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Vereador afirma que teve declaração usada fora de contexto em reportagem
Sobre a reportagem Diálogo da prefeitura com tráfico provoca ataques entre PT e PSDB ("Cotidiano", 2/5), esclareço que minha declaração foi utilizada fora de contexto, permitindo interpretação dúbia. A frase utilizada não deixa claro que declarei que a questão não pode ser tratada de forma simplista nem manipulada politicamente, como vem sendo feito por ambos os partidos citados no título da reportagem. Em uma ação perpetrada em território de extrema tensão, como é a região citada, todas as partes envolvidas precisam ser consideradas, sejam quais forem, a fim de evitar o desencadeamento de conflitos sem controle. RESPOSTA DO JORNALISTA REYNALDO TUROLLO JR. - A frase não está fora do contexto. Questionado sobre o diálogo da Prefeitura de São Paulo com traficantes da cracolândia, o vereador disse: "Se você vai fazer uma ação num local como esse, evidentemente tem que conversar com todas as partes, não importa se é usuário, traficante, dono do hotel, guarda". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Vereador afirma que teve declaração usada fora de contexto em reportagemSobre a reportagem Diálogo da prefeitura com tráfico provoca ataques entre PT e PSDB ("Cotidiano", 2/5), esclareço que minha declaração foi utilizada fora de contexto, permitindo interpretação dúbia. A frase utilizada não deixa claro que declarei que a questão não pode ser tratada de forma simplista nem manipulada politicamente, como vem sendo feito por ambos os partidos citados no título da reportagem. Em uma ação perpetrada em território de extrema tensão, como é a região citada, todas as partes envolvidas precisam ser consideradas, sejam quais forem, a fim de evitar o desencadeamento de conflitos sem controle. RESPOSTA DO JORNALISTA REYNALDO TUROLLO JR. - A frase não está fora do contexto. Questionado sobre o diálogo da Prefeitura de São Paulo com traficantes da cracolândia, o vereador disse: "Se você vai fazer uma ação num local como esse, evidentemente tem que conversar com todas as partes, não importa se é usuário, traficante, dono do hotel, guarda". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Estudante de medicina é encontrada morta no Itaim Paulista, em SP
A estudante de medicina Gislayne Martins dos Anjos, 20, foi encontrada morta no domingo (4), na casa onde morava com a mãe, no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. Segundo a polícia, ela foi assassinada por asfixia. A polícia diz que o amigo de um primo de Gislayne, que estava assediando a jovem à procura de um relacionamento, e uma suposta namorada dele são suspeitos. Após voltar de um velório, Domice Martins dos Santos, mãe da jovem, estranhou ao ver as portas de casa trancadas e as luzes apagadas. Ela chamou pela filha mas não foi atendida, então pulou a janela do quarto de Gislayne. Lá, encontrou a filha já morta na cama, coberta por um cobertor. Suas roupas estavam intactas. Apenas o guarda-roupa da jovem havia sido revirado. A jovem era do interior de Pernambuco e estava há um ano na capital paulista, desde que foi aceita pelo Prouni para cursar medicina pela faculdade Anhembi Morumbi. Segundo sua família, ela sonhava em se tornar oncologista, pois seus avós tiveram câncer. Segundo a polícia, uma amiga de Gislayne afirmou que havia conversado com a jovem na manhã do crime. Segundo o depoimento, a estudante relatou que um amigo do primo estava importunando-a por celular. Gislayne disse à amiga que havia aceitado uma carona do rapaz na terça-feira (30), mas não tinha gostado do comportamento dele, sem dizer o que tinha acontecido. Afirmou também que tinha bloqueado o celular do rapaz, mas ele havia mandado mensagens de outro telefone. Ainda de acordo com a amiga, Gislayne disse que no dia seguinte recebeu uma ligação de uma mulher perguntando qual o motivo do número da universitária estar no celular dela. A polícia acredita que essa jovem possa ser a namorada do amigo do primo. A polícia apreendeu o celular e busca os suspeitos até a noite desta terça-feira (6).
cotidiano
Estudante de medicina é encontrada morta no Itaim Paulista, em SPA estudante de medicina Gislayne Martins dos Anjos, 20, foi encontrada morta no domingo (4), na casa onde morava com a mãe, no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. Segundo a polícia, ela foi assassinada por asfixia. A polícia diz que o amigo de um primo de Gislayne, que estava assediando a jovem à procura de um relacionamento, e uma suposta namorada dele são suspeitos. Após voltar de um velório, Domice Martins dos Santos, mãe da jovem, estranhou ao ver as portas de casa trancadas e as luzes apagadas. Ela chamou pela filha mas não foi atendida, então pulou a janela do quarto de Gislayne. Lá, encontrou a filha já morta na cama, coberta por um cobertor. Suas roupas estavam intactas. Apenas o guarda-roupa da jovem havia sido revirado. A jovem era do interior de Pernambuco e estava há um ano na capital paulista, desde que foi aceita pelo Prouni para cursar medicina pela faculdade Anhembi Morumbi. Segundo sua família, ela sonhava em se tornar oncologista, pois seus avós tiveram câncer. Segundo a polícia, uma amiga de Gislayne afirmou que havia conversado com a jovem na manhã do crime. Segundo o depoimento, a estudante relatou que um amigo do primo estava importunando-a por celular. Gislayne disse à amiga que havia aceitado uma carona do rapaz na terça-feira (30), mas não tinha gostado do comportamento dele, sem dizer o que tinha acontecido. Afirmou também que tinha bloqueado o celular do rapaz, mas ele havia mandado mensagens de outro telefone. Ainda de acordo com a amiga, Gislayne disse que no dia seguinte recebeu uma ligação de uma mulher perguntando qual o motivo do número da universitária estar no celular dela. A polícia acredita que essa jovem possa ser a namorada do amigo do primo. A polícia apreendeu o celular e busca os suspeitos até a noite desta terça-feira (6).
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Melhor chocolate de São Paulo, Amma surpreende com texturas e leveza
LUCIANA COELHO EDITORA DE "MUNDO" É o amargor, não a doçura, a alma do chocolate da Amma. Um apelo nada óbvio mas que pode, justamente, conquistar papilas gustativas não adeptas da chocolatria. O louvor nessa marca baiana nascida em 2007 das cabeças de Luiza Olivetto e Diego Badaró é ao cacau. Reivindica-se como nosso um ingrediente essencialmente sul-americano que, só após viajar à América Central (primeiro) e à Europa (depois), ganhou importância e renome sob forma de doce. Chocolate bom, afinal, é belga, suíço, talvez francês. Não? Pois a Amma dá a um produto brasileiro um lugar nesse panteão —e, melhor ainda, vendendo com alguma escala, já que seus produtos estão não só nas duas (lindas) lojas em São Paulo e no Rio, mas também nos supermercados, embora a preço salgado. Lança mão para isso de um "storytelling" poderoso, essa fórmula marqueteira tão indiscriminadamente usada hoje: é o cacau da floresta; é nosso; é orgânico; é um superalimento; é "fair trade" (cultivado e colhido com respeito àqueles que o fazem). O final feliz, nesse caso, é que o produto supera a expectativa criada pela narrativa, seja na forma de suas barras intensas, com 60%, 75%, 85% e 100% (totalmente amargo), seja na de guloseimas e bebidas produzidas com seu cacau, seja na de chocolate em pó. Não há pirotecnia em ingredientes, apenas cuidado extremo. A barra crocante em que o contraponto de textura cabe aos nibs (farelos de amêndoas de cacau) é uma ideia especialmente feliz. Aveludado, leve e sobretudo instigante, o chocolate da Amma é para quem idolatra boa comida. Quem diria que algo tão prosaico, que é febre há mais de 500 anos, poderia ainda nos surpreender? * Casa do Sabor Amma. Al. Min. Rocha Azevedo, 1.052, Cerqueira César, tel. 3068-0240.
o-melhor-de-sao-paulo
Melhor chocolate de São Paulo, Amma surpreende com texturas e levezaLUCIANA COELHO EDITORA DE "MUNDO" É o amargor, não a doçura, a alma do chocolate da Amma. Um apelo nada óbvio mas que pode, justamente, conquistar papilas gustativas não adeptas da chocolatria. O louvor nessa marca baiana nascida em 2007 das cabeças de Luiza Olivetto e Diego Badaró é ao cacau. Reivindica-se como nosso um ingrediente essencialmente sul-americano que, só após viajar à América Central (primeiro) e à Europa (depois), ganhou importância e renome sob forma de doce. Chocolate bom, afinal, é belga, suíço, talvez francês. Não? Pois a Amma dá a um produto brasileiro um lugar nesse panteão —e, melhor ainda, vendendo com alguma escala, já que seus produtos estão não só nas duas (lindas) lojas em São Paulo e no Rio, mas também nos supermercados, embora a preço salgado. Lança mão para isso de um "storytelling" poderoso, essa fórmula marqueteira tão indiscriminadamente usada hoje: é o cacau da floresta; é nosso; é orgânico; é um superalimento; é "fair trade" (cultivado e colhido com respeito àqueles que o fazem). O final feliz, nesse caso, é que o produto supera a expectativa criada pela narrativa, seja na forma de suas barras intensas, com 60%, 75%, 85% e 100% (totalmente amargo), seja na de guloseimas e bebidas produzidas com seu cacau, seja na de chocolate em pó. Não há pirotecnia em ingredientes, apenas cuidado extremo. A barra crocante em que o contraponto de textura cabe aos nibs (farelos de amêndoas de cacau) é uma ideia especialmente feliz. Aveludado, leve e sobretudo instigante, o chocolate da Amma é para quem idolatra boa comida. Quem diria que algo tão prosaico, que é febre há mais de 500 anos, poderia ainda nos surpreender? * Casa do Sabor Amma. Al. Min. Rocha Azevedo, 1.052, Cerqueira César, tel. 3068-0240.
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América Latina passa por ofensiva contrarrevolucionária, diz Raúl Castro
O ditador de Cuba, Raúl Castro, disse neste sábado (16) que a América Latina, especialmente países governados pela esquerda, passa por uma ofensiva contrarrevolucionária, na abertura do Congresso do Partido Comunista. Ele fazia referência às crises políticas na Venezuela e no Brasil e aos recentes reveses de aliados como os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa, e da ex-mandatária argentina Cristina Kirchner. Segundo Raúl, esta ofensiva foi desatada pela desaceleração econômica na região, provocada pela queda do preço das commodities, e tem como objetivo "abrir caminho para o retorno do neoliberalismo". O mandatário considera se tratar de uma "guerra não convencional", cuja doutrina é baseada nas pressões econômicas e no uso e articulação dos meios de comunicação empresariais contra a população destes países. "Esta guerra não convencional não descarta ações estabilizadoras e golpistas, como prova o que acontece contra a Venezuela, e se intensificou recentemente na Bolívia, no Brasil e no Equador", disse. "A intenção é levar ao fechamento deste ciclo histórico e desmoralizar partidos, movimentos sociais e a classe trabalhadora. Reafirmamos o apoio a todos os governos progressistas que levaram benefícios tangíveis às enormes maiorias da região mais desigual do planeta". Especificamente sobre a Venezuela, Raúl Castro afirmou ter a convicção de que o "defenderá o legado de Chávez e impedirá qualquer mudança" promovida pela oposição e criticou indiretamente os Estados Unidos. "À Revolução Bolivariana e chavista, ao presidente [Nicolás] Maduro e seu governo, à união cívico-militar, ratificamos nossa solidariedade e compromisso e a rejeição às pretensões de isolar a Venezuela enquanto se dialoga com Cuba". OEA Em nova menção aos americanos, o ditador cubano afirmou que Washington e seus aliados "renovaram os esforços para enterrar o processo de integração regional" e atacou a OEA (Organização dos Estados Americanos). "Jamais esqueceremos que a OEA só tem servido a interesses contrários ao da nossa América, qualificada de Ministério de Colônias dos EUA por [ex-chanceler cubano] Raúl Roa em 1961". Como alternativa, defendeu a consolidação da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe), que tem todos os países das Américas, com exceção de Estados Unidos e Canadá.
mundo
América Latina passa por ofensiva contrarrevolucionária, diz Raúl CastroO ditador de Cuba, Raúl Castro, disse neste sábado (16) que a América Latina, especialmente países governados pela esquerda, passa por uma ofensiva contrarrevolucionária, na abertura do Congresso do Partido Comunista. Ele fazia referência às crises políticas na Venezuela e no Brasil e aos recentes reveses de aliados como os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa, e da ex-mandatária argentina Cristina Kirchner. Segundo Raúl, esta ofensiva foi desatada pela desaceleração econômica na região, provocada pela queda do preço das commodities, e tem como objetivo "abrir caminho para o retorno do neoliberalismo". O mandatário considera se tratar de uma "guerra não convencional", cuja doutrina é baseada nas pressões econômicas e no uso e articulação dos meios de comunicação empresariais contra a população destes países. "Esta guerra não convencional não descarta ações estabilizadoras e golpistas, como prova o que acontece contra a Venezuela, e se intensificou recentemente na Bolívia, no Brasil e no Equador", disse. "A intenção é levar ao fechamento deste ciclo histórico e desmoralizar partidos, movimentos sociais e a classe trabalhadora. Reafirmamos o apoio a todos os governos progressistas que levaram benefícios tangíveis às enormes maiorias da região mais desigual do planeta". Especificamente sobre a Venezuela, Raúl Castro afirmou ter a convicção de que o "defenderá o legado de Chávez e impedirá qualquer mudança" promovida pela oposição e criticou indiretamente os Estados Unidos. "À Revolução Bolivariana e chavista, ao presidente [Nicolás] Maduro e seu governo, à união cívico-militar, ratificamos nossa solidariedade e compromisso e a rejeição às pretensões de isolar a Venezuela enquanto se dialoga com Cuba". OEA Em nova menção aos americanos, o ditador cubano afirmou que Washington e seus aliados "renovaram os esforços para enterrar o processo de integração regional" e atacou a OEA (Organização dos Estados Americanos). "Jamais esqueceremos que a OEA só tem servido a interesses contrários ao da nossa América, qualificada de Ministério de Colônias dos EUA por [ex-chanceler cubano] Raúl Roa em 1961". Como alternativa, defendeu a consolidação da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe), que tem todos os países das Américas, com exceção de Estados Unidos e Canadá.
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Obama lança conta pessoal no Facebook
O presidente dos EUA, Barack Obama, lançou nesta segunda-feira (9) sua página pessoal no Facebook e, em duas horas, já colecionava mais de 111 mil curtidas. Em seu primeiro post, o líder americano convidou os usuários a "dar uma caminhada" com o presidente nos gramados da Casa Branca. "Olá, Facebook! Eu finalmente tenho a minha própria página", escreveu Obama. Obama no Facebook "Espero que você veja isso como o lugar onde possamos ter conversas verdadeiras sobre as questões mais importantes perante nosso país —um lugar onde você pode ouvir diretamente de mim e compartilhar seus pensamentos e histórias (você pode esperar algumas coisas também só pela diversão)", disse. Essa foi a mais recente incursão do presidente em uma rede social, depois que começou a postar em sua conta @potus, no Twitter, em 18 maio. A conta agora tem 5 milhões de seguidores. Twitter Além disso, sua equipe há muito tempo mantém contas em seu nome no Facebook e Twitter, com posts ocasionais assinados por ele mesmo.
mundo
Obama lança conta pessoal no FacebookO presidente dos EUA, Barack Obama, lançou nesta segunda-feira (9) sua página pessoal no Facebook e, em duas horas, já colecionava mais de 111 mil curtidas. Em seu primeiro post, o líder americano convidou os usuários a "dar uma caminhada" com o presidente nos gramados da Casa Branca. "Olá, Facebook! Eu finalmente tenho a minha própria página", escreveu Obama. Obama no Facebook "Espero que você veja isso como o lugar onde possamos ter conversas verdadeiras sobre as questões mais importantes perante nosso país —um lugar onde você pode ouvir diretamente de mim e compartilhar seus pensamentos e histórias (você pode esperar algumas coisas também só pela diversão)", disse. Essa foi a mais recente incursão do presidente em uma rede social, depois que começou a postar em sua conta @potus, no Twitter, em 18 maio. A conta agora tem 5 milhões de seguidores. Twitter Além disso, sua equipe há muito tempo mantém contas em seu nome no Facebook e Twitter, com posts ocasionais assinados por ele mesmo.
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Irmãos suspeitos em ataque a 'Charlie Hebdo' estão mortos, diz prefeita
Os irmãos suspeitos no ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo" estão mortos, disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e a polícia nesta sexta-feira (9). O homem identificado como Amedy Coulibaly, 32, que mantinha ao menos cinco reféns em Porte de Vincennes, em Paris, também foi morto, segundo o jornal francês "Le Monde". Os dois irmãos morreram enquanto mantinham um refém em uma pequena gráfica em Dammartin-en-Goele, na região de Seine-et-Marne, a 35 km a nordeste da capital francesa. O refém foi libertado, diz a polícia. Previamente, eles haviam afirmado estar prontos para morrer. As forças de segurança lançaram uma grande operação contra o prédio no fim desta sexta-feira. Poucos minutos depois, várias pessoas foram vistas saindo de um supermercado kosher no leste de país, onde Coulibaly mantinha ao menos cinco reféns. Com duração de pelo menos dois minutos, tiros foram ouvidos perto da gráfica na qual os dois suspeitos mantinha o refém. Durante esse período, uma explosão seguida de fumaça foi vista próxima ao local, relata o enviado especial da Folha, Graciliano Rocha, que acompanha toda a operação policial francesa a 800 metros do local. Segundo Rocha, os policiais estão fortemente armados com metralhadoras automáticas. Desde as primeiras horas desta sexta, a polícia francesa cercava os irmãos Kouachi. As ruas da localidade, que tem apenas 8.000 habitantes, estavam desertas. Comércio e acessos por rodovias permanecem fechados. Trabalhadores não podem sair das fábricas, e a polícia pediu aos moradores que não saiam de casa. Mais cedo, as crianças das escolas de Dammartin-en-Goële foram encaminhadas para um local mais seguro onde os pais puderam retirá-las. No atentado da última quarta, Said Kouachi, 34, Chérif Kouachi, 32, mataram 12 pessoas em Paris. Entre as vítimas -mortas a tiros- no atentado da última quarta está o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb. Foram mortos 8 funcionários do jornal, um colaborador da publicação, um funcionário do prédio em que funciona o veículo e dois policiais. Além dos mortos, 11 ficaram feridos, quatro em estado grave. MONTROUGE Coulibaly foi condenado a cinco anos de prisão em dezembro de 2013 por tentar ajudar na fuga de Smain Ait-Belkacem, antigo membro do Grupo Islâmico Armado (GIA), organização argelina responsável pelo atentado na estação do metro parisiense Museo de Orsay, que deixou 30 feridos em 1995.
mundo
Irmãos suspeitos em ataque a 'Charlie Hebdo' estão mortos, diz prefeitaOs irmãos suspeitos no ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo" estão mortos, disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e a polícia nesta sexta-feira (9). O homem identificado como Amedy Coulibaly, 32, que mantinha ao menos cinco reféns em Porte de Vincennes, em Paris, também foi morto, segundo o jornal francês "Le Monde". Os dois irmãos morreram enquanto mantinham um refém em uma pequena gráfica em Dammartin-en-Goele, na região de Seine-et-Marne, a 35 km a nordeste da capital francesa. O refém foi libertado, diz a polícia. Previamente, eles haviam afirmado estar prontos para morrer. As forças de segurança lançaram uma grande operação contra o prédio no fim desta sexta-feira. Poucos minutos depois, várias pessoas foram vistas saindo de um supermercado kosher no leste de país, onde Coulibaly mantinha ao menos cinco reféns. Com duração de pelo menos dois minutos, tiros foram ouvidos perto da gráfica na qual os dois suspeitos mantinha o refém. Durante esse período, uma explosão seguida de fumaça foi vista próxima ao local, relata o enviado especial da Folha, Graciliano Rocha, que acompanha toda a operação policial francesa a 800 metros do local. Segundo Rocha, os policiais estão fortemente armados com metralhadoras automáticas. Desde as primeiras horas desta sexta, a polícia francesa cercava os irmãos Kouachi. As ruas da localidade, que tem apenas 8.000 habitantes, estavam desertas. Comércio e acessos por rodovias permanecem fechados. Trabalhadores não podem sair das fábricas, e a polícia pediu aos moradores que não saiam de casa. Mais cedo, as crianças das escolas de Dammartin-en-Goële foram encaminhadas para um local mais seguro onde os pais puderam retirá-las. No atentado da última quarta, Said Kouachi, 34, Chérif Kouachi, 32, mataram 12 pessoas em Paris. Entre as vítimas -mortas a tiros- no atentado da última quarta está o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb. Foram mortos 8 funcionários do jornal, um colaborador da publicação, um funcionário do prédio em que funciona o veículo e dois policiais. Além dos mortos, 11 ficaram feridos, quatro em estado grave. MONTROUGE Coulibaly foi condenado a cinco anos de prisão em dezembro de 2013 por tentar ajudar na fuga de Smain Ait-Belkacem, antigo membro do Grupo Islâmico Armado (GIA), organização argelina responsável pelo atentado na estação do metro parisiense Museo de Orsay, que deixou 30 feridos em 1995.
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Romper com a malandragem
O desenvolvimento da nossa identidade brasileira foi permeado ao longo da história pela priorização de benefícios particulares de curto prazo em vez da busca pelo bem coletivo. Até hoje vemos a busca pelo progresso pessoal comumente se traduzir na atitude de levar vantagem -as grandes e pequenas corrupções cotidianas- sobre os outros com a justificativa malandra de que, se não for assim, nada se consegue. Personagens como Macunaíma e Zé Carioca materializaram e internacionalizaram esse estereótipo, apelidado de jeitinho brasileiro, apesar de não ser exclusividade nossa. Sérgio Buarque de Holanda e Roberto Da Matta são só alguns dos que se debruçaram sobre a construção dessa identidade e das razões que nos levam a buscar soluções imediatas. Consequência desse modo de pensar e agir é o descaso com a educação, que precisa ser compromisso de longo prazo de toda a sociedade com todas as crianças. Ao viver tantas crises cíclicas e sobrepostas, a população brasileira está cada vez mais cansada dessa lógica da malandragem. Começamos a desejar um futuro longe dela, no qual possamos reconstruir nosso moral. Ansiamos pelo rompimento definitivo desse pacto secular com a corrupção. O movimento Agora!, do qual somos cofundadores, divulgou uma pesquisa que mostra o desejo dos brasileiros de mudar essa realidade e dar seu voto a quadros diferentes dos atuais: 79% gostariam de votar em "cidadãos comuns". Queremos que o Brasil comece um compromisso sério com a segurança, a educação e a saúde de qualidade. Precisamos ressignificar o que é ser brasileiro, que nação queremos construir -inclusive de que privilégios estamos dispostos a abrir mão. Existe uma questão central e inegociável para a reconstrução do país: a educação. Democracia forte e educação de qualidade são interdependentes. Daremos centralidade à educação ou ela continuará a ser uma política proclamada importante, mas que na verdade não é a grande prioridade? Entre os objetivos fundamentais da República, descritos no artigo 3º de nossa Constituição, estão a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a redução das desigualdades e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de qualquer tipo. Por ora, não estamos conseguindo atingir esses fins -há uma bandeira enorme à nossa frente sinalizando fracasso. E, de tanto plantar o descaso com a educação, colhemos hoje a violência, a corrupção, o preconceito, a desigualdade, o racismo e tantas outros males que infelizmente definem o nosso cotidiano. Não há, portanto, a menor possibilidade de alcançar esses objetivos sem nos esforçarmos em garantir obsessivamente a aprendizagem a todas as crianças e todos os jovens. Enquanto a formação para fazer das nossas crianças cidadãos brasileiros éticos e autônomos não for o primeiro pensamento da sociedade ao acordar pela manhã, não tem jeito, continuaremos achando normal, embora insatisfeitos, que uns levem vantagem sobre outros de forma injusta. É preciso coragem para romper com esse ciclo. PRISCILA CRUZ, mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, é uma das fundadoras e presidente-executiva do Todos Pela Educação e cofundadora do Agora! RAFAEL PARENTE, doutor em Educação pela Universidade de Nova York, é diretor-executivo da Aondê/Conecturma, presidente do conselho do Ceipe/FGVRJ e cofundador do Agora! PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Romper com a malandragemO desenvolvimento da nossa identidade brasileira foi permeado ao longo da história pela priorização de benefícios particulares de curto prazo em vez da busca pelo bem coletivo. Até hoje vemos a busca pelo progresso pessoal comumente se traduzir na atitude de levar vantagem -as grandes e pequenas corrupções cotidianas- sobre os outros com a justificativa malandra de que, se não for assim, nada se consegue. Personagens como Macunaíma e Zé Carioca materializaram e internacionalizaram esse estereótipo, apelidado de jeitinho brasileiro, apesar de não ser exclusividade nossa. Sérgio Buarque de Holanda e Roberto Da Matta são só alguns dos que se debruçaram sobre a construção dessa identidade e das razões que nos levam a buscar soluções imediatas. Consequência desse modo de pensar e agir é o descaso com a educação, que precisa ser compromisso de longo prazo de toda a sociedade com todas as crianças. Ao viver tantas crises cíclicas e sobrepostas, a população brasileira está cada vez mais cansada dessa lógica da malandragem. Começamos a desejar um futuro longe dela, no qual possamos reconstruir nosso moral. Ansiamos pelo rompimento definitivo desse pacto secular com a corrupção. O movimento Agora!, do qual somos cofundadores, divulgou uma pesquisa que mostra o desejo dos brasileiros de mudar essa realidade e dar seu voto a quadros diferentes dos atuais: 79% gostariam de votar em "cidadãos comuns". Queremos que o Brasil comece um compromisso sério com a segurança, a educação e a saúde de qualidade. Precisamos ressignificar o que é ser brasileiro, que nação queremos construir -inclusive de que privilégios estamos dispostos a abrir mão. Existe uma questão central e inegociável para a reconstrução do país: a educação. Democracia forte e educação de qualidade são interdependentes. Daremos centralidade à educação ou ela continuará a ser uma política proclamada importante, mas que na verdade não é a grande prioridade? Entre os objetivos fundamentais da República, descritos no artigo 3º de nossa Constituição, estão a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a redução das desigualdades e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de qualquer tipo. Por ora, não estamos conseguindo atingir esses fins -há uma bandeira enorme à nossa frente sinalizando fracasso. E, de tanto plantar o descaso com a educação, colhemos hoje a violência, a corrupção, o preconceito, a desigualdade, o racismo e tantas outros males que infelizmente definem o nosso cotidiano. Não há, portanto, a menor possibilidade de alcançar esses objetivos sem nos esforçarmos em garantir obsessivamente a aprendizagem a todas as crianças e todos os jovens. Enquanto a formação para fazer das nossas crianças cidadãos brasileiros éticos e autônomos não for o primeiro pensamento da sociedade ao acordar pela manhã, não tem jeito, continuaremos achando normal, embora insatisfeitos, que uns levem vantagem sobre outros de forma injusta. É preciso coragem para romper com esse ciclo. PRISCILA CRUZ, mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, é uma das fundadoras e presidente-executiva do Todos Pela Educação e cofundadora do Agora! RAFAEL PARENTE, doutor em Educação pela Universidade de Nova York, é diretor-executivo da Aondê/Conecturma, presidente do conselho do Ceipe/FGVRJ e cofundador do Agora! PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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HBO planeja 8 temporadas para 'Game of Thrones' e, quem sabe, um prequel
"Morto é morto e morto". Foi assim que Michael Lombardo, presidente de programação do canal HBO, respondeu à pergunta sobre o destino do personagem Jon Snow (Kit Harington) após o chocante fim da quinta temporada de "Game of Thrones", um dos maiores sucessos do canal fechado. Mas algumas notícias boas para os fãs saíram do evento de apresentação da HBO para membros da crítica americana —a Folha foi o único veículo brasileiro com acesso. Lombardo confirmou que a sétima temporada já ganhou o sinal verde, poucos dias depois das filmagens do sexto ano começar a tomar forma, em Belfast, Irlanda do Norte. E que "Game of Thrones" deve ter pelo menos oito temporadas. "Nossas conversas nunca foram apenas para sete temporadas", disse o executivo, nesta quinta-feira (30). "A pergunta é: o quão além da sétima temporada podemos ir? Os showrunners David [Benioff] e Dan [Weiss] acham que temos dois anos depois da sexta temporada. Amaria que mudassem de ideia, mas é o que planejamos neste momento." Sobre os rumores de uma nova série baseada na obra de George R.R. Martin, mas antes dos eventos mostrados em "Game of Thrones", Michael Lombardo falou que estaria "aberto para qualquer coisa que os roteiristas quisessem fazer". "Há muito material que pode ser usado em um prequel, se os autores decidirem que desejam explorar isso. Neste momento, estamos focados nas próximas temporadas da série. Ainda não conversamos sobre [outras possibilidades]."
ilustrada
HBO planeja 8 temporadas para 'Game of Thrones' e, quem sabe, um prequel"Morto é morto e morto". Foi assim que Michael Lombardo, presidente de programação do canal HBO, respondeu à pergunta sobre o destino do personagem Jon Snow (Kit Harington) após o chocante fim da quinta temporada de "Game of Thrones", um dos maiores sucessos do canal fechado. Mas algumas notícias boas para os fãs saíram do evento de apresentação da HBO para membros da crítica americana —a Folha foi o único veículo brasileiro com acesso. Lombardo confirmou que a sétima temporada já ganhou o sinal verde, poucos dias depois das filmagens do sexto ano começar a tomar forma, em Belfast, Irlanda do Norte. E que "Game of Thrones" deve ter pelo menos oito temporadas. "Nossas conversas nunca foram apenas para sete temporadas", disse o executivo, nesta quinta-feira (30). "A pergunta é: o quão além da sétima temporada podemos ir? Os showrunners David [Benioff] e Dan [Weiss] acham que temos dois anos depois da sexta temporada. Amaria que mudassem de ideia, mas é o que planejamos neste momento." Sobre os rumores de uma nova série baseada na obra de George R.R. Martin, mas antes dos eventos mostrados em "Game of Thrones", Michael Lombardo falou que estaria "aberto para qualquer coisa que os roteiristas quisessem fazer". "Há muito material que pode ser usado em um prequel, se os autores decidirem que desejam explorar isso. Neste momento, estamos focados nas próximas temporadas da série. Ainda não conversamos sobre [outras possibilidades]."
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'Walking Dead' é metáfora de conflitos atuais no Oriente Médio, diz atriz
Às vésperas da estreia da sexta temporada de "The Walking Dead", no domingo (11), na Fox, e entre colegas de elenco empolgados com o sucesso de audiência da série, a atriz Tovah Feldshuh, 61, oferece uma interpretação dissonante para o êxito da história sobre zumbis. Para a intérprete da personagem Deanna Monroe, a atração é profunda o suficiente para questionar "cada espectador sobre o que significa ser um humano". Em entrevista a jornalistas do mundo inteiro, na quinta (8), Feldshuh deixou de lado especulações sobre o quão mais brutal será a nova temporada comparada às anteriores. Tampouco preferiu discorrer sobre efeitos especiais. Segundo ela, o valor de "The Walking Dead" reside na metáfora sobre situações limítrofes que seres humanos enfrentam hoje, fora da ficção. "Segundo o meu repertório, quando você vê os zumbis, você vê o Oriente Médio, você vê o Holocausto, Darfur, Ruanda", filosofa a atriz. "Você vê os lugares mais sombrios da Terra, que têm uma coisa em comum: a escolha de se pegar uma [arma] AK-47 e matar outras pessoas." Interessada na origem dos jornalistas que a entrevistavam, a atriz abordou outros assuntos além de "The Walking Dead". Falou em espanhol com um repórter argentino, citou países que conhece ou gostaria de conhecer e justificou sua abordagem porque é uma ativista. Feldshuh atua na Seeds of Piece (sementes da paz), organização que treina adolescentes em regiões de conflito a conduzir negociações de paz. RELAÇÃO "The Walking Dead" acompanha a saga de sobreviventes a um apocalipse zumbi. O grupo, liderado pelo policial Rick Grimes (Andrew Lincoln), viaja em busca de um lugar seguro, enquanto conflitos pessoais transformam sobreviventes em vilões. Segundo o elenco, o capítulo de estreia do 6º ano deflagrará o conflito do restante da temporada. Norman Reedus, ator que interpreta Daryl Dixon, afirma que os primeiros capítulos mostrarão as discussões entre Rick e Daryl sobre quem pode entrar para o grupo. No Brasil, a sexta temporada será exibida com intervalo de uma hora após a transmissão nos Estados Unidos. NA TV The Walking Dead Estreia da 6ª temporada QUANDO dom. (11), às 23h, na Fox
ilustrada
'Walking Dead' é metáfora de conflitos atuais no Oriente Médio, diz atrizÀs vésperas da estreia da sexta temporada de "The Walking Dead", no domingo (11), na Fox, e entre colegas de elenco empolgados com o sucesso de audiência da série, a atriz Tovah Feldshuh, 61, oferece uma interpretação dissonante para o êxito da história sobre zumbis. Para a intérprete da personagem Deanna Monroe, a atração é profunda o suficiente para questionar "cada espectador sobre o que significa ser um humano". Em entrevista a jornalistas do mundo inteiro, na quinta (8), Feldshuh deixou de lado especulações sobre o quão mais brutal será a nova temporada comparada às anteriores. Tampouco preferiu discorrer sobre efeitos especiais. Segundo ela, o valor de "The Walking Dead" reside na metáfora sobre situações limítrofes que seres humanos enfrentam hoje, fora da ficção. "Segundo o meu repertório, quando você vê os zumbis, você vê o Oriente Médio, você vê o Holocausto, Darfur, Ruanda", filosofa a atriz. "Você vê os lugares mais sombrios da Terra, que têm uma coisa em comum: a escolha de se pegar uma [arma] AK-47 e matar outras pessoas." Interessada na origem dos jornalistas que a entrevistavam, a atriz abordou outros assuntos além de "The Walking Dead". Falou em espanhol com um repórter argentino, citou países que conhece ou gostaria de conhecer e justificou sua abordagem porque é uma ativista. Feldshuh atua na Seeds of Piece (sementes da paz), organização que treina adolescentes em regiões de conflito a conduzir negociações de paz. RELAÇÃO "The Walking Dead" acompanha a saga de sobreviventes a um apocalipse zumbi. O grupo, liderado pelo policial Rick Grimes (Andrew Lincoln), viaja em busca de um lugar seguro, enquanto conflitos pessoais transformam sobreviventes em vilões. Segundo o elenco, o capítulo de estreia do 6º ano deflagrará o conflito do restante da temporada. Norman Reedus, ator que interpreta Daryl Dixon, afirma que os primeiros capítulos mostrarão as discussões entre Rick e Daryl sobre quem pode entrar para o grupo. No Brasil, a sexta temporada será exibida com intervalo de uma hora após a transmissão nos Estados Unidos. NA TV The Walking Dead Estreia da 6ª temporada QUANDO dom. (11), às 23h, na Fox
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Veja 10 livros para avançar na carreira em 2016
Além de votos de saúde, paz e felicidade, o ano novo traz desejos também de sucesso profissional. Para isso, alguns livros lançados em 2015 podem ser úteis para o avanço na carreira no novo ano que começa. Veja abaixo uma lista de 10 obras que contribuem para a carreira indicadas pelo Cifras & Letras: * AUTORA Sheryl Sandberg EDITORA Knop QUANTO A partir de US$ 11 (432 págs.) Em versão ampliada do livro de 2013, a executiva do Facebook inclui uma carta para quem está iniciando na carreira. Também há seis novos capítulos escritos por consultores com dicas para recêm-formados em temas como primeiro emprego. AUTOR Sidnei Oliveira EDITORA Integrare Business QUANTO R$ 34,90 (220 págs.) O autor apresenta seis histórias de jovens que tiveram orientações suas para lidar com suas expectativas profissionais e pessoais. Mostra como a nova geração, com acesso a muito mais informação do que antes, tem novos desafios e dificuldades. AUTOR Carlos Hilsdorf EDITORA Portifolio Penguin QUANTO R$ 29,90 (240 págs.) Economista e palestrante oferece orientações para quem deseja desenvolver comportamento empreendedor. Traz entrevistas com empresários como Alair Martins (Grupo Martins). AUTOR Josh Davis EDITORA HarperOne QUANTO US$ 14.25 (192 págs.) Neurologista aconselha que, para se lidar com grande quantidade de tarefas, se crie condições emocional e fisicamente ideais para ao menos duas horas de intensa produtividade diária. AUTOR Max Gehringer EDITORA Benvirá QUANTO R$ 24,90 (376 págs.) O autor responde, usando versículos da Bíblia, a 366 perguntas relacionadas ao trabalho. Sobre ética, por exemplo, escreve, a partir do livro de Lucas: "Quem é fiel no pouco também é fiel no muito". AUTOR Roberto Shinyashiki EDITORA Gente QUANTO R$ 39,90 Psiquiatra e palestrante oferece lições sobre carreira a partir da história de Carla, que aos 29 anos se sente estagnada e pouco reconhecida em seu trabalho. Ela recebe ajuda de mentores para mudar. AUTORA Karen Phelan EDITORA Benvirá QUANTO R$ 34,90 (224 págs.) A autora, especializada em corrigir problemas em empresas causados pela atuação de consultores, analisa limitações e falhas de teorias e modismos do mundo corporativo. AUTOR Gutemberg B. de Macedo EDITORA Alta Books QUANTO R$ 64,90 (320 págs.) Oferece informações para que profissionais lidem com o mercado de trabalho. Inclui temas como volta ao mercado, transição de carreira, headhunters, uso da internet, insatisfação com empresa e salários. AUTOR Daniel J. Levitin EDITORA Objetiva QUANTO R$ 59,90 (560 págs.) Neurologista explica como usar a organização para lidar melhor com a grande quantidade de informações, tarefas e decisões de nosso cotidiano. Combina pesquisas recentes com exemplos do dia a dia. AUTORA Beth Buelow EDITORA Perigee Books QUANTO US$ 12,30 (260 págs.) Coach dá conselhos para que tímidos aproveitem pontos fortes de sua personalidade,, como curiosidade e gosto por pesquisas. Ensina a lidar com pontos fracos, como a dificuldade de se autopromover.
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Veja 10 livros para avançar na carreira em 2016Além de votos de saúde, paz e felicidade, o ano novo traz desejos também de sucesso profissional. Para isso, alguns livros lançados em 2015 podem ser úteis para o avanço na carreira no novo ano que começa. Veja abaixo uma lista de 10 obras que contribuem para a carreira indicadas pelo Cifras & Letras: * AUTORA Sheryl Sandberg EDITORA Knop QUANTO A partir de US$ 11 (432 págs.) Em versão ampliada do livro de 2013, a executiva do Facebook inclui uma carta para quem está iniciando na carreira. Também há seis novos capítulos escritos por consultores com dicas para recêm-formados em temas como primeiro emprego. AUTOR Sidnei Oliveira EDITORA Integrare Business QUANTO R$ 34,90 (220 págs.) O autor apresenta seis histórias de jovens que tiveram orientações suas para lidar com suas expectativas profissionais e pessoais. Mostra como a nova geração, com acesso a muito mais informação do que antes, tem novos desafios e dificuldades. AUTOR Carlos Hilsdorf EDITORA Portifolio Penguin QUANTO R$ 29,90 (240 págs.) Economista e palestrante oferece orientações para quem deseja desenvolver comportamento empreendedor. Traz entrevistas com empresários como Alair Martins (Grupo Martins). AUTOR Josh Davis EDITORA HarperOne QUANTO US$ 14.25 (192 págs.) Neurologista aconselha que, para se lidar com grande quantidade de tarefas, se crie condições emocional e fisicamente ideais para ao menos duas horas de intensa produtividade diária. AUTOR Max Gehringer EDITORA Benvirá QUANTO R$ 24,90 (376 págs.) O autor responde, usando versículos da Bíblia, a 366 perguntas relacionadas ao trabalho. Sobre ética, por exemplo, escreve, a partir do livro de Lucas: "Quem é fiel no pouco também é fiel no muito". AUTOR Roberto Shinyashiki EDITORA Gente QUANTO R$ 39,90 Psiquiatra e palestrante oferece lições sobre carreira a partir da história de Carla, que aos 29 anos se sente estagnada e pouco reconhecida em seu trabalho. Ela recebe ajuda de mentores para mudar. AUTORA Karen Phelan EDITORA Benvirá QUANTO R$ 34,90 (224 págs.) A autora, especializada em corrigir problemas em empresas causados pela atuação de consultores, analisa limitações e falhas de teorias e modismos do mundo corporativo. AUTOR Gutemberg B. de Macedo EDITORA Alta Books QUANTO R$ 64,90 (320 págs.) Oferece informações para que profissionais lidem com o mercado de trabalho. Inclui temas como volta ao mercado, transição de carreira, headhunters, uso da internet, insatisfação com empresa e salários. AUTOR Daniel J. Levitin EDITORA Objetiva QUANTO R$ 59,90 (560 págs.) Neurologista explica como usar a organização para lidar melhor com a grande quantidade de informações, tarefas e decisões de nosso cotidiano. Combina pesquisas recentes com exemplos do dia a dia. AUTORA Beth Buelow EDITORA Perigee Books QUANTO US$ 12,30 (260 págs.) Coach dá conselhos para que tímidos aproveitem pontos fortes de sua personalidade,, como curiosidade e gosto por pesquisas. Ensina a lidar com pontos fracos, como a dificuldade de se autopromover.
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Biden contesta Hillary e aumenta rumor sobre disputa à Casa Branca
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, apresentou uma nova versão sobre os bastidores da operação que, segundo a Casa Branca, matou Osama bin Laden em 2011. Ao contestar Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e pré-candidata democrata, ele reforçou a especulação sobre sua esperada postulação presidencial. Biden disse, nesta terça-feira (20), que ele, sim, incentivou o presidente Barack Obama a invadir a mansão do terrorista, em Abbottabad, no Paquistão. A versão oficial, mencionada publicamente por Obama, Hillary e pelo próprio Biden até então, era que ele não teria apoiado a invasão. Hillary advoga para si o papel de incentivadora da operação e mencionou em seu livro "Hard Choices" (escolhas difíceis, em tradução livre), de 2014, que Biden era "cético" quanto à estratégia. O vice-presidente confrontou sua potencial adversária na disputa pela nomeação democrata e deu a entender que soube da estratégia em agosto de 2010, antes dela. "A maior parte das autoridades não soube até janeiro ou fevereiro [de 2011]", afirmou em evento na Universidade de Minnesota. Pesquisa do "Wall Street Journal" e da rede NBC News mostrou que Hillary abriu vantagem na intenção de votos. Ela passou de 42% em setembro para 49% em outubro. O senador Bernie Sanders caiu de 35% para 29%. Biden saiu de 17% para 15%. Com menos de 1% dos votos, o ex-senador Jim Webb desistiu de disputar a nomeação do Partido Democrata. Também nesta terça, ele anunciou que descartava "qualquer tentativa de ser o indicado", sugerindo que poderá concorrer como independente.
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Biden contesta Hillary e aumenta rumor sobre disputa à Casa BrancaO vice-presidente dos EUA, Joe Biden, apresentou uma nova versão sobre os bastidores da operação que, segundo a Casa Branca, matou Osama bin Laden em 2011. Ao contestar Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e pré-candidata democrata, ele reforçou a especulação sobre sua esperada postulação presidencial. Biden disse, nesta terça-feira (20), que ele, sim, incentivou o presidente Barack Obama a invadir a mansão do terrorista, em Abbottabad, no Paquistão. A versão oficial, mencionada publicamente por Obama, Hillary e pelo próprio Biden até então, era que ele não teria apoiado a invasão. Hillary advoga para si o papel de incentivadora da operação e mencionou em seu livro "Hard Choices" (escolhas difíceis, em tradução livre), de 2014, que Biden era "cético" quanto à estratégia. O vice-presidente confrontou sua potencial adversária na disputa pela nomeação democrata e deu a entender que soube da estratégia em agosto de 2010, antes dela. "A maior parte das autoridades não soube até janeiro ou fevereiro [de 2011]", afirmou em evento na Universidade de Minnesota. Pesquisa do "Wall Street Journal" e da rede NBC News mostrou que Hillary abriu vantagem na intenção de votos. Ela passou de 42% em setembro para 49% em outubro. O senador Bernie Sanders caiu de 35% para 29%. Biden saiu de 17% para 15%. Com menos de 1% dos votos, o ex-senador Jim Webb desistiu de disputar a nomeação do Partido Democrata. Também nesta terça, ele anunciou que descartava "qualquer tentativa de ser o indicado", sugerindo que poderá concorrer como independente.
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Governo vai rever parte dos vetos ao Orçamento de 2018, dizem deputados
Com o objetivo de conseguir a aprovação da nova meta fiscal para 2017 e 2018, o governo vai enviar um projeto de lei voltando atrás em alguns dos mais de 40 vetos do presidente Michel Temer à programação orçamentária do ano que vem. A intenção é diminuir a tensão que os vetos criaram na CMO (Comissão Mista de Orçamento). O colegiado ficou irritado e prometeu retaliar na tramitação da nova proposta de aumento do rombo nos Orçamentos de 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões. De acordo com o deputado André Moura (PCS-SE), líder do governo no Congresso, que participou de reunião nesta terça (22) com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, esse novo projeto será encaminhado até no máximo quinta-feira (24). A ideia é que os novos objetivos fiscais para o governo, definidos pela equipe econômica na semana passada, sejam votados na terça-feira (29). "Ficou definido que o governo vai encaminhar outro projeto com pontos que foram vetados, e dentro desses pontos estão alguns que foram solicitados inclusive pela oposição", disse. "Houve negociação de alguns dos pontos vetados, e o governo resolveu acolher. Neste momento, são sete pontos [cujos vetos serão revistos]", disse. Segundo Moura, entre esses pontos está o veto ao valor mínimo para emendas de projetos de pequeno porte, que a CMO sugeriu que fosse reduzido de R$ 250 mil para R$ 100 mil. "Oposição e membros da CMO querem rever o valor mínimo das emendas a serem apresentados, que o valor seja reduzido para R$ 100 mil. Há também pontos como agentes comunitários de saúde, médicos de programa de saúde da família. A oposição está pleiteando o mínimo constitucional. Tudo será definido em reunião amanhã". De acordo com o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), os detalhes das revisões dos vetos ainda não foram fechados. Novos encontros com Oliveira, do Planejamento, estão marcados para hoje e esta quarta (23). "Foi mais um acerto sobre o rito e o processo do que um aprofundamento sobre o conteúdo. Uma sugestão foi que para pequenas intervenções, obras, a exigência de emendas não fosse de R$ 250 mil, mas de R$ 100 mil. Esse tipo de tema que os deputados elaboram a partir de suas vivências", afirmou. SEM IMPACTO FINANCEIRO No final da tarde, após nova reunião com lideranças na CMO, Oliveira, do Planejamento, afirmou que os vetos que serão revistos "não têm impacto financeiro". "Vamos encaminhar um novo projeto de lei contemplando o que o governo acha que é tranquilo de contemplar. Ainda não fechamos essa discussão. Há um número inicial de sete vetos que foram identificados mas ainda não concluímos essa avaliação", disse. De acordo com o ministro, os vetos revistos dizem respeito a regras de procedimento e de divulgação de informações. "Não há indisposição [com a CMO], há preocupação em relação a alguns vetos. Estamos trabalhando com aprovação até a próxima semana". O presidente da CMO, deputado Dário Berger (PMDB-SC), afirmou que a comissão não tem alternativa se não aprovar as novas metas, o que deve ocorrer na próxima terça (29). "A meta é uma necessidade do país, não temos como não aprovar a meta. Se não aprovarmos os ministérios vão começar a ter dificuldade de funcionamento, a máquina pública irá parar", afirmou Berger.
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Governo vai rever parte dos vetos ao Orçamento de 2018, dizem deputadosCom o objetivo de conseguir a aprovação da nova meta fiscal para 2017 e 2018, o governo vai enviar um projeto de lei voltando atrás em alguns dos mais de 40 vetos do presidente Michel Temer à programação orçamentária do ano que vem. A intenção é diminuir a tensão que os vetos criaram na CMO (Comissão Mista de Orçamento). O colegiado ficou irritado e prometeu retaliar na tramitação da nova proposta de aumento do rombo nos Orçamentos de 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões. De acordo com o deputado André Moura (PCS-SE), líder do governo no Congresso, que participou de reunião nesta terça (22) com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, esse novo projeto será encaminhado até no máximo quinta-feira (24). A ideia é que os novos objetivos fiscais para o governo, definidos pela equipe econômica na semana passada, sejam votados na terça-feira (29). "Ficou definido que o governo vai encaminhar outro projeto com pontos que foram vetados, e dentro desses pontos estão alguns que foram solicitados inclusive pela oposição", disse. "Houve negociação de alguns dos pontos vetados, e o governo resolveu acolher. Neste momento, são sete pontos [cujos vetos serão revistos]", disse. Segundo Moura, entre esses pontos está o veto ao valor mínimo para emendas de projetos de pequeno porte, que a CMO sugeriu que fosse reduzido de R$ 250 mil para R$ 100 mil. "Oposição e membros da CMO querem rever o valor mínimo das emendas a serem apresentados, que o valor seja reduzido para R$ 100 mil. Há também pontos como agentes comunitários de saúde, médicos de programa de saúde da família. A oposição está pleiteando o mínimo constitucional. Tudo será definido em reunião amanhã". De acordo com o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), os detalhes das revisões dos vetos ainda não foram fechados. Novos encontros com Oliveira, do Planejamento, estão marcados para hoje e esta quarta (23). "Foi mais um acerto sobre o rito e o processo do que um aprofundamento sobre o conteúdo. Uma sugestão foi que para pequenas intervenções, obras, a exigência de emendas não fosse de R$ 250 mil, mas de R$ 100 mil. Esse tipo de tema que os deputados elaboram a partir de suas vivências", afirmou. SEM IMPACTO FINANCEIRO No final da tarde, após nova reunião com lideranças na CMO, Oliveira, do Planejamento, afirmou que os vetos que serão revistos "não têm impacto financeiro". "Vamos encaminhar um novo projeto de lei contemplando o que o governo acha que é tranquilo de contemplar. Ainda não fechamos essa discussão. Há um número inicial de sete vetos que foram identificados mas ainda não concluímos essa avaliação", disse. De acordo com o ministro, os vetos revistos dizem respeito a regras de procedimento e de divulgação de informações. "Não há indisposição [com a CMO], há preocupação em relação a alguns vetos. Estamos trabalhando com aprovação até a próxima semana". O presidente da CMO, deputado Dário Berger (PMDB-SC), afirmou que a comissão não tem alternativa se não aprovar as novas metas, o que deve ocorrer na próxima terça (29). "A meta é uma necessidade do país, não temos como não aprovar a meta. Se não aprovarmos os ministérios vão começar a ter dificuldade de funcionamento, a máquina pública irá parar", afirmou Berger.
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Mudança de imposto sobre ganhos de capital fomenta corrida de fusões
Com a mudança na alíquota do imposto sobre ganhos de capital que deverá passar a vigorar em 2017, há uma corrida para fechar operações de compra de empresas. Hoje, o lucro da venda de uma empresa é tributado de maneira uniforme em 15%. A partir de 2017, haverá faixas diferentes, que chegarão ao máximo de 22,5%. "Todos os negócios que começaram em setembro vieram com orientação de assinar o contrato até 31 de dezembro", diz Carlos Eduardo Orsolon, sócio do Demarest. O acúmulo de transações nos últimos meses deste ano ocorre também porque o começo de 2016 foi lento, devido às incertezas pré-impeachment, afirma Alexandre Bertoldi, do Pinheiro Neto. "O ambiente melhorou, várias decisões foram tomadas, e agora há uma pressão para concluir o que for possível até o fim deste ano." Algo semelhante se passou em 2015. Havia a possibilidade de as alíquotas serem alteradas já em 2016, mas a medida provisória não virou lei a tempo, e ficou para 2017. Os ritos para fechar um contrato de aquisição demoram, lembra Joyl Alencar Filho, do Azevedo Sette. "Se o comprador não conhece bem a empresa, precisa fazer a 'due diligence' [análise de números e riscos], e é improvável que demore menos de 30 dias." As operações que serão impactadas pela alteração de alíquota são especialmente aquelas nas quais uma empresa familiar é vendida. "Via de regra, fundos acionistas não pagam imposto ao desinvestir", diz Francisco Sanchez, vice-presidente da Abvcap (de private equity). SALDO DE PESSOAS JURÍDICAS - Operações de fusões e aquisições no Brasil * O Hospital 9 de Julho e a Microsoft acabam de firmar um acordo para testar uma nova tecnologia para reduzir riscos de acidentes, como a queda de leito. A ideia, em desenvolvimento pela empresa, é ter em até doze meses, um monitoramento de imagens em tempo real para prevenir "movimentos anormais" dos pacientes, diz o diretor-geral Alfonso Migliore Neto. A tecnologia também deverá ser testada em áreas como segurança pública e corporativa, varejo, além de outras aplicações no setor de saúde, explica Luiz Pires, diretor do centro de pesquisas da Microsoft no Brasil. "No futuro, poderá ser um novo método de apoio à decisão clínica", segundo Migliore, do 9 de Julho. O hospital, que neste ano inaugurou uma nova torre e chegou a um total de 410 leitos, planeja investir cerca de R$ 100 milhões em 2017. Serão feitas novas ampliações, no pronto socorro e na UTI, além da criação de outros 60 leitos. As obras deverão ser finalizadas até o fim do ano que vem. R$ 850 milhões deverá ser a receita do hospital neste ano, uma alta prevista de 30% em relação a 2015 R$ 350 milhões foram investidos em ampliação nos últimos três anos 4.000 médicos trabalham no hospital, além de 2.390 funcionários * Estacionar em bairros com alta densidade de prédios de escritórios em São Paulo e no Rio está mais barato, em termos reais, neste ano, segundo a consultoria Colliers. Em São Paulo, o aumento da mensalidade foi de R$ 4, ou 1,2%. Na capital carioca, na média houve queda até mesmo em termos nominais. A crise econômica (especialmente no setor de óleo e gás) e o fim das obras no centro da cidade contribuíram para a mudança de preços, afirma Ricardo Betancourt, presidente da empresa. Outro fator enfraqueceu a demanda por estacionamento no Rio: as novas linhas de transporte público na cidade, como o VLT e a ligação do metrô com a Barra da Tijuca. Mesmo com a diminuição mais acentuada, os preços do Rio são 53% mais caros. A região da Faria Lima tem a mensalidade média mais alta de São Paulo: R$ 462. No Rio, o centro é a área mais cara: pagam-se R$ 644. "No ano que vem, os valores no Rio vão cair mais. São Paulo é estável", diz Betancourt. Os preços só subirão em termos reais com uma retomada da economia, afirma. O PREÇO DE UMA VAGA - Valor médio da mensalidade de estacionamento, em R$ * O prêmio Folha Top of Mind anuncia na próxima terça-feira (25) as marcas que estão na cabeça e na ponta da língua dos brasileiros, segundo a pesquisa do Datafolha, realizada em 217 municípios de todo o país. São 59 categorias no total, o maior número já pesquisado pelo instituto. O resultado foi obtido após a realização de entrevistas com 7.247 pessoas. Considerada a principal premiação de lembrança de marca do Brasil, a festa, exclusiva para convidados, terá a participação de líderes empresariais e de representantes do setor de propaganda e marketing. A edição da revista Folha Top of Mind 2016, com o resultado completo da pesquisa, que comemora 26 anos, circula gratuitamente com a edição da Folha na quarta-feira (26). A premiação será no Tom Brasil (zona sul de São Paulo). * Só quero... O custo-benefício é maior em supermercados regionais, segundo pesquisa da CVA Solutions que ouviu mais de 7 mil consumidores. ...sossego Nas lojas, a principal reclamação está relacionada a filas (36,7%), falta de produtos (25,1%) e estacionamentos cheios (15,9%). Para não... O aplicativo de rotas Waze firmou parceria com a Esri para ter acesso a dados de 30 mil governos sobre condições de vias urbanas. ...se perder No Brasil, a multinacional de inteligência geográfica é representada pela empresa Imagem, com clientes como Rio de Janeiro e Manaus. * com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e ROBERTO DE OLIVEIRA
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Mudança de imposto sobre ganhos de capital fomenta corrida de fusõesCom a mudança na alíquota do imposto sobre ganhos de capital que deverá passar a vigorar em 2017, há uma corrida para fechar operações de compra de empresas. Hoje, o lucro da venda de uma empresa é tributado de maneira uniforme em 15%. A partir de 2017, haverá faixas diferentes, que chegarão ao máximo de 22,5%. "Todos os negócios que começaram em setembro vieram com orientação de assinar o contrato até 31 de dezembro", diz Carlos Eduardo Orsolon, sócio do Demarest. O acúmulo de transações nos últimos meses deste ano ocorre também porque o começo de 2016 foi lento, devido às incertezas pré-impeachment, afirma Alexandre Bertoldi, do Pinheiro Neto. "O ambiente melhorou, várias decisões foram tomadas, e agora há uma pressão para concluir o que for possível até o fim deste ano." Algo semelhante se passou em 2015. Havia a possibilidade de as alíquotas serem alteradas já em 2016, mas a medida provisória não virou lei a tempo, e ficou para 2017. Os ritos para fechar um contrato de aquisição demoram, lembra Joyl Alencar Filho, do Azevedo Sette. "Se o comprador não conhece bem a empresa, precisa fazer a 'due diligence' [análise de números e riscos], e é improvável que demore menos de 30 dias." As operações que serão impactadas pela alteração de alíquota são especialmente aquelas nas quais uma empresa familiar é vendida. "Via de regra, fundos acionistas não pagam imposto ao desinvestir", diz Francisco Sanchez, vice-presidente da Abvcap (de private equity). SALDO DE PESSOAS JURÍDICAS - Operações de fusões e aquisições no Brasil * O Hospital 9 de Julho e a Microsoft acabam de firmar um acordo para testar uma nova tecnologia para reduzir riscos de acidentes, como a queda de leito. A ideia, em desenvolvimento pela empresa, é ter em até doze meses, um monitoramento de imagens em tempo real para prevenir "movimentos anormais" dos pacientes, diz o diretor-geral Alfonso Migliore Neto. A tecnologia também deverá ser testada em áreas como segurança pública e corporativa, varejo, além de outras aplicações no setor de saúde, explica Luiz Pires, diretor do centro de pesquisas da Microsoft no Brasil. "No futuro, poderá ser um novo método de apoio à decisão clínica", segundo Migliore, do 9 de Julho. O hospital, que neste ano inaugurou uma nova torre e chegou a um total de 410 leitos, planeja investir cerca de R$ 100 milhões em 2017. Serão feitas novas ampliações, no pronto socorro e na UTI, além da criação de outros 60 leitos. As obras deverão ser finalizadas até o fim do ano que vem. R$ 850 milhões deverá ser a receita do hospital neste ano, uma alta prevista de 30% em relação a 2015 R$ 350 milhões foram investidos em ampliação nos últimos três anos 4.000 médicos trabalham no hospital, além de 2.390 funcionários * Estacionar em bairros com alta densidade de prédios de escritórios em São Paulo e no Rio está mais barato, em termos reais, neste ano, segundo a consultoria Colliers. Em São Paulo, o aumento da mensalidade foi de R$ 4, ou 1,2%. Na capital carioca, na média houve queda até mesmo em termos nominais. A crise econômica (especialmente no setor de óleo e gás) e o fim das obras no centro da cidade contribuíram para a mudança de preços, afirma Ricardo Betancourt, presidente da empresa. Outro fator enfraqueceu a demanda por estacionamento no Rio: as novas linhas de transporte público na cidade, como o VLT e a ligação do metrô com a Barra da Tijuca. Mesmo com a diminuição mais acentuada, os preços do Rio são 53% mais caros. A região da Faria Lima tem a mensalidade média mais alta de São Paulo: R$ 462. No Rio, o centro é a área mais cara: pagam-se R$ 644. "No ano que vem, os valores no Rio vão cair mais. São Paulo é estável", diz Betancourt. Os preços só subirão em termos reais com uma retomada da economia, afirma. O PREÇO DE UMA VAGA - Valor médio da mensalidade de estacionamento, em R$ * O prêmio Folha Top of Mind anuncia na próxima terça-feira (25) as marcas que estão na cabeça e na ponta da língua dos brasileiros, segundo a pesquisa do Datafolha, realizada em 217 municípios de todo o país. São 59 categorias no total, o maior número já pesquisado pelo instituto. O resultado foi obtido após a realização de entrevistas com 7.247 pessoas. Considerada a principal premiação de lembrança de marca do Brasil, a festa, exclusiva para convidados, terá a participação de líderes empresariais e de representantes do setor de propaganda e marketing. A edição da revista Folha Top of Mind 2016, com o resultado completo da pesquisa, que comemora 26 anos, circula gratuitamente com a edição da Folha na quarta-feira (26). A premiação será no Tom Brasil (zona sul de São Paulo). * Só quero... O custo-benefício é maior em supermercados regionais, segundo pesquisa da CVA Solutions que ouviu mais de 7 mil consumidores. ...sossego Nas lojas, a principal reclamação está relacionada a filas (36,7%), falta de produtos (25,1%) e estacionamentos cheios (15,9%). Para não... O aplicativo de rotas Waze firmou parceria com a Esri para ter acesso a dados de 30 mil governos sobre condições de vias urbanas. ...se perder No Brasil, a multinacional de inteligência geográfica é representada pela empresa Imagem, com clientes como Rio de Janeiro e Manaus. * com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e ROBERTO DE OLIVEIRA
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Cenários
1. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, caindo o presidente da Câmara assume Adenor Leonardo Bachi, o Tite. Tite convoca Thiago Silva para o Ministério da Defesa, Paulinho para a Casa Civil, Neymar para a Fazenda. O Brasil cresce 7% em um ano, apagando o fantasma do 7 x 1. Numa reunião da ONU, Neymar se irrita com a distância da barreira (alfandegária) dos Estados Unidos, perde a cabeça e dá um carrinho por trás em Mike Pence –presidente dos EUA após o surgimento das gravações entre Joesley Batista e Trump envolvendo segredos militares e t-bones. Morremos todos bombardeados por Tomahawks. 2. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, o povo vai pras ruas exigir eleições diretas, a Fafá de Belém canta o Hino Nacional, Osmar Santos, Henfil e doutor Sócrates comandam a onda amarela, a Câmara rejeita eleições diretas, Tancredo Neves é eleito indiretamente, Tancredo morre, Sarney assume, sim, voltamos para 1985, superinflação, "Xou da Xuxa", a música do "Ghost" nos bailinhos, Belinas pelas ruas, calça semi-baggy, "fecha na Prochaska", o "Jornal Nacional" de 1989, o Collor, o Itamar, a morte do Senna, estamos condenados a viver tudo de novo até cair a Dilma, até cair o Temer, até voltar pros anos 80 mais uma vez, é um "Feitiço do Tempo" infinito, o horror em loop; de calça semi-baggy; tocando a música do "Ghost". 3. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, eleições indiretas são realizadas, o voto é secreto e qualquer brasileiro acima de 35 anos pode ser eleito, suspense total, em quem será que os excelentíssimos deputados votaram? O novo presidente do Brasil é Romero Britto. O Brasil é repintado do Oiapoque ao Chuí, todo coloridinho, feito uma caneca do Romero Britto, nossa foto no RG vira desenho do Romero Britto, o chão é Romero Britto, os grafites são cobertos por desenhos do Romero Britto, na primeira página da Folha (ilustração do Romero Britto), João Doria (tatuado por Romero Britto) é cumprimentado por Romero Britto antes de embarcar para os EUA onde tentará vender, num leilão, a obra continental de Romero Britto. 4. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, o povo vai pras ruas exigir eleições diretas, no meio da manifestação corre a notícia de que o ex-diretor do FBI, James Comey, liberou áudios em que Trump entrega a Joesley Batista segredos militares americanos em troca de t-bones da JBS. "Tem que manter isso, viu?", diz Trump nas gravações, ao ser informado que Joesley está "de bem" com o cozinheiro da Casa Branca. Trump mata James Comey, Trump mata Joesley Batista, morremos todos bombardeados por Tomahawks. 5. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice começa uma guerra civil entre os que defendem que o Temer chegou ao poder por culpa da esquerda, elegendo a Dilma, e os que defendem que o Temer chegou ao poder por culpa da direita, fazendo o impeachment. Morremos todos, a selva invade as cidades, micos-leões-dourados voltam a saltar pelas árvores, araras-azuis retomam os céus, bichos-preguiça bocejam pelas marginais, cobras-coral se confundem com as ciclovias, marias-sem-vergonha brotam nas rachaduras do asfalto às margens plácidas do Ipiranga.
colunas
Cenários1. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, caindo o presidente da Câmara assume Adenor Leonardo Bachi, o Tite. Tite convoca Thiago Silva para o Ministério da Defesa, Paulinho para a Casa Civil, Neymar para a Fazenda. O Brasil cresce 7% em um ano, apagando o fantasma do 7 x 1. Numa reunião da ONU, Neymar se irrita com a distância da barreira (alfandegária) dos Estados Unidos, perde a cabeça e dá um carrinho por trás em Mike Pence –presidente dos EUA após o surgimento das gravações entre Joesley Batista e Trump envolvendo segredos militares e t-bones. Morremos todos bombardeados por Tomahawks. 2. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, o povo vai pras ruas exigir eleições diretas, a Fafá de Belém canta o Hino Nacional, Osmar Santos, Henfil e doutor Sócrates comandam a onda amarela, a Câmara rejeita eleições diretas, Tancredo Neves é eleito indiretamente, Tancredo morre, Sarney assume, sim, voltamos para 1985, superinflação, "Xou da Xuxa", a música do "Ghost" nos bailinhos, Belinas pelas ruas, calça semi-baggy, "fecha na Prochaska", o "Jornal Nacional" de 1989, o Collor, o Itamar, a morte do Senna, estamos condenados a viver tudo de novo até cair a Dilma, até cair o Temer, até voltar pros anos 80 mais uma vez, é um "Feitiço do Tempo" infinito, o horror em loop; de calça semi-baggy; tocando a música do "Ghost". 3. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, eleições indiretas são realizadas, o voto é secreto e qualquer brasileiro acima de 35 anos pode ser eleito, suspense total, em quem será que os excelentíssimos deputados votaram? O novo presidente do Brasil é Romero Britto. O Brasil é repintado do Oiapoque ao Chuí, todo coloridinho, feito uma caneca do Romero Britto, nossa foto no RG vira desenho do Romero Britto, o chão é Romero Britto, os grafites são cobertos por desenhos do Romero Britto, na primeira página da Folha (ilustração do Romero Britto), João Doria (tatuado por Romero Britto) é cumprimentado por Romero Britto antes de embarcar para os EUA onde tentará vender, num leilão, a obra continental de Romero Britto. 4. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice assume o presidente da Câmara, o povo vai pras ruas exigir eleições diretas, no meio da manifestação corre a notícia de que o ex-diretor do FBI, James Comey, liberou áudios em que Trump entrega a Joesley Batista segredos militares americanos em troca de t-bones da JBS. "Tem que manter isso, viu?", diz Trump nas gravações, ao ser informado que Joesley está "de bem" com o cozinheiro da Casa Branca. Trump mata James Comey, Trump mata Joesley Batista, morremos todos bombardeados por Tomahawks. 5. Caindo a presidente assume o vice, caindo o vice começa uma guerra civil entre os que defendem que o Temer chegou ao poder por culpa da esquerda, elegendo a Dilma, e os que defendem que o Temer chegou ao poder por culpa da direita, fazendo o impeachment. Morremos todos, a selva invade as cidades, micos-leões-dourados voltam a saltar pelas árvores, araras-azuis retomam os céus, bichos-preguiça bocejam pelas marginais, cobras-coral se confundem com as ciclovias, marias-sem-vergonha brotam nas rachaduras do asfalto às margens plácidas do Ipiranga.
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Governo não consegue acordo para votar projeto dos fundos de pensão
O governo ainda não conseguiu entrar em acordo com sua base na Câmara dos Deputados sobre o projeto de governança dos fundos de pensão. Após se reunir com líderes de partidos aliados nesta terça-feira (14), o ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que a proposta pode não ser votada nesta semana. "O debate ainda precisa ser mais aprofundado basicamente na paridade dos conselhos. Há uma proposta aprovada na CPI dos Fundos de Pensão que era paridade de 3 e 3. A sugestão do governo é que seja 2-2-2", explicou o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE). Ou seja, a proposta aprovada na CPI prevê somente a participação do governo e de acionistas nos conselhos dos fundos. Já a proposta que veio do Senado e aguarda apreciação do plenário da Câmara também permitiria a atuação do mercado nesses conselhos. Geddel destacou que, apesar de o governo defender a participação nos conselhos no modelo 2-2-2, isso "não significa uma posição fechada". "Na nossa visão, estamos aqui numa casa legislativa, autônoma, não num cartório de títulos de ofício que tem a obrigação de carimbar tudo o que o governo e seus técnicos acham que é melhor. Estamos em processo de negociação para que saia a legislação." Na segunda-feira da última semana, dia 6, o presidente interino, Michel Temer, prometeu paralisar a nomeação para diretorias e presidências de empresas estatais e fundos de pensão até a aprovação dessa proposta. Ficam paralisadas negociações entre governo e base para companhias como Eletrobrás, Itaipu, Furnas e Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), e em fundos de pensão como Funcef e Petros, alvos de investigação por operações irregulares. Os líderes também querem fazer uma outra alteração no texto e derrubar o prazo exigido atualmente entre a ocupação de um cargo político-partidário e uma vaga de dirigente em um fundo de pensão. Ou seja, caso o presidente de um partido seja indicado para presidir um fundo, poderá imediatamente assumir o posto, não podendo somente acumular os cargos. Hoje isso é vetado. PLENÁRIO Apesar da falta de acordo nessa matéria, o ministro e os líderes combinaram a votação de outra proposta de interesse do governo, o projeto de governança das estatais. O texto está fechado e deve passar sem problemas. Na última terça (7), a sessão demorou a ter início porque o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), insistiu em tomar a frente da sessão. Segundo o líder do governo, isso já foi conversado com ele e o pepista não vai comparecer ao plenário hoje. "Quem vai presidir a sessão é o segundo vice-líder, Giacobo", disse André Moura.
