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Com venda recorde, Primavera Sound se destaca entre os festivais de música
O Primavera Sound é estranho. Não é abarrotado de gente com roupas exuberantes nem sofre da epidemia das selfies em momentos inoportunos, um fenômeno cada vez mais brasileiro. O Primavera Sound é um festival de música. Mas, ao mesmo tempo em que se consolida como um dos maiores eventos do gênero no mundo, com programação que combina nomes celebrados e apostas, o Primavera também já sofre as consequências de seu sucesso. Cresce espaço para bandas indie brasileiras no festival Em sua 16ª edição e reunindo 157 artistas entre os dias 1º e 5 de junho, o festival funciona como uma espécie de conto de fadas da Cinderela. Quem chega cedo se diverte com bandas pouco conhecidas em um cenário próximo ao mar, movimenta-se sem problemas no caminho entre os 13 palcos da programação principal e não encontra grandes filas para as barracas de comida. Já quando a noite chega –e nessa época do ano o Sol se vai por volta das 21h–, circular pelo Parc del Fòrum fica complicado, comer se torna um desafio e há uma proliferação de pessoas em estado de sobriedade discutível, principalmente britânicos, que enxergam Barcelona assim como os recém-formados no ensino médio encaram Porto Seguro (BA): um lugar para bebedeira e drogas. São reflexos de um evento que se expandiu de maneira impressionante. Segundo a organização, o público de 2016, considerando também as apresentações montadas em outros pontos da cidade, ultrapassou a marca de 200 mil pessoas. O número é 26 vezes maior do que o da primeira edição, realizada em 2001. E este ano, segundo o "El País", teve recorde de vendas: foi a primeira vez que os ingressos se esgotaram com quatro meses de antecedência. O Primavera Sound, porém, é um festival de música, e trazer o LCD Soundsystem, grupo nova-iorquino que descontrolou festas na década passada, e o Radiohead, atualmente a banda de rock mais relevante do mundo, não é pouco. No sábado (4), o evento ainda recebeu o beach boy Brian Wilson, que não só tocou o clássico pop "Pet Sounds" na íntegra, como fez da paisagem praiana de Barcelona uma Califórnia sessentista ao emendar faixas como "Surfin' USA" e "Don't Worry Baby". O registro, histórico, foi eclipsado por uma apresentação sem brilho, na qual o autor de obras de arte da música pop como "God Only Knows" parecida deslocado, com o olhar muitas vezes perdido em algum lugar no passado de abuso de drogas, remédios, e a infância traumática devido ao pai violento. Sentado em frente a um piano de cauda, Wilson pouco tocou o instrumento e viu Al Jardine, membro original dos Beach Boys, e seu filho, Matt Jardine, cuja voz impressiona pela similaridade à do pai, roubarem o show. Em outro polo, PJ Harvey, destaque do sábado (4), não fez um show, mas uma performance. Exuberante e teatral –desde a chegada dos músicos, como se fosse uma banda militar, até o fim, quando foram embora marchando–, a cantora britânica tocou repertório baseado em seu álbum mais recente, "The Hope Six Demolition Project", sem deixar canções como "Down By the Water" e "To Bring You My Love" de fora. No segundo pelotão de destaques, o Air, que vem ao Brasil em novembro, combinou hits como "Sexy Boy" e "La Femme d'Argent" a um palco elegante, no qual cinco caixas de LED coloriam os músicos. Quando as luzes estavam desligadas, as peças do cenário do duo francês refletiam a paisagem do festival que recebeu o LCD Soundsystem pela primeira vez há 13 anos, como lembrou o vocalista e criador da banda, James Murphy. Sob um globo de espelhos gigante, o grupo de batidas dance e vocais ora tranquilos ora raivosos voltou de um hiato de cinco anos com a mesma intensidade que o marcou. A tríade "Us vs. Them", "Daft Punk Is Playing at My House" e "I Can Change" abriu um show que se manteve firme até o fim, mesmo com o baixo volume das principais apresentações, reclamação constante do público. "New York I Love You But You're Bringing me Down", por exemplo, cuja introdução tem um piano sutil e frases quase sussurradas, foi um grande nada até a canção crescer e ganhar outros instrumentos. "Dance Yourself Clean" e "All My Friends" completaram uma apresentação repleta de músicas conhecidas. VIDEOCLIPES Os telões, diferentemente das transmissões que apenas registram os shows de maneira documental, exibiam lindas imagens, com desfoques e efeitos, como se fossem videoclipes editados ao vivo. Uma exceção foi durante o show do Radiohead, na sexta (3), no qual as telas replicavam os vídeos do cenário do quinteto de Oxford. Principal nome do Primavera Sound, a banda fez um show à altura de sua grandeza, enquanto as 55 mil pessoas que assistiram à apresentação estavam conectadas igualmente a todas as fases do grupo, seja ao passado de canções pop ou ao hermetismo dos álbuns mais recentes. Ao vivo é possível notar que, além do magnetismo de Thom Yorke, o que empurra o Radiohead são as linhas de baixo de Colin Greenwood e a bateria de Phil Selway, imprescindíveis para criar a atmosfera das canções. O combo inicial –"Burn the Witch", "Daydreaming", "Decks Dark", "Desert Island Disk" e "Ful Stop"–, todas do novo álbum, "A Moon Shaped Pool", ainda ganharão a mesma dimensão de clássicos como "Everything in Its Right Place" e "Lotus Flower" –a faixa da dancinha descontrolada de Yorke, reproduzida no show. Ainda assim, as faixas de "OK Computer", disco de 1997, foram as mais celebradas. "No Surprises", "Paranoid Android" e, principalmente, "Karma Police", que terminou com um coro da plateia gritando "I lost myself" repetidas vezes, só não foram superadas pela apelação que é tocar "Creep" para fechar o show. A versão lusitana –e reduzida– do Primavera Sound, no Porto, ocorre entre os dias 9 e 11 de junho.
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Com venda recorde, Primavera Sound se destaca entre os festivais de músicaO Primavera Sound é estranho. Não é abarrotado de gente com roupas exuberantes nem sofre da epidemia das selfies em momentos inoportunos, um fenômeno cada vez mais brasileiro. O Primavera Sound é um festival de música. Mas, ao mesmo tempo em que se consolida como um dos maiores eventos do gênero no mundo, com programação que combina nomes celebrados e apostas, o Primavera também já sofre as consequências de seu sucesso. Cresce espaço para bandas indie brasileiras no festival Em sua 16ª edição e reunindo 157 artistas entre os dias 1º e 5 de junho, o festival funciona como uma espécie de conto de fadas da Cinderela. Quem chega cedo se diverte com bandas pouco conhecidas em um cenário próximo ao mar, movimenta-se sem problemas no caminho entre os 13 palcos da programação principal e não encontra grandes filas para as barracas de comida. Já quando a noite chega –e nessa época do ano o Sol se vai por volta das 21h–, circular pelo Parc del Fòrum fica complicado, comer se torna um desafio e há uma proliferação de pessoas em estado de sobriedade discutível, principalmente britânicos, que enxergam Barcelona assim como os recém-formados no ensino médio encaram Porto Seguro (BA): um lugar para bebedeira e drogas. São reflexos de um evento que se expandiu de maneira impressionante. Segundo a organização, o público de 2016, considerando também as apresentações montadas em outros pontos da cidade, ultrapassou a marca de 200 mil pessoas. O número é 26 vezes maior do que o da primeira edição, realizada em 2001. E este ano, segundo o "El País", teve recorde de vendas: foi a primeira vez que os ingressos se esgotaram com quatro meses de antecedência. O Primavera Sound, porém, é um festival de música, e trazer o LCD Soundsystem, grupo nova-iorquino que descontrolou festas na década passada, e o Radiohead, atualmente a banda de rock mais relevante do mundo, não é pouco. No sábado (4), o evento ainda recebeu o beach boy Brian Wilson, que não só tocou o clássico pop "Pet Sounds" na íntegra, como fez da paisagem praiana de Barcelona uma Califórnia sessentista ao emendar faixas como "Surfin' USA" e "Don't Worry Baby". O registro, histórico, foi eclipsado por uma apresentação sem brilho, na qual o autor de obras de arte da música pop como "God Only Knows" parecida deslocado, com o olhar muitas vezes perdido em algum lugar no passado de abuso de drogas, remédios, e a infância traumática devido ao pai violento. Sentado em frente a um piano de cauda, Wilson pouco tocou o instrumento e viu Al Jardine, membro original dos Beach Boys, e seu filho, Matt Jardine, cuja voz impressiona pela similaridade à do pai, roubarem o show. Em outro polo, PJ Harvey, destaque do sábado (4), não fez um show, mas uma performance. Exuberante e teatral –desde a chegada dos músicos, como se fosse uma banda militar, até o fim, quando foram embora marchando–, a cantora britânica tocou repertório baseado em seu álbum mais recente, "The Hope Six Demolition Project", sem deixar canções como "Down By the Water" e "To Bring You My Love" de fora. No segundo pelotão de destaques, o Air, que vem ao Brasil em novembro, combinou hits como "Sexy Boy" e "La Femme d'Argent" a um palco elegante, no qual cinco caixas de LED coloriam os músicos. Quando as luzes estavam desligadas, as peças do cenário do duo francês refletiam a paisagem do festival que recebeu o LCD Soundsystem pela primeira vez há 13 anos, como lembrou o vocalista e criador da banda, James Murphy. Sob um globo de espelhos gigante, o grupo de batidas dance e vocais ora tranquilos ora raivosos voltou de um hiato de cinco anos com a mesma intensidade que o marcou. A tríade "Us vs. Them", "Daft Punk Is Playing at My House" e "I Can Change" abriu um show que se manteve firme até o fim, mesmo com o baixo volume das principais apresentações, reclamação constante do público. "New York I Love You But You're Bringing me Down", por exemplo, cuja introdução tem um piano sutil e frases quase sussurradas, foi um grande nada até a canção crescer e ganhar outros instrumentos. "Dance Yourself Clean" e "All My Friends" completaram uma apresentação repleta de músicas conhecidas. VIDEOCLIPES Os telões, diferentemente das transmissões que apenas registram os shows de maneira documental, exibiam lindas imagens, com desfoques e efeitos, como se fossem videoclipes editados ao vivo. Uma exceção foi durante o show do Radiohead, na sexta (3), no qual as telas replicavam os vídeos do cenário do quinteto de Oxford. Principal nome do Primavera Sound, a banda fez um show à altura de sua grandeza, enquanto as 55 mil pessoas que assistiram à apresentação estavam conectadas igualmente a todas as fases do grupo, seja ao passado de canções pop ou ao hermetismo dos álbuns mais recentes. Ao vivo é possível notar que, além do magnetismo de Thom Yorke, o que empurra o Radiohead são as linhas de baixo de Colin Greenwood e a bateria de Phil Selway, imprescindíveis para criar a atmosfera das canções. O combo inicial –"Burn the Witch", "Daydreaming", "Decks Dark", "Desert Island Disk" e "Ful Stop"–, todas do novo álbum, "A Moon Shaped Pool", ainda ganharão a mesma dimensão de clássicos como "Everything in Its Right Place" e "Lotus Flower" –a faixa da dancinha descontrolada de Yorke, reproduzida no show. Ainda assim, as faixas de "OK Computer", disco de 1997, foram as mais celebradas. "No Surprises", "Paranoid Android" e, principalmente, "Karma Police", que terminou com um coro da plateia gritando "I lost myself" repetidas vezes, só não foram superadas pela apelação que é tocar "Creep" para fechar o show. A versão lusitana –e reduzida– do Primavera Sound, no Porto, ocorre entre os dias 9 e 11 de junho.
