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Para PVC, Primeira Liga "começou toda errada"
A Primeira Liga, torneio que reúne equipes da região Sul, do Rio e de Minas Gerais e virou motivo de disputa política entre clubes, federações e a CBF, começou errada. A avaliação é do colunista de "Esporte" da Folha PVC. Para ele, apesar de o torneio tirar o primeiro semestre do "semiamadorismo", ele incha um calendário já inflado pelos demais campeonatos. O colunista defende a utilização do Brasileiro como base da temporada e os demais campeonatos (regionais, estaduais e Copa do Brasil) espalhados no meio da semana. "Isso levaria maior público aos estádios e deixaria os ingressos mais baratos." Sobre o campeonato paulista, PVC lembra que o Corinthians é a equipe com maior desmonte. Jadson foi vendido em dezembro ao Tianjin Quanjian, da China, assim como Renato Augusto (Beijing Guoan), Ralf (Beijing Guoan), Gil (Shandong Luneng), também da China. Já Vagner Love foi vendido para o Monaco, da França. Na avaliação do colunista, o técnico Tite tem mostrado certa compreensão em relação à diretoria. O clube, por sua vez, já informou que os reforços chegarão apenas em março, período em que ocorrem as oitavas de final. "Conhecer todo o elenco antes do início do campeonato torna o clube mais competitivo", avalia PVC.
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Para PVC, Primeira Liga "começou toda errada"A Primeira Liga, torneio que reúne equipes da região Sul, do Rio e de Minas Gerais e virou motivo de disputa política entre clubes, federações e a CBF, começou errada. A avaliação é do colunista de "Esporte" da Folha PVC. Para ele, apesar de o torneio tirar o primeiro semestre do "semiamadorismo", ele incha um calendário já inflado pelos demais campeonatos. O colunista defende a utilização do Brasileiro como base da temporada e os demais campeonatos (regionais, estaduais e Copa do Brasil) espalhados no meio da semana. "Isso levaria maior público aos estádios e deixaria os ingressos mais baratos." Sobre o campeonato paulista, PVC lembra que o Corinthians é a equipe com maior desmonte. Jadson foi vendido em dezembro ao Tianjin Quanjian, da China, assim como Renato Augusto (Beijing Guoan), Ralf (Beijing Guoan), Gil (Shandong Luneng), também da China. Já Vagner Love foi vendido para o Monaco, da França. Na avaliação do colunista, o técnico Tite tem mostrado certa compreensão em relação à diretoria. O clube, por sua vez, já informou que os reforços chegarão apenas em março, período em que ocorrem as oitavas de final. "Conhecer todo o elenco antes do início do campeonato torna o clube mais competitivo", avalia PVC.
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Sem lirismos sentimentais, Tati Bernardi reflete sobre a vida e a dor
DEPOIS A LOUCA SOU EU Algumas das crônicas de Tati Bernardi, colunista da Folha, reunidas nesta coletânea, parecem uma espécie de ensaio pessoal, com reflexões sobre a vida e a dor que passam longe da autopiedade ou de lirismos sentimentais. A autora se aproveita de temas recorrentes, como o pânico, a depressão e o uso de drogas lícitas, para propor como material literário a aceitação da própria condição psicológica e de seu passado, marcado pela herança de uma cultura pop dos anos 1980 e 1990. A alguns pode parecer uma excessiva exposição pessoal de alguém que se mostra como "um trem fantasma descarrilhado cujo condutor está de ponta-cabeça". Mas isso é apenas a aparência. Pois nem importa tanto saber se Tati Bernardi, a autora, é mais ou menos parecida com a figura projetada por ela no livro, se é tão divertida ou se sofre tanto na vida real como diz na obra. O texto, os entendimentos arregimentados ali, como literatura, é isso o que importa. E não é pouco. (ROBERTO TADDEI) DEPOIS A LOUCA SOU EU QUANTO: R$ 34,90 (144 PÁGS.) E R$ 23,90 (E-BOOK) AUTOR: TATI BERNARDI EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS * A MÁQUINA DE CAMINHAR O romancista Cristovão Tezza, autor de "O Filho Eterno" e "O Professor", foi colunista do jornal paranaense "Gazeta do Povo" durante mais de seis anos. Este livro, organizado por Christian Schwartz, é a segunda antologia desses textos, reunindo as crônicas escritas principalmente entre 2012 e 2014, ano em que o escritor interrompeu a colaboração e se despediu como cronista. A crônica "Esteira Sherazade" é que fornece título ao livro, pois faz referência a uma esteira de caminhar, por muito tempo destinada a outras funções na casa do autor, como a de ser cabide de roupas. Certo dia, Tezza decidiu reativá-la, também com funções literárias, passando a ler enquanto caminhava. Um bom tema e uma boa imagem para a crônica, esse gênero de fôlego curto, em constante andamento e meio desconjuntado. Tezza se sai bem no gênero, que ele vincula fortemente a uma imagem fantasmagórica do leitor, além de definir a crônica como uma conversa em voz alta. Seus temas vão da literatura à política, passando pelos costumes e, eventualmente, pelo relato de algum episódio da própria vida, seja de férias na praia, seja como palestrante no México, na China e no Japão. E mesmo o clássico tema da falta de assunto e da crise imaginativa rendem ótimos momentos no texto curto do autor, que encontrou um ritmo e uma coloquialidade que tornam suas crônicas ao mesmo tempo densas e espirituosas. Além das crônicas, o volume traz ao final um ensaio, "Um Discurso Contra o Autor", em que Tezza fala da experiência como cronista e tenta definir o gênero com mais precisão a partir de dois textos de Machado de Assis. (BRUNO ZENI) A MÁQUINA DE CAMINHAR QUANTO: R$ 37,90 (192 PÁGS.) AUTOR: CRISTOVÃO TEZZA EDITORA: RECORD
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Sem lirismos sentimentais, Tati Bernardi reflete sobre a vida e a dorDEPOIS A LOUCA SOU EU Algumas das crônicas de Tati Bernardi, colunista da Folha, reunidas nesta coletânea, parecem uma espécie de ensaio pessoal, com reflexões sobre a vida e a dor que passam longe da autopiedade ou de lirismos sentimentais. A autora se aproveita de temas recorrentes, como o pânico, a depressão e o uso de drogas lícitas, para propor como material literário a aceitação da própria condição psicológica e de seu passado, marcado pela herança de uma cultura pop dos anos 1980 e 1990. A alguns pode parecer uma excessiva exposição pessoal de alguém que se mostra como "um trem fantasma descarrilhado cujo condutor está de ponta-cabeça". Mas isso é apenas a aparência. Pois nem importa tanto saber se Tati Bernardi, a autora, é mais ou menos parecida com a figura projetada por ela no livro, se é tão divertida ou se sofre tanto na vida real como diz na obra. O texto, os entendimentos arregimentados ali, como literatura, é isso o que importa. E não é pouco. (ROBERTO TADDEI) DEPOIS A LOUCA SOU EU QUANTO: R$ 34,90 (144 PÁGS.) E R$ 23,90 (E-BOOK) AUTOR: TATI BERNARDI EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS * A MÁQUINA DE CAMINHAR O romancista Cristovão Tezza, autor de "O Filho Eterno" e "O Professor", foi colunista do jornal paranaense "Gazeta do Povo" durante mais de seis anos. Este livro, organizado por Christian Schwartz, é a segunda antologia desses textos, reunindo as crônicas escritas principalmente entre 2012 e 2014, ano em que o escritor interrompeu a colaboração e se despediu como cronista. A crônica "Esteira Sherazade" é que fornece título ao livro, pois faz referência a uma esteira de caminhar, por muito tempo destinada a outras funções na casa do autor, como a de ser cabide de roupas. Certo dia, Tezza decidiu reativá-la, também com funções literárias, passando a ler enquanto caminhava. Um bom tema e uma boa imagem para a crônica, esse gênero de fôlego curto, em constante andamento e meio desconjuntado. Tezza se sai bem no gênero, que ele vincula fortemente a uma imagem fantasmagórica do leitor, além de definir a crônica como uma conversa em voz alta. Seus temas vão da literatura à política, passando pelos costumes e, eventualmente, pelo relato de algum episódio da própria vida, seja de férias na praia, seja como palestrante no México, na China e no Japão. E mesmo o clássico tema da falta de assunto e da crise imaginativa rendem ótimos momentos no texto curto do autor, que encontrou um ritmo e uma coloquialidade que tornam suas crônicas ao mesmo tempo densas e espirituosas. Além das crônicas, o volume traz ao final um ensaio, "Um Discurso Contra o Autor", em que Tezza fala da experiência como cronista e tenta definir o gênero com mais precisão a partir de dois textos de Machado de Assis. (BRUNO ZENI) A MÁQUINA DE CAMINHAR QUANTO: R$ 37,90 (192 PÁGS.) AUTOR: CRISTOVÃO TEZZA EDITORA: RECORD
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Semana em São Paulo tem Virada Cultural, festival de cinema mexicano e show de roqueiro 'libertino'
BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Veja abaixo sugestões de programas na cidade de São Paulo para curtir a semana que vai de domingo (21) até sábado (27). DOMINGO | SEGUNDA | TERÇA | QUARTA | QUINTA | SEXTA | SÁBADO * DOMINGO (21) Para relaxar, comprar e balançar | É o último dia de Virada Cultural. Como parte do calendário do evento, às 10h, a praça Roosevelt recebe uma prática de ioga coletiva com música indiana. Dessa mesma hora até as 18h, a Praça das Artes abriga uma feira de discos de vinil. Às 12h, no largo do Arouche, o DJ KL Jay (do quarteto de rap Racionais MC's) se apresenta com o grupo instrumental de jazz Projeto Coisa Fina. Às 13h, Tony Tornado canta na praça da República. Veja a programação em guia.folha.com.br. * SEGUNDA (22) Mais que tequila e taco | O cinema Caixa Belas Artes promove sessões de dois filmes que integram o rol de películas reunidas para o Festival de Cinema Mexicano Contemporâneo. Às 16h, tem início a projeção de "As Razões do Coração" (2011), que conta a história de um marido e um amante que se aproximam após o suicídio da mulher com quem eles mantinham relações. Às 18h30 é a vez de "H2Omx" (2014), que aborda o abastecimento de água na Cidade do México. Confira destaques da agenda em cinemamexicano.com.br. * TERÇA (23) Faça sua própria tirinha | O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, na Bela Vista, dá início ao curso "Quadrinhos para Quem Não Sabe (e Não Quer) Desenhar". O workshop, que segue até sexta (26), é voltado para entusiastas das HQs que têm vontade de produzir suas próprias histórias, mas não têm talento com rabiscos. Todo o material produzido no curso será reunido em uma revistinha. Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. R. Dr. Plínio Barreto, 285. Ter., qua., qui. e sex.: 14h30 às 17h. Até 26/5. Inscrições em sescsp.org.br/cpf. GRÁTIS * QUARTA (24) Roqueiro e libertino | Fundador do grupo de indie rock Libertines e líder da banda Babyshambles, o polêmico músico britânico Peter Doherty faz show único no Cine Joia. A apresentação faz parte da turnê de seu trabalho mais recente, o disco "Hamburg Demonstrations", lançado em dezembro de 2016 -é o segundo de sua carreira solo. Cine Joia. Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade, centro, tel. 3101-1305. 22h (as portas da casa abrirão às 20h). Ingr.: R$ 100 a R$ 120 em cinejoia.tv. * QUINTA (25) Moedas de ouro (e de real) | Os filmes "Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar" e "Real: O Plano por Trás da História" chegam aos cinemas. Estrelado por Johnny Depp e Javier Bardem, o longa sobre corsários é o quinto da franquia multimilionária da Disney. Já a produção nacional dirigida por Rodrigo Bittencourt trata da criação do Plano Real, implantado em 1994. Veja as salas e horários de exibição dos filmes em cartaz nos cinemas em guia.folha.com.br. * SEXTA (26) Coquetelaria personalizada | Em maio, o bar Méz celebra seu primeiro aniversário com happy hours de petiscos e drinques. Durante o mês, será possível comprar um pacote de R$ 390 que traz uma garrafa de gim Tanqueray, sete latas de tônica e especiarias (o cliente faz sua combinação). Méz. R. Dr. Mário Ferraz, 561, Itaim Bibi, zona oeste, tel. 2538-8197. Seg., ter. qua. e qui.: 12h à 1h. Sex. e sáb.: 12h às 2h. Dom.: 12h às 17h. * SÁBADO (27) Velha guarda | Tom Cavalcante apresenta o espetáculo "Stomdup". Nele, o comediante faz comentários sobre atualidades do Brasil e do mundo. Teatro Bradesco - Bourbon Shopping. R. Palestra Itália, 500, 3º andar. 21h. Ingr.: R$ 50 a R$ 150 em ingressorapido.com.br.
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Semana em São Paulo tem Virada Cultural, festival de cinema mexicano e show de roqueiro 'libertino'BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Veja abaixo sugestões de programas na cidade de São Paulo para curtir a semana que vai de domingo (21) até sábado (27). DOMINGO | SEGUNDA | TERÇA | QUARTA | QUINTA | SEXTA | SÁBADO * DOMINGO (21) Para relaxar, comprar e balançar | É o último dia de Virada Cultural. Como parte do calendário do evento, às 10h, a praça Roosevelt recebe uma prática de ioga coletiva com música indiana. Dessa mesma hora até as 18h, a Praça das Artes abriga uma feira de discos de vinil. Às 12h, no largo do Arouche, o DJ KL Jay (do quarteto de rap Racionais MC's) se apresenta com o grupo instrumental de jazz Projeto Coisa Fina. Às 13h, Tony Tornado canta na praça da República. Veja a programação em guia.folha.com.br. * SEGUNDA (22) Mais que tequila e taco | O cinema Caixa Belas Artes promove sessões de dois filmes que integram o rol de películas reunidas para o Festival de Cinema Mexicano Contemporâneo. Às 16h, tem início a projeção de "As Razões do Coração" (2011), que conta a história de um marido e um amante que se aproximam após o suicídio da mulher com quem eles mantinham relações. Às 18h30 é a vez de "H2Omx" (2014), que aborda o abastecimento de água na Cidade do México. Confira destaques da agenda em cinemamexicano.com.br. * TERÇA (23) Faça sua própria tirinha | O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, na Bela Vista, dá início ao curso "Quadrinhos para Quem Não Sabe (e Não Quer) Desenhar". O workshop, que segue até sexta (26), é voltado para entusiastas das HQs que têm vontade de produzir suas próprias histórias, mas não têm talento com rabiscos. Todo o material produzido no curso será reunido em uma revistinha. Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. R. Dr. Plínio Barreto, 285. Ter., qua., qui. e sex.: 14h30 às 17h. Até 26/5. Inscrições em sescsp.org.br/cpf. GRÁTIS * QUARTA (24) Roqueiro e libertino | Fundador do grupo de indie rock Libertines e líder da banda Babyshambles, o polêmico músico britânico Peter Doherty faz show único no Cine Joia. A apresentação faz parte da turnê de seu trabalho mais recente, o disco "Hamburg Demonstrations", lançado em dezembro de 2016 -é o segundo de sua carreira solo. Cine Joia. Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade, centro, tel. 3101-1305. 22h (as portas da casa abrirão às 20h). Ingr.: R$ 100 a R$ 120 em cinejoia.tv. * QUINTA (25) Moedas de ouro (e de real) | Os filmes "Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar" e "Real: O Plano por Trás da História" chegam aos cinemas. Estrelado por Johnny Depp e Javier Bardem, o longa sobre corsários é o quinto da franquia multimilionária da Disney. Já a produção nacional dirigida por Rodrigo Bittencourt trata da criação do Plano Real, implantado em 1994. Veja as salas e horários de exibição dos filmes em cartaz nos cinemas em guia.folha.com.br. * SEXTA (26) Coquetelaria personalizada | Em maio, o bar Méz celebra seu primeiro aniversário com happy hours de petiscos e drinques. Durante o mês, será possível comprar um pacote de R$ 390 que traz uma garrafa de gim Tanqueray, sete latas de tônica e especiarias (o cliente faz sua combinação). Méz. R. Dr. Mário Ferraz, 561, Itaim Bibi, zona oeste, tel. 2538-8197. Seg., ter. qua. e qui.: 12h à 1h. Sex. e sáb.: 12h às 2h. Dom.: 12h às 17h. * SÁBADO (27) Velha guarda | Tom Cavalcante apresenta o espetáculo "Stomdup". Nele, o comediante faz comentários sobre atualidades do Brasil e do mundo. Teatro Bradesco - Bourbon Shopping. R. Palestra Itália, 500, 3º andar. 21h. Ingr.: R$ 50 a R$ 150 em ingressorapido.com.br.
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Bombardeio contra área do EI na Síria mata ao menos 30 civis, diz ONG
Um ataque aéreo contra o vilarejo de Dablan, no leste da Síria, em território controlado pela organização terrorista Estado Islâmico (EI), deixou ao menos 30 civis mortos e dezenas de feridos nesta quarta-feira (28), informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). De acordo com o OSDH, que tem sede no Reino Unido, não está claro quem conduziu o bombardeio. Aviões militares do regime sírio, da Rússia e da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizam operações na região sem coordenação entre si. Na segunda-feira (26), um ataque da coalizão dos EUA atingiu um prédio usado como prisão pelos combatentes do EI na cidade de Mayadeen, a cerca de 20 quilômetros a noroeste de Dablan, de acordo com o OSDH. A coalizão confirmou ter feito um bombardeio na localidade. Assista ao vídeo Os serviços de inteligência dos EUA dizem que o EI transferiu suas principais lideranças na Síria para Mayadeen. A cidade de Raqqa, autoproclamada capital dos extremistas no país, localizada a 200 quilômetros a noroeste de Dablan, é alvo de uma ofensiva por terra realizada por milícias árabes e curdas com apoio aéreo americano. As forças governamentais que atuam na Síria negam atacar civis propositalmente, embora haja diversos relatos de bombardeios indiscriminados conduzidos por todas elas contra áreas densamente povoadas. Em mais de seis anos, a guerra civil na Síria já deixou cerca de 500 mil mortos e forçou 12 milhões de pessoas, aproximadamente metade da população do país, a se deslocar. Destas, 5 milhões fugiram do país, contribuindo para o agravamento da crise global de refugiados.
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Bombardeio contra área do EI na Síria mata ao menos 30 civis, diz ONGUm ataque aéreo contra o vilarejo de Dablan, no leste da Síria, em território controlado pela organização terrorista Estado Islâmico (EI), deixou ao menos 30 civis mortos e dezenas de feridos nesta quarta-feira (28), informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). De acordo com o OSDH, que tem sede no Reino Unido, não está claro quem conduziu o bombardeio. Aviões militares do regime sírio, da Rússia e da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizam operações na região sem coordenação entre si. Na segunda-feira (26), um ataque da coalizão dos EUA atingiu um prédio usado como prisão pelos combatentes do EI na cidade de Mayadeen, a cerca de 20 quilômetros a noroeste de Dablan, de acordo com o OSDH. A coalizão confirmou ter feito um bombardeio na localidade. Assista ao vídeo Os serviços de inteligência dos EUA dizem que o EI transferiu suas principais lideranças na Síria para Mayadeen. A cidade de Raqqa, autoproclamada capital dos extremistas no país, localizada a 200 quilômetros a noroeste de Dablan, é alvo de uma ofensiva por terra realizada por milícias árabes e curdas com apoio aéreo americano. As forças governamentais que atuam na Síria negam atacar civis propositalmente, embora haja diversos relatos de bombardeios indiscriminados conduzidos por todas elas contra áreas densamente povoadas. Em mais de seis anos, a guerra civil na Síria já deixou cerca de 500 mil mortos e forçou 12 milhões de pessoas, aproximadamente metade da população do país, a se deslocar. Destas, 5 milhões fugiram do país, contribuindo para o agravamento da crise global de refugiados.
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Miami suspende doações de sangue para evitar transmissão de zika
Reguladores dos EUA pediram na quinta (28) que as doações de sangue fossem suspensas na área de Miami. A suspensão ocorreu devido às suspeitas, agora confirmadas, de infecção local pelo vírus da zika. O departamento de Saúde dos EUA anunciou nesta sexta (29) que é grande a probabilidade dos quatro casos de zika investigados terem sido causados por mosquitos infectados. O território americano de Porto Rico já vem registrando um aumento na transmissão local do zika, cujo contágio ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti ou de contato sexual. "Tendo em conta a possibilidade de um surto local emergente do vírus zika, e como uma medida prudente para ajudar a garantir a segurança do sangue e dos produtos sanguíneos, a FDA [Food and Drug Administration, agência americana de regulação sanitária] está solicitando que todos os estabelecimentos no condado de Miami-Dade e do condado de Broward parem de coletar sangue imediatamente", disse a FDA em um comunicado. Esta medida deve ser mantida até que cada unidade de sangue coletada nos dois condados possa ser analisada "com um teste experimental de rastreamento de doadores para o RNA do vírus da zika ou até que os serviços de sangue implementem o uso de uma tecnologia experimental ou aprovada de inativação de patógenos", acrescenta o comunicado. Dois dos casos de suspeita de transmissão local ocorreram no condado de Miami-Dade, e dois no condado de Broward, localizado ao norte de Miami. A agência também disse que qualquer pessoa que tenha viajado para Miami-Dade ou Broward nas últimas quatro semanas deve ser temporariamente impedida de doar sangue. "Além disso, a FDA recomenda que os condados adjacentes e das proximidades implementem as precauções acima para ajudar a manter a segurança do fornecimento de sangue o mais rápido possível", disse a agência federal. O estado da Flórida já registrou 381 casos de zika, todos em pessoas que foram infectadas durante viagens para países onde o vírus circula. Para que o zika se torne um vírus de transmissão local no território continental dos Estados Unidos, um mosquito teria de morder uma pessoa infectada e, em seguida, morder outra pessoa. Zika e microcefalia As autoridades de saúde dos EUA tinham advertido que era possível que ocorressem surtos locais da zika no país com a chegada do verão, especialmente após a rápida propagação da infecção na América do Sul e na América Central nos dois últimos anos. Em geral, o vírus da zika provoca sintomas brandos e muitas vezes a infecção passa despercebida. O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou más-formações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro em fetos de mulheres que foram infectadas durante a gravidez. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Miami suspende doações de sangue para evitar transmissão de zikaReguladores dos EUA pediram na quinta (28) que as doações de sangue fossem suspensas na área de Miami. A suspensão ocorreu devido às suspeitas, agora confirmadas, de infecção local pelo vírus da zika. O departamento de Saúde dos EUA anunciou nesta sexta (29) que é grande a probabilidade dos quatro casos de zika investigados terem sido causados por mosquitos infectados. O território americano de Porto Rico já vem registrando um aumento na transmissão local do zika, cujo contágio ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti ou de contato sexual. "Tendo em conta a possibilidade de um surto local emergente do vírus zika, e como uma medida prudente para ajudar a garantir a segurança do sangue e dos produtos sanguíneos, a FDA [Food and Drug Administration, agência americana de regulação sanitária] está solicitando que todos os estabelecimentos no condado de Miami-Dade e do condado de Broward parem de coletar sangue imediatamente", disse a FDA em um comunicado. Esta medida deve ser mantida até que cada unidade de sangue coletada nos dois condados possa ser analisada "com um teste experimental de rastreamento de doadores para o RNA do vírus da zika ou até que os serviços de sangue implementem o uso de uma tecnologia experimental ou aprovada de inativação de patógenos", acrescenta o comunicado. Dois dos casos de suspeita de transmissão local ocorreram no condado de Miami-Dade, e dois no condado de Broward, localizado ao norte de Miami. A agência também disse que qualquer pessoa que tenha viajado para Miami-Dade ou Broward nas últimas quatro semanas deve ser temporariamente impedida de doar sangue. "Além disso, a FDA recomenda que os condados adjacentes e das proximidades implementem as precauções acima para ajudar a manter a segurança do fornecimento de sangue o mais rápido possível", disse a agência federal. O estado da Flórida já registrou 381 casos de zika, todos em pessoas que foram infectadas durante viagens para países onde o vírus circula. Para que o zika se torne um vírus de transmissão local no território continental dos Estados Unidos, um mosquito teria de morder uma pessoa infectada e, em seguida, morder outra pessoa. Zika e microcefalia As autoridades de saúde dos EUA tinham advertido que era possível que ocorressem surtos locais da zika no país com a chegada do verão, especialmente após a rápida propagação da infecção na América do Sul e na América Central nos dois últimos anos. Em geral, o vírus da zika provoca sintomas brandos e muitas vezes a infecção passa despercebida. O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou más-formações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro em fetos de mulheres que foram infectadas durante a gravidez. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Os desajustados
A orientação do comando petista aos esperados no congresso do partido, para que não façam críticas a Dilma por sua política de "ajuste fiscal", não é a mais justa. Dilma não merece silêncio, merece muito aplauso. E seu parceiro Joaquim Levy não pode ser esquecido. Em apenas quatro meses, a política de retração econômica adotada por Dilma e traçada por Levy conseguiu chegar ao fim de abril, como divulgado ontem pela IBGE, com a taxa de desemprego elevada a 8%. Quase, faltando muito pouco, o dobro de outra taxa já obtida pelo atual governo, quando Dilma repudiava a política neoliberal que Levy já rezava. E olha que o novo índice está atrasado. Com perto de um milhão a mais de desempregados entre fevereiro e abril, há ainda, para o total, o contingente dos desempregados de maio. E quando os petistas se reunirem, a partir do dia 11, a defasagem do dado e o desemprego feito por Dilma e Levy serão ainda maiores. O mesmo se pode dizer da queda de consumo das famílias, basicamente o alimentar. Da classe média para cima, não há essa redução. Já se vê quem compra menos alimentos. E assim, na conexão de aumento do desemprego e queda do consumo alimentar, o governo acha que está fazendo combate à inflação. Entre o silêncio e o aplauso para mascarar a opinião, não há diferença no autoritarismo de quem ordena e na sujeição de quem se submete. Se a política neoliberal e o consequente desajuste social não são criticáveis, são aceitos. Se aceitos, aplaudir a veloz e progressiva conquista dos seus objetivos é o lógico e o justo. O PT quer um congresso com censura prévia. Não há por que não a fazer até o fim. Já que não admite sequer crítica, cabe-lhe aplaudir de uma vez o ajuste fiscal que não passa de maior desajuste social. IDEM Arnaldo Madeira é seguido por Alberto Goldman na reprovação às votações do PSDB, na Câmara, contra criações e teses do partido, como a reeleição e o fator previdenciário, ou a favor do distritão. Ambos (Goldman em carta a dirigentes peessedebistas) apontam a falta de debates no partido, opinião também de vários outros. Mas que debate? Debate permanente era a ideia de Franco Montoro e Mário Covas, assim como o revezamento na presidência partidária a cada três meses, ao fundarem o partido promissor de uma linha social-democrata. Nunca mais houve debate, de coisa alguma. Nada mais claro, nesse sentido, do que a decisão pela candidatura de José Serra à Presidência da República, tomada por Fernando Henrique, Tasso Jereissati, Sérgio Guerra e Aécio Neves em um restaurante em torno de garrafas de vinho. E depois a de Aécio, em circunstâncias idênticas. Enquanto os interesses eram os mesmos, o PSDB pôde passar a aparência de unidade nas votações. Quando Eduardo Cunha semeou interesses diversos, os deputados peessedebistas mostraram-se iguais às bancadas de conhecida suscetibilidade. Só o PSDB não sabe que nada mais tem de PSDB. Não é por engano que está em entendimentos para com o PMDB para algo como uma aliança estratégica. É, partindo de posições muito semelhantes, pelas semelhanças a que chegaram depois das diferentes deformações.
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Os desajustadosA orientação do comando petista aos esperados no congresso do partido, para que não façam críticas a Dilma por sua política de "ajuste fiscal", não é a mais justa. Dilma não merece silêncio, merece muito aplauso. E seu parceiro Joaquim Levy não pode ser esquecido. Em apenas quatro meses, a política de retração econômica adotada por Dilma e traçada por Levy conseguiu chegar ao fim de abril, como divulgado ontem pela IBGE, com a taxa de desemprego elevada a 8%. Quase, faltando muito pouco, o dobro de outra taxa já obtida pelo atual governo, quando Dilma repudiava a política neoliberal que Levy já rezava. E olha que o novo índice está atrasado. Com perto de um milhão a mais de desempregados entre fevereiro e abril, há ainda, para o total, o contingente dos desempregados de maio. E quando os petistas se reunirem, a partir do dia 11, a defasagem do dado e o desemprego feito por Dilma e Levy serão ainda maiores. O mesmo se pode dizer da queda de consumo das famílias, basicamente o alimentar. Da classe média para cima, não há essa redução. Já se vê quem compra menos alimentos. E assim, na conexão de aumento do desemprego e queda do consumo alimentar, o governo acha que está fazendo combate à inflação. Entre o silêncio e o aplauso para mascarar a opinião, não há diferença no autoritarismo de quem ordena e na sujeição de quem se submete. Se a política neoliberal e o consequente desajuste social não são criticáveis, são aceitos. Se aceitos, aplaudir a veloz e progressiva conquista dos seus objetivos é o lógico e o justo. O PT quer um congresso com censura prévia. Não há por que não a fazer até o fim. Já que não admite sequer crítica, cabe-lhe aplaudir de uma vez o ajuste fiscal que não passa de maior desajuste social. IDEM Arnaldo Madeira é seguido por Alberto Goldman na reprovação às votações do PSDB, na Câmara, contra criações e teses do partido, como a reeleição e o fator previdenciário, ou a favor do distritão. Ambos (Goldman em carta a dirigentes peessedebistas) apontam a falta de debates no partido, opinião também de vários outros. Mas que debate? Debate permanente era a ideia de Franco Montoro e Mário Covas, assim como o revezamento na presidência partidária a cada três meses, ao fundarem o partido promissor de uma linha social-democrata. Nunca mais houve debate, de coisa alguma. Nada mais claro, nesse sentido, do que a decisão pela candidatura de José Serra à Presidência da República, tomada por Fernando Henrique, Tasso Jereissati, Sérgio Guerra e Aécio Neves em um restaurante em torno de garrafas de vinho. E depois a de Aécio, em circunstâncias idênticas. Enquanto os interesses eram os mesmos, o PSDB pôde passar a aparência de unidade nas votações. Quando Eduardo Cunha semeou interesses diversos, os deputados peessedebistas mostraram-se iguais às bancadas de conhecida suscetibilidade. Só o PSDB não sabe que nada mais tem de PSDB. Não é por engano que está em entendimentos para com o PMDB para algo como uma aliança estratégica. É, partindo de posições muito semelhantes, pelas semelhanças a que chegaram depois das diferentes deformações.
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Após sucesso de 'Cinderela', 'Mulan' deve ganhar filme com atores reais
Após a estreia de "Cinderela", a Disney já está de olho em transformar outra de suas animações em filme com atores de carne e osso. Dessa vez, a guerreira Mulan é quem deve ganhar uma produção. A informação ainda não foi confirmada pela Disney do Brasil, mas, segundo o site da revista norte-americana "The Hollywood Reporter", a empresa comprou um roteiro baseado na lenda de Hua Mulan, protagonista da animação de 1998. De acordo com o site, o novo script foi escrito por Elizabeth Martin e Lauren Hynek, conhecidos pelo trabalho em peças teatrais, e os produtores também já foram escolhidos: Chris Bender e J.C. Spink. NA MODA A fórmula da fábula com atores reais parece ter dado certo. Desde a última quinta (26), quando foi lançado no Brasil, "Cinderela" arrecadou no país mais de US$ 3,4 milhões (mais de R$ 10 milhões), segundo a empresa. No mundo, a cifra ultrapassou os US$ 300 milhões (mais de R$ 960 milhões). O filme foi lançado há algumas semanas em determinados países, como os Estados Unidos. Uma versão de "A Bela e a Fera" com atores de verdade também já foi anunciada pela empresa, com estreia prevista para 2016. O papel de Bela será ocupado pela atriz Emma Watson, a Hermione de "Harry Potter".
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Após sucesso de 'Cinderela', 'Mulan' deve ganhar filme com atores reaisApós a estreia de "Cinderela", a Disney já está de olho em transformar outra de suas animações em filme com atores de carne e osso. Dessa vez, a guerreira Mulan é quem deve ganhar uma produção. A informação ainda não foi confirmada pela Disney do Brasil, mas, segundo o site da revista norte-americana "The Hollywood Reporter", a empresa comprou um roteiro baseado na lenda de Hua Mulan, protagonista da animação de 1998. De acordo com o site, o novo script foi escrito por Elizabeth Martin e Lauren Hynek, conhecidos pelo trabalho em peças teatrais, e os produtores também já foram escolhidos: Chris Bender e J.C. Spink. NA MODA A fórmula da fábula com atores reais parece ter dado certo. Desde a última quinta (26), quando foi lançado no Brasil, "Cinderela" arrecadou no país mais de US$ 3,4 milhões (mais de R$ 10 milhões), segundo a empresa. No mundo, a cifra ultrapassou os US$ 300 milhões (mais de R$ 960 milhões). O filme foi lançado há algumas semanas em determinados países, como os Estados Unidos. Uma versão de "A Bela e a Fera" com atores de verdade também já foi anunciada pela empresa, com estreia prevista para 2016. O papel de Bela será ocupado pela atriz Emma Watson, a Hermione de "Harry Potter".
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Sky cobra por plano que nunca foi contratado, reclama leitor
O leitor Thiago Brazolin diz que recebe ligações da Sky desde dezembro com cobranças por um serviço de TV por assinatura que ele não contratou. Brazolin afirma que realizou os trâmites requeridos pela própria empresa: apresentou cópia de RG, CPF e comprovante de residência, além de carta enfatizando que não solicitou o plano e pedindo o cancelamento. Nas três tentativas de suspensão da conta, diz o leitor, a Sky não cumpriu o prazo que estabeleceu para resolver o problema. "Me foi dado o prazo de 48 horas para retorno, e até agora nada", reclama ele. RESPOSTA A Sky informa que o cadastro do cliente foi cancelado sem nenhum ônus e que, em até dez dias úteis, ele não será mais cobrado. - QUEIXA DE MARINA QUEIROZ BARROS: COMPRA DESCONHECIDA O Bradesco não cancelou cartão das Casas Bahia após compras desconhecidas. O horário de funcionamento do serviço por telefone só vai até 20h, e o banco não resolve o problema, que é urgente. *RESPOSTA DO BRADESCO - * Afirma que manteve contato com a cliente para esclarecimento do assunto. - QUEIXA DE LUCILIA COSTA: PRODUTO NÃO ENTREGUE O Pão de Açúcar não entregou produto na data e no horário combinados com o cliente. Quando se liga para o serviço, os atendentes estão sempre ocupados e não resolvem o problema. RESPOSTA DO PÃO DE AÇÚCAR - Informa que a entrega foi realizada em 18.jan e que lamenta o ocorrido e reforça sua preocupação com os clientes. - QUEIXA DE MARLI JUNKO UEHARA: COMPRA NÃO CANCELADA O Submarino.com não entregou relógio adquirido pelo site e, mesmo após quatro pedidos, não efetuou o cancelamento da compra. A empresa disse que retornaria com uma solução, mas nunca retornou. RESPOSTA DO SANTANDER- Esclarece que contatou a cliente e esclareceu e solucionou o problema. - QUEIXA DE YIP CHO PAUL: PONTUAÇÃO ERRADA O Itaú calculou a pontuação do cliente no programa Sempre Presente do cartão de crédito erroneamente -o valor aparece como negativo. O banco prometeu atendimento prioritário, mas não resolveu a questão. RESPOSTA DO ITAÚ- Diz que fez as devidas correções e que usará a reclamação para aprimorar seus serviços. - Direito do consumidor
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Sky cobra por plano que nunca foi contratado, reclama leitorO leitor Thiago Brazolin diz que recebe ligações da Sky desde dezembro com cobranças por um serviço de TV por assinatura que ele não contratou. Brazolin afirma que realizou os trâmites requeridos pela própria empresa: apresentou cópia de RG, CPF e comprovante de residência, além de carta enfatizando que não solicitou o plano e pedindo o cancelamento. Nas três tentativas de suspensão da conta, diz o leitor, a Sky não cumpriu o prazo que estabeleceu para resolver o problema. "Me foi dado o prazo de 48 horas para retorno, e até agora nada", reclama ele. RESPOSTA A Sky informa que o cadastro do cliente foi cancelado sem nenhum ônus e que, em até dez dias úteis, ele não será mais cobrado. - QUEIXA DE MARINA QUEIROZ BARROS: COMPRA DESCONHECIDA O Bradesco não cancelou cartão das Casas Bahia após compras desconhecidas. O horário de funcionamento do serviço por telefone só vai até 20h, e o banco não resolve o problema, que é urgente. *RESPOSTA DO BRADESCO - * Afirma que manteve contato com a cliente para esclarecimento do assunto. - QUEIXA DE LUCILIA COSTA: PRODUTO NÃO ENTREGUE O Pão de Açúcar não entregou produto na data e no horário combinados com o cliente. Quando se liga para o serviço, os atendentes estão sempre ocupados e não resolvem o problema. RESPOSTA DO PÃO DE AÇÚCAR - Informa que a entrega foi realizada em 18.jan e que lamenta o ocorrido e reforça sua preocupação com os clientes. - QUEIXA DE MARLI JUNKO UEHARA: COMPRA NÃO CANCELADA O Submarino.com não entregou relógio adquirido pelo site e, mesmo após quatro pedidos, não efetuou o cancelamento da compra. A empresa disse que retornaria com uma solução, mas nunca retornou. RESPOSTA DO SANTANDER- Esclarece que contatou a cliente e esclareceu e solucionou o problema. - QUEIXA DE YIP CHO PAUL: PONTUAÇÃO ERRADA O Itaú calculou a pontuação do cliente no programa Sempre Presente do cartão de crédito erroneamente -o valor aparece como negativo. O banco prometeu atendimento prioritário, mas não resolveu a questão. RESPOSTA DO ITAÚ- Diz que fez as devidas correções e que usará a reclamação para aprimorar seus serviços. - Direito do consumidor
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Econofísica leva conceitos da física para o mercado financeiro
Há cinco anos, não se sabia o que eram tablets. Em 2007, o iPhone revolucionou o mercado dos smartphones. E, antes de 2004, todos viviam sem Facebook. O mundo passa por mudanças significativas e rápidas e os segmentos profissionais se transformam no mesmo ritmo. Novas áreas são criadas e há carreiras que surgem como uma espécie de versão atualizada de profissões tradicionais. Essas áreas podem ser uma oportunidade do jovem se destacar no mercado de trabalho. A Folha ouviu recrutadores, professores universitários e profissionais para destacar características destas profissões como perfil desejado pelas empresas, salário inicial e onde há vagas, que servem de indicação para ajudar na escolha ou na evolução da carreira. Confira as características da Física e da Econofísica: FÍSICA ONDE ESTUDAR USP CESVASF (Centro de Ensino Superior do Vale São Francisco), CEFET/RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca), UNIANDRADE (Centro Universitário Campos de Andrade) DURAÇÃO DO CURSO 4 ANOS O QUE FAZ Pode lecionar em em escolas e cursinhos, pesquisar e trabalhar em hospitais e na indústria. SALÁRIO INICIAL R$ 2,5 mil PERFIL DESEJADO PELAS EMPRESAS Espera-se de um profissional de física que ele seja curioso, que goste de pesquisar e que seja organizado e disciplinado ONDE HÁ VAGAS Lecionar e pesquisar ainda são os caminhos mais naturais. Além disso, também é possível trabalhar em hospitais e na indústria, como na área automobilística e aeronáutica. Atualmente, vem crescendo a procura por físicos em empresas petrolíferas, de transportes, computacionais e médicas VISÃO DE QUEM FAZ "A física dá uma base muito sólida de conhecimento de ciências exatas e proporciona atuação em vários campos. A transição para fora do meio acadêmico ainda é um pouco complicada, pois o físico ainda é visto como alguém muito teórico. Acredito, no entanto, que essa tendência possa mudar" Pedro Paulo Miranda, 21, estudante na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) * ECONOFÍSICA ONDE ESTUDAR USP CESVASF (Centro de Ensino Superior do Vale São Francisco), CEFET/RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca), UNIANDRADE (Centro Universitário Campos de Andrade) - Ainda não existem no Brasil especializações e graduações em econofísica. Especialistas consultados apontam que o aprofundamento é feito por meio de pesquisa, prática e aplicação dos conceitos teóricos nas instituições financeiras DURAÇÃO DO CURSO 4 ANOS O QUE FAZ Aplica as teorias do campo da física para prever e amenizar riscos no mercado financeiro SALÁRIO INICIAL R$ 5 mil PERFIL DESEJADO PELAS EMPRESAS Além das expectativas quanto às habilidades inerentes aos profissionais da física, espera-se que o econofísico saiba se comunicar com clareza e conviver no ambiente corporativo ONDE HÁ VAGAS Empresas do mercado financeiro, como bancos, corretoras e fundos de investimento VISÃO DE QUEM FAZ "O econofísico em uma empresa é o profissional que domina os cálculos mais sofisticados e sabe transportá-los para o mercado financeiro. Precisa, assim estar familiarizado com sua área de estudo, mas também com a realidade econômica do mercado em que estiver atuando" Leonidas Sandoval Junior, 49, físico, pesquisador em econofísica, e professor de matemática da graduação do Insper
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Econofísica leva conceitos da física para o mercado financeiroHá cinco anos, não se sabia o que eram tablets. Em 2007, o iPhone revolucionou o mercado dos smartphones. E, antes de 2004, todos viviam sem Facebook. O mundo passa por mudanças significativas e rápidas e os segmentos profissionais se transformam no mesmo ritmo. Novas áreas são criadas e há carreiras que surgem como uma espécie de versão atualizada de profissões tradicionais. Essas áreas podem ser uma oportunidade do jovem se destacar no mercado de trabalho. A Folha ouviu recrutadores, professores universitários e profissionais para destacar características destas profissões como perfil desejado pelas empresas, salário inicial e onde há vagas, que servem de indicação para ajudar na escolha ou na evolução da carreira. Confira as características da Física e da Econofísica: FÍSICA ONDE ESTUDAR USP CESVASF (Centro de Ensino Superior do Vale São Francisco), CEFET/RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca), UNIANDRADE (Centro Universitário Campos de Andrade) DURAÇÃO DO CURSO 4 ANOS O QUE FAZ Pode lecionar em em escolas e cursinhos, pesquisar e trabalhar em hospitais e na indústria. SALÁRIO INICIAL R$ 2,5 mil PERFIL DESEJADO PELAS EMPRESAS Espera-se de um profissional de física que ele seja curioso, que goste de pesquisar e que seja organizado e disciplinado ONDE HÁ VAGAS Lecionar e pesquisar ainda são os caminhos mais naturais. Além disso, também é possível trabalhar em hospitais e na indústria, como na área automobilística e aeronáutica. Atualmente, vem crescendo a procura por físicos em empresas petrolíferas, de transportes, computacionais e médicas VISÃO DE QUEM FAZ "A física dá uma base muito sólida de conhecimento de ciências exatas e proporciona atuação em vários campos. A transição para fora do meio acadêmico ainda é um pouco complicada, pois o físico ainda é visto como alguém muito teórico. Acredito, no entanto, que essa tendência possa mudar" Pedro Paulo Miranda, 21, estudante na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) * ECONOFÍSICA ONDE ESTUDAR USP CESVASF (Centro de Ensino Superior do Vale São Francisco), CEFET/RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca), UNIANDRADE (Centro Universitário Campos de Andrade) - Ainda não existem no Brasil especializações e graduações em econofísica. Especialistas consultados apontam que o aprofundamento é feito por meio de pesquisa, prática e aplicação dos conceitos teóricos nas instituições financeiras DURAÇÃO DO CURSO 4 ANOS O QUE FAZ Aplica as teorias do campo da física para prever e amenizar riscos no mercado financeiro SALÁRIO INICIAL R$ 5 mil PERFIL DESEJADO PELAS EMPRESAS Além das expectativas quanto às habilidades inerentes aos profissionais da física, espera-se que o econofísico saiba se comunicar com clareza e conviver no ambiente corporativo ONDE HÁ VAGAS Empresas do mercado financeiro, como bancos, corretoras e fundos de investimento VISÃO DE QUEM FAZ "O econofísico em uma empresa é o profissional que domina os cálculos mais sofisticados e sabe transportá-los para o mercado financeiro. Precisa, assim estar familiarizado com sua área de estudo, mas também com a realidade econômica do mercado em que estiver atuando" Leonidas Sandoval Junior, 49, físico, pesquisador em econofísica, e professor de matemática da graduação do Insper
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Ponto de equilíbrio
O governo de Michel Temer (PMDB) promete em breve enviar ao Congresso a proposta de inscrever na Constituição um limite imediato para o crescimento da despesa federal. Mais do que peça central do programa econômico do presidente interino, trata-se da maior tentativa de reforma do Estado em três décadas. A fim de que o plano se torne viável, não basta escrever em pedra que os gastos serão reajustados apenas pela inflação do ano anterior, sendo na prática congelados. Algumas cláusulas adicionais precisam ser bem lapidadas. A primeira diz respeito às regras que impedirão o crescimento da rubrica social. A segunda, à duração desse congelamento. O dispêndio se expande sem limite devido ao aumento vegetativo de certos desembolsos (número de beneficiários da Previdência), a indexações (reajustes de benefícios sociais ou de salários) e a vinculações orçamentárias (por lei, a verba para saúde e educação aumenta junto com a arrecadação). Ou seja, se for mantido tudo o mais constante após a criação do teto, essas rubricas logo asfixiarão as demais obrigações do governo, tornando a administração inviável. A duração do congelamento, por sua vez, tem pelo menos duas implicações essenciais: define o tamanho do Estado e o rumo da política econômica e da recuperação nos próximos anos. Quando o país voltar a crescer, o gasto se retrairá paulatinamente em relação ao tamanho da economia. Não diminuirá em termos absolutos, mas constituirá fatia cada vez menor de um PIB maior. É difícil estimar a proporção desse encolhimento. Mas, mesmo com um desempenho econômico modesto, haverá drástica redução do Estado depois de uma década. Quanto à política econômica, trata-se de fazer com que as receitas ultrapassem o teto da despesa. Considerando-se o deficit e as projeções atuais, isso não ocorrerá em menos de quatro anos sem aumentos adicionas na arrecadação. Torna-se central, portanto, a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio. Dadas as carências sociais e as necessidades de investimento, o país não pode se furtar por muito tempo de destinar parte da expansão do PIB ao uso do Estado. Por outro lado, diante do risco de colapso das finanças públicas, o congelamento precisa durar o suficiente para permitir a geração de superavit e dar credibilidade ao programa de ajuste. O plano econômico decerto não se limita ao teto. A obtenção de receitas extras, por meio de privatizações ou de aumentos de impostos, permitirá antecipar o superavit. Ademais, o gasto deve se tornar mais eficiente, a fim de que não se reduzam os serviços. O teto, porém, é essencial. Dificilmente poderá durar menos de quatro ou cinco anos –e com certeza se mostrará drástico demais se perdurar por uma década. editoriais@uol.com.br
opiniao
Ponto de equilíbrioO governo de Michel Temer (PMDB) promete em breve enviar ao Congresso a proposta de inscrever na Constituição um limite imediato para o crescimento da despesa federal. Mais do que peça central do programa econômico do presidente interino, trata-se da maior tentativa de reforma do Estado em três décadas. A fim de que o plano se torne viável, não basta escrever em pedra que os gastos serão reajustados apenas pela inflação do ano anterior, sendo na prática congelados. Algumas cláusulas adicionais precisam ser bem lapidadas. A primeira diz respeito às regras que impedirão o crescimento da rubrica social. A segunda, à duração desse congelamento. O dispêndio se expande sem limite devido ao aumento vegetativo de certos desembolsos (número de beneficiários da Previdência), a indexações (reajustes de benefícios sociais ou de salários) e a vinculações orçamentárias (por lei, a verba para saúde e educação aumenta junto com a arrecadação). Ou seja, se for mantido tudo o mais constante após a criação do teto, essas rubricas logo asfixiarão as demais obrigações do governo, tornando a administração inviável. A duração do congelamento, por sua vez, tem pelo menos duas implicações essenciais: define o tamanho do Estado e o rumo da política econômica e da recuperação nos próximos anos. Quando o país voltar a crescer, o gasto se retrairá paulatinamente em relação ao tamanho da economia. Não diminuirá em termos absolutos, mas constituirá fatia cada vez menor de um PIB maior. É difícil estimar a proporção desse encolhimento. Mas, mesmo com um desempenho econômico modesto, haverá drástica redução do Estado depois de uma década. Quanto à política econômica, trata-se de fazer com que as receitas ultrapassem o teto da despesa. Considerando-se o deficit e as projeções atuais, isso não ocorrerá em menos de quatro anos sem aumentos adicionas na arrecadação. Torna-se central, portanto, a tarefa de encontrar um ponto de equilíbrio. Dadas as carências sociais e as necessidades de investimento, o país não pode se furtar por muito tempo de destinar parte da expansão do PIB ao uso do Estado. Por outro lado, diante do risco de colapso das finanças públicas, o congelamento precisa durar o suficiente para permitir a geração de superavit e dar credibilidade ao programa de ajuste. O plano econômico decerto não se limita ao teto. A obtenção de receitas extras, por meio de privatizações ou de aumentos de impostos, permitirá antecipar o superavit. Ademais, o gasto deve se tornar mais eficiente, a fim de que não se reduzam os serviços. O teto, porém, é essencial. Dificilmente poderá durar menos de quatro ou cinco anos –e com certeza se mostrará drástico demais se perdurar por uma década. editoriais@uol.com.br
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Editorial: Planos passageiros
Num país em que as instituições são fracas, impera a descontinuidade administrativa. O transporte público na cidade de São Paulo dá um exemplo acabado disso, como se cada gestão começasse do zero ou estivesse obrigada a abandonar o planejamento anterior –bom ou ruim, pouco importa. A resultante é um mosaico disfuncional de soluções mal-acabadas. A metrópole tem de tudo: corredores de ônibus segregados, mas sem áreas de ultrapassagem; faixas exclusivas e faixas preferenciais para coletivos, com ou sem horários díspares de restrição para táxis e carros particulares; ônibus articulados que se aventuram em vias estreitas. Uma balbúrdia. Agora que o prefeito Fernando Haddad (PT) se lança a formatar licitação para reformular todo o sistema, seria bom que se dedicasse a estudar formas de impedir que os planos fiquem pelo caminho. Foi o que aconteceu com os de sua correligionária Marta Suplicy, que governou a cidade de 2001 a 2004. Visão sem execução, diz uma frase atribuída a Thomas Alva Edison (1847-1931), é apenas alucinação. No caso, pesadelo, como vivencia diariamente o paulistano que depende de transporte público. Há 12 anos, a Prefeitura de São Paulo deu a largada para uma série de projetos que deveriam ter sido concluídos em 2013: 300 km de novos corredores de ônibus, 30 terminais para convergência de linhas e 350 estações de transferência. Um salto de modernização e qualidade –ao menos no papel. Levantamento desta Folha mostrou que quase nada andou como deveria. Mais de um ano depois de finalizado o prazo inicial de construção, os 300 km de corredores estacionaram em 83 km, ou meros 28%. Metade dos 30 novos terminais não passam de sonho. E somente 3 –três!– das 350 estações foram erguidas. Se a prefeitura fosse encarada por seus ocupantes como uma instituição, e seus programas, como decisões que só poderiam ser revertidas com forte apoio técnico e consulta pública, haveria menos problemas de continuidade. Acontece que as duas gestões petistas foram intercaladas pelas de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (então no DEM), que engataram a marcha a ré nos projetos de Marta. E o próprio Haddad, ao retomar a ideia de uma reforma mais estrutural, se põe a arquitetar um plano diferente, para chamar de seu. Num país com instituições mais fortes, o sistema de transportes de uma cidade como São Paulo seria objeto de um debate especializado, que jamais ignoraria a importância de uma coordenação metropolitana para o setor, com compartilhamento tanto de políticas tarifárias como do sistema de linhas. Em seguida viriam, naturalmente, consultas públicas sobre prioridades e gastos, bem como a formulação técnica de um projeto executivo, o qual sucessivos prefeitos teriam a responsabilidade de conduzir. Mas aqui é o Brasil, e os planos, quando existem, são passageiros.
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Editorial: Planos passageirosNum país em que as instituições são fracas, impera a descontinuidade administrativa. O transporte público na cidade de São Paulo dá um exemplo acabado disso, como se cada gestão começasse do zero ou estivesse obrigada a abandonar o planejamento anterior –bom ou ruim, pouco importa. A resultante é um mosaico disfuncional de soluções mal-acabadas. A metrópole tem de tudo: corredores de ônibus segregados, mas sem áreas de ultrapassagem; faixas exclusivas e faixas preferenciais para coletivos, com ou sem horários díspares de restrição para táxis e carros particulares; ônibus articulados que se aventuram em vias estreitas. Uma balbúrdia. Agora que o prefeito Fernando Haddad (PT) se lança a formatar licitação para reformular todo o sistema, seria bom que se dedicasse a estudar formas de impedir que os planos fiquem pelo caminho. Foi o que aconteceu com os de sua correligionária Marta Suplicy, que governou a cidade de 2001 a 2004. Visão sem execução, diz uma frase atribuída a Thomas Alva Edison (1847-1931), é apenas alucinação. No caso, pesadelo, como vivencia diariamente o paulistano que depende de transporte público. Há 12 anos, a Prefeitura de São Paulo deu a largada para uma série de projetos que deveriam ter sido concluídos em 2013: 300 km de novos corredores de ônibus, 30 terminais para convergência de linhas e 350 estações de transferência. Um salto de modernização e qualidade –ao menos no papel. Levantamento desta Folha mostrou que quase nada andou como deveria. Mais de um ano depois de finalizado o prazo inicial de construção, os 300 km de corredores estacionaram em 83 km, ou meros 28%. Metade dos 30 novos terminais não passam de sonho. E somente 3 –três!– das 350 estações foram erguidas. Se a prefeitura fosse encarada por seus ocupantes como uma instituição, e seus programas, como decisões que só poderiam ser revertidas com forte apoio técnico e consulta pública, haveria menos problemas de continuidade. Acontece que as duas gestões petistas foram intercaladas pelas de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (então no DEM), que engataram a marcha a ré nos projetos de Marta. E o próprio Haddad, ao retomar a ideia de uma reforma mais estrutural, se põe a arquitetar um plano diferente, para chamar de seu. Num país com instituições mais fortes, o sistema de transportes de uma cidade como São Paulo seria objeto de um debate especializado, que jamais ignoraria a importância de uma coordenação metropolitana para o setor, com compartilhamento tanto de políticas tarifárias como do sistema de linhas. Em seguida viriam, naturalmente, consultas públicas sobre prioridades e gastos, bem como a formulação técnica de um projeto executivo, o qual sucessivos prefeitos teriam a responsabilidade de conduzir. Mas aqui é o Brasil, e os planos, quando existem, são passageiros.
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Leitor diz que maior parte das manifestações é pacífica
O colunista VladImir Saflate vem se especializando em adivinhar imagens de quebra-cabeças com apenas meia dúzia de peças. Juntando caquinhos de informação, principalmente defeitos e incompetências, consegue ver o perfil do "Estado brasileiro". Por essa visão distorcida entende que "o governo" - quais? - teve no aumento da violência a única resposta para as demandas sociais colocadas em manifestações de rua. Em 2014, só na zona centro da capital paulista (que abrange avenida Paulista e praça da Sé) a PM acompanhou 908 manifestações de rua, dentre as quais ocorreram 5 confrontos. As 99,5% de manifestações pacíficas devem ser analisadas por seu filtro negativista? O mundo é um pouco maior do que os fatos mostrados na mídia. O que não sai todo dia são as mais de 300 mortes violentas, aí, sim, um grande fracasso do Estado brasileiro. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor diz que maior parte das manifestações é pacíficaO colunista VladImir Saflate vem se especializando em adivinhar imagens de quebra-cabeças com apenas meia dúzia de peças. Juntando caquinhos de informação, principalmente defeitos e incompetências, consegue ver o perfil do "Estado brasileiro". Por essa visão distorcida entende que "o governo" - quais? - teve no aumento da violência a única resposta para as demandas sociais colocadas em manifestações de rua. Em 2014, só na zona centro da capital paulista (que abrange avenida Paulista e praça da Sé) a PM acompanhou 908 manifestações de rua, dentre as quais ocorreram 5 confrontos. As 99,5% de manifestações pacíficas devem ser analisadas por seu filtro negativista? O mundo é um pouco maior do que os fatos mostrados na mídia. O que não sai todo dia são as mais de 300 mortes violentas, aí, sim, um grande fracasso do Estado brasileiro. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores condenam acordo que renderá comissão para doleiro preso
Graças à delação premiada, o doleiro Alberto Youssef poderá ganhar até R$ 10 milhões. E os pais que mandavam o filho estudar para fugir do crime e vencer na vida? Já estou vendo criança dizendo: "Mamãe e papai, quando eu crescer quero ser doleiro!" EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ) * A notícia de que o doleiro Alberto Youssef ("Poder", 24/1) poderá faturar R$ 10 milhões de comissão é estarrecedora. Isso sim é que é delação premiadíssima! Espero que o Poder Judiciário recuse essa proposta obscena. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * O Brasil é um circo onde os palhaços somos nós, cidadãos honestos, que trabalhamos a vida inteira, pagamos nossos impostos em dia e nunca conseguiremos ganhar R$ 10 milhões com o fruto do nosso trabalho honesto. Quem foi que disse que o crime não compensa? É uma vergonha. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * É impressionante a leniência da nossa Justiça, principalmente nos casos de "colarinho branco". A pessoa cometeu um delito e, por "ajudar" a recuperar um dinheiro que não lhe pertencia, leva uma comissão de 2%. Por essas e outras se percebe o motivo de tanta gente desviar verba pública e ainda sair no lucro. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores condenam acordo que renderá comissão para doleiro presoGraças à delação premiada, o doleiro Alberto Youssef poderá ganhar até R$ 10 milhões. E os pais que mandavam o filho estudar para fugir do crime e vencer na vida? Já estou vendo criança dizendo: "Mamãe e papai, quando eu crescer quero ser doleiro!" EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ) * A notícia de que o doleiro Alberto Youssef ("Poder", 24/1) poderá faturar R$ 10 milhões de comissão é estarrecedora. Isso sim é que é delação premiadíssima! Espero que o Poder Judiciário recuse essa proposta obscena. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * O Brasil é um circo onde os palhaços somos nós, cidadãos honestos, que trabalhamos a vida inteira, pagamos nossos impostos em dia e nunca conseguiremos ganhar R$ 10 milhões com o fruto do nosso trabalho honesto. Quem foi que disse que o crime não compensa? É uma vergonha. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * É impressionante a leniência da nossa Justiça, principalmente nos casos de "colarinho branco". A pessoa cometeu um delito e, por "ajudar" a recuperar um dinheiro que não lhe pertencia, leva uma comissão de 2%. Por essas e outras se percebe o motivo de tanta gente desviar verba pública e ainda sair no lucro. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Luiz Fernando Pacheco: Pena de morte e terrorismo
De ordem prática muitos são os argumentos que recomendam a eliminação, em todo o mundo, da pena de morte. Notadamente, aquele segundo o qual a sua aplicação não reduz os índices de criminalidade já que, ao Estado violento, o povo responde com mais violência. Também outras considerações, de ordem menos objetivas, estão a reclamar, veementemente, a abolição definitiva do malfazejo instituto. Ao longo da história da humanidade, nos deparamos com eventos e mentalidades em certas épocas vigentes, que hoje nos trazem verdadeiro horror. Dizemos aliviados que isso foi há alguns séculos atrás e que, hoje em dia, a humanidade avançou e que Torquemada não tem mais lugar. A certeza de que vivemos numa época em que a civilização cultiva uma consciência mais justa e menos sanguinolenta, evidentemente, nos trás uma sensação maior de segurança pessoal. Entretanto, em tempo não muito distante, ainda no século passado, tropeçamos na ideologia da higienização racial –inspirada na antroposofia e num cristianismo pervertido– pregada ferozmente por Hitler em nome do bem maior de uma nação. Na linha de argumentação do Terceiro Reich foram oferecidas justificativas para o direito do Estado assassinar seres humano –milhares deles, aos blocos– considerados impuros ou imperfeitos e, portanto, indesejáveis. O sonho de Hitler e de uma nação por ele magnetizada, é hoje unanimemente rejeitado por todos os povos e é considerado uma sócio-psicopatia que certamente não encontra guarida em pleno século 21, pois se entende que a ninguém é dado o direto de ceifar o direito a vida do outro. Será? Nos últimos dias, a sociedade se deparou com defesas contundentemente apaixonadas a favor da pena de morte quando um brasileiro e outros tantos alienígenas foram executados, na Indonésia, por tráfico de drogas. Entretanto e contraditoriamente, também nos últimos dias, nos deparamos com manifestações igualmente apaixonadas contra o ato terrorista que matou doze pessoas no jornal Charlie Hebdo e outras quatro na mercearia kosher. Quando um assassinato fica mais palatável ou aceitável do que o outro? O ato terrorista é um crime execrável, mas por que o assassinato cometido pelo Estado deixa de ser crime para se transformar em justiça? E o que difere higienização nazista da pena de morte ainda vigente nos dias de hoje? Não se encontram diferenças, apenas similitudes - ao Estado é dado o direito de eliminar o cidadão que for considerado um dano à sociedade. Essa eliminação não será denominada assassinato mas Dever e Direito de Punição e Retribuição em prol de uma sociedade mais justa e segura. Quando um juiz determina a pena de morte o faz porque a sociedade considera que toda outra forma de punição não seria justa o bastante para aquele caso específico? O quão seguro pode sentir-se um cidadão subjugado a uma lei que outorga ao Estado permissão para determinar a sua própria morte, de uma forma civilizada e higiênica? Haverá realmente alguma justificativa boa o suficiente para determinar quando e como o direito à vida seja terminantemente retirado de algum cidadão e, nos limites do delírio, de uma raça ou de uma nação? Há que se ater ao fato de que o mistério oferece o sopro da vida e portanto somente esse mesmo mistério legitimado está na retirada dela pelo sopro da morte. E a colocação, aqui, não tem nenhum caráter religioso, apenas prático, já que serve tanto para o mais fervoroso fiel como para o mais empedernido ateu –ambos, queiram ou não, como todos nós, nascem e morrem. Daí que ceifar a vida não é um direito de nenhum homem, mesmo que esse homem se reúna num conselho, no velho contrato social chamado Estado. E quando esse não-direito é exercido não é só o carrasco que se suja de sangue, é toda a sociedade. Que a repugnante memória daquele que um dia se achou superior o suficiente para se declarar o higienizador e arrogantemente apontou o dedo na direção daqueles a quem considerou indesejáveis vírus em forma de gente inspire a humanidade a parar de querer brincar com a vida. LUIZ FERNANDO PACHECO, 40, é advogado criminal * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Luiz Fernando Pacheco: Pena de morte e terrorismoDe ordem prática muitos são os argumentos que recomendam a eliminação, em todo o mundo, da pena de morte. Notadamente, aquele segundo o qual a sua aplicação não reduz os índices de criminalidade já que, ao Estado violento, o povo responde com mais violência. Também outras considerações, de ordem menos objetivas, estão a reclamar, veementemente, a abolição definitiva do malfazejo instituto. Ao longo da história da humanidade, nos deparamos com eventos e mentalidades em certas épocas vigentes, que hoje nos trazem verdadeiro horror. Dizemos aliviados que isso foi há alguns séculos atrás e que, hoje em dia, a humanidade avançou e que Torquemada não tem mais lugar. A certeza de que vivemos numa época em que a civilização cultiva uma consciência mais justa e menos sanguinolenta, evidentemente, nos trás uma sensação maior de segurança pessoal. Entretanto, em tempo não muito distante, ainda no século passado, tropeçamos na ideologia da higienização racial –inspirada na antroposofia e num cristianismo pervertido– pregada ferozmente por Hitler em nome do bem maior de uma nação. Na linha de argumentação do Terceiro Reich foram oferecidas justificativas para o direito do Estado assassinar seres humano –milhares deles, aos blocos– considerados impuros ou imperfeitos e, portanto, indesejáveis. O sonho de Hitler e de uma nação por ele magnetizada, é hoje unanimemente rejeitado por todos os povos e é considerado uma sócio-psicopatia que certamente não encontra guarida em pleno século 21, pois se entende que a ninguém é dado o direto de ceifar o direito a vida do outro. Será? Nos últimos dias, a sociedade se deparou com defesas contundentemente apaixonadas a favor da pena de morte quando um brasileiro e outros tantos alienígenas foram executados, na Indonésia, por tráfico de drogas. Entretanto e contraditoriamente, também nos últimos dias, nos deparamos com manifestações igualmente apaixonadas contra o ato terrorista que matou doze pessoas no jornal Charlie Hebdo e outras quatro na mercearia kosher. Quando um assassinato fica mais palatável ou aceitável do que o outro? O ato terrorista é um crime execrável, mas por que o assassinato cometido pelo Estado deixa de ser crime para se transformar em justiça? E o que difere higienização nazista da pena de morte ainda vigente nos dias de hoje? Não se encontram diferenças, apenas similitudes - ao Estado é dado o direito de eliminar o cidadão que for considerado um dano à sociedade. Essa eliminação não será denominada assassinato mas Dever e Direito de Punição e Retribuição em prol de uma sociedade mais justa e segura. Quando um juiz determina a pena de morte o faz porque a sociedade considera que toda outra forma de punição não seria justa o bastante para aquele caso específico? O quão seguro pode sentir-se um cidadão subjugado a uma lei que outorga ao Estado permissão para determinar a sua própria morte, de uma forma civilizada e higiênica? Haverá realmente alguma justificativa boa o suficiente para determinar quando e como o direito à vida seja terminantemente retirado de algum cidadão e, nos limites do delírio, de uma raça ou de uma nação? Há que se ater ao fato de que o mistério oferece o sopro da vida e portanto somente esse mesmo mistério legitimado está na retirada dela pelo sopro da morte. E a colocação, aqui, não tem nenhum caráter religioso, apenas prático, já que serve tanto para o mais fervoroso fiel como para o mais empedernido ateu –ambos, queiram ou não, como todos nós, nascem e morrem. Daí que ceifar a vida não é um direito de nenhum homem, mesmo que esse homem se reúna num conselho, no velho contrato social chamado Estado. E quando esse não-direito é exercido não é só o carrasco que se suja de sangue, é toda a sociedade. Que a repugnante memória daquele que um dia se achou superior o suficiente para se declarar o higienizador e arrogantemente apontou o dedo na direção daqueles a quem considerou indesejáveis vírus em forma de gente inspire a humanidade a parar de querer brincar com a vida. LUIZ FERNANDO PACHECO, 40, é advogado criminal * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Crianças ficam famosas com vídeos no YouTube e precisam lidar com fãs
Sophia Betoni, 8, foi a primeira a chegar na fila, com uma hora e meia de antecedência. Estava munida de um caderno de autógrafos e de um presente. À frente de dezenas de crianças, a menina só foi embora depois de conversar com seu grande ídolo -na saída, mal conseguia falar, de tanta emoção. Uma tarde de autógrafos com um artista consagrado? Nada disso. Tratava-se de um evento realizado em junho em um shopping de São Paulo com "youtubers mirins". Chamados de "encontrinhos", reúnem crianças que mantêm canais no YouTube e gravam vídeos com dicas de brincadeiras, ideias de desafios para fazer com os amigos, tutoriais de maquiagem, relatos de viagens etc. O motivo para as lágrimas de Sophia era o encontro com Julia Silva, 10, um dos grandes fenômenos da categoria no Brasil. A garota, que mora em Itajubá (MG), tem 470 mil seguidores e está entre os cem maiores canais do portal no país, segundo o site. No começo, o objetivo era se comunicar com a família; hoje, alguns filmes contam até com legendas em inglês. "Nunca imaginei que fosse crescer tanto", diz a garota. Essas crianças fazem parte de um contexto maior, de pessoas que criam vídeos e acabam se tornando celebridades para públicos específicos. Alvaro Paes de Barros, diretor de conteúdo do YouTube no Brasil, afirma que uma das razões para o fenômeno é a interação entre os pequenos. "Eles falam exatamente o que é importante para crianças, da forma como as crianças falam." Carol Santina, 12, com 200 mil seguidores, recebe pedidos dos admiradores toda semana. "Se os fãs me desafiam a fazer algo, eu vou lá e faço", diz a menina, que conta com a participação do irmão gêmeo, Rick, e da irmã Sophia, 4, em algumas produções. Amanda Carvalho, 10, dona de um canal com 70 mil seguidores, foi levada pela mãe a um psicólogo quando seus vídeos começaram a ser vistos por mais pessoas. "A criança pode ser bajulada hoje e amanhã ninguém lembrar que ela existe. É importante prepará-la para esse choque", alerta a psicóloga Olga Tessari. Enquanto estão na crista da onda, "youtubers mirins" influenciam outras crianças, que passam a fazer seus próprios vídeos. É o caso de Julio Charleaux, 11, que tem um canal sobre games com apenas 55 inscritos, mas publica diariamente. "Vários amigos meus têm canais", conta. FATURAMENTO Algumas dessas crianças ganham dinheiro com a brincadeira. Assim como qualquer canal no YouTube, elas podem ativar uma opção no site para lucrar com as visualizações e anúncios. Uma das mães entrevistadas disse que as produções da filha rendem US$ 300 (R$ 1.000) por mês. Os pequenos também recebem presentes de marcas e falam sobre eles nos vídeos. A mãe de Amanda, Sheila, diz que as empresas não exigem nada em troca, e que a menina só grava sobre o que quer. Na visão de Ricardo Cabezón, presidente da Comissão de Direitos Infantojuvenis da OAB-SP, isso seria considerado publicidade indireta feita por crianças -o que exigiria autorização da Justiça. Para o Conar (conselho autorregulador da publicidade), trata-se de conteúdo editorial, não de propaganda. Os pais não sobrevivem dessa renda, mas isso não quer dizer que não deem atenção para o negócio dos filhos: "Encaro o canal como uma empresa", diz Mônica, mãe de Carol Santina.
