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Previsões para economia dependem de rumos do governo federal
Para o economista Rodolfo Margato, do banco Santander, a economia tende a começar a se estabilizar somente a partir do segundo semestre de 2017, mas ainda de forma insuficiente para inverter a queda dos principais indicadores da economia. "Tudo vai depender também de todo o imbróglio fiscal [capacidade do governo de equilibrar as contas públicas e controlar sua dívida], que aumenta a percepção de risco do Brasil e tem impacto na expectativa de melhora da atividade econômica", diz. "Deve haver um crescimento moderado do PIB em 2017 por causa da perda de competitividade, que ocorre ao longo dos anos, e da necessidade de reformas estruturais não realizadas." Na visão de oito economistas consultados, a queda no PIB deve ficar entre 2% e 3% neste ano (veja quadro). O crescimento previsto para o ano que vem fica entre 0,9% e 1,8%. "Se o PIB desaba, o mercado formal desaba", diz Silvia Matos, pesquisadora da FGV/Ibre. "Vamos recolher em 2016 os resultados da maior recessão em 25 anos e de uma inflação de dois dígitos. É algo que não se via no Brasil desde 2003", completa. Fábio Pina, assessor econômico da Fecomercio-SP, destaca que o número de desempregados em 2016 deve ser ainda maior se for considerado o contingente de 1,5 milhão de pessoas que ingressam por ano no mercado de trabalho. "Não serão só 2 milhões de desempregados em 2016 por causa de empregos eliminados. Pelas nossas projeções são 3,5 milhões, se incluídos os que entram no mercado todo ano. É um número assustador", diz.
mercado
Previsões para economia dependem de rumos do governo federalPara o economista Rodolfo Margato, do banco Santander, a economia tende a começar a se estabilizar somente a partir do segundo semestre de 2017, mas ainda de forma insuficiente para inverter a queda dos principais indicadores da economia. "Tudo vai depender também de todo o imbróglio fiscal [capacidade do governo de equilibrar as contas públicas e controlar sua dívida], que aumenta a percepção de risco do Brasil e tem impacto na expectativa de melhora da atividade econômica", diz. "Deve haver um crescimento moderado do PIB em 2017 por causa da perda de competitividade, que ocorre ao longo dos anos, e da necessidade de reformas estruturais não realizadas." Na visão de oito economistas consultados, a queda no PIB deve ficar entre 2% e 3% neste ano (veja quadro). O crescimento previsto para o ano que vem fica entre 0,9% e 1,8%. "Se o PIB desaba, o mercado formal desaba", diz Silvia Matos, pesquisadora da FGV/Ibre. "Vamos recolher em 2016 os resultados da maior recessão em 25 anos e de uma inflação de dois dígitos. É algo que não se via no Brasil desde 2003", completa. Fábio Pina, assessor econômico da Fecomercio-SP, destaca que o número de desempregados em 2016 deve ser ainda maior se for considerado o contingente de 1,5 milhão de pessoas que ingressam por ano no mercado de trabalho. "Não serão só 2 milhões de desempregados em 2016 por causa de empregos eliminados. Pelas nossas projeções são 3,5 milhões, se incluídos os que entram no mercado todo ano. É um número assustador", diz.
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Temer terá que prestar informações ao STF sobre nomeação de Moreira
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de 24 horas para o presidente da República prestar informações sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria Geral da Presidência. "Solicite-se tal pronunciamento ao senhor presidente da República, estabelecido, para esse específico fim, o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sem prejuízo da ulterior requisição de informações", escreveu o ministro na decisão. Na segunda (6) o partido Rede Sustentabilidade entrou com ação no STF questionando a nomeação. Moreira Franco, que com a nomeação passaria a ter prerrogativa de foro por função junto ao STF, foi citado em delação da Odebrecht na Operação Lava Jato. A delação foi homologada no dia 30 de janeiro e Moreira passou a ter foro como ministro no dia 2 fevereiro de 2017. Para o Rede Sustentabilidade, o objetivo da nomeação de Moreira foi tirá-lo da jurisprudência da Justiça de primeiro grau. Os trâmites dos processos da Lava Jato e seus desdobramentos são mais rápidos na primeira instância – na Justiça Federal do Paraná e do Rio de Janeiro, por exemplo, há processos com sentença proferida. Outra ação questiona a nomeação de Moreira Franco. Ajuizada pelo PSOL, o partido afirma que a nomeação não tem a finalidade de aprimorar o corpo técnico da equipe do presidente Temer, mas apenas dar prerrogativa de foro no Supremo ao aliado. A decisão de Celso de Mello foi a mesma nas duas ações. GUERRA DE LIMINARES A nomeação gerou uma guerra de liminares. Primeiro, a Justiça no Distrito Federal impediu a nomeação de Moreira Franco. O juiz da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, Eduardo Rocha Penteado, determinou na quarta-feira (8) a suspensão dos efeitos do ato do presidente Temer na nomeação do peemedebista. Na quinta (9), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou a decisão da Justiça no Distrito Federal. Em seguida foi a vez da Justiça Federal do Rio, que anulou a nomeação. Na decisão, a juíza Regina Coeli Formisano cita "ensinamentos" do presidente Michel Temer como constitucionalista para fundamentar a liminar. A AGU (Advocacia-Geral da União) informou que já ingressou com recurso para reverter a decisão da juíza. Caberá ao Tribunal Regional da 2ª Região, que abrange o Rio e o Espírito Santo, se manifestar sobre o caso. Pela noite, a Justiça do Amapá concedeu uma nova liminar suspendo a posse de Moreira Franco para a Secretaria Geral da Presidência.
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Temer terá que prestar informações ao STF sobre nomeação de MoreiraO ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de 24 horas para o presidente da República prestar informações sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria Geral da Presidência. "Solicite-se tal pronunciamento ao senhor presidente da República, estabelecido, para esse específico fim, o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sem prejuízo da ulterior requisição de informações", escreveu o ministro na decisão. Na segunda (6) o partido Rede Sustentabilidade entrou com ação no STF questionando a nomeação. Moreira Franco, que com a nomeação passaria a ter prerrogativa de foro por função junto ao STF, foi citado em delação da Odebrecht na Operação Lava Jato. A delação foi homologada no dia 30 de janeiro e Moreira passou a ter foro como ministro no dia 2 fevereiro de 2017. Para o Rede Sustentabilidade, o objetivo da nomeação de Moreira foi tirá-lo da jurisprudência da Justiça de primeiro grau. Os trâmites dos processos da Lava Jato e seus desdobramentos são mais rápidos na primeira instância – na Justiça Federal do Paraná e do Rio de Janeiro, por exemplo, há processos com sentença proferida. Outra ação questiona a nomeação de Moreira Franco. Ajuizada pelo PSOL, o partido afirma que a nomeação não tem a finalidade de aprimorar o corpo técnico da equipe do presidente Temer, mas apenas dar prerrogativa de foro no Supremo ao aliado. A decisão de Celso de Mello foi a mesma nas duas ações. GUERRA DE LIMINARES A nomeação gerou uma guerra de liminares. Primeiro, a Justiça no Distrito Federal impediu a nomeação de Moreira Franco. O juiz da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, Eduardo Rocha Penteado, determinou na quarta-feira (8) a suspensão dos efeitos do ato do presidente Temer na nomeação do peemedebista. Na quinta (9), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou a decisão da Justiça no Distrito Federal. Em seguida foi a vez da Justiça Federal do Rio, que anulou a nomeação. Na decisão, a juíza Regina Coeli Formisano cita "ensinamentos" do presidente Michel Temer como constitucionalista para fundamentar a liminar. A AGU (Advocacia-Geral da União) informou que já ingressou com recurso para reverter a decisão da juíza. Caberá ao Tribunal Regional da 2ª Região, que abrange o Rio e o Espírito Santo, se manifestar sobre o caso. Pela noite, a Justiça do Amapá concedeu uma nova liminar suspendo a posse de Moreira Franco para a Secretaria Geral da Presidência.
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FPF apresenta projeto de remunerar clubes que melhorarem gestão
A FPF (Federação Paulista de Futebol) apresentou nesta segunda-feira (26) o que chamou de plano de modernização do futebol que prevê, entre outros itens, premiar financeiramente os clubes que tiverem as melhores gestões. A ideia é avaliar as melhorias nos clubes das Séries A1 e A2 de um ano para outro, bonificando aqueles que tiveram melhorias nas áreas de gestão e finanças, categorias de base, torcida (mais público no estádio), arena e infraestrutura, entretenimento, atleta (não atrasar salário) e desempenho técnico. Os clubes, segundo a FPF, poderão receber até 50% a mais do que ganham hoje nos próximos três anos –os clubes recebem hoje cotas de TV e de placas de publicidade dos torneios que disputam. Para 2016, por exemplo, os grandes clubes receberão pelo menos R$ 17 milhões. Será composto um conselho de notáveis para avaliar o desempenho de cada clube ano a ano. O projeto é capitaneado pela Fischer, do publicitário Eduardo Fischer, contratado pela FPF para fazer a consultoria estratégica do projeto. A ideia também é modificar a imagem da FPF. Para isso foi criada uma nova logomarca e um hino para a entrada dos clubes em campo. A ideia é modernizar a imagem. "Hoje perdemos os jovens para o videogame e para os times de fora do Brasil. Mas perdemos também os investidores, os patrocinadores. Precisamos recuperá-los", disse Eduardo Fischer.
esporte
FPF apresenta projeto de remunerar clubes que melhorarem gestãoA FPF (Federação Paulista de Futebol) apresentou nesta segunda-feira (26) o que chamou de plano de modernização do futebol que prevê, entre outros itens, premiar financeiramente os clubes que tiverem as melhores gestões. A ideia é avaliar as melhorias nos clubes das Séries A1 e A2 de um ano para outro, bonificando aqueles que tiveram melhorias nas áreas de gestão e finanças, categorias de base, torcida (mais público no estádio), arena e infraestrutura, entretenimento, atleta (não atrasar salário) e desempenho técnico. Os clubes, segundo a FPF, poderão receber até 50% a mais do que ganham hoje nos próximos três anos –os clubes recebem hoje cotas de TV e de placas de publicidade dos torneios que disputam. Para 2016, por exemplo, os grandes clubes receberão pelo menos R$ 17 milhões. Será composto um conselho de notáveis para avaliar o desempenho de cada clube ano a ano. O projeto é capitaneado pela Fischer, do publicitário Eduardo Fischer, contratado pela FPF para fazer a consultoria estratégica do projeto. A ideia também é modificar a imagem da FPF. Para isso foi criada uma nova logomarca e um hino para a entrada dos clubes em campo. A ideia é modernizar a imagem. "Hoje perdemos os jovens para o videogame e para os times de fora do Brasil. Mas perdemos também os investidores, os patrocinadores. Precisamos recuperá-los", disse Eduardo Fischer.
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Planejamento inútil
No início do mês, ao ser questionado sobre um plano de contingência para a crise hídrica, que deverá ser apresentado aos municípios da região metropolitana, o governador Geraldo Alckmin afirmou que isso não passa de "papelório inútil" e que "o Brasil é um grande cartório. Tem que fazer papel, gastar dinheiro pra ficar na gaveta". Em um ataque de sinceridade, Alckmin revelou o que todos sabem e ninguém admite. Parece haver uma espécie de consenso em nosso país de que planejamento é algo totalmente inútil, que não serve para nada. Assim, elaboram-se planos já sabendo que não serão cumpridos. Os rituais de elaboração desses planos, em geral, percorrem um caminho paralelo, nada convergente com as decisões tomadas no âmbito da gestão pública. As gestões, então, odeiam planos, já que estes as "engessam", tirando a liberdade de decisão de cada mandatário eleito. Nessa lógica, não há mesmo lugar para o planejamento. Ou melhor, há: na gaveta, como bem afirmou o governador. Na política urbana isso é claro. Abundam os planos, mas estes são discursos que encobrem os reais processos de tomada de decisão sobre o que será feito em nossas cidades. Isso se define diretamente e discricionariamente por acertos entre os poderes político e econômico, em canais de interlocução que não passam pela esfera do planejamento. Como já afirmou o mestre Flávio Villaça, "não há como anunciar obras de interesse popular porque elas não serão feitas e não há como anunciar as obras que serão feitas porque estas não são de interesse popular". Se os planos não funcionam como antecipação pactuada de transformações de longo prazo, porque baseadas em opções com diferentes implicações para o futuro, por que então fazemos planos? O "papelório" a que se refere o governador são as milhares de páginas com dados, estudos, avaliações, que servem para subsidiar decisões... que não serão tomadas. Mas que alimentam a fábrica de consultorias e consultores. No fundo, o que o governador afirmou é que ele decide o que e como fazer, na hora que bem entender. Esse modo de operar impossibilita que os efeitos das obras, políticas e programas sejam conhecidos e avaliados em seus possíveis impactos futuros, explicitando mais claramente os ganhos e perdas decorrentes das decisões tomadas. Impossibilita, portanto, que uma parcela ampla dos cidadãos possa se posicionar e optar por um ou outro caminho. Ao contrário, então, do que os ideólogos antiplanos apregoam, os planos não são uma camisa de força –e, portanto, uma prisão tecnocrática e antidemocrática–, mas, quando elaborados com transparência e participação social, são justamente um instrumento fundamental da democracia, que nosso modo de operar teima em desconstituir. O preço que temos pagado pela falta de planejamento –vejam as crises hídrica e de mobilidade por que estamos passando, só para dar alguns exemplos– é muito alto. É por isso que hoje, mais do que nunca, planejar de verdade, de forma aberta e participativa, é um dos principais desafios de qualquer gestão. Eu ousaria dizer que planejar, e implementar o planejado, no Brasil hoje, é revolucionário.
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Planejamento inútilNo início do mês, ao ser questionado sobre um plano de contingência para a crise hídrica, que deverá ser apresentado aos municípios da região metropolitana, o governador Geraldo Alckmin afirmou que isso não passa de "papelório inútil" e que "o Brasil é um grande cartório. Tem que fazer papel, gastar dinheiro pra ficar na gaveta". Em um ataque de sinceridade, Alckmin revelou o que todos sabem e ninguém admite. Parece haver uma espécie de consenso em nosso país de que planejamento é algo totalmente inútil, que não serve para nada. Assim, elaboram-se planos já sabendo que não serão cumpridos. Os rituais de elaboração desses planos, em geral, percorrem um caminho paralelo, nada convergente com as decisões tomadas no âmbito da gestão pública. As gestões, então, odeiam planos, já que estes as "engessam", tirando a liberdade de decisão de cada mandatário eleito. Nessa lógica, não há mesmo lugar para o planejamento. Ou melhor, há: na gaveta, como bem afirmou o governador. Na política urbana isso é claro. Abundam os planos, mas estes são discursos que encobrem os reais processos de tomada de decisão sobre o que será feito em nossas cidades. Isso se define diretamente e discricionariamente por acertos entre os poderes político e econômico, em canais de interlocução que não passam pela esfera do planejamento. Como já afirmou o mestre Flávio Villaça, "não há como anunciar obras de interesse popular porque elas não serão feitas e não há como anunciar as obras que serão feitas porque estas não são de interesse popular". Se os planos não funcionam como antecipação pactuada de transformações de longo prazo, porque baseadas em opções com diferentes implicações para o futuro, por que então fazemos planos? O "papelório" a que se refere o governador são as milhares de páginas com dados, estudos, avaliações, que servem para subsidiar decisões... que não serão tomadas. Mas que alimentam a fábrica de consultorias e consultores. No fundo, o que o governador afirmou é que ele decide o que e como fazer, na hora que bem entender. Esse modo de operar impossibilita que os efeitos das obras, políticas e programas sejam conhecidos e avaliados em seus possíveis impactos futuros, explicitando mais claramente os ganhos e perdas decorrentes das decisões tomadas. Impossibilita, portanto, que uma parcela ampla dos cidadãos possa se posicionar e optar por um ou outro caminho. Ao contrário, então, do que os ideólogos antiplanos apregoam, os planos não são uma camisa de força –e, portanto, uma prisão tecnocrática e antidemocrática–, mas, quando elaborados com transparência e participação social, são justamente um instrumento fundamental da democracia, que nosso modo de operar teima em desconstituir. O preço que temos pagado pela falta de planejamento –vejam as crises hídrica e de mobilidade por que estamos passando, só para dar alguns exemplos– é muito alto. É por isso que hoje, mais do que nunca, planejar de verdade, de forma aberta e participativa, é um dos principais desafios de qualquer gestão. Eu ousaria dizer que planejar, e implementar o planejado, no Brasil hoje, é revolucionário.
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Sem padrão Fifa, Flamengo reedita geral e cobra caro em nova casa
Torcedores de pé durante toda a partida, a maioria assistindo ao jogo sem a proteção de uma cobertura e assentos sem marcação. Reformado e aberto como a nova casa do Flamengo no início de 2017, a Ilha do Urubu, na zona norte do Rio de Janeiro, foi concebida na contramão do padrão Fifa. Na vitória dos cariocas contra o Santos, por 2 a 0, na quarta-feira (28), a maioria do público acompanhou o jogo inteiro de pé até no setor oeste, o mais caro, uma espécie de tribuna. Neste domingo (2), às 16h, quando o time do Rio enfrentar o São Paulo, os flamenguistas deverão repetir a cena. "Rejeitamos o termo arena desde o início. A Ilha do Urubu foi pensada sempre para parecer um estádio antigo, com a torcida mais participativa, interagindo com o time", afirma o diretor de novos negócios do clube, Marcelo Frazão. O Flamengo ressuscitou até a geral, que havia sido banida dos estádios brasileiros. As arquibancadas atrás de cada gol não têm assentos para deixar os fãs torcendo em pé. Para dar mais segurança, o setor acabou sofrendo uma adaptação. Foram instaladas barras antiesmagamento para evitar o efeito avalanche, com queda de torcedores. A Ilha do Urubu não respeita outras regras exigidas pela Fifa, que obrigou o Brasil a construir mais de uma dezenas de estádios milionários. Localizados embaixo da única arquibancada de concreto, os vestiários estão longe de ter os 150 m² impostos pela entidade que controla o futebol no planeta. O Flamengo também deixou de lado o padrão Fifa ao escolher a localização do estádio, que fica numa área residencial, de ruas estreitas, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. A dona da Copa do Mundo recomenda que os estádios devem ser de fácil acesso por meio de transporte público. Ao contrário do Maracanã, que conta com estação de trem e metrô, há apenas poucas linhas de ônibus que levam à Ilha do Urubu. O estádio também não possui serviços como lanchonetes padronizadas com área de alimentação. O Flamengo improvisou um espaço com "food trucks" nos acessos das arquibancadas provisórias. Até as redes colocadas nos gols seguem um desenho antigo, sem as barras atrás das traves que esticam a trama nas arenas modernas. Na Ilha do Urubu, a rede tem o estilo batizado de véu de noiva. Nos gols, a bola quase sempre fica presa na teia. "Esse padrão Fifa só serviu para enriquecer as construtoras e o pessoal que gosta de propina. O torcedor quer ver o jogo desse jeito, bem junto dos jogadores. Chega de padrão Fifa. Aqui é muito melhor", disse o mecânico Gilberto de Matos. A Ilha do Urubu custou cerca de R$ 15 milhões e foi erguida no antigo estádio da Portuguesa carioca. Pelo acordo com a equipe, o Flamengo terá exclusividade para uso do estádio, com prazo de três anos, renováveis por mais três. O local tinha lugar para 15 mil torcedores. Hoje, tem capacidade para 20 mil. Nas três partidas disputadas na Ilha, a equipe está invicta. Marcou nove gols e sofreu apenas um. Com média de público de cerca de 14 mil torcedores, o Flamengo teve lucro ao mudar de casa. Arrecadou cerca de R$ 800 mil nos três jogos. Em maio, amargou um prejuízo de cerca de R$ 300 mil ao jogar no Maracanã para 29 mil pagantes contra o Atlético-GO. O clube se queixa do alto valor das taxas cobradas. PREÇO SALGADO Apesar do sucesso de público, torcedores reclamam do preço dos ingressos. Sem tantos lugares (a capacidade é de quase 20 mil pessoas), o clube está cobrando R$ 200 pelo bilhete mais barato (sem a vantagem dos planos de fidelidade) para o confronto deste domingo. "A Ilha do Urubu foi uma solução que encontramos para esse período de indefinição do Maracanã [a Odebrecht tenta devolver o estádio ao governo do Rio]. O estádio também consegue nos dar um efeito esportivo bom. Só vamos para um estádio maior, quando o jogo tiver um grande apelo de público", disse Frazão. NA TV Flamengo x São Paulo 16h TV Globo (para São Paulo) e Pay-per-view
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Sem padrão Fifa, Flamengo reedita geral e cobra caro em nova casaTorcedores de pé durante toda a partida, a maioria assistindo ao jogo sem a proteção de uma cobertura e assentos sem marcação. Reformado e aberto como a nova casa do Flamengo no início de 2017, a Ilha do Urubu, na zona norte do Rio de Janeiro, foi concebida na contramão do padrão Fifa. Na vitória dos cariocas contra o Santos, por 2 a 0, na quarta-feira (28), a maioria do público acompanhou o jogo inteiro de pé até no setor oeste, o mais caro, uma espécie de tribuna. Neste domingo (2), às 16h, quando o time do Rio enfrentar o São Paulo, os flamenguistas deverão repetir a cena. "Rejeitamos o termo arena desde o início. A Ilha do Urubu foi pensada sempre para parecer um estádio antigo, com a torcida mais participativa, interagindo com o time", afirma o diretor de novos negócios do clube, Marcelo Frazão. O Flamengo ressuscitou até a geral, que havia sido banida dos estádios brasileiros. As arquibancadas atrás de cada gol não têm assentos para deixar os fãs torcendo em pé. Para dar mais segurança, o setor acabou sofrendo uma adaptação. Foram instaladas barras antiesmagamento para evitar o efeito avalanche, com queda de torcedores. A Ilha do Urubu não respeita outras regras exigidas pela Fifa, que obrigou o Brasil a construir mais de uma dezenas de estádios milionários. Localizados embaixo da única arquibancada de concreto, os vestiários estão longe de ter os 150 m² impostos pela entidade que controla o futebol no planeta. O Flamengo também deixou de lado o padrão Fifa ao escolher a localização do estádio, que fica numa área residencial, de ruas estreitas, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. A dona da Copa do Mundo recomenda que os estádios devem ser de fácil acesso por meio de transporte público. Ao contrário do Maracanã, que conta com estação de trem e metrô, há apenas poucas linhas de ônibus que levam à Ilha do Urubu. O estádio também não possui serviços como lanchonetes padronizadas com área de alimentação. O Flamengo improvisou um espaço com "food trucks" nos acessos das arquibancadas provisórias. Até as redes colocadas nos gols seguem um desenho antigo, sem as barras atrás das traves que esticam a trama nas arenas modernas. Na Ilha do Urubu, a rede tem o estilo batizado de véu de noiva. Nos gols, a bola quase sempre fica presa na teia. "Esse padrão Fifa só serviu para enriquecer as construtoras e o pessoal que gosta de propina. O torcedor quer ver o jogo desse jeito, bem junto dos jogadores. Chega de padrão Fifa. Aqui é muito melhor", disse o mecânico Gilberto de Matos. A Ilha do Urubu custou cerca de R$ 15 milhões e foi erguida no antigo estádio da Portuguesa carioca. Pelo acordo com a equipe, o Flamengo terá exclusividade para uso do estádio, com prazo de três anos, renováveis por mais três. O local tinha lugar para 15 mil torcedores. Hoje, tem capacidade para 20 mil. Nas três partidas disputadas na Ilha, a equipe está invicta. Marcou nove gols e sofreu apenas um. Com média de público de cerca de 14 mil torcedores, o Flamengo teve lucro ao mudar de casa. Arrecadou cerca de R$ 800 mil nos três jogos. Em maio, amargou um prejuízo de cerca de R$ 300 mil ao jogar no Maracanã para 29 mil pagantes contra o Atlético-GO. O clube se queixa do alto valor das taxas cobradas. PREÇO SALGADO Apesar do sucesso de público, torcedores reclamam do preço dos ingressos. Sem tantos lugares (a capacidade é de quase 20 mil pessoas), o clube está cobrando R$ 200 pelo bilhete mais barato (sem a vantagem dos planos de fidelidade) para o confronto deste domingo. "A Ilha do Urubu foi uma solução que encontramos para esse período de indefinição do Maracanã [a Odebrecht tenta devolver o estádio ao governo do Rio]. O estádio também consegue nos dar um efeito esportivo bom. Só vamos para um estádio maior, quando o jogo tiver um grande apelo de público", disse Frazão. NA TV Flamengo x São Paulo 16h TV Globo (para São Paulo) e Pay-per-view
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'Multitela': Série 'Las Chicas del Cable' aborda liberdade das mulheres
Na primeira série espanhola da Netflix, uma empresa de comunicações abre as portas em Madri, em 1928, e contrata jovens mulheres para a função operadoras de telefonia. Em oito episódios, "Las Chicas del Cable" mostra como quatro jovens de diferentes regiões da Espanha se juntam para lutar por liberdade e por independência em uma época na qual praticamente não se falava de igualdade de gênero. Netflix, Classificação não informada * VEJA TAMBÉM "Casseta & Planeta: Urgente!" Para homenagear os 25 anos da estreia do humorístico, o Viva exibe a primeira edição do programa, que foi ao ar em 1992, e tinha, além de sátiras com políticos, uma entrevista de Bussunda com Ayrton Senna na F-1. Viva, 21h30, 14 anos * E AINDA "Mariana Godoy Entrevista" Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) é o convidado do programa, no qual falará sobre a greve geral marcada para esta sexta (28). RedeTV!, 23h05, Livre
ilustrada
'Multitela': Série 'Las Chicas del Cable' aborda liberdade das mulheresNa primeira série espanhola da Netflix, uma empresa de comunicações abre as portas em Madri, em 1928, e contrata jovens mulheres para a função operadoras de telefonia. Em oito episódios, "Las Chicas del Cable" mostra como quatro jovens de diferentes regiões da Espanha se juntam para lutar por liberdade e por independência em uma época na qual praticamente não se falava de igualdade de gênero. Netflix, Classificação não informada * VEJA TAMBÉM "Casseta & Planeta: Urgente!" Para homenagear os 25 anos da estreia do humorístico, o Viva exibe a primeira edição do programa, que foi ao ar em 1992, e tinha, além de sátiras com políticos, uma entrevista de Bussunda com Ayrton Senna na F-1. Viva, 21h30, 14 anos * E AINDA "Mariana Godoy Entrevista" Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) é o convidado do programa, no qual falará sobre a greve geral marcada para esta sexta (28). RedeTV!, 23h05, Livre
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Exposição mostra como era a alimentação no Império Romano
O Império Romano chegou a contar com mais de 50 milhões de habitantes e, para sua alimentação, foi essencial o incentivo a uma política de expansão agrícola que constituiu a considerada primeira globalização do consumo da história. O museu "dell'Ara Pacis" da capital italiana recebe até o dia 15 de novembro a mostra "Nutrir o Império. Histórias da alimentação em Roma e Pompéia", um percurso composto por raridades arqueológicas e que conta com uma ampla variedade de recursos multimídia. Tudo para dar resposta a questões como: o que comiam os antigos romanos? Quais eram seus costumes gastronômicos? Como transportavam suas provisões de outras regiões ou as conservavam até sua chegada à então 'capital do mundo'? No período imperial que separou Augusto e Constantino (27 a.C - 337 d.C), Roma se transformou em uma metrópole de cerca de 1 milhão de habitantes, um número que nenhuma outra cidade voltaria a alcançar até quase dois milênios depois, na Revolução Industrial. Assim, Roma exercia a função de centro nervoso de um império de mais de 50 milhões de pessoas e cuja economia estava baseada na agricultura, explicou à Agência Efe uma das curadoras da exposição, Orietta Rossini. Ao término da Guerra Civil romana, Augusto, o primeiro imperador, impôs um período de pacificação conhecido como a "Pax Augusti" –lembrado no próprio Ara Pacis0– entre todos os estados do Império, que se estendia ao redor do "Mare Nostrum" ("Nosso Mar"), ou seja, o Mediterrâneo. Um espaço geográfico que foi palco para a "primeira globalização do consumo" e que representou a chegada a Roma de múltiplos e inovadores produtos, como utensílios para cozinhar alimentos, além de fornos e vasilhas para armazenar cereais e outros bens. "Em Roma não se comia o pão produzido no campo romano, e nem se consumia o azeite das oliveiras romanas, mas se comia o pão feito com cereais africanos importados por mar e se consumia azeite feito na Espanha e também na África", disse Rossini. Por isso, ressaltou Rossini, "tudo isso antecipou uma globalização do consumo alimentício", que começou com produtos como o vinho e o azeite de oliva, transportados de diferentes lugares em vasilhas que também podem ser vistas na mostra. Os romanos bebiam vinho da Gália, consumiam azeite da atual Andaluzia, se deleitavam com o mel grego e comiam o "garum", um cobiçado molho de peixe fermentado proveniente da África, do Oriente Médio e de Portugal. Mas no centro da gastronomia romana estava o pão, feito à base de grãos que chegavam do recém-conquistado Egito e do qual há exemplares nesta exposição, como três fogaças calcinadas achadas em Herculano, sepultada junto a Pompeia e outras cidades pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. A mostra explica que todos os produtos trazidos nas embarcações desde o outro lado do mar eram recursos necessários para a sobrevivência da população e eram vendidos em seus mercados, pontos econômicos que supunham "um privilégio e um sinal de status para a cidade". "Era possível imaginar quais eram os problemas para transportar os alimentos e alimentar tantas pessoas em um momento no qual as comunicações eram claramente mais lentas do que são hoje, mas muito mais organizadas", afirmou Rossini. Um exemplo desta incessante atividade empresarial é a existência, ainda hoje, de um depósito de vasilhas pulverizadas que se amontoam no bairro romano de Testaccio, porto fluvial do Tibre. A mostra repassa "como foi organizado todo o abastecimento de uma grande metrópole como Roma –"a maior metrópole, a dominante", acrescentou a curadora. A Itália já recebe a Exposição Universal, em Milão, focada na agricultura e com o lema "Alimentar o planeta. Energia para a vida" e a exposição romana "também se aprofunda nos temas que a Expo desenvolve", comentou Rossini. "Eles falam da alimentação do planeta, e nós de como foi resolvido o problema de nutrir o império em uma organização política na qual tudo era controlado", disse a curadora.
comida
Exposição mostra como era a alimentação no Império RomanoO Império Romano chegou a contar com mais de 50 milhões de habitantes e, para sua alimentação, foi essencial o incentivo a uma política de expansão agrícola que constituiu a considerada primeira globalização do consumo da história. O museu "dell'Ara Pacis" da capital italiana recebe até o dia 15 de novembro a mostra "Nutrir o Império. Histórias da alimentação em Roma e Pompéia", um percurso composto por raridades arqueológicas e que conta com uma ampla variedade de recursos multimídia. Tudo para dar resposta a questões como: o que comiam os antigos romanos? Quais eram seus costumes gastronômicos? Como transportavam suas provisões de outras regiões ou as conservavam até sua chegada à então 'capital do mundo'? No período imperial que separou Augusto e Constantino (27 a.C - 337 d.C), Roma se transformou em uma metrópole de cerca de 1 milhão de habitantes, um número que nenhuma outra cidade voltaria a alcançar até quase dois milênios depois, na Revolução Industrial. Assim, Roma exercia a função de centro nervoso de um império de mais de 50 milhões de pessoas e cuja economia estava baseada na agricultura, explicou à Agência Efe uma das curadoras da exposição, Orietta Rossini. Ao término da Guerra Civil romana, Augusto, o primeiro imperador, impôs um período de pacificação conhecido como a "Pax Augusti" –lembrado no próprio Ara Pacis0– entre todos os estados do Império, que se estendia ao redor do "Mare Nostrum" ("Nosso Mar"), ou seja, o Mediterrâneo. Um espaço geográfico que foi palco para a "primeira globalização do consumo" e que representou a chegada a Roma de múltiplos e inovadores produtos, como utensílios para cozinhar alimentos, além de fornos e vasilhas para armazenar cereais e outros bens. "Em Roma não se comia o pão produzido no campo romano, e nem se consumia o azeite das oliveiras romanas, mas se comia o pão feito com cereais africanos importados por mar e se consumia azeite feito na Espanha e também na África", disse Rossini. Por isso, ressaltou Rossini, "tudo isso antecipou uma globalização do consumo alimentício", que começou com produtos como o vinho e o azeite de oliva, transportados de diferentes lugares em vasilhas que também podem ser vistas na mostra. Os romanos bebiam vinho da Gália, consumiam azeite da atual Andaluzia, se deleitavam com o mel grego e comiam o "garum", um cobiçado molho de peixe fermentado proveniente da África, do Oriente Médio e de Portugal. Mas no centro da gastronomia romana estava o pão, feito à base de grãos que chegavam do recém-conquistado Egito e do qual há exemplares nesta exposição, como três fogaças calcinadas achadas em Herculano, sepultada junto a Pompeia e outras cidades pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. A mostra explica que todos os produtos trazidos nas embarcações desde o outro lado do mar eram recursos necessários para a sobrevivência da população e eram vendidos em seus mercados, pontos econômicos que supunham "um privilégio e um sinal de status para a cidade". "Era possível imaginar quais eram os problemas para transportar os alimentos e alimentar tantas pessoas em um momento no qual as comunicações eram claramente mais lentas do que são hoje, mas muito mais organizadas", afirmou Rossini. Um exemplo desta incessante atividade empresarial é a existência, ainda hoje, de um depósito de vasilhas pulverizadas que se amontoam no bairro romano de Testaccio, porto fluvial do Tibre. A mostra repassa "como foi organizado todo o abastecimento de uma grande metrópole como Roma –"a maior metrópole, a dominante", acrescentou a curadora. A Itália já recebe a Exposição Universal, em Milão, focada na agricultura e com o lema "Alimentar o planeta. Energia para a vida" e a exposição romana "também se aprofunda nos temas que a Expo desenvolve", comentou Rossini. "Eles falam da alimentação do planeta, e nós de como foi resolvido o problema de nutrir o império em uma organização política na qual tudo era controlado", disse a curadora.
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Emissário de João Santana buscou dinheiro, diz secretária da Odebrecht
Em um dos depoimentos de sua delação premiada, a secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares disse à PF que um emissário da Pólis, empresa do marqueteiro João Santana, esteve na sede da empreiteira, em Salvador, para receber R$ 500 mil. A secretária contou que ligou para Mônica Moura para combinar uma entrega em Brasília, mas a empresária indicou um emissário chamado André Santana para recolher o dinheiro em Salvador. O funcionário da Pólis esteve na própria sede da Odebrecht, na capital baiana, foi levado direto para a sala de Maria Lúcia, onde a secretária já o aguardava com R$ 500 mil. O homem saiu de lá carregando uma bolsa recheada de dinheiro vivo. A delatora não precisou a data. Maria Lúcia disse que Mônica negou que André fosse parente de seu marido. Segundo ela, André foi emissário de vários repasses, mas interrompeu a função a partir de certo momento. O dinheiro distribuído foi providenciado por "NOB" –codinome de um operador chamado Alex. A Odebrecht depositava dinheiro em uma conta no exterior indicada por ele, que disponibilizava o valor, em reais, na capital baiana. A própria Mônica esteve uma vez no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em Salvador para se reunir com o executivo Hilberto Silva, chefe de Maria Lúcia. O departamento funcionava como uma central de pagamentos clandestinos, segundo procuradores. Na versão da secretária, Mônica foi até lá para entregar os dados de uma conta do casal no exterior. Na operação que levou à prisão de Santana e Mônica em fevereiro, a Lava Jato identificou que uma conta que pertence ao casal recebeu US$ 3 milhões de duas empresas atribuídas à Odebrecht. Quem cuidou dos pagamentos, segundo Maria Lúcia, foi outra secretária do "departamento da propina", Ângela Palmeira, também presa. Dinheiro vivo
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Emissário de João Santana buscou dinheiro, diz secretária da OdebrechtEm um dos depoimentos de sua delação premiada, a secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares disse à PF que um emissário da Pólis, empresa do marqueteiro João Santana, esteve na sede da empreiteira, em Salvador, para receber R$ 500 mil. A secretária contou que ligou para Mônica Moura para combinar uma entrega em Brasília, mas a empresária indicou um emissário chamado André Santana para recolher o dinheiro em Salvador. O funcionário da Pólis esteve na própria sede da Odebrecht, na capital baiana, foi levado direto para a sala de Maria Lúcia, onde a secretária já o aguardava com R$ 500 mil. O homem saiu de lá carregando uma bolsa recheada de dinheiro vivo. A delatora não precisou a data. Maria Lúcia disse que Mônica negou que André fosse parente de seu marido. Segundo ela, André foi emissário de vários repasses, mas interrompeu a função a partir de certo momento. O dinheiro distribuído foi providenciado por "NOB" –codinome de um operador chamado Alex. A Odebrecht depositava dinheiro em uma conta no exterior indicada por ele, que disponibilizava o valor, em reais, na capital baiana. A própria Mônica esteve uma vez no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em Salvador para se reunir com o executivo Hilberto Silva, chefe de Maria Lúcia. O departamento funcionava como uma central de pagamentos clandestinos, segundo procuradores. Na versão da secretária, Mônica foi até lá para entregar os dados de uma conta do casal no exterior. Na operação que levou à prisão de Santana e Mônica em fevereiro, a Lava Jato identificou que uma conta que pertence ao casal recebeu US$ 3 milhões de duas empresas atribuídas à Odebrecht. Quem cuidou dos pagamentos, segundo Maria Lúcia, foi outra secretária do "departamento da propina", Ângela Palmeira, também presa. Dinheiro vivo
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Poesia de Ana C. é insuficiente até para quem a promove
Tecnicamente, o artigo de Laura Erber ("Negar relevância a Ana C. é não conhecer discussão sobre poesia", "Ilustrada", 2.jul.2016) não deveria ser considerado uma réplica ao que escrevi sobre a poeta de "Luvas de Pelica" (1980). Redigida com um total de 470 palavras, a contestação ao meu texto acabou merecendo apenas 83 da professora de teoria do teatro. Por isso, seu artigo deveria intitular-se "A Flip não é relevante para o debate literário". Até porque não neguei relevância à poeta homenageada: apontei, sim, a "escassa relevância literária internacional" do Brasil. E, por meio de citações encontradas nos rotineiros promotores do que Ana C. escreveu –Armando Freitas Filho, Heloisa Buarque de Hollanda, Italo Moriconi–, mostrei que mesmo eles estão conscientes da insuficiência daquela poesia. Na noite de abertura, esperava-se que o poeta de "Cabeça de Homem" (1991) tratasse da vida e da obra de Ana C.; porém, pelo que li nos jornais, preferiu falar de si e da sua poesia. Nas 387 palavras que não refutam o que eu escrevi, Laura Erber apresenta um juízo devastador da Flip –ao informar que o evento salienta aparições performáticas de autores; não promove o encontro com a literatura; é uma vitrine das grandes editoras; cria uma ilusão da sua própria importância; é uma aliança da frivolidade cultural e do empreendedorismo turístico; um mecanismo contemporâneo de canonização mercadológica. Parece razoável aceitar, total ou parcialmente, as contundentes afirmações da professora, que, de algum modo, correspondem ao processo de "gentrification" sofrido por Ana C. Ainda assim, nada impediria debater se o aparecimento de um livro como "Bagagem" (1976), de Adélia Prado, marcou mesmo uma diferença na dicção poética de Ana C. Que implicações –biográficas e literárias– existem numa dedicatória a Walt Whitman? Acrescento agora: em "Uma História à Margem" (2010), que contou com patrocínio da Petrobras, Chacal se refere a Ana C. como "nossa diva, nossa musa", não havendo qualquer outra menção a ela ao longo do livro. Já Armando Freitas Filho, o poeta de "Mademoiselle Furta-Cor", comenta explicitamente a "cleptomania estilística, ousada além dos limites" de Ana C., lembrada pelo jornalista Elio Gaspari, em 1999, num caso de evidente plágio em trabalho universitário. Reúno esses tópicos, em conclusão, para contrariar Laura Erber quando escreve a seguinte incoerência: "Ana C. criou uma poesia autêntica a partir de uma poética da leitura, da tradução e do manejo de vozes, aliadas à elaboração de uma escrita intensa e intensamente consciente da experiência da linguagem que coloca o sujeito em risco." A gramática de fato correu algum risco quando o sujeito "uma poesia" concordou com "aliadas". Mais importante, porém, é perguntar: o que vem a ser isso, "uma poesia autêntica"? E o que é "escrita intensa"? E em que versos ficou "o sujeito em risco"? Bastaria trazer citações da poesia de Ana C. para que cada um desses carimbos –risíveis até aos que admiram a escrita de Ana C.– merecesse reconhecimento. Na ausência, constato que o desprestígio da literatura continua. FELIPE FORTUNA é poeta, ensaísta e diplomata. Publicou recentemente "O Mundo à Solta" (Topbooks) e "Taturana" (Pinakotheke)
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Poesia de Ana C. é insuficiente até para quem a promoveTecnicamente, o artigo de Laura Erber ("Negar relevância a Ana C. é não conhecer discussão sobre poesia", "Ilustrada", 2.jul.2016) não deveria ser considerado uma réplica ao que escrevi sobre a poeta de "Luvas de Pelica" (1980). Redigida com um total de 470 palavras, a contestação ao meu texto acabou merecendo apenas 83 da professora de teoria do teatro. Por isso, seu artigo deveria intitular-se "A Flip não é relevante para o debate literário". Até porque não neguei relevância à poeta homenageada: apontei, sim, a "escassa relevância literária internacional" do Brasil. E, por meio de citações encontradas nos rotineiros promotores do que Ana C. escreveu –Armando Freitas Filho, Heloisa Buarque de Hollanda, Italo Moriconi–, mostrei que mesmo eles estão conscientes da insuficiência daquela poesia. Na noite de abertura, esperava-se que o poeta de "Cabeça de Homem" (1991) tratasse da vida e da obra de Ana C.; porém, pelo que li nos jornais, preferiu falar de si e da sua poesia. Nas 387 palavras que não refutam o que eu escrevi, Laura Erber apresenta um juízo devastador da Flip –ao informar que o evento salienta aparições performáticas de autores; não promove o encontro com a literatura; é uma vitrine das grandes editoras; cria uma ilusão da sua própria importância; é uma aliança da frivolidade cultural e do empreendedorismo turístico; um mecanismo contemporâneo de canonização mercadológica. Parece razoável aceitar, total ou parcialmente, as contundentes afirmações da professora, que, de algum modo, correspondem ao processo de "gentrification" sofrido por Ana C. Ainda assim, nada impediria debater se o aparecimento de um livro como "Bagagem" (1976), de Adélia Prado, marcou mesmo uma diferença na dicção poética de Ana C. Que implicações –biográficas e literárias– existem numa dedicatória a Walt Whitman? Acrescento agora: em "Uma História à Margem" (2010), que contou com patrocínio da Petrobras, Chacal se refere a Ana C. como "nossa diva, nossa musa", não havendo qualquer outra menção a ela ao longo do livro. Já Armando Freitas Filho, o poeta de "Mademoiselle Furta-Cor", comenta explicitamente a "cleptomania estilística, ousada além dos limites" de Ana C., lembrada pelo jornalista Elio Gaspari, em 1999, num caso de evidente plágio em trabalho universitário. Reúno esses tópicos, em conclusão, para contrariar Laura Erber quando escreve a seguinte incoerência: "Ana C. criou uma poesia autêntica a partir de uma poética da leitura, da tradução e do manejo de vozes, aliadas à elaboração de uma escrita intensa e intensamente consciente da experiência da linguagem que coloca o sujeito em risco." A gramática de fato correu algum risco quando o sujeito "uma poesia" concordou com "aliadas". Mais importante, porém, é perguntar: o que vem a ser isso, "uma poesia autêntica"? E o que é "escrita intensa"? E em que versos ficou "o sujeito em risco"? Bastaria trazer citações da poesia de Ana C. para que cada um desses carimbos –risíveis até aos que admiram a escrita de Ana C.– merecesse reconhecimento. Na ausência, constato que o desprestígio da literatura continua. FELIPE FORTUNA é poeta, ensaísta e diplomata. Publicou recentemente "O Mundo à Solta" (Topbooks) e "Taturana" (Pinakotheke)
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Chico Buarque defende Petrobras em entrevista a líder do MST
O cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda defendeu, em entrevista ao líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile, a Petrobras e a participação da estatal na exploração do pré-sal. Chico participou de um jogo de futebol com sindicalistas e integrantes do MST na segunda-feira (14), segundo o jornal "O Estado de S. Paulo". Em vídeo divulgado pelo MST na internet, Stedile questiona o cantor sobre um projeto no Senado "que quer privatizar a Petrobras". "O petróleo é nosso, é um velho lema que deve ser lembrado, que deve ser mantido, porque há uma cobiça permanente em torno da Petrobras", responde Chico. "Agora vem essa história de participação na exploração do pré-sal. São conquistas nossas, dos nossos governos desde os tempos de Getúlio [Vargas], que volta e meia são ameaçadas por esse tipo de investida. Eu não acredito que passe um projeto desses no Senado. Não acredito que a sociedade vá aceitar se desfazer da Petrobras, do pré-sal", disse. Em março, o senador José Serra (PSDB-SP) apresentou um projeto que revoga a participação obrigatória da Petrobras no modelo partilha de produção de petróleo na exploração do pré-sal. O projeto não prevê a privatização da estatal. Desde 2010 a Petrobras é obrigada a atuar como operadora única dos campos do pré-sal com uma participação de pelo menos 30% na exploração. A lei atual também obriga a empresa a ser a responsável pela condução e execução de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção. Para o senador, é "inconcebível que um recurso de tamanha relevância sofra um retardamento irreparável na sua exploração devido a crises da operadora". Ainda de acordo com Serra, o escândalo descoberto pela Operação Lava Jato criou uma situação quase insustentável para a Petrobras, que deveria investir US$ 220,6 bilhões até 2018, mas que foi afetada por desvios de recursos e pressões financeiras que podem causar dificuldades na obtenção de financiamento para seus projetos. O senador ainda lembra que os preços do petróleo têm sofrido baixas, e que as previsões são de que as exportações brasileiras de derivados do petróleo sofram uma queda de 30,7% neste ano. "É imprescindível a mudança na lei, com vistas ao restabelecimento de um modelo que garanta a exploração ininterrupta e também maiores possibilidades de ganhos para o Tesouro", afirma, em sua justificativa ao projeto. ESCOLA Ainda no vídeo, Chico Buarque comenta a escola de formação de quadros do MST, que, segundo Stedile, completa dez anos e teve contribuição do cantor. "Não conheço [a escola], só por fotos, mas só ouço falar maravilhas, pela possibilidade formação de quadros de instrução política e não só isso, artes, tem artes, curso de literatura", diz Chico. Ele ainda elogia o ex-jogador Sócrates, que morreu em 2011 e que, afirmou o líder sem terra, irá batizar o nome de um campo de futebol a ser inaugurado pelo MST. "O Sócrates sempre foi muito firme na defesa da sua classe, os trabalhadores do futebol, nas lutas pelas Diretas, e um grande amigo", disse. Chico Buarque ainda foi presenteado com um uniforme dos petroleiros e uma cesta com produtos como queijo e cachaça e autografou DVDs –um deles, "aos amigos da Venezuela", a pedido de Stedile.
poder
Chico Buarque defende Petrobras em entrevista a líder do MSTO cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda defendeu, em entrevista ao líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile, a Petrobras e a participação da estatal na exploração do pré-sal. Chico participou de um jogo de futebol com sindicalistas e integrantes do MST na segunda-feira (14), segundo o jornal "O Estado de S. Paulo". Em vídeo divulgado pelo MST na internet, Stedile questiona o cantor sobre um projeto no Senado "que quer privatizar a Petrobras". "O petróleo é nosso, é um velho lema que deve ser lembrado, que deve ser mantido, porque há uma cobiça permanente em torno da Petrobras", responde Chico. "Agora vem essa história de participação na exploração do pré-sal. São conquistas nossas, dos nossos governos desde os tempos de Getúlio [Vargas], que volta e meia são ameaçadas por esse tipo de investida. Eu não acredito que passe um projeto desses no Senado. Não acredito que a sociedade vá aceitar se desfazer da Petrobras, do pré-sal", disse. Em março, o senador José Serra (PSDB-SP) apresentou um projeto que revoga a participação obrigatória da Petrobras no modelo partilha de produção de petróleo na exploração do pré-sal. O projeto não prevê a privatização da estatal. Desde 2010 a Petrobras é obrigada a atuar como operadora única dos campos do pré-sal com uma participação de pelo menos 30% na exploração. A lei atual também obriga a empresa a ser a responsável pela condução e execução de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção. Para o senador, é "inconcebível que um recurso de tamanha relevância sofra um retardamento irreparável na sua exploração devido a crises da operadora". Ainda de acordo com Serra, o escândalo descoberto pela Operação Lava Jato criou uma situação quase insustentável para a Petrobras, que deveria investir US$ 220,6 bilhões até 2018, mas que foi afetada por desvios de recursos e pressões financeiras que podem causar dificuldades na obtenção de financiamento para seus projetos. O senador ainda lembra que os preços do petróleo têm sofrido baixas, e que as previsões são de que as exportações brasileiras de derivados do petróleo sofram uma queda de 30,7% neste ano. "É imprescindível a mudança na lei, com vistas ao restabelecimento de um modelo que garanta a exploração ininterrupta e também maiores possibilidades de ganhos para o Tesouro", afirma, em sua justificativa ao projeto. ESCOLA Ainda no vídeo, Chico Buarque comenta a escola de formação de quadros do MST, que, segundo Stedile, completa dez anos e teve contribuição do cantor. "Não conheço [a escola], só por fotos, mas só ouço falar maravilhas, pela possibilidade formação de quadros de instrução política e não só isso, artes, tem artes, curso de literatura", diz Chico. Ele ainda elogia o ex-jogador Sócrates, que morreu em 2011 e que, afirmou o líder sem terra, irá batizar o nome de um campo de futebol a ser inaugurado pelo MST. "O Sócrates sempre foi muito firme na defesa da sua classe, os trabalhadores do futebol, nas lutas pelas Diretas, e um grande amigo", disse. Chico Buarque ainda foi presenteado com um uniforme dos petroleiros e uma cesta com produtos como queijo e cachaça e autografou DVDs –um deles, "aos amigos da Venezuela", a pedido de Stedile.
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Ueba! Dilma abre bar em Minas!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta do século: "Deputada Denise Muniz vota pelo fim da corrupção, elogia o marido e o marido é preso pela PF". No dia seguinte. Quem mandou pedir? Foi prontamente atendida. Rarará! E esta: "Após votação do impeachment, deputados tiram uma semana de folga e vão pra Miami". Por isso que os votos eram pela família. O Pedro Henrique e os netos Marcelo e Livia foram pra Miami! Rarará! Tira a Dilma e depois tira uma semana de folga. Todos pra Miami. Miami é o Morumbi da América Latina. E a Dilma Grande Toura Chefa Impichada? A Dilma acordou de TPMDB! E vai descer a rampa cantando "Saudosa Mandioca". Rarará! E o Temer com aquela pinta de Drácula? Não vai ter mais sol no Brasil. Só noite! E o avião presidencial é o Sarcófago One! Rarará! E a Veja traçou o perfil da Marcela Temer: "bela, recatada e do lar". Voltamos aos anos 1960. Parece definição de batedeira Walita! E o perfil da mulher do Cunha "bela, recatada e dólar". Rarará! E feriadão de Tiradentes! O Dia Nacional dos Enforcados! Tiradentes devia ser o padroeiro do Brasil. Tá todo mundo com a corda no pescoço. Um amigo meu tá enforcado nas Casas Bahia. E Tiradentes foi enforcado, esquartejado e salgado porque não queria pagar imposto. Se fosse hoje, seria passado numa máquina de moer carne. Virava hambúrguer. E sabe como se chama o autor do Hino de Brasília? Capitão Furtado. Rarará! E o Niemeyer foi um visionário. Desenhou o Congresso com dois pinicões, um pra cima e outro pra baixo! E Brasília também tem PCC: Partido do Comando do Cunha. Uma organização criminosa. Rarará! Breaking News! Dilma renuncia e abre um bar em Minas: "Bar da Dilma! Fígado com jiló". O quê? Fígado com jiló? Fígado com jiló já é motivo pra impeachment. Eu tenho a foto do bar, a prova. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Dilma abre bar em Minas!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta do século: "Deputada Denise Muniz vota pelo fim da corrupção, elogia o marido e o marido é preso pela PF". No dia seguinte. Quem mandou pedir? Foi prontamente atendida. Rarará! E esta: "Após votação do impeachment, deputados tiram uma semana de folga e vão pra Miami". Por isso que os votos eram pela família. O Pedro Henrique e os netos Marcelo e Livia foram pra Miami! Rarará! Tira a Dilma e depois tira uma semana de folga. Todos pra Miami. Miami é o Morumbi da América Latina. E a Dilma Grande Toura Chefa Impichada? A Dilma acordou de TPMDB! E vai descer a rampa cantando "Saudosa Mandioca". Rarará! E o Temer com aquela pinta de Drácula? Não vai ter mais sol no Brasil. Só noite! E o avião presidencial é o Sarcófago One! Rarará! E a Veja traçou o perfil da Marcela Temer: "bela, recatada e do lar". Voltamos aos anos 1960. Parece definição de batedeira Walita! E o perfil da mulher do Cunha "bela, recatada e dólar". Rarará! E feriadão de Tiradentes! O Dia Nacional dos Enforcados! Tiradentes devia ser o padroeiro do Brasil. Tá todo mundo com a corda no pescoço. Um amigo meu tá enforcado nas Casas Bahia. E Tiradentes foi enforcado, esquartejado e salgado porque não queria pagar imposto. Se fosse hoje, seria passado numa máquina de moer carne. Virava hambúrguer. E sabe como se chama o autor do Hino de Brasília? Capitão Furtado. Rarará! E o Niemeyer foi um visionário. Desenhou o Congresso com dois pinicões, um pra cima e outro pra baixo! E Brasília também tem PCC: Partido do Comando do Cunha. Uma organização criminosa. Rarará! Breaking News! Dilma renuncia e abre um bar em Minas: "Bar da Dilma! Fígado com jiló". O quê? Fígado com jiló? Fígado com jiló já é motivo pra impeachment. Eu tenho a foto do bar, a prova. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Renata Sorrah e Cia. Brasileira de Teatro retomam parceria em peça
É um retrato da violência, um reflexo das sete guerras que viveu seu autor, o dramaturgo israelense Hanoch Levin (1943-1999). Mas não de conflitos físicos ou sanguinolentos. A peça "Krum" se concentra em personagens banais e em seus destroços íntimos: suas dores, angústias e medos. "São personagens e sentimentos muito reconhecíveis", diz a atriz Renata Sorrah, 68. A montagem, primeira adaptação brasileira da obra, é também fruto do namoro entre Sorrah e a curitibana Companhia Brasileira de Teatro –o primogênito foi a peça "Esta Criança" (2012). O espetáculo marca um traço das pesquisas da atriz e do coletivo: a busca por textos contemporâneos e inéditos no país. Após uma temporada no Rio, a peça –com elenco composto de integrantes do grupo e colaboradores– estreia em SP nesta sexta (12). "A obra de Levin é construída sobre as perspectivas da violência", diz o diretor Marcio Abreu, da Companhia Brasileira. "Ele tem uma primeira fase política, muito crítica ao belicismo em Israel. Depois, fala das guerras íntimas." Na trama, Krum (Danilo Grangheia) retorna a sua cidadezinha, cujos habitantes, desolados, agarram-se a sonhos risíveis. De volta à casa da mãe (Grace Passô), reencontra a ex-namorada, Tudra (Renata Sorrah), que ainda apaixonada por ele reluta em se casar com o bem-sucedido Tachtich (Rodrigo Ferrarini). Doente, Tugati (Ranieri Gonzalez) vê sua já desapaixonada mulher, Dupa (Inez Viana), fantasiar sua fuga com um italiano canastrão (Rodrigo Bolzan). Já o casal Felicia (Cris Larin) e Dolce (Edson Rocha) se contenta com os pequenos acontecimentos do local. Mas a desgraça é também vista com humor. "A gente tem que olhar essas pessoas de fora e rir um pouco delas", diz Gonzalez. Também são personagens que falam da boca para fora, dizem o que pensam. "E narram as suas condições sem julgarem uns aos outros", completa Grace. TROCA-TROCA Esse "lugar-nenhum" onde vivem é uma extensão deles próprios. Assim, o cenário preto é composto apenas de algumas cadeiras e do corpo dos atores, que por vezes criam formas e sugerem espaços como uma balada ou a beira-mar. "Não queria que os elementos arquitetônicos fossem determinantes no espaço", diz Abreu. "Os personagens são a expressão do lugar." No processo de ensaios, cada um dos atores interpretou mais de um personagem antes de se definir quem faria o quê. "Isso, como processo de trabalho, é muito legal. Todos podem fazer tudo e a gente entende melhor o texto", diz Sorrah. "E existe sempre uma ameaça de mudarmos de personagem", ri. "A gente brinca e pode ser que isso nunca acontece, mas de fato existe a possibilidade de eles trocarem", conta Abreu. Para o segundo semestre a Companhia Brasileira prepara "brasil", criado a partir da vivência dos artistas em viagens pelo país. "É uma resposta talvez muito mais sensorial, sensível, do que uma tentativa de retratar a realidade brasileira", explica o diretor. A previsão é que o espetáculo estreie em setembro em Curitiba. A jornalista MARIA LUÍSA BARSANELLI viajou a convite da Oi KRUM QUANDO sex. e sáb., às 21h, dom., às 18h; até 26/7 (não haverá sessão em 20/6) ONDE Sesc Consolação, r. Dr. Vila Nova, 245, tel. (11) 3234-3000 QUANTO R$ 12 a R$ 40 CLASSIFICAÇÃO 16 anos
ilustrada
Renata Sorrah e Cia. Brasileira de Teatro retomam parceria em peçaÉ um retrato da violência, um reflexo das sete guerras que viveu seu autor, o dramaturgo israelense Hanoch Levin (1943-1999). Mas não de conflitos físicos ou sanguinolentos. A peça "Krum" se concentra em personagens banais e em seus destroços íntimos: suas dores, angústias e medos. "São personagens e sentimentos muito reconhecíveis", diz a atriz Renata Sorrah, 68. A montagem, primeira adaptação brasileira da obra, é também fruto do namoro entre Sorrah e a curitibana Companhia Brasileira de Teatro –o primogênito foi a peça "Esta Criança" (2012). O espetáculo marca um traço das pesquisas da atriz e do coletivo: a busca por textos contemporâneos e inéditos no país. Após uma temporada no Rio, a peça –com elenco composto de integrantes do grupo e colaboradores– estreia em SP nesta sexta (12). "A obra de Levin é construída sobre as perspectivas da violência", diz o diretor Marcio Abreu, da Companhia Brasileira. "Ele tem uma primeira fase política, muito crítica ao belicismo em Israel. Depois, fala das guerras íntimas." Na trama, Krum (Danilo Grangheia) retorna a sua cidadezinha, cujos habitantes, desolados, agarram-se a sonhos risíveis. De volta à casa da mãe (Grace Passô), reencontra a ex-namorada, Tudra (Renata Sorrah), que ainda apaixonada por ele reluta em se casar com o bem-sucedido Tachtich (Rodrigo Ferrarini). Doente, Tugati (Ranieri Gonzalez) vê sua já desapaixonada mulher, Dupa (Inez Viana), fantasiar sua fuga com um italiano canastrão (Rodrigo Bolzan). Já o casal Felicia (Cris Larin) e Dolce (Edson Rocha) se contenta com os pequenos acontecimentos do local. Mas a desgraça é também vista com humor. "A gente tem que olhar essas pessoas de fora e rir um pouco delas", diz Gonzalez. Também são personagens que falam da boca para fora, dizem o que pensam. "E narram as suas condições sem julgarem uns aos outros", completa Grace. TROCA-TROCA Esse "lugar-nenhum" onde vivem é uma extensão deles próprios. Assim, o cenário preto é composto apenas de algumas cadeiras e do corpo dos atores, que por vezes criam formas e sugerem espaços como uma balada ou a beira-mar. "Não queria que os elementos arquitetônicos fossem determinantes no espaço", diz Abreu. "Os personagens são a expressão do lugar." No processo de ensaios, cada um dos atores interpretou mais de um personagem antes de se definir quem faria o quê. "Isso, como processo de trabalho, é muito legal. Todos podem fazer tudo e a gente entende melhor o texto", diz Sorrah. "E existe sempre uma ameaça de mudarmos de personagem", ri. "A gente brinca e pode ser que isso nunca acontece, mas de fato existe a possibilidade de eles trocarem", conta Abreu. Para o segundo semestre a Companhia Brasileira prepara "brasil", criado a partir da vivência dos artistas em viagens pelo país. "É uma resposta talvez muito mais sensorial, sensível, do que uma tentativa de retratar a realidade brasileira", explica o diretor. A previsão é que o espetáculo estreie em setembro em Curitiba. A jornalista MARIA LUÍSA BARSANELLI viajou a convite da Oi KRUM QUANDO sex. e sáb., às 21h, dom., às 18h; até 26/7 (não haverá sessão em 20/6) ONDE Sesc Consolação, r. Dr. Vila Nova, 245, tel. (11) 3234-3000 QUANTO R$ 12 a R$ 40 CLASSIFICAÇÃO 16 anos
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Ex-dono de salão fatura R$ 200 mi por ano com venda de cosméticos on-line
O empresário Alexandre Serodio passou, em um intervalo de 11 anos, de sócio em um salão de beleza em São Paulo a um dos maiores vendedores de cosméticos pela internet do Brasil. Em 2005, resolveu sair do negócio -onde também vendia produtos de beleza profissionais por telefone- com o estoque disponível. A ideia era levar a operação para a internet, replicando a experiência da consumidora do salão na tela do computador. Foi assim que nasceu o Beleza na Web, que hoje é líder de vendas no segmento de cosmético no Brasil: são mais de 200 funcionários, 100 mil pedidos por mês e o faturamento neste ano deve chegar a R$ 200 milhões. Serodio é personagem do primeiro vídeo da série "Empreendedorismo: Teoria na Prática". "Analisei todas as oportunidades e vi que a forma de crescer era on-line. Sempre achei que tecnologia é uma constante, que vai se desenvolver para preencher espaços de conveniência na nossa vida", diz Serodio. Em 2006, primeiro ano de operação, o negócio faturou R$ 1 milhão. Em 2011, esse já era o faturamento mensal.
mercado
Ex-dono de salão fatura R$ 200 mi por ano com venda de cosméticos on-lineO empresário Alexandre Serodio passou, em um intervalo de 11 anos, de sócio em um salão de beleza em São Paulo a um dos maiores vendedores de cosméticos pela internet do Brasil. Em 2005, resolveu sair do negócio -onde também vendia produtos de beleza profissionais por telefone- com o estoque disponível. A ideia era levar a operação para a internet, replicando a experiência da consumidora do salão na tela do computador. Foi assim que nasceu o Beleza na Web, que hoje é líder de vendas no segmento de cosmético no Brasil: são mais de 200 funcionários, 100 mil pedidos por mês e o faturamento neste ano deve chegar a R$ 200 milhões. Serodio é personagem do primeiro vídeo da série "Empreendedorismo: Teoria na Prática". "Analisei todas as oportunidades e vi que a forma de crescer era on-line. Sempre achei que tecnologia é uma constante, que vai se desenvolver para preencher espaços de conveniência na nossa vida", diz Serodio. Em 2006, primeiro ano de operação, o negócio faturou R$ 1 milhão. Em 2011, esse já era o faturamento mensal.