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Nos 70 anos do biquíni, desenho original do conjunto volta à moda
No ano em que o biquíni completa 70 anos, a moda praia brasileira mostra que o conjunto de duas peças foi absorvido para além da areia. É do país, mais especificamente do Rio, de onde partem as inovações usadas sob o sol e sob a lua. Para o próximo verão, marcas influentes resgatam modelos que datam do primeiro conjunto idealizado por Louis Réard, em 1946. Lenny Niemeyer, Vix, Cia. Marítima, Adriana Degreas e Água de Coco, para citar algumas, subiram a cintura da calcinha e apostaram em tops, capas e saias. No novo aquário carioca, o AquaRio, as etiquetas mostraram suas propostas na última terça (11), no Elle Fashion Preview, um desfile organizado pela revista do Grupo Abril que dá nome ao evento. A passarela foi tomada por conjuntos brancos, cor escolhida como reflexo da temporada solar, com destaque para os de Niemeyer e Degreas. No desfile da primeira, "hotpants" –short-calcinha que cobre o umbigo– foram combinadas com faixas que remetem ao quimono japonês, base do pensamento da estilista. Já Degreas olhou para as arraias e criou maiôs texturizados, sobrepostos por uma capa triangular como o corpo do animal. Marca da capixaba Paula Hermanny, a Vix, por sua vez, aprimorou a calcinha "levanta bumbum" com modelagem que destaca o músculo das nádegas. (PD) O jornalista viajou a convite do evento Elle Fashion Preview
ilustrada
Nos 70 anos do biquíni, desenho original do conjunto volta à modaNo ano em que o biquíni completa 70 anos, a moda praia brasileira mostra que o conjunto de duas peças foi absorvido para além da areia. É do país, mais especificamente do Rio, de onde partem as inovações usadas sob o sol e sob a lua. Para o próximo verão, marcas influentes resgatam modelos que datam do primeiro conjunto idealizado por Louis Réard, em 1946. Lenny Niemeyer, Vix, Cia. Marítima, Adriana Degreas e Água de Coco, para citar algumas, subiram a cintura da calcinha e apostaram em tops, capas e saias. No novo aquário carioca, o AquaRio, as etiquetas mostraram suas propostas na última terça (11), no Elle Fashion Preview, um desfile organizado pela revista do Grupo Abril que dá nome ao evento. A passarela foi tomada por conjuntos brancos, cor escolhida como reflexo da temporada solar, com destaque para os de Niemeyer e Degreas. No desfile da primeira, "hotpants" –short-calcinha que cobre o umbigo– foram combinadas com faixas que remetem ao quimono japonês, base do pensamento da estilista. Já Degreas olhou para as arraias e criou maiôs texturizados, sobrepostos por uma capa triangular como o corpo do animal. Marca da capixaba Paula Hermanny, a Vix, por sua vez, aprimorou a calcinha "levanta bumbum" com modelagem que destaca o músculo das nádegas. (PD) O jornalista viajou a convite do evento Elle Fashion Preview
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Jornada multimídia de fotógrafas reconta tragédia em Mariana
NATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO A bordo de um carro emprestado e outro alugado, as fotógrafas paulistanas Aline Lata e Helena Wolfenson e uma equipe de produção pegaram a rodovia BR-381 neste domingo (3) em direção a Mariana (MG) cinco meses depois da tragédia que enterrou Bento Rodrigues debaixo de lama. A jornada será multimídia. A dupla fará um diário de bordo on-line. a ser preenchido com imagens, vídeos, áudios e texto para mostrar as impressões pelo caminho ou até mesmo "comentários levianos, como 'estamos colocando as malas no carro'". A motivação, no entanto, é séria. Elas partem atrás de respostas para o "crime ambiental", como elas designam o desastre subsequente ao rompimento de duas barragens da mineradora Samarco. O que vai acontecer com Bento Rodrigues, será mesmo reconstruído o subdistrito de Mariana (MG) e qual o futuro dos sobreviventes, são algumas das perguntas. A documentação diária será ao mesmo tempo arquivo de um curta-metragem com roteiro e direção de ambas. Com previsão de lançamento para agosto, ele apresentará a vida de Marlon e Ricardo, dois jovens ex-moradores de Bento Rodrigues, hoje, realocados em Mariana. O futuro vídeo é a segunda parte do projeto "Rastro de Lama", iniciado em 2015, com uma visita das idealizadoras ao local, 15 dias depois do desastre. Neste novo momento, Aline e Helena viajam novamente de São Paulo até o município mineiro para reencontrar os meninos. "Houve uma mudança radical na vida deles. Eles tinham plantações, animais, consumiam o que produziam. Agora, vivem no centro, um deles num apartamento. O retorno é para mostrar como tudo mudou", conta Helena. De lá, o plano é seguir com eles até Regência, no Espírito Santo, onde a lama proveniente do desastre alcançou o oceano. Ao interferir na vida dos protagonistas, as diretoras pretendem fugir da ideia da câmera invisível, que só observa. "Queremos ver a reação deles neste outro contexto. O primeiro lugar em que a lama caiu foi na casa deles, mas ela também chegou ao mar", diz. A produção foi viabilizada por meio de financiamento coletivo, com uma campanha que arrecadou cerca de R$ 53 mil. O orçamento apertado, segundo elas, não contempla muitos imprevistos. Portanto, contribuições ainda são bem-vindas (informe-se no e-mail docrastrodelama@gmail.com). A recompensa para os doadores é a inclusão de créditos no filme vindouro. (SEM) OUTRO LADO A princípio o projeto não contempla a perspectiva da Samarco. Informações relacionadas à empresa estão sendo retiradas do próprio site da mineradora, de notícias sobre o episódio e de especialistas ou pessoas com quem elas tiveram contato. "Posteriormente, devemos ouvir a empresa, políticos, pessoas envolvidas. Queremos ter esse respaldo, mas não necessariamente vamos ter isso em vídeo. Queríamos um viés mais subjetivo", explica Helena. Subjetivo, mas um tanto objetivo. Aline se prontifica: "sim, a gente fala que a tragédia foi um crime ambiental. A Samarco não vai falar isso. A gente fez uma escolha, até porque imparcialidade neste assunto é quase sem sentido". A escolha é contar a história de Ricardo e Marlon, e os desdobramentos das vidas desses jovens de 21 anos marcadas por uma mudança drástica não opcional. "E não é que a gente escolheu duas pessoas ativistas. Eles têm um lado ingênuo, adolescente, de querer jogar videogame e postar selfie. Não vamos esconder isso e forjar personagens. Vamos mostrá-los do jeito que são", adianta Helena. O projeto que toma forma não foi planejado desde o início. Ela lembra que a primeira visita foi quase um instinto de desvendar o que estava acontecendo. "Chegamos 'boiando' e a coisa foi se desenhando ali. A nossa relação também (elas se conheceram no caminho para Mariana por intermédio de uma amiga)". A ideia só se materializou em plano quando a dupla conheceu os meninos, como se estivesse buscando algo sem saber. A terceira e última etapa é a realização de um documentário —ainda sem prazo— com a proposta de acompanhar as transformações na vida dos personagens, a recuperação do meio ambiente e ao cronograma de indenização da mineradora. Cética, Aline já dá o spoiler: "é triste, mas a gente já sabe o fim desta história. Não existem respostas da Samarco, só evasivas. O documentário só busca garantir que essas perguntas sejam feitas".
saopaulo
Jornada multimídia de fotógrafas reconta tragédia em MarianaNATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO A bordo de um carro emprestado e outro alugado, as fotógrafas paulistanas Aline Lata e Helena Wolfenson e uma equipe de produção pegaram a rodovia BR-381 neste domingo (3) em direção a Mariana (MG) cinco meses depois da tragédia que enterrou Bento Rodrigues debaixo de lama. A jornada será multimídia. A dupla fará um diário de bordo on-line. a ser preenchido com imagens, vídeos, áudios e texto para mostrar as impressões pelo caminho ou até mesmo "comentários levianos, como 'estamos colocando as malas no carro'". A motivação, no entanto, é séria. Elas partem atrás de respostas para o "crime ambiental", como elas designam o desastre subsequente ao rompimento de duas barragens da mineradora Samarco. O que vai acontecer com Bento Rodrigues, será mesmo reconstruído o subdistrito de Mariana (MG) e qual o futuro dos sobreviventes, são algumas das perguntas. A documentação diária será ao mesmo tempo arquivo de um curta-metragem com roteiro e direção de ambas. Com previsão de lançamento para agosto, ele apresentará a vida de Marlon e Ricardo, dois jovens ex-moradores de Bento Rodrigues, hoje, realocados em Mariana. O futuro vídeo é a segunda parte do projeto "Rastro de Lama", iniciado em 2015, com uma visita das idealizadoras ao local, 15 dias depois do desastre. Neste novo momento, Aline e Helena viajam novamente de São Paulo até o município mineiro para reencontrar os meninos. "Houve uma mudança radical na vida deles. Eles tinham plantações, animais, consumiam o que produziam. Agora, vivem no centro, um deles num apartamento. O retorno é para mostrar como tudo mudou", conta Helena. De lá, o plano é seguir com eles até Regência, no Espírito Santo, onde a lama proveniente do desastre alcançou o oceano. Ao interferir na vida dos protagonistas, as diretoras pretendem fugir da ideia da câmera invisível, que só observa. "Queremos ver a reação deles neste outro contexto. O primeiro lugar em que a lama caiu foi na casa deles, mas ela também chegou ao mar", diz. A produção foi viabilizada por meio de financiamento coletivo, com uma campanha que arrecadou cerca de R$ 53 mil. O orçamento apertado, segundo elas, não contempla muitos imprevistos. Portanto, contribuições ainda são bem-vindas (informe-se no e-mail docrastrodelama@gmail.com). A recompensa para os doadores é a inclusão de créditos no filme vindouro. (SEM) OUTRO LADO A princípio o projeto não contempla a perspectiva da Samarco. Informações relacionadas à empresa estão sendo retiradas do próprio site da mineradora, de notícias sobre o episódio e de especialistas ou pessoas com quem elas tiveram contato. "Posteriormente, devemos ouvir a empresa, políticos, pessoas envolvidas. Queremos ter esse respaldo, mas não necessariamente vamos ter isso em vídeo. Queríamos um viés mais subjetivo", explica Helena. Subjetivo, mas um tanto objetivo. Aline se prontifica: "sim, a gente fala que a tragédia foi um crime ambiental. A Samarco não vai falar isso. A gente fez uma escolha, até porque imparcialidade neste assunto é quase sem sentido". A escolha é contar a história de Ricardo e Marlon, e os desdobramentos das vidas desses jovens de 21 anos marcadas por uma mudança drástica não opcional. "E não é que a gente escolheu duas pessoas ativistas. Eles têm um lado ingênuo, adolescente, de querer jogar videogame e postar selfie. Não vamos esconder isso e forjar personagens. Vamos mostrá-los do jeito que são", adianta Helena. O projeto que toma forma não foi planejado desde o início. Ela lembra que a primeira visita foi quase um instinto de desvendar o que estava acontecendo. "Chegamos 'boiando' e a coisa foi se desenhando ali. A nossa relação também (elas se conheceram no caminho para Mariana por intermédio de uma amiga)". A ideia só se materializou em plano quando a dupla conheceu os meninos, como se estivesse buscando algo sem saber. A terceira e última etapa é a realização de um documentário —ainda sem prazo— com a proposta de acompanhar as transformações na vida dos personagens, a recuperação do meio ambiente e ao cronograma de indenização da mineradora. Cética, Aline já dá o spoiler: "é triste, mas a gente já sabe o fim desta história. Não existem respostas da Samarco, só evasivas. O documentário só busca garantir que essas perguntas sejam feitas".
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Entenda a polêmica do parque Augusta, que reabriu ao público
DE SÃO PAULO O parque Augusta (na região central de São Paulo) reabriu as portas ao público na quarta (1º), após ter ficado um ano e meio fechado. A abertura do portão da rua Marquês de Paranaguá foi determinada em abril por meio de liminar (decisão temporária), concedida pela Justiça. O argumento é que o terreno de 24 mil metros quadrados deve ser livre para a passagem de pedestres. A área agora é aberta diariamente ao público das 8h às 18h, e os visitantes podem transitar pela parte do terreno onde está o bosque. O local, no entanto, continua sendo propriedade das construtoras Cyrela e Setin, que pretendem levantar três torres no local. Os empreendimentos devem ocupar cerca de 40% do terreno —mas ativistas defendem que toda a área seja preservada e efetivamente transformada em um parque. Abaixo, entenda a polêmica que envolve o terreno do parque Augusta. - 2004 O Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) tombou o terreno que possui árvores nativas da mata atlântica e que, de 1907 a 1967, abrigou o colégio feminino Des Oiseaux, onde estudaram Ruth Cardoso e Marta Suplicy. Em 1918, durante a epidemia da gripe espanhola, a escola funcionou como um hospital para crianças. * 2006 O Conpresp rejeita a construção de um hipermercado, que resultaria em 45 árvores derrubadas, no local. * 2008 Neste ano, o então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) aprovou decretou o terreno como utilidade pública. * 2011 Câmara Municipal aprova a criação de um parque no terreno. * 2013 O decreto de utilidade pública, realizado cinco anos antes, caduca. As construtoras Setin e Cyrela compram a área, e os portões são fechados ao público. Manifestantes fazem protestos e festivais para pedir a criação do parque. Em dezembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) aprova a criação do parque Augusta, mas faltam recursos para a desapropriação do terreno, que custaria R$ 70 milhões. * 2015 No dia 17 de janeiro, um grupo de 300 ativistas, favoráveis à inauguração do parque, ocupa a área. No dia 29, o Conpresp aprova a construção das três torres, com no máximo 45 metros cada, pois o empreendimento ocuparia cerca de 40% do terreno —o restante ainda seria destinado a ser uma área de fruição pública. Em fevereiro, a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público levantam a possibilidade de firmar um acordo para destinar à construção do parque parte das indenizações a serem recebidas por recursos desviados da cidade entre 1993 e 1998 —os bancos Citibank (dos EUA) e UBS (da Suíça) se comprometeram a pagar US$ 25 milhões. No começo de março, os quatro últimos ativistas que resistiam à Tropa de Choque foram retirados do local. A área é reintegrada e entregue às construtoras proprietárias. Em abril, a Justiça concedeu a liminar para a abertura de um dos três portões do parque. No dia 1º de julho, o portão da rua Marquês de Paranaguá, que dá acesso ao bosque, é aberto. A construção dos três prédios, no entanto, segue confirmada.
saopaulo
Entenda a polêmica do parque Augusta, que reabriu ao públicoDE SÃO PAULO O parque Augusta (na região central de São Paulo) reabriu as portas ao público na quarta (1º), após ter ficado um ano e meio fechado. A abertura do portão da rua Marquês de Paranaguá foi determinada em abril por meio de liminar (decisão temporária), concedida pela Justiça. O argumento é que o terreno de 24 mil metros quadrados deve ser livre para a passagem de pedestres. A área agora é aberta diariamente ao público das 8h às 18h, e os visitantes podem transitar pela parte do terreno onde está o bosque. O local, no entanto, continua sendo propriedade das construtoras Cyrela e Setin, que pretendem levantar três torres no local. Os empreendimentos devem ocupar cerca de 40% do terreno —mas ativistas defendem que toda a área seja preservada e efetivamente transformada em um parque. Abaixo, entenda a polêmica que envolve o terreno do parque Augusta. - 2004 O Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) tombou o terreno que possui árvores nativas da mata atlântica e que, de 1907 a 1967, abrigou o colégio feminino Des Oiseaux, onde estudaram Ruth Cardoso e Marta Suplicy. Em 1918, durante a epidemia da gripe espanhola, a escola funcionou como um hospital para crianças. * 2006 O Conpresp rejeita a construção de um hipermercado, que resultaria em 45 árvores derrubadas, no local. * 2008 Neste ano, o então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) aprovou decretou o terreno como utilidade pública. * 2011 Câmara Municipal aprova a criação de um parque no terreno. * 2013 O decreto de utilidade pública, realizado cinco anos antes, caduca. As construtoras Setin e Cyrela compram a área, e os portões são fechados ao público. Manifestantes fazem protestos e festivais para pedir a criação do parque. Em dezembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) aprova a criação do parque Augusta, mas faltam recursos para a desapropriação do terreno, que custaria R$ 70 milhões. * 2015 No dia 17 de janeiro, um grupo de 300 ativistas, favoráveis à inauguração do parque, ocupa a área. No dia 29, o Conpresp aprova a construção das três torres, com no máximo 45 metros cada, pois o empreendimento ocuparia cerca de 40% do terreno —o restante ainda seria destinado a ser uma área de fruição pública. Em fevereiro, a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público levantam a possibilidade de firmar um acordo para destinar à construção do parque parte das indenizações a serem recebidas por recursos desviados da cidade entre 1993 e 1998 —os bancos Citibank (dos EUA) e UBS (da Suíça) se comprometeram a pagar US$ 25 milhões. No começo de março, os quatro últimos ativistas que resistiam à Tropa de Choque foram retirados do local. A área é reintegrada e entregue às construtoras proprietárias. Em abril, a Justiça concedeu a liminar para a abertura de um dos três portões do parque. No dia 1º de julho, o portão da rua Marquês de Paranaguá, que dá acesso ao bosque, é aberto. A construção dos três prédios, no entanto, segue confirmada.