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Crianças ficam famosas com vídeos no YouTube e precisam lidar com fãsSophia Betoni, 8, foi a primeira a chegar na fila, com uma hora e meia de antecedência. Estava munida de um caderno de autógrafos e de um presente. À frente de dezenas de crianças, a menina só foi embora depois de conversar com seu grande ídolo -na saída, mal conseguia falar, de tanta emoção. Uma tarde de autógrafos com um artista consagrado? Nada disso. Tratava-se de um evento realizado em junho em um shopping de São Paulo com "youtubers mirins". Chamados de "encontrinhos", reúnem crianças que mantêm canais no YouTube e gravam vídeos com dicas de brincadeiras, ideias de desafios para fazer com os amigos, tutoriais de maquiagem, relatos de viagens etc. O motivo para as lágrimas de Sophia era o encontro com Julia Silva, 10, um dos grandes fenômenos da categoria no Brasil. A garota, que mora em Itajubá (MG), tem 470 mil seguidores e está entre os cem maiores canais do portal no país, segundo o site. No começo, o objetivo era se comunicar com a família; hoje, alguns filmes contam até com legendas em inglês. "Nunca imaginei que fosse crescer tanto", diz a garota. Essas crianças fazem parte de um contexto maior, de pessoas que criam vídeos e acabam se tornando celebridades para públicos específicos. Alvaro Paes de Barros, diretor de conteúdo do YouTube no Brasil, afirma que uma das razões para o fenômeno é a interação entre os pequenos. "Eles falam exatamente o que é importante para crianças, da forma como as crianças falam." Carol Santina, 12, com 200 mil seguidores, recebe pedidos dos admiradores toda semana. "Se os fãs me desafiam a fazer algo, eu vou lá e faço", diz a menina, que conta com a participação do irmão gêmeo, Rick, e da irmã Sophia, 4, em algumas produções. Amanda Carvalho, 10, dona de um canal com 70 mil seguidores, foi levada pela mãe a um psicólogo quando seus vídeos começaram a ser vistos por mais pessoas. "A criança pode ser bajulada hoje e amanhã ninguém lembrar que ela existe. É importante prepará-la para esse choque", alerta a psicóloga Olga Tessari. Enquanto estão na crista da onda, "youtubers mirins" influenciam outras crianças, que passam a fazer seus próprios vídeos. É o caso de Julio Charleaux, 11, que tem um canal sobre games com apenas 55 inscritos, mas publica diariamente. "Vários amigos meus têm canais", conta. FATURAMENTO Algumas dessas crianças ganham dinheiro com a brincadeira. Assim como qualquer canal no YouTube, elas podem ativar uma opção no site para lucrar com as visualizações e anúncios. Uma das mães entrevistadas disse que as produções da filha rendem US$ 300 (R$ 1.000) por mês. Os pequenos também recebem presentes de marcas e falam sobre eles nos vídeos. A mãe de Amanda, Sheila, diz que as empresas não exigem nada em troca, e que a menina só grava sobre o que quer. Na visão de Ricardo Cabezón, presidente da Comissão de Direitos Infantojuvenis da OAB-SP, isso seria considerado publicidade indireta feita por crianças -o que exigiria autorização da Justiça. Para o Conar (conselho autorregulador da publicidade), trata-se de conteúdo editorial, não de propaganda. Os pais não sobrevivem dessa renda, mas isso não quer dizer que não deem atenção para o negócio dos filhos: "Encaro o canal como uma empresa", diz Mônica, mãe de Carol Santina.
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Dólar sobe e Bolsa cai ao menor nível desde 2009 com preocupações na Ásia
Após o alívio na sessão anterior, o dólar voltou a subir nesta quarta-feira (6). O movimento acompanhou a valorização da moeda americana frente a outras divisas emergentes, com investidores preocupados com o crescimento da China. A notícia de que a Coreia do Norte realizou um teste nuclear adicionou mais pressão sobre o câmbio e os preços das commodities no dia. As Bolsas também sentiram impacto negativo, e fecharam em baixa. O principal índice de ações brasileiro atingiu seu menor nível desde março de 2009. O dólar á vista, referência no mercado financeiro, encerrou a sessão em alta de 0,16%, para R$ 4,018 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançou 0,72%, para R$ 4,022. O dólar subiu sobre 21 das 24 principais moedas emergentes do mundo. A divisa dos Estados Unidos também ganhou força contra sete das dez moedas globais mais importantes, entre elas a libra esterlina e o dólar australiano. O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 562 milhões. No mercado de juros futuros, os contratos fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa. O DI para fevereiro de 2016 caiu de 14,320% a 14,312%, enquanto o DI para outubro de 2016 cedeu de 15,450% a 15,355%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,110%, ante 16,250% na sessão anterior. PRESSÃO EXTERNA A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) revelou que a atividade do setor de serviços da China cresceu no menor ritmo em 17 meses em dezembro. O banco central da China também permitiu que o iuan se desvalorizasse mais, aumentando as preocupações de que a segunda maior economia do mundo pode estar mais fraca do que imaginado. Ainda no exterior, o mercado digeriu a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos). O documento revelou que alguns membros do Fed demonstraram preocupação com o baixo nível da inflação naquele país antes de votarem se concordavam ou não com um aumento nos juros americanos pela primeira vez em quase dez anos. Mesmo assim, a maioria deles foi a favor da elevação da taxa, que subiu, em dezembro de 2015, para o intervalo entre 0,25% e 0,50% ao ano. Ela estava entre zero e 0,25% ao ano, seu menor patamar histórico, desde o fim de 2008. BOLSAS O principal índice da Bolsa brasileira fechou em queda nesta quarta-feira, acompanhando o mau humor dos mercados acionários europeus e americanos. O Ibovespa cedeu 1,52%, para 41.773 pontos. É a menor pontuação desde 31 de março de 2009, quando estava em 40.926 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,5 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, cederam 4,19%, para R$ 6,40 cada uma. É o menor valor desde 30 de junho de 2003, quando valiam R$ 6,363. Já as ordinárias, com direito a voto, recuaram 4,61%, a R$ 8,06. É o menor valor desde 29 de setembro de 2015, quando valiam R$ 7,85. O movimento refletiu a baixa de mais de mais de 5% do barril de petróleo Brent (negociado em Londres), referência no setor, para seu menor valor em pelo menos onze anos. Também em queda, a Vale viu sua ação preferencial ceder 7,57%, para R$ 9,15. É o menor valor desde 21 de novembro de 2003, quando valia R$ 9,138. A ação ordinária perdeu 7,34%, a R$ 11,60 —menor valor desde 16 de junho de 2004, quando valia R$ 11,504. O preço do minério de ferro negociado no mercado à vista da China fechou a sessão em baixa. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira. Os bancos, setor com a maior participação dentro do Ibovespa, perderam. Tiveram desvalorizações os papéis do Itaú Unibanco (-0,39%), do Bradesco (-1,41%) e do Santander (-2,28%). O Banco do Brasil fechou estável em R$ 14,29.
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Dólar sobe e Bolsa cai ao menor nível desde 2009 com preocupações na ÁsiaApós o alívio na sessão anterior, o dólar voltou a subir nesta quarta-feira (6). O movimento acompanhou a valorização da moeda americana frente a outras divisas emergentes, com investidores preocupados com o crescimento da China. A notícia de que a Coreia do Norte realizou um teste nuclear adicionou mais pressão sobre o câmbio e os preços das commodities no dia. As Bolsas também sentiram impacto negativo, e fecharam em baixa. O principal índice de ações brasileiro atingiu seu menor nível desde março de 2009. O dólar á vista, referência no mercado financeiro, encerrou a sessão em alta de 0,16%, para R$ 4,018 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançou 0,72%, para R$ 4,022. O dólar subiu sobre 21 das 24 principais moedas emergentes do mundo. A divisa dos Estados Unidos também ganhou força contra sete das dez moedas globais mais importantes, entre elas a libra esterlina e o dólar australiano. O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 562 milhões. No mercado de juros futuros, os contratos fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa. O DI para fevereiro de 2016 caiu de 14,320% a 14,312%, enquanto o DI para outubro de 2016 cedeu de 15,450% a 15,355%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,110%, ante 16,250% na sessão anterior. PRESSÃO EXTERNA A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) revelou que a atividade do setor de serviços da China cresceu no menor ritmo em 17 meses em dezembro. O banco central da China também permitiu que o iuan se desvalorizasse mais, aumentando as preocupações de que a segunda maior economia do mundo pode estar mais fraca do que imaginado. Ainda no exterior, o mercado digeriu a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos). O documento revelou que alguns membros do Fed demonstraram preocupação com o baixo nível da inflação naquele país antes de votarem se concordavam ou não com um aumento nos juros americanos pela primeira vez em quase dez anos. Mesmo assim, a maioria deles foi a favor da elevação da taxa, que subiu, em dezembro de 2015, para o intervalo entre 0,25% e 0,50% ao ano. Ela estava entre zero e 0,25% ao ano, seu menor patamar histórico, desde o fim de 2008. BOLSAS O principal índice da Bolsa brasileira fechou em queda nesta quarta-feira, acompanhando o mau humor dos mercados acionários europeus e americanos. O Ibovespa cedeu 1,52%, para 41.773 pontos. É a menor pontuação desde 31 de março de 2009, quando estava em 40.926 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,5 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, cederam 4,19%, para R$ 6,40 cada uma. É o menor valor desde 30 de junho de 2003, quando valiam R$ 6,363. Já as ordinárias, com direito a voto, recuaram 4,61%, a R$ 8,06. É o menor valor desde 29 de setembro de 2015, quando valiam R$ 7,85. O movimento refletiu a baixa de mais de mais de 5% do barril de petróleo Brent (negociado em Londres), referência no setor, para seu menor valor em pelo menos onze anos. Também em queda, a Vale viu sua ação preferencial ceder 7,57%, para R$ 9,15. É o menor valor desde 21 de novembro de 2003, quando valia R$ 9,138. A ação ordinária perdeu 7,34%, a R$ 11,60 —menor valor desde 16 de junho de 2004, quando valia R$ 11,504. O preço do minério de ferro negociado no mercado à vista da China fechou a sessão em baixa. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira. Os bancos, setor com a maior participação dentro do Ibovespa, perderam. Tiveram desvalorizações os papéis do Itaú Unibanco (-0,39%), do Bradesco (-1,41%) e do Santander (-2,28%). O Banco do Brasil fechou estável em R$ 14,29.
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Brasil não prometerá desmate zero na Conferência de Paris, diz diplomata
O Brasil não vai chegar à Conferência do Clima de Paris com a meta de zerar o desmatamento florestal. A afirmação é de um dos negociadores brasileiros, o diplomata Everton Lucero, chefe da divisão de clima, ozônio e segurança química do ministério das Relações Exteriores. Lucero participou, nesta segunda (21), do Fórum Desmatamento Zero: o Brasil por um clima melhor, promovido pela Folha com patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), no Tucarena, em São Paulo. Embora o Brasil ainda não tenha declarado as metas nacionais oficiais, o que deve fazer na próxima semana em Nova York, Lucero disse que uma medida robusta de corte de emissões de gases do país sozinho não tem necessariamente um impacto. "O que conta é uma soma entre as emissões, porque impacto é sempre uma média de todos os países", afirmou. Ele lembrou que o mais importante nas negociações de Paris é chegar a um acordo que estabeleça uma normativa internacional para servir de guia para que o mundo possa mitigar o aquecimento global. Na opinião de Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o Brasil precisa ter uma meta ambiciosa, já que a lógica econômica mostrou que era melhor para o país não desmatar do que desmatar. "O desmatamento zero poderia ser parte do compromisso nacional para o novo acordo de clima", disse. O argumento de Rittl é que, com uma aspiração brasileira maior, seria possível chegar à COP podendo cobrar uma postura mais responsável dos outros países. Em uma menção à atual situação da economia brasileira, afirmou que "a saída do vermelho está no verde". O terceiro participante do painel, Roberto Waack, presidente do conselho de administração da Amata, uma empresa que vende madeira com certificação ambiental, disse que a proteção às florestas tropicais da Amazônia independe da conferência de Paris. Para ele, a questão central seria qual valor a sociedade atribui à floresta, considerada uma "vantagem competitiva única no mundo". Waack defendeu uma integração maior entre floresta e economia. Por fim, o empresário disse que apesar da melhora do ambiente institucional, criada pelo código florestal, o governo precisa reconhecer a fragilidade do sistema de controle dos produtos extraídos da Amazônia. Sobre a questão da madeira ilegal, ele defendeu o compromisso de banir o produto fora da lei de todas as cadeias produtivas, lembrando que é preciso melhorar a rastreabilidade, "dada a facilidade de falsificação da origem de extração". "É preciso construir um caminho para o pós-Paris", afirmou.
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Brasil não prometerá desmate zero na Conferência de Paris, diz diplomataO Brasil não vai chegar à Conferência do Clima de Paris com a meta de zerar o desmatamento florestal. A afirmação é de um dos negociadores brasileiros, o diplomata Everton Lucero, chefe da divisão de clima, ozônio e segurança química do ministério das Relações Exteriores. Lucero participou, nesta segunda (21), do Fórum Desmatamento Zero: o Brasil por um clima melhor, promovido pela Folha com patrocínio da Clua (Climate and Land Use Alliance), no Tucarena, em São Paulo. Embora o Brasil ainda não tenha declarado as metas nacionais oficiais, o que deve fazer na próxima semana em Nova York, Lucero disse que uma medida robusta de corte de emissões de gases do país sozinho não tem necessariamente um impacto. "O que conta é uma soma entre as emissões, porque impacto é sempre uma média de todos os países", afirmou. Ele lembrou que o mais importante nas negociações de Paris é chegar a um acordo que estabeleça uma normativa internacional para servir de guia para que o mundo possa mitigar o aquecimento global. Na opinião de Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o Brasil precisa ter uma meta ambiciosa, já que a lógica econômica mostrou que era melhor para o país não desmatar do que desmatar. "O desmatamento zero poderia ser parte do compromisso nacional para o novo acordo de clima", disse. O argumento de Rittl é que, com uma aspiração brasileira maior, seria possível chegar à COP podendo cobrar uma postura mais responsável dos outros países. Em uma menção à atual situação da economia brasileira, afirmou que "a saída do vermelho está no verde". O terceiro participante do painel, Roberto Waack, presidente do conselho de administração da Amata, uma empresa que vende madeira com certificação ambiental, disse que a proteção às florestas tropicais da Amazônia independe da conferência de Paris. Para ele, a questão central seria qual valor a sociedade atribui à floresta, considerada uma "vantagem competitiva única no mundo". Waack defendeu uma integração maior entre floresta e economia. Por fim, o empresário disse que apesar da melhora do ambiente institucional, criada pelo código florestal, o governo precisa reconhecer a fragilidade do sistema de controle dos produtos extraídos da Amazônia. Sobre a questão da madeira ilegal, ele defendeu o compromisso de banir o produto fora da lei de todas as cadeias produtivas, lembrando que é preciso melhorar a rastreabilidade, "dada a facilidade de falsificação da origem de extração". "É preciso construir um caminho para o pós-Paris", afirmou.
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Um ponto sem retorno
Foi algo saído diretamente do Livro de Jó. No meio da Grande Depressão da década de 1930, algum agricultor desconhecido do Meio-Oeste americano, sem consciência do que fazia, derrubou algumas árvores que mergulharam o centro do continente norte-americano numa praga ambiental: o "Dust Bowl". Gigantescas tempestades de areia varreram as grandes planícies e paralisaram durante anos a agricultura praticada nelas. A agricultura americana só conseguiu voltar ao que é hoje graças ao plantio maciço de árvores, fruto de um grande programa governamental chamado Civilian Conservation Corps, e à adoção de métodos melhores de cultivo. Hoje a Amazônia e o Brasil estão à beira de uma quebra semelhante de sistema. A diferença é que o risco é cientificamente compreendido e amplamente reconhecido. Essa compreensão se baseia nos elegantes estudos científicos brasileiros de Eneas Salati na década de 1970, mostrando que a Amazônia produz metade de sua própria precipitação pluviométrica, através da chuva que evapora das superfícies complexas da floresta. A umidade na massa de ar móvel cai na forma de chuva e repete o processo enquanto se desloca em sentido oeste. Isso ocorre a todo instante. Essa foi, na verdade, uma das descobertas científicas mais importantes do século 20: em vez de a vegetação ser simplesmente consequência do clima, a ciência demonstrou que a vegetação afeta o clima. Desde o início o estudo impôs a pergunta de quanto desmatamento levaria esse ciclo hidrológico a erodir, trazendo à tona um ponto de inflexão que levaria à morte da floresta amazônica. Hoje sabemos que, além do desmatamento, o uso amplo de queimadas e as mudanças climáticas estão todos empurrando o sistema amazônico em direção a um ponto sem retorno. É difícil fazer uma estimativa precisa de onde se situa esse ponto, mas aqueles de nós que acompanhamos esses estudos pensamos que é provavelmente quando 20% da floresta tiver sido derrubada. Um fato preocupante é que as secas históricas de 2005 e 2010 foram provavelmente os primeiros sinais indicativos de que o ponto de inflexão está próximo. A Amazônia não é um sistema fechado. A diferença entre o "Dust Bowl" e hoje é que entendemos o funcionamento do sistema amazônico e não ignoramos a realidade de que simplesmente um incremento de desflorestamento poderá empurrar esse sistema além do ponto de inflexão. No momento, interesses econômicos no Pará estão promovendo leis que vão degradar as áreas nacionais protegidas já existentes. Na semana passada, o Senado ratificou duas medidas provisórias que reduzem áreas de conservação na Amazônia. Uma das grandes vantagens do progresso humano é que ele aprofunda a compreensão da importância do meio ambiente, de como ele funciona e como pode ser gerido com prudência para beneficiar o homem. O momento atual exige liderança. THOMAS LOVEJOY, professor de ciência e política ambiental na Universidade George Mason (EUA), trabalha na Amazônia desde 1965 PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Um ponto sem retornoFoi algo saído diretamente do Livro de Jó. No meio da Grande Depressão da década de 1930, algum agricultor desconhecido do Meio-Oeste americano, sem consciência do que fazia, derrubou algumas árvores que mergulharam o centro do continente norte-americano numa praga ambiental: o "Dust Bowl". Gigantescas tempestades de areia varreram as grandes planícies e paralisaram durante anos a agricultura praticada nelas. A agricultura americana só conseguiu voltar ao que é hoje graças ao plantio maciço de árvores, fruto de um grande programa governamental chamado Civilian Conservation Corps, e à adoção de métodos melhores de cultivo. Hoje a Amazônia e o Brasil estão à beira de uma quebra semelhante de sistema. A diferença é que o risco é cientificamente compreendido e amplamente reconhecido. Essa compreensão se baseia nos elegantes estudos científicos brasileiros de Eneas Salati na década de 1970, mostrando que a Amazônia produz metade de sua própria precipitação pluviométrica, através da chuva que evapora das superfícies complexas da floresta. A umidade na massa de ar móvel cai na forma de chuva e repete o processo enquanto se desloca em sentido oeste. Isso ocorre a todo instante. Essa foi, na verdade, uma das descobertas científicas mais importantes do século 20: em vez de a vegetação ser simplesmente consequência do clima, a ciência demonstrou que a vegetação afeta o clima. Desde o início o estudo impôs a pergunta de quanto desmatamento levaria esse ciclo hidrológico a erodir, trazendo à tona um ponto de inflexão que levaria à morte da floresta amazônica. Hoje sabemos que, além do desmatamento, o uso amplo de queimadas e as mudanças climáticas estão todos empurrando o sistema amazônico em direção a um ponto sem retorno. É difícil fazer uma estimativa precisa de onde se situa esse ponto, mas aqueles de nós que acompanhamos esses estudos pensamos que é provavelmente quando 20% da floresta tiver sido derrubada. Um fato preocupante é que as secas históricas de 2005 e 2010 foram provavelmente os primeiros sinais indicativos de que o ponto de inflexão está próximo. A Amazônia não é um sistema fechado. A diferença entre o "Dust Bowl" e hoje é que entendemos o funcionamento do sistema amazônico e não ignoramos a realidade de que simplesmente um incremento de desflorestamento poderá empurrar esse sistema além do ponto de inflexão. No momento, interesses econômicos no Pará estão promovendo leis que vão degradar as áreas nacionais protegidas já existentes. Na semana passada, o Senado ratificou duas medidas provisórias que reduzem áreas de conservação na Amazônia. Uma das grandes vantagens do progresso humano é que ele aprofunda a compreensão da importância do meio ambiente, de como ele funciona e como pode ser gerido com prudência para beneficiar o homem. O momento atual exige liderança. THOMAS LOVEJOY, professor de ciência e política ambiental na Universidade George Mason (EUA), trabalha na Amazônia desde 1965 PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Fogo em iPhone 6 na China foi causado por fator externo, diz Apple
A Apple afirmou que fatores externos foram a causa provável para fogo em baterias de iPhone 6 informado em um boletim de proteção de consumidores da China publicado pela mídia estatal do país nesta semana. O Conselho de Consumidores de Xangai publicou um boletim detalhando casos de oito baterias de iPhone 6 que pegaram fogo. O órgão também detalhou casos de iPhone 6 desligando antes de a bateria ter se esgotado, aparelhos que ficaram de fora de um recall global do modelo anunciado pela Apple em 20 de novembro para resolver o problema. Veículos estatais de mídia que publicaram o boletim do órgão de Xangai exibiram dezenas de milhares de comentários em mídias sociais. "As unidades que analisamos até agora mostraram claramente que danos físicos externos ocorreram neles o que levou ao evento térmico", disse uma porta-voz da Apple em mensagem enviada à Reuters no final da terça-feira. Ela afirmou ainda que a Apple está ampliando a análise sobre o problema do desligamento dos aparelhos. A Apple tem visto queda de vendas na China nos últimos três trimestres. A empresa espera uma recuperação no primeiro trimestre de 2017 com a ajuda do iPhone 7. GALAXY NOTE 7 Rival da Apple, a Samsung enfrentou uma crise com o modelo Galaxy Note 7, depois de vários incidentes de usuários que denunciaram explosões da bateria. A empresa foi obrigada a fazer um recall de 2,5 milhões de unidades do aparelho e suspendeu a produção do dispositivo. O fiasco provocou uma queda gigantesca nos resultados da divisão mobile, que registrou uma baixa de 98% no lucro no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, para 100 bilhões de wons. O impacto do escândalo das baterias explosivas no valor da marca da empresa ainda não pode ser mensurado, mas a Samsung já advertiu que nos próximos dois trimestres pode registrar uma queda de US$ 3 bilhões no lucro.
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Fogo em iPhone 6 na China foi causado por fator externo, diz AppleA Apple afirmou que fatores externos foram a causa provável para fogo em baterias de iPhone 6 informado em um boletim de proteção de consumidores da China publicado pela mídia estatal do país nesta semana. O Conselho de Consumidores de Xangai publicou um boletim detalhando casos de oito baterias de iPhone 6 que pegaram fogo. O órgão também detalhou casos de iPhone 6 desligando antes de a bateria ter se esgotado, aparelhos que ficaram de fora de um recall global do modelo anunciado pela Apple em 20 de novembro para resolver o problema. Veículos estatais de mídia que publicaram o boletim do órgão de Xangai exibiram dezenas de milhares de comentários em mídias sociais. "As unidades que analisamos até agora mostraram claramente que danos físicos externos ocorreram neles o que levou ao evento térmico", disse uma porta-voz da Apple em mensagem enviada à Reuters no final da terça-feira. Ela afirmou ainda que a Apple está ampliando a análise sobre o problema do desligamento dos aparelhos. A Apple tem visto queda de vendas na China nos últimos três trimestres. A empresa espera uma recuperação no primeiro trimestre de 2017 com a ajuda do iPhone 7. GALAXY NOTE 7 Rival da Apple, a Samsung enfrentou uma crise com o modelo Galaxy Note 7, depois de vários incidentes de usuários que denunciaram explosões da bateria. A empresa foi obrigada a fazer um recall de 2,5 milhões de unidades do aparelho e suspendeu a produção do dispositivo. O fiasco provocou uma queda gigantesca nos resultados da divisão mobile, que registrou uma baixa de 98% no lucro no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, para 100 bilhões de wons. O impacto do escândalo das baterias explosivas no valor da marca da empresa ainda não pode ser mensurado, mas a Samsung já advertiu que nos próximos dois trimestres pode registrar uma queda de US$ 3 bilhões no lucro.
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Colônias de férias impõem 'detox' de redes sociais aos adolescentes
Antes de dormir é a hora mais crítica. Eles não conseguem decidir se olham para o teto, se brincam de telefone sem fio, se cantam as músicas da temporada ou se simplesmente fecham os olhos e, exaustos, caem no sono. De manhã, também é esquisito. Ninguém usa relógio, ninguém sabe que horas são. Ao sair do quarto, quantos não põem a mão no bolso e procuram o telefone celular até lembrar que lá, no acampamento, o aparelho e qualquer objeto que os conecte à internet são vetados? Colônias de férias de São Paulo tiveram que adotar a regra para evitar que os jovens passassem os dias desconectados uns dos outros e conectados cada um a suas redes sociais e joguinhos eletrônicos. E os pais pagam caro pela "reabilitação". Veja imagens O Sítio do Carroção, em Tatuí (SP), por exemplo, cobra R$ 3.800 por uma semana de férias. No Paiol Grande, em São Bento do Sapucaí (SP), oito dias custam R$ 2.400. No Nosso Recanto, conhecido pelas iniciais NR, em Sapucaí Mirim (MG), 14 dias de férias saem por R$ 4.100. "Se pelo menos a gente pudesse fazer uma 'selfie' no banheiro. Pode até ter bloqueio de internet", diz Luara, 13, em férias no Carroção. A estudante se considera "viciada" no celular, mas vê benefícios em se desconectar. "Se acordo às 7h, fico até as 11h no tablet. Aqui eu faço tanta coisa nesse horário!" Assim que chegou ao acampamento, Luara conheceu Giovanna, 12, de São Paulo, e as duas não se desgrudaram mais. Mas poderia ter sido diferente. "Eu teria me isolado", palpita Giovanna sobre se pudesse ter levado seu novo iPhone 6 ao Carroção. Os adultos batalham para preservar o espírito de aventura. Um monitor perguntou como achar a direção norte do sítio. Em vez da clássica bússola, ouviu recomendações mais heterodoxas. "A gente coloca no Waze. Vire à direita!", brincou um menino imitando o aplicativo que dá dicas de caminhos. "Liga o GPS!", gritou outro. O fato é que dois ou três dias de acampamento são suficientes para dar início à "desintoxicação". E brincadeiras tradicionais como pular elástico, jogar taco e correr na lama ganham ares de novidade. "A gente joga cartas, dança com bambolê, coisas que a geração tecnológica não faz ideia que existem", conta Marcelo, 15, no NR. Há exceções, crianças que pedem para ir embora. Mas, segundo responsáveis pelos acampamentos, quem mais sofre são os pais. Não são raros os que ligam "desesperados" e pedem, para a vergonha dos filhos, para chamá-los pelo temido alto-falante. Para tentar ajudar, o NR imprime e-mails dos pais e entrega às crianças. As correspondências muitas vezes giram em torno da trama da novela ou do cachorro do acampante. As crianças costumam alegar estarem "muito ocupadas" para responder. Bianca, 13, tem de consolar a mãe, Ana Claudia Dractu, 45, quando está no NR. "Ela me fala: vai curtir, porque eu estou ótima!", conta a mãe. Ana Claudia escreve todos os dias. "Me dá um prazer tão grande ficar naquela expectativa pela resposta."
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Colônias de férias impõem 'detox' de redes sociais aos adolescentesAntes de dormir é a hora mais crítica. Eles não conseguem decidir se olham para o teto, se brincam de telefone sem fio, se cantam as músicas da temporada ou se simplesmente fecham os olhos e, exaustos, caem no sono. De manhã, também é esquisito. Ninguém usa relógio, ninguém sabe que horas são. Ao sair do quarto, quantos não põem a mão no bolso e procuram o telefone celular até lembrar que lá, no acampamento, o aparelho e qualquer objeto que os conecte à internet são vetados? Colônias de férias de São Paulo tiveram que adotar a regra para evitar que os jovens passassem os dias desconectados uns dos outros e conectados cada um a suas redes sociais e joguinhos eletrônicos. E os pais pagam caro pela "reabilitação". Veja imagens O Sítio do Carroção, em Tatuí (SP), por exemplo, cobra R$ 3.800 por uma semana de férias. No Paiol Grande, em São Bento do Sapucaí (SP), oito dias custam R$ 2.400. No Nosso Recanto, conhecido pelas iniciais NR, em Sapucaí Mirim (MG), 14 dias de férias saem por R$ 4.100. "Se pelo menos a gente pudesse fazer uma 'selfie' no banheiro. Pode até ter bloqueio de internet", diz Luara, 13, em férias no Carroção. A estudante se considera "viciada" no celular, mas vê benefícios em se desconectar. "Se acordo às 7h, fico até as 11h no tablet. Aqui eu faço tanta coisa nesse horário!" Assim que chegou ao acampamento, Luara conheceu Giovanna, 12, de São Paulo, e as duas não se desgrudaram mais. Mas poderia ter sido diferente. "Eu teria me isolado", palpita Giovanna sobre se pudesse ter levado seu novo iPhone 6 ao Carroção. Os adultos batalham para preservar o espírito de aventura. Um monitor perguntou como achar a direção norte do sítio. Em vez da clássica bússola, ouviu recomendações mais heterodoxas. "A gente coloca no Waze. Vire à direita!", brincou um menino imitando o aplicativo que dá dicas de caminhos. "Liga o GPS!", gritou outro. O fato é que dois ou três dias de acampamento são suficientes para dar início à "desintoxicação". E brincadeiras tradicionais como pular elástico, jogar taco e correr na lama ganham ares de novidade. "A gente joga cartas, dança com bambolê, coisas que a geração tecnológica não faz ideia que existem", conta Marcelo, 15, no NR. Há exceções, crianças que pedem para ir embora. Mas, segundo responsáveis pelos acampamentos, quem mais sofre são os pais. Não são raros os que ligam "desesperados" e pedem, para a vergonha dos filhos, para chamá-los pelo temido alto-falante. Para tentar ajudar, o NR imprime e-mails dos pais e entrega às crianças. As correspondências muitas vezes giram em torno da trama da novela ou do cachorro do acampante. As crianças costumam alegar estarem "muito ocupadas" para responder. Bianca, 13, tem de consolar a mãe, Ana Claudia Dractu, 45, quando está no NR. "Ela me fala: vai curtir, porque eu estou ótima!", conta a mãe. Ana Claudia escreve todos os dias. "Me dá um prazer tão grande ficar naquela expectativa pela resposta."
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Projetos de negócios sociais são avaliados para receber investimentos
Os projetos incubados pela Yunus Negócios Sociais entre abril e julho deste ano serão apresentados e avaliados neste sábado (18), no Demo Day. No evento, uma banca julgadora especializada escolherá quais iniciativas estão aptas a receber investimentos. Esse já é o terceiro ciclo de aceleração da organização ligada ao Nobel da Paz Muhammad Yanus. Alguns dos projetos apresentados são o Assobio, que propõe soluções socioambientais por meio do plantio de florestas nativas, e a Vuelo, de produção de mochilas, bolsas e acessórios a partir de câmeras de pneus e náilon de guarda-chuva vindos do lixo. A banca será formada por Isabella Ceccato, da Rede do Bem; Caio Carvalho, da SITAWI; Luis Fernando Guggenberger, da Fundação Telefônica; Fernando Assad, do Programa Vivenda; Susy Yoshimura, da Via Varejo; entre outros. Serviço O quê: Demo Day Quando: 18 de julho, a partir das 8h30 Onde: rua Laboriosa, 35 - Pinheiros
empreendedorsocial
Projetos de negócios sociais são avaliados para receber investimentosOs projetos incubados pela Yunus Negócios Sociais entre abril e julho deste ano serão apresentados e avaliados neste sábado (18), no Demo Day. No evento, uma banca julgadora especializada escolherá quais iniciativas estão aptas a receber investimentos. Esse já é o terceiro ciclo de aceleração da organização ligada ao Nobel da Paz Muhammad Yanus. Alguns dos projetos apresentados são o Assobio, que propõe soluções socioambientais por meio do plantio de florestas nativas, e a Vuelo, de produção de mochilas, bolsas e acessórios a partir de câmeras de pneus e náilon de guarda-chuva vindos do lixo. A banca será formada por Isabella Ceccato, da Rede do Bem; Caio Carvalho, da SITAWI; Luis Fernando Guggenberger, da Fundação Telefônica; Fernando Assad, do Programa Vivenda; Susy Yoshimura, da Via Varejo; entre outros. Serviço O quê: Demo Day Quando: 18 de julho, a partir das 8h30 Onde: rua Laboriosa, 35 - Pinheiros
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Tire suas dúvidas sobre as eleições municipais
DE SÃO PAULO No dia 2 de outubro, os eleitores escolherão novos prefeitos e vereadores em todo o país. Esse ano, as eleições têm novas regras, como previsto pela minirreforma eleitoral de 2015. Confira abaixo suas dúvidas sobre o pleito. 1 - Qual a data e o horário de votação? O primeiro turno da votação ocorre sempre no primeiro domingo do mês de outubro e, caso haja segundo turno, ocorrerá no último domingo do mesmo mês, no horário das 8 às 17 horas. Em 2016, o 1° turno será no dia 2 de outubro e o 2° no dia 30 de outubro. 2 - O que acontece se eu não votar? Você deve justificar sua ausência. Se não o fizer ou se a justificativa não for aceita pelo juiz eleitoral, deverá pagar multa de R$ 3,51. O eleitor que deixar de votar em três turnos consecutivos terá seu título cancelado. A justificativa pode ser feita no mesmo dia e horário das eleições, em ambos os turnos, quando o eleitor está fora da cidade onde vota. 3 - Se eu não votar no primeiro turno, poderei votar normalmente no segundo turno? Sim, são eleições independentes. 4 - Como vou saber onde votar? Consulte pelo site do TRE seu local de votação. Você pode ligar também para a Central de Atendimento ao Eleitor do TRE-SP, no telefone 148. 5 - Quais documentos devo levar para poder votar? Você deve levar um documento de identificação com foto. Também é importante levar o título de eleitor. Apesar de não obrigatório, ele possui o número da seção eleitoral, facilitando a identificação da sala de votação. 6 - Tenho dúvida se estou quite com a Justiça Eleitoral ou se meu título ainda é válido. Como fazer? A pesquisa do número do título e da situação eleitoral pode ser feita pela internet. 7 - Posso votar se estiver em outra cidade ou estado? O voto em trânsito é permitido apenas para os cargos de presidente e vice-presidente e ocorre nas capitais e em municípios com mais de 200 mil eleitores. 8 - Qual o sistema de votação adotado para as eleições? Em todo o país a eleição é por urna eletrônica. Às 17h, quando é encerrada a votação, cada seção fornece o resultado daquela urna, que é encaminhado para totalização. Se houver falha na urna eletrônica, é utilizada cédula de papel. 9 - Como votar na urna eletrônica? Basta digitar o número do candidato escolhido e apertar a tecla verde "Confirma". Caso tenha digitado errado, aperte a tecla laranja "Corrige". Isso deve ser feito para cada cargo que estiver em disputa. Há também tecla com a opção para voto em branco. Para anular o voto, é preciso digitar um número inexiste de candidato e apertar "Confirma". 10 - Como é o voto de legenda? O chamado voto de legenda é atribuído a determinado partido. Na votação proporcional (deputados e vereador), o eleitor aperta apenas as teclas referentes ao número da legenda e confirma. A distribuição das vagas na eleição proporcional é feita somando-se todos os votos dos candidatos do partido ou coligação. Os votos de legenda entram nessa conta, aumentando as chances de o partido ou coligação obter mais vagas. 11 - Como saber o número do meu candidato? Os números podem ser consultados no site do TSE. 12 - Posso levar "cola" para votar? Sim. É possível levar anotados os números dos candidatos para facilitar a votação. Candidatos a prefeito têm dois números e a vereador têm cinco. 13 - Moro no exterior. Posso votar? Não. Somente nas eleições gerais. 14 - Como acompanho a apuração? O eleitor pode acompanhar o resultado por meio dos veículos parceiros da Justiça Eleitoral, que podem ser consultados no site do TSE. 15 - Quais cidades terão segundo turno? O segundo turno ocorre somente em cidades com mais de 200 mil eleitores, nas quais o candidato mais votado no primeiro turno não alcançou 50% dos votos mais um. As seguintes cidades podem ter segundo turno: 16 - Qual o período do horário de propaganda gratuita na TV e rádio e quais os horários? No dia 26 de agosto tem início o horário eleitoral gratuito do primeiro turno, que vai até o dia 29 de setembro. O do segundo turno começa no dia 15 de outubro e vai até 28 de outubro. Os blocos serão veiculados em dois períodos diários de 10 minutos cada, de segunda-feira a sábado, somente para candidatos a prefeito. No rádio, acontecerão de 7h a 7h10 e de 12h a 12h20. Na TV, de 13h a 13h10 e de 20h30 a 20h40. Já as inserções serão de 30 a 60 segundos, somando 70 minutos diários, veiculadas entre 5h e 24h, todos os dias. Do total, 42 minutos serão dedicados a candidatos a prefeito e 28 minutos a candidatos a vereador.
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Tire suas dúvidas sobre as eleições municipaisDE SÃO PAULO No dia 2 de outubro, os eleitores escolherão novos prefeitos e vereadores em todo o país. Esse ano, as eleições têm novas regras, como previsto pela minirreforma eleitoral de 2015. Confira abaixo suas dúvidas sobre o pleito. 1 - Qual a data e o horário de votação? O primeiro turno da votação ocorre sempre no primeiro domingo do mês de outubro e, caso haja segundo turno, ocorrerá no último domingo do mesmo mês, no horário das 8 às 17 horas. Em 2016, o 1° turno será no dia 2 de outubro e o 2° no dia 30 de outubro. 2 - O que acontece se eu não votar? Você deve justificar sua ausência. Se não o fizer ou se a justificativa não for aceita pelo juiz eleitoral, deverá pagar multa de R$ 3,51. O eleitor que deixar de votar em três turnos consecutivos terá seu título cancelado. A justificativa pode ser feita no mesmo dia e horário das eleições, em ambos os turnos, quando o eleitor está fora da cidade onde vota. 3 - Se eu não votar no primeiro turno, poderei votar normalmente no segundo turno? Sim, são eleições independentes. 4 - Como vou saber onde votar? Consulte pelo site do TRE seu local de votação. Você pode ligar também para a Central de Atendimento ao Eleitor do TRE-SP, no telefone 148. 5 - Quais documentos devo levar para poder votar? Você deve levar um documento de identificação com foto. Também é importante levar o título de eleitor. Apesar de não obrigatório, ele possui o número da seção eleitoral, facilitando a identificação da sala de votação. 6 - Tenho dúvida se estou quite com a Justiça Eleitoral ou se meu título ainda é válido. Como fazer? A pesquisa do número do título e da situação eleitoral pode ser feita pela internet. 7 - Posso votar se estiver em outra cidade ou estado? O voto em trânsito é permitido apenas para os cargos de presidente e vice-presidente e ocorre nas capitais e em municípios com mais de 200 mil eleitores. 8 - Qual o sistema de votação adotado para as eleições? Em todo o país a eleição é por urna eletrônica. Às 17h, quando é encerrada a votação, cada seção fornece o resultado daquela urna, que é encaminhado para totalização. Se houver falha na urna eletrônica, é utilizada cédula de papel. 9 - Como votar na urna eletrônica? Basta digitar o número do candidato escolhido e apertar a tecla verde "Confirma". Caso tenha digitado errado, aperte a tecla laranja "Corrige". Isso deve ser feito para cada cargo que estiver em disputa. Há também tecla com a opção para voto em branco. Para anular o voto, é preciso digitar um número inexiste de candidato e apertar "Confirma". 10 - Como é o voto de legenda? O chamado voto de legenda é atribuído a determinado partido. Na votação proporcional (deputados e vereador), o eleitor aperta apenas as teclas referentes ao número da legenda e confirma. A distribuição das vagas na eleição proporcional é feita somando-se todos os votos dos candidatos do partido ou coligação. Os votos de legenda entram nessa conta, aumentando as chances de o partido ou coligação obter mais vagas. 11 - Como saber o número do meu candidato? Os números podem ser consultados no site do TSE. 12 - Posso levar "cola" para votar? Sim. É possível levar anotados os números dos candidatos para facilitar a votação. Candidatos a prefeito têm dois números e a vereador têm cinco. 13 - Moro no exterior. Posso votar? Não. Somente nas eleições gerais. 14 - Como acompanho a apuração? O eleitor pode acompanhar o resultado por meio dos veículos parceiros da Justiça Eleitoral, que podem ser consultados no site do TSE. 15 - Quais cidades terão segundo turno? O segundo turno ocorre somente em cidades com mais de 200 mil eleitores, nas quais o candidato mais votado no primeiro turno não alcançou 50% dos votos mais um. As seguintes cidades podem ter segundo turno: 16 - Qual o período do horário de propaganda gratuita na TV e rádio e quais os horários? No dia 26 de agosto tem início o horário eleitoral gratuito do primeiro turno, que vai até o dia 29 de setembro. O do segundo turno começa no dia 15 de outubro e vai até 28 de outubro. Os blocos serão veiculados em dois períodos diários de 10 minutos cada, de segunda-feira a sábado, somente para candidatos a prefeito. No rádio, acontecerão de 7h a 7h10 e de 12h a 12h20. Na TV, de 13h a 13h10 e de 20h30 a 20h40. Já as inserções serão de 30 a 60 segundos, somando 70 minutos diários, veiculadas entre 5h e 24h, todos os dias. Do total, 42 minutos serão dedicados a candidatos a prefeito e 28 minutos a candidatos a vereador.
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Sem receber há 4 meses, empreiteiras desistem de Angra 3
Cinco empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato comunicaram à líder do consórcio que faz a montagem da usina nuclear Angra 3 que desistiram do contrato porque não recebem da Eletronuclear há 135 dias. As cinco empresas são as seguintes: Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Techint. Só a UTC, que lidera o consórcio, e a EBE (Empresa Brasileira de Engenharia) manifestaram interesse em continuar na obra. A Folha apurou que os pagamentos atrasados somam R$ 54 milhões. A Eletrobras e o consórcio não quiseram se manifestar sobre a dívida. O contrato de montagem é de R$ 2,9 bilhões. A obra –cuja entrega estava programada para 2018, mas está atrasada– deve custar pouco mais de R$ 15 bilhões. A construção foi reiniciada em 2009, durante o governo do presidente Lula. As empresas que foram contratadas para montar Angra 3 são investigados na Lava sob suspeita de que terem pago R$ 4,7 milhões ao almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, entre 2007 e 2014. O almirante está preso em Curitiba desde o dia 28 de julho sob acusação de ter recebido suborno de empreiteiras por meio de uma empresa de consultoria. Um executivo da Andrade Gutierrez, Flávio Barra, também foi preso sob suspeita de ter participado do repasse do suborno. Ambos negam ter praticado qualquer irregularidade. As supostas propinas foram pagas ao almirante para que a Eletronuclear não colocasse empecilhos à composição dos dois consórcios que venceram a licitação, segundo Ricardo Pessoa, presidente afastado da UTC que fez um acordo de delação após ter sido preso pela Polícia Federal. Há indícios de que as empresas combinaram quem venceria as disputas. O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz, também foi citado como beneficiário de suborno. O TCU dizia que havia restrições à concorrência na obra. Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa que também fez um acordo de delação, mencionou em depoimentos que havia "uma promessa" de pagamento de suborno para o almirante, mas alegou que não sabia se ela fora concretizada.
poder
Sem receber há 4 meses, empreiteiras desistem de Angra 3Cinco empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato comunicaram à líder do consórcio que faz a montagem da usina nuclear Angra 3 que desistiram do contrato porque não recebem da Eletronuclear há 135 dias. As cinco empresas são as seguintes: Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Techint. Só a UTC, que lidera o consórcio, e a EBE (Empresa Brasileira de Engenharia) manifestaram interesse em continuar na obra. A Folha apurou que os pagamentos atrasados somam R$ 54 milhões. A Eletrobras e o consórcio não quiseram se manifestar sobre a dívida. O contrato de montagem é de R$ 2,9 bilhões. A obra –cuja entrega estava programada para 2018, mas está atrasada– deve custar pouco mais de R$ 15 bilhões. A construção foi reiniciada em 2009, durante o governo do presidente Lula. As empresas que foram contratadas para montar Angra 3 são investigados na Lava sob suspeita de que terem pago R$ 4,7 milhões ao almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, entre 2007 e 2014. O almirante está preso em Curitiba desde o dia 28 de julho sob acusação de ter recebido suborno de empreiteiras por meio de uma empresa de consultoria. Um executivo da Andrade Gutierrez, Flávio Barra, também foi preso sob suspeita de ter participado do repasse do suborno. Ambos negam ter praticado qualquer irregularidade. As supostas propinas foram pagas ao almirante para que a Eletronuclear não colocasse empecilhos à composição dos dois consórcios que venceram a licitação, segundo Ricardo Pessoa, presidente afastado da UTC que fez um acordo de delação após ter sido preso pela Polícia Federal. Há indícios de que as empresas combinaram quem venceria as disputas. O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz, também foi citado como beneficiário de suborno. O TCU dizia que havia restrições à concorrência na obra. Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa que também fez um acordo de delação, mencionou em depoimentos que havia "uma promessa" de pagamento de suborno para o almirante, mas alegou que não sabia se ela fora concretizada.
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Fotógrafo registra marcos turísticos de Londres; confira as imagens
O fotógrafo Gerson Lima viajou para Londres e ficou encantado com os prédios históricos, a arquitetura e o rio que contorna a paisagem na capital britânica. "Não conhecia a cidade e fui assistir a final da Champions League", contou ele, que diz ter se impressionado com a organização. "No estádio eu fiquei bobo." Veja outras edições do Álbum de Viagem: Buenos Aires, por Zanone Frassait Serra da Mantiqueira, por Ricardo Martins Uruguai, por Raquel Cunha Minas Gerais, por William Barbosa Marrocos, por Gabriela Batista Fernando de Noronha e Galápagos, por Fernando Chiriboga Índia, por Inácio Rozeira Ilha Formentera, por Cassiana Der Haroutiounian "Chuva fora do lugar", por Davilym Dourado Paraná, por Gabriel Cabral Flórida, por Frâncio de Holanda Salvador, por Moacyr Lopes Junior Uruguai, por Keiny Andrade Nova York, por Danilo Verpa Nordeste, por Araquém Alcântara Andes, por Gustavo Epifanio Belém, por Francisco Cepeda Cotidiano baiano, por Akira Cravo Caça aos rinocerontes, por Érico Hiller Nordeste, por Ricardo Borges Paris, por Antonello Veneri
turismo
Fotógrafo registra marcos turísticos de Londres; confira as imagensO fotógrafo Gerson Lima viajou para Londres e ficou encantado com os prédios históricos, a arquitetura e o rio que contorna a paisagem na capital britânica. "Não conhecia a cidade e fui assistir a final da Champions League", contou ele, que diz ter se impressionado com a organização. "No estádio eu fiquei bobo." Veja outras edições do Álbum de Viagem: Buenos Aires, por Zanone Frassait Serra da Mantiqueira, por Ricardo Martins Uruguai, por Raquel Cunha Minas Gerais, por William Barbosa Marrocos, por Gabriela Batista Fernando de Noronha e Galápagos, por Fernando Chiriboga Índia, por Inácio Rozeira Ilha Formentera, por Cassiana Der Haroutiounian "Chuva fora do lugar", por Davilym Dourado Paraná, por Gabriel Cabral Flórida, por Frâncio de Holanda Salvador, por Moacyr Lopes Junior Uruguai, por Keiny Andrade Nova York, por Danilo Verpa Nordeste, por Araquém Alcântara Andes, por Gustavo Epifanio Belém, por Francisco Cepeda Cotidiano baiano, por Akira Cravo Caça aos rinocerontes, por Érico Hiller Nordeste, por Ricardo Borges Paris, por Antonello Veneri
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Dez empresas chinesas que você precisa conhecer
O livro "China's Disruptors –How Alibaba, Xiaomi, Tencent, and Other Companies Are Changing the Rules of Business", de Edward Tse, traz perfis de alguns dos principais empreendedores chineses das últimas duas décadas e descreve as inovações criadas por suas empresas. Leia uma crítica do livro aqui. Algumas das companhias são mais conhecidas ou já atuam no Brasil, como a Geely, Huawei, Xiaomi e Lenovo, enquanto outras ainda são gigantes apenas no país asiático, mas têm potencial para se expandir para fora da China. Veja abaixo dez empresas chinesas inovadoras que você precisa conhecer, segundo o autor Edward Tse: Gigante de comércio eletrônico e de pagamentos on-line, abriu seu capital na Bolsa de Nova York em 2014, arrecadando US$ 25 bilhões. Desde então, porém, a empresa perdeu valor de mercado e seu fundador, Jack Ma, enfrenta dificuldades. O "Google" chinês tem 60% do mercado de buscas on-line e foi fundado pelo empreendedor Robin Li. Fundada por Li Shufu, a montadora comprou a Volvo em 2011, mas ainda enfrenta desafios para se estabelecer fora da China. Maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, faz geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, fornos de microondas e outros eletrodomésticos e é presidida por Zhang Ruimin. Maior fabricante de produtos de higiene pessoal como fraldas, lenços descartáveis e absorventes íntimos da China, criada pelo ex-fazendeiro Xu Lianjie. Fundada por Ren Zhengfei, é líder mundial na fabricação de equipamentos de telecomunicações, usados em redes de telefonia e de internet. Maior fabricante mundial de PCs e uma das cinco maiores do mundo na fabricação de smartphones, liderada por Yang Yuanqing. Empresa de administração de fortunas fundada por Wang Jingbo, tem mais de 50 mil chineses ricos como clientes. Empresa de aplicativos e games mobile fundada por Pony Ma. É dona do portal e mensageiro instantâneo QQ e do WeChat, similar ao WhatsApp. Fundada por Yu Gang, ex-executivo da Dell, a empresa foi pioneira no segmento de supermercados on-line na China; foi vendida ao Wal-mart recentemente.
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Dez empresas chinesas que você precisa conhecerO livro "China's Disruptors –How Alibaba, Xiaomi, Tencent, and Other Companies Are Changing the Rules of Business", de Edward Tse, traz perfis de alguns dos principais empreendedores chineses das últimas duas décadas e descreve as inovações criadas por suas empresas. Leia uma crítica do livro aqui. Algumas das companhias são mais conhecidas ou já atuam no Brasil, como a Geely, Huawei, Xiaomi e Lenovo, enquanto outras ainda são gigantes apenas no país asiático, mas têm potencial para se expandir para fora da China. Veja abaixo dez empresas chinesas inovadoras que você precisa conhecer, segundo o autor Edward Tse: Gigante de comércio eletrônico e de pagamentos on-line, abriu seu capital na Bolsa de Nova York em 2014, arrecadando US$ 25 bilhões. Desde então, porém, a empresa perdeu valor de mercado e seu fundador, Jack Ma, enfrenta dificuldades. O "Google" chinês tem 60% do mercado de buscas on-line e foi fundado pelo empreendedor Robin Li. Fundada por Li Shufu, a montadora comprou a Volvo em 2011, mas ainda enfrenta desafios para se estabelecer fora da China. Maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, faz geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, fornos de microondas e outros eletrodomésticos e é presidida por Zhang Ruimin. Maior fabricante de produtos de higiene pessoal como fraldas, lenços descartáveis e absorventes íntimos da China, criada pelo ex-fazendeiro Xu Lianjie. Fundada por Ren Zhengfei, é líder mundial na fabricação de equipamentos de telecomunicações, usados em redes de telefonia e de internet. Maior fabricante mundial de PCs e uma das cinco maiores do mundo na fabricação de smartphones, liderada por Yang Yuanqing. Empresa de administração de fortunas fundada por Wang Jingbo, tem mais de 50 mil chineses ricos como clientes. Empresa de aplicativos e games mobile fundada por Pony Ma. É dona do portal e mensageiro instantâneo QQ e do WeChat, similar ao WhatsApp. Fundada por Yu Gang, ex-executivo da Dell, a empresa foi pioneira no segmento de supermercados on-line na China; foi vendida ao Wal-mart recentemente.
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Minas atrasa pagamentos de dívida com a União
Com dificuldade para depositar em dia os salários dos servidores, Minas Gerais passou a atrasar o pagamento da dívida com a União e corre o risco de ter impostos retidos até quitar o débito. Todo mês, a transferência de valores, de em média R$ 500 milhões mensais, deve ser feita até o dia 30 ou o primeiro dia útil subsequente, mas o Estado só pagou a dívida de dezembro no dia 6 de janeiro. Já a quantia referente a janeiro terá atraso maior e deverá ser quitada na próxima quinta (11). Devido aos atrasos, o Estado já foi incluído em uma lista de inadimplentes do Tesouro Nacional. O governo de Minas pode sofrer sanções, como retenção de impostos estaduais e transferências obrigatórias, até que os valores sejam quitados. Segundo o Ministério da Fazenda, tudo isso pode acontecer sem aviso prévio. Desde o ano passado, o Rio Grande do Sul tem as contas recorrentemente bloqueadas pela União por falta de pagamento, o que é previsto no contrato do Estado com o governo federal. Assim como Minas, a administração gaúcha tem dificuldade para arcar com o salário dos servidores. A dívida mineira com a União foi contraída em 1998, no governo Eduardo Azeredo (PSDB), e no final de dezembro chegou a R$ 77 bilhões, mas deve baixar para R$ 73 bilhões com a mudança de indexador. A expectativa é que ela seja quitada em 2033. Hoje, Minas é comandada por Fernando Pimentel (PT) e sofre com um rombo no orçamento que deve chegar a R$ 10 bilhões neste ano. De acordo com a Secretaria da Fazenda mineira, o Banco do Brasil foi informado sobre os atrasos no pagamento da dívida e, até o dia 11, não haverá retenção de repasses de convênios. "Também não há previsão de bloqueios de contas ou outras sanções por parte do governo em função desse atraso", diz o órgão. Procurado, o Ministério da Fazenda não informou se tomará alguma das medidas previstas em caso de atrasos.
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Minas atrasa pagamentos de dívida com a UniãoCom dificuldade para depositar em dia os salários dos servidores, Minas Gerais passou a atrasar o pagamento da dívida com a União e corre o risco de ter impostos retidos até quitar o débito. Todo mês, a transferência de valores, de em média R$ 500 milhões mensais, deve ser feita até o dia 30 ou o primeiro dia útil subsequente, mas o Estado só pagou a dívida de dezembro no dia 6 de janeiro. Já a quantia referente a janeiro terá atraso maior e deverá ser quitada na próxima quinta (11). Devido aos atrasos, o Estado já foi incluído em uma lista de inadimplentes do Tesouro Nacional. O governo de Minas pode sofrer sanções, como retenção de impostos estaduais e transferências obrigatórias, até que os valores sejam quitados. Segundo o Ministério da Fazenda, tudo isso pode acontecer sem aviso prévio. Desde o ano passado, o Rio Grande do Sul tem as contas recorrentemente bloqueadas pela União por falta de pagamento, o que é previsto no contrato do Estado com o governo federal. Assim como Minas, a administração gaúcha tem dificuldade para arcar com o salário dos servidores. A dívida mineira com a União foi contraída em 1998, no governo Eduardo Azeredo (PSDB), e no final de dezembro chegou a R$ 77 bilhões, mas deve baixar para R$ 73 bilhões com a mudança de indexador. A expectativa é que ela seja quitada em 2033. Hoje, Minas é comandada por Fernando Pimentel (PT) e sofre com um rombo no orçamento que deve chegar a R$ 10 bilhões neste ano. De acordo com a Secretaria da Fazenda mineira, o Banco do Brasil foi informado sobre os atrasos no pagamento da dívida e, até o dia 11, não haverá retenção de repasses de convênios. "Também não há previsão de bloqueios de contas ou outras sanções por parte do governo em função desse atraso", diz o órgão. Procurado, o Ministério da Fazenda não informou se tomará alguma das medidas previstas em caso de atrasos.
