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Dois adolescentes britânicos são detidos sob suspeita de terrorismo
Dois adolescentes britânicos, um garoto de 14 anos e uma jovem de 16, foram detidos "sob suspeita de preparar atos de terrorismo", informou a polícia neste domingo (5). O rapaz foi preso na última quinta-feira (2) depois de a polícia analisar uma série de aparelhos eletrônicos e fazer buscas em uma casa em Blackburn, Lancashire (norte). A jovem, por sua vez, foi detida numa casa de Longsight, Manchester, na sexta-feira (3), como parte da mesma investigação. Os nomes não foram divulgados e a polícia não deu informações sobre a natureza do plano no qual os jovens estariam envolvidos. A investigação envolveu agentes de uma unidade contraterrorista e da polícia local. O crime, introduzido pela lei de combate ao terrorismo de 2006, prevê até mesmo prisão perpétua para adultos. Os jovens foram libertados, sob fiança, e terão de se apresentar em audiência no dia 28 de maio. ROCHDALE Segundo a polícia, as prisões não estão relacionadas ao caso dos nove britânicos de Rochdale detidos pelas forças de segurança turcas na última quarta-feira (1º), na fronteira com a Síria, numa aparente tentativa de entrar no país onde atua a facção radical Estado Islâmico (EI). Na sexta (3), cinco homens e uma mulher com idades entre 23 e 28 anos foram presos no porto de Dover (ponto mais próximo à França) sob suspeita de envolvimento em delitos relacionados a terrorismo. No último ano, o Reino Unido elevou o alerta contra terrorismo para "grave", segundo nível mais alto da escala, e destacou a ameaça representada por britânicos radicalizados que retornam de combates na Síria e no Iraque. O alerta "grave" na escala de cinco graus não era usado para terrorismo internacional desde julho de 2011. Os serviços de segurança estimam que, desde o início do conflito, cerca de 600 britânicos viajaram para a Síria e o Iraque para lutar junto aos radicais e que cerca de metade deles já teria retornado.
mundo
Dois adolescentes britânicos são detidos sob suspeita de terrorismoDois adolescentes britânicos, um garoto de 14 anos e uma jovem de 16, foram detidos "sob suspeita de preparar atos de terrorismo", informou a polícia neste domingo (5). O rapaz foi preso na última quinta-feira (2) depois de a polícia analisar uma série de aparelhos eletrônicos e fazer buscas em uma casa em Blackburn, Lancashire (norte). A jovem, por sua vez, foi detida numa casa de Longsight, Manchester, na sexta-feira (3), como parte da mesma investigação. Os nomes não foram divulgados e a polícia não deu informações sobre a natureza do plano no qual os jovens estariam envolvidos. A investigação envolveu agentes de uma unidade contraterrorista e da polícia local. O crime, introduzido pela lei de combate ao terrorismo de 2006, prevê até mesmo prisão perpétua para adultos. Os jovens foram libertados, sob fiança, e terão de se apresentar em audiência no dia 28 de maio. ROCHDALE Segundo a polícia, as prisões não estão relacionadas ao caso dos nove britânicos de Rochdale detidos pelas forças de segurança turcas na última quarta-feira (1º), na fronteira com a Síria, numa aparente tentativa de entrar no país onde atua a facção radical Estado Islâmico (EI). Na sexta (3), cinco homens e uma mulher com idades entre 23 e 28 anos foram presos no porto de Dover (ponto mais próximo à França) sob suspeita de envolvimento em delitos relacionados a terrorismo. No último ano, o Reino Unido elevou o alerta contra terrorismo para "grave", segundo nível mais alto da escala, e destacou a ameaça representada por britânicos radicalizados que retornam de combates na Síria e no Iraque. O alerta "grave" na escala de cinco graus não era usado para terrorismo internacional desde julho de 2011. Os serviços de segurança estimam que, desde o início do conflito, cerca de 600 britânicos viajaram para a Síria e o Iraque para lutar junto aos radicais e que cerca de metade deles já teria retornado.
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Para jurista, nova lei antiterror da França é mais dura que a americana
Na sequência do atentado contra o jornal Charlie Hebdo, em janeiro deste ano, não foram poucas as vozes na política francesa a pedir um "Patriot Act à la française", uma nova legislação para enfrentar o terrorismo inspirada na lei norte-americana. O controverso "Patriot Act" (Ato Patriota), decretado por George W. Bush após o 11 de Setembro, é criticado por ter aumentado as permissões para o governo vigiar suspeitos através de escutas. O professor de direito da Universidade de Siracusa, em Nova York, Nathan A. Sales, fez parte da equipe que redigiu o decreto. Para o jurista, que na época trabalhava no Departamento de Justiça, os franceses não precisam de um "Patriot Act" para enfrentar o terrorismo porque a atual lei de vigilância dá ainda mais poderes ao governo do que nos Estados Unidos. RFI Brasil - O "Patriot Act" ainda é útil no combate ao terrorismo? Nathan A. Sales - Está funcionando bem, mas nenhuma vigilância antiterrorista será perfeita. A mudança tecnológica está colocando muita pressão nas leis de vigilância aqui nos Estados Unidos, mas também na França. Um dos desafios que começamos a enfrentar no último ano é a encriptação. Existe agora um grande número de novas tecnologias que não existiam anos atrás, aplicativos como o WhatsApp e outras tecnologias que terroristas do Isis (sigla em inglês para o nome usado inicialmente pelo grupo Estado Islâmico) e de outros grupos usam cada vez mais para proteger sua comunicação. Isso significa que, mesmo que você tenha uma lei como o Patriot Act ou a nova lei francesa de vigilância, que permitem a investigadores interceptar a comunicação de suspeitos, estas leis não podem fazer muito se não for possível decifrar a informação. Este tipo de encriptação de alta qualidade era exclusividade de governos sofisticados, como EUA, Inglaterra e França. Agora está disponível a qualquer um que tenha um iPhone. Qual era a principal preocupação quando o "Patriot Act" foi escrito? Tínhamos dois objetivos-chave. Uma das coisas que o "Patriot Act" fez foi permitir que os investigadores antiterrorismo usassem as mesmas técnicas que policiais comuns vinham usando havia décadas, como, por exemplo, as escutas telefônicas móveis. Outra coisa que o "Patriot Act" tentou fazer foi criar um sistema de aprovação judicial, que permitisse a investigadores antiterrorismo conduzir escutas, mas submetidos à estrita autorização de um juiz. Você precisa de uma permissão da corte para, por exemplo, vigiar Khalid Sheikh Mohammed [terrorista preso em Guantanamo, acusado de ser o "arquiteto" do 11 de Setembro]. Como o senhor vê a lei nova lei francesa de vigilância? A lei francesa é mais permissiva do que a americana. Ela prevê autoridades de vigilância mais fortes do que as dos Estados Unidos. Não há necessidade de aprovação judicial e há um número maior de tipos de casos em que você pode fazer monitoramento, não apenas terrorismo e espionagem, mas também investigação industrial ou econômica. Em termos de autoridades legais, o governo francês tem mais ferramentas do que o americano. Então essa lei francesa deveria ser suficiente? O ataque em Paris ocorreu apesar dessa lei estar funcionando. Precisamos saber por quê. O atentado foi uma operação muito sofisticada, envolvendo muito dinheiro, treinamento, viagens e comunicação. Vai ser muito importante para os investigadores descobrir como isso pôde acontecer sem as autoridades francesas conseguirem detectar. Neste momento em que a França debate quais novas leis poderiam ser adotadas, parte desse trabalho será saber como isso aconteceu sem perceberem. Os franceses de forma geral recusam a ideia de se fazer um?Patriot Act francês?, com medo de perder liberdades civis. Faz sentido? A França já tem um "Patriot Act". As leis de vigilância da França vão além do "Patriot Act" americano. E por que o senhor defende que o "Patriot Act" não atinge os direitos individuais dos cidadãos? A parte mais importante do "Patriot Act" é a aprovação judicial. De forma geral, se a NSA (Agência de Segurança Nacional) quiser interceptar uma comunicação nos EUA, ela precisa ir à Corte de Vigilância e Inteligência e demonstrar as causas prováveis de que o alvo é um espião ou terrorista. Muito similar às leis que se aplicam à investigação criminal comum. O conceito básico é: você precisa pedir antes a um juiz. E isso é uma maneira importante de evitar abusos ou vigilâncias desnecessárias. Como o senhor aconselharia o presidente François Hollande a agir a partir de agora? Não há uma resposta única ou uma bala de prata para resolver o problema. Em parte terá que ser uma coalizão internacional militar, liderada pela França, e eu gostaria de ver os Estados Unidos terem um papel maior. Nosso presidente disse, na sexta-feira (13), ao longo do dia, que o Isis estava contido. Isso foi uma surpresa para o povo de Paris. Eu aconselharia o presidente francês e outros a reunir uma coalizão militar, incluindo Estados árabes sunitas, como a Arábia Saudita, e outros como Geórgia e Egito, que estão na região e têm uma força militar que, combinada com a da Otan [Aliança militar do Ocidente], pode derrotar esta ameaça. Combater o Isis é diferente do que foi combater a Al-Qaeda? Há algumas semelhanças perturbadoras entre os dois. A Al-Qaeda em 2000 parecia muito com o Isis em 2015. Os dois têm territórios onde estão seguros, mas o território controlado pelo Isis é muito maior do que o da Al-Qaeda no Afeganistão. O Isis realizou ataques de grande escala, assim como os da Al-Qaeda nos anos 90, como ataques a embaixadas americanas na África. A minha preocupação é que o Isis esteja fazendo agora só o aquecimento. O catastrófico ataque em Paris, o avião russo e o ataque no Líbano podem ser o prelúdio de algo maior, da escala do 11 de Setembro.
rfi
Para jurista, nova lei antiterror da França é mais dura que a americanaNa sequência do atentado contra o jornal Charlie Hebdo, em janeiro deste ano, não foram poucas as vozes na política francesa a pedir um "Patriot Act à la française", uma nova legislação para enfrentar o terrorismo inspirada na lei norte-americana. O controverso "Patriot Act" (Ato Patriota), decretado por George W. Bush após o 11 de Setembro, é criticado por ter aumentado as permissões para o governo vigiar suspeitos através de escutas. O professor de direito da Universidade de Siracusa, em Nova York, Nathan A. Sales, fez parte da equipe que redigiu o decreto. Para o jurista, que na época trabalhava no Departamento de Justiça, os franceses não precisam de um "Patriot Act" para enfrentar o terrorismo porque a atual lei de vigilância dá ainda mais poderes ao governo do que nos Estados Unidos. RFI Brasil - O "Patriot Act" ainda é útil no combate ao terrorismo? Nathan A. Sales - Está funcionando bem, mas nenhuma vigilância antiterrorista será perfeita. A mudança tecnológica está colocando muita pressão nas leis de vigilância aqui nos Estados Unidos, mas também na França. Um dos desafios que começamos a enfrentar no último ano é a encriptação. Existe agora um grande número de novas tecnologias que não existiam anos atrás, aplicativos como o WhatsApp e outras tecnologias que terroristas do Isis (sigla em inglês para o nome usado inicialmente pelo grupo Estado Islâmico) e de outros grupos usam cada vez mais para proteger sua comunicação. Isso significa que, mesmo que você tenha uma lei como o Patriot Act ou a nova lei francesa de vigilância, que permitem a investigadores interceptar a comunicação de suspeitos, estas leis não podem fazer muito se não for possível decifrar a informação. Este tipo de encriptação de alta qualidade era exclusividade de governos sofisticados, como EUA, Inglaterra e França. Agora está disponível a qualquer um que tenha um iPhone. Qual era a principal preocupação quando o "Patriot Act" foi escrito? Tínhamos dois objetivos-chave. Uma das coisas que o "Patriot Act" fez foi permitir que os investigadores antiterrorismo usassem as mesmas técnicas que policiais comuns vinham usando havia décadas, como, por exemplo, as escutas telefônicas móveis. Outra coisa que o "Patriot Act" tentou fazer foi criar um sistema de aprovação judicial, que permitisse a investigadores antiterrorismo conduzir escutas, mas submetidos à estrita autorização de um juiz. Você precisa de uma permissão da corte para, por exemplo, vigiar Khalid Sheikh Mohammed [terrorista preso em Guantanamo, acusado de ser o "arquiteto" do 11 de Setembro]. Como o senhor vê a lei nova lei francesa de vigilância? A lei francesa é mais permissiva do que a americana. Ela prevê autoridades de vigilância mais fortes do que as dos Estados Unidos. Não há necessidade de aprovação judicial e há um número maior de tipos de casos em que você pode fazer monitoramento, não apenas terrorismo e espionagem, mas também investigação industrial ou econômica. Em termos de autoridades legais, o governo francês tem mais ferramentas do que o americano. Então essa lei francesa deveria ser suficiente? O ataque em Paris ocorreu apesar dessa lei estar funcionando. Precisamos saber por quê. O atentado foi uma operação muito sofisticada, envolvendo muito dinheiro, treinamento, viagens e comunicação. Vai ser muito importante para os investigadores descobrir como isso pôde acontecer sem as autoridades francesas conseguirem detectar. Neste momento em que a França debate quais novas leis poderiam ser adotadas, parte desse trabalho será saber como isso aconteceu sem perceberem. Os franceses de forma geral recusam a ideia de se fazer um?Patriot Act francês?, com medo de perder liberdades civis. Faz sentido? A França já tem um "Patriot Act". As leis de vigilância da França vão além do "Patriot Act" americano. E por que o senhor defende que o "Patriot Act" não atinge os direitos individuais dos cidadãos? A parte mais importante do "Patriot Act" é a aprovação judicial. De forma geral, se a NSA (Agência de Segurança Nacional) quiser interceptar uma comunicação nos EUA, ela precisa ir à Corte de Vigilância e Inteligência e demonstrar as causas prováveis de que o alvo é um espião ou terrorista. Muito similar às leis que se aplicam à investigação criminal comum. O conceito básico é: você precisa pedir antes a um juiz. E isso é uma maneira importante de evitar abusos ou vigilâncias desnecessárias. Como o senhor aconselharia o presidente François Hollande a agir a partir de agora? Não há uma resposta única ou uma bala de prata para resolver o problema. Em parte terá que ser uma coalizão internacional militar, liderada pela França, e eu gostaria de ver os Estados Unidos terem um papel maior. Nosso presidente disse, na sexta-feira (13), ao longo do dia, que o Isis estava contido. Isso foi uma surpresa para o povo de Paris. Eu aconselharia o presidente francês e outros a reunir uma coalizão militar, incluindo Estados árabes sunitas, como a Arábia Saudita, e outros como Geórgia e Egito, que estão na região e têm uma força militar que, combinada com a da Otan [Aliança militar do Ocidente], pode derrotar esta ameaça. Combater o Isis é diferente do que foi combater a Al-Qaeda? Há algumas semelhanças perturbadoras entre os dois. A Al-Qaeda em 2000 parecia muito com o Isis em 2015. Os dois têm territórios onde estão seguros, mas o território controlado pelo Isis é muito maior do que o da Al-Qaeda no Afeganistão. O Isis realizou ataques de grande escala, assim como os da Al-Qaeda nos anos 90, como ataques a embaixadas americanas na África. A minha preocupação é que o Isis esteja fazendo agora só o aquecimento. O catastrófico ataque em Paris, o avião russo e o ataque no Líbano podem ser o prelúdio de algo maior, da escala do 11 de Setembro.
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Doping, Injuries and Technical Issues Keep Stars Away from Olympic Games
FROM SÃO PAULO Russian Tennis Player, Maria Sharapova, 29, was suspended for two years starting on January 26th of this year. And because of this, she is out of the Olympic Games in Rio. Sharapova protested on social media and claimed that she will appeal to the International Court of Arbitration for Sport. Another example: in November 2015, Russian athletics was provisionally suspended from all international competitions by the IAAF and runs the serious risk of being excluded from the Olympic Games in Rio in 2016. Check out the following major athletes that won't be coming to the Games. Three-time Olympic medalist, Emanuel, beach volleyball, a formidable presence in the last edition of the Games (Gold in Athens-2004, Silver in London-2012 and Bronze in Beijing-2008). This year Emanuel isn't going to be on the sands. He retired in March, at 42, after trying unsuccessfully to classify for the Games along with Ricardo in 2015. Brazilian fans are also going to miss Cesar Cielo (Gold in Athens-2004, Silver in London-2012, and Bronze in Beijing-2008), the only Brazilian Olympic swimming champion. Star of the NBA, power forward Tiago Splitter ought to be another important stand-out for the Brazilian team at the Games. However, he underwent hip surgery in February and is expected to recuperate only after eight months, which should preclude him from the Olympics. Another huge star of the current NBA, point guard Stephen Curry, will not compete in the Olympics. The North American put off his dream of winning an Olympic medal in order to care for the recovery of his right knee. In addition to Splitter and Curry, other NBA stars like LaMarcus Aldridge, Blake Griffin, Chris Paul, Anthony Davis and John Wall are players certain to miss the Games due to injuries. In football, the greatest absence in the Games will be Argentine Lionel Messi, elected four times by FIFA as the best player in the world. Worldwide basketball legend, Los Angeles Lakers wing guard Kobe Bryant, retired in April and is out of the Games, even though the North-American Basketball Federation had shown interest in having him at the Olympics. In tennis, Doinic Thiem (ATP ranked 7th) and John Isner (Ranked 17th), opted to dedicate themselves to the ATP tournaments and therefore will not participate in the Games. In sailing, Britain Ben Ainslie - five-time Olympic medalist - now solely dedicated to ocean regattas is another sports star that won't be in Rio de Janeiro. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Former Director of Petrobras Says Rousseff Lied About the Purchase of Pasadena *Funk Music Has Explicit Machismo, but Popular Brazilian Songs Are Also Offensive to Women *Rio 2016 Olympic Committee Maneuvers to Hide Deficit of R$ 129 million
esporte
Doping, Injuries and Technical Issues Keep Stars Away from Olympic Games FROM SÃO PAULO Russian Tennis Player, Maria Sharapova, 29, was suspended for two years starting on January 26th of this year. And because of this, she is out of the Olympic Games in Rio. Sharapova protested on social media and claimed that she will appeal to the International Court of Arbitration for Sport. Another example: in November 2015, Russian athletics was provisionally suspended from all international competitions by the IAAF and runs the serious risk of being excluded from the Olympic Games in Rio in 2016. Check out the following major athletes that won't be coming to the Games. Three-time Olympic medalist, Emanuel, beach volleyball, a formidable presence in the last edition of the Games (Gold in Athens-2004, Silver in London-2012 and Bronze in Beijing-2008). This year Emanuel isn't going to be on the sands. He retired in March, at 42, after trying unsuccessfully to classify for the Games along with Ricardo in 2015. Brazilian fans are also going to miss Cesar Cielo (Gold in Athens-2004, Silver in London-2012, and Bronze in Beijing-2008), the only Brazilian Olympic swimming champion. Star of the NBA, power forward Tiago Splitter ought to be another important stand-out for the Brazilian team at the Games. However, he underwent hip surgery in February and is expected to recuperate only after eight months, which should preclude him from the Olympics. Another huge star of the current NBA, point guard Stephen Curry, will not compete in the Olympics. The North American put off his dream of winning an Olympic medal in order to care for the recovery of his right knee. In addition to Splitter and Curry, other NBA stars like LaMarcus Aldridge, Blake Griffin, Chris Paul, Anthony Davis and John Wall are players certain to miss the Games due to injuries. In football, the greatest absence in the Games will be Argentine Lionel Messi, elected four times by FIFA as the best player in the world. Worldwide basketball legend, Los Angeles Lakers wing guard Kobe Bryant, retired in April and is out of the Games, even though the North-American Basketball Federation had shown interest in having him at the Olympics. In tennis, Doinic Thiem (ATP ranked 7th) and John Isner (Ranked 17th), opted to dedicate themselves to the ATP tournaments and therefore will not participate in the Games. In sailing, Britain Ben Ainslie - five-time Olympic medalist - now solely dedicated to ocean regattas is another sports star that won't be in Rio de Janeiro. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Former Director of Petrobras Says Rousseff Lied About the Purchase of Pasadena *Funk Music Has Explicit Machismo, but Popular Brazilian Songs Are Also Offensive to Women *Rio 2016 Olympic Committee Maneuvers to Hide Deficit of R$ 129 million
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Com polêmica em gol anulado, Santos vence o Figueirense na Copa do Brasil
Aos 19 minutos do primeiro tempo, o Santos abriu o placar em Florianópolis. Gabriel, após falta cobrada por Lucas Lima, balançou a rede do Figueirense e comemorou. Mas o gol da vitória santista por 1 a 0, do próprio Gabriel, só valeu mesmo quando marcado de pênalti uma hora de jogo depois. A polêmica na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil foi que, cerca de um minuto depois do primeiro gol de Gabriel, o árbitro Anderson Daronco consultou o auxiliar Alessandro Rocha de Matos (ambos da Fifa), eles conversaram e foi anotado impedimento do santista. Corretamente, segundo mostrou imagem da Fox Sports, que transmitiu a partida. No entanto, a demora levantou a suspeita de que houve ajuda externa, em vídeo. O técnico Dorival Júnior, imediatamente, reclamou. Gabriel reclamou. "Eles não anularam na hora, eles não tinham certeza, acho que alguém falou para eles que estava impedido", disse, no intervalo, o atacante, que recebeu cartão amarelo pela reclamação. Há duas semanas, a CBF, que organiza a Copa do Brasil, anunciou que pediu à Fifa autorização para usar o vídeo para auxiliar a arbitragem em campo. O uso, porém, não foi autorizado. Figueirense 0 x 1 Santos Na sequência do primeiro tempo, o Santos continuou melhor. Gabriel ainda fez outro gol, este anulado -corretamente, de novo- antes de ele concluir a jogada. No segundo tempo, apesar da melhora no desempenho do Figueirense, o Santos continuou criando mais oportunidades para vencer. O jogo estava morno até que, aos 31 minutos, o árbitro marcou pênalti de Leandro Silva em Gabriel. O próprio atacante bateu e marcou o gol da vitória aos 33 minutos do segundo tempo. Desta vez valeu, e o Santos tem grande vantagem para ao jogo de volta. A segunda partida entre as equipes acontece na próxima quinta-feira (1º), às 21h, no Pacaembu, em São Paulo. Quem passar deste confronto encara o vencedor do duelo entre São Paulo e Vasco.
esporte
Com polêmica em gol anulado, Santos vence o Figueirense na Copa do BrasilAos 19 minutos do primeiro tempo, o Santos abriu o placar em Florianópolis. Gabriel, após falta cobrada por Lucas Lima, balançou a rede do Figueirense e comemorou. Mas o gol da vitória santista por 1 a 0, do próprio Gabriel, só valeu mesmo quando marcado de pênalti uma hora de jogo depois. A polêmica na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil foi que, cerca de um minuto depois do primeiro gol de Gabriel, o árbitro Anderson Daronco consultou o auxiliar Alessandro Rocha de Matos (ambos da Fifa), eles conversaram e foi anotado impedimento do santista. Corretamente, segundo mostrou imagem da Fox Sports, que transmitiu a partida. No entanto, a demora levantou a suspeita de que houve ajuda externa, em vídeo. O técnico Dorival Júnior, imediatamente, reclamou. Gabriel reclamou. "Eles não anularam na hora, eles não tinham certeza, acho que alguém falou para eles que estava impedido", disse, no intervalo, o atacante, que recebeu cartão amarelo pela reclamação. Há duas semanas, a CBF, que organiza a Copa do Brasil, anunciou que pediu à Fifa autorização para usar o vídeo para auxiliar a arbitragem em campo. O uso, porém, não foi autorizado. Figueirense 0 x 1 Santos Na sequência do primeiro tempo, o Santos continuou melhor. Gabriel ainda fez outro gol, este anulado -corretamente, de novo- antes de ele concluir a jogada. No segundo tempo, apesar da melhora no desempenho do Figueirense, o Santos continuou criando mais oportunidades para vencer. O jogo estava morno até que, aos 31 minutos, o árbitro marcou pênalti de Leandro Silva em Gabriel. O próprio atacante bateu e marcou o gol da vitória aos 33 minutos do segundo tempo. Desta vez valeu, e o Santos tem grande vantagem para ao jogo de volta. A segunda partida entre as equipes acontece na próxima quinta-feira (1º), às 21h, no Pacaembu, em São Paulo. Quem passar deste confronto encara o vencedor do duelo entre São Paulo e Vasco.
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Alckmin diz acreditar na inocência do presidente da Assembleia Legislativa
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira (12) que acredita na inocência do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), em relação às investigações da máfia da merenda. "Eu acredito. É um promotor público e tem uma história de 30 anos no Ministério Público", afirmou Alckmin, ao comentar as suspeitas levantadas contra Capez. Deflagrada em 19 de janeiro, a Operação Alba Branca investiga desvio de dinheiro público destinado à compra de merenda escolar. De acordo com as investigações, cooperativas que atuam com agricultura familiar superfaturavam itens da merenda fornecidos em contratos com municípios e com o governo do Estado. A Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de Bebedouro (SP), já admitiu que pagava propina a agentes públicos em troca de contratos. As comissões variavam de 10% a 30% sobre o valor do contrato. Alckmin disse em agenda conjunta com o prefeito Fernando Haddad (PT), no distrito de Marsilac (extremo sul da capital), que é necessária uma boa investigação do caso. "É importante fazer uma apuração séria o mais rápido possível para quem for culpado ser condenado e quem não for culpado ser inocentado. Eu acho que é isso que a sociedade quer", disse o governador. Um contrato com a Secretaria da Educação do Estado, para fornecimento de R$ 8,5 milhões em suco de laranja para a merenda, está na mira das apurações. Há indícios contra dois ex-chefes de gabinete de duas secretarias do governo Alckmin –da Casa Civil e da Educação. Fernando Capez, que também foi à agenda na zona sul, disse que é inocente e que está ajudando nas investigações. "Tudo o que eu posso dizer é que nós estamos colaborando para a verdade aparecer o mais rápido possível. Eu sou vítima e estou sendo tratado como suspeito. Eu não conheço nenhuma dessas pessoas e não fiz nada do que está sendo dito", disse Capez. O presidente do Legislativo foi apontado como destinatário de propina pelo ex-presidente da Coaf, Cássio Chebabi, em depoimento à polícia e ao Ministério Público. Além dele, são mencionados em grampos telefônicos os deputados federais Baleia Rossi (PMDB), Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). O ex-dirigente da cooperativa também apontou o tucano Duarte Nogueira, hoje secretário de Logística e Transportes, como envolvido no esquema. Todos negam participação em irregularidades.
poder
Alckmin diz acreditar na inocência do presidente da Assembleia LegislativaO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira (12) que acredita na inocência do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), em relação às investigações da máfia da merenda. "Eu acredito. É um promotor público e tem uma história de 30 anos no Ministério Público", afirmou Alckmin, ao comentar as suspeitas levantadas contra Capez. Deflagrada em 19 de janeiro, a Operação Alba Branca investiga desvio de dinheiro público destinado à compra de merenda escolar. De acordo com as investigações, cooperativas que atuam com agricultura familiar superfaturavam itens da merenda fornecidos em contratos com municípios e com o governo do Estado. A Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de Bebedouro (SP), já admitiu que pagava propina a agentes públicos em troca de contratos. As comissões variavam de 10% a 30% sobre o valor do contrato. Alckmin disse em agenda conjunta com o prefeito Fernando Haddad (PT), no distrito de Marsilac (extremo sul da capital), que é necessária uma boa investigação do caso. "É importante fazer uma apuração séria o mais rápido possível para quem for culpado ser condenado e quem não for culpado ser inocentado. Eu acho que é isso que a sociedade quer", disse o governador. Um contrato com a Secretaria da Educação do Estado, para fornecimento de R$ 8,5 milhões em suco de laranja para a merenda, está na mira das apurações. Há indícios contra dois ex-chefes de gabinete de duas secretarias do governo Alckmin –da Casa Civil e da Educação. Fernando Capez, que também foi à agenda na zona sul, disse que é inocente e que está ajudando nas investigações. "Tudo o que eu posso dizer é que nós estamos colaborando para a verdade aparecer o mais rápido possível. Eu sou vítima e estou sendo tratado como suspeito. Eu não conheço nenhuma dessas pessoas e não fiz nada do que está sendo dito", disse Capez. O presidente do Legislativo foi apontado como destinatário de propina pelo ex-presidente da Coaf, Cássio Chebabi, em depoimento à polícia e ao Ministério Público. Além dele, são mencionados em grampos telefônicos os deputados federais Baleia Rossi (PMDB), Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). O ex-dirigente da cooperativa também apontou o tucano Duarte Nogueira, hoje secretário de Logística e Transportes, como envolvido no esquema. Todos negam participação em irregularidades.
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Veja horários a serem evitados para pegar a estrada nesta Páscoa
O feriado de Páscoa que começa na quinta-feira (2) e vai até o domingo (5) deve lotar as estradas do Estado de São Paulo. Por causa do frio previsto para os dias, as estradas que levam ao interior devem ser as com trânsito mais complicado. Confira abaixo uma tabela com uma previsão de quais devem ser os horários a serem evitados nas vias. Além disso, confira quais serviços ficam abertos e a previsão do tempo em diversas regiões para cada dia da folga. Além disso, a partir de quinta à tarde, a Folha acompanha ao vivo a situação de 19 estradas neste link.
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Veja horários a serem evitados para pegar a estrada nesta PáscoaO feriado de Páscoa que começa na quinta-feira (2) e vai até o domingo (5) deve lotar as estradas do Estado de São Paulo. Por causa do frio previsto para os dias, as estradas que levam ao interior devem ser as com trânsito mais complicado. Confira abaixo uma tabela com uma previsão de quais devem ser os horários a serem evitados nas vias. Além disso, confira quais serviços ficam abertos e a previsão do tempo em diversas regiões para cada dia da folga. Além disso, a partir de quinta à tarde, a Folha acompanha ao vivo a situação de 19 estradas neste link.
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Laboratório de doping de R$ 188 mi está suspenso dos Jogos Olímpicos
DE SÃO PAULO A Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) comunicou nesta sexta-feira (24) que o laboratório encarregado de processar análises nos Jogos do Rio-2016 está suspenso provisoriamente por seis meses, ou seja, até dezembro. Ele era o único laboratório do país com a certificação da agência mundial. Os Jogos Olímpicos ocorrerão entre 5 e 21 de agosto. Os Paraolímpicos serão realizados entre 7 e 18 de setembro. Chamado de LBCD (Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem), a instalação fica no Rio, dentro de um prédio da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e teve custo de R$188 milhões, bancados pelo governo federal. De acordo com a Wada, o problema foi uma não conformidade com o padrão internacional de laboratórios. A Folha apurou que houve erros técnicos em procedimentos vistoriados pela Wada. A suspensão está em vigor desde a quarta-feira (22), quando ocorreu a notificação. Por ora, o LBCD não pode fazer exames antidoping de sangue e urina. As autoridades brasileiras têm direito de recorrer à CAS (Corte Arbitral do Esporte) em um período de até 21 dias após a notificação. Caso a determinação da Wada não seja revertida, os cerca de 6.000 exames previstos para serem colhidos na Olimpíada terão de ser realizados em outro país. "Neste tempo, a Wada vai trabalhar junto com o laboratório do Rio para resolver esse problema identificado", disse Olivier Niggli, diretor da Wada. Testes que seriam processados no LBCD serão encaminhados a algum outro laboratório certificado pela agência mundial. "Os atletas podem ficar confiantes de que a suspensão só será revogada pela Wada quando o laboratório estiver operando com eficácia", complementou Niggli. Um comitê disciplinar será formado em caráter de urgência para revisar o caso e divulgar uma recomendação sobre a situação do laboratório carioca. O LBCD, anteriormente mais conhecido como Ladetec, perdeu sua credencial da Wada em 2013, por problemas de equipamentos —a instalação possuía aval da agência mundial desde 2002. A certificação só foi obtida novamente em maio de 2015, depois de um processo que contou com diversas avaliações da Wada. DINHEIRO PÚBLICO O governo federal investiu R$ 188 milhões na ampliação e reforma do LBCD. Do total, o Ministério do Esporte bancou R$ 160 milhões e o Ministério da Educação, R$ 28 milhões. Os desembolsos cobriram a construção de um novo prédio para instalá-lo e a compra de equipamentos. Pelo fato de o LBCD não estar credenciado durante a Copa do Mundo da Fifa, em 2014, os exames antidoping da competição foram encaminhados para análise em Lausanne, na Suíça. Em nota, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) afirmou que "reitera a importância do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem para a realização dos testes antidopagem durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e como legado técnico-científico na luta contra a dopagem no esporte". A entidade também disse confiar no trabalho desempenhado pelo laboratório. "[Temos] a forte expectativa de que a instituição tomará todas as providências necessárias para que a suspensão provisória imposta preventivamente pela Agência Mundial Antidopagem seja revista o mais breve possível." O diretor-executivo de comunicação da Rio-2016, Mario Andrada, afirmou que o comitê organizador foi avisado da perda da certificação nesta quinta (23). "O nosso compromisso com Jogos Olímpicos limpos não muda. Trabalhamos com tolerância zero [ao doping]. Agora, aguardamos instrução da Wada para saber como o controle de dopagem será feito", disse. A UFRJ também se manifestou em comunicado. "O LBCD reforça sua excelência, bem como sua capacidade técnica e ética para a realização das análises. O laboratório prevê que suas operações poderão voltar ao normal em julho, após a visita técnica do comitê da Wada."
esporte
Laboratório de doping de R$ 188 mi está suspenso dos Jogos Olímpicos DE SÃO PAULO A Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) comunicou nesta sexta-feira (24) que o laboratório encarregado de processar análises nos Jogos do Rio-2016 está suspenso provisoriamente por seis meses, ou seja, até dezembro. Ele era o único laboratório do país com a certificação da agência mundial. Os Jogos Olímpicos ocorrerão entre 5 e 21 de agosto. Os Paraolímpicos serão realizados entre 7 e 18 de setembro. Chamado de LBCD (Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem), a instalação fica no Rio, dentro de um prédio da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e teve custo de R$188 milhões, bancados pelo governo federal. De acordo com a Wada, o problema foi uma não conformidade com o padrão internacional de laboratórios. A Folha apurou que houve erros técnicos em procedimentos vistoriados pela Wada. A suspensão está em vigor desde a quarta-feira (22), quando ocorreu a notificação. Por ora, o LBCD não pode fazer exames antidoping de sangue e urina. As autoridades brasileiras têm direito de recorrer à CAS (Corte Arbitral do Esporte) em um período de até 21 dias após a notificação. Caso a determinação da Wada não seja revertida, os cerca de 6.000 exames previstos para serem colhidos na Olimpíada terão de ser realizados em outro país. "Neste tempo, a Wada vai trabalhar junto com o laboratório do Rio para resolver esse problema identificado", disse Olivier Niggli, diretor da Wada. Testes que seriam processados no LBCD serão encaminhados a algum outro laboratório certificado pela agência mundial. "Os atletas podem ficar confiantes de que a suspensão só será revogada pela Wada quando o laboratório estiver operando com eficácia", complementou Niggli. Um comitê disciplinar será formado em caráter de urgência para revisar o caso e divulgar uma recomendação sobre a situação do laboratório carioca. O LBCD, anteriormente mais conhecido como Ladetec, perdeu sua credencial da Wada em 2013, por problemas de equipamentos —a instalação possuía aval da agência mundial desde 2002. A certificação só foi obtida novamente em maio de 2015, depois de um processo que contou com diversas avaliações da Wada. DINHEIRO PÚBLICO O governo federal investiu R$ 188 milhões na ampliação e reforma do LBCD. Do total, o Ministério do Esporte bancou R$ 160 milhões e o Ministério da Educação, R$ 28 milhões. Os desembolsos cobriram a construção de um novo prédio para instalá-lo e a compra de equipamentos. Pelo fato de o LBCD não estar credenciado durante a Copa do Mundo da Fifa, em 2014, os exames antidoping da competição foram encaminhados para análise em Lausanne, na Suíça. Em nota, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) afirmou que "reitera a importância do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem para a realização dos testes antidopagem durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e como legado técnico-científico na luta contra a dopagem no esporte". A entidade também disse confiar no trabalho desempenhado pelo laboratório. "[Temos] a forte expectativa de que a instituição tomará todas as providências necessárias para que a suspensão provisória imposta preventivamente pela Agência Mundial Antidopagem seja revista o mais breve possível." O diretor-executivo de comunicação da Rio-2016, Mario Andrada, afirmou que o comitê organizador foi avisado da perda da certificação nesta quinta (23). "O nosso compromisso com Jogos Olímpicos limpos não muda. Trabalhamos com tolerância zero [ao doping]. Agora, aguardamos instrução da Wada para saber como o controle de dopagem será feito", disse. A UFRJ também se manifestou em comunicado. "O LBCD reforça sua excelência, bem como sua capacidade técnica e ética para a realização das análises. O laboratório prevê que suas operações poderão voltar ao normal em julho, após a visita técnica do comitê da Wada."
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O governo somos nós
"We, the people, tell the government what to do, it doesn't tell us", disse Ronald Reagan, que presidiu os EUA entre 1981 e 1989, em alguns de seus pronunciamentos ao Congresso do tradicional "State of the Union", uma prestação de contas sobre as atividades do governo. Serve para nos lembrar de que somos nós, o povo, que impomos limites ao governo, e não o contrário. Passado o impeachment, a prioridade inadiável será levar adiante as reformas estruturais de que o país tanto precisa, começando pela chamada PEC do Teto, que limita o crescimento dos gastos da União à inflação do ano anterior, e pela reforma da Previdência. A recessão em curso já deixou 12 milhões de desempregados. É resultado não apenas das decisões equivocadas de Dilma Rousseff, que certamente aceleraram e acentuaram a deterioração da economia, mas decorre, essencialmente, da trajetória explosiva de crescimento do gasto público por duas décadas. O descontrole fiscal se explica tanto pela irresponsabilidade dos governantes na concessão de reajustes salariais ao funcionalismo quanto pelas "conquistas" consagradas na Constituição de 1988 -regras benevolentes de aposentadoria, escandalosos regimes especiais de categorias de servidores, indexações e vinculações da receita. Não há mágicas. É preciso fazer escolhas. O orçamento de um país é feito de escolhas. E nós devemos dizer onde tais recursos, sempre escassos, devem ser aplicados. Queremos ter cidadãos de primeira, segunda e terceira classe? Até quando vamos aceitar as benesses injustificáveis de algumas corporações, como o recesso de 30 dias e férias de 60 dias por ano? Discutimos a necessidade de um ajuste fiscal rigoroso, enquanto o Judiciário pressiona o Senado para aprovar reajustes salariais, com efeito cascata para os Estados e impactos bilionários. A cada bilhão de reais adicional destinado às categorias mais bem aquinhoadas, já remuneradas bem acima do salário médio, será um bilhão a menos em saúde, educação e segurança pública. Ou, então, um bilhão a mais em impostos. E, como produzimos deficit, será um bilhão a mais em dívidas. Muitos Estados comprometem quase a totalidade de suas receitas com salários e aposentadorias. Quando soma-se o pagamento das dívidas, a capacidade de investimentos é nula ou negativa. Essa conta já não fecha hoje e a tendência é de colapso no futuro breve. Avançamos sobre uma linha tênue entre a crise fiscal e a desordem social. A escalada da violência em cidades como Porto Alegre, por exemplo, é agora a faceta mais visível dessa situação. É por isso que as reformas são imperiosas. Sem elas, o caminho único será a insolvência do país. Não se trata de figura retórica, é a realidade brutal dos fatos. Os poucos que usufruem os benefícios da estabilidade no emprego e da aposentadoria integral e precoce têm alta capacidade de mobilização e poder de pressão. Some-se a isso o fato de que a discussão sobre reformas é, por si só, um tema complexo, com ganhos difusos pouco compreendidos pela sociedade, que só serão visíveis no futuro, e o estrago está feito. Sem reformas, estaremos hipotecando o futuro do Brasil. Mas somos nós que fazemos essas escolhas, ainda que indiretamente. Somos nós que podemos impor limites ao governo e às corporações. O Brasil será fruto dessas escolhas. Ou será fruto de nossas omissões. MATEUS BANDEIRA é presidente da consultoria de gestão Falconi. Foi presidente do Banrisul e secretário de Planejamento e Gestão do Rio Grande do Sul (governo Yeda Crusius) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br.
opiniao
O governo somos nós"We, the people, tell the government what to do, it doesn't tell us", disse Ronald Reagan, que presidiu os EUA entre 1981 e 1989, em alguns de seus pronunciamentos ao Congresso do tradicional "State of the Union", uma prestação de contas sobre as atividades do governo. Serve para nos lembrar de que somos nós, o povo, que impomos limites ao governo, e não o contrário. Passado o impeachment, a prioridade inadiável será levar adiante as reformas estruturais de que o país tanto precisa, começando pela chamada PEC do Teto, que limita o crescimento dos gastos da União à inflação do ano anterior, e pela reforma da Previdência. A recessão em curso já deixou 12 milhões de desempregados. É resultado não apenas das decisões equivocadas de Dilma Rousseff, que certamente aceleraram e acentuaram a deterioração da economia, mas decorre, essencialmente, da trajetória explosiva de crescimento do gasto público por duas décadas. O descontrole fiscal se explica tanto pela irresponsabilidade dos governantes na concessão de reajustes salariais ao funcionalismo quanto pelas "conquistas" consagradas na Constituição de 1988 -regras benevolentes de aposentadoria, escandalosos regimes especiais de categorias de servidores, indexações e vinculações da receita. Não há mágicas. É preciso fazer escolhas. O orçamento de um país é feito de escolhas. E nós devemos dizer onde tais recursos, sempre escassos, devem ser aplicados. Queremos ter cidadãos de primeira, segunda e terceira classe? Até quando vamos aceitar as benesses injustificáveis de algumas corporações, como o recesso de 30 dias e férias de 60 dias por ano? Discutimos a necessidade de um ajuste fiscal rigoroso, enquanto o Judiciário pressiona o Senado para aprovar reajustes salariais, com efeito cascata para os Estados e impactos bilionários. A cada bilhão de reais adicional destinado às categorias mais bem aquinhoadas, já remuneradas bem acima do salário médio, será um bilhão a menos em saúde, educação e segurança pública. Ou, então, um bilhão a mais em impostos. E, como produzimos deficit, será um bilhão a mais em dívidas. Muitos Estados comprometem quase a totalidade de suas receitas com salários e aposentadorias. Quando soma-se o pagamento das dívidas, a capacidade de investimentos é nula ou negativa. Essa conta já não fecha hoje e a tendência é de colapso no futuro breve. Avançamos sobre uma linha tênue entre a crise fiscal e a desordem social. A escalada da violência em cidades como Porto Alegre, por exemplo, é agora a faceta mais visível dessa situação. É por isso que as reformas são imperiosas. Sem elas, o caminho único será a insolvência do país. Não se trata de figura retórica, é a realidade brutal dos fatos. Os poucos que usufruem os benefícios da estabilidade no emprego e da aposentadoria integral e precoce têm alta capacidade de mobilização e poder de pressão. Some-se a isso o fato de que a discussão sobre reformas é, por si só, um tema complexo, com ganhos difusos pouco compreendidos pela sociedade, que só serão visíveis no futuro, e o estrago está feito. Sem reformas, estaremos hipotecando o futuro do Brasil. Mas somos nós que fazemos essas escolhas, ainda que indiretamente. Somos nós que podemos impor limites ao governo e às corporações. O Brasil será fruto dessas escolhas. Ou será fruto de nossas omissões. MATEUS BANDEIRA é presidente da consultoria de gestão Falconi. Foi presidente do Banrisul e secretário de Planejamento e Gestão do Rio Grande do Sul (governo Yeda Crusius) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br.
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Tradicional restaurante no parque Ibirapuera fecha por decisão judicial
BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Com resquícios de um sotaque português de quem nasceu na Madeira, o João Pedro Spinola, 56, foi bem franco. "No dia de hoje eu até chorei. Estamos tão chateados." O motivo da emoção: o restaurante The Green, instalado sob a marquise do parque Ibirapuera e do qual ele é um dos quatro proprietários, fechou as portas no último dia 10. As chaves foram entregues a um representante da Justiça e os 38 funcionários tiveram que ser demitidos –o mais antigo tinha 25 anos de casa, contou, por telefone, nesta quarta (18), o imigrante do além-mar. "A gente funcionou lá desde 1972", lembra. O estabelecimento teve as atividades encerradas graças a uma decisão judicial requerida pela Prefeitura de São Paulo. Em idas e vindas, o processo tem se desenrolado desde 2012. De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o ponto "passará por reforma, e, por meio de processo de licitação, será escolhido um novo restaurante para funcionar no local" –ainda sem previsão de datas. "Infelizmente não tem nada que a gente possa fazer quando um oficial bate querendo fazer a reintegração de posse", conta o empresário, que chegou ao Brasil em 1982 e associou-se aos familiares que já mantinham o comércio. Hoje ele também é um dos donos da pizzaria Macedo's, em Perdizes (zona oeste). "Tentamos de tudo para que ficasse aberto até haver uma nova licitação", conta Spinola. Ele afirma que, quando houver uma nova chamada pública para administrar o serviço de gastronomia naquele espaço, tentará de novo. "Era um lugar super agradável, tradicional. Fazia parte do parque. Infelizmente não faz mais." No parque Ibirapuera, funciona ainda o restaurante do MAM, que abre de terça a domingo, das 11h às 16h.
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Tradicional restaurante no parque Ibirapuera fecha por decisão judicialBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Com resquícios de um sotaque português de quem nasceu na Madeira, o João Pedro Spinola, 56, foi bem franco. "No dia de hoje eu até chorei. Estamos tão chateados." O motivo da emoção: o restaurante The Green, instalado sob a marquise do parque Ibirapuera e do qual ele é um dos quatro proprietários, fechou as portas no último dia 10. As chaves foram entregues a um representante da Justiça e os 38 funcionários tiveram que ser demitidos –o mais antigo tinha 25 anos de casa, contou, por telefone, nesta quarta (18), o imigrante do além-mar. "A gente funcionou lá desde 1972", lembra. O estabelecimento teve as atividades encerradas graças a uma decisão judicial requerida pela Prefeitura de São Paulo. Em idas e vindas, o processo tem se desenrolado desde 2012. De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o ponto "passará por reforma, e, por meio de processo de licitação, será escolhido um novo restaurante para funcionar no local" –ainda sem previsão de datas. "Infelizmente não tem nada que a gente possa fazer quando um oficial bate querendo fazer a reintegração de posse", conta o empresário, que chegou ao Brasil em 1982 e associou-se aos familiares que já mantinham o comércio. Hoje ele também é um dos donos da pizzaria Macedo's, em Perdizes (zona oeste). "Tentamos de tudo para que ficasse aberto até haver uma nova licitação", conta Spinola. Ele afirma que, quando houver uma nova chamada pública para administrar o serviço de gastronomia naquele espaço, tentará de novo. "Era um lugar super agradável, tradicional. Fazia parte do parque. Infelizmente não faz mais." No parque Ibirapuera, funciona ainda o restaurante do MAM, que abre de terça a domingo, das 11h às 16h.
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Recuperação da economia ganha novo fôlego, mas é vista com cautela
A economia brasileira dá sinais de ter retomado uma rota de recuperação lenta, ainda sujeita a revezes. A produção da indústria cresceu 2,3% em dezembro em comparação com o mês imediatamente anterior. O dado indicou melhora expressiva em relação ao resultado anêmico e abaixo da expectativa de analistas em novembro —alta de 0,4%. No ano passado como um todo, a produção recuou 6,6%, depois de uma queda de 8,3% em 2015. A retomada da indústria no fim de 2016 foi impulsionada principalmente pelo setor automotivo. Segundo Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco, o movimento é alimentado principalmente pelo fim da "desova de estoques" por parte das empresas. Produção industrial - Em % em relação ao mês anterior, descontados efeitos sazonais* "Essa tendência será a principal responsável pelo crescimento da economia em 2017", afirma o economista. O banco espera expansão de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. O mercado, em média, é mais pessimista e conta com expansão de 0,5%, após dois anos seguidos de recessão. Segundo Marcelo Carvalho, economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina, a melhora da confiança de empresários e consumidores é outro sinal de que a retomada está começando. "Se ainda não tivermos atingido o fundo do poço, estamos bem próximos." Os indicadores que medem a expectativa de dias melhores na economia chegaram a esboçar uma recuperação em meados de 2016, mas depois voltaram a recuar. O mesmo movimento ocorreu com dados da atividade da indústria. O retrocesso levou analistas a revisar suas projeções para baixo. Agora, segundo os especialistas, a recuperação volta a parecer crível. Mas a frustração recente faz com que os economistas mantenham um tom de cautela. Índices de confiança - Em pontos, livre de influências sazonais* CONSUMO E CONFIANÇA Essa posição é também motivada por dados ainda decepcionantes, principalmente de consumo, e pelo fato de que os dados de confiança, embora melhores, permanecem em nível histórico baixo. As vendas de automóveis somaram, por exemplo, 147,2 mil unidades em janeiro, uma queda de 5,2% em relação ao mesmo período de 2016. O cálculo considera carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões. É o pior resultado para o primeiro mês do ano desde 2006, indicativo de que a esperada retomada do setor será lenta. "Os dados, principalmente os de consumo, continuam vindo fracos", diz Ariana Zerbinatti, economista do Bradesco, que espera expansão de 0,3% do PIB neste ano. Embora ainda não esboce recuperação, o desempenho do consumo poderá melhorar na esteira da queda da inflação e do ritmo mais rápido de corte de juros. "A demanda anêmica e os juros astronômicos criam a possibilidade de um ciclo virtuoso no Brasil", diz Fernando Montero, economista-chefe da Tullett Prebon Brasil. Produção Industrial - Desempenho das seções e atividades industriais em 2016, em % Segundo ele, a combinação desses fatores tem levado à queda mais acelerada da inflação, que permitirá novos cortes de juros. Para o superintendente do departamento econômico do Citi Brasil, Marcelo Kfoury, o momento atual é até mais positivo do que a recuperação frustrada em meados de 2016: "Os juros mais baixos vão ajudar na troca de crédito caro por barato pelas famílias e vão servir para as empresas limparem seus balanços. Mas, segundo ele, esse processo será lento e deverá se estender até o fim de 2017. Colaborou MARIANA CARNEIRO, de São Paulo
mercado
Recuperação da economia ganha novo fôlego, mas é vista com cautelaA economia brasileira dá sinais de ter retomado uma rota de recuperação lenta, ainda sujeita a revezes. A produção da indústria cresceu 2,3% em dezembro em comparação com o mês imediatamente anterior. O dado indicou melhora expressiva em relação ao resultado anêmico e abaixo da expectativa de analistas em novembro —alta de 0,4%. No ano passado como um todo, a produção recuou 6,6%, depois de uma queda de 8,3% em 2015. A retomada da indústria no fim de 2016 foi impulsionada principalmente pelo setor automotivo. Segundo Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco, o movimento é alimentado principalmente pelo fim da "desova de estoques" por parte das empresas. Produção industrial - Em % em relação ao mês anterior, descontados efeitos sazonais* "Essa tendência será a principal responsável pelo crescimento da economia em 2017", afirma o economista. O banco espera expansão de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. O mercado, em média, é mais pessimista e conta com expansão de 0,5%, após dois anos seguidos de recessão. Segundo Marcelo Carvalho, economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina, a melhora da confiança de empresários e consumidores é outro sinal de que a retomada está começando. "Se ainda não tivermos atingido o fundo do poço, estamos bem próximos." Os indicadores que medem a expectativa de dias melhores na economia chegaram a esboçar uma recuperação em meados de 2016, mas depois voltaram a recuar. O mesmo movimento ocorreu com dados da atividade da indústria. O retrocesso levou analistas a revisar suas projeções para baixo. Agora, segundo os especialistas, a recuperação volta a parecer crível. Mas a frustração recente faz com que os economistas mantenham um tom de cautela. Índices de confiança - Em pontos, livre de influências sazonais* CONSUMO E CONFIANÇA Essa posição é também motivada por dados ainda decepcionantes, principalmente de consumo, e pelo fato de que os dados de confiança, embora melhores, permanecem em nível histórico baixo. As vendas de automóveis somaram, por exemplo, 147,2 mil unidades em janeiro, uma queda de 5,2% em relação ao mesmo período de 2016. O cálculo considera carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões. É o pior resultado para o primeiro mês do ano desde 2006, indicativo de que a esperada retomada do setor será lenta. "Os dados, principalmente os de consumo, continuam vindo fracos", diz Ariana Zerbinatti, economista do Bradesco, que espera expansão de 0,3% do PIB neste ano. Embora ainda não esboce recuperação, o desempenho do consumo poderá melhorar na esteira da queda da inflação e do ritmo mais rápido de corte de juros. "A demanda anêmica e os juros astronômicos criam a possibilidade de um ciclo virtuoso no Brasil", diz Fernando Montero, economista-chefe da Tullett Prebon Brasil. Produção Industrial - Desempenho das seções e atividades industriais em 2016, em % Segundo ele, a combinação desses fatores tem levado à queda mais acelerada da inflação, que permitirá novos cortes de juros. Para o superintendente do departamento econômico do Citi Brasil, Marcelo Kfoury, o momento atual é até mais positivo do que a recuperação frustrada em meados de 2016: "Os juros mais baixos vão ajudar na troca de crédito caro por barato pelas famílias e vão servir para as empresas limparem seus balanços. Mas, segundo ele, esse processo será lento e deverá se estender até o fim de 2017. Colaborou MARIANA CARNEIRO, de São Paulo
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Reforma política deve inibir candidaturas majoritárias
As indefinições sobre a reforma política, discutida por meses no Congresso, atrasaram as discussões sobre as estratégias para 2018. Um dos fatores de influência foi a aprovação da cláusula de barreira, que impõe um mínimo de 1,5% dos votos na eleição à Câmara para que uma legenda tenha acesso a fundo eleitoral e tempo de propaganda de rádio e TV. Veja as candidaturas a governador discutidas para as eleições de 2018 Essa medida, segundo dirigentes partidários, deve inibir o lançamento de candidaturas majoritárias (ao governo e ao Senado) nas legendas de pequeno e médio porte. Roberto Freire, presidente do PPS, diz que a prioridade será aproveitar os bons nomes do partido para disputar vagas na Câmara, "até que se consiga superar a cláusula de barreira e preparar o partido para futuras eleições". "Com uma bancada forte de parlamentares, você tem condição de melhor desempenho em eleições por conta do tempo de TV", afirma. A decisão do Congresso de manter o sistema proporcional nas eleições para deputado e adiar para 2020 a proibição das coligações também terá efeito sobre o planejamento dessas legendas. Se o sistema fosse alterado para o distritão, o PRB cogitava lançar o deputado Celso Russomanno (SP) ao Senado. O modelo mantido pelos parlamentares, no entanto, é mais favorável a uma candidatura à Câmara, uma vez que Russomanno poderá desempenhar mais uma vez o papel de "puxador de votos". PROCESSOS O impacto de processos judiciais sobre a classe política representa outro fator de incerteza, a exemplo do impasse que ameaça o PT e a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência. Ao menos nove governadores em exercício são réus em ações penais no STJ (Superior Tribunal de Justiça) -o número pode ser maior, pois há processos em sigilo. Uma eventual condenação no tribunal, em decisão colegiada, poderia torná-los inelegíveis pela Lei da Ficha Limpa, caso a sentença saia antes do registro de suas candidaturas na Justiça Eleitoral.
poder
Reforma política deve inibir candidaturas majoritáriasAs indefinições sobre a reforma política, discutida por meses no Congresso, atrasaram as discussões sobre as estratégias para 2018. Um dos fatores de influência foi a aprovação da cláusula de barreira, que impõe um mínimo de 1,5% dos votos na eleição à Câmara para que uma legenda tenha acesso a fundo eleitoral e tempo de propaganda de rádio e TV. Veja as candidaturas a governador discutidas para as eleições de 2018 Essa medida, segundo dirigentes partidários, deve inibir o lançamento de candidaturas majoritárias (ao governo e ao Senado) nas legendas de pequeno e médio porte. Roberto Freire, presidente do PPS, diz que a prioridade será aproveitar os bons nomes do partido para disputar vagas na Câmara, "até que se consiga superar a cláusula de barreira e preparar o partido para futuras eleições". "Com uma bancada forte de parlamentares, você tem condição de melhor desempenho em eleições por conta do tempo de TV", afirma. A decisão do Congresso de manter o sistema proporcional nas eleições para deputado e adiar para 2020 a proibição das coligações também terá efeito sobre o planejamento dessas legendas. Se o sistema fosse alterado para o distritão, o PRB cogitava lançar o deputado Celso Russomanno (SP) ao Senado. O modelo mantido pelos parlamentares, no entanto, é mais favorável a uma candidatura à Câmara, uma vez que Russomanno poderá desempenhar mais uma vez o papel de "puxador de votos". PROCESSOS O impacto de processos judiciais sobre a classe política representa outro fator de incerteza, a exemplo do impasse que ameaça o PT e a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência. Ao menos nove governadores em exercício são réus em ações penais no STJ (Superior Tribunal de Justiça) -o número pode ser maior, pois há processos em sigilo. Uma eventual condenação no tribunal, em decisão colegiada, poderia torná-los inelegíveis pela Lei da Ficha Limpa, caso a sentença saia antes do registro de suas candidaturas na Justiça Eleitoral.
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Veja as mortes e missas publicadas neste sábado
MORTES Renato Alves Bittencourt - Aos 80, casado com Elza Monica de Oliveira Bittencourt. Deixa os filhos Renato Filho, Rodolfo e Cristina. Cemitério Pax, Sorocaba (SP). Vera Lunardelli Toldi - Aos 84, casada com Mario Renzo Toldi. Deixa os filhos Cláudia, Bruno, Bianca, Marcelo, Maurício e Patrícia, netos e bisnetos. Cemitério da Consolação. * 7º DIA Miriam Maluf Schain - Hoje (10/1), às 7h15, na igreja Imaculada Conceição, avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2.071, Bela Vista. * 30º DIA Luiz Tadeu Mariutti - Amanhã (11/1), às 11h30, na igreja Assunção de Nossa Senhora, alameda Lorena, 665, Jardim Paulista. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Motel Diner Porenschelz - Amanhã (11/1), às 11h, q. 402, sep. 170, set. R. Mauricio Tuck Schneider - Amanhã (11/1), às 11h, q. 402, sep. 157, set. R. Mojis Kutiel Russo - Amanhã (11/1), às 11h, q. 334, sep. 40, set. O. Branca Ghitnic Wakswaser - Amanhã (11/1), às 11h, q. 378, sep 104, set. R. * 15º MÊS Rubens Bernal Molina - Amanhã (11/1), às 11h, na basílica Nossa Senhora do Carmo, rua Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista. * 1º ANO José Francisco Motta - Amanhã (11/1), 7h, igreja do Colégio Santa Escolástica, rua Pe. José Manoel de Oliveira Libório, 77, Centro, Sorocaba (SP). * 3º ANO Angela Maria Barros - Hoje (10/1), às 15h, na paróquia Imaculada Conceição, avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2.071, Bela Vista. * EM MEMÓRIA Zilá Oliveira - Amanhã (11/1), às 18h, na catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz, praça Tiradentes, Centro, Curitiba (PR).
cotidiano
Veja as mortes e missas publicadas neste sábadoMORTES Renato Alves Bittencourt - Aos 80, casado com Elza Monica de Oliveira Bittencourt. Deixa os filhos Renato Filho, Rodolfo e Cristina. Cemitério Pax, Sorocaba (SP). Vera Lunardelli Toldi - Aos 84, casada com Mario Renzo Toldi. Deixa os filhos Cláudia, Bruno, Bianca, Marcelo, Maurício e Patrícia, netos e bisnetos. Cemitério da Consolação. * 7º DIA Miriam Maluf Schain - Hoje (10/1), às 7h15, na igreja Imaculada Conceição, avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2.071, Bela Vista. * 30º DIA Luiz Tadeu Mariutti - Amanhã (11/1), às 11h30, na igreja Assunção de Nossa Senhora, alameda Lorena, 665, Jardim Paulista. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Motel Diner Porenschelz - Amanhã (11/1), às 11h, q. 402, sep. 170, set. R. Mauricio Tuck Schneider - Amanhã (11/1), às 11h, q. 402, sep. 157, set. R. Mojis Kutiel Russo - Amanhã (11/1), às 11h, q. 334, sep. 40, set. O. Branca Ghitnic Wakswaser - Amanhã (11/1), às 11h, q. 378, sep 104, set. R. * 15º MÊS Rubens Bernal Molina - Amanhã (11/1), às 11h, na basílica Nossa Senhora do Carmo, rua Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista. * 1º ANO José Francisco Motta - Amanhã (11/1), 7h, igreja do Colégio Santa Escolástica, rua Pe. José Manoel de Oliveira Libório, 77, Centro, Sorocaba (SP). * 3º ANO Angela Maria Barros - Hoje (10/1), às 15h, na paróquia Imaculada Conceição, avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2.071, Bela Vista. * EM MEMÓRIA Zilá Oliveira - Amanhã (11/1), às 18h, na catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz, praça Tiradentes, Centro, Curitiba (PR).
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Era do marketing
SÃO PAULO - Há alguma justiça poética na prisão de João Santana, o marqueteiro que fez a campanha de Dilma Rousseff. Não sei se Santana é culpado das acusações que lhe imputam, mas não há dúvida de que é um dos principais responsáveis pelo estelionato eleitoral que levou à reeleição da presidente e acabou contribuindo para nos lançar nesta tóxica combinação de crises política e econômica. A Justiça, entretanto, não pode basear-se em poesia. Ela deve estar calcada em fatos e leis. E, se as evidências que levaram à decretação da prisão do mago eleitoral são tão sólidas quanto a Polícia Federal diz que são, a situação de Dilma pode ficar algo mais complicada, já que haveria provas de graves irregularidades no financiamento de sua campanha. É combustível tanto para reavivar o impeachment como para alimentar um processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. É sempre ruim quando um governante não chega ao fim de seu mandato. A retirada antecipada passa o sinal de que algo na democracia saiu errado. Não faz sentido, porém, descrever o impeachment ou a cassação pela Justiça Eleitoral como golpe, a exemplo do que fazem os petistas. São caminhos previstos na Constituição e só se materializarão se todos os requisitos jurídicos forem cumpridos –o que é o avesso de um golpe. Das duas alternativas, a do TSE me parece a menos ruim. Não porque seja essencialmente mais legítima, mas sim pelos resultados. Um impeachment entregaria o poder ao PMDB de Michel Temer, enquanto a cassação levaria à convocação de um novo pleito presidencial. A escolha de um novo presidente teria maior chance de debelar o impasse político que hoje praticamente bloqueia uma retomada na economia. Só resta saber se os investigadores têm um caso sólido o suficiente para levar à destituição de um presidente da República ou se tudo não passa de marketing policial.
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Era do marketingSÃO PAULO - Há alguma justiça poética na prisão de João Santana, o marqueteiro que fez a campanha de Dilma Rousseff. Não sei se Santana é culpado das acusações que lhe imputam, mas não há dúvida de que é um dos principais responsáveis pelo estelionato eleitoral que levou à reeleição da presidente e acabou contribuindo para nos lançar nesta tóxica combinação de crises política e econômica. A Justiça, entretanto, não pode basear-se em poesia. Ela deve estar calcada em fatos e leis. E, se as evidências que levaram à decretação da prisão do mago eleitoral são tão sólidas quanto a Polícia Federal diz que são, a situação de Dilma pode ficar algo mais complicada, já que haveria provas de graves irregularidades no financiamento de sua campanha. É combustível tanto para reavivar o impeachment como para alimentar um processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. É sempre ruim quando um governante não chega ao fim de seu mandato. A retirada antecipada passa o sinal de que algo na democracia saiu errado. Não faz sentido, porém, descrever o impeachment ou a cassação pela Justiça Eleitoral como golpe, a exemplo do que fazem os petistas. São caminhos previstos na Constituição e só se materializarão se todos os requisitos jurídicos forem cumpridos –o que é o avesso de um golpe. Das duas alternativas, a do TSE me parece a menos ruim. Não porque seja essencialmente mais legítima, mas sim pelos resultados. Um impeachment entregaria o poder ao PMDB de Michel Temer, enquanto a cassação levaria à convocação de um novo pleito presidencial. A escolha de um novo presidente teria maior chance de debelar o impasse político que hoje praticamente bloqueia uma retomada na economia. Só resta saber se os investigadores têm um caso sólido o suficiente para levar à destituição de um presidente da República ou se tudo não passa de marketing policial.
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Premiê grego remodela governo após dissidências contra acordo de resgate
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, remodelou nesta sexta-feira (17) a formação do governo após as dissidências internas contra o acordo obtido com os credores, classificado por muitos como intervencionista e excessivamente rígido. Entre outras modificações, Tsipras, do partido esquerdista Syriza, substituiu o ministro da Energia, Panayotis Lafazanis —que na votação de quarta-feira no Parlamento foi um dos 32 deputados do partido que se rebelaram contra as reformas— por Panos Skurletis, que ocupava a pasta do Trabalho. Além disso, o Ministério do Trabalho ficará sob liderança de Yorgos Katrougalos, atual ministro adjunto de Reforma Administrativa. O porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, foi nomeado um dos porta-vozes da bancada parlamentar do Syriza, e será substituído no cargo anterior por Olga Yerovasili. Também foram substituídos os ministros adjuntos de Defesa, Kostas Isichos; de Seguridade Social, Dimitris Stratulis e das Relações Exteriores, Nikos Chountis. Ao contrário dos dois primeiros, que também votaram contra o acordo, o terceiro já tinha renunciado antes da votação parlamentar. O cargo de Isichos será assumido por Dimitris Vitsas; o de Stratulis, por Pavlos Jaikalis —único membro do partido nacionalista Gregos Independentes, parceiro de governo que participa da remodelação—, e o de Chountis, por Sia Anagnostopulu. O lugar da ministra adjunta de Finanças, Nadia Valavani, que já tinha apresentado renúncia antes da votação, será ocupado por Trifon Alexiadis. Será também criado um novo posto no Ministerio das Relações Exteriores, o de vice-ministro, que ficará com Yanis Amanatidis. Na pasta do Interior, também haverá um vice-ministério novo que ficará a cargo de Pavlos Polakis, e o posto de ministro adjunto de Reforma Administrativa será ocupado por Christoforos Vernardakis. O escritório do primeiro-ministro anunciou em comunicado que a posse dos novos membros do governo será adiada devido aos diversos incêndios declarados hoje em todo o país. Embora oficialmente não haja uma data para a cerimônia, a rede de televisão pública indicou que deve ocorrer amanhã.
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Premiê grego remodela governo após dissidências contra acordo de resgateO primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, remodelou nesta sexta-feira (17) a formação do governo após as dissidências internas contra o acordo obtido com os credores, classificado por muitos como intervencionista e excessivamente rígido. Entre outras modificações, Tsipras, do partido esquerdista Syriza, substituiu o ministro da Energia, Panayotis Lafazanis —que na votação de quarta-feira no Parlamento foi um dos 32 deputados do partido que se rebelaram contra as reformas— por Panos Skurletis, que ocupava a pasta do Trabalho. Além disso, o Ministério do Trabalho ficará sob liderança de Yorgos Katrougalos, atual ministro adjunto de Reforma Administrativa. O porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, foi nomeado um dos porta-vozes da bancada parlamentar do Syriza, e será substituído no cargo anterior por Olga Yerovasili. Também foram substituídos os ministros adjuntos de Defesa, Kostas Isichos; de Seguridade Social, Dimitris Stratulis e das Relações Exteriores, Nikos Chountis. Ao contrário dos dois primeiros, que também votaram contra o acordo, o terceiro já tinha renunciado antes da votação parlamentar. O cargo de Isichos será assumido por Dimitris Vitsas; o de Stratulis, por Pavlos Jaikalis —único membro do partido nacionalista Gregos Independentes, parceiro de governo que participa da remodelação—, e o de Chountis, por Sia Anagnostopulu. O lugar da ministra adjunta de Finanças, Nadia Valavani, que já tinha apresentado renúncia antes da votação, será ocupado por Trifon Alexiadis. Será também criado um novo posto no Ministerio das Relações Exteriores, o de vice-ministro, que ficará com Yanis Amanatidis. Na pasta do Interior, também haverá um vice-ministério novo que ficará a cargo de Pavlos Polakis, e o posto de ministro adjunto de Reforma Administrativa será ocupado por Christoforos Vernardakis. O escritório do primeiro-ministro anunciou em comunicado que a posse dos novos membros do governo será adiada devido aos diversos incêndios declarados hoje em todo o país. Embora oficialmente não haja uma data para a cerimônia, a rede de televisão pública indicou que deve ocorrer amanhã.