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Tite isenta Edílson de culpa em gol do Inter e diz que faltou criatividade
O técnico do Corinthians,Tite, isentou o lateral Edílson de culpa no lance que originou o segundo gol do Inter no duelo realizado nesta quarta-feira (16), no Beira-Rio, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O lance aconteceu aos 28 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Paulão aplicou um drible da vaca no lateral e cruzou para Valdívia marcar o gol da vitória do time colorado por 2 a 1. Edílson entrou em campo aos 13 minutos do primeiro tempo após o lateral Uendel deixar o gramado machucado. "Não vejo isso [falha do Edilson]. Deu rebote e ele ficou distante. O Paulão tem muita força física e puxou na frente. O lance foi muito mais em função de ele [Edilson] ter tido um cartão amarelo", disse. Tite também afirmou que faltou criatividade ao sistema ofensivo. "[A equipe] oscilou na parte ofensiva. Não teve aquela criatividade, a característica que o time tem, o passe, a jogada mais eficiente... Mérito da marcação do Internacional também. Mas esteve um pouco abaixo nesse processo". O Corinthians não perdia havia 17 rodadas, desde a derrota por 1 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, no dia 20 de junho. De lá para cá, haviam sido 12 vitórias e cinco empates, até o revés desta quarta-feira. Inter 2 x 1 Corinthians O resultado ainda impediu a equipe alvinegra de igualar o maior recorde de invencibilidade da era dos pontos corridos, que era de 18 jogos, com o Atlético-PR de 2004 e o São Paulo de 2008. "Tem que ficar absorvendo e sentir o gosto amargo de perder. Tem de trabalhar com a verdade, e trabalhar com aquilo que podemos melhorar. Na preparação da equipe, para próximo jogo, não esconder a falha que tivemos, e absorver o resultado. Temos de recuperar", completou. O Corinthians volta a campo no próximo domingo (20), quando recebe o Santos, às 11h, no Itaquerão. Mesmo com a derrota para o Inter, a equipe corintiana manteve a vantagem de cinco pontos (54 a 49) para o vice-líder Atlético-MG, que foi goleado pelo Santos por 4 a 0.
esporte
Tite isenta Edílson de culpa em gol do Inter e diz que faltou criatividadeO técnico do Corinthians,Tite, isentou o lateral Edílson de culpa no lance que originou o segundo gol do Inter no duelo realizado nesta quarta-feira (16), no Beira-Rio, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O lance aconteceu aos 28 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Paulão aplicou um drible da vaca no lateral e cruzou para Valdívia marcar o gol da vitória do time colorado por 2 a 1. Edílson entrou em campo aos 13 minutos do primeiro tempo após o lateral Uendel deixar o gramado machucado. "Não vejo isso [falha do Edilson]. Deu rebote e ele ficou distante. O Paulão tem muita força física e puxou na frente. O lance foi muito mais em função de ele [Edilson] ter tido um cartão amarelo", disse. Tite também afirmou que faltou criatividade ao sistema ofensivo. "[A equipe] oscilou na parte ofensiva. Não teve aquela criatividade, a característica que o time tem, o passe, a jogada mais eficiente... Mérito da marcação do Internacional também. Mas esteve um pouco abaixo nesse processo". O Corinthians não perdia havia 17 rodadas, desde a derrota por 1 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, no dia 20 de junho. De lá para cá, haviam sido 12 vitórias e cinco empates, até o revés desta quarta-feira. Inter 2 x 1 Corinthians O resultado ainda impediu a equipe alvinegra de igualar o maior recorde de invencibilidade da era dos pontos corridos, que era de 18 jogos, com o Atlético-PR de 2004 e o São Paulo de 2008. "Tem que ficar absorvendo e sentir o gosto amargo de perder. Tem de trabalhar com a verdade, e trabalhar com aquilo que podemos melhorar. Na preparação da equipe, para próximo jogo, não esconder a falha que tivemos, e absorver o resultado. Temos de recuperar", completou. O Corinthians volta a campo no próximo domingo (20), quando recebe o Santos, às 11h, no Itaquerão. Mesmo com a derrota para o Inter, a equipe corintiana manteve a vantagem de cinco pontos (54 a 49) para o vice-líder Atlético-MG, que foi goleado pelo Santos por 4 a 0.
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'A prova que tem contra mim é um pedágio', diz Lula sobre tríplex
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (24) que a prova que existe contra ele no caso do tríplex em Guarujá (SP) é "um pedágio" e que está na hora de "parar o falatório" e "provar" que ele recebeu dinheiro de forma ilegal. Segundo o ex-presidente, seu depoimento ao juiz Sergio Moro, marcado para o próximo mês, servirá para que ele se defenda "pela primeira vez" das acusações que existem contra ele no âmbito da Operação Lava Jato. "Está na hora de parar o falatório e mostrar prova. A prova que tem contra mim é um pedágio", disse Lula durante evento do PT em Brasília. "Eu estou com muita vontade de brigar, de fazer a boa briga", completou o ex-presidente ao indicar que pretende disputar a eleição presidencial de 2018. Réu em cinco ações penais, o ex-presidente pode se tornar inelegível caso seja condenado em segunda instância. A declaração pública de Lula ocorre dias após a defesa de Léo Pinheiro, sócio da OAS, entregar à Justiça documentos para tentar comprovar que o petista foi beneficiado pela reforma de um tríplex em Guarujá (SP). Entre os documentos entregues estão o registro de que dois carros em nome do Instituto Lula passaram pelo sistema automático de cobrança dos pedágios a caminho do Guarujá entre 2011 e 2013. Não há, no entanto, informações que comprovem que as viagens tiveram como destino o apartamento no Edifício Solaris, que Léo Pinheiro diz ser do ex-presidente. Em discurso de cerca de quarenta minutos para uma plateia de dirigentes e militantes petistas, Lula disse estar "tranquilo" sobre a possibilidade de Moro adiar seu depoimento sobre o tríplex, inicialmente marcado para 3 de maio, e que estará em Curitiba quando o juiz ordenar. Segundo a Folha apurou, Moro adiará o depoimento de Lula a pedido da Polícia Federal, mas o ex-presidente ainda não havia sido informado da decisão até o início da noite desta segunda (24). "Não estou preocupado com a data. A data é do juiz Moro. A hora que ele marcar, estarei em Curitiba", disse Lula. "Quero comparecer [ao depoimento em Curitiba] porque é a primeira grande oportunidade que eu não vou ser atacado pelas revistas e televisões. Eu vou ter, de viva voz, o direito de me defender. No meu primeiro depoimento, o horário é meu. Faz três anos que estou ouvindo", completou o ex-presidente. Lula afirmou ainda que estão contando "mentiras" contra ele "24 horas por dia" e que não nasceu para "ter medo de lista", em referência à relação de investigados divulgada na semana passada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em que o petista aparece ao lado de oito ministros do governo Michel Temer, dezenas de parlamentares, governadores e outros políticos. "Não nascemos para ter medo de lista, nascemos para provar que eles agora estão criminalizando o que antes não criminalizavam", disse Lula sem citar diretamente a prática de caixa dois. "Não temos que ter vergonha de sermos políticos. A hora que desmoralizar todo mundo o que vai sobrar nesse país é pior".
poder
'A prova que tem contra mim é um pedágio', diz Lula sobre tríplexO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (24) que a prova que existe contra ele no caso do tríplex em Guarujá (SP) é "um pedágio" e que está na hora de "parar o falatório" e "provar" que ele recebeu dinheiro de forma ilegal. Segundo o ex-presidente, seu depoimento ao juiz Sergio Moro, marcado para o próximo mês, servirá para que ele se defenda "pela primeira vez" das acusações que existem contra ele no âmbito da Operação Lava Jato. "Está na hora de parar o falatório e mostrar prova. A prova que tem contra mim é um pedágio", disse Lula durante evento do PT em Brasília. "Eu estou com muita vontade de brigar, de fazer a boa briga", completou o ex-presidente ao indicar que pretende disputar a eleição presidencial de 2018. Réu em cinco ações penais, o ex-presidente pode se tornar inelegível caso seja condenado em segunda instância. A declaração pública de Lula ocorre dias após a defesa de Léo Pinheiro, sócio da OAS, entregar à Justiça documentos para tentar comprovar que o petista foi beneficiado pela reforma de um tríplex em Guarujá (SP). Entre os documentos entregues estão o registro de que dois carros em nome do Instituto Lula passaram pelo sistema automático de cobrança dos pedágios a caminho do Guarujá entre 2011 e 2013. Não há, no entanto, informações que comprovem que as viagens tiveram como destino o apartamento no Edifício Solaris, que Léo Pinheiro diz ser do ex-presidente. Em discurso de cerca de quarenta minutos para uma plateia de dirigentes e militantes petistas, Lula disse estar "tranquilo" sobre a possibilidade de Moro adiar seu depoimento sobre o tríplex, inicialmente marcado para 3 de maio, e que estará em Curitiba quando o juiz ordenar. Segundo a Folha apurou, Moro adiará o depoimento de Lula a pedido da Polícia Federal, mas o ex-presidente ainda não havia sido informado da decisão até o início da noite desta segunda (24). "Não estou preocupado com a data. A data é do juiz Moro. A hora que ele marcar, estarei em Curitiba", disse Lula. "Quero comparecer [ao depoimento em Curitiba] porque é a primeira grande oportunidade que eu não vou ser atacado pelas revistas e televisões. Eu vou ter, de viva voz, o direito de me defender. No meu primeiro depoimento, o horário é meu. Faz três anos que estou ouvindo", completou o ex-presidente. Lula afirmou ainda que estão contando "mentiras" contra ele "24 horas por dia" e que não nasceu para "ter medo de lista", em referência à relação de investigados divulgada na semana passada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em que o petista aparece ao lado de oito ministros do governo Michel Temer, dezenas de parlamentares, governadores e outros políticos. "Não nascemos para ter medo de lista, nascemos para provar que eles agora estão criminalizando o que antes não criminalizavam", disse Lula sem citar diretamente a prática de caixa dois. "Não temos que ter vergonha de sermos políticos. A hora que desmoralizar todo mundo o que vai sobrar nesse país é pior".
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Feriado de 1° de Maio suspende rodízio e altera serviços nesta segunda em SP
O rodízio municipal de veículos em São Paulo será suspenso nesta segunda-feira (1°) por causa do feriado de 1° de Maio, Dia do Trabalho, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). As demais restrições de veículos, como a de fretados e a de caminhões, também ficarão suspensas nesta segunda. Além disso, alguns serviços na capital paulista terão os horários alterados –confira a relação abaixo. O rodízio de carros está suspenso desde a última sexta (28) quando centrais sindicais e movimentos de esquerda convocaram uma greve geral contras as reformas trabalhista e da Previdência. Praticamente sem ônibus, metrô e trens, muitos trabalhadores ou não chegaram ao serviço ou nem saíram de casa. Alguns paulistanos aproveitaram a paralisação para antecipar a viagem do feriado prolongado de 1° de Maio. A CET estima que mais de 1,7 milhão de carros deixaram a capital paulista na última sexta (28) em direção ao litoral e ao interior do Estado. Segundo a companhia, a suspensão do rodízio visa garantir as condições de segurança e fluidez do trânsito devido ao aumento do fluxo de veículos, especialmente nos acessos das rodovias. O rodízio de veículos, que vale desde 1997, será retomado na próxima terça (2) a partir das 7h, com restrição para carros com placas final 3 e 4. De acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), o motorista que trafegar em locais e horários não permitidos será penalizado com infração média, e receberá quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa de R$ 130,16. Rodízio - Proibido circular no centro expandido de São Paulo, das 7h às 10h e das 17 às 20h A CET vai monitorar o trânsito especialmente nos acessos e chegadas das rodovias, no entorno dos terminais rodoviários do Tietê, da Barra Funda e do Jabaquara com o objetivo de garantir a fluidez do tráfego, a acessibilidade e segurança aos passageiros, pedestres e motoristas. ABRE E FECHA O feriado do Dia do Trabalho altera o funcionamento de alguns serviços na capital paulista nesta segunda (1°). Confira. O QUE ABRE E O QUE FECHA NO FERIADO EM SP
cotidiano
Feriado de 1° de Maio suspende rodízio e altera serviços nesta segunda em SPO rodízio municipal de veículos em São Paulo será suspenso nesta segunda-feira (1°) por causa do feriado de 1° de Maio, Dia do Trabalho, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). As demais restrições de veículos, como a de fretados e a de caminhões, também ficarão suspensas nesta segunda. Além disso, alguns serviços na capital paulista terão os horários alterados –confira a relação abaixo. O rodízio de carros está suspenso desde a última sexta (28) quando centrais sindicais e movimentos de esquerda convocaram uma greve geral contras as reformas trabalhista e da Previdência. Praticamente sem ônibus, metrô e trens, muitos trabalhadores ou não chegaram ao serviço ou nem saíram de casa. Alguns paulistanos aproveitaram a paralisação para antecipar a viagem do feriado prolongado de 1° de Maio. A CET estima que mais de 1,7 milhão de carros deixaram a capital paulista na última sexta (28) em direção ao litoral e ao interior do Estado. Segundo a companhia, a suspensão do rodízio visa garantir as condições de segurança e fluidez do trânsito devido ao aumento do fluxo de veículos, especialmente nos acessos das rodovias. O rodízio de veículos, que vale desde 1997, será retomado na próxima terça (2) a partir das 7h, com restrição para carros com placas final 3 e 4. De acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), o motorista que trafegar em locais e horários não permitidos será penalizado com infração média, e receberá quatro pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa de R$ 130,16. Rodízio - Proibido circular no centro expandido de São Paulo, das 7h às 10h e das 17 às 20h A CET vai monitorar o trânsito especialmente nos acessos e chegadas das rodovias, no entorno dos terminais rodoviários do Tietê, da Barra Funda e do Jabaquara com o objetivo de garantir a fluidez do tráfego, a acessibilidade e segurança aos passageiros, pedestres e motoristas. ABRE E FECHA O feriado do Dia do Trabalho altera o funcionamento de alguns serviços na capital paulista nesta segunda (1°). Confira. O QUE ABRE E O QUE FECHA NO FERIADO EM SP
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Quinta é dia de estreias nos cinemas; Palmeiras joga pelo Brasileirão
Nesta quinta (2), Palmeiras e Grêmio se enfrentam no Pacaembu, na zona oeste, às 21h, pelo Campeonato Brasileiro. O trânsito pode complicar nas imediações do estádio no horário de entrada e saída dos torcedores, entre 19h e 23h. * TEMPO A quinta deve ser de sol com muitas nuvens e chuva a qualquer hora do dia. Máxima de 25ºC e mínima de 17ºC. * VOCÊ DEVERIA SABER O Instituto de Física do USP (Universidade de São Paulo) instaurou uma sindicância para apurar uma denúncia de estupro a uma aluna em uma festa de estudantes na sexta-feira (27). Entenda o caso. Fiscais encontraram escorpião e pombo em cozinhas de escolas públicas do estado de São Paulo, durante uma vistoria surpresa para avaliar as condições dos locais de preparo das merendas. * AGENDA CULTURAL Quinta-feira é dia de estreias nos cinemas da cidade. Entre os filmes que pintam nas telonas nesta semana, quatro são nacionais, com destaque para "O Outro Lado do Paraíso". O filme conta, pelos olhos de um garoto de 12 anos, a saga de seu pai, Antonio (Eduardo Moscovis), que deixa o interior de Minas Gerais para construir a vida com a família no que achava que seria o paraíso na terra: a recém-inaugurada Brasília. Assista ao trailer do filme. * As notícias de amanhã são publicadas aqui e no nosso app, sempre às 21h
saopaulo
Quinta é dia de estreias nos cinemas; Palmeiras joga pelo BrasileirãoNesta quinta (2), Palmeiras e Grêmio se enfrentam no Pacaembu, na zona oeste, às 21h, pelo Campeonato Brasileiro. O trânsito pode complicar nas imediações do estádio no horário de entrada e saída dos torcedores, entre 19h e 23h. * TEMPO A quinta deve ser de sol com muitas nuvens e chuva a qualquer hora do dia. Máxima de 25ºC e mínima de 17ºC. * VOCÊ DEVERIA SABER O Instituto de Física do USP (Universidade de São Paulo) instaurou uma sindicância para apurar uma denúncia de estupro a uma aluna em uma festa de estudantes na sexta-feira (27). Entenda o caso. Fiscais encontraram escorpião e pombo em cozinhas de escolas públicas do estado de São Paulo, durante uma vistoria surpresa para avaliar as condições dos locais de preparo das merendas. * AGENDA CULTURAL Quinta-feira é dia de estreias nos cinemas da cidade. Entre os filmes que pintam nas telonas nesta semana, quatro são nacionais, com destaque para "O Outro Lado do Paraíso". O filme conta, pelos olhos de um garoto de 12 anos, a saga de seu pai, Antonio (Eduardo Moscovis), que deixa o interior de Minas Gerais para construir a vida com a família no que achava que seria o paraíso na terra: a recém-inaugurada Brasília. Assista ao trailer do filme. * As notícias de amanhã são publicadas aqui e no nosso app, sempre às 21h
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Elite, unida, jamais será vencida
Estive na avenida Paulista na tímida passeata do povo da CUT e voltei dois dias depois para a histórica manifestação da elite do povo. Conclusão: o povo está com a elite. Como, aliás, costuma ser o caso em movimentos históricos de rua do Brasil, como as Diretas Já e o impeachment de Collor. Mas sempre tem gente que não quer ver a realidade ou precisa mistificá-la com a velha ladainha oportunista das elites contra o povo e vice-versa. Não cola. Dois dias depois da manifestação de domingo, o Datafolha contabilizou a brutalidade dos fatos: 62% dos brasileiros consideram o governo Dilma ruim ou péssimo e só 13% o aprovam. É uma reprovação ampla, geral e quase irrestrita entre pobres e ricos, de Norte a Sul, dos mais aos menos escolarizados. O governo Dilma parece mais perto do fim do que do começo. Perdeu o fôlego e a capacidade de liderar já no terceiro mês de mandato. As crises se sucedem em ritmo alucinante. A queda do ministro Cid Gomes, o da pátria educadora, foi um misto de ópera bufa com teatro do absurdo. Quem seria capaz de escrever um roteiro como esse? Mesmo quem apoia a presidente, dispara críticas, como os sindicalistas atacando o principal pilar de sua segunda gestão até aqui –o inadiável ajuste fiscal. Diante do abismo, Lula saiu do banco de reservas e convocou as reservas do PT para a luta. Acionou os exércitos de Stédile e da CUT revelando mais um custo Brasil que andava subestimado e que agora ficou mais nítido. A CUT provou na Paulista que foi um dos melhores investimentos do PT com o dinheiro do povo. Se o petista civil anda envergonhado de defender seu governo, os militantes da CUT vestiram o uniforme vermelho e marcharam pronta e disciplinadamente pela avenida chuvosa. Lula aprovou e já convocou uma reunião dos dirigentes petistas no final deste mês para "atuar na agenda de mobilização dos movimentos populares em defesa da democracia e das conquistas sociais". Como se alguém fosse contra a democracia e as conquistas sociais –os poucos que defenderam a volta da ditadura no domingo foram invariavelmente vaiados e hostilizados. Lula sabe que não dá para deixar a condução do governo nas mãos desse governo. O problema é saber até onde está disposto a levar suas tropas. Uma coisa é certa: a elite, unida, jamais será vencida. A CUT e o MST promovem marchas desde que foram criados, quase sempre a mando do PT. A elite não saía às ruas desde as Diretas e Collor. Essa é a novidade, essa é a vanguarda do povo. E esse é o grande muro de contenção contra um PT cada vez mais amedrontado e desesperado.
colunas
Elite, unida, jamais será vencidaEstive na avenida Paulista na tímida passeata do povo da CUT e voltei dois dias depois para a histórica manifestação da elite do povo. Conclusão: o povo está com a elite. Como, aliás, costuma ser o caso em movimentos históricos de rua do Brasil, como as Diretas Já e o impeachment de Collor. Mas sempre tem gente que não quer ver a realidade ou precisa mistificá-la com a velha ladainha oportunista das elites contra o povo e vice-versa. Não cola. Dois dias depois da manifestação de domingo, o Datafolha contabilizou a brutalidade dos fatos: 62% dos brasileiros consideram o governo Dilma ruim ou péssimo e só 13% o aprovam. É uma reprovação ampla, geral e quase irrestrita entre pobres e ricos, de Norte a Sul, dos mais aos menos escolarizados. O governo Dilma parece mais perto do fim do que do começo. Perdeu o fôlego e a capacidade de liderar já no terceiro mês de mandato. As crises se sucedem em ritmo alucinante. A queda do ministro Cid Gomes, o da pátria educadora, foi um misto de ópera bufa com teatro do absurdo. Quem seria capaz de escrever um roteiro como esse? Mesmo quem apoia a presidente, dispara críticas, como os sindicalistas atacando o principal pilar de sua segunda gestão até aqui –o inadiável ajuste fiscal. Diante do abismo, Lula saiu do banco de reservas e convocou as reservas do PT para a luta. Acionou os exércitos de Stédile e da CUT revelando mais um custo Brasil que andava subestimado e que agora ficou mais nítido. A CUT provou na Paulista que foi um dos melhores investimentos do PT com o dinheiro do povo. Se o petista civil anda envergonhado de defender seu governo, os militantes da CUT vestiram o uniforme vermelho e marcharam pronta e disciplinadamente pela avenida chuvosa. Lula aprovou e já convocou uma reunião dos dirigentes petistas no final deste mês para "atuar na agenda de mobilização dos movimentos populares em defesa da democracia e das conquistas sociais". Como se alguém fosse contra a democracia e as conquistas sociais –os poucos que defenderam a volta da ditadura no domingo foram invariavelmente vaiados e hostilizados. Lula sabe que não dá para deixar a condução do governo nas mãos desse governo. O problema é saber até onde está disposto a levar suas tropas. Uma coisa é certa: a elite, unida, jamais será vencida. A CUT e o MST promovem marchas desde que foram criados, quase sempre a mando do PT. A elite não saía às ruas desde as Diretas e Collor. Essa é a novidade, essa é a vanguarda do povo. E esse é o grande muro de contenção contra um PT cada vez mais amedrontado e desesperado.
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Cambistas vendem ingresso do Lolla por preço menor que meia-entrada
Por volta das 15h30 deste sábado (28), próximo às entradas do Autódromo de Interlagos, onde ocorre o festival Lollapalooza, cambistas vendem ingressos por R$ 150 cada um. O valor é menor do que o preço oficial da meia-entrada, que custa R$ 170 nas bilheterias. O ingresso inteiro sai por R$ 340 nos postos de venda oficial. Por volta do meio-dia, no início do festival, as entradas eram oferecidas na calçada por até R$ 300. Alguns cambistas exibiam os ingressos e bradavam o preço sem medo da polícia, que estava por perto. Um deles prometia fornecer um acompanhante para ir com o comprador até a catraca para garantir que ele entrasse. Do lado de fora, também são oferecidas capas de chuva por R$ 10 cada uma. A cerveja sai por um terço do preço do lado de dentro: ambulantes e bares credenciados pela Skol, patrocinadora do Lollapalooza, vendem três latas por R$ 10. Nos quiosques internos, cada copo de cerveja custa R$ 10.
ilustrada
Cambistas vendem ingresso do Lolla por preço menor que meia-entradaPor volta das 15h30 deste sábado (28), próximo às entradas do Autódromo de Interlagos, onde ocorre o festival Lollapalooza, cambistas vendem ingressos por R$ 150 cada um. O valor é menor do que o preço oficial da meia-entrada, que custa R$ 170 nas bilheterias. O ingresso inteiro sai por R$ 340 nos postos de venda oficial. Por volta do meio-dia, no início do festival, as entradas eram oferecidas na calçada por até R$ 300. Alguns cambistas exibiam os ingressos e bradavam o preço sem medo da polícia, que estava por perto. Um deles prometia fornecer um acompanhante para ir com o comprador até a catraca para garantir que ele entrasse. Do lado de fora, também são oferecidas capas de chuva por R$ 10 cada uma. A cerveja sai por um terço do preço do lado de dentro: ambulantes e bares credenciados pela Skol, patrocinadora do Lollapalooza, vendem três latas por R$ 10. Nos quiosques internos, cada copo de cerveja custa R$ 10.
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Maracanã pede socorro e tem de ser administrado de forma eficiente
Não foi para não jogar no Maracanã em 2017 o grito do presidente Eduardo Bandeira de Mello. O Flamengo quer o Maraca. Não quer jogar por preços exorbitantes cobrados por empreiteiras, seja a Odebrecht, atual detentora da concessão, seja a Lagardère, candidata à compra no ano que vem. Até dois meses atrás, considerava-se certa a devolução do Maracanã ao governo do Estado e uma nova licitação da qual poderiam participar os clubes. Hoje, o cenário é diferente. O governo estadual julga que a nova licitação demandaria tempo demais. Prefere a revenda dos direitos da Odebrecht. A empreiteira francesa Lagardère administra 58 arenas no mundo. Uma delas é o Stade de France, que construiu e herdou num modelo semelhante ao que a Odebrecht usou no Rio de Janeiro. No Brasil, a Lagardère tem o Castelão. Em novembro de 2014, o governo do Ceará retomou o estádio sob o argumento de que havia graves deficiências na gestão. O consórcio conseguiu recuperar a arena, mas as reclamações persistem. A Lagardère está aliada a Bruno Balsimelli, dono da BWA, concessionária do estádio Independência, em Belo Horizonte. Há doze meses a empresa não paga o governo mineiro, sob o argumento de que a operação é deficitária. O temor do Flamengo é que o governo fluminense entregue o Maracanã ao consórcio Lagardère-BWA, por ter sido o segundo colocado da licitação, em 2013. Uma reunião no Palácio Guanabara nesta semana indicou que não será esta a solução adotada. Pode haver a revenda. Em tese, como o Maracanã é um bem público, a única coisa correta a fazer seria uma nova licitação. Se houver uma revenda e se ela for considerada legal, Flamengo e Fluminense devem entrar no processo, mas precisarão de companhia, porque as regras de 2013 impediam os clubes na concorrência. A lógica seria um grupo com os dois clubes e mais a empresa de marketing esportivo CSM, que hoje tem a chave do estádio e faz a operação dos jogos até o fim do ano. A questão não é se Lagardère-BWA, CSM, Flamengo ou Fluminense serão os administradores do estádio. O ponto é que o Maracanã é patrimônio cultural do país. Se a Lagardère herdar a concessão da Odebrecht, o Flamengo não jogará lá. Há lembranças de Balsimelli e de acordos mal explicados para intermediação de contratos de TV com Eduardo José Farah, na década passada. Também vale lembrar que a BWA fazia a venda de ingressos na época da Suderj, com aval da federação do Rio. Voltar no tempo não seria bom nem para a imagem do governo. No ano que vem, o Flamengo tem a opção do Engenhão, descartada em princípio por causa das más relações entre as diretorias rubro-negra e botafoguense. No Botafogo, só não há quem defenda abertamente a saída do Engenhão e a ida para a Arena da Ilha do Governador, porque no dia seguinte o Flamengo se instalaria lá. No fundo, seria bom para todos. Menos para o Maracanã.Bandeira tem razão ao afirmar que o Maraca precisa mais do Flamengo do que o inverso. Mas quem necessita mesmo do Maracanã é o futebol brasileiro. O estádio tem de ser administrado por quem o faça rentável, eficiente, moderno e presente nos campeonatos todas as semanas.
colunas
Maracanã pede socorro e tem de ser administrado de forma eficienteNão foi para não jogar no Maracanã em 2017 o grito do presidente Eduardo Bandeira de Mello. O Flamengo quer o Maraca. Não quer jogar por preços exorbitantes cobrados por empreiteiras, seja a Odebrecht, atual detentora da concessão, seja a Lagardère, candidata à compra no ano que vem. Até dois meses atrás, considerava-se certa a devolução do Maracanã ao governo do Estado e uma nova licitação da qual poderiam participar os clubes. Hoje, o cenário é diferente. O governo estadual julga que a nova licitação demandaria tempo demais. Prefere a revenda dos direitos da Odebrecht. A empreiteira francesa Lagardère administra 58 arenas no mundo. Uma delas é o Stade de France, que construiu e herdou num modelo semelhante ao que a Odebrecht usou no Rio de Janeiro. No Brasil, a Lagardère tem o Castelão. Em novembro de 2014, o governo do Ceará retomou o estádio sob o argumento de que havia graves deficiências na gestão. O consórcio conseguiu recuperar a arena, mas as reclamações persistem. A Lagardère está aliada a Bruno Balsimelli, dono da BWA, concessionária do estádio Independência, em Belo Horizonte. Há doze meses a empresa não paga o governo mineiro, sob o argumento de que a operação é deficitária. O temor do Flamengo é que o governo fluminense entregue o Maracanã ao consórcio Lagardère-BWA, por ter sido o segundo colocado da licitação, em 2013. Uma reunião no Palácio Guanabara nesta semana indicou que não será esta a solução adotada. Pode haver a revenda. Em tese, como o Maracanã é um bem público, a única coisa correta a fazer seria uma nova licitação. Se houver uma revenda e se ela for considerada legal, Flamengo e Fluminense devem entrar no processo, mas precisarão de companhia, porque as regras de 2013 impediam os clubes na concorrência. A lógica seria um grupo com os dois clubes e mais a empresa de marketing esportivo CSM, que hoje tem a chave do estádio e faz a operação dos jogos até o fim do ano. A questão não é se Lagardère-BWA, CSM, Flamengo ou Fluminense serão os administradores do estádio. O ponto é que o Maracanã é patrimônio cultural do país. Se a Lagardère herdar a concessão da Odebrecht, o Flamengo não jogará lá. Há lembranças de Balsimelli e de acordos mal explicados para intermediação de contratos de TV com Eduardo José Farah, na década passada. Também vale lembrar que a BWA fazia a venda de ingressos na época da Suderj, com aval da federação do Rio. Voltar no tempo não seria bom nem para a imagem do governo. No ano que vem, o Flamengo tem a opção do Engenhão, descartada em princípio por causa das más relações entre as diretorias rubro-negra e botafoguense. No Botafogo, só não há quem defenda abertamente a saída do Engenhão e a ida para a Arena da Ilha do Governador, porque no dia seguinte o Flamengo se instalaria lá. No fundo, seria bom para todos. Menos para o Maracanã.Bandeira tem razão ao afirmar que o Maraca precisa mais do Flamengo do que o inverso. Mas quem necessita mesmo do Maracanã é o futebol brasileiro. O estádio tem de ser administrado por quem o faça rentável, eficiente, moderno e presente nos campeonatos todas as semanas.
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Outro fracasso anunciado
RIO DE JANEIRO - Quando se fala nos grandes fiascos já confirmados da Rio-2016, sempre é citada a infame despoluição da baía de Guanabara, que o governo do Estado não vai cumprir como prometido. Mas há um outro fracasso praticamente idêntico também já assegurado, embora menos comentado: o da recuperação do sistema lagunar da Barra e de Jacarepaguá. Como no caso da baía, é um problema antigo cuja solução estava prevista no dossiê de candidatura do Rio —seria um dos legados dos Jogos—, mas será frustrada. A poluição das quatro lagoas do sistema, que fica na região que será o coração da Olimpíada, vem do século passado e foi agravada pelo crescimento populacional em seu entorno. No Pan-07, cogitou-se realizar ali as provas de esqui aquático. "Será um assassinato colocar qualquer pessoa dentro dessas lagoas. Isso é uma verdadeira lata de lixo", disse à época o biólogo Mário Moscatelli. A competição acabaria mudando de lugar. Pouca coisa mudou de um evento esportivo para o outro. O malogro do plano de despoluição do local, orçado em R$ 673 milhões, teve todas as piores características das obras públicas da Rio-2016: começou com uma denúncia de formação de cartel e acabou com o governo estadual afirmando que não terá dinheiro para fazer o que havia prometido. A pouca repercussão desse desastre certamente se deve ao fato de que aquelas águas não receberão nenhum esporte durante os Jogos —diferentemente da baía, sede das provas de vela. Mas, como a lagoa de Jacarepaguá ladeia todo o Parque Olímpico, há uma boa chance de que atletas e espectadores percebam o problema, como já o fazem os moradores da área. Os Jogos acontecem em agosto e, no mesmo mês do ano passado, foram recolhidas seis toneladas de peixes mortos justamente ali. marco.canonico@grupofolha.com.br
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Outro fracasso anunciadoRIO DE JANEIRO - Quando se fala nos grandes fiascos já confirmados da Rio-2016, sempre é citada a infame despoluição da baía de Guanabara, que o governo do Estado não vai cumprir como prometido. Mas há um outro fracasso praticamente idêntico também já assegurado, embora menos comentado: o da recuperação do sistema lagunar da Barra e de Jacarepaguá. Como no caso da baía, é um problema antigo cuja solução estava prevista no dossiê de candidatura do Rio —seria um dos legados dos Jogos—, mas será frustrada. A poluição das quatro lagoas do sistema, que fica na região que será o coração da Olimpíada, vem do século passado e foi agravada pelo crescimento populacional em seu entorno. No Pan-07, cogitou-se realizar ali as provas de esqui aquático. "Será um assassinato colocar qualquer pessoa dentro dessas lagoas. Isso é uma verdadeira lata de lixo", disse à época o biólogo Mário Moscatelli. A competição acabaria mudando de lugar. Pouca coisa mudou de um evento esportivo para o outro. O malogro do plano de despoluição do local, orçado em R$ 673 milhões, teve todas as piores características das obras públicas da Rio-2016: começou com uma denúncia de formação de cartel e acabou com o governo estadual afirmando que não terá dinheiro para fazer o que havia prometido. A pouca repercussão desse desastre certamente se deve ao fato de que aquelas águas não receberão nenhum esporte durante os Jogos —diferentemente da baía, sede das provas de vela. Mas, como a lagoa de Jacarepaguá ladeia todo o Parque Olímpico, há uma boa chance de que atletas e espectadores percebam o problema, como já o fazem os moradores da área. Os Jogos acontecem em agosto e, no mesmo mês do ano passado, foram recolhidas seis toneladas de peixes mortos justamente ali. marco.canonico@grupofolha.com.br
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Renan diz que Lula não foi processado no mensalão por falta de investigação
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia "saído", ou seja, não processado no caso do mensalão porque os pagamentos ao marqueteiro Duda Mendonça no exterior não foram investigados a fundo quando vieram a público, em 2005. A declaração foi feita em uma das conversas mantidas em março passado com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que gravou diálogos e os entregou ao Ministério Público Federal. Em 2005, Duda, que havia trabalhado na vitoriosa campanha de Lula em 2002, reconheceu, em depoimento prestado à CPI dos Correios, que havia recebido no exterior cerca de R$ 10 milhões em esquema de caixa dois. Na época, Duda afirmou que o dinheiro havia sido transferido pelo publicitário mineiro Marcos Valério Souza, pivô do escândalo do mensalão. Na conversa com Machado, ocorrida em março passado, que foi gravada como parte de um acordo de delação premiada de Machado com a PGR (Procuradoria-Geral da República), Renan procurou explicar "por que o Lula saiu": "O Duda fez a delação, e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo". Na sequência da conversa, Machado afirma que, durante seu governo, Lula "não fez", provável referência a não ter cometido irregularidades, porém "quando chegou no final do governo botou na real". "Caiu na real", concordou Renan. Segundo Machado, foram feitas "umas merdas, um sítio merda, um apartamento merda", citações ao sítio de Atibaia (SP) frequentado por Lula e a um apartamento da Bancoop, cooperativa de bancários, construído pela OAS no Guarujá (SP). "Apartamento bancário!", ironizou Renan. "Duzentos metros quadrados, Renan. Quer dizer, foi uma cagada enorme", disse Machado. Segundo ele, Lula, além de Sérgio Gabrielli e "uma turma", "armaram" a criação da empresa Sete Brasil, empresa constituída em 2010, último ano do segundo governo de Lula, voltada para a construção de navios-sonda para exploração do pré-sal brasileiro. No mesmo diálogo, Machado indagou a Renan se o advogado Eduardo Ferrão, defensor do senador, realmente tinha influência, se tinha "força", sobre o ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal. Renan corrigiu: "Acesso. Nesse primeiro momento é o acesso". Não há indícios, nas gravações até aqui reveladas, de que Ferrão tenha de fato tentado influir o ministro Teori. Em outra conversa gravada, pelo contrário, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz que não tem acesso a Teori, que seria uma pessoa "fechada". Em diálogo revelado pela TV Globo, Machado e Renan tratam ainda da recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República. O senador diz que foi contra a recondução. DILMA Machado culpou a presidente agora afastada Dilma Rousseff pela crise política gerada pelas investigações. "Ela [Dilma] foi louca, ela viu essa porra e achou que dava. Renan, se você está no governo e começa o incêndio, estando ou não no meio, você tem que apagar, tá dando merda. Não podemos deixar essa porra para baixo de jeito nenhum", disse Machado. O ex-dirigente disse que a empreiteira Odebrecht estava contrariada com Dilma. "O que está incomodando muito a Odebrecht, que eu soube, isso eu já soube, é que recebeu caixa dois no exterior em todos esses mercados que a Odebrecht apurava e o pessoal está puto com ela [Dilma]", disse Machado. Em diálogo revelado pelo "Jornal da Globo", José Sarney afirmou a Sérgio Machado que Dilma teria "tratado diretamente sobre o pagamento" da Odebrecht para o marqueteiro João Santana. Por isso, disse o ex-presidente, a Odebrecht iria delatar: "Vão contar tudo. Vão livrar a cara do Lula. E vão pegar a Dilma." OUTRO LADO Em nota, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reiterou que "não tomou nenhuma iniciativa ou fez gestões para dificultar ou obstruir as investigações da operação Lava Jato, até porque elas são intocáveis e, por essa razão, não adianta o desespero de nenhum delator". A nota não tratou das perguntas da Folha sobre os comentários de Renan acerca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli rebateu a ideia de que a Sete Brasil tenha sido um erro. "A empresa foi criada para viabilizar a construção de sondas no Brasil, coisa extremamente importante para o pré-sal brasileiro. O projeto é correto. Os problemas que ocorreram foram decorrentes de dificuldades de financiamento do BNDES e de algumas fontes, nada de coisas clandestinas ou ilegais", disse Gabrielli. O ex-presidente da petroleira disse que participou das discussões sobre a criação da empresa porque a Petrobras era sócia minoritária e principal contratante da empresa. O então presidente Lula, segundo Gabrielli, participou das conversas na época "do ponto de vista da defesa do conteúdo nacional". Em nota, o advogado Eduardo Ferrão afirmou que "em nenhum momento" foi " procurado por quem quer que seja para tratar do assunto ali mencionado. E mesmo que o fosse, rejeitaria veementemente solicitação de tal natureza", ou seja, procurar o ministro do STF Teori Zavascki para defender a posição de Sérgio Machado. Em nota nesta quinta-feira (26), a assessoria de Dilma Rousseff negou irregularidades em pagamentos ao publicitário João Santana e afirmou que "as tentativas de envolver" o nome da presidente afastada "em situações das quais ela nunca participou ou teve qualquer responsabilidade são escusas e direcionadas. E só se explicam em razão de interesses inconfessáveis". Procurado, o Instituto Lula afirmou, em nota: "Nenhum homem público brasileiro foi tão investigado quanto Lula em 40 anos de vida pública, sem que nada fosse encontrado contra ele. E nenhum outro foi tão caluniado quanto Lula, por todos os meios, até mesmo por essa abjeta autogravação, feita sob encomenda para difamar". Os advogados de Machado não foram localizados. Eles têm dito à imprensa que não se comentarão o assunto porque a delação está sob segredo de Justiça. - MACHADO - Os canais para... porra. RENAN - O problema do Lu... por que que o Lula saiu [não foi acusado no processo do mensalão]? Porque o Duda [Mendonça, marqueteiro] fez a delação -na época nem tinha [a lei]-, o Duda fez a delação, e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo. MACHADO - E o Lula, Renan, durante [inaudível] um tempo não fez. [...] Quando chegou no final do governo... RENAN - Veio, caiu na real. MACHADO -...botou na real. Aí [inaudível] umas besteiras, como a Marisa diz, besteira. Ele tem 30 milhões em caixa. Como é que não comprou um apartamento, uma porra [inaudível]. Porra, umas merdas, um sítio merda, um apartamento merda. RENAN - Apartamento bancário! MACHADO - De bancário, deixa o cara decorar... RENAN - Da Bancoop. MACHADO - Duzentos metros quadrados, Renan. Quer dizer, foi uma cagada enorme, e aí ele se fodeu. Porque ele não fez no governo. Ele armou depois, naquela Sete, naquela Sete que armou. Inclusive tentaram [inaudível]. E ali foi o Gabrielli, junto com uma turma, armaram aquilo, foi outra cagada. RENAN - Outra cagada. MACHADO - E ela [Dilma] foi louca, ela viu essa porra e achou que dava. Renan, se você está no governo e começa o incêndio, estando ou não no meio, você tem que apagar, tá dando merda. Você não pode deixar o fogo subir. Esses são os caras. Não podemos deixar essa porra para baixo de jeito nenhum. Você acha que o [advogado Eduardo] Ferrão tem força sobre ele [Teori]? RENAN - Acesso. Nesse primeiro momento é o acesso. MACHADO - E eu não vou falar nada com o meu pessoal porque não quero ninguém metido nisso. [...] MACHADO - Hoje, eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse bosta, não. Aquele cara ali... RENAN - Quem? MACHADO - Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali. RENAN - Eu tentei... Mas eu estava só. [...] MACHADO - [Sobre financiamento de campanha] Quantas vezes tive que interromper campanhas honestas para ir encontrar pessoas e dizer, 'olha, estou desesperado, preciso de dinheiro'? Encontrar 25 pessoas, cinco vão doar, entre essas cinco que vão doar, uma está metida em problema com quem você não devia se associar. Como é que você no meio de eleição, para ganhar ou para perder, tu quer saber de onde é que vem a origem? RENAN - [inaudível]... A Odebrecht ficou de pagar [...]. MACHADO - Quem mais contribuiu para ela [Dilma]? RENAN - O negócio do João. Só que...[inaudível] Então ela fingia que estava [inaudível] provar que não tem influência nenhuma. MACHADO - [inaudível] RENAN - Isso que ia dar problema. MACHADO - [Inaudível] Isso ia dar problema, esteve com ela e falou isso, e os donos não deram nenhuma importância. Agora, o que está incomodando muito a Odebrecht, que eu soube, isso eu já soube, é que recebeu caixa dois no exterior em todos esses mercados que a Odebrecht apurava e o pessoal está puto com ela. RENAN - É. E o João Santana soube e continuou fazendo campanha, ganhar dinheiro. Só daquele Eduardo, de Angola, a campanha custou 150 milhões. MACHADO - É, eu sei. E agora eles estão putos porque agora estão... Vão responder em torno dela, comprovado, comprovadamente. E a Suíça enlouqueceu. Era o país mais seguro do mundo e virou o país mais inseguro do mundo. Então acho que tem que fazer, Renan, um processo... Porque todo político está assim. Não tem nenhum. Quem é que nunca pediu dinheiro? José Agripino, Aécio, Arthur, Aloysio. [...] RENAN - Os caras deram uma nota, o UOL, que o Teori estava despachando nesse final de semana... MACHADO - Foi isso, foi isso, deu o maior rolo do mundo. RENAN - Não, lá em Alagoas, o cara botou no UOL que estava querendo ver meu caso, que é a pressão que esse filho da puta faz todos os dias... Não sei o quê e tal. Aí veio um cara que trabalha com a gente, ou querendo prestar serviço, ninguém sabe direito disso, disse o seguinte: 'Olha, eu estou com informações aí, informações seguras, do pessoal da rede hoteleira, que tem 70 policiais da Polícia Federal e que vai fazer busca e apreensão, tal, na sua casa'. Imagina o cara ouvindo uma porra dessas. Você não tem o que fazer. MACHADO - Não tinha o que fazer. Você tem que estar psicologicamente preparado para essa merda. Aí não adianta tentar falar com ninguém, querer ter informação. Mas essa história foi domingo passado. De norte a sul de leste a oeste. [...] Boataria, boataria. [...] RENAN - [...] Ninguém sabe, eles vivem nessa obsessão. [...] RENAN - Mas você tem ideia do louco que é isso. MACHADO - Tudo por causa dessa mulher aí. Renan, como esses caras nomeiam oito ministros do Supremo, oito! Para cima do Rio é tudo um bando de fanfarrão. Fux, não sei quem, não sei quem. A Rosa Weber não deu o negócio do Lula, rapaz. RENAN - Não deu. Falei com o Lula outro dia... MACHADO - Ele acha que ganha no pleno? RENAN - Acha que gan... Tem que aguardar essa decisão. MACHADO - Mas ele foi [inaudível]? Ele perdeu, o negócio dos procuradores, não deram. RENAN - Aí porque é lobista, tem influência sobre a mulher. Mas toda vez a mulher fica contra. Eu quero é estar perdendo. Esse povo liga 'presidente... de qualquer maneira tem acesso...' MACHADO - A Dilma não tem condições. Você vê, presidente, nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente. SARNEY - E, nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente. E ela foi quem falou com o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo Santana. MACHADO - Isso é muito sério. Presidente, você pegou o marqueteiro dos três para o presidente do Brasil. Deixa que o ministro da Justiça, que é um banana, só diz besteira, nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. É que estavam dizendo esta semana: a presidente é bunda mole. A gente não tem um fato positivo. SARNEY - E todo mundo, todo mundo acovardado. MACHADO - Acovardado.
poder
Renan diz que Lula não foi processado no mensalão por falta de investigaçãoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia "saído", ou seja, não processado no caso do mensalão porque os pagamentos ao marqueteiro Duda Mendonça no exterior não foram investigados a fundo quando vieram a público, em 2005. A declaração foi feita em uma das conversas mantidas em março passado com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que gravou diálogos e os entregou ao Ministério Público Federal. Em 2005, Duda, que havia trabalhado na vitoriosa campanha de Lula em 2002, reconheceu, em depoimento prestado à CPI dos Correios, que havia recebido no exterior cerca de R$ 10 milhões em esquema de caixa dois. Na época, Duda afirmou que o dinheiro havia sido transferido pelo publicitário mineiro Marcos Valério Souza, pivô do escândalo do mensalão. Na conversa com Machado, ocorrida em março passado, que foi gravada como parte de um acordo de delação premiada de Machado com a PGR (Procuradoria-Geral da República), Renan procurou explicar "por que o Lula saiu": "O Duda fez a delação, e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo". Na sequência da conversa, Machado afirma que, durante seu governo, Lula "não fez", provável referência a não ter cometido irregularidades, porém "quando chegou no final do governo botou na real". "Caiu na real", concordou Renan. Segundo Machado, foram feitas "umas merdas, um sítio merda, um apartamento merda", citações ao sítio de Atibaia (SP) frequentado por Lula e a um apartamento da Bancoop, cooperativa de bancários, construído pela OAS no Guarujá (SP). "Apartamento bancário!", ironizou Renan. "Duzentos metros quadrados, Renan. Quer dizer, foi uma cagada enorme", disse Machado. Segundo ele, Lula, além de Sérgio Gabrielli e "uma turma", "armaram" a criação da empresa Sete Brasil, empresa constituída em 2010, último ano do segundo governo de Lula, voltada para a construção de navios-sonda para exploração do pré-sal brasileiro. No mesmo diálogo, Machado indagou a Renan se o advogado Eduardo Ferrão, defensor do senador, realmente tinha influência, se tinha "força", sobre o ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal. Renan corrigiu: "Acesso. Nesse primeiro momento é o acesso". Não há indícios, nas gravações até aqui reveladas, de que Ferrão tenha de fato tentado influir o ministro Teori. Em outra conversa gravada, pelo contrário, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz que não tem acesso a Teori, que seria uma pessoa "fechada". Em diálogo revelado pela TV Globo, Machado e Renan tratam ainda da recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República. O senador diz que foi contra a recondução. DILMA Machado culpou a presidente agora afastada Dilma Rousseff pela crise política gerada pelas investigações. "Ela [Dilma] foi louca, ela viu essa porra e achou que dava. Renan, se você está no governo e começa o incêndio, estando ou não no meio, você tem que apagar, tá dando merda. Não podemos deixar essa porra para baixo de jeito nenhum", disse Machado. O ex-dirigente disse que a empreiteira Odebrecht estava contrariada com Dilma. "O que está incomodando muito a Odebrecht, que eu soube, isso eu já soube, é que recebeu caixa dois no exterior em todos esses mercados que a Odebrecht apurava e o pessoal está puto com ela [Dilma]", disse Machado. Em diálogo revelado pelo "Jornal da Globo", José Sarney afirmou a Sérgio Machado que Dilma teria "tratado diretamente sobre o pagamento" da Odebrecht para o marqueteiro João Santana. Por isso, disse o ex-presidente, a Odebrecht iria delatar: "Vão contar tudo. Vão livrar a cara do Lula. E vão pegar a Dilma." OUTRO LADO Em nota, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reiterou que "não tomou nenhuma iniciativa ou fez gestões para dificultar ou obstruir as investigações da operação Lava Jato, até porque elas são intocáveis e, por essa razão, não adianta o desespero de nenhum delator". A nota não tratou das perguntas da Folha sobre os comentários de Renan acerca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli rebateu a ideia de que a Sete Brasil tenha sido um erro. "A empresa foi criada para viabilizar a construção de sondas no Brasil, coisa extremamente importante para o pré-sal brasileiro. O projeto é correto. Os problemas que ocorreram foram decorrentes de dificuldades de financiamento do BNDES e de algumas fontes, nada de coisas clandestinas ou ilegais", disse Gabrielli. O ex-presidente da petroleira disse que participou das discussões sobre a criação da empresa porque a Petrobras era sócia minoritária e principal contratante da empresa. O então presidente Lula, segundo Gabrielli, participou das conversas na época "do ponto de vista da defesa do conteúdo nacional". Em nota, o advogado Eduardo Ferrão afirmou que "em nenhum momento" foi " procurado por quem quer que seja para tratar do assunto ali mencionado. E mesmo que o fosse, rejeitaria veementemente solicitação de tal natureza", ou seja, procurar o ministro do STF Teori Zavascki para defender a posição de Sérgio Machado. Em nota nesta quinta-feira (26), a assessoria de Dilma Rousseff negou irregularidades em pagamentos ao publicitário João Santana e afirmou que "as tentativas de envolver" o nome da presidente afastada "em situações das quais ela nunca participou ou teve qualquer responsabilidade são escusas e direcionadas. E só se explicam em razão de interesses inconfessáveis". Procurado, o Instituto Lula afirmou, em nota: "Nenhum homem público brasileiro foi tão investigado quanto Lula em 40 anos de vida pública, sem que nada fosse encontrado contra ele. E nenhum outro foi tão caluniado quanto Lula, por todos os meios, até mesmo por essa abjeta autogravação, feita sob encomenda para difamar". Os advogados de Machado não foram localizados. Eles têm dito à imprensa que não se comentarão o assunto porque a delação está sob segredo de Justiça. - MACHADO - Os canais para... porra. RENAN - O problema do Lu... por que que o Lula saiu [não foi acusado no processo do mensalão]? Porque o Duda [Mendonça, marqueteiro] fez a delação -na época nem tinha [a lei]-, o Duda fez a delação, e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo. MACHADO - E o Lula, Renan, durante [inaudível] um tempo não fez. [...] Quando chegou no final do governo... RENAN - Veio, caiu na real. MACHADO -...botou na real. Aí [inaudível] umas besteiras, como a Marisa diz, besteira. Ele tem 30 milhões em caixa. Como é que não comprou um apartamento, uma porra [inaudível]. Porra, umas merdas, um sítio merda, um apartamento merda. RENAN - Apartamento bancário! MACHADO - De bancário, deixa o cara decorar... RENAN - Da Bancoop. MACHADO - Duzentos metros quadrados, Renan. Quer dizer, foi uma cagada enorme, e aí ele se fodeu. Porque ele não fez no governo. Ele armou depois, naquela Sete, naquela Sete que armou. Inclusive tentaram [inaudível]. E ali foi o Gabrielli, junto com uma turma, armaram aquilo, foi outra cagada. RENAN - Outra cagada. MACHADO - E ela [Dilma] foi louca, ela viu essa porra e achou que dava. Renan, se você está no governo e começa o incêndio, estando ou não no meio, você tem que apagar, tá dando merda. Você não pode deixar o fogo subir. Esses são os caras. Não podemos deixar essa porra para baixo de jeito nenhum. Você acha que o [advogado Eduardo] Ferrão tem força sobre ele [Teori]? RENAN - Acesso. Nesse primeiro momento é o acesso. MACHADO - E eu não vou falar nada com o meu pessoal porque não quero ninguém metido nisso. [...] MACHADO - Hoje, eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse bosta, não. Aquele cara ali... RENAN - Quem? MACHADO - Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali. RENAN - Eu tentei... Mas eu estava só. [...] MACHADO - [Sobre financiamento de campanha] Quantas vezes tive que interromper campanhas honestas para ir encontrar pessoas e dizer, 'olha, estou desesperado, preciso de dinheiro'? Encontrar 25 pessoas, cinco vão doar, entre essas cinco que vão doar, uma está metida em problema com quem você não devia se associar. Como é que você no meio de eleição, para ganhar ou para perder, tu quer saber de onde é que vem a origem? RENAN - [inaudível]... A Odebrecht ficou de pagar [...]. MACHADO - Quem mais contribuiu para ela [Dilma]? RENAN - O negócio do João. Só que...[inaudível] Então ela fingia que estava [inaudível] provar que não tem influência nenhuma. MACHADO - [inaudível] RENAN - Isso que ia dar problema. MACHADO - [Inaudível] Isso ia dar problema, esteve com ela e falou isso, e os donos não deram nenhuma importância. Agora, o que está incomodando muito a Odebrecht, que eu soube, isso eu já soube, é que recebeu caixa dois no exterior em todos esses mercados que a Odebrecht apurava e o pessoal está puto com ela. RENAN - É. E o João Santana soube e continuou fazendo campanha, ganhar dinheiro. Só daquele Eduardo, de Angola, a campanha custou 150 milhões. MACHADO - É, eu sei. E agora eles estão putos porque agora estão... Vão responder em torno dela, comprovado, comprovadamente. E a Suíça enlouqueceu. Era o país mais seguro do mundo e virou o país mais inseguro do mundo. Então acho que tem que fazer, Renan, um processo... Porque todo político está assim. Não tem nenhum. Quem é que nunca pediu dinheiro? José Agripino, Aécio, Arthur, Aloysio. [...] RENAN - Os caras deram uma nota, o UOL, que o Teori estava despachando nesse final de semana... MACHADO - Foi isso, foi isso, deu o maior rolo do mundo. RENAN - Não, lá em Alagoas, o cara botou no UOL que estava querendo ver meu caso, que é a pressão que esse filho da puta faz todos os dias... Não sei o quê e tal. Aí veio um cara que trabalha com a gente, ou querendo prestar serviço, ninguém sabe direito disso, disse o seguinte: 'Olha, eu estou com informações aí, informações seguras, do pessoal da rede hoteleira, que tem 70 policiais da Polícia Federal e que vai fazer busca e apreensão, tal, na sua casa'. Imagina o cara ouvindo uma porra dessas. Você não tem o que fazer. MACHADO - Não tinha o que fazer. Você tem que estar psicologicamente preparado para essa merda. Aí não adianta tentar falar com ninguém, querer ter informação. Mas essa história foi domingo passado. De norte a sul de leste a oeste. [...] Boataria, boataria. [...] RENAN - [...] Ninguém sabe, eles vivem nessa obsessão. [...] RENAN - Mas você tem ideia do louco que é isso. MACHADO - Tudo por causa dessa mulher aí. Renan, como esses caras nomeiam oito ministros do Supremo, oito! Para cima do Rio é tudo um bando de fanfarrão. Fux, não sei quem, não sei quem. A Rosa Weber não deu o negócio do Lula, rapaz. RENAN - Não deu. Falei com o Lula outro dia... MACHADO - Ele acha que ganha no pleno? RENAN - Acha que gan... Tem que aguardar essa decisão. MACHADO - Mas ele foi [inaudível]? Ele perdeu, o negócio dos procuradores, não deram. RENAN - Aí porque é lobista, tem influência sobre a mulher. Mas toda vez a mulher fica contra. Eu quero é estar perdendo. Esse povo liga 'presidente... de qualquer maneira tem acesso...' MACHADO - A Dilma não tem condições. Você vê, presidente, nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente. SARNEY - E, nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente. E ela foi quem falou com o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo Santana. MACHADO - Isso é muito sério. Presidente, você pegou o marqueteiro dos três para o presidente do Brasil. Deixa que o ministro da Justiça, que é um banana, só diz besteira, nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. É que estavam dizendo esta semana: a presidente é bunda mole. A gente não tem um fato positivo. SARNEY - E todo mundo, todo mundo acovardado. MACHADO - Acovardado.
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Fotos de mulheres em reportagem foram traumatizantes, diz leitora
Sou casada e tenho dois filhos, um menino de 11 anos e uma menina de 8. Todas as manhãs, eu e minha família damos uma parada na rotina para, juntos, lermos a Folha. Na terça (13), porém, eu me deparei com minhas crianças apreciando na "Ilustrada" a reportagem Memórias do cárcere. Não vou entrar no mérito da reportagem, entretanto fiquei indignada e muito envergonhada quando meus filhos me mostraram a foto com a legenda "Mulheres peladas coladas por detentos em parede da prisão", na qual a maioria das mulheres aparece com suas genitálias escancaradas. Eu não sou careta, porém foi uma experiência extremamente traumatizante tanto para mim como para as crianças. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Fotos de mulheres em reportagem foram traumatizantes, diz leitoraSou casada e tenho dois filhos, um menino de 11 anos e uma menina de 8. Todas as manhãs, eu e minha família damos uma parada na rotina para, juntos, lermos a Folha. Na terça (13), porém, eu me deparei com minhas crianças apreciando na "Ilustrada" a reportagem Memórias do cárcere. Não vou entrar no mérito da reportagem, entretanto fiquei indignada e muito envergonhada quando meus filhos me mostraram a foto com a legenda "Mulheres peladas coladas por detentos em parede da prisão", na qual a maioria das mulheres aparece com suas genitálias escancaradas. Eu não sou careta, porém foi uma experiência extremamente traumatizante tanto para mim como para as crianças. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Com a presença de Janot, fórum de Davos 'abraça' a Lava Jato
O Fórum de Davos abraçou a Operação Lava Jato, por mais que tenha sido a responsável pela prisão de alguns empresários de grosso calibre, entre eles Marcelo Odebrecht, indicado "jovem líder global" pelo Fórum Econômico Mundial, que organiza todo janeiro esse grande convescote de personalidades. O abraço foi tão apertado que o chanceler paraguaio Eladio Loizaga fez questão de puxar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para uma "selfie" com seu chefe, o presidente Horácio Cartes. Pouco antes, Cartes qualificara de "histórica" a Lava Jato, em um debate sobre o futuro da América Latina em que Janot nem sequer estava inscrito para falar. Mas foi convidado a fazê-lo certamente porque "antigamente, sabíamos os nomes dos generais, hoje sabemos os nomes de juízes e procuradores", como festejou Rebeca Grynspan, responsável pela Secretaria Geral Iberoamericana. O abraço continuou até depois da sessão: mal se levantou para sair, Janot foi cercado por um empresário mexicano que não apenas o cumprimentou como pediu conselhos sobre como proceder no caso de seu país –tradicionalmente foco de denúncias de corrupção. Janot foi chamado a falar pelo moderador, o acadêmico venezuelano radicado nos EUA Ricardo Hausmann (Kennedy School of Government), para quem a Lava Jato é algo que "não imaginávamos antes" e que pode servir de exemplo para "combater a corrupção no resto da região". Operação Lava Jato Janot agradeceu e atribuiu o sucesso da operação até agora à "independência do sistema judicial do Brasil, seja do Ministério Público, seja dos juízes". Na véspera, em conversa com a Folha, o procurador-geral havia dito que nunca havia sofrido pressões do Executivo, nem no governo anterior nem no atual. Mas frisou que só falava do Executivo, não do Legislativo. Janot citou dois pontos principais para os resultados obtidos: a independência institucional do Ministério Público [um dos principais produtos da muito criticada Constituição de 1988] e a cooperação com seus congêneres latino-americanos. Citou em especial a do Paraguai, talvez como gentileza pela presença na sala do presidente Cartes. Cartes, ao ser eleito, foi acusado de ser o principal responsável pelo contrabando de cigarros falsificados para o Brasil. Mas o ruído amenizou bastante depois da posse e nos anos mais recentes. Janot louvou também a cooperação do Ministério Público suíço, graças à qual foi possível "localizar valores ocultos na Suíça". Moisés Naím, outro acadêmico venezuelano radicado nos Estados Unidos (Centro Carnegie para a Paz Internacional) e ex-colunista da Folha, elogiou, por sua vez, o fato de a Lava Jato ter "tocado os mais poderosos na sociedade, o que está sendo feito institucionalmente". Emendou o presidente Cartes: "O que está acontecendo no Brasil com o Ministério Público é um exemplo para o mundo". "Sí, se puede", gritou, como torcedor, o mexicano Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o clubão das 34 economias mais relevantes do mundo, da qual o Brasil só não é parte porque não quer.
poder
Com a presença de Janot, fórum de Davos 'abraça' a Lava JatoO Fórum de Davos abraçou a Operação Lava Jato, por mais que tenha sido a responsável pela prisão de alguns empresários de grosso calibre, entre eles Marcelo Odebrecht, indicado "jovem líder global" pelo Fórum Econômico Mundial, que organiza todo janeiro esse grande convescote de personalidades. O abraço foi tão apertado que o chanceler paraguaio Eladio Loizaga fez questão de puxar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para uma "selfie" com seu chefe, o presidente Horácio Cartes. Pouco antes, Cartes qualificara de "histórica" a Lava Jato, em um debate sobre o futuro da América Latina em que Janot nem sequer estava inscrito para falar. Mas foi convidado a fazê-lo certamente porque "antigamente, sabíamos os nomes dos generais, hoje sabemos os nomes de juízes e procuradores", como festejou Rebeca Grynspan, responsável pela Secretaria Geral Iberoamericana. O abraço continuou até depois da sessão: mal se levantou para sair, Janot foi cercado por um empresário mexicano que não apenas o cumprimentou como pediu conselhos sobre como proceder no caso de seu país –tradicionalmente foco de denúncias de corrupção. Janot foi chamado a falar pelo moderador, o acadêmico venezuelano radicado nos EUA Ricardo Hausmann (Kennedy School of Government), para quem a Lava Jato é algo que "não imaginávamos antes" e que pode servir de exemplo para "combater a corrupção no resto da região". Operação Lava Jato Janot agradeceu e atribuiu o sucesso da operação até agora à "independência do sistema judicial do Brasil, seja do Ministério Público, seja dos juízes". Na véspera, em conversa com a Folha, o procurador-geral havia dito que nunca havia sofrido pressões do Executivo, nem no governo anterior nem no atual. Mas frisou que só falava do Executivo, não do Legislativo. Janot citou dois pontos principais para os resultados obtidos: a independência institucional do Ministério Público [um dos principais produtos da muito criticada Constituição de 1988] e a cooperação com seus congêneres latino-americanos. Citou em especial a do Paraguai, talvez como gentileza pela presença na sala do presidente Cartes. Cartes, ao ser eleito, foi acusado de ser o principal responsável pelo contrabando de cigarros falsificados para o Brasil. Mas o ruído amenizou bastante depois da posse e nos anos mais recentes. Janot louvou também a cooperação do Ministério Público suíço, graças à qual foi possível "localizar valores ocultos na Suíça". Moisés Naím, outro acadêmico venezuelano radicado nos Estados Unidos (Centro Carnegie para a Paz Internacional) e ex-colunista da Folha, elogiou, por sua vez, o fato de a Lava Jato ter "tocado os mais poderosos na sociedade, o que está sendo feito institucionalmente". Emendou o presidente Cartes: "O que está acontecendo no Brasil com o Ministério Público é um exemplo para o mundo". "Sí, se puede", gritou, como torcedor, o mexicano Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o clubão das 34 economias mais relevantes do mundo, da qual o Brasil só não é parte porque não quer.
