria mais apropriada: a obsessão com o apocalipse começa a devorar a cabeça de Evans, um doutor em filosofia com carreira respeitável em empresa de robótica. Nada mais parece interessar, exceto fazer a experiência utópica: publicar um anúncio virtual para chamar voluntários, partir para as terras desérticas da Escócia e viver 18 meses em estado pós-apocalítico. Os voluntários aparecem –uma fauna que arranca as melhores gargalhadas da obra. E Evans, feliz como nunca, despede-se de tudo: da família, dos amigos, da carreira, da casa. Da civilização, enfim. Não vou contar o que se passa na Escócia quando, afastado do mundo, Dylan Evans descobre que a sua utopia se transforma lentamente em distopia. O interesse do livro não está na decadência exterior. O fundamental está na desagregação interior do próprio Evans, que é salvo "in extremis" pela mesma civilização que ele desejou abandonar. "The Utopia Experiment" não é apenas um testemunho de como Hobbes, na descrição dantesca do "estado da natureza", estava mais certo que Rousseau. O livro é também uma lição de sobrevivência: não da sobrevivência física em cenários pós-apocalíticos; mas da sobrevivência mental quando as nossas utopias, quaisquer que elas sejam, se convertem em ruínas. Lendo sobre o copiloto alemão, entendemos que uma utopia nas nuvens era tudo que interessava. E que o fim dessa utopia, por doença ou coisa pior, despertou nele os instintos destrutivos e autodestrutivos que são típicos do pensamento utópico. Tivesse Andreas Lubitz lido a experiência de Dylan Evans e –quem sabe?– talvez o infeliz tivesse aprendido que a única utopia que devemos ter é a ambição mais modesta de falhar e, apesar de tudo, viver ainda para contar.
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Viver para contarTenho um amigo paulistano, divertidíssimo, que tem medo de voar. Teoria dele: "Os pilotos são humanos, certo?". Certo, camarada. "Então eles não são diferentes de mim ou de você." Tradução: eles bebem, ressacam; medicam-se, intoxicam-se; têm desgostos amorosos, pensamentos suicidas. Ou, para não sermos tão dramáticos, noites mal dormidas. "Como é possível entrar num avião quando o mestre de cerimônias é uma besta como eu?" Durante uns tempos, tentei argumentar contra. Voar é seguro. O número de acidentes aéreos é diminuto. O fator humano não é tudo. Sem sucesso. Ele prefere dirigir –ou viajar de barco– a furar a estratosfera com ataques de ansiedade que só horrorizam os passageiros. Eu? Mantenho a minha posição a respeito e até gosto de planar sobre o mundo, pelos menos enquanto os celulares estiverem proibidos a bordo. O único problema é que o meu amigo, quando acerta, acerta barbaramente. Leio os relatos sobre a tragédia do voo da Germanwings. E leio as informações disponíveis sobre a saúde mental do copiloto. Alguns fatos: deprimido; fortemente medicado; com problemas de visão –orgânicos? psicossomáticos?– que seriam o fim de uma carreira tão intensamente desejada. E, perante essa certeza, ele próprio apressou o fim, levando 149 pessoas atrás. O mundo está abismado. E pergunta como é possível a doença instalar-se tão completamente na cabeça de um sujeito, fazendo do suicídio e do homicídio uma combinação letal. Um livro talvez ajude na discussão. Intitula-se "The Utopia Experiment" (Picador, 274 págs.), foi escrito por Dylan Evans e, sem exagero, é a melhor colheita que li neste inverno inglês. Até porque as minhas expectativas eram outras: quando farejei as críticas, imaginei um livro cômico sobre um excêntrico que resolve fundar uma comunidade utópica na Escócia –e, "hélas", termina os dias no manicômio. O enredo é precisamente esse. O tom, admito, tem momentos de comédia pura. Mas o livro é, sobretudo, a descrição pessoal, e verdadeira, e verdadeiramente pungente, de uma viagem à terra da loucura. Tudo começa em 2005, quando Evans visita o México e as ruínas da civilização maia. Um pensamento melancólico estremece os seus neurônios, como um vento gélido vindo de lugar nenhum: e se um dia a nossa civilização também deixar de existir? Seremos capazes de sobreviver entregues ao nosso destino? Escrevi "pensamento melancólico", mas a palavra "tumor" seria mais apropriada: a obsessão com o apocalipse começa a devorar a cabeça de Evans, um doutor em filosofia com carreira respeitável em empresa de robótica. Nada mais parece interessar, exceto fazer a experiência utópica: publicar um anúncio virtual para chamar voluntários, partir para as terras desérticas da Escócia e viver 18 meses em estado pós-apocalítico. Os voluntários aparecem –uma fauna que arranca as melhores gargalhadas da obra. E Evans, feliz como nunca, despede-se de tudo: da família, dos amigos, da carreira, da casa. Da civilização, enfim. Não vou contar o que se passa na Escócia quando, afastado do mundo, Dylan Evans descobre que a sua utopia se transforma lentamente em distopia. O interesse do livro não está na decadência exterior. O fundamental está na desagregação interior do próprio Evans, que é salvo "in extremis" pela mesma civilização que ele desejou abandonar. "The Utopia Experiment" não é apenas um testemunho de como Hobbes, na descrição dantesca do "estado da natureza", estava mais certo que Rousseau. O livro é também uma lição de sobrevivência: não da sobrevivência física em cenários pós-apocalíticos; mas da sobrevivência mental quando as nossas utopias, quaisquer que elas sejam, se convertem em ruínas. Lendo sobre o copiloto alemão, entendemos que uma utopia nas nuvens era tudo que interessava. E que o fim dessa utopia, por doença ou coisa pior, despertou nele os instintos destrutivos e autodestrutivos que são típicos do pensamento utópico. Tivesse Andreas Lubitz lido a experiência de Dylan Evans e –quem sabe?– talvez o infeliz tivesse aprendido que a única utopia que devemos ter é a ambição mais modesta de falhar e, apesar de tudo, viver ainda para contar.
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Empresas que criam jardins verticais para apartamentos em São Paulo
DE SÃO PAULO Já pensou em criar um jardim vertical em sua casa? Confira abaixo endereços de empresas que fazem o serviço em São Paulo. * STUDIO CLARIÇA LIMA Faz jardins verticais e paredes verdes. Visita o cliente após a execução do projeto para ensiná-lo a cuidar das plantas. A partir de R$ 2.500; studioclaricalima.com.br SKY GARDEN ENVEC Faz jardins com irrigação automatizada, paisagismo em vasos e telhados verdes. A partir de R$ 750 por m² o jardim, e R$ 200/m² o telhado; skygarden.com.br ALL GREEN DECOR Oferece suporte biodegradável para as plantas, sistema de irrigação automático e iluminação sobre o jardim. A partir de R$ 900/m²; allgreendecor.com VERTIGARDEN Tem uma linha de jardins voltada para áreas menores, com preço mais acessível. Oferece sistema de irrigação via bluetooth. A partir de R$ 900 o m²; vertigarden.net.br
sobretudo
Empresas que criam jardins verticais para apartamentos em São Paulo DE SÃO PAULO Já pensou em criar um jardim vertical em sua casa? Confira abaixo endereços de empresas que fazem o serviço em São Paulo. * STUDIO CLARIÇA LIMA Faz jardins verticais e paredes verdes. Visita o cliente após a execução do projeto para ensiná-lo a cuidar das plantas. A partir de R$ 2.500; studioclaricalima.com.br SKY GARDEN ENVEC Faz jardins com irrigação automatizada, paisagismo em vasos e telhados verdes. A partir de R$ 750 por m² o jardim, e R$ 200/m² o telhado; skygarden.com.br ALL GREEN DECOR Oferece suporte biodegradável para as plantas, sistema de irrigação automático e iluminação sobre o jardim. A partir de R$ 900/m²; allgreendecor.com VERTIGARDEN Tem uma linha de jardins voltada para áreas menores, com preço mais acessível. Oferece sistema de irrigação via bluetooth. A partir de R$ 900 o m²; vertigarden.net.br
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Roger Moore não fracassou nem foi um 007 extraordinário
Sim, Roger Moore, que morreu nesta terça (23) na Suíça, em decorrência de um câncer, como anunciou a família, era um homem bonito. E é preciso ser um pouco apressado para imaginar que isso, necessariamente, facilita a vida dos atores. Moore, por exemplo, foi considerado bonito demais para o papel 007, quando o primeiro filme da série foi produzido, em 1962 ("O Satânico Dr. No"). O papel foi para o escocês Sean Connery. Roger teve de se contentar em ser Simon Templar, o aventureiro "O Santo" da série de TV britânica. E séries de TV não gozavam, na época, do prestígio que têm hoje: era coisa para atores de segunda linha vista por adolescentes e crianças. Ponto. Já era esse o destino que se anunciava para Roger Moore como o intrépido "Ivanhoé", uma espécie de vice de Robin Hood, em que despontou pelo menos como galãzinho carismático ao longo dos anos 1958 e 1959. Seguiram-se séries de TV, papéis em filmes nem tão conhecidos assim: tudo o credenciava a uma carreira mais que discreta até 1973, quando surgiu a oportunidade de se tornar James Bond, depois que Sean Connery pulou fora e George Lazenby não emplacou no papel. Ao longo de sete filmes em 12 anos, Moore acabou tornando-se sinônimo de James Bond. Ninguém pense que ficou amargurado com a identidade. A vida do ator nascido em Stockwell não foi fácil. Depois que deixou os estudos regulares, aos 18 anos, fez sua primeira figuração em cinema em "César e Cleópatra" (1944) e estudou na Royal Academy of Dramatic Arts. Tudo mais promissor do que proveitoso. Entre tentativas de emplacar em Hollywood e retornos à Inglaterra, parecia destinado ao anonimato. Já maduro, com seus 45 anos (nasceu em 10 de outubro de 1927) foi finalmente aceito como James Bond: o estigma da beleza de galã de matinê estava vencido. Seria tão injusto dizer que fracassou quanto que foi um 007 extraordinário. Moore não tinha as qualidades necessárias a fazer a série emplacar em 1962. Era preciso um tipo mais maduro, mais cínico, mais desenvolto: Connery era o tipo certo. Também não seria hoje em dia, quando Daniel Craig relança o personagem e adapta-o ao gosto do novo século. Mas Moore deu sequência ao personagem com correção e ânimo. Mais que isso, sua passagem pelo papel marca pela resistência. Ninguém até hoje durou tanto no papel quanto ele (verdade seja dita: Daniel Craig está chegando lá, mas com míseros quatro filmes). Ninguém escapou mais da morte quanto o ator que estreou no papel no sintomático "Com 007 Viva e Deixe Morrer". Moore, que teve carreira sem brilho depois do papel, notabilizou-se sobretudo pelo trabalho humanitário. E, na vida real, escapara da morte em 2003, quando sofreu uma parada cardíaca em Nova York. Desta vez teve, conforme os familiares, uma batalha dura porém curta contra o câncer.
ilustrada
Roger Moore não fracassou nem foi um 007 extraordinárioSim, Roger Moore, que morreu nesta terça (23) na Suíça, em decorrência de um câncer, como anunciou a família, era um homem bonito. E é preciso ser um pouco apressado para imaginar que isso, necessariamente, facilita a vida dos atores. Moore, por exemplo, foi considerado bonito demais para o papel 007, quando o primeiro filme da série foi produzido, em 1962 ("O Satânico Dr. No"). O papel foi para o escocês Sean Connery. Roger teve de se contentar em ser Simon Templar, o aventureiro "O Santo" da série de TV britânica. E séries de TV não gozavam, na época, do prestígio que têm hoje: era coisa para atores de segunda linha vista por adolescentes e crianças. Ponto. Já era esse o destino que se anunciava para Roger Moore como o intrépido "Ivanhoé", uma espécie de vice de Robin Hood, em que despontou pelo menos como galãzinho carismático ao longo dos anos 1958 e 1959. Seguiram-se séries de TV, papéis em filmes nem tão conhecidos assim: tudo o credenciava a uma carreira mais que discreta até 1973, quando surgiu a oportunidade de se tornar James Bond, depois que Sean Connery pulou fora e George Lazenby não emplacou no papel. Ao longo de sete filmes em 12 anos, Moore acabou tornando-se sinônimo de James Bond. Ninguém pense que ficou amargurado com a identidade. A vida do ator nascido em Stockwell não foi fácil. Depois que deixou os estudos regulares, aos 18 anos, fez sua primeira figuração em cinema em "César e Cleópatra" (1944) e estudou na Royal Academy of Dramatic Arts. Tudo mais promissor do que proveitoso. Entre tentativas de emplacar em Hollywood e retornos à Inglaterra, parecia destinado ao anonimato. Já maduro, com seus 45 anos (nasceu em 10 de outubro de 1927) foi finalmente aceito como James Bond: o estigma da beleza de galã de matinê estava vencido. Seria tão injusto dizer que fracassou quanto que foi um 007 extraordinário. Moore não tinha as qualidades necessárias a fazer a série emplacar em 1962. Era preciso um tipo mais maduro, mais cínico, mais desenvolto: Connery era o tipo certo. Também não seria hoje em dia, quando Daniel Craig relança o personagem e adapta-o ao gosto do novo século. Mas Moore deu sequência ao personagem com correção e ânimo. Mais que isso, sua passagem pelo papel marca pela resistência. Ninguém até hoje durou tanto no papel quanto ele (verdade seja dita: Daniel Craig está chegando lá, mas com míseros quatro filmes). Ninguém escapou mais da morte quanto o ator que estreou no papel no sintomático "Com 007 Viva e Deixe Morrer". Moore, que teve carreira sem brilho depois do papel, notabilizou-se sobretudo pelo trabalho humanitário. E, na vida real, escapara da morte em 2003, quando sofreu uma parada cardíaca em Nova York. Desta vez teve, conforme os familiares, uma batalha dura porém curta contra o câncer.
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Tanques turcos ajudam rebeldes sírios a retomar vilarejos das forças do EI
Tanques turcos cruzaram a fronteira com a Síria, na província de Kilis, neste sábado (3) em uma segunda incursão do país contra o grupo radical Estado Islâmico na região, informou a agência turca Dogan. Os tanques saíram da vila de Cobanbey, vizinha à cidade síria de Al Rai, que nos últimos meses passou por diversas vezes entre o controle do EI e dos rebeldes sírios antigoverno. Os veículos bombardearam com morteiros posições controladas por militantes do EI, em apoio a rebeldes sírios, que alegam ter retomado o controle de diversas vilas. A Brigada Hamza, que luta sob comando do Exército Livre Sírio, disse ter retomado controle de Araz Ezza, uma vila perto de onde aviões turcos realizaram ataques na última sexta-feira (2). Fontes do grupo rebelde Failaq al-Sham dizem que as vilas de Fursan, Lilawa, Kino e Najma também foram recapturadas. A área fica a 55 km de Jarablus, onde na semana passada as forças sírias lançaram, com apoio turco, a operação "Escudo de Eufrates", a primeira grande incursão turca no país vizinho desde que a guerra civil começou, em 2011.
mundo
Tanques turcos ajudam rebeldes sírios a retomar vilarejos das forças do EITanques turcos cruzaram a fronteira com a Síria, na província de Kilis, neste sábado (3) em uma segunda incursão do país contra o grupo radical Estado Islâmico na região, informou a agência turca Dogan. Os tanques saíram da vila de Cobanbey, vizinha à cidade síria de Al Rai, que nos últimos meses passou por diversas vezes entre o controle do EI e dos rebeldes sírios antigoverno. Os veículos bombardearam com morteiros posições controladas por militantes do EI, em apoio a rebeldes sírios, que alegam ter retomado o controle de diversas vilas. A Brigada Hamza, que luta sob comando do Exército Livre Sírio, disse ter retomado controle de Araz Ezza, uma vila perto de onde aviões turcos realizaram ataques na última sexta-feira (2). Fontes do grupo rebelde Failaq al-Sham dizem que as vilas de Fursan, Lilawa, Kino e Najma também foram recapturadas. A área fica a 55 km de Jarablus, onde na semana passada as forças sírias lançaram, com apoio turco, a operação "Escudo de Eufrates", a primeira grande incursão turca no país vizinho desde que a guerra civil começou, em 2011.
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Com chacina, Grande SP bate recorde de vítimas de homicídio em 2015
O número de vítimas de homicídios dolosos na Grande SP cresceu 20% e bateu recorde mensal de 2015 em agosto, quando a região foi palco de uma série ataques de criminosos e da maior chacina do ano, com 19 mortes. No total, foram 106 assassinatos nesses municípios, contra 88 no mesmo mês de 2014. A suspeita é de que policiais militares estejam envolvidos em um terço desses crimes. Os dados negativos da Grande SP, que excluem a capital, frearam a queda dos casos de homicídio no Estado, que ficou praticamente estável, e motivaram leve alta de 1,5% do total de vítimas. Conforme a Folha revelou, a própria polícia avalia que 32 assassinatos na Grande SP –ocorridos entre os dias 8 e 13 de agosto– podem ter ocorrido em represália à morte do cabo da PM Ademilson Pereira de Oliveira, em um latrocínio em Osasco. Só nesta cidade, a quantidade de vítimas saltou 213% em agosto em relação a igual mês de 2014 –de 8 para 25. Infográfico: Vítimas de homicídio na Grande SP O número de casos de homicídio na Grande SP também subiu, 12,4%. O dado difere do total de vítimas porque cada boletim de ocorrência pode ter mais de um morto. O secretário da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre de Moraes, atribuiu os resultados à chacina com 19 mortos em Osasco e Barueri. "Certamente isso foi o grande impacto para o aumento de homicídios em agosto, sem dúvida", disse Moraes. Um mês e meio depois, a chacina não foi esclarecida. O secretário disse que a investigação ainda não permite descartar nenhuma hipótese. O ouvidor da polícia, Julio Cesar Fernandes Neves, afirmou acreditar na existência de grupos de extermínio na PM –ressaltadas pelo envolvimento de policiais em crimes recentes. O governo Alckmin refutou a possibilidade. Infográfico: Mapa da violência Possível candidato a prefeito da capital pelo PSDB no ano que vem, o secretário Alexandre de Moraes (Segurança Pública) montou uma estratégia nesta semana para tentar esvaziar os dados negativos de violência registrados em agosto na Grande SP. As estatísticas dessa região eram as mais aguardadas, por causa da repercussão da maior chacina do ano no Estado –motivada, segundo as investigações, por vingança de policiais à morte de um colega durante um assalto. Na quarta-feira (23), o secretário divulgou apenas as estatísticas mais favoráveis à gestão tucana, referentes à capital paulista. Infográfico: Dados da violência A cidade registrou uma queda de 21,6% no número de vítimas de homicídio (de 88 para 69) de 20,2% na quantidade de casos (84 para 67). Nesta sexta-feira (25) saíram os dados completos do Estado e da Grande SP. Ainda sobre a região metropolitana, não houve aumento nem redução de latrocínios (roubo seguido de morte): tanto em agosto de 2014 quanto de 2015 foram 9 casos e 10 vítimas em cada mês. Para Moraes, não há motivos para mudanças no comando das polícias da Grande SP porque, no acumulado do 2015, houve redução em quase todos indicadores. "Isso é motivo de parabenizar".
cotidiano
Com chacina, Grande SP bate recorde de vítimas de homicídio em 2015O número de vítimas de homicídios dolosos na Grande SP cresceu 20% e bateu recorde mensal de 2015 em agosto, quando a região foi palco de uma série ataques de criminosos e da maior chacina do ano, com 19 mortes. No total, foram 106 assassinatos nesses municípios, contra 88 no mesmo mês de 2014. A suspeita é de que policiais militares estejam envolvidos em um terço desses crimes. Os dados negativos da Grande SP, que excluem a capital, frearam a queda dos casos de homicídio no Estado, que ficou praticamente estável, e motivaram leve alta de 1,5% do total de vítimas. Conforme a Folha revelou, a própria polícia avalia que 32 assassinatos na Grande SP –ocorridos entre os dias 8 e 13 de agosto– podem ter ocorrido em represália à morte do cabo da PM Ademilson Pereira de Oliveira, em um latrocínio em Osasco. Só nesta cidade, a quantidade de vítimas saltou 213% em agosto em relação a igual mês de 2014 –de 8 para 25. Infográfico: Vítimas de homicídio na Grande SP O número de casos de homicídio na Grande SP também subiu, 12,4%. O dado difere do total de vítimas porque cada boletim de ocorrência pode ter mais de um morto. O secretário da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre de Moraes, atribuiu os resultados à chacina com 19 mortos em Osasco e Barueri. "Certamente isso foi o grande impacto para o aumento de homicídios em agosto, sem dúvida", disse Moraes. Um mês e meio depois, a chacina não foi esclarecida. O secretário disse que a investigação ainda não permite descartar nenhuma hipótese. O ouvidor da polícia, Julio Cesar Fernandes Neves, afirmou acreditar na existência de grupos de extermínio na PM –ressaltadas pelo envolvimento de policiais em crimes recentes. O governo Alckmin refutou a possibilidade. Infográfico: Mapa da violência Possível candidato a prefeito da capital pelo PSDB no ano que vem, o secretário Alexandre de Moraes (Segurança Pública) montou uma estratégia nesta semana para tentar esvaziar os dados negativos de violência registrados em agosto na Grande SP. As estatísticas dessa região eram as mais aguardadas, por causa da repercussão da maior chacina do ano no Estado –motivada, segundo as investigações, por vingança de policiais à morte de um colega durante um assalto. Na quarta-feira (23), o secretário divulgou apenas as estatísticas mais favoráveis à gestão tucana, referentes à capital paulista. Infográfico: Dados da violência A cidade registrou uma queda de 21,6% no número de vítimas de homicídio (de 88 para 69) de 20,2% na quantidade de casos (84 para 67). Nesta sexta-feira (25) saíram os dados completos do Estado e da Grande SP. Ainda sobre a região metropolitana, não houve aumento nem redução de latrocínios (roubo seguido de morte): tanto em agosto de 2014 quanto de 2015 foram 9 casos e 10 vítimas em cada mês. Para Moraes, não há motivos para mudanças no comando das polícias da Grande SP porque, no acumulado do 2015, houve redução em quase todos indicadores. "Isso é motivo de parabenizar".
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TV paga aposta em clássicos de Billy Wilder e Mazzaropi; programe-se
SEGUNDA-FEIRA (21) O Jardim Europa é um lugar especial. Ali está a mais uniforme concentração de palacetes da cidade de São Paulo e, possivelmente, do Brasil. Mais do que dinheiro, o bairro significa um modo de vida, identidade de valores e comportamento. Muita gente diz que "Jardim Europa" (2014, Canal Brasil, 19h) é um filme precário. Em vários aspectos é mesmo. Tem, no entanto, a virtude que tantos filmes nada precários são incapazes de ostentar: uma ideia. Ao se fixar numa família em estado falimentar e em sua recusa de deixar o lugar, Mauro Baptista Vedia, autor do filme, consegue, de maneira inesperada, tocar nesse ponto: o do hábito de ser quem somos, a dificuldade de aceitar mudanças. E até a humilhação do empobrecimento. Mas é também uma burguesia nascida e crescida sob o signo da preguiça e dos favorecimentos que o filme pretende, sutilmente, nos mostrar. Nada insignificante. TERÇA-FEIRA (22) Faria um belo serviço aos espectadores o canal que trouxesse de volta "Perfume de Mulher" (1974), o filme italiano de Dino Risi que está na origem de "Perfume de Mulher" (1992, TC Touch, 17h40). No primeiro, pontificava Vittorio Gassman. No segundo, Al Pacino. Ambos fazem o papel do cego conduzido por um jovem. Mas são personalidades bem diferentes e às voltas com questões diversas. No filme de Martin Brest, Pacino faz um cego que só falta ver. Na verdade, seu desespero parece muito mais ligado à experiência nacional americana do que à cegueira propriamente dita. Este ex-combatente e ex-assessor de Lyndon Johnson parece ser o único que vê um país ser corroído ao abdicar de seus valores na formação dos jovens. Daí o oficial ser o protagonista do filme, mas o pivô é, sem dúvida, seu ajudante (Chris O'Donnell). Ainda no setor "problemas da América": "Apocalypse Now" (1979, TCM, 18h35). QUARTA-FEIRA (23) Roger Corman ficou mais conhecido por proezas como rodar um filme em dois ou três dias do que por seus méritos como diretor, que não são pequenos. Por vezes, ficam encobertos pela produção não raro deficiente, mesmo nos seus momentos maiores ("O Homem dos Olhos de Raio-X" é um grande filme). Talvez por isso, seu trabalho preferido fosse mesmo "O Massacre de Chicago" (1967, TC Cult, 20h05). Corman teve um orçamento decente para levar adiante seu relato documental, quase cirúrgico, dos eventos de 14 de fevereiro de 1929. Poucos meses antes da quebra da Bolsa de Nova York, Al Capone (Jason Robards) planeja e executa o massacre, numa garagem, dos membros da gangue de Bugs Moran. Foi o momento de consolidação do gângster como o grande criminoso de Chicago e o mais célebre de todos do período da dita Lei Seca (a era de proibição das bebidas alcoólicas) nos EUA. QUINTA-FEIRA (24) A geração que cresceu nos anos 1980 sabia ter suas revoltas, contradições e angústias, que não raro se resolviam na comédia. Mas também podia ser romântica até a medula e engolir com felicidade "Ghost - Do Outro Lado da Vida" (1990, TCM, 22h). Certamente Demi Moore ajudou —era uma gracinha e, desprotegida, sem seu Patrick Swayze por perto, mais ainda. Mas aí ela passa a ser acompanhada pelo fantasma do seu amado e o fantástico se consolida. Também ajudou no sucesso do filme o fato de a intermediação entre os dois mundos ser feita por Whoopy Goldberg. "Splash, uma Sereia em Minha Vida" (1984,TCM, 0h15) não recorre ao além para chegar ao fantástico (tampouco ao melaço). Aqui, o jovem Tom Hanks, desiludido da vida amorosa tem a vida salva pela bela Madison (Daryl Hannah). E tudo seria uma beleza não fosse ela uma sereia. Mas é justamente esse o fato que animará o filme de Ron Howard. SEXTA-FEIRA (25) Muitas vezes se pode questionar os irmãos Coen por se valerem de um certo "comercialismo de qualidade", digamos assim. Ou, em outras palavras: por correrem muito menos riscos do que parecem correr. Esse não é certamente o caso de "Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum" (2013, TC Cult, 12h05). Davis é um jovem compositor na virada dos anos 1960. Ao vê-lo, parece que veremos a história de um Bob Dylan. No entanto, seu caminho mostra-se muito mais tortuoso do que poderia o espectador desejar. E os Coen conduzem bem sua trama, ora dando a impressão de que se abre a porta do sucesso para o rapaz, ora fazendo o exato inverso. É do que existe imponderável, de mero acaso, na vida de um artista inclusive o eventual sucesso ou não que trata o filme. Com dureza e pertinência. Mais tarde um pouco (16h05), o mesmo canal traz o clássico "Crepúsculo dos Deuses" (1950), de Billy Wilder. SÁBADO (26) Pode ser um dia bem brasileiro, já que a TV Brasil volta a exibir Mazzaropi (incrível: seus filmes não param de fazer sucesso), no caso "O Jeca Macumbeiro" (1975, 19h30), um dos trabalhos do comediante em sua última fase. Já o Futura entra com "Tapete Vermelho" (2005, 22h), simpática comédia sobre um caipira que pretende levar o filho à cidade para assistir a um filme de Mazzaropi, justamente. O percurso o leva à descoberta de que não será mais tão fácil ver o comediante numa tela de cinema. Já a Cultura investe em "Anuska, Manequim e Mulher" (1968, 0h), estreia de Francisco Ramalho Jr. na direção, a partir de um roteiro de Ignacio de Loyola Brandão. O setor estrangeiro está defendido por algumas boas reprises, entre as quais destaca-se "O Fugitivo" (1993, TCM, 20h40), o belo "thriller" em que Andrew Davis retoma as aventuras do dr. Richard Kimble, de antiga série de TV. DOMINGO (27) Em "O Estranho Caso de Angélica" (2010, TV Brasil, 0h) a vida confronta a morte de maneira de fato estranha: um fotógrafo, designado para documentar o rosto de uma jovem que acaba de morrer descobre que ela, a partir de dado momento, sorri para ele. Não é apenas a estranheza: o fascínio também entra em questão, transformando a morte em vida. E a imagem, claro. Com isso, Manoel de Oliveira nos desloca, insidiosamente, a outros territórios: o de Georges Méliès, claro, evocado em suas trucagens (portanto estamos no momento de descoberta e máxima potência do cinema). Mas também, ou sobretudo, o de "Blow Up": o daquilo que resta para sempre misterioso, inapreensível, mesmo no mais objetivo dos registros (o da fotografia, mas também o do cinema). Se a trucagem faz ver "mais", resta o território indevassável da ambiguidade, da sombra ou do sorriso que toda imagem produz: é este que Oliveira explora como grande mestre.
ilustrada
TV paga aposta em clássicos de Billy Wilder e Mazzaropi; programe-seSEGUNDA-FEIRA (21) O Jardim Europa é um lugar especial. Ali está a mais uniforme concentração de palacetes da cidade de São Paulo e, possivelmente, do Brasil. Mais do que dinheiro, o bairro significa um modo de vida, identidade de valores e comportamento. Muita gente diz que "Jardim Europa" (2014, Canal Brasil, 19h) é um filme precário. Em vários aspectos é mesmo. Tem, no entanto, a virtude que tantos filmes nada precários são incapazes de ostentar: uma ideia. Ao se fixar numa família em estado falimentar e em sua recusa de deixar o lugar, Mauro Baptista Vedia, autor do filme, consegue, de maneira inesperada, tocar nesse ponto: o do hábito de ser quem somos, a dificuldade de aceitar mudanças. E até a humilhação do empobrecimento. Mas é também uma burguesia nascida e crescida sob o signo da preguiça e dos favorecimentos que o filme pretende, sutilmente, nos mostrar. Nada insignificante. TERÇA-FEIRA (22) Faria um belo serviço aos espectadores o canal que trouxesse de volta "Perfume de Mulher" (1974), o filme italiano de Dino Risi que está na origem de "Perfume de Mulher" (1992, TC Touch, 17h40). No primeiro, pontificava Vittorio Gassman. No segundo, Al Pacino. Ambos fazem o papel do cego conduzido por um jovem. Mas são personalidades bem diferentes e às voltas com questões diversas. No filme de Martin Brest, Pacino faz um cego que só falta ver. Na verdade, seu desespero parece muito mais ligado à experiência nacional americana do que à cegueira propriamente dita. Este ex-combatente e ex-assessor de Lyndon Johnson parece ser o único que vê um país ser corroído ao abdicar de seus valores na formação dos jovens. Daí o oficial ser o protagonista do filme, mas o pivô é, sem dúvida, seu ajudante (Chris O'Donnell). Ainda no setor "problemas da América": "Apocalypse Now" (1979, TCM, 18h35). QUARTA-FEIRA (23) Roger Corman ficou mais conhecido por proezas como rodar um filme em dois ou três dias do que por seus méritos como diretor, que não são pequenos. Por vezes, ficam encobertos pela produção não raro deficiente, mesmo nos seus momentos maiores ("O Homem dos Olhos de Raio-X" é um grande filme). Talvez por isso, seu trabalho preferido fosse mesmo "O Massacre de Chicago" (1967, TC Cult, 20h05). Corman teve um orçamento decente para levar adiante seu relato documental, quase cirúrgico, dos eventos de 14 de fevereiro de 1929. Poucos meses antes da quebra da Bolsa de Nova York, Al Capone (Jason Robards) planeja e executa o massacre, numa garagem, dos membros da gangue de Bugs Moran. Foi o momento de consolidação do gângster como o grande criminoso de Chicago e o mais célebre de todos do período da dita Lei Seca (a era de proibição das bebidas alcoólicas) nos EUA. QUINTA-FEIRA (24) A geração que cresceu nos anos 1980 sabia ter suas revoltas, contradições e angústias, que não raro se resolviam na comédia. Mas também podia ser romântica até a medula e engolir com felicidade "Ghost - Do Outro Lado da Vida" (1990, TCM, 22h). Certamente Demi Moore ajudou —era uma gracinha e, desprotegida, sem seu Patrick Swayze por perto, mais ainda. Mas aí ela passa a ser acompanhada pelo fantasma do seu amado e o fantástico se consolida. Também ajudou no sucesso do filme o fato de a intermediação entre os dois mundos ser feita por Whoopy Goldberg. "Splash, uma Sereia em Minha Vida" (1984,TCM, 0h15) não recorre ao além para chegar ao fantástico (tampouco ao melaço). Aqui, o jovem Tom Hanks, desiludido da vida amorosa tem a vida salva pela bela Madison (Daryl Hannah). E tudo seria uma beleza não fosse ela uma sereia. Mas é justamente esse o fato que animará o filme de Ron Howard. SEXTA-FEIRA (25) Muitas vezes se pode questionar os irmãos Coen por se valerem de um certo "comercialismo de qualidade", digamos assim. Ou, em outras palavras: por correrem muito menos riscos do que parecem correr. Esse não é certamente o caso de "Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum" (2013, TC Cult, 12h05). Davis é um jovem compositor na virada dos anos 1960. Ao vê-lo, parece que veremos a história de um Bob Dylan. No entanto, seu caminho mostra-se muito mais tortuoso do que poderia o espectador desejar. E os Coen conduzem bem sua trama, ora dando a impressão de que se abre a porta do sucesso para o rapaz, ora fazendo o exato inverso. É do que existe imponderável, de mero acaso, na vida de um artista inclusive o eventual sucesso ou não que trata o filme. Com dureza e pertinência. Mais tarde um pouco (16h05), o mesmo canal traz o clássico "Crepúsculo dos Deuses" (1950), de Billy Wilder. SÁBADO (26) Pode ser um dia bem brasileiro, já que a TV Brasil volta a exibir Mazzaropi (incrível: seus filmes não param de fazer sucesso), no caso "O Jeca Macumbeiro" (1975, 19h30), um dos trabalhos do comediante em sua última fase. Já o Futura entra com "Tapete Vermelho" (2005, 22h), simpática comédia sobre um caipira que pretende levar o filho à cidade para assistir a um filme de Mazzaropi, justamente. O percurso o leva à descoberta de que não será mais tão fácil ver o comediante numa tela de cinema. Já a Cultura investe em "Anuska, Manequim e Mulher" (1968, 0h), estreia de Francisco Ramalho Jr. na direção, a partir de um roteiro de Ignacio de Loyola Brandão. O setor estrangeiro está defendido por algumas boas reprises, entre as quais destaca-se "O Fugitivo" (1993, TCM, 20h40), o belo "thriller" em que Andrew Davis retoma as aventuras do dr. Richard Kimble, de antiga série de TV. DOMINGO (27) Em "O Estranho Caso de Angélica" (2010, TV Brasil, 0h) a vida confronta a morte de maneira de fato estranha: um fotógrafo, designado para documentar o rosto de uma jovem que acaba de morrer descobre que ela, a partir de dado momento, sorri para ele. Não é apenas a estranheza: o fascínio também entra em questão, transformando a morte em vida. E a imagem, claro. Com isso, Manoel de Oliveira nos desloca, insidiosamente, a outros territórios: o de Georges Méliès, claro, evocado em suas trucagens (portanto estamos no momento de descoberta e máxima potência do cinema). Mas também, ou sobretudo, o de "Blow Up": o daquilo que resta para sempre misterioso, inapreensível, mesmo no mais objetivo dos registros (o da fotografia, mas também o do cinema). Se a trucagem faz ver "mais", resta o território indevassável da ambiguidade, da sombra ou do sorriso que toda imagem produz: é este que Oliveira explora como grande mestre.