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Lesão obriga Usain Bolt a abandonar seletiva jamaicana para os Jogos do Rio
DE SÃO PAULO Os Jogos Olímpicos do Rio podem ficar sem uma de suas maiores estrelas. Na noite desta sexta-feira (1º), o jamaicano Usain Bolt sofreu uma lesão durante a seletiva de seu país para a Olimpíada e teve de abandonar a disputa. O problema foi na coxa direita do velocista, mas a federação jamaicana de atletismo ainda não deu detalhes sobre o ocorrido. Bicampeão olímpico dos 100 m, dos 200 m e do revezamento 4 x 100 m, Bolt sentiu a lesão logo após a semifinal dos 100 m da seletiva, em que fez o tempo de 10s04. Esse tempo já é melhor do que o índice mínimo exigido para a disputa dos Jogos (10s16). A ausência de Bolt na final dos 100 m da seletiva de seu país não o elimina da competição olímpica, já que ele pode receber um convite da federação jamaicana por ter sido obrigado a abandonar o torneio por um problema físico. Bolt, no entanto, tem dois grandes problemas: ele não correu os 200 m nenhuma vez neste ano -e, portanto, não tem índice olímpico para essa prova- e, como falta pouco mais de um mês para os Jogos, ele terá muito pouco tempo para se recuperar, caso a lesão seja grave. Embora ainda não tenha exibido em 2016 a sua melhor forma, Bolt é dono do segundo melhor tempo do ano nos 100 m. Em junho, em uma competição em Kingston, na Jamaica, ele correu a prova em 9s88. A melhor marca da temporada, 9s86, é do francês Jimmy Vicaut, estabelecida também em junho.
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Lesão obriga Usain Bolt a abandonar seletiva jamaicana para os Jogos do Rio DE SÃO PAULO Os Jogos Olímpicos do Rio podem ficar sem uma de suas maiores estrelas. Na noite desta sexta-feira (1º), o jamaicano Usain Bolt sofreu uma lesão durante a seletiva de seu país para a Olimpíada e teve de abandonar a disputa. O problema foi na coxa direita do velocista, mas a federação jamaicana de atletismo ainda não deu detalhes sobre o ocorrido. Bicampeão olímpico dos 100 m, dos 200 m e do revezamento 4 x 100 m, Bolt sentiu a lesão logo após a semifinal dos 100 m da seletiva, em que fez o tempo de 10s04. Esse tempo já é melhor do que o índice mínimo exigido para a disputa dos Jogos (10s16). A ausência de Bolt na final dos 100 m da seletiva de seu país não o elimina da competição olímpica, já que ele pode receber um convite da federação jamaicana por ter sido obrigado a abandonar o torneio por um problema físico. Bolt, no entanto, tem dois grandes problemas: ele não correu os 200 m nenhuma vez neste ano -e, portanto, não tem índice olímpico para essa prova- e, como falta pouco mais de um mês para os Jogos, ele terá muito pouco tempo para se recuperar, caso a lesão seja grave. Embora ainda não tenha exibido em 2016 a sua melhor forma, Bolt é dono do segundo melhor tempo do ano nos 100 m. Em junho, em uma competição em Kingston, na Jamaica, ele correu a prova em 9s88. A melhor marca da temporada, 9s86, é do francês Jimmy Vicaut, estabelecida também em junho.
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Dilma diz à UE que "rechaça" possíveis sanções à Venezuela
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (10) aos líderes da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica), que "rechaça" qualquer tipo de sanção à Venezuela. A declaração foi um recado oficial ao bloco europeu sobre sua posição em relação ao decreto dos EUA que considera a Venezuela "ameaça incomum e extraordinária", impondo sanções ao país sul-americano. "Nós, países latino-americanos e caribenhos, não admitimos medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento. Sabemos que tais medidas são contraproducentes, ineficazes e injustas. Por isso, rechaçamos a adoção de quaisquer tipo de sanções contra a Venezuela", afirmou Dilma, em discurso na cúpula entre a UE e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que reúne representantes de 61 países –ao menos 40 chefes de Estado estão presentes no encontro, segundo a organização. Líderes da Celac querem incluir no comunicado final da reunião em Bruxelas uma espécie de manifestação a favor da Venezuela –a proposta, no entanto, tem resistência de líderes da UE. O encontro na Bélgica é marcado pela ausência de líderes sul-americanos, como o próprio presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o cubano Raúl Castro, que enviou seu vice, Miguel Díaz-Canel. Apesar da ausência de Raúl, a aproximação de EUA e Cuba deve ser celebrada no comunicado final em Bruxelas, mas sem avançar nas relações com a UE, que debate seus passos em relação à ilha. No seu discurso, Dilma também comentou a questão de Cuba. "O fim do anacrônico embargo, que há mais de cinco décadas vitima o povo cubano, é imprescindível para completar essa mudança", disse a presidente. Especificidades devem ficar fora do texto final da cúpula –esperam-se apenas menções genéricas sobre o fortalecimento das relações políticas e econômicas entre as duas regiões. Um dos temas abordados pode ser o progresso das negociações para instalar um cabo submarino de fibra ótica ligando Europa e América do Sul, entre Lisboa (Portugal) e Fortaleza (Brasil)
mundo
Dilma diz à UE que "rechaça" possíveis sanções à VenezuelaA presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (10) aos líderes da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica), que "rechaça" qualquer tipo de sanção à Venezuela. A declaração foi um recado oficial ao bloco europeu sobre sua posição em relação ao decreto dos EUA que considera a Venezuela "ameaça incomum e extraordinária", impondo sanções ao país sul-americano. "Nós, países latino-americanos e caribenhos, não admitimos medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento. Sabemos que tais medidas são contraproducentes, ineficazes e injustas. Por isso, rechaçamos a adoção de quaisquer tipo de sanções contra a Venezuela", afirmou Dilma, em discurso na cúpula entre a UE e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que reúne representantes de 61 países –ao menos 40 chefes de Estado estão presentes no encontro, segundo a organização. Líderes da Celac querem incluir no comunicado final da reunião em Bruxelas uma espécie de manifestação a favor da Venezuela –a proposta, no entanto, tem resistência de líderes da UE. O encontro na Bélgica é marcado pela ausência de líderes sul-americanos, como o próprio presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o cubano Raúl Castro, que enviou seu vice, Miguel Díaz-Canel. Apesar da ausência de Raúl, a aproximação de EUA e Cuba deve ser celebrada no comunicado final em Bruxelas, mas sem avançar nas relações com a UE, que debate seus passos em relação à ilha. No seu discurso, Dilma também comentou a questão de Cuba. "O fim do anacrônico embargo, que há mais de cinco décadas vitima o povo cubano, é imprescindível para completar essa mudança", disse a presidente. Especificidades devem ficar fora do texto final da cúpula –esperam-se apenas menções genéricas sobre o fortalecimento das relações políticas e econômicas entre as duas regiões. Um dos temas abordados pode ser o progresso das negociações para instalar um cabo submarino de fibra ótica ligando Europa e América do Sul, entre Lisboa (Portugal) e Fortaleza (Brasil)
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Três pessoas morrem na maior chuva registrada no Recife neste ano
Três pessoas morreram no Recife devido à maior chuva já registrada este ano, que atinge toda a região metropolitana desde a noite de domingo (28). Segundo a Prefeitura do Recife, entre 8h de domingo e 8h desta segunda-feira (29) foram registrados 228 mm de chuvas na capital. O volume é equivalente ao esperado para 16 dias do mês de junho. Durante a madrugada, pai e filho morreram soterrados dentro de uma casa que foi atingida pelo desabamento de uma barreira no bairro Bomba do Hemetério, na zona norte do Recife. Jorge Pacheco da Silva, 53, e Flávio Lopes Barbosa, 27, moravam em um conjunto de quatro casas conjugadas. Segundo a prefeitura, todos os moradores do local haviam recebido alerta para deixar os imóveis devido ao risco de desabamentos, mas a família de Silva permaneceu no local. A encosta que caiu é local de frequente acúmulo de lixo. Segundo a prefeitura, há dez dias foi realizada uma limpeza na área, de onde foram retiradas 50,4 toneladas de lixo. No domingo à noite, o jovem Anderson José da Silva, 20, morreu eletrocutado em uma calçada próximo ao shopping center Tacaruna, no bairro de Santo Amaro, na região central. Segundo a Celpe (Companhia Energética de Pernambuco), as fortes chuvas e ventos derrubaram uma árvore sobre fios de baixa tensão da rede de iluminação pública, que se romperam, provocando o acidente. Em nota, a empresa afirma que irá prestar assistência à família da vítima, que lamenta o acidente e que "as causas estão sendo devidamente apuradas". REGIÃO METROPOLITANA As chuvas também provocaram alagamentos, queda de árvores, deslizamentos e quedas de barreiras em outras regiões da cidade e na região metropolitana do Recife. Na zona oeste, as avenidas Recife, Dois Rios e Doutor José Rufino ficaram intransitáveis. Oito acidentes foram registrados nas vias da cidade até as 11h30, segundo a CTTU (Companhia de Trânsito e Transporte Urbano). Na zona norte, uma barreira caiu no bairro Vasco da Gama, mas não houve vítimas. A Defesa Civil do Recife informou que recebeu 174 chamados até as 11h, entre solicitações de lonas plásticas para cobrir encostas e de vistorias para avaliar riscos de desabamentos. Ao menos dez árvores caíram durante as chuvas, de acordo com a Emurb (Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife). O temporal também atingiu cidades da região metropolitana como Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Abreu e Lima, Olinda e Paulista. Em Jaboatão, onde as chuvas foram mais intensas, foram registrados 194 mm de chuva entre 9h de domingo e 9h desta segunda, segundo a Apac (Agência Pernambucana de Águas e Climas). O esperado para todo o mês de junho na cidade é de 309 mm de chuva –até agora, foram registrados 472 mm. O gerente de meteorologia da Apac, Patrice Oliveira, afirma que há previsão de mais chuva para os próximos dias. Segundo ele, o período chuvoso deve continuar até julho em toda a faixa litorânea do Estado.
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Três pessoas morrem na maior chuva registrada no Recife neste anoTrês pessoas morreram no Recife devido à maior chuva já registrada este ano, que atinge toda a região metropolitana desde a noite de domingo (28). Segundo a Prefeitura do Recife, entre 8h de domingo e 8h desta segunda-feira (29) foram registrados 228 mm de chuvas na capital. O volume é equivalente ao esperado para 16 dias do mês de junho. Durante a madrugada, pai e filho morreram soterrados dentro de uma casa que foi atingida pelo desabamento de uma barreira no bairro Bomba do Hemetério, na zona norte do Recife. Jorge Pacheco da Silva, 53, e Flávio Lopes Barbosa, 27, moravam em um conjunto de quatro casas conjugadas. Segundo a prefeitura, todos os moradores do local haviam recebido alerta para deixar os imóveis devido ao risco de desabamentos, mas a família de Silva permaneceu no local. A encosta que caiu é local de frequente acúmulo de lixo. Segundo a prefeitura, há dez dias foi realizada uma limpeza na área, de onde foram retiradas 50,4 toneladas de lixo. No domingo à noite, o jovem Anderson José da Silva, 20, morreu eletrocutado em uma calçada próximo ao shopping center Tacaruna, no bairro de Santo Amaro, na região central. Segundo a Celpe (Companhia Energética de Pernambuco), as fortes chuvas e ventos derrubaram uma árvore sobre fios de baixa tensão da rede de iluminação pública, que se romperam, provocando o acidente. Em nota, a empresa afirma que irá prestar assistência à família da vítima, que lamenta o acidente e que "as causas estão sendo devidamente apuradas". REGIÃO METROPOLITANA As chuvas também provocaram alagamentos, queda de árvores, deslizamentos e quedas de barreiras em outras regiões da cidade e na região metropolitana do Recife. Na zona oeste, as avenidas Recife, Dois Rios e Doutor José Rufino ficaram intransitáveis. Oito acidentes foram registrados nas vias da cidade até as 11h30, segundo a CTTU (Companhia de Trânsito e Transporte Urbano). Na zona norte, uma barreira caiu no bairro Vasco da Gama, mas não houve vítimas. A Defesa Civil do Recife informou que recebeu 174 chamados até as 11h, entre solicitações de lonas plásticas para cobrir encostas e de vistorias para avaliar riscos de desabamentos. Ao menos dez árvores caíram durante as chuvas, de acordo com a Emurb (Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife). O temporal também atingiu cidades da região metropolitana como Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Abreu e Lima, Olinda e Paulista. Em Jaboatão, onde as chuvas foram mais intensas, foram registrados 194 mm de chuva entre 9h de domingo e 9h desta segunda, segundo a Apac (Agência Pernambucana de Águas e Climas). O esperado para todo o mês de junho na cidade é de 309 mm de chuva –até agora, foram registrados 472 mm. O gerente de meteorologia da Apac, Patrice Oliveira, afirma que há previsão de mais chuva para os próximos dias. Segundo ele, o período chuvoso deve continuar até julho em toda a faixa litorânea do Estado.
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TCU manda Carf sortear processos para evitar fraudes
O Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão vinculado à Receita Federal responsável por analisar recursos contra multas, terá que fazer sorteio eletrônico de relatores de processos. A decisão foi tomada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nesta quarta-feira (4) depois de fiscalização realizada em decorrência da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga a venda de decisões do órgão para beneficiar empresas e, com isso, reduzir a arrecadação federal. O TCU fez uma fiscalização restrita aos procedimentos do Conselho de Recursos para a realização dos processos. Apontou práticas consideradas irregulares que facilitariam, de acordo com o órgão, as fraudes que estão sendo apontadas nas investigações da Polícia Federal. Além da falta de critério adequado para o sorteio dos processos, o TCU apontou que o maior problema do órgão é a morosidade no julgamento. Segundo o levantamento, se não chegassem processos novos, o Carf levaria 77 anos para julgar todo o seu estoque de pedidos a julgar. Isso ocorre porque o estoque de processos do órgão até 2014 aumentou de 104 mil para 135 mil. Mas o tempo médio de julgamento deles é superior a cinco anos, sendo que 11% dos processos estão há mais de 10 anos aguardando decisão definitiva. O montante a ser julgado está na casa dos R$ 568 bilhões, segundo o TCU. "A morosidade pode acarretar dificuldade de recuperação de crédito nas causas favoráveis à União ou o prolongamento de situações indevidamente constituídas contra o contribuinte, nos casos em que a decisão for favorável ao contribuinte", apontou o relator do processo, ministro Raimundo Carreiro, lembrando que o trabalho foi feito em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União). Entre as causas para a morosidade, o relatório aponta que há um fraco gerenciamento da distribuição de processos, em que eles são colocados de forma a beneficiar os julgadores que produzem menos, além de concentrar áreas de atuação. A CGU também recomendou maior transparência do órgão. O ministro do TCU Benjamin Zymler pediu para que as decisões tomadas pelo Carf também sejam investigadas pelo Tribunal de Contas para saber se elas estão adequadas à lei e se não geraram prejuízo econômico à União. Segundo ele, o TCU tentou fazer isso alguns anos atrás, mas foi impedido pelo Ministério da Fazenda por alegação de sigilo fiscal. O pedido foi aceito pelo tribunal que vai fazer um planejamento para a fiscalização nos próximos dois meses.
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TCU manda Carf sortear processos para evitar fraudesO Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão vinculado à Receita Federal responsável por analisar recursos contra multas, terá que fazer sorteio eletrônico de relatores de processos. A decisão foi tomada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nesta quarta-feira (4) depois de fiscalização realizada em decorrência da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga a venda de decisões do órgão para beneficiar empresas e, com isso, reduzir a arrecadação federal. O TCU fez uma fiscalização restrita aos procedimentos do Conselho de Recursos para a realização dos processos. Apontou práticas consideradas irregulares que facilitariam, de acordo com o órgão, as fraudes que estão sendo apontadas nas investigações da Polícia Federal. Além da falta de critério adequado para o sorteio dos processos, o TCU apontou que o maior problema do órgão é a morosidade no julgamento. Segundo o levantamento, se não chegassem processos novos, o Carf levaria 77 anos para julgar todo o seu estoque de pedidos a julgar. Isso ocorre porque o estoque de processos do órgão até 2014 aumentou de 104 mil para 135 mil. Mas o tempo médio de julgamento deles é superior a cinco anos, sendo que 11% dos processos estão há mais de 10 anos aguardando decisão definitiva. O montante a ser julgado está na casa dos R$ 568 bilhões, segundo o TCU. "A morosidade pode acarretar dificuldade de recuperação de crédito nas causas favoráveis à União ou o prolongamento de situações indevidamente constituídas contra o contribuinte, nos casos em que a decisão for favorável ao contribuinte", apontou o relator do processo, ministro Raimundo Carreiro, lembrando que o trabalho foi feito em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União). Entre as causas para a morosidade, o relatório aponta que há um fraco gerenciamento da distribuição de processos, em que eles são colocados de forma a beneficiar os julgadores que produzem menos, além de concentrar áreas de atuação. A CGU também recomendou maior transparência do órgão. O ministro do TCU Benjamin Zymler pediu para que as decisões tomadas pelo Carf também sejam investigadas pelo Tribunal de Contas para saber se elas estão adequadas à lei e se não geraram prejuízo econômico à União. Segundo ele, o TCU tentou fazer isso alguns anos atrás, mas foi impedido pelo Ministério da Fazenda por alegação de sigilo fiscal. O pedido foi aceito pelo tribunal que vai fazer um planejamento para a fiscalização nos próximos dois meses.
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Lucro do Walmart cai e varejista prevê fraco crescimento de vendas
O Walmart Stores informou na quinta-feira (18) lucro trimestral mais baixo, e previu vendas fracas em um cenário de deflação e fraca demanda globalmente. O lucro da maior varejista do mundo ficou sob pressão recentemente devido a custos para elevar salários, melhorar suas lojas e construir sua própria infraestrutura de comércio eletrônico, enquanto disputa mercado com a rival Amazon.com. Resultados do quarto trimestre fiscal encerrado em 31 de janeiro mostram que o Walmart está tendo dificuldades para fazer com que esses investimentos tragam crescimento significativo de receita, mas também está sofrendo com o dólar mais forte que está "comendo" o valor das receitas geradas no exterior. A empresa disse que as vendas em lojas nos Estados Unidos abertas há ao menos um ano subiram 0,6% na comparação com o ano anterior. Esse foi seu sexto ganho trimestral seguido, mas ficou abaixo da expectativa do mercado de alta de 1%. No trimestre atual, o Walmart disse esperar aumento de 0,5% das vendas mesmas lojas nos EUA, menor que o 1,1% de um ano antes. A varejista também disse esperar que suas receitas líquidas fiquem estáveis neste novo ano fiscal, abaixo da previsão anterior de crescimento de 3% a 4%. No quarto trimestre, o lucro líquido do Walmart caiu 7,9%, para US$ 4,57 bilhões, ou US$ 1,43 por ação diluída. Excluindo encargos de fechamentos de lojas e outros itens, o lucro foi de US$ 1,49 por ação, superando a estimativa média de analistas de US$ 1,46 por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. O Walmart anunciou no mês passado que poderá fechar 269 lojas globalmente. As receitas consolidadas caíram 1,4%, para US$ 129,7 bilhões, mas o Walmart disse que teriam aumentado 2,2% não fosse pelo aumento do dólar. O lucro operacional dos negócios internacionais do Walmart caíram 19%, para US$ 1,7 bilhão, refletindo o dólar mais forte, 115 fechamentos de lojas na América Latina e condições de mercado mais difíceis na China, Reino Unido e no Brasil. A companhia disse que seus negócios mexicano e canadense tiveram bom desempenho no trimestre.
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Lucro do Walmart cai e varejista prevê fraco crescimento de vendasO Walmart Stores informou na quinta-feira (18) lucro trimestral mais baixo, e previu vendas fracas em um cenário de deflação e fraca demanda globalmente. O lucro da maior varejista do mundo ficou sob pressão recentemente devido a custos para elevar salários, melhorar suas lojas e construir sua própria infraestrutura de comércio eletrônico, enquanto disputa mercado com a rival Amazon.com. Resultados do quarto trimestre fiscal encerrado em 31 de janeiro mostram que o Walmart está tendo dificuldades para fazer com que esses investimentos tragam crescimento significativo de receita, mas também está sofrendo com o dólar mais forte que está "comendo" o valor das receitas geradas no exterior. A empresa disse que as vendas em lojas nos Estados Unidos abertas há ao menos um ano subiram 0,6% na comparação com o ano anterior. Esse foi seu sexto ganho trimestral seguido, mas ficou abaixo da expectativa do mercado de alta de 1%. No trimestre atual, o Walmart disse esperar aumento de 0,5% das vendas mesmas lojas nos EUA, menor que o 1,1% de um ano antes. A varejista também disse esperar que suas receitas líquidas fiquem estáveis neste novo ano fiscal, abaixo da previsão anterior de crescimento de 3% a 4%. No quarto trimestre, o lucro líquido do Walmart caiu 7,9%, para US$ 4,57 bilhões, ou US$ 1,43 por ação diluída. Excluindo encargos de fechamentos de lojas e outros itens, o lucro foi de US$ 1,49 por ação, superando a estimativa média de analistas de US$ 1,46 por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. O Walmart anunciou no mês passado que poderá fechar 269 lojas globalmente. As receitas consolidadas caíram 1,4%, para US$ 129,7 bilhões, mas o Walmart disse que teriam aumentado 2,2% não fosse pelo aumento do dólar. O lucro operacional dos negócios internacionais do Walmart caíram 19%, para US$ 1,7 bilhão, refletindo o dólar mais forte, 115 fechamentos de lojas na América Latina e condições de mercado mais difíceis na China, Reino Unido e no Brasil. A companhia disse que seus negócios mexicano e canadense tiveram bom desempenho no trimestre.
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Carlos Viegas e Claúdia Viegas: Infanticídio e relativismo cultural
Causou perplexidade a notícia da morte de crianças indígenas cometidas pelos próprios pais, em razão da constatação de alguma deficiência no recém nascido. Naquela cultura as crianças nascidas deficientes devem ser mortas para não se tornarem um estorvo para a comunidade. Há antropólogos e juristas que defendem a prática do infanticídio como sendo uma tradição, uma manifestação cultural a ser preservada. No passado essa prática se justificava, pois os indígenas eram nômades e deveriam ser capazes de plantar, caçar, pescar e guerrear, atributos que garantiam a sobrevivência da comunidade. Deve-se, contudo, analisar o infanticídio a partir da realidade contemporânea, do indígena cidadão brasileiro, titular de direitos fundamentais protegido pela Constituição a qual determina a atuação do Estado a seu favor. Na atualidade os indígenas, mesmo aqueles que vivem em tribos quase isoladas, recebem ajuda para sobreviver. O Estado brasileiro possui equipamentos e institutos que, com os mesmos déficits gerais, proveem sua alimentação, cuidados para com a saúde e a integridade física. Ocorre que o movimento de alguns dos profissionais defensores da cultura indígena, contribui para a manutenção daqueles brasileiros na condição de sub-cidadãos. Excluem os índios da proteção do direito professando um relativismo cultural perigoso, preconceituoso, machista e racista. A posição assumida pelos defensores da não intervenção do Estado nessa prática, legitima, com o mesmo argumento, a defesa de práticas culturais contra as quais a humanidade tem demonstrado indignação, a título de exemplo: a clitoridectomia, prática cultural milenar, amplamente utilizada em países africanos, que consiste na extirpação do clitóris das meninas para que elas não sintam prazer no ato sexual e permaneçam fiéis aos maridos. Ou, também, a obrigatoriedade da utilização da burca, vestimenta milenarmente utilizada em países de tradição muçulmana, que cobre todas as partes do corpo da mulher, inclusive o seu rosto, impedindo a mulher de viver sua individualidade. Portanto, diferentemente do que defendem aqueles, o nascimento de uma criança portadora de deficiência deve ser tratado como um caso de saúde pública ou de Direito de Família, qual seja, a busca de tratamento ou a adoção por outras famílias, como se faz com qualquer outra criança brasileira. A Constituição Federal no artigo nº 231 reconhece aos indígenas "a sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições" entre outros direitos. Contudo, tal dispositivo não pode ser considerado isoladamente senão em conjunto com outros que enunciam direitos tão importantes quanto estes. Deve-se destacar que a Constituição também garante, a todos os cidadãos brasileiros, sem distinção de qualquer natureza (raça, credo, gênero, condição social) a inviolabilidade do direito à vida (art. 5º). Diz, ainda, que é dever da família, da sociedade e do Estado "assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, [...] além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão", art. nº 227. Ora, não se exclui do âmbito de proteção da Constituição, como querem fazer crer alguns, as crianças indígenas. Estas tem os mesmos direitos que as demais crianças brasileiras e devem ser protegidas pelo Estado. É óbvio, portanto, que para que usufruam desses direitos constitucionais não podem ser assassinadas. A hermenêutica constitucional diz que as constituições devem ser interpretadas em sua totalidade, um texto único em que cada dispositivo tem sua importância e que completa o todo. Informa também, que há valores que foram elevados pelo constituinte à condição de norteadores da comunidade e entre estes não está a morte. Portanto no caso de conflito entre dispositivos constitucionais deve-se sopesar os institutos a serem aplicados à luz do princípio da dignidade da pessoa humana. No caso concreto, confrontados o direito à cultura tradicional e o direito à vida, assim, data máxima vênia, nada justifica o assassinato de crianças. CARLOS ATHAYDE VALADARES VIEGAS, 47, é mestre em direito e professor de direito constitucional do Instituto J. Andrade CLAÚDIA MARA DE ALMEIDA R. VIEGAS, 44, é mestre, doutoranda em direito e professora de direito privado da Uniesp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Carlos Viegas e Claúdia Viegas: Infanticídio e relativismo culturalCausou perplexidade a notícia da morte de crianças indígenas cometidas pelos próprios pais, em razão da constatação de alguma deficiência no recém nascido. Naquela cultura as crianças nascidas deficientes devem ser mortas para não se tornarem um estorvo para a comunidade. Há antropólogos e juristas que defendem a prática do infanticídio como sendo uma tradição, uma manifestação cultural a ser preservada. No passado essa prática se justificava, pois os indígenas eram nômades e deveriam ser capazes de plantar, caçar, pescar e guerrear, atributos que garantiam a sobrevivência da comunidade. Deve-se, contudo, analisar o infanticídio a partir da realidade contemporânea, do indígena cidadão brasileiro, titular de direitos fundamentais protegido pela Constituição a qual determina a atuação do Estado a seu favor. Na atualidade os indígenas, mesmo aqueles que vivem em tribos quase isoladas, recebem ajuda para sobreviver. O Estado brasileiro possui equipamentos e institutos que, com os mesmos déficits gerais, proveem sua alimentação, cuidados para com a saúde e a integridade física. Ocorre que o movimento de alguns dos profissionais defensores da cultura indígena, contribui para a manutenção daqueles brasileiros na condição de sub-cidadãos. Excluem os índios da proteção do direito professando um relativismo cultural perigoso, preconceituoso, machista e racista. A posição assumida pelos defensores da não intervenção do Estado nessa prática, legitima, com o mesmo argumento, a defesa de práticas culturais contra as quais a humanidade tem demonstrado indignação, a título de exemplo: a clitoridectomia, prática cultural milenar, amplamente utilizada em países africanos, que consiste na extirpação do clitóris das meninas para que elas não sintam prazer no ato sexual e permaneçam fiéis aos maridos. Ou, também, a obrigatoriedade da utilização da burca, vestimenta milenarmente utilizada em países de tradição muçulmana, que cobre todas as partes do corpo da mulher, inclusive o seu rosto, impedindo a mulher de viver sua individualidade. Portanto, diferentemente do que defendem aqueles, o nascimento de uma criança portadora de deficiência deve ser tratado como um caso de saúde pública ou de Direito de Família, qual seja, a busca de tratamento ou a adoção por outras famílias, como se faz com qualquer outra criança brasileira. A Constituição Federal no artigo nº 231 reconhece aos indígenas "a sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições" entre outros direitos. Contudo, tal dispositivo não pode ser considerado isoladamente senão em conjunto com outros que enunciam direitos tão importantes quanto estes. Deve-se destacar que a Constituição também garante, a todos os cidadãos brasileiros, sem distinção de qualquer natureza (raça, credo, gênero, condição social) a inviolabilidade do direito à vida (art. 5º). Diz, ainda, que é dever da família, da sociedade e do Estado "assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, [...] além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão", art. nº 227. Ora, não se exclui do âmbito de proteção da Constituição, como querem fazer crer alguns, as crianças indígenas. Estas tem os mesmos direitos que as demais crianças brasileiras e devem ser protegidas pelo Estado. É óbvio, portanto, que para que usufruam desses direitos constitucionais não podem ser assassinadas. A hermenêutica constitucional diz que as constituições devem ser interpretadas em sua totalidade, um texto único em que cada dispositivo tem sua importância e que completa o todo. Informa também, que há valores que foram elevados pelo constituinte à condição de norteadores da comunidade e entre estes não está a morte. Portanto no caso de conflito entre dispositivos constitucionais deve-se sopesar os institutos a serem aplicados à luz do princípio da dignidade da pessoa humana. No caso concreto, confrontados o direito à cultura tradicional e o direito à vida, assim, data máxima vênia, nada justifica o assassinato de crianças. CARLOS ATHAYDE VALADARES VIEGAS, 47, é mestre em direito e professor de direito constitucional do Instituto J. Andrade CLAÚDIA MARA DE ALMEIDA R. VIEGAS, 44, é mestre, doutoranda em direito e professora de direito privado da Uniesp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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'Sem Direito a Resgate' quer parecer um filme de Tarantino
O romance "The Switch" (1978), do escritor americano Elmore Leonard, traz a primeira aparição da dupla de criminosos Ordell Robbie e Louis Gara, que voltaria a aparecer em "Ponche de Rum" (1992). Este último livro deu origem a "Jackie Brown" (1997), de Quentin Tarantino. Já "The Switch" foi adaptado agora ao cinema por Daniel Schechter em "Sem Direito a Resgate". O principal conselho para quem vai ver o novo filme é: esqueça o grande (e subestimado) "Jackie Brown". Porque, se você lembrar, "Sem Direito a Resgate" vai parecer uma obra ainda menor. Isto posto, o filme é uma adaptação fácil de ver e ainda mais fácil de esquecer do livro de Leonard, com as marcas típicas de sua obra: uma mistura de policial e comédia de humor negro, uma trama com muitas reviravoltas e um tanto de malícia. Aqui, Ordell (Mos Def) e Gara (John Hawkes) são pequenos criminosos que sequestram a mulher (Jennifer Aniston) de um empreiteiro corrupto (Tim Robbins) e pedem um resgate de US$ 1 milhão, na Detroit dos anos 1970. O problema é que o empreiteiro despreza a mulher e está prestes a se separar, tem uma amante mais jovem (Isla Fisher) e decide não pagar o resgate –o que gera um clássico impasse "leonardiano". Apoiado em boas atuações, Schechter conduz a narrativa com segurança, mas sem brilho, até a metade do filme. Mas ele se perde junto com as reviravoltas de trama –o que gera uma segunda metade confusa e apática; e um final decepcionante. Em termos de estilo, o diretor parece fazer esforço para se parecer com Tarantino, mas lhe falta convicção para abraçar o maneirismo e buscar uma verdade dentro do pastiche. Como tantos, se tornou um genérico de Tarantino. E este crítico cometeu justamente o erro que aconselhou ao leitor evitar: lembrou-se de "Jackie Brown". SEM DIREITO A RESGATE (LIFE OF CRIME) DIREÇÃO Daniel Schechter ELENCO Jennifer Aniston, Mos Def, John Hawkes, Tim Robbins PRODUÇÃO EUA, 2013, 12 anos QUANDO em cartaz AVALIAÇÃO regular
ilustrada
'Sem Direito a Resgate' quer parecer um filme de TarantinoO romance "The Switch" (1978), do escritor americano Elmore Leonard, traz a primeira aparição da dupla de criminosos Ordell Robbie e Louis Gara, que voltaria a aparecer em "Ponche de Rum" (1992). Este último livro deu origem a "Jackie Brown" (1997), de Quentin Tarantino. Já "The Switch" foi adaptado agora ao cinema por Daniel Schechter em "Sem Direito a Resgate". O principal conselho para quem vai ver o novo filme é: esqueça o grande (e subestimado) "Jackie Brown". Porque, se você lembrar, "Sem Direito a Resgate" vai parecer uma obra ainda menor. Isto posto, o filme é uma adaptação fácil de ver e ainda mais fácil de esquecer do livro de Leonard, com as marcas típicas de sua obra: uma mistura de policial e comédia de humor negro, uma trama com muitas reviravoltas e um tanto de malícia. Aqui, Ordell (Mos Def) e Gara (John Hawkes) são pequenos criminosos que sequestram a mulher (Jennifer Aniston) de um empreiteiro corrupto (Tim Robbins) e pedem um resgate de US$ 1 milhão, na Detroit dos anos 1970. O problema é que o empreiteiro despreza a mulher e está prestes a se separar, tem uma amante mais jovem (Isla Fisher) e decide não pagar o resgate –o que gera um clássico impasse "leonardiano". Apoiado em boas atuações, Schechter conduz a narrativa com segurança, mas sem brilho, até a metade do filme. Mas ele se perde junto com as reviravoltas de trama –o que gera uma segunda metade confusa e apática; e um final decepcionante. Em termos de estilo, o diretor parece fazer esforço para se parecer com Tarantino, mas lhe falta convicção para abraçar o maneirismo e buscar uma verdade dentro do pastiche. Como tantos, se tornou um genérico de Tarantino. E este crítico cometeu justamente o erro que aconselhou ao leitor evitar: lembrou-se de "Jackie Brown". SEM DIREITO A RESGATE (LIFE OF CRIME) DIREÇÃO Daniel Schechter ELENCO Jennifer Aniston, Mos Def, John Hawkes, Tim Robbins PRODUÇÃO EUA, 2013, 12 anos QUANDO em cartaz AVALIAÇÃO regular
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Palmeiras avança em negociação com o volante Felipe Melo
O Palmeiras está próximo de contratar o volante Felipe Melo, 33, que pertence a Inter de Milão. A equipe paulista e o jogador avançaram nas negociações nos últimos dias e agora aguarda a liberação do clube italiano. Empresário do volante, o espanhol José Rodri deve se reunir com representantes da Inter de Milão na próxima segunda-feira (2), de acordo com o estafe do atleta. A expectativa é que o clube italiano não coloque obstáculos para liberar Felipe Melo, que possui contrato até a metade de 2017. A equipe de Milão contratou o jogador em agosto do ano passado após pagar 3,5 milhões de euros ao Galatasaray. "Sobre o Felipe Melo, as conversas com o Palmeiras avançaram, mas a negociação depende da Inter. Qualquer definição, somente após o dia 2", escreveu Gustavo de Souza, assessor de Felipe Melo, em sua conta no Twitter. Desde o início da temporada europeia, o volante disputou apenas dez partidas. Revelado pelo Flamengo e com passagens por Cruzeiro e Grêmio, Felipe Melo deixou o Brasil em 2004, quando se transferiu para o Mallorca. Ele ainda defendeu o Racing Santander, Almería, Fiorentina, Juventus, além de Galatasaray e Inter de Milão. Em 2010, defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo e ficou marcado pela sua expulsão contra a Holanda nas quartas de final, quando o Brasil perdeu de virada por 2 a 1 e foi eliminado. REFORÇO VINDO DA COLÔMBIA Na noite desta terça-feira (27), o clube anunciou a contratação do meia Alejandro Guerra, vindo do Atlético Nacional (Colômbia). O jogador foi eleito o melhor da Libertadores de 2016. Guerra, 31, chegará ao Brasil no início de janeiro para fazer exames médicos e assinar o contrato com o time alviverde. Além dele, o Palmeiras anunciou as contratações de Hyoran (Chapecoense) e Raphael Veiga (Coritiba) e Keno (Santa Cruz). O clube ainda negocia com Michel Bastos, que negocia sua rescisão com o São Paulo.
esporte
Palmeiras avança em negociação com o volante Felipe MeloO Palmeiras está próximo de contratar o volante Felipe Melo, 33, que pertence a Inter de Milão. A equipe paulista e o jogador avançaram nas negociações nos últimos dias e agora aguarda a liberação do clube italiano. Empresário do volante, o espanhol José Rodri deve se reunir com representantes da Inter de Milão na próxima segunda-feira (2), de acordo com o estafe do atleta. A expectativa é que o clube italiano não coloque obstáculos para liberar Felipe Melo, que possui contrato até a metade de 2017. A equipe de Milão contratou o jogador em agosto do ano passado após pagar 3,5 milhões de euros ao Galatasaray. "Sobre o Felipe Melo, as conversas com o Palmeiras avançaram, mas a negociação depende da Inter. Qualquer definição, somente após o dia 2", escreveu Gustavo de Souza, assessor de Felipe Melo, em sua conta no Twitter. Desde o início da temporada europeia, o volante disputou apenas dez partidas. Revelado pelo Flamengo e com passagens por Cruzeiro e Grêmio, Felipe Melo deixou o Brasil em 2004, quando se transferiu para o Mallorca. Ele ainda defendeu o Racing Santander, Almería, Fiorentina, Juventus, além de Galatasaray e Inter de Milão. Em 2010, defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo e ficou marcado pela sua expulsão contra a Holanda nas quartas de final, quando o Brasil perdeu de virada por 2 a 1 e foi eliminado. REFORÇO VINDO DA COLÔMBIA Na noite desta terça-feira (27), o clube anunciou a contratação do meia Alejandro Guerra, vindo do Atlético Nacional (Colômbia). O jogador foi eleito o melhor da Libertadores de 2016. Guerra, 31, chegará ao Brasil no início de janeiro para fazer exames médicos e assinar o contrato com o time alviverde. Além dele, o Palmeiras anunciou as contratações de Hyoran (Chapecoense) e Raphael Veiga (Coritiba) e Keno (Santa Cruz). O clube ainda negocia com Michel Bastos, que negocia sua rescisão com o São Paulo.
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São Paulo confirma a contratação do zagueiro Dória, do Olympique
O São Paulo anunciou na noite desta sexta-feira (6) a chegada por empréstimo do zagueiro Dória, 20, para o São Paulo. De acordo com o Olympique de Marselha, clube que detém os direitos do jogador brasileiro, o acordo dura até 30 de junho de 2015. "Estou ansioso para vestir essa camisa e não vejo a hora de atuar com meus companheiros em campo. Quero ajudar o time a buscar as três competições que tem pela frente e mostrar que posso ficar mais tempo no clube. Estou muito feliz e louco para jogar", disse Dória. Nesta sexta-feira, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, já confirma a negociação. "A gente buscava um jogador com essas características. As condições financeiras ajudaram muito. O Dória se encaixou bem no que a gente estava precisando", afirmou o técnico em entrevista coletiva. O zagueiro vem para atender um pedido do comandante do time tricolor, que queria um zagueiro canhoto para completar o elenco. Apesar de conseguir o empréstimo até 30 de junho, a diretoria do São Paulo gostaria de contar com o zagueiro até o final do ano ou, pelo menos, até 5 de agosto, data da final da Libertadores. Editoria de Arte/Folhapress
esporte
São Paulo confirma a contratação do zagueiro Dória, do OlympiqueO São Paulo anunciou na noite desta sexta-feira (6) a chegada por empréstimo do zagueiro Dória, 20, para o São Paulo. De acordo com o Olympique de Marselha, clube que detém os direitos do jogador brasileiro, o acordo dura até 30 de junho de 2015. "Estou ansioso para vestir essa camisa e não vejo a hora de atuar com meus companheiros em campo. Quero ajudar o time a buscar as três competições que tem pela frente e mostrar que posso ficar mais tempo no clube. Estou muito feliz e louco para jogar", disse Dória. Nesta sexta-feira, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, já confirma a negociação. "A gente buscava um jogador com essas características. As condições financeiras ajudaram muito. O Dória se encaixou bem no que a gente estava precisando", afirmou o técnico em entrevista coletiva. O zagueiro vem para atender um pedido do comandante do time tricolor, que queria um zagueiro canhoto para completar o elenco. Apesar de conseguir o empréstimo até 30 de junho, a diretoria do São Paulo gostaria de contar com o zagueiro até o final do ano ou, pelo menos, até 5 de agosto, data da final da Libertadores. Editoria de Arte/Folhapress
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Peemedebista é escolhido relator no Senado da indicação de Moraes
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) vai relatar o processo de indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) de Alexandre de Moraes. Braga foi escolhido na manhã desta quinta-feira (9) pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Senado, Edison Lobão (PMDB-MA), em mais uma estratégia do governo de blindagem ao nome escolhido pelo presidente Michel Temer. O senador não garantiu que seu relatório estará pronto já na próxima quarta (15), para quando Lobão marcou a próxima reunião da CCJ. Disse que precisa analisar o currículo de Moraes e preparar um parecer técnico. Contudo, elogiou a trajetória do ministro da Justiça. "A impressão que eu tenho é a melhor possível. Porque tem uma trajetória acadêmica, é um constitucionalista reconhecido, tem experiência no poder público", disse Eduardo Braga. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), vem afirmando a intenção de realizar a sabatina de Moraes na CCJ, e a posterior votação de sua indicação no plenário, já em 22 de fevereiro. Seguindo esse calendário, o peemedebista passaria por cima de um prazo previsto no regimento —que ele prometeu em campanha ao Senado seguir estritamente–, segundo o qual matérias que cheguem à Casa só podem ser apreciadas pela CCJ após 20 dias, conforme o artigo 118 do regimento interno. Ainda não há data certa para a sabatina. Ocorrendo a votação na CCJ, o nome será levado no mesmo dia à apreciação do plenário da Casa. Com calendário apertado devido ao Carnaval, a votação pode acabar ficando para a primeira semana de março. Enquanto isso, na quarta (8), o indicado de Temer, Alexandre de Moraes, começou seu périplo pelo Senado. Disse que visitará todos os senadores, mesmo aqueles que não são da CCJ.
poder
Peemedebista é escolhido relator no Senado da indicação de MoraesO senador Eduardo Braga (PMDB-AM) vai relatar o processo de indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) de Alexandre de Moraes. Braga foi escolhido na manhã desta quinta-feira (9) pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Senado, Edison Lobão (PMDB-MA), em mais uma estratégia do governo de blindagem ao nome escolhido pelo presidente Michel Temer. O senador não garantiu que seu relatório estará pronto já na próxima quarta (15), para quando Lobão marcou a próxima reunião da CCJ. Disse que precisa analisar o currículo de Moraes e preparar um parecer técnico. Contudo, elogiou a trajetória do ministro da Justiça. "A impressão que eu tenho é a melhor possível. Porque tem uma trajetória acadêmica, é um constitucionalista reconhecido, tem experiência no poder público", disse Eduardo Braga. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), vem afirmando a intenção de realizar a sabatina de Moraes na CCJ, e a posterior votação de sua indicação no plenário, já em 22 de fevereiro. Seguindo esse calendário, o peemedebista passaria por cima de um prazo previsto no regimento —que ele prometeu em campanha ao Senado seguir estritamente–, segundo o qual matérias que cheguem à Casa só podem ser apreciadas pela CCJ após 20 dias, conforme o artigo 118 do regimento interno. Ainda não há data certa para a sabatina. Ocorrendo a votação na CCJ, o nome será levado no mesmo dia à apreciação do plenário da Casa. Com calendário apertado devido ao Carnaval, a votação pode acabar ficando para a primeira semana de março. Enquanto isso, na quarta (8), o indicado de Temer, Alexandre de Moraes, começou seu périplo pelo Senado. Disse que visitará todos os senadores, mesmo aqueles que não são da CCJ.
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Avenida Sapopemba, a maior de SP, reúne templos de diferentes religiões
BRUNO LEE DE SÃO PAULO A via mais extensa de São Paulo, com 26 quilômetros, era oficialmente chamada de estrada até a década de 1950. Hoje, é tratada como avenida. A avenida Sapopemba. A mudança de status teve como principal patrocinador o ex-presidente Jânio Quadros (1917-1992), que na época iniciava carreira política.Em 1950, Jânio, então vereador da capital, apresentou um projeto de lei para alterar o "título" da Sapopemba. Na justificação, escreveu: "É absurda a denominação de 'estrada' à verdadeira avenida de ligação, toda edificada e da máxima importância social e comercial". "Urge modificar o nome, que representa um logro, uma diminuição, uma falsidade. Daí o projeto, que é o melhor desejo do povo local", acrescentou. O texto foi rejeitado, mas, dois anos depois, o vereador Farabulini Júnior, amigo pessoal de Jânio, propôs novamente a alteração. Deu certo. Em 3 de junho de 1954, Jânio Quadros, que já havia assumido o cargo de prefeito, promulgou o dispositivo. A estrada virou avenida. TERRA BATIDA Segundo registros da Prefeitura de São Paulo, a estrada já existia no século 19, servindo de ligação entre as fazendas que ocupavam a região. A via também era usada para conectar a "remota" zona leste ao incipiente centro. Com a expansão da cidade, novos loteamentos começaram a pipocar na área atravessada pela Sapopemba, no começo do século 20. Em uma espécie de gesto de respeito aos "mais velhos", esses terrenos seguiram o traçado da estrada. Os lotes deram origem a bairros -o que leva o nome da avenida, por exemplo, surgiu entre 1910 e 1930. A avenida, até 40 anos atrás, ainda guardava resquícios da sua origem de terra batida, conta o empresário Maurício Racciatto, 49. Em 1958, quatro anos depois da sanção da lei, o pai de Racciatto fundou na avenida uma empresa que comercializa produtos siderúrgicos. A companhia funciona até hoje no mesmo ponto. "Frequento a empresa desde criança. Lembro que a avenida era completamente diferente do que é hoje. Alguns trechos não eram nem asfaltados", diz Racciatto. Quando Paulo Sigueta, 69, abriu uma farmácia na Sapopemba, em 1970, ainda faltavam alguns pedaços na via. "Nessa época a avenida não tinha calçadas, mas não demorou muito para serem instaladas. Tinha até um campo de futebol nas redondezas", afirma. As décadas passaram, e a via foi tomada por lojas, bancos e obras do monotrilho. Mas, para além dos limites de São Paulo, o passado segue intacto. Ao menos no nome. Quando entra na cidade de Mauá, a avenida volta a ser estrada, serpenteando por mais 19 quilômetros, até terminar em uma praça, no município de Ribeirão Pires. Avenida Sapopemba VIA DA FÉ Hoje, a avenida abriga igrejas e templos de diversas religiões e denominações, de espíritas a umbandistas. São pelo menos 27 ao longo da via, mais de um templo por quilômetro. Uma das veteranas é a igreja matriz da paróquia São Pio 10° e Santa Luzia, cujo edifício atual foi inaugurado no começo da década de 1970. Para o padre José Mário Ribeiro, 55, titular da paróquia desde 2016, a avenida virou uma "via da fé" por causa de um fator mundano: o fácil acesso, principalmente pelo grande número de linhas de ônibus que circulam por ela. Ribeiro resume essa vocação da avenida em "uma palavra bonita": ecumenismo.
sobretudo
Avenida Sapopemba, a maior de SP, reúne templos de diferentes religiões BRUNO LEE DE SÃO PAULO A via mais extensa de São Paulo, com 26 quilômetros, era oficialmente chamada de estrada até a década de 1950. Hoje, é tratada como avenida. A avenida Sapopemba. A mudança de status teve como principal patrocinador o ex-presidente Jânio Quadros (1917-1992), que na época iniciava carreira política.Em 1950, Jânio, então vereador da capital, apresentou um projeto de lei para alterar o "título" da Sapopemba. Na justificação, escreveu: "É absurda a denominação de 'estrada' à verdadeira avenida de ligação, toda edificada e da máxima importância social e comercial". "Urge modificar o nome, que representa um logro, uma diminuição, uma falsidade. Daí o projeto, que é o melhor desejo do povo local", acrescentou. O texto foi rejeitado, mas, dois anos depois, o vereador Farabulini Júnior, amigo pessoal de Jânio, propôs novamente a alteração. Deu certo. Em 3 de junho de 1954, Jânio Quadros, que já havia assumido o cargo de prefeito, promulgou o dispositivo. A estrada virou avenida. TERRA BATIDA Segundo registros da Prefeitura de São Paulo, a estrada já existia no século 19, servindo de ligação entre as fazendas que ocupavam a região. A via também era usada para conectar a "remota" zona leste ao incipiente centro. Com a expansão da cidade, novos loteamentos começaram a pipocar na área atravessada pela Sapopemba, no começo do século 20. Em uma espécie de gesto de respeito aos "mais velhos", esses terrenos seguiram o traçado da estrada. Os lotes deram origem a bairros -o que leva o nome da avenida, por exemplo, surgiu entre 1910 e 1930. A avenida, até 40 anos atrás, ainda guardava resquícios da sua origem de terra batida, conta o empresário Maurício Racciatto, 49. Em 1958, quatro anos depois da sanção da lei, o pai de Racciatto fundou na avenida uma empresa que comercializa produtos siderúrgicos. A companhia funciona até hoje no mesmo ponto. "Frequento a empresa desde criança. Lembro que a avenida era completamente diferente do que é hoje. Alguns trechos não eram nem asfaltados", diz Racciatto. Quando Paulo Sigueta, 69, abriu uma farmácia na Sapopemba, em 1970, ainda faltavam alguns pedaços na via. "Nessa época a avenida não tinha calçadas, mas não demorou muito para serem instaladas. Tinha até um campo de futebol nas redondezas", afirma. As décadas passaram, e a via foi tomada por lojas, bancos e obras do monotrilho. Mas, para além dos limites de São Paulo, o passado segue intacto. Ao menos no nome. Quando entra na cidade de Mauá, a avenida volta a ser estrada, serpenteando por mais 19 quilômetros, até terminar em uma praça, no município de Ribeirão Pires. Avenida Sapopemba VIA DA FÉ Hoje, a avenida abriga igrejas e templos de diversas religiões e denominações, de espíritas a umbandistas. São pelo menos 27 ao longo da via, mais de um templo por quilômetro. Uma das veteranas é a igreja matriz da paróquia São Pio 10° e Santa Luzia, cujo edifício atual foi inaugurado no começo da década de 1970. Para o padre José Mário Ribeiro, 55, titular da paróquia desde 2016, a avenida virou uma "via da fé" por causa de um fator mundano: o fácil acesso, principalmente pelo grande número de linhas de ônibus que circulam por ela. Ribeiro resume essa vocação da avenida em "uma palavra bonita": ecumenismo.
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Travestis e transexuais voltam ao centro para trabalhar em escola teatral
INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO No filme "Hipóteses para o Amor e a Verdade", dirigido por Rodolfo Vázquez e em cartaz nos cinemas, 11 personagens se cruzam no centro de São Paulo em uma noite de vertigem e solidão. Entre eles, transexuais, figuras atreladas à prostituição na região central da cidade. No entanto, duas trans que participaram do longa representaram uma realidade que não é mais a delas. Empregadas pela SP Escola de Teatro, na praça Roosevelt, fazem parte da parcela —ainda pequena— de transexuais e travestis que estão no mercado formal de trabalho. A escola é uma das pioneiras a reservar uma porcentagem de suas vagas para as trans, o que acontece desde 2010. "Tínhamos uma dívida histórica", afirma o presidente da instituição, Ivam Cabral. Quando grupos de teatro chegaram à região, em 2000, o local era reduto de transexuais e travestis, que ocupavam prédios inteiros ali. Com o aumento dos aluguéis, elas foram embora. Para Ivam, as vagas são uma forma de retribuição às antigas moradoras. Hoje, são sete funcionárias: cinco recepcionistas, uma auxiliar administrativa e uma professora, contratada neste ano. A maioria delas teve na escola a primeira oportunidade no mercado formal, que ainda impõe entraves para a contratação de trans. É o caso da recepcionista Renata Peron, 38. Depois de anos cantando em "casamentos, aniversários, velórios, de tudo", queria a segurança de um salário fixo. "Aqui é um modelo. Empresas que querem contratar trans vêm para perguntar [como funciona]", diz Renata, que é presidente da Cais (associação de apoio a travestis e transexuais). Marjorie Serrano, 44, também inaugurou a carteira de trabalho ali. Interna da Febem até os 17 anos, iniciou sua formação artística com Augusto Boal, fundador do Teatro do Oprimido, que alia arte a ação social. Agora, coordena grupos de atores. "Sinto-me acolhida e valorizada." A principal reclamação do grupo, ao falarem de experiências anteriores, é a falta de preparo dos empregadores. Preceitos simples como chamá-las pelo nome social e ter banheiros unissex disponíveis, dizem, eram ignorados. "Gostaria que as pessoas tivessem o olhar que o Ivam [Cabral] tem e não nos vissem como objetos sexuais, mas como profissionais", afirma Renata. A recepcionista Andréa Zanelato, 33, intervém: "A sociedade nos busca nos bastidores, para realizar fantasias, e na hora de empregar não tem coragem." Mas as coisas parecem estar mudando. "Há 20 anos, não tínhamos voz nem vez, hoje não aceitamos dizerem que não temos direitos", afirma Renata, apoiada pelas outras, que a cercam. * A dupla Daniella Zylbersztajn e Mari Rossi vai levar o YogaLive ao Mirante 9 de Julho pela primeira vez. Na terça (27), às 19h30, interessados poderão praticar yoga ao som de um eletrônico jazzy comandado por Rossi e pela baixista Aimê Uehara. Quem não tiver colchãozinho próprio pode pegar emprestado. Para garantir uma das 25 vagas é preciso retirar senha uma hora antes. * A rede Maremonti, especializada em comida italiana, inaugurou uma nova unidade na Riviera de São Lourenço, em Bertioga (SP). Dentro da casa, que tem mais de 130 metros de vidraças para emoldurar o cenário tropical, a visão do mar é de 180º. O restaurante fica no largo dos Coqueiros e já está funcionando. * 155.867 crianças estavam na fila à espera de uma vaga na creche e na pré-escola na cidade de São Paulo, até setembro, segundo a Secretaria Municipal de Educação.
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Travestis e transexuais voltam ao centro para trabalhar em escola teatralINGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO No filme "Hipóteses para o Amor e a Verdade", dirigido por Rodolfo Vázquez e em cartaz nos cinemas, 11 personagens se cruzam no centro de São Paulo em uma noite de vertigem e solidão. Entre eles, transexuais, figuras atreladas à prostituição na região central da cidade. No entanto, duas trans que participaram do longa representaram uma realidade que não é mais a delas. Empregadas pela SP Escola de Teatro, na praça Roosevelt, fazem parte da parcela —ainda pequena— de transexuais e travestis que estão no mercado formal de trabalho. A escola é uma das pioneiras a reservar uma porcentagem de suas vagas para as trans, o que acontece desde 2010. "Tínhamos uma dívida histórica", afirma o presidente da instituição, Ivam Cabral. Quando grupos de teatro chegaram à região, em 2000, o local era reduto de transexuais e travestis, que ocupavam prédios inteiros ali. Com o aumento dos aluguéis, elas foram embora. Para Ivam, as vagas são uma forma de retribuição às antigas moradoras. Hoje, são sete funcionárias: cinco recepcionistas, uma auxiliar administrativa e uma professora, contratada neste ano. A maioria delas teve na escola a primeira oportunidade no mercado formal, que ainda impõe entraves para a contratação de trans. É o caso da recepcionista Renata Peron, 38. Depois de anos cantando em "casamentos, aniversários, velórios, de tudo", queria a segurança de um salário fixo. "Aqui é um modelo. Empresas que querem contratar trans vêm para perguntar [como funciona]", diz Renata, que é presidente da Cais (associação de apoio a travestis e transexuais). Marjorie Serrano, 44, também inaugurou a carteira de trabalho ali. Interna da Febem até os 17 anos, iniciou sua formação artística com Augusto Boal, fundador do Teatro do Oprimido, que alia arte a ação social. Agora, coordena grupos de atores. "Sinto-me acolhida e valorizada." A principal reclamação do grupo, ao falarem de experiências anteriores, é a falta de preparo dos empregadores. Preceitos simples como chamá-las pelo nome social e ter banheiros unissex disponíveis, dizem, eram ignorados. "Gostaria que as pessoas tivessem o olhar que o Ivam [Cabral] tem e não nos vissem como objetos sexuais, mas como profissionais", afirma Renata. A recepcionista Andréa Zanelato, 33, intervém: "A sociedade nos busca nos bastidores, para realizar fantasias, e na hora de empregar não tem coragem." Mas as coisas parecem estar mudando. "Há 20 anos, não tínhamos voz nem vez, hoje não aceitamos dizerem que não temos direitos", afirma Renata, apoiada pelas outras, que a cercam. * A dupla Daniella Zylbersztajn e Mari Rossi vai levar o YogaLive ao Mirante 9 de Julho pela primeira vez. Na terça (27), às 19h30, interessados poderão praticar yoga ao som de um eletrônico jazzy comandado por Rossi e pela baixista Aimê Uehara. Quem não tiver colchãozinho próprio pode pegar emprestado. Para garantir uma das 25 vagas é preciso retirar senha uma hora antes. * A rede Maremonti, especializada em comida italiana, inaugurou uma nova unidade na Riviera de São Lourenço, em Bertioga (SP). Dentro da casa, que tem mais de 130 metros de vidraças para emoldurar o cenário tropical, a visão do mar é de 180º. O restaurante fica no largo dos Coqueiros e já está funcionando. * 155.867 crianças estavam na fila à espera de uma vaga na creche e na pré-escola na cidade de São Paulo, até setembro, segundo a Secretaria Municipal de Educação.
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Semana em SP tem Supla, 70 anos da Bachiana Filarmônica e mostra no MIS
RAFAEL GREGORIO DE SÃO PAULO DOMINGO | SEGUNDA | TERÇA | QUARTA | QUINTA | SEXTA | SÁBADO DOMINGO Parabéns pras batutas | A orquestra Bachiana Filarmônica celebra os 70 anos do Sesi-SP, seu mantenedor, em um concerto especial e gratuito na Catedral da Sé neste domingo (3), a partir das 11h. Diretor artístico e maestro do grupo de formação, o pianista João Carlos Martins conduz, na ocasião, um repertório com interpretações de obras de Beethoven (1770-1827), Bach (1685-1750) e Mozart (1756-1791). Os 65 componentes do conjunto apresentam ainda uma releitura de "Adios Nonino", do argentino Astor Piazzolla (1921-1992) Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP - Catedral da Sé. Pça. da Sé, s/nº, Sé, região central, tel. 3107-6832. 900 lugares. Dom.: 11h. 75 min. Livre. GRÁTIS - SEGUNDA Marcas de luz e sombra | Chega aos últimos dias a mostra "O Triunfo da Cor", que já levou mais de 136 mil pessoas ao Centro Cultural Banco do Brasil. Até quinta (7), é possível conferir 75 trabalhos de artistas compreendidos como sucessores dos impressionistas, como Paul Gauguin (1848-1903) —o acervo segue, depois, para exposição na unidade do espaço cultural no Rio de Janeiro. Fique ligado: é possível fugir das filas com agendamento on-line pelo site bb.com.br/cultura ou no aplicativo do CCBB para celular CCBB. R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3652. Seg. e qua. a dom.: 9h às 21h. Até 7/7. Livre. Estac. (R$ 15 p/ 5 h, na r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). É necessário fazer agendamento p/ site ou na bilheteria. GRÁTIS - TERÇA Cenas da selva | Produções de Jorge Bodanzky na região da Amazônia entre 1968 e os anos 1990 são o tema de "No Meio do Rio, Entre as Árvores", em cartaz até 24/7. Correalização entre o MIS e o Instituto Moreira Sales, a mostra marca a aquisição, pelo IMS, do acervo de fotos e filmes em super-8 do cineasta paulistano. Estão em cartaz títulos como "Iracema, uma Transa Amazônica", de 1974, e imagens para reportagem na revista "Realidade" que nunca chegou a ser publicada MIS. Av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777. Ter. a dom.: 11h às 19h (c/ permanência até as 20h). Até 24/7. Livre. Ingr.: R$ 6 (ter.: grátis). Valet (R$ 18). - QUARTA Shakespeare até as tantas | A Cia. da Matilde apresenta "Tróilo e Créssida", peça que integra o Projeto 39, cuja proposta é englobar encenações de todas as peças de Shakespeare. Com direção de Bete Dorgam, a montagem foi pensada não só pelo ineditismo da obra no Brasil, mas também, dizem os responsáveis, pela aproximação entre a narrativa, uma tragédia não convencional baseada em metáfora circense, e os tempos atuais Teatro Sérgio Cardoso. R. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central, tel. 3288-0136. 144 lugares. Seg. e ter.: 19h30. Qua.: 15h30 e 19h30. Estreia: 4/7. Até 27/7. Ingr.: R$ 40. CC: AE, Au, D, E, H, M e V. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. - QUINTA A ascensão de Serena | Serena Assumpção mesclou memórias afetivas e a experiência em terreiros e campos de religiões de matriz afro-brasileira no álbum "Ascensão", dirigido, produzido e interpretado por ela no decorrer dos últimos cinco anos. Morta em março passado, a artista tem a memória celebrada neste show capitaneado pela irmã, Anelis Assumpção —ambas são filhas do gênio Itamar (1949-2003). Participam artistas como Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Tatá Aeroplano e Céu Sesc Pompeia - teatro. R. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, tel. 3871-7700. 774 lugares. Qui. (7) e sex. (8): 21h. 90 min. 12 anos. Ingr.: R$ 9 a R$ 30. CC: D, M e V. Ingr. p/ sescsp.org.br. - SEXTA Bate-cabelo cinquentão | Três décadas de rock serão revistas por Supla em apresentação especial no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer nesta sexta (8). Recém-chegado aos 50 anos, com livro lançado ("Supla - Crônicas e Fotos do Charada Brasileiro", editora Ideal, 2016, 152 págs., R$ 59,90) e prestes a apresentar o 14º disco da carreira, "Diga o que Você Pensa", ele revê temas como "Garota de Berlim" e "Green Hair (Japa Girl)" Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portões 2 e 3, Parque Ibirapuera, tel. 3629-1075. 806 lugares. Sex. (8): 21h. Livre. Ingr.: R$ 20 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. - SÁBADO Frutos do fluxo imagético | Sete artistas de origem africana, quatro brasileiros e dois haitianos compõem a escalação da mostra "Espaço Livre", em cartaz no Museu Afro Brasil, com entrada grátis aos sábados. Entre as inspirações comuns está o fluxo de imagens que marca cidades como Nova York e São Paulo, dos interiores de museus e galerias às superfícies urbanas. Destaque para "Estatística 2", do brasileiro Daniel Melim, em tinta acrílica, spray e látex sobre tela Museu Afro Brasil. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, Pq. Ibirapuera, tel. 3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h. Até 31/7. Livre. Ingr.: R$ 6 (grátis no sáb.).
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Semana em SP tem Supla, 70 anos da Bachiana Filarmônica e mostra no MISRAFAEL GREGORIO DE SÃO PAULO DOMINGO | SEGUNDA | TERÇA | QUARTA | QUINTA | SEXTA | SÁBADO DOMINGO Parabéns pras batutas | A orquestra Bachiana Filarmônica celebra os 70 anos do Sesi-SP, seu mantenedor, em um concerto especial e gratuito na Catedral da Sé neste domingo (3), a partir das 11h. Diretor artístico e maestro do grupo de formação, o pianista João Carlos Martins conduz, na ocasião, um repertório com interpretações de obras de Beethoven (1770-1827), Bach (1685-1750) e Mozart (1756-1791). Os 65 componentes do conjunto apresentam ainda uma releitura de "Adios Nonino", do argentino Astor Piazzolla (1921-1992) Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP - Catedral da Sé. Pça. da Sé, s/nº, Sé, região central, tel. 3107-6832. 900 lugares. Dom.: 11h. 75 min. Livre. GRÁTIS - SEGUNDA Marcas de luz e sombra | Chega aos últimos dias a mostra "O Triunfo da Cor", que já levou mais de 136 mil pessoas ao Centro Cultural Banco do Brasil. Até quinta (7), é possível conferir 75 trabalhos de artistas compreendidos como sucessores dos impressionistas, como Paul Gauguin (1848-1903) —o acervo segue, depois, para exposição na unidade do espaço cultural no Rio de Janeiro. Fique ligado: é possível fugir das filas com agendamento on-line pelo site bb.com.br/cultura ou no aplicativo do CCBB para celular CCBB. R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3652. Seg. e qua. a dom.: 9h às 21h. Até 7/7. Livre. Estac. (R$ 15 p/ 5 h, na r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). É necessário fazer agendamento p/ site ou na bilheteria. GRÁTIS - TERÇA Cenas da selva | Produções de Jorge Bodanzky na região da Amazônia entre 1968 e os anos 1990 são o tema de "No Meio do Rio, Entre as Árvores", em cartaz até 24/7. Correalização entre o MIS e o Instituto Moreira Sales, a mostra marca a aquisição, pelo IMS, do acervo de fotos e filmes em super-8 do cineasta paulistano. Estão em cartaz títulos como "Iracema, uma Transa Amazônica", de 1974, e imagens para reportagem na revista "Realidade" que nunca chegou a ser publicada MIS. Av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777. Ter. a dom.: 11h às 19h (c/ permanência até as 20h). Até 24/7. Livre. Ingr.: R$ 6 (ter.: grátis). Valet (R$ 18). - QUARTA Shakespeare até as tantas | A Cia. da Matilde apresenta "Tróilo e Créssida", peça que integra o Projeto 39, cuja proposta é englobar encenações de todas as peças de Shakespeare. Com direção de Bete Dorgam, a montagem foi pensada não só pelo ineditismo da obra no Brasil, mas também, dizem os responsáveis, pela aproximação entre a narrativa, uma tragédia não convencional baseada em metáfora circense, e os tempos atuais Teatro Sérgio Cardoso. R. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central, tel. 3288-0136. 144 lugares. Seg. e ter.: 19h30. Qua.: 15h30 e 19h30. Estreia: 4/7. Até 27/7. Ingr.: R$ 40. CC: AE, Au, D, E, H, M e V. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. - QUINTA A ascensão de Serena | Serena Assumpção mesclou memórias afetivas e a experiência em terreiros e campos de religiões de matriz afro-brasileira no álbum "Ascensão", dirigido, produzido e interpretado por ela no decorrer dos últimos cinco anos. Morta em março passado, a artista tem a memória celebrada neste show capitaneado pela irmã, Anelis Assumpção —ambas são filhas do gênio Itamar (1949-2003). Participam artistas como Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Tatá Aeroplano e Céu Sesc Pompeia - teatro. R. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, tel. 3871-7700. 774 lugares. Qui. (7) e sex. (8): 21h. 90 min. 12 anos. Ingr.: R$ 9 a R$ 30. CC: D, M e V. Ingr. p/ sescsp.org.br. - SEXTA Bate-cabelo cinquentão | Três décadas de rock serão revistas por Supla em apresentação especial no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer nesta sexta (8). Recém-chegado aos 50 anos, com livro lançado ("Supla - Crônicas e Fotos do Charada Brasileiro", editora Ideal, 2016, 152 págs., R$ 59,90) e prestes a apresentar o 14º disco da carreira, "Diga o que Você Pensa", ele revê temas como "Garota de Berlim" e "Green Hair (Japa Girl)" Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portões 2 e 3, Parque Ibirapuera, tel. 3629-1075. 806 lugares. Sex. (8): 21h. Livre. Ingr.: R$ 20 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. - SÁBADO Frutos do fluxo imagético | Sete artistas de origem africana, quatro brasileiros e dois haitianos compõem a escalação da mostra "Espaço Livre", em cartaz no Museu Afro Brasil, com entrada grátis aos sábados. Entre as inspirações comuns está o fluxo de imagens que marca cidades como Nova York e São Paulo, dos interiores de museus e galerias às superfícies urbanas. Destaque para "Estatística 2", do brasileiro Daniel Melim, em tinta acrílica, spray e látex sobre tela Museu Afro Brasil. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, Pq. Ibirapuera, tel. 3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h. Até 31/7. Livre. Ingr.: R$ 6 (grátis no sáb.).