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Governo não consegue acordo para votar projeto dos fundos de pensãoO governo ainda não conseguiu entrar em acordo com sua base na Câmara dos Deputados sobre o projeto de governança dos fundos de pensão. Após se reunir com líderes de partidos aliados nesta terça-feira (14), o ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que a proposta pode não ser votada nesta semana. "O debate ainda precisa ser mais aprofundado basicamente na paridade dos conselhos. Há uma proposta aprovada na CPI dos Fundos de Pensão que era paridade de 3 e 3. A sugestão do governo é que seja 2-2-2", explicou o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE). Ou seja, a proposta aprovada na CPI prevê somente a participação do governo e de acionistas nos conselhos dos fundos. Já a proposta que veio do Senado e aguarda apreciação do plenário da Câmara também permitiria a atuação do mercado nesses conselhos. Geddel destacou que, apesar de o governo defender a participação nos conselhos no modelo 2-2-2, isso "não significa uma posição fechada". "Na nossa visão, estamos aqui numa casa legislativa, autônoma, não num cartório de títulos de ofício que tem a obrigação de carimbar tudo o que o governo e seus técnicos acham que é melhor. Estamos em processo de negociação para que saia a legislação." Na segunda-feira da última semana, dia 6, o presidente interino, Michel Temer, prometeu paralisar a nomeação para diretorias e presidências de empresas estatais e fundos de pensão até a aprovação dessa proposta. Ficam paralisadas negociações entre governo e base para companhias como Eletrobrás, Itaipu, Furnas e Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), e em fundos de pensão como Funcef e Petros, alvos de investigação por operações irregulares. Os líderes também querem fazer uma outra alteração no texto e derrubar o prazo exigido atualmente entre a ocupação de um cargo político-partidário e uma vaga de dirigente em um fundo de pensão. Ou seja, caso o presidente de um partido seja indicado para presidir um fundo, poderá imediatamente assumir o posto, não podendo somente acumular os cargos. Hoje isso é vetado. PLENÁRIO Apesar da falta de acordo nessa matéria, o ministro e os líderes combinaram a votação de outra proposta de interesse do governo, o projeto de governança das estatais. O texto está fechado e deve passar sem problemas. Na última terça (7), a sessão demorou a ter início porque o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), insistiu em tomar a frente da sessão. Segundo o líder do governo, isso já foi conversado com ele e o pepista não vai comparecer ao plenário hoje. "Quem vai presidir a sessão é o segundo vice-líder, Giacobo", disse André Moura.
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Papa defende servidores que se recusam a oficializar casamento gay
O papa Francisco disse nesta segunda-feira (28) que funcionários públicos têm o "direito humano" de se recusar a realizar alguns trabalhos, como emitir licenças de casamento para homossexuais, caso isso viole sua consciência. No dia 3 de setembro, a tabeliã americana Kim Davis foi presa após se negar a emitir, no cartório onde trabalhava, certidões de casamento para homossexuais, alegando motivos religiosos. Recentemente, a Suprema Corte dos EUA decidiu que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é garantido pela Constituição em todo o país. Ao ser questionado sobre o caso, Francisco disse que "a objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica, pois é um direito". A declaração foi feita a repórteres que acompanhavam o papa em seu retorno a Roma, após uma viagem de dez dias por Estados Unidos e Cuba. No voo, Francisco também repetiu sua condenação a padres que abusaram sexualmente de crianças, dizendo que suas vítimas foram "esmagadas pelo mal". Embora o pontífice argentino tenha comentado sobre temas que são motivo de debate nos Estados Unidos durante sua visita, ele nunca se referiu especificamente ao casamento gay. Em outras ocasiões, Francisco expressou preocupações sobre as mudanças "jurídicas" da definição de família. No entanto, o pontífice evita falar sobre o tema. Embora tenha trazido uma abordagem menos condenatória ao Vaticano, Francisco não mudou o dogma que considera relações homossexuais, o sexo fora do casamento e o aborto como pecaminosos. Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o papa não comentou sobre o casamento gay durante sua visita aos EUA, pois sua visão sobre o assunto é óbvia. "Ele veio com a esperança de disseminar uma mensagem positiva. Ele não quer entrar em polêmicas ou debates quando vem para dar uma mensagem positiva."
mundo
Papa defende servidores que se recusam a oficializar casamento gayO papa Francisco disse nesta segunda-feira (28) que funcionários públicos têm o "direito humano" de se recusar a realizar alguns trabalhos, como emitir licenças de casamento para homossexuais, caso isso viole sua consciência. No dia 3 de setembro, a tabeliã americana Kim Davis foi presa após se negar a emitir, no cartório onde trabalhava, certidões de casamento para homossexuais, alegando motivos religiosos. Recentemente, a Suprema Corte dos EUA decidiu que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é garantido pela Constituição em todo o país. Ao ser questionado sobre o caso, Francisco disse que "a objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica, pois é um direito". A declaração foi feita a repórteres que acompanhavam o papa em seu retorno a Roma, após uma viagem de dez dias por Estados Unidos e Cuba. No voo, Francisco também repetiu sua condenação a padres que abusaram sexualmente de crianças, dizendo que suas vítimas foram "esmagadas pelo mal". Embora o pontífice argentino tenha comentado sobre temas que são motivo de debate nos Estados Unidos durante sua visita, ele nunca se referiu especificamente ao casamento gay. Em outras ocasiões, Francisco expressou preocupações sobre as mudanças "jurídicas" da definição de família. No entanto, o pontífice evita falar sobre o tema. Embora tenha trazido uma abordagem menos condenatória ao Vaticano, Francisco não mudou o dogma que considera relações homossexuais, o sexo fora do casamento e o aborto como pecaminosos. Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o papa não comentou sobre o casamento gay durante sua visita aos EUA, pois sua visão sobre o assunto é óbvia. "Ele veio com a esperança de disseminar uma mensagem positiva. Ele não quer entrar em polêmicas ou debates quando vem para dar uma mensagem positiva."
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Governo brasileiro diz não interferir em ação de Cuba com médicos
O coordenador nacional do programa Mais Médicos, Felipe Proenço, disse que tomou conhecimento na quarta (11), extraoficialmente, das queixas dos médicos cubanos sobre a pressão para que seus parentes voltem a Cuba. Mas afirmou que a resolução delas está fora da alçada do Ministério da Saúde. Segundo ele, a pasta supervisiona as atividades dos médicos cubanos nos postos de trabalho, mas não tem poder de interferir na relação contratual deles com Cuba e a Opas –braço da Organização Mundial da Saúde que intermediou a vinda dos profissionais da ilha ao Brasil. "Quem tem gerência sobre a indicação e seleção dos médicos que estão participando do programa é o Ministério da Saúde com a Opas", diz. Sobre a permanência dos dependentes dos médicos no Brasil, ele afirma que o ministério segue "rigorosamente" o que está estabelecido na lei do Mais Médicos. "Ele pode trazer o dependente legal com o mesmo prazo de validade do visto do titular." Proenço afirma, no entanto, que, se for registrado aumento da desistência de médicos cubanos no programa, o ministério poderá investigar as causas, embora sua atuação seja limitada. "Desligamentos que não estejam relacionados às atividades deles no programa são do âmbito do governo cubano e da Opas, e não da coordenação do projeto." Atualmente, segundo ele, a taxa de desistência dos cubanos não chega a 1%. O coordenador diz que o desligamento dos médicos do programa está previsto em situações eventuais –como se houver falta grave no trabalho nas unidades de saúde ou por motivos de doença. A Folha encaminhou mensagens e deixou recados desde quarta na Embaixada de Cuba em Brasília e no Consulado-Geral em São Paulo, mas não obteve resposta. Também enviou e-mail à vice-ministra da Saúde de Cuba, Estela Cristina Morales, igualmente sem resposta.
cotidiano
Governo brasileiro diz não interferir em ação de Cuba com médicosO coordenador nacional do programa Mais Médicos, Felipe Proenço, disse que tomou conhecimento na quarta (11), extraoficialmente, das queixas dos médicos cubanos sobre a pressão para que seus parentes voltem a Cuba. Mas afirmou que a resolução delas está fora da alçada do Ministério da Saúde. Segundo ele, a pasta supervisiona as atividades dos médicos cubanos nos postos de trabalho, mas não tem poder de interferir na relação contratual deles com Cuba e a Opas –braço da Organização Mundial da Saúde que intermediou a vinda dos profissionais da ilha ao Brasil. "Quem tem gerência sobre a indicação e seleção dos médicos que estão participando do programa é o Ministério da Saúde com a Opas", diz. Sobre a permanência dos dependentes dos médicos no Brasil, ele afirma que o ministério segue "rigorosamente" o que está estabelecido na lei do Mais Médicos. "Ele pode trazer o dependente legal com o mesmo prazo de validade do visto do titular." Proenço afirma, no entanto, que, se for registrado aumento da desistência de médicos cubanos no programa, o ministério poderá investigar as causas, embora sua atuação seja limitada. "Desligamentos que não estejam relacionados às atividades deles no programa são do âmbito do governo cubano e da Opas, e não da coordenação do projeto." Atualmente, segundo ele, a taxa de desistência dos cubanos não chega a 1%. O coordenador diz que o desligamento dos médicos do programa está previsto em situações eventuais –como se houver falta grave no trabalho nas unidades de saúde ou por motivos de doença. A Folha encaminhou mensagens e deixou recados desde quarta na Embaixada de Cuba em Brasília e no Consulado-Geral em São Paulo, mas não obteve resposta. Também enviou e-mail à vice-ministra da Saúde de Cuba, Estela Cristina Morales, igualmente sem resposta.
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Após interdição, Justiça libera parte da ciclovia Tim Maia, no Rio
A Justiça do Rio liberou nesta terça-feira (10) o uso de um trecho da ciclovia Tim Maia, entre o Leblon e São Conrado, zona sul do Rio. A área liberada fica distante do ponto que desabou no mês passado, matando duas pessoas. A decisão do juiz Marcelo Silva revoga liminar que ele próprio expediu na semana passada, interditando toda a via. A Prefeitura do Rio argumentou que o trecho entre o Leblon e o Vidigal não oferece risco a ciclistas e pedestres, além de ser essencial para o deslocamento dos moradores da região –o trecho é uma via compartilhada, que serve também como calçada. A prefeitura já havia ignorado parte da determinação no fim de semana, liberando a circulação no trecho até o Vidigal. PERÍCIA Nesta semana, perícia realizada pelo ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), da Polícia Civil, reafirmou o que especialistas vinham dizendo: a causa do desabamento de um trecho da ciclovia foi uma falha de projeto. O exame dos peritos constatou que o projeto executivo, elaborado pelo consórcio Contemat/Concrejato, responsável pela obra, não levou em conta o impacto da ressaca do mar na pista.
cotidiano
Após interdição, Justiça libera parte da ciclovia Tim Maia, no RioA Justiça do Rio liberou nesta terça-feira (10) o uso de um trecho da ciclovia Tim Maia, entre o Leblon e São Conrado, zona sul do Rio. A área liberada fica distante do ponto que desabou no mês passado, matando duas pessoas. A decisão do juiz Marcelo Silva revoga liminar que ele próprio expediu na semana passada, interditando toda a via. A Prefeitura do Rio argumentou que o trecho entre o Leblon e o Vidigal não oferece risco a ciclistas e pedestres, além de ser essencial para o deslocamento dos moradores da região –o trecho é uma via compartilhada, que serve também como calçada. A prefeitura já havia ignorado parte da determinação no fim de semana, liberando a circulação no trecho até o Vidigal. PERÍCIA Nesta semana, perícia realizada pelo ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), da Polícia Civil, reafirmou o que especialistas vinham dizendo: a causa do desabamento de um trecho da ciclovia foi uma falha de projeto. O exame dos peritos constatou que o projeto executivo, elaborado pelo consórcio Contemat/Concrejato, responsável pela obra, não levou em conta o impacto da ressaca do mar na pista.
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Conceda-me esta obra
Além de dar um jeito na cobrança demencial de alguns impostos, tais como ICMS e PIS/Cofins, o outro plano do governo para tornar o ambiente menos empesteado é o de concessões de obras de infraestrutura. Isto é, entregar a empresas privadas obras e operação de algumas rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, plano que a princípio deve ser divulgado na semana que vem. Pelo menos parte dos economistas de Dilma Rousseff está otimista com o programa. Com a exceção deles, mais ninguém parece estar, embora as empresas sempre reclamem, estejam mais ou menos certas nas queixas. Gente do governo acredita que não vai faltar empresa para disputar as obras. Diz que mesmo nos grandes grupos avariados pela Lava Jato, as empreiteiras maiores, haveria firmas independentes ou autônomas capazes legal e financeiramente de entrar nas concorrências. Quer dizer, firmas que não correm o risco de serem declaradas inidôneas nem estão quase falidas. Gente do governo diz ainda que empresas médias podem se associar para aproveitar a oportunidade aberta pela razia no grupo das grandes irmãs da empreita, algumas em recuperação judicial, outras vendendo os dedos e os anéis a fim de preservar os braços. Por fim, no governo se acredita também que "se vai encaminhar uma solução para parte" das empreiteiras corruptas, que vai passar pela "negociação judicial" e "algum tipo de reestruturação" (venda de partes das empresas para pagamento das multas que virão e para o saneamento financeiro). Empresas estrangeiras poderiam comprar o resto de parte dessas empresas, sua "capacidade técnica". O pessoal da construção pesada, empreiteiras e suas associações, diz que, além das "questões judiciais", não conseguiram entender ainda: 1) Como vai ser o financiamento das obras de longo prazo; 2) Quais serão as "novas regras" das concessões: duração, retorno, ritmo das obras. Empresários dizem que simplesmente não há dinheiro ou recursos de outra espécie disponíveis. Para começar, porque parte das empresas assumiu empreendimentos pesados nos últimos anos. Além do mais, não sabem de onde virá o crédito, visto que o BNDES, grande financiador, está em fase de muda e míngua, com menos recursos para emprestar daqui por diante. Tomar dinheiro emprestado no exterior, sem alguma "garantia oficial", está fora de questão, ainda mais em um ambiente econômico doméstico transtornado e sob risco de ser ainda mais balançado quando começar a alta das taxas de juros nos Estados Unidos. Trata-se de fatores, claro, que sujeitam o real a grandes desvalorizações. Empresários dizem que têm sido frequentemente ouvidos pelo governo a respeito do pacote de concessões, que "está havendo diálogo", mas que ainda não viram ou não sabem de quem tenha visto o conjunto da obra, o plano do que vai ser concedido, em que termos e com quais condições de financiamento. Um deles diz que mesmo o "programa mais bem-sucedido, de 2012", não deve funcionar agora, porque "tudo mudou": de novo, falta crédito, as empresas estão descapitalizadas, ocupadas ou falidas e as novas concessões não parecem ser tão rentáveis como aquelas do primeiro pacote do governo Dilma 1.
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Conceda-me esta obraAlém de dar um jeito na cobrança demencial de alguns impostos, tais como ICMS e PIS/Cofins, o outro plano do governo para tornar o ambiente menos empesteado é o de concessões de obras de infraestrutura. Isto é, entregar a empresas privadas obras e operação de algumas rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, plano que a princípio deve ser divulgado na semana que vem. Pelo menos parte dos economistas de Dilma Rousseff está otimista com o programa. Com a exceção deles, mais ninguém parece estar, embora as empresas sempre reclamem, estejam mais ou menos certas nas queixas. Gente do governo acredita que não vai faltar empresa para disputar as obras. Diz que mesmo nos grandes grupos avariados pela Lava Jato, as empreiteiras maiores, haveria firmas independentes ou autônomas capazes legal e financeiramente de entrar nas concorrências. Quer dizer, firmas que não correm o risco de serem declaradas inidôneas nem estão quase falidas. Gente do governo diz ainda que empresas médias podem se associar para aproveitar a oportunidade aberta pela razia no grupo das grandes irmãs da empreita, algumas em recuperação judicial, outras vendendo os dedos e os anéis a fim de preservar os braços. Por fim, no governo se acredita também que "se vai encaminhar uma solução para parte" das empreiteiras corruptas, que vai passar pela "negociação judicial" e "algum tipo de reestruturação" (venda de partes das empresas para pagamento das multas que virão e para o saneamento financeiro). Empresas estrangeiras poderiam comprar o resto de parte dessas empresas, sua "capacidade técnica". O pessoal da construção pesada, empreiteiras e suas associações, diz que, além das "questões judiciais", não conseguiram entender ainda: 1) Como vai ser o financiamento das obras de longo prazo; 2) Quais serão as "novas regras" das concessões: duração, retorno, ritmo das obras. Empresários dizem que simplesmente não há dinheiro ou recursos de outra espécie disponíveis. Para começar, porque parte das empresas assumiu empreendimentos pesados nos últimos anos. Além do mais, não sabem de onde virá o crédito, visto que o BNDES, grande financiador, está em fase de muda e míngua, com menos recursos para emprestar daqui por diante. Tomar dinheiro emprestado no exterior, sem alguma "garantia oficial", está fora de questão, ainda mais em um ambiente econômico doméstico transtornado e sob risco de ser ainda mais balançado quando começar a alta das taxas de juros nos Estados Unidos. Trata-se de fatores, claro, que sujeitam o real a grandes desvalorizações. Empresários dizem que têm sido frequentemente ouvidos pelo governo a respeito do pacote de concessões, que "está havendo diálogo", mas que ainda não viram ou não sabem de quem tenha visto o conjunto da obra, o plano do que vai ser concedido, em que termos e com quais condições de financiamento. Um deles diz que mesmo o "programa mais bem-sucedido, de 2012", não deve funcionar agora, porque "tudo mudou": de novo, falta crédito, as empresas estão descapitalizadas, ocupadas ou falidas e as novas concessões não parecem ser tão rentáveis como aquelas do primeiro pacote do governo Dilma 1.
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Veja íntegra do discurso de Dilma Rousseff após o impeachment
Depois de ser retirada do cargo pelo Senado, Dilma Rousseff fez um pronunciamento no Palácio da Alvorada.Em seu discurso, afirmou que enfrenta o segundo golpe de sua vida e afirmou que um projeto "progressista, inclusivo e democrático" estava sendo interrompoido.Leia mais aqui
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Veja íntegra do discurso de Dilma Rousseff após o impeachmentDepois de ser retirada do cargo pelo Senado, Dilma Rousseff fez um pronunciamento no Palácio da Alvorada.Em seu discurso, afirmou que enfrenta o segundo golpe de sua vida e afirmou que um projeto "progressista, inclusivo e democrático" estava sendo interrompoido.Leia mais aqui
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Projeto Varre Vila ganha reportagem fotográfica em livro e exposição
Uma reportagem fotográfica registrou a história e mostra o orgulho dos moradores participantes do projeto Varre Vila nas comunidades de Nossa Senhora Aparecida e União de Vila Nova, em São Miguel Paulista, e Jardim Robru e Parque Santa Rita, em Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. O projeto começou há 4 anos, quando o líder comunitário Ionilton Gomes de Aragão, educador e ex-agente de saúde, resolveu tentar diminuir o lixo e a sujeira na sua vizinhança. E ele conseguiu com armas poderosas: informação, comunicação e mobilização. A situação inicial não era diferente daquela que milhares de comunidades vivem pelo Brasil afora: o lixo domiciliar se avoluma nos chamados pontos viciados dos bairros, que podem ser terrenos baldios, casas abandonadas, becos, ilhas de avenidas. Em Nossa Senhora Aparecida, o ponto era uma rotatória que é a confluência de seis ruas. A empresa de limpeza passava três vezes por semana, em horas marcadas. A regra é colocar duas horas antes da coleta, mas os moradores colocavam lixo lá o tempo todo, o que atraía ratos e insetos. Para começar a resolver, Aragão entrou em contato com a empresa responsável pela coleta e pediu que limpassem totalmente a rotatória. Mobilizou alguns vizinhos e fez guarda no local após a limpeza. Todo lixo jogado fora de hora era imediatamente retirado pelo grupo de vigília, de forma que o morador que ia depositar sempre era o primeiro a sujar o espaço público. O grupo informava a quem ia depositar o lixo os horários corretos da passagem do caminhão. Em um mês, conta Aragão, a mensagem sobre a necessidade de respeitar os horários para que a rua ficasse limpa foi captada. A mobilização aumentou e resolveram então propor que cada morador varresse a porta de sua casa diariamente. Deu resultado. Convocando reuniões relâmpago nas ruas, para dar informes das iniciativas, passar videos sobre limpeza e melhorias possíveis na comunidade e tomar decisões locais, Aragão foi entendendo que a informação sobre a coleta não chegava aos moradores. Como resultado, havia falta de confiança no processo todo, e também nas empresas de limpeza e nos serviços da prefeitura. No final das contas, isso alimentava o fluxo de lixo na rua. Aragão sistematizou o projeto Varre Vila e conseguiu apoio da empresa que atua na área, a Soma, para contratação de moradores como agentes de limpeza da região e a produção de sacolas de lixo com o nome da comunidade. Depois da empresa, o projeto contatou a prefeitura. A mobilização prosseguiu e os moradores continuam cuidando dos bairros. "Nas áreas do Varre Vila, 95% do problema de pontos viciados está solucionado", diz Aragão. A rotatória virou símbolo do movimento e hoje há uma sede do projeto no local. Os contratados pela limpeza agora já se ocupam de melhorias como jardins. "Uma coisa vai puxando a outra. Se a comunidade cuida, o poder público comparece. A gente provoca a atenção", diz Aragão. Além da coleta regular de lixo, há um calendário com dias fixos em que a comunidade pode despejar entulho e bagulhos (móveis quebrados, objetos descartados) em caçambas. Aragão planeja fazer uma pequisa nas comunidades para avaliar aceitação e conhecimento que as pessoas têm do Varre Vila. " 2016 é o ano de firmar o projeto", diz ele. Em maio, deve ser lançada uma campanha nas comunidades participantes. Cada família tem de dar conta de cinco tópicos para obter um selo de sustentável: 1 - Varrer a porta da casa diariamente; 2 - Fazer a coleta seletiva; 3 - Separar o óleo de cozinha; 4 - Usar recipiente para compostagem e 5 - Não ter foco de dengue em casa. No núcleos do Varre Vila instalados hoje na capital, as atividades estão se diversificando. Em ecopontos experimentais, hortas comunitárias com cultivo de ervas medicinais para uma farmácia viva estão sendo produzidos. Aragão planeja também instalar Casas do Cuidado. "Ali, quem cuida da comunidade vai ser cuidado. Isso valoriza o trabalho das pessoas. Serão encontros dos agentes de saúde e dos trabalhadores do Varre Vila". A parceria, conta Aragão, é muito proveitosa. "Trabalhando juntos, eles economizam esforços. Os agentes comunitários de saúde conhecem as pessoas da comunidade. Quando vão visitar as casas, levam também sacos de lixo." Em São Paulo, o projeto deve se expandir para a Brasilândia com o nome de Nossa Vila Limpa, e a empresa Inova. Fora do Estado, o Varre Vila virou Varre Grota em Maceió, Alagoas, e Aragão está estudando propostas para realizar trabalhos semelhantes em Aracaju (SE), Guarulhos (SP) e Salvador (BA). Em 2020, a meta é "ter um bairro em cada capital brasileira com projeto desse tipo", diz Aragão. A reportagem fotográfica que mostra a comunidade está no livro e na exposição "Se Essa Vila Fosse Minha", coordenados pelo documentarista italiano Daniele Ottobre, com fotos de Paulo Vitale, Marlene Bergamo e Anna La Stella. Ottobre foi convidado a fazer um documentário sobre o projeto e diz que não se animou muito no começo. "Mas me supreendi com o que vi", diz. "Acho que a comunidade pode dar exemplo às periferias de outros países. Quando vi as pessoas que estavam limpando a rua e colocando águas nos vasos das plantas, fiquei encantado. Então resolvi mostrar mais que tudo a beleza, o orgulho das pessoas que moram ali", conta. O lançamento do livro e a abertura da mostra de fotos serão na segunda, 21 de março, na Galeria Olido, no centro. As obras estarão à venda e a renda será revertida para melhorias da praça da rotatória que é símbolo do projeto. LIVRO E EXPOSIÇÃO "SE ESSA VILA FOSSE MINHA" QUANDO Lançamento em 21/3, às 19h; visitação de 22/3 a 22/5 (ter. a dom.), das 13h às 20h ONDE Galeria Olido (1.º pavimento) - av. São João, 473, centro, São Paulo, tels. (11) 3331-8399 e (11) 3397-0171
colunas
Projeto Varre Vila ganha reportagem fotográfica em livro e exposiçãoUma reportagem fotográfica registrou a história e mostra o orgulho dos moradores participantes do projeto Varre Vila nas comunidades de Nossa Senhora Aparecida e União de Vila Nova, em São Miguel Paulista, e Jardim Robru e Parque Santa Rita, em Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. O projeto começou há 4 anos, quando o líder comunitário Ionilton Gomes de Aragão, educador e ex-agente de saúde, resolveu tentar diminuir o lixo e a sujeira na sua vizinhança. E ele conseguiu com armas poderosas: informação, comunicação e mobilização. A situação inicial não era diferente daquela que milhares de comunidades vivem pelo Brasil afora: o lixo domiciliar se avoluma nos chamados pontos viciados dos bairros, que podem ser terrenos baldios, casas abandonadas, becos, ilhas de avenidas. Em Nossa Senhora Aparecida, o ponto era uma rotatória que é a confluência de seis ruas. A empresa de limpeza passava três vezes por semana, em horas marcadas. A regra é colocar duas horas antes da coleta, mas os moradores colocavam lixo lá o tempo todo, o que atraía ratos e insetos. Para começar a resolver, Aragão entrou em contato com a empresa responsável pela coleta e pediu que limpassem totalmente a rotatória. Mobilizou alguns vizinhos e fez guarda no local após a limpeza. Todo lixo jogado fora de hora era imediatamente retirado pelo grupo de vigília, de forma que o morador que ia depositar sempre era o primeiro a sujar o espaço público. O grupo informava a quem ia depositar o lixo os horários corretos da passagem do caminhão. Em um mês, conta Aragão, a mensagem sobre a necessidade de respeitar os horários para que a rua ficasse limpa foi captada. A mobilização aumentou e resolveram então propor que cada morador varresse a porta de sua casa diariamente. Deu resultado. Convocando reuniões relâmpago nas ruas, para dar informes das iniciativas, passar videos sobre limpeza e melhorias possíveis na comunidade e tomar decisões locais, Aragão foi entendendo que a informação sobre a coleta não chegava aos moradores. Como resultado, havia falta de confiança no processo todo, e também nas empresas de limpeza e nos serviços da prefeitura. No final das contas, isso alimentava o fluxo de lixo na rua. Aragão sistematizou o projeto Varre Vila e conseguiu apoio da empresa que atua na área, a Soma, para contratação de moradores como agentes de limpeza da região e a produção de sacolas de lixo com o nome da comunidade. Depois da empresa, o projeto contatou a prefeitura. A mobilização prosseguiu e os moradores continuam cuidando dos bairros. "Nas áreas do Varre Vila, 95% do problema de pontos viciados está solucionado", diz Aragão. A rotatória virou símbolo do movimento e hoje há uma sede do projeto no local. Os contratados pela limpeza agora já se ocupam de melhorias como jardins. "Uma coisa vai puxando a outra. Se a comunidade cuida, o poder público comparece. A gente provoca a atenção", diz Aragão. Além da coleta regular de lixo, há um calendário com dias fixos em que a comunidade pode despejar entulho e bagulhos (móveis quebrados, objetos descartados) em caçambas. Aragão planeja fazer uma pequisa nas comunidades para avaliar aceitação e conhecimento que as pessoas têm do Varre Vila. " 2016 é o ano de firmar o projeto", diz ele. Em maio, deve ser lançada uma campanha nas comunidades participantes. Cada família tem de dar conta de cinco tópicos para obter um selo de sustentável: 1 - Varrer a porta da casa diariamente; 2 - Fazer a coleta seletiva; 3 - Separar o óleo de cozinha; 4 - Usar recipiente para compostagem e 5 - Não ter foco de dengue em casa. No núcleos do Varre Vila instalados hoje na capital, as atividades estão se diversificando. Em ecopontos experimentais, hortas comunitárias com cultivo de ervas medicinais para uma farmácia viva estão sendo produzidos. Aragão planeja também instalar Casas do Cuidado. "Ali, quem cuida da comunidade vai ser cuidado. Isso valoriza o trabalho das pessoas. Serão encontros dos agentes de saúde e dos trabalhadores do Varre Vila". A parceria, conta Aragão, é muito proveitosa. "Trabalhando juntos, eles economizam esforços. Os agentes comunitários de saúde conhecem as pessoas da comunidade. Quando vão visitar as casas, levam também sacos de lixo." Em São Paulo, o projeto deve se expandir para a Brasilândia com o nome de Nossa Vila Limpa, e a empresa Inova. Fora do Estado, o Varre Vila virou Varre Grota em Maceió, Alagoas, e Aragão está estudando propostas para realizar trabalhos semelhantes em Aracaju (SE), Guarulhos (SP) e Salvador (BA). Em 2020, a meta é "ter um bairro em cada capital brasileira com projeto desse tipo", diz Aragão. A reportagem fotográfica que mostra a comunidade está no livro e na exposição "Se Essa Vila Fosse Minha", coordenados pelo documentarista italiano Daniele Ottobre, com fotos de Paulo Vitale, Marlene Bergamo e Anna La Stella. Ottobre foi convidado a fazer um documentário sobre o projeto e diz que não se animou muito no começo. "Mas me supreendi com o que vi", diz. "Acho que a comunidade pode dar exemplo às periferias de outros países. Quando vi as pessoas que estavam limpando a rua e colocando águas nos vasos das plantas, fiquei encantado. Então resolvi mostrar mais que tudo a beleza, o orgulho das pessoas que moram ali", conta. O lançamento do livro e a abertura da mostra de fotos serão na segunda, 21 de março, na Galeria Olido, no centro. As obras estarão à venda e a renda será revertida para melhorias da praça da rotatória que é símbolo do projeto. LIVRO E EXPOSIÇÃO "SE ESSA VILA FOSSE MINHA" QUANDO Lançamento em 21/3, às 19h; visitação de 22/3 a 22/5 (ter. a dom.), das 13h às 20h ONDE Galeria Olido (1.º pavimento) - av. São João, 473, centro, São Paulo, tels. (11) 3331-8399 e (11) 3397-0171
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Governo dirá na próxima semana se vai se endividar para pagar pedalada
O ministro Nelson Barbosa (Fazenda) afirmou nesta terça-feira (22) que o governo vai anunciar na próxima semana como vai pagar a dívida com o FGTS e os bancos públicos referente às pedaladas fiscais investigadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Planejamos pagar o máximo que pudermos. Ainda estamos decidindo, e esta decisão deve ser anunciada na próxima semana", afirmou ao ser questionado sobre o valor que será pago neste ano. Entenda as pedaladas Em entrevista a correspondentes estrangeiros por telefone, o ministro disse que o Tesouro Nacional ainda está avaliando qual a melhor fonte de dinheiro para pagar o valor estimado em R$ 57 bilhões. As opções são usar o dinheiro da conta única do Tesouro, no qual estão por exemplo recursos para pagamento da dívida, ou emitindo nova dívida. Barbosa afirmou que, qualquer que seja a decisão, o Banco Central irá retirar o dinheiro injetado no mercado por meio das suas operações com títulos para neutralizar o impacto no mercado monetário e nas taxas de juros. Mais cedo, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) afirmou que, após o Natal, a presidente Dilma Rousseff reunirá a equipe econômica para afinar o discurso sobre as propostas da área para o ano que vem.
mercado
Governo dirá na próxima semana se vai se endividar para pagar pedaladaO ministro Nelson Barbosa (Fazenda) afirmou nesta terça-feira (22) que o governo vai anunciar na próxima semana como vai pagar a dívida com o FGTS e os bancos públicos referente às pedaladas fiscais investigadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). "Planejamos pagar o máximo que pudermos. Ainda estamos decidindo, e esta decisão deve ser anunciada na próxima semana", afirmou ao ser questionado sobre o valor que será pago neste ano. Entenda as pedaladas Em entrevista a correspondentes estrangeiros por telefone, o ministro disse que o Tesouro Nacional ainda está avaliando qual a melhor fonte de dinheiro para pagar o valor estimado em R$ 57 bilhões. As opções são usar o dinheiro da conta única do Tesouro, no qual estão por exemplo recursos para pagamento da dívida, ou emitindo nova dívida. Barbosa afirmou que, qualquer que seja a decisão, o Banco Central irá retirar o dinheiro injetado no mercado por meio das suas operações com títulos para neutralizar o impacto no mercado monetário e nas taxas de juros. Mais cedo, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) afirmou que, após o Natal, a presidente Dilma Rousseff reunirá a equipe econômica para afinar o discurso sobre as propostas da área para o ano que vem.
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TCU vai analisar contas da Previdência para ver 'real situação' do sistema
Em meio ao debate sobre a proposta de reforma da Previdência do governo Michel Temer, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Raimundo Carreiro, determinou que as equipes técnicas do órgão examinem as contas da Previdência. O trabalho, que tem previsão de ser concluído até o fim do primeiro semestre, incluirá informações referentes tanto ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) quanto a valores pagos aos servidores públicos civis e militares. No despacho em que determina a fiscalização, Raimundo Carreiro destaca que "ainda persiste, entre diversos segmentos da sociedade, muita controvérsia sobre a real situação da Previdência". Segundo ele, são apresentados dados incompletos ou divergentes sobre o assunto. O despacho da presidência do TCU indica a necessidade de avaliações, entre outros pontos, sobre o tratamento dado à aposentadoria de militares no Brasil e em outros países, o resultado do orçamento da seguridade social, o valor da dívida previdenciária e das estimativas de sonegação e inadimplência. Também é apontada como necessária a avaliação sobre o impacto da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre a Previdência e a seguridade social, além dos setores beneficiados com desonerações e benefícios fiscais. O secretário de controle externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social do TCU, Fábio Granja, afirmou à Folha que a ideia é fazer um diagnóstico da situação da Previdência no Brasil e colaborar com o debate sobre a proposta de reforma apresentada pelo governo. "É um tema complexo, que envolve diversas áreas, e não é fácil para o cidadão comum entender. Cada segmento interessado no assunto apresenta só uma face do problema. E aí o cidadão comum fica na insegurança", disse. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, rebateu informações veiculadas na internet que negam a existência de resultado negativo nas contas da Previdência e na seguridade social. Um vídeo divulgado pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) diz que são "mentiras" as informações sobre o deficit nessas rubricas. A proposta de Temer foi enviada ao Congresso em dezembro. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados já aprovou a admissibilidade da proposta. No retorno dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro, será criada a comissão especial que debaterá o projeto, que precisará ser aprovado em dois turnos pelos plenários da Câmara e do Senado. A proposta estabelece idade mínima para aposentadoria de 65 anos, piso que poderá subir no futuro, e pelo menos 25 anos de contribuição ao INSS para ter direito à aposentadoria.
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TCU vai analisar contas da Previdência para ver 'real situação' do sistemaEm meio ao debate sobre a proposta de reforma da Previdência do governo Michel Temer, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Raimundo Carreiro, determinou que as equipes técnicas do órgão examinem as contas da Previdência. O trabalho, que tem previsão de ser concluído até o fim do primeiro semestre, incluirá informações referentes tanto ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) quanto a valores pagos aos servidores públicos civis e militares. No despacho em que determina a fiscalização, Raimundo Carreiro destaca que "ainda persiste, entre diversos segmentos da sociedade, muita controvérsia sobre a real situação da Previdência". Segundo ele, são apresentados dados incompletos ou divergentes sobre o assunto. O despacho da presidência do TCU indica a necessidade de avaliações, entre outros pontos, sobre o tratamento dado à aposentadoria de militares no Brasil e em outros países, o resultado do orçamento da seguridade social, o valor da dívida previdenciária e das estimativas de sonegação e inadimplência. Também é apontada como necessária a avaliação sobre o impacto da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre a Previdência e a seguridade social, além dos setores beneficiados com desonerações e benefícios fiscais. O secretário de controle externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social do TCU, Fábio Granja, afirmou à Folha que a ideia é fazer um diagnóstico da situação da Previdência no Brasil e colaborar com o debate sobre a proposta de reforma apresentada pelo governo. "É um tema complexo, que envolve diversas áreas, e não é fácil para o cidadão comum entender. Cada segmento interessado no assunto apresenta só uma face do problema. E aí o cidadão comum fica na insegurança", disse. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, rebateu informações veiculadas na internet que negam a existência de resultado negativo nas contas da Previdência e na seguridade social. Um vídeo divulgado pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) diz que são "mentiras" as informações sobre o deficit nessas rubricas. A proposta de Temer foi enviada ao Congresso em dezembro. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados já aprovou a admissibilidade da proposta. No retorno dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro, será criada a comissão especial que debaterá o projeto, que precisará ser aprovado em dois turnos pelos plenários da Câmara e do Senado. A proposta estabelece idade mínima para aposentadoria de 65 anos, piso que poderá subir no futuro, e pelo menos 25 anos de contribuição ao INSS para ter direito à aposentadoria.
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Solo de cometa é rico em tijolos precursores da vida, revela sonda
Quase nove meses atrás, o módulo Philae realizou seu pouso num cometa. Agora, os cientistas da épica missão espacial europeia finalmente dão à luz os frutos da expedição, incluindo um relato detalhado da atribulada descida da sonda. Em 12 de novembro do ano passado, foram duas quicadas e uma passagem de raspão pela borda de uma cratera, antes do pouso final, numa região bem acidentada do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko –"Chury", para os íntimos. Aliás, até mesmo esse processo de pouso "com escalas" redundou em acréscimo de dados para a missão. Graças a isso, foi possível estudar as características do solo tanto no ponto da primeira quicada como no local da descida final. O primeiro terreno a ser tocado pelo Philae era muito mais granulado e fofo –uma camada de cerca de 25 centímetros de espessura, recobrindo um solo mais duro por baixo. Já no local do pouso final não havia essa camada fofa –o solo era muito duro já na superfície, ajudando um dos pés da sonda a se atarrachar ao chão. O Philae ficou preso por apenas um dos três pés, e numa inclinação diagonal que deixou apenas um dos cinco painéis solares bem exposto à luz. Foi essa posição que acabou abreviando o tempo de operação do módulo, encerrado após pouco mais de dois dias, por exaustão das baterias. Editoria de Arte/Folhapress AS PRINCIPAIS DESCOBERTAS COMPOSIÇÃO Uma das mais intrigantes revelações dos novos estudos diz respeito à composição do solo. Ela é riquíssima em moléculas orgânicas, a base da vida na Terra, e imagina-se que os cometas possam ter tido um papel trazendo esses compostos para cá, nos primórdios da formação do Sistema Solar. Os instrumentos Cosac e Ptolemy, instalados no Philae, tinham por objetivo estudar as substâncias presentes na superfície, por meio de coleta de amostras. O robô não conseguiu perfurar e colher esse material, mas os instrumentos tinham um modo de operação "de garantia", que envolvia estudar o que quer que entrasse neles passivamente, sem a coleta intencional. Com isso, foi possível detectar 16 diferentes compostos, quatro dos quais (metil-isocianato, acetona, propionaldeído e acetamido) nunca haviam sido detectados num cometa antes. Obviamente, deve haver muito mais que isso lá. "'Ponta do iceberg' é uma descrição muito apropriada", disse à Folha Fred Gösmann, cientista do instrumento Cosac. "A forma como recebemos a amostra não foi a esperada. Então, o aquecimento da amostra foi meio arbitrário. Só pudemos ver os voláteis que se soltaram do material sob essas condições. Deve haver mais!" Infelizmente, é difícil imaginar o que mais poderia haver por lá. "Certamente perdemos as moléculas mais leves e as mais pesadas só visíveis a temperaturas maiores na amostra." Ainda assim, o resultado é uma pista importante da riqueza existente nos cometas em termos de química orgânica. NO SUBSOLO Após a descida, o Philae também transmitiu ondas de rádio para baixo, fazendo com que elas atravessassem o interior do cometa. Esse estudo de radar permitiu estimar a estrutura interna do objeto, que é basicamente como uma esponja –muito porosa e homogênea, com os espaços vazios respondendo por 75% a 85% do volume total. Também foi possível estimar a proporção entre gelo e rocha presente no cometa –e há cinco vezes mais do primeiro do que do segundo. Além desses estudos de estrutura e composição, as imagens capturadas pelas câmeras Rolis e Civa ajudaram a investigar os processos que acontecem na superfície, com evidências de erosão –esperadas, considerando o aumento de atividade conforme o cometa se aproxima do Sol, numa órbita com período de 6,5 anos. São sete artigos científicos no total, todos publicados na edição de hoje da revista americana "Science". E não será a última vez que ouviremos falar do cometa Chury. A orbitadora Rosetta –que levou o Philae até lá– segue estudando o astro, que atingirá o periélio (ponto de máxima aproximação do Sol) em 13 de agosto. Além disso, com o aumento da radiação solar nos últimos meses, o Philae chegou a recarregar suas baterias e retomou o contato com a Rosetta. Não está, claro, contudo, se ele poderá fazer ciência no futuro. A comunicação é irregular, dificultada pela distância que a Rosetta precisa guardar do núcleo para evitar problemas com os jatos de partículas que estão emanando do objeto. Também não está claro que o módulo possa sobreviver à intensa atividade do periélio. De toda forma, os participantes da missão se sentem com o dever cumprido. "Acho que o maior legado do Philae é a sensação de que é possível realizar um grande feito", diz Lucas Fonseca, engenheiro brasileiro que participou da missão. "Tenho certeza de que o sucesso da missão Rosetta vai empurrar toda a pesquisa de espaço profundo um degrau acima."
ciencia
Solo de cometa é rico em tijolos precursores da vida, revela sondaQuase nove meses atrás, o módulo Philae realizou seu pouso num cometa. Agora, os cientistas da épica missão espacial europeia finalmente dão à luz os frutos da expedição, incluindo um relato detalhado da atribulada descida da sonda. Em 12 de novembro do ano passado, foram duas quicadas e uma passagem de raspão pela borda de uma cratera, antes do pouso final, numa região bem acidentada do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko –"Chury", para os íntimos. Aliás, até mesmo esse processo de pouso "com escalas" redundou em acréscimo de dados para a missão. Graças a isso, foi possível estudar as características do solo tanto no ponto da primeira quicada como no local da descida final. O primeiro terreno a ser tocado pelo Philae era muito mais granulado e fofo –uma camada de cerca de 25 centímetros de espessura, recobrindo um solo mais duro por baixo. Já no local do pouso final não havia essa camada fofa –o solo era muito duro já na superfície, ajudando um dos pés da sonda a se atarrachar ao chão. O Philae ficou preso por apenas um dos três pés, e numa inclinação diagonal que deixou apenas um dos cinco painéis solares bem exposto à luz. Foi essa posição que acabou abreviando o tempo de operação do módulo, encerrado após pouco mais de dois dias, por exaustão das baterias. Editoria de Arte/Folhapress AS PRINCIPAIS DESCOBERTAS COMPOSIÇÃO Uma das mais intrigantes revelações dos novos estudos diz respeito à composição do solo. Ela é riquíssima em moléculas orgânicas, a base da vida na Terra, e imagina-se que os cometas possam ter tido um papel trazendo esses compostos para cá, nos primórdios da formação do Sistema Solar. Os instrumentos Cosac e Ptolemy, instalados no Philae, tinham por objetivo estudar as substâncias presentes na superfície, por meio de coleta de amostras. O robô não conseguiu perfurar e colher esse material, mas os instrumentos tinham um modo de operação "de garantia", que envolvia estudar o que quer que entrasse neles passivamente, sem a coleta intencional. Com isso, foi possível detectar 16 diferentes compostos, quatro dos quais (metil-isocianato, acetona, propionaldeído e acetamido) nunca haviam sido detectados num cometa antes. Obviamente, deve haver muito mais que isso lá. "'Ponta do iceberg' é uma descrição muito apropriada", disse à Folha Fred Gösmann, cientista do instrumento Cosac. "A forma como recebemos a amostra não foi a esperada. Então, o aquecimento da amostra foi meio arbitrário. Só pudemos ver os voláteis que se soltaram do material sob essas condições. Deve haver mais!" Infelizmente, é difícil imaginar o que mais poderia haver por lá. "Certamente perdemos as moléculas mais leves e as mais pesadas só visíveis a temperaturas maiores na amostra." Ainda assim, o resultado é uma pista importante da riqueza existente nos cometas em termos de química orgânica. NO SUBSOLO Após a descida, o Philae também transmitiu ondas de rádio para baixo, fazendo com que elas atravessassem o interior do cometa. Esse estudo de radar permitiu estimar a estrutura interna do objeto, que é basicamente como uma esponja –muito porosa e homogênea, com os espaços vazios respondendo por 75% a 85% do volume total. Também foi possível estimar a proporção entre gelo e rocha presente no cometa –e há cinco vezes mais do primeiro do que do segundo. Além desses estudos de estrutura e composição, as imagens capturadas pelas câmeras Rolis e Civa ajudaram a investigar os processos que acontecem na superfície, com evidências de erosão –esperadas, considerando o aumento de atividade conforme o cometa se aproxima do Sol, numa órbita com período de 6,5 anos. São sete artigos científicos no total, todos publicados na edição de hoje da revista americana "Science". E não será a última vez que ouviremos falar do cometa Chury. A orbitadora Rosetta –que levou o Philae até lá– segue estudando o astro, que atingirá o periélio (ponto de máxima aproximação do Sol) em 13 de agosto. Além disso, com o aumento da radiação solar nos últimos meses, o Philae chegou a recarregar suas baterias e retomou o contato com a Rosetta. Não está, claro, contudo, se ele poderá fazer ciência no futuro. A comunicação é irregular, dificultada pela distância que a Rosetta precisa guardar do núcleo para evitar problemas com os jatos de partículas que estão emanando do objeto. Também não está claro que o módulo possa sobreviver à intensa atividade do periélio. De toda forma, os participantes da missão se sentem com o dever cumprido. "Acho que o maior legado do Philae é a sensação de que é possível realizar um grande feito", diz Lucas Fonseca, engenheiro brasileiro que participou da missão. "Tenho certeza de que o sucesso da missão Rosetta vai empurrar toda a pesquisa de espaço profundo um degrau acima."
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Descontos chegam a 50% em 7 lojas com itens para bebês e crianças em SP
CAMILA SAYURI Colaboração para a sãopaulo Confira abaixo uma seleção de lojas com opções de produtos para bebês e crianças em liquidação. * ALÔ BEBÊ A marca dá descontos de até 40% em roupas, carrinhos e enxovais comprados em suas lojas físicas ou por seu site. Destaque para o conjuntinho modelo Melancia, que, de R$ 44,90, é vendido por R$ 26,94. alobebe.com.br. Av. Imp. Leopoldina, 1.905, Vila Leopoldina, região oeste, tel. 3645-3633. Seg. a sex.: 9h às 19h30. Sáb.: 9h às 18h. Dom.: 11h às 17h. CC: V, M, AE, E, D, H, S. Estacionamento (grátis). BABY STUFF Essa loja multimarcas oferece brinquedos, utensílios e acessórios voltados para os pequenos (de até oito anos de idade) e para as mamães. Até o fim de janeiro, a casa promove liquidação com descontos que vão até 25% nos produtos comercializados. babystuff.com.br. R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 481, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3044-1466. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 9h30 às 16h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. (grátis). * CARINHOSO Até 23/1, a marca dá descontos de até 50% em itens selecionados da coleção primavera-verão. A promoção vale para produtos oferecidos e vendidos por meio do e-commerce da marca e contempla peças como macacões jeans, vestidos e bermudas -boas opções de presentes. malwee.com/carinhoso * CHICCO Há mais de 50 anos, a marca italiana desenvolve produtos para bebês e crianças. Até o dia 31/1, diversos itens estarão na promoção, como a cadeira para automóvel modelo Eletta Comfort que, de R$ 999, sai por R$ 949. Até a mesma data, brinquedos estarão 25% mais baratos. Há ainda peças de vestuário com 30% de desconto cada (na compra de cinco ou mais, todas saem com 50% menos no valor de tabela). chicco.com.br. Shopping Pátio Higienópolis- Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-2607. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 15. * GREEN A marca Green by Missako, desenvolvida e idealizada pela pediatra Marcia Oura, apresenta coleções infantis com temas lúdicos e estampas divertidas e coloridas que são características. Atende bebês e crianças de até 10 anos e, na atual liquidação, trabalha com descontos de 30% a 40% no valor do produto. Há vestidinhos de R$ 186 por R$ 130, jardineiras de R$ 198 por R$ 139, e camisas de R$ 159 por R$ 111. lojagreen.com.br. Shopping JK Iguatemi- Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3152-6710. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 15. * MALWEE KIDS Peças coloridas e confortáveis para a criançada compõem as coleções da marca. Até o dia 23/1, alguns itens da coleção primavera-verão estão com descontos de até 50% nas lojas físicas e no site. É possível encontrar camisetinhas para os meninos (de R$ 69,90 por R$ 36,90) e vestidinhos (de R$ 99,90 por R$ 69,90). malwee.com.br. Shopping Anália Franco - Av. Reg. Feijó, 1.739, piso Orquídea, Vila Regente Feijó, região leste, tel. 2643-4263. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: V, M, AE, E, D, H, S. Estac. a partir de R$ 8. * POPPY KIDS A loja trabalha com roupas das marcas Vic&Vicky, PUC, Momi, Johnny Fox e Hering Kids até o tamanho 16. Até 31/1, haverá peças com até 50% de desconto. Calçados infantis, como os da marca Tip Toey Joey, também estão em liquidação -há modelos até 30% mais baratos que o normal. poppykids.com.br. Av. Pe. Antônio José dos Santos, 1.255, Cidade Monções, região sul, tel. 5102-2019. Seg. a sex.: 10h às 18h30. Sáb.: 10h às 16h. CC: V, M, E, D.
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Descontos chegam a 50% em 7 lojas com itens para bebês e crianças em SPCAMILA SAYURI Colaboração para a sãopaulo Confira abaixo uma seleção de lojas com opções de produtos para bebês e crianças em liquidação. * ALÔ BEBÊ A marca dá descontos de até 40% em roupas, carrinhos e enxovais comprados em suas lojas físicas ou por seu site. Destaque para o conjuntinho modelo Melancia, que, de R$ 44,90, é vendido por R$ 26,94. alobebe.com.br. Av. Imp. Leopoldina, 1.905, Vila Leopoldina, região oeste, tel. 3645-3633. Seg. a sex.: 9h às 19h30. Sáb.: 9h às 18h. Dom.: 11h às 17h. CC: V, M, AE, E, D, H, S. Estacionamento (grátis). BABY STUFF Essa loja multimarcas oferece brinquedos, utensílios e acessórios voltados para os pequenos (de até oito anos de idade) e para as mamães. Até o fim de janeiro, a casa promove liquidação com descontos que vão até 25% nos produtos comercializados. babystuff.com.br. R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 481, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3044-1466. Seg. a sex.: 9h às 19h. Sáb.: 9h30 às 16h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. (grátis). * CARINHOSO Até 23/1, a marca dá descontos de até 50% em itens selecionados da coleção primavera-verão. A promoção vale para produtos oferecidos e vendidos por meio do e-commerce da marca e contempla peças como macacões jeans, vestidos e bermudas -boas opções de presentes. malwee.com/carinhoso * CHICCO Há mais de 50 anos, a marca italiana desenvolve produtos para bebês e crianças. Até o dia 31/1, diversos itens estarão na promoção, como a cadeira para automóvel modelo Eletta Comfort que, de R$ 999, sai por R$ 949. Até a mesma data, brinquedos estarão 25% mais baratos. Há ainda peças de vestuário com 30% de desconto cada (na compra de cinco ou mais, todas saem com 50% menos no valor de tabela). chicco.com.br. Shopping Pátio Higienópolis- Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-2607. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 15. * GREEN A marca Green by Missako, desenvolvida e idealizada pela pediatra Marcia Oura, apresenta coleções infantis com temas lúdicos e estampas divertidas e coloridas que são características. Atende bebês e crianças de até 10 anos e, na atual liquidação, trabalha com descontos de 30% a 40% no valor do produto. Há vestidinhos de R$ 186 por R$ 130, jardineiras de R$ 198 por R$ 139, e camisas de R$ 159 por R$ 111. lojagreen.com.br. Shopping JK Iguatemi- Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3152-6710. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 15. * MALWEE KIDS Peças coloridas e confortáveis para a criançada compõem as coleções da marca. Até o dia 23/1, alguns itens da coleção primavera-verão estão com descontos de até 50% nas lojas físicas e no site. É possível encontrar camisetinhas para os meninos (de R$ 69,90 por R$ 36,90) e vestidinhos (de R$ 99,90 por R$ 69,90). malwee.com.br. Shopping Anália Franco - Av. Reg. Feijó, 1.739, piso Orquídea, Vila Regente Feijó, região leste, tel. 2643-4263. Seg. a sáb.: 10h às 22h. Dom.: 14h às 20h. CC: V, M, AE, E, D, H, S. Estac. a partir de R$ 8. * POPPY KIDS A loja trabalha com roupas das marcas Vic&Vicky, PUC, Momi, Johnny Fox e Hering Kids até o tamanho 16. Até 31/1, haverá peças com até 50% de desconto. Calçados infantis, como os da marca Tip Toey Joey, também estão em liquidação -há modelos até 30% mais baratos que o normal. poppykids.com.br. Av. Pe. Antônio José dos Santos, 1.255, Cidade Monções, região sul, tel. 5102-2019. Seg. a sex.: 10h às 18h30. Sáb.: 10h às 16h. CC: V, M, E, D.
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Austrália pede que Brasil não leve para Rio-2016 técnico de natação acusado de abuso
FERNANDO DUARTE DA BBC BRASIL, EM LONDRES A principal autoridade esportiva da Austrália pediu oficialmente ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que impeça a participação do técnico de natação Scott Volkers nos Jogos Olímpicos do Rio. Volkers, que treina alguns dos principais nadadores da equipe brasileira, incluindo o vice-campeão olímpico dos 400m medley, Thiago Pereira, foi impedido de trabalhar com crianças e adolescentes na Austrália depois de, no início da década passada, ter sido acusado de abuso sexual por três nadadoras, em episódios que teriam ocorrido durante os anos 1980. Volkers, que chegou a trabalhar com Cesar Cielo, o nome mais conhecido da natação brasileira, nega as acusações. A BBC Brasil tentou contato com ele por intermédio de seu clube, mas não teve retorno. 'VOTO DE CONFIANÇA' O treinador já foi levado à Justiça na Austrália, mas um tribunal determinou que não havia provas suficientes para julgá-lo. No entanto, ele viu as portas para seu trabalho se fecharem no país. Na carta enviada ao presidente do COB e do Comitê Organizador da Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o mandatário da principal entidade esportiva da Austrália, John Coates, vai além de pedir que o treinador seja impedido de participar da Olimpíada e recomenda que ele seja banido de trabalhar. Coates incluiu na carta a cópia de um inquérito em que uma comissão do governo australiano demonstrou preocupação com as alegações e criticou a decisão da Justiça australiana. "Nós acreditamos que ele [Volkers] não deveria estar envolvido de maneira alguma com a Rio 2016", diz o dirigente australiano na carta. Volkers vive no Brasil desde 2011, trabalhando no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, e na seleção brasileira. Por ter diversos atletas classificados para a Rio 2016, ele é elegível para uma vaga como treinador olímpico, de acordo com os estatutos da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Mas a BBC Brasil apurou que a presença do australiano na delegação olímpica brasileira está ameaçada por conta da polêmica. Em Belo Horizonte, o australiano trabalha com nadadores de todas as idades. O Minas Tênis disse "ter feito ampla pesquisa e entrevista" sobre Volkers e que também se reuniu com pais de nadadores para discutir a contratação. Segundo o clube, o treinador "recebeu um voto de confiança" dos pais. Em uma entrevista ao jornal australiano "Daily Telegraph", Coates menciona o fato de o técnico não ter sido condenado pela Justiça, mas diz ter conversado sobre o assunto com Nuzman quando os dois se encontraram em Lausanne, na Suíça, durante a cerimônia de passagem da tocha olímpica pela sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). "Nuzman entendeu a seriedade deste assunto. Eu não posso forçar a exclusão dele [Volkers], mas tinha a obrigação de chamar a atenção dos brasileiros", disse o australiano. Em 2014, Volkers, que treinou algumas das mais bem-sucedidas nadadoras australianas, deu uma entrevista ao jornal australiano "The Courier Mail", em que disse "ser uma pessoal normal". "Não sou um fugitivo. Visito a Austrália todos os anos", declarou. Naquele mesmo ano, porém, ele foi impedido pelas autoridades do país de participar de um torneio internacional de natação, em Gold Coast, quando teve negado pedido de credenciamento. A CBDA optou por substituí-lo na delegação. Procurado pela BBC Brasil, o COB, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse que o pedido da entidade australiana ainda não foi analisado. O Minas Tênis não respondeu aos pedidos de entrevista com o Volkers.
esporte
Austrália pede que Brasil não leve para Rio-2016 técnico de natação acusado de abuso FERNANDO DUARTE DA BBC BRASIL, EM LONDRES A principal autoridade esportiva da Austrália pediu oficialmente ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que impeça a participação do técnico de natação Scott Volkers nos Jogos Olímpicos do Rio. Volkers, que treina alguns dos principais nadadores da equipe brasileira, incluindo o vice-campeão olímpico dos 400m medley, Thiago Pereira, foi impedido de trabalhar com crianças e adolescentes na Austrália depois de, no início da década passada, ter sido acusado de abuso sexual por três nadadoras, em episódios que teriam ocorrido durante os anos 1980. Volkers, que chegou a trabalhar com Cesar Cielo, o nome mais conhecido da natação brasileira, nega as acusações. A BBC Brasil tentou contato com ele por intermédio de seu clube, mas não teve retorno. 'VOTO DE CONFIANÇA' O treinador já foi levado à Justiça na Austrália, mas um tribunal determinou que não havia provas suficientes para julgá-lo. No entanto, ele viu as portas para seu trabalho se fecharem no país. Na carta enviada ao presidente do COB e do Comitê Organizador da Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o mandatário da principal entidade esportiva da Austrália, John Coates, vai além de pedir que o treinador seja impedido de participar da Olimpíada e recomenda que ele seja banido de trabalhar. Coates incluiu na carta a cópia de um inquérito em que uma comissão do governo australiano demonstrou preocupação com as alegações e criticou a decisão da Justiça australiana. "Nós acreditamos que ele [Volkers] não deveria estar envolvido de maneira alguma com a Rio 2016", diz o dirigente australiano na carta. Volkers vive no Brasil desde 2011, trabalhando no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, e na seleção brasileira. Por ter diversos atletas classificados para a Rio 2016, ele é elegível para uma vaga como treinador olímpico, de acordo com os estatutos da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Mas a BBC Brasil apurou que a presença do australiano na delegação olímpica brasileira está ameaçada por conta da polêmica. Em Belo Horizonte, o australiano trabalha com nadadores de todas as idades. O Minas Tênis disse "ter feito ampla pesquisa e entrevista" sobre Volkers e que também se reuniu com pais de nadadores para discutir a contratação. Segundo o clube, o treinador "recebeu um voto de confiança" dos pais. Em uma entrevista ao jornal australiano "Daily Telegraph", Coates menciona o fato de o técnico não ter sido condenado pela Justiça, mas diz ter conversado sobre o assunto com Nuzman quando os dois se encontraram em Lausanne, na Suíça, durante a cerimônia de passagem da tocha olímpica pela sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). "Nuzman entendeu a seriedade deste assunto. Eu não posso forçar a exclusão dele [Volkers], mas tinha a obrigação de chamar a atenção dos brasileiros", disse o australiano. Em 2014, Volkers, que treinou algumas das mais bem-sucedidas nadadoras australianas, deu uma entrevista ao jornal australiano "The Courier Mail", em que disse "ser uma pessoal normal". "Não sou um fugitivo. Visito a Austrália todos os anos", declarou. Naquele mesmo ano, porém, ele foi impedido pelas autoridades do país de participar de um torneio internacional de natação, em Gold Coast, quando teve negado pedido de credenciamento. A CBDA optou por substituí-lo na delegação. Procurado pela BBC Brasil, o COB, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse que o pedido da entidade australiana ainda não foi analisado. O Minas Tênis não respondeu aos pedidos de entrevista com o Volkers.
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Em Berlim, 'Joaquim' é exibido ao público sob gritos de 'Fora, Temer'
Apresentado para o público na noite desta quinta (16), o filme brasileiro "Joaquim", de Marcelo Gomes, teve sua sessão de gala no Festival de Berlim marcada por gritos de "Fora, Temer". Uma parte dos espectadores, que lotaram o Berlinale Palast, empunhou cartazes com dizeres "Temer Raus" (fora, Temer, em alemão). No fim da sessão, o cineasta subiu ao palco fez um discurso contra o governo, afirmando que o Brasil "sofreu um golpe parlamentar". Durante a entrevista coletiva após a projeção do filme para a imprensa, pela manhã, o diretor já havia lido um manifesto, assinado por representantes de 11 dos 12 filmes brasileiros em Berlim, chamando o governo Temer de "ilegítimo" e reivindicando a manutenção das atuais políticas públicas de fomento a cinema brasileiro. O manifesto tem o endosso de outros cerca de 300 profissionais do audiovisual brasileiros e estrangeiros, temerosos com o futuro da Ancine (Agência Nacional do Cinema). O documento exalta os números da produção audiovisual nos últimos anos, elencando, como exemplos, de sucesso, o recorde de filmes nacionais selecionados para o Festival de Berlim. O temor dos profissionais que subscrevem o documento tem a ver principalmente com a troca de comando na Ancine. O atual diretor-presidente, Manoel Rangel, deixará o posto em maio após dez anos no cargo. "Joaquim" é o único título nacional na competição de Berlim. Ficção histórica, reconstitui o amadurecimento político de Tiradentes. À Folha o diretor diz que não teme sofrer qualquer tipo de retaliação por causa do protesto. No ano passado, a equipe do filme "Aquarius" fez um ato contra Temer no Festival de Cannes e enfrentou reveses - recebeu classificação indicativa de impróprio para menores de 18 anos e não foi escolhido para representar o Brasil no Oscar –, o que despertou suspeitas de que estava sendo retaliado pelo governo. "Seria uma bobagem [a retaliação]", disse Gomes. "Tem que acabar esse flá-flu. O filme é para todos os brasileiros refletirem sobre o passado e mudarem o presente."
ilustrada
Em Berlim, 'Joaquim' é exibido ao público sob gritos de 'Fora, Temer'Apresentado para o público na noite desta quinta (16), o filme brasileiro "Joaquim", de Marcelo Gomes, teve sua sessão de gala no Festival de Berlim marcada por gritos de "Fora, Temer". Uma parte dos espectadores, que lotaram o Berlinale Palast, empunhou cartazes com dizeres "Temer Raus" (fora, Temer, em alemão). No fim da sessão, o cineasta subiu ao palco fez um discurso contra o governo, afirmando que o Brasil "sofreu um golpe parlamentar". Durante a entrevista coletiva após a projeção do filme para a imprensa, pela manhã, o diretor já havia lido um manifesto, assinado por representantes de 11 dos 12 filmes brasileiros em Berlim, chamando o governo Temer de "ilegítimo" e reivindicando a manutenção das atuais políticas públicas de fomento a cinema brasileiro. O manifesto tem o endosso de outros cerca de 300 profissionais do audiovisual brasileiros e estrangeiros, temerosos com o futuro da Ancine (Agência Nacional do Cinema). O documento exalta os números da produção audiovisual nos últimos anos, elencando, como exemplos, de sucesso, o recorde de filmes nacionais selecionados para o Festival de Berlim. O temor dos profissionais que subscrevem o documento tem a ver principalmente com a troca de comando na Ancine. O atual diretor-presidente, Manoel Rangel, deixará o posto em maio após dez anos no cargo. "Joaquim" é o único título nacional na competição de Berlim. Ficção histórica, reconstitui o amadurecimento político de Tiradentes. À Folha o diretor diz que não teme sofrer qualquer tipo de retaliação por causa do protesto. No ano passado, a equipe do filme "Aquarius" fez um ato contra Temer no Festival de Cannes e enfrentou reveses - recebeu classificação indicativa de impróprio para menores de 18 anos e não foi escolhido para representar o Brasil no Oscar –, o que despertou suspeitas de que estava sendo retaliado pelo governo. "Seria uma bobagem [a retaliação]", disse Gomes. "Tem que acabar esse flá-flu. O filme é para todos os brasileiros refletirem sobre o passado e mudarem o presente."
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Famílias e estoques impulsionam PIB da zona do euro, apesar de comércio
A alta dos estoques e os maiores gastos das famílias foram as principais forças motrizes por trás do crescimento econômico da zona do euro no terceiro trimestre, compensando o impacto negativo do comércio, mostraram os dados finais da Eurostat (agência de estatística da União Europeia). A Eurostat confirmou nesta terça-feira (8) que o crescimento econômico nos 19 países que compartilham o euro foi de 0,3% na comparação trimestral entre julho e setembro e de 1,6% na comparação anual, como anteriormente estimado e esperado pelos mercados.
mercado
Famílias e estoques impulsionam PIB da zona do euro, apesar de comércioA alta dos estoques e os maiores gastos das famílias foram as principais forças motrizes por trás do crescimento econômico da zona do euro no terceiro trimestre, compensando o impacto negativo do comércio, mostraram os dados finais da Eurostat (agência de estatística da União Europeia). A Eurostat confirmou nesta terça-feira (8) que o crescimento econômico nos 19 países que compartilham o euro foi de 0,3% na comparação trimestral entre julho e setembro e de 1,6% na comparação anual, como anteriormente estimado e esperado pelos mercados.