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Conselho estadual de Justiça seria corporativista, diz leitor
Oportuno o editorial sob o título CNJ a perigo, diante do risco de um real esvaziamento daquele órgão no que tange aos aspectos correcionais. Os magistrados brasileiros somente continuarão a se legitimar perante o povo para a condução de processos criminais como os que, por exemplo, envolvam membros do Executivo ou do Legislativo, se o Conselho Nacional de Justiça puder cumprir o seu papel constitucional. Ademais, se tanto lutou-se para o reconhecimento de que o Poder Judiciário é nacional, uno, soa despropositada a defesa de um conselho estritamente estadual. Soa mais do que isso: soa corporativista. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Conselho estadual de Justiça seria corporativista, diz leitorOportuno o editorial sob o título CNJ a perigo, diante do risco de um real esvaziamento daquele órgão no que tange aos aspectos correcionais. Os magistrados brasileiros somente continuarão a se legitimar perante o povo para a condução de processos criminais como os que, por exemplo, envolvam membros do Executivo ou do Legislativo, se o Conselho Nacional de Justiça puder cumprir o seu papel constitucional. Ademais, se tanto lutou-se para o reconhecimento de que o Poder Judiciário é nacional, uno, soa despropositada a defesa de um conselho estritamente estadual. Soa mais do que isso: soa corporativista. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Safra de trigo do Paraná fica 26% abaixo do esperado com clima ruim
Após uma série de adversidades climáticas, incluindo geadas, estiagens e chuvas em excesso, a safra de trigo do Paraná deste ano deve fechar quase 1 milhão de toneladas abaixo do inicialmente projetado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Deral (Departamento de Economia Rural do Estado). O Estado, principal produtor brasileiro de trigo, deverá colher em 2016/17 quase 2,3 milhões de toneladas do cereal, segundo o órgão vinculado à Secretaria de Agricultura paranaense. Em agosto, a estimativa era de 2,6 milhões de toneladas e, antes dos problemas com o clima, de 3,1 milhões de toneladas. Na safra 2015/16, a produção de trigo no Paraná foi de 3,48 milhões de toneladas, uma de suas maiores colheita. O Paraná responde por boa parte da produção de 5,2 milhões de toneladas esperada em 2017 pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para todo o país, que importa a maior parte de suas necessidades. As adversidades começaram em julho, quando fortes geadas afetaram 30% da área suscetível a perdas. No início de agosto, a seca agravou as perdas, enquanto chuvas no começo da colheita pioraram ainda mais a situação. A nova estimativa do Deral leva em consideração uma produtividade de 2,4 mil toneladas de trigo por hectare, em uma área de 962 mil hectares —até o momento, a colheita chega a 65%.
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Safra de trigo do Paraná fica 26% abaixo do esperado com clima ruimApós uma série de adversidades climáticas, incluindo geadas, estiagens e chuvas em excesso, a safra de trigo do Paraná deste ano deve fechar quase 1 milhão de toneladas abaixo do inicialmente projetado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Deral (Departamento de Economia Rural do Estado). O Estado, principal produtor brasileiro de trigo, deverá colher em 2016/17 quase 2,3 milhões de toneladas do cereal, segundo o órgão vinculado à Secretaria de Agricultura paranaense. Em agosto, a estimativa era de 2,6 milhões de toneladas e, antes dos problemas com o clima, de 3,1 milhões de toneladas. Na safra 2015/16, a produção de trigo no Paraná foi de 3,48 milhões de toneladas, uma de suas maiores colheita. O Paraná responde por boa parte da produção de 5,2 milhões de toneladas esperada em 2017 pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para todo o país, que importa a maior parte de suas necessidades. As adversidades começaram em julho, quando fortes geadas afetaram 30% da área suscetível a perdas. No início de agosto, a seca agravou as perdas, enquanto chuvas no começo da colheita pioraram ainda mais a situação. A nova estimativa do Deral leva em consideração uma produtividade de 2,4 mil toneladas de trigo por hectare, em uma área de 962 mil hectares —até o momento, a colheita chega a 65%.
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Em ano marcado por crise, cai arrecadação com multas às elétricas
Em um ano marcado por crises no setor elétrico, o governo Dilma Rousseff registrou em 2014 seu pior resultado na arrecadação de multas a geradoras, transmissoras, distribuidoras e comercializadoras de energia. Segundo levantamento feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a pedido da Folha, apesar da aplicação equivalente a R$ 309 milhões em sanções no ano passado, a agência só conseguiu receber, efetivamente, R$ 138 milhões, menos da metade do valor potencial. Esse montante registrado no ano, de acordo com a reguladora, inclui a quitação de multas emitidas em 2014 e também de anos anteriores, que vinham sendo proteladas por meio de recursos na própria agência ou na Justiça. Desde o início de janeiro, por causa da seca, as térmicas tiveram de ser ligadas em sua totalidade, aumentando custos para todo o setor. O problema fez a conta das distribuidoras de energia, por exemplo, chegar ao limite. Essas empresas tiveram de pedir socorro ao governo, aceitar uma ajuda do Tesouro e tomar dois empréstimos bancários bilionários. Com isso, a tentativa de adiar ao máximo o pagamento parece ter intensificado. Em 2013, a Aneel conseguiu recolher R$ 178 milhões, 29% a mais que no último ano. Em 2012 e 2011 as arrecadações também foram superiores: R$ 273,2 milhões e R$ 151,4 milhões, respectivamente. Considerando todo o primeiro mandato da presidente Dilma, a Aneel aplicou o equivalente a R$ 1,6 bilhão em multas, mas conseguiu recolher para os cofres públicos menos da metade. FINALIDADE Segundo a Aneel, os recursos obtidos com o pagamento de multas das empresas entram como receitas no fundo do setor elétrico, a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), de onde são pagos, por exemplo, subsídios para a baixa renda, programas sociais, como o Luz para Todos, e parte dos gastos extraordinários com usinas termelétricas. Além de engordar o caixa do setor, as punições aplicadas pela agência representam uma forma de pressionar as elétricas a melhorar a qualidade dos serviços ou mesmo tentar enquadrar obras de construção e ampliação de empreendimentos nos prazos previstos em contrato. Mas 2014 também foi um ano de menos punições. Foram aplicadas 248 multas até o dia 19 de dezembro. Em 2011, foram 241 multas ao longo do ano. Já em 2012 e 2013 foram 367 e 393 punições, respectivamente. OUTRO LADO A Aneel diz, porém, que a quantidade de multas e o valor lavrado não podem ser comparados ano a ano. A agência diz que a cada período fiscaliza aspectos diferentes das empresas. Há determinados anos em que o foco é sobre o aspecto econômico, como nos valores de investimentos declarados. Em outros, o objetivo é avaliar mais intensamente a área técnica, por exemplo, na realização de obras de infraestrutura. Essa alternância seria a responsável pela mudança de valores na arrecadação. A Aneel diz ainda que, desde 2010, a qualidade dos serviços na ponta, na entrega de energia ao consumidor, resulta em punições diretas, não contabilizadas nesses resultados e que geram compensações, como descontos na conta de luz. A agência reguladora disse também que "não há um motivo específico" para a redução no número de multas aplicadas e no valor recolhido no ano passado. "Como os agentes podem apresentar recursos administrativos questionando os motivos, os valores e o processo de fiscalização, entre outros, o processo punitivo pode se prolongar por um ou mais anos", além da apresentação de recursos judiciais.
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Em ano marcado por crise, cai arrecadação com multas às elétricasEm um ano marcado por crises no setor elétrico, o governo Dilma Rousseff registrou em 2014 seu pior resultado na arrecadação de multas a geradoras, transmissoras, distribuidoras e comercializadoras de energia. Segundo levantamento feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a pedido da Folha, apesar da aplicação equivalente a R$ 309 milhões em sanções no ano passado, a agência só conseguiu receber, efetivamente, R$ 138 milhões, menos da metade do valor potencial. Esse montante registrado no ano, de acordo com a reguladora, inclui a quitação de multas emitidas em 2014 e também de anos anteriores, que vinham sendo proteladas por meio de recursos na própria agência ou na Justiça. Desde o início de janeiro, por causa da seca, as térmicas tiveram de ser ligadas em sua totalidade, aumentando custos para todo o setor. O problema fez a conta das distribuidoras de energia, por exemplo, chegar ao limite. Essas empresas tiveram de pedir socorro ao governo, aceitar uma ajuda do Tesouro e tomar dois empréstimos bancários bilionários. Com isso, a tentativa de adiar ao máximo o pagamento parece ter intensificado. Em 2013, a Aneel conseguiu recolher R$ 178 milhões, 29% a mais que no último ano. Em 2012 e 2011 as arrecadações também foram superiores: R$ 273,2 milhões e R$ 151,4 milhões, respectivamente. Considerando todo o primeiro mandato da presidente Dilma, a Aneel aplicou o equivalente a R$ 1,6 bilhão em multas, mas conseguiu recolher para os cofres públicos menos da metade. FINALIDADE Segundo a Aneel, os recursos obtidos com o pagamento de multas das empresas entram como receitas no fundo do setor elétrico, a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), de onde são pagos, por exemplo, subsídios para a baixa renda, programas sociais, como o Luz para Todos, e parte dos gastos extraordinários com usinas termelétricas. Além de engordar o caixa do setor, as punições aplicadas pela agência representam uma forma de pressionar as elétricas a melhorar a qualidade dos serviços ou mesmo tentar enquadrar obras de construção e ampliação de empreendimentos nos prazos previstos em contrato. Mas 2014 também foi um ano de menos punições. Foram aplicadas 248 multas até o dia 19 de dezembro. Em 2011, foram 241 multas ao longo do ano. Já em 2012 e 2013 foram 367 e 393 punições, respectivamente. OUTRO LADO A Aneel diz, porém, que a quantidade de multas e o valor lavrado não podem ser comparados ano a ano. A agência diz que a cada período fiscaliza aspectos diferentes das empresas. Há determinados anos em que o foco é sobre o aspecto econômico, como nos valores de investimentos declarados. Em outros, o objetivo é avaliar mais intensamente a área técnica, por exemplo, na realização de obras de infraestrutura. Essa alternância seria a responsável pela mudança de valores na arrecadação. A Aneel diz ainda que, desde 2010, a qualidade dos serviços na ponta, na entrega de energia ao consumidor, resulta em punições diretas, não contabilizadas nesses resultados e que geram compensações, como descontos na conta de luz. A agência reguladora disse também que "não há um motivo específico" para a redução no número de multas aplicadas e no valor recolhido no ano passado. "Como os agentes podem apresentar recursos administrativos questionando os motivos, os valores e o processo de fiscalização, entre outros, o processo punitivo pode se prolongar por um ou mais anos", além da apresentação de recursos judiciais.
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Pescadores atingidos por lama já esperavam reparação antes de tragédia
Atingidos pela avalanche de lama que entrou no rio Doce após uma barragem se romper em Mariana (MG), os pescadores da divisa de Minas com o Espírito Santo já sabem: a tarefa mais difícil a partir de agora para os milhares de afetados pelo desastre ambiental será receber reparações para as perdas financeiras que tiveram. A pesca ali está suspensa indefinidamente. Não há previsão de quando poderá ser retomada. Os pescadores conhecem muito bem o que os espera: faz uma década que centenas deles aguardam compensação por danos causados à atividade econômica por uma usina hidrelétrica. Agora, eles e agricultores da região estão no centro de uma das principais discussões sobre o pós-tragédia: como reparar os milhares de atingidos, que estão num raio de mais de 552 km, de Mariana (MG) à praia da Regência, em Linhares, no litoral do Espírito Santo. Leia mais sobre essas e outras histórias no quarto capítulo do especial "O Caminho da Lama", que segue o rastro deixado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).
cotidiano
Pescadores atingidos por lama já esperavam reparação antes de tragédiaAtingidos pela avalanche de lama que entrou no rio Doce após uma barragem se romper em Mariana (MG), os pescadores da divisa de Minas com o Espírito Santo já sabem: a tarefa mais difícil a partir de agora para os milhares de afetados pelo desastre ambiental será receber reparações para as perdas financeiras que tiveram. A pesca ali está suspensa indefinidamente. Não há previsão de quando poderá ser retomada. Os pescadores conhecem muito bem o que os espera: faz uma década que centenas deles aguardam compensação por danos causados à atividade econômica por uma usina hidrelétrica. Agora, eles e agricultores da região estão no centro de uma das principais discussões sobre o pós-tragédia: como reparar os milhares de atingidos, que estão num raio de mais de 552 km, de Mariana (MG) à praia da Regência, em Linhares, no litoral do Espírito Santo. Leia mais sobre essas e outras histórias no quarto capítulo do especial "O Caminho da Lama", que segue o rastro deixado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).