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A Confeitaria do Custódio
Em política, a incompetência é quase sempre criminosa, e pelo menos em um ponto, aos gritos ou sussurros, praticamente todos concordam: o governo Dilma Rousseff foi muito ruim. É claro: se depois de seis anos de poder uma Presidência é incapaz de encontrar 172 deputados que lhe defendam, o problema maior não está nos deputados. A ideia de que houve um golpe não é só absurda -é ofensiva. Para quem viveu 1964, 1968 e acompanhou a ditadura militar nos anos 1970, chamar de golpe um mecanismo constitucional de que, aliás, nas últimas décadas o Partido dos Trabalhadores lançava mão gozosamente por qualquer "dá aqui aquela palha", agride a inteligência. Também não houve nenhuma revolução: o Brasil continua do mesmo tamanho, que é, infelizmente, pequeno. Estamos diante da placa da Confeitaria do Custódio, da cena de Machado de Assis no romance "Esaú e Jacó"(1904). Com a queda da Monarquia, troca-se a inscrição "Confeitaria do Império" por "Confeitaria da República" -mas vamos que dê uma reviravolta?! Um Maranhão qualquer? Melhor colocar "Confeitaria do Custódio", este cidadão brasileiro. Não vou me meter nessa história, ele diria -o país não é meu. Passei meses tentando escapar da histeria que se instalou no vácuo simbólico da Presidência, um vazio que se arrastava penoso. Como ficcionista, o que me interessa são muito mais as pessoas do que as ideias, tomadas abstratamente. Na abstração, com boa retórica, todos têm razão, e quando todos têm razão, é melhor ficar calado. Pouco se fala do caráter simbólico do poder político, e do quanto ele é importante -sua ausência produz histeria. O vazio estava demasiado e gritou-se muito para preenchê-lo. Tudo bem: virou-se a página -muito parecida com a anterior, o mesmo elenco de sempre, mas pode reservar surpresas, e isso, à falta de tudo, parece provisoriamente bom. A questão que me interessa agora é mais retrospectiva do que prospectiva: por que Dilma Rousseff, por um mágico estalo de dedos -"fiat Dilma!"- foi eleita duas vezes? Por que uma pessoa tão inextricavelmente inepta para a dimensão do cargo, por todas as evidências mais gritantes, foi ungida à condição de tocar o país? Duas vezes -na primeira, com sobra de votos; na segunda, raspando o travessão e às custas de uma campanha grotesca. Derrotada na vitória, tentou colocar em prática a política econômica de "direita" (para ficar nesses termos já sem sentido), porque, afinal, um país quebrado precisa com urgência produzir riqueza e a esquerda, infelizmente, ainda não descobriu a fórmula. Nada deu certo, e uma inesgotável maré de corrupção continua a exalar um invencível mau cheiro em torno do governo que saiu, onde quer que se aponte o nariz. O chavão diz que o Bolsa Família elegeu Dilma, como se fôssemos uma Suazilândia constituída de hordas de miseráveis atrás de um prato de sopa. Obviamente, não -quem elege presidente no Brasil é a nossa imensa e bruta classe média urbana, rebatedora de opinião, sob o sopro onipresente do que se pode chamar de moderna consciência social. É uma nuvem difusa, um poderoso Brasil nefelibata que, desde Cabral, de alto a baixo, ama o Estado. Nos auditórios acadêmicos de prestígio, o país vive renitentemente o sonho de Platão. No fundo da caverna de sombras, a realidade é só uma lembrança paradisíaca a ser resgatada, de acordo com um sagrado modelo em sépia. Boa parte da inteligência brasileira, como o filósofo em Siracusa, achou que havia tomado o poder, doravante seu irmão e seu companheiro, e o fim da história estava próximo, pela confortável força das ideias. O intelectual talvez tenha-se imaginado governo, e viu que aquilo era bom. O pobre do Custódio da Confeitaria nem precisava se afligir com a mudança -para nossa felicidade, mais uma vez houve apenas o simples triunfo da política sobre o vazio. CRISTOVÃO TEZZA, 63, é escritor. Publicou, entre outros, os romances "Trapo"(1988), "O Fotógrafo" (2004),"O Filho Eterno" (2007) e "O Professor" (2014) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
opiniao
A Confeitaria do CustódioEm política, a incompetência é quase sempre criminosa, e pelo menos em um ponto, aos gritos ou sussurros, praticamente todos concordam: o governo Dilma Rousseff foi muito ruim. É claro: se depois de seis anos de poder uma Presidência é incapaz de encontrar 172 deputados que lhe defendam, o problema maior não está nos deputados. A ideia de que houve um golpe não é só absurda -é ofensiva. Para quem viveu 1964, 1968 e acompanhou a ditadura militar nos anos 1970, chamar de golpe um mecanismo constitucional de que, aliás, nas últimas décadas o Partido dos Trabalhadores lançava mão gozosamente por qualquer "dá aqui aquela palha", agride a inteligência. Também não houve nenhuma revolução: o Brasil continua do mesmo tamanho, que é, infelizmente, pequeno. Estamos diante da placa da Confeitaria do Custódio, da cena de Machado de Assis no romance "Esaú e Jacó"(1904). Com a queda da Monarquia, troca-se a inscrição "Confeitaria do Império" por "Confeitaria da República" -mas vamos que dê uma reviravolta?! Um Maranhão qualquer? Melhor colocar "Confeitaria do Custódio", este cidadão brasileiro. Não vou me meter nessa história, ele diria -o país não é meu. Passei meses tentando escapar da histeria que se instalou no vácuo simbólico da Presidência, um vazio que se arrastava penoso. Como ficcionista, o que me interessa são muito mais as pessoas do que as ideias, tomadas abstratamente. Na abstração, com boa retórica, todos têm razão, e quando todos têm razão, é melhor ficar calado. Pouco se fala do caráter simbólico do poder político, e do quanto ele é importante -sua ausência produz histeria. O vazio estava demasiado e gritou-se muito para preenchê-lo. Tudo bem: virou-se a página -muito parecida com a anterior, o mesmo elenco de sempre, mas pode reservar surpresas, e isso, à falta de tudo, parece provisoriamente bom. A questão que me interessa agora é mais retrospectiva do que prospectiva: por que Dilma Rousseff, por um mágico estalo de dedos -"fiat Dilma!"- foi eleita duas vezes? Por que uma pessoa tão inextricavelmente inepta para a dimensão do cargo, por todas as evidências mais gritantes, foi ungida à condição de tocar o país? Duas vezes -na primeira, com sobra de votos; na segunda, raspando o travessão e às custas de uma campanha grotesca. Derrotada na vitória, tentou colocar em prática a política econômica de "direita" (para ficar nesses termos já sem sentido), porque, afinal, um país quebrado precisa com urgência produzir riqueza e a esquerda, infelizmente, ainda não descobriu a fórmula. Nada deu certo, e uma inesgotável maré de corrupção continua a exalar um invencível mau cheiro em torno do governo que saiu, onde quer que se aponte o nariz. O chavão diz que o Bolsa Família elegeu Dilma, como se fôssemos uma Suazilândia constituída de hordas de miseráveis atrás de um prato de sopa. Obviamente, não -quem elege presidente no Brasil é a nossa imensa e bruta classe média urbana, rebatedora de opinião, sob o sopro onipresente do que se pode chamar de moderna consciência social. É uma nuvem difusa, um poderoso Brasil nefelibata que, desde Cabral, de alto a baixo, ama o Estado. Nos auditórios acadêmicos de prestígio, o país vive renitentemente o sonho de Platão. No fundo da caverna de sombras, a realidade é só uma lembrança paradisíaca a ser resgatada, de acordo com um sagrado modelo em sépia. Boa parte da inteligência brasileira, como o filósofo em Siracusa, achou que havia tomado o poder, doravante seu irmão e seu companheiro, e o fim da história estava próximo, pela confortável força das ideias. O intelectual talvez tenha-se imaginado governo, e viu que aquilo era bom. O pobre do Custódio da Confeitaria nem precisava se afligir com a mudança -para nossa felicidade, mais uma vez houve apenas o simples triunfo da política sobre o vazio. CRISTOVÃO TEZZA, 63, é escritor. Publicou, entre outros, os romances "Trapo"(1988), "O Fotógrafo" (2004),"O Filho Eterno" (2007) e "O Professor" (2014) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Após polêmica, filial carioca de clube judaico faz convite a Bolsonaro
A filial carioca do clube judaico Hebraica convidou Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para dar uma palestra ao considerar que a decisão de suspender evento similar na sede paulistana foi "precipitada", tendo em vista o interesse da comunidade no deputado. O presidente do clube no Rio, Luiz Mairovitch, procurou o filho do presidenciável e deputado estadual Flávio Bolsonaro na terça-feira (1), após a Folha noticiar que a Hebraica de São Paulo havia recuado. Na mesma data, Bolsonaro publicou vídeo em uma rede social vestindo camiseta com uma bandeira metade brasileira, metade israelense, em que afirma que ainda está em negociação com a Hebraica de São Paulo. Na publicação, ele fez um apelo para que seus seguidores assinassem petição endereçada à direção do clube. O abaixo-assinado, que continha cerca de mil nomes, foi encerrado com 33 mil. Para Mairovitch, a direção paulistana "se precipitou". "A Hebraica de São Paulo escutou Maluf, Lula, todo mundo. E não tenho dúvida de que a maioria da comunidade paulista quer escutá-lo também. Por isso a revolta", disse. A filial de São Paulo diz que pretende realizar um evento mais inclusivo, com todos os presidenciáveis. O presidente carioca considera Bolsonaro "hoje um nome muito forte e muito querido. Eu mesmo tenho simpatia, sim". O deputado chegou a 9% de intenção de voto para presidente em pesquisa Datafolha publicada em dezembro. Na carta ao deputado, Mairovitch afirma que faz o convite "sem querer contrariar ninguém, mas objetivando fazer jus ao Estado democrático de Direito". O cineasta Silvio Tendler, que se disse envergonhado por ter frequentado o clube na infância, reagiu com indignação. "Que coisa horrorosa convidar uma pessoa que defende tortura e uma ditadura na qual morreram muitos judeus", criticou. Tendler minimizou a relevância da Hebraica carioca. "Está tão esvaziada, não tem a força e a expressão que a de São Paulo ou de Buenos Aires têm. Virou um clube mixuruca, sem condição de falar em nome da comunidade." Um grupo que se intitula Judeus Progressistas afirmou que lançará novo manifesto contra o acolhimento de Bolsonaro em instituições que representem minorias, não apenas os judeus, como também gays e negros. "É quase que uma frente ampla de minorias", afirmou Mauro Nadvorny, um dos membros. O seu grupo colheu quase 4.000 assinaturas contra a palestra de Bolsonaro na Hebraica de São Paulo em uma petição que dizia que o deputado "idolatra a extrema direita neonazista e admira os torturadores da ditadura militar, a qual enaltece em todas as oportunidades". No vídeo, Bolsonaro afirmou que a afirmação é mentirosa. À Folha, disse que não se manifestaria.
poder
Após polêmica, filial carioca de clube judaico faz convite a BolsonaroA filial carioca do clube judaico Hebraica convidou Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para dar uma palestra ao considerar que a decisão de suspender evento similar na sede paulistana foi "precipitada", tendo em vista o interesse da comunidade no deputado. O presidente do clube no Rio, Luiz Mairovitch, procurou o filho do presidenciável e deputado estadual Flávio Bolsonaro na terça-feira (1), após a Folha noticiar que a Hebraica de São Paulo havia recuado. Na mesma data, Bolsonaro publicou vídeo em uma rede social vestindo camiseta com uma bandeira metade brasileira, metade israelense, em que afirma que ainda está em negociação com a Hebraica de São Paulo. Na publicação, ele fez um apelo para que seus seguidores assinassem petição endereçada à direção do clube. O abaixo-assinado, que continha cerca de mil nomes, foi encerrado com 33 mil. Para Mairovitch, a direção paulistana "se precipitou". "A Hebraica de São Paulo escutou Maluf, Lula, todo mundo. E não tenho dúvida de que a maioria da comunidade paulista quer escutá-lo também. Por isso a revolta", disse. A filial de São Paulo diz que pretende realizar um evento mais inclusivo, com todos os presidenciáveis. O presidente carioca considera Bolsonaro "hoje um nome muito forte e muito querido. Eu mesmo tenho simpatia, sim". O deputado chegou a 9% de intenção de voto para presidente em pesquisa Datafolha publicada em dezembro. Na carta ao deputado, Mairovitch afirma que faz o convite "sem querer contrariar ninguém, mas objetivando fazer jus ao Estado democrático de Direito". O cineasta Silvio Tendler, que se disse envergonhado por ter frequentado o clube na infância, reagiu com indignação. "Que coisa horrorosa convidar uma pessoa que defende tortura e uma ditadura na qual morreram muitos judeus", criticou. Tendler minimizou a relevância da Hebraica carioca. "Está tão esvaziada, não tem a força e a expressão que a de São Paulo ou de Buenos Aires têm. Virou um clube mixuruca, sem condição de falar em nome da comunidade." Um grupo que se intitula Judeus Progressistas afirmou que lançará novo manifesto contra o acolhimento de Bolsonaro em instituições que representem minorias, não apenas os judeus, como também gays e negros. "É quase que uma frente ampla de minorias", afirmou Mauro Nadvorny, um dos membros. O seu grupo colheu quase 4.000 assinaturas contra a palestra de Bolsonaro na Hebraica de São Paulo em uma petição que dizia que o deputado "idolatra a extrema direita neonazista e admira os torturadores da ditadura militar, a qual enaltece em todas as oportunidades". No vídeo, Bolsonaro afirmou que a afirmação é mentirosa. À Folha, disse que não se manifestaria.
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Para oposição nos EUA, volta do país a Cuba é 'presente' a ditadura castrista
A histórica cerimônia de hasteamento da bandeira americana em Cuba mal havia terminado e a oposição republicana já disparava ataques à reaproximação entre os dois países. A reabertura oficial da embaixada dos EUA em Havana, nesta sexta (14), contou com a presença do secretário de Estado, John Kerry, na primeira visita de um chefe da diplomacia americana a Cuba em 60 anos. Em seu discurso, Kerry exaltou a coragem dos dois governos para deixarem de ser "prisioneiros do passado". A oposição viu o momento de forma bem diferente. Para o ex-governador da Flórida e pré-candidato presidencial pelo Partido Republicano Jeb Bush, a visita de Kerry a Havana foi "um presente de aniversário " para o ex-ditador Fidel Castro, que completou 89 anos na quinta (13). "Os EUA mudaram, mas Cuba não. Continua sendo uma ditadura inflexível, um exemplo trágico da insensatez do comunismo e uma afronta à consciência das nações livres do hemisfério ocidental", disse Bush em um comunicado. "A acomodação com o regime de Castro ocorre à custa da liberdade e da democracia que todos os cubanos merecem". Se for eleito presidente nas eleições do próximo ano, Bush promete "reverter a estratégia de acomodação e apaziguamento" com o regime cubano. Outro postulante à candidatura presidencial republicana, o senador Marco Rubio, foi na mesma linha de ataques à "capitulação" do presidente Barack Obama à ditadura cubana. "O presidente Obama recompensou o regime Castro por suas táticas repressivas e sua paciente e persistente oposição aos interesses americanos", disse Rubio em Nova York nesta sexta. "O acordo com Cuba ameaça a estatura moral da América no nosso hemisfério e ao redor do mundo, confere legitimidade a um país que patrocina o terrorismo e dá poder a um aliado da China e da Rússia que está a apenas 90 milhas [144,8 km] de nossa costa." Cuba DISSIDENTES Também houve críticas de membros do partido de Obama. O senador democrata Bob Menendez, filho de cubanos, considerou "vergonhoso" o fato de opositores do regime não terem sido convidados para a cerimônia desta sexta, que marcou a reabertura oficial da embaixada, fechada em 1961. O governo americano justificou a ausência dos dissidentes pela falta de espaço na representação diplomática e afirmou que Kerry se reuniria com eles após a cerimônia. "Uma bandeira que representa liberdade tremulará hoje em um país liderado por um regime repressivo que nega à sua população democracia e direitos humanos básicos", atacou Menendez, ecoando a frustração de muitos cubanos e descendentes de cubanos nos EUA que temem que a reaproximação com Washington torne mais difícil uma abertura política em Havana.
mundo
Para oposição nos EUA, volta do país a Cuba é 'presente' a ditadura castristaA histórica cerimônia de hasteamento da bandeira americana em Cuba mal havia terminado e a oposição republicana já disparava ataques à reaproximação entre os dois países. A reabertura oficial da embaixada dos EUA em Havana, nesta sexta (14), contou com a presença do secretário de Estado, John Kerry, na primeira visita de um chefe da diplomacia americana a Cuba em 60 anos. Em seu discurso, Kerry exaltou a coragem dos dois governos para deixarem de ser "prisioneiros do passado". A oposição viu o momento de forma bem diferente. Para o ex-governador da Flórida e pré-candidato presidencial pelo Partido Republicano Jeb Bush, a visita de Kerry a Havana foi "um presente de aniversário " para o ex-ditador Fidel Castro, que completou 89 anos na quinta (13). "Os EUA mudaram, mas Cuba não. Continua sendo uma ditadura inflexível, um exemplo trágico da insensatez do comunismo e uma afronta à consciência das nações livres do hemisfério ocidental", disse Bush em um comunicado. "A acomodação com o regime de Castro ocorre à custa da liberdade e da democracia que todos os cubanos merecem". Se for eleito presidente nas eleições do próximo ano, Bush promete "reverter a estratégia de acomodação e apaziguamento" com o regime cubano. Outro postulante à candidatura presidencial republicana, o senador Marco Rubio, foi na mesma linha de ataques à "capitulação" do presidente Barack Obama à ditadura cubana. "O presidente Obama recompensou o regime Castro por suas táticas repressivas e sua paciente e persistente oposição aos interesses americanos", disse Rubio em Nova York nesta sexta. "O acordo com Cuba ameaça a estatura moral da América no nosso hemisfério e ao redor do mundo, confere legitimidade a um país que patrocina o terrorismo e dá poder a um aliado da China e da Rússia que está a apenas 90 milhas [144,8 km] de nossa costa." Cuba DISSIDENTES Também houve críticas de membros do partido de Obama. O senador democrata Bob Menendez, filho de cubanos, considerou "vergonhoso" o fato de opositores do regime não terem sido convidados para a cerimônia desta sexta, que marcou a reabertura oficial da embaixada, fechada em 1961. O governo americano justificou a ausência dos dissidentes pela falta de espaço na representação diplomática e afirmou que Kerry se reuniria com eles após a cerimônia. "Uma bandeira que representa liberdade tremulará hoje em um país liderado por um regime repressivo que nega à sua população democracia e direitos humanos básicos", atacou Menendez, ecoando a frustração de muitos cubanos e descendentes de cubanos nos EUA que temem que a reaproximação com Washington torne mais difícil uma abertura política em Havana.
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Sala com ar antiquado ganha móveis funcionais e tons claros após reforma
DE SÃO PAULO Sofás antigos, tapetes e corrimões que criavam um ar antiquado a um apartamento na zona oeste de São Paulo deram lugar a móveis funcionais e decoração sofisticada após uma reforma realizada pela arquiteta Beatriz Sinkivicio, do escritório Gui Mattos Arquitetura. "A proposta era fazer um espaço confortável e, ao mesmo tempo, despojado, onde o morador pudesse receber familiares e amigos para celebrações", explica Sinkivicio. Um dos pontos altos do projeto, segundo a arquiteta, é o grande banco de alvenaria revestido por madeira, que também traz um nicho para abrigar livros. "Dá um toque informal ao ambiente", diz a arquiteta. Para ampliar o espaço e "evitar ruídos" na decoração, a sala foi integrada à cozinha, e os corrimões que ladeavam o desnível do piso foram removidos. Por outro lado, foram erguidas paredes com o objetivo de criar um novo hall de entrada. Dar boa luminosidade à sala, que tem cerca de 80 metros quadrados, foi outra preocupação de Sinkivicio, que trocou as esquadrias das janelas e instalou novos pontos de luz. As paredes com tinta acrílica, o forro de madeira instalado no espaço da televisão e o piso de cimento também ajudaram a dar mais claridade ao lugar. Concluído em 2014, o projeto, que renovou o apartamento inteiro, foi feito em um ano e meio e custou cerca de R$ 3 milhões.
sobretudo
Sala com ar antiquado ganha móveis funcionais e tons claros após reforma DE SÃO PAULO Sofás antigos, tapetes e corrimões que criavam um ar antiquado a um apartamento na zona oeste de São Paulo deram lugar a móveis funcionais e decoração sofisticada após uma reforma realizada pela arquiteta Beatriz Sinkivicio, do escritório Gui Mattos Arquitetura. "A proposta era fazer um espaço confortável e, ao mesmo tempo, despojado, onde o morador pudesse receber familiares e amigos para celebrações", explica Sinkivicio. Um dos pontos altos do projeto, segundo a arquiteta, é o grande banco de alvenaria revestido por madeira, que também traz um nicho para abrigar livros. "Dá um toque informal ao ambiente", diz a arquiteta. Para ampliar o espaço e "evitar ruídos" na decoração, a sala foi integrada à cozinha, e os corrimões que ladeavam o desnível do piso foram removidos. Por outro lado, foram erguidas paredes com o objetivo de criar um novo hall de entrada. Dar boa luminosidade à sala, que tem cerca de 80 metros quadrados, foi outra preocupação de Sinkivicio, que trocou as esquadrias das janelas e instalou novos pontos de luz. As paredes com tinta acrílica, o forro de madeira instalado no espaço da televisão e o piso de cimento também ajudaram a dar mais claridade ao lugar. Concluído em 2014, o projeto, que renovou o apartamento inteiro, foi feito em um ano e meio e custou cerca de R$ 3 milhões.
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Bebê com três pais, edição de DNA, ondas gravitacionais e mais: veja alguns destaques da ciência em 2016
Cientistas do Brasil e do mundo fizeram o possível para amenizar a cota aparentemente interminável de más notícias de 2016. Por aqui, mesmo diante da falta aguda de verbas e de decisões políticas questionáveis para o setor, pesquisadores conseguiram traçar um retrato muito mais preciso dos efeitos do vírus zika sobre gestantes e seus bebês, dando os primeiros passos na busca de armas contra o vilão microscópico. A esperança de corrigir os "defeitos de fabricação" do genoma humano (ou, dependendo do seu ponto de vista, o espectro assustador de manipulá-lo sem sabermos direito o que estamos fazendo) foi outra estrela do ano que se encerra. O médico americano de origem chinesa John Zhang usou a filial de sua clínica de fertilidade no México para criar o primeiro bebê humano com DNA de três "pais" diferentes. Pouco depois, dois gigantes da pesquisa biomédica, a Universidade da Califórnia em Berkeley e o Instituto Broad, enfrentaram-se na Justiça americana para decidir quem será considerado o "dono" da CRISPR, mais precisa e prática técnica de manipulação do DNA inventada até agora. A decisão só virá no ano que vem. Veja abaixo alguns destaques da ciência do ano que se encerra. * Parece título de filme B, mas talvez seja a melhor maneira de descrever a proposta de Konstantin Batygin e Mike Brown, dupla do Caltech: a existência de um planeta com dez vezes a massa da Terra nos confins do Sistema Solar. A ideia é antiga, mas os novos cálculos indicam que se trata de uma possibilidade real Pela primeira vez na história, cientistas da Terra detectaram ondas gravitacionais –distorções no tecido do espaço e do tempo produzidas pela gravidade e transmitidas à velocidade da luz Cosmos afora. O feito coube ao observatório Ligo, nos EUA, que detectou ondas emitidas pela colisão entre buracos negros Um programa de IA (inteligência artificial) do Google venceu a melhor de cinco partidas de Go (tradicional jogo asiático, considerado mais complexo e desafiador que o xadrez) contra um grande campeão humano da modalidade, o coreano Lee Se-dol, 33. A façanha é considerada um marco no avanço da IA Pesquisadores da USP e da Universidade da Califórnia em San Diego infectaram fêmeas de camundongos grávidas com o vírus zika e verificaram que os filhotes tinham alta probabilidade de nascer com cérebros menores. Trata-se de uma das evidências mais fortes do elo entre o vírus e a microcefalia em humanos Ao assumir o cargo de presidente da República, Michel Temer anunciou a fusão do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) com o das Comunicações. A criação do MCTIC, sob o comando de Gilberto Kassab, desagradou boa parte da comunidade científica, temerosa de que a ciência ficasse em segundo plano Após décadas de uso informal e supostos resultados positivos, a fosfoetanolamina, molécula estudada por pesquisadores da USP de São Carlos por seu possível papel anticâncer, começou a ser testada em humanos por iniciativa do governo estadual paulista. Os primeiros resultados, porém, não foram promissores Guillem Anglada-Escudé e seus colegas da Universidade Queen Mary (Reino Unido) anunciam a descoberta de um planeta localizado na chamada zona habitável em torno da estrela Proxima Centauri, a vizinha mais próxima (como o nome indica) do Sol, a "apenas" 4,2 anos-luz daqui. O astro tem dimensões similares às da Terra A equipe coordenada pelo médico sinoamericano John Zhang anunciou o nascimento do primeiro bebê humano com três "pais" –gerado a partir de um óvulo que passou por um transplante de mitocôndrias, as usinas de energia das células, que possuem DNA próprio. Esse DNA pode levar a doenças, daí a necessidade da técnica O Protocolo de Montreal, acordo originalmente criado para proteger a camada de ozônio, é recauchutado para cortar a produção de gases que impulsionam o aquecimento global. Assinado em Kigali (Ruanda), o novo tratado poderá evitar até 0,5°C de aumento de temperatura no planeta até o fim do século Pesquisadores da Universidade de Sichuan, na China, tornaram-se os primeiros a injetar células modificadas com a técnica de edição de DNA conhecida como CRISPR no organismo de um ser humano (um homem com câncer de pulmão). A abordagem modifica com relativa precisão o material genético e tem grande potencial terapêutico
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Bebê com três pais, edição de DNA, ondas gravitacionais e mais: veja alguns destaques da ciência em 2016Cientistas do Brasil e do mundo fizeram o possível para amenizar a cota aparentemente interminável de más notícias de 2016. Por aqui, mesmo diante da falta aguda de verbas e de decisões políticas questionáveis para o setor, pesquisadores conseguiram traçar um retrato muito mais preciso dos efeitos do vírus zika sobre gestantes e seus bebês, dando os primeiros passos na busca de armas contra o vilão microscópico. A esperança de corrigir os "defeitos de fabricação" do genoma humano (ou, dependendo do seu ponto de vista, o espectro assustador de manipulá-lo sem sabermos direito o que estamos fazendo) foi outra estrela do ano que se encerra. O médico americano de origem chinesa John Zhang usou a filial de sua clínica de fertilidade no México para criar o primeiro bebê humano com DNA de três "pais" diferentes. Pouco depois, dois gigantes da pesquisa biomédica, a Universidade da Califórnia em Berkeley e o Instituto Broad, enfrentaram-se na Justiça americana para decidir quem será considerado o "dono" da CRISPR, mais precisa e prática técnica de manipulação do DNA inventada até agora. A decisão só virá no ano que vem. Veja abaixo alguns destaques da ciência do ano que se encerra. * Parece título de filme B, mas talvez seja a melhor maneira de descrever a proposta de Konstantin Batygin e Mike Brown, dupla do Caltech: a existência de um planeta com dez vezes a massa da Terra nos confins do Sistema Solar. A ideia é antiga, mas os novos cálculos indicam que se trata de uma possibilidade real Pela primeira vez na história, cientistas da Terra detectaram ondas gravitacionais –distorções no tecido do espaço e do tempo produzidas pela gravidade e transmitidas à velocidade da luz Cosmos afora. O feito coube ao observatório Ligo, nos EUA, que detectou ondas emitidas pela colisão entre buracos negros Um programa de IA (inteligência artificial) do Google venceu a melhor de cinco partidas de Go (tradicional jogo asiático, considerado mais complexo e desafiador que o xadrez) contra um grande campeão humano da modalidade, o coreano Lee Se-dol, 33. A façanha é considerada um marco no avanço da IA Pesquisadores da USP e da Universidade da Califórnia em San Diego infectaram fêmeas de camundongos grávidas com o vírus zika e verificaram que os filhotes tinham alta probabilidade de nascer com cérebros menores. Trata-se de uma das evidências mais fortes do elo entre o vírus e a microcefalia em humanos Ao assumir o cargo de presidente da República, Michel Temer anunciou a fusão do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) com o das Comunicações. A criação do MCTIC, sob o comando de Gilberto Kassab, desagradou boa parte da comunidade científica, temerosa de que a ciência ficasse em segundo plano Após décadas de uso informal e supostos resultados positivos, a fosfoetanolamina, molécula estudada por pesquisadores da USP de São Carlos por seu possível papel anticâncer, começou a ser testada em humanos por iniciativa do governo estadual paulista. Os primeiros resultados, porém, não foram promissores Guillem Anglada-Escudé e seus colegas da Universidade Queen Mary (Reino Unido) anunciam a descoberta de um planeta localizado na chamada zona habitável em torno da estrela Proxima Centauri, a vizinha mais próxima (como o nome indica) do Sol, a "apenas" 4,2 anos-luz daqui. O astro tem dimensões similares às da Terra A equipe coordenada pelo médico sinoamericano John Zhang anunciou o nascimento do primeiro bebê humano com três "pais" –gerado a partir de um óvulo que passou por um transplante de mitocôndrias, as usinas de energia das células, que possuem DNA próprio. Esse DNA pode levar a doenças, daí a necessidade da técnica O Protocolo de Montreal, acordo originalmente criado para proteger a camada de ozônio, é recauchutado para cortar a produção de gases que impulsionam o aquecimento global. Assinado em Kigali (Ruanda), o novo tratado poderá evitar até 0,5°C de aumento de temperatura no planeta até o fim do século Pesquisadores da Universidade de Sichuan, na China, tornaram-se os primeiros a injetar células modificadas com a técnica de edição de DNA conhecida como CRISPR no organismo de um ser humano (um homem com câncer de pulmão). A abordagem modifica com relativa precisão o material genético e tem grande potencial terapêutico
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Ueba! Cunha tá sujo no truco!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Manchete do "Piauí Herald": "Dilma topa delação premiada, mas PF não entende o depoimento". Será que a Dilma já renunciou e a gente não entendeu? Rarará. E as duas palavras mais pronunciadas da semana: denúncia e pronúncia. E fudúncia! Rarará! Personagens da semana: Xuxa, Cunha e Collor! Estreia da Xuxa na Record! Xuxa no Templo do Xalomão! Xuxa x Xatanás! Xai desse corpo! A Xuxa agora senta no sofá e imita a Ellen DeGeneres. Mas ela tá mais pra Hebe. Hebe Degeneres. Muda o nome do programa pra "Xuxa no Xofá"! E diz que se rodar o disco da Xuxa ao contrário aparece a voz do Edir Macedo. Rarará! E o Cunha? O Cunha tomou no Cunha. O Congresso tá um Deus nos Acunha! Ele vai dizer que quem pegou a propina foi um menor infrator. Pro Cunha, US$ 5 milhões não é propina, propina só acima de 16. Maioridade propinal! E quando um cara é pego roubando no truco, o povo grita: "Cunha, um no dedo e dois na unha". O Cunha tá sujo até no truco! Rarará! E o Collor? O Darth Vader! O Collor tá nessa desde 1989. O Collor vai pedir aposentadoria por anos de propina. Aposentadoria por tempo de propina. E tem gente que apoia o Cunha só porque ele é anti-Dilma. Anti-Dilma tem que ser honesto. Anti-Dilma ladrão não vale! Imagine um ladrão roubando seu carro: "Ei, esse é o meu carro, você está roubando o meu carro". E o ladrão: "Mas eu sou anti-Dilma". "Ah, tudo bem, pode levar o carro". Rarará! E o Fernando Henrique pedindo a renúncia da Dilma: "ÔÔuôuôu, assim não é possííííível. Essa mulher não tem claaasse. Vamos botar umas trufas no lugar. Chama a Rainha Elizabeth. A Rainha Sylvia. Queremos uma renúncia Chandon safra 73". O FHC quer uma renúncia Chandon safra 73! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! É que em Porto Alegre tem o escritório de advocacia Crescente & Pinto! Nessa ordem! Com essa dupla agora vai! E um dos editores da Agência Brasil se chama Aécio Amado! "Meu filho, você vai se chamar Aécio Amado e vai trabalhar pra Dilma". Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Ueba! Cunha tá sujo no truco!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Manchete do "Piauí Herald": "Dilma topa delação premiada, mas PF não entende o depoimento". Será que a Dilma já renunciou e a gente não entendeu? Rarará. E as duas palavras mais pronunciadas da semana: denúncia e pronúncia. E fudúncia! Rarará! Personagens da semana: Xuxa, Cunha e Collor! Estreia da Xuxa na Record! Xuxa no Templo do Xalomão! Xuxa x Xatanás! Xai desse corpo! A Xuxa agora senta no sofá e imita a Ellen DeGeneres. Mas ela tá mais pra Hebe. Hebe Degeneres. Muda o nome do programa pra "Xuxa no Xofá"! E diz que se rodar o disco da Xuxa ao contrário aparece a voz do Edir Macedo. Rarará! E o Cunha? O Cunha tomou no Cunha. O Congresso tá um Deus nos Acunha! Ele vai dizer que quem pegou a propina foi um menor infrator. Pro Cunha, US$ 5 milhões não é propina, propina só acima de 16. Maioridade propinal! E quando um cara é pego roubando no truco, o povo grita: "Cunha, um no dedo e dois na unha". O Cunha tá sujo até no truco! Rarará! E o Collor? O Darth Vader! O Collor tá nessa desde 1989. O Collor vai pedir aposentadoria por anos de propina. Aposentadoria por tempo de propina. E tem gente que apoia o Cunha só porque ele é anti-Dilma. Anti-Dilma tem que ser honesto. Anti-Dilma ladrão não vale! Imagine um ladrão roubando seu carro: "Ei, esse é o meu carro, você está roubando o meu carro". E o ladrão: "Mas eu sou anti-Dilma". "Ah, tudo bem, pode levar o carro". Rarará! E o Fernando Henrique pedindo a renúncia da Dilma: "ÔÔuôuôu, assim não é possííííível. Essa mulher não tem claaasse. Vamos botar umas trufas no lugar. Chama a Rainha Elizabeth. A Rainha Sylvia. Queremos uma renúncia Chandon safra 73". O FHC quer uma renúncia Chandon safra 73! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! É que em Porto Alegre tem o escritório de advocacia Crescente & Pinto! Nessa ordem! Com essa dupla agora vai! E um dos editores da Agência Brasil se chama Aécio Amado! "Meu filho, você vai se chamar Aécio Amado e vai trabalhar pra Dilma". Rarará. Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Prêmio Octavio Frias de Oliveira será entregue nesta terça
A cerimônia de entrega do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo Folha, ocorrerá nesta terça (9), às 19h, no teatro da Faculdade de Medicina da USP. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha, morto em 2007, busca reconhecer e estimular contribuições na área oncológica. Neste ano, na categoria pesquisa, venceu estudo que mostrou que a saliva ajuda a avaliar cânceres de boca. Em inovação tecnológica, pesquisa aponta que uma proteína do carrapato-estrela teve ação antitumoral em testes in vitro. O médico Aristides Pereira Maltez Filho, presidente da Liga Bahiana contra o Câncer, será premiado Personalidade de Destaque. Cada escolhido receberá R$ 16 mil e um certificado.
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Prêmio Octavio Frias de Oliveira será entregue nesta terçaA cerimônia de entrega do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo Folha, ocorrerá nesta terça (9), às 19h, no teatro da Faculdade de Medicina da USP. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha, morto em 2007, busca reconhecer e estimular contribuições na área oncológica. Neste ano, na categoria pesquisa, venceu estudo que mostrou que a saliva ajuda a avaliar cânceres de boca. Em inovação tecnológica, pesquisa aponta que uma proteína do carrapato-estrela teve ação antitumoral em testes in vitro. O médico Aristides Pereira Maltez Filho, presidente da Liga Bahiana contra o Câncer, será premiado Personalidade de Destaque. Cada escolhido receberá R$ 16 mil e um certificado.
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Empresa lança voo internacional mais curto do mundo
Companhia diz que ligação entre Áustria e Eslováquia é o voo internacional mais rápido do mundo Qual a duração do voo internacional mais curto do mundo? Segundo a empresa que acaba de lançar a rota, apenas 10 minutos. A companhia área austríaca FlyNiki inaugurará o voo entre as capitais da Áustria, Viena, e da Eslováquia, Bratislava, no dia 1º de abril. A distância entre as duas cidades é de 48 quilômetros. A viagem de trem não leva mais de uma hora e de carro demora 53 minutos, segundo o Google Maps. A passagem custa a partir de US$ 35 (R$ 93) por trecho, cerca de metade do valor da viagem de trem. Há diversos fatores que justificam a criação desta linha. Entre eles é a maior oferta de conexões para passageiros, já que a empresa faz parte da companhia aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos. "O aeroporto se une a um sistema de distribuição mundial pela primeira vez na história, e um voo até, ou a partir de, Bratislava pode ser reservado de qualquer lugar do mundo. Isto não era possível até agora", disse o gerente do aeroporto de Bratislava, Ivan Trhlík. Segundo o blog City Lab, a linha conecta um aeroporto pequeno, Bratislava, a um grande, Viena, que possui diversas outras rotas. OUTROS MOTIVOS Há, também, outro motivo para esse trajeto: os aviões sempre têm uma casa, um hangar em algum aeroporto no qual terminam o dia e se preparam para o seguinte. Com o voo Bratislava-Viena, a companhia agora tem a possibilidade de que mais aviões possam sair de certo trajeto e voltar, cheios de passageiros, à sua base. E, finalmente, outra razão, segundo a Cidade Lab: a empresa garante acesso a mais portas de embarque, um objetivo que muitas companhias aéreas têm atualmente. Muitas vezes, as companhias aéreas não usam os espaços que reservam nos aeroportos, reduzindo assim o seu acesso a outras áreas no futuro. Assim, com este voo, a FlyNiki —ou, na verdade, a Etihad Airways— garantiu mais áreas de estacionamento, portões de embarque e espaços para suas aviões. Alguns se perguntam se o voo terá impacto sobre o meio ambiente, mas estudos não esclareceram se o total de emissões geradas pelos carros são mais prejudiciais que a dos aviões. É O MAIS CURTO? A FlyNiki disse em que este será o menor voo internacional do mundo. Mas muitos especialistas não estão convencidos. O blog de viagens do jornal britânico "The Telegraph", entre outros, diz que o voo entre países mais curto pode ser o realizado pela companhia aérea de Camarões Camair-Co. Trata-se do trecho entre Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, e Brazzaville, capital da República do Congo, na África Central, que percorre os 48 quilômetros em 30 minutos, segundo o Google Flight Search. Já o menor voo do mundo dura apenas 47 segundos, dependendo da direção do vento, entre duas ilhas: Westray e Papa Westray, na Escócia.
bbc
Empresa lança voo internacional mais curto do mundoCompanhia diz que ligação entre Áustria e Eslováquia é o voo internacional mais rápido do mundo Qual a duração do voo internacional mais curto do mundo? Segundo a empresa que acaba de lançar a rota, apenas 10 minutos. A companhia área austríaca FlyNiki inaugurará o voo entre as capitais da Áustria, Viena, e da Eslováquia, Bratislava, no dia 1º de abril. A distância entre as duas cidades é de 48 quilômetros. A viagem de trem não leva mais de uma hora e de carro demora 53 minutos, segundo o Google Maps. A passagem custa a partir de US$ 35 (R$ 93) por trecho, cerca de metade do valor da viagem de trem. Há diversos fatores que justificam a criação desta linha. Entre eles é a maior oferta de conexões para passageiros, já que a empresa faz parte da companhia aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos. "O aeroporto se une a um sistema de distribuição mundial pela primeira vez na história, e um voo até, ou a partir de, Bratislava pode ser reservado de qualquer lugar do mundo. Isto não era possível até agora", disse o gerente do aeroporto de Bratislava, Ivan Trhlík. Segundo o blog City Lab, a linha conecta um aeroporto pequeno, Bratislava, a um grande, Viena, que possui diversas outras rotas. OUTROS MOTIVOS Há, também, outro motivo para esse trajeto: os aviões sempre têm uma casa, um hangar em algum aeroporto no qual terminam o dia e se preparam para o seguinte. Com o voo Bratislava-Viena, a companhia agora tem a possibilidade de que mais aviões possam sair de certo trajeto e voltar, cheios de passageiros, à sua base. E, finalmente, outra razão, segundo a Cidade Lab: a empresa garante acesso a mais portas de embarque, um objetivo que muitas companhias aéreas têm atualmente. Muitas vezes, as companhias aéreas não usam os espaços que reservam nos aeroportos, reduzindo assim o seu acesso a outras áreas no futuro. Assim, com este voo, a FlyNiki —ou, na verdade, a Etihad Airways— garantiu mais áreas de estacionamento, portões de embarque e espaços para suas aviões. Alguns se perguntam se o voo terá impacto sobre o meio ambiente, mas estudos não esclareceram se o total de emissões geradas pelos carros são mais prejudiciais que a dos aviões. É O MAIS CURTO? A FlyNiki disse em que este será o menor voo internacional do mundo. Mas muitos especialistas não estão convencidos. O blog de viagens do jornal britânico "The Telegraph", entre outros, diz que o voo entre países mais curto pode ser o realizado pela companhia aérea de Camarões Camair-Co. Trata-se do trecho entre Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, e Brazzaville, capital da República do Congo, na África Central, que percorre os 48 quilômetros em 30 minutos, segundo o Google Flight Search. Já o menor voo do mundo dura apenas 47 segundos, dependendo da direção do vento, entre duas ilhas: Westray e Papa Westray, na Escócia.
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Morador constrói ponte por menos de 2% do valor projetado pela prefeitura
A ponte tem apenas 25 metros de extensão, mas a obra erguida por moradores de uma cidade do interior do Rio de Janeiro passou por cima de enormes problemas de dinheiro, ineficiência e até de corrupção que assolam o Brasil. A história ocorreu em Barra Mansa, a cerca de 130 km do Rio de Janeiro. Lá há dois bairros de casas simples, muitas com tijolos expostos: Nova Esperança e São Luiz. Os bairros são separados por um riacho de vegetação densa, que complicava a vida dos moradores. A questão, dizem, é que apenas um dos bairros conta com um posto de saúde. E apenas na outra margem há um ponto do ônibus que vai para o centro comercial da cidade. Para acessar esses serviços, os moradores tinham que contornar o riacho por cerca de 2 km. Instalaram passagens de madeira, mas toda chuva mais forte carregava as estruturas improvisadas rio abaixo. Pediram uma ponte à prefeitura, mas a resposta foi que não havia recursos em razão da crise econômica. Cansadas de esperar por duas décadas, duas donas de casa que moram em lados diferentes do rio –Manoelina dos Santos, 72, e Juracy da Conceição, 65, tiveram uma ideia: e se os moradores fizessem a ponte? "Se dependêssemos do poder público, iríamos esperar mais 10 anos" diz o comerciante Adalto José Soares, de 52 anos, filho de Manoelina. "Aí tomamos essa atitude, arrecadamos dinheiro com os moradores e fizemos", afirma, em conversa com a BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Resultado: uma ponte 54 vezes mais barata do que o valor estimado pela prefeitura, e com recursos levantados em apenas um mês –uma lição em um país cujo poder público parece em decomposição. 'VARIAÇÃO DE QUALIDADE' Milton Avelino, presidente da associação de moradores do Nova Esperança, explica a diferença nos orçamentos da ponte. "Pela prefeitura o valor era R$ 270 mil, nós fizemos com R$ 5.000." E qual é o motivo da disparidade? A Superintendência de Obras e Serviços de Barra Mansa diz que há uma "variação de qualidade nos projetos". "Como foi feita sem aval da prefeitura, não há como garantir que houve um projeto com cálculo estrutural eficiente, prevendo, por exemplo, variações no nível do rio", afirmou a pasta. O comerciante Soares lembra, porém, que, em abril deste ano, parte de uma ciclovia recém-inaugurada pelo poder público desabou no Rio de Janeiro, em acidente numa obra de R$ 12,6 milhões e que matou duas pessoas. "Não fizeram essa ciclovia bonita no Rio com engenharia e morreram duas pessoas?", questiona. "Nós fizemos uma boa fundação, ainda que a mão de Deus seja pesada e nada pode garantir que uma chuva forte não possa levar (a ponte)." A construção tem três pilares de cimento, sobre os quais há duas vigas que sustentam o piso de chapas de 1,1 metro de largura, corrimões e ligações metálicas. "A ponte tem capacidade para suportar até três toneladas em movimento", estima Antônio Carlos Moura, um morador da região de 56 anos que trabalha com portões elétricos e estruturas metálicas. Ele atuou na obra, ao lado de pedreiros, eletricistas, soldadores e pintores. Trabalharam apenas aos sábados e domingos, e terminaram tudo em quatro finais de semana. SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO Moradores suspeitam que a diferença de custos possa ter sido uma tentativa de inflar o orçamento da obra para desviar dinheiro, como ocorria na Petrobras e outras estatais, segundo investigações da Operação Lava Jato. "Acredito que o poder público fosse fazer uma obra superfaturada em uma comunidade que luta com dificuldades, um município pobre de um país quebrado", comenta Moura. O prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins (PC do B), foi afastado do cargo pela Justiça neste mês, acusado de irregularidades em gastos na saúde, o que ele nega. O prefeito interino, Jorge Costa (PRB), disse que a diferença nos orçamentos da ponte "é muito estranha", mas disse não ser possível afirmar se houve ou não corrupção. "Senti-me envergonhado por minha cidade não ter construído a ponte", afirmou Costa, que disse ter ido pedir desculpas pessoalmente aos moradores. Nos bairros agora conectados pela obra, alguns já sonham com a possibilidade de o caso ser um grão de areia que ajude a mudar as coisas no Brasil. "Quem sabe se no futuro, quando as comunidades conseguirem fazer suas pontes, estradas, viadutos e hospitais, não iremos mais ouvir falar de políticos corruptos nem de corrupção", diz o morador Moura.
cotidiano
Morador constrói ponte por menos de 2% do valor projetado pela prefeituraA ponte tem apenas 25 metros de extensão, mas a obra erguida por moradores de uma cidade do interior do Rio de Janeiro passou por cima de enormes problemas de dinheiro, ineficiência e até de corrupção que assolam o Brasil. A história ocorreu em Barra Mansa, a cerca de 130 km do Rio de Janeiro. Lá há dois bairros de casas simples, muitas com tijolos expostos: Nova Esperança e São Luiz. Os bairros são separados por um riacho de vegetação densa, que complicava a vida dos moradores. A questão, dizem, é que apenas um dos bairros conta com um posto de saúde. E apenas na outra margem há um ponto do ônibus que vai para o centro comercial da cidade. Para acessar esses serviços, os moradores tinham que contornar o riacho por cerca de 2 km. Instalaram passagens de madeira, mas toda chuva mais forte carregava as estruturas improvisadas rio abaixo. Pediram uma ponte à prefeitura, mas a resposta foi que não havia recursos em razão da crise econômica. Cansadas de esperar por duas décadas, duas donas de casa que moram em lados diferentes do rio –Manoelina dos Santos, 72, e Juracy da Conceição, 65, tiveram uma ideia: e se os moradores fizessem a ponte? "Se dependêssemos do poder público, iríamos esperar mais 10 anos" diz o comerciante Adalto José Soares, de 52 anos, filho de Manoelina. "Aí tomamos essa atitude, arrecadamos dinheiro com os moradores e fizemos", afirma, em conversa com a BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Resultado: uma ponte 54 vezes mais barata do que o valor estimado pela prefeitura, e com recursos levantados em apenas um mês –uma lição em um país cujo poder público parece em decomposição. 'VARIAÇÃO DE QUALIDADE' Milton Avelino, presidente da associação de moradores do Nova Esperança, explica a diferença nos orçamentos da ponte. "Pela prefeitura o valor era R$ 270 mil, nós fizemos com R$ 5.000." E qual é o motivo da disparidade? A Superintendência de Obras e Serviços de Barra Mansa diz que há uma "variação de qualidade nos projetos". "Como foi feita sem aval da prefeitura, não há como garantir que houve um projeto com cálculo estrutural eficiente, prevendo, por exemplo, variações no nível do rio", afirmou a pasta. O comerciante Soares lembra, porém, que, em abril deste ano, parte de uma ciclovia recém-inaugurada pelo poder público desabou no Rio de Janeiro, em acidente numa obra de R$ 12,6 milhões e que matou duas pessoas. "Não fizeram essa ciclovia bonita no Rio com engenharia e morreram duas pessoas?", questiona. "Nós fizemos uma boa fundação, ainda que a mão de Deus seja pesada e nada pode garantir que uma chuva forte não possa levar (a ponte)." A construção tem três pilares de cimento, sobre os quais há duas vigas que sustentam o piso de chapas de 1,1 metro de largura, corrimões e ligações metálicas. "A ponte tem capacidade para suportar até três toneladas em movimento", estima Antônio Carlos Moura, um morador da região de 56 anos que trabalha com portões elétricos e estruturas metálicas. Ele atuou na obra, ao lado de pedreiros, eletricistas, soldadores e pintores. Trabalharam apenas aos sábados e domingos, e terminaram tudo em quatro finais de semana. SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO Moradores suspeitam que a diferença de custos possa ter sido uma tentativa de inflar o orçamento da obra para desviar dinheiro, como ocorria na Petrobras e outras estatais, segundo investigações da Operação Lava Jato. "Acredito que o poder público fosse fazer uma obra superfaturada em uma comunidade que luta com dificuldades, um município pobre de um país quebrado", comenta Moura. O prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins (PC do B), foi afastado do cargo pela Justiça neste mês, acusado de irregularidades em gastos na saúde, o que ele nega. O prefeito interino, Jorge Costa (PRB), disse que a diferença nos orçamentos da ponte "é muito estranha", mas disse não ser possível afirmar se houve ou não corrupção. "Senti-me envergonhado por minha cidade não ter construído a ponte", afirmou Costa, que disse ter ido pedir desculpas pessoalmente aos moradores. Nos bairros agora conectados pela obra, alguns já sonham com a possibilidade de o caso ser um grão de areia que ajude a mudar as coisas no Brasil. "Quem sabe se no futuro, quando as comunidades conseguirem fazer suas pontes, estradas, viadutos e hospitais, não iremos mais ouvir falar de políticos corruptos nem de corrupção", diz o morador Moura.
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Temer refuta assumir Ministério da Justiça e diz que 'fica vice-presidente'
No momento em que petistas e peemedebistas defendem sua indicação para o Ministério da Justiça, o vice-presidente Michel Temer refutou nesta quarta-feira (14) a pretensão de assumir o cargo. A alternativa tem sido defendida por deputados federais do PT próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que negocia com o Palácio do Planalto um recuo em relação ao encaminhamento ao plenário da Casa Legislativa do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O peemedebista culpa o atual ministro, José Eduardo Cardozo, pelo vazamento de detalhes da investigação contra ele pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República. A troca enfrenta resistência da petista. "Eu vou ficar vice-presidente", respondeu Temer ao ser peguntado se assumiria a pasta. Na reforma administrativa, realizada no início do mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendia nos bastidores que a presidente trocasse Cardozo e apoiava os nomes do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados no Brasil) no Rio de Janeiro, e do ex-ministro Nelson Jobim, peemedebista e advogado que tem atuado na defesa de empreiteiros na Operação Lava Jato. O vice-presidente defendeu também nesta quarta-feira (14) que seja cumprida decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender o rito estabelecido pelo presidente da Câmara dos Deputados para o andamento de um eventual processo de impeachment da presidente.
poder
Temer refuta assumir Ministério da Justiça e diz que 'fica vice-presidente'No momento em que petistas e peemedebistas defendem sua indicação para o Ministério da Justiça, o vice-presidente Michel Temer refutou nesta quarta-feira (14) a pretensão de assumir o cargo. A alternativa tem sido defendida por deputados federais do PT próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que negocia com o Palácio do Planalto um recuo em relação ao encaminhamento ao plenário da Casa Legislativa do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O peemedebista culpa o atual ministro, José Eduardo Cardozo, pelo vazamento de detalhes da investigação contra ele pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República. A troca enfrenta resistência da petista. "Eu vou ficar vice-presidente", respondeu Temer ao ser peguntado se assumiria a pasta. Na reforma administrativa, realizada no início do mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendia nos bastidores que a presidente trocasse Cardozo e apoiava os nomes do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados no Brasil) no Rio de Janeiro, e do ex-ministro Nelson Jobim, peemedebista e advogado que tem atuado na defesa de empreiteiros na Operação Lava Jato. O vice-presidente defendeu também nesta quarta-feira (14) que seja cumprida decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender o rito estabelecido pelo presidente da Câmara dos Deputados para o andamento de um eventual processo de impeachment da presidente.
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Inscrições para o Enem 2017 começam nesta segunda; taxa será de R$ 82
Começaram nesta segunda-feira (8) as inscrições para o Enem 2017. Os candidatos interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet no site do Enem até às 23h59 do próximo dia 19. Neste ano, a taxa será de R$ 82, segundo edital do exame. Nas primeiras nove horas, o Inep (instituto de pesquisa ligado ao Ministério da Educação) já tinha recebido mais 510 mil inscrições. Além da taxa, que teve aumento de 20% em relação a do ano passado, a nova edição terá mudanças no processo de inscrição e no modelo de realização das provas. Pela primeira vez, o Enem deve ocorrer em dois domingos, 5 e 12 de novembro, e não mais em um só fim de semana. A mudança ocorre após uma consulta pública elaborada pela pasta neste ano, e que teve mais de 600 mil contribuições. A medida também beneficia os sabatistas (pessoas que guardam os sábados), que antes esperavam cinco horas nas salas de aula até o início do exame. A ordem das provas também mudou: o primeiro dia será reservado às provas de redação, linguagens e ciências humanas, enquanto o segundo terá matemática e ciências da natureza. Até o ano passado, as provas de redação eram aplicadas apenas no segundo dia. Participantes também devem receber neste ano uma prova personalizada, com nome e número de inscrição impresso no papel. Com isso, não será mais preciso, por exemplo, escrever a cor de cada caderno de questão para preencher o gabarito das provas. No entanto, ainda será preciso escrever uma frase de segurança informada no caderno de questões. TAXA DE INSCRIÇÃO Nesta edição do Enem, os candidatos que solicitam isenção da taxa terá que apresentar o número de cadastro no CadÚnico, plataforma do Ministério de Desenvolvimento Social que reúne dados sobre famílias de baixa renda. Já para estudantes concluintes do ensino médio de escolas públicas, que também têm direito à isenção, nada muda. O instituto também aumentou o rigor com quem solicita a isenção, mas deixa de comparecer às provas. A partir de 2018, candidatos que tiverem solicitado a gratuidade no ano anterior e faltaram nas provas terão que apresentar justificativas para a ausência, sob risco de perder a isenção. Outra alteração ocorre para alunos que precisam de atendimento especializado e que precisam de tempo adicional para realização das provas. Antes, esse pedido era feito no dia do exame. Agora, a solicitação de tempo adicional deve ocorrer já no momento da inscrição, junto com documento que comprove o motivo do pedido. A medida vale para deficientes, pessoas com deficit de atenção, dislexia, autismo, entre outras condições.
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Inscrições para o Enem 2017 começam nesta segunda; taxa será de R$ 82Começaram nesta segunda-feira (8) as inscrições para o Enem 2017. Os candidatos interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet no site do Enem até às 23h59 do próximo dia 19. Neste ano, a taxa será de R$ 82, segundo edital do exame. Nas primeiras nove horas, o Inep (instituto de pesquisa ligado ao Ministério da Educação) já tinha recebido mais 510 mil inscrições. Além da taxa, que teve aumento de 20% em relação a do ano passado, a nova edição terá mudanças no processo de inscrição e no modelo de realização das provas. Pela primeira vez, o Enem deve ocorrer em dois domingos, 5 e 12 de novembro, e não mais em um só fim de semana. A mudança ocorre após uma consulta pública elaborada pela pasta neste ano, e que teve mais de 600 mil contribuições. A medida também beneficia os sabatistas (pessoas que guardam os sábados), que antes esperavam cinco horas nas salas de aula até o início do exame. A ordem das provas também mudou: o primeiro dia será reservado às provas de redação, linguagens e ciências humanas, enquanto o segundo terá matemática e ciências da natureza. Até o ano passado, as provas de redação eram aplicadas apenas no segundo dia. Participantes também devem receber neste ano uma prova personalizada, com nome e número de inscrição impresso no papel. Com isso, não será mais preciso, por exemplo, escrever a cor de cada caderno de questão para preencher o gabarito das provas. No entanto, ainda será preciso escrever uma frase de segurança informada no caderno de questões. TAXA DE INSCRIÇÃO Nesta edição do Enem, os candidatos que solicitam isenção da taxa terá que apresentar o número de cadastro no CadÚnico, plataforma do Ministério de Desenvolvimento Social que reúne dados sobre famílias de baixa renda. Já para estudantes concluintes do ensino médio de escolas públicas, que também têm direito à isenção, nada muda. O instituto também aumentou o rigor com quem solicita a isenção, mas deixa de comparecer às provas. A partir de 2018, candidatos que tiverem solicitado a gratuidade no ano anterior e faltaram nas provas terão que apresentar justificativas para a ausência, sob risco de perder a isenção. Outra alteração ocorre para alunos que precisam de atendimento especializado e que precisam de tempo adicional para realização das provas. Antes, esse pedido era feito no dia do exame. Agora, a solicitação de tempo adicional deve ocorrer já no momento da inscrição, junto com documento que comprove o motivo do pedido. A medida vale para deficientes, pessoas com deficit de atenção, dislexia, autismo, entre outras condições.
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Fórum discute inclusão teatral com foco em projeto para surdos
Em um espaço para reflexão e troca de experiências, professores, agentes culturais, grupos artísticos, redes, ONGs e interessados se reúnem para discutir os resultados do projeto de teatro para surdos, no sábado (6). Com base na iniciativa realizada pela Cia. Alvo com alunos da Escola Hellen Keller, o encontro tem como objetivo articular alternativas eficazes de fomento de projetos artísticos voltados às pessoas com deficiência auditiva. Os eixos temáticos serão: A Expressão Corporal na Construção da Cena com Verônica Nobile; Elementos da Cenografia e Estética por Thiago Martins e Julio César de Souza; e Direção e Dramaturgia com Fabiano Moreira, responsável pela direção do projeto. Para participar da discussão, é preciso se inscrever pelo site. I Fórum de Discussão sobre Teatro para Surdos - Auditório da Escola Hellen Keller - rua Pedra Azul, 314, Aclimação, São Paulo, SP. Sáb. (6): das 9h às 13h. Inscrições pelo site. GRÁTIS
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Fórum discute inclusão teatral com foco em projeto para surdosEm um espaço para reflexão e troca de experiências, professores, agentes culturais, grupos artísticos, redes, ONGs e interessados se reúnem para discutir os resultados do projeto de teatro para surdos, no sábado (6). Com base na iniciativa realizada pela Cia. Alvo com alunos da Escola Hellen Keller, o encontro tem como objetivo articular alternativas eficazes de fomento de projetos artísticos voltados às pessoas com deficiência auditiva. Os eixos temáticos serão: A Expressão Corporal na Construção da Cena com Verônica Nobile; Elementos da Cenografia e Estética por Thiago Martins e Julio César de Souza; e Direção e Dramaturgia com Fabiano Moreira, responsável pela direção do projeto. Para participar da discussão, é preciso se inscrever pelo site. I Fórum de Discussão sobre Teatro para Surdos - Auditório da Escola Hellen Keller - rua Pedra Azul, 314, Aclimação, São Paulo, SP. Sáb. (6): das 9h às 13h. Inscrições pelo site. GRÁTIS
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Volkswagen teve de se reinventar para encarar o crescimento da concorrência
Em 1991, ano da primeira Folha Top of Mind, a líder Volkswagen enfrentava a concorrência de Fiat, Ford e GM no mercado interno. A partir de meados dos anos 90, passou também a competir com Toyota, Honda, Renault, Peugeot-Citroën e Daimler Benz, além de veículos importados. A concorrência cresceu, mas a Volks permanece, após 25 anos, como a marca mais lembrada. Segundo Jorge Portugal, vice-presidente de vendas e marketing da empresa, "manter-se por tantos anos seguidos em destaque é uma demonstração clara da capacidade de inovação da empresa". Para ele, a Volkswagen é mais lembrada porque conseguiu se reinventar sem deixar de lado a sua identidade. Para isso, oferece o portfólio mais completo do mercado para atender aos mais variados perfis de consumo do público. Outra arma é, segundo ele, disseminar inovações normalmente só disponíveis em produtos de luxo. "Foi assim quando lançamos recentemente, simultaneamente à Europa, a nova geração de sistemas de 'infotainment' [de informações e entretenimento]", diz Portugal. "Essas centrais multimídias trazem a interatividade com smartphones diretamente na tela do 'infotainment', sem comprometer a segurança na condução do veículo." As mudanças tecnológicas foram acompanhadas por inovações nas ações de marketing. Os recentes anúncios em que o humorista Leandro Hassum enfatizava a seriedade da marca são um exemplo. Como explica Francisco Leite, professor da ECA-USP, o objetivo é ser contraintuitivo. "Ele busca surpreender e violar a expectativa automática dos consumidores de associarem o ator ao humor." A inovação do marketing está alinhada à estratégia geral da marca, calcada no slogan "Das Auto" ("O Carro"). Isso permite à Volkswagen se comunicar de modo integrado em diversas plataformas.
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Volkswagen teve de se reinventar para encarar o crescimento da concorrênciaEm 1991, ano da primeira Folha Top of Mind, a líder Volkswagen enfrentava a concorrência de Fiat, Ford e GM no mercado interno. A partir de meados dos anos 90, passou também a competir com Toyota, Honda, Renault, Peugeot-Citroën e Daimler Benz, além de veículos importados. A concorrência cresceu, mas a Volks permanece, após 25 anos, como a marca mais lembrada. Segundo Jorge Portugal, vice-presidente de vendas e marketing da empresa, "manter-se por tantos anos seguidos em destaque é uma demonstração clara da capacidade de inovação da empresa". Para ele, a Volkswagen é mais lembrada porque conseguiu se reinventar sem deixar de lado a sua identidade. Para isso, oferece o portfólio mais completo do mercado para atender aos mais variados perfis de consumo do público. Outra arma é, segundo ele, disseminar inovações normalmente só disponíveis em produtos de luxo. "Foi assim quando lançamos recentemente, simultaneamente à Europa, a nova geração de sistemas de 'infotainment' [de informações e entretenimento]", diz Portugal. "Essas centrais multimídias trazem a interatividade com smartphones diretamente na tela do 'infotainment', sem comprometer a segurança na condução do veículo." As mudanças tecnológicas foram acompanhadas por inovações nas ações de marketing. Os recentes anúncios em que o humorista Leandro Hassum enfatizava a seriedade da marca são um exemplo. Como explica Francisco Leite, professor da ECA-USP, o objetivo é ser contraintuitivo. "Ele busca surpreender e violar a expectativa automática dos consumidores de associarem o ator ao humor." A inovação do marketing está alinhada à estratégia geral da marca, calcada no slogan "Das Auto" ("O Carro"). Isso permite à Volkswagen se comunicar de modo integrado em diversas plataformas.