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Adestradora de cães treina triatlo em busca de vaga na Paraolimpíada
LÍVIA SAMPAIO DE SÃO PAULO Às mulheres que não conseguem traçar uma linha sobre os olhos com delineador, uma provocação: Sabrina Custodia da Silva, 23, faz isso diariamente. Ela também abotoa a calça sozinha, acaba de se formar adestradora de cães e pratica triatlo —modalidade da pesada que reúne corrida, nado e pedal. A meta é competir na Paraolimpíada do Rio. "Como sou a única brasileira em minha categoria, depende 90% de mim", afirmou a paulistana, no parque Ibirapuera, enquanto estreava sua bicicleta ultraleve de fibra de carbono, adaptada especialmente para ela. Nascida no Grajaú, zona sul de São Paulo, ela perdeu as duas mãos e parte da perna direita em um acidente. Em 2011, ao subir na laje da casa —a mesma onde vive hoje— para mexer na antena da TV, desequilibrou-se e caiu sobre os fios de alta-tensão da rua, com o aparelho nas mãos. Depois de esperar horas pelo resgate, foi levada ao Hospital das Clínicas, onde passou três meses internada. "Apenas me lembro de acordar toda enfaixada. Não fazia ideia da gravidade", conta. Mesmo após as amputações, ela diz que nunca se sentiu deprimida, tampouco se coloca na condição de vítima. "Pensei: 'Quase morri, preciso agradecer por estar viva'. Tem gente que não pode nem sair da cama. Não sou uma coitadinha." No esporte, Sabrina começou em 2012, para dar uma força a uma conhecida que também passou por amputações e estava deprimida. "Fazíamos natação juntas." Na sequência, passou a correr e, mais recentemente, a pedalar. A autonomia da adestradora depende parte dela —com as técnicas "ninja" que desenvolve usando queixo, boca e punhos—, parte dos equipamentos, de custo altíssimo. Só a meia especial que ela usa custa R$ 3.000. A prótese, orçada em R$ 30 mil, conseguiu em 2012, pelo Centro Marian Weiss. Ainda sem patrocínio, Sabrina foi uma das selecionadas na plataforma on-line pela UHelp, que arrecada doações para portadores de deficiência terem uma vida mais autônoma. A ONG articulou, por exemplo, o curso de adestramento de cães para a jovem, que trabalhava como dogwalker (que passeia com cachorros) quando sofreu o acidente. "Se dependesse de mim, pegaria todos os cachorros e gatos da rua", afirma a triatleta, casada há sete meses com o arremessador de peso cego Marcio Silva Braga Leite, 37, recordista brasileiro. Em encontro com a sãopaulo numa manhã de abril, Sabrina estava prestes a embarcar para uma competição de triatlo na Califórnia (EUA). No transporte aéreo, sua bicicleta, avaliada em R$ 18 mil mais o custo de adaptação, foi danificada e condenada por técnicos do fabricante. Sabrina culpa a companhia aérea pelo dano. Em nota, a American Airlines informou estar em contato com a triatleta e "empenhada na resolução do caso", sem detalhar se pretende ressarci-la ou não.
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Adestradora de cães treina triatlo em busca de vaga na ParaolimpíadaLÍVIA SAMPAIO DE SÃO PAULO Às mulheres que não conseguem traçar uma linha sobre os olhos com delineador, uma provocação: Sabrina Custodia da Silva, 23, faz isso diariamente. Ela também abotoa a calça sozinha, acaba de se formar adestradora de cães e pratica triatlo —modalidade da pesada que reúne corrida, nado e pedal. A meta é competir na Paraolimpíada do Rio. "Como sou a única brasileira em minha categoria, depende 90% de mim", afirmou a paulistana, no parque Ibirapuera, enquanto estreava sua bicicleta ultraleve de fibra de carbono, adaptada especialmente para ela. Nascida no Grajaú, zona sul de São Paulo, ela perdeu as duas mãos e parte da perna direita em um acidente. Em 2011, ao subir na laje da casa —a mesma onde vive hoje— para mexer na antena da TV, desequilibrou-se e caiu sobre os fios de alta-tensão da rua, com o aparelho nas mãos. Depois de esperar horas pelo resgate, foi levada ao Hospital das Clínicas, onde passou três meses internada. "Apenas me lembro de acordar toda enfaixada. Não fazia ideia da gravidade", conta. Mesmo após as amputações, ela diz que nunca se sentiu deprimida, tampouco se coloca na condição de vítima. "Pensei: 'Quase morri, preciso agradecer por estar viva'. Tem gente que não pode nem sair da cama. Não sou uma coitadinha." No esporte, Sabrina começou em 2012, para dar uma força a uma conhecida que também passou por amputações e estava deprimida. "Fazíamos natação juntas." Na sequência, passou a correr e, mais recentemente, a pedalar. A autonomia da adestradora depende parte dela —com as técnicas "ninja" que desenvolve usando queixo, boca e punhos—, parte dos equipamentos, de custo altíssimo. Só a meia especial que ela usa custa R$ 3.000. A prótese, orçada em R$ 30 mil, conseguiu em 2012, pelo Centro Marian Weiss. Ainda sem patrocínio, Sabrina foi uma das selecionadas na plataforma on-line pela UHelp, que arrecada doações para portadores de deficiência terem uma vida mais autônoma. A ONG articulou, por exemplo, o curso de adestramento de cães para a jovem, que trabalhava como dogwalker (que passeia com cachorros) quando sofreu o acidente. "Se dependesse de mim, pegaria todos os cachorros e gatos da rua", afirma a triatleta, casada há sete meses com o arremessador de peso cego Marcio Silva Braga Leite, 37, recordista brasileiro. Em encontro com a sãopaulo numa manhã de abril, Sabrina estava prestes a embarcar para uma competição de triatlo na Califórnia (EUA). No transporte aéreo, sua bicicleta, avaliada em R$ 18 mil mais o custo de adaptação, foi danificada e condenada por técnicos do fabricante. Sabrina culpa a companhia aérea pelo dano. Em nota, a American Airlines informou estar em contato com a triatleta e "empenhada na resolução do caso", sem detalhar se pretende ressarci-la ou não.
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Na China, Geuvânio diz que tem chance de ser convocado para a seleção
O atacante Geuvânio, ex-Santos, foi apresentado neste sábado (23) como novo reforço do Tianjin Quanjian, da China, em Atibaia (SP), onde o clube realiza pré-temporada. Apesar de jogar num campeonato tecnicamente inferior ao do Brasil e longe dos olhos do técnico Dunga, Geuvânio disse que acredita na possibilidade de ser chamado pelo treinador. "Acho que tenho condição de ser convocado mesmo atuando no futebol chinês. Não descarto esta possibilidade. A partir do momento que se é contratado, o atleta precisa dar o máximo para jogar bem em qualquer lugar", disse o atacante. "O trabalho sendo bem feito no Tianjin, tenho certeza que os holofotes estarão direcionados para lá também. Estou bem tranquilo em relação a isso. É só continuar com o trabalho que vinha realizando antes", afirmou. A proposta do Tianjin Quanjian pelo atacante foi de 11 milhões de euros –equivalente a R$ 48 milhões. O Santos deve ficar com 35% do valor da transação. Geuvânio vai ser comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo e jogará ao lado dos também brasileiros Jadson e Luis Fabiano. "Fico satisfeito já que sei que o Vanderlei queria muito a minha contratação. Procurei saber com amigos como era a forma de trabalho dele e só tive informações positivas. Além disso, a trajetória dele fala por si. É um treinador vitorioso, que conquistou inúmeros títulos, passou pela seleção brasileira e ainda teve a experiência de trabalhar em um grande clube da Europa", disse. "Luis Fabiano é um grande finalizador, artilheiro. E o Jadson tem uma visão de jogo muito apurada, isso facilita bastante para quem está mais na frente. Espero que esse trio, juntamente com toda equipe de trabalho, consiga dar muitas alegrias aos torcedores chineses e, sobretudo, aos do Tianjin Quanjian". Mercado da bola
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Na China, Geuvânio diz que tem chance de ser convocado para a seleçãoO atacante Geuvânio, ex-Santos, foi apresentado neste sábado (23) como novo reforço do Tianjin Quanjian, da China, em Atibaia (SP), onde o clube realiza pré-temporada. Apesar de jogar num campeonato tecnicamente inferior ao do Brasil e longe dos olhos do técnico Dunga, Geuvânio disse que acredita na possibilidade de ser chamado pelo treinador. "Acho que tenho condição de ser convocado mesmo atuando no futebol chinês. Não descarto esta possibilidade. A partir do momento que se é contratado, o atleta precisa dar o máximo para jogar bem em qualquer lugar", disse o atacante. "O trabalho sendo bem feito no Tianjin, tenho certeza que os holofotes estarão direcionados para lá também. Estou bem tranquilo em relação a isso. É só continuar com o trabalho que vinha realizando antes", afirmou. A proposta do Tianjin Quanjian pelo atacante foi de 11 milhões de euros –equivalente a R$ 48 milhões. O Santos deve ficar com 35% do valor da transação. Geuvânio vai ser comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo e jogará ao lado dos também brasileiros Jadson e Luis Fabiano. "Fico satisfeito já que sei que o Vanderlei queria muito a minha contratação. Procurei saber com amigos como era a forma de trabalho dele e só tive informações positivas. Além disso, a trajetória dele fala por si. É um treinador vitorioso, que conquistou inúmeros títulos, passou pela seleção brasileira e ainda teve a experiência de trabalhar em um grande clube da Europa", disse. "Luis Fabiano é um grande finalizador, artilheiro. E o Jadson tem uma visão de jogo muito apurada, isso facilita bastante para quem está mais na frente. Espero que esse trio, juntamente com toda equipe de trabalho, consiga dar muitas alegrias aos torcedores chineses e, sobretudo, aos do Tianjin Quanjian". Mercado da bola
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Haddad se diz preocupado com direitos sociais no governo Temer
ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira (7) estar preocupado com ameaças a direitos sociais durante o governo Michel Temer (PMDB), no protesto Grito dos Excluídos. O ato cobrava novas eleições presidenciais, mas Haddad não quis se manifestar sobre o tema, por estar sendo discutido pela direção do PT. O prefeito afirmou que compareceu ao ato porque já faz parte do calendário da cidade —esta foi a 22ª edição. "Esse ano o evento se reveste de importância ainda maior porque pairam muitas ameaças sobre os direitos sociais no Brasil", disse Haddad, usando o boné vermelho da Central de Movimentos Populares. Ele também criticou a repressão às manifestações. Compareceram ao evento vários petistas, como o ex-senador Eduardo Suplicy. Na noite de terça (6), o prefeito afirmou que a eleição em São Paulo "tem um peso histórico grande", já que o resultado da disputa vai mostrar "o que vai se consolidar a partir de 2016 no Brasil. "Vamos ter ainda espaço para a dissonância ou serão os discursos e pensamento únicos?", disse.
poder
Haddad se diz preocupado com direitos sociais no governo TemerARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira (7) estar preocupado com ameaças a direitos sociais durante o governo Michel Temer (PMDB), no protesto Grito dos Excluídos. O ato cobrava novas eleições presidenciais, mas Haddad não quis se manifestar sobre o tema, por estar sendo discutido pela direção do PT. O prefeito afirmou que compareceu ao ato porque já faz parte do calendário da cidade —esta foi a 22ª edição. "Esse ano o evento se reveste de importância ainda maior porque pairam muitas ameaças sobre os direitos sociais no Brasil", disse Haddad, usando o boné vermelho da Central de Movimentos Populares. Ele também criticou a repressão às manifestações. Compareceram ao evento vários petistas, como o ex-senador Eduardo Suplicy. Na noite de terça (6), o prefeito afirmou que a eleição em São Paulo "tem um peso histórico grande", já que o resultado da disputa vai mostrar "o que vai se consolidar a partir de 2016 no Brasil. "Vamos ter ainda espaço para a dissonância ou serão os discursos e pensamento únicos?", disse.
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Alberto Toron deixa a defesa de Ricardo Pessoa, dono da UTC
O advogado Alberto Toron oficializou neste sábado (4) a decisão de deixar a defesa de Ricardo Pessoa, dono da UTC e apontado como o líder do "clube das empreiteiras" investigadas na Operação Lava Jato. "Renunciei por entender que o caso está ganhando uma feição eleitoral. Como sou juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), vi certa incompatibilidade em exercer as duas funções", disse à Folha. Toron enfatizou que todo trabalho que poderia fazer para Pessoa já foi realizado. "Fiz as defesas dele e o habeas corpus que culminou na sua soltura". Pessoa está em prisão domiciliar. O criminalista acompanha o empreiteiro desde o início de seu envolvimento na investigação, em 2014, mas nunca conduziu as negociações do acordo de delação premiada, homologado há quase duas semanas pelo ministro Teori Zavascki. No entanto, afirmou concordar com a decisão do cliente em fazê-lo. "É uma opção de defesa". Segundo Toron, ele e o empreiteiro conversaram na sexta (3) sobre sua saída do caso e não houve resistência por parte do cliente. "Temos um bom relacionamento, continuamos amigos". Ricardo Pessoa entregou anotações, agendas e planilhas para a Justiça detalhando repasses a políticos e a campanhas eleitorais, incluindo a do ex-presidente Lula de 2006 e da presidente Dilma Rousseff de 2014.
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Alberto Toron deixa a defesa de Ricardo Pessoa, dono da UTCO advogado Alberto Toron oficializou neste sábado (4) a decisão de deixar a defesa de Ricardo Pessoa, dono da UTC e apontado como o líder do "clube das empreiteiras" investigadas na Operação Lava Jato. "Renunciei por entender que o caso está ganhando uma feição eleitoral. Como sou juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), vi certa incompatibilidade em exercer as duas funções", disse à Folha. Toron enfatizou que todo trabalho que poderia fazer para Pessoa já foi realizado. "Fiz as defesas dele e o habeas corpus que culminou na sua soltura". Pessoa está em prisão domiciliar. O criminalista acompanha o empreiteiro desde o início de seu envolvimento na investigação, em 2014, mas nunca conduziu as negociações do acordo de delação premiada, homologado há quase duas semanas pelo ministro Teori Zavascki. No entanto, afirmou concordar com a decisão do cliente em fazê-lo. "É uma opção de defesa". Segundo Toron, ele e o empreiteiro conversaram na sexta (3) sobre sua saída do caso e não houve resistência por parte do cliente. "Temos um bom relacionamento, continuamos amigos". Ricardo Pessoa entregou anotações, agendas e planilhas para a Justiça detalhando repasses a políticos e a campanhas eleitorais, incluindo a do ex-presidente Lula de 2006 e da presidente Dilma Rousseff de 2014.
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Professores do Paraná rejeitam acordo com governo e decidem manter greve
Os professores do Paraná decidiram nesta quarta-feira (4) em assembleia manter por tempo indeterminado a greve na rede estadual de educação, que já dura 23 dias. Eles consideraram insuficientes as propostas apresentadas na semana passada pelo governo Beto Richa (PSDB) e pedem mais negociação. Os professores querem que o governo desista de qualquer plano de alterações na previdência e pedem um cronograma para o pagamento de benefícios atrasados. O sindicato da categoria afirma que não tem como cumprir uma ordem judicial que determinou no último fim de semana a volta às atividades de docentes do último ano do ensino médio. O prazo para o cumprimento da decisão se esgotou nesta quarta-feira. Para o sindicato, não há meios de retornar ao trabalho porque o governo ainda nem distribuiu as turmas e professores da rede pública. A entidade quer que o Tribunal de Justiça agende uma audiência de conciliação com o governo do Estado para discutir os pontos em impasse. Richa acusa o sindicato de criar um "movimento político" para desgastá-lo e diz que já se comprometeu a atender todas as reivindicações dos grevistas. Na manhã desta quarta, a assembleia dos docentes lotou as arquibancadas do estádio Durival Britto (do Paraná Clube), que tem capacidade para 20 mil pessoas. No ato, deputados da oposição a Richa discursaram e sindicalistas convocaram os presentes para a mobilização a favor da presidente Dilma Rousseff, marcada para o próximo dia 13. Durante a assembleia, houve hostilidade a jornalistas da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, que faziam gravação no estádio. A emissora no Estado é do apresentador Ratinho, pai do secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado, Ratinho Junior. A direção do sindicato pediu pelo sistema de som respeito aos profissionais. No início da tarde, os professores e servidores fazem uma marcha até o palácio do governo, em Curitiba.
poder
Professores do Paraná rejeitam acordo com governo e decidem manter greveOs professores do Paraná decidiram nesta quarta-feira (4) em assembleia manter por tempo indeterminado a greve na rede estadual de educação, que já dura 23 dias. Eles consideraram insuficientes as propostas apresentadas na semana passada pelo governo Beto Richa (PSDB) e pedem mais negociação. Os professores querem que o governo desista de qualquer plano de alterações na previdência e pedem um cronograma para o pagamento de benefícios atrasados. O sindicato da categoria afirma que não tem como cumprir uma ordem judicial que determinou no último fim de semana a volta às atividades de docentes do último ano do ensino médio. O prazo para o cumprimento da decisão se esgotou nesta quarta-feira. Para o sindicato, não há meios de retornar ao trabalho porque o governo ainda nem distribuiu as turmas e professores da rede pública. A entidade quer que o Tribunal de Justiça agende uma audiência de conciliação com o governo do Estado para discutir os pontos em impasse. Richa acusa o sindicato de criar um "movimento político" para desgastá-lo e diz que já se comprometeu a atender todas as reivindicações dos grevistas. Na manhã desta quarta, a assembleia dos docentes lotou as arquibancadas do estádio Durival Britto (do Paraná Clube), que tem capacidade para 20 mil pessoas. No ato, deputados da oposição a Richa discursaram e sindicalistas convocaram os presentes para a mobilização a favor da presidente Dilma Rousseff, marcada para o próximo dia 13. Durante a assembleia, houve hostilidade a jornalistas da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, que faziam gravação no estádio. A emissora no Estado é do apresentador Ratinho, pai do secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado, Ratinho Junior. A direção do sindicato pediu pelo sistema de som respeito aos profissionais. No início da tarde, os professores e servidores fazem uma marcha até o palácio do governo, em Curitiba.
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Sem verba para salários, TJ do Paraná vai à Justiça contra governo Richa
Alegando não ter recursos para pagar cerca de 9.000 servidores, de juiz a faxineiro terceirizado, por falta de repasse estadual, o TJ (Tribunal de Justiça) do Paraná impetrou um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o governo Beto Richa (PSDB) pela demora em depositar o repasse mensal de R$ 167,5 milhões, o que deveria ter ocorrido há uma semana, segundo o órgão. É o terceiro mês seguido, segundo o TJ, que há demora no repasse do recurso, mas desta vez o atraso foi maior. O órgão informou que decidiu aguardar até o meio dia desta segunda-feira, último dia útil do mês, para verificar se o depósito seria feito pela Fazenda estadual. Sem sucesso, impetrou o mandado. O governo Richa argumenta que já liberou pouco menos da metade do valor (R$ 70 milhões) e que o restante pode ser retirado de aplicações financeiras feitas pelo TJ –a manobra sugerida, porém, é ilegal, segundo o tribunal. Já há contas atrasadas de água e luz de fóruns no Estado, mas, de acordo com o TJ, nenhuma audiência ou serviço ao público foi afetado até o momento. O montante de R$ 167,5 milhões serve para o pagamento do salário de servidores concursados e o das equipes terceirizadas de faxina e segurança, além do necessário para custeio, como combustível e gastos com energia elétrica. O presidente do TJ paranaense, o desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, viajou nesta tarde para Brasília a fim de acompanhar o julgamento do processo. VERBA QUESTIONADA O embate entre governo paraense e TJ arrasta-se desde outubro do ano passado. Na ocasião, o desembargador Vasconcelos baixou um decreto reafirmando que todo recurso de depósito judicial de ações em curso não deve ser destinado a outro fim. A Fazenda estadual tinha interesse em que o montante financeiro, de R$ 640 milhões, fosse revertido para o caixa do Estado. Como isso não ocorreu, segundo o tribunal, desde então o governo diminuiu o repasse mensal para pagar salários e custeio. Na sexta-feira (26), quando o tribunal comunicou que os salários ainda não haviam sido quitados, a assessoria da Secretaria da Fazenda do Paraná afirmou, em nota, que a pasta tinha liberado os R$ 70 milhões e que "demais necessidades" poderiam ser atendidas pelos R$ 700 milhões que estão aplicados no mercado pelo TJ. Em resposta, nesta segunda-feira, o tribunal argumentou que as aplicações financeiras, "necessárias para não haver desvalorização da moeda", pertencem a fundos criados por leis estaduais e que são "carimbados". Desta forma, só podem ser usados para investimentos específicos, como construção de fóruns nas 161 comarcas do Paraná ou para reforma e aquisição de materiais. "É proibida a utilização do montante para pagamento com folha do pessoal do quadro de servidores e magistrados", segundo o TJ, na nota. O tribunal afirmou ainda que as verbas aplicadas nos fundos não integram o Orçamento do Estado, mas são taxas cobradas de cartórios que caem direto nestas contas, sem serem contabilizados pelo Tesouro estadual. A OAB, em seu site, afirmou considerar "gravíssima" a informação de falta de verba para pagar salários, "o que causará prejuízos ao pleno funcionamento da Justiça". Afirmou, ainda, ser "absolutamente ilegal e indevida a retenção dos valores", garantidos por lei, por parte do governo. O governo do Paraná, via assessoria de imprensa, disse que só se manifestaria após ser notificado do mandado de segurança anunciado pelo tribunal. Em relação ao argumento do TJ, o Estado reiterou o posicionamento divulgado por nota na sexta-feira, de sugerir o saque do dinheiro aplicado ou que os recursos nesta modalidade "sejam devolvidos para o Tesouro" para que possam ser reenviados ao tribunal. "Esta é mais uma medida de otimização dos recursos públicos arrecadados pelo Estado", completa, na nota.
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Sem verba para salários, TJ do Paraná vai à Justiça contra governo RichaAlegando não ter recursos para pagar cerca de 9.000 servidores, de juiz a faxineiro terceirizado, por falta de repasse estadual, o TJ (Tribunal de Justiça) do Paraná impetrou um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o governo Beto Richa (PSDB) pela demora em depositar o repasse mensal de R$ 167,5 milhões, o que deveria ter ocorrido há uma semana, segundo o órgão. É o terceiro mês seguido, segundo o TJ, que há demora no repasse do recurso, mas desta vez o atraso foi maior. O órgão informou que decidiu aguardar até o meio dia desta segunda-feira, último dia útil do mês, para verificar se o depósito seria feito pela Fazenda estadual. Sem sucesso, impetrou o mandado. O governo Richa argumenta que já liberou pouco menos da metade do valor (R$ 70 milhões) e que o restante pode ser retirado de aplicações financeiras feitas pelo TJ –a manobra sugerida, porém, é ilegal, segundo o tribunal. Já há contas atrasadas de água e luz de fóruns no Estado, mas, de acordo com o TJ, nenhuma audiência ou serviço ao público foi afetado até o momento. O montante de R$ 167,5 milhões serve para o pagamento do salário de servidores concursados e o das equipes terceirizadas de faxina e segurança, além do necessário para custeio, como combustível e gastos com energia elétrica. O presidente do TJ paranaense, o desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, viajou nesta tarde para Brasília a fim de acompanhar o julgamento do processo. VERBA QUESTIONADA O embate entre governo paraense e TJ arrasta-se desde outubro do ano passado. Na ocasião, o desembargador Vasconcelos baixou um decreto reafirmando que todo recurso de depósito judicial de ações em curso não deve ser destinado a outro fim. A Fazenda estadual tinha interesse em que o montante financeiro, de R$ 640 milhões, fosse revertido para o caixa do Estado. Como isso não ocorreu, segundo o tribunal, desde então o governo diminuiu o repasse mensal para pagar salários e custeio. Na sexta-feira (26), quando o tribunal comunicou que os salários ainda não haviam sido quitados, a assessoria da Secretaria da Fazenda do Paraná afirmou, em nota, que a pasta tinha liberado os R$ 70 milhões e que "demais necessidades" poderiam ser atendidas pelos R$ 700 milhões que estão aplicados no mercado pelo TJ. Em resposta, nesta segunda-feira, o tribunal argumentou que as aplicações financeiras, "necessárias para não haver desvalorização da moeda", pertencem a fundos criados por leis estaduais e que são "carimbados". Desta forma, só podem ser usados para investimentos específicos, como construção de fóruns nas 161 comarcas do Paraná ou para reforma e aquisição de materiais. "É proibida a utilização do montante para pagamento com folha do pessoal do quadro de servidores e magistrados", segundo o TJ, na nota. O tribunal afirmou ainda que as verbas aplicadas nos fundos não integram o Orçamento do Estado, mas são taxas cobradas de cartórios que caem direto nestas contas, sem serem contabilizados pelo Tesouro estadual. A OAB, em seu site, afirmou considerar "gravíssima" a informação de falta de verba para pagar salários, "o que causará prejuízos ao pleno funcionamento da Justiça". Afirmou, ainda, ser "absolutamente ilegal e indevida a retenção dos valores", garantidos por lei, por parte do governo. O governo do Paraná, via assessoria de imprensa, disse que só se manifestaria após ser notificado do mandado de segurança anunciado pelo tribunal. Em relação ao argumento do TJ, o Estado reiterou o posicionamento divulgado por nota na sexta-feira, de sugerir o saque do dinheiro aplicado ou que os recursos nesta modalidade "sejam devolvidos para o Tesouro" para que possam ser reenviados ao tribunal. "Esta é mais uma medida de otimização dos recursos públicos arrecadados pelo Estado", completa, na nota.
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Rússia está pronta para melhorar relação com os EUA, diz Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (17), durante sua tradicional coletiva de imprensa de fim de ano, que seu país está pronto para melhorar as relações com os Estados Unidos. A declaração é feita poucos dias depois de Putin se reunir, em Moscou, com o secretário de Estado americano, John Kerry, para discutir as divergências entre as duas potências sobre temas da agenda internacional em que divergem, como os conflitos armados na Síria e na Ucrânia. A visita de Kerry demonstrou que Washington está preparada para "avançar na resolução de problemas que só podem ser solucionados por meio de esforços conjuntos", afirmou o líder russo nesta quinta. "Estamos prontos para trabalhar com qualquer presidente que o povo americano escolher", disse Putin durante a coletiva, referindo-se às eleições nos EUA em 2016. "São eles [os americanos] que tentam a todo tempo nos dizer em quem devemos votar." Após a coletiva, Putin disse que Donald Trump, favorito para a candidatura republicana à Casa Branca e conhecido por declarações polêmicas, é "uma pessoa brilhante e talentosa". O chefe do Kremlin acrescentou que "certamente acolhe" as propostas de Trump pela melhoria das relações entre EUA e Rússia. SÍRIA Síria e seus inimigos Putin, que deu início no fim de setembro a ataques aéreos na Síria a pedido do ditador Bashar al-Assad, seu aliado e inimigo dos EUA, disse que a operação militar russa continuará até que os sírios decidam ser a hora de pôr fim aos confrontos e começar conversas de paz. "Não seremos mais realistas que o rei", disse o líder russo, acrescentando que não aceita que forças externas decidam sobre o futuro político da Síria. "Nós acreditamos que apenas o povo sírio pode decidir sobre quem deve governá-los", afirmou. O ex-agente da KGB (antiga inteligência soviética) também disse que Rússia e EUA concordam ser necessário trabalhar por uma nova Constituição e por mecanismos de controle das futuras eleições na Síria. Ele demonstrou apoio à iniciativa de Washington de apresentar uma resolução sobre a guerra síria no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, Putin afirmou não ter certeza sobre a necessidade de a Rússia estabelecer uma base militar permanente em território sírio pois as Forças Armadas possuem armas poderosas o suficiente "para atingir qualquer um" a milhares de quilômetros das fronteiras russas. TURQUIA Veja vídeo Avião russo é abatido e cai na Síria Se, por um lado, Putin apresentou um tom amistoso com relação aos EUA, por outro lado, disse "não ver perspectivas" de melhorar as relações com a Turquia. As tensões entre os dois países se acirraram em novembro, quando a aviação turca abateu um jato de guerra russo perto da fronteira com a Síria. Putin descreveu a derrubada do jato como "um ato de inimizade", e disse não entender por que o governo turco fez isso. "O que eles conseguiram? Talvez achavam que nós fugiríamos dali (Síria)? Mas a Rússia não é este tipo de país", afirmou o presidente. A Turquia diz que o avião invadiu seu espaço aéreo, informação negada pela Rússia. Putin disse ter ficado chocado ao ver que, após o incidente, a Turquia não tentou dar explicações e imediatamente pediu ajuda para seus aliados da Otan (aliança militar do Ocidente). "Alguém no governo turco tentou lamber os americanos em um dado lugar, eu não sei se os americanos precisavam disso", afirmou o presidente. "É difícil para nós alcançar um acordo com a atual liderança turca, se é que isso seja possível", acrescentou. UCRÂNIA Putin disse que a Rússia espera "uma resolução o mais rápido possível" para o conflito no Leste da Ucrânia, no qual o Kremlin é acusado de dar apoio a separatistas pró-russos. O presidente russo também disse que Moscou não pretende impor sanções contra Kiev. Ele pediu que o governo ucraniano legisle sobre eleições locais no país e disse que pretende usar sua influência junto aos rebeldes para alcançar um compromisso para encerrar as hostilidades. Putin admitiu pela primeira vez que há agentes russos no Leste da Ucrânia "realizando algumas tarefas militares", mas reiterou que não foram enviadas tropas regulares para a região. Ele também indicou que Moscou está preparada para realizar uma troca de prisioneiros com a Ucrânia, que diz ter capturado soldados russos em seu território, desde que a troca seja igualitária.
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Rússia está pronta para melhorar relação com os EUA, diz PutinO presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (17), durante sua tradicional coletiva de imprensa de fim de ano, que seu país está pronto para melhorar as relações com os Estados Unidos. A declaração é feita poucos dias depois de Putin se reunir, em Moscou, com o secretário de Estado americano, John Kerry, para discutir as divergências entre as duas potências sobre temas da agenda internacional em que divergem, como os conflitos armados na Síria e na Ucrânia. A visita de Kerry demonstrou que Washington está preparada para "avançar na resolução de problemas que só podem ser solucionados por meio de esforços conjuntos", afirmou o líder russo nesta quinta. "Estamos prontos para trabalhar com qualquer presidente que o povo americano escolher", disse Putin durante a coletiva, referindo-se às eleições nos EUA em 2016. "São eles [os americanos] que tentam a todo tempo nos dizer em quem devemos votar." Após a coletiva, Putin disse que Donald Trump, favorito para a candidatura republicana à Casa Branca e conhecido por declarações polêmicas, é "uma pessoa brilhante e talentosa". O chefe do Kremlin acrescentou que "certamente acolhe" as propostas de Trump pela melhoria das relações entre EUA e Rússia. SÍRIA Síria e seus inimigos Putin, que deu início no fim de setembro a ataques aéreos na Síria a pedido do ditador Bashar al-Assad, seu aliado e inimigo dos EUA, disse que a operação militar russa continuará até que os sírios decidam ser a hora de pôr fim aos confrontos e começar conversas de paz. "Não seremos mais realistas que o rei", disse o líder russo, acrescentando que não aceita que forças externas decidam sobre o futuro político da Síria. "Nós acreditamos que apenas o povo sírio pode decidir sobre quem deve governá-los", afirmou. O ex-agente da KGB (antiga inteligência soviética) também disse que Rússia e EUA concordam ser necessário trabalhar por uma nova Constituição e por mecanismos de controle das futuras eleições na Síria. Ele demonstrou apoio à iniciativa de Washington de apresentar uma resolução sobre a guerra síria no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, Putin afirmou não ter certeza sobre a necessidade de a Rússia estabelecer uma base militar permanente em território sírio pois as Forças Armadas possuem armas poderosas o suficiente "para atingir qualquer um" a milhares de quilômetros das fronteiras russas. TURQUIA Veja vídeo Avião russo é abatido e cai na Síria Se, por um lado, Putin apresentou um tom amistoso com relação aos EUA, por outro lado, disse "não ver perspectivas" de melhorar as relações com a Turquia. As tensões entre os dois países se acirraram em novembro, quando a aviação turca abateu um jato de guerra russo perto da fronteira com a Síria. Putin descreveu a derrubada do jato como "um ato de inimizade", e disse não entender por que o governo turco fez isso. "O que eles conseguiram? Talvez achavam que nós fugiríamos dali (Síria)? Mas a Rússia não é este tipo de país", afirmou o presidente. A Turquia diz que o avião invadiu seu espaço aéreo, informação negada pela Rússia. Putin disse ter ficado chocado ao ver que, após o incidente, a Turquia não tentou dar explicações e imediatamente pediu ajuda para seus aliados da Otan (aliança militar do Ocidente). "Alguém no governo turco tentou lamber os americanos em um dado lugar, eu não sei se os americanos precisavam disso", afirmou o presidente. "É difícil para nós alcançar um acordo com a atual liderança turca, se é que isso seja possível", acrescentou. UCRÂNIA Putin disse que a Rússia espera "uma resolução o mais rápido possível" para o conflito no Leste da Ucrânia, no qual o Kremlin é acusado de dar apoio a separatistas pró-russos. O presidente russo também disse que Moscou não pretende impor sanções contra Kiev. Ele pediu que o governo ucraniano legisle sobre eleições locais no país e disse que pretende usar sua influência junto aos rebeldes para alcançar um compromisso para encerrar as hostilidades. Putin admitiu pela primeira vez que há agentes russos no Leste da Ucrânia "realizando algumas tarefas militares", mas reiterou que não foram enviadas tropas regulares para a região. Ele também indicou que Moscou está preparada para realizar uma troca de prisioneiros com a Ucrânia, que diz ter capturado soldados russos em seu território, desde que a troca seja igualitária.
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Mortes provocadas por policiais de folga avançam 29% em São Paulo
O número de pessoas mortas por policiais de folga aumentou 29% em todo o Estado de SP no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2015. Ao todo, foram 53 mortes praticadas por policiais civis e militares que reagiram a algum tipo de crime fora do horário de serviço, contra 41 casos desse tipo no primeiro trimestre do ano passado. Os dados correspondem só a reações de policias a crimes, como roubo e tentativa de roubo, sem indícios de ilicitude por parte do agente. Casos com suspeita de ilegalidade, como, por exemplo, um crime passional, são contabilizados como homicídios e não entram nessa estatística. NÚMEROS DA VIOLÊNCIA - Ocorrências registradas no primeiro trimestre no Estado de SP* Considerando só casos envolvendo PMs, o número de mortes passou de 34 para 46, enquanto aquelas envolvendo policiais civis se mantiveram em sete nesse intervalo. POLICIAIS MORTOS Para a Polícia Militar, o salto pode estar relacionado ao aumento das mortes de PMs fora do horário de serviço. "A predisposição dos bandidos em atentar contra a vida do policial pode provocar nos policiais uma necessidade de reação", diz o major Emerson Massera, 43, porta-voz da Polícia Militar de SP. Segundo a corporação, 16 PMs de folga foram mortos entre janeiro e março deste ano, mais que o dobro dos seis casos registrados no mesmo período do ano passado. O aumento surpreende a corporação, principalmente por interromper uma tendência de queda ocorrida desde 2012, quando houve uma onda de mortes de policiais. Na avaliação da PM, crimes contra policiais têm uma característica comum: policiais estão sendo mortos durante assaltos. Quando o bandido descobre que sua vítima é um PM, trata de assassiná-lo. Mas, ao contrário das mortes provocadas por PMs de folga, os óbitos causados por policiais em serviço caíram no primeiro trimestre. No Estado, o número passou de 194, no ano passado, para 148 nos primeiros três meses deste ano, o que corresponde a queda de 24%. Na capital, a redução dessas mortes foi de 98 para 77. O número de policiais mortos em serviço também caiu. Segundo dados PM, foram três óbitos, contra cinco registrados entre janeiro e março do ano passado.
cotidiano
Mortes provocadas por policiais de folga avançam 29% em São PauloO número de pessoas mortas por policiais de folga aumentou 29% em todo o Estado de SP no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2015. Ao todo, foram 53 mortes praticadas por policiais civis e militares que reagiram a algum tipo de crime fora do horário de serviço, contra 41 casos desse tipo no primeiro trimestre do ano passado. Os dados correspondem só a reações de policias a crimes, como roubo e tentativa de roubo, sem indícios de ilicitude por parte do agente. Casos com suspeita de ilegalidade, como, por exemplo, um crime passional, são contabilizados como homicídios e não entram nessa estatística. NÚMEROS DA VIOLÊNCIA - Ocorrências registradas no primeiro trimestre no Estado de SP* Considerando só casos envolvendo PMs, o número de mortes passou de 34 para 46, enquanto aquelas envolvendo policiais civis se mantiveram em sete nesse intervalo. POLICIAIS MORTOS Para a Polícia Militar, o salto pode estar relacionado ao aumento das mortes de PMs fora do horário de serviço. "A predisposição dos bandidos em atentar contra a vida do policial pode provocar nos policiais uma necessidade de reação", diz o major Emerson Massera, 43, porta-voz da Polícia Militar de SP. Segundo a corporação, 16 PMs de folga foram mortos entre janeiro e março deste ano, mais que o dobro dos seis casos registrados no mesmo período do ano passado. O aumento surpreende a corporação, principalmente por interromper uma tendência de queda ocorrida desde 2012, quando houve uma onda de mortes de policiais. Na avaliação da PM, crimes contra policiais têm uma característica comum: policiais estão sendo mortos durante assaltos. Quando o bandido descobre que sua vítima é um PM, trata de assassiná-lo. Mas, ao contrário das mortes provocadas por PMs de folga, os óbitos causados por policiais em serviço caíram no primeiro trimestre. No Estado, o número passou de 194, no ano passado, para 148 nos primeiros três meses deste ano, o que corresponde a queda de 24%. Na capital, a redução dessas mortes foi de 98 para 77. O número de policiais mortos em serviço também caiu. Segundo dados PM, foram três óbitos, contra cinco registrados entre janeiro e março do ano passado.
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Carnaval para crianças tem de matinê a desfile no museu; confira seleção
Não são só os adultos que podem aproveitar os cinco dias de folia no Carnaval. Em São Paulo, diversos clubes, parques de diversões e até um museu têm programação especial para a criançada. A "Folhinha" fez uma seleção de eventos para as crianças curtirem o Carnaval fora da avenida. Confira. MATINÊS/BAILES DE CARNAVAL CÍRCULO MILITAR Terá matinês no domingo (15) e terça-feira (17), às 15h. A música para animar a criançada fica por conta da banda Life Show. Um concurso de fantasias será realizado para sócios até 12 anos, com premiações para as melhores. As inscrições e informações estão disponíveis na Diretoria Social do Clube. Onde Círculo Militar São Paulo - r. Abílio Soares, 1.589, Ibirapuera Quando 15 e 17 de fevereiro, das 15h às 18h Quanto R$ 20 (não sócios) CLUBE ESPERIA A matinê para crianças terá gincanas, brinquedos infláveis, pintura facial e sorteio de brindes, tudo ao som de marchinhas de Carnaval. O tema da festa será inspirado em "Frozen", animação da Disney. Onde Clube Esperia (salão social) - Av. Santos Dumont, 1.313, Santana; (11) 2223-3300 Quando 17 de fevereiro, das 14h às 18h Quanto até R$ 25 CLUBE PAINEIRAS Ao som das clássicas marchinhas de Carnaval, a criançada pode se divertir com as brincadeiras e desfiles de fantasias. Onde Clube Paineiras do Morumby - Av. Dr. Alberto Penteado, 605, Jardim Silvia; (11) 3779-2000 Quando 14 e 15 de fevereiro, a partir das 14h Quanto até R$ 45 BUFFET DO ESTÁDIO DO MORUMBI Localizado dentro do Estádio do Morumbi, o Buffet Fantastic World terá uma matinê onde as as crianças poderão se divertir nos 14 brinquedos do espaço, além de cantar marchinhas de Carnaval e fazer pinturas no rosto. Onde Buffet do Fantastic World - Unidade Estádio do Morumbi - Praça Roberto Gomes Pedrosa, 1, Morumbi; 11) 2387-3576 Quando 14 de fevereiro, das 13h às 18h Quanto até R$ 30 * PARQUES PARQUE DA XUXA As matinês no parque terão concursos de fantasias, brinquedos e o Bloco da Xuxinha, que vai animar os pequenos ao som de marchinhas de carnaval. Onde O Mundo da Xuxa - Av. das Nações Unidas, 22.540, Vila Almeida; (11) 5541-2530 Quando 14 a 17 de fevereiro, das 11h às 19h Quanto R$ 93 (há combos de R$ 134 para duas pessoas e de R$ 320 para cinco pessoas) KIDZANIA Além de poder aproveitar toda a estrutura de brinquedos do parque, as crianças vão se divertir ao som de uma bateria e com apresentações de dança. Onde Shopping Eldorado (segundo subsolo) - Av. Rebouças, 3970, Pinheiros; (11) 39954500 Quando 14 a 18 de fevereiro, das 12h às 20h Quanto R$ 50 (adultos) a R$120 (Criança) Indicação de 4 a 14 anos MAMUSCA A festa promete muitas marchinhas, confete e serpentina, tudo isso sob o comando da A Trupe Pé de Histórias, que mistura música, teatro e dança. O baile "No Carnaval tudo pode, pode tudo" as crianças vão curtir ao som de clássicos do Carnaval. Onde Mamusca - Rua Joaquim Antunes, 778, Pinheiros; (11) 2362-9303; contato@mamusca.com.br Quando 15 de fevereiro, das 10h às 13h Quanto de R$ 40 (criança) a R$ 60 (adulto), com venda antecipada Indicação até 6 anos * MUSEU MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA Desfile de Bonecões de Carnaval ao som de banda tocando marchinhas de Carnaval. Onde Museu da Língua Portuguesa - Praça da Luz, s/nº, Luz; (11) 3326-0775 Quando 14 de fevereiro, das 11h às 17h Quanto até R$ 6
folhinha
Carnaval para crianças tem de matinê a desfile no museu; confira seleçãoNão são só os adultos que podem aproveitar os cinco dias de folia no Carnaval. Em São Paulo, diversos clubes, parques de diversões e até um museu têm programação especial para a criançada. A "Folhinha" fez uma seleção de eventos para as crianças curtirem o Carnaval fora da avenida. Confira. MATINÊS/BAILES DE CARNAVAL CÍRCULO MILITAR Terá matinês no domingo (15) e terça-feira (17), às 15h. A música para animar a criançada fica por conta da banda Life Show. Um concurso de fantasias será realizado para sócios até 12 anos, com premiações para as melhores. As inscrições e informações estão disponíveis na Diretoria Social do Clube. Onde Círculo Militar São Paulo - r. Abílio Soares, 1.589, Ibirapuera Quando 15 e 17 de fevereiro, das 15h às 18h Quanto R$ 20 (não sócios) CLUBE ESPERIA A matinê para crianças terá gincanas, brinquedos infláveis, pintura facial e sorteio de brindes, tudo ao som de marchinhas de Carnaval. O tema da festa será inspirado em "Frozen", animação da Disney. Onde Clube Esperia (salão social) - Av. Santos Dumont, 1.313, Santana; (11) 2223-3300 Quando 17 de fevereiro, das 14h às 18h Quanto até R$ 25 CLUBE PAINEIRAS Ao som das clássicas marchinhas de Carnaval, a criançada pode se divertir com as brincadeiras e desfiles de fantasias. Onde Clube Paineiras do Morumby - Av. Dr. Alberto Penteado, 605, Jardim Silvia; (11) 3779-2000 Quando 14 e 15 de fevereiro, a partir das 14h Quanto até R$ 45 BUFFET DO ESTÁDIO DO MORUMBI Localizado dentro do Estádio do Morumbi, o Buffet Fantastic World terá uma matinê onde as as crianças poderão se divertir nos 14 brinquedos do espaço, além de cantar marchinhas de Carnaval e fazer pinturas no rosto. Onde Buffet do Fantastic World - Unidade Estádio do Morumbi - Praça Roberto Gomes Pedrosa, 1, Morumbi; 11) 2387-3576 Quando 14 de fevereiro, das 13h às 18h Quanto até R$ 30 * PARQUES PARQUE DA XUXA As matinês no parque terão concursos de fantasias, brinquedos e o Bloco da Xuxinha, que vai animar os pequenos ao som de marchinhas de carnaval. Onde O Mundo da Xuxa - Av. das Nações Unidas, 22.540, Vila Almeida; (11) 5541-2530 Quando 14 a 17 de fevereiro, das 11h às 19h Quanto R$ 93 (há combos de R$ 134 para duas pessoas e de R$ 320 para cinco pessoas) KIDZANIA Além de poder aproveitar toda a estrutura de brinquedos do parque, as crianças vão se divertir ao som de uma bateria e com apresentações de dança. Onde Shopping Eldorado (segundo subsolo) - Av. Rebouças, 3970, Pinheiros; (11) 39954500 Quando 14 a 18 de fevereiro, das 12h às 20h Quanto R$ 50 (adultos) a R$120 (Criança) Indicação de 4 a 14 anos MAMUSCA A festa promete muitas marchinhas, confete e serpentina, tudo isso sob o comando da A Trupe Pé de Histórias, que mistura música, teatro e dança. O baile "No Carnaval tudo pode, pode tudo" as crianças vão curtir ao som de clássicos do Carnaval. Onde Mamusca - Rua Joaquim Antunes, 778, Pinheiros; (11) 2362-9303; contato@mamusca.com.br Quando 15 de fevereiro, das 10h às 13h Quanto de R$ 40 (criança) a R$ 60 (adulto), com venda antecipada Indicação até 6 anos * MUSEU MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA Desfile de Bonecões de Carnaval ao som de banda tocando marchinhas de Carnaval. Onde Museu da Língua Portuguesa - Praça da Luz, s/nº, Luz; (11) 3326-0775 Quando 14 de fevereiro, das 11h às 17h Quanto até R$ 6
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Maia quer se descolar da imagem de Temer e ter agenda própria por 2018
"Estou exausto". Rodrigo Maia havia dormido pouco mais de quatro horas quando se sentou, nesta quarta-feira (2), à ampla mesa de madeira na residência oficial da Presidência da Câmara para tomar café da manhã. Faltavam apenas 40 minutos para o início da sessão que analisaria a denúncia contra Michel Temer e o deputado sabia que o dia seguinte seria o primeiro de um novo projeto político: o seu. Sucessor imediato ao Planalto caso o presidente seja afastado do cargo, Maia começou esse processo, em 17 de maio, com expectativa de poder quase que imediata. Nem mesmo auxiliares próximos a Temer acreditavam que o governo sobreviveria à crise política deflagrada com a delação da JBS, que o implicava diretamente. Era para ser uma corrida de cem metros mas, para Maia, os planos para se tornar inquilino do gabinete presidencial viraram maratona. Enquanto cortava a omelete de clara de ovos e queijo branco, empurrada com um copo de suco verde e três xícaras de café sem açúcar –a dieta só é cumprida à risca pela manhã–, o presidente da Câmara repassava a razão da permanência de Temer no posto: o apoio parlamentar. Em uma lista consultada no celular, contabilizava a quantidade de votos que acreditava ser a favor do presidente nesta quarta –de 220 a 240 dos 513 deputados, mas o número poderia aumentar, já alertava desde cedo. O peemedebista acabaria tendo 263 votos ao seu lado, sendo beneficiado ainda por 19 ausências e 2 abstenções. Nos dias que antecederam a votação histórica, Maia trabalhou a favor de Temer. Depois dessa etapa, traçou sua estratégia pessoal e a de seu partido, o DEM, em um projeto que desembocará nas eleições de 2018. Maia decidiu se descolar da imagem impopular de Temer e criar uma agenda exclusiva da Câmara, para além da pauta econômica, que não será abandonada, ele diz, mas dividirá espaço com projetos que estejam mais conectados com a sociedade. Adoção, planos de saúde, segurança pública e medidas em defesa dos animais estão entre os pontos que ele pretende atacar agora. Além disso, o presidente da Câmara articula para fortalecer o DEM, com a migração de integrantes do PSB e de outros partidos. O objetivo é conquistar o eleitor de centro-direita diante da divisão e falta de liderança única do PSDB, além de formar uma base parlamentar mais ampla, que dê capilaridade para um possível candidato à Presidência. Maia afirma que 2018 ainda "está distante", mas admite que é preciso construir o lugar onde vai "aterrissar". As conversas com os parlamentares desses partidos se misturaram nos últimos dias com o esforço do deputado em conseguir votos para salvar Michel Temer. Maia fez um cálculo político importante nas últimas semanas. Ao ver que seu ânimo para assumir o Planalto crescia junto com a pecha de "traidor", decidiu que o pragmatismo tinha que se sobrepor à ambição justamente para ter um "day-after" mais tranquilo. Ainda em sua casa, nesta quarta, respondia de tempos em tempos mensagens de deputados que faziam previsões sobre a sessão e pedia que registrassem presença –eram necessários 342 dos 513 parlamentares em plenário para iniciar a votação. De dentro do carro que o levou à Câmara, às 8h50, Maia fez a primeira ligação para tentar sentir a temperatura do Planalto. O escolhido era o "mais realista" da tropa de choque de Temer, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara. O deputado, porém, preferiu não fazer previsões por telefone e pediu para encontrar com Maia no plenário. O presidente da Câmara registrou presença na Casa às 9h06, conversou com Aguinaldo e se sentou para presidir a mesa às 9h31, quando iniciou a ordem do dia. Conduziu a sessão com relativa calma e até um pouco de descontração. Precisou intervir mais energicamente apenas quando deputados ensaiaram um empurra-empurra: "calma, gente, está todo mundo errado", disse. ATENÇÃO TOTAL Perto das 13h, quando já tinha certeza de que haveria quorum para a votação, reviu suas projeções da manhã e disse que o governo poderia bater em 260 votos ou mais. A base de Temer trabalhava dentro do plenário para renegociar cargos e emendas parlamentares, na tentativa de virar votos de última hora. Maia acompanhava de perto as contas do Planalto. Derrapou na hora do almoço, quando escapou da dieta ao participar do regabofe promovido pelo primeiro vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG). Maia comeu carne de sol, arroz, frango, ovo e bebeu refrigerante. "Só não mostrem para a minha mulher", brincou com quem o filmava. Ao abrir espaço para o prato à mesa, quebrou um copo. "É sorte", apressaram-se a gritar aliados. Ele diz que vai mesmo precisar disso.
poder
Maia quer se descolar da imagem de Temer e ter agenda própria por 2018"Estou exausto". Rodrigo Maia havia dormido pouco mais de quatro horas quando se sentou, nesta quarta-feira (2), à ampla mesa de madeira na residência oficial da Presidência da Câmara para tomar café da manhã. Faltavam apenas 40 minutos para o início da sessão que analisaria a denúncia contra Michel Temer e o deputado sabia que o dia seguinte seria o primeiro de um novo projeto político: o seu. Sucessor imediato ao Planalto caso o presidente seja afastado do cargo, Maia começou esse processo, em 17 de maio, com expectativa de poder quase que imediata. Nem mesmo auxiliares próximos a Temer acreditavam que o governo sobreviveria à crise política deflagrada com a delação da JBS, que o implicava diretamente. Era para ser uma corrida de cem metros mas, para Maia, os planos para se tornar inquilino do gabinete presidencial viraram maratona. Enquanto cortava a omelete de clara de ovos e queijo branco, empurrada com um copo de suco verde e três xícaras de café sem açúcar –a dieta só é cumprida à risca pela manhã–, o presidente da Câmara repassava a razão da permanência de Temer no posto: o apoio parlamentar. Em uma lista consultada no celular, contabilizava a quantidade de votos que acreditava ser a favor do presidente nesta quarta –de 220 a 240 dos 513 deputados, mas o número poderia aumentar, já alertava desde cedo. O peemedebista acabaria tendo 263 votos ao seu lado, sendo beneficiado ainda por 19 ausências e 2 abstenções. Nos dias que antecederam a votação histórica, Maia trabalhou a favor de Temer. Depois dessa etapa, traçou sua estratégia pessoal e a de seu partido, o DEM, em um projeto que desembocará nas eleições de 2018. Maia decidiu se descolar da imagem impopular de Temer e criar uma agenda exclusiva da Câmara, para além da pauta econômica, que não será abandonada, ele diz, mas dividirá espaço com projetos que estejam mais conectados com a sociedade. Adoção, planos de saúde, segurança pública e medidas em defesa dos animais estão entre os pontos que ele pretende atacar agora. Além disso, o presidente da Câmara articula para fortalecer o DEM, com a migração de integrantes do PSB e de outros partidos. O objetivo é conquistar o eleitor de centro-direita diante da divisão e falta de liderança única do PSDB, além de formar uma base parlamentar mais ampla, que dê capilaridade para um possível candidato à Presidência. Maia afirma que 2018 ainda "está distante", mas admite que é preciso construir o lugar onde vai "aterrissar". As conversas com os parlamentares desses partidos se misturaram nos últimos dias com o esforço do deputado em conseguir votos para salvar Michel Temer. Maia fez um cálculo político importante nas últimas semanas. Ao ver que seu ânimo para assumir o Planalto crescia junto com a pecha de "traidor", decidiu que o pragmatismo tinha que se sobrepor à ambição justamente para ter um "day-after" mais tranquilo. Ainda em sua casa, nesta quarta, respondia de tempos em tempos mensagens de deputados que faziam previsões sobre a sessão e pedia que registrassem presença –eram necessários 342 dos 513 parlamentares em plenário para iniciar a votação. De dentro do carro que o levou à Câmara, às 8h50, Maia fez a primeira ligação para tentar sentir a temperatura do Planalto. O escolhido era o "mais realista" da tropa de choque de Temer, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara. O deputado, porém, preferiu não fazer previsões por telefone e pediu para encontrar com Maia no plenário. O presidente da Câmara registrou presença na Casa às 9h06, conversou com Aguinaldo e se sentou para presidir a mesa às 9h31, quando iniciou a ordem do dia. Conduziu a sessão com relativa calma e até um pouco de descontração. Precisou intervir mais energicamente apenas quando deputados ensaiaram um empurra-empurra: "calma, gente, está todo mundo errado", disse. ATENÇÃO TOTAL Perto das 13h, quando já tinha certeza de que haveria quorum para a votação, reviu suas projeções da manhã e disse que o governo poderia bater em 260 votos ou mais. A base de Temer trabalhava dentro do plenário para renegociar cargos e emendas parlamentares, na tentativa de virar votos de última hora. Maia acompanhava de perto as contas do Planalto. Derrapou na hora do almoço, quando escapou da dieta ao participar do regabofe promovido pelo primeiro vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG). Maia comeu carne de sol, arroz, frango, ovo e bebeu refrigerante. "Só não mostrem para a minha mulher", brincou com quem o filmava. Ao abrir espaço para o prato à mesa, quebrou um copo. "É sorte", apressaram-se a gritar aliados. Ele diz que vai mesmo precisar disso.
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Mulher palestina é morta após tentar esfaquear soldado, diz Israel
Uma mulher palestina foi morta após tentar esfaquear um soldado de Israel na Tumba dos Patriarcas, na Cisjordânia ocupada, neste sábado (13). De acordo com o Exército de Israel, a mulher se aproximou de um dos soldados e tentou agredi-lo com uma faca, quando foi morta. "As forças dispararam em resposta ao ataque, resultando na morte da agressora", informou em nota o exército. Israel e Palestina vivem, desde outubro do ano passado, uma onda de violência que sacode a região e já deixou 172 palestinos e 28 israelitas mortos. A Tumba dos Patriarcas é sagrado tanto para muçulmanos quanto para judeus.
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Mulher palestina é morta após tentar esfaquear soldado, diz IsraelUma mulher palestina foi morta após tentar esfaquear um soldado de Israel na Tumba dos Patriarcas, na Cisjordânia ocupada, neste sábado (13). De acordo com o Exército de Israel, a mulher se aproximou de um dos soldados e tentou agredi-lo com uma faca, quando foi morta. "As forças dispararam em resposta ao ataque, resultando na morte da agressora", informou em nota o exército. Israel e Palestina vivem, desde outubro do ano passado, uma onda de violência que sacode a região e já deixou 172 palestinos e 28 israelitas mortos. A Tumba dos Patriarcas é sagrado tanto para muçulmanos quanto para judeus.
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"Ainda sou injustiçada todos os dias", diz inocentada da morte da filha
No dia 26 de outubro de 2006, a vida de Daniele Toledo, à época com 21 anos, mudou de forma irreversível. Apontada injustamente pela morte da filha, presa e espancada, entrou em coma, perdeu a visão de um olho e parte da audição. De acordo com a polícia, ela teria colocado cocaína na mamadeira de sua filha Victoria, que tinha 1 ano, e provocado uma overdose. Em dezembro daquele ano, exames provaram que a substância branca encontrada diluída no leite da menina não era cocaína. "Fiquei presa por 37 dias. Quando saí da penitenciária, fui direto para o cemitério ver o túmulo da minha filha. Os laudos comprovaram que as substâncias encontradas no corpo da minha filha eram dos medicamentos que ela tomava. O processo de homicídio só foi encerrado em 2008, quando fui inocentada."Quase dez anos depois, ela reconta sua história no livro "Tristeza em Pó" (ed. nVersos). Daniele está processando o Estado. Ela vive com a ajuda de uma pensão de um salário mínimo e faz tratamento das sequelas do espancamento no SUS. Pede indenização e lamenta o Estado recorrer de todas as decisões. "Ainda sou injustiçada todos os dias", diz. No pulso esquerdo, por meio de uma tatuagem, Daniele carrega a lembrança da menina: "Para a Totóia minha magrelinha, meu chicletinho, por toda a eternidade".
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"Ainda sou injustiçada todos os dias", diz inocentada da morte da filhaNo dia 26 de outubro de 2006, a vida de Daniele Toledo, à época com 21 anos, mudou de forma irreversível. Apontada injustamente pela morte da filha, presa e espancada, entrou em coma, perdeu a visão de um olho e parte da audição. De acordo com a polícia, ela teria colocado cocaína na mamadeira de sua filha Victoria, que tinha 1 ano, e provocado uma overdose. Em dezembro daquele ano, exames provaram que a substância branca encontrada diluída no leite da menina não era cocaína. "Fiquei presa por 37 dias. Quando saí da penitenciária, fui direto para o cemitério ver o túmulo da minha filha. Os laudos comprovaram que as substâncias encontradas no corpo da minha filha eram dos medicamentos que ela tomava. O processo de homicídio só foi encerrado em 2008, quando fui inocentada."Quase dez anos depois, ela reconta sua história no livro "Tristeza em Pó" (ed. nVersos). Daniele está processando o Estado. Ela vive com a ajuda de uma pensão de um salário mínimo e faz tratamento das sequelas do espancamento no SUS. Pede indenização e lamenta o Estado recorrer de todas as decisões. "Ainda sou injustiçada todos os dias", diz. No pulso esquerdo, por meio de uma tatuagem, Daniele carrega a lembrança da menina: "Para a Totóia minha magrelinha, meu chicletinho, por toda a eternidade".
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Vazamento de gás causa explosão, prédio desaba e cinco morrem na Itália
Cinco pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida após a queda de um edifício de quatro andares na cidade de Arnasco, no noroeste da Itália. O desabamento foi causado por uma explosão após um vazamento de gás em um dos apartamentos. A explosão aconteceu às 3h (0h em Brasília) e causou ainda danos em casas vizinhas. Segundo os bombeiros, quatro homens e uma mulher morreram no local. Uma senhora idosa foi retirada com vida dos escombros e levada ao hospital com graves queimaduras. O prefeito da cidade, Alfredino Gallizia, disse que a explosão foi ouvida a quilômetros de distância. Ele confirmou que a causa da explosão foi um vazamento de gás, cuja causa será investigada. As buscas nos escombros do prédio, onde três famílias viviam, duraram toda a madrugada.
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Vazamento de gás causa explosão, prédio desaba e cinco morrem na ItáliaCinco pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida após a queda de um edifício de quatro andares na cidade de Arnasco, no noroeste da Itália. O desabamento foi causado por uma explosão após um vazamento de gás em um dos apartamentos. A explosão aconteceu às 3h (0h em Brasília) e causou ainda danos em casas vizinhas. Segundo os bombeiros, quatro homens e uma mulher morreram no local. Uma senhora idosa foi retirada com vida dos escombros e levada ao hospital com graves queimaduras. O prefeito da cidade, Alfredino Gallizia, disse que a explosão foi ouvida a quilômetros de distância. Ele confirmou que a causa da explosão foi um vazamento de gás, cuja causa será investigada. As buscas nos escombros do prédio, onde três famílias viviam, duraram toda a madrugada.