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Receita Federal alerta contribuintes sobre sites falsos do Imposto de Renda
A Receita distribuiu nota alertando os contribuintes para a existência de páginas na internet que simulam o site oficial da instituição. "Essas páginas, embora visualmente muito semelhantes à original, são falsas e, portanto, não são fonte confiável de informações", diz a nota. Para se assegurar que está consultado o site correto, a Receita Federal recomenda que os contribuintes verifiquem se os endereços, assim como o de todos os sites governamentais, terminam com os termos ".gov.br". Para ir ao site correto da Receita o contribuinte tem três opções: www.rfb.gov.br, www.receita.fazenda.gov.br e idg.receita.fazenda.gov.br. 98 - Recebi ação judicial com depósito em março e dezembro de 2015, sem desconto de IR na fonte e com pagamento de contribuição previdenciária. Como declaro? (J.B.). Na ficha Rendimentos recebidos acumuladamente, informe a opção pela forma de tributação, o nome e o CNPJ da fonte pagadora, o valor do rendimento principal menos o valor pago ao advogado, o mês do recebimento e o número de meses da ação. Na ficha Pagamentos efetuados, informe os honorários pagos ao advogado (código 60), com nome e CPF dele. 99 - Tenho casa alugada na praia para temporada e recebo via imobiliária. Como informo essa renda? (L.L.T.). Informe na ficha Rendimentos tributáveis recebidos de PF/exterior, no quadro Outras Informações, campo Aluguéis, o valor recebido menos o pago a imobiliária. Nesse caso, informe o valor pago (código 71) na ficha Pagamentos efetuados. Não é preciso informar CPF do inquilino. 100 - Eu e minha mulher doamos alguns imóveis para nossa neta. Ela é minha dependente (guarda judicial). Devo fazer a declaração dela em separado ou ela ainda pode ser dependente? Devo informar os bens dela? (M.K.N.H.). Ela pode ser sua dependente. Informe os bens recebidos por ela por doação na ficha Bens e direitos. Discrimine que foi doação com usufruto e informe o valor no campo de 2015. Informe o mesmo valor na linha 10 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis (a beneficiária é a dependente). Na mesma ficha, nos imóveis que você doou, informe no campo Discriminação a doação; repita os valores nos campos de 2014 e deixe em branco os de 2015. 101 - Como declaro indenização recebida por danos morais? (R.A.S.). Informe na linha 24 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis. 102 - Minha mulher pagou contribuição ao INSS para sua mãe, que é diarista e recebe dinheiro quando faz faxinas. Como declaramos? (R.P.). Se sua mulher informar a mãe como dependente, terá de lançar os rendimentos da mãe na aba Dependentes da ficha Rendimentos tributáveis recebidos de PF/exterior, no campo Rendimento do trabalho não assalariado e a previdência social no quadro Outras informações. Se não informar a mãe como dependente, sua mulher não pode informar a contribuição na declaração dela (filha). 103 - Pago convênio médico para filha internada em hospital. Posso incluí-la como minha dependente? (P.J.). Sim, desde que ela tenha até 24 anos e curse ensino superior. Se ela não preencher esse requisito, não pode ser dependente e você não pode deduzir os pagamentos. Saiba mais sobre o IR folha.com/ir2016
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Receita Federal alerta contribuintes sobre sites falsos do Imposto de RendaA Receita distribuiu nota alertando os contribuintes para a existência de páginas na internet que simulam o site oficial da instituição. "Essas páginas, embora visualmente muito semelhantes à original, são falsas e, portanto, não são fonte confiável de informações", diz a nota. Para se assegurar que está consultado o site correto, a Receita Federal recomenda que os contribuintes verifiquem se os endereços, assim como o de todos os sites governamentais, terminam com os termos ".gov.br". Para ir ao site correto da Receita o contribuinte tem três opções: www.rfb.gov.br, www.receita.fazenda.gov.br e idg.receita.fazenda.gov.br. 98 - Recebi ação judicial com depósito em março e dezembro de 2015, sem desconto de IR na fonte e com pagamento de contribuição previdenciária. Como declaro? (J.B.). Na ficha Rendimentos recebidos acumuladamente, informe a opção pela forma de tributação, o nome e o CNPJ da fonte pagadora, o valor do rendimento principal menos o valor pago ao advogado, o mês do recebimento e o número de meses da ação. Na ficha Pagamentos efetuados, informe os honorários pagos ao advogado (código 60), com nome e CPF dele. 99 - Tenho casa alugada na praia para temporada e recebo via imobiliária. Como informo essa renda? (L.L.T.). Informe na ficha Rendimentos tributáveis recebidos de PF/exterior, no quadro Outras Informações, campo Aluguéis, o valor recebido menos o pago a imobiliária. Nesse caso, informe o valor pago (código 71) na ficha Pagamentos efetuados. Não é preciso informar CPF do inquilino. 100 - Eu e minha mulher doamos alguns imóveis para nossa neta. Ela é minha dependente (guarda judicial). Devo fazer a declaração dela em separado ou ela ainda pode ser dependente? Devo informar os bens dela? (M.K.N.H.). Ela pode ser sua dependente. Informe os bens recebidos por ela por doação na ficha Bens e direitos. Discrimine que foi doação com usufruto e informe o valor no campo de 2015. Informe o mesmo valor na linha 10 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis (a beneficiária é a dependente). Na mesma ficha, nos imóveis que você doou, informe no campo Discriminação a doação; repita os valores nos campos de 2014 e deixe em branco os de 2015. 101 - Como declaro indenização recebida por danos morais? (R.A.S.). Informe na linha 24 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis. 102 - Minha mulher pagou contribuição ao INSS para sua mãe, que é diarista e recebe dinheiro quando faz faxinas. Como declaramos? (R.P.). Se sua mulher informar a mãe como dependente, terá de lançar os rendimentos da mãe na aba Dependentes da ficha Rendimentos tributáveis recebidos de PF/exterior, no campo Rendimento do trabalho não assalariado e a previdência social no quadro Outras informações. Se não informar a mãe como dependente, sua mulher não pode informar a contribuição na declaração dela (filha). 103 - Pago convênio médico para filha internada em hospital. Posso incluí-la como minha dependente? (P.J.). Sim, desde que ela tenha até 24 anos e curse ensino superior. Se ela não preencher esse requisito, não pode ser dependente e você não pode deduzir os pagamentos. Saiba mais sobre o IR folha.com/ir2016
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Android libera assistente de voz em português para todos os celulares
A partir desta quinta-feira (17), chega ao Brasil um recurso aguardado pelos usuários do Android —um assistente pessoal que é capaz de ter conversas em português. O Android já conseguia entender alguns comandos, e, desde maio deste ano, o Assistente em português estava chegando aos poucos nos celulares dos brasileiros. Agora, todos que tiverem Android nas versões Nougat (7.0) e Marshmallow (6.0) podem usar o aplicativo (mais de 40% dos usuários do mundo). É um conceito igual ao da Siri, assistente popular do iOS. O Assistente do Google pode conversar a respeito de vários assuntos e ajudar a fazer buscas ou executar comandos do celular. O antecessor do Assistente no Android era o Google Now, que tinha recursos mais limitados.
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Android libera assistente de voz em português para todos os celularesA partir desta quinta-feira (17), chega ao Brasil um recurso aguardado pelos usuários do Android —um assistente pessoal que é capaz de ter conversas em português. O Android já conseguia entender alguns comandos, e, desde maio deste ano, o Assistente em português estava chegando aos poucos nos celulares dos brasileiros. Agora, todos que tiverem Android nas versões Nougat (7.0) e Marshmallow (6.0) podem usar o aplicativo (mais de 40% dos usuários do mundo). É um conceito igual ao da Siri, assistente popular do iOS. O Assistente do Google pode conversar a respeito de vários assuntos e ajudar a fazer buscas ou executar comandos do celular. O antecessor do Assistente no Android era o Google Now, que tinha recursos mais limitados.
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Curitiba tem o aeroporto mais bem avaliado do país em 2015
O Aeroporto de Curitiba (PR) recebeu as melhores notas dos passageiros na pesquisa permanente de Satisfação de Passageiros promovida pela Secretaria de Aviação Civil. No levamento realizado no último trimestre de 2015, o aeroporto administrado pela estatal Infraero teve nota média de 4,52 num ranking que vai até 5. A pesquisa avalia 47 itens nos 15 maiores aeroportos e ouve cerca de 50 mil passageiros ao ano. Os outros dois aeroportos mais bem avaliados do país estão no Estado de São Paulo: Campinas e Guarulhos, com notas de 4,48 e 4,41, respectivamente. Ambos são concedidos a operadores privados. Na média de todos os aeroportos, o país continua a ter um crescimento da avaliação positiva dos aeroportos. No trimestre passado, a nota média chegou a 4,16, a maior desde o início da pesquisa em 2013. O valor menor já registrado foi de 3,75. Dos 15 aeroportos, 12 estão com nota acima de 4, o que é considerado um bom indicador. Em 2013, apenas cinco unidades do país estavam com notas acima de 4. Segundo o ministro da Aviação Civil, Guilherme Ramalho, as notas têm subido na medida que os investimentos feitos pelos concessionários privados e pela Infraero ficam prontos. Quando as unidades estão em obras, as notas caem. Segundo ele, é necessário em 2016 investir na melhoria de itens que são permanentemente mal avaliados, como custo de transporte, alimentação e uso do wi-fi. "A pesquisa é feita para justamente dar mais transparência aos problemas e incentivar os concessionários para que adotem medidas", afirmou Ramalho. QUEDA Ramalho afirmou que a perspectiva para este ano é que o setor seja afetado pela crise e não tenha crescimento do número de passageiros, o que vinha ocorrendo com frequência desde o início da década passada. Em relação à qualidade de atendimento dos aeroportos, o ministro acredita que isso não terá efeito imediatos já que o processo de melhoria e aumento da infraestrutura é contínuo. A preocupação, segundo ele, é com a retomada do crescimento do número de passageiros. Ele confirmou que o governo está estudando mudanças nas regras de direitos do passageiros para incentivar a entrada de empresas de baixo custo no país. Segundo ele, medidas como o fim da obrigatoriedade de oferecer transporte de uma mala de até 23 kg por passageiros podem reduzir os preços e incentivar a entrada de novas companhias no país, ajudando assim a manter o crescimento do número de passageiros. "Queremos fazer isso sem tirar direitos. Mas queremos dar mais opções aos passageiros. Há um perfil de passageiros que prefere pagar menos e ter menos benefícios", afirmou Ramalho. que acredita que essas mudanças podem estar com os debates terminados até o fim desse semestre. PRINCIPAIS PROPOSTAS DE MUDANÇAS BAGAGEM Franquia de bagagem de mão: aumenta direito mínimo para 10kg (hoje o máximo é 5kg) Bagagem extraviada: redução de 30 para 7 dias em voos domésticos o Caso passageiros esteja fora do seu domicílio, extravio de bagagem gera pagamento imediato pela empresa de R$ 570 Flexibilização gradual da franquia de bagagem despachada (hoje o mínimo é 23 kg) DESISTÊNCIA OU CANCELAMENTO DA PASSAGEM Direito de desistência: até 24h da compra com 100% de reembolso Manutenção do trecho de retorno: se o passageiro cancelar a ida até 2h antes do voo Proibição de cumulação de multas de reembolso/cancelamento/remarcação Multas não poderão superar o valor da tarifa
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Curitiba tem o aeroporto mais bem avaliado do país em 2015O Aeroporto de Curitiba (PR) recebeu as melhores notas dos passageiros na pesquisa permanente de Satisfação de Passageiros promovida pela Secretaria de Aviação Civil. No levamento realizado no último trimestre de 2015, o aeroporto administrado pela estatal Infraero teve nota média de 4,52 num ranking que vai até 5. A pesquisa avalia 47 itens nos 15 maiores aeroportos e ouve cerca de 50 mil passageiros ao ano. Os outros dois aeroportos mais bem avaliados do país estão no Estado de São Paulo: Campinas e Guarulhos, com notas de 4,48 e 4,41, respectivamente. Ambos são concedidos a operadores privados. Na média de todos os aeroportos, o país continua a ter um crescimento da avaliação positiva dos aeroportos. No trimestre passado, a nota média chegou a 4,16, a maior desde o início da pesquisa em 2013. O valor menor já registrado foi de 3,75. Dos 15 aeroportos, 12 estão com nota acima de 4, o que é considerado um bom indicador. Em 2013, apenas cinco unidades do país estavam com notas acima de 4. Segundo o ministro da Aviação Civil, Guilherme Ramalho, as notas têm subido na medida que os investimentos feitos pelos concessionários privados e pela Infraero ficam prontos. Quando as unidades estão em obras, as notas caem. Segundo ele, é necessário em 2016 investir na melhoria de itens que são permanentemente mal avaliados, como custo de transporte, alimentação e uso do wi-fi. "A pesquisa é feita para justamente dar mais transparência aos problemas e incentivar os concessionários para que adotem medidas", afirmou Ramalho. QUEDA Ramalho afirmou que a perspectiva para este ano é que o setor seja afetado pela crise e não tenha crescimento do número de passageiros, o que vinha ocorrendo com frequência desde o início da década passada. Em relação à qualidade de atendimento dos aeroportos, o ministro acredita que isso não terá efeito imediatos já que o processo de melhoria e aumento da infraestrutura é contínuo. A preocupação, segundo ele, é com a retomada do crescimento do número de passageiros. Ele confirmou que o governo está estudando mudanças nas regras de direitos do passageiros para incentivar a entrada de empresas de baixo custo no país. Segundo ele, medidas como o fim da obrigatoriedade de oferecer transporte de uma mala de até 23 kg por passageiros podem reduzir os preços e incentivar a entrada de novas companhias no país, ajudando assim a manter o crescimento do número de passageiros. "Queremos fazer isso sem tirar direitos. Mas queremos dar mais opções aos passageiros. Há um perfil de passageiros que prefere pagar menos e ter menos benefícios", afirmou Ramalho. que acredita que essas mudanças podem estar com os debates terminados até o fim desse semestre. PRINCIPAIS PROPOSTAS DE MUDANÇAS BAGAGEM Franquia de bagagem de mão: aumenta direito mínimo para 10kg (hoje o máximo é 5kg) Bagagem extraviada: redução de 30 para 7 dias em voos domésticos o Caso passageiros esteja fora do seu domicílio, extravio de bagagem gera pagamento imediato pela empresa de R$ 570 Flexibilização gradual da franquia de bagagem despachada (hoje o mínimo é 23 kg) DESISTÊNCIA OU CANCELAMENTO DA PASSAGEM Direito de desistência: até 24h da compra com 100% de reembolso Manutenção do trecho de retorno: se o passageiro cancelar a ida até 2h antes do voo Proibição de cumulação de multas de reembolso/cancelamento/remarcação Multas não poderão superar o valor da tarifa
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São Paulo não tem fim nas lentes aéreas de Cássio Vasconcellos; assista
Especialista em imagens aéreas, Cássio Vasconcellos diz ter voado o Brasil inteiro. Mais que isso: relata no vídeo acima a experiência de voltar ao país em 15 dias numa viagem de helicóptero com origem no norte dos EUA. As imagens do fotógrafo ilustram "A Grande Invenção", reportagem que integra um especial da edição deste domingo (25) da revista sobre São Paulo, cidade que completa 461 anos de fundação nesta data. "O impressionante quando sobrevoamos por São Paulo é que não dá pra ver a cidade inteira. Você não vê o final da cidade em nenhum canto", relata o fotógrafo.
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São Paulo não tem fim nas lentes aéreas de Cássio Vasconcellos; assistaEspecialista em imagens aéreas, Cássio Vasconcellos diz ter voado o Brasil inteiro. Mais que isso: relata no vídeo acima a experiência de voltar ao país em 15 dias numa viagem de helicóptero com origem no norte dos EUA. As imagens do fotógrafo ilustram "A Grande Invenção", reportagem que integra um especial da edição deste domingo (25) da revista sobre São Paulo, cidade que completa 461 anos de fundação nesta data. "O impressionante quando sobrevoamos por São Paulo é que não dá pra ver a cidade inteira. Você não vê o final da cidade em nenhum canto", relata o fotógrafo.
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Após morte de jovem, governo de SP quer mais câmeras na Imigrantes
O secretário da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Mágino Alves Barbosa Filho, disse neste sábado (28), que vai pedir à Ecovias (concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes), a instalação de mais câmeras de monitoramento e iluminação mais ampla no trecho da rodovia dos Imigrantes, onde o estudante Reinaldo Lima de Souza Junior, 17, foi morto ao ser atingido por uma pedra na noite de quinta (26). Barbosa Filho fez o anúncio em uma entrevista coletiva com autoridades de segurança da Baixada Santista. A quadrilha agiu entre os quilômetros 58,5 e 59,5 (pista sul) bem próximo a um muro de três metros de altura erguido neste ano para dar mais segurança à via. No trecho, diz o secretário, já existe uma câmera de monitoramento, mas ela "não se mostrou suficiente para evitar aquele tipo de ocorrência." A Polícia Civil já analisou as imagens captadas, mas informou que não conseguiu verificar os bandidos por meio delas. "Aquela câmera não tem uma dedicação exclusiva para a segurança dos muros. Ela tem um uso compartilhado. Ela se dedica à segurança viária e à segurança do entorno". O secretário diz ainda que solicitará novas câmeras do início ao fim dos muros. "Nós podemos implantar, inclusive, o vídeo analítico que vai possibilitar a detecção de uma situação de risco com pessoas invadindo a pista ou o surgimento de um agrupamento de pessoas por de trás do muro, possibilitando uma reação da polícia no local". A melhora de iluminação será pedida para um trecho de dois quilômetros a partir do fim dos muros. "Nós vamos querer ali uma iluminação de um outro padrão, que possibilite uma maior segurança para os usuários da estrada", disse o titular da segurança paulista. O secretário também anunciou que vai pedir uma limpeza da área do entorno dos muros. Segundo ele, há uma obra que gera entulho naquele trecho. "Esse entulho pode ser o que foi utilizado para o arremesso dessas pedras nos veículos atingidos." Para o retorno deste feriado prolongado, Barbosa Filho garantiu que o patrulhamento será intensificado neste domingo (29) com uso, inclusive, de viatura de duas rodas, visando, segundo ele, "dar uma agilidade maior ainda no atendimento de eventuais ocorrências". INQUÉRITO O delegado Antônio Sérgio Messias, titular de Cubatão, disse que as investigações sobre os autores do crime estão "bem adiantadas". "Esperamos nas próximas horas prender esses suspeitos, que serão encaminhados para reconhecimento pelas pessoas que foram vítimas desse fato." Na noite desta sexta-feira (27), um retrato falado do suspeito de matar o estudante foi divulgado pela polícia. Messias não divulgou os locais de Cubatão onde as buscas ocorrem para não prejudicar as investigações.