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Realidade virtual está pronta para iniciar conquista das salas de estar
Tudo soava tão promissor. Qualquer um, em qualquer lugar, poderia colocar na sala de estar um capacete ou aparelho similar e assim experimentar eventos em qualquer lugar no mundo –ou até fora dele– como se realmente estivesse lá. A tecnologia de realidade virtual há muito era vista como a "próxima grande coisa". Mas a verdadeira realidade sempre parecia atrapalhar. Durante anos, o equipamento era pesado e caro. Mais recentemente, havia baixo investimento em software devido à falta de aparelhos prontos para consumidores. Mas agora isso pode mudar. O Oculus, o negócio de realidade virtual comprado pelo Facebook por US$ 2 bilhões no ano passado, disse na semana passada que começará a vender uma versão do seu aparelho Rift no início de 2016, aumentando esperanças de que os investimentos em software de realidade virtual finalmente vão decolar. "Tenho esperado pela realidade virtual desde que era uma criança pequena, 30 anos atrás", disse Ben Schachter, analista da Macquarie Securities . "Nossa visão é de que as coisas estão radicalmente diferentes dessa vez." Cerca de 2,7 milhões de aparelhos de realidade virtual, incluindo versões direcionadas para desenvolvedores de aplicativos e conteúdo, podem ser vendidos em 2015, segundo a consultoria de tecnologia KZero. Com o lançamento de versões mais amigáveis para consumidores, as vendas totais de equipamentos de realidade virtual devem saltar para 39 milhões em 2018, ajudando as companhias de software a faturar US$ 4,6 bilhões –uma alta ante os US$ 129 milhões projetados para este ano. A Sony e a taiwanesa HTC estão entre as grandes fabricantes de hardware que planejam lançar aparelhos para consumidores –a HTC até o fim deste ano, e a Sony no ano que vem. A Oculus não revelou os preços para a versão para consumidores do Rift, mas o cofundador Nate Mitchell afirmou que o aparelho será "acessível", mas mais caro que o Gear VR, da Samsung, que custa cerca de US$ 200.
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Realidade virtual está pronta para iniciar conquista das salas de estarTudo soava tão promissor. Qualquer um, em qualquer lugar, poderia colocar na sala de estar um capacete ou aparelho similar e assim experimentar eventos em qualquer lugar no mundo –ou até fora dele– como se realmente estivesse lá. A tecnologia de realidade virtual há muito era vista como a "próxima grande coisa". Mas a verdadeira realidade sempre parecia atrapalhar. Durante anos, o equipamento era pesado e caro. Mais recentemente, havia baixo investimento em software devido à falta de aparelhos prontos para consumidores. Mas agora isso pode mudar. O Oculus, o negócio de realidade virtual comprado pelo Facebook por US$ 2 bilhões no ano passado, disse na semana passada que começará a vender uma versão do seu aparelho Rift no início de 2016, aumentando esperanças de que os investimentos em software de realidade virtual finalmente vão decolar. "Tenho esperado pela realidade virtual desde que era uma criança pequena, 30 anos atrás", disse Ben Schachter, analista da Macquarie Securities . "Nossa visão é de que as coisas estão radicalmente diferentes dessa vez." Cerca de 2,7 milhões de aparelhos de realidade virtual, incluindo versões direcionadas para desenvolvedores de aplicativos e conteúdo, podem ser vendidos em 2015, segundo a consultoria de tecnologia KZero. Com o lançamento de versões mais amigáveis para consumidores, as vendas totais de equipamentos de realidade virtual devem saltar para 39 milhões em 2018, ajudando as companhias de software a faturar US$ 4,6 bilhões –uma alta ante os US$ 129 milhões projetados para este ano. A Sony e a taiwanesa HTC estão entre as grandes fabricantes de hardware que planejam lançar aparelhos para consumidores –a HTC até o fim deste ano, e a Sony no ano que vem. A Oculus não revelou os preços para a versão para consumidores do Rift, mas o cofundador Nate Mitchell afirmou que o aparelho será "acessível", mas mais caro que o Gear VR, da Samsung, que custa cerca de US$ 200.
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Greve de professores estaduais foi pequena e sem sentido, diz Alckmin
Um dia após o término da mais longa greve na rede estadual de ensino de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, neste sábado (13), que a paralisação, que durou praticamente três meses, "foi muito pequena". "Foi importantíssimo acabar a greve. Não tinha nenhum sentido. Acho que foi uma medida de bom senso. Nós vamos verificar agora, na reposição, que a greve foi muito pequena", disse em entrevista coletiva após inaugurar a ampliação da UTI e do setor cirúrgico do Hospital Amaral Carvalho de Jaú (287 km de São Paulo), referência em oncologia. O governador afirmou ainda que "quase não teve faltas" em razão dos substitutos. "Primeiro, o professor efetivo não fez greve. Praticamente não teve greve de professor efetivo e, em algum caso de falta, o substituto deu aula. Mas aqueles casos de escolas que não tiveram aulas, elas serão repostas no prazo mais rápido possível". Questionado sobre o cronograma de reposição, ele se limitou a dizer que a Secretaria da Educação estabelece o calendário e citou que poderá ser realizado nas férias ou em horário pós-aula. A greve foi encerrada na tarde de sexta-feira (12) durante uma assembleia realizada pelos professores e a Apeoesp (sindicato docente) na avenida Paulista. No início do movimento, a categoria pedia reajuste de 75,33% para equiparar os salários aos dos demais professores com ensino superior no Estado. Nos últimos dias, falava-se em 30%. Sem acordo, o governo disse, em nota, que a greve era "um movimento isolado" e que nos últimos quatro anos concedeu 45% de aumento à categoria. Ao todo, a paralisação durou 89 dias. Antes dela, a greve mais longa dos professores estaduais tinha ocorrido em 1989, com 80 dias parados. A categoria, na ocasião, voltou ao trabalho após conseguir reajuste, mas que ficou 53% abaixo do pedido.
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Greve de professores estaduais foi pequena e sem sentido, diz AlckminUm dia após o término da mais longa greve na rede estadual de ensino de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, neste sábado (13), que a paralisação, que durou praticamente três meses, "foi muito pequena". "Foi importantíssimo acabar a greve. Não tinha nenhum sentido. Acho que foi uma medida de bom senso. Nós vamos verificar agora, na reposição, que a greve foi muito pequena", disse em entrevista coletiva após inaugurar a ampliação da UTI e do setor cirúrgico do Hospital Amaral Carvalho de Jaú (287 km de São Paulo), referência em oncologia. O governador afirmou ainda que "quase não teve faltas" em razão dos substitutos. "Primeiro, o professor efetivo não fez greve. Praticamente não teve greve de professor efetivo e, em algum caso de falta, o substituto deu aula. Mas aqueles casos de escolas que não tiveram aulas, elas serão repostas no prazo mais rápido possível". Questionado sobre o cronograma de reposição, ele se limitou a dizer que a Secretaria da Educação estabelece o calendário e citou que poderá ser realizado nas férias ou em horário pós-aula. A greve foi encerrada na tarde de sexta-feira (12) durante uma assembleia realizada pelos professores e a Apeoesp (sindicato docente) na avenida Paulista. No início do movimento, a categoria pedia reajuste de 75,33% para equiparar os salários aos dos demais professores com ensino superior no Estado. Nos últimos dias, falava-se em 30%. Sem acordo, o governo disse, em nota, que a greve era "um movimento isolado" e que nos últimos quatro anos concedeu 45% de aumento à categoria. Ao todo, a paralisação durou 89 dias. Antes dela, a greve mais longa dos professores estaduais tinha ocorrido em 1989, com 80 dias parados. A categoria, na ocasião, voltou ao trabalho após conseguir reajuste, mas que ficou 53% abaixo do pedido.
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Ainda as águas do Cantareira
Em artigo na última quarta (3) nesta Folha, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e hoje secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, retoma o tortuoso caminho de acobertar as falhas da direção da Sabesp. Tenta responsabilizar a ANA ao afirmar, entre outras coisas, que a decisão dos limites de retirada de água do sistema Cantareira foi unilateral e, ainda pior, que a medida prejudica mais de 1 milhão de habitantes. Os fatos, simples como são: a Sabesp solicitou aumentar de 15 m³/s para 24 m³/s a retirada do sistema Cantareira em janeiro de 2016. A ANA e o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) autorizaram 19,5 m³/s, por meio do comunicado conjunto nº 252. No fim das contas, a Sabesp utilizou em janeiro menos de 16 m³/s. Considerando ainda que a autorização ANA/ Daee ocorreu em meados de janeiro –o que, em termos médios, permitiria à Sabesp ter distribuído para a população de São Paulo os 24 m³/s pretendidos durante os últimos 15 dias do mês–, a conclusão do dr. Braga, para ser coerente, deveria ser a de que a direção da Sabesp utilizou 8 m³/s a menos do que o autorizado, prejudicando quase 3 milhões de pessoas. Como superior hierárquico do Daee e também presidente do Conselho de Administração da Sabesp, o dr. Braga deveria exigir da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo o esclarecimento de por que não utilizou a totalidade da vazão autorizada para reduzir os impactos sobre as pessoas e compartilhar com a população esses esclarecimentos. Preferiu acusar a ANA. Lamentável. O posicionamento da ANA é estritamente técnico, procurando compatibilizar, de um lado, a necessária segurança hídrica do Cantareira diante das incertezas do futuro e, de outro, a redução dos impactos para a população atendida. A premissa da Sabesp para justificar a retirada de 24 m³/s baseia-se na meta de chegar a dezembro de 2016 com 5% do volume útil do sistema Cantareira. Se chuvas não vierem, utiliza-se novamente o volume morto. Com a concordância do Daee, a definição da ANA de 19,5 m³/s para janeiro baseou-se na oportunidade de aproveitar o atual ciclo favorável de chuvas para combinar o aumento da segurança hídrica no Cantareira com a melhoria no abastecimento da população atendida. Foi utilizada, para tanto, a meta de 20% no volume útil do Cantareira em dezembro de 2016, meta esta assumida pela ANA e pelo Daee como o desejável nível mínimo de segurança para operação desse sistema durante o processo de renovação de sua outorga. No caso de termos chuvas mais intensas do que as previstas nas simulações, a vazão de 19,5 m³/s pode ser proporcionalmente aumentada. Com chuvas escassas, ANA e Daee têm a possibilidade de decidir entre os limites de manter a meta de segurança e reduzir a vazão ou manter a vazão e reduzir o nível de segurança de 20%. Todas essas informações estão disponíveis no site da ANA. Desde 2014, no início da crise hídrica, ficaram evidentes o contínuo esvaziamento do poder regulatório do Daee e a submissão deste órgão e da Secretaria de Recursos Hídricos aos interesses da direção da Sabesp. O dr. Braga apenas segue nessa mesma direção. Cada vez mostra-se mais desnecessária e ineficiente a delegação de competências da ANA ao Daee. VICENTE ANDREU, 58, é diretor-presidente da Agência Nacional de Águas - ANA * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Ainda as águas do CantareiraEm artigo na última quarta (3) nesta Folha, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e hoje secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, retoma o tortuoso caminho de acobertar as falhas da direção da Sabesp. Tenta responsabilizar a ANA ao afirmar, entre outras coisas, que a decisão dos limites de retirada de água do sistema Cantareira foi unilateral e, ainda pior, que a medida prejudica mais de 1 milhão de habitantes. Os fatos, simples como são: a Sabesp solicitou aumentar de 15 m³/s para 24 m³/s a retirada do sistema Cantareira em janeiro de 2016. A ANA e o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) autorizaram 19,5 m³/s, por meio do comunicado conjunto nº 252. No fim das contas, a Sabesp utilizou em janeiro menos de 16 m³/s. Considerando ainda que a autorização ANA/ Daee ocorreu em meados de janeiro –o que, em termos médios, permitiria à Sabesp ter distribuído para a população de São Paulo os 24 m³/s pretendidos durante os últimos 15 dias do mês–, a conclusão do dr. Braga, para ser coerente, deveria ser a de que a direção da Sabesp utilizou 8 m³/s a menos do que o autorizado, prejudicando quase 3 milhões de pessoas. Como superior hierárquico do Daee e também presidente do Conselho de Administração da Sabesp, o dr. Braga deveria exigir da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo o esclarecimento de por que não utilizou a totalidade da vazão autorizada para reduzir os impactos sobre as pessoas e compartilhar com a população esses esclarecimentos. Preferiu acusar a ANA. Lamentável. O posicionamento da ANA é estritamente técnico, procurando compatibilizar, de um lado, a necessária segurança hídrica do Cantareira diante das incertezas do futuro e, de outro, a redução dos impactos para a população atendida. A premissa da Sabesp para justificar a retirada de 24 m³/s baseia-se na meta de chegar a dezembro de 2016 com 5% do volume útil do sistema Cantareira. Se chuvas não vierem, utiliza-se novamente o volume morto. Com a concordância do Daee, a definição da ANA de 19,5 m³/s para janeiro baseou-se na oportunidade de aproveitar o atual ciclo favorável de chuvas para combinar o aumento da segurança hídrica no Cantareira com a melhoria no abastecimento da população atendida. Foi utilizada, para tanto, a meta de 20% no volume útil do Cantareira em dezembro de 2016, meta esta assumida pela ANA e pelo Daee como o desejável nível mínimo de segurança para operação desse sistema durante o processo de renovação de sua outorga. No caso de termos chuvas mais intensas do que as previstas nas simulações, a vazão de 19,5 m³/s pode ser proporcionalmente aumentada. Com chuvas escassas, ANA e Daee têm a possibilidade de decidir entre os limites de manter a meta de segurança e reduzir a vazão ou manter a vazão e reduzir o nível de segurança de 20%. Todas essas informações estão disponíveis no site da ANA. Desde 2014, no início da crise hídrica, ficaram evidentes o contínuo esvaziamento do poder regulatório do Daee e a submissão deste órgão e da Secretaria de Recursos Hídricos aos interesses da direção da Sabesp. O dr. Braga apenas segue nessa mesma direção. Cada vez mostra-se mais desnecessária e ineficiente a delegação de competências da ANA ao Daee. VICENTE ANDREU, 58, é diretor-presidente da Agência Nacional de Águas - ANA * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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As molas da Lava Jato
SÃO PAULO - É sempre um prazer trocar ideias (e às vezes algumas farpas) com Alberto Zacharias Toron. O advogado criminalista contestou, em artigo publicado nesta quinta (23), uma coluna em que eu criticava a possibilidade de o STF reverter uma decisão de fevereiro que considerou constitucional a prisão de condenados a partir da segunda instância. Para Toron, não foi a nova interpretação do STF que definiu o sucesso da Lava Jato, mas uma combinação de boa investigação com prisões cautelares abusivas, que o penalista, para dar mais colorido a seu arrazoado, compara a práticas da Inquisição. Esclareço que nunca afirmei que o sucesso da Lava Jato se devia à decisão do STF. O que eu disse, e reitero, é que ela deu enorme impulso às delações premiadas, que são a chave para entender por que as investigações chegaram tão longe. Penso que existem evidências teóricas e empíricas disso, que passo a expor. Meu argumento começa pela matemática. Desde que as delações premiadas foram introduzidas no sistema, o jogo mudou. A estratégia mais vantajosa (equilíbrio de Nash) para um envolvido nos desvios, considerando que outros investigados passaram a falar, é buscar ele também um acordo com os procuradores. Essa é a posição racional, mas, como ensina a psicologia, embora a razão seja boa conselheira, não é a melhor das motivadoras. Esse é um trabalho para as emoções. É aí que a decisão do STF foi importante. Ao fazer com que a perspectiva de cumprimento de pena viesse de um futuro longínquo, medido em décadas, para um mais próximo, na escala do par de anos, o Supremo deu um impulso extra. Se 2026 é quase uma abstração, 2018 está logo aí na esquina. Concordo com Toron que prisões preventivas podem produzir o mesmo efeito, mas o áudio que mostra Sérgio Machado xingando ministros do STF por ter mudado a jurisprudência é uma loquaz evidência de que a medida afetou sua conduta. helio@uol.com.br
colunas
As molas da Lava JatoSÃO PAULO - É sempre um prazer trocar ideias (e às vezes algumas farpas) com Alberto Zacharias Toron. O advogado criminalista contestou, em artigo publicado nesta quinta (23), uma coluna em que eu criticava a possibilidade de o STF reverter uma decisão de fevereiro que considerou constitucional a prisão de condenados a partir da segunda instância. Para Toron, não foi a nova interpretação do STF que definiu o sucesso da Lava Jato, mas uma combinação de boa investigação com prisões cautelares abusivas, que o penalista, para dar mais colorido a seu arrazoado, compara a práticas da Inquisição. Esclareço que nunca afirmei que o sucesso da Lava Jato se devia à decisão do STF. O que eu disse, e reitero, é que ela deu enorme impulso às delações premiadas, que são a chave para entender por que as investigações chegaram tão longe. Penso que existem evidências teóricas e empíricas disso, que passo a expor. Meu argumento começa pela matemática. Desde que as delações premiadas foram introduzidas no sistema, o jogo mudou. A estratégia mais vantajosa (equilíbrio de Nash) para um envolvido nos desvios, considerando que outros investigados passaram a falar, é buscar ele também um acordo com os procuradores. Essa é a posição racional, mas, como ensina a psicologia, embora a razão seja boa conselheira, não é a melhor das motivadoras. Esse é um trabalho para as emoções. É aí que a decisão do STF foi importante. Ao fazer com que a perspectiva de cumprimento de pena viesse de um futuro longínquo, medido em décadas, para um mais próximo, na escala do par de anos, o Supremo deu um impulso extra. Se 2026 é quase uma abstração, 2018 está logo aí na esquina. Concordo com Toron que prisões preventivas podem produzir o mesmo efeito, mas o áudio que mostra Sérgio Machado xingando ministros do STF por ter mudado a jurisprudência é uma loquaz evidência de que a medida afetou sua conduta. helio@uol.com.br
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Restaurante Maíz terá bolovo do chef Ivan Achcar neste sábado
O chef Ivan Achcar, do bar Alma Esquina, vai preparar seu famoso bolovo –um bolinho de carne frito recheado com um ovo inteiro– neste sábado (22) no restaurante colombiano Maíz, do chef Dagoberto Torres. A participação de Achcar, que servirá também o sanduíche "Copa Lombo" (R$ 16), é a primeira de uma série de participações especiais que o restaurante receberá mensalmente no chamado "Maíz Apresenta". Neste sábado (22), a casa recebe ainda as cervejarias Schornstein e Mea Culpa e o DJ Pancho Valdez, que se apresentará das 13 às 17h. Os pratos e cervejas serão servidos das 12h até a meia-noite. MAÍZ APRESENTA Quando sábado (22), das 12h às 0h Onde r. Mateus Grou, 472, Pinheiros
comida
Restaurante Maíz terá bolovo do chef Ivan Achcar neste sábadoO chef Ivan Achcar, do bar Alma Esquina, vai preparar seu famoso bolovo –um bolinho de carne frito recheado com um ovo inteiro– neste sábado (22) no restaurante colombiano Maíz, do chef Dagoberto Torres. A participação de Achcar, que servirá também o sanduíche "Copa Lombo" (R$ 16), é a primeira de uma série de participações especiais que o restaurante receberá mensalmente no chamado "Maíz Apresenta". Neste sábado (22), a casa recebe ainda as cervejarias Schornstein e Mea Culpa e o DJ Pancho Valdez, que se apresentará das 13 às 17h. Os pratos e cervejas serão servidos das 12h até a meia-noite. MAÍZ APRESENTA Quando sábado (22), das 12h às 0h Onde r. Mateus Grou, 472, Pinheiros
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TSE marca nova data para julgamento que pode cassar chapa Dilma-Temer
O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), marcou para a primeira semana de junho a retomada do julgamento que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. O processo vai ser retomado no tribunal na terça (6). Outras três sessões estão marcadas para a mesma semana: dias 7 de junho, quarta, às 19h; e dia 8, quinta, de manhã e à noite. O julgamento pode ser novamente interrompido caso algum ministro faça pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) ou se alguma questão de ordem for aceita pelos magistrados. A ação foi proposta pelo PSDB, que acusa a chapa presidencial de 2014 de cometer abuso de poder econômico e político. Essa é a primeira vez que o TSE analisa uma ação de impugnação de mandato de presidente. Assista ao vídeo O caso começou a ser julgado em 4 de abril, mas foi suspenso para abrir mais prazo às defesas da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer. O ministro Herman Benjamin, relator do processo, indicou que votará pela cassação. A Procuradoria-Geral Eleitoral recomendou a cassação da chapa vencedora. Os documentos estão em sigilo. Dois novos ministros participarão da retomada do julgamento: Admar Gonzaga assumiu a vaga aberta com a saída do advogado Henrique Neves, cujo mandato terminou em 16 de abril. Ele atuava como ministro substituto há quatro anos. Tarcísio Vieira, também ministro substituto, assumiu a cadeira de Luciana Lóssio, que deixou o tribunal em 5 de maio. O processo vai gerar jurisprudência no tribunal que será seguida nas ações de impugnação de prefeito e governador –que chegam à corte com mais frequência. O plenário do TSE é formado por sete ministros, sendo três do STF, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois integrantes da advocacia. Ação de Cassação
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TSE marca nova data para julgamento que pode cassar chapa Dilma-TemerO ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), marcou para a primeira semana de junho a retomada do julgamento que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. O processo vai ser retomado no tribunal na terça (6). Outras três sessões estão marcadas para a mesma semana: dias 7 de junho, quarta, às 19h; e dia 8, quinta, de manhã e à noite. O julgamento pode ser novamente interrompido caso algum ministro faça pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) ou se alguma questão de ordem for aceita pelos magistrados. A ação foi proposta pelo PSDB, que acusa a chapa presidencial de 2014 de cometer abuso de poder econômico e político. Essa é a primeira vez que o TSE analisa uma ação de impugnação de mandato de presidente. Assista ao vídeo O caso começou a ser julgado em 4 de abril, mas foi suspenso para abrir mais prazo às defesas da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer. O ministro Herman Benjamin, relator do processo, indicou que votará pela cassação. A Procuradoria-Geral Eleitoral recomendou a cassação da chapa vencedora. Os documentos estão em sigilo. Dois novos ministros participarão da retomada do julgamento: Admar Gonzaga assumiu a vaga aberta com a saída do advogado Henrique Neves, cujo mandato terminou em 16 de abril. Ele atuava como ministro substituto há quatro anos. Tarcísio Vieira, também ministro substituto, assumiu a cadeira de Luciana Lóssio, que deixou o tribunal em 5 de maio. O processo vai gerar jurisprudência no tribunal que será seguida nas ações de impugnação de prefeito e governador –que chegam à corte com mais frequência. O plenário do TSE é formado por sete ministros, sendo três do STF, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois integrantes da advocacia. Ação de Cassação
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Satélites dos EUA detectam calor em avião russo antes de queda no Sinai
Os sistemas de satélites dos EUA detectaram calor ao redor do Airbus A321 da companhia Metrojet antes de ele cair na península do Sinai, no Egito, no sábado (31), informaram duas autoridades norte-americanos. Um dos oficiais disse que foi descartada a hipótese de um ataque de míssil contra o avião russo, refutando uma das teses iniciais sobre o acidente. A atividade infravermelha detectada pode significar diversas coisas, incluindo uma bomba ou a explosão de um motor do avião. Entre as possibilidades mencionadas pelos especialistas, em entrevista à emissora americana CNN, estão problema no motor, incêndio causado por problema estrutural na aeronave e pela colisão com o solo. O analista de aviação Paul Beaver disse que o calor captado pelo satélite "indica que houve uma explosão catastrófica ou desintegração da aeronave", mas não revela o que teria acontecido. "Isso não nos diz se era uma bomba, ou se alguém brigou no avião portando uma arma –há uma série de coisas que podem ter acontecido nesse sentido", diz. Beaver afirma que o calor detectado também poderia indicar explosão do tanque de combustível ou de um motor, embora "motores sejam desenhados para que, caso algo esteja danificado ou se quebre, pode ser contido dentro da peça". As duas autoridades norte-americanos falaram em condição de anonimato por não estarem autorizados a discutir a informação publicamente. Alguns especialistas em aviação haviam sugerido anteriormente que a causa mais provável do acidente de sábado é a explosão de uma bomba a bordo do avião. Outros apontam que o jato pode ter sofrido danos severos em 2001, quando danificou sua cauda durante pouso no Cairo. Acidente de avião do Egito No Egito, uma equipe internacional de especialistas começou a analisar os dados de voo e as caixas-pretas do avião. A investigação conjunta inclui técnicos egípcios e russos, além de representantes da Irlanda, onde a aeronave foi registrada. O Ministro da Aviação Civil do Egito, Hossam Kamal, diz que a equipe "levará algum tempo" para produzir o relatório final e que o comitê "tem todas as ferramentas e técnicos para lidar com a investigação". O ministro dos Transportes, Maxim Sokolov, disse, em comentários na televisão, que especialistas russos já haviam conduzido uma inspeção preliminar das duas caixas-pretas e visto informações dos radares de controle aéreo egípcio, mas que não daria mais detalhes. O voo da Metrojet seguia a rota do resort egípcio de Sharm-el-Sheik, no Mar Vermelho, a São Petersburgo, na Rússia, quando caiu na Península do Sinai 23 minutos após a decolagem, se despedaçando já em altitude de cruzeiro, dizem autoridades de aviação russas. Todas as vítimas, exceto por quatro ucranianos e um bielorrusso, eram turistas russos a caminho de casa. Militantes da facção radical Estado Islâmico (EI) afirmaram, logo após a queda, que eles haviam "derrubado" o avião russo por conta da recente campanha de bombardeios da Rússia contra posições de extremistas na Síria. A milícia não ofereceu nenhum tipo de evidência que sustentasse sua reivindicação. O presidente egípcio, Abdel-Fattah al-Sisi, disse que a situação de segurança da Península do Sinal está "sob completo controle" e que as reivindicações do EI sobre a queda do avião são "propaganda" com a intenção de prejudicar a imagem do país. Veja vídeo Em uma entrevista transmitida nesta terça-feira pela emissora britânica BBC, al-Sisi reiterou sua declaração de que a causa do acidente pode não ser conhecida por alguns meses e que, até lá, especulações devem ser evitadas. Alexei Smirnov, do Ministério de Situações de Emergência da Rússia, disse que 140 corpos e mais de 100 fragmentos de corpos foram levados a São Petersburgo entre segunda e terça em aviões do governo. Famílias identificaram nesta terça-feira as primeiras dez vítimas. Pessoas em luto continuam a chegar no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, para deixar flores, brinquedos e outros tributos aos mortos. Alexander Agafonov, chefe da missão de resgate russa no Egito, afirmou, em uma entrevista coletiva com outras autoridades, que não foi encontrado nenhum outro corpo após buscas em uma área de 28 quilômetros quadrados. O ministro de Situações de Emergência, Vladimir Puchkov, disse que "a área deverá ser estudada centímetro por centímetro. Se for preciso peneirar a área onde restos ou pedaços da fuselagem podem estar, façam isso".
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Satélites dos EUA detectam calor em avião russo antes de queda no SinaiOs sistemas de satélites dos EUA detectaram calor ao redor do Airbus A321 da companhia Metrojet antes de ele cair na península do Sinai, no Egito, no sábado (31), informaram duas autoridades norte-americanos. Um dos oficiais disse que foi descartada a hipótese de um ataque de míssil contra o avião russo, refutando uma das teses iniciais sobre o acidente. A atividade infravermelha detectada pode significar diversas coisas, incluindo uma bomba ou a explosão de um motor do avião. Entre as possibilidades mencionadas pelos especialistas, em entrevista à emissora americana CNN, estão problema no motor, incêndio causado por problema estrutural na aeronave e pela colisão com o solo. O analista de aviação Paul Beaver disse que o calor captado pelo satélite "indica que houve uma explosão catastrófica ou desintegração da aeronave", mas não revela o que teria acontecido. "Isso não nos diz se era uma bomba, ou se alguém brigou no avião portando uma arma –há uma série de coisas que podem ter acontecido nesse sentido", diz. Beaver afirma que o calor detectado também poderia indicar explosão do tanque de combustível ou de um motor, embora "motores sejam desenhados para que, caso algo esteja danificado ou se quebre, pode ser contido dentro da peça". As duas autoridades norte-americanos falaram em condição de anonimato por não estarem autorizados a discutir a informação publicamente. Alguns especialistas em aviação haviam sugerido anteriormente que a causa mais provável do acidente de sábado é a explosão de uma bomba a bordo do avião. Outros apontam que o jato pode ter sofrido danos severos em 2001, quando danificou sua cauda durante pouso no Cairo. Acidente de avião do Egito No Egito, uma equipe internacional de especialistas começou a analisar os dados de voo e as caixas-pretas do avião. A investigação conjunta inclui técnicos egípcios e russos, além de representantes da Irlanda, onde a aeronave foi registrada. O Ministro da Aviação Civil do Egito, Hossam Kamal, diz que a equipe "levará algum tempo" para produzir o relatório final e que o comitê "tem todas as ferramentas e técnicos para lidar com a investigação". O ministro dos Transportes, Maxim Sokolov, disse, em comentários na televisão, que especialistas russos já haviam conduzido uma inspeção preliminar das duas caixas-pretas e visto informações dos radares de controle aéreo egípcio, mas que não daria mais detalhes. O voo da Metrojet seguia a rota do resort egípcio de Sharm-el-Sheik, no Mar Vermelho, a São Petersburgo, na Rússia, quando caiu na Península do Sinai 23 minutos após a decolagem, se despedaçando já em altitude de cruzeiro, dizem autoridades de aviação russas. Todas as vítimas, exceto por quatro ucranianos e um bielorrusso, eram turistas russos a caminho de casa. Militantes da facção radical Estado Islâmico (EI) afirmaram, logo após a queda, que eles haviam "derrubado" o avião russo por conta da recente campanha de bombardeios da Rússia contra posições de extremistas na Síria. A milícia não ofereceu nenhum tipo de evidência que sustentasse sua reivindicação. O presidente egípcio, Abdel-Fattah al-Sisi, disse que a situação de segurança da Península do Sinal está "sob completo controle" e que as reivindicações do EI sobre a queda do avião são "propaganda" com a intenção de prejudicar a imagem do país. Veja vídeo Em uma entrevista transmitida nesta terça-feira pela emissora britânica BBC, al-Sisi reiterou sua declaração de que a causa do acidente pode não ser conhecida por alguns meses e que, até lá, especulações devem ser evitadas. Alexei Smirnov, do Ministério de Situações de Emergência da Rússia, disse que 140 corpos e mais de 100 fragmentos de corpos foram levados a São Petersburgo entre segunda e terça em aviões do governo. Famílias identificaram nesta terça-feira as primeiras dez vítimas. Pessoas em luto continuam a chegar no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, para deixar flores, brinquedos e outros tributos aos mortos. Alexander Agafonov, chefe da missão de resgate russa no Egito, afirmou, em uma entrevista coletiva com outras autoridades, que não foi encontrado nenhum outro corpo após buscas em uma área de 28 quilômetros quadrados. O ministro de Situações de Emergência, Vladimir Puchkov, disse que "a área deverá ser estudada centímetro por centímetro. Se for preciso peneirar a área onde restos ou pedaços da fuselagem podem estar, façam isso".
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Brasil é terceiro país do mundo que fica mais tempo on-line no celular
O tempo que os brasileiros passam conectados à internet via smartphones triplicou entre 2012 e 2015, é o que descobriu uma pesquisa da GlobalWebIndex, empresa que compila métricas do mundo digital. Segundo o estudo, os brasileiros ficam cerca de três horas e 40 minutos on-line pelos celulares todos os dias. Em 2012, esse número era de apenas uma hora e 18 minutos. Assim, o Brasil ocupa a terceira colocação do ranking dos países com usuários mais tempo on-line por meio dos dispositivos móveis, atrás apenas da Tailândia (quase quatro horas) e Arábia Saudita (três horas e 48 minutos). Tempo on-line via smartphones A pesquisa da GlobalWebIndex também constatou que os usuários de países em desenvolvimento têm ficado mais tempo on-line que os de lugares desenvolvidos. Os americanos, por exemplo, passam menos de duas horas on-line por dia nos celulares. No Japão, país conhecido pela rede de internet desenvolvida, houve o contrário, uma redução no tempo conectado entre 2012 e 2015. O estudo foi feito com usuários da internet de 16 a 64 anos. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em junho, havia indicado que o smartphone é a ferramenta mais usada pelos jovens brasileiros para acessar a internet.
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Brasil é terceiro país do mundo que fica mais tempo on-line no celularO tempo que os brasileiros passam conectados à internet via smartphones triplicou entre 2012 e 2015, é o que descobriu uma pesquisa da GlobalWebIndex, empresa que compila métricas do mundo digital. Segundo o estudo, os brasileiros ficam cerca de três horas e 40 minutos on-line pelos celulares todos os dias. Em 2012, esse número era de apenas uma hora e 18 minutos. Assim, o Brasil ocupa a terceira colocação do ranking dos países com usuários mais tempo on-line por meio dos dispositivos móveis, atrás apenas da Tailândia (quase quatro horas) e Arábia Saudita (três horas e 48 minutos). Tempo on-line via smartphones A pesquisa da GlobalWebIndex também constatou que os usuários de países em desenvolvimento têm ficado mais tempo on-line que os de lugares desenvolvidos. Os americanos, por exemplo, passam menos de duas horas on-line por dia nos celulares. No Japão, país conhecido pela rede de internet desenvolvida, houve o contrário, uma redução no tempo conectado entre 2012 e 2015. O estudo foi feito com usuários da internet de 16 a 64 anos. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em junho, havia indicado que o smartphone é a ferramenta mais usada pelos jovens brasileiros para acessar a internet.
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Mulheres ciclistas são minoria nas ruas de São Paulo, segundo pesquisa
AMANDA MASSUELA DE SÃO PAULO Em seu cotidiano, a designer gráfica Renata Mesquita, 37, só usa o carro em situações específicas: quando chove, quando as distâncias realmente são muito longas ou quando está cansada demais para pedalar -o que parece ser raridade. "A minha vida gira em torno da bicicleta, faço tudo com ela e me sinto muito bem", diz Mesquita. A designer é minoria entre os que pedalam na capital paulista. De acordo com uma pesquisa inédita sobre o perfil de quem usa bicicleta, realizada pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), apenas 14% dos usuários habituais são do sexo feminino. O levantamento ouviu 1.804 ciclistas. O universo dos paulistanos que andam de bicicleta é formado majoritariamente por homens entre 25 e 34 anos, e os motivos apontados para a baixa porcentagem de mulheres vão de sensação de insegurança ao uso de salto alto. "O que explica muito a diferença é a divisão desigual do trabalho entre homens e mulheres", diz Ana Carolina Nunes, uma das coordenadoras da pesquisa. "A mulher tem atribuições que exigem mais deslocamentos, e planejá-los é mais difícil para elas." Para a ativista Talita Noguchi, 29, sócia-proprietária do bar e bicicletaria Las Magrelas, a diferença é reflexo de uma estrutura social excludente. Na periferia, o número de mulheres ciclistas cai para 9%. "Discute-se pouco esse recorte de gênero dentro de vários âmbitos da sociedade, inclusive na mobilidade. Se a mulher não faz coisas, não é porque não quer, mas porque falta estrutura e discussão", diz Noguchi. Ela também é uma das fundadoras do Pedalinas, um dos coletivos femininos de ciclistas de São Paulo. Esses grupos se reúnem como forma de incentivar as mulheres a usarem mais a bicicleta em seus trajetos. ELAS NO PEDAL O encontro das Pedalinas acontece todo primeiro sábado do mês, às 15h, na praça do Ciclista, na Paulista. O mesmo fazem grupos como o Girls Night Ride, Saia na Noite e o Pelotão das Minas, organizado pela designer Renata Mesquita desde janeiro deste ano. As reuniões das "minas" acontecem todas as quartas-feiras, das 7h às 8h30, na ciclovia da marginal Pinheiros. Mesquita atribui a baixa presença de mulheres e suas bikes nas ruas ao medo da agressividade do trânsito e à falta de contato com outras ciclistas do mesmo sexo -o que foi um incentivo para a criação do grupo. Isso sem falar no assédio que recebem, que ela diz considerar ser a principal dificuldade das meninas que se colocam sobre duas rodas. "Nós não podemos colocar um shorts mais curto para andar de bike. É muito raro eu sair de bicicleta e não levar uma cantada. Tem gente que acha que isso faz bem para o ego, mas eu acho falta de respeito." A fotógrafa Paula Carpi, 27, diz não se incomodar tanto com as cantadas que às vezes recebe no caminho que faz de casa para o trabalho, mas evita ciclovias mal iluminadas e vazias. "Só vou se estiver acompanhada de um grupo de amigos." Para Susana Nogueira, coordenadora do Departamento de Planejamento Cicloviário da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), é a sensação de insegurança que mantém baixo o número de mulheres ciclistas nas ruas de São Paulo, já que elas precisariam "se sentir seguras pra se expor no trânsito". Ana Carolina Nunes, que coordenou a pesquisa, diz que o argumento é "reducionista". "Todos querem se sentir seguros, tanto homens quanto mulheres." Para ela, o fenômeno é mais explicado por fatores sociais do que pela infraestrutura. Segundo Nogueira, da CET, não há previsão de políticas específicas voltadas para a questão de gênero dentro do ciclismo. "Não temos que fragmentar. Entendemos que, a partir do momento que fazemos políticas públicas, elas são inclusivas e devem servir a todos os cidadãos que compõem a cidade." Para tentar preencher essa lacuna, a Ciclocidade criou o Grupo de Estudos de Gênero. Até o começo de 2016, eles devem lançar uma nova pesquisa para compreender quais são as barreiras que impedem o crescimento no número de mulheres que pedalam regularmente na capital paulista e propor ações.
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Mulheres ciclistas são minoria nas ruas de São Paulo, segundo pesquisaAMANDA MASSUELA DE SÃO PAULO Em seu cotidiano, a designer gráfica Renata Mesquita, 37, só usa o carro em situações específicas: quando chove, quando as distâncias realmente são muito longas ou quando está cansada demais para pedalar -o que parece ser raridade. "A minha vida gira em torno da bicicleta, faço tudo com ela e me sinto muito bem", diz Mesquita. A designer é minoria entre os que pedalam na capital paulista. De acordo com uma pesquisa inédita sobre o perfil de quem usa bicicleta, realizada pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), apenas 14% dos usuários habituais são do sexo feminino. O levantamento ouviu 1.804 ciclistas. O universo dos paulistanos que andam de bicicleta é formado majoritariamente por homens entre 25 e 34 anos, e os motivos apontados para a baixa porcentagem de mulheres vão de sensação de insegurança ao uso de salto alto. "O que explica muito a diferença é a divisão desigual do trabalho entre homens e mulheres", diz Ana Carolina Nunes, uma das coordenadoras da pesquisa. "A mulher tem atribuições que exigem mais deslocamentos, e planejá-los é mais difícil para elas." Para a ativista Talita Noguchi, 29, sócia-proprietária do bar e bicicletaria Las Magrelas, a diferença é reflexo de uma estrutura social excludente. Na periferia, o número de mulheres ciclistas cai para 9%. "Discute-se pouco esse recorte de gênero dentro de vários âmbitos da sociedade, inclusive na mobilidade. Se a mulher não faz coisas, não é porque não quer, mas porque falta estrutura e discussão", diz Noguchi. Ela também é uma das fundadoras do Pedalinas, um dos coletivos femininos de ciclistas de São Paulo. Esses grupos se reúnem como forma de incentivar as mulheres a usarem mais a bicicleta em seus trajetos. ELAS NO PEDAL O encontro das Pedalinas acontece todo primeiro sábado do mês, às 15h, na praça do Ciclista, na Paulista. O mesmo fazem grupos como o Girls Night Ride, Saia na Noite e o Pelotão das Minas, organizado pela designer Renata Mesquita desde janeiro deste ano. As reuniões das "minas" acontecem todas as quartas-feiras, das 7h às 8h30, na ciclovia da marginal Pinheiros. Mesquita atribui a baixa presença de mulheres e suas bikes nas ruas ao medo da agressividade do trânsito e à falta de contato com outras ciclistas do mesmo sexo -o que foi um incentivo para a criação do grupo. Isso sem falar no assédio que recebem, que ela diz considerar ser a principal dificuldade das meninas que se colocam sobre duas rodas. "Nós não podemos colocar um shorts mais curto para andar de bike. É muito raro eu sair de bicicleta e não levar uma cantada. Tem gente que acha que isso faz bem para o ego, mas eu acho falta de respeito." A fotógrafa Paula Carpi, 27, diz não se incomodar tanto com as cantadas que às vezes recebe no caminho que faz de casa para o trabalho, mas evita ciclovias mal iluminadas e vazias. "Só vou se estiver acompanhada de um grupo de amigos." Para Susana Nogueira, coordenadora do Departamento de Planejamento Cicloviário da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), é a sensação de insegurança que mantém baixo o número de mulheres ciclistas nas ruas de São Paulo, já que elas precisariam "se sentir seguras pra se expor no trânsito". Ana Carolina Nunes, que coordenou a pesquisa, diz que o argumento é "reducionista". "Todos querem se sentir seguros, tanto homens quanto mulheres." Para ela, o fenômeno é mais explicado por fatores sociais do que pela infraestrutura. Segundo Nogueira, da CET, não há previsão de políticas específicas voltadas para a questão de gênero dentro do ciclismo. "Não temos que fragmentar. Entendemos que, a partir do momento que fazemos políticas públicas, elas são inclusivas e devem servir a todos os cidadãos que compõem a cidade." Para tentar preencher essa lacuna, a Ciclocidade criou o Grupo de Estudos de Gênero. Até o começo de 2016, eles devem lançar uma nova pesquisa para compreender quais são as barreiras que impedem o crescimento no número de mulheres que pedalam regularmente na capital paulista e propor ações.
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Ex-presidente do grupo Odebrecht, Pedro Novis será chamado para depor na Lava Jato
Pedro Novis, ex-presidente do grupo Odebrecht, também será chamado para depor na Operação Lava Jato. LISTA Novis sucedeu Emílio Odebrecht no comando da empresa em 2002. Em 2008, passou o bastão para o filho dele, Marcelo Odebrecht, hoje preso. É um dos executivos mais próximos da família de empreiteiros. Emílio Odebrecht também está na lista dos que devem prestar esclarecimentos. Leia a coluna completa aqui.
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Ex-presidente do grupo Odebrecht, Pedro Novis será chamado para depor na Lava JatoPedro Novis, ex-presidente do grupo Odebrecht, também será chamado para depor na Operação Lava Jato. LISTA Novis sucedeu Emílio Odebrecht no comando da empresa em 2002. Em 2008, passou o bastão para o filho dele, Marcelo Odebrecht, hoje preso. É um dos executivos mais próximos da família de empreiteiros. Emílio Odebrecht também está na lista dos que devem prestar esclarecimentos. Leia a coluna completa aqui.
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Ministro da Saúde diz que não haverá vacina de dengue no curto prazo
O ministro da saúde, Arthur Chioro, abriu a segunda edição do Fórum a Saúde do Brasil , em São Paulo, com um balanço do programa Mais Médicos, um dos pilares de sua atuação à frente do ministério. Chioro também falou sobre a epidemia de dengue que atinge algumas regiões do país, como São Paulo, salientando que não haverá uma vacina eficaz no curto prazo, e que nada substitui a prevenção. "A dengue é uma doença sazonal, e precisamos fazer a lição de casa cotidianamente." Segundo o ministro, o Instituto Butantan deve finalizar a fase 2 de testes da vacina no mês de junho. Aí terá início a fase 3, quando a vacina será testada em 13 mil voluntários. Só depois deverá entrar em produção. Segundo o ministro, o programa Mais Médicos hoje concentra 14.462 profissionais em exercício em 3.785 municípios brasileiros, além de 34 distritos indígenas. "75% dos médicos atuam em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano, como o semi-árido nordestino, regiões ribeirinhas da Amazônia e na periferia das grandes cidades." De acordo com Chioro, o programa saiu de um patamar de 1,8 médico por mil habitantes em 2013, e hoje atinge 63 milhões de brasileiros. O programa, que ficou conhecido pela importação de médicos cubanos, tem nesses profissionais a maior parte da força de trabalho. São 11.429 médicos cubanos, 1.846 médicos brasileiros formados no país e outros 1.187 médicos brasileiros com formações no exterior. Segundo Chioro, a meta até 2016 é ter 18.247 médicos atendendo em todo o país. Outra estratégia do programa é o aumento do número de vagas nos cursos de medicina. Segundo o ministro, serão 4.680 novas vagas criadas em instituições públicas e privadas, e 39 cidades já receberam autorizações para a criação de novos cursos de graduação em medicina. O volume de recursos da união direcionados à área de saúde hoje é da ordem de R$ 5,6 bilhões, segundo o ministro, sem contar os investimentos de Estados e municípios. "Os recursos do Ministério da Saúde expressam a prioridade dada ao setor. Além disso, as três esferas do poder público aumentaram os repasses de recursos para a saúde, mas é inegável que a situação é de subfinanciamento", afirmou Chioro, ao ressaltar que a questão deve ser discutida no âmbito do Congresso Nacional. O fórum da saúde está sendo realizado em São Paulo até esta terça (12) e reuniu 280 pessoas no Museu da Imagem e do Som.
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Ministro da Saúde diz que não haverá vacina de dengue no curto prazoO ministro da saúde, Arthur Chioro, abriu a segunda edição do Fórum a Saúde do Brasil , em São Paulo, com um balanço do programa Mais Médicos, um dos pilares de sua atuação à frente do ministério. Chioro também falou sobre a epidemia de dengue que atinge algumas regiões do país, como São Paulo, salientando que não haverá uma vacina eficaz no curto prazo, e que nada substitui a prevenção. "A dengue é uma doença sazonal, e precisamos fazer a lição de casa cotidianamente." Segundo o ministro, o Instituto Butantan deve finalizar a fase 2 de testes da vacina no mês de junho. Aí terá início a fase 3, quando a vacina será testada em 13 mil voluntários. Só depois deverá entrar em produção. Segundo o ministro, o programa Mais Médicos hoje concentra 14.462 profissionais em exercício em 3.785 municípios brasileiros, além de 34 distritos indígenas. "75% dos médicos atuam em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano, como o semi-árido nordestino, regiões ribeirinhas da Amazônia e na periferia das grandes cidades." De acordo com Chioro, o programa saiu de um patamar de 1,8 médico por mil habitantes em 2013, e hoje atinge 63 milhões de brasileiros. O programa, que ficou conhecido pela importação de médicos cubanos, tem nesses profissionais a maior parte da força de trabalho. São 11.429 médicos cubanos, 1.846 médicos brasileiros formados no país e outros 1.187 médicos brasileiros com formações no exterior. Segundo Chioro, a meta até 2016 é ter 18.247 médicos atendendo em todo o país. Outra estratégia do programa é o aumento do número de vagas nos cursos de medicina. Segundo o ministro, serão 4.680 novas vagas criadas em instituições públicas e privadas, e 39 cidades já receberam autorizações para a criação de novos cursos de graduação em medicina. O volume de recursos da união direcionados à área de saúde hoje é da ordem de R$ 5,6 bilhões, segundo o ministro, sem contar os investimentos de Estados e municípios. "Os recursos do Ministério da Saúde expressam a prioridade dada ao setor. Além disso, as três esferas do poder público aumentaram os repasses de recursos para a saúde, mas é inegável que a situação é de subfinanciamento", afirmou Chioro, ao ressaltar que a questão deve ser discutida no âmbito do Congresso Nacional. O fórum da saúde está sendo realizado em São Paulo até esta terça (12) e reuniu 280 pessoas no Museu da Imagem e do Som.
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Como as nações vão ao inferno
O crescente mal-estar com o estado de coisas no Brasil tem levado as pessoas a perguntar: "como termina essa crise?" "O Brasil sai dessa?" "Quando acaba esse inferno?" No exterior, queixos caem com a velocidade da transição do hiperentusiasmo com o país ao atual desencantamento. Para os que comparam as nações por seus atributos de poder, prosperidade e prestígio, o Brasil deixou rapidamente o céu da euforia rumo ao inferno do desalento. Nos anais da triste história mundial de malogros endógenos, o Brasil não está sozinho –tampouco figura entre os casos mais graves. Apenas para ficar nos últimos cem anos, é fácil concluir que fracassos e desastres a acometer diferentes nações, em variadas escalas, resultam sobretudo da autossabotagem. O nacional-populismo é, há um século, o grande vilão da prosperidade corroída na Argentina. A ascensão do totalitarismo na Itália e na Alemanha nos anos 1920-30 não resultou de um vírus externo "plantado" naquelas sociedades, mas da adesão de povo e elite àqueles abjetos sistemas de poder. Quando o Japão militarista enxergou em possessões francesas, britânicas e holandesas escassamente protegidas no Pacífico uma "oportunidade dourada" para seu expansionismo, poucos japoneses levantaram-se em oposição. A Revolução Cultural na China paralisou o país por uma década e subtraiu-o de alguns de seus melhores talentos. Estratagema de demônios estrangeiros? Não, das profundezas da mente de Mao. A atual propulsão brasileira a caminho do inferno alimenta-se de cinco combustíveis. O primeiro: má gestão macroeconômica que, com a "Nova Matriz", abalou alicerces da estabilidade monetária e fiscal e agora coloca o país às portas de perder o grau de investimento. O segundo: miopia na estratégia de inserção internacional, centrada no protecionismo comercial e na diplomacia "Sul-Sul". Não trabalhamos para ingressar nas redes globais de valor e, com isso aumentar nossas exportações. Álvaro Fagundes e Renata Agostini mostram nesta Folha que, num ranking de 150 países compilado a partir do percentual do PIB representado por exportações, estamos à frente apenas de Afeganistão, Burundi, Sudão, República Centro-Africana e Kiribati. O terceiro: inoperância da economia política Estado-capitalista. Hipertrofiou-se a presença estatal como formadora da demanda, financiadora de setores privilegiados e instância empreendedora. E essa onipresença estatal deu-se, compreensivelmente, na ausência de urgentes reformas microeconômicas. O quarto: propinodutos nas estatais e seus efeitos colaterais –as terríveis e inevitáveis consequências paralisantes para a atividade econômica da guerra à cleptocracia. O quinto: o pronunciado e lamentável deficit de liderança pública. Contudo, no atual caos brasileiro não há, de forma ampla, o mais perigoso dos alinhamentos malignos –e de que o século 20 está repleto de exemplos. As nações só descem realmente ao inferno quando elites plenamente complacentes com o poder dirigente operam no vácuo da falência múltipla de instituições. No Brasil, nem toda a elite é parasitária do poder de ocasião. E muitas instituições, da imprensa ao Judiciário, encontram-se em pleno vigor. Sartre dizia que o inferno são os outros. O Brasil não pode argumentar o mesmo. Suas agruras são majoritariamente fruto dos próprios pecados. Por isso, sua redenção –"sair dessa"– é algo que não depende do cenário internacional. Evitar o inferno deriva tão somente do funcionamento das instituições e do grau de patriotismo da parte mais iluminada da elite brasileira.
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Como as nações vão ao infernoO crescente mal-estar com o estado de coisas no Brasil tem levado as pessoas a perguntar: "como termina essa crise?" "O Brasil sai dessa?" "Quando acaba esse inferno?" No exterior, queixos caem com a velocidade da transição do hiperentusiasmo com o país ao atual desencantamento. Para os que comparam as nações por seus atributos de poder, prosperidade e prestígio, o Brasil deixou rapidamente o céu da euforia rumo ao inferno do desalento. Nos anais da triste história mundial de malogros endógenos, o Brasil não está sozinho –tampouco figura entre os casos mais graves. Apenas para ficar nos últimos cem anos, é fácil concluir que fracassos e desastres a acometer diferentes nações, em variadas escalas, resultam sobretudo da autossabotagem. O nacional-populismo é, há um século, o grande vilão da prosperidade corroída na Argentina. A ascensão do totalitarismo na Itália e na Alemanha nos anos 1920-30 não resultou de um vírus externo "plantado" naquelas sociedades, mas da adesão de povo e elite àqueles abjetos sistemas de poder. Quando o Japão militarista enxergou em possessões francesas, britânicas e holandesas escassamente protegidas no Pacífico uma "oportunidade dourada" para seu expansionismo, poucos japoneses levantaram-se em oposição. A Revolução Cultural na China paralisou o país por uma década e subtraiu-o de alguns de seus melhores talentos. Estratagema de demônios estrangeiros? Não, das profundezas da mente de Mao. A atual propulsão brasileira a caminho do inferno alimenta-se de cinco combustíveis. O primeiro: má gestão macroeconômica que, com a "Nova Matriz", abalou alicerces da estabilidade monetária e fiscal e agora coloca o país às portas de perder o grau de investimento. O segundo: miopia na estratégia de inserção internacional, centrada no protecionismo comercial e na diplomacia "Sul-Sul". Não trabalhamos para ingressar nas redes globais de valor e, com isso aumentar nossas exportações. Álvaro Fagundes e Renata Agostini mostram nesta Folha que, num ranking de 150 países compilado a partir do percentual do PIB representado por exportações, estamos à frente apenas de Afeganistão, Burundi, Sudão, República Centro-Africana e Kiribati. O terceiro: inoperância da economia política Estado-capitalista. Hipertrofiou-se a presença estatal como formadora da demanda, financiadora de setores privilegiados e instância empreendedora. E essa onipresença estatal deu-se, compreensivelmente, na ausência de urgentes reformas microeconômicas. O quarto: propinodutos nas estatais e seus efeitos colaterais –as terríveis e inevitáveis consequências paralisantes para a atividade econômica da guerra à cleptocracia. O quinto: o pronunciado e lamentável deficit de liderança pública. Contudo, no atual caos brasileiro não há, de forma ampla, o mais perigoso dos alinhamentos malignos –e de que o século 20 está repleto de exemplos. As nações só descem realmente ao inferno quando elites plenamente complacentes com o poder dirigente operam no vácuo da falência múltipla de instituições. No Brasil, nem toda a elite é parasitária do poder de ocasião. E muitas instituições, da imprensa ao Judiciário, encontram-se em pleno vigor. Sartre dizia que o inferno são os outros. O Brasil não pode argumentar o mesmo. Suas agruras são majoritariamente fruto dos próprios pecados. Por isso, sua redenção –"sair dessa"– é algo que não depende do cenário internacional. Evitar o inferno deriva tão somente do funcionamento das instituições e do grau de patriotismo da parte mais iluminada da elite brasileira.
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Governo ainda não definiu uso de geradores por shoppings
O presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), Glauco Humai, disse nesta segunda-feira (23) que ainda não há definição sobre a possibilidade dos shoppings centers terem de usar geradores próprios de energia durante o horário de pico. A proposta, que vem sendo estudada pelo governo, pretende fazer com que seja reduzido o consumo nesse momento de maior demanda, em geral das 14 horas às 18 horas, quando há uso intenso de ar-condicionado no país. Com uso de geradores próprios, o comercio daria uma "folga" para a entrega de energia nos demais setores. "A demanda energética do setor corresponde a menos de 0,5% do consumo geral do país. Por mais que possamos contribuir, nossa contribuição é limitada", explicou Glauco. "Estamos vendo até qual ponto a gente pode aumentar essa contribuição. Se é ambientalmente e economicamente razoável", afirmou. Segundo o presidente da associação, ainda estão sendo feitos estudos técnicos para confirmar essa viabilidade, já que a medida ainda envolve diversas variáveis, como modelo de térmica utilizada, tipo de combustível, custo da geração na região do shopping e horário de utilização. Não há previsão de quando esses estudos serão apresentados. "Os geradores na verdade já são utilizados. Em alguns shoppings ele já existem, são utilizados, em outros eles são só backup. Então é essa equação que viemos conversar com o ministro. Até que ponto podemos utilizar os geradores e eles podem contribuir nessa pré-crise energética que estamos vivendo", concluiu. Até o momento, nenhum compromisso novo com os shoppings está vigente.
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Governo ainda não definiu uso de geradores por shoppingsO presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), Glauco Humai, disse nesta segunda-feira (23) que ainda não há definição sobre a possibilidade dos shoppings centers terem de usar geradores próprios de energia durante o horário de pico. A proposta, que vem sendo estudada pelo governo, pretende fazer com que seja reduzido o consumo nesse momento de maior demanda, em geral das 14 horas às 18 horas, quando há uso intenso de ar-condicionado no país. Com uso de geradores próprios, o comercio daria uma "folga" para a entrega de energia nos demais setores. "A demanda energética do setor corresponde a menos de 0,5% do consumo geral do país. Por mais que possamos contribuir, nossa contribuição é limitada", explicou Glauco. "Estamos vendo até qual ponto a gente pode aumentar essa contribuição. Se é ambientalmente e economicamente razoável", afirmou. Segundo o presidente da associação, ainda estão sendo feitos estudos técnicos para confirmar essa viabilidade, já que a medida ainda envolve diversas variáveis, como modelo de térmica utilizada, tipo de combustível, custo da geração na região do shopping e horário de utilização. Não há previsão de quando esses estudos serão apresentados. "Os geradores na verdade já são utilizados. Em alguns shoppings ele já existem, são utilizados, em outros eles são só backup. Então é essa equação que viemos conversar com o ministro. Até que ponto podemos utilizar os geradores e eles podem contribuir nessa pré-crise energética que estamos vivendo", concluiu. Até o momento, nenhum compromisso novo com os shoppings está vigente.