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Fóruns têm 566 armas roubadas em São Paulo com dois ataques em 15 dias
No segundo ataque a um fórum do Estado de São Paulo no intervalo de 15 dias, uma quadrilha invadiu um prédio da Justiça em Diadema, no ABC paulista, e roubou 391 armas, incluindo revólveres, pistolas, três submetralhadoras e um fuzil. A ação na noite de sábado (17) foi semelhante a outra, no último dia 3, em Guarujá, no litoral paulista, quando bandidos levaram 175 armas do fórum criminal da cidade. Os dois assaltos, que transferiram 566 armas no total para as mãos de criminosos, refletem um problema alertado por especialistas desde a última década: a fragilidade da Justiça em garantir a guarda do armamento apreendido em ocorrências criminais. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Paulo Dimas Mascaretti, reconhece as deficiências e diz que comarca "não é depósito de arma". "Os fóruns não têm estrutura para isso. Mas também não podemos esvaziar os espaços do dia para a noite. Esse serviço é controlado pelo Exército", disse à Folha. Mascaretti avalia que os crimes deste mês podem estar relacionados. "Eles agiram do mesmo modo nos dois casos e conheciam profundamente a rotina dos espaços." No ataque ao Fórum de Diadema, um grupo estimado em dez ladrões rendeu os três vigias que faziam a segurança do prédio todo. Ninguém se feriu nem foi preso. Além dos crimes deste mês, um plano de ataque ao Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste) foi frustrado em abril, com a prisão de dois suspeitos de cavar um túnel a partir de um comércio desativado. As investigações apontaram que a intenção era roubar armas de grosso calibre do local que estão sob posse da Justiça. ESTOQUE ZERO Os novos casos ocorrem depois de uma parceria entre a Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça e o Exército, com a justificativa de pôr fim ao armamento estocado nas 273 comarcas do Estado. A operação teve início em fevereiro. Segundo Mascaretti, já foram retirados 11 mil objetos, entre facas e armas de fogo, dos fóruns paulistas –o presidente não soube estimar o tamanho do estoque. A meta é zerar o depósito até o fim deste ano. "Essa movimentação tem chamado a atenção dos criminosos, que estão vendo que logo mais não terão chance de praticar o crime", diz o chefe do TJ. Em uma outra frente para tentar reduzir o estoque, o tribunal fechou um acordo com a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) e passou a doar armamento de grosso calibre que é mantido nas comarcas, como fuzis e metralhadoras, para as polícias Civil e Militar. Uma solenidade no dia 26 de maio repassou 37 fuzis para as forças de segurança. Para Guaracy Mingardi, especialista em segurança pública, é preciso fortalecer a estrutura das comarcas para garantir que as armas ainda estocadas não sejam roubadas. "Elas não deveriam estar lá. E estão lá em péssimas condições de espaço e sem guarda." Segundo Mingardi, a decisão do juiz também interfere nesse processo. "Muitos deles impedem a destruição da arma porque avaliam que elas são uma importante prova." Hoje, no Brasil, uma arma apreendida numa ocorrência criminal segue para a Polícia Civil, onde é periciada. Um laudo e a arma são encaminhados para a Justiça, que faz a guarda do objeto até a conclusão do processo. Ela então é destruída –ou, em alguns casos, doada às polícias. Uma norma recente do TJ mudou esse fluxo em São Paulo. Há dois meses, as armas ficam sob a guarda da polícia após a conclusão da perícia. Só retornam aos fóruns em caso excepcional –por exemplo, a pedido de advogados. Para Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, a medida representa um avanço, embora tardio. "Pelo menos impediu o aumento dos estoques nas comarcas", afirma. "O que não pode é mudar o endereço dos estoques. Arma apreendida precisa ser periciada e destruída." FRAGILIDADE As fragilidades na segurança das armas guardadas em fóruns tanto do Estado de São Paulo como do país são alvo de alertas de especialistas desde a década passada. Em 2009, a Folha mostrou que havia 240 mil armas estocadas em tribunais paulistas com segurança precária. Na ocasião, a reportagem conseguiu entrar e sair de um prédio onde esse armamento era guardado sem dar satisfação a ninguém. O arsenal era armazenado em meio a provas variadas em 678 prédios da Justiça, que contavam com só 350 vigilantes –e uma minoria com cofres e sistemas eletrônicos. O TJ não informou a quantidade estimada de armas estocadas hoje. Em 2011, monitoramento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) estimou haver mais de 755 mil armas e acessórios estocados em tribunais de Justiça do país inteiro. Um levantamento feito no mesmo ano pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) mostrava que, entre 2004 e 2011, 3.266 armas haviam sido roubadas de fóruns no Brasil –mais de uma por dia.
cotidiano
Fóruns têm 566 armas roubadas em São Paulo com dois ataques em 15 diasNo segundo ataque a um fórum do Estado de São Paulo no intervalo de 15 dias, uma quadrilha invadiu um prédio da Justiça em Diadema, no ABC paulista, e roubou 391 armas, incluindo revólveres, pistolas, três submetralhadoras e um fuzil. A ação na noite de sábado (17) foi semelhante a outra, no último dia 3, em Guarujá, no litoral paulista, quando bandidos levaram 175 armas do fórum criminal da cidade. Os dois assaltos, que transferiram 566 armas no total para as mãos de criminosos, refletem um problema alertado por especialistas desde a última década: a fragilidade da Justiça em garantir a guarda do armamento apreendido em ocorrências criminais. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Paulo Dimas Mascaretti, reconhece as deficiências e diz que comarca "não é depósito de arma". "Os fóruns não têm estrutura para isso. Mas também não podemos esvaziar os espaços do dia para a noite. Esse serviço é controlado pelo Exército", disse à Folha. Mascaretti avalia que os crimes deste mês podem estar relacionados. "Eles agiram do mesmo modo nos dois casos e conheciam profundamente a rotina dos espaços." No ataque ao Fórum de Diadema, um grupo estimado em dez ladrões rendeu os três vigias que faziam a segurança do prédio todo. Ninguém se feriu nem foi preso. Além dos crimes deste mês, um plano de ataque ao Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste) foi frustrado em abril, com a prisão de dois suspeitos de cavar um túnel a partir de um comércio desativado. As investigações apontaram que a intenção era roubar armas de grosso calibre do local que estão sob posse da Justiça. ESTOQUE ZERO Os novos casos ocorrem depois de uma parceria entre a Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça e o Exército, com a justificativa de pôr fim ao armamento estocado nas 273 comarcas do Estado. A operação teve início em fevereiro. Segundo Mascaretti, já foram retirados 11 mil objetos, entre facas e armas de fogo, dos fóruns paulistas –o presidente não soube estimar o tamanho do estoque. A meta é zerar o depósito até o fim deste ano. "Essa movimentação tem chamado a atenção dos criminosos, que estão vendo que logo mais não terão chance de praticar o crime", diz o chefe do TJ. Em uma outra frente para tentar reduzir o estoque, o tribunal fechou um acordo com a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) e passou a doar armamento de grosso calibre que é mantido nas comarcas, como fuzis e metralhadoras, para as polícias Civil e Militar. Uma solenidade no dia 26 de maio repassou 37 fuzis para as forças de segurança. Para Guaracy Mingardi, especialista em segurança pública, é preciso fortalecer a estrutura das comarcas para garantir que as armas ainda estocadas não sejam roubadas. "Elas não deveriam estar lá. E estão lá em péssimas condições de espaço e sem guarda." Segundo Mingardi, a decisão do juiz também interfere nesse processo. "Muitos deles impedem a destruição da arma porque avaliam que elas são uma importante prova." Hoje, no Brasil, uma arma apreendida numa ocorrência criminal segue para a Polícia Civil, onde é periciada. Um laudo e a arma são encaminhados para a Justiça, que faz a guarda do objeto até a conclusão do processo. Ela então é destruída –ou, em alguns casos, doada às polícias. Uma norma recente do TJ mudou esse fluxo em São Paulo. Há dois meses, as armas ficam sob a guarda da polícia após a conclusão da perícia. Só retornam aos fóruns em caso excepcional –por exemplo, a pedido de advogados. Para Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, a medida representa um avanço, embora tardio. "Pelo menos impediu o aumento dos estoques nas comarcas", afirma. "O que não pode é mudar o endereço dos estoques. Arma apreendida precisa ser periciada e destruída." FRAGILIDADE As fragilidades na segurança das armas guardadas em fóruns tanto do Estado de São Paulo como do país são alvo de alertas de especialistas desde a década passada. Em 2009, a Folha mostrou que havia 240 mil armas estocadas em tribunais paulistas com segurança precária. Na ocasião, a reportagem conseguiu entrar e sair de um prédio onde esse armamento era guardado sem dar satisfação a ninguém. O arsenal era armazenado em meio a provas variadas em 678 prédios da Justiça, que contavam com só 350 vigilantes –e uma minoria com cofres e sistemas eletrônicos. O TJ não informou a quantidade estimada de armas estocadas hoje. Em 2011, monitoramento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) estimou haver mais de 755 mil armas e acessórios estocados em tribunais de Justiça do país inteiro. Um levantamento feito no mesmo ano pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) mostrava que, entre 2004 e 2011, 3.266 armas haviam sido roubadas de fóruns no Brasil –mais de uma por dia.
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Las fiestas de Río son una buena opción para quien busca pareja durante los Juegos Olímpicos
ROBERTO DE OLIVEIRA ENVIADO ESPECIAL A RÍO Con temperatura amena y la ciudad repleta de turistas, la noche carioca está en su mejor momento. En las fiestas olímpicas siempre existe la posibilidad de hacer amigos, coquetear con alguien y hasta de soñar con un casamiento. "Trabajé como voluntaria durante el Mundial, pero sigo esperando a mi prometido. Ahora mi esperanza está en la Olimpíada", dijo la actriz Eucimara Linda, de 29 años, oriunda de São Paulo, mientras sacude su cabellera en la pista de Rio Scenarium, en el barrio de Lapa. "Sólo me voy de Río casada", comentó, convencida de que tendrá éxito entre los extranjeros. Son las 3.45 de la madrugada de domingo y los bares de Lapa están repletos. La promotora carioca Christiane Godoy, de 32 años, explicó qué es lo que estaba haciendo en la pista de baile: "Hay gente que mira y cree que una es una cazafortunas o que busca salir con un pasaporte con visa. No es eso. Soy una mujer independiente y pago mis cuentas". Y anunció: "Me gustan los hombres altos, rubios, de ojos azules y, de preferencia, escandinavos. Me encantan los finlandeses, suecos y daneses". La agenda "olímpica" de encuentros es variada. Domingos a la tarde el lugar de moda es Baixo Gávea. El lunes, es día de Pedra do Sal; los martes, los encuentros suceden en Ipanema y los fines de semana, en Lapa. Otro punto de reunión es el boliche "olímpico" Live House, en el Parque Olímpico. El argentino Mathias Gonzales, de 21 años, prefirió dejar a su novia en el hotel para divertirse en la noche de Río. "Las brasileñas me vuelven loco", contó. Su coterráneo, el profesor de educación física Lucas Dal Santo, de 24 años, no ahorró elogios para las brasileñas. "Tiene un cuerpo escultural y son amorosas y sociables". Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Asaltan al nadador americano Ryan Lochte y a otros tres colegas en Río tras salir de una fiesta *Un sitio de noticias americano expone atletas gay y recibe críticas en las redes sociales *Brasil todavía no pasó el test de la Olimpíada, dice el diario "The Washington Post"
esporte
Las fiestas de Río son una buena opción para quien busca pareja durante los Juegos Olímpicos ROBERTO DE OLIVEIRA ENVIADO ESPECIAL A RÍO Con temperatura amena y la ciudad repleta de turistas, la noche carioca está en su mejor momento. En las fiestas olímpicas siempre existe la posibilidad de hacer amigos, coquetear con alguien y hasta de soñar con un casamiento. "Trabajé como voluntaria durante el Mundial, pero sigo esperando a mi prometido. Ahora mi esperanza está en la Olimpíada", dijo la actriz Eucimara Linda, de 29 años, oriunda de São Paulo, mientras sacude su cabellera en la pista de Rio Scenarium, en el barrio de Lapa. "Sólo me voy de Río casada", comentó, convencida de que tendrá éxito entre los extranjeros. Son las 3.45 de la madrugada de domingo y los bares de Lapa están repletos. La promotora carioca Christiane Godoy, de 32 años, explicó qué es lo que estaba haciendo en la pista de baile: "Hay gente que mira y cree que una es una cazafortunas o que busca salir con un pasaporte con visa. No es eso. Soy una mujer independiente y pago mis cuentas". Y anunció: "Me gustan los hombres altos, rubios, de ojos azules y, de preferencia, escandinavos. Me encantan los finlandeses, suecos y daneses". La agenda "olímpica" de encuentros es variada. Domingos a la tarde el lugar de moda es Baixo Gávea. El lunes, es día de Pedra do Sal; los martes, los encuentros suceden en Ipanema y los fines de semana, en Lapa. Otro punto de reunión es el boliche "olímpico" Live House, en el Parque Olímpico. El argentino Mathias Gonzales, de 21 años, prefirió dejar a su novia en el hotel para divertirse en la noche de Río. "Las brasileñas me vuelven loco", contó. Su coterráneo, el profesor de educación física Lucas Dal Santo, de 24 años, no ahorró elogios para las brasileñas. "Tiene un cuerpo escultural y son amorosas y sociables". Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Asaltan al nadador americano Ryan Lochte y a otros tres colegas en Río tras salir de una fiesta *Un sitio de noticias americano expone atletas gay y recibe críticas en las redes sociales *Brasil todavía no pasó el test de la Olimpíada, dice el diario "The Washington Post"
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Anatel restringe uso de bens da Oi para renegociar dívidas
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidiu suspender cautelarmente a alienação ou oneração de bens móveis e imóveis do patrimônio da Oi. Nesta segunda-feira (20), a empresa anunciou que entrará com um pedido de recuperação judicial. Com a medida, a empresa fica impedida de utilizar seus bens como parte do processo de recuperação judicial sem a autorização da agência regulatória. A preocupação da Anatel é que bens que poderiam retornar para a União ao final das concessões detidas por subsidiárias da Oi fossem alienadas ou dadas como garantias bancárias. Outro problema que a medida tenta resolver é a manutenção dos serviços públicos de telefonia fixa, concedidos a empresas da Oi durante a privatização do setor, em 1997. A Anatel também afirma estar adotando ações específicas de fiscalização que assegurem a manutenção das condições operacionais das empresas e a proteção dos usuários. A agência, porém, não explica quais seriam essas ações. "A Anatel acompanha com atenção, por meio de processo específico, o desenrolar dos acontecimentos relativos às empresas da Oi e decidiu, neste momento, não intervir na condução feita pelos executivos do Grupo por acreditar na possibilidade de um desfecho que signifique a efetiva recuperação do equilíbrio econômico-financeiro das prestadoras", diz em nota. A cautelar será encaminhada à Justiça do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação judicial. PLEITOS SUSPENSOS Conforme a Folha apurou, com o pedido de recuperação judicial, o andamento de demandas da empresa com o governo deve ser paralisado. Recentemente, a Oi firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) transformando multas no valor de R$ 1,2 bilhão em investimentos da ordem de R$ 3,2 bilhões. O TAC, que sempre foi visto com ressalva pelo TCU (Tribunal de Contas de União), ainda está sendo avaliado pelo tribunal. Sem o aval do TCU, o TAC fica suspenso. Outro pleito da companhia é a mudança regulatória do setor, o que deve fazer o governo bater cabeça. O MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações) espera uma antecipação da discussão sobre o modelo regulatório, que está sendo discutido na Anatel e no Congresso Nacional. Porém, a Anatel deve suspender a discussão sobre o fim das concessões públicas de telefonia. Conselheiros da agência querem esperar uma definição sobre o processo de recuperação. A diretoria da Oi esperava que a extinção do modelo de concessão pública de telefonia, transformando as concessionárias em autorizatárias –como na telefonia móvel–, facilitasse a renegociação de dívidas e a atração de investimentos. Caso seja bem-sucedido, o governo optaria por um modelo que ajudasse á companhia se reestruturar. Caso a reestruturação se mostre um fracasso, a Anatel deve retomar as concessões em posse da empresa e desenvolver um modelo regulatório que o permita repassar o espólio da Oi a algum investidor. - A JORNADA DA OI 1998 Consórcio Telemar arremata teles do Rio e de outros 15 Estados na era das privatizações de FHC. Em 2002, empresa adota o nome Oi e entra na telefonia celular 2005 A operadora paga R$ 5,2 milhões por 30% da Gamecorp, controlada por um dos filhos de Lula e por Jonas Suassuna, dono do sítio em Atibaia (SP) frequentado por Lula 2008 Durante seu segundo mandato, o então presidente Lula altera a Lei Geral de Telecomunicações do país, permitindo assim que a Oi comprasse a Brasil Telecom 2009 Pela aquisição da Brasil Telecom, a Oi desembolsa R$ 5,8 bilhões. Com isso, a dívida da companhia salta de R$ 12 bilhões para R$ 21 bilhões em um curto espaço de tempo 2010 O então presidente Lula consegue convencer o gover-no português a permitir a entrada da operadora Portugal Telecom (PT) no bloco de controle da Oi no Brasil 2012 A Oi tenta convencer uma conselheira da Anatel a votar a seu favor para conseguir assegurar a compra da Brasil Telecom 2013 A Oi se funde com a PT e passa a atuar no Brasil, Portugal e África. A operação injeta R$ 14 bilhões na companhia 2014 Uma dívida de 837 milhões de euros da Portugal Telecom obriga a Oi a vender a própria PT para a francesa Altice por R$ 23,6 bilhões. O negócio não incluiu ati-vos da PT na África 2015 A dívida da Oi ultrapassa a barreira dos R$ 50 bilhões, e a operadora recebe uma proposta de um fundo russo disposto a ser maior acionista da empresa desde que ela se funda com a TIM 2016 Junto com outras do setor, a Oi tenta mudar a legislação e renegociar multas aplicadas pela Anatel. A empresa valia, então, menos de R$ 2 bilhões na Bolsa de SP 2016 Junto com outras do setor, a Oi tenta mudar a legislação e renegociar multas aplicadas pela Anatel. A empresa valia, então, menos de R$ 2 bilhões na Bolsa de SP
mercado
Anatel restringe uso de bens da Oi para renegociar dívidasA Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidiu suspender cautelarmente a alienação ou oneração de bens móveis e imóveis do patrimônio da Oi. Nesta segunda-feira (20), a empresa anunciou que entrará com um pedido de recuperação judicial. Com a medida, a empresa fica impedida de utilizar seus bens como parte do processo de recuperação judicial sem a autorização da agência regulatória. A preocupação da Anatel é que bens que poderiam retornar para a União ao final das concessões detidas por subsidiárias da Oi fossem alienadas ou dadas como garantias bancárias. Outro problema que a medida tenta resolver é a manutenção dos serviços públicos de telefonia fixa, concedidos a empresas da Oi durante a privatização do setor, em 1997. A Anatel também afirma estar adotando ações específicas de fiscalização que assegurem a manutenção das condições operacionais das empresas e a proteção dos usuários. A agência, porém, não explica quais seriam essas ações. "A Anatel acompanha com atenção, por meio de processo específico, o desenrolar dos acontecimentos relativos às empresas da Oi e decidiu, neste momento, não intervir na condução feita pelos executivos do Grupo por acreditar na possibilidade de um desfecho que signifique a efetiva recuperação do equilíbrio econômico-financeiro das prestadoras", diz em nota. A cautelar será encaminhada à Justiça do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação judicial. PLEITOS SUSPENSOS Conforme a Folha apurou, com o pedido de recuperação judicial, o andamento de demandas da empresa com o governo deve ser paralisado. Recentemente, a Oi firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) transformando multas no valor de R$ 1,2 bilhão em investimentos da ordem de R$ 3,2 bilhões. O TAC, que sempre foi visto com ressalva pelo TCU (Tribunal de Contas de União), ainda está sendo avaliado pelo tribunal. Sem o aval do TCU, o TAC fica suspenso. Outro pleito da companhia é a mudança regulatória do setor, o que deve fazer o governo bater cabeça. O MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações) espera uma antecipação da discussão sobre o modelo regulatório, que está sendo discutido na Anatel e no Congresso Nacional. Porém, a Anatel deve suspender a discussão sobre o fim das concessões públicas de telefonia. Conselheiros da agência querem esperar uma definição sobre o processo de recuperação. A diretoria da Oi esperava que a extinção do modelo de concessão pública de telefonia, transformando as concessionárias em autorizatárias –como na telefonia móvel–, facilitasse a renegociação de dívidas e a atração de investimentos. Caso seja bem-sucedido, o governo optaria por um modelo que ajudasse á companhia se reestruturar. Caso a reestruturação se mostre um fracasso, a Anatel deve retomar as concessões em posse da empresa e desenvolver um modelo regulatório que o permita repassar o espólio da Oi a algum investidor. - A JORNADA DA OI 1998 Consórcio Telemar arremata teles do Rio e de outros 15 Estados na era das privatizações de FHC. Em 2002, empresa adota o nome Oi e entra na telefonia celular 2005 A operadora paga R$ 5,2 milhões por 30% da Gamecorp, controlada por um dos filhos de Lula e por Jonas Suassuna, dono do sítio em Atibaia (SP) frequentado por Lula 2008 Durante seu segundo mandato, o então presidente Lula altera a Lei Geral de Telecomunicações do país, permitindo assim que a Oi comprasse a Brasil Telecom 2009 Pela aquisição da Brasil Telecom, a Oi desembolsa R$ 5,8 bilhões. Com isso, a dívida da companhia salta de R$ 12 bilhões para R$ 21 bilhões em um curto espaço de tempo 2010 O então presidente Lula consegue convencer o gover-no português a permitir a entrada da operadora Portugal Telecom (PT) no bloco de controle da Oi no Brasil 2012 A Oi tenta convencer uma conselheira da Anatel a votar a seu favor para conseguir assegurar a compra da Brasil Telecom 2013 A Oi se funde com a PT e passa a atuar no Brasil, Portugal e África. A operação injeta R$ 14 bilhões na companhia 2014 Uma dívida de 837 milhões de euros da Portugal Telecom obriga a Oi a vender a própria PT para a francesa Altice por R$ 23,6 bilhões. O negócio não incluiu ati-vos da PT na África 2015 A dívida da Oi ultrapassa a barreira dos R$ 50 bilhões, e a operadora recebe uma proposta de um fundo russo disposto a ser maior acionista da empresa desde que ela se funda com a TIM 2016 Junto com outras do setor, a Oi tenta mudar a legislação e renegociar multas aplicadas pela Anatel. A empresa valia, então, menos de R$ 2 bilhões na Bolsa de SP 2016 Junto com outras do setor, a Oi tenta mudar a legislação e renegociar multas aplicadas pela Anatel. A empresa valia, então, menos de R$ 2 bilhões na Bolsa de SP
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Movimentos pró-impeachment reclamam de 'censura' do governo
Líderes de movimentos pró-impeachment reclamam de censura do governo do Distrito Federal e da Câmara dos Deputados. Eles estudam entrar com mandado de segurança para exigir o uso de equipamentos sonoros e a ocupação do gramado do Congresso. Segundo eles, diversas medidas estão sendo tomadas para diminuir o impacto da manifestação convocada para domingo (17), dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Distrito Federal é governado por Rodrigo Rollemberg, cujo partido, o PSB, anunciou nesta segunda-feira (11) apoiar o impeachment da presidente. Já a Câmara dos Deputados é presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais adversários do governo Dilma. Os movimentos citam a instalação do muro que divide a Esplanada dos Ministérios, a proibição da ocupação do gramado do Congresso e o controle do volume e discurso dos carros de som. Jailton Almeida, do Vem Pra Rua, afirma que os grupos querem segurança, mas que as ações estão censurando os manifestantes. "Querem controlar até o que falamos. Estão cerceando a liberdade de expressão", diz. Beatriz Kisses, do Revoltados Online, afirma que algumas medidas foram tomadas em acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mas que não podem tentar igualar por baixo os atos pró-impeachment aos pró-governo, que acontecerão simultaneamente. A SSP, segundo os movimentos, insiste em deixar apenas caminhões pequenos entrarem na Esplanada, o que limitaria o alcance do som. "Isso nos limita a comunicação, a orientação que queremos dar a que está do nosso lado", afirma Kisses. Até o momento, a SSP apenas cedeu em relação aos bonecos infláveis que caricaturam os protagonistas do impeachment, Lula, Dilma e o juiz Sérgio Moro. MAPA DO IMPEACHMENT Os grupos se reuniram nesta terça-feira (12) no gramado do Congresso para instalar no muro o "Mapa do impeachment", idealizado pelo Vem Pra Rua. Assim que perceberam a movimentação, a Polícia Legislativa pediu que os manifestantes deixassem o gramado e instalassem o mapa em uma área do muro que já estivesse na Esplanada. Muro de Brasília
poder
Movimentos pró-impeachment reclamam de 'censura' do governoLíderes de movimentos pró-impeachment reclamam de censura do governo do Distrito Federal e da Câmara dos Deputados. Eles estudam entrar com mandado de segurança para exigir o uso de equipamentos sonoros e a ocupação do gramado do Congresso. Segundo eles, diversas medidas estão sendo tomadas para diminuir o impacto da manifestação convocada para domingo (17), dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Distrito Federal é governado por Rodrigo Rollemberg, cujo partido, o PSB, anunciou nesta segunda-feira (11) apoiar o impeachment da presidente. Já a Câmara dos Deputados é presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais adversários do governo Dilma. Os movimentos citam a instalação do muro que divide a Esplanada dos Ministérios, a proibição da ocupação do gramado do Congresso e o controle do volume e discurso dos carros de som. Jailton Almeida, do Vem Pra Rua, afirma que os grupos querem segurança, mas que as ações estão censurando os manifestantes. "Querem controlar até o que falamos. Estão cerceando a liberdade de expressão", diz. Beatriz Kisses, do Revoltados Online, afirma que algumas medidas foram tomadas em acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mas que não podem tentar igualar por baixo os atos pró-impeachment aos pró-governo, que acontecerão simultaneamente. A SSP, segundo os movimentos, insiste em deixar apenas caminhões pequenos entrarem na Esplanada, o que limitaria o alcance do som. "Isso nos limita a comunicação, a orientação que queremos dar a que está do nosso lado", afirma Kisses. Até o momento, a SSP apenas cedeu em relação aos bonecos infláveis que caricaturam os protagonistas do impeachment, Lula, Dilma e o juiz Sérgio Moro. MAPA DO IMPEACHMENT Os grupos se reuniram nesta terça-feira (12) no gramado do Congresso para instalar no muro o "Mapa do impeachment", idealizado pelo Vem Pra Rua. Assim que perceberam a movimentação, a Polícia Legislativa pediu que os manifestantes deixassem o gramado e instalassem o mapa em uma área do muro que já estivesse na Esplanada. Muro de Brasília
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MEC divulga resultado da 2ª edição do Sisu 2016
O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda (6) o resultado em única chamada da 2ª edição do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2016. Os candidatos podem consultar o resultado na página do Sisu ou nas instituições de ensino superior. O estudante aprovado deverá realizar sua matrícula na instituição para a qual foi selecionado nos dias 10, 13 e 14 de junho. Caso não tenha sido selecionado para sua primeira opção de curso, o candidato já pode aderir a uma lista de espera na página do Sisu a partir desta segunda (6) até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 17 de junho. O estudante somente poderá manifestar interesse na lista de espera para o curso correspondente à sua primeira opção. No próprio sistema, o estudante também pode tirar dúvidas sobre o processo. Último balanço do MEC apontava 778.739 candidatos inscritos para concorrer a uma das 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior em todo o país. Para participar, o candidato precisava informar o número de inscrição e senha usados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015. Apenas estudantes que fizeram a prova do Enem em 2015 e tiraram nota acima de zero na redação puderam participar do processo. ENEM No dia 8 de janeiro, o Ministério da Educação divulgou os resultados do Enem 2015, que podem ser consultados no site do Inep. O sistema possibilita que o estudante use a nota do Enem para entrar em diversas universidades públicas, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O único requisito é ter tirado nota acima de zero na prova de redação. A edição deste ano do Enem teve 7,7 milhões de inscritos, mas 25% deles (1,9 milhão) não participaram dos dois dias de testes. Esse foi o menor índice de abstenção desde 2009.
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MEC divulga resultado da 2ª edição do Sisu 2016O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda (6) o resultado em única chamada da 2ª edição do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2016. Os candidatos podem consultar o resultado na página do Sisu ou nas instituições de ensino superior. O estudante aprovado deverá realizar sua matrícula na instituição para a qual foi selecionado nos dias 10, 13 e 14 de junho. Caso não tenha sido selecionado para sua primeira opção de curso, o candidato já pode aderir a uma lista de espera na página do Sisu a partir desta segunda (6) até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 17 de junho. O estudante somente poderá manifestar interesse na lista de espera para o curso correspondente à sua primeira opção. No próprio sistema, o estudante também pode tirar dúvidas sobre o processo. Último balanço do MEC apontava 778.739 candidatos inscritos para concorrer a uma das 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior em todo o país. Para participar, o candidato precisava informar o número de inscrição e senha usados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015. Apenas estudantes que fizeram a prova do Enem em 2015 e tiraram nota acima de zero na redação puderam participar do processo. ENEM No dia 8 de janeiro, o Ministério da Educação divulgou os resultados do Enem 2015, que podem ser consultados no site do Inep. O sistema possibilita que o estudante use a nota do Enem para entrar em diversas universidades públicas, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O único requisito é ter tirado nota acima de zero na prova de redação. A edição deste ano do Enem teve 7,7 milhões de inscritos, mas 25% deles (1,9 milhão) não participaram dos dois dias de testes. Esse foi o menor índice de abstenção desde 2009.
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Crise e dólar fizeram Brasil deixar de comprar US$ 57,7 bilhões no exterior
A crise que atinge o país no governo Dilma já levou as empresas e os consumidores brasileiros a comprar US$ 68,2 bilhões a menos no exterior nos últimos dois anos. No período, as importações caíram do recorde de US$ 239,7 bilhões em 2013 para US$ 171,5 bilhões no ano passado. Só em 2015, quando a recessão atingiu quase 4%, o tombo nas compras externas foi de US$ 57,7 bilhões. "Ninguém esperava uma queda tão grande das importações. O país está parado", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Em 2014 em relação a 2013, quando a economia ficou estagnada com o PIB crescendo apenas 0,1%, as importações recuaram cerca de US$ 10,6 bilhões. A queda nas importações foi provocada pela recessão, que reduziu o consumo das famílias e os investimentos das empresas, e pela desvalorização cambial, que inviabilizou a importação de alguns itens. No ano passado, o recuo das compras externas chegou a 24,3%. BALANÇA COMERCIAL - Em US$ bilhões Em razão desse fraco desempenho, o Brasil conseguiu reverter o deficit comercial de US$ 4 bilhões em 2014 em um superavit de expressivos US$ 19,7 bilhões no ano passado —o maior desde 2011. "A economia brasileira está reduzindo seu desequilíbrio externo pela via mais dolorosa, que é recessão e câmbio fraco. Poderíamos estar virando esse jogo com mais produtividade e aumento das exportações", avalia Rafael Bistafa, economista da Rosemberg & Associados. Até novembro, o saldo da conta-corrente, que reúne todas as transações externas do país, estava negativo em US$ 56 bilhões, um valor bem menor que o rombo de US$ 104 bilhões em 2014. O saldo da balança comercial é uma das partes dessa conta e deve contribuir positivamente neste ano. A crise do governo Dilma provocou queda nas importações de todas as categorias de uso: bens intermediários, bens de capital, bens de consumo e combustíveis. Importações por categoria de uso, em US$ bi Nos bens intermediários, que representam quase metade das importações do país e são insumos para a produção industrial, a queda foi de 20,2% em 2015, para US$ 81,19 bilhões. Nos últimos dois anos, o Brasil importou US$ 25,3 bilhões a menos desses itens. Em bens de capital, como máquinas e equipamentos, considerados vitais para o investimento e a expansão da produção, as importações também recuaram 20,2% no ano passado, para US$ 37,66 bilhões. No biênio 2014-2015, deixaram de ser adquiridos no exterior US$ 13,99 bilhões. EXPORTAÇÕES O real desvalorizado ainda não foi suficiente para melhorar a performance das exportações brasileiras, que estão sofrendo com o fim do boom de commodities global, puxado pelo consumo chinês. As exportações recuaram 14,1% no ano passado, para US$ 191,1 bilhões. Nos últimos dois anos, o Brasil perdeu US$ 50,9 bilhões em exportações. Em relação ao pico de US$ 256 bilhões atingido em 2011, entraram US$ 64,9 bilhões a menos no país por conta da queda das vendas externas. DESCENDO A LADEIRA - Líderes da balança comercial têm forte queda de preços Por seu peso nas exportações, que chega a 45,6%, os produtos básicos foram os maiores responsáveis pela queda. No biênio 2014-2015, o país perdeu US$ 25,8 bilhões na venda de commodities. Só no ano passado, as exportações de produtos básicos caíram 19,5%, enquanto as de manufaturados recuaram 8,2%. Nas três principais commodities exportadas pelo Brasil, a queda nas vendas em 2015 chegou a 45% no minério de ferro, 18% em carnes bovina e suína e 16% na soja. A queda na receita está diretamente relacionada aos preços. Até novembro, mais recente dado disponível, os preços de soja, minério e petróleo exportados pelo Brasil caíram 24,17%, 49,51% e 49,7%. "Como a China vai crescer menos em 2016, as cotações podem recuar ainda mais ou, no melhor cenário, estabilizar", diz Castro.
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Crise e dólar fizeram Brasil deixar de comprar US$ 57,7 bilhões no exteriorA crise que atinge o país no governo Dilma já levou as empresas e os consumidores brasileiros a comprar US$ 68,2 bilhões a menos no exterior nos últimos dois anos. No período, as importações caíram do recorde de US$ 239,7 bilhões em 2013 para US$ 171,5 bilhões no ano passado. Só em 2015, quando a recessão atingiu quase 4%, o tombo nas compras externas foi de US$ 57,7 bilhões. "Ninguém esperava uma queda tão grande das importações. O país está parado", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Em 2014 em relação a 2013, quando a economia ficou estagnada com o PIB crescendo apenas 0,1%, as importações recuaram cerca de US$ 10,6 bilhões. A queda nas importações foi provocada pela recessão, que reduziu o consumo das famílias e os investimentos das empresas, e pela desvalorização cambial, que inviabilizou a importação de alguns itens. No ano passado, o recuo das compras externas chegou a 24,3%. BALANÇA COMERCIAL - Em US$ bilhões Em razão desse fraco desempenho, o Brasil conseguiu reverter o deficit comercial de US$ 4 bilhões em 2014 em um superavit de expressivos US$ 19,7 bilhões no ano passado —o maior desde 2011. "A economia brasileira está reduzindo seu desequilíbrio externo pela via mais dolorosa, que é recessão e câmbio fraco. Poderíamos estar virando esse jogo com mais produtividade e aumento das exportações", avalia Rafael Bistafa, economista da Rosemberg & Associados. Até novembro, o saldo da conta-corrente, que reúne todas as transações externas do país, estava negativo em US$ 56 bilhões, um valor bem menor que o rombo de US$ 104 bilhões em 2014. O saldo da balança comercial é uma das partes dessa conta e deve contribuir positivamente neste ano. A crise do governo Dilma provocou queda nas importações de todas as categorias de uso: bens intermediários, bens de capital, bens de consumo e combustíveis. Importações por categoria de uso, em US$ bi Nos bens intermediários, que representam quase metade das importações do país e são insumos para a produção industrial, a queda foi de 20,2% em 2015, para US$ 81,19 bilhões. Nos últimos dois anos, o Brasil importou US$ 25,3 bilhões a menos desses itens. Em bens de capital, como máquinas e equipamentos, considerados vitais para o investimento e a expansão da produção, as importações também recuaram 20,2% no ano passado, para US$ 37,66 bilhões. No biênio 2014-2015, deixaram de ser adquiridos no exterior US$ 13,99 bilhões. EXPORTAÇÕES O real desvalorizado ainda não foi suficiente para melhorar a performance das exportações brasileiras, que estão sofrendo com o fim do boom de commodities global, puxado pelo consumo chinês. As exportações recuaram 14,1% no ano passado, para US$ 191,1 bilhões. Nos últimos dois anos, o Brasil perdeu US$ 50,9 bilhões em exportações. Em relação ao pico de US$ 256 bilhões atingido em 2011, entraram US$ 64,9 bilhões a menos no país por conta da queda das vendas externas. DESCENDO A LADEIRA - Líderes da balança comercial têm forte queda de preços Por seu peso nas exportações, que chega a 45,6%, os produtos básicos foram os maiores responsáveis pela queda. No biênio 2014-2015, o país perdeu US$ 25,8 bilhões na venda de commodities. Só no ano passado, as exportações de produtos básicos caíram 19,5%, enquanto as de manufaturados recuaram 8,2%. Nas três principais commodities exportadas pelo Brasil, a queda nas vendas em 2015 chegou a 45% no minério de ferro, 18% em carnes bovina e suína e 16% na soja. A queda na receita está diretamente relacionada aos preços. Até novembro, mais recente dado disponível, os preços de soja, minério e petróleo exportados pelo Brasil caíram 24,17%, 49,51% e 49,7%. "Como a China vai crescer menos em 2016, as cotações podem recuar ainda mais ou, no melhor cenário, estabilizar", diz Castro.
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FIA exclui GP da Alemanha e calendário terá 19 etapas em 2015
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta sexta-feira (20) a exclusão do GP da Alemanha do calendário de 2015. Com a decisão, a temporada deste ano contará com mais 18 etapas. A prova na Alemanha vinha sendo realizada com um revezamento dos circuitos de Nurburgring e Hockenheim. Em 2014, quem recebeu a etapa foi Hockenheim. Porém, por conta de problemas financeiros, Nurbrugring anunciou que não poderia dar continuidade ao sistema de rodízio. Com isso, foi pensado em realizar o GP novamente em Hockenheim, mas a opção foi descartada devido ao curto espaço de preparação para a prova, originalmente marcada para o dia 19 de julho. Será a primeira vez desde 1960 que o país não receberá uma prova da competição. A primeira prova do calendário foi realizada na Austrália em 15 de março, com vitória do inglês Lewis Hamilton, da Mercedes. COM LANCEPRESS
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FIA exclui GP da Alemanha e calendário terá 19 etapas em 2015A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta sexta-feira (20) a exclusão do GP da Alemanha do calendário de 2015. Com a decisão, a temporada deste ano contará com mais 18 etapas. A prova na Alemanha vinha sendo realizada com um revezamento dos circuitos de Nurburgring e Hockenheim. Em 2014, quem recebeu a etapa foi Hockenheim. Porém, por conta de problemas financeiros, Nurbrugring anunciou que não poderia dar continuidade ao sistema de rodízio. Com isso, foi pensado em realizar o GP novamente em Hockenheim, mas a opção foi descartada devido ao curto espaço de preparação para a prova, originalmente marcada para o dia 19 de julho. Será a primeira vez desde 1960 que o país não receberá uma prova da competição. A primeira prova do calendário foi realizada na Austrália em 15 de março, com vitória do inglês Lewis Hamilton, da Mercedes. COM LANCEPRESS
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Governo adia início de desligamento de sinal de TV analógica para fevereiro
O ministro André Figueiredo (Comunicações) adiou o desligamento do sinal da TV analógica em Rio Verde (GO) para 15 de fevereiro. Até lá, o índice de receptores de TV digital aberta no município deverá atingir 90%. Para isso, as teles deverão instalar receptores em 17 mil domicílios inscritos no cadastro único de programas sociais do governo federal no município goiano. Essa medida será, segundo apurou a Folha, suficiente para atingir o índice. No entanto, o sinal analógico da TV aberta em Rio Verde será desligado mesmo que a meta não seja atingida até lá. Quem não estiver preparado só voltará a ter sinal de TV quando comprar uma TV com receptor ou instalar conversores nas TVs antigas. Para o desligamento hoje, pelo menos 93% dos domicílios precisam ter receptores de sinal digital. Ainda não está definido se o índice cairá para 90% nas demais localidades daqui em diante. Isso depende de uma negociação em curso entre o governo, emissoras de TV e as operadoras de telefonia. Empresas dizem que suspensão de incentivo deve <br>reduzir investimento* - Qual será estratégia com a suspensão CONTA A resposta final deveria ter sido dada nesta segunda (14), mas as teles ainda estão discutindo o assunto. Elas aceitam o novo índice e o novo cronograma para o país, desde que os receptores e antenas fornecidos aos beneficiários dos programas sociais sejam contabilizados imediatamente no índice. Isso é importante porque as teles são responsáveis somente pelo fornecimento dos equipamentos. Caso o dono do domicílio não faça a instalação comprometerá o índice em uma nova pesquisa de cobertura de sinal digital. Na última pesquisa em Rio Verde, feita pelo Ibope, o índice foi de 78%. Além disso, as teles querem que os domicílios que têm TV a cabo também sejam contabilizados. Afinal, eles têm no pacote a programação da TV aberta.
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Governo adia início de desligamento de sinal de TV analógica para fevereiroO ministro André Figueiredo (Comunicações) adiou o desligamento do sinal da TV analógica em Rio Verde (GO) para 15 de fevereiro. Até lá, o índice de receptores de TV digital aberta no município deverá atingir 90%. Para isso, as teles deverão instalar receptores em 17 mil domicílios inscritos no cadastro único de programas sociais do governo federal no município goiano. Essa medida será, segundo apurou a Folha, suficiente para atingir o índice. No entanto, o sinal analógico da TV aberta em Rio Verde será desligado mesmo que a meta não seja atingida até lá. Quem não estiver preparado só voltará a ter sinal de TV quando comprar uma TV com receptor ou instalar conversores nas TVs antigas. Para o desligamento hoje, pelo menos 93% dos domicílios precisam ter receptores de sinal digital. Ainda não está definido se o índice cairá para 90% nas demais localidades daqui em diante. Isso depende de uma negociação em curso entre o governo, emissoras de TV e as operadoras de telefonia. Empresas dizem que suspensão de incentivo deve <br>reduzir investimento* - Qual será estratégia com a suspensão CONTA A resposta final deveria ter sido dada nesta segunda (14), mas as teles ainda estão discutindo o assunto. Elas aceitam o novo índice e o novo cronograma para o país, desde que os receptores e antenas fornecidos aos beneficiários dos programas sociais sejam contabilizados imediatamente no índice. Isso é importante porque as teles são responsáveis somente pelo fornecimento dos equipamentos. Caso o dono do domicílio não faça a instalação comprometerá o índice em uma nova pesquisa de cobertura de sinal digital. Na última pesquisa em Rio Verde, feita pelo Ibope, o índice foi de 78%. Além disso, as teles querem que os domicílios que têm TV a cabo também sejam contabilizados. Afinal, eles têm no pacote a programação da TV aberta.
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Leitores comentam ação da PF que levou Lula a depor
Lula não gostou da condução coercitiva, alegou que bastava ser chamado que iria (Lula 'se oferece' para disputar Presidência ). Não é verdade. Ele vem correndo de depoimentos como o diabo corre da cruz. Disse que tudo que vem acontecendo é em virtude dos resultados alcançados pelos governos do PT incomodarem a elite brasileira. Realmente, o crescimento da corrupção no nosso país com a chegada do PT ao poder incomoda não só a elite, mas todos os brasileiros que amam a pátria. Precisamos resgatar o lema escrito na bandeira nacional. JEOVAH FERREIRA (Taquari, DF) * Lula se coloca como vítima e não se explica. Conseguiu um discurso ao seu estilo de quase 30 minutos em rede nacional. No entanto, com a Lava Jato a todo vapor, o que fica é o excepcional e isento trabalho do nosso Judiciário. Mostra-se sólido, o que é excelente para a nossa jovem democracia, deixando claro para todos que ninguém está acima das leis. ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP) * Questiono se a Folha deveria dar espaço a comentários esquizofrênicos e teorias das conspirações da esquerda, alardeando "golpes" e "shows midiáticos" (Painel do Leitor ). Como se os fatos –pauperização da Petrobras, mensalão, enriquecimento indevidos, entre outros– não justificassem as ações da Polícia Federal. Que vão para a cadeia petistas, tucanos, peemedebistas e todos os políticos que praticam ilicitudes doravante. MARCELO BASTOS COSTA (São Paulo, SP) * A assimetria é total. Só se vê, só se mostram as malvadezas de um lado, como se somente agora houvessem ocorrido. Ocorreram sim e os culpados tem que pagar por todos os absurdos cometidos. Mas sempre ocorreram. Sempre. E os do outro lado? Quando a PF e o Ministério Público, tiveram tanta liberdade de ação? A destituição de Dilma é necessária e o PT foi uma desilusão. Mas e agora? Voltarão os dignos e probos políticos de sempre? Não se pode ver ou esperar um bom futuro. MARCOS MARCONDES (Indaiatuba, SP) * Um dos princípios do direito é que cabe ao acusador o ônus da prova. Isso vale na avalanche de acusações contra o ex-presidente Lula (Para Procuradoria, ex-presidente obteve vantagens no petrolão ). Se o juiz Sergio Moro e toda sua "equipe" não forem capazes de provar tudo o que estão "insinuando", além da desmoralização da Justiça, entrarão para a história como os responsáveis pelo início da campanha vitoriosa de Lula em 2018. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * A situação é de tamanha gravidade que nem ministro da Justiça temos no momento,a nomeação está suspensa (Juíza federal anula nomeação do novo ministro da Justiça ). A presunção de inocência basilar à democracia, diante de tamanhos fatos e robustas provas, cede à averiguação e comprovação do enriquecimento e de benesses vindas daqueles favorecidos pelo poder. CARLOS HENRIQUE ABRÃO (São Paulo, SP) * É o tal negócio, quem não deve não teme, a postura de um homem probo nunca será a esquiva. Lula, levado a depor, poderia tê-lo feito sem nenhum alarde, entrando com altivez e saindo revigorado pelo exercício da democracia. Porém, o que vimos, foi um homem raivoso, em flagrante desespero, atiçando a militância quando, na verdade, sua suposta honestidade deveria acalmá-la. A arrogância, as bravatas, no caso, servem apenas para desviar o foco das seríssimas acusações que pesam sobre ele, e, muito claramente, buscam subestimar um dos esquemas de corrupção mais espetaculares e danosos aos cofres públicos do país. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam ação da PF que levou Lula a deporLula não gostou da condução coercitiva, alegou que bastava ser chamado que iria (Lula 'se oferece' para disputar Presidência ). Não é verdade. Ele vem correndo de depoimentos como o diabo corre da cruz. Disse que tudo que vem acontecendo é em virtude dos resultados alcançados pelos governos do PT incomodarem a elite brasileira. Realmente, o crescimento da corrupção no nosso país com a chegada do PT ao poder incomoda não só a elite, mas todos os brasileiros que amam a pátria. Precisamos resgatar o lema escrito na bandeira nacional. JEOVAH FERREIRA (Taquari, DF) * Lula se coloca como vítima e não se explica. Conseguiu um discurso ao seu estilo de quase 30 minutos em rede nacional. No entanto, com a Lava Jato a todo vapor, o que fica é o excepcional e isento trabalho do nosso Judiciário. Mostra-se sólido, o que é excelente para a nossa jovem democracia, deixando claro para todos que ninguém está acima das leis. ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP) * Questiono se a Folha deveria dar espaço a comentários esquizofrênicos e teorias das conspirações da esquerda, alardeando "golpes" e "shows midiáticos" (Painel do Leitor ). Como se os fatos –pauperização da Petrobras, mensalão, enriquecimento indevidos, entre outros– não justificassem as ações da Polícia Federal. Que vão para a cadeia petistas, tucanos, peemedebistas e todos os políticos que praticam ilicitudes doravante. MARCELO BASTOS COSTA (São Paulo, SP) * A assimetria é total. Só se vê, só se mostram as malvadezas de um lado, como se somente agora houvessem ocorrido. Ocorreram sim e os culpados tem que pagar por todos os absurdos cometidos. Mas sempre ocorreram. Sempre. E os do outro lado? Quando a PF e o Ministério Público, tiveram tanta liberdade de ação? A destituição de Dilma é necessária e o PT foi uma desilusão. Mas e agora? Voltarão os dignos e probos políticos de sempre? Não se pode ver ou esperar um bom futuro. MARCOS MARCONDES (Indaiatuba, SP) * Um dos princípios do direito é que cabe ao acusador o ônus da prova. Isso vale na avalanche de acusações contra o ex-presidente Lula (Para Procuradoria, ex-presidente obteve vantagens no petrolão ). Se o juiz Sergio Moro e toda sua "equipe" não forem capazes de provar tudo o que estão "insinuando", além da desmoralização da Justiça, entrarão para a história como os responsáveis pelo início da campanha vitoriosa de Lula em 2018. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * A situação é de tamanha gravidade que nem ministro da Justiça temos no momento,a nomeação está suspensa (Juíza federal anula nomeação do novo ministro da Justiça ). A presunção de inocência basilar à democracia, diante de tamanhos fatos e robustas provas, cede à averiguação e comprovação do enriquecimento e de benesses vindas daqueles favorecidos pelo poder. CARLOS HENRIQUE ABRÃO (São Paulo, SP) * É o tal negócio, quem não deve não teme, a postura de um homem probo nunca será a esquiva. Lula, levado a depor, poderia tê-lo feito sem nenhum alarde, entrando com altivez e saindo revigorado pelo exercício da democracia. Porém, o que vimos, foi um homem raivoso, em flagrante desespero, atiçando a militância quando, na verdade, sua suposta honestidade deveria acalmá-la. A arrogância, as bravatas, no caso, servem apenas para desviar o foco das seríssimas acusações que pesam sobre ele, e, muito claramente, buscam subestimar um dos esquemas de corrupção mais espetaculares e danosos aos cofres públicos do país. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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'A prisão fez mal' a João Paulo, diz prefeito de Osasco
O prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PDT), responsabilizou o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha pela sua decisão de deixar o PT, filiando-se ao PDT. Na noite desta quarta-feira (6), Lapas chamou João Paulo de rancoroso ao enumerar as razões pelas quais deixou o PT. "A prisão para ele fez mal. Ele voltou rancoroso. Espero que ele coloque a cabeça no lugar e volte a ser a pessoa que era no passado", disse Lapas. Com a tarefa de afastar a ideia de que estaria abandonando o barco em plena crise, Lapas alegou ter deixado o PT depois que o grupo liderado por João Paulo Cunha avisou que teria que entrar numa disputa interna pelo direito de concorrer à sua própria reeleição. Numa entrevista convocada para justificar sua saída, Lapas disse que ele e sua família estavam "sofrendo pelos erros cometidos pelos outros", sem ter reconhecimento do partido. "Você se sente traído. Há uma mágoa muito grande com relação às outras pessoas do partido", disse. Condenado a 6 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e peculato dentro do processo do mensalão, João Paulo cumpriu pena em regime domiciliar de fevereiro de 2015 a março de 2016, quando recebeu indulto (perdão). Líder de uma fatia do PT de Osasco, vinha impondo obstáculos ao prefeito mesmo antes da condenação. Um deles foi reter por três anos o processo de filiação de Lapas ao partido. Lapas conta a aliados que apresentou sua ficha de filiação ao PT há 11 anos. Mas só foi formalmente aceito três anos depois. CORRIDA ELEITORAL A relação azedou de vez durante o julgamento do mensalão, quando João Paulo Cunha insistiu para concorrer à Prefeitura de Osasco. Mas o então prefeito, Emídio de Souza, apoiou o lançamento de Lapas - à época seu secretário de Obras - sob o argumento de que João Paulo seria condenado em plena corrida eleitoral. Amigo de Emídio - que hoje preside o PT de São Paulo - Lapas admite que a relação ficou abalada já que sua saída tem forte impacto sobre o partido. Mas diz esperar que os dois se reconciliem. Apesar das rusgas, depois da eleição de Lapas, João Paulo indicou dois secretários para a equipe do prefeito. Ontem, Lapas disse que os exonerou porque "foram indicados para atrapalhar". Outros petistas foram mantidos na equipe. O prefeito disse também haver fortes indícios de que João Paulo Cunha vinha apoiando a candidatura do PTN à Prefeitura numa tentativa de desgastá-lo. Lapas reclamou ainda de Valmir Prascidelli, aliado de João Paulo Cunha que teve seu apoio para chegar à Câmara de Deputados, mas nada fez para impedir a abertura de um processo de prévias no PT para a escolha do candidato à Prefeitura. "Tenho uma aliança de 20 partidos. E vou ter que disputar no meu próprio partido?", queixa-se o prefeito. Embora culpe petistas por sua decisão, Lapas reconhece que a desfiliação "acabou agregando novos partidos". Ele recebeu apoio do DEM, que é oposição ao governo Dilma. O prefeito não poupa o partido que o abrigava até a semana passada, afirmando que o PT sempre foi intolerante com a corrupção, mas não mostrou a mesma intolerância com seus próprios filiados. "Se tivesse cortado o mal pela raiz, não tinha chegado onde chegou", afirmou.
poder
'A prisão fez mal' a João Paulo, diz prefeito de OsascoO prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PDT), responsabilizou o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha pela sua decisão de deixar o PT, filiando-se ao PDT. Na noite desta quarta-feira (6), Lapas chamou João Paulo de rancoroso ao enumerar as razões pelas quais deixou o PT. "A prisão para ele fez mal. Ele voltou rancoroso. Espero que ele coloque a cabeça no lugar e volte a ser a pessoa que era no passado", disse Lapas. Com a tarefa de afastar a ideia de que estaria abandonando o barco em plena crise, Lapas alegou ter deixado o PT depois que o grupo liderado por João Paulo Cunha avisou que teria que entrar numa disputa interna pelo direito de concorrer à sua própria reeleição. Numa entrevista convocada para justificar sua saída, Lapas disse que ele e sua família estavam "sofrendo pelos erros cometidos pelos outros", sem ter reconhecimento do partido. "Você se sente traído. Há uma mágoa muito grande com relação às outras pessoas do partido", disse. Condenado a 6 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e peculato dentro do processo do mensalão, João Paulo cumpriu pena em regime domiciliar de fevereiro de 2015 a março de 2016, quando recebeu indulto (perdão). Líder de uma fatia do PT de Osasco, vinha impondo obstáculos ao prefeito mesmo antes da condenação. Um deles foi reter por três anos o processo de filiação de Lapas ao partido. Lapas conta a aliados que apresentou sua ficha de filiação ao PT há 11 anos. Mas só foi formalmente aceito três anos depois. CORRIDA ELEITORAL A relação azedou de vez durante o julgamento do mensalão, quando João Paulo Cunha insistiu para concorrer à Prefeitura de Osasco. Mas o então prefeito, Emídio de Souza, apoiou o lançamento de Lapas - à época seu secretário de Obras - sob o argumento de que João Paulo seria condenado em plena corrida eleitoral. Amigo de Emídio - que hoje preside o PT de São Paulo - Lapas admite que a relação ficou abalada já que sua saída tem forte impacto sobre o partido. Mas diz esperar que os dois se reconciliem. Apesar das rusgas, depois da eleição de Lapas, João Paulo indicou dois secretários para a equipe do prefeito. Ontem, Lapas disse que os exonerou porque "foram indicados para atrapalhar". Outros petistas foram mantidos na equipe. O prefeito disse também haver fortes indícios de que João Paulo Cunha vinha apoiando a candidatura do PTN à Prefeitura numa tentativa de desgastá-lo. Lapas reclamou ainda de Valmir Prascidelli, aliado de João Paulo Cunha que teve seu apoio para chegar à Câmara de Deputados, mas nada fez para impedir a abertura de um processo de prévias no PT para a escolha do candidato à Prefeitura. "Tenho uma aliança de 20 partidos. E vou ter que disputar no meu próprio partido?", queixa-se o prefeito. Embora culpe petistas por sua decisão, Lapas reconhece que a desfiliação "acabou agregando novos partidos". Ele recebeu apoio do DEM, que é oposição ao governo Dilma. O prefeito não poupa o partido que o abrigava até a semana passada, afirmando que o PT sempre foi intolerante com a corrupção, mas não mostrou a mesma intolerância com seus próprios filiados. "Se tivesse cortado o mal pela raiz, não tinha chegado onde chegou", afirmou.
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Espanha e Itália vencem pelo Grupo G das Eliminatórias da Copa
Disputando as vagas do Grupo G das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo da Rússia-2018, Espanha e Itália conquistaram vitórias neste domingo (9). O 2 a 0 dos espanhóis sobre a Albânia rendeu a liderança do grupo. Os italianos estão em segundo no grupo, após passar pela Macedônia por 3 a 2. A vitória da Espanha veio com gols de Diego Costa e Nolito. O resultado também acabou com a invencibilidade dos albaneses na fase de grupos da competição. A etapa inicial da partida foi dominada pela seleção da Espanha. A primeira chance da Albânia foi apenas aos 35 minutos, com Roshi, que chutou de primeira após um bom cruzamento de Lenjani. Na volta dos vestiários, a Espanha transformou a supremacia em gol. Aos 10 minutos da etapa complementar da partida, o goleiro Berisha saiu jogando errado, Vitolo mandou para David Silva, que passou a missão para Diego Gosta chutar para o fundo das redes. Sete minutos depois, Nolito ampliou após receber de Montreal e chutar colocado contra o canto de Berisha. No fim do duelo, a Roja administrou a vitória, sem levar grande perigo à defesa albanesa. Sem conseguir reagir, os anfitriões não deram trabalho aos adversários nas poucas tentativas. Na próxima rodada, os comandados de Juelen Lopetegui recebem a Macedônia, que ainda não pontou na fase de grupos das Eliminatórias Europeias, no dia 12 de novembro. Na mesma data, a Albânia entra em confronto com a seleção de Israel. ITÁLIA A Itália venceu a Macedônia no sufoco, por 3 a 2, em Skopje, Macedônia. O gol do desempate aconteceu aos 46 min do 2º tempo, com Ciro Immobile. Com o triunfo, a seleção italiana soma 7 pontos em três jogos, na 2ª colocação. Já a Macedônia coleciona sua terceira derrota (Israel, Albânia e Itália). O atacante Belotti abriu o marcador para a Itália em cobrança de escanteio, aos 24 min da etapa inicial. No segundo tempo, a Macedônia voltou a ir para cima dos italianos, apostando em contragolpes. Impulsionados por sua torcida, os macedônios viraram o placar em um intervalo de apenas 3 minutos. Nestorovski e Hasani marcaram. A Macedônia quase fez o terceiro. Buffon fez grande defesa em cabeceada de Mojstov Longe de apresentar bom futebol, a Itália conseguiu fazer 2 a 2. Immobile aproveitou cruzamento rasteiro e desviou para o gol. O brasileiro naturalizado italiano Eder entrou nos minutos finais. No último minuto, Parolo marcou de cabeça, mas a arbitragem invalidou erradamente. Mas segundos depois, Immobile cabeceou na pequena área, recolocando a Itália à frente no placar.
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Espanha e Itália vencem pelo Grupo G das Eliminatórias da CopaDisputando as vagas do Grupo G das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo da Rússia-2018, Espanha e Itália conquistaram vitórias neste domingo (9). O 2 a 0 dos espanhóis sobre a Albânia rendeu a liderança do grupo. Os italianos estão em segundo no grupo, após passar pela Macedônia por 3 a 2. A vitória da Espanha veio com gols de Diego Costa e Nolito. O resultado também acabou com a invencibilidade dos albaneses na fase de grupos da competição. A etapa inicial da partida foi dominada pela seleção da Espanha. A primeira chance da Albânia foi apenas aos 35 minutos, com Roshi, que chutou de primeira após um bom cruzamento de Lenjani. Na volta dos vestiários, a Espanha transformou a supremacia em gol. Aos 10 minutos da etapa complementar da partida, o goleiro Berisha saiu jogando errado, Vitolo mandou para David Silva, que passou a missão para Diego Gosta chutar para o fundo das redes. Sete minutos depois, Nolito ampliou após receber de Montreal e chutar colocado contra o canto de Berisha. No fim do duelo, a Roja administrou a vitória, sem levar grande perigo à defesa albanesa. Sem conseguir reagir, os anfitriões não deram trabalho aos adversários nas poucas tentativas. Na próxima rodada, os comandados de Juelen Lopetegui recebem a Macedônia, que ainda não pontou na fase de grupos das Eliminatórias Europeias, no dia 12 de novembro. Na mesma data, a Albânia entra em confronto com a seleção de Israel. ITÁLIA A Itália venceu a Macedônia no sufoco, por 3 a 2, em Skopje, Macedônia. O gol do desempate aconteceu aos 46 min do 2º tempo, com Ciro Immobile. Com o triunfo, a seleção italiana soma 7 pontos em três jogos, na 2ª colocação. Já a Macedônia coleciona sua terceira derrota (Israel, Albânia e Itália). O atacante Belotti abriu o marcador para a Itália em cobrança de escanteio, aos 24 min da etapa inicial. No segundo tempo, a Macedônia voltou a ir para cima dos italianos, apostando em contragolpes. Impulsionados por sua torcida, os macedônios viraram o placar em um intervalo de apenas 3 minutos. Nestorovski e Hasani marcaram. A Macedônia quase fez o terceiro. Buffon fez grande defesa em cabeceada de Mojstov Longe de apresentar bom futebol, a Itália conseguiu fazer 2 a 2. Immobile aproveitou cruzamento rasteiro e desviou para o gol. O brasileiro naturalizado italiano Eder entrou nos minutos finais. No último minuto, Parolo marcou de cabeça, mas a arbitragem invalidou erradamente. Mas segundos depois, Immobile cabeceou na pequena área, recolocando a Itália à frente no placar.
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Delações causam espanto, mas estrada é longa para a punição de políticos
BRASÍLIA - Os delatores da Odebrecht enlouqueceram e inventaram crimes de caixa dois eleitoral, propina e desvio de dinheiro público. O cenário é surreal e improvável, afinal eles assinaram acordo com as autoridades que os obriga a detalhar o esquema para reduzir a pena. Mas não deixa de ser considerável levando-se em conta a presunção de inocência e o fato de que, desde que surgiram os vídeos dos depoimentos, nenhum político admitiu irregularidade. O discurso dos implicados tem sido basicamente o de negação de conduta ilícita e o de que as doações eleitorais foram todas declaradas. Estão pagando para ver? Provavelmente sim, embora seja uma defesa arriscada e, a depender do rumo das investigações, suicida politicamente. A estratégia só tem lógica na aposta de que faltarão documentos e outros elementos que corroborem muitos dos crimes relatados pelos executivos da empreiteira à Lava Jato. Uma planilha com nomes e valores, em um primeiro momento, é um indício forte, mas apenas um indício. Aponta algo, mas não prova nada. Exceções podem estar nos casos em que foram entregues comprovantes de transferências. Estão nesse rol os tucanos Aécio Neves e José Serra, a campanha de Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e Duda Mendonça. Grosso modo, a maioria das delações indica pagamento em espécie. Um terço dos mencionados teria recebido caixa dois, praticamente tudo por meio de dinheiro vivo. Em alguns casos, os delatores dão os nomes de intermediários e endereços onde esse dinheiro foi repassado. Em outros, dizem não se lembrar como e onde a entrega ocorreu. O desafio de policiais e procuradores —com a ajuda dos delatores— agora é provar que mais de uma centena de políticos recebeu dinheiro sujo. O caminho para levá-los à punição na Justiça é longo e íngreme. Os vídeos divulgados causam espanto, vergonha e desalento ao país, mas não são suficientes para evitar que as delações virem um dia piada de salão.
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Delações causam espanto, mas estrada é longa para a punição de políticosBRASÍLIA - Os delatores da Odebrecht enlouqueceram e inventaram crimes de caixa dois eleitoral, propina e desvio de dinheiro público. O cenário é surreal e improvável, afinal eles assinaram acordo com as autoridades que os obriga a detalhar o esquema para reduzir a pena. Mas não deixa de ser considerável levando-se em conta a presunção de inocência e o fato de que, desde que surgiram os vídeos dos depoimentos, nenhum político admitiu irregularidade. O discurso dos implicados tem sido basicamente o de negação de conduta ilícita e o de que as doações eleitorais foram todas declaradas. Estão pagando para ver? Provavelmente sim, embora seja uma defesa arriscada e, a depender do rumo das investigações, suicida politicamente. A estratégia só tem lógica na aposta de que faltarão documentos e outros elementos que corroborem muitos dos crimes relatados pelos executivos da empreiteira à Lava Jato. Uma planilha com nomes e valores, em um primeiro momento, é um indício forte, mas apenas um indício. Aponta algo, mas não prova nada. Exceções podem estar nos casos em que foram entregues comprovantes de transferências. Estão nesse rol os tucanos Aécio Neves e José Serra, a campanha de Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e Duda Mendonça. Grosso modo, a maioria das delações indica pagamento em espécie. Um terço dos mencionados teria recebido caixa dois, praticamente tudo por meio de dinheiro vivo. Em alguns casos, os delatores dão os nomes de intermediários e endereços onde esse dinheiro foi repassado. Em outros, dizem não se lembrar como e onde a entrega ocorreu. O desafio de policiais e procuradores —com a ajuda dos delatores— agora é provar que mais de uma centena de políticos recebeu dinheiro sujo. O caminho para levá-los à punição na Justiça é longo e íngreme. Os vídeos divulgados causam espanto, vergonha e desalento ao país, mas não são suficientes para evitar que as delações virem um dia piada de salão.