cotidiano
Após morte de jovem, governo de SP quer mais câmeras na ImigrantesO secretário da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Mágino Alves Barbosa Filho, disse neste sábado (28), que vai pedir à Ecovias (concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes), a instalação de mais câmeras de monitoramento e iluminação mais ampla no trecho da rodovia dos Imigrantes, onde o estudante Reinaldo Lima de Souza Junior, 17, foi morto ao ser atingido por uma pedra na noite de quinta (26). Barbosa Filho fez o anúncio em uma entrevista coletiva com autoridades de segurança da Baixada Santista. A quadrilha agiu entre os quilômetros 58,5 e 59,5 (pista sul) bem próximo a um muro de três metros de altura erguido neste ano para dar mais segurança à via. No trecho, diz o secretário, já existe uma câmera de monitoramento, mas ela "não se mostrou suficiente para evitar aquele tipo de ocorrência." A Polícia Civil já analisou as imagens captadas, mas informou que não conseguiu verificar os bandidos por meio delas. "Aquela câmera não tem uma dedicação exclusiva para a segurança dos muros. Ela tem um uso compartilhado. Ela se dedica à segurança viária e à segurança do entorno". O secretário diz ainda que solicitará novas câmeras do início ao fim dos muros. "Nós podemos implantar, inclusive, o vídeo analítico que vai possibilitar a detecção de uma situação de risco com pessoas invadindo a pista ou o surgimento de um agrupamento de pessoas por de trás do muro, possibilitando uma reação da polícia no local". A melhora de iluminação será pedida para um trecho de dois quilômetros a partir do fim dos muros. "Nós vamos querer ali uma iluminação de um outro padrão, que possibilite uma maior segurança para os usuários da estrada", disse o titular da segurança paulista. O secretário também anunciou que vai pedir uma limpeza da área do entorno dos muros. Segundo ele, há uma obra que gera entulho naquele trecho. "Esse entulho pode ser o que foi utilizado para o arremesso dessas pedras nos veículos atingidos." Para o retorno deste feriado prolongado, Barbosa Filho garantiu que o patrulhamento será intensificado neste domingo (29) com uso, inclusive, de viatura de duas rodas, visando, segundo ele, "dar uma agilidade maior ainda no atendimento de eventuais ocorrências". INQUÉRITO O delegado Antônio Sérgio Messias, titular de Cubatão, disse que as investigações sobre os autores do crime estão "bem adiantadas". "Esperamos nas próximas horas prender esses suspeitos, que serão encaminhados para reconhecimento pelas pessoas que foram vítimas desse fato." Na noite desta sexta-feira (27), um retrato falado do suspeito de matar o estudante foi divulgado pela polícia. Messias não divulgou os locais de Cubatão onde as buscas ocorrem para não prejudicar as investigações.
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Cerimônia do Oscar terá Lady Gaga e show musical multimídia
A cerimônia do Oscar 2015, que será realizada no próximo domingo (22), em Los Angeles, terá apresentações de Lady Gaga, Jennifer Hudson, Common and John Legend, Adam Levine, Tegan & Sara, Tim McGraw, Jack Black e Anna Kendrick, disseram os produtores da festa, Nel Meron e Craig Zadan. Meron e Zadan, que por três anos consecutivos produzem a cerimônia, também foram os produtores de famosos musicais, como "A Noviça Rebelde ao Vivo", transmitido em dezembro de 2013 pela NBC Universal, e dos filmes "Hairspray" (2007) e "Chicago" (Oscar de melhor filme em 2003). Os produtores disseram à agência de notícias Associated Press que apresentarão também um número musical multimídia especial. "É algo que nunca fizemos antes", disse Zadan à agência de notícias. Além desse número musical, serão apresentadas ao vivo músicas das trilhas sonoras de filmes indicados ao Oscar. Common and Legend apresentarão sua canção "Glory", da trilha de "Selma", que concorre a melhor filme e melhor canção original. Adam Levine cantará "Lost Stars", do longa "Mesmo se Nada Der Certo", indicada ao prêmio de melhor canção. Disputando na mesma categoria, "Everything Is Awesome", de "Uma Aventura Lego", será apresentada por Tegan & Sara e The Lonely Island. E outra concorrente a melhor canção, "I'm Not Gonna Miss You", de Glen Campbell, será interpretada por Tim McGraw. A canção está no documentário "Glen Campbell...I'll Be Me", sobre a turnê de despedida do cantor country que luta contra o alzheimer. Os produtores não revelaram quais serão as canções interpretadas por outros músicos convidados para a cerimônia, como Lady Gaga, Jack Black e Anna Kendrick. A cerimônia do Oscar 2015 será apresentada pelo ator Neil Patrick Harris (o Barney, de "How I Met your Mother"). No Brasil, será transmitida ao vivo pela TNT, a partir das 20h30 do dia 22, e pela TV Globo.
ilustrada
Cerimônia do Oscar terá Lady Gaga e show musical multimídiaA cerimônia do Oscar 2015, que será realizada no próximo domingo (22), em Los Angeles, terá apresentações de Lady Gaga, Jennifer Hudson, Common and John Legend, Adam Levine, Tegan & Sara, Tim McGraw, Jack Black e Anna Kendrick, disseram os produtores da festa, Nel Meron e Craig Zadan. Meron e Zadan, que por três anos consecutivos produzem a cerimônia, também foram os produtores de famosos musicais, como "A Noviça Rebelde ao Vivo", transmitido em dezembro de 2013 pela NBC Universal, e dos filmes "Hairspray" (2007) e "Chicago" (Oscar de melhor filme em 2003). Os produtores disseram à agência de notícias Associated Press que apresentarão também um número musical multimídia especial. "É algo que nunca fizemos antes", disse Zadan à agência de notícias. Além desse número musical, serão apresentadas ao vivo músicas das trilhas sonoras de filmes indicados ao Oscar. Common and Legend apresentarão sua canção "Glory", da trilha de "Selma", que concorre a melhor filme e melhor canção original. Adam Levine cantará "Lost Stars", do longa "Mesmo se Nada Der Certo", indicada ao prêmio de melhor canção. Disputando na mesma categoria, "Everything Is Awesome", de "Uma Aventura Lego", será apresentada por Tegan & Sara e The Lonely Island. E outra concorrente a melhor canção, "I'm Not Gonna Miss You", de Glen Campbell, será interpretada por Tim McGraw. A canção está no documentário "Glen Campbell...I'll Be Me", sobre a turnê de despedida do cantor country que luta contra o alzheimer. Os produtores não revelaram quais serão as canções interpretadas por outros músicos convidados para a cerimônia, como Lady Gaga, Jack Black e Anna Kendrick. A cerimônia do Oscar 2015 será apresentada pelo ator Neil Patrick Harris (o Barney, de "How I Met your Mother"). No Brasil, será transmitida ao vivo pela TNT, a partir das 20h30 do dia 22, e pela TV Globo.
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Ao todo, 163 fundos têm R$ 521,6 mi em ativos da Oi, afirma consultoria
Um total de 163 fundos acumula volume de R$ 521,6 milhões em exposição a ativos da Oi, de acordo com estudo da consultoria Economática divulgado nesta terça-feira (21). A operadora Oi entrou com pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira (20) para dar início a uma nova rodada de negociação, agora com proteção judicial contra falência. Segundo o levantamento, a maior alocação —R$ 276,7 milhões— está em uma debênture (título de dívida emitido por empresas) com vencimento em 28 de março de 2019. Em seguida vem outra debênture, com R$ 230,1 milhões e vencimento em 28 de dezembro de 2018. As gestoras de bancos públicos têm a maior exposição em ativos da operadora. A BB DTVM, do Banco do Brasil, tem a maior posição, com R$ 403,94 milhões. Desse valor, R$ 400,7 milhões estão alocados em debêntures. A gestora da Caixa possui R$ 106,24 milhões —praticamente tudo em debêntures. Ambas são as únicas com posições nesses títulos emitidos pela Oi. Ao todo, R$ 11,3 milhões estão alocados em ações ordinárias —com direito a voto—, enquanto R$ 10,1 milhões estão em ações envolvidas em estratégia short (alugada de outro investidor e vendida com objetivo de recompra futura e entrega ao proprietário original). Ações ordinárias respondem pela maior parte do valor envolvido na estratégia, com R$ 6,62 milhões. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Com uma dívida de R$ 65,4 bilhões, o pedido de recuperação da Oi corre no Rio de Janeiro e, caso seja aceito, será o maior da história. A Oi é a maior operadora do Brasil em telefonia fixa, empatada com a Vivo (cada uma tem participação de 34,4%), e a quarta em celular, com 18,6% do mercado. A maior parte da dívida da Oi é financeira (cerca de R$ 50 bilhões). Entram ainda na conta cerca de R$ 14 bilhões em contingências -como multas da Anatel e discussões judiciais- e cerca de R$ 1,5 bilhão para fornecedores.
mercado
Ao todo, 163 fundos têm R$ 521,6 mi em ativos da Oi, afirma consultoriaUm total de 163 fundos acumula volume de R$ 521,6 milhões em exposição a ativos da Oi, de acordo com estudo da consultoria Economática divulgado nesta terça-feira (21). A operadora Oi entrou com pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira (20) para dar início a uma nova rodada de negociação, agora com proteção judicial contra falência. Segundo o levantamento, a maior alocação —R$ 276,7 milhões— está em uma debênture (título de dívida emitido por empresas) com vencimento em 28 de março de 2019. Em seguida vem outra debênture, com R$ 230,1 milhões e vencimento em 28 de dezembro de 2018. As gestoras de bancos públicos têm a maior exposição em ativos da operadora. A BB DTVM, do Banco do Brasil, tem a maior posição, com R$ 403,94 milhões. Desse valor, R$ 400,7 milhões estão alocados em debêntures. A gestora da Caixa possui R$ 106,24 milhões —praticamente tudo em debêntures. Ambas são as únicas com posições nesses títulos emitidos pela Oi. Ao todo, R$ 11,3 milhões estão alocados em ações ordinárias —com direito a voto—, enquanto R$ 10,1 milhões estão em ações envolvidas em estratégia short (alugada de outro investidor e vendida com objetivo de recompra futura e entrega ao proprietário original). Ações ordinárias respondem pela maior parte do valor envolvido na estratégia, com R$ 6,62 milhões. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Com uma dívida de R$ 65,4 bilhões, o pedido de recuperação da Oi corre no Rio de Janeiro e, caso seja aceito, será o maior da história. A Oi é a maior operadora do Brasil em telefonia fixa, empatada com a Vivo (cada uma tem participação de 34,4%), e a quarta em celular, com 18,6% do mercado. A maior parte da dívida da Oi é financeira (cerca de R$ 50 bilhões). Entram ainda na conta cerca de R$ 14 bilhões em contingências -como multas da Anatel e discussões judiciais- e cerca de R$ 1,5 bilhão para fornecedores.
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Leilão de imóveis de Alberto Youssef rende R$ 4,2 milhões à Justiça
O leilão de imóveis que pertenciam ao doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, rendeu R$ 4,2 milhões à Justiça nesta segunda-feira (13). O pregão foi uma determinação do juiz Sergio Moro, responsável pelos processos do caso em Curitiba. Os valores serão repassados à Petrobras, como uma forma de restituição pelos desvios do esquema de corrupção investigado na estatal. Os bens –um complexo imobiliário no Campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, e cotas do Connect Smart Hotel, em Salvador– foram avaliados em cerca de R$ 6 milhões. No primeiro pregão, porém, realizado há duas semanas, não houve lances. Os imóveis, então, foram leiloados pela metade do preço, como é de praxe em leilões judiciais. No Rio, o complexo de 1.620 m², avaliado inicialmente em R$ 3 milhões, foi arrematado por R$ 2,3 milhões. Já as cotas do Connect Smart Hotel, o antigo Web Hotel Salvador, avaliadas em R$ 3 milhões, foram divididas em nove lotes –cujos lances vencedores variaram entre R$ 278 mil e R$ 175 mil, totalizando R$ 1,8 milhão. Preso desde março de 2014 e segundo investigado da Lava Jato a fechar acordo de delação premiada, Youssef deve deixar a prisão em novembro deste ano.
poder
Leilão de imóveis de Alberto Youssef rende R$ 4,2 milhões à JustiçaO leilão de imóveis que pertenciam ao doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, rendeu R$ 4,2 milhões à Justiça nesta segunda-feira (13). O pregão foi uma determinação do juiz Sergio Moro, responsável pelos processos do caso em Curitiba. Os valores serão repassados à Petrobras, como uma forma de restituição pelos desvios do esquema de corrupção investigado na estatal. Os bens –um complexo imobiliário no Campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, e cotas do Connect Smart Hotel, em Salvador– foram avaliados em cerca de R$ 6 milhões. No primeiro pregão, porém, realizado há duas semanas, não houve lances. Os imóveis, então, foram leiloados pela metade do preço, como é de praxe em leilões judiciais. No Rio, o complexo de 1.620 m², avaliado inicialmente em R$ 3 milhões, foi arrematado por R$ 2,3 milhões. Já as cotas do Connect Smart Hotel, o antigo Web Hotel Salvador, avaliadas em R$ 3 milhões, foram divididas em nove lotes –cujos lances vencedores variaram entre R$ 278 mil e R$ 175 mil, totalizando R$ 1,8 milhão. Preso desde março de 2014 e segundo investigado da Lava Jato a fechar acordo de delação premiada, Youssef deve deixar a prisão em novembro deste ano.
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Eleitores desafiam rebeldes e vão às urnas na República Centro-Africana
Eleitores na República Centro-Africana vão às urnas neste domingo (13) em um referendo visto como crucial para o fim dos três anos de violência no país. O referendo, que é um ensaio para a eleição programada para o próximo dia 27 e que já foi adiada algumas vezes, que deve escolher um novo presidente e parlamento, restaurando a democracia. Neste domingo, a decisão é sobre a aprovação de uma nova constituição, que prevê a criação de um Senado e de força de segurança para assegurar a liberdade religiosa. A ex-colônia francesa está em conflito desde 2013, quando a milícia muçulmana Seleka tomou o controle da nação, de maioria cristã. Os abusos incitaram represálias de milícia cristã, chamada de anti-Balaka, endurecendo o conflito religioso que divide o país. Milhares de pessoas já morreram. Rebeldes tentam, porém, atrapalhar a votação e cancelar o processo. Tiros, explosões de granadas e ameaças foram registrados durante o dia de votação e impediram muitos eleitores de votar. Deve participar do referendo um total de dois milhões de cidadãos registrados. Eles votarão em mais de 5.500 locais.
mundo
Eleitores desafiam rebeldes e vão às urnas na República Centro-AfricanaEleitores na República Centro-Africana vão às urnas neste domingo (13) em um referendo visto como crucial para o fim dos três anos de violência no país. O referendo, que é um ensaio para a eleição programada para o próximo dia 27 e que já foi adiada algumas vezes, que deve escolher um novo presidente e parlamento, restaurando a democracia. Neste domingo, a decisão é sobre a aprovação de uma nova constituição, que prevê a criação de um Senado e de força de segurança para assegurar a liberdade religiosa. A ex-colônia francesa está em conflito desde 2013, quando a milícia muçulmana Seleka tomou o controle da nação, de maioria cristã. Os abusos incitaram represálias de milícia cristã, chamada de anti-Balaka, endurecendo o conflito religioso que divide o país. Milhares de pessoas já morreram. Rebeldes tentam, porém, atrapalhar a votação e cancelar o processo. Tiros, explosões de granadas e ameaças foram registrados durante o dia de votação e impediram muitos eleitores de votar. Deve participar do referendo um total de dois milhões de cidadãos registrados. Eles votarão em mais de 5.500 locais.