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PT lidera 'fora Cunha' na Câmara
Os petistas são maioria entre os 35 deputados que apoiam publicamente o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara. Ao todo, 18 parlamentares do PT assinam a nota que defende a medida, o que corresponde a quase 30% da bancada de 63 deputados. O PSB é o segundo partido com mais parlamentares aprovando a ideia –18% do total de deputados do partido. Além deles, há deputados também do PPS, PR, PROS, PSC, PMDB e PSOL, sigla que liderou a iniciativa de pedir a saída de Cunha do cargo. Desde a última quinta-feira (20), quando a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra o presidente da Câmara por corrupção e lavagem de dinheiro ao STF (Supremo Tribunal Federal), um grupo saiu em defesa do afastamento de Cunha do comando da Casa. "A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa", destaca a nota suprapartidária assinada pelos 35 deputados. Apesar de a lista conter menos de 7% dos 513 deputados da Câmara, o grupo que lidera a iniciativa, composto, entre outros, do líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), e também de Ivan Valente (PSOL-SP), Alessandro Molon (PT-RJ), Julio Delgado (PSB-MG) e Silvio Costa (PSC-PE), acredita em novas adesões nos próximos dias. Nos corredores da Câmara, deputados aguardam reuniões de suas respectivas bancadas para serem liberados a apoiar o afastamento de Cunha da Presidência da Casa. PSB, PDT, PT e PCdoB cancelaram as reuniões semanal das respectivas bancadas nesta semana. O grupo vai também procurar apoio de entidades da sociedade civil em busca de pressão popular para conseguir afastar Cunha do cargo. Para Chico Alencar, é estranho o silêncio do presidente da Câmara ao longo dessa semana. "É um silêncio ensurdecedor", completou Ivan Valente. Desde a formalização da denúncia, Cunha não falou publicamente sobre o fato. Divulgou uma nota na quinta passada, mas evitou comentar pessoalmente, alegando sempre que os assuntos referentes às denúncias de envolvimento na Lava Jato são de competência de seu advogado. Na segunda-feira (24), reuniu aliados na residência oficial da Câmara e se defendeu das acusações, alegando ainda que novas delações devem atingir o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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PT lidera 'fora Cunha' na CâmaraOs petistas são maioria entre os 35 deputados que apoiam publicamente o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara. Ao todo, 18 parlamentares do PT assinam a nota que defende a medida, o que corresponde a quase 30% da bancada de 63 deputados. O PSB é o segundo partido com mais parlamentares aprovando a ideia –18% do total de deputados do partido. Além deles, há deputados também do PPS, PR, PROS, PSC, PMDB e PSOL, sigla que liderou a iniciativa de pedir a saída de Cunha do cargo. Desde a última quinta-feira (20), quando a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra o presidente da Câmara por corrupção e lavagem de dinheiro ao STF (Supremo Tribunal Federal), um grupo saiu em defesa do afastamento de Cunha do comando da Casa. "A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa", destaca a nota suprapartidária assinada pelos 35 deputados. Apesar de a lista conter menos de 7% dos 513 deputados da Câmara, o grupo que lidera a iniciativa, composto, entre outros, do líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), e também de Ivan Valente (PSOL-SP), Alessandro Molon (PT-RJ), Julio Delgado (PSB-MG) e Silvio Costa (PSC-PE), acredita em novas adesões nos próximos dias. Nos corredores da Câmara, deputados aguardam reuniões de suas respectivas bancadas para serem liberados a apoiar o afastamento de Cunha da Presidência da Casa. PSB, PDT, PT e PCdoB cancelaram as reuniões semanal das respectivas bancadas nesta semana. O grupo vai também procurar apoio de entidades da sociedade civil em busca de pressão popular para conseguir afastar Cunha do cargo. Para Chico Alencar, é estranho o silêncio do presidente da Câmara ao longo dessa semana. "É um silêncio ensurdecedor", completou Ivan Valente. Desde a formalização da denúncia, Cunha não falou publicamente sobre o fato. Divulgou uma nota na quinta passada, mas evitou comentar pessoalmente, alegando sempre que os assuntos referentes às denúncias de envolvimento na Lava Jato são de competência de seu advogado. Na segunda-feira (24), reuniu aliados na residência oficial da Câmara e se defendeu das acusações, alegando ainda que novas delações devem atingir o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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Corinthians vence fora de casa e assume a vice-liderança do Brasileiro
Não foi brilhante o futebol mostrado pelo Corinthians nesta quarta-feira (29), no estádio Independência, em Belo Horizonte. Mas bastou para derrotar o lanterna América-MG por 2 a 0. A segunda vitória consecutiva de Cristóvão Borges no comando do time alvinegro serviu para colocá-lo lado a lado com o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro. O rival, no entanto, tem melhor saldo de gols —oito contra dez— e jogará contra o Figueirense nesta quinta (30), em São Paulo. O Corinthians foi muito eficiente no primeiro tempo. Em uma de suas primeiras incursões ao ataque, fez um gol, contando com valiosa colaboração da defesa mineira. Uma cobrança de escanteio achou Pedro Henrique livre na área e o zagueiro cabeceou para Romero, mais livre ainda, mandar para o gol. O América, então, pôs-se a buscar o empate, mas mostrou sua falta de capacidade. O time finalizava bastante, mas nunca com perigo. Os mineiros melhoraram um pouco na etapa final e quase empataram com uma cabeçada de Adalberto, mas, em uma raríssima visita à área adversária, o Corinthians decidiu o jogo. Um pênalti duvidoso marcado pelo árbitro Wagner Reway (a bola bateu no braço de Luciano antes de ele sofrer falta de Adalberto) foi transformado em gol por Marquinhos Gabriel. E isso foi o suficiente para o Corinthians. Veja vídeo
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Corinthians vence fora de casa e assume a vice-liderança do BrasileiroNão foi brilhante o futebol mostrado pelo Corinthians nesta quarta-feira (29), no estádio Independência, em Belo Horizonte. Mas bastou para derrotar o lanterna América-MG por 2 a 0. A segunda vitória consecutiva de Cristóvão Borges no comando do time alvinegro serviu para colocá-lo lado a lado com o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro. O rival, no entanto, tem melhor saldo de gols —oito contra dez— e jogará contra o Figueirense nesta quinta (30), em São Paulo. O Corinthians foi muito eficiente no primeiro tempo. Em uma de suas primeiras incursões ao ataque, fez um gol, contando com valiosa colaboração da defesa mineira. Uma cobrança de escanteio achou Pedro Henrique livre na área e o zagueiro cabeceou para Romero, mais livre ainda, mandar para o gol. O América, então, pôs-se a buscar o empate, mas mostrou sua falta de capacidade. O time finalizava bastante, mas nunca com perigo. Os mineiros melhoraram um pouco na etapa final e quase empataram com uma cabeçada de Adalberto, mas, em uma raríssima visita à área adversária, o Corinthians decidiu o jogo. Um pênalti duvidoso marcado pelo árbitro Wagner Reway (a bola bateu no braço de Luciano antes de ele sofrer falta de Adalberto) foi transformado em gol por Marquinhos Gabriel. E isso foi o suficiente para o Corinthians. Veja vídeo
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EUA proíbem 'pistas' lentas e rápidas na conexão à internet
A FCC (Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos) aprovou nesta quinta-feira (26) uma medida que proíbe companhias que oferecem conexão à internet de fazer "pistas" lentas ou rápidas de acesso a determinados sites mediante pagamento. A decisão, aprovada por 3 votos a 2 na agência, tem a intenção de garantir a chamada neutralidade da rede, que faz com que usuários sejam tratados de modo mais igualitário. A medida teve o apoio do governo americano e é questionada pela oposição –os republicanos dizem que a regra ultrapassa as atribuições da administração federal. É provável que o tema acabe nos tribunais. Pela regra, será ilegal para companhias como a Verizon ou a AT&T reduzirem a velocidade do streaming de vídeos ou de outros conteúdos em sua rede ou acelerar a conexão a portais que pagam por isso. Também fica proibido bloquear o acesso a sites. A norma também se aplica a operadoras de telefonia móvel, como a T-Mobile e a Sprint. Essas corporações argumentam que as regras ameaçam investimentos e a inovação no setor. "A internet é muito importante para que se permita que os provedores de banda larga façam as regras", afirmou Tom Wheeler, presidente do conselho da FCC. Ele é democrata e foi escolhido para o cargo pelo presidente do país, Barack Obama (o que faz com que a oposição diga que Wheeler atendeu ao chamado do presidente por regras mais duras sobre o assunto). "A internet deve ser rápida, justa e aberta. Essa é a mensagem que eu ouvi de consumidores e de inovadores neste país. Esse é o princípio que permitiu que a internet se tornasse uma plataforma sem precedentes para inovação e expressão humana", afirmou o chefe da FCC em artigo escrito na revista, no qual anunciava que iria propor essa regulamentação. A consulta sobre o assunto na FCC recebeu 4 milhões de contribuições, um recorde. Em novembro, Obama citou essa enorme participação em um vídeo postado na internet em que ele pedia que o FCC adotasse as "regras mais duras possíveis" a respeito da neutralidade da rede –o pedido é pouco usual, já que, segundo a lei, a FCC é uma agência independente. No Brasil, o Marco Civil da Internet, em vigor desde junho de 2014, passa por um processo de regulamentação aberto a consulta pública, para preencher as lacunas da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a advogada especialista em direito digital Gisele Arantes, muito da legislação ainda é vago. "Não temos regras claras e decisivas em relação a absolutamente nenhum tema tratado pela legislação", afirma. A neutralidade da rede é um dos pontos mais polêmicos da discussão, vistas as exceções que permitem a um provedor de rede discriminar ou degradar o tráfego da internet. Na legislação atual, tal medida só pode ser tomada para priorizar serviços de emergência e respeitar requisitos técnicos à prestação adequada de serviço de conexão.
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EUA proíbem 'pistas' lentas e rápidas na conexão à internetA FCC (Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos) aprovou nesta quinta-feira (26) uma medida que proíbe companhias que oferecem conexão à internet de fazer "pistas" lentas ou rápidas de acesso a determinados sites mediante pagamento. A decisão, aprovada por 3 votos a 2 na agência, tem a intenção de garantir a chamada neutralidade da rede, que faz com que usuários sejam tratados de modo mais igualitário. A medida teve o apoio do governo americano e é questionada pela oposição –os republicanos dizem que a regra ultrapassa as atribuições da administração federal. É provável que o tema acabe nos tribunais. Pela regra, será ilegal para companhias como a Verizon ou a AT&T reduzirem a velocidade do streaming de vídeos ou de outros conteúdos em sua rede ou acelerar a conexão a portais que pagam por isso. Também fica proibido bloquear o acesso a sites. A norma também se aplica a operadoras de telefonia móvel, como a T-Mobile e a Sprint. Essas corporações argumentam que as regras ameaçam investimentos e a inovação no setor. "A internet é muito importante para que se permita que os provedores de banda larga façam as regras", afirmou Tom Wheeler, presidente do conselho da FCC. Ele é democrata e foi escolhido para o cargo pelo presidente do país, Barack Obama (o que faz com que a oposição diga que Wheeler atendeu ao chamado do presidente por regras mais duras sobre o assunto). "A internet deve ser rápida, justa e aberta. Essa é a mensagem que eu ouvi de consumidores e de inovadores neste país. Esse é o princípio que permitiu que a internet se tornasse uma plataforma sem precedentes para inovação e expressão humana", afirmou o chefe da FCC em artigo escrito na revista, no qual anunciava que iria propor essa regulamentação. A consulta sobre o assunto na FCC recebeu 4 milhões de contribuições, um recorde. Em novembro, Obama citou essa enorme participação em um vídeo postado na internet em que ele pedia que o FCC adotasse as "regras mais duras possíveis" a respeito da neutralidade da rede –o pedido é pouco usual, já que, segundo a lei, a FCC é uma agência independente. No Brasil, o Marco Civil da Internet, em vigor desde junho de 2014, passa por um processo de regulamentação aberto a consulta pública, para preencher as lacunas da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a advogada especialista em direito digital Gisele Arantes, muito da legislação ainda é vago. "Não temos regras claras e decisivas em relação a absolutamente nenhum tema tratado pela legislação", afirma. A neutralidade da rede é um dos pontos mais polêmicos da discussão, vistas as exceções que permitem a um provedor de rede discriminar ou degradar o tráfego da internet. Na legislação atual, tal medida só pode ser tomada para priorizar serviços de emergência e respeitar requisitos técnicos à prestação adequada de serviço de conexão.
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Com compromissos no Chile, Dilma talvez não participará de festa do PT
Dilma Rousseff talvez não participará da festa de 36 anos do PT, marcada para este sábado (27), no Rio de Janeiro. A presidente está no Chile e tem uma série de compromissos durante o sábado no país vizinho. O voo de Dilma está programado para sair de Santiago às 17h e tem como destino Brasília. A festa do partido começa às 18h. O evento acontece em um dos momentos de maior tensão na relação do partido com Dilma –que chegou a dizer a aliados que gostaria de não participar do evento. A presidente organizou a visita ao Chile em cima da hora –os preparativos começaram há cerca de uma semana. Nesta sexta-feira (26), ela se reúne com a mandatária chilena, Michelle Bachelet. Entre os assuntos na pauta está a complementação do acordo bilateral de comércio. O Brasil pretende permitir que empresas de outros países possam participar das licitações de produtos comprados pelo governo. A conclusão de um acordo de serviços financeiros, que facilitem, por exemplo, financiamentos internacionais, também será debatida. Na agenda há um encontro com empresários do Brasil, nesta sexta à noite, e outro com executivos do Chile, no sábado de manhã. À tarde, ela passará na Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), onde conversará com a secretária-executiva, Alicia Bárcena, e economistas do órgão. Em seguida, viaja para Brasília.
poder
Com compromissos no Chile, Dilma talvez não participará de festa do PTDilma Rousseff talvez não participará da festa de 36 anos do PT, marcada para este sábado (27), no Rio de Janeiro. A presidente está no Chile e tem uma série de compromissos durante o sábado no país vizinho. O voo de Dilma está programado para sair de Santiago às 17h e tem como destino Brasília. A festa do partido começa às 18h. O evento acontece em um dos momentos de maior tensão na relação do partido com Dilma –que chegou a dizer a aliados que gostaria de não participar do evento. A presidente organizou a visita ao Chile em cima da hora –os preparativos começaram há cerca de uma semana. Nesta sexta-feira (26), ela se reúne com a mandatária chilena, Michelle Bachelet. Entre os assuntos na pauta está a complementação do acordo bilateral de comércio. O Brasil pretende permitir que empresas de outros países possam participar das licitações de produtos comprados pelo governo. A conclusão de um acordo de serviços financeiros, que facilitem, por exemplo, financiamentos internacionais, também será debatida. Na agenda há um encontro com empresários do Brasil, nesta sexta à noite, e outro com executivos do Chile, no sábado de manhã. À tarde, ela passará na Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), onde conversará com a secretária-executiva, Alicia Bárcena, e economistas do órgão. Em seguida, viaja para Brasília.
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A estrela do século
RIO DE JANEIRO - Marilyn Monroe faria hoje 90 anos - nasceu em 1º de junho de 1926. Na vida real, mal completou 36, porque morreu no dia 5 de agosto de 1962. Em nosso tempo, é um raro caso de pessoa morta há mais de 50 anos - e de carreira tão breve, apenas dez ou doze anos - que não precisa de identificação. Na maior parte do mundo, todos sabem quem foi Marilyn Monroe: a maior estrela da história do cinema e, talvez, do século 20. Seus filmes para valer foram somente 11, de "Torrente de Paixão" (1953) a "Os Desajustados" (1961) e, antes desses, quatro ou cinco em que ela tornou memoráveis as passagens-relâmpago que lhe deram. Mas, mesmo que fossem menos, Marilyn ainda seria Marilyn. Entre um filme e outro, "sabíamos" tudo sobre ela, seus amores, seus sonhos e frustrações. Era como se passasse o ano inteiro em cartaz, graças ao material que os correspondentes em Hollywood enviavam - quase todos os grandes jornais brasileiros tinham um. Ninguém era mais sensual, vide "O Pecado Mora ao Lado" (1955). Mas, talvez por ser uma comediante, Marilyn não era ofensiva. Homens, mulheres e crianças a amavam por igual, ou assim se pensava. A portas fechadas, Marilyn foi o primeiro objeto de desejo dos meninos dos anos 50 - além dos filmes a que se assistia salivando, não faltavam fotos no "Cruzeiro" como inspiração. Desde sua morte, os mais de 1.500 livros a seu respeito só contam histórias tristes. Mas a tese de que Hollywood a destruiu foi finalmente abandonada. Ao contrário, Marilyn é que era um suplício para os diretores, técnicos e colegas - sua dieta de Benzedrine e Demerol, mandados para dentro com champanhe Taittinger, era incompatível com o trabalho. Marilyn queria ser uma atriz dramática, respeitada por intelectuais e casada com John Kennedy. Em vida, perdeu as três apostas.
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A estrela do séculoRIO DE JANEIRO - Marilyn Monroe faria hoje 90 anos - nasceu em 1º de junho de 1926. Na vida real, mal completou 36, porque morreu no dia 5 de agosto de 1962. Em nosso tempo, é um raro caso de pessoa morta há mais de 50 anos - e de carreira tão breve, apenas dez ou doze anos - que não precisa de identificação. Na maior parte do mundo, todos sabem quem foi Marilyn Monroe: a maior estrela da história do cinema e, talvez, do século 20. Seus filmes para valer foram somente 11, de "Torrente de Paixão" (1953) a "Os Desajustados" (1961) e, antes desses, quatro ou cinco em que ela tornou memoráveis as passagens-relâmpago que lhe deram. Mas, mesmo que fossem menos, Marilyn ainda seria Marilyn. Entre um filme e outro, "sabíamos" tudo sobre ela, seus amores, seus sonhos e frustrações. Era como se passasse o ano inteiro em cartaz, graças ao material que os correspondentes em Hollywood enviavam - quase todos os grandes jornais brasileiros tinham um. Ninguém era mais sensual, vide "O Pecado Mora ao Lado" (1955). Mas, talvez por ser uma comediante, Marilyn não era ofensiva. Homens, mulheres e crianças a amavam por igual, ou assim se pensava. A portas fechadas, Marilyn foi o primeiro objeto de desejo dos meninos dos anos 50 - além dos filmes a que se assistia salivando, não faltavam fotos no "Cruzeiro" como inspiração. Desde sua morte, os mais de 1.500 livros a seu respeito só contam histórias tristes. Mas a tese de que Hollywood a destruiu foi finalmente abandonada. Ao contrário, Marilyn é que era um suplício para os diretores, técnicos e colegas - sua dieta de Benzedrine e Demerol, mandados para dentro com champanhe Taittinger, era incompatível com o trabalho. Marilyn queria ser uma atriz dramática, respeitada por intelectuais e casada com John Kennedy. Em vida, perdeu as três apostas.
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Presidente são-paulino muda cúpula para isolar desafetos
Após nove meses na presidência do São Paulo, Carlos Miguel Aidar resolveu mudar sua diretoria com o objetivo de se fortalecer no conselho e isolar os adversários políticos, liderados pelo ex-presidente Juvenal Juvêncio. O anúncio, que será oficializado nesta terça (6), tem como principais alterações os ocupantes da vice-presidência e dos departamentos administrativo, financeiro e de comunicação (veja ao lado). Julio Casares, que estava como vice de marketing, será o novo vice-presidente geral do clube, ocupando o cargo de Roberto Natel, que se demitiu em setembro do ano passado e virou opositor. Outra mudança é a criação do cargo de consultor da presidência. Ele será ocupado por João Paulo de Jesus Lopes, que tem experiência no departamento de futebol e na política. Ele deixa a vice-presidência administrativa para Osvaldo Vieira de Abreu. Entre os novos nomeados, estão três antigos opositores: Dorival Decoussau, agora diretor de relações institucionais e que fez campanha para Kalil Abdalla na eleição do ano passado, Eduardo Alfano, diretor de relações internacionais, e Ricardo Haddad, diretor administrativo. O departamento de futebol continuará igual, com o vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro, o diretor Rubens Moreno e o gerente executivo Gustavo Vieira de Oliveira. De acordo com aliados de Aidar, a mudança tem o objetivo de ampliar a base do cartola no conselho, unir antigos opositores aos grupo da situação e, assim, isolar cada vez mais os principais adversários políticos. Além de Juvenal, estão Natel, o ex-assessor da presidência José Francisco Mansur e o ex-diretor-adjunto de planejamento Rui Stefanelli. Pessoas próximas a Aidar vêem com receio as decisões do cartola. Apontam que uma reforma política dessa dimensão em menos de dez meses no cargo pode mais desagradar do que unir os dirigentes. NAMORADA DE AIDAR RESCINDE COM O CLUBE O São Paulo e a empresa de Cinira Maturana, namorada do presidente Carlos Miguel Aidar, puseram fim a um contrato comercial, que previa comissão para ela na efetivação de negócios com o clube. O acordo permitia que ela recebesse 20% dos negócios que fechasse, conforme revelou a Folha em dezembro. O cartola chegou a se explicar. Disse que Cinira não fechou nenhum negócio nem recebeu valores.
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Presidente são-paulino muda cúpula para isolar desafetosApós nove meses na presidência do São Paulo, Carlos Miguel Aidar resolveu mudar sua diretoria com o objetivo de se fortalecer no conselho e isolar os adversários políticos, liderados pelo ex-presidente Juvenal Juvêncio. O anúncio, que será oficializado nesta terça (6), tem como principais alterações os ocupantes da vice-presidência e dos departamentos administrativo, financeiro e de comunicação (veja ao lado). Julio Casares, que estava como vice de marketing, será o novo vice-presidente geral do clube, ocupando o cargo de Roberto Natel, que se demitiu em setembro do ano passado e virou opositor. Outra mudança é a criação do cargo de consultor da presidência. Ele será ocupado por João Paulo de Jesus Lopes, que tem experiência no departamento de futebol e na política. Ele deixa a vice-presidência administrativa para Osvaldo Vieira de Abreu. Entre os novos nomeados, estão três antigos opositores: Dorival Decoussau, agora diretor de relações institucionais e que fez campanha para Kalil Abdalla na eleição do ano passado, Eduardo Alfano, diretor de relações internacionais, e Ricardo Haddad, diretor administrativo. O departamento de futebol continuará igual, com o vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro, o diretor Rubens Moreno e o gerente executivo Gustavo Vieira de Oliveira. De acordo com aliados de Aidar, a mudança tem o objetivo de ampliar a base do cartola no conselho, unir antigos opositores aos grupo da situação e, assim, isolar cada vez mais os principais adversários políticos. Além de Juvenal, estão Natel, o ex-assessor da presidência José Francisco Mansur e o ex-diretor-adjunto de planejamento Rui Stefanelli. Pessoas próximas a Aidar vêem com receio as decisões do cartola. Apontam que uma reforma política dessa dimensão em menos de dez meses no cargo pode mais desagradar do que unir os dirigentes. NAMORADA DE AIDAR RESCINDE COM O CLUBE O São Paulo e a empresa de Cinira Maturana, namorada do presidente Carlos Miguel Aidar, puseram fim a um contrato comercial, que previa comissão para ela na efetivação de negócios com o clube. O acordo permitia que ela recebesse 20% dos negócios que fechasse, conforme revelou a Folha em dezembro. O cartola chegou a se explicar. Disse que Cinira não fechou nenhum negócio nem recebeu valores.
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Dez músicas sobre a água, em tempos de seca e enchentes
Fortes chuvas castigaram São Paulo nesta quinta (19) e sexta (20), afastando da memória o fato de que a região Sudeste vive a sua pior crise hídrica em 84 anos. No sábado (21), os reservatórios do sistema Cantareira tiveram alta e conseguiram bater a média histórica para o mês de março. Neste domingo (22), o mundo celebra o 23º Dia Mundial da Água e encerra a "Década da Água para a Vida", que havia sido instituída pela ONU em 2005. Enquanto algumas pessoas sofrem pela falta de água e outras pelo excesso, o certo é que a demanda mundial pelo recurso crescerá em 55% até 2050. E a água continuará servindo de inspiração para muitas canções, como estas dez que a Folha selecionou abaixo. * A seca prolongada de São Paulo e o colapso do sistema cantareira foram inspirações para Will Butler, músico da banda Arcade Fire compor a música. Arcade Fire - You Must Be Kidding O clássico do carioca Jorge Ben Jor deve ter sido uma das músicas mais lembradas pelos paulistanos ao longo da semana. Arcade Fire - You Must Be Kidding Pra quem gosta de MPB, difícil esquecer que toda essa chuva veio pra "fechar o verão", como cantaram Elis Regina e Tom Jobim. Águas de Março Embora a chuva seja bem vinda, por conta da crise hídrica, ela bem que poderia vir mais espaçada, como nos faz lembrar esse reggae do grupo Planta & Raiz. Oh chuva Ou na versão forró, do grupo Falamansa. Oh chuva Clássica música de Guilherme Arantes, nos lembra que cerca de 70% do planeta é coberto de água, embora apenas uma pequena parte esteja disponível para consumo humano. Planeta Água Até hoje, cidades como Baraúna (PB ) sofrem os efeitos de viver em áreas sem água encanada ou com pouca chuva. É dessa realidade nordestina que canta o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Asa Branca Um dos sucessos de Gilberto Gil, aqui interpretada com outro ícone da música brasileira, Dominguinhos. Tenho sede "Ó chuva vem me dizer, se posso ir lá em cima pra derramar você", canta Marisa Monte, em uma de suas canções mais conhecidas. Segue o seco "Ontem faltou água, anteontem faltou luz", canta Renato Russo, nessa canção da Legião Urbana. A maioria dos brasileiros defende racionar água e energia, apontou o Datafolha, mas vamos torcer para que a crise não se agrave tanto. Eu era um lobisomem juvenil "E choveu uma semana e eu não vi o meu amor", canta Djavan. A canção se popularizou por ter sido trilha sonora da novela "O Rei do Gado", que atualmente está sendo reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" da TV Globo, batendo recordes de audiência. Correnteza * Escute também as dez músicas que a Folha selecionou para ouvir num dia chuvoso.
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Dez músicas sobre a água, em tempos de seca e enchentesFortes chuvas castigaram São Paulo nesta quinta (19) e sexta (20), afastando da memória o fato de que a região Sudeste vive a sua pior crise hídrica em 84 anos. No sábado (21), os reservatórios do sistema Cantareira tiveram alta e conseguiram bater a média histórica para o mês de março. Neste domingo (22), o mundo celebra o 23º Dia Mundial da Água e encerra a "Década da Água para a Vida", que havia sido instituída pela ONU em 2005. Enquanto algumas pessoas sofrem pela falta de água e outras pelo excesso, o certo é que a demanda mundial pelo recurso crescerá em 55% até 2050. E a água continuará servindo de inspiração para muitas canções, como estas dez que a Folha selecionou abaixo. * A seca prolongada de São Paulo e o colapso do sistema cantareira foram inspirações para Will Butler, músico da banda Arcade Fire compor a música. Arcade Fire - You Must Be Kidding O clássico do carioca Jorge Ben Jor deve ter sido uma das músicas mais lembradas pelos paulistanos ao longo da semana. Arcade Fire - You Must Be Kidding Pra quem gosta de MPB, difícil esquecer que toda essa chuva veio pra "fechar o verão", como cantaram Elis Regina e Tom Jobim. Águas de Março Embora a chuva seja bem vinda, por conta da crise hídrica, ela bem que poderia vir mais espaçada, como nos faz lembrar esse reggae do grupo Planta & Raiz. Oh chuva Ou na versão forró, do grupo Falamansa. Oh chuva Clássica música de Guilherme Arantes, nos lembra que cerca de 70% do planeta é coberto de água, embora apenas uma pequena parte esteja disponível para consumo humano. Planeta Água Até hoje, cidades como Baraúna (PB ) sofrem os efeitos de viver em áreas sem água encanada ou com pouca chuva. É dessa realidade nordestina que canta o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Asa Branca Um dos sucessos de Gilberto Gil, aqui interpretada com outro ícone da música brasileira, Dominguinhos. Tenho sede "Ó chuva vem me dizer, se posso ir lá em cima pra derramar você", canta Marisa Monte, em uma de suas canções mais conhecidas. Segue o seco "Ontem faltou água, anteontem faltou luz", canta Renato Russo, nessa canção da Legião Urbana. A maioria dos brasileiros defende racionar água e energia, apontou o Datafolha, mas vamos torcer para que a crise não se agrave tanto. Eu era um lobisomem juvenil "E choveu uma semana e eu não vi o meu amor", canta Djavan. A canção se popularizou por ter sido trilha sonora da novela "O Rei do Gado", que atualmente está sendo reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" da TV Globo, batendo recordes de audiência. Correnteza * Escute também as dez músicas que a Folha selecionou para ouvir num dia chuvoso.
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Ansiosa assumida, Dani Calabresa dubla outra emoção em filme da Pixar
Qual emoção comanda a sua mente? "Ansiedade", responde rápido a humorista Dani Calabresa. Ansiosa assumida, a atriz e humorista, porém, faz a voz de outro sentimento no novo filme da Pixar "Divertida Mente" : Nojinho, personagem que é uma das emoções da garota Riley, de 11 anos. O filme, que estreia no Brasil na próxima quinta-feira (18), conta a história de Riley e das cinco emoções que trabalham ativamente em sua mente: Alegria, Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo. Na história, a emoção principal é a sempre positiva Alegria, até o momento que a família de Riley se muda para a cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Lá, ela vai encarar uma nova escola, novos amigos e viver um conflito emocional representado pelo afastamento involuntário da Alegria e da Tristeza, que vão passar por uma jornada no mundo da mente. "Eu tive um encontro de almas com a minha personagem", contou a atriz e humorista Miá Mello, que faz a voz da Alegria, em encontro com a imprensa. "Ela é igualzinha a mim, fala alto, rápido, sempre animada." Miá, Dani, Katiuscia Canoro (que emprestou sua voz a Tristeza) e Léo Jaime (que fez o Raiva) concordam que encontrar o ritmo certo e ainda traduzir as piadas em inglês para que façam sentido em português é um grande desafio. Mesmo assim, é possível encontrar algumas brechas: "Eu sempre falo cantando com a minha filha, de seis anos, e eu queria muito colocar isso na Alegria. Fiquei muito feliz quando tive o aval para fazer isso", contou Miá Mello. TOQUE BRASILEIRO Apesar de ser um filme da Pixar, "Divertida Mente" tem um toque verde e amarelo. Leo Santos, artista brasileiro que trabalha na empresa, ajudou na parte de criação do filme. O maior desafio foi criar o mundo da mente de Riley, segundo Santos. "Não tínhamos elementos do mundo real para nos embasar", diz. A equipe, então, falou com psicólogos, psiquiatras e neurologistas para entender como a mente, a memória e as emoções humanas funcionam. "Alguns diziam que eram quatro emoções básicas, outros 21. Acabamos optando por cinco", contou Santos. O brasileiro faz parte do departamento que cuida do layout do filme. "Fazemos um protótipo da animação, e pensamos como vão ser os movimentos de câmeras e a coreografia", conta. "Dentro da mente é como se fosse um musical dos anos 1940, uma câmera de estúdio. Já no mundo real, seria como uma câmera mais moderna, com técnicas de filmagem mais atuais", disse Santos. Para ele, é algo que o espectador provavelmente não percebe, mas faz parte do estilo da Pixar de dar maior profundidade à animação. "É preciso descobrir qual técnica vai mais fundo nas emoções e comunica melhor a história." Colaborou ISABEL SETA
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Ansiosa assumida, Dani Calabresa dubla outra emoção em filme da PixarQual emoção comanda a sua mente? "Ansiedade", responde rápido a humorista Dani Calabresa. Ansiosa assumida, a atriz e humorista, porém, faz a voz de outro sentimento no novo filme da Pixar "Divertida Mente" : Nojinho, personagem que é uma das emoções da garota Riley, de 11 anos. O filme, que estreia no Brasil na próxima quinta-feira (18), conta a história de Riley e das cinco emoções que trabalham ativamente em sua mente: Alegria, Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo. Na história, a emoção principal é a sempre positiva Alegria, até o momento que a família de Riley se muda para a cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Lá, ela vai encarar uma nova escola, novos amigos e viver um conflito emocional representado pelo afastamento involuntário da Alegria e da Tristeza, que vão passar por uma jornada no mundo da mente. "Eu tive um encontro de almas com a minha personagem", contou a atriz e humorista Miá Mello, que faz a voz da Alegria, em encontro com a imprensa. "Ela é igualzinha a mim, fala alto, rápido, sempre animada." Miá, Dani, Katiuscia Canoro (que emprestou sua voz a Tristeza) e Léo Jaime (que fez o Raiva) concordam que encontrar o ritmo certo e ainda traduzir as piadas em inglês para que façam sentido em português é um grande desafio. Mesmo assim, é possível encontrar algumas brechas: "Eu sempre falo cantando com a minha filha, de seis anos, e eu queria muito colocar isso na Alegria. Fiquei muito feliz quando tive o aval para fazer isso", contou Miá Mello. TOQUE BRASILEIRO Apesar de ser um filme da Pixar, "Divertida Mente" tem um toque verde e amarelo. Leo Santos, artista brasileiro que trabalha na empresa, ajudou na parte de criação do filme. O maior desafio foi criar o mundo da mente de Riley, segundo Santos. "Não tínhamos elementos do mundo real para nos embasar", diz. A equipe, então, falou com psicólogos, psiquiatras e neurologistas para entender como a mente, a memória e as emoções humanas funcionam. "Alguns diziam que eram quatro emoções básicas, outros 21. Acabamos optando por cinco", contou Santos. O brasileiro faz parte do departamento que cuida do layout do filme. "Fazemos um protótipo da animação, e pensamos como vão ser os movimentos de câmeras e a coreografia", conta. "Dentro da mente é como se fosse um musical dos anos 1940, uma câmera de estúdio. Já no mundo real, seria como uma câmera mais moderna, com técnicas de filmagem mais atuais", disse Santos. Para ele, é algo que o espectador provavelmente não percebe, mas faz parte do estilo da Pixar de dar maior profundidade à animação. "É preciso descobrir qual técnica vai mais fundo nas emoções e comunica melhor a história." Colaborou ISABEL SETA
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Val Kilmer tem câncer na língua, afirma o ator Michael Douglas
De acordo com o ator Michael Douglas, 72, Val Kilmer, 56, está com um câncer agressivo na língua. Segundo o jornal britânico "The Sun", Douglas falou sobre o colega no domingo (30), em Londres, ao ser perguntado sobre "A Sombra e a Escuridão", filme que fizeram juntos em 1996, durante uma sessão de perguntas e respostas. "Val é um cara maravilhoso que está lidando com exatamente a mesma coisa que eu tive, e a situação não parece animadora para ele", afirmou o marido de Catherine Zeta-Jones, que teve câncer de língua em 2010. "Minhas preces estão com ele. É por isso que vocês não ouviram falar muito dele ultimamente." Galã dos anos 1980 e 1990, Val Kilmer é conhecido por filmes como "Top Gun: Ases Indomáveis" (1986) e "Fogo Contra Fogo" (1995), e por vestir a capa do Homem-Morcego em "Batman Eternamente" (1995). A especulação sobre seu estado de saúde não é de hoje. Em janeiro de 2015, ele foi levado com urgência para o centro médico da universidade UCLA. Na ocasião, a representante do ator Liz Rosenberg afirmou que ele se submetia a testes para averiguar a existência de possíveis tumores, cenário que ele negou em sua página oficial no Facebook. "Não tenho nem tive um tumor, operações para retirá-lo ou qualquer operação. Tive uma complicação, e a melhor forma de tratá-la foi ficar internado na UTI da UCLA", escreveu Kilmer. Nova passagem do ator pelo hospital em outubro de 2015 reacendeu os rumores, novamente negados por ele, que em dezembro foi fotografado com o que parecia ser um tubo de traqueostomia. Segundo a revista americana "People", desde então Kilmer tem usado lenços e camisas fechadas em suas aparições públicas. O ator ainda não se manifestou sobre o comentário de Michael Douglas.
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Val Kilmer tem câncer na língua, afirma o ator Michael DouglasDe acordo com o ator Michael Douglas, 72, Val Kilmer, 56, está com um câncer agressivo na língua. Segundo o jornal britânico "The Sun", Douglas falou sobre o colega no domingo (30), em Londres, ao ser perguntado sobre "A Sombra e a Escuridão", filme que fizeram juntos em 1996, durante uma sessão de perguntas e respostas. "Val é um cara maravilhoso que está lidando com exatamente a mesma coisa que eu tive, e a situação não parece animadora para ele", afirmou o marido de Catherine Zeta-Jones, que teve câncer de língua em 2010. "Minhas preces estão com ele. É por isso que vocês não ouviram falar muito dele ultimamente." Galã dos anos 1980 e 1990, Val Kilmer é conhecido por filmes como "Top Gun: Ases Indomáveis" (1986) e "Fogo Contra Fogo" (1995), e por vestir a capa do Homem-Morcego em "Batman Eternamente" (1995). A especulação sobre seu estado de saúde não é de hoje. Em janeiro de 2015, ele foi levado com urgência para o centro médico da universidade UCLA. Na ocasião, a representante do ator Liz Rosenberg afirmou que ele se submetia a testes para averiguar a existência de possíveis tumores, cenário que ele negou em sua página oficial no Facebook. "Não tenho nem tive um tumor, operações para retirá-lo ou qualquer operação. Tive uma complicação, e a melhor forma de tratá-la foi ficar internado na UTI da UCLA", escreveu Kilmer. Nova passagem do ator pelo hospital em outubro de 2015 reacendeu os rumores, novamente negados por ele, que em dezembro foi fotografado com o que parecia ser um tubo de traqueostomia. Segundo a revista americana "People", desde então Kilmer tem usado lenços e camisas fechadas em suas aparições públicas. O ator ainda não se manifestou sobre o comentário de Michael Douglas.
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Países têm relação aberta com China, diz ministro
Em visita à Argentina, o ministro de relações exteriores, Mauro Vieira, disse que os países do bloco têm uma "relação aberta" com a China, que não afeta os laços entre os países da região. "A relação com a China é aberta e importante para todos os países da região", disse. Vieira visita a Argentina poucos dias depois de o país fechar 22 acordos com a China, em sua maioria projetos de investimento que tendem a aumentar a influência econômica no país. Na Argentina, empresários temem que os chineses tragam equipamentos próprios para as obras. Isso também poderia afetar as vendas do Brasil no país vizinho. Vieira informou que os dois países terão uma relação mais próxima neste ano. "Combinamos de nos encontrarmos com mais frequência", disse ele, ao lado do chanceler argentino Hector Timerman. Em cerca de 15 dias, os vice-ministros devem se encontrar para tratar de assuntos econômicos e em três meses Timerman deverá ir ao Brasil.
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Países têm relação aberta com China, diz ministroEm visita à Argentina, o ministro de relações exteriores, Mauro Vieira, disse que os países do bloco têm uma "relação aberta" com a China, que não afeta os laços entre os países da região. "A relação com a China é aberta e importante para todos os países da região", disse. Vieira visita a Argentina poucos dias depois de o país fechar 22 acordos com a China, em sua maioria projetos de investimento que tendem a aumentar a influência econômica no país. Na Argentina, empresários temem que os chineses tragam equipamentos próprios para as obras. Isso também poderia afetar as vendas do Brasil no país vizinho. Vieira informou que os dois países terão uma relação mais próxima neste ano. "Combinamos de nos encontrarmos com mais frequência", disse ele, ao lado do chanceler argentino Hector Timerman. Em cerca de 15 dias, os vice-ministros devem se encontrar para tratar de assuntos econômicos e em três meses Timerman deverá ir ao Brasil.
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Para biógrafo, padre Cícero unia fé popular e canônica
Autor da biografia "Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão", o jornalista e historiador Lira Neto diz ver o líder religioso cearense como uma figura ambígua e fascinante, que unia a fé visceral à canônica. Leia abaixo trechos da entrevista. * Folha - Como definiria a figura de Padre Cícero e sua importância para o Nordeste? Lira Neto - Padre Cícero sempre foi uma figura ambígua e complexa. Ele teve os seus votos suspensos porque a Igreja considerou que ele havia infringido uma série de regras ao propagar presumidos milagres que o Vaticano não reconhecia. Por outro lado, ele fazia um trabalho significativo com a população nordestina. Era um padre que fazia esse diálogo entre a fé popular, que é visceral, e a fé canônica. Um sincretismo que a Igreja não aceitou e, por isso, foi acusado de ser embusteiro, um falso milagreiro. Também foi acusado de ter um patrimônio incompatível com o exercício do sacerdócio. E o interessante é que, pouco dias antes de morrer, ele doou toda sua fortuna para a Igreja, que aceitou. Depois de suspenso, ele se tornou um importante líder político... Ele continua a exercer o seu sacerdócio da janela de casa, de forma não oficial. Daí, ele se tornou um líder político respeitadíssimo, que tinha um componente de rebeldia e articulou a deposição de um governador de Estado [do Ceará], devidamente amparado pelo governo federal. Ele tinha uma interlocução constante com os presidentes da República naquela época. Aquela imagem de um líder messiânico caricato cai por terra quando você vê a forma como ele contribuiu para criar um pacto entre as elites agrárias e políticas do sertão. Os coronéis fizeram dele um mediador. Daí ele se torna prefeito de Juazeiro do Norte por 18 anos e chega a ser nomeado vice-governador. É fascinante. Ele também teve contato com Lampião. Na época da Coluna Prestes, foi o Padre Cícero que assinou um salvo-conduto que deu a Lampião armas, munição, uniformes e a patente de capitão. Mas não foi um gesto pessoal, de conluio com o cangaço. Foi uma iniciativa do governo, que incentivou a criação de milícias armadas. E houve ou não houve o tal "milagre da hóstia"? Pouco importa, isso não altera o curso da história. O grande milagre que vejo é de um homem simples ter se transformado neste mito
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Para biógrafo, padre Cícero unia fé popular e canônicaAutor da biografia "Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão", o jornalista e historiador Lira Neto diz ver o líder religioso cearense como uma figura ambígua e fascinante, que unia a fé visceral à canônica. Leia abaixo trechos da entrevista. * Folha - Como definiria a figura de Padre Cícero e sua importância para o Nordeste? Lira Neto - Padre Cícero sempre foi uma figura ambígua e complexa. Ele teve os seus votos suspensos porque a Igreja considerou que ele havia infringido uma série de regras ao propagar presumidos milagres que o Vaticano não reconhecia. Por outro lado, ele fazia um trabalho significativo com a população nordestina. Era um padre que fazia esse diálogo entre a fé popular, que é visceral, e a fé canônica. Um sincretismo que a Igreja não aceitou e, por isso, foi acusado de ser embusteiro, um falso milagreiro. Também foi acusado de ter um patrimônio incompatível com o exercício do sacerdócio. E o interessante é que, pouco dias antes de morrer, ele doou toda sua fortuna para a Igreja, que aceitou. Depois de suspenso, ele se tornou um importante líder político... Ele continua a exercer o seu sacerdócio da janela de casa, de forma não oficial. Daí, ele se tornou um líder político respeitadíssimo, que tinha um componente de rebeldia e articulou a deposição de um governador de Estado [do Ceará], devidamente amparado pelo governo federal. Ele tinha uma interlocução constante com os presidentes da República naquela época. Aquela imagem de um líder messiânico caricato cai por terra quando você vê a forma como ele contribuiu para criar um pacto entre as elites agrárias e políticas do sertão. Os coronéis fizeram dele um mediador. Daí ele se torna prefeito de Juazeiro do Norte por 18 anos e chega a ser nomeado vice-governador. É fascinante. Ele também teve contato com Lampião. Na época da Coluna Prestes, foi o Padre Cícero que assinou um salvo-conduto que deu a Lampião armas, munição, uniformes e a patente de capitão. Mas não foi um gesto pessoal, de conluio com o cangaço. Foi uma iniciativa do governo, que incentivou a criação de milícias armadas. E houve ou não houve o tal "milagre da hóstia"? Pouco importa, isso não altera o curso da história. O grande milagre que vejo é de um homem simples ter se transformado neste mito
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'Para de chorar porque o seu marido vai cansar': o estigma da depressão pós-parto que afeta 1 em 4 mães no Brasil
"Como uma mãe com um filho perfeito, lindo e saudável poderia estar triste? As pessoas não conseguem entender isso e te cobram", diz a professora Elenise Costa, de 37 anos, sobre a depressão pós-parto. Na época com 34 anos e casada há dois, Elenise Costa sonhava com o nascimento do primeiro filho. A gravidez não foi fácil. Por causa de complicações decorrentes de endometriose e um mioma, Elenise teve que parar de trabalhar e ficar de repouso desde a 18ª semana de gestação. "Na gravidez, já comecei a me sentir um pouco triste," diz. "Lembro que no dia do parto eu já me senti triste." Era o início do período mais difícil da vida de Elenise, que foi diagnosticada com depressão após o nascimento do filho. Por algum tempo, ela sofreu sozinha. Elenise diz que só conseguiu contar para o marido o que estava sentindo quando o filho tinha 15 dias. Cansada, preocupada, com taquicardia e tremores, ela tinha vergonha de admitir que não estava feliz com o começo da maternidade. Moradora de Maricá, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ela aos poucos compartilhou o que estava vivendo com amigos próximos e familiares, mas não recebeu o apoio do qual precisava. "Ouvi de pessoas que achei que poderia contar coisas do tipo 'olha, fica bem porque você vai perder seu marido. Para de chorar porque o seu marido vai cansar'", relata. Resistir a procurar atendimento psicológico durante a gravidez ou após o parto não é incomum entre mulheres. Um estudo em andamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrevistou 221 gestantes que fazem o pré-natal em uma unidade da Escola Nacional de Saúde Pública em Manguinhos, região carente do Rio. Entre as entrevistadas, 32% apresentaram sintomas depressivos. No entanto, menos da metade dessas mulheres aceitou ser avaliada por um profissional especializado –52% se negaram a receber ajuda. "A gente tem sempre uma visão de que o serviço de saúde não oferece [atendimento voltado para a saúde mental de gestantes]. E muitas vezes não oferece mesmo. Só que o que nós encontramos é algo que consideramos mais sério ainda: elas não querem", explica a pesquisadora Mariza Theme, responsável pelo estudo. "O transtorno mental tem associado a ele um estigma muito grande. Esse estigma é uma das principais causas para a pessoa não procurar tratamento", diz. SAÚDE MENTAL DE GRÁVIDAS E MÃES APÓS O PARTO O novo estudo da Fiocruz surgiu como um desdobramento do trabalho feito para a pesquisa Nascer no Brasil, que mostrou que uma em cada quatro mulheres que já tiveram filhos no país apresenta sintomas de depressão pós-parto. Para entender melhor o processo de mudanças na saúde mental perinatal (da gravidez ao pós-parto) de mulheres e por que algumas não procuram ajuda, a análise agora prevê que cada mãe incluída na pesquisa seja avaliada em três momentos diferentes: no início e no final da gestação, e depois que o bebê tem dois meses ou mais. Os especialistas ressaltam a importância de identificar qualquer tipo de transtorno mental ainda na gravidez. Em uma pesquisa com 506 mulheres atendidas em unidades básicas de saúde da Zona Norte de São Paulo, 45% das que estavam grávidas e diagnosticadas com depressão vieram a apresentar sintomas também entre 6 a 9 meses após o parto. Segundo o ginecologista Alexandre Faisal, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do estudo, as mulheres que apresentaram sintomas de depressão pós-parto moderada ou grave tinham menor confiança para cuidar do bebê. A pesquisa, que está para ser publicada e foca em mulheres em situação mais vulnerável, indica que mulheres que recebem acompanhamento desde a gestação podem ter menos chances de desenvolver problemas no pós-parto. "Historicamente a depressão na gravidez e no pós-parto acabou ficando relegada para um plano secundário, quer pelo fato de o médico não ser treinado para diagnosticar, quer porque a paciente e a família não pedem socorro num momento tão difícil, por vergonha ou estigma social," explica. "Agora as evidências todas sugerem que esse é um problema sério desse período [perinatal] e que também merece ser rastreado", diz. "Esse rastreamento permite a adoção de uma medida psicoterápica e medicamentos que irão prevenir ou diminuir o impacto negativo da doença." Muitas mães, no entanto, temem as possíveis consequências do uso de medicamentos durante a gravidez ou amamentação, mesmo sob orientação médica. Faisal explica que os efeitos colaterais são menores do que os imaginados. "Esse risco não é zero, varia de acordo com o antidepressivo e em relação ao trimestre [da gravidez], mas é um risco absoluto muito pequeno. E a contrapartida disso é que, se a pessoa não usa, ela pode ter complicações para ela e para a gravidez." BABY BLUES, DEPRESSÃO E PSICOSE: DIFERENÇAS, SINTOMAS E RISCOS A prevalência de mulheres que sentem um pouco de tristeza após o parto pode chegar a 70%, segundo Faisal. O chamado baby blues costuma ser limitado aos primeiros dez dias e se caracteriza por uma leve tristeza, que se resolve espontaneamente. O estado costuma ser atribuído a uma flutuação hormonal, embora aspectos psicológicos não possam ser descartados. Já a depressão pós-parto é um cenário diferente, mais longo, e que apresenta entre suas características a perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas, humor deprimido, pensamentos negativos e a sensação de ser incapaz de cuidar do recém-nascido. "A mulher pode ter o temor de que não vai conseguir dar o banho ou que vai machucar o bebê", ressalta Faisal. Há ainda um terceiro transtorno, mais raro e perigoso: a psicose puerperal, que pode atingir 1 em cada mil mulheres, segundo Faisal. Neste caso, o contato com a realidade fica prejudicado e a pessoa passar a ter delírios. Tanto a depressão pós-parto mais intensa como a psicose puerperal, quando não tratadas, podem ter consequências graves como o suicídio e o infanticídio. Por conta do estado puerperal, o infanticídio é um tipo penal diferente do homicídio no país. De acordo com o artigo 123 do código penal brasileiro, o crime de infanticídio se dá quando a mãe mata o próprio filho, durante ou logo após o parto. A pena prevista é de dois a seis anos de detenção –menor que a de homicídio simples, que é de seis a 20 anos de reclusão. "Não se trata de uma pessoa que tenha planejado aquilo nos mínimos detalhes. Você está falando de uma pessoa numa situação psicossocial muito específica, e quando os jurados entram em contato com essa explicação, eles também se sensibilizam", explica Bruna Angotti, advogada e antropóloga, que acompanhou três júris de infanticídio nos últimos três anos em São Paulo, como parte de sua pesquisa de doutorado na USP. FALAR SOBRE O PROBLEMA Para Elenise Costa, o momento mais difícil do pós-parto se deu quando o filho tinha cerca de 20 dias de vida. "Os meus pensamentos ficaram confusos, eu já não conseguia me concentrar, não conseguia ler uma frase de um livro ou acompanhar um programa na televisão", explica. "Eu continuava cuidando do meu filho, mas os sintomas estavam muito fortes." Ela relata que a preocupação com o filho chegava a ser excessiva, por medo de que algo acontecesse com o bebê. "Quando meu marido saía para trabalhar, eu ficava muito nervosa e ansiosa, como se eu não soubesse o que fazer. Na verdade, eu não sabia mesmo, mas achava que tinha que saber. Mais um mito [da maternidade], né? Eu achava que tinha que saber tudo." Elenise e o marido procuraram ajuda médica. Eles passaram por quatro profissionais, entre terapeuta, ginecologista e psiquiatras, até Elenise começar um tratamento. Inicialmente ela não quis tomar medicamentos, pois o psiquiatra havia dito que ela teria que parar de amamentar. Ela acredita que, se na primeira consulta o médico a tivesse orientado em relação à possibilidade de conciliar determinados antidepressivos e amamentação, os sintomas não teriam ficado tão fortes. "Em geral não temos uma assistência à saúde mental perinatal organizada e estruturada", diz Márcia Baldisserotto, coordenadora do grupo de trabalho de saúde mental do Fórum Perinatal da Região Metropolitana I do Rio de Janeiro. "Uma gestante chega para o pré-natal e examina pressão, glicose, várias questões biológicas que são importantes. Mas uma triagem e escuta da saúde mental não está sendo feita em geral. No pós-parto, ela quase não faz exame. É a nossa filosofia de olhar só a criança e esquecer a mãe. Isso é histórico no Brasil em termos de política pública." O Ministério da Saúde afirma, em nota, que, desde o pré-natal na Unidade Básica de Saúde até a atenção hospitalar, os profissionais que acompanham a gravidez e realizam as consultas e atendimentos são capacitados para identificar sinais e fatores de risco que podem levar a gestante a desenvolver depressão após o nascimento do bebê, e orienta que todas as mulheres recebam visitas domiciliares e realizem consulta puerperal para avaliar, entre outras coisas, sua condição psicoemocional. Atualmente, há 19 fóruns perinatais ativos no país, compostos por representantes de secretarias estaduais e municipais de saúde, do Ministério da Saúde, de maternidades privadas e da sociedade civil. Os fóruns têm como objetivo discutir assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida da mulher e do bebê e criar estratégias que possam melhorar o cuidado e reduzir a mortalidade materna e infantil. No Rio de Janeiro, o fórum começou a atuar em 2015. O grupo de trabalho voltado para a saúde mental se reúne uma vez por mês, em média, segundo Márcia. No fim de outubro, será realizado um primeiro seminário sobre o tema, aberto ao público, que irá discutir a necessidade de implementação de um protocolo de atendimento à saúde mental durante o ciclo perinatal. Para Elenise, que se recuperou da depressão pós-parto, uma rede de apoio às mães também é fundamental. Como o marido teve que voltar a trabalhar após o curto período de licença-paternidade, ela diz que não contou com a ajuda de ninguém para cuidar do filho. "Você não pode descansar, porque você tem casa para arrumar, comida para fazer, roupinha para lavar e passar. Cuidar de um recém-nascido é muito desgastante." Ela ainda se emociona ao falar sobre o que viveu e espera que seu relato ajude a mudar o estigma associado ao transtorno. "Eu tinha muita vergonha de falar sobre o assunto. Ainda tenho, e muitas pessoas não sabem pelo que passei", diz. "É fundamental pedir ajuda. É preciso falar sobre o período pós-parto, porque nenhuma mulher deve passar por isso sozinha."
equilibrioesaude
'Para de chorar porque o seu marido vai cansar': o estigma da depressão pós-parto que afeta 1 em 4 mães no Brasil"Como uma mãe com um filho perfeito, lindo e saudável poderia estar triste? As pessoas não conseguem entender isso e te cobram", diz a professora Elenise Costa, de 37 anos, sobre a depressão pós-parto. Na época com 34 anos e casada há dois, Elenise Costa sonhava com o nascimento do primeiro filho. A gravidez não foi fácil. Por causa de complicações decorrentes de endometriose e um mioma, Elenise teve que parar de trabalhar e ficar de repouso desde a 18ª semana de gestação. "Na gravidez, já comecei a me sentir um pouco triste," diz. "Lembro que no dia do parto eu já me senti triste." Era o início do período mais difícil da vida de Elenise, que foi diagnosticada com depressão após o nascimento do filho. Por algum tempo, ela sofreu sozinha. Elenise diz que só conseguiu contar para o marido o que estava sentindo quando o filho tinha 15 dias. Cansada, preocupada, com taquicardia e tremores, ela tinha vergonha de admitir que não estava feliz com o começo da maternidade. Moradora de Maricá, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ela aos poucos compartilhou o que estava vivendo com amigos próximos e familiares, mas não recebeu o apoio do qual precisava. "Ouvi de pessoas que achei que poderia contar coisas do tipo 'olha, fica bem porque você vai perder seu marido. Para de chorar porque o seu marido vai cansar'", relata. Resistir a procurar atendimento psicológico durante a gravidez ou após o parto não é incomum entre mulheres. Um estudo em andamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrevistou 221 gestantes que fazem o pré-natal em uma unidade da Escola Nacional de Saúde Pública em Manguinhos, região carente do Rio. Entre as entrevistadas, 32% apresentaram sintomas depressivos. No entanto, menos da metade dessas mulheres aceitou ser avaliada por um profissional especializado –52% se negaram a receber ajuda. "A gente tem sempre uma visão de que o serviço de saúde não oferece [atendimento voltado para a saúde mental de gestantes]. E muitas vezes não oferece mesmo. Só que o que nós encontramos é algo que consideramos mais sério ainda: elas não querem", explica a pesquisadora Mariza Theme, responsável pelo estudo. "O transtorno mental tem associado a ele um estigma muito grande. Esse estigma é uma das principais causas para a pessoa não procurar tratamento", diz. SAÚDE MENTAL DE GRÁVIDAS E MÃES APÓS O PARTO O novo estudo da Fiocruz surgiu como um desdobramento do trabalho feito para a pesquisa Nascer no Brasil, que mostrou que uma em cada quatro mulheres que já tiveram filhos no país apresenta sintomas de depressão pós-parto. Para entender melhor o processo de mudanças na saúde mental perinatal (da gravidez ao pós-parto) de mulheres e por que algumas não procuram ajuda, a análise agora prevê que cada mãe incluída na pesquisa seja avaliada em três momentos diferentes: no início e no final da gestação, e depois que o bebê tem dois meses ou mais. Os especialistas ressaltam a importância de identificar qualquer tipo de transtorno mental ainda na gravidez. Em uma pesquisa com 506 mulheres atendidas em unidades básicas de saúde da Zona Norte de São Paulo, 45% das que estavam grávidas e diagnosticadas com depressão vieram a apresentar sintomas também entre 6 a 9 meses após o parto. Segundo o ginecologista Alexandre Faisal, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do estudo, as mulheres que apresentaram sintomas de depressão pós-parto moderada ou grave tinham menor confiança para cuidar do bebê. A pesquisa, que está para ser publicada e foca em mulheres em situação mais vulnerável, indica que mulheres que recebem acompanhamento desde a gestação podem ter menos chances de desenvolver problemas no pós-parto. "Historicamente a depressão na gravidez e no pós-parto acabou ficando relegada para um plano secundário, quer pelo fato de o médico não ser treinado para diagnosticar, quer porque a paciente e a família não pedem socorro num momento tão difícil, por vergonha ou estigma social," explica. "Agora as evidências todas sugerem que esse é um problema sério desse período [perinatal] e que também merece ser rastreado", diz. "Esse rastreamento permite a adoção de uma medida psicoterápica e medicamentos que irão prevenir ou diminuir o impacto negativo da doença." Muitas mães, no entanto, temem as possíveis consequências do uso de medicamentos durante a gravidez ou amamentação, mesmo sob orientação médica. Faisal explica que os efeitos colaterais são menores do que os imaginados. "Esse risco não é zero, varia de acordo com o antidepressivo e em relação ao trimestre [da gravidez], mas é um risco absoluto muito pequeno. E a contrapartida disso é que, se a pessoa não usa, ela pode ter complicações para ela e para a gravidez." BABY BLUES, DEPRESSÃO E PSICOSE: DIFERENÇAS, SINTOMAS E RISCOS A prevalência de mulheres que sentem um pouco de tristeza após o parto pode chegar a 70%, segundo Faisal. O chamado baby blues costuma ser limitado aos primeiros dez dias e se caracteriza por uma leve tristeza, que se resolve espontaneamente. O estado costuma ser atribuído a uma flutuação hormonal, embora aspectos psicológicos não possam ser descartados. Já a depressão pós-parto é um cenário diferente, mais longo, e que apresenta entre suas características a perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas, humor deprimido, pensamentos negativos e a sensação de ser incapaz de cuidar do recém-nascido. "A mulher pode ter o temor de que não vai conseguir dar o banho ou que vai machucar o bebê", ressalta Faisal. Há ainda um terceiro transtorno, mais raro e perigoso: a psicose puerperal, que pode atingir 1 em cada mil mulheres, segundo Faisal. Neste caso, o contato com a realidade fica prejudicado e a pessoa passar a ter delírios. Tanto a depressão pós-parto mais intensa como a psicose puerperal, quando não tratadas, podem ter consequências graves como o suicídio e o infanticídio. Por conta do estado puerperal, o infanticídio é um tipo penal diferente do homicídio no país. De acordo com o artigo 123 do código penal brasileiro, o crime de infanticídio se dá quando a mãe mata o próprio filho, durante ou logo após o parto. A pena prevista é de dois a seis anos de detenção –menor que a de homicídio simples, que é de seis a 20 anos de reclusão. "Não se trata de uma pessoa que tenha planejado aquilo nos mínimos detalhes. Você está falando de uma pessoa numa situação psicossocial muito específica, e quando os jurados entram em contato com essa explicação, eles também se sensibilizam", explica Bruna Angotti, advogada e antropóloga, que acompanhou três júris de infanticídio nos últimos três anos em São Paulo, como parte de sua pesquisa de doutorado na USP. FALAR SOBRE O PROBLEMA Para Elenise Costa, o momento mais difícil do pós-parto se deu quando o filho tinha cerca de 20 dias de vida. "Os meus pensamentos ficaram confusos, eu já não conseguia me concentrar, não conseguia ler uma frase de um livro ou acompanhar um programa na televisão", explica. "Eu continuava cuidando do meu filho, mas os sintomas estavam muito fortes." Ela relata que a preocupação com o filho chegava a ser excessiva, por medo de que algo acontecesse com o bebê. "Quando meu marido saía para trabalhar, eu ficava muito nervosa e ansiosa, como se eu não soubesse o que fazer. Na verdade, eu não sabia mesmo, mas achava que tinha que saber. Mais um mito [da maternidade], né? Eu achava que tinha que saber tudo." Elenise e o marido procuraram ajuda médica. Eles passaram por quatro profissionais, entre terapeuta, ginecologista e psiquiatras, até Elenise começar um tratamento. Inicialmente ela não quis tomar medicamentos, pois o psiquiatra havia dito que ela teria que parar de amamentar. Ela acredita que, se na primeira consulta o médico a tivesse orientado em relação à possibilidade de conciliar determinados antidepressivos e amamentação, os sintomas não teriam ficado tão fortes. "Em geral não temos uma assistência à saúde mental perinatal organizada e estruturada", diz Márcia Baldisserotto, coordenadora do grupo de trabalho de saúde mental do Fórum Perinatal da Região Metropolitana I do Rio de Janeiro. "Uma gestante chega para o pré-natal e examina pressão, glicose, várias questões biológicas que são importantes. Mas uma triagem e escuta da saúde mental não está sendo feita em geral. No pós-parto, ela quase não faz exame. É a nossa filosofia de olhar só a criança e esquecer a mãe. Isso é histórico no Brasil em termos de política pública." O Ministério da Saúde afirma, em nota, que, desde o pré-natal na Unidade Básica de Saúde até a atenção hospitalar, os profissionais que acompanham a gravidez e realizam as consultas e atendimentos são capacitados para identificar sinais e fatores de risco que podem levar a gestante a desenvolver depressão após o nascimento do bebê, e orienta que todas as mulheres recebam visitas domiciliares e realizem consulta puerperal para avaliar, entre outras coisas, sua condição psicoemocional. Atualmente, há 19 fóruns perinatais ativos no país, compostos por representantes de secretarias estaduais e municipais de saúde, do Ministério da Saúde, de maternidades privadas e da sociedade civil. Os fóruns têm como objetivo discutir assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida da mulher e do bebê e criar estratégias que possam melhorar o cuidado e reduzir a mortalidade materna e infantil. No Rio de Janeiro, o fórum começou a atuar em 2015. O grupo de trabalho voltado para a saúde mental se reúne uma vez por mês, em média, segundo Márcia. No fim de outubro, será realizado um primeiro seminário sobre o tema, aberto ao público, que irá discutir a necessidade de implementação de um protocolo de atendimento à saúde mental durante o ciclo perinatal. Para Elenise, que se recuperou da depressão pós-parto, uma rede de apoio às mães também é fundamental. Como o marido teve que voltar a trabalhar após o curto período de licença-paternidade, ela diz que não contou com a ajuda de ninguém para cuidar do filho. "Você não pode descansar, porque você tem casa para arrumar, comida para fazer, roupinha para lavar e passar. Cuidar de um recém-nascido é muito desgastante." Ela ainda se emociona ao falar sobre o que viveu e espera que seu relato ajude a mudar o estigma associado ao transtorno. "Eu tinha muita vergonha de falar sobre o assunto. Ainda tenho, e muitas pessoas não sabem pelo que passei", diz. "É fundamental pedir ajuda. É preciso falar sobre o período pós-parto, porque nenhuma mulher deve passar por isso sozinha."
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Em má fase, campeão olímpico Thiago Braz está fora do Mundial de atletismo
Campeão olímpico do salto com vara, o brasileiro Thiago Braz, 23, está fora do Mundial de atletismo de Londres, que ocorrerá entre 4 e 13 de agosto. A decisão da saída do medalhista de ouro nos Jogos do Rio foi tomada nesta semana pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) e pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). O entendimento é que Braz atravessa má fase, de deficiência técnica, e que é preciso poupá-lo para o restante do ciclo olímpico que culmina em Tóquio-2020. Ele não competirá mais nesta temporada e, em setembro, vai retomar os preparativos para a temporada indoor no início de 2018. "Estou muito chateado por não participar do Mundial. Tentei de todas as formas me recuperar a tempo, mas infelizmente terei que adiar um dos meus grandes sonhos", afirmou Braz. O paulista, que vive e treina na cidade italiana de Formia com o ucraniano Vitaly Petrov, foi ao topo do pódio na Olimpíada com a marca de 6,03 m, recorde olímpico e melhor registro pessoal. Nesta temporada, porém, está longe de chegar próximo daquela altura. Seu melhor salto em competição ao ar livre foi 5,60 m, obtido em 13 de maio em meeting em Xangai, na China. Neste mês, em etapa da Liga Diamante em Rabat, no Marrocos, ele nem sequer conseguiu superar a barreira dos 5,40 m –errou as três tentativas. Em maio, em Eugene (EUA), ele passara pela mesma situação. "É preciso dar um tempo agora, porque depois psicologicamente pode ser que ele nunca mais se recupere. Não vou fritá-lo", afirmou à Folha Antônio Carlos Gomes, superintendente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). Gomes defendeu o veto ao campeão olímpico. Segundo o dirigente, a ideia é recuperar Braz principalmente para as temporadas de 2019 e 2020, que finalizam o ciclo olímpico. "Estar bem em todas as competições é algo desumano. Não adianta querer que ele faça milagre", complementou. O COB enviou a Formia Carlos Alberto Cavalheiro para conversar o que pode ser possível para auxiliar na retomada dos trabalhos. Além do problema técnico, Braz também tem sentido lesões nas costas e lidado com problemas pessoais, que o comitê quer ajudá-lo a resolver. Um profissional também será deslocado para cuidar da recuperação física. "Estou muito chateado por não participar do Mundial. Tentei de todas as formas me recuperar a tempo, mas infelizmente terei que adiar um dos meus grandes sonhos", afirmou Braz. Marcas de Thiago Braz - Campeão olímpico do salto com vara, brasileiro teve queda de rendimento após os Jogos do Rio MIRA EM RECORDE Outro fator tem contribuído para a piora momentânea do medalhista olímpico. Braz e Petrov estabeleceram como meta quebrar o recorde mundial do salto com vara masculino (6,16 m), que desde 2014 está em poder do francês Renaud Lavillenie -a quem o brasileiro derrotou nos Jogos do Rio. Ambos querem obter um salto de 6,20 m e estipularam a temporada de 2019 como ideal para realizá-la. A obsessão pelo registro fez com que o treinador ucraniano estabelecesse uma nova rotina de treinos para Braz. Ele também está em processo de adaptação a uma vara mais alta para realizar o intento. Como efeito, o saltador tem ganhado massa, mas também perdeu a velocidade habitual e sumiu dos pódios internacionais.
esporte
Em má fase, campeão olímpico Thiago Braz está fora do Mundial de atletismoCampeão olímpico do salto com vara, o brasileiro Thiago Braz, 23, está fora do Mundial de atletismo de Londres, que ocorrerá entre 4 e 13 de agosto. A decisão da saída do medalhista de ouro nos Jogos do Rio foi tomada nesta semana pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) e pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). O entendimento é que Braz atravessa má fase, de deficiência técnica, e que é preciso poupá-lo para o restante do ciclo olímpico que culmina em Tóquio-2020. Ele não competirá mais nesta temporada e, em setembro, vai retomar os preparativos para a temporada indoor no início de 2018. "Estou muito chateado por não participar do Mundial. Tentei de todas as formas me recuperar a tempo, mas infelizmente terei que adiar um dos meus grandes sonhos", afirmou Braz. O paulista, que vive e treina na cidade italiana de Formia com o ucraniano Vitaly Petrov, foi ao topo do pódio na Olimpíada com a marca de 6,03 m, recorde olímpico e melhor registro pessoal. Nesta temporada, porém, está longe de chegar próximo daquela altura. Seu melhor salto em competição ao ar livre foi 5,60 m, obtido em 13 de maio em meeting em Xangai, na China. Neste mês, em etapa da Liga Diamante em Rabat, no Marrocos, ele nem sequer conseguiu superar a barreira dos 5,40 m –errou as três tentativas. Em maio, em Eugene (EUA), ele passara pela mesma situação. "É preciso dar um tempo agora, porque depois psicologicamente pode ser que ele nunca mais se recupere. Não vou fritá-lo", afirmou à Folha Antônio Carlos Gomes, superintendente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). Gomes defendeu o veto ao campeão olímpico. Segundo o dirigente, a ideia é recuperar Braz principalmente para as temporadas de 2019 e 2020, que finalizam o ciclo olímpico. "Estar bem em todas as competições é algo desumano. Não adianta querer que ele faça milagre", complementou. O COB enviou a Formia Carlos Alberto Cavalheiro para conversar o que pode ser possível para auxiliar na retomada dos trabalhos. Além do problema técnico, Braz também tem sentido lesões nas costas e lidado com problemas pessoais, que o comitê quer ajudá-lo a resolver. Um profissional também será deslocado para cuidar da recuperação física. "Estou muito chateado por não participar do Mundial. Tentei de todas as formas me recuperar a tempo, mas infelizmente terei que adiar um dos meus grandes sonhos", afirmou Braz. Marcas de Thiago Braz - Campeão olímpico do salto com vara, brasileiro teve queda de rendimento após os Jogos do Rio MIRA EM RECORDE Outro fator tem contribuído para a piora momentânea do medalhista olímpico. Braz e Petrov estabeleceram como meta quebrar o recorde mundial do salto com vara masculino (6,16 m), que desde 2014 está em poder do francês Renaud Lavillenie -a quem o brasileiro derrotou nos Jogos do Rio. Ambos querem obter um salto de 6,20 m e estipularam a temporada de 2019 como ideal para realizá-la. A obsessão pelo registro fez com que o treinador ucraniano estabelecesse uma nova rotina de treinos para Braz. Ele também está em processo de adaptação a uma vara mais alta para realizar o intento. Como efeito, o saltador tem ganhado massa, mas também perdeu a velocidade habitual e sumiu dos pódios internacionais.