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Mega-Sena acumula e poderá pagar R$ 35 milhões na quinta-feira
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.720 da Mega-Sena, realizado na noite desta terça-feira (7), em Osasco, na Grande SP. Com isso, o próximo sorteio, na quinta (9), pode pagar um prêmio de R$ 35 milhões. Nesta terça-feira, foram sorteados os números 18 - 23 - 31 - 39 - 49 - 57. Esse foi o primeiro concurso da Mega Semana de Férias, que terá mais dois grandes prêmios da Mega-Sena nesta semana: na quinta e no sábado (11). Com isso, não terá concurso na quarta-feira, como de costume. Apesar de ninguém ter acertado as seis dezenas, 47 apostadores acertaram a quina e receberão R$ 44.551,33. Outros 3.410 fizeram a quadra e ficarão com R$ 877,21. A aposta mínima, de seis número, é de R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. MEGA SEMANA DE FÉRIAS A Mega Semana (com três sorteios) já aconteceu neste ano na semana do Dia das Mães, e voltará a acontecer por conta do Dia dos Pais, em agosto; da Primavera, em outubro; da comemoração pela Proclamação da República, novembro e no Natal, em dezembro. Acompanhe o resultados das loterias
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Mega-Sena acumula e poderá pagar R$ 35 milhões na quinta-feiraNenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.720 da Mega-Sena, realizado na noite desta terça-feira (7), em Osasco, na Grande SP. Com isso, o próximo sorteio, na quinta (9), pode pagar um prêmio de R$ 35 milhões. Nesta terça-feira, foram sorteados os números 18 - 23 - 31 - 39 - 49 - 57. Esse foi o primeiro concurso da Mega Semana de Férias, que terá mais dois grandes prêmios da Mega-Sena nesta semana: na quinta e no sábado (11). Com isso, não terá concurso na quarta-feira, como de costume. Apesar de ninguém ter acertado as seis dezenas, 47 apostadores acertaram a quina e receberão R$ 44.551,33. Outros 3.410 fizeram a quadra e ficarão com R$ 877,21. A aposta mínima, de seis número, é de R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer uma das mais de 13 mil lotéricas do país. MEGA SEMANA DE FÉRIAS A Mega Semana (com três sorteios) já aconteceu neste ano na semana do Dia das Mães, e voltará a acontecer por conta do Dia dos Pais, em agosto; da Primavera, em outubro; da comemoração pela Proclamação da República, novembro e no Natal, em dezembro. Acompanhe o resultados das loterias
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Finalista de concurso, soprano brasileira estreia na Sala São Paulo com grupo alemão
A Chorakademie Lübeck sobe ao palco da Sala São Paulo nesta terça (23) e quarta (24), às 21h, dentro da temporada do Mozarteum, para apresentar um blockbuster alemão, "Carmina Burana", de Carl Orff, e peças inspiradas na cultura cigana. O grupo, regido por Rolf Beck, contará com 60 cantores. Grupo só de cantores, o Chorakademie Lübeck começou suas atividades em 2002, como parte do Schleswig-Holstein Music Festival, na Alemanha. Só em 2014 passou a ter autonomia e o nome atual. "Não é necessário ter orquestra para mostrar esse repertório. Acho importante mostrar essa versão de 'Carmina Burana' com dois pianos e o grupo Percussivo USP", diz Rolf Beck, que já fez uma gravação para a Sony só com esses instrumentos e com o coral Schleswig-Holstein Music Festival. BRASILEIROS Os cantores que o formam são vários países e, para cada concerto, há uma formação diferente. Dos 60 que vêm ao país agora, por exemplo, cerca de dez são brasileiros. A soprano brasileira Lílian Giovanini, 25, finalista do concurso de calouros "Prelúdio" da TV Cultura em 2013, é uma delas. Ela será solista em "Carmina Burana", ao lado do barítono eslovaco Peter Mazalan e do tenor armênio Berj Karazian. Nascida em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), Giovanini se mudou em março para a Alemanha. Ganhou o posto de solista depois que o regente a assistiu num vídeo no YouTube, cantando justamente "Carmina Burana". "Eu disse a ela que havia cantado muito bem, que a parte de soprano nessa obra é muito difícil, e perguntei se poderia fazê-lo. Ela disse que sim, e de fato fez grandes apresentações na China", lembra o maestro, Rolf Beck. "Acho que ela possui tudo o que é necessário para ser uma boa solista." Beck afirma que há muitos bons talentos entre os jovens daqui. "A maioria dos tenores brasileiros tem uma voz muito boa e canta de forma muito elegante. O mesmo podemos dizer das sopranos", diz o maestro, que vai comandar a 1º academia de Canto em Trancoso com jovens talentos do país, promovida pelo Mozarteum, de 26 de junho a 1º de julho FRIO NA BARRIGA A música de Carl Orff acompanha Lílian em toda a sua trajetória. Foi com ela que a paulista fez sua estreia nos palcos como solista, ainda em Ribeirão Preto, em 2009, e foi com essa música que estreou também internacionalmente como solista em 2014, com apresentações na China e na Coreia do Sul. Nesta terça (23), "Carmina Burana" marcará sua estreia como profissional na Sala São Paulo, onde só havia se apresentado dentro do programa "Prelúdio". "Essa é uma obra difícil de cantar, porque exige muita flexibilidade dos solistas", diz Giovanini. Nem toda essa intimidade com a música, porém, deixa Giovanini tranquila. Só de pensar na Sala São Paulo, confessa: "Dá um frio na barriga!". "Mas isso faz parte, é o que move os artistas", completa. PROGRAMA O maestro Abel Rocha, que fará uma palestra sobre o concerto uma hora antes da apresentação, diz que "Carmina Burana" é sucesso no mundo inteiro, mas que todo o programa alemão é bem expressivo. "São obras que sempre fizeram sucesso dentro do repertório de coro em seu país", diz. Além de apresentarem a obra de Carl Orff (1895-1982) na íntegra, o grupo alemão tocará "Canções Ciganas para Coro e Piano" e "Quatro Quartetos para Coro e Piano", de Johannes Brahms (1833 -1897); "Ständchen para Solo, Coro Masculino e Piano", de Franz Schubert (1797 -1828); e "Vida Cigana para Solistas, Coro e Piano", de Robert Schumann (1810-1856). CHORAKADEMIE LÜBECK QUANDO ter. (23) e qua. (24), às 21h; palestra com o maestro Abel Rocha uma hora antes de cada récita ONDE Sala São Paulo, praça Júlio Prestes, s/nº; tel (11) 3367-9500 QUANTO R$ 120 a R$ 350 CLASSIFICAÇÃO 7 anos
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Finalista de concurso, soprano brasileira estreia na Sala São Paulo com grupo alemãoA Chorakademie Lübeck sobe ao palco da Sala São Paulo nesta terça (23) e quarta (24), às 21h, dentro da temporada do Mozarteum, para apresentar um blockbuster alemão, "Carmina Burana", de Carl Orff, e peças inspiradas na cultura cigana. O grupo, regido por Rolf Beck, contará com 60 cantores. Grupo só de cantores, o Chorakademie Lübeck começou suas atividades em 2002, como parte do Schleswig-Holstein Music Festival, na Alemanha. Só em 2014 passou a ter autonomia e o nome atual. "Não é necessário ter orquestra para mostrar esse repertório. Acho importante mostrar essa versão de 'Carmina Burana' com dois pianos e o grupo Percussivo USP", diz Rolf Beck, que já fez uma gravação para a Sony só com esses instrumentos e com o coral Schleswig-Holstein Music Festival. BRASILEIROS Os cantores que o formam são vários países e, para cada concerto, há uma formação diferente. Dos 60 que vêm ao país agora, por exemplo, cerca de dez são brasileiros. A soprano brasileira Lílian Giovanini, 25, finalista do concurso de calouros "Prelúdio" da TV Cultura em 2013, é uma delas. Ela será solista em "Carmina Burana", ao lado do barítono eslovaco Peter Mazalan e do tenor armênio Berj Karazian. Nascida em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), Giovanini se mudou em março para a Alemanha. Ganhou o posto de solista depois que o regente a assistiu num vídeo no YouTube, cantando justamente "Carmina Burana". "Eu disse a ela que havia cantado muito bem, que a parte de soprano nessa obra é muito difícil, e perguntei se poderia fazê-lo. Ela disse que sim, e de fato fez grandes apresentações na China", lembra o maestro, Rolf Beck. "Acho que ela possui tudo o que é necessário para ser uma boa solista." Beck afirma que há muitos bons talentos entre os jovens daqui. "A maioria dos tenores brasileiros tem uma voz muito boa e canta de forma muito elegante. O mesmo podemos dizer das sopranos", diz o maestro, que vai comandar a 1º academia de Canto em Trancoso com jovens talentos do país, promovida pelo Mozarteum, de 26 de junho a 1º de julho FRIO NA BARRIGA A música de Carl Orff acompanha Lílian em toda a sua trajetória. Foi com ela que a paulista fez sua estreia nos palcos como solista, ainda em Ribeirão Preto, em 2009, e foi com essa música que estreou também internacionalmente como solista em 2014, com apresentações na China e na Coreia do Sul. Nesta terça (23), "Carmina Burana" marcará sua estreia como profissional na Sala São Paulo, onde só havia se apresentado dentro do programa "Prelúdio". "Essa é uma obra difícil de cantar, porque exige muita flexibilidade dos solistas", diz Giovanini. Nem toda essa intimidade com a música, porém, deixa Giovanini tranquila. Só de pensar na Sala São Paulo, confessa: "Dá um frio na barriga!". "Mas isso faz parte, é o que move os artistas", completa. PROGRAMA O maestro Abel Rocha, que fará uma palestra sobre o concerto uma hora antes da apresentação, diz que "Carmina Burana" é sucesso no mundo inteiro, mas que todo o programa alemão é bem expressivo. "São obras que sempre fizeram sucesso dentro do repertório de coro em seu país", diz. Além de apresentarem a obra de Carl Orff (1895-1982) na íntegra, o grupo alemão tocará "Canções Ciganas para Coro e Piano" e "Quatro Quartetos para Coro e Piano", de Johannes Brahms (1833 -1897); "Ständchen para Solo, Coro Masculino e Piano", de Franz Schubert (1797 -1828); e "Vida Cigana para Solistas, Coro e Piano", de Robert Schumann (1810-1856). CHORAKADEMIE LÜBECK QUANDO ter. (23) e qua. (24), às 21h; palestra com o maestro Abel Rocha uma hora antes de cada récita ONDE Sala São Paulo, praça Júlio Prestes, s/nº; tel (11) 3367-9500 QUANTO R$ 120 a R$ 350 CLASSIFICAÇÃO 7 anos
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Woody Allen une depressão e crime em estreia com Joaquin Phoenix
LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Prestes a celebrar 80 anos, o diretor norte-americano Woody Allen mostra que não perdeu o fôlego em "Homem Irracional". Roteirizado e dirigido pelo cineasta, o longa retrata Abe Lucas (Joaquin Phoenix), um professor que não tem mais razões para viver. No trabalho, ele é assediado pela colega Rita e pela aluna Jill (Emma Stone). Mas nem os relacionamentos lhe dão ânimo. Abe, porém, fica sabendo que uma mãe perderá a guarda dos filhos por causa de um juiz corrupto. Eis a sua nova motivação: matar o magistrado. Salas e horários VEJA O TRAILER DO FILME Vídeo
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Woody Allen une depressão e crime em estreia com Joaquin PhoenixLUIZA WOLF DE SÃO PAULO Prestes a celebrar 80 anos, o diretor norte-americano Woody Allen mostra que não perdeu o fôlego em "Homem Irracional". Roteirizado e dirigido pelo cineasta, o longa retrata Abe Lucas (Joaquin Phoenix), um professor que não tem mais razões para viver. No trabalho, ele é assediado pela colega Rita e pela aluna Jill (Emma Stone). Mas nem os relacionamentos lhe dão ânimo. Abe, porém, fica sabendo que uma mãe perderá a guarda dos filhos por causa de um juiz corrupto. Eis a sua nova motivação: matar o magistrado. Salas e horários VEJA O TRAILER DO FILME Vídeo
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Mercadente! Chefe da Casa Caiu!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! Água em Marte Urgente! Agora temos o Volume Morto, o Volume Marte e o PMDB tem o Volume Marta. Descobriram água em Marte e botox em Marta! Rarará! E sabe por que o Ronaldinho não jogou nada no Fluminense? Pra não atrapalhar o rendimento na balada! Rarará! E atenção! Dilma tira o Mercadante da Casa Civil! Ops, Casa Caiu! Mercadante agora é Chefe da Casa Caiu. Com aquele bigodão rodapé de periquita! E botou um carioca baiano no lugar dele, Jaques Wagner. Agora vai! Com calma, mas vai! Sem estresse! Imagina a Granda Chefa Toura Sentada Dilma: "Waaaagner". E ele: "Ô meu rei, sem estresse, não estressa. Sorria, você está na Bahia". Ops, sorria você está numa fria! Rarará! E caiu o ministro da Saúde, o Chioro. Nem chioro e nem vela! A Saúde vai para o PMDB. E muda de nome para Virose. Ministério da Virose! É VIROSE! Aliás, o novo ministro da Saúde devia ser um psiquiatra. Tá todo mundo louco! E o futebol? Ronaldinho Gaúcho saiu do Fluminense. Saiu sem entrar! Só falou OI e Tchau! E ganhou dois milhões. Falou oi, um milhão, Falou tchau, um milhão! O site Kibeloco mostra o anúncio no Facebook: "Vendo Ronaldinho. Pouco tempo de uso: 2 meses. Gosta de balada e pouco esforço. Tratar inbox". Inbox quer dizer com o irmão dele. Diz que ele chegava no Fluminense e falava: "Amanhã tem treino." "Em que boate?" Rarará. E o Mercadante agora vai pra Educação. Mas gente, não tinha acabado de nomear um outro? É alta rotatividade. Parece motel, alta rotatividade. Ministro da Dilma parece motel, alta rotatividade! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Direto de Santo Antônio das Missões, RS, o despachante José Paulo Robalo Furtado. Esse não é um predestinado, é azarado mesmo. Rarará. "Meu filho você vai se chamar José Paulo Robalo Furtado e vai ser assaltado". Duas vezes, uma pelo robalo e outra pelo furtado. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Mercadente! Chefe da Casa Caiu!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! Água em Marte Urgente! Agora temos o Volume Morto, o Volume Marte e o PMDB tem o Volume Marta. Descobriram água em Marte e botox em Marta! Rarará! E sabe por que o Ronaldinho não jogou nada no Fluminense? Pra não atrapalhar o rendimento na balada! Rarará! E atenção! Dilma tira o Mercadante da Casa Civil! Ops, Casa Caiu! Mercadante agora é Chefe da Casa Caiu. Com aquele bigodão rodapé de periquita! E botou um carioca baiano no lugar dele, Jaques Wagner. Agora vai! Com calma, mas vai! Sem estresse! Imagina a Granda Chefa Toura Sentada Dilma: "Waaaagner". E ele: "Ô meu rei, sem estresse, não estressa. Sorria, você está na Bahia". Ops, sorria você está numa fria! Rarará! E caiu o ministro da Saúde, o Chioro. Nem chioro e nem vela! A Saúde vai para o PMDB. E muda de nome para Virose. Ministério da Virose! É VIROSE! Aliás, o novo ministro da Saúde devia ser um psiquiatra. Tá todo mundo louco! E o futebol? Ronaldinho Gaúcho saiu do Fluminense. Saiu sem entrar! Só falou OI e Tchau! E ganhou dois milhões. Falou oi, um milhão, Falou tchau, um milhão! O site Kibeloco mostra o anúncio no Facebook: "Vendo Ronaldinho. Pouco tempo de uso: 2 meses. Gosta de balada e pouco esforço. Tratar inbox". Inbox quer dizer com o irmão dele. Diz que ele chegava no Fluminense e falava: "Amanhã tem treino." "Em que boate?" Rarará. E o Mercadante agora vai pra Educação. Mas gente, não tinha acabado de nomear um outro? É alta rotatividade. Parece motel, alta rotatividade. Ministro da Dilma parece motel, alta rotatividade! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Direto de Santo Antônio das Missões, RS, o despachante José Paulo Robalo Furtado. Esse não é um predestinado, é azarado mesmo. Rarará. "Meu filho você vai se chamar José Paulo Robalo Furtado e vai ser assaltado". Duas vezes, uma pelo robalo e outra pelo furtado. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Licenciamento ambiental e democracia
O licenciamento ambiental é alvo de polêmica nos últimos meses. No final de abril, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65, que acaba com o licenciamento prévio em obras de infraestrutura. A PEC estabelece que, a partir da simples apresentação de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pelo empreendedor, nenhuma obra poderá ser suspensa ou cancelada. Com isso, o processo de licenciamento e estudos socioambientais deixam de existir. Licenciar ambientalmente, neste momento da história do planeta (o chamado antropoceno), é importante não só para prevenir o dano ambiental mas também para evitar o caos. O atual estágio da humanidade se caracteriza por alterações além dos limites aceitáveis dos ecossistemas, muito longe da sustentabilidade, e a análise prévia dos impactos ambientais em empreendimentos ganha ainda mais peso. Isso significa que qualquer alteração proposta para o licenciamento ambiental, como vem sendo defendida por senadores e deputados federais, em projetos de lei em análise no Congresso, deveria ser pautada de acordo com o melhor interesse público e conhecimento científico. Essas propostas devem sempre considerar fatores como a realidade ampliada e concentrada das atividades humanas em macrometrópoles, as interações de efeitos sinérgicos e cumulativos que colocam em risco a água, a saúde da população, a biodiversidade e grandes ecossistemas ameaçados, como a Amazônia. Nossa realidade continua a sofrer os efeitos da devastação e da retórica governamental, descolada de ações práticas de proteção e recuperação ambiental. O primeiro passo para abordar o licenciamento ambiental de forma responsável seria avaliar a viabilidade de gestão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Os órgãos ambientais, tanto federais como estaduais, encontram-se sucateados, seja em corpo técnico ou em meios operacionais, inclusive para administrar aspectos pré e pós-licenciamento. Um upgrade neste sistema evitaria muitos desastres do porte da barragem em Mariana, da Samarco Mineração, que causou mortes e até agora traz efeitos nocivos ao meio ambiente. Sem verificar a viabilidade de gestão do sistema instalado, estão ocorrendo propostas que irão agilizar o caos, já que tratam o licenciamento apenas como um incômodo a ser removido, argumento potencializado por uma crise econômica. Simplificar o licenciamento e retirar meios de controle social nada mais será do que oficializar o caos e perpetuar o abandono dos órgãos ambientais. As iniciativas que tramitam no Senado, como a PEC 65/2012 e o projeto de lei do Senado 654/2015, desconsideram o despreparo e estão focadas em criar um by-pass para atender os empreendedores, em detrimento do interesse público. Essa abordagem equivocada é um retrocesso que está presente nas propostas da Câmara dos Deputados, do Senado e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). As alterações que tramitam no Conama mantêm no plano geral a mesma natureza de vícios constatados nas outras iniciativas legislativas, descoladas da realidade, da precariedade de gestão, da realidade biofísica, bioquímica e da vulnerabilidade de nossas populações. É preciso que a sociedade brasileira atente para esses fatos e inicie uma verdadeira batalha para manter a normativa ambiental brasileira. As propostas de mudanças na legislação apresentam inconstitucionalidades e equívocos, como já constataram vários juristas. Deveríamos tratar dessa matéria dando prioridade ao conhecimento científico, provendo capacitação, operacionalização do Sisnama e meios de transparência, além da participação e controle social. CARLOS BOCUHY é presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental e conselheiro do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br.
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Licenciamento ambiental e democraciaO licenciamento ambiental é alvo de polêmica nos últimos meses. No final de abril, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65, que acaba com o licenciamento prévio em obras de infraestrutura. A PEC estabelece que, a partir da simples apresentação de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pelo empreendedor, nenhuma obra poderá ser suspensa ou cancelada. Com isso, o processo de licenciamento e estudos socioambientais deixam de existir. Licenciar ambientalmente, neste momento da história do planeta (o chamado antropoceno), é importante não só para prevenir o dano ambiental mas também para evitar o caos. O atual estágio da humanidade se caracteriza por alterações além dos limites aceitáveis dos ecossistemas, muito longe da sustentabilidade, e a análise prévia dos impactos ambientais em empreendimentos ganha ainda mais peso. Isso significa que qualquer alteração proposta para o licenciamento ambiental, como vem sendo defendida por senadores e deputados federais, em projetos de lei em análise no Congresso, deveria ser pautada de acordo com o melhor interesse público e conhecimento científico. Essas propostas devem sempre considerar fatores como a realidade ampliada e concentrada das atividades humanas em macrometrópoles, as interações de efeitos sinérgicos e cumulativos que colocam em risco a água, a saúde da população, a biodiversidade e grandes ecossistemas ameaçados, como a Amazônia. Nossa realidade continua a sofrer os efeitos da devastação e da retórica governamental, descolada de ações práticas de proteção e recuperação ambiental. O primeiro passo para abordar o licenciamento ambiental de forma responsável seria avaliar a viabilidade de gestão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Os órgãos ambientais, tanto federais como estaduais, encontram-se sucateados, seja em corpo técnico ou em meios operacionais, inclusive para administrar aspectos pré e pós-licenciamento. Um upgrade neste sistema evitaria muitos desastres do porte da barragem em Mariana, da Samarco Mineração, que causou mortes e até agora traz efeitos nocivos ao meio ambiente. Sem verificar a viabilidade de gestão do sistema instalado, estão ocorrendo propostas que irão agilizar o caos, já que tratam o licenciamento apenas como um incômodo a ser removido, argumento potencializado por uma crise econômica. Simplificar o licenciamento e retirar meios de controle social nada mais será do que oficializar o caos e perpetuar o abandono dos órgãos ambientais. As iniciativas que tramitam no Senado, como a PEC 65/2012 e o projeto de lei do Senado 654/2015, desconsideram o despreparo e estão focadas em criar um by-pass para atender os empreendedores, em detrimento do interesse público. Essa abordagem equivocada é um retrocesso que está presente nas propostas da Câmara dos Deputados, do Senado e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). As alterações que tramitam no Conama mantêm no plano geral a mesma natureza de vícios constatados nas outras iniciativas legislativas, descoladas da realidade, da precariedade de gestão, da realidade biofísica, bioquímica e da vulnerabilidade de nossas populações. É preciso que a sociedade brasileira atente para esses fatos e inicie uma verdadeira batalha para manter a normativa ambiental brasileira. As propostas de mudanças na legislação apresentam inconstitucionalidades e equívocos, como já constataram vários juristas. Deveríamos tratar dessa matéria dando prioridade ao conhecimento científico, provendo capacitação, operacionalização do Sisnama e meios de transparência, além da participação e controle social. CARLOS BOCUHY é presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental e conselheiro do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br.
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Padrinhos políticos viram tabu entre favoritos em BH
JOSÉ MARQUES DE BELO HORIZONTE A citação a padrinhos políticos para agregar valor à campanha ou atacar adversários passou de tabu a tema central para a maioria dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. Enquanto os lanternas da disputa defendem e usam os nomes dos seus apoiadores em discursos e no horário eleitoral, os dois primeiros colocados, João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS), tentam se distanciar de outros políticos. Nesta semana, os adversários de Kalil passaram a dizer que ele é o candidato do governador Fernando Pimentel (PT), porque o vice em sua chapa, Paulo Lamac (Rede), é ex-filiado ao PT. Além disso, quando o atual governador ainda era prefeito da capital mineira, foi aliado próximo dele. A provocação é feita em discursos e debates. A imagem de Pimentel foi desgastada após se tornar o principal alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal. O petista nega envolvimento com o o suposto esquema de obtenção de benefícios junto ao governo federal. Além disso, ligar Kalil ao governador fragilizaria seu discurso de campanha. O candidato tem afirmado que "não é político". Kalil nega a proximidade e diz que Lamac atualmente "não tem nenhuma relação com o governador". "Eu não sou candidato de ninguém. Eles estão tentando me empurrar para o colo de alguém, mas não tem motivo para eu ter padrinho nenhum. Padrinho em Belo Horizonte não dá voto para ninguém", afirmou o candidato neste domingo (18). TUCANO Já João Leite não tem usado a imagem do senador e ex-governador Aécio Neves (PSDB) em sua campanha. O próprio Aécio fez apenas uma aparição pública ao lado de Leite desde que a chapa foi lançada, na convenção do partido em julho. A candidatura de Leite, deputado estadual que já disputou a prefeitura outras duas vezes, foi negociada com o PSDB e os outros partidos pelo senador. Aécio procurou inclusive o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB), que não quis apoiar o candidato tucano. Segundo Leite, Aécio está ausente porque é presidente do PSDB e tem que dividir a atenção com outras cidades. Ele afirma que irá abrir espaço para o padrinho na reta final, com participação dele no horário eleitoral e, talvez, um ato público ainda no primeiro turno. "Ele já esteve comigo na cidade e já gravamos programa, o que interessava muito a nós, tanto ele quanto o [senador e ex-governador Antonio] Anastasia e estamos conversando permanente", afirma Leite. Segundo a assessoria de Leite, os programas com Aécio e Anastasia começarão a ser exibidos, "como previsto", a partir desta segunda-feira (19). CAMPANHA Com a proximidade da eleição, os dois candidatos começaram a intensificar suas agendas de campanha. Neste domingo, Kalil visitou obras inacabadas da prefeitura em um bairro da periferia de Belo Horizonte. A gestão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) é o principal foco dos seus ataques. Já João Leite fez caminhada em tradicional feira no centro da capital e prometeu incluí-la no calendário de eventos municipal. Segundo a última pesquisa Datafolha, se houvesse segundo turno na cidade, seria disputado pelos dois candidatos. O tucano pontuou 30% das intenções de voto, enquanto Kalil fez 19%.
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Padrinhos políticos viram tabu entre favoritos em BHJOSÉ MARQUES DE BELO HORIZONTE A citação a padrinhos políticos para agregar valor à campanha ou atacar adversários passou de tabu a tema central para a maioria dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. Enquanto os lanternas da disputa defendem e usam os nomes dos seus apoiadores em discursos e no horário eleitoral, os dois primeiros colocados, João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS), tentam se distanciar de outros políticos. Nesta semana, os adversários de Kalil passaram a dizer que ele é o candidato do governador Fernando Pimentel (PT), porque o vice em sua chapa, Paulo Lamac (Rede), é ex-filiado ao PT. Além disso, quando o atual governador ainda era prefeito da capital mineira, foi aliado próximo dele. A provocação é feita em discursos e debates. A imagem de Pimentel foi desgastada após se tornar o principal alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal. O petista nega envolvimento com o o suposto esquema de obtenção de benefícios junto ao governo federal. Além disso, ligar Kalil ao governador fragilizaria seu discurso de campanha. O candidato tem afirmado que "não é político". Kalil nega a proximidade e diz que Lamac atualmente "não tem nenhuma relação com o governador". "Eu não sou candidato de ninguém. Eles estão tentando me empurrar para o colo de alguém, mas não tem motivo para eu ter padrinho nenhum. Padrinho em Belo Horizonte não dá voto para ninguém", afirmou o candidato neste domingo (18). TUCANO Já João Leite não tem usado a imagem do senador e ex-governador Aécio Neves (PSDB) em sua campanha. O próprio Aécio fez apenas uma aparição pública ao lado de Leite desde que a chapa foi lançada, na convenção do partido em julho. A candidatura de Leite, deputado estadual que já disputou a prefeitura outras duas vezes, foi negociada com o PSDB e os outros partidos pelo senador. Aécio procurou inclusive o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB), que não quis apoiar o candidato tucano. Segundo Leite, Aécio está ausente porque é presidente do PSDB e tem que dividir a atenção com outras cidades. Ele afirma que irá abrir espaço para o padrinho na reta final, com participação dele no horário eleitoral e, talvez, um ato público ainda no primeiro turno. "Ele já esteve comigo na cidade e já gravamos programa, o que interessava muito a nós, tanto ele quanto o [senador e ex-governador Antonio] Anastasia e estamos conversando permanente", afirma Leite. Segundo a assessoria de Leite, os programas com Aécio e Anastasia começarão a ser exibidos, "como previsto", a partir desta segunda-feira (19). CAMPANHA Com a proximidade da eleição, os dois candidatos começaram a intensificar suas agendas de campanha. Neste domingo, Kalil visitou obras inacabadas da prefeitura em um bairro da periferia de Belo Horizonte. A gestão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) é o principal foco dos seus ataques. Já João Leite fez caminhada em tradicional feira no centro da capital e prometeu incluí-la no calendário de eventos municipal. Segundo a última pesquisa Datafolha, se houvesse segundo turno na cidade, seria disputado pelos dois candidatos. O tucano pontuou 30% das intenções de voto, enquanto Kalil fez 19%.
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Para democratas, reabrir embaixada em Cuba é "questão de semanas"
A comitiva de legisladores democratas dos Estados Unidos que viajou nesta quarta-feira (27) a Cuba avaliou ser uma questão de semanas para que as relações diplomáticas entre os dois países se normalizem oficialmente. Os quatro parlamentares –Tom Udall, Al Franken, John Larson e Raúl Grijalva– reuniram-se com membros de alto escalão do Ministério de Comércio Exterior e da Chancelaria cubana, pequenos empresários, membros de cooperativas e artistas. Em Havana, o líder da comitiva, o senador Tom Udall, disse que o Congresso, dominado pelos republicanos, não deverá contestar a decisão do presidente Barack Obama de tirar Cuba da lista de Estados apoiadores do terrorismo. Segundo ele, os adversários do mandatário não deverão apresentar objeção à medida até o fim do prazo estipulado por lei, na próxima sexta. Com isso, considera, vão faltar poucos detalhes para a retomada das relações. "Acho que será uma questão de semanas para que nós tenhamos restaurado nossas relações diplomáticas", afirmou Udall, em referência à reabertura de embaixadas em Washington e Havana, que vem sendo discutida pelos dois governos. Por outro lado, os senadores ainda consideram prematuro falar sobre o rompimento do embargo financeiro com a ilha, embora tenham reconhecido que o apoio popular sobre o assunto nos EUA tenha crescido. "É uma minoria muito reduzida no Senado e no Congresso que ainda se opõe de forma firme [ao embargo]", disse Al Franken, senador democrata por Minnesota. "Mas ainda há trabalho a fazer." Em janeiro, Obama reduziu a pressão sobre alguns produtos incluídos no embargo, como insumos agrícolas e equipamentos de comunicação, e pediu ao Congresso que aprovasse o fim das restrições ao comércio com Cuba. Alas mais radicais do Partido Republicano, em especial o Tea Party, são contra o fim da medida por considerá-lo uma forma de apoio ao regime do ditador Raúl Castro. Também há forte pressão da comunidade cubana nos EUA contra a medida.
mundo
Para democratas, reabrir embaixada em Cuba é "questão de semanas"A comitiva de legisladores democratas dos Estados Unidos que viajou nesta quarta-feira (27) a Cuba avaliou ser uma questão de semanas para que as relações diplomáticas entre os dois países se normalizem oficialmente. Os quatro parlamentares –Tom Udall, Al Franken, John Larson e Raúl Grijalva– reuniram-se com membros de alto escalão do Ministério de Comércio Exterior e da Chancelaria cubana, pequenos empresários, membros de cooperativas e artistas. Em Havana, o líder da comitiva, o senador Tom Udall, disse que o Congresso, dominado pelos republicanos, não deverá contestar a decisão do presidente Barack Obama de tirar Cuba da lista de Estados apoiadores do terrorismo. Segundo ele, os adversários do mandatário não deverão apresentar objeção à medida até o fim do prazo estipulado por lei, na próxima sexta. Com isso, considera, vão faltar poucos detalhes para a retomada das relações. "Acho que será uma questão de semanas para que nós tenhamos restaurado nossas relações diplomáticas", afirmou Udall, em referência à reabertura de embaixadas em Washington e Havana, que vem sendo discutida pelos dois governos. Por outro lado, os senadores ainda consideram prematuro falar sobre o rompimento do embargo financeiro com a ilha, embora tenham reconhecido que o apoio popular sobre o assunto nos EUA tenha crescido. "É uma minoria muito reduzida no Senado e no Congresso que ainda se opõe de forma firme [ao embargo]", disse Al Franken, senador democrata por Minnesota. "Mas ainda há trabalho a fazer." Em janeiro, Obama reduziu a pressão sobre alguns produtos incluídos no embargo, como insumos agrícolas e equipamentos de comunicação, e pediu ao Congresso que aprovasse o fim das restrições ao comércio com Cuba. Alas mais radicais do Partido Republicano, em especial o Tea Party, são contra o fim da medida por considerá-lo uma forma de apoio ao regime do ditador Raúl Castro. Também há forte pressão da comunidade cubana nos EUA contra a medida.
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Haddad vai recorrer de multa recebida por fechar av. Paulista para carros
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira (26) que vai recorrer da multa de R$ 50.101,49 aplicada pelo Ministério Público após fechar a avenida paulista (na região central) para o tráfego de carros no dia 18 deste mês. A via voltou a ser fechada neste domingo (25). Na última semana, a Promotoria prometeu que aplicaria nova multa caso isso ocorresse. O Ministério Público alega que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) descumpriu um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em 2007, que previa o bloqueio total da via apenas três vezes ao ano. Por outro lado, Haddad diz que o TAC se refere apenas a eventos autorizados pelo município. "Não é disso que nós estamos falando. Nós entendemos que [o TAC] não se aplica e vamos sensibilizar. Vamos recorrer administrativamente", afirma o prefeito. Haddad diz que o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, assinado em 2012, ampara a decisão do município. "A receptividade tem sido muito boa por parte da população. Nós continuamos acreditando no diálogo e entendemos que há a abertura para um reenquadramento", afirmou o prefeito. Em nota publicada na sexta-feira (23), o promotor de Habitação e Habitação e Urbanismo José Fernando Cecchi informou ter notificado a prefeitura a depositar o dinheiro da multa em até 15 dias ao Fundo Estadual de Reparação dos Interesses Difusos. A prefeitura disse ter discutido o fechamento da Paulista "à exaustão com o Ministério Público e acatou várias sugestões oferecidas", mas ainda está aberto ao diálogo. A avenida Paulista deve ser fechada novamente para o tráfego de veículos no próximo domingo (1º).
cotidiano
Haddad vai recorrer de multa recebida por fechar av. Paulista para carrosO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira (26) que vai recorrer da multa de R$ 50.101,49 aplicada pelo Ministério Público após fechar a avenida paulista (na região central) para o tráfego de carros no dia 18 deste mês. A via voltou a ser fechada neste domingo (25). Na última semana, a Promotoria prometeu que aplicaria nova multa caso isso ocorresse. O Ministério Público alega que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) descumpriu um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em 2007, que previa o bloqueio total da via apenas três vezes ao ano. Por outro lado, Haddad diz que o TAC se refere apenas a eventos autorizados pelo município. "Não é disso que nós estamos falando. Nós entendemos que [o TAC] não se aplica e vamos sensibilizar. Vamos recorrer administrativamente", afirma o prefeito. Haddad diz que o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, assinado em 2012, ampara a decisão do município. "A receptividade tem sido muito boa por parte da população. Nós continuamos acreditando no diálogo e entendemos que há a abertura para um reenquadramento", afirmou o prefeito. Em nota publicada na sexta-feira (23), o promotor de Habitação e Habitação e Urbanismo José Fernando Cecchi informou ter notificado a prefeitura a depositar o dinheiro da multa em até 15 dias ao Fundo Estadual de Reparação dos Interesses Difusos. A prefeitura disse ter discutido o fechamento da Paulista "à exaustão com o Ministério Público e acatou várias sugestões oferecidas", mas ainda está aberto ao diálogo. A avenida Paulista deve ser fechada novamente para o tráfego de veículos no próximo domingo (1º).
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No mundo, 1% mais rico terá mais do que 99% restantes, diz ONG
O mais badalado convescote do 1% mais rico do mundo (o encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça) será invadido por um dedo acusador: a concentração de riqueza tornou-se tão intensa que, em 2016, o patrimônio acumulado pelo 1% mais rico superará o dos 99% restantes. Quem aponta o dedo é a Oxfam, uma das ONGs mais respeitadas do planeta, cuja diretora-executiva, Winnie Byanyima, calha de ser, neste ano, copresidente do encontro de Davos. Pergunta ela aos pares com que se encontrará a partir desta quarta-feira (dia 21): "Vocês querem realmente viver em um mundo em que 1% possuem mais do que o resto de nós, somados?" Claro que nenhum dos homens e mulheres de Davos responderá "queremos", mas o problema é levar adiante medidas práticas contra a desigualdade, tema que não é novidade nos fóruns. Tem havido, nos últimos anos, um punhado de manifestações de preocupação, mas, depois que os executivos que formam a grande plateia do Fórum fazem as malas para ir embora, tudo continua igual -e a desigualdade só faz aumentar. Tanto que a riqueza do 1% passou de 44% em 2009, ápice da crise global, para 48% em 2014. Ou seja, a crise comeu parte da renda dos 99% restantes, mas não a dos ultrarricos. Os dados sobre desigualdade foram extrapolados pela Oxfam a partir de um estudo do ano passado da banca suíça UBS. Diz a ONG: "Em 2014, os membros da elite [o 1%] possuíam, em média, US$ 2,7 milhões (R$ 7,08 milhões) por adulto. O resto dos 20% mais ricos tem 46% do patrimônio mundial, e os 80% restantes dividem apenas os 5,5% que sobram". A Oxfam não se limita a acumular números: propõe que os países adotem um plano de luta contra as desigualdades, combatendo a evasão fiscal, promovendo a gratuidade dos serviços públicos, taxando mais o capital e menos o trabalho, estabelecendo salários mínimos ou, ainda, criando uma proteção social para os mais pobres. Não são propostas habituais na agenda de Davos. É possível que o Fórum Econômico Mundial, que é uma entidade consultora da ONU, as endosse, o que não quer dizer muito: o Fórum não toma decisões em nome dos governos nem de seus membros, que são as grandes corporações multinacionais. De todo modo, os dados da UBS são chocantes, como diz Winnie Byanyima: os 2.325 bilionários, os hiperricos entre o 1%, detêm US$ 7,3 trilhões, riqueza quase quatro vezes maior que a de todo o Brasil. Na América Latina e no Caribe, eles são 511, com um patrimônio de US$ 153 bilhões.
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No mundo, 1% mais rico terá mais do que 99% restantes, diz ONGO mais badalado convescote do 1% mais rico do mundo (o encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça) será invadido por um dedo acusador: a concentração de riqueza tornou-se tão intensa que, em 2016, o patrimônio acumulado pelo 1% mais rico superará o dos 99% restantes. Quem aponta o dedo é a Oxfam, uma das ONGs mais respeitadas do planeta, cuja diretora-executiva, Winnie Byanyima, calha de ser, neste ano, copresidente do encontro de Davos. Pergunta ela aos pares com que se encontrará a partir desta quarta-feira (dia 21): "Vocês querem realmente viver em um mundo em que 1% possuem mais do que o resto de nós, somados?" Claro que nenhum dos homens e mulheres de Davos responderá "queremos", mas o problema é levar adiante medidas práticas contra a desigualdade, tema que não é novidade nos fóruns. Tem havido, nos últimos anos, um punhado de manifestações de preocupação, mas, depois que os executivos que formam a grande plateia do Fórum fazem as malas para ir embora, tudo continua igual -e a desigualdade só faz aumentar. Tanto que a riqueza do 1% passou de 44% em 2009, ápice da crise global, para 48% em 2014. Ou seja, a crise comeu parte da renda dos 99% restantes, mas não a dos ultrarricos. Os dados sobre desigualdade foram extrapolados pela Oxfam a partir de um estudo do ano passado da banca suíça UBS. Diz a ONG: "Em 2014, os membros da elite [o 1%] possuíam, em média, US$ 2,7 milhões (R$ 7,08 milhões) por adulto. O resto dos 20% mais ricos tem 46% do patrimônio mundial, e os 80% restantes dividem apenas os 5,5% que sobram". A Oxfam não se limita a acumular números: propõe que os países adotem um plano de luta contra as desigualdades, combatendo a evasão fiscal, promovendo a gratuidade dos serviços públicos, taxando mais o capital e menos o trabalho, estabelecendo salários mínimos ou, ainda, criando uma proteção social para os mais pobres. Não são propostas habituais na agenda de Davos. É possível que o Fórum Econômico Mundial, que é uma entidade consultora da ONU, as endosse, o que não quer dizer muito: o Fórum não toma decisões em nome dos governos nem de seus membros, que são as grandes corporações multinacionais. De todo modo, os dados da UBS são chocantes, como diz Winnie Byanyima: os 2.325 bilionários, os hiperricos entre o 1%, detêm US$ 7,3 trilhões, riqueza quase quatro vezes maior que a de todo o Brasil. Na América Latina e no Caribe, eles são 511, com um patrimônio de US$ 153 bilhões.
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Kim Patroca Kataguiri e Renan Henrique Ferreira Santos: Leviatã agonizante
O Brasil é um país curioso. Em sua ânsia de levar-se a sério, de atribuir ares de grandeza e reverência a sua condição, acaba por tratar toda sorte de farsantes, loucos e incapazes com imerecida dignidade, ignorando sua essência em prol de uma autoimagem reconfortante. Elegemos Eike Batista campeão nacional, debatemos Guido Mantega em painéis de economia e cogitamos que Lula pudesse resolver conflitos históricos no Oriente Médio. Podemos, ademais, nos orgulhar de nossa altíssima carga tributária. Coisa de Primeiro Mundo, diriam alguns. A Suécia é aqui! A realidade, porém, é implacável, trazendo contornos de ópera-bufa para a epopeia brasiliana. Adotamos o caminho do populismo macroeconômico e legamos a gestão do país a um marqueteiro político. Perdoamos a dívida de ditadores africanos enquanto achacamos o pequeno e médio empresário nacional. Homicídios em escala industrial convivem com a obsessiva escavação de cadáveres da ditadura. E os escândalos de corrupção na maior estatal do país, obras-primas da gatunagem, nos surpreendem dia a dia com sua elegante simplicidade e seus números vultosos. A Petrobras é uma verdadeira Apple da picaretagem governamental e a Dilma, nossa gerentona, a Steve Jobs da incompetência. Nesse contexto, surge um movimento não só de reação mas de proposição. Não é oficialmente oposição, mesmo porque no Brasil tudo que é oficial tende a ser inconsistente. Nem o tipo de oposição com que o governo se acostumou a lidar, tímida e desorientada. É oposição de fato, calcada em ideias e anseios de quem trabalha e produz. Atrás de seu escudo está a República, acuada pelos cínicos mandatários que hoje enfrenta. E a ponta de lança está afiada pela liberdade, que anseia desbravar esse território no qual nunca esteve presente. O Movimento Brasil Livre quer perfurar esse portentoso e aparentemente indestrutível elmo que dissocia corrupção de modelo de Estado. Elmo este que foi forçosamente colocado na cabeça dos brasileiros por incontáveis burocratas ao longo dos séculos. Enquanto ele estiver intacto, a falsa ideia de que o problema da corrupção está apenas nos governantes se perpetuará, e continuaremos a viver o mesmo teatro eternamente. Quanto maior for o Estado, maior será o poder dos canalhas que o controlam e maior será a oferta para aqueles que querem comprar sua influência. Mesmo que possuíssemos um computador milagroso que detectasse todos os burocratas mal-intencionados e os prendesse de pronto, o problema ainda não estaria resolvido. O Estado continuaria poderoso e, como a História já nos mostrou, um idiota bem-intencionado pode causar tanto ou mais estrago que um gênio corrupto. O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país. Mas o leitor que não se engane: uma vez derrubado esse colosso do estatismo, ainda haverá muito trabalho a fazer. Querendo ou não, o Estado continuará gigantesco, e isso não é culpa apenas do PT. Nossa sociedade dorme em berço esplêndido há séculos, e sua babá sempre foi o Estado. Enquanto existir a mentalidade de que precisamos de um governo que seja nosso pai, nossa mãe e nosso neném, o Movimento Brasil Livre manterá sua lança afiada. Convocamos todos os brasileiros às ruas, no dia 15 de março, para defender a República desse bando de saqueadores instalados no poder. Às ruas, cidadãos! Resgatemos não apenas nossos mais profundos valores liberais, herdados de Tiradentes e Joaquim Nabuco, mas, acima de tudo, nossa própria sanidade após anos de mentiras, truques e falsas ilusões. KIM PATROCA KATAGUIRI, 19, e RENAN HENRIQUE FERREIRA SANTOS, 31, são coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre - MBL * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Kim Patroca Kataguiri e Renan Henrique Ferreira Santos: Leviatã agonizanteO Brasil é um país curioso. Em sua ânsia de levar-se a sério, de atribuir ares de grandeza e reverência a sua condição, acaba por tratar toda sorte de farsantes, loucos e incapazes com imerecida dignidade, ignorando sua essência em prol de uma autoimagem reconfortante. Elegemos Eike Batista campeão nacional, debatemos Guido Mantega em painéis de economia e cogitamos que Lula pudesse resolver conflitos históricos no Oriente Médio. Podemos, ademais, nos orgulhar de nossa altíssima carga tributária. Coisa de Primeiro Mundo, diriam alguns. A Suécia é aqui! A realidade, porém, é implacável, trazendo contornos de ópera-bufa para a epopeia brasiliana. Adotamos o caminho do populismo macroeconômico e legamos a gestão do país a um marqueteiro político. Perdoamos a dívida de ditadores africanos enquanto achacamos o pequeno e médio empresário nacional. Homicídios em escala industrial convivem com a obsessiva escavação de cadáveres da ditadura. E os escândalos de corrupção na maior estatal do país, obras-primas da gatunagem, nos surpreendem dia a dia com sua elegante simplicidade e seus números vultosos. A Petrobras é uma verdadeira Apple da picaretagem governamental e a Dilma, nossa gerentona, a Steve Jobs da incompetência. Nesse contexto, surge um movimento não só de reação mas de proposição. Não é oficialmente oposição, mesmo porque no Brasil tudo que é oficial tende a ser inconsistente. Nem o tipo de oposição com que o governo se acostumou a lidar, tímida e desorientada. É oposição de fato, calcada em ideias e anseios de quem trabalha e produz. Atrás de seu escudo está a República, acuada pelos cínicos mandatários que hoje enfrenta. E a ponta de lança está afiada pela liberdade, que anseia desbravar esse território no qual nunca esteve presente. O Movimento Brasil Livre quer perfurar esse portentoso e aparentemente indestrutível elmo que dissocia corrupção de modelo de Estado. Elmo este que foi forçosamente colocado na cabeça dos brasileiros por incontáveis burocratas ao longo dos séculos. Enquanto ele estiver intacto, a falsa ideia de que o problema da corrupção está apenas nos governantes se perpetuará, e continuaremos a viver o mesmo teatro eternamente. Quanto maior for o Estado, maior será o poder dos canalhas que o controlam e maior será a oferta para aqueles que querem comprar sua influência. Mesmo que possuíssemos um computador milagroso que detectasse todos os burocratas mal-intencionados e os prendesse de pronto, o problema ainda não estaria resolvido. O Estado continuaria poderoso e, como a História já nos mostrou, um idiota bem-intencionado pode causar tanto ou mais estrago que um gênio corrupto. O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país. Mas o leitor que não se engane: uma vez derrubado esse colosso do estatismo, ainda haverá muito trabalho a fazer. Querendo ou não, o Estado continuará gigantesco, e isso não é culpa apenas do PT. Nossa sociedade dorme em berço esplêndido há séculos, e sua babá sempre foi o Estado. Enquanto existir a mentalidade de que precisamos de um governo que seja nosso pai, nossa mãe e nosso neném, o Movimento Brasil Livre manterá sua lança afiada. Convocamos todos os brasileiros às ruas, no dia 15 de março, para defender a República desse bando de saqueadores instalados no poder. Às ruas, cidadãos! Resgatemos não apenas nossos mais profundos valores liberais, herdados de Tiradentes e Joaquim Nabuco, mas, acima de tudo, nossa própria sanidade após anos de mentiras, truques e falsas ilusões. KIM PATROCA KATAGUIRI, 19, e RENAN HENRIQUE FERREIRA SANTOS, 31, são coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre - MBL * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Temer promete manter Levy caso concorra à Presidência e seja eleito
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou a investidores estrangeiros que, caso seja o candidato do PMDB à Presidência em 2018 e seja eleito, manterá o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no governo. "Claro, claro. Ele está fazendo um belo trabalho", justificou. Temer teria sido aplaudido nesse momento, segundo um participante. Em almoço em Nova York, nesta terça (21), Temer foi praticamente sabatinado sobre a crise no Brasil. Os investidores mostraram conhecer detalhes do escândalo da Petrobras e a crise gerada pela ida do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à oposição. À mesa, estavam cerca de 30 investidores de grupos como Pimco, Goldman Sachs, JP Morgan e Nomura. Após o evento, a assessoria da Vice-Presidência distribuiu uma nota à imprensa informando que "as empresas reunidas no almoço gerenciam fundos de capitais que somados atingem US$ 14 trilhões, valor sete vezes superior ao PIB do Brasil". Temer minimizou pesquisa CNT/MDA que apontou que o governo Dilma Rousseff (PT) registrou a pior aprovação da série histórica, 7,7%. "Isso é cíclico, né? Aconteceu em muitos governos e a avaliação depois melhora. Vamos aguardar o futuro", afirmou. O vice-presidente comentou ainda a defesa de Dilma sobre as pedaladas fiscais no Tribunal de Contas da União. A presidente tem até quarta (22) para apresentar sua explicação de por que o pagamento de contas do Tesouro Nacional foram feitos por bancos públicos. "Conheço [a defesa] juridicamente. Acho que está muito bem montada. Agora, o que o Tribunal vai decidir, cabe ao Tribunal, né?" Mais cedo, em palestra para advogados, o vice-presidente afirmou que, "evidentemente, pode ocorrer um dia qualquer em que o PMDB resolva deixar o governo, especialmente se, em 2018, entender ter uma candidatura presidencial". Temer disse que toca no assunto "singelamente, suavemente, com uma questão política, e não de atrito pessoal. Jogando água no fogo, e não gasolina". OPOSIÇÃO O vice-presidente criticou a postura da oposição. "No Brasil, sempre foi assim. Quem perdeu a eleição acha que tem que contestar", afirmou. "[A oposição] deve se opor por uma questão de mérito, não simplesmente porque perdeu." "O sistema jurídico impõe que a oposição fiscalize, critique, observe, contrarie e controverta, precisamente para ajudar a governar", discursou. Na sequência, ele emendou: "Tenho colegas jornalistas brasileiros aqui e não estou fazendo nenhuma crítica à oposição lá do Brasil. Os que foram oposição hoje foram situação no passado e poderão vir a ser situação no futuro. A coisa é sempre a mesma. Enquanto você não mudar os costumes políticos, ninguém vai ter esse conceito jurídico positivo de situação e oposição". Temer fez referência à postura da base aliada de votar contra o governo e da oposição de votar a favor em algumas questões como a do ajuste fiscal no que diz respeito a direitos trabalhistas para mostrar como é complexo o sistema político brasileiro. AÉCIO O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), rebateu as críticas de Temer à oposição. O tucano disse que os oposicionistas atuam na defesa das instituições e da população brasileira, especialmente os mais pobres, "penalizados pelo ajuste fiscal patrocinado pelo PT". Segundo Aécio, Temer tem razão ao afirmar que a oposição deve ser exercida em função do mérito das ações do governo federal. "É isso que o PSDB tem feito", disse o tucano em nota. O senador também lista, na nota, motivos para que a oposição seja contrária ao atual governo, como as pedaladas fiscais para "maquiar contas" do governo, as "mentiras" repassadas pelo PT à população e a "corrupção endêmica" instalada no governo federal. "Somos oposição porque respeitamos o Brasil e os brasileiros." Sobre a declaração de Temer de que o PMDB pode ter candidato próprio à Presidência em 2018, levando à saída do partido do governo, Aécio disse que é uma questão "interna" da sigla "sobre a qual não cabe ao PSDB comentar".
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Temer promete manter Levy caso concorra à Presidência e seja eleitoO vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou a investidores estrangeiros que, caso seja o candidato do PMDB à Presidência em 2018 e seja eleito, manterá o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no governo. "Claro, claro. Ele está fazendo um belo trabalho", justificou. Temer teria sido aplaudido nesse momento, segundo um participante. Em almoço em Nova York, nesta terça (21), Temer foi praticamente sabatinado sobre a crise no Brasil. Os investidores mostraram conhecer detalhes do escândalo da Petrobras e a crise gerada pela ida do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à oposição. À mesa, estavam cerca de 30 investidores de grupos como Pimco, Goldman Sachs, JP Morgan e Nomura. Após o evento, a assessoria da Vice-Presidência distribuiu uma nota à imprensa informando que "as empresas reunidas no almoço gerenciam fundos de capitais que somados atingem US$ 14 trilhões, valor sete vezes superior ao PIB do Brasil". Temer minimizou pesquisa CNT/MDA que apontou que o governo Dilma Rousseff (PT) registrou a pior aprovação da série histórica, 7,7%. "Isso é cíclico, né? Aconteceu em muitos governos e a avaliação depois melhora. Vamos aguardar o futuro", afirmou. O vice-presidente comentou ainda a defesa de Dilma sobre as pedaladas fiscais no Tribunal de Contas da União. A presidente tem até quarta (22) para apresentar sua explicação de por que o pagamento de contas do Tesouro Nacional foram feitos por bancos públicos. "Conheço [a defesa] juridicamente. Acho que está muito bem montada. Agora, o que o Tribunal vai decidir, cabe ao Tribunal, né?" Mais cedo, em palestra para advogados, o vice-presidente afirmou que, "evidentemente, pode ocorrer um dia qualquer em que o PMDB resolva deixar o governo, especialmente se, em 2018, entender ter uma candidatura presidencial". Temer disse que toca no assunto "singelamente, suavemente, com uma questão política, e não de atrito pessoal. Jogando água no fogo, e não gasolina". OPOSIÇÃO O vice-presidente criticou a postura da oposição. "No Brasil, sempre foi assim. Quem perdeu a eleição acha que tem que contestar", afirmou. "[A oposição] deve se opor por uma questão de mérito, não simplesmente porque perdeu." "O sistema jurídico impõe que a oposição fiscalize, critique, observe, contrarie e controverta, precisamente para ajudar a governar", discursou. Na sequência, ele emendou: "Tenho colegas jornalistas brasileiros aqui e não estou fazendo nenhuma crítica à oposição lá do Brasil. Os que foram oposição hoje foram situação no passado e poderão vir a ser situação no futuro. A coisa é sempre a mesma. Enquanto você não mudar os costumes políticos, ninguém vai ter esse conceito jurídico positivo de situação e oposição". Temer fez referência à postura da base aliada de votar contra o governo e da oposição de votar a favor em algumas questões como a do ajuste fiscal no que diz respeito a direitos trabalhistas para mostrar como é complexo o sistema político brasileiro. AÉCIO O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), rebateu as críticas de Temer à oposição. O tucano disse que os oposicionistas atuam na defesa das instituições e da população brasileira, especialmente os mais pobres, "penalizados pelo ajuste fiscal patrocinado pelo PT". Segundo Aécio, Temer tem razão ao afirmar que a oposição deve ser exercida em função do mérito das ações do governo federal. "É isso que o PSDB tem feito", disse o tucano em nota. O senador também lista, na nota, motivos para que a oposição seja contrária ao atual governo, como as pedaladas fiscais para "maquiar contas" do governo, as "mentiras" repassadas pelo PT à população e a "corrupção endêmica" instalada no governo federal. "Somos oposição porque respeitamos o Brasil e os brasileiros." Sobre a declaração de Temer de que o PMDB pode ter candidato próprio à Presidência em 2018, levando à saída do partido do governo, Aécio disse que é uma questão "interna" da sigla "sobre a qual não cabe ao PSDB comentar".
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'Cota verde' para prédio de SP em lei de zoneamento deve ter efeito limitado
Medida prevista na lei de zoneamento proposta pela prefeitura e agora em debate na Câmara, a cota ambiental para novas construções pode ter efeito limitado sobre os terrenos de São Paulo. Pelo texto, empreendimentos acima de 500 metros quadrados devem atingir uma nota verde mínima, sob pena de não serem aprovados. A soma de pontos está baseada em quatro itens principais: a região do terreno, o tamanho da área verde que será mantida, o número de árvores e plantas que serão introduzidas e a existência de pequenos reservatórios para acumular água da chuva. Estimativas dão conta de que, caso aprovada pelos vereadores, a cota vai afetar 25% dos terrenos da cidade. A prefeitura trabalha com o horizonte de 50% da área ainda edificável na capital. Entre 2000 e 2010, o mercado consumiu 1 milhão de metros quadrados por ano. "É muita ginástica para pouco resultado", afirma o urbanista Kazuo Nakano, para quem a aplicação da medida vai ser complexa. Tal dificuldade, ele diz, vai limitar bastante os ganhos ambientais da ideia, que só deve mudar a cara da cidade em duas ou mais décadas. É o que também afirma Renato Cymbalista, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. "Ainda que os princípios sejam interessantes, a cota exige uma fiscalização sofisticada que a cidade historicamente não conseguiu construir", diz. JARDINS VERTICAIS Entre as soluções que vão gerar pontos para as construções estão tetos e fachadas verdes e pisos porosos. Empreendimentos comerciais ou residenciais que mantiverem a mata original do terreno também serão premiados. "Nós queremos aumentar a drenagem da cidade e diminuir as ilhas de calor", afirma Fernando de Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano da capital. "É algo inédito no país." A equipe técnica da pasta analisou legislações de cidades como Berlim e Seattle para elaborar a planilha em que pontos serão somados ou subtraídos dependendo das características do projeto. Para Cymbalista, porém, seria mais proveitoso aplicar regras mais claras, como a obrigação direta de se construir tetos verdes. Para turbinar os resultados da cota, a lei de zoneamento prevê ainda um desconto da chamada outorga onerosa (valor cobrado para construções acima dos parâmetros regulares) aos projetos que ultrapassarem a pontuação ambiental exigida. A cada dois anos, os responsáveis terão que enviar um relatório mostrando que os parâmetros originais do projeto não foram alterados.
cotidiano
'Cota verde' para prédio de SP em lei de zoneamento deve ter efeito limitadoMedida prevista na lei de zoneamento proposta pela prefeitura e agora em debate na Câmara, a cota ambiental para novas construções pode ter efeito limitado sobre os terrenos de São Paulo. Pelo texto, empreendimentos acima de 500 metros quadrados devem atingir uma nota verde mínima, sob pena de não serem aprovados. A soma de pontos está baseada em quatro itens principais: a região do terreno, o tamanho da área verde que será mantida, o número de árvores e plantas que serão introduzidas e a existência de pequenos reservatórios para acumular água da chuva. Estimativas dão conta de que, caso aprovada pelos vereadores, a cota vai afetar 25% dos terrenos da cidade. A prefeitura trabalha com o horizonte de 50% da área ainda edificável na capital. Entre 2000 e 2010, o mercado consumiu 1 milhão de metros quadrados por ano. "É muita ginástica para pouco resultado", afirma o urbanista Kazuo Nakano, para quem a aplicação da medida vai ser complexa. Tal dificuldade, ele diz, vai limitar bastante os ganhos ambientais da ideia, que só deve mudar a cara da cidade em duas ou mais décadas. É o que também afirma Renato Cymbalista, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. "Ainda que os princípios sejam interessantes, a cota exige uma fiscalização sofisticada que a cidade historicamente não conseguiu construir", diz. JARDINS VERTICAIS Entre as soluções que vão gerar pontos para as construções estão tetos e fachadas verdes e pisos porosos. Empreendimentos comerciais ou residenciais que mantiverem a mata original do terreno também serão premiados. "Nós queremos aumentar a drenagem da cidade e diminuir as ilhas de calor", afirma Fernando de Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano da capital. "É algo inédito no país." A equipe técnica da pasta analisou legislações de cidades como Berlim e Seattle para elaborar a planilha em que pontos serão somados ou subtraídos dependendo das características do projeto. Para Cymbalista, porém, seria mais proveitoso aplicar regras mais claras, como a obrigação direta de se construir tetos verdes. Para turbinar os resultados da cota, a lei de zoneamento prevê ainda um desconto da chamada outorga onerosa (valor cobrado para construções acima dos parâmetros regulares) aos projetos que ultrapassarem a pontuação ambiental exigida. A cada dois anos, os responsáveis terão que enviar um relatório mostrando que os parâmetros originais do projeto não foram alterados.
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Após melhora em 2015, Estados têm rombo de R$ 2 bilhões em 2016
O aumento dos gastos com Previdência e o impacto negativo da crise sobre a arrecadação fizeram os Estados brasileiros registrarem um deficit primário de R$ 2 bilhões no ano passado, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Tesouro Nacional. O quadro apresentou uma piora em relação a 2015, quando o resultado foi positivo em R$ 886 milhões. Enquanto as receitas líquidas dos entes da federação subiram R$ 30 bilhões no ano passado, as despesas cresceram R$ 32,9 bilhões. Os números do Tesouro diferem dos informados pelo Banco Central porque a autoridade monetária faz o cálculo com base na variação das dívidas dos entes da federação. ROMBO ESCONDIDO Os gastos com Previdência foram determinantes na piora. Essas despesas somaram R$ 84,4 bilhões, um crescimento de 10% na comparação com 2015. Esse deficit é cerca de R$ 30 bilhões maior do que o informado inicialmente pelos Estados, que usam uma metodologia diferente do Tesouro —somente o Estado de São Paulo informou um rombo R$ 17 bilhões menor do que o calculado pelo órgão nessa rubrica. O Tesouro ressalta que essas metodologias distintas da sua são sancionadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, mas destaca a diferença na forma de contabilização das despesas —em muitos casos não se consideram algumas rubricas de despesa, como por exemplo gastos com obrigações patronais e com aposentadorias e pensões especiais. Isso acaba escondendo situações fiscais piores do que as informadas pelos Estados. Pelos dados informados pelos próprios entes da federação, somente dois casos, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, "estouram" o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que determina que os gastos com pessoal não devem exceder os 60% da receita líquida corrente. Pelo número do Tesouro, entretanto, nove Estados gastaram mais com pessoal do que o previsto na LRF —esse ranking é encabeçado por Minas Gerais, cujas despesas representaram 78,76% da receita corrente líquida— a LRF determina que esse percentual seja 60%. Em seguida vêm Rio de Janeiro (74,73%) e Rio Grande do Sul (69,38%).
mercado
Após melhora em 2015, Estados têm rombo de R$ 2 bilhões em 2016O aumento dos gastos com Previdência e o impacto negativo da crise sobre a arrecadação fizeram os Estados brasileiros registrarem um deficit primário de R$ 2 bilhões no ano passado, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Tesouro Nacional. O quadro apresentou uma piora em relação a 2015, quando o resultado foi positivo em R$ 886 milhões. Enquanto as receitas líquidas dos entes da federação subiram R$ 30 bilhões no ano passado, as despesas cresceram R$ 32,9 bilhões. Os números do Tesouro diferem dos informados pelo Banco Central porque a autoridade monetária faz o cálculo com base na variação das dívidas dos entes da federação. ROMBO ESCONDIDO Os gastos com Previdência foram determinantes na piora. Essas despesas somaram R$ 84,4 bilhões, um crescimento de 10% na comparação com 2015. Esse deficit é cerca de R$ 30 bilhões maior do que o informado inicialmente pelos Estados, que usam uma metodologia diferente do Tesouro —somente o Estado de São Paulo informou um rombo R$ 17 bilhões menor do que o calculado pelo órgão nessa rubrica. O Tesouro ressalta que essas metodologias distintas da sua são sancionadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, mas destaca a diferença na forma de contabilização das despesas —em muitos casos não se consideram algumas rubricas de despesa, como por exemplo gastos com obrigações patronais e com aposentadorias e pensões especiais. Isso acaba escondendo situações fiscais piores do que as informadas pelos Estados. Pelos dados informados pelos próprios entes da federação, somente dois casos, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, "estouram" o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que determina que os gastos com pessoal não devem exceder os 60% da receita líquida corrente. Pelo número do Tesouro, entretanto, nove Estados gastaram mais com pessoal do que o previsto na LRF —esse ranking é encabeçado por Minas Gerais, cujas despesas representaram 78,76% da receita corrente líquida— a LRF determina que esse percentual seja 60%. Em seguida vêm Rio de Janeiro (74,73%) e Rio Grande do Sul (69,38%).
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Ricardo Gomes deixa o Botafogo e é o novo treinador do São Paulo
Ricardo Gomes é o novo treinador do São Paulo. O treinador deixa o Botafogo pouco mais de um ano após assumir o time carioca e agora irá comandar o time tricolor. O anúncio oficial deve ser feito na manhã deste sábado (13). Nos últimos dias, Gomes havia se tornado o favorito do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para substituir Edgardo Bauza, que deixou o clube para comandar a seleção argentina. Eles trabalharam juntos quando Leco era vice-presidente de futebol durante a passagem do técnico pelo São Paulo, em 2009 e 2010. Naquele período, Gomes levou o time do Morumbi da 16ª colocação no Brasileiro para disputar o título até a última rodada e, no ano seguinte, levou a equipe até as semifinais da Libertadores. Após a eliminação para o Inter o treinador não teve o contrato renovado e deixou o clube. Após o desligamento, Gomes passou a treinar o Vasco, onde foi campeão da Copa do Brasil, em 2011. Pouco tempo depois, o treinador sofreu um AVC hemorrágico que o deixou afastado do futebol por quatro anos. Gomes retornou às atividades como treinador no ano passado, quando assumiu o Botafogo durante a disputa da Série B. O treinador já não dirige o time alvinegro na próxima partida, justamente contra o São Paulo, no domingo (14), às 16h15, no Morumbi. Em seu lugar estará o auxiliar Jair Ventura. No São Paulo, o interino André Jardine ainda será o comandante.
esporte
Ricardo Gomes deixa o Botafogo e é o novo treinador do São PauloRicardo Gomes é o novo treinador do São Paulo. O treinador deixa o Botafogo pouco mais de um ano após assumir o time carioca e agora irá comandar o time tricolor. O anúncio oficial deve ser feito na manhã deste sábado (13). Nos últimos dias, Gomes havia se tornado o favorito do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para substituir Edgardo Bauza, que deixou o clube para comandar a seleção argentina. Eles trabalharam juntos quando Leco era vice-presidente de futebol durante a passagem do técnico pelo São Paulo, em 2009 e 2010. Naquele período, Gomes levou o time do Morumbi da 16ª colocação no Brasileiro para disputar o título até a última rodada e, no ano seguinte, levou a equipe até as semifinais da Libertadores. Após a eliminação para o Inter o treinador não teve o contrato renovado e deixou o clube. Após o desligamento, Gomes passou a treinar o Vasco, onde foi campeão da Copa do Brasil, em 2011. Pouco tempo depois, o treinador sofreu um AVC hemorrágico que o deixou afastado do futebol por quatro anos. Gomes retornou às atividades como treinador no ano passado, quando assumiu o Botafogo durante a disputa da Série B. O treinador já não dirige o time alvinegro na próxima partida, justamente contra o São Paulo, no domingo (14), às 16h15, no Morumbi. Em seu lugar estará o auxiliar Jair Ventura. No São Paulo, o interino André Jardine ainda será o comandante.