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Três suspeitos são baleados pela Polícia Militar; um morre
Um suspeito morreu e outros dois ficaram feridos após uma perseguição policial, na região do Campo Belo, zona sul de São Paulo, por volta da 1h30 desta terça-feira (26). Os três suspeitos estavam em um Hyundai HB20 roubado quando cruzaram com um bloqueio policial. Segundo a Polícia Militar, o motorista do carro furou o bloqueio e começou a fugir pela contramão na avenida Cupecê. A perseguição terminou em frente ao aeroporto de Congonhas, na avenida Washington Luís. Os suspeitos perderam o controle do carro e bateram em outro carro. Após o acidente, a PM disse que os suspeitos desembarcaram do veículo e começaram a atirar. Na troca de tiros, os três suspeitos foram baleados. Eles foram levados aos hospitais do Jabaquara e São Paulo, mas um não resistiu aos ferimentos e morreu. Nenhum policial militar ficou ferido. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). A avenida Washington Luís ficou parcialmente interditada, no sentido centro, até às 6h30.
cotidiano
Três suspeitos são baleados pela Polícia Militar; um morreUm suspeito morreu e outros dois ficaram feridos após uma perseguição policial, na região do Campo Belo, zona sul de São Paulo, por volta da 1h30 desta terça-feira (26). Os três suspeitos estavam em um Hyundai HB20 roubado quando cruzaram com um bloqueio policial. Segundo a Polícia Militar, o motorista do carro furou o bloqueio e começou a fugir pela contramão na avenida Cupecê. A perseguição terminou em frente ao aeroporto de Congonhas, na avenida Washington Luís. Os suspeitos perderam o controle do carro e bateram em outro carro. Após o acidente, a PM disse que os suspeitos desembarcaram do veículo e começaram a atirar. Na troca de tiros, os três suspeitos foram baleados. Eles foram levados aos hospitais do Jabaquara e São Paulo, mas um não resistiu aos ferimentos e morreu. Nenhum policial militar ficou ferido. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). A avenida Washington Luís ficou parcialmente interditada, no sentido centro, até às 6h30.
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'Função do homem público é buscar a concórdia', diz Temer na TV
Em entrevista ao programa de TV Preto no Branco, do jornalista Jorge Bastos Moreno, exibido no canal fechado TV Brasil, o vice presidente Michel Temer (PMDB) disse que a função do homem público é buscar "concórdia" e "aproximar desiguais". "Eu levo jeito para isso", disse Temer no programa que foi ao ar neste domingo (6). A resposta do vice foi dada após ser questionado sobre ser hoje o principal porta-voz do empresariado brasileiro junto ao governo. Temer disse que a afirmação não era "nem errada, nem certa" e que tem bom contato com o "empresariado e várias fontes sociais por não ter dificuldade de diálogo". "Faz parte da nossa formação democrática e que me levou sempre à ideia que a função do homem público muitas vezes é aproximar desiguais e não afastá-los", disse Temer. Temer não quis fazer prognósticos sobre seu futuro e negou que esteja articulando contra a presidente. Ele tentou explicar uma declaração polêmica dele, dada em agosto, quando disse que "alguém precisava unificar o país". Segundo o vice, essa declaração saiu dentro de um contexto de reconhecimento de que a crise era muito grave e que era necessário reunificar o país. "O alguém está no contexto de uma frase em que eu disse 'alguém precisa ter a capacidade de unificar o pensamento nacional' e por isso eu, como articulador político do governo tomo a liberdade de fazer um apelo à nação para que nós todos nos unamos e encontrarmos caminhos para essa crise", afirmou Temer. Questionado sobre esse alguém ser a presidente Dilma Rousseff e que a frase a excluía, Temer disse que a frase foi usada dessa maneira, inclusive por pessoas que foram à presidente, e que isso o ofendeu: "Deram-me o epíteto de asno. Eu sou tão burro que sou capaz de verbalizar uma coisa como essa. Se quisesse fazer isso [conspirar contra a presidente], jamais falaria", disse Temer. 2018 Questionado sobre apagar a luz do fim da aliança entre PT e PMDB, o vice reconheceu que a aliança está desgastada, mas não se sabe o que pode ocorrer mais à frente. Ele levantou a hipótese do PT apoiar o PMDB numa eventual candidatura do partido dele à presidente como um possível motivo para manutenção da aliança. Temer disse que é difícil fazer a três anos da eleição um prognóstico se o ex-presidente Lula (PT) vai ser mesmo candidato. Questionado sobre ser o candidato do partido, o vice respondeu: "Há figuras mais preciosas no PMDB do que eu. Prestei bons serviços ao partido. Isso depende das circunstâncias. Nem nego, nem deixo de aprovar. Na minha vida, nunca escolhi muito o que ia fazer. Eu era levado. Sinto-me muito à vontade [para concorrer] com o currículo que tenho", afirmou Temer lembrando que seu partido é agregador é que é uma característica que o país precisa nesse momento. COORDENADOR Temer afirmou que entregou a tarefa de coordenador político porque ele foi chamado para a função para aprovar o ajuste fiscal e que, quando terminou, já não havia mais sentido ficar. A própria presidente teria pedido para ele fazer 'uma articulação política mais ampla'. Quando questionado sobre a possibilidade de ter sido traído pelo próprio Planalto, que começou a fazer articulação direta com líderes do PMDB, paralela à dele, Temer afirmou que achou bom: "Desajustes acontecem em qualquer governo. Na vida pública temos que estar acima dos acontecimentos. Quando vi isso ocorrer, disse 'que coisa boa, o governo está encontrando seu caminho'. Abri a senda e agora as pessoas podem trabalhar. Prestei uma boa colaboração", afirmou Temer, dizendo que não teve problemas com o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Em relação à CPMF, Temer foi questionado sobre ter uma conversa dura com a presidente sobre o tema. Ele afirmou que suas palavras foram 'institucional' e 'francas', avisando à presidente que a proposta de emenda constitucional não poderia ser feita sem preparo para convencer a sociedade e o Congresso. "Acho que ela se impressionou com esses argumentos. Convenhamos, o governo não pode hoje ingressar com um pedido dessa natureza no Congresso", afirmou Temer. O vice defendeu que o orçamento de 2016 fosse mandado com déficit para que seja feito com transparência. Na análise dele, se o governo mandasse o orçamento prevendo a CPMF e o imposto não fosse aprovado, haveria uma derrota política e econômica. "Todos vão colaborar para encontrar uma solução [para o déficit]. A principal tarefa é do executivo, mas na sociedade como um todo e no Congresso, há uma disposição para ajudar o país". Sobre seu partido, o vice disse que reconhece que administrá-lo não é fácil. Ele defendeu os presidentes das Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos investigados na Operação Lava Jato, dizendo que nenhum dos dois teve sequer a denúncia aceita. Temer afirmou ainda que é preciso separar a operação da administração pública para não prejudicar o país.
poder
'Função do homem público é buscar a concórdia', diz Temer na TVEm entrevista ao programa de TV Preto no Branco, do jornalista Jorge Bastos Moreno, exibido no canal fechado TV Brasil, o vice presidente Michel Temer (PMDB) disse que a função do homem público é buscar "concórdia" e "aproximar desiguais". "Eu levo jeito para isso", disse Temer no programa que foi ao ar neste domingo (6). A resposta do vice foi dada após ser questionado sobre ser hoje o principal porta-voz do empresariado brasileiro junto ao governo. Temer disse que a afirmação não era "nem errada, nem certa" e que tem bom contato com o "empresariado e várias fontes sociais por não ter dificuldade de diálogo". "Faz parte da nossa formação democrática e que me levou sempre à ideia que a função do homem público muitas vezes é aproximar desiguais e não afastá-los", disse Temer. Temer não quis fazer prognósticos sobre seu futuro e negou que esteja articulando contra a presidente. Ele tentou explicar uma declaração polêmica dele, dada em agosto, quando disse que "alguém precisava unificar o país". Segundo o vice, essa declaração saiu dentro de um contexto de reconhecimento de que a crise era muito grave e que era necessário reunificar o país. "O alguém está no contexto de uma frase em que eu disse 'alguém precisa ter a capacidade de unificar o pensamento nacional' e por isso eu, como articulador político do governo tomo a liberdade de fazer um apelo à nação para que nós todos nos unamos e encontrarmos caminhos para essa crise", afirmou Temer. Questionado sobre esse alguém ser a presidente Dilma Rousseff e que a frase a excluía, Temer disse que a frase foi usada dessa maneira, inclusive por pessoas que foram à presidente, e que isso o ofendeu: "Deram-me o epíteto de asno. Eu sou tão burro que sou capaz de verbalizar uma coisa como essa. Se quisesse fazer isso [conspirar contra a presidente], jamais falaria", disse Temer. 2018 Questionado sobre apagar a luz do fim da aliança entre PT e PMDB, o vice reconheceu que a aliança está desgastada, mas não se sabe o que pode ocorrer mais à frente. Ele levantou a hipótese do PT apoiar o PMDB numa eventual candidatura do partido dele à presidente como um possível motivo para manutenção da aliança. Temer disse que é difícil fazer a três anos da eleição um prognóstico se o ex-presidente Lula (PT) vai ser mesmo candidato. Questionado sobre ser o candidato do partido, o vice respondeu: "Há figuras mais preciosas no PMDB do que eu. Prestei bons serviços ao partido. Isso depende das circunstâncias. Nem nego, nem deixo de aprovar. Na minha vida, nunca escolhi muito o que ia fazer. Eu era levado. Sinto-me muito à vontade [para concorrer] com o currículo que tenho", afirmou Temer lembrando que seu partido é agregador é que é uma característica que o país precisa nesse momento. COORDENADOR Temer afirmou que entregou a tarefa de coordenador político porque ele foi chamado para a função para aprovar o ajuste fiscal e que, quando terminou, já não havia mais sentido ficar. A própria presidente teria pedido para ele fazer 'uma articulação política mais ampla'. Quando questionado sobre a possibilidade de ter sido traído pelo próprio Planalto, que começou a fazer articulação direta com líderes do PMDB, paralela à dele, Temer afirmou que achou bom: "Desajustes acontecem em qualquer governo. Na vida pública temos que estar acima dos acontecimentos. Quando vi isso ocorrer, disse 'que coisa boa, o governo está encontrando seu caminho'. Abri a senda e agora as pessoas podem trabalhar. Prestei uma boa colaboração", afirmou Temer, dizendo que não teve problemas com o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Em relação à CPMF, Temer foi questionado sobre ter uma conversa dura com a presidente sobre o tema. Ele afirmou que suas palavras foram 'institucional' e 'francas', avisando à presidente que a proposta de emenda constitucional não poderia ser feita sem preparo para convencer a sociedade e o Congresso. "Acho que ela se impressionou com esses argumentos. Convenhamos, o governo não pode hoje ingressar com um pedido dessa natureza no Congresso", afirmou Temer. O vice defendeu que o orçamento de 2016 fosse mandado com déficit para que seja feito com transparência. Na análise dele, se o governo mandasse o orçamento prevendo a CPMF e o imposto não fosse aprovado, haveria uma derrota política e econômica. "Todos vão colaborar para encontrar uma solução [para o déficit]. A principal tarefa é do executivo, mas na sociedade como um todo e no Congresso, há uma disposição para ajudar o país". Sobre seu partido, o vice disse que reconhece que administrá-lo não é fácil. Ele defendeu os presidentes das Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos investigados na Operação Lava Jato, dizendo que nenhum dos dois teve sequer a denúncia aceita. Temer afirmou ainda que é preciso separar a operação da administração pública para não prejudicar o país.
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Confira o que abre e fecha em SP no feriado de Nossa Senhora Aparecida
Devido ao feriado de 12 de outubro, quando se comemora o Dia de Nossa Senhora Aparecida e da Criança, serviços e centros de comércio de São Paulo funcionarão em esquema especial na cidade. Confira a programação prevista para esta quarta-feira (12). A Basília de Nossa Senhora Aparecida, no município de Aparecida, no interior paulista, espera receber cerca de 160 mil pessoas nesta quarta (12), quando é celebrada a Festa da Padroeira do Brasil. O santuário é o maior templo católico do Brasil. Feriado - Abre e fecha
cotidiano
Confira o que abre e fecha em SP no feriado de Nossa Senhora AparecidaDevido ao feriado de 12 de outubro, quando se comemora o Dia de Nossa Senhora Aparecida e da Criança, serviços e centros de comércio de São Paulo funcionarão em esquema especial na cidade. Confira a programação prevista para esta quarta-feira (12). A Basília de Nossa Senhora Aparecida, no município de Aparecida, no interior paulista, espera receber cerca de 160 mil pessoas nesta quarta (12), quando é celebrada a Festa da Padroeira do Brasil. O santuário é o maior templo católico do Brasil. Feriado - Abre e fecha
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Justiça decreta falência de firma de candidato que diz ser empresário, e não político, em BH
JOSÉ MARQUES DE BELO HORIZONTE A Justiça de Minas Gerais decretou a falência da Erkal Engenharia, empresa de Alexandre Kalil (PHS), candidato à Prefeitura de Belo Horizonte que tem destacado em campanha que não é político, e sim empresário. A Erkal foi fundada pela família do candidato e é seu patrimônio mais conhecido. A falência foi decretada porque a empresa tinha um débito de R$ 88 mil. Kalil afirma que recorre da sentença. Segundo a juíza Soraya Brasileiro Teixeira, a decisão, assinada no último dia 20, foi tomada por causa de uma "dívida de contrato de prestação de serviço de transporte de pessoal". Ela desconsiderou os argumentos da defesa da Erkal e disse que a empresa tenta "postergar um pagamento que se arrasta há anos". "E nem se diga que o requerente está coagindo a empresa para obter quitação, pois, resta patente as inúmeras tentativas de solução da questão sem sucesso", afirma a magistrada. Em resposta divulgada na internet, Kalil afirma que o pedido de decretação de falência foi uma "tática suja" e "desespero" de seus adversários. "A uma semana das eleições conseguiram pedir a falência de uma das minhas empresas que tinha bens e garantias no valor de R$ 23.000. Claro que nós vamos entrar com recursos, claro que nós vamos interromper isso que aconteceu", afirmou. AÇÃO PENAL A Erkal já é alvo de outra decisão judicial. Kalil foi condenado na Justiça Federal sob acusação de apropriação indébita previdenciária por ter, segundo denúncia, deixado de repassar ao INSS contribuições recolhidas de funcionários na empresa. Ele também recorre da decisão. Em nota do começo da campanha, ele disse que "não comentará o processo em curso e manifesta sua confiança de que tudo será devidamente esclarecido no Judiciário". Em segundo lugar nas pesquisas, Kalil tem sido constantemente questionado pelos adversários em debates e no horário eleitoral por conta das ações que correm contra a empresa.