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Rock e rap se misturam a roupas e cabelos black e fazem da Galeria do Rock a 'meca' da diversidade
PRISCILA CAMAZANO DE SÃO PAULO No entra e sai de uma galera majoritariamente jovem e com estilo, uma lojinha no segundo andar guarda, entre tantas preciosidades, um disco raro: o primeiro LP do baiano Tom Zé, "Grande Liquidação", gravado em 1968. Estamos no coração do centro histórico de São Paulo, bem em frente à igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no largo do Paissandu. A Galeria do Rock é um símbolo da cidade. Surgiu em 1963 como um minishopping da elite, com roupas, chapéus e produtos importados. Virou point de roqueiros nos anos 1980 e, com a queda da indústria fonográfica, assistiu à debandada das lojas de disco. Poucos ali restaram. A miscelânea de roupas, tênis, tatuagem e piercing dão o tom. A galeria manteve uma loja que sintetiza aquela herança dos tempos do vinil. É a Baratos Afins. O acervo possui cerca de 100 mil títulos entre vinil e CD, dos mais diversos estilos. "Só de música latina temos 200 álbuns", gaba-se Luiz Calanca, 64, proprietário da loja que também é gravadora. Nos fins de semana, 35 mil pessoas chegam a cruzar os quatro andares, com suas 450 lojas. Há tempos engavetado, um museu do rock está nos planos. No quinto andar, há uma horta orgânica, onde ocorrem oficinas e cursos, com preços que variam de R$ 30 a R$ 100. galeriadorock.com.br. Av. São João, 439, Centro, região central, tel. 3337-2361. Seg. a sex.: 8h30 às 19h30. Sáb.: 8h30 às 18h
especial
Rock e rap se misturam a roupas e cabelos black e fazem da Galeria do Rock a 'meca' da diversidadePRISCILA CAMAZANO DE SÃO PAULO No entra e sai de uma galera majoritariamente jovem e com estilo, uma lojinha no segundo andar guarda, entre tantas preciosidades, um disco raro: o primeiro LP do baiano Tom Zé, "Grande Liquidação", gravado em 1968. Estamos no coração do centro histórico de São Paulo, bem em frente à igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no largo do Paissandu. A Galeria do Rock é um símbolo da cidade. Surgiu em 1963 como um minishopping da elite, com roupas, chapéus e produtos importados. Virou point de roqueiros nos anos 1980 e, com a queda da indústria fonográfica, assistiu à debandada das lojas de disco. Poucos ali restaram. A miscelânea de roupas, tênis, tatuagem e piercing dão o tom. A galeria manteve uma loja que sintetiza aquela herança dos tempos do vinil. É a Baratos Afins. O acervo possui cerca de 100 mil títulos entre vinil e CD, dos mais diversos estilos. "Só de música latina temos 200 álbuns", gaba-se Luiz Calanca, 64, proprietário da loja que também é gravadora. Nos fins de semana, 35 mil pessoas chegam a cruzar os quatro andares, com suas 450 lojas. Há tempos engavetado, um museu do rock está nos planos. No quinto andar, há uma horta orgânica, onde ocorrem oficinas e cursos, com preços que variam de R$ 30 a R$ 100. galeriadorock.com.br. Av. São João, 439, Centro, região central, tel. 3337-2361. Seg. a sex.: 8h30 às 19h30. Sáb.: 8h30 às 18h
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Ana Luisa da Riva e Celso Toledo: O potencial desperdiçado do uso público em parques
Diversos países protegem áreas extensas de seus territórios com o objetivo de manter a biodiversidade e elevar a qualidade de vida dos indivíduos –as áreas protegidas representam a fonte principal de água de um terço das 100 maiores cidades do planeta. O Brasil, por intermédio das Unidades de Conservação (UC), delimita área equivalente a três vezes o território da França. Naturalmente, a simples demarcação dos espaços não é suficiente para assegurar efetividade às UC. No Brasil, estima-se déficit de 20% em relação ao dispêndio mínimo requerido para garantir que as UC funcionem adequadamente. O incentivo a atividades econômicas ambientalmente sustentáveis na parcela dessas UC que, segundo seu plano de manejo, permitem o uso pelo público pode ser uma saída para a falta de recursos. A experiência de outros países sugere que oferecer oportunidades de visitação responsável pode ajudar a conservação e gerar benefícios relevantes para as populações. Além disso, permite que os indivíduos reconheçam o valor desses espaços e despertem o senso de pertencimento. Em outros países, inclusive em economias menos potentes que a nossa, a participação do setor privado (empresarial e não empresarial) na gestão dessas áreas tem contribuído para essa geração de valor, transformando a conservação em uma fonte palpável de riqueza, emprego e oportunidade. Estima-se, por exemplo, que para cada dólar gerado pelo turismo no Parque Nacional de Tongariro, na Nova Zelândia, 43 centavos circulam como receita adicional na economia do entorno. É essencial, assim, ampliar o envolvimento da sociedade civil organizada e do setor privado na gestão desses espaços. O setor público deve ser o direcionador e o guardião das parcerias, mas não é o agente mais adequado para operar ou explorar economicamente as UC –faltam a ele recursos e traquejo. As parcerias surgem, portanto, como uma possível solução. O caminho é trazer a eficiência de operadores motivados pela obtenção de lucros para maximizar a geração de receitas das atividades, cabendo ao governo desenhar mecanismos que alinhem os incentivos privados com os objetivos sociais e ambientais. Dessa forma, o lucro do parceiro privado pode ser a solução para o governo, se parte desse lucro ajudar a financiar a conservação. Hoje, o Brasil não valoriza as parcerias com o setor privado para essas áreas e apesar da fragilidade atual das UC, o tema tem pouca importância nas políticas públicas. O ambiente ruim para fazer negócios em geral e a situação precária da infraestrutura explicam, em parte, as dificuldades para ampliar o turismo nessas áreas. Ainda assim, uma análise preliminar das informações disponíveis sugere que a simples disseminação de práticas elementares adotadas pelas UC mais eficazes poderia gerar benefícios relevantes aos municípios envolvidos, da ordem de R$ 50 bilhões em dez anos. Realizar este potencial é algo que não parece exigir grande esforço. Um passo inicial é a compilação de informações essenciais sobre a situação das UC, destacando-se a visitação e infraestrutura existente. Esses dados permitiriam obter uma estimativa mais precisa do potencial turístico renunciado pelas UC "esquecidas" e facilitaria o engajamento das autoridades locais na solução dos problemas. O segundo passo, este mais difícil no Brasil, é tratar a iniciativa privada como parceira importante, reconhecendo que as parcerias podem ser a única forma de garantir a conservação efetiva dessas riquezas brasileiras. ANA LUISA DA RIVA, diretora-executiva do Semeia, é medica veterinária com mestrado em ciências ambientais pela USP. Trabalhou por três anos no IFC-Banco Mundial, foi gerente geral do Ibama e diretora geral da Secretaria de Estado do Meio Ambiente em Alta Floresta CELSO TOLEDO, diretor da E2/LCA, é doutor em economia pela USP, com especialização no departamento de MBA da Universidade do Texas. Foi editorialista da Folha, atuou na MB Associados e foi sócio-diretor da MCM * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Ana Luisa da Riva e Celso Toledo: O potencial desperdiçado do uso público em parquesDiversos países protegem áreas extensas de seus territórios com o objetivo de manter a biodiversidade e elevar a qualidade de vida dos indivíduos –as áreas protegidas representam a fonte principal de água de um terço das 100 maiores cidades do planeta. O Brasil, por intermédio das Unidades de Conservação (UC), delimita área equivalente a três vezes o território da França. Naturalmente, a simples demarcação dos espaços não é suficiente para assegurar efetividade às UC. No Brasil, estima-se déficit de 20% em relação ao dispêndio mínimo requerido para garantir que as UC funcionem adequadamente. O incentivo a atividades econômicas ambientalmente sustentáveis na parcela dessas UC que, segundo seu plano de manejo, permitem o uso pelo público pode ser uma saída para a falta de recursos. A experiência de outros países sugere que oferecer oportunidades de visitação responsável pode ajudar a conservação e gerar benefícios relevantes para as populações. Além disso, permite que os indivíduos reconheçam o valor desses espaços e despertem o senso de pertencimento. Em outros países, inclusive em economias menos potentes que a nossa, a participação do setor privado (empresarial e não empresarial) na gestão dessas áreas tem contribuído para essa geração de valor, transformando a conservação em uma fonte palpável de riqueza, emprego e oportunidade. Estima-se, por exemplo, que para cada dólar gerado pelo turismo no Parque Nacional de Tongariro, na Nova Zelândia, 43 centavos circulam como receita adicional na economia do entorno. É essencial, assim, ampliar o envolvimento da sociedade civil organizada e do setor privado na gestão desses espaços. O setor público deve ser o direcionador e o guardião das parcerias, mas não é o agente mais adequado para operar ou explorar economicamente as UC –faltam a ele recursos e traquejo. As parcerias surgem, portanto, como uma possível solução. O caminho é trazer a eficiência de operadores motivados pela obtenção de lucros para maximizar a geração de receitas das atividades, cabendo ao governo desenhar mecanismos que alinhem os incentivos privados com os objetivos sociais e ambientais. Dessa forma, o lucro do parceiro privado pode ser a solução para o governo, se parte desse lucro ajudar a financiar a conservação. Hoje, o Brasil não valoriza as parcerias com o setor privado para essas áreas e apesar da fragilidade atual das UC, o tema tem pouca importância nas políticas públicas. O ambiente ruim para fazer negócios em geral e a situação precária da infraestrutura explicam, em parte, as dificuldades para ampliar o turismo nessas áreas. Ainda assim, uma análise preliminar das informações disponíveis sugere que a simples disseminação de práticas elementares adotadas pelas UC mais eficazes poderia gerar benefícios relevantes aos municípios envolvidos, da ordem de R$ 50 bilhões em dez anos. Realizar este potencial é algo que não parece exigir grande esforço. Um passo inicial é a compilação de informações essenciais sobre a situação das UC, destacando-se a visitação e infraestrutura existente. Esses dados permitiriam obter uma estimativa mais precisa do potencial turístico renunciado pelas UC "esquecidas" e facilitaria o engajamento das autoridades locais na solução dos problemas. O segundo passo, este mais difícil no Brasil, é tratar a iniciativa privada como parceira importante, reconhecendo que as parcerias podem ser a única forma de garantir a conservação efetiva dessas riquezas brasileiras. ANA LUISA DA RIVA, diretora-executiva do Semeia, é medica veterinária com mestrado em ciências ambientais pela USP. Trabalhou por três anos no IFC-Banco Mundial, foi gerente geral do Ibama e diretora geral da Secretaria de Estado do Meio Ambiente em Alta Floresta CELSO TOLEDO, diretor da E2/LCA, é doutor em economia pela USP, com especialização no departamento de MBA da Universidade do Texas. Foi editorialista da Folha, atuou na MB Associados e foi sócio-diretor da MCM * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Grupo vaia Cunha e é retirado pela polícia de sessão na Assembleia de SP
Recebido em sessão pública da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta (27), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi vaiado por manifestantes, que acabaram retirados à força por policiais militares. Enquanto era apresentado pelo presidente da Alesp, deputado estadual Fernando Capez (PSDB), Cunha começou a ser vaiado por manifestantes, que ocupavam a galeria do plenário. Logo em seguida, para abafar o som incômodo, os políticos presentes aplaudiram Cunha —inclusive petistas, como o secretário municipal Alexandre Padilha (Relações Governamentais), terceiro colocado na disputa ao governo estadual no ano passado, e o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). Boa parte dos manifestantes era de integrantes do Juntos!, movimento ligado ao PSOL. Cunha iniciou sua fala, mas foi interrompido diversas vezes aos gritos de: "O povo quer falar, constituinte já!". "A educação manda que a gente aprenda a escutar, até para que a gente possa discutir", disse o presidente da Câmara, semblante impassível, sem alterar o tom de voz. Os manifestantes retrucaram: "Machista, machista, não passarão! Fora Cunha! Corrupto!", gritaram. Dois manifestantes entraram no plenário com uma faixa, mas foram retirados por um policial. "Muito obrigado pela possibilidade de permitir a minha fala", afirmou Cunha, com um riso irônico. 'CONSTRANGEDOR' Em meio à confusão, o deputado estadual Luiz Fernando Machado (PSDB) pediu a Capez que as galerias fossem esvaziadas, ou que a sessão fosse encerrada, já que, segundo ele, a situação era "constrangedora". O presidente da Assembleia determinou que o público fosse retirado, citando trecho do Regimento Interno que determina o fechamento da galeria caso o público esteja atrapalhando. Policiais militares foram, a princípio, conversar com os manifestantes, pedindo que saíssem. Com a recusa, os PMs empurraram e puxaram pela camisa e pelo braço os cerca de 50 presentes. Só então Cunha continuou a falar. Disse: "Cumprimentos aos intolerantes, os intolerantes sempre merecem os nossos cumprimentos". Mais à frente, a galeria foi reaberta, e as pessoas que acompanhavam a sessão puderam entrar novamente. Depois que Cunha deixou a Alesp, os manifestantes que haviam sido retirados também voltaram —um representante do Juntos! chegou a fazer perguntas aos deputados que permaneceram na sessão.
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Grupo vaia Cunha e é retirado pela polícia de sessão na Assembleia de SPRecebido em sessão pública da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta (27), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi vaiado por manifestantes, que acabaram retirados à força por policiais militares. Enquanto era apresentado pelo presidente da Alesp, deputado estadual Fernando Capez (PSDB), Cunha começou a ser vaiado por manifestantes, que ocupavam a galeria do plenário. Logo em seguida, para abafar o som incômodo, os políticos presentes aplaudiram Cunha —inclusive petistas, como o secretário municipal Alexandre Padilha (Relações Governamentais), terceiro colocado na disputa ao governo estadual no ano passado, e o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). Boa parte dos manifestantes era de integrantes do Juntos!, movimento ligado ao PSOL. Cunha iniciou sua fala, mas foi interrompido diversas vezes aos gritos de: "O povo quer falar, constituinte já!". "A educação manda que a gente aprenda a escutar, até para que a gente possa discutir", disse o presidente da Câmara, semblante impassível, sem alterar o tom de voz. Os manifestantes retrucaram: "Machista, machista, não passarão! Fora Cunha! Corrupto!", gritaram. Dois manifestantes entraram no plenário com uma faixa, mas foram retirados por um policial. "Muito obrigado pela possibilidade de permitir a minha fala", afirmou Cunha, com um riso irônico. 'CONSTRANGEDOR' Em meio à confusão, o deputado estadual Luiz Fernando Machado (PSDB) pediu a Capez que as galerias fossem esvaziadas, ou que a sessão fosse encerrada, já que, segundo ele, a situação era "constrangedora". O presidente da Assembleia determinou que o público fosse retirado, citando trecho do Regimento Interno que determina o fechamento da galeria caso o público esteja atrapalhando. Policiais militares foram, a princípio, conversar com os manifestantes, pedindo que saíssem. Com a recusa, os PMs empurraram e puxaram pela camisa e pelo braço os cerca de 50 presentes. Só então Cunha continuou a falar. Disse: "Cumprimentos aos intolerantes, os intolerantes sempre merecem os nossos cumprimentos". Mais à frente, a galeria foi reaberta, e as pessoas que acompanhavam a sessão puderam entrar novamente. Depois que Cunha deixou a Alesp, os manifestantes que haviam sido retirados também voltaram —um representante do Juntos! chegou a fazer perguntas aos deputados que permaneceram na sessão.
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A cúpula que vale mesmo é a do Mercosul com a União Europeia
É pura perda de tempo essa cúpula União Europeia/Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe), que terminou nesta quinta-feira, 11, em Bruxelas. Não que a Europa não seja importante para a Celac. Ao contrário, a UE tem sido a maior fonte de investimento estrangeiro direto no Brasil e na América Latina/Caribe. No caso específico do Brasil, o intercâmbio comercial com países da UE alcançou US$ 88,7 bilhões em 2014, o que correspondeu a 19,5% do comércio exterior brasileiro. O problema com esse tipo de cúpula é o excessivo número de participantes (61 países) e as imensas diferenças entre eles. O que há em comum entre a portentosa Alemanha e o paupérrimo Haiti que possa ser discutido seriamente no meio do bolo de chefes de Estado/governo? Esse tipo de cúpula acaba se transformando em um imenso "talk-show", uma catarata de discursos nos quais a grande maioria dos governantes não presta a menor atenção. Para o Brasil, o que de fato interessou foi a reunião paralela entre o Mercosul e a UE, para discutir o acordo de livre-comércio que não sai do lugar há 15 anos. Mesmo esvaziada (o único chanceler que participou foi o do Brasil, Mauro Vieira), a reunião permitiu um entendimento: os dois blocos farão o possível para trocarem ofertas de abertura comercial no último trimestre do ano. É pouco, mas é algo, por mais que se tenha explicitado a divergência entre os países do Mercosul. O bloco até tem uma proposta a apresentar aos europeus, como a ministra Katia Abreu (Agricultura) anunciou ao chegar a Bruxelas. Os europeus é que não a têm, distraídos com outros temas, como a negociação de um hipermega-acordo com os EUA. Mas a oferta sul-americana poderia ser mais abrangente, não fossem as reticências da Argentina em abrir setores de sua economia. É por isso que o vice-presidente uruguaio, Raúl Sendic, seu representante na cúpula, e o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, coincidiram, separadamente, em sugerir que o Mercosul avance em "duas velocidades", mais ambiciosa para Brasil e Uruguai, à qual o Paraguai aderiria, mais contida para a Argentina. Monteiro, aliás, é muito direto: depois de bater a continência de praxe para a importância do Mercosul, diz que este "não pode se tornar um impedimento para que o Brasil tente outras formas de inserção com outros blocos econômicos", segundo a agência de notícias do Mercosul, a Mercopress. É razoável supor que o ministro esteja se referindo a negociações que não envolvam tarifas de importação e, por causa disso, não precisam abranger todos os membros do Mercosul. Há até uma recomendação da Câmara de Comércio Exterior para discutir acordos bilaterais em áreas como serviços, investimentos e compras governamentais. A reunião de Bruxelas deveria servir, pois, para que o Mercosul pelo menos discuta o que quer ser agora que parou de crescer como bloco.
mundo
A cúpula que vale mesmo é a do Mercosul com a União EuropeiaÉ pura perda de tempo essa cúpula União Europeia/Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe), que terminou nesta quinta-feira, 11, em Bruxelas. Não que a Europa não seja importante para a Celac. Ao contrário, a UE tem sido a maior fonte de investimento estrangeiro direto no Brasil e na América Latina/Caribe. No caso específico do Brasil, o intercâmbio comercial com países da UE alcançou US$ 88,7 bilhões em 2014, o que correspondeu a 19,5% do comércio exterior brasileiro. O problema com esse tipo de cúpula é o excessivo número de participantes (61 países) e as imensas diferenças entre eles. O que há em comum entre a portentosa Alemanha e o paupérrimo Haiti que possa ser discutido seriamente no meio do bolo de chefes de Estado/governo? Esse tipo de cúpula acaba se transformando em um imenso "talk-show", uma catarata de discursos nos quais a grande maioria dos governantes não presta a menor atenção. Para o Brasil, o que de fato interessou foi a reunião paralela entre o Mercosul e a UE, para discutir o acordo de livre-comércio que não sai do lugar há 15 anos. Mesmo esvaziada (o único chanceler que participou foi o do Brasil, Mauro Vieira), a reunião permitiu um entendimento: os dois blocos farão o possível para trocarem ofertas de abertura comercial no último trimestre do ano. É pouco, mas é algo, por mais que se tenha explicitado a divergência entre os países do Mercosul. O bloco até tem uma proposta a apresentar aos europeus, como a ministra Katia Abreu (Agricultura) anunciou ao chegar a Bruxelas. Os europeus é que não a têm, distraídos com outros temas, como a negociação de um hipermega-acordo com os EUA. Mas a oferta sul-americana poderia ser mais abrangente, não fossem as reticências da Argentina em abrir setores de sua economia. É por isso que o vice-presidente uruguaio, Raúl Sendic, seu representante na cúpula, e o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, coincidiram, separadamente, em sugerir que o Mercosul avance em "duas velocidades", mais ambiciosa para Brasil e Uruguai, à qual o Paraguai aderiria, mais contida para a Argentina. Monteiro, aliás, é muito direto: depois de bater a continência de praxe para a importância do Mercosul, diz que este "não pode se tornar um impedimento para que o Brasil tente outras formas de inserção com outros blocos econômicos", segundo a agência de notícias do Mercosul, a Mercopress. É razoável supor que o ministro esteja se referindo a negociações que não envolvam tarifas de importação e, por causa disso, não precisam abranger todos os membros do Mercosul. Há até uma recomendação da Câmara de Comércio Exterior para discutir acordos bilaterais em áreas como serviços, investimentos e compras governamentais. A reunião de Bruxelas deveria servir, pois, para que o Mercosul pelo menos discuta o que quer ser agora que parou de crescer como bloco.
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Para economista da FGV, 13º salário deve ser usado para quitar dívidas
Quem estiver pendurado em dívidas, deve utilizar o 13º salário para reduzir os débitos no banco e entrar em 2016 com orçamento menos comprometido, segundo o economista Clemens Nunes, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). A primeira parcela do 13º deve ser paga até o próximo dia 30. "Dificilmente a pessoa conseguirá investir esse dinheiro em algo com juros maior do que o da dívida", disse Nunes em entrevista ao vivo à "TV Folha". Segundo Nunes, o brasileiro deve ter critério ao fazer novas dívidas devido às perspectivas sombrias para a economia nos próximos meses. "É hora de reforçar o fundo para cobrir emergências", afirmou.
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Para economista da FGV, 13º salário deve ser usado para quitar dívidasQuem estiver pendurado em dívidas, deve utilizar o 13º salário para reduzir os débitos no banco e entrar em 2016 com orçamento menos comprometido, segundo o economista Clemens Nunes, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). A primeira parcela do 13º deve ser paga até o próximo dia 30. "Dificilmente a pessoa conseguirá investir esse dinheiro em algo com juros maior do que o da dívida", disse Nunes em entrevista ao vivo à "TV Folha". Segundo Nunes, o brasileiro deve ter critério ao fazer novas dívidas devido às perspectivas sombrias para a economia nos próximos meses. "É hora de reforçar o fundo para cobrir emergências", afirmou.
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Dunga evita piada sobre o 7 a 1 e diz que time buscou os gols
Dunga não fez piada com a vitória de 7 a 1 do Brasil sobre o Haiti, nesta quarta (8), em Orlando. A repetição do placar da derrota para a Alemanha na semifinal da Copa-2014, há quase dois anos, gerou piadas em redes sociais, já que a "vingança" aconteceu sobre o frágil Haiti, apenas o número 74 do ranking Fifa. "Esse é um grupo diferente, é outra época. Os gols aconteceram conforme a equipe foi jogando e tendo rendimento positivo", disse o técnico. Da delegação que está nos Estados Unidos para a Copa América, somente três atletas estavam no elenco da Copa: Daniel Alves, Willian e Hulk. Somente este último foi titular, e Willian jogou naquele dia contra a Alemanha, no Mineirão, poucos minutos no segundo tempo. Luiz Gustavo foi cortado antes do início da competição, a seu pedido, por problemas particulares. Dunga gostou do time na partida, apesar da fragilidade do rival, e elogiou os chutes a gol, um pedido seu depois do empate contra o Equador, 0 a 0, no sábado (4). "Fizemos o que treinamos, com chutes e as infiltrações aproveitando que o Haiti jogava em linha", disse o técnico. No próximo domingo, o Brasil enfrenta o Peru, em Boston, precisando empatar para se classificar. O técnico não terá Casemiro, que está suspenso, mas não quis comentar se o substituto será Walace. "Vamos avaliar. Os 23 aqui têm condições de jogar, eu digo a eles que muitas vezes o que começa a partida pode não ser mais importante", disse o técnico.
esporte
Dunga evita piada sobre o 7 a 1 e diz que time buscou os golsDunga não fez piada com a vitória de 7 a 1 do Brasil sobre o Haiti, nesta quarta (8), em Orlando. A repetição do placar da derrota para a Alemanha na semifinal da Copa-2014, há quase dois anos, gerou piadas em redes sociais, já que a "vingança" aconteceu sobre o frágil Haiti, apenas o número 74 do ranking Fifa. "Esse é um grupo diferente, é outra época. Os gols aconteceram conforme a equipe foi jogando e tendo rendimento positivo", disse o técnico. Da delegação que está nos Estados Unidos para a Copa América, somente três atletas estavam no elenco da Copa: Daniel Alves, Willian e Hulk. Somente este último foi titular, e Willian jogou naquele dia contra a Alemanha, no Mineirão, poucos minutos no segundo tempo. Luiz Gustavo foi cortado antes do início da competição, a seu pedido, por problemas particulares. Dunga gostou do time na partida, apesar da fragilidade do rival, e elogiou os chutes a gol, um pedido seu depois do empate contra o Equador, 0 a 0, no sábado (4). "Fizemos o que treinamos, com chutes e as infiltrações aproveitando que o Haiti jogava em linha", disse o técnico. No próximo domingo, o Brasil enfrenta o Peru, em Boston, precisando empatar para se classificar. O técnico não terá Casemiro, que está suspenso, mas não quis comentar se o substituto será Walace. "Vamos avaliar. Os 23 aqui têm condições de jogar, eu digo a eles que muitas vezes o que começa a partida pode não ser mais importante", disse o técnico.
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Foi uma coisa assustadora, afirma Hudson sobre invasão de torcida
Os jogadores do São Paulo estão traumatizados com o que ocorreu no sábado (27), isso é evidente. A invasão de integrantes de torcidas organizadas ao Centro de Treinamento do clube, com agressões a alguns atletas, deixou o elenco com medo, e não apenas durante o incidente, como ficou claro após o empate por 0 a 0 com o Coritiba, neste domingo (28). Poucos jogadores se dispuseram a falar sobre o que ocorreu na manhã de sábado. E os que falaram, tentaram fugir do assunto rapidamente. "A hora não é de falar disso, temos de focar no campo. Quanto mais você fala disso, mais coisas aparecem", afirmou o lateral Carlinhos, um dos agredidos (os outros foram Michel Bastos e Wesley), que ficou no banco de reservas contra o Coritiba. Para diminuir o risco de novas agressões, os jogadores evitaram fazer críticas duras aos torcedores que invadiram o CT. Eles preferiram dizer que o incidente é coisa do passado, embora ainda esteja muito vivo na cabeça de cada integrante do elenco. "Foi uma coisa assustadora", afirmou o volante Hudson. "Comigo não houve ameaça, só perguntaram por que não estamos jogando como na Libertadores, mas sei que, com outros jogadores, foi diferente. Mas a gente está pensando em esquecer isso." Nem mesmo o técnico Ricardo Gomes, um profissional sempre bem articulado, quis falar muito sobre a invasão de torcedores. Ele lamentou o incidente, mas disse que, por estar há pouco tempo no São Paulo (chegou ao clube há pouco mais de duas semanas), não se sente muito à vontade para comentar o tema. "Eu estou chegando agora e gostaria de falar do campo. Espero que [a invasão] não aconteça mais. Não só para o São Paulo, mas para todos os clubes. Tudo isso não é um problema do clube, é do país." Ricardo não negou que a crise pela qual passa o clube influenciou no rendimento da equipe contra o Coritiba. Segundo ele, o time foi ficando nervoso e impaciente à medida em que o gol não saía, e isso jogou a favor do adversário. "Começamos muito bem e, com o passar do tempo, perdemos a fluidez do jogo. A partir daí, só cruzamos na área, como no jogo anterior [contra o Juventude]. Não teve mais nada." Veja vídeo
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Foi uma coisa assustadora, afirma Hudson sobre invasão de torcidaOs jogadores do São Paulo estão traumatizados com o que ocorreu no sábado (27), isso é evidente. A invasão de integrantes de torcidas organizadas ao Centro de Treinamento do clube, com agressões a alguns atletas, deixou o elenco com medo, e não apenas durante o incidente, como ficou claro após o empate por 0 a 0 com o Coritiba, neste domingo (28). Poucos jogadores se dispuseram a falar sobre o que ocorreu na manhã de sábado. E os que falaram, tentaram fugir do assunto rapidamente. "A hora não é de falar disso, temos de focar no campo. Quanto mais você fala disso, mais coisas aparecem", afirmou o lateral Carlinhos, um dos agredidos (os outros foram Michel Bastos e Wesley), que ficou no banco de reservas contra o Coritiba. Para diminuir o risco de novas agressões, os jogadores evitaram fazer críticas duras aos torcedores que invadiram o CT. Eles preferiram dizer que o incidente é coisa do passado, embora ainda esteja muito vivo na cabeça de cada integrante do elenco. "Foi uma coisa assustadora", afirmou o volante Hudson. "Comigo não houve ameaça, só perguntaram por que não estamos jogando como na Libertadores, mas sei que, com outros jogadores, foi diferente. Mas a gente está pensando em esquecer isso." Nem mesmo o técnico Ricardo Gomes, um profissional sempre bem articulado, quis falar muito sobre a invasão de torcedores. Ele lamentou o incidente, mas disse que, por estar há pouco tempo no São Paulo (chegou ao clube há pouco mais de duas semanas), não se sente muito à vontade para comentar o tema. "Eu estou chegando agora e gostaria de falar do campo. Espero que [a invasão] não aconteça mais. Não só para o São Paulo, mas para todos os clubes. Tudo isso não é um problema do clube, é do país." Ricardo não negou que a crise pela qual passa o clube influenciou no rendimento da equipe contra o Coritiba. Segundo ele, o time foi ficando nervoso e impaciente à medida em que o gol não saía, e isso jogou a favor do adversário. "Começamos muito bem e, com o passar do tempo, perdemos a fluidez do jogo. A partir daí, só cruzamos na área, como no jogo anterior [contra o Juventude]. Não teve mais nada." Veja vídeo
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Zona sul de SP reúne novos imóveis e absorve busca por diferentes estilos
GABRIELA MALTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O mercado de imóveis dá sinais de recuperação. Nos seis primeiros meses do ano foram lançados 11.581 apartamentos em São Paulo, 63% a mais do que no primeiro semestre de 2016, mostram dados da consultoria imobiliária VivaReal/Geoimovel. As vendas no período somaram 5.860 imóveis: é um aumento de 36% em relação à primeira metade de 2016. "Este ano tem perspectiva de melhora. A queda da taxa de juros e do risco-país e alta da Bolsa indicam cenário positivo", diz Flavio Amary, presidente do Secovi-SP. A redução nos juros significa aumento de captação da poupança –já que outros investimentos se tornam menos atrativos– e taxas menores para financiamento imobiliário, o que aquece o setor. A zona sul concentra o maior número de empreendimentos: 27, totalizando 3.438 apartamentos. Ipiranga, Vila Mariana e Vila Olímpia são os destaques, com três lançamentos em cada um deles. "É uma região que conseguiu absorver a demanda de diferentes perfis de imóveis", diz Lucas Vargas, diretor do portal imobiliário VivaReal. Ele explica que a Vila Olímpia já viveu os dias dos grandes imóveis e agora recebe empreendimentos com unidades menores, de um ou dois quartos. O Ipiranga também passa por transformação, com a chegada de imóveis de alto padrão. A proximidade de áreas corporativas, a boa oferta de opções de lazer e o acesso a estações de metrô são os maiores atrativos desses bairros. LANÇAMENTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO - Dados do primeiro semestre em três anos O desejo de morar perto do trabalho levou a representante de vendas Augusta Aparecida Escarpini, 53, a deixar a zona leste, onde nasceu, e acomprar seu primeiro apartamento na Vila Mariana, há 20 anos. Agora ela está se mudando para um novo imóvel, entregue em julho, no mesmo bairro. "A região é tranquila e oferece várias opções de lazer, como bons restaurantes. Não pretendo sair mais daqui", diz. Mas a característica crucial para a nova compra foi o fato de o prédio ter vagas determinadas de garagem. Metragem, piscina e academia também somaram pontos na decisão final, afirma ela. A Trisul, construtora do prédio em questão, está com mais dois na zona sul, um no Alto do Ipiranga e outro na Vila Olímpia. "Concentramos nossos produtos no médio e no alto padrão, com preços a partir de R$ 8.000 o metro quadrado, em bairros consolidados, perto de estações de metrô e eixos comerciais", diz Lucas Araújo, coordenador de marketing da empresa. O Royal Alto do Ipiranga tem apartamentos de 68 ou 91 metros quadrados (a R$ 9.000 o metro quadrado), de dois ou três quartos, que seguem a tendência da região. BEM FAMÍLIA Só 28% dos imóveis lançados na zona sul têm apenas um quarto. A configuração maior atrai para a região um público mais amplo, como casais jovens com ou sem filhos. A Gamaro lança na Vila Olímpia o Galeria 90, com unidades de 75 a 115 metros quadrados, duas ou três suítes e pé direito duplo em todas as salas, com preços a partir de R$ 12 mil o metro quadrado. "Com essa disposição e pela localização, acreditamos que o lançamento tem apelo para famílias", diz Vinicius Amato, diretor de incorporação da Gamaro. Já a construtora Tarjab deve entregar, em outubro de 2018, o Soberano, na Vila Mariana. São unidades de três e quatro quartos e áreas de 102 a 298 metros quadrados (R$ 10,7 mil o metro quadrado), com atrativos como brinquedoteca e playground. Carlos Borges, diretor da Tarjab, explica que a construtora investe na personalização de imóveis. "No momento da compra é possível escolher se a cozinha e a sacada serão integradas à sala, por exemplo. Além do equilíbrio entre tamanho e localização, os compradores estão buscando comodidade", diz. * 36% foi o aumento na venda de imóveis nos primeiros seis meses deste ano, em comparação ao primeiro semestre de 2016 11.581 apartamentos foram lançados na cidade de São Paulo no primeiro semestre, 63% a mais do que a soma registrada no mesmo período do ano passado 3.438 apartamentos novos estão localizados em bairros da zona sul
sobretudo
Zona sul de SP reúne novos imóveis e absorve busca por diferentes estilos GABRIELA MALTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O mercado de imóveis dá sinais de recuperação. Nos seis primeiros meses do ano foram lançados 11.581 apartamentos em São Paulo, 63% a mais do que no primeiro semestre de 2016, mostram dados da consultoria imobiliária VivaReal/Geoimovel. As vendas no período somaram 5.860 imóveis: é um aumento de 36% em relação à primeira metade de 2016. "Este ano tem perspectiva de melhora. A queda da taxa de juros e do risco-país e alta da Bolsa indicam cenário positivo", diz Flavio Amary, presidente do Secovi-SP. A redução nos juros significa aumento de captação da poupança –já que outros investimentos se tornam menos atrativos– e taxas menores para financiamento imobiliário, o que aquece o setor. A zona sul concentra o maior número de empreendimentos: 27, totalizando 3.438 apartamentos. Ipiranga, Vila Mariana e Vila Olímpia são os destaques, com três lançamentos em cada um deles. "É uma região que conseguiu absorver a demanda de diferentes perfis de imóveis", diz Lucas Vargas, diretor do portal imobiliário VivaReal. Ele explica que a Vila Olímpia já viveu os dias dos grandes imóveis e agora recebe empreendimentos com unidades menores, de um ou dois quartos. O Ipiranga também passa por transformação, com a chegada de imóveis de alto padrão. A proximidade de áreas corporativas, a boa oferta de opções de lazer e o acesso a estações de metrô são os maiores atrativos desses bairros. LANÇAMENTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO - Dados do primeiro semestre em três anos O desejo de morar perto do trabalho levou a representante de vendas Augusta Aparecida Escarpini, 53, a deixar a zona leste, onde nasceu, e acomprar seu primeiro apartamento na Vila Mariana, há 20 anos. Agora ela está se mudando para um novo imóvel, entregue em julho, no mesmo bairro. "A região é tranquila e oferece várias opções de lazer, como bons restaurantes. Não pretendo sair mais daqui", diz. Mas a característica crucial para a nova compra foi o fato de o prédio ter vagas determinadas de garagem. Metragem, piscina e academia também somaram pontos na decisão final, afirma ela. A Trisul, construtora do prédio em questão, está com mais dois na zona sul, um no Alto do Ipiranga e outro na Vila Olímpia. "Concentramos nossos produtos no médio e no alto padrão, com preços a partir de R$ 8.000 o metro quadrado, em bairros consolidados, perto de estações de metrô e eixos comerciais", diz Lucas Araújo, coordenador de marketing da empresa. O Royal Alto do Ipiranga tem apartamentos de 68 ou 91 metros quadrados (a R$ 9.000 o metro quadrado), de dois ou três quartos, que seguem a tendência da região. BEM FAMÍLIA Só 28% dos imóveis lançados na zona sul têm apenas um quarto. A configuração maior atrai para a região um público mais amplo, como casais jovens com ou sem filhos. A Gamaro lança na Vila Olímpia o Galeria 90, com unidades de 75 a 115 metros quadrados, duas ou três suítes e pé direito duplo em todas as salas, com preços a partir de R$ 12 mil o metro quadrado. "Com essa disposição e pela localização, acreditamos que o lançamento tem apelo para famílias", diz Vinicius Amato, diretor de incorporação da Gamaro. Já a construtora Tarjab deve entregar, em outubro de 2018, o Soberano, na Vila Mariana. São unidades de três e quatro quartos e áreas de 102 a 298 metros quadrados (R$ 10,7 mil o metro quadrado), com atrativos como brinquedoteca e playground. Carlos Borges, diretor da Tarjab, explica que a construtora investe na personalização de imóveis. "No momento da compra é possível escolher se a cozinha e a sacada serão integradas à sala, por exemplo. Além do equilíbrio entre tamanho e localização, os compradores estão buscando comodidade", diz. * 36% foi o aumento na venda de imóveis nos primeiros seis meses deste ano, em comparação ao primeiro semestre de 2016 11.581 apartamentos foram lançados na cidade de São Paulo no primeiro semestre, 63% a mais do que a soma registrada no mesmo período do ano passado 3.438 apartamentos novos estão localizados em bairros da zona sul
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Controladores acertam venda de 13% do capital do Fleury para Advent
A Fleury informou que a Core Participações, sua controladora indireta, assinou acordo para a venda de fatia equivalente a 13% no grupo de diagnósticos para uma empresa do grupo de private equity Advent International. A operação não resulta na venda do controle direto ou indireto do Fleury, disse a companhia em comunicado. A Core havia desistido de vender o controle do Fleury mais cedo neste ano, e estava analisando oportunidades para a associação com um sócio minoritário para ajudar na implementação de processos de criação de valor para o Fleury e seus acionistas. Com o negócio, os médicos sócios do Fleury ficarão com fatia de cerca de 28,3% do capital da companhia, por meio da Integritas Participações. A Bradseg, do Grupo Bradesco Seguros e Previdência, ficará com 16,4% e a Advent com a participação de 13%, detida por meio da Core, na qual será o único acionista. A Advent tem investimentos em mais de 28 empresas nos segmentos de serviços de saúde, farmacêuticos e equipamentos médicos, disse o Fleury. Com a operação, cuja expectativa de fechamento é de 30 dias, será realizada Assembleia Geral Extraordinária para eleger os membros do Conselho de Administração do Fleury. O acordo foi assinado pela Core e seus acionistas com a FALB Participações, gerida pela Advent. "O Grupo Fleury manterá sua estratégia de reforçar as marcas da companhia, expandir a capacidade de inovação com foco no segmento premium e intermediário-alto, crescimento robusto e melhoria contínua da rentabilidade", disse a companhia em comunicado.
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Controladores acertam venda de 13% do capital do Fleury para AdventA Fleury informou que a Core Participações, sua controladora indireta, assinou acordo para a venda de fatia equivalente a 13% no grupo de diagnósticos para uma empresa do grupo de private equity Advent International. A operação não resulta na venda do controle direto ou indireto do Fleury, disse a companhia em comunicado. A Core havia desistido de vender o controle do Fleury mais cedo neste ano, e estava analisando oportunidades para a associação com um sócio minoritário para ajudar na implementação de processos de criação de valor para o Fleury e seus acionistas. Com o negócio, os médicos sócios do Fleury ficarão com fatia de cerca de 28,3% do capital da companhia, por meio da Integritas Participações. A Bradseg, do Grupo Bradesco Seguros e Previdência, ficará com 16,4% e a Advent com a participação de 13%, detida por meio da Core, na qual será o único acionista. A Advent tem investimentos em mais de 28 empresas nos segmentos de serviços de saúde, farmacêuticos e equipamentos médicos, disse o Fleury. Com a operação, cuja expectativa de fechamento é de 30 dias, será realizada Assembleia Geral Extraordinária para eleger os membros do Conselho de Administração do Fleury. O acordo foi assinado pela Core e seus acionistas com a FALB Participações, gerida pela Advent. "O Grupo Fleury manterá sua estratégia de reforçar as marcas da companhia, expandir a capacidade de inovação com foco no segmento premium e intermediário-alto, crescimento robusto e melhoria contínua da rentabilidade", disse a companhia em comunicado.
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Um dos primeiros a identificar zika no país, cientista sofre com falta de verba
Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter declarado "guerra" ao zika diante do aumento de casos suspeitos de bebês com microcefalia, falta dinheiro na ponta para "lutar" contra o vírus. Um dos primeiros a identificar o vírus zika no país, ainda no fim de abril deste ano, o farmacêutico e doutor em virologia Gúbio Soares, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma não ter recursos para continuar os estudos. À Folha, ele relembra que o zika foi a última aposta dele e da pesquisadora Silvia Sardi em testes realizados em amostras de 25 pacientes de Camaçari, na Bahia. Na época, como a Folha noticiou, uma "doença misteriosa" que causava manchas vermelhas no corpo e coceira passou a intrigar autoridades de saúde. Coube aos pesquisadores tentar desvendar o possível agente causador dos sintomas –que muitos chamavam de "dengue atípica". "Achávamos que isso deveria ser causado por um vetor que picasse várias pessoas, como um mosquito. Fizemos testes para mayaro, chikungunya, vírus do oeste do Nilo. E aí partimos para o zika", relata Soares. Os resultados, que deram positivos em 8 das 25 amostras, acenderam o alerta para o vírus, até então inédito no país. Em seguida, laboratórios da Fiocruz também identificaram o zika em amostras de pacientes de outros Estados do Nordeste, e o Ministério da Saúde confirmou pela primeira vez a circulação do vírus. Logo a "dengue atípica" ganhou nome: zika. SEM RECURSOS Desde então, Soares diz que continuou as pesquisas com a equipe da qual faz parte, nas quais sequenciou parte do vírus. Mas a falta de recursos ameaça interromper o trabalho. "Estamos sem dinheiro para continuar trabalhando. Não há edital aberto nem financiamento nessa área", afirma. Segundo Campos, não havia nenhum registro anterior de complicações pelo zika como a microcefalia. "Acreditava-se que era um vírus que causava um processo de resposta imune e não acontecia mais nada. Nunca se soube que poderia afetar dessa maneira as mulheres no primeiro trimestre de gravidez", afirma. Hoje, em uma das linhas de pesquisa, Soares analisa o tempo de permanência dos anticorpos gerados pelo vírus. Para o pesquisador, só há uma forma de conter o aumento de casos: o combate ao Aedes aegypti. "Não temos como escapar. Ou controlamos o mosquito ou teremos disseminação do vírus", diz.
cotidiano
Um dos primeiros a identificar zika no país, cientista sofre com falta de verbaApesar de a presidente Dilma Rousseff ter declarado "guerra" ao zika diante do aumento de casos suspeitos de bebês com microcefalia, falta dinheiro na ponta para "lutar" contra o vírus. Um dos primeiros a identificar o vírus zika no país, ainda no fim de abril deste ano, o farmacêutico e doutor em virologia Gúbio Soares, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma não ter recursos para continuar os estudos. À Folha, ele relembra que o zika foi a última aposta dele e da pesquisadora Silvia Sardi em testes realizados em amostras de 25 pacientes de Camaçari, na Bahia. Na época, como a Folha noticiou, uma "doença misteriosa" que causava manchas vermelhas no corpo e coceira passou a intrigar autoridades de saúde. Coube aos pesquisadores tentar desvendar o possível agente causador dos sintomas –que muitos chamavam de "dengue atípica". "Achávamos que isso deveria ser causado por um vetor que picasse várias pessoas, como um mosquito. Fizemos testes para mayaro, chikungunya, vírus do oeste do Nilo. E aí partimos para o zika", relata Soares. Os resultados, que deram positivos em 8 das 25 amostras, acenderam o alerta para o vírus, até então inédito no país. Em seguida, laboratórios da Fiocruz também identificaram o zika em amostras de pacientes de outros Estados do Nordeste, e o Ministério da Saúde confirmou pela primeira vez a circulação do vírus. Logo a "dengue atípica" ganhou nome: zika. SEM RECURSOS Desde então, Soares diz que continuou as pesquisas com a equipe da qual faz parte, nas quais sequenciou parte do vírus. Mas a falta de recursos ameaça interromper o trabalho. "Estamos sem dinheiro para continuar trabalhando. Não há edital aberto nem financiamento nessa área", afirma. Segundo Campos, não havia nenhum registro anterior de complicações pelo zika como a microcefalia. "Acreditava-se que era um vírus que causava um processo de resposta imune e não acontecia mais nada. Nunca se soube que poderia afetar dessa maneira as mulheres no primeiro trimestre de gravidez", afirma. Hoje, em uma das linhas de pesquisa, Soares analisa o tempo de permanência dos anticorpos gerados pelo vírus. Para o pesquisador, só há uma forma de conter o aumento de casos: o combate ao Aedes aegypti. "Não temos como escapar. Ou controlamos o mosquito ou teremos disseminação do vírus", diz.
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Barack Obama canta hino religioso em funeral de pastor de Charleston
O presidente Barack Obama prestou homenagem em Charleston (Carolina do Sul) nesta sexta-feira (26) ao pastor negro Clementa Pinckney, que foi morto com oito paroquianos em um ataque racista a uma igreja metodista da cidade na semana passada. Em frente ao caixão de Pinckney, Obama cantou o hino "Amazing Grace", acompanhado pelos membros da igreja. Milhares de pessoas se reuniram em um ginásio na pequena cidade para ouvir o primeiro presidente negro dos Estados Unidos saudar a memória do pastor, "um homem de Deus, um homem que acreditava em dias melhores", segundo Obama. "A nação partilha da sua dor. Que bom homem. Que exemplo estabeleceu", disse o presidente, longamente aplaudido pelos cerca de 5.000 presentes à cerimônia. Em sua fala, Obama se referiu mais de uma vez à bandeira confederada, que representava os Estados escravagistas do sul durante a Guerra de Secessão. "Uma bandeira não causou essas mortes", disse o presidente, ressaltando, porém, que ela não deve ser mais exibida. "Ao arriarmos essa bandeira expressamos a graça de Deus". O acusado de matar as nove pessoas na igreja aparecia em algumas fotos com a bandeira dos confederados. Ao final da cerimônia, Obama entoou cantos religiosos ao lado de membros da Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel. A violência armada nos EUA também foi alvo de críticas do presidente. Ele e a primeira-dama, Michelle, chegaram ao local da homenagem no início da tarde e se sentaram na primeira fila, acompanhados pelo vice-presidente, Joe Biden, e por sua mulher.
mundo
Barack Obama canta hino religioso em funeral de pastor de CharlestonO presidente Barack Obama prestou homenagem em Charleston (Carolina do Sul) nesta sexta-feira (26) ao pastor negro Clementa Pinckney, que foi morto com oito paroquianos em um ataque racista a uma igreja metodista da cidade na semana passada. Em frente ao caixão de Pinckney, Obama cantou o hino "Amazing Grace", acompanhado pelos membros da igreja. Milhares de pessoas se reuniram em um ginásio na pequena cidade para ouvir o primeiro presidente negro dos Estados Unidos saudar a memória do pastor, "um homem de Deus, um homem que acreditava em dias melhores", segundo Obama. "A nação partilha da sua dor. Que bom homem. Que exemplo estabeleceu", disse o presidente, longamente aplaudido pelos cerca de 5.000 presentes à cerimônia. Em sua fala, Obama se referiu mais de uma vez à bandeira confederada, que representava os Estados escravagistas do sul durante a Guerra de Secessão. "Uma bandeira não causou essas mortes", disse o presidente, ressaltando, porém, que ela não deve ser mais exibida. "Ao arriarmos essa bandeira expressamos a graça de Deus". O acusado de matar as nove pessoas na igreja aparecia em algumas fotos com a bandeira dos confederados. Ao final da cerimônia, Obama entoou cantos religiosos ao lado de membros da Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel. A violência armada nos EUA também foi alvo de críticas do presidente. Ele e a primeira-dama, Michelle, chegaram ao local da homenagem no início da tarde e se sentaram na primeira fila, acompanhados pelo vice-presidente, Joe Biden, e por sua mulher.
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'Impotentes e frustrados' são os mais agressivos na internet, diz psicóloga
Impotência, frustração e uma necessidade de se impor sobre outras pessoas. Assim, a psicóloga americana Pamela Rutledge, diretora do Media Psychology Research Center (Centro de Pesquisas sobre Psicologia e Mídia), na Califórnia, avalia a agressividade de muitos "comentaristas" de redes sociais em tempos de polarização política no Brasil. Referência em um ramo recente da psicologia dedicado a estudar as relações entre a mente e a tecnologia, Rutledge ressalta que as pessoas "são as mesmas", tanto em ambientes físicos quanto virtuais. Mas faz uma ressalva sobre a impulsividade de quem dedica seu tempo a ofender ou ameaçar pessoas nas caixas de comentários de sites de notícias e páginas de política: "Já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na internet". Além da polarização política ou ideológica, a especialista comenta a ascensão de temas como diversidade sexual, racismo e machismo ao debate público, graças às redes sociais. "Tudo isso já acontecia, mas não tínhamos conhecimento." Leia os principais trechos da entrevista. * BBC Brasil - Estamos mostrando o nosso 'lado negativo' nas redes sociais? Pamela Rutledge - As pessoas são as mesmas, online ou offline. Mas a internet tem a ver com respostas rápidas. As pessoas falam sem pensar. É diferente da experiência social offline, em que você se policia por conta da proximidade física do interlocutor. Nós já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na internet. BBC Brasil - No Brasil, a polarização política tem levado pessoas com visões distintas a se ofenderem e ameaçarem, tanto em comentários em sites de notícias quanto nas redes sociais. A internet estimularia o radicalismo? Rutledge - As redes sociais encorajam pessoas com posições extremas a se sentirem mais confiantes para expressá-las. Pessoas que se sentem impotentes ou frustradas se comportam desta maneira para se apresentarem como se tivessem mais poder. E as pessoas costumam se sentir mais poderosas tentando diminuir ou ofender alguém. BBC Brasil - Os comentários na internet são um índice confiável do que as pessoas realmente acreditam? Rutledge - Depende do tópico. Mas as pessoas que tendem a responder de maneira agressiva não representam o sentimento geral. BBC Brasil - As pessoas com opiniões menos radicais têm menos disposição para comentar do que as demais? Rutledge - Sim. Porque os comentários agressivos têm mais a ver com a raiva das pessoas do que com uma argumentação para mudar a mente das outras. Quem parte para a agressividade, não está dando informações para trazer alguém para seu lado, estas pessoas querem apenas agredir. BBC Brasil - A "trollagem", gíria de internet para piadas ou comentários maldosos sobre anônimos e famosos, muitas vezes feitos repetidamente, é vista por muita gente como diversão. Há perigos por trás das piadas? Rutledge - No caso das celebridades que são alvo da ''trollagem'', os fãs vêm defendê-las, então, elas não costumam precisar tomar qualquer iniciativa. No caso dos anônimos, a recomendação é usar ferramentas para solução de conflitos, como encorajar seus amigos e conhecidos a não serem espectadores, mas a tomarem atitudes em defesa do ofendido. Isso não significa discutir com os autores das ofensas, porque isso alimenta os ''trolls'' e é isso que eles querem. BBC Brasil - Os procedimentos de segurança do Facebook e do Twitter são suficientes para proteger os alvos de bullying? Rutledge - Seria ingênuo esperar que qualquer companhia, mesmo do tamanho do Facebook e do Twitter, seja capaz de monitorar e ajudar neste tipo de situação. E não dá para deixar só para as empresas aquilo que devemos ser responsáveis, nós mesmos. É importante que as pessoas entendam como funcionam as ferramentas e seus mecanismos para privacidade. Se a conclusão for que o Facebook não oferece o suficiente, que as pessoas se posicionem e reclamem: ''Não é suficiente''. BBC Brasil - Que tipo de doenças são ligadas ao uso da internet ou das redes sociais? Rutledge - A resposta simples é não, não há doenças causadas pela internet. Há preocupações recorrentes com o vício em internet ou em redes socais. Mas vícios são doenças bastante sérias e a internet não cria personalidades com vícios. As pessoas usam as redes da mesma forma que usam álcool, jogos, chocolate, ou qualquer outra coisa que mascare problemas maiores. BBC Brasil - Problemas como...? Rutledge - Falta de autoestima, depressão. É importante chegar à real causa do vício, apenas cortar a internet não muda nada. BBC Brasil - Temas como diversidade sexual, racismo e machismo, vistos como tabus até recentemente, são hoje bastante populares online. Como vê estes tópicos ganhando atenção? Rutledge - É sempre positivo que as pessoas debatam e desenvolvam seu conhecimento sobre temas. Mesmo que a conversa termine de forma negativa, isso ainda vale para que se perceba o que está acontecendo a seu redor. Afinal, tudo isso já acontecia, mas não tínhamos conhecimento - e isso significa que estamos nos aproximando da possibilidade de transformá-las. BBC Brasil - Quais são os conselhos para os pais ajudarem seus filhos a não embarcarem nas ondas de ódio das redes sociais? Rutledge - A primeira coisa é conversar com as crianças desde muito cedo sobre tecnologia. Muitos evitam porque não entendem bem a tecnologia. Mas a tecnologia é apenas o "lugar" onde as coisas estão acontecendo; o principal ainda são os valores. Então, se algo está acontecendo em qualquer plataforma que os pais não conheçam bem, a sugestão é que chamem as crianças e peçam que elas deem seu ponto de vista. Aí sim eles poderão entender como as crianças estão lidando com a questão e, a partir daí, decidir quais devem ser as preocupações. A responsabilidade pode ser compartilhada. É importante ensinar os filhos a pensarem criticamente. BBC Brasil - Muitos acham que ler históricos de conversas dos filhos ou usar apps para controlá-los é a melhor forma de ajudar as crianças. O controle é uma boa saída? Rutledge - Os pais precisam entender que devem escutar seus filhos. Claro que cada situação tem suas características, mas geralmente controlar significa que você não conversou com eles e não lhes deu oportunidades para tomar decisões. O problema é que, em algum momento, eles vão precisar tomar decisões por si mesmos e você não vai estar ali, nem o seu "app de controle". Então, é muito melhor dialogar, e isso costuma ser muito difícil para os pais, que tendem dizer o que os filhos devem fazer, sem conversa. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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'Impotentes e frustrados' são os mais agressivos na internet, diz psicólogaImpotência, frustração e uma necessidade de se impor sobre outras pessoas. Assim, a psicóloga americana Pamela Rutledge, diretora do Media Psychology Research Center (Centro de Pesquisas sobre Psicologia e Mídia), na Califórnia, avalia a agressividade de muitos "comentaristas" de redes sociais em tempos de polarização política no Brasil. Referência em um ramo recente da psicologia dedicado a estudar as relações entre a mente e a tecnologia, Rutledge ressalta que as pessoas "são as mesmas", tanto em ambientes físicos quanto virtuais. Mas faz uma ressalva sobre a impulsividade de quem dedica seu tempo a ofender ou ameaçar pessoas nas caixas de comentários de sites de notícias e páginas de política: "Já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na internet". Além da polarização política ou ideológica, a especialista comenta a ascensão de temas como diversidade sexual, racismo e machismo ao debate público, graças às redes sociais. "Tudo isso já acontecia, mas não tínhamos conhecimento." Leia os principais trechos da entrevista. * BBC Brasil - Estamos mostrando o nosso 'lado negativo' nas redes sociais? Pamela Rutledge - As pessoas são as mesmas, online ou offline. Mas a internet tem a ver com respostas rápidas. As pessoas falam sem pensar. É diferente da experiência social offline, em que você se policia por conta da proximidade física do interlocutor. Nós já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na internet. BBC Brasil - No Brasil, a polarização política tem levado pessoas com visões distintas a se ofenderem e ameaçarem, tanto em comentários em sites de notícias quanto nas redes sociais. A internet estimularia o radicalismo? Rutledge - As redes sociais encorajam pessoas com posições extremas a se sentirem mais confiantes para expressá-las. Pessoas que se sentem impotentes ou frustradas se comportam desta maneira para se apresentarem como se tivessem mais poder. E as pessoas costumam se sentir mais poderosas tentando diminuir ou ofender alguém. BBC Brasil - Os comentários na internet são um índice confiável do que as pessoas realmente acreditam? Rutledge - Depende do tópico. Mas as pessoas que tendem a responder de maneira agressiva não representam o sentimento geral. BBC Brasil - As pessoas com opiniões menos radicais têm menos disposição para comentar do que as demais? Rutledge - Sim. Porque os comentários agressivos têm mais a ver com a raiva das pessoas do que com uma argumentação para mudar a mente das outras. Quem parte para a agressividade, não está dando informações para trazer alguém para seu lado, estas pessoas querem apenas agredir. BBC Brasil - A "trollagem", gíria de internet para piadas ou comentários maldosos sobre anônimos e famosos, muitas vezes feitos repetidamente, é vista por muita gente como diversão. Há perigos por trás das piadas? Rutledge - No caso das celebridades que são alvo da ''trollagem'', os fãs vêm defendê-las, então, elas não costumam precisar tomar qualquer iniciativa. No caso dos anônimos, a recomendação é usar ferramentas para solução de conflitos, como encorajar seus amigos e conhecidos a não serem espectadores, mas a tomarem atitudes em defesa do ofendido. Isso não significa discutir com os autores das ofensas, porque isso alimenta os ''trolls'' e é isso que eles querem. BBC Brasil - Os procedimentos de segurança do Facebook e do Twitter são suficientes para proteger os alvos de bullying? Rutledge - Seria ingênuo esperar que qualquer companhia, mesmo do tamanho do Facebook e do Twitter, seja capaz de monitorar e ajudar neste tipo de situação. E não dá para deixar só para as empresas aquilo que devemos ser responsáveis, nós mesmos. É importante que as pessoas entendam como funcionam as ferramentas e seus mecanismos para privacidade. Se a conclusão for que o Facebook não oferece o suficiente, que as pessoas se posicionem e reclamem: ''Não é suficiente''. BBC Brasil - Que tipo de doenças são ligadas ao uso da internet ou das redes sociais? Rutledge - A resposta simples é não, não há doenças causadas pela internet. Há preocupações recorrentes com o vício em internet ou em redes socais. Mas vícios são doenças bastante sérias e a internet não cria personalidades com vícios. As pessoas usam as redes da mesma forma que usam álcool, jogos, chocolate, ou qualquer outra coisa que mascare problemas maiores. BBC Brasil - Problemas como...? Rutledge - Falta de autoestima, depressão. É importante chegar à real causa do vício, apenas cortar a internet não muda nada. BBC Brasil - Temas como diversidade sexual, racismo e machismo, vistos como tabus até recentemente, são hoje bastante populares online. Como vê estes tópicos ganhando atenção? Rutledge - É sempre positivo que as pessoas debatam e desenvolvam seu conhecimento sobre temas. Mesmo que a conversa termine de forma negativa, isso ainda vale para que se perceba o que está acontecendo a seu redor. Afinal, tudo isso já acontecia, mas não tínhamos conhecimento - e isso significa que estamos nos aproximando da possibilidade de transformá-las. BBC Brasil - Quais são os conselhos para os pais ajudarem seus filhos a não embarcarem nas ondas de ódio das redes sociais? Rutledge - A primeira coisa é conversar com as crianças desde muito cedo sobre tecnologia. Muitos evitam porque não entendem bem a tecnologia. Mas a tecnologia é apenas o "lugar" onde as coisas estão acontecendo; o principal ainda são os valores. Então, se algo está acontecendo em qualquer plataforma que os pais não conheçam bem, a sugestão é que chamem as crianças e peçam que elas deem seu ponto de vista. Aí sim eles poderão entender como as crianças estão lidando com a questão e, a partir daí, decidir quais devem ser as preocupações. A responsabilidade pode ser compartilhada. É importante ensinar os filhos a pensarem criticamente. BBC Brasil - Muitos acham que ler históricos de conversas dos filhos ou usar apps para controlá-los é a melhor forma de ajudar as crianças. O controle é uma boa saída? Rutledge - Os pais precisam entender que devem escutar seus filhos. Claro que cada situação tem suas características, mas geralmente controlar significa que você não conversou com eles e não lhes deu oportunidades para tomar decisões. O problema é que, em algum momento, eles vão precisar tomar decisões por si mesmos e você não vai estar ali, nem o seu "app de controle". Então, é muito melhor dialogar, e isso costuma ser muito difícil para os pais, que tendem dizer o que os filhos devem fazer, sem conversa. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Por que o 'boom do vinil' pode ser má notícia para a música eletrônica