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Pequenas empresas miram mercado bilionário de criação de games
Uma paixão bilionária alimenta o mercado de games no Brasil. Em 2014, o setor movimentou R$ 1 bilhão e já é o quarto maior do mundo. Não é para menos: cerca de um em cada quatro brasileiros dizem jogar videogame. De acordo com a Associação Brasileira de Games (Abragames), nos últimos cinco anos, esse segmento da indústria brasileira cresceu a taxas entre 9% e 15%. Boa parte desse aumento se deve ao fato de que esse mercado permite investimento relativamente baixo: com cerca de R$ 20 mil é possível produzir um jogo simples para celular, por exemplo. Foi de olho nesse nicho que Marcelo Tavares, 36, transformou o hobby em negócio. A partir de um escritório em casa, ele montou em 2009 a Brasil Game Show, hoje a segunda maior feira do setor do mundo. Ele não revela o faturamento, mas diz que vive do evento. "O mercado está favorável principalmente para empresas de menor porte. Temos uma demanda reprimida de consumidores, são mais de 50 milhões de jogadores no Brasil e apenas 200 negócios de pequeno porte desenvolvendo games", afirma. A Pixtoy é uma dessas desenvolvedoras. Criada em 2012 por três amigos de Porto Alegre (RS), ela tem cinco produtos no portfólio. O mais famoso é o Break Loose, feito para smartphones e com mais de 100 mil downloads. O aplicativo é gratuito, e a empresa fatura com a publicidade inserida na história. JOGO PUBLICITÁRIO Outro meio de faturamento para a Pixtoy são parcerias com empresas, como a rede de roupas e acessórios para esportistas Red Nose. Em 2014, a marca investiu R$ 1,5 milhão em um game para dispositivos mobile, o Red Nose War Dogs. Mercado de games Segundo Felipe Lomeu, 30, diretor da desenvolvedora, o jogo será lançado em outubro e, como os demais, será gratuito para os usuários. "Vamos ganhar dinheiro com marketing digital", conta. O presidente da Red Nose, Marcelo Cunha Leitão, 49, diz que essa é uma estratégia de marketing para tornar a marca mais conhecida do consumidor jovem. "Decidimos investir em um game porque vimos uma sinergia entre os jogadores e nossos clientes. O público que joga é o mesmo que usa nosso produtos", afirma. Com o mesmo objetivo de alavancar a marca, o site de venda de produtos de informática e eletrônicos KaBuM decidiu patrocinar um time de jogadores em torneios mundiais. "Eles são pagos como se fossem funcionários e alguns recebem até R$ 15 mil", diz o diretor Guilherme Fonte, 24. Outra forma de pequenos empresários entrarem nesse mercado tem sido os sites de financiamento coletivo, nos quais qualquer interessado pode patrocinar o projeto. Foi o caso da Castro Brothers, criada por Marcos, 29, e Matheus Castro, 31, e que arrecadou R$ 258 mil de 6.112 pessoas no site Catarse. O dinheiro foi investido na criação de "A Lenda do Herói", recém-lançado a R$ 29,90. Os irmãos ficaram conhecidos por seus vídeos no YouTube, nos quais fazem paródias de jogos antigos. Eles decidiram aproveitar a fama e transformar o conceito da brincadeira em um produto. "O objetivo é atingir o mercado nacional e lançar a segunda versão no ano que vem", conta Marcos. EXPORTAÇÃO Para os produtores brasileiros de jogos, a recente alta do dólar foi ótima notícia. A exportação é um nicho de negócio em ascensão. Segundo a Abragames, em 2013, dez empresas exportavam jogos nacionais no valor de US$ 8 milhões. Em 2014, esse montante saltou para US$ 30 milhões. Este ano, cerca de 50 empresários entraram nesse setor. "Essa cifra ainda é muito pequena. O mercado mundial movimenta em torno de US$ 85 bilhões", diz Eliana Russi, 50, da Abragames. A desenvolvedora gaúcha Pixtoy tem investido em jogos em inglês. "Um americano consome mais e me dá um faturamento equivalente a cem brasileiros", diz o diretor Felipe Lomeu, 30. Para alcançar esse público, a Pixtoy se conecta com grandes plataformas on-line estrangeiras. Os games podem ser baixados diretamente no celular, o que permite cortar custo de entrega em comparação a DVDs de jogos. Outra produtora gaúcha, a Swordtales também investe no público estrangeiro. "Estamos produzindo dois games para o mercado internacional em que é possível jogar na internet, sem precisar baixar no computador", diz o diretor de arte Alessandro Martinello, 29. A empresa foi a primeira -e única- da área a conseguir recursos da Lei Rouanet, que permite que empresas apliquem parte do imposto de renda em ações culturais. Com esta verba, a Swordtales fez Toren, primeiro jogo brasileiro para PlayStation4. Jogadores brasileiros por segmento de mercado - Em porcentagem "Conseguimos levantar R$ 350 mil e vendemos 30 mil cópias. Sem o financiamento, não daria para fazê-lo", conta Martinello. Essa euforia, contudo, pode acabar logo, afirma o presidente da escola de desenvolvimento de jogos Saga, Alessandro Bomfim, 38. Com o fim da alíquota zero para tablets, smartphones e computadores, esses equipamentos terão cobrança de até 9,25% para PIS/Confins, que deve desaquecer a procura por esses produtos. Ele diz ainda que falta mão de obra qualificada para competir com igualdade em outros países. "Somos o quarto mercado consumidor, mas seria melhor se fôssemos o quarto em produção. Hoje o mercado nacional e internacional é atendido pelos asiáticos".
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Pequenas empresas miram mercado bilionário de criação de gamesUma paixão bilionária alimenta o mercado de games no Brasil. Em 2014, o setor movimentou R$ 1 bilhão e já é o quarto maior do mundo. Não é para menos: cerca de um em cada quatro brasileiros dizem jogar videogame. De acordo com a Associação Brasileira de Games (Abragames), nos últimos cinco anos, esse segmento da indústria brasileira cresceu a taxas entre 9% e 15%. Boa parte desse aumento se deve ao fato de que esse mercado permite investimento relativamente baixo: com cerca de R$ 20 mil é possível produzir um jogo simples para celular, por exemplo. Foi de olho nesse nicho que Marcelo Tavares, 36, transformou o hobby em negócio. A partir de um escritório em casa, ele montou em 2009 a Brasil Game Show, hoje a segunda maior feira do setor do mundo. Ele não revela o faturamento, mas diz que vive do evento. "O mercado está favorável principalmente para empresas de menor porte. Temos uma demanda reprimida de consumidores, são mais de 50 milhões de jogadores no Brasil e apenas 200 negócios de pequeno porte desenvolvendo games", afirma. A Pixtoy é uma dessas desenvolvedoras. Criada em 2012 por três amigos de Porto Alegre (RS), ela tem cinco produtos no portfólio. O mais famoso é o Break Loose, feito para smartphones e com mais de 100 mil downloads. O aplicativo é gratuito, e a empresa fatura com a publicidade inserida na história. JOGO PUBLICITÁRIO Outro meio de faturamento para a Pixtoy são parcerias com empresas, como a rede de roupas e acessórios para esportistas Red Nose. Em 2014, a marca investiu R$ 1,5 milhão em um game para dispositivos mobile, o Red Nose War Dogs. Mercado de games Segundo Felipe Lomeu, 30, diretor da desenvolvedora, o jogo será lançado em outubro e, como os demais, será gratuito para os usuários. "Vamos ganhar dinheiro com marketing digital", conta. O presidente da Red Nose, Marcelo Cunha Leitão, 49, diz que essa é uma estratégia de marketing para tornar a marca mais conhecida do consumidor jovem. "Decidimos investir em um game porque vimos uma sinergia entre os jogadores e nossos clientes. O público que joga é o mesmo que usa nosso produtos", afirma. Com o mesmo objetivo de alavancar a marca, o site de venda de produtos de informática e eletrônicos KaBuM decidiu patrocinar um time de jogadores em torneios mundiais. "Eles são pagos como se fossem funcionários e alguns recebem até R$ 15 mil", diz o diretor Guilherme Fonte, 24. Outra forma de pequenos empresários entrarem nesse mercado tem sido os sites de financiamento coletivo, nos quais qualquer interessado pode patrocinar o projeto. Foi o caso da Castro Brothers, criada por Marcos, 29, e Matheus Castro, 31, e que arrecadou R$ 258 mil de 6.112 pessoas no site Catarse. O dinheiro foi investido na criação de "A Lenda do Herói", recém-lançado a R$ 29,90. Os irmãos ficaram conhecidos por seus vídeos no YouTube, nos quais fazem paródias de jogos antigos. Eles decidiram aproveitar a fama e transformar o conceito da brincadeira em um produto. "O objetivo é atingir o mercado nacional e lançar a segunda versão no ano que vem", conta Marcos. EXPORTAÇÃO Para os produtores brasileiros de jogos, a recente alta do dólar foi ótima notícia. A exportação é um nicho de negócio em ascensão. Segundo a Abragames, em 2013, dez empresas exportavam jogos nacionais no valor de US$ 8 milhões. Em 2014, esse montante saltou para US$ 30 milhões. Este ano, cerca de 50 empresários entraram nesse setor. "Essa cifra ainda é muito pequena. O mercado mundial movimenta em torno de US$ 85 bilhões", diz Eliana Russi, 50, da Abragames. A desenvolvedora gaúcha Pixtoy tem investido em jogos em inglês. "Um americano consome mais e me dá um faturamento equivalente a cem brasileiros", diz o diretor Felipe Lomeu, 30. Para alcançar esse público, a Pixtoy se conecta com grandes plataformas on-line estrangeiras. Os games podem ser baixados diretamente no celular, o que permite cortar custo de entrega em comparação a DVDs de jogos. Outra produtora gaúcha, a Swordtales também investe no público estrangeiro. "Estamos produzindo dois games para o mercado internacional em que é possível jogar na internet, sem precisar baixar no computador", diz o diretor de arte Alessandro Martinello, 29. A empresa foi a primeira -e única- da área a conseguir recursos da Lei Rouanet, que permite que empresas apliquem parte do imposto de renda em ações culturais. Com esta verba, a Swordtales fez Toren, primeiro jogo brasileiro para PlayStation4. Jogadores brasileiros por segmento de mercado - Em porcentagem "Conseguimos levantar R$ 350 mil e vendemos 30 mil cópias. Sem o financiamento, não daria para fazê-lo", conta Martinello. Essa euforia, contudo, pode acabar logo, afirma o presidente da escola de desenvolvimento de jogos Saga, Alessandro Bomfim, 38. Com o fim da alíquota zero para tablets, smartphones e computadores, esses equipamentos terão cobrança de até 9,25% para PIS/Confins, que deve desaquecer a procura por esses produtos. Ele diz ainda que falta mão de obra qualificada para competir com igualdade em outros países. "Somos o quarto mercado consumidor, mas seria melhor se fôssemos o quarto em produção. Hoje o mercado nacional e internacional é atendido pelos asiáticos".
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Novo em Folha: Advogados da Lava Jato criticam julgamentos na TV e delação premiada
Por Adriano Maneo e Anna Rangel As prisões preventivas e delações premiadas, usadas durante a investigação do escândalo da Petrobras, são irregulares e devem ser revistas. Essa é a opinião do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, responsável pela defesa ... Leia post completo no blog
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Novo em Folha: Advogados da Lava Jato criticam julgamentos na TV e delação premiadaPor Adriano Maneo e Anna Rangel As prisões preventivas e delações premiadas, usadas durante a investigação do escândalo da Petrobras, são irregulares e devem ser revistas. Essa é a opinião do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, responsável pela defesa ... Leia post completo no blog
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Quadro 'perdido' de Rembrandt é encontrado por galeria parisiense
Uma pintura do mestre holandês Rembrandt (1606-1669), supostamente perdida, foi encontrada e será exibida na prestigiosa feira internacional de arte e antiguidades TEFAF, em Maastricht (sudeste da Holanda), noticiaram na quarta-feira (9) meios de comunicação holandeses. "Le patient évanoui (L'odorat)" ("O Paciente Inconsciente - O Odor", em tradução literal), uma tela de 21,6 cm por 17,8 cm, foi pintada por Rembrandt quando ele tinha apenas 18 ou 19 anos, segundo o jornal "NRC". A galeria parisiense Talabardon & Gautier havia comprado a pintura em um leilão nos Estados Unidos em 2015. Ela pertencia anteriormente a um indivíduo do estado de Nova Jersey, que não fazia ideia que a obra havia sido pintada por um dos maiores pintores do século dourado holandês. A assinatura do jovem Rembrandt foi notada na: "RHF", abreviação de "Rembrandt Harmenz fecit" (Rembrandt Harmenz fez isso"). A galeria solicitou uma análise depois de comprar a pintura por cerca de US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,67 milhões), de acordo com o jornal. "L'odorat" faz parte de uma série de cinco pinturas que descrevem os cinco sentidos. Nela, vemos um médico e um assistente que tentam trazer um paciente à consciência, fazendo-o sentir o cheiro de um lenço embebido em amoníaco. A pintura já foi comprada pela The Leiden Collection, uma coleção privada de Nova York, que tem duas outras pinturas da série, "Les trois musiciens (l'ouïe)" ("Os Três Músicos - Audição" e "L'opération (Le toucher)" ("A operação - Tato"). Já "Le vendeur de lunettes (La vue)" ("O vendedor de óculos - Visão") é propriedade de um museu holandês, de acordo com a televisão pública holandesa NOS, enquanto a tela "Goût" ("Gosto") nunca foi encontrada. "O Paciente Inconsciente " será exibido na famosa exposição TEFAF (The European Fine Art Fair), a ser realizada entre 11 e 20 de março.
ilustrada
Quadro 'perdido' de Rembrandt é encontrado por galeria parisienseUma pintura do mestre holandês Rembrandt (1606-1669), supostamente perdida, foi encontrada e será exibida na prestigiosa feira internacional de arte e antiguidades TEFAF, em Maastricht (sudeste da Holanda), noticiaram na quarta-feira (9) meios de comunicação holandeses. "Le patient évanoui (L'odorat)" ("O Paciente Inconsciente - O Odor", em tradução literal), uma tela de 21,6 cm por 17,8 cm, foi pintada por Rembrandt quando ele tinha apenas 18 ou 19 anos, segundo o jornal "NRC". A galeria parisiense Talabardon & Gautier havia comprado a pintura em um leilão nos Estados Unidos em 2015. Ela pertencia anteriormente a um indivíduo do estado de Nova Jersey, que não fazia ideia que a obra havia sido pintada por um dos maiores pintores do século dourado holandês. A assinatura do jovem Rembrandt foi notada na: "RHF", abreviação de "Rembrandt Harmenz fecit" (Rembrandt Harmenz fez isso"). A galeria solicitou uma análise depois de comprar a pintura por cerca de US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,67 milhões), de acordo com o jornal. "L'odorat" faz parte de uma série de cinco pinturas que descrevem os cinco sentidos. Nela, vemos um médico e um assistente que tentam trazer um paciente à consciência, fazendo-o sentir o cheiro de um lenço embebido em amoníaco. A pintura já foi comprada pela The Leiden Collection, uma coleção privada de Nova York, que tem duas outras pinturas da série, "Les trois musiciens (l'ouïe)" ("Os Três Músicos - Audição" e "L'opération (Le toucher)" ("A operação - Tato"). Já "Le vendeur de lunettes (La vue)" ("O vendedor de óculos - Visão") é propriedade de um museu holandês, de acordo com a televisão pública holandesa NOS, enquanto a tela "Goût" ("Gosto") nunca foi encontrada. "O Paciente Inconsciente " será exibido na famosa exposição TEFAF (The European Fine Art Fair), a ser realizada entre 11 e 20 de março.
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WhatsApp vai se reunir com autoridades para 'abrir diálogo', diz diretor
Representantes do WhatsApp devem se reunir nesta semana com autoridades policiais e judiciais do Brasil. O objetivo de explicar como o serviço funciona e tentar justificar porque o app, fora do ar no Brasil desde esta segunda (2), não libera informações sobre conversas para investigações. A ideia é resolver "mal-entendidos, disse à Folha Matt Steinfeld, diretor de comunicações da companhia. "O objetivo dessa viagem é abrir um diálogo aberto e construtivo, de longo termo, para evitar que [novos bloqueios] aconteçam no futuro", afirmou o executivo, que está no Brasil e integra a comitiva. Entre esses órgãos, segundo Steinfeld, está a Polícia Federal, cujas investigações culminaram na prisão, em março, de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, e no atual bloqueio, decidido por um juiz da cidade de Lagarto, em Sergipe. No fim do ano passado, foi apreendido um carregamento de drogas na cidade, de uma quadrilha que teria atuação também em outros Estados, como São Paulo. Foi pedido, então, que o WhatsApp repassasse dados sobre a localização e a identificação de suspeitos de tráfico, o que empresa se nega a fazer, justificando não armazená-los. Além disso, deve ficar ainda mais difícil para a companhia liberar esse tipo de informação. Em abril a ferramenta terminou o processo de implementação do sistema de criptografia "end-to-end" (no qual apenas as pessoas na conversa podem ler as mensagens). O diretor de comunicação diz que a companhia foi pega de surpresa pela decisão do juiz, sobre a qual já entrou com recurso. "É uma medida que veio do nada", disse. "Desde a prisão [de Dzodan] nós não ouvimos do processo. Não houve um pedido de informação ou algo assim. É uma medida que veio do nada e afeta 100 milhões de pessoas que usam o aplicativo em suas vidas cotidianas."
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WhatsApp vai se reunir com autoridades para 'abrir diálogo', diz diretorRepresentantes do WhatsApp devem se reunir nesta semana com autoridades policiais e judiciais do Brasil. O objetivo de explicar como o serviço funciona e tentar justificar porque o app, fora do ar no Brasil desde esta segunda (2), não libera informações sobre conversas para investigações. A ideia é resolver "mal-entendidos, disse à Folha Matt Steinfeld, diretor de comunicações da companhia. "O objetivo dessa viagem é abrir um diálogo aberto e construtivo, de longo termo, para evitar que [novos bloqueios] aconteçam no futuro", afirmou o executivo, que está no Brasil e integra a comitiva. Entre esses órgãos, segundo Steinfeld, está a Polícia Federal, cujas investigações culminaram na prisão, em março, de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, e no atual bloqueio, decidido por um juiz da cidade de Lagarto, em Sergipe. No fim do ano passado, foi apreendido um carregamento de drogas na cidade, de uma quadrilha que teria atuação também em outros Estados, como São Paulo. Foi pedido, então, que o WhatsApp repassasse dados sobre a localização e a identificação de suspeitos de tráfico, o que empresa se nega a fazer, justificando não armazená-los. Além disso, deve ficar ainda mais difícil para a companhia liberar esse tipo de informação. Em abril a ferramenta terminou o processo de implementação do sistema de criptografia "end-to-end" (no qual apenas as pessoas na conversa podem ler as mensagens). O diretor de comunicação diz que a companhia foi pega de surpresa pela decisão do juiz, sobre a qual já entrou com recurso. "É uma medida que veio do nada", disse. "Desde a prisão [de Dzodan] nós não ouvimos do processo. Não houve um pedido de informação ou algo assim. É uma medida que veio do nada e afeta 100 milhões de pessoas que usam o aplicativo em suas vidas cotidianas."
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Menus em oferta: confira 6 endereços para aproveitar a Restaurant Week
DE SÃO PAULO Começa nesta segunda (11) a 18ª edição da Restaurant Week. Durante três semanas (até 1º/5), 170 casas servirão menus completos -entrada, prato principal e sobremesa- por um preço promocional. Cobra-se R$ 42,90 pelo almoço e R$ 53,90 no jantar. Para inspirar os cozinheiros, a organização sugeriu o tema "pratos clássicos com toques brasileiros", favorecendo a utilização de ingredientes como açaí, castanha-do-pará e pupunha. Entre as sugestões do almoço no Z Carniceria, por exemplo, está o pirarucu em crosta de castanhas brasileiras com arroz de quibebe. No recém-inaugurado Silo Forneria & Bar, na Vila Nova Conceição, o arremate da refeição pode ficar por conta da sopa de tapioca com calda de goiabada. Mas nem só de brasilidades vive o festival. A pluralidade de cozinhas que marca o cenário gastronômico paulistano também se reflete nos menus da RW. Confira a seguir algumas casas participantes e consulte a lista completa no site oficial: restaurantweek.com.br * Obá A cozinha multicultural idealizada por Hugo Delgado também é representada no menu do festival. Uma das sugestões de entrada é a Yam Kai, uma salada de sotaque tailandês que combina ovo frito, amendoim, ervas frescas e cebola roxa (foto). Para a sobremesa, boa opção é o pão de ló de castanha-do-pará com geleia de manga e sorvete de creme. R. Dr. Melo Alves, 205, Cerqueira César, região oeste, tel. 3086-4774. 80 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 20h à 0h30. Sáb.: 13h às 16h30 e 20h à 0h30. Dom.: 13h às 16h30. * Bolinha Neste tradicional endereço, inaugurado em 1946, uma das sugestões é a famosa feijoada completa da casa. Outra receita brasileira é alternativa: o bobó de camarão (foto), que chega à mesa guarnecido de arroz e farofa de dendê. No arremate, os clientes escolhem entre quindim e pudim de leite. Av. Cidade Jardim, 53, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3061-2010. 240 lugares. Ter. a dom.: 11h30 às 24h. * Z Carniceria O bar-restaurante transferido recentemente da rua Augusta para Pinheiros, também participa do festival. No jantar, prepara nhoque de mandioquinha com ragu de cogumelos e fonduta de queijo grana padano (foto). A etapa principal pode ser antecedida pelos mexilhões com pupunha e fritas e, para finalizar, a sugestão é a torta de banana com chocolate. Av. Brig. Faria Lima, 724, Pinheiros, região oeste, tel. 2936-0934. 400 pessoas. Ter. a qui.: 12h às 15h e 18h às 24h. Sex.: 12h às 15h e 18h às 2h. Sáb.: 13h às 17h e 18h às 2h. * P.J. Clarke's De matriz nova-iorquina, o restaurante funciona em dois endereços na capital. Para a Restaurant Week, sugere hambúrguer de picanha com mozarela, rúcula e vinagrete (foto). Outra opção de prato principal combina cubos de filé-mignon, cogumelos e pimentão e chega à mesa guarnecida de arroz integral. As sobremesas selecionadas para com por o menu do festival são o bolo de rolo de goiabada e a cheesecake incrementada com paçoca. R. Dr. Mário Ferraz, 568, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3078-2965. 98 lugares. Seg.: 12h às 15h. Ter. a qui.: 12h às 15h e 18h às 23h30. Sex.: 12h à 1h. Sáb.: 10h à 1h. Dom.: 10h às 23h30. E outro endereço. * Hub Oferecido exclusivamente no jantar, o menu criado para o evento pode incluir a salada grega em versão baiana, elaborada com queijo de coalho grelhado e temperada com azeite de dendê. Na sequência, é possível experimentar o filé de robalo escoltado por espuma de açaí e vegetais grelhados (foto). Para sobremesa, há o macaron de pistache servido sobre calda de chocolate e o ravióli de Nutella, que ganha toque brasileiro graças à adição de castanha-do-pará. R. Olimpíadas, 205, Vila Olímpia, região oeste, tel. 3049-6689. 60 lugares. Seg.: 12h às 15h. Seg. a dom.: 12h às 15h30 e 19h às 0h. Silo Forneria & Bar O restaurante, inaugurado recentemente, apresenta, entre as sugestões da RW, uma receita que combina filés grelhados de anchova ou cavalinha. Para ladear o peixe, chega à mesa o espaguete de pupunha com molho pesto e folhas de mostarda. A refeição pode começar com o duo de empanadas (de carne e de palmito) servidas com molho de pimenta preparado na casa. Na sobremesa, os clientes escolhem entre rabanada com sorvete de creme e raspas de chocolate ou sopa de tapioca com calda de goiabada. R. Diogo Jácome, 360, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3044-7323. Ter. a qui.: 12h às 15h30 e 18h30 às 23h30. Dom.: 12h às 16h30 e 18h30 Às 22h30.
saopaulo
Menus em oferta: confira 6 endereços para aproveitar a Restaurant WeekDE SÃO PAULO Começa nesta segunda (11) a 18ª edição da Restaurant Week. Durante três semanas (até 1º/5), 170 casas servirão menus completos -entrada, prato principal e sobremesa- por um preço promocional. Cobra-se R$ 42,90 pelo almoço e R$ 53,90 no jantar. Para inspirar os cozinheiros, a organização sugeriu o tema "pratos clássicos com toques brasileiros", favorecendo a utilização de ingredientes como açaí, castanha-do-pará e pupunha. Entre as sugestões do almoço no Z Carniceria, por exemplo, está o pirarucu em crosta de castanhas brasileiras com arroz de quibebe. No recém-inaugurado Silo Forneria & Bar, na Vila Nova Conceição, o arremate da refeição pode ficar por conta da sopa de tapioca com calda de goiabada. Mas nem só de brasilidades vive o festival. A pluralidade de cozinhas que marca o cenário gastronômico paulistano também se reflete nos menus da RW. Confira a seguir algumas casas participantes e consulte a lista completa no site oficial: restaurantweek.com.br * Obá A cozinha multicultural idealizada por Hugo Delgado também é representada no menu do festival. Uma das sugestões de entrada é a Yam Kai, uma salada de sotaque tailandês que combina ovo frito, amendoim, ervas frescas e cebola roxa (foto). Para a sobremesa, boa opção é o pão de ló de castanha-do-pará com geleia de manga e sorvete de creme. R. Dr. Melo Alves, 205, Cerqueira César, região oeste, tel. 3086-4774. 80 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 20h à 0h30. Sáb.: 13h às 16h30 e 20h à 0h30. Dom.: 13h às 16h30. * Bolinha Neste tradicional endereço, inaugurado em 1946, uma das sugestões é a famosa feijoada completa da casa. Outra receita brasileira é alternativa: o bobó de camarão (foto), que chega à mesa guarnecido de arroz e farofa de dendê. No arremate, os clientes escolhem entre quindim e pudim de leite. Av. Cidade Jardim, 53, Itaim Bibi, região oeste, tel. 3061-2010. 240 lugares. Ter. a dom.: 11h30 às 24h. * Z Carniceria O bar-restaurante transferido recentemente da rua Augusta para Pinheiros, também participa do festival. No jantar, prepara nhoque de mandioquinha com ragu de cogumelos e fonduta de queijo grana padano (foto). A etapa principal pode ser antecedida pelos mexilhões com pupunha e fritas e, para finalizar, a sugestão é a torta de banana com chocolate. Av. Brig. Faria Lima, 724, Pinheiros, região oeste, tel. 2936-0934. 400 pessoas. Ter. a qui.: 12h às 15h e 18h às 24h. Sex.: 12h às 15h e 18h às 2h. Sáb.: 13h às 17h e 18h às 2h. * P.J. Clarke's De matriz nova-iorquina, o restaurante funciona em dois endereços na capital. Para a Restaurant Week, sugere hambúrguer de picanha com mozarela, rúcula e vinagrete (foto). Outra opção de prato principal combina cubos de filé-mignon, cogumelos e pimentão e chega à mesa guarnecida de arroz integral. As sobremesas selecionadas para com por o menu do festival são o bolo de rolo de goiabada e a cheesecake incrementada com paçoca. R. Dr. Mário Ferraz, 568, Jardim Paulistano, região oeste, tel. 3078-2965. 98 lugares. Seg.: 12h às 15h. Ter. a qui.: 12h às 15h e 18h às 23h30. Sex.: 12h à 1h. Sáb.: 10h à 1h. Dom.: 10h às 23h30. E outro endereço. * Hub Oferecido exclusivamente no jantar, o menu criado para o evento pode incluir a salada grega em versão baiana, elaborada com queijo de coalho grelhado e temperada com azeite de dendê. Na sequência, é possível experimentar o filé de robalo escoltado por espuma de açaí e vegetais grelhados (foto). Para sobremesa, há o macaron de pistache servido sobre calda de chocolate e o ravióli de Nutella, que ganha toque brasileiro graças à adição de castanha-do-pará. R. Olimpíadas, 205, Vila Olímpia, região oeste, tel. 3049-6689. 60 lugares. Seg.: 12h às 15h. Seg. a dom.: 12h às 15h30 e 19h às 0h. Silo Forneria & Bar O restaurante, inaugurado recentemente, apresenta, entre as sugestões da RW, uma receita que combina filés grelhados de anchova ou cavalinha. Para ladear o peixe, chega à mesa o espaguete de pupunha com molho pesto e folhas de mostarda. A refeição pode começar com o duo de empanadas (de carne e de palmito) servidas com molho de pimenta preparado na casa. Na sobremesa, os clientes escolhem entre rabanada com sorvete de creme e raspas de chocolate ou sopa de tapioca com calda de goiabada. R. Diogo Jácome, 360, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3044-7323. Ter. a qui.: 12h às 15h30 e 18h30 às 23h30. Dom.: 12h às 16h30 e 18h30 Às 22h30.
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Cotada para Direitos Humanos, Mara Gabrilli se reúne com Temer
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) é cotada para ocupar uma pasta no eventual governo Michel Temer, caso ele assuma o Palácio do Planalto. Mara lidera as apostas para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que congrega ações direcionadas às mulheres, negros e deficientes. A deputada se encontrou na tarde desta terça-feira (26) com Temer. Para ir ao encontro ela deixou uma reunião da direção do PSDB com a bancada da sigla na Câmara. Mara tem boa relação com as mais diversas alas do tucanato, é muito próxima ao senador José Serra (SP), mas também tem bom trânsito com o presidente nacional da sigla, Aécio Neves (MG). A indicação do nome da deputada foi feita, no entanto, pelo vereador Andrea Matarazzo, que deixou o PSDB e se filiou ao PSD de Gilberto Kassab para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Matarazzo é amigo pessoal de Mara há anos. A deputada, que é tetraplegica, se notabilizou pela militância em favor dos deficientes e, mais recentemente, por ajudar investigadores da Operação Lava Jato a vincular o escândalo de corrupção da Petrobras ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Mara entregou um dossiê sobre o caso ao juiz Sérgio Moro e, depois, prestou depoimento aos investigadores apontando ligações entre empresários ligados ao PT na região e pessoas envolvidas na crime. "O PSDB tem de ter responsabilidade e foi protagonista em todo o processo do impeachment. É uma escolha de um presidente a equipe de governo, mas o PSDB tem de ter responsabilidade e compromisso com o país. Não pode virar as costas nesta hora", disse Mara. Além dela, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) também se reuniu com o vice-presidente. A ex-petista é cotada a assumir novamente o Ministério da Cultura, o qual seria fortalecido com a junção de Turismo. Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, a senadora ainda demonstra resistência à proposta. A ideia é que, em um acordo com Gilberto Kassab, o PMDB assumiria o posto de vice em uma cahapa encabeçada pelo vereador Andrea Matarazzo (PSD-SP). Os homens de Temer
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Cotada para Direitos Humanos, Mara Gabrilli se reúne com TemerA deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) é cotada para ocupar uma pasta no eventual governo Michel Temer, caso ele assuma o Palácio do Planalto. Mara lidera as apostas para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que congrega ações direcionadas às mulheres, negros e deficientes. A deputada se encontrou na tarde desta terça-feira (26) com Temer. Para ir ao encontro ela deixou uma reunião da direção do PSDB com a bancada da sigla na Câmara. Mara tem boa relação com as mais diversas alas do tucanato, é muito próxima ao senador José Serra (SP), mas também tem bom trânsito com o presidente nacional da sigla, Aécio Neves (MG). A indicação do nome da deputada foi feita, no entanto, pelo vereador Andrea Matarazzo, que deixou o PSDB e se filiou ao PSD de Gilberto Kassab para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Matarazzo é amigo pessoal de Mara há anos. A deputada, que é tetraplegica, se notabilizou pela militância em favor dos deficientes e, mais recentemente, por ajudar investigadores da Operação Lava Jato a vincular o escândalo de corrupção da Petrobras ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Mara entregou um dossiê sobre o caso ao juiz Sérgio Moro e, depois, prestou depoimento aos investigadores apontando ligações entre empresários ligados ao PT na região e pessoas envolvidas na crime. "O PSDB tem de ter responsabilidade e foi protagonista em todo o processo do impeachment. É uma escolha de um presidente a equipe de governo, mas o PSDB tem de ter responsabilidade e compromisso com o país. Não pode virar as costas nesta hora", disse Mara. Além dela, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) também se reuniu com o vice-presidente. A ex-petista é cotada a assumir novamente o Ministério da Cultura, o qual seria fortalecido com a junção de Turismo. Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, a senadora ainda demonstra resistência à proposta. A ideia é que, em um acordo com Gilberto Kassab, o PMDB assumiria o posto de vice em uma cahapa encabeçada pelo vereador Andrea Matarazzo (PSD-SP). Os homens de Temer
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É hora de rediscutir programas e ideias na esquerda brasileira
RESUMO Autor considera que propostas como a formação de uma frente ou a realização de prévias no campo das esquerdas poderiam propiciar uma radical revisão de posições assumidas pelos diversos partidos. Ideias autoritárias e desatualizadas, além da tentação populista, devem ser banidas dos programas progressistas. Não contente em sofrer impeachment e ver grande parte de suas lideranças acusadas de corrupção, a esquerda brasileira aproveitou o embalo e tomou uma surra na eleição para prefeito. O PT se tornou um partido médio, ninguém conseguiu ocupar seu espaço, e mesmo siglas de esquerda que nunca aceitaram cargos nos governos petistas, como o PSOL, sofreram com a ressaca do fracasso da Nova Matriz Econômica e com a ascensão de ideias direitistas que se seguiu a ela. O antipetismo se tornou condição necessária e suficiente de sucesso: a banda direita do petrolão, PP e PMDB, sairá de 2016 com mais poder do que entrou. PSDB e demais partidos de oposição ao PT foram recompensados por sê-lo, mesmo depois de citados na Lava Jato. Qualquer coisa não petista viu sua cotação subir, inclusive coisas que a direita adulta provavelmente preferisse que não crescessem. A esquerda perdeu porque o PT foi pego levando dinheiro do cartel de empreiteiras que roubava a Petrobras; e porque implementou, no primeiro mandato de Dilma, uma política econômica que fracassou. Daí em diante, os adversários jogaram com todos os recursos de poder de que dispunham para derrubar o governo, como é da natureza das coisas que aconteça. Reclamar disso é como reclamar da chuva. Houve também azar: não existia nada na natureza das coisas que exigisse que a Lava Jato, a ressaca da Nova Matriz Econômica e a queda dos preços das commodities acontecessem ao mesmo tempo. Mas, novamente, quem aceitou correr esse risco foi quem não quis realizar o ajuste quando as coisas iam bem. O que fazer de agora em diante? As perspectivas de médio prazo para a esquerda não são ruins. A Lava Jato vai bater nos partidos de direita como bateu no PT. Por mais que a cobertura seja menor e a anistia provável, a vantagem da direita sobre a esquerda deve diminuir. O ajuste fiscal é impopular. Não parece provável que o PT afaste os dirigentes acusados de corrupção, mas vários deles devem ir aos poucos perdendo espaço quando sua inviabilidade eleitoral se tornar evidente. A renovação de quadros facilitará muito a reconstituição da esquerda nos próximos anos. Mas o que deve ser essa esquerda reconstruída, e o que ela deve propor? Qual deve ser a nova casa da esquerda? O PT já não é muito maior do que os outros partidos progressistas, mas nenhuma outra sigla chegou perto do tamanho que ele já teve. No momento, a liderança da esquerda está inteiramente em disputa. FRENTE E PRÉVIAS Nos últimos meses, ganharam impulso duas propostas baseadas em experiências internacionais: a formação de uma frente de partidos de esquerda e a realização de prévias independentes para escolher os candidatos de 2018. A proposta de uma frente de esquerda foi defendida recentemente por Lula e por Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Dino sugeriu uma frente que "consiga atrair o chamado centro político". O modelo evidente da proposta da Frente de Esquerda é o Frente Amplio (FA) uruguaio, uma reunião de grupos de esquerda e centro-esquerda (socialistas, democratas-cristãos, comunistas e outros menores) que governa o Uruguai já há alguns anos. É o partido de Pepe Mujica e Tabaré Vázquez, e vem conseguindo resultados eleitorais muito expressivos. Francisco Panizza, da London School of Economics, considera válida a ideia de organizar algo como o FA no Brasil, mas admite que suas chances de sucesso seriam incertas: o FA baseia-se na experiência histórica do Uruguai, bem como na legislação eleitoral do país, que torna a organização de frentes partidárias mais fácil. Nas últimas semanas, também ganhou impulso um movimento pela realização de prévias independentes, por fora dos partidos de esquerda (sem que eles sejam impedidos de participar), com o objetivo de escolher candidatos para as próximas eleições. O movimento Quero Prévias! tem o apoio de intelectuais como Marcos Nobre e Laura Carvalho, e se inspira em iniciativas como o francês Notre Primaire e o chileno Primeras Primarias Ciudadanas. O Frente Amplio também é citado como exemplo, embora pareça um caso de maior institucionalização do que os proponentes das prévias têm em mente. De qualquer forma, que tanto as prévias quanto a frente usem o mesmo movimento como exemplo sugere que as duas alternativas podem conversar. Um dos temas centrais do Notre Primaire francês, apoiado por intelectuais como Thomas Piketty e Daniel Cohn-Bendit, parece pertinente no caso brasileiro: o medo de que a divisão da esquerda leve a um segundo turno sem a esquerda nas próximas eleições presidenciais francesas (nesse cenário, o embate seria entre direita e extrema-direita). No documento que fez o apelo pelas prévias, os organizadores citam como justificativas para a proposta os altos índices de abstenção, a virada da sociedade para a direita e a imobilidade diante das desigualdades sociais: todos são temas familiares à esquerda brasileira. A experiência francesa mostra que a realização do projeto é difícil: a organização do movimento desistiu de organizar as prévias, alegando desentendimentos com os partidos Comunista (que exigiu que o socialista François Hollande não participasse do processo) e Socialista (que agendou um grande evento para o mesmo dia em que seriam convocadas as prévias). Não se deve descartar a iniciativa por esse fracasso: talvez a própria fraqueza dos partidos brasileiros em tempos de Lava Jato lhes ofereça incentivos para participar de discussões fora de suas fronteiras. REATIVAR O DEBATE Não sabemos se as prévias ou a proposta da frente de esquerda prosperarão. E ninguém, é claro, deve subestimar o peso que terão nesse processo as diferenças de poder entre os participantes e as estratégias de cada político. Mas, de qualquer forma, tanto as prévias quanto a frente teriam uma função ainda mais importante do que a de escolher candidatos: reativar o debate de ideias dentro da esquerda brasileira, inteiramente travado durante os 13 anos de governo. As prévias seriam, supomos, um processo de debate, e uma frente de esquerda precisaria discutir um programa mínimo. Discutir ideias poderia retroagir sobre as formas de organização da esquerda brasileira. Muitos partidos mantêm sua identidade em torno de ideias que precisam ser revistas ou abandonadas. Se as ideias de esquerda forem discutidas a sério, é possível que mais de uma fronteira partidária desabe, e a aproximação e recombinação entre militantes e movimentos se torne mais fácil. Se tiverem que desabar para que a esquerda se reorganize, que desabem. Se vamos discutir ideias, um bom ponto de partida pode ser o artigo recente de Ruy Fausto na "Piauí" ("Reconstruir a Esquerda"). As preocupações (e muitas das soluções) de Fausto são iguais às nossas. Em especial, concordamos que "se o discurso dominante da esquerda não mudar, perdemos hoje e perderemos sempre". Fausto identifica três "figuras patológicas" na história da esquerda, que seria necessário exorcizar. Uma delas, o adesismo, seria característica de partidos que perderam sua identidade se movendo demais para o centro (Fausto crê que é o caso do PSDB). A segunda é o totalitarismo –a simpatia por regimes ditatoriais brutais como o stalinismo e o maoismo. Finalmente, o populismo é a conjunção de líderes carismáticos/autoritários, clientelismo e um discurso de conciliação de classes. É fácil perceber como algumas distinções políticas brasileiras ainda são baseadas nessas figuras patológicas. O exemplo mais óbvio é o PCdoB, um partido com bons quadros que, entretanto, defende regimes intoleráveis do passado e do presente. Por que desperdiçar lideranças estudantis, várias das quais muito talentosas, com a defesa do bolchevismo? Por que sobrecarregar Flávio Dino, que já precisa derrotar o clã Sarney, com a defesa do injustificável? Por que não se concentrar na defesa de objetivos razoáveis de redistribuição de renda no quadro da sociedade brasileira (em defesa dos quais, aliás, o PCdoB tem história)? Esse raciocínio se aplica também às defesas que PT ou PSOL fazem do regime cubano. Para uma crítica da herança totalitária na esquerda brasileira, remetemos o leitor ao artigo de Fausto, confessando certo desânimo por essas ideias ainda circularem por aí para ser criticadas. Só diremos isto: vira e mexe a esquerda flerta com o discurso segundo o qual o Estado de Direito é um instrumento de dominação ou uma mera ficção. Isso não ocorre por acaso. Ao escrever "A Questão Judaica", Marx afirma que o direito faz do homem um ser isolado: o fundamento da sociedade burguesa, a liberdade individual e, sobretudo, a propriedade privada, faz com que encontremos nos outros não a realização de nossa própria liberdade, mas sim sua limitação. De forma quase premonitória, ainda em 1979, Claude Lefort afirma que isso é um enorme equívoco por parte de Marx (e, consequentemente, de muitos marxistas). A liberdade de opinião garantida na Declaração de Direitos de 1789, por exemplo, não cria uma cisão entre o indivíduo burguês e o resto da sociedade, mas, pelo contrário, assegura a circulação do pensamento, das palavras em contraposição ao poder. Propomos, portanto, que, no contexto de reformulação da esquerda pós-impeachment, o PCdoB e tendências que, de alguma forma, reivindicam a herança bolchevique (trotskistas incluídos) revejam inteiramente seus programas de forma a eliminar qualquer traço de ideias totalitárias. PT, PSOL, e, em certa medida, PCdoB, por outro lado, precisam urgentemente se distanciar da defesa do regime cubano, assumindo postura de vigorosa defesa da instauração da democracia em Cuba. É provável que a defesa de ideias totalitárias dentro da esquerda brasileira já não represente postura propriamente programática, mas um ritual, uma tradição que dá identidade a certos grupos. Tais rituais são parecidos o suficiente com ideias para atrapalhar a discussão programática. Devem ser criticados –e se, como resultado, os grupos precisarem ser reestruturados, que sejam. As novas discussões dentro da esquerda podem ser propícias a isso. RISCO POPULISTA Se o risco de uma reversão geral da esquerda brasileira ao totalitarismo é mínimo, uma recaída populista é um risco real. Como diz Jan-Werner Müller em seu recém-lançado livro sobre o tema ("What is Populism?", University of Pennsylvania Press), o populismo floresce especialmente bem na crise de sistemas partidários. A dos partidos brasileiros é brutal e deve piorar com as delações em curso, por mais anistias que se aprovem. Um dos sintomas da crise dos partidos é que a conversa na esquerda é cada vez mais sobre nomes: Lula, Ciro Gomes, Marina Silva. Esse personalismo tipicamente populista é algo a ser evitado. Qualquer um dos três candidatos pode ser um bom nome caso se apresente no espírito da esquerda democrática. Mas todos desperdiçarão seu potencial (e, no caso de Lula, seu legado) se concorrerem como populistas. A esquerda precisa de líderes que a ajudem a se reconstruir para o longo prazo. Vencer 2018 não é o essencial. Vale perguntar: o PT, no poder, foi populista? Não no sentido forte. Fausto observa, corretamente, que, embora tenha havido carisma e clientelismo, faltou o autoritarismo para caracterizar o pertencimento ao clube populista. O PT manteve as instituições democráticas funcionando –e foi derrubado por elas. Não é difícil achar observadores de países de nível de renda semelhante ao brasileiro lamentando que algo como a Lava Jato não teria como acontecer por lá. O cientista político Carlos Pereira já destacou que o que aconteceu no mensalão –a prisão de uma elite política enquanto ainda está no poder– é fato raríssimo na política mundial. Müller também não cita o lulismo como exemplo de populismo em seu estudo (reservando a caracterização para os "bolivarianos"). Por outro lado, é bem documentado, por exemplo no trabalho de André Singer, que o PT resgatou a retórica do populismo varguista quando ficou claro que o Brasil não se tornaria um grande ABC industrial. Em sua origem, o partido era radicalmente antipopulista, e sua proposta fundamental era a afirmação de uma identidade política singular para a classe trabalhadora (daí o nome da sigla). Com o tempo, ideias e figuras retóricas do populismo foram usadas para mobilizar os pobres desorganizados que o sindicalismo não conseguia atingir. O retorno de Vargas na reversão da industrialização brasileira é um dos movimentos ideológicos mais interessantes dos últimos anos. Não se sabe muito bem se essa retórica populista, afinal, foi bem-sucedida –ou se os pobres votaram no PT só porque suas vidas melhoraram muito em decorrência das políticas petistas (essa é a minha suspeita). A retórica populista no lulismo serviu mais como discurso sobre inclusão dos pobres; se paramos nesse ponto, é provavelmente inofensiva. Da mesma forma, se a recuperação de Vargas parar no elogio às suas indiscutíveis medidas sociais inclusivas, não há o que protestar. Mas não é óbvio que pararemos aí. Como já dissemos, o momento atual oferece uma fortíssima tentação populista. A esquerda tem que se precaver contra sua própria pulsão e se preparar para combater o populismo que vem (e está vindo forte) pelo outro lado, especialmente depois do resultado da eleição americana. A discussão recente nos documentos petistas é muito preocupante. Alguma radicalização era de se esperar no momento de mobilizar a militância contra o impeachment, mas a direção da conversa sugere fortemente que a discussão de ideias não está sendo conduzida pelas lideranças responsáveis.Houve teses no 5º Congresso do PT, em 2015, afirmando que faltou à legenda a mesma disposição para o enfrentamento que tiveram os governos da Venezuela e da Argentina. Muita gente no partido criticou o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo por não ter "controlado" a Polícia Federal. Em uma "autocrítica" recente particularmente picareta, petistas lamentaram não ter promovido oficiais do Exército fiéis ao partido. Isto é, há gente no PT que acha que o que faltou ao partido nesses quase 14 anos foi populismo político. Como se essa falta não tivesse sido um dos méritos do período petista, que tantas outras culpas teve. Se a recusa do populismo tivesse se estendido à economia, não estaríamos onde estamos. Enfim, propomos que, nas conversas suscitadas pelas prévias ou pela formação da frente, PT, PDT e demais partidos de esquerda eliminem o que houver de populismo em seus programas e reconheçam-se como forças social-democratas (que é o que foram sempre que funcionaram bem). Se as fronteiras do PT estiverem ligadas demais ao culto a Lula, ou se as do PDT dependerem exclusivamente do culto a Brizola (ou a Ciro), que todas se dissolvam e deem lugar a recombinações de ideias. Até aqui nossa concordância com as teses de Ruy Fausto é quase integral. A esquerda brasileira precisa se livrar dos resquícios de totalitarismo e populismo, e não reverter a velhos hábitos na hora da crise. Também estamos de acordo com diversas de suas posições sobre ambientalismo e combate à corrupção, e sobre como os governos petistas falharam por esses critérios. ANTICAPITALISTA? Mas discordamos de um dos pontos centrais do programa que ele defende para a esquerda: o anticapitalismo. Na discussão de Fausto, o termo não se refere a nenhum dos movimentos anteriormente descritos como totalitários. É proposto como um horizonte a ser perseguido inteiramente dentro das regras do jogo democrático. Mas o que, de fato, seria o anticapitalismo? Uma análise detida das propostas de Fausto sugere que, na verdade, trata-se de propor limites à acumulação de capital: impostos que restrinjam o quanto pode ser apropriado como riqueza pessoal pelos capitalistas, por exemplo, regulação do setor financeiro ou uma regulamentação ambiental rigorosa. Tudo isso é inteiramente realizável dentro do capitalismo democrático –e, aliás, só foi até hoje realizado dentro dele. Por que chamar isso de anticapitalismo? O conceito traz ecos da história do marxismo que Fausto, como especialista na obra daquele, sabe evitar. Mas quem mais o saberá? Que trabalho analítico e político o conceito de anticapitalismo faz dentro do programa de Fausto que não poderia ser realizado pelas caixas de ferramentas de autores mais claramente identificados com o programa social-democrata, como Amartya Sen ou John Rawls? O próprio Thomas Piketty propôs sua cartilha de redução de desigualdades dentro de um esquema teórico bastante ortodoxo. O programa de expansão da democracia apresentado por Fausto tem muitos pontos positivos, mas talvez sua própria natureza democrática fosse melhor afirmada sem a associação com experiências anticapitalistas anteriores. Não estamos deslegitimando a discussão de propostas de transformação radical. É inteiramente procedente que se discutam alternativas ao capitalismo, desde que dentro da democracia. Se a condição for satisfeita, experiências alternativas poderão, se assim o desejarem os eleitores, ser testadas localmente e descartadas sempre que derem errado. Historicamente, foi assim que se deu a expansão do Estado de bem-estar social, o paradigma de intervenção da democracia sobre o capitalismo. Propomos que, nas discussões no âmbito das prévias ou na formação da nova frente, o capitalismo seja aceito como algo a ser reformado, mantido dentro de certos limites, expulso de certas áreas da vida, mas digno de ser preservado e bem gerido até que alguém tenha uma ideia melhor. Enfim, nos entusiasmam as propostas que têm potencial de produzir uma renovação da esquerda brasileira, como a frente de esquerda ou as prévias. Vale a pena tentá-las. Se não funcionar, que ao menos a discussão tenha servido para reembaralhar as identidades, que só devem ser preservadas na medida em que se mostrem à altura das tarefas dos próximos anos. CELSO ROCHA DE BARROS, 43, colunista da Folha, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford.
ilustrissima
É hora de rediscutir programas e ideias na esquerda brasileiraRESUMO Autor considera que propostas como a formação de uma frente ou a realização de prévias no campo das esquerdas poderiam propiciar uma radical revisão de posições assumidas pelos diversos partidos. Ideias autoritárias e desatualizadas, além da tentação populista, devem ser banidas dos programas progressistas. Não contente em sofrer impeachment e ver grande parte de suas lideranças acusadas de corrupção, a esquerda brasileira aproveitou o embalo e tomou uma surra na eleição para prefeito. O PT se tornou um partido médio, ninguém conseguiu ocupar seu espaço, e mesmo siglas de esquerda que nunca aceitaram cargos nos governos petistas, como o PSOL, sofreram com a ressaca do fracasso da Nova Matriz Econômica e com a ascensão de ideias direitistas que se seguiu a ela. O antipetismo se tornou condição necessária e suficiente de sucesso: a banda direita do petrolão, PP e PMDB, sairá de 2016 com mais poder do que entrou. PSDB e demais partidos de oposição ao PT foram recompensados por sê-lo, mesmo depois de citados na Lava Jato. Qualquer coisa não petista viu sua cotação subir, inclusive coisas que a direita adulta provavelmente preferisse que não crescessem. A esquerda perdeu porque o PT foi pego levando dinheiro do cartel de empreiteiras que roubava a Petrobras; e porque implementou, no primeiro mandato de Dilma, uma política econômica que fracassou. Daí em diante, os adversários jogaram com todos os recursos de poder de que dispunham para derrubar o governo, como é da natureza das coisas que aconteça. Reclamar disso é como reclamar da chuva. Houve também azar: não existia nada na natureza das coisas que exigisse que a Lava Jato, a ressaca da Nova Matriz Econômica e a queda dos preços das commodities acontecessem ao mesmo tempo. Mas, novamente, quem aceitou correr esse risco foi quem não quis realizar o ajuste quando as coisas iam bem. O que fazer de agora em diante? As perspectivas de médio prazo para a esquerda não são ruins. A Lava Jato vai bater nos partidos de direita como bateu no PT. Por mais que a cobertura seja menor e a anistia provável, a vantagem da direita sobre a esquerda deve diminuir. O ajuste fiscal é impopular. Não parece provável que o PT afaste os dirigentes acusados de corrupção, mas vários deles devem ir aos poucos perdendo espaço quando sua inviabilidade eleitoral se tornar evidente. A renovação de quadros facilitará muito a reconstituição da esquerda nos próximos anos. Mas o que deve ser essa esquerda reconstruída, e o que ela deve propor? Qual deve ser a nova casa da esquerda? O PT já não é muito maior do que os outros partidos progressistas, mas nenhuma outra sigla chegou perto do tamanho que ele já teve. No momento, a liderança da esquerda está inteiramente em disputa. FRENTE E PRÉVIAS Nos últimos meses, ganharam impulso duas propostas baseadas em experiências internacionais: a formação de uma frente de partidos de esquerda e a realização de prévias independentes para escolher os candidatos de 2018. A proposta de uma frente de esquerda foi defendida recentemente por Lula e por Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Dino sugeriu uma frente que "consiga atrair o chamado centro político". O modelo evidente da proposta da Frente de Esquerda é o Frente Amplio (FA) uruguaio, uma reunião de grupos de esquerda e centro-esquerda (socialistas, democratas-cristãos, comunistas e outros menores) que governa o Uruguai já há alguns anos. É o partido de Pepe Mujica e Tabaré Vázquez, e vem conseguindo resultados eleitorais muito expressivos. Francisco Panizza, da London School of Economics, considera válida a ideia de organizar algo como o FA no Brasil, mas admite que suas chances de sucesso seriam incertas: o FA baseia-se na experiência histórica do Uruguai, bem como na legislação eleitoral do país, que torna a organização de frentes partidárias mais fácil. Nas últimas semanas, também ganhou impulso um movimento pela realização de prévias independentes, por fora dos partidos de esquerda (sem que eles sejam impedidos de participar), com o objetivo de escolher candidatos para as próximas eleições. O movimento Quero Prévias! tem o apoio de intelectuais como Marcos Nobre e Laura Carvalho, e se inspira em iniciativas como o francês Notre Primaire e o chileno Primeras Primarias Ciudadanas. O Frente Amplio também é citado como exemplo, embora pareça um caso de maior institucionalização do que os proponentes das prévias têm em mente. De qualquer forma, que tanto as prévias quanto a frente usem o mesmo movimento como exemplo sugere que as duas alternativas podem conversar. Um dos temas centrais do Notre Primaire francês, apoiado por intelectuais como Thomas Piketty e Daniel Cohn-Bendit, parece pertinente no caso brasileiro: o medo de que a divisão da esquerda leve a um segundo turno sem a esquerda nas próximas eleições presidenciais francesas (nesse cenário, o embate seria entre direita e extrema-direita). No documento que fez o apelo pelas prévias, os organizadores citam como justificativas para a proposta os altos índices de abstenção, a virada da sociedade para a direita e a imobilidade diante das desigualdades sociais: todos são temas familiares à esquerda brasileira. A experiência francesa mostra que a realização do projeto é difícil: a organização do movimento desistiu de organizar as prévias, alegando desentendimentos com os partidos Comunista (que exigiu que o socialista François Hollande não participasse do processo) e Socialista (que agendou um grande evento para o mesmo dia em que seriam convocadas as prévias). Não se deve descartar a iniciativa por esse fracasso: talvez a própria fraqueza dos partidos brasileiros em tempos de Lava Jato lhes ofereça incentivos para participar de discussões fora de suas fronteiras. REATIVAR O DEBATE Não sabemos se as prévias ou a proposta da frente de esquerda prosperarão. E ninguém, é claro, deve subestimar o peso que terão nesse processo as diferenças de poder entre os participantes e as estratégias de cada político. Mas, de qualquer forma, tanto as prévias quanto a frente teriam uma função ainda mais importante do que a de escolher candidatos: reativar o debate de ideias dentro da esquerda brasileira, inteiramente travado durante os 13 anos de governo. As prévias seriam, supomos, um processo de debate, e uma frente de esquerda precisaria discutir um programa mínimo. Discutir ideias poderia retroagir sobre as formas de organização da esquerda brasileira. Muitos partidos mantêm sua identidade em torno de ideias que precisam ser revistas ou abandonadas. Se as ideias de esquerda forem discutidas a sério, é possível que mais de uma fronteira partidária desabe, e a aproximação e recombinação entre militantes e movimentos se torne mais fácil. Se tiverem que desabar para que a esquerda se reorganize, que desabem. Se vamos discutir ideias, um bom ponto de partida pode ser o artigo recente de Ruy Fausto na "Piauí" ("Reconstruir a Esquerda"). As preocupações (e muitas das soluções) de Fausto são iguais às nossas. Em especial, concordamos que "se o discurso dominante da esquerda não mudar, perdemos hoje e perderemos sempre". Fausto identifica três "figuras patológicas" na história da esquerda, que seria necessário exorcizar. Uma delas, o adesismo, seria característica de partidos que perderam sua identidade se movendo demais para o centro (Fausto crê que é o caso do PSDB). A segunda é o totalitarismo –a simpatia por regimes ditatoriais brutais como o stalinismo e o maoismo. Finalmente, o populismo é a conjunção de líderes carismáticos/autoritários, clientelismo e um discurso de conciliação de classes. É fácil perceber como algumas distinções políticas brasileiras ainda são baseadas nessas figuras patológicas. O exemplo mais óbvio é o PCdoB, um partido com bons quadros que, entretanto, defende regimes intoleráveis do passado e do presente. Por que desperdiçar lideranças estudantis, várias das quais muito talentosas, com a defesa do bolchevismo? Por que sobrecarregar Flávio Dino, que já precisa derrotar o clã Sarney, com a defesa do injustificável? Por que não se concentrar na defesa de objetivos razoáveis de redistribuição de renda no quadro da sociedade brasileira (em defesa dos quais, aliás, o PCdoB tem história)? Esse raciocínio se aplica também às defesas que PT ou PSOL fazem do regime cubano. Para uma crítica da herança totalitária na esquerda brasileira, remetemos o leitor ao artigo de Fausto, confessando certo desânimo por essas ideias ainda circularem por aí para ser criticadas. Só diremos isto: vira e mexe a esquerda flerta com o discurso segundo o qual o Estado de Direito é um instrumento de dominação ou uma mera ficção. Isso não ocorre por acaso. Ao escrever "A Questão Judaica", Marx afirma que o direito faz do homem um ser isolado: o fundamento da sociedade burguesa, a liberdade individual e, sobretudo, a propriedade privada, faz com que encontremos nos outros não a realização de nossa própria liberdade, mas sim sua limitação. De forma quase premonitória, ainda em 1979, Claude Lefort afirma que isso é um enorme equívoco por parte de Marx (e, consequentemente, de muitos marxistas). A liberdade de opinião garantida na Declaração de Direitos de 1789, por exemplo, não cria uma cisão entre o indivíduo burguês e o resto da sociedade, mas, pelo contrário, assegura a circulação do pensamento, das palavras em contraposição ao poder. Propomos, portanto, que, no contexto de reformulação da esquerda pós-impeachment, o PCdoB e tendências que, de alguma forma, reivindicam a herança bolchevique (trotskistas incluídos) revejam inteiramente seus programas de forma a eliminar qualquer traço de ideias totalitárias. PT, PSOL, e, em certa medida, PCdoB, por outro lado, precisam urgentemente se distanciar da defesa do regime cubano, assumindo postura de vigorosa defesa da instauração da democracia em Cuba. É provável que a defesa de ideias totalitárias dentro da esquerda brasileira já não represente postura propriamente programática, mas um ritual, uma tradição que dá identidade a certos grupos. Tais rituais são parecidos o suficiente com ideias para atrapalhar a discussão programática. Devem ser criticados –e se, como resultado, os grupos precisarem ser reestruturados, que sejam. As novas discussões dentro da esquerda podem ser propícias a isso. RISCO POPULISTA Se o risco de uma reversão geral da esquerda brasileira ao totalitarismo é mínimo, uma recaída populista é um risco real. Como diz Jan-Werner Müller em seu recém-lançado livro sobre o tema ("What is Populism?", University of Pennsylvania Press), o populismo floresce especialmente bem na crise de sistemas partidários. A dos partidos brasileiros é brutal e deve piorar com as delações em curso, por mais anistias que se aprovem. Um dos sintomas da crise dos partidos é que a conversa na esquerda é cada vez mais sobre nomes: Lula, Ciro Gomes, Marina Silva. Esse personalismo tipicamente populista é algo a ser evitado. Qualquer um dos três candidatos pode ser um bom nome caso se apresente no espírito da esquerda democrática. Mas todos desperdiçarão seu potencial (e, no caso de Lula, seu legado) se concorrerem como populistas. A esquerda precisa de líderes que a ajudem a se reconstruir para o longo prazo. Vencer 2018 não é o essencial. Vale perguntar: o PT, no poder, foi populista? Não no sentido forte. Fausto observa, corretamente, que, embora tenha havido carisma e clientelismo, faltou o autoritarismo para caracterizar o pertencimento ao clube populista. O PT manteve as instituições democráticas funcionando –e foi derrubado por elas. Não é difícil achar observadores de países de nível de renda semelhante ao brasileiro lamentando que algo como a Lava Jato não teria como acontecer por lá. O cientista político Carlos Pereira já destacou que o que aconteceu no mensalão –a prisão de uma elite política enquanto ainda está no poder– é fato raríssimo na política mundial. Müller também não cita o lulismo como exemplo de populismo em seu estudo (reservando a caracterização para os "bolivarianos"). Por outro lado, é bem documentado, por exemplo no trabalho de André Singer, que o PT resgatou a retórica do populismo varguista quando ficou claro que o Brasil não se tornaria um grande ABC industrial. Em sua origem, o partido era radicalmente antipopulista, e sua proposta fundamental era a afirmação de uma identidade política singular para a classe trabalhadora (daí o nome da sigla). Com o tempo, ideias e figuras retóricas do populismo foram usadas para mobilizar os pobres desorganizados que o sindicalismo não conseguia atingir. O retorno de Vargas na reversão da industrialização brasileira é um dos movimentos ideológicos mais interessantes dos últimos anos. Não se sabe muito bem se essa retórica populista, afinal, foi bem-sucedida –ou se os pobres votaram no PT só porque suas vidas melhoraram muito em decorrência das políticas petistas (essa é a minha suspeita). A retórica populista no lulismo serviu mais como discurso sobre inclusão dos pobres; se paramos nesse ponto, é provavelmente inofensiva. Da mesma forma, se a recuperação de Vargas parar no elogio às suas indiscutíveis medidas sociais inclusivas, não há o que protestar. Mas não é óbvio que pararemos aí. Como já dissemos, o momento atual oferece uma fortíssima tentação populista. A esquerda tem que se precaver contra sua própria pulsão e se preparar para combater o populismo que vem (e está vindo forte) pelo outro lado, especialmente depois do resultado da eleição americana. A discussão recente nos documentos petistas é muito preocupante. Alguma radicalização era de se esperar no momento de mobilizar a militância contra o impeachment, mas a direção da conversa sugere fortemente que a discussão de ideias não está sendo conduzida pelas lideranças responsáveis.Houve teses no 5º Congresso do PT, em 2015, afirmando que faltou à legenda a mesma disposição para o enfrentamento que tiveram os governos da Venezuela e da Argentina. Muita gente no partido criticou o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo por não ter "controlado" a Polícia Federal. Em uma "autocrítica" recente particularmente picareta, petistas lamentaram não ter promovido oficiais do Exército fiéis ao partido. Isto é, há gente no PT que acha que o que faltou ao partido nesses quase 14 anos foi populismo político. Como se essa falta não tivesse sido um dos méritos do período petista, que tantas outras culpas teve. Se a recusa do populismo tivesse se estendido à economia, não estaríamos onde estamos. Enfim, propomos que, nas conversas suscitadas pelas prévias ou pela formação da frente, PT, PDT e demais partidos de esquerda eliminem o que houver de populismo em seus programas e reconheçam-se como forças social-democratas (que é o que foram sempre que funcionaram bem). Se as fronteiras do PT estiverem ligadas demais ao culto a Lula, ou se as do PDT dependerem exclusivamente do culto a Brizola (ou a Ciro), que todas se dissolvam e deem lugar a recombinações de ideias. Até aqui nossa concordância com as teses de Ruy Fausto é quase integral. A esquerda brasileira precisa se livrar dos resquícios de totalitarismo e populismo, e não reverter a velhos hábitos na hora da crise. Também estamos de acordo com diversas de suas posições sobre ambientalismo e combate à corrupção, e sobre como os governos petistas falharam por esses critérios. ANTICAPITALISTA? Mas discordamos de um dos pontos centrais do programa que ele defende para a esquerda: o anticapitalismo. Na discussão de Fausto, o termo não se refere a nenhum dos movimentos anteriormente descritos como totalitários. É proposto como um horizonte a ser perseguido inteiramente dentro das regras do jogo democrático. Mas o que, de fato, seria o anticapitalismo? Uma análise detida das propostas de Fausto sugere que, na verdade, trata-se de propor limites à acumulação de capital: impostos que restrinjam o quanto pode ser apropriado como riqueza pessoal pelos capitalistas, por exemplo, regulação do setor financeiro ou uma regulamentação ambiental rigorosa. Tudo isso é inteiramente realizável dentro do capitalismo democrático –e, aliás, só foi até hoje realizado dentro dele. Por que chamar isso de anticapitalismo? O conceito traz ecos da história do marxismo que Fausto, como especialista na obra daquele, sabe evitar. Mas quem mais o saberá? Que trabalho analítico e político o conceito de anticapitalismo faz dentro do programa de Fausto que não poderia ser realizado pelas caixas de ferramentas de autores mais claramente identificados com o programa social-democrata, como Amartya Sen ou John Rawls? O próprio Thomas Piketty propôs sua cartilha de redução de desigualdades dentro de um esquema teórico bastante ortodoxo. O programa de expansão da democracia apresentado por Fausto tem muitos pontos positivos, mas talvez sua própria natureza democrática fosse melhor afirmada sem a associação com experiências anticapitalistas anteriores. Não estamos deslegitimando a discussão de propostas de transformação radical. É inteiramente procedente que se discutam alternativas ao capitalismo, desde que dentro da democracia. Se a condição for satisfeita, experiências alternativas poderão, se assim o desejarem os eleitores, ser testadas localmente e descartadas sempre que derem errado. Historicamente, foi assim que se deu a expansão do Estado de bem-estar social, o paradigma de intervenção da democracia sobre o capitalismo. Propomos que, nas discussões no âmbito das prévias ou na formação da nova frente, o capitalismo seja aceito como algo a ser reformado, mantido dentro de certos limites, expulso de certas áreas da vida, mas digno de ser preservado e bem gerido até que alguém tenha uma ideia melhor. Enfim, nos entusiasmam as propostas que têm potencial de produzir uma renovação da esquerda brasileira, como a frente de esquerda ou as prévias. Vale a pena tentá-las. Se não funcionar, que ao menos a discussão tenha servido para reembaralhar as identidades, que só devem ser preservadas na medida em que se mostrem à altura das tarefas dos próximos anos. CELSO ROCHA DE BARROS, 43, colunista da Folha, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford.
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Perseguidos e refugiados, o que isso nos lembra?