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Justiça decreta falência de firma de candidato que diz ser empresário, e não político, em BHJOSÉ MARQUES DE BELO HORIZONTE A Justiça de Minas Gerais decretou a falência da Erkal Engenharia, empresa de Alexandre Kalil (PHS), candidato à Prefeitura de Belo Horizonte que tem destacado em campanha que não é político, e sim empresário. A Erkal foi fundada pela família do candidato e é seu patrimônio mais conhecido. A falência foi decretada porque a empresa tinha um débito de R$ 88 mil. Kalil afirma que recorre da sentença. Segundo a juíza Soraya Brasileiro Teixeira, a decisão, assinada no último dia 20, foi tomada por causa de uma "dívida de contrato de prestação de serviço de transporte de pessoal". Ela desconsiderou os argumentos da defesa da Erkal e disse que a empresa tenta "postergar um pagamento que se arrasta há anos". "E nem se diga que o requerente está coagindo a empresa para obter quitação, pois, resta patente as inúmeras tentativas de solução da questão sem sucesso", afirma a magistrada. Em resposta divulgada na internet, Kalil afirma que o pedido de decretação de falência foi uma "tática suja" e "desespero" de seus adversários. "A uma semana das eleições conseguiram pedir a falência de uma das minhas empresas que tinha bens e garantias no valor de R$ 23.000. Claro que nós vamos entrar com recursos, claro que nós vamos interromper isso que aconteceu", afirmou. AÇÃO PENAL A Erkal já é alvo de outra decisão judicial. Kalil foi condenado na Justiça Federal sob acusação de apropriação indébita previdenciária por ter, segundo denúncia, deixado de repassar ao INSS contribuições recolhidas de funcionários na empresa. Ele também recorre da decisão. Em nota do começo da campanha, ele disse que "não comentará o processo em curso e manifesta sua confiança de que tudo será devidamente esclarecido no Judiciário". Em segundo lugar nas pesquisas, Kalil tem sido constantemente questionado pelos adversários em debates e no horário eleitoral por conta das ações que correm contra a empresa.
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Instituto Lula gastou R$ 653 mil com aviões e recebeu doações de bancos
O Instituto Lula gastou R$ 653 mil com locação de aviões e teve quatro grandes bancos e a controladora da Friboi como alguns de seus mais importantes financiadores, de acordo com a quebra de sigilo feita pela Receita Federal. As informações estão em documentos anexados à investigação da Operação Lava Jato, que tiveram o sigilo levantado pela Justiça Federal na quarta-feira (16). Na análise, são elencados os principais financiadores do instituto, entre empreiteiras, bancos e firmas de grandes empresários do país. A construtora Camargo Corrêa foi a maior doadora da entidade no período de 2011 a 2014, com R$ 4,75 milhões. Outras empreiteiras envolvidas na Lava Jato, como Odebrecht e Queiroz Galvão, estão entre as cinco maiores financiadoras no período. Os investigadores da Lava Jato levantaram suspeitas sobre as motivações dessas empresas para os pagamentos. A maior doadora não empreiteira é a J&F Investimentos, que controla o grupo JBS e marcas como Friboi e Swift, com R$ 2,5 milhões. A PAIC Participações, do empresário Abílio Diniz, doou R$ 2 milhões. De acordo com os dados da Receita, quatro grandes bancos deram ao instituto do ex-presidente mais de R$ 1 milhão cada um: Bradesco, Santander, Itaú e BTG/Pactual. O total de doações para a entidade, no período 2011 a 2014, foi R$ 34,9 milhões. AVIÕES Na parte do relatório que aborda os gastos do instituto, há dois pagamentos para duas empresas de locação de aeronaves que somam R$ 653 mil. Os dois repasses foram feitos em junho de 2011. Em depoimento à PF, no dia em que foi alvo de mandado de condução coercitiva, Lula disse que não viajava em aviões de carreira para fazer palestras. "Se quiser me contratar tem que pagar avião, senão não contrata", falou, na ocasião. Entre outras empresas que receberam do instituto, estão firmas de assessores próximos do ex-presidente e que trabalhavam para a entidade. OUTRO LADO Procurado, o Instituto Lula disse que cedeu os dados para a Receita em janeiro e que não há irregularidades nas atividades. Disse ainda que usa os recursos para a manutenção de atividades, que incluem pagamento dos seus funcionários e deslocamento de viagens de trabalho. O instituto cita como exemplos eventos promovidos na Etiópia, com a União Africana de nações, e no Chile, com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
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Instituto Lula gastou R$ 653 mil com aviões e recebeu doações de bancosO Instituto Lula gastou R$ 653 mil com locação de aviões e teve quatro grandes bancos e a controladora da Friboi como alguns de seus mais importantes financiadores, de acordo com a quebra de sigilo feita pela Receita Federal. As informações estão em documentos anexados à investigação da Operação Lava Jato, que tiveram o sigilo levantado pela Justiça Federal na quarta-feira (16). Na análise, são elencados os principais financiadores do instituto, entre empreiteiras, bancos e firmas de grandes empresários do país. A construtora Camargo Corrêa foi a maior doadora da entidade no período de 2011 a 2014, com R$ 4,75 milhões. Outras empreiteiras envolvidas na Lava Jato, como Odebrecht e Queiroz Galvão, estão entre as cinco maiores financiadoras no período. Os investigadores da Lava Jato levantaram suspeitas sobre as motivações dessas empresas para os pagamentos. A maior doadora não empreiteira é a J&F Investimentos, que controla o grupo JBS e marcas como Friboi e Swift, com R$ 2,5 milhões. A PAIC Participações, do empresário Abílio Diniz, doou R$ 2 milhões. De acordo com os dados da Receita, quatro grandes bancos deram ao instituto do ex-presidente mais de R$ 1 milhão cada um: Bradesco, Santander, Itaú e BTG/Pactual. O total de doações para a entidade, no período 2011 a 2014, foi R$ 34,9 milhões. AVIÕES Na parte do relatório que aborda os gastos do instituto, há dois pagamentos para duas empresas de locação de aeronaves que somam R$ 653 mil. Os dois repasses foram feitos em junho de 2011. Em depoimento à PF, no dia em que foi alvo de mandado de condução coercitiva, Lula disse que não viajava em aviões de carreira para fazer palestras. "Se quiser me contratar tem que pagar avião, senão não contrata", falou, na ocasião. Entre outras empresas que receberam do instituto, estão firmas de assessores próximos do ex-presidente e que trabalhavam para a entidade. OUTRO LADO Procurado, o Instituto Lula disse que cedeu os dados para a Receita em janeiro e que não há irregularidades nas atividades. Disse ainda que usa os recursos para a manutenção de atividades, que incluem pagamento dos seus funcionários e deslocamento de viagens de trabalho. O instituto cita como exemplos eventos promovidos na Etiópia, com a União Africana de nações, e no Chile, com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
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Em ato pró-PT, Lula se oferece para ser candidato em 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em ato na quadra Sindicato dos Bancários na noite desta sexta (4) que está "vivo", numa referência à disputa presidencial de 2018. "Cutucaram o cão com vara curta e, portanto, quero me oferecer a vocês", afirmou Lula. "A partir de hoje, a resposta que posso dar é ir para as ruas e dizer: "estou vivo e sou mais honesto do que vocês". Classificando a ação desta sexta-feira como uma "provocação banal e imbecil" e dizendo-se vítima de um "sequestro", Lula afirmou ser mais honesto do que o juiz Sergio Moro. "Pode pegar o Procurador-Geral da República, pode pegar o doutor Moro, pode pegar o delegado da Polícia Federal e juntar todos eles. Se eles forem R$ 1 mais honestos do que eu, desisto da vida pública." Lula chorou várias vezes diante de milhares de militantes do PT que lotaram a quadra do sindicato, no centro de São Paulo, num ato em homenagem a ele e contra as investigações da Operação Lava Jato. O petista foi recebido sob aplausos e gritaria por volta das 20h30. Até a noite desta sexta, estimativa de público feita pelo Sindicato dos Bancários era de 5.000 pessoas. Lideranças do PT, incluindo o presidente do partido Rui Falcão e o prefeito Fernando Haddad, estavam presentes. "Transformaram minha importância política à subordinação a empresas envolvidas na Lava Jato." Lula afirmou também que se quiserem o derrotar, terão de o "enfrentar nas ruas desse país". "Quero comunicar aos dirigentes que estão aqui que, A partir de segunda-feira, estou disposto a viajar esse país do Oiapoque ao Chuí. Se alguém pensa que vai me calar com perseguição e denúncia, vou falar que sobrevivi à fome. Não sou vingativo e não carregou ódio na minha alma, mas quero dizer que tenho consciência do que posso fazer por esse povo e tenho consciência do que eles querem comigo." "Se vocês estão precisando de alguém para comandar a tropa, está aqui." CHORO "Hoje é o dia da indignação para mim. Já sofri muito, fui preso quando era presidente do sindicato dos metalúrgicos, já perdi eleições. Em todas as vezes que sofri revés, me comportei como democrata", disse o ex-presidente, em meio a gritos de "olê, olá, Lula". Lula disse ser vítima das elites e de manipulações midiáticas. "No meu governo, os negros começaram a ser mais respeitados, a juventude da periferia também. As pessoas começaram a ter acesso à universidade. Os aposentados passaram a receber aumento real de salário, o salário mínimo aumentou e sei que isso incomodava as elites. Banqueiro ganhou no meu governo, mas os trabalhadores nunca ganharam como ganharam", afirmou. O choro ocorreu nos momentos em que o petista falou sobre a ascensão social de negros e pobres, de quando recebeu minorias no palácio do planalto e quando mencionou a eleição de Dilma. Ao final de seu discurso de quase uma hora, em que também se defendeu das acusações, declarou em tom de desafio: "cutucaram o cão com vara curta". A manifestação serviu para divulgar também atos nos próximos dias 8, 18 e 31 de março. Espalhadas pela quadra havia dezenas de faixas em protesto contra a nova fase da Operação Lava Jato na qual Lula e os filhos dele foram levados à Polícia Federal para prestar depoimento. "1964 nunca mais", dizia um dos cartazes. A plenária tinha como mote a frase "não vai ter golpe", como os petistas estão chamando a possibilidade de impeachment de Dilma. Nos discursos, todos falavam de Lula como "reserva moral em defesa do povo". DISCURSOS O primeiro a discursar foi o senador petista Lindbergh Farias, que foi um dos líderes do "Fora Collor", em 1992. "Acordei no dia de hoje indignado com o que estavam fazendo com o presidente Lula. Concluí nesta tarde que eles deram um tiro no pé. Mexeram com nosso presidente Lula" disse Farias. "Eles acenderam a nossa militância. Para a Lava Jato, o PSDB é inatingível. Aecio Neves foi citado em três delações e não foi chamado para depôr", disse Farias, que também fez vários ataques à Rede Globo. "O que aconteceu hoje foi desnecessário. Colocar centenas de pessoas para escoltar um homem? Escoltaremos da próxima vez. Estamos disponíveis para proteger o presidente. Não foi um ataque ao presidente, mas ao cidadão Luiz Inácio Lula da Silva" disse o prefeito Haddad. O movimento teve apoio de centrais sindicais, movimentos sociais de moradia, educação e lideranças de partidos da base de apoio da presidente Dilma Roussef. Além do presidente municipal do PT, Paulo Fiorilo, compuseram a mesa partidos da base aliada como PC do B, Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Nivaldo Orlandi (PDT) e várias centrais de movimentos populares. Fiorilo disse que haverá pelo menos dez plenárias para convocar a militância para "combater a tentativa de golpe". "Querem ser governo, tentem em 2018. O tapetão deixa o Brasil nervoso. Botem a mão na consciência, golpistas. Não seremos derrotados com as mãos nos bolsos. Vamos fazer um processo democrático de combate ao golpismo", disse Vagner Freitas. Karina Vitral, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) acusou a mídia. "Aqui está o povo que sabe muito bem o que está em jogo nessa delação premiada e na operação lava jato. Isso não é uma operação policial, é uma farsa midiática. Resistiremos nas ruas", disse Mitral. - Lula não esclareceu suspeitas durante discurso 1 O ex-presidente simulou contratos de palestras para receber dinheiro da empreiteira OAS? Lula não comentou essa parte da investigação. Disse apenas ser bem remunerado por suas palestras por causa de seu bom desempenho como presidente da República. A Lava Jato aponta que Lula recebeu R$ 9,9 milhões por palestras a empreiteiras 2 Quem pagou pelas reformas no sítio de Atibaia (SP)? A defesa de Lula aponta apenas que sítio foi comprado por amigos para que tivesse o uso fosse compartilhado com a sua família 3 Lula recebeu R$ 1 milhão da OAS por meio de reformas e móveis de luxo implantados no tríplex em Guarujá (SP)? O petista disse só não ser dono do apartamento 4 Instituições ligadas a Lula receberam R$ 30,7 milhões de empreiteiras entre 2011 e 2014? Lula não mencionou valores. Confirmou que o Instituto Lula o agenciava e que eles cobravam valores altos 5 A empreiteira OAS pagou R$ 1,3 milhão a uma empresa para armazenar pertences acumulados por Lula na Presidência? Lula disse apenas que foi o presidente que mais acumulou presentes na história, mas não detalhou onde eram armazenados