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Presos há mais de 80 dias, corintianos começam a ser libertados no Rio
Por volta de 19h desta quarta-feira (18), foi libertada parte dos 30 torcedores do Corinthians que estavam presos no presídio de Bangu 10, que faz parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio. Cerca de metade deles deixaram o local, sendo que os restantes devem ser soltos nesta quinta-feira (19). A soltura foi determinada nesta terça-feira (17), mas demorou a ser efetivada devido à greve de funcionários da Polinter (Polícia Interestadual) e dos agentes penitenciários, que pedem a quitação de salários atrasados e melhoria das condições de trabalho. Advogado de Vinicios Cassimiro, Gaspar Osvaldo Neto informou que seu cliente já está a caminho de São Paulo. Neto passou a noite em frente ao presídio à espera da soltura. "Com a greve da Polinter não era possível verificar a situação cadastral dos presos para ser efetivada a soltura. Chama se 'sarqueamento' [consulta realizada ao Serviço de Arquivo (SARQ) da Polícia Interestadual (Polinter) para saber situação do preso]", diz Neto. "Todas essas greves atrapalham muito: a dos agentes penitenciários, a da Polinter, a da Polícia Civil e a do IML. Todos esses entes públicos interferem na expedição de soltura e no cumprimento delas", completa. "Trata-se de burocracia da administração penitenciária e não do poder judiciário. A Justiça já cumpriu o seu papel e mandou soltar. Agora é procedimento administrativo para materializar isso", conclui. O CASO Ao todo, 31 homens foram detidos no dia 23 de outubro e presos preventivamente, após uma briga com policiais que ocorreu antes do jogo de reabertura do Maracanã pela Rio-2016. Em campo, o time do Parque São Jorge empatou com os cariocas, por 2 a 2. Até agora, cinco deles (incluindo um menor de idade que foi liberado pela vara da infância) haviam sido soltos para aguardar o julgamento em liberdade. O Ministério Público acusa os corintianos de tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. Se forem condenados, as penas podem chegar a 21 anos de prisão. A prisão preventiva e a denúncia contra os corintianos gerou polêmica. A detenção é criticada por familiares, advogados e especialistas em direito penal pela suposta arbitrariedade e falta de provas. Na decisão que transformou a prisão em flagrante dos torcedores em preventiva, constavam imagens de TV de apenas quatro dos 31 presos –os outros foram reconhecidos por quatro policiais. Alguns detidos apresentaram imagens que indicam que eles não estavam na briga. * 23.out Por volta das 16h30, corintianos e PMs entram em confronto; após a partida, cerca de 60 são detidos. 25.out A juíza Marcela Caram determina a prisão preventiva de 31 dos torcedores, entre eles um menor de idade. 9.nov O Ministério Público do Rio denuncia os 31 corintianos, por tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. 16.nov A vara da infância do Rio libera o adolescente, após concluir que ele não estava no estádio na hora da briga. 29.nov A desembargadora Suimei Cavalieri concede habeas corpus a Michael Ricci e Gustavo Inocêncio; 28 ainda seguiam presos preventivamente. 13.dez TJ do Rio julga três pedidos de habeas corpus, concede dois (a Leandro Coelho e Victor Hugo de Oliveira) e nega um, na última sessão do tribunal antes do recesso do Judiciário. 27.dez Juízes de plantão do TJ negam pedido de revogação da prisão preventiva a 14 torcedores. 13.jan Corintianos presos enviam cartas a colegas de torcida organizada relatando medo da guerra entre facções que dominam Bangu e pedem ajuda para conseguir transferência de presídio. 17.jan O juiz de primeira instância Marcelo Rubiolli determina a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares do grupo, que aguardará o julgamento em liberdade.
esporte
Presos há mais de 80 dias, corintianos começam a ser libertados no RioPor volta de 19h desta quarta-feira (18), foi libertada parte dos 30 torcedores do Corinthians que estavam presos no presídio de Bangu 10, que faz parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio. Cerca de metade deles deixaram o local, sendo que os restantes devem ser soltos nesta quinta-feira (19). A soltura foi determinada nesta terça-feira (17), mas demorou a ser efetivada devido à greve de funcionários da Polinter (Polícia Interestadual) e dos agentes penitenciários, que pedem a quitação de salários atrasados e melhoria das condições de trabalho. Advogado de Vinicios Cassimiro, Gaspar Osvaldo Neto informou que seu cliente já está a caminho de São Paulo. Neto passou a noite em frente ao presídio à espera da soltura. "Com a greve da Polinter não era possível verificar a situação cadastral dos presos para ser efetivada a soltura. Chama se 'sarqueamento' [consulta realizada ao Serviço de Arquivo (SARQ) da Polícia Interestadual (Polinter) para saber situação do preso]", diz Neto. "Todas essas greves atrapalham muito: a dos agentes penitenciários, a da Polinter, a da Polícia Civil e a do IML. Todos esses entes públicos interferem na expedição de soltura e no cumprimento delas", completa. "Trata-se de burocracia da administração penitenciária e não do poder judiciário. A Justiça já cumpriu o seu papel e mandou soltar. Agora é procedimento administrativo para materializar isso", conclui. O CASO Ao todo, 31 homens foram detidos no dia 23 de outubro e presos preventivamente, após uma briga com policiais que ocorreu antes do jogo de reabertura do Maracanã pela Rio-2016. Em campo, o time do Parque São Jorge empatou com os cariocas, por 2 a 2. Até agora, cinco deles (incluindo um menor de idade que foi liberado pela vara da infância) haviam sido soltos para aguardar o julgamento em liberdade. O Ministério Público acusa os corintianos de tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. Se forem condenados, as penas podem chegar a 21 anos de prisão. A prisão preventiva e a denúncia contra os corintianos gerou polêmica. A detenção é criticada por familiares, advogados e especialistas em direito penal pela suposta arbitrariedade e falta de provas. Na decisão que transformou a prisão em flagrante dos torcedores em preventiva, constavam imagens de TV de apenas quatro dos 31 presos –os outros foram reconhecidos por quatro policiais. Alguns detidos apresentaram imagens que indicam que eles não estavam na briga. * 23.out Por volta das 16h30, corintianos e PMs entram em confronto; após a partida, cerca de 60 são detidos. 25.out A juíza Marcela Caram determina a prisão preventiva de 31 dos torcedores, entre eles um menor de idade. 9.nov O Ministério Público do Rio denuncia os 31 corintianos, por tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. 16.nov A vara da infância do Rio libera o adolescente, após concluir que ele não estava no estádio na hora da briga. 29.nov A desembargadora Suimei Cavalieri concede habeas corpus a Michael Ricci e Gustavo Inocêncio; 28 ainda seguiam presos preventivamente. 13.dez TJ do Rio julga três pedidos de habeas corpus, concede dois (a Leandro Coelho e Victor Hugo de Oliveira) e nega um, na última sessão do tribunal antes do recesso do Judiciário. 27.dez Juízes de plantão do TJ negam pedido de revogação da prisão preventiva a 14 torcedores. 13.jan Corintianos presos enviam cartas a colegas de torcida organizada relatando medo da guerra entre facções que dominam Bangu e pedem ajuda para conseguir transferência de presídio. 17.jan O juiz de primeira instância Marcelo Rubiolli determina a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares do grupo, que aguardará o julgamento em liberdade.
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Teria morrido se não parasse para filmar, diz homem após ciclovia cair
Silvano Cândido da Silva, de 41 anos, morador de Jacarepaguá, no Rio, estava caminhando com sua mulher pela ciclovia Tim Maia na manhã de quinta-feira quando resolveu parar para gravar, pelo celular, as fortes ondas que batiam. Seu vídeo acabou registrando justamente o momento em que um trecho da ciclovia desabou, depois de ser atingido por uma das ondas. "Fiquei apavorado. Minutos antes, um corredor (ele acha que se trata de Eduardo Marinho Albuquerque, que está entre as vítimas fatais do desabamento) tinha passado por mim e pedido licença. Eu havia, então, parado para filmar a ressaca, e a imagem acabou mostrando o desabamento, a ciclovia levantando. Se eu não tivesse parado para filmar, acho que teria morrido. Acho que não estaria aqui hoje", diz Cândido. Ele afirma que as diversas pessoas que caminhavam por ali ficaram extremamente assustadas. "Vi um rapaz de bicicleta que escapou por pouco. Muita gente ficou debruçada, olhando o desabamento e impressionada com as ondas fortes, que faziam a ciclovia tremer." Cândido conta que ele e sua mulher estão abalados até agora pelo ocorrido. Leia também: Corantes e antibióticos? Os mitos e verdades sobre a qualidade do salmão de cativeiro "A gente fica triste pelas pessoas que perderam as vidas, fico imaginando como estão os familiares. Foi uma das piores noites da minha vida. E a minha esposa e eu estamos tremendo até agora. 'Não consigo parar de pensar naquela imagem', ela me disse." Era a primeira vez que Cândido caminhava pela ciclovia. Ele costuma andar no Leblon, mas passava constantemente por perto da passarela e apreciava a paisagem. "Dizia para a minha esposa: qualquer dia desses a gente caminha lá. Nesse dia [quinta-feira] foi quando resolvemos ir." Logo em seguida ao desabamento, Cândido ficou com medo que outros trechos da ciclovia desabassem, então, ele e a mulher deixaram o local imediatamente e passaram a caminhar pela margem da avenida Niemeyer [que faz o mesmo trajeto], avisando às pessoas para não se aproximarem. Agora, o casal pensa em consultar um psicólogo para lidar com o trauma. "Mas vou superar, se Deus quiser. Na hora, pensei no meu filho de 6 anos, que costuma caminhar com a gente, mas, ontem, ele ficou em casa. Imagina como ia ficar, sem pai nem mãe? Ou imagina o susto que ia passar?" Leia também: Brasil tem 'vitória dupla' em competição internacional de fotos 'CICLOVIA BALANÇAVA' O desabamento deixou ao menos dois mortos, e os bombeiros continuam em busca de um possível terceiro corpo no mar. Aruanã Cavalleiro, um bodyboarder que costumava pedalar pela região, também ficou abalado com a tragédia. Isso porque havia passado pelo local algumas horas antes do acidente e chegou até mesmo a sentir um tremor na pista, que já estava molhada por causa das fortes ondas. "Passei pela região do acidente por volta de 7h20 da manhã. Saí da zona sul e fui até o final, em São Conrado, e depois voltei por volta das 8h e pouco. Nas duas vezes que passei, dava para ver que as ondas estavam batendo bastante", disse ele. "Até estranhei, porque a ciclovia estava molhada. Um lugar tão alto, tão distante do mar, estava molhado. Quando voltei, senti ela (a ciclovia) balançar. Parei ali, comecei a tirar fotos, vi que a pista estava mais molhada. Mas não imaginei que fosse cair, a gente nunca imagina uma coisa dessas. Achei que tinha sustentação lateral." Cavalheiro continuou a pedalada até o Leme. E, quando chegou ao trabalho, soube do desabamento. "Isso me deu um gelo enorme na hora. Fiquei pensando: como não fiz nada? Por que não falei com ninguém? Estou me sentindo culpado até agora. Mas de repente outras pessoas tiveram essa sensação. Desde que inaugurou [a ciclovia], eu passava lá com frequência. Meu irmão mora em São Conrado, ele vai todo dia levar a filha dele de bicicleta no colégio", conta. "É possível que as ondas já estivessem prejudicando a estrutura há algum tempo, porque estavam batendo desde 5h da manhã", opina ele. "Sou surfista, a gente está acompanhando essa ondulação há três dias na internet. A gente sabia que ia entrar essa ondulação grande e perigosa."
cotidiano
Teria morrido se não parasse para filmar, diz homem após ciclovia cairSilvano Cândido da Silva, de 41 anos, morador de Jacarepaguá, no Rio, estava caminhando com sua mulher pela ciclovia Tim Maia na manhã de quinta-feira quando resolveu parar para gravar, pelo celular, as fortes ondas que batiam. Seu vídeo acabou registrando justamente o momento em que um trecho da ciclovia desabou, depois de ser atingido por uma das ondas. "Fiquei apavorado. Minutos antes, um corredor (ele acha que se trata de Eduardo Marinho Albuquerque, que está entre as vítimas fatais do desabamento) tinha passado por mim e pedido licença. Eu havia, então, parado para filmar a ressaca, e a imagem acabou mostrando o desabamento, a ciclovia levantando. Se eu não tivesse parado para filmar, acho que teria morrido. Acho que não estaria aqui hoje", diz Cândido. Ele afirma que as diversas pessoas que caminhavam por ali ficaram extremamente assustadas. "Vi um rapaz de bicicleta que escapou por pouco. Muita gente ficou debruçada, olhando o desabamento e impressionada com as ondas fortes, que faziam a ciclovia tremer." Cândido conta que ele e sua mulher estão abalados até agora pelo ocorrido. Leia também: Corantes e antibióticos? Os mitos e verdades sobre a qualidade do salmão de cativeiro "A gente fica triste pelas pessoas que perderam as vidas, fico imaginando como estão os familiares. Foi uma das piores noites da minha vida. E a minha esposa e eu estamos tremendo até agora. 'Não consigo parar de pensar naquela imagem', ela me disse." Era a primeira vez que Cândido caminhava pela ciclovia. Ele costuma andar no Leblon, mas passava constantemente por perto da passarela e apreciava a paisagem. "Dizia para a minha esposa: qualquer dia desses a gente caminha lá. Nesse dia [quinta-feira] foi quando resolvemos ir." Logo em seguida ao desabamento, Cândido ficou com medo que outros trechos da ciclovia desabassem, então, ele e a mulher deixaram o local imediatamente e passaram a caminhar pela margem da avenida Niemeyer [que faz o mesmo trajeto], avisando às pessoas para não se aproximarem. Agora, o casal pensa em consultar um psicólogo para lidar com o trauma. "Mas vou superar, se Deus quiser. Na hora, pensei no meu filho de 6 anos, que costuma caminhar com a gente, mas, ontem, ele ficou em casa. Imagina como ia ficar, sem pai nem mãe? Ou imagina o susto que ia passar?" Leia também: Brasil tem 'vitória dupla' em competição internacional de fotos 'CICLOVIA BALANÇAVA' O desabamento deixou ao menos dois mortos, e os bombeiros continuam em busca de um possível terceiro corpo no mar. Aruanã Cavalleiro, um bodyboarder que costumava pedalar pela região, também ficou abalado com a tragédia. Isso porque havia passado pelo local algumas horas antes do acidente e chegou até mesmo a sentir um tremor na pista, que já estava molhada por causa das fortes ondas. "Passei pela região do acidente por volta de 7h20 da manhã. Saí da zona sul e fui até o final, em São Conrado, e depois voltei por volta das 8h e pouco. Nas duas vezes que passei, dava para ver que as ondas estavam batendo bastante", disse ele. "Até estranhei, porque a ciclovia estava molhada. Um lugar tão alto, tão distante do mar, estava molhado. Quando voltei, senti ela (a ciclovia) balançar. Parei ali, comecei a tirar fotos, vi que a pista estava mais molhada. Mas não imaginei que fosse cair, a gente nunca imagina uma coisa dessas. Achei que tinha sustentação lateral." Cavalheiro continuou a pedalada até o Leme. E, quando chegou ao trabalho, soube do desabamento. "Isso me deu um gelo enorme na hora. Fiquei pensando: como não fiz nada? Por que não falei com ninguém? Estou me sentindo culpado até agora. Mas de repente outras pessoas tiveram essa sensação. Desde que inaugurou [a ciclovia], eu passava lá com frequência. Meu irmão mora em São Conrado, ele vai todo dia levar a filha dele de bicicleta no colégio", conta. "É possível que as ondas já estivessem prejudicando a estrutura há algum tempo, porque estavam batendo desde 5h da manhã", opina ele. "Sou surfista, a gente está acompanhando essa ondulação há três dias na internet. A gente sabia que ia entrar essa ondulação grande e perigosa."
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Trump faz entrevista com mulheres que acusam Bill Clinton de assédio
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma entrevista coletiva surpresa neste domingo (9) com três mulheres que acusam o ex-presidente Bill Clinton de assédio sexual e uma que afirma que Hillary Clinton, sua concorrente na disputa, defendeu um homem que a agrediu. As mulheres eram Paula Jones, que acusou Clinton de expor suas partes íntimas para ela, Juanita Broaddrick, que o acusa de estupro, Kathleen Willey, que diz que o democrata a agarrou, e Kathy Shelton, que aos 12 anos foi estuprada por um homem por quem Hillary advogou. A menos de uma hora para o início do segundo debate presidencial, a conferência surpresa mostra a estratégia de Trump para o debate, que acontece em Saint Louis, no Missouri. Enfraquecido por causa da divulgação de um vídeo de 2005 em que ele aparece fazendo comentários sexistas, o republicano deve acusar o marido da candidata democrata de ter cometido assédio sexual. Mais cedo, Trump usou sua conta no Twitter para divulgar uma entrevista de Broaddrick, que acusou Clinton de estupro em 1999.
mundo
Trump faz entrevista com mulheres que acusam Bill Clinton de assédioO candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma entrevista coletiva surpresa neste domingo (9) com três mulheres que acusam o ex-presidente Bill Clinton de assédio sexual e uma que afirma que Hillary Clinton, sua concorrente na disputa, defendeu um homem que a agrediu. As mulheres eram Paula Jones, que acusou Clinton de expor suas partes íntimas para ela, Juanita Broaddrick, que o acusa de estupro, Kathleen Willey, que diz que o democrata a agarrou, e Kathy Shelton, que aos 12 anos foi estuprada por um homem por quem Hillary advogou. A menos de uma hora para o início do segundo debate presidencial, a conferência surpresa mostra a estratégia de Trump para o debate, que acontece em Saint Louis, no Missouri. Enfraquecido por causa da divulgação de um vídeo de 2005 em que ele aparece fazendo comentários sexistas, o republicano deve acusar o marido da candidata democrata de ter cometido assédio sexual. Mais cedo, Trump usou sua conta no Twitter para divulgar uma entrevista de Broaddrick, que acusou Clinton de estupro em 1999.
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Ataque a bomba em casamento deixa ao menos 15 mortos no Iraque
Um ataque suicida a um casamento no Iraque deixou ao menos 15 mortos e 16 feridos na noite deste domingo (28) em um vilarejo na região da cidade de Kerbala, ao sul da capital, Bagdá. A facção terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, em que cinco extremistas, incluindo o homem-bomba, invadiram uma festa de casamento com metralhadoras e lançando granadas, segundo a polícia. Todos os atacantes foram mortos pelas forças de segurança. O ataque é o primeiro na região de Kerbala desde que forças iraquianas expulsaram militantes do Estado Islâmico da cidade de Fallujah, que fica 80 km ao norte de Kerbala. Segundo um comunicado da agência Amaq, órgão de propaganda da facção sunita, o ataque foi realizado por militantes contra "uma reunião de xiitas". Entenda o EI
mundo
Ataque a bomba em casamento deixa ao menos 15 mortos no IraqueUm ataque suicida a um casamento no Iraque deixou ao menos 15 mortos e 16 feridos na noite deste domingo (28) em um vilarejo na região da cidade de Kerbala, ao sul da capital, Bagdá. A facção terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, em que cinco extremistas, incluindo o homem-bomba, invadiram uma festa de casamento com metralhadoras e lançando granadas, segundo a polícia. Todos os atacantes foram mortos pelas forças de segurança. O ataque é o primeiro na região de Kerbala desde que forças iraquianas expulsaram militantes do Estado Islâmico da cidade de Fallujah, que fica 80 km ao norte de Kerbala. Segundo um comunicado da agência Amaq, órgão de propaganda da facção sunita, o ataque foi realizado por militantes contra "uma reunião de xiitas". Entenda o EI
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Brasil perde do time de seu ex-técnico e está fora do Mundial de handebol
O Brasil jogou de igual para igual os 60 minutos das oitavas de final do Mundial da França de handebol masculino, mas foi eliminado ao perder de 28 a 27 para a Espanha. A seleção espanhola é treinada por Jordi Ribera, técnico que levou o Brasil ao inédito sétimo lugar na Rio-2016. Após os Jogos Olímpicos, Ribera assumiu o comando do time de seu país, deixando o cargo para o técnico brasileiro Washington Nunes, que era o seu auxiliar técnico. Em seu primeiro desafio à frente da seleção brasileira, Nunes iguala o melhor resultado do país em Mundiais, as oitavas de final, fase em que chegou pela quarta vez. O time, no entanto, continua sem nunca ter vencido um mata-mata na competição. A expectativa para este Mundial era chegar a uma inédita quartas de final. A campanha brasileira teve seis partidas com quatro derrotas (Espanha, Rússia, Noruega e França) e duas vitórias (Polônia e Japão).
esporte
Brasil perde do time de seu ex-técnico e está fora do Mundial de handebolO Brasil jogou de igual para igual os 60 minutos das oitavas de final do Mundial da França de handebol masculino, mas foi eliminado ao perder de 28 a 27 para a Espanha. A seleção espanhola é treinada por Jordi Ribera, técnico que levou o Brasil ao inédito sétimo lugar na Rio-2016. Após os Jogos Olímpicos, Ribera assumiu o comando do time de seu país, deixando o cargo para o técnico brasileiro Washington Nunes, que era o seu auxiliar técnico. Em seu primeiro desafio à frente da seleção brasileira, Nunes iguala o melhor resultado do país em Mundiais, as oitavas de final, fase em que chegou pela quarta vez. O time, no entanto, continua sem nunca ter vencido um mata-mata na competição. A expectativa para este Mundial era chegar a uma inédita quartas de final. A campanha brasileira teve seis partidas com quatro derrotas (Espanha, Rússia, Noruega e França) e duas vitórias (Polônia e Japão).
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Crítica: Gravação simples é retrato de grande artista quando jovem
Se as duas músicas do álbum "O Espírito do Som - Vol. 1" liberadas para audição da Folha representarem bem a proposta do disco, este será mais do que um item de colecionador. "For No One", dos Beatles, e "Segredo", de Luiz Melodia, aparecem em versões despojadas, apenas voz e dedilhado no violão. Cássia Eller (1962-2001) tinha 20 anos quando as gravou. Numa época em que programas de computador no estúdio transformam qualquer desafinado em ótimo intérprete, ouvir a jovem Cássia cantando sem produção alguma emociona, dá saudade. Ela já mostrava seu estilo personalíssimo, a voz grave que avança pela letra em frases um tanto "socadas", berradas, pontuadas por silêncios que são ganchos inescapáveis para o verso seguinte. A cantora nunca foi delicada, ela ganhava o ouvinte numa intimidação sonora. A música dos Beatles, de tantas versões, soa simpática e, mesmo assim, agressiva. "Segredo", de Melodia, ganha versão soul que o compositor do Estácio deverá aprovar. A força de Cássia revigora versos como "Eu tenho um recado/ Um ódio interno marcado/ Guardado/ Fincado, pregado, lacrado". Ouça "For No One" e "Segredo": Ouça Segredo
ilustrada
Crítica: Gravação simples é retrato de grande artista quando jovemSe as duas músicas do álbum "O Espírito do Som - Vol. 1" liberadas para audição da Folha representarem bem a proposta do disco, este será mais do que um item de colecionador. "For No One", dos Beatles, e "Segredo", de Luiz Melodia, aparecem em versões despojadas, apenas voz e dedilhado no violão. Cássia Eller (1962-2001) tinha 20 anos quando as gravou. Numa época em que programas de computador no estúdio transformam qualquer desafinado em ótimo intérprete, ouvir a jovem Cássia cantando sem produção alguma emociona, dá saudade. Ela já mostrava seu estilo personalíssimo, a voz grave que avança pela letra em frases um tanto "socadas", berradas, pontuadas por silêncios que são ganchos inescapáveis para o verso seguinte. A cantora nunca foi delicada, ela ganhava o ouvinte numa intimidação sonora. A música dos Beatles, de tantas versões, soa simpática e, mesmo assim, agressiva. "Segredo", de Melodia, ganha versão soul que o compositor do Estácio deverá aprovar. A força de Cássia revigora versos como "Eu tenho um recado/ Um ódio interno marcado/ Guardado/ Fincado, pregado, lacrado". Ouça "For No One" e "Segredo": Ouça Segredo
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Aplicativos, livros e Instagram ajudam a planejar e a compartilhar casamento
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Toda lista de casamento acaba por deixar de fora algum amigo ou conhecido do casal. Assim, para evitar que postagens na internet deixem mágoas em quem ficou de fora, aplicativos permitem criar grupos privados para falar sobre o evento. Espécie de rede social fechada, o LeJour dá aos convidados a chance de exibir no telão da festa as fotos tiradas por celular. "Foi muito legal ver como nossos amigos viram o casamento", conta Bruna de Lucca, 28, arquiteta. As noivas que querem (ou precisam) acompanhar todos os detalhes dos preparativos podem contar com vários aplicativos de planejamento. "Muitos lembretes surgiram na véspera do casamento e foram muito úteis, quando aumentou a ansiedade e ficou difícil pensar em tudo", conta Flávia Millos, 31, que usou o Vestida de Noiva. Outra sacada é navegar por perfis de Instagram. O Vestida de Noiva traz uma lista de 250 fornecedores e um canal de dúvidas. "Chega todo tipo de pergunta, como: 'se não tenho pai, com quem entro na igreja?'", conta Floret, que soma 120 mil downloads de seu app. Confira abaixo uma lista com aplicativos, livros e perfis do Instagram que ajudam a preparar a festa. * APLICATIVOS Apply Couple Cada casal cria um aplicativo próprio, para ser instalado pelos amigos. Nele, todos postam textos e fotos da festa, mas só quem é do grupo vê. Custa US$ 39 para o casal e é gratuito para convidados. Android e iOS Fábrica de Casamentos A lista é longa, prepare-se: são 160 tarefas para colocar o casamento de pé. Porém, os trabalhos podem ser divididos entre noivos, madrinhas e família. Traz ainda o contato de vários fornecedores. iOS LeJour Recebe fotos que os convidados tiram na cerimônia e permite exibi-las num telão durante a festa. Também indica fornecedores próximos e que tenham preços que caibam no bolso do casal. Android e iOS Vestido de Noiva O app também capricha na lista: são 170 tarefas e mais um monte de referências, do vestido às flores. Se bater a dúvida, a especialista Fernanda Floret responde à noiva pelo próprio celular. Android e iOS Bride Wedding Genius Lista modelos de vestidos para noiva e madrinhas, anéis, flores, maquiagem e destinos de lua de mel. Em inglês, reúne produtos disponíveis nos EUA. iOS. Casamentos.com.br Inclui lista de tarefas, lista de convidados, relação de fornecedores e referências de trajes, joias e outros itens. Oferece também um fórum, onde noivas podem postar e responder dúvidas. Android e iOS Diário do Casamento Neste aplicativo, a lista de tarefas é apresentada de forma cronológica, conforme o casamento se aproxima. Há também relação de convidados e controle de despesas. Oferece ainda pesquisa de fornecedores. Android. myPANTONE - Wedding & Events Ajuda a escolher os tons ideais de cores para combinar vestidos, trajes do noivo e dos padrinhos, decoração, flores, cortinas e outros itens do casamento. US$ 4,99, para iOS. Flower Wheel Consiste em um catálogo extenso de flores, que podem ser pesquisadas por nome, cor, e disponibilidade por estação do ano. US$ 2,99, para iOs. GuestPlanner Ajuda a dividir os convidados entre as mesas e ver como ficará a disposição dos grupos no salão. É possível classificar os comensais como VIP, vegetariano e alérgico a camarão, entre outras categorias. Grátis, para iOS (há um app com mesmo nome e função no Android) Vestida para Casar Soma lista de tarefas e cadastro de convidados, padrinhos e damas, que permite controlar quem confirmou presença. A tela inicial, que pode ser compartilhada no Facebook, mostra quantos dias faltam para o grande dia e qual porcentagem das tarefas já foram cumpridas. Android. Wedding Budget Controller A ferramenta, em inglês, serve para montar e controlar o orçamento do casamento a partir de um modelo que pode ser personalizado. Os resultados podem ser exportados para planilhas ou para o Dropbox. US$ 3,99, para iOs. Wedding Dress Lookbook Com mais de 9.000 modelos de vestidos e acessórios para a noiva, além de trajes para madrinhas, damas de honra e familiares. Android e iOs. Wedding Happy O aplicativo oferece uma lista de tarefas passo-a-passo para organizar o casamento e funciona de modo integrado ao calendário do smartphone ou tablet, para enviar notificações. Também permite enviar tarefas por e-mail a outras pessoas envolvidas e compartilhar os avanços nas redes sociais. iOS. * PERFIS NO INSTAGRAM @constancezahn Mostra referências de vestidos e de decoração selecionadas por Constance Zahn, filha da estilista Wanda Borges. @lapisdenoiva Indica vestidos, locais para cerimônia e outros itens. Tocado pelas irmãs Lorena Rodrigues e Junia Lane. @theknot Guarda-sóis, vestidos, doces e outros itens escolhidos pela revista americana The Knot. @verawanggang O perfil exibe as criações de Vera Wang, uma das principais estilistas de vestidos de casamento do mundo. * LIVROS O Livro Branco do Casamento Vera d'Orey Santiago Tanger, ed. Barba Negra, 128 págs. Traz dicas e passo-a-passo para preparar a cerimônia de acordo com vários tipos de orçamento, religião e tipo de festa. Casar sem Frescura Claudia Matarazzo, ed. Planeta, 256 págs. Ajuda no planejamento de toda a cerimônia, incluindo a parte burocrática, dietas pré-festa e a lua-de-mel. O Livro da Noiva Ed. Manole, 122 págs. Serve como espaço para planejar a cerimônia no papel e também como uma espécie de diário, para guardar as memórias dos preparativos. Guia Atemporal das Noivas com Estilo Carol Hungria, ed. 3R Studio, 240 págs. Mostra como combinar o vestido e o visual da noiva com os demais detalhes da festa. Guia do Casamento Danielle Nordi, ed. Matrix, 112 págs. O livro reúne dicas para preparar a festa e também planejar o início da vida a dois depois da cerimônia.
saopaulo
Aplicativos, livros e Instagram ajudam a planejar e a compartilhar casamentoRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Toda lista de casamento acaba por deixar de fora algum amigo ou conhecido do casal. Assim, para evitar que postagens na internet deixem mágoas em quem ficou de fora, aplicativos permitem criar grupos privados para falar sobre o evento. Espécie de rede social fechada, o LeJour dá aos convidados a chance de exibir no telão da festa as fotos tiradas por celular. "Foi muito legal ver como nossos amigos viram o casamento", conta Bruna de Lucca, 28, arquiteta. As noivas que querem (ou precisam) acompanhar todos os detalhes dos preparativos podem contar com vários aplicativos de planejamento. "Muitos lembretes surgiram na véspera do casamento e foram muito úteis, quando aumentou a ansiedade e ficou difícil pensar em tudo", conta Flávia Millos, 31, que usou o Vestida de Noiva. Outra sacada é navegar por perfis de Instagram. O Vestida de Noiva traz uma lista de 250 fornecedores e um canal de dúvidas. "Chega todo tipo de pergunta, como: 'se não tenho pai, com quem entro na igreja?'", conta Floret, que soma 120 mil downloads de seu app. Confira abaixo uma lista com aplicativos, livros e perfis do Instagram que ajudam a preparar a festa. * APLICATIVOS Apply Couple Cada casal cria um aplicativo próprio, para ser instalado pelos amigos. Nele, todos postam textos e fotos da festa, mas só quem é do grupo vê. Custa US$ 39 para o casal e é gratuito para convidados. Android e iOS Fábrica de Casamentos A lista é longa, prepare-se: são 160 tarefas para colocar o casamento de pé. Porém, os trabalhos podem ser divididos entre noivos, madrinhas e família. Traz ainda o contato de vários fornecedores. iOS LeJour Recebe fotos que os convidados tiram na cerimônia e permite exibi-las num telão durante a festa. Também indica fornecedores próximos e que tenham preços que caibam no bolso do casal. Android e iOS Vestido de Noiva O app também capricha na lista: são 170 tarefas e mais um monte de referências, do vestido às flores. Se bater a dúvida, a especialista Fernanda Floret responde à noiva pelo próprio celular. Android e iOS Bride Wedding Genius Lista modelos de vestidos para noiva e madrinhas, anéis, flores, maquiagem e destinos de lua de mel. Em inglês, reúne produtos disponíveis nos EUA. iOS. Casamentos.com.br Inclui lista de tarefas, lista de convidados, relação de fornecedores e referências de trajes, joias e outros itens. Oferece também um fórum, onde noivas podem postar e responder dúvidas. Android e iOS Diário do Casamento Neste aplicativo, a lista de tarefas é apresentada de forma cronológica, conforme o casamento se aproxima. Há também relação de convidados e controle de despesas. Oferece ainda pesquisa de fornecedores. Android. myPANTONE - Wedding & Events Ajuda a escolher os tons ideais de cores para combinar vestidos, trajes do noivo e dos padrinhos, decoração, flores, cortinas e outros itens do casamento. US$ 4,99, para iOS. Flower Wheel Consiste em um catálogo extenso de flores, que podem ser pesquisadas por nome, cor, e disponibilidade por estação do ano. US$ 2,99, para iOs. GuestPlanner Ajuda a dividir os convidados entre as mesas e ver como ficará a disposição dos grupos no salão. É possível classificar os comensais como VIP, vegetariano e alérgico a camarão, entre outras categorias. Grátis, para iOS (há um app com mesmo nome e função no Android) Vestida para Casar Soma lista de tarefas e cadastro de convidados, padrinhos e damas, que permite controlar quem confirmou presença. A tela inicial, que pode ser compartilhada no Facebook, mostra quantos dias faltam para o grande dia e qual porcentagem das tarefas já foram cumpridas. Android. Wedding Budget Controller A ferramenta, em inglês, serve para montar e controlar o orçamento do casamento a partir de um modelo que pode ser personalizado. Os resultados podem ser exportados para planilhas ou para o Dropbox. US$ 3,99, para iOs. Wedding Dress Lookbook Com mais de 9.000 modelos de vestidos e acessórios para a noiva, além de trajes para madrinhas, damas de honra e familiares. Android e iOs. Wedding Happy O aplicativo oferece uma lista de tarefas passo-a-passo para organizar o casamento e funciona de modo integrado ao calendário do smartphone ou tablet, para enviar notificações. Também permite enviar tarefas por e-mail a outras pessoas envolvidas e compartilhar os avanços nas redes sociais. iOS. * PERFIS NO INSTAGRAM @constancezahn Mostra referências de vestidos e de decoração selecionadas por Constance Zahn, filha da estilista Wanda Borges. @lapisdenoiva Indica vestidos, locais para cerimônia e outros itens. Tocado pelas irmãs Lorena Rodrigues e Junia Lane. @theknot Guarda-sóis, vestidos, doces e outros itens escolhidos pela revista americana The Knot. @verawanggang O perfil exibe as criações de Vera Wang, uma das principais estilistas de vestidos de casamento do mundo. * LIVROS O Livro Branco do Casamento Vera d'Orey Santiago Tanger, ed. Barba Negra, 128 págs. Traz dicas e passo-a-passo para preparar a cerimônia de acordo com vários tipos de orçamento, religião e tipo de festa. Casar sem Frescura Claudia Matarazzo, ed. Planeta, 256 págs. Ajuda no planejamento de toda a cerimônia, incluindo a parte burocrática, dietas pré-festa e a lua-de-mel. O Livro da Noiva Ed. Manole, 122 págs. Serve como espaço para planejar a cerimônia no papel e também como uma espécie de diário, para guardar as memórias dos preparativos. Guia Atemporal das Noivas com Estilo Carol Hungria, ed. 3R Studio, 240 págs. Mostra como combinar o vestido e o visual da noiva com os demais detalhes da festa. Guia do Casamento Danielle Nordi, ed. Matrix, 112 págs. O livro reúne dicas para preparar a festa e também planejar o início da vida a dois depois da cerimônia.