"Vocês não afligirão nem oprimirão o estrangeiro, porque o foram na terra do Egito"- Êxodo 22:20. Esse trecho afirma que ninguém deve ser considerado forasteiro ou estranho onde viverá. Nós, judeus, peregrinamos até chegar à Terra Prometida. Como e inúmeras vezes nos foi negado o direito de viver em um pedaço de chão? "Escravos fomos do faraó no Egito, agora somos homens livres", repetimos ano após ano, em nossa Páscoa. No Holocausto, seis milhões de judeus pereceram e também, homossexuais, membros de outras fés, comunistas, quem não ia ao encontro dos interesses da máquina de morte nazista. Setenta anos transcorreram desde então, e ainda, perplexos, assistimos esse tipo de episódio. Lembrem-se a chocante cena do sírio Aylan, de 3 anos, que ao tentar alcançar à União Europeia, morreu na costa turca junto com os sonhos de sua família. E, vítimas, também, de perseguição, jocosamente, a publicação Charlie Hebdo desdenha o episódio. De volta ao tema, os imigrantes de onde a perseguição religiosa, fome, e violência tornaram-se insuportáveis buscam ajuda internacional, e acabam esbarrando, muitas vezes em condições subumanas. Tivemos vistos negados, bens (materiais e emocionais) usurpados, vidas confiscadas pelo fato de sermos judeus ou descendentes deles. O mundo, ou boa parte dele, silenciou! Há registros desse período pela coragem dos que ousaram documentar e até mesmo porque na cabeça dos nazistas, era preciso gravar com precisão seus "feitos". Com o advento das redes sociais e outras mídias as informações trafegam em tempo real, logo é inconcebível se omitir ou ser um mero espectador dessa nova barbárie. Essa é a pior crise de refugiados desde a 2ª Guerra, cerca de 60 milhões de pessoas em todo mundo se encontram deslocadas devido a conflitos armados e perseguição de diferentes tipos, sobretudo motivadas pela questão religiosa, o que fere o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos ("todo homem é livre para pensar, ter consciência e religião, com liberdade para mudar de religião ou manifestá-la de forma coletiva ou isoladamente"). Mas, não é preciso uma lupa para enxergar o que gerou esse colapso em distintos países. Na ponta do iceberg, a Síria, com a fragmentação de forças do governo e núcleos insurgentes, abriu espaço para que radicais agissem. O Afeganistão teve quatro grandes ondas migratórias (invasão soviética, guerra civil, regime do talibã, e a intervenção militar após o 11/9), reforçando a presença do talibã. A Eritreia, após conquistar sua independência em 1993, se tornou reconhecida por sua forte repressão e recrutamento militar sem previsão para o término do serviço. Na Somália, a fome é permanente e as milícias radicais se instalaram, e por aí vai. Mazelas são recorrentes e dão vazão ao apoderamento de extremistas. O êxodo acaba sendo a única saída para que essas populações continuem existindo. Na contramão desse fluxo migratório, há os mal-intencionados que provocam o terror em nome de uma santidade autoproclamada salvadora. O resultado de tudo isso é que muitos governos não estão preparados para receber tamanha massa humana; outros tendem a proibir a entrada visando "se protegerem" e, ainda, ressurge a xenofobia. Repete-se a história. O Brasil tem recebido imigrantes. A União Europeia tenta acolher esse montante. Mas, no geral, vemos barracas, trapos, fome e falta de condições para abrigar a todos. Alguns países fecham suas fronteiras para barrar "os indesejáveis". O que tudo isso nos lembra? O Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto é uma boa oportunidade para refletirmos sobre isso! JACK TERPINS é presidente do Congresso Judaico Latino-Americano * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Perseguidos e refugiados, o que isso nos lembra?"Vocês não afligirão nem oprimirão o estrangeiro, porque o foram na terra do Egito"- Êxodo 22:20. Esse trecho afirma que ninguém deve ser considerado forasteiro ou estranho onde viverá. Nós, judeus, peregrinamos até chegar à Terra Prometida. Como e inúmeras vezes nos foi negado o direito de viver em um pedaço de chão? "Escravos fomos do faraó no Egito, agora somos homens livres", repetimos ano após ano, em nossa Páscoa. No Holocausto, seis milhões de judeus pereceram e também, homossexuais, membros de outras fés, comunistas, quem não ia ao encontro dos interesses da máquina de morte nazista. Setenta anos transcorreram desde então, e ainda, perplexos, assistimos esse tipo de episódio. Lembrem-se a chocante cena do sírio Aylan, de 3 anos, que ao tentar alcançar à União Europeia, morreu na costa turca junto com os sonhos de sua família. E, vítimas, também, de perseguição, jocosamente, a publicação Charlie Hebdo desdenha o episódio. De volta ao tema, os imigrantes de onde a perseguição religiosa, fome, e violência tornaram-se insuportáveis buscam ajuda internacional, e acabam esbarrando, muitas vezes em condições subumanas. Tivemos vistos negados, bens (materiais e emocionais) usurpados, vidas confiscadas pelo fato de sermos judeus ou descendentes deles. O mundo, ou boa parte dele, silenciou! Há registros desse período pela coragem dos que ousaram documentar e até mesmo porque na cabeça dos nazistas, era preciso gravar com precisão seus "feitos". Com o advento das redes sociais e outras mídias as informações trafegam em tempo real, logo é inconcebível se omitir ou ser um mero espectador dessa nova barbárie. Essa é a pior crise de refugiados desde a 2ª Guerra, cerca de 60 milhões de pessoas em todo mundo se encontram deslocadas devido a conflitos armados e perseguição de diferentes tipos, sobretudo motivadas pela questão religiosa, o que fere o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos ("todo homem é livre para pensar, ter consciência e religião, com liberdade para mudar de religião ou manifestá-la de forma coletiva ou isoladamente"). Mas, não é preciso uma lupa para enxergar o que gerou esse colapso em distintos países. Na ponta do iceberg, a Síria, com a fragmentação de forças do governo e núcleos insurgentes, abriu espaço para que radicais agissem. O Afeganistão teve quatro grandes ondas migratórias (invasão soviética, guerra civil, regime do talibã, e a intervenção militar após o 11/9), reforçando a presença do talibã. A Eritreia, após conquistar sua independência em 1993, se tornou reconhecida por sua forte repressão e recrutamento militar sem previsão para o término do serviço. Na Somália, a fome é permanente e as milícias radicais se instalaram, e por aí vai. Mazelas são recorrentes e dão vazão ao apoderamento de extremistas. O êxodo acaba sendo a única saída para que essas populações continuem existindo. Na contramão desse fluxo migratório, há os mal-intencionados que provocam o terror em nome de uma santidade autoproclamada salvadora. O resultado de tudo isso é que muitos governos não estão preparados para receber tamanha massa humana; outros tendem a proibir a entrada visando "se protegerem" e, ainda, ressurge a xenofobia. Repete-se a história. O Brasil tem recebido imigrantes. A União Europeia tenta acolher esse montante. Mas, no geral, vemos barracas, trapos, fome e falta de condições para abrigar a todos. Alguns países fecham suas fronteiras para barrar "os indesejáveis". O que tudo isso nos lembra? O Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto é uma boa oportunidade para refletirmos sobre isso! JACK TERPINS é presidente do Congresso Judaico Latino-Americano * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Cinzas de Fidel chegam a Santiago; cortejo tem emoção e coro ensaiado
Como medir a popularidade do líder de um país onde não há imprensa livre ou eleições e opositores costumam frequentar a cadeia? Na chamada Caravana da Liberdade, que desde a última quarta (30) está atravessando o país com as cinzas de Fidel Castro, centenas de milhares de pessoas se perfilaram nas ruas e rodovias para avistar, por poucos segundos, a pequena urna funerária levada por um veículo militar. A multidão era uma mistura de grupos uniformizados de estudantes e de funcionários públicos, moradores que acudiram espontaneamente e outros tantos resignados a esperar o fim de bloqueios rodoviários de até 6 horas de duração para seguir viagem. Por volta das 12h locais deste sábado (3), o cortejo fúnebre chegou a Santiago, berço da Revolução Cubana. À noite, a cidade recebeu um ato com diversas autoridades –no palco, os ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula e Dilma Rousseff sentaram-se ao lado do presidente venezuelano Nicolás Maduro e de Raúl Castro. As homenagens a Fidel, morto na sexta (25) aos 90 anos, terminam com o funeral neste domingo (4), em Santiago de Cuba. A caravana percorreu cerca de 900 km desde Havana, no sentido contrário ao da marcha revolucionária que levou o líder comunista ao poder, em janeiro de 1959. Em Santa Clara, a urna de Fidel passou a noite de quinta (1º) para sexta (2) no mausoléu onde estão os restos do guerrilheiro Che Guevara. A cidade na região central de Cuba foi o palco do último encontro ente os dois, em 1966. No ano seguinte, Che seria assassinado na Bolívia. Na passagem do cortejo, era comum ver pessoas se emocionarem até as lágrimas. Em Sancti Spíritus (a 344 km de Havana), uma idosa, chorando e com uma bandeirola em mãos, nem percebeu a rápida passagem do caixão. Mas nem todas as manifestações eram espontâneas. Um dia antes da passagem do cortejo, estudantes do internato Roberto Coco Peredo, na zona rural da província de Camaguey, ensaiavam, à beira da rodovia, a balançar bandeirolas e a entoar o lema oficial do luto. "Yo soy Fidel!", gritavam em coro os estudantes, enquanto um professor exortava: "Mais alto! Mais alto!". Em comum a todos que esperavam pelo cortejo, elogios a Fidel e declarações de apoio ao regime. As poucas críticas aludiam à difícil situação econômica do país caribenho. "Entrevistar cubanos é extremamente difícil", diz uma jornalista de meio não-estatal, sob a condição do anonimato. "Nunca se sabe o que estão realmente pensando ou qual parte do que pensam não querem que se saiba por medo das consequências." Ao contrário do que dizia a TV estatal, muitos preferiram ignorar a despedida. Em Cienfuegos (a 250 km de Havana), a praça onde existe um ponto de conexão à internet estava cheia de gente com o rosto grudado no celular no momento da caravana. Em Cuba, poucos têm direito de ter internet em casa, e os telefones celulares tampouco se conectam. Presente na homenagem ou alheio a ela, o que ninguém ousou desrespeitar foi a proibição de música em lugares públicos. Mesmo num país de tradição musical, a reportagem não ouviu nenhuma nota ao cruzar o país. Já a venda de álcool ocorria livremente nos hotéis estatais em Havana, onde só há turistas estrangeiros.
mundo
Cinzas de Fidel chegam a Santiago; cortejo tem emoção e coro ensaiadoComo medir a popularidade do líder de um país onde não há imprensa livre ou eleições e opositores costumam frequentar a cadeia? Na chamada Caravana da Liberdade, que desde a última quarta (30) está atravessando o país com as cinzas de Fidel Castro, centenas de milhares de pessoas se perfilaram nas ruas e rodovias para avistar, por poucos segundos, a pequena urna funerária levada por um veículo militar. A multidão era uma mistura de grupos uniformizados de estudantes e de funcionários públicos, moradores que acudiram espontaneamente e outros tantos resignados a esperar o fim de bloqueios rodoviários de até 6 horas de duração para seguir viagem. Por volta das 12h locais deste sábado (3), o cortejo fúnebre chegou a Santiago, berço da Revolução Cubana. À noite, a cidade recebeu um ato com diversas autoridades –no palco, os ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula e Dilma Rousseff sentaram-se ao lado do presidente venezuelano Nicolás Maduro e de Raúl Castro. As homenagens a Fidel, morto na sexta (25) aos 90 anos, terminam com o funeral neste domingo (4), em Santiago de Cuba. A caravana percorreu cerca de 900 km desde Havana, no sentido contrário ao da marcha revolucionária que levou o líder comunista ao poder, em janeiro de 1959. Em Santa Clara, a urna de Fidel passou a noite de quinta (1º) para sexta (2) no mausoléu onde estão os restos do guerrilheiro Che Guevara. A cidade na região central de Cuba foi o palco do último encontro ente os dois, em 1966. No ano seguinte, Che seria assassinado na Bolívia. Na passagem do cortejo, era comum ver pessoas se emocionarem até as lágrimas. Em Sancti Spíritus (a 344 km de Havana), uma idosa, chorando e com uma bandeirola em mãos, nem percebeu a rápida passagem do caixão. Mas nem todas as manifestações eram espontâneas. Um dia antes da passagem do cortejo, estudantes do internato Roberto Coco Peredo, na zona rural da província de Camaguey, ensaiavam, à beira da rodovia, a balançar bandeirolas e a entoar o lema oficial do luto. "Yo soy Fidel!", gritavam em coro os estudantes, enquanto um professor exortava: "Mais alto! Mais alto!". Em comum a todos que esperavam pelo cortejo, elogios a Fidel e declarações de apoio ao regime. As poucas críticas aludiam à difícil situação econômica do país caribenho. "Entrevistar cubanos é extremamente difícil", diz uma jornalista de meio não-estatal, sob a condição do anonimato. "Nunca se sabe o que estão realmente pensando ou qual parte do que pensam não querem que se saiba por medo das consequências." Ao contrário do que dizia a TV estatal, muitos preferiram ignorar a despedida. Em Cienfuegos (a 250 km de Havana), a praça onde existe um ponto de conexão à internet estava cheia de gente com o rosto grudado no celular no momento da caravana. Em Cuba, poucos têm direito de ter internet em casa, e os telefones celulares tampouco se conectam. Presente na homenagem ou alheio a ela, o que ninguém ousou desrespeitar foi a proibição de música em lugares públicos. Mesmo num país de tradição musical, a reportagem não ouviu nenhuma nota ao cruzar o país. Já a venda de álcool ocorria livremente nos hotéis estatais em Havana, onde só há turistas estrangeiros.
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'Mãe de primeira viagem precisa de ajuda', diz gestante auxiliada por SMS
Durante a gestação, o parto e a primeira infância da filha, Isabelly, de seis meses, a catarinense Jéssica Engel, 18, contou com a ajuda de um amigo digital: o SMSBebê. O que é normal? Quando é melhor procurar o médico? Como se alimentar? As dúvidas frequentes para gestantes de primeira viagem foram sanadas em sua maioria pela tecnologia desenvolvida pela Tá.Na.Hora Saúde Digital, que tem Michael Kapps como um de seus fundadores. O russo é um dos finalistas do Prêmio Empreendedor Social de Futuro e também concorre na categoria Escolha do Leitor, que está com votação aberta; participe. "Ser mãe é muito difícil. [...] Tem que estar preparado a todo momento, para qualquer coisa", diz a jovem, que conheceu durante o pré-natal o SMSBebê, serviço oferecido pela prefeitura de Rio Negrinho (SC) a gestantes que utilizam a rede pública de saúde do município. Com o auxílio dos SMS, Jéssica acompanhou com mais segurança as várias etapas o desenvolvimento de sua filha. Leia seu depoimento à Folha. * Foi uma emoção e tanto descobrir que estava grávida. Logo que comecei o pré-natal, entrei no SMSBebê. A doutora me chamou para conversar e me explicou como funcionava. Na hora aceitei porque mãe de primeira viagem sempre precisa de uma ajuda. As mensagens ajudaram muito na preparação do parto. Sempre tem aquele medinho. Vinham dicas para eu me preparar caminhando, conversando com o pai da criança, tendo bastante diálogo em família, pensando em coisas boas para não ficar nervosa. Se não fosse o SMS, se tivesse alguma dúvida teria que ir lá no posto de saúde e perguntar para o médico. Nem sempre a gente tem acesso, tem que ficar marcando consulta. Já SMS é bem fácil. Eles vêm automaticamente e tira as dúvidas que a gente tem na gravidez, com o passo a passo do que precisa fazer, além de ensinar como se sentir confortável durante a gestação. O parto foi sofrido, mas depois tudo compensa. É muito gratificante quando minha filha olha para mim e dá aquele sorrisinho que só ela tem. Quando deu a primeira gargalhada. É muito divino ser mãe. No começo, foi bem difícil, não vou mentir, até porque não tinha experiência nenhuma. O SMS ensina como fazer o bebê dormir, por exemplo. Vieram dicas, para conversar com ela, cantar uma música de ninar. APRENDIZADO A melhor mensagem de texto que recebi pelo celular durante a gravidez foi, na verdade, meu marido que recebeu. "Papai, mime muito sua mulher, a mãe do bebê", dizia o SMS. E veio outra também para ele fazer massagem nos meus pés. Amei. Meu marido sempre foi muito presente. Antes da gestação, durante, depois. Agora, pelos SMS a gente também acompanha passo a passo as vacinas da nossa filha, sempre leva ela certinho [no posto de saúde]. Quando veio uma mensagem da vacina de quatro meses, davam dica também do que fazer no caso de reação. Foi muito importante e é até hoje, porque ainda não aprendi tudo que eu tenho para aprender. Tenho só 18 anos. Tenho responsabilidade, mas ser mãe é muito difícil. Você não sabe a noite que vai conseguir dormir. Ou seja, temos que estar preparados. O maior desafio foi quando tive que passar noites em claro. Pensava: "Será que vou conseguir criá-la?" Sei que ansiedade é comum. Só que eu era ansiosa demais. Daí vinham as mensagens: "Mamãe, fique tranquila. Ansiedade e nervosismo são normais, mas converse com o papai." Aí já dava um ânimo. Quando a neném fica doente, temos que nos controlar e procurar saber o que fazer. Não sou muito calma, mas minha filha também em ensina e me ajuda a ter paciência. DESENVOLVIMENTO Recebi mensagens me ensinado como ajudar a coordenação motora do bebê. Aí a gente vai fazendo e percebendo melhoras. Agora ela segura até mamadeira sozinha. Eu não sabia que tinha de estimular, achei que ia vir dela. Quem vai fazer o seu filho é você mesmo. A gente tem que estar ali para incentivar, dar apoio. O Jefferson também é um pai bem ativo. Como fiz cesárea, Nos primeiros dias, ele trocava, dava banho lá no hospital. Em casa, a minha dieta inteira foi ele que cuidou. Eu não dava conta de tudo sozinha. Pelo SMS, vieram dicas para a alimentação, coisas que eu poderia ingerir, como carne de porco que poderia fazer mal ao bebê. Café também. Achei que podia tomar. Eu não sabia que a cafeína ia deixar o bebê fraco, passar pelo leite. Vieram muitas mensagens assim. Lógico que segui todas as dicas importantes. Não só pensando em mim, mas na minha filha.
empreendedorsocial
'Mãe de primeira viagem precisa de ajuda', diz gestante auxiliada por SMSDurante a gestação, o parto e a primeira infância da filha, Isabelly, de seis meses, a catarinense Jéssica Engel, 18, contou com a ajuda de um amigo digital: o SMSBebê. O que é normal? Quando é melhor procurar o médico? Como se alimentar? As dúvidas frequentes para gestantes de primeira viagem foram sanadas em sua maioria pela tecnologia desenvolvida pela Tá.Na.Hora Saúde Digital, que tem Michael Kapps como um de seus fundadores. O russo é um dos finalistas do Prêmio Empreendedor Social de Futuro e também concorre na categoria Escolha do Leitor, que está com votação aberta; participe. "Ser mãe é muito difícil. [...] Tem que estar preparado a todo momento, para qualquer coisa", diz a jovem, que conheceu durante o pré-natal o SMSBebê, serviço oferecido pela prefeitura de Rio Negrinho (SC) a gestantes que utilizam a rede pública de saúde do município. Com o auxílio dos SMS, Jéssica acompanhou com mais segurança as várias etapas o desenvolvimento de sua filha. Leia seu depoimento à Folha. * Foi uma emoção e tanto descobrir que estava grávida. Logo que comecei o pré-natal, entrei no SMSBebê. A doutora me chamou para conversar e me explicou como funcionava. Na hora aceitei porque mãe de primeira viagem sempre precisa de uma ajuda. As mensagens ajudaram muito na preparação do parto. Sempre tem aquele medinho. Vinham dicas para eu me preparar caminhando, conversando com o pai da criança, tendo bastante diálogo em família, pensando em coisas boas para não ficar nervosa. Se não fosse o SMS, se tivesse alguma dúvida teria que ir lá no posto de saúde e perguntar para o médico. Nem sempre a gente tem acesso, tem que ficar marcando consulta. Já SMS é bem fácil. Eles vêm automaticamente e tira as dúvidas que a gente tem na gravidez, com o passo a passo do que precisa fazer, além de ensinar como se sentir confortável durante a gestação. O parto foi sofrido, mas depois tudo compensa. É muito gratificante quando minha filha olha para mim e dá aquele sorrisinho que só ela tem. Quando deu a primeira gargalhada. É muito divino ser mãe. No começo, foi bem difícil, não vou mentir, até porque não tinha experiência nenhuma. O SMS ensina como fazer o bebê dormir, por exemplo. Vieram dicas, para conversar com ela, cantar uma música de ninar. APRENDIZADO A melhor mensagem de texto que recebi pelo celular durante a gravidez foi, na verdade, meu marido que recebeu. "Papai, mime muito sua mulher, a mãe do bebê", dizia o SMS. E veio outra também para ele fazer massagem nos meus pés. Amei. Meu marido sempre foi muito presente. Antes da gestação, durante, depois. Agora, pelos SMS a gente também acompanha passo a passo as vacinas da nossa filha, sempre leva ela certinho [no posto de saúde]. Quando veio uma mensagem da vacina de quatro meses, davam dica também do que fazer no caso de reação. Foi muito importante e é até hoje, porque ainda não aprendi tudo que eu tenho para aprender. Tenho só 18 anos. Tenho responsabilidade, mas ser mãe é muito difícil. Você não sabe a noite que vai conseguir dormir. Ou seja, temos que estar preparados. O maior desafio foi quando tive que passar noites em claro. Pensava: "Será que vou conseguir criá-la?" Sei que ansiedade é comum. Só que eu era ansiosa demais. Daí vinham as mensagens: "Mamãe, fique tranquila. Ansiedade e nervosismo são normais, mas converse com o papai." Aí já dava um ânimo. Quando a neném fica doente, temos que nos controlar e procurar saber o que fazer. Não sou muito calma, mas minha filha também em ensina e me ajuda a ter paciência. DESENVOLVIMENTO Recebi mensagens me ensinado como ajudar a coordenação motora do bebê. Aí a gente vai fazendo e percebendo melhoras. Agora ela segura até mamadeira sozinha. Eu não sabia que tinha de estimular, achei que ia vir dela. Quem vai fazer o seu filho é você mesmo. A gente tem que estar ali para incentivar, dar apoio. O Jefferson também é um pai bem ativo. Como fiz cesárea, Nos primeiros dias, ele trocava, dava banho lá no hospital. Em casa, a minha dieta inteira foi ele que cuidou. Eu não dava conta de tudo sozinha. Pelo SMS, vieram dicas para a alimentação, coisas que eu poderia ingerir, como carne de porco que poderia fazer mal ao bebê. Café também. Achei que podia tomar. Eu não sabia que a cafeína ia deixar o bebê fraco, passar pelo leite. Vieram muitas mensagens assim. Lógico que segui todas as dicas importantes. Não só pensando em mim, mas na minha filha.
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Parlamentares dos EUA apoiam o Congresso durante impeachment
Parlamentares americanos enviaram na sexta-feira (22) uma carta endereçada ao Senado e à Câmara dos Deputados no Brasil em uma espécie de desagravo ao Congresso durante o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Assinado por dois membros do Congresso americano, Robert B. Aderholt e Juan C. Vargas, o texto, ao qual a Folha teve acesso, afirma que parlamentares dos partidos Republicano e Democrata se reuniram na sexta para "orar" pelo Brasil e esperam que as instituições brasileiras tenham "sabedoria" para "guiar o país por dias melhores dentro da lei". O texto diz que os parlamentares americanos estão "confiantes" de que seus pares no Brasil "serão encorajados e fortalecidos" para vencer o que chamam de "tempos difíceis e desafiadores". "Temos esperança e confiança na democracia brasileira e que as instituições do Brasil terão sabedoria para guiar o país por dias melhores dentro da lei", conclui o documento. Após a Câmara aprovar a abertura do processo de impeachment contra Dilma, no domingo (17), o Senado elege nesta segunda-feira (25) os integrantes da comissão especial que julgará a admissibilidade do processo. Durante o processo, Dilma e seu vice, Michel Temer (PMDB), têm travado uma batalha na imprensa internacional sobre o cenário político no Brasil. A presidente insiste que é vítima de um "golpe" e que "não há base legal" para seu afastamento. A defesa de Dilma alega que as manobras fiscais, utilizadas como base para o pedido de impeachment, não configuram "crime de responsabilidade". Temer, por outro lado, concedeu entrevista a jornais estrangeiros na semana passada para rechaçar a tese de que "conspira contra o governo" e diz que o processo instaurado no Brasil é legítimo.
poder
Parlamentares dos EUA apoiam o Congresso durante impeachmentParlamentares americanos enviaram na sexta-feira (22) uma carta endereçada ao Senado e à Câmara dos Deputados no Brasil em uma espécie de desagravo ao Congresso durante o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Assinado por dois membros do Congresso americano, Robert B. Aderholt e Juan C. Vargas, o texto, ao qual a Folha teve acesso, afirma que parlamentares dos partidos Republicano e Democrata se reuniram na sexta para "orar" pelo Brasil e esperam que as instituições brasileiras tenham "sabedoria" para "guiar o país por dias melhores dentro da lei". O texto diz que os parlamentares americanos estão "confiantes" de que seus pares no Brasil "serão encorajados e fortalecidos" para vencer o que chamam de "tempos difíceis e desafiadores". "Temos esperança e confiança na democracia brasileira e que as instituições do Brasil terão sabedoria para guiar o país por dias melhores dentro da lei", conclui o documento. Após a Câmara aprovar a abertura do processo de impeachment contra Dilma, no domingo (17), o Senado elege nesta segunda-feira (25) os integrantes da comissão especial que julgará a admissibilidade do processo. Durante o processo, Dilma e seu vice, Michel Temer (PMDB), têm travado uma batalha na imprensa internacional sobre o cenário político no Brasil. A presidente insiste que é vítima de um "golpe" e que "não há base legal" para seu afastamento. A defesa de Dilma alega que as manobras fiscais, utilizadas como base para o pedido de impeachment, não configuram "crime de responsabilidade". Temer, por outro lado, concedeu entrevista a jornais estrangeiros na semana passada para rechaçar a tese de que "conspira contra o governo" e diz que o processo instaurado no Brasil é legítimo.
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Ministério do Trabalho embarga obra em terminal rodoviário na Barra
O Ministério do Trabalho embargou, na sexta (10), as obras de ampliação do Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Auditores fiscais encontraram uma série de irregularidades na obra que amplia as vias para a passagem de ônibus e BRTs e que está prevista para ser colocada em prática na Olimpíada, em agosto. A fiscalização emitiu 24 autos de infração contra a empresa responsável pelo serviço pelo descumprimento de normas "em grave e iminente risco à integridade física dos trabalhadores". A Prefeitura do Rio informou que a empresa responsável pela obra já sendo contactada para cumprir com as exigências. A partir daí, uma nova avaliação será feita pelos fiscais para que a obra continue. A modernização do local está orçado em R$ 30 milhões. Entre os problemas encontrados pelos fiscais há falta de sinalização da obra e de isolamento do canteiro, emendas de fiação, falta de aterramentos dos contêineres que serviria como área para os funcionários e entulho na área de trabalho. Os funcionários também foram encontrados sem equipamentos de proteção individual. A ampliação do terminal significa criar 22 posições de embarque e desembarque do BRT, atualmente, são 11 vagas. Há previsão ainda de se construir duas passarelas de pedestres que serão ampliadas, além da construção de uma nova bilheteria.
cotidiano
Ministério do Trabalho embarga obra em terminal rodoviário na BarraO Ministério do Trabalho embargou, na sexta (10), as obras de ampliação do Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Auditores fiscais encontraram uma série de irregularidades na obra que amplia as vias para a passagem de ônibus e BRTs e que está prevista para ser colocada em prática na Olimpíada, em agosto. A fiscalização emitiu 24 autos de infração contra a empresa responsável pelo serviço pelo descumprimento de normas "em grave e iminente risco à integridade física dos trabalhadores". A Prefeitura do Rio informou que a empresa responsável pela obra já sendo contactada para cumprir com as exigências. A partir daí, uma nova avaliação será feita pelos fiscais para que a obra continue. A modernização do local está orçado em R$ 30 milhões. Entre os problemas encontrados pelos fiscais há falta de sinalização da obra e de isolamento do canteiro, emendas de fiação, falta de aterramentos dos contêineres que serviria como área para os funcionários e entulho na área de trabalho. Os funcionários também foram encontrados sem equipamentos de proteção individual. A ampliação do terminal significa criar 22 posições de embarque e desembarque do BRT, atualmente, são 11 vagas. Há previsão ainda de se construir duas passarelas de pedestres que serão ampliadas, além da construção de uma nova bilheteria.
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Gallo se diz 'aliviado' por ser só técnico e segue 32 jogadores para Rio-2016
Alexandre Gallo perdeu a coordenação das categorias de base da CBF após o mau desempenho da seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano do Uruguai, em janeiro, mas diz que uma coisa não teve nada a ver com a outra. Segundo ele, já estava acertada a mudança entre ele e o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, desde setembro de 2014. Hoje, Gallo está "apenas" como treinador dos times sub-20, que entre maio e junho disputará o Mundial da Nova Zelândia, e olímpico (sub-23), que se prepara para os Jogos do Rio-2016. "Eu sou técnico, estava como coordenador por uma contingência. Não tem nada a ver com o resultado essa mudança, foi algo feito porque eu estava sobrecarregado", disse Gallo nesta quinta (26), em Vitória. Nesta sexta (27) a seleção olímpica fará um amistoso contra o Paraguai sub-23, às 21h30, em Cariacica, região metropolitana da capital capixaba. Em entrevista à Folha, o novo coordenador de base da CBF, o ex-palmeirense Erasmo Damiani, disse que os clubes já queriam que Gallo deixasse de acumular os cargos porque viam dificuldade em o profissional se preocupar com questões técnicas e administrativas. "Era realmente muitos afazeres nessas duas questões. Mas acho que fiz um bom trabalho [como coordenador]", disse Gallo. Além de perder a coordenação, Gallo também viu sua comissão técnica, tanto do time sub-20 quanto da equipe olímpica, ser toda trocada. Saiu, por exemplo, seu parceiro de longa data Maurício Copertino, como auxiliar, para a entrada de André Luis Ferreira, atualmente na Ponte Preta e que jogou ao lado de Gilmar Rinaldi e Dunga, técnico da seleção principal, no Inter. "Consultei minha antiga comissão, e eles foram unânimes em dizer para eu seguir em frente e continuar o trabalho. São dois anos e dois meses preparando esse time olímpico, com bons resultados", disse Gallo, afirmando que participou da montagem da nova comissão técnica e que já conhecia os profissionais escolhidos. Gallo repetiu na entrevista o que já havia falado ao presidente eleito Marco Polo Del Nero, quando a possibilidade de ele perder também o cargo de treinador surgiu: não se pode confundir os trabalhos na sub-20 e na olímpica. Mesmo assim, o treinador admite que é uma linha tênue. No Mundial sub-20 de maio e junho, um resultado ruim pode fazer com que ele perca os dois cargos. "Pressão no futebol sempre existe, é uma questão cultural. O importante é deletar as coisas que você percebe ser pessoal e seguir em frente com o trabalho. Tem que ter personalidade e 'caixa' para dominar isso no peito", disse. PREPARAÇÃO OLÍMPICA Gallo disse que enxugou a lista de jogadores que estão sendo observados para os Jogos do Rio. De uma lista inicial de 45 a 50 atletas, esse número já diminuiu para 32. Para os amistosos contra Paraguai sub-23 e México sub-23, este segundo jogo no domingo (29), em São Luis-MA, Gallo pretende colocar em campo os 23 convocados. "Será um time contra o Paraguai, e outro totalmente diferente contra o México. Não posso convocar um jogador que está na Europa e colocá-lo para jogar 15 minutos. É importante o atleta ser observado por 90 minutos", disse Gallo. O técnico ainda terá ao menos mais cinco datas Fifa para convocar os principais atletas que pretende observar para a Olimpíada, com exceção, claro, de Neymar e os outros dois que pretende levar com mais de 23 anos, como conta no regulamento da competição, que estarão servindo o time de Dunga. Esses dois outros dois atletas acima dos 23 anos na Olimpíada devem ser um goleiro e outro atacante. Para o jogo contra o Paraguai, Gallo colocará em campo Jacsson (Inter); Cláudio Winck (Inter), Rodrigo Ely (Avelino), Wallace (Monaco) e Wendell (Bayer Leverkusen); Lucas Silva (Real Madrid), Rodrigo Caio (São Paulo), Rafinha Alcântara (Barcelona) e Felipe Anderson (Lazio); Alisson (Cruzeiro) e Vitinho (Inter).
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Gallo se diz 'aliviado' por ser só técnico e segue 32 jogadores para Rio-2016Alexandre Gallo perdeu a coordenação das categorias de base da CBF após o mau desempenho da seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano do Uruguai, em janeiro, mas diz que uma coisa não teve nada a ver com a outra. Segundo ele, já estava acertada a mudança entre ele e o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, desde setembro de 2014. Hoje, Gallo está "apenas" como treinador dos times sub-20, que entre maio e junho disputará o Mundial da Nova Zelândia, e olímpico (sub-23), que se prepara para os Jogos do Rio-2016. "Eu sou técnico, estava como coordenador por uma contingência. Não tem nada a ver com o resultado essa mudança, foi algo feito porque eu estava sobrecarregado", disse Gallo nesta quinta (26), em Vitória. Nesta sexta (27) a seleção olímpica fará um amistoso contra o Paraguai sub-23, às 21h30, em Cariacica, região metropolitana da capital capixaba. Em entrevista à Folha, o novo coordenador de base da CBF, o ex-palmeirense Erasmo Damiani, disse que os clubes já queriam que Gallo deixasse de acumular os cargos porque viam dificuldade em o profissional se preocupar com questões técnicas e administrativas. "Era realmente muitos afazeres nessas duas questões. Mas acho que fiz um bom trabalho [como coordenador]", disse Gallo. Além de perder a coordenação, Gallo também viu sua comissão técnica, tanto do time sub-20 quanto da equipe olímpica, ser toda trocada. Saiu, por exemplo, seu parceiro de longa data Maurício Copertino, como auxiliar, para a entrada de André Luis Ferreira, atualmente na Ponte Preta e que jogou ao lado de Gilmar Rinaldi e Dunga, técnico da seleção principal, no Inter. "Consultei minha antiga comissão, e eles foram unânimes em dizer para eu seguir em frente e continuar o trabalho. São dois anos e dois meses preparando esse time olímpico, com bons resultados", disse Gallo, afirmando que participou da montagem da nova comissão técnica e que já conhecia os profissionais escolhidos. Gallo repetiu na entrevista o que já havia falado ao presidente eleito Marco Polo Del Nero, quando a possibilidade de ele perder também o cargo de treinador surgiu: não se pode confundir os trabalhos na sub-20 e na olímpica. Mesmo assim, o treinador admite que é uma linha tênue. No Mundial sub-20 de maio e junho, um resultado ruim pode fazer com que ele perca os dois cargos. "Pressão no futebol sempre existe, é uma questão cultural. O importante é deletar as coisas que você percebe ser pessoal e seguir em frente com o trabalho. Tem que ter personalidade e 'caixa' para dominar isso no peito", disse. PREPARAÇÃO OLÍMPICA Gallo disse que enxugou a lista de jogadores que estão sendo observados para os Jogos do Rio. De uma lista inicial de 45 a 50 atletas, esse número já diminuiu para 32. Para os amistosos contra Paraguai sub-23 e México sub-23, este segundo jogo no domingo (29), em São Luis-MA, Gallo pretende colocar em campo os 23 convocados. "Será um time contra o Paraguai, e outro totalmente diferente contra o México. Não posso convocar um jogador que está na Europa e colocá-lo para jogar 15 minutos. É importante o atleta ser observado por 90 minutos", disse Gallo. O técnico ainda terá ao menos mais cinco datas Fifa para convocar os principais atletas que pretende observar para a Olimpíada, com exceção, claro, de Neymar e os outros dois que pretende levar com mais de 23 anos, como conta no regulamento da competição, que estarão servindo o time de Dunga. Esses dois outros dois atletas acima dos 23 anos na Olimpíada devem ser um goleiro e outro atacante. Para o jogo contra o Paraguai, Gallo colocará em campo Jacsson (Inter); Cláudio Winck (Inter), Rodrigo Ely (Avelino), Wallace (Monaco) e Wendell (Bayer Leverkusen); Lucas Silva (Real Madrid), Rodrigo Caio (São Paulo), Rafinha Alcântara (Barcelona) e Felipe Anderson (Lazio); Alisson (Cruzeiro) e Vitinho (Inter).
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Agravamento da crise afeta propostas de reforma política na Câmara
A crise política que se agrava desde a semana passada gera efeito imediato na proposta de reforma política que tramita na Câmara. O primeiro sinal é a defesa maior do "distritão" como sistema eleitoral para o ano que vem em vez da lista preordenada, modelo mais defendido até a primeira quinzena de maio. Pelo "distritão", os candidatos mais votados são os eleitos, não havendo os chamados "puxadores de voto". Por este modelo, a disputa fica mais individualizada, já que todos os candidatos, inclusive deputados e vereadores, são eleitos pela quantidade de votos recebidos. A lista preordenada dá protagonismo aos partidos, que montam a seleção de candidatos. A avaliação que ganhou corpo no Congresso nesta semana é a de que agora a crise atinge todos os partidos, o que prejudicaria inclusive defensores da lista, como o PSDB, que viu o senador Aécio Neves (MG) ser abatido por denúncias de corrupção. "Diante dos acontecimentos, todos os partidos políticos estão desgastados. Começo a observar tendência no 'distritão', onde se valoriza os candidatos individualmente", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), presidente da comissão especial que discute a reforma política, nesta terça-feira (23). Ele argumenta que a ideia mais forte agora é aprovar o "distritão" para a eleição de 2018 e, para 2022, o "distrital misto", sistema pelo qual metade das cadeiras seria preenchida pela lista fechada e a outra metade, por candidatos mais votados por região. A ideia de se criar um fundo geral para financiar campanhas está mantida. Vieira Lima diz acreditar que o "distritão" vai diminuir o número de candidaturas, o que reduziria os gastos eleitorais. O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP) discorda. "Não concordo porque o 'distritão' não combina com financiamento público", afirmou. AÉCIO Outro efeito direto da crise política é a disposição de Cândido de incorporar em seu parecer as propostas da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 282/2016, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), alvo de um pedido de prisão feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e que será avaliado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O texto de Aécio trata da vedação às coligações partidárias e estabelece uma cláusula de desempenho para os partidos, itens já abordados na última versão do relatório de Cândido. A comissão para analisar esta PEC do senador tucano não chegou a ser instalada. DIRETAS Tanto o presidente da comissão como o relator afirmaram que não pretendem incorporar no parecer qualquer regulamentação às eleições indiretas que ocorrem caso Michel Temer deixe a Presidência da República. "Teoricamente poderia tudo. O que não pode é passar a impressão de que está se discutindo agora por causa da crise. Até porque você tem um presidente", afirmou Lúcio Vieira Lima. "Não quero misturar essas coisas. É outro ritual. Tem a ver, mas é outra dinâmica", disse Vicente Cândido. Atualmente, está em tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara uma PEC que estabelece eleições diretas. A PEC do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) sugere que, em caso de vacância do cargo de presidente em até seis meses do fim do mandato, novas eleições diretas sejam convocadas no país. O texto é uma proposta de mudança à Constituição, que atualmente diz que, em caso de queda do presidente tendo decorrido pelo menos dois anos do mandato, o próximo ocupante deve ser escolhido por eleições indiretas, ou seja, pelo Parlamento.
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Agravamento da crise afeta propostas de reforma política na CâmaraA crise política que se agrava desde a semana passada gera efeito imediato na proposta de reforma política que tramita na Câmara. O primeiro sinal é a defesa maior do "distritão" como sistema eleitoral para o ano que vem em vez da lista preordenada, modelo mais defendido até a primeira quinzena de maio. Pelo "distritão", os candidatos mais votados são os eleitos, não havendo os chamados "puxadores de voto". Por este modelo, a disputa fica mais individualizada, já que todos os candidatos, inclusive deputados e vereadores, são eleitos pela quantidade de votos recebidos. A lista preordenada dá protagonismo aos partidos, que montam a seleção de candidatos. A avaliação que ganhou corpo no Congresso nesta semana é a de que agora a crise atinge todos os partidos, o que prejudicaria inclusive defensores da lista, como o PSDB, que viu o senador Aécio Neves (MG) ser abatido por denúncias de corrupção. "Diante dos acontecimentos, todos os partidos políticos estão desgastados. Começo a observar tendência no 'distritão', onde se valoriza os candidatos individualmente", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), presidente da comissão especial que discute a reforma política, nesta terça-feira (23). Ele argumenta que a ideia mais forte agora é aprovar o "distritão" para a eleição de 2018 e, para 2022, o "distrital misto", sistema pelo qual metade das cadeiras seria preenchida pela lista fechada e a outra metade, por candidatos mais votados por região. A ideia de se criar um fundo geral para financiar campanhas está mantida. Vieira Lima diz acreditar que o "distritão" vai diminuir o número de candidaturas, o que reduziria os gastos eleitorais. O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP) discorda. "Não concordo porque o 'distritão' não combina com financiamento público", afirmou. AÉCIO Outro efeito direto da crise política é a disposição de Cândido de incorporar em seu parecer as propostas da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 282/2016, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), alvo de um pedido de prisão feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e que será avaliado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O texto de Aécio trata da vedação às coligações partidárias e estabelece uma cláusula de desempenho para os partidos, itens já abordados na última versão do relatório de Cândido. A comissão para analisar esta PEC do senador tucano não chegou a ser instalada. DIRETAS Tanto o presidente da comissão como o relator afirmaram que não pretendem incorporar no parecer qualquer regulamentação às eleições indiretas que ocorrem caso Michel Temer deixe a Presidência da República. "Teoricamente poderia tudo. O que não pode é passar a impressão de que está se discutindo agora por causa da crise. Até porque você tem um presidente", afirmou Lúcio Vieira Lima. "Não quero misturar essas coisas. É outro ritual. Tem a ver, mas é outra dinâmica", disse Vicente Cândido. Atualmente, está em tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara uma PEC que estabelece eleições diretas. A PEC do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) sugere que, em caso de vacância do cargo de presidente em até seis meses do fim do mandato, novas eleições diretas sejam convocadas no país. O texto é uma proposta de mudança à Constituição, que atualmente diz que, em caso de queda do presidente tendo decorrido pelo menos dois anos do mandato, o próximo ocupante deve ser escolhido por eleições indiretas, ou seja, pelo Parlamento.
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Se conselho fosse bom...
Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, abriu a reunião com os presidentes de clubes na segunda-feira passada dizendo que quem tivesse dúvidas sobre seu envolvimento no caso das propinas da Fifa poderia fazer perguntas. Nenhum presidente de clube levantou a mão. A chance de haver renúncia e novas eleições na CBF é aparecer um negócio irregular nos Estados Unidos, como nos casos de José Maria Marin, Rafael Esquivel, Eugenio Figueredo e Eduardo Li. Ser ou não ser o coconspirador 12: eis a questão. Enquanto isso, os movimentos na CBF são de estudioso jogador de xadrez. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, a mais sóbria voz na discussão sobre a Lei de Responsabilidade, diz perceber um sopro de modernização. Para ele, a CBF avança para ter administração mais transparente. Talvez até por se notar que não há mais espaço para tanta sujeira, depois de tantos anos de roubalheira. Talvez... Houve quem entendesse a reunião na CBF na segunda-feira passada como um cala-boca pela criação do conselho técnico e por ampliar o poder dos clubes na organização do Brasileirão. Não é assim tão simples. O presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, perguntou sobre o interesse de todos na criação da liga, que funcionaria como a Premier League (na Inglaterra) ou a Bundesliga (na Alemanha) e cuidaria de todos os detalhes do Brasileirão. Só o Fluminense saiu da reunião com prazer em discutir a ideia. Há razão econômica para isso: Atlético-PR e Fluminense estão muito abaixo de Flamengo e Corinthians na divisão do dinheiro da televisão. O Corinthians, vice-campeão no rateio, não quer nem ouvir falar em liga e o Flamengo, campeão na divisão do dinheiro, tem uma visão objetiva: "Será bobagem se quiserem criar a liga só para discutir a TV", diz Eduardo Bandeira de Mello. COMO UMA EMPRESA A liga seria muito melhor do que o conselho técnico, porque poderia funcionar como uma empresa –ou efetivamente ser uma. Teria diretor de marketing, gestor de produto, cuidado com detalhes desde a qualidade dos gramados utilizados até a iluminação de cada estádio. Nos tempos das velhas raposas, das quais Marco Polo foi vice-presidente, Eduardo José Farah costumava ter o livro de Tomás Mazzoni em sua mesa. Falava aos jornalistas: "Vocês falam em liga, mas vejo aqui na página tal que havia duas ligas em São Paulo em 1935. Não funcionava e havia dois campeonatos, por causa da divisão..." Anos depois deste blá, blá, blá, Farah se tornou fundador e presidente da Liga Rio-São Paulo. O conselho técnico é muito pior do que a Liga, mas ela só será boa se seguir preceitos fundamentais. O Brasileirão tem de ser o melhor campeonato da América. Caso contrário, até ladrões –que têm de ir para a cadeia– vão perder dinheiro.
colunas
Se conselho fosse bom...Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, abriu a reunião com os presidentes de clubes na segunda-feira passada dizendo que quem tivesse dúvidas sobre seu envolvimento no caso das propinas da Fifa poderia fazer perguntas. Nenhum presidente de clube levantou a mão. A chance de haver renúncia e novas eleições na CBF é aparecer um negócio irregular nos Estados Unidos, como nos casos de José Maria Marin, Rafael Esquivel, Eugenio Figueredo e Eduardo Li. Ser ou não ser o coconspirador 12: eis a questão. Enquanto isso, os movimentos na CBF são de estudioso jogador de xadrez. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, a mais sóbria voz na discussão sobre a Lei de Responsabilidade, diz perceber um sopro de modernização. Para ele, a CBF avança para ter administração mais transparente. Talvez até por se notar que não há mais espaço para tanta sujeira, depois de tantos anos de roubalheira. Talvez... Houve quem entendesse a reunião na CBF na segunda-feira passada como um cala-boca pela criação do conselho técnico e por ampliar o poder dos clubes na organização do Brasileirão. Não é assim tão simples. O presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, perguntou sobre o interesse de todos na criação da liga, que funcionaria como a Premier League (na Inglaterra) ou a Bundesliga (na Alemanha) e cuidaria de todos os detalhes do Brasileirão. Só o Fluminense saiu da reunião com prazer em discutir a ideia. Há razão econômica para isso: Atlético-PR e Fluminense estão muito abaixo de Flamengo e Corinthians na divisão do dinheiro da televisão. O Corinthians, vice-campeão no rateio, não quer nem ouvir falar em liga e o Flamengo, campeão na divisão do dinheiro, tem uma visão objetiva: "Será bobagem se quiserem criar a liga só para discutir a TV", diz Eduardo Bandeira de Mello. COMO UMA EMPRESA A liga seria muito melhor do que o conselho técnico, porque poderia funcionar como uma empresa –ou efetivamente ser uma. Teria diretor de marketing, gestor de produto, cuidado com detalhes desde a qualidade dos gramados utilizados até a iluminação de cada estádio. Nos tempos das velhas raposas, das quais Marco Polo foi vice-presidente, Eduardo José Farah costumava ter o livro de Tomás Mazzoni em sua mesa. Falava aos jornalistas: "Vocês falam em liga, mas vejo aqui na página tal que havia duas ligas em São Paulo em 1935. Não funcionava e havia dois campeonatos, por causa da divisão..." Anos depois deste blá, blá, blá, Farah se tornou fundador e presidente da Liga Rio-São Paulo. O conselho técnico é muito pior do que a Liga, mas ela só será boa se seguir preceitos fundamentais. O Brasileirão tem de ser o melhor campeonato da América. Caso contrário, até ladrões –que têm de ir para a cadeia– vão perder dinheiro.
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Decisão de Doria de congelar tarifa de ônibus cria problema para Alckmin
O prefeito eleito João Doria (PSDB-SP) tomou a decisão de congelar por um ano as tarifas de ônibus sem qualquer consulta a Geraldo Alckmin, seu padrinho político. "Não falamos sobre esse assunto especificamente", diz ele. Metrô e ônibus têm tarifas idênticas e são quase sempre reajustados em conjunto, cobrando os mesmos preços. TÁ DECIDIDO Doria acabou criando um problema para Alckmin, que estaria agora entre a cruz e a caldeirinha: ou reajusta sozinho as passagens do Metrô, numa medida que será ainda mais impopular diante do congelamento dos ônibus, ou segue o prefeito e mantém as passagens. BURACO O Metrô já enfrenta hoje problemas financeiros, com a queda de passageiros pagantes e o aumento de beneficiários de gratuidades e descontos, como estudantes, idosos e deficientes. O governo deveria reembolsar o que a empresa deixa de arrecadar com os passes livres, mas no ano passado deixou de repassar R$ 66 milhões dos R$ 330 milhões previstos. BURACO 2 Em 2015, a empresa arrecadou R$ 1,7 bilhão com receitas tarifárias. Em 2016, espera arrecadar R$ 60 milhões a menos. Com menos recursos, o Metrô corta custos de operação, o que prejudica a manutenção de trens e a qualidade do serviço. REVISÃO Doria escalou a vereadora eleita Soninha Francine (PPS) para passar um pente-fino nos programas sociais executados pela gestão Fernando Haddad (PT). ESTIMADA SONINHA Doria sinaliza que a vereadora terá papel importante em sua equipe de governo na área social. Diz que tem "enorme estima" pela vereadora e que ela é "conhecedora e estudiosa dos temas das minorias". CONEXÃO A convocação do ator José de Abreu para depor na CPI da Rouanet volta a ser discutida na Câmara dos Deputados. A votação seria nesta quinta (6), mas a reunião foi adiada para a manhã da próxima terça (11). Autor do pedido, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) diz ter "convicção" de que ele será aprovado. "Faltam só dois votos." O parlamentar afirma que o ator tem um projeto inadimplente. Abreu diz ter prestado contas, mas se dispõe a comparecer. CONEXÃO 2 Abreu tem dito que, como mora em Paris, precisaria que a CPI pagasse sua ida a Brasília. "A Câmara tem os recursos para mandar buscá-lo na França ou na China, onde ele estiver", diz o deputado. "Eu pagaria nem que fosse do meu próprio bolso." CAFÉ COM LEITE A Fundação Bienal vai abrir um café no pavilhão do prédio projetado por Oscar Niemeyer. O espaço, que será inaugurado nesta sexta (7), será administrado por uma empresa terceirizada e ficará aberto permanentemente, não apenas nos anos de realização da Bienal de São Paulo. O café terá um deck de madeira do lado externo, wifi livre e opções orgânicas no cardápio. A verba gerada pelo espaço deve ajudar a manter a fundação. ACELERA E FREIA A Prefeitura de São Paulo aumentou em 8% o preço dos ônibus expressos para o GP de Fórmula-1, no Autódromo de Interlagos, em 12 e 13 de novembro. O bilhete de ida e volta custará R$ 38 por dia; a passagem em sentido único sairá por R$ 27. Assim como nos outros anos, o serviço sairá das estações República, Jabaquara e Trianon-Masp, do Aeroporto de Congonhas e dos shoppings Interlagos e SP Market. - PODER FEMININO O Prêmio Claudia anunciou as vencedoras na terça (4) no Teatro Santander, com apresentação do ator Eduardo Moscovis e show da cantora Paula Lima. Neide Santos, do projeto Vida Corrida, foi condecorada na categoria trabalho social, e Maria da Penha, cujo caso de agressão deu origem à Lei Maria da Penha, recebeu o prêmio "hors-concours", entregue pela atriz e modelo Luiza Brunet. A apresentadora Chris Flores e a jornalista Alexandra Loras, ex-consulesa da França, foram ao evento. - TODO DIA É DIA O espetáculo "Hoje É Dia de Maria – A Fábula Musical" estreou na sexta (30) no Teatro Cetip. Ligia Paula Machado interpreta a protagonista e divide com Dan Rosseto a direção geral. Os atores Julia Foti, Bruno Torres e Clovys Torres estiveram na primeira sessão. - CURTO-CIRCUITO Claudia Matarazzo faz palestra sobre etiqueta empresarial nesta quinta (6) no CIEE, às 19h, e lança seu portal de educação a distância, o Claudia Matarazzo Ensina. A marca de acessórios Ceres será lançada nesta quinta (6), no Jardim Europa, das 17h às 22h. Com vendas em prol do Projeto Arrastão. João Pombo Barile fala no CCBB de Belo Horizonte sobre jornais literários, nesta quinta (6), no Circuito das Letras. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO
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Decisão de Doria de congelar tarifa de ônibus cria problema para AlckminO prefeito eleito João Doria (PSDB-SP) tomou a decisão de congelar por um ano as tarifas de ônibus sem qualquer consulta a Geraldo Alckmin, seu padrinho político. "Não falamos sobre esse assunto especificamente", diz ele. Metrô e ônibus têm tarifas idênticas e são quase sempre reajustados em conjunto, cobrando os mesmos preços. TÁ DECIDIDO Doria acabou criando um problema para Alckmin, que estaria agora entre a cruz e a caldeirinha: ou reajusta sozinho as passagens do Metrô, numa medida que será ainda mais impopular diante do congelamento dos ônibus, ou segue o prefeito e mantém as passagens. BURACO O Metrô já enfrenta hoje problemas financeiros, com a queda de passageiros pagantes e o aumento de beneficiários de gratuidades e descontos, como estudantes, idosos e deficientes. O governo deveria reembolsar o que a empresa deixa de arrecadar com os passes livres, mas no ano passado deixou de repassar R$ 66 milhões dos R$ 330 milhões previstos. BURACO 2 Em 2015, a empresa arrecadou R$ 1,7 bilhão com receitas tarifárias. Em 2016, espera arrecadar R$ 60 milhões a menos. Com menos recursos, o Metrô corta custos de operação, o que prejudica a manutenção de trens e a qualidade do serviço. REVISÃO Doria escalou a vereadora eleita Soninha Francine (PPS) para passar um pente-fino nos programas sociais executados pela gestão Fernando Haddad (PT). ESTIMADA SONINHA Doria sinaliza que a vereadora terá papel importante em sua equipe de governo na área social. Diz que tem "enorme estima" pela vereadora e que ela é "conhecedora e estudiosa dos temas das minorias". CONEXÃO A convocação do ator José de Abreu para depor na CPI da Rouanet volta a ser discutida na Câmara dos Deputados. A votação seria nesta quinta (6), mas a reunião foi adiada para a manhã da próxima terça (11). Autor do pedido, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) diz ter "convicção" de que ele será aprovado. "Faltam só dois votos." O parlamentar afirma que o ator tem um projeto inadimplente. Abreu diz ter prestado contas, mas se dispõe a comparecer. CONEXÃO 2 Abreu tem dito que, como mora em Paris, precisaria que a CPI pagasse sua ida a Brasília. "A Câmara tem os recursos para mandar buscá-lo na França ou na China, onde ele estiver", diz o deputado. "Eu pagaria nem que fosse do meu próprio bolso." CAFÉ COM LEITE A Fundação Bienal vai abrir um café no pavilhão do prédio projetado por Oscar Niemeyer. O espaço, que será inaugurado nesta sexta (7), será administrado por uma empresa terceirizada e ficará aberto permanentemente, não apenas nos anos de realização da Bienal de São Paulo. O café terá um deck de madeira do lado externo, wifi livre e opções orgânicas no cardápio. A verba gerada pelo espaço deve ajudar a manter a fundação. ACELERA E FREIA A Prefeitura de São Paulo aumentou em 8% o preço dos ônibus expressos para o GP de Fórmula-1, no Autódromo de Interlagos, em 12 e 13 de novembro. O bilhete de ida e volta custará R$ 38 por dia; a passagem em sentido único sairá por R$ 27. Assim como nos outros anos, o serviço sairá das estações República, Jabaquara e Trianon-Masp, do Aeroporto de Congonhas e dos shoppings Interlagos e SP Market. - PODER FEMININO O Prêmio Claudia anunciou as vencedoras na terça (4) no Teatro Santander, com apresentação do ator Eduardo Moscovis e show da cantora Paula Lima. Neide Santos, do projeto Vida Corrida, foi condecorada na categoria trabalho social, e Maria da Penha, cujo caso de agressão deu origem à Lei Maria da Penha, recebeu o prêmio "hors-concours", entregue pela atriz e modelo Luiza Brunet. A apresentadora Chris Flores e a jornalista Alexandra Loras, ex-consulesa da França, foram ao evento. - TODO DIA É DIA O espetáculo "Hoje É Dia de Maria – A Fábula Musical" estreou na sexta (30) no Teatro Cetip. Ligia Paula Machado interpreta a protagonista e divide com Dan Rosseto a direção geral. Os atores Julia Foti, Bruno Torres e Clovys Torres estiveram na primeira sessão. - CURTO-CIRCUITO Claudia Matarazzo faz palestra sobre etiqueta empresarial nesta quinta (6) no CIEE, às 19h, e lança seu portal de educação a distância, o Claudia Matarazzo Ensina. A marca de acessórios Ceres será lançada nesta quinta (6), no Jardim Europa, das 17h às 22h. Com vendas em prol do Projeto Arrastão. João Pombo Barile fala no CCBB de Belo Horizonte sobre jornais literários, nesta quinta (6), no Circuito das Letras. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO
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Acidente em rodovia no Equador deixa ao menos 19 mortos e 17 feridos
Um acidente em uma rodovia na costa do Equador envolvendo um ônibus e um veículo escolar deixou ao menos 19 mortos e 17 feridos, informou o Serviço Integrado de Seguridade EQU 911. "Até o momento se registram 19 mortos", indicou o órgão, que não soube informar qual o número de passageiros que viajavam no ônibus de serviço interprovincial. Uma fonte do Serviço de Segurança Integrada indicou que o veículo escolar "não cumpria uma rota", pois não levava estudantes. Os 17 feridos, alguns deles graves, foram encaminhados a vários hospitais como do porto de Guaiaquil, acrescentou o EQU 911. O acidente ocorreu entre as localidades costeiras de Yaguachi e Milagro (região sudoeste do Equador), informou o serviço de emergências. Além do ônibus e do veículo escolar, um veículo 4x4 também foi atingido. Os acidentes em rodovia aparecem entre as maiores causas de mortalidade no Equador.
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Acidente em rodovia no Equador deixa ao menos 19 mortos e 17 feridosUm acidente em uma rodovia na costa do Equador envolvendo um ônibus e um veículo escolar deixou ao menos 19 mortos e 17 feridos, informou o Serviço Integrado de Seguridade EQU 911. "Até o momento se registram 19 mortos", indicou o órgão, que não soube informar qual o número de passageiros que viajavam no ônibus de serviço interprovincial. Uma fonte do Serviço de Segurança Integrada indicou que o veículo escolar "não cumpria uma rota", pois não levava estudantes. Os 17 feridos, alguns deles graves, foram encaminhados a vários hospitais como do porto de Guaiaquil, acrescentou o EQU 911. O acidente ocorreu entre as localidades costeiras de Yaguachi e Milagro (região sudoeste do Equador), informou o serviço de emergências. Além do ônibus e do veículo escolar, um veículo 4x4 também foi atingido. Os acidentes em rodovia aparecem entre as maiores causas de mortalidade no Equador.
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Dorival diz que pênalti mudou clássico e fala em injustiça com David Braz
O técnico Dorival Júnior, do Santos, ficou bem irritado com a marcação do pênalti para o Corinthians, lance que possibilitou o time paulistano abrir o placar na vitoria por 2 a 0, no Itaquerão, neste domingo (20), pelo Campeonato Brasileiro. Mas não mais irritado do que com a injusta expulsão do zagueiro David Braz por supostamente cometer a falta —o defensor nem sequer estava no lance que gerou a penalidade. A arbitragem viu pênalti no atacante Vagner Love, do Corinthians, aos 34 min do segundo tempo, após lance com o lateral esquerdo Zeca, do Santos.  "O árbitro voltou atrás após a interferência do bandeira, mas o bandeira não viu um toque de mão de Vagner Love. Eu tive a percepção que o Vagner tentou o chute e nesse momento houve um toque por trás, não deu para precisar se foi na bola ou no Vagner, mas deu para ver que ele [Vagner] fez o domínio da bola ajudado pelas mãos", disse o treinador santista, após o clássico. "O Corinthians foi superior durante o primeiro tempo, mas no segundo tempo não era superior. Nós mudamos, fazíamos uma boa apresentação, empurramos o Corinthians para o campo de defesa, mas teve o pênalti e isso mudou a história do clássico", lamentou Dorival Jr. Sobre David Braz, o treinador foi ainda mais duro nas críticas. "David nem sequer estava na jogada, ele estava adentrando a grande área. Dentro de campo, a arbitragem colocou para os jogadores que a expulsão foi por causa da penalidade. Mas tenho certeza que na súmula o árbitro vai colocar que houve agressão verbal do David para justificar a expulsão", afirmou Dorival. Veja vídeo CONFISSÃO E CONFUSÃO  Após o jogo, o lateral esquerdo Zeca admitiu que cometeu a penalidade em Vagner Love. "Realmente foi pênalti, eu estava na jogada e não o David Braz", disse Zeca, que depois foi questionado porque não assumiu a culpa para a arbitragem. "Eu falei para o árbitro que eu estava na jogada e ele tinha de me expulsar". A expulsão de David Braz teve outra consequência. Ao sair de campo, o zagueiro teve uma discussão com o técnico Tite. Os dois foram separados pelos jogadores que estavam no banco de reservas de Santos e Corinthians. O comandante do time paulistano não quis falar sobre o assunto. "Estava de cabeça quente naquele momento. Tenho muito respeito pelo Tite, ele me lançou no Palmeiras. Já pedi desculpas e o assunto é página virada para mim", disse o defensor.
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Dorival diz que pênalti mudou clássico e fala em injustiça com David BrazO técnico Dorival Júnior, do Santos, ficou bem irritado com a marcação do pênalti para o Corinthians, lance que possibilitou o time paulistano abrir o placar na vitoria por 2 a 0, no Itaquerão, neste domingo (20), pelo Campeonato Brasileiro. Mas não mais irritado do que com a injusta expulsão do zagueiro David Braz por supostamente cometer a falta —o defensor nem sequer estava no lance que gerou a penalidade. A arbitragem viu pênalti no atacante Vagner Love, do Corinthians, aos 34 min do segundo tempo, após lance com o lateral esquerdo Zeca, do Santos.  "O árbitro voltou atrás após a interferência do bandeira, mas o bandeira não viu um toque de mão de Vagner Love. Eu tive a percepção que o Vagner tentou o chute e nesse momento houve um toque por trás, não deu para precisar se foi na bola ou no Vagner, mas deu para ver que ele [Vagner] fez o domínio da bola ajudado pelas mãos", disse o treinador santista, após o clássico. "O Corinthians foi superior durante o primeiro tempo, mas no segundo tempo não era superior. Nós mudamos, fazíamos uma boa apresentação, empurramos o Corinthians para o campo de defesa, mas teve o pênalti e isso mudou a história do clássico", lamentou Dorival Jr. Sobre David Braz, o treinador foi ainda mais duro nas críticas. "David nem sequer estava na jogada, ele estava adentrando a grande área. Dentro de campo, a arbitragem colocou para os jogadores que a expulsão foi por causa da penalidade. Mas tenho certeza que na súmula o árbitro vai colocar que houve agressão verbal do David para justificar a expulsão", afirmou Dorival. Veja vídeo CONFISSÃO E CONFUSÃO  Após o jogo, o lateral esquerdo Zeca admitiu que cometeu a penalidade em Vagner Love. "Realmente foi pênalti, eu estava na jogada e não o David Braz", disse Zeca, que depois foi questionado porque não assumiu a culpa para a arbitragem. "Eu falei para o árbitro que eu estava na jogada e ele tinha de me expulsar". A expulsão de David Braz teve outra consequência. Ao sair de campo, o zagueiro teve uma discussão com o técnico Tite. Os dois foram separados pelos jogadores que estavam no banco de reservas de Santos e Corinthians. O comandante do time paulistano não quis falar sobre o assunto. "Estava de cabeça quente naquele momento. Tenho muito respeito pelo Tite, ele me lançou no Palmeiras. Já pedi desculpas e o assunto é página virada para mim", disse o defensor.
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Combate ao narcotráfico é mais eficiente sem os EUA, diz Morales
O presidente boliviano Evo Morales assumiu nesta quinta-feira (22) seu terceiro mandato afirmando que nacionalizar o combate ao narcotráfico dá mais resultados do que com a ajuda dos EUA. Voltou, ainda, a reivindicar parte do território chileno por conta do acesso ao mar e justificou sua continuidade no poder, apesar de a atual Constituição boliviana só permitir uma reeleição. A cerimônia, que ocorreu na Assembleia Legislativa, foi assistida pelos presidentes Dilma (Brasil), Nicolás Maduro (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e Horacio Cartes (Paraguai), além do vice argentino Amado Boudou e representações de outros países. DILMA Dilma chegou a La Paz momentos antes de a cerimônia começar e saiu, sem dar declarações, logo após a foto oficial. Sorridente e vestida de casaco verde, a presidente vestiu o poncho cor-de-rosa oferecido no aeroporto e posou para fotos. No ano passado, Morales havia reclamado que a presidente jamais visitara a Bolívia, ao contrário de seu antecessor, Lula. A relação entre os dois países havia ficado chamuscada após a fuga do senador oposicionista Roger Pinto promovida por funcionário do Itamaraty em La Paz. Até hoje, a embaixada brasileira na Bolívia encontra-se sem um titular. EUA "Quero pedir desculpas à comitiva norte-americana, mas sem vocês nós somos eficazes na luta contra o narcotráfico. Quando tínhamos a DEA (Drug Enforcement Administration) aqui, nos deixaram com 34 mil hectareas de plantação de coca, agora temos 22 mil e boa parte é dedicada à coca para consumo legal." CHILE Morales também afirmou que insistirá junto à Corte de Haya e a outros organismos internacionais pela reivindicação boliviana de saída ao mar, através do atual território chileno. O impasse, que desencadeou a Guerra do Pacífico em 1879 se estende diante da negativa do Chile em negociar. Os chilenos pedem respeito a um acordo firmado entre os dois países em 1904, em que a Bolívia foi restituída financeiramente pelo território. Depois da notícias de que o papa Francisco interviria em favor dos bolivianos, a presidente Michele Bachelet decidiu não comparecer à posse. "Vamos voltar a ver o mar, é nossa vocação, o Império que aqui existia antigamente tinha litoral", afirmou Morales. O boliviano começou seu discurso defendendo os avanços de sua gestão, que completou nove anos, na redução da pobreza (hoje em 11%) e no bom crescimento do país (5,5% no ano passado). "Vamos reduzir a um dígito o índice de pobreza, e melhoraremos a saúde para evitar que bolivianos tenham de se tratar no exterior", disse, mencionando o Brasil. Morales concorreu ao terceiro mandato após a Corte Suprema avaliar que, devido à mudança da Constituição em 2009, o presidente estaria, tecnicamente, apenas no segundo mandato. "Nunca nenhum projeto político teve tanta popularidade na Bolívia. Vencemos três eleições com mais de 50%, 60% dos votos, e temos maioria no parlamento", concluiu. INTERNACIONAL Ao final, Morales saiu ao balcão do palácio de governo, na plaza Murillo, e cantou junto ao vice, Álvaro García Linera, Rafael Correa e Boudou a Internacional Socialista. O vice argentino parecia alheio à comoção nacional que a morte do promotor Alberto Nisman causou em seu país. Sorrindo o tempo todo e fazendo o sinal de paz e amor com os dedos, Boudou também não quis dar declarações sobre a crise envolvendo a gestão Cristina Kirchner.
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Combate ao narcotráfico é mais eficiente sem os EUA, diz MoralesO presidente boliviano Evo Morales assumiu nesta quinta-feira (22) seu terceiro mandato afirmando que nacionalizar o combate ao narcotráfico dá mais resultados do que com a ajuda dos EUA. Voltou, ainda, a reivindicar parte do território chileno por conta do acesso ao mar e justificou sua continuidade no poder, apesar de a atual Constituição boliviana só permitir uma reeleição. A cerimônia, que ocorreu na Assembleia Legislativa, foi assistida pelos presidentes Dilma (Brasil), Nicolás Maduro (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e Horacio Cartes (Paraguai), além do vice argentino Amado Boudou e representações de outros países. DILMA Dilma chegou a La Paz momentos antes de a cerimônia começar e saiu, sem dar declarações, logo após a foto oficial. Sorridente e vestida de casaco verde, a presidente vestiu o poncho cor-de-rosa oferecido no aeroporto e posou para fotos. No ano passado, Morales havia reclamado que a presidente jamais visitara a Bolívia, ao contrário de seu antecessor, Lula. A relação entre os dois países havia ficado chamuscada após a fuga do senador oposicionista Roger Pinto promovida por funcionário do Itamaraty em La Paz. Até hoje, a embaixada brasileira na Bolívia encontra-se sem um titular. EUA "Quero pedir desculpas à comitiva norte-americana, mas sem vocês nós somos eficazes na luta contra o narcotráfico. Quando tínhamos a DEA (Drug Enforcement Administration) aqui, nos deixaram com 34 mil hectareas de plantação de coca, agora temos 22 mil e boa parte é dedicada à coca para consumo legal." CHILE Morales também afirmou que insistirá junto à Corte de Haya e a outros organismos internacionais pela reivindicação boliviana de saída ao mar, através do atual território chileno. O impasse, que desencadeou a Guerra do Pacífico em 1879 se estende diante da negativa do Chile em negociar. Os chilenos pedem respeito a um acordo firmado entre os dois países em 1904, em que a Bolívia foi restituída financeiramente pelo território. Depois da notícias de que o papa Francisco interviria em favor dos bolivianos, a presidente Michele Bachelet decidiu não comparecer à posse. "Vamos voltar a ver o mar, é nossa vocação, o Império que aqui existia antigamente tinha litoral", afirmou Morales. O boliviano começou seu discurso defendendo os avanços de sua gestão, que completou nove anos, na redução da pobreza (hoje em 11%) e no bom crescimento do país (5,5% no ano passado). "Vamos reduzir a um dígito o índice de pobreza, e melhoraremos a saúde para evitar que bolivianos tenham de se tratar no exterior", disse, mencionando o Brasil. Morales concorreu ao terceiro mandato após a Corte Suprema avaliar que, devido à mudança da Constituição em 2009, o presidente estaria, tecnicamente, apenas no segundo mandato. "Nunca nenhum projeto político teve tanta popularidade na Bolívia. Vencemos três eleições com mais de 50%, 60% dos votos, e temos maioria no parlamento", concluiu. INTERNACIONAL Ao final, Morales saiu ao balcão do palácio de governo, na plaza Murillo, e cantou junto ao vice, Álvaro García Linera, Rafael Correa e Boudou a Internacional Socialista. O vice argentino parecia alheio à comoção nacional que a morte do promotor Alberto Nisman causou em seu país. Sorrindo o tempo todo e fazendo o sinal de paz e amor com os dedos, Boudou também não quis dar declarações sobre a crise envolvendo a gestão Cristina Kirchner.