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Lojas vão além da venda de vinis e investem em festas e shows
GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Para movimentar o espaço e atrair novos clientes, lojas de vinis e livros expandiram suas programações. Agora, além de objetos novos e usados, espaços como Fatiado e Sensorial Discos, promovem festas, lançamentos, shows e saraus. A Casa Brasilis, outra da lista, sedia até matinê para mamães e seus filhotes. A Patuá, por sua vez, tem happy hour às sextas. * Ô LÁ EM CASA "A ideia aqui é que as pessoas se sintam em casa. E muitas não tem quintal, aqui nós temos", brinca Alan Feres, um dos sócios da Fatiado Discos e Cervejas Especiais. Além da agenda fixa, como o Jantar dos Refugiados às terças e o reggae às quartas, há eventos esporádicos. No próximo sábado (12), apresentam-se as bandas Continental Combo e Stella Campos. Av. Prof. Alfonso Bovero, 382, Sumaré, tel. 2893-7820. 100 pessoas. Ter. a dom.: 14h às 22h30. Preço: R$ 12 (chope Ipa - 330 ml). UNDERGROUND A Casa Brasilis é, além de sebo, café e bar, um espaço de criação. Lá, às quartas, beatmakers se reúnem a partir das 16h -após escolher um disco, cada participante sampleia uma parte do vinil e produz uma nova música. Não é só: na próxima sexta (11), das 16h às 20h, o lugar abriga a Mãetinê, uma pista de dança para mães e filhos comandada pela DJ Paula Mar. R. Amália de Noronha, 256, Pinheiros, região oeste, tel. 2825-9705. 70 pessoas. Ter. e qua.: 14h às 20h. Qui. a sáb.: 14h às 22h. Preço: R$ 8 (Heineken - 355 ml). SÓ SE FOR AUTORAL A Sensorial Discos nasceu com a proposta de ser "multifuncional", conta Antonio Lucio Fonseca, dono da casa. Há shows de quarta a sábado, por exemplo, com preferência para bandas autorais: "Queremos dar oportunidade às produções próprias", explica Fonseca. Nesta quarta (9), o lugar abriga sarau com poesias e música. R. Augusta, 2.389, Cerqueira César, região oeste, tel. 3333-1914. 95 pessoas. Seg. e ter.: 11h às 20h30. Qua. a sáb.: 11h às 24h. Couv. art.: R$ 10 e R$ 12. Preço: R$ 12 (cerveja Paulistânia - 500 ml). HAPPY HOUR A Patuá Discos instituiu há poucas semanas uma grade fixa às sextas. Na próxima (11/3), por exemplo, é a vez do Quebrante, projeto musical do DJ Will Robson e do músico parisiense Matthieu Hebrard, que mescla reggae, dub e dancehall. "As festas aumentam o movimento, o pessoal sempre traz amigos", comemora Ramiro Zwetsch, um dos donos. R. Fidalga, 516, Pinheiros, região oeste, tel. 2306-1647. Seg. a sáb.: 11h às 20h. Livre. GRÁTIS
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Lojas vão além da venda de vinis e investem em festas e showsGABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Para movimentar o espaço e atrair novos clientes, lojas de vinis e livros expandiram suas programações. Agora, além de objetos novos e usados, espaços como Fatiado e Sensorial Discos, promovem festas, lançamentos, shows e saraus. A Casa Brasilis, outra da lista, sedia até matinê para mamães e seus filhotes. A Patuá, por sua vez, tem happy hour às sextas. * Ô LÁ EM CASA "A ideia aqui é que as pessoas se sintam em casa. E muitas não tem quintal, aqui nós temos", brinca Alan Feres, um dos sócios da Fatiado Discos e Cervejas Especiais. Além da agenda fixa, como o Jantar dos Refugiados às terças e o reggae às quartas, há eventos esporádicos. No próximo sábado (12), apresentam-se as bandas Continental Combo e Stella Campos. Av. Prof. Alfonso Bovero, 382, Sumaré, tel. 2893-7820. 100 pessoas. Ter. a dom.: 14h às 22h30. Preço: R$ 12 (chope Ipa - 330 ml). UNDERGROUND A Casa Brasilis é, além de sebo, café e bar, um espaço de criação. Lá, às quartas, beatmakers se reúnem a partir das 16h -após escolher um disco, cada participante sampleia uma parte do vinil e produz uma nova música. Não é só: na próxima sexta (11), das 16h às 20h, o lugar abriga a Mãetinê, uma pista de dança para mães e filhos comandada pela DJ Paula Mar. R. Amália de Noronha, 256, Pinheiros, região oeste, tel. 2825-9705. 70 pessoas. Ter. e qua.: 14h às 20h. Qui. a sáb.: 14h às 22h. Preço: R$ 8 (Heineken - 355 ml). SÓ SE FOR AUTORAL A Sensorial Discos nasceu com a proposta de ser "multifuncional", conta Antonio Lucio Fonseca, dono da casa. Há shows de quarta a sábado, por exemplo, com preferência para bandas autorais: "Queremos dar oportunidade às produções próprias", explica Fonseca. Nesta quarta (9), o lugar abriga sarau com poesias e música. R. Augusta, 2.389, Cerqueira César, região oeste, tel. 3333-1914. 95 pessoas. Seg. e ter.: 11h às 20h30. Qua. a sáb.: 11h às 24h. Couv. art.: R$ 10 e R$ 12. Preço: R$ 12 (cerveja Paulistânia - 500 ml). HAPPY HOUR A Patuá Discos instituiu há poucas semanas uma grade fixa às sextas. Na próxima (11/3), por exemplo, é a vez do Quebrante, projeto musical do DJ Will Robson e do músico parisiense Matthieu Hebrard, que mescla reggae, dub e dancehall. "As festas aumentam o movimento, o pessoal sempre traz amigos", comemora Ramiro Zwetsch, um dos donos. R. Fidalga, 516, Pinheiros, região oeste, tel. 2306-1647. Seg. a sáb.: 11h às 20h. Livre. GRÁTIS
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Vítimas de acidente que deixou 18 mortos começam a ser veladas
Cerca de 24 horas depois do acidente de ônibus que matou 18 pessoas na rodovia Mogi-Bertioga, em São Paulo, os corpos dos estudantes começaram a ser velados em São Sebastião e cidades próximas. Em Juquehy, o caixão da estudante de psicologia Ana Carolina da Cruz, 21, entrou, aberto, na quadra da escola Branca de Neve acompanhado por centenas de pessoas. Paranaense, ela trabalhava em uma corretora de imóveis durante o dia e, no final da tarde, pegava o ônibus em Barra do Sahy, em São Sebastião, para ir à faculdade, em Mogi das Cruzes. Ela vivia desde criança no litoral, em uma casa simples. "É uma tragédia absurda, a gente não consegue prever", disse, durante a tarde desta quinta (9), Lauro Tavares, tio de Carol, como a estudante era conhecida. Outros nove corpos serão velados em Barra do Una e Boiçucanga, em São Sebastião. Há vítimas encaminhadas também a Bertioga (SP), Caraguatatuba (SP), à capital paulista e ao Paraná. ACIDENTE Um ônibus que fazia o fretamento de estudantes universitários tombou por volta das 23h desta quarta-feira (8) na altura do km 84 da rodovia Mogi-Bertioga, entre as cidades paulistas de Biritiba-Mirim (região metropolitana) e Bertioga (litoral), e deixou ao menos 18 mortos e 17 feridos. Havia 35 pessoas no veículo. Morreram 17 estudantes (confira o perfil das vítimas ) e o motorista, Antonio Carlos da Silva, 37. Os estudantes são de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e fazem todos os dias o trajeto entre o município e Mogi das Cruzes, cidade da Grande SP com duas universidades. O ônibus era fretado pela Prefeitura de São Sebastião, que decretou luto de três dias -as aulas nas escolas foram suspensas. Segundo boletim de ocorrência, o ônibus trafegava pela rodovia quando, "por motivos desconhecidos, perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária, atingindo uma rocha e capotando em seguida, parando tombado com a capota prensada na rocha e parado num córrego de água pluvial, virado para baixo". Do total de vítimas, 15 morreram no local, entre elas o motorista. A 16ª vítima morreu no pronto-socorro em Bertioga. Outras duas morreram no Hospital Santo Amaro, em Guarujá: Rita de Cassia A. de Lima, 19, e Sonia Pinheiro dos Santos. - Por volta das 23h30 de quarta (8), ônibus que levava estudantes tombou na rodovia Mogi-Bertioga (SP) 1. O ônibus seguia pela Mogi-Bertioga no sentido litoral, em trecho onde só há uma pista (existem duas pistas no sentido Mogi) 2. A neblina havia acabado após uma região da serra conhecida como "tobogã", e a rodovia tinha boa visibilidade 3. Próximo a uma curva à direita, sem acostamento, ele ultrapassou um carro, chegando a encostar no veículo 4. Nessa hora, começou a balançar, indo de um lado para o outro, prestes a virar 5. Tombou, deslizou pela pista e bateu em uma rocha na margem da via, parando de lado em uma vala A ESTRADA E O ÔNIBUS O percurso até Mogi das Cruzes é feito todos os dias, com cerca de 250 universitários, por 6 ônibus fretados pela Prefeitura de São Sebastião 40 a 60 km/h é o limite de velocidade no trecho da serra da Mogi-Bertioga (40 km/h com pista molhada e 60 km/h em pista seca) 64 acidentes aconteceram na rodovia em 2016; neles, seis pessoas morreram 4 ônibus, pelo menos, tombaram neste ponto desde 2006, deixando 54 feridos e 4 mortos. O último foi neste ano, mas sem vítimas Modelo do ônibus do acidente: Marcopolo Viaggio G6 1050 Empresa: União do Litoral Ano de fabricação: 2005 Fontes: Prefeitura de São Sebastião, Polícia Rodoviária Estadual, DER, União do Litoral e Cezar Donizetti Vieira, 54, que dirigia o carro atingido pelo ônibus
cotidiano
Vítimas de acidente que deixou 18 mortos começam a ser veladasCerca de 24 horas depois do acidente de ônibus que matou 18 pessoas na rodovia Mogi-Bertioga, em São Paulo, os corpos dos estudantes começaram a ser velados em São Sebastião e cidades próximas. Em Juquehy, o caixão da estudante de psicologia Ana Carolina da Cruz, 21, entrou, aberto, na quadra da escola Branca de Neve acompanhado por centenas de pessoas. Paranaense, ela trabalhava em uma corretora de imóveis durante o dia e, no final da tarde, pegava o ônibus em Barra do Sahy, em São Sebastião, para ir à faculdade, em Mogi das Cruzes. Ela vivia desde criança no litoral, em uma casa simples. "É uma tragédia absurda, a gente não consegue prever", disse, durante a tarde desta quinta (9), Lauro Tavares, tio de Carol, como a estudante era conhecida. Outros nove corpos serão velados em Barra do Una e Boiçucanga, em São Sebastião. Há vítimas encaminhadas também a Bertioga (SP), Caraguatatuba (SP), à capital paulista e ao Paraná. ACIDENTE Um ônibus que fazia o fretamento de estudantes universitários tombou por volta das 23h desta quarta-feira (8) na altura do km 84 da rodovia Mogi-Bertioga, entre as cidades paulistas de Biritiba-Mirim (região metropolitana) e Bertioga (litoral), e deixou ao menos 18 mortos e 17 feridos. Havia 35 pessoas no veículo. Morreram 17 estudantes (confira o perfil das vítimas ) e o motorista, Antonio Carlos da Silva, 37. Os estudantes são de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e fazem todos os dias o trajeto entre o município e Mogi das Cruzes, cidade da Grande SP com duas universidades. O ônibus era fretado pela Prefeitura de São Sebastião, que decretou luto de três dias -as aulas nas escolas foram suspensas. Segundo boletim de ocorrência, o ônibus trafegava pela rodovia quando, "por motivos desconhecidos, perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária, atingindo uma rocha e capotando em seguida, parando tombado com a capota prensada na rocha e parado num córrego de água pluvial, virado para baixo". Do total de vítimas, 15 morreram no local, entre elas o motorista. A 16ª vítima morreu no pronto-socorro em Bertioga. Outras duas morreram no Hospital Santo Amaro, em Guarujá: Rita de Cassia A. de Lima, 19, e Sonia Pinheiro dos Santos. - Por volta das 23h30 de quarta (8), ônibus que levava estudantes tombou na rodovia Mogi-Bertioga (SP) 1. O ônibus seguia pela Mogi-Bertioga no sentido litoral, em trecho onde só há uma pista (existem duas pistas no sentido Mogi) 2. A neblina havia acabado após uma região da serra conhecida como "tobogã", e a rodovia tinha boa visibilidade 3. Próximo a uma curva à direita, sem acostamento, ele ultrapassou um carro, chegando a encostar no veículo 4. Nessa hora, começou a balançar, indo de um lado para o outro, prestes a virar 5. Tombou, deslizou pela pista e bateu em uma rocha na margem da via, parando de lado em uma vala A ESTRADA E O ÔNIBUS O percurso até Mogi das Cruzes é feito todos os dias, com cerca de 250 universitários, por 6 ônibus fretados pela Prefeitura de São Sebastião 40 a 60 km/h é o limite de velocidade no trecho da serra da Mogi-Bertioga (40 km/h com pista molhada e 60 km/h em pista seca) 64 acidentes aconteceram na rodovia em 2016; neles, seis pessoas morreram 4 ônibus, pelo menos, tombaram neste ponto desde 2006, deixando 54 feridos e 4 mortos. O último foi neste ano, mas sem vítimas Modelo do ônibus do acidente: Marcopolo Viaggio G6 1050 Empresa: União do Litoral Ano de fabricação: 2005 Fontes: Prefeitura de São Sebastião, Polícia Rodoviária Estadual, DER, União do Litoral e Cezar Donizetti Vieira, 54, que dirigia o carro atingido pelo ônibus
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STF suspende reintegração de posse da Vila Soma, no interior de São Paulo
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou na noite desta quarta a suspensão da ordem de reintegração de posse Vila Soma, uma ocupação em um terreno de uma empresa falida em Sumaré (a 118 km de São Paulo). A ação estava marcada para domingo (17). A área de um milhão de metros quadrados é ocupada por mas de duas mil famílias, de acordo com informações do processo. O presidente do Supremo concedeu uma liminar (decisão provisória), atendendo a Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Lewandowski entendeu que que o imediato cumprimento da operação de retirada dos ocupantes, "poderá catalisar conflitos latentes, ensejando violações aos direitos fundamentais daqueles atingidos por ela", diante da ausência de informações sobre o reassentamento das famílias. Lewandowski citou os exemplos dos episódios recentes da desocupação da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), e de um antigo prédio na Avenida São João, na capital paulista, para destacar o risco considerável de conflito social em situações semelhantes. Lembrando que a manifestação do Judiciário tem como objetivo principal a pacificação de conflitos sociais, observou que a retomada de posse pode ser vista como exacerbação do litígio em questão, "em especial quando é levada a efeito por força policial desacompanhada de maiores cuidados com o destino das pessoas retiradas". A ação de reintegração de posse foi ajuizada em julho de 2012 pela Melhoramentos Agrícola Vifer Ltda. e a Massa Falida da Soma Equipamentos Industriais Ltda., proprietárias dos terrenos. O pedido foi julgado procedente em janeiro de 2013, e a sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). A Defensoria estadual então recorreu ao Supremo. A Soma Equipamentos Industriais argumenta que a venda da área, estimada em R$ 90 milhões, serviria para quitar parte das dívidas da companhia. RESISTÊNCIA Ao menos cem pessoas ligadas a movimentos populares e estudantes universitários já estvam na Vila Soma orientando os moradores a resistir à reintegração de posse. Na entrada da ocupação, os moradores colocaram escudos de plásticos, pedaços de pau e pneus à espera da ação da Polícia Militar. A área de quase 1 milhão de metros quadrados, no centro da cidade, pertencia a uma empresa, que faliu. Hoje, abriga cerca de 10 mil pessoas. Nesta quarta-feira (13), o clima estava tenso. Policiais militares, que fotografavam a área e acompanhavam a saída de moradores que aceitaram sair, foram hostilizados e deixaram o local. Repetindo os gestos da Tropa de Choque da PM, moradores batiam com paus nos escudos de plástico. "Aqui tem um bando de loucos, loucos por moradia", gritava o grupo, que incluía idosos, jovens e crianças. O medo é que se repita o que ocorreu durante a reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, em 2012, quando moradores ficaram feridos durante confronto com a PM. O pedreiro Isaías Fialho, 59, afirmou que irá para a casa de uma sobrinha nesta quinta (14). "Vim de Campinas para cá porque o aluguel ficou muito alto", disse. "Não vou ficar para a reintegração porque acho que a vida vale mais que qualquer coisa." Moradores ainda acreditam que a reintegração de posse seja, mais uma vez, adiada pela Justiça. Lideranças se reuniram no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para tentar um acordo. Querem que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) ofereça auxílio-aluguel até a definição das moradias que poderão ser construídas. A reunião, porém, terminou sem acordo.
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STF suspende reintegração de posse da Vila Soma, no interior de São PauloO presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou na noite desta quarta a suspensão da ordem de reintegração de posse Vila Soma, uma ocupação em um terreno de uma empresa falida em Sumaré (a 118 km de São Paulo). A ação estava marcada para domingo (17). A área de um milhão de metros quadrados é ocupada por mas de duas mil famílias, de acordo com informações do processo. O presidente do Supremo concedeu uma liminar (decisão provisória), atendendo a Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Lewandowski entendeu que que o imediato cumprimento da operação de retirada dos ocupantes, "poderá catalisar conflitos latentes, ensejando violações aos direitos fundamentais daqueles atingidos por ela", diante da ausência de informações sobre o reassentamento das famílias. Lewandowski citou os exemplos dos episódios recentes da desocupação da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), e de um antigo prédio na Avenida São João, na capital paulista, para destacar o risco considerável de conflito social em situações semelhantes. Lembrando que a manifestação do Judiciário tem como objetivo principal a pacificação de conflitos sociais, observou que a retomada de posse pode ser vista como exacerbação do litígio em questão, "em especial quando é levada a efeito por força policial desacompanhada de maiores cuidados com o destino das pessoas retiradas". A ação de reintegração de posse foi ajuizada em julho de 2012 pela Melhoramentos Agrícola Vifer Ltda. e a Massa Falida da Soma Equipamentos Industriais Ltda., proprietárias dos terrenos. O pedido foi julgado procedente em janeiro de 2013, e a sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). A Defensoria estadual então recorreu ao Supremo. A Soma Equipamentos Industriais argumenta que a venda da área, estimada em R$ 90 milhões, serviria para quitar parte das dívidas da companhia. RESISTÊNCIA Ao menos cem pessoas ligadas a movimentos populares e estudantes universitários já estvam na Vila Soma orientando os moradores a resistir à reintegração de posse. Na entrada da ocupação, os moradores colocaram escudos de plásticos, pedaços de pau e pneus à espera da ação da Polícia Militar. A área de quase 1 milhão de metros quadrados, no centro da cidade, pertencia a uma empresa, que faliu. Hoje, abriga cerca de 10 mil pessoas. Nesta quarta-feira (13), o clima estava tenso. Policiais militares, que fotografavam a área e acompanhavam a saída de moradores que aceitaram sair, foram hostilizados e deixaram o local. Repetindo os gestos da Tropa de Choque da PM, moradores batiam com paus nos escudos de plástico. "Aqui tem um bando de loucos, loucos por moradia", gritava o grupo, que incluía idosos, jovens e crianças. O medo é que se repita o que ocorreu durante a reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, em 2012, quando moradores ficaram feridos durante confronto com a PM. O pedreiro Isaías Fialho, 59, afirmou que irá para a casa de uma sobrinha nesta quinta (14). "Vim de Campinas para cá porque o aluguel ficou muito alto", disse. "Não vou ficar para a reintegração porque acho que a vida vale mais que qualquer coisa." Moradores ainda acreditam que a reintegração de posse seja, mais uma vez, adiada pela Justiça. Lideranças se reuniram no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para tentar um acordo. Querem que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) ofereça auxílio-aluguel até a definição das moradias que poderão ser construídas. A reunião, porém, terminou sem acordo.
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Trama brutal de 'Martyrs' se perde em irrelevâncias em nova versão
Até que ponto conseguimos suportar o sofrimento e extrair da dor uma recompensa? Que prazer sádico move os fãs de horror a ir ao cinema para ver cenas de tortura? São dois pontos centrais que, em 2008, giravam em torno de "Martyrs", um dos filmes mais brutais dos últimos dez anos. O original dirigido por Pascal Laugier é uma produção francesa, com cara de filme de arte, que deixou perplexa a plateia do Festival de Cannes na época do lançamento. Ao mostrar garotas submetidas a espancamentos e mutilações em nome de um cruel processo de transcendência, o longa de Laugier levantou questões vitais como martírio, piedade e culpa, evitando, assim, a fruição gratuita de algo mórbido. Eis que, agora, chega aos cinemas, com um tratamento mais palatável, o remake desta obra. Com direção dos irmãos Kevin e Michael Goetz, o novo "Martyrs" é um pecado em vista de seu predecessor: resume-se a um convencional thriller sobre vingança, com heróis e vilões previsíveis. Esvai-se, por exemplo, toda a ambiguidade de Lucie, a personagem interpretada por Troian Bellisario que vive atormentada por um pesado trauma. A saber: ela é uma menina que, acorrentada numa cela, sofre abusos e, após dez anos, decide se vingar de seus torturadores. Conta com a cumplicidade da leal companheira Anna (Bailey Noble), a única capaz de entender as aflições da amiga. As duas mergulham numa espiral infernal de desgraças cometidas por uma seita, cuja missão é revelar mártires (daí vem o título). Estes seriam capazes de sobrepujar a dor e alcançar um estágio quase divino. Referências às provações enfrentadas por Jesus Cristo e ao processo de Joana D'Arc são óbvias —em especial ao olhar miraculoso da atriz Maria Falconetti no clássico de Dreyer. Aos moldes de "Jogos Mortais" (2004) e "O Albergue" (2005), exemplos do que chamam lá fora de torture porn, "Martyrs" explora o desejo do espectador por uma experiência de terror extrema. Entrega, no entanto, menos do que promete numa versão que se perde em situações irrelevantes, ausentes no original, na exaltação vazia do caráter heroico dos personagens e num desfecho bobo. Se vale como consolo, tem o mérito de exumar um filme, o original de Laugier, que merece ser (re)visto. MARTYRS DIREÇÃO: Kevin Goetz e Michael Goetz ELENCO: Troian Bellisario, Bailey Noble e Kate Burton PRODUÇÃO: EUA, 2015 QUANDO: em cartaz
ilustrada
Trama brutal de 'Martyrs' se perde em irrelevâncias em nova versãoAté que ponto conseguimos suportar o sofrimento e extrair da dor uma recompensa? Que prazer sádico move os fãs de horror a ir ao cinema para ver cenas de tortura? São dois pontos centrais que, em 2008, giravam em torno de "Martyrs", um dos filmes mais brutais dos últimos dez anos. O original dirigido por Pascal Laugier é uma produção francesa, com cara de filme de arte, que deixou perplexa a plateia do Festival de Cannes na época do lançamento. Ao mostrar garotas submetidas a espancamentos e mutilações em nome de um cruel processo de transcendência, o longa de Laugier levantou questões vitais como martírio, piedade e culpa, evitando, assim, a fruição gratuita de algo mórbido. Eis que, agora, chega aos cinemas, com um tratamento mais palatável, o remake desta obra. Com direção dos irmãos Kevin e Michael Goetz, o novo "Martyrs" é um pecado em vista de seu predecessor: resume-se a um convencional thriller sobre vingança, com heróis e vilões previsíveis. Esvai-se, por exemplo, toda a ambiguidade de Lucie, a personagem interpretada por Troian Bellisario que vive atormentada por um pesado trauma. A saber: ela é uma menina que, acorrentada numa cela, sofre abusos e, após dez anos, decide se vingar de seus torturadores. Conta com a cumplicidade da leal companheira Anna (Bailey Noble), a única capaz de entender as aflições da amiga. As duas mergulham numa espiral infernal de desgraças cometidas por uma seita, cuja missão é revelar mártires (daí vem o título). Estes seriam capazes de sobrepujar a dor e alcançar um estágio quase divino. Referências às provações enfrentadas por Jesus Cristo e ao processo de Joana D'Arc são óbvias —em especial ao olhar miraculoso da atriz Maria Falconetti no clássico de Dreyer. Aos moldes de "Jogos Mortais" (2004) e "O Albergue" (2005), exemplos do que chamam lá fora de torture porn, "Martyrs" explora o desejo do espectador por uma experiência de terror extrema. Entrega, no entanto, menos do que promete numa versão que se perde em situações irrelevantes, ausentes no original, na exaltação vazia do caráter heroico dos personagens e num desfecho bobo. Se vale como consolo, tem o mérito de exumar um filme, o original de Laugier, que merece ser (re)visto. MARTYRS DIREÇÃO: Kevin Goetz e Michael Goetz ELENCO: Troian Bellisario, Bailey Noble e Kate Burton PRODUÇÃO: EUA, 2015 QUANDO: em cartaz
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Governo quer retomar plano de ampliação da base de Alcântara
O governo quer resgatar o plano de ampliação da base de Alcântara com o uso de áreas de quilombolas, afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Segundo ele, foi solicitado à Casa Civil a retomada da discussão. O ministro afirmou que já há acordo com lideranças quilombolas para a cessão desses 12 mil hectares ao centro de lançamento de satélites, que fica localizado no Maranhão. A ideia é aumentar o número de plataformas para lançamento, permitindo que o país feche acordos de uso da base com mais países e ganhe mais dinheiro com o centro. O plano de ampliação de Alcântara para 20 mil hectares é antigo. Um acordo começou a ser gestado ainda no governo Lula, mas nunca chegou a ser finalizado com a efetiva extensão da área. INTERESSE Segundo o ministro, a base desperta interesse por sua localização, que torna os custos de lançamento muito menores do que em outros centros do mundo. Israel, Rússia e França já informaram ao governo ter "disposição firme" para usar o centro, afirmou Jungmann. Já há tratativas avançadas para um acordo com os Estados Unidos. Além da ampliação da área, há outras medidas em curso como a revisão da governança da base. De acordo com o ministro, hoje há diversos órgãos envolvidos na administração da base, mas o papel de cada um não está claro.
poder
Governo quer retomar plano de ampliação da base de AlcântaraO governo quer resgatar o plano de ampliação da base de Alcântara com o uso de áreas de quilombolas, afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Segundo ele, foi solicitado à Casa Civil a retomada da discussão. O ministro afirmou que já há acordo com lideranças quilombolas para a cessão desses 12 mil hectares ao centro de lançamento de satélites, que fica localizado no Maranhão. A ideia é aumentar o número de plataformas para lançamento, permitindo que o país feche acordos de uso da base com mais países e ganhe mais dinheiro com o centro. O plano de ampliação de Alcântara para 20 mil hectares é antigo. Um acordo começou a ser gestado ainda no governo Lula, mas nunca chegou a ser finalizado com a efetiva extensão da área. INTERESSE Segundo o ministro, a base desperta interesse por sua localização, que torna os custos de lançamento muito menores do que em outros centros do mundo. Israel, Rússia e França já informaram ao governo ter "disposição firme" para usar o centro, afirmou Jungmann. Já há tratativas avançadas para um acordo com os Estados Unidos. Além da ampliação da área, há outras medidas em curso como a revisão da governança da base. De acordo com o ministro, hoje há diversos órgãos envolvidos na administração da base, mas o papel de cada um não está claro.
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Cruzeiro pressiona Ponte Preta e consegue vitória nos minutos finais
Durante o primeiro tempo, o Cruzeiro fez apenas duas finalizações e sofreu um gol, de Danilo Barcelo, para a Ponte Preta. Já na segunda etapa, com uma postura bastante diferente, a equipe mineira virou com dois gols em apenas três minutos, com Thiago Neves e Manoel, e venceu por 2 a 1, neste sábado (7), no Mineirão. O resultado consolida o Cruzeiro no grupo dos seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, mantendo o G-7 na competição. Bom para os clubes que estão logo abaixo, casos de Flamengo, Atlético-PR e Atlético-MG, por exemplo. Já a Ponte Preta deixou a zona de rebaixamento na rodada anterior e pode se ver entre os últimos colocados na próxima. O primeiro tempo foi ruim para o Cruzeiro, mas Thiago Neves –que bateu os pênaltis que colocaram o Cruzeiro na final da Copa do Brasil e fizeram o time ganhar o torneio– fez o gol de empate e cobrou o escanteio para o gol da virada, marcado por Manoel. Sem atuar desde o final de julho, quando deixou partida contra o Vitória com dores no pé esquerdo, o zagueiro Manoel foi a grande novidade do Cruzeiro para o duelo com a Ponte Preta. No segundo tempo, o teve o retorno premiado com o gol da vitória, de cabeça, aos 30 minutos do segundo tempo. Fábio, Léo, Murilo, Robinho, Arrascaeta e Sassá foram alguns dos jogadores do Cruzeiro que ficaram fora do jogo com a Ponte Preta. Outra ausência importante foi a do técnico Mano Menezes, liberado pela diretoria para fazer um tratamento médico. Sem meio time e também sem o técnico, o Cruzeiro teve dificuldade diante de uma Ponte Preta bem posicionada na defesa. Tanto que a melhor oportunidade celeste no primeiro tempo aconteceu somente aos 47 minutos, num chute de fora da área do volante Henrique. A bola foi fora, mas passou perto do gol defendido por Aranha. ANTECIPADO O jogo deste sábado conta para a 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, que vai ser disputada somente no próximo final de semana. Porém, como o Mineirão vai receber no dia 17 um show de Paul McCartney, a partida foi antecipada a pedido do clube mandante, para a montagem do palco.
esporte
Cruzeiro pressiona Ponte Preta e consegue vitória nos minutos finaisDurante o primeiro tempo, o Cruzeiro fez apenas duas finalizações e sofreu um gol, de Danilo Barcelo, para a Ponte Preta. Já na segunda etapa, com uma postura bastante diferente, a equipe mineira virou com dois gols em apenas três minutos, com Thiago Neves e Manoel, e venceu por 2 a 1, neste sábado (7), no Mineirão. O resultado consolida o Cruzeiro no grupo dos seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, mantendo o G-7 na competição. Bom para os clubes que estão logo abaixo, casos de Flamengo, Atlético-PR e Atlético-MG, por exemplo. Já a Ponte Preta deixou a zona de rebaixamento na rodada anterior e pode se ver entre os últimos colocados na próxima. O primeiro tempo foi ruim para o Cruzeiro, mas Thiago Neves –que bateu os pênaltis que colocaram o Cruzeiro na final da Copa do Brasil e fizeram o time ganhar o torneio– fez o gol de empate e cobrou o escanteio para o gol da virada, marcado por Manoel. Sem atuar desde o final de julho, quando deixou partida contra o Vitória com dores no pé esquerdo, o zagueiro Manoel foi a grande novidade do Cruzeiro para o duelo com a Ponte Preta. No segundo tempo, o teve o retorno premiado com o gol da vitória, de cabeça, aos 30 minutos do segundo tempo. Fábio, Léo, Murilo, Robinho, Arrascaeta e Sassá foram alguns dos jogadores do Cruzeiro que ficaram fora do jogo com a Ponte Preta. Outra ausência importante foi a do técnico Mano Menezes, liberado pela diretoria para fazer um tratamento médico. Sem meio time e também sem o técnico, o Cruzeiro teve dificuldade diante de uma Ponte Preta bem posicionada na defesa. Tanto que a melhor oportunidade celeste no primeiro tempo aconteceu somente aos 47 minutos, num chute de fora da área do volante Henrique. A bola foi fora, mas passou perto do gol defendido por Aranha. ANTECIPADO O jogo deste sábado conta para a 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, que vai ser disputada somente no próximo final de semana. Porém, como o Mineirão vai receber no dia 17 um show de Paul McCartney, a partida foi antecipada a pedido do clube mandante, para a montagem do palco.
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Rota rural em Tiradentes revela quem está por trás das delícias mineiras
Um armazém singelo, com uma balança antiga no balcão, prateleiras abastecidas por latas de biscoito revestidas com tecido de chita e um orelhão na entrada. No igualmente acanhado sítio ali em frente, a fumaça que sai de uma chaminé estreita é sinal de que a cachaça está a todo o vapor no alambique –instalado em uma construção sem paredes. A zona rural de Tiradentes, na estrada da Caixa d'Água, é de uma simplicidade extrema –e é ela que esconde parte do seu charme. Pois é de lá que saem algumas das delícias que abastecem as mesas de restaurantes e pousadas da cidade colonial mineira. E é a explorar a simplicidade dos produtores locais que partem do centro pequenos grupos de turistas, em um projeto batizado Sabores da Estrada da Caixa d'Água. O circuito é uma parceria com a agência Libertas, de Belo Horizonte (tel. 31/2516-0333; preço sob consulta) –pode ser feito por conta própria também. Lançado em junho, foi uma das atrações do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, realizado no final de agosto. Ao todo, 11 produtores rurais foram mobilizados para receber visitantes e mostrar, do jeitinho mais hospitaleiramente mineiro, a artesanalidade de seus saberes. Por ali, o turista vê que a cachaça, o queijo –mozarela ou frescal–, os biscoitos, a linguiça e os docinhos têm por trás uma prática particular, um rosto, um sorriso: do Juca do Lino, do Chiquinho, da Rosileia, da Rosana... EMPÓRIO DA ROÇA O passeio começa na venda de Vera Lucia da Silveira, a Lucinha, que, com o projeto, acabou por rebatizar seu armazém como um legítimo "empório da roça". Ali são encontrados ingredientes produzidos pelos moradores do distrito –chamado de Caixa d'Água justamente porque na região resistem as ruínas de um reservatório que abastecia a locomotiva da linha que cortava a região, ligando-a a Tiradentes. Estão nas prateleiras, por exemplo, os biscoitos de Rosana Nascimento: há rosquinhas, goiabinhas, broinhas de fubá, biscoitos de nata, quebra-quebra... Cada pacote (200 gramas) custa R$ 8. Mas mais gostoso talvez seja ir até o sítio de Rosana, o Bela Vista, para sentar-se na varanda e ouvir a prosa mineira ao provar os quitutes com café recém-passado, atividade devidamente mineira. Uma quitandinha (em "mineirês", quitanda é um tabuleiro de quitutes) com bom papo é também uma das atrações do sítio do Engenho, em que Rosileia Aparecida Silveira produz mozarela –cerca de 20 quilos por dia. O queijo, que custa entre R$ 14 e R$ 18 o quilo, a depender do formato (pode ser em barra, bolinhas ou nozinhos), é feito com leite de um pequeno rebanho, criado ali na propriedade. Outra parada do roteiro é no alambique de seu Juca do Lino, que, aos 77 anos, ainda comanda a produção de 350 litros de cachaça por semana. A receita, que ele segue há mais de 20 anos, tem a cana fermentada em canjiquinha antes de passar pelo alambique rústico, com traços de improviso. A bebida, branquinha e de sabor intenso, pode ser encontrada também em alguns pontos de Tiradentes, como o Bar do João Rosa, no largo das Forras. Antes de voltar ao centro, a sacola ainda pode receber as linguiças artesanais de Adineia, os crochês e artesanatos de Geralda, o mel de Chiquinho, os peixes do Zé... Veja mapa DO TEMPO DO BARÃO No distrito de Caixa d'Água, uma figura recorrente é a do barão de Santa Maria: diz-se que as ruínas do reservatório e a linha do trem, por exemplo, são "do tempo do barão". Na verdade, pouco se sabe concretamente sobre a história dele –além do fato de que teria possuído terras em Piraí (RJ) e morrido em Tiradentes em fins do século 19. E o certo ar de mistério ajuda a ambientar um dos pontos altos do roteiro pela estrada que corta a região. No sítio do Barão, a varanda de Celia Silveira, 52, tem vista para escombros do chalé (que tem mais jeito de mansão) do militar, derrubado há cerca de 40 anos. As toalhas de chita a cobrir as mesas de madeira fizeram do lugar um restaurante, em que Celinha serve uma receita de leitoa pururuca ensinada por sua bisavó. Prato do tempo e da família do barão. O animal é criado, abatido e preparado ali. Ele descansa por sete dias em uma marinada de vinho, alho e sal, com temperos plantados no mesmo sítio –manjericão, tomilho, alecrim. Depois, é assado na brasa de carvão, por ao menos sete horas, até ganhar um gostinho defumado. Chega à mesa com arroz e tutu (R$ 80, por pessoa, com reserva). A estrada da Caixa d'Água passa também pelo Sabor Rural, especializado na cozinha típica mineira. Com grandes mesas na varanda, fica em um espaço agradável e campestre, cercado de árvores. A refeição pode ser aberta com a caipirinha (R$ 14), servida numa chaleira. Pratos como tutu com porco e linguiça (R$ 68), feijão tropeiro (R$ 68) e frango com ora-pro-nóbis (R$ 66), servem de duas a quatro pessoas. BAIRRO BICHINHO Outro distrito afastado cerca de 15 minutos de Tiradentes (na verdade já parte do município vizinho de Prados), Bichinho também atrai muitos turistas da cidade. No local estão instalados vários dos artesãos locais –que, por vezes, revendem suas peças também em lojas no centro de Tiradentes. Um dos mais conhecidos é Antônio Carlos Bech, da Oficina de Agosto (que tem representações também em São Paulo e no Rio de Janeiro). Nos ateliês de Bichinho, móveis e peças decorativas, entre o religioso e o sensual, podem não sair tão barato, mas garantem um bom passeio. O jornalista viajou a convite da organização do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes
turismo
Rota rural em Tiradentes revela quem está por trás das delícias mineirasUm armazém singelo, com uma balança antiga no balcão, prateleiras abastecidas por latas de biscoito revestidas com tecido de chita e um orelhão na entrada. No igualmente acanhado sítio ali em frente, a fumaça que sai de uma chaminé estreita é sinal de que a cachaça está a todo o vapor no alambique –instalado em uma construção sem paredes. A zona rural de Tiradentes, na estrada da Caixa d'Água, é de uma simplicidade extrema –e é ela que esconde parte do seu charme. Pois é de lá que saem algumas das delícias que abastecem as mesas de restaurantes e pousadas da cidade colonial mineira. E é a explorar a simplicidade dos produtores locais que partem do centro pequenos grupos de turistas, em um projeto batizado Sabores da Estrada da Caixa d'Água. O circuito é uma parceria com a agência Libertas, de Belo Horizonte (tel. 31/2516-0333; preço sob consulta) –pode ser feito por conta própria também. Lançado em junho, foi uma das atrações do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, realizado no final de agosto. Ao todo, 11 produtores rurais foram mobilizados para receber visitantes e mostrar, do jeitinho mais hospitaleiramente mineiro, a artesanalidade de seus saberes. Por ali, o turista vê que a cachaça, o queijo –mozarela ou frescal–, os biscoitos, a linguiça e os docinhos têm por trás uma prática particular, um rosto, um sorriso: do Juca do Lino, do Chiquinho, da Rosileia, da Rosana... EMPÓRIO DA ROÇA O passeio começa na venda de Vera Lucia da Silveira, a Lucinha, que, com o projeto, acabou por rebatizar seu armazém como um legítimo "empório da roça". Ali são encontrados ingredientes produzidos pelos moradores do distrito –chamado de Caixa d'Água justamente porque na região resistem as ruínas de um reservatório que abastecia a locomotiva da linha que cortava a região, ligando-a a Tiradentes. Estão nas prateleiras, por exemplo, os biscoitos de Rosana Nascimento: há rosquinhas, goiabinhas, broinhas de fubá, biscoitos de nata, quebra-quebra... Cada pacote (200 gramas) custa R$ 8. Mas mais gostoso talvez seja ir até o sítio de Rosana, o Bela Vista, para sentar-se na varanda e ouvir a prosa mineira ao provar os quitutes com café recém-passado, atividade devidamente mineira. Uma quitandinha (em "mineirês", quitanda é um tabuleiro de quitutes) com bom papo é também uma das atrações do sítio do Engenho, em que Rosileia Aparecida Silveira produz mozarela –cerca de 20 quilos por dia. O queijo, que custa entre R$ 14 e R$ 18 o quilo, a depender do formato (pode ser em barra, bolinhas ou nozinhos), é feito com leite de um pequeno rebanho, criado ali na propriedade. Outra parada do roteiro é no alambique de seu Juca do Lino, que, aos 77 anos, ainda comanda a produção de 350 litros de cachaça por semana. A receita, que ele segue há mais de 20 anos, tem a cana fermentada em canjiquinha antes de passar pelo alambique rústico, com traços de improviso. A bebida, branquinha e de sabor intenso, pode ser encontrada também em alguns pontos de Tiradentes, como o Bar do João Rosa, no largo das Forras. Antes de voltar ao centro, a sacola ainda pode receber as linguiças artesanais de Adineia, os crochês e artesanatos de Geralda, o mel de Chiquinho, os peixes do Zé... Veja mapa DO TEMPO DO BARÃO No distrito de Caixa d'Água, uma figura recorrente é a do barão de Santa Maria: diz-se que as ruínas do reservatório e a linha do trem, por exemplo, são "do tempo do barão". Na verdade, pouco se sabe concretamente sobre a história dele –além do fato de que teria possuído terras em Piraí (RJ) e morrido em Tiradentes em fins do século 19. E o certo ar de mistério ajuda a ambientar um dos pontos altos do roteiro pela estrada que corta a região. No sítio do Barão, a varanda de Celia Silveira, 52, tem vista para escombros do chalé (que tem mais jeito de mansão) do militar, derrubado há cerca de 40 anos. As toalhas de chita a cobrir as mesas de madeira fizeram do lugar um restaurante, em que Celinha serve uma receita de leitoa pururuca ensinada por sua bisavó. Prato do tempo e da família do barão. O animal é criado, abatido e preparado ali. Ele descansa por sete dias em uma marinada de vinho, alho e sal, com temperos plantados no mesmo sítio –manjericão, tomilho, alecrim. Depois, é assado na brasa de carvão, por ao menos sete horas, até ganhar um gostinho defumado. Chega à mesa com arroz e tutu (R$ 80, por pessoa, com reserva). A estrada da Caixa d'Água passa também pelo Sabor Rural, especializado na cozinha típica mineira. Com grandes mesas na varanda, fica em um espaço agradável e campestre, cercado de árvores. A refeição pode ser aberta com a caipirinha (R$ 14), servida numa chaleira. Pratos como tutu com porco e linguiça (R$ 68), feijão tropeiro (R$ 68) e frango com ora-pro-nóbis (R$ 66), servem de duas a quatro pessoas. BAIRRO BICHINHO Outro distrito afastado cerca de 15 minutos de Tiradentes (na verdade já parte do município vizinho de Prados), Bichinho também atrai muitos turistas da cidade. No local estão instalados vários dos artesãos locais –que, por vezes, revendem suas peças também em lojas no centro de Tiradentes. Um dos mais conhecidos é Antônio Carlos Bech, da Oficina de Agosto (que tem representações também em São Paulo e no Rio de Janeiro). Nos ateliês de Bichinho, móveis e peças decorativas, entre o religioso e o sensual, podem não sair tão barato, mas garantem um bom passeio. O jornalista viajou a convite da organização do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes
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Apostador do Rio acerta Mega-Sena e leva prêmio de R$ 7 milhões
Um apostador do Rio de Janeiro acertou sozinho as seis dezenas e ganhou R$ 7.041.557,17, no concurso 1.732 da Mega-Sena, sorteado na noite de quarta-feira (12) Os números sorteados em Osasco (SP) foram: 25 - 34 - 38 - 45 - 53 - 60. Outros 73 apostadores acertaram a Quina e cada um deles ganhou R$ 28.364,30. Já a Quadra saiu para 3.177 pessoas que ganharam R$ 931,06 cada. O próximo concurso será realizado no sábado (15) e a estimativa de prêmio para quem acertar as seis dezenas é de R$ 3 milhões.
cotidiano
Apostador do Rio acerta Mega-Sena e leva prêmio de R$ 7 milhõesUm apostador do Rio de Janeiro acertou sozinho as seis dezenas e ganhou R$ 7.041.557,17, no concurso 1.732 da Mega-Sena, sorteado na noite de quarta-feira (12) Os números sorteados em Osasco (SP) foram: 25 - 34 - 38 - 45 - 53 - 60. Outros 73 apostadores acertaram a Quina e cada um deles ganhou R$ 28.364,30. Já a Quadra saiu para 3.177 pessoas que ganharam R$ 931,06 cada. O próximo concurso será realizado no sábado (15) e a estimativa de prêmio para quem acertar as seis dezenas é de R$ 3 milhões.
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Governo de SP convoca mais de 5.000 professores para a rede estadual
O governo de SP nomeou nesta quarta-feira (14) 6.424 novos servidores que irão trabalhar nas escolas estaduais. Dos funcionários, 5.187 são professores aprovados em concurso para lecionar no ensino fundamental. Os professores de educação básica 1, que dão aulas para crianças de 6 a 10 anos, trabalham 30 horas por semana e recebem salários de R$ 1.565,19. Serão contratados também 965 agentes de organização escolar, 225 oficiais administrativos e 47 executivos públicos. Os salários da jornada de 40 horas semanais para os cargos são de R$ 971,78, R$ 1.118 e R$ 3.626,23, respectivamente. A lista com os servidores nomeados e as instruções para os profissionais devem ser publicadas no "Diário Oficial" do Estado e no site da secretaria de Educação.
educacao
Governo de SP convoca mais de 5.000 professores para a rede estadualO governo de SP nomeou nesta quarta-feira (14) 6.424 novos servidores que irão trabalhar nas escolas estaduais. Dos funcionários, 5.187 são professores aprovados em concurso para lecionar no ensino fundamental. Os professores de educação básica 1, que dão aulas para crianças de 6 a 10 anos, trabalham 30 horas por semana e recebem salários de R$ 1.565,19. Serão contratados também 965 agentes de organização escolar, 225 oficiais administrativos e 47 executivos públicos. Os salários da jornada de 40 horas semanais para os cargos são de R$ 971,78, R$ 1.118 e R$ 3.626,23, respectivamente. A lista com os servidores nomeados e as instruções para os profissionais devem ser publicadas no "Diário Oficial" do Estado e no site da secretaria de Educação.
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EUA deixarão Parceria Transpacífico no primeiro dia de governo, diz Trump
Em meio a uma maratona de reuniões com candidatos a compor o seu governo, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um vídeo nesta segunda (21) em que anuncia uma série de ações executivas que tomará "no primeiro dia" de sua administração. Entre elas, a retirada do país da Parceria Transpacífico (TPP), a principal iniciativa de comércio internacional do presidente Barack Obama, que chamou de "um potencial desastre" para o país. "Em seu lugar, nós vamos negociar acordos bilaterais justos, que tragam de volta empregos e indústrias de volta para a América", disse Trump em seu primeiro pronunciamento à nação desde seu discurso da vitória, no dia 9. O principal foco do anúncio foi a economia e a criação de empregos. O TPP foi alvo constante de ataques de Trump durante a campanha e acabou tornando-se um dos maiores vilão de ambos os lados da disputa, com a oposição ao acordo vindo também de sua adversária, a democrata Hillary Clinton, correligionária de Obama. MEDIDAS Trump também anunciou uma primeira medida sobre imigração, outro carro-chefe de sua campanha presidencial, afirmando que ordenará o departamento do Trabalho a investigar "abusos em programas de vistos que prejudicam o trabalhador americano". Não houve menção às deportações em massa que ele prometeu ordenar enquanto era candidato. Outras medidas anunciadas por Trump para o início de seu governo incluem a suspensão de restrições à produção de energia, incluindo o gás de xisto, um plano para proteger o país de ataques cibernéticos e a imposição de um veto de cinco anos a ex-membros do governo que queiram se envolver em lobby político. Para lobbies em favor de governos estrangeiros, o veto será "para toda a vida". Além disso, Trump anunciou que pretende reduzir as regulações, mais uma de suas promessas frequentes na campanha. "Para cada nova regulação, duas regulações antigas devem ser eliminadas", afirmou. TRANSIÇÃO Numa aparente resposta às notícias de que o processo de transição estava sendo conduzido de forma desordenada e até caótica, Trump disse que sua equipe está trabalhando "de forma suave e eficaz" e que "patriotas de fato" estavam sendo chamados para compor o governo e "fazer a América grandiosa novamente", seu slogan de campanha. "Minha agenda será baseada num princípio simples: colocar a América em primeiro lugar. Seja produzindo aço, construindo carros ou curando doenças, eu quero que a próxima geração de produção e inovação aconteça aqui, em nossa grande pátria, America, criando riqueza e empregos para os trabalhadores americanos", disse o presidente eleito. Trump disse que as medidas anunciadas são apenas algumas das ações que tomará assim que tomar posse, no dia 20 de janeiro, para "reformar Washington e reconstruir nossa classe média', e prometeu novas atualizações em breve. Nesta segunda prosseguiu na sede de seus negócios, em Nova York, a sequência de encontros que Trump havia mantido no fim de semana em seu clube de golfe em Nova Jersey. Até agora o presidente eleito já anunciou o chefe de gabinete, o estrategista-chefe, o secretário de Justiça, o chefe da CIA (agência de inteligência) e o assessor de segurança nacional. - O QUE É? Assinado em outubro de 2015 por 12 países, após oito anos de negociações, é o maior acordo comercial da história, abrangendo 800 milhões de pessoas e 40% do PIB e mundial QUEM ESTÁ DENTRO? EUA, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Brunei, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, México, Chile e Peru. QUAL O OBJETIVO? Aprofundar laços econômicos entre os membros, com redução de barreiras tarifárias e regras uniformes em áreas como propriedade intelectual e transparência POR QUE É CRITICADO? Um dos principais alvos é uma cláusula que permite que empresas estrangeiras recorram de decisões governamentais em cortes internacionais de arbitragem O QUE DIZEM OS EUA? Acordo é peça central da estratégia do governo Obama de ampliar mercados e influência na Ásia e conter China, que ficou de fora
mundo
EUA deixarão Parceria Transpacífico no primeiro dia de governo, diz TrumpEm meio a uma maratona de reuniões com candidatos a compor o seu governo, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um vídeo nesta segunda (21) em que anuncia uma série de ações executivas que tomará "no primeiro dia" de sua administração. Entre elas, a retirada do país da Parceria Transpacífico (TPP), a principal iniciativa de comércio internacional do presidente Barack Obama, que chamou de "um potencial desastre" para o país. "Em seu lugar, nós vamos negociar acordos bilaterais justos, que tragam de volta empregos e indústrias de volta para a América", disse Trump em seu primeiro pronunciamento à nação desde seu discurso da vitória, no dia 9. O principal foco do anúncio foi a economia e a criação de empregos. O TPP foi alvo constante de ataques de Trump durante a campanha e acabou tornando-se um dos maiores vilão de ambos os lados da disputa, com a oposição ao acordo vindo também de sua adversária, a democrata Hillary Clinton, correligionária de Obama. MEDIDAS Trump também anunciou uma primeira medida sobre imigração, outro carro-chefe de sua campanha presidencial, afirmando que ordenará o departamento do Trabalho a investigar "abusos em programas de vistos que prejudicam o trabalhador americano". Não houve menção às deportações em massa que ele prometeu ordenar enquanto era candidato. Outras medidas anunciadas por Trump para o início de seu governo incluem a suspensão de restrições à produção de energia, incluindo o gás de xisto, um plano para proteger o país de ataques cibernéticos e a imposição de um veto de cinco anos a ex-membros do governo que queiram se envolver em lobby político. Para lobbies em favor de governos estrangeiros, o veto será "para toda a vida". Além disso, Trump anunciou que pretende reduzir as regulações, mais uma de suas promessas frequentes na campanha. "Para cada nova regulação, duas regulações antigas devem ser eliminadas", afirmou. TRANSIÇÃO Numa aparente resposta às notícias de que o processo de transição estava sendo conduzido de forma desordenada e até caótica, Trump disse que sua equipe está trabalhando "de forma suave e eficaz" e que "patriotas de fato" estavam sendo chamados para compor o governo e "fazer a América grandiosa novamente", seu slogan de campanha. "Minha agenda será baseada num princípio simples: colocar a América em primeiro lugar. Seja produzindo aço, construindo carros ou curando doenças, eu quero que a próxima geração de produção e inovação aconteça aqui, em nossa grande pátria, America, criando riqueza e empregos para os trabalhadores americanos", disse o presidente eleito. Trump disse que as medidas anunciadas são apenas algumas das ações que tomará assim que tomar posse, no dia 20 de janeiro, para "reformar Washington e reconstruir nossa classe média', e prometeu novas atualizações em breve. Nesta segunda prosseguiu na sede de seus negócios, em Nova York, a sequência de encontros que Trump havia mantido no fim de semana em seu clube de golfe em Nova Jersey. Até agora o presidente eleito já anunciou o chefe de gabinete, o estrategista-chefe, o secretário de Justiça, o chefe da CIA (agência de inteligência) e o assessor de segurança nacional. - O QUE É? Assinado em outubro de 2015 por 12 países, após oito anos de negociações, é o maior acordo comercial da história, abrangendo 800 milhões de pessoas e 40% do PIB e mundial QUEM ESTÁ DENTRO? EUA, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Brunei, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, México, Chile e Peru. QUAL O OBJETIVO? Aprofundar laços econômicos entre os membros, com redução de barreiras tarifárias e regras uniformes em áreas como propriedade intelectual e transparência POR QUE É CRITICADO? Um dos principais alvos é uma cláusula que permite que empresas estrangeiras recorram de decisões governamentais em cortes internacionais de arbitragem O QUE DIZEM OS EUA? Acordo é peça central da estratégia do governo Obama de ampliar mercados e influência na Ásia e conter China, que ficou de fora
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Leia trechos do diário do escritor Ricardo Piglia, morto nesta sexta
Ricardo Piglia, um dos mais importantes escritores contemporâneos da Argentina, morreu nesta sexta-feira (6), em Buenos Aires, aos 75 anos. Ao longo de 2011, a Ilustríssima publicou com exclusividade partes do diário de Piglia. No trecho abaixo, o autor fala de seus últimos dias como professor em Princeton e sua relação com os alunos. * NOTAS NUM DIÁRIO SEGUNDA Só consigo fazer uma coisa de cada vez. Lento. Mexo-me pouco. Minha vida se organiza em séries descontínuas. Há uma persistência invisível dos hábitos. A série dos bares, das leituras, da política, do dinheiro, do amor, da música. Certas imagens ""uma luz na janela no meio da noite; a cidade ao amanhecer"" se repetem ao longo dos anos. Queria editar este diário em sequências que seguissem as séries: todas as vezes que me encontrei com meus amigos num bar, todas as vezes que fui visitar a minha mãe. Assim seria possível alterar a causalidade cronológica. Não uma situação depois da outra, mas uma situação igual à outra. Efeito irônico da repetição. Estas ideias aparecem quando estou dando minhas últimas aulas em Princeton. Um seminário sobre "políticas do romance". Outra série possível: todas as vezes que entrei para dar aula na sala B-6-M do edifício Firestone, nesses 14 anos, e o que aconteceu depois. QUARTA Com Arcadio Díaz Quiñones, visitamos a exposição sobre a Nova York latina no Museu do Bairro. As relações da América Latina com NY a partir do século 17. Arcadio foi um dos primeiros a chamar a atenção para a importância da situação extralocal na diáspora portorriquenha e na história da cidade. Assim como Juan Goytisolo destacou a presença árabe nas galerias e nos bairros de Paris, Arcadio registrou as marcas da cultura latina em Nova York 'e vice-versa', o modo como a migração para os EUA definiu a prática artística e a tradição nacional de Porto Rico. Seus livros "La Memória Rota" (a memória estropiada) e "El Arte de Bregar" (a arte de "bregar") (1) fundaram uma nova noção de cultura latino-americana. Numa esquina do bairro, vemos as crianças saindo da escola, os pais vieram buscá-las. Crianças negras, latinas, coreanas, árabes não andam soltas pela cidade. Uma mulher coberta com véu vai com a filha de cinco ou seis anos, também de véu; esperam o sinal verde, a menina agarra com a mão a túnica da mãe. QUINTA Continua a discussão sobre o caso Antonio Calvo (2). Boas intervenções de Paul Firbas e de Luis Othoniel Rosa-Rodríguez. Defendem a necessidade de politizar a questão. Por que os sindicatos dos professores não funcionam, por que não há centro acadêmico? Os conflitos se tornam pessoais, e não há a quem recorrer em caso de demissão. Em entrevista, Ricardo Piglia fala sobre seu último livro lançado no Brasil, "O Caminho de Ida" (ed. Companhia das Letras) SÁBADO Com meu irmão, vamos a Atlantic City jogar no cassino. Os bairros periféricos cheios de prédios escurecidos e incendiados; imagens de desastre bélico nas zonas pobres da cidade. Depois, os hotéis de luxo, o deque, os letreiros de neon acesos durante o dia. Perdemos na roleta tudo o que levamos, mas um de nós acha na carteira um cartão de crédito, apesar da promessa de deixar em casa. Entramos de novo, recuperamos o dinheiro e ganhamos alguns dólares. De volta, pegamos um desvio errado e nos perdemos. Terminamos num povoado desconhecido, não se via ninguém na rua; no fim, um supermercado vazio, uma coreana ou chinesa passa aspirador nos grandes corredores iluminados. Não sabe onde fica Princeton, nem como pegar a rodovia. Rodamos por subúrbios escuros até que, por fim, ganhamos a "freeway" e chegamos a tempo de jantar no Blue Point. DOMINGO Faz uns meses, Alexander Kluge veio a Princeton para dar uma conferência, mas um pequeno acidente invernal o obrigou a cancelá-la. Não podia falar porque havia machucado o rosto e quebrado um braço. Kluge apareceu no salão, engessado, e se inclinou para cumprimentar com uma espécie de cortesia chinesa. E foi tudo. Em suas narrativas sempre há um fato surpreendente ""um contratempo"" que altera a temporalidade e concentra sentidos múltiplos. Em alemão é "unerhörte Begebenheit", o sucesso surpreendente. O acontecimento inesperado está na origem da novela como forma. E o conto de média duração é o modelo da narrativa em Kluge. Em seus livros de contos "Biografias", "Novas Histórias", "Stalingrado" a vida breve dos protagonistas se entrevê na trama dos fatos históricos. Kluge trabalha como ninguém a diferença entre o sentido da experiência e o vazio impessoal da informação. A literatura como historiografia. TERÇA Passamos uns dias vendo ""com intervalos"" as nove horas do filme de Kluge sobre "O Capital" de Marx. Trata-se de um ensaio narrativo sobre as fantasmagorias do capital, sobre sua capacidade de criação de novas realidades. Por um lado, retoma a poesia corrosiva do "Manifesto Comunista" (a forma do manifesto como irrupção de uma nova visão crítica). Por outro, renova a discussão sobre o conceito de fetichismo da mercadoria e analisa o caráter ilusório do real na sociedade capitalista. Ótima utilização dos letreiros, as frases escritas e os cartazes como imagens verbais, na linha do construtivismo russo. Uma lição de pedagogia, política e arte didática em que convivem a montagem e os projetos de Eisenstein, o capítulo do catecismo de "Ulysses" de Joyce e os poemas de Brecht. Uma nova dramaturgia histórica na época da tecnologia avançada. QUINTA Depois de ver o filme de Kluge ela decidiu viajar para a Índia com duas amigas. Um trio não familiar. Vão buscar justamente a desfamiliarização absoluta. Pensam em chegar a Nova Déli e depois passar um tempo num povoado ecológico e semideserto (só 1 milhão de habitantes), todos são vegetarianos, a medicina só usa produtos naturais, o plástico e o poliéster são proibidos. Ela e suas amigas vão atrás da distância, a "ostranenie" (estranhamento), o efeito V. O mais provável, digo a ela, é que vocês se convertam em objeto de atenção. Também vamos por isso, disse ela. SEGUNDA Os estudantes do seminário me deram de presente um Kindle. Para que atualize seu modo de ler, professor, ironizam. Incluíram as obras completas de Rosa Luxemburgo e de Henry James. Passo várias horas estudando as múltiplas possibilidades do aparelho digital. Uma máquina de ler mais dinâmica que um livro (e mais fria). Lemos igual, apesar da mudança? O que persiste nesta prática de larguíssima duração? Tendo a pensar que o modo de ler não variou, para além das mudanças no suporte "papiro, rolo, livro, tela", da posição do corpo, dos sistemas de iluminação e das mudanças na diagramação dos textos. Ler sempre foi ir de um signo para outro. O movimento, assim como a respiração, não variou. Lemos à mesma velocidade que nos tempos de Aristóteles. Quando dizemos que uma imagem vale mais do que mil palavras, queremos dizer que a imagem vem mais rápido, a captação é instantânea, enquanto ler um texto de mil palavras, qualquer um, requer outro tempo, uma pausa. A linguagem tem sua própria temporalidade; melhor dizendo, é a linguagem que define nossa experiência da temporalidade, não só porque a tematiza e a encarna na conjugação dos verbos, mas porque impõe seu próprio tempo. Para estar à altura da velocidade de circulação das novas tecnologias, seria preciso abandonar as palavras e passar a uma linguagem inventada, feita de números e anotações matemáticas. Então sim, quem sabe estaríamos à altura das máquinas rápidas. Mas é impossível substituir a linguagem, todo esperanto é cômico. O sistema de abreviações taquigráficas do Twitter e das mensagens de texto acelera a escrita, mas não o tempo de leitura; é preciso repor as letras que faltam "e reconstruir uma triste sintaxe" para compreender o sentido. SÁBADO Vou até o bar do Lahiere's, que será definitivamente fechado em alguns dias. Scott Fitzgerald costumava ir lá. Peço um uísque com gelo, depois de quase um ano sem beber álcool. SEGUNDA Última aula. Fotos de grupo. Vou sentir falta dos alunos. Reunião na Palmer House, com colegas do departamento. Cumprimentos, lembranças, presentes, discursos. QUARTA Andrés di Tella veio ao Princeton Documentary Festival e aproveita para filmar enquanto desocupo o escritório, devolvo livros na biblioteca, tiro os quadros da parede, esvazio as gavetas, arquivo papéis. Ele é o meu "Big Brother" pessoal. QUINTA Jantamos com Arcadio, Alma Concepción e Sarah Hirschman no lendário ""para mim"" restaurante chinês do shopping, no final da Harrison Avenue. Levamos o vinho. Bebo demais, pois não gosto de despedidas. SEXTA Aeroporto Kennedy. Viagem para Buenos Aires. Mal chegamos à sala de embarque e ela se isola em seu iPod. Não suporta a exaltação dos argentinos que se amontoam por ali. Todos usam um tom desabusado e presunçoso, aprendido em anúncios de publicidade e no estilo de atuação dos atores argentinos. Na verdade, parecem policiais que tivessem estudado teatro com Alberto Ure (3), diz ela, enquanto estamos no finger, prestes a embarcar. NOTAS DO TRADUTOR 1. Regionalismo portorriquenho, a palavra "bregar" tem múltiplos significados, conforme o contexto em que é usada. O livro de Arcadio Díaz discute esses significados. 2. Professor de espanhol em Princeton, o espanhol Antonio Calvo suicidou-se em abril, após ser demitido em consequência de denúncias feitas por seus alunos e colegas de departamento durante o processo de avaliação para renovação de seu contrato. No quinto excerto de seus diários, publicado na Ilustríssima de 22/5, Piglia denuncia o sistema de avaliação, atribuindo a morte do colega à intolerância cultural que haveria nas universidades americanas. 3. Alberto Ure: polêmico teatrólogo, conhecido por seu método que valoriza o estilo argentino de interpretação.
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Leia trechos do diário do escritor Ricardo Piglia, morto nesta sextaRicardo Piglia, um dos mais importantes escritores contemporâneos da Argentina, morreu nesta sexta-feira (6), em Buenos Aires, aos 75 anos. Ao longo de 2011, a Ilustríssima publicou com exclusividade partes do diário de Piglia. No trecho abaixo, o autor fala de seus últimos dias como professor em Princeton e sua relação com os alunos. * NOTAS NUM DIÁRIO SEGUNDA Só consigo fazer uma coisa de cada vez. Lento. Mexo-me pouco. Minha vida se organiza em séries descontínuas. Há uma persistência invisível dos hábitos. A série dos bares, das leituras, da política, do dinheiro, do amor, da música. Certas imagens ""uma luz na janela no meio da noite; a cidade ao amanhecer"" se repetem ao longo dos anos. Queria editar este diário em sequências que seguissem as séries: todas as vezes que me encontrei com meus amigos num bar, todas as vezes que fui visitar a minha mãe. Assim seria possível alterar a causalidade cronológica. Não uma situação depois da outra, mas uma situação igual à outra. Efeito irônico da repetição. Estas ideias aparecem quando estou dando minhas últimas aulas em Princeton. Um seminário sobre "políticas do romance". Outra série possível: todas as vezes que entrei para dar aula na sala B-6-M do edifício Firestone, nesses 14 anos, e o que aconteceu depois. QUARTA Com Arcadio Díaz Quiñones, visitamos a exposição sobre a Nova York latina no Museu do Bairro. As relações da América Latina com NY a partir do século 17. Arcadio foi um dos primeiros a chamar a atenção para a importância da situação extralocal na diáspora portorriquenha e na história da cidade. Assim como Juan Goytisolo destacou a presença árabe nas galerias e nos bairros de Paris, Arcadio registrou as marcas da cultura latina em Nova York 'e vice-versa', o modo como a migração para os EUA definiu a prática artística e a tradição nacional de Porto Rico. Seus livros "La Memória Rota" (a memória estropiada) e "El Arte de Bregar" (a arte de "bregar") (1) fundaram uma nova noção de cultura latino-americana. Numa esquina do bairro, vemos as crianças saindo da escola, os pais vieram buscá-las. Crianças negras, latinas, coreanas, árabes não andam soltas pela cidade. Uma mulher coberta com véu vai com a filha de cinco ou seis anos, também de véu; esperam o sinal verde, a menina agarra com a mão a túnica da mãe. QUINTA Continua a discussão sobre o caso Antonio Calvo (2). Boas intervenções de Paul Firbas e de Luis Othoniel Rosa-Rodríguez. Defendem a necessidade de politizar a questão. Por que os sindicatos dos professores não funcionam, por que não há centro acadêmico? Os conflitos se tornam pessoais, e não há a quem recorrer em caso de demissão. Em entrevista, Ricardo Piglia fala sobre seu último livro lançado no Brasil, "O Caminho de Ida" (ed. Companhia das Letras) SÁBADO Com meu irmão, vamos a Atlantic City jogar no cassino. Os bairros periféricos cheios de prédios escurecidos e incendiados; imagens de desastre bélico nas zonas pobres da cidade. Depois, os hotéis de luxo, o deque, os letreiros de neon acesos durante o dia. Perdemos na roleta tudo o que levamos, mas um de nós acha na carteira um cartão de crédito, apesar da promessa de deixar em casa. Entramos de novo, recuperamos o dinheiro e ganhamos alguns dólares. De volta, pegamos um desvio errado e nos perdemos. Terminamos num povoado desconhecido, não se via ninguém na rua; no fim, um supermercado vazio, uma coreana ou chinesa passa aspirador nos grandes corredores iluminados. Não sabe onde fica Princeton, nem como pegar a rodovia. Rodamos por subúrbios escuros até que, por fim, ganhamos a "freeway" e chegamos a tempo de jantar no Blue Point. DOMINGO Faz uns meses, Alexander Kluge veio a Princeton para dar uma conferência, mas um pequeno acidente invernal o obrigou a cancelá-la. Não podia falar porque havia machucado o rosto e quebrado um braço. Kluge apareceu no salão, engessado, e se inclinou para cumprimentar com uma espécie de cortesia chinesa. E foi tudo. Em suas narrativas sempre há um fato surpreendente ""um contratempo"" que altera a temporalidade e concentra sentidos múltiplos. Em alemão é "unerhörte Begebenheit", o sucesso surpreendente. O acontecimento inesperado está na origem da novela como forma. E o conto de média duração é o modelo da narrativa em Kluge. Em seus livros de contos "Biografias", "Novas Histórias", "Stalingrado" a vida breve dos protagonistas se entrevê na trama dos fatos históricos. Kluge trabalha como ninguém a diferença entre o sentido da experiência e o vazio impessoal da informação. A literatura como historiografia. TERÇA Passamos uns dias vendo ""com intervalos"" as nove horas do filme de Kluge sobre "O Capital" de Marx. Trata-se de um ensaio narrativo sobre as fantasmagorias do capital, sobre sua capacidade de criação de novas realidades. Por um lado, retoma a poesia corrosiva do "Manifesto Comunista" (a forma do manifesto como irrupção de uma nova visão crítica). Por outro, renova a discussão sobre o conceito de fetichismo da mercadoria e analisa o caráter ilusório do real na sociedade capitalista. Ótima utilização dos letreiros, as frases escritas e os cartazes como imagens verbais, na linha do construtivismo russo. Uma lição de pedagogia, política e arte didática em que convivem a montagem e os projetos de Eisenstein, o capítulo do catecismo de "Ulysses" de Joyce e os poemas de Brecht. Uma nova dramaturgia histórica na época da tecnologia avançada. QUINTA Depois de ver o filme de Kluge ela decidiu viajar para a Índia com duas amigas. Um trio não familiar. Vão buscar justamente a desfamiliarização absoluta. Pensam em chegar a Nova Déli e depois passar um tempo num povoado ecológico e semideserto (só 1 milhão de habitantes), todos são vegetarianos, a medicina só usa produtos naturais, o plástico e o poliéster são proibidos. Ela e suas amigas vão atrás da distância, a "ostranenie" (estranhamento), o efeito V. O mais provável, digo a ela, é que vocês se convertam em objeto de atenção. Também vamos por isso, disse ela. SEGUNDA Os estudantes do seminário me deram de presente um Kindle. Para que atualize seu modo de ler, professor, ironizam. Incluíram as obras completas de Rosa Luxemburgo e de Henry James. Passo várias horas estudando as múltiplas possibilidades do aparelho digital. Uma máquina de ler mais dinâmica que um livro (e mais fria). Lemos igual, apesar da mudança? O que persiste nesta prática de larguíssima duração? Tendo a pensar que o modo de ler não variou, para além das mudanças no suporte "papiro, rolo, livro, tela", da posição do corpo, dos sistemas de iluminação e das mudanças na diagramação dos textos. Ler sempre foi ir de um signo para outro. O movimento, assim como a respiração, não variou. Lemos à mesma velocidade que nos tempos de Aristóteles. Quando dizemos que uma imagem vale mais do que mil palavras, queremos dizer que a imagem vem mais rápido, a captação é instantânea, enquanto ler um texto de mil palavras, qualquer um, requer outro tempo, uma pausa. A linguagem tem sua própria temporalidade; melhor dizendo, é a linguagem que define nossa experiência da temporalidade, não só porque a tematiza e a encarna na conjugação dos verbos, mas porque impõe seu próprio tempo. Para estar à altura da velocidade de circulação das novas tecnologias, seria preciso abandonar as palavras e passar a uma linguagem inventada, feita de números e anotações matemáticas. Então sim, quem sabe estaríamos à altura das máquinas rápidas. Mas é impossível substituir a linguagem, todo esperanto é cômico. O sistema de abreviações taquigráficas do Twitter e das mensagens de texto acelera a escrita, mas não o tempo de leitura; é preciso repor as letras que faltam "e reconstruir uma triste sintaxe" para compreender o sentido. SÁBADO Vou até o bar do Lahiere's, que será definitivamente fechado em alguns dias. Scott Fitzgerald costumava ir lá. Peço um uísque com gelo, depois de quase um ano sem beber álcool. SEGUNDA Última aula. Fotos de grupo. Vou sentir falta dos alunos. Reunião na Palmer House, com colegas do departamento. Cumprimentos, lembranças, presentes, discursos. QUARTA Andrés di Tella veio ao Princeton Documentary Festival e aproveita para filmar enquanto desocupo o escritório, devolvo livros na biblioteca, tiro os quadros da parede, esvazio as gavetas, arquivo papéis. Ele é o meu "Big Brother" pessoal. QUINTA Jantamos com Arcadio, Alma Concepción e Sarah Hirschman no lendário ""para mim"" restaurante chinês do shopping, no final da Harrison Avenue. Levamos o vinho. Bebo demais, pois não gosto de despedidas. SEXTA Aeroporto Kennedy. Viagem para Buenos Aires. Mal chegamos à sala de embarque e ela se isola em seu iPod. Não suporta a exaltação dos argentinos que se amontoam por ali. Todos usam um tom desabusado e presunçoso, aprendido em anúncios de publicidade e no estilo de atuação dos atores argentinos. Na verdade, parecem policiais que tivessem estudado teatro com Alberto Ure (3), diz ela, enquanto estamos no finger, prestes a embarcar. NOTAS DO TRADUTOR 1. Regionalismo portorriquenho, a palavra "bregar" tem múltiplos significados, conforme o contexto em que é usada. O livro de Arcadio Díaz discute esses significados. 2. Professor de espanhol em Princeton, o espanhol Antonio Calvo suicidou-se em abril, após ser demitido em consequência de denúncias feitas por seus alunos e colegas de departamento durante o processo de avaliação para renovação de seu contrato. No quinto excerto de seus diários, publicado na Ilustríssima de 22/5, Piglia denuncia o sistema de avaliação, atribuindo a morte do colega à intolerância cultural que haveria nas universidades americanas. 3. Alberto Ure: polêmico teatrólogo, conhecido por seu método que valoriza o estilo argentino de interpretação.