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Trump volta a criticar secretário de Justiça e não o garante no governo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer nesta terça-feira (25) que está "muito desapontado" com seu secretário de Justiça, Jeff Sessions, e não confirmou se ele continuará a integrar a administração. Em entrevista coletiva, Trump reclamou da decisão do secretário de se afastar das investigações sobre a Rússia. "Ele não deveria ter se afastado quase imediatamente após ser empossado, e se ele se recusaria, deveria ter me avisado antes da posse, e eu simplesmente teria escolhido outra pessoa", declarou. "Eu acho que é algo ruim, não para o presidente, mas para a Presidência." Questionado se pretende demitir Sessions, Trump afirmou: "Veremos o que vai acontecer. O tempo dirá." A pasta chefiada por Sessions administra o FBI (polícia federal americana), que atualmente investiga os contatos de auxiliares de Trump com autoridades russas durante a campanha eleitoral. Suspeita-se que as partes tenham conspirado para a Rússia interferir na eleição em favor do republicano por meio de ciberataques contra o Partido Democrata. Sessions decidiu se afastar das investigações sobre a Rússia em março após a revelação de que ele havia se reunido com o embaixador russo em Washington durante a campanha. Em junho, em depoimento sobre o caso ao Senado, o secretário negou ter feito conluio com os russos e classificou a acusação de "mentirosa e detestável". Trump também disse esperar que Sessions fosse "muito mais duro" no combate a vazamentos nas agências de inteligência. Desde a posse de Trump, em janeiro, vazamentos à imprensa revelaram disputas internas e problemas de coordenação do governo. Mais cedo nesta terça-feira, Trump havia dito que Sessions é "fraco" e está "encurralado". Ele reclamou da falta de iniciativa do secretário para investigar os "crimes" da democrata Hillary Clinton, derrotada por Trump na eleição. Em comícios de campanha, Trump animava o público quando prometia "prender" Hillary por ela apagado e-mails trocados quando era secretária de Estado. Mas, desde que conquistou a Presidência, o republicano vinha deixando de lado a retórica incisiva contra a rival. Não está claro se ele voltará a defender a prisão dela. Trump pressionado
mundo
Trump volta a criticar secretário de Justiça e não o garante no governoO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer nesta terça-feira (25) que está "muito desapontado" com seu secretário de Justiça, Jeff Sessions, e não confirmou se ele continuará a integrar a administração. Em entrevista coletiva, Trump reclamou da decisão do secretário de se afastar das investigações sobre a Rússia. "Ele não deveria ter se afastado quase imediatamente após ser empossado, e se ele se recusaria, deveria ter me avisado antes da posse, e eu simplesmente teria escolhido outra pessoa", declarou. "Eu acho que é algo ruim, não para o presidente, mas para a Presidência." Questionado se pretende demitir Sessions, Trump afirmou: "Veremos o que vai acontecer. O tempo dirá." A pasta chefiada por Sessions administra o FBI (polícia federal americana), que atualmente investiga os contatos de auxiliares de Trump com autoridades russas durante a campanha eleitoral. Suspeita-se que as partes tenham conspirado para a Rússia interferir na eleição em favor do republicano por meio de ciberataques contra o Partido Democrata. Sessions decidiu se afastar das investigações sobre a Rússia em março após a revelação de que ele havia se reunido com o embaixador russo em Washington durante a campanha. Em junho, em depoimento sobre o caso ao Senado, o secretário negou ter feito conluio com os russos e classificou a acusação de "mentirosa e detestável". Trump também disse esperar que Sessions fosse "muito mais duro" no combate a vazamentos nas agências de inteligência. Desde a posse de Trump, em janeiro, vazamentos à imprensa revelaram disputas internas e problemas de coordenação do governo. Mais cedo nesta terça-feira, Trump havia dito que Sessions é "fraco" e está "encurralado". Ele reclamou da falta de iniciativa do secretário para investigar os "crimes" da democrata Hillary Clinton, derrotada por Trump na eleição. Em comícios de campanha, Trump animava o público quando prometia "prender" Hillary por ela apagado e-mails trocados quando era secretária de Estado. Mas, desde que conquistou a Presidência, o republicano vinha deixando de lado a retórica incisiva contra a rival. Não está claro se ele voltará a defender a prisão dela. Trump pressionado
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Trump e Merkel vão se encontrar em Washington em 14 de março
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, irá viajar a Washington em 14 de março para se reunir com o presidente Donald Trump, no primeiro encontro entre os dois após um início turbulento nas relações por desacordos sobre comércio, o banimento de viagens decretada por Trump e os comentários sobre a mídia feitos pelo republicano. Uma autoridade americana anunciou a visita, que acontece pouco antes de um encontro na Alemanha de ministros das Finanças dos países que participam do G20 e irá ajudar a preparar o terreno para a visita de Trump à Alemanha em julho para encontro de líderes do G20. O novo presidente americano e Merkel emitiram um comunicado conjunto após telefonema em janeiro, destacando a importância da aliança da Otan e prometendo trabalharem juntos no combate ao terrorismo. Poucos dias depois, Merkel criticou o banimento temporário de Trump a cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Ela também destacou repetidamente a importância de uma imprensa livre quando perguntada sobre comentários negativos de Trump a respeito da mídia. Merkel tinha boa relação com o antecessor de Trump, o democrata Barack Obama. O encontro entre Trump e Merkel deve cobrir uma ampla gama de questões, incluindo economia global, comércio, luta contra Estado Islâmico, Otan e laços com Rússia e China.
mundo
Trump e Merkel vão se encontrar em Washington em 14 de marçoA chanceler da Alemanha, Angela Merkel, irá viajar a Washington em 14 de março para se reunir com o presidente Donald Trump, no primeiro encontro entre os dois após um início turbulento nas relações por desacordos sobre comércio, o banimento de viagens decretada por Trump e os comentários sobre a mídia feitos pelo republicano. Uma autoridade americana anunciou a visita, que acontece pouco antes de um encontro na Alemanha de ministros das Finanças dos países que participam do G20 e irá ajudar a preparar o terreno para a visita de Trump à Alemanha em julho para encontro de líderes do G20. O novo presidente americano e Merkel emitiram um comunicado conjunto após telefonema em janeiro, destacando a importância da aliança da Otan e prometendo trabalharem juntos no combate ao terrorismo. Poucos dias depois, Merkel criticou o banimento temporário de Trump a cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Ela também destacou repetidamente a importância de uma imprensa livre quando perguntada sobre comentários negativos de Trump a respeito da mídia. Merkel tinha boa relação com o antecessor de Trump, o democrata Barack Obama. O encontro entre Trump e Merkel deve cobrir uma ampla gama de questões, incluindo economia global, comércio, luta contra Estado Islâmico, Otan e laços com Rússia e China.
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Nietzsche é retratado na Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema
Como filósofo e crítico cultural, o alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi uma das vozes mais influentes do século 19. Em 1977, a diretora italiana Liliana Cavani fez uma cinebiografia do pensador com fôlego para um retrato contundente. "Além do Bem e do Mal" está no volume 15 da Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema, que vai às bancas no próximo domingo, dia 6/11. O filme aborda um triângulo amoroso do filósofo com uma mulher e um amigo. Para o papel de Nietzsche, a escolha da cineasta italiana contemplou o então já consagrado Erland Josephson (1923-2012), sueco que era um dos favoritos de seu conterrâneo Ingmar Bergman (1918-2007) e do russo Andrei Tarkóvski (1932-1986).
ilustrada
Nietzsche é retratado na Coleção Folha Grandes Biografias no CinemaComo filósofo e crítico cultural, o alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi uma das vozes mais influentes do século 19. Em 1977, a diretora italiana Liliana Cavani fez uma cinebiografia do pensador com fôlego para um retrato contundente. "Além do Bem e do Mal" está no volume 15 da Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema, que vai às bancas no próximo domingo, dia 6/11. O filme aborda um triângulo amoroso do filósofo com uma mulher e um amigo. Para o papel de Nietzsche, a escolha da cineasta italiana contemplou o então já consagrado Erland Josephson (1923-2012), sueco que era um dos favoritos de seu conterrâneo Ingmar Bergman (1918-2007) e do russo Andrei Tarkóvski (1932-1986).
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#primeiroassedio
Ninguém sabe ao certo quantas mulheres são estupradas, todos os anos, no Brasil. Segundo o 8° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no fim de 2014, 50.224 ocorrências foram relatadas à polícia em 2013. O problema é que só uma pequena parcela das vítimas desse crime busca a polícia: estudo do Ipea (goo.gl/4s4OGB) estima que em 2013 aconteceram, na verdade, 527 mil estupros. Também de acordo com o Ipea, 70% das vítimas são crianças e adolescentes. Mais da metade tem menos de 13 anos. Mais de dois terços dos agressores são familiares, amigos ou conhecidos das vítimas. Um crime de tal forma disseminado em nossa sociedade não se perpetuaria impune e silencioso sem o machismo amplo, geral e irrestrito que reina por estes costados. Eis a razão pela qual, de tempos para cá, muitas mulheres venham advogando tolerância zero com cantadas de rua, assovios e aquela chupada grotesca —"Sfffrrrrrrrr"— de quem tá tentando tirar carne dos dentes sem o auxílio de um fio dental. É evidente que quem assovia para uma mulher não comete ato equiparável ao estupro, mas é o caldo de cultura do "fiu-fiu" que arruma a cama para o abuso do titio —e do padrasto, do pai, do chefe, do serial-encoxador de transporte público, do covarde anônimo num terreno baldio. O estupro é apenas o ato mais extremado nascido da convicção de que qualquer manifestação do desejo masculino deve prevalecer sobre o incômodo (ou horror) que ele possa causar às mulheres. Tal convicção explica por que, no dia 20 de outubro, durante a exibição do "MasterChef Júnior", alguns tuiteiros se sentiram à vontade para divulgar ao mundo piadas de cunho sexual com uma das participantes do programa, de 12 anos. Se, com todo mundo olhando, temos o desplante de rir imaginando a violação de uma menina de 12 anos, o que não fazemos quando não há ninguém por perto? A hashtag #primeiroassedio, criada pelas feministas do grupo Think Olga, em resposta aos tuiteiros do "MasterChef", respondeu dolorosa e corajosamente à pergunta. Em poucos dias, a hashtag fez surgir nas redes sociais mais de 100 mil relatos de mulheres sobre abusos sofridos na infância e na adolescência, escancarando a realidade dantesca que as meninas brasileiras sempre enfrentaram em silêncio. Desde então, minha timeline se transformou num bizarro patchwork de amigas, parentes e colegas sendo abusadas, de todas as maneiras, aos sete, nove, 12 anos, por tios, amigos dos pais, vizinhos, desconhecidos. Não tinha ideia de que a situação era tão grave, nem tão próxima. Mais assustador que os relatos no #primeiroassedio, os comentários no "Masterchef" e os dados do primeiro parágrafo, talvez só o fato de que a maior indignação em torno da violência contra a mulher, nos últimos tempos, tenha sido o tema cair na prova do Enem. Neste país de meio milhão de estupros, parece haver mais preocupação em atacar o nosso incipiente feminismo do que em iluminar as contradições do nosso torpe patriarcalismo. Preocupação, aliás, absolutamente desnecessária, pois luminares da civilização como Cunha, Feliciano e Bolsonaro estão conseguindo reverter, em alguns meses, as poucas conquistas das últimas décadas, logrando preservar, assim, as bases da tradicional família brasileira —estupro incluído.
colunas
#primeiroassedioNinguém sabe ao certo quantas mulheres são estupradas, todos os anos, no Brasil. Segundo o 8° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no fim de 2014, 50.224 ocorrências foram relatadas à polícia em 2013. O problema é que só uma pequena parcela das vítimas desse crime busca a polícia: estudo do Ipea (goo.gl/4s4OGB) estima que em 2013 aconteceram, na verdade, 527 mil estupros. Também de acordo com o Ipea, 70% das vítimas são crianças e adolescentes. Mais da metade tem menos de 13 anos. Mais de dois terços dos agressores são familiares, amigos ou conhecidos das vítimas. Um crime de tal forma disseminado em nossa sociedade não se perpetuaria impune e silencioso sem o machismo amplo, geral e irrestrito que reina por estes costados. Eis a razão pela qual, de tempos para cá, muitas mulheres venham advogando tolerância zero com cantadas de rua, assovios e aquela chupada grotesca —"Sfffrrrrrrrr"— de quem tá tentando tirar carne dos dentes sem o auxílio de um fio dental. É evidente que quem assovia para uma mulher não comete ato equiparável ao estupro, mas é o caldo de cultura do "fiu-fiu" que arruma a cama para o abuso do titio —e do padrasto, do pai, do chefe, do serial-encoxador de transporte público, do covarde anônimo num terreno baldio. O estupro é apenas o ato mais extremado nascido da convicção de que qualquer manifestação do desejo masculino deve prevalecer sobre o incômodo (ou horror) que ele possa causar às mulheres. Tal convicção explica por que, no dia 20 de outubro, durante a exibição do "MasterChef Júnior", alguns tuiteiros se sentiram à vontade para divulgar ao mundo piadas de cunho sexual com uma das participantes do programa, de 12 anos. Se, com todo mundo olhando, temos o desplante de rir imaginando a violação de uma menina de 12 anos, o que não fazemos quando não há ninguém por perto? A hashtag #primeiroassedio, criada pelas feministas do grupo Think Olga, em resposta aos tuiteiros do "MasterChef", respondeu dolorosa e corajosamente à pergunta. Em poucos dias, a hashtag fez surgir nas redes sociais mais de 100 mil relatos de mulheres sobre abusos sofridos na infância e na adolescência, escancarando a realidade dantesca que as meninas brasileiras sempre enfrentaram em silêncio. Desde então, minha timeline se transformou num bizarro patchwork de amigas, parentes e colegas sendo abusadas, de todas as maneiras, aos sete, nove, 12 anos, por tios, amigos dos pais, vizinhos, desconhecidos. Não tinha ideia de que a situação era tão grave, nem tão próxima. Mais assustador que os relatos no #primeiroassedio, os comentários no "Masterchef" e os dados do primeiro parágrafo, talvez só o fato de que a maior indignação em torno da violência contra a mulher, nos últimos tempos, tenha sido o tema cair na prova do Enem. Neste país de meio milhão de estupros, parece haver mais preocupação em atacar o nosso incipiente feminismo do que em iluminar as contradições do nosso torpe patriarcalismo. Preocupação, aliás, absolutamente desnecessária, pois luminares da civilização como Cunha, Feliciano e Bolsonaro estão conseguindo reverter, em alguns meses, as poucas conquistas das últimas décadas, logrando preservar, assim, as bases da tradicional família brasileira —estupro incluído.
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Kraft Foods se unirá com Heinz, do fundo brasileiro 3G Capital e de Buffett
A Kraft Foods fechou um acordo para se fundir com a H.J. Heinz e formar a quinta maior companhia de alimentos e bebidas do mundo. A Heinz é controlada pelo fundo de private equity (que investe em participações em empresas) brasileiro 3G Capital –que tem como sócio o bilionário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, e pelo Berkshire Hathaway, do megainvestidor americano Warren Buffett. Além de Lemann, fazem parte do 3G Capital os também brasileiros Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, também no topo do ranking de bilionários. O fundo tem uma política agressiva de aquisições no setor alimentar e também é dono da rede de restaurantes de fast food Burger King. O 3G tem feito negócios com o fundo de Buffet, parceiro na compra da Heinz e da cadeia canadense de café Tim Hortons. Dona da marca do cream cheese Philadelphia nos EUA e no Canadá, a Kraft já foi a segunda maior empresa de alimentos do mundo. Em 2012, porém, a companhia desmembrou sua divisão de biscoitos e doces, com faturamento de US$ 35 bilhões, em uma outra empresa, a Mondeléz. Com a cisão, as operações no Brasil, que incluem a linha de chocolates da Lacta, os biscoitos Oreo e os chicletes Trident, deixaram de ser Kraft e passaram a ser Mondelez. A NOVA COMPANHIA A nova companhia, a Kraft Heinz, terá receita de cerca de US$ 28 bilhões (R$ 87,57 bilhões), afirmaram as empresas envolvidas no negócio em comunicado nesta quarta-feira (25). Os acionistas da Kraft deterão 49% da nova empresa e os da Heinz, os 51% restantes. MARCAS A nova empresa terá oito marcas valendo mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,13 bilhão) cada uma, e cinco valendo entre US$ 500 milhões (R$ 1,56 bilhão) e US$ 1 bilhão cada uma. No final de fevereiro, Buffet reafirmou a intenção de fazer mais negócios com o 3G. "Há dois anos, meu amigo Jorge Paulo Lemann convidou a Berkshire para acompanhar seu grupo 3G Capital na aquisição da Heinz. Minha resposta afirmativa foi imediata. Eu sabia que essa parceria daria certo dos pontos de vista pessoal e financeiro," disse o megainvestidor. RAIO X 3G CAPITAL O QUE É Empresa de investimentos global focada na criação de valor no longo prazo FUNDAÇÃO 2004, com base em uma estrutura de investimentos já existente em NY, desde meados de 1990. Possui escritórios em Nova York e no Rio de Janeiro SÓCIOS FUNDADORES Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira AQUISIÇÕES Outubro de 2010: Burger King Junho de 2013: Heinz
mercado
Kraft Foods se unirá com Heinz, do fundo brasileiro 3G Capital e de BuffettA Kraft Foods fechou um acordo para se fundir com a H.J. Heinz e formar a quinta maior companhia de alimentos e bebidas do mundo. A Heinz é controlada pelo fundo de private equity (que investe em participações em empresas) brasileiro 3G Capital –que tem como sócio o bilionário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, e pelo Berkshire Hathaway, do megainvestidor americano Warren Buffett. Além de Lemann, fazem parte do 3G Capital os também brasileiros Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, também no topo do ranking de bilionários. O fundo tem uma política agressiva de aquisições no setor alimentar e também é dono da rede de restaurantes de fast food Burger King. O 3G tem feito negócios com o fundo de Buffet, parceiro na compra da Heinz e da cadeia canadense de café Tim Hortons. Dona da marca do cream cheese Philadelphia nos EUA e no Canadá, a Kraft já foi a segunda maior empresa de alimentos do mundo. Em 2012, porém, a companhia desmembrou sua divisão de biscoitos e doces, com faturamento de US$ 35 bilhões, em uma outra empresa, a Mondeléz. Com a cisão, as operações no Brasil, que incluem a linha de chocolates da Lacta, os biscoitos Oreo e os chicletes Trident, deixaram de ser Kraft e passaram a ser Mondelez. A NOVA COMPANHIA A nova companhia, a Kraft Heinz, terá receita de cerca de US$ 28 bilhões (R$ 87,57 bilhões), afirmaram as empresas envolvidas no negócio em comunicado nesta quarta-feira (25). Os acionistas da Kraft deterão 49% da nova empresa e os da Heinz, os 51% restantes. MARCAS A nova empresa terá oito marcas valendo mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,13 bilhão) cada uma, e cinco valendo entre US$ 500 milhões (R$ 1,56 bilhão) e US$ 1 bilhão cada uma. No final de fevereiro, Buffet reafirmou a intenção de fazer mais negócios com o 3G. "Há dois anos, meu amigo Jorge Paulo Lemann convidou a Berkshire para acompanhar seu grupo 3G Capital na aquisição da Heinz. Minha resposta afirmativa foi imediata. Eu sabia que essa parceria daria certo dos pontos de vista pessoal e financeiro," disse o megainvestidor. RAIO X 3G CAPITAL O QUE É Empresa de investimentos global focada na criação de valor no longo prazo FUNDAÇÃO 2004, com base em uma estrutura de investimentos já existente em NY, desde meados de 1990. Possui escritórios em Nova York e no Rio de Janeiro SÓCIOS FUNDADORES Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira AQUISIÇÕES Outubro de 2010: Burger King Junho de 2013: Heinz
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Custo de mudanças na reforma da Previdência seria alto, estima Itaú
As mudanças que o Congresso fizer na proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo poderão diminuir de forma significativa o impacto da reforma no equilíbrio das contas do governo federal, de acordo com cálculos feitos pelos economistas do Itaú Unibanco. Segundo eles, a reforma permite alcançar uma economia equivalente a 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, ano em que poderá ser revisto o teto estabelecido no ano passado para conter o crescimento dos gastos federais. Seria o equivalente a um terço do que a Previdência Social custou no ano passado. Mudanças feitas pelo Congresso na proposta original de reforma do governo poderiam reduzir essa economia a 1,9% do PIB, de acordo com um dos cenários projetados pelos economistas do banco. Nesse cenário, a regra de transição para quem está perto da aposentadoria seria mais generosa do que a proposta pelo governo, permitindo que homens com 45 anos de idade ou mais (e não 50) e mulheres com 35 anos ou mais (e não 45) se aposentassem conforme as regras atuais se trabalhassem 25% mais tempo (e não 50%, como estabelece o projeto do governo). Essas mudanças reduziriam os ganhos esperados com as medidas que formam o coração do projeto do governo, e também a economia prevista com o fim dos regimes especiais que hoje beneficiam trabalhadores rurais, professores e outras atividades. No ano passado, a Previdência teve um deficit equivalente a 2,4% do PIB. Seus benefícios representaram 41% de todas as despesas do governo federal, sem contar os gastos com juros e amortizações da dívida pública.
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Custo de mudanças na reforma da Previdência seria alto, estima ItaúAs mudanças que o Congresso fizer na proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo poderão diminuir de forma significativa o impacto da reforma no equilíbrio das contas do governo federal, de acordo com cálculos feitos pelos economistas do Itaú Unibanco. Segundo eles, a reforma permite alcançar uma economia equivalente a 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, ano em que poderá ser revisto o teto estabelecido no ano passado para conter o crescimento dos gastos federais. Seria o equivalente a um terço do que a Previdência Social custou no ano passado. Mudanças feitas pelo Congresso na proposta original de reforma do governo poderiam reduzir essa economia a 1,9% do PIB, de acordo com um dos cenários projetados pelos economistas do banco. Nesse cenário, a regra de transição para quem está perto da aposentadoria seria mais generosa do que a proposta pelo governo, permitindo que homens com 45 anos de idade ou mais (e não 50) e mulheres com 35 anos ou mais (e não 45) se aposentassem conforme as regras atuais se trabalhassem 25% mais tempo (e não 50%, como estabelece o projeto do governo). Essas mudanças reduziriam os ganhos esperados com as medidas que formam o coração do projeto do governo, e também a economia prevista com o fim dos regimes especiais que hoje beneficiam trabalhadores rurais, professores e outras atividades. No ano passado, a Previdência teve um deficit equivalente a 2,4% do PIB. Seus benefícios representaram 41% de todas as despesas do governo federal, sem contar os gastos com juros e amortizações da dívida pública.
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Em terraço de Pinheiros, novo bar terá receita havaiana e drinques com gim
DE SÃO PAULO Abre seu terraço oficialmente, nesta quinta-feira (5), o Copas Terraço Bar. O espaço, no segundo andar do Studio Dama –onde já funciona o café HM, o salão L.A.J.E., a galeria de arte Noprego e a oficina Bendita Macchina–, é um misto de bar e balada. Às quintas, a casa receberá sempre uma banda. Às sextas, um dj. Um sábado por mês, uma festa. O terraço em Pinheiros, com espreguiçadeiras e pufes espalhados por lounges, tem oito sócios, quatro deles também do Z-Bra, bar na galeria Cartel 011, no mesmo bairro. Para comer, o bar terá porções de inspiração havaiana. O poke –receita do arquipélago americano com cubos de peixe condimentado, pode ter arroz e molhos e ser servido quente ou frio– será preparado pelo Mr Poke, que já vende os pratos em espaço dentro do CityLights Hostel, em Pinheiros. A marca tem três versões do prato: a tradicional, com peixe condimentado sobre arroz japonês, salada de pepino, gergelim e alga em tiras, a picante e a tropical, com cubos de manga, farofa de macadâmia e suco de limão e laranja. No Copas, as porções vão custar R$ 40. Para beber, drinques, cervejas e vinhos. "A especialidade do bar é o gim. Teremos um kit com garrafa, águas tônicas e especiarias para as pessoas prepararem os drinques elas mesmas", conta Tomás Forbes, um dos sócios. O preço do kit é R$ 280 –para levar os utensílios paga-se R$ 330. Há também, por exemplo, o drinque gim d´Copas, com gim, Campari e infusão de chá, e um negroni da casa, que leva espumante, vermute e Campari (ambos R$ 30). O bar, que funciona apenas três vezes por semana, pode estender futuramente sua programação para terças e quartas.
saopaulo
Em terraço de Pinheiros, novo bar terá receita havaiana e drinques com gimDE SÃO PAULO Abre seu terraço oficialmente, nesta quinta-feira (5), o Copas Terraço Bar. O espaço, no segundo andar do Studio Dama –onde já funciona o café HM, o salão L.A.J.E., a galeria de arte Noprego e a oficina Bendita Macchina–, é um misto de bar e balada. Às quintas, a casa receberá sempre uma banda. Às sextas, um dj. Um sábado por mês, uma festa. O terraço em Pinheiros, com espreguiçadeiras e pufes espalhados por lounges, tem oito sócios, quatro deles também do Z-Bra, bar na galeria Cartel 011, no mesmo bairro. Para comer, o bar terá porções de inspiração havaiana. O poke –receita do arquipélago americano com cubos de peixe condimentado, pode ter arroz e molhos e ser servido quente ou frio– será preparado pelo Mr Poke, que já vende os pratos em espaço dentro do CityLights Hostel, em Pinheiros. A marca tem três versões do prato: a tradicional, com peixe condimentado sobre arroz japonês, salada de pepino, gergelim e alga em tiras, a picante e a tropical, com cubos de manga, farofa de macadâmia e suco de limão e laranja. No Copas, as porções vão custar R$ 40. Para beber, drinques, cervejas e vinhos. "A especialidade do bar é o gim. Teremos um kit com garrafa, águas tônicas e especiarias para as pessoas prepararem os drinques elas mesmas", conta Tomás Forbes, um dos sócios. O preço do kit é R$ 280 –para levar os utensílios paga-se R$ 330. Há também, por exemplo, o drinque gim d´Copas, com gim, Campari e infusão de chá, e um negroni da casa, que leva espumante, vermute e Campari (ambos R$ 30). O bar, que funciona apenas três vezes por semana, pode estender futuramente sua programação para terças e quartas.
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Presidente eleito argentino diz que ação judicial contra ele não se sustenta
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, tomará posse no próximo dia 10 enquanto ainda responde a um processo na Justiça. Macri é acusado de ter armado uma estrutura no governo da cidade de Buenos Aires, da qual é prefeito desde 2007, para escutar ilegalmente conversas de adversários políticos e familiares. Aberto em 2009, o processo envolve outros funcionários de sua gestão, que irão agora a julgamento. Desde 2012, Macri está processado sob acusação de espionar ao cunhado, o empresário Néstor Leonardo, e o dirigente opositor Sergio Burstein. A suposta operação envolveria também o então chefe da polícia metropolitana, Jorge Palacios, e Ciro James, funcionário do ministério de Educação da cidade. Na última quinta (3), porém, o promotor responsável pelo caso, Jorge Di Lello, que antes havia impulsado a investigação e pedido o indiciamento do presidente eleito, mudou subitamente de ideia. A menos de uma semana da posse, Di Lello declarou que "novas provas" surgidas recentemente o levavam a pedir a absolvição de Macri, mas não a dos outros envolvidos. Palacios e James irão a julgamento. O promotor declarou que era "materialmente impossível" que Macri, como chefe de governo, soubesse de tudo o que se passava em diferentes áreas da gestão. "Essa é uma causa velha que não se sustenta. A decisão do promotor fará com que o juiz a encerre", respondeu Macri à pergunta da Folha sobre o tema, nesta sexta (4). A decisão final sobre o caso caberá agora ao juiz Sebastián Casanello, que também é responsável por processos de corrupção envolvendo o kirchnerismo, como o das acusações ao empresário Lázaro Baez. Após o posicionamento do promotor, Casanello espera agora as colocações das duas partes envolvidas e deve se pronunciar em seguida.
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Presidente eleito argentino diz que ação judicial contra ele não se sustentaO presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, tomará posse no próximo dia 10 enquanto ainda responde a um processo na Justiça. Macri é acusado de ter armado uma estrutura no governo da cidade de Buenos Aires, da qual é prefeito desde 2007, para escutar ilegalmente conversas de adversários políticos e familiares. Aberto em 2009, o processo envolve outros funcionários de sua gestão, que irão agora a julgamento. Desde 2012, Macri está processado sob acusação de espionar ao cunhado, o empresário Néstor Leonardo, e o dirigente opositor Sergio Burstein. A suposta operação envolveria também o então chefe da polícia metropolitana, Jorge Palacios, e Ciro James, funcionário do ministério de Educação da cidade. Na última quinta (3), porém, o promotor responsável pelo caso, Jorge Di Lello, que antes havia impulsado a investigação e pedido o indiciamento do presidente eleito, mudou subitamente de ideia. A menos de uma semana da posse, Di Lello declarou que "novas provas" surgidas recentemente o levavam a pedir a absolvição de Macri, mas não a dos outros envolvidos. Palacios e James irão a julgamento. O promotor declarou que era "materialmente impossível" que Macri, como chefe de governo, soubesse de tudo o que se passava em diferentes áreas da gestão. "Essa é uma causa velha que não se sustenta. A decisão do promotor fará com que o juiz a encerre", respondeu Macri à pergunta da Folha sobre o tema, nesta sexta (4). A decisão final sobre o caso caberá agora ao juiz Sebastián Casanello, que também é responsável por processos de corrupção envolvendo o kirchnerismo, como o das acusações ao empresário Lázaro Baez. Após o posicionamento do promotor, Casanello espera agora as colocações das duas partes envolvidas e deve se pronunciar em seguida.
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Veja como preparar a panelinha de cogumelos do restaurante Marakuthai
DE SÃO PAULO Comandada pela jovem chef Renata Vanzetto, a filial do restaurante Marakuthai na loja TOG segue a linha da cozinha tailandesa da casa-mãe, mas traz também receitas mais leves como saladas e sanduíches. Confira a seguir a receita da panelinha de cogumelos servida no estabelecimento. RENDIMENTO: 6 porções INGREDIENTES MODO DE PREPARO Informe-se sobre o local
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Veja como preparar a panelinha de cogumelos do restaurante MarakuthaiDE SÃO PAULO Comandada pela jovem chef Renata Vanzetto, a filial do restaurante Marakuthai na loja TOG segue a linha da cozinha tailandesa da casa-mãe, mas traz também receitas mais leves como saladas e sanduíches. Confira a seguir a receita da panelinha de cogumelos servida no estabelecimento. RENDIMENTO: 6 porções INGREDIENTES MODO DE PREPARO Informe-se sobre o local
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Na frente do nariz
É difícil dizer certas coisas. Como lembrava o imortal (e esquerdista) George Orwell, ver a realidade que temos na frente do nariz talvez seja o exercício mais complexo de todos. Mas devemos tentar. E eu tento: regularmente, nas colunas desta Folha, critico o radicalismo islamita por seu ódio ao "estilo de vida" ocidental. Um ódio que não começou no 11 de Setembro nem com o saudoso Osama Bin Laden. A história é mais antiga e remonta a finais do século 19, inícios do século 20. Como escreveu o historiador Bernard Lewis, a questão para os muçulmanos passava por saber como explicar o atraso material das suas sociedades quando comparadas com a prosperidade do Ocidente. E a resposta, na maioria dos casos, não passou por uma análise à fraqueza institucional dessas sociedades e ao papel excessivo da religião nas esferas pública e privada. Como normalmente acontece quando existem complexos de inferioridade, a culpa não era dos próprios. O problema estava nos outros: nos ocidentais que venderam a alma pelo materialismo rasteiro da modernidade. Agora que penso no assunto, essa também foi a atitude da primeira geração romântica perante o iluminismo continental e, claro, os exércitos napoleônicos. Paris podia representar o "progresso"; mas o verdadeiro progresso que interessava à "intelligentsia" das províncias germânicas era a defesa da "vida interior" e de uma "autenticidade" da existência que passava pela valorização da língua, da cultura, da nação –e, a prazo, do sangue e da raça. Ler Isaiah Berlin é instrutivo sobre a matéria. Mas divago. Ou não. Porque a resposta da "intelligentsia" islamita ao atraso passou também por uma exaltação da pureza corânica como barreira necessária contra a contaminação ocidental. Uma atitude sem retorno, que se aprofundou violentamente com a desagregação do Império Otomano (depois da Primeira Guerra) e com a dominação "de facto" das potências europeias nas terras do Profeta. Nos textos de Mawdudi, Hassan al-Banna ou Sayyid Qutb, encontramos sempre essa repulsa ao Ocidente pela revalorização radical da mensagem sagrada. O caso de Sayyid Qutb, aliás, é exemplar: ele, o principal teórico do islamismo sunita, visitou os Estados Unidos na década de 1950. E, nas páginas que escreveu sobre o viagem, legou um retrato sinistro sobre a "libertinagem" dos nativos. Por "libertinagem", entenda-se: mulheres com maquiagem, usando minissaia e dançando com o sexo oposto. Qutb testemunhara o inferno e o inferno que ele viu perdurou. Regularmente, repito, escrevo sobre o ódio islamita ao "estilo de vida" ocidental. E recebo como resposta, para além de insultos rasteiros, o clássico carimbo da "islamofobia". O terrorismo, quando existe, é sempre culpa dos Estados Unidos, de Israel, da França, do Mickey Mouse e do Pato Donald. Ou então, em ligeira variação da cegueira, a culpa é das armas que se vendem sem controle, como afirmou Barack Obama depois do massacre da Flórida –o maior ataque terrorista em solo americano desde o 11 de Setembro. Azar, senhor presidente: os fatos começam a surgir na frente do nosso nariz. Temos um cidadão americano, de origem afegã, que jurou lealdade ao Estado Islâmico. E que escolheu como alvo uma boate gay onde abateu 50 pessoas e feriu 53 (no momento em que escrevo). Como é evidente, ataques "homofóbicos" acontecem em qualquer lugar (e blablablá). Mas podemos afirmar, sem correr o risco de "islamofobia", que o tratamento bárbaro que muitos países islâmicos reservam para homossexuais, mulheres adúlteras ou simplesmente "emancipadas" também explica o ódio cultural (e religioso) de Omar Mateen? Eu sei que, em matéria de "homofobia", ninguém bate a intolerância da Igreja Católica. Mas será possível sugerir que chicotadas, prisão efetiva ou até enforcamento de homossexuais também deveria merecer mais atenção das brigadas politicamente corretas, que só entram em fúria quando o Papa não abençoa o casamento gay? Eis a moral da história: quando escrevo sobre o ódio do radicalismo islamita ao "estilo de vida" ocidental, tudo que defendo é esse estilo de vida. Você sabe: o direito a cada um viver como entende, com quem entende, em segurança e liberdade, sem nenhuma punição "sagrada". O básico. Porque, se fecharmos os olhos ao básico, perderemos muito mais do que o nosso nariz.
colunas
Na frente do narizÉ difícil dizer certas coisas. Como lembrava o imortal (e esquerdista) George Orwell, ver a realidade que temos na frente do nariz talvez seja o exercício mais complexo de todos. Mas devemos tentar. E eu tento: regularmente, nas colunas desta Folha, critico o radicalismo islamita por seu ódio ao "estilo de vida" ocidental. Um ódio que não começou no 11 de Setembro nem com o saudoso Osama Bin Laden. A história é mais antiga e remonta a finais do século 19, inícios do século 20. Como escreveu o historiador Bernard Lewis, a questão para os muçulmanos passava por saber como explicar o atraso material das suas sociedades quando comparadas com a prosperidade do Ocidente. E a resposta, na maioria dos casos, não passou por uma análise à fraqueza institucional dessas sociedades e ao papel excessivo da religião nas esferas pública e privada. Como normalmente acontece quando existem complexos de inferioridade, a culpa não era dos próprios. O problema estava nos outros: nos ocidentais que venderam a alma pelo materialismo rasteiro da modernidade. Agora que penso no assunto, essa também foi a atitude da primeira geração romântica perante o iluminismo continental e, claro, os exércitos napoleônicos. Paris podia representar o "progresso"; mas o verdadeiro progresso que interessava à "intelligentsia" das províncias germânicas era a defesa da "vida interior" e de uma "autenticidade" da existência que passava pela valorização da língua, da cultura, da nação –e, a prazo, do sangue e da raça. Ler Isaiah Berlin é instrutivo sobre a matéria. Mas divago. Ou não. Porque a resposta da "intelligentsia" islamita ao atraso passou também por uma exaltação da pureza corânica como barreira necessária contra a contaminação ocidental. Uma atitude sem retorno, que se aprofundou violentamente com a desagregação do Império Otomano (depois da Primeira Guerra) e com a dominação "de facto" das potências europeias nas terras do Profeta. Nos textos de Mawdudi, Hassan al-Banna ou Sayyid Qutb, encontramos sempre essa repulsa ao Ocidente pela revalorização radical da mensagem sagrada. O caso de Sayyid Qutb, aliás, é exemplar: ele, o principal teórico do islamismo sunita, visitou os Estados Unidos na década de 1950. E, nas páginas que escreveu sobre o viagem, legou um retrato sinistro sobre a "libertinagem" dos nativos. Por "libertinagem", entenda-se: mulheres com maquiagem, usando minissaia e dançando com o sexo oposto. Qutb testemunhara o inferno e o inferno que ele viu perdurou. Regularmente, repito, escrevo sobre o ódio islamita ao "estilo de vida" ocidental. E recebo como resposta, para além de insultos rasteiros, o clássico carimbo da "islamofobia". O terrorismo, quando existe, é sempre culpa dos Estados Unidos, de Israel, da França, do Mickey Mouse e do Pato Donald. Ou então, em ligeira variação da cegueira, a culpa é das armas que se vendem sem controle, como afirmou Barack Obama depois do massacre da Flórida –o maior ataque terrorista em solo americano desde o 11 de Setembro. Azar, senhor presidente: os fatos começam a surgir na frente do nosso nariz. Temos um cidadão americano, de origem afegã, que jurou lealdade ao Estado Islâmico. E que escolheu como alvo uma boate gay onde abateu 50 pessoas e feriu 53 (no momento em que escrevo). Como é evidente, ataques "homofóbicos" acontecem em qualquer lugar (e blablablá). Mas podemos afirmar, sem correr o risco de "islamofobia", que o tratamento bárbaro que muitos países islâmicos reservam para homossexuais, mulheres adúlteras ou simplesmente "emancipadas" também explica o ódio cultural (e religioso) de Omar Mateen? Eu sei que, em matéria de "homofobia", ninguém bate a intolerância da Igreja Católica. Mas será possível sugerir que chicotadas, prisão efetiva ou até enforcamento de homossexuais também deveria merecer mais atenção das brigadas politicamente corretas, que só entram em fúria quando o Papa não abençoa o casamento gay? Eis a moral da história: quando escrevo sobre o ódio do radicalismo islamita ao "estilo de vida" ocidental, tudo que defendo é esse estilo de vida. Você sabe: o direito a cada um viver como entende, com quem entende, em segurança e liberdade, sem nenhuma punição "sagrada". O básico. Porque, se fecharmos os olhos ao básico, perderemos muito mais do que o nosso nariz.