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Quadrilha explode carro-forte na Anhanguera; tiroteio deixa 2 feridos
Uma quadrilha explodiu o cofre de um carro-forte e roubou o dinheiro na manhã desta quarta-feira (6) na rodovia Anhanguera, em Luiz Antônio (a 275 km de São Paulo), próximo a Ribeirão Preto. Antes da explosão, duas pessoas ficaram feridas após troca de tiros dos bandidos com vigilantes. De acordo com a polícia, os ladrões agiram por volta das 9h20 no km 266 da rodovia, no sentido interior-capital. Eles estavam em um veículo Land Rover, que foi usado para interceptar o carro-forte. Após intensa troca de tiros, a quadrilha conseguiu render os vigilantes do carro-forte e explodiu o cofre. No tiroteio, duas pessoas se feriram e foram socorridas no pronto-atendimento de Cravinhos, cidade próxima ao local do crime. Segundo a concessionária Autovias, que administra o trecho da rodovia, foram socorridos um vigia, atingido na perna, e o motorista de um caminhão que passava pelo local e levou um tiro de raspão na cabeça. O valor roubado não foi revelado. Após o roubo, a quadrilha fugiu no veículo sentido interior-capital. O carro foi encontrado queimado numa estrada rural três quilômetros à frente do local do crime. O carro-forte estava sendo retirado do canteiro central da rodovia na tarde desta quarta, com marcas de tiros de fuzil principalmente na parte traseira. O veículo usado pela quadrilha foi comprado nos últimos dias numa loja de Pirassununga, segundo investigação policial. Policiais militares foram informados de que o comprador era de Leme (a 188 km de São Paulo), mas o endereço fornecido por ele está abandonado, segundo a polícia. TIROS NA MADRUGADA A ação registrada em Luiz Antônio não foi a única envolvendo quadrilhas nesta quarta-feira. Em Cerquilho, na região de Sorocaba, o assalto a uma agência do Banco do Brasil na madrugada levou pânico aos moradores da cidade. Por volta das 4h, explosões e rajadas de tiros de fuzil puderam ser ouvidas na região central da cidade. A ação, que durou cerca de 20 minutos, deixou caixas eletrônicos e a fachada do banco destruídos. O prédio da prefeitura, próximo ao local, também foi atingido. Cerca de dez criminosos, distribuídos em três carros, participaram da ação. PMs desconfiaram da movimentação incomum no local para o horário e foram recebidos com tiros ao se aproximarem, segundo a polícia. Além dos caixas eletrônicos, o cofre principal do banco também foi explodido. Mais de cem tiros foram disparados pela quadrilha, mas nenhum policial ficou ferido. O grupo fugiu e o valor levado não foi informado. Hospitais foram avisados sobre a eventual entrada de suspeitos baleados, já que ficaram marcas de sangue no local. Este foi o segundo assalto na cidade em pouco mais de um mês. Em 29 de fevereiro, outra agência bancária teve os caixas explodidos. Ninguém foi preso.
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Quadrilha explode carro-forte na Anhanguera; tiroteio deixa 2 feridosUma quadrilha explodiu o cofre de um carro-forte e roubou o dinheiro na manhã desta quarta-feira (6) na rodovia Anhanguera, em Luiz Antônio (a 275 km de São Paulo), próximo a Ribeirão Preto. Antes da explosão, duas pessoas ficaram feridas após troca de tiros dos bandidos com vigilantes. De acordo com a polícia, os ladrões agiram por volta das 9h20 no km 266 da rodovia, no sentido interior-capital. Eles estavam em um veículo Land Rover, que foi usado para interceptar o carro-forte. Após intensa troca de tiros, a quadrilha conseguiu render os vigilantes do carro-forte e explodiu o cofre. No tiroteio, duas pessoas se feriram e foram socorridas no pronto-atendimento de Cravinhos, cidade próxima ao local do crime. Segundo a concessionária Autovias, que administra o trecho da rodovia, foram socorridos um vigia, atingido na perna, e o motorista de um caminhão que passava pelo local e levou um tiro de raspão na cabeça. O valor roubado não foi revelado. Após o roubo, a quadrilha fugiu no veículo sentido interior-capital. O carro foi encontrado queimado numa estrada rural três quilômetros à frente do local do crime. O carro-forte estava sendo retirado do canteiro central da rodovia na tarde desta quarta, com marcas de tiros de fuzil principalmente na parte traseira. O veículo usado pela quadrilha foi comprado nos últimos dias numa loja de Pirassununga, segundo investigação policial. Policiais militares foram informados de que o comprador era de Leme (a 188 km de São Paulo), mas o endereço fornecido por ele está abandonado, segundo a polícia. TIROS NA MADRUGADA A ação registrada em Luiz Antônio não foi a única envolvendo quadrilhas nesta quarta-feira. Em Cerquilho, na região de Sorocaba, o assalto a uma agência do Banco do Brasil na madrugada levou pânico aos moradores da cidade. Por volta das 4h, explosões e rajadas de tiros de fuzil puderam ser ouvidas na região central da cidade. A ação, que durou cerca de 20 minutos, deixou caixas eletrônicos e a fachada do banco destruídos. O prédio da prefeitura, próximo ao local, também foi atingido. Cerca de dez criminosos, distribuídos em três carros, participaram da ação. PMs desconfiaram da movimentação incomum no local para o horário e foram recebidos com tiros ao se aproximarem, segundo a polícia. Além dos caixas eletrônicos, o cofre principal do banco também foi explodido. Mais de cem tiros foram disparados pela quadrilha, mas nenhum policial ficou ferido. O grupo fugiu e o valor levado não foi informado. Hospitais foram avisados sobre a eventual entrada de suspeitos baleados, já que ficaram marcas de sangue no local. Este foi o segundo assalto na cidade em pouco mais de um mês. Em 29 de fevereiro, outra agência bancária teve os caixas explodidos. Ninguém foi preso.
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Novo ministro do Planejamento quer pagamento de pedaladas em 2015
O recém-empossado ministro do Planejamento, Valdir Simão, defendeu nesta segunda-feira (21) que o governo pague integralmente a dívida que tem com bancos públicos pelas chamadas pedaladas fiscais, passivo avaliado em R$ 57 bilhões. O ministro afirmou que a Junta Orçamentária do governo está discutindo a questão desde o fim de semana e deve apresentar uma decisão sobre a forma de pagamento ainda nesta semana. O atraso nos repasses de recursos para bancos públicos para o pagamento de programas sociais e de subsídios ficou conhecido como pedalada fiscal e foi um dos elementos para a reprovação das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Vamos fazer o que for possível para pagar ainda neste ano. É lógico que esta é uma decisão que ainda cabe à Junta Orçamentária, vamos fazer essa discussão até o fim do ano. Eu pessoalmente defendo que nós façamos o pagamento daquilo que for possível para virar de vez essa página e superar esta agenda", disse Simão após a cerimônia. O ministro foi empossado em uma rápida cerimônia no Palácio do Planalto nesta tarde. O ministro Nelson Barbosa também tomou posse no comando do Ministério da Fazenda. Ele assume o cargo no lugar de Joaquim Levy. Diante das dificuldades do governo em quitar a dívida, Simão afirmou, no entanto, que se não for possível pagar tudo, o governo deveria pagar o maior valor possível. ""Estamos [integrantes da Junta Orçamentária] conversando desde o final de semana para entender os números, ver quais são os espaços. E nos próximos dois ou três dias certamente teremos uma decisão sobre isso", disse. Entenda as pedaladas
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Novo ministro do Planejamento quer pagamento de pedaladas em 2015O recém-empossado ministro do Planejamento, Valdir Simão, defendeu nesta segunda-feira (21) que o governo pague integralmente a dívida que tem com bancos públicos pelas chamadas pedaladas fiscais, passivo avaliado em R$ 57 bilhões. O ministro afirmou que a Junta Orçamentária do governo está discutindo a questão desde o fim de semana e deve apresentar uma decisão sobre a forma de pagamento ainda nesta semana. O atraso nos repasses de recursos para bancos públicos para o pagamento de programas sociais e de subsídios ficou conhecido como pedalada fiscal e foi um dos elementos para a reprovação das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Vamos fazer o que for possível para pagar ainda neste ano. É lógico que esta é uma decisão que ainda cabe à Junta Orçamentária, vamos fazer essa discussão até o fim do ano. Eu pessoalmente defendo que nós façamos o pagamento daquilo que for possível para virar de vez essa página e superar esta agenda", disse Simão após a cerimônia. O ministro foi empossado em uma rápida cerimônia no Palácio do Planalto nesta tarde. O ministro Nelson Barbosa também tomou posse no comando do Ministério da Fazenda. Ele assume o cargo no lugar de Joaquim Levy. Diante das dificuldades do governo em quitar a dívida, Simão afirmou, no entanto, que se não for possível pagar tudo, o governo deveria pagar o maior valor possível. ""Estamos [integrantes da Junta Orçamentária] conversando desde o final de semana para entender os números, ver quais são os espaços. E nos próximos dois ou três dias certamente teremos uma decisão sobre isso", disse. Entenda as pedaladas
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Bom desempenho da economia e sandinismo são trunfos de Ortega
Apesar de ser um dos países mais pobres da América Latina, a Nicarágua se beneficiou do "boom das commodities" e manteve, nos últimos dez anos, uma taxa de crescimento de 4% de seu Produto Interno Bruto. Graças também a uma volumosa ajuda do governo venezuelano, com Hugo Chávez (1954-2013) e depois com Nicolás Maduro, o país pôde implementar programas sociais de forma extensiva e reduzir a pobreza de 43%, em 2009, para 30%, em 2014. O chavismo via a Nicarágua como um aliado estratégico na região. SANDINISMO "Além da redução da pobreza, Ortega ainda se apoia muito no discurso vitorioso da Revolução Sandinista, usa a nostalgia que muitos nicaraguenses têm daquele tempo, em que se derrubou uma ditadura familiar", diz à Folha o jornalista Carlos Fernando Chamorro, filho da ex-presidente Violeta Chamorro (1990-1997), que sucedeu Daniel Ortega. "Mas esse sandinismo que inspirou tantos movimentos de esquerda pela América Latina já não existe mais, transformou-se num regime de economia liberal, com forte apoio do Exército e marcado pelo avanço contra as instituições, a Justiça e a imprensa. Além de ser um regime moralista, pois está contra aprovar legislações sobre direitos civis como aborto, casamento gay e acolhimento de refugiados", avalia Chamorro. Os Chamorro são outra tradicional família influente nicaraguense que apoiou a Revolução Sandinista no princípio, mas depois passou a fazer oposição a Ortega. "Aquele ideal sandinista que derrubou Somoza não existe mais", conclui Chamorro, que chegou a editar o jornal governista da primeira gestão de Ortega, nos anos 1980, e hoje dirige o "El Confidencial", que faz oposição ao mesmo mandatário. Entre outros ex-aliados famosos estão intelectuais como o escritor Sérgio Ramírez, que chegou a ser vice de Ortega, mas depois se transformou num dissidente e formou o MRS (Movimento de Renovação Sandinista). "Ortega repete várias vezes a ideia de que acredita no sistema de partido único, por isso com o tempo foi perdendo os aliados que queriam que a Nicarágua fosse uma democracia normal", disse Ramírez à Folha.
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Bom desempenho da economia e sandinismo são trunfos de OrtegaApesar de ser um dos países mais pobres da América Latina, a Nicarágua se beneficiou do "boom das commodities" e manteve, nos últimos dez anos, uma taxa de crescimento de 4% de seu Produto Interno Bruto. Graças também a uma volumosa ajuda do governo venezuelano, com Hugo Chávez (1954-2013) e depois com Nicolás Maduro, o país pôde implementar programas sociais de forma extensiva e reduzir a pobreza de 43%, em 2009, para 30%, em 2014. O chavismo via a Nicarágua como um aliado estratégico na região. SANDINISMO "Além da redução da pobreza, Ortega ainda se apoia muito no discurso vitorioso da Revolução Sandinista, usa a nostalgia que muitos nicaraguenses têm daquele tempo, em que se derrubou uma ditadura familiar", diz à Folha o jornalista Carlos Fernando Chamorro, filho da ex-presidente Violeta Chamorro (1990-1997), que sucedeu Daniel Ortega. "Mas esse sandinismo que inspirou tantos movimentos de esquerda pela América Latina já não existe mais, transformou-se num regime de economia liberal, com forte apoio do Exército e marcado pelo avanço contra as instituições, a Justiça e a imprensa. Além de ser um regime moralista, pois está contra aprovar legislações sobre direitos civis como aborto, casamento gay e acolhimento de refugiados", avalia Chamorro. Os Chamorro são outra tradicional família influente nicaraguense que apoiou a Revolução Sandinista no princípio, mas depois passou a fazer oposição a Ortega. "Aquele ideal sandinista que derrubou Somoza não existe mais", conclui Chamorro, que chegou a editar o jornal governista da primeira gestão de Ortega, nos anos 1980, e hoje dirige o "El Confidencial", que faz oposição ao mesmo mandatário. Entre outros ex-aliados famosos estão intelectuais como o escritor Sérgio Ramírez, que chegou a ser vice de Ortega, mas depois se transformou num dissidente e formou o MRS (Movimento de Renovação Sandinista). "Ortega repete várias vezes a ideia de que acredita no sistema de partido único, por isso com o tempo foi perdendo os aliados que queriam que a Nicarágua fosse uma democracia normal", disse Ramírez à Folha.
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Justiça venezuelana acata pedido de líder opositor preso para votar
A fiscal geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, afirmou que o líder opositor Leopoldo López, detido na prisão militar de Ramo Verde, poderá votar nas eleições legislativas deste domingo (6). O Conselho Nacional Eleitoral vai disponibilizar uma urna de votação para que López, líder do Vontade Popular, deposite seu voto, explicou Díaz, pouco depois de ela própria votar em um colégio de Caracas. A fiscal disse que caberá ao CNE decidir se ele votará de dentro da prisão ou se será levado a um centro de votação próximo a Ramo Verde. Minutos depois, o reitor principal do CNE, Luis Emilio Rondón, disse à rádio Unión que o órgão vai acatar com todos os processos para que López vote e afirmou esperar que seja providenciado rapidamente. Mais tarde, a mulher de López, Lilian Tintori, votou em Chuao e disse a jornalistas que o CNE levará uma urna até Ramo Verde. "Não o deixam sair na rua porque têm medo de que as pessoas o vejam, já que ele transmite esperança", disse pouco após votar, segundo o jornal venezuelano "El Nacional". A defesa do líder opositor entrou na terça-feira (1º) com um recurso para permitir que ele vote nas eleições, argumentando que, como a sentença não está consolidada em instâncias superiores, López não perdeu o direito ao voto. López cumpre pena de 13 anos e nove meses de prisão por incitação à violência, associação criminosa, dano ao patrimônio e incêndio durante os protestos que convocou em 12 de fevereiro de 2014. Em entrevista ao jornal espanhol "El Mundo", ele pediu que os eleitores que votem em massa nas eleições parlamentares deste domingo como um primeiro passo para a mudança democrática que debilitará o que chamou de ditadura. O opositor também fala sobre a necessidade dos venezuelanos se reconciliarem após anos de "polarização promovida por este governo autoritário e repressor". Ele afirma ainda que a nova Assembleia Nacional resultante das eleições deste domingo terá a responsabilidade histórica de impulsionar a mudança política e fazer frente aos que "usurpam o poder da República", em alusão ao chavismo. "Se os venezuelanos majoritariamente pedem mudança, caberá á liderança política definir uma rota pacífica, constitucional e oportuna para consegui-la", diz López. Os venezuelanos escolherão os 167 representantes da Assembleia Nacional. As pesquisas de intenção de voto mais conceituadas apontam para vitória da oposição em números absolutos. A divisão dos distritos, no entanto, pode reverter a situação a favor do governo. A mudança na distribuição de cadeiras privilegiou redutos do chavismo e é mais uma das medidas para tentar diminuir a influência dos opositores a Maduro.
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Justiça venezuelana acata pedido de líder opositor preso para votarA fiscal geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, afirmou que o líder opositor Leopoldo López, detido na prisão militar de Ramo Verde, poderá votar nas eleições legislativas deste domingo (6). O Conselho Nacional Eleitoral vai disponibilizar uma urna de votação para que López, líder do Vontade Popular, deposite seu voto, explicou Díaz, pouco depois de ela própria votar em um colégio de Caracas. A fiscal disse que caberá ao CNE decidir se ele votará de dentro da prisão ou se será levado a um centro de votação próximo a Ramo Verde. Minutos depois, o reitor principal do CNE, Luis Emilio Rondón, disse à rádio Unión que o órgão vai acatar com todos os processos para que López vote e afirmou esperar que seja providenciado rapidamente. Mais tarde, a mulher de López, Lilian Tintori, votou em Chuao e disse a jornalistas que o CNE levará uma urna até Ramo Verde. "Não o deixam sair na rua porque têm medo de que as pessoas o vejam, já que ele transmite esperança", disse pouco após votar, segundo o jornal venezuelano "El Nacional". A defesa do líder opositor entrou na terça-feira (1º) com um recurso para permitir que ele vote nas eleições, argumentando que, como a sentença não está consolidada em instâncias superiores, López não perdeu o direito ao voto. López cumpre pena de 13 anos e nove meses de prisão por incitação à violência, associação criminosa, dano ao patrimônio e incêndio durante os protestos que convocou em 12 de fevereiro de 2014. Em entrevista ao jornal espanhol "El Mundo", ele pediu que os eleitores que votem em massa nas eleições parlamentares deste domingo como um primeiro passo para a mudança democrática que debilitará o que chamou de ditadura. O opositor também fala sobre a necessidade dos venezuelanos se reconciliarem após anos de "polarização promovida por este governo autoritário e repressor". Ele afirma ainda que a nova Assembleia Nacional resultante das eleições deste domingo terá a responsabilidade histórica de impulsionar a mudança política e fazer frente aos que "usurpam o poder da República", em alusão ao chavismo. "Se os venezuelanos majoritariamente pedem mudança, caberá á liderança política definir uma rota pacífica, constitucional e oportuna para consegui-la", diz López. Os venezuelanos escolherão os 167 representantes da Assembleia Nacional. As pesquisas de intenção de voto mais conceituadas apontam para vitória da oposição em números absolutos. A divisão dos distritos, no entanto, pode reverter a situação a favor do governo. A mudança na distribuição de cadeiras privilegiou redutos do chavismo e é mais uma das medidas para tentar diminuir a influência dos opositores a Maduro.
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Mercosul quer plano de ação para melhorar comércio no bloco
Os integrantes do Mercosul querem montar um plano de ação para identificar medidas tarifárias e não tarifárias que hoje emperram as trocas comerciais entre países do bloco. O tema deve ser retomado nesta sexta-feira (17) em encontro dos presidentes na cúpula do grupo, em Brasília. Nesta quinta (16), chanceleres se encontraram para tratar principalmente de temas como a crise econômica internacional e o pouco dinamismo do comércio regional. Em entrevista a jornalistas, o chanceler do Paraguai, Eladio Loizada, disse ser preciso reforçar a livre circulação de mercadorias entre os países, num cenário de "difíceis processos econômicos que teremos pela frente". Será anunciada ainda a renovação por dez anos do Focem (fundo para desenvolvimento do Mercosul), cuja validade expirava no fim deste ano, além da manutenção de regimes de exceção à tarifa externa comum do Mercosul até 2021 –ao menos para Brasil e Argentina. Na cúpula, haverá ainda o ingresso da Bolívia como membro pleno do Mercosul e a confirmação do status de membros associados de Suriname e Guiana. Uma declaração presidencial é esperada para o início da tarde. Após a cúpula, a presidente Dilma Rousseff terá encontro com sua colega da Argentina, Cristina Kirchner.
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Mercosul quer plano de ação para melhorar comércio no blocoOs integrantes do Mercosul querem montar um plano de ação para identificar medidas tarifárias e não tarifárias que hoje emperram as trocas comerciais entre países do bloco. O tema deve ser retomado nesta sexta-feira (17) em encontro dos presidentes na cúpula do grupo, em Brasília. Nesta quinta (16), chanceleres se encontraram para tratar principalmente de temas como a crise econômica internacional e o pouco dinamismo do comércio regional. Em entrevista a jornalistas, o chanceler do Paraguai, Eladio Loizada, disse ser preciso reforçar a livre circulação de mercadorias entre os países, num cenário de "difíceis processos econômicos que teremos pela frente". Será anunciada ainda a renovação por dez anos do Focem (fundo para desenvolvimento do Mercosul), cuja validade expirava no fim deste ano, além da manutenção de regimes de exceção à tarifa externa comum do Mercosul até 2021 –ao menos para Brasil e Argentina. Na cúpula, haverá ainda o ingresso da Bolívia como membro pleno do Mercosul e a confirmação do status de membros associados de Suriname e Guiana. Uma declaração presidencial é esperada para o início da tarde. Após a cúpula, a presidente Dilma Rousseff terá encontro com sua colega da Argentina, Cristina Kirchner.
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Bell Marques anima foliões dentro e fora da corda no Carnaval em Salvador
Do lado de dentro ou de fora das cordas, o folião que acompanha o cantor Bell Marques não pode reclamar da falta de agito. Com mais de 30 anos de carreira, o puxador do bloco Vumbora atraiu uma legião de fãs em seu desfile pelo Circuito Barra-Ondina na tarde desta sexta-feira (24) no Carnaval em Salvador. Produzido e maquiado pela esposa, Aninha, Bell é uma espécie de unanimidade da folia baiana. "Esse será um dos melhores Carnavais dos últimos tempos. Estou muito animado e cheio de energia. É sempre uma ansiedade grande, que não para. A rua está cheia de gente que vem curtir em paz e Salvador está preparada", disse à Folha. Já os fãs dizem que a passagem do artista pela avenida é o principal momento do Carnaval. "Acompanho desde a época do Chiclete", afirma Léo Barão, que já soma 20 Carnavais alternando os blocos Nana Banana (extinto), Camaleão, Voa Voa e Vumbora. Fora da corda, Soraia Barbosa, 40, disse que sempre foi da "Pipoca do Chiclete", que é um grupo de pessoas que acompanha o artista de fora do bloco. "Meu sonho é poder sair um dia no bloco dele", contou. Busca Blocos
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Bell Marques anima foliões dentro e fora da corda no Carnaval em SalvadorDo lado de dentro ou de fora das cordas, o folião que acompanha o cantor Bell Marques não pode reclamar da falta de agito. Com mais de 30 anos de carreira, o puxador do bloco Vumbora atraiu uma legião de fãs em seu desfile pelo Circuito Barra-Ondina na tarde desta sexta-feira (24) no Carnaval em Salvador. Produzido e maquiado pela esposa, Aninha, Bell é uma espécie de unanimidade da folia baiana. "Esse será um dos melhores Carnavais dos últimos tempos. Estou muito animado e cheio de energia. É sempre uma ansiedade grande, que não para. A rua está cheia de gente que vem curtir em paz e Salvador está preparada", disse à Folha. Já os fãs dizem que a passagem do artista pela avenida é o principal momento do Carnaval. "Acompanho desde a época do Chiclete", afirma Léo Barão, que já soma 20 Carnavais alternando os blocos Nana Banana (extinto), Camaleão, Voa Voa e Vumbora. Fora da corda, Soraia Barbosa, 40, disse que sempre foi da "Pipoca do Chiclete", que é um grupo de pessoas que acompanha o artista de fora do bloco. "Meu sonho é poder sair um dia no bloco dele", contou. Busca Blocos
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Isaquias precisa superar atual campeão por primeiro de três pódios esperados
PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Depois de uma estreia promissora nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o baiano Isaquias Queiroz, 22, disputa às 9h08 desta terça-feira (16) a final da prova do C1 1.000 m da canoagem velocidade, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Cotado a três medalhas, ele venceu sua bateria eliminatória nesta segunda (15) e se classificou diretamente para a final, sem precisar disputar a semifinal. Isaquias fez a marca de 3min59s615, inferior apenas à obtida pelo alemão Sebastian Brendel, atual ouro olímpico. "Nada está garantido ainda. Mas na final dá para ir ainda mais forte e disputar com o Brendel, que é o homem a ser batido na Olimpíada", afirmou. A canoagem brasileira jamais conquistou uma medalha em Olimpíadas. Isaquias despontou neste ciclo e foi ao pódio em todos os Mundiais da modalidade que disputou desde 2013. "Tenho certeza de que vim muito treinado para cá [Olimpíada]. Vim para cá ganhar três medalhas, independentemente da cor, e ajudar o Brasil no quadro", prosseguiu. Além do C1 1.000 m, ele compete até sábado no C1 200 m e no C2 1.000 m, este em parceria com Erlon Souza. No Mundial de Milão, em 2015, a dupla conquistou o título mundial. Eles esperam repetir o resultado agora, no Rio. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
esporte
Isaquias precisa superar atual campeão por primeiro de três pódios esperados PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Depois de uma estreia promissora nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o baiano Isaquias Queiroz, 22, disputa às 9h08 desta terça-feira (16) a final da prova do C1 1.000 m da canoagem velocidade, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Cotado a três medalhas, ele venceu sua bateria eliminatória nesta segunda (15) e se classificou diretamente para a final, sem precisar disputar a semifinal. Isaquias fez a marca de 3min59s615, inferior apenas à obtida pelo alemão Sebastian Brendel, atual ouro olímpico. "Nada está garantido ainda. Mas na final dá para ir ainda mais forte e disputar com o Brendel, que é o homem a ser batido na Olimpíada", afirmou. A canoagem brasileira jamais conquistou uma medalha em Olimpíadas. Isaquias despontou neste ciclo e foi ao pódio em todos os Mundiais da modalidade que disputou desde 2013. "Tenho certeza de que vim muito treinado para cá [Olimpíada]. Vim para cá ganhar três medalhas, independentemente da cor, e ajudar o Brasil no quadro", prosseguiu. Além do C1 1.000 m, ele compete até sábado no C1 200 m e no C2 1.000 m, este em parceria com Erlon Souza. No Mundial de Milão, em 2015, a dupla conquistou o título mundial. Eles esperam repetir o resultado agora, no Rio. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Crédito do BNDES a construtoras da Lava Jato terá crivo do Itamaraty
A liberação de recursos do BNDES a obras no exterior de construtoras envolvidas na Lava Jato dependerá da avaliação do governo federal. Após a AGU (Advocacia-Geral da União) abrir uma ação civil pública contra as empreiteiras, o BNDES suspendeu o desembolso de empréstimos de US$ 7 bilhões que haviam sido aprovados para bancar a exportação de serviços de engenharia em outros países –deste total, US$ 2,3 bilhões já haviam sido liberados. Cinco empreiteiras acusadas de atuar no esquema de corrupção na Petrobras tocam os projetos, diz o BNDES: Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez. São obras em Argentina, Honduras, Guatemala, Cuba, Venezuela, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana. "Temos 25 contratos que estamos avaliando um a um, segundo os critérios como andamento da obra, exposição [do banco]", afirmou Ricardo Ramos, diretor da área internacional do BNDES. Executivos do banco disseram nesta terça-feira (29) que a avaliação dos projetos está em "estágio avançado" e esperam que até o fim deste ano a análise de parte deles seja concluída pela área internacional. A palavra final sobre a continuidade das operações, porém, dependerá da avaliação da diretoria do banco em conjunto com o Itamaraty. Isso porque os empréstimos foram concedidos aos governos de onde são feitas as obras, o que poderia interferir na relação diplomática do Brasil com esses países. "Qualquer coisa que fizermos, terá comunicação junto com o cliente, com os entes soberanos, que são os governos, articulada com o MRE [Ministério de Relações Exteriores ou Itamaraty]", disse Leonardo Pereira, superintendente da área internacional. Chamada negócios da Odebrecht Segundo ele, a tendência é que boa parte dos contratos prossiga. "A maioria ou 100% vão continuar. Mas não posso cravar o número ainda." Reportagem publicada pelo jornal "Valor Econômico" nesta terça-feira informou que o banco já tem informações sobre a viabilidade desses empreendimentos e poderia cancelar os contratos. RISCO DO PAÍS Na avaliação feita pelo BNDES, além da capacidade de entrega das construtoras, é levada em conta a situação financeira dos países. A Venezuela, por exemplo, passa por grave crise econômica. O banco estatal diz estudar a possibilidade de o empréstimo ser repassado a outras instituições, como bancos europeus de financiamento. As obras que passarem pelo crivo do BNDES terão novos padrões de conformidade –também criados após consulta à AGU. Empresas e governos estrangeiros terão de aceitá-los. "Se o devedor não assina, não segue o projeto", afirmou Pereira. A Camargo Corrêa disse que a decisão não traz repercussões para a empresa, já que nenhum projeto em andamento no exterior depende de financiamento do BNDES. As demais não comentaram.
mercado
Crédito do BNDES a construtoras da Lava Jato terá crivo do ItamaratyA liberação de recursos do BNDES a obras no exterior de construtoras envolvidas na Lava Jato dependerá da avaliação do governo federal. Após a AGU (Advocacia-Geral da União) abrir uma ação civil pública contra as empreiteiras, o BNDES suspendeu o desembolso de empréstimos de US$ 7 bilhões que haviam sido aprovados para bancar a exportação de serviços de engenharia em outros países –deste total, US$ 2,3 bilhões já haviam sido liberados. Cinco empreiteiras acusadas de atuar no esquema de corrupção na Petrobras tocam os projetos, diz o BNDES: Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez. São obras em Argentina, Honduras, Guatemala, Cuba, Venezuela, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana. "Temos 25 contratos que estamos avaliando um a um, segundo os critérios como andamento da obra, exposição [do banco]", afirmou Ricardo Ramos, diretor da área internacional do BNDES. Executivos do banco disseram nesta terça-feira (29) que a avaliação dos projetos está em "estágio avançado" e esperam que até o fim deste ano a análise de parte deles seja concluída pela área internacional. A palavra final sobre a continuidade das operações, porém, dependerá da avaliação da diretoria do banco em conjunto com o Itamaraty. Isso porque os empréstimos foram concedidos aos governos de onde são feitas as obras, o que poderia interferir na relação diplomática do Brasil com esses países. "Qualquer coisa que fizermos, terá comunicação junto com o cliente, com os entes soberanos, que são os governos, articulada com o MRE [Ministério de Relações Exteriores ou Itamaraty]", disse Leonardo Pereira, superintendente da área internacional. Chamada negócios da Odebrecht Segundo ele, a tendência é que boa parte dos contratos prossiga. "A maioria ou 100% vão continuar. Mas não posso cravar o número ainda." Reportagem publicada pelo jornal "Valor Econômico" nesta terça-feira informou que o banco já tem informações sobre a viabilidade desses empreendimentos e poderia cancelar os contratos. RISCO DO PAÍS Na avaliação feita pelo BNDES, além da capacidade de entrega das construtoras, é levada em conta a situação financeira dos países. A Venezuela, por exemplo, passa por grave crise econômica. O banco estatal diz estudar a possibilidade de o empréstimo ser repassado a outras instituições, como bancos europeus de financiamento. As obras que passarem pelo crivo do BNDES terão novos padrões de conformidade –também criados após consulta à AGU. Empresas e governos estrangeiros terão de aceitá-los. "Se o devedor não assina, não segue o projeto", afirmou Pereira. A Camargo Corrêa disse que a decisão não traz repercussões para a empresa, já que nenhum projeto em andamento no exterior depende de financiamento do BNDES. As demais não comentaram.
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Sobe para 396 o número de mortos em naufrágio de navio chinês
Autoridades chinesas elevaram neste sábado (6) para 396 o número de mortos no naufrágio de um navio no rio Yangtze na última segunda-feira (1) —o acidente já pode ser considerado o maior da navegação chinesa em décadas. De acordo com a agência oficial "Xinhua" 46 passageiros permanecem desaparecidos. Apenas 14, das 456 pessoas que estavam a bordo sobreviveram. Dentre os 14 que sobreviveram estão o capitão e o chefe da casa de máquinas, que conseguiram sair da embarcação antes do naufrágio. O número de mortes aumentou de forma considerável depois que as equipes que trabalham no local do acidente conseguiram desvirar o navio —que estava de cabeça para baixo— na sexta-feira (5). Antes de iniciar a manobra para endireitar a embarcação, as equipes procuraram confirmar que não havia mais sobreviventes. No navio Estrela do Oriente viajavam 456 pessoas, a grande maioria aposentados em viagem turística. O navio teria naufragado após, supostamente, ter sido atingido por um tornado. A última tragédia naval com um número superior de mortos ocorreu em 1948, quando a explosão de um barco a vapor no rio Huangpu, no sudeste do país, matou mais de mil pessoas. Familiares dos mortos e desaparecidos lamentaram, em diversas ocasiões, a falta de informação das autoridades. "Queremos ver os corpos de nossos familiares, alguns acham que o governo quer escondê-los. Temos o direito de sepultá-los", protestou Xia Yunchen, irmã mais nova de uma das tripulantes do Estrela do Oriente. Autoridades afirmam, porém, que têm feito o máximo possível para amparar as famílias, oferecendo, inclusive acomodações e serviços médicos. O gerente geral da companhia que operou o navio Jiang Zhao se desculpou pelo desastre em entrevista coletiva e afirmou que a empresa vai cooperar com as investigações. Apurações preliminares demonstraram que a embarcação não estava sobrecarregada e que estava equipada com número suficiente de coletes salva-vidas.
mundo
Sobe para 396 o número de mortos em naufrágio de navio chinêsAutoridades chinesas elevaram neste sábado (6) para 396 o número de mortos no naufrágio de um navio no rio Yangtze na última segunda-feira (1) —o acidente já pode ser considerado o maior da navegação chinesa em décadas. De acordo com a agência oficial "Xinhua" 46 passageiros permanecem desaparecidos. Apenas 14, das 456 pessoas que estavam a bordo sobreviveram. Dentre os 14 que sobreviveram estão o capitão e o chefe da casa de máquinas, que conseguiram sair da embarcação antes do naufrágio. O número de mortes aumentou de forma considerável depois que as equipes que trabalham no local do acidente conseguiram desvirar o navio —que estava de cabeça para baixo— na sexta-feira (5). Antes de iniciar a manobra para endireitar a embarcação, as equipes procuraram confirmar que não havia mais sobreviventes. No navio Estrela do Oriente viajavam 456 pessoas, a grande maioria aposentados em viagem turística. O navio teria naufragado após, supostamente, ter sido atingido por um tornado. A última tragédia naval com um número superior de mortos ocorreu em 1948, quando a explosão de um barco a vapor no rio Huangpu, no sudeste do país, matou mais de mil pessoas. Familiares dos mortos e desaparecidos lamentaram, em diversas ocasiões, a falta de informação das autoridades. "Queremos ver os corpos de nossos familiares, alguns acham que o governo quer escondê-los. Temos o direito de sepultá-los", protestou Xia Yunchen, irmã mais nova de uma das tripulantes do Estrela do Oriente. Autoridades afirmam, porém, que têm feito o máximo possível para amparar as famílias, oferecendo, inclusive acomodações e serviços médicos. O gerente geral da companhia que operou o navio Jiang Zhao se desculpou pelo desastre em entrevista coletiva e afirmou que a empresa vai cooperar com as investigações. Apurações preliminares demonstraram que a embarcação não estava sobrecarregada e que estava equipada com número suficiente de coletes salva-vidas.
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Um ano após renúncia ao Senado, Justiça intima réu no mensalão tucano
Quase um ano após renunciar ao mandato, o ex-senador e réu no mensalão tucano Clésio Andrade (PMDB-MG) foi intimado para prestar depoimentos à Justiça mineira, onde o processo tramita depois que ele perdeu o foro privilegiado. A audiência foi marcada pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, para o dia 7 de julho. Além dele, serão ouvidas as testemunhas de defesa. Segundo o Ministério Público, o mensalão tucano foi um esquema de desvio de dinheiro público do governo de Minas para a fracassada campanha do então governador Eduardo Azeredo (PSDB) à reeleição, em 1998. Azeredo, que depois se elegeu senador e deputado e hoje é diretor-executivo da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), sempre negou as denúncias, assim como os demais réus. Clésio foi o candidato a vice de Azeredo e mantinha sociedade na empresa de publicidade de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach –condenados pelo mensalão petista–, acusada de lavar o dinheiro desviado. Atualmente, ele é presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte). O caso começou a ser investigado em 2005, e a Procuradoria apresentou denúncia à Justiça em 2007. Alegando problemas de saúde, Clésio renunciou em 15 de julho de 2014. Assim, o processo saiu do STF (Supremo Tribunal Federal) e voltou à 1ª instância, que estava sem juiz titular até o início de abril. A tramitação registrada pela Justiça mineira diz que os autos só chegaram à atual magistrada na última quinta-feira (28). As testemunhas de acusação já foram ouvidas pelo Supremo. Quanto maior a demora, maior é o risco de que os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República prescrevam e fiquem impunes. Dois réus no mensalão tucano já foram beneficiados pela prescrição por terem completado 70 anos, quando o prazo é reduzido pela metade: Walfrido dos Mares Guia, ex-ministro e então vice de Azeredo, e Claudio Mourão, então tesoureiro da campanha do PSDB. Procurada, a defesa de Clésio disse que ele já foi informado do interrogatório e tem "todo o interesse" em prestar esclarecimentos à Justiça. "Essa acusação é um equívoco. Ele [Clésio] saiu da sociedade [com Valério] muito antes desses fatos [apontados pela Procuradoria]", disse o advogado Eugênio Pacelli de Oliveira, que representa o ex-senador. EM ANÁLISE Em fevereiro do ano passado, Azeredo já havia renunciado ao cargo de deputado federal para que o caso voltasse à primeira instância –o que permite a ele uma quantidade maior de recursos. Seu processo já chegou instruído pelo STF. Ou seja, não precisa ouvir réu, acusação e testemunhas e aguarda apenas uma decisão da Justiça. Em nota, a juíza Melissa Lage afirmou que "já iniciou a análise" dos 52 volumes do processo e, assim que finalizar essa etapa, deve sentenciá-lo.
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Um ano após renúncia ao Senado, Justiça intima réu no mensalão tucanoQuase um ano após renunciar ao mandato, o ex-senador e réu no mensalão tucano Clésio Andrade (PMDB-MG) foi intimado para prestar depoimentos à Justiça mineira, onde o processo tramita depois que ele perdeu o foro privilegiado. A audiência foi marcada pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, para o dia 7 de julho. Além dele, serão ouvidas as testemunhas de defesa. Segundo o Ministério Público, o mensalão tucano foi um esquema de desvio de dinheiro público do governo de Minas para a fracassada campanha do então governador Eduardo Azeredo (PSDB) à reeleição, em 1998. Azeredo, que depois se elegeu senador e deputado e hoje é diretor-executivo da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), sempre negou as denúncias, assim como os demais réus. Clésio foi o candidato a vice de Azeredo e mantinha sociedade na empresa de publicidade de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach –condenados pelo mensalão petista–, acusada de lavar o dinheiro desviado. Atualmente, ele é presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte). O caso começou a ser investigado em 2005, e a Procuradoria apresentou denúncia à Justiça em 2007. Alegando problemas de saúde, Clésio renunciou em 15 de julho de 2014. Assim, o processo saiu do STF (Supremo Tribunal Federal) e voltou à 1ª instância, que estava sem juiz titular até o início de abril. A tramitação registrada pela Justiça mineira diz que os autos só chegaram à atual magistrada na última quinta-feira (28). As testemunhas de acusação já foram ouvidas pelo Supremo. Quanto maior a demora, maior é o risco de que os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República prescrevam e fiquem impunes. Dois réus no mensalão tucano já foram beneficiados pela prescrição por terem completado 70 anos, quando o prazo é reduzido pela metade: Walfrido dos Mares Guia, ex-ministro e então vice de Azeredo, e Claudio Mourão, então tesoureiro da campanha do PSDB. Procurada, a defesa de Clésio disse que ele já foi informado do interrogatório e tem "todo o interesse" em prestar esclarecimentos à Justiça. "Essa acusação é um equívoco. Ele [Clésio] saiu da sociedade [com Valério] muito antes desses fatos [apontados pela Procuradoria]", disse o advogado Eugênio Pacelli de Oliveira, que representa o ex-senador. EM ANÁLISE Em fevereiro do ano passado, Azeredo já havia renunciado ao cargo de deputado federal para que o caso voltasse à primeira instância –o que permite a ele uma quantidade maior de recursos. Seu processo já chegou instruído pelo STF. Ou seja, não precisa ouvir réu, acusação e testemunhas e aguarda apenas uma decisão da Justiça. Em nota, a juíza Melissa Lage afirmou que "já iniciou a análise" dos 52 volumes do processo e, assim que finalizar essa etapa, deve sentenciá-lo.
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Atlético-MG vence o Santa Fe e segue vivo na Libertadores
O Atlético-MG precisava vencer o Santa Fe para continuar dependendo dos próprios resultados na Libertadores. E foi isso que o time alvinegro conseguiu fazer em uma noite gelada em Belo Horizonte. Empurrada por sua torcida, a equipe atleticana mostrou em campo muita intensidade e conseguiu a vitória por 2 a 0, com gols de Carlos e Guilherme. Apesar das duas vitórias seguidas, ambas sobre o Santa Fe, a situação do Atlético dentro do Grupo 1 da Libertadores ainda não é das mais cômodas. Vencer o Atlas fora de casa e dar o troco pela derrota para os mexicanos no Independência é determinante, já que o grupo pode ser definido no saldo de gols. O que deixa o Atlético em desvantagem em relação aos concorrentes Colo-Colo e Santa Fe. Nos minutos iniciais,o Atlético sufocou o Santa Fe. Aos 12 minutos, a equipe mineira já estava em vantagem. Carlos usou a velocidade para superar os marcadores e bater na saída de Castellanos, depois de passe do meia Dátolo. O gol não mudou a postura alvinegra. Com ritmo intenso e marcação no campo de ataque, a equipe conseguia finalizações, mas nem sempre com destino certo. Depois de 30 minutos, o Santa Fe tentou sair para o jogo. A defesa bem postada do Atlético-MG não permitiu que Victor trabalhasse. O perigo só aparecia nas jogadas de bola parada. No início da segunda etapa, o Atlético-MG voltou a impor um ritmo forte e mais uma vez criou várias oportunidades de gol. Aos 19 minutos a torcida pediu por Guilherme, que voltou a atuar pelo Atlético depois de seis meses. E foi ele, que aos 45 minutos, após lançamento do goleiro Victor, marcou o segundo e definiu o placar da partida. Mais do que vencer e se manter em condições na Libertadores, o bom desempenho em campo dá moral para o time, que neste domingo já tem mais um difícil compromisso pela frente. O Atlético recebe o Cruzeiro no Independência, para o primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro.
esporte
Atlético-MG vence o Santa Fe e segue vivo na LibertadoresO Atlético-MG precisava vencer o Santa Fe para continuar dependendo dos próprios resultados na Libertadores. E foi isso que o time alvinegro conseguiu fazer em uma noite gelada em Belo Horizonte. Empurrada por sua torcida, a equipe atleticana mostrou em campo muita intensidade e conseguiu a vitória por 2 a 0, com gols de Carlos e Guilherme. Apesar das duas vitórias seguidas, ambas sobre o Santa Fe, a situação do Atlético dentro do Grupo 1 da Libertadores ainda não é das mais cômodas. Vencer o Atlas fora de casa e dar o troco pela derrota para os mexicanos no Independência é determinante, já que o grupo pode ser definido no saldo de gols. O que deixa o Atlético em desvantagem em relação aos concorrentes Colo-Colo e Santa Fe. Nos minutos iniciais,o Atlético sufocou o Santa Fe. Aos 12 minutos, a equipe mineira já estava em vantagem. Carlos usou a velocidade para superar os marcadores e bater na saída de Castellanos, depois de passe do meia Dátolo. O gol não mudou a postura alvinegra. Com ritmo intenso e marcação no campo de ataque, a equipe conseguia finalizações, mas nem sempre com destino certo. Depois de 30 minutos, o Santa Fe tentou sair para o jogo. A defesa bem postada do Atlético-MG não permitiu que Victor trabalhasse. O perigo só aparecia nas jogadas de bola parada. No início da segunda etapa, o Atlético-MG voltou a impor um ritmo forte e mais uma vez criou várias oportunidades de gol. Aos 19 minutos a torcida pediu por Guilherme, que voltou a atuar pelo Atlético depois de seis meses. E foi ele, que aos 45 minutos, após lançamento do goleiro Victor, marcou o segundo e definiu o placar da partida. Mais do que vencer e se manter em condições na Libertadores, o bom desempenho em campo dá moral para o time, que neste domingo já tem mais um difícil compromisso pela frente. O Atlético recebe o Cruzeiro no Independência, para o primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro.
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Jucá, Cunha, Renan e Sarney um dia seriam descobertos, diz leitor
OPERAÇÃO LAVA JATO Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha sabiam que um dia seriam descobertas suas tramoias, ignoradas por seus pares no Congresso e agora anunciadas pelos delatores da Lava Jato. A sociedade espera a aplicação da lei indistintamente para todos os implicados nos desmandos e apropriação da coisa pública. JOSÉ ANTÔNIO TRIGO (Rio Claro, SP) * O pedido de prisão de Sarney, Juca e Renan, baseado nas gravações da delação, parece despistar o alvo principal, Eduardo Cunha, que tem contra si provas mais robustas. Teori parece que aguardará a cassação pelo Conselho de Ética. ANTÔNIO BEETHOVEN CUNHA DE MELO (São Paulo, SP) * O rebento da ousadia velhaca pode ser o desastre. E agora, Michel? É o caso de o Brasil temer? LUIZ CARLOS MONTANS BRAGA (Varginha, MG) * Sobre o editorial "Falta explicar", é importante frisar que, independentemente do conhecimento jurídico, qualquer leitor proficiente é capaz de entender que Jucá, Sarney, Renan e Cunha praticaram atos idênticos aos de Delcídio do Amaral, mas com maior gravidade, havendo motivos suficientes para a prisão preventiva. Já os vazamentos, tão criticados, eram antes cantados por aqueles que agora dizem estranhá-los. GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP) * Gilmar Mendes, agora, dizendo que vazamento é crime. Parte da imprensa, agora, achando que os pedidos de prisão de Sarney, Cunha, Jucá e Renan são exagerados. Sarney, vivandeira da ditadura, agora, dizendo que tem 60 anos de vida pública defendendo o Estado de Direito. Só falta agora, os paneleiros da av. Paulista e da av. Atlântica fazerem passeata monstro de apoio à Temer, porque a Fiesp já vai fazer a dela. FLÁVIO R. FONSECA (Mendes, RJ) - GOVERNO TEMER Tenho lido diversas críticas ao governo Michel Temer prejulgando um trabalho que ainda não completou um mês. O mais engraçado é que o país levou 13 anos para se convencer de que o governo petista era um mal para o nosso povo e precisa de menos de um mês para julgar e condenar o governo Michel Temer. É muita hipocrisia. O que precisamos é de união e boa vontade. REGINA MAURA DE S. L. RASZL (São Paulo, SP) - REAJUSTE DO JUDICIÁRIO Parabéns ao juiz Luiz Guilherme Marques, de Juiz de Fora. Não quis aceitar o aumento salarial em um momento de crise e, apesar das críticas de seus pares, manteve sua posição independente e coerente com os seus valores. LARISSA P. A. SILVA (Piracicaba, SP) * Sugiro a Temer que os aumentos sejam concedidos com isonomia entre os três Poderes. Pois até parece que o Judiciário e o Congresso são filhos de Deus. Também sugiro acabar com os "picaretas" existentes na Câmara e diminuir o número de deputados. Com isso, certamente haveria uma grande economia. NARCISO ANTUNES DE AGUIAR, advogado (Campinas, SP) - PARQUES PAULISTAS Em resposta ao leitor Edson Domingues, informamos que o Parque Estadual Jaraguá possui equipe de vigilância e realiza fiscalização com a Polícia Militar Ambiental. Sobre o Casarão Afonso Sardinha, o espaço é utilizado em visitas monitoradas. O termo de referência para contratação de projeto de restauro deve ser submetido à Câmara de Compensação Ambiental para solicitação de recursos. Dos dois lagos do parque, um tem condições normais e outro recebe águas pluviais oriundas da rodovia dos Bandeirantes, mas não há emissão de efluentes domésticos. LUCÍLIA GONÇALVES, assessora de comunicação da Fundação Florestal (São Paulo, SP) - LEI ROUANET Lá se vai uma ótima oportunidade de esclarecer a importância dessa lei para a cultura. Milhares de empregos são criados e bilhões em impostos são gerados e a reportagem inteira foi uma crítica a um projeto que nem foi aprovado. Aonde a Folha tentou chegar com isso? FREDERICO GODOY, pianista (São Paulo, SP) - ARTE Fiquei surpreso com a coluna "Plástico". A Logo encerrou as atividades em dezembro de 2014 e, nesse momento, foram tomadas todas as providências para que não houvesse arestas. Os pagamentos e a devolução das obras foram assinados pelos artistas. Mantenho até hoje excelente relacionamento com os artistas da Logo e tenho convicção de que as atitudes da galeria sempre foram éticas. Reportagem tendenciosa e desnecessária após 18 meses do encerramento da Logo. MARCELO SECAF, ex-sócio da galeria Logo (São Paulo, SP) * RESPOSTA DO COLUNISTA SILAS MARTÍ- Quatro artistas e um ex-funcionário da Logo foram ouvidos pela coluna. A notícia tal qual publicada contempla os dois lados da história, tanto a queixa dos artistas quanto a defesa de Marcelo Secaf, antigo sócio da galeria. - GREVE NA USP Sou graduado pela USP e com profunda tristeza observo a destruição das nossas universidades, vitimadas por uma gestão arcaica, que se recusa a trabalhar em parceria com escolas internacionais e com a iniciativa privada. Aplaudo efusivamente o artigo de George Matsas e faço coro, embora reconheça que o câncer da desigualdade e da percepção do funcionalismo de que o Estado deve lhe servir levará muito tempo para ser curado. EDUARDO SANCHEZ PALMA (Curitiba, PR) * Os recursos previstos em lei são repassados integralmente às universidades, sem qualquer desconto. Em "Greve na USP e o bunker de chumbo", César Augusto Minto erra ao afirmar que o governo estadual deveria aplicar o percentual de repasse sobre valores que não fazem parte da base de cálculo do ICMS. Pleiteia algo a que não têm direito, pois a LDO lhes destina 9,57% da quota-parte do ICMS e não de receitas associadas à cobrança do tributo ou a créditos da Nota Fiscal Paulista, que pertencem aos consumidores e jamais integraram a base de cálculo. JAIME SOARES DE ASSIS, coordenador de comunicação da Secretaria da Fazenda do Estado (São Paulo, SP) - FRIO EM SP Certos leitores criticam algumas vezes a capa da Folha, dizem que é agressiva, que algumas fotos não passam de sensacionalismo. Nesta quarta (8), vocês merecem só elogios. A reportagem retratando o cotidiano paulistano está supermoderna, com fotos espontâneas e muito charme, apesar do frio! MARILENE G. O. DE OLIVEIRA (Pirassununga, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Jucá, Cunha, Renan e Sarney um dia seriam descobertos, diz leitorOPERAÇÃO LAVA JATO Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha sabiam que um dia seriam descobertas suas tramoias, ignoradas por seus pares no Congresso e agora anunciadas pelos delatores da Lava Jato. A sociedade espera a aplicação da lei indistintamente para todos os implicados nos desmandos e apropriação da coisa pública. JOSÉ ANTÔNIO TRIGO (Rio Claro, SP) * O pedido de prisão de Sarney, Juca e Renan, baseado nas gravações da delação, parece despistar o alvo principal, Eduardo Cunha, que tem contra si provas mais robustas. Teori parece que aguardará a cassação pelo Conselho de Ética. ANTÔNIO BEETHOVEN CUNHA DE MELO (São Paulo, SP) * O rebento da ousadia velhaca pode ser o desastre. E agora, Michel? É o caso de o Brasil temer? LUIZ CARLOS MONTANS BRAGA (Varginha, MG) * Sobre o editorial "Falta explicar", é importante frisar que, independentemente do conhecimento jurídico, qualquer leitor proficiente é capaz de entender que Jucá, Sarney, Renan e Cunha praticaram atos idênticos aos de Delcídio do Amaral, mas com maior gravidade, havendo motivos suficientes para a prisão preventiva. Já os vazamentos, tão criticados, eram antes cantados por aqueles que agora dizem estranhá-los. GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP) * Gilmar Mendes, agora, dizendo que vazamento é crime. Parte da imprensa, agora, achando que os pedidos de prisão de Sarney, Cunha, Jucá e Renan são exagerados. Sarney, vivandeira da ditadura, agora, dizendo que tem 60 anos de vida pública defendendo o Estado de Direito. Só falta agora, os paneleiros da av. Paulista e da av. Atlântica fazerem passeata monstro de apoio à Temer, porque a Fiesp já vai fazer a dela. FLÁVIO R. FONSECA (Mendes, RJ) - GOVERNO TEMER Tenho lido diversas críticas ao governo Michel Temer prejulgando um trabalho que ainda não completou um mês. O mais engraçado é que o país levou 13 anos para se convencer de que o governo petista era um mal para o nosso povo e precisa de menos de um mês para julgar e condenar o governo Michel Temer. É muita hipocrisia. O que precisamos é de união e boa vontade. REGINA MAURA DE S. L. RASZL (São Paulo, SP) - REAJUSTE DO JUDICIÁRIO Parabéns ao juiz Luiz Guilherme Marques, de Juiz de Fora. Não quis aceitar o aumento salarial em um momento de crise e, apesar das críticas de seus pares, manteve sua posição independente e coerente com os seus valores. LARISSA P. A. SILVA (Piracicaba, SP) * Sugiro a Temer que os aumentos sejam concedidos com isonomia entre os três Poderes. Pois até parece que o Judiciário e o Congresso são filhos de Deus. Também sugiro acabar com os "picaretas" existentes na Câmara e diminuir o número de deputados. Com isso, certamente haveria uma grande economia. NARCISO ANTUNES DE AGUIAR, advogado (Campinas, SP) - PARQUES PAULISTAS Em resposta ao leitor Edson Domingues, informamos que o Parque Estadual Jaraguá possui equipe de vigilância e realiza fiscalização com a Polícia Militar Ambiental. Sobre o Casarão Afonso Sardinha, o espaço é utilizado em visitas monitoradas. O termo de referência para contratação de projeto de restauro deve ser submetido à Câmara de Compensação Ambiental para solicitação de recursos. Dos dois lagos do parque, um tem condições normais e outro recebe águas pluviais oriundas da rodovia dos Bandeirantes, mas não há emissão de efluentes domésticos. LUCÍLIA GONÇALVES, assessora de comunicação da Fundação Florestal (São Paulo, SP) - LEI ROUANET Lá se vai uma ótima oportunidade de esclarecer a importância dessa lei para a cultura. Milhares de empregos são criados e bilhões em impostos são gerados e a reportagem inteira foi uma crítica a um projeto que nem foi aprovado. Aonde a Folha tentou chegar com isso? FREDERICO GODOY, pianista (São Paulo, SP) - ARTE Fiquei surpreso com a coluna "Plástico". A Logo encerrou as atividades em dezembro de 2014 e, nesse momento, foram tomadas todas as providências para que não houvesse arestas. Os pagamentos e a devolução das obras foram assinados pelos artistas. Mantenho até hoje excelente relacionamento com os artistas da Logo e tenho convicção de que as atitudes da galeria sempre foram éticas. Reportagem tendenciosa e desnecessária após 18 meses do encerramento da Logo. MARCELO SECAF, ex-sócio da galeria Logo (São Paulo, SP) * RESPOSTA DO COLUNISTA SILAS MARTÍ- Quatro artistas e um ex-funcionário da Logo foram ouvidos pela coluna. A notícia tal qual publicada contempla os dois lados da história, tanto a queixa dos artistas quanto a defesa de Marcelo Secaf, antigo sócio da galeria. - GREVE NA USP Sou graduado pela USP e com profunda tristeza observo a destruição das nossas universidades, vitimadas por uma gestão arcaica, que se recusa a trabalhar em parceria com escolas internacionais e com a iniciativa privada. Aplaudo efusivamente o artigo de George Matsas e faço coro, embora reconheça que o câncer da desigualdade e da percepção do funcionalismo de que o Estado deve lhe servir levará muito tempo para ser curado. EDUARDO SANCHEZ PALMA (Curitiba, PR) * Os recursos previstos em lei são repassados integralmente às universidades, sem qualquer desconto. Em "Greve na USP e o bunker de chumbo", César Augusto Minto erra ao afirmar que o governo estadual deveria aplicar o percentual de repasse sobre valores que não fazem parte da base de cálculo do ICMS. Pleiteia algo a que não têm direito, pois a LDO lhes destina 9,57% da quota-parte do ICMS e não de receitas associadas à cobrança do tributo ou a créditos da Nota Fiscal Paulista, que pertencem aos consumidores e jamais integraram a base de cálculo. JAIME SOARES DE ASSIS, coordenador de comunicação da Secretaria da Fazenda do Estado (São Paulo, SP) - FRIO EM SP Certos leitores criticam algumas vezes a capa da Folha, dizem que é agressiva, que algumas fotos não passam de sensacionalismo. Nesta quarta (8), vocês merecem só elogios. A reportagem retratando o cotidiano paulistano está supermoderna, com fotos espontâneas e muito charme, apesar do frio! MARILENE G. O. DE OLIVEIRA (Pirassununga, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitores comentam coluna de Anna Veronica Mautner sobre velhice
Tenho 78 anos, li e reli o artigo de Anna Veronica Mautner (A força do querer, Tendências/Debates, 12/5) com bastante atenção e não concordo com a maioria de suas ideias. Quem leu Simone de Beauvoir vai me entender. São inócuas as "cenouras", surpresas ou prazeres externos quando você tem a noção de que, por dentro, está apodrecendo aos poucos. Chegar a essa constatação é de uma crueldade ímpar. Não há sorriso de neto que consiga esvanecê-la. Acima de tudo, não quero mais lidar com essas mazelas e, para isso, estou em plena e ocupada fase de desapego. Para mim, chega. E o meu direito de não mais querer viver? Onde fica? GLORIA CUNHA (Santos, SP) * Bárbaro o artigo de Anna Veronica Mautner, exemplo não só para os idosos mas também para todas as gerações. No próximo mês, celebrarei meus 75 anos tocando piano, regendo e anunciando meus projetos para os próximos 25 anos. JOÃO CARLOS MARTINS, regente (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam coluna de Anna Veronica Mautner sobre velhiceTenho 78 anos, li e reli o artigo de Anna Veronica Mautner (A força do querer, Tendências/Debates, 12/5) com bastante atenção e não concordo com a maioria de suas ideias. Quem leu Simone de Beauvoir vai me entender. São inócuas as "cenouras", surpresas ou prazeres externos quando você tem a noção de que, por dentro, está apodrecendo aos poucos. Chegar a essa constatação é de uma crueldade ímpar. Não há sorriso de neto que consiga esvanecê-la. Acima de tudo, não quero mais lidar com essas mazelas e, para isso, estou em plena e ocupada fase de desapego. Para mim, chega. E o meu direito de não mais querer viver? Onde fica? GLORIA CUNHA (Santos, SP) * Bárbaro o artigo de Anna Veronica Mautner, exemplo não só para os idosos mas também para todas as gerações. No próximo mês, celebrarei meus 75 anos tocando piano, regendo e anunciando meus projetos para os próximos 25 anos. JOÃO CARLOS MARTINS, regente (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Tribunal de Contas diz que prefeitura de SP pagou a mais por serviço 156
A Prefeitura de São Paulo pagou R$ 26,6 milhões por atendimentos não realizados à empresa responsável pelo serviço telefônico 156, segundo relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município). O órgão afirma ter identificado ao menos 20 irregularidades na prestação de serviços pela Call Tecnologia e Serviços entre 2012 e 2014. Pelo 156, é possível pedir informações sobre órgãos municipais e solicitar serviços, como poda de árvore. O contrato foi assinado em 2011, sob Gilberto Kassab (PSD), e renovado na gestão Fernando Haddad (PT). O tribunal diz que os pagamentos foram feitos pelas horas em que os computadores estavam ligados ao sistema, e não pelas horas em que houve atendimento de fato. A empresa, afirma, cobrava da prefeitura R$ 50 por hora por atendente, mas pagava R$ 27,19 aos funcionários. A prefeitura disse que os "problemas formais" "já foram sanados". Afirmou que, em caso de irregularidade, pedirá ressarcimento aos cofres públicos. A reportagem não obteve resposta da empresa.
cotidiano
Tribunal de Contas diz que prefeitura de SP pagou a mais por serviço 156A Prefeitura de São Paulo pagou R$ 26,6 milhões por atendimentos não realizados à empresa responsável pelo serviço telefônico 156, segundo relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município). O órgão afirma ter identificado ao menos 20 irregularidades na prestação de serviços pela Call Tecnologia e Serviços entre 2012 e 2014. Pelo 156, é possível pedir informações sobre órgãos municipais e solicitar serviços, como poda de árvore. O contrato foi assinado em 2011, sob Gilberto Kassab (PSD), e renovado na gestão Fernando Haddad (PT). O tribunal diz que os pagamentos foram feitos pelas horas em que os computadores estavam ligados ao sistema, e não pelas horas em que houve atendimento de fato. A empresa, afirma, cobrava da prefeitura R$ 50 por hora por atendente, mas pagava R$ 27,19 aos funcionários. A prefeitura disse que os "problemas formais" "já foram sanados". Afirmou que, em caso de irregularidade, pedirá ressarcimento aos cofres públicos. A reportagem não obteve resposta da empresa.
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Frederico Vasconcelos: Futuro corregedor federal revela como o jornalismo moldou sua visão de juiz
Para o ministro Og Fernandes, do STJ, os juízes devem tratar de temas corporativos nas associações de classe. Nos 34 anos da carreira como magistrado, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, nunca aderiu a movimentos grevistas. Eleito ... Leia post completo no blog
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Frederico Vasconcelos: Futuro corregedor federal revela como o jornalismo moldou sua visão de juizPara o ministro Og Fernandes, do STJ, os juízes devem tratar de temas corporativos nas associações de classe. Nos 34 anos da carreira como magistrado, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, nunca aderiu a movimentos grevistas. Eleito ... Leia post completo no blog
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Na ONU, Obama defende diplomacia e confronta rivais Rússia e China
O presidente americano, Barack Obama, disse nesta segunda (28) na ONU (Organização das Nações Unidas) que os EUA manterão a pressão militar sobre a facção radical Estado Islâmico (EI), condenou a Rússia por seu apoio à ditadura síria e questionou as atividades militares da China na Ásia. Apesar das críticas à Rússia, Obama disse que aceitaria atuar junto a Rússia e Irã parta conter a guerra civil na Síria. O mandatário também disse que o término do conflito sírio depende da deposição do ditador Bashar al-Assad, quem chamou de "tirano". Obama foi o segundo chefe de Estado a discursar na abertura da 70ª Assembleia-Geral da ONU, logo após a presidente Dilma Rousseff. O pronunciamento do líder americano ocorre após vitórias diplomáticas como o acordo nuclear com o Irã e a reaproximação com Cuba. Apesar de exaltar as conquistas da ONU em suas sete décadas de existência, Obama advertiu para o risco de um retrocesso nas relações internacionais, caso fracasse a cooperação por meio dos órgãos multilaterais. "Esse progresso é real", disse Obama, mas "correntes perigosas arriscam puxar-nos de volta a um mundo mais sombrio e desordenado". O presidente americano não evitou o tom de confronto com potências rivais, começando com um recado indireto ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu apoio a Assad. Sem buscar consenso multilateral, "algumas grandes potências se afirmam de formas que contravém a lei internacional", disse Obama. "Nos dizem que essa simplificação é necessária para combater a desordem, que é a única forma de erradicar o terrorismo. Segundo essa lógica, deveríamos apoiar tiranos como Bashar al-Assad, que jogam bombas em crianças inocentes porque a alternativa é certamente pior". A "alternativa" implícita na frase é o EI, que atua na Síria. Discursando depois de Obama, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que é um erro negar ajuda a Assad no combate ao EI. O suporte militar russo ao regime de Assad é fortemente criticado pelo governo americano. Obama tem encontro marcado para o fim da tarde desta segunda-feira com Putin para discutir a guerra civil na Síria. Será o primeiro encontro entre os líderes nos últimos dois anos, desde que as relações entre os países se deterioraram devido à anexação da Crimeia pela Rússia. Obama também abordou em seu discurso tensões geopolíticas com a China, outra potência rival. A postura assertiva de Pequim no mar do Sul da China e suas amplas reivindicações territoriais são motivo de preocupação para Washington. "Os EUA não têm reivindicações territoriais ali", disse o presidente americano. "Mas assim como todos os países aqui reunidos, temos um interesse em preservar os princípios básicos da liberdade de navegação e livre fluxo comercial." Embora seu discurso tenha centrado na defesa da diplomacia e do multilateralismo, incluindo um "mea culpa" pela invasão americana do Iraque, Obama reiterou que a pressão militar sobre o EI continuará. Os EUA lideram uma campanha de ataques aéreos contra posições da facção. Outras ações militares, quando necessárias, serão tomadas, afirmou o presidente. "Lidero o Exército mais forte que o mundo já conheceu e nunca vou hesitar em proteger meu país e nossos aliados unilateralmente e por meio da força, se necessário", disse Obama. Obama destacou a reconciliação entre EUA e Cuba como exemplo de que uma era de entendimento no lugar de conflitos é possível. "Por 50 anos, os EUA mantiveram uma política sobre Cuba que fracassou em melhorar a vida dos cubanos. Isso mudou", afirmou, sob aplausos da Assembleia-Geral. "Continuamos tendo diferenças com o governo cubano e continuaremos a defender os direitos humanos, mas faremos isso por meio da diplomacia e do crescimento do comércio." Também está na agenda de Obama para esta terça-feira um encontro com o ditador cubano, Raúl Castro. Será a segunda reunião entre os líderes desde que EUA e Cuba anunciaram seu processo de reaproximação diplomática, em dezembro. Os líderes se encontraram pela primeira vez em abril, durante a Cúpula das Américas, no Panamá.