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Alisson diz que enfrentar Suárez será "um grande desafio" 
Titular da seleção há três partidas, o goleiro Alisson disse que está preparado para enfrentar o duelo com Luis Suárez em Pernambuco. O jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia marcará o retorno do atacante do Barcelona ao Uruguai após cumprir uma suspensão de nove partidas por ter mordido um adversário no Mundial do Brasil. "É sempre importante ter um desafio pela frente. Suárez é um grande jogador, artilheiro do futebol mundial. Vai ser um grande desafio para mim e para os meus companheiros. Mas fico feliz por esse desafio, prova que estou no caminho certo. Vamos fazer de tudo para sair com a vitória'", disse o goleiro do Internacional. Depois da derrota para o Chile, por 2 a 0, em Santiago, na abertura das eliminatórias, Dunga decidiu colocar Jefferson, do Botafogo, no banco de reservas. Com isso, Alisson ganhou a vaga de titular. Nos outros jogos do ano passado, o treinador ainda levou o botafoguense para o grupo. Mas nesta convocação, Jefferson foi barrado. Para os dois jogos pelas eliminatórias, Dunga chamou também Marcelo Grohe, do Grêmio, e Diego Alves, do Valência. Desde o seu retorno ao cargo após o Mundial do Brasil, o treinador já convocou oito goleiros para a seleção. Apesar de estar garantido na partida, o jogador preferiu não comemorar antecipadamente a sua vaga em Pernambuco. "Na seleção, ninguém tem lugar garantido. Certeza só minutos antes da partida. Claro que dá confiança saber quem vai jogar ou não. Mas vou me preparar como se fosse jogar. Não vai mudar muito. Fico feliz de ter feito bons jogos pela seleção e de ter o respaldo de todos. É importante. As críticas existem, cada um tem a sua preferência"', afirmou o goleiro.
esporte
Alisson diz que enfrentar Suárez será "um grande desafio" Titular da seleção há três partidas, o goleiro Alisson disse que está preparado para enfrentar o duelo com Luis Suárez em Pernambuco. O jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia marcará o retorno do atacante do Barcelona ao Uruguai após cumprir uma suspensão de nove partidas por ter mordido um adversário no Mundial do Brasil. "É sempre importante ter um desafio pela frente. Suárez é um grande jogador, artilheiro do futebol mundial. Vai ser um grande desafio para mim e para os meus companheiros. Mas fico feliz por esse desafio, prova que estou no caminho certo. Vamos fazer de tudo para sair com a vitória'", disse o goleiro do Internacional. Depois da derrota para o Chile, por 2 a 0, em Santiago, na abertura das eliminatórias, Dunga decidiu colocar Jefferson, do Botafogo, no banco de reservas. Com isso, Alisson ganhou a vaga de titular. Nos outros jogos do ano passado, o treinador ainda levou o botafoguense para o grupo. Mas nesta convocação, Jefferson foi barrado. Para os dois jogos pelas eliminatórias, Dunga chamou também Marcelo Grohe, do Grêmio, e Diego Alves, do Valência. Desde o seu retorno ao cargo após o Mundial do Brasil, o treinador já convocou oito goleiros para a seleção. Apesar de estar garantido na partida, o jogador preferiu não comemorar antecipadamente a sua vaga em Pernambuco. "Na seleção, ninguém tem lugar garantido. Certeza só minutos antes da partida. Claro que dá confiança saber quem vai jogar ou não. Mas vou me preparar como se fosse jogar. Não vai mudar muito. Fico feliz de ter feito bons jogos pela seleção e de ter o respaldo de todos. É importante. As críticas existem, cada um tem a sua preferência"', afirmou o goleiro.
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Categoria está rachada, diz presidente da Federação dos Policiais Federais
Há um racha nas categorias da Polícia Federal, afirma Luis Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, que representa todas as carreiras da corporação, à "TV Folha". Segundo ele, há uma disparidade entre categorias como a de agente ou perito e a de delegado. Boudens defende uma reformulação na estrutura da PF, em que haveria apenas uma porta de entrada para todas as carreiras. Ele também questiona a PEC 412, que promete mais autonomia para a Polícia Federal. Para ele, a instituição já possui autonomia de investigação, e a proposta seria parte de um lobby corporativo dos delegados.
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Categoria está rachada, diz presidente da Federação dos Policiais FederaisHá um racha nas categorias da Polícia Federal, afirma Luis Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, que representa todas as carreiras da corporação, à "TV Folha". Segundo ele, há uma disparidade entre categorias como a de agente ou perito e a de delegado. Boudens defende uma reformulação na estrutura da PF, em que haveria apenas uma porta de entrada para todas as carreiras. Ele também questiona a PEC 412, que promete mais autonomia para a Polícia Federal. Para ele, a instituição já possui autonomia de investigação, e a proposta seria parte de um lobby corporativo dos delegados.
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Produtor tem opção de mais soja transgênica no mercado
Os produtores de soja contarão, a partir desta safra 2016/17, com uma nova opção de soja transgênica. Espremidos por custos e perdas de produtividade nos últimos anos, devido ao avanço de ervas daninhas cada vez mais resistentes nas lavouras brasileiras, eles terão a possibilidade de diversificar as variedades de soja utilizadas no plantio. É o que promete a Bayer, que coloca no mercado uma nova tecnologia, chamada de LibertyLink. No mercado de sementes de soja desde 2010, a empresa vem comprando bancos de germoplasma (material genético das sementes), em várias regiões do país. O resultado, agora, é a colocação de 11 variedades desse tipo de soja, adaptadas às várias regiões produtoras da oleaginosa no país. Com presença na produção de sementes convencionais e agora transgênicas, a empresa terá pelo menos 30 variedades à disposição dos produtores brasileiros. Todos esses produtos estão sob o chapéu da Credenz, a primeira marca global de sementes de soja da empresa. A Bayer entra em um mercado que já era ocupado por outras gigantes no setor. A Monsanto, pioneira nesse mercado, e a Basf, em parceira com a Embrapa, que chegou ao mercado no ano passado. Outra gigante do setor, a Dow AgroSciences, já teve sua soja, a Enlist E3, aprovada pelos órgãos competentes no Brasil, mas aguarda a aprovação das tecnologias para o controle de lagartas. A empresa ainda não tem uma data para a colocação comercial da sua soja ao mercado. CONTROLE DE ERVAS Essa nova tecnologia da Bayer permite o uso do herbicida Liberty no pós-emergência das plantas e tem como objetivo o controle das plantas daninhas, que competem por espaço, luz, água e nutrientes com a soja. Um dos diferenciais dessa nova tecnologia é a possibilidade de os produtores fazerem rotação de culturas de soja modificadas. A diversificação de tecnologias inibe a proliferação e a resistência de ervas daninhas no campo, segundo Eduardo Mazzieri, diretor da unidade de sementes da Bayer no Brasil. A utilização constante da mesma tecnologia para o combate das ervas daninhas permite uma resistência delas e perda de produtividade. Mazzieri diz que o objetivo da empresa é levar genética adaptada e soluções disponíveis às diversas regiões produtoras do país. Na avaliação dele, uma nova tecnologia como essa é importante para a sojicultura brasileira porque a agricultura moderna e tropical necessita de ferramentas diversas. "Se usar sempre a mesma, as plantas daninhas se tornam resistentes e de difícil controle." Além disso, a diversidade de tecnologias para os produtores dá um prolongamento da vida das mesmas, acrescenta. PREÇO A Bayer não informou qual o investimento nessa nova tecnologia. Quanto ao preço a ser pago pelo produtor, a empresa diz que essa nova soja tem de ser atrativa e o produtor enxergar valor nela. O valor está baseado na opção de mais uma alternativa dele de produção, que pode controlar mais as ervas daninhas, ter maior adaptabilidade do germoplasma nas diversas regiões do país e, consequentemente, obter maior produtividade. A avaliação desse preço virá do produtor, segundo Mazzieri. "Em uma agricultura tropical, sob pressão e com aparecimento de plantas daninhas de difícil controle, estamos trazendo para o mercado uma alternativa para ajudar o produtor", diz ele. "O importante não é só levar um pacote pronto, mas dar informações e deixar o produtor tomar suas decisões sobre a melhor tecnologia", diz Mazzieri. A tecnologia LibertyLink da soja não terá cobrança de royalties. A tecnologia é da Bayer, mas não está mais sob proteção intelectual. A patente expirou.
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Produtor tem opção de mais soja transgênica no mercadoOs produtores de soja contarão, a partir desta safra 2016/17, com uma nova opção de soja transgênica. Espremidos por custos e perdas de produtividade nos últimos anos, devido ao avanço de ervas daninhas cada vez mais resistentes nas lavouras brasileiras, eles terão a possibilidade de diversificar as variedades de soja utilizadas no plantio. É o que promete a Bayer, que coloca no mercado uma nova tecnologia, chamada de LibertyLink. No mercado de sementes de soja desde 2010, a empresa vem comprando bancos de germoplasma (material genético das sementes), em várias regiões do país. O resultado, agora, é a colocação de 11 variedades desse tipo de soja, adaptadas às várias regiões produtoras da oleaginosa no país. Com presença na produção de sementes convencionais e agora transgênicas, a empresa terá pelo menos 30 variedades à disposição dos produtores brasileiros. Todos esses produtos estão sob o chapéu da Credenz, a primeira marca global de sementes de soja da empresa. A Bayer entra em um mercado que já era ocupado por outras gigantes no setor. A Monsanto, pioneira nesse mercado, e a Basf, em parceira com a Embrapa, que chegou ao mercado no ano passado. Outra gigante do setor, a Dow AgroSciences, já teve sua soja, a Enlist E3, aprovada pelos órgãos competentes no Brasil, mas aguarda a aprovação das tecnologias para o controle de lagartas. A empresa ainda não tem uma data para a colocação comercial da sua soja ao mercado. CONTROLE DE ERVAS Essa nova tecnologia da Bayer permite o uso do herbicida Liberty no pós-emergência das plantas e tem como objetivo o controle das plantas daninhas, que competem por espaço, luz, água e nutrientes com a soja. Um dos diferenciais dessa nova tecnologia é a possibilidade de os produtores fazerem rotação de culturas de soja modificadas. A diversificação de tecnologias inibe a proliferação e a resistência de ervas daninhas no campo, segundo Eduardo Mazzieri, diretor da unidade de sementes da Bayer no Brasil. A utilização constante da mesma tecnologia para o combate das ervas daninhas permite uma resistência delas e perda de produtividade. Mazzieri diz que o objetivo da empresa é levar genética adaptada e soluções disponíveis às diversas regiões produtoras do país. Na avaliação dele, uma nova tecnologia como essa é importante para a sojicultura brasileira porque a agricultura moderna e tropical necessita de ferramentas diversas. "Se usar sempre a mesma, as plantas daninhas se tornam resistentes e de difícil controle." Além disso, a diversidade de tecnologias para os produtores dá um prolongamento da vida das mesmas, acrescenta. PREÇO A Bayer não informou qual o investimento nessa nova tecnologia. Quanto ao preço a ser pago pelo produtor, a empresa diz que essa nova soja tem de ser atrativa e o produtor enxergar valor nela. O valor está baseado na opção de mais uma alternativa dele de produção, que pode controlar mais as ervas daninhas, ter maior adaptabilidade do germoplasma nas diversas regiões do país e, consequentemente, obter maior produtividade. A avaliação desse preço virá do produtor, segundo Mazzieri. "Em uma agricultura tropical, sob pressão e com aparecimento de plantas daninhas de difícil controle, estamos trazendo para o mercado uma alternativa para ajudar o produtor", diz ele. "O importante não é só levar um pacote pronto, mas dar informações e deixar o produtor tomar suas decisões sobre a melhor tecnologia", diz Mazzieri. A tecnologia LibertyLink da soja não terá cobrança de royalties. A tecnologia é da Bayer, mas não está mais sob proteção intelectual. A patente expirou.
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Colunista defende igualdade capilar e o direito de Neymar alisar o cabelo
Desde que Neymar despontou no futebol, uma de suas marcas registradas é o cabelo. Com um visual novo a cada campeonato, o jogador já apareceu em campo com corte moicano, tingido de loiro, raspado e com os fios alisados (ou tudo isso de uma vez), inspirando milhares de fãs mirins a adotar seus looks. Mas nesses anos de carreira ainda faltava o ídolo fazer uma aparição nos gramados com seu cabelo crespo natural, que ele assumiu recentemente. Vejo a foto em seu Instagram na qual ele aparece ao lado do piloto de F1 Lewis Hamilton, com direito a faixa que deixa o cabelo ainda mais volumoso. Algo inimaginável até pouco tempo atrás para quem havia se acostumado a um Neymar liso. Neymar ao lado do piloto de F1 Lewis Hamilton Em uma entrevista em 2012, o jogador afirmou que era vaidoso e gostava de estar sempre arrumado, caprichando nos brincos e bonés, mesmo, na sua opinião, não tendo um visual perfeito. "Eu tenho um cabelo péssimo, ruim mesmo", disse ele na ocasião. Tal afirmação não é nenhuma surpresa. De um lado, passamos a vida ouvindo piadas de mau gosto sobre ter cabelos crespos. De outro, somos bombardeados pelo padrão de beleza eurocêntrico onipresente na publicidade e na TV que qualquer cabelo minimamente cacheado é considerado "ruim", "duro" e "desleixado", em oposição ao cabelo "bom", que dispensa explicação. É difícil assumir os cachos e abandonar a ditadura do alisamento em um mundo em que o cabelo liso é tido como o padrão de beleza ideal. Falo por experiência própria. Passei 30 anos usando cabelos lisos e já nem me lembrava de como eram meus fios naturais. Recuperar a textura crespa, para além do cuidado estético, foi um ato político, de aceitação e de redescoberta da minha negritude, algo que consegui no Brasil graças à aproximação com as militantes negras. Neymar apareceu com o cabelo alisado semanas depois da foto com a textura natural. Minha transição demorou dois anos. Creio que o jogador esteja num processo até assumir sua própria negritude. Não temos o direito entrar na ditadura pelo cabelo crespo. Crespo é nossa identidade mais pura, mas a negação dos seres humanos negros durou mais de 400 anos, as leis do embranquecimento do Brasil existiram até os anos 90. Então é normal que Neymar Junior tenha dúvidas capilares. Aceito, não condeno. Até termos o mesmo investimento de milhões de reais em campanhas publicitárias promovendo o cabelo crespo como é o caso com o cabelo alisado. Até lá, entendo a fraqueza por Neymar recair na propaganda clássica.
serafina
Colunista defende igualdade capilar e o direito de Neymar alisar o cabeloDesde que Neymar despontou no futebol, uma de suas marcas registradas é o cabelo. Com um visual novo a cada campeonato, o jogador já apareceu em campo com corte moicano, tingido de loiro, raspado e com os fios alisados (ou tudo isso de uma vez), inspirando milhares de fãs mirins a adotar seus looks. Mas nesses anos de carreira ainda faltava o ídolo fazer uma aparição nos gramados com seu cabelo crespo natural, que ele assumiu recentemente. Vejo a foto em seu Instagram na qual ele aparece ao lado do piloto de F1 Lewis Hamilton, com direito a faixa que deixa o cabelo ainda mais volumoso. Algo inimaginável até pouco tempo atrás para quem havia se acostumado a um Neymar liso. Neymar ao lado do piloto de F1 Lewis Hamilton Em uma entrevista em 2012, o jogador afirmou que era vaidoso e gostava de estar sempre arrumado, caprichando nos brincos e bonés, mesmo, na sua opinião, não tendo um visual perfeito. "Eu tenho um cabelo péssimo, ruim mesmo", disse ele na ocasião. Tal afirmação não é nenhuma surpresa. De um lado, passamos a vida ouvindo piadas de mau gosto sobre ter cabelos crespos. De outro, somos bombardeados pelo padrão de beleza eurocêntrico onipresente na publicidade e na TV que qualquer cabelo minimamente cacheado é considerado "ruim", "duro" e "desleixado", em oposição ao cabelo "bom", que dispensa explicação. É difícil assumir os cachos e abandonar a ditadura do alisamento em um mundo em que o cabelo liso é tido como o padrão de beleza ideal. Falo por experiência própria. Passei 30 anos usando cabelos lisos e já nem me lembrava de como eram meus fios naturais. Recuperar a textura crespa, para além do cuidado estético, foi um ato político, de aceitação e de redescoberta da minha negritude, algo que consegui no Brasil graças à aproximação com as militantes negras. Neymar apareceu com o cabelo alisado semanas depois da foto com a textura natural. Minha transição demorou dois anos. Creio que o jogador esteja num processo até assumir sua própria negritude. Não temos o direito entrar na ditadura pelo cabelo crespo. Crespo é nossa identidade mais pura, mas a negação dos seres humanos negros durou mais de 400 anos, as leis do embranquecimento do Brasil existiram até os anos 90. Então é normal que Neymar Junior tenha dúvidas capilares. Aceito, não condeno. Até termos o mesmo investimento de milhões de reais em campanhas publicitárias promovendo o cabelo crespo como é o caso com o cabelo alisado. Até lá, entendo a fraqueza por Neymar recair na propaganda clássica.
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Tribunal denuncia, e árbitro pode ser suspenso por até 360 dias
O procurador-geral do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), Wilson Marquete Júnior, denunciou o árbitro Thiago Duarte Peixoto, 37, no artigo 266 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê pena de 30 a 360 dias, além de multa de R$ 100 a R$ 1.000. O órgão deverá confirmar nesta quarta-feira (1º) a data do julgamento para o dia 6. Thiago Duarte Peixoto errou ao expulsar o volante Gabriel aos 45 minutos do primeiro tempo durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, realizado no último dia 22, pelo Campeonato Paulista. O jogador corintiano, que já tinha o cartão amarelo, não participou da jogada que resultou na falta sobre o atacante Keno, do Palmeiras. No lance, o palmeirense foi puxado pelo volante Maycon, da equipe alvinegra. Quase duas horas após a partida, Peixoto se pronunciou e admitiu o erro. "Quando levantei a cabeça o Gabriel estava na minha frente e erroneamente o expulsei. Foi um equívoco em um lance pontual e assumo o meu erro. Após a partida, tive um feedback da comissão de arbitragem", disse Peixoto. Ele afirmou também que foi comunicado por Alessandro Darcie, quarto árbitro, e pelos assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse que não havia sido Gabriel que tinha dado o carrinho. "Eles acharam que eu estava dando o cartão pela falta do Pablo, mas o cartão foi dado por conta do puxão", afirmou. Veja vídeo Em 2015, o árbitro Flávio Guerra foi suspenso pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 100 dias por um falha semelhante. Ele marcou pênalti do lateral Zeca no atacante Vágner Love durante o clássico entre Corinthians e Santos, válido pelo Campeonato Brasileiro, mas se confundiu e expulsou o zagueiro David Braz. Após recurso, a punição caiu para 60 dias. Thiago Duarte Peixoto já foi foi afastado por prazo indeterminado pela Comissão Estadual de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF). A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também afirmou que o árbitro ficará afastado de suas competições pelo mesmo período.
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Tribunal denuncia, e árbitro pode ser suspenso por até 360 diasO procurador-geral do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), Wilson Marquete Júnior, denunciou o árbitro Thiago Duarte Peixoto, 37, no artigo 266 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê pena de 30 a 360 dias, além de multa de R$ 100 a R$ 1.000. O órgão deverá confirmar nesta quarta-feira (1º) a data do julgamento para o dia 6. Thiago Duarte Peixoto errou ao expulsar o volante Gabriel aos 45 minutos do primeiro tempo durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, realizado no último dia 22, pelo Campeonato Paulista. O jogador corintiano, que já tinha o cartão amarelo, não participou da jogada que resultou na falta sobre o atacante Keno, do Palmeiras. No lance, o palmeirense foi puxado pelo volante Maycon, da equipe alvinegra. Quase duas horas após a partida, Peixoto se pronunciou e admitiu o erro. "Quando levantei a cabeça o Gabriel estava na minha frente e erroneamente o expulsei. Foi um equívoco em um lance pontual e assumo o meu erro. Após a partida, tive um feedback da comissão de arbitragem", disse Peixoto. Ele afirmou também que foi comunicado por Alessandro Darcie, quarto árbitro, e pelos assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse que não havia sido Gabriel que tinha dado o carrinho. "Eles acharam que eu estava dando o cartão pela falta do Pablo, mas o cartão foi dado por conta do puxão", afirmou. Veja vídeo Em 2015, o árbitro Flávio Guerra foi suspenso pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 100 dias por um falha semelhante. Ele marcou pênalti do lateral Zeca no atacante Vágner Love durante o clássico entre Corinthians e Santos, válido pelo Campeonato Brasileiro, mas se confundiu e expulsou o zagueiro David Braz. Após recurso, a punição caiu para 60 dias. Thiago Duarte Peixoto já foi foi afastado por prazo indeterminado pela Comissão Estadual de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF). A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também afirmou que o árbitro ficará afastado de suas competições pelo mesmo período.
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Twitter começa a testar no Brasil agregador de notícias populares
O Twitter começou a testar no Brasil, na noite desta terça-feira (25), uma nova ferramenta no seu aplicativo para smartphones e tablets: um agregador de notícias. Com o novo serviço, chamado News, o usuário não vai mais precisar buscar as notícias em meio aos tuítes dos amigos e das personalidades que segue. Reportagens populares estarão reunidas em um mesmo lugar, que poderá ser acessado por um botão localizado ao lado dos usados para abrir a linha do tempo e ver as notificações. Não é preciso seguir nenhum meio de comunicação para usar a ferramenta: as notícias de veículos mais conhecidos e que receberem mais comentários, curtidas e retuítes serão selecionadas automaticamente pelo app. Na nova função, as notícias vão aparecer em forma de manchetes. Ao clicar nelas, será possível ler um resumo do texto, além de poder acessar a matéria completa no navegador do próprio aplicativo. Também será possível ver se o mesmo assunto foi noticiado por outros meios de comunicação. "Nessa primeira versão, o app leva em conta o que está mais popular. No futuro, vai permitir que os usuários personalizem o que será mostrado de acordo com seus interesses", disse Rafael Dahis, gerente de produtos para mercados internacionais do Twitter à Folha. Segundo o Twitter, mais de 60% dos usuários no Brasil usam a rede social de mensagens curtas para se informar. Durante a fase de testes, nem todo mundo terá acesso à nova função. No Brasil, 20% dos usuários da rede social foram escolhidos ao acaso para começar a usar a ferramenta. O Brasil é o quarto país do mundo a receber o agregador de notícias. O Japão passou pelo período de testes e já tem o serviço disponível para todos os usuários. Índia e Estados Unidos também estão recebendo aos poucos a ferramenta. O aplicativo do Twitter está disponível para smartphones e tablets com sistema operacional iOS e Android. Essa não foi a única novidade anunciada pelo Twitter neste mês. A rede social já havia acabado com o limite de 140 caracteres em mensagens diretas.
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Twitter começa a testar no Brasil agregador de notícias popularesO Twitter começou a testar no Brasil, na noite desta terça-feira (25), uma nova ferramenta no seu aplicativo para smartphones e tablets: um agregador de notícias. Com o novo serviço, chamado News, o usuário não vai mais precisar buscar as notícias em meio aos tuítes dos amigos e das personalidades que segue. Reportagens populares estarão reunidas em um mesmo lugar, que poderá ser acessado por um botão localizado ao lado dos usados para abrir a linha do tempo e ver as notificações. Não é preciso seguir nenhum meio de comunicação para usar a ferramenta: as notícias de veículos mais conhecidos e que receberem mais comentários, curtidas e retuítes serão selecionadas automaticamente pelo app. Na nova função, as notícias vão aparecer em forma de manchetes. Ao clicar nelas, será possível ler um resumo do texto, além de poder acessar a matéria completa no navegador do próprio aplicativo. Também será possível ver se o mesmo assunto foi noticiado por outros meios de comunicação. "Nessa primeira versão, o app leva em conta o que está mais popular. No futuro, vai permitir que os usuários personalizem o que será mostrado de acordo com seus interesses", disse Rafael Dahis, gerente de produtos para mercados internacionais do Twitter à Folha. Segundo o Twitter, mais de 60% dos usuários no Brasil usam a rede social de mensagens curtas para se informar. Durante a fase de testes, nem todo mundo terá acesso à nova função. No Brasil, 20% dos usuários da rede social foram escolhidos ao acaso para começar a usar a ferramenta. O Brasil é o quarto país do mundo a receber o agregador de notícias. O Japão passou pelo período de testes e já tem o serviço disponível para todos os usuários. Índia e Estados Unidos também estão recebendo aos poucos a ferramenta. O aplicativo do Twitter está disponível para smartphones e tablets com sistema operacional iOS e Android. Essa não foi a única novidade anunciada pelo Twitter neste mês. A rede social já havia acabado com o limite de 140 caracteres em mensagens diretas.
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Congresso pode funcionar até fim do ano para aprovar reforma, diz Renan
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (5) que poderá manter o Congresso Nacional em funcionamento até o fim de dezembro para viabilizar a aprovação da reforma política. Para o senador, a mudança no sistema político brasileiro é urgente e as urnas, no primeiro turno eleitoral ocorrido domingo (2), deram mais um sinal do esgotamento do atual modelo. "Há uma convicção generalizada que, ou nós mudamos o sistema eleitoral brasileiro, ou vamos para o Jim Jones, vamos para um suicídio coletivo. É preciso fazer uma profunda reforma na política, reinventar", afirmou Renan após se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários das duas Casas. No encontro, os parlamentares acertaram a formação de um grupo, com deputados e senador, para discutir o tema e "afinar" os discursos. Houve um compromisso, de ambos os lados, de pautar, sem demora, todas as propostas de reforma política que a outra Casa aprovar. Ficou agendada para 9 de novembro, no retorno do segundo turno, a votação no plenário do Senado de uma PEC que acaba com as coligações proporcionais, estabelece um sistema de federação para os partidos pequenos e delimita, ainda, um código de barreiras para os partidos. A proposta, de autoria dos senadores tucanos Aecio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), conta com apoio da maioria dos senadores. Já entre os deputados, encontra alguma resistência. O próprio presidente da Câmara acredita que, para acabar com as coligações proporcionais, seria necessário primeiro mudar o sistema de votação. "Eu defendo lista fechada ou mista. Encaixa com o sistema de financiamento e pode ser aprovado em lei", afirmou Maia. A intenção é que, enquanto o Senado aprecia a PEC das coligações, a Câmara avance em algum tema da reforma política por meio de um projeto de lei. Segundo Rodrigo Maia, será escolhido um relator, que vai estar sempre em contato com os senadores para alinhar os pontos da proposta. DOAÇÕES Para ambos os presidentes, o que fica claro passado o primeiro turno das eleições municipais deste ano, é a falta de espaço para a retomada do financiamento privado de campanhas eleitorais. O Supremo Tribunal Federal proibiu doações de empresas a candidatos e partidos em setembro de 2015. Neste ano, as campanhas foram financiadas apenas com doações de pessoas físicas e com o fundo partidário. "Não há espaço para o ressurgimento do financiamento de pessoa jurídica. A partir desse momento, temos que pensar que modelo pode se adequar a essa nova realidade. O que foi feito em 2016, foi arranjo de última hora, com fundo partidário, não tinha regra", afirmou Rodrigo Maia. "A doação privada dificilmente voltará. Esse é outro aprendizado que captamos das urnas. É fundamental ter uma regra mais clara em relação ao financiamento de pessoa física e com recursos públicos. Isso pode acontecer criando um fundo eleitoral", defendeu Renan. A ideia de um fundo eleitoral foi defendida na reunião pelo PSD, partido de Gilberto Kassab. A definição de onde seriam os recursos e como gerenciá-los se daria ao longo das futuras discussões. Segundo Renan, além da ideia do fundo e do sistema de votação em lista, os parlamentares defenderam diversos pontos de vista. "Muita gente que detém mandato, entende que em time que está ganhando não se mexe. Isso não é verdadeiro. A cada eleição a política perde mais".
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Congresso pode funcionar até fim do ano para aprovar reforma, diz RenanO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (5) que poderá manter o Congresso Nacional em funcionamento até o fim de dezembro para viabilizar a aprovação da reforma política. Para o senador, a mudança no sistema político brasileiro é urgente e as urnas, no primeiro turno eleitoral ocorrido domingo (2), deram mais um sinal do esgotamento do atual modelo. "Há uma convicção generalizada que, ou nós mudamos o sistema eleitoral brasileiro, ou vamos para o Jim Jones, vamos para um suicídio coletivo. É preciso fazer uma profunda reforma na política, reinventar", afirmou Renan após se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários das duas Casas. No encontro, os parlamentares acertaram a formação de um grupo, com deputados e senador, para discutir o tema e "afinar" os discursos. Houve um compromisso, de ambos os lados, de pautar, sem demora, todas as propostas de reforma política que a outra Casa aprovar. Ficou agendada para 9 de novembro, no retorno do segundo turno, a votação no plenário do Senado de uma PEC que acaba com as coligações proporcionais, estabelece um sistema de federação para os partidos pequenos e delimita, ainda, um código de barreiras para os partidos. A proposta, de autoria dos senadores tucanos Aecio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), conta com apoio da maioria dos senadores. Já entre os deputados, encontra alguma resistência. O próprio presidente da Câmara acredita que, para acabar com as coligações proporcionais, seria necessário primeiro mudar o sistema de votação. "Eu defendo lista fechada ou mista. Encaixa com o sistema de financiamento e pode ser aprovado em lei", afirmou Maia. A intenção é que, enquanto o Senado aprecia a PEC das coligações, a Câmara avance em algum tema da reforma política por meio de um projeto de lei. Segundo Rodrigo Maia, será escolhido um relator, que vai estar sempre em contato com os senadores para alinhar os pontos da proposta. DOAÇÕES Para ambos os presidentes, o que fica claro passado o primeiro turno das eleições municipais deste ano, é a falta de espaço para a retomada do financiamento privado de campanhas eleitorais. O Supremo Tribunal Federal proibiu doações de empresas a candidatos e partidos em setembro de 2015. Neste ano, as campanhas foram financiadas apenas com doações de pessoas físicas e com o fundo partidário. "Não há espaço para o ressurgimento do financiamento de pessoa jurídica. A partir desse momento, temos que pensar que modelo pode se adequar a essa nova realidade. O que foi feito em 2016, foi arranjo de última hora, com fundo partidário, não tinha regra", afirmou Rodrigo Maia. "A doação privada dificilmente voltará. Esse é outro aprendizado que captamos das urnas. É fundamental ter uma regra mais clara em relação ao financiamento de pessoa física e com recursos públicos. Isso pode acontecer criando um fundo eleitoral", defendeu Renan. A ideia de um fundo eleitoral foi defendida na reunião pelo PSD, partido de Gilberto Kassab. A definição de onde seriam os recursos e como gerenciá-los se daria ao longo das futuras discussões. Segundo Renan, além da ideia do fundo e do sistema de votação em lista, os parlamentares defenderam diversos pontos de vista. "Muita gente que detém mandato, entende que em time que está ganhando não se mexe. Isso não é verdadeiro. A cada eleição a política perde mais".
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Presidente da Colômbia oferece asilo a procuradora deposta da Venezuela
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou que a dissidente chavista e ex-procuradora da Venezuela Luisa Ortega Díaz está "sob proteção" de seu governo e receberá asilo caso solicite. Destituída de seu cargo no dia 5 de agosto, Luisa Ortega e seu marido, o deputado Germán Ferrer, deixaram o território venezuelano e chegaram a Bogotá na sexta-feira (18). Na véspera da fuga,  o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo regime de Nicolás Maduro, havia decretado a prisão de Ferrer, acusado de liderar uma rede de extorsão a empresários. A ex-funcionária e seu marido fugiram em lancha até Aruba e dali viajaram para a capital colombiana, segundo a emissora americana Univisión. Até o momento, as autoridades não especificaram o status migratório de Ortega, que tampouco se pronunciou sobre sua situação desde que chegou à Colômbia. O presidente Santos não detalhou os benefícios concedidos à ex-procuradora. Após chegar ao poder em 2010, Santos recompôs as relações bilaterais com a Venezuela e qualificou de "novo melhor amigo" o então presidente Hugo Chávez, padrinho político de Maduro, com quem até agora havia mantido uma relação estável. Mas diante das últimas decisões de Maduro, Santos acusou Maduro de levar a Venezuela para uma ditadura e apoiou as sanções econômicas dos Estados Unidos contra o ditador e outros dirigentes chavistas. 'RUPTURA CONSTITUCIONAL' Luisa Ortega se rebelou contra o governo Maduro no fim de março, quando denunciou uma "ruptura constitucional" na Venezuela a partir de decisões judiciais contra o Parlamento de maioria opositora. A ruptura definitiva ocorreu com o anúncio e a instalação da Assembleia Constituinte, que Maduro levou adiante para mudar a Constituição venezuelana no âmbito de protestos opositores, que deixaram mais de 120 mortos nos últimos quatro meses. O organismo, que goza de plenos poderes e foi eleito sem a participação de forças opositoras –que alegaram fraude durante o processo– destituiu Ortega. Além disso, as autoridades congelaram seus bens e proibiram a ex-procuradora de deixar a Venezuela. Além da ex-procuradora e seu marido, estão na Colômbia cinco magistrados venezuelanos nomeados em julho pelo Parlamento de maioria opositora, em uma ofensiva contra Maduro. Os juízes fugiram diante do assédio do governo Maduro, que desconsiderou a eleição da Corte Suprema e ordenou a detenção dos 33 magistrados nomeados, segundo Pedro José Troconis, um destes juízes.
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Presidente da Colômbia oferece asilo a procuradora deposta da VenezuelaO presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou que a dissidente chavista e ex-procuradora da Venezuela Luisa Ortega Díaz está "sob proteção" de seu governo e receberá asilo caso solicite. Destituída de seu cargo no dia 5 de agosto, Luisa Ortega e seu marido, o deputado Germán Ferrer, deixaram o território venezuelano e chegaram a Bogotá na sexta-feira (18). Na véspera da fuga,  o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo regime de Nicolás Maduro, havia decretado a prisão de Ferrer, acusado de liderar uma rede de extorsão a empresários. A ex-funcionária e seu marido fugiram em lancha até Aruba e dali viajaram para a capital colombiana, segundo a emissora americana Univisión. Até o momento, as autoridades não especificaram o status migratório de Ortega, que tampouco se pronunciou sobre sua situação desde que chegou à Colômbia. O presidente Santos não detalhou os benefícios concedidos à ex-procuradora. Após chegar ao poder em 2010, Santos recompôs as relações bilaterais com a Venezuela e qualificou de "novo melhor amigo" o então presidente Hugo Chávez, padrinho político de Maduro, com quem até agora havia mantido uma relação estável. Mas diante das últimas decisões de Maduro, Santos acusou Maduro de levar a Venezuela para uma ditadura e apoiou as sanções econômicas dos Estados Unidos contra o ditador e outros dirigentes chavistas. 'RUPTURA CONSTITUCIONAL' Luisa Ortega se rebelou contra o governo Maduro no fim de março, quando denunciou uma "ruptura constitucional" na Venezuela a partir de decisões judiciais contra o Parlamento de maioria opositora. A ruptura definitiva ocorreu com o anúncio e a instalação da Assembleia Constituinte, que Maduro levou adiante para mudar a Constituição venezuelana no âmbito de protestos opositores, que deixaram mais de 120 mortos nos últimos quatro meses. O organismo, que goza de plenos poderes e foi eleito sem a participação de forças opositoras –que alegaram fraude durante o processo– destituiu Ortega. Além disso, as autoridades congelaram seus bens e proibiram a ex-procuradora de deixar a Venezuela. Além da ex-procuradora e seu marido, estão na Colômbia cinco magistrados venezuelanos nomeados em julho pelo Parlamento de maioria opositora, em uma ofensiva contra Maduro. Os juízes fugiram diante do assédio do governo Maduro, que desconsiderou a eleição da Corte Suprema e ordenou a detenção dos 33 magistrados nomeados, segundo Pedro José Troconis, um destes juízes.
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Curso de educação precisa abordar melhor a didática, dizem especialistas
Os cursos superiores de educação no Brasil precisam ser repensados para melhorar a didática do professor em sala de aula —um dos problemas é que as aulas de pedagogia que formam docentes da educação básica possuem pouca abordagem prática. A conclusão é de especialistas em formação de professores que participaram da segunda mesa do Fórum Inovação Educativa 2, promovido pela Folha em parceria com a Fundação Telefônica Vivo nesta quarta-feira (24). Para Mário Ghio, vice-presidente do grupo educacional Kroton, uma das causas para a deficiências é a falta de autonomia de instituições de ensino na elaboração do currículo dos cursos de pedagogia. Segundo ele, as universidade particulares, que formam a maioria dos professores, ainda não possuem papel importante na elaboração de diretrizes na formação inicial de professores. "Embora as instituições públicas tenham cerca de 10% dos alunos de pedagogia e licenciatura, a maioria deles atua na área de pesquisa. E quem está dentro da sala de aula estudou em faculdade privada. Mas a faculdade não tem papel na discussão do curso", disse. Ghio acredita que o curso deveria ser alterado para que a didática fosse um dos pilares da formação. "Como é hoje, se o aluno nunca encontrou uma criança na vida, mas decorou a teoria de Piaget, não faz muita diferença", afirmou. O modelo usado para moldar os cursos de educação também foi criticado por Naomar Almeida Filho, reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia. Ele diz que os cursos deveriam abordar dificuldades regionais específicas. "Ser professor no interior da Bahia é uma atividade muito respeitada. Tem prestígio social, por isso a escolha da licenciatura na UFSB é altíssima. É muito diferente da periferia de uma cidade como São Paulo", disse. A integração entre as etapas de ensino também é essencial para melhorar a qualidade educacional no Brasil, segundo Almeida. Para ele, é preciso construir um modelo em que a universidade tenha um papel de responsabilidade na educação básica. Para Paula Carolei, coordenadora da graduação em design educacional da Unifesp, o mundo acadêmico ainda é muito resistente a mudanças na formação de docentes brasileiros. "Quando eu propus a criação do curso de design educacional, muita gente foi contra. Aprendi que para haver mudança, tem que criar um diálogo com os professores. Se eu simplesmente chegar de cima para baixo, os professores atuais não vão aceitar novas propostas".
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Curso de educação precisa abordar melhor a didática, dizem especialistasOs cursos superiores de educação no Brasil precisam ser repensados para melhorar a didática do professor em sala de aula —um dos problemas é que as aulas de pedagogia que formam docentes da educação básica possuem pouca abordagem prática. A conclusão é de especialistas em formação de professores que participaram da segunda mesa do Fórum Inovação Educativa 2, promovido pela Folha em parceria com a Fundação Telefônica Vivo nesta quarta-feira (24). Para Mário Ghio, vice-presidente do grupo educacional Kroton, uma das causas para a deficiências é a falta de autonomia de instituições de ensino na elaboração do currículo dos cursos de pedagogia. Segundo ele, as universidade particulares, que formam a maioria dos professores, ainda não possuem papel importante na elaboração de diretrizes na formação inicial de professores. "Embora as instituições públicas tenham cerca de 10% dos alunos de pedagogia e licenciatura, a maioria deles atua na área de pesquisa. E quem está dentro da sala de aula estudou em faculdade privada. Mas a faculdade não tem papel na discussão do curso", disse. Ghio acredita que o curso deveria ser alterado para que a didática fosse um dos pilares da formação. "Como é hoje, se o aluno nunca encontrou uma criança na vida, mas decorou a teoria de Piaget, não faz muita diferença", afirmou. O modelo usado para moldar os cursos de educação também foi criticado por Naomar Almeida Filho, reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia. Ele diz que os cursos deveriam abordar dificuldades regionais específicas. "Ser professor no interior da Bahia é uma atividade muito respeitada. Tem prestígio social, por isso a escolha da licenciatura na UFSB é altíssima. É muito diferente da periferia de uma cidade como São Paulo", disse. A integração entre as etapas de ensino também é essencial para melhorar a qualidade educacional no Brasil, segundo Almeida. Para ele, é preciso construir um modelo em que a universidade tenha um papel de responsabilidade na educação básica. Para Paula Carolei, coordenadora da graduação em design educacional da Unifesp, o mundo acadêmico ainda é muito resistente a mudanças na formação de docentes brasileiros. "Quando eu propus a criação do curso de design educacional, muita gente foi contra. Aprendi que para haver mudança, tem que criar um diálogo com os professores. Se eu simplesmente chegar de cima para baixo, os professores atuais não vão aceitar novas propostas".
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Um grave retrocesso
O Brasil ainda é referência internacional em saúde pública para países que buscam sistemas com equidade e integralidade, conforme afirmou inclusive o Banco Mundial. Isso a despeito de todas as dificuldades políticas, econômicas e sociais. A constatação alvissareira, porém, não condiz com a proposta do Ministério da Saúde de criar planos privados teoricamente mais acessíveis. O alvo seria o cidadão com rendimentos insuficientes para adquirir um plano nos moldes dos atuais com cobertura integral. Tal propositura busca reduzir o contingente de pessoas que depende exclusivamente do SUS. É mudança significativa em nosso modelo, priorizando o sistema suplementar em detrimento do público. Nas ideias até o momento apresentadas, a parte mais onerosa do sistema -ou seja, os procedimentos de alta complexidade, de maior impacto nas contas públicas e que são objetos da maioria dos processos judiciais- ficará unicamente a cargo do Estado. Essa fórmula se configura excelente negócio apenas às empresas, que aumentarão as fontes de lucro e terão riscos bem reduzidos. Essas propostas já levadas a um grupo de trabalho do Ministério da Saúde apontam para a formatação de dois modelos de plano: um somente ambulatorial, excluindo procedimentos de alta complexidade, como quimioterapia, urgências e emergências. O outro seria ambulatorial e com internação, mas exclui também alta complexidade, reduzindo a cobertura assistencial por meio da criação de novo rol de procedimentos. Prevê ainda a possibilidade de aumentar os prazos estipulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para consultas, internações e cirurgias; reajustes anuais baseados em planilhas de custos das empresas; e introdução de protocolos clínicos de uso obrigatório. Seria um grave retrocesso, pois segmentará a assistência à saúde, condição esta rejeitada quando da promulgação da lei nº 9.656/98. Com produtos assim, o consumidor não saberá exatamente o que está adquirindo, considerando os milhares de procedimentos hoje existentes na prática médica, além de avanços tecnológicos e científicos. Como lidar com as pessoas portadoras de uma determinada doença, em tratamento por meio de um plano de saúde, que, em um dado instante, apresentam complicações, exigindo procedimento que foi excluído? Deverão elas se dirigir ao SUS e percorrer um longo caminho até conseguir acesso? E quanto ao agravamento da condição de saúde nestas circunstâncias? A rede suplementar está inserida na Constituição Federal como parte integrante de nosso sistema de saúde e, portanto, tem responsabilidade com o atendimento integral aos cidadãos que dela dependem. Para o médico que vier a trabalhar nesse modelo, o exercício da profissão se tornará extremamente vulnerável, já que terá cerceada sua autonomia por imposição de "protocolos". Ele se verá na condição de ter limitada suas possibilidades de orientação pela exclusão contratual de inúmeros procedimentos. O cenário que se vislumbra é de enormes dificuldades para profissionais de saúde e consumidores, além de uma afronta aos direitos previstos na Legislação, no Código de Defesa do Consumidor e nas inúmeras resoluções norativas da ANS. Certamente haverá aumento de processos judiciais, implicando significativo número de pacientes que terão seus problemas de saúde dependendo de decisões judiciais. FLORISVAL MEINÃO, otorrinolaringologista, é presidente da Associação Paulista de Medicina PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Um grave retrocessoO Brasil ainda é referência internacional em saúde pública para países que buscam sistemas com equidade e integralidade, conforme afirmou inclusive o Banco Mundial. Isso a despeito de todas as dificuldades políticas, econômicas e sociais. A constatação alvissareira, porém, não condiz com a proposta do Ministério da Saúde de criar planos privados teoricamente mais acessíveis. O alvo seria o cidadão com rendimentos insuficientes para adquirir um plano nos moldes dos atuais com cobertura integral. Tal propositura busca reduzir o contingente de pessoas que depende exclusivamente do SUS. É mudança significativa em nosso modelo, priorizando o sistema suplementar em detrimento do público. Nas ideias até o momento apresentadas, a parte mais onerosa do sistema -ou seja, os procedimentos de alta complexidade, de maior impacto nas contas públicas e que são objetos da maioria dos processos judiciais- ficará unicamente a cargo do Estado. Essa fórmula se configura excelente negócio apenas às empresas, que aumentarão as fontes de lucro e terão riscos bem reduzidos. Essas propostas já levadas a um grupo de trabalho do Ministério da Saúde apontam para a formatação de dois modelos de plano: um somente ambulatorial, excluindo procedimentos de alta complexidade, como quimioterapia, urgências e emergências. O outro seria ambulatorial e com internação, mas exclui também alta complexidade, reduzindo a cobertura assistencial por meio da criação de novo rol de procedimentos. Prevê ainda a possibilidade de aumentar os prazos estipulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para consultas, internações e cirurgias; reajustes anuais baseados em planilhas de custos das empresas; e introdução de protocolos clínicos de uso obrigatório. Seria um grave retrocesso, pois segmentará a assistência à saúde, condição esta rejeitada quando da promulgação da lei nº 9.656/98. Com produtos assim, o consumidor não saberá exatamente o que está adquirindo, considerando os milhares de procedimentos hoje existentes na prática médica, além de avanços tecnológicos e científicos. Como lidar com as pessoas portadoras de uma determinada doença, em tratamento por meio de um plano de saúde, que, em um dado instante, apresentam complicações, exigindo procedimento que foi excluído? Deverão elas se dirigir ao SUS e percorrer um longo caminho até conseguir acesso? E quanto ao agravamento da condição de saúde nestas circunstâncias? A rede suplementar está inserida na Constituição Federal como parte integrante de nosso sistema de saúde e, portanto, tem responsabilidade com o atendimento integral aos cidadãos que dela dependem. Para o médico que vier a trabalhar nesse modelo, o exercício da profissão se tornará extremamente vulnerável, já que terá cerceada sua autonomia por imposição de "protocolos". Ele se verá na condição de ter limitada suas possibilidades de orientação pela exclusão contratual de inúmeros procedimentos. O cenário que se vislumbra é de enormes dificuldades para profissionais de saúde e consumidores, além de uma afronta aos direitos previstos na Legislação, no Código de Defesa do Consumidor e nas inúmeras resoluções norativas da ANS. Certamente haverá aumento de processos judiciais, implicando significativo número de pacientes que terão seus problemas de saúde dependendo de decisões judiciais. FLORISVAL MEINÃO, otorrinolaringologista, é presidente da Associação Paulista de Medicina PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Alma dos Smiths, Johnny Marr cobra posição política de artistas e prepara álbum inédito
Se as letras de Morrissey eram o coração melancólico dos Smiths, os riffs de Johnny Marr foram a alma frenética do grupo. Sua guitarra ficou tão associada às melodias da banda que só agora, 27 anos após o fim do quarteto, Marr conseguiu sair da sombra de seu antigo conjunto e recuperar na carreira solo seu intenso ritmo de produção na década de 1980. Após se apresentar no Lollapalooza em 2014, o guitarrista volta a São Paulo para um show gratuito, neste domingo (21), no Festival Cultura Inglesa, parte da turnê de seu segundo disco solo, "Playland", lançado em 2014. "The Messenger", o primeiro sozinho, saiu um ano antes. De 1987 até 2013, no entanto, Marr fez muitas colaborações: tocou no Modest Mouse, deu uma palhinha no álbum "Naked", do Talking Heads, e participou do último disco do ex-Oasis Noel Gallagher, por exemplo. Em entrevista à Folha, por telefone, Marr diz que já tem algumas canções prontas para o terceiro álbum, ainda sem data. Ao mesmo tempo, também escreve uma autobiografia, que deve ser lançada em 2016 pela editora Century. "Estive tão ocupado trabalhando desde a adolescência que nunca tinha sentado e tirado um tempo para refletir sobre mim mesmo. Escrever fez com que eu me centrasse na minha própria vida." Garoto prodígio do rock, Marr, hoje aos 51, começou a tocar com os Smiths aos 17 anos. Tinha apenas 23 quando a banda acabou. Ainda muito jovem, ele já havia criado clássicos como "There's a Light That Never Goes Out" e "Meat Is Murder". Seria um superdotado? Marr nega. "É uma questão de habilidades", resume. Se "sempre soube que tinha algum jeito com a guitarra", porque amigos "costumavam mandar letras" para ele musicar, por outro lado, ele nunca conseguiu "subir em uma árvore ou escalar um muro". MORRISSEY Enquanto sua lista de livros de cabeceira inclui títulos sobre o arquiteto Le Corbusier, o pintor Paul Klee e a vertente inglesa da Bauhaus, a autobiografia de Morrissey, best-seller lançado em 2013, está fora da estante. "Tenho uma fila de livros para ler, não sei vocês", resumiu ao jornal "Guardian", em março. Hoje, quando se deita para dormir, ele diz que não "pensa na vida e na morte", como na letra de "Nowhere Fast", mas em "deixar os fãs orgulhosos". Ao repassar a trajetória, sabe que teve "uma vida bastante incomum" para um rockstar precoce. "Fiquei famoso muito cedo e só lancei álbuns solo agora. Geralmente estou na banda de alguém, mas posso dizer que agora estou feliz por não estar compondo para os outros." Vegetariano desde 1983 e vegano –não consome derivados de animais– desde 2005, Marr é um homem que levanta muitas bandeiras. "Temos um longo caminho até as pessoas terem consciência de como a nossa alimentação afeta o clima. São séculos de desinformação", diz. "Podemos viver perfeitamente no mundo moderno sem carne. Sou um ótimo exemplo. Não como carne desde a adolescência e corro cerca de 8 km por semana." CAMERON Outra causa que o guitarrista defende, desde os 1980, é a crítica social à esquerda. "O socialismo é sobre ser justo. As pessoas não têm mais consciência dos próprios direitos a serviços básicos como saúde, educação", afirma. "Se as estrelas do pop, atores e músicos não se posicionarem nessas questões, então quem vai? É um trabalho dos artistas." Em 2010, ele passou o pito no primeiro-ministro David Cameron –que usava músicas dos Smiths em inserções na rádio–e pediu que ele parasse de dizer que gostava da banda. Repetiu a bronca em janeiro, quando o político posou vestindo uma camiseta com uma foto do grupo. "Não posso permitir que esse primeiro-ministro capitalista apareça por aí com a camiseta da minha banda", afirma ele. "Os políticos acham que todos são estúpidos." JOHNNY MARR NO FESTIVAL CULTURA INGLESA QUANDO domingo (21), portões abrem às 12h; Johnny Marr se apresenta às 19h, Gaby Amarantos às 17h e o The Strypes, às 15h ONDE Memorial da América Latina, av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. (11) 3823-4600 QUANTO grátis (com retirada antecipada até 20/6); mais informações no site do evento GRANDES RIFFS - O que a guitarra de Johnny Marr já criou desde os 80 'How Soon Is Now?' Melodias grudentas e nada convencionais chegam ao ápice nessa canção que completa 30 anos em 2015 howsoon Electronic Com Bernard Sumner, do Joy Division e New Order, Johnny Marr lançou três discos na década de 1990 com batidas eletrônicas electronic The Messenger O primeiro álbum solo de Marr, lançado em 2013, prova que a criatividade do guitarrista evoluiu desde os anos 1980 messenger
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Alma dos Smiths, Johnny Marr cobra posição política de artistas e prepara álbum inéditoSe as letras de Morrissey eram o coração melancólico dos Smiths, os riffs de Johnny Marr foram a alma frenética do grupo. Sua guitarra ficou tão associada às melodias da banda que só agora, 27 anos após o fim do quarteto, Marr conseguiu sair da sombra de seu antigo conjunto e recuperar na carreira solo seu intenso ritmo de produção na década de 1980. Após se apresentar no Lollapalooza em 2014, o guitarrista volta a São Paulo para um show gratuito, neste domingo (21), no Festival Cultura Inglesa, parte da turnê de seu segundo disco solo, "Playland", lançado em 2014. "The Messenger", o primeiro sozinho, saiu um ano antes. De 1987 até 2013, no entanto, Marr fez muitas colaborações: tocou no Modest Mouse, deu uma palhinha no álbum "Naked", do Talking Heads, e participou do último disco do ex-Oasis Noel Gallagher, por exemplo. Em entrevista à Folha, por telefone, Marr diz que já tem algumas canções prontas para o terceiro álbum, ainda sem data. Ao mesmo tempo, também escreve uma autobiografia, que deve ser lançada em 2016 pela editora Century. "Estive tão ocupado trabalhando desde a adolescência que nunca tinha sentado e tirado um tempo para refletir sobre mim mesmo. Escrever fez com que eu me centrasse na minha própria vida." Garoto prodígio do rock, Marr, hoje aos 51, começou a tocar com os Smiths aos 17 anos. Tinha apenas 23 quando a banda acabou. Ainda muito jovem, ele já havia criado clássicos como "There's a Light That Never Goes Out" e "Meat Is Murder". Seria um superdotado? Marr nega. "É uma questão de habilidades", resume. Se "sempre soube que tinha algum jeito com a guitarra", porque amigos "costumavam mandar letras" para ele musicar, por outro lado, ele nunca conseguiu "subir em uma árvore ou escalar um muro". MORRISSEY Enquanto sua lista de livros de cabeceira inclui títulos sobre o arquiteto Le Corbusier, o pintor Paul Klee e a vertente inglesa da Bauhaus, a autobiografia de Morrissey, best-seller lançado em 2013, está fora da estante. "Tenho uma fila de livros para ler, não sei vocês", resumiu ao jornal "Guardian", em março. Hoje, quando se deita para dormir, ele diz que não "pensa na vida e na morte", como na letra de "Nowhere Fast", mas em "deixar os fãs orgulhosos". Ao repassar a trajetória, sabe que teve "uma vida bastante incomum" para um rockstar precoce. "Fiquei famoso muito cedo e só lancei álbuns solo agora. Geralmente estou na banda de alguém, mas posso dizer que agora estou feliz por não estar compondo para os outros." Vegetariano desde 1983 e vegano –não consome derivados de animais– desde 2005, Marr é um homem que levanta muitas bandeiras. "Temos um longo caminho até as pessoas terem consciência de como a nossa alimentação afeta o clima. São séculos de desinformação", diz. "Podemos viver perfeitamente no mundo moderno sem carne. Sou um ótimo exemplo. Não como carne desde a adolescência e corro cerca de 8 km por semana." CAMERON Outra causa que o guitarrista defende, desde os 1980, é a crítica social à esquerda. "O socialismo é sobre ser justo. As pessoas não têm mais consciência dos próprios direitos a serviços básicos como saúde, educação", afirma. "Se as estrelas do pop, atores e músicos não se posicionarem nessas questões, então quem vai? É um trabalho dos artistas." Em 2010, ele passou o pito no primeiro-ministro David Cameron –que usava músicas dos Smiths em inserções na rádio–e pediu que ele parasse de dizer que gostava da banda. Repetiu a bronca em janeiro, quando o político posou vestindo uma camiseta com uma foto do grupo. "Não posso permitir que esse primeiro-ministro capitalista apareça por aí com a camiseta da minha banda", afirma ele. "Os políticos acham que todos são estúpidos." JOHNNY MARR NO FESTIVAL CULTURA INGLESA QUANDO domingo (21), portões abrem às 12h; Johnny Marr se apresenta às 19h, Gaby Amarantos às 17h e o The Strypes, às 15h ONDE Memorial da América Latina, av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. (11) 3823-4600 QUANTO grátis (com retirada antecipada até 20/6); mais informações no site do evento GRANDES RIFFS - O que a guitarra de Johnny Marr já criou desde os 80 'How Soon Is Now?' Melodias grudentas e nada convencionais chegam ao ápice nessa canção que completa 30 anos em 2015 howsoon Electronic Com Bernard Sumner, do Joy Division e New Order, Johnny Marr lançou três discos na década de 1990 com batidas eletrônicas electronic The Messenger O primeiro álbum solo de Marr, lançado em 2013, prova que a criatividade do guitarrista evoluiu desde os anos 1980 messenger
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Em duelo de brasileiros, Leandrinho leva a melhor e Warriors vencem
No duelo entre os brasileiros Leandrinho e Raulzinho, o ala/armador do Golden State Warrios levou a melhor e ajudou o seu time vencer o Utah Jazz por 103 a 85, em casa, pela temporada regular da NBA. Com a vitória, o Golden State Warriors continua na liderança isolada da Conferência Oeste e possui a melhor campanha da competição. O atual campeão tem 27 vitórias em 28 jogos. O San Antonio Spurs, segundo colocado na conferência, venceu 25 das 30 partidas já disputadas. Já o Utah Jazz continua na oitava posição com 12 vitórias e 15 derrotas. Leandrinho começou no banco de reservas e atuou pouco mais de 15 minutos. Ele marcou oito pontos, deu uma assistência e pegou dois rebotes. Companheiro do brasileiro, Klay Thompson foi o cestinha da partida com 20 pontos. Já Raulzinho começou como titular e atuou praticamente o mesmo tempo do compatriota. Ele anotou dois pontos e pegou dois rebotes. SPLITTER Já Tiago Splitter ajudou sua equipe, o Atlanta Hawks, na vitória sobre o Detroit Pistons por 107 a 100, em casa. Splitter, que começou no banco de reservas e jogou por pouco mais de 19 minutos, marcou 11 pontos, pegou quatro rebotes e deu uma assistência. Com a vitória, a quinta consecutiva, o Atlanta Hawks pulou para a segunda colocação da Conferência Leste. O time, que tem 19 triunfos em 31 jogos, está atrás do Cleveland Cavaliers, que conta com o brasileiro Anderson Varejão.
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Em duelo de brasileiros, Leandrinho leva a melhor e Warriors vencemNo duelo entre os brasileiros Leandrinho e Raulzinho, o ala/armador do Golden State Warrios levou a melhor e ajudou o seu time vencer o Utah Jazz por 103 a 85, em casa, pela temporada regular da NBA. Com a vitória, o Golden State Warriors continua na liderança isolada da Conferência Oeste e possui a melhor campanha da competição. O atual campeão tem 27 vitórias em 28 jogos. O San Antonio Spurs, segundo colocado na conferência, venceu 25 das 30 partidas já disputadas. Já o Utah Jazz continua na oitava posição com 12 vitórias e 15 derrotas. Leandrinho começou no banco de reservas e atuou pouco mais de 15 minutos. Ele marcou oito pontos, deu uma assistência e pegou dois rebotes. Companheiro do brasileiro, Klay Thompson foi o cestinha da partida com 20 pontos. Já Raulzinho começou como titular e atuou praticamente o mesmo tempo do compatriota. Ele anotou dois pontos e pegou dois rebotes. SPLITTER Já Tiago Splitter ajudou sua equipe, o Atlanta Hawks, na vitória sobre o Detroit Pistons por 107 a 100, em casa. Splitter, que começou no banco de reservas e jogou por pouco mais de 19 minutos, marcou 11 pontos, pegou quatro rebotes e deu uma assistência. Com a vitória, a quinta consecutiva, o Atlanta Hawks pulou para a segunda colocação da Conferência Leste. O time, que tem 19 triunfos em 31 jogos, está atrás do Cleveland Cavaliers, que conta com o brasileiro Anderson Varejão.