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Corinthians acerta com Ralf e volante ficará mais dois anos no clube
A diretoria do Corinthians e os procuradores do volante Ralf acertaram nesta terça (8) a renovação do contrato do jogador por dois anos – novo acordo valerá até o fim de 2017. Para ter um contrato mais longo, como pedia, o atleta cedeu e ganhará um pouco menos do que desejava. O documento será assinado nesta quarta (9), quando a renovação deve ser anunciada pelo clube.
esporte
Corinthians acerta com Ralf e volante ficará mais dois anos no clubeA diretoria do Corinthians e os procuradores do volante Ralf acertaram nesta terça (8) a renovação do contrato do jogador por dois anos – novo acordo valerá até o fim de 2017. Para ter um contrato mais longo, como pedia, o atleta cedeu e ganhará um pouco menos do que desejava. O documento será assinado nesta quarta (9), quando a renovação deve ser anunciada pelo clube.
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Instrumentos de pesca descartados no oceano são 10% do lixo marinho
Escondido pelo fundo azul escuro do oceano, repousa um pedaço de rede de pesca, que pode ter sido arrastado na última tempestade ou esquecido por um pescador. Enroscados nas linhas do material, estão diversos peixes, muitos deles mortos. A cena é comum na rotina dos pesquisadores de São Paulo que fazem uma espécie de "faxina" no fundo do mar. A equipe atua em áreas protegidas por lei no litoral de São Paulo –onde, diz a regra, a pesca é proibida. Para executar o trabalho, o grupo, comandado por Luiz Miguel Casarini, do Instituto da Pesca, sobe a bordo de um barco de pesquisa, zarpa em direção ao alto mar e mergulha no oceano em busca de materiais de pesca perdidos ou abandonados no mar. O alvo são redes, anzóis, cabos de aço e linhas de pesca deixados por pescadores. O trabalho de procura por lixo marinho esquecido por pescadores envolve material tecnológico de ponta. Em alguns casos, antes do mergulho em si, o fundo marinho é rastreado por meio de sonares ou por um veículo submarino operado de forma remota, de dentro do barco. Nos últimos cinco anos, foram coletadas mais de duas toneladas de redes, anzóis e materiais de pesca no fundo mar. Eles matam peixes, mamíferos e tartarugas. Segundo Casarini, os instrumentos de pesca perdidos ou descartados no mar representam 10% do lixo marinho. "Não existem culpados nessa questão. O que precisamos é implantar um sistema eficiente de rastreamento dos petrechos [instrumentos da pesca] e logística reversa [processo que deve recolher o material usado pelo consumidor e devolvê-lo ao início da cadeia de produção]", diz o pesquisador. Ele cita o caso de um tipo de fibra têxtil sintética importada da Ásia e usada principalmente em pesca de emalhe (quando uma grande rede é jogada no mar e retém o produto da pesca). "O Brasil importou nos últimos anos milhares de toneladas desse tipo de material. Como não existe logística reversa para isso, o destino dessas redes poderá comprometer o ambiente." Um dos caminhos que está sendo trilhado pela indústria no exterior é usar as redes para fazer carpetes. No Brasil, existem grupos que fazem artesanato com o material coletado do mar. SALVA-VIDAS O trabalho da equipe de Casarini muitas vezes também funciona como salva vidas. Tartarugas e peixes costumam ser encontrados ainda vivos, depois de terem sido fisgados por anzóis ou pelas redes fantasmas, que ficam vagando no mar.
cotidiano
Instrumentos de pesca descartados no oceano são 10% do lixo marinhoEscondido pelo fundo azul escuro do oceano, repousa um pedaço de rede de pesca, que pode ter sido arrastado na última tempestade ou esquecido por um pescador. Enroscados nas linhas do material, estão diversos peixes, muitos deles mortos. A cena é comum na rotina dos pesquisadores de São Paulo que fazem uma espécie de "faxina" no fundo do mar. A equipe atua em áreas protegidas por lei no litoral de São Paulo –onde, diz a regra, a pesca é proibida. Para executar o trabalho, o grupo, comandado por Luiz Miguel Casarini, do Instituto da Pesca, sobe a bordo de um barco de pesquisa, zarpa em direção ao alto mar e mergulha no oceano em busca de materiais de pesca perdidos ou abandonados no mar. O alvo são redes, anzóis, cabos de aço e linhas de pesca deixados por pescadores. O trabalho de procura por lixo marinho esquecido por pescadores envolve material tecnológico de ponta. Em alguns casos, antes do mergulho em si, o fundo marinho é rastreado por meio de sonares ou por um veículo submarino operado de forma remota, de dentro do barco. Nos últimos cinco anos, foram coletadas mais de duas toneladas de redes, anzóis e materiais de pesca no fundo mar. Eles matam peixes, mamíferos e tartarugas. Segundo Casarini, os instrumentos de pesca perdidos ou descartados no mar representam 10% do lixo marinho. "Não existem culpados nessa questão. O que precisamos é implantar um sistema eficiente de rastreamento dos petrechos [instrumentos da pesca] e logística reversa [processo que deve recolher o material usado pelo consumidor e devolvê-lo ao início da cadeia de produção]", diz o pesquisador. Ele cita o caso de um tipo de fibra têxtil sintética importada da Ásia e usada principalmente em pesca de emalhe (quando uma grande rede é jogada no mar e retém o produto da pesca). "O Brasil importou nos últimos anos milhares de toneladas desse tipo de material. Como não existe logística reversa para isso, o destino dessas redes poderá comprometer o ambiente." Um dos caminhos que está sendo trilhado pela indústria no exterior é usar as redes para fazer carpetes. No Brasil, existem grupos que fazem artesanato com o material coletado do mar. SALVA-VIDAS O trabalho da equipe de Casarini muitas vezes também funciona como salva vidas. Tartarugas e peixes costumam ser encontrados ainda vivos, depois de terem sido fisgados por anzóis ou pelas redes fantasmas, que ficam vagando no mar.
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Carnaval de Colônia, na Alemanha, tem alta em queixas de delitos sexuais
A polícia da cidade de Colônia, na Alemanha, onde aconteceram delitos sexuais massivos na virada do ano, informou que 22 queixas por insultos e agressões sexuais foram prestadas durante o primeiro dia de Carnaval. Na festa do ano passado, apenas nove situações desse tipo haviam sido registradas, segundo as autoridades locais. O aumento pode estar relacionado à tendência, cada vez maior, das vítimas de denunciar estas agressões depois dos acontecimentos do fim de ano. Na noite de 31 de dezembro, esta cidade foi palco de uma onda de agressões sexuais contra mulheres atribuídas a imigrantes. Mais de mil queixas foram prestadas na ocasião. O episódio incrementou a pressão contra a chanceler alemã Angela Merkel, cuja política generosa em relação aos refugiados é cada vez mais criticada em seu país. Pesquisa da semana passada mostrou que popularidade da chanceler caiu ao nível mais baixo em quatro anos e meio. A polícia considera que o balanço do carnaval é "relativamente positivo" nas primeiras horas das festividades, que começaram às 11h11 locais da quinta-feira (4). Os registros policiais vão desde insultos a um caso de estupro, segundo a polícia.
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Carnaval de Colônia, na Alemanha, tem alta em queixas de delitos sexuaisA polícia da cidade de Colônia, na Alemanha, onde aconteceram delitos sexuais massivos na virada do ano, informou que 22 queixas por insultos e agressões sexuais foram prestadas durante o primeiro dia de Carnaval. Na festa do ano passado, apenas nove situações desse tipo haviam sido registradas, segundo as autoridades locais. O aumento pode estar relacionado à tendência, cada vez maior, das vítimas de denunciar estas agressões depois dos acontecimentos do fim de ano. Na noite de 31 de dezembro, esta cidade foi palco de uma onda de agressões sexuais contra mulheres atribuídas a imigrantes. Mais de mil queixas foram prestadas na ocasião. O episódio incrementou a pressão contra a chanceler alemã Angela Merkel, cuja política generosa em relação aos refugiados é cada vez mais criticada em seu país. Pesquisa da semana passada mostrou que popularidade da chanceler caiu ao nível mais baixo em quatro anos e meio. A polícia considera que o balanço do carnaval é "relativamente positivo" nas primeiras horas das festividades, que começaram às 11h11 locais da quinta-feira (4). Os registros policiais vão desde insultos a um caso de estupro, segundo a polícia.
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Empresário espanhol diz ter repassado propina à sigla do premiê Rajoy
O empresário espanhol Francisco Correa, o principal acusado do caso Gürtel, admitiu ter cobrado propina em troca de contratos públicos, entregando parte do dinheiro a Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do PP (Partido Popular), sigla do premiê da Espanha, Mariano Rajoy. A confissão foi parte de seu depoimento à Justiça nesta quinta-feira (13). Espécie de Lava Jato espanhola, Gürtel é um dos maiores escândalos de corrupção da história recente do país. Além de reconhecer o financiamento irregular do PP, Correa afirmou que a sede do partido em Madri era sua "casa". "Estava mais tempo ali do que no escritório." Correa é considerado pela Justiça espanhola como o líder da rede de corrupção, razão pela qual dá nome ao caso. "Gürtel" é o alemão para o espanhol "Correa". Ele confessou, durante o depoimento, uma série de irregularidades, como os presentes entregues ao ex-marido de Ana Mato, ex-ministra da Saúde -incluindo dois carros. Correa afirmou, porém, que presentear empresários com quem se faz negócios é "prática habitual". "Eu não tinha nenhuma consciência de estar cometendo delitos", afirmou. "Estou pagando. Peço desculpas publicamente ao tribunal e ao Ministério Público." SILÊNCIO Correa passou oito anos calado, fugindo da imprensa, até o surpreendente anúncio feito em 30 de setembro de que iria colaborar com a Justiça espanhola. Em troca, sua pena pode ser reduzida. Ele disse que iria "contar tudo o que sabe" em seu depoimento. "Nenhum político fez nada por mim durante esses anos", Correa afirmou ao jornal local "El País". A promotoria pede que ele seja condenado a mais de cem anos de prisão. Pelas regras locais, a sua delação pode ser premiada com a redução da pena em até dois terços. Correa ofereceu também 2,2 milhões de euros de suas contas na Suíça para que a Justiça restitua às vítimas de seus esquemas de corrupção, o que incluiria a prefeitura de Madri. Segundo a mídia local, o empresário tem cerca de 20 milhões de euros bloqueados em bancos suíços. As investigações do caso Gürtel foram iniciadas em novembro de 2007, e o julgamento finalmente iniciado deve alongar-se por meses. IMPACTO Apesar de todo o escândalo do caso Gürtel, somado a outras investigações, é improvável que o PP seja prejudicado a ponto de perder seu governo. O partido tem sido alvo de diversas acusações de corrupção, mas venceu as duas últimas eleições na Espanha, em dezembro de 2015 e em junho deste ano -apesar de ainda não ter sido capaz de reunir as cadeiras necessárias para formar um governo. Com as reviravoltas dentro do rival PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que recentemente forçou a demissão do secretário-geral Pedro Sánchez, há a expectativa de que Rajoy consiga renovar seu mandato até o final do mês. Para isso, seria preciso que o PSOE se abstivesse na votação no Congresso, um cenário possível.
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Empresário espanhol diz ter repassado propina à sigla do premiê RajoyO empresário espanhol Francisco Correa, o principal acusado do caso Gürtel, admitiu ter cobrado propina em troca de contratos públicos, entregando parte do dinheiro a Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do PP (Partido Popular), sigla do premiê da Espanha, Mariano Rajoy. A confissão foi parte de seu depoimento à Justiça nesta quinta-feira (13). Espécie de Lava Jato espanhola, Gürtel é um dos maiores escândalos de corrupção da história recente do país. Além de reconhecer o financiamento irregular do PP, Correa afirmou que a sede do partido em Madri era sua "casa". "Estava mais tempo ali do que no escritório." Correa é considerado pela Justiça espanhola como o líder da rede de corrupção, razão pela qual dá nome ao caso. "Gürtel" é o alemão para o espanhol "Correa". Ele confessou, durante o depoimento, uma série de irregularidades, como os presentes entregues ao ex-marido de Ana Mato, ex-ministra da Saúde -incluindo dois carros. Correa afirmou, porém, que presentear empresários com quem se faz negócios é "prática habitual". "Eu não tinha nenhuma consciência de estar cometendo delitos", afirmou. "Estou pagando. Peço desculpas publicamente ao tribunal e ao Ministério Público." SILÊNCIO Correa passou oito anos calado, fugindo da imprensa, até o surpreendente anúncio feito em 30 de setembro de que iria colaborar com a Justiça espanhola. Em troca, sua pena pode ser reduzida. Ele disse que iria "contar tudo o que sabe" em seu depoimento. "Nenhum político fez nada por mim durante esses anos", Correa afirmou ao jornal local "El País". A promotoria pede que ele seja condenado a mais de cem anos de prisão. Pelas regras locais, a sua delação pode ser premiada com a redução da pena em até dois terços. Correa ofereceu também 2,2 milhões de euros de suas contas na Suíça para que a Justiça restitua às vítimas de seus esquemas de corrupção, o que incluiria a prefeitura de Madri. Segundo a mídia local, o empresário tem cerca de 20 milhões de euros bloqueados em bancos suíços. As investigações do caso Gürtel foram iniciadas em novembro de 2007, e o julgamento finalmente iniciado deve alongar-se por meses. IMPACTO Apesar de todo o escândalo do caso Gürtel, somado a outras investigações, é improvável que o PP seja prejudicado a ponto de perder seu governo. O partido tem sido alvo de diversas acusações de corrupção, mas venceu as duas últimas eleições na Espanha, em dezembro de 2015 e em junho deste ano -apesar de ainda não ter sido capaz de reunir as cadeiras necessárias para formar um governo. Com as reviravoltas dentro do rival PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que recentemente forçou a demissão do secretário-geral Pedro Sánchez, há a expectativa de que Rajoy consiga renovar seu mandato até o final do mês. Para isso, seria preciso que o PSOE se abstivesse na votação no Congresso, um cenário possível.
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Maior candidato das eleições foi a Lava Jato, diz leitor
ELEIÇÕES MUNICIPAIS Vox populi, vox Dei. Abstenções, votos em branco, votos nulos. Votos em candidatos que apregoam que não são políticos. As urnas têm bocas. E por elas o povo grita o seu descontentamento com o degradante sistema político desta República das bananas. Certamente teremos consequências. ARNALDO VIANNA DE AZEVEDO MARQUES (São Paulo, SP) * Atenção, políticos derrotados e analistas da mídia: será que não podem ver pela quantidade de votos nulos e brancos que o maior candidato dessas eleições foi a Operação Lava Jato? Só ela detém o consenso e a unanimidade dos eleitores. Vamos de trator para cima da politicalha corrupta e fim de papo. Um viva ao Ministério Público e à Polícia Federal. JOSÉ R. MOREIRA DE MELO (Nova Lima, MG) * Em um ano vitorioso para o PSDB, chama a atenção a derrota do candidato de Aécio Neves em Belo Horizonte, que estragou, em parte, a comemoração tucana. Aqui em São Paulo, porém, o governador Geraldo Alckmin foi absoluto, com seu partido conquistando a capital em primeiro turno e outras cidades importantes como Santos, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Santo André, além de eleger aliados em Guarulhos e Diadema. JOÃO ANTONIO BRUNO NETTO (São Paulo, SP) * Tudo é cíclico. Num dia se está por cima, noutro se cai, naturalmente. Em 2012, o PT era o maior, e nem por isso decretaram o fim do PSDB, que hoje está por cima. JOSE GUILHERME SOARES SILVA (Uberaba, MG) * Chamar de centro-direita quem não quer gastar mais do que recebe é piada e mostra bem o grau de alienação dessa esquerda que vive de rótulos, não do trabalho. JOSÉ VANZO (Franca, SP) * Não entendo tanta surpresa e tanta polêmica em torno da enorme quantidade abstenções, votos nulos e brancos nas últimas eleições para prefeito. Não sou brasileiro, mas, se fosse, também não votaria em ninguém. Afinal, jogar no lixo 54,5 milhões de votos certamente não contribui para o aprimoramento da democracia representativa e para a participação cívica em eleições no Brasil. FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP) - JUSTIÇA E RELIGIÃO Muito interessante a entrevista da professora Christina Vital. Os adeptos do politicamente correto descobriram o atalho do STF para implementar as bandeiras que defendem, mas querem vedar a seus adversários o percurso do mesmo caminho. O "Supremo legislador" tem de ter um "lado certo". Isso é mais que a judicialização da política: é a politização da Justiça. Lamentável. ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA (Belo Horizonte, MG) * Merecem aplausos tanto a perspicácia da entrevistadora Thais Bilenky quanto o preparo e o discernimento da professora Christina Vital ao desmentir a falsa interação entre a fé e o sucesso material, como se fossem coisas necessariamente ligadas por graça da providência divina. Trata-se de falsa interpretação da doutrina calvinista, severa e ascética, muito distinta da estratégia evangélica de consumo e ostentação. Palmas para esse autêntico festival de lucidez. GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP) - ELEIÇÕES NOS EUA Quando disseram que era "distante e agressiva", Hillary Clinton se apresentou como simpática e amigável, acompanhada de sua mais nova "melhor" amiga, Michelle Obama. Mostrou assim ser uma ótima malabarista política. Estou ansioso para ver qual será seu próximo número para conseguir atravessar a corda bamba de notícias a respeito de seus e-mails e sair como mocinha no "gran finale" das eleições. JOSÉ L. ROCHA FILHO (Engenheiro Coelho, SP) - TERREMOTO NA ITÁLIA Na galeria de tragédias inevitáveis da Itália, no quadro mais novo há vidas e séculos de história arruinados. A cobertura da Folha revela um cenário de devastação. Se com o terremoto anterior a região estava enferma, após a nova catástrofe a situação atingiu níveis alarmantes. A cena é para heróis. GUILHERME RABELO (Curitiba, PR) - ACIDENTE AÉREO Como pais de Alexandre Magalhães Vaz de Mello, uma das vítimas da queda do Fokker 100 da TAM, nos sentimos na obrigação de comentar a nota da Latam. A companhia aérea não nos prestou nenhuma assistência em momento algum. Soubemos da morte do nosso filho pelo rádio e pela televisão. A então propalada visita do presidente da TAM não aconteceu. Lutamos para receber a indenização pela morte do nosso filho, que só foi paga após 13 longos anos. Continua atual a frase de Goebbels de que "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade". MARIA DA CONCEIÇÃO VAZ DE MELLO e FERNANDO LOBO VAZ DE MELLO (Belo Horizonte, MG) - OPERAÇÃO LAVA JATO Curioso o artigo dos procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martello. Diz o texto que os partidos mais atingidos pela corrupção são PT, PP e PMDB. Por que não o PSDB? Só pra lembrar alguns: Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão pelo mensalão tucano, Aécio Neves foi citado em várias delações e o ministro José Serra foi acusado de receber propina na Suíça. JOSÉ CAMPOS LIBONATI (Recife, PE) * O Brasil como um todo tem a clara certeza da correção da Operação Lava Jato e a apoia integralmente. O combate sistêmico e tenaz à corrupção é o único caminho para tornar esta nação realmente justa para todo o seu povo. Parabéns aos autores e a todos os que se dedicam a desvendar os malfeitos contra a população brasileira. LUIZ ANTONIO DIAS SANTIAGO (Itajubá, MG) * Parabéns à Lava Jato. Pena que ela é partidária, pois, diferentemente do que aparece no texto, Aécio já foi denunciado várias vezes e nunca depôs. Precisamos de Justiça, não de justiceiros. ALICE COSTANZI (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Diferentemente do informado por Vinicius Mota, o prefeito Fernando Haddad não só aumentou a tarifa de transporte coletivo em ano eleitoral, o que não ocorria desde 1996, como articulou com o governo do Estado e prefeitos da região metropolitana uma mesma política tarifária. NUNZIO BRIGUGLIO, secretario de Comunicação da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Maior candidato das eleições foi a Lava Jato, diz leitorELEIÇÕES MUNICIPAIS Vox populi, vox Dei. Abstenções, votos em branco, votos nulos. Votos em candidatos que apregoam que não são políticos. As urnas têm bocas. E por elas o povo grita o seu descontentamento com o degradante sistema político desta República das bananas. Certamente teremos consequências. ARNALDO VIANNA DE AZEVEDO MARQUES (São Paulo, SP) * Atenção, políticos derrotados e analistas da mídia: será que não podem ver pela quantidade de votos nulos e brancos que o maior candidato dessas eleições foi a Operação Lava Jato? Só ela detém o consenso e a unanimidade dos eleitores. Vamos de trator para cima da politicalha corrupta e fim de papo. Um viva ao Ministério Público e à Polícia Federal. JOSÉ R. MOREIRA DE MELO (Nova Lima, MG) * Em um ano vitorioso para o PSDB, chama a atenção a derrota do candidato de Aécio Neves em Belo Horizonte, que estragou, em parte, a comemoração tucana. Aqui em São Paulo, porém, o governador Geraldo Alckmin foi absoluto, com seu partido conquistando a capital em primeiro turno e outras cidades importantes como Santos, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Santo André, além de eleger aliados em Guarulhos e Diadema. JOÃO ANTONIO BRUNO NETTO (São Paulo, SP) * Tudo é cíclico. Num dia se está por cima, noutro se cai, naturalmente. Em 2012, o PT era o maior, e nem por isso decretaram o fim do PSDB, que hoje está por cima. JOSE GUILHERME SOARES SILVA (Uberaba, MG) * Chamar de centro-direita quem não quer gastar mais do que recebe é piada e mostra bem o grau de alienação dessa esquerda que vive de rótulos, não do trabalho. JOSÉ VANZO (Franca, SP) * Não entendo tanta surpresa e tanta polêmica em torno da enorme quantidade abstenções, votos nulos e brancos nas últimas eleições para prefeito. Não sou brasileiro, mas, se fosse, também não votaria em ninguém. Afinal, jogar no lixo 54,5 milhões de votos certamente não contribui para o aprimoramento da democracia representativa e para a participação cívica em eleições no Brasil. FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP) - JUSTIÇA E RELIGIÃO Muito interessante a entrevista da professora Christina Vital. Os adeptos do politicamente correto descobriram o atalho do STF para implementar as bandeiras que defendem, mas querem vedar a seus adversários o percurso do mesmo caminho. O "Supremo legislador" tem de ter um "lado certo". Isso é mais que a judicialização da política: é a politização da Justiça. Lamentável. ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA (Belo Horizonte, MG) * Merecem aplausos tanto a perspicácia da entrevistadora Thais Bilenky quanto o preparo e o discernimento da professora Christina Vital ao desmentir a falsa interação entre a fé e o sucesso material, como se fossem coisas necessariamente ligadas por graça da providência divina. Trata-se de falsa interpretação da doutrina calvinista, severa e ascética, muito distinta da estratégia evangélica de consumo e ostentação. Palmas para esse autêntico festival de lucidez. GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP) - ELEIÇÕES NOS EUA Quando disseram que era "distante e agressiva", Hillary Clinton se apresentou como simpática e amigável, acompanhada de sua mais nova "melhor" amiga, Michelle Obama. Mostrou assim ser uma ótima malabarista política. Estou ansioso para ver qual será seu próximo número para conseguir atravessar a corda bamba de notícias a respeito de seus e-mails e sair como mocinha no "gran finale" das eleições. JOSÉ L. ROCHA FILHO (Engenheiro Coelho, SP) - TERREMOTO NA ITÁLIA Na galeria de tragédias inevitáveis da Itália, no quadro mais novo há vidas e séculos de história arruinados. A cobertura da Folha revela um cenário de devastação. Se com o terremoto anterior a região estava enferma, após a nova catástrofe a situação atingiu níveis alarmantes. A cena é para heróis. GUILHERME RABELO (Curitiba, PR) - ACIDENTE AÉREO Como pais de Alexandre Magalhães Vaz de Mello, uma das vítimas da queda do Fokker 100 da TAM, nos sentimos na obrigação de comentar a nota da Latam. A companhia aérea não nos prestou nenhuma assistência em momento algum. Soubemos da morte do nosso filho pelo rádio e pela televisão. A então propalada visita do presidente da TAM não aconteceu. Lutamos para receber a indenização pela morte do nosso filho, que só foi paga após 13 longos anos. Continua atual a frase de Goebbels de que "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade". MARIA DA CONCEIÇÃO VAZ DE MELLO e FERNANDO LOBO VAZ DE MELLO (Belo Horizonte, MG) - OPERAÇÃO LAVA JATO Curioso o artigo dos procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martello. Diz o texto que os partidos mais atingidos pela corrupção são PT, PP e PMDB. Por que não o PSDB? Só pra lembrar alguns: Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão pelo mensalão tucano, Aécio Neves foi citado em várias delações e o ministro José Serra foi acusado de receber propina na Suíça. JOSÉ CAMPOS LIBONATI (Recife, PE) * O Brasil como um todo tem a clara certeza da correção da Operação Lava Jato e a apoia integralmente. O combate sistêmico e tenaz à corrupção é o único caminho para tornar esta nação realmente justa para todo o seu povo. Parabéns aos autores e a todos os que se dedicam a desvendar os malfeitos contra a população brasileira. LUIZ ANTONIO DIAS SANTIAGO (Itajubá, MG) * Parabéns à Lava Jato. Pena que ela é partidária, pois, diferentemente do que aparece no texto, Aécio já foi denunciado várias vezes e nunca depôs. Precisamos de Justiça, não de justiceiros. ALICE COSTANZI (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Diferentemente do informado por Vinicius Mota, o prefeito Fernando Haddad não só aumentou a tarifa de transporte coletivo em ano eleitoral, o que não ocorria desde 1996, como articulou com o governo do Estado e prefeitos da região metropolitana uma mesma política tarifária. NUNZIO BRIGUGLIO, secretario de Comunicação da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Federação faz 'mea culpa' após abusos a menores na ginástica dos EUA
A Federação de Ginástica dos Estados Unidos, que comanda a modalidade no país, anunciou novas recomendações com a intenção de salvaguardar seus atletas, em função de reportagens publicadas no ano passado que a acusavam de deixar de notificar as autoridades e a polícia sobre acusações de assédio sexual por parte de seus treinadores. "Um só caso de abuso contra crianças já seria demais", disse Paul Parilla, presidente da federação, em declaração divulgada na terça (27), em companhia de detalhes sobre as 70 novas recomendações propostas. "A Federação de Ginástica dos Estados Unidos lamenta muito que qualquer pessoa tenha sido prejudicada durante sua carreira como ginasta, e expressamos nosso pesar a qualquer atleta que tenha sofrido abuso ou maus tratos enquanto participava do esporte". O relatório surgiu depois de uma investigação publicada pelo jornal "Indianapolis Star" no ano passado. O jornal encontrou quatro exemplos de dirigentes esportivos da ginástica que haviam sido avisados sobre suspeitas de abusos por parte de treinadores mas que optaram por não alertar as autoridades, e afirmou que os mesmos treinadores haviam posteriormente praticado abusos contra pelo menos 14 ginastas menores de idade. No final do ano passado, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos encarregou uma antiga procuradora federal especializada em crimes de abuso sexual contra crianças, Deborah Daniels, de conduzir uma revisão independente de suas normas. Durante a revisão, Daniels e os pesquisadores da Praesidium, uma empresa especializada em prevenir abusos sexuais em organizações que atendam a crianças e a adultos em situação vulnerável, realizaram mais de 160 entrevistas com pessoas do mundo da ginástica; visitaram 25 clubes e o Centro Nacional de Treinamento de Equipes; e participaram de competições e programas de treinamento em período integral, até o mês passado. O resultado do trabalho foi divulgado online em um relatório de 100 páginas na terça-feira, em companhia das recomendações, que o conselho da federação anunciou que adotará com o objetivo de prevenir abusos e adotar práticas mais firmes em seu tratamento de denúncias quanto a eles. As mudanças incluem proibir que adultos fiquem sozinhos em companhia de ginastas menores de idade, o que inclui dividirem quartos de hotéis com eles. Os adultos também estarão proibidos de manter contato com ginastas por e-mail, mensagens de texto e mídia social, fora dos programas de treinamento. Embora a Federação de Ginástica dos Estados Unidos já tivesse alguns regulamentos em vigor, o relatório afirmou que a organização, que comanda a modalidade nos Estados Unidos e estabelece regras e diretrizes para atletas e treinadores, precisava colocar em prática o que o texto define como ªuma mudança de culturaº, em sua maneira de fazer as coisas. As recomendações se dividem em 10 áreas, entre as quais administração, educação, treinamento e apoio aos atletas, denúncia de possíveis violações, e seleção e verificação de credenciais de treinadores, voluntários e outros adultos que tenham acesso aos atletas. O relatório recomendou que a federação fosse específica quanto a formas proibidas de comportamento, definindo o que é conduta "apropriada" e "inapropriada" nos clubes associados a ela e pelos indivíduos que trabalham com atletas. "A maioria dos clubes membros não tem regras escritas quanto a interações físicas e verbais apropriadas e inapropriadas", o relatório afirma. A investigação destacou especialmente os problemas para denúncia de abusos em casos de relacionamento entre um atleta e um adulto que talvez exerça controle sobre a carreira do atleta. O relatório cita como exemplo que o procedimento da Federação de Ginástica dos Estados Unidos para denúncia de suspeitas de abuso sexual envolve uma queixa escrita pelos atletas ou seus pais, com o objetivo de promover uma solução para a disputa. "É altamente improvável que os jovens atletas (adolescentes ou ainda mais jovens) e seus pais denunciem abusos a uma autoridade que tem tanto poder sobre o sucesso do atleta no esporte", o relatório afirma. Mas um grande problema no mundo da ginástica é sua natureza descentralizada. Os clubes são organizações privadas, o que torna difícil rastrear o comportamento de um treinador que se transfira a outra organização. "Se a direção de um clube for vigilante, verificará referências e buscará informações sobre os antecedentes do treinador", afirma o relatório. Mas buscas de antecedentes só revelam condenações criminais, o que significa que um novo clube pode não encontrar informações sobre casos prévios de abuso. As acusações de abuso lançaram uma sombra sobre a federação de ginástica, especialmente no ano passado, quando o "Indianapolis Star" revelou que a Federação de Ginástica dos Estados Unidos tinha em seus arquivos queixas contra mais de 50 treinadores suspeitos de abusos contra atletas, mas em muitos casos optou por não alertar as autoridades e a polícia quanto aos possíveis delitos. Um dos nomes que constava do arquivo era o de um médico que serviu por muito tempo à equipe de ginástica dos Estados Unidos, Lawrence Nassar, que em fevereiro foi indiciado com 22 acusações de conduta sexual indevida de primeiro grau, envolvendo pelo menos sete vítimas. O relatório da Daniels também informa que um treinador acusado de abuso havia trabalhado em pelo menos 12 clubes, em quatro Estados. "Ele deixou uma trilha de sofrimento, na forma de mais de 15 meninas vítimas de abuso cujas vidas sofreram danos permanentes - mas clubes continuaram a contratá-lo, ou porque desconheciam os casos de abuso ou, no caso de pelo menos um clube que era conhecedor do problema, porque supostamente prometeu mantê-lo `sob vigilância'". Stephen Drew, advogado que representa ginastas que dizem ter sofrido abuso por parte do Dr. Nassar e que se dispuseram a tornar públicas suas denúncias depois da reportagem do ªIndianapolis Starº, disse que algumas das novas recomendações, como a de notificação imediata de suspeitas de abuso, já eram lei. Mas ele disse que as recomendações devem ser usadas para criar "um protocolo claro para documentar e investigar passadas queixas de abuso - e para que a pessoa que faz a queixa mereça crédito desde o começo". "Já é difícil o bastante que alguém se exponha e faça uma queixa como essaº, disse Drew. ªTodos os sinais deveriam indicar que a queixa está sendo levada a sério". Tradução de PAULO MIGLIACCI
esporte
Federação faz 'mea culpa' após abusos a menores na ginástica dos EUAA Federação de Ginástica dos Estados Unidos, que comanda a modalidade no país, anunciou novas recomendações com a intenção de salvaguardar seus atletas, em função de reportagens publicadas no ano passado que a acusavam de deixar de notificar as autoridades e a polícia sobre acusações de assédio sexual por parte de seus treinadores. "Um só caso de abuso contra crianças já seria demais", disse Paul Parilla, presidente da federação, em declaração divulgada na terça (27), em companhia de detalhes sobre as 70 novas recomendações propostas. "A Federação de Ginástica dos Estados Unidos lamenta muito que qualquer pessoa tenha sido prejudicada durante sua carreira como ginasta, e expressamos nosso pesar a qualquer atleta que tenha sofrido abuso ou maus tratos enquanto participava do esporte". O relatório surgiu depois de uma investigação publicada pelo jornal "Indianapolis Star" no ano passado. O jornal encontrou quatro exemplos de dirigentes esportivos da ginástica que haviam sido avisados sobre suspeitas de abusos por parte de treinadores mas que optaram por não alertar as autoridades, e afirmou que os mesmos treinadores haviam posteriormente praticado abusos contra pelo menos 14 ginastas menores de idade. No final do ano passado, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos encarregou uma antiga procuradora federal especializada em crimes de abuso sexual contra crianças, Deborah Daniels, de conduzir uma revisão independente de suas normas. Durante a revisão, Daniels e os pesquisadores da Praesidium, uma empresa especializada em prevenir abusos sexuais em organizações que atendam a crianças e a adultos em situação vulnerável, realizaram mais de 160 entrevistas com pessoas do mundo da ginástica; visitaram 25 clubes e o Centro Nacional de Treinamento de Equipes; e participaram de competições e programas de treinamento em período integral, até o mês passado. O resultado do trabalho foi divulgado online em um relatório de 100 páginas na terça-feira, em companhia das recomendações, que o conselho da federação anunciou que adotará com o objetivo de prevenir abusos e adotar práticas mais firmes em seu tratamento de denúncias quanto a eles. As mudanças incluem proibir que adultos fiquem sozinhos em companhia de ginastas menores de idade, o que inclui dividirem quartos de hotéis com eles. Os adultos também estarão proibidos de manter contato com ginastas por e-mail, mensagens de texto e mídia social, fora dos programas de treinamento. Embora a Federação de Ginástica dos Estados Unidos já tivesse alguns regulamentos em vigor, o relatório afirmou que a organização, que comanda a modalidade nos Estados Unidos e estabelece regras e diretrizes para atletas e treinadores, precisava colocar em prática o que o texto define como ªuma mudança de culturaº, em sua maneira de fazer as coisas. As recomendações se dividem em 10 áreas, entre as quais administração, educação, treinamento e apoio aos atletas, denúncia de possíveis violações, e seleção e verificação de credenciais de treinadores, voluntários e outros adultos que tenham acesso aos atletas. O relatório recomendou que a federação fosse específica quanto a formas proibidas de comportamento, definindo o que é conduta "apropriada" e "inapropriada" nos clubes associados a ela e pelos indivíduos que trabalham com atletas. "A maioria dos clubes membros não tem regras escritas quanto a interações físicas e verbais apropriadas e inapropriadas", o relatório afirma. A investigação destacou especialmente os problemas para denúncia de abusos em casos de relacionamento entre um atleta e um adulto que talvez exerça controle sobre a carreira do atleta. O relatório cita como exemplo que o procedimento da Federação de Ginástica dos Estados Unidos para denúncia de suspeitas de abuso sexual envolve uma queixa escrita pelos atletas ou seus pais, com o objetivo de promover uma solução para a disputa. "É altamente improvável que os jovens atletas (adolescentes ou ainda mais jovens) e seus pais denunciem abusos a uma autoridade que tem tanto poder sobre o sucesso do atleta no esporte", o relatório afirma. Mas um grande problema no mundo da ginástica é sua natureza descentralizada. Os clubes são organizações privadas, o que torna difícil rastrear o comportamento de um treinador que se transfira a outra organização. "Se a direção de um clube for vigilante, verificará referências e buscará informações sobre os antecedentes do treinador", afirma o relatório. Mas buscas de antecedentes só revelam condenações criminais, o que significa que um novo clube pode não encontrar informações sobre casos prévios de abuso. As acusações de abuso lançaram uma sombra sobre a federação de ginástica, especialmente no ano passado, quando o "Indianapolis Star" revelou que a Federação de Ginástica dos Estados Unidos tinha em seus arquivos queixas contra mais de 50 treinadores suspeitos de abusos contra atletas, mas em muitos casos optou por não alertar as autoridades e a polícia quanto aos possíveis delitos. Um dos nomes que constava do arquivo era o de um médico que serviu por muito tempo à equipe de ginástica dos Estados Unidos, Lawrence Nassar, que em fevereiro foi indiciado com 22 acusações de conduta sexual indevida de primeiro grau, envolvendo pelo menos sete vítimas. O relatório da Daniels também informa que um treinador acusado de abuso havia trabalhado em pelo menos 12 clubes, em quatro Estados. "Ele deixou uma trilha de sofrimento, na forma de mais de 15 meninas vítimas de abuso cujas vidas sofreram danos permanentes - mas clubes continuaram a contratá-lo, ou porque desconheciam os casos de abuso ou, no caso de pelo menos um clube que era conhecedor do problema, porque supostamente prometeu mantê-lo `sob vigilância'". Stephen Drew, advogado que representa ginastas que dizem ter sofrido abuso por parte do Dr. Nassar e que se dispuseram a tornar públicas suas denúncias depois da reportagem do ªIndianapolis Starº, disse que algumas das novas recomendações, como a de notificação imediata de suspeitas de abuso, já eram lei. Mas ele disse que as recomendações devem ser usadas para criar "um protocolo claro para documentar e investigar passadas queixas de abuso - e para que a pessoa que faz a queixa mereça crédito desde o começo". "Já é difícil o bastante que alguém se exponha e faça uma queixa como essaº, disse Drew. ªTodos os sinais deveriam indicar que a queixa está sendo levada a sério". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Consórcio deve confirmar até sexta se retoma obra da linha 4 do metrô de SP
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), definiu a próxima sexta-feira (6) como o prazo para que o consórcio Isolux Córsan-Corviam informe se retomará as obras da segunda fase da linha 4-amarela do metrô paulista. Por causa de atrasos, a administração paulista tem ameaçado rescindir o contrato com o consórcio vencedor, o que atrasará a entrega de estações que eram programadas para este ano. Segundo o governo estadual, o consórcio espanhol tem apresentado problemas como a redução do número de funcionários, a falta de equipamentos e a carência de insumos para conclusão das obras. Caso ele deixe o projeto de expansão da linha 4-amarela, o Banco Mundial, que é o financiador da obra, decidirá se chamará as segundas colocadas no processo de licitação ou se abrirá um novo processo licitatório. Na próxima segunda-feira (9), uma expedição do Banco Mundial viajará à capital paulista para discutir a questão. A rescisão do contrato depende do aval da instituição financeira internacional. "A sexta-feira é o prazo que tem o consórcio para apresentar a proposta de retomada e sua viabilidade. O Banco Mundial está acompanhando. Se retomar a obra, será ótimo. Se não retomar, rompe o contrato, faz nova licitação ou chama as segundas colocadas", afirmou. Caso seja rescindido o contrato, a entrega das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia vai atrasar –a conclusão das duas primeiras está prevista para este ano; as outras duas, para 2016. As obras da segunda fase da linha 4-amarela foram iniciadas em 2012, com contratos de R$ 559 milhões no total. Até o momento, foi entregue apenas a estação Fradique Coutinho, em novembro. Os dois lotes vencidos pelo consórcio espanhol incluem a construção das quatro estações, de pátios e túneis e a extensão de trilhos em direção a Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Procuradas pela Folha, as empresas Tiisa (brasileira) e Comsa (espanhola), que ficaram em segundo lugar na licitação do primeiro lote, informaram que caso o contrato vigente seja rescindido, têm "interesse em analisar as possibilidades e condições de assumir a complementação das obras". As empresas brasileiras CR Almeida e Consbem, que ficaram em segundo lugar no segundo lote, disseram que ainda não foram contatadas pela gestão estadual, mas que "a proposta poderá ser analisada". ATRASOS Segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, já foram aplicadas duas multas e enviadas 30 notificações ao consórcio espanhol. De acordo com ele, a multa por rescisão poderá chegar a até 30% do valor dos contratos. "O melhor seria que o consórcio vencedor conseguisse retomar a obra, o que é muito pouco provável", disse. A previsão do secretário estadual é que um novo processo de licitação seria aberto no final deste semestre, com o ganhador anunciado no final do ano. Nesse caso, as estações São Paulo-Morumbi e a Vila Sônia, que eram esperadas para o ano que vem, seriam entregues apenas em 2017 ou 2018.
cotidiano
Consórcio deve confirmar até sexta se retoma obra da linha 4 do metrô de SPO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), definiu a próxima sexta-feira (6) como o prazo para que o consórcio Isolux Córsan-Corviam informe se retomará as obras da segunda fase da linha 4-amarela do metrô paulista. Por causa de atrasos, a administração paulista tem ameaçado rescindir o contrato com o consórcio vencedor, o que atrasará a entrega de estações que eram programadas para este ano. Segundo o governo estadual, o consórcio espanhol tem apresentado problemas como a redução do número de funcionários, a falta de equipamentos e a carência de insumos para conclusão das obras. Caso ele deixe o projeto de expansão da linha 4-amarela, o Banco Mundial, que é o financiador da obra, decidirá se chamará as segundas colocadas no processo de licitação ou se abrirá um novo processo licitatório. Na próxima segunda-feira (9), uma expedição do Banco Mundial viajará à capital paulista para discutir a questão. A rescisão do contrato depende do aval da instituição financeira internacional. "A sexta-feira é o prazo que tem o consórcio para apresentar a proposta de retomada e sua viabilidade. O Banco Mundial está acompanhando. Se retomar a obra, será ótimo. Se não retomar, rompe o contrato, faz nova licitação ou chama as segundas colocadas", afirmou. Caso seja rescindido o contrato, a entrega das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia vai atrasar –a conclusão das duas primeiras está prevista para este ano; as outras duas, para 2016. As obras da segunda fase da linha 4-amarela foram iniciadas em 2012, com contratos de R$ 559 milhões no total. Até o momento, foi entregue apenas a estação Fradique Coutinho, em novembro. Os dois lotes vencidos pelo consórcio espanhol incluem a construção das quatro estações, de pátios e túneis e a extensão de trilhos em direção a Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Procuradas pela Folha, as empresas Tiisa (brasileira) e Comsa (espanhola), que ficaram em segundo lugar na licitação do primeiro lote, informaram que caso o contrato vigente seja rescindido, têm "interesse em analisar as possibilidades e condições de assumir a complementação das obras". As empresas brasileiras CR Almeida e Consbem, que ficaram em segundo lugar no segundo lote, disseram que ainda não foram contatadas pela gestão estadual, mas que "a proposta poderá ser analisada". ATRASOS Segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, já foram aplicadas duas multas e enviadas 30 notificações ao consórcio espanhol. De acordo com ele, a multa por rescisão poderá chegar a até 30% do valor dos contratos. "O melhor seria que o consórcio vencedor conseguisse retomar a obra, o que é muito pouco provável", disse. A previsão do secretário estadual é que um novo processo de licitação seria aberto no final deste semestre, com o ganhador anunciado no final do ano. Nesse caso, as estações São Paulo-Morumbi e a Vila Sônia, que eram esperadas para o ano que vem, seriam entregues apenas em 2017 ou 2018.
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Com oposição fragilizada, premiê do Japão antecipa eleições
O premiê japonês, Shinzo Abe, anunciou nesta segunda-feira (25) que convocará eleições parlamentares antecipadas para a câmara baixa do Parlamento do Japão, que detém poderes legislativos mais amplos. A eleição foi convocada para 22 de outubro. Abe anunciou que dissolverá a câmara baixa do Parlamento, formada por 475 legisladores, na quinta-feira (28), quando termina um recesso parlamentar de três meses. O apoio do eleitorado ao governo Abe começou a se recuperar depois que os ataques políticos contra ele devido a escândalos se dissiparam durante o recesso. Além disso, os partidos oposicionistas estão se reorganizando e parecem despreparados para uma eleição. Legisladores oposicionistas afirmaram que não existe motivo para realizar uma eleição agora. Abe disse que estava em busca de mandato popular para seus planos de usar novas receitas tributárias para a educação e cuidados com os idosos, e para sua política de defesa com relação à ameaça cada vez mais grave dos mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte, afirmando que a situação significa uma crise nacional. "Enfrentarei a crise nacional com minha forte liderança", disse Abe. "Antecipo que as críticas da oposição se concentrarão [nos escândalos], e a eleição será muito difícil", afirmou. Abe anunciou que renunciará como premiê caso o Partido Liberal Democrata, que ele lidera, não obtenha a maioria, ou pelo menos os 233 assentos de que precisa para manter o poder. Analistas acreditam que o partido de Abe irá manter a maioria simples, mas que pode perder a maioria de dois terços dos assentos que mantém no momento em companhia de seu parceiro de coalizão, o partido Komei. Ainda assim, uma vitória por boa margem pode ajudar o premiê a firmar seu controle do poder. O mandato de três anos de Abe como líder de seu partido termina em setembro do ano que vem, e ele terá de enfrentar desafiantes dentro do Partido Liberal Democrata para se manter como premiê. "Para Abe, a hora é agora. Ele está tirando vantagem do despreparo dos partidos de posição e buscando prolongar sua liderança", disse o professor de política na Universidade de Tóquio Yu Uchiyama. Os índices de apoio ao Partido Liberal Democrata caíram para menos de 30% em julho, depois de questionamentos seguidos no Parlamento sobre acusações de que Abe teria ajudado um amigo a obter licença para uma faculdade de veterinária. Recentes pesquisas de opinião pública demonstram que o apoio ao partido de Abe retornou aos 50%, ajudado pelo recesso parlamentar e por uma reforma ministerial em agosto que resultou na demissão do ministro da Defesa e de outros ministros impopulares. Uma pesquisa conduzida pelo jornal "Nikkei" e publicada na segunda-feira mostra que 44% dos entrevistados pretendem votar no partido de Abe na eleição, e que apenas 8% pretendem votar em dois partidos oposicionistas. Isso representa virada significativa ante a situação que existia em junho, quando o Partido Liberal Democrata sofreu uma derrota devastadora, em uma eleição para o Legislativo municipal de Tóquio, diante do novo partido regional criado por Yuriko Koike, governadora de Tóquio e líder política independente. Os legisladores da oposição estão correndo para se reorganizar. Na manhã de segunda-feira, Koike anunciou o lançamento de um novo partido nacional que ela liderará, ainda que deva manter seu posto como governadora, concentrando seus esforços em preparar a capital para receber a Olimpíada de 2020 e em outras questões. Ela disse que seu Partido da Esperança será conservador e pressionará por transparência no governo, pelo avanço das mulheres, eliminação da energia nuclear e outras reformas. Diversos legisladores, entre os quais membros do Partido Democrata, a principal força oposicionista japonesa, anunciaram sua intenção de aderir ao novo partido. "Essa será uma nova força formada por legisladores que desejam reformas e desejam promover o conservadorismo", disse Koike. "Vamos criar um Japão no qual haja esperança para todos de que o amanhã será certamente melhor que hoje". Os democratas, que estiveram no poder entre 2009 e 2012, perderam terreno principalmente devido a desacordos internos. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Com oposição fragilizada, premiê do Japão antecipa eleiçõesO premiê japonês, Shinzo Abe, anunciou nesta segunda-feira (25) que convocará eleições parlamentares antecipadas para a câmara baixa do Parlamento do Japão, que detém poderes legislativos mais amplos. A eleição foi convocada para 22 de outubro. Abe anunciou que dissolverá a câmara baixa do Parlamento, formada por 475 legisladores, na quinta-feira (28), quando termina um recesso parlamentar de três meses. O apoio do eleitorado ao governo Abe começou a se recuperar depois que os ataques políticos contra ele devido a escândalos se dissiparam durante o recesso. Além disso, os partidos oposicionistas estão se reorganizando e parecem despreparados para uma eleição. Legisladores oposicionistas afirmaram que não existe motivo para realizar uma eleição agora. Abe disse que estava em busca de mandato popular para seus planos de usar novas receitas tributárias para a educação e cuidados com os idosos, e para sua política de defesa com relação à ameaça cada vez mais grave dos mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte, afirmando que a situação significa uma crise nacional. "Enfrentarei a crise nacional com minha forte liderança", disse Abe. "Antecipo que as críticas da oposição se concentrarão [nos escândalos], e a eleição será muito difícil", afirmou. Abe anunciou que renunciará como premiê caso o Partido Liberal Democrata, que ele lidera, não obtenha a maioria, ou pelo menos os 233 assentos de que precisa para manter o poder. Analistas acreditam que o partido de Abe irá manter a maioria simples, mas que pode perder a maioria de dois terços dos assentos que mantém no momento em companhia de seu parceiro de coalizão, o partido Komei. Ainda assim, uma vitória por boa margem pode ajudar o premiê a firmar seu controle do poder. O mandato de três anos de Abe como líder de seu partido termina em setembro do ano que vem, e ele terá de enfrentar desafiantes dentro do Partido Liberal Democrata para se manter como premiê. "Para Abe, a hora é agora. Ele está tirando vantagem do despreparo dos partidos de posição e buscando prolongar sua liderança", disse o professor de política na Universidade de Tóquio Yu Uchiyama. Os índices de apoio ao Partido Liberal Democrata caíram para menos de 30% em julho, depois de questionamentos seguidos no Parlamento sobre acusações de que Abe teria ajudado um amigo a obter licença para uma faculdade de veterinária. Recentes pesquisas de opinião pública demonstram que o apoio ao partido de Abe retornou aos 50%, ajudado pelo recesso parlamentar e por uma reforma ministerial em agosto que resultou na demissão do ministro da Defesa e de outros ministros impopulares. Uma pesquisa conduzida pelo jornal "Nikkei" e publicada na segunda-feira mostra que 44% dos entrevistados pretendem votar no partido de Abe na eleição, e que apenas 8% pretendem votar em dois partidos oposicionistas. Isso representa virada significativa ante a situação que existia em junho, quando o Partido Liberal Democrata sofreu uma derrota devastadora, em uma eleição para o Legislativo municipal de Tóquio, diante do novo partido regional criado por Yuriko Koike, governadora de Tóquio e líder política independente. Os legisladores da oposição estão correndo para se reorganizar. Na manhã de segunda-feira, Koike anunciou o lançamento de um novo partido nacional que ela liderará, ainda que deva manter seu posto como governadora, concentrando seus esforços em preparar a capital para receber a Olimpíada de 2020 e em outras questões. Ela disse que seu Partido da Esperança será conservador e pressionará por transparência no governo, pelo avanço das mulheres, eliminação da energia nuclear e outras reformas. Diversos legisladores, entre os quais membros do Partido Democrata, a principal força oposicionista japonesa, anunciaram sua intenção de aderir ao novo partido. "Essa será uma nova força formada por legisladores que desejam reformas e desejam promover o conservadorismo", disse Koike. "Vamos criar um Japão no qual haja esperança para todos de que o amanhã será certamente melhor que hoje". Os democratas, que estiveram no poder entre 2009 e 2012, perderam terreno principalmente devido a desacordos internos. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Diretor da VW diz que empresa fará o possível para recuperar confiança
O diretor da marca Volkswagen (VW), Herbert Diess, pediu desculpas nesta quarta-feira (28) pelo escândalo envolvendo a manipulação de motores a diesel e afirmou que a companhia "vai fazer o possível para recuperar a confiança" dos consumidores, em discurso no Salão do Automóvel de Tóquio. O chefe da principal marca da empresa alemã fez essa afirmativa durante o ato inaugural do evento na capital japonesa, no qual a Volkswagen apresentaria um novo modelo a diesel, mas o lançamento foi adiado para o segundo semestre de 2016 devido ao escândalo das manipulações realizadas pela gigante do setor automotivo. "Peço sinceras desculpas em nome de toda a companhia", afirmou Diess, que assumiu o cargo à frente da VW em 1º de julho, em declarações veiculadas pelo jornal japonês "Yomiuri". "Faremos o possível para recuperar a confiança dos consumidores em nossa marca", destacou o executivo, que também prometeu "criar uma nova e melhor Volkswagen", seguindo os princípios de "inovação, responsabilidade e valor durável". Durante a inauguração do Salão do Automóvel de Tóquio, Diess e o responsável pela Volkswagen no Japão, Sven Stein, também apresentaram um novo modelo de utilitário esportivo híbrido. Stein, por sua vez, assinalou que as vendas da Volkswagen no Japão caíram em um terço neste ano em comparação com 2014, e atribuiu esses números ao escândalo e a outros fatores como a falta de novos modelos. O grupo Volkswagen reconheceu que instalou durante anos um software em 11 milhões de veículos com motor a diesel que altera resultados sobre emissões de poluentes. A companhia alemã se comprometeu a fazer o recall dos veículos no mundo todo que foram afetados por essa manipulação. O escândalo também fez com que o grupo perdesse espaço em mercados como a China e tivesse que suspender a comercialização dos modelos a diesel.
mercado
Diretor da VW diz que empresa fará o possível para recuperar confiançaO diretor da marca Volkswagen (VW), Herbert Diess, pediu desculpas nesta quarta-feira (28) pelo escândalo envolvendo a manipulação de motores a diesel e afirmou que a companhia "vai fazer o possível para recuperar a confiança" dos consumidores, em discurso no Salão do Automóvel de Tóquio. O chefe da principal marca da empresa alemã fez essa afirmativa durante o ato inaugural do evento na capital japonesa, no qual a Volkswagen apresentaria um novo modelo a diesel, mas o lançamento foi adiado para o segundo semestre de 2016 devido ao escândalo das manipulações realizadas pela gigante do setor automotivo. "Peço sinceras desculpas em nome de toda a companhia", afirmou Diess, que assumiu o cargo à frente da VW em 1º de julho, em declarações veiculadas pelo jornal japonês "Yomiuri". "Faremos o possível para recuperar a confiança dos consumidores em nossa marca", destacou o executivo, que também prometeu "criar uma nova e melhor Volkswagen", seguindo os princípios de "inovação, responsabilidade e valor durável". Durante a inauguração do Salão do Automóvel de Tóquio, Diess e o responsável pela Volkswagen no Japão, Sven Stein, também apresentaram um novo modelo de utilitário esportivo híbrido. Stein, por sua vez, assinalou que as vendas da Volkswagen no Japão caíram em um terço neste ano em comparação com 2014, e atribuiu esses números ao escândalo e a outros fatores como a falta de novos modelos. O grupo Volkswagen reconheceu que instalou durante anos um software em 11 milhões de veículos com motor a diesel que altera resultados sobre emissões de poluentes. A companhia alemã se comprometeu a fazer o recall dos veículos no mundo todo que foram afetados por essa manipulação. O escândalo também fez com que o grupo perdesse espaço em mercados como a China e tivesse que suspender a comercialização dos modelos a diesel.
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Urnas são distribuídas com escolta policial no Maranhão
ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA Com forte escolta policial, cerca de 2.000 urnas eletrônicas foram distribuídas neste sábado (1º) em São Luís e região metropolitana, após uma onda de ataques a ônibus e locais de votação. A distribuição começou pela manhã e deve se estender até o final do dia. Durante a madrugada, pelo menos sete escolas onde haveria votação foram incendiadas ou depredadas. Parte das seções eleitorais, que ficam em São Luís e São José do Ribamar (região metropolitana da capital), será transferida a outros locais, ainda a serem definidos. Os caminhões dos Correios, que carregam as urnas, são acompanhados de viaturas policiais. O governo do Maranhão também reforçou a segurança em locais que foram alvos de atentados. Em meio à onda de violência, o governo estadual anunciou nesta semana que a segurança será reforçada no dia da eleição. Além dos 7.500 membros das polícias do Estado, 1.300 homens das Forças Armadas e da Força Nacional protegerão os locais de votação. Neste sábado, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, fez uma visita ao Estado, acompanhado do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para acompanhar as medidas de segurança. ATAQUES Segundo a secretaria da Segurança, os ataques são ordenados de dentro dos presídios maranhenses. Na avaliação do governo, eles são uma reação a mudanças na gestão penitenciária. Em mensagem divulgada neste sábado, o governador Flávio Dino (PCdoB) atribui a violência a "organizações criminosas [que] querem amedrontar a sociedade para tentar retomar privilégios que tiveram no passado". "Nós não aceitamos recuar um milímetro na implantação da disciplina e da ordem em nosso sistema prisional. Não cedemos a chantagens políticas ou de criminosos", afirmou o governador. A recente onda de violência começou com uma rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, no último sábado (24). Desde então, ônibus têm sido incendiados em São Luís e região. Não houve mortos ou feridos até agora. Na noite desta sexta (30), pelo menos cinco ônibus foram incendiados em São Luís. Um dia antes, três escolas municipais foram queimadas. Forças estaduais de segurança anunciaram operações especiais neste fim de semana, como revistas nos presídios e policiamento ostensivo para evitar ataques contra urnas eletrônicas. O governo do Maranhão disse ter identificado 35 detentos como os mentores dos ataques. Na manhã deste sábado, 23 deles foram transferidos a um presídio federal de segurança máxima, em Mossoró (RN).
poder
Urnas são distribuídas com escolta policial no MaranhãoESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA Com forte escolta policial, cerca de 2.000 urnas eletrônicas foram distribuídas neste sábado (1º) em São Luís e região metropolitana, após uma onda de ataques a ônibus e locais de votação. A distribuição começou pela manhã e deve se estender até o final do dia. Durante a madrugada, pelo menos sete escolas onde haveria votação foram incendiadas ou depredadas. Parte das seções eleitorais, que ficam em São Luís e São José do Ribamar (região metropolitana da capital), será transferida a outros locais, ainda a serem definidos. Os caminhões dos Correios, que carregam as urnas, são acompanhados de viaturas policiais. O governo do Maranhão também reforçou a segurança em locais que foram alvos de atentados. Em meio à onda de violência, o governo estadual anunciou nesta semana que a segurança será reforçada no dia da eleição. Além dos 7.500 membros das polícias do Estado, 1.300 homens das Forças Armadas e da Força Nacional protegerão os locais de votação. Neste sábado, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, fez uma visita ao Estado, acompanhado do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para acompanhar as medidas de segurança. ATAQUES Segundo a secretaria da Segurança, os ataques são ordenados de dentro dos presídios maranhenses. Na avaliação do governo, eles são uma reação a mudanças na gestão penitenciária. Em mensagem divulgada neste sábado, o governador Flávio Dino (PCdoB) atribui a violência a "organizações criminosas [que] querem amedrontar a sociedade para tentar retomar privilégios que tiveram no passado". "Nós não aceitamos recuar um milímetro na implantação da disciplina e da ordem em nosso sistema prisional. Não cedemos a chantagens políticas ou de criminosos", afirmou o governador. A recente onda de violência começou com uma rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, no último sábado (24). Desde então, ônibus têm sido incendiados em São Luís e região. Não houve mortos ou feridos até agora. Na noite desta sexta (30), pelo menos cinco ônibus foram incendiados em São Luís. Um dia antes, três escolas municipais foram queimadas. Forças estaduais de segurança anunciaram operações especiais neste fim de semana, como revistas nos presídios e policiamento ostensivo para evitar ataques contra urnas eletrônicas. O governo do Maranhão disse ter identificado 35 detentos como os mentores dos ataques. Na manhã deste sábado, 23 deles foram transferidos a um presídio federal de segurança máxima, em Mossoró (RN).
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Promotoria entra com ação contra uso de verba das multas de trânsito em SP
O Ministério Público de São Paulo ingressou com ação civil pública por improbidade administrativa da gestão Haddad (PT) no uso das verbas arrecadadas com aplicação de multas de trânsito na cidade. Segundo a promotoria, o dinheiro não estaria sendo utilizado corretamente pelo município, gerando prejuízo de R$ 617 milhões. A legislação prevê que os recursos precisam ser usados exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. São réus na ação o prefeito Fernando Haddad, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Rogério Ceron de Oliveira, e o ex-secretário dessa pasta, Marcos de Barros Cruz. Em nota, a Prefeitura afirma que os recursos foram aplicados corretamente, com transparência, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito e com as leis municipais.
cotidiano
Promotoria entra com ação contra uso de verba das multas de trânsito em SPO Ministério Público de São Paulo ingressou com ação civil pública por improbidade administrativa da gestão Haddad (PT) no uso das verbas arrecadadas com aplicação de multas de trânsito na cidade. Segundo a promotoria, o dinheiro não estaria sendo utilizado corretamente pelo município, gerando prejuízo de R$ 617 milhões. A legislação prevê que os recursos precisam ser usados exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. São réus na ação o prefeito Fernando Haddad, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Rogério Ceron de Oliveira, e o ex-secretário dessa pasta, Marcos de Barros Cruz. Em nota, a Prefeitura afirma que os recursos foram aplicados corretamente, com transparência, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito e com as leis municipais.
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Grêmio bate o Coritiba por 3 a 1 e vai às quartas da Copa do Brasil
O Grêmio bateu o Coritiba por 3 a 1 na noite desta quinta-feira (27) e avançou às quartas de final da Copa do Brasil. O tricolor havia vencido a primeira partida, em Curitiba, por 1 a 0. Nesta quinta, Pedro Geromel abriu o placar de cabeça, aos 37 minutos do primeiro tempo. O empate do Coritiba veio logo na sequência, em um bonito gol de Raphael Lucas após falha de Marcelo Oliveira. Se o alviverde vencesse por 2 a 1 conseguiria a classificação, mas foi o Grêmio que marcou o segundo. Luan tocou para Douglas, quase em cima da linha, completar para as redes. Já nos acréscimos, o time gaúcho teve um pênalti marcado a seu favor, embora a falta tenha acontecido fora da área. Luan converteu e deu números finais ao jogo. Os confrontos das quartas de final serão definidos em sorteio na segunda-feira (31).
esporte
Grêmio bate o Coritiba por 3 a 1 e vai às quartas da Copa do BrasilO Grêmio bateu o Coritiba por 3 a 1 na noite desta quinta-feira (27) e avançou às quartas de final da Copa do Brasil. O tricolor havia vencido a primeira partida, em Curitiba, por 1 a 0. Nesta quinta, Pedro Geromel abriu o placar de cabeça, aos 37 minutos do primeiro tempo. O empate do Coritiba veio logo na sequência, em um bonito gol de Raphael Lucas após falha de Marcelo Oliveira. Se o alviverde vencesse por 2 a 1 conseguiria a classificação, mas foi o Grêmio que marcou o segundo. Luan tocou para Douglas, quase em cima da linha, completar para as redes. Já nos acréscimos, o time gaúcho teve um pênalti marcado a seu favor, embora a falta tenha acontecido fora da área. Luan converteu e deu números finais ao jogo. Os confrontos das quartas de final serão definidos em sorteio na segunda-feira (31).