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Erva-mate na alimentação do boi faz carne ficar mais macia e durável
A combinação de churrasco com chimarrão, imortalizada pelo cancioneiro popular gaúcho, talvez funcione ainda melhor quando a erva-mate é ingerida pelo próprio boi. É o que indica um projeto de pesquisa conduzido por cientistas brasileiros e dinamarqueses. As vantagens, constatadas em experimentos realizados num plantel de 50 cabeças de gado, abrangem tanto o sabor da carne quanto seu efeito sobre a saúde humana e sobre durabilidade nas prateleiras. Os bovinos que receberam pequenas quantidades de extrato de erva-mate em sua ração tiveram alterações significativas em seu metabolismo, com o aumento da presença de moléculas que são benéficas para quem consome a carne e aumentam seu prazo de validade. Do lado brasileiro, a iniciativa foi coordenada pelo químico Daniel Rodrigues Cardoso, professor da USP de São Carlos. Segundo o pesquisador, o mais provável é que os efeitos positivos do extrato de erva-mate sejam resultado das alterações que o consumo dele promove no sistema digestivo dos bois. O suplemento teria mudado os tipos de micro-organismos que ajudam o gado a digerir os vegetais que comem, o que, por sua vez, modificou o perfil de nutrientes absorvidos pelos bichos e, consequentemente, a qualidade da carne. Considerando os dados preliminares sobre humanos que consomem o mate com regularidade, algum efeito benéfico já era esperado. Há indícios de que a erva-mate ajuda no controle do peso e reduz processos inflamatórios, além de atuar como antioxidante (ou seja, minimizando a quantidade de radicais livres, "sobras" do funcionamento das células que podem danificá-las). Infográfico: BoiMate AOS POUQUINHOS Para verificar se algo semelhante acontecia com os bois, a equipe do projeto misturou o extrato de erva-mate, fornecido pela empresa Centroflora, à ração costumeira dos bichos, em proporções que variavam entre 0,25% e 1,5% do total da refeição bovina. "Os animais aceitavam bem esse complemento e, inclusive, tinham um comportamento bastante calmo, o que nos surpreendeu um pouco por causa da quantidade de cafeína que há no mate", conta o professor da USP de São Carlos. Esse efeito de redução do estresse dos animais também pode explicar, ao menos em parte, a melhora da qualidade da carne. Tal melhora na carne, aliás, foi demonstrada por diversos métodos. "Em um teste cego com cerca de cem pessoas, no qual os voluntários só sabiam que aquilo era carne de nelore, houve uma preferência clara pela carne dos animais que receberam o mate", conta a engenheira de alimentos Renata Tieko Nassu, da Embrapa Pecuária Sudeste, que também participou do estudo. No chamado teste de força de cisalhamento, no qual uma máquina determina a dificuldade de cortar a carne, os bifes dos animais que receberam mate também se mostraram mais macios. Usando métodos de ressonância magnética, os pesquisadores investigaram ainda a composição molecular da carne bovina, verificando a presença aumentada de uma série de compostos ligados a uma melhor qualidade da carne. Um dos mais importantes é o CLA, sigla para ácido linoleico conjugado, molécula que tem sido considerada uma das marcas de uma carne "saudável". O CLA pode ajudar a diminuir o colesterol ruim de quem o consome e tem, além disso, efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes (ou seja, que combatem os radicais livres). Esses mesmos efeitos benéficos à saúde também favorecem o aumento de tempo de prateleira da carne, porque processos oxidativos (ligados aos radicais livres) estão ligados à decomposição da matéria orgânica. ESCALA COMERCIAL O próximo passo dos pesquisadores é tentar replicar os resultados em uma escala comercial. Como os primeiros testes envolveram o uso de um extrato de mate com alto grau de pureza, não seria viável economicamente distribuir o produto para grandes rebanhos. Para isso, é necessário testar os efeitos do uso da folha de mate in natura, ou então das sobras da fabricação do próprio extrato. O projeto, batizado de "Pão e Carne Para o Futuro", teve apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Fundação de Inovação da Dinamarca. No total, o investimento na pesquisa foi de cerca de R$ 3 milhões.
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Erva-mate na alimentação do boi faz carne ficar mais macia e durávelA combinação de churrasco com chimarrão, imortalizada pelo cancioneiro popular gaúcho, talvez funcione ainda melhor quando a erva-mate é ingerida pelo próprio boi. É o que indica um projeto de pesquisa conduzido por cientistas brasileiros e dinamarqueses. As vantagens, constatadas em experimentos realizados num plantel de 50 cabeças de gado, abrangem tanto o sabor da carne quanto seu efeito sobre a saúde humana e sobre durabilidade nas prateleiras. Os bovinos que receberam pequenas quantidades de extrato de erva-mate em sua ração tiveram alterações significativas em seu metabolismo, com o aumento da presença de moléculas que são benéficas para quem consome a carne e aumentam seu prazo de validade. Do lado brasileiro, a iniciativa foi coordenada pelo químico Daniel Rodrigues Cardoso, professor da USP de São Carlos. Segundo o pesquisador, o mais provável é que os efeitos positivos do extrato de erva-mate sejam resultado das alterações que o consumo dele promove no sistema digestivo dos bois. O suplemento teria mudado os tipos de micro-organismos que ajudam o gado a digerir os vegetais que comem, o que, por sua vez, modificou o perfil de nutrientes absorvidos pelos bichos e, consequentemente, a qualidade da carne. Considerando os dados preliminares sobre humanos que consomem o mate com regularidade, algum efeito benéfico já era esperado. Há indícios de que a erva-mate ajuda no controle do peso e reduz processos inflamatórios, além de atuar como antioxidante (ou seja, minimizando a quantidade de radicais livres, "sobras" do funcionamento das células que podem danificá-las). Infográfico: BoiMate AOS POUQUINHOS Para verificar se algo semelhante acontecia com os bois, a equipe do projeto misturou o extrato de erva-mate, fornecido pela empresa Centroflora, à ração costumeira dos bichos, em proporções que variavam entre 0,25% e 1,5% do total da refeição bovina. "Os animais aceitavam bem esse complemento e, inclusive, tinham um comportamento bastante calmo, o que nos surpreendeu um pouco por causa da quantidade de cafeína que há no mate", conta o professor da USP de São Carlos. Esse efeito de redução do estresse dos animais também pode explicar, ao menos em parte, a melhora da qualidade da carne. Tal melhora na carne, aliás, foi demonstrada por diversos métodos. "Em um teste cego com cerca de cem pessoas, no qual os voluntários só sabiam que aquilo era carne de nelore, houve uma preferência clara pela carne dos animais que receberam o mate", conta a engenheira de alimentos Renata Tieko Nassu, da Embrapa Pecuária Sudeste, que também participou do estudo. No chamado teste de força de cisalhamento, no qual uma máquina determina a dificuldade de cortar a carne, os bifes dos animais que receberam mate também se mostraram mais macios. Usando métodos de ressonância magnética, os pesquisadores investigaram ainda a composição molecular da carne bovina, verificando a presença aumentada de uma série de compostos ligados a uma melhor qualidade da carne. Um dos mais importantes é o CLA, sigla para ácido linoleico conjugado, molécula que tem sido considerada uma das marcas de uma carne "saudável". O CLA pode ajudar a diminuir o colesterol ruim de quem o consome e tem, além disso, efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes (ou seja, que combatem os radicais livres). Esses mesmos efeitos benéficos à saúde também favorecem o aumento de tempo de prateleira da carne, porque processos oxidativos (ligados aos radicais livres) estão ligados à decomposição da matéria orgânica. ESCALA COMERCIAL O próximo passo dos pesquisadores é tentar replicar os resultados em uma escala comercial. Como os primeiros testes envolveram o uso de um extrato de mate com alto grau de pureza, não seria viável economicamente distribuir o produto para grandes rebanhos. Para isso, é necessário testar os efeitos do uso da folha de mate in natura, ou então das sobras da fabricação do próprio extrato. O projeto, batizado de "Pão e Carne Para o Futuro", teve apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Fundação de Inovação da Dinamarca. No total, o investimento na pesquisa foi de cerca de R$ 3 milhões.
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Uma sova de criar bicho
FÁCIL, EXTREMAMENTE fácil a vitória do Corinthians sobre o despersonalizado Flamengo diante de 30 mil torcedores no Maracanã. Sem Paolo Guerrero e sem Emerson Sheik o Flamengo é pouco mais que uma piada sem graça. O 3 a 0 deveria ter sido 4 a 1, não fossem a ruindade de Vágner Love e a de um dos bandeirinhas: o centroavante, que já havia perdido o primeiro gol alvinegro, feito por Elias no rebote, desperdiçou também o quarto, dado por Rildo; e Jonas marcou em situação legal para o Flamengo, mas foi assinalado um impedimento quando dois adversários lhe davam condição de jogo. O prejudicado foi o Grêmio, que estaria no terceiro lugar do Corinthians pelo critério de gols marcados, pois ambos empatariam em pontos e no saldo. Nada que mude o preço do dólar depois de uma rodada em que Galo e Fluminense obtiveram resultados de quem quer o título – fora de casa, contra os difíceis Ponte Preta e Furacão, 2 a 0 sem maiores dificuldades e 2 a 1, graças a Fred, nos acréscimos. Mas nestes tempos de consumo fácil, de avaliações apressadas, uma vitória, ou uma série delas, a tudo transforma. Atacante que faz gol, então, vira craque e, se marca dois, passa a ser gênio, como Alexandre Pato na festiva manhã do Morumbi, com 60 mil torcedores. A categórica vitória corintiana não fez do jogo o "clássico dos gigantes da América", como querem as áreas de marketing do dois mais populares times do continente. Ao contrário, quando o primeiro tempo terminou no Rio, com o segundo gol alvinegro, marcado por Uendel, a sensação que se tinha era de um jogo de anões e nada além disso. O segundo tempo foi melhor, é verdade, mas nada de excepcional e se Jadson completou o placar aproveitando belo passe de Elias é de se lamentar que, suspenso, ele não possa estar em campo contra o Galo, no próximo sábado, em Itaquera. A surra aplicada pelos alvinegros paulistas nos rubro-negros cariocas não foi por acaso, porque a diferença técnica entre os dois setores de meio campo justifica a goleada, agravada pela ausência dos dois ex-atacantes corintianos, Guerrero e Sheik. Mas os três volantes do Flamengo, se garantiram maior volume aos anfitriões, não deram para o começo em criatividade quando confrontados com os ex-rubro-negros Renato Augusto e Elias, além de Jadson, outro ex-rubro-negro, mas paranaense. O Brasileirão vai valendo pelo extremo equilíbrio e quase só por isso, porque o futebol apresentado consegue ser do nível da seleção brasileira,exceção feita ao Galo e ao Sport. Sim, ao Sport, como o Palmeiras pôde sentir na pele no ótimo 2 a 2 que trouxe da Arena Pernambuco. AO MPF O Ministério Público Federal talvez tenha uma surpresa se visitar o apartamento de José Maria Marin, em São Paulo, para conferir a procedência dos quadros que ocupam suas paredes. A visita, ao menos, serviria para acabar com rumores e maledicências.
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Uma sova de criar bichoFÁCIL, EXTREMAMENTE fácil a vitória do Corinthians sobre o despersonalizado Flamengo diante de 30 mil torcedores no Maracanã. Sem Paolo Guerrero e sem Emerson Sheik o Flamengo é pouco mais que uma piada sem graça. O 3 a 0 deveria ter sido 4 a 1, não fossem a ruindade de Vágner Love e a de um dos bandeirinhas: o centroavante, que já havia perdido o primeiro gol alvinegro, feito por Elias no rebote, desperdiçou também o quarto, dado por Rildo; e Jonas marcou em situação legal para o Flamengo, mas foi assinalado um impedimento quando dois adversários lhe davam condição de jogo. O prejudicado foi o Grêmio, que estaria no terceiro lugar do Corinthians pelo critério de gols marcados, pois ambos empatariam em pontos e no saldo. Nada que mude o preço do dólar depois de uma rodada em que Galo e Fluminense obtiveram resultados de quem quer o título – fora de casa, contra os difíceis Ponte Preta e Furacão, 2 a 0 sem maiores dificuldades e 2 a 1, graças a Fred, nos acréscimos. Mas nestes tempos de consumo fácil, de avaliações apressadas, uma vitória, ou uma série delas, a tudo transforma. Atacante que faz gol, então, vira craque e, se marca dois, passa a ser gênio, como Alexandre Pato na festiva manhã do Morumbi, com 60 mil torcedores. A categórica vitória corintiana não fez do jogo o "clássico dos gigantes da América", como querem as áreas de marketing do dois mais populares times do continente. Ao contrário, quando o primeiro tempo terminou no Rio, com o segundo gol alvinegro, marcado por Uendel, a sensação que se tinha era de um jogo de anões e nada além disso. O segundo tempo foi melhor, é verdade, mas nada de excepcional e se Jadson completou o placar aproveitando belo passe de Elias é de se lamentar que, suspenso, ele não possa estar em campo contra o Galo, no próximo sábado, em Itaquera. A surra aplicada pelos alvinegros paulistas nos rubro-negros cariocas não foi por acaso, porque a diferença técnica entre os dois setores de meio campo justifica a goleada, agravada pela ausência dos dois ex-atacantes corintianos, Guerrero e Sheik. Mas os três volantes do Flamengo, se garantiram maior volume aos anfitriões, não deram para o começo em criatividade quando confrontados com os ex-rubro-negros Renato Augusto e Elias, além de Jadson, outro ex-rubro-negro, mas paranaense. O Brasileirão vai valendo pelo extremo equilíbrio e quase só por isso, porque o futebol apresentado consegue ser do nível da seleção brasileira,exceção feita ao Galo e ao Sport. Sim, ao Sport, como o Palmeiras pôde sentir na pele no ótimo 2 a 2 que trouxe da Arena Pernambuco. AO MPF O Ministério Público Federal talvez tenha uma surpresa se visitar o apartamento de José Maria Marin, em São Paulo, para conferir a procedência dos quadros que ocupam suas paredes. A visita, ao menos, serviria para acabar com rumores e maledicências.
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Saiba como usar o CPF eletrônico e a declaração pré-preenchida do IR
Para ter acesso à declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, o contribuinte precisa apresentar uma certificação digital conhecida como CPF eletrônico ou e-CPF. O documento pode ser feito por qualquer pessoa física e funciona como uma assinatura digital criptografada que atesta a identidade da pessoa em meios eletrônicos. A declaração pré-preenchida recupera dados da declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), da Declaração de Serviços Médicos (DMED) e da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB), facilitando o preenchimento do formulário do IR. O arquivo da declaração pré-preenchida está disponível para download no Portal e-CAC a contribuintes que possuam certificação digital ou a representantes com procuração eletrônica ou procuração RFB. Depois de importar o arquivo da declaração pré-preenchida no Programa IRPF 2015, o contribuinte pode fazer qualquer tipo de declaração, optando pela tributação por deduções legais (modelo completo) ou pelo desconto simplificado (modelo simplificado). Quem optar pela declaração pré-preenchida não poderá utilizar o rascunho, outra novidade do sistema para este ano, nem importar os dados da declaração do ano passado. Criado em 2002, O CPF eletrônico tem validade de até três anos e pode ser emitido através de empresas credenciadas pela Receita, que cobram taxas entre R$ 140 e R$ 350, a depender do prazo de validade do documento e da forma como ele é armazenado (se por cartão inteligente ou token). Para emitir o documento é preciso levar carteira de identidade, CPF, pis, comprovante de residência e título de eleitor até uma das empresas credenciadas. Há uma série de serviços que podem ser feitos por meio de código de acesso gerado na hora, sem certificado digital, mas alguns serviços como alterar dados do CPF e consultar informações de rendimentos apresentadas por fontes pagadoras no IR retido na fonte só podem ser feitos com o CPF eletrônico (saiba quais são os serviços on-line da Receita e o tipo de certificação exigido por cada um deles).
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Saiba como usar o CPF eletrônico e a declaração pré-preenchida do IRPara ter acesso à declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, o contribuinte precisa apresentar uma certificação digital conhecida como CPF eletrônico ou e-CPF. O documento pode ser feito por qualquer pessoa física e funciona como uma assinatura digital criptografada que atesta a identidade da pessoa em meios eletrônicos. A declaração pré-preenchida recupera dados da declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), da Declaração de Serviços Médicos (DMED) e da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB), facilitando o preenchimento do formulário do IR. O arquivo da declaração pré-preenchida está disponível para download no Portal e-CAC a contribuintes que possuam certificação digital ou a representantes com procuração eletrônica ou procuração RFB. Depois de importar o arquivo da declaração pré-preenchida no Programa IRPF 2015, o contribuinte pode fazer qualquer tipo de declaração, optando pela tributação por deduções legais (modelo completo) ou pelo desconto simplificado (modelo simplificado). Quem optar pela declaração pré-preenchida não poderá utilizar o rascunho, outra novidade do sistema para este ano, nem importar os dados da declaração do ano passado. Criado em 2002, O CPF eletrônico tem validade de até três anos e pode ser emitido através de empresas credenciadas pela Receita, que cobram taxas entre R$ 140 e R$ 350, a depender do prazo de validade do documento e da forma como ele é armazenado (se por cartão inteligente ou token). Para emitir o documento é preciso levar carteira de identidade, CPF, pis, comprovante de residência e título de eleitor até uma das empresas credenciadas. Há uma série de serviços que podem ser feitos por meio de código de acesso gerado na hora, sem certificado digital, mas alguns serviços como alterar dados do CPF e consultar informações de rendimentos apresentadas por fontes pagadoras no IR retido na fonte só podem ser feitos com o CPF eletrônico (saiba quais são os serviços on-line da Receita e o tipo de certificação exigido por cada um deles).
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Linha 12-safira da CPTM não opera neste domingo; veja outras alterações
Algumas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) terão sua circulação alterada neste fim de semana em razão de obras realizadas pela empresa. No sábado (4), das 23h até o encerramento das operações, a linha 9-esmeralda terá intervalos médios de 20 minutos devido a intervenções entre as estações Presidente Altino e Ceasa. A maior parte das mudanças, porém, ocorre no domingo (5). Neste dia, a circulação de trens na linha 12-safira ficará interrompida das 4h à meia-noite –em função de serviços no sistema de rede aérea e nos equipamentos de via. De acordo com a companhia, haverá ônibus de conexão percorrendo os trechos Tatuapé-Itaim Paulista (com paradas intermediárias nas estações USP Leste e São Miguel Paulista), Itaim Paulista-Poá (com passagens pelos pontos Itaquaquecetuba e Aracaré) e Brás-Tatuapé (no qual deverão ser usados os trens do Expresso Leste na linha 11-coral). Senhas devem ser retiradas no local. Na linha 7-rubi, o trecho entre as estações Pirituba e Caieiras também ficará inativo das 4h à meia-noite. Os trabalhos de manutenção devem aumentar o intervalo entre composições na linha 8-diamante (24 minutos entre Júlio Prestes e Itapevi, das 9h às 19h; nos demais horários, o intervalo será de 13 minutos) e 11-coral (15 minutos entre a Luz e Guaianases; 22 minutos entre Guaianases e Estudantes).
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Linha 12-safira da CPTM não opera neste domingo; veja outras alteraçõesAlgumas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) terão sua circulação alterada neste fim de semana em razão de obras realizadas pela empresa. No sábado (4), das 23h até o encerramento das operações, a linha 9-esmeralda terá intervalos médios de 20 minutos devido a intervenções entre as estações Presidente Altino e Ceasa. A maior parte das mudanças, porém, ocorre no domingo (5). Neste dia, a circulação de trens na linha 12-safira ficará interrompida das 4h à meia-noite –em função de serviços no sistema de rede aérea e nos equipamentos de via. De acordo com a companhia, haverá ônibus de conexão percorrendo os trechos Tatuapé-Itaim Paulista (com paradas intermediárias nas estações USP Leste e São Miguel Paulista), Itaim Paulista-Poá (com passagens pelos pontos Itaquaquecetuba e Aracaré) e Brás-Tatuapé (no qual deverão ser usados os trens do Expresso Leste na linha 11-coral). Senhas devem ser retiradas no local. Na linha 7-rubi, o trecho entre as estações Pirituba e Caieiras também ficará inativo das 4h à meia-noite. Os trabalhos de manutenção devem aumentar o intervalo entre composições na linha 8-diamante (24 minutos entre Júlio Prestes e Itapevi, das 9h às 19h; nos demais horários, o intervalo será de 13 minutos) e 11-coral (15 minutos entre a Luz e Guaianases; 22 minutos entre Guaianases e Estudantes).
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Falha faz iTunes e App Store ficarem fora do ar
Alguns dos serviços da Apple como App Store, iTunes Store, Mac App Store e iBooks Store ficaram fora do ar por quase 12 horas nesta quarta-feira (11). A empresa atribuiu essa falha a um erro interno no DNS (domain name system, em inglês), sistema que gerencia os nomes de domínios na rede. Muitos clientes criticaram essa falha no Twitter, usando a hashtag #itunesdown e #appstoresdown, e expressaram sua frustração desde que o problema foi percebido, um pouco antes das 6h (horário de Brasília). "Estamos trabalhando para fazer com que todos os serviços fiquem disponíveis o quanto antes e agradecemos a paciência de todos", disse Tom Neumayr, porta-voz da empresa. A App Store e o iTunes são uma fonte importante de receita para a empresa de Cupertino, na Califórnia, que lucra com o downloads de aplicativos e o conteúdo pago, como a venda de músicas e vídeos. A receita dos serviços, que engloba desde o iTunes e a App Store até o licenciamento, totalizou quase US$ 4,8 bilhões no último trimestre de 2014, ou mais de 6% das vendas totais. Nesta quarta-feira, as ações da empresa caíram 1,8%, para U$$ 122,24 (R$ 380,85 na cotação atual). Um problema parecido com esse aconteceu no começo de setembro do ano passado, de acordo com o site appleinsider.com. A Apple disse que os serviços iCloud Mail e iCloud Account & Sign também foram afetados até mais ou menos às 10h. (http://apple.co/YIMuUp ).
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Falha faz iTunes e App Store ficarem fora do arAlguns dos serviços da Apple como App Store, iTunes Store, Mac App Store e iBooks Store ficaram fora do ar por quase 12 horas nesta quarta-feira (11). A empresa atribuiu essa falha a um erro interno no DNS (domain name system, em inglês), sistema que gerencia os nomes de domínios na rede. Muitos clientes criticaram essa falha no Twitter, usando a hashtag #itunesdown e #appstoresdown, e expressaram sua frustração desde que o problema foi percebido, um pouco antes das 6h (horário de Brasília). "Estamos trabalhando para fazer com que todos os serviços fiquem disponíveis o quanto antes e agradecemos a paciência de todos", disse Tom Neumayr, porta-voz da empresa. A App Store e o iTunes são uma fonte importante de receita para a empresa de Cupertino, na Califórnia, que lucra com o downloads de aplicativos e o conteúdo pago, como a venda de músicas e vídeos. A receita dos serviços, que engloba desde o iTunes e a App Store até o licenciamento, totalizou quase US$ 4,8 bilhões no último trimestre de 2014, ou mais de 6% das vendas totais. Nesta quarta-feira, as ações da empresa caíram 1,8%, para U$$ 122,24 (R$ 380,85 na cotação atual). Um problema parecido com esse aconteceu no começo de setembro do ano passado, de acordo com o site appleinsider.com. A Apple disse que os serviços iCloud Mail e iCloud Account & Sign também foram afetados até mais ou menos às 10h. (http://apple.co/YIMuUp ).
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Motorista enfrenta congestionamento na volta à capital paulista
O motorista que volta do litoral de São Paulo na tarde deste domingo (11) enfrenta pontos de congestionamento nas rodovias paulistas no sentido capital. Na Imigrantes há congestionamento no sentido São Paulo, do km 52 ao km 46 e do km 70 ao km 58. Na rodovia Padre Manuel da Nóbrega o tráfego está congestionado no sentido São Paulo, do km 292 ao km 280 e do km 270 ao km 274. No trecho Praia Grande, o trânsito é intenso entre os km 292 a 295. Na rodovia Rio-Santos no km 147, próximo a São Sebastião, há lentidão nos dois sentidos. Devido a erosão na pista, o tráfego está liberado somente para veículos leves. No trecho entre Ubatuba e São Sebastião há pontos de lentidão em toda sua extensão. Já quem vai à Baixada Santista enfrenta tráfego lento na Anchieta do km 24 ao km 29. INTERIOR Na chegada a São Paulo pela rodovia Fernão Dias, o tráfego é lento do km 57 ao km 59, devido ao excesso de veículos. Na Régis Bittencourt há lentidão na pista sentido São Paulo do km 358 ao km 352,5, na região de Miracatu (SP), e do km 51 ao km 44, na região de Campina Grande do Sul (PR), devido ao tráfego intenso. Na pista sentido Curitiba há lentidão do km 337,5 ao km 339,5, na região de Juquitiba (SP), devido a um tombamento de carreta no km 339,5, o que restringe o tráfego na faixa da esquerda.
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Motorista enfrenta congestionamento na volta à capital paulistaO motorista que volta do litoral de São Paulo na tarde deste domingo (11) enfrenta pontos de congestionamento nas rodovias paulistas no sentido capital. Na Imigrantes há congestionamento no sentido São Paulo, do km 52 ao km 46 e do km 70 ao km 58. Na rodovia Padre Manuel da Nóbrega o tráfego está congestionado no sentido São Paulo, do km 292 ao km 280 e do km 270 ao km 274. No trecho Praia Grande, o trânsito é intenso entre os km 292 a 295. Na rodovia Rio-Santos no km 147, próximo a São Sebastião, há lentidão nos dois sentidos. Devido a erosão na pista, o tráfego está liberado somente para veículos leves. No trecho entre Ubatuba e São Sebastião há pontos de lentidão em toda sua extensão. Já quem vai à Baixada Santista enfrenta tráfego lento na Anchieta do km 24 ao km 29. INTERIOR Na chegada a São Paulo pela rodovia Fernão Dias, o tráfego é lento do km 57 ao km 59, devido ao excesso de veículos. Na Régis Bittencourt há lentidão na pista sentido São Paulo do km 358 ao km 352,5, na região de Miracatu (SP), e do km 51 ao km 44, na região de Campina Grande do Sul (PR), devido ao tráfego intenso. Na pista sentido Curitiba há lentidão do km 337,5 ao km 339,5, na região de Juquitiba (SP), devido a um tombamento de carreta no km 339,5, o que restringe o tráfego na faixa da esquerda.
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Ceni admite atuação ruim do São Paulo e aceita críticas da torcida
Autor do único gol da vitória por 1 a 0 do São Paulo sobre o São Bento, nesta quinta-feira, o goleiro e capitão Rogério Ceni admitiu que o time teve uma atuação ruim e aceitou as críticas feitas pelos torcedores que foram ao Morumbi. "Temos que reconhecer que não fizemos um grande jogo. O torcedor quer ver gols, uma atuação melhor, é apaixonado. Temos que saber compreender [esse comportamento], porque não estamos fazendo por merecer aplausos nesse momento", disse. A torcida são-paulina passou boa parte da partida, válida pela nona rodada do Paulista, protestando contra o time. Foram ouvidos gritos de "raça", além de irônicos "olé" e "é campeão" e ofensas pessoais ao volante Souza e ao vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro. Veja vídeo A reação, entre outros motivos, está ligada às duas derrotas já sofridas pelo time para o seu arquirrival Corinthians neste ano –uma pela Libertadores e a outra no último domingo, pelo Estadual. O meia Michel Bastos foi outro que concordou que o São Paulo ficou devendo nesta quinta. De acordo com o camisa 7, o time tem sofrido com a falta de comunicação entre os atletas. "Falta um pouquinho disso (falar com os companheiros). Talvez falte um pouquinho de Muricy em cada jogador. Mas acho que hoje nesse aspecto até que fomos bem", avaliou. Mesmo com as críticas, o São Paulo lidera o Grupo A do Paulista. Neste domingo, enfrenta a Ponte Preta, em Campinas.
esporte
Ceni admite atuação ruim do São Paulo e aceita críticas da torcidaAutor do único gol da vitória por 1 a 0 do São Paulo sobre o São Bento, nesta quinta-feira, o goleiro e capitão Rogério Ceni admitiu que o time teve uma atuação ruim e aceitou as críticas feitas pelos torcedores que foram ao Morumbi. "Temos que reconhecer que não fizemos um grande jogo. O torcedor quer ver gols, uma atuação melhor, é apaixonado. Temos que saber compreender [esse comportamento], porque não estamos fazendo por merecer aplausos nesse momento", disse. A torcida são-paulina passou boa parte da partida, válida pela nona rodada do Paulista, protestando contra o time. Foram ouvidos gritos de "raça", além de irônicos "olé" e "é campeão" e ofensas pessoais ao volante Souza e ao vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro. Veja vídeo A reação, entre outros motivos, está ligada às duas derrotas já sofridas pelo time para o seu arquirrival Corinthians neste ano –uma pela Libertadores e a outra no último domingo, pelo Estadual. O meia Michel Bastos foi outro que concordou que o São Paulo ficou devendo nesta quinta. De acordo com o camisa 7, o time tem sofrido com a falta de comunicação entre os atletas. "Falta um pouquinho disso (falar com os companheiros). Talvez falte um pouquinho de Muricy em cada jogador. Mas acho que hoje nesse aspecto até que fomos bem", avaliou. Mesmo com as críticas, o São Paulo lidera o Grupo A do Paulista. Neste domingo, enfrenta a Ponte Preta, em Campinas.
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Falta de água afeta rotina de colégios de São Paulo
A crise hídrica vem afetando a rotina de escolas particulares da capital paulista. Dispensa de alunos, mudança do horário de tarefas diárias e uso de baldes nos banheiros são alguns dos problemas enfrentados pelos colégios. O Instituto Lorrê, na Mooca (zona leste), teve de cancelar as aulas do turno da tarde nesta quarta (20). Com isso, cerca de cem alunos voltaram para casa sem estudar —a instituição atende cerca de 160 estudantes. De acordo com a direção da escola, o abastecimento foi cortado às 13h30 de terça (19) e restabelecido por volta das 16h de quarta. Segundo a direção, a água é cortada todos os dias às 15h. A escola possui duas caixas-d'água de 500 litros. "A blusa tem que ser a mesma todos os dias, porque não dá para lavar", disse a autônoma Maroa Schaaf, 35, mãe de uma aluna de três anos. No colégio Porto União, no Butantã (zona oeste), o abastecimento é cortado das 8h às 10h e após às 17h, segundo funcionários. É preciso usar baldes para dar a descarga nos banheiros. Os alunos não usam mais esses banheiros. A escola Vital Brazil, no mesmo bairro, chamou caminhões-pipa em dois dias. A direção não quis dar detalhes sobre a contratação do serviço. Em média, empresas cobram de R$ 400 a R$ 500 por 10 mil litros de água. A Sabesp informou que o corte no abastecimento do Instituto Lorrê ocorreu devido à manutenção em uma válvula do reservatório da Vila Mariana, que afetou os bairros da Mooca e Vila Alpina. Sobre a falta de água nas escolas do Butantã, a empresa disse que não registrou reclamações referentes a desabastecimento nos endereços citados. A companhia alega que os bairros estão em área afetada pela redução de pressão. Porém, a falta de água relatada vai além dos horários divulgados no site da Sabesp em que ocorre a redução.
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Falta de água afeta rotina de colégios de São PauloA crise hídrica vem afetando a rotina de escolas particulares da capital paulista. Dispensa de alunos, mudança do horário de tarefas diárias e uso de baldes nos banheiros são alguns dos problemas enfrentados pelos colégios. O Instituto Lorrê, na Mooca (zona leste), teve de cancelar as aulas do turno da tarde nesta quarta (20). Com isso, cerca de cem alunos voltaram para casa sem estudar —a instituição atende cerca de 160 estudantes. De acordo com a direção da escola, o abastecimento foi cortado às 13h30 de terça (19) e restabelecido por volta das 16h de quarta. Segundo a direção, a água é cortada todos os dias às 15h. A escola possui duas caixas-d'água de 500 litros. "A blusa tem que ser a mesma todos os dias, porque não dá para lavar", disse a autônoma Maroa Schaaf, 35, mãe de uma aluna de três anos. No colégio Porto União, no Butantã (zona oeste), o abastecimento é cortado das 8h às 10h e após às 17h, segundo funcionários. É preciso usar baldes para dar a descarga nos banheiros. Os alunos não usam mais esses banheiros. A escola Vital Brazil, no mesmo bairro, chamou caminhões-pipa em dois dias. A direção não quis dar detalhes sobre a contratação do serviço. Em média, empresas cobram de R$ 400 a R$ 500 por 10 mil litros de água. A Sabesp informou que o corte no abastecimento do Instituto Lorrê ocorreu devido à manutenção em uma válvula do reservatório da Vila Mariana, que afetou os bairros da Mooca e Vila Alpina. Sobre a falta de água nas escolas do Butantã, a empresa disse que não registrou reclamações referentes a desabastecimento nos endereços citados. A companhia alega que os bairros estão em área afetada pela redução de pressão. Porém, a falta de água relatada vai além dos horários divulgados no site da Sabesp em que ocorre a redução.
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Em jogo violento, Flamengo e Vasco empatam 1ª partida da semifinal
Os mais de 24.000 torcedores que compareceram ao estádio do Maracanã para ver a primeira partida entre Vasco e Flamengo, pelo Estadual do Rio, não viram gols. O jogo apresentou um alto número de cartões amarelos e poucos lances de criatividade em ambas equipes. O Vasco teve a primeira boa chance do jogo, mas a bola parou no zagueiro Wallace, do Flamengo. A resposta flamenguista veio logo. Aos 25 min Marcelo Cirino recebeu passe na pequena área e perdeu a melhor chance da partida. A segunda etapa começou quente. Em 10 min, o árbitro mostrou quatro cartões amarelos, e desde então, a partida ficou truncada, sem chances claras de gol. Assim, o confronto terminou em um empate por 0 a 0. A próxima partida entre as duas equipes acontece no domingo (19) no estádio do Maracanã. Quem avançar pode enfrentar o Fluminense ou o Botafogo, que jogaram neste sábado (11) e o jogo terminou 2 a 1 para o Flu.
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Em jogo violento, Flamengo e Vasco empatam 1ª partida da semifinalOs mais de 24.000 torcedores que compareceram ao estádio do Maracanã para ver a primeira partida entre Vasco e Flamengo, pelo Estadual do Rio, não viram gols. O jogo apresentou um alto número de cartões amarelos e poucos lances de criatividade em ambas equipes. O Vasco teve a primeira boa chance do jogo, mas a bola parou no zagueiro Wallace, do Flamengo. A resposta flamenguista veio logo. Aos 25 min Marcelo Cirino recebeu passe na pequena área e perdeu a melhor chance da partida. A segunda etapa começou quente. Em 10 min, o árbitro mostrou quatro cartões amarelos, e desde então, a partida ficou truncada, sem chances claras de gol. Assim, o confronto terminou em um empate por 0 a 0. A próxima partida entre as duas equipes acontece no domingo (19) no estádio do Maracanã. Quem avançar pode enfrentar o Fluminense ou o Botafogo, que jogaram neste sábado (11) e o jogo terminou 2 a 1 para o Flu.