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Eletrobras diz que usina nuclear brasileira é segura
A leitora Maria Cecilia Rios alega que as usinas nucleares "não têm previsão nem cuidados técnicos eficientes". Quanto à "previsão", não fica claro a que se refere, mas é bom destacar que as usinas nucleares brasileiras não dependem de chuvas para funcionar. Quanto aos "cuidados técnicos", imaginamos que sua preocupação seja com a eficiência e a segurança. As duas usinas nucleares, Angra 1 e 2, forneceram no ano passado ao Sistema Interligado Nacional energia capaz de atender, ao mesmo tempo, aos consumidores do Distrito Federal e dos estados de Mato Grosso do Sul e Sergipe, durante um ano. Possuem sistemas que garantem o desligamento seguro em caso de emergência — procedimentos fiscalizados e controlados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), considerando padrões estabelecidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Os "cuidados técnicos" brasileiros são idênticos àqueles aplicados pela indústria nuclear mundial, sendo auditados tanto pela AIEA como pela Associação Mundial de Operadores Nucleares (WANO), além da CNEN. GLORIA ALVAREZ, coordenadora de relacionamento com a mídia da Eletrobras Eletronuclear (Rio de Janeiro, RJ) * Concordo plenamente com o tema desenvolvido no editorial, tomando a liberdade de acrescentar que a contribuição do setor elétrico nacional é fundamental para alavancar o crescimento econômico. É preciso oferecer energia a preços compatíveis com os custos de produção de bens e insumos tão necessários para geração de emprego, renda, poupança e investimentos. As principais dificuldades do setor elétrico nacional, agravadas pela pior série pluviométrica para a região Sudeste, maior centro de carga do país, exigirão do governo transparência absoluta e ações práticas que vão muito além de estender o horário de verão por mais 30 dias. Hélio Pilnik, economista (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Eletrobras diz que usina nuclear brasileira é seguraA leitora Maria Cecilia Rios alega que as usinas nucleares "não têm previsão nem cuidados técnicos eficientes". Quanto à "previsão", não fica claro a que se refere, mas é bom destacar que as usinas nucleares brasileiras não dependem de chuvas para funcionar. Quanto aos "cuidados técnicos", imaginamos que sua preocupação seja com a eficiência e a segurança. As duas usinas nucleares, Angra 1 e 2, forneceram no ano passado ao Sistema Interligado Nacional energia capaz de atender, ao mesmo tempo, aos consumidores do Distrito Federal e dos estados de Mato Grosso do Sul e Sergipe, durante um ano. Possuem sistemas que garantem o desligamento seguro em caso de emergência — procedimentos fiscalizados e controlados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), considerando padrões estabelecidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Os "cuidados técnicos" brasileiros são idênticos àqueles aplicados pela indústria nuclear mundial, sendo auditados tanto pela AIEA como pela Associação Mundial de Operadores Nucleares (WANO), além da CNEN. GLORIA ALVAREZ, coordenadora de relacionamento com a mídia da Eletrobras Eletronuclear (Rio de Janeiro, RJ) * Concordo plenamente com o tema desenvolvido no editorial, tomando a liberdade de acrescentar que a contribuição do setor elétrico nacional é fundamental para alavancar o crescimento econômico. É preciso oferecer energia a preços compatíveis com os custos de produção de bens e insumos tão necessários para geração de emprego, renda, poupança e investimentos. As principais dificuldades do setor elétrico nacional, agravadas pela pior série pluviométrica para a região Sudeste, maior centro de carga do país, exigirão do governo transparência absoluta e ações práticas que vão muito além de estender o horário de verão por mais 30 dias. Hélio Pilnik, economista (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Veja última apresentação de Cristiano Araújo
Saiba mais em http://f5.folha.uol.com.br/
tv
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Desenvolvedores explicam por que é complicado criar para o Apple Watch
Faz três meses que o Apple Watch foi lançado e, por mais que não saibamos quantos reloginhos foram vendidos, tem um monte de aplicativos pra eles. Target. American Airlines. Twitter. CNN. A gente sabe que a Apple é excelente nisso de convencer desenvolvedores a criarem apps para seus novos produtos. A empresa domina o mercado dos smartwatches, de acordo com analistas; deixou para trás o queridinho indie Pebble, o Samsung Gear e os relógios com o sistema Android Wear, como o Moto 360. Ao mesmo tempo, falta ao Apple Watch o tal "app matador" –aquele lance que melhora tanto a sua vida a ponto de valer o custo de no mínimo US$ 350 (cerca de R$ 1.200) do aparelho. Parte disso se deve ao fato de que os desenvolvedores estão descobrindo como as pessoas usam o bendito relógio. Existe um aplicativo para o Instagram, por exemplo, mas não para o Facebook. "Não sei se conseguiríamos colocar tudo ali de uma forma que ficasse satisfatória", afirmou um gerente de produtos do Facebook ao "The New York Times" nesta semana. LIMITAÇÕES Uma interação com seu Apple Watch ou qualquer dispositivo vestível deveria levar quatro segundos, em média, de acordo com Sean White, presidente-executivo do BrightSky Labs, responsável pelo 10app, aplicativo que funciona como controle remoto para a sua GoPro. "Eu diria que está cedo ainda para os desenvolvedores compreenderem o que significa criar uma interface para o usuário do relógio e cedo para que a Apple saiba o que fornecer em termos de infraestrutura", afirmou White ao Motherboard. Um aplicativo do Apple Watch leva tanto tempo e grana para ser desenvolvido quanto um para iPhone, ou seja, pode custar de US$ 10 mil a US$ 50 mil, dependendo da complexidade. Os desenvolvedores podem não estar prontos para investir em um aparelho tão novo e com um mercado tão pequeno –já na casa dos milhões, se o chutômetro estiver correto. Desenvolvedores e consumidores também podem se sentir menos inclinados a aderir ao produto por causa de suas limitações: lentidão, restrições de design e o fato de que ele tem que ser emparelhado com um aplicativo de iPhone. Muito disso melhorará na segunda versão de seu sistema operacional mas, neste momento, a experiência nem sempre é das melhores. Então o que seria preciso para termos mais aplicativos no Apple Watch? Faz sentido mesmo colocar aplicativos em um relógio? Para responder as dúvidas, conversamos com três desenvolvedores diferentes sobre como é trabalhar na criação de aplicativos que rodam em um dispositivo desconhecido, caro e minúsculo. Você tem um Apple Watch? Sean White [10app]: Estou usando o meu agora. Rola um relógio exclusivo para desenvolvedores. Se você ver na rua um modelo Sport com pulseira azul, possivelmente é um desses. Pam Selle [aplicativo de segurança do lar, não-divulgado]: Não. Programo no Mac, mas não tenho um iPhone ou Apple Watch. Quis criar para eles porque muitas pessoas os usam. Boris Bügling [Brew]: Sim. Uso-o para ver as notificações e controlar o aplicativo de música em meu celular. Estou satisfeito. É um produto de primeira geração bastante caprichado. E qual sua opinião sobre ele? Bügling: O maior problema até então é o funcionamento dos aplicativos de terceiros. Em comparação aos aplicativos da Apple, que rodam direto no relógio, os outros rodam no iPhone, e o relógio serve como display externo com algumas interações. Como a comunicação se dá por Bluetooth de baixa tensão, é lenta e nada confiável. Além disso, ela ocorre com cada pressionar de botão. Isso torna os aplicativos meio que inúteis, porque demoram demais para funcionarem ou serem utilizados. Isso deve ser resolvido em grande parte com o novo WatchOS 2 no outono, que permitirá aos desenvolvedores criarem aplicativos que rodarão direto no relógio, com o mesmo desempenho e usabilidade dos apps da Apple. Quais os desafios de design exclusivos do Apple Watch? Selle: Em linhas gerais, há uma dose alta de restrições no design da Apple, especialmente com o Apple Watch, que restringe como você pode dispor seu aplicativo. Tive que seguir uma série de regras bem rígidas quanto ao visual do app, o que foi bem complicado. Achei-o mais limitador que o iPhone. Simplesmente não podia colocar um botão onde quisesse. Haviam áreas em que poderia instalá-los. Além disso, o texto teria que ter um tamanho certo e estar em determina área. Tudo muito limitador. White: É o tal "problema do dedo gordo". Se você coloca o dedo no relógio, cobre quase que 30% do espaço de interação. Este não é um problema específico do Apple Watch e sim de qualquer relógio. Por isso a coroa é usada como interface. Bügling: Espaço muito pequeno na tela e tempo limitado para interações já que não é muito conveniente ficar mexendo num relógio por muito tempo. Também há problemas com a inserção de dados, já que não há teclado e ditar não é algo que os usuários sempre queiram fazer. Falta de conectividade direta também é um desafio: ao passo em que o Apple Watch tem suporte à wi-fi e conectará a qualquer rede conhecida, ele precisa do iPhone para conexões móveis e para conectar a novas redes wi-fi pela primeira vez. Isso significa que é mais importante do que nunca pensar no uso offline de um aplicativo. Por que não existem mais aplicativos fodas para o Apple Watch e, por outro lado, mais usuários? White: Acredito que em parte isso ocorra porque as pessoas demoram a se acostumar com a interação com algo em seu pulso. Nos anos 90, as pessoas andavam com um celular, uma agenda eletrônica e algo para ouvir músicas. Eram três aparelhos diferentes que convergiram porque o espaço é limitado. Da mesma forma, você vê gente com FitBits e pulseiras e um telefone e um relógio. Minha noção é de que tudo converge. Vemos muitas evidências disso agora, no sentido de que as pessoas tiram o telefone do bolso cada vez menos. A promessa dos dispositivos vestíveis é que cada vez mais prestaremos atenção ao mundo que nos cerca. Selle: Creio que a plataforma em si seja muito limitada. Fiquei bastante surpreso quando vi o tanto de trabalho que dava comunicar dados entre o aplicativo no celular e o Apple Watch. Era de se esperar que essa funcionalidade já estivesse ali de cara. Acho que os entusiastas e indies realmente ampliam a plataforma e fazem muita coisa bacana, mas levando em conta o trabalho exigido para se levar um aplicativo preexistente ao Apple Watch e suas limitações, não é tão interativo assim. É mais uma tela externa do seu celular. Se qualquer coisa mais importante acontecer, você terá que pegar o telefone. Isso impediu as pessoas de irem além mesmo. Talvez se o preço cair, vejamos mais coisas rolando. Um Pebble custa menos de US$ 100, com código aberto e totalmente hackeável. Quando ocorre algo de interessante ou criativo, é no Pebble. Bügling: Creio que um dos principais problemas é a experiência terrível com aplicativos de terceiros por conta de questões de desempenho. Isso faz com que muitos apps simplesmente não sejam viáveis porque os usuários não esperariam pelos constantes atrasos. Mas claro que há também o fator da base limitada. As pessoas não querem pagar por aplicativos em seus celulares, o que complica justificar o desenvolvimento para um mercado ainda menor. Penso que a atual falta de aplicativos tem mais a ver com questões técnicas e limitações da primeira versão do watchOS. Parece bem claro que a Apple focou nos aplicativos que já vem com ele, deixando uma solução meio cagada nas mãos dos desenvolvedores. Acho que a nova versão solucionará estes problemas. Vocês acham que é uma boa interface para aplicativos? Bügling: Os aplicativos que funcionam bem tem que estar realmente voltados para seus problemas, já que é bem chato mexer em um relógio por mais que um minuto. Isso é algo que a Apple reforça bastante em suas diretrizes. Alguns exemplos que creio funcionarem bem: TransitHopper, que mostra as principais conexões no trânsito próximas a você e que te levarão para casa rapidinho. Os aplicativos de música e a própria Apple TV também são legais. O aplicativo do Uber que permite chamar um carro com um único toque é outro bom. O que funciona melhor são essas interações rápidas, com poucas informações passadas num piscar de olhos. White: Sim. Mas não creio que, da mesma forma que você nunca meteria o iMovie no celular, deveria pegar um aplicativo iOS e meter no relógio. Muitos desses aparelhos vestíveis são feitos para serem micro-interações, coisas que levam segundos por vez. Você não vai parar ali e assistir 15 filmes no seu relógio. Selle: Minha opinião pessoal é que não. É um lance da Apple, então as pessoas vão tentar tirar o melhor dali e fazer coisas interessantes com ele... Mas quando dei uma olhada nele, ao menos na sua primeira versão, me parecia mesmo um monitor externo para celular, o que não é lá muito atraente. Quando penso no futuro, não penso nisso. As entrevistas foram resumidas e editadas para fins de clareza. As entrevistas com White e Selle ocorreram por telefone, já a com Bügling foi realizada via email. Tradução de THIAGO 'ÍNDIO' SILVA Leia no site da Vice: Desenvolvedores explicam por que é complicado criar para o Apple Watch
vice
Desenvolvedores explicam por que é complicado criar para o Apple WatchFaz três meses que o Apple Watch foi lançado e, por mais que não saibamos quantos reloginhos foram vendidos, tem um monte de aplicativos pra eles. Target. American Airlines. Twitter. CNN. A gente sabe que a Apple é excelente nisso de convencer desenvolvedores a criarem apps para seus novos produtos. A empresa domina o mercado dos smartwatches, de acordo com analistas; deixou para trás o queridinho indie Pebble, o Samsung Gear e os relógios com o sistema Android Wear, como o Moto 360. Ao mesmo tempo, falta ao Apple Watch o tal "app matador" –aquele lance que melhora tanto a sua vida a ponto de valer o custo de no mínimo US$ 350 (cerca de R$ 1.200) do aparelho. Parte disso se deve ao fato de que os desenvolvedores estão descobrindo como as pessoas usam o bendito relógio. Existe um aplicativo para o Instagram, por exemplo, mas não para o Facebook. "Não sei se conseguiríamos colocar tudo ali de uma forma que ficasse satisfatória", afirmou um gerente de produtos do Facebook ao "The New York Times" nesta semana. LIMITAÇÕES Uma interação com seu Apple Watch ou qualquer dispositivo vestível deveria levar quatro segundos, em média, de acordo com Sean White, presidente-executivo do BrightSky Labs, responsável pelo 10app, aplicativo que funciona como controle remoto para a sua GoPro. "Eu diria que está cedo ainda para os desenvolvedores compreenderem o que significa criar uma interface para o usuário do relógio e cedo para que a Apple saiba o que fornecer em termos de infraestrutura", afirmou White ao Motherboard. Um aplicativo do Apple Watch leva tanto tempo e grana para ser desenvolvido quanto um para iPhone, ou seja, pode custar de US$ 10 mil a US$ 50 mil, dependendo da complexidade. Os desenvolvedores podem não estar prontos para investir em um aparelho tão novo e com um mercado tão pequeno –já na casa dos milhões, se o chutômetro estiver correto. Desenvolvedores e consumidores também podem se sentir menos inclinados a aderir ao produto por causa de suas limitações: lentidão, restrições de design e o fato de que ele tem que ser emparelhado com um aplicativo de iPhone. Muito disso melhorará na segunda versão de seu sistema operacional mas, neste momento, a experiência nem sempre é das melhores. Então o que seria preciso para termos mais aplicativos no Apple Watch? Faz sentido mesmo colocar aplicativos em um relógio? Para responder as dúvidas, conversamos com três desenvolvedores diferentes sobre como é trabalhar na criação de aplicativos que rodam em um dispositivo desconhecido, caro e minúsculo. Você tem um Apple Watch? Sean White [10app]: Estou usando o meu agora. Rola um relógio exclusivo para desenvolvedores. Se você ver na rua um modelo Sport com pulseira azul, possivelmente é um desses. Pam Selle [aplicativo de segurança do lar, não-divulgado]: Não. Programo no Mac, mas não tenho um iPhone ou Apple Watch. Quis criar para eles porque muitas pessoas os usam. Boris Bügling [Brew]: Sim. Uso-o para ver as notificações e controlar o aplicativo de música em meu celular. Estou satisfeito. É um produto de primeira geração bastante caprichado. E qual sua opinião sobre ele? Bügling: O maior problema até então é o funcionamento dos aplicativos de terceiros. Em comparação aos aplicativos da Apple, que rodam direto no relógio, os outros rodam no iPhone, e o relógio serve como display externo com algumas interações. Como a comunicação se dá por Bluetooth de baixa tensão, é lenta e nada confiável. Além disso, ela ocorre com cada pressionar de botão. Isso torna os aplicativos meio que inúteis, porque demoram demais para funcionarem ou serem utilizados. Isso deve ser resolvido em grande parte com o novo WatchOS 2 no outono, que permitirá aos desenvolvedores criarem aplicativos que rodarão direto no relógio, com o mesmo desempenho e usabilidade dos apps da Apple. Quais os desafios de design exclusivos do Apple Watch? Selle: Em linhas gerais, há uma dose alta de restrições no design da Apple, especialmente com o Apple Watch, que restringe como você pode dispor seu aplicativo. Tive que seguir uma série de regras bem rígidas quanto ao visual do app, o que foi bem complicado. Achei-o mais limitador que o iPhone. Simplesmente não podia colocar um botão onde quisesse. Haviam áreas em que poderia instalá-los. Além disso, o texto teria que ter um tamanho certo e estar em determina área. Tudo muito limitador. White: É o tal "problema do dedo gordo". Se você coloca o dedo no relógio, cobre quase que 30% do espaço de interação. Este não é um problema específico do Apple Watch e sim de qualquer relógio. Por isso a coroa é usada como interface. Bügling: Espaço muito pequeno na tela e tempo limitado para interações já que não é muito conveniente ficar mexendo num relógio por muito tempo. Também há problemas com a inserção de dados, já que não há teclado e ditar não é algo que os usuários sempre queiram fazer. Falta de conectividade direta também é um desafio: ao passo em que o Apple Watch tem suporte à wi-fi e conectará a qualquer rede conhecida, ele precisa do iPhone para conexões móveis e para conectar a novas redes wi-fi pela primeira vez. Isso significa que é mais importante do que nunca pensar no uso offline de um aplicativo. Por que não existem mais aplicativos fodas para o Apple Watch e, por outro lado, mais usuários? White: Acredito que em parte isso ocorra porque as pessoas demoram a se acostumar com a interação com algo em seu pulso. Nos anos 90, as pessoas andavam com um celular, uma agenda eletrônica e algo para ouvir músicas. Eram três aparelhos diferentes que convergiram porque o espaço é limitado. Da mesma forma, você vê gente com FitBits e pulseiras e um telefone e um relógio. Minha noção é de que tudo converge. Vemos muitas evidências disso agora, no sentido de que as pessoas tiram o telefone do bolso cada vez menos. A promessa dos dispositivos vestíveis é que cada vez mais prestaremos atenção ao mundo que nos cerca. Selle: Creio que a plataforma em si seja muito limitada. Fiquei bastante surpreso quando vi o tanto de trabalho que dava comunicar dados entre o aplicativo no celular e o Apple Watch. Era de se esperar que essa funcionalidade já estivesse ali de cara. Acho que os entusiastas e indies realmente ampliam a plataforma e fazem muita coisa bacana, mas levando em conta o trabalho exigido para se levar um aplicativo preexistente ao Apple Watch e suas limitações, não é tão interativo assim. É mais uma tela externa do seu celular. Se qualquer coisa mais importante acontecer, você terá que pegar o telefone. Isso impediu as pessoas de irem além mesmo. Talvez se o preço cair, vejamos mais coisas rolando. Um Pebble custa menos de US$ 100, com código aberto e totalmente hackeável. Quando ocorre algo de interessante ou criativo, é no Pebble. Bügling: Creio que um dos principais problemas é a experiência terrível com aplicativos de terceiros por conta de questões de desempenho. Isso faz com que muitos apps simplesmente não sejam viáveis porque os usuários não esperariam pelos constantes atrasos. Mas claro que há também o fator da base limitada. As pessoas não querem pagar por aplicativos em seus celulares, o que complica justificar o desenvolvimento para um mercado ainda menor. Penso que a atual falta de aplicativos tem mais a ver com questões técnicas e limitações da primeira versão do watchOS. Parece bem claro que a Apple focou nos aplicativos que já vem com ele, deixando uma solução meio cagada nas mãos dos desenvolvedores. Acho que a nova versão solucionará estes problemas. Vocês acham que é uma boa interface para aplicativos? Bügling: Os aplicativos que funcionam bem tem que estar realmente voltados para seus problemas, já que é bem chato mexer em um relógio por mais que um minuto. Isso é algo que a Apple reforça bastante em suas diretrizes. Alguns exemplos que creio funcionarem bem: TransitHopper, que mostra as principais conexões no trânsito próximas a você e que te levarão para casa rapidinho. Os aplicativos de música e a própria Apple TV também são legais. O aplicativo do Uber que permite chamar um carro com um único toque é outro bom. O que funciona melhor são essas interações rápidas, com poucas informações passadas num piscar de olhos. White: Sim. Mas não creio que, da mesma forma que você nunca meteria o iMovie no celular, deveria pegar um aplicativo iOS e meter no relógio. Muitos desses aparelhos vestíveis são feitos para serem micro-interações, coisas que levam segundos por vez. Você não vai parar ali e assistir 15 filmes no seu relógio. Selle: Minha opinião pessoal é que não. É um lance da Apple, então as pessoas vão tentar tirar o melhor dali e fazer coisas interessantes com ele... Mas quando dei uma olhada nele, ao menos na sua primeira versão, me parecia mesmo um monitor externo para celular, o que não é lá muito atraente. Quando penso no futuro, não penso nisso. As entrevistas foram resumidas e editadas para fins de clareza. As entrevistas com White e Selle ocorreram por telefone, já a com Bügling foi realizada via email. Tradução de THIAGO 'ÍNDIO' SILVA Leia no site da Vice: Desenvolvedores explicam por que é complicado criar para o Apple Watch
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Desalento paulistano
De candidato desconhecido, Fernando Haddad (PT) tornou-se vencedor da eleição municipal de São Paulo em 2012 na esteira do prestígio de que então desfrutava seu partido e, em particular, o ex-presidente Lula, seu padrinho político. Seria inimaginável, portanto, que a popularidade do prefeito não fosse abalada pela ampla rejeição atual ao petismo, da qual as manifestações populares na avenida Paulista se tornaram simbólicas. Não bastassem os múltiplos escândalos de corrupção, que dilapidaram nacionalmente a imagem da sigla, a profunda recessão vivida pelo país tanto envenenou os humores da população quanto derrubou as receitas tributárias e, em consequência, as ambições das políticas públicas. Tudo isso levado em conta, deve-se apontar que Haddad deu contribuições próprias para seu pífio índice de aprovação —segundo pesquisa recém-concluída pelo Datafolha, apenas 14% dos paulistanos classificam sua gestão como ótima ou boa, enquanto 48% a tacham de ruim ou péssima. No mandato, o petista notabilizou-se por iniciativas elogiáveis, mas destoantes das prioridades de uma metrópole tão complexa. A simpatia pelas ciclovias ou pelo fechamento da Paulista aos domingos, por exemplo, não compensa lacunas em áreas vitais como a saúde, sobre a qual 79% se declaram decepcionados com o desempenho da prefeitura. Mas, se a reeleição se apresenta neste momento como um desafio hercúleo, o levantamento das intenções de voto feito pelo instituto também aponta perspectivas ainda nebulosas no campo adversário. O líder, com 25%, é Celso Russomanno, do minúsculo PRB, que igualmente teve boa largada no pleito de quatro anos atrás, sem, no entanto, chegar ao segundo turno. Sua candidatura, ademais, será inviabilizada caso o Supremo Tribunal Federal confirme uma condenação em processo por peculato. Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL) —que pontuam, respectivamente, 16% e 10% nesse cenário— são ex-prefeitas eleitas pelo PT, que já tentaram, sem sucesso, retomar o posto. O empresário João Doria, aposta do PSDB em uma novidade pinçada fora da política tradicional, tem 6%, em empate técnico com Haddad (8%), e a vantagem de ser menos conhecido e rejeitado. Sintoma do desalento do eleitorado, apenas um dos potenciais candidatos supera a elevada taxa de intenção de votos brancos ou nulos, de 19%. E nenhum deles iguala a marca de 31% dos paulistanos que se dizem "nada satisfeitos" em residir na cidade —o percentual mais alto apurado ao longo de duas décadas. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Desalento paulistanoDe candidato desconhecido, Fernando Haddad (PT) tornou-se vencedor da eleição municipal de São Paulo em 2012 na esteira do prestígio de que então desfrutava seu partido e, em particular, o ex-presidente Lula, seu padrinho político. Seria inimaginável, portanto, que a popularidade do prefeito não fosse abalada pela ampla rejeição atual ao petismo, da qual as manifestações populares na avenida Paulista se tornaram simbólicas. Não bastassem os múltiplos escândalos de corrupção, que dilapidaram nacionalmente a imagem da sigla, a profunda recessão vivida pelo país tanto envenenou os humores da população quanto derrubou as receitas tributárias e, em consequência, as ambições das políticas públicas. Tudo isso levado em conta, deve-se apontar que Haddad deu contribuições próprias para seu pífio índice de aprovação —segundo pesquisa recém-concluída pelo Datafolha, apenas 14% dos paulistanos classificam sua gestão como ótima ou boa, enquanto 48% a tacham de ruim ou péssima. No mandato, o petista notabilizou-se por iniciativas elogiáveis, mas destoantes das prioridades de uma metrópole tão complexa. A simpatia pelas ciclovias ou pelo fechamento da Paulista aos domingos, por exemplo, não compensa lacunas em áreas vitais como a saúde, sobre a qual 79% se declaram decepcionados com o desempenho da prefeitura. Mas, se a reeleição se apresenta neste momento como um desafio hercúleo, o levantamento das intenções de voto feito pelo instituto também aponta perspectivas ainda nebulosas no campo adversário. O líder, com 25%, é Celso Russomanno, do minúsculo PRB, que igualmente teve boa largada no pleito de quatro anos atrás, sem, no entanto, chegar ao segundo turno. Sua candidatura, ademais, será inviabilizada caso o Supremo Tribunal Federal confirme uma condenação em processo por peculato. Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL) —que pontuam, respectivamente, 16% e 10% nesse cenário— são ex-prefeitas eleitas pelo PT, que já tentaram, sem sucesso, retomar o posto. O empresário João Doria, aposta do PSDB em uma novidade pinçada fora da política tradicional, tem 6%, em empate técnico com Haddad (8%), e a vantagem de ser menos conhecido e rejeitado. Sintoma do desalento do eleitorado, apenas um dos potenciais candidatos supera a elevada taxa de intenção de votos brancos ou nulos, de 19%. E nenhum deles iguala a marca de 31% dos paulistanos que se dizem "nada satisfeitos" em residir na cidade —o percentual mais alto apurado ao longo de duas décadas. editoriais@grupofolha.com.br
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Para especialistas, problema na saúde não é custo, mas gestão ineficiente
Reduzir ou "congelar" o orçamento para saúde pode não ser uma tragédia se isso significar uma melhor gestão dos recursos, dizem economistas brasileiros ouvidos pela reportagem. Paulo Roberto Feldmann, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP e vice-coordenador do programa Prosaude da instituição, considera o gasto com saúde no Brasil alto. "E pela qualidade oferecida, altíssimo. Daria para cortar gastos. Se acabar a corrupção e o desperdício, cai de 10% para 7%", diz. A má gestão, não apenas na saúde mas também em vários outros setores da economia, criou um cenário em que não é mais possível escapar da redução de gastos, segundo Silvio Laban, coordenador do MBA executivo em gestão de saúde do Insper, em São Paulo. "Chegamos a uma situação no Brasil em que temos que cortar tudo. Mas é preciso pensar que tipo de saúde queremos e o tamanho dos cortes que precisam ser feitos", diz Laban. Para ele, é fundamental que se resolva o problema da gestão. "Ter dinheiro não significa necessariamente ter eficácia." O preço da judicialização, o desperdício de dinheiro em exames e procedimentos desnecessários e os altos custos das novas tecnologias são exemplos de problemas que aumentam os gastos com saúde que poderiam ser cortados sem prejuízo à saúde da população. "E também não está totalmente descartada a hipótese de serem gerados outros tributos (como a CPMF) para produzir fontes que possam minimizar o impacto dos cortes", afirma.
seminariosfolha
Para especialistas, problema na saúde não é custo, mas gestão ineficienteReduzir ou "congelar" o orçamento para saúde pode não ser uma tragédia se isso significar uma melhor gestão dos recursos, dizem economistas brasileiros ouvidos pela reportagem. Paulo Roberto Feldmann, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP e vice-coordenador do programa Prosaude da instituição, considera o gasto com saúde no Brasil alto. "E pela qualidade oferecida, altíssimo. Daria para cortar gastos. Se acabar a corrupção e o desperdício, cai de 10% para 7%", diz. A má gestão, não apenas na saúde mas também em vários outros setores da economia, criou um cenário em que não é mais possível escapar da redução de gastos, segundo Silvio Laban, coordenador do MBA executivo em gestão de saúde do Insper, em São Paulo. "Chegamos a uma situação no Brasil em que temos que cortar tudo. Mas é preciso pensar que tipo de saúde queremos e o tamanho dos cortes que precisam ser feitos", diz Laban. Para ele, é fundamental que se resolva o problema da gestão. "Ter dinheiro não significa necessariamente ter eficácia." O preço da judicialização, o desperdício de dinheiro em exames e procedimentos desnecessários e os altos custos das novas tecnologias são exemplos de problemas que aumentam os gastos com saúde que poderiam ser cortados sem prejuízo à saúde da população. "E também não está totalmente descartada a hipótese de serem gerados outros tributos (como a CPMF) para produzir fontes que possam minimizar o impacto dos cortes", afirma.
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Evento neste domingo (18) reúne chefs como Alex Atala, Fogaça e Checho
AGENDA 18 de JANEIRO Chefs como Alex Atala (D.O.M. e Dalva e Dito), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia) e Checho Gonzales (Comedoria Gonzales) servem pratos de suas casas no evento Gastronomia É Cultura que se Come, que ocorre neste domingo (18). Com entrada gratuita, a feira –uma parceria do Instituto Atá, a feira O Mercado e o site Catraca Livre– vai das 12h às 20h no Armazém da Cidade (r. Medeiros de Albuquerque, 270), na Vila Madalena. Entre os destaques ainda estão o chef Diego Belda, do Goya, restaurante recém-aberto no lugar do extinto Rothko, e As Lourdetes (Karen Gronich, Luisa Assumpção e Katerina Kaspar), as "herdeiras" da chef mexicana Lourdes Hernandez, que morou no Brasil por mais de uma década e voltou no fim do ano passado para sua terra natal. Outros que vão participar do evento são: Andre Fischer (Los Mendozitos), Brunella Mar (Merenda de Rua), Denis Nunes e Dulce Santos (The Traveling Family Company), Flavia Spielkamp (Aya Cuisine), Guilherme Hoffman (Cervejaria Nacional), Paulo Ribas Bixo (Holly Ice Cream), Paulo Ribas Bixo (Holly Pasta), René Aduan Jr e Flavio Veiga (Alma Rústica), Vinicius e Guilherme (Box da Fruta). 24 de JANEIRO A chef Bel Coelho retoma os jantares no Clan- destino (r. Medeiros de Albu- querque, 97); o menu-degus- tação (a partir de R$ 215) tem pratos como arroz de galinha-d'angola com quiabo (tel. 11/96055-7700) 25 de JANEIRO Até este dia, o restaurante Soeta, de Vitória (ES), está em São Paulo apresentando seu menu-degustação (R$ 1.500 para quatro pessoas); mais em foodpass.com.br * NOVO COLUNISTA DE CERVEJAS QUER CRIAR UMA CONVERSA DE BAR A partir desta edição, a coluna Cervejas, publicada quinzenalmente, será feita pelo jornalista Sandro Macedo, 41, editor do "F5", o site de entretenimento da Folha. No jornal desde 2002, ele já editou a "Folha Corrida" e foi editor-assistente de "Esporte". Mas foi no "Guia Folha", onde atuou até 2009, que se familiarizou com o mundo da bebida. A busca por novidades nacionais e importadas em bares e empórios virou hobby, que agora ele divide com o leitor. "Anos atrás, qualquer lugar que servia Guinness era 'especializado'. Isso prova quão novo é esse universo por aqui e quanto ainda podemos explorá-lo", diz. "Mas não sou sommelier de cerveja, e sim um grande apreciador. A ideia é que a coluna seja uma boa conversa de bar, não uma aula." O texto se revezará a cada semana com a seção Vinhos, de Alexandra Corvo. Leia a coluna de estreia * BOTTURA VEM AO PAÍS E QUER COMER NO MOCOTÓ O italiano Massimo Bottura, da Osteria Francescana, número três entre os 50 melhores restaurantes do mundo, fará passagem-relâmpago por São Paulo na semana que vem. Será homenageado na casa do empresário João Camargo. Rodrigo Oliveira (Mocotó) servirá petiscos, Mara Salles (Tordesilhas) fará um cozido e Janaina Rueda (Dona Onça) fechará com espuma de coco. "Minha ideia é servir uma bela amostra da comida brasileira", diz Camargo. Na capital, Bottura pediu reservas no D.O.M. e no Mocotó. Depois, cozinhará na fazenda de um colecionador de vinhos. * DE GOSTO RENOVADO Para comemorar os nove anos de seu restaurante, o Brasil a Gosto, a chef Ana Luiza Trajano mudou o cardápio fixo da casa, que em todos esses anos nunca havia sido modificado. Ficaram no menu alguns clássicos, como a fraldinha de panela com baião-de-dois (R$ 75). Entre as novidades do local (tel. 11/3086-3565), estão o prato arroz de pato com tucupi e castanha-do-pará (R$ 79) e a entrada pirarucu marinado (R$ 49). Veja receita do pirarucu marinado aqui * WESSEL MUDA FÁBRICA E AUMENTA A PRODUÇÃO Depois de 50 anos funcionando na região central de São Paulo, a marca de carnes Wessel mudou sua fábrica de endereço. Neste mês, toda a produção foi levada para Araçariguama (a 53 km da capital paulista), em uma área dez vezes maior. Segundo o chef István Wessel, a produção crescerá cinco vezes. "Investimos em maquinário e vamos criar produtos que faziam parte de uma demanda reprimida", diz. Os produtos podem ser comprados na loja do Jardim Paulistano (av. Brig. Faria Lima, 2.383; tel. 11/3031-3979), além de em mercados e empórios. * NESPRESSO LANÇA VERSÕES DESCAFEINADAS DE BLENDS A Nespresso lança na segunda (19) edições descafeinadas de blends consagrados: Volluto, Arpeggio e Vivalto Lungo. Eles foram escolhidos por representarem as três famílias aromáticas mais conhecidas entre os clientes. As novas cápsulas serão vendidas em todos os canais da marca (nespresso.com), incluindo lojas físicas e on-line. O pacote com dez cápsulas custará R$ 18. Para fazer descafeinados, a empresa tira a cafeína do grão de café ainda verde; o aroma e o sabor, diz a marca, são preservados. * MINHA COZINHA SEMPRE TEM... Ana Cañas, cantora 1. Gengibre É um super antibiótico natural, uso em chás ou com abóbora assada 2. Tomate Amo desde pequena. Levava de lanche para a escola. Mas indico os orgânicos, mais saborosos Sal rosa do Himalaia Delicioso, suave; sua cor é uma poesia visual. Contém vários nutrientes * NOVIDADE A Fôrma de Pudim, que vendia o doce apenas sob encomenda desde 2012, abriu sua primeira loja (r. Normandia, 102, Moema). Além do pudim com pedaços de coco, há mais 11 sabores, como pistache (R$ 10, a fatia); a casa também tem café e tostex
comida
Evento neste domingo (18) reúne chefs como Alex Atala, Fogaça e ChechoAGENDA 18 de JANEIRO Chefs como Alex Atala (D.O.M. e Dalva e Dito), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia) e Checho Gonzales (Comedoria Gonzales) servem pratos de suas casas no evento Gastronomia É Cultura que se Come, que ocorre neste domingo (18). Com entrada gratuita, a feira –uma parceria do Instituto Atá, a feira O Mercado e o site Catraca Livre– vai das 12h às 20h no Armazém da Cidade (r. Medeiros de Albuquerque, 270), na Vila Madalena. Entre os destaques ainda estão o chef Diego Belda, do Goya, restaurante recém-aberto no lugar do extinto Rothko, e As Lourdetes (Karen Gronich, Luisa Assumpção e Katerina Kaspar), as "herdeiras" da chef mexicana Lourdes Hernandez, que morou no Brasil por mais de uma década e voltou no fim do ano passado para sua terra natal. Outros que vão participar do evento são: Andre Fischer (Los Mendozitos), Brunella Mar (Merenda de Rua), Denis Nunes e Dulce Santos (The Traveling Family Company), Flavia Spielkamp (Aya Cuisine), Guilherme Hoffman (Cervejaria Nacional), Paulo Ribas Bixo (Holly Ice Cream), Paulo Ribas Bixo (Holly Pasta), René Aduan Jr e Flavio Veiga (Alma Rústica), Vinicius e Guilherme (Box da Fruta). 24 de JANEIRO A chef Bel Coelho retoma os jantares no Clan- destino (r. Medeiros de Albu- querque, 97); o menu-degus- tação (a partir de R$ 215) tem pratos como arroz de galinha-d'angola com quiabo (tel. 11/96055-7700) 25 de JANEIRO Até este dia, o restaurante Soeta, de Vitória (ES), está em São Paulo apresentando seu menu-degustação (R$ 1.500 para quatro pessoas); mais em foodpass.com.br * NOVO COLUNISTA DE CERVEJAS QUER CRIAR UMA CONVERSA DE BAR A partir desta edição, a coluna Cervejas, publicada quinzenalmente, será feita pelo jornalista Sandro Macedo, 41, editor do "F5", o site de entretenimento da Folha. No jornal desde 2002, ele já editou a "Folha Corrida" e foi editor-assistente de "Esporte". Mas foi no "Guia Folha", onde atuou até 2009, que se familiarizou com o mundo da bebida. A busca por novidades nacionais e importadas em bares e empórios virou hobby, que agora ele divide com o leitor. "Anos atrás, qualquer lugar que servia Guinness era 'especializado'. Isso prova quão novo é esse universo por aqui e quanto ainda podemos explorá-lo", diz. "Mas não sou sommelier de cerveja, e sim um grande apreciador. A ideia é que a coluna seja uma boa conversa de bar, não uma aula." O texto se revezará a cada semana com a seção Vinhos, de Alexandra Corvo. Leia a coluna de estreia * BOTTURA VEM AO PAÍS E QUER COMER NO MOCOTÓ O italiano Massimo Bottura, da Osteria Francescana, número três entre os 50 melhores restaurantes do mundo, fará passagem-relâmpago por São Paulo na semana que vem. Será homenageado na casa do empresário João Camargo. Rodrigo Oliveira (Mocotó) servirá petiscos, Mara Salles (Tordesilhas) fará um cozido e Janaina Rueda (Dona Onça) fechará com espuma de coco. "Minha ideia é servir uma bela amostra da comida brasileira", diz Camargo. Na capital, Bottura pediu reservas no D.O.M. e no Mocotó. Depois, cozinhará na fazenda de um colecionador de vinhos. * DE GOSTO RENOVADO Para comemorar os nove anos de seu restaurante, o Brasil a Gosto, a chef Ana Luiza Trajano mudou o cardápio fixo da casa, que em todos esses anos nunca havia sido modificado. Ficaram no menu alguns clássicos, como a fraldinha de panela com baião-de-dois (R$ 75). Entre as novidades do local (tel. 11/3086-3565), estão o prato arroz de pato com tucupi e castanha-do-pará (R$ 79) e a entrada pirarucu marinado (R$ 49). Veja receita do pirarucu marinado aqui * WESSEL MUDA FÁBRICA E AUMENTA A PRODUÇÃO Depois de 50 anos funcionando na região central de São Paulo, a marca de carnes Wessel mudou sua fábrica de endereço. Neste mês, toda a produção foi levada para Araçariguama (a 53 km da capital paulista), em uma área dez vezes maior. Segundo o chef István Wessel, a produção crescerá cinco vezes. "Investimos em maquinário e vamos criar produtos que faziam parte de uma demanda reprimida", diz. Os produtos podem ser comprados na loja do Jardim Paulistano (av. Brig. Faria Lima, 2.383; tel. 11/3031-3979), além de em mercados e empórios. * NESPRESSO LANÇA VERSÕES DESCAFEINADAS DE BLENDS A Nespresso lança na segunda (19) edições descafeinadas de blends consagrados: Volluto, Arpeggio e Vivalto Lungo. Eles foram escolhidos por representarem as três famílias aromáticas mais conhecidas entre os clientes. As novas cápsulas serão vendidas em todos os canais da marca (nespresso.com), incluindo lojas físicas e on-line. O pacote com dez cápsulas custará R$ 18. Para fazer descafeinados, a empresa tira a cafeína do grão de café ainda verde; o aroma e o sabor, diz a marca, são preservados. * MINHA COZINHA SEMPRE TEM... Ana Cañas, cantora 1. Gengibre É um super antibiótico natural, uso em chás ou com abóbora assada 2. Tomate Amo desde pequena. Levava de lanche para a escola. Mas indico os orgânicos, mais saborosos Sal rosa do Himalaia Delicioso, suave; sua cor é uma poesia visual. Contém vários nutrientes * NOVIDADE A Fôrma de Pudim, que vendia o doce apenas sob encomenda desde 2012, abriu sua primeira loja (r. Normandia, 102, Moema). Além do pudim com pedaços de coco, há mais 11 sabores, como pistache (R$ 10, a fatia); a casa também tem café e tostex
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Defesa de Lula condena condução coercitiva e rebate Ministério Público
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, por meio de uma nota divulgada no domingo (6), a condução coercitiva de Lula, que foi levado a depor na sexta-feira (4) como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, "houve, inegavelmente, grave atentado à liberdade de locomoção" de Lula, e a tentativa de vinculá-lo ao esquema de corrupção na Petrobras "apenas atende anseio pessoal das autoridades envolvidas na operação, além de configurar infração de dever funcional". O texto é uma resposta à nota da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, responsável pela Lava Jato, divulgada no sábado (5). Nela, os procuradores reafirmaram os motivos da condução coercitiva, afirmam que se criou uma "falsa controvérsia" sobre a questão e dizem que a polêmica é uma "cortina de fumaça" para dificultar as investigações. Para a defesa de Lula, "não há que se cogitar em 'cortina de fumaça' na presente discussão". Os advogados afirmam que "a condução coercitiva é medida que cerceia a liberdade de ir e vir e jamais poderia ter sido requerida ou autorizada nos termos em que se deu." Eles lembram também que o ex-presidente já prestou três depoimentos, dois à Polícia Federal e um ao MPF. "Em nenhum destes houve qualquer confronto ou risco à ordem pública, porque marcados e realizados de forma adequada pelas autoridades envolvidas", acrescentam. O juiz federal Sergio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato e autorizou a condução, afirmou anteriormente que a medida foi determinada para evitar tumultos, e, em nota divulgada também no sábado, que não significa "antecipação" de culpa do petista. Teixeira e Martins rebatem ainda a citação dos procuradores sobre o número de conduções coercitivas já realizadas na operação. "O fato de a Operação Lava Jato já ter emitido 117 mandados de condução coercitiva não tem o condão de legitimar a ilegalidade agora praticada contra o ex-Presidente Lula, mas, ao contrário, serve de alerta para tantas outras arbitrariedades que poderão já ter sido praticadas nessa operação". A Operação Alethéia (24ª fase da Lava Jato) apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula e seus familiares por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações, e seus advogados reforçam "Lula jamais participou ou foi beneficiado, direta ou indiretamente, de qualquer ato ilegal".
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Defesa de Lula condena condução coercitiva e rebate Ministério PúblicoA defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, por meio de uma nota divulgada no domingo (6), a condução coercitiva de Lula, que foi levado a depor na sexta-feira (4) como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, "houve, inegavelmente, grave atentado à liberdade de locomoção" de Lula, e a tentativa de vinculá-lo ao esquema de corrupção na Petrobras "apenas atende anseio pessoal das autoridades envolvidas na operação, além de configurar infração de dever funcional". O texto é uma resposta à nota da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, responsável pela Lava Jato, divulgada no sábado (5). Nela, os procuradores reafirmaram os motivos da condução coercitiva, afirmam que se criou uma "falsa controvérsia" sobre a questão e dizem que a polêmica é uma "cortina de fumaça" para dificultar as investigações. Para a defesa de Lula, "não há que se cogitar em 'cortina de fumaça' na presente discussão". Os advogados afirmam que "a condução coercitiva é medida que cerceia a liberdade de ir e vir e jamais poderia ter sido requerida ou autorizada nos termos em que se deu." Eles lembram também que o ex-presidente já prestou três depoimentos, dois à Polícia Federal e um ao MPF. "Em nenhum destes houve qualquer confronto ou risco à ordem pública, porque marcados e realizados de forma adequada pelas autoridades envolvidas", acrescentam. O juiz federal Sergio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato e autorizou a condução, afirmou anteriormente que a medida foi determinada para evitar tumultos, e, em nota divulgada também no sábado, que não significa "antecipação" de culpa do petista. Teixeira e Martins rebatem ainda a citação dos procuradores sobre o número de conduções coercitivas já realizadas na operação. "O fato de a Operação Lava Jato já ter emitido 117 mandados de condução coercitiva não tem o condão de legitimar a ilegalidade agora praticada contra o ex-Presidente Lula, mas, ao contrário, serve de alerta para tantas outras arbitrariedades que poderão já ter sido praticadas nessa operação". A Operação Alethéia (24ª fase da Lava Jato) apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula e seus familiares por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações, e seus advogados reforçam "Lula jamais participou ou foi beneficiado, direta ou indiretamente, de qualquer ato ilegal".
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Marta pode igualar Klose na artilharia das Copas do Mundo
Com o Brasil já classificado às oitavas de final da Copa do Mundo feminina de futebol, o duelo de despedida da fase de grupos contra a Costa Rica, nesta quarta-feira (17), no Canadá, tem como atrativo a busca de Marta por uma marca histórica. A atacante tem 15 gols na soma dos Mundiais que disputou. Entre as mulheres, é um recorde. Mas, diante da Costa Rica, ela pode igualar e superar os 16 gols do alemão Klose e assumir a ponta da artilharia em todas as Copas, masculina ou feminina. A tarefa não deve ser fácil. Como o Brasil já está com o primeiro lugar do Grupo E assegurado, o técnico Oswaldo Alvarez vai poupar titulares. No caso, a lateral Fabiana e as volantes Formiga e Thaísa, que, após o jogo com Espanha, reclamaram de dores. Mesmo desgastadas, Marta e Cristiane devem jogar. O técnico disse que quer assegurar que o Brasil esteja 100% fisicamente nas oitavas. O mata-mata começa para a seleção brasileira no domingo (21). O rival será EUA, Austrália, Suécia ou Nigéria. NA TV Costa Rica x Brasil 20h SporTV e TV Brasil
esporte
Marta pode igualar Klose na artilharia das Copas do MundoCom o Brasil já classificado às oitavas de final da Copa do Mundo feminina de futebol, o duelo de despedida da fase de grupos contra a Costa Rica, nesta quarta-feira (17), no Canadá, tem como atrativo a busca de Marta por uma marca histórica. A atacante tem 15 gols na soma dos Mundiais que disputou. Entre as mulheres, é um recorde. Mas, diante da Costa Rica, ela pode igualar e superar os 16 gols do alemão Klose e assumir a ponta da artilharia em todas as Copas, masculina ou feminina. A tarefa não deve ser fácil. Como o Brasil já está com o primeiro lugar do Grupo E assegurado, o técnico Oswaldo Alvarez vai poupar titulares. No caso, a lateral Fabiana e as volantes Formiga e Thaísa, que, após o jogo com Espanha, reclamaram de dores. Mesmo desgastadas, Marta e Cristiane devem jogar. O técnico disse que quer assegurar que o Brasil esteja 100% fisicamente nas oitavas. O mata-mata começa para a seleção brasileira no domingo (21). O rival será EUA, Austrália, Suécia ou Nigéria. NA TV Costa Rica x Brasil 20h SporTV e TV Brasil
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Massa reclama da traseira e espera acertar carro para a classificação
Uma 17ª e uma décima colocação nos dois treinos livres não era o que o brasileiro Felipe Massa esperava desta sexta-feira (13) em Interlagos. "Foi complicado hoje. Mas tem muito chão pela frente. A pista estava muito escorregadia. Sem dúvida não foi um bom dia", afirmou o piloto da Williams, sexto colocado no Mundial. Apesar da alta temperatura no autódromo paulistano, antes do treino da tarde uma leva garoa deixou a pista levemente escorregadia, segundo Massa. "Tive problema com a saída de traseira, não parava no chão. Depois, de novo, acabei perdendo a traseira na última curva, podia ter feito uma volta melhor", disse. "Há muito o que fazer para acertar. Precisamos melhorar o acerto para ter um carro mais competitivo", explicou o brasileiro que já venceu duas vezes em Interlagos (2006 e 2008). "Estou feliz aqui. Leve, sem dúvida, estava assim ano passado também. Tento pegar o máximo de carinho e força da torcida brasileira". Neste sábado, às 11h, acontece o terceiro treino livre. Depois, às 14h, o treino que define a classificação para o GP de domingo, também às 14h.
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Massa reclama da traseira e espera acertar carro para a classificaçãoUma 17ª e uma décima colocação nos dois treinos livres não era o que o brasileiro Felipe Massa esperava desta sexta-feira (13) em Interlagos. "Foi complicado hoje. Mas tem muito chão pela frente. A pista estava muito escorregadia. Sem dúvida não foi um bom dia", afirmou o piloto da Williams, sexto colocado no Mundial. Apesar da alta temperatura no autódromo paulistano, antes do treino da tarde uma leva garoa deixou a pista levemente escorregadia, segundo Massa. "Tive problema com a saída de traseira, não parava no chão. Depois, de novo, acabei perdendo a traseira na última curva, podia ter feito uma volta melhor", disse. "Há muito o que fazer para acertar. Precisamos melhorar o acerto para ter um carro mais competitivo", explicou o brasileiro que já venceu duas vezes em Interlagos (2006 e 2008). "Estou feliz aqui. Leve, sem dúvida, estava assim ano passado também. Tento pegar o máximo de carinho e força da torcida brasileira". Neste sábado, às 11h, acontece o terceiro treino livre. Depois, às 14h, o treino que define a classificação para o GP de domingo, também às 14h.
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Leitores comentam artigo de Wagner Moura sobre impeachment
Sempre considerei Wagner Moura um sujeito diferenciado,mas, no lamentável artigo Pela legalidade, ele mostrou ser como grande parte dos artistas do país, defendendo o indefensável com os mesmos argumentos tendenciosos, distorcidos e irreais utilizados pelos comunistas de boteco. Este desgoverno que, segundo Moura, foi eleito por 54 milhões de votos foi também rejeitado por 52 milhões de votos. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP) * * Wagner Moura externou um nível de consciência política que não faz parte do senso comum contido no discurso passional daqueles que querem substituir indiretamente, e não pelo voto, a presidente. O momento é amargo, mas isso não justifica o rompimento da legalidade, principalmente pelos atores do Judiciário, que devem orientar sua conduta a partir das garantias constitucionais que a todos pertencem. Do contrário, será inquisição, e não jurisdição. GLAUCO GUMERATO RAMOS, vice-presidente para o Brasil do IPDP (Instituto Panamericano de Derecho Procesal) (Jundiaí, SP) * Acho que Wagner Moura não sabe o significado correto de legalidade. Impeachment é, sim, um ato que está em conformidade com a lei vigente. Portanto intelectualmente desonesto é apelidar de golpe o uso de um dispositivo constitucional para tirar da função de presidente um político que, mesmo eleito democraticamente, não entendeu que seu cargo não é ditatorial e, portanto, não está autorizado a fazer o que bem entende, como tentar obstruir a Justiça brasileira para proteger aliados. PEDRO ABILIO RESECK (Vitória, ES) * Quando li o artigo de Wagner Moura, senti um alívio, paz de espírito. Ele me recolocou no lugar de cidadã e com perspectivas de futuro. Pessoas que pensam como ele me fazem acreditar, com esperanças, num Brasil melhor. VALDELENA A. STORTI BERALDO (São Paulo, SP) * Meus pais me ensinaram que nunca se deve bater em cachorro morto. Para mim, o PT morreu. De hoje em diante, meu alvo será o PMDB. O PMDB sempre foi vice de todo mundo e ocupa a vice-liderança também em falcatruas. Foi o parceiro da derrocada do PT e terá o mesmo caminho. O grande perigo será varrer tudo para debaixo do tapete. IRIA DE SA DODDE (Rio de Janeiro, RJ) * Hélio Schwartsman tem razão em dizer que o julgamento de Dilma será exclusivamente político. Porém é uma falácia creditar todo o desgaste a ela, uma vez que a saída do PMDB do governo deveria ter como primeiro ato a renúncia de Michel Temer, a ser seguida pelos ministros e pelo partido. Neste país, onde até a volta da ditadura é considerada um ato democrático, não será de espantar se a roupa usada pela presidente Dilma Rousseff for considerada falta de decoro. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) * Sugiro a Wagner Moura, que caiu na lorota do inverídico e bravateiro chavão "não vai ter golpe" que leia atentamente Hélio Schwartsman. Não seria necessário, mas acrescentaria apenas que, ainda por cima, os crimes de responsabilidade de fato aconteceram, não bastasse o esfacelamento definitivo da sua moribunda base de apoio, o que impede qualquer um de governar. NUNO M. M. MARTINS (Barueri, SP) * Parabéns à Folha por apresentar pontos de vista diferentes –algo nem sempre comum, infelizmente. Em Tendências/ Debates foi possível refletir com o ótimo artigo de um brilhante ator (Wagner Moura) e, ao mesmo tempo, se indignar com alguns excessos equivocados de funcionários do Itamaraty, apontados no artigo de um renomado senador de oposição (Aloysio Nunes ). Valeu, Folha, desta vez acertou na mosca! OTÁVIO V. DE FREITAS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitores comentam artigo de Wagner Moura sobre impeachmentSempre considerei Wagner Moura um sujeito diferenciado,mas, no lamentável artigo Pela legalidade, ele mostrou ser como grande parte dos artistas do país, defendendo o indefensável com os mesmos argumentos tendenciosos, distorcidos e irreais utilizados pelos comunistas de boteco. Este desgoverno que, segundo Moura, foi eleito por 54 milhões de votos foi também rejeitado por 52 milhões de votos. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP) * * Wagner Moura externou um nível de consciência política que não faz parte do senso comum contido no discurso passional daqueles que querem substituir indiretamente, e não pelo voto, a presidente. O momento é amargo, mas isso não justifica o rompimento da legalidade, principalmente pelos atores do Judiciário, que devem orientar sua conduta a partir das garantias constitucionais que a todos pertencem. Do contrário, será inquisição, e não jurisdição. GLAUCO GUMERATO RAMOS, vice-presidente para o Brasil do IPDP (Instituto Panamericano de Derecho Procesal) (Jundiaí, SP) * Acho que Wagner Moura não sabe o significado correto de legalidade. Impeachment é, sim, um ato que está em conformidade com a lei vigente. Portanto intelectualmente desonesto é apelidar de golpe o uso de um dispositivo constitucional para tirar da função de presidente um político que, mesmo eleito democraticamente, não entendeu que seu cargo não é ditatorial e, portanto, não está autorizado a fazer o que bem entende, como tentar obstruir a Justiça brasileira para proteger aliados. PEDRO ABILIO RESECK (Vitória, ES) * Quando li o artigo de Wagner Moura, senti um alívio, paz de espírito. Ele me recolocou no lugar de cidadã e com perspectivas de futuro. Pessoas que pensam como ele me fazem acreditar, com esperanças, num Brasil melhor. VALDELENA A. STORTI BERALDO (São Paulo, SP) * Meus pais me ensinaram que nunca se deve bater em cachorro morto. Para mim, o PT morreu. De hoje em diante, meu alvo será o PMDB. O PMDB sempre foi vice de todo mundo e ocupa a vice-liderança também em falcatruas. Foi o parceiro da derrocada do PT e terá o mesmo caminho. O grande perigo será varrer tudo para debaixo do tapete. IRIA DE SA DODDE (Rio de Janeiro, RJ) * Hélio Schwartsman tem razão em dizer que o julgamento de Dilma será exclusivamente político. Porém é uma falácia creditar todo o desgaste a ela, uma vez que a saída do PMDB do governo deveria ter como primeiro ato a renúncia de Michel Temer, a ser seguida pelos ministros e pelo partido. Neste país, onde até a volta da ditadura é considerada um ato democrático, não será de espantar se a roupa usada pela presidente Dilma Rousseff for considerada falta de decoro. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) * Sugiro a Wagner Moura, que caiu na lorota do inverídico e bravateiro chavão "não vai ter golpe" que leia atentamente Hélio Schwartsman. Não seria necessário, mas acrescentaria apenas que, ainda por cima, os crimes de responsabilidade de fato aconteceram, não bastasse o esfacelamento definitivo da sua moribunda base de apoio, o que impede qualquer um de governar. NUNO M. M. MARTINS (Barueri, SP) * Parabéns à Folha por apresentar pontos de vista diferentes –algo nem sempre comum, infelizmente. Em Tendências/ Debates foi possível refletir com o ótimo artigo de um brilhante ator (Wagner Moura) e, ao mesmo tempo, se indignar com alguns excessos equivocados de funcionários do Itamaraty, apontados no artigo de um renomado senador de oposição (Aloysio Nunes ). Valeu, Folha, desta vez acertou na mosca! OTÁVIO V. DE FREITAS (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitores mostram como foi Réveillon pelo Brasil
O Réveillon foi animado para muitos leitores da Folha. A maior parte que marcou a Folha em sua foto nas redes sociais estava curtindo os primeiros minutos de 2016 na praia. Para participar, o internauta publicou uma foto no Instagram com a hashtag #folhadespaulo ou enviou pelo WhatsApp (11-994-901-649). Ao publicar a fotografia, é preciso informar nome e cidade. Veja algumas imagens.
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Leitores mostram como foi Réveillon pelo BrasilO Réveillon foi animado para muitos leitores da Folha. A maior parte que marcou a Folha em sua foto nas redes sociais estava curtindo os primeiros minutos de 2016 na praia. Para participar, o internauta publicou uma foto no Instagram com a hashtag #folhadespaulo ou enviou pelo WhatsApp (11-994-901-649). Ao publicar a fotografia, é preciso informar nome e cidade. Veja algumas imagens.
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Piano popular no ensino cubano: do arquivo de Pepe Cisneros
Um dia acordei com minha mãe assustada, balançando um telegrama. "O que é isso, meu filho?" Era a aprovação na escola de música de Guantánamo, minha cidade natal. Com dez anos de idade, tinha feito o teste sem avisá-la. Bastante empolgado, comecei a estudar percussão erudita. É que bateria desde sempre me atraíra a atenção: enfiava-me no fundo do quintal e armava um monte de lata. Era o que eu mais queria. Acontece que "piano complementar" era obrigatório para qualquer estudante de música em Cuba, e me interessei pelo instrumento rapidamente. Como estudava música de manhã e no começo da tarde ia para a escola regular, a hora do almoço era o único momento em que podia brincar, tocar piano livremente. E, por algum engano, não colocaram meu nome na lista das refeições da escola de música, o que me obrigava a ir para casa almoçar. Entre comer e tocar, escolhia ficar em alguma salinha que tivesse um piano vago. Não demorou a ocorrer o inevitável: debaixo do sol, enfileirado, cantando o hino e hasteando a bandeira, desmaiei. Só assim descobriram que eu não estava almoçando e me incluíram no rango. Eu vivia espiando as aulas daqueles que tinham o piano como instrumento principal. Quando erravam muito, o professor batia com uma vareta nos dedos. Fosse qual fosse o instrumento, aprendia-se música erudita, predominantemente europeia, sob o modelo de ensino soviético. Mozart, Bach, Czerny, mas autores cubanos também, como Moisés Simons, Alejandro García Caturla, Amadeo Roldán... Tudo muito rígido. Se flagrassem alguém tocando música popular, era falta grave, chamavam os pais, só faltavam chamar a polícia. E, curiosamente, foi a música popular da ilha que conquistou o mundo. Quando a escola era visitada por professores de Havana, o rigor se abrandava, e às vezes dávamos a sorte de vê-los se divertindo com músicas de Chick Corea, Keith Jarrett, Herbie Hancock, John Coltrane e Art Tatum, estopim para minha paixão pelo jazz, que não era bem-vinda no ambiente acadêmico. Mais um teste, e fui admitido na Escuela de Música da Escuela Nacional de Artes, em Havana, para continuar meus estudos musicais paralelamente ao ensino médio. A Escuela de Música tinha uma arquitetura muito peculiar. Foi concebida e começou a ser construída no auge da revolução, a partir de 1961, e o projeto, idealizado pelo arquiteto italiano Vittorio Garatti, refletia a ousadia e o otimismo daquela fase. Às cinco da manhã soava um gongo, nas mãos de um bedel maluco. Esse bedel dizia: "Hoje você vai ficar o dia inteiro faxinando!". Era assim, as tarefas da escola obedeciam a uma escala com disciplina militar. Sem falar do uniforme: calça amarela e camisa branca –para dentro!–, e o cabelo cortado bem baixinho. Com o coro da escola, éramos convocados para vários eventos políticos em Cuba, inclusive em embaixadas. Muitas vezes de avião. De vez em quando, pintava uma brecha nos compromissos oficiais e dava para pegar uma praia. Nesses eventos, me surpreendiam as "mesas suecas", muita fartura mesmo. Perguntei uma vez o que faziam com as sobras de comida e bebida: "Jogamos no lixo!". Enquanto Cuba inteira passava sérias dificuldades, com o povo entregue às cadernetas de controle: "Você tem uma caixa de ovos, tantas libras de arroz, uma lata de leite condensado, tantos sabonetes...". Em um desses encontros, vi Fidel de longe, todo coradinho. Concluí a Escuela de Música e voltei para Guantánamo, onde prestei três anos de serviço social, uma espécie de contrapartida ao ensino que me fora oferecido, dando aulas de música na escola da minha infância. Em seguida, retornei a Havana em busca de novas perspectivas. O diretor da Escuela de Música, sabendo das minhas inclinações, me propôs: "Você não quer dar aulas de piano popular?". Eu me perguntava o que ensinaria a eles, tão competentes, a executar Stravinski e outros gênios. Aceitei o desafio e, em 1990, tornei-me o primeiro professor de piano popular no ensino oficial de Cuba. PEPE CISNEROS, 47, cubano radicado no Brasil, é percussionista e pianista. * Nota: Pepe Cisneros faz show gratuito com o Cuba Cuarteto na Galeria Olido, em SP, no próximo domingo (10), às 18h.