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Estou sofrendo muito nesses últimos meses no São Paulo, diz Luis Fabiano
Após ficar seis jogos sem balançar as redes, o atacante Luis Fabiano quebrou o jejum no clássico contra o Corinthians, no Morumbi, neste domingo (9). A partida terminou empatada por 1 a 1. Fazer o gol deixou Luis Fabiano muito feliz, quase como se tivesse obtido uma vitória pessoal. Ao final do duelo, em desabafo, o atacante tricolor explicou os motivos. Citou a ida frustrada ao Cruz Azul, do México, após a diretoria do São Paulo fazer uma pedida alta. Também mencionou o fim do contrato em dezembro deste ano e que não será renovado. "Não tenho esperança de mudar a história [e renovar o contrato]. Apenas faço meu trabalho, cumpro o que está escrito, me dedicando ao trabalho da melhor forma", disse na saída do campo. "Estou sofrendo muito nesses últimos meses. Foram tantas coisas. A negociação frustrada... Isso tudo atrapalha um pouco. Eu amo esse clube, mas estava sendo atrapalhado por essas situações. Espero que o gol que eu fiz neste jogo afaste essa má fase", completou. Durante o jejum de gols, Luis Fabiano teve de administrar alguns problemas. Foi expulso contra o Sport e, por ofender o árbitro, acabou punido com dois jogos de suspensão. Não enfrentaria o Corinthians não fosse um efeito suspensivo obtido pelo São Paulo na antevéspera do clássico. Também viu o parceiro de ataque, Alexandre Pato, ter uma ascensão na temporada. É o artilheiro do time no Campeonato Brasileiro, mas não jogou por questões contratuais. Sem esperança de permanecer no São Paulo após o fim do contrato, Luis Fabiano disse que pretende desfrutar os últimos meses para conseguir também atrair clubes interessados. "Espero desfrutar o momento que vou ter no time até o final do ano e retomar à minha melhor fase. Sem esperança de nada de novo no São Paulo. O ciclo acaba. Quem manda pensa dessa forma e a gente acata. Agora espero que até o final do contrato apareça algum interessado, achar um clube. Não quero parar [de jogar]. Está muito cedo", disse o atacante.
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Estou sofrendo muito nesses últimos meses no São Paulo, diz Luis FabianoApós ficar seis jogos sem balançar as redes, o atacante Luis Fabiano quebrou o jejum no clássico contra o Corinthians, no Morumbi, neste domingo (9). A partida terminou empatada por 1 a 1. Fazer o gol deixou Luis Fabiano muito feliz, quase como se tivesse obtido uma vitória pessoal. Ao final do duelo, em desabafo, o atacante tricolor explicou os motivos. Citou a ida frustrada ao Cruz Azul, do México, após a diretoria do São Paulo fazer uma pedida alta. Também mencionou o fim do contrato em dezembro deste ano e que não será renovado. "Não tenho esperança de mudar a história [e renovar o contrato]. Apenas faço meu trabalho, cumpro o que está escrito, me dedicando ao trabalho da melhor forma", disse na saída do campo. "Estou sofrendo muito nesses últimos meses. Foram tantas coisas. A negociação frustrada... Isso tudo atrapalha um pouco. Eu amo esse clube, mas estava sendo atrapalhado por essas situações. Espero que o gol que eu fiz neste jogo afaste essa má fase", completou. Durante o jejum de gols, Luis Fabiano teve de administrar alguns problemas. Foi expulso contra o Sport e, por ofender o árbitro, acabou punido com dois jogos de suspensão. Não enfrentaria o Corinthians não fosse um efeito suspensivo obtido pelo São Paulo na antevéspera do clássico. Também viu o parceiro de ataque, Alexandre Pato, ter uma ascensão na temporada. É o artilheiro do time no Campeonato Brasileiro, mas não jogou por questões contratuais. Sem esperança de permanecer no São Paulo após o fim do contrato, Luis Fabiano disse que pretende desfrutar os últimos meses para conseguir também atrair clubes interessados. "Espero desfrutar o momento que vou ter no time até o final do ano e retomar à minha melhor fase. Sem esperança de nada de novo no São Paulo. O ciclo acaba. Quem manda pensa dessa forma e a gente acata. Agora espero que até o final do contrato apareça algum interessado, achar um clube. Não quero parar [de jogar]. Está muito cedo", disse o atacante.
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Jogo que simula ascensão do fascismo, 'Secret Hitler' vira sucesso nos EUA
A alta no interesse nos EUA pelo fascismo durante a campanha eleitoral de 2016, que culminou na Presidência de Donald Trump, resultou em fortes vendas de clássicos da distopia literária e acabou também impulsionando um jogo de tabuleiro de nome polêmico: "Secret Hitler". Os fabricantes do jogo arrecadaram US$ 1,5 milhão para produzi-lo, depois de anunciar o projeto no site de crowdfunding Kickstarter, em novembro de 2015. "Secret Hitler" foi por breve período o produto mais vendido na categoria jogos e brinquedos da Amazon, ao ser lançado, e recentemente esgotou sua segunda tiragem. A empresa não divulga números de vendas, mas o dinheiro arrecadado sugere que dezenas de milhares de cópias tenham sido vendidas. No jogo, de 5 a 10 jogadores são divididos em duas equipes de tamanhos diferentes. A maior é a dos liberais, e a menor, a dos fascistas. Um jogador é escolhido como Hitler secreto. Os fascistas, cientes da identidade de seu líder, batalham por levá-lo ao poder, iludindo os liberais, que não estão informados sobre sua identidade. "Secret Hitler" apareceu em um momento de renascimento para os jogos de tabuleiro, que encontraram nova popularidade entre os consumidores adultos. Acima de tudo, os jogos independentes ganharam popularidade. O Kickstarter se tornou um polo de atração para criadores com ideias que podem ser arriscadas ou estranhas demais para os fabricantes de jogos tradicionais. Os inventores de "Secret Hitler" criaram uma campanha no Kickstarter em 23 de novembro de 2015, com o objetivo de arrecadar US$ 54.450 para lançar a primeira tiragem. Arrecadaram mais de duas vezes a quantia proposta, nas primeiras 24 horas. Quando "Secret Hitler" começou a ser enviado aos compradores, já tinha mais de 30 mil investidores, tornando-o um dos cinco jogos de tabuleiro mais populares na história do Kickstarter. O jogo ainda não está à venda fora dos EUA, mas não inclui símbolos nazistas ou imagens de Hitler, o que torna mais provável que seja aceito em países como a Alemanha. Os fabricantes de "Secret Hitler" não hesitam em vincular o jogo a Trump. No site da empresa, aconselham as pessoas "que não acham que o fascismo é bacana ou divertido" a encaminhar suas queixas à Casa Branca.
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Jogo que simula ascensão do fascismo, 'Secret Hitler' vira sucesso nos EUAA alta no interesse nos EUA pelo fascismo durante a campanha eleitoral de 2016, que culminou na Presidência de Donald Trump, resultou em fortes vendas de clássicos da distopia literária e acabou também impulsionando um jogo de tabuleiro de nome polêmico: "Secret Hitler". Os fabricantes do jogo arrecadaram US$ 1,5 milhão para produzi-lo, depois de anunciar o projeto no site de crowdfunding Kickstarter, em novembro de 2015. "Secret Hitler" foi por breve período o produto mais vendido na categoria jogos e brinquedos da Amazon, ao ser lançado, e recentemente esgotou sua segunda tiragem. A empresa não divulga números de vendas, mas o dinheiro arrecadado sugere que dezenas de milhares de cópias tenham sido vendidas. No jogo, de 5 a 10 jogadores são divididos em duas equipes de tamanhos diferentes. A maior é a dos liberais, e a menor, a dos fascistas. Um jogador é escolhido como Hitler secreto. Os fascistas, cientes da identidade de seu líder, batalham por levá-lo ao poder, iludindo os liberais, que não estão informados sobre sua identidade. "Secret Hitler" apareceu em um momento de renascimento para os jogos de tabuleiro, que encontraram nova popularidade entre os consumidores adultos. Acima de tudo, os jogos independentes ganharam popularidade. O Kickstarter se tornou um polo de atração para criadores com ideias que podem ser arriscadas ou estranhas demais para os fabricantes de jogos tradicionais. Os inventores de "Secret Hitler" criaram uma campanha no Kickstarter em 23 de novembro de 2015, com o objetivo de arrecadar US$ 54.450 para lançar a primeira tiragem. Arrecadaram mais de duas vezes a quantia proposta, nas primeiras 24 horas. Quando "Secret Hitler" começou a ser enviado aos compradores, já tinha mais de 30 mil investidores, tornando-o um dos cinco jogos de tabuleiro mais populares na história do Kickstarter. O jogo ainda não está à venda fora dos EUA, mas não inclui símbolos nazistas ou imagens de Hitler, o que torna mais provável que seja aceito em países como a Alemanha. Os fabricantes de "Secret Hitler" não hesitam em vincular o jogo a Trump. No site da empresa, aconselham as pessoas "que não acham que o fascismo é bacana ou divertido" a encaminhar suas queixas à Casa Branca.
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Declaração de ministro sobre redução do SUS causa protesto de entidades
Após afirmar que o Estado não tem como assumir as garantias previstas na Constituição, incluindo o acesso universal à saúde, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), disse que o SUS "está estabelecido" e que o tamanho não será revisto. As declarações iniciais, porém, provocaram reação de entidades do setor. Nesta terça (17), em um sinal de recuo, Barros afirmou que é preciso rever os gastos com a Previdência, assim como ocorreu em outros países, mas não o acesso à saúde. Um dia antes, em entrevista exclusiva à Folha, Barros primeiro disse que, quanto mais gente puder ter planos de saúde, maior será o alívio do governo para sustentar o SUS. Em seguida, questionado se não deveria ser o contrário, com um estímulo para um SUS melhor, ele respondeu: "Infelizmente, a capacidade financeira do governo para suprir todas essas garantias que tem o cidadão não são suficientes. Não estamos em um nível de desenvolvimento econômico que nos permita garantir esses direitos por conta do Estado". As declarações de Barros causaram alvoroço entre entidades ligadas ao SUS. Sete delas divulgaram uma nota de repúdio, defendendo o direito universal à saúde. O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, atual diretor-executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, afirmou estar "perplexo e muito preocupado". "Ele [Barros] verbalizou uma opinião que é compartilhada por muitas forças políticas no Congresso que ao longo das últimas décadas, no discurso, explicitaram apoio incondicional ao SUS, mas, na prática, sempre colocaram obstáculos ao seu pleno desenvolvimento." Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, disse que "a lógica liberal do Estado mínimo e do mercado como livre provedor das demandas sociais produz iniquidades e desigualdades que o Brasil já começava a superar." Segundo Mario Scheffer, professor da USP, a proposta de Barros de querer aumentar o mercado suplementar é descabida. "A saída para melhorar a saúde brasileira é o contrário. Temos que expandir o SUS com novas fontes de recursos públicos e regular mais os planos privados." Para o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Carlos Vital, ao falar sobre rever o tamanho do SUS, o ministro não se referiu a uma redução na cobertura básica de saúde. Mas de atendimentos complexos. "Você tem que oferecer acervo de atendimentos suficientes para garantir a saúde e a vida, retirando atendimentos mais complexos que poderiam ser substituídos por mais simples e menos custosos. Se eu tenho, por exemplo, uma depressão para tratar, eu tenho medicamentos menos caros e efetivos. Eu ofereço eles." João Gabbardo, presidente do Conass (Conselho dos Secretários de Estado da Saúde), entende que a luta deve ser por mais financiamento na saúde, mas, ao mesmo tempo, por mais racionalidade nos gastos." Segundo ele, é salutar a proposta de Barros por mais gestão e eficiência no SUS e de uma definição do que é possível ser gasto. "Essas regras hoje não existem. É uma questão a ser enfrentada, como fizeram outros países mais ricos que nós." Em nota, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade disse que entende que o SUS precisa ser ampliado, não diminuído, com pelo menos 10% do total de receita corrente bruta da União sejam voltados para a saúde. Defende também o fim da renúncia fiscal para pessoas físicas ou jurídicas custearem serviços de saúde suplementar e o fim do subsídio público para financiamento de planos privados de saúde para servidores públicos como forma de se obter mais dinheiro para o setor.
cotidiano
Declaração de ministro sobre redução do SUS causa protesto de entidadesApós afirmar que o Estado não tem como assumir as garantias previstas na Constituição, incluindo o acesso universal à saúde, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), disse que o SUS "está estabelecido" e que o tamanho não será revisto. As declarações iniciais, porém, provocaram reação de entidades do setor. Nesta terça (17), em um sinal de recuo, Barros afirmou que é preciso rever os gastos com a Previdência, assim como ocorreu em outros países, mas não o acesso à saúde. Um dia antes, em entrevista exclusiva à Folha, Barros primeiro disse que, quanto mais gente puder ter planos de saúde, maior será o alívio do governo para sustentar o SUS. Em seguida, questionado se não deveria ser o contrário, com um estímulo para um SUS melhor, ele respondeu: "Infelizmente, a capacidade financeira do governo para suprir todas essas garantias que tem o cidadão não são suficientes. Não estamos em um nível de desenvolvimento econômico que nos permita garantir esses direitos por conta do Estado". As declarações de Barros causaram alvoroço entre entidades ligadas ao SUS. Sete delas divulgaram uma nota de repúdio, defendendo o direito universal à saúde. O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, atual diretor-executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, afirmou estar "perplexo e muito preocupado". "Ele [Barros] verbalizou uma opinião que é compartilhada por muitas forças políticas no Congresso que ao longo das últimas décadas, no discurso, explicitaram apoio incondicional ao SUS, mas, na prática, sempre colocaram obstáculos ao seu pleno desenvolvimento." Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, disse que "a lógica liberal do Estado mínimo e do mercado como livre provedor das demandas sociais produz iniquidades e desigualdades que o Brasil já começava a superar." Segundo Mario Scheffer, professor da USP, a proposta de Barros de querer aumentar o mercado suplementar é descabida. "A saída para melhorar a saúde brasileira é o contrário. Temos que expandir o SUS com novas fontes de recursos públicos e regular mais os planos privados." Para o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Carlos Vital, ao falar sobre rever o tamanho do SUS, o ministro não se referiu a uma redução na cobertura básica de saúde. Mas de atendimentos complexos. "Você tem que oferecer acervo de atendimentos suficientes para garantir a saúde e a vida, retirando atendimentos mais complexos que poderiam ser substituídos por mais simples e menos custosos. Se eu tenho, por exemplo, uma depressão para tratar, eu tenho medicamentos menos caros e efetivos. Eu ofereço eles." João Gabbardo, presidente do Conass (Conselho dos Secretários de Estado da Saúde), entende que a luta deve ser por mais financiamento na saúde, mas, ao mesmo tempo, por mais racionalidade nos gastos." Segundo ele, é salutar a proposta de Barros por mais gestão e eficiência no SUS e de uma definição do que é possível ser gasto. "Essas regras hoje não existem. É uma questão a ser enfrentada, como fizeram outros países mais ricos que nós." Em nota, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade disse que entende que o SUS precisa ser ampliado, não diminuído, com pelo menos 10% do total de receita corrente bruta da União sejam voltados para a saúde. Defende também o fim da renúncia fiscal para pessoas físicas ou jurídicas custearem serviços de saúde suplementar e o fim do subsídio público para financiamento de planos privados de saúde para servidores públicos como forma de se obter mais dinheiro para o setor.
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Caracas afirma que avião dos Estados Unidos violou espaço aéreo
O governo da Venezuela declarou neste domingo (8) que um avião de inteligência da Guarda Costeira dos EUA violou seu espaço aéreo e que outros aviões semelhantes estariam circulando perto do país. "Há 48 horas, um avião de inteligência da Guarda Costeira dos EUA decolou da base aérea em Curaçao", disse o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, em transmissão pela TV. Segundo o ministro, a aeronave não anunciou sua presença para a torre de controle do aeroporto de Maiquetía. Ele reiterou que é incomum a aparição desse tipo de avião no local. "A parte mais séria é que esse avião violou o espaço aéreo", acrescentou.
mundo
Caracas afirma que avião dos Estados Unidos violou espaço aéreoO governo da Venezuela declarou neste domingo (8) que um avião de inteligência da Guarda Costeira dos EUA violou seu espaço aéreo e que outros aviões semelhantes estariam circulando perto do país. "Há 48 horas, um avião de inteligência da Guarda Costeira dos EUA decolou da base aérea em Curaçao", disse o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, em transmissão pela TV. Segundo o ministro, a aeronave não anunciou sua presença para a torre de controle do aeroporto de Maiquetía. Ele reiterou que é incomum a aparição desse tipo de avião no local. "A parte mais séria é que esse avião violou o espaço aéreo", acrescentou.
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Um contratempo não deveria selar o destino da Grécia
Desde a eleição do governo comandado pelo Syriza na Grécia, as negociações quanto ao lugar do país na Europa vêm transcorrendo de maneira terrível, com um lado fazendo pose e o outro demonstrando irritação. Uma saída acidental da zona do euro se tornou bastante provável. Isso não acontecerá porque a Grécia o deseje e nem porque seus parceiros estejam determinados a exclui-la, mas sim porque a Grécia está esgotando suas esperanças, os parceiros dela estão esgotando sua paciência, e as negociações estão esgotando seu prazo. Há de fato uma encruzilhada à frente. Mas a escolha da direção a seguir precisa ser deliberada e não acidental. Uma crise iminente de liquidez é o motivo para que temamos uma decisão precipitada. Os credores da Grécia desejam que o país implemente reformas antes que eles liberem cerca de 7,2 bilhões de euros em verbas ainda não desembolsadas do pacote de resgate. A Grécia precisa desse dinheiro para cobrir suas obrigações de gastos internos e um pagamento de 450 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Já que o Banco Central Europeu (BCE) está restringindo os empréstimos dos bancos gregos, o governo do país pode esgotar seu dinheiro. Isso poderia causar uma corrida dos depositantes gregos aos bancos. Embora o BCE tenha capacidade para administrar uma situação como essa, talvez se sinta incapaz de fazê-lo, ou decida que não quer agir. É muito provável que um país deixe o euro se seu governo não consegue cumprir seus compromissos financeiros, se os seus bancos fecham as portas, se a economia está deprimida e se há turbulência política. A Grécia pode em breve se ver nessa situação. Uma saída caótica poderia ocorrer, nesse caso. É necessário evitar esse "grecidente". Está evidente desde que o atual governo grego foi eleito que seria preciso tempo para determinar se um acordo frutífero pode ser atingido. É necessário "comprar" esse tempo. Ao tentar chegar a um acordo, também seria útil deixar de lado o moralismo destrutivo. O lado dos credores considera que sua generosidade para com os perdulários gregos é exemplar. Os gregos acreditam que instituições financeiras privadas são culpadas de irresponsabilidade em seus empréstimos, que o resgate não beneficiou a Grécia mas sim essas mesmas instituições irresponsáveis e, acima de tudo, que os gregos já sofreram o bastante. As duas posições têm mérito. Mas não será possível criar boa vontade mútua se acusações como essas continuarem a ser trocadas. Presuma que um acidente seja evitado. Nesse caso a zona do euro terá de encarar uma grande e uma pequena escolha. A grande escolha será entre manter a Grécia como parte do grupo e ajudá-la a sair. A escolha pequena será entre diferentes maneiras de mantê-la no grupo. Manter a Grécia preserva a opção de permitir sua saída mais tarde, mas optar por uma saída provavelmente será uma escolha irreversível. Quais são os argumentos em favor de uma saída? Um deles é que os custos de contágio são muito menores do que no passado, para os demais países membros, como parecem indicar os rendimentos divergentes sobre os títulos de seus respectivos tesouros. Outro ponto é que a Grécia se provou incapaz de promover reformas. Ainda outro é que o país continua a não ser competitivo internacionalmente, como demonstra a lentidão de suas exportações. O equilíbrio externo foi obtido ao custo de um imenso desemprego - um enorme "desequilíbrio interno". Por outro lado, a saída transformaria a zona do euro de união monetária inequívoca em um regime de âncoras cambiais rígidas. Isso representaria o pior dos dois mundos: nem a credibilidade de uma união e nem a flexibilidade de taxas de câmbio flutuantes. Além disso, uma saída - especialmente se ela ocorrer sem ajuda - poderia trazer graves consequências econômicas e geopolíticas. A Grécia poderia despencar a um abismo econômico. Abandonada pela Europa, ela poderia se voltar a potências não amistosas. Isso representaria um desastre estratégico. Por fim, a Grécia já sofreu as dores da austeridade. Daqui por diante, as coisas devem melhorar, desde que as políticas do país melhorem. Tentar manter a Grécia na zona do euro parece ser a melhor escolha. Identifico duas opções. A primeira seria um novo programa de resgate, que prometesse o perdão parcial da dívida grega depois que as reformas forem concluídas. A segunda opção seria abandonar a política do "prorrogar e fingir" e em lugar dela reduzir as obrigações gregas quanto ao serviço da dívida a valores razoáveis. Mas depois disso não haveria mais assistência. A Grécia ficaria por sua conta. O governo grego manteria o euro, mas talvez se veja forçado a impor restrições ao uso da moeda. Em curto prazo, poderia suplementar o euro com vales de circulação interna utilizáveis para pagar obrigações junto ao Estado grego. Assim, o euro seria transformado em moeda paralela, quer temporariamente, quer em caráter semipermanente. A outra grande opção é que a zona do euro concorde em que a participação continuada da Grécia é inviável. A melhor justificativa para isso seria que a economia do país se provará incapaz de competir como parte da zona do euro. Mas a Grécia não deve simplesmente desabar para fora da união; precisa ser ajudada a sair. A ajuda teria, uma vez mais, de incluir redução permanente nos valores de serviço da dívida. Controles sobre os saques bancários seriam uma vez mais necessários. A Grécia talvez venha a necessitar de novos empréstimos para impedir que sua nova moeda flutue exageradamente. Os gregos se manteriam na União Europeia, claro. E até seria possível deixar aberta a possibilidade de que o país venha de novo a aderir ao euro, no futuro distante. Nenhuma dessas opções está livre de riscos. Todas criarão problemas significativos. Mas existem pelo menos dois pontos fundamentais a ter em mente. O primeiro é que a decisão deve ser deliberada, e não resultar do esgotamento de um prazo. O segundo é que a escolha a ser feita é estratégica, tanto para a zona do euro quanto para a Grécia. Ponderando a questão, creio que a escolha certa - e aquela que os gregos mesmos desejam - é encontrar uma maneira mutuamente satisfatória de manter a Grécia como parte da zona do euro, com a ajuda de perdão condicional de parte de suas dívidas e outras medidas de apoio de duração definida. Mas também se pode encontrar argumentos em favor de uma saída, desde que ela seja executada de uma maneira que restrinja o caos e propicie melhora permanente na competitividade grega. Mas isso também requeria perdão de parcela substancial das dívidas do país. Ainda não é hora de tomar a grande decisão sobre manter ou não a Grécia na zona do euro, e caso a resposta seja afirmativa, sobre como fazê-lo. Mas esse momento virá, e logo. Por isso, todos precisam estar devidamente preparados. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Um contratempo não deveria selar o destino da GréciaDesde a eleição do governo comandado pelo Syriza na Grécia, as negociações quanto ao lugar do país na Europa vêm transcorrendo de maneira terrível, com um lado fazendo pose e o outro demonstrando irritação. Uma saída acidental da zona do euro se tornou bastante provável. Isso não acontecerá porque a Grécia o deseje e nem porque seus parceiros estejam determinados a exclui-la, mas sim porque a Grécia está esgotando suas esperanças, os parceiros dela estão esgotando sua paciência, e as negociações estão esgotando seu prazo. Há de fato uma encruzilhada à frente. Mas a escolha da direção a seguir precisa ser deliberada e não acidental. Uma crise iminente de liquidez é o motivo para que temamos uma decisão precipitada. Os credores da Grécia desejam que o país implemente reformas antes que eles liberem cerca de 7,2 bilhões de euros em verbas ainda não desembolsadas do pacote de resgate. A Grécia precisa desse dinheiro para cobrir suas obrigações de gastos internos e um pagamento de 450 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Já que o Banco Central Europeu (BCE) está restringindo os empréstimos dos bancos gregos, o governo do país pode esgotar seu dinheiro. Isso poderia causar uma corrida dos depositantes gregos aos bancos. Embora o BCE tenha capacidade para administrar uma situação como essa, talvez se sinta incapaz de fazê-lo, ou decida que não quer agir. É muito provável que um país deixe o euro se seu governo não consegue cumprir seus compromissos financeiros, se os seus bancos fecham as portas, se a economia está deprimida e se há turbulência política. A Grécia pode em breve se ver nessa situação. Uma saída caótica poderia ocorrer, nesse caso. É necessário evitar esse "grecidente". Está evidente desde que o atual governo grego foi eleito que seria preciso tempo para determinar se um acordo frutífero pode ser atingido. É necessário "comprar" esse tempo. Ao tentar chegar a um acordo, também seria útil deixar de lado o moralismo destrutivo. O lado dos credores considera que sua generosidade para com os perdulários gregos é exemplar. Os gregos acreditam que instituições financeiras privadas são culpadas de irresponsabilidade em seus empréstimos, que o resgate não beneficiou a Grécia mas sim essas mesmas instituições irresponsáveis e, acima de tudo, que os gregos já sofreram o bastante. As duas posições têm mérito. Mas não será possível criar boa vontade mútua se acusações como essas continuarem a ser trocadas. Presuma que um acidente seja evitado. Nesse caso a zona do euro terá de encarar uma grande e uma pequena escolha. A grande escolha será entre manter a Grécia como parte do grupo e ajudá-la a sair. A escolha pequena será entre diferentes maneiras de mantê-la no grupo. Manter a Grécia preserva a opção de permitir sua saída mais tarde, mas optar por uma saída provavelmente será uma escolha irreversível. Quais são os argumentos em favor de uma saída? Um deles é que os custos de contágio são muito menores do que no passado, para os demais países membros, como parecem indicar os rendimentos divergentes sobre os títulos de seus respectivos tesouros. Outro ponto é que a Grécia se provou incapaz de promover reformas. Ainda outro é que o país continua a não ser competitivo internacionalmente, como demonstra a lentidão de suas exportações. O equilíbrio externo foi obtido ao custo de um imenso desemprego - um enorme "desequilíbrio interno". Por outro lado, a saída transformaria a zona do euro de união monetária inequívoca em um regime de âncoras cambiais rígidas. Isso representaria o pior dos dois mundos: nem a credibilidade de uma união e nem a flexibilidade de taxas de câmbio flutuantes. Além disso, uma saída - especialmente se ela ocorrer sem ajuda - poderia trazer graves consequências econômicas e geopolíticas. A Grécia poderia despencar a um abismo econômico. Abandonada pela Europa, ela poderia se voltar a potências não amistosas. Isso representaria um desastre estratégico. Por fim, a Grécia já sofreu as dores da austeridade. Daqui por diante, as coisas devem melhorar, desde que as políticas do país melhorem. Tentar manter a Grécia na zona do euro parece ser a melhor escolha. Identifico duas opções. A primeira seria um novo programa de resgate, que prometesse o perdão parcial da dívida grega depois que as reformas forem concluídas. A segunda opção seria abandonar a política do "prorrogar e fingir" e em lugar dela reduzir as obrigações gregas quanto ao serviço da dívida a valores razoáveis. Mas depois disso não haveria mais assistência. A Grécia ficaria por sua conta. O governo grego manteria o euro, mas talvez se veja forçado a impor restrições ao uso da moeda. Em curto prazo, poderia suplementar o euro com vales de circulação interna utilizáveis para pagar obrigações junto ao Estado grego. Assim, o euro seria transformado em moeda paralela, quer temporariamente, quer em caráter semipermanente. A outra grande opção é que a zona do euro concorde em que a participação continuada da Grécia é inviável. A melhor justificativa para isso seria que a economia do país se provará incapaz de competir como parte da zona do euro. Mas a Grécia não deve simplesmente desabar para fora da união; precisa ser ajudada a sair. A ajuda teria, uma vez mais, de incluir redução permanente nos valores de serviço da dívida. Controles sobre os saques bancários seriam uma vez mais necessários. A Grécia talvez venha a necessitar de novos empréstimos para impedir que sua nova moeda flutue exageradamente. Os gregos se manteriam na União Europeia, claro. E até seria possível deixar aberta a possibilidade de que o país venha de novo a aderir ao euro, no futuro distante. Nenhuma dessas opções está livre de riscos. Todas criarão problemas significativos. Mas existem pelo menos dois pontos fundamentais a ter em mente. O primeiro é que a decisão deve ser deliberada, e não resultar do esgotamento de um prazo. O segundo é que a escolha a ser feita é estratégica, tanto para a zona do euro quanto para a Grécia. Ponderando a questão, creio que a escolha certa - e aquela que os gregos mesmos desejam - é encontrar uma maneira mutuamente satisfatória de manter a Grécia como parte da zona do euro, com a ajuda de perdão condicional de parte de suas dívidas e outras medidas de apoio de duração definida. Mas também se pode encontrar argumentos em favor de uma saída, desde que ela seja executada de uma maneira que restrinja o caos e propicie melhora permanente na competitividade grega. Mas isso também requeria perdão de parcela substancial das dívidas do país. Ainda não é hora de tomar a grande decisão sobre manter ou não a Grécia na zona do euro, e caso a resposta seja afirmativa, sobre como fazê-lo. Mas esse momento virá, e logo. Por isso, todos precisam estar devidamente preparados. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Romper com o discurso poético não é como romper com o processo social
Mudar é próprio da existência. Tanto muda a natureza como mudamos nós, a sociedade e a cultura; e, se há o que muda independentemente da nossa vontade, há o que mudamos nós, por nossa própria determinação. Naturalmente, dentre essas mudanças por nós mesmos realizadas, há as que decorrem de determinantes que mal controlamos e as que resultam de nossa opção consciente. Fui levado a refletir sobre esses fenômenos ao me deparar com os problemas que enfrentamos, sobretudo na época moderna em face da necessidade de mudar a sociedade em que vivemos, que se impôs a partir da revolução industrial e do desenvolvimento do regime capitalista. Em função disso, a partir da segunda metade do século 19, em praticamente todos os setores da sociedade, mudanças radicais se impuseram. Agravou-se uma visão crítica do modo de produção capitalista que iria culminar, em começos do século 20, com a revolução comunista de 1917. É também no final do século 19 que, no terreno das artes, surge um movimento renovador que culminará com a eclosão cubista no início do século 20. Tais eclosões revolucionárias, tanto do campo de produção industrial quanto da criação artística, não são meras coincidências, mas, sim, resultantes das complexas relações que condicionam essas distintas manifestações da criatividade humana. Um século depois de deflagradas, essas mudanças radicais, tanto no campo político-econômico como no plano estético, ambas, após as mudanças que provocaram, esgotaram-se. No campo artístico, após uma série de movimentos realmente inovadores, chegou-se à desintegração das linguagens e, finalmente, a uma espécie de vale-tudo. Isso porque, quando se afirma que será arte "tudo o que se disser que é arte", é decretado o fim da arte. No campo político não chegamos a esse niilismo, nem poderíamos chegar, pelo fato de que a política não lida apenas com metáforas, mas com a realidade concreta da vida. E aqui chegamos ao ponto que me levou a estas considerações: se é verdade que a mudança é um fator decisivo da existência e, portanto, também da realidade social, inovar, neste campo, não é o mesmo que inovar no campo das artes, pelo fato de que este é um terreno particularmente complexo, pois envolve desde o pão de cada dia até o custo das aposentadorias e o índice de desemprego. A Revolução Soviética de 1917 deu início a mudanças radicais na sociedade russa, mas também no processo político mundial, fomentando, sobretudo na intelectualidade e na juventude, a luta por uma sociedade anticapitalista, justa e revolucionária. Essa utopia não se realiza plenamente em razão mesma da complexidade dos problemas nela implicados. Marx subestimou a importância decisiva da iniciativa privada no processo econômico e, com isso, perdeu a disputa com o regime capitalista. Em consequência disso, aquela ideologia perdeu força, mas a luta pelas mudanças sociais ainda se mantém, seja na versão do populismo latino-americano, seja no projeto de alguns partidos que pregam um socialismo moderado em diversos países europeus. Há, ainda, também na Europa, países que praticam um capitalismo sensato, em que a diferença de renda é compensada com a prestação, pelo Estado, de serviços eficientes no campo da saúde e da educação, sobretudo. Em países como o nosso, esses serviços são muito mais precários não só porque os recursos são insuficientes, mas porque o número de pessoas carentes é muito maior. Na América Latina surgiram alguns governos populistas que tentaram explorar politicamente essa desigualdade, implantando programas que excluíam a possibilidade real de colocá-los em prática. A consequência disso foi o agravamento da situação econômica geral e a estagnação do crescimento, que resultou no fracasso desse populismo nos países que tentaram implantá-lo. Então, volto à tese que já expus aqui: uma coisa é romper com a lógica do discurso poético; outra coisa, muito diversa, é romper com a lógica do processo social. Dá em Venezuela, por exemplo.
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Romper com o discurso poético não é como romper com o processo socialMudar é próprio da existência. Tanto muda a natureza como mudamos nós, a sociedade e a cultura; e, se há o que muda independentemente da nossa vontade, há o que mudamos nós, por nossa própria determinação. Naturalmente, dentre essas mudanças por nós mesmos realizadas, há as que decorrem de determinantes que mal controlamos e as que resultam de nossa opção consciente. Fui levado a refletir sobre esses fenômenos ao me deparar com os problemas que enfrentamos, sobretudo na época moderna em face da necessidade de mudar a sociedade em que vivemos, que se impôs a partir da revolução industrial e do desenvolvimento do regime capitalista. Em função disso, a partir da segunda metade do século 19, em praticamente todos os setores da sociedade, mudanças radicais se impuseram. Agravou-se uma visão crítica do modo de produção capitalista que iria culminar, em começos do século 20, com a revolução comunista de 1917. É também no final do século 19 que, no terreno das artes, surge um movimento renovador que culminará com a eclosão cubista no início do século 20. Tais eclosões revolucionárias, tanto do campo de produção industrial quanto da criação artística, não são meras coincidências, mas, sim, resultantes das complexas relações que condicionam essas distintas manifestações da criatividade humana. Um século depois de deflagradas, essas mudanças radicais, tanto no campo político-econômico como no plano estético, ambas, após as mudanças que provocaram, esgotaram-se. No campo artístico, após uma série de movimentos realmente inovadores, chegou-se à desintegração das linguagens e, finalmente, a uma espécie de vale-tudo. Isso porque, quando se afirma que será arte "tudo o que se disser que é arte", é decretado o fim da arte. No campo político não chegamos a esse niilismo, nem poderíamos chegar, pelo fato de que a política não lida apenas com metáforas, mas com a realidade concreta da vida. E aqui chegamos ao ponto que me levou a estas considerações: se é verdade que a mudança é um fator decisivo da existência e, portanto, também da realidade social, inovar, neste campo, não é o mesmo que inovar no campo das artes, pelo fato de que este é um terreno particularmente complexo, pois envolve desde o pão de cada dia até o custo das aposentadorias e o índice de desemprego. A Revolução Soviética de 1917 deu início a mudanças radicais na sociedade russa, mas também no processo político mundial, fomentando, sobretudo na intelectualidade e na juventude, a luta por uma sociedade anticapitalista, justa e revolucionária. Essa utopia não se realiza plenamente em razão mesma da complexidade dos problemas nela implicados. Marx subestimou a importância decisiva da iniciativa privada no processo econômico e, com isso, perdeu a disputa com o regime capitalista. Em consequência disso, aquela ideologia perdeu força, mas a luta pelas mudanças sociais ainda se mantém, seja na versão do populismo latino-americano, seja no projeto de alguns partidos que pregam um socialismo moderado em diversos países europeus. Há, ainda, também na Europa, países que praticam um capitalismo sensato, em que a diferença de renda é compensada com a prestação, pelo Estado, de serviços eficientes no campo da saúde e da educação, sobretudo. Em países como o nosso, esses serviços são muito mais precários não só porque os recursos são insuficientes, mas porque o número de pessoas carentes é muito maior. Na América Latina surgiram alguns governos populistas que tentaram explorar politicamente essa desigualdade, implantando programas que excluíam a possibilidade real de colocá-los em prática. A consequência disso foi o agravamento da situação econômica geral e a estagnação do crescimento, que resultou no fracasso desse populismo nos países que tentaram implantá-lo. Então, volto à tese que já expus aqui: uma coisa é romper com a lógica do discurso poético; outra coisa, muito diversa, é romper com a lógica do processo social. Dá em Venezuela, por exemplo.
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Opas emite novo alerta sobre zika com aumento de casos de síndrome rara
A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), vinculada à Organização Mundial de Saúde, emitiu um novo alerta aos seus Estados-membros devido ao aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome rara que gera fraqueza muscular e pode levar à paralisia. No comunicado, divulgado nesta segunda-feira (18), a organização orienta os países a reforçarem a vigilância para detecção e confirmação de casos de infecção pelo vírus zika. Hoje, 18 países têm casos autóctones (transmitidos no local) de infecção pelo zika, segundo boletim atualizado da Opas: Brasil, Barbados, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, São Martinho, Suriname e Venezuela. Destes, 14 tiveram casos locais detectados nos últimos três meses, o que evidencia a expansão do vírus. Recentemente, autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram que o país registra casos importados (contraídos em outros países) de infecção pelo vírus. Entenda Guillain-Barré O comunicado da organização também cita estudos que apontam a relação entre os casos recentes da síndrome de Guillain-Barré e infecções anteriores pelo vírus zika. No Brasil, análise de amostras de sete pacientes de Pernambuco com a síndrome confirmaram a infecção por zika. Outro estudo, feito na Bahia, mostrou que, de 42 pacientes atendidos, 26 relataram sintomas anteriores do vírus, como febre baixa, manchas vermelhas no corpo e coceira. Segundo a Opas, outros países da região também já começam a investigar um aumento de casos de Guillain-Barré. O aumento é observado desde dezembro em El Salvador, quando houve 46 casos, incluindo duas mortes. Antes, o país registrava uma média de apenas 14 casos da síndrome por mês. Outra evidência vêm da Polinésia Francesa, um dos primeiros países a registrar uma epidemia de zika. Lá, 74 pacientes apresentaram síndromes neurológicas ou autoimunes após terem sintomas compatíveis com o zika. Destes, 42 foram classificados como Guillain-Barré. Para a Opas, os achados "são consistentes com uma ligação temporal e espacial entre a circulação do vírus zika e o aumento de Síndrome de Guillain Barré". "Embora a patogênese (surgimento e evolução da doença) e fatores de risco associados ainda não tenham sido bem estabelecidos, é importante que os Estados-Membros implementem sistemas de vigilância para detectar aumentos incomuns em casos e preparar os serviços de saúde para o atendimento de pacientes com problemas neurológicos", informa. ALERTA NA SAÚDE A partir desses dados, a Opas recomenda que os países preparem os serviços de saúde para responderem a um aumento na demanda por atendimento especializado em casos como da síndrome de Guillain-Barré. A organização sugere ainda que sejam incluídos na vigilância possíveis casos de outras doenças neurológicas, como síndrome de Fischer, encefalites e meningoencefalites, entre outras. "Embora na região das Américas essas síndromes não tenham sido relatadas até o momento, serviços e profissionais de saúde devem estar alertas para suas possíveis ocorrências", diz o comunicado. Países também devem fortalecer a oferta de consultas durante o pré-natal diante do risco de complicações ao bebê, como a microcefalia, além de continuarem a realizar ações para reduzir a presença do mosquito transmissor do vírus zika. A organização recomenda que os países aumentem a vigilância de casos de microcefalia e outras anomalias congênitas (transmitidas de mãe para filho). A organização recomenda ainda que bebês com a condição sejam avaliados por equipes médicas qualificadas "para verificar o alcance dos danos neurológicos, assim como detectar outras anomalias possíveis".
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Opas emite novo alerta sobre zika com aumento de casos de síndrome raraA Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), vinculada à Organização Mundial de Saúde, emitiu um novo alerta aos seus Estados-membros devido ao aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome rara que gera fraqueza muscular e pode levar à paralisia. No comunicado, divulgado nesta segunda-feira (18), a organização orienta os países a reforçarem a vigilância para detecção e confirmação de casos de infecção pelo vírus zika. Hoje, 18 países têm casos autóctones (transmitidos no local) de infecção pelo zika, segundo boletim atualizado da Opas: Brasil, Barbados, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, São Martinho, Suriname e Venezuela. Destes, 14 tiveram casos locais detectados nos últimos três meses, o que evidencia a expansão do vírus. Recentemente, autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram que o país registra casos importados (contraídos em outros países) de infecção pelo vírus. Entenda Guillain-Barré O comunicado da organização também cita estudos que apontam a relação entre os casos recentes da síndrome de Guillain-Barré e infecções anteriores pelo vírus zika. No Brasil, análise de amostras de sete pacientes de Pernambuco com a síndrome confirmaram a infecção por zika. Outro estudo, feito na Bahia, mostrou que, de 42 pacientes atendidos, 26 relataram sintomas anteriores do vírus, como febre baixa, manchas vermelhas no corpo e coceira. Segundo a Opas, outros países da região também já começam a investigar um aumento de casos de Guillain-Barré. O aumento é observado desde dezembro em El Salvador, quando houve 46 casos, incluindo duas mortes. Antes, o país registrava uma média de apenas 14 casos da síndrome por mês. Outra evidência vêm da Polinésia Francesa, um dos primeiros países a registrar uma epidemia de zika. Lá, 74 pacientes apresentaram síndromes neurológicas ou autoimunes após terem sintomas compatíveis com o zika. Destes, 42 foram classificados como Guillain-Barré. Para a Opas, os achados "são consistentes com uma ligação temporal e espacial entre a circulação do vírus zika e o aumento de Síndrome de Guillain Barré". "Embora a patogênese (surgimento e evolução da doença) e fatores de risco associados ainda não tenham sido bem estabelecidos, é importante que os Estados-Membros implementem sistemas de vigilância para detectar aumentos incomuns em casos e preparar os serviços de saúde para o atendimento de pacientes com problemas neurológicos", informa. ALERTA NA SAÚDE A partir desses dados, a Opas recomenda que os países preparem os serviços de saúde para responderem a um aumento na demanda por atendimento especializado em casos como da síndrome de Guillain-Barré. A organização sugere ainda que sejam incluídos na vigilância possíveis casos de outras doenças neurológicas, como síndrome de Fischer, encefalites e meningoencefalites, entre outras. "Embora na região das Américas essas síndromes não tenham sido relatadas até o momento, serviços e profissionais de saúde devem estar alertas para suas possíveis ocorrências", diz o comunicado. Países também devem fortalecer a oferta de consultas durante o pré-natal diante do risco de complicações ao bebê, como a microcefalia, além de continuarem a realizar ações para reduzir a presença do mosquito transmissor do vírus zika. A organização recomenda que os países aumentem a vigilância de casos de microcefalia e outras anomalias congênitas (transmitidas de mãe para filho). A organização recomenda ainda que bebês com a condição sejam avaliados por equipes médicas qualificadas "para verificar o alcance dos danos neurológicos, assim como detectar outras anomalias possíveis".
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Como o bilionário Donald Trump perdeu US$ 800 milhões em um ano
"Parte da minha beleza é que sou muito rico", disse Donald Trump certa vez. Mas de acordo com a revista americana de economia e negócios "Forbes", o bilionário está bem mais pobre do que há um ano. Trump teria perdido US$ 800 milhões (R$ 2,6 bilhões) desde o ano passado e agora teria uma fortuna de "apenas" US$ 3,7 bilhões (R$ 12 bilhões). Segundo a "Forbes", a sangria de dinheiro se deve especialmente à desvalorização imobiliária em Nova York. O candidato republicano à Presidência dos EUA nas eleições de novembro —autor de um livro chamado "Toque de Midas"— tem pregado em discursos de campanha a "necessidade de os americanos terem um negociador" na Casa Branca. "Eu tenho uma imensa renda. É hora de o país ser governado por alguém que tem uma vaga ideia de como lidar com dinheiro", afirmou Trump durante o debate presidencial] no último dia 26. COMO TRUMP PERDEU TANTO DINHEIRO? A "Forbes", que há 30 anos analisa a fortuna de Trump e de outras das figuras mais ricas do mundo, atribui o prejuízo do bilionário principalmente à queda dos preços de imóveis em Nova York. A revista levantou informações sobre 28 edifícios de Trump e descobriu que 18 depreciaram, incluindo a Trump Tower, o icônico prédio de apartamentos de luxo na Quinta Avenida. Mas sete imóveis dele, incluindo um em San Francisco, aumentaram de valor. QUANTO REALMENTE VALE TRUMP? Essa é a grande questão. Quando Trump entregou sua declaração de bens à Comissão Eleitoral, no início do ano, seus assessores disseram que ele tinha mais de US$ 10 bilhões (R$ 32 bilhões). Mas a "Forbes" diz que ele vale US$ 3,7 bilhões, a agência de notícias Bloomberg o avalia em US$ 3 bilhões e a revista "Fortune" diz que Trump acumula US$ 3,9 bilhões. Um motivo para essa discrepância é que Trump conta o valor de sua "marca", que ele mesmo estima em US$ 3,3 bilhões. O empresário já foi acusado de exagerar sua renda ao somar a ela a receita de seus negócios. A DECLARAÇÃO DE RENDA PODE SOLUCIONAR MISTÉRIO? Trump, ao contrário de sua rival na corrida pela Casa Branca, a democrata Hillary Clinton, se recusou a tornar pública sua declaração de renda. Isso alimentou a especulação de que sua conta bancária talvez não seja tão grande quanto ele diz, ou mesmo que o empresário esteja pagando menos imposto do que deveria. No debate, Hillary insinuou que a declaração de renda poderia revelar "algo importante, ou mesmo terrível, que ele esteja tentando esconder". Neste domingo (2), o jornal "The New York Times" publicou uma reportagem afirmando que o republicano pode ter ficado sem pagar impostos federais legalmente por 18 anos, depois de ter declarado um prejuízo de US$ 915 milhões (quase R$ 3 bilhões) em sua declaração de 1995. A informação, segundo o jornal, teria vindo de documentos enviados pelo empresário à Receita americana. A campanha de Trump disse que os documentos foram obtidos de forma "ilegal", mas que provavam a esperteza do empresário no campo dos negócios. TRUMP ESTÁ FINANCIANDO A PRÓPRIA CAMPANHA? Em meio à confusão sobre o quão rico ele é, Trump se vangloria de financiar sua campanha à Presidência sem precisar se amarrar aos interesses políticos dos seus doadores —ao contrario de seus rivais. Mas a verdade é um pouco diferente. Ele já investiu US$ 50 milhões (R$ 162 milhões) de seu próprio dinheiro até agora, mas recuperou parte disso graças, por exemplo, ao expediente de colocar seu escritório de campanha na Trump Tower e cobrar aluguel. Por outro lado, declarações polêmicas sobre imigrantes mexicanos, em especial a promessa de construir um muro na fronteira entre os EUA e o México para coibir a imigração ilegal, já lhe custaram US$ 100 milhões (R$ 324 milhões), segundo a "Forbes". O cálculo diz respeito a compromissos cancelados com empresas como as redes de TV NBC e Univisión, além das lojas de departamento Macy's, entre outros.
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Como o bilionário Donald Trump perdeu US$ 800 milhões em um ano"Parte da minha beleza é que sou muito rico", disse Donald Trump certa vez. Mas de acordo com a revista americana de economia e negócios "Forbes", o bilionário está bem mais pobre do que há um ano. Trump teria perdido US$ 800 milhões (R$ 2,6 bilhões) desde o ano passado e agora teria uma fortuna de "apenas" US$ 3,7 bilhões (R$ 12 bilhões). Segundo a "Forbes", a sangria de dinheiro se deve especialmente à desvalorização imobiliária em Nova York. O candidato republicano à Presidência dos EUA nas eleições de novembro —autor de um livro chamado "Toque de Midas"— tem pregado em discursos de campanha a "necessidade de os americanos terem um negociador" na Casa Branca. "Eu tenho uma imensa renda. É hora de o país ser governado por alguém que tem uma vaga ideia de como lidar com dinheiro", afirmou Trump durante o debate presidencial] no último dia 26. COMO TRUMP PERDEU TANTO DINHEIRO? A "Forbes", que há 30 anos analisa a fortuna de Trump e de outras das figuras mais ricas do mundo, atribui o prejuízo do bilionário principalmente à queda dos preços de imóveis em Nova York. A revista levantou informações sobre 28 edifícios de Trump e descobriu que 18 depreciaram, incluindo a Trump Tower, o icônico prédio de apartamentos de luxo na Quinta Avenida. Mas sete imóveis dele, incluindo um em San Francisco, aumentaram de valor. QUANTO REALMENTE VALE TRUMP? Essa é a grande questão. Quando Trump entregou sua declaração de bens à Comissão Eleitoral, no início do ano, seus assessores disseram que ele tinha mais de US$ 10 bilhões (R$ 32 bilhões). Mas a "Forbes" diz que ele vale US$ 3,7 bilhões, a agência de notícias Bloomberg o avalia em US$ 3 bilhões e a revista "Fortune" diz que Trump acumula US$ 3,9 bilhões. Um motivo para essa discrepância é que Trump conta o valor de sua "marca", que ele mesmo estima em US$ 3,3 bilhões. O empresário já foi acusado de exagerar sua renda ao somar a ela a receita de seus negócios. A DECLARAÇÃO DE RENDA PODE SOLUCIONAR MISTÉRIO? Trump, ao contrário de sua rival na corrida pela Casa Branca, a democrata Hillary Clinton, se recusou a tornar pública sua declaração de renda. Isso alimentou a especulação de que sua conta bancária talvez não seja tão grande quanto ele diz, ou mesmo que o empresário esteja pagando menos imposto do que deveria. No debate, Hillary insinuou que a declaração de renda poderia revelar "algo importante, ou mesmo terrível, que ele esteja tentando esconder". Neste domingo (2), o jornal "The New York Times" publicou uma reportagem afirmando que o republicano pode ter ficado sem pagar impostos federais legalmente por 18 anos, depois de ter declarado um prejuízo de US$ 915 milhões (quase R$ 3 bilhões) em sua declaração de 1995. A informação, segundo o jornal, teria vindo de documentos enviados pelo empresário à Receita americana. A campanha de Trump disse que os documentos foram obtidos de forma "ilegal", mas que provavam a esperteza do empresário no campo dos negócios. TRUMP ESTÁ FINANCIANDO A PRÓPRIA CAMPANHA? Em meio à confusão sobre o quão rico ele é, Trump se vangloria de financiar sua campanha à Presidência sem precisar se amarrar aos interesses políticos dos seus doadores —ao contrario de seus rivais. Mas a verdade é um pouco diferente. Ele já investiu US$ 50 milhões (R$ 162 milhões) de seu próprio dinheiro até agora, mas recuperou parte disso graças, por exemplo, ao expediente de colocar seu escritório de campanha na Trump Tower e cobrar aluguel. Por outro lado, declarações polêmicas sobre imigrantes mexicanos, em especial a promessa de construir um muro na fronteira entre os EUA e o México para coibir a imigração ilegal, já lhe custaram US$ 100 milhões (R$ 324 milhões), segundo a "Forbes". O cálculo diz respeito a compromissos cancelados com empresas como as redes de TV NBC e Univisión, além das lojas de departamento Macy's, entre outros.
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Com futuro indefinido para 2017, GP Brasil tem queda de público
Nem a despedida de Felipe Massa, brasileiro com mais pódios em Interlagos (cinco, com duas vitórias), foi suficiente para alavancar o público do GP Brasil de 2016. De acordo com a assessoria do evento, a etapa brasileira da F-1 recebeu 128,1 mil pessoas nos três dias (o público apenas de domingo não foi revelado), 8,3 mil pessoas a menos do que no ano passado. O público também é menor que o de 2014 (133,1 mil) ano em que Massa levou sua Williams ao pódio. Além de ser a última corrida de Massa no circuito paulistano na categoria, a prova ainda tinha o atrativo de poder colocar um ponto final na disputa do título, o que aconteceria em caso de vitória de Nico Rosberg. Com o triunfo de Lewis Hamilton, porém, a decisão ficará para a última etapa, dia 27 de novembro, em Abu Dhabi. O GP Brasil não está garantido para 2017. No calendário provisório já divulgado pela FIA, a etapa brasileira aparece com um asterisco e ainda depende de confirmação da organização. A prova em Interlagos perdeu patrocínios da Petrobras e da Shell e teve prejuízo neste ano. O próprio Felipe Massa manifestou sua preocupação com a chance de a tradicional etapa deixar o calendário. "Tenho certeza de que Bernie está colocando pressão, como ele sempre faz, com circuitos que estão com problemas. Sabemos como ele é. Mas o momento no Brasil é de crise. Espero que F-1 fique em São Paulo, mas com certeza temos risco de perdê-la", disse a jornalistas no sábado. Nesta semana, o atual prefeito Fernando Haddad também se encontrará com o prefeito eleito João Doria para discutir o futuro das reformas de Interlagos. Uma terceira etapa de reformas no paddock e nos boxes está prevista para começar, mas a obra depende dos planos de Doria, que falou durante sua campanha em privatizar o autódromo. vídeo Veja o vídeo 360º em dispositivos móveis.
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Com futuro indefinido para 2017, GP Brasil tem queda de públicoNem a despedida de Felipe Massa, brasileiro com mais pódios em Interlagos (cinco, com duas vitórias), foi suficiente para alavancar o público do GP Brasil de 2016. De acordo com a assessoria do evento, a etapa brasileira da F-1 recebeu 128,1 mil pessoas nos três dias (o público apenas de domingo não foi revelado), 8,3 mil pessoas a menos do que no ano passado. O público também é menor que o de 2014 (133,1 mil) ano em que Massa levou sua Williams ao pódio. Além de ser a última corrida de Massa no circuito paulistano na categoria, a prova ainda tinha o atrativo de poder colocar um ponto final na disputa do título, o que aconteceria em caso de vitória de Nico Rosberg. Com o triunfo de Lewis Hamilton, porém, a decisão ficará para a última etapa, dia 27 de novembro, em Abu Dhabi. O GP Brasil não está garantido para 2017. No calendário provisório já divulgado pela FIA, a etapa brasileira aparece com um asterisco e ainda depende de confirmação da organização. A prova em Interlagos perdeu patrocínios da Petrobras e da Shell e teve prejuízo neste ano. O próprio Felipe Massa manifestou sua preocupação com a chance de a tradicional etapa deixar o calendário. "Tenho certeza de que Bernie está colocando pressão, como ele sempre faz, com circuitos que estão com problemas. Sabemos como ele é. Mas o momento no Brasil é de crise. Espero que F-1 fique em São Paulo, mas com certeza temos risco de perdê-la", disse a jornalistas no sábado. Nesta semana, o atual prefeito Fernando Haddad também se encontrará com o prefeito eleito João Doria para discutir o futuro das reformas de Interlagos. Uma terceira etapa de reformas no paddock e nos boxes está prevista para começar, mas a obra depende dos planos de Doria, que falou durante sua campanha em privatizar o autódromo. vídeo Veja o vídeo 360º em dispositivos móveis.
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Cidades da Baixada Santista, em SP, formam 'cinturão tucano'
MARCELO TOLEDO DE RIBEIRÃO PRETO As eleições municipais transformaram as cidades da região metropolitana da Baixada Santista num "cinturão tucano" em São Paulo. Aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de seu vice, Marcio França (PSB), venceram a disputa em 8 das 9 cidades e partidos de sua base estão no segundo turno em outra. O PSDB elegeu prefeitos em 7 das 8 cidades em que a eleição já terminou. Na outra, a vitória foi de um candidato do PMDB. Embora já predominante, o total de eleitos que integram a base aliada de Alckmin vai aumentar, pois a disputa no Guarujá ocorre entre Valter Suman (PSB) e Haifa Madi (PPS). "Nosso presidente [do diretório paulista], Pedro Tobias, apoia um [PPS] e temos o PSB, que é um bom parceiro", afirmou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Além de Santos, maior cidade da Baixada e onde Barbosa, apadrinhado do governador, foi reeleito com 77% dos votos, o partido levou a melhor em Bertioga, Cubatão, Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande. Em São Vicente, onde o vencedor foi o peemedebista Pedro Gouvêa, PSDB e PSB integraram a coligação. Houve avanço em relação a 2012, quando o PSDB elegeu três prefeitos. "Houve a viabilização de projetos metropolitanos e a população soube reconhecer o esforço do Estado que, mesmo diante da crise, foi parceiro dos municípios da Baixada. Isso contribuiu muito para o desempenho", disse Barbosa, que obteve a terceira maior votação do Estado, proporcionalmente, nas cidades entre 200 mil e 500 mil habitantes. O prefeito de Santos afirmou que o "cinturão tucano" formado no litoral propiciará o surgimento de projetos como novo acesso ao porto, além de investimentos em saúde, como no Hospital dos Estivadores. Mas há, também, quem veja com preocupação uma hegemonia de tal porte, como Jorge Sanchez, conselheiro da Amarribo Brasil, organização fundada em Ribeirão Bonito (SP) que acompanha gastos públicos e foi responsável pela cassação de dois prefeitos. "Hegemonia nunca é bom. Isso ocorre como reflexo do mensalão e do petrolão. O PT ficou muito desgastado, assim como outros partidos, e viu os outros crescerem", afirmou. Segundo ele, será importante a atuação dos vereadores oposicionistas nas Câmaras, como forma de buscar equilíbrio. "Se os oposicionistas fiscalizarem o Executivo, cada um cumprindo sua função, será possível ter um equilíbrio, e a democracia será exercida de alguma forma."
poder
Cidades da Baixada Santista, em SP, formam 'cinturão tucano'MARCELO TOLEDO DE RIBEIRÃO PRETO As eleições municipais transformaram as cidades da região metropolitana da Baixada Santista num "cinturão tucano" em São Paulo. Aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de seu vice, Marcio França (PSB), venceram a disputa em 8 das 9 cidades e partidos de sua base estão no segundo turno em outra. O PSDB elegeu prefeitos em 7 das 8 cidades em que a eleição já terminou. Na outra, a vitória foi de um candidato do PMDB. Embora já predominante, o total de eleitos que integram a base aliada de Alckmin vai aumentar, pois a disputa no Guarujá ocorre entre Valter Suman (PSB) e Haifa Madi (PPS). "Nosso presidente [do diretório paulista], Pedro Tobias, apoia um [PPS] e temos o PSB, que é um bom parceiro", afirmou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Além de Santos, maior cidade da Baixada e onde Barbosa, apadrinhado do governador, foi reeleito com 77% dos votos, o partido levou a melhor em Bertioga, Cubatão, Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande. Em São Vicente, onde o vencedor foi o peemedebista Pedro Gouvêa, PSDB e PSB integraram a coligação. Houve avanço em relação a 2012, quando o PSDB elegeu três prefeitos. "Houve a viabilização de projetos metropolitanos e a população soube reconhecer o esforço do Estado que, mesmo diante da crise, foi parceiro dos municípios da Baixada. Isso contribuiu muito para o desempenho", disse Barbosa, que obteve a terceira maior votação do Estado, proporcionalmente, nas cidades entre 200 mil e 500 mil habitantes. O prefeito de Santos afirmou que o "cinturão tucano" formado no litoral propiciará o surgimento de projetos como novo acesso ao porto, além de investimentos em saúde, como no Hospital dos Estivadores. Mas há, também, quem veja com preocupação uma hegemonia de tal porte, como Jorge Sanchez, conselheiro da Amarribo Brasil, organização fundada em Ribeirão Bonito (SP) que acompanha gastos públicos e foi responsável pela cassação de dois prefeitos. "Hegemonia nunca é bom. Isso ocorre como reflexo do mensalão e do petrolão. O PT ficou muito desgastado, assim como outros partidos, e viu os outros crescerem", afirmou. Segundo ele, será importante a atuação dos vereadores oposicionistas nas Câmaras, como forma de buscar equilíbrio. "Se os oposicionistas fiscalizarem o Executivo, cada um cumprindo sua função, será possível ter um equilíbrio, e a democracia será exercida de alguma forma."
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Proposta que estabelece eleições diretas ganha respaldo na Câmara
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), marcou para a próxima terça-feira (23) a votação da admissibilidade da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece eleições diretas em caso de vacância do cargo de presidente em até seis meses do fim do mandato. O texto é uma proposta de mudança à Constituição, que atualmente diz que, em caso de queda do presidente tendo decorrido pelo menos dois anos do início do mandato original e na ausência do vice, o próximo ocupante deve ser escolhido por eleições indiretas, ou seja, pelo Parlamento. A PEC 227/2016 apresentada em junho do ano passado pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ainda não havia sido apreciada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. A proposta foi barrada pelo então presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), alçado depois a ministro da Justiça. "Ela preveniria e ajudaria a conter a crise, porque a maior crise que poderia acontecer no Brasil é nós elegermos no Congresso um presidente da República", disse o deputado Esperidião Amin (PP-SC), relator da proposta na CCJ. O parlamentar já adiantou como se manifestará no colegiado. "Ela previne a crise. Por isso o meu voto foi e será favorável e nunca para prejudicar alguém, mas para dar uma chance ao país", afirmou. Aprovada a admissibilidade da PEC na CCJ, o texto segue para uma comissão especial a ser instalada na Câmara. Se o parecer do colegiado for aprovado, vai para plenário, onde precisa ser aprovado por um mínimo de 308 votos em dois turnos. Depois disso, segue para o Senado, onde tem que ser aprovado por 49 votos também em dois turnos. "O que estamos fazendo agora é a retomada da PEC na pauta em razão de um apelo de vários deputados que entenderam que era o momento de pautá-la. Houve um consenso neste sentido que esta PEC fosse apreciada na próxima semana", disse Pacheco após encerrar a sessão desta quinta-feira (18) por falta de quórum. PRESSÃO Parlamentares contrários ao governo de Michel Temer se comprometeram a fazer pressão para que a proposta seja realmente pautada na semana que vem. A oposição disse que faria obstrução em todas as votações, exceto na da PEC. Nesta quinta-feira (18), a sessão solene convocada para homenagear defensores públicos tornou-se palco para a oposição criticar o presidente Michel Temer e cobrar a realização de eleições diretas. Correligionário de Temer, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MG), chegou a tentar encerrar a sessão, mas recuou. "Exigimos eleições diretas já. Exigimos democracia já. Só um presidente legitimamente eleito pelo voto popular terá as condições de tirar o Brasil deste lamaçal em que está mergulhado", afirmou em plenário o deputado Wadih Damous (PT-RJ).
poder
Proposta que estabelece eleições diretas ganha respaldo na CâmaraO presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), marcou para a próxima terça-feira (23) a votação da admissibilidade da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece eleições diretas em caso de vacância do cargo de presidente em até seis meses do fim do mandato. O texto é uma proposta de mudança à Constituição, que atualmente diz que, em caso de queda do presidente tendo decorrido pelo menos dois anos do início do mandato original e na ausência do vice, o próximo ocupante deve ser escolhido por eleições indiretas, ou seja, pelo Parlamento. A PEC 227/2016 apresentada em junho do ano passado pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ainda não havia sido apreciada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. A proposta foi barrada pelo então presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), alçado depois a ministro da Justiça. "Ela preveniria e ajudaria a conter a crise, porque a maior crise que poderia acontecer no Brasil é nós elegermos no Congresso um presidente da República", disse o deputado Esperidião Amin (PP-SC), relator da proposta na CCJ. O parlamentar já adiantou como se manifestará no colegiado. "Ela previne a crise. Por isso o meu voto foi e será favorável e nunca para prejudicar alguém, mas para dar uma chance ao país", afirmou. Aprovada a admissibilidade da PEC na CCJ, o texto segue para uma comissão especial a ser instalada na Câmara. Se o parecer do colegiado for aprovado, vai para plenário, onde precisa ser aprovado por um mínimo de 308 votos em dois turnos. Depois disso, segue para o Senado, onde tem que ser aprovado por 49 votos também em dois turnos. "O que estamos fazendo agora é a retomada da PEC na pauta em razão de um apelo de vários deputados que entenderam que era o momento de pautá-la. Houve um consenso neste sentido que esta PEC fosse apreciada na próxima semana", disse Pacheco após encerrar a sessão desta quinta-feira (18) por falta de quórum. PRESSÃO Parlamentares contrários ao governo de Michel Temer se comprometeram a fazer pressão para que a proposta seja realmente pautada na semana que vem. A oposição disse que faria obstrução em todas as votações, exceto na da PEC. Nesta quinta-feira (18), a sessão solene convocada para homenagear defensores públicos tornou-se palco para a oposição criticar o presidente Michel Temer e cobrar a realização de eleições diretas. Correligionário de Temer, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MG), chegou a tentar encerrar a sessão, mas recuou. "Exigimos eleições diretas já. Exigimos democracia já. Só um presidente legitimamente eleito pelo voto popular terá as condições de tirar o Brasil deste lamaçal em que está mergulhado", afirmou em plenário o deputado Wadih Damous (PT-RJ).