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Na ONU, Obama defende diplomacia e confronta rivais Rússia e ChinaO presidente americano, Barack Obama, disse nesta segunda (28) na ONU (Organização das Nações Unidas) que os EUA manterão a pressão militar sobre a facção radical Estado Islâmico (EI), condenou a Rússia por seu apoio à ditadura síria e questionou as atividades militares da China na Ásia. Apesar das críticas à Rússia, Obama disse que aceitaria atuar junto a Rússia e Irã parta conter a guerra civil na Síria. O mandatário também disse que o término do conflito sírio depende da deposição do ditador Bashar al-Assad, quem chamou de "tirano". Obama foi o segundo chefe de Estado a discursar na abertura da 70ª Assembleia-Geral da ONU, logo após a presidente Dilma Rousseff. O pronunciamento do líder americano ocorre após vitórias diplomáticas como o acordo nuclear com o Irã e a reaproximação com Cuba. Apesar de exaltar as conquistas da ONU em suas sete décadas de existência, Obama advertiu para o risco de um retrocesso nas relações internacionais, caso fracasse a cooperação por meio dos órgãos multilaterais. "Esse progresso é real", disse Obama, mas "correntes perigosas arriscam puxar-nos de volta a um mundo mais sombrio e desordenado". O presidente americano não evitou o tom de confronto com potências rivais, começando com um recado indireto ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu apoio a Assad. Sem buscar consenso multilateral, "algumas grandes potências se afirmam de formas que contravém a lei internacional", disse Obama. "Nos dizem que essa simplificação é necessária para combater a desordem, que é a única forma de erradicar o terrorismo. Segundo essa lógica, deveríamos apoiar tiranos como Bashar al-Assad, que jogam bombas em crianças inocentes porque a alternativa é certamente pior". A "alternativa" implícita na frase é o EI, que atua na Síria. Discursando depois de Obama, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que é um erro negar ajuda a Assad no combate ao EI. O suporte militar russo ao regime de Assad é fortemente criticado pelo governo americano. Obama tem encontro marcado para o fim da tarde desta segunda-feira com Putin para discutir a guerra civil na Síria. Será o primeiro encontro entre os líderes nos últimos dois anos, desde que as relações entre os países se deterioraram devido à anexação da Crimeia pela Rússia. Obama também abordou em seu discurso tensões geopolíticas com a China, outra potência rival. A postura assertiva de Pequim no mar do Sul da China e suas amplas reivindicações territoriais são motivo de preocupação para Washington. "Os EUA não têm reivindicações territoriais ali", disse o presidente americano. "Mas assim como todos os países aqui reunidos, temos um interesse em preservar os princípios básicos da liberdade de navegação e livre fluxo comercial." Embora seu discurso tenha centrado na defesa da diplomacia e do multilateralismo, incluindo um "mea culpa" pela invasão americana do Iraque, Obama reiterou que a pressão militar sobre o EI continuará. Os EUA lideram uma campanha de ataques aéreos contra posições da facção. Outras ações militares, quando necessárias, serão tomadas, afirmou o presidente. "Lidero o Exército mais forte que o mundo já conheceu e nunca vou hesitar em proteger meu país e nossos aliados unilateralmente e por meio da força, se necessário", disse Obama. Obama destacou a reconciliação entre EUA e Cuba como exemplo de que uma era de entendimento no lugar de conflitos é possível. "Por 50 anos, os EUA mantiveram uma política sobre Cuba que fracassou em melhorar a vida dos cubanos. Isso mudou", afirmou, sob aplausos da Assembleia-Geral. "Continuamos tendo diferenças com o governo cubano e continuaremos a defender os direitos humanos, mas faremos isso por meio da diplomacia e do crescimento do comércio." Também está na agenda de Obama para esta terça-feira um encontro com o ditador cubano, Raúl Castro. Será a segunda reunião entre os líderes desde que EUA e Cuba anunciaram seu processo de reaproximação diplomática, em dezembro. Os líderes se encontraram pela primeira vez em abril, durante a Cúpula das Américas, no Panamá.
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Após ataque de tubarão, governo restringe acesso a praia em Noronha
O governo federal decidiu nesta quarta-feira (23) restringir o horário de acesso à praia do Sueste, no arquipélago de Fernando de Noronha, depois que um turista paranaense de 33 anos ter sido mordido por um tubarão no final da tarde da última segunda (21). Pelas novas regras, e se nenhuma anormalidade for registrada pelas autoridades locais, a praia só reabrirá na sexta-feira (25), das 10h às 15h. Antes do acidente, o funcionamento era das 8h às 18h30. A medida é válida até 4 de janeiro de 2016. Além disso, a atividade de flutuação na baía só será permitida a banhistas que estejam acompanhados de um monitor ou guia credenciado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), que cuida do Parque Nacional de Fernando de Noronha. A praia, que foi interditada após o ataque do tubarão, permanecerá fechada nesta quinta-feira (24). Somente especialistas estão autorizados a mergulhar na área e a fazer sobrevoos com drones, na tentativa de monitorar o comportamento dos tubarões. De acordo com José Tadeu de Oliveira, técnico do ICMBio em Noronha, a medida visa garantir a segurança dos turistas. O turista Márcio de Castro Palma foi atacado no fim da tarde, quando estava escurecendo e a água estava mais turva do que o normal, o que pode ter confundido o tubarão. Palma teve parte do braço direito amputado em razão da mordida. Ele está internado em um hospital particular do Recife, após passar por uma cirurgia no hospital da Restauração nesta terça (22). Segundo Oliveira, a espécie que provavelmente atacou o banhista é o tubarão-tigre, considerado mais violento. Ainda não há explicações para o ataque, mas a principal hipótese é que o banhista tenha se aproximado demais do animal. Segundo relato do homem ao "Jornal Hoje", da TV Globo, ele boiava na água a cerca de 150 metros da praia quando foi atacado. Segundo ele, o tubarão tinha cerca de 1,50 metro e foi possível vê-lo abrindo a boca. O ataque durou segundos.
cotidiano
Após ataque de tubarão, governo restringe acesso a praia em NoronhaO governo federal decidiu nesta quarta-feira (23) restringir o horário de acesso à praia do Sueste, no arquipélago de Fernando de Noronha, depois que um turista paranaense de 33 anos ter sido mordido por um tubarão no final da tarde da última segunda (21). Pelas novas regras, e se nenhuma anormalidade for registrada pelas autoridades locais, a praia só reabrirá na sexta-feira (25), das 10h às 15h. Antes do acidente, o funcionamento era das 8h às 18h30. A medida é válida até 4 de janeiro de 2016. Além disso, a atividade de flutuação na baía só será permitida a banhistas que estejam acompanhados de um monitor ou guia credenciado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), que cuida do Parque Nacional de Fernando de Noronha. A praia, que foi interditada após o ataque do tubarão, permanecerá fechada nesta quinta-feira (24). Somente especialistas estão autorizados a mergulhar na área e a fazer sobrevoos com drones, na tentativa de monitorar o comportamento dos tubarões. De acordo com José Tadeu de Oliveira, técnico do ICMBio em Noronha, a medida visa garantir a segurança dos turistas. O turista Márcio de Castro Palma foi atacado no fim da tarde, quando estava escurecendo e a água estava mais turva do que o normal, o que pode ter confundido o tubarão. Palma teve parte do braço direito amputado em razão da mordida. Ele está internado em um hospital particular do Recife, após passar por uma cirurgia no hospital da Restauração nesta terça (22). Segundo Oliveira, a espécie que provavelmente atacou o banhista é o tubarão-tigre, considerado mais violento. Ainda não há explicações para o ataque, mas a principal hipótese é que o banhista tenha se aproximado demais do animal. Segundo relato do homem ao "Jornal Hoje", da TV Globo, ele boiava na água a cerca de 150 metros da praia quando foi atacado. Segundo ele, o tubarão tinha cerca de 1,50 metro e foi possível vê-lo abrindo a boca. O ataque durou segundos.
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Da Paulista ao cine Marabá, estudante dá dicas para curtir São Paulo
DE SÃO PAULO A estudante Maria Tosta Margotto, 12, dá suas dicas para curtir São Paulo. PAULISTA AOS DOMINGOS Acho legal a ideia da avenida sem os carros. É um ótimo passeio para andar de bicicleta, skate e patins ou para dar uma olhada no artesanato, feirinhas de colares. Também dá para ir a uma exposição! Av. Paulista, s/nº, Bela Vista, s/tel. Dom.: 9h às 17h. Grátis. * MARABÁ É pertinho da minha casa —vou a pé e ando um quarteirão só—, não fico presa em filas e sempre tem ingresso, o que não acontece com os shoppings. Você pode chegar lá 15 minutos antes do filme! Av. Ipiranga, 757, República, tel. 5053-6881. Ingr.: R$ 14 a R$ 20. Veja a programação. * PARQUE BUENOS AIRES Espaço tranquilo, cheio de árvores. Legal para dar uma volta, ler um livro, tomar um sorvete... No fim de semana, escolho uma toalha, passo na padaria, compro algumas coisas e faço um piquenique com os meus amigos. Av. Angélica, alt. do nº 1.500, Higienópolis, tel. 3666-8032. Seg. a dom.: 6h às 22h. Livre. Grátis. * FALAFADA Pequeno e bonito. É superindicado para comer com os amigos. Um lugar novo e realmente muito bacana. Vale a pena conhecer e provar o faláfel. R. Martinico Prado, 172, Vila Buarque, região central, tel. 3578-2226. 45 lugares. Seg. a sex.: 11h45 às 16h. Sáb.: 12h às 16h. * RITZ Restaurante meio retrô, lembra os de filmes! Tem um espaço muito legal e confortável, um ótimo atendimento e a comida também é deliciosa. O hambúrguer de lá é muito bom! Al. Franca, 1.088, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3062-5830. 48 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sex.: 12h às 15h e 19h30 à 1h. Sáb.: 12h30 à 1h. Dom.: 12h30 às 24h.
saopaulo
Da Paulista ao cine Marabá, estudante dá dicas para curtir São PauloDE SÃO PAULO A estudante Maria Tosta Margotto, 12, dá suas dicas para curtir São Paulo. PAULISTA AOS DOMINGOS Acho legal a ideia da avenida sem os carros. É um ótimo passeio para andar de bicicleta, skate e patins ou para dar uma olhada no artesanato, feirinhas de colares. Também dá para ir a uma exposição! Av. Paulista, s/nº, Bela Vista, s/tel. Dom.: 9h às 17h. Grátis. * MARABÁ É pertinho da minha casa —vou a pé e ando um quarteirão só—, não fico presa em filas e sempre tem ingresso, o que não acontece com os shoppings. Você pode chegar lá 15 minutos antes do filme! Av. Ipiranga, 757, República, tel. 5053-6881. Ingr.: R$ 14 a R$ 20. Veja a programação. * PARQUE BUENOS AIRES Espaço tranquilo, cheio de árvores. Legal para dar uma volta, ler um livro, tomar um sorvete... No fim de semana, escolho uma toalha, passo na padaria, compro algumas coisas e faço um piquenique com os meus amigos. Av. Angélica, alt. do nº 1.500, Higienópolis, tel. 3666-8032. Seg. a dom.: 6h às 22h. Livre. Grátis. * FALAFADA Pequeno e bonito. É superindicado para comer com os amigos. Um lugar novo e realmente muito bacana. Vale a pena conhecer e provar o faláfel. R. Martinico Prado, 172, Vila Buarque, região central, tel. 3578-2226. 45 lugares. Seg. a sex.: 11h45 às 16h. Sáb.: 12h às 16h. * RITZ Restaurante meio retrô, lembra os de filmes! Tem um espaço muito legal e confortável, um ótimo atendimento e a comida também é deliciosa. O hambúrguer de lá é muito bom! Al. Franca, 1.088, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3062-5830. 48 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sex.: 12h às 15h e 19h30 à 1h. Sáb.: 12h30 à 1h. Dom.: 12h30 às 24h.
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Ataque a mesquita em Québec deixa ao menos seis mortos e oito feridos
Um ataque a tiros na noite deste domingo (29) em uma mesquita em Québec, no Canadá, deixou ao menos seis pessoas mortas e oito feridas. O primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, classificou o ato como "terrorista". Christine Coulombe, porta-voz da polícia local, afirmou em uma entrevista coletiva que as vítimas têm entre 35 e 70 anos e que dois suspeitos foram detidos após o ataque. As autoridades não descartam a possibilidade de um terceiro suspeito, que teria conseguido fugir do local. "Condenamos este ataque terrorista contra os muçulmanos em um centro de culto e refúgio", afirmou Trudeau em um comunicado. Ataque a mesquita em Québec, Canadá "Os muçulmanos canadenses são parte importante de nosso tecido nacional. Estes atos sem sentido não têm espaço em nossas comunidades, cidade e país", completou. O motivo do ataque ainda não foi determinado. A polícia iniciou uma vasta operação após tiroteio, que aconteceu durante a oração noturna. De acordo com testemunhas, dois homens com máscaras entraram na mesquita por volta das 19h15 de domingo (22h15 de Brasília). "Parte o coração ver esta violência sem sentido", afirmou Trudeau, antes de acrescentar que a "diversidade é nossa fortaleza e a tolerância religiosa é um valor que, como canadenses, valorizamos". VIOLÊNCIA BÁRBARA O primeiro-ministro de Quebec, Philippe Couillard, escreveu no Twitter que o governo está "mobilizado para garantir a segurança da população". "Quebec rejeita categoricamente esta violência bárbara", tuitou. "Solidariedade com a população de fé muçulmana de Quebec". A mesquita de Quebec já havia sido alvo de um ataque de ódio: uma cabeça de porco foi deixada diante da porta do templo durante o Ramadã, em junho do ano passado. Outras mesquitas do Canadá foram alvos de frases racistas nos últimos meses. SOLIDARIEDADE O ataque acontece no momento em que o Canadá promete abrir as portas aos muçulmanos e refugiados, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um polêmico decreto que suspende a entrada dos refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos, o que provocou o caos nas viagens e indignação no mundo. O Canadá oferecerá temporariamente vistos de residência a várias pessoas retidas no país como resultado do decreto de Trump, informou no domingo o ministro da Imigração, Ahmed Hussen. Trump suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por 120 dias e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) por 90 dias. Hussen, de origem somali, não condenou a medida dos Estados Unidos, mas enfatizou que o Canadá pretende manter uma política de imigração baseada na "compaixão", ao mesmo tempo que protege seus cidadãos. "Damos as boas-vindas aos que fogem da perseguição, do terror e da guerra", disse, repetindo a mensagem de sábado do primeiro-ministro Justin Trudeau. O presidente francês, François Hollande, condenou com "firmeza" o que chamou de "odioso atentado" na mesquita de Quebec. De acordo com o último censo do Canadá, de 2011, uma a cada cinco pessoas no país nasceu no exterior. O Canadá recebeu 39.670 refugiados sírios entre novembro de 2015 e o início de 2017, segundo o governo.
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Ataque a mesquita em Québec deixa ao menos seis mortos e oito feridosUm ataque a tiros na noite deste domingo (29) em uma mesquita em Québec, no Canadá, deixou ao menos seis pessoas mortas e oito feridas. O primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, classificou o ato como "terrorista". Christine Coulombe, porta-voz da polícia local, afirmou em uma entrevista coletiva que as vítimas têm entre 35 e 70 anos e que dois suspeitos foram detidos após o ataque. As autoridades não descartam a possibilidade de um terceiro suspeito, que teria conseguido fugir do local. "Condenamos este ataque terrorista contra os muçulmanos em um centro de culto e refúgio", afirmou Trudeau em um comunicado. Ataque a mesquita em Québec, Canadá "Os muçulmanos canadenses são parte importante de nosso tecido nacional. Estes atos sem sentido não têm espaço em nossas comunidades, cidade e país", completou. O motivo do ataque ainda não foi determinado. A polícia iniciou uma vasta operação após tiroteio, que aconteceu durante a oração noturna. De acordo com testemunhas, dois homens com máscaras entraram na mesquita por volta das 19h15 de domingo (22h15 de Brasília). "Parte o coração ver esta violência sem sentido", afirmou Trudeau, antes de acrescentar que a "diversidade é nossa fortaleza e a tolerância religiosa é um valor que, como canadenses, valorizamos". VIOLÊNCIA BÁRBARA O primeiro-ministro de Quebec, Philippe Couillard, escreveu no Twitter que o governo está "mobilizado para garantir a segurança da população". "Quebec rejeita categoricamente esta violência bárbara", tuitou. "Solidariedade com a população de fé muçulmana de Quebec". A mesquita de Quebec já havia sido alvo de um ataque de ódio: uma cabeça de porco foi deixada diante da porta do templo durante o Ramadã, em junho do ano passado. Outras mesquitas do Canadá foram alvos de frases racistas nos últimos meses. SOLIDARIEDADE O ataque acontece no momento em que o Canadá promete abrir as portas aos muçulmanos e refugiados, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um polêmico decreto que suspende a entrada dos refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos, o que provocou o caos nas viagens e indignação no mundo. O Canadá oferecerá temporariamente vistos de residência a várias pessoas retidas no país como resultado do decreto de Trump, informou no domingo o ministro da Imigração, Ahmed Hussen. Trump suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por 120 dias e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) por 90 dias. Hussen, de origem somali, não condenou a medida dos Estados Unidos, mas enfatizou que o Canadá pretende manter uma política de imigração baseada na "compaixão", ao mesmo tempo que protege seus cidadãos. "Damos as boas-vindas aos que fogem da perseguição, do terror e da guerra", disse, repetindo a mensagem de sábado do primeiro-ministro Justin Trudeau. O presidente francês, François Hollande, condenou com "firmeza" o que chamou de "odioso atentado" na mesquita de Quebec. De acordo com o último censo do Canadá, de 2011, uma a cada cinco pessoas no país nasceu no exterior. O Canadá recebeu 39.670 refugiados sírios entre novembro de 2015 e o início de 2017, segundo o governo.
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Ativista tibetana censurada sugere hipocrisia de Zuckerberg
A ativista e escritora tibetana Tsering Woeser publicou nesta quinta-feira (15) uma carta criticando o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, por uma suposta hipocrisia. Ela está insatisfeita depois que um vídeo publicado por ela, que mostrava a autoimolação de um tibetano na China, foi retirado do Facebook, –o que para Tsering configura censura– enquanto Zuckerberg declarou apoio à liberdade de expressão e se juntou à campanha "je suis Charlie" (eu sou Charlie), em referência ao atentado sofrido pelo jornal satírico, que deixou 12 mortos. "'Eu também sou Charlie', afirmou Marck Zuckerberg em apoio à liberdade de expressão e em homenagem às vítimas do ataque ao jornal francês 'Charlie Hebdo', mas na China seu compromisso com liberdades está embargado. Se esqueceu de algo, Zuckerberg?", se pergunta. Ao mesmo tempo, acrescenta, a conta do escritor chinês exilado Liao Yiwu, que publicou diversos livros sobre problemas sociais chineses –censurados no país asiático– foi suspensa temporariamente por publicar fotos de um artista sueco que estava nu durante um protesto que pedia a liberação do vencedor do prêmio Nobel da Paz Lio Xiaobo –também perseguido pelo regime chinês– em Estocolmo. "Zuckerberg não pode se descrever como um herói que morreria para defender a liberdade de expressão", diz Tsering, que acredita que a censura aplicada pelo Facebook se deve ao interesse da empresa em agradar ao governo de Pequim e conseguir finalmente ser desbloqueado no país, que possui o maior número de internautas do mundo. Quando o vídeo da autoimolação foi excluído, o Facebook respondeu à queixa feita por Woeser explicando que alguns usuários se opõem a vídeos fortes como o que ela havia postado e alegou que a empresa estava "trabalhando duro" para encontrar um equilíbrio entre a livre expressão e a segurança. Após os atentados de Paris, o fundador do Facebook publicou um comunicado a favor da liberdade de expressão e contra o medo. Ele também defendeu que diversas vozes –inclusive as que podem soar ofensivas– podem fazer do mundo um lugar melhor e mais interessante. Para a escritora, que continua escrevendo na rede social sobre assuntos de direitos humanos na China, as palavras de Zuckerberg soam oportunistas. Além disso, instou o empresário a não temer o Partido Comunista da China (PCCh). "Se não tem medo de morrer por causa da liberdade de expressão, não deveria ter medo do PCCh só para ganhar mais dinheiro na China", sentenciou
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Ativista tibetana censurada sugere hipocrisia de ZuckerbergA ativista e escritora tibetana Tsering Woeser publicou nesta quinta-feira (15) uma carta criticando o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, por uma suposta hipocrisia. Ela está insatisfeita depois que um vídeo publicado por ela, que mostrava a autoimolação de um tibetano na China, foi retirado do Facebook, –o que para Tsering configura censura– enquanto Zuckerberg declarou apoio à liberdade de expressão e se juntou à campanha "je suis Charlie" (eu sou Charlie), em referência ao atentado sofrido pelo jornal satírico, que deixou 12 mortos. "'Eu também sou Charlie', afirmou Marck Zuckerberg em apoio à liberdade de expressão e em homenagem às vítimas do ataque ao jornal francês 'Charlie Hebdo', mas na China seu compromisso com liberdades está embargado. Se esqueceu de algo, Zuckerberg?", se pergunta. Ao mesmo tempo, acrescenta, a conta do escritor chinês exilado Liao Yiwu, que publicou diversos livros sobre problemas sociais chineses –censurados no país asiático– foi suspensa temporariamente por publicar fotos de um artista sueco que estava nu durante um protesto que pedia a liberação do vencedor do prêmio Nobel da Paz Lio Xiaobo –também perseguido pelo regime chinês– em Estocolmo. "Zuckerberg não pode se descrever como um herói que morreria para defender a liberdade de expressão", diz Tsering, que acredita que a censura aplicada pelo Facebook se deve ao interesse da empresa em agradar ao governo de Pequim e conseguir finalmente ser desbloqueado no país, que possui o maior número de internautas do mundo. Quando o vídeo da autoimolação foi excluído, o Facebook respondeu à queixa feita por Woeser explicando que alguns usuários se opõem a vídeos fortes como o que ela havia postado e alegou que a empresa estava "trabalhando duro" para encontrar um equilíbrio entre a livre expressão e a segurança. Após os atentados de Paris, o fundador do Facebook publicou um comunicado a favor da liberdade de expressão e contra o medo. Ele também defendeu que diversas vozes –inclusive as que podem soar ofensivas– podem fazer do mundo um lugar melhor e mais interessante. Para a escritora, que continua escrevendo na rede social sobre assuntos de direitos humanos na China, as palavras de Zuckerberg soam oportunistas. Além disso, instou o empresário a não temer o Partido Comunista da China (PCCh). "Se não tem medo de morrer por causa da liberdade de expressão, não deveria ter medo do PCCh só para ganhar mais dinheiro na China", sentenciou
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Quem tem medo de Houellebecq?
Li algures que Michel Houellebecq, depois de publicar "Submissão", nunca mais viveu em paz: tem segurança 24 horas por dia para o caso de um jihadista islâmico ajustar contas com ele. Caí do céu. Um jihadista islâmico? Li "Submissão" quando o livro aterrou nas livrarias. E, se a minha memória não me atraiçoa, não me lembro de ver na obra uma única referência ofensiva ao islã e ao profeta. O contrário talvez seja mais exato: Houellebecq trata a religião islâmica com um respeito que ele nunca dedicou a nenhuma outra religião. Se Houellebecq cometeu uma blasfêmia, não foi contra o islã. Foi contra quem? Antes de responder –no fundo, a pergunta decisiva sobre o livro–, um breve resumo da história: a França vai a eleições no futuro próximo. Espantosamente, os dois candidatos que podem vencer o pleito presidencial no segundo turno são Marine Le Pen, da Frente Nacional, e Mohammed Ben Abbes, o criador da Fraternidade Muçulmana. Vence Ben Abbes e a França começa a transformar-se em República islâmica. Tudo isso é relatado por um professor universitário de meia-idade, especialista na obra do crítico francês Joris-Karl Huysmans (1848""1907), com a alma mergulhada no torpor existencial que é Houellebecq "vintage". É através desses relatos –factuais, enfadados, de um antissentimentalismo brutal– que Houellebecq conta ao mundo como a pátria da "liberdade, igualdade e fraternidade" se entrega nos braços do islamismo. E a explicação, a sinistra explicação para o fato, encontra-se numa palavra que os franceses conhecem bem: colaboracionismo. A vitória de Ben Abbes só foi possível pelo colaboracionismo dos guardiões da República. Começa por ser o colaboracionismo dos próprios partidos do regime: empatada com Marine Le Pen, a Fraternidade Muçulmana vai comprando, com poder e ministérios menores, a esquerda socialista e a direita do UMP (União por um Movimento Popular), que se agarram à legenda para não desaparecerem do mapa. Mas o carrinho de compras não se limita aos partidos. O colaboracionismo continua com os jornalistas, que endeusam Mohammed Ben Abbes e nunca lhe colocam as perguntas difíceis. Será verdade que o novo governo irá acabar com turmas mistas? Será verdade que os docentes terão que fazer a sua conversão ao islã? Silêncio. Covarde silêncio. Finalmente, e depois dos jornalistas, dá-se a "traição dos intelectuais", um desporto que eles gostam de praticar com regularidade: no caso, professores universitários que aceitam colaborar com o governo porque o dinheiro do petróleo paga três vezes mais –e, além disso, com a poligamia instituída, é sempre possível ter mais uma aluna para casar. E quando nós, leitores, esperamos que os resultados da nova República criem uma distopia como nas narrativas de Zamyatin ou Orwell, não encontramos nada disso. Só paz e sossego. O desemprego cai (as mulheres, relembro, saem do mercado de trabalho para lides domésticas). As famílias, preocupadas com a correta formação espiritual das crianças, sentem-se tranquilas com a "decência" promovida pelo governo. E a sociedade descobre, apesar da Revolução de 1789, que a verdadeira liberdade só vem com a "submissão" às leis divinas, não com o laicismo militante. O próprio narrador de Houellebecq resume tudo na mais gélida sentença do livro. Acontece quando Myriam, a namorada judia, deixa a França em busca da salvação em Israel. "Não há um Israel para mim", conclui o professor. E, não havendo esse Israel, que caminho resta a um homem solitário, com "o coração ressequido e endurecido pela farra" (palavras do seu herói Huysmans), que teme o envelhecimento e a morte –e já ficaria feliz com uma mulher (ou, corrigindo, duas) para os prazeres do palato e da glande? Obviamente, colaborar. O livro de Houellebecq, como todas as obras anteriores, é mais uma meditação irônica e brilhante sobre o esgotamento espiritual do Ocidente. Sobre a ausência de "crença" em qualquer coisa –e "crença" no sentido lato do termo. Pode ser em Deus. Pode ser na simples liberdade humana –e na importância de a defender– contra todas as tentativas de a destruir. Se a mensagem de Houellebecq incomoda algumas almas "humanistas", o problema não está em Houellebecq. Está nos espelhos que essas almas têm em casa, onde todos os dias contemplam os seus rostos covardes e vazios de qualquer sentido.
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Quem tem medo de Houellebecq?Li algures que Michel Houellebecq, depois de publicar "Submissão", nunca mais viveu em paz: tem segurança 24 horas por dia para o caso de um jihadista islâmico ajustar contas com ele. Caí do céu. Um jihadista islâmico? Li "Submissão" quando o livro aterrou nas livrarias. E, se a minha memória não me atraiçoa, não me lembro de ver na obra uma única referência ofensiva ao islã e ao profeta. O contrário talvez seja mais exato: Houellebecq trata a religião islâmica com um respeito que ele nunca dedicou a nenhuma outra religião. Se Houellebecq cometeu uma blasfêmia, não foi contra o islã. Foi contra quem? Antes de responder –no fundo, a pergunta decisiva sobre o livro–, um breve resumo da história: a França vai a eleições no futuro próximo. Espantosamente, os dois candidatos que podem vencer o pleito presidencial no segundo turno são Marine Le Pen, da Frente Nacional, e Mohammed Ben Abbes, o criador da Fraternidade Muçulmana. Vence Ben Abbes e a França começa a transformar-se em República islâmica. Tudo isso é relatado por um professor universitário de meia-idade, especialista na obra do crítico francês Joris-Karl Huysmans (1848""1907), com a alma mergulhada no torpor existencial que é Houellebecq "vintage". É através desses relatos –factuais, enfadados, de um antissentimentalismo brutal– que Houellebecq conta ao mundo como a pátria da "liberdade, igualdade e fraternidade" se entrega nos braços do islamismo. E a explicação, a sinistra explicação para o fato, encontra-se numa palavra que os franceses conhecem bem: colaboracionismo. A vitória de Ben Abbes só foi possível pelo colaboracionismo dos guardiões da República. Começa por ser o colaboracionismo dos próprios partidos do regime: empatada com Marine Le Pen, a Fraternidade Muçulmana vai comprando, com poder e ministérios menores, a esquerda socialista e a direita do UMP (União por um Movimento Popular), que se agarram à legenda para não desaparecerem do mapa. Mas o carrinho de compras não se limita aos partidos. O colaboracionismo continua com os jornalistas, que endeusam Mohammed Ben Abbes e nunca lhe colocam as perguntas difíceis. Será verdade que o novo governo irá acabar com turmas mistas? Será verdade que os docentes terão que fazer a sua conversão ao islã? Silêncio. Covarde silêncio. Finalmente, e depois dos jornalistas, dá-se a "traição dos intelectuais", um desporto que eles gostam de praticar com regularidade: no caso, professores universitários que aceitam colaborar com o governo porque o dinheiro do petróleo paga três vezes mais –e, além disso, com a poligamia instituída, é sempre possível ter mais uma aluna para casar. E quando nós, leitores, esperamos que os resultados da nova República criem uma distopia como nas narrativas de Zamyatin ou Orwell, não encontramos nada disso. Só paz e sossego. O desemprego cai (as mulheres, relembro, saem do mercado de trabalho para lides domésticas). As famílias, preocupadas com a correta formação espiritual das crianças, sentem-se tranquilas com a "decência" promovida pelo governo. E a sociedade descobre, apesar da Revolução de 1789, que a verdadeira liberdade só vem com a "submissão" às leis divinas, não com o laicismo militante. O próprio narrador de Houellebecq resume tudo na mais gélida sentença do livro. Acontece quando Myriam, a namorada judia, deixa a França em busca da salvação em Israel. "Não há um Israel para mim", conclui o professor. E, não havendo esse Israel, que caminho resta a um homem solitário, com "o coração ressequido e endurecido pela farra" (palavras do seu herói Huysmans), que teme o envelhecimento e a morte –e já ficaria feliz com uma mulher (ou, corrigindo, duas) para os prazeres do palato e da glande? Obviamente, colaborar. O livro de Houellebecq, como todas as obras anteriores, é mais uma meditação irônica e brilhante sobre o esgotamento espiritual do Ocidente. Sobre a ausência de "crença" em qualquer coisa –e "crença" no sentido lato do termo. Pode ser em Deus. Pode ser na simples liberdade humana –e na importância de a defender– contra todas as tentativas de a destruir. Se a mensagem de Houellebecq incomoda algumas almas "humanistas", o problema não está em Houellebecq. Está nos espelhos que essas almas têm em casa, onde todos os dias contemplam os seus rostos covardes e vazios de qualquer sentido.
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Vídeo mostra primeiras imagens de plataforma da Petrobras após explosão
Um vídeo realizado nesta quinta-feira (12) mostra as primeiras imagens do interior do navio-plataforma Cidade de São Mateus após a explosão que atingiu a embarcação na última quarta-feira (11). O acidente deixou cinco mortos e 25 feridos. Outros quatro tripulantes continuam desaparecidos. O FPSO Cidade São Mateus é um navio-plataforma de extração de óleo e gás de propriedade da empresa BW Offshore e que presta serviço para a Petrobras. As imagens, cedidas à Folha pela "Gazeta Online" e gravadas por um militar que não quis ser identificado, mostram ferro retorcido, água subindo na casa de máquinas da embarcação e algumas das áreas atingidas pela explosão. É possível ainda ver diversos profissionais trabalhando no resgate. Veja vídeo O número de mortos no navio-plataforma do Espírito Santo subiu de 3 para 5, segundo a empresa BW, responsável pela embarcação. O total de feridos também teve alteração: de 10 para 25. Registrado próximo a Aracruz na tarde desta quarta-feira (11) no navio FPSO Cidade de São Mateus, o acidente é o pior em número de vítimas em plataformas contratadas ou operadas pela Petrobras desde 2001, quando 11 pessoas morreram em duas explosões.
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Vídeo mostra primeiras imagens de plataforma da Petrobras após explosãoUm vídeo realizado nesta quinta-feira (12) mostra as primeiras imagens do interior do navio-plataforma Cidade de São Mateus após a explosão que atingiu a embarcação na última quarta-feira (11). O acidente deixou cinco mortos e 25 feridos. Outros quatro tripulantes continuam desaparecidos. O FPSO Cidade São Mateus é um navio-plataforma de extração de óleo e gás de propriedade da empresa BW Offshore e que presta serviço para a Petrobras. As imagens, cedidas à Folha pela "Gazeta Online" e gravadas por um militar que não quis ser identificado, mostram ferro retorcido, água subindo na casa de máquinas da embarcação e algumas das áreas atingidas pela explosão. É possível ainda ver diversos profissionais trabalhando no resgate. Veja vídeo O número de mortos no navio-plataforma do Espírito Santo subiu de 3 para 5, segundo a empresa BW, responsável pela embarcação. O total de feridos também teve alteração: de 10 para 25. Registrado próximo a Aracruz na tarde desta quarta-feira (11) no navio FPSO Cidade de São Mateus, o acidente é o pior em número de vítimas em plataformas contratadas ou operadas pela Petrobras desde 2001, quando 11 pessoas morreram em duas explosões.
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'Cortamos as partes entediantes', diz ator sobre 7ª temporada de 'GoT'
A rapidez com a qual os personagens de "Game of Thrones" se locomoveram na sétima temporada foi alvo de críticas por parte de alguns fãs. O ator Liam Cunningham, intérprete de Davos Seaworth, falou sobre a aceleração nos episódios da série. Em entrevista para o jornal "The Washington Post", Cunningham explicou que a série é diferenciada das demais. "Quando vimos Ned Stark ter sua cabeça cortada na primeira temporada, as pessoas ficaram chocadas, foi uma virada no jogo – o protagonista não pode ser morto – naquele momento, as pessoas perceberam que as regras não se aplicavam." De acordo com ele, a mesma falta de regras se aplica às locomoções dos personagens. "Se quiséssemos continuidade, teríamos que fazer mais 12 episódios antes que Gendry voltasse à Eastwatch. Eu vejo o drama como a vida, com as partes entediantes deixadas de fora", disse. Assim como Alan Taylor, diretor do episódio "Beyond The Wall", havia afirmado, Cunningham disse que a credibilidade da linha do tempo [da série] foi deixada de lado por conta do drama, esperando que os fãs superassem isso. "Eu realmente não quero assistir Varys comendo seu lanche ou o meu personagem embaixo de uma árvore, esperando a chuva passar para que ele vá até algum lugar. Nos livramos disso", afirmou. "É uma série adulta, feita para adultos. Nós cortamos as partes entediantes."
ilustrada
'Cortamos as partes entediantes', diz ator sobre 7ª temporada de 'GoT'A rapidez com a qual os personagens de "Game of Thrones" se locomoveram na sétima temporada foi alvo de críticas por parte de alguns fãs. O ator Liam Cunningham, intérprete de Davos Seaworth, falou sobre a aceleração nos episódios da série. Em entrevista para o jornal "The Washington Post", Cunningham explicou que a série é diferenciada das demais. "Quando vimos Ned Stark ter sua cabeça cortada na primeira temporada, as pessoas ficaram chocadas, foi uma virada no jogo – o protagonista não pode ser morto – naquele momento, as pessoas perceberam que as regras não se aplicavam." De acordo com ele, a mesma falta de regras se aplica às locomoções dos personagens. "Se quiséssemos continuidade, teríamos que fazer mais 12 episódios antes que Gendry voltasse à Eastwatch. Eu vejo o drama como a vida, com as partes entediantes deixadas de fora", disse. Assim como Alan Taylor, diretor do episódio "Beyond The Wall", havia afirmado, Cunningham disse que a credibilidade da linha do tempo [da série] foi deixada de lado por conta do drama, esperando que os fãs superassem isso. "Eu realmente não quero assistir Varys comendo seu lanche ou o meu personagem embaixo de uma árvore, esperando a chuva passar para que ele vá até algum lugar. Nos livramos disso", afirmou. "É uma série adulta, feita para adultos. Nós cortamos as partes entediantes."
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Alta em quedas de árvores ocorreu por causa de vendaval, diz prefeitura
A Secretaria de Coordenação de Subprefeituras de São Paulo disse nesta sexta-feira (2) que o aumento de ocorrências de quedas de árvores em 2014 ocorreu por causa do vendaval que atingiu a cidade na madrugada de segunda-feira (29/12). Segundo o órgão municipal, apenas naquela noite caíram 326 árvores. Somando às outras 183 ocorrências dois dias 30 e 31/12, o total de ocorrências em 2014 ficou em 2.252 quedas de árvores, disse a prefeitura. De acordo com o órgão municipal, até o dia 28 de dezembro, foram registradas 1.743 quedas de árvores, ao passo passo que em 2013, o número era de 1.861 ocorrências. Nesta quinta-feira (1º), quatro dias após o temporal, ruas de bairros da zona sul, como Moema, ainda tinham diversas árvores caídas ou restos de galhos cortados pela prefeitura que permanecem no local. "O jornal poderia ter destacado que, o número de 2014 subiu em virtude do vendaval, quase em escala de furacão, que atingiu a cidade na madrugada do dia 29/12, quando, em apenas uma noite, caíram 326 árvores", disse a Coordenação das Subprefeituras. "O número de ocorrências em 2014 (2.252 árvores) ainda é menor que o registrado em 2011, quando foram registradas 2.497 ocorrências e apenas 8,3% superior ao registrado em 2012", afirmou. Retirada de árvores A Coordenação de Subprefeituras disse que a prioridade das remoções foi definida em conjunto com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para que as vias principais sejam liberadas no menor tempo possível. O órgão afirmou ainda que há casos em que é necessário o apoio da Eletropaulo no desligamento da rede elétrica para garantir a segurança das equipes da prefeitura. "Assim que toma conhecimento de uma queda de árvore, a subprefeitura encaminha uma equipe até o local do ocorrido para dar início ao procedimento de remoção da espécie, podendo necessitar o apoio da Eletropaulo, em casos onde o exemplar atinge a fiação elétrica, ou do Corpo de Bombeiros", disse em nota. Segundo a prefeitura, há 55 equipes que trabalham na manutenção de árvores e 79 na manutenção de áreas verdes da cidade. De janeiro a novembro de 2014, foram realizadas mais de 95 mil podas, 13 mil remoções e aproximadamente 10,5 mil substituições com árvores novas, em atendimento a 66 mil solicitações registradas via Sistema de Atendimento ao Cidadão, 156 ou Praças de Atendimento, informou. As quedas de árvores que interditem residências ou ofereçam riscos à população devem informadas à Defesa Civil pelo telefone 199. O manejo de árvores e áreas verdes pode ser solicitado pelo telefone 156, pelo site (sac.prefeitura.sp.gov.br) ou pessoalmente na Praça de Atendimento de cada Subprefeitura. Segundo a prefeitura, a Defesa Civil Municipal está constituindo um grupo específico de arborização para, neste período de chuvas, melhor avaliar, identificar e prevenir riscos.
cotidiano
Alta em quedas de árvores ocorreu por causa de vendaval, diz prefeituraA Secretaria de Coordenação de Subprefeituras de São Paulo disse nesta sexta-feira (2) que o aumento de ocorrências de quedas de árvores em 2014 ocorreu por causa do vendaval que atingiu a cidade na madrugada de segunda-feira (29/12). Segundo o órgão municipal, apenas naquela noite caíram 326 árvores. Somando às outras 183 ocorrências dois dias 30 e 31/12, o total de ocorrências em 2014 ficou em 2.252 quedas de árvores, disse a prefeitura. De acordo com o órgão municipal, até o dia 28 de dezembro, foram registradas 1.743 quedas de árvores, ao passo passo que em 2013, o número era de 1.861 ocorrências. Nesta quinta-feira (1º), quatro dias após o temporal, ruas de bairros da zona sul, como Moema, ainda tinham diversas árvores caídas ou restos de galhos cortados pela prefeitura que permanecem no local. "O jornal poderia ter destacado que, o número de 2014 subiu em virtude do vendaval, quase em escala de furacão, que atingiu a cidade na madrugada do dia 29/12, quando, em apenas uma noite, caíram 326 árvores", disse a Coordenação das Subprefeituras. "O número de ocorrências em 2014 (2.252 árvores) ainda é menor que o registrado em 2011, quando foram registradas 2.497 ocorrências e apenas 8,3% superior ao registrado em 2012", afirmou. Retirada de árvores A Coordenação de Subprefeituras disse que a prioridade das remoções foi definida em conjunto com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para que as vias principais sejam liberadas no menor tempo possível. O órgão afirmou ainda que há casos em que é necessário o apoio da Eletropaulo no desligamento da rede elétrica para garantir a segurança das equipes da prefeitura. "Assim que toma conhecimento de uma queda de árvore, a subprefeitura encaminha uma equipe até o local do ocorrido para dar início ao procedimento de remoção da espécie, podendo necessitar o apoio da Eletropaulo, em casos onde o exemplar atinge a fiação elétrica, ou do Corpo de Bombeiros", disse em nota. Segundo a prefeitura, há 55 equipes que trabalham na manutenção de árvores e 79 na manutenção de áreas verdes da cidade. De janeiro a novembro de 2014, foram realizadas mais de 95 mil podas, 13 mil remoções e aproximadamente 10,5 mil substituições com árvores novas, em atendimento a 66 mil solicitações registradas via Sistema de Atendimento ao Cidadão, 156 ou Praças de Atendimento, informou. As quedas de árvores que interditem residências ou ofereçam riscos à população devem informadas à Defesa Civil pelo telefone 199. O manejo de árvores e áreas verdes pode ser solicitado pelo telefone 156, pelo site (sac.prefeitura.sp.gov.br) ou pessoalmente na Praça de Atendimento de cada Subprefeitura. Segundo a prefeitura, a Defesa Civil Municipal está constituindo um grupo específico de arborização para, neste período de chuvas, melhor avaliar, identificar e prevenir riscos.
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Editorial: Futebol de outro mundo
Pela selvageria, as cenas registradas na Itália dias atrás em tudo lembravam a violência tantas vezes associada a jogos de futebol no Brasil. Pela reação das autoridades, ficou fácil notar a diferença. Acompanhando o Feyenoord, da Holanda, torcedores que foram a Roma assistir à partida válida pela Liga Europa deixaram um rastro de destruição na capital italiana. O vandalismo, que começou na quarta-feira (18), intensificou-se no dia seguinte, quando uma fonte do século 17 terminou avariada. Para os padrões brasileiros, talvez a vigorosa manifestação do prefeito de Roma, Ignazio Marino, já soasse surpreendente: "Isso não vai ficar assim. (...) Esse tipo de gente não é bem-vindo nesta cidade". A agilidade da Justiça, então, parece coisa de outro mundo. Na quinta-feira (19) à tarde, soube-se não só que mais de 20 simpatizantes da equipe holandesa haviam sido detidos, o que não causa tanta estranheza, mas também que 19 já tinham sido condenados. Enquanto isso, reportagem desta Folha mostrava o quanto a realidade brasileira é distinta. Segundo levantamento feito pelo jornal, brigas entre torcidas organizadas de clubes paulistas provocaram a morte de ao menos 11 pessoas nos últimos dez anos. Nesse período, não houve nenhuma condenação judicial relativa a esses crimes. Sem melhorar esse tipo de estatística, o Brasil não conseguirá transformar seus estádios em ambientes acolhedores para quem busca uma opção de lazer, a exemplo do que ocorre na Europa –e a despeito de episódios pontuais de violência como os vistos na Itália. Esse seria apenas um passo, contudo. Marco Aurelio Klein, autor do relatório final da Comissão Paz no Esporte, tem razão ao afirmar que não existe solução mágica. Somente um conjunto de ações será capaz de garantir alguma segurança nos jogos de futebol. Klein menciona dois importantes legados da Copa: estádios sem alambrado e o sistema de monitoramento, que, segundo ele, deve ser ostensivo. Aponta, ainda, a necessidade de treinar melhor a polícia, que deve abandonar a retórica bélica, e de impedir que o vândalo frequente as arenas esportivas. Quanto a esse último ponto, os clubes poderiam ajudar muito. Resta saber se os dirigentes estão de fato convencidos de que o futebol brasileiro precisa se modernizar tanto dentro como fora de campo.
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Editorial: Futebol de outro mundoPela selvageria, as cenas registradas na Itália dias atrás em tudo lembravam a violência tantas vezes associada a jogos de futebol no Brasil. Pela reação das autoridades, ficou fácil notar a diferença. Acompanhando o Feyenoord, da Holanda, torcedores que foram a Roma assistir à partida válida pela Liga Europa deixaram um rastro de destruição na capital italiana. O vandalismo, que começou na quarta-feira (18), intensificou-se no dia seguinte, quando uma fonte do século 17 terminou avariada. Para os padrões brasileiros, talvez a vigorosa manifestação do prefeito de Roma, Ignazio Marino, já soasse surpreendente: "Isso não vai ficar assim. (...) Esse tipo de gente não é bem-vindo nesta cidade". A agilidade da Justiça, então, parece coisa de outro mundo. Na quinta-feira (19) à tarde, soube-se não só que mais de 20 simpatizantes da equipe holandesa haviam sido detidos, o que não causa tanta estranheza, mas também que 19 já tinham sido condenados. Enquanto isso, reportagem desta Folha mostrava o quanto a realidade brasileira é distinta. Segundo levantamento feito pelo jornal, brigas entre torcidas organizadas de clubes paulistas provocaram a morte de ao menos 11 pessoas nos últimos dez anos. Nesse período, não houve nenhuma condenação judicial relativa a esses crimes. Sem melhorar esse tipo de estatística, o Brasil não conseguirá transformar seus estádios em ambientes acolhedores para quem busca uma opção de lazer, a exemplo do que ocorre na Europa –e a despeito de episódios pontuais de violência como os vistos na Itália. Esse seria apenas um passo, contudo. Marco Aurelio Klein, autor do relatório final da Comissão Paz no Esporte, tem razão ao afirmar que não existe solução mágica. Somente um conjunto de ações será capaz de garantir alguma segurança nos jogos de futebol. Klein menciona dois importantes legados da Copa: estádios sem alambrado e o sistema de monitoramento, que, segundo ele, deve ser ostensivo. Aponta, ainda, a necessidade de treinar melhor a polícia, que deve abandonar a retórica bélica, e de impedir que o vândalo frequente as arenas esportivas. Quanto a esse último ponto, os clubes poderiam ajudar muito. Resta saber se os dirigentes estão de fato convencidos de que o futebol brasileiro precisa se modernizar tanto dentro como fora de campo.
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Leda Paulani: Raciocinação ideológica
Frank Hahn, nome dentre os maiores no desenvolvimento da teoria que busca demonstrar o virtuosismo dos mercados em sua vocação para o equilíbrio, asseverou nos anos 1990 que a ciência econômica que se compraz com teoremas e axiomas está com os dias contados. Ademais, afirmou que quem insiste em ladainhas age como adepto de religião, tanto mais ortodoxo ficando quanto mais visíveis são os sinais do declínio de sua igreja. A surpreendente afirmação me veio à mente ao ler, em suas colunas nesta Folha, as críticas de Samuel Pessôa e Alexandre Schwartsman à entrevista que dei ao "Valor Econômico" em 23 de abril. Dentre afirmar que desconheço os dados, sugerir irracionalidade em minha argumentação e perguntar em que mundo vivo, todos os estratagemas foram utilizados para desqualificá-la. A reação não é despropositada: atingindo o coração dos dogmas que sustentam a macroeconomia nossa de cada dia, essa que a mídia repercute à exaustão e se tornou a bíblia dos mercados, questionei o furor ortodoxo com o resultado primário negativo ocorrido em 2014. Dado que o superavit primário integra a santíssima trindade da crença, a par do regime de metas de inflação e do câmbio flutuante, natural a indignação. Como não rezo pela cartilha ortodoxa, penso que o Estado deve ter poder e liberdade para agir de maneira contracíclica, que macroeconomicamente a poupança não é precondição do investimento, que a inflação não é sempre resultado de excesso de demanda, que a doença holandesa é praga que afeta os países periféricos. Por viver em país que ainda não se construiu como nação, penso que não há razão que justifique o nível atual da taxa de juros; que falar em excesso de demanda com a economia patinhando há quatro anos beira o nonsense; que não há razão que justifique sermos sempre culpados de "não fazer a lição de casa" em razão de uma relação dívida/PIB de 34% (fora reservas), quando a do Reino Unido é 100% e a do Japão é 230%! Por viver em país que padece de fratura social vexatória, penso que não se pode abrir mão de um Estado interventor e com mão forte para taxar capitais e tributar fortunas, não apenas para fazer políticas públicas; para introduzir progressividade em nosso sistema tributário, não apenas para fazer políticas compensatórias; para investir em infraestrutura, não para fazer política de campeões globais; para alavancar o mercado interno, não para desonerar folha de pagamento. Tem lá sua graça ver ideólogos falando em realidade, gregoriando cantochões ortodoxos à moda de verdades científicas, verdades tão sagradas que questioná-las passa por coisa de doidivanas. Mas eles nunca se lembram de mencionar os pressupostos de que partem. Assim, dizer que o país não pode ter deficit de 6,7% do PIB em razão de nossa reduzida taxa de poupança pressupõe que a poupança precede o investimento –isso é verdade, mas no orçamento doméstico! E crer que se governa um país como se governa uma casa, francamente. Se magicamente os brasileiros dobrassem sua poupança, a situação poderia ser antes pior do que melhor, porque se deprimiriam as expectativas. Foi para ficar com os pés fincados na realidade que me imunizei contra esse tipo de raciocinação, como diria Hegel. A diferença entre quem repete os manuais de economia americanos e um francês que pensa, está aí à vista de todos, nas livrarias: "O Capital no Século 21". Ou seriam também ambos, Thomas Piketty e Hahn, radicais insensatos? LEDA MARIA PAULANI, 60, professora titular de economia da FEA-USP, foi secretária municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Haddad). É autora de "Modernidade e Discurso Econômico" e de "Brasil Delivery" (editora Boitempo) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Leda Paulani: Raciocinação ideológicaFrank Hahn, nome dentre os maiores no desenvolvimento da teoria que busca demonstrar o virtuosismo dos mercados em sua vocação para o equilíbrio, asseverou nos anos 1990 que a ciência econômica que se compraz com teoremas e axiomas está com os dias contados. Ademais, afirmou que quem insiste em ladainhas age como adepto de religião, tanto mais ortodoxo ficando quanto mais visíveis são os sinais do declínio de sua igreja. A surpreendente afirmação me veio à mente ao ler, em suas colunas nesta Folha, as críticas de Samuel Pessôa e Alexandre Schwartsman à entrevista que dei ao "Valor Econômico" em 23 de abril. Dentre afirmar que desconheço os dados, sugerir irracionalidade em minha argumentação e perguntar em que mundo vivo, todos os estratagemas foram utilizados para desqualificá-la. A reação não é despropositada: atingindo o coração dos dogmas que sustentam a macroeconomia nossa de cada dia, essa que a mídia repercute à exaustão e se tornou a bíblia dos mercados, questionei o furor ortodoxo com o resultado primário negativo ocorrido em 2014. Dado que o superavit primário integra a santíssima trindade da crença, a par do regime de metas de inflação e do câmbio flutuante, natural a indignação. Como não rezo pela cartilha ortodoxa, penso que o Estado deve ter poder e liberdade para agir de maneira contracíclica, que macroeconomicamente a poupança não é precondição do investimento, que a inflação não é sempre resultado de excesso de demanda, que a doença holandesa é praga que afeta os países periféricos. Por viver em país que ainda não se construiu como nação, penso que não há razão que justifique o nível atual da taxa de juros; que falar em excesso de demanda com a economia patinhando há quatro anos beira o nonsense; que não há razão que justifique sermos sempre culpados de "não fazer a lição de casa" em razão de uma relação dívida/PIB de 34% (fora reservas), quando a do Reino Unido é 100% e a do Japão é 230%! Por viver em país que padece de fratura social vexatória, penso que não se pode abrir mão de um Estado interventor e com mão forte para taxar capitais e tributar fortunas, não apenas para fazer políticas públicas; para introduzir progressividade em nosso sistema tributário, não apenas para fazer políticas compensatórias; para investir em infraestrutura, não para fazer política de campeões globais; para alavancar o mercado interno, não para desonerar folha de pagamento. Tem lá sua graça ver ideólogos falando em realidade, gregoriando cantochões ortodoxos à moda de verdades científicas, verdades tão sagradas que questioná-las passa por coisa de doidivanas. Mas eles nunca se lembram de mencionar os pressupostos de que partem. Assim, dizer que o país não pode ter deficit de 6,7% do PIB em razão de nossa reduzida taxa de poupança pressupõe que a poupança precede o investimento –isso é verdade, mas no orçamento doméstico! E crer que se governa um país como se governa uma casa, francamente. Se magicamente os brasileiros dobrassem sua poupança, a situação poderia ser antes pior do que melhor, porque se deprimiriam as expectativas. Foi para ficar com os pés fincados na realidade que me imunizei contra esse tipo de raciocinação, como diria Hegel. A diferença entre quem repete os manuais de economia americanos e um francês que pensa, está aí à vista de todos, nas livrarias: "O Capital no Século 21". Ou seriam também ambos, Thomas Piketty e Hahn, radicais insensatos? LEDA MARIA PAULANI, 60, professora titular de economia da FEA-USP, foi secretária municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Haddad). É autora de "Modernidade e Discurso Econômico" e de "Brasil Delivery" (editora Boitempo) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Maioria das doações de empresas é resultado de corrupção, diz Machado
Ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que a maior parte das doações eleitorais feitas por empresas no país "advém de recursos ilícitos". A Folha teve acesso aos vídeos dos depoimentos de Machado, que firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Numa das gravações, ele explica que, como os cargos executivos de estatais são ocupados por indicações políticas, as contribuições eleitorais costumam ter relação direta com os contratos que as empresas privadas firmaram com o governo. "Na prática, a maioria das doações advém desse tipo de recursos ilícitos. A maioria, não todas [...]. Isso é uma prática que existe em todos os níveis de governo", afirmou o delator. Ele sustenta que a lógica corrupta perdura há 70 anos. "Desde 1946, o sistema funciona da seguinte forma: você tem os políticos, que indicam as pessoas para os cargos. Você tem, do outro lado, as empresas, que pegam projetos e querem ganhar mais vantagens, e você tem no meio a pessoa que está administrando [a estatal]", detalhou. Machado contou ainda que era pressionado por políticos que o indicaram ao comando da Transpetro para operacionalizar as doações junto às prestadoras de serviço da estatal. "Tem duas posturas extremamente claras: uma, a de defender a empresa em primeiro lugar e atender às necessidades daqueles que te ajudaram, te nomearam, te colocaram no cargo. E você, através de recursos ilícitos, poder sustentar a base política deles", justificou. O esquema de Sérgio Machado ENTRELINHAS O ex-presidente da Transpetro listou os políticos que o procuraram para pedir ajuda em corridas eleitorais, entre eles o presidente interino Michel Temer. MACHADO GIRATÓRIO De acordo com Machado, embora não usassem termos como propina e suborno, essas autoridades tinham ciência de que a origem dos recursos era escusa. "Dificilmente, alguém no meio político não saiba como funciona o sistema. Mas para ser mais sincero, mais honesto, eu nunca falei para nenhum desses que estava dando dinheiro de propina [...] Eram políticos com os quais eu tinha interesse de ter relação, e eu dispunha de parcela de recursos para atender esse tipo de doação. Mas no códio político você nunca fala [propina]", explicou. No caso de Temer, Machado justifica que o contexto do diálogo deixou claro que o peemedebista queria que ele "solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro", diz a transcrição do depoimento. Segundo Machado, em 2012, Temer pediu-lhe uma contribuição de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita, então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo. ASPIRAÇÕES O ex-comandante da Transpetro admitiu que manteve cerca de R$ 70 milhões –arrecadados com propina– em contas bancárias no exterior, de acordo com ele, para bancar sua candidatura ao governo do Ceará, cargo que concorreu em 2002, mas saiu derrotado. "No exterior, foi um esquema... que eu sempre sonhei em ser governador do Ceará, então eu queria criar um fundo... porque uma campanha de governador custa cerca de 70 milhões, 70, 75 milhões [...] Meu tio, em 54, ia ser governador do Ceará, teve um câncer e morreu. Em 66, meu pai ia ser governador e foi cassado pela Revolução. Eu, em 2002, disputei o governo [...]", contou. Machado repetiu aos investigadores, por diversas vezes, que trabalhava para que o esquema da Transpetro rendesse ganhos a ele e seus aliados, mas sem prejudicar as performance da empresa. Segundo ele, para concorrer às licitações da estatal, a empresa precisava: "ter competência, executar o serviço de qualidade, manter preços de mercado e poder contribuir para que eu pudesse manter meu esquema político, através de contribuições ilícitas", listou o delator. Ele admitiu, no entanto, que os fornecedores resistentes à exigência de desembolsar suborno acabavam excluídas de futuras concorrências da estatal, embora não fossem retaliadas durante o cumprimentos do contrato. Ao firmar a delação premiada e contar o que sabe, o ex-executivo da Transpetro foi beneficiado com perdão de parte dos crimes cometidos. Aos procuradores, porém, ele disse que tinha por objetivo "ajudar o Brasil". Esse depoimento é para ajudar o Brasil... quem vive no meio disso [corrupção] fica angustiado [...] Eu estou querendo ajudar quem saia (sic) dessa situação. Não pode mais continuar, está errado. Isso vem há muito tempo, mas está errado, e a gente tem que encontrar um método para sair disso", afirmou Machado.
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Maioria das doações de empresas é resultado de corrupção, diz MachadoEx-presidente da Transpetro, Sérgio Machado afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que a maior parte das doações eleitorais feitas por empresas no país "advém de recursos ilícitos". A Folha teve acesso aos vídeos dos depoimentos de Machado, que firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Numa das gravações, ele explica que, como os cargos executivos de estatais são ocupados por indicações políticas, as contribuições eleitorais costumam ter relação direta com os contratos que as empresas privadas firmaram com o governo. "Na prática, a maioria das doações advém desse tipo de recursos ilícitos. A maioria, não todas [...]. Isso é uma prática que existe em todos os níveis de governo", afirmou o delator. Ele sustenta que a lógica corrupta perdura há 70 anos. "Desde 1946, o sistema funciona da seguinte forma: você tem os políticos, que indicam as pessoas para os cargos. Você tem, do outro lado, as empresas, que pegam projetos e querem ganhar mais vantagens, e você tem no meio a pessoa que está administrando [a estatal]", detalhou. Machado contou ainda que era pressionado por políticos que o indicaram ao comando da Transpetro para operacionalizar as doações junto às prestadoras de serviço da estatal. "Tem duas posturas extremamente claras: uma, a de defender a empresa em primeiro lugar e atender às necessidades daqueles que te ajudaram, te nomearam, te colocaram no cargo. E você, através de recursos ilícitos, poder sustentar a base política deles", justificou. O esquema de Sérgio Machado ENTRELINHAS O ex-presidente da Transpetro listou os políticos que o procuraram para pedir ajuda em corridas eleitorais, entre eles o presidente interino Michel Temer. MACHADO GIRATÓRIO De acordo com Machado, embora não usassem termos como propina e suborno, essas autoridades tinham ciência de que a origem dos recursos era escusa. "Dificilmente, alguém no meio político não saiba como funciona o sistema. Mas para ser mais sincero, mais honesto, eu nunca falei para nenhum desses que estava dando dinheiro de propina [...] Eram políticos com os quais eu tinha interesse de ter relação, e eu dispunha de parcela de recursos para atender esse tipo de doação. Mas no códio político você nunca fala [propina]", explicou. No caso de Temer, Machado justifica que o contexto do diálogo deixou claro que o peemedebista queria que ele "solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro", diz a transcrição do depoimento. Segundo Machado, em 2012, Temer pediu-lhe uma contribuição de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita, então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo. ASPIRAÇÕES O ex-comandante da Transpetro admitiu que manteve cerca de R$ 70 milhões –arrecadados com propina– em contas bancárias no exterior, de acordo com ele, para bancar sua candidatura ao governo do Ceará, cargo que concorreu em 2002, mas saiu derrotado. "No exterior, foi um esquema... que eu sempre sonhei em ser governador do Ceará, então eu queria criar um fundo... porque uma campanha de governador custa cerca de 70 milhões, 70, 75 milhões [...] Meu tio, em 54, ia ser governador do Ceará, teve um câncer e morreu. Em 66, meu pai ia ser governador e foi cassado pela Revolução. Eu, em 2002, disputei o governo [...]", contou. Machado repetiu aos investigadores, por diversas vezes, que trabalhava para que o esquema da Transpetro rendesse ganhos a ele e seus aliados, mas sem prejudicar as performance da empresa. Segundo ele, para concorrer às licitações da estatal, a empresa precisava: "ter competência, executar o serviço de qualidade, manter preços de mercado e poder contribuir para que eu pudesse manter meu esquema político, através de contribuições ilícitas", listou o delator. Ele admitiu, no entanto, que os fornecedores resistentes à exigência de desembolsar suborno acabavam excluídas de futuras concorrências da estatal, embora não fossem retaliadas durante o cumprimentos do contrato. Ao firmar a delação premiada e contar o que sabe, o ex-executivo da Transpetro foi beneficiado com perdão de parte dos crimes cometidos. Aos procuradores, porém, ele disse que tinha por objetivo "ajudar o Brasil". Esse depoimento é para ajudar o Brasil... quem vive no meio disso [corrupção] fica angustiado [...] Eu estou querendo ajudar quem saia (sic) dessa situação. Não pode mais continuar, está errado. Isso vem há muito tempo, mas está errado, e a gente tem que encontrar um método para sair disso", afirmou Machado.
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Corinthians empata com Grêmio em casa, e vantagem na liderança diminui
Duas rodadas atrás, o Corinthians desfrutava de uma vantagem de sete pontos na liderança do Campeonato Brasileiro. Dois empates e duas vitórias do Atlético-MG depois, a equipe vê a distância para seu adversário direto ser reduzida a três pontos. Jogando no Itaquerão, o time da casa saiu atrás no placar, mas se recuperou e empatou com o Grêmio por 1 a 1, nesta quarta-feira (9), pela 24ª rodada. Bobô marcou para o time gaúcho, e Renato Augusto igualou a partida. O empate deixa o Corinthians com 51 pontos, contra 48 do vice-líder Atlético-MG. Também envolvido na disputa pela ponta, o Grêmio soma 45 pontos e permanece em terceiro lugar. Na próxima rodada, o Corinthians volta a jogar em casa, quando recebe o Joinville, no domingo (13). Quem também atua em seu estádio é o Grêmio, que enfrenta o São Paulo em Porto Alegre. Corinthians 1 x 1 Grêmio O JOGO Decisiva na disputa pela liderança do campeonato, a partida apresentou outro desafio às duas equipes: os desfalques. Corinthians e Grêmio contaram com cinco ausências cada um. Tite não pôde contar com quase todo o seu sistema defensivo, com os desfalques de Fagner, Gil, Uendel, Bruno Henrique e Elias. Pelo Grêmio, Roger Machado estava sem Marcelo Grohe, Erazo, Maicon, Fernandinho e Luan. O primeiro tempo foi marcado por muita movimentação e disputa pela bola, mas poucas chances de gol. Na melhor delas, aos 30min, Pedro Rocha recebeu na esquerda e cruzou para Marcelo Oliveira. Sozinho dentro da pequena área, o capitão gremista desviou para fora. Apostando na troca de passes, o Grêmio precisou de paciência para abrir o placar. Aos 13min, Walace acertou um bom lançamento para Marcelo Oliveira, que invadiu a área e cruzou rasteiro. Bobô apareceu de carrinho e completou para as redes. Quatro minutos depois, o time visitante teve um gol anulado. Douglas cobrou falta para a área, Bobô desviou de cabeça e marcou. O auxiliar, porém, levantou a bandeira corretamente e marcou impedimento do atacante gremista. No melhor momento do Grêmio na partida, quando a equipe gaúcha pressionava em busca do segundo gol, o Corinthians chegou ao empate. Aos 20min, Jadson lançou para a área, e Renato Augusto se posicionou sozinho para raspar na bola e desviar para o gol. Depois do empate, a pressão foi revertida para o lado corintiano, que quase conseguiu o gol da vitória aos 28min. Rildo aproveitou a trapalhada da dupla de zaga do Grêmio, invadiu a área sozinho e encheu o pé. O goleiro Tiago espalmou no reflexo, e a bola ainda explodiu na trave esquerda, garantindo a igualdade em Itaquera.
esporte
Corinthians empata com Grêmio em casa, e vantagem na liderança diminuiDuas rodadas atrás, o Corinthians desfrutava de uma vantagem de sete pontos na liderança do Campeonato Brasileiro. Dois empates e duas vitórias do Atlético-MG depois, a equipe vê a distância para seu adversário direto ser reduzida a três pontos. Jogando no Itaquerão, o time da casa saiu atrás no placar, mas se recuperou e empatou com o Grêmio por 1 a 1, nesta quarta-feira (9), pela 24ª rodada. Bobô marcou para o time gaúcho, e Renato Augusto igualou a partida. O empate deixa o Corinthians com 51 pontos, contra 48 do vice-líder Atlético-MG. Também envolvido na disputa pela ponta, o Grêmio soma 45 pontos e permanece em terceiro lugar. Na próxima rodada, o Corinthians volta a jogar em casa, quando recebe o Joinville, no domingo (13). Quem também atua em seu estádio é o Grêmio, que enfrenta o São Paulo em Porto Alegre. Corinthians 1 x 1 Grêmio O JOGO Decisiva na disputa pela liderança do campeonato, a partida apresentou outro desafio às duas equipes: os desfalques. Corinthians e Grêmio contaram com cinco ausências cada um. Tite não pôde contar com quase todo o seu sistema defensivo, com os desfalques de Fagner, Gil, Uendel, Bruno Henrique e Elias. Pelo Grêmio, Roger Machado estava sem Marcelo Grohe, Erazo, Maicon, Fernandinho e Luan. O primeiro tempo foi marcado por muita movimentação e disputa pela bola, mas poucas chances de gol. Na melhor delas, aos 30min, Pedro Rocha recebeu na esquerda e cruzou para Marcelo Oliveira. Sozinho dentro da pequena área, o capitão gremista desviou para fora. Apostando na troca de passes, o Grêmio precisou de paciência para abrir o placar. Aos 13min, Walace acertou um bom lançamento para Marcelo Oliveira, que invadiu a área e cruzou rasteiro. Bobô apareceu de carrinho e completou para as redes. Quatro minutos depois, o time visitante teve um gol anulado. Douglas cobrou falta para a área, Bobô desviou de cabeça e marcou. O auxiliar, porém, levantou a bandeira corretamente e marcou impedimento do atacante gremista. No melhor momento do Grêmio na partida, quando a equipe gaúcha pressionava em busca do segundo gol, o Corinthians chegou ao empate. Aos 20min, Jadson lançou para a área, e Renato Augusto se posicionou sozinho para raspar na bola e desviar para o gol. Depois do empate, a pressão foi revertida para o lado corintiano, que quase conseguiu o gol da vitória aos 28min. Rildo aproveitou a trapalhada da dupla de zaga do Grêmio, invadiu a área sozinho e encheu o pé. O goleiro Tiago espalmou no reflexo, e a bola ainda explodiu na trave esquerda, garantindo a igualdade em Itaquera.
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