Dan Hill comanda a Above Board Distribution, uma empresa de Londres que lida com acordos de prensagem e distribuição, normalmente chamados de "acordos de P&D". Sua lista de clientes inclui selos icônicos como Crosstown Rebels, Rekids e Hotflush Recordings, que trabalham com a Above Board na prensagem e distribuição de discos para as lojas do varejo. Num momento em que as vendas de vinil nos EUA estão no ponto mais alto desde o surgimento do CD, em 1989 —chegando ao colossal número de nove milhões de álbuns vendidos na primeira metade de 2015, em comparação com 14 milhões em todo o ano de 2014— seria razoável supor que os negócios andam melhores do que nunca. Contudo, mesmo com as vendas disparadas, os selos independentes de dance que Dan representa —e a própria Above Board— muitas vezes têm a impressão de que seus discos estão se perdendo na multidão. "As gravadoras foram obrigadas a aceitar que agora o tempo de fabricação dos discos ficou muito maior", diz Dan por e-mail, fazendo referência aos tão noticiados atrasos na produção que assolam a indústria do vinil. Como ele explicou recentemente ao Guardian, as longas filas nas fábricas de prensagem de discos praticamente triplicaram o tempo de prensagem do catálogo da Above Board, que passou de cerca de quatro semanas para dois a três meses. "[Os atrasos] prejudicam o fluxo de caixa se você pagou um adiantamento ao artista, ou se gastou com o design gráfico ou a masterização", ele me explica, "e as gravadoras estão demorando muito mais para recuperar esse dinheiro". A sobrecarga de discos que contribui para esses atrasos —e que inunda as fábricas com pedidos adicionais— inclui discos pop de grande destaque, como o recordista 25, de Adele, que vendeu 22 mil discos de vinil em sua primeira semana, o terceiro melhor desempenho já registrado pela Nielsen. De acordo com o relatório de música de 2015 da Nielsen, Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, Abbey Road, dos Beatles, e Kind of Blues, de Miles Davis, chegaram ao top dez em matéria de vinis vendidos. A décima posição ficou com a trilha sonora de Guardiões da Galáxia. Como artigos vêm sugerindo há quase uma década, o vinil está em voga novamente; agora, porém, está alcançando um nível inédito de mainstream, e as corporações estão lucrando com isso. Há até uma série repleta de astros e estrelas na HBO, chamada, bem literalmente Vinyl. Hoje em dia é possível comprar discos praticamente em qualquer canto, desde lojas virtuais como Discogs, Juno e eBay, até lojas de discos locais e na, sim —Urban Outfitters, que, ao contrário do que muita gente pensa, na verdade não é a maior varejista do mundo. A campeã é a Amazon, que vendeu mais vitrolas do que qualquer outro produto de áudio para domicílios no período de festas de fim de ano de 2015. Na Grã-Bretanha, a maior revendedora de música, a HMV, vendeu uma vitrola por minuto na época do natal. Corre até a notícia de que a Whole Foods —e a rede de supermercados inglesa Tesco acrescentou discos ao seu estoque de produtos alimentícios. Após gerar um montante de US$ 222 milhões de renda total nos dois primeiros trimestres de 2015 —e manchetes sugerindo que serviços como Spotify e Apple Music, longe de massacrar as gravadoras na competição, talvez estejam, na verdade, contribuindo para as vendas crescentes do vinil com seus streams - há muito dinheiro flutuando por aí no negócio dos discos hoje em dia. Mas será que "boom do vinil", como os jornalistas o estão chamando, é realmente o melhor termo para entendermos essa maré de vendas? Ou será que o vinil está simplesmente sendo comercializado de outra forma, por empresas que têm mais poder do que a maioria das outras? E, se for esse o caso, qual é o impacto que isso tudo tem sobre os selos de dance music independentes? Como DJ de renome mundial e proprietário da seminal loja de discos especializada em house, a Gramaphone, de Chicago, Michael Serafini testemunhou em primeira mão as mudanças de maré nas vendas dos discos no decorrer da última década. Serafini não necessariamente compra a ideia do tal "boom do vinil, no sentido de que ele não acredita que os novos consumidores sendo cooptados realmente se importem com os discos enquanto meio. Pelo contrário, ele vê a mudança nas vendas como resultado da reformulação publicitária de discos clássicos feita pelas grandes gravadoras, no formato de itens de colecionador que chamam atenção, e dos varejistas não-especializados em música utilizarem o "fator cool" do meio para ajudar a vender outros itens. "O vinil é uma ferramenta de marketing para esses lugares", ele diz de empresas como a Urban Outfitters. "Eles têm os meios financeiros de estocar vinis de sucesso, sejam álbuns clássicos ou de EDM, e atrair gente jovem para pegar um disco e comprar um par de calças". "Eles não estão nem aí para [o que as pessoas estão] comprando, porque não ganham muito dinheiro com isso —o lance é mais chamar atenção para os produtos mais importantes", continua. "A música que eles vendem não é para um verdadeiro aficionado". Serafini talvez tenha razão: um estudo de 2015 realizado pela ICM Unlimited, de Londres, descobriu que 34% dos consumidores que compram discos nem sequer possuem ou utilizam uma vitrola. Quando conversei com ele pelo telefone, Dan Hill, da Above Board, disse ter percebido um aumento acentuado no número de discos clássicos relançados, em edições de colecionador, pelas grandes gravadoras em 2015, discos que, enfatizou ele, podem normalmente ser comprados por poucos dólares em sebos de discos. Depois de construir as primeiras máquinas de prensagem do mundo nos anos 60 —e então voltar as costas ao vinil para vender CDs e música digital no final da década de 90 e início da seguinte— as grandes gravadoras estão voltando para o mercado do vinil, e expulsando as independentes da linha de produção. "Quando começamos a trabalhar na Razor-N-Tape, o cronograma era de seis semanas, e agora já subiu para 12 semanas", diz JKriv, um dos responsáveis pelo selo independente do Brooklyn (o outro é Aaron Dae) por trás de sucessos das casas noturnas underground de artistas como Dimitri, de Paris. "Temos que trabalhar com lead-times muito mais longos do que antes". Como muitos outros selos de dance, a R-N-T sofreu as consequências do que JKriv descreve, em termos inequívocos, como o fenômeno de "as grandes gravadoras reeditarem porcarias inúteis que entopem as fábricas, que eram usadas principalmente por pequenas gravadoras como a nossa". Por causa dos atrasos, eles passaram a sofrer também a pressão de ter que providenciar os lançamentos que planejam vender no Record Store Day —uma celebração bianual do vinil que costuma marcar os dias de maior renda do ano tanto para as gravadoras quanto para as lojas de discos— com até sete meses de antecedência, devido a uma diretriz imposta pela organização. Mas, para gravadoras que trabalham na base de um disco por vez, planejar com tanta antecedência é uma tarefa difícil; são muitas as variáveis que têm de ser controladas, incluindo arte de capa, arquivos de masterização, e até mesmo as próprias produções. Embora a venda dos vinis de música eletrônica esteja, tecnicamente, aumentando —o relatório Nielsen do ano passado citou a venda de 572 mil LPs do gênero, em comparação as 249 mil cópias de 2012— o acentuado aumento em unidades vendidas dos últimos anos não leva em conta os selos menores e independentes, cujas finanças talvez estejam em declínio. E, tendo menos dinheiro em mãos, fica ainda mais difícil opor resistência às gordas verbas e pedidos volumosos que as grandes gravadoras fazem às fábricas. Resumindo, a atual infraestrutura de produção de vinil não tem como acompanhar a demanda; segundo dados coletados pelo proprietário da maior fábrica de prensagem do mundo, Tom Vermeulen, existem somente 50 fábricas de prensagem em todo o mundo, sendo 19 delas nos EUA. Embora se tenha visto nos Estados Unidos a abertura de um punhado de novas fábricas nos últimos cinco anos —incluindo a Stereodisk, em NJ, a Hit-Bound Manufacturing, em NY, e uma futura fábrica da Third Man Records em Detroit— poucos aspirantes a empreendedores têm qualquer pressa de abrir negócios, devido aos custos proibitivos do maquinário. O mundo dos discos é uma das raras indústrias que não evoluíram no compasso dos avanços tecnológicos; as máquinas funcionam com peças velhas e fora de produção. De acordo com um artigo da FACT publicado em 2015, uma única máquina de prensagem pode custar mais de US$100 mil, e sabe-se que as fábricas já chegaram a gastar US$5 mil em um único parafuso. Junto com as máquinas, muitas pessoas que realizam tarefas essenciais ao processo de prensagem, como galvanoplastia e masterização, estão envelhecendo e se aposentando. "As pessoas que masterizam discos sumiram da face da terra", diz Serafini. "Isso está afetando a música também, porque, quando se prensa coisas em vinil, é preciso garantir que sejam masterizadas do jeito certo, ou a qualidade sairá comprometida". Tom Vermeulen, que é dono da Record Industry —a fábrica de prensagem de vinil em Haarlem, na Holanda, que detém o título de maior fábrica em todo o mundo— testemunhou os efeitos que as grandes gravadoras tiveram sobre as filas de produção. Vermeulen comprou a empresa em 1998, uma época em que o negócio estava em um ponto alto na década, com as vendas rendendo cerca de US$150 milhões em todo o mundo por ano. Em 2006, os números haviam despencado para menos de 50 milhões de dólares, queda sem dúvida em parte devida à ascensão do compartilhamento de arquivos digitais. Ele comanda a fábrica até hoje, e faz negócios com todo mundo, desde as chamadas "três grandes" —Sony, Warner e Universal— até selos holandeses especializados em techno, como a Clone Records. A Record Industry produz cerca de 30 mil discos por dia, operando 33 prensas e também uma sala própria de masterização e corte; tudo —até mesmo a impressão das capas— é feito sob um único teto. Atualmente, a fábrica mantém um fluxo constante de produção das sete da manhã até onze da noite todos os dias, em dois turnos; Vermeulen conta que espera aumentar a produção para 50 mil discos por dia, com o acréscimo de um terceiro turno. Com as constantes ondas de pedidos, a Record Industry luta para satisfazer clientes impacientes, tanto os grandes quanto os indies. "[A demanda é] tanta que não conseguimos prensar tudo em tempo, e estamos andando para trás", diz ele. "Obviamente, as grandes usam muito da nossa capacidade, mas os selos menores também encomendam grandes quantidades". Do outro lado das águas, em um chuvoso dia de outono em Nova York, fiz uma visita à Brooklynphono, uma fábrica menor, propriedade da dupla de marido e mulher Fern e Tom Bernich, um casal de apaixonados pela dance music underground, que têm Levon Vincent, iconoclasta do techno de Nova York, como cliente e amigo. Quando estacionei no prédio de blocos de concreto no bairro de Sunset Park, situado no Brooklyn e passando por um veloz processo de elitização, uma pequena gravura em estêncil de uma vitrola na porta era o único sinal da atividade acontecendo lá dentro. Ao entrar, fui imediatamente atingido pelo cheiro de uma série de substâncias pungentes, complementado por uma orquestra de ruídos dos pistões das cinco prensas da fábrica, incluindo uma prensa de discos de sete polegadas que foi resgatada de um ferro-velho local. Fundada em 2005, a Brooklyn Phono é uma das três fábricas atualmente em funcionamento em Nova Yoork, sendo as outras a Brooklyn Vinyl Works e a Hit-Bound Manufacturing. (Após o fechamento, em 2012, de sua antiga fábrica no Brooklyn, a EKS, noticiou-se que o proprietário Will Socolov tem planos de abrir novas instalações na área). Tom e Fern estão no negócio há mais de dez anos, sobrevivendo à crise do final dos anos 2000 e chegando à movimentada época atual. Ao contrário da Record Industry, contudo, Fern diz que a demanda maior não teve muita influência sobre o tempo normal de produção - de dois a três meses. A Brooklynphono tem atualmente uma produção de dois mil discos de 12 polegadas e 750 a mil discos de sete polegadas por dia - todos prensados num único turno de oito horas. Com o passar dos anos, diz Tom, ele e Fern conseguiram otimizar a operação, de modo a aproveitar ao máximo seus turnos de trabalho, materiais e funcionários. Eles estruturaram sua empresa de modo a prolongar a sustentabilidade de suas máquinas, em vez de simplesmente prensar a maior quantidade possível. "A margem [de lucros] é muito menor para nós [do que é para as fábricas de maior porte], então, se você está prensando grandes quantidades e usa quatro ou cinco máquinas em vez de três, é possível ganhar algum dinheiro", diz Tom. "As de porte médio estão saudáveis, e as grandes empresas, com vinte máquinas ou mais, devem estar se saindo muito bem." De acordo com Tom, para fábricas de médio porte, como a Brooklynphono, o essencial para lucrar é cultivar um público fiel e não descuidar da qualidade. "Se você fizer um bom produto e cobrar um preço razoável, não vai fechar as portas", diz. A Brooklynphono não se nega a trabalhar com as grandes, mas a empresa se esforça para também atender os pedidos dos clientes menores e fiéis. "Temos a oportunidade de ganhar um bom dinheiro, e forrar o ninho para termos alguma proteção nos períodos de seca", diz Tom sobre trabalhar com as grandes. "Entendo aceitar mais trabalhos do que você consegue consumir e atrasar várias gravadoras menores que lhe mantiveram em funcionamento nas épocas mais paradas. Conseguimos um equilíbrio que nos permite atender todo mundo, mas cobramos um bônus das grandes, o que nos ajuda a não ficar para trás das [maiores fábricas] e talvez a conseguir um dinheiro extra para comprar mais uma máquina ou construir alguma coisa que ainda vai durar por uma década". Os selos de dance independentes têm suas próprias maneiras de sobreviver e prosperar em meio à sanha por discos. Justin Carter —cofundador (com Eamon Harkin) do coletivo organizador de festas e selo especializado em house e techno Mister Saturday Night, no Brooklyn— é um fanático pela cera. A dupla criou o selo em 2012; assim como acontece com as festas DIY que eles ocasionalmente organizam nas noites de sábado por toda a cidade (e em todos os domingos do verão), eles fizeram questão de fazer tudo pessoalmente, da produção dos negativos à distribuição. "Logo percebemos que existem esses congestionamentos no sistema de produção de discos nos Estados Unidos", conta Carter. "É uma indústria bastante capenga". Depois de alguns anos, a Mister Saturday Night se deu conta de que precisava de uma ajudinha para chegar ao início da fila de prensagem, especialmente em meio a outros selos que pagavam mais ou com maior antecedência. Mais à frente, em 2013, eles optaram por um acordo de produção com uma empresa chamada Crosstalk, à qual pagavam uma comissão pelo gerenciamento da produção e da manufatura, ao mesmo tempo mantendo completamente a propriedade sobre os discos, e trabalhando como distribuidores. Posteriormente, passaram para um acordo tradicional de P&D com uma empresa chamada FIT Distribution, de Detroit. Junto com esse acordo, a Mister Saturday Night adotou a estratégia de prensar dois discos simultaneamente. Isso lhes possibilitou uma maneira de se adiantar aos inevitáveis atrasos da prensagem, permitindo que estocassem prensagens com antecedência em relação às datas agendadas para os lançamentos, em vez de esperar que as prensagens chegassem uma de cada vez. A instituição britânica Mute Records, com décadas de história e lar de famosos artistas experimentais da música eletrônica como Depeche Mode e Moby, vivenciou os efeitos do congestionamento à sua própria maneira, principalmente enfrentando dificuldades em reabastecer os estoques de discos de sucesso. "Títulos como Hurry Up, We're Dreaming, do M83, sofreram com falta de estoque, porque a reprensagem, às vezes, pode demorar até seis meses", diz Nicole Blonder, presidente do marketing e da produção de vinis, por e-mail. Embora a Mute tente se manter à frente, fazendo novos pedidos com grande antecedência, o selo ainda assim já chegou a ficar por meses sem um determinado disco em estoque. "Os fãs ficam frustrados, eles não compreendem, e a gente não é indiferente a isso", diz ela. "Isso, na melhor da hipóteses, gera ansiedade, e, na pior, prejudica as nossas finanças". Embora muitos distribuidores que trabalham com as grandes gravadoras estejam lucrando com a demanda maior, aqueles que trabalham apenas com as independentes também estão enfrentando dificuldades. Aaron Siegel, da FIT Distribution, em Detroit, não é exceção. Com uma lista de clientes que inclui selos de dance icônicos nos EUA como a Sound Signature, de Theo Parrish, e a Metroplex, de Juan Atkins, ele diz que teve de adotar algumas táticas para contornar os atrasos, e para administrar as expectativas entre as fábricas de prensagem e os impacientes donos de gravadoras. "As fábricas de prensagem ficam putas com gente que pergunta o tempo inteiro: 'Quando é que fica pronto?'", diz ele. "Eu não informo a data de lançamento; é difícil saber quando as coisas vão ficar prontas". Para que as empresas independentes do ramo sobrevivam e prosperem, é preciso encontrar alguma saída para esse congestionamento. É preciso haver gente nova e talentosa para continuar o trabalho de muitos artesãos habilidosos que lidavam com tarefas como a masterização e a galvanoplastia. São necessárias também novas fábricas de prensagem, novas máquinas de prensagem, e maneiras mais sustentáveis de produzi-las e conservá-las [o novo sistema da Newbilt Machinery é um ótimo começo, mas o custo ainda está na casa dos US$160 mil]. Talvez o mais importante, como previu Michael Serafini, seja que os consumidores se cansem de comprar edições de luxo e de colecionador, e que as grandes gravadoras parem de produzi-las. É claro, imaginar um mundo cheio de fábricas de prensagem com um maquinário reluzente de última geração e lag-times insignificantes é um tanto utópico. "Vai ter que ser alguém que realmente é apaixonado pela coisa", diz Justin Carter sobre os que aspiram a abrir fábricas. "A demanda excede a cadeia de distribuição, mas não é intensa o bastante para que se crie uma nova máquina de prensagem, o que provavelmente custaria milhões de dólares". Mesmo com as vendas aumentando, ainda estamos a um mundo de distância da era de ouro do vinil de 1973, quando a indústria de singles sozinha conseguia rendimentos de mais de milhões de dólares nos EUA. "Ainda que haja mais demanda pelo vinil, de quanto é esse aumento da demanda?", pergunta Carter. "Não estamos chegando nem perto da quantidade de discos produzidos durante a época em que, se você queria ouvir música, era obrigado a comprar um disco de vinil". Contudo, algumas pessoas ainda estão trazendo vida nova à indústria. Segundo uma entrevista à Pitchfork, há o rico aficionado por vinis Jack White, cujo selo Third Man Records tem planos de abrir uma fábrica de mil metros quadrados, com reluzentes máquinas novinhas, em Detroit. E, desde o ano passado, há uma operação semelhante em Kenilworth, Nova Jersey, chamada Sterodisk, que se descreve como "oficina-faz-de-tudo", e que inclui um estúdio de masterização e instalações de prensagem de discos. Ela foi aberta em 2015 pelo ex-funcionário de fábrica de prensagem Leandro Gonzales, do Brooklyn, e com apenas uma máquina semiautomática, a fábrica se especializa em prensagens de alta qualidade e pouco volume, trabalhando exclusivamente com selos independentes. Seja lá quais forem as mudanças de maré no mercado de música como um todo, uma coisa é certa: na comunidade da dance music propriamente dita, o vinil veio para ficar. Por e-mail, o artista americano do techno Ambivalent (também conhecido como L4-4A) sugere que os verdadeiros fãs de música e DJs sempre serão essencialmente colecionadores. "Todos os DJs que conheço que [tocam vinil] o fazem por amor e são fãs de coração", diz ele. "Um fã de verdade quer possuir uma coisa da qual ele pode se lembrar, que pode segurar nas mãos". Ele continua: "nunca parei de comprar vinis, ainda que eu também ouça músicas digitalmente, e isso é sempre um lembrete para mim de que o que importa não é a utilidade, não é a eficiência e nem a praticidade. O que importa é dar valor a algo que dura". Para os donos de gravadoras independentes que trabalham sem descanso para prensar e enviar seus discos, o que importa não é ganhar dinheiro rápido e vender milhões de discos de luxo; mais do que tudo, o que importa é colocar a música no mundo, em um formato que tenha um bom som e que pareça cheio de significado. "Há uma lista de prós e contras dos vinis, então de fato não é o melhor formato de todos os tempos, mas ele tem o seu tempo e o seu lugar", Tom admite para mim na Brooklyn Phono. "Se alguém dedicou muita energia à prensagem de um disco, e depois há uma galera de cinco ou dez mil pessoas curtindo esse disco - então isso é tudo o que importa". David Garber é o editor de homepage do THUMP. Mande para ele tudo o que encontrar de bom sobre vinil em seu Twitter. Tradução MÁRCIO STOCKLER Leia no site da Vice: Por que o 'boom do vinil' pode ser má notícia para a música eletrônica
ilustrada
Por que o 'boom do vinil' pode ser má notícia para a música eletrônicaDan Hill comanda a Above Board Distribution, uma empresa de Londres que lida com acordos de prensagem e distribuição, normalmente chamados de "acordos de P&D". Sua lista de clientes inclui selos icônicos como Crosstown Rebels, Rekids e Hotflush Recordings, que trabalham com a Above Board na prensagem e distribuição de discos para as lojas do varejo. Num momento em que as vendas de vinil nos EUA estão no ponto mais alto desde o surgimento do CD, em 1989 —chegando ao colossal número de nove milhões de álbuns vendidos na primeira metade de 2015, em comparação com 14 milhões em todo o ano de 2014— seria razoável supor que os negócios andam melhores do que nunca. Contudo, mesmo com as vendas disparadas, os selos independentes de dance que Dan representa —e a própria Above Board— muitas vezes têm a impressão de que seus discos estão se perdendo na multidão. "As gravadoras foram obrigadas a aceitar que agora o tempo de fabricação dos discos ficou muito maior", diz Dan por e-mail, fazendo referência aos tão noticiados atrasos na produção que assolam a indústria do vinil. Como ele explicou recentemente ao Guardian, as longas filas nas fábricas de prensagem de discos praticamente triplicaram o tempo de prensagem do catálogo da Above Board, que passou de cerca de quatro semanas para dois a três meses. "[Os atrasos] prejudicam o fluxo de caixa se você pagou um adiantamento ao artista, ou se gastou com o design gráfico ou a masterização", ele me explica, "e as gravadoras estão demorando muito mais para recuperar esse dinheiro". A sobrecarga de discos que contribui para esses atrasos —e que inunda as fábricas com pedidos adicionais— inclui discos pop de grande destaque, como o recordista 25, de Adele, que vendeu 22 mil discos de vinil em sua primeira semana, o terceiro melhor desempenho já registrado pela Nielsen. De acordo com o relatório de música de 2015 da Nielsen, Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, Abbey Road, dos Beatles, e Kind of Blues, de Miles Davis, chegaram ao top dez em matéria de vinis vendidos. A décima posição ficou com a trilha sonora de Guardiões da Galáxia. Como artigos vêm sugerindo há quase uma década, o vinil está em voga novamente; agora, porém, está alcançando um nível inédito de mainstream, e as corporações estão lucrando com isso. Há até uma série repleta de astros e estrelas na HBO, chamada, bem literalmente Vinyl. Hoje em dia é possível comprar discos praticamente em qualquer canto, desde lojas virtuais como Discogs, Juno e eBay, até lojas de discos locais e na, sim —Urban Outfitters, que, ao contrário do que muita gente pensa, na verdade não é a maior varejista do mundo. A campeã é a Amazon, que vendeu mais vitrolas do que qualquer outro produto de áudio para domicílios no período de festas de fim de ano de 2015. Na Grã-Bretanha, a maior revendedora de música, a HMV, vendeu uma vitrola por minuto na época do natal. Corre até a notícia de que a Whole Foods —e a rede de supermercados inglesa Tesco acrescentou discos ao seu estoque de produtos alimentícios. Após gerar um montante de US$ 222 milhões de renda total nos dois primeiros trimestres de 2015 —e manchetes sugerindo que serviços como Spotify e Apple Music, longe de massacrar as gravadoras na competição, talvez estejam, na verdade, contribuindo para as vendas crescentes do vinil com seus streams - há muito dinheiro flutuando por aí no negócio dos discos hoje em dia. Mas será que "boom do vinil", como os jornalistas o estão chamando, é realmente o melhor termo para entendermos essa maré de vendas? Ou será que o vinil está simplesmente sendo comercializado de outra forma, por empresas que têm mais poder do que a maioria das outras? E, se for esse o caso, qual é o impacto que isso tudo tem sobre os selos de dance music independentes? Como DJ de renome mundial e proprietário da seminal loja de discos especializada em house, a Gramaphone, de Chicago, Michael Serafini testemunhou em primeira mão as mudanças de maré nas vendas dos discos no decorrer da última década. Serafini não necessariamente compra a ideia do tal "boom do vinil, no sentido de que ele não acredita que os novos consumidores sendo cooptados realmente se importem com os discos enquanto meio. Pelo contrário, ele vê a mudança nas vendas como resultado da reformulação publicitária de discos clássicos feita pelas grandes gravadoras, no formato de itens de colecionador que chamam atenção, e dos varejistas não-especializados em música utilizarem o "fator cool" do meio para ajudar a vender outros itens. "O vinil é uma ferramenta de marketing para esses lugares", ele diz de empresas como a Urban Outfitters. "Eles têm os meios financeiros de estocar vinis de sucesso, sejam álbuns clássicos ou de EDM, e atrair gente jovem para pegar um disco e comprar um par de calças". "Eles não estão nem aí para [o que as pessoas estão] comprando, porque não ganham muito dinheiro com isso —o lance é mais chamar atenção para os produtos mais importantes", continua. "A música que eles vendem não é para um verdadeiro aficionado". Serafini talvez tenha razão: um estudo de 2015 realizado pela ICM Unlimited, de Londres, descobriu que 34% dos consumidores que compram discos nem sequer possuem ou utilizam uma vitrola. Quando conversei com ele pelo telefone, Dan Hill, da Above Board, disse ter percebido um aumento acentuado no número de discos clássicos relançados, em edições de colecionador, pelas grandes gravadoras em 2015, discos que, enfatizou ele, podem normalmente ser comprados por poucos dólares em sebos de discos. Depois de construir as primeiras máquinas de prensagem do mundo nos anos 60 —e então voltar as costas ao vinil para vender CDs e música digital no final da década de 90 e início da seguinte— as grandes gravadoras estão voltando para o mercado do vinil, e expulsando as independentes da linha de produção. "Quando começamos a trabalhar na Razor-N-Tape, o cronograma era de seis semanas, e agora já subiu para 12 semanas", diz JKriv, um dos responsáveis pelo selo independente do Brooklyn (o outro é Aaron Dae) por trás de sucessos das casas noturnas underground de artistas como Dimitri, de Paris. "Temos que trabalhar com lead-times muito mais longos do que antes". Como muitos outros selos de dance, a R-N-T sofreu as consequências do que JKriv descreve, em termos inequívocos, como o fenômeno de "as grandes gravadoras reeditarem porcarias inúteis que entopem as fábricas, que eram usadas principalmente por pequenas gravadoras como a nossa". Por causa dos atrasos, eles passaram a sofrer também a pressão de ter que providenciar os lançamentos que planejam vender no Record Store Day —uma celebração bianual do vinil que costuma marcar os dias de maior renda do ano tanto para as gravadoras quanto para as lojas de discos— com até sete meses de antecedência, devido a uma diretriz imposta pela organização. Mas, para gravadoras que trabalham na base de um disco por vez, planejar com tanta antecedência é uma tarefa difícil; são muitas as variáveis que têm de ser controladas, incluindo arte de capa, arquivos de masterização, e até mesmo as próprias produções. Embora a venda dos vinis de música eletrônica esteja, tecnicamente, aumentando —o relatório Nielsen do ano passado citou a venda de 572 mil LPs do gênero, em comparação as 249 mil cópias de 2012— o acentuado aumento em unidades vendidas dos últimos anos não leva em conta os selos menores e independentes, cujas finanças talvez estejam em declínio. E, tendo menos dinheiro em mãos, fica ainda mais difícil opor resistência às gordas verbas e pedidos volumosos que as grandes gravadoras fazem às fábricas. Resumindo, a atual infraestrutura de produção de vinil não tem como acompanhar a demanda; segundo dados coletados pelo proprietário da maior fábrica de prensagem do mundo, Tom Vermeulen, existem somente 50 fábricas de prensagem em todo o mundo, sendo 19 delas nos EUA. Embora se tenha visto nos Estados Unidos a abertura de um punhado de novas fábricas nos últimos cinco anos —incluindo a Stereodisk, em NJ, a Hit-Bound Manufacturing, em NY, e uma futura fábrica da Third Man Records em Detroit— poucos aspirantes a empreendedores têm qualquer pressa de abrir negócios, devido aos custos proibitivos do maquinário. O mundo dos discos é uma das raras indústrias que não evoluíram no compasso dos avanços tecnológicos; as máquinas funcionam com peças velhas e fora de produção. De acordo com um artigo da FACT publicado em 2015, uma única máquina de prensagem pode custar mais de US$100 mil, e sabe-se que as fábricas já chegaram a gastar US$5 mil em um único parafuso. Junto com as máquinas, muitas pessoas que realizam tarefas essenciais ao processo de prensagem, como galvanoplastia e masterização, estão envelhecendo e se aposentando. "As pessoas que masterizam discos sumiram da face da terra", diz Serafini. "Isso está afetando a música também, porque, quando se prensa coisas em vinil, é preciso garantir que sejam masterizadas do jeito certo, ou a qualidade sairá comprometida". Tom Vermeulen, que é dono da Record Industry —a fábrica de prensagem de vinil em Haarlem, na Holanda, que detém o título de maior fábrica em todo o mundo— testemunhou os efeitos que as grandes gravadoras tiveram sobre as filas de produção. Vermeulen comprou a empresa em 1998, uma época em que o negócio estava em um ponto alto na década, com as vendas rendendo cerca de US$150 milhões em todo o mundo por ano. Em 2006, os números haviam despencado para menos de 50 milhões de dólares, queda sem dúvida em parte devida à ascensão do compartilhamento de arquivos digitais. Ele comanda a fábrica até hoje, e faz negócios com todo mundo, desde as chamadas "três grandes" —Sony, Warner e Universal— até selos holandeses especializados em techno, como a Clone Records. A Record Industry produz cerca de 30 mil discos por dia, operando 33 prensas e também uma sala própria de masterização e corte; tudo —até mesmo a impressão das capas— é feito sob um único teto. Atualmente, a fábrica mantém um fluxo constante de produção das sete da manhã até onze da noite todos os dias, em dois turnos; Vermeulen conta que espera aumentar a produção para 50 mil discos por dia, com o acréscimo de um terceiro turno. Com as constantes ondas de pedidos, a Record Industry luta para satisfazer clientes impacientes, tanto os grandes quanto os indies. "[A demanda é] tanta que não conseguimos prensar tudo em tempo, e estamos andando para trás", diz ele. "Obviamente, as grandes usam muito da nossa capacidade, mas os selos menores também encomendam grandes quantidades". Do outro lado das águas, em um chuvoso dia de outono em Nova York, fiz uma visita à Brooklynphono, uma fábrica menor, propriedade da dupla de marido e mulher Fern e Tom Bernich, um casal de apaixonados pela dance music underground, que têm Levon Vincent, iconoclasta do techno de Nova York, como cliente e amigo. Quando estacionei no prédio de blocos de concreto no bairro de Sunset Park, situado no Brooklyn e passando por um veloz processo de elitização, uma pequena gravura em estêncil de uma vitrola na porta era o único sinal da atividade acontecendo lá dentro. Ao entrar, fui imediatamente atingido pelo cheiro de uma série de substâncias pungentes, complementado por uma orquestra de ruídos dos pistões das cinco prensas da fábrica, incluindo uma prensa de discos de sete polegadas que foi resgatada de um ferro-velho local. Fundada em 2005, a Brooklyn Phono é uma das três fábricas atualmente em funcionamento em Nova Yoork, sendo as outras a Brooklyn Vinyl Works e a Hit-Bound Manufacturing. (Após o fechamento, em 2012, de sua antiga fábrica no Brooklyn, a EKS, noticiou-se que o proprietário Will Socolov tem planos de abrir novas instalações na área). Tom e Fern estão no negócio há mais de dez anos, sobrevivendo à crise do final dos anos 2000 e chegando à movimentada época atual. Ao contrário da Record Industry, contudo, Fern diz que a demanda maior não teve muita influência sobre o tempo normal de produção - de dois a três meses. A Brooklynphono tem atualmente uma produção de dois mil discos de 12 polegadas e 750 a mil discos de sete polegadas por dia - todos prensados num único turno de oito horas. Com o passar dos anos, diz Tom, ele e Fern conseguiram otimizar a operação, de modo a aproveitar ao máximo seus turnos de trabalho, materiais e funcionários. Eles estruturaram sua empresa de modo a prolongar a sustentabilidade de suas máquinas, em vez de simplesmente prensar a maior quantidade possível. "A margem [de lucros] é muito menor para nós [do que é para as fábricas de maior porte], então, se você está prensando grandes quantidades e usa quatro ou cinco máquinas em vez de três, é possível ganhar algum dinheiro", diz Tom. "As de porte médio estão saudáveis, e as grandes empresas, com vinte máquinas ou mais, devem estar se saindo muito bem." De acordo com Tom, para fábricas de médio porte, como a Brooklynphono, o essencial para lucrar é cultivar um público fiel e não descuidar da qualidade. "Se você fizer um bom produto e cobrar um preço razoável, não vai fechar as portas", diz. A Brooklynphono não se nega a trabalhar com as grandes, mas a empresa se esforça para também atender os pedidos dos clientes menores e fiéis. "Temos a oportunidade de ganhar um bom dinheiro, e forrar o ninho para termos alguma proteção nos períodos de seca", diz Tom sobre trabalhar com as grandes. "Entendo aceitar mais trabalhos do que você consegue consumir e atrasar várias gravadoras menores que lhe mantiveram em funcionamento nas épocas mais paradas. Conseguimos um equilíbrio que nos permite atender todo mundo, mas cobramos um bônus das grandes, o que nos ajuda a não ficar para trás das [maiores fábricas] e talvez a conseguir um dinheiro extra para comprar mais uma máquina ou construir alguma coisa que ainda vai durar por uma década". Os selos de dance independentes têm suas próprias maneiras de sobreviver e prosperar em meio à sanha por discos. Justin Carter —cofundador (com Eamon Harkin) do coletivo organizador de festas e selo especializado em house e techno Mister Saturday Night, no Brooklyn— é um fanático pela cera. A dupla criou o selo em 2012; assim como acontece com as festas DIY que eles ocasionalmente organizam nas noites de sábado por toda a cidade (e em todos os domingos do verão), eles fizeram questão de fazer tudo pessoalmente, da produção dos negativos à distribuição. "Logo percebemos que existem esses congestionamentos no sistema de produção de discos nos Estados Unidos", conta Carter. "É uma indústria bastante capenga". Depois de alguns anos, a Mister Saturday Night se deu conta de que precisava de uma ajudinha para chegar ao início da fila de prensagem, especialmente em meio a outros selos que pagavam mais ou com maior antecedência. Mais à frente, em 2013, eles optaram por um acordo de produção com uma empresa chamada Crosstalk, à qual pagavam uma comissão pelo gerenciamento da produção e da manufatura, ao mesmo tempo mantendo completamente a propriedade sobre os discos, e trabalhando como distribuidores. Posteriormente, passaram para um acordo tradicional de P&D com uma empresa chamada FIT Distribution, de Detroit. Junto com esse acordo, a Mister Saturday Night adotou a estratégia de prensar dois discos simultaneamente. Isso lhes possibilitou uma maneira de se adiantar aos inevitáveis atrasos da prensagem, permitindo que estocassem prensagens com antecedência em relação às datas agendadas para os lançamentos, em vez de esperar que as prensagens chegassem uma de cada vez. A instituição britânica Mute Records, com décadas de história e lar de famosos artistas experimentais da música eletrônica como Depeche Mode e Moby, vivenciou os efeitos do congestionamento à sua própria maneira, principalmente enfrentando dificuldades em reabastecer os estoques de discos de sucesso. "Títulos como Hurry Up, We're Dreaming, do M83, sofreram com falta de estoque, porque a reprensagem, às vezes, pode demorar até seis meses", diz Nicole Blonder, presidente do marketing e da produção de vinis, por e-mail. Embora a Mute tente se manter à frente, fazendo novos pedidos com grande antecedência, o selo ainda assim já chegou a ficar por meses sem um determinado disco em estoque. "Os fãs ficam frustrados, eles não compreendem, e a gente não é indiferente a isso", diz ela. "Isso, na melhor da hipóteses, gera ansiedade, e, na pior, prejudica as nossas finanças". Embora muitos distribuidores que trabalham com as grandes gravadoras estejam lucrando com a demanda maior, aqueles que trabalham apenas com as independentes também estão enfrentando dificuldades. Aaron Siegel, da FIT Distribution, em Detroit, não é exceção. Com uma lista de clientes que inclui selos de dance icônicos nos EUA como a Sound Signature, de Theo Parrish, e a Metroplex, de Juan Atkins, ele diz que teve de adotar algumas táticas para contornar os atrasos, e para administrar as expectativas entre as fábricas de prensagem e os impacientes donos de gravadoras. "As fábricas de prensagem ficam putas com gente que pergunta o tempo inteiro: 'Quando é que fica pronto?'", diz ele. "Eu não informo a data de lançamento; é difícil saber quando as coisas vão ficar prontas". Para que as empresas independentes do ramo sobrevivam e prosperem, é preciso encontrar alguma saída para esse congestionamento. É preciso haver gente nova e talentosa para continuar o trabalho de muitos artesãos habilidosos que lidavam com tarefas como a masterização e a galvanoplastia. São necessárias também novas fábricas de prensagem, novas máquinas de prensagem, e maneiras mais sustentáveis de produzi-las e conservá-las [o novo sistema da Newbilt Machinery é um ótimo começo, mas o custo ainda está na casa dos US$160 mil]. Talvez o mais importante, como previu Michael Serafini, seja que os consumidores se cansem de comprar edições de luxo e de colecionador, e que as grandes gravadoras parem de produzi-las. É claro, imaginar um mundo cheio de fábricas de prensagem com um maquinário reluzente de última geração e lag-times insignificantes é um tanto utópico. "Vai ter que ser alguém que realmente é apaixonado pela coisa", diz Justin Carter sobre os que aspiram a abrir fábricas. "A demanda excede a cadeia de distribuição, mas não é intensa o bastante para que se crie uma nova máquina de prensagem, o que provavelmente custaria milhões de dólares". Mesmo com as vendas aumentando, ainda estamos a um mundo de distância da era de ouro do vinil de 1973, quando a indústria de singles sozinha conseguia rendimentos de mais de milhões de dólares nos EUA. "Ainda que haja mais demanda pelo vinil, de quanto é esse aumento da demanda?", pergunta Carter. "Não estamos chegando nem perto da quantidade de discos produzidos durante a época em que, se você queria ouvir música, era obrigado a comprar um disco de vinil". Contudo, algumas pessoas ainda estão trazendo vida nova à indústria. Segundo uma entrevista à Pitchfork, há o rico aficionado por vinis Jack White, cujo selo Third Man Records tem planos de abrir uma fábrica de mil metros quadrados, com reluzentes máquinas novinhas, em Detroit. E, desde o ano passado, há uma operação semelhante em Kenilworth, Nova Jersey, chamada Sterodisk, que se descreve como "oficina-faz-de-tudo", e que inclui um estúdio de masterização e instalações de prensagem de discos. Ela foi aberta em 2015 pelo ex-funcionário de fábrica de prensagem Leandro Gonzales, do Brooklyn, e com apenas uma máquina semiautomática, a fábrica se especializa em prensagens de alta qualidade e pouco volume, trabalhando exclusivamente com selos independentes. Seja lá quais forem as mudanças de maré no mercado de música como um todo, uma coisa é certa: na comunidade da dance music propriamente dita, o vinil veio para ficar. Por e-mail, o artista americano do techno Ambivalent (também conhecido como L4-4A) sugere que os verdadeiros fãs de música e DJs sempre serão essencialmente colecionadores. "Todos os DJs que conheço que [tocam vinil] o fazem por amor e são fãs de coração", diz ele. "Um fã de verdade quer possuir uma coisa da qual ele pode se lembrar, que pode segurar nas mãos". Ele continua: "nunca parei de comprar vinis, ainda que eu também ouça músicas digitalmente, e isso é sempre um lembrete para mim de que o que importa não é a utilidade, não é a eficiência e nem a praticidade. O que importa é dar valor a algo que dura". Para os donos de gravadoras independentes que trabalham sem descanso para prensar e enviar seus discos, o que importa não é ganhar dinheiro rápido e vender milhões de discos de luxo; mais do que tudo, o que importa é colocar a música no mundo, em um formato que tenha um bom som e que pareça cheio de significado. "Há uma lista de prós e contras dos vinis, então de fato não é o melhor formato de todos os tempos, mas ele tem o seu tempo e o seu lugar", Tom admite para mim na Brooklyn Phono. "Se alguém dedicou muita energia à prensagem de um disco, e depois há uma galera de cinco ou dez mil pessoas curtindo esse disco - então isso é tudo o que importa". David Garber é o editor de homepage do THUMP. Mande para ele tudo o que encontrar de bom sobre vinil em seu Twitter. Tradução MÁRCIO STOCKLER Leia no site da Vice: Por que o 'boom do vinil' pode ser má notícia para a música eletrônica
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Após 22 anos no poder, presidente da Gâmbia admite derrota eleitoral
O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, no poder há 22 anos, admitiu a derrota na eleição presidencial de quinta-feira para o candidato de uma coalizão da oposição, Adama Barrow, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral, Alieu Momar Njie. "É verdadeiramente excepcional que alguém que dirigiu o país por tanto tempo tenha aceitado a derrota", afirmou Njie aos jornalistas. Adama Barrow ficou primeiro lugar com 45,5% dos votos (263.515 votos), Yahya Jammeh, em segundo, com 36,6% (212.099) e Mama Kandeh, terceiro, obteve 17,8% dos votos (102.969 votos), assinalou o presidente da Comissão Eleitoral. A participação foi de 65% da população. "Declaro Adama Barrow legalmente eleito para servir como presidente da República da Gâmbia", proclamou Nije em um anúncio retransmitido pela televisão pública. "Pedimos que todos respeitem a paz, a tolerância e a tranquilidade já que, como podem ver na ocasião destes resultados, teremos uma mudança de governo", acrescentou. As ruas de Banjul foram cenário de manifestações de alegria, segundo jornalistas da AFP. Quase 890 mil gambianos - de dois milhões de habitantes - estavam registrados para escolher entre Yahya Jammeh, Adama Barrow e Mama Kandeh. Yahya Jammeh, que tentava o quinto mandato, chegou ao poder com um golpe de Estado em 1994. Foi eleito pela primeira vez em 1996 e reeleito desde então a cada cinco anos.
mundo
Após 22 anos no poder, presidente da Gâmbia admite derrota eleitoralO presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, no poder há 22 anos, admitiu a derrota na eleição presidencial de quinta-feira para o candidato de uma coalizão da oposição, Adama Barrow, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral, Alieu Momar Njie. "É verdadeiramente excepcional que alguém que dirigiu o país por tanto tempo tenha aceitado a derrota", afirmou Njie aos jornalistas. Adama Barrow ficou primeiro lugar com 45,5% dos votos (263.515 votos), Yahya Jammeh, em segundo, com 36,6% (212.099) e Mama Kandeh, terceiro, obteve 17,8% dos votos (102.969 votos), assinalou o presidente da Comissão Eleitoral. A participação foi de 65% da população. "Declaro Adama Barrow legalmente eleito para servir como presidente da República da Gâmbia", proclamou Nije em um anúncio retransmitido pela televisão pública. "Pedimos que todos respeitem a paz, a tolerância e a tranquilidade já que, como podem ver na ocasião destes resultados, teremos uma mudança de governo", acrescentou. As ruas de Banjul foram cenário de manifestações de alegria, segundo jornalistas da AFP. Quase 890 mil gambianos - de dois milhões de habitantes - estavam registrados para escolher entre Yahya Jammeh, Adama Barrow e Mama Kandeh. Yahya Jammeh, que tentava o quinto mandato, chegou ao poder com um golpe de Estado em 1994. Foi eleito pela primeira vez em 1996 e reeleito desde então a cada cinco anos.
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Temer erra e anuncia reabertura de mercado que não embargou carne
O presidente Michel Temer cometeu uma gafe nesta quarta-feira (29) e anunciou a reabertura de um mercado estrangeiro que não havia embargado oficialmente a compra da carne brasileira. Em discurso no Palácio do Planalto, o peemedebista afirmou que o escritório veterinário do Irã comunicou à embaixada brasileira no país do Oriente Médio a "reabertura para o mercado brasileiro". A lista do Ministério da Agricultura atualizada sobre a situação dos mercados internacionais, contudo, não aponta o Irã nem como um país que determinou embargo nem que estabeleceu suspensão. Segundo a pasta, o país havia pedido apenas informações sobre as condições da proteína animal, assim como Israel e Rússia. "O ministro Blairo Maggi [Agricultura] deixou que eu anunciasse que, depois que a China e o Chile tomaram providência de não embargar, ainda hoje, agora pouco, o escritório veterinário do Irã comunicou a embaixada do Brasil naquele país sobre a reabertura do mercado brasileiro. Convenhamos, são US$ 380 milhões e é um mercado importante para o Brasil", disse. Em entrevista à imprensa, após o evento, o secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Rangel, reconheceu que o Irã não estabeleceu nenhum embargo oficial à carne brasileira. Segundo ele, houve, na verdade, um pedido de esclarecimento sobre pontos específicos sobre o mercado brasileiro. Ele ressaltou que um documento com esclarecimentos será remetido ao país "no máximo amanhã". "Realmente, o embargo oficial não aconteceu e esse pedido de procedimento vem ocorrendo sistematicamente", afirmou. O ministro da Agricultura reafirmou que oficialmente não houve embargo, mas que, com o pedido de informação, não foram feitos durante a semana abates de animais destinados ao país do Oriente Médio. O presidente assinou nesta quarta-feira (29) decreto de revisão do regulamento de inspeção industrial e sanitária de origem animal. O objetivo da iniciativa é aumentar punição a empresas fraudadoras e diminuir o poder de fiscais sanitários. Em discurso, o ministro ressaltou que, com a queda de embargos estrangeiros, o desafio agora é tentar reconquistar os mercados estrangeiros. "Acho que vencemos uma boa parte da batalha e tem uma nova daqui para a frente que é a reconquista dos mercados", disse. Com esse objetivo, o ministro programou viagem em maio para China, Emirados Árabes, Arábia Saudita e para países europeus.
mercado
Temer erra e anuncia reabertura de mercado que não embargou carneO presidente Michel Temer cometeu uma gafe nesta quarta-feira (29) e anunciou a reabertura de um mercado estrangeiro que não havia embargado oficialmente a compra da carne brasileira. Em discurso no Palácio do Planalto, o peemedebista afirmou que o escritório veterinário do Irã comunicou à embaixada brasileira no país do Oriente Médio a "reabertura para o mercado brasileiro". A lista do Ministério da Agricultura atualizada sobre a situação dos mercados internacionais, contudo, não aponta o Irã nem como um país que determinou embargo nem que estabeleceu suspensão. Segundo a pasta, o país havia pedido apenas informações sobre as condições da proteína animal, assim como Israel e Rússia. "O ministro Blairo Maggi [Agricultura] deixou que eu anunciasse que, depois que a China e o Chile tomaram providência de não embargar, ainda hoje, agora pouco, o escritório veterinário do Irã comunicou a embaixada do Brasil naquele país sobre a reabertura do mercado brasileiro. Convenhamos, são US$ 380 milhões e é um mercado importante para o Brasil", disse. Em entrevista à imprensa, após o evento, o secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Rangel, reconheceu que o Irã não estabeleceu nenhum embargo oficial à carne brasileira. Segundo ele, houve, na verdade, um pedido de esclarecimento sobre pontos específicos sobre o mercado brasileiro. Ele ressaltou que um documento com esclarecimentos será remetido ao país "no máximo amanhã". "Realmente, o embargo oficial não aconteceu e esse pedido de procedimento vem ocorrendo sistematicamente", afirmou. O ministro da Agricultura reafirmou que oficialmente não houve embargo, mas que, com o pedido de informação, não foram feitos durante a semana abates de animais destinados ao país do Oriente Médio. O presidente assinou nesta quarta-feira (29) decreto de revisão do regulamento de inspeção industrial e sanitária de origem animal. O objetivo da iniciativa é aumentar punição a empresas fraudadoras e diminuir o poder de fiscais sanitários. Em discurso, o ministro ressaltou que, com a queda de embargos estrangeiros, o desafio agora é tentar reconquistar os mercados estrangeiros. "Acho que vencemos uma boa parte da batalha e tem uma nova daqui para a frente que é a reconquista dos mercados", disse. Com esse objetivo, o ministro programou viagem em maio para China, Emirados Árabes, Arábia Saudita e para países europeus.
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Ferrari e Red Bull superam Mercedes no último treino livre em Cingapura
A Ferrari colocou seus dois pilotos na frente na última sessão de treinos livres para o GP de Cingapura, realizada no fim da tarde deste sábado (horário local). O melhor tempo do treino foi de Sebastian Vettel, que marcou sua melhor volta em 1min45s682. Vettel foi exatos 0s450 mais veloz que seu companheiro de time, Kimi Raikkonen (1min46s132). A Red Bull veio logo atrás, com Daniil Kvyat em terceiro (1min46s167) e Daniel Ricciardo (1min46s359) na quarta colocação. A dupla da Mercedes, que já havia sofrido na sexta-feira para marcar boas voltas, veio na sequência. Líder do Mundial deste ano, Lewis Hamilton cravou o quinto melhor tempo do dia ao marcar 1min46s802. Seu companheiro de equipe e segundo na classificação do campeonato, Nico Rosebrg, fez o sexto tempo em 1min47s223. Fernando Alonso colocou a McLaren em sétimo lugar, imediatamente à frente da dupla da Toro Rosso, com Carlos Sainz em oitavo e Max Verstappen na nona colocação. Marcus Ericsson, da Sauber, fechou o top 10. Dentre os brasileiros na F-1, o mais bem colocado neste sábado foi Felipe Massa. O piloto da Williams ficou na 14ª posição ao cravar 1min47s733.   Já Felipe Nasr, da Sauber, fechou a sessão no 18ª posto. O brasileiro anotou sua melhor volta em 1min48s932. O treino que define o grid de largada da 13ª etapa do Mundial deste ano será realizado neste sábado, a partir das 10h (de Brasília). A corrida, no domingo, acontece uma hora mais cedo. VEJA AS FUNÇÕES DE UM VOLANTE DE F-1 Confira as principais funções do volante da F-1 2015
esporte
Ferrari e Red Bull superam Mercedes no último treino livre em CingapuraA Ferrari colocou seus dois pilotos na frente na última sessão de treinos livres para o GP de Cingapura, realizada no fim da tarde deste sábado (horário local). O melhor tempo do treino foi de Sebastian Vettel, que marcou sua melhor volta em 1min45s682. Vettel foi exatos 0s450 mais veloz que seu companheiro de time, Kimi Raikkonen (1min46s132). A Red Bull veio logo atrás, com Daniil Kvyat em terceiro (1min46s167) e Daniel Ricciardo (1min46s359) na quarta colocação. A dupla da Mercedes, que já havia sofrido na sexta-feira para marcar boas voltas, veio na sequência. Líder do Mundial deste ano, Lewis Hamilton cravou o quinto melhor tempo do dia ao marcar 1min46s802. Seu companheiro de equipe e segundo na classificação do campeonato, Nico Rosebrg, fez o sexto tempo em 1min47s223. Fernando Alonso colocou a McLaren em sétimo lugar, imediatamente à frente da dupla da Toro Rosso, com Carlos Sainz em oitavo e Max Verstappen na nona colocação. Marcus Ericsson, da Sauber, fechou o top 10. Dentre os brasileiros na F-1, o mais bem colocado neste sábado foi Felipe Massa. O piloto da Williams ficou na 14ª posição ao cravar 1min47s733.   Já Felipe Nasr, da Sauber, fechou a sessão no 18ª posto. O brasileiro anotou sua melhor volta em 1min48s932. O treino que define o grid de largada da 13ª etapa do Mundial deste ano será realizado neste sábado, a partir das 10h (de Brasília). A corrida, no domingo, acontece uma hora mais cedo. VEJA AS FUNÇÕES DE UM VOLANTE DE F-1 Confira as principais funções do volante da F-1 2015
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Volvo e Uber anunciam parceria para desenvolvimento de carros autônomos
O Uber e a Volvo vão investir US$ 300 milhões no desenvolvimento de carros autoguiados, em um projeto que elas descrevem como primeiro passo em uma parceria entre o app de serviços de carros e a montadora sueca de automóveis premium. As duas companhias desenvolverão juntas um novo veículo que servirá como táxi autoguiado para o Uber e como carro completamente autônomo, com motorista, para a Volvo. A parceria sublinha de que maneira o advento dos carros autoguiados está mudando rapidamente a indústria automobilística, forçando as start-ups de tecnologia e as montadoras tradicionais a decidir se colaborarão ou competirão. A decisão do Uber de escolher a Volvo como parceira de desenvolvimento é uma vitória para a montadora sueca mais conhecida por seu foco na segurança. "Vemos o acordo como primeiro passo em uma parceria industrial de longo prazo", disse Hakan Samuelsson, presidente-executivo da Volvo, ao "Financial Times". Ele acrescentou que mapas inteligentes podem ser outra área de futura cooperação entre as duas empresas. O Uber começará a comprar o utilitário esportivo XC90, da Volvo, neste ano, e no futuro adicionará seu módulo de controle para permitir que o carro funcione sem motorista. O esforço do Uber para desenvolver carros autoguiados começou no ano passado, quando a empresa contratou dezenas de pesquisadores do departamento de robótica da Universidade Carnegie Mellon e criou um centro de pesquisas, em Pittsburgh. Os esforços são comandados por um grupo que inclui o vice-presidente de produtos Jeff Holden, vindo da Amazon. Um componente da pesquisa de carros autoguiados do Uber é desenvolver mapas e software de mapeamento, e a companhia está preparada para investir US$ 500 milhões em esforços de mapeamento em todo o mundo. O Uber já tem veículos de mapeamento recolhendo imagens e dados nas estradas dos Estados Unidos e México. Nos últimos seis meses, o Uber vinha negociando com múltiplas montadoras de automóveis para escolher seu parceiro inicial no desenvolvimento de veículos autoguiados. O primeiro veículo autoguiado de teste do Uber, que vem circulando pelas ruas de Pittsburgh desde maio, é um híbrido Ford Fusion A. Travis Kalanick, o presidente-executivo do Uber, disse que "a Volvo é líder em desenvolvimento de veículos e a melhor do setor no que tange à segurança. Ao combinar as capacidades do Uber e da Volvo chegaremos mais rápido ao futuro, juntos". Para as montadoras de automóveis, parcerias com as empresas de serviços de carros como o Uber e a Lyft se tornaram mais comuns, como forma de se protegerem contra um possível declínio na propriedade pessoal de carros. A Toyota e a Tata Capital, a divisão de serviços financeiros do Tata Group, da Índia, investiram no Uber, enquanto a GM investiu US$ 500 milhões na Lyft alguns meses atrás. A Volkswagen adquiriu participação acionária de US$ 300 milhões no Gett, o app israelense de serviços de carros. Samuelsson disse que a parceria reduziria à metade os custos de desenvolvimento de tecnologia muito necessária à Volvo, e elevaria seu volume de vendas por conta dos carros vendidos ao Uber. Ele sublinhou de que maneira a condução autônoma e o desenvolvimento dos veículos elétricos estavam remodelando a indústria automobilística. "Isso realmente mudará o negócio de uma maneira que não vimos em anos. É por isso que essa parceria é tão importante para nós". A complexidade da construção de carros também levou empresas de tecnologia a buscarem aproximação com as montadoras. Samuelsson acrescentou: "As empresas de tecnologia chegaram à conclusão de que não é preciso começar produzindo o carro todo. Pode-se começar por um carro já existente e desenvolvê-lo". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Volvo e Uber anunciam parceria para desenvolvimento de carros autônomosO Uber e a Volvo vão investir US$ 300 milhões no desenvolvimento de carros autoguiados, em um projeto que elas descrevem como primeiro passo em uma parceria entre o app de serviços de carros e a montadora sueca de automóveis premium. As duas companhias desenvolverão juntas um novo veículo que servirá como táxi autoguiado para o Uber e como carro completamente autônomo, com motorista, para a Volvo. A parceria sublinha de que maneira o advento dos carros autoguiados está mudando rapidamente a indústria automobilística, forçando as start-ups de tecnologia e as montadoras tradicionais a decidir se colaborarão ou competirão. A decisão do Uber de escolher a Volvo como parceira de desenvolvimento é uma vitória para a montadora sueca mais conhecida por seu foco na segurança. "Vemos o acordo como primeiro passo em uma parceria industrial de longo prazo", disse Hakan Samuelsson, presidente-executivo da Volvo, ao "Financial Times". Ele acrescentou que mapas inteligentes podem ser outra área de futura cooperação entre as duas empresas. O Uber começará a comprar o utilitário esportivo XC90, da Volvo, neste ano, e no futuro adicionará seu módulo de controle para permitir que o carro funcione sem motorista. O esforço do Uber para desenvolver carros autoguiados começou no ano passado, quando a empresa contratou dezenas de pesquisadores do departamento de robótica da Universidade Carnegie Mellon e criou um centro de pesquisas, em Pittsburgh. Os esforços são comandados por um grupo que inclui o vice-presidente de produtos Jeff Holden, vindo da Amazon. Um componente da pesquisa de carros autoguiados do Uber é desenvolver mapas e software de mapeamento, e a companhia está preparada para investir US$ 500 milhões em esforços de mapeamento em todo o mundo. O Uber já tem veículos de mapeamento recolhendo imagens e dados nas estradas dos Estados Unidos e México. Nos últimos seis meses, o Uber vinha negociando com múltiplas montadoras de automóveis para escolher seu parceiro inicial no desenvolvimento de veículos autoguiados. O primeiro veículo autoguiado de teste do Uber, que vem circulando pelas ruas de Pittsburgh desde maio, é um híbrido Ford Fusion A. Travis Kalanick, o presidente-executivo do Uber, disse que "a Volvo é líder em desenvolvimento de veículos e a melhor do setor no que tange à segurança. Ao combinar as capacidades do Uber e da Volvo chegaremos mais rápido ao futuro, juntos". Para as montadoras de automóveis, parcerias com as empresas de serviços de carros como o Uber e a Lyft se tornaram mais comuns, como forma de se protegerem contra um possível declínio na propriedade pessoal de carros. A Toyota e a Tata Capital, a divisão de serviços financeiros do Tata Group, da Índia, investiram no Uber, enquanto a GM investiu US$ 500 milhões na Lyft alguns meses atrás. A Volkswagen adquiriu participação acionária de US$ 300 milhões no Gett, o app israelense de serviços de carros. Samuelsson disse que a parceria reduziria à metade os custos de desenvolvimento de tecnologia muito necessária à Volvo, e elevaria seu volume de vendas por conta dos carros vendidos ao Uber. Ele sublinhou de que maneira a condução autônoma e o desenvolvimento dos veículos elétricos estavam remodelando a indústria automobilística. "Isso realmente mudará o negócio de uma maneira que não vimos em anos. É por isso que essa parceria é tão importante para nós". A complexidade da construção de carros também levou empresas de tecnologia a buscarem aproximação com as montadoras. Samuelsson acrescentou: "As empresas de tecnologia chegaram à conclusão de que não é preciso começar produzindo o carro todo. Pode-se começar por um carro já existente e desenvolvê-lo". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Brasil tem fuga recorde de investidores estrangeiros em dezembro
Os investidores estrangeiros retiraram US$ 14,542 bilhões de aplicações financeiras do país em dezembro, mês marcado pela desvalorização de moedas de países emergentes, como o rublo russo, além do derretimento do preço do petróleo. Foi a maior debandada desse tipo de investidor já registrada no país, superando momentos como o da crise global em 2008 e a desvalorização do real de 1999. O rombo, que desconta os ingressos de recursos, é o maior desde 1982, quando o Banco Central iniciou a pesquisa. Sazonalmente, dezembro costuma ser um mês ruim para o fluxo de capital do Brasil para o exterior devido às remessas de lucros das multinacionais para suas matrizes, além de acertos anuais dos fundos de investimento. Neste ano, a situação piorou porque secou a captação de recursos das empresas brasileiras no exterior devido ao escândalo da Petrobras. Desde setembro, só a Rio Oil se atreveu a fazer uma captação no exterior, de US$ 1,1 bilhão, com juros de 6,75%, considerados elevados. A saída de recursos derruba o real em relação ao dólar. Em dezembro, a divisa norte-americana subiu 2,89% –de R$ 2,57 para R$ 2,641. Em 2014, a conta que mede os ingressos e as saídas de recursos do país (conhecida como fluxo cambial) fechou no vermelho pelo segundo ano seguido. O país registrou uma saída líquida de entradas de US$ 9,827 bilhões. Apesar de elevado, o volume é menor do que os US$ 12,261 bilhões do ano anterior. O fluxo cambial mede tanto as transações financeiras quanto os pagamentos do comércio exterior. Nas parte financeira, os estrangeiros retiraram US$ 13,424 bilhões do país em 2014. Esse rombo foi amenizado pela entrada de US$ 4,137 bilhões do comércio exterior, como adiantamento a exportadores. "O fluxo cambial reflete o sentimento do mundo com relação ao Brasil. Além de o cenário não ser favorável a novos investimentos, as empresas também não conseguiram buscar recursos no exterior", disse Arnaldo Curvello, diretor de gestão da Ativa. "Estamos observando uma reversão da tendência dos investimentos diretos e de portfólio dos emergentes para os EUA", disse Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentágono. No dia 2, primeiro dia útil do ano, houve uma saída de US$ 1,087 bilhão. MERCADOS Nesta quarta (7), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,15%, cotado em R$ 2,695. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com alta de 3,05%, amparado pelo bom desempenho de papéis de bancos, Petrobras, Vale e siderúrgicas, além do clima de menor aversão ao risco nos mercados internacionais.
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Brasil tem fuga recorde de investidores estrangeiros em dezembroOs investidores estrangeiros retiraram US$ 14,542 bilhões de aplicações financeiras do país em dezembro, mês marcado pela desvalorização de moedas de países emergentes, como o rublo russo, além do derretimento do preço do petróleo. Foi a maior debandada desse tipo de investidor já registrada no país, superando momentos como o da crise global em 2008 e a desvalorização do real de 1999. O rombo, que desconta os ingressos de recursos, é o maior desde 1982, quando o Banco Central iniciou a pesquisa. Sazonalmente, dezembro costuma ser um mês ruim para o fluxo de capital do Brasil para o exterior devido às remessas de lucros das multinacionais para suas matrizes, além de acertos anuais dos fundos de investimento. Neste ano, a situação piorou porque secou a captação de recursos das empresas brasileiras no exterior devido ao escândalo da Petrobras. Desde setembro, só a Rio Oil se atreveu a fazer uma captação no exterior, de US$ 1,1 bilhão, com juros de 6,75%, considerados elevados. A saída de recursos derruba o real em relação ao dólar. Em dezembro, a divisa norte-americana subiu 2,89% –de R$ 2,57 para R$ 2,641. Em 2014, a conta que mede os ingressos e as saídas de recursos do país (conhecida como fluxo cambial) fechou no vermelho pelo segundo ano seguido. O país registrou uma saída líquida de entradas de US$ 9,827 bilhões. Apesar de elevado, o volume é menor do que os US$ 12,261 bilhões do ano anterior. O fluxo cambial mede tanto as transações financeiras quanto os pagamentos do comércio exterior. Nas parte financeira, os estrangeiros retiraram US$ 13,424 bilhões do país em 2014. Esse rombo foi amenizado pela entrada de US$ 4,137 bilhões do comércio exterior, como adiantamento a exportadores. "O fluxo cambial reflete o sentimento do mundo com relação ao Brasil. Além de o cenário não ser favorável a novos investimentos, as empresas também não conseguiram buscar recursos no exterior", disse Arnaldo Curvello, diretor de gestão da Ativa. "Estamos observando uma reversão da tendência dos investimentos diretos e de portfólio dos emergentes para os EUA", disse Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentágono. No dia 2, primeiro dia útil do ano, houve uma saída de US$ 1,087 bilhão. MERCADOS Nesta quarta (7), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,15%, cotado em R$ 2,695. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com alta de 3,05%, amparado pelo bom desempenho de papéis de bancos, Petrobras, Vale e siderúrgicas, além do clima de menor aversão ao risco nos mercados internacionais.
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Bombeiros encontram avião e corpos de dois desaparecidos em Paraty (RJ)
Os bombeiros encontraram na manhã desta segunda-feira (4) a aeronave e os corpos do piloto e copiloto no Morro do Corumbê, na região de Paraty (RJ), que haviam desaparecidos na tarde deste domingo (3). Os nomes do comandante Sidney Prado Dantas e do co-piloto Bruno da Costa Pereira divulgados pelo grupo proprietário da aeronave, que veiculou uma nota de pesar. O avião pertencia ao Grupo Shibata, que tem supermercados em São Paulo. "O Grupo lamenta a perda de duas vidas humanas e estende os mais profundos e sinceros votos de pesar às famílias enlutadas", diz o comunicado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os corpos e a aeronave foram localizados por volta das 10h a cerca de 1h30 de caminhada da entrada do Morro do Corumbê. Os bombeiros estão no local e aguardam a realização da perícia. A assessoria de imprensa dos bombeiros não soube informar se os corpos estavam dentro ou fora da aeronave. O avião de pequeno porte, modelo turbo-hélice (King Air) prefixo PP-LMM, saiu do aeroporto de Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, às 13h34, e deveria pousar às 14h15, em Paraty, no litoral sul fluminense. Agentes do aeroporto de Paraty afirmam ter percebido a aproximação de uma aeronave, mas ela não pousou. No horário, chovia muito na região e havia pouca visibilidade na pista. Moradores da região relataram aos bombeiros que ouviram o barulho de uma aeronave voando baixo e, logo após, um estrondo em uma área de mata fechada. As buscas começaram no final da tarde deste domingo, mas foram suspensas ao anoitecer. Segundo o aeroporto de Paraty e os bombeiros, o piloto e o copiloto eram as únicas pessoas a bordo. Eles iriam buscar um executivo de uma rede de supermercados, que arrendou o avião. A aeronave está concedida para a rede paulista de supermercados Shibata. Na manhã desta segunda, militares do Esquadrão Pelicano da FAB (Força Aérea Brasileira) se uniram ao Corpo de Bombeiros de Paraty para auxiliar nas buscas pelos desaparecidos. De acordo com a FAB, o esquadrão, baseado em Mato Grosso do Sul, é especializado em busca e salvamento. Ao menos 30 bombeiros participaram das buscas.
cotidiano
Bombeiros encontram avião e corpos de dois desaparecidos em Paraty (RJ)Os bombeiros encontraram na manhã desta segunda-feira (4) a aeronave e os corpos do piloto e copiloto no Morro do Corumbê, na região de Paraty (RJ), que haviam desaparecidos na tarde deste domingo (3). Os nomes do comandante Sidney Prado Dantas e do co-piloto Bruno da Costa Pereira divulgados pelo grupo proprietário da aeronave, que veiculou uma nota de pesar. O avião pertencia ao Grupo Shibata, que tem supermercados em São Paulo. "O Grupo lamenta a perda de duas vidas humanas e estende os mais profundos e sinceros votos de pesar às famílias enlutadas", diz o comunicado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os corpos e a aeronave foram localizados por volta das 10h a cerca de 1h30 de caminhada da entrada do Morro do Corumbê. Os bombeiros estão no local e aguardam a realização da perícia. A assessoria de imprensa dos bombeiros não soube informar se os corpos estavam dentro ou fora da aeronave. O avião de pequeno porte, modelo turbo-hélice (King Air) prefixo PP-LMM, saiu do aeroporto de Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, às 13h34, e deveria pousar às 14h15, em Paraty, no litoral sul fluminense. Agentes do aeroporto de Paraty afirmam ter percebido a aproximação de uma aeronave, mas ela não pousou. No horário, chovia muito na região e havia pouca visibilidade na pista. Moradores da região relataram aos bombeiros que ouviram o barulho de uma aeronave voando baixo e, logo após, um estrondo em uma área de mata fechada. As buscas começaram no final da tarde deste domingo, mas foram suspensas ao anoitecer. Segundo o aeroporto de Paraty e os bombeiros, o piloto e o copiloto eram as únicas pessoas a bordo. Eles iriam buscar um executivo de uma rede de supermercados, que arrendou o avião. A aeronave está concedida para a rede paulista de supermercados Shibata. Na manhã desta segunda, militares do Esquadrão Pelicano da FAB (Força Aérea Brasileira) se uniram ao Corpo de Bombeiros de Paraty para auxiliar nas buscas pelos desaparecidos. De acordo com a FAB, o esquadrão, baseado em Mato Grosso do Sul, é especializado em busca e salvamento. Ao menos 30 bombeiros participaram das buscas.
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EUA enviaram US$ 400 mi ao Irã após libertação de 4 americanos, diz jornal
O governo dos EUA enviou secretamente, por avião, o equivalente a US$ 400 milhões (R$ 1,3 bilhão) em dinheiro vivo para o Irã, em um voo que coincidiu com o anúncio da libertação de quatro americanos presos no país persa, segundo reportagem divulgada nesta terça-feira (2) pelo "The Wall Street Journal". O diário americano cita como fontes funcionários dos EUA e de governos da Europa informados sobre a operação. Segundo esses funcionários, cédulas de francos suíços, euros e outras moedas foram empilhadas em estrados de madeira dentro de um avião cargueiro sem identificação. O dinheiro foi obtido pelos EUA em bancos da Holanda e da Suíça, de acordo com o "WSJ". Pelos embargos americanos vigentes contra o Irã, nenhuma transação comercial com Teerã pode ser feita em dólares, e as sanções dificultam o acesso dos iranianos ao sistema bancário global. Esse montante representava a primeira parcela de um acerto de US$ 1,7 bilhão (R$ 5,5 bilhões) que o governo de Barack Obama havia fechado com Teerã para encerrar um impasse de décadas sobre um fracassado acordo de armas assinado pouco antes da Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá iraniano Reza Pahlevi. O jornal lembra que o fim dessa disputa comercial também coincidiu com o início da implementação do acordo nuclear entre Washington, Teerã e outras potências atômicas. Em 17 de janeiro deste ano, Obama afirmou: "Com o acordo nuclear concluído e os prisioneiros soltos, era a hora certa de também resolver essa disputa". O presidente, porém, não mencionou em seu discurso o envio dos US$ 400 milhões. O prisioneiro mais conhecido entre os libertados pelo Irã em janeiro era o jornalista Jason Rezaian, então correspondente do jornal "The Washington Post" em Teerã. Ele havia sido capturado em julho de 2014 e condenado em novembro de 2015 por suposta espionagem e propaganda contra o governo iraniano. A mulher de Rezaian, a também jornalista Yeganeh Salehi, também chegou a ser detida junto com ele, mas foi liberada dias depois. WASHINGTON NEGA 'FIANÇA' Ouvidos pelo "WSJ", funcionários do governo americano negaram relação entre o envio dos US$ 400 milhões e a libertação dos prisioneiros. "As negociações do acordo foram completamente separadas das conversas sobre o retorno dos cidadãos americanos", disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado. Funcionários em Washington reconhecem, porém, que os negociadores iranianos queriam dinheiro no acordo dos prisioneiros para mostrar algum ganho concreto. À época, a imprensa oficial iraniana citou membros da Defesa do país descrevendo este pagamento como uma fiança. A chancelaria iraniana não respondeu aos pedidos de entrevista do "WSJ".
mundo
EUA enviaram US$ 400 mi ao Irã após libertação de 4 americanos, diz jornalO governo dos EUA enviou secretamente, por avião, o equivalente a US$ 400 milhões (R$ 1,3 bilhão) em dinheiro vivo para o Irã, em um voo que coincidiu com o anúncio da libertação de quatro americanos presos no país persa, segundo reportagem divulgada nesta terça-feira (2) pelo "The Wall Street Journal". O diário americano cita como fontes funcionários dos EUA e de governos da Europa informados sobre a operação. Segundo esses funcionários, cédulas de francos suíços, euros e outras moedas foram empilhadas em estrados de madeira dentro de um avião cargueiro sem identificação. O dinheiro foi obtido pelos EUA em bancos da Holanda e da Suíça, de acordo com o "WSJ". Pelos embargos americanos vigentes contra o Irã, nenhuma transação comercial com Teerã pode ser feita em dólares, e as sanções dificultam o acesso dos iranianos ao sistema bancário global. Esse montante representava a primeira parcela de um acerto de US$ 1,7 bilhão (R$ 5,5 bilhões) que o governo de Barack Obama havia fechado com Teerã para encerrar um impasse de décadas sobre um fracassado acordo de armas assinado pouco antes da Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá iraniano Reza Pahlevi. O jornal lembra que o fim dessa disputa comercial também coincidiu com o início da implementação do acordo nuclear entre Washington, Teerã e outras potências atômicas. Em 17 de janeiro deste ano, Obama afirmou: "Com o acordo nuclear concluído e os prisioneiros soltos, era a hora certa de também resolver essa disputa". O presidente, porém, não mencionou em seu discurso o envio dos US$ 400 milhões. O prisioneiro mais conhecido entre os libertados pelo Irã em janeiro era o jornalista Jason Rezaian, então correspondente do jornal "The Washington Post" em Teerã. Ele havia sido capturado em julho de 2014 e condenado em novembro de 2015 por suposta espionagem e propaganda contra o governo iraniano. A mulher de Rezaian, a também jornalista Yeganeh Salehi, também chegou a ser detida junto com ele, mas foi liberada dias depois. WASHINGTON NEGA 'FIANÇA' Ouvidos pelo "WSJ", funcionários do governo americano negaram relação entre o envio dos US$ 400 milhões e a libertação dos prisioneiros. "As negociações do acordo foram completamente separadas das conversas sobre o retorno dos cidadãos americanos", disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado. Funcionários em Washington reconhecem, porém, que os negociadores iranianos queriam dinheiro no acordo dos prisioneiros para mostrar algum ganho concreto. À época, a imprensa oficial iraniana citou membros da Defesa do país descrevendo este pagamento como uma fiança. A chancelaria iraniana não respondeu aos pedidos de entrevista do "WSJ".
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Por que o desemprego continua tão baixo?