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Dorival prevê equilíbrio em duelo contra o São Paulo na Copa do Brasil
O técnico do Santos, Dorival Júnior, prevê dois jogos equilibrados no duelo contra o São Paulo pela semifinal da Copa do Brasil. O treinador, inclusive, afirmou que a vitória santista sobre o rival por 3 a 0, no último jogo entre as equipes, não condiz com o que foi a partida. O time da Vila Belmiro conseguiu a classificação para a próxima fase do torneio após vencer o Figueirense por 3 a 2, na quinta-feira (1), no Pacaembu. No primeiro jogo, a equipe havia vencido o rival por 1 a 0. Já o São Paulo eliminou o Vasco. "Aquela partida da Vila Belmiro foi muito bem disputada, o número de gols não condiz com aquilo que naturalmente aconteceu, pelo equilíbrio que tivemos. O Santos prevaleceu em determinado momento, mas hoje o São Paulo é mais compacto e equilibrado. Teremos dois grandes jogos e histórico inexiste nesse momento, são duas partidas com outra característica. O São Paulo é perigoso, está evoluindo na competição e com todas essas incertezas que falam, está praticamente dentro do G4, brigando por vaga como o Santos. Não vejo esse desequilíbrio todo, vejo equipes que chegam em situações semelhantes e totais condições de termos dois grandes jogos em uma competição muito disputada", analisou o treinador santista. Dorival também reclamou do comportamento da equipe no duelo contra o Figueirense. "Taticamente foi a partida mais espaçada que fizemos, a mais desgastante, que nos colocou em riscos com o adversário, muito diferente do que o Santos vinha jogando. O resultado nos deixa satisfeitos, é natural, mas o principal não foi executado. É importante dizer porque foi um momento que talvez, pelo resultado, não tenha chamado tanta atenção, mas precisamos melhorar muito para ter a arrancada que estamos pensando", completou. Semifinalista na Copa do Brasil, o Santos é o quinto colocado no Campeonato Brasileiro. A equipe soma 43 pontos, contra 45 do Palmeiras, quarto colocado. Santos 3 x 2 Figueirense
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Dorival prevê equilíbrio em duelo contra o São Paulo na Copa do BrasilO técnico do Santos, Dorival Júnior, prevê dois jogos equilibrados no duelo contra o São Paulo pela semifinal da Copa do Brasil. O treinador, inclusive, afirmou que a vitória santista sobre o rival por 3 a 0, no último jogo entre as equipes, não condiz com o que foi a partida. O time da Vila Belmiro conseguiu a classificação para a próxima fase do torneio após vencer o Figueirense por 3 a 2, na quinta-feira (1), no Pacaembu. No primeiro jogo, a equipe havia vencido o rival por 1 a 0. Já o São Paulo eliminou o Vasco. "Aquela partida da Vila Belmiro foi muito bem disputada, o número de gols não condiz com aquilo que naturalmente aconteceu, pelo equilíbrio que tivemos. O Santos prevaleceu em determinado momento, mas hoje o São Paulo é mais compacto e equilibrado. Teremos dois grandes jogos e histórico inexiste nesse momento, são duas partidas com outra característica. O São Paulo é perigoso, está evoluindo na competição e com todas essas incertezas que falam, está praticamente dentro do G4, brigando por vaga como o Santos. Não vejo esse desequilíbrio todo, vejo equipes que chegam em situações semelhantes e totais condições de termos dois grandes jogos em uma competição muito disputada", analisou o treinador santista. Dorival também reclamou do comportamento da equipe no duelo contra o Figueirense. "Taticamente foi a partida mais espaçada que fizemos, a mais desgastante, que nos colocou em riscos com o adversário, muito diferente do que o Santos vinha jogando. O resultado nos deixa satisfeitos, é natural, mas o principal não foi executado. É importante dizer porque foi um momento que talvez, pelo resultado, não tenha chamado tanta atenção, mas precisamos melhorar muito para ter a arrancada que estamos pensando", completou. Semifinalista na Copa do Brasil, o Santos é o quinto colocado no Campeonato Brasileiro. A equipe soma 43 pontos, contra 45 do Palmeiras, quarto colocado. Santos 3 x 2 Figueirense
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Nadal bate Dimitrov em quase 5 horas e volta a decidir Slam com Federer
O tão esperado duelo entre Rafael Nadal e Roger Federer na final do Aberto da Austrália é agora uma realidade. Nesta sexta-feira (27), o espanhol derrotou o búlgaro Grigor Dimitrov por 3 sets a 2 (6/3, 5/7, 7/6 [7/5], 6/7 [4/7] e 6-4) em duelo de quatro horas e cinquenta e seis minutos de duração, e avançou à final do torneio pela quarta vez em sua carreira. Federer e Nadal não faziam uma decisão de um Grand Slam desde junho de 2011, quando o espanhol conquistou o título ao vencer por 3 sets a 1. No total, já duelaram oito vezes em final de Majors, com seis títulos de Nadal. A final de domingo, às 6h30 (horário de Brasília) será a segunda entre os tenistas no Aberto da Austrália. O único encontro ocorreu em 2009, quando Nadal venceu o rival por 3 sets a 2 (7/5, 3/6, 7/6, 3/6 e 6/2) em partida de 4h23 de duração. Em toda a história, o clássico ocorreu em 34 oportunidades, com uma larga vantagem de Nadal. São 23 vitórias e apenas 11 derrotas. "Espero me recuperar bem. Para mim é privilégio poder jogar contra ele (Federer). É algo especial para nós dois ter a chance de competir um contra o outro depois de tanto tempo e problemas", disse Nadal se referindo ao problema que teve no punho e o fez encerrar antes a temporada de 2016 e a lesão no joelho de Federer que o afastou da quadra por seis meses. "No fim do ano ele esteve na abertura da minha academia em Mallorca e ele disse que deveríamos fazer uma partida de exibição. Nenhum dos dois imaginávamos que poderíamos estar aqui", completou. Com o revés nesta sexta-feira em Melbourne, Dimitrov perdeu a chance de chegar à final de um Grand Slam pela primeira vez na carreira. A outra vez que havia chegado a uma semifinal fora em Wimbledon-2014. O búlgaro, entretanto, pulará da 15ª para a 12ª posição do ranking mundial a ser divulgado na segunda-feira (30). Esta foi a sua primeira derrota em 11 partidas em 2017. Na primeira semana de janeiro, ele conquistou o ATP 250 de Brsibane (AUS) ao vencer cinco jogos e no Aberto da Austrália havia vencido outras cinco. Nadal, que começou o torneio na nona colocação, já garantiu pelo menos a subida para o sexto posto e poderá ir ao quarto. No domingo, fará a sua 21ª final de um Grand Slam. Até hoje tem 14 vitórias e seis derrotas. NADAL DOMINA O PRIMEIRO SET O espanhol não teve problemas contra Dimitrov no início da partida. Com uma tática agressiva e cinco de seis pontos ganhos nas subidas à rede e 18 de 20 nos quais encaixou o primeiro serviço, Nadal pressionou o rival e rapidamente conseguiu uma vitória por 6 a 3. A única quebra, que acabou sendo decisiva, veio no quarto game após o búlgaro errar um voleio relativamente fácil. Após um primeiro set bem rápido, o segundo foi longo, com pouco menos de uma hora e dez minutos de duração. E toda a emoção e tensão que faltava até então na partida, apareceu. A parcial foi marcada também por diversas quebras, sendo cinco no total, três a favor de Dimitrov e duas a favor de Nadal. A primeira vez que o espanhol foi quebrado foi quando sacava com 1/2 para ficar em desvantagem de 1/3. Neste quarto game, Nadal levou advertência do árbitro por extrapolar o tempo de 25 segundos para sacar e ficou irritado. Daniel Valverdu, técnico do búlgaro, estava controlando e tempo e já havia se queixado. O momento parecia estar virando para Dimitrov, mas o búlgaro se complicou sozinho. Quando sacava para fazer 5 a 2, fez uma dupla falta acertando a rede e acabou quebrado. Mas na sequência, Nadal devolveu a gentileza. O festival de quebras seguiu e Dimitrov teve tudo para fechar o set em 6 a 3 no seu saque, mas mais uma vez não soube aproveitar e permitiu que o adversário reagisse e ficasse com 4/5. E o décimo game foi dramático, com Nadal tendo de salvar quatro set points para deixar o placar em 5 a 5. O búlgaro, porém, não se abalou. Confirmou seu saque e na sequência a terceira quebra para deixar o jogo em 1 a 1. O quarto set foi o único sem nenhuma quebra de saque. Os dois tenistas foram tão bem em seus serviços que ao longo de 12 games não houve break point para qualquer um dos lados. Assim mais uma vez a parcial precisou ser decidida no tie-break. E diferentemente do que ocorreu no terceiro set, Dimitrov levou a melhor. Ele abriu 5 a 2 e mesmo desperdiçando um set point quando sacou em 6 a 3, teve frieza para na sequência fechar em 6 a 4. Ele serviu com força na direita de Nadal, que viu a devolução flutuar e parar na rede. DIMITROV NÃO SE ENTREGA O quinto set foi uma batalha que parecia que seria interminável. O equilíbrio no placar perdurou até o nono game. Mas aí Rafael Nadal elevou o nível e passou a jogar como não havia feito até então na partida. O espanhol colocou muita pressão no búlgaro e obteve uma quebra que se provaria decisiva. Mas não foi fácil para Nadal fechar a partida e garantir a vaga na decisão. Antes de ver Dimitrov mandar uma bola para fora e poder comemorar, desperdiçou dois match points.
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Nadal bate Dimitrov em quase 5 horas e volta a decidir Slam com FedererO tão esperado duelo entre Rafael Nadal e Roger Federer na final do Aberto da Austrália é agora uma realidade. Nesta sexta-feira (27), o espanhol derrotou o búlgaro Grigor Dimitrov por 3 sets a 2 (6/3, 5/7, 7/6 [7/5], 6/7 [4/7] e 6-4) em duelo de quatro horas e cinquenta e seis minutos de duração, e avançou à final do torneio pela quarta vez em sua carreira. Federer e Nadal não faziam uma decisão de um Grand Slam desde junho de 2011, quando o espanhol conquistou o título ao vencer por 3 sets a 1. No total, já duelaram oito vezes em final de Majors, com seis títulos de Nadal. A final de domingo, às 6h30 (horário de Brasília) será a segunda entre os tenistas no Aberto da Austrália. O único encontro ocorreu em 2009, quando Nadal venceu o rival por 3 sets a 2 (7/5, 3/6, 7/6, 3/6 e 6/2) em partida de 4h23 de duração. Em toda a história, o clássico ocorreu em 34 oportunidades, com uma larga vantagem de Nadal. São 23 vitórias e apenas 11 derrotas. "Espero me recuperar bem. Para mim é privilégio poder jogar contra ele (Federer). É algo especial para nós dois ter a chance de competir um contra o outro depois de tanto tempo e problemas", disse Nadal se referindo ao problema que teve no punho e o fez encerrar antes a temporada de 2016 e a lesão no joelho de Federer que o afastou da quadra por seis meses. "No fim do ano ele esteve na abertura da minha academia em Mallorca e ele disse que deveríamos fazer uma partida de exibição. Nenhum dos dois imaginávamos que poderíamos estar aqui", completou. Com o revés nesta sexta-feira em Melbourne, Dimitrov perdeu a chance de chegar à final de um Grand Slam pela primeira vez na carreira. A outra vez que havia chegado a uma semifinal fora em Wimbledon-2014. O búlgaro, entretanto, pulará da 15ª para a 12ª posição do ranking mundial a ser divulgado na segunda-feira (30). Esta foi a sua primeira derrota em 11 partidas em 2017. Na primeira semana de janeiro, ele conquistou o ATP 250 de Brsibane (AUS) ao vencer cinco jogos e no Aberto da Austrália havia vencido outras cinco. Nadal, que começou o torneio na nona colocação, já garantiu pelo menos a subida para o sexto posto e poderá ir ao quarto. No domingo, fará a sua 21ª final de um Grand Slam. Até hoje tem 14 vitórias e seis derrotas. NADAL DOMINA O PRIMEIRO SET O espanhol não teve problemas contra Dimitrov no início da partida. Com uma tática agressiva e cinco de seis pontos ganhos nas subidas à rede e 18 de 20 nos quais encaixou o primeiro serviço, Nadal pressionou o rival e rapidamente conseguiu uma vitória por 6 a 3. A única quebra, que acabou sendo decisiva, veio no quarto game após o búlgaro errar um voleio relativamente fácil. Após um primeiro set bem rápido, o segundo foi longo, com pouco menos de uma hora e dez minutos de duração. E toda a emoção e tensão que faltava até então na partida, apareceu. A parcial foi marcada também por diversas quebras, sendo cinco no total, três a favor de Dimitrov e duas a favor de Nadal. A primeira vez que o espanhol foi quebrado foi quando sacava com 1/2 para ficar em desvantagem de 1/3. Neste quarto game, Nadal levou advertência do árbitro por extrapolar o tempo de 25 segundos para sacar e ficou irritado. Daniel Valverdu, técnico do búlgaro, estava controlando e tempo e já havia se queixado. O momento parecia estar virando para Dimitrov, mas o búlgaro se complicou sozinho. Quando sacava para fazer 5 a 2, fez uma dupla falta acertando a rede e acabou quebrado. Mas na sequência, Nadal devolveu a gentileza. O festival de quebras seguiu e Dimitrov teve tudo para fechar o set em 6 a 3 no seu saque, mas mais uma vez não soube aproveitar e permitiu que o adversário reagisse e ficasse com 4/5. E o décimo game foi dramático, com Nadal tendo de salvar quatro set points para deixar o placar em 5 a 5. O búlgaro, porém, não se abalou. Confirmou seu saque e na sequência a terceira quebra para deixar o jogo em 1 a 1. O quarto set foi o único sem nenhuma quebra de saque. Os dois tenistas foram tão bem em seus serviços que ao longo de 12 games não houve break point para qualquer um dos lados. Assim mais uma vez a parcial precisou ser decidida no tie-break. E diferentemente do que ocorreu no terceiro set, Dimitrov levou a melhor. Ele abriu 5 a 2 e mesmo desperdiçando um set point quando sacou em 6 a 3, teve frieza para na sequência fechar em 6 a 4. Ele serviu com força na direita de Nadal, que viu a devolução flutuar e parar na rede. DIMITROV NÃO SE ENTREGA O quinto set foi uma batalha que parecia que seria interminável. O equilíbrio no placar perdurou até o nono game. Mas aí Rafael Nadal elevou o nível e passou a jogar como não havia feito até então na partida. O espanhol colocou muita pressão no búlgaro e obteve uma quebra que se provaria decisiva. Mas não foi fácil para Nadal fechar a partida e garantir a vaga na decisão. Antes de ver Dimitrov mandar uma bola para fora e poder comemorar, desperdiçou dois match points.
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Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
Assinantes da Sky, a segunda maior operadora de TV paga do país, estão desde a noite deste domingo (5) sem poder assistir aos canais Fox. O motivo é que não houve acordo para a renovação do contrato após meses de negociação. Assim, uma vez que o contrato anterior acabou, a Fox deixou a Sky. Em nota, a emissora pediu desculpas aos telespectadores e explicou que os valores oferecidos pela Sky para o novo vínculo estavam abaixo dos praticados pelo mercado. "A Fox informa aos seus fãs que, após vários meses de negociação para manter a distribuição de seus atuais canais na plataforma da Sky, não conseguiu, infelizmente, chegar a um acordo", disse o texto do comunicado. "As condições comerciais e de distribuição oferecidas pela Sky estão abaixo dos valores de mercado e do valor e relevância do conteúdo que o público elege e desfruta", acrescentou. "A Fox pede desculpas aos seus fãs por esta situação e garante que sempre estará aberta ao diálogo e fará o máximo para que os fãs tenham acesso aos seus shows favoritos", completou. Procurada pela reportagem, a Sky preferiu não se manifestar. Entre os canais que a Fox opera no Brasil estão a própria Fox, FX, National Geographic, Nat Geo Wild, Fox Life, Fox Sports e Fox Sports 2. Pela internet, os primeiros a reclamarem do corte do sinal foi os fãs de programação esportiva, uma vez que o Fox Sports estava passando um jogo da Juventus, uma das principais equipes do campeonato italiano, quando a programação foi cortada. Seguidores da série "The Walking Dead", cujos novos episódios vão ao ar neste domingo (12), também começaram a reclamar.
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Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora SkyAssinantes da Sky, a segunda maior operadora de TV paga do país, estão desde a noite deste domingo (5) sem poder assistir aos canais Fox. O motivo é que não houve acordo para a renovação do contrato após meses de negociação. Assim, uma vez que o contrato anterior acabou, a Fox deixou a Sky. Em nota, a emissora pediu desculpas aos telespectadores e explicou que os valores oferecidos pela Sky para o novo vínculo estavam abaixo dos praticados pelo mercado. "A Fox informa aos seus fãs que, após vários meses de negociação para manter a distribuição de seus atuais canais na plataforma da Sky, não conseguiu, infelizmente, chegar a um acordo", disse o texto do comunicado. "As condições comerciais e de distribuição oferecidas pela Sky estão abaixo dos valores de mercado e do valor e relevância do conteúdo que o público elege e desfruta", acrescentou. "A Fox pede desculpas aos seus fãs por esta situação e garante que sempre estará aberta ao diálogo e fará o máximo para que os fãs tenham acesso aos seus shows favoritos", completou. Procurada pela reportagem, a Sky preferiu não se manifestar. Entre os canais que a Fox opera no Brasil estão a própria Fox, FX, National Geographic, Nat Geo Wild, Fox Life, Fox Sports e Fox Sports 2. Pela internet, os primeiros a reclamarem do corte do sinal foi os fãs de programação esportiva, uma vez que o Fox Sports estava passando um jogo da Juventus, uma das principais equipes do campeonato italiano, quando a programação foi cortada. Seguidores da série "The Walking Dead", cujos novos episódios vão ao ar neste domingo (12), também começaram a reclamar.
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Socuerro! Ceni leva de quatro!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E a estreia do Rogério Senil como técnico do São Paulo! Estreia oficial porque técnico ele já era há muito tempo! Técnico, goleiro, atacante, batedor de pênalti, bilheteiro e massagista! Olha, primeiro que não pode perder. Segundo que não perder de quatro e muito menos de um time chamado Audax! Audax do Bofe! Rarará! Ceni leva de quatro e grita Audax do bofe! Rarará! E Audax é o time do Eike? Rarará! E o tuiteiro Gabriel Carlotto explica que foro privilegiado é a terceira pessoa do verbo ir. Exemplo: "Eles foro privilegiado!" Rarará! Foro mesmo! E o Moreira Franco tem o desaforo privilegiado. Eu acho um desaforo o foro do Moreira Franco! Temer cria o desaforo privilegiado! Aliás, sabe o que o Frankstemer falou pro Michelzinho? "Tome sua sopa antes que coagule". Rarará! E o Temer e esse Moreira Franco: está ficando tudo muito macabro. O Temer com aquela cara de vampiro com um gato angorá no colo! Socorro! Rarará! Eu como amante de gatos repudio o apelido do Moreira Franco de gato angorá! E atenção! Piadas Prontas! "Preso sai da DP do Piauí para prestar concurso para PM". Tudo certo! Tá tudo misturado mesmo! O japonês da federal não ia prender gente com tornozeleira eletrônica? "Operação Calicute: Marinha descobre embarcações de Cabral". Depois de 500 anos? Caravela? Não! Localizaram um jet boat e uma moto aquática. Cabral descobriu o Brasil com uma caravela e o Sérgio Cabral destruiu o Rio com um jet boat! Rarará! E sabe o que o Pedro Álvares gritou quando avistou o Brasil? "Propina à vista". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Olha o Carnaval! Musa da Gaviões da Fiel: Sabrina RABBANE! E pela foto, ela faz jus ao nome! Que Rabbane! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Socuerro! Ceni leva de quatro!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E a estreia do Rogério Senil como técnico do São Paulo! Estreia oficial porque técnico ele já era há muito tempo! Técnico, goleiro, atacante, batedor de pênalti, bilheteiro e massagista! Olha, primeiro que não pode perder. Segundo que não perder de quatro e muito menos de um time chamado Audax! Audax do Bofe! Rarará! Ceni leva de quatro e grita Audax do bofe! Rarará! E Audax é o time do Eike? Rarará! E o tuiteiro Gabriel Carlotto explica que foro privilegiado é a terceira pessoa do verbo ir. Exemplo: "Eles foro privilegiado!" Rarará! Foro mesmo! E o Moreira Franco tem o desaforo privilegiado. Eu acho um desaforo o foro do Moreira Franco! Temer cria o desaforo privilegiado! Aliás, sabe o que o Frankstemer falou pro Michelzinho? "Tome sua sopa antes que coagule". Rarará! E o Temer e esse Moreira Franco: está ficando tudo muito macabro. O Temer com aquela cara de vampiro com um gato angorá no colo! Socorro! Rarará! Eu como amante de gatos repudio o apelido do Moreira Franco de gato angorá! E atenção! Piadas Prontas! "Preso sai da DP do Piauí para prestar concurso para PM". Tudo certo! Tá tudo misturado mesmo! O japonês da federal não ia prender gente com tornozeleira eletrônica? "Operação Calicute: Marinha descobre embarcações de Cabral". Depois de 500 anos? Caravela? Não! Localizaram um jet boat e uma moto aquática. Cabral descobriu o Brasil com uma caravela e o Sérgio Cabral destruiu o Rio com um jet boat! Rarará! E sabe o que o Pedro Álvares gritou quando avistou o Brasil? "Propina à vista". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Olha o Carnaval! Musa da Gaviões da Fiel: Sabrina RABBANE! E pela foto, ela faz jus ao nome! Que Rabbane! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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A complexidade moral do brasileiro
Ver na imprensa a cobertura de manifestações pró-aborto pode dar a impressão de que a sociedade brasileira é majoritariamente contrária aos congressistas que querem aumentar as restrições atuais à interrupção artificial da gravidez. Embora barulhenta, a militância não representa o sentimento da opinião pública, bem ao contrário. Uma pesquisa destinada a medir os valores morais dos brasileiros constatou que a repulsa ao aborto é líder absoluta entre os comportamentos condenados (com nota 8,31), mais que o dobro do segundo colocado (bater em uma mulher, com 3,8) e do terceiro lugar (não prestar socorro a vítimas de acidente, 3,18). Os que costumam atribuir ao brasileiro uma índole coerente com os mandamentos da Igreja Católica vão achar alguma comprovação no índice elevado de condenação a blasfêmia ("falar mal ou reclamar de Deus", 2,47) e ao mesmo tempo se surpreender com o alto índice de aceitação do divórcio (nota 0,08), do homossexualismo (0,17) ou do adultério (0,47). A pesquisa "Moral e Ética: Quais os Valores que Norteiam os Brasileiros?" é coordenada pelo sociólogo Rodrigo Toni, que foi diretor geral do instituto Ipsos no Brasil e na Ásia até fundar o Flyfrog, que se dedica a pesquisas de mercado com uso de tecnologias de ponta. O levantamento usou a internet para acessar os entrevistados e fez ponderação da população conforme o Censo de 2010 para distribuição regional, por renda e idade. Para expressão de apoio ou condenação a comportamentos que são tema de debates na sociedade, o levantamento excluiu os crimes indiscutidos (como assassinato e roubo) e submeteu aos entrevistados grupos de frases entre as quais deveriam apontar as mais graves. A técnica, denominada "Max Diff", permite produzir rankings de repulsa ou aceitação em grandes conjuntos de itens de qualquer natureza. O resultado é uma tabela em que a nota 1 expressa equilíbrio; acima de 1, recusa; abaixo, aceitação. A equipe de Toni submeteu aos entrevistados, em sistema de rodízio, 34 atitudes como: furar fila; pagar propina para evitar multa; comprar produtos importados sem pagar imposto; comprar mercadoria sabidamente roubada; consumir álcool e dirigir; maltratar animais; ter relações homossexuais; usar drogas; trair namorado(a) ou cônjuge; fazer aborto; separar ou divorciar etc. O sociólogo atribui a campanhas de conscientização pública a alta rejeição à agressão a mulheres (Lei Maria da Penha), à homofobia ou ao racismo. E atribui à influência religiosa o fato de a blasfêmia (2,47) ser considerada mais grave do que xingar ou maltratar alguém por orientação sexual, raça ou etnia (1,7). Ele chama atenção também para o fato de que comportamentos condenados em homens públicos (como a corrupção dos grandes escândalos que ocupam o noticiário) sejam aceitos quando ocorrem no âmbito pessoal, como se vê pelas notas abaixo de 1 para aceitar propina (0,86), votar em político corrupto (0,86), pagar um guarda para evitar uma multa (0,6) ou transferir pontos da carteira de motorista (0,19). "Nossa sociedade precisa avançar muito em noções de cidadania, respeito a leis", diz Rodrigo Toni. O levantamento reforça a visão de que o Congresso expressa o pensamento do brasileiro. Inclusive pela facilidade com que avançam as restrições às formas permitidas de aborto.
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A complexidade moral do brasileiroVer na imprensa a cobertura de manifestações pró-aborto pode dar a impressão de que a sociedade brasileira é majoritariamente contrária aos congressistas que querem aumentar as restrições atuais à interrupção artificial da gravidez. Embora barulhenta, a militância não representa o sentimento da opinião pública, bem ao contrário. Uma pesquisa destinada a medir os valores morais dos brasileiros constatou que a repulsa ao aborto é líder absoluta entre os comportamentos condenados (com nota 8,31), mais que o dobro do segundo colocado (bater em uma mulher, com 3,8) e do terceiro lugar (não prestar socorro a vítimas de acidente, 3,18). Os que costumam atribuir ao brasileiro uma índole coerente com os mandamentos da Igreja Católica vão achar alguma comprovação no índice elevado de condenação a blasfêmia ("falar mal ou reclamar de Deus", 2,47) e ao mesmo tempo se surpreender com o alto índice de aceitação do divórcio (nota 0,08), do homossexualismo (0,17) ou do adultério (0,47). A pesquisa "Moral e Ética: Quais os Valores que Norteiam os Brasileiros?" é coordenada pelo sociólogo Rodrigo Toni, que foi diretor geral do instituto Ipsos no Brasil e na Ásia até fundar o Flyfrog, que se dedica a pesquisas de mercado com uso de tecnologias de ponta. O levantamento usou a internet para acessar os entrevistados e fez ponderação da população conforme o Censo de 2010 para distribuição regional, por renda e idade. Para expressão de apoio ou condenação a comportamentos que são tema de debates na sociedade, o levantamento excluiu os crimes indiscutidos (como assassinato e roubo) e submeteu aos entrevistados grupos de frases entre as quais deveriam apontar as mais graves. A técnica, denominada "Max Diff", permite produzir rankings de repulsa ou aceitação em grandes conjuntos de itens de qualquer natureza. O resultado é uma tabela em que a nota 1 expressa equilíbrio; acima de 1, recusa; abaixo, aceitação. A equipe de Toni submeteu aos entrevistados, em sistema de rodízio, 34 atitudes como: furar fila; pagar propina para evitar multa; comprar produtos importados sem pagar imposto; comprar mercadoria sabidamente roubada; consumir álcool e dirigir; maltratar animais; ter relações homossexuais; usar drogas; trair namorado(a) ou cônjuge; fazer aborto; separar ou divorciar etc. O sociólogo atribui a campanhas de conscientização pública a alta rejeição à agressão a mulheres (Lei Maria da Penha), à homofobia ou ao racismo. E atribui à influência religiosa o fato de a blasfêmia (2,47) ser considerada mais grave do que xingar ou maltratar alguém por orientação sexual, raça ou etnia (1,7). Ele chama atenção também para o fato de que comportamentos condenados em homens públicos (como a corrupção dos grandes escândalos que ocupam o noticiário) sejam aceitos quando ocorrem no âmbito pessoal, como se vê pelas notas abaixo de 1 para aceitar propina (0,86), votar em político corrupto (0,86), pagar um guarda para evitar uma multa (0,6) ou transferir pontos da carteira de motorista (0,19). "Nossa sociedade precisa avançar muito em noções de cidadania, respeito a leis", diz Rodrigo Toni. O levantamento reforça a visão de que o Congresso expressa o pensamento do brasileiro. Inclusive pela facilidade com que avançam as restrições às formas permitidas de aborto.
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Ações asiáticas sobem com G20, mas Bolsas chinesas caem na semana
As Bolsa chinesas subiram nesta sexta-feira (26) com os mercados tendo um alívio depois da forte queda na sessão anterior, enquanto os investidores esperam por mensagens dos líderes chineses e globais reunidos em Xangai para a reunião do G20. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,95%. Ambos caíram mais de 6% na quinta-feira. Os dois índices acumularam queda de mais de 3% nesta semana. No restante da região, as ações seguiram a mesma trajetória de alta, na esteira da reunião do G20, com os líderes dando declarações tranquilizadoras, mas com poucos estímulos de política econômica realmente a caminho. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subiu 1,05%. FECHAMENTO Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,30%, para 16.188 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,52%, para 19.364 pontos. Em Xangai, o índice SSEC ganhou 0,95%, para 2.767 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1%, para 2.948 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 0,08%, para 1.920 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,54%, para 8.411 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times valorizou-se 1,77%, para 2.649 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,02%, para 4.879 pontos. EUROPA As ações europeias ampliavam a alta da sessão anterior para uma máxima de três semanas nesta sexta-feira, com as mineradoras mais fortes diante de preços mais altos dos metais e com dados corporativos encorajadores sustentando o mercado. Às 7h55 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha alta de 1,68%, para 1.306 pontos, depois de tocar mais cedo os 1.308 pontos, seu maior nível desde o começo de fevereiro. Entretanto, o banco estatal Royal Bank of Scotland despencava 8,15%, após divulgar seu oitavo prejuízo anual seguido, de 1.97 bilhões de libras (US$ 2,75 bilhões) ainda pressionado por custos de reestruturação e litígio. Analistas do Jefferies chamaram os resultados do RBS de "decepcionantes." As mineradoras lideravam as altas, com o índice de matérias-primas STXX Europe 600 Basic Resources subindo 3,6%, seguindo os fortes ganhos nos preços dos principais metais industriais, como do cobre e do alumínio. Em Londres, o índice FTSE-100 avançava 1,19%, para 6.084 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subia 2,21%, para 9.538 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhava 2,02%, para 4.334 pontos. Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha valorização de 1,94%, para 17.437 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrava alta de 1,65%, para 8.351 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 valorizava-se 1,29%, para 4.722 pontos.
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Ações asiáticas sobem com G20, mas Bolsas chinesas caem na semanaAs Bolsa chinesas subiram nesta sexta-feira (26) com os mercados tendo um alívio depois da forte queda na sessão anterior, enquanto os investidores esperam por mensagens dos líderes chineses e globais reunidos em Xangai para a reunião do G20. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,95%. Ambos caíram mais de 6% na quinta-feira. Os dois índices acumularam queda de mais de 3% nesta semana. No restante da região, as ações seguiram a mesma trajetória de alta, na esteira da reunião do G20, com os líderes dando declarações tranquilizadoras, mas com poucos estímulos de política econômica realmente a caminho. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, subiu 1,05%. FECHAMENTO Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,30%, para 16.188 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,52%, para 19.364 pontos. Em Xangai, o índice SSEC ganhou 0,95%, para 2.767 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1%, para 2.948 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 0,08%, para 1.920 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,54%, para 8.411 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times valorizou-se 1,77%, para 2.649 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,02%, para 4.879 pontos. EUROPA As ações europeias ampliavam a alta da sessão anterior para uma máxima de três semanas nesta sexta-feira, com as mineradoras mais fortes diante de preços mais altos dos metais e com dados corporativos encorajadores sustentando o mercado. Às 7h55 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha alta de 1,68%, para 1.306 pontos, depois de tocar mais cedo os 1.308 pontos, seu maior nível desde o começo de fevereiro. Entretanto, o banco estatal Royal Bank of Scotland despencava 8,15%, após divulgar seu oitavo prejuízo anual seguido, de 1.97 bilhões de libras (US$ 2,75 bilhões) ainda pressionado por custos de reestruturação e litígio. Analistas do Jefferies chamaram os resultados do RBS de "decepcionantes." As mineradoras lideravam as altas, com o índice de matérias-primas STXX Europe 600 Basic Resources subindo 3,6%, seguindo os fortes ganhos nos preços dos principais metais industriais, como do cobre e do alumínio. Em Londres, o índice FTSE-100 avançava 1,19%, para 6.084 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subia 2,21%, para 9.538 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhava 2,02%, para 4.334 pontos. Em Milão, o índice FTSE/MIB tinha valorização de 1,94%, para 17.437 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrava alta de 1,65%, para 8.351 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 valorizava-se 1,29%, para 4.722 pontos.
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Hackers ameaçam apagar dados de 300 milhões de contas da Apple, diz site
Um grupo de hackers chamado Turkish Crime Family (família turca do crime) está extorquindo a Apple, ameaçando apagar dados do iCloud e de e-mails de seus usuários, segundo o site "Motherboard". Os hackers pedem US$ 75 mil em bitcoins ou Ethereum, duas criptomoedas usadas na rede, ou US$ 100 mil em cartões de presente para uso no iTunes. O prazo de pagamento do resgate é até 7 de abril, segundo o texto do "Motherboard". "Eu apenas quero meu dinheiro e achei que essa era uma notícia que muitos usuários da Apple iriam gostar de ler", disse um dos hackers ao site. O "Motherboard" afirma ter tido acesso a imagens de trocas de mensagens entre membros do grupo hacker e profissionais da equipe de segurança da Apple. O site também teria acessado uma conta de e-mail usada por hacker para se comunicar com profissionais da companhia. Em uma das mensagens, o grupo alega ter acesso a mais de 300 milhões de contas, incluindo as terminadas em @icloud e @me. Os hackers colocaram no ar um vídeo em que acessam contas da Apple, supostamente roubadas de usuários. Nele, demonstram facilidade para apagar arquivos remotamente. O "Motherboard" afirma também ter visto cópias de imagens com mensagens atribuídas a profissionais da Apple pedindo a retirada do vídeo do ar e afirmando que não recompensam criminosos que violam a lei. Também comunicariam as ameaças às autoridades competentes. A Apple informou à Folha que não vai comentar o assunto.
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Hackers ameaçam apagar dados de 300 milhões de contas da Apple, diz siteUm grupo de hackers chamado Turkish Crime Family (família turca do crime) está extorquindo a Apple, ameaçando apagar dados do iCloud e de e-mails de seus usuários, segundo o site "Motherboard". Os hackers pedem US$ 75 mil em bitcoins ou Ethereum, duas criptomoedas usadas na rede, ou US$ 100 mil em cartões de presente para uso no iTunes. O prazo de pagamento do resgate é até 7 de abril, segundo o texto do "Motherboard". "Eu apenas quero meu dinheiro e achei que essa era uma notícia que muitos usuários da Apple iriam gostar de ler", disse um dos hackers ao site. O "Motherboard" afirma ter tido acesso a imagens de trocas de mensagens entre membros do grupo hacker e profissionais da equipe de segurança da Apple. O site também teria acessado uma conta de e-mail usada por hacker para se comunicar com profissionais da companhia. Em uma das mensagens, o grupo alega ter acesso a mais de 300 milhões de contas, incluindo as terminadas em @icloud e @me. Os hackers colocaram no ar um vídeo em que acessam contas da Apple, supostamente roubadas de usuários. Nele, demonstram facilidade para apagar arquivos remotamente. O "Motherboard" afirma também ter visto cópias de imagens com mensagens atribuídas a profissionais da Apple pedindo a retirada do vídeo do ar e afirmando que não recompensam criminosos que violam a lei. Também comunicariam as ameaças às autoridades competentes. A Apple informou à Folha que não vai comentar o assunto.
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Governo amplia para R$ 9.000 limite de renda do Minha Casa, Minha Vida
O governo federal anunciou nesta segunda-feira (6) o aumento do limite de renda para participação do programa Minha Casa, Minha Vida e a meta de contratação de 610 mil unidades habitacionais em 2017. As mudanças no Minha Casa foram antecipadas pela Folha em janeiro. O presidente Michel Temer participou do evento, no Palácio do Planalto, que contou com uma plateia repleta de representantes do setor de construção civil. O limite de renda mensal para participação no programa foi ampliado. Na faixa 1,5, o teto passa de R$ 2.350 para R$ 2.600. Na faixa 2, o limite sobe de R$ 3.600 para R$ 4.000. Na faixa 3, que contempla financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o teto aumenta de R$ 6.500 para R$ 9.000. "Esse mecanismo amplia a quantidade de pessoas que terão acesso e atinge a classe média com o programa Minha Casa, Minha Vida", afirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Sobre a informação de que o governo avalia elevar o valor máximo para financiamento de imóvel com recursos do FGTS, Oliveira afirmou que o assunto será avaliado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Na semana passada, a Folha revelou que a proposta em estudo prevê que o teto, hoje, em R$ 950 mil, vá para R$ 1,5 milhão. O ministro destacou que medida amplia em R$ 8,5 bilhões o volume de recursos de financiamento e subsídios destinados à habitação. O montante passa de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9 bilhões. A maior parte dos subsídios, de R$ 1,2 bilhão, será do FGTS, segundo Oliveira. A União responde por R$ 200 milhões em subsídios. O argumento do governo é que a proposta irá aumentar o emprego no setor de construção, além de facilitar o acesso do brasileiro à casa própria. A meta de contratações envolve todas as faixas: 170 mil para a faixa 1; 40 mil para a faixa 1,5; e 400 mil para as faixas 2 e 3. As mudanças já foram aprovadas pelo Conselho Curador e começam a valer após a publicação de uma resolução. SAQUE DO FGTS O governo garante que a medida de estímulo aos financiamentos e a possibilidade de saque do FGTS, prevista para março, não atrapalham as contas do fundo. "Não tomaríamos medida que ensejasse desequilíbrios entre ativos e passivos do FGTS", afirmou Dyogo Oliveira. O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse que as medidas são seguras. "O pagamento de contas inativas, a distribuição dos dividendos e todo esse movimento feito com a ação de agora, tudo isso foi estudado por todas as equipes e é feito de maneira muito segura." * COMO FICA O MINHA CASA Teto de renda mensal Faixa 1,5 sobe de R$ 2.350 para R$ 2.600 Faixa 2 sobe de R$ 3.600 para R$ 4.000 Faixa 3 sobre de R$ 6.500 para R$ 9.000.
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Governo amplia para R$ 9.000 limite de renda do Minha Casa, Minha VidaO governo federal anunciou nesta segunda-feira (6) o aumento do limite de renda para participação do programa Minha Casa, Minha Vida e a meta de contratação de 610 mil unidades habitacionais em 2017. As mudanças no Minha Casa foram antecipadas pela Folha em janeiro. O presidente Michel Temer participou do evento, no Palácio do Planalto, que contou com uma plateia repleta de representantes do setor de construção civil. O limite de renda mensal para participação no programa foi ampliado. Na faixa 1,5, o teto passa de R$ 2.350 para R$ 2.600. Na faixa 2, o limite sobe de R$ 3.600 para R$ 4.000. Na faixa 3, que contempla financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o teto aumenta de R$ 6.500 para R$ 9.000. "Esse mecanismo amplia a quantidade de pessoas que terão acesso e atinge a classe média com o programa Minha Casa, Minha Vida", afirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Sobre a informação de que o governo avalia elevar o valor máximo para financiamento de imóvel com recursos do FGTS, Oliveira afirmou que o assunto será avaliado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Na semana passada, a Folha revelou que a proposta em estudo prevê que o teto, hoje, em R$ 950 mil, vá para R$ 1,5 milhão. O ministro destacou que medida amplia em R$ 8,5 bilhões o volume de recursos de financiamento e subsídios destinados à habitação. O montante passa de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9 bilhões. A maior parte dos subsídios, de R$ 1,2 bilhão, será do FGTS, segundo Oliveira. A União responde por R$ 200 milhões em subsídios. O argumento do governo é que a proposta irá aumentar o emprego no setor de construção, além de facilitar o acesso do brasileiro à casa própria. A meta de contratações envolve todas as faixas: 170 mil para a faixa 1; 40 mil para a faixa 1,5; e 400 mil para as faixas 2 e 3. As mudanças já foram aprovadas pelo Conselho Curador e começam a valer após a publicação de uma resolução. SAQUE DO FGTS O governo garante que a medida de estímulo aos financiamentos e a possibilidade de saque do FGTS, prevista para março, não atrapalham as contas do fundo. "Não tomaríamos medida que ensejasse desequilíbrios entre ativos e passivos do FGTS", afirmou Dyogo Oliveira. O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse que as medidas são seguras. "O pagamento de contas inativas, a distribuição dos dividendos e todo esse movimento feito com a ação de agora, tudo isso foi estudado por todas as equipes e é feito de maneira muito segura." * COMO FICA O MINHA CASA Teto de renda mensal Faixa 1,5 sobe de R$ 2.350 para R$ 2.600 Faixa 2 sobe de R$ 3.600 para R$ 4.000 Faixa 3 sobre de R$ 6.500 para R$ 9.000.
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A foto
SÃO PAULO - A imagem de Aylan Kurdi jazendo morto numa praia turca colocou o debate sobre a imigração num novo patamar. De repente, a dor das centenas de milhares de refugiados encontrou concretude numa foto e se transformou numa indignação mundial que, embora difusa, encerra poder mobilizador. De algum modo, a morte do menino imprimiu o necessário tom de urgência às intermináveis discussões entre autoridades europeias. O curioso aqui é que, a rigor, o triste caso dos Kurdi não agrega nenhuma informação nova. Não era preciso que Aylan morresse para que descobríssemos que conflitos civis e desgraças econômicas variadas vêm levando grandes contingentes de pessoas a desistir de seus países e tentar uma vida melhor na Europa. Os óbices criados pelo velho continente para recebê-los fazem com se arrisquem em travessias perigosas que já custaram a vida a milhares. Não obstante, foi só depois que a foto circulou pela internet que o drama dos refugiados ganhou saliência e o clima de fato mudou. Por quê? Aparentemente, humanos somos mais facilmente motivados por estímulos sensoriais e lembranças, que falam diretamente aos centros emocionais do cérebro, do que por cálculos objetivos e raciocínios abstratos. E aqui, no que não deixa de ser uma perversa ironia, vale observar que o mesmo viés de saliência que agora nos impele a pressionar as autoridades está também na base de nossa rejeição a imigrantes. É que temos grande facilidade para visualizar todos os problemas gerados pelo choque cultural e por algumas rivalidades reais ou imaginárias, mas não conseguimos enxergar o enorme benefício econômico resultante da incorporação de mais mão de obra, que se dá através de mecanismos um pouco mais sutis. Nada contra as emoções, mas a humanidade ganharia se aprimorasse a capacidade de enxergar também o que não está diante de seu nariz.
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A fotoSÃO PAULO - A imagem de Aylan Kurdi jazendo morto numa praia turca colocou o debate sobre a imigração num novo patamar. De repente, a dor das centenas de milhares de refugiados encontrou concretude numa foto e se transformou numa indignação mundial que, embora difusa, encerra poder mobilizador. De algum modo, a morte do menino imprimiu o necessário tom de urgência às intermináveis discussões entre autoridades europeias. O curioso aqui é que, a rigor, o triste caso dos Kurdi não agrega nenhuma informação nova. Não era preciso que Aylan morresse para que descobríssemos que conflitos civis e desgraças econômicas variadas vêm levando grandes contingentes de pessoas a desistir de seus países e tentar uma vida melhor na Europa. Os óbices criados pelo velho continente para recebê-los fazem com se arrisquem em travessias perigosas que já custaram a vida a milhares. Não obstante, foi só depois que a foto circulou pela internet que o drama dos refugiados ganhou saliência e o clima de fato mudou. Por quê? Aparentemente, humanos somos mais facilmente motivados por estímulos sensoriais e lembranças, que falam diretamente aos centros emocionais do cérebro, do que por cálculos objetivos e raciocínios abstratos. E aqui, no que não deixa de ser uma perversa ironia, vale observar que o mesmo viés de saliência que agora nos impele a pressionar as autoridades está também na base de nossa rejeição a imigrantes. É que temos grande facilidade para visualizar todos os problemas gerados pelo choque cultural e por algumas rivalidades reais ou imaginárias, mas não conseguimos enxergar o enorme benefício econômico resultante da incorporação de mais mão de obra, que se dá através de mecanismos um pouco mais sutis. Nada contra as emoções, mas a humanidade ganharia se aprimorasse a capacidade de enxergar também o que não está diante de seu nariz.
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Grêmio estreia na Libertadores com derrota no México
Mesmo jogando com um homem a mais durante quase uma hora, o Grêmio teve uma estreia desastrosa na Copa Libertadores ao perder nesta quarta-feira (17) por 2 a 0 para o Toluca, no México, com dois gols do atacante argentino Enrique Triverio. O "carrasco" do time gaúcho abriu o placar de cabeça no primeiro minuto do segundo tempo e ampliou de pênalti aos 31 minutos. "A equipe não se entregou, e graças a Deus os gols saíram e conseguimos a vitória. É sempre bom vencer em casa, mas vamos somar pontos fora também", disse Triverio. O Grêmio foi dominado do início ao fim, inclusive quando jogou a 11 contra 10, depois da expulsão de Velasco, aos 36 da primeira etapa, por conta de uma briga com Douglas, que só levou amarelo. O jogo foi disputado a 2.600 m acima do nível do mar, o que deve ter pesado fisicamente, assim como o desgaste com a longa viagem rumo ao México, mas o que causou mesmo a derrota tricolor foi uma sucessão de erros. O time viveu um verdadeiro pesadelo na bola aérea, principal arma do time mexicano, e poderia ter levado uma goleada se Marcelo Grohe não tivesse feito grandes defesas. Na segunda rodada do grupo 6, no dia 2 de março, o time gaúcho recebe a LDU, do Equador, que estreia na semana que vem, contra o San Lorenzo, campeão da Libertadores em 2014. CONFUSÃO NO MÉXICO Empurrado pela torcida, o Toluca partiu para cima e levou perigo inúmeras vezes pelo lado direito, com Esquível e Triverio infernizando a vida de Marcelo Oliveira. Sobrava espaço para cruzamentos perigosos para a área, e Geromel precisou se desdobrar para salvar o tricolor, tanto no alto quanto por baixo. Aos 10 minutos de jogo, o zagueiro entrou de carrinho para travar um chute de Triverio que tinha endereço certo. Triverio teve outras chances de finalizar, e só não abriu o placar mais cedo porque demorou a acertar a pontaria. Aos 17, o atacante chegou com muito perigo num contra-ataque rápido, e chutou sem direção O Grêmio passou sufoco no início, mas foi melhorando aos poucos e chegou pela primeira vez aos 18, com uma bomba de Everton que passou por cima da meta do gol de Talavera. A primeira chance real foi aos 27, novamente com Everton, que recebeu ótimo passe de Douglas na esquerda da área e chutou cruzado, tirando tinta da trave. O time gaúcho voltou a ameaçar aos 33, com um chutaço de fora da área de Maicon que quicou no gramado antes de parar no goleiro, que tirou com a ponta dos dedos. O jogo vinha sendo disputado num clima relativamente tranquilo, mas o tempo fechou aos 35, quando Douglas se estranhou com Velasco depois de uma dividida ríspida. Os dois trocaram empurrões, e o árbitro resolveu expulsar o mexicano. Douglas se safou com apenas um cartão amarelo. Apesar da inferioridade numérica, o Toluca voltou a ameaçar a meta de Grohe no final da primeira etapa, e Ortiz quase marcou de cabeça, exigindo boa defesa do goleiro gremista. GROHE EVITA GOLEADA O time mexicano voltou com tudo depois do intervalo, e abriu o placar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Rodríguez cruzou da esquerda e achou Triverio, que cabeceou com estilo, no contrapé de Grohe. Mesmo com um jogador a mais em campo, o Grêmio continuou passando um tremendo sufoco. Grohe evitou o segundo gol aos 9, ao se esticar todo para defender um chute de Cueva, e aos 11, quando venceu o duelo cara a cara com Ortíz. Aos 13, foi a vez de Fred salvar o tricolor, ao afastar uma bola antes da finalização de Triverio. O bombardeio mexicano continuou, e o segundo gol saiu aos 31, após Triverio cavar um pênalti depois de um leve contato com Geromel, que chegou por trás, mas praticamente não tocou no atacante. O argentino não deixou passar a oportunidade de ampliar o marcador, e soltou um canudo no meio do gol. Totalmente perdido em campo, o Grêmio até teve uma chance de diminuir nos acréscimos, mas o goleiro Talavera fez grande defesa num chute de longa distância de Everton. Os comandados de Roger Machado precisam mostrar outra cara nas próximas partidas se quiserem sair da chave, que muitos apontam como o 'grupo da morte'.
esporte
Grêmio estreia na Libertadores com derrota no MéxicoMesmo jogando com um homem a mais durante quase uma hora, o Grêmio teve uma estreia desastrosa na Copa Libertadores ao perder nesta quarta-feira (17) por 2 a 0 para o Toluca, no México, com dois gols do atacante argentino Enrique Triverio. O "carrasco" do time gaúcho abriu o placar de cabeça no primeiro minuto do segundo tempo e ampliou de pênalti aos 31 minutos. "A equipe não se entregou, e graças a Deus os gols saíram e conseguimos a vitória. É sempre bom vencer em casa, mas vamos somar pontos fora também", disse Triverio. O Grêmio foi dominado do início ao fim, inclusive quando jogou a 11 contra 10, depois da expulsão de Velasco, aos 36 da primeira etapa, por conta de uma briga com Douglas, que só levou amarelo. O jogo foi disputado a 2.600 m acima do nível do mar, o que deve ter pesado fisicamente, assim como o desgaste com a longa viagem rumo ao México, mas o que causou mesmo a derrota tricolor foi uma sucessão de erros. O time viveu um verdadeiro pesadelo na bola aérea, principal arma do time mexicano, e poderia ter levado uma goleada se Marcelo Grohe não tivesse feito grandes defesas. Na segunda rodada do grupo 6, no dia 2 de março, o time gaúcho recebe a LDU, do Equador, que estreia na semana que vem, contra o San Lorenzo, campeão da Libertadores em 2014. CONFUSÃO NO MÉXICO Empurrado pela torcida, o Toluca partiu para cima e levou perigo inúmeras vezes pelo lado direito, com Esquível e Triverio infernizando a vida de Marcelo Oliveira. Sobrava espaço para cruzamentos perigosos para a área, e Geromel precisou se desdobrar para salvar o tricolor, tanto no alto quanto por baixo. Aos 10 minutos de jogo, o zagueiro entrou de carrinho para travar um chute de Triverio que tinha endereço certo. Triverio teve outras chances de finalizar, e só não abriu o placar mais cedo porque demorou a acertar a pontaria. Aos 17, o atacante chegou com muito perigo num contra-ataque rápido, e chutou sem direção O Grêmio passou sufoco no início, mas foi melhorando aos poucos e chegou pela primeira vez aos 18, com uma bomba de Everton que passou por cima da meta do gol de Talavera. A primeira chance real foi aos 27, novamente com Everton, que recebeu ótimo passe de Douglas na esquerda da área e chutou cruzado, tirando tinta da trave. O time gaúcho voltou a ameaçar aos 33, com um chutaço de fora da área de Maicon que quicou no gramado antes de parar no goleiro, que tirou com a ponta dos dedos. O jogo vinha sendo disputado num clima relativamente tranquilo, mas o tempo fechou aos 35, quando Douglas se estranhou com Velasco depois de uma dividida ríspida. Os dois trocaram empurrões, e o árbitro resolveu expulsar o mexicano. Douglas se safou com apenas um cartão amarelo. Apesar da inferioridade numérica, o Toluca voltou a ameaçar a meta de Grohe no final da primeira etapa, e Ortiz quase marcou de cabeça, exigindo boa defesa do goleiro gremista. GROHE EVITA GOLEADA O time mexicano voltou com tudo depois do intervalo, e abriu o placar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Rodríguez cruzou da esquerda e achou Triverio, que cabeceou com estilo, no contrapé de Grohe. Mesmo com um jogador a mais em campo, o Grêmio continuou passando um tremendo sufoco. Grohe evitou o segundo gol aos 9, ao se esticar todo para defender um chute de Cueva, e aos 11, quando venceu o duelo cara a cara com Ortíz. Aos 13, foi a vez de Fred salvar o tricolor, ao afastar uma bola antes da finalização de Triverio. O bombardeio mexicano continuou, e o segundo gol saiu aos 31, após Triverio cavar um pênalti depois de um leve contato com Geromel, que chegou por trás, mas praticamente não tocou no atacante. O argentino não deixou passar a oportunidade de ampliar o marcador, e soltou um canudo no meio do gol. Totalmente perdido em campo, o Grêmio até teve uma chance de diminuir nos acréscimos, mas o goleiro Talavera fez grande defesa num chute de longa distância de Everton. Os comandados de Roger Machado precisam mostrar outra cara nas próximas partidas se quiserem sair da chave, que muitos apontam como o 'grupo da morte'.
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Apple adquire Mapsense, empresa de análise de informações e mapeamento
A Apple adquiriu uma grande companhia de análise de "big data" que permitirá que ela analise uma imensa massa de informações de localização e mapeamento fornecida por smartphones, carros conectados e outros aparelhos com acesso à Internet. A Mapsense foi criada dois anos atrás em San Francisco por um engenheiro da Palantir, empresa pioneira de análise de dados que se tornou uma das mais valiosas companhias de capital fechado do Vale do Silício. "A Apple adquire empresas de tecnologia de menor porte, ocasionalmente, e em geral não discutimos nossos propósitos ou planos", afirmou a Apple em comunicado que confirmava a transação, reportada inicialmente pelo site de notícias tecnológicas Recode. Uma pessoa próxima ao acordo disse que a Apple pagou cerca de US$ 25 milhões pela empresa de 12 funcionários. A Apple realizou uma sucessão de aquisições nos últimos anos a fim de melhorar o desempenho de seu app de mapas, entre as quais a da HopStop, fornecedora de informações sobre serviços de transporte público que provavelmente contribuiu para a inclusão de um sistema de navegação de trânsito no iOS 9, lançado esta semana. A Apple também está reforçando suas capacidades de análise de dados - em 2013, ela pagou cerca de US$ 200 milhões pela Topsy, outra companhia de "big data" cujo foco era a mídia social. Mas as potenciais aplicações da tecnologia geoespacial em nuvem da Mapsense são muito mais amplas que uma simples melhora nos mapas da Apple. O sistema poderia, por exemplo, processar em tempo real massas enormes de dados gerados por milhares de aparelhos móveis, a fim de ajudar na navegação automotiva. Ao longo dos últimos meses, a Apple criou uma equipe secreta de pesquisa dedicada à tecnologia automotiva, com o objetivo de desenvolver um carro elétrico, disseram pessoas informadas sobre os planos da empresa. Como Google, Tesla e Uber, seus vizinhos no Vale do Silício, a Apple pode ter ambições de criar um carro autoguiado. Perguntado pelo entrevistador Stephen Colbert sobre seus planos automotivos, na noite de terça-feira, Tim Cook, o presidente-executivo da empresa, disse que "consideramos muitas coisas, ao longo do caminho, e decidimos concentrar nossas energias em algumas delas". O Google contratou John Krafcic, veterano do setor automobilístico que comandou as operações da Hyundai nos Estados Unidos, para chefiar seu projeto de carro autoguiado, em um momento no qual a empresa vem sinalizando sua intenção de transformar o conceito em um negócio significativo. A Mapsense, cuja equipe inclui antigos funcionários da Apple e do Google, além de egressos da Palantir, obteve US$ 2,5 milhões em capital para empreendimentos de investidores como a General Catalyst, Formation8 e Redpoint Ventures. O fundador da companhia, Erez Cohen, declarou em entrevista que ela construiu um sofisticado "mapa básico" do planeta que inclui não só rios e estradas mas a forma e dimensões de todas as edificações dos Estados Unidos. Sua tecnologia de banco de dados vem sendo usada para mapear furacões, fraudes com cartões de crédito e a localização de ônibus. O sistema usa o que os materiais de marketing da empresa descrevem como "massas imensas de dados que podem ser obtidos de apps de smartphones e outros aparelhos conectados". Em vídeo explicando sua tecnologia veiculado online no ano passado, a Mapsense mostrou como podia usar dados de smartphones para plotar a localização exata de pessoas escrevendo sobre um festival de música no Twitter, do local, com detalhes tão nítidos que permitem visualizar a aglomeração de pessoas perto dos palcos, algo que não seria normalmente visível em um mapa. Outro vídeo empregava dados de serviços de carros como o Uber para mostrar as partes da cidade em que há pessoas solicitando carros, em tempo real. "Ao compreender a demanda dos passageiros, posso posicionar estrategicamente e rotear meus motoristas", afirmava o vídeo da Mapsense. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Apple adquire Mapsense, empresa de análise de informações e mapeamentoA Apple adquiriu uma grande companhia de análise de "big data" que permitirá que ela analise uma imensa massa de informações de localização e mapeamento fornecida por smartphones, carros conectados e outros aparelhos com acesso à Internet. A Mapsense foi criada dois anos atrás em San Francisco por um engenheiro da Palantir, empresa pioneira de análise de dados que se tornou uma das mais valiosas companhias de capital fechado do Vale do Silício. "A Apple adquire empresas de tecnologia de menor porte, ocasionalmente, e em geral não discutimos nossos propósitos ou planos", afirmou a Apple em comunicado que confirmava a transação, reportada inicialmente pelo site de notícias tecnológicas Recode. Uma pessoa próxima ao acordo disse que a Apple pagou cerca de US$ 25 milhões pela empresa de 12 funcionários. A Apple realizou uma sucessão de aquisições nos últimos anos a fim de melhorar o desempenho de seu app de mapas, entre as quais a da HopStop, fornecedora de informações sobre serviços de transporte público que provavelmente contribuiu para a inclusão de um sistema de navegação de trânsito no iOS 9, lançado esta semana. A Apple também está reforçando suas capacidades de análise de dados - em 2013, ela pagou cerca de US$ 200 milhões pela Topsy, outra companhia de "big data" cujo foco era a mídia social. Mas as potenciais aplicações da tecnologia geoespacial em nuvem da Mapsense são muito mais amplas que uma simples melhora nos mapas da Apple. O sistema poderia, por exemplo, processar em tempo real massas enormes de dados gerados por milhares de aparelhos móveis, a fim de ajudar na navegação automotiva. Ao longo dos últimos meses, a Apple criou uma equipe secreta de pesquisa dedicada à tecnologia automotiva, com o objetivo de desenvolver um carro elétrico, disseram pessoas informadas sobre os planos da empresa. Como Google, Tesla e Uber, seus vizinhos no Vale do Silício, a Apple pode ter ambições de criar um carro autoguiado. Perguntado pelo entrevistador Stephen Colbert sobre seus planos automotivos, na noite de terça-feira, Tim Cook, o presidente-executivo da empresa, disse que "consideramos muitas coisas, ao longo do caminho, e decidimos concentrar nossas energias em algumas delas". O Google contratou John Krafcic, veterano do setor automobilístico que comandou as operações da Hyundai nos Estados Unidos, para chefiar seu projeto de carro autoguiado, em um momento no qual a empresa vem sinalizando sua intenção de transformar o conceito em um negócio significativo. A Mapsense, cuja equipe inclui antigos funcionários da Apple e do Google, além de egressos da Palantir, obteve US$ 2,5 milhões em capital para empreendimentos de investidores como a General Catalyst, Formation8 e Redpoint Ventures. O fundador da companhia, Erez Cohen, declarou em entrevista que ela construiu um sofisticado "mapa básico" do planeta que inclui não só rios e estradas mas a forma e dimensões de todas as edificações dos Estados Unidos. Sua tecnologia de banco de dados vem sendo usada para mapear furacões, fraudes com cartões de crédito e a localização de ônibus. O sistema usa o que os materiais de marketing da empresa descrevem como "massas imensas de dados que podem ser obtidos de apps de smartphones e outros aparelhos conectados". Em vídeo explicando sua tecnologia veiculado online no ano passado, a Mapsense mostrou como podia usar dados de smartphones para plotar a localização exata de pessoas escrevendo sobre um festival de música no Twitter, do local, com detalhes tão nítidos que permitem visualizar a aglomeração de pessoas perto dos palcos, algo que não seria normalmente visível em um mapa. Outro vídeo empregava dados de serviços de carros como o Uber para mostrar as partes da cidade em que há pessoas solicitando carros, em tempo real. "Ao compreender a demanda dos passageiros, posso posicionar estrategicamente e rotear meus motoristas", afirmava o vídeo da Mapsense. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Governo anterior nunca apoiou a Lava Jato, diz ministro da Justiça
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff "jamais apoiou institucionalmente" a operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo desvios da Petrobras. A Lava Jato teve início em 2014, durante a gestão da presidente Dilma, e levou à prisão dirigentes do PT, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Petistas criticavam o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por não controlar a Polícia Federal na Lava Jato. Moraes deu as declarações ao comentar uma possível influência entre sua visita à força-tarefa de Curitiba e a operação desta quinta, que prendeu o ex-ministro petista Paulo Bernardo –a operação não foi deflagrada por Curitiba, mas por São Paulo. "Não há nenhuma relação da minha visita institucional, de apoio à Lava Jato, provavelmente seja isso que tenha deixado desconfortável essas pessoas, é que o governo anterior jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato, porque o governo anterior jamais apoiou o combate à corrupção", disse. E completou afirmando que a gestão do presidente interino Michel Temer (PMDB) "apoia totalmente o combate à corrupção, apoia totalmente a Operação Lava Jato, e não tem vergonha, como o governo anterior tinha, de dizer isso". Um dos integrantes da cúpula do governo, o agora ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), saiu do cargo após ser flagrado em conversas na qual sugeria um pacto para deter a Lava Jato. Temer também foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, sob acusação de ter pedido dinheiro de propina para a campanha de Gabriel Chalita, à época no PMDB, à Prefeitura de São Paulo. Temer nega ter feito o pedido. Já a presidente afastada Dilma foi alvo de um pedido de inquérito sob acusação de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato. Ainda não houve decisão pela abertura do inquérito. Dilma também nega as acusações.
poder
Governo anterior nunca apoiou a Lava Jato, diz ministro da JustiçaO ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff "jamais apoiou institucionalmente" a operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo desvios da Petrobras. A Lava Jato teve início em 2014, durante a gestão da presidente Dilma, e levou à prisão dirigentes do PT, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Petistas criticavam o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por não controlar a Polícia Federal na Lava Jato. Moraes deu as declarações ao comentar uma possível influência entre sua visita à força-tarefa de Curitiba e a operação desta quinta, que prendeu o ex-ministro petista Paulo Bernardo –a operação não foi deflagrada por Curitiba, mas por São Paulo. "Não há nenhuma relação da minha visita institucional, de apoio à Lava Jato, provavelmente seja isso que tenha deixado desconfortável essas pessoas, é que o governo anterior jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato, porque o governo anterior jamais apoiou o combate à corrupção", disse. E completou afirmando que a gestão do presidente interino Michel Temer (PMDB) "apoia totalmente o combate à corrupção, apoia totalmente a Operação Lava Jato, e não tem vergonha, como o governo anterior tinha, de dizer isso". Um dos integrantes da cúpula do governo, o agora ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), saiu do cargo após ser flagrado em conversas na qual sugeria um pacto para deter a Lava Jato. Temer também foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, sob acusação de ter pedido dinheiro de propina para a campanha de Gabriel Chalita, à época no PMDB, à Prefeitura de São Paulo. Temer nega ter feito o pedido. Já a presidente afastada Dilma foi alvo de um pedido de inquérito sob acusação de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato. Ainda não houve decisão pela abertura do inquérito. Dilma também nega as acusações.