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Óculos de realidade virtual da Samsung chegam ao Brasil por R$ 800
A Samsung vai colocar, pela primeira vez, um dispositivo de realidade virtual no mercado brasileiro. Com previsão de desembarcar no meio de dezembro a R$ 799, a segunda geração do Gear VR, no entanto, deve enfrentar as dificuldades inerentes aos desbravadores. Mesmo nos Estados Unidos, a realidade virtual ainda briga para se emancipar do círculo dos chamados "early adopters" –consumidores que não esperam que novidades tecnológicas se consolidem para começar a usá-las. O novo aparelho terá a missão de ampliar, no Brasil, um público ainda mais restrito. A consultoria IDC fez uma pesquisa com mil pessoas sobre aparelhos vestíveis, categoria na qual se encaixam os relógios inteligentes, e 80% delas não sabiam do que se tratava. Os aparelhos de realidade virtual, da maneira que chegam ao mercado hoje, são um desenvolvimento ainda mais recente que os smartwatches –e com disponibilidade ainda menor. A versão para consumidores do Rift, primeiro headset a ganhar popularidade, só chega ao mercado em 2016. O dispositivo, ainda em desenvolvimento, nasceu como um protótipo da Oculus VR, empresa comprada pelo Facebook em março de 2014 por US$ 2 bilhões. Sony e a desenvolvedora de jogos Valve também não começaram a vender seus aparelhos. Além disso, o conteúdo produzido para essas plataformas ainda deve demorar a chegar, o que pode afastar os usuários que preferem tecnologias mais consolidadas. Para tentar mitigar o efeito de um paradigma ainda pouco maduro, a Samsung traz para o Brasil o Gear VR com cerca de 150 ofertas de conteúdo, incluindo mais de 50 jogos. "Em 2014, não havia quase nada de conteúdo de realidade virtual. Este cenário está mudando. Vamos ter o fortalecimento do entretenimento, em primeiro lugar, e ainda estamos descobrindo outras aplicações", disse à Folha Roberto Soboll, que dirige a divisão de dispositivos móveis da empresa sul-coreana no Brasil. Outra aposta estratégica da Samsung é seguir o modelo do Google Cardboard, óculos de realidade virtual feitos de papelão, em que se encaixa um smartphone rodando Android. Só que, no caso do Gear VR, os aparelhos são os celulares topos de linha da própria fabricante do headset: o Galaxy S6, o S6 Edge, o S6 Edge+, e o Note 5. Comprar o Gear VR requer que se tenha também um desses dispositivos. Em 2014, a primeira geração do aparelho de realidade virtual já requeria pelo menos um Note 4, prova de que o modelo de co-dependência estava no fundamento da solução da Samsung desde a gênese, embora não se soubesse, ao certo, aonde chegariam com ela. "O ano passado serviu quase como uma provocação, mais do que um fim comercial. Não havia conteúdo para plataforma, mas se mostrou que havia uma grande empresa apostando na tecnologia", disse Soboll. "Isso encoraja o criador de conteúdo a apostar também."
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Óculos de realidade virtual da Samsung chegam ao Brasil por R$ 800A Samsung vai colocar, pela primeira vez, um dispositivo de realidade virtual no mercado brasileiro. Com previsão de desembarcar no meio de dezembro a R$ 799, a segunda geração do Gear VR, no entanto, deve enfrentar as dificuldades inerentes aos desbravadores. Mesmo nos Estados Unidos, a realidade virtual ainda briga para se emancipar do círculo dos chamados "early adopters" –consumidores que não esperam que novidades tecnológicas se consolidem para começar a usá-las. O novo aparelho terá a missão de ampliar, no Brasil, um público ainda mais restrito. A consultoria IDC fez uma pesquisa com mil pessoas sobre aparelhos vestíveis, categoria na qual se encaixam os relógios inteligentes, e 80% delas não sabiam do que se tratava. Os aparelhos de realidade virtual, da maneira que chegam ao mercado hoje, são um desenvolvimento ainda mais recente que os smartwatches –e com disponibilidade ainda menor. A versão para consumidores do Rift, primeiro headset a ganhar popularidade, só chega ao mercado em 2016. O dispositivo, ainda em desenvolvimento, nasceu como um protótipo da Oculus VR, empresa comprada pelo Facebook em março de 2014 por US$ 2 bilhões. Sony e a desenvolvedora de jogos Valve também não começaram a vender seus aparelhos. Além disso, o conteúdo produzido para essas plataformas ainda deve demorar a chegar, o que pode afastar os usuários que preferem tecnologias mais consolidadas. Para tentar mitigar o efeito de um paradigma ainda pouco maduro, a Samsung traz para o Brasil o Gear VR com cerca de 150 ofertas de conteúdo, incluindo mais de 50 jogos. "Em 2014, não havia quase nada de conteúdo de realidade virtual. Este cenário está mudando. Vamos ter o fortalecimento do entretenimento, em primeiro lugar, e ainda estamos descobrindo outras aplicações", disse à Folha Roberto Soboll, que dirige a divisão de dispositivos móveis da empresa sul-coreana no Brasil. Outra aposta estratégica da Samsung é seguir o modelo do Google Cardboard, óculos de realidade virtual feitos de papelão, em que se encaixa um smartphone rodando Android. Só que, no caso do Gear VR, os aparelhos são os celulares topos de linha da própria fabricante do headset: o Galaxy S6, o S6 Edge, o S6 Edge+, e o Note 5. Comprar o Gear VR requer que se tenha também um desses dispositivos. Em 2014, a primeira geração do aparelho de realidade virtual já requeria pelo menos um Note 4, prova de que o modelo de co-dependência estava no fundamento da solução da Samsung desde a gênese, embora não se soubesse, ao certo, aonde chegariam com ela. "O ano passado serviu quase como uma provocação, mais do que um fim comercial. Não havia conteúdo para plataforma, mas se mostrou que havia uma grande empresa apostando na tecnologia", disse Soboll. "Isso encoraja o criador de conteúdo a apostar também."
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Painel de Portinari e igreja na Pampulha, em BH, são pichados
Tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico), o painel de Candido Portinari e a igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, amanheceram pichados na segunda-feira (21). Uma moradora que fazia caminhada às 9h registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. A Polícia Civil investiga o ato de vandalismo. Na própria segunda foi feita uma perícia no local. O caso é conduzido pelo delegado Aloisio Fagundes, que trabalha para identificar os possíveis responsáveis. De acordo com a polícia, as câmeras de segurança da região não registraram o momento em que as pichações eram feitas. A igreja é parte do conjunto arquitetônico da Pampulha, construído em 1943 pelo então prefeito Juscelino Kubitschek, e foi projetada por Oscar Niemeyer. O conjunto é candidato a Patrimônio Cultural da Unesco. De acordo com a Arquidiocese de Belo Horizonte, as pichações não foram retiradas nesta terça (22) porque é necessária a autorização dos órgãos do patrimônio histórico.
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Painel de Portinari e igreja na Pampulha, em BH, são pichadosTombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico), o painel de Candido Portinari e a igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, amanheceram pichados na segunda-feira (21). Uma moradora que fazia caminhada às 9h registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. A Polícia Civil investiga o ato de vandalismo. Na própria segunda foi feita uma perícia no local. O caso é conduzido pelo delegado Aloisio Fagundes, que trabalha para identificar os possíveis responsáveis. De acordo com a polícia, as câmeras de segurança da região não registraram o momento em que as pichações eram feitas. A igreja é parte do conjunto arquitetônico da Pampulha, construído em 1943 pelo então prefeito Juscelino Kubitschek, e foi projetada por Oscar Niemeyer. O conjunto é candidato a Patrimônio Cultural da Unesco. De acordo com a Arquidiocese de Belo Horizonte, as pichações não foram retiradas nesta terça (22) porque é necessária a autorização dos órgãos do patrimônio histórico.
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O que saber para não passar vergonha ao discutir Lei Rouanet na internet
A Lei Rouanet está na vida dos brasileiros, mesmo que eles não façam ideia disso. Apenas no ano passado, mais de 3.000 projetos culturais (peças, festivais, exposições, musicais, livros etc.) foram viabilizados graças à lei. Ela foi usada, por exemplo, para financiar "Picasso e a Modernidade Espanhola" no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, a exposição pós-impressionista com maior público no mundo segundo o site "The Art Newspaper". Outro exemplo de projeto incentivado é o espetáculo "Urinal", que rendeu a Zé Henrique de Paula o prêmio de melhor diretor pela Associação Paulista de Críticos de Arte em 2015. A Lei Rouanet tem sido alvo de críticas. Uma delas, recente, foi feita pelo ator Juca de Oliveira, que sugeriu "sua extinção pura e simples". Apenas em maio, a lei foi alvo de ação na Polícia Federal e na Câmara. No fim daquele mês, o delegado Eduardo Mauat, da força-tarefa da operação Lava Jato, encaminhou ofício ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle solicitando detalhes sobre os cem maiores captadores de recursos na última década. O pedido, contudo, foi anulado pelo juiz Sérgio Moro. Na mesma época, foi protocolado na Câmara dos Deputados requerimento para abertura de CPI que pretende apurar supostas irregularidades na concessão de benefícios fiscais por meio da lei de incentivo. Para auxiliar no debate sobre a Lei Rouanet, a Folha preparou uma série de perguntas e respostas. * 1. O que é a Lei Rouanet? Sancionada pelo presidente Fernando Collor em 23 de dezembro de 1991, a lei 8.313 instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura, que implementou mecanismos de captação de recursos para o setor cultural. Um deles é o incentivo à cultura, ou mecenato (que popularmente ficou conhecido como Lei Rouanet). 2. Como funciona o incentivo cultural? O governo federal permite que empresas e pessoas físicas descontem do Imposto de Renda valores diretamente repassados a iniciativas culturais, como produção de livros, preservação de patrimônios históricos, festivais de música, peças de teatro, espetáculos de circo, programas audiovisuais etc. Ou seja, em vez de pagar o imposto da totalidade, você reverte parte dele a um projeto cultural. 3. Quanto as empresas e pessoas físicas podem destinar a projetos aprovados na Rouanet? E quanto podem deduzir do Imposto de Renda? Os incentivadores podem ter até o total do valor desembolsado deduzido do imposto devido. Mas há limite: empresas com lucro real podem abater até 4% do imposto devido; pessoas físicas, até 6%. Assim, uma companhia que deve pagar R$ 1 milhão de Imposto de Renda pode redirecionar a um projeto aprovado na Lei Rouanet até o valor de R$ 40 mil. Já uma pessoa que paga, digamos, R$ 10 mil de imposto pode deduzir até R$ 600. 4. Qualquer um pode enviar proposta ao MinC para obter verba via Lei Rouanet? Sim. Para isso, o proponente deve se cadastrar no Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura) e enviar sua proposta. O endereço é novosalic.cultura.gov.br. 5. Mas até artistas consagrados, com carreira de sucesso, que supostamente não precisam de incentivo, podem solicitar incentivo? Sim. A lei não veta a participação de grandes nomes da cultura. Ser consagrado ou não, possuir dinheiro ou não, ter uma carreira de sucesso ou não, ter qualidade artística ou não... Estes são quesitos subjetivos, que não passam por avaliação no MinC. O ministério lembra que "a lei veta expressamente apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico ou cultural". 6. Se todo mundo pode enviar projeto ao MinC, como são escolhidas as propostas que poderão captar dinheiro pela Lei Rouanet? A proposta passa por diversas etapas. A primeira delas é o próprio MinC. Quando o ministério recebe a proposta, faz análise de documentação e a encaminha a um parecerista ou uma entidade vinculada especializada na área do projeto —humanidades, dança, patrimônio histórico etc. O parecerista realiza uma avaliação baseada em critérios objetivos para apurar a viabilidade técnica e financeira. Neste momento são efetuados cortes no orçamento e solicitados ajustes no projeto. Depois disso, a proposta recebe parecer favorável ou desfavorável e segue para a Cnic (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura). A Cnic é um colegiado composto por representantes de artistas, empresários e sociedade civil de todas as regiões, escolhidos pelo ministro da Cultura, com base em lista de 42 nomes indicados por 28 entidades habilitadas. O mandato é de dois anos. O grupo é responsável por avaliar as propostas e sugerir ao MinC a aprovação ou não. Caso a Cnic decida (em votação) pelo deferimento da proposta, o MinC autoriza a captação. A partir daí, o proponente deve procurar empresas e pessoas físicas que queiram investir no projeto em troca de isenção fiscal. 7. Mas então não é o MinC que escolhe dar dinheiro para este ou aquele projeto ou artista? Não. É justamente o oposto. A Lei Rouanet propõe que, em vez de o MinC decidir o que financiar na cultura (ou seja, se este ou aquele artista vai receber dinheiro), a decisão seja tomada por artistas, empresários e representantes da sociedade civil. É por isso que a aprovação de projetos passa por tantas instâncias (avaliação de documentos pelo MinC, avaliação de parecerista, votação da Cnic etc.) 8. Mesmo assim, a Lei Rouanet privilegia determinados artistas ou expressões, ou artistas de determinados posicionamentos ideológicos? Em tese não. De acordo com o MinC, em nenhuma das etapas de avaliação há análise de "posicionamento político, artístico, estético ou qualquer outro relacionado à liberdade de expressão". Novamente, os critérios de avaliação são objetivos, e não subjetivos. 9. E quais seriam esses critérios objetivos? O que, afinal, é avaliado na proposta? De acordo com a instrução normativa que regula a lei, são avaliados itens como capacidade técnica (o proponente consegue realizar o que propõe?), suficiência das informações na proposta (o projeto deixa claro o que o proponente deseja?), pertinência do projeto (o que é proposto faz parte do rol de projetos incentivados pela lei, como livros, espetáculos, peças, discos etc.?), adequação das estratégias de ação aos objetivos (quais serão as etapas do projeto para que, no prazo estipulado pelo proponente, se chegue a um resultado?), adequação do projeto de medidas de acessibilidade e democratização de acesso (o projeto atende, por exemplo, pessoas com deficiência? é aberto a todos? é acessível a todos?), compatibilidade dos custos (a planilha de gastos tem valores praticados no mercado?) etc. São itens, portanto, objetivos. Em momento algum é questionado, por exemplo, "tal peça pode ser considerada arte?" ou "tal artista realmente precisa de incentivo?". 10. O dinheiro sai dos cofres públicos? Não, o dinheiro não sai dos cofres públicos. Sai de empresas e pessoas físicas em forma de patrocínio ou doação. É, contudo, renúncia de receita —ou seja, dinheiro que o governo abre mão de receber via Imposto de Renda. Por isso, é "considerado verba pública", diz Fábio de Sá Cesnik, presidente da Comissão de Mídia e Entretenimento do Instituto dos Advogados de São Paulo e membro da Comissão de Direito às Artes da OAB-SP. "Consta do relatório de gastos governamentais indiretos emitido pela Receita Federal." 11. Todo projeto aprovado recebe dinheiro? Não. A aprovação é apenas o primeiro passo de uma longa jornada para financiar o projeto cultural —trajeto quase nunca tranquilo. A aprovação é, digamos, uma "carta de autorização" para que empresas e pessoas que apoiarem o projeto tenham dedução no Imposto de Renda. Para conseguir o dinheiro, o autor da proposta deve bater de porta em porta nas empresas em busca de patrocínio. Em 2015, de 8.782 propostas analisadas, o MinC aprovou 6.194. Dessas, 3.146 obtiveram alguma captação. Ou seja, metade dos projetos aprovados pelo MinC não conseguiu captar dinheiro algum. Valores da Rouanet 2015 - Em milhões 12. Quem mais capta verba pela lei? É comum ler por aí —sobretudo nas redes sociais— que "esse artista mama na Rouanet" ou "aquele artista é sustentado pela Rouanet". Mas, segundo informações do MinC, os grandes captadores em 2015 foram produtoras e entidades como museus. Veja: Incentivo - Quem mais recebeu verba via Lei Rouanet em 2015 Projetos - Os maiores projetos de 2015, por captação 13. Quanto de imposto deixa de se arrecadar com a Lei Rouanet? De acordo com projeção da Receita Federal para 2016, a renúncia fiscal correspondente à lei de incentivo à cultura —ou seja, o que deixará de ser arrecadado em impostos para financiamento de projetos culturais— será de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. O valor representa 0,48% dos cerca de R$ 270 bilhões que o Brasil deixará de arrecadar em impostos com todos os programas de incentivo. Somada a outras leis de incentivo (como a Lei do Audiovisual), a renúncia fiscal correspondente a programas do MinC será de R$ 1,8 bilhão —0,66% do total de programas da União. Renúncia fiscal em 2016, por função orçamentária - Em bilhões 14. Por que então a lei é tão criticada? Porque, com 25 anos de existência, ela apresenta vícios. Uma das maiores críticas —inclusive de titulares do MinC, como o ex-ministro Juca Ferreira— é a incapacidade da lei de conquistar apoio privado. Em sua origem, a ideia era que a Lei Rouanet pudesse atrair patrocínio sem renúncia fiscal. Em 2015, foi captado o valor de R$ 1,18 bilhão, do qual R$ 1,13 bilhão (95,61%) se refere a renúncia fiscal —apenas R$ 52 milhões vieram de apoio privado. Também é alvo de críticas o fato de as empresas priorizarem projetos por critérios mais econômicos/comerciais que culturais. Outra deficiência é a concentração de projetos na região sudeste, sobretudo em São Paulo e no Rio. No ano passado, 79% dos recursos captados com patrocinadores foram para esta região.
ilustrada
O que saber para não passar vergonha ao discutir Lei Rouanet na internetA Lei Rouanet está na vida dos brasileiros, mesmo que eles não façam ideia disso. Apenas no ano passado, mais de 3.000 projetos culturais (peças, festivais, exposições, musicais, livros etc.) foram viabilizados graças à lei. Ela foi usada, por exemplo, para financiar "Picasso e a Modernidade Espanhola" no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, a exposição pós-impressionista com maior público no mundo segundo o site "The Art Newspaper". Outro exemplo de projeto incentivado é o espetáculo "Urinal", que rendeu a Zé Henrique de Paula o prêmio de melhor diretor pela Associação Paulista de Críticos de Arte em 2015. A Lei Rouanet tem sido alvo de críticas. Uma delas, recente, foi feita pelo ator Juca de Oliveira, que sugeriu "sua extinção pura e simples". Apenas em maio, a lei foi alvo de ação na Polícia Federal e na Câmara. No fim daquele mês, o delegado Eduardo Mauat, da força-tarefa da operação Lava Jato, encaminhou ofício ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle solicitando detalhes sobre os cem maiores captadores de recursos na última década. O pedido, contudo, foi anulado pelo juiz Sérgio Moro. Na mesma época, foi protocolado na Câmara dos Deputados requerimento para abertura de CPI que pretende apurar supostas irregularidades na concessão de benefícios fiscais por meio da lei de incentivo. Para auxiliar no debate sobre a Lei Rouanet, a Folha preparou uma série de perguntas e respostas. * 1. O que é a Lei Rouanet? Sancionada pelo presidente Fernando Collor em 23 de dezembro de 1991, a lei 8.313 instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura, que implementou mecanismos de captação de recursos para o setor cultural. Um deles é o incentivo à cultura, ou mecenato (que popularmente ficou conhecido como Lei Rouanet). 2. Como funciona o incentivo cultural? O governo federal permite que empresas e pessoas físicas descontem do Imposto de Renda valores diretamente repassados a iniciativas culturais, como produção de livros, preservação de patrimônios históricos, festivais de música, peças de teatro, espetáculos de circo, programas audiovisuais etc. Ou seja, em vez de pagar o imposto da totalidade, você reverte parte dele a um projeto cultural. 3. Quanto as empresas e pessoas físicas podem destinar a projetos aprovados na Rouanet? E quanto podem deduzir do Imposto de Renda? Os incentivadores podem ter até o total do valor desembolsado deduzido do imposto devido. Mas há limite: empresas com lucro real podem abater até 4% do imposto devido; pessoas físicas, até 6%. Assim, uma companhia que deve pagar R$ 1 milhão de Imposto de Renda pode redirecionar a um projeto aprovado na Lei Rouanet até o valor de R$ 40 mil. Já uma pessoa que paga, digamos, R$ 10 mil de imposto pode deduzir até R$ 600. 4. Qualquer um pode enviar proposta ao MinC para obter verba via Lei Rouanet? Sim. Para isso, o proponente deve se cadastrar no Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura) e enviar sua proposta. O endereço é novosalic.cultura.gov.br. 5. Mas até artistas consagrados, com carreira de sucesso, que supostamente não precisam de incentivo, podem solicitar incentivo? Sim. A lei não veta a participação de grandes nomes da cultura. Ser consagrado ou não, possuir dinheiro ou não, ter uma carreira de sucesso ou não, ter qualidade artística ou não... Estes são quesitos subjetivos, que não passam por avaliação no MinC. O ministério lembra que "a lei veta expressamente apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico ou cultural". 6. Se todo mundo pode enviar projeto ao MinC, como são escolhidas as propostas que poderão captar dinheiro pela Lei Rouanet? A proposta passa por diversas etapas. A primeira delas é o próprio MinC. Quando o ministério recebe a proposta, faz análise de documentação e a encaminha a um parecerista ou uma entidade vinculada especializada na área do projeto —humanidades, dança, patrimônio histórico etc. O parecerista realiza uma avaliação baseada em critérios objetivos para apurar a viabilidade técnica e financeira. Neste momento são efetuados cortes no orçamento e solicitados ajustes no projeto. Depois disso, a proposta recebe parecer favorável ou desfavorável e segue para a Cnic (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura). A Cnic é um colegiado composto por representantes de artistas, empresários e sociedade civil de todas as regiões, escolhidos pelo ministro da Cultura, com base em lista de 42 nomes indicados por 28 entidades habilitadas. O mandato é de dois anos. O grupo é responsável por avaliar as propostas e sugerir ao MinC a aprovação ou não. Caso a Cnic decida (em votação) pelo deferimento da proposta, o MinC autoriza a captação. A partir daí, o proponente deve procurar empresas e pessoas físicas que queiram investir no projeto em troca de isenção fiscal. 7. Mas então não é o MinC que escolhe dar dinheiro para este ou aquele projeto ou artista? Não. É justamente o oposto. A Lei Rouanet propõe que, em vez de o MinC decidir o que financiar na cultura (ou seja, se este ou aquele artista vai receber dinheiro), a decisão seja tomada por artistas, empresários e representantes da sociedade civil. É por isso que a aprovação de projetos passa por tantas instâncias (avaliação de documentos pelo MinC, avaliação de parecerista, votação da Cnic etc.) 8. Mesmo assim, a Lei Rouanet privilegia determinados artistas ou expressões, ou artistas de determinados posicionamentos ideológicos? Em tese não. De acordo com o MinC, em nenhuma das etapas de avaliação há análise de "posicionamento político, artístico, estético ou qualquer outro relacionado à liberdade de expressão". Novamente, os critérios de avaliação são objetivos, e não subjetivos. 9. E quais seriam esses critérios objetivos? O que, afinal, é avaliado na proposta? De acordo com a instrução normativa que regula a lei, são avaliados itens como capacidade técnica (o proponente consegue realizar o que propõe?), suficiência das informações na proposta (o projeto deixa claro o que o proponente deseja?), pertinência do projeto (o que é proposto faz parte do rol de projetos incentivados pela lei, como livros, espetáculos, peças, discos etc.?), adequação das estratégias de ação aos objetivos (quais serão as etapas do projeto para que, no prazo estipulado pelo proponente, se chegue a um resultado?), adequação do projeto de medidas de acessibilidade e democratização de acesso (o projeto atende, por exemplo, pessoas com deficiência? é aberto a todos? é acessível a todos?), compatibilidade dos custos (a planilha de gastos tem valores praticados no mercado?) etc. São itens, portanto, objetivos. Em momento algum é questionado, por exemplo, "tal peça pode ser considerada arte?" ou "tal artista realmente precisa de incentivo?". 10. O dinheiro sai dos cofres públicos? Não, o dinheiro não sai dos cofres públicos. Sai de empresas e pessoas físicas em forma de patrocínio ou doação. É, contudo, renúncia de receita —ou seja, dinheiro que o governo abre mão de receber via Imposto de Renda. Por isso, é "considerado verba pública", diz Fábio de Sá Cesnik, presidente da Comissão de Mídia e Entretenimento do Instituto dos Advogados de São Paulo e membro da Comissão de Direito às Artes da OAB-SP. "Consta do relatório de gastos governamentais indiretos emitido pela Receita Federal." 11. Todo projeto aprovado recebe dinheiro? Não. A aprovação é apenas o primeiro passo de uma longa jornada para financiar o projeto cultural —trajeto quase nunca tranquilo. A aprovação é, digamos, uma "carta de autorização" para que empresas e pessoas que apoiarem o projeto tenham dedução no Imposto de Renda. Para conseguir o dinheiro, o autor da proposta deve bater de porta em porta nas empresas em busca de patrocínio. Em 2015, de 8.782 propostas analisadas, o MinC aprovou 6.194. Dessas, 3.146 obtiveram alguma captação. Ou seja, metade dos projetos aprovados pelo MinC não conseguiu captar dinheiro algum. Valores da Rouanet 2015 - Em milhões 12. Quem mais capta verba pela lei? É comum ler por aí —sobretudo nas redes sociais— que "esse artista mama na Rouanet" ou "aquele artista é sustentado pela Rouanet". Mas, segundo informações do MinC, os grandes captadores em 2015 foram produtoras e entidades como museus. Veja: Incentivo - Quem mais recebeu verba via Lei Rouanet em 2015 Projetos - Os maiores projetos de 2015, por captação 13. Quanto de imposto deixa de se arrecadar com a Lei Rouanet? De acordo com projeção da Receita Federal para 2016, a renúncia fiscal correspondente à lei de incentivo à cultura —ou seja, o que deixará de ser arrecadado em impostos para financiamento de projetos culturais— será de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. O valor representa 0,48% dos cerca de R$ 270 bilhões que o Brasil deixará de arrecadar em impostos com todos os programas de incentivo. Somada a outras leis de incentivo (como a Lei do Audiovisual), a renúncia fiscal correspondente a programas do MinC será de R$ 1,8 bilhão —0,66% do total de programas da União. Renúncia fiscal em 2016, por função orçamentária - Em bilhões 14. Por que então a lei é tão criticada? Porque, com 25 anos de existência, ela apresenta vícios. Uma das maiores críticas —inclusive de titulares do MinC, como o ex-ministro Juca Ferreira— é a incapacidade da lei de conquistar apoio privado. Em sua origem, a ideia era que a Lei Rouanet pudesse atrair patrocínio sem renúncia fiscal. Em 2015, foi captado o valor de R$ 1,18 bilhão, do qual R$ 1,13 bilhão (95,61%) se refere a renúncia fiscal —apenas R$ 52 milhões vieram de apoio privado. Também é alvo de críticas o fato de as empresas priorizarem projetos por critérios mais econômicos/comerciais que culturais. Outra deficiência é a concentração de projetos na região sudeste, sobretudo em São Paulo e no Rio. No ano passado, 79% dos recursos captados com patrocinadores foram para esta região.
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Arrecadação cai 5,6%, e analistas preveem novo tombo neste ano
O aumento do desemprego e a retração da atividade econômica contribuíram para uma queda real de 5,6% na arrecadação federal em 2015. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (21) pela Receita Federal, os tributos federais recolhidos no ano passado somaram R$ 1,27 trilhão, menor valor desde 2010, considerando valores atualizados pela inflação. Levantamento apresentado também ontem pelo Ministério da Fazenda mostra que o mercado financeiro projeta novo tombo da arrecadação, de 5%, em 2016. A tendência de queda da arrecadação dificulta o plano do governo de equilibrar as contas públicas e melhorar o caixa do Tesouro neste ano. Para cumprir a meta de economia, o governo projetou no Orçamento deste ano alta na arrecadação de 7,9% acima da inflação. O fisco já admite, no entanto, que deve rever para baixo a expectativa com receitas previdenciárias, por causa da provável piora no emprego e na renda do trabalhador. DEFICIT FISCAL Na pesquisa mensal Prisma publicada nesta quinta-feira (21) pela Fazenda, economistas consultados previram deficit fiscal de R$ 68,2 bilhões. Há um mês, a estimativa era rombo de R$ 53 bilhões. Os analistas projetam aumento real da arrecadação somente em 2017, mas insuficiente para compensar a elevação de gastos, que levaria a um deficit de R$ 31 bilhões. Esses resultados deixam mais distante a promessa do governo de reduzir seu endividamento, que chegaria a quase 80% do PIB no próximo ano. Arrecadação federal - A preços de dez.2015, em R$ bilhões Os dados de 2015 mostraram que as medidas de aumento de tributos para tentar elevar a receita não foram suficientes para compensar os efeitos da retração econômica sobre a arrecadação. As maiores perdas foram no IRPJ/CSLL sobre o lucro das empresas, na receita da Previdência, no PIS/Cofins, termômetro dos setores de comércio e serviços, e no IPI do setor automotivo. A Receita arrecadou R$ 75 bilhões a menos com esses tributos. Houve alta de pouco mais de R$ 5 bilhões com tributos como Cide-combustível e IOF, que tiveram alíquotas elevadas. O que evitou um resultado pior foi o aumento de quase R$ 10 bilhões no Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. A queda na arrecadação foi mais pronunciada do que a retração estimada para a economia, de quase 4%. Parte disso se deve ao programa de parcelamento de dívidas em atraso, que rendeu R$ 18 bilhões a mais em 2014. Descontado o parcelamento, a queda na receita administrada pela Receita seria de 3,4%.
mercado
Arrecadação cai 5,6%, e analistas preveem novo tombo neste anoO aumento do desemprego e a retração da atividade econômica contribuíram para uma queda real de 5,6% na arrecadação federal em 2015. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (21) pela Receita Federal, os tributos federais recolhidos no ano passado somaram R$ 1,27 trilhão, menor valor desde 2010, considerando valores atualizados pela inflação. Levantamento apresentado também ontem pelo Ministério da Fazenda mostra que o mercado financeiro projeta novo tombo da arrecadação, de 5%, em 2016. A tendência de queda da arrecadação dificulta o plano do governo de equilibrar as contas públicas e melhorar o caixa do Tesouro neste ano. Para cumprir a meta de economia, o governo projetou no Orçamento deste ano alta na arrecadação de 7,9% acima da inflação. O fisco já admite, no entanto, que deve rever para baixo a expectativa com receitas previdenciárias, por causa da provável piora no emprego e na renda do trabalhador. DEFICIT FISCAL Na pesquisa mensal Prisma publicada nesta quinta-feira (21) pela Fazenda, economistas consultados previram deficit fiscal de R$ 68,2 bilhões. Há um mês, a estimativa era rombo de R$ 53 bilhões. Os analistas projetam aumento real da arrecadação somente em 2017, mas insuficiente para compensar a elevação de gastos, que levaria a um deficit de R$ 31 bilhões. Esses resultados deixam mais distante a promessa do governo de reduzir seu endividamento, que chegaria a quase 80% do PIB no próximo ano. Arrecadação federal - A preços de dez.2015, em R$ bilhões Os dados de 2015 mostraram que as medidas de aumento de tributos para tentar elevar a receita não foram suficientes para compensar os efeitos da retração econômica sobre a arrecadação. As maiores perdas foram no IRPJ/CSLL sobre o lucro das empresas, na receita da Previdência, no PIS/Cofins, termômetro dos setores de comércio e serviços, e no IPI do setor automotivo. A Receita arrecadou R$ 75 bilhões a menos com esses tributos. Houve alta de pouco mais de R$ 5 bilhões com tributos como Cide-combustível e IOF, que tiveram alíquotas elevadas. O que evitou um resultado pior foi o aumento de quase R$ 10 bilhões no Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. A queda na arrecadação foi mais pronunciada do que a retração estimada para a economia, de quase 4%. Parte disso se deve ao programa de parcelamento de dívidas em atraso, que rendeu R$ 18 bilhões a mais em 2014. Descontado o parcelamento, a queda na receita administrada pela Receita seria de 3,4%.
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Aviso
Excepcionalmente hoje a coluna não é publicada.
colunas
AvisoExcepcionalmente hoje a coluna não é publicada.
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An Olympic Sensation, Overweight Athletes Aren't Immune to Health Problems
GABRIEL ALVES FROM SÃO PAULO Champions of strength and winning personalities, overweight athletes are one of the hallmarks of the Rio Olympics. But, as much their accomplishments are notorious, their extra weigh presents a health risk, for rupturing ligaments and for an increased risk of heart attack. The benefits of being an athlete don't completely overcome the disadvantages of excessive weight. An overweight individual, even one who is physically active, has a shorter lifespan than a person with a normal body mass index. Among the "chubby" ones at this edition of the Games are: Rafael Silva, 'Baby', winner of a bronze medal, 29 years old and 170 kg; powerlifter Fernando Reis (fifth place at Rio-2016), 26 years old and 155 kg; and Angolan handball goal keeper Teresa Almeida, 'Bá', 28 years old and 98 kg. "We know that obesity by itself is a factor in the development of at least two diseases: hypertension and diabetes", says Nabil Ghorayeb, a Physician specialist in sports cardiology. "Folks have to also realize that for these high-performing athletes, sports in and of themselves, aren't healthy. I'm not just talking about the heavy-weights. Having repeated injuries or chronic pain is part of the life that they choose to follow", says Thiago Ferreira, the Physician that consults with powerlifter Fernando Reis. In the case of athletes who are trying to build strength, like Ferreira or 'Baby', it's ideal for the athlete to always increase lean body mass. The problem occurs when he wants to muscle up a lot: a collateral effect shows up - fat accumulation (which carries the risk of disease), explains Gisele Lemos, Nutritionist for Baby and the Brazilian Judo Confederation. To maximize the increase in muscle mass, in addition to an intense training schedule, it's necessary to have planned nutrition, explains Gisele. Baby, who consumes between 5,000 and 7,000 calories (kcal) per day, has a diet that is supplemented by extra doses of protein. "People think that since they are competing in a category without a weight limit that the athletes can eat whatever they want, without any discipline or concern. This isn't true. If they were to eat only chocolate and fried food they would accumulate fat which doesn't improve performance", she confirms. It's not uncommon for heavy athletes to fracture their ankles, knees, elbows, arms, or pelvis. And this without considering that repeated injuries can lead to chronic pain. "And the athletes continue training and competing anyway", says Ferreira. Specialists remind us, that even so, there is a protective effect caused by physical exercise. So it's better to be chubby and active than to sit on the couch watching TV all day long. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Spectators Make a Joke Out of Protest Ban at Olympics *American Website Exposes Gay Athletes at Olympics and Receives Media Backlash *Highway Patrolman Assigned to Olympics Is Shot in Rio
esporte
An Olympic Sensation, Overweight Athletes Aren't Immune to Health Problems GABRIEL ALVES FROM SÃO PAULO Champions of strength and winning personalities, overweight athletes are one of the hallmarks of the Rio Olympics. But, as much their accomplishments are notorious, their extra weigh presents a health risk, for rupturing ligaments and for an increased risk of heart attack. The benefits of being an athlete don't completely overcome the disadvantages of excessive weight. An overweight individual, even one who is physically active, has a shorter lifespan than a person with a normal body mass index. Among the "chubby" ones at this edition of the Games are: Rafael Silva, 'Baby', winner of a bronze medal, 29 years old and 170 kg; powerlifter Fernando Reis (fifth place at Rio-2016), 26 years old and 155 kg; and Angolan handball goal keeper Teresa Almeida, 'Bá', 28 years old and 98 kg. "We know that obesity by itself is a factor in the development of at least two diseases: hypertension and diabetes", says Nabil Ghorayeb, a Physician specialist in sports cardiology. "Folks have to also realize that for these high-performing athletes, sports in and of themselves, aren't healthy. I'm not just talking about the heavy-weights. Having repeated injuries or chronic pain is part of the life that they choose to follow", says Thiago Ferreira, the Physician that consults with powerlifter Fernando Reis. In the case of athletes who are trying to build strength, like Ferreira or 'Baby', it's ideal for the athlete to always increase lean body mass. The problem occurs when he wants to muscle up a lot: a collateral effect shows up - fat accumulation (which carries the risk of disease), explains Gisele Lemos, Nutritionist for Baby and the Brazilian Judo Confederation. To maximize the increase in muscle mass, in addition to an intense training schedule, it's necessary to have planned nutrition, explains Gisele. Baby, who consumes between 5,000 and 7,000 calories (kcal) per day, has a diet that is supplemented by extra doses of protein. "People think that since they are competing in a category without a weight limit that the athletes can eat whatever they want, without any discipline or concern. This isn't true. If they were to eat only chocolate and fried food they would accumulate fat which doesn't improve performance", she confirms. It's not uncommon for heavy athletes to fracture their ankles, knees, elbows, arms, or pelvis. And this without considering that repeated injuries can lead to chronic pain. "And the athletes continue training and competing anyway", says Ferreira. Specialists remind us, that even so, there is a protective effect caused by physical exercise. So it's better to be chubby and active than to sit on the couch watching TV all day long. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Spectators Make a Joke Out of Protest Ban at Olympics *American Website Exposes Gay Athletes at Olympics and Receives Media Backlash *Highway Patrolman Assigned to Olympics Is Shot in Rio
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Futuro secretário estadual da Cultura, Luiz Penna diz que é um 'cara pop'
"Eu tenho a sensação de que ele [Geraldo Alckimin] queria uma pessoa que tivesse interlocução com os diversos produtores culturais e artísticos", diz à Folha José Luiz Penna (PV) sobre sua nomeação para a secretaria de Estado da Cultura. Penna contrariou a afirmação do atual secretário, José Roberto Sadek, para o qual a exoneração teria sido uma "estratégia do governo em se ajeitar com os aliados". O sucessor afirmou que "não houve em nenhum segundo uma conversa sobre isso". Sobre o inquérito instaurado para investigar as demissões de músicos da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Penna diz que "houve várias confusões com o enxugamento de despesas. Estou indo para lá [secretaria da Cultura] para tentar recuperar o relacionamento [entre os músicos]". Penna afirma querer trazer a arte para o público e, para isso, diz que colocará "o pé para fora da secretaria". "Porque eu sou um cara pop", diz. "Não vou trair o meu perfil. Tenho um carinho especial pela arte popular e pela arte de rua, sem diminuir o que está sendo feito no ponto de vista erudito." Como primeiras medidas, o futuro secretário afirma que será preciso paciência até se inteirar dos assuntos, ouvir a todos e "chamar todas as pessoas que querem colaborar". Presidente do Partido Verde, Penna diz que vai continuar no cargo e conciliá-lo com a secretaria. "O mandato está em vigor e o partido passa por um momento de planejamento da próxima eleição, e a gente não vai tumultuar esse processo. Dá para conciliar tranquilamente as duas coisas."