O comportamento do desemprego tem intrigado analistas nos últimos meses. Apesar da clara desaceleração da economia, a taxa de desemprego continua declinando mês a mês. Por que será que isso está acontecendo? Esse fenômeno decorre de vários motivos. O primeiro é a queda no ritmo do crescimento da população. A taxa de expansão da população adulta declinou de cerca de 3% ao ano, na década de 1980, para os atuais 2% ao ano. E vai declinar ainda mais. Quanto aos jovens, a sua taxa de crescimento passou de 2%, no início da década de 1980, para taxas negativas entre 2007 e 2015. Ou seja, nos últimos anos o número absoluto de jovens caiu pela primeira vez em nossa história. A principal razão para essa desaceleração é a queda observada nas taxas de fecundidade. O número de filhos por mulher declinou abruptamente de 6, em 1960, para 3, em 1990, devido ao processo de aumento de escolaridade, migração do campo para as cidades e acesso à informação —inclusive à TV. Isso provocou um dos mais rápidos processos de transição demográfica dos quais temos notícia e que terá efeitos na nossa sociedade por um longo período ainda. A diminuição do número de jovens, em particular, impacta a taxa de desemprego de várias maneiras. Em primeiro lugar, porque 44% dos desempregados no Brasil são jovens. Em 2013, dos cerca de 6,7 milhões de desempregados no país, 3 milhões tinham menos de 25 anos de idade. Muitos jovens chegam ao mercado de trabalho e tendem a permanecer pouco tempo na mesma empresa, pois transitam muito entre situações de emprego e desemprego até encontrar a posição ideal. Portanto, uma redução no número de jovens diminui mais do que proporcionalmente o número de pessoas que procuram emprego. Além da redução na taxa de crescimento da população, a taxa de participação na força de trabalho também caiu nos últimos anos, especialmente entre as pessoas menos escolarizadas. Entre os mais velhos (acima de 50 anos) menos escolarizados, a taxa de participação caiu de 47%, em 1993, para 39%, em 2013. Entre os mais jovens (de 10 a 22 anos), ela declinou de 40% para apenas 11% entre os que estão no primeiro ciclo do ensino fundamental. Entre os que estão no segundo ciclo, a taxa passou de 48% para 26%. Já a taxa de atividade entre os jovens mais escolarizados (que cursam ou concluíram o ensino médio ou a faculdade) declinou mais recentemente, entre 2005 e 2013. Mas o que provocou essa retração na taxa de participação dos menos escolarizados? No período inicial (entre 1992 e 2005), os principais responsáveis foram o início dos programas de transferências condicionais de renda (Bolsa Família e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e as reformas educacionais que permitiram a universalização do acesso à escola no Brasil. Além disso, a renda dos pais desses jovens também cresceu significativamente entre 1992 e 1999. No período mais recente, duas explicações predominam. Entre os jovens mais escolarizados, essa redução na oferta de trabalho pode estar relacionada com a flexibilização das regras para o financiamento estudantil (Fies) e com a expansão do ProUni. Vale notar, porém, que isso explica apenas uma pequena parte da redução da oferta de trabalho, pois só 8% dos jovens de 10 a 24 anos cursam o ensino superior. Dessa forma, a maior parte da redução de oferta entre os jovens no período recente está relacionada com o forte aumento da renda nas famílias chefiadas por trabalhadores menos qualificados. Entre 2003 e 2013, o salário mensal desses trabalhadores aumentou 50% em termos reais, ao passo que o salário dos trabalhadores com ensino superior subiu só 10%. Como grande parte dos jovens com baixa educação que ofertavam trabalho era formada por filhos de trabalhadores menos qualificados, isso trouxe um grande aumento da renda familiar desses jovens, permitindo que eles pudessem se dedicar integralmente aos estudos, assim como fazem os filhos das classes mais abastadas. Será que isso vai aumentar a produtividade desses jovens, já que agora eles têm mais tempo para estudar? Só se estiverem usando esse tempo livre para se dedicar ao estudo. De qualquer forma, seu bem-estar melhorou. O mesmo fenômeno parece explicar o comportamento das pessoas maduras com pouca educação. O aumento de renda familiar dos chefes de família, aliado aos programas de transferências de renda, parece ter feito com que essas pessoas deixassem de ter que aceitar empregos com baixos salários para poder ficar em casa cuidando dos netos. Isso melhora seu bem-estar e também pode impactar o investimento em capital humano dessas crianças. Em suma, como o número de jovens menos qualificados, que formavam grande parte do contingente de desempregados, diminui fortemente, o menor crescimento do PIB não tem se traduzido em aumento do desemprego. Isso é um fenômeno positivo, já que traz para as famílias mais pobres condições de uso do tempo parecidas com as das famílias mais ricas. E o futuro? Infelizmente, parece que essa situação não é sustentável no médio prazo, por várias razões. Em primeiro lugar, as projeções do IBGE indicam que o número de jovens vai começar a aumentar novamente a partir de 2015. Além disso, o aumento de salários no setor de serviços está sendo repassado para os preços, o que tem provocado aumentos seguidos das taxas de juros para desaquecer a economia. Se a geração de empregos estagnar por completo, os jovens que chegarem ao mercado ficarão desempregados, o que gerará pressões para redução dos salários. Se esse processo atingir o salário e o emprego dos adultos menos qualificados, seus filhos irão retornar para o mercado de trabalho, o que vai aumentar ainda mais a taxa de desemprego. Para evitar o desencadeamento desse processo, teríamos de aumentar rapidamente a produtividade no setor de serviços. Mas não há indicações de que isso irá ocorrer no Brasil no curto prazo. NAERCIO MENEZES FILHO é professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor da FEA-USP. naercioamf@insper.edu.br
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Por que o desemprego continua tão baixo?O comportamento do desemprego tem intrigado analistas nos últimos meses. Apesar da clara desaceleração da economia, a taxa de desemprego continua declinando mês a mês. Por que será que isso está acontecendo? Esse fenômeno decorre de vários motivos. O primeiro é a queda no ritmo do crescimento da população. A taxa de expansão da população adulta declinou de cerca de 3% ao ano, na década de 1980, para os atuais 2% ao ano. E vai declinar ainda mais. Quanto aos jovens, a sua taxa de crescimento passou de 2%, no início da década de 1980, para taxas negativas entre 2007 e 2015. Ou seja, nos últimos anos o número absoluto de jovens caiu pela primeira vez em nossa história. A principal razão para essa desaceleração é a queda observada nas taxas de fecundidade. O número de filhos por mulher declinou abruptamente de 6, em 1960, para 3, em 1990, devido ao processo de aumento de escolaridade, migração do campo para as cidades e acesso à informação —inclusive à TV. Isso provocou um dos mais rápidos processos de transição demográfica dos quais temos notícia e que terá efeitos na nossa sociedade por um longo período ainda. A diminuição do número de jovens, em particular, impacta a taxa de desemprego de várias maneiras. Em primeiro lugar, porque 44% dos desempregados no Brasil são jovens. Em 2013, dos cerca de 6,7 milhões de desempregados no país, 3 milhões tinham menos de 25 anos de idade. Muitos jovens chegam ao mercado de trabalho e tendem a permanecer pouco tempo na mesma empresa, pois transitam muito entre situações de emprego e desemprego até encontrar a posição ideal. Portanto, uma redução no número de jovens diminui mais do que proporcionalmente o número de pessoas que procuram emprego. Além da redução na taxa de crescimento da população, a taxa de participação na força de trabalho também caiu nos últimos anos, especialmente entre as pessoas menos escolarizadas. Entre os mais velhos (acima de 50 anos) menos escolarizados, a taxa de participação caiu de 47%, em 1993, para 39%, em 2013. Entre os mais jovens (de 10 a 22 anos), ela declinou de 40% para apenas 11% entre os que estão no primeiro ciclo do ensino fundamental. Entre os que estão no segundo ciclo, a taxa passou de 48% para 26%. Já a taxa de atividade entre os jovens mais escolarizados (que cursam ou concluíram o ensino médio ou a faculdade) declinou mais recentemente, entre 2005 e 2013. Mas o que provocou essa retração na taxa de participação dos menos escolarizados? No período inicial (entre 1992 e 2005), os principais responsáveis foram o início dos programas de transferências condicionais de renda (Bolsa Família e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e as reformas educacionais que permitiram a universalização do acesso à escola no Brasil. Além disso, a renda dos pais desses jovens também cresceu significativamente entre 1992 e 1999. No período mais recente, duas explicações predominam. Entre os jovens mais escolarizados, essa redução na oferta de trabalho pode estar relacionada com a flexibilização das regras para o financiamento estudantil (Fies) e com a expansão do ProUni. Vale notar, porém, que isso explica apenas uma pequena parte da redução da oferta de trabalho, pois só 8% dos jovens de 10 a 24 anos cursam o ensino superior. Dessa forma, a maior parte da redução de oferta entre os jovens no período recente está relacionada com o forte aumento da renda nas famílias chefiadas por trabalhadores menos qualificados. Entre 2003 e 2013, o salário mensal desses trabalhadores aumentou 50% em termos reais, ao passo que o salário dos trabalhadores com ensino superior subiu só 10%. Como grande parte dos jovens com baixa educação que ofertavam trabalho era formada por filhos de trabalhadores menos qualificados, isso trouxe um grande aumento da renda familiar desses jovens, permitindo que eles pudessem se dedicar integralmente aos estudos, assim como fazem os filhos das classes mais abastadas. Será que isso vai aumentar a produtividade desses jovens, já que agora eles têm mais tempo para estudar? Só se estiverem usando esse tempo livre para se dedicar ao estudo. De qualquer forma, seu bem-estar melhorou. O mesmo fenômeno parece explicar o comportamento das pessoas maduras com pouca educação. O aumento de renda familiar dos chefes de família, aliado aos programas de transferências de renda, parece ter feito com que essas pessoas deixassem de ter que aceitar empregos com baixos salários para poder ficar em casa cuidando dos netos. Isso melhora seu bem-estar e também pode impactar o investimento em capital humano dessas crianças. Em suma, como o número de jovens menos qualificados, que formavam grande parte do contingente de desempregados, diminui fortemente, o menor crescimento do PIB não tem se traduzido em aumento do desemprego. Isso é um fenômeno positivo, já que traz para as famílias mais pobres condições de uso do tempo parecidas com as das famílias mais ricas. E o futuro? Infelizmente, parece que essa situação não é sustentável no médio prazo, por várias razões. Em primeiro lugar, as projeções do IBGE indicam que o número de jovens vai começar a aumentar novamente a partir de 2015. Além disso, o aumento de salários no setor de serviços está sendo repassado para os preços, o que tem provocado aumentos seguidos das taxas de juros para desaquecer a economia. Se a geração de empregos estagnar por completo, os jovens que chegarem ao mercado ficarão desempregados, o que gerará pressões para redução dos salários. Se esse processo atingir o salário e o emprego dos adultos menos qualificados, seus filhos irão retornar para o mercado de trabalho, o que vai aumentar ainda mais a taxa de desemprego. Para evitar o desencadeamento desse processo, teríamos de aumentar rapidamente a produtividade no setor de serviços. Mas não há indicações de que isso irá ocorrer no Brasil no curto prazo. NAERCIO MENEZES FILHO é professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor da FEA-USP. naercioamf@insper.edu.br
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Bendine precisa da ajuda da santa
O presidente da Petrobras usa na lapela um broche com a imagem de Nossa Senhora de Aparecida. Que ela o proteja. O comissário acaba de anunciar que no seu plano de investimentos, "talvez você pegue uma SBM, que é uma importante fornecedora". Importantíssima, porém proibida de fazer negócios com a empresa que Bendine preside. A SBM é uma das maiores companhias da Holanda. Em 2012 faturou algo como US$ 5,5 bilhões e 60% de seus negócios vieram da Petrobras, a quem aluga navios, sondas e plataformas. Dois anos depois, ela pagou uma multa de US$ 240 milhões por ter distribuído propinas pelo mundo afora. No seu acordo com o governo holandês, a empresa reconheceu que molhou mãos em Angola e na Guiné Equatorial. Em relação à Petrobras, apareceram apenas "bandeiras vermelhas". Tudo bem. Foram pagas comissões "legítimas" de US$ 139 milhões ao seu representante no Brasil, que a esta altura mora em Londres. O petrocomissário Pedro Barusco confessou que a SBM pagava-lhe propinas desde 1997. Graças a elas, fez um pé de meia de US$ 22 milhões. Ao dizer que a SBM "é uma importante fornecedora", de duas uma: Bendine não lê jornais ou acredita que pode dizer o que bem entende. Como a primeira hipótese é implausível, resta a segunda. Maria das Graças Foster, sua antecessora, acreditou que era uma "Dama de Ferro" e talvez tenha até acreditado que na infância viveu no Morro do Alemão. Referindo-se à sua capacidade de combater roubalheiras na empresa, disse que "não ficará pedra sobre pedra". Parolagem. A SBM foi uma das primeiras empresas a entrar na roda da Lava Jato e em novembro passado a doutora Graça suspendeu os contratos que ela mantinha com a Petrobras, vedando-lhe acesso a novas licitações. Documentos da própria SBM mostram que na transação do navio-plataforma P-57, vendido por US$ 1,2 bilhão, a comissão foi de US$ 36,3 milhões. Barrada no baile, a SBM começou a negociar um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União. A CGU pedia uma indenização de R$ 1 bilhão e a SBM teria oferecido R$ 400 milhões. No dia 17 de março chegou-se a um memorando de entendimento cujo teor ainda não é conhecido. Sabe-se apenas que contém a base para a discussão de um "acordo mutuamente aceitável". Esses acordos destinam-se a proteger as empresas das malfeitorias atribuídas a funcionários. Tudo bem, desde que a empresa conte quanto deu, quem pagou e quem recebeu. Sem essa fulanização, inverte-se a equação e blinda-se os malfeitores. Compra o próprio silêncio. Aldemir Bendine antecipou sua própria leniência para com a "importante fornecedora". Atropelou a CGU e o Tribunal de Contas da União, a quem cabe a última palavra, e deixou as duas instituições numa situação constrangedora. Pode-se entender que bancos, empreiteiras ou fornecedores de equipamentos e propinas queiram proteger suas reputações e, sobretudo, seus investimentos em projetos micados. A pior maneira para se conseguir isso é o estilo trator, com a ajuda de hierarcas da Petrobras atropelando instâncias e empulhando a patuleia. Foi assim que se criou a encrenca desvendada pela Lava Jato. Desde 1997, a SBM, Pedro Barusco e outros petrocomissários faziam as coisas no peito. Deu no que deu.
colunas
Bendine precisa da ajuda da santaO presidente da Petrobras usa na lapela um broche com a imagem de Nossa Senhora de Aparecida. Que ela o proteja. O comissário acaba de anunciar que no seu plano de investimentos, "talvez você pegue uma SBM, que é uma importante fornecedora". Importantíssima, porém proibida de fazer negócios com a empresa que Bendine preside. A SBM é uma das maiores companhias da Holanda. Em 2012 faturou algo como US$ 5,5 bilhões e 60% de seus negócios vieram da Petrobras, a quem aluga navios, sondas e plataformas. Dois anos depois, ela pagou uma multa de US$ 240 milhões por ter distribuído propinas pelo mundo afora. No seu acordo com o governo holandês, a empresa reconheceu que molhou mãos em Angola e na Guiné Equatorial. Em relação à Petrobras, apareceram apenas "bandeiras vermelhas". Tudo bem. Foram pagas comissões "legítimas" de US$ 139 milhões ao seu representante no Brasil, que a esta altura mora em Londres. O petrocomissário Pedro Barusco confessou que a SBM pagava-lhe propinas desde 1997. Graças a elas, fez um pé de meia de US$ 22 milhões. Ao dizer que a SBM "é uma importante fornecedora", de duas uma: Bendine não lê jornais ou acredita que pode dizer o que bem entende. Como a primeira hipótese é implausível, resta a segunda. Maria das Graças Foster, sua antecessora, acreditou que era uma "Dama de Ferro" e talvez tenha até acreditado que na infância viveu no Morro do Alemão. Referindo-se à sua capacidade de combater roubalheiras na empresa, disse que "não ficará pedra sobre pedra". Parolagem. A SBM foi uma das primeiras empresas a entrar na roda da Lava Jato e em novembro passado a doutora Graça suspendeu os contratos que ela mantinha com a Petrobras, vedando-lhe acesso a novas licitações. Documentos da própria SBM mostram que na transação do navio-plataforma P-57, vendido por US$ 1,2 bilhão, a comissão foi de US$ 36,3 milhões. Barrada no baile, a SBM começou a negociar um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União. A CGU pedia uma indenização de R$ 1 bilhão e a SBM teria oferecido R$ 400 milhões. No dia 17 de março chegou-se a um memorando de entendimento cujo teor ainda não é conhecido. Sabe-se apenas que contém a base para a discussão de um "acordo mutuamente aceitável". Esses acordos destinam-se a proteger as empresas das malfeitorias atribuídas a funcionários. Tudo bem, desde que a empresa conte quanto deu, quem pagou e quem recebeu. Sem essa fulanização, inverte-se a equação e blinda-se os malfeitores. Compra o próprio silêncio. Aldemir Bendine antecipou sua própria leniência para com a "importante fornecedora". Atropelou a CGU e o Tribunal de Contas da União, a quem cabe a última palavra, e deixou as duas instituições numa situação constrangedora. Pode-se entender que bancos, empreiteiras ou fornecedores de equipamentos e propinas queiram proteger suas reputações e, sobretudo, seus investimentos em projetos micados. A pior maneira para se conseguir isso é o estilo trator, com a ajuda de hierarcas da Petrobras atropelando instâncias e empulhando a patuleia. Foi assim que se criou a encrenca desvendada pela Lava Jato. Desde 1997, a SBM, Pedro Barusco e outros petrocomissários faziam as coisas no peito. Deu no que deu.
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Ministro do STF suspende andamento do impeachment na Câmara
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin suspendeu na noite desta terça-feira (8) o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Isso vale até o julgamento pelo plenário do STF no próximo dia 16 que vai avaliar ações de governistas que questionam o início do pedido de afastamento da petista na Casa. Em sua decisão, Fachin proibiu que seja instalada a comissão especial que irá analisar o processo e suspendeu todos os prazos. O ministro, no entanto, não anulou os atos praticados até agora, como a eleição realizada na tarde desta terça que elegeu maioria oposicionista para o colegiado. As decisões tomadas pela Câmara serão avaliadas pelo Supremo. Fachin analisou uma ação apresentada pelo PC do B pedindo que a votação da comissão fosse aberta e que que os nomes fossem indicados por partidos e não blocos formados pelas legendas –além de que o processo na Câmara ficasse paralisado até que Dilma apresente sua defesa. "Com o objetivo de evitar a prática de atos que eventualmente poderão ser invalidados pelo Supremo Tribunal Federal, obstar aumento de instabilidade jurídica com profusão de medidas judiciais posteriores e pontuais [...] determinando a suspensão da formação e a não instalação da Comissão Especial, bem como dos eventuais prazos, inclusive aqueles, em tese, em curso, preservando-se, ao menos até a decisão do Supremo Tribunal Federal prevista para 16/12/2015, todos os atos até este momento praticados". Na decisão, o ministro ressalta ainda que a votação secreta não tem previsão na Constituição e nem no regimento interno da Câmara, portanto, o pedido do PCdoB seria plausível. Fachin destaca que sua liminar (decisão provisória) se justifica pela importância do caso. "Diante da magnitude do procedimento em curso, da plausibilidade para o fim de reclamar legítima atuação da Corte Constitucional e da difícil restituição ao estado anterior do caso, prossigam afazeres que, arrostados pelos questionamentos, venham a ser adequados constitucionalmente em moldes diversos". Na próxima quarta, o Supremo também vai discutir uma outra ação do PCdoB, chamada de ADPF (Arguição de descumprimento de preceito fundamental), que é usada para questionar leis editadas antes da Constituição de 1988. O partido pede uma avaliação do tribunal sobre lacunas da Lei 1.079, de 1950, que define os crimes de responsabilidade do presidente da República e sua forma de julgamento. O partido pede que o STF determine que várias regras da lei sejam interpretadas de modo a dar a presidente o direito de se defender antes e que seja declarada ilegal a utilização de normas previstas nos regimentos internos da Câmara e do Senado para esses tipos de casos. Um dos argumentos do PC do B é que a lei 1079 não prevê que a presidente seja ouvida para que se deflagre o processo, cerceando o direito de defesa da petista. O partido quer uma liminar para suspender o processo deflagrado por Cunha e que, depois, o Supremo julgue a legalidade da lei. No Supremo, ministros dizem que pode haver uma discussão sobre o rito do processo de impeachment já que há brecha sobre a Lei 1.079, de 1950, que define os crimes de responsabilidade do presidente da República e sua forma de julgamento. Ministros ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato avaliaram que, em tese, não há problemas de Cunha acolher o pedido de impeachment, uma vez que esta é uma atribuição do cargo. Os ministros ressaltam, no entanto, que o processo de afastamento tem que preencher os requisitos legais. De acordo com os integrantes do Supremo, o clima no tribunal é de garantir a "regra do jogo", ou seja, sem interferência direta, mas agindo para evitar abusos ou que a lei seja desrespeitada. Nesse momento inicial, dizem os ministros, o Supremo não deveria travar o debate no Congresso. Um dia após Cunha aceitar o pedido de impeachment, o governo sofreu duas derrotas no STF. O ministro Celso de Mello mandou arquivar uma ação do deputado Rubens Pereira e Silva Júnior (PCdoB-MA), que não teria legitimidade para questionar a determinação do presidente da Câmara porque não teve um direito próprio ferido. Gilmar Mendes rejeitou outro argumento apresentado pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ) de que Cunha teria cometido desvio de finalidade ao aceitar o pedido de afastamento. Os petistas sustentavam que ele usou o impeachment para retaliar a decisão da bancada do PT de votar pela sua cassação no Conselho de Ética da Câmara. Na decisão, o ministro disse que não encontrou vícios por parte de Cunha.
poder
Ministro do STF suspende andamento do impeachment na CâmaraO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin suspendeu na noite desta terça-feira (8) o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Isso vale até o julgamento pelo plenário do STF no próximo dia 16 que vai avaliar ações de governistas que questionam o início do pedido de afastamento da petista na Casa. Em sua decisão, Fachin proibiu que seja instalada a comissão especial que irá analisar o processo e suspendeu todos os prazos. O ministro, no entanto, não anulou os atos praticados até agora, como a eleição realizada na tarde desta terça que elegeu maioria oposicionista para o colegiado. As decisões tomadas pela Câmara serão avaliadas pelo Supremo. Fachin analisou uma ação apresentada pelo PC do B pedindo que a votação da comissão fosse aberta e que que os nomes fossem indicados por partidos e não blocos formados pelas legendas –além de que o processo na Câmara ficasse paralisado até que Dilma apresente sua defesa. "Com o objetivo de evitar a prática de atos que eventualmente poderão ser invalidados pelo Supremo Tribunal Federal, obstar aumento de instabilidade jurídica com profusão de medidas judiciais posteriores e pontuais [...] determinando a suspensão da formação e a não instalação da Comissão Especial, bem como dos eventuais prazos, inclusive aqueles, em tese, em curso, preservando-se, ao menos até a decisão do Supremo Tribunal Federal prevista para 16/12/2015, todos os atos até este momento praticados". Na decisão, o ministro ressalta ainda que a votação secreta não tem previsão na Constituição e nem no regimento interno da Câmara, portanto, o pedido do PCdoB seria plausível. Fachin destaca que sua liminar (decisão provisória) se justifica pela importância do caso. "Diante da magnitude do procedimento em curso, da plausibilidade para o fim de reclamar legítima atuação da Corte Constitucional e da difícil restituição ao estado anterior do caso, prossigam afazeres que, arrostados pelos questionamentos, venham a ser adequados constitucionalmente em moldes diversos". Na próxima quarta, o Supremo também vai discutir uma outra ação do PCdoB, chamada de ADPF (Arguição de descumprimento de preceito fundamental), que é usada para questionar leis editadas antes da Constituição de 1988. O partido pede uma avaliação do tribunal sobre lacunas da Lei 1.079, de 1950, que define os crimes de responsabilidade do presidente da República e sua forma de julgamento. O partido pede que o STF determine que várias regras da lei sejam interpretadas de modo a dar a presidente o direito de se defender antes e que seja declarada ilegal a utilização de normas previstas nos regimentos internos da Câmara e do Senado para esses tipos de casos. Um dos argumentos do PC do B é que a lei 1079 não prevê que a presidente seja ouvida para que se deflagre o processo, cerceando o direito de defesa da petista. O partido quer uma liminar para suspender o processo deflagrado por Cunha e que, depois, o Supremo julgue a legalidade da lei. No Supremo, ministros dizem que pode haver uma discussão sobre o rito do processo de impeachment já que há brecha sobre a Lei 1.079, de 1950, que define os crimes de responsabilidade do presidente da República e sua forma de julgamento. Ministros ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato avaliaram que, em tese, não há problemas de Cunha acolher o pedido de impeachment, uma vez que esta é uma atribuição do cargo. Os ministros ressaltam, no entanto, que o processo de afastamento tem que preencher os requisitos legais. De acordo com os integrantes do Supremo, o clima no tribunal é de garantir a "regra do jogo", ou seja, sem interferência direta, mas agindo para evitar abusos ou que a lei seja desrespeitada. Nesse momento inicial, dizem os ministros, o Supremo não deveria travar o debate no Congresso. Um dia após Cunha aceitar o pedido de impeachment, o governo sofreu duas derrotas no STF. O ministro Celso de Mello mandou arquivar uma ação do deputado Rubens Pereira e Silva Júnior (PCdoB-MA), que não teria legitimidade para questionar a determinação do presidente da Câmara porque não teve um direito próprio ferido. Gilmar Mendes rejeitou outro argumento apresentado pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ) de que Cunha teria cometido desvio de finalidade ao aceitar o pedido de afastamento. Os petistas sustentavam que ele usou o impeachment para retaliar a decisão da bancada do PT de votar pela sua cassação no Conselho de Ética da Câmara. Na decisão, o ministro disse que não encontrou vícios por parte de Cunha.
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CBF recebe Liga Sul-Minas-Rio em meio a pressão de federações
A CBF tem um encontro marcado com os clubes da Liga Sul-Minas-Rio nesta quinta-feira (1º), às 11h, em sua sede, no Rio. Essa é a primeira vez que o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, fará um encontro específico e restrito ao grupo criado no início de setembro. A reunião acontece em meio a uma pressão de federações, principalmente as do Rio e do Rio Grande do Sul, que são contrárias à realização do torneio proposto pela liga. A nova organização briga para viabilizar a criação de um campeonato a ser disputado no primeiro semestre de cada temporada, começando já em 2016. A ideia é que a competição tenha dez clubes, dois de cada Estado (Rio, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), em oito datas. Fazem parte da liga: Flamengo, Fluminense, Internacional, Grêmio, Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba, Atlético-PR, Joinville, Chapecoense, Criciúma, Avaí e Figueirense. O presidente é Gilvan Tavares, que também preside o Cruzeiro, e o CEO é o ex-presidente do Atlético-MG Alexandre Kalil.
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CBF recebe Liga Sul-Minas-Rio em meio a pressão de federaçõesA CBF tem um encontro marcado com os clubes da Liga Sul-Minas-Rio nesta quinta-feira (1º), às 11h, em sua sede, no Rio. Essa é a primeira vez que o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, fará um encontro específico e restrito ao grupo criado no início de setembro. A reunião acontece em meio a uma pressão de federações, principalmente as do Rio e do Rio Grande do Sul, que são contrárias à realização do torneio proposto pela liga. A nova organização briga para viabilizar a criação de um campeonato a ser disputado no primeiro semestre de cada temporada, começando já em 2016. A ideia é que a competição tenha dez clubes, dois de cada Estado (Rio, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), em oito datas. Fazem parte da liga: Flamengo, Fluminense, Internacional, Grêmio, Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba, Atlético-PR, Joinville, Chapecoense, Criciúma, Avaí e Figueirense. O presidente é Gilvan Tavares, que também preside o Cruzeiro, e o CEO é o ex-presidente do Atlético-MG Alexandre Kalil.
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Após pressão, nova lei reduz prédios na Vila Madalena e Sumarezinho
Após protestos de associações de moradores, a nova lei de zoneamento elaborada pela gestão Fernando Haddad (PT) sofrerá uma alteração que prevê reduzir as áreas de expansão imobiliária nos bairros Vila Madalena e Sumarezinho (zona oeste). A lei municipal define o que pode ser construído e que tipo de de atividade pode existir em cada rua da cidade. Após cerca de 50 audiências públicas ao longo do ano, o projeto pode ser votado em primeira discussão nesta quinta-feira (10), mas com uma série de mudanças em relação ao texto original, entre elas a proibição de motéis, drive-in, flats e abrigos para menores em áreas próximas a residências. O texto de Haddad previa que uma área 700 mil m² pudesse ser verticalizada nesses bairros. Após as queixas, a área que poderá receber novos prédios será de 400 mil m², segundo informou nesta quarta-feira (9) o jornal "O Estado de S. Paulo". Com isso, cerca de 20 quadras serão poupadas de novos espigões. Segundo o vereador José Police Neto, as áreas beneficiadas estão no entorno de estações do metrô e corredores de transporte. A intenção é preservar vilas residenciais e ruas de baixa circulação de veículos. MOTÉIS E ALBERGUES Segundo o relator do projeto, vereador Paulo Frange (PTB), outra alteração importante será a proibição de motéis e albergues perto de áreas residenciais. Após pressão de associações de moradores da cidade, foi incluído no projeto um trecho que barra empreendimentos do tipo. O veto se estende a flats, pensões, escolas de ensino à distância, supletivos e cursos preparatórios. A mudança vale para as chamadas Zcor (corredores viários que passam por zonas residenciais). Empreendimentos do gênero só poderão ser feitos nas chamadas zonas mistas (que misturam comércios e residências). A gestão Haddad quer que a nova lei –que faz uma revisão da atual, vigente desde 2004– seja aprovada até o fim deste ano. Porém, não há acordo entre os vereadores nem sequer para aprovar em primeira votação nesta quinta. O projeto para o novo zoneamento geriu uma série de críticas de grupos de moradores em toda cidade. Em áreas nobres como Jardins, houve protestos para impedir a ampliação de corredores comerciais nas proximidades das zonas estritamente residenciais. A Ame Jardins (associação de moradores da região) fez uma campanha para que fossem vetados estabelecimentos comerciais ali. Além de fazer pressão em audiências públicas, a entidade espalhou faixas nos casarões de bairros como Jardim Europa em protesto contra a ampliação do comércio.
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Após pressão, nova lei reduz prédios na Vila Madalena e SumarezinhoApós protestos de associações de moradores, a nova lei de zoneamento elaborada pela gestão Fernando Haddad (PT) sofrerá uma alteração que prevê reduzir as áreas de expansão imobiliária nos bairros Vila Madalena e Sumarezinho (zona oeste). A lei municipal define o que pode ser construído e que tipo de de atividade pode existir em cada rua da cidade. Após cerca de 50 audiências públicas ao longo do ano, o projeto pode ser votado em primeira discussão nesta quinta-feira (10), mas com uma série de mudanças em relação ao texto original, entre elas a proibição de motéis, drive-in, flats e abrigos para menores em áreas próximas a residências. O texto de Haddad previa que uma área 700 mil m² pudesse ser verticalizada nesses bairros. Após as queixas, a área que poderá receber novos prédios será de 400 mil m², segundo informou nesta quarta-feira (9) o jornal "O Estado de S. Paulo". Com isso, cerca de 20 quadras serão poupadas de novos espigões. Segundo o vereador José Police Neto, as áreas beneficiadas estão no entorno de estações do metrô e corredores de transporte. A intenção é preservar vilas residenciais e ruas de baixa circulação de veículos. MOTÉIS E ALBERGUES Segundo o relator do projeto, vereador Paulo Frange (PTB), outra alteração importante será a proibição de motéis e albergues perto de áreas residenciais. Após pressão de associações de moradores da cidade, foi incluído no projeto um trecho que barra empreendimentos do tipo. O veto se estende a flats, pensões, escolas de ensino à distância, supletivos e cursos preparatórios. A mudança vale para as chamadas Zcor (corredores viários que passam por zonas residenciais). Empreendimentos do gênero só poderão ser feitos nas chamadas zonas mistas (que misturam comércios e residências). A gestão Haddad quer que a nova lei –que faz uma revisão da atual, vigente desde 2004– seja aprovada até o fim deste ano. Porém, não há acordo entre os vereadores nem sequer para aprovar em primeira votação nesta quinta. O projeto para o novo zoneamento geriu uma série de críticas de grupos de moradores em toda cidade. Em áreas nobres como Jardins, houve protestos para impedir a ampliação de corredores comerciais nas proximidades das zonas estritamente residenciais. A Ame Jardins (associação de moradores da região) fez uma campanha para que fossem vetados estabelecimentos comerciais ali. Além de fazer pressão em audiências públicas, a entidade espalhou faixas nos casarões de bairros como Jardim Europa em protesto contra a ampliação do comércio.
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Receita com turismo na Olimpíada deve ser 22% do arrecadado na Copa
MACHADO DA COSTA DE BRASÍLIA Os ganhos do país com turismo durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro devem ser de apenas US$ 200 milhões (R$ 650 milhões), estima o Banco Central. Como comparação, os ganhos com a Copa do Mundo, em 2014, foram de US$ 900 milhões (R$ 3 bilhões). O Banco Central fez a estimativa baseada nas últimas três olimpíadas, Londres (2012), Pequim (2008) e Atenas (2004), e afirma que apenas a Grécia conseguiu um bom desempenho com o turismo durante o evento. Os valores previstos para o Brasil, já pequenos, consideram turistas e delegações estrangeiras no país durante o mês de agosto. As receitas adicionais não representam 5% do total de dólares que entram no país por meio do turismo. Em 2015, os gastos de estrangeiros no país foram de US$ 5,8 bilhões. Se o valor for comparado com o quanto o brasileiro gasta fora do país, a relação é ainda pior. No ano passado, foram gastos em viagens ao exterior US$ 17,4 bilhões. As receitas previstas para a olimpíada representam pouco mais de 1%. "É um evento mais concentrado. A Copa foi por todo o país. A Olimpíada está restrita ao Rio de Janeiro", diz Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, ao tentar explicar o baixo valor.
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Receita com turismo na Olimpíada deve ser 22% do arrecadado na Copa MACHADO DA COSTA DE BRASÍLIA Os ganhos do país com turismo durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro devem ser de apenas US$ 200 milhões (R$ 650 milhões), estima o Banco Central. Como comparação, os ganhos com a Copa do Mundo, em 2014, foram de US$ 900 milhões (R$ 3 bilhões). O Banco Central fez a estimativa baseada nas últimas três olimpíadas, Londres (2012), Pequim (2008) e Atenas (2004), e afirma que apenas a Grécia conseguiu um bom desempenho com o turismo durante o evento. Os valores previstos para o Brasil, já pequenos, consideram turistas e delegações estrangeiras no país durante o mês de agosto. As receitas adicionais não representam 5% do total de dólares que entram no país por meio do turismo. Em 2015, os gastos de estrangeiros no país foram de US$ 5,8 bilhões. Se o valor for comparado com o quanto o brasileiro gasta fora do país, a relação é ainda pior. No ano passado, foram gastos em viagens ao exterior US$ 17,4 bilhões. As receitas previstas para a olimpíada representam pouco mais de 1%. "É um evento mais concentrado. A Copa foi por todo o país. A Olimpíada está restrita ao Rio de Janeiro", diz Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, ao tentar explicar o baixo valor.
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Moradores de cidade da Dinamarca aceitam ter filhos para manter serviços
Eles tentaram de tudo, de missas com tema carnal a sites de encontros para pessoas interessadas em ter filhos o mais rápido possível, creches noturnas para facilitar encontros românticos, campanhas publicitárias e até sorteios de prêmios para as mulheres que tivessem resultados positivos em seus testes de gravidez. Mas agora, cidadãos de uma área rural da Dinamarca desenvolveram uma nova ideia para ajudar na recuperação do índice de natalidade em queda no país. Os moradores de Thisted, um município dinamarquês no noroeste da Jutlândia, fizeram um acordo com o legislativo local que dispõe que procriem ao máximo nos próximos anos, a fim de ajudar a manter em funcionamento os serviços públicos subempregados. Em troca, os políticos locais prometeram manter escolas, creches e recursos de lazer em funcionamento - sob a condição de que os pais produzam crianças suficientes para ocupá-los. Lars Sloth, diretor do conselho legislativo de Thisted, explica que "tivemos uma audiência com a comunidade local e perguntamos a eles o que se poderia fazer sobre o fechamento de instituições e sobre o número muito baixo de bebês em nossa área. Uma organização de cidadãos sugeriu esse 'acordo' como opção". Acostumar-se à ideia não foi fácil. "É um modo incomum de fazer as coisas" - opa, o que pode haver de mais sexy que um memorando do conselho legislativo local? -, "mas precisávamos fazer alguma coisa para salvar nossa cidade e manter determinado número de crianças na comunidade", completa Sloth. O índice de natalidade dinamarquês é um dos mais baixos da Europa, com 1,7 criança por família, e em Thisted ele é ainda mais baixo, com 1,6 filho por família, de acordo com o Legislativo local. Thisted também enfrenta problemas para manter sua atual população de 14 mil pessoas. Muitos jovens deixam a área para os estudos universitários e poucos retornam depois de concluir sua educação. "Hoje em dia, os jovens preferem a vida urbana", diz Sloth. "Thisted é uma área bonita, mas bem vazia. Não muita coisa acontece, por aqui". É uma avaliação mais que justa. Em 2007, um policial descobriu que um eremita vivia na floresta há três anos, se alimentando de ovos, sem que ninguém o incomodasse, e o site de turismo da região menciona uma loja de velas como uma das três principais atrações da área. Metrópole empolgante Thisted nunca foi. "Mas o surfe aqui é ótimo", diz Sloth. "O apelido da área é 'Havaí gelado'". Desconsiderando o surfe por um momento, Sloth espera que novas medidas ajudem a região a florescer nos próximos anos. "A ameaça de fechamento de escolas desapareceu, por enquanto", ele diz. "Só precisamos descobrir como monitorar o plano e determinar quantas crianças adicionais ele produz. Nossa intenção é criar uma comunidade vibrante e atrair novas famílias". O clima em Thisted é de apoio. "Muita gente está empolgada com o novo plano", diz Sloth, e casais jovens estão entre os maiores entusiastas. "Houve interesse também de outras regiões; vamos esperar para ver os resultados". Sloth já fez sua parte. "Tenho uma família grande, com três filhos", ele diz, "e por isso agora é a vez de os outros fazerem sua parte". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Moradores de cidade da Dinamarca aceitam ter filhos para manter serviçosEles tentaram de tudo, de missas com tema carnal a sites de encontros para pessoas interessadas em ter filhos o mais rápido possível, creches noturnas para facilitar encontros românticos, campanhas publicitárias e até sorteios de prêmios para as mulheres que tivessem resultados positivos em seus testes de gravidez. Mas agora, cidadãos de uma área rural da Dinamarca desenvolveram uma nova ideia para ajudar na recuperação do índice de natalidade em queda no país. Os moradores de Thisted, um município dinamarquês no noroeste da Jutlândia, fizeram um acordo com o legislativo local que dispõe que procriem ao máximo nos próximos anos, a fim de ajudar a manter em funcionamento os serviços públicos subempregados. Em troca, os políticos locais prometeram manter escolas, creches e recursos de lazer em funcionamento - sob a condição de que os pais produzam crianças suficientes para ocupá-los. Lars Sloth, diretor do conselho legislativo de Thisted, explica que "tivemos uma audiência com a comunidade local e perguntamos a eles o que se poderia fazer sobre o fechamento de instituições e sobre o número muito baixo de bebês em nossa área. Uma organização de cidadãos sugeriu esse 'acordo' como opção". Acostumar-se à ideia não foi fácil. "É um modo incomum de fazer as coisas" - opa, o que pode haver de mais sexy que um memorando do conselho legislativo local? -, "mas precisávamos fazer alguma coisa para salvar nossa cidade e manter determinado número de crianças na comunidade", completa Sloth. O índice de natalidade dinamarquês é um dos mais baixos da Europa, com 1,7 criança por família, e em Thisted ele é ainda mais baixo, com 1,6 filho por família, de acordo com o Legislativo local. Thisted também enfrenta problemas para manter sua atual população de 14 mil pessoas. Muitos jovens deixam a área para os estudos universitários e poucos retornam depois de concluir sua educação. "Hoje em dia, os jovens preferem a vida urbana", diz Sloth. "Thisted é uma área bonita, mas bem vazia. Não muita coisa acontece, por aqui". É uma avaliação mais que justa. Em 2007, um policial descobriu que um eremita vivia na floresta há três anos, se alimentando de ovos, sem que ninguém o incomodasse, e o site de turismo da região menciona uma loja de velas como uma das três principais atrações da área. Metrópole empolgante Thisted nunca foi. "Mas o surfe aqui é ótimo", diz Sloth. "O apelido da área é 'Havaí gelado'". Desconsiderando o surfe por um momento, Sloth espera que novas medidas ajudem a região a florescer nos próximos anos. "A ameaça de fechamento de escolas desapareceu, por enquanto", ele diz. "Só precisamos descobrir como monitorar o plano e determinar quantas crianças adicionais ele produz. Nossa intenção é criar uma comunidade vibrante e atrair novas famílias". O clima em Thisted é de apoio. "Muita gente está empolgada com o novo plano", diz Sloth, e casais jovens estão entre os maiores entusiastas. "Houve interesse também de outras regiões; vamos esperar para ver os resultados". Sloth já fez sua parte. "Tenho uma família grande, com três filhos", ele diz, "e por isso agora é a vez de os outros fazerem sua parte". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Presidente de comissão acredita em análise de contas de Dilma neste ano
A presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), afirmou nesta quarta-feira (7) que o colegiado tratará a análise das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff dentro dos prazos legais, "sem procrastinação", e a votação das contas pode se dar na comissão até o fim do ano. O TCU (Tribunal de Contas da União) reprovou na noite desta quarta as contas da gestão da petista. É a segunda vez que o TCU rejeita as contas de um presidente. A primeira foi em 1937. Com isso, ainda que não haja nenhum efeito imediato para Dilma, politicamente sua situação se complica. O principal pedido de impeachment em análise hoje no Congresso se ampara justamente nas "pedaladas fiscais", um dos itens reprovados nesta quarta (7). "Acredito que a comissão vai seguir os prazos legais, nada a mais, nada a menos. Não vai pedir para estender os prazos. Não há como procrastinar e ficar criando cenários incomuns a um processo tão delicado e importante como é a votação dessa prévia de relatório do TCU", afirmou a senadora logo após se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com quem discutiu o caso. Assim que a decisão do TCU chegar ao Congresso, caberá a Renan encaminhar o relatório do tribunal para a CMO, que terá 40 dias para indicar um relator e ter um parecer preliminar apresentado. Findo este prazo, o relatório poderá receber emendas e depois deverá ser votado pelo colegiado. A comissão pode manter o entendimento do TCU ou pode divergir do tribunal e aprovar as contas da presidente Dilma Rousseff ou indicar a aprovação com ressalvas. A decisão da comissão deverá ser analisada ainda pelo plenário do Congresso Nacional. De acordo com parlamentares, Rose deverá escolher um senador do PMDB para ser o relator do processo na comissão a pedido do líder do partido na Casa, Eunício Oliveira (CE). Os senadores peemedebistas que integram a comissão são Valdir Raupp (RO), Raimundo Lira (PB) e Dário Berger (SC), que é suplente. A peemedebista acredita que a comissão pode concluir a análise das contas até o fim do ano. Já a análise feita pelo Congresso poderá ficar para 2016, sendo concluída no início dos trabalhos legislativos, em fevereiro. Questionada se acredita que a comissão pode divergir da decisão do TCU, Rose afirmou apenas que o tribunal é um "órgão técnico muito sério". "Acho que foi um julgamento sério. Ainda não li o relatório mas digo que, aquilo que o TCU faz, eu tenho muito respeito", completou. VOTAÇÃO A CMO aprovou nesta quarta três prestações de contas presidenciais - uma do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva de 2009, e duas de Dilma, relativas a 2010 e 2012. Ainda estão pendentes de apreciação quatro prestações de contas, sendo duas do ex-presidente Fernando Collor e duas de Dilma. "Tínhamos as matérias que estavam lá acumuladas e isso era uma vergonha porque o andamento disso importa à nação inteira. Tudo o que estava nas prateleiras e nas gavetas, nós colocamos para votar", afirmou Rose. O QUE ACONTECE AGORA - Caberá ao Congresso analisar a recomendação do TCU e dar a palavra final sobre as contas de Dilma
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Presidente de comissão acredita em análise de contas de Dilma neste anoA presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), afirmou nesta quarta-feira (7) que o colegiado tratará a análise das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff dentro dos prazos legais, "sem procrastinação", e a votação das contas pode se dar na comissão até o fim do ano. O TCU (Tribunal de Contas da União) reprovou na noite desta quarta as contas da gestão da petista. É a segunda vez que o TCU rejeita as contas de um presidente. A primeira foi em 1937. Com isso, ainda que não haja nenhum efeito imediato para Dilma, politicamente sua situação se complica. O principal pedido de impeachment em análise hoje no Congresso se ampara justamente nas "pedaladas fiscais", um dos itens reprovados nesta quarta (7). "Acredito que a comissão vai seguir os prazos legais, nada a mais, nada a menos. Não vai pedir para estender os prazos. Não há como procrastinar e ficar criando cenários incomuns a um processo tão delicado e importante como é a votação dessa prévia de relatório do TCU", afirmou a senadora logo após se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com quem discutiu o caso. Assim que a decisão do TCU chegar ao Congresso, caberá a Renan encaminhar o relatório do tribunal para a CMO, que terá 40 dias para indicar um relator e ter um parecer preliminar apresentado. Findo este prazo, o relatório poderá receber emendas e depois deverá ser votado pelo colegiado. A comissão pode manter o entendimento do TCU ou pode divergir do tribunal e aprovar as contas da presidente Dilma Rousseff ou indicar a aprovação com ressalvas. A decisão da comissão deverá ser analisada ainda pelo plenário do Congresso Nacional. De acordo com parlamentares, Rose deverá escolher um senador do PMDB para ser o relator do processo na comissão a pedido do líder do partido na Casa, Eunício Oliveira (CE). Os senadores peemedebistas que integram a comissão são Valdir Raupp (RO), Raimundo Lira (PB) e Dário Berger (SC), que é suplente. A peemedebista acredita que a comissão pode concluir a análise das contas até o fim do ano. Já a análise feita pelo Congresso poderá ficar para 2016, sendo concluída no início dos trabalhos legislativos, em fevereiro. Questionada se acredita que a comissão pode divergir da decisão do TCU, Rose afirmou apenas que o tribunal é um "órgão técnico muito sério". "Acho que foi um julgamento sério. Ainda não li o relatório mas digo que, aquilo que o TCU faz, eu tenho muito respeito", completou. VOTAÇÃO A CMO aprovou nesta quarta três prestações de contas presidenciais - uma do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva de 2009, e duas de Dilma, relativas a 2010 e 2012. Ainda estão pendentes de apreciação quatro prestações de contas, sendo duas do ex-presidente Fernando Collor e duas de Dilma. "Tínhamos as matérias que estavam lá acumuladas e isso era uma vergonha porque o andamento disso importa à nação inteira. Tudo o que estava nas prateleiras e nas gavetas, nós colocamos para votar", afirmou Rose. O QUE ACONTECE AGORA - Caberá ao Congresso analisar a recomendação do TCU e dar a palavra final sobre as contas de Dilma
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'A Bela Adormecida', o nono livro da Coleção Folha, chega em 26/3
No domingo (26), chega à bancas "A Bela Adormecida", o nono livro da Coleção Folha Reis, Príncipes e Princesas (R$ 18,90). A versão elaborada especialmente para a Folha tem texto da escritora Silvia Oberg e foi baseada no registro publicado pelos irmãos Grimm no século 19. As ilustrações são de André Rocca. A aventura, que é hoje uma das mais famosas no mundo, relata a maldição jogada em uma princesinha logo após seu nascimento. Para celebrar seu batizado, uma grande festa foi organizada por seus pais e todas as fadas foram convidadas. Exceto uma, pois havia apenas 12 pratos de ouro no palácio, e no reino existiam 13 fadas. Durante a festa, cada uma delas foi até o berço da garotinha para presenteá-la com ps melhores desejos: ela seria inteligente, bem-humorada, teria coração de ouro...até que a alegria foi interrompida quando a fada que ficou sem convite apareceu e lançou uma maldição sobre a criança: "Quando tiver 15 anos, a princesa vai espetar seu dedo no fuso de uma roca e morrer!", ela disse. As fadas de bom coração nada podiam fazer para anular a praga. A moça então cresceu rodeada de cuidados, até que um pequeno descuido pôs tudo a perder. Quem gosta de histórias com fadas, príncipe, princesa, feitiços e uma pitada de magia vai adorar "A Bela Adormecida".
ilustrada
'A Bela Adormecida', o nono livro da Coleção Folha, chega em 26/3No domingo (26), chega à bancas "A Bela Adormecida", o nono livro da Coleção Folha Reis, Príncipes e Princesas (R$ 18,90). A versão elaborada especialmente para a Folha tem texto da escritora Silvia Oberg e foi baseada no registro publicado pelos irmãos Grimm no século 19. As ilustrações são de André Rocca. A aventura, que é hoje uma das mais famosas no mundo, relata a maldição jogada em uma princesinha logo após seu nascimento. Para celebrar seu batizado, uma grande festa foi organizada por seus pais e todas as fadas foram convidadas. Exceto uma, pois havia apenas 12 pratos de ouro no palácio, e no reino existiam 13 fadas. Durante a festa, cada uma delas foi até o berço da garotinha para presenteá-la com ps melhores desejos: ela seria inteligente, bem-humorada, teria coração de ouro...até que a alegria foi interrompida quando a fada que ficou sem convite apareceu e lançou uma maldição sobre a criança: "Quando tiver 15 anos, a princesa vai espetar seu dedo no fuso de uma roca e morrer!", ela disse. As fadas de bom coração nada podiam fazer para anular a praga. A moça então cresceu rodeada de cuidados, até que um pequeno descuido pôs tudo a perder. Quem gosta de histórias com fadas, príncipe, princesa, feitiços e uma pitada de magia vai adorar "A Bela Adormecida".
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Atividade econômica fica estável em novembro e tem retração no ano, diz BC
O desempenho da economia brasileira melhorou discretamente em novembro e continua acumulando retração no ano, o que reforça a previsão de que 2014 deve terminar com um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) próximo a zero. O indicador mensal de atividade do Banco Central, o IBC-Br, avançou 0,04% em novembro em relação a outubro, descontados efeitos sazonais (como número de dias úteis). Em outubro, o indicador havia caído 0,26% na comparação com setembro. Apesar do bom desempenho das vendas no varejo no mês, a queda de 0,7% na produção industrial teve peso no fraco crescimento do indicador do BC, que serve como termômetro do PIB ao longo dos meses. De janeiro a novembro, o IBC-Br registra queda de 0,12% em relação ao mesmo período de 2013. Em 12 meses, houve queda de 0,01% na comparação com os 12 meses anteriores. Em relação a novembro do ano passado, houve queda de 0,5%. CRESCIMENTO EM 2014 A projeção do governo é de que 2014 tenha encerrado com um crescimento de 0,2% do PIB, um resultado abalado, no argumento oficial, pelo prolongamento da crise, pela falta de chuvas, piora nos índices de confiança de consumidores e empresários e até pela Copa do Mundo, com a redução de dias úteis. Para 2015, o mercado aposta numa elevação de 0,4% do PIB, como mostra a última pesquisa semanal com economistas de mercado conduzida pelo Banco Central.
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Atividade econômica fica estável em novembro e tem retração no ano, diz BCO desempenho da economia brasileira melhorou discretamente em novembro e continua acumulando retração no ano, o que reforça a previsão de que 2014 deve terminar com um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) próximo a zero. O indicador mensal de atividade do Banco Central, o IBC-Br, avançou 0,04% em novembro em relação a outubro, descontados efeitos sazonais (como número de dias úteis). Em outubro, o indicador havia caído 0,26% na comparação com setembro. Apesar do bom desempenho das vendas no varejo no mês, a queda de 0,7% na produção industrial teve peso no fraco crescimento do indicador do BC, que serve como termômetro do PIB ao longo dos meses. De janeiro a novembro, o IBC-Br registra queda de 0,12% em relação ao mesmo período de 2013. Em 12 meses, houve queda de 0,01% na comparação com os 12 meses anteriores. Em relação a novembro do ano passado, houve queda de 0,5%. CRESCIMENTO EM 2014 A projeção do governo é de que 2014 tenha encerrado com um crescimento de 0,2% do PIB, um resultado abalado, no argumento oficial, pelo prolongamento da crise, pela falta de chuvas, piora nos índices de confiança de consumidores e empresários e até pela Copa do Mundo, com a redução de dias úteis. Para 2015, o mercado aposta numa elevação de 0,4% do PIB, como mostra a última pesquisa semanal com economistas de mercado conduzida pelo Banco Central.
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Cuba nega entrada de chefe da OEA e políticos que iriam a evento opositor
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, afirmou nesta quarta-feira (22) que Cuba negou sua entrada no país. Ele receberia um prêmio de uma ONG de dissidentes do regime de Raúl Castro. O evento foi organizado pela Rede Latino-Americana de Jovens, dirigida por Rosa María Payá. Ela é filha de Oswaldo Payá, opositor cubano morto em um acidente em 2012 que a família diz ter sido provocado pela ditadura. Além do ex-chanceler uruguaio, Havana rejeitou os vistos do ex-presidente mexicano Felipe Calderón e da ex-ministra chilena Mariana Aylwin, filha do ex-presidente Patricio Aylwin, que foram convidados para o mesmo evento. Almagro foi premiado com o Prêmio Oswaldo Payá por "sua contribuição aos direitos humanos e à democracia", assim como Aylwin, que o receberia em nome de seu pai, morto em 2016. Calderón era um dos participantes. Em carta a Rosa María Payá, o chefe da OEA afirmou que o regime considerava a viagem "uma provocação inaceitável" e declarou "seu espanto pelo envolvimento da organização em atividades anticubanas". A mesma justificativa foi apresentada pelas embaixadas cubanas em Santiago e na Cidade do México às Chancelarias locais, que expressaram sua reprovação à rejeição dos vistos de Mariana Aylwin e Felipe Calderón. Apesar de não contar com seus convidados ilustres, a organização manteve a cerimônia, mas na sala da casa de Rosa María Payá, com a participação de outros dissidentes, jornalistas e diplomatas americanos e europeus. Na sala, havia a bandeira cubana e a foto de Payá. "Esperamos que esta agressão e esta grosseria do governo cubano com nossos convidados tenha resposta dos membros da OEA e outros governos democráticos", disse a ativista. A líder da organização anunciou ainda que os prêmios serão entregues assim que Almagro e Aylwin consigam viajar a Havana. Embora a reunião tenha sido monitorada por agentes do regime, nenhum dissidente foi detido. Cuba foi suspensa da OEA em 1962, no apogeu da Guerra Fria e do confronto com os EUA. O país se nega a voltar à organização por considerá-la um instrumento da pressão americana, mesmo tendo sido readmitida em 2009.
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Cuba nega entrada de chefe da OEA e políticos que iriam a evento opositorO secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, afirmou nesta quarta-feira (22) que Cuba negou sua entrada no país. Ele receberia um prêmio de uma ONG de dissidentes do regime de Raúl Castro. O evento foi organizado pela Rede Latino-Americana de Jovens, dirigida por Rosa María Payá. Ela é filha de Oswaldo Payá, opositor cubano morto em um acidente em 2012 que a família diz ter sido provocado pela ditadura. Além do ex-chanceler uruguaio, Havana rejeitou os vistos do ex-presidente mexicano Felipe Calderón e da ex-ministra chilena Mariana Aylwin, filha do ex-presidente Patricio Aylwin, que foram convidados para o mesmo evento. Almagro foi premiado com o Prêmio Oswaldo Payá por "sua contribuição aos direitos humanos e à democracia", assim como Aylwin, que o receberia em nome de seu pai, morto em 2016. Calderón era um dos participantes. Em carta a Rosa María Payá, o chefe da OEA afirmou que o regime considerava a viagem "uma provocação inaceitável" e declarou "seu espanto pelo envolvimento da organização em atividades anticubanas". A mesma justificativa foi apresentada pelas embaixadas cubanas em Santiago e na Cidade do México às Chancelarias locais, que expressaram sua reprovação à rejeição dos vistos de Mariana Aylwin e Felipe Calderón. Apesar de não contar com seus convidados ilustres, a organização manteve a cerimônia, mas na sala da casa de Rosa María Payá, com a participação de outros dissidentes, jornalistas e diplomatas americanos e europeus. Na sala, havia a bandeira cubana e a foto de Payá. "Esperamos que esta agressão e esta grosseria do governo cubano com nossos convidados tenha resposta dos membros da OEA e outros governos democráticos", disse a ativista. A líder da organização anunciou ainda que os prêmios serão entregues assim que Almagro e Aylwin consigam viajar a Havana. Embora a reunião tenha sido monitorada por agentes do regime, nenhum dissidente foi detido. Cuba foi suspensa da OEA em 1962, no apogeu da Guerra Fria e do confronto com os EUA. O país se nega a voltar à organização por considerá-la um instrumento da pressão americana, mesmo tendo sido readmitida em 2009.
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Desesperado e forçado a recuar, Boko Haram espalha sofrimento no Níger
No ano passado, quando o Boko Haram atacou a cidade onde vivia Falmaya Baba Gama, 30, no nordeste da Nigéria, executando 12 homens e incendiando o mercado público, milhares de pessoas fugiram e atravessaram a fronteira do Níger. Em meio ao caos, algumas tiveram que deixar seus filhos para trás. Gama e seus sete filhos chegaram em segurança à região de Diffa, mas hoje, quase um ano mais tarde, estão passando fome, têm medo de mais violência e ainda estão assombrados pela violência que testemunharam. "Até hoje as crianças têm pesadelos com o Boko Haram e choram", disse Gama diante de um barraco com telhado de sapé, fixado com paus e lonas plásticas, em Assaga. Trata-se de um acampamento improvisado para pessoas desalojadas, a poucos quilômetros da fronteira do Níger com a Nigéria. DESALOJADOS Gama é uma entre cerca de 240 mil pessoas desalojadas que estão vivendo em Diffa, uma grande área de deserto no sudeste do Níger que é pouco povoada, com vilarejos isolados e vegetação esparsa. Muitos dos desalojados estão vivendo em barracos improvisados às margens da principal rodovia do país. A violência do Boko Haram os expulsou de suas casas no nordeste da Nigéria e sudeste do Níger. Em sua campanha para construir um califado islâmico, que já dura sete anos, o grupo militante já matou mais de 15 mil pessoas e desalojou 2 milhões de outras nos Camarões, Chade, Níger e Nigéria. Ofensivas militares lançadas por uma força-tarefa regional e por tropas camaronenses e nigerianas forçaram o Boko Haram a recuar para o nordeste da Nigéria, levando os militantes a se dispersar e intensificar ataques do outro lado da fronteira, em Diffa. A violência traumatizou muitos refugiados nigerianos e desalojou nigerinos residentes em Diffa, deixando-os com água e alimentos escassos, poucas oportunidades de trabalhar ou fazer comércio e vulneráveis a doenças e desnutrição, segundo agências humanitárias. CATÁSTROFE HUMANITÁRIA O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, disse que o Boko Haram semeou enorme confusão em Diffa, destruindo escolas e clínicas de saúde, e provocou a paralização econômica da região. O Níger, um dos países menos desenvolvidos do mundo, foi prejudicado também pela queda dos preços globais do petróleo e pelo fluxo crescente de migrantes que passam por seu território extenso, atravessando o deserto do Saara a caminho da costa do Mediterrâneo. "Enfrentamos uma situação humanitária catastrófica", disse Issoufou à Thomson Reuters Foundation na capital nigerina, Niamey, enquanto se preparava para assistir a uma apresentação sobre a bacia do lago Chade na Cúpula Humanitária Mundial que acontece esta semana em Istambul. NADA A FAZER Em Assaga, meninos adolescentes passam o tempo à sombra de árvores, brincando com seus telefones, enquanto seus pais e avôs caminham pela rodovia leste-oeste nigerina, trocando histórias e fofocas. A estrada divide o local entre Assaga Níger e Assaga Nigéria, mas não existem grandes tensões entre as duas comunidades, disse o refugiado nigeriano Kyani Bukai, pai de seis filhos. Assaga é um dos 135 campos informais em Diffa, região que abriga 160 mil nigerinos desalojados e 80 mil refugiados da Nigéria. "Somos o mesmo povo, nós, nossos tios, nossos avôs -estamos todos juntos aqui", disse Bukai, ex-diretor de escola. ACESSO FÁCIL Graças à estrada que atravessa Assaga, as agências humanitárias têm acesso fácil ao campo, permitindo que levem ajuda alimentar e construam clínicas, escolas e instalações sanitárias. Mas, depois de um aumento recente da violência em Diffa, muitas pessoas temem que a estrada também converta o campo em alvo fácil do Boko Haram. Ocorreram cerca de 30 ataques do Boko Haram na região este ano, metade deles desde abril, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). Os militantes lançaram invasões, ataques suicidas e saquearam um centro de saúde, segundo várias organizações humanitárias. No mês passado o governo estendeu por mais três meses o estado de emergência em Diffa, declarado inicialmente em fevereiro de 2015. "Quando carros passam por aqui, as pessoas saem correndo. Elas têm medo de ataques suicidas", disse o agricultor nigerino Mustapha, que abandonou seu povoado em Diffa e buscou refúgio em Assaga quando soube que o Boko Haram se aproximava da fronteira. Muitos dos mercados em Diffa e vários na Nigéria foram destruídos pelo Boko Haram ou fechados por insegurança, deixando os jovens de Assaga com poucas oportunidades de trabalho ou comércio. Alguns homens disseram que estão cortando capim ou madeira, na esperança de conseguir vendê-los para dar de comer às suas famílias. "Não há mercado aqui, não há negócio nenhum. Não temos nada a fazer", disse Adam Alhagi Bukai, 25 anos, que era lavrador na Nigéria. MEDO DO FUTURO A situação de segurança angustia muitos dos desalojados, mas a falta de assistência alimentar é a preocupação mais urgente antes da estação de escassez que se aproxima e do Ramadã, o mês sagrado de jejum. "Quando chegamos a Assaga no ano passado, ganhamos milho, milhete, óleo e tomates", comentou Ataha Balai, que tem 18 anos e dois filhos. "Mas há cinco meses não recebemos comida nenhuma." Cerca de 450 mil pessoas em Diffa, mais de metade da população da região, estão passando fome. E um déficit de financiamento humanitário está prejudicando os esforços para levar ajuda alimentar àqueles que mais precisam dela, segundo o Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas. "É preocupante, especialmente quando se considera o risco de mais pessoas serem desalojadas nos próximos meses pela insegurança", disse Fodé Ndiaye, coordenador humanitário das Nações Unidas para o Níger. De acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras, pode haver bolsões de desalojados em Diffa ainda não localizados. DESAFIOS O diretor de assistência humanitária da ONU, Stephen O'Brien, disse que Diffa representa um desafio humanitário excepcional. Uma combinação de vários fatores pode levar mais pessoas a ficarem desalojadas e pode dificultar a entrega de assistência. "Essas comunidades vulneráveis enfrentam desafios ligados a fatores climáticos, como a desertificação, o crescimento demográfico acelerado, a miséria, a falta de alimentos e, é claro, a violência do Boko Haram." O'Brien vai discursar na Cúpula Humanitária Mundial, onde espera conscientizar os participantes e levantar recursos para o plano de assistência da ONU ao Níger, que até agora recebeu apenas um quarto de sua meta de US$316 milhões para 2016. A um mundo de distância de diplomatas e dignitários, meninas no lado nigeriano do campo de Assaga riam enquanto brincavam numa bomba d'água como se fosse uma gangorra, cantando e brincando enquanto enchiam latas amarelas de água. Para os moradores mais velhos de Assaga, refletindo sobre o futuro de suas famílias, essa alegria é incompreensível. "Não sabemos quando vamos poder voltar para casa", disse Bukai, 30 anos, sufocando lágrimas. "Só quando as coisas se acertarem, a situação se normalizar e não houver mais problemas. Ainda há muitos homens do Boko Haram espalhados. Não podemos voltar." Tradução de CLARA ALLAIN
mundo
Desesperado e forçado a recuar, Boko Haram espalha sofrimento no NígerNo ano passado, quando o Boko Haram atacou a cidade onde vivia Falmaya Baba Gama, 30, no nordeste da Nigéria, executando 12 homens e incendiando o mercado público, milhares de pessoas fugiram e atravessaram a fronteira do Níger. Em meio ao caos, algumas tiveram que deixar seus filhos para trás. Gama e seus sete filhos chegaram em segurança à região de Diffa, mas hoje, quase um ano mais tarde, estão passando fome, têm medo de mais violência e ainda estão assombrados pela violência que testemunharam. "Até hoje as crianças têm pesadelos com o Boko Haram e choram", disse Gama diante de um barraco com telhado de sapé, fixado com paus e lonas plásticas, em Assaga. Trata-se de um acampamento improvisado para pessoas desalojadas, a poucos quilômetros da fronteira do Níger com a Nigéria. DESALOJADOS Gama é uma entre cerca de 240 mil pessoas desalojadas que estão vivendo em Diffa, uma grande área de deserto no sudeste do Níger que é pouco povoada, com vilarejos isolados e vegetação esparsa. Muitos dos desalojados estão vivendo em barracos improvisados às margens da principal rodovia do país. A violência do Boko Haram os expulsou de suas casas no nordeste da Nigéria e sudeste do Níger. Em sua campanha para construir um califado islâmico, que já dura sete anos, o grupo militante já matou mais de 15 mil pessoas e desalojou 2 milhões de outras nos Camarões, Chade, Níger e Nigéria. Ofensivas militares lançadas por uma força-tarefa regional e por tropas camaronenses e nigerianas forçaram o Boko Haram a recuar para o nordeste da Nigéria, levando os militantes a se dispersar e intensificar ataques do outro lado da fronteira, em Diffa. A violência traumatizou muitos refugiados nigerianos e desalojou nigerinos residentes em Diffa, deixando-os com água e alimentos escassos, poucas oportunidades de trabalhar ou fazer comércio e vulneráveis a doenças e desnutrição, segundo agências humanitárias. CATÁSTROFE HUMANITÁRIA O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, disse que o Boko Haram semeou enorme confusão em Diffa, destruindo escolas e clínicas de saúde, e provocou a paralização econômica da região. O Níger, um dos países menos desenvolvidos do mundo, foi prejudicado também pela queda dos preços globais do petróleo e pelo fluxo crescente de migrantes que passam por seu território extenso, atravessando o deserto do Saara a caminho da costa do Mediterrâneo. "Enfrentamos uma situação humanitária catastrófica", disse Issoufou à Thomson Reuters Foundation na capital nigerina, Niamey, enquanto se preparava para assistir a uma apresentação sobre a bacia do lago Chade na Cúpula Humanitária Mundial que acontece esta semana em Istambul. NADA A FAZER Em Assaga, meninos adolescentes passam o tempo à sombra de árvores, brincando com seus telefones, enquanto seus pais e avôs caminham pela rodovia leste-oeste nigerina, trocando histórias e fofocas. A estrada divide o local entre Assaga Níger e Assaga Nigéria, mas não existem grandes tensões entre as duas comunidades, disse o refugiado nigeriano Kyani Bukai, pai de seis filhos. Assaga é um dos 135 campos informais em Diffa, região que abriga 160 mil nigerinos desalojados e 80 mil refugiados da Nigéria. "Somos o mesmo povo, nós, nossos tios, nossos avôs -estamos todos juntos aqui", disse Bukai, ex-diretor de escola. ACESSO FÁCIL Graças à estrada que atravessa Assaga, as agências humanitárias têm acesso fácil ao campo, permitindo que levem ajuda alimentar e construam clínicas, escolas e instalações sanitárias. Mas, depois de um aumento recente da violência em Diffa, muitas pessoas temem que a estrada também converta o campo em alvo fácil do Boko Haram. Ocorreram cerca de 30 ataques do Boko Haram na região este ano, metade deles desde abril, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). Os militantes lançaram invasões, ataques suicidas e saquearam um centro de saúde, segundo várias organizações humanitárias. No mês passado o governo estendeu por mais três meses o estado de emergência em Diffa, declarado inicialmente em fevereiro de 2015. "Quando carros passam por aqui, as pessoas saem correndo. Elas têm medo de ataques suicidas", disse o agricultor nigerino Mustapha, que abandonou seu povoado em Diffa e buscou refúgio em Assaga quando soube que o Boko Haram se aproximava da fronteira. Muitos dos mercados em Diffa e vários na Nigéria foram destruídos pelo Boko Haram ou fechados por insegurança, deixando os jovens de Assaga com poucas oportunidades de trabalho ou comércio. Alguns homens disseram que estão cortando capim ou madeira, na esperança de conseguir vendê-los para dar de comer às suas famílias. "Não há mercado aqui, não há negócio nenhum. Não temos nada a fazer", disse Adam Alhagi Bukai, 25 anos, que era lavrador na Nigéria. MEDO DO FUTURO A situação de segurança angustia muitos dos desalojados, mas a falta de assistência alimentar é a preocupação mais urgente antes da estação de escassez que se aproxima e do Ramadã, o mês sagrado de jejum. "Quando chegamos a Assaga no ano passado, ganhamos milho, milhete, óleo e tomates", comentou Ataha Balai, que tem 18 anos e dois filhos. "Mas há cinco meses não recebemos comida nenhuma." Cerca de 450 mil pessoas em Diffa, mais de metade da população da região, estão passando fome. E um déficit de financiamento humanitário está prejudicando os esforços para levar ajuda alimentar àqueles que mais precisam dela, segundo o Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas. "É preocupante, especialmente quando se considera o risco de mais pessoas serem desalojadas nos próximos meses pela insegurança", disse Fodé Ndiaye, coordenador humanitário das Nações Unidas para o Níger. De acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras, pode haver bolsões de desalojados em Diffa ainda não localizados. DESAFIOS O diretor de assistência humanitária da ONU, Stephen O'Brien, disse que Diffa representa um desafio humanitário excepcional. Uma combinação de vários fatores pode levar mais pessoas a ficarem desalojadas e pode dificultar a entrega de assistência. "Essas comunidades vulneráveis enfrentam desafios ligados a fatores climáticos, como a desertificação, o crescimento demográfico acelerado, a miséria, a falta de alimentos e, é claro, a violência do Boko Haram." O'Brien vai discursar na Cúpula Humanitária Mundial, onde espera conscientizar os participantes e levantar recursos para o plano de assistência da ONU ao Níger, que até agora recebeu apenas um quarto de sua meta de US$316 milhões para 2016. A um mundo de distância de diplomatas e dignitários, meninas no lado nigeriano do campo de Assaga riam enquanto brincavam numa bomba d'água como se fosse uma gangorra, cantando e brincando enquanto enchiam latas amarelas de água. Para os moradores mais velhos de Assaga, refletindo sobre o futuro de suas famílias, essa alegria é incompreensível. "Não sabemos quando vamos poder voltar para casa", disse Bukai, 30 anos, sufocando lágrimas. "Só quando as coisas se acertarem, a situação se normalizar e não houver mais problemas. Ainda há muitos homens do Boko Haram espalhados. Não podemos voltar." Tradução de CLARA ALLAIN
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Raridade no futebol, atletas e técnicos que não falam palavrão se explicam
O palavrão é uma instituição no futebol, seja dentro de campo ou nas arquibancadas. É tão comum que não precisa nem ser uma manifestação de raiva. Uma das frases mais usadas pelos atletas na alegria de celebrar um gol é: "Eu sou foda!" No entanto, alguns jogadores e treinadores vão contra essa corrente. Apesar de viverem o dia a dia dos clubes de futebol, não abrem a boca para dizer um palavrão sequer, dentro ou fora de campo. "O certo é ninguém falar palavrões. Não acrescenta nada, é falta de educação e desrespeito. Tenho minhas alternativas, como 'puxa vida' e 'caramba'", afirma o técnico Doriva, ex-comandante do São Paulo que atualmente está desempregado. Ele mesmo cai na risada ao citar as expressões que usa como opções às de baixo calão. Sabe ser quase um extraterrestre no futebol por isso. O técnico do Audax, Fernando Diniz, por exemplo, chega a impedir a imprensa de acompanhar os treinos do seu time porque sabe que vai exagerar nos xingamentos. Doriva diz que não fala palavrões devido à sua criação. Desde pequeno aprendeu a não usar palavras de baixo calão. E ele não é o único. BOCA LIMPA - Técnicos, jogadores e ex-jogadores que não falam palavrão "Não quero que minha filha me veja na TV falando palavrão", afirma o atacante Willian, do Palmeiras, outro que nunca diz impropérios. Há também os que afirmam que a religião os levou a abdicar das palavras chulas. É o caso do lateral direito Victor Ferraz, do Santos. "Desde cedo fui acostumado a não falar palavrão, tentava ter uma conduta diferente quando ia para a escola ou para os treinos. Aprendi na igreja. No ano passado, em um jogo contra o Internacional, o árbitro disse que eu o ofendi, mas ele se confundiu", afirma o jogador. Essa, porém, não é a regra nem entre os fiéis fervorosos. Há entre os atletas profissionais pastores evangélicos, como Ricardo Oliveira, colega de Victor Ferraz no Santos, que deixam escapar xingamentos dentro de campo quando acham necessário. "São poucos [os que não dizem palavrão]. Mas isso não faz com que eu seja melhor ou pior que ninguém, nem mais santo. É uma característica minha. Não condeno ninguém", afirma Ferraz. É quase o mesmo caminho adotado por Silas, técnico e ex-meia do São Paulo. "Acho que [falar palavrão] faz mais bem para quem fala do que para quem ouve. É uma questão de precisar desabafar. De que adianta mandar o cara para aquele lugar? Não faz parte da minha índole fazer isso. Você pode ser duro com o jogador, se preciso, mas sem usar palavrão. Obtém o mesmo resultado", afirma o ex-jogador que disputou a Copa de 1990 e atualmente procura emprego. Todos os que não usam os palavrões garantem não haver qualquer benefício prático em campo ao usá-lo. Ninguém vai jogar mais ou menos por ter sido xingado. OLHARES ATRAVESSADOS Os que são contra xingamentos revelam, sempre tomando cuidado para contar casos sem citar nomes, que há uma ponta de preconceito contra eles. Afirmam que há dirigentes no futebol que não gostam de técnicos e jogadores "educados demais". "Nunca aconteceu comigo. Mas eu sei do caso de um amigo meu... O diretor disse que não gostava de treinador que não falava palavrão. Acha que é um jeito de ver se o técnico domina o vestiário. Isso é bobagem. Não é preciso palavrão", afirma Silas. Victor Ferraz já passou por situação semelhante. "Trabalhei com uma pessoa que não gostava muito do meu comportamento. Ele achava que jogador tinha de beber, sair na noite e falar palavrão. Ele me afastou dizendo que eu era muito diferente dos demais", lembra o lateral direito santista. A maioria dos envolvidos no mundo da bola gosta de utilizar uma frase sempre que surge o assunto sobre ofensas morais ocorridas dentro de campo: "Durante a partida, é muito difícil dizer por favor ou obrigado". Nem todos concordam. "A educação cabe em todos os lugares. Não precisa de palavrão para cobrar ou conversar", conclui Doriva.
esporte
Raridade no futebol, atletas e técnicos que não falam palavrão se explicamO palavrão é uma instituição no futebol, seja dentro de campo ou nas arquibancadas. É tão comum que não precisa nem ser uma manifestação de raiva. Uma das frases mais usadas pelos atletas na alegria de celebrar um gol é: "Eu sou foda!" No entanto, alguns jogadores e treinadores vão contra essa corrente. Apesar de viverem o dia a dia dos clubes de futebol, não abrem a boca para dizer um palavrão sequer, dentro ou fora de campo. "O certo é ninguém falar palavrões. Não acrescenta nada, é falta de educação e desrespeito. Tenho minhas alternativas, como 'puxa vida' e 'caramba'", afirma o técnico Doriva, ex-comandante do São Paulo que atualmente está desempregado. Ele mesmo cai na risada ao citar as expressões que usa como opções às de baixo calão. Sabe ser quase um extraterrestre no futebol por isso. O técnico do Audax, Fernando Diniz, por exemplo, chega a impedir a imprensa de acompanhar os treinos do seu time porque sabe que vai exagerar nos xingamentos. Doriva diz que não fala palavrões devido à sua criação. Desde pequeno aprendeu a não usar palavras de baixo calão. E ele não é o único. BOCA LIMPA - Técnicos, jogadores e ex-jogadores que não falam palavrão "Não quero que minha filha me veja na TV falando palavrão", afirma o atacante Willian, do Palmeiras, outro que nunca diz impropérios. Há também os que afirmam que a religião os levou a abdicar das palavras chulas. É o caso do lateral direito Victor Ferraz, do Santos. "Desde cedo fui acostumado a não falar palavrão, tentava ter uma conduta diferente quando ia para a escola ou para os treinos. Aprendi na igreja. No ano passado, em um jogo contra o Internacional, o árbitro disse que eu o ofendi, mas ele se confundiu", afirma o jogador. Essa, porém, não é a regra nem entre os fiéis fervorosos. Há entre os atletas profissionais pastores evangélicos, como Ricardo Oliveira, colega de Victor Ferraz no Santos, que deixam escapar xingamentos dentro de campo quando acham necessário. "São poucos [os que não dizem palavrão]. Mas isso não faz com que eu seja melhor ou pior que ninguém, nem mais santo. É uma característica minha. Não condeno ninguém", afirma Ferraz. É quase o mesmo caminho adotado por Silas, técnico e ex-meia do São Paulo. "Acho que [falar palavrão] faz mais bem para quem fala do que para quem ouve. É uma questão de precisar desabafar. De que adianta mandar o cara para aquele lugar? Não faz parte da minha índole fazer isso. Você pode ser duro com o jogador, se preciso, mas sem usar palavrão. Obtém o mesmo resultado", afirma o ex-jogador que disputou a Copa de 1990 e atualmente procura emprego. Todos os que não usam os palavrões garantem não haver qualquer benefício prático em campo ao usá-lo. Ninguém vai jogar mais ou menos por ter sido xingado. OLHARES ATRAVESSADOS Os que são contra xingamentos revelam, sempre tomando cuidado para contar casos sem citar nomes, que há uma ponta de preconceito contra eles. Afirmam que há dirigentes no futebol que não gostam de técnicos e jogadores "educados demais". "Nunca aconteceu comigo. Mas eu sei do caso de um amigo meu... O diretor disse que não gostava de treinador que não falava palavrão. Acha que é um jeito de ver se o técnico domina o vestiário. Isso é bobagem. Não é preciso palavrão", afirma Silas. Victor Ferraz já passou por situação semelhante. "Trabalhei com uma pessoa que não gostava muito do meu comportamento. Ele achava que jogador tinha de beber, sair na noite e falar palavrão. Ele me afastou dizendo que eu era muito diferente dos demais", lembra o lateral direito santista. A maioria dos envolvidos no mundo da bola gosta de utilizar uma frase sempre que surge o assunto sobre ofensas morais ocorridas dentro de campo: "Durante a partida, é muito difícil dizer por favor ou obrigado". Nem todos concordam. "A educação cabe em todos os lugares. Não precisa de palavrão para cobrar ou conversar", conclui Doriva.