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Como macacos, membros do Coldplay tocam pop na selva em novo clipe; veja
O Coldplay deixou a melancolia do disco "Ghost Stories" para trás e investe no pop com pegada disco no novo álbum, "A Head Full of Dreams", que acaba de ganhar seu primeiro videoclipe, da faixa "Adventure of a Lifetime". Sob a direção de Mat Whitecross, os músicos, liderados pelo vocalista Chris Martin, tomam a forma de macacos no novo vídeo. Ao desenterrar uma caixa de som, os primatas são contagiados pela música e passam a tocar instrumentos na selva. "A Head Full Of Dreams" é o sétimo disco de estúdio da banda britânica e será lançado na próxima sexta-feira (4). O registro conta com participações de Tove Lo, Beyoncé, Gwyneth Paltrow e Barack Obama (em trecho de "Amazing Grace"). Videoclipe de "Adventure of a Lifetime" Em dezembro de 2014, Martin revelou à BBC Radio 1 a possibilidade de esse ser o último álbum do grupo. ""Para nós, é como o último livro de 'Harry Potter' ou algo assim. Não que não possa haver outro algum dia, mas ele é o fim de algo." A banda vem ao Brasil para duas apresentações em 2016. A primeira parada é em São Paulo, no dia 7 de abril, no Allianz Parque. Em seguida, o grupo segue para o Rio de Janeiro, onde toca no Maracanã no dia 10 de abril.
ilustrada
Como macacos, membros do Coldplay tocam pop na selva em novo clipe; vejaO Coldplay deixou a melancolia do disco "Ghost Stories" para trás e investe no pop com pegada disco no novo álbum, "A Head Full of Dreams", que acaba de ganhar seu primeiro videoclipe, da faixa "Adventure of a Lifetime". Sob a direção de Mat Whitecross, os músicos, liderados pelo vocalista Chris Martin, tomam a forma de macacos no novo vídeo. Ao desenterrar uma caixa de som, os primatas são contagiados pela música e passam a tocar instrumentos na selva. "A Head Full Of Dreams" é o sétimo disco de estúdio da banda britânica e será lançado na próxima sexta-feira (4). O registro conta com participações de Tove Lo, Beyoncé, Gwyneth Paltrow e Barack Obama (em trecho de "Amazing Grace"). Videoclipe de "Adventure of a Lifetime" Em dezembro de 2014, Martin revelou à BBC Radio 1 a possibilidade de esse ser o último álbum do grupo. ""Para nós, é como o último livro de 'Harry Potter' ou algo assim. Não que não possa haver outro algum dia, mas ele é o fim de algo." A banda vem ao Brasil para duas apresentações em 2016. A primeira parada é em São Paulo, no dia 7 de abril, no Allianz Parque. Em seguida, o grupo segue para o Rio de Janeiro, onde toca no Maracanã no dia 10 de abril.
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Quem tem chances de liderar a Fifa? Futuro da entidade é tema de debate
Diante do maior escândalo da história do futebol mundial, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou nesta terça-feira que vai deixar o cargo, ocupado por ele há 17 anos, por não se sentir apoiado pelo mundo do futebol. Leia mais aqui
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Quem tem chances de liderar a Fifa? Futuro da entidade é tema de debateDiante do maior escândalo da história do futebol mundial, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou nesta terça-feira que vai deixar o cargo, ocupado por ele há 17 anos, por não se sentir apoiado pelo mundo do futebol. Leia mais aqui
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Com seca, capitais do Nordeste têm ameaça de racionamento de água
Com linha amarrada ao punho, José Fernando Pereira, 49, tenta fisgar algum peixe próximo da barragem Joanes 2, na Grande Salvador. As quatro comportas estão fechadas e apenas um fio d'água atravessa para o outro lado por meio de um cano. Próximo dali, Jeferson de Jesus, 28, mergulha com um arpão engatilhado. Não tem sido fácil, porém, pescar tilápias e tucunarés nas águas calmas da represa. O segundo maior reservatório que abastece Salvador está com apenas 8% de seu volume útil, o mais baixo nas últimas duas décadas. O cenário não é diferente nas outras barragens que abastecem as maiores capitais nordestinas. Entrando no sexto ano seguido de seca, a região tem grandes reservatórios em estado crítico –como Castanhão (CE), Pedra do Cavalo (BA) e Botafogo (PE). Diante desse panorama, medidas como a adoção de racionamento e rodízio no abastecimento de água entraram no radar de capitais como Salvador, Recife e Fortaleza. No Grande Recife, já há rodízio nos municípios de Olinda, Abreu e Lima, Igarassu e Paulista –todos abastecidos pela Barragem de Botafogo, que tem atualmente apenas 12% de volume de água. No mês passado, os cerca de 800 mil moradores dessas cidades passaram a ter um dia de abastecimento para cinco dias sem água. Na capital, o fornecimento é normal, mas o racionamento não é descartado caso não chova o suficiente para manter o nível dos reservatórios até o final de julho, quando se encerra o período de chuvas no litoral nordestino. Recife - Volume útil em cada barragem, em %* Em Salvador, onde o último racionamento de água ocorreu há 45 anos, medidas emergenciais estão sendo adotadas para evitar um colapso do sistema. Incrustada entre as cidades de Simões Filho e Camaçari, a represa Joanes 2 passará a receber água transposta da barragem de Pedra do Cavalo, que fica a 120 km da capital e é responsável por 60% do abastecimento da Grande Salvador. A medida, porém, é tratada como um paliativo para equilibrar o sistema, já que a própria barragem de Pedra do Cavalo está em seu nível mais baixo das últimas décadas, com 22% de volume útil. Caso o nível continue baixando, será necessária a instalação de bombas e equipamentos para captar água num nível mais baixo –medida adotada no sistema Cantareira durante os dois anos da grave crise hídrica em São Paulo, iniciada em 2014. "Estamos avaliando todas as possibilidades, inclusive racionamento", afirma Rogério Cedraz, presidente da Embasa, companhia estadual de água e saneamento. Salvador - Volume útil em cada barragem, em %* Medidas semelhantes estão sendo adotadas em Fortaleza, onde o principal reservatório, o açude Castanhão, tem atualmente apenas 6% de seu volume de água. Ações emergenciais como a perfuração de poços, o aproveitamento da água do sistema hídrico do Cauípe e do açude Maranguapinho garantem o abastecimento da capital cearense. O governo do Estado ainda não fala em adoção de rodízio no abastecimento de água das casas e diz realizar um "constante monitoramento" da situação dos mananciais. Na prática, contudo, já há medidas de racionamento em curso: as indústrias da região metropolitana de Fortaleza, por exemplo, tiveram uma redução de 20% no fornecimento de água. Também foi adotada uma tarifa de contingência para a capital e outros 17 municípios: o consumidor que não economizar até 20% em relação ao consumo médio pagará mais pela água. Fortaleza - Volume útil em cada barragem, em %* PERÍODO CRUCIAL Os próximos três meses serão cruciais para determinar a situação dos reservatórios nordestinos ao longo de 2017. Em março, auge das chuvas no trecho do litoral entre o Maranhão e o Ceará, as chuvas reduziram o nível de severidade da seca. Mas não houve mudanças significativas no açude do Castanhão, o maior do Ceará. Já na faixa costeira entre o Rio Grande do Norte e o sul da Bahia, onde a maior parte das chuvas vai de abril a junho, há esperança de melhora no nível de água das barragens. Na últimas semanas, a chuva que causou transtornos no Recife ajudou a melhorar o nível dos reservatórios próximos. A barragem de Pirapama, em Cabo de Santo Agostinho, teve ganho de quatro pontos percentuais, saltando de 25% para 29%. Nos cinco reservatórios próximos a Salvador, contudo, as últimas chuvas não foram suficiente para alterar o cenário crítico. No Joanes 2, em áreas próximas ao povoado de Pitanga dos Palmares, chega a cem metros a distância entre o nível da água e a área onde os pescadores costumavam amarrar as suas canoas. Sob céu nublado, depois de uma forte e rápida chuva que na capital baiana, Juscelino Silva dos Santos, 54, olha o horizonte e lamenta. "Em 18 anos que moro aqui, nunca vi essa barragem seca desse jeito. Cheia, ela é linda, um mundão de água. Assim, é uma tristeza só", diz Santos, administrador de uma fazenda nas margens da represa. Ele sobe na carroça e segue para mais um dia de trabalho entre bois e cavalos. Mais um dia de orações para ter chuvas. "Agora, o trabalho é com aquele lá de cima", afirma o administrador.
cotidiano
Com seca, capitais do Nordeste têm ameaça de racionamento de águaCom linha amarrada ao punho, José Fernando Pereira, 49, tenta fisgar algum peixe próximo da barragem Joanes 2, na Grande Salvador. As quatro comportas estão fechadas e apenas um fio d'água atravessa para o outro lado por meio de um cano. Próximo dali, Jeferson de Jesus, 28, mergulha com um arpão engatilhado. Não tem sido fácil, porém, pescar tilápias e tucunarés nas águas calmas da represa. O segundo maior reservatório que abastece Salvador está com apenas 8% de seu volume útil, o mais baixo nas últimas duas décadas. O cenário não é diferente nas outras barragens que abastecem as maiores capitais nordestinas. Entrando no sexto ano seguido de seca, a região tem grandes reservatórios em estado crítico –como Castanhão (CE), Pedra do Cavalo (BA) e Botafogo (PE). Diante desse panorama, medidas como a adoção de racionamento e rodízio no abastecimento de água entraram no radar de capitais como Salvador, Recife e Fortaleza. No Grande Recife, já há rodízio nos municípios de Olinda, Abreu e Lima, Igarassu e Paulista –todos abastecidos pela Barragem de Botafogo, que tem atualmente apenas 12% de volume de água. No mês passado, os cerca de 800 mil moradores dessas cidades passaram a ter um dia de abastecimento para cinco dias sem água. Na capital, o fornecimento é normal, mas o racionamento não é descartado caso não chova o suficiente para manter o nível dos reservatórios até o final de julho, quando se encerra o período de chuvas no litoral nordestino. Recife - Volume útil em cada barragem, em %* Em Salvador, onde o último racionamento de água ocorreu há 45 anos, medidas emergenciais estão sendo adotadas para evitar um colapso do sistema. Incrustada entre as cidades de Simões Filho e Camaçari, a represa Joanes 2 passará a receber água transposta da barragem de Pedra do Cavalo, que fica a 120 km da capital e é responsável por 60% do abastecimento da Grande Salvador. A medida, porém, é tratada como um paliativo para equilibrar o sistema, já que a própria barragem de Pedra do Cavalo está em seu nível mais baixo das últimas décadas, com 22% de volume útil. Caso o nível continue baixando, será necessária a instalação de bombas e equipamentos para captar água num nível mais baixo –medida adotada no sistema Cantareira durante os dois anos da grave crise hídrica em São Paulo, iniciada em 2014. "Estamos avaliando todas as possibilidades, inclusive racionamento", afirma Rogério Cedraz, presidente da Embasa, companhia estadual de água e saneamento. Salvador - Volume útil em cada barragem, em %* Medidas semelhantes estão sendo adotadas em Fortaleza, onde o principal reservatório, o açude Castanhão, tem atualmente apenas 6% de seu volume de água. Ações emergenciais como a perfuração de poços, o aproveitamento da água do sistema hídrico do Cauípe e do açude Maranguapinho garantem o abastecimento da capital cearense. O governo do Estado ainda não fala em adoção de rodízio no abastecimento de água das casas e diz realizar um "constante monitoramento" da situação dos mananciais. Na prática, contudo, já há medidas de racionamento em curso: as indústrias da região metropolitana de Fortaleza, por exemplo, tiveram uma redução de 20% no fornecimento de água. Também foi adotada uma tarifa de contingência para a capital e outros 17 municípios: o consumidor que não economizar até 20% em relação ao consumo médio pagará mais pela água. Fortaleza - Volume útil em cada barragem, em %* PERÍODO CRUCIAL Os próximos três meses serão cruciais para determinar a situação dos reservatórios nordestinos ao longo de 2017. Em março, auge das chuvas no trecho do litoral entre o Maranhão e o Ceará, as chuvas reduziram o nível de severidade da seca. Mas não houve mudanças significativas no açude do Castanhão, o maior do Ceará. Já na faixa costeira entre o Rio Grande do Norte e o sul da Bahia, onde a maior parte das chuvas vai de abril a junho, há esperança de melhora no nível de água das barragens. Na últimas semanas, a chuva que causou transtornos no Recife ajudou a melhorar o nível dos reservatórios próximos. A barragem de Pirapama, em Cabo de Santo Agostinho, teve ganho de quatro pontos percentuais, saltando de 25% para 29%. Nos cinco reservatórios próximos a Salvador, contudo, as últimas chuvas não foram suficiente para alterar o cenário crítico. No Joanes 2, em áreas próximas ao povoado de Pitanga dos Palmares, chega a cem metros a distância entre o nível da água e a área onde os pescadores costumavam amarrar as suas canoas. Sob céu nublado, depois de uma forte e rápida chuva que na capital baiana, Juscelino Silva dos Santos, 54, olha o horizonte e lamenta. "Em 18 anos que moro aqui, nunca vi essa barragem seca desse jeito. Cheia, ela é linda, um mundão de água. Assim, é uma tristeza só", diz Santos, administrador de uma fazenda nas margens da represa. Ele sobe na carroça e segue para mais um dia de trabalho entre bois e cavalos. Mais um dia de orações para ter chuvas. "Agora, o trabalho é com aquele lá de cima", afirma o administrador.
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Mundialíssimo: O que está acontecendo em Caracas?
Acompanho de longe o trabalho do meu colega Samy Adghirni, atual correspondente da Folha em Caracas e ex-correspondente em Teerã. Nesses últimos dias, esse repórter tem estado bastante ocupado -na segunda-feira (23), por exemplo, a sede do partido opositor foi ... Leia post completo no blog
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Mundialíssimo: O que está acontecendo em Caracas?Acompanho de longe o trabalho do meu colega Samy Adghirni, atual correspondente da Folha em Caracas e ex-correspondente em Teerã. Nesses últimos dias, esse repórter tem estado bastante ocupado -na segunda-feira (23), por exemplo, a sede do partido opositor foi ... Leia post completo no blog
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Governo brasileiro condena atentados 'bárbaros' em Paris
O governo brasileiro manifestou, na noite desta sexta-feira (13) "profunda consternação" pela série de "atentados bárbaros" registrados em Paris e condenou as ações "nos mais fortes termos". Os atentados com tiros e explosões deixaram dezenas de mortos em dois bairros de Paris, segundo fontes policiais. "Ao mesmo tempo em que transmite suas condolências aos familiares das vítimas e empenha sua plena solidariedade ao povo francês e ao governo da França, o Brasil condena os ataques nos mais fortes termos e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja sua motivação", disse o governo brasileiro em nota divulgada pelo Itamaraty. Segundo o ministério, os ataques desta sexta deixaram pelo menos dois brasileiros feridos. Até as 22h desta sexta, o consulado-geral do Brasil em Paris, contudo, não tinha repassado mais informações sobre as vítimas nem sobre seu estado. A cônsul-geral do Brasil na cidade, Maria Edileuza Fontenele Reis, está acompanhando diretamente os casos. Cerca de 70 mil brasileiros vivem na França, segundo dados de agosto do Itamaraty, grande parte deles na capital. A cidade também é um dos principais destinos turísticos dos brasileiros na Europa. O telefone de plantão do consulado, que deve ser usado apenas para emergências, é (+33) 680 12 3234.
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Governo brasileiro condena atentados 'bárbaros' em ParisO governo brasileiro manifestou, na noite desta sexta-feira (13) "profunda consternação" pela série de "atentados bárbaros" registrados em Paris e condenou as ações "nos mais fortes termos". Os atentados com tiros e explosões deixaram dezenas de mortos em dois bairros de Paris, segundo fontes policiais. "Ao mesmo tempo em que transmite suas condolências aos familiares das vítimas e empenha sua plena solidariedade ao povo francês e ao governo da França, o Brasil condena os ataques nos mais fortes termos e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja sua motivação", disse o governo brasileiro em nota divulgada pelo Itamaraty. Segundo o ministério, os ataques desta sexta deixaram pelo menos dois brasileiros feridos. Até as 22h desta sexta, o consulado-geral do Brasil em Paris, contudo, não tinha repassado mais informações sobre as vítimas nem sobre seu estado. A cônsul-geral do Brasil na cidade, Maria Edileuza Fontenele Reis, está acompanhando diretamente os casos. Cerca de 70 mil brasileiros vivem na França, segundo dados de agosto do Itamaraty, grande parte deles na capital. A cidade também é um dos principais destinos turísticos dos brasileiros na Europa. O telefone de plantão do consulado, que deve ser usado apenas para emergências, é (+33) 680 12 3234.
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Auditores fiscais fazem protesto em Brasília por melhorias na Receita
Cerca de 500 auditores da Receita Federal estão em protesto na frente do prédio do Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (5) para cobrar medidas de valorização da carreira e fortalecimento da Receita Federal. Na pauta do protesto, também está a oposição às medidas provisórias que restringem benefícios fiscais e trabalhistas, que ainda terão de passar pelo Congresso. Segundo Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional (sindicato da categoria), essas medidas afetam em cheio a classe trabalhadora. Ele defende outras propostas para aumentar a arrecadação em ano de ajuste fiscal, como a cobrança de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos de sócios e acionistas. Entre as medidas de valorização da carreira, os auditores pedem a indenização de fronteira, um incentivo para que auditores trabalhem nas unidades da Receita nas fronteiras do país. A lei foi sancionada em 2013 e não saiu do papel, defende o Sindifisco Nacional. Os auditores, responsáveis pela arrecadação de tributos no país, também reivindicam um reajuste de 35% nos salários. Eles pedem que o salário dos auditores seja equivalente a 90,25% do teto dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que hoje está em R$ 33,8 mil. Os auditores estiveram reunidos com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e afirmam que ainda não há sinalização de greve.
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Auditores fiscais fazem protesto em Brasília por melhorias na ReceitaCerca de 500 auditores da Receita Federal estão em protesto na frente do prédio do Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (5) para cobrar medidas de valorização da carreira e fortalecimento da Receita Federal. Na pauta do protesto, também está a oposição às medidas provisórias que restringem benefícios fiscais e trabalhistas, que ainda terão de passar pelo Congresso. Segundo Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional (sindicato da categoria), essas medidas afetam em cheio a classe trabalhadora. Ele defende outras propostas para aumentar a arrecadação em ano de ajuste fiscal, como a cobrança de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos de sócios e acionistas. Entre as medidas de valorização da carreira, os auditores pedem a indenização de fronteira, um incentivo para que auditores trabalhem nas unidades da Receita nas fronteiras do país. A lei foi sancionada em 2013 e não saiu do papel, defende o Sindifisco Nacional. Os auditores, responsáveis pela arrecadação de tributos no país, também reivindicam um reajuste de 35% nos salários. Eles pedem que o salário dos auditores seja equivalente a 90,25% do teto dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que hoje está em R$ 33,8 mil. Os auditores estiveram reunidos com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e afirmam que ainda não há sinalização de greve.
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Acusados na Lava Jato se escondem em escolas para não sair na mídia
Os políticos citados nas investigações na Lava Jato encontraram uma vantagem na ocupação de mais de mil instituições de ensino pelo Brasil: é o lugar ideal para não serem incomodados pelos repórteres. "Aqui ninguém nos acha", disse um ministro que não quis se identificar. Ele está despachando de uma escola no interior do Paraná desde terça-feira e se diz satisfeito. "O caixa dois para a campanha de 2018 está chegando no caminhão com o nome da empreiteira em malotes que são descarregados aqui na frente. E olha que tem uma redação de jornal do outro lado da rua onde está a escola. Ninguém vê", comemora. Os políticos já marcaram encontros com grandes empresários para pedir doação de itens de limpeza. Só um senador já recebeu 80 toneladas de papel higiênico. "Faço muita cagada", comentou.
colunas
Acusados na Lava Jato se escondem em escolas para não sair na mídiaOs políticos citados nas investigações na Lava Jato encontraram uma vantagem na ocupação de mais de mil instituições de ensino pelo Brasil: é o lugar ideal para não serem incomodados pelos repórteres. "Aqui ninguém nos acha", disse um ministro que não quis se identificar. Ele está despachando de uma escola no interior do Paraná desde terça-feira e se diz satisfeito. "O caixa dois para a campanha de 2018 está chegando no caminhão com o nome da empreiteira em malotes que são descarregados aqui na frente. E olha que tem uma redação de jornal do outro lado da rua onde está a escola. Ninguém vê", comemora. Os políticos já marcaram encontros com grandes empresários para pedir doação de itens de limpeza. Só um senador já recebeu 80 toneladas de papel higiênico. "Faço muita cagada", comentou.
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Há um rebaixamento cultural, diz diretor Luiz Fernando Carvalho
O diretor Luiz Fernando Carvalho diz ter sentido uma "vertigem emocional" ao ler "Dois Irmãos" (Companhia das Letras), de Milton Hatoum, pela primeira vez. Conhecido por suas adaptações literárias, agora ele coloca no ar a história dos dois gêmeos que se odeiam. Com a série, o diretor volta a explorar temas familiares –como já havia feito com "Os Maias", de Eça de Queiroz, e "Lavoura Arcaica", de Raduan Nassar. Nesta entrevista à Folha –parte por e-mail, parte por telefone– ele comenta como foi transpor para a tela o romance e diz ver um rebaixamento cultural no Brasil. É o primeiro livro brasileiro contemporâneo que você adapta. É uma exceção? Seu trabalho tem predileção pelo cânone? De forma alguma, a literatura contemporânea me interessa muito. Adoro [Haruki] Murakami e até nomes mais pop. Mas não posso negar que minha formação desde adolescente passa pelos clássicos. Por William Faulkner, Joseph Conrad, Charles Dickens, Machado de Assis e Dostoiévski. Dostoiévski é o maior cineasta do mundo. O romance tem vendido bem. Um livro importante como 'Dois Irmãos' vender tanto por causa de uma série não será um sinal do desprestígio da literatura? Há quem diga, aliás, que esse desprestígio é fruto da cultura da imagem. Pelo amor de Deus, não acredito em nada disso. Até mesmo porque as palavras também são imagens. De nenhuma forma a imagem derrubou a literatura. Quando isso acontece, você deve se perguntar sobre a realização. Quando você não é tocado, algo ocorreu nos procedimentos daquela construção estética. Qual a maior dificuldade ao transpor a obra para a TV? Meu movimento inicial foi refletir sobre o tema da polarização, presente nos gêmeos, mas também na história política brasileira, traço que me parece trágico. Estou na edição, diante da cena da morte de Halim, ele cristalizado pela perplexidade das transformações do mundo. Veja que coincidência. Na semana de estreia, assassinatos se multiplicaram nos presídios de Manaus. O conceito é algo móvel, como a vida, que necessita ser posto à prova diante das forças e da imensidão do real! Os acontecimentos de Manaus modificaram a forma de editar os capítulos finais. Você ainda encontrou a Manaus da "belle époque" retratada em parte do livro? Não encontrei vestígios daquela Manaus tropical dos anos 1920, tive que reinventá-la. Por tudo isso, é uma dor e uma alegria imensa se deparar com tanta vida brotando de uma escrita como a de "Dois Irmãos". É um enredo no qual o tempo e a finitude das coisas são personagens. Quase todas os suas adaptações literárias têm a família como tema. Por quê? A família contém todos os temas: amor, paixão, ódio, nascimento, vida e morte. Não há um grande escritor que não tenha triscado nas questões familiares. Meus mestres nisso, além das leituras, posso afirmar: Raduan Nassar, Eça de Queiroz e Milton Hatoum. Com as séries americanas, fala-se muito em inovações na estrutura narrativa vindas da TV. No entanto, a literatura parece já ter feito todas as experiências com isso. Há mesmo novidade desse tipo na TV? Fui o diretor que mais trabalhou com literatura no país. Se você pegar os romances do século 19, em termos formais, eles estão muito à frente. Os temas literários são copiados pelas séries e blockbusters. Houve um rebaixamento cultural muito grande. O público perdeu essa referência. E não só o público da TV, mas a população com um todo. Perdeu-se a noção do poder inventivo da alta literatura.
ilustrada
Há um rebaixamento cultural, diz diretor Luiz Fernando CarvalhoO diretor Luiz Fernando Carvalho diz ter sentido uma "vertigem emocional" ao ler "Dois Irmãos" (Companhia das Letras), de Milton Hatoum, pela primeira vez. Conhecido por suas adaptações literárias, agora ele coloca no ar a história dos dois gêmeos que se odeiam. Com a série, o diretor volta a explorar temas familiares –como já havia feito com "Os Maias", de Eça de Queiroz, e "Lavoura Arcaica", de Raduan Nassar. Nesta entrevista à Folha –parte por e-mail, parte por telefone– ele comenta como foi transpor para a tela o romance e diz ver um rebaixamento cultural no Brasil. É o primeiro livro brasileiro contemporâneo que você adapta. É uma exceção? Seu trabalho tem predileção pelo cânone? De forma alguma, a literatura contemporânea me interessa muito. Adoro [Haruki] Murakami e até nomes mais pop. Mas não posso negar que minha formação desde adolescente passa pelos clássicos. Por William Faulkner, Joseph Conrad, Charles Dickens, Machado de Assis e Dostoiévski. Dostoiévski é o maior cineasta do mundo. O romance tem vendido bem. Um livro importante como 'Dois Irmãos' vender tanto por causa de uma série não será um sinal do desprestígio da literatura? Há quem diga, aliás, que esse desprestígio é fruto da cultura da imagem. Pelo amor de Deus, não acredito em nada disso. Até mesmo porque as palavras também são imagens. De nenhuma forma a imagem derrubou a literatura. Quando isso acontece, você deve se perguntar sobre a realização. Quando você não é tocado, algo ocorreu nos procedimentos daquela construção estética. Qual a maior dificuldade ao transpor a obra para a TV? Meu movimento inicial foi refletir sobre o tema da polarização, presente nos gêmeos, mas também na história política brasileira, traço que me parece trágico. Estou na edição, diante da cena da morte de Halim, ele cristalizado pela perplexidade das transformações do mundo. Veja que coincidência. Na semana de estreia, assassinatos se multiplicaram nos presídios de Manaus. O conceito é algo móvel, como a vida, que necessita ser posto à prova diante das forças e da imensidão do real! Os acontecimentos de Manaus modificaram a forma de editar os capítulos finais. Você ainda encontrou a Manaus da "belle époque" retratada em parte do livro? Não encontrei vestígios daquela Manaus tropical dos anos 1920, tive que reinventá-la. Por tudo isso, é uma dor e uma alegria imensa se deparar com tanta vida brotando de uma escrita como a de "Dois Irmãos". É um enredo no qual o tempo e a finitude das coisas são personagens. Quase todas os suas adaptações literárias têm a família como tema. Por quê? A família contém todos os temas: amor, paixão, ódio, nascimento, vida e morte. Não há um grande escritor que não tenha triscado nas questões familiares. Meus mestres nisso, além das leituras, posso afirmar: Raduan Nassar, Eça de Queiroz e Milton Hatoum. Com as séries americanas, fala-se muito em inovações na estrutura narrativa vindas da TV. No entanto, a literatura parece já ter feito todas as experiências com isso. Há mesmo novidade desse tipo na TV? Fui o diretor que mais trabalhou com literatura no país. Se você pegar os romances do século 19, em termos formais, eles estão muito à frente. Os temas literários são copiados pelas séries e blockbusters. Houve um rebaixamento cultural muito grande. O público perdeu essa referência. E não só o público da TV, mas a população com um todo. Perdeu-se a noção do poder inventivo da alta literatura.
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Passeio em SP permite conhecer gabinete do prefeito Fernando Haddad
O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para turismo@grupofolha.com.br. Em tour, é possível conhecer gabinete do prefeito de SP O gabinete do prefeito paulistano agora está aberto para visitação. A novidade faz parte de um roteiro da São Paulo Turismo para turistas conhecerem o edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade. Durante a visita guiada, grátis e oferecida desde novembro, é possível conhecer o jardim na cobertura do prédio. A passagem pelo gabinete do prefeito começou no último fim de semana. O passeio é realizado de segunda a sexta, às 15h, às 17h e às 19h. O agendamento deve ser feito por e-mail (visitaedificiomata razzo@spturis.com) até as 14h do dia anterior. * JÁ É NATAL Até 25 de dezembro, quatro gôndolas da Orlando Eye, na Flórida (EUA), terão decoração natalina. O passeio em uma cápsula decorada da roda-gigante custa R$ 116; uma volta com o Papai Noel sai por R$ 135 (officialorlandoeye.com ) * APP NA BAGAGEM O Rail Planner foi criado pelas empresas ferroviárias da Europa Interail e Eurail e permite buscar horários de trens mesmo estando off-line. O app reúne ainda mapas e informações das principais cidades europeias e localiza as estações de trem mais próximas do usuário Nome Rail Planner Plataforma iOS e Android Onde App Store e Google Play Quanto Gratuito * LANÇAMENTOS GUIA CULTURAL DO CENTRO HISTÓRICO DO RIO DE JANEIRO O livro reúne 130 atrações do centro carioca. A publicação será distribuída gratuitamente e também acessada no site guiaculturalcentrodorio.com.br Autor Tânia Rodrigues de Souza Editora Cidade Viva Quanto grátis (175 págs.) BRASIL SELVAGEM O fotógrafo Cristian Dimitrius percorreu durante seis anos os principais biomas brasileiros, como Amazônia e caatinga, para registrar a fauna e a flora do país; o livro reúne relatos da viagem, além das fotografias Autor Cristian Dimitrius Editora Cultural Sustentável Quanto R$ 150 (204 págs.) * AGENDA 19 de DEZEMBRO Começa o Festival Dia do Sol, em Ubatuba (SP). O evento terá provas de skate, mutirão de limpeza da praia e atividades como slackline e grafite. Gratuita, a programação vai até o dia 22 (migre.me/sq78V ) 27 de DEZEMBRO Tem início a 13ª edição do festival Universo Paralello na praia de Pratigi, na Bahia. O evento, que vai até 4 de janeiro, terá diversas atrações. O ingresso custa a partir de R$ 590 (universoparalello.org )
turismo
Passeio em SP permite conhecer gabinete do prefeito Fernando HaddadO "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para turismo@grupofolha.com.br. Em tour, é possível conhecer gabinete do prefeito de SP O gabinete do prefeito paulistano agora está aberto para visitação. A novidade faz parte de um roteiro da São Paulo Turismo para turistas conhecerem o edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade. Durante a visita guiada, grátis e oferecida desde novembro, é possível conhecer o jardim na cobertura do prédio. A passagem pelo gabinete do prefeito começou no último fim de semana. O passeio é realizado de segunda a sexta, às 15h, às 17h e às 19h. O agendamento deve ser feito por e-mail (visitaedificiomata razzo@spturis.com) até as 14h do dia anterior. * JÁ É NATAL Até 25 de dezembro, quatro gôndolas da Orlando Eye, na Flórida (EUA), terão decoração natalina. O passeio em uma cápsula decorada da roda-gigante custa R$ 116; uma volta com o Papai Noel sai por R$ 135 (officialorlandoeye.com ) * APP NA BAGAGEM O Rail Planner foi criado pelas empresas ferroviárias da Europa Interail e Eurail e permite buscar horários de trens mesmo estando off-line. O app reúne ainda mapas e informações das principais cidades europeias e localiza as estações de trem mais próximas do usuário Nome Rail Planner Plataforma iOS e Android Onde App Store e Google Play Quanto Gratuito * LANÇAMENTOS GUIA CULTURAL DO CENTRO HISTÓRICO DO RIO DE JANEIRO O livro reúne 130 atrações do centro carioca. A publicação será distribuída gratuitamente e também acessada no site guiaculturalcentrodorio.com.br Autor Tânia Rodrigues de Souza Editora Cidade Viva Quanto grátis (175 págs.) BRASIL SELVAGEM O fotógrafo Cristian Dimitrius percorreu durante seis anos os principais biomas brasileiros, como Amazônia e caatinga, para registrar a fauna e a flora do país; o livro reúne relatos da viagem, além das fotografias Autor Cristian Dimitrius Editora Cultural Sustentável Quanto R$ 150 (204 págs.) * AGENDA 19 de DEZEMBRO Começa o Festival Dia do Sol, em Ubatuba (SP). O evento terá provas de skate, mutirão de limpeza da praia e atividades como slackline e grafite. Gratuita, a programação vai até o dia 22 (migre.me/sq78V ) 27 de DEZEMBRO Tem início a 13ª edição do festival Universo Paralello na praia de Pratigi, na Bahia. O evento, que vai até 4 de janeiro, terá diversas atrações. O ingresso custa a partir de R$ 590 (universoparalello.org )
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Aos 80, papa Francisco pede oração por velhice tranquila e celebra com sem-teto
No dia em que completa 80 anos, o papa Francisco afirmou neste sábado (17) que deseja uma velhice "tranquila e religiosa, fecunda e também feliz", durante uma missa celebrada na companhia dos cardeais residentes em Roma. "A velhice é uma palavra que parece ruim, que dá medo. Mas a velhice tem sede de sabedoria", disse o papa ao final da missa diante de dezenas de prelados em uma capela dos palácios pontificais. "A velhice é tranquila e religiosa, mas também fecunda. Rezem para que a minha seja assim, tranquila e religiosa, fecunda e também feliz", pediu aos cardeais. Antes da missa, o pontífice tomou café da manhã com sem-teto. De acordo com o Vaticano, entre os convidados estavam quatro italianos, dois romenos, um moldavo e um peruano. Em seu aniversário, o papa recebeu mensagens procedentes de todo o mundo, sobretudo pelos e-mails criados especialmente para a ocasião pelo Vaticano em oito idiomas. Em português o endereço é PapaFrancisco80@vatican.va. "A Itália agradece sua constante proximidade", escreveu o presidente do país, Sergio Mattarella. "O escritório do papa está repleto de desenhos de crianças de todo o mundo para celebrar seu aniversário", escreveu no Twitter Antonio Spadaro, um teólogo jesuíta próximo ao pontífice argentino, com uma foto de vários desenhos. Com exceção da missa com os cardeais, o papa não programou nada especial para seu aniversário, informou o Vaticano, que citou um dia "normal, repleto de obrigações". Entre os atos previstos estão uma audiência com a presidente de Malta, Marie-Louise Coleiro Preca, e vários prelados. Também receberá integrantes da Nomadelfia, uma comunidade de laicos que tenta viver como os primeiros cristãos. Em outros aniversários, o papa distribuiu centenas de sacos de dormir para pessoas sem teto em Roma e também enviou alimentos a um abrigo para migrantes. Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio foi escolhido o 266º papa da Igreja Católica em 13 de março de 2013, para substituir Bento 16, que havia renunciado algumas semanas antes.
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Aos 80, papa Francisco pede oração por velhice tranquila e celebra com sem-tetoNo dia em que completa 80 anos, o papa Francisco afirmou neste sábado (17) que deseja uma velhice "tranquila e religiosa, fecunda e também feliz", durante uma missa celebrada na companhia dos cardeais residentes em Roma. "A velhice é uma palavra que parece ruim, que dá medo. Mas a velhice tem sede de sabedoria", disse o papa ao final da missa diante de dezenas de prelados em uma capela dos palácios pontificais. "A velhice é tranquila e religiosa, mas também fecunda. Rezem para que a minha seja assim, tranquila e religiosa, fecunda e também feliz", pediu aos cardeais. Antes da missa, o pontífice tomou café da manhã com sem-teto. De acordo com o Vaticano, entre os convidados estavam quatro italianos, dois romenos, um moldavo e um peruano. Em seu aniversário, o papa recebeu mensagens procedentes de todo o mundo, sobretudo pelos e-mails criados especialmente para a ocasião pelo Vaticano em oito idiomas. Em português o endereço é PapaFrancisco80@vatican.va. "A Itália agradece sua constante proximidade", escreveu o presidente do país, Sergio Mattarella. "O escritório do papa está repleto de desenhos de crianças de todo o mundo para celebrar seu aniversário", escreveu no Twitter Antonio Spadaro, um teólogo jesuíta próximo ao pontífice argentino, com uma foto de vários desenhos. Com exceção da missa com os cardeais, o papa não programou nada especial para seu aniversário, informou o Vaticano, que citou um dia "normal, repleto de obrigações". Entre os atos previstos estão uma audiência com a presidente de Malta, Marie-Louise Coleiro Preca, e vários prelados. Também receberá integrantes da Nomadelfia, uma comunidade de laicos que tenta viver como os primeiros cristãos. Em outros aniversários, o papa distribuiu centenas de sacos de dormir para pessoas sem teto em Roma e também enviou alimentos a um abrigo para migrantes. Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio foi escolhido o 266º papa da Igreja Católica em 13 de março de 2013, para substituir Bento 16, que havia renunciado algumas semanas antes.
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Faça um tour pela redação da Folha
O vídeo acima traz um tour pela redação da Folha. Foi gravado nesta quarta-feira (17), durante a transmissão ao vivo da sabatina do editor-executivo, Sérgio Dávila, na "TV Folha".Dávila falou sobre regulação econômica para evitar monopólios na mídia, críticas sobre a cobertura do jornal e contratação de colunistas considerados controversos pelos leitores. A sabatina foi comandada pela editora do "Painel", Natuza Nery e contou com a colunista Monica Bergamo.A transmissão foi o terceiro debate em comemoração ao aniversário do jornal. Na segunda-feira (15), Vinicius Torres Freire e Alexandre Schwartsman debateram a cobertura de economia do jornal. No dia seguinte, a escritora Antonia Pellegrino, do blog#AgoraÉQueSãoElas, debateu a abordagem sobre temas feministas com o colunista Luiz Felipe Pondé.
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Faça um tour pela redação da FolhaO vídeo acima traz um tour pela redação da Folha. Foi gravado nesta quarta-feira (17), durante a transmissão ao vivo da sabatina do editor-executivo, Sérgio Dávila, na "TV Folha".Dávila falou sobre regulação econômica para evitar monopólios na mídia, críticas sobre a cobertura do jornal e contratação de colunistas considerados controversos pelos leitores. A sabatina foi comandada pela editora do "Painel", Natuza Nery e contou com a colunista Monica Bergamo.A transmissão foi o terceiro debate em comemoração ao aniversário do jornal. Na segunda-feira (15), Vinicius Torres Freire e Alexandre Schwartsman debateram a cobertura de economia do jornal. No dia seguinte, a escritora Antonia Pellegrino, do blog#AgoraÉQueSãoElas, debateu a abordagem sobre temas feministas com o colunista Luiz Felipe Pondé.
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Páginas em redes sociais expõem tortura e exaltam violência policial
Rapazes detidos com as costas açoitadas, imagens que exaltam a filosofia de que "bandido bom é bandido morto" e selfies, muitas selfies com armas, compõem perfis não oficiais da polícia brasileira em redes sociais. Dois vídeos mostram policiais torturando rapazes com tatuagens de palhaço –o símbolo é associado ao assassinato de agentes. Um é obrigado a raspar o desenho com lixa e álcool, sob pena de tomar um tiro no pé, e o outro tem a marca retirada das costas a faca. As gravações circularam pelo WhatsApp, aplicativo de celular de troca de mensagens. Foram também publicadas pelo perfil do Instagram "Anjos Guardiões", pelo qual 39 mil seguidores acompanham fotos de operações, crianças fardadas e detidos com rostos feridos e inchados. Os vídeos foram apagados após o início da reportagem -assim como o perfil "Batalhão de Choque PMERJ", que publicava fotos de apreensões e vídeos violentos. A reportagem localizou 19 páginas do tipo no Instagram, que somam quase 305 mil seguidores, mas apenas um dos responsáveis por esses perfis. Funcionário de uma loja de eletrônicos, Ronaldo Gomes, 18, sonha em ser policial. Há um ano criou o "Polícia Brasileira", hoje seguido por 67 mil pessoas, para "mostrar o trabalho do policial no Brasil". Ele é auxiliado por um agente da Polícia Militar do DF, que não quer ser identificado. "A polícia é muito desvalorizada pelo governo e pela população. Muita gente fala mal da polícia, mas, quando é assaltado, ela é a primeira a ser chamada", afirma Gomes, que relata receber seis fotos por dia de policiais, em média. Ele diz não ver problema nas imagens que posta, como a de um cassetete em que se lê "direitos humanos". "Quando um bandido é morto, a população cai em cima da polícia. Quando acontece alguma coisa com um policial, cadê os direitos humanos?", questiona. Polícia ostentação "BANDIDO MORTO" Imagens de luto por agentes mortos fazem parte da "Rota Adm", de admiradores do grupo de elite da PM paulista, seguida por 64 mil pessoas. Para o vereador de São Paulo Conte Lopes (PTB), capitão aposentado da PM cujas fotos figuram nesse perfil, o lema recorrente "bandido bom é bandido morto" nesse tipo de página na internet representa o que a sociedade pensa. Ele se refere à pesquisa Datafolha realizada no final de julho, que apontou concordância com a premissa por metade da população das grandes cidades brasileiras. "Bandido morto não comete mais nenhum crime. Os bandidos que morreram em tiroteio comigo não estupraram mais ninguém", afirma. Diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno diz que policiais às vezes esquecem que representam o Estado. "Uma coisa é um policial achar que bandido bom é bandido morto, outra é o que o Estado de Direito diz: não existe pena de morte no Brasil." Ela afirma temer que "o uso indiscriminado das novas tecnologias acabe descambando para a barbárie". Para Everaldo Patriota, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, as postagens são "coisa de faroeste". Ele condena as imagens de detenções –e há muitas, com rostos dos suspeitos e frases como "menos um vagabundo". "É expor a imagem de uma pessoa que está sob custódia estatal." O Instagram não comenta casos específicos. Suas diretrizes estabelecem que a rede social aceita fotos que mostrem violência com o objetivo de condená-la, mas rejeita quem a glorifica. Essas imagens são analisadas a partir de denúncias, que podem levar à retirada do material. O ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, diz ser cada vez mais comum o registro de reclamações sobre esse tipo de conteúdo em redes sociais. A PM de São Paulo diz que as "páginas citadas pela reportagem não têm vinculação oficial com a Polícia Militar". Caso sejam identificados por corregedorias, agentes podem ser acusados na Justiça de tortura e abuso de autoridade ou na Justiça Militar por apologia ao crime. SELFIES Um policial segura o celular em uma mão enquanto exibe os músculos e aponta o revólver com a outra. Sua selfie em um perfil do Instagram se mistura a discursos motivacionais e imagens de violência contra pessoas detidas. As selfies, com fardas e armas, são enviadas por policiais, com suas próprias frases de efeito, a páginas como "Polícia Brasileira". "Protegendo a sociedade mesmo que isso custe a própria vida", diz a legenda de foto de integrantes do Grupo Tático Operacional da PM-DF. Para o tenente Danillo Ferreira, gestor de mídias sociais da PM da Bahia e criador do blog Abordagem Policial, a presença nas redes sociais pode ser benéfica. "Ajuda a reverter a vergonha de ser policial. Os profissionais brasileiros têm o orgulho afetado", afirma. A exposição, porém, pode ser considerada uma infração administrativa, a depender do regimento interno de cada corporação. Especialistas e profissionais têm opiniões divergentes sobre o tema. A cientista social Silvia Ramos, coordenadora do centro de estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, vê como perigosa a restrição ao uso de mídias por policiais, o que ela chama de "polícia ostentação". Ela coordenou um estudo de 2009 sobre blogs de policiais que conclui, por exemplo, que há repressão às redes dentro das corporações. A pesquisa afirma que as páginas podem "mudar a tradição institucional, os preconceitos, a visão da sociedade sobre as polícias e influir nos rumos da segurança pública". Por isso, Ramos diz achar que "a última providência seria proibir" imagens ostensivas. "A resposta deve ser na base da responsabilização." O coronel reformado José Vicente da Silva Filho diz que policiais não podem se expor, para sua própria segurança. "Precisam ter uma postura austera em relação à exposição. E a arma só pode ser empunhada quando for usada." A PM do Rio restringiu, na semana passada, o uso de smartphones -agora os aparelhos poderão ser usados "apenas em circunstâncias relativas ao serviço policial". "Para a população ficar tranquila, alguém precisa ficar atento", diz o Coronel Robson Rodrigues, Chefe do Estado Maior Geral da PMERJ. Mas as redes, observa ele, podem ser benéficas quando bem utilizadas. "Estimulamos páginas oficiais porque vão ao encontro da política de proximidade com a comunidade. Condenamos o que é inadequado, criminoso." Algumas corporações têm sua própria página oficial, como a PM da Bahia. "É um canal de ouvidoria, de marketing institucional e de comunicação com a comunidade, que fica sabendo das ações que a polícia desenvolve", diz Danillo Ferreira. O governo de Barack Obama estimulou, nos EUA, o uso de redes sociais pela polícia. Em março, uma comissão de especialistas apresentou relatório recomendando mudanças. "Implementar novas tecnologias pode dar às polícias a oportunidade de interagir com comunidades", diz o documento, ressaltando a necessidade de profissionalismo e transparência.
cotidiano
Páginas em redes sociais expõem tortura e exaltam violência policialRapazes detidos com as costas açoitadas, imagens que exaltam a filosofia de que "bandido bom é bandido morto" e selfies, muitas selfies com armas, compõem perfis não oficiais da polícia brasileira em redes sociais. Dois vídeos mostram policiais torturando rapazes com tatuagens de palhaço –o símbolo é associado ao assassinato de agentes. Um é obrigado a raspar o desenho com lixa e álcool, sob pena de tomar um tiro no pé, e o outro tem a marca retirada das costas a faca. As gravações circularam pelo WhatsApp, aplicativo de celular de troca de mensagens. Foram também publicadas pelo perfil do Instagram "Anjos Guardiões", pelo qual 39 mil seguidores acompanham fotos de operações, crianças fardadas e detidos com rostos feridos e inchados. Os vídeos foram apagados após o início da reportagem -assim como o perfil "Batalhão de Choque PMERJ", que publicava fotos de apreensões e vídeos violentos. A reportagem localizou 19 páginas do tipo no Instagram, que somam quase 305 mil seguidores, mas apenas um dos responsáveis por esses perfis. Funcionário de uma loja de eletrônicos, Ronaldo Gomes, 18, sonha em ser policial. Há um ano criou o "Polícia Brasileira", hoje seguido por 67 mil pessoas, para "mostrar o trabalho do policial no Brasil". Ele é auxiliado por um agente da Polícia Militar do DF, que não quer ser identificado. "A polícia é muito desvalorizada pelo governo e pela população. Muita gente fala mal da polícia, mas, quando é assaltado, ela é a primeira a ser chamada", afirma Gomes, que relata receber seis fotos por dia de policiais, em média. Ele diz não ver problema nas imagens que posta, como a de um cassetete em que se lê "direitos humanos". "Quando um bandido é morto, a população cai em cima da polícia. Quando acontece alguma coisa com um policial, cadê os direitos humanos?", questiona. Polícia ostentação "BANDIDO MORTO" Imagens de luto por agentes mortos fazem parte da "Rota Adm", de admiradores do grupo de elite da PM paulista, seguida por 64 mil pessoas. Para o vereador de São Paulo Conte Lopes (PTB), capitão aposentado da PM cujas fotos figuram nesse perfil, o lema recorrente "bandido bom é bandido morto" nesse tipo de página na internet representa o que a sociedade pensa. Ele se refere à pesquisa Datafolha realizada no final de julho, que apontou concordância com a premissa por metade da população das grandes cidades brasileiras. "Bandido morto não comete mais nenhum crime. Os bandidos que morreram em tiroteio comigo não estupraram mais ninguém", afirma. Diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno diz que policiais às vezes esquecem que representam o Estado. "Uma coisa é um policial achar que bandido bom é bandido morto, outra é o que o Estado de Direito diz: não existe pena de morte no Brasil." Ela afirma temer que "o uso indiscriminado das novas tecnologias acabe descambando para a barbárie". Para Everaldo Patriota, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, as postagens são "coisa de faroeste". Ele condena as imagens de detenções –e há muitas, com rostos dos suspeitos e frases como "menos um vagabundo". "É expor a imagem de uma pessoa que está sob custódia estatal." O Instagram não comenta casos específicos. Suas diretrizes estabelecem que a rede social aceita fotos que mostrem violência com o objetivo de condená-la, mas rejeita quem a glorifica. Essas imagens são analisadas a partir de denúncias, que podem levar à retirada do material. O ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, diz ser cada vez mais comum o registro de reclamações sobre esse tipo de conteúdo em redes sociais. A PM de São Paulo diz que as "páginas citadas pela reportagem não têm vinculação oficial com a Polícia Militar". Caso sejam identificados por corregedorias, agentes podem ser acusados na Justiça de tortura e abuso de autoridade ou na Justiça Militar por apologia ao crime. SELFIES Um policial segura o celular em uma mão enquanto exibe os músculos e aponta o revólver com a outra. Sua selfie em um perfil do Instagram se mistura a discursos motivacionais e imagens de violência contra pessoas detidas. As selfies, com fardas e armas, são enviadas por policiais, com suas próprias frases de efeito, a páginas como "Polícia Brasileira". "Protegendo a sociedade mesmo que isso custe a própria vida", diz a legenda de foto de integrantes do Grupo Tático Operacional da PM-DF. Para o tenente Danillo Ferreira, gestor de mídias sociais da PM da Bahia e criador do blog Abordagem Policial, a presença nas redes sociais pode ser benéfica. "Ajuda a reverter a vergonha de ser policial. Os profissionais brasileiros têm o orgulho afetado", afirma. A exposição, porém, pode ser considerada uma infração administrativa, a depender do regimento interno de cada corporação. Especialistas e profissionais têm opiniões divergentes sobre o tema. A cientista social Silvia Ramos, coordenadora do centro de estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, vê como perigosa a restrição ao uso de mídias por policiais, o que ela chama de "polícia ostentação". Ela coordenou um estudo de 2009 sobre blogs de policiais que conclui, por exemplo, que há repressão às redes dentro das corporações. A pesquisa afirma que as páginas podem "mudar a tradição institucional, os preconceitos, a visão da sociedade sobre as polícias e influir nos rumos da segurança pública". Por isso, Ramos diz achar que "a última providência seria proibir" imagens ostensivas. "A resposta deve ser na base da responsabilização." O coronel reformado José Vicente da Silva Filho diz que policiais não podem se expor, para sua própria segurança. "Precisam ter uma postura austera em relação à exposição. E a arma só pode ser empunhada quando for usada." A PM do Rio restringiu, na semana passada, o uso de smartphones -agora os aparelhos poderão ser usados "apenas em circunstâncias relativas ao serviço policial". "Para a população ficar tranquila, alguém precisa ficar atento", diz o Coronel Robson Rodrigues, Chefe do Estado Maior Geral da PMERJ. Mas as redes, observa ele, podem ser benéficas quando bem utilizadas. "Estimulamos páginas oficiais porque vão ao encontro da política de proximidade com a comunidade. Condenamos o que é inadequado, criminoso." Algumas corporações têm sua própria página oficial, como a PM da Bahia. "É um canal de ouvidoria, de marketing institucional e de comunicação com a comunidade, que fica sabendo das ações que a polícia desenvolve", diz Danillo Ferreira. O governo de Barack Obama estimulou, nos EUA, o uso de redes sociais pela polícia. Em março, uma comissão de especialistas apresentou relatório recomendando mudanças. "Implementar novas tecnologias pode dar às polícias a oportunidade de interagir com comunidades", diz o documento, ressaltando a necessidade de profissionalismo e transparência.
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34% sentem vergonha de serem brasileiros, mostra Datafolha
Nunca houve tanta gente com mais vergonha que orgulho de ser brasileiro, mostra pesquisa Datafolha. São 34% os que se sentem envergonhados, uma parcela que cresce desde o fim de 2014 e é hoje quase o quádruplo do seu menor resultado, 9%, no final de 2010. Os que se sentem mais orgulhosos que envergonhados são 63%, também a menor taxa da série histórica iniciada em março de 2000. O recorde anterior era de 67%, em julho de 2016. Tem mais orgulho ou mais vergonha de ser brasileiro? A piora no sentimento se dá ao mesmo tempo em que há uma escalada de políticos e empresas envolvidos na Operação Lava Jato e acompanha índices altos de insatisfação com os últimos dois presidentes –Dilma Rousseff, que sofreu impeachment no segundo semestre de 2016, e Michel Temer. A avaliação do Brasil como lugar para viver recuou em relação a dezembro e voltou ao patamar de julho do ano passado, quando chegou ao nível mais baixo. Morar no país é ruim ou péssimo para 20% da população, regular para 26% e bom ou ótimo para 54%, uma queda de sete pontos percentuais desde o final do ano passado. Embora os dois indicadores ainda revelem otimismo –as avaliações positivas superam as negativas em 34 pontos percentuais na avaliação do Brasil e em 29 em relação ao sentimento de orgulho ou vergonha–, ambos sofreram retração.
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34% sentem vergonha de serem brasileiros, mostra DatafolhaNunca houve tanta gente com mais vergonha que orgulho de ser brasileiro, mostra pesquisa Datafolha. São 34% os que se sentem envergonhados, uma parcela que cresce desde o fim de 2014 e é hoje quase o quádruplo do seu menor resultado, 9%, no final de 2010. Os que se sentem mais orgulhosos que envergonhados são 63%, também a menor taxa da série histórica iniciada em março de 2000. O recorde anterior era de 67%, em julho de 2016. Tem mais orgulho ou mais vergonha de ser brasileiro? A piora no sentimento se dá ao mesmo tempo em que há uma escalada de políticos e empresas envolvidos na Operação Lava Jato e acompanha índices altos de insatisfação com os últimos dois presidentes –Dilma Rousseff, que sofreu impeachment no segundo semestre de 2016, e Michel Temer. A avaliação do Brasil como lugar para viver recuou em relação a dezembro e voltou ao patamar de julho do ano passado, quando chegou ao nível mais baixo. Morar no país é ruim ou péssimo para 20% da população, regular para 26% e bom ou ótimo para 54%, uma queda de sete pontos percentuais desde o final do ano passado. Embora os dois indicadores ainda revelem otimismo –as avaliações positivas superam as negativas em 34 pontos percentuais na avaliação do Brasil e em 29 em relação ao sentimento de orgulho ou vergonha–, ambos sofreram retração.
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Las Vegas tem 'protesto de food-trucks' contra Trump pouco antes de debate
O muro do qual Donald Trump tanto fala estava lá. Só não era exatamente o que o presidenciável republicano tinha em mente ao prometer ampliar a muralha na divisa entre EUA e México. Uma fila de seis food-trucks, que ofereciam especialidades latinas, picanha e culinária asiática, formaram um paredão a metros da entrada do Trump International Hotel. O protesto aconteceu a poucas horas do terceiro e último debate entre Trump e a democrata Hillary Clinton, nesta quarta-feira (19), em Las Vegas. Mulheres usavam coroas de falso brilhante e a faixa "Miss Housekeeping" (miss faxineira), em referência à Miss Universo 1996, Alicia Machado, que diz ter sido assim chamada por Trump —por sua origem venezuelana— e também de Miss Piggy (miss porca), por ter engordado após o concurso. A manifestação foi organizada pelo sindicato local dos trabalhadores da área gastronômica, que representa cerca de 50 mil deles. Era solidária às camareiras do Trump Hotel, diz à Folha Resha Quintana, 32. Funcionários do hotel votaram a favor da sindicalização, mas o dono do estabelecimento não aceita isso. "A luta é por salários maiores e mais direitos." Cozinheira no hotel da MGM e de ascendência mexicana, Quintana reclama que a mídia, "mesmo a liberal", ajudou a estigmatizar a função, "como se a faxineira fosse algo deplorável". Enquanto ela fala, uma limousine com o adesivo "presidencial" na janela faz um buzinaço —impossível saber se em defesa ou repúdio à aglomeração, que a essa altura reúne dezenas de pessoas. A ventríloqua Abril Brooker, 33, não tem "o que dizer" sobre o empresário. Já pelos cotovelos fala Donald Tramp (trocadilho com o sobrenome do empresário e a palavra que em inglês significa "vagabunda"). É o boneco que ela manuseia e que, em sua opinião, deveria estar no debate no lugar do candidato. "Sou muito bom me conectando com os latinos! Vou comer tacos! Yo quiero Taco Bell", diz. A ironia remete a uma foto que Trump publicou no feriado mexicano Cinco de Mayo, comendo a iguaria do país em seu jato (na verdade, ela foi preparada por um chef irlandês do Trump Tower Grill, onde custa US$ 18, ou R$ 57). Tom Maran, motorista de ônibus aposentado, conta ter dirigido de Michigan até Las Vegas (mais de 3.000 km), "com esta cabeça na caçamba", para protestar contra o bilionário. Por pouco não perdeu a tal cabeça na estrada —uma máscara gigante, com um grande topete louro, feita por US$ 18 mil para "homenagear" Trump, usada por um amigo a seu lado. Maran afirma que, "entre tantas possíveis", sua maior birra com o republicano é a forma como ele imitou um repórter do "New York Times" com artrogripose, condição congênita que pode fazer com que as mãos fiquem curvadas em forma de gancho, por exemplo. O motorista costumava transportar passageiros com deficiência. Do lado de dentro do hotel, sob anonimato, uma funcionária diz achar "absurdo" aquela "balbúrdia toda". "Claro que eu amaria ter mais direitos, mas prefiro ter um emprego do que nada. Vai acabar sobrando para a gente, que está aqui quietinha", diz. Na sequência, uma hóspede sonda o preço de um tratamento de beleza (hidratação facial, escova, manicure e pedicure) ofertado no local, o Summer Trumptations.
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Las Vegas tem 'protesto de food-trucks' contra Trump pouco antes de debateO muro do qual Donald Trump tanto fala estava lá. Só não era exatamente o que o presidenciável republicano tinha em mente ao prometer ampliar a muralha na divisa entre EUA e México. Uma fila de seis food-trucks, que ofereciam especialidades latinas, picanha e culinária asiática, formaram um paredão a metros da entrada do Trump International Hotel. O protesto aconteceu a poucas horas do terceiro e último debate entre Trump e a democrata Hillary Clinton, nesta quarta-feira (19), em Las Vegas. Mulheres usavam coroas de falso brilhante e a faixa "Miss Housekeeping" (miss faxineira), em referência à Miss Universo 1996, Alicia Machado, que diz ter sido assim chamada por Trump —por sua origem venezuelana— e também de Miss Piggy (miss porca), por ter engordado após o concurso. A manifestação foi organizada pelo sindicato local dos trabalhadores da área gastronômica, que representa cerca de 50 mil deles. Era solidária às camareiras do Trump Hotel, diz à Folha Resha Quintana, 32. Funcionários do hotel votaram a favor da sindicalização, mas o dono do estabelecimento não aceita isso. "A luta é por salários maiores e mais direitos." Cozinheira no hotel da MGM e de ascendência mexicana, Quintana reclama que a mídia, "mesmo a liberal", ajudou a estigmatizar a função, "como se a faxineira fosse algo deplorável". Enquanto ela fala, uma limousine com o adesivo "presidencial" na janela faz um buzinaço —impossível saber se em defesa ou repúdio à aglomeração, que a essa altura reúne dezenas de pessoas. A ventríloqua Abril Brooker, 33, não tem "o que dizer" sobre o empresário. Já pelos cotovelos fala Donald Tramp (trocadilho com o sobrenome do empresário e a palavra que em inglês significa "vagabunda"). É o boneco que ela manuseia e que, em sua opinião, deveria estar no debate no lugar do candidato. "Sou muito bom me conectando com os latinos! Vou comer tacos! Yo quiero Taco Bell", diz. A ironia remete a uma foto que Trump publicou no feriado mexicano Cinco de Mayo, comendo a iguaria do país em seu jato (na verdade, ela foi preparada por um chef irlandês do Trump Tower Grill, onde custa US$ 18, ou R$ 57). Tom Maran, motorista de ônibus aposentado, conta ter dirigido de Michigan até Las Vegas (mais de 3.000 km), "com esta cabeça na caçamba", para protestar contra o bilionário. Por pouco não perdeu a tal cabeça na estrada —uma máscara gigante, com um grande topete louro, feita por US$ 18 mil para "homenagear" Trump, usada por um amigo a seu lado. Maran afirma que, "entre tantas possíveis", sua maior birra com o republicano é a forma como ele imitou um repórter do "New York Times" com artrogripose, condição congênita que pode fazer com que as mãos fiquem curvadas em forma de gancho, por exemplo. O motorista costumava transportar passageiros com deficiência. Do lado de dentro do hotel, sob anonimato, uma funcionária diz achar "absurdo" aquela "balbúrdia toda". "Claro que eu amaria ter mais direitos, mas prefiro ter um emprego do que nada. Vai acabar sobrando para a gente, que está aqui quietinha", diz. Na sequência, uma hóspede sonda o preço de um tratamento de beleza (hidratação facial, escova, manicure e pedicure) ofertado no local, o Summer Trumptations.
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Confira lojas físicas e virtuais que são especializadas em bonsai
ANA LUIZA TIEGHI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA BONSAI KAI Desde 1995, comercializa bonsai e os materiais para o cultivo. Também tem cursos para interessados na técnica e serviço de hotel e hospital para as plantas. O bonsai de cerejeira silvestre sai por R$ 950. Rua Miranda Guerra, 1.530, Jardim Petrópolis. Tel.: (11) 5546-0620 CLUBE DO BONSAI Vende bonsai a partir de quatro anos e mudas de pré-bonsai, a partir de dois anos, além de vasos e acessórios para a técnica. Oferece cursos para iniciantes no cultivo. Fica na av. Pirajussara, 4.804, Butantã. Tel.: (11) 3031-4834 IDEAL BONSAI Loja gaúcha que envia bonsai e acessórios para o cultivo para todo o Brasil, por meio do seu e-commerce. No site também é possível baixar um e-book gratuito com dicas para manter seu bonsai. www.idealbonsai.com.br BONSAI MIZUNO Com cultivo em Santo André, a loja vende apenas pelo site www.bonsaimizuno.com.br. Desde 1995 ministra cursos para cultivar e aprender a escolher mudas de bonsai. ONODERA BONSAI POTS Ceramista especializado na criação de vasos para bonsai, feitos de forma artesanal. Também faz vasos por encomenda. Para comprar, acesse www.bonsaipots.com.br ou ligue (11) 99847-9557. O showroom fica na rua Renato de Castro, 23, casa 5, Vila Antônio.
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Confira lojas físicas e virtuais que são especializadas em bonsai ANA LUIZA TIEGHI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA BONSAI KAI Desde 1995, comercializa bonsai e os materiais para o cultivo. Também tem cursos para interessados na técnica e serviço de hotel e hospital para as plantas. O bonsai de cerejeira silvestre sai por R$ 950. Rua Miranda Guerra, 1.530, Jardim Petrópolis. Tel.: (11) 5546-0620 CLUBE DO BONSAI Vende bonsai a partir de quatro anos e mudas de pré-bonsai, a partir de dois anos, além de vasos e acessórios para a técnica. Oferece cursos para iniciantes no cultivo. Fica na av. Pirajussara, 4.804, Butantã. Tel.: (11) 3031-4834 IDEAL BONSAI Loja gaúcha que envia bonsai e acessórios para o cultivo para todo o Brasil, por meio do seu e-commerce. No site também é possível baixar um e-book gratuito com dicas para manter seu bonsai. www.idealbonsai.com.br BONSAI MIZUNO Com cultivo em Santo André, a loja vende apenas pelo site www.bonsaimizuno.com.br. Desde 1995 ministra cursos para cultivar e aprender a escolher mudas de bonsai. ONODERA BONSAI POTS Ceramista especializado na criação de vasos para bonsai, feitos de forma artesanal. Também faz vasos por encomenda. Para comprar, acesse www.bonsaipots.com.br ou ligue (11) 99847-9557. O showroom fica na rua Renato de Castro, 23, casa 5, Vila Antônio.
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