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Futuro secretário estadual da Cultura, Luiz Penna diz que é um 'cara pop'"Eu tenho a sensação de que ele [Geraldo Alckimin] queria uma pessoa que tivesse interlocução com os diversos produtores culturais e artísticos", diz à Folha José Luiz Penna (PV) sobre sua nomeação para a secretaria de Estado da Cultura. Penna contrariou a afirmação do atual secretário, José Roberto Sadek, para o qual a exoneração teria sido uma "estratégia do governo em se ajeitar com os aliados". O sucessor afirmou que "não houve em nenhum segundo uma conversa sobre isso". Sobre o inquérito instaurado para investigar as demissões de músicos da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Penna diz que "houve várias confusões com o enxugamento de despesas. Estou indo para lá [secretaria da Cultura] para tentar recuperar o relacionamento [entre os músicos]". Penna afirma querer trazer a arte para o público e, para isso, diz que colocará "o pé para fora da secretaria". "Porque eu sou um cara pop", diz. "Não vou trair o meu perfil. Tenho um carinho especial pela arte popular e pela arte de rua, sem diminuir o que está sendo feito no ponto de vista erudito." Como primeiras medidas, o futuro secretário afirma que será preciso paciência até se inteirar dos assuntos, ouvir a todos e "chamar todas as pessoas que querem colaborar". Presidente do Partido Verde, Penna diz que vai continuar no cargo e conciliá-lo com a secretaria. "O mandato está em vigor e o partido passa por um momento de planejamento da próxima eleição, e a gente não vai tumultuar esse processo. Dá para conciliar tranquilamente as duas coisas."
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Ônibus invade restaurante na zona oeste de SP
O motorista de um ônibus invadiu um restaurante, na região da Lapa, zona oeste de São Paulo, no final da noite de quarta-feira (4). Por volta das 23h30, um ônibus e um micro-ônibus se envolveram no acidente no cruzamento das ruas Catão e Faustolo. Segundo a Polícia Militar, um dos veículos teria desrespeitado o semáforo, mas nenhum dos motoristas assumiu a culpa. Os dois coletivos não bateram, mas ao desviar o ônibus o motorista acabou invadindo o restaurante, que estava fechado. O micro-ônibus bateu contra uma árvore e o motorista ficou ferido. Ele foi levado a um hospital da região. O outro condutor saiu ileso. Por volta das 6h desta quinta, uma faixa do cruzamento das ruas Catão e Faustolo estava interditada e sem previsão de liberação. O caso será registrado no 7º DP (Lapa).
cotidiano
Ônibus invade restaurante na zona oeste de SPO motorista de um ônibus invadiu um restaurante, na região da Lapa, zona oeste de São Paulo, no final da noite de quarta-feira (4). Por volta das 23h30, um ônibus e um micro-ônibus se envolveram no acidente no cruzamento das ruas Catão e Faustolo. Segundo a Polícia Militar, um dos veículos teria desrespeitado o semáforo, mas nenhum dos motoristas assumiu a culpa. Os dois coletivos não bateram, mas ao desviar o ônibus o motorista acabou invadindo o restaurante, que estava fechado. O micro-ônibus bateu contra uma árvore e o motorista ficou ferido. Ele foi levado a um hospital da região. O outro condutor saiu ileso. Por volta das 6h desta quinta, uma faixa do cruzamento das ruas Catão e Faustolo estava interditada e sem previsão de liberação. O caso será registrado no 7º DP (Lapa).
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Mercadante se defendeu do que é indefensável, diz assessor de Delcídio
O assessor do senador Delcídio do Amaral (PT- MS), Eduardo Marzagão, afirmou nesta terça-feira (15) que o ministro Aloizio Mercadante (Educação) apenas cumpriu seu papel ao "se defender do que é indefensável". O assessor gravou uma conversa sua com Mercadante, em dezembro do ano passado, em que o ministro teria oferecido ajuda financeira ao senador e ingerência junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que ele deixasse a prisão, em troca de convencê-lo a não fazer uma delação premiada. Delcídio entregou as gravações à PGR (Procuradoria-Geral da República) e o seu conteúdo foi incluído na sua delação premiada, homologada pelo STF nesta terça. A ofensiva de Mercadante foi relatada por Delcídio no quinto termo de depoimento de sua colaboração. "Ele [ministro] me chamou no seu gabinete de ministro e eu achei estranho porque eu sabia que ele era o ministro mais próximo da presidente Dilma [Rousseff] e que ele não tinha proximidade com Delcídio. Ou seja, para prestar solidariedade ao Delcídio é que não era, né. Eu gravei a conversa até para me precaver porque eu não sabia o que viria pela frente", afirmou Marzagão à Folha. A delação mostra que Mercadante conversou por duas vezes com Marzagão e pediu para que Delcídio tivesse calma e avaliasse muito bem "a conduta a tomar". "A mensagem de Aloizio Mercadante, a bem da verdade, era no sentido do depoente não procurar o Ministério Público Federal para, assim, ser viabilizado o aprofundamento das investigações da Lava Jato", disse na delação. Segundo o depoimento, Marzagão comentou que a família do senador estava em dificuldades financeiras e recebeu oferta de ajuda de Mercadante. "Mercadante disse que a questão financeira e, especificamente, o pagamento de advogados, poderia ser solucionado, provavelmente por meio de empresa ligada ao PT", afirmou Delcídio. O senador pediu nesta terça a sua desfiliação da legenda. Para o senador, que pediu nesta terça sua desfiliação do PT, o ministro "agiu como emissário da Presidente da República e, portanto, do governo". OUTRO LADO Em entrevista concedida nesta tarde, Mercadante afirmou que a publicação de apenas alguns trechos do diálogo deturparam o conteúdo e tentou eximir a presidente Dilma de qualquer responsabilidade no episódio. "A responsabilidade é só minha. A iniciativa foi minha", disse Mercadante, numa referência à reunião que fez com um assessor de Delcídio e que acabou integrando a delação do petista. O ministro disse que houve uma "tentativa" de envolvê-lo no caso e nega que tenha tentado impedir a delação. Ele alega que ofereceu ajuda como um gesto "pessoal" de "solidariedade", uma vez que as filhas do senador estavam sofrendo ataques na internet. A conversa foi revelada nesta terça pela revista "Veja". Mercadante rebateu a reportagem e disse que ela omitiu trechos.
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Mercadante se defendeu do que é indefensável, diz assessor de DelcídioO assessor do senador Delcídio do Amaral (PT- MS), Eduardo Marzagão, afirmou nesta terça-feira (15) que o ministro Aloizio Mercadante (Educação) apenas cumpriu seu papel ao "se defender do que é indefensável". O assessor gravou uma conversa sua com Mercadante, em dezembro do ano passado, em que o ministro teria oferecido ajuda financeira ao senador e ingerência junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que ele deixasse a prisão, em troca de convencê-lo a não fazer uma delação premiada. Delcídio entregou as gravações à PGR (Procuradoria-Geral da República) e o seu conteúdo foi incluído na sua delação premiada, homologada pelo STF nesta terça. A ofensiva de Mercadante foi relatada por Delcídio no quinto termo de depoimento de sua colaboração. "Ele [ministro] me chamou no seu gabinete de ministro e eu achei estranho porque eu sabia que ele era o ministro mais próximo da presidente Dilma [Rousseff] e que ele não tinha proximidade com Delcídio. Ou seja, para prestar solidariedade ao Delcídio é que não era, né. Eu gravei a conversa até para me precaver porque eu não sabia o que viria pela frente", afirmou Marzagão à Folha. A delação mostra que Mercadante conversou por duas vezes com Marzagão e pediu para que Delcídio tivesse calma e avaliasse muito bem "a conduta a tomar". "A mensagem de Aloizio Mercadante, a bem da verdade, era no sentido do depoente não procurar o Ministério Público Federal para, assim, ser viabilizado o aprofundamento das investigações da Lava Jato", disse na delação. Segundo o depoimento, Marzagão comentou que a família do senador estava em dificuldades financeiras e recebeu oferta de ajuda de Mercadante. "Mercadante disse que a questão financeira e, especificamente, o pagamento de advogados, poderia ser solucionado, provavelmente por meio de empresa ligada ao PT", afirmou Delcídio. O senador pediu nesta terça a sua desfiliação da legenda. Para o senador, que pediu nesta terça sua desfiliação do PT, o ministro "agiu como emissário da Presidente da República e, portanto, do governo". OUTRO LADO Em entrevista concedida nesta tarde, Mercadante afirmou que a publicação de apenas alguns trechos do diálogo deturparam o conteúdo e tentou eximir a presidente Dilma de qualquer responsabilidade no episódio. "A responsabilidade é só minha. A iniciativa foi minha", disse Mercadante, numa referência à reunião que fez com um assessor de Delcídio e que acabou integrando a delação do petista. O ministro disse que houve uma "tentativa" de envolvê-lo no caso e nega que tenha tentado impedir a delação. Ele alega que ofereceu ajuda como um gesto "pessoal" de "solidariedade", uma vez que as filhas do senador estavam sofrendo ataques na internet. A conversa foi revelada nesta terça pela revista "Veja". Mercadante rebateu a reportagem e disse que ela omitiu trechos.
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Ueba! Terceirizaram Deus!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Diz que o panelaço que Adriana Ancelmo enfrentou ao chegar em casa foi organizado pelos filhos! Que vão ficar sem wi-fi! Vai ter rebelião, motim, os filhos vão botar fogo no colchão! E flagraram Adriana Ancelmo no Shopping Leblon: com burca da Vuitton e bolsa da Vuitton. Camuflagem da Vuitton! E todo mundo gritou: "É ela! É ela!". Rarará! E atenção! Pensamento do dia do amigo Paulo Parisi: "CLT é esposa, terceirização é amante". Entendi, CLT é amor e terceirização é pra foder! Rarará! Família de terceirizados: a CLT é a esposa, a terceirização é a amante e o Temer é a sogra! Rarará! Aliás, quando vai ter a TEMERCEIRIZAÇÃO? O Temer terceirizar a Presidência pro Gilmar Mendes! E diz que o Janot e o Gilmar estão disputando até quem mija mais longe. Mas como eles não têm mais força pra mijar longe, terceirizaram o mijo! Chamaram o Kid Bengala! Rarará! E o chargista Duke revela que terceirizaram Deus: "Deus lhe pague! Deus te castigue! Deus te guie! Deus é fiel". E Deus: "Não aguento mais essa terceirização". Jogaram tudo pra Deus! Terceirizaram Deus! E o Lula no depoimento em Curitiba: Quer conhecer o Japonês da Federal! Quer conhecer um meme! Rarará! "E aí, Japonês, por que você não foi me prender ainda?". "Porque a minha tornozeleira não alcança São Bernardo." Rarará! É melhor conhecer o Japonês da Federal ao vivo do que pelo olho mágico! Rarará! É mole? É mole mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha esta pichação: "Minha perspectiva de vida me permite pensar somente na janta". E como a carne subiu, a perspectiva de janta dele será: arroz com zoião! Zoião é ovo frito! Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Terceirizaram Deus!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Diz que o panelaço que Adriana Ancelmo enfrentou ao chegar em casa foi organizado pelos filhos! Que vão ficar sem wi-fi! Vai ter rebelião, motim, os filhos vão botar fogo no colchão! E flagraram Adriana Ancelmo no Shopping Leblon: com burca da Vuitton e bolsa da Vuitton. Camuflagem da Vuitton! E todo mundo gritou: "É ela! É ela!". Rarará! E atenção! Pensamento do dia do amigo Paulo Parisi: "CLT é esposa, terceirização é amante". Entendi, CLT é amor e terceirização é pra foder! Rarará! Família de terceirizados: a CLT é a esposa, a terceirização é a amante e o Temer é a sogra! Rarará! Aliás, quando vai ter a TEMERCEIRIZAÇÃO? O Temer terceirizar a Presidência pro Gilmar Mendes! E diz que o Janot e o Gilmar estão disputando até quem mija mais longe. Mas como eles não têm mais força pra mijar longe, terceirizaram o mijo! Chamaram o Kid Bengala! Rarará! E o chargista Duke revela que terceirizaram Deus: "Deus lhe pague! Deus te castigue! Deus te guie! Deus é fiel". E Deus: "Não aguento mais essa terceirização". Jogaram tudo pra Deus! Terceirizaram Deus! E o Lula no depoimento em Curitiba: Quer conhecer o Japonês da Federal! Quer conhecer um meme! Rarará! "E aí, Japonês, por que você não foi me prender ainda?". "Porque a minha tornozeleira não alcança São Bernardo." Rarará! É melhor conhecer o Japonês da Federal ao vivo do que pelo olho mágico! Rarará! É mole? É mole mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha esta pichação: "Minha perspectiva de vida me permite pensar somente na janta". E como a carne subiu, a perspectiva de janta dele será: arroz com zoião! Zoião é ovo frito! Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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MP fará concurso de música sobre violência contra mulher em escolas
Promotoras do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) e do Núcleo de Gênero do Ministério Público de SP vão falar em outubro sobre Lei Maria da Penha e políticas públicas para mulheres a grêmios de escolas estaduais de SP. Os alunos serão convidados a participar de um concurso musical em que criarão uma canção sobre o tema. A vencedora será gravada pelo produtor Rick Bonadio, jurado do programa "XFactor". Leia a coluna completa aqui.
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MP fará concurso de música sobre violência contra mulher em escolasPromotoras do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) e do Núcleo de Gênero do Ministério Público de SP vão falar em outubro sobre Lei Maria da Penha e políticas públicas para mulheres a grêmios de escolas estaduais de SP. Os alunos serão convidados a participar de um concurso musical em que criarão uma canção sobre o tema. A vencedora será gravada pelo produtor Rick Bonadio, jurado do programa "XFactor". Leia a coluna completa aqui.
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Bombeiros usam helicóptero e até drone para localizar vítimas em Minas
Sem poder acessar o vilarejo de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, parcialmente destruído após o rompimento duas barragens, as equipes de resgate usam um drone e três helicópteros na tentativa de localizar sobreviventes em meio ao mar de lama. Bombeiros dizem que a prioridade é, com a ajuda de cães farejadores, tentar achar os que se refugiaram na mata logo após o estouro da barragem. Só quando a lama baixar e o terreno estiver firme, é que irão entrar no vilarejo à procura de corpos. Mas, por volta das 14h20, começou a chover forte na região, deixando todos ainda mais desesperançosos. Do alto da montanha, bombeiros, agentes de saúde e parentes observam a lama, sem ter o que fazer. Segundo dados oficiais, uma pessoa morreu e há, segundo o sindicato local, 25 desaparecidos. O acidente ocorreu por volta das 15h30, em Bento Rodrigues, a 15 km do centro de Mariana. A vila, que tem 121 casas e 492 moradores, segundo o IBGE, foi totalmente inundada pela lama. A barragem é da mineradora Samarco, que pertence à Vale e à australiana BHP. A mineradora afirmou que o conjunto de barragens no município de Mariana foi alvo de fiscalização em julho deste ano e encontravam-se em "totais condições de segurança". Muitos moradores também passaram a noite no local, à espera de notícias. No começo da tarde desta sexta-feira, a Samarco afirmou em nota que 253 pessoas, de 70 famílias, foram alocadas pela empresa em hotéis e pousadas da região. Ao todo, ainda de acordo com a nota, 600 kits de emergência, com colchões, lençóis e toalhas, 3.800 lanches e refeições e 10 mil garrafas de água já foram distribuídos. Nesta manhã, centenas de pessoas foram levadas em vans e ambulâncias à Arena Mariana, ginásio esportivo usado pela prefeitura para receber os desabrigados. Eles ganharam roupas, comidas e assistência médica. Do lado de fora, moradores aflitos tentavam receber informações de familiares. A cabeleireira Denise Isabel Monteiro, 32, diz que seu sobrinho de cinco anos está desaparecido. Nesta manhã, ela tentava encontrar no ginásio a cunhada que está grávida. "Sei que ela está viva, mas não sei se ela já foi trazida e se está lá dentro [do ginásio]. Foi um desespero total, porque a gente pensou que todo mundo tinha morrido. A gente sabe como é perigoso ali [em Bento Rodrigues]", diz. REUNIÃO NO ALVORADA A presidente Dilma Rousseff convocou para o fim da tarde desta sexta-feira (6) uma reunião com ministros no Palácio da Alvorada para discutir, entre outros temas, o posicionamento do governo diante da tragédia em Mariana. Dilma pediu a ministros que iriam viajar durante o fim de semana que permanecessem em Brasília para participar do encontro. A ideia inicial do Palácio do Planalto era que a presidente sobrevoasse a região nesta sexta ou sábado (7), mas Dilma ainda estuda se vai ou não fazer a viagem. O ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional) foi até Minas Gerais e voltou a Brasília no início da tarde desta sexta para fazer um relato da situação para a equipe de Dilma. Por enquanto, Dilma deve divulgar uma nota e fazer algumas postagens em seu Twitter sobre a situação em Mariana. Colaborou MARINA DIAS, de Brasília
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Bombeiros usam helicóptero e até drone para localizar vítimas em MinasSem poder acessar o vilarejo de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, parcialmente destruído após o rompimento duas barragens, as equipes de resgate usam um drone e três helicópteros na tentativa de localizar sobreviventes em meio ao mar de lama. Bombeiros dizem que a prioridade é, com a ajuda de cães farejadores, tentar achar os que se refugiaram na mata logo após o estouro da barragem. Só quando a lama baixar e o terreno estiver firme, é que irão entrar no vilarejo à procura de corpos. Mas, por volta das 14h20, começou a chover forte na região, deixando todos ainda mais desesperançosos. Do alto da montanha, bombeiros, agentes de saúde e parentes observam a lama, sem ter o que fazer. Segundo dados oficiais, uma pessoa morreu e há, segundo o sindicato local, 25 desaparecidos. O acidente ocorreu por volta das 15h30, em Bento Rodrigues, a 15 km do centro de Mariana. A vila, que tem 121 casas e 492 moradores, segundo o IBGE, foi totalmente inundada pela lama. A barragem é da mineradora Samarco, que pertence à Vale e à australiana BHP. A mineradora afirmou que o conjunto de barragens no município de Mariana foi alvo de fiscalização em julho deste ano e encontravam-se em "totais condições de segurança". Muitos moradores também passaram a noite no local, à espera de notícias. No começo da tarde desta sexta-feira, a Samarco afirmou em nota que 253 pessoas, de 70 famílias, foram alocadas pela empresa em hotéis e pousadas da região. Ao todo, ainda de acordo com a nota, 600 kits de emergência, com colchões, lençóis e toalhas, 3.800 lanches e refeições e 10 mil garrafas de água já foram distribuídos. Nesta manhã, centenas de pessoas foram levadas em vans e ambulâncias à Arena Mariana, ginásio esportivo usado pela prefeitura para receber os desabrigados. Eles ganharam roupas, comidas e assistência médica. Do lado de fora, moradores aflitos tentavam receber informações de familiares. A cabeleireira Denise Isabel Monteiro, 32, diz que seu sobrinho de cinco anos está desaparecido. Nesta manhã, ela tentava encontrar no ginásio a cunhada que está grávida. "Sei que ela está viva, mas não sei se ela já foi trazida e se está lá dentro [do ginásio]. Foi um desespero total, porque a gente pensou que todo mundo tinha morrido. A gente sabe como é perigoso ali [em Bento Rodrigues]", diz. REUNIÃO NO ALVORADA A presidente Dilma Rousseff convocou para o fim da tarde desta sexta-feira (6) uma reunião com ministros no Palácio da Alvorada para discutir, entre outros temas, o posicionamento do governo diante da tragédia em Mariana. Dilma pediu a ministros que iriam viajar durante o fim de semana que permanecessem em Brasília para participar do encontro. A ideia inicial do Palácio do Planalto era que a presidente sobrevoasse a região nesta sexta ou sábado (7), mas Dilma ainda estuda se vai ou não fazer a viagem. O ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional) foi até Minas Gerais e voltou a Brasília no início da tarde desta sexta para fazer um relato da situação para a equipe de Dilma. Por enquanto, Dilma deve divulgar uma nota e fazer algumas postagens em seu Twitter sobre a situação em Mariana. Colaborou MARINA DIAS, de Brasília
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O liberalismo moderno se transformou numa nova inquisição
Será que um cristão pode fazer política? Não falo de um fundamentalista que pretende aplicar os preceitos bíblicos a toda a sociedade. Falo de um cristão "moderado", que sabe distinguir os princípios morais que regem a sua vida e os valores seculares que regem a vida da comunidade. Falo, enfim, de um cristão que conhece o preceito bíblico de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César –uma distinção crucial para a emergência do liberalismo e, claro, inexistente no Islã. Haverá lugar para essa criatura? Maquiavel tratou da questão com brutalidade: não, não há. Para recuperar a influente interpretação de Isaiah Berlin sobre o florentino, o cristianismo é uma religião estimável, até admirável. Mas funciona apenas para os assuntos privados. Na esfera pública, exige-se ao príncipe certas virtudes que obviamente colidem com a mensagem bíblica. Virtudes "pagãs", digamos assim, embora eu sempre tenha duvidado dessa conclusão de Berlin. Lemos Maquiavel e só por piada as "virtudes pagãs" dos seus tratados poderiam ser partilhadas por Cícero. As "virtudes" de Maquiavel são um capítulo novo na história da política e não uma nostalgia clássica. Mas divago. Ou não divago. Porque a pergunta inicial aflorou nos últimos dias com a demissão de Tim Farron, o líder dos Liberais Democratas no Reino Unido. Já tudo foi escrito sobre as eleições britânicas. O colapso dos conservadores, a espantosa ressurreição dos trabalhistas. Mas que dizer do destino de Tim Farron? Leio no "Wall Street Journal" um artigo de Sohrab Ahmari que relata esse destino. Tim Farron, cristão evangélico, tem visões conservadoras sobre certos temas sociais. Como a homossexualidade. Como o aborto. Comecemos pelo primeiro. Será a homossexualidade um pecado? A pergunta foi feita em 2015 e Tim Farron respondeu: "Todos somos pecadores". Não foi suficiente uma tal exibição de humildade. Durante a campanha, o fantasma regressou e Farron tentou enterrá-lo. Não, a homossexualidade não é um pecado, disse ele. Também não foi suficiente. Se a homossexualidade não era um pecado, por que motivo Tim Farron demorou tanto tempo a reconhecê-lo? Sem falar do aborto. Em 2007, parece que o "Guardian" encontrou uma frase de Farron na qual ele declarava que "o aborto é errado". Essa espantosa declaração, nunca antes vista na história da humanidade, provocou a tempestade respectiva. Pergunta: as opiniões de Farron estão certas ou erradas? Um fanático formula essa pergunta. Mas ela não faz sentido do ponto de visto político. A pergunta certa é saber se os valores religiosos de Tim Farron se sobrepõem aos consensos democraticamente estabelecidos no Reino Unido. O próprio Farron foi claro: voltar a proibir o aborto seria um plano "impraticável". E abolir o "casamento gay" não estava na agenda. Nada feito. Como escreve Sohrab Ahmari, não era suficiente que o aborto ou o casamento gay estivessem liberados. Tim Farron deveria aplaudir ambas as leis, prescindindo das suas convicções mais íntimas. Foi o fim de uma carreira. Eis a suprema perversão do liberalismo moderno. Tempos houve em que a proposta liberal procurava separar a política da religião. Não cabe ao Estado legislar sobre a alma dos homens, escrevia John Locke. Em matérias de consciência, o indivíduo é soberano. De igual forma, não cabe à alma dos homens determinar os destinos da "polis". Hoje, o caso de Tim Farron apenas mostra como o liberalismo moderno se transformou numa forma de religião. E de inquisição: quem discorda da cartilha é um herege que merece a fogueira das vaidades progressistas. A política não é uma arena de consensos entre visões distintas do bem comum. É um tribunal onde os pecadores devem confessar os seus crimes (de joelhos) e abraçar a Verdade (com maiúscula). O problema desta visão medieval das coisas não está apenas na "intolerância" que ela revela. Muito menos na quantidade de "homens vazios" que ela promove: criaturas destituídas de qualquer vida interior, que debitam como se fossem robôs o "software" da moda. O problema é mais vasto: aqueles que destroem a consciência individual em nome do "bem coletivo" estão a destruir a última barreira contra o poder arbitrário. Uma barreira de que eles podem precisar um dia se o pêndulo do fanatismo mudar de direção.
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O liberalismo moderno se transformou numa nova inquisiçãoSerá que um cristão pode fazer política? Não falo de um fundamentalista que pretende aplicar os preceitos bíblicos a toda a sociedade. Falo de um cristão "moderado", que sabe distinguir os princípios morais que regem a sua vida e os valores seculares que regem a vida da comunidade. Falo, enfim, de um cristão que conhece o preceito bíblico de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César –uma distinção crucial para a emergência do liberalismo e, claro, inexistente no Islã. Haverá lugar para essa criatura? Maquiavel tratou da questão com brutalidade: não, não há. Para recuperar a influente interpretação de Isaiah Berlin sobre o florentino, o cristianismo é uma religião estimável, até admirável. Mas funciona apenas para os assuntos privados. Na esfera pública, exige-se ao príncipe certas virtudes que obviamente colidem com a mensagem bíblica. Virtudes "pagãs", digamos assim, embora eu sempre tenha duvidado dessa conclusão de Berlin. Lemos Maquiavel e só por piada as "virtudes pagãs" dos seus tratados poderiam ser partilhadas por Cícero. As "virtudes" de Maquiavel são um capítulo novo na história da política e não uma nostalgia clássica. Mas divago. Ou não divago. Porque a pergunta inicial aflorou nos últimos dias com a demissão de Tim Farron, o líder dos Liberais Democratas no Reino Unido. Já tudo foi escrito sobre as eleições britânicas. O colapso dos conservadores, a espantosa ressurreição dos trabalhistas. Mas que dizer do destino de Tim Farron? Leio no "Wall Street Journal" um artigo de Sohrab Ahmari que relata esse destino. Tim Farron, cristão evangélico, tem visões conservadoras sobre certos temas sociais. Como a homossexualidade. Como o aborto. Comecemos pelo primeiro. Será a homossexualidade um pecado? A pergunta foi feita em 2015 e Tim Farron respondeu: "Todos somos pecadores". Não foi suficiente uma tal exibição de humildade. Durante a campanha, o fantasma regressou e Farron tentou enterrá-lo. Não, a homossexualidade não é um pecado, disse ele. Também não foi suficiente. Se a homossexualidade não era um pecado, por que motivo Tim Farron demorou tanto tempo a reconhecê-lo? Sem falar do aborto. Em 2007, parece que o "Guardian" encontrou uma frase de Farron na qual ele declarava que "o aborto é errado". Essa espantosa declaração, nunca antes vista na história da humanidade, provocou a tempestade respectiva. Pergunta: as opiniões de Farron estão certas ou erradas? Um fanático formula essa pergunta. Mas ela não faz sentido do ponto de visto político. A pergunta certa é saber se os valores religiosos de Tim Farron se sobrepõem aos consensos democraticamente estabelecidos no Reino Unido. O próprio Farron foi claro: voltar a proibir o aborto seria um plano "impraticável". E abolir o "casamento gay" não estava na agenda. Nada feito. Como escreve Sohrab Ahmari, não era suficiente que o aborto ou o casamento gay estivessem liberados. Tim Farron deveria aplaudir ambas as leis, prescindindo das suas convicções mais íntimas. Foi o fim de uma carreira. Eis a suprema perversão do liberalismo moderno. Tempos houve em que a proposta liberal procurava separar a política da religião. Não cabe ao Estado legislar sobre a alma dos homens, escrevia John Locke. Em matérias de consciência, o indivíduo é soberano. De igual forma, não cabe à alma dos homens determinar os destinos da "polis". Hoje, o caso de Tim Farron apenas mostra como o liberalismo moderno se transformou numa forma de religião. E de inquisição: quem discorda da cartilha é um herege que merece a fogueira das vaidades progressistas. A política não é uma arena de consensos entre visões distintas do bem comum. É um tribunal onde os pecadores devem confessar os seus crimes (de joelhos) e abraçar a Verdade (com maiúscula). O problema desta visão medieval das coisas não está apenas na "intolerância" que ela revela. Muito menos na quantidade de "homens vazios" que ela promove: criaturas destituídas de qualquer vida interior, que debitam como se fossem robôs o "software" da moda. O problema é mais vasto: aqueles que destroem a consciência individual em nome do "bem coletivo" estão a destruir a última barreira contra o poder arbitrário. Uma barreira de que eles podem precisar um dia se o pêndulo do fanatismo mudar de direção.
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O inadiável ajuste nas contas
A persistência da maior crise econômica, ética e social da história do Brasil produziu um inesperado consenso entre economistas e gestores públicos: é inadiável um ajuste fiscal em todos os níveis de poder. Não faltam críticas procedentes de que deveríamos ter nos antecipado nessa tarefa, aproveitando os tempos de bonança, como na fábula da cigarra e da formiga. É preciso prover e ser previdente no tempo bom, para depois poder enfrentar o inverno. Com o perdão da ousadia, acho que fizemos um pouco disso no Paraná. Em dezembro de 2014, com os sinais de deterioração no horizonte, iniciamos um forte ajuste. Encaramos a questão da Previdência dos servidores públicos -que naquele momento impunha compromissos exagerados ao Tesouro estadual- e revisamos alíquotas de impostos, ajustando-as aos níveis praticados em outras unidades da Federação. Impusemos limites aos gastos e ao crescimento das despesas, que terminaram por contar com boa margem de apoio na iniciativa privada e até mesmo no funcionalismo público. São controles cada vez mais rígidos, que exigem atenção permanente para garantir novas economias e o corte de despesas não prioritárias. Claro que nos favorece a inevitável comparação com outros Estados, nos quais salários atrasados ou parcelados foram tomados como exemplo de realidade a ser rejeitada. A manutenção de pagamentos em dia é mais importante que o argumento corporativo dos sindicatos, sempre a querer mais e mais benefícios. Fornecedores que recebem nas datas combinadas também fazem parte dessa receita. Os investimentos públicos voltaram a crescer. As obras de infraestrutura criam novas condições para o avanço dos investimentos privados, num ciclo virtuoso e poderoso para debelar crises e gerar empregos. Costumo dizer que não há mau governo com dinheiro em caixa. Não para entesourar riqueza, mas para organizar e programar os investimentos, segundo prioridades definidas pela sociedade. Neste momento em que o Brasil precisa, mais do que nunca, de ajustes de Norte a Sul, vejo que a experiência paranaense deve ser olhada como um gesto de coragem e de contribuição para o país. Não há fórmulas mágicas ou indolores, mas é por comparação que vamos descobrindo novos caminhos para retomar o crescimento e recuperar os milhões de empregos perdidos nos desvãos da crise. O debate sobre a Previdência é apenas parte do problema. No entanto, o êxito de um projeto que devolva solvência ao sistema, sem impor sacrifícios demasiados aos trabalhadores, será visto como o primeiro passo numa reforma maior, que aponte para novas bases nas relações federativas. O contrário disso será desastroso. Apesar de tudo, sou otimista. É na dificuldade que aprendemos a procurar as saídas mais responsáveis. O Brasil que quer resgatar a esperança tem um encontro marcado com seus deficits nas contas públicas. E não pode fugir dele. Não se trata mais de escolher entre fazer ou não fazer o ajuste e as reformas. Chegou a hora de ousar e realizar. A história, mais uma vez, cobrará daqueles que possuem a responsabilidade e a oportunidade em suas mãos. O bom desse desafio é que no final, feito o ajuste, o cenário é bem mais favorável que a fatigante rotina de administrar o caos. BETO RICHA (PSDB) é governador do Paraná. Foi prefeito de Curitiba e deputado estadual PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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O inadiável ajuste nas contasA persistência da maior crise econômica, ética e social da história do Brasil produziu um inesperado consenso entre economistas e gestores públicos: é inadiável um ajuste fiscal em todos os níveis de poder. Não faltam críticas procedentes de que deveríamos ter nos antecipado nessa tarefa, aproveitando os tempos de bonança, como na fábula da cigarra e da formiga. É preciso prover e ser previdente no tempo bom, para depois poder enfrentar o inverno. Com o perdão da ousadia, acho que fizemos um pouco disso no Paraná. Em dezembro de 2014, com os sinais de deterioração no horizonte, iniciamos um forte ajuste. Encaramos a questão da Previdência dos servidores públicos -que naquele momento impunha compromissos exagerados ao Tesouro estadual- e revisamos alíquotas de impostos, ajustando-as aos níveis praticados em outras unidades da Federação. Impusemos limites aos gastos e ao crescimento das despesas, que terminaram por contar com boa margem de apoio na iniciativa privada e até mesmo no funcionalismo público. São controles cada vez mais rígidos, que exigem atenção permanente para garantir novas economias e o corte de despesas não prioritárias. Claro que nos favorece a inevitável comparação com outros Estados, nos quais salários atrasados ou parcelados foram tomados como exemplo de realidade a ser rejeitada. A manutenção de pagamentos em dia é mais importante que o argumento corporativo dos sindicatos, sempre a querer mais e mais benefícios. Fornecedores que recebem nas datas combinadas também fazem parte dessa receita. Os investimentos públicos voltaram a crescer. As obras de infraestrutura criam novas condições para o avanço dos investimentos privados, num ciclo virtuoso e poderoso para debelar crises e gerar empregos. Costumo dizer que não há mau governo com dinheiro em caixa. Não para entesourar riqueza, mas para organizar e programar os investimentos, segundo prioridades definidas pela sociedade. Neste momento em que o Brasil precisa, mais do que nunca, de ajustes de Norte a Sul, vejo que a experiência paranaense deve ser olhada como um gesto de coragem e de contribuição para o país. Não há fórmulas mágicas ou indolores, mas é por comparação que vamos descobrindo novos caminhos para retomar o crescimento e recuperar os milhões de empregos perdidos nos desvãos da crise. O debate sobre a Previdência é apenas parte do problema. No entanto, o êxito de um projeto que devolva solvência ao sistema, sem impor sacrifícios demasiados aos trabalhadores, será visto como o primeiro passo numa reforma maior, que aponte para novas bases nas relações federativas. O contrário disso será desastroso. Apesar de tudo, sou otimista. É na dificuldade que aprendemos a procurar as saídas mais responsáveis. O Brasil que quer resgatar a esperança tem um encontro marcado com seus deficits nas contas públicas. E não pode fugir dele. Não se trata mais de escolher entre fazer ou não fazer o ajuste e as reformas. Chegou a hora de ousar e realizar. A história, mais uma vez, cobrará daqueles que possuem a responsabilidade e a oportunidade em suas mãos. O bom desse desafio é que no final, feito o ajuste, o cenário é bem mais favorável que a fatigante rotina de administrar o caos. BETO RICHA (PSDB) é governador do Paraná. Foi prefeito de Curitiba e deputado estadual PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Filme secreto de Manoel de Oliveira sobre si mesmo é exibido na Mostra
Em 1982, aos 73 anos, Manoel de Oliveira fez um filme –como ele próprio define– sobre Manoel de Oliveira. Desiludido, considerando que já tinha vivido a fase mais forte de sua vida, o cineasta português realizou "Visita ou Memórias e Confissões", sob a condição de que só fosse visto depois de sua morte. Ele não imaginava, apenas, que viveria tanto –o realizador morreu neste ano, aos 106, 33 anos depois de concluir o longa confessional no qual intercala imagens de sua casa, com a voz em off de dois atores, a relatos pessoais. O diretor se coloca em frente à câmera para explicar, de forma didática, sua genealogia familiar e sua trajetória de vida: "Esta é a casa onde vivi 40 anos e me vejo forçado a abandoná-la", lamenta. DESPEDIDA Na época, endividado, Oliveira precisou vender a residência que ele mandou construir. Antes de deixar o local, no entanto, gravou sua despedida. Mas as filmagens foram esquecidas após os negativos serem confiados à Cinemateca Portuguesa. "Ele nunca deu uma explicação, também ninguém nunca a pediu", diz Adelaide Maria Oliveira Trepa, sua filha. "Foi um testemunho que quis deixar quando perdeu a casa", ela supõe. Elso Roque, diretor de fotografia, a quem Oliveira conheceu na década de 1960, participou do projeto que foi rodado em uma semana. Só assistiu ao resultado, porém, este ano. "Fiquei sensibilizado, percebi que o filme já era uma despedida", conta. Ricardo Trepa, neto do cineasta, aparece na fita aos dez anos, em uma cena na qual todas as crianças da família brincam nos jardins. "Meu avô impôs uma condição, e eu a respeitei. Nunca falou sobre o assunto e, não tomando ele a iniciativa, achei que não caberia a mim", diz também seu neto. Trepa se tornou ator e trabalhou com o avô em diversos filmes, inclusive em "O Estranho Caso de Angélica", longa de 2010 que, no tempo de "Visita ou Memórias...", o diretor cita como um projeto que não conseguiu realizar. Para o neto, "isso só prova como a vida dá muitas voltas". PUDOR Antes da exibição que aconteceu este ano, após a morte do realizador, o filme já havia sido mostrado em 1982 e 1993, em duas sessões que ocorreram na Cinemateca Portuguesa para um grupo seleto de convidados. José Manuel Costa, atual diretor da instituição, participou da primeira. Para ele, que, assim como Manoel de Oliveira, pertence a uma geração na qual era incomum produzir obras sobre si próprio, o cineasta não divulgou o trabalho por pudor. O longa, que contou com dinheiro do Instituto Português de Cinema, foi visto à época como uma forma de saldar dívidas do país para com o diretor. "Havia uma sensação de débito no país em relação a Oliveira, que era um cineasta reconhecido, mas que quase não havia recebido subsídio para seus filmes", diz Costa. Antes de rodar "Visita ou Memórias...", Oliveira tinha feito apenas seis filmes, contra mais de vinte que realizou nas três décadas seguintes. Sua filha, que também esteve na sessão de 1982, conta que as cenas pouco lhe marcaram na data, diferentemente do impacto que causaram na atualidade. "Não vemos as pessoas que falam na fita, são uns fantasmas. A pessoa que aparece, meu pai, já não existe. É um filme imaterial", conclui, desculpando-se por não ser nenhuma crítica de cinema.
ilustrada
Filme secreto de Manoel de Oliveira sobre si mesmo é exibido na MostraEm 1982, aos 73 anos, Manoel de Oliveira fez um filme –como ele próprio define– sobre Manoel de Oliveira. Desiludido, considerando que já tinha vivido a fase mais forte de sua vida, o cineasta português realizou "Visita ou Memórias e Confissões", sob a condição de que só fosse visto depois de sua morte. Ele não imaginava, apenas, que viveria tanto –o realizador morreu neste ano, aos 106, 33 anos depois de concluir o longa confessional no qual intercala imagens de sua casa, com a voz em off de dois atores, a relatos pessoais. O diretor se coloca em frente à câmera para explicar, de forma didática, sua genealogia familiar e sua trajetória de vida: "Esta é a casa onde vivi 40 anos e me vejo forçado a abandoná-la", lamenta. DESPEDIDA Na época, endividado, Oliveira precisou vender a residência que ele mandou construir. Antes de deixar o local, no entanto, gravou sua despedida. Mas as filmagens foram esquecidas após os negativos serem confiados à Cinemateca Portuguesa. "Ele nunca deu uma explicação, também ninguém nunca a pediu", diz Adelaide Maria Oliveira Trepa, sua filha. "Foi um testemunho que quis deixar quando perdeu a casa", ela supõe. Elso Roque, diretor de fotografia, a quem Oliveira conheceu na década de 1960, participou do projeto que foi rodado em uma semana. Só assistiu ao resultado, porém, este ano. "Fiquei sensibilizado, percebi que o filme já era uma despedida", conta. Ricardo Trepa, neto do cineasta, aparece na fita aos dez anos, em uma cena na qual todas as crianças da família brincam nos jardins. "Meu avô impôs uma condição, e eu a respeitei. Nunca falou sobre o assunto e, não tomando ele a iniciativa, achei que não caberia a mim", diz também seu neto. Trepa se tornou ator e trabalhou com o avô em diversos filmes, inclusive em "O Estranho Caso de Angélica", longa de 2010 que, no tempo de "Visita ou Memórias...", o diretor cita como um projeto que não conseguiu realizar. Para o neto, "isso só prova como a vida dá muitas voltas". PUDOR Antes da exibição que aconteceu este ano, após a morte do realizador, o filme já havia sido mostrado em 1982 e 1993, em duas sessões que ocorreram na Cinemateca Portuguesa para um grupo seleto de convidados. José Manuel Costa, atual diretor da instituição, participou da primeira. Para ele, que, assim como Manoel de Oliveira, pertence a uma geração na qual era incomum produzir obras sobre si próprio, o cineasta não divulgou o trabalho por pudor. O longa, que contou com dinheiro do Instituto Português de Cinema, foi visto à época como uma forma de saldar dívidas do país para com o diretor. "Havia uma sensação de débito no país em relação a Oliveira, que era um cineasta reconhecido, mas que quase não havia recebido subsídio para seus filmes", diz Costa. Antes de rodar "Visita ou Memórias...", Oliveira tinha feito apenas seis filmes, contra mais de vinte que realizou nas três décadas seguintes. Sua filha, que também esteve na sessão de 1982, conta que as cenas pouco lhe marcaram na data, diferentemente do impacto que causaram na atualidade. "Não vemos as pessoas que falam na fita, são uns fantasmas. A pessoa que aparece, meu pai, já não existe. É um filme imaterial", conclui, desculpando-se por não ser nenhuma crítica de cinema.