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Mortes: Radialista ou comediante, não seguia roteiros
A veia humorística foi o que levou Jauri Gomes Ziehut para as ondas do rádio. A ideia nem partiu dele, mas parecia ter tanto jeito que foi convencido por um colega a tentar uma vaga na Rádio T, ainda no final dos anos 1980. Nascido em Santa Maria do Oeste, interior do Paraná, ele se mudou aos 15 anos para a também paranaense Guarapuava. Trabalhou como vendedor, empacotador e bancário antes de começar no rádio, onde ficou por 28 anos. Apresentou programas sobre política, bingo, música sertaneja. Até narração de lutas ele chegou a fazer, sempre com um jeito próprio. Entre suas marcas estava o microfone sempre aberto enquanto escolhia as músicas nos intervalos comerciais e o esquecimento –de roupas, bonés e até do repertório. "Ele tinha um estilo próprio, não se prendia ao roteiro", conta o amigo Anderson Magatão, com quem fazia shows stand-up comedy pelo país desde o ano de 2014. Jauri arriscou ainda como cantor e compositor, lançando quatro CDs. Entre suas músicas, uma em homenagem a mulher e a outra aos filhos. Quando não estava trabalhando, gostava de viajar, jogar golfe, colecionar DVDs de blues e degustar vinhos. Também era descrito como romântico pela mulher Mônica, com quem ficou casado por 17 anos. "Ele levava café da manhã na cama e adorava fazer surpresas", conta ela. Não parou nem depois de descobrir um câncer no intestino há três anos. Tinha shows marcados até julho, mas morreu no último dia 13, aos 47. Deixa a mulher, três filhos, a mãe e quatro irmãos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Mortes: Radialista ou comediante, não seguia roteirosA veia humorística foi o que levou Jauri Gomes Ziehut para as ondas do rádio. A ideia nem partiu dele, mas parecia ter tanto jeito que foi convencido por um colega a tentar uma vaga na Rádio T, ainda no final dos anos 1980. Nascido em Santa Maria do Oeste, interior do Paraná, ele se mudou aos 15 anos para a também paranaense Guarapuava. Trabalhou como vendedor, empacotador e bancário antes de começar no rádio, onde ficou por 28 anos. Apresentou programas sobre política, bingo, música sertaneja. Até narração de lutas ele chegou a fazer, sempre com um jeito próprio. Entre suas marcas estava o microfone sempre aberto enquanto escolhia as músicas nos intervalos comerciais e o esquecimento –de roupas, bonés e até do repertório. "Ele tinha um estilo próprio, não se prendia ao roteiro", conta o amigo Anderson Magatão, com quem fazia shows stand-up comedy pelo país desde o ano de 2014. Jauri arriscou ainda como cantor e compositor, lançando quatro CDs. Entre suas músicas, uma em homenagem a mulher e a outra aos filhos. Quando não estava trabalhando, gostava de viajar, jogar golfe, colecionar DVDs de blues e degustar vinhos. Também era descrito como romântico pela mulher Mônica, com quem ficou casado por 17 anos. "Ele levava café da manhã na cama e adorava fazer surpresas", conta ela. Não parou nem depois de descobrir um câncer no intestino há três anos. Tinha shows marcados até julho, mas morreu no último dia 13, aos 47. Deixa a mulher, três filhos, a mãe e quatro irmãos. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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No futebol, o errado e o certo se misturam com frequência
Dias atrás, em minhas caminhadas diárias, quando converso com as pessoas sobre futebol e outros assuntos, um leitor me perguntou por que quase todos os times jogam da mesma maneira, por que os comentaristas discutem as mesmas coisas e por que há tantas enquetes sobre quem é o melhor, que mudam a cada semana. Esses provocantes questionamentos servem de reflexão aos treinadores e a todos nós, que escrevemos e falamos sobre futebol. Até anos atrás, quase todos os grandes times europeus, quando perdiam a bola, marcavam com duas linhas de quatro. Isso começou em 1966, com a seleção inglesa. Já no Brasil, fazer o mesmo era chamado de retranca, uma afronta à nossa essência e ao futebol arte. Hoje, a maioria das equipes brasileiras, com qualquer sistema tático, defende dessa forma. Isso começou com Mano Menezes e Tite, ambos no Corinthians. Carile repetiu as ideias de Tite, mas, nos últimos jogos, mudou, ao escalar dois volantes (Gabriel e Maycon) e adiantar Rodriguinho, para jogar mais próximo a Jô. O ataque melhorou. Há várias maneiras de jogar bem e de ganhar. No Brasil, há uma tradição e uma admiração pelos clássicos meias de ligação que jogam entre os volantes e o centroavante, mas exageram nos elogios a esses habilidosos jogadores. Foi o que eu disse sobre Diego, do Flamengo. Muitos estranharam e não entenderam. É óbvio que Diego é muito bom para o nível de futebol que se joga no país. Se fosse um craque, teria sido, pelo menos, destaque de uma grande equipe na Europa. É necessário também diferenciar o clássico meia de ligação do ponta de lança, segundo atacante, que faz dupla com o centroavante. Essas duplas continuam frequentes, em todo o mundo, como De Arrascaeta e Sóbis, Robinho e Fred, Agüero e Gabriel Jesus, Benzema e Cristiano Ronaldo e outras. Nas equipes que não têm um clássico meia de ligação, a armação das jogadas pelo centro é feita pelo meio-campista, que joga de uma área à outra, por um dos dois atacantes, que recua, ou pelo meia que atua pelo lado, que se desloca para o centro, como Jadson, no Corinthians. O que geralmente não funciona bem é ter dois volantes, dois pontas pelos lados, que atuam muito abertos, um centroavante fixo e um meia pelo centro, como único responsável pela armação das jogadas, como acontece em várias equipes brasileiras. Os treinadores precisam definir a maneira de jogar, ter uns sete reservas para entrar com frequência e uma ou duas opções táticas para usar no momento certo. O Palmeiras ainda muda muito. O espalhafatoso e agressivo Felipe Melo incitou a violência com suas provocações, foi suspenso e deve prejudicar a equipe. Falta a Borja jogadas mais rápidas e passes mais aprofundados para aproveitar a velocidade. Ele gosta da bola na frente, e não no pé. Borja é um ótimo atacante, que ainda não se adaptou ao time, e Willian é um atacante comum, que vive ótimo momento. Nas decisões dos técnicos, há muitas coisas certas e erradas, que se misturam e que, com frequência, não dá para saber o que é uma coisa ou outra. Daí, ser mais fácil achar uma única explicação e repetir os chavões e lugares comuns que satisfazem nossa ignorância. Somente agora, após uns 60 anos, entendi bem o que o comentarista Kafunga, ex-goleiro do Atlético-MG, dizia: "No futebol, o errado é que é o certo".
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No futebol, o errado e o certo se misturam com frequênciaDias atrás, em minhas caminhadas diárias, quando converso com as pessoas sobre futebol e outros assuntos, um leitor me perguntou por que quase todos os times jogam da mesma maneira, por que os comentaristas discutem as mesmas coisas e por que há tantas enquetes sobre quem é o melhor, que mudam a cada semana. Esses provocantes questionamentos servem de reflexão aos treinadores e a todos nós, que escrevemos e falamos sobre futebol. Até anos atrás, quase todos os grandes times europeus, quando perdiam a bola, marcavam com duas linhas de quatro. Isso começou em 1966, com a seleção inglesa. Já no Brasil, fazer o mesmo era chamado de retranca, uma afronta à nossa essência e ao futebol arte. Hoje, a maioria das equipes brasileiras, com qualquer sistema tático, defende dessa forma. Isso começou com Mano Menezes e Tite, ambos no Corinthians. Carile repetiu as ideias de Tite, mas, nos últimos jogos, mudou, ao escalar dois volantes (Gabriel e Maycon) e adiantar Rodriguinho, para jogar mais próximo a Jô. O ataque melhorou. Há várias maneiras de jogar bem e de ganhar. No Brasil, há uma tradição e uma admiração pelos clássicos meias de ligação que jogam entre os volantes e o centroavante, mas exageram nos elogios a esses habilidosos jogadores. Foi o que eu disse sobre Diego, do Flamengo. Muitos estranharam e não entenderam. É óbvio que Diego é muito bom para o nível de futebol que se joga no país. Se fosse um craque, teria sido, pelo menos, destaque de uma grande equipe na Europa. É necessário também diferenciar o clássico meia de ligação do ponta de lança, segundo atacante, que faz dupla com o centroavante. Essas duplas continuam frequentes, em todo o mundo, como De Arrascaeta e Sóbis, Robinho e Fred, Agüero e Gabriel Jesus, Benzema e Cristiano Ronaldo e outras. Nas equipes que não têm um clássico meia de ligação, a armação das jogadas pelo centro é feita pelo meio-campista, que joga de uma área à outra, por um dos dois atacantes, que recua, ou pelo meia que atua pelo lado, que se desloca para o centro, como Jadson, no Corinthians. O que geralmente não funciona bem é ter dois volantes, dois pontas pelos lados, que atuam muito abertos, um centroavante fixo e um meia pelo centro, como único responsável pela armação das jogadas, como acontece em várias equipes brasileiras. Os treinadores precisam definir a maneira de jogar, ter uns sete reservas para entrar com frequência e uma ou duas opções táticas para usar no momento certo. O Palmeiras ainda muda muito. O espalhafatoso e agressivo Felipe Melo incitou a violência com suas provocações, foi suspenso e deve prejudicar a equipe. Falta a Borja jogadas mais rápidas e passes mais aprofundados para aproveitar a velocidade. Ele gosta da bola na frente, e não no pé. Borja é um ótimo atacante, que ainda não se adaptou ao time, e Willian é um atacante comum, que vive ótimo momento. Nas decisões dos técnicos, há muitas coisas certas e erradas, que se misturam e que, com frequência, não dá para saber o que é uma coisa ou outra. Daí, ser mais fácil achar uma única explicação e repetir os chavões e lugares comuns que satisfazem nossa ignorância. Somente agora, após uns 60 anos, entendi bem o que o comentarista Kafunga, ex-goleiro do Atlético-MG, dizia: "No futebol, o errado é que é o certo".
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TSE determina identificação de celular autor de boato sobre Bolsa Família
A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Thereza de Assis Moura determinou nesta sexta-feira (22) que uma empresa de telefonia identifique, em dez dias, o proprietário de uma linha de celular que teria distribuído, durante as eleições de 2014, mensagens vinculando a continuidade do programa Bolsa Família ao resultado da disputa presidencial. A decisão foi tomada nas ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer por abuso de poder político e econômico, além da suspeita de que a campanha dos dois foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. Os torpedos ligavam a possível eleição do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que acabou como segundo colocado da disputa eleitoral, ao fim do Bolsa Família e eram assinadas pelo governo federal. O Planalto negou ligação com as mensagens. O número que teria replicado as mensagens é de um aparelho registrado no Rio de Janeiro. Além dos dados do proprietário entre julho e outubro de 2014, o TSE também requisitou relação de outras linhas do mesmo usuário e quantas mensagens foram por elas enviadas no período. SATANÁS Relatora das ações que pedem a perda do mandato dos dois, Maria Thereza atendeu a pedido da defesa da presidente e determinou a retirada dos autos da ação uma comparação de Dilma ao diabo, feita pelo PSDB. O PSDB incluiu no documento uma reprodução de uma frase polêmica lançada por Dilma pouca antes da campanha, de que se podia fazer "o diabo" numa eleição, e escreveu: "Vade retro, Satanás". Os advogados de Dilma no TSE pedem que seja riscado dos autos esse trecho, sob a justificativa de ser ofensivo à presidente. O QUE A PRESIDENTE DILMA ENFRENTA NO TSE
poder
TSE determina identificação de celular autor de boato sobre Bolsa FamíliaA ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Thereza de Assis Moura determinou nesta sexta-feira (22) que uma empresa de telefonia identifique, em dez dias, o proprietário de uma linha de celular que teria distribuído, durante as eleições de 2014, mensagens vinculando a continuidade do programa Bolsa Família ao resultado da disputa presidencial. A decisão foi tomada nas ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer por abuso de poder político e econômico, além da suspeita de que a campanha dos dois foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. Os torpedos ligavam a possível eleição do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que acabou como segundo colocado da disputa eleitoral, ao fim do Bolsa Família e eram assinadas pelo governo federal. O Planalto negou ligação com as mensagens. O número que teria replicado as mensagens é de um aparelho registrado no Rio de Janeiro. Além dos dados do proprietário entre julho e outubro de 2014, o TSE também requisitou relação de outras linhas do mesmo usuário e quantas mensagens foram por elas enviadas no período. SATANÁS Relatora das ações que pedem a perda do mandato dos dois, Maria Thereza atendeu a pedido da defesa da presidente e determinou a retirada dos autos da ação uma comparação de Dilma ao diabo, feita pelo PSDB. O PSDB incluiu no documento uma reprodução de uma frase polêmica lançada por Dilma pouca antes da campanha, de que se podia fazer "o diabo" numa eleição, e escreveu: "Vade retro, Satanás". Os advogados de Dilma no TSE pedem que seja riscado dos autos esse trecho, sob a justificativa de ser ofensivo à presidente. O QUE A PRESIDENTE DILMA ENFRENTA NO TSE
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Para Cardozo, tese de ministro de que Dilma não apoiou Lava Jato é irreal
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo rebateu nesta quinta (23) o atual titular da pasta, Alexandre de Moraes, ao dizer que ele faz um "discurso político que não condiz com a realidade" quando fala que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff "jamais apoiou institucionalmente" a operação Lava Jato. "Basta ver o que foi feito. Aliás, as acusações que eu tinha eram de várias pessoas da base governista e da oposição por não ter obstado situações de investigação das acusações que eram dirigidas para a presidente Dilma Rousseff", disse. Moraes deu as declarações ao comentar uma possível influência entre sua visita à força-tarefa de Curitiba no início da semana e a operação Custo Brasil realizada pela Polícia Federal nesta quinta, que prendeu o ex-ministro petista Paulo Bernardo –a operação não foi deflagrada por Curitiba, mas por São Paulo. "Não há nenhuma relação da minha visita institucional, de apoio à Lava Jato, provavelmente seja isso que tenha deixado desconfortável essas pessoas, é que o governo anterior jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato, porque o governo anterior jamais apoiou o combate à corrupção", disse Moraes. A Lava Jato teve início em 2014, durante a gestão da presidente Dilma, e levou à prisão dirigentes do PT, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Petistas criticavam Cardozo na época por ele não controlar a Polícia Federal na Lava Jato. Cardozo, que atua agora como advogado de Dilma no processo de impeachment em análise pelo Senado, provocou Moraes ao dizer que se ele tem alguma dúvida sobre a atuação do governo anterior, "ele poderia ouvir os áudios em que pessoas, lideranças, falam exatamente que Dilma tinha que sair porque a sangria tinha que parar". O ex-ministro se referiu às gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney. Nas conversas, principalmente com Jucá, eles sugeriam um pacto para barrar a Lava Jato. "O secretário (sic) Alexandre é meu amigo, demos aula juntos. Agora, ele tem que fazer o discurso político. No momento em que o governo é acusado publicamente de nomear pessoas investigadas e ao mesmo tempo de terem sido colocados lá para fazer uma pactuação para parar a lava jato, tem que se encontrar um discurso político. Ele está fazendo seu papel", disse. OPERAÇÃO CUSTO BRASIL Cardozo também avaliou que a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta, não interferirá no andamento da comissão do impeachment. "A senadora é combativa, competente, séria e acho que ela vai continuar exercendo seu papel. Claro que as circunstâncias não são as melhores do ponto de vista da realidade e nem sei porque houve essa decisão, desconheço os termos, mas eu tenho certeza que a senadora tem muita força interior e saberá enfrentar esse momento", disse. Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, foi preso preventivamente, suspeito de ter se beneficiado de R$ 7 milhões em propina. O valor que foi recebido por escritório de advocacia ligado a petista.
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Para Cardozo, tese de ministro de que Dilma não apoiou Lava Jato é irrealO ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo rebateu nesta quinta (23) o atual titular da pasta, Alexandre de Moraes, ao dizer que ele faz um "discurso político que não condiz com a realidade" quando fala que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff "jamais apoiou institucionalmente" a operação Lava Jato. "Basta ver o que foi feito. Aliás, as acusações que eu tinha eram de várias pessoas da base governista e da oposição por não ter obstado situações de investigação das acusações que eram dirigidas para a presidente Dilma Rousseff", disse. Moraes deu as declarações ao comentar uma possível influência entre sua visita à força-tarefa de Curitiba no início da semana e a operação Custo Brasil realizada pela Polícia Federal nesta quinta, que prendeu o ex-ministro petista Paulo Bernardo –a operação não foi deflagrada por Curitiba, mas por São Paulo. "Não há nenhuma relação da minha visita institucional, de apoio à Lava Jato, provavelmente seja isso que tenha deixado desconfortável essas pessoas, é que o governo anterior jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato, porque o governo anterior jamais apoiou o combate à corrupção", disse Moraes. A Lava Jato teve início em 2014, durante a gestão da presidente Dilma, e levou à prisão dirigentes do PT, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Petistas criticavam Cardozo na época por ele não controlar a Polícia Federal na Lava Jato. Cardozo, que atua agora como advogado de Dilma no processo de impeachment em análise pelo Senado, provocou Moraes ao dizer que se ele tem alguma dúvida sobre a atuação do governo anterior, "ele poderia ouvir os áudios em que pessoas, lideranças, falam exatamente que Dilma tinha que sair porque a sangria tinha que parar". O ex-ministro se referiu às gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney. Nas conversas, principalmente com Jucá, eles sugeriam um pacto para barrar a Lava Jato. "O secretário (sic) Alexandre é meu amigo, demos aula juntos. Agora, ele tem que fazer o discurso político. No momento em que o governo é acusado publicamente de nomear pessoas investigadas e ao mesmo tempo de terem sido colocados lá para fazer uma pactuação para parar a lava jato, tem que se encontrar um discurso político. Ele está fazendo seu papel", disse. OPERAÇÃO CUSTO BRASIL Cardozo também avaliou que a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta, não interferirá no andamento da comissão do impeachment. "A senadora é combativa, competente, séria e acho que ela vai continuar exercendo seu papel. Claro que as circunstâncias não são as melhores do ponto de vista da realidade e nem sei porque houve essa decisão, desconheço os termos, mas eu tenho certeza que a senadora tem muita força interior e saberá enfrentar esse momento", disse. Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, foi preso preventivamente, suspeito de ter se beneficiado de R$ 7 milhões em propina. O valor que foi recebido por escritório de advocacia ligado a petista.
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Para presidente do BNDES, novo plano da Petrobras é vetor de crescimento
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o novo plano de negócios da Petrobras é um dos vetores para a retomada do crescimento do país. A estatal divulgou nesta segunda-feira (29) um corte de 37% em seu plano de investimentos, para US$ 130 bilhões nos próximos cinco anos, uma diferença de US$ 76,3 bilhões frente ao previsto anteriormente. Para Coutinho, apesar do plano ser menor que o anterior, o importante é que "na margem" o investimento será expandido. "Os investimentos da Petrobras já se retraíram nos últimos meses e o novo plano, na verdade, sinaliza uma nova trajetória para retomar os investimentos numa base realista e sólida, de forma a ajustar a companhia a uma nova realidade de preço de petróleo e também a uma perspectiva de extrair do pré-sal ganhos crescentes", afirmou em Nova York, após participar de um seminário para apresentar a investidores estrangeiros o programa de concessão em infraestrutura, lançado pelo governo no início deste mês. Segundo ele, o plano da Petrobras tem foco "muito claro" em investimentos de maior retorno e atende à necessidade de reduzir endividamento da estatal. Além da redução nos investimentos, a estatal informou que colocará à venda US$ 42,6 bilhões em ativos nos próximos cinco anos. "O plano tem a grande virtude de iniciar um processo de desalavancagem da empresa, por isso, imagino que o mercado receberá bem", disse. As ações da empresa, no entanto, seguem em queda após o anúncio. LAVA JATO O presidente do BNDES disse não acreditar que o ambiente político no Brasil, contaminado com as denúncias de corrupção na Petrobras, afete os investimentos estrangeiros esperados na área de infraestrutura. "O Brasil tem uma institucionalidade de prevalência dos processos legais, o sistema judicial e parlamentar funcionando num regime democrático com regras claras. Esse processo vai trazer ganhos de governança, ganhos qualitativos para o país", afirmou. Questionado se há receio de que as operações do BNDES sejam investigadas, Coutinho afirmou que o banco está "preparado para fornecer todas as informações". "Nenhuma preocupação. O BNDES se notabiliza pelo seu rigor, por seus processos de decisão colegiada na concessão de todo e qualquer financiamento", afirmou.
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Para presidente do BNDES, novo plano da Petrobras é vetor de crescimentoO presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o novo plano de negócios da Petrobras é um dos vetores para a retomada do crescimento do país. A estatal divulgou nesta segunda-feira (29) um corte de 37% em seu plano de investimentos, para US$ 130 bilhões nos próximos cinco anos, uma diferença de US$ 76,3 bilhões frente ao previsto anteriormente. Para Coutinho, apesar do plano ser menor que o anterior, o importante é que "na margem" o investimento será expandido. "Os investimentos da Petrobras já se retraíram nos últimos meses e o novo plano, na verdade, sinaliza uma nova trajetória para retomar os investimentos numa base realista e sólida, de forma a ajustar a companhia a uma nova realidade de preço de petróleo e também a uma perspectiva de extrair do pré-sal ganhos crescentes", afirmou em Nova York, após participar de um seminário para apresentar a investidores estrangeiros o programa de concessão em infraestrutura, lançado pelo governo no início deste mês. Segundo ele, o plano da Petrobras tem foco "muito claro" em investimentos de maior retorno e atende à necessidade de reduzir endividamento da estatal. Além da redução nos investimentos, a estatal informou que colocará à venda US$ 42,6 bilhões em ativos nos próximos cinco anos. "O plano tem a grande virtude de iniciar um processo de desalavancagem da empresa, por isso, imagino que o mercado receberá bem", disse. As ações da empresa, no entanto, seguem em queda após o anúncio. LAVA JATO O presidente do BNDES disse não acreditar que o ambiente político no Brasil, contaminado com as denúncias de corrupção na Petrobras, afete os investimentos estrangeiros esperados na área de infraestrutura. "O Brasil tem uma institucionalidade de prevalência dos processos legais, o sistema judicial e parlamentar funcionando num regime democrático com regras claras. Esse processo vai trazer ganhos de governança, ganhos qualitativos para o país", afirmou. Questionado se há receio de que as operações do BNDES sejam investigadas, Coutinho afirmou que o banco está "preparado para fornecer todas as informações". "Nenhuma preocupação. O BNDES se notabiliza pelo seu rigor, por seus processos de decisão colegiada na concessão de todo e qualquer financiamento", afirmou.
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Defesa de Battisti diz que entrará com pedido de liberdade provisória
O italiano Cesare Battisti chegou por volta das 18h30 à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo. Segundo seu advogado, Igor Sant'Anna Tamasauskas, ele realiza neste momento exames médicos para avaliar seu estado de saúde. A defesa informou que entrará com pedido de liberdade provisória ainda nesta quinta-feira (12) para evitar que o italiano passe a noite em uma das celas da PF. Além disso, também pretende recorrer da decisão que determinou a deportação de Battisti. No início do mês, a juíza Adverci Rates, da 20ª Vara Federal de Brasília, atendeu a um pedido do Ministério Público e determinou, no último dia 26, a deportação do terrorista. Integrante do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) nos anos 1970, Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Itália sob acusação de ter cometido quatro assassinatos. Ele conseguiu fugir da Itália, morou alguns anos na França, passou pelo México e, em 2004, veio para o Brasil. De acordo com Tamasauskas, o italiano "está bem", porém revoltado. "Estamos trabalhando para revogar uma decisão absolutamente absurda", criticou o defensor. Segundo o advogado, a decisão é ilegal e inconstitucional. "Ele não foi sequer intimado e não existe essa hipótese no direito processual brasileiro. Isso é uma violência tremenda contra o Cesare Battisti. Segundo ele, Battisti não resistiu à prisão e não foi algemado. O advogado informou ainda que chegou a comunicar, após a decisão, que o italiano estava à disposição da Justiça Federal. "Antes que pudemos colocá-lo à disposição da Polícia Federal, ela já havia chegado à sua residência", criticou.
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Defesa de Battisti diz que entrará com pedido de liberdade provisóriaO italiano Cesare Battisti chegou por volta das 18h30 à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo. Segundo seu advogado, Igor Sant'Anna Tamasauskas, ele realiza neste momento exames médicos para avaliar seu estado de saúde. A defesa informou que entrará com pedido de liberdade provisória ainda nesta quinta-feira (12) para evitar que o italiano passe a noite em uma das celas da PF. Além disso, também pretende recorrer da decisão que determinou a deportação de Battisti. No início do mês, a juíza Adverci Rates, da 20ª Vara Federal de Brasília, atendeu a um pedido do Ministério Público e determinou, no último dia 26, a deportação do terrorista. Integrante do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) nos anos 1970, Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Itália sob acusação de ter cometido quatro assassinatos. Ele conseguiu fugir da Itália, morou alguns anos na França, passou pelo México e, em 2004, veio para o Brasil. De acordo com Tamasauskas, o italiano "está bem", porém revoltado. "Estamos trabalhando para revogar uma decisão absolutamente absurda", criticou o defensor. Segundo o advogado, a decisão é ilegal e inconstitucional. "Ele não foi sequer intimado e não existe essa hipótese no direito processual brasileiro. Isso é uma violência tremenda contra o Cesare Battisti. Segundo ele, Battisti não resistiu à prisão e não foi algemado. O advogado informou ainda que chegou a comunicar, após a decisão, que o italiano estava à disposição da Justiça Federal. "Antes que pudemos colocá-lo à disposição da Polícia Federal, ela já havia chegado à sua residência", criticou.
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Papa aceita renúncia de bispo da PB acusado de acobertar pedofilia
O papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba Aldo Pagotto, 66. O afastamento foi anunciado nesta quarta-feira (6) pelo Vaticano. O comunicado do Vaticano não dá detalhes sobre o motivo do afastamento. O mesmo religioso ítalo-brasileiro é suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos. Em 2002, ele foi acusado pelo Ministério Público do Ceará de coagir adolescentes para que mudassem seus depoimentos a fim de proteger um frei acusado de estupro. Segundo a imprensa italiana, depois do início da investigação pelo Vaticano, em 2015, Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas. Em sua carta de renúncia, ele não fala diretamente sobre as acusações. Mas afirma que foi alvo de acusações "difamatórias" e foi "arbitrariamente exposto ao escárnio público". Ainda diz que foi alvo de pressões e retaliações por sua postura no comando da Arquidiocese e que errou por "confiar demais" em padres e seminaristas que acolheu. "Acolhi padres e seminaristas, no intuito de lhes oferecer novas chances na vida. Entre outros, alguns egressos, posteriormente suspeitos de cometer graves defecções, contrárias à idoneidade exigida no sagrado ministério. Cometi erros por confiar demais, numa ingênua misericórdia", afirmou. A renúncia é o caso de mais alta autoridade da Igreja Católica relacionada à pedofilia entre os de maior repercussão pública dos últimos anos no país. ENFERMIDADE A Arquiocese da Paraíba não comenta sobre as acusações de acobertamento de abusos sexuais e informa em nota que o afastamento aconteceu por motivo de saúde. No comunicado, o novo administrador apostólico Arquiocese da Paraíba, Dom Genival Saraiva de França, agradeceu a Dom Aldo Paggotto e afirmou que a renúncia não representa demérito ao arcebispo. "Posso testemunhar-lhe, por experiência, que a renúncia ao governo diocesano não é demérito para nenhum Bispo, por ter completado 75 anos, como no meu caso, ou em razão de enfermidade, como no seu caso", diz. Com a renúncia, o posto de arcebispo fica vago até que um substituto seja nomeado. Enquanto isso, Dom Genival de França, bispo emérito de Palmares (PE), administrará a Arquidocese. Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da Arqudiocese da Paraíba informou Dom Aldo Pagotto não dará entrevistas.
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Papa aceita renúncia de bispo da PB acusado de acobertar pedofiliaO papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba Aldo Pagotto, 66. O afastamento foi anunciado nesta quarta-feira (6) pelo Vaticano. O comunicado do Vaticano não dá detalhes sobre o motivo do afastamento. O mesmo religioso ítalo-brasileiro é suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos. Em 2002, ele foi acusado pelo Ministério Público do Ceará de coagir adolescentes para que mudassem seus depoimentos a fim de proteger um frei acusado de estupro. Segundo a imprensa italiana, depois do início da investigação pelo Vaticano, em 2015, Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas. Em sua carta de renúncia, ele não fala diretamente sobre as acusações. Mas afirma que foi alvo de acusações "difamatórias" e foi "arbitrariamente exposto ao escárnio público". Ainda diz que foi alvo de pressões e retaliações por sua postura no comando da Arquidiocese e que errou por "confiar demais" em padres e seminaristas que acolheu. "Acolhi padres e seminaristas, no intuito de lhes oferecer novas chances na vida. Entre outros, alguns egressos, posteriormente suspeitos de cometer graves defecções, contrárias à idoneidade exigida no sagrado ministério. Cometi erros por confiar demais, numa ingênua misericórdia", afirmou. A renúncia é o caso de mais alta autoridade da Igreja Católica relacionada à pedofilia entre os de maior repercussão pública dos últimos anos no país. ENFERMIDADE A Arquiocese da Paraíba não comenta sobre as acusações de acobertamento de abusos sexuais e informa em nota que o afastamento aconteceu por motivo de saúde. No comunicado, o novo administrador apostólico Arquiocese da Paraíba, Dom Genival Saraiva de França, agradeceu a Dom Aldo Paggotto e afirmou que a renúncia não representa demérito ao arcebispo. "Posso testemunhar-lhe, por experiência, que a renúncia ao governo diocesano não é demérito para nenhum Bispo, por ter completado 75 anos, como no meu caso, ou em razão de enfermidade, como no seu caso", diz. Com a renúncia, o posto de arcebispo fica vago até que um substituto seja nomeado. Enquanto isso, Dom Genival de França, bispo emérito de Palmares (PE), administrará a Arquidocese. Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da Arqudiocese da Paraíba informou Dom Aldo Pagotto não dará entrevistas.
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Livro de receitas para crianças traz pratos feitos com barro e folha secas
É só juntar um pouco de terra, folhas secas, areia e um punhado de flores para que qualquer criança prepare um verdadeiro banquete. Diferentes comidas de mentirinha feitas por crianças do Maranhão ao Rio Grande do Sul foram registradas em "Cozinhando no Quintal". Cada prato vem com uma foto, origem e, claro, os ingredientes, que variam de barro levemente escuro a cobertura de lama com amendoim vencido. "COZINHANDO NO QUINTAL" AUTORA Renata Meirelles EDITORA Terceiro Nome PREÇO R$ 22 INDICAÇÃO a partir de 4 anos
folhinha
Livro de receitas para crianças traz pratos feitos com barro e folha secasÉ só juntar um pouco de terra, folhas secas, areia e um punhado de flores para que qualquer criança prepare um verdadeiro banquete. Diferentes comidas de mentirinha feitas por crianças do Maranhão ao Rio Grande do Sul foram registradas em "Cozinhando no Quintal". Cada prato vem com uma foto, origem e, claro, os ingredientes, que variam de barro levemente escuro a cobertura de lama com amendoim vencido. "COZINHANDO NO QUINTAL" AUTORA Renata Meirelles EDITORA Terceiro Nome PREÇO R$ 22 INDICAÇÃO a partir de 4 anos
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Teste seus conhecimentos em 11 questões sobre atualidades, retiradas de provas recentes. * *1. (CÁSPER LÍBERO - 2016 - adaptada) Em 2014-2015, a região metropolitana de São Paulo viveu sua maior crise hídrica desde 1930, quando começaram as medições nos sistemas de reservatórios fornecedores de água. Dentre os fatores que justificam as condições relacionadas ao estresse hídrico em São Paulo, encontra-se: * a) o aumento do consumo na região amazônica. b) a concentração populacional e produtiva na região. c) a construção de açudes na região do semiárido. d) a ocorrência da Zona de Convergência Intertropical. e) a abertura ilimitada de poços artesianos na cidade. - 2. (FUVEST - 2016) Charge da Folha de 19/12/2014: Tendo em vista o que a charge pretende expressar e a data de sua publicação, dentre as legendas propostas abaixo, a mais adequada para essa charge é: a) suspensão do embargo econômico a Cuba por parte dos EUA. b) devolução aos cubanos da área ocupada pelos EUA em Guantánamo. c) fim do embargo das exportações petrolíferas cubanas. d) retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba. e) transferência de todos os presos políticos de Guantánamo, para prisões norte-americanas. - *3. (ESPM - 2016) Leia a chamada na matéria do jornal "El País":"Pau que dá em Chico dá em Francisco", diz Janot sobre Lava Jato A personagem em questão está em evidência na cena nacional. Trata-se do: a) juiz que decretou a prisão de importantes políticos e altos funcionários da Petrobras. b) procurador-geral da República. c) atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). d) presidente do Congresso Nacional. e) ministro da Justiça. - 4. (FGV- 2016) Considerado uma fonte estratégica para todo o mundo e, principalmente, para o Brasil, o mar vem chamando a atenção de especialistas em energia, que já testam e implantam algumas alternativas de geração, como a usina de ondas. Localizada no quebra-mar do Porto do Pecém, a usina de ondas é a primeira na América Latina responsável pela geração de energia elétrica por meio do movimento das ondas do mar. Com tecnologia 100% nacional, a estimativa é que o equipamento de baixo impacto ambiental esteja completamente pronto para funcionar até o ano de 2020. A cidade em que está sendo implantado o projeto é: a) Recife, PE. b) Natal, RN. c) Fortaleza, CE. d) Vitória, ES. e) Angra dos Reis, RJ. - 5. (Enem - 2015) "A Unesco condenou a destruição da antiga capital assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Islâmico, com a agência da ONU considerando o ato como um crime de guerra. O grupo iniciou um processo de demolição em vários sítios arqueológicos em uma área reconhecida como um dos berços da civilização. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 30 mar. 2015 (adaptado). Unesco e especialistas condenam destruição de cidade assíria pelo Estado Islâmico". O tipo de atentado descrito no texto tem como consequência para as populações de países como o Iraque a desestruturação do(a) a) homogeneidade cultural. b) patrimônio histórico. c) controle ocidental. d) unidade étnica. e) religião oficial. - 6. (ESPM - 2016) Leia o texto: "Alguns fatores contribuem para tornar o Aedes aegypti um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Entre eles estão, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, sua capacidade de se adaptar e sua proximidade do homem." Fonte: BBC Brasil, 02/12/2015. Sobre o inseto em questão, que se tornou fator de extrema atenção no Brasil, é correto afirmar: a) originário do Egito, é um inseto urbano transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. b) apenas a espécie macho pica os seres humanos, vive em regiões de água parada e especialmente em ambientes rurais. c) apesar de existir no Brasil há muitos anos, somente no final do século XX o mosquito passou a disseminar a dengue. d) foi a partir da proliferação desse mosquito no Brasil que surgiu uma doença designada "microcefalia", presente tanto no meio rural como no meio urbano. e) a espécie brasileira do inseto foi responsável pela disseminação do zika vírus para o restante da América Latina. - 7. (Fuvest - 2016) O terremoto ocorrido em abril de 2015, no Nepal, matou por volta de 9.000 pessoas e expôs um governo sem recursos para lidar com eventos geológicos catastróficos de tal magnitude (7,8 na Escala Richter). Índia e China dispuseram-se a ajudar de diferentes maneiras, fornecendo desde militares e médicos até equipes de engenharia, e também por meio de aportes financeiros. Considere os seguintes motivos, além daqueles de razão humanitária, para esse apoio ao Nepal: I. interesse no grande potencial hidrológico para a geração de energia, pois a Cadeia do Himalaia, no Nepal, representa divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Ganges e Brahmaputra, caracterizando densa rede de drenagem; II. interesse desses países em controlar o fluxo de mercadorias agrícolas produzidas no Nepal, através do sistema hidroviário Ganges-Brahmaputra, já que esse país limita-se, ao sul, com a Índia e, ao norte, com a China; III. necessidades da Índia e, principalmente, da China, as quais, com o aumento da população e da urbanização, demandam suprimento de água para abastecimento público, tendo em vista que o Nepal possui inúmeros mananciais. Está correto o que se indica em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. - 8. (FGV - 2016) O país passa por uma grave crise econômica caracterizada por uma inflação galopante, câmbio descontrolado e sérios problemas de desabastecimento de bens e produtos básicos. As filas passaram a fazer parte do cotidiano do país. Falta de leite a farinha de milho "" base da receita da arepa, um dos principais alimentos da dieta desse país "", de fralda descartável a pasta de dente, de material escolar a medicamentos. Há, certamente, mais de uma razão para explicar o índice de desabastecimento, que atinge 75% dos produtos monitorados pelo governo, e é quase certo também que ele exercerá uma influência decisiva nas próximas eleições parlamentares. Há controle oficial de preços, ameaça a setores produtivos, falta de incentivo à indústria, desconfiança do mercado, ausência de crédito e uma série de questões que afetam a produção de bens e produtos. Nenhum grande país produtor de petróleo sentiu o impacto da fortíssima queda das cotações tanto quanto esse país, onde o petróleo responde por 96% das exportações. O texto retrata a situação crítica a) da Argentina. b) do Iraque. c) da Líbia. d) do México. e) da Venezuela. - 9. (ESPM - 2016) "A economia brasileira encolheu 3,8% em 2015 na comparação com 2014, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa é a maior queda desde que a atual pesquisa do IBGE começou a ser feita, em 1996. Se forem considerados os dados anteriores do PIB, que começam em 1948, é o pior resultado em 25 anos, desde 1990 (-4,3%), quando Fernando Collor de Mello assumiu o governo e decretou o confisco da poupança. Em 2014, a economia havia apresentado leve alta de 0,1%. Em valores correntes, o PIB de 2015 ficou em R$ 5,9 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6% em relação ao ano anterior." Fonte: UOL economia, 03/03/2016. A exceção ao cenário posto da economia brasileira foi o setor: a) agropecuário: crescimento de 1,8%. b) industrial: crescimento de 6,2%. c) serviços: crescimento de 2,7%. d) comércio: crescimento de 8,9%. e) extrativismo mineral: 9,7%. - 10. (CÁSPER LÍBERO - 2015) "A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu à comunidade internacional que ajude os países afetados a combater a epidemia de Ebola, a pior em quatro décadas. Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental, os mais atingidos pela epidemia, 'não têm meios para responderem sozinhos' à doença." (Globo/interior. Adaptado). A declaração da OMS sobre o Ebola considera a questão: a) um problema de saúde internacional. b) localizada e restrita aos países africanos. c) geograficamente restrita e de lenta expansão. d) irrelevante diante de outros problemas africanos. e) secundária para países desenvolvidos. - 11. (ESPM - 2016) Esse grupo tem chocado o mundo com suas ações espetaculares e recentemente anunciou a criação de um Estado Islâmico no nordeste do país, nas fronteiras com o Chade e Camarões. Trata-se do (da): a) Boko Haram b) al Shabab c) ISIS d) al Qaeda e) Taleban * Gabarito: 1.b) a concentração populacional e produtiva na região. 2.d) retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba. 3.b) procurador-geral da República. 4.c) Fortaleza "" CE. 5.b) patrimônio histórico. 6.a) originário do Egito, é um inseto urbano transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. 7.c) I e III, apenas. 8.e) da Venezuela. 9.a) agropecuário: crescimento de 1,8%. 10.a) um problema de saúde internacional. 11.a) Boko Haram
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Faça o teste e veja se você acertaria as questões de atualidades no vestibularTeste seus conhecimentos em 11 questões sobre atualidades, retiradas de provas recentes. * *1. (CÁSPER LÍBERO - 2016 - adaptada) Em 2014-2015, a região metropolitana de São Paulo viveu sua maior crise hídrica desde 1930, quando começaram as medições nos sistemas de reservatórios fornecedores de água. Dentre os fatores que justificam as condições relacionadas ao estresse hídrico em São Paulo, encontra-se: * a) o aumento do consumo na região amazônica. b) a concentração populacional e produtiva na região. c) a construção de açudes na região do semiárido. d) a ocorrência da Zona de Convergência Intertropical. e) a abertura ilimitada de poços artesianos na cidade. - 2. (FUVEST - 2016) Charge da Folha de 19/12/2014: Tendo em vista o que a charge pretende expressar e a data de sua publicação, dentre as legendas propostas abaixo, a mais adequada para essa charge é: a) suspensão do embargo econômico a Cuba por parte dos EUA. b) devolução aos cubanos da área ocupada pelos EUA em Guantánamo. c) fim do embargo das exportações petrolíferas cubanas. d) retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba. e) transferência de todos os presos políticos de Guantánamo, para prisões norte-americanas. - *3. (ESPM - 2016) Leia a chamada na matéria do jornal "El País":"Pau que dá em Chico dá em Francisco", diz Janot sobre Lava Jato A personagem em questão está em evidência na cena nacional. Trata-se do: a) juiz que decretou a prisão de importantes políticos e altos funcionários da Petrobras. b) procurador-geral da República. c) atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). d) presidente do Congresso Nacional. e) ministro da Justiça. - 4. (FGV- 2016) Considerado uma fonte estratégica para todo o mundo e, principalmente, para o Brasil, o mar vem chamando a atenção de especialistas em energia, que já testam e implantam algumas alternativas de geração, como a usina de ondas. Localizada no quebra-mar do Porto do Pecém, a usina de ondas é a primeira na América Latina responsável pela geração de energia elétrica por meio do movimento das ondas do mar. Com tecnologia 100% nacional, a estimativa é que o equipamento de baixo impacto ambiental esteja completamente pronto para funcionar até o ano de 2020. A cidade em que está sendo implantado o projeto é: a) Recife, PE. b) Natal, RN. c) Fortaleza, CE. d) Vitória, ES. e) Angra dos Reis, RJ. - 5. (Enem - 2015) "A Unesco condenou a destruição da antiga capital assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Islâmico, com a agência da ONU considerando o ato como um crime de guerra. O grupo iniciou um processo de demolição em vários sítios arqueológicos em uma área reconhecida como um dos berços da civilização. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 30 mar. 2015 (adaptado). Unesco e especialistas condenam destruição de cidade assíria pelo Estado Islâmico". O tipo de atentado descrito no texto tem como consequência para as populações de países como o Iraque a desestruturação do(a) a) homogeneidade cultural. b) patrimônio histórico. c) controle ocidental. d) unidade étnica. e) religião oficial. - 6. (ESPM - 2016) Leia o texto: "Alguns fatores contribuem para tornar o Aedes aegypti um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Entre eles estão, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, sua capacidade de se adaptar e sua proximidade do homem." Fonte: BBC Brasil, 02/12/2015. Sobre o inseto em questão, que se tornou fator de extrema atenção no Brasil, é correto afirmar: a) originário do Egito, é um inseto urbano transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. b) apenas a espécie macho pica os seres humanos, vive em regiões de água parada e especialmente em ambientes rurais. c) apesar de existir no Brasil há muitos anos, somente no final do século XX o mosquito passou a disseminar a dengue. d) foi a partir da proliferação desse mosquito no Brasil que surgiu uma doença designada "microcefalia", presente tanto no meio rural como no meio urbano. e) a espécie brasileira do inseto foi responsável pela disseminação do zika vírus para o restante da América Latina. - 7. (Fuvest - 2016) O terremoto ocorrido em abril de 2015, no Nepal, matou por volta de 9.000 pessoas e expôs um governo sem recursos para lidar com eventos geológicos catastróficos de tal magnitude (7,8 na Escala Richter). Índia e China dispuseram-se a ajudar de diferentes maneiras, fornecendo desde militares e médicos até equipes de engenharia, e também por meio de aportes financeiros. Considere os seguintes motivos, além daqueles de razão humanitária, para esse apoio ao Nepal: I. interesse no grande potencial hidrológico para a geração de energia, pois a Cadeia do Himalaia, no Nepal, representa divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Ganges e Brahmaputra, caracterizando densa rede de drenagem; II. interesse desses países em controlar o fluxo de mercadorias agrícolas produzidas no Nepal, através do sistema hidroviário Ganges-Brahmaputra, já que esse país limita-se, ao sul, com a Índia e, ao norte, com a China; III. necessidades da Índia e, principalmente, da China, as quais, com o aumento da população e da urbanização, demandam suprimento de água para abastecimento público, tendo em vista que o Nepal possui inúmeros mananciais. Está correto o que se indica em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. - 8. (FGV - 2016) O país passa por uma grave crise econômica caracterizada por uma inflação galopante, câmbio descontrolado e sérios problemas de desabastecimento de bens e produtos básicos. As filas passaram a fazer parte do cotidiano do país. Falta de leite a farinha de milho "" base da receita da arepa, um dos principais alimentos da dieta desse país "", de fralda descartável a pasta de dente, de material escolar a medicamentos. Há, certamente, mais de uma razão para explicar o índice de desabastecimento, que atinge 75% dos produtos monitorados pelo governo, e é quase certo também que ele exercerá uma influência decisiva nas próximas eleições parlamentares. Há controle oficial de preços, ameaça a setores produtivos, falta de incentivo à indústria, desconfiança do mercado, ausência de crédito e uma série de questões que afetam a produção de bens e produtos. Nenhum grande país produtor de petróleo sentiu o impacto da fortíssima queda das cotações tanto quanto esse país, onde o petróleo responde por 96% das exportações. O texto retrata a situação crítica a) da Argentina. b) do Iraque. c) da Líbia. d) do México. e) da Venezuela. - 9. (ESPM - 2016) "A economia brasileira encolheu 3,8% em 2015 na comparação com 2014, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa é a maior queda desde que a atual pesquisa do IBGE começou a ser feita, em 1996. Se forem considerados os dados anteriores do PIB, que começam em 1948, é o pior resultado em 25 anos, desde 1990 (-4,3%), quando Fernando Collor de Mello assumiu o governo e decretou o confisco da poupança. Em 2014, a economia havia apresentado leve alta de 0,1%. Em valores correntes, o PIB de 2015 ficou em R$ 5,9 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6% em relação ao ano anterior." Fonte: UOL economia, 03/03/2016. A exceção ao cenário posto da economia brasileira foi o setor: a) agropecuário: crescimento de 1,8%. b) industrial: crescimento de 6,2%. c) serviços: crescimento de 2,7%. d) comércio: crescimento de 8,9%. e) extrativismo mineral: 9,7%. - 10. (CÁSPER LÍBERO - 2015) "A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu à comunidade internacional que ajude os países afetados a combater a epidemia de Ebola, a pior em quatro décadas. Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental, os mais atingidos pela epidemia, 'não têm meios para responderem sozinhos' à doença." (Globo/interior. Adaptado). A declaração da OMS sobre o Ebola considera a questão: a) um problema de saúde internacional. b) localizada e restrita aos países africanos. c) geograficamente restrita e de lenta expansão. d) irrelevante diante de outros problemas africanos. e) secundária para países desenvolvidos. - 11. (ESPM - 2016) Esse grupo tem chocado o mundo com suas ações espetaculares e recentemente anunciou a criação de um Estado Islâmico no nordeste do país, nas fronteiras com o Chade e Camarões. Trata-se do (da): a) Boko Haram b) al Shabab c) ISIS d) al Qaeda e) Taleban * Gabarito: 1.b) a concentração populacional e produtiva na região. 2.d) retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba. 3.b) procurador-geral da República. 4.c) Fortaleza "" CE. 5.b) patrimônio histórico. 6.a) originário do Egito, é um inseto urbano transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. 7.c) I e III, apenas. 8.e) da Venezuela. 9.a) agropecuário: crescimento de 1,8%. 10.a) um problema de saúde internacional. 11.a) Boko Haram
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João Carlos Martins: O último voo de Havana para Miami
Em abril de 1961, estive em Havana para fazer um recital no teatro Auditorium. Depois, seguiria para os EUA, onde eu estrearia dias depois como solista da Orquestra Sinfônica Nacional de Washington. Este artigo, no entanto, não é sobre música, mas, sim, sobre uma época histórica na América Latina. Após o concerto, houve uma grande recepção na Embaixada do Brasil. Durante o evento, algo pairava no ar. Àquela altura eu já estava mais preocupado com o meu concerto em Washington na semana seguinte, mas pude observar que o ambiente era de muita apreensão, cuja causa não consegui detectar. Hospedado na embaixada, fui dormir à meia-noite. Às 3h, a governanta Concepción me acordou assustadíssima. Disse que eu tinha de deixar Havana no dia seguinte porque haviam acabado de ter a informação de que o último voo da Panamerican de Havana para Miami seria naquela manhã. Se eu perdesse o voo, "bye, bye", Washington. Ali começou o drama. Concepción me disse que algumas das famílias que estavam saindo de Cuba só teriam a certeza da viagem no exato momento do embarque, pois na chamada final no aeroporto, se a família tivesse seis integrantes –o pai, a mãe e os quatro filhos, por exemplo–, cinco poderiam ser chamados, mas, talvez, não chamassem a criança caçula, o que levava a família a decidir permanecer. Às 5h, ela voltou ao meu quarto com três casais, que me pediram um favor. Como viajavam em mais de cinco pessoas, perguntaram-me, já que eu não seria revistado no aeroporto, pois era convidado do governo cubano, se eu poderia levar cerca de US$ 10 mil comigo. Caso eles embarcassem, eu lhes devolveria o dinheiro em Miami. O outro casal, pelas mesmas razões, entregou-me vários diamantes e o último, algumas joias. À época com 20 anos, evidentemente, fiquei assustado. A minha primeira reação foi a de recusar os pedidos, mas quando vi as esposas chorando e os maridos desalentados, decidi atender aos pedidos. Perguntei a eles: "E se vocês não embarcarem, o que eu faço com isso tudo?". "Entregue tudo para a Estátua da Liberdade, pois esta é a nossa última chance", disseram. Se eles conseguissem embarcar, o combinado era que, após sair da alfândega nos EUA, eu caminharia cem metros para o lado direito e, depois, devolveria os pertences a eles. Na entrada do avião me bateu o pânico quando um militar me olhou fixamente durante alguns segundos. Acabei derrubando todas as folhas soltas das partituras do concerto que iria executar, causando um alvoroço. Vários militares me ajudaram a recolher todas aquelas folhas espalhadas pelo chão. Graças a Deus todos conseguiram embarcar neste último voo para os Estados Unidos e eu pude devolver a cada um o que lhe pertencia. Três dias depois consegui finalmente entender a atmosfera que reinava durante a recepção na Embaixada do Brasil em Cuba. Iniciava-se naquele dia aquela que foi chamada de "Invasão da Baía dos Porcos". Cinquenta e quatro anos depois de ter vivido esse tenso momento da história, é possível que os EUA reabram sua a embaixada em Havana. Tenho a esperança de que ver, em um futuro muito próximo, as Américas unidas sem todos os sectarismos que hoje, infelizmente, atingem a nossa região. JOÃO CARLOS MARTINS, 74, maestro, é diretor artístico da Bachiana Filarmônica Sesi-SP (Serviço Social da Indústria de São Paulo) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
João Carlos Martins: O último voo de Havana para MiamiEm abril de 1961, estive em Havana para fazer um recital no teatro Auditorium. Depois, seguiria para os EUA, onde eu estrearia dias depois como solista da Orquestra Sinfônica Nacional de Washington. Este artigo, no entanto, não é sobre música, mas, sim, sobre uma época histórica na América Latina. Após o concerto, houve uma grande recepção na Embaixada do Brasil. Durante o evento, algo pairava no ar. Àquela altura eu já estava mais preocupado com o meu concerto em Washington na semana seguinte, mas pude observar que o ambiente era de muita apreensão, cuja causa não consegui detectar. Hospedado na embaixada, fui dormir à meia-noite. Às 3h, a governanta Concepción me acordou assustadíssima. Disse que eu tinha de deixar Havana no dia seguinte porque haviam acabado de ter a informação de que o último voo da Panamerican de Havana para Miami seria naquela manhã. Se eu perdesse o voo, "bye, bye", Washington. Ali começou o drama. Concepción me disse que algumas das famílias que estavam saindo de Cuba só teriam a certeza da viagem no exato momento do embarque, pois na chamada final no aeroporto, se a família tivesse seis integrantes –o pai, a mãe e os quatro filhos, por exemplo–, cinco poderiam ser chamados, mas, talvez, não chamassem a criança caçula, o que levava a família a decidir permanecer. Às 5h, ela voltou ao meu quarto com três casais, que me pediram um favor. Como viajavam em mais de cinco pessoas, perguntaram-me, já que eu não seria revistado no aeroporto, pois era convidado do governo cubano, se eu poderia levar cerca de US$ 10 mil comigo. Caso eles embarcassem, eu lhes devolveria o dinheiro em Miami. O outro casal, pelas mesmas razões, entregou-me vários diamantes e o último, algumas joias. À época com 20 anos, evidentemente, fiquei assustado. A minha primeira reação foi a de recusar os pedidos, mas quando vi as esposas chorando e os maridos desalentados, decidi atender aos pedidos. Perguntei a eles: "E se vocês não embarcarem, o que eu faço com isso tudo?". "Entregue tudo para a Estátua da Liberdade, pois esta é a nossa última chance", disseram. Se eles conseguissem embarcar, o combinado era que, após sair da alfândega nos EUA, eu caminharia cem metros para o lado direito e, depois, devolveria os pertences a eles. Na entrada do avião me bateu o pânico quando um militar me olhou fixamente durante alguns segundos. Acabei derrubando todas as folhas soltas das partituras do concerto que iria executar, causando um alvoroço. Vários militares me ajudaram a recolher todas aquelas folhas espalhadas pelo chão. Graças a Deus todos conseguiram embarcar neste último voo para os Estados Unidos e eu pude devolver a cada um o que lhe pertencia. Três dias depois consegui finalmente entender a atmosfera que reinava durante a recepção na Embaixada do Brasil em Cuba. Iniciava-se naquele dia aquela que foi chamada de "Invasão da Baía dos Porcos". Cinquenta e quatro anos depois de ter vivido esse tenso momento da história, é possível que os EUA reabram sua a embaixada em Havana. Tenho a esperança de que ver, em um futuro muito próximo, as Américas unidas sem todos os sectarismos que hoje, infelizmente, atingem a nossa região. JOÃO CARLOS MARTINS, 74, maestro, é diretor artístico da Bachiana Filarmônica Sesi-SP (Serviço Social da Indústria de São Paulo) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Lava Jato recusa delação de ex-diretor da Odebrecht próximo de Lula
A proposta de acordo de delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, um dos executivos da empreiteira mais próximos do ex-presidente Lula, foi negada pelos procuradores da Lava Jato e da Procuradoria-Geral da República. Segundo investigadores ouvidos pela Folha, eles consideram que as informações dadas pelo ex-executivo estão incompletas e que há indícios de que Alencar estaria protegendo personagens que são alvos de seus depoimentos, como o ex-presidente. Pessoas ligadas à Odebrecht que acompanham as tratativas também avaliam que os investigadores querem um conteúdo mais incisivo sobre as práticas criminosas que envolveriam o petista. Reservadamente, Alencar tem relatado que um dos fatores que incomodaram os procuradores, por exemplo, foi insistir que Lula, de fato, fez as palestras pagas pela Odebrecht. Para os investigadores, parte delas não foi realizada e há indícios de casos de superfaturamento. O sítio de Atibaia (SP) é outro ponto de atrito. O ex-executivo afirma que o valor de R$ 1 milhão gasto em benfeitorias pela Odebrecht na propriedade frequentada por Lula foi um agrado pela atuação do petista a favor do grupo baiano, e não uma contrapartida a determinados contratos com o governo federal. Outro empecilho é que Alencar tem versão contrária à hipótese dos investigadores sobre a empresa Exergia Brasil, do sobrinho da primeira mulher de Lula Taiguara Rodrigues, que foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal nesta segunda (10). A Exergia foi subcontratada pela Odebrecht para atuar em obras em Angola. Os empreendimentos contaram com recursos do BNDES. Em sua pré-delação, o ex-executivo confirmou que a empresa de Rodrigues foi contratada a pedido de Lula, mas negou que os serviços não tenham sido realizados. REVERSÍVEL Apesar da negativa ao acordo dada na semana passada, a posição dos investigadores de não fechar o acordo com Alencar não é definitiva. A defesa do ex-diretor se comprometeu a levar novos elementos sobre Lula para a negociação. Parte dos procuradores crê que, com o material, há chances de o cenário mudar. Advogados ligados à Odebrecht trabalham com essa perspectiva e têm se dedicado a levantar informações e provas solicitadas pelo Ministério Público. Sabem que têm pouco tempo para mudar os rumos da negociação. Além de Alencar, outros executivos do grupo estão em risco de não ter acordos fechados com a Procuradoria e a força-tarefa, segundo envolvidos nas investigações. O grupo baiano tenta fechar a colaboração de 53 funcionários. Ao longo da semana passada mais de 20 advogados ligados à Odebrecht estiveram em Brasília, onde se reuniram com os procuradores de terça (4) a sexta (7). Essa é a segunda vez que as declarações de Alencar são consideradas insatisfatórias pelos procuradores. Há pouco mais de um mês, eles fizeram uma rodada de entrevistas com os candidatos à delação da Odebrecht em Curitiba e em Brasília. Condenado por Sergio Moro a 15 anos e sete meses de prisão sob acusação de corrupção e lavagem, Alencar ficou quatro meses detido. Foi preso em 2015 na mesma fase que deteve Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo, mas saiu com um habeas corpus concedido pelo STF. OUTRO LADO Procurada, a Odebrecht não quis se manifestar sobre o assunto. Lula nega a prática de irregularidades.
poder
Lava Jato recusa delação de ex-diretor da Odebrecht próximo de LulaA proposta de acordo de delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, um dos executivos da empreiteira mais próximos do ex-presidente Lula, foi negada pelos procuradores da Lava Jato e da Procuradoria-Geral da República. Segundo investigadores ouvidos pela Folha, eles consideram que as informações dadas pelo ex-executivo estão incompletas e que há indícios de que Alencar estaria protegendo personagens que são alvos de seus depoimentos, como o ex-presidente. Pessoas ligadas à Odebrecht que acompanham as tratativas também avaliam que os investigadores querem um conteúdo mais incisivo sobre as práticas criminosas que envolveriam o petista. Reservadamente, Alencar tem relatado que um dos fatores que incomodaram os procuradores, por exemplo, foi insistir que Lula, de fato, fez as palestras pagas pela Odebrecht. Para os investigadores, parte delas não foi realizada e há indícios de casos de superfaturamento. O sítio de Atibaia (SP) é outro ponto de atrito. O ex-executivo afirma que o valor de R$ 1 milhão gasto em benfeitorias pela Odebrecht na propriedade frequentada por Lula foi um agrado pela atuação do petista a favor do grupo baiano, e não uma contrapartida a determinados contratos com o governo federal. Outro empecilho é que Alencar tem versão contrária à hipótese dos investigadores sobre a empresa Exergia Brasil, do sobrinho da primeira mulher de Lula Taiguara Rodrigues, que foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal nesta segunda (10). A Exergia foi subcontratada pela Odebrecht para atuar em obras em Angola. Os empreendimentos contaram com recursos do BNDES. Em sua pré-delação, o ex-executivo confirmou que a empresa de Rodrigues foi contratada a pedido de Lula, mas negou que os serviços não tenham sido realizados. REVERSÍVEL Apesar da negativa ao acordo dada na semana passada, a posição dos investigadores de não fechar o acordo com Alencar não é definitiva. A defesa do ex-diretor se comprometeu a levar novos elementos sobre Lula para a negociação. Parte dos procuradores crê que, com o material, há chances de o cenário mudar. Advogados ligados à Odebrecht trabalham com essa perspectiva e têm se dedicado a levantar informações e provas solicitadas pelo Ministério Público. Sabem que têm pouco tempo para mudar os rumos da negociação. Além de Alencar, outros executivos do grupo estão em risco de não ter acordos fechados com a Procuradoria e a força-tarefa, segundo envolvidos nas investigações. O grupo baiano tenta fechar a colaboração de 53 funcionários. Ao longo da semana passada mais de 20 advogados ligados à Odebrecht estiveram em Brasília, onde se reuniram com os procuradores de terça (4) a sexta (7). Essa é a segunda vez que as declarações de Alencar são consideradas insatisfatórias pelos procuradores. Há pouco mais de um mês, eles fizeram uma rodada de entrevistas com os candidatos à delação da Odebrecht em Curitiba e em Brasília. Condenado por Sergio Moro a 15 anos e sete meses de prisão sob acusação de corrupção e lavagem, Alencar ficou quatro meses detido. Foi preso em 2015 na mesma fase que deteve Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo, mas saiu com um habeas corpus concedido pelo STF. OUTRO LADO Procurada, a Odebrecht não quis se manifestar sobre o assunto. Lula nega a prática de irregularidades.
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Pupilo de Alex, Robinho se firma no Palmeiras
Pelo ladinho, comendo pelas beiradas, como ele diz, Robinho, 27, vai "cavando" o seu lugar no Palmeiras. No sábado (28), marcou os dois gols do time na vitória sobre o Capivariano, o primeiro numa cobrança de falta, inspirada em outro exímio cobrador, o ex-meia Alex. Após o jogo, Alex publicou nas redes sociais foto dos dois em uma cobrança de falta e escreveu: "Parabéns. Feliz demais porque vejo que segue treinando. Bela batida!!!" Neste domingo (1º), Alex reforçou à Folha que o pupilo se esforça muito nos treinos. "E ontem [sábado] foi o primeiro fruto desses vários treinamentos. Torço para que ele consiga seguir desenvolvendo bem seu jogo", disse. Nascido em Marialva, no Paraná, Robinho chegou ao Santos em 2008, depois de se destacar no Mogi Mirim. Insistia em ser chamado de Róbson, para evitar comparações com o homônimo famoso, ídolo do Santos –na época atuava no Real Madrid. Veja vídeo Mas não teve jeito. Robinho virou seu nome de guerra. E, quando ele deixou o clube em 2010 rumo ao Avaí, só era chamado pelo apelido. Pela equipe catarinense, conquistou os títulos estaduais de 2010 e 2012. O bom desempenho o levou até o Coritiba, onde jogou durante duas temporadas com Alex. Antes de assinar com o Palmeiras, ele ouviu Alex, que foi ídolo no time paulista. Contratado a pedido do técnico Oswaldo de Oliveira, Robinho foi avançado para o setor de criação depois da estreia do volante Arouca. "Robinho não é uma surpresa. Eu o acompanho no Coritiba há alguns anos. É um atleta maduro, que cresce a olhos vistos na equipe. Querido pelo grupo, imprescindível no time ", disse Oswaldo. Robinho não teme as sombras de Valdivia e Cleiton Xavier. "Independente de quem chegar, vai ter de jogar muito".
esporte
Pupilo de Alex, Robinho se firma no PalmeirasPelo ladinho, comendo pelas beiradas, como ele diz, Robinho, 27, vai "cavando" o seu lugar no Palmeiras. No sábado (28), marcou os dois gols do time na vitória sobre o Capivariano, o primeiro numa cobrança de falta, inspirada em outro exímio cobrador, o ex-meia Alex. Após o jogo, Alex publicou nas redes sociais foto dos dois em uma cobrança de falta e escreveu: "Parabéns. Feliz demais porque vejo que segue treinando. Bela batida!!!" Neste domingo (1º), Alex reforçou à Folha que o pupilo se esforça muito nos treinos. "E ontem [sábado] foi o primeiro fruto desses vários treinamentos. Torço para que ele consiga seguir desenvolvendo bem seu jogo", disse. Nascido em Marialva, no Paraná, Robinho chegou ao Santos em 2008, depois de se destacar no Mogi Mirim. Insistia em ser chamado de Róbson, para evitar comparações com o homônimo famoso, ídolo do Santos –na época atuava no Real Madrid. Veja vídeo Mas não teve jeito. Robinho virou seu nome de guerra. E, quando ele deixou o clube em 2010 rumo ao Avaí, só era chamado pelo apelido. Pela equipe catarinense, conquistou os títulos estaduais de 2010 e 2012. O bom desempenho o levou até o Coritiba, onde jogou durante duas temporadas com Alex. Antes de assinar com o Palmeiras, ele ouviu Alex, que foi ídolo no time paulista. Contratado a pedido do técnico Oswaldo de Oliveira, Robinho foi avançado para o setor de criação depois da estreia do volante Arouca. "Robinho não é uma surpresa. Eu o acompanho no Coritiba há alguns anos. É um atleta maduro, que cresce a olhos vistos na equipe. Querido pelo grupo, imprescindível no time ", disse Oswaldo. Robinho não teme as sombras de Valdivia e Cleiton Xavier. "Independente de quem chegar, vai ter de jogar muito".