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Piano popular no ensino cubano: do arquivo de Pepe CisnerosUm dia acordei com minha mãe assustada, balançando um telegrama. "O que é isso, meu filho?" Era a aprovação na escola de música de Guantánamo, minha cidade natal. Com dez anos de idade, tinha feito o teste sem avisá-la. Bastante empolgado, comecei a estudar percussão erudita. É que bateria desde sempre me atraíra a atenção: enfiava-me no fundo do quintal e armava um monte de lata. Era o que eu mais queria. Acontece que "piano complementar" era obrigatório para qualquer estudante de música em Cuba, e me interessei pelo instrumento rapidamente. Como estudava música de manhã e no começo da tarde ia para a escola regular, a hora do almoço era o único momento em que podia brincar, tocar piano livremente. E, por algum engano, não colocaram meu nome na lista das refeições da escola de música, o que me obrigava a ir para casa almoçar. Entre comer e tocar, escolhia ficar em alguma salinha que tivesse um piano vago. Não demorou a ocorrer o inevitável: debaixo do sol, enfileirado, cantando o hino e hasteando a bandeira, desmaiei. Só assim descobriram que eu não estava almoçando e me incluíram no rango. Eu vivia espiando as aulas daqueles que tinham o piano como instrumento principal. Quando erravam muito, o professor batia com uma vareta nos dedos. Fosse qual fosse o instrumento, aprendia-se música erudita, predominantemente europeia, sob o modelo de ensino soviético. Mozart, Bach, Czerny, mas autores cubanos também, como Moisés Simons, Alejandro García Caturla, Amadeo Roldán... Tudo muito rígido. Se flagrassem alguém tocando música popular, era falta grave, chamavam os pais, só faltavam chamar a polícia. E, curiosamente, foi a música popular da ilha que conquistou o mundo. Quando a escola era visitada por professores de Havana, o rigor se abrandava, e às vezes dávamos a sorte de vê-los se divertindo com músicas de Chick Corea, Keith Jarrett, Herbie Hancock, John Coltrane e Art Tatum, estopim para minha paixão pelo jazz, que não era bem-vinda no ambiente acadêmico. Mais um teste, e fui admitido na Escuela de Música da Escuela Nacional de Artes, em Havana, para continuar meus estudos musicais paralelamente ao ensino médio. A Escuela de Música tinha uma arquitetura muito peculiar. Foi concebida e começou a ser construída no auge da revolução, a partir de 1961, e o projeto, idealizado pelo arquiteto italiano Vittorio Garatti, refletia a ousadia e o otimismo daquela fase. Às cinco da manhã soava um gongo, nas mãos de um bedel maluco. Esse bedel dizia: "Hoje você vai ficar o dia inteiro faxinando!". Era assim, as tarefas da escola obedeciam a uma escala com disciplina militar. Sem falar do uniforme: calça amarela e camisa branca –para dentro!–, e o cabelo cortado bem baixinho. Com o coro da escola, éramos convocados para vários eventos políticos em Cuba, inclusive em embaixadas. Muitas vezes de avião. De vez em quando, pintava uma brecha nos compromissos oficiais e dava para pegar uma praia. Nesses eventos, me surpreendiam as "mesas suecas", muita fartura mesmo. Perguntei uma vez o que faziam com as sobras de comida e bebida: "Jogamos no lixo!". Enquanto Cuba inteira passava sérias dificuldades, com o povo entregue às cadernetas de controle: "Você tem uma caixa de ovos, tantas libras de arroz, uma lata de leite condensado, tantos sabonetes...". Em um desses encontros, vi Fidel de longe, todo coradinho. Concluí a Escuela de Música e voltei para Guantánamo, onde prestei três anos de serviço social, uma espécie de contrapartida ao ensino que me fora oferecido, dando aulas de música na escola da minha infância. Em seguida, retornei a Havana em busca de novas perspectivas. O diretor da Escuela de Música, sabendo das minhas inclinações, me propôs: "Você não quer dar aulas de piano popular?". Eu me perguntava o que ensinaria a eles, tão competentes, a executar Stravinski e outros gênios. Aceitei o desafio e, em 1990, tornei-me o primeiro professor de piano popular no ensino oficial de Cuba. PEPE CISNEROS, 47, cubano radicado no Brasil, é percussionista e pianista. * Nota: Pepe Cisneros faz show gratuito com o Cuba Cuarteto na Galeria Olido, em SP, no próximo domingo (10), às 18h.
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A próxima medida
Com a aprovação na Câmara por ampla maioria da proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos, é provável que a votação final no Senado ocorra sem modificações até o final deste ano. Para não perder tempo, o governo de Michel Temer (PMDB) já se debruça sobre a próxima medida, de difícil convencimento popular, mas necessária para o saneamento das contas e a retomada do crescimento: a reforma da Previdência. As mudanças começaram na prática com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à chamada desaposentacão. A corte fechou a porta pela qual passavam pessoas que se aposentaram cedo e continuaram trabalhando depois disso. Pleiteava-se e conquistava-se na Justiça o direito de trocar o valor do benefício previdenciário por um novo, recalculado com base nas contribuições efetuadas no período que deveria ser de inatividade. Ao impedir essa prática, o STF evita despesas adicionais estimadas em R$ 7 bilhões ao ano, sem contar novos processos. Uma ajuda considerável para o governo, que precisará se preocupar com um item a menos na sua proposta. Para que tenha credibilidade e apoio social, qualquer reforma da Previdência precisará ser pautada por dois princípios: isonomia de regras e realismo demográfico. Enquanto o deficit do INSS para 2017 é estimado em R$ 181,3 bilhões (2,7% do PIB), cobrindo 34 milhões pessoas, o rombo no setor público federal chegará a R$ 114 bilhões, mas para atender cerca de 1 milhão de pessoas. Não há mais espaço para regimes especiais e privilégios. Será preciso igualar definitivamente as regras, bem como proibir o acúmulo de benefícios e acabar com as pensões exorbitantes. Quanto à demografia, estima-se que, até 2060, a atual parcela de pessoas acima de 65 anos terá sido multiplicada por quatro, pressionando o gasto do INSS até ele consumir todo o orçamento da União. Não há como escapar da fixação de uma idade mínima para a aposentadoria —espera-se que o governo proponha inicialmente 65 anos para homens e mulheres—, com uma regra de transição que não seja longa demais. Apenas casos excepcionais, como os de trabalhadores pobres que iniciaram a labuta muito cedo, podem ter tratamento diferenciado. A reforma da Previdência medirá a disposição dos brasileiros para encarar a realidade da limitação de recursos e do envelhecimento populacional. Será também uma oportunidade única para o sistema político demonstrar que está do lado da sociedade como um todo, e não das corporações. editoriais@grupofolha.com.br
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A próxima medidaCom a aprovação na Câmara por ampla maioria da proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos, é provável que a votação final no Senado ocorra sem modificações até o final deste ano. Para não perder tempo, o governo de Michel Temer (PMDB) já se debruça sobre a próxima medida, de difícil convencimento popular, mas necessária para o saneamento das contas e a retomada do crescimento: a reforma da Previdência. As mudanças começaram na prática com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à chamada desaposentacão. A corte fechou a porta pela qual passavam pessoas que se aposentaram cedo e continuaram trabalhando depois disso. Pleiteava-se e conquistava-se na Justiça o direito de trocar o valor do benefício previdenciário por um novo, recalculado com base nas contribuições efetuadas no período que deveria ser de inatividade. Ao impedir essa prática, o STF evita despesas adicionais estimadas em R$ 7 bilhões ao ano, sem contar novos processos. Uma ajuda considerável para o governo, que precisará se preocupar com um item a menos na sua proposta. Para que tenha credibilidade e apoio social, qualquer reforma da Previdência precisará ser pautada por dois princípios: isonomia de regras e realismo demográfico. Enquanto o deficit do INSS para 2017 é estimado em R$ 181,3 bilhões (2,7% do PIB), cobrindo 34 milhões pessoas, o rombo no setor público federal chegará a R$ 114 bilhões, mas para atender cerca de 1 milhão de pessoas. Não há mais espaço para regimes especiais e privilégios. Será preciso igualar definitivamente as regras, bem como proibir o acúmulo de benefícios e acabar com as pensões exorbitantes. Quanto à demografia, estima-se que, até 2060, a atual parcela de pessoas acima de 65 anos terá sido multiplicada por quatro, pressionando o gasto do INSS até ele consumir todo o orçamento da União. Não há como escapar da fixação de uma idade mínima para a aposentadoria —espera-se que o governo proponha inicialmente 65 anos para homens e mulheres—, com uma regra de transição que não seja longa demais. Apenas casos excepcionais, como os de trabalhadores pobres que iniciaram a labuta muito cedo, podem ter tratamento diferenciado. A reforma da Previdência medirá a disposição dos brasileiros para encarar a realidade da limitação de recursos e do envelhecimento populacional. Será também uma oportunidade única para o sistema político demonstrar que está do lado da sociedade como um todo, e não das corporações. editoriais@grupofolha.com.br
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Novo 'astronauta' da Agência Espacial Brasileira só voará minutos, se voar
Em 2013, o estudante de engenharia elétrica Pedro Nehme, 23, ganhou num concurso uma viagem de alguns minutos ao espaço. E agora a Agência Espacial Brasileira decidiu pegar carona com ele, apresentando-o como o segundo astronauta brasileiro. Mas ninguém sabe quando a "missão" de fato irá acontecer. A AEB está no momento selecionando um experimento que voará junto com Nehme até a fronteira do espaço, a 100 km de altitude, sem contudo entrar em órbita. Um anúncio de oportunidade do Programa Microgravidade –o mesmo que selecionou os experimentos enviados à Estação Espacial Internacional com o astronauta Marcos Pontes, em 2006– foi divulgado e a agência receberá propostas vindas de escolas públicas do ciclo básico até 27 de abril. O objetivo é modesto: meramente medir os efeitos fisiológicos dos ambientes de microgravidade e hipergravidade a que será submetido o estudante, num experimento "vestível" que não atrapalhe seus movimentos. O concurso vencido por Nehme foi realizado pela empresa KLM e consistia em adivinhar em que altitude e em que lugar estouraria um balão estratosférico. Nehme é cria do programa Ciência Sem Fronteiras. De início, foi estudar na Catholic University of America, em Washington, em 2012. Mas logo obteve qualificação para fazer estágio no Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa, onde se envolveu com projetos de balões de grande altitude. Aí ganhou a experiência para o seu palpite vencedor. Mas ele mesmo admite que não fez grandes cálculos. "Quando entrei no site para participar, não demorei mais do que cinco minutos para escolher um ponto no mapa e uma altitude", diz. Com isso, ganhou a passagem para um voo suborbital da empresa Xcor Aerospace, a bordo do veículo Lynx Mark II, no valor anunciado de US$ 100 mil (R$ 320 mil). Detalhe: essa espaçonave nem existe ainda. Embora o voo em si saísse de graça, seria preciso pagar o treinamento específico para a missão suborbital. Foi onde entrou a AEB. Segundo Carlos Gurgel, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, o custo foi de R$ 81,5 mil. "Os exames médicos e o treinamento com a Força Aérea, incluindo voo em caça supersônico, foram cortesia da Aeronáutica", disse à Folha. A isso se soma um apoio de R$ 150 mil ao experimento educacional que voará de carona com Nehme. Segundo o diretor da AEB, trata-se de uma boa oportunidade. "O Pedro ficará alguns minutos em regime de microgravidade. Uma operação similar [com foguete de sondagem] conduzida pela AEB com o IAE [Instituto de Aeronáutica e Espaço] custaria mais de US$ 500 mil [R$ 1,6 milhão]." De acordo com ele, há muitos benefícios, dentre elas "viabilizar o voo do segundo astronauta brasileiro". ASTRONAUTA Em 2006, o tenente-coronel Marcos Pontes, hoje reformado, se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. Ele passou oito anos em treinamento com os astronautas da Nasa e levou oito experimentos à Estação Espacial Internacional, permanecendo dez dias em órbita após viajar numa nave russa Soyuz. Seu voo custou, na época, US$ 10 milhões. Nehme reconhece que há grande diferença entre o que foi feito em 2006 e o que se fará agora."Certamente o meu voo tem uma escala bem diferente", afirma o estudante. Procurado pela Folha, o astronauta Marcos Pontes deseja boa sorte a Nehme, mas ressalta que ainda terá de esperar um longo tempo. "A espaçonave Lynx conheço o piloto de testes dela ainda está a 30% da primeira fase (Mark I), que não vai chegar ao espaço, só irá a 64 km de altitude, na estratosfera." "Depois, se funcionar o Mark I, eles começarão os testes do Mark II, que aí sim pretende levar turistas ao espaço. Isso, otimista, deve acontecer em uns sete anos." Nehme está ciente da espera que terá pela frente. "O veículo Lynx Mark I está em construção e o programa de testes está previsto para começar no segundo semestre de 2015 e efetivamente a data da viagem depende dos resultados do programa de testes", diz o estudante. "Como dizem nos Estados Unidos, 'this is rocket science', não espere ter algo pronto do dia para a noite." Provavelmente, quando o experimento educacional decolar, alguns alunos que participaram dele já estarão formados na faculdade.
ciencia
Novo 'astronauta' da Agência Espacial Brasileira só voará minutos, se voarEm 2013, o estudante de engenharia elétrica Pedro Nehme, 23, ganhou num concurso uma viagem de alguns minutos ao espaço. E agora a Agência Espacial Brasileira decidiu pegar carona com ele, apresentando-o como o segundo astronauta brasileiro. Mas ninguém sabe quando a "missão" de fato irá acontecer. A AEB está no momento selecionando um experimento que voará junto com Nehme até a fronteira do espaço, a 100 km de altitude, sem contudo entrar em órbita. Um anúncio de oportunidade do Programa Microgravidade –o mesmo que selecionou os experimentos enviados à Estação Espacial Internacional com o astronauta Marcos Pontes, em 2006– foi divulgado e a agência receberá propostas vindas de escolas públicas do ciclo básico até 27 de abril. O objetivo é modesto: meramente medir os efeitos fisiológicos dos ambientes de microgravidade e hipergravidade a que será submetido o estudante, num experimento "vestível" que não atrapalhe seus movimentos. O concurso vencido por Nehme foi realizado pela empresa KLM e consistia em adivinhar em que altitude e em que lugar estouraria um balão estratosférico. Nehme é cria do programa Ciência Sem Fronteiras. De início, foi estudar na Catholic University of America, em Washington, em 2012. Mas logo obteve qualificação para fazer estágio no Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa, onde se envolveu com projetos de balões de grande altitude. Aí ganhou a experiência para o seu palpite vencedor. Mas ele mesmo admite que não fez grandes cálculos. "Quando entrei no site para participar, não demorei mais do que cinco minutos para escolher um ponto no mapa e uma altitude", diz. Com isso, ganhou a passagem para um voo suborbital da empresa Xcor Aerospace, a bordo do veículo Lynx Mark II, no valor anunciado de US$ 100 mil (R$ 320 mil). Detalhe: essa espaçonave nem existe ainda. Embora o voo em si saísse de graça, seria preciso pagar o treinamento específico para a missão suborbital. Foi onde entrou a AEB. Segundo Carlos Gurgel, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, o custo foi de R$ 81,5 mil. "Os exames médicos e o treinamento com a Força Aérea, incluindo voo em caça supersônico, foram cortesia da Aeronáutica", disse à Folha. A isso se soma um apoio de R$ 150 mil ao experimento educacional que voará de carona com Nehme. Segundo o diretor da AEB, trata-se de uma boa oportunidade. "O Pedro ficará alguns minutos em regime de microgravidade. Uma operação similar [com foguete de sondagem] conduzida pela AEB com o IAE [Instituto de Aeronáutica e Espaço] custaria mais de US$ 500 mil [R$ 1,6 milhão]." De acordo com ele, há muitos benefícios, dentre elas "viabilizar o voo do segundo astronauta brasileiro". ASTRONAUTA Em 2006, o tenente-coronel Marcos Pontes, hoje reformado, se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. Ele passou oito anos em treinamento com os astronautas da Nasa e levou oito experimentos à Estação Espacial Internacional, permanecendo dez dias em órbita após viajar numa nave russa Soyuz. Seu voo custou, na época, US$ 10 milhões. Nehme reconhece que há grande diferença entre o que foi feito em 2006 e o que se fará agora."Certamente o meu voo tem uma escala bem diferente", afirma o estudante. Procurado pela Folha, o astronauta Marcos Pontes deseja boa sorte a Nehme, mas ressalta que ainda terá de esperar um longo tempo. "A espaçonave Lynx conheço o piloto de testes dela ainda está a 30% da primeira fase (Mark I), que não vai chegar ao espaço, só irá a 64 km de altitude, na estratosfera." "Depois, se funcionar o Mark I, eles começarão os testes do Mark II, que aí sim pretende levar turistas ao espaço. Isso, otimista, deve acontecer em uns sete anos." Nehme está ciente da espera que terá pela frente. "O veículo Lynx Mark I está em construção e o programa de testes está previsto para começar no segundo semestre de 2015 e efetivamente a data da viagem depende dos resultados do programa de testes", diz o estudante. "Como dizem nos Estados Unidos, 'this is rocket science', não espere ter algo pronto do dia para a noite." Provavelmente, quando o experimento educacional decolar, alguns alunos que participaram dele já estarão formados na faculdade.
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Conheça os convidados do fórum sobre políticas sociais nas periferias
Conheça abaixo os participantes do seminário internacional Cidades e Territórios: Encontros e Fronteiras na Busca da Equidade, que será realizado no dia 14 de junho, em São Paulo. Promovido pela Folha e pela Fundação Tide Setubal, o fórum busca fomentar o debate sobre políticas públicas, principalmente na esfera social, e discutir meios de atenuar as desigualdades entre os diferentes territórios dos grandes centros urbanos. A conferência de abertura será feita pela professora Saskia Sassen, da Universidade de Columbia (EUA), referência mundial no tema da globalização e das migrações urbanas. O evento acontece na Fecomercio (rua Dr. Plinio Barreto, 285, São Paulo), das 8h30 às 18h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site Eventos Folha. Para saber a programação completa, clique aqui. * Aldaíza Sposati Professora titular da Faculdade de Serviço Social da PUC-SP e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social. Foi secretária municipal da Assistência Social (2002-2004) e vereadora em São Paulo por três mandatos. - Alessandra Orofino Cofundadora da Meu Rio, organização independente de mobilização social, também cofundou a sede da incubadora Purpose no Rio de Janeiro. Hoje é diretora-executiva da Rede Nossas Cidades. É uma das curadoras do blog #AgoraÉqueSãoElas, da Folha. - Beatriz Pedreira Beatriz Pedreira é cientista social e pesquisadora de novos comportamentos políticos. Trabalha com projetos de inovação pública e política que estimulam e envolver a sociedade em causas públicas. Co-criou e coordenou o projeto de pesquisa Sonho Brasileiro da Política, é o co-fundadora do Update, uma organização que mapeia e promove a inovação política na América Latina. - Choukri Ben Ayed Professor do Departamento de Sociologia da Université de Limoges. É diretor da pós-graduação em sociedades e organizações da universidade e codiretor do grupo de estudos sobre sociedades contemporâneas. Especialista em educação nas periferias de Paris. - Christian Dunker Psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da USP, cofundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da universidade. Autor de "Mal-estar, Sofrimento e Sintoma: a Psicopatologia do Brasil entre Muros" (Ed. Boitempo). - Jailson de Souza e Silva Criador do portal Observatório de Favelas, do Rio de Janeiro, professor associado de geografia da Universidade Federal Fluminense. Doutor em sociologia da educação pela PUC-Rio, fez pós-doutorado no John Jay College of Criminal Justice da City University of New York. - Maria Alice (Neca) Setubal Socióloga, doutora em psicologia da educação pela PUC-SP. É presidente dos conselhos da Fundação Tide Setubal e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Pesquisa educação, desigualdades e territórios vulneráveis. - Pablo Maturana Consultor internacional, é subdiretor da área de Projeção da Cidade da Agência Metropolitana de Cooperação de Medellín (Colômbia). É professor de cooperação e relações internacionais em universidades públicas e privadas. - Regina Novaes Doutora em antropologia social pela USP e pesquisadora sobre religião e políticas públicas para a juventude. Foi professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, secretária-adjunta nacional de Juventude e presidente do Conselho Nacional da Juventude (2005-2007). - Ricardo Abramovay Professor aposentado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. É autor de "Muito Além da Economia Verde" e coautor de "Lixo Zero: Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade mais Próspera" (Ed. Planeta Sustentável) - Ricardo Sennes Doutor em ciência política, é diretor da consultoria Prospectiva, especializada em assuntos internacionais, e coordenador do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP. É pesquisador sênior não residente do Atlantic Council, centro de estudos em Washington. - Robinson Padial Conhecido como Binho, o poeta organiza semanalmente o sarau que leva seu apelido, desde 2004, no bairro do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. A prática deu origem a um livro de poesias, "Sarau do Binho", lançado em 2013, com mais de 179 autores da periferia. - Rodrigo Bandeira Cofundador do Instituto Cidade Democrática, que busca utilizar a inteligência coletiva para alavancar a influência da sociedade nas decisões dos seus representantes públicos. Desenvolve projetos estruturantes para o campo da participação social, como a Ontologia de Participação Social na América Latina e o Mapeamento do Ecossistema da Participação Social. - Ronaldo Almeida Professor do Departamento de Antropologia da Unicamp e diretor científico do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), especializado em religião, cidade e pobreza. Doutor em antropologia social pela USP com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. - Saskia Sassen Socióloga de origem holandesa, é professora da Universidade de Columbia (EUA) e chefe do Comitê de Pensamento Global da universidade. Referência mundial no tema globalização e migrações urbanas, recebeu o Prêmio Princesa das Astúrias na categoria Ciências Sociais em 2013 e foi eleita para a Academia Real de Ciências da Holanda. Seu próximo livro, "Expulsões: Brutalidade e complexidade na economia global", sai pela editora Paz e Terra no segundo semestre. - Tony Marlon Jornalista e idealizador do Instituto Escola de Notícias, instituição de comunicação e empreendedorismo comunitário, no bairro do Campo Limpo. Foi finalista do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro em 2013.
cotidiano
Conheça os convidados do fórum sobre políticas sociais nas periferiasConheça abaixo os participantes do seminário internacional Cidades e Territórios: Encontros e Fronteiras na Busca da Equidade, que será realizado no dia 14 de junho, em São Paulo. Promovido pela Folha e pela Fundação Tide Setubal, o fórum busca fomentar o debate sobre políticas públicas, principalmente na esfera social, e discutir meios de atenuar as desigualdades entre os diferentes territórios dos grandes centros urbanos. A conferência de abertura será feita pela professora Saskia Sassen, da Universidade de Columbia (EUA), referência mundial no tema da globalização e das migrações urbanas. O evento acontece na Fecomercio (rua Dr. Plinio Barreto, 285, São Paulo), das 8h30 às 18h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site Eventos Folha. Para saber a programação completa, clique aqui. * Aldaíza Sposati Professora titular da Faculdade de Serviço Social da PUC-SP e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social. Foi secretária municipal da Assistência Social (2002-2004) e vereadora em São Paulo por três mandatos. - Alessandra Orofino Cofundadora da Meu Rio, organização independente de mobilização social, também cofundou a sede da incubadora Purpose no Rio de Janeiro. Hoje é diretora-executiva da Rede Nossas Cidades. É uma das curadoras do blog #AgoraÉqueSãoElas, da Folha. - Beatriz Pedreira Beatriz Pedreira é cientista social e pesquisadora de novos comportamentos políticos. Trabalha com projetos de inovação pública e política que estimulam e envolver a sociedade em causas públicas. Co-criou e coordenou o projeto de pesquisa Sonho Brasileiro da Política, é o co-fundadora do Update, uma organização que mapeia e promove a inovação política na América Latina. - Choukri Ben Ayed Professor do Departamento de Sociologia da Université de Limoges. É diretor da pós-graduação em sociedades e organizações da universidade e codiretor do grupo de estudos sobre sociedades contemporâneas. Especialista em educação nas periferias de Paris. - Christian Dunker Psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da USP, cofundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da universidade. Autor de "Mal-estar, Sofrimento e Sintoma: a Psicopatologia do Brasil entre Muros" (Ed. Boitempo). - Jailson de Souza e Silva Criador do portal Observatório de Favelas, do Rio de Janeiro, professor associado de geografia da Universidade Federal Fluminense. Doutor em sociologia da educação pela PUC-Rio, fez pós-doutorado no John Jay College of Criminal Justice da City University of New York. - Maria Alice (Neca) Setubal Socióloga, doutora em psicologia da educação pela PUC-SP. É presidente dos conselhos da Fundação Tide Setubal e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Pesquisa educação, desigualdades e territórios vulneráveis. - Pablo Maturana Consultor internacional, é subdiretor da área de Projeção da Cidade da Agência Metropolitana de Cooperação de Medellín (Colômbia). É professor de cooperação e relações internacionais em universidades públicas e privadas. - Regina Novaes Doutora em antropologia social pela USP e pesquisadora sobre religião e políticas públicas para a juventude. Foi professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, secretária-adjunta nacional de Juventude e presidente do Conselho Nacional da Juventude (2005-2007). - Ricardo Abramovay Professor aposentado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. É autor de "Muito Além da Economia Verde" e coautor de "Lixo Zero: Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade mais Próspera" (Ed. Planeta Sustentável) - Ricardo Sennes Doutor em ciência política, é diretor da consultoria Prospectiva, especializada em assuntos internacionais, e coordenador do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP. É pesquisador sênior não residente do Atlantic Council, centro de estudos em Washington. - Robinson Padial Conhecido como Binho, o poeta organiza semanalmente o sarau que leva seu apelido, desde 2004, no bairro do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. A prática deu origem a um livro de poesias, "Sarau do Binho", lançado em 2013, com mais de 179 autores da periferia. - Rodrigo Bandeira Cofundador do Instituto Cidade Democrática, que busca utilizar a inteligência coletiva para alavancar a influência da sociedade nas decisões dos seus representantes públicos. Desenvolve projetos estruturantes para o campo da participação social, como a Ontologia de Participação Social na América Latina e o Mapeamento do Ecossistema da Participação Social. - Ronaldo Almeida Professor do Departamento de Antropologia da Unicamp e diretor científico do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), especializado em religião, cidade e pobreza. Doutor em antropologia social pela USP com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. - Saskia Sassen Socióloga de origem holandesa, é professora da Universidade de Columbia (EUA) e chefe do Comitê de Pensamento Global da universidade. Referência mundial no tema globalização e migrações urbanas, recebeu o Prêmio Princesa das Astúrias na categoria Ciências Sociais em 2013 e foi eleita para a Academia Real de Ciências da Holanda. Seu próximo livro, "Expulsões: Brutalidade e complexidade na economia global", sai pela editora Paz e Terra no segundo semestre. - Tony Marlon Jornalista e idealizador do Instituto Escola de Notícias, instituição de comunicação e empreendedorismo comunitário, no bairro do Campo Limpo. Foi finalista do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro em 2013.
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Verão europeu
Dúvidas de anos sobre a sustentabilidade do projeto da União Europeia, agravadas pela decisão do Reino Unido de deixar o bloco, começam a dar lugar a prognósticos mais positivos. Às vésperas do início das férias de verão no continente, o clima é de otimismo. Fundamental para tanto foi a contundente vitória de Emmanuel Macron nas eleições francesas, afastando a ameaça isolacionista representada por Marine Le Pen. A ampla maioria parlamentar conquistada pelo novo presidente abre uma chance rara para mudanças internas e maior cooperação com os parceiros. Em paralelo, a UE vive o melhor momento em seis anos na economia. O crescimento chegou a 0,6% no primeiro trimestre (2,4% em valores anualizados) e deve manter um patamar satisfatório. O Banco Central Europeu mostra que tem confiança na retomada, a ponto de abandonar a indicação de cortes de juros em seu comunicado mais recente. O euro já acumula uma valorização próxima a 5% ante o dólar em 2017. Apesar do desafio das negociações com o Reino Unido, que se iniciaram formalmente na semana passada, os líderes europeus parecem inclinados a avançar no objetivo de integração. Com a volatilidade de Donald Trump nos Estados Unidos e o afastamento britânico, entende-se que este seria o momento de olhar para o continente e reforçar o bloco. Macron quer reformas para melhorar o funcionamento da moeda única. Propõe um Orçamento comum e o fortalecimento de mecanismos para ajudar países em crise. A ideia não é nova –já havia sido apresentada por seu antecessor, o socialista François Hollande, mas sem obter boa receptividade. Vinda de um presidente recém-eleito, com clara plataforma pró-Europa e credenciais reformistas, é de imaginar que o plano angarie mais apoio, ao menos inicialmente. A chanceler alemã Angela Merkel adotou tom conciliador e se disse aberta à ideia, desde que o dinheiro seja usado responsavelmente e haja controle na partilha de riscos no continente. É um começo positivo, mas Macron precisará dar mostras de que conseguirá arrumar sua própria casa antes. Se for bem-sucedido na prometida reforma trabalhista e na contenção do deficit das contas do governo, deverá conseguir o decisivo apoio da Alemanha.
opiniao
Verão europeuDúvidas de anos sobre a sustentabilidade do projeto da União Europeia, agravadas pela decisão do Reino Unido de deixar o bloco, começam a dar lugar a prognósticos mais positivos. Às vésperas do início das férias de verão no continente, o clima é de otimismo. Fundamental para tanto foi a contundente vitória de Emmanuel Macron nas eleições francesas, afastando a ameaça isolacionista representada por Marine Le Pen. A ampla maioria parlamentar conquistada pelo novo presidente abre uma chance rara para mudanças internas e maior cooperação com os parceiros. Em paralelo, a UE vive o melhor momento em seis anos na economia. O crescimento chegou a 0,6% no primeiro trimestre (2,4% em valores anualizados) e deve manter um patamar satisfatório. O Banco Central Europeu mostra que tem confiança na retomada, a ponto de abandonar a indicação de cortes de juros em seu comunicado mais recente. O euro já acumula uma valorização próxima a 5% ante o dólar em 2017. Apesar do desafio das negociações com o Reino Unido, que se iniciaram formalmente na semana passada, os líderes europeus parecem inclinados a avançar no objetivo de integração. Com a volatilidade de Donald Trump nos Estados Unidos e o afastamento britânico, entende-se que este seria o momento de olhar para o continente e reforçar o bloco. Macron quer reformas para melhorar o funcionamento da moeda única. Propõe um Orçamento comum e o fortalecimento de mecanismos para ajudar países em crise. A ideia não é nova –já havia sido apresentada por seu antecessor, o socialista François Hollande, mas sem obter boa receptividade. Vinda de um presidente recém-eleito, com clara plataforma pró-Europa e credenciais reformistas, é de imaginar que o plano angarie mais apoio, ao menos inicialmente. A chanceler alemã Angela Merkel adotou tom conciliador e se disse aberta à ideia, desde que o dinheiro seja usado responsavelmente e haja controle na partilha de riscos no continente. É um começo positivo, mas Macron precisará dar mostras de que conseguirá arrumar sua própria casa antes. Se for bem-sucedido na prometida reforma trabalhista e na contenção do deficit das contas do governo, deverá conseguir o decisivo apoio da Alemanha.
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Apple deve apresentar novos iPhones em 12 de setembro, diz jornal
A Apple agendou para o dia 12 de setembro um anúncio de lançamento de produtos, segundo pessoas ouvidas pelo "Wall Street Journal" com conhecimento do assunto. Setembro é o mês em que a gigante de tecnologia costuma revelar as novas versões do iPhone, daí a expectativa de que a data esteja reservada para a apresentação dos novos smartphones. Segundo o "WSJ", a Apple deve lançar três iPhones. Um deles, maior e mais caro, com tela infinita e reconhecimento facial, marcaria o aniversário de dez anos do produto. A empresa ainda anunciaria versões atualizadas do iPhone 7 e do iPhone 7 Plus, lançadas em 2016. Procurada pelo jornal, a Apple não se pronunciou. A empresa costuma oficializar as datas de lançamento mais perto da data. Se confirmado, o evento acontecerá uma semana depois do início das vendas nos EUA do Galaxy Note 8, da Samsung, aparelho com a qual a empresa sul-coreana espera atrair consumidores do iPhone. APPLE WATCH A expectativa é que a Apple também lance uma versão de seu relógio inteligente, o Apple Watch, com um chip de dados, que reduziria sua dependência do iPhone para transmitir e-mails e mensagens e fazer ligações.
tec
Apple deve apresentar novos iPhones em 12 de setembro, diz jornalA Apple agendou para o dia 12 de setembro um anúncio de lançamento de produtos, segundo pessoas ouvidas pelo "Wall Street Journal" com conhecimento do assunto. Setembro é o mês em que a gigante de tecnologia costuma revelar as novas versões do iPhone, daí a expectativa de que a data esteja reservada para a apresentação dos novos smartphones. Segundo o "WSJ", a Apple deve lançar três iPhones. Um deles, maior e mais caro, com tela infinita e reconhecimento facial, marcaria o aniversário de dez anos do produto. A empresa ainda anunciaria versões atualizadas do iPhone 7 e do iPhone 7 Plus, lançadas em 2016. Procurada pelo jornal, a Apple não se pronunciou. A empresa costuma oficializar as datas de lançamento mais perto da data. Se confirmado, o evento acontecerá uma semana depois do início das vendas nos EUA do Galaxy Note 8, da Samsung, aparelho com a qual a empresa sul-coreana espera atrair consumidores do iPhone. APPLE WATCH A expectativa é que a Apple também lance uma versão de seu relógio inteligente, o Apple Watch, com um chip de dados, que reduziria sua dependência do iPhone para transmitir e-mails e mensagens e fazer ligações.
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'Iurd não é uma igreja cristã', diz leitor
Concordo com o leitor Geraldo Magela Maia quando ele diz que a Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) não é uma igreja cristã, e também quando ele diz que alguns movimentos da Igreja Católica não representam a Igreja, pois, quem a representa é o colégio de bispos e o Papa. Os movimentos por ele citados, porém, fazem parte do corpo da Igreja, assim como todos os fiéis praticantes. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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'Iurd não é uma igreja cristã', diz leitorConcordo com o leitor Geraldo Magela Maia quando ele diz que a Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) não é uma igreja cristã, e também quando ele diz que alguns movimentos da Igreja Católica não representam a Igreja, pois, quem a representa é o colégio de bispos e o Papa. Os movimentos por ele citados, porém, fazem parte do corpo da Igreja, assim como todos os fiéis praticantes. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Samarco terá prazo maior para estudo sobre rompimento de barragens
Uma decisão da Justiça mineira estendeu o prazo para que a Samarco apresente estudos sobre os cenários possíveis no caso de rompimento das barragens de Germano e Santarém, em Mariana (a 124 km de Belo Horizonte). As estruturas continuam de pé, mas sofreram abalos após o rompimento da barragem de Fundão, que deixou um rastro de destruição até o litoral do Espírito Santo. Agora, por determinação do desembargador Afrânio Vilela, a mineradora terá de apresentar o estudo até o dia 9 de janeiro. Antes disso, um juiz de primeira instância havia pedido no dia 27 de novembro que o documento fosse entregue à Justiça em três dias. A Samarco, empresa controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, recorreu da decisão. Em suas alegações, disse que o procedimento é complexo, demanda cálculos matemáticos complicados, análise e vistoria da região. O magistrado aceitou as argumentações, segundo ele, porque o estudo sobre rompimentos das barragens –chamado "dam break"– tem de ser preciso. "É de extrema importância que o estudo seja o mais exato possível para que em um não desejado, mas possível, rompimento das barragens que compõem o Complexo de Germano os possíveis cenários com previsão de consequências e medidas concretas a serem adotadas sejam as mais exatas possíveis", afirmou, na decisão. O desembargador também mudou o prazo para o esvaziamento da hidrelétrica Candonga, da Vale e Cemig (companhia de energia de Minas), no município de Santa Cruz do Escalvado, que serviria como barreira para os rejeitos no caso de um novo rompimento. Inicialmente, o prazo seria de 48 horas a partir da intimação da empresa. Com a mudança, passa a ser de 30 dias a partir da publicação da decisão, que deve acontecer nesta quinta (17). MAIS PRAZO Em outra decisão, o mesmo desembargador aumentou o prazo para o pagamento de R$ 1 bilhão que a empresa tem de fazer, em juízo, para assegurar o cumprimento de medidas de reparação ao meio ambiente. O pedido anterior, do dia 27 de novembro, dava até dez dias para cumprir a determinação. No novo, são 30 dias a partir do momento em que a empresa foi intimada -na segunda (30), ela disse que havia recebido a intimação, mas não precisou a data. O magistrado também suspendeu a determinação de depósito judicial de R$ 50 milhões para cobrir despesas emergenciais pagas pelo governo. Ele argumenta que a empresa precisa de ativos para minimizar as consequências da tragédia. Já foram encontrados e identificados 17 mortos após o "tsunami de lama" de rejeitos de minério da barragem. Nesta terça (15), um corpo foi encontrado e identificado como sendo Vando Maurílio dos Santos, 37, funcionário da Integral, terceirizada da Samarco. Um mês e 11 dias após o desastre, ainda restam dois desaparecidos. A Samarco disse, em nota, que o prazo exigido inicialmente para entrega do estudo era "demasiadamente curto", o que embasou o pedido de prorrogação. "Importante esclarecer que trata-se de um plano de extrema complexidade e já está sendo elaborado por uma empresa especializada contratada pela Samarco. A empresa está tomando todas as medidas para poder entregá-lo no prazo mais curto possível", afirmou. A Candonga foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
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Samarco terá prazo maior para estudo sobre rompimento de barragensUma decisão da Justiça mineira estendeu o prazo para que a Samarco apresente estudos sobre os cenários possíveis no caso de rompimento das barragens de Germano e Santarém, em Mariana (a 124 km de Belo Horizonte). As estruturas continuam de pé, mas sofreram abalos após o rompimento da barragem de Fundão, que deixou um rastro de destruição até o litoral do Espírito Santo. Agora, por determinação do desembargador Afrânio Vilela, a mineradora terá de apresentar o estudo até o dia 9 de janeiro. Antes disso, um juiz de primeira instância havia pedido no dia 27 de novembro que o documento fosse entregue à Justiça em três dias. A Samarco, empresa controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, recorreu da decisão. Em suas alegações, disse que o procedimento é complexo, demanda cálculos matemáticos complicados, análise e vistoria da região. O magistrado aceitou as argumentações, segundo ele, porque o estudo sobre rompimentos das barragens –chamado "dam break"– tem de ser preciso. "É de extrema importância que o estudo seja o mais exato possível para que em um não desejado, mas possível, rompimento das barragens que compõem o Complexo de Germano os possíveis cenários com previsão de consequências e medidas concretas a serem adotadas sejam as mais exatas possíveis", afirmou, na decisão. O desembargador também mudou o prazo para o esvaziamento da hidrelétrica Candonga, da Vale e Cemig (companhia de energia de Minas), no município de Santa Cruz do Escalvado, que serviria como barreira para os rejeitos no caso de um novo rompimento. Inicialmente, o prazo seria de 48 horas a partir da intimação da empresa. Com a mudança, passa a ser de 30 dias a partir da publicação da decisão, que deve acontecer nesta quinta (17). MAIS PRAZO Em outra decisão, o mesmo desembargador aumentou o prazo para o pagamento de R$ 1 bilhão que a empresa tem de fazer, em juízo, para assegurar o cumprimento de medidas de reparação ao meio ambiente. O pedido anterior, do dia 27 de novembro, dava até dez dias para cumprir a determinação. No novo, são 30 dias a partir do momento em que a empresa foi intimada -na segunda (30), ela disse que havia recebido a intimação, mas não precisou a data. O magistrado também suspendeu a determinação de depósito judicial de R$ 50 milhões para cobrir despesas emergenciais pagas pelo governo. Ele argumenta que a empresa precisa de ativos para minimizar as consequências da tragédia. Já foram encontrados e identificados 17 mortos após o "tsunami de lama" de rejeitos de minério da barragem. Nesta terça (15), um corpo foi encontrado e identificado como sendo Vando Maurílio dos Santos, 37, funcionário da Integral, terceirizada da Samarco. Um mês e 11 dias após o desastre, ainda restam dois desaparecidos. A Samarco disse, em nota, que o prazo exigido inicialmente para entrega do estudo era "demasiadamente curto", o que embasou o pedido de prorrogação. "Importante esclarecer que trata-se de um plano de extrema complexidade e já está sendo elaborado por uma empresa especializada contratada pela Samarco. A empresa está tomando todas as medidas para poder entregá-lo no prazo mais curto possível", afirmou. A Candonga foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
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Vicente Cândido: Em defesa dos empregos e dos interesses nacionais
O desafio está posto: os culpados por desvios e irregularidades cometidas em contratos com a Petrobras, conforme apurações da Operação Lava Jato, devem ser punidos e eventuais danos aos cofres públicos, ressarcidos, mas é preciso combinar essa ação com o interesse nacional e social. A ameaça do desemprego ronda de 500 mil a um milhão de trabalhadores, já que mais de 50 mil empresas orbitam as 23 investigadas. São responsáveis por empregar em massa, mas podem reduzir suas atividades ou fechar suas portas. Executivo, Judiciário e Legislativo têm a função de buscar soluções para preservar empregos, evitar a paralisação de obras e manter o ritmo da economia brasileira. É preciso separar a pessoa física, que praticou o ilícito, das empresas, que detêm know-how, tecnologia e geram renda e empregos no Brasil. Essa separação, tão necessária ao momento atual, é usada em processos semelhantes em outros países, como os Estados Unidos, Alemanha, entre outros. Daí a importância de proposta da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre acordo de leniência a ser realizado entre a Controladoria Geral da União (CGU) e empresas investigadas na Operação Lava Jato. Merece elogios a petição da AGU encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU), no qual pede a rejeição de representação encaminhada pelo Ministério Público solicitando que a CGU seja impedida de fazer acordos de leniência com empresas investigadas na Operação Lava Jato. MP mostra, no mínimo, insensibilidade com os interesses econômicos e sociais, mas o TCU, estando em sintonia e no caminho para o acordo de leniência, aceitou o pedido. O acordo de leniência protege a atividade econômica e os empregos de milhares de trabalhadores, pois as empresas nacionais são altamente competitivas, num mercado mundial extremamente disputado. Enfraquecê-las é abrir as portas para grandes grupos estrangeiros e desnacionalizar empregos. A sociedade brasileira precisa saber que acordo de leniência sintoniza-se com o clamor das ruas contra a corrupção, pois estimula o combate à ela quando exige o reconhecimento dos ilícitos praticados pelas empresas, a colaboração no processo de investigação, o ressarcimento ao Erário e a adoção de medidas anticorrupção no âmbito de suas atividades. Ou seja, o acordo não atrapalha as investigações em curso e tampouco impede a necessária responsabilização individual penal de gestores que tenham praticado ilícitos. Os instrumentos previstos são administrativos, não tem a capacidade de isentar o criminoso ou impedir a produção de provas. São feitos com pessoas jurídicas, que, pela lei, não cometem ilícito penal. A histórica corrupção no País vem sendo combatida pelos governos do PT e aliados desde 2003 de forma nunca vista. Mas combater a corrupção não significa adotar a política de terra arrasada, com base em princípios moralistas e midiáticos. Os interesses gerais do país e dos trabalhadores devem ser preservados, e devemos e garantir os investimentos e continuidade de obras e projetos de importância estratégica para a população, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida e de combate a enchentes e outras obras de infraestrutura importantes para a população. E, caso necessite nova legislação para aprimorar a lei, o Legislativo não faltará com suas responsabilidades. É preciso ter responsabilidade social e econômica, para preservar a capacidade de trabalho do país. Não se pode assistir passivamente a destruição de nosso parque industrial e muito menos a entrega de empresas nacionais para o capital estrangeiro, que vê no Brasil apenas uma mera possibilidade de negócios e lucros. Nossas empresas tem quadros técnicos altamente capacitados e não podem ser destruídas. VICENTE CÂNDIDO é deputado federal (PT-SP) e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Vicente Cândido: Em defesa dos empregos e dos interesses nacionaisO desafio está posto: os culpados por desvios e irregularidades cometidas em contratos com a Petrobras, conforme apurações da Operação Lava Jato, devem ser punidos e eventuais danos aos cofres públicos, ressarcidos, mas é preciso combinar essa ação com o interesse nacional e social. A ameaça do desemprego ronda de 500 mil a um milhão de trabalhadores, já que mais de 50 mil empresas orbitam as 23 investigadas. São responsáveis por empregar em massa, mas podem reduzir suas atividades ou fechar suas portas. Executivo, Judiciário e Legislativo têm a função de buscar soluções para preservar empregos, evitar a paralisação de obras e manter o ritmo da economia brasileira. É preciso separar a pessoa física, que praticou o ilícito, das empresas, que detêm know-how, tecnologia e geram renda e empregos no Brasil. Essa separação, tão necessária ao momento atual, é usada em processos semelhantes em outros países, como os Estados Unidos, Alemanha, entre outros. Daí a importância de proposta da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre acordo de leniência a ser realizado entre a Controladoria Geral da União (CGU) e empresas investigadas na Operação Lava Jato. Merece elogios a petição da AGU encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU), no qual pede a rejeição de representação encaminhada pelo Ministério Público solicitando que a CGU seja impedida de fazer acordos de leniência com empresas investigadas na Operação Lava Jato. MP mostra, no mínimo, insensibilidade com os interesses econômicos e sociais, mas o TCU, estando em sintonia e no caminho para o acordo de leniência, aceitou o pedido. O acordo de leniência protege a atividade econômica e os empregos de milhares de trabalhadores, pois as empresas nacionais são altamente competitivas, num mercado mundial extremamente disputado. Enfraquecê-las é abrir as portas para grandes grupos estrangeiros e desnacionalizar empregos. A sociedade brasileira precisa saber que acordo de leniência sintoniza-se com o clamor das ruas contra a corrupção, pois estimula o combate à ela quando exige o reconhecimento dos ilícitos praticados pelas empresas, a colaboração no processo de investigação, o ressarcimento ao Erário e a adoção de medidas anticorrupção no âmbito de suas atividades. Ou seja, o acordo não atrapalha as investigações em curso e tampouco impede a necessária responsabilização individual penal de gestores que tenham praticado ilícitos. Os instrumentos previstos são administrativos, não tem a capacidade de isentar o criminoso ou impedir a produção de provas. São feitos com pessoas jurídicas, que, pela lei, não cometem ilícito penal. A histórica corrupção no País vem sendo combatida pelos governos do PT e aliados desde 2003 de forma nunca vista. Mas combater a corrupção não significa adotar a política de terra arrasada, com base em princípios moralistas e midiáticos. Os interesses gerais do país e dos trabalhadores devem ser preservados, e devemos e garantir os investimentos e continuidade de obras e projetos de importância estratégica para a população, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida e de combate a enchentes e outras obras de infraestrutura importantes para a população. E, caso necessite nova legislação para aprimorar a lei, o Legislativo não faltará com suas responsabilidades. É preciso ter responsabilidade social e econômica, para preservar a capacidade de trabalho do país. Não se pode assistir passivamente a destruição de nosso parque industrial e muito menos a entrega de empresas nacionais para o capital estrangeiro, que vê no Brasil apenas uma mera possibilidade de negócios e lucros. Nossas empresas tem quadros técnicos altamente capacitados e não podem ser destruídas. VICENTE CÂNDIDO é deputado federal (PT-SP) e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Ato contra tarifa termina com queima de catraca em frente a terminal de SP
Com apenas cerca de 200 manifestantes, uma manifestação contra o aumento das tarifas terminou com a queima simbólica de uma catraca de papelão em frente ao terminal Parque Dom Pedro, no centro de São Paulo. O protesto começou em frente à prefeitura e passou por diversas vias do centro, como o viaduto do Chá, rua Líbero Badaró e Pateo do Collegio. O ato foi acompanhado pela Polícia Militar e não teve registros de violência. No fim, ao contrário do que costuma fazer, o Passe Livre não anunciou um próximo protesto contra o aumento das tarifas. Membros do Passe Livre prenderam uma catraca de papelão com um véu a um boneco com o rosto do prefeito para simbolizar um casamento. O movimento já tinha realizado outros seis grandes atos desde o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem, em 5 de janeiro. Além disso, na última terça (3), foram feitas três passeatas em áreas da periferia paulistana. Elas aconteceram em São Miguel Paulista (zona leste), Pirituba (zona norte) e Campo Limpo (zona sul), e tiveram pouca adesão. Os atos anteriores tinham acontecido na região central e na zona sul, fechando vias importantes como a avenida Paulista, a rua da Consolação e a marginal Pinheiros. A maior parte deles terminou em confrontos, vandalismo e com pessoas detidas. Na quinta passada (29), o grupo fez uma passeata pacífica, passando pela frente da casa do prefeito Fernando Haddad (PT) e terminando em "catracaço", com os manifestantes embarcando nos ônibus pela porta traseira, sem pagar passagem. Ao final, porém, teve pichação no monumento às Bandeiras e duas pessoas foram detidas.
cotidiano
Ato contra tarifa termina com queima de catraca em frente a terminal de SPCom apenas cerca de 200 manifestantes, uma manifestação contra o aumento das tarifas terminou com a queima simbólica de uma catraca de papelão em frente ao terminal Parque Dom Pedro, no centro de São Paulo. O protesto começou em frente à prefeitura e passou por diversas vias do centro, como o viaduto do Chá, rua Líbero Badaró e Pateo do Collegio. O ato foi acompanhado pela Polícia Militar e não teve registros de violência. No fim, ao contrário do que costuma fazer, o Passe Livre não anunciou um próximo protesto contra o aumento das tarifas. Membros do Passe Livre prenderam uma catraca de papelão com um véu a um boneco com o rosto do prefeito para simbolizar um casamento. O movimento já tinha realizado outros seis grandes atos desde o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem, em 5 de janeiro. Além disso, na última terça (3), foram feitas três passeatas em áreas da periferia paulistana. Elas aconteceram em São Miguel Paulista (zona leste), Pirituba (zona norte) e Campo Limpo (zona sul), e tiveram pouca adesão. Os atos anteriores tinham acontecido na região central e na zona sul, fechando vias importantes como a avenida Paulista, a rua da Consolação e a marginal Pinheiros. A maior parte deles terminou em confrontos, vandalismo e com pessoas detidas. Na quinta passada (29), o grupo fez uma passeata pacífica, passando pela frente da casa do prefeito Fernando Haddad (PT) e terminando em "catracaço", com os manifestantes embarcando nos ônibus pela porta traseira, sem pagar passagem. Ao final, porém, teve pichação no monumento às Bandeiras e duas pessoas foram detidas.
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Pedro Paulo recebe apoio de líderes do PMDB-RJ em convenção
Investigado por agressões à ex-mulher, o secretário de governo e pré-candidato à Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Teixeira (PMDB), recebeu nesta segunda-feira (23) o apoio da cúpula do PMDB-RJ. Líderes se reuniram na sede estadual da sigla e saíram em defesa do secretário. Ao lado do secretário estavam o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osório (PMDB), dois possíveis substitutos para tentar a sucessão. Também participaram do evento o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani. Há cerca de um mês a pré-candidatura de Pedro Paulo está ameaçada após a divulgação de três registros de ocorrências datados de 2008 e 2010, nos quais o secretário é acusado de agredir e ameaçar sua ex-mulher, Alexandra Mendes Marcondes. O caso da agressão em 2010 está sob análise da Procuradoria Geral da República. Apesar das agressões, admitidas por Pedro Paulo, o PMDB não vê alternativa ao homem de confiança do Eduardo Paes, para as próximas eleições. "A população sabe o que tem sido feito, por isso nas últimas eleições a gente tem conseguido a vitória. Nosso objetivo aqui é transformar para melhor a vida das pessoas", afirmou Paes. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, por sua vez, considera que a repercussão do caso na mídia é uma estratégia dos adversários do partido para manchar a imagem de Pedro Paulo. "A união foi o que me fortaleceu na rua. Os nossos aliados nos respeitam porque o que a gente promete, a gente cumpre. Vamos ganhar as eleições na urna e no voto", considerou Pezão. Representante feminina do partido na reunião, Miriam Porto, a prefeita de Porciúncula, cidade do noroeste fluminense, também defendeu a permanência da pré-candidatura. "Nós, mulheres, estamos aí para representar junto com os nossos homens o nosso PMDB. Nós viemos para ficar e para lutar, nós não vamos fugir nunca", disse. Jorge Picciani disse que o partido vai combater os adversários "com política". "Essa união é o que alarma os nossos adversários. Vamos vencer essas eleições nas ruas, não vamos nos intimidar."
poder
Pedro Paulo recebe apoio de líderes do PMDB-RJ em convençãoInvestigado por agressões à ex-mulher, o secretário de governo e pré-candidato à Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Teixeira (PMDB), recebeu nesta segunda-feira (23) o apoio da cúpula do PMDB-RJ. Líderes se reuniram na sede estadual da sigla e saíram em defesa do secretário. Ao lado do secretário estavam o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osório (PMDB), dois possíveis substitutos para tentar a sucessão. Também participaram do evento o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani. Há cerca de um mês a pré-candidatura de Pedro Paulo está ameaçada após a divulgação de três registros de ocorrências datados de 2008 e 2010, nos quais o secretário é acusado de agredir e ameaçar sua ex-mulher, Alexandra Mendes Marcondes. O caso da agressão em 2010 está sob análise da Procuradoria Geral da República. Apesar das agressões, admitidas por Pedro Paulo, o PMDB não vê alternativa ao homem de confiança do Eduardo Paes, para as próximas eleições. "A população sabe o que tem sido feito, por isso nas últimas eleições a gente tem conseguido a vitória. Nosso objetivo aqui é transformar para melhor a vida das pessoas", afirmou Paes. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, por sua vez, considera que a repercussão do caso na mídia é uma estratégia dos adversários do partido para manchar a imagem de Pedro Paulo. "A união foi o que me fortaleceu na rua. Os nossos aliados nos respeitam porque o que a gente promete, a gente cumpre. Vamos ganhar as eleições na urna e no voto", considerou Pezão. Representante feminina do partido na reunião, Miriam Porto, a prefeita de Porciúncula, cidade do noroeste fluminense, também defendeu a permanência da pré-candidatura. "Nós, mulheres, estamos aí para representar junto com os nossos homens o nosso PMDB. Nós viemos para ficar e para lutar, nós não vamos fugir nunca", disse. Jorge Picciani disse que o partido vai combater os adversários "com política". "Essa união é o que alarma os nossos adversários. Vamos vencer essas eleições nas ruas, não vamos nos intimidar."
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Líderes europeus cobram da Rússia manutenção do cessar-fogo na Síria
Em uma conferência por telefone de cerca de 50 minutos, nesta sexta-feira (4), os principais líderes da Europa cobraram do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a manutenção do frágil cessar-fogo na Síria, em vigor desde 27 de fevereiro, instaurado para pressionar o regime do ditador Bashar al-Assad a retomar negociações de paz na semana que vem, em Genebra (Suíça). Participaram da conversa com Putin os premiês do Reino Unido, David Cameron, e da Itália, Matteo Renzi, além da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande –estes últimos se encontraram pessoalmente em Paris para discutir também a política europeia para os refugiados. Segundo uma porta-voz de Cameron, o premiê britânico afirmou que o Ocidente tem de aproveitar a trégua provisória para buscar uma "transição que não passe por Assad". O próprio governo russo, porém, informou na quarta-feira (2) que o cessar-fogo, do qual não fazem parte as facções terroristas Estado Islâmico e Frente al-Nusra, já havia sido violado 31 vezes. Antes do acordo, Moscou vinha realizando bombardeios aéreos no norte da Síria contra grupos rebeldes. Após a conferência, Hollande criticou Assad por ter marcado as eleições parlamentares para o dia 13 de abril, classificando a decisão de "provocativa" e "irrealista". O anúncio da data do pleito ocorreu pouco depois de EUA e Rússia chegarem a um acordo para o cessar-fogo. Putin, porém, defendeu as eleições, dizendo que isso "não interfere no processo de paz" e está de acordo com a Constituição síria, que prevê o pleito a cada quatro anos –o último foi em 2012, e os mandatos dos congressistas atuais terminam em maio.
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Líderes europeus cobram da Rússia manutenção do cessar-fogo na SíriaEm uma conferência por telefone de cerca de 50 minutos, nesta sexta-feira (4), os principais líderes da Europa cobraram do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a manutenção do frágil cessar-fogo na Síria, em vigor desde 27 de fevereiro, instaurado para pressionar o regime do ditador Bashar al-Assad a retomar negociações de paz na semana que vem, em Genebra (Suíça). Participaram da conversa com Putin os premiês do Reino Unido, David Cameron, e da Itália, Matteo Renzi, além da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande –estes últimos se encontraram pessoalmente em Paris para discutir também a política europeia para os refugiados. Segundo uma porta-voz de Cameron, o premiê britânico afirmou que o Ocidente tem de aproveitar a trégua provisória para buscar uma "transição que não passe por Assad". O próprio governo russo, porém, informou na quarta-feira (2) que o cessar-fogo, do qual não fazem parte as facções terroristas Estado Islâmico e Frente al-Nusra, já havia sido violado 31 vezes. Antes do acordo, Moscou vinha realizando bombardeios aéreos no norte da Síria contra grupos rebeldes. Após a conferência, Hollande criticou Assad por ter marcado as eleições parlamentares para o dia 13 de abril, classificando a decisão de "provocativa" e "irrealista". O anúncio da data do pleito ocorreu pouco depois de EUA e Rússia chegarem a um acordo para o cessar-fogo. Putin, porém, defendeu as eleições, dizendo que isso "não interfere no processo de paz" e está de acordo com a Constituição síria, que prevê o pleito a cada quatro anos –o último foi em 2012, e os mandatos dos congressistas atuais terminam em maio.
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iPad do Papa Francisco será leiloado por ao menos US$ 20 mil
Um iPad que pertencia ao Papa Francisco vai ser leiloado no Uruguai nesta terça-feira (14) com preço inicial de US$ 20 mil. O valor arrecadado será destinado às reformas em uma escola na cidade de Paysandú, a 370 km ao norte da capital, Montevidéu. Essa não é a primeira vez que o Papa Francisco doa um item pessoal para ser leiloado. Em 2014, uma motocicleta da Harley-Davidson que ele havia recebido de presente arrecadou US$ 257,7 mil. Representantes da escola disseram que depois de algumas tentativas de vender o iPad nas casas de leilões Christie's e Sotheby's, e que não foram bem-sucedidas, eles ofereceram o aparelho a casa de leilões local, Castells. O iPad traz a inscrição "Sua Santidade Francisco. Serviço de Internet do Vaticano, Março de 2013",
tec
iPad do Papa Francisco será leiloado por ao menos US$ 20 milUm iPad que pertencia ao Papa Francisco vai ser leiloado no Uruguai nesta terça-feira (14) com preço inicial de US$ 20 mil. O valor arrecadado será destinado às reformas em uma escola na cidade de Paysandú, a 370 km ao norte da capital, Montevidéu. Essa não é a primeira vez que o Papa Francisco doa um item pessoal para ser leiloado. Em 2014, uma motocicleta da Harley-Davidson que ele havia recebido de presente arrecadou US$ 257,7 mil. Representantes da escola disseram que depois de algumas tentativas de vender o iPad nas casas de leilões Christie's e Sotheby's, e que não foram bem-sucedidas, eles ofereceram o aparelho a casa de leilões local, Castells. O iPad traz a inscrição "Sua Santidade Francisco. Serviço de Internet do Vaticano, Março de 2013",
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História de família de Rubem Fonseca inspira novela
Para dar trégua no noticiário abarrotado de denúncias de corrupção e casos de violência, a Globo faz uma aposta na água com açúcar. "Tempo de Amar", nova novela da faixa das 18h que estreia no dia 26 de setembro, vai falar de um romance no estilo "Romeu e Julieta". O casal protagonista, ela rica, ele pobre, precisa enfrentar as respectivas famílias e a distância –ela em Portugal, ele no Brasil– para ficar junto. A dupla se apaixona no país europeu em 1927. Grávida, a mocinha é levada a um convento enquanto o bebê é dado para adoção. "Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a Broadway era um grande sucesso. Não que ela hoje não seja, mas as pessoas buscavam um respiro, elas precisavam disso", diz Tony Ramos, que vive José Augusto, o pai da mocinha. "Discutir o amor é um bálsamo e o público clama por isso, por fantasia." Quem escreve o novo folhetim é Alcides Nogueira, mas a ideia original não é dele. "Tempo de Amar" parte de uma história familiar contada por Rubem Fonseca, que teria acontecido com seus avós. Não por acaso, Nogueira escreve em parceria de Bia Corrêa do Lago, filha de Fonseca. À Folha, Lago afirmou que o pai, não muito adepto de acompanhar telenovelas, assistirá à "Tempo de Amar". PRIMEIRA FASE Mas só mesmo o começo da trama, até a vinda da mocinha para o Brasil, é fidedigno à história de Fonseca. "Na verdade, é o que a gente chama de história principal. Parte de uma memória dele que eu fui ficcionando", diz Nogueira, que mudou também o período. "O argumento se passava numa época bem anterior, em 1800, e a gente puxou para 1900." Para viver Maria Vitória e Inácio, o casal cuja história é o fio condutor da novela, Jayme Monjardim, diretor artístico, aposta em Vitória Strada e Bruno Cabrerizo, dupla estreante em folhetins. "A responsabilidade é muito grande, mas estou muito bem cercada por atores incríveis e sendo muito bem preparada", diz Strada, que saiu de Porto Alegre e se mudou para o Rio para gravar a novela. Já Cabrezio tem um pouco mais de experiência com as câmeras. Ex-jogador de futebol e ex-modelo na Europa, ele gravou "O Avental Rosa", filme de Monjardim ainda sem previsão de estreia. "Tempo de Amar" teve suas primeiras cenas gravadas em Bento Gonçalves e Garibaldi, no Rio Grande do Sul. "A escolha do local foi pela geografia, que lembra muito o norte de Portugal, onde se passa o começo da novela", afirma Nogueira. Complementando a trama, o público poderá assistir Letícia Sabatella e Andreia Horta como as vilãs Delfina e Lucinda, respectivamente, que farão de tudo para atrapalhar a vida dos protagonistas. A repórter viajou a convite da TV Globo NA TV 'Tempo de Amar' Quando de seg. a sáb., a partir 26 de setembro, às 18h Onde Globo
ilustrada
História de família de Rubem Fonseca inspira novelaPara dar trégua no noticiário abarrotado de denúncias de corrupção e casos de violência, a Globo faz uma aposta na água com açúcar. "Tempo de Amar", nova novela da faixa das 18h que estreia no dia 26 de setembro, vai falar de um romance no estilo "Romeu e Julieta". O casal protagonista, ela rica, ele pobre, precisa enfrentar as respectivas famílias e a distância –ela em Portugal, ele no Brasil– para ficar junto. A dupla se apaixona no país europeu em 1927. Grávida, a mocinha é levada a um convento enquanto o bebê é dado para adoção. "Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a Broadway era um grande sucesso. Não que ela hoje não seja, mas as pessoas buscavam um respiro, elas precisavam disso", diz Tony Ramos, que vive José Augusto, o pai da mocinha. "Discutir o amor é um bálsamo e o público clama por isso, por fantasia." Quem escreve o novo folhetim é Alcides Nogueira, mas a ideia original não é dele. "Tempo de Amar" parte de uma história familiar contada por Rubem Fonseca, que teria acontecido com seus avós. Não por acaso, Nogueira escreve em parceria de Bia Corrêa do Lago, filha de Fonseca. À Folha, Lago afirmou que o pai, não muito adepto de acompanhar telenovelas, assistirá à "Tempo de Amar". PRIMEIRA FASE Mas só mesmo o começo da trama, até a vinda da mocinha para o Brasil, é fidedigno à história de Fonseca. "Na verdade, é o que a gente chama de história principal. Parte de uma memória dele que eu fui ficcionando", diz Nogueira, que mudou também o período. "O argumento se passava numa época bem anterior, em 1800, e a gente puxou para 1900." Para viver Maria Vitória e Inácio, o casal cuja história é o fio condutor da novela, Jayme Monjardim, diretor artístico, aposta em Vitória Strada e Bruno Cabrerizo, dupla estreante em folhetins. "A responsabilidade é muito grande, mas estou muito bem cercada por atores incríveis e sendo muito bem preparada", diz Strada, que saiu de Porto Alegre e se mudou para o Rio para gravar a novela. Já Cabrezio tem um pouco mais de experiência com as câmeras. Ex-jogador de futebol e ex-modelo na Europa, ele gravou "O Avental Rosa", filme de Monjardim ainda sem previsão de estreia. "Tempo de Amar" teve suas primeiras cenas gravadas em Bento Gonçalves e Garibaldi, no Rio Grande do Sul. "A escolha do local foi pela geografia, que lembra muito o norte de Portugal, onde se passa o começo da novela", afirma Nogueira. Complementando a trama, o público poderá assistir Letícia Sabatella e Andreia Horta como as vilãs Delfina e Lucinda, respectivamente, que farão de tudo para atrapalhar a vida dos protagonistas. A repórter viajou a convite da TV Globo NA TV 'Tempo de Amar' Quando de seg. a sáb., a partir 26 de setembro, às 18h Onde Globo
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