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Punição por atraso nos salários nunca tirou pontos dos times no Paulista
Em vigor desde 2012, a punição que prevê a perda de pontos no Campeonato Paulista para os clubes que atrasam salários será agora adotada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já no Campeonato Brasileiro deste ano. A decisão foi tomada na segunda-feira (2), na sede da entidade, com representantes dos clubes. Em São Paulo, a medida não tem funcionado, apesar de casos notórios de atrasos de salários, como o Marília neste início ano. Na primeira divisão, ao menos, nunca uma equipe perdeu pontos por atrasar pagamentos. O principal motivo para a ineficiência da ideia no Estado de São Paulo é que, para a regra ser colocada em prática, os jogadores precisam denunciar os empregadores, ou seja, os clubes. Somente após a denúncia, o Tribunal de Justiça Desportiva pode julgar. No Brasileiro, os casos vão para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. "Não se aceita, em regra, processo baseado em denuncia anônima", explica o advogado e ex-jogador Rinaldo José Martorelli, presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol. "Estamos negociando uma forma de fazer valer o procedimento sem a participação direta do jogador", diz. O Brasileiro teve casos de atraso de salários nos últimos anos. Em 2013, o elenco do Náutico até cogitou fazer greve para tentar receber. A adoção da regra é uma das medidas para que a renegociação das dívidas fiscais dos clubes com a União saia do papel. A ideia é que os deputados federais votem o projeto de lei que trata do tema nesta semana. Parlamentares como Rodrigo Maia (DEM-RJ) estiveram na reunião da CBF.
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Punição por atraso nos salários nunca tirou pontos dos times no PaulistaEm vigor desde 2012, a punição que prevê a perda de pontos no Campeonato Paulista para os clubes que atrasam salários será agora adotada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já no Campeonato Brasileiro deste ano. A decisão foi tomada na segunda-feira (2), na sede da entidade, com representantes dos clubes. Em São Paulo, a medida não tem funcionado, apesar de casos notórios de atrasos de salários, como o Marília neste início ano. Na primeira divisão, ao menos, nunca uma equipe perdeu pontos por atrasar pagamentos. O principal motivo para a ineficiência da ideia no Estado de São Paulo é que, para a regra ser colocada em prática, os jogadores precisam denunciar os empregadores, ou seja, os clubes. Somente após a denúncia, o Tribunal de Justiça Desportiva pode julgar. No Brasileiro, os casos vão para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. "Não se aceita, em regra, processo baseado em denuncia anônima", explica o advogado e ex-jogador Rinaldo José Martorelli, presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol. "Estamos negociando uma forma de fazer valer o procedimento sem a participação direta do jogador", diz. O Brasileiro teve casos de atraso de salários nos últimos anos. Em 2013, o elenco do Náutico até cogitou fazer greve para tentar receber. A adoção da regra é uma das medidas para que a renegociação das dívidas fiscais dos clubes com a União saia do papel. A ideia é que os deputados federais votem o projeto de lei que trata do tema nesta semana. Parlamentares como Rodrigo Maia (DEM-RJ) estiveram na reunião da CBF.
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Merkel diz que refugiados autores de ataques 'zombam de quem os acolheu'
A chanceler Angela Merkel afirmou nesta quinta (28) que os terroristas que atacaram a Alemanha na última semana procuram diminuir a disposição do país para acolher refugiados e que seu governo é contra o bloqueio da entrada de quem procura asilo. Durante entrevista coletiva em Berlim, ela disse ainda que a Alemanha fará "tudo o que for humanamente possível" para garantir a segurança dos cidadãos após os ataques. "Eles [os terroristas] veem o ódio e o medo entre as culturas e entre as religiões. Nós nos colocamos contra isso", afirmou. "Os refugiados que atacaram o país zombam de quem os acolheu." "Os terroristas querem que percamos de vista o que é importante, aniquilar nossa coesão e senso de comunidade, além de inibir nosso estilo de vida, nossa abertura e nossa vontade de acolher quem precisa", afirmou. A chanceler ainda disse que o país irá "manter seus princípios" e dar abrigo a quem merece. Merkel interrompeu suas férias, iniciadas no último fim de semana, para responder a críticas a respeito da política de refugiados no país. Ela enfrenta desaprovação de políticos da direita e da esquerda devido a medidas que garantiram apoio aos migrantes e permitiu a entrada de mais de 1 milhão deles no último ano. A chanceler foi a responsável pela articulação de um acordo entre a União Europeia e a Turquia, em abril deste ano, que regulou a entrada de refugiados que tentam escapar de conflitos em países como a Síria e o Afeganistão. Pelo acerto, a Turquia passou a receber de volta todos os migrantes e refugiados que forem pegos cruzando ilegalmente o mar Egeu rumo à Grécia –mesmo aqueles que conseguirem chegar a alguma das ilhas gregas. Em contrapartida, a UE terá de respeitar a regra do "um por um": a cada refugiado sírio que retorne à Turquia, um outro que já estiver em acampamentos turcos será reassentado em algum país-membro do bloco. Quem não tentou entrar antes ilegalmente na Europa terá prioridade na lista. ATAQUES No domingo (24), 12 pessoas ficaram feridas –três em estado grave– após uma explosão registrada na cidade de Ansbach, perto de Nuremberg, na Alemanha. O autor do ataque, um refugiado sírio de 27 anos que teve seu pedido de asilo no na Alemanha negado há um ano, morreu no atentado. Também no domingo, um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher e deixou outras duas pessoas feridas com um facão na cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha. Os investigadores dizem que não há evidências de que o ataque seja ligado a algum grupo terrorista. De acordo com um porta-voz da polícia, o homem, que buscava asilo na Europa, já esteve envolvido em outros delitos. Ele não informou, contudo, quando ele chegou à Alemanha e quando os incidentes anteriores ocorreram. Na sexta-feira (22), Ali David Sonboly, jovem de 18 anos com dupla nacionalidade -alemã e iraniana-, atirou em um shopping de Munique, deixando nove mortos e 35 feridos. O jovem cometeu suicídio após o ataque. Segundo a polícia, ele não tinha vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico. Já no dia 18, um homem armado com um machado e uma faca feriu quatro pessoas em um trem na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha. O agressor, um adolescente afegão de 17 anos que buscava asilo na Europa, foi morto pela polícia. Horas depois, o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque no trem.
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Merkel diz que refugiados autores de ataques 'zombam de quem os acolheu'A chanceler Angela Merkel afirmou nesta quinta (28) que os terroristas que atacaram a Alemanha na última semana procuram diminuir a disposição do país para acolher refugiados e que seu governo é contra o bloqueio da entrada de quem procura asilo. Durante entrevista coletiva em Berlim, ela disse ainda que a Alemanha fará "tudo o que for humanamente possível" para garantir a segurança dos cidadãos após os ataques. "Eles [os terroristas] veem o ódio e o medo entre as culturas e entre as religiões. Nós nos colocamos contra isso", afirmou. "Os refugiados que atacaram o país zombam de quem os acolheu." "Os terroristas querem que percamos de vista o que é importante, aniquilar nossa coesão e senso de comunidade, além de inibir nosso estilo de vida, nossa abertura e nossa vontade de acolher quem precisa", afirmou. A chanceler ainda disse que o país irá "manter seus princípios" e dar abrigo a quem merece. Merkel interrompeu suas férias, iniciadas no último fim de semana, para responder a críticas a respeito da política de refugiados no país. Ela enfrenta desaprovação de políticos da direita e da esquerda devido a medidas que garantiram apoio aos migrantes e permitiu a entrada de mais de 1 milhão deles no último ano. A chanceler foi a responsável pela articulação de um acordo entre a União Europeia e a Turquia, em abril deste ano, que regulou a entrada de refugiados que tentam escapar de conflitos em países como a Síria e o Afeganistão. Pelo acerto, a Turquia passou a receber de volta todos os migrantes e refugiados que forem pegos cruzando ilegalmente o mar Egeu rumo à Grécia –mesmo aqueles que conseguirem chegar a alguma das ilhas gregas. Em contrapartida, a UE terá de respeitar a regra do "um por um": a cada refugiado sírio que retorne à Turquia, um outro que já estiver em acampamentos turcos será reassentado em algum país-membro do bloco. Quem não tentou entrar antes ilegalmente na Europa terá prioridade na lista. ATAQUES No domingo (24), 12 pessoas ficaram feridas –três em estado grave– após uma explosão registrada na cidade de Ansbach, perto de Nuremberg, na Alemanha. O autor do ataque, um refugiado sírio de 27 anos que teve seu pedido de asilo no na Alemanha negado há um ano, morreu no atentado. Também no domingo, um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher e deixou outras duas pessoas feridas com um facão na cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha. Os investigadores dizem que não há evidências de que o ataque seja ligado a algum grupo terrorista. De acordo com um porta-voz da polícia, o homem, que buscava asilo na Europa, já esteve envolvido em outros delitos. Ele não informou, contudo, quando ele chegou à Alemanha e quando os incidentes anteriores ocorreram. Na sexta-feira (22), Ali David Sonboly, jovem de 18 anos com dupla nacionalidade -alemã e iraniana-, atirou em um shopping de Munique, deixando nove mortos e 35 feridos. O jovem cometeu suicídio após o ataque. Segundo a polícia, ele não tinha vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico. Já no dia 18, um homem armado com um machado e uma faca feriu quatro pessoas em um trem na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha. O agressor, um adolescente afegão de 17 anos que buscava asilo na Europa, foi morto pela polícia. Horas depois, o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque no trem.
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Brasileira está entre os dez cientistas mais influentes de 2016, diz 'Nature'
A epidemiologista brasileira Celina Turchi entrou nesta segunda-feira (19) para a lista dos dez cientistas mais influentes do mundo em 2016 segundo a revista "Nature". O reconhecimento se deu graças a seu trabalho que permitiu associar a microcefalia à infecção pelo vírus zika, informou a publicação. De acordo com o editor da revista, Richard Monastersky, a escolha das "dez pessoas que importam na ciência" é feita com base nos avanços científicos revelados pelas pesquisas desenvolvidas por elas. Médica pela Universidade Federal de Goiás, mestre em epidemiologia pela London School of hygiene & tropical medicine e doutora pelo departamento de medicina preventiva da USP, a brasileira Celina Turchi já desenvolveu pesquisas em diversas instituições nacionais e internacionais. Com experiência na área de epidemiologia das doenças infecciosas, atualmente, Turchi atua como pesquisadora no Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães –Fiocruz no Estado de Pernambuco. Em entrevista à agência de notícias Lusa, Turchi atribuiu a indicação da "Nature" a todo o grupo de pesquisadores que participou da investigação sobre o vírus da zika. "São cientistas que têm muito interesse, que se empenharam muito, trabalharam em equipes multidisciplinares, com múltiplas universidades e institutos de pesquisa. Esta distinção é para todos os componentes desse grupo. Sinto que estou só representando um grupo de cientistas e profissionais de saúde do Brasil", disse. AVANÇO CIENTÍFICO Os resultados preliminares do estudo, publicados em setembro pela revista "Lancet Infectious Diseases", demonstram que a epidemia de microcefalia registrada no Brasil em 2015 é resultado da infecção congênita pelo vírus zika. O estudo comparou os 32 recém-nascidos com microcefalia nascidos em oito hospitais públicos do Recife, em Pernambuco, entre janeiro e maio deste ano, com 62 bebês nascidos sem microcefalia nos mesmos hospitais e no mesmo período. Os cientistas recolheram amostras de sangue dos dois grupos e amostras de líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central) dos bebês com a doença, que foram submetidas a análises para o vírus zika e os anticorpos para o mesmo vírus. A conclusão foi que 13 dos 32 casos (41%) tiveram resultados positivos para a presença do vírus no sangue ou no líquido cefalorraquidiano, contra nenhum dos 63 bebês saudáveis. "Concluímos que a epidemia de microcefalia é o resultado da infecção congênita por zika", escreveram os autores no artigo então publicado. O estudo continua em curso e deverá incluir 200 casos de recém-nascidos com microcefalia e 400 sem a doença, o que permitirá quantificar o risco com maior precisão e investigar o papel de outros fatores na epidemia de microcefalia. "Pensar que em menos de um ano se estabelece o vínculo causal com uma doença e se levanta a hipótese e se consegue estabelecer o vínculo de associação entre a infecção congênita e a doença. É um novo capítulo da medicina", disse Turchi, lembrando que esse conhecimento é útil para que se invista na prevenção. A cientista brasileira, no entanto, lamentou o fato de que a mesma rapidez não se verifica do ponto de vista da saúde pública. "Do ponto de vista das ações e aporte de recursos, ainda não temos a preparação suficiente para respostas imediatas. Do ponto de vista da sociedade, ainda é precário. [A microcefalia] é uma carga social e para os serviços de saúde", disse, comentado a incapacidade provocada pela doença nas crianças, o peso para as famílias e o aumento da procura dos serviços de saúde. CIENTISTAS INFLUENTES Além de Turchi, também constam na lista a porta-voz do Ligo (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory), Gabriela Gonzalez, pela descoberta das ondas gravitacionais; o astrônomo Guillem Anglada-Escudé por descobrir um planeta com tamanho semelhante à Terra na órbita de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol. Também aparecem na publicação Demis Hassabis, cofundador da empresa de inteligência artificial DeepMind; o especialista em fertilidade John Zhang; Kevin Esvelt, que alertou para os perigos de uma técnica que permite forçar um gene a espalhar-se mais depressa do que o normal por uma população; bem como Terry Hughes, que alertou para a descoloração da Grande Barreira de Coral, na Austrália. Outros cientistas na lista dos mais influentes são o químico atmosférico Guus Velders; a física Elena Long; e Alexandra Elbakyan pelo seu site Sci-Hub, que desafiou as publicações científicas convencionais ao disponibilizar ilegalmente na internet 60 milhões de artigos.
ciencia
Brasileira está entre os dez cientistas mais influentes de 2016, diz 'Nature'A epidemiologista brasileira Celina Turchi entrou nesta segunda-feira (19) para a lista dos dez cientistas mais influentes do mundo em 2016 segundo a revista "Nature". O reconhecimento se deu graças a seu trabalho que permitiu associar a microcefalia à infecção pelo vírus zika, informou a publicação. De acordo com o editor da revista, Richard Monastersky, a escolha das "dez pessoas que importam na ciência" é feita com base nos avanços científicos revelados pelas pesquisas desenvolvidas por elas. Médica pela Universidade Federal de Goiás, mestre em epidemiologia pela London School of hygiene & tropical medicine e doutora pelo departamento de medicina preventiva da USP, a brasileira Celina Turchi já desenvolveu pesquisas em diversas instituições nacionais e internacionais. Com experiência na área de epidemiologia das doenças infecciosas, atualmente, Turchi atua como pesquisadora no Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães –Fiocruz no Estado de Pernambuco. Em entrevista à agência de notícias Lusa, Turchi atribuiu a indicação da "Nature" a todo o grupo de pesquisadores que participou da investigação sobre o vírus da zika. "São cientistas que têm muito interesse, que se empenharam muito, trabalharam em equipes multidisciplinares, com múltiplas universidades e institutos de pesquisa. Esta distinção é para todos os componentes desse grupo. Sinto que estou só representando um grupo de cientistas e profissionais de saúde do Brasil", disse. AVANÇO CIENTÍFICO Os resultados preliminares do estudo, publicados em setembro pela revista "Lancet Infectious Diseases", demonstram que a epidemia de microcefalia registrada no Brasil em 2015 é resultado da infecção congênita pelo vírus zika. O estudo comparou os 32 recém-nascidos com microcefalia nascidos em oito hospitais públicos do Recife, em Pernambuco, entre janeiro e maio deste ano, com 62 bebês nascidos sem microcefalia nos mesmos hospitais e no mesmo período. Os cientistas recolheram amostras de sangue dos dois grupos e amostras de líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central) dos bebês com a doença, que foram submetidas a análises para o vírus zika e os anticorpos para o mesmo vírus. A conclusão foi que 13 dos 32 casos (41%) tiveram resultados positivos para a presença do vírus no sangue ou no líquido cefalorraquidiano, contra nenhum dos 63 bebês saudáveis. "Concluímos que a epidemia de microcefalia é o resultado da infecção congênita por zika", escreveram os autores no artigo então publicado. O estudo continua em curso e deverá incluir 200 casos de recém-nascidos com microcefalia e 400 sem a doença, o que permitirá quantificar o risco com maior precisão e investigar o papel de outros fatores na epidemia de microcefalia. "Pensar que em menos de um ano se estabelece o vínculo causal com uma doença e se levanta a hipótese e se consegue estabelecer o vínculo de associação entre a infecção congênita e a doença. É um novo capítulo da medicina", disse Turchi, lembrando que esse conhecimento é útil para que se invista na prevenção. A cientista brasileira, no entanto, lamentou o fato de que a mesma rapidez não se verifica do ponto de vista da saúde pública. "Do ponto de vista das ações e aporte de recursos, ainda não temos a preparação suficiente para respostas imediatas. Do ponto de vista da sociedade, ainda é precário. [A microcefalia] é uma carga social e para os serviços de saúde", disse, comentado a incapacidade provocada pela doença nas crianças, o peso para as famílias e o aumento da procura dos serviços de saúde. CIENTISTAS INFLUENTES Além de Turchi, também constam na lista a porta-voz do Ligo (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory), Gabriela Gonzalez, pela descoberta das ondas gravitacionais; o astrônomo Guillem Anglada-Escudé por descobrir um planeta com tamanho semelhante à Terra na órbita de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol. Também aparecem na publicação Demis Hassabis, cofundador da empresa de inteligência artificial DeepMind; o especialista em fertilidade John Zhang; Kevin Esvelt, que alertou para os perigos de uma técnica que permite forçar um gene a espalhar-se mais depressa do que o normal por uma população; bem como Terry Hughes, que alertou para a descoloração da Grande Barreira de Coral, na Austrália. Outros cientistas na lista dos mais influentes são o químico atmosférico Guus Velders; a física Elena Long; e Alexandra Elbakyan pelo seu site Sci-Hub, que desafiou as publicações científicas convencionais ao disponibilizar ilegalmente na internet 60 milhões de artigos.
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Dividida entre povão e classe A, Valesca finalmente vai lançar seu CD
Valesca Reis dos Santos era frentista em posto de gasolina quando Leandro Gomes, o pai de seu filho recém-nascido que nunca lhe prometeu "exclusividade" no amor, fez uma proposta que ela não pôde recusar. Pardal, como é conhecido, parou para abastecer e perguntou: "Já viu o filme 'A Gaiola das Loucas'?". Valesca só riu. "Vem cá, está me chamando de louca?" Em seguida, ela pensou melhor e aceitou o desafio: dividiu-se entre turnos no posto (que "ficava em Del Castilho, bem longe do Rio das novelas") e em bailes funk, onde dançava por "uns R$ 50 a noite" na Gaiola das Popozudas, grupo de bailarinas fundado por Pardal. Quer saber mais? Clique aqui
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Dividida entre povão e classe A, Valesca finalmente vai lançar seu CDValesca Reis dos Santos era frentista em posto de gasolina quando Leandro Gomes, o pai de seu filho recém-nascido que nunca lhe prometeu "exclusividade" no amor, fez uma proposta que ela não pôde recusar. Pardal, como é conhecido, parou para abastecer e perguntou: "Já viu o filme 'A Gaiola das Loucas'?". Valesca só riu. "Vem cá, está me chamando de louca?" Em seguida, ela pensou melhor e aceitou o desafio: dividiu-se entre turnos no posto (que "ficava em Del Castilho, bem longe do Rio das novelas") e em bailes funk, onde dançava por "uns R$ 50 a noite" na Gaiola das Popozudas, grupo de bailarinas fundado por Pardal. Quer saber mais? Clique aqui
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Eletrobras vê como positiva proposta do governo de privatizar hidrelétricas
O presidente da estatal Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., disse que a proposta do governo federal de permitir privatizações de hidrelétricas antigas da companhia, que operam em um chamado "regime de cotas", com tarifas baixas, é positiva para a companhia e pode gerar ganhos também para o consumidor. A medida consta de propostas para uma reforma que o governo pretende promover no setor elétrico entre o segundo semestre e o início de 2018, e, segundo Ferreira, a Eletrobras começa a avaliar o assunto ainda nesta sexta-feira (28), em reunião do Conselho de Administração. O executivo disse que a venda dos ativos é uma alternativa favorável, principalmente dado que a Eletrobras hoje tem custos de em média R$ 40 por megawatt-hora para operar essas usinas, enquanto o "regime de cotas" prevê o repasse da produção de energia às distribuidoras por preços entre R$ 30 e R$ 40 por megawatt-hora. Pela proposta do governo, após a privatização a energia das hidrelétricas poderá ser vendida pelos novos donos dos ativos a preços de mercado, bem mais elevados, na casa dos R$ 200 por megawatt-hora, em um processo que vem sendo chamado de "descotização". "Sou favorável porque a descotização pode trazer um benefício ao consumidor e para nós... É positivo porque temos cotas com custo operacional superior à receita com essas cotas. Passamos a ter uma opção nova", disse Ferreira, após participar de evento na Fundação Getulio Vargas na noite desta quinta-feira (27). A Eletrobras ficaria com um terço dos ganhos com as vendas, enquanto Tesouro e consumidores de energia dividiriam o resto dos recursos, pela proposta do Ministério de Minas e Energia, que ainda está em discussão com a equipe econômica. Mas membros do governo já admitiram que pode haver ainda um repasse maior de recursos ao Tesouro, eventualmente com o compromisso de uma posterior capitalização da Eletrobras. Segundo o presidente da estatal, ainda é prematuro apontar quais usinas poderiam ser descotizadas e eventualmente privatizadas no futuro, mas ele ressaltou que a lista de ativos elegíveis ao processo envolve mais de 20 usinas com capacidade cerca de 14 mil megawatts. O executivo afirmou ainda que a venda dos ativos pode ser importante para que a Eletrobras cumpra sua meta de operar em 2018 com custos iguais à receita. "A descotização pode trazer um valor positivo à companhia, vamos avaliar", disse. ATRASO NAS DISTRIBUIDORAS O presidente da Eletrobras disse ainda que a estatal começará na próxima segunda-feira uma discussão mais aprofundada com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sobre o modelo para a venda de suas distribuidoras de energia que atuam no Norte e Nordeste, e que a companhia prevê privatizar ainda neste ano. Ele admitiu, no entanto, que as discussões com o banco estatal, que vai apoiar os processos de privatização, deveriam ter começado ainda no início de julho. Ainda assim, o executivo garante que o leve atraso no cronograma não vai impedir a estatal de cumprir sua meta de vender todas as distribuidoras ainda em 2017. "A primeira reunião para falar da modelagem e do valuation deveria ter sido no comecinho de julho, mas vai acontecer só na segunda feira. O plano básico de venda era novembro, mas dezembro ainda é 2017. Não vai ficar para o ano que vem, não", afirmou Ferreira. As distribuidoras da Eletrobras são fortemente deficitárias e operam no Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.
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Eletrobras vê como positiva proposta do governo de privatizar hidrelétricasO presidente da estatal Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., disse que a proposta do governo federal de permitir privatizações de hidrelétricas antigas da companhia, que operam em um chamado "regime de cotas", com tarifas baixas, é positiva para a companhia e pode gerar ganhos também para o consumidor. A medida consta de propostas para uma reforma que o governo pretende promover no setor elétrico entre o segundo semestre e o início de 2018, e, segundo Ferreira, a Eletrobras começa a avaliar o assunto ainda nesta sexta-feira (28), em reunião do Conselho de Administração. O executivo disse que a venda dos ativos é uma alternativa favorável, principalmente dado que a Eletrobras hoje tem custos de em média R$ 40 por megawatt-hora para operar essas usinas, enquanto o "regime de cotas" prevê o repasse da produção de energia às distribuidoras por preços entre R$ 30 e R$ 40 por megawatt-hora. Pela proposta do governo, após a privatização a energia das hidrelétricas poderá ser vendida pelos novos donos dos ativos a preços de mercado, bem mais elevados, na casa dos R$ 200 por megawatt-hora, em um processo que vem sendo chamado de "descotização". "Sou favorável porque a descotização pode trazer um benefício ao consumidor e para nós... É positivo porque temos cotas com custo operacional superior à receita com essas cotas. Passamos a ter uma opção nova", disse Ferreira, após participar de evento na Fundação Getulio Vargas na noite desta quinta-feira (27). A Eletrobras ficaria com um terço dos ganhos com as vendas, enquanto Tesouro e consumidores de energia dividiriam o resto dos recursos, pela proposta do Ministério de Minas e Energia, que ainda está em discussão com a equipe econômica. Mas membros do governo já admitiram que pode haver ainda um repasse maior de recursos ao Tesouro, eventualmente com o compromisso de uma posterior capitalização da Eletrobras. Segundo o presidente da estatal, ainda é prematuro apontar quais usinas poderiam ser descotizadas e eventualmente privatizadas no futuro, mas ele ressaltou que a lista de ativos elegíveis ao processo envolve mais de 20 usinas com capacidade cerca de 14 mil megawatts. O executivo afirmou ainda que a venda dos ativos pode ser importante para que a Eletrobras cumpra sua meta de operar em 2018 com custos iguais à receita. "A descotização pode trazer um valor positivo à companhia, vamos avaliar", disse. ATRASO NAS DISTRIBUIDORAS O presidente da Eletrobras disse ainda que a estatal começará na próxima segunda-feira uma discussão mais aprofundada com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sobre o modelo para a venda de suas distribuidoras de energia que atuam no Norte e Nordeste, e que a companhia prevê privatizar ainda neste ano. Ele admitiu, no entanto, que as discussões com o banco estatal, que vai apoiar os processos de privatização, deveriam ter começado ainda no início de julho. Ainda assim, o executivo garante que o leve atraso no cronograma não vai impedir a estatal de cumprir sua meta de vender todas as distribuidoras ainda em 2017. "A primeira reunião para falar da modelagem e do valuation deveria ter sido no comecinho de julho, mas vai acontecer só na segunda feira. O plano básico de venda era novembro, mas dezembro ainda é 2017. Não vai ficar para o ano que vem, não", afirmou Ferreira. As distribuidoras da Eletrobras são fortemente deficitárias e operam no Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.
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Editorial: Os excessos de Richa
As imagens de Curitiba na quarta-feira (29) e as quase duas centenas de feridos não deixam dúvida: houve violência policial além de qualquer proporção. O governador Beto Richa (PSDB), mesmo assim, continua alheio aos excessos de sua Polícia Militar. Sim, houve agentes golpeados. Sim, alguns manifestantes tentaram romper à força o cordão da PM em torno da Assembleia Legislativa. Erraram, mas erra mais o governador tucano quando endossa o revide truculento como "uma reação natural da proteção da vida". É uma inversão completa dos fatos. Acertar balas de borracha nos professores atenta contra a integridade dos manifestantes muito mais do que protege o policial. O mesmo se pode dizer de lançar gás lacrimogêneo na vizinhança de uma creche e de atiçar cães ferozes contra cinegrafistas. Dito isso, há que registrar ainda o fato de os professores protestarem contra o que consideram afronta a seus direitos decorrente da inépcia do próprio Richa. É para fechar o rombo aberto pelo governador reeleito nas contas do Paraná que a Assembleia vota mudança na previdência estadual. Marcou a gestão do tucano o descalabro financeiro, bem o oposto da imagem de bons gestores que líderes do PSDB usam cultivar. Segundo dados preliminares da Secretaria da Fazenda do Paraná, o ano da reeleição terminou com deficit de R$ 4,6 bilhões (num Orçamento de cerca de R$ 40 bilhões) e R$ 1,2 bilhão de restos a pagar. O desequilíbrio é tal que, em 2014, o Estado viu as receitas crescerem 12% e as despesas, 43%. Surgiu então o projeto de transferir 33 mil servidores aposentados (são 77 mil) de um fundo deficitário para outro, ora superavitário. Com a alteração, o Estado poderia poupar até R$ 1,7 bilhão ao ano. Era essa votação pelos deputados estaduais que os professores em greve pretendiam impedir, temendo o desequilíbrio financeiro do fundo e perdas futuras. Para garantir a deliberação parlamentar, a Justiça mandou a polícia cercar a Assembleia, que havia sido invadida por docentes em fevereiro. Beto Richa recorreu às desculpas de praxe, ressaltando que a CUT insuflou os manifestantes. Incluiu no rol de provocadores "o pessoal do PT, alguns do PMDB, PSOL e PSTU" e sugeriu a infiltração de black blocs. Agitadores não são uma raridade nesses protestos. A polícia deve estar preparada e bem orientada para lidar com eles. Não foi o que se viu em Curitiba. Sobre as contas do Estado, Richa disse em fevereiro que não agira com imprudência, mas com coragem. Se agora se dispuser a enxergar o óbvio, terá de reconhecer que a PM não agiu só com imprudência, mas sobretudo com covardia.
opiniao
Editorial: Os excessos de RichaAs imagens de Curitiba na quarta-feira (29) e as quase duas centenas de feridos não deixam dúvida: houve violência policial além de qualquer proporção. O governador Beto Richa (PSDB), mesmo assim, continua alheio aos excessos de sua Polícia Militar. Sim, houve agentes golpeados. Sim, alguns manifestantes tentaram romper à força o cordão da PM em torno da Assembleia Legislativa. Erraram, mas erra mais o governador tucano quando endossa o revide truculento como "uma reação natural da proteção da vida". É uma inversão completa dos fatos. Acertar balas de borracha nos professores atenta contra a integridade dos manifestantes muito mais do que protege o policial. O mesmo se pode dizer de lançar gás lacrimogêneo na vizinhança de uma creche e de atiçar cães ferozes contra cinegrafistas. Dito isso, há que registrar ainda o fato de os professores protestarem contra o que consideram afronta a seus direitos decorrente da inépcia do próprio Richa. É para fechar o rombo aberto pelo governador reeleito nas contas do Paraná que a Assembleia vota mudança na previdência estadual. Marcou a gestão do tucano o descalabro financeiro, bem o oposto da imagem de bons gestores que líderes do PSDB usam cultivar. Segundo dados preliminares da Secretaria da Fazenda do Paraná, o ano da reeleição terminou com deficit de R$ 4,6 bilhões (num Orçamento de cerca de R$ 40 bilhões) e R$ 1,2 bilhão de restos a pagar. O desequilíbrio é tal que, em 2014, o Estado viu as receitas crescerem 12% e as despesas, 43%. Surgiu então o projeto de transferir 33 mil servidores aposentados (são 77 mil) de um fundo deficitário para outro, ora superavitário. Com a alteração, o Estado poderia poupar até R$ 1,7 bilhão ao ano. Era essa votação pelos deputados estaduais que os professores em greve pretendiam impedir, temendo o desequilíbrio financeiro do fundo e perdas futuras. Para garantir a deliberação parlamentar, a Justiça mandou a polícia cercar a Assembleia, que havia sido invadida por docentes em fevereiro. Beto Richa recorreu às desculpas de praxe, ressaltando que a CUT insuflou os manifestantes. Incluiu no rol de provocadores "o pessoal do PT, alguns do PMDB, PSOL e PSTU" e sugeriu a infiltração de black blocs. Agitadores não são uma raridade nesses protestos. A polícia deve estar preparada e bem orientada para lidar com eles. Não foi o que se viu em Curitiba. Sobre as contas do Estado, Richa disse em fevereiro que não agira com imprudência, mas com coragem. Se agora se dispuser a enxergar o óbvio, terá de reconhecer que a PM não agiu só com imprudência, mas sobretudo com covardia.