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Indicada sob dúvidas, Dodge tem desafio de manter biografia intacta
A indicação da procuradora Raquel Dodge para a sucessão de Rodrigo Janot na chefia da Procuradoria-Geral da República naturalmente vem carregada de questionamentos. Dodge foi a segunda colocada na lista tríplice da categoria, ou seja, não seria a preferida número um dos colegas. É considerada adversária de Janot dentro da PGR e tem o nome vinculado nos bastidores a figuras próximas de Michel Temer, como o ministro Gilmar Mendes e o ex-presidente José Sarney. Afinal, ela vai assumir o papel de engavetadora da Lava Jato e das investigações contra o presidente que a indicou para o cargo mais importante de sua carreira? É precipitado, para não dizer injusto, qualquer tipo de julgamento prévio sobre sua conduta no cargo de comandante do Ministério Público Federal. Dodge terá pela frente um desafio único: expor-se a um país impactado pelas revelações de corrupção na alta cúpula da política, "melando" todo um trabalho feito nos últimos três anos, ou manter intacta sua biografia, cujo ápice foi a investigação do "Mensalão do DEM" em 2009, que desmantelou um esquema de roubalheira no governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal. É também um equívoco apostar que ela assumirá a chefia da PGR sem apoio da categoria. Dodge tem história e respeito dentro da Procuradoria. Na eleição interna da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), obteve 587 votos, ante 621 de Nicolao Dino, uma diferença pequena e que mostra uma categoria dividida. Ela tem respaldo de boa parte dos colegas –até porque não está escrito em nenhum lugar que Temer deveria ter respeitado a ordem de escolha. Se assim fosse, nem lista tríplice haveria, mas um único nome seria levado ao Planalto. Recentemente, Dodge disse à Folha ter "compromisso de integral e plena continuidade do trabalho contra a corrupção da Lava Jato, [operações] Greenfield, Zelotes e todos os demais processos em curso, sem recuar, nem titubear". Ela tem o direito e o dever de corrigir equívocos e abusos (que não são poucos) do Ministério Público Federal, mas será cobrada pela garantia que tem dado de assegurar o "compromisso" com a investigação contra a corrupção no país.
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Indicada sob dúvidas, Dodge tem desafio de manter biografia intactaA indicação da procuradora Raquel Dodge para a sucessão de Rodrigo Janot na chefia da Procuradoria-Geral da República naturalmente vem carregada de questionamentos. Dodge foi a segunda colocada na lista tríplice da categoria, ou seja, não seria a preferida número um dos colegas. É considerada adversária de Janot dentro da PGR e tem o nome vinculado nos bastidores a figuras próximas de Michel Temer, como o ministro Gilmar Mendes e o ex-presidente José Sarney. Afinal, ela vai assumir o papel de engavetadora da Lava Jato e das investigações contra o presidente que a indicou para o cargo mais importante de sua carreira? É precipitado, para não dizer injusto, qualquer tipo de julgamento prévio sobre sua conduta no cargo de comandante do Ministério Público Federal. Dodge terá pela frente um desafio único: expor-se a um país impactado pelas revelações de corrupção na alta cúpula da política, "melando" todo um trabalho feito nos últimos três anos, ou manter intacta sua biografia, cujo ápice foi a investigação do "Mensalão do DEM" em 2009, que desmantelou um esquema de roubalheira no governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal. É também um equívoco apostar que ela assumirá a chefia da PGR sem apoio da categoria. Dodge tem história e respeito dentro da Procuradoria. Na eleição interna da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), obteve 587 votos, ante 621 de Nicolao Dino, uma diferença pequena e que mostra uma categoria dividida. Ela tem respaldo de boa parte dos colegas –até porque não está escrito em nenhum lugar que Temer deveria ter respeitado a ordem de escolha. Se assim fosse, nem lista tríplice haveria, mas um único nome seria levado ao Planalto. Recentemente, Dodge disse à Folha ter "compromisso de integral e plena continuidade do trabalho contra a corrupção da Lava Jato, [operações] Greenfield, Zelotes e todos os demais processos em curso, sem recuar, nem titubear". Ela tem o direito e o dever de corrigir equívocos e abusos (que não são poucos) do Ministério Público Federal, mas será cobrada pela garantia que tem dado de assegurar o "compromisso" com a investigação contra a corrupção no país.
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Após quase 20 anos de obras, Otan se muda para nova sede em Bruxelas
Depois de quase duas décadas, a nova e bilionária sede da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi enfim entregue à aliança ocidental pela construtora belga encarregada do projeto, quinta-feira (25), em tempo para a primeira visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à organização. A nova sede, uma construção de aço e vidro em formato de garra, na qual os edifícios são interligados por corredores de vidro com área equivalente à de dez campos de futebol, foi entregue sem atrasos e dentro do orçamento, ao menos na versão oficial, apesar de reportagens e de relatórios da organização em contrário. A nova estrutura custou cerca de 1,1 bilhão de euros (R$ 4,03 bilhões). "Nunca perguntei quanto custou a nova sede da Otan. Recuso-me a fazer isso", disse Trump, antigo empresário imobiliário que costumava se vangloriar de que seus projetos eram sempre concluídos no prazo e por valor abaixo do orçado. "Mas é bonita". O pessoal da Otan trabalha até agora em um quartel-general construído nos anos 60 em Bruxelas, do outro lado da rua da nova sede, ocupando um terreno que abrigava uma base aérea da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A nova sede foi construída às presas quando a aliança foi forçada a deixar Paris, depois que a França se retirou do comando militar da Otan, em 1966. Naquele momento, boa parte da energia dos construtores foi dedicada a remover as pistas de pouso de concreto que existiam no local, e a construir uma série de edifícios cujo projeto "não exibia nenhuma extravagância arquitetônica", de acordo com François Le Blevennec, antigo funcionário da Otan que testemunhou a mudança de Paris para Bruxelas. "Um dos grandes problemas do secretário geral da organização, naquela época, era a falta generalizada de entusiasmo pela mudança para Bruxelas, da parte da equipe internacional que teria de se instalar na cidade", escreveu Le Blevennec no site da Otan, antes de se aposentar em 2007. Depois de décadas trabalhando nos edifícios beges, quadrados e monótonos da velha sede, o entusiasmo do pessoal da Otan é maior, desta vez, não menos porque um quinto dos escritórios da velha sede são estruturas improvisadas. "Há vazamentos constantes nos edifícios", disse um dos enviados à Otan, cuja equipe se acostumou aos escritórios precários. "E não estamos falando de vazamentos de informações". SEGREDO A aliança passará a ser formada por 29 países, quando Montenegro aderir à Otan no mês que vem, e sua sede abrigará 42 quilômetros de arquivos e 4.200 funcionários, trabalhando em uma área equivalente à da sede das ONU em Nova York. Exceto que, para atender às normas de construção que vigoram em Bruxelas, o novo quartel-general da Otan tem altura máxima de 32 metros, em seu ponto mais elevado. Em um referência às origens da Otan, na era da guerra fria, a nova sede incorpora dois painéis de concreto do Muro de Berlim. Também tem em exposição destroços do 107º andar de uma das torres gêmeas de Nova York, destruídas nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos —a única ocasião em que a aliança ativou sua cláusula de defesa coletiva. O edifício praticamente dispensa o uso de chaves, e depende de crachás codificados para o acesso às salas para reuniões sigilosas do Conselho do Atlântico Norte, cujas paredes são adornadas por cartazes que dizem "OTAN SECRETO"; no entanto, elas não contam com proteção especial contra possíveis ataques de extremistas. Ainda assim, em uma era de hackers e de ataques cibernéticos patrocinados por governos, a aliança ainda não está pronta para transferir seu pessoal ao novo quartel-general. "Ainda há algumas questões de informática pendentes", disse um funcionário da Otan, que se recusou a oferecer informações adicionais porque o assunto é sigiloso. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mundo
Após quase 20 anos de obras, Otan se muda para nova sede em BruxelasDepois de quase duas décadas, a nova e bilionária sede da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi enfim entregue à aliança ocidental pela construtora belga encarregada do projeto, quinta-feira (25), em tempo para a primeira visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à organização. A nova sede, uma construção de aço e vidro em formato de garra, na qual os edifícios são interligados por corredores de vidro com área equivalente à de dez campos de futebol, foi entregue sem atrasos e dentro do orçamento, ao menos na versão oficial, apesar de reportagens e de relatórios da organização em contrário. A nova estrutura custou cerca de 1,1 bilhão de euros (R$ 4,03 bilhões). "Nunca perguntei quanto custou a nova sede da Otan. Recuso-me a fazer isso", disse Trump, antigo empresário imobiliário que costumava se vangloriar de que seus projetos eram sempre concluídos no prazo e por valor abaixo do orçado. "Mas é bonita". O pessoal da Otan trabalha até agora em um quartel-general construído nos anos 60 em Bruxelas, do outro lado da rua da nova sede, ocupando um terreno que abrigava uma base aérea da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A nova sede foi construída às presas quando a aliança foi forçada a deixar Paris, depois que a França se retirou do comando militar da Otan, em 1966. Naquele momento, boa parte da energia dos construtores foi dedicada a remover as pistas de pouso de concreto que existiam no local, e a construir uma série de edifícios cujo projeto "não exibia nenhuma extravagância arquitetônica", de acordo com François Le Blevennec, antigo funcionário da Otan que testemunhou a mudança de Paris para Bruxelas. "Um dos grandes problemas do secretário geral da organização, naquela época, era a falta generalizada de entusiasmo pela mudança para Bruxelas, da parte da equipe internacional que teria de se instalar na cidade", escreveu Le Blevennec no site da Otan, antes de se aposentar em 2007. Depois de décadas trabalhando nos edifícios beges, quadrados e monótonos da velha sede, o entusiasmo do pessoal da Otan é maior, desta vez, não menos porque um quinto dos escritórios da velha sede são estruturas improvisadas. "Há vazamentos constantes nos edifícios", disse um dos enviados à Otan, cuja equipe se acostumou aos escritórios precários. "E não estamos falando de vazamentos de informações". SEGREDO A aliança passará a ser formada por 29 países, quando Montenegro aderir à Otan no mês que vem, e sua sede abrigará 42 quilômetros de arquivos e 4.200 funcionários, trabalhando em uma área equivalente à da sede das ONU em Nova York. Exceto que, para atender às normas de construção que vigoram em Bruxelas, o novo quartel-general da Otan tem altura máxima de 32 metros, em seu ponto mais elevado. Em um referência às origens da Otan, na era da guerra fria, a nova sede incorpora dois painéis de concreto do Muro de Berlim. Também tem em exposição destroços do 107º andar de uma das torres gêmeas de Nova York, destruídas nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos —a única ocasião em que a aliança ativou sua cláusula de defesa coletiva. O edifício praticamente dispensa o uso de chaves, e depende de crachás codificados para o acesso às salas para reuniões sigilosas do Conselho do Atlântico Norte, cujas paredes são adornadas por cartazes que dizem "OTAN SECRETO"; no entanto, elas não contam com proteção especial contra possíveis ataques de extremistas. Ainda assim, em uma era de hackers e de ataques cibernéticos patrocinados por governos, a aliança ainda não está pronta para transferir seu pessoal ao novo quartel-general. "Ainda há algumas questões de informática pendentes", disse um funcionário da Otan, que se recusou a oferecer informações adicionais porque o assunto é sigiloso. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Folha viaja à Holanda e segue os passos do pintor Rembrandt
Uma cidade portuária em pleno crescimento econômico, com mercados e canais sendo construídos a todo vapor. Nas margens, casas de ricos comerciantes. A população era então de cerca de 150 mil habitantes. Assim era a Amsterdã de 1639, quando Rembrandt decidiu trocar sua cidade natal, Leida, pelo novo centro comercial dos Países Baixos. Hoje, 376 anos depois, a capital holandesa é cheia de hotéis, bares, restaurantes e coffee shops. Possui cerca de 40 museus –São Paulo, sete vezes maior, possui 157. No total, são 120 canais, tombados como patrimônio cultural pela Unesco, e 822 mil habitantes (mais 9 milhões de turistas por ano) a circular pelas ruelas de seu centro. Mas ainda estão lá muitas lembranças da época da Idade de Ouro dos Países Baixos, entre 1584 e 1702, cujo maior expoente nas artes foi o pintor holandês. Passeando pela cidade, uma casa na Jodenbreestraat ("straat" lembra "street", que é... rua) chama a atenção com suas portas e janelas verdes. É a entrada da Rembrandt Huis, ou Casa de Rembrandt. Foi naquele imóvel de quatro pisos que ele morou e trabalhou de 1639 a 1658. O visitante fica sabendo que o pintor gostava de tirar uma soneca durante o trabalho: em uma das salas em que trabalhava, há uma inusitada cama, dentro de um armário de madeira entalhada. Ao observar as paredes cheias de pinturas que Rembrandt comprava, é possível descobrir por que o mestre declarou bancarrota, em 1658 –quando se tratava de arte, ele gastava sem limite, inclusive recomprava obras suas. A casa foi adquirida pouco antes de ele começar a pintar o óleo "A Ronda Noturna" (1640-1642), que pode ser visto no Rijksmuseum, principal museu holandês, reaberto no ano passado depois de dez anos em reforma. E o Rijks, como os holandeses chamam a instituição (pronuncia-se Réaix), inaugurou na semana passada a maior exposição do período final de produção do mestre holandês, entre 1651 e 1669, ano em que ele morreu. A mostra "Late Rembrandt" já passou pela National Gallery, de Londres, mas, na terra natal do pintor, ganhou outras quatro obras. Para quem quer ir a Amsterdã, é mais um motivo. Fica em cartaz até 17 de maio. Para a comemoração da mostra, o museu criou passeios a pé e de barco inspirados na vida do pintor. * 80 obras, entre pinturas e desenhos, estão na mostra "Late Rembrandt"; os trabalhos foram divididos em dez temas ligados à vida do pintor (1606-1669), como Obsessões e Técnica Experimental O óleo conhecido como "Claudius Civilis" (1661-1662), exposto na mostra, é o que restou do original (foto acima); após ter o trabalho rejeitado, o pintor teria cortado a tela em um acesso de fúria * Casa de Rembrandt ONDE Jodenbreestraat, 4 Quanto € 12,50 (R$ 40) Mais rembrandthuis.nl "Late Rembrandt" Onde Rijksmuseum, na Museumstraat, 1 Quanto € 25 (R$ 81) Mais rijksmuseum.nl A jornalista viajou a convite da Holland Alliance, que reúne empresas holandesas
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Folha viaja à Holanda e segue os passos do pintor RembrandtUma cidade portuária em pleno crescimento econômico, com mercados e canais sendo construídos a todo vapor. Nas margens, casas de ricos comerciantes. A população era então de cerca de 150 mil habitantes. Assim era a Amsterdã de 1639, quando Rembrandt decidiu trocar sua cidade natal, Leida, pelo novo centro comercial dos Países Baixos. Hoje, 376 anos depois, a capital holandesa é cheia de hotéis, bares, restaurantes e coffee shops. Possui cerca de 40 museus –São Paulo, sete vezes maior, possui 157. No total, são 120 canais, tombados como patrimônio cultural pela Unesco, e 822 mil habitantes (mais 9 milhões de turistas por ano) a circular pelas ruelas de seu centro. Mas ainda estão lá muitas lembranças da época da Idade de Ouro dos Países Baixos, entre 1584 e 1702, cujo maior expoente nas artes foi o pintor holandês. Passeando pela cidade, uma casa na Jodenbreestraat ("straat" lembra "street", que é... rua) chama a atenção com suas portas e janelas verdes. É a entrada da Rembrandt Huis, ou Casa de Rembrandt. Foi naquele imóvel de quatro pisos que ele morou e trabalhou de 1639 a 1658. O visitante fica sabendo que o pintor gostava de tirar uma soneca durante o trabalho: em uma das salas em que trabalhava, há uma inusitada cama, dentro de um armário de madeira entalhada. Ao observar as paredes cheias de pinturas que Rembrandt comprava, é possível descobrir por que o mestre declarou bancarrota, em 1658 –quando se tratava de arte, ele gastava sem limite, inclusive recomprava obras suas. A casa foi adquirida pouco antes de ele começar a pintar o óleo "A Ronda Noturna" (1640-1642), que pode ser visto no Rijksmuseum, principal museu holandês, reaberto no ano passado depois de dez anos em reforma. E o Rijks, como os holandeses chamam a instituição (pronuncia-se Réaix), inaugurou na semana passada a maior exposição do período final de produção do mestre holandês, entre 1651 e 1669, ano em que ele morreu. A mostra "Late Rembrandt" já passou pela National Gallery, de Londres, mas, na terra natal do pintor, ganhou outras quatro obras. Para quem quer ir a Amsterdã, é mais um motivo. Fica em cartaz até 17 de maio. Para a comemoração da mostra, o museu criou passeios a pé e de barco inspirados na vida do pintor. * 80 obras, entre pinturas e desenhos, estão na mostra "Late Rembrandt"; os trabalhos foram divididos em dez temas ligados à vida do pintor (1606-1669), como Obsessões e Técnica Experimental O óleo conhecido como "Claudius Civilis" (1661-1662), exposto na mostra, é o que restou do original (foto acima); após ter o trabalho rejeitado, o pintor teria cortado a tela em um acesso de fúria * Casa de Rembrandt ONDE Jodenbreestraat, 4 Quanto € 12,50 (R$ 40) Mais rembrandthuis.nl "Late Rembrandt" Onde Rijksmuseum, na Museumstraat, 1 Quanto € 25 (R$ 81) Mais rijksmuseum.nl A jornalista viajou a convite da Holland Alliance, que reúne empresas holandesas
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PEC 241 é contra o Brasil
Ao promulgar a Constituição Cidadã de 1988, Ulysses Guimarães destacou os avanços ali contidos, sobretudo nos direitos sociais, sublinhando que o Brasil era o "quinto país a implantar o instituto moderno da seguridade, com a integração de ações relativas à saúde, à previdência e à assistência social". Dr. Ulysses, orgulhoso, apelou para que, no futuro, não houvesse outra Assembleia Nacional Constituinte que colocasse em risco essas conquistas. Passados 28 anos, estamos prestes a ver o desmonte completo desses direitos a partir da PEC 241, patrocinada pelo seu correligionário Michel Temer (PMDB), que congela os gastos públicos por 20 anos, tanto em infraestrutura quanto na área social. Assim, saúde, educação, assistência social, ciência e tecnologia, esporte, habitação, saneamento, segurança, cultura, agricultura, indústria, meio ambiente, turismo, o Poder Judiciário, o Ministério Público, bem como a política de aumento real do salário mínimo e programas como Bolsa Família, Luz para Todos, Mais Médicos, etc. estarão comprometidos e mesmo inviabilizados. Esse novo regime fiscal, se aprovado, destruirá as bases do modelo de cidadania alcançado em 1988. Não por acaso, a PGR e o próprio STJ se manifestaram contra a proposta por ser inconstitucional. E nem poderia ser diferente, na medida em que nasce de um governo ilegítimo, fruto de um "tropeço da democracia", que pretende definir uma política de Estado para os próximos 20 anos. Estudo da consultoria do Senado, projetando o impacto dessa PEC em saúde e educação de 2015 até 2018, revela números estarrecedores: uma redução de R$ 255,5 bilhões na educação e de R$ 168,2 bilhões na saúde. E para piorar a situação, as despesas desses setores perderiam seus critérios de proteção com a inversão da lógica constitucional, ou seja, onde há obrigação de gastos mínimos haveria um teto. Para aprovar a "PEC da Maldade" o "governo" Temer está recorrendo a qualquer expediente, incluindo publicidade farta e enganosa à custa do escasso erário. A pressa de Temer e seus aliados nessa matéria é de natureza ideológica. Visa reduzir as despesas públicas em investimentos e programas sociais para assegurar a rentabilidade dos especuladores, que, apenas em 2015, embolsaram R$ 501,8 bilhões de juros da dívida, enquanto a despesa com benefícios previdenciários foi de R$ 436,1 bilhões. Privilegia-se assim o capital rentista em detrimento dos serviços públicos prestados à sociedade. Se o que está ameaçado são os serviços públicos, direitos dos mais pobres, dos trabalhadores e a nossa Constituição Cidadã, quem vota a favor da PEC 241 vota contra o Brasil!
colunas
PEC 241 é contra o BrasilAo promulgar a Constituição Cidadã de 1988, Ulysses Guimarães destacou os avanços ali contidos, sobretudo nos direitos sociais, sublinhando que o Brasil era o "quinto país a implantar o instituto moderno da seguridade, com a integração de ações relativas à saúde, à previdência e à assistência social". Dr. Ulysses, orgulhoso, apelou para que, no futuro, não houvesse outra Assembleia Nacional Constituinte que colocasse em risco essas conquistas. Passados 28 anos, estamos prestes a ver o desmonte completo desses direitos a partir da PEC 241, patrocinada pelo seu correligionário Michel Temer (PMDB), que congela os gastos públicos por 20 anos, tanto em infraestrutura quanto na área social. Assim, saúde, educação, assistência social, ciência e tecnologia, esporte, habitação, saneamento, segurança, cultura, agricultura, indústria, meio ambiente, turismo, o Poder Judiciário, o Ministério Público, bem como a política de aumento real do salário mínimo e programas como Bolsa Família, Luz para Todos, Mais Médicos, etc. estarão comprometidos e mesmo inviabilizados. Esse novo regime fiscal, se aprovado, destruirá as bases do modelo de cidadania alcançado em 1988. Não por acaso, a PGR e o próprio STJ se manifestaram contra a proposta por ser inconstitucional. E nem poderia ser diferente, na medida em que nasce de um governo ilegítimo, fruto de um "tropeço da democracia", que pretende definir uma política de Estado para os próximos 20 anos. Estudo da consultoria do Senado, projetando o impacto dessa PEC em saúde e educação de 2015 até 2018, revela números estarrecedores: uma redução de R$ 255,5 bilhões na educação e de R$ 168,2 bilhões na saúde. E para piorar a situação, as despesas desses setores perderiam seus critérios de proteção com a inversão da lógica constitucional, ou seja, onde há obrigação de gastos mínimos haveria um teto. Para aprovar a "PEC da Maldade" o "governo" Temer está recorrendo a qualquer expediente, incluindo publicidade farta e enganosa à custa do escasso erário. A pressa de Temer e seus aliados nessa matéria é de natureza ideológica. Visa reduzir as despesas públicas em investimentos e programas sociais para assegurar a rentabilidade dos especuladores, que, apenas em 2015, embolsaram R$ 501,8 bilhões de juros da dívida, enquanto a despesa com benefícios previdenciários foi de R$ 436,1 bilhões. Privilegia-se assim o capital rentista em detrimento dos serviços públicos prestados à sociedade. Se o que está ameaçado são os serviços públicos, direitos dos mais pobres, dos trabalhadores e a nossa Constituição Cidadã, quem vota a favor da PEC 241 vota contra o Brasil!
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Índia suspende licenças de médicos após onda de calor matar 1.300
Em meio a uma intensa onda de calor na Índia, as autoridades suspenderam as licenças de médicos e orientaram as pessoas a não deixarem suas casas durante o dia. O calor de mais de 47º C já deixou pelo menos 1.371 mortos nesta semana no país. O sul do país é a zona mais afetada e a que registra o maior número de vítimas, sobretudo entre os operários, os sem-teto e os idosos, mais vulneráveis à insolação e à desidratação. Somente no Estado de Andra Pradesh foram registradas 1.020 mortes. Com a suspensão das licenças de médicos, espera-se que mais pessoas que sofrem com o calor possam ser atendidas. A orientação para que as pessoas fiquem em casa e evitem a exposição ao sol não é uma opção para muitos indianos. "Eu tenho dores de cabeça, às vezes febre. Mas [se eu ficar em casa] como ganharei meu dinheiro?", disse o catador de sucata Akhlaq, 28, na capital, Nova Déli, onde as temperaturas alcançaram os 45º C nesta terça (27). A onda de calor no país já dura sete dias, o que corresponde ao dobro de tempo que costumam durar, segundo as autoridades. Segundo meteorologistas, o número de dias em que as temperaturas ultrapassam os 45º C vêm aumentando nos últimos anos. Maio e junho costumam ser os meses mais quentes do ano na Índia, antes da temporada de chuvas de monção.
mundo
Índia suspende licenças de médicos após onda de calor matar 1.300Em meio a uma intensa onda de calor na Índia, as autoridades suspenderam as licenças de médicos e orientaram as pessoas a não deixarem suas casas durante o dia. O calor de mais de 47º C já deixou pelo menos 1.371 mortos nesta semana no país. O sul do país é a zona mais afetada e a que registra o maior número de vítimas, sobretudo entre os operários, os sem-teto e os idosos, mais vulneráveis à insolação e à desidratação. Somente no Estado de Andra Pradesh foram registradas 1.020 mortes. Com a suspensão das licenças de médicos, espera-se que mais pessoas que sofrem com o calor possam ser atendidas. A orientação para que as pessoas fiquem em casa e evitem a exposição ao sol não é uma opção para muitos indianos. "Eu tenho dores de cabeça, às vezes febre. Mas [se eu ficar em casa] como ganharei meu dinheiro?", disse o catador de sucata Akhlaq, 28, na capital, Nova Déli, onde as temperaturas alcançaram os 45º C nesta terça (27). A onda de calor no país já dura sete dias, o que corresponde ao dobro de tempo que costumam durar, segundo as autoridades. Segundo meteorologistas, o número de dias em que as temperaturas ultrapassam os 45º C vêm aumentando nos últimos anos. Maio e junho costumam ser os meses mais quentes do ano na Índia, antes da temporada de chuvas de monção.
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Neymar assume liderança, lembra de lesão na Copa e homenageia Prass
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA Com a saída de Fernando Prass, o atacante Neymar assumiu o protagonismo na seleção olímpica. Ainda no vestiário do Serra Dourada, o jogador do Barcelona reuniu todos os jogadores e fez um discurso emocionado em homenagem a Fernando Prass. Neymar lembrou do seu sofrimento ao se contundir na Copa do Mundo e pediu aos atletas um empenho ainda maior na disputa da inédita medalha de ouro olímpica após a saída do goleiro, que foi cortado por lesão.. Sem conseguir mexer o braço direito, o palmeirense chorou e foi confortado pela maioria dos atletas. Prass fraturou o cotovelo direito durante o aquecimento no Serra Dourada minutos antes do início do amistoso contra o Japão, sábado (30), e foi cortado na madrugada de domingo (30) da Olimpíada. Na Copa, Neymar fraturou uma das vértebras nas quartas de final e ficou de fora do restante da competição. Depois dali, a seleção se perdeu no Mundial. No jogo seguinte, o time ainda foi goleado pela Alemanha, por 7 a 1. Depois, a equipe de Luiz Felipe Scolari perdeu para a Holanda na disputa do terceiro lugar. A atitude de Neymar em Goiânia foi elogiada pelos integrantes da comissão técnica, que apontaram o jogador do Barcelona como o líder natural do grupo nos Jogos. Capitão da seleção, o ex-santista é uma referência para a maioria dos jogadores. No início da preparação, alguns chegavam a tietar o companheiro dentro do centro de treinamento da seleção. Eles tiravam fotos com o Neymar e postavam nas redes sociais. Na semana passada, o volante Thiago Maia chegou a declarar que ficava tímido perto do atacante, que fraturou uma das vértebras nas quartas de final da Copa do Mundo. "Ainda sou meio tímido com ele. Meio que tremo quando ele chega perto. Ele joga com Messi, com Suárez e Mascherano", disse o volante de 19 anos. CIRURGIA Depois de ser cortado da seleção, Prass chegou no final da manhã de domingo em São Paulo. Ele deve ser submetido nos próximos dias a uma cirurgia no cotovelo. Mesmo fora da partida no Serra Dourada por causa de dores no local, ele fez questão de entrar no gramado para participar do ensaio e se contundiu. Segundo familiares do palmeirense, ele foi levantar um braço e ouviu um "estalo" e foi obrigado a interromper o treino. Prass já estava ameaçado de corte desde segunda (25), quando deixou o treino em Teresópolis com dores no cotovelo, o mesmo operado em 2014. Na época, ele precisou de cinco meses para se recuperar.
esporte
Neymar assume liderança, lembra de lesão na Copa e homenageia Prass SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA Com a saída de Fernando Prass, o atacante Neymar assumiu o protagonismo na seleção olímpica. Ainda no vestiário do Serra Dourada, o jogador do Barcelona reuniu todos os jogadores e fez um discurso emocionado em homenagem a Fernando Prass. Neymar lembrou do seu sofrimento ao se contundir na Copa do Mundo e pediu aos atletas um empenho ainda maior na disputa da inédita medalha de ouro olímpica após a saída do goleiro, que foi cortado por lesão.. Sem conseguir mexer o braço direito, o palmeirense chorou e foi confortado pela maioria dos atletas. Prass fraturou o cotovelo direito durante o aquecimento no Serra Dourada minutos antes do início do amistoso contra o Japão, sábado (30), e foi cortado na madrugada de domingo (30) da Olimpíada. Na Copa, Neymar fraturou uma das vértebras nas quartas de final e ficou de fora do restante da competição. Depois dali, a seleção se perdeu no Mundial. No jogo seguinte, o time ainda foi goleado pela Alemanha, por 7 a 1. Depois, a equipe de Luiz Felipe Scolari perdeu para a Holanda na disputa do terceiro lugar. A atitude de Neymar em Goiânia foi elogiada pelos integrantes da comissão técnica, que apontaram o jogador do Barcelona como o líder natural do grupo nos Jogos. Capitão da seleção, o ex-santista é uma referência para a maioria dos jogadores. No início da preparação, alguns chegavam a tietar o companheiro dentro do centro de treinamento da seleção. Eles tiravam fotos com o Neymar e postavam nas redes sociais. Na semana passada, o volante Thiago Maia chegou a declarar que ficava tímido perto do atacante, que fraturou uma das vértebras nas quartas de final da Copa do Mundo. "Ainda sou meio tímido com ele. Meio que tremo quando ele chega perto. Ele joga com Messi, com Suárez e Mascherano", disse o volante de 19 anos. CIRURGIA Depois de ser cortado da seleção, Prass chegou no final da manhã de domingo em São Paulo. Ele deve ser submetido nos próximos dias a uma cirurgia no cotovelo. Mesmo fora da partida no Serra Dourada por causa de dores no local, ele fez questão de entrar no gramado para participar do ensaio e se contundiu. Segundo familiares do palmeirense, ele foi levantar um braço e ouviu um "estalo" e foi obrigado a interromper o treino. Prass já estava ameaçado de corte desde segunda (25), quando deixou o treino em Teresópolis com dores no cotovelo, o mesmo operado em 2014. Na época, ele precisou de cinco meses para se recuperar.
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Quase cinco horas depois, estudantes liberam rodovia Raposo Tavares
Após quase cinco horas de protesto contra fechamento de escolas, um grupo de estudantes da rede estadual paulista liberou a rodovia Raposo Tavares, sentido capital paulista, no começo da tarde desta segunda-feira (7). A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que os manifestantes deixaram o local por volta das 12h30. O trânsito na região começa a ser normalizado após o ato dos estudantes, que começou por volta das 7h50. Às 10h30, eles chegaram a interditar todas as faixas da rodovia na altura da avenida Benjamim Mansur, a poucos metros do parque Jardim Previdência, na zona oeste da cidade, causam intenso congestionamento. A Polícia Militar diz que acompanhou todo o protesto. Os alunos obtiveram uma vitória na última sexta (4) quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB), sob uma série de protestos e com seu mais baixo índice de popularidade, decidiu suspender a implementação de um plano de reorganização, que unificaria ciclos de ensino e fecharia 92 escolas do Estado. Em pronunciamento, Alckmin afirmou que recuou para "aprofundar o diálogo" em 2016. "Nós entendemos que devemos aprofundar o diálogo, vamos dialogar escola por escola", disse. Para protestar contra a medida, estudantes ocuparam cerca de 200 escolas no Estado durante quase um mês –a rede pública estadual tem mais de 5.000 unidades. O cansaço, contudo, chegou em algumas escolas ocupadas, mas os estudantes afirmam que devem manter a ocupação pelo menos até a próxima quarta-feira (9). "Vai depender das novas assembleias", disse a estudante Gabriela Callis, 17, que faz parte do comitê de mídia do colégio Professor Fidelino de Figueiredo, em Santa Cecília, na região central de São Paulo. O secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu demissão após o recuo anunciado pelo governador, decisão tomada em uma reunião da qual ele não tinha participado. Ainda na sexta, em assembleia realizada por representantes de diferentes ocupações, estudantes decidiram manter o movimento, pedindo garantias de que o recuo seria para valer. No sábado (5), o governo do Estado publicou no "Diário Oficial" decreto revogando a reorganização escolar. raio-x da rede estadual - Estudantes afetados pelas mudanças - Destino das 196 escolas ocupadas - Matrículas na rede estadual, em milhões -
educacao
Quase cinco horas depois, estudantes liberam rodovia Raposo TavaresApós quase cinco horas de protesto contra fechamento de escolas, um grupo de estudantes da rede estadual paulista liberou a rodovia Raposo Tavares, sentido capital paulista, no começo da tarde desta segunda-feira (7). A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que os manifestantes deixaram o local por volta das 12h30. O trânsito na região começa a ser normalizado após o ato dos estudantes, que começou por volta das 7h50. Às 10h30, eles chegaram a interditar todas as faixas da rodovia na altura da avenida Benjamim Mansur, a poucos metros do parque Jardim Previdência, na zona oeste da cidade, causam intenso congestionamento. A Polícia Militar diz que acompanhou todo o protesto. Os alunos obtiveram uma vitória na última sexta (4) quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB), sob uma série de protestos e com seu mais baixo índice de popularidade, decidiu suspender a implementação de um plano de reorganização, que unificaria ciclos de ensino e fecharia 92 escolas do Estado. Em pronunciamento, Alckmin afirmou que recuou para "aprofundar o diálogo" em 2016. "Nós entendemos que devemos aprofundar o diálogo, vamos dialogar escola por escola", disse. Para protestar contra a medida, estudantes ocuparam cerca de 200 escolas no Estado durante quase um mês –a rede pública estadual tem mais de 5.000 unidades. O cansaço, contudo, chegou em algumas escolas ocupadas, mas os estudantes afirmam que devem manter a ocupação pelo menos até a próxima quarta-feira (9). "Vai depender das novas assembleias", disse a estudante Gabriela Callis, 17, que faz parte do comitê de mídia do colégio Professor Fidelino de Figueiredo, em Santa Cecília, na região central de São Paulo. O secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu demissão após o recuo anunciado pelo governador, decisão tomada em uma reunião da qual ele não tinha participado. Ainda na sexta, em assembleia realizada por representantes de diferentes ocupações, estudantes decidiram manter o movimento, pedindo garantias de que o recuo seria para valer. No sábado (5), o governo do Estado publicou no "Diário Oficial" decreto revogando a reorganização escolar. raio-x da rede estadual - Estudantes afetados pelas mudanças - Destino das 196 escolas ocupadas - Matrículas na rede estadual, em milhões -
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Criança religiosa não é a mais boazinha, diz estudo internacional
Crianças educadas segundo princípios religiosos tenderão a ser mais "boazinhas", certo? Errado, sugere um estudo internacional. Quando comparadas a meninos e meninas de lares não religiosos, pequenos cristãos, muçulmanos e de outras crenças parecem ser um pouco menos generosos e tolerantes. O efeito é pequeno, mas mensurável e estatisticamente significativo, afirma a equipe liderada por Jean Decety, do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago (EUA). Eles publicaram seus achados em artigo na revista científica "Current Biology". Decety e seus colegas conseguiram uma amostragem respeitável para os padrões desse tipo de estudo. Os pesquisadores recrutaram 1.170 crianças de seis países (Canadá, China, Jordânia, Turquia, EUA e África do Sul), com idades entre 5 e 12 anos. A maioria dos participantes (43%) era de família islâmica, enquanto 27,6% vinham de lares não religiosos e 23,9%, de casas cristãs. Estudo com crianças religiosas JOGO DO ADESIVO O primeiro teste do estudo, para medir os níveis de generosidade das crianças, tinha como base um conjunto de 30 adesivos que os pesquisadores mostravam aos voluntários. Dos 30, cada criança podia ficar com dez. Depois que elas escolhiam os adesivos, o cientista dizia algo como: "Puxa, não vou conseguir fazer essa brincadeira com todas as crianças da sua escola. Mas você pode dividir seus adesivos com algumas delas, se desejar. Coloque quantos adesivos quiser neste envelope, e depois eles vão ser distribuídos para seus coleguinhas". Resultado: em média, as crianças religiosas decidiam dar 3,25 de seus adesivos para os amiguinhos (o número é "quebrado" porque se trata de uma média), enquanto as não religiosas doaram 4,11 dos brindes. Houve uma pequena diferença entre cristãs e muçulmanas (as primeiras foram ligeiramente mais generosas), mas não se trata de uma variação significativa, dizem os pesquisadores. No segundo teste, a equipe usou tablets para mostrar às crianças cenários usados em estudos de psicologia para medir como uma pessoa enxerga interações potencialmente agressivas com outras. Um exemplo seria uma cena na qual alguém tromba com outra pessoa e a derruba: foi um acidente ou algo feito "por maldade"? As crianças tinham de responder esse tipo de pergunta em vários cenários e dizer qual a punição adequada para o responsável pelo deslize. Acontece que, em média, as crianças de famílias religiosas tendiam a classificar com mais frequência os comportamentos como "malvados" -e também a propor punições mais severas do que os não praticantes. Nesse segundo teste, os pequenos muçulmanos costumavam julgar as situações de forma mais rigorosa que as cristãs, sendo a favor de castigos mais duros. Os autores do estudo propõem uma hipótese para explicar os resultados: a do fenômeno do "licenciamento moral", já conhecido. Ele consiste em um efeito psicológico compensatório, no qual um comportamento tido como moralmente bom -doar dinheiro a instituições de caridade, por exemplo- é visto como "licença" para alguém ter comportamento não ideal em outros contextos. Nesse caso, convencidas de que já são "boazinhas" por sua religiosidade, as crianças não se preocupariam tanto com o bem-estar dos outros. CONTRADITÓRIO? A pesquisa parece contradizer outros estudos sobre a psicologia da religião, que sugeriam papel relevante da fé quando a ideia é induzir comportamentos altruístas. Certos experimentos mostraram que, quando pessoas religiosas veem palavras ligadas à crença (como "Deus" ou "céu") por frações de segundo numa tela de computador (ou seja, sem perceber conscientemente esses termos-chave), se comportam de forma mais ética e cooperativa em jogos de laboratório. "A questão é que esse efeito pode não ser tão confiável como se pensava originalmente", disse Decety à Folha. "Um número crescente de estudos não tem conseguido replicar esse fenômeno." "Se a pessoa for religiosa, o uso subconsciente das palavras age como uma espécie de vigilância e aumenta a cooperação entre os participantes", diz Maria Emília Yamamoto, especialista em psicologia evolucionista da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). "No trabalho do Decety a tarefa da doação é feita sem vigilância", afirma a pesquisadora brasileira, que elogia o cuidado estatístico do trabalho e o esforço de buscar informações em diferentes culturas, o que traz confiabilidade aos resultados. "É importantíssimo frisar ao público que moralidade e religiosidade são coisas diferentes, e esse estudo mostrou que podem até ir em caminhos contrários, algo ainda muito contraintuitivo atualmente", diz Marco Antonio Varella, doutor em psicologia experimental pela USP. Ele cita outros estudos mostrando que parece haver uma relação entre os níveis de coesão dentro do grupo religioso -ou seja, o quanto os fiéis se sentem "irmãos" simbolicamente- e os níveis de intolerância com quem está fora, o que poderia explicar em parte os resultados.
ciencia
Criança religiosa não é a mais boazinha, diz estudo internacionalCrianças educadas segundo princípios religiosos tenderão a ser mais "boazinhas", certo? Errado, sugere um estudo internacional. Quando comparadas a meninos e meninas de lares não religiosos, pequenos cristãos, muçulmanos e de outras crenças parecem ser um pouco menos generosos e tolerantes. O efeito é pequeno, mas mensurável e estatisticamente significativo, afirma a equipe liderada por Jean Decety, do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago (EUA). Eles publicaram seus achados em artigo na revista científica "Current Biology". Decety e seus colegas conseguiram uma amostragem respeitável para os padrões desse tipo de estudo. Os pesquisadores recrutaram 1.170 crianças de seis países (Canadá, China, Jordânia, Turquia, EUA e África do Sul), com idades entre 5 e 12 anos. A maioria dos participantes (43%) era de família islâmica, enquanto 27,6% vinham de lares não religiosos e 23,9%, de casas cristãs. Estudo com crianças religiosas JOGO DO ADESIVO O primeiro teste do estudo, para medir os níveis de generosidade das crianças, tinha como base um conjunto de 30 adesivos que os pesquisadores mostravam aos voluntários. Dos 30, cada criança podia ficar com dez. Depois que elas escolhiam os adesivos, o cientista dizia algo como: "Puxa, não vou conseguir fazer essa brincadeira com todas as crianças da sua escola. Mas você pode dividir seus adesivos com algumas delas, se desejar. Coloque quantos adesivos quiser neste envelope, e depois eles vão ser distribuídos para seus coleguinhas". Resultado: em média, as crianças religiosas decidiam dar 3,25 de seus adesivos para os amiguinhos (o número é "quebrado" porque se trata de uma média), enquanto as não religiosas doaram 4,11 dos brindes. Houve uma pequena diferença entre cristãs e muçulmanas (as primeiras foram ligeiramente mais generosas), mas não se trata de uma variação significativa, dizem os pesquisadores. No segundo teste, a equipe usou tablets para mostrar às crianças cenários usados em estudos de psicologia para medir como uma pessoa enxerga interações potencialmente agressivas com outras. Um exemplo seria uma cena na qual alguém tromba com outra pessoa e a derruba: foi um acidente ou algo feito "por maldade"? As crianças tinham de responder esse tipo de pergunta em vários cenários e dizer qual a punição adequada para o responsável pelo deslize. Acontece que, em média, as crianças de famílias religiosas tendiam a classificar com mais frequência os comportamentos como "malvados" -e também a propor punições mais severas do que os não praticantes. Nesse segundo teste, os pequenos muçulmanos costumavam julgar as situações de forma mais rigorosa que as cristãs, sendo a favor de castigos mais duros. Os autores do estudo propõem uma hipótese para explicar os resultados: a do fenômeno do "licenciamento moral", já conhecido. Ele consiste em um efeito psicológico compensatório, no qual um comportamento tido como moralmente bom -doar dinheiro a instituições de caridade, por exemplo- é visto como "licença" para alguém ter comportamento não ideal em outros contextos. Nesse caso, convencidas de que já são "boazinhas" por sua religiosidade, as crianças não se preocupariam tanto com o bem-estar dos outros. CONTRADITÓRIO? A pesquisa parece contradizer outros estudos sobre a psicologia da religião, que sugeriam papel relevante da fé quando a ideia é induzir comportamentos altruístas. Certos experimentos mostraram que, quando pessoas religiosas veem palavras ligadas à crença (como "Deus" ou "céu") por frações de segundo numa tela de computador (ou seja, sem perceber conscientemente esses termos-chave), se comportam de forma mais ética e cooperativa em jogos de laboratório. "A questão é que esse efeito pode não ser tão confiável como se pensava originalmente", disse Decety à Folha. "Um número crescente de estudos não tem conseguido replicar esse fenômeno." "Se a pessoa for religiosa, o uso subconsciente das palavras age como uma espécie de vigilância e aumenta a cooperação entre os participantes", diz Maria Emília Yamamoto, especialista em psicologia evolucionista da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). "No trabalho do Decety a tarefa da doação é feita sem vigilância", afirma a pesquisadora brasileira, que elogia o cuidado estatístico do trabalho e o esforço de buscar informações em diferentes culturas, o que traz confiabilidade aos resultados. "É importantíssimo frisar ao público que moralidade e religiosidade são coisas diferentes, e esse estudo mostrou que podem até ir em caminhos contrários, algo ainda muito contraintuitivo atualmente", diz Marco Antonio Varella, doutor em psicologia experimental pela USP. Ele cita outros estudos mostrando que parece haver uma relação entre os níveis de coesão dentro do grupo religioso -ou seja, o quanto os fiéis se sentem "irmãos" simbolicamente- e os níveis de intolerância com quem está fora, o que poderia explicar em parte os resultados.
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Netanyahu se desculpa por declaração sobre árabes feita no dia das eleições
Menos de uma semana após as eleições legislativas em Israel -nas quais seu partido saiu vencedor- e após duras críticas dos EUA e de grupos políticos israelenses, o premiê do país, Binyamin Netanyahu, pediu desculpas nesta segunda-feira (23) por seus comentários sobre o voto dos árabes na eleição. "Sei que as coisas que disse há poucos dias feriram alguns cidadãos e feriram os árabes de Israel. Não tinha a intenção de fazê-lo, e peço desculpas por isso, disse o premiê, segundo o site Ynet. Na terça-feira (17), dia das eleições, Netanyahu advertiu em uma transmissão de vídeo on-line que árabes compareciam em massa para votar, levados por ônibus pagos pela esquerda, e conclamou seus seguidores a irem às urnas para impedir a derrota da direita. Nesta segunda, após uma enxurrada de críticas, o chefe do Executivo se referiu publicamente a essa sua atitude. "Vejo-me como primeiro-ministro de cada um de vocês, de todos os cidadãos israelenses, sem distinção de religião, raça ou gênero", afirmou o premiê, após ter dito que "minhas ações como primeiro-ministro, incluindo o investimento de peso em grupos minoritários, provam completamente o contrário [que não faz distinções]. Também acho que nenhuma autoridade de fora de Israel deva interferir em nosso processo democrático". Nas eleições de terça passada, o Likud, partido de Netanyahu, obteve 30 cadeiras no Parlamento, surpreendo as pesquisas, que mostravam a sigla atrás do União Sionista, de centro esquerda. Alguns analistas não descartam que a fala do premiê, chamada de desesperada, tenha tido influência no resultado do pleito. Os comentários foram criticados no fim de semana tanto pela Casa Branca como por árabes e por Isaac Herzog, do União Sionista, que será o líder da oposição nessa próxima legislatura. Herzog acusou Netanyahu de humilhar 20% da população com o intuito de obter um punhado de votos.
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Netanyahu se desculpa por declaração sobre árabes feita no dia das eleiçõesMenos de uma semana após as eleições legislativas em Israel -nas quais seu partido saiu vencedor- e após duras críticas dos EUA e de grupos políticos israelenses, o premiê do país, Binyamin Netanyahu, pediu desculpas nesta segunda-feira (23) por seus comentários sobre o voto dos árabes na eleição. "Sei que as coisas que disse há poucos dias feriram alguns cidadãos e feriram os árabes de Israel. Não tinha a intenção de fazê-lo, e peço desculpas por isso, disse o premiê, segundo o site Ynet. Na terça-feira (17), dia das eleições, Netanyahu advertiu em uma transmissão de vídeo on-line que árabes compareciam em massa para votar, levados por ônibus pagos pela esquerda, e conclamou seus seguidores a irem às urnas para impedir a derrota da direita. Nesta segunda, após uma enxurrada de críticas, o chefe do Executivo se referiu publicamente a essa sua atitude. "Vejo-me como primeiro-ministro de cada um de vocês, de todos os cidadãos israelenses, sem distinção de religião, raça ou gênero", afirmou o premiê, após ter dito que "minhas ações como primeiro-ministro, incluindo o investimento de peso em grupos minoritários, provam completamente o contrário [que não faz distinções]. Também acho que nenhuma autoridade de fora de Israel deva interferir em nosso processo democrático". Nas eleições de terça passada, o Likud, partido de Netanyahu, obteve 30 cadeiras no Parlamento, surpreendo as pesquisas, que mostravam a sigla atrás do União Sionista, de centro esquerda. Alguns analistas não descartam que a fala do premiê, chamada de desesperada, tenha tido influência no resultado do pleito. Os comentários foram criticados no fim de semana tanto pela Casa Branca como por árabes e por Isaac Herzog, do União Sionista, que será o líder da oposição nessa próxima legislatura. Herzog acusou Netanyahu de humilhar 20% da população com o intuito de obter um punhado de votos.
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Governo teme mudança de última hora na Previdência
Pressionado por várias categorias do funcionalismo público, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), poderá fazer novas mudanças no texto da proposta para viabilizar sua aprovação. Até integrantes da Polícia Legislativa poderão ser incluídos nas regras estabelecidas para os demais policiais na proposta de emenda à Constituição. Para evitar novas concessões, o presidente Michel Temer pediu que seus aliados marcassem para esta quarta-feira (3) a votação da reforma na comissão especial da Câmara que discute a proposta. Apesar da alegação de parlamentares de que as alterações seriam pontuais e embora auxiliares de Temer considerem o impacto mínimo, o governo não gostou da possibilidade de novas mudanças. O entendimento é que qualquer alteração a esta altura abriria brechas para que outras categorias, como agentes penitenciários e fiscais da Receita Federal, reivindiquem o mesmo benefício. Agentes penitenciários invadiram o Ministério da Justiça na tarde desta terça (2), em protesto contra a reforma. Servidores da Câmara fizeram um corredor polonês para recepcionar deputados que chegavam à comissão especial. Da forma como está o relatório de Arthur Maia, agentes penitenciários e policiais legislativos teriam que cumprir as mesmas exigências dos demais servidores públicos para se aposentar: idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, além de 25 anos de contribuição para a Previdência. Essas categorias querem ser enquadradas na mesma regra dos policiais federais, que terão idade mínima de 55 anos. Maia negou que fará mais mudanças. "Fica tudo como está", disse o relator. "Não vai mudar nada. Nada." Por que o governo quer mexer na Previdência? Ciente de que ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara, o governo avaliava a possibilidade de adiar a votação na comissão especial. Mas, para evitar que o projeto seja desfigurado, o Palácio do Planalto achou menos arriscado realizar a votação no já nesta quarta. Uma vez aprovado na comissão especial, o relatório só pode ser alterado por emendas em plenário. Aliados estimam ter 23 votos a favor no colegiado. No plenário, a proposta terá que ser aprovada em dois turnos. Depois, ela seguirá para o Senado, onde também passará por duas votações. Se houver mudanças, a proposta terá que voltar à Câmara. O PSDB decidiu tirar da comissão o deputado Eduardo Barbosa (MG), contrário ao relatório. Ele é membro titular da comissão e deve ser substituído por outro deputado tucano, favorável ao texto. RISCO O Planalto acredita ser possível conseguir alcançar 320 votos em plenário até a última semana de maio, permitindo que a votação ocorra em junho. Além do risco de mudanças no relatório, o governo avaliou que, com um texto final definido, ficará mais fácil conseguir votos adicionais para a reforma. O presidente Michel Temer cumpriu a promessa de punir deputados da base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na semana passada. A Folha identificou ao menos seis deputados que tiveram afilhados exonerados —Adelson Barreto (PR-SE), Antônio Jácome (PTN-RN), Deley (PTB-RJ), Expedito Neto (PSD-RO), Ronaldo Fonseca (Pros-DF) e Valadares Filho (PSB-SE). A ideia é entregar os cargos a deputados do chamado baixo clero que não tinham sido contemplados por Temer e podem ajudar a aprovar a nova Previdência.
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Governo teme mudança de última hora na PrevidênciaPressionado por várias categorias do funcionalismo público, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), poderá fazer novas mudanças no texto da proposta para viabilizar sua aprovação. Até integrantes da Polícia Legislativa poderão ser incluídos nas regras estabelecidas para os demais policiais na proposta de emenda à Constituição. Para evitar novas concessões, o presidente Michel Temer pediu que seus aliados marcassem para esta quarta-feira (3) a votação da reforma na comissão especial da Câmara que discute a proposta. Apesar da alegação de parlamentares de que as alterações seriam pontuais e embora auxiliares de Temer considerem o impacto mínimo, o governo não gostou da possibilidade de novas mudanças. O entendimento é que qualquer alteração a esta altura abriria brechas para que outras categorias, como agentes penitenciários e fiscais da Receita Federal, reivindiquem o mesmo benefício. Agentes penitenciários invadiram o Ministério da Justiça na tarde desta terça (2), em protesto contra a reforma. Servidores da Câmara fizeram um corredor polonês para recepcionar deputados que chegavam à comissão especial. Da forma como está o relatório de Arthur Maia, agentes penitenciários e policiais legislativos teriam que cumprir as mesmas exigências dos demais servidores públicos para se aposentar: idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, além de 25 anos de contribuição para a Previdência. Essas categorias querem ser enquadradas na mesma regra dos policiais federais, que terão idade mínima de 55 anos. Maia negou que fará mais mudanças. "Fica tudo como está", disse o relator. "Não vai mudar nada. Nada." Por que o governo quer mexer na Previdência? Ciente de que ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara, o governo avaliava a possibilidade de adiar a votação na comissão especial. Mas, para evitar que o projeto seja desfigurado, o Palácio do Planalto achou menos arriscado realizar a votação no já nesta quarta. Uma vez aprovado na comissão especial, o relatório só pode ser alterado por emendas em plenário. Aliados estimam ter 23 votos a favor no colegiado. No plenário, a proposta terá que ser aprovada em dois turnos. Depois, ela seguirá para o Senado, onde também passará por duas votações. Se houver mudanças, a proposta terá que voltar à Câmara. O PSDB decidiu tirar da comissão o deputado Eduardo Barbosa (MG), contrário ao relatório. Ele é membro titular da comissão e deve ser substituído por outro deputado tucano, favorável ao texto. RISCO O Planalto acredita ser possível conseguir alcançar 320 votos em plenário até a última semana de maio, permitindo que a votação ocorra em junho. Além do risco de mudanças no relatório, o governo avaliou que, com um texto final definido, ficará mais fácil conseguir votos adicionais para a reforma. O presidente Michel Temer cumpriu a promessa de punir deputados da base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na semana passada. A Folha identificou ao menos seis deputados que tiveram afilhados exonerados —Adelson Barreto (PR-SE), Antônio Jácome (PTN-RN), Deley (PTB-RJ), Expedito Neto (PSD-RO), Ronaldo Fonseca (Pros-DF) e Valadares Filho (PSB-SE). A ideia é entregar os cargos a deputados do chamado baixo clero que não tinham sido contemplados por Temer e podem ajudar a aprovar a nova Previdência.
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Vídeo mostra assédio enfrentado por egípcias nas ruas do Cairo
Dalia Youssef nunca sai de casa sem fones de ouvido. E não é só porque a jovem cantora adora música, mas porque os utiliza como escudos protetores contra uma das mais graves epidemias do Egito: o assédio sexual. "Antes, para mim, era difícil sair à rua. Me angustiava e deprimia escutar a cada dia os comentários grosseiros que desconhecidos faziam sobre mim. Com os fones, já não percebo", disse a jovem, num café do Cairo. Um estudo recente da ONU indica a magnitude do problema. No Egito, 99% das mulheres adultas declaram já ter sofrido assédio sexual, e outras 50% o enfrentam diariamente. Assim, não é de estranhar que 82% das egípcias não se sintam seguras nas ruas e que 43% afirmem que tentam não sair de casa. Duas documentaristas e fotógrafas estrangeiras moradoras do Cairo, a belga Tinne Van Loon e a norte-americana de origem árabe Collette Ghunim, tentaram reproduzir em imagens o que esses dados refletem. Inspirado por um popular vídeo sobre assédio em Nova York, o vídeo chamado "Creepers on the Bridge" [os asquerosos da ponte], gravado com celular, mostra as reações dos homens que Ghunim encontrava ao cruzar a ponte de Qasr al-Nil, no centro do Cairo. A maioria faz comentários vis ou a olha lascivamente. "Nosso vídeo é mais honesto que o do diretor Rob Bliss, em Nova York, que condensa em dois minutos as experiências de uma atriz que caminhou durante dez horas. No nosso caso, o trajeto durou menos de dez minutos", diz Van Loon. A gravação virou um sucesso nas redes sociais. Segundo Zeinab Sabet, membro da associação Shuftu Taharrush [sou testemunha do assédio], a forma mais comum de abordagem são comentários obscenos de desconhecidos e bolinações em zonas sensíveis. "Não se pode baixar a guarda em momento algum. Se você está parada dentro do carro, às vezes eles enfiam a mão pela janela." Outra forma comum é o assédio telefônico. "Eles ligam ao acaso e, quando uma mulher atende, voltam a ligar sem parar. É normal receber mais de 30 telefonemas em 60 minutos", diz Sabet. LUGARES PÚBLICOS Surpreendentemente, as situações de maior risco surgem em lugares muito concorridos e em plena luz do dia, como manifestações, celebrações públicas ou meios de transporte. Em junho, uma virada inesperada na habitual inação das autoridades ocorreu após uma jovem sofrer brutal agressão sexual por uma dezena de homens na emblemática praça Tahrir, o epicentro da revolução de 2011. O ataque ocorreu durante a celebração da vitória do general Abdel Fattah al-Sisi nas eleições presidenciais. Imagens do assédio foram gravadas com um celular e, quando o vídeo chegou às redes sociais, o presidente foi forçado a reagir, conferindo prioridade à luta contra o assédio. Depois de alguns dias, ele assinou um decreto que, pela primeira vez, definia o assédio sexual como delito. O texto determina pena de seis meses a cinco anos de prisão, a depender da gravidade do ataque, e estabelece multas entre € 320 (R$ 967) e € 5.500 (R$ 16,6 mil) -valor considerável, quando o salário mínimo do país árabe é de apenas € 75 (R$ 227). Os resultados, no entanto, são mínimos até agora. "Creio que haja um pouco menos de assédio nas ruas. Mas não basta uma lei. É preciso atacar as raízes profundas do problema", diz Van Loon, que viveu em outros países do Oriente Médio e acredita que em nenhum deles a situação se compare à do Cairo. Entre os fatores que costumam ser apontados para explicar o fenômeno estão a frustração sexual gerada por uma sociedade cada vez mais conservadora e o desemprego elevado entre os jovens, que aumenta substancialmente a média de idade para o casamento, sobretudo entre os homens. Sabet, no entanto, ressalta que o verdadeiro motivo é a "falta de respeito e de consideração com a mulher e os seus direitos". "É necessária uma mudança cultural desde a escola. O assédio conta com alto grau de aceitação social e, por isso, de impunidade."
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Vídeo mostra assédio enfrentado por egípcias nas ruas do CairoDalia Youssef nunca sai de casa sem fones de ouvido. E não é só porque a jovem cantora adora música, mas porque os utiliza como escudos protetores contra uma das mais graves epidemias do Egito: o assédio sexual. "Antes, para mim, era difícil sair à rua. Me angustiava e deprimia escutar a cada dia os comentários grosseiros que desconhecidos faziam sobre mim. Com os fones, já não percebo", disse a jovem, num café do Cairo. Um estudo recente da ONU indica a magnitude do problema. No Egito, 99% das mulheres adultas declaram já ter sofrido assédio sexual, e outras 50% o enfrentam diariamente. Assim, não é de estranhar que 82% das egípcias não se sintam seguras nas ruas e que 43% afirmem que tentam não sair de casa. Duas documentaristas e fotógrafas estrangeiras moradoras do Cairo, a belga Tinne Van Loon e a norte-americana de origem árabe Collette Ghunim, tentaram reproduzir em imagens o que esses dados refletem. Inspirado por um popular vídeo sobre assédio em Nova York, o vídeo chamado "Creepers on the Bridge" [os asquerosos da ponte], gravado com celular, mostra as reações dos homens que Ghunim encontrava ao cruzar a ponte de Qasr al-Nil, no centro do Cairo. A maioria faz comentários vis ou a olha lascivamente. "Nosso vídeo é mais honesto que o do diretor Rob Bliss, em Nova York, que condensa em dois minutos as experiências de uma atriz que caminhou durante dez horas. No nosso caso, o trajeto durou menos de dez minutos", diz Van Loon. A gravação virou um sucesso nas redes sociais. Segundo Zeinab Sabet, membro da associação Shuftu Taharrush [sou testemunha do assédio], a forma mais comum de abordagem são comentários obscenos de desconhecidos e bolinações em zonas sensíveis. "Não se pode baixar a guarda em momento algum. Se você está parada dentro do carro, às vezes eles enfiam a mão pela janela." Outra forma comum é o assédio telefônico. "Eles ligam ao acaso e, quando uma mulher atende, voltam a ligar sem parar. É normal receber mais de 30 telefonemas em 60 minutos", diz Sabet. LUGARES PÚBLICOS Surpreendentemente, as situações de maior risco surgem em lugares muito concorridos e em plena luz do dia, como manifestações, celebrações públicas ou meios de transporte. Em junho, uma virada inesperada na habitual inação das autoridades ocorreu após uma jovem sofrer brutal agressão sexual por uma dezena de homens na emblemática praça Tahrir, o epicentro da revolução de 2011. O ataque ocorreu durante a celebração da vitória do general Abdel Fattah al-Sisi nas eleições presidenciais. Imagens do assédio foram gravadas com um celular e, quando o vídeo chegou às redes sociais, o presidente foi forçado a reagir, conferindo prioridade à luta contra o assédio. Depois de alguns dias, ele assinou um decreto que, pela primeira vez, definia o assédio sexual como delito. O texto determina pena de seis meses a cinco anos de prisão, a depender da gravidade do ataque, e estabelece multas entre € 320 (R$ 967) e € 5.500 (R$ 16,6 mil) -valor considerável, quando o salário mínimo do país árabe é de apenas € 75 (R$ 227). Os resultados, no entanto, são mínimos até agora. "Creio que haja um pouco menos de assédio nas ruas. Mas não basta uma lei. É preciso atacar as raízes profundas do problema", diz Van Loon, que viveu em outros países do Oriente Médio e acredita que em nenhum deles a situação se compare à do Cairo. Entre os fatores que costumam ser apontados para explicar o fenômeno estão a frustração sexual gerada por uma sociedade cada vez mais conservadora e o desemprego elevado entre os jovens, que aumenta substancialmente a média de idade para o casamento, sobretudo entre os homens. Sabet, no entanto, ressalta que o verdadeiro motivo é a "falta de respeito e de consideração com a mulher e os seus direitos". "É necessária uma mudança cultural desde a escola. O assédio conta com alto grau de aceitação social e, por isso, de impunidade."
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França detém 3 suspeitos relacionados a ataques separados em Paris
A polícia da França deteve nesta terça-feira (15) um suspeito de participar dos ataques terroristas de novembro em Paris e interrogou outros dois suspeitos de ajudar no ataque contra um supermercado kosher em janeiro na capital francesa, informou a Promotoria da cidade. Segundo apurou a emissora americana CNN, um homem de 29 anos foi preso em conexão com os ataques com tiros e bombas da milícia radical Estado Islâmico (EI) em 13 de novembro, que deixaram 130 mortos em diferentes pontos de Paris. Sua identidade não foi revelada. Além disso, foram detidos para interrogados no norte da França Claude Hermant, um mercenário conhecido pelas autoridades, e sua parceira, cujo nome não foi revelado. Eles são suspeitos de prover armas a Amedy Coulibaly, o terrorista que matou uma policial em 8 de janeiro e, um dia depois, invadiu um supermercado judaico em Paris, onde fez matou quatro reféns antes de ser morto pela polícia. O ataque aconteceu dias depois de outros radicais islâmicos entrarem na redação do semanário satírico "Charlie Hebdo" e matarem 14 pessoas. Não há relação clara entre os ataques terroristas de janeiro e de novembro em Paris. Desde os atentados mais recentes, a França está em estado de emergência e tem realizado várias operações policiais em busca de suspeitos de relação com o terrorismo.
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França detém 3 suspeitos relacionados a ataques separados em ParisA polícia da França deteve nesta terça-feira (15) um suspeito de participar dos ataques terroristas de novembro em Paris e interrogou outros dois suspeitos de ajudar no ataque contra um supermercado kosher em janeiro na capital francesa, informou a Promotoria da cidade. Segundo apurou a emissora americana CNN, um homem de 29 anos foi preso em conexão com os ataques com tiros e bombas da milícia radical Estado Islâmico (EI) em 13 de novembro, que deixaram 130 mortos em diferentes pontos de Paris. Sua identidade não foi revelada. Além disso, foram detidos para interrogados no norte da França Claude Hermant, um mercenário conhecido pelas autoridades, e sua parceira, cujo nome não foi revelado. Eles são suspeitos de prover armas a Amedy Coulibaly, o terrorista que matou uma policial em 8 de janeiro e, um dia depois, invadiu um supermercado judaico em Paris, onde fez matou quatro reféns antes de ser morto pela polícia. O ataque aconteceu dias depois de outros radicais islâmicos entrarem na redação do semanário satírico "Charlie Hebdo" e matarem 14 pessoas. Não há relação clara entre os ataques terroristas de janeiro e de novembro em Paris. Desde os atentados mais recentes, a França está em estado de emergência e tem realizado várias operações policiais em busca de suspeitos de relação com o terrorismo.
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Doria agora quer manter 50 km/h como padrão em pista da marginal
A gestão João Doria (PSDB) deverá manter em 50 km/h o limite de velocidade padrão nas pistas locais das marginais Tietê e Pinheiros. A medida indica uma guinada no discurso de campanha do prefeito eleito, que prometeu a mudança para 60 km/h assim que assumisse. Agora, após pressão de vários setores, a equipe do tucano trabalha para elevar o limite somente em alguns trechos pontuais, e não mais de maneira generalizada. Por outro lado, vai aumentar de 70 km/h para 90 km/h a velocidade nas vias expressas. Já nas pistas centrais a ideia é aumentar dos atuais 60 km/h para 70 km/h, mas com pontos de redução dessa velocidade máxima, como nos acessos às vias locais. Estudos da equipe de transição indicaram não ser viável adotar um limite padrão de 60 km/h especialmente na marginal Pinheiros, por causa do intenso entra e sai de carros e pedestres de shoppings e centros empresariais. No caso da Tietê, serão encomendados novos estudos para avaliação dos pontos que podem eventualmente ter mudança nos limites. Durante a corrida eleitoral, tão logo anunciou que aumentaria a velocidade para conter o que chamou de indústria da multa, Doria foi alvo de críticas de engenheiros de tráfego, cicloativistas e associações em defesa de pedestres no município. MORTES EM QUEDA O tucano vinha sendo pressionado inclusive por entidades que trabalham junto ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) –principal cabo eleitoral de Doria– em programas de melhoria da segurança do trânsito. Uma delas era o Cedatt (Conselho Estadual para Diminuição dos Acidentes de Trânsito e Transporte). Os críticos apontavam como consequência o possível crescimento de acidentes com a revogação do programa de redução vigente, implementado pela gestão de Fernando Haddad (PT). Estatísticas indicam significativa redução das mortes em acidentes após a medida. Um ano depois do programa, a soma de acidentes fatais nas marginais caiu pela metade, segundo dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e obtidos pela Folha. VAIVÉM NAS MARGINAIS De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes, até junho de 2016. Doria já havia ensaiado um primeiro recuo em relação à mudança de velocidade das marginais no mês passado. Na ocasião, admitia deixar "alguns pontos" em 50 km/h. A possibilidade foi adiantada a um grupo de ciclistas com quem o tucano pedalou. Dias antes, ativistas tinham feito um protesto na frente da casa do tucano para reivindicar a manutenção das velocidades em toda a cidade. Agora, a ideia foi invertida: manter 50 km/h como padrão na pista local das marginais e eventualmente ampliar para 60 km/h em alguns trechos. O prefeito eleito também já busca empresas para fazer a troca das placas de trânsito que indicam a velocidade. Ele negocia parcerias para que as novas placas sejam uma espécie de permuta com a iniciativa privada –que teria espaço publicitário em eventos do grupo empresarial de Doria, por exemplo. SECRETÁRIO CICLISTA Na semana passada, Doria anunciou Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô, como secretário de Transportes. Ele é advogado, usuário de bicicleta em deslocamentos ao trabalho e tem diálogo constante com cicloativistas. Avelleda anunciou que reforçará a política de proteção ao pedestre. Para isso, prevê nova versão da campanha feita na gestão Gilberto Kassab (PSD) e conhecida como "mãozinha" –placas de orientação que mostravam mãos em sinal de "pare" nas faixas de travessia. Na gestão Doria, a CET deve ficar a cargo de outro nome, ainda indefinido, mas subordinado a Avelleda. Atualmente, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, acumula as duas funções.
cotidiano
Doria agora quer manter 50 km/h como padrão em pista da marginalA gestão João Doria (PSDB) deverá manter em 50 km/h o limite de velocidade padrão nas pistas locais das marginais Tietê e Pinheiros. A medida indica uma guinada no discurso de campanha do prefeito eleito, que prometeu a mudança para 60 km/h assim que assumisse. Agora, após pressão de vários setores, a equipe do tucano trabalha para elevar o limite somente em alguns trechos pontuais, e não mais de maneira generalizada. Por outro lado, vai aumentar de 70 km/h para 90 km/h a velocidade nas vias expressas. Já nas pistas centrais a ideia é aumentar dos atuais 60 km/h para 70 km/h, mas com pontos de redução dessa velocidade máxima, como nos acessos às vias locais. Estudos da equipe de transição indicaram não ser viável adotar um limite padrão de 60 km/h especialmente na marginal Pinheiros, por causa do intenso entra e sai de carros e pedestres de shoppings e centros empresariais. No caso da Tietê, serão encomendados novos estudos para avaliação dos pontos que podem eventualmente ter mudança nos limites. Durante a corrida eleitoral, tão logo anunciou que aumentaria a velocidade para conter o que chamou de indústria da multa, Doria foi alvo de críticas de engenheiros de tráfego, cicloativistas e associações em defesa de pedestres no município. MORTES EM QUEDA O tucano vinha sendo pressionado inclusive por entidades que trabalham junto ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) –principal cabo eleitoral de Doria– em programas de melhoria da segurança do trânsito. Uma delas era o Cedatt (Conselho Estadual para Diminuição dos Acidentes de Trânsito e Transporte). Os críticos apontavam como consequência o possível crescimento de acidentes com a revogação do programa de redução vigente, implementado pela gestão de Fernando Haddad (PT). Estatísticas indicam significativa redução das mortes em acidentes após a medida. Um ano depois do programa, a soma de acidentes fatais nas marginais caiu pela metade, segundo dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e obtidos pela Folha. VAIVÉM NAS MARGINAIS De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes, até junho de 2016. Doria já havia ensaiado um primeiro recuo em relação à mudança de velocidade das marginais no mês passado. Na ocasião, admitia deixar "alguns pontos" em 50 km/h. A possibilidade foi adiantada a um grupo de ciclistas com quem o tucano pedalou. Dias antes, ativistas tinham feito um protesto na frente da casa do tucano para reivindicar a manutenção das velocidades em toda a cidade. Agora, a ideia foi invertida: manter 50 km/h como padrão na pista local das marginais e eventualmente ampliar para 60 km/h em alguns trechos. O prefeito eleito também já busca empresas para fazer a troca das placas de trânsito que indicam a velocidade. Ele negocia parcerias para que as novas placas sejam uma espécie de permuta com a iniciativa privada –que teria espaço publicitário em eventos do grupo empresarial de Doria, por exemplo. SECRETÁRIO CICLISTA Na semana passada, Doria anunciou Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô, como secretário de Transportes. Ele é advogado, usuário de bicicleta em deslocamentos ao trabalho e tem diálogo constante com cicloativistas. Avelleda anunciou que reforçará a política de proteção ao pedestre. Para isso, prevê nova versão da campanha feita na gestão Gilberto Kassab (PSD) e conhecida como "mãozinha" –placas de orientação que mostravam mãos em sinal de "pare" nas faixas de travessia. Na gestão Doria, a CET deve ficar a cargo de outro nome, ainda indefinido, mas subordinado a Avelleda. Atualmente, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, acumula as duas funções.
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Entregaram usinas a preço de banana, diz deputado sobre leilão da Cemig
O resultado do leilão das quatro usinas hidrelétricas que eram operadas pela Cemig gerou insatisfação de políticos mineiros e temor entre sindicalistas sobre o futuro dos empregos no setor. Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) criticou o resultado do leilão. "Entregaram as usinas a preço de banana", afirmou o parlamentar, um dos articuladores da frente suprapartidária de políticos mineiros contrários ao leilão. Ramalho disse que a equipe econômica do presidente Michel Temer —do mesmo partido— "só pensa em dinheiro". "Não levaram em conta a questão social. O preço da conta de luz vai ficar maior", afirmou o deputado. As quatro usinas (São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande) foram vendidas por R$ 12,3 bilhões, o que representou um ágio de 9,73%. Ramalho planeja para esta quarta uma reunião da bancada mineira no Congresso para avaliar que medidas podem ser tomadas. "A gente teve um resultado acima do esperado. Foi importante porque não foi só uma empresa, foram três. Uma que chega ao Brasil forte, a SPIC, e duas já conhecidas no mercado brasileiro, Engie e Enel", disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Já para o coordenador-geral do Sindieletro (sindicato dos eletricitários), Jefferson Silva, o futuro é incerto para os trabalhadores da Cemig. "A empresa já estava demitindo e com políticas agressivas de desligamento voluntário sempre com a justificativa de reduzir o custo operacional. Não sabemos como será a postura daqui para frente", afirmou. O sindicalista estipula que os novos proprietários conseguirão um lucro de R$ 39 bilhões nos 30 anos de concessão. O principal motivo, segundo Silva, é o valor estipulado para o mWh, de R$ 142. Ele compara com o valor estipulado para a Usina de Belo Monte (R$ 81). "A população já pagou o custo de construção das quatro usinas e vai pagar novamente", disse Silva.
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Entregaram usinas a preço de banana, diz deputado sobre leilão da CemigO resultado do leilão das quatro usinas hidrelétricas que eram operadas pela Cemig gerou insatisfação de políticos mineiros e temor entre sindicalistas sobre o futuro dos empregos no setor. Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) criticou o resultado do leilão. "Entregaram as usinas a preço de banana", afirmou o parlamentar, um dos articuladores da frente suprapartidária de políticos mineiros contrários ao leilão. Ramalho disse que a equipe econômica do presidente Michel Temer —do mesmo partido— "só pensa em dinheiro". "Não levaram em conta a questão social. O preço da conta de luz vai ficar maior", afirmou o deputado. As quatro usinas (São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande) foram vendidas por R$ 12,3 bilhões, o que representou um ágio de 9,73%. Ramalho planeja para esta quarta uma reunião da bancada mineira no Congresso para avaliar que medidas podem ser tomadas. "A gente teve um resultado acima do esperado. Foi importante porque não foi só uma empresa, foram três. Uma que chega ao Brasil forte, a SPIC, e duas já conhecidas no mercado brasileiro, Engie e Enel", disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Já para o coordenador-geral do Sindieletro (sindicato dos eletricitários), Jefferson Silva, o futuro é incerto para os trabalhadores da Cemig. "A empresa já estava demitindo e com políticas agressivas de desligamento voluntário sempre com a justificativa de reduzir o custo operacional. Não sabemos como será a postura daqui para frente", afirmou. O sindicalista estipula que os novos proprietários conseguirão um lucro de R$ 39 bilhões nos 30 anos de concessão. O principal motivo, segundo Silva, é o valor estipulado para o mWh, de R$ 142. Ele compara com o valor estipulado para a Usina de Belo Monte (R$ 81). "A população já pagou o custo de construção das quatro usinas e vai pagar novamente", disse Silva.
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Comediantes muçulmanos enfrentam preconceito nos EUA
A comédia é usada há muito tempo para atenuar o medo e o preconceito. Por isso, comediantes muçulmanos usaram recentemente o humor para contra-atacar a islamofobia nos Estados Unidos. O Muslim Funny Fest [Festival de Humor Muçulmano] aconteceu de 21 a 23 de julho em Nova York. Segundo os organizadores, foi o primeiro evento do gênero realizado no país. Dean Obeidallah, que apresenta um programa semanal de rádio na Sirius XM e escreve uma coluna para "The Daily Beast", organizou o festival de três dias com Maysoon Zayid, conhecida por sua popular palestra TED "I Got 99 Problems... Palsy Is Just One". Os dois ficaram amigos no início dos anos 2000. "Ela era a única comediante árabe que eu conhecia além de mim", disse ele. Em 2003, eles iniciaram o Festival de Comédia Árabe-Americano em Nova York para exibir comediantes árabes e se contrapor à hostilidade depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro. O evento, em sua 12a edição, acontecerá em novembro. Nos últimos anos, porém, eles começaram a sentir que também a religião os diferenciava. Por isso, decidiram fazer um evento separado com comediantes muçulmanos de diversas origens étnicas. "Só começamos a fazer comédia étnica e comédia muçulmana quando sentimos que nossa comunidade estava sitiada e que não éramos tratados nos palcos como iguais", disse Zayid. No festival não foram servidas bebidas alcoólicas. "Achei que seria bom fazer uma noite sem álcool, para que pessoas bem mais conservadoras que eu ainda se sentissem à vontade para se expor." A religião é tema de piadas há décadas, e os organizadores dizem que o festival não poderia ser diferente. "Não estamos censurando ninguém", disse Zayid. "Os comediantes podem falar sobre o que quiserem. Não vamos dizer: 'Oh, vocês não podem falar que adoram sanduíches de bacon'." Os comediantes muçulmanos dizem que ainda lutam para serem aceitos pela corrente dominante. Foi esse sentimento, segundo Negin Farsad, que inspirou o documentário "The Muslims Are Coming!", que seguiu Farsad, Obeidallah e outros comediantes muçulmanos em turnê pelos Estados Unidos. O filme mistura cenas inventadas -como a da campanha "Abrace um Muçulmano"- com iniciativas para discutir narrativas muito repetidas, como a ideia de que os muçulmanos querem levar a sharia (lei islâmica) aos EUA. Farsad e seu estúdio abriram um processo judicial contra o metrô de Nova York após a empresa se recusar a publicar anúncios do documentário no ano passado. "Acho que deveríamos poder contar nossa história, e nossa história é que os muçulmanos são hilários", disse Farsad. Obeidallah disse que a hostilidade contra o islã é instigada quando organizações terroristas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico dominam o noticiário, enquanto a maioria dos americanos não conhece muçulmanos que poderiam passar uma imagem diferente. Ele começa seu programa de rádio dizendo ao público: "Eu quero ser seu amigo muçulmano". "A realidade é que eu e pessoas como Maysoon e Negin jamais seremos acusados de ser maus", disse. "Elas dirão: 'Você é um dos bons', mas como se fôssemos a exceção, e o EI fosse a norma. Mas eles são a exceção. Nós somos a corrente dominante do islamismo."
ilustrada
Comediantes muçulmanos enfrentam preconceito nos EUAA comédia é usada há muito tempo para atenuar o medo e o preconceito. Por isso, comediantes muçulmanos usaram recentemente o humor para contra-atacar a islamofobia nos Estados Unidos. O Muslim Funny Fest [Festival de Humor Muçulmano] aconteceu de 21 a 23 de julho em Nova York. Segundo os organizadores, foi o primeiro evento do gênero realizado no país. Dean Obeidallah, que apresenta um programa semanal de rádio na Sirius XM e escreve uma coluna para "The Daily Beast", organizou o festival de três dias com Maysoon Zayid, conhecida por sua popular palestra TED "I Got 99 Problems... Palsy Is Just One". Os dois ficaram amigos no início dos anos 2000. "Ela era a única comediante árabe que eu conhecia além de mim", disse ele. Em 2003, eles iniciaram o Festival de Comédia Árabe-Americano em Nova York para exibir comediantes árabes e se contrapor à hostilidade depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro. O evento, em sua 12a edição, acontecerá em novembro. Nos últimos anos, porém, eles começaram a sentir que também a religião os diferenciava. Por isso, decidiram fazer um evento separado com comediantes muçulmanos de diversas origens étnicas. "Só começamos a fazer comédia étnica e comédia muçulmana quando sentimos que nossa comunidade estava sitiada e que não éramos tratados nos palcos como iguais", disse Zayid. No festival não foram servidas bebidas alcoólicas. "Achei que seria bom fazer uma noite sem álcool, para que pessoas bem mais conservadoras que eu ainda se sentissem à vontade para se expor." A religião é tema de piadas há décadas, e os organizadores dizem que o festival não poderia ser diferente. "Não estamos censurando ninguém", disse Zayid. "Os comediantes podem falar sobre o que quiserem. Não vamos dizer: 'Oh, vocês não podem falar que adoram sanduíches de bacon'." Os comediantes muçulmanos dizem que ainda lutam para serem aceitos pela corrente dominante. Foi esse sentimento, segundo Negin Farsad, que inspirou o documentário "The Muslims Are Coming!", que seguiu Farsad, Obeidallah e outros comediantes muçulmanos em turnê pelos Estados Unidos. O filme mistura cenas inventadas -como a da campanha "Abrace um Muçulmano"- com iniciativas para discutir narrativas muito repetidas, como a ideia de que os muçulmanos querem levar a sharia (lei islâmica) aos EUA. Farsad e seu estúdio abriram um processo judicial contra o metrô de Nova York após a empresa se recusar a publicar anúncios do documentário no ano passado. "Acho que deveríamos poder contar nossa história, e nossa história é que os muçulmanos são hilários", disse Farsad. Obeidallah disse que a hostilidade contra o islã é instigada quando organizações terroristas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico dominam o noticiário, enquanto a maioria dos americanos não conhece muçulmanos que poderiam passar uma imagem diferente. Ele começa seu programa de rádio dizendo ao público: "Eu quero ser seu amigo muçulmano". "A realidade é que eu e pessoas como Maysoon e Negin jamais seremos acusados de ser maus", disse. "Elas dirão: 'Você é um dos bons', mas como se fôssemos a exceção, e o EI fosse a norma. Mas eles são a exceção. Nós somos a corrente dominante do islamismo."
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Desafio da Europa é buscar solução sustentável para crise de refugiados
A repercussão mundial da imagem do corpo do menino sírio Aylan Kurdi, 3, numa praia da Turquia, elevou a pressão sobre líderes da Europa, que responderam nos últimos três dias prometendo fazer mais para conter a crise de refugiados. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu que sejam acolhidos 100 mil refugiados. A ONU disse que o bloco deveria receber 200 mil. Segundo a OIM (Organização Internacional para as Migrações), 360 mil pessoas já chegaram à Europa neste ano. O desafio maior para a UE é encontrar uma solução urgente, mas que seja sustentável a longo prazo. O limite para a acolhida, com seu impacto futuro, é um dos principais pontos de discussão. A Alemanha, por exemplo, já disse que "no longo prazo, 800 mil refugiados [a estimativa de pedidos de asilo para este ano no país] são demais". Pedidos de asilo - Entre 2011 e 2014, em milhares A especialista em políticas de imigração Christina Boswell, da Universidade de Edimburgo, lembra que, como signatários da Convenção de Genebra sobre refúgio, os países europeus não podem estabelecer limites para receber refugiados. "Se as pessoas atendem à definição de refugiado, que é de uma pessoa que foge de algum tipo de perseguição, então eles devem receber asilo", diz Boswell. "Alguns argumentam que o limite pode ser justificado por questões de segurança nacional -por exemplo, se o fluxo de refugiados ameaçasse a segurança do país que os recebe. Mas esse extremo não chegou a acontecer até hoje num país europeu." Para Mollie Gerver, especialista do Departamento de Governo na London School of Economics, é claro que a Europa deve receber "o máximo de refugiados que puder sem sacrificar suas instituições e sua infraestrutura de bem-estar social". "E esse número é certamente muito maior do que a Europa está aceitando atualmente", diz. No próximo dia 14, ministros do bloco se reunirão para, mais uma vez, tentar chegar a uma política comum para lidar com o fluxo de refugiados. Na mesa, estarão temas como o estabelecimento de cotas de refugiados por país e política de retorno para imigrantes que não se enquadram como refugiados. Prisões por permanecer ilegalmente nos países da UE - 'COMÉRCIO DE COTAS' Em junho, as cotas —defendidas por Berlim e Paris— já foram rejeitadas por países como a Eslováquia e a Hungria, cujo premiê declarou, na última semana, que a crise é um "problema da Alemanha". Para Gerver, uma opção seria o estabelecimento de um "comércio de cotas". "Ele poderia assegurar que os Estados que queiram receber menos refugiados paguem por esse 'privilégio'. Na teoria, isso encorajaria também quem recebe menos refugiados a aceitar mais pessoas, sabendo que serão recompensados", diz. Os países europeus têm sido o destino de imigrantes e refugiados em sucessivas crises nos últimos anos —desde o fluxo gerado, na década de 90, com o fim da União Soviética e o conflito nos Bálcãs, até, mais recentemente, grupos fugindo da guerra no Afeganistão, da ditadura na Eritreia, de disputas internas na República Democrática do Congo, do conflito na Ucrânia. "A Europa lidou com isso de várias maneiras. No caso dos Bálcãs, por exemplo, garantindo proteção temporária até que as condições em seus países de origem permitissem que eles começassem a retornar", diz John Salt, especialista da Unidade de Pesquisa em Migrações da University College London. Kosovo, Sérvia e Albânia, no entanto, ainda estavam no ano passado entre os dez principais países de origem dos solicitantes de refúgio na Alemanha, França e Suécia. REFÚGIOS ACEITOS Cerca de 1,97 milhão de pedidos de asilo foram feitos nos 28 países da UE de 2011 até abril de 2015. A Alemanha foi a que mais recebeu, com 460 mil neste período. Os 262,5 mil refúgios concedidos entre 2011 e 2014, contudo, representam apenas 15% de todos os pedidos feitos. Alemanha e Reino Unido —não por acaso dois dos destinos mais procurados pelos estrangeiros- concederam refúgio em, respectivamente, 20% e 36,5% dos casos analisados em 2014. A Hungria, por sua vez, analisou só 12% de todos os 42,7 mil pedidos feitos em 2014 e concedeu apenas 240 status de refugiados —o equivalente a 4,5% das solicitações avaliadas. Como o país é a porta de entrada para muitos dos que chegam à UE, os estrangeiros deveriam iniciar o processo de refúgio na Hungria, segundo as regras do espaço Schengen. No entanto, a grande maioria dos sírios e afegãos que ingressam pelo país tentam desesperadamente embarcar em trens rumo à Alemanha ou cruzar o país à pé até a fronteira com a Áustria. RETORNO Para a Alemanha, não é possível discutir a recepção de mais refugiados sem prever a "devolução" de imigrantes que não se enquadram no perfil de refugiado. Na mira estão principalmente os grupos que vieram dos Bálcãs. Philippe De Bruycker, vice-diretor do Centro de Política de Migração do European University Institute, em Florença, diz que o chamado retorno precisa ser parte da solução europeia. "O problema é que muitos países simplesmente não conseguem pôr em prática o processo de retorno, que é extremamente burocrático e caro", observa. Nos últimos quatro anos, a Europa já enviou de volta mais de 1 milhão de imigrantes, sendo 252 mil só em 2014. Albaneses, paquistaneses e ucranianos representaram 28% dos expulsos. Número de refugiados sírios** - Em milhares VIZINHOS Um dos argumentos dos especialistas para dizer que a Europa não chegou ao seu limite é a quantidade de refugiados que os países vizinhos à Síria comportam. Os 28 países da UE receberam, desde 2011, 1,97 milhão de pedidos de asilo, praticamente a mesma quantidade de refugiados sírios que vivem hoje na Turquia —1,94 milhão. O número não representa nem 0,5% da população de 508 milhões do bloco. "No Líbano, o número de refugiados representa 25% da população. Isso significa que você teria que ter 125 milhões de refugiados na UE para atingir o nível de pressão do Líbano", diz De Bruycker. Para Gerver, os europeus, contudo, não devem seguir o exemplo da Turquia e manter os refugiados em campos. "Um dos desafios da situação na Turquia é que os refugiados estão confinados em campos, sem poder trabalhar. Os campos custam dinheiro do Estado e, se os refugiados não estão trabalhando, eles não estão contribuindo com impostos."
mundo
Desafio da Europa é buscar solução sustentável para crise de refugiadosA repercussão mundial da imagem do corpo do menino sírio Aylan Kurdi, 3, numa praia da Turquia, elevou a pressão sobre líderes da Europa, que responderam nos últimos três dias prometendo fazer mais para conter a crise de refugiados. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu que sejam acolhidos 100 mil refugiados. A ONU disse que o bloco deveria receber 200 mil. Segundo a OIM (Organização Internacional para as Migrações), 360 mil pessoas já chegaram à Europa neste ano. O desafio maior para a UE é encontrar uma solução urgente, mas que seja sustentável a longo prazo. O limite para a acolhida, com seu impacto futuro, é um dos principais pontos de discussão. A Alemanha, por exemplo, já disse que "no longo prazo, 800 mil refugiados [a estimativa de pedidos de asilo para este ano no país] são demais". Pedidos de asilo - Entre 2011 e 2014, em milhares A especialista em políticas de imigração Christina Boswell, da Universidade de Edimburgo, lembra que, como signatários da Convenção de Genebra sobre refúgio, os países europeus não podem estabelecer limites para receber refugiados. "Se as pessoas atendem à definição de refugiado, que é de uma pessoa que foge de algum tipo de perseguição, então eles devem receber asilo", diz Boswell. "Alguns argumentam que o limite pode ser justificado por questões de segurança nacional -por exemplo, se o fluxo de refugiados ameaçasse a segurança do país que os recebe. Mas esse extremo não chegou a acontecer até hoje num país europeu." Para Mollie Gerver, especialista do Departamento de Governo na London School of Economics, é claro que a Europa deve receber "o máximo de refugiados que puder sem sacrificar suas instituições e sua infraestrutura de bem-estar social". "E esse número é certamente muito maior do que a Europa está aceitando atualmente", diz. No próximo dia 14, ministros do bloco se reunirão para, mais uma vez, tentar chegar a uma política comum para lidar com o fluxo de refugiados. Na mesa, estarão temas como o estabelecimento de cotas de refugiados por país e política de retorno para imigrantes que não se enquadram como refugiados. Prisões por permanecer ilegalmente nos países da UE - 'COMÉRCIO DE COTAS' Em junho, as cotas —defendidas por Berlim e Paris— já foram rejeitadas por países como a Eslováquia e a Hungria, cujo premiê declarou, na última semana, que a crise é um "problema da Alemanha". Para Gerver, uma opção seria o estabelecimento de um "comércio de cotas". "Ele poderia assegurar que os Estados que queiram receber menos refugiados paguem por esse 'privilégio'. Na teoria, isso encorajaria também quem recebe menos refugiados a aceitar mais pessoas, sabendo que serão recompensados", diz. Os países europeus têm sido o destino de imigrantes e refugiados em sucessivas crises nos últimos anos —desde o fluxo gerado, na década de 90, com o fim da União Soviética e o conflito nos Bálcãs, até, mais recentemente, grupos fugindo da guerra no Afeganistão, da ditadura na Eritreia, de disputas internas na República Democrática do Congo, do conflito na Ucrânia. "A Europa lidou com isso de várias maneiras. No caso dos Bálcãs, por exemplo, garantindo proteção temporária até que as condições em seus países de origem permitissem que eles começassem a retornar", diz John Salt, especialista da Unidade de Pesquisa em Migrações da University College London. Kosovo, Sérvia e Albânia, no entanto, ainda estavam no ano passado entre os dez principais países de origem dos solicitantes de refúgio na Alemanha, França e Suécia. REFÚGIOS ACEITOS Cerca de 1,97 milhão de pedidos de asilo foram feitos nos 28 países da UE de 2011 até abril de 2015. A Alemanha foi a que mais recebeu, com 460 mil neste período. Os 262,5 mil refúgios concedidos entre 2011 e 2014, contudo, representam apenas 15% de todos os pedidos feitos. Alemanha e Reino Unido —não por acaso dois dos destinos mais procurados pelos estrangeiros- concederam refúgio em, respectivamente, 20% e 36,5% dos casos analisados em 2014. A Hungria, por sua vez, analisou só 12% de todos os 42,7 mil pedidos feitos em 2014 e concedeu apenas 240 status de refugiados —o equivalente a 4,5% das solicitações avaliadas. Como o país é a porta de entrada para muitos dos que chegam à UE, os estrangeiros deveriam iniciar o processo de refúgio na Hungria, segundo as regras do espaço Schengen. No entanto, a grande maioria dos sírios e afegãos que ingressam pelo país tentam desesperadamente embarcar em trens rumo à Alemanha ou cruzar o país à pé até a fronteira com a Áustria. RETORNO Para a Alemanha, não é possível discutir a recepção de mais refugiados sem prever a "devolução" de imigrantes que não se enquadram no perfil de refugiado. Na mira estão principalmente os grupos que vieram dos Bálcãs. Philippe De Bruycker, vice-diretor do Centro de Política de Migração do European University Institute, em Florença, diz que o chamado retorno precisa ser parte da solução europeia. "O problema é que muitos países simplesmente não conseguem pôr em prática o processo de retorno, que é extremamente burocrático e caro", observa. Nos últimos quatro anos, a Europa já enviou de volta mais de 1 milhão de imigrantes, sendo 252 mil só em 2014. Albaneses, paquistaneses e ucranianos representaram 28% dos expulsos. Número de refugiados sírios** - Em milhares VIZINHOS Um dos argumentos dos especialistas para dizer que a Europa não chegou ao seu limite é a quantidade de refugiados que os países vizinhos à Síria comportam. Os 28 países da UE receberam, desde 2011, 1,97 milhão de pedidos de asilo, praticamente a mesma quantidade de refugiados sírios que vivem hoje na Turquia —1,94 milhão. O número não representa nem 0,5% da população de 508 milhões do bloco. "No Líbano, o número de refugiados representa 25% da população. Isso significa que você teria que ter 125 milhões de refugiados na UE para atingir o nível de pressão do Líbano", diz De Bruycker. Para Gerver, os europeus, contudo, não devem seguir o exemplo da Turquia e manter os refugiados em campos. "Um dos desafios da situação na Turquia é que os refugiados estão confinados em campos, sem poder trabalhar. Os campos custam dinheiro do Estado e, se os refugiados não estão trabalhando, eles não estão contribuindo com impostos."
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Alalaô: Público e integrantes da Vai-Vai se emocionam com homenagem a Elis
Apesar de ser a penúltima escola a entrar no Sambódromo do Anhembi, a Vai-Vai conseguiu emocionar o público ao prestar uma linda homenagem à cantora Elis Regina, morta em 1982. Os filhos da cantora, Maria Rita, Pedro Mariano e João... Leia post completo no blog
cotidiano
Alalaô: Público e integrantes da Vai-Vai se emocionam com homenagem a ElisApesar de ser a penúltima escola a entrar no Sambódromo do Anhembi, a Vai-Vai conseguiu emocionar o público ao prestar uma linda homenagem à cantora Elis Regina, morta em 1982. Os filhos da cantora, Maria Rita, Pedro Mariano e João... Leia post completo no blog
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As mentiras que o BNDES conta
Sob forte pressão da opinião pública, do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso, o BNDES começou a abrir a caixa preta das suas operações e vão caindo por terra as mentiras que a administração do banco conta. Luciano Coutinho, que ocupa a presidência do BNDES há anos, repetiu inúmeras vezes que não era dinheiro público a grana que o BNDESPar, o braço de investimentos do banco, despejou em empresas ungidas para serem campeãs nacionais, como os frigoríficos JBS e Marfrig. Pura enrolação. O Supremo Tribunal Federal referendou o entendimento do TCU. É dinheiro público, sim. O BNDES é um banco público que recebe recursos vultosos do Tesouro. Logo, qualquer ganho que o banco tenha em suas operações é dinheiro público. Foi esse entendimento que permitiu nesta semana quebrar o sigilo inexplicável dos financiamentos do BNDES para que países em desenvolvimento contratem empreiteiras brasileiras na realização de suas obras de infraestrutura. Esses empréstimos até fazem algum sentido, porque permitem as empresas nacionais exportar mais, gerando mais empregos e mais renda no país. Mas é necessário um cuidado extra porque são países de alto risco e a tentação é grande para favorecer os "amigos bolivarianos". Já está evidente pelo patamar das taxas que houve subsídio para as empreiteiras –todas envolvidas no escândalo da Lava Jato. A análise técnica rigorosa, no entanto, é complicada, porque as bases de comparação são frágeis no caso de países como Cuba, que são párias no mercado internacional. Para explicar os juros baixos, o banco vai criando outra falácia. O BNDES argumenta que o prêmio de risco desses países é estabelecido por um comitê interministerial, coordenado pelo ministério da Fazenda, e que não corre risco de inadimplência porque recebe garantias do Tesouro Nacional brasileiro. E daí? Se países como Cuba e Venezuela não tiverem dinheiro para honrar esses empréstimos, o que importa se a conta vai estourar no BNDES ou no contribuinte? Não é tudo dinheiro público?
colunas
As mentiras que o BNDES contaSob forte pressão da opinião pública, do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso, o BNDES começou a abrir a caixa preta das suas operações e vão caindo por terra as mentiras que a administração do banco conta. Luciano Coutinho, que ocupa a presidência do BNDES há anos, repetiu inúmeras vezes que não era dinheiro público a grana que o BNDESPar, o braço de investimentos do banco, despejou em empresas ungidas para serem campeãs nacionais, como os frigoríficos JBS e Marfrig. Pura enrolação. O Supremo Tribunal Federal referendou o entendimento do TCU. É dinheiro público, sim. O BNDES é um banco público que recebe recursos vultosos do Tesouro. Logo, qualquer ganho que o banco tenha em suas operações é dinheiro público. Foi esse entendimento que permitiu nesta semana quebrar o sigilo inexplicável dos financiamentos do BNDES para que países em desenvolvimento contratem empreiteiras brasileiras na realização de suas obras de infraestrutura. Esses empréstimos até fazem algum sentido, porque permitem as empresas nacionais exportar mais, gerando mais empregos e mais renda no país. Mas é necessário um cuidado extra porque são países de alto risco e a tentação é grande para favorecer os "amigos bolivarianos". Já está evidente pelo patamar das taxas que houve subsídio para as empreiteiras –todas envolvidas no escândalo da Lava Jato. A análise técnica rigorosa, no entanto, é complicada, porque as bases de comparação são frágeis no caso de países como Cuba, que são párias no mercado internacional. Para explicar os juros baixos, o banco vai criando outra falácia. O BNDES argumenta que o prêmio de risco desses países é estabelecido por um comitê interministerial, coordenado pelo ministério da Fazenda, e que não corre risco de inadimplência porque recebe garantias do Tesouro Nacional brasileiro. E daí? Se países como Cuba e Venezuela não tiverem dinheiro para honrar esses empréstimos, o que importa se a conta vai estourar no BNDES ou no contribuinte? Não é tudo dinheiro público?
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Leitores comentam sobre a polêmica da concorrência entre Uber e taxistas
É lamentável que a aprovação no Brasil do aplicativo Uber de transporte de pessoas por motoristas particulares tenha suscitado no presidente do sindicato dos taxistas de São Paulo uma ameaça de morte ('Vai ter morte', diz taxista sobre sistema de corrida particular). Nos EUA e Europa, o Uber já é largamente utilizado, com sucesso e amplas vantagens aos usuários. A tecnologia é uma realidade e é impossível querer detê-la ou impedi-la. Entende-se a preocupação dos taxistas, mas não é com ameaças e bravatas que se resolvem os conflitos de interesse numa sociedade democrática, pluralista e civilizada. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * * Parecem-me fracos os argumentos dos taxistas e de seus sindicatos de que o aplicativo Uber, uma alternativa ao transporte de passageiros, seria concorrência desleal com a categoria. Taxistas possuem uma série de isenções, facilidades e reduções de impostos na compra do táxi –principalmente ICMS, IPI e IPVA–, benefícios que os motoristas do Uber não possuem, deixando assim, todos mais nivelados em relação aos custos para trabalhar. ALEXANDRE SANTOS GONÇALVES, publicitário (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
paineldoleitor
Leitores comentam sobre a polêmica da concorrência entre Uber e taxistasÉ lamentável que a aprovação no Brasil do aplicativo Uber de transporte de pessoas por motoristas particulares tenha suscitado no presidente do sindicato dos taxistas de São Paulo uma ameaça de morte ('Vai ter morte', diz taxista sobre sistema de corrida particular). Nos EUA e Europa, o Uber já é largamente utilizado, com sucesso e amplas vantagens aos usuários. A tecnologia é uma realidade e é impossível querer detê-la ou impedi-la. Entende-se a preocupação dos taxistas, mas não é com ameaças e bravatas que se resolvem os conflitos de interesse numa sociedade democrática, pluralista e civilizada. RENATO KHAIR (São Paulo, SP) * * Parecem-me fracos os argumentos dos taxistas e de seus sindicatos de que o aplicativo Uber, uma alternativa ao transporte de passageiros, seria concorrência desleal com a categoria. Taxistas possuem uma série de isenções, facilidades e reduções de impostos na compra do táxi –principalmente ICMS, IPI e IPVA–, benefícios que os motoristas do Uber não possuem, deixando assim, todos mais nivelados em relação aos custos para trabalhar. ALEXANDRE SANTOS GONÇALVES, publicitário (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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'Renda não vem só da prefeitura', diz auditor fiscal investigado
O auditor fiscal José Rodrigo de Freitas justifica sua renda a uma composição do salário de auditor e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu mexo com imóveis desde 1990. Eu trabalho na prefeitura, mas a minha renda não vem só da prefeitura, graças a Deus", afirma. De acordo com Freitas, nem todos os imóveis encontrados em seu nome nos cartórios –um total de 83 matrículas– pertencem de fato a ele. "Se tivesse 80 imóveis estava vivendo de renda", afirma. "O que acontece em cartório? Nem sempre o que está lá é meu. Às vezes a pessoa que compra pode não ter dado baixa", completa. O fiscal, porém, não soube detalhar quantos imóveis tem atualmente. Ele se ofereceu a checar a situação e informá-la com detalhes na próxima semana à reportagem. "Quisera eu ter tudo isso que você falou aqui. Infelizmente não é, mas alguma coisa tem", disse o fiscal. Freitas afirmou que pretende se inteirar sobre a investigação a seu respeito, já que foi informado sobre o assunto apenas na última semana. O auditor fiscal afirmou ainda que entrega anualmente declarações de todos os seus bens à prefeitura de SP e à Receita Federal. A reportagem apurou que ele informou à prefeitura paulistana um número de imóveis semelhante ao mapeado agora pela Folha. CONFLITO Freitas afirma que não há conflito de interesses entre suas funções como auditor da prefeitura e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu só não posso ter função de gerência", afirma o fiscal. Atualmente, situações como essa de Freitas se repetem dentro da prefeitura, que prepara um código de ética para inibir esse tipo de caso. Sobre a sociedade com Amilcar Cançado Lemos, acusado de integrar a máfia do ISS, ele diz que foi uma coincidência. "Ele [Amilcar] foi um colega nosso, trabalhou com a gente até pouco. Ele tinha alguns imóveis na região e acabou sendo uma enorme coincidência", diz o fiscal. Procurado pela reportagem na semana passada, Amilcar Lemos não foi localizado até ontem para comentar sobre a sociedade com Freitas.
cotidiano
'Renda não vem só da prefeitura', diz auditor fiscal investigadoO auditor fiscal José Rodrigo de Freitas justifica sua renda a uma composição do salário de auditor e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu mexo com imóveis desde 1990. Eu trabalho na prefeitura, mas a minha renda não vem só da prefeitura, graças a Deus", afirma. De acordo com Freitas, nem todos os imóveis encontrados em seu nome nos cartórios –um total de 83 matrículas– pertencem de fato a ele. "Se tivesse 80 imóveis estava vivendo de renda", afirma. "O que acontece em cartório? Nem sempre o que está lá é meu. Às vezes a pessoa que compra pode não ter dado baixa", completa. O fiscal, porém, não soube detalhar quantos imóveis tem atualmente. Ele se ofereceu a checar a situação e informá-la com detalhes na próxima semana à reportagem. "Quisera eu ter tudo isso que você falou aqui. Infelizmente não é, mas alguma coisa tem", disse o fiscal. Freitas afirmou que pretende se inteirar sobre a investigação a seu respeito, já que foi informado sobre o assunto apenas na última semana. O auditor fiscal afirmou ainda que entrega anualmente declarações de todos os seus bens à prefeitura de SP e à Receita Federal. A reportagem apurou que ele informou à prefeitura paulistana um número de imóveis semelhante ao mapeado agora pela Folha. CONFLITO Freitas afirma que não há conflito de interesses entre suas funções como auditor da prefeitura e o trabalho no ramo imobiliário. "Eu só não posso ter função de gerência", afirma o fiscal. Atualmente, situações como essa de Freitas se repetem dentro da prefeitura, que prepara um código de ética para inibir esse tipo de caso. Sobre a sociedade com Amilcar Cançado Lemos, acusado de integrar a máfia do ISS, ele diz que foi uma coincidência. "Ele [Amilcar] foi um colega nosso, trabalhou com a gente até pouco. Ele tinha alguns imóveis na região e acabou sendo uma enorme coincidência", diz o fiscal. Procurado pela reportagem na semana passada, Amilcar Lemos não foi localizado até ontem para comentar sobre a sociedade com Freitas.
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Após divergência, Haddad diz que negocia ação na cracolândia com Alckmin
Após divergências públicas com a Secretaria Estadual da Segurança Pública sobre a recente ação na cracolândia, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que agora negocia sobre o tema diretamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na última semana, Haddad havia dito que contava com a ajuda da Polícia Militar para impedir a volta de traficantes e barracas para a área na região central após retirar a chamada "favelinha" que havia no local. O secretário estadual da Segurança, Alexandre de Moraes, porém, disse que aquele era um problema social, não se segurança pública. Nesta terça-feira (5), o prefeito disse que a polícia está colaborando na ação para combater o tráfico de drogas. "Eu estou falando direto com o governador para evitar qualquer problema desse tipo. Falamos no final de semana. Ele é um apoiador do programa e acho que estamos no caminho certo", afirmou. Haddad disse ainda que a operação está ocorrendo como o previsto e que parte dos usuários que estavam na cracolândia foi encaminhada ao programa "De Braços Abertos", que oferece emprego, moradia e tratamento aos viciados. "Passei hoje lá [cracolândia] duas vezes, e a situação está muito diferente da semana passada. Você não encontra mais nenhuma barraca. São 583 pessoas sendo tratadas, é um dos maiores programas do mundo, uma referência em redução de dano", afirmou o prefeito. A operação da prefeitura para remover as barracas montadas por usuários de drogas na cracolândia teve início na última quarta (29) e provocou tumulto e confronto entre os dependentes de drogas e policiais. Houve bombas de gás, barricadas de fogo, "guerra" de pedras e comerciantes correndo para fechar as portas. Ao menos dois usuários e um PM ficaram feridos.
cotidiano
Após divergência, Haddad diz que negocia ação na cracolândia com AlckminApós divergências públicas com a Secretaria Estadual da Segurança Pública sobre a recente ação na cracolândia, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que agora negocia sobre o tema diretamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na última semana, Haddad havia dito que contava com a ajuda da Polícia Militar para impedir a volta de traficantes e barracas para a área na região central após retirar a chamada "favelinha" que havia no local. O secretário estadual da Segurança, Alexandre de Moraes, porém, disse que aquele era um problema social, não se segurança pública. Nesta terça-feira (5), o prefeito disse que a polícia está colaborando na ação para combater o tráfico de drogas. "Eu estou falando direto com o governador para evitar qualquer problema desse tipo. Falamos no final de semana. Ele é um apoiador do programa e acho que estamos no caminho certo", afirmou. Haddad disse ainda que a operação está ocorrendo como o previsto e que parte dos usuários que estavam na cracolândia foi encaminhada ao programa "De Braços Abertos", que oferece emprego, moradia e tratamento aos viciados. "Passei hoje lá [cracolândia] duas vezes, e a situação está muito diferente da semana passada. Você não encontra mais nenhuma barraca. São 583 pessoas sendo tratadas, é um dos maiores programas do mundo, uma referência em redução de dano", afirmou o prefeito. A operação da prefeitura para remover as barracas montadas por usuários de drogas na cracolândia teve início na última quarta (29) e provocou tumulto e confronto entre os dependentes de drogas e policiais. Houve bombas de gás, barricadas de fogo, "guerra" de pedras e comerciantes correndo para fechar as portas. Ao menos dois usuários e um PM ficaram feridos.
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Confira empresas que envidraçam varandas com folhas deslizantes
ANAÏS FERNANDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Leia abaixo quatro opções de empresas que realizam o serviço de envidraçamento de varandas com folhas deslizantes * MANSUR Oferece diversas opções de alumínio e de vidro. Preço depende dos materiais e do espaço utilizado. www.mansurvidros.com.br SACADGLASS É fabricante do próprio sistema. Fechar uma varanda de 3 m por 2,4 m com vidro laminado fica em torno de R$ 3.000. www.sacadaglass.com.br APPIA Sistema permite que em caso de chuva a água não fique nos trilhos. Fechar uma varanda de 6m2 com vidro temperado custa R$ 3.640. www.appiavidros.com.br SOLID SYSTEM O sistema usa painéis de vidro deslizantes, que possibilitam o recolhimento das folhas em nichos. Um projeto com 18 lâminas de vidro temperado custa cerca de R$ 20 mil. www.solidsystems.com.br
sobretudo
Confira empresas que envidraçam varandas com folhas deslizantes ANAÏS FERNANDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Leia abaixo quatro opções de empresas que realizam o serviço de envidraçamento de varandas com folhas deslizantes * MANSUR Oferece diversas opções de alumínio e de vidro. Preço depende dos materiais e do espaço utilizado. www.mansurvidros.com.br SACADGLASS É fabricante do próprio sistema. Fechar uma varanda de 3 m por 2,4 m com vidro laminado fica em torno de R$ 3.000. www.sacadaglass.com.br APPIA Sistema permite que em caso de chuva a água não fique nos trilhos. Fechar uma varanda de 6m2 com vidro temperado custa R$ 3.640. www.appiavidros.com.br SOLID SYSTEM O sistema usa painéis de vidro deslizantes, que possibilitam o recolhimento das folhas em nichos. Um projeto com 18 lâminas de vidro temperado custa cerca de R$ 20 mil. www.solidsystems.com.br
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Pressão para intervenção do governo na Oi está aumentando, diz presidente
Para o presidente da Oi, Marco Schroeder, a pressão do governo para intervir na operadora aumenta à medida que a Anatel percebe que talvez não se chegue a um acordo para aprovar a recuperação judicial da empresa. "A pressão está aumentando. Se a Anatel sente que não tem um acordo [entre os credores], a temperatura vai subindo e a agência tende a agir no sentido de proteger a prestação de serviços", afirmou Schroeder em evento em São Paulo, nesta terça-feira (3). A dívida da Oi é de R$ 64,5 bilhões —o maior credor individual é a Anatel, com R$ 11 bilhões em multas. Schroeder aventa a possibilidade de usar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), instrumento liberado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para a Telefônica, para negociar uma parcela de R$ 4 bilhões dessa dívida. Já o presidente da Anatel, Juarez Quadros, nega a hipótese de fazer um acordo com a Oi. "É obrigação dos gestores públicos defenderem os recursos que lhe são devidos às entidades que eles administram, então não há possibilidade de nenhum acordo", disse Quadros. DESACORDO Devido às dificuldades de chegar a um acordo, a assembleia de credores em que será votado o plano de recuperação foi remarcada pela Justiça de 9 para 23 de outubro. "Não houve efetivamente um acordo com os credores e se achou por bem continuar negociando. Nós continuamos negociando", afirma Schroeder. A Anatel perdeu um recurso no Superior Tribunal Justiça (STJ) para não ter seus créditos com a Oi incluídos na recuperação judicial. Segundo Quadros, a agência vai recorrer —a intenção é não ficar à mercê dos demais credores ao negociar o pagamento das dívidas. Já a Oi depende da participação da União na recuperação judicial para ter condições de pagar suas dívidas. A meta, de acordo com Schroeder, é sair da recuperação devendo "três vezes menos que o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]". "Como é nosso principal credor, nosso sonho é uma oferta que, em termos legais, seja aceitável para a Advocacia-Geral da União [que representa a Anatel]. Se a União permanecer [na recuperação] e votar não, isso pode ser determinante para não aprovar o plano." RENÚNCIA Juarez Quadros classificou como "preocupante" o pedido de demissão do diretor financeiro da Oi, Ricardo Malavazi Martins, anunciado nesta semana. "É preocupante, e claro que é um agravante, porque um executivo financeiro tem também responsabilidade fiduciária [de zelar pelos bens]. Mas ele já foi substituído", diz. O diretor administrativo Carlos Brandão vai acumular a função. "Uma processo de recuperação judicial gera pressão para todos os lados", diz Schroeder. "Os últimos dias têm sido tensos, e ele achou por bem se desligar da companhia. Cada um tem seu tipo de reação." SEM FATIAR Quadros disse ainda que, caso seja necessário revender a outorga da Oi, no caso de intervenção ou cassamento da licença da operadora, o ideal seria não fatiar a empresa. "Dado o ambiente de negócios de telecomunicações, o ideal é o operador vender todas as facilidades de modo conjunto. Separar serviços, fatiar, diminui valor da companhia. É a maior operadora do país", afirma. O presidente da Anatel disse, ainda, que grupos internacionais têm procurado a agência para sondar oportunidades de negócios envolvendo a Oi, entre os quais a China Telecom e o fundo de investimentos norte-americano TPG.
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Pressão para intervenção do governo na Oi está aumentando, diz presidentePara o presidente da Oi, Marco Schroeder, a pressão do governo para intervir na operadora aumenta à medida que a Anatel percebe que talvez não se chegue a um acordo para aprovar a recuperação judicial da empresa. "A pressão está aumentando. Se a Anatel sente que não tem um acordo [entre os credores], a temperatura vai subindo e a agência tende a agir no sentido de proteger a prestação de serviços", afirmou Schroeder em evento em São Paulo, nesta terça-feira (3). A dívida da Oi é de R$ 64,5 bilhões —o maior credor individual é a Anatel, com R$ 11 bilhões em multas. Schroeder aventa a possibilidade de usar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), instrumento liberado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para a Telefônica, para negociar uma parcela de R$ 4 bilhões dessa dívida. Já o presidente da Anatel, Juarez Quadros, nega a hipótese de fazer um acordo com a Oi. "É obrigação dos gestores públicos defenderem os recursos que lhe são devidos às entidades que eles administram, então não há possibilidade de nenhum acordo", disse Quadros. DESACORDO Devido às dificuldades de chegar a um acordo, a assembleia de credores em que será votado o plano de recuperação foi remarcada pela Justiça de 9 para 23 de outubro. "Não houve efetivamente um acordo com os credores e se achou por bem continuar negociando. Nós continuamos negociando", afirma Schroeder. A Anatel perdeu um recurso no Superior Tribunal Justiça (STJ) para não ter seus créditos com a Oi incluídos na recuperação judicial. Segundo Quadros, a agência vai recorrer —a intenção é não ficar à mercê dos demais credores ao negociar o pagamento das dívidas. Já a Oi depende da participação da União na recuperação judicial para ter condições de pagar suas dívidas. A meta, de acordo com Schroeder, é sair da recuperação devendo "três vezes menos que o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]". "Como é nosso principal credor, nosso sonho é uma oferta que, em termos legais, seja aceitável para a Advocacia-Geral da União [que representa a Anatel]. Se a União permanecer [na recuperação] e votar não, isso pode ser determinante para não aprovar o plano." RENÚNCIA Juarez Quadros classificou como "preocupante" o pedido de demissão do diretor financeiro da Oi, Ricardo Malavazi Martins, anunciado nesta semana. "É preocupante, e claro que é um agravante, porque um executivo financeiro tem também responsabilidade fiduciária [de zelar pelos bens]. Mas ele já foi substituído", diz. O diretor administrativo Carlos Brandão vai acumular a função. "Uma processo de recuperação judicial gera pressão para todos os lados", diz Schroeder. "Os últimos dias têm sido tensos, e ele achou por bem se desligar da companhia. Cada um tem seu tipo de reação." SEM FATIAR Quadros disse ainda que, caso seja necessário revender a outorga da Oi, no caso de intervenção ou cassamento da licença da operadora, o ideal seria não fatiar a empresa. "Dado o ambiente de negócios de telecomunicações, o ideal é o operador vender todas as facilidades de modo conjunto. Separar serviços, fatiar, diminui valor da companhia. É a maior operadora do país", afirma. O presidente da Anatel disse, ainda, que grupos internacionais têm procurado a agência para sondar oportunidades de negócios envolvendo a Oi, entre os quais a China Telecom e o fundo de investimentos norte-americano TPG.
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Homem suspeito de roubo é amarrado a poste em Ipanema, no Rio
Um homem suspeito de ter roubado um celular foi amarrado a um poste por populares na tarde deste sábado (12), em Ipanema, zona sul do Rio. O rapaz teria sido dominado e amarrado com sua própria camisa até a chegada da polícia. Ele teria agredido e roubado o celular de uma pedestre por volta das 17h. Segundo informações da Polícia Civil, o homem foi identificado como Bruno Silva Sobral, 25, e preso em flagrante. O celular foi devolvido à dona, e o caso, registrado na 14ª DP (Leblon). OUTROS CASOS Desde o início de 2014 aconteceram outros casos de suspeitos de assaltos que forram amarrados a postes no Rio. Em agosto de 2014, um adolescente suspeito de roubo foi espancado por pelo menos quatro pessoas na avenida Rio Branco, umas da principais vias do centro do Rio. Em março do mesmo ano, um menor de 16 anos, suspeito de arrombar um trailer em Campo Grande, na zona oeste do Rio, foi amarrado a um poste. Em fevereiro, um adolescente de 17 anos foi detido, amarrado e agredido por quatro homens em Botafogo, zona sul do Rio, após roubar o telefone celular de uma mulher.
cotidiano
Homem suspeito de roubo é amarrado a poste em Ipanema, no RioUm homem suspeito de ter roubado um celular foi amarrado a um poste por populares na tarde deste sábado (12), em Ipanema, zona sul do Rio. O rapaz teria sido dominado e amarrado com sua própria camisa até a chegada da polícia. Ele teria agredido e roubado o celular de uma pedestre por volta das 17h. Segundo informações da Polícia Civil, o homem foi identificado como Bruno Silva Sobral, 25, e preso em flagrante. O celular foi devolvido à dona, e o caso, registrado na 14ª DP (Leblon). OUTROS CASOS Desde o início de 2014 aconteceram outros casos de suspeitos de assaltos que forram amarrados a postes no Rio. Em agosto de 2014, um adolescente suspeito de roubo foi espancado por pelo menos quatro pessoas na avenida Rio Branco, umas da principais vias do centro do Rio. Em março do mesmo ano, um menor de 16 anos, suspeito de arrombar um trailer em Campo Grande, na zona oeste do Rio, foi amarrado a um poste. Em fevereiro, um adolescente de 17 anos foi detido, amarrado e agredido por quatro homens em Botafogo, zona sul do Rio, após roubar o telefone celular de uma mulher.
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Era só o que faltava
Cena 1: O governo precisa desesperadamente aquecer a economia. Injetar dinheiro novo é uma maneira de movimentar o mercado. Vamos incentivar o consumidor a comprar, comprar e comprar, utilizando dinheiro próprio ou emprestado, não importa muito. Cena 2: Os bancos não gostaram nada de ver o risco de calote aumentar nas operações de crédito para trabalhadores da iniciativa privada. Conceder empréstimo consignado para funcionários públicos que têm estabilidade é uma coisa; para alguém que pode perder o emprego, outra bem diferente. Problema dos bancos, faz parte do risco do negócio bancário. Ou não? Cena 3: O FGTS tem um bocado de dinheiro. Bem que poderíamos aprovar uma medida provisória permitindo que o trabalhador da iniciativa privada, esse que representa risco para os bancos, utilize parte do saldo do FGTS e todo o valor da multa caso seja demitido, como garantia de empréstimo consignado. Bom para os bancos? Com certeza, fácil emprestar dinheiro com uma garantia dessa. Bom para o governo e economia? Talvez, depende de como o trabalhador vai usar o dinheiro. Bom para o trabalhador? Não sei, tenho sérias dúvidas. Cena 4: Os trabalhadores serão incentivados a tomar mais empréstimo e comprometer ainda mais sua renda. E, pior, isso será feito com o comprometimento de parte do FGTS, uma reserva financeira destinada a proteger o trabalhador e não os bancos ou a economia. Eu não sei se a medida será aprovada, em que contexto, nem como essa história vai terminar, mas prevejo que a corda vá arrebentar do lado mais fraco. No curto prazo, a injeção de dinheiro pode animar a economia e o governo dizer que adotou medidas vencedoras. O lucro dos bancos aumenta pela concessão de crédito com baixo risco. O trabalhador empregado estará mais endividado. O trabalhador desempregado, em palpos de aranha. O crescimento econômico não se sustenta se o nível de consumo não é mantido. Um círculo vicioso, e não virtuoso, pode estar sendo criado. Aos governantes peço que se preocupem, e muito, com os já combalidos cidadãos brasileiros. Aos bancos incentivo que concedam empréstimo a quem merece e comprova capacidade de pagamento, independentemente de garantias generosas. Ao FGTS convido revisitar a vocação pela qual foi criado e limitar o uso dos recursos financeiros em prol do trabalhador. Estimular a economia e proteger os bancos não é seu papel. Ao trabalhador recomendo pensar muito antes de contrair mais uma dívida, avaliar o impacto sobre sua renda e sobre a reserva financeira destinada ao futuro, quando não tiver mais renda para consumir e for capaz apenas de prover o seu sustento e de sua família. Analisada isoladamente, sem outras variáveis, essa história tem pouca chance de acabar bem. Para aumentar as chances de um final feliz, o governo poderia amarrar melhor as pontas, aprovando a medida com duplo objetivo, o de estimular a economia, mas também educar financeiramente e proteger o cidadão contra o consumo exagerado. Pensando alto, aqui com os meus botões: - Limitar o comprometimento da renda mensal para pagar empréstimos de qualquer natureza, em torno de 20% da renda do trabalhador. As autoridades estão indo exatamente no sentido contrário, aumentando o limite e o prazo das operações de crédito; - Liberar o recurso somente para operações de crédito que ajudam a construir patrimônio, como a compra, a construção ou a reforma de imóveis; - Não conceder esse crédito para quem já está inadimplente, ou aumentou o montante de dívidas no último ano, ou voltou a ficar inadimplente depois de renegociar dívidas; - Condicionar a liberação desse crédito à quitação de operações mais caras, como os limites rotativos do cartão de crédito e cheque especial, se houver. Quem sou eu para ensinar o padre nosso ao vigário, interferir ou dar palpites nas políticas públicas... Sou apenas uma cidadã comum, que conhece um pouco o drama dos brasileiros despreparados para lidar com suas finanças. E não me perdoaria se deixasse de manifestar publicamente minha preocupação.
colunas
Era só o que faltavaCena 1: O governo precisa desesperadamente aquecer a economia. Injetar dinheiro novo é uma maneira de movimentar o mercado. Vamos incentivar o consumidor a comprar, comprar e comprar, utilizando dinheiro próprio ou emprestado, não importa muito. Cena 2: Os bancos não gostaram nada de ver o risco de calote aumentar nas operações de crédito para trabalhadores da iniciativa privada. Conceder empréstimo consignado para funcionários públicos que têm estabilidade é uma coisa; para alguém que pode perder o emprego, outra bem diferente. Problema dos bancos, faz parte do risco do negócio bancário. Ou não? Cena 3: O FGTS tem um bocado de dinheiro. Bem que poderíamos aprovar uma medida provisória permitindo que o trabalhador da iniciativa privada, esse que representa risco para os bancos, utilize parte do saldo do FGTS e todo o valor da multa caso seja demitido, como garantia de empréstimo consignado. Bom para os bancos? Com certeza, fácil emprestar dinheiro com uma garantia dessa. Bom para o governo e economia? Talvez, depende de como o trabalhador vai usar o dinheiro. Bom para o trabalhador? Não sei, tenho sérias dúvidas. Cena 4: Os trabalhadores serão incentivados a tomar mais empréstimo e comprometer ainda mais sua renda. E, pior, isso será feito com o comprometimento de parte do FGTS, uma reserva financeira destinada a proteger o trabalhador e não os bancos ou a economia. Eu não sei se a medida será aprovada, em que contexto, nem como essa história vai terminar, mas prevejo que a corda vá arrebentar do lado mais fraco. No curto prazo, a injeção de dinheiro pode animar a economia e o governo dizer que adotou medidas vencedoras. O lucro dos bancos aumenta pela concessão de crédito com baixo risco. O trabalhador empregado estará mais endividado. O trabalhador desempregado, em palpos de aranha. O crescimento econômico não se sustenta se o nível de consumo não é mantido. Um círculo vicioso, e não virtuoso, pode estar sendo criado. Aos governantes peço que se preocupem, e muito, com os já combalidos cidadãos brasileiros. Aos bancos incentivo que concedam empréstimo a quem merece e comprova capacidade de pagamento, independentemente de garantias generosas. Ao FGTS convido revisitar a vocação pela qual foi criado e limitar o uso dos recursos financeiros em prol do trabalhador. Estimular a economia e proteger os bancos não é seu papel. Ao trabalhador recomendo pensar muito antes de contrair mais uma dívida, avaliar o impacto sobre sua renda e sobre a reserva financeira destinada ao futuro, quando não tiver mais renda para consumir e for capaz apenas de prover o seu sustento e de sua família. Analisada isoladamente, sem outras variáveis, essa história tem pouca chance de acabar bem. Para aumentar as chances de um final feliz, o governo poderia amarrar melhor as pontas, aprovando a medida com duplo objetivo, o de estimular a economia, mas também educar financeiramente e proteger o cidadão contra o consumo exagerado. Pensando alto, aqui com os meus botões: - Limitar o comprometimento da renda mensal para pagar empréstimos de qualquer natureza, em torno de 20% da renda do trabalhador. As autoridades estão indo exatamente no sentido contrário, aumentando o limite e o prazo das operações de crédito; - Liberar o recurso somente para operações de crédito que ajudam a construir patrimônio, como a compra, a construção ou a reforma de imóveis; - Não conceder esse crédito para quem já está inadimplente, ou aumentou o montante de dívidas no último ano, ou voltou a ficar inadimplente depois de renegociar dívidas; - Condicionar a liberação desse crédito à quitação de operações mais caras, como os limites rotativos do cartão de crédito e cheque especial, se houver. Quem sou eu para ensinar o padre nosso ao vigário, interferir ou dar palpites nas políticas públicas... Sou apenas uma cidadã comum, que conhece um pouco o drama dos brasileiros despreparados para lidar com suas finanças. E não me perdoaria se deixasse de manifestar publicamente minha preocupação.
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Evento em São Paulo reúne alguns dos melhores chefs do mundo
Alguns dos melhores chefs do mundo estarão presentes na Semana Mesa SP, evento com palestras, aulas, debates e uma feira gastronômica, de 27 a 29 de outubro, na Etec Santa Ifigênia, em São Paulo. Todas as atividades estarão ligadas por um mesmo mote: a nova gastronomia - compartilhando inovação, conhecimento e paixão. Para debater o tema, virão convidados como o peruano Virgílio Martinez (do restaurante Central, eleito o quarto melhor do mundo e primeiro da América Latina pela revista britânica "Restaurant"), Alex Atala (do D.O.M) e o russo Vladimir Mukhin (do White Rabbit, de Moscou, 23º melhor restaurante do mundo pelo mesmo ranking), que vem ao Brasil pela primeira vez. O palco do congresso 'Mesa Tendências' receberá nomes internacionais e nacionais tais quais os argentinos Fernando Rivarola e Gabi Lafuente (El Baqueano, 15º da América Latina), a colombiana Leonor Espinosa (Leo Cocina y Cava, 49º da América Latina) e os brasileiros Tereza Paim (Casa de Teresa, Bahia); Mônica Rangel (Gosto com Gosto, no Rio de Janeiro); Thiago Castanho (Remando do Peixe, em Belém), Carla Pernambuco (Carlota, em São Paulo), Felipe Schaedler (Banzeiro, em Manaus) e Rodrigo Oliveira (Mocotó, em São Paulo). Um dia de congresso custa R$ 900 –para participar dos três dias, o valor é R$ 1.600. As inscrições devem ser feitas no site do evento. O 'Mesa ao Vivo' engloba debates, aulas e demonstrações culinárias sobre temas variados como panificação, confeitaria e vinho. Nesse recorte, estarão envolvidos cerca de 80 cozinheiros e especialistas. Entre eles: Daniel Redondo (Maní, São Paulo), Bela Gil (apresentadora do Bela Cozinha no canal GNT), Kátia Barbosa (Aconchego Carioca, Rio de Janeiro), Leonardo Paixão (Glouton, Minas Gerais), Renata Braune (La Reina Deli Bar, São Paulo), Manu Buffara (Manu, Curitiba) e Lia Quinderé (Sucré, Fortaleza). Este ano, o chef Jefferson Rueda promoverá, no dia 28 de outubro, às 10h, um workshop aberto ao público em seu novo restaurante, a Casa do Porco, no centro. Na aula, que custa R$ 80, Rueda vai ensinar preparos variados de cortes suínos com diferentes técnicas. Também estão programados jantares nos restaurantes Dalva e Dito, Eataly e Esquina Mocotó com a participação de cozinheiros vindos da Itália, Rússia, Peru, Colômbia e Argentina, e uma feira de produtos brasileiros com barracas de chefs e cinco food trucks diferentes a cada dia. A programação completa, assim como os preços de cada atração, podem ser acessados no site da Semana Mesa SP.
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Evento em São Paulo reúne alguns dos melhores chefs do mundoAlguns dos melhores chefs do mundo estarão presentes na Semana Mesa SP, evento com palestras, aulas, debates e uma feira gastronômica, de 27 a 29 de outubro, na Etec Santa Ifigênia, em São Paulo. Todas as atividades estarão ligadas por um mesmo mote: a nova gastronomia - compartilhando inovação, conhecimento e paixão. Para debater o tema, virão convidados como o peruano Virgílio Martinez (do restaurante Central, eleito o quarto melhor do mundo e primeiro da América Latina pela revista britânica "Restaurant"), Alex Atala (do D.O.M) e o russo Vladimir Mukhin (do White Rabbit, de Moscou, 23º melhor restaurante do mundo pelo mesmo ranking), que vem ao Brasil pela primeira vez. O palco do congresso 'Mesa Tendências' receberá nomes internacionais e nacionais tais quais os argentinos Fernando Rivarola e Gabi Lafuente (El Baqueano, 15º da América Latina), a colombiana Leonor Espinosa (Leo Cocina y Cava, 49º da América Latina) e os brasileiros Tereza Paim (Casa de Teresa, Bahia); Mônica Rangel (Gosto com Gosto, no Rio de Janeiro); Thiago Castanho (Remando do Peixe, em Belém), Carla Pernambuco (Carlota, em São Paulo), Felipe Schaedler (Banzeiro, em Manaus) e Rodrigo Oliveira (Mocotó, em São Paulo). Um dia de congresso custa R$ 900 –para participar dos três dias, o valor é R$ 1.600. As inscrições devem ser feitas no site do evento. O 'Mesa ao Vivo' engloba debates, aulas e demonstrações culinárias sobre temas variados como panificação, confeitaria e vinho. Nesse recorte, estarão envolvidos cerca de 80 cozinheiros e especialistas. Entre eles: Daniel Redondo (Maní, São Paulo), Bela Gil (apresentadora do Bela Cozinha no canal GNT), Kátia Barbosa (Aconchego Carioca, Rio de Janeiro), Leonardo Paixão (Glouton, Minas Gerais), Renata Braune (La Reina Deli Bar, São Paulo), Manu Buffara (Manu, Curitiba) e Lia Quinderé (Sucré, Fortaleza). Este ano, o chef Jefferson Rueda promoverá, no dia 28 de outubro, às 10h, um workshop aberto ao público em seu novo restaurante, a Casa do Porco, no centro. Na aula, que custa R$ 80, Rueda vai ensinar preparos variados de cortes suínos com diferentes técnicas. Também estão programados jantares nos restaurantes Dalva e Dito, Eataly e Esquina Mocotó com a participação de cozinheiros vindos da Itália, Rússia, Peru, Colômbia e Argentina, e uma feira de produtos brasileiros com barracas de chefs e cinco food trucks diferentes a cada dia. A programação completa, assim como os preços de cada atração, podem ser acessados no site da Semana Mesa SP.
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Visita de vereador a escolas municipais provoca polêmica em São Paulo
Uma ação do vereador Fernando Holiday (DEM) em escolas municipais para fiscalizar queixas de "doutrinação" partidária por pais de alunos foi encarada como "intimidação" pelo secretário de Educação Alexandre Schneider, da gestão João Doria (PSDB). Holiday, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) e aliado de Doria, postou em seu perfil no Facebook um vídeo falando sobre a visita surpresa à escola municipal Constelação do Índio, no Jardim Campinas, na zona sul de São Paulo, na segunda-feira (3). "Vou continuar fazendo essas visitas surpresas às escolas do município. Zonas sul, leste, oeste, norte, para verificar, claro, a estrutura da escola, mas também para analisar se há doutrinação no conteúdo que está sendo dado na sala de aula", diz ele no vídeo. vídeo Schneider emitiu uma nota, também nas redes sociais, afirmando ter sido "surpreendido" pelo vídeo. "Evidentemente o vereador exacerbou suas funções e não pode usar de seu mandato para intimidar professores", afirmou. O secretário escreveu que a escola "não é nem nunca será um espaço neutro". "A escola pública, laica, plural, não deve ser espaço de proselitismo de qualquer espécie". Questionado pela Folha, Holiday não quis se pronunciar. No plenário da Câmara, porém, afirmou que a polêmica foi embasada "em grande desinformação". "O que fui fazer nada mais é do que atender à reclamação de muitos pais, que diziam que muitas vezes alguns professores estavam fazendo propaganda partidária na sala de aula ou induzindo seus filhos a aderirem a esta ou aquela bandeira", disse. Post Ele afirmou também ter pedido um resumo do que estava sendo apresentado na sala de aula. "O que aconteceu nessas visitas não foi nada mais que qualquer outro cidadão poderia ter feito. Ido até a secretaria da escola, pedido a presença do diretor, pedir a ele que se possível apresentasse o prédio e as condições físicas da escola", disse. Segundo a presidência da Câmara, se o vereador tiver cometido algum abuso, serão tomadas as medidas cabíveis. A ação foi questionada por vereadores. Sâmia Bomfim (PSOL) acusou o Holiday de fazer "assédio e coação aos profissionais da educação". "Por que ele não fiscaliza e denuncia as salas de informática, bibliotecas e brinquedotecas que estão sendo fechadas? Vamos tomar as medidas jurídicas e políticas necessárias", afirmou nas redes sociais. O vereador Claudio Fonseca (PPS), que é presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, afirmou que não é competência do vereador fiscalizar o conteúdo das aulas. "Não é competência do vereador, não é seu direito exercer papel de polícia. Nós temos uma escola plural", afirmou.
cotidiano
Visita de vereador a escolas municipais provoca polêmica em São PauloUma ação do vereador Fernando Holiday (DEM) em escolas municipais para fiscalizar queixas de "doutrinação" partidária por pais de alunos foi encarada como "intimidação" pelo secretário de Educação Alexandre Schneider, da gestão João Doria (PSDB). Holiday, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) e aliado de Doria, postou em seu perfil no Facebook um vídeo falando sobre a visita surpresa à escola municipal Constelação do Índio, no Jardim Campinas, na zona sul de São Paulo, na segunda-feira (3). "Vou continuar fazendo essas visitas surpresas às escolas do município. Zonas sul, leste, oeste, norte, para verificar, claro, a estrutura da escola, mas também para analisar se há doutrinação no conteúdo que está sendo dado na sala de aula", diz ele no vídeo. vídeo Schneider emitiu uma nota, também nas redes sociais, afirmando ter sido "surpreendido" pelo vídeo. "Evidentemente o vereador exacerbou suas funções e não pode usar de seu mandato para intimidar professores", afirmou. O secretário escreveu que a escola "não é nem nunca será um espaço neutro". "A escola pública, laica, plural, não deve ser espaço de proselitismo de qualquer espécie". Questionado pela Folha, Holiday não quis se pronunciar. No plenário da Câmara, porém, afirmou que a polêmica foi embasada "em grande desinformação". "O que fui fazer nada mais é do que atender à reclamação de muitos pais, que diziam que muitas vezes alguns professores estavam fazendo propaganda partidária na sala de aula ou induzindo seus filhos a aderirem a esta ou aquela bandeira", disse. Post Ele afirmou também ter pedido um resumo do que estava sendo apresentado na sala de aula. "O que aconteceu nessas visitas não foi nada mais que qualquer outro cidadão poderia ter feito. Ido até a secretaria da escola, pedido a presença do diretor, pedir a ele que se possível apresentasse o prédio e as condições físicas da escola", disse. Segundo a presidência da Câmara, se o vereador tiver cometido algum abuso, serão tomadas as medidas cabíveis. A ação foi questionada por vereadores. Sâmia Bomfim (PSOL) acusou o Holiday de fazer "assédio e coação aos profissionais da educação". "Por que ele não fiscaliza e denuncia as salas de informática, bibliotecas e brinquedotecas que estão sendo fechadas? Vamos tomar as medidas jurídicas e políticas necessárias", afirmou nas redes sociais. O vereador Claudio Fonseca (PPS), que é presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, afirmou que não é competência do vereador fiscalizar o conteúdo das aulas. "Não é competência do vereador, não é seu direito exercer papel de polícia. Nós temos uma escola plural", afirmou.
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