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Mundo Econômico
PANORAMA MUNDO Após o Banco Central Europeu decidir implementar um amplo programa de compra de bônus de 60 bilhões de euros por mês, a partir de março, as Bolsas de Nova York tiveram correção e fecharam em queda na última sexta-feira (23). Os índices Dow Jones e S&P 500 fecharam em baixa de 0,79% e 0,55%, enquanto o Nasdaq encerrou em leve alta de 0,16%. Com isso, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq valorizaram em 0,9%, 1,6% e 2,7% na semana que passou. A leitura preliminar do índice dos gerentes de compras do setor manufatureiro nos EUA apontou desaceleração do ritmo de expansão em janeiro. De acordo com dados divulgados pelo Markit, o índice apresentou 53,7 pontos em janeiro, ante 53,9 em dezembro. A queda de performance do índice em janeiro foi pressionada pela desaceleração do ritmo de crescimento de novos negócios no setor. O volume de novos negócios mantém-se em expansão, tendo se ampliado a cada mês desde setembro de 2009. Contudo, o avanço de janeiro foi o mais fraco em um ano. Já a confiança do consumidor americano, que vem crescendo nos últimos meses, teve alta de quase 5% em janeiro, atingindo 98,2 pontos, o nível mais alto desde 2004. Assim, a melhora da confiança do consumidor americano, junto a um cenário marcado pelo tombo dos preços dos combustíveis e pela melhora do mercado de trabalho, confirma as expectativas de que o consumo terá um desempenho bastante positivo em 2015, garantindo um crescimento da economia em 3% ou mais neste ano. As principais Bolsas europeias fecharam a última sexta-feira (23) em alta, ainda sob efeito do pronunciamento do BCE sobre o pacote de afrouxamento quantitativo que será iniciado em março. Os índices DAX e CAC 40, de Frankfurt e Paris, lideraram os ganhos, encerrando o dia em alta de 2,05% e 1,93%. Já os índices FTSE 100 e IBEX 35, de Londres e Madri, fecharam em alta menos expressiva, de 0,53% e 0,67%, também sob o impulso do afrouxamento quantitativo do BCE. Na Alemanha, o índice dos gerentes de compras do setor industrial recuou de 51,2 pontos em dezembro para 51 na preliminar de janeiro, segundo o Markit. Para os analistas, o índice apresentaria alta para 51,7 pontos. Assim, o índice ainda apresenta expansão mas a um ritmo menor do que o registrado nos meses anteriores. Já na Espanha, a taxa de desemprego apresentou o mesmo percentual registrado no terceiro trimestre de 2014 e ficou em 23,7% no quarto trimestre, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas do país. Essa estabilidade, segundo o relatório apresentado pelo instituto, indica que o aumento de vagas criadas, que já supera as expectativas dos analistas, foi contrabalançado pela alta no número de pessoas buscando emprego. Na Ásia, as principais Bolsas fecharam sem sinal único nesta segunda-feira (26). Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,25%, com o dólar mais fraco e um euro ainda mais desvalorizado, prejudicando as ações das exportadoras japonesas. Já os índices Xangai Composto e Shenzhen Composto, da China, subiram 0,94% e 2,23%, com ações dos setores de tecnologia e consumo se destacando. Além disso, o deficit comercial do Japão caiu pela metade em dezembro de 2014, em relação ao mesmo mês do ano anterior, com o crescimento de 13% das exportações dando mais um sinal de que a balança comercial do país pode estar começando a melhorar, ajudada pelo iene mais fraco e pela expansão cada vez mais forte dos EUA. Nos próximos dias será divulgado o PIB anual do Reino Unido, a declaração do FOMC e a decisão da taxa de juros dos EUA, e o IPC anual da zona do euro. PANORAMA BRASIL Com o aumento da aversão ao risco dos investidores, decorrente a possibilidade de o país adotar racionamentos de energia e água e das declarações de membros do governo que reforçaram a percepção de que o crescimento do país tende a ser negativo, a Bolsa brasileira teve queda de 1,24% na última sexta-feira (23). O dólar registrou queda pela terceira semana consecutiva e, para os analistas, esse movimento ocorreu devido ao afrouxamento quantitativo europeu que dá suporte as moedas emergentes e, dessa maneira, as valoriza. Assim, a moeda americana se depreciou 1,23% ante o real. O índice de confiança do consumidor da Fundação Getulio Vargas caiu 6,7% em janeiro, na comparação com dezembro, ao passar de 96,2 para 89,8 pontos, o menor nível da série histórica do indicador, iniciada em setembro de 2005. Segundo Tabi Thuler Santos, economista da FGV/Ibre, a queda de janeiro dá sequência à tendência observada ao longo do ano passado e parece refletir um aumento da preocupação com o mercado de trabalho e com a inflação. Já o índice de confiança do empresário na indústria voltou a subir em janeiro e o levantamento preliminar apontou alta de 1,2% em relação a dezembro. Tal como destacado em nota pela FGV, o aumento da confiança do empresário na indústria foi influenciado pela melhora das avaliações sobre o momento presente. Além disso, o IPCA-15 subiu para 0,89% em janeiro, após registrar 0,79% em dezembro. Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 6,69% e se encontra acima do teto da meta da inflação, que é de 6,5%. O grupo de alimentação e bebidas foi o responsável por 40% do IPCA-15 em janeiro e o segundo maior impacto do mês foi registrado pela energia elétrica, com alta de 2,60% em janeiro. Nos próximos dias será divulgado o fluxo cambial estrangeiro no país, o IGP-M mensal e o superavit orçamentário de dezembro. Post em parceria com João Luiz de Cerqueira Cesar, graduando em Economia pela Fundação Getulio Vargas e consultor pela Consultoria Junior de Economia, CJE-FGV
colunas
Mundo EconômicoPANORAMA MUNDO Após o Banco Central Europeu decidir implementar um amplo programa de compra de bônus de 60 bilhões de euros por mês, a partir de março, as Bolsas de Nova York tiveram correção e fecharam em queda na última sexta-feira (23). Os índices Dow Jones e S&P 500 fecharam em baixa de 0,79% e 0,55%, enquanto o Nasdaq encerrou em leve alta de 0,16%. Com isso, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq valorizaram em 0,9%, 1,6% e 2,7% na semana que passou. A leitura preliminar do índice dos gerentes de compras do setor manufatureiro nos EUA apontou desaceleração do ritmo de expansão em janeiro. De acordo com dados divulgados pelo Markit, o índice apresentou 53,7 pontos em janeiro, ante 53,9 em dezembro. A queda de performance do índice em janeiro foi pressionada pela desaceleração do ritmo de crescimento de novos negócios no setor. O volume de novos negócios mantém-se em expansão, tendo se ampliado a cada mês desde setembro de 2009. Contudo, o avanço de janeiro foi o mais fraco em um ano. Já a confiança do consumidor americano, que vem crescendo nos últimos meses, teve alta de quase 5% em janeiro, atingindo 98,2 pontos, o nível mais alto desde 2004. Assim, a melhora da confiança do consumidor americano, junto a um cenário marcado pelo tombo dos preços dos combustíveis e pela melhora do mercado de trabalho, confirma as expectativas de que o consumo terá um desempenho bastante positivo em 2015, garantindo um crescimento da economia em 3% ou mais neste ano. As principais Bolsas europeias fecharam a última sexta-feira (23) em alta, ainda sob efeito do pronunciamento do BCE sobre o pacote de afrouxamento quantitativo que será iniciado em março. Os índices DAX e CAC 40, de Frankfurt e Paris, lideraram os ganhos, encerrando o dia em alta de 2,05% e 1,93%. Já os índices FTSE 100 e IBEX 35, de Londres e Madri, fecharam em alta menos expressiva, de 0,53% e 0,67%, também sob o impulso do afrouxamento quantitativo do BCE. Na Alemanha, o índice dos gerentes de compras do setor industrial recuou de 51,2 pontos em dezembro para 51 na preliminar de janeiro, segundo o Markit. Para os analistas, o índice apresentaria alta para 51,7 pontos. Assim, o índice ainda apresenta expansão mas a um ritmo menor do que o registrado nos meses anteriores. Já na Espanha, a taxa de desemprego apresentou o mesmo percentual registrado no terceiro trimestre de 2014 e ficou em 23,7% no quarto trimestre, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas do país. Essa estabilidade, segundo o relatório apresentado pelo instituto, indica que o aumento de vagas criadas, que já supera as expectativas dos analistas, foi contrabalançado pela alta no número de pessoas buscando emprego. Na Ásia, as principais Bolsas fecharam sem sinal único nesta segunda-feira (26). Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,25%, com o dólar mais fraco e um euro ainda mais desvalorizado, prejudicando as ações das exportadoras japonesas. Já os índices Xangai Composto e Shenzhen Composto, da China, subiram 0,94% e 2,23%, com ações dos setores de tecnologia e consumo se destacando. Além disso, o deficit comercial do Japão caiu pela metade em dezembro de 2014, em relação ao mesmo mês do ano anterior, com o crescimento de 13% das exportações dando mais um sinal de que a balança comercial do país pode estar começando a melhorar, ajudada pelo iene mais fraco e pela expansão cada vez mais forte dos EUA. Nos próximos dias será divulgado o PIB anual do Reino Unido, a declaração do FOMC e a decisão da taxa de juros dos EUA, e o IPC anual da zona do euro. PANORAMA BRASIL Com o aumento da aversão ao risco dos investidores, decorrente a possibilidade de o país adotar racionamentos de energia e água e das declarações de membros do governo que reforçaram a percepção de que o crescimento do país tende a ser negativo, a Bolsa brasileira teve queda de 1,24% na última sexta-feira (23). O dólar registrou queda pela terceira semana consecutiva e, para os analistas, esse movimento ocorreu devido ao afrouxamento quantitativo europeu que dá suporte as moedas emergentes e, dessa maneira, as valoriza. Assim, a moeda americana se depreciou 1,23% ante o real. O índice de confiança do consumidor da Fundação Getulio Vargas caiu 6,7% em janeiro, na comparação com dezembro, ao passar de 96,2 para 89,8 pontos, o menor nível da série histórica do indicador, iniciada em setembro de 2005. Segundo Tabi Thuler Santos, economista da FGV/Ibre, a queda de janeiro dá sequência à tendência observada ao longo do ano passado e parece refletir um aumento da preocupação com o mercado de trabalho e com a inflação. Já o índice de confiança do empresário na indústria voltou a subir em janeiro e o levantamento preliminar apontou alta de 1,2% em relação a dezembro. Tal como destacado em nota pela FGV, o aumento da confiança do empresário na indústria foi influenciado pela melhora das avaliações sobre o momento presente. Além disso, o IPCA-15 subiu para 0,89% em janeiro, após registrar 0,79% em dezembro. Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 6,69% e se encontra acima do teto da meta da inflação, que é de 6,5%. O grupo de alimentação e bebidas foi o responsável por 40% do IPCA-15 em janeiro e o segundo maior impacto do mês foi registrado pela energia elétrica, com alta de 2,60% em janeiro. Nos próximos dias será divulgado o fluxo cambial estrangeiro no país, o IGP-M mensal e o superavit orçamentário de dezembro. Post em parceria com João Luiz de Cerqueira Cesar, graduando em Economia pela Fundação Getulio Vargas e consultor pela Consultoria Junior de Economia, CJE-FGV
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Janaina Paschoal não é procurada para assinar manifesto contra ministro
Professora na Faculdade de Direito da USP, Janaina Paschoal nem chegou a ser procurada pelos alunos que organizaram a carta pedindo a renúncia do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. "Já conhecíamos a posição dela sobre o impeachment e o governo", diz Gabriel Beré Motta, diretor do centro acadêmico 11 de Agosto. Outros docentes da instituição —onde Moraes leciona—, como Fábio Konder Comparato, endossaram o manifesto. TIRO AO ALVO "Também procuramos nomes do governo FHC, como o José Gregori [ex-ministro, que não assinou]", diz Motta. Ex-ministros de gestões petistas como José Eduardo Cardozo, Tarso Genro e Maria do Rosário subscreveram o texto. Moraes atribuiu a carta a uma movimentação "lamentável" do PT e de "algumas pessoas" que foram do governo. Leia a coluna completa aqui.
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Janaina Paschoal não é procurada para assinar manifesto contra ministroProfessora na Faculdade de Direito da USP, Janaina Paschoal nem chegou a ser procurada pelos alunos que organizaram a carta pedindo a renúncia do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. "Já conhecíamos a posição dela sobre o impeachment e o governo", diz Gabriel Beré Motta, diretor do centro acadêmico 11 de Agosto. Outros docentes da instituição —onde Moraes leciona—, como Fábio Konder Comparato, endossaram o manifesto. TIRO AO ALVO "Também procuramos nomes do governo FHC, como o José Gregori [ex-ministro, que não assinou]", diz Motta. Ex-ministros de gestões petistas como José Eduardo Cardozo, Tarso Genro e Maria do Rosário subscreveram o texto. Moraes atribuiu a carta a uma movimentação "lamentável" do PT e de "algumas pessoas" que foram do governo. Leia a coluna completa aqui.
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É quase ingênuo apelo de FHC por grandeza de Temer
Parece quase ingênuo o apelo do ex-presidente Fernando Henrique para que Michel Temer tenha um "gesto de grandeza" e antecipe as eleições diretas, se avaliar que não tem mais condições de governar. Como pedir grandeza de um político que recebe um empresário corrupto em horário impróprio para conversas pouco republicanas e cujo braço direito é flagrado pela Polícia Federal correndo com uma mala de propina? Se teve algo que o presidente Temer já demonstrou, é seu apego ao cargo para tentar salvar a si próprio e ao seu grupo da Operação Lava Jato. Mesmo que isso signifique manter o país mergulhado na recessão e no desemprego. FHC, no entanto, conhece bem seu interlocutor e sabe que sua proposição é quase teórica. Sua proposta de eleições diretas -que ele mesmo havia rotulado de golpismo - diz mais sobre a falta de rumo do PSDB do que aponta uma solução para a crise política. Nas palavras do cientista político Fabio Wanderley Reis, da UFMG, o ex-presidente é hoje um "pensador se torturando" para encontrar uma saída para o país ao mesmo tempo em que atende aos interesses comezinhos do seu partido. O PSDB alega que se mantém no governo para preservar as reformas econômicas, mas seus caciques estão mais interessados em manter o apoio do PMDB nas eleições de 2018 e em defender o senador Aécio Neves. Certamente o ex-ministro Miguel Reale Junior, que pediu desfiliação depois de 27 anos, não é o único tucano desiludido. Esse sentimento deveria ser comum a todos os peessedebistas que foram às ruas em 2015 com o objetivo de moralizar a política e não apenas de tirar o PT do poder. Reali Junior foi preciso ao dizer que o PSDB está se peemedebizando. O partido não deveria esquecer que nasceu da tentativa de Mário Covas de se distinguir do PMDB de Orestes Quércia e José Sarney.
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É quase ingênuo apelo de FHC por grandeza de TemerParece quase ingênuo o apelo do ex-presidente Fernando Henrique para que Michel Temer tenha um "gesto de grandeza" e antecipe as eleições diretas, se avaliar que não tem mais condições de governar. Como pedir grandeza de um político que recebe um empresário corrupto em horário impróprio para conversas pouco republicanas e cujo braço direito é flagrado pela Polícia Federal correndo com uma mala de propina? Se teve algo que o presidente Temer já demonstrou, é seu apego ao cargo para tentar salvar a si próprio e ao seu grupo da Operação Lava Jato. Mesmo que isso signifique manter o país mergulhado na recessão e no desemprego. FHC, no entanto, conhece bem seu interlocutor e sabe que sua proposição é quase teórica. Sua proposta de eleições diretas -que ele mesmo havia rotulado de golpismo - diz mais sobre a falta de rumo do PSDB do que aponta uma solução para a crise política. Nas palavras do cientista político Fabio Wanderley Reis, da UFMG, o ex-presidente é hoje um "pensador se torturando" para encontrar uma saída para o país ao mesmo tempo em que atende aos interesses comezinhos do seu partido. O PSDB alega que se mantém no governo para preservar as reformas econômicas, mas seus caciques estão mais interessados em manter o apoio do PMDB nas eleições de 2018 e em defender o senador Aécio Neves. Certamente o ex-ministro Miguel Reale Junior, que pediu desfiliação depois de 27 anos, não é o único tucano desiludido. Esse sentimento deveria ser comum a todos os peessedebistas que foram às ruas em 2015 com o objetivo de moralizar a política e não apenas de tirar o PT do poder. Reali Junior foi preciso ao dizer que o PSDB está se peemedebizando. O partido não deveria esquecer que nasceu da tentativa de Mário Covas de se distinguir do PMDB de Orestes Quércia e José Sarney.
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Com pose e cara feia, Eminem mostra no Lolla capacidade de se reinventar
Eminem não chega a ser Madonna, mas ficou claro no show que encerrou o primeiro dia do Lollapalooza em Interlagos no sábado (12) que possui uma grande capacidade de se reinventar para permanecer relevante no cenário pop. Acompanhado de amigos rappers, alguns do coletivo de Detroit D12, o qual ele Integra há anos, e de um banda de verdade, Eminem sabia muito bem que público de festival nunca é formado apenas por seus fãs habituais. Entre a grande porcentagem de curiosos, sempre existe um público novo a ser conquistado. É um público que não vai entender as letras, de difícil compreensão até para quem tem bom domínio do inglês. A estratégia para gostar é relaxar e se deixar levar pela batida. Eminem mirou nesse pessoal e fez uma apresentação em que priorizou seu hip hop com mais cara de pop. A força do repertório veio mesmo das músicas de seus álbuns mais contundentes, "The Marshall Mathers LP" (2000), "Encore" (2004) e "The Marshall Mathers LP 2" (2013). Aos 43 anos, ele mantém uma aparência de 20 e poucos, molecão mesmo. Para ganhar de vez o jogo, Eminem, mesmo simpático, manteve a atitude marrenta de sempre para cavar um lugar de honra para um artista branco no mundo negro do hip hop. Foi tão marrento no Lollapalooza que não permitiu o trabalho de fotógrafos profissionais e proibiu a transmissão do show pelo canal Multishow. Só quem foi a Interlagos conseguiu vê-lo. E ouviu uma sucessão de pauladas sonoras para fechar a noite: "Without Me", "I'm Not Afraid" e "Lose Yourself". Essas testemunhas viram um rapper que sabe muito bem que cara feia e pose são fundamentais nesse ramo de atividade. Ah, conta muito também a batida perfeita dos hits, claro.
ilustrada
Com pose e cara feia, Eminem mostra no Lolla capacidade de se reinventarEminem não chega a ser Madonna, mas ficou claro no show que encerrou o primeiro dia do Lollapalooza em Interlagos no sábado (12) que possui uma grande capacidade de se reinventar para permanecer relevante no cenário pop. Acompanhado de amigos rappers, alguns do coletivo de Detroit D12, o qual ele Integra há anos, e de um banda de verdade, Eminem sabia muito bem que público de festival nunca é formado apenas por seus fãs habituais. Entre a grande porcentagem de curiosos, sempre existe um público novo a ser conquistado. É um público que não vai entender as letras, de difícil compreensão até para quem tem bom domínio do inglês. A estratégia para gostar é relaxar e se deixar levar pela batida. Eminem mirou nesse pessoal e fez uma apresentação em que priorizou seu hip hop com mais cara de pop. A força do repertório veio mesmo das músicas de seus álbuns mais contundentes, "The Marshall Mathers LP" (2000), "Encore" (2004) e "The Marshall Mathers LP 2" (2013). Aos 43 anos, ele mantém uma aparência de 20 e poucos, molecão mesmo. Para ganhar de vez o jogo, Eminem, mesmo simpático, manteve a atitude marrenta de sempre para cavar um lugar de honra para um artista branco no mundo negro do hip hop. Foi tão marrento no Lollapalooza que não permitiu o trabalho de fotógrafos profissionais e proibiu a transmissão do show pelo canal Multishow. Só quem foi a Interlagos conseguiu vê-lo. E ouviu uma sucessão de pauladas sonoras para fechar a noite: "Without Me", "I'm Not Afraid" e "Lose Yourself". Essas testemunhas viram um rapper que sabe muito bem que cara feia e pose são fundamentais nesse ramo de atividade. Ah, conta muito também a batida perfeita dos hits, claro.
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Cielo deixa escapar mais um ouro no Maria Lenk e revela que será pai
Principal esperança de medalha da natação brasileira nos Jogos do Rio, Cesar Cielo ficou em segundo lugar nos 50 m borboleta na piscina do Fluminense nesta sexta-feira (10). Com a prata, o paulista terminou o quinto dia de disputa do Troféu Maria Lenk sem subir no alto do pódio nas provas individuais até agora. Ele foi batido por Nicholas dos Santos, que fez o melhor tempo do mundo neste ano na prova, com 22s90. Cielo chegou na segunda posição com o tempo de 23s11. "Foi a minha melhor prova nesta semana. Fiquei mais satisfeito no borboleta do que no lado livre. Mas ainda tenho uma janela de melhora grande", afirmou o paulista, medalha de ouro em Pequim-08 e bronze em Londres-12 nos 50 m livre. Ele também ficou com o bronze nos 100 m livre nos Jogos da China. Depois da prova, o nadador anunciou que será pai em setembro. Ele é casado com a modelo Kelly Gisch. "Estamos felizes. A família inteira. Foi uma surpresa muito bacana que o ano nos trouxe", acrescentou. Na quarta (8), Cielo perdeu a hegemonia nos 50 m livre, sua especialidade, no Maria Lenk. Ele foi derrotado por Bruno Fratus, que fez o segundo melhor tempo da temporada. Cielo era o vencedor da prova no Maria Lenk desde 2008. Em 2006, ele venceu também a prova, mas não competiu no ano seguinte por causa dos estudos nos EUA. Neste sábado (11), ele terá a última oportunidade de vencer uma prova individual no torneio. No final da tarde, Cielo vai nadar os 100 m livre. OBJETIVO É O MUNDIAL O paulista mudou toda a estrutura de treinamento neste ano para tentar permanecer no topo. Desde o início do ano, ele escolheu Arilson da Silva para treiná-lo. O medalhista olímpico contratou outros cinco profissionais para formar a sua equipe multidisciplinar. Silva é o quarto treinador de Cielo desde os Jogos de Londres. A intenção da comissão técnica é conseguir bons resultados no Mundial da Rússia, em agosto. Cielo já disse que não pretende disputar o Pan de Toronto, em julho. "Estamos trabalhando há menos de três meses e o Maria Lenk não é a nossa competição alvo. Ainda estamos no processo de coleta de dados. O que importa é o Mundial, onde vamos poder medir forças para a Olimpíada", disse Arilson. Nas duas provas por equipe que disputou, Cielo conseguiu um ouro (4 x 50 m livre) e uma prata (4 x 100 m livre).
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Cielo deixa escapar mais um ouro no Maria Lenk e revela que será paiPrincipal esperança de medalha da natação brasileira nos Jogos do Rio, Cesar Cielo ficou em segundo lugar nos 50 m borboleta na piscina do Fluminense nesta sexta-feira (10). Com a prata, o paulista terminou o quinto dia de disputa do Troféu Maria Lenk sem subir no alto do pódio nas provas individuais até agora. Ele foi batido por Nicholas dos Santos, que fez o melhor tempo do mundo neste ano na prova, com 22s90. Cielo chegou na segunda posição com o tempo de 23s11. "Foi a minha melhor prova nesta semana. Fiquei mais satisfeito no borboleta do que no lado livre. Mas ainda tenho uma janela de melhora grande", afirmou o paulista, medalha de ouro em Pequim-08 e bronze em Londres-12 nos 50 m livre. Ele também ficou com o bronze nos 100 m livre nos Jogos da China. Depois da prova, o nadador anunciou que será pai em setembro. Ele é casado com a modelo Kelly Gisch. "Estamos felizes. A família inteira. Foi uma surpresa muito bacana que o ano nos trouxe", acrescentou. Na quarta (8), Cielo perdeu a hegemonia nos 50 m livre, sua especialidade, no Maria Lenk. Ele foi derrotado por Bruno Fratus, que fez o segundo melhor tempo da temporada. Cielo era o vencedor da prova no Maria Lenk desde 2008. Em 2006, ele venceu também a prova, mas não competiu no ano seguinte por causa dos estudos nos EUA. Neste sábado (11), ele terá a última oportunidade de vencer uma prova individual no torneio. No final da tarde, Cielo vai nadar os 100 m livre. OBJETIVO É O MUNDIAL O paulista mudou toda a estrutura de treinamento neste ano para tentar permanecer no topo. Desde o início do ano, ele escolheu Arilson da Silva para treiná-lo. O medalhista olímpico contratou outros cinco profissionais para formar a sua equipe multidisciplinar. Silva é o quarto treinador de Cielo desde os Jogos de Londres. A intenção da comissão técnica é conseguir bons resultados no Mundial da Rússia, em agosto. Cielo já disse que não pretende disputar o Pan de Toronto, em julho. "Estamos trabalhando há menos de três meses e o Maria Lenk não é a nossa competição alvo. Ainda estamos no processo de coleta de dados. O que importa é o Mundial, onde vamos poder medir forças para a Olimpíada", disse Arilson. Nas duas provas por equipe que disputou, Cielo conseguiu um ouro (4 x 50 m livre) e uma prata (4 x 100 m livre).
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Bolsa recua 1,7% com incerteza política e cautela externa; dólar oscila pouco
O mercado financeiro reage com cautela ao afastamento, nesta quinta-feira (5), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. Investidores e analistas avaliam as implicações da medida para um eventual governo sob o comando do atual vice-presidente Michel Temer. Também preocupam as dificuldades que Temer estaria enfrentando para montar um governo pró-mercado. As incertezas políticas, somadas às preocupações em relação ao crescimento global, levam o Ibovespa a operar em baixa. O dólar oscila perto da estabilidade, em mais uma sessão sem atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Os índices acionários globais mostram pequenas variações, apesar da alta do petróleo, digerindo dados mostrando desaceleração do setor de serviços na China e aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado nos EUA. O Ibovespa operava há pouco em baixa de 1,70%, aos 51.657,44 pontos. "As reações de investidores ainda se encontram longe de um consenso, pois ao mesmo tempo em que pode parecer 'positiva' a saída de Cunha, também pode complicar a aprovação de medidas econômicas em eventual governo Temer", afirma a equipe de análise da corretora H.Commcor, em boletim. Já os analistas da Lerosa Investimentos destacam as incertezas em torno de um eventual governo Temer. "A fala de Temer mencionando que não poderá executar o corte de ministérios inicialmente projetado, e a especulação em torno de um ministério não tão 'notável' assim, incutiu cautela aos investidores, ao sinalizar que a barganha por cargos no governo pode indicar dificuldades para futuras aprovações no Congresso." Um operador do mercado comenta que, em meio às incertezas, os investidores também aproveitam para realizar os ganhos obtidos recentemente. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdia 1,23%; Bradesco PN, -2,00%; Banco do Brasil ON, -0,90%; Santander unit, -0,81%; e BM&FBovespa ON, -0,83%. As ações PNA da Vale recuavam 5,35%, enquanto as ON caíam 6,20%, ainda repercutindo a ação do MPF (Ministério Público Federal) que pede reparação de R$ 155 bilhões pelos estragos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). A Samarco é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Os papéis da Petrobras caíam 1,31% na PN e 2,31% na ON, apesar da alta do petróleo no mercado internacional. DÓLAR E JUROS O dólar à vista subia 0,09%, a R$ 3,5347, enquanto o dólar comercial perdia 0,08%, a R$ 3,5363. Pelo segundo dia consecutivo, o Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares pela autoridade monetária. No exterior, o dólar seguiu em alta ante a maior parte das moedas, com a possibilidade de aumento dos juros americanos em junho. No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo refletem a cautela quanto ao cenário político, enquanto os de longo prazo repercutem a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. A ata, que pode ser a última sob a gestão de Alexandre Tombini, mostra mais otimismo com a inflação. No texto, o Comitê diz que a projeção para a inflação para 2016 se situa acima da meta de 4,5%, enquanto a projeção para 2017 encontra-se ao redor da meta." O contrato de DI para janeiro de 2017 avançava de 13,655% para 13,690%; o DI para janeiro de 2021 recuava de 12,630% para 12,590%. "Acreditamos que o Copom esperará maior clareza de que o IPCA de 2016 ficará abaixo do teto da meta (6,5%), o que já nos parece provável, e ancoragem das expectativas de inflação para 2017 ao redor do centro da meta (4,5%), o que só deve ocorrer no início do segundo semestre", escreve André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. "Desta forma, esperamos que o Comitê inicie um ciclo de relaxamento monetário em outubro e continue em novembro, com dois cortes de 0,50 ponto porcentual, encerrando o ano [com a taxa básica de juros] em 13,25%." O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco do país, operava praticamente estável, com queda de 0,01%, aos 344,520 pontos. EXTERIOR Novos indicadores divulgados nesta quinta-feira (5) reforçam os temores em relação a uma desaceleração global. A atividade do setor de serviços da China desacelerou em abril em relação a março, mas ainda apontando expansão, conforme a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit. O indicador caiu para 51,8, de 52,2 em março. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade. Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego cresceram para 274.000 na semana passada, contra uma projeção da agência Bloomberg de 260.000. Foi a maior alta semanal do indicador desde janeiro de 2015. No entanto, a alta do petróleo sustentava os índices acionários em Nova York: o Dow Jones avançava 0,24%; o S&P 500, +0,20%; e o Nasdaq, +0,20%. As Bolsas europeias fecharam com sinais mistos: Londres (+0,09%); Paris (-0,11%); Frankfurt (+0,24%); Madri (+0,41%); e Milão (-0,07%). As ações chinesas terminaram em leve alta. A Bolsa de Tóquio não funcionou por conta de um feriado.
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Bolsa recua 1,7% com incerteza política e cautela externa; dólar oscila poucoO mercado financeiro reage com cautela ao afastamento, nesta quinta-feira (5), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. Investidores e analistas avaliam as implicações da medida para um eventual governo sob o comando do atual vice-presidente Michel Temer. Também preocupam as dificuldades que Temer estaria enfrentando para montar um governo pró-mercado. As incertezas políticas, somadas às preocupações em relação ao crescimento global, levam o Ibovespa a operar em baixa. O dólar oscila perto da estabilidade, em mais uma sessão sem atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Os índices acionários globais mostram pequenas variações, apesar da alta do petróleo, digerindo dados mostrando desaceleração do setor de serviços na China e aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado nos EUA. O Ibovespa operava há pouco em baixa de 1,70%, aos 51.657,44 pontos. "As reações de investidores ainda se encontram longe de um consenso, pois ao mesmo tempo em que pode parecer 'positiva' a saída de Cunha, também pode complicar a aprovação de medidas econômicas em eventual governo Temer", afirma a equipe de análise da corretora H.Commcor, em boletim. Já os analistas da Lerosa Investimentos destacam as incertezas em torno de um eventual governo Temer. "A fala de Temer mencionando que não poderá executar o corte de ministérios inicialmente projetado, e a especulação em torno de um ministério não tão 'notável' assim, incutiu cautela aos investidores, ao sinalizar que a barganha por cargos no governo pode indicar dificuldades para futuras aprovações no Congresso." Um operador do mercado comenta que, em meio às incertezas, os investidores também aproveitam para realizar os ganhos obtidos recentemente. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdia 1,23%; Bradesco PN, -2,00%; Banco do Brasil ON, -0,90%; Santander unit, -0,81%; e BM&FBovespa ON, -0,83%. As ações PNA da Vale recuavam 5,35%, enquanto as ON caíam 6,20%, ainda repercutindo a ação do MPF (Ministério Público Federal) que pede reparação de R$ 155 bilhões pelos estragos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). A Samarco é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Os papéis da Petrobras caíam 1,31% na PN e 2,31% na ON, apesar da alta do petróleo no mercado internacional. DÓLAR E JUROS O dólar à vista subia 0,09%, a R$ 3,5347, enquanto o dólar comercial perdia 0,08%, a R$ 3,5363. Pelo segundo dia consecutivo, o Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares pela autoridade monetária. No exterior, o dólar seguiu em alta ante a maior parte das moedas, com a possibilidade de aumento dos juros americanos em junho. No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo refletem a cautela quanto ao cenário político, enquanto os de longo prazo repercutem a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. A ata, que pode ser a última sob a gestão de Alexandre Tombini, mostra mais otimismo com a inflação. No texto, o Comitê diz que a projeção para a inflação para 2016 se situa acima da meta de 4,5%, enquanto a projeção para 2017 encontra-se ao redor da meta." O contrato de DI para janeiro de 2017 avançava de 13,655% para 13,690%; o DI para janeiro de 2021 recuava de 12,630% para 12,590%. "Acreditamos que o Copom esperará maior clareza de que o IPCA de 2016 ficará abaixo do teto da meta (6,5%), o que já nos parece provável, e ancoragem das expectativas de inflação para 2017 ao redor do centro da meta (4,5%), o que só deve ocorrer no início do segundo semestre", escreve André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. "Desta forma, esperamos que o Comitê inicie um ciclo de relaxamento monetário em outubro e continue em novembro, com dois cortes de 0,50 ponto porcentual, encerrando o ano [com a taxa básica de juros] em 13,25%." O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco do país, operava praticamente estável, com queda de 0,01%, aos 344,520 pontos. EXTERIOR Novos indicadores divulgados nesta quinta-feira (5) reforçam os temores em relação a uma desaceleração global. A atividade do setor de serviços da China desacelerou em abril em relação a março, mas ainda apontando expansão, conforme a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit. O indicador caiu para 51,8, de 52,2 em março. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade. Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego cresceram para 274.000 na semana passada, contra uma projeção da agência Bloomberg de 260.000. Foi a maior alta semanal do indicador desde janeiro de 2015. No entanto, a alta do petróleo sustentava os índices acionários em Nova York: o Dow Jones avançava 0,24%; o S&P 500, +0,20%; e o Nasdaq, +0,20%. As Bolsas europeias fecharam com sinais mistos: Londres (+0,09%); Paris (-0,11%); Frankfurt (+0,24%); Madri (+0,41%); e Milão (-0,07%). As ações chinesas terminaram em leve alta. A Bolsa de Tóquio não funcionou por conta de um feriado.
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Ex-colegas de cela da presidente elogiam a Comissão da Verdade
Companheiras de cela de Dilma Rousseff durante a ditadura militar, Rose Nogueira, 68, e Elza Lobo, 77, compareceram à posse da petista e afirmaram sentir "orgulho" pelo trabalho da Comissão da Verdade, conduzido pelo governo da amiga presidente. A Comissão Nacional da Verdade concluiu seu relatório em dezembro responsabilizando 377 agentes do Estado por violações dos direitos humanos de 1946 a 1988. "Foi um grande avanço democrático, ainda que tardio. Ela deveria ter sido feita quando acabou a ditadura", disse Rose. "Ajudamos com tudo que a gente pôde", afirmou Elza. Elas disseram ter fornecido documentos e dado depoimentos à comissão. Elza ficou presa dois anos, e Rose ficou nove meses na Torre das Donzelas, apelido da ala feminina do presídio Tiradentes, em São Paulo. Rose, que conhece Dilma há mais de 40 anos, não tem contato diário com a petista, mas reencontrou a amiga em alguns eventos de campanha. "Conheci a Dilma numa situação terrível, que é a da prisão. Ali a gente se conhece muito. É uma das pessoas mais íntegras que conheço." Elza, que também foi companheira de cela de Dilma, lembrou que a presidente ajudava as presas a preparem depoimentos para o DOI-Codi.
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Ex-colegas de cela da presidente elogiam a Comissão da VerdadeCompanheiras de cela de Dilma Rousseff durante a ditadura militar, Rose Nogueira, 68, e Elza Lobo, 77, compareceram à posse da petista e afirmaram sentir "orgulho" pelo trabalho da Comissão da Verdade, conduzido pelo governo da amiga presidente. A Comissão Nacional da Verdade concluiu seu relatório em dezembro responsabilizando 377 agentes do Estado por violações dos direitos humanos de 1946 a 1988. "Foi um grande avanço democrático, ainda que tardio. Ela deveria ter sido feita quando acabou a ditadura", disse Rose. "Ajudamos com tudo que a gente pôde", afirmou Elza. Elas disseram ter fornecido documentos e dado depoimentos à comissão. Elza ficou presa dois anos, e Rose ficou nove meses na Torre das Donzelas, apelido da ala feminina do presídio Tiradentes, em São Paulo. Rose, que conhece Dilma há mais de 40 anos, não tem contato diário com a petista, mas reencontrou a amiga em alguns eventos de campanha. "Conheci a Dilma numa situação terrível, que é a da prisão. Ali a gente se conhece muito. É uma das pessoas mais íntegras que conheço." Elza, que também foi companheira de cela de Dilma, lembrou que a presidente ajudava as presas a preparem depoimentos para o DOI-Codi.
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