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Em ato pró-PT, Lula se oferece para ser candidato em 2018O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em ato na quadra Sindicato dos Bancários na noite desta sexta (4) que está "vivo", numa referência à disputa presidencial de 2018. "Cutucaram o cão com vara curta e, portanto, quero me oferecer a vocês", afirmou Lula. "A partir de hoje, a resposta que posso dar é ir para as ruas e dizer: "estou vivo e sou mais honesto do que vocês". Classificando a ação desta sexta-feira como uma "provocação banal e imbecil" e dizendo-se vítima de um "sequestro", Lula afirmou ser mais honesto do que o juiz Sergio Moro. "Pode pegar o Procurador-Geral da República, pode pegar o doutor Moro, pode pegar o delegado da Polícia Federal e juntar todos eles. Se eles forem R$ 1 mais honestos do que eu, desisto da vida pública." Lula chorou várias vezes diante de milhares de militantes do PT que lotaram a quadra do sindicato, no centro de São Paulo, num ato em homenagem a ele e contra as investigações da Operação Lava Jato. O petista foi recebido sob aplausos e gritaria por volta das 20h30. Até a noite desta sexta, estimativa de público feita pelo Sindicato dos Bancários era de 5.000 pessoas. Lideranças do PT, incluindo o presidente do partido Rui Falcão e o prefeito Fernando Haddad, estavam presentes. "Transformaram minha importância política à subordinação a empresas envolvidas na Lava Jato." Lula afirmou também que se quiserem o derrotar, terão de o "enfrentar nas ruas desse país". "Quero comunicar aos dirigentes que estão aqui que, A partir de segunda-feira, estou disposto a viajar esse país do Oiapoque ao Chuí. Se alguém pensa que vai me calar com perseguição e denúncia, vou falar que sobrevivi à fome. Não sou vingativo e não carregou ódio na minha alma, mas quero dizer que tenho consciência do que posso fazer por esse povo e tenho consciência do que eles querem comigo." "Se vocês estão precisando de alguém para comandar a tropa, está aqui." CHORO "Hoje é o dia da indignação para mim. Já sofri muito, fui preso quando era presidente do sindicato dos metalúrgicos, já perdi eleições. Em todas as vezes que sofri revés, me comportei como democrata", disse o ex-presidente, em meio a gritos de "olê, olá, Lula". Lula disse ser vítima das elites e de manipulações midiáticas. "No meu governo, os negros começaram a ser mais respeitados, a juventude da periferia também. As pessoas começaram a ter acesso à universidade. Os aposentados passaram a receber aumento real de salário, o salário mínimo aumentou e sei que isso incomodava as elites. Banqueiro ganhou no meu governo, mas os trabalhadores nunca ganharam como ganharam", afirmou. O choro ocorreu nos momentos em que o petista falou sobre a ascensão social de negros e pobres, de quando recebeu minorias no palácio do planalto e quando mencionou a eleição de Dilma. Ao final de seu discurso de quase uma hora, em que também se defendeu das acusações, declarou em tom de desafio: "cutucaram o cão com vara curta". A manifestação serviu para divulgar também atos nos próximos dias 8, 18 e 31 de março. Espalhadas pela quadra havia dezenas de faixas em protesto contra a nova fase da Operação Lava Jato na qual Lula e os filhos dele foram levados à Polícia Federal para prestar depoimento. "1964 nunca mais", dizia um dos cartazes. A plenária tinha como mote a frase "não vai ter golpe", como os petistas estão chamando a possibilidade de impeachment de Dilma. Nos discursos, todos falavam de Lula como "reserva moral em defesa do povo". DISCURSOS O primeiro a discursar foi o senador petista Lindbergh Farias, que foi um dos líderes do "Fora Collor", em 1992. "Acordei no dia de hoje indignado com o que estavam fazendo com o presidente Lula. Concluí nesta tarde que eles deram um tiro no pé. Mexeram com nosso presidente Lula" disse Farias. "Eles acenderam a nossa militância. Para a Lava Jato, o PSDB é inatingível. Aecio Neves foi citado em três delações e não foi chamado para depôr", disse Farias, que também fez vários ataques à Rede Globo. "O que aconteceu hoje foi desnecessário. Colocar centenas de pessoas para escoltar um homem? Escoltaremos da próxima vez. Estamos disponíveis para proteger o presidente. Não foi um ataque ao presidente, mas ao cidadão Luiz Inácio Lula da Silva" disse o prefeito Haddad. O movimento teve apoio de centrais sindicais, movimentos sociais de moradia, educação e lideranças de partidos da base de apoio da presidente Dilma Roussef. Além do presidente municipal do PT, Paulo Fiorilo, compuseram a mesa partidos da base aliada como PC do B, Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Nivaldo Orlandi (PDT) e várias centrais de movimentos populares. Fiorilo disse que haverá pelo menos dez plenárias para convocar a militância para "combater a tentativa de golpe". "Querem ser governo, tentem em 2018. O tapetão deixa o Brasil nervoso. Botem a mão na consciência, golpistas. Não seremos derrotados com as mãos nos bolsos. Vamos fazer um processo democrático de combate ao golpismo", disse Vagner Freitas. Karina Vitral, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) acusou a mídia. "Aqui está o povo que sabe muito bem o que está em jogo nessa delação premiada e na operação lava jato. Isso não é uma operação policial, é uma farsa midiática. Resistiremos nas ruas", disse Mitral. - Lula não esclareceu suspeitas durante discurso 1 O ex-presidente simulou contratos de palestras para receber dinheiro da empreiteira OAS? Lula não comentou essa parte da investigação. Disse apenas ser bem remunerado por suas palestras por causa de seu bom desempenho como presidente da República. A Lava Jato aponta que Lula recebeu R$ 9,9 milhões por palestras a empreiteiras 2 Quem pagou pelas reformas no sítio de Atibaia (SP)? A defesa de Lula aponta apenas que sítio foi comprado por amigos para que tivesse o uso fosse compartilhado com a sua família 3 Lula recebeu R$ 1 milhão da OAS por meio de reformas e móveis de luxo implantados no tríplex em Guarujá (SP)? O petista disse só não ser dono do apartamento 4 Instituições ligadas a Lula receberam R$ 30,7 milhões de empreiteiras entre 2011 e 2014? Lula não mencionou valores. Confirmou que o Instituto Lula o agenciava e que eles cobravam valores altos 5 A empreiteira OAS pagou R$ 1,3 milhão a uma empresa para armazenar pertences acumulados por Lula na Presidência? Lula disse apenas que foi o presidente que mais acumulou presentes na história, mas não detalhou onde eram armazenados
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China e petróleo fazem dólar cair para R$ 3,37 e Bolsa avançar 2,26%
O dólar manteve a trajetória de queda global nesta quarta-feira (8). Dados da balança comercial da China em maio, que mostraram importações acima das projeções, impulsionaram os negócios nos mercados emergentes. Os preços do petróleos atingiram os maiores níveis no ano, o que também ajudou a derrubar o dólar. Outro fator de desvalorização da moeda americana são as apostas de manutenção dos juros nos EUA neste mês. O dólar comercial encerrou a sessão em R$ 3,37, na menor cotação em mais de dez meses. O Ibovespa avançou 2,26%, com destaque para a alta de quase 9% das ações da Petrobras. Segundo analistas, as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira contribuíram para o bom humor no mercado doméstico. Meirelles afirmou que a mudança na política econômica promovida pelo governo já começa a destravar investimentos e que a recuperação do crescimento pode ser mais rápida que o esperado. Também nesta quarta-feira, o governo interino de Michel Temer obteve mais uma vitória. O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (8) em segundo turno o projeto que amplia e prorroga até 2023 a chamada DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que permite à União gastar livremente parte de sua arrecadação. A queda da moeda americana ante o real foi favorecida ainda pela leitura do mercado que, por enquanto, o Banco Central não deve realizar mais leilões de swap cambial reverso. Essa operação equivale à compra futura da moeda americana pela autoridade monetária. Essa interpretação foi reforçada com declarações do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que o câmbio é flutuante. A indicação de Ilan para chefiar o BC foi aprovada terça-feira (7) pelo Senado. O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, fechou em baixa de 2,34%, a R$ 3,3700, no menor patamar desde 29 de julho do ano passado (R$ 3,3300). A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, perdeu 1,89%, a R$ 3,3833, também na cotação mais baixa em mais de dez meses. O BC vinha reduzindo desde março sua posição vendida em dólar (de swap cambial) por meio de leilões de swap cambial reverso. O último leilão deste tipo no último dia 18 de maio. "O mercado está testando para ver até onde vai o sangue frio do BC com essa queda forte do dólar", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "Ainda tem muito dólar para ser vendido, pois o mercado passou dois anos montando posições compradas na moeda por causa da piora da economia do país", acrescenta. Dólar tem menor cotação em mais de dez meses - Moeda americana comercial, em R$ JUROS Em dia de definição do novo patamar da taxa básica de juros (Selic) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, os juros futuros recuaram. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,600% para 13,585%. O contrato de DI para janeiro de 2021 baixou de 12,390% para 12,300%. Todos os 41 economistas consultados pela agência de notícias Bloomberg preveem manutenção da Selic em 14,25% ao ano na reunião que termina nesta quarta-feira. É o último encontro do Copom sob a presidência de Alexandre Tombini. Analistas esperam uma redução na Selic somente no segundo semestre, uma vez que a inflação voltou a dar sinais de aceleração. O IPCA, índice oficial do país, foi de 0,78% em maio, acima da taxa registrada em abril (0,61%), segundo o IBGE. Foi o índice mais alto para o mês desde 2008, quando havia subido 0,79%. Em maio do ano passado, o índice havia sido de 0,74%. O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 0,63%, aos 326,126 pontos. BOLSA O Ibovespa terminou o pregão com ganho de 2,26%, aos 51.629,29 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7 bilhões, mais alto do que nas sessões anteriores. As ações da Petrobras subiram 8,93%, a R$ 9,39 (PN) e 8,26%, a R$ 11,05 (ON). O avanço do petróleo no mercado internacional beneficiou os papéis da estatal. Em Londres, o petróleo Brent era negociado acima de US$ 52 no maior nível desde de outubro do ano passado. A companhia anunciou ainda que vai vender pacotes com terminais de importação de gás e termelétricas. Além disso, a produção de petróleo e gás da estatal cresceu 5% em maio, na comparação com abril. "A queda do dólar e a possível venda de ativos ajudam a reduzir o alto endividamento da Petrobras", afirma Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. Os papéis da Vale ganharam 1,23%, a R$ 13,15 (PNA) e 2,59%, a R$ 17,00 (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 1,52%; Bradesco PN, +3,13%; Banco do Brasil ON, +3,13%; Santander unit, +2,44%; e BM&FBovespa ON, +3,57%. "A desvalorização do dólar torna a bolsa mais barata para investidores estrangeiros", comenta um operador. EXTERIOR Além dos dados da balança comercial chinesa, o bom humor do mercado foi reforçado com relatório da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta quarta-feira. Conforme o documento, estão surgindo sinais de que as economias dos Estados Unidos e da China, as duas maiores do mundo, podem estar se estabilizando. A OCDE também se mostrou positiva para Brasil e Rússia. "Entre as principais economias emergentes, os índices para Brasil e Rússia confirmam os sinais de mudança positiva no ímpeto de crescimento sinalizado na avaliação do mês passado", informou a organização. Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 ganhou 0,33%; o Dow Jones, +0,37%; e o Nasdaq, +0,26%. As Bolsas europeias fecharam em baixa, pressionadas por papéis do setor financeiro. Na China, os índices recuaram, com baixa liquidez por causa do feriado local nesta quinta (9) e sexta-feira (10). No Japão, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio ganhou 0,93%.
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China e petróleo fazem dólar cair para R$ 3,37 e Bolsa avançar 2,26%O dólar manteve a trajetória de queda global nesta quarta-feira (8). Dados da balança comercial da China em maio, que mostraram importações acima das projeções, impulsionaram os negócios nos mercados emergentes. Os preços do petróleos atingiram os maiores níveis no ano, o que também ajudou a derrubar o dólar. Outro fator de desvalorização da moeda americana são as apostas de manutenção dos juros nos EUA neste mês. O dólar comercial encerrou a sessão em R$ 3,37, na menor cotação em mais de dez meses. O Ibovespa avançou 2,26%, com destaque para a alta de quase 9% das ações da Petrobras. Segundo analistas, as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira contribuíram para o bom humor no mercado doméstico. Meirelles afirmou que a mudança na política econômica promovida pelo governo já começa a destravar investimentos e que a recuperação do crescimento pode ser mais rápida que o esperado. Também nesta quarta-feira, o governo interino de Michel Temer obteve mais uma vitória. O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (8) em segundo turno o projeto que amplia e prorroga até 2023 a chamada DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que permite à União gastar livremente parte de sua arrecadação. A queda da moeda americana ante o real foi favorecida ainda pela leitura do mercado que, por enquanto, o Banco Central não deve realizar mais leilões de swap cambial reverso. Essa operação equivale à compra futura da moeda americana pela autoridade monetária. Essa interpretação foi reforçada com declarações do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que o câmbio é flutuante. A indicação de Ilan para chefiar o BC foi aprovada terça-feira (7) pelo Senado. O dólar comercial, usado em contratos de comércio exterior, fechou em baixa de 2,34%, a R$ 3,3700, no menor patamar desde 29 de julho do ano passado (R$ 3,3300). A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, perdeu 1,89%, a R$ 3,3833, também na cotação mais baixa em mais de dez meses. O BC vinha reduzindo desde março sua posição vendida em dólar (de swap cambial) por meio de leilões de swap cambial reverso. O último leilão deste tipo no último dia 18 de maio. "O mercado está testando para ver até onde vai o sangue frio do BC com essa queda forte do dólar", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "Ainda tem muito dólar para ser vendido, pois o mercado passou dois anos montando posições compradas na moeda por causa da piora da economia do país", acrescenta. Dólar tem menor cotação em mais de dez meses - Moeda americana comercial, em R$ JUROS Em dia de definição do novo patamar da taxa básica de juros (Selic) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, os juros futuros recuaram. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,600% para 13,585%. O contrato de DI para janeiro de 2021 baixou de 12,390% para 12,300%. Todos os 41 economistas consultados pela agência de notícias Bloomberg preveem manutenção da Selic em 14,25% ao ano na reunião que termina nesta quarta-feira. É o último encontro do Copom sob a presidência de Alexandre Tombini. Analistas esperam uma redução na Selic somente no segundo semestre, uma vez que a inflação voltou a dar sinais de aceleração. O IPCA, índice oficial do país, foi de 0,78% em maio, acima da taxa registrada em abril (0,61%), segundo o IBGE. Foi o índice mais alto para o mês desde 2008, quando havia subido 0,79%. Em maio do ano passado, o índice havia sido de 0,74%. O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 0,63%, aos 326,126 pontos. BOLSA O Ibovespa terminou o pregão com ganho de 2,26%, aos 51.629,29 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7 bilhões, mais alto do que nas sessões anteriores. As ações da Petrobras subiram 8,93%, a R$ 9,39 (PN) e 8,26%, a R$ 11,05 (ON). O avanço do petróleo no mercado internacional beneficiou os papéis da estatal. Em Londres, o petróleo Brent era negociado acima de US$ 52 no maior nível desde de outubro do ano passado. A companhia anunciou ainda que vai vender pacotes com terminais de importação de gás e termelétricas. Além disso, a produção de petróleo e gás da estatal cresceu 5% em maio, na comparação com abril. "A queda do dólar e a possível venda de ativos ajudam a reduzir o alto endividamento da Petrobras", afirma Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. Os papéis da Vale ganharam 1,23%, a R$ 13,15 (PNA) e 2,59%, a R$ 17,00 (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 1,52%; Bradesco PN, +3,13%; Banco do Brasil ON, +3,13%; Santander unit, +2,44%; e BM&FBovespa ON, +3,57%. "A desvalorização do dólar torna a bolsa mais barata para investidores estrangeiros", comenta um operador. EXTERIOR Além dos dados da balança comercial chinesa, o bom humor do mercado foi reforçado com relatório da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta quarta-feira. Conforme o documento, estão surgindo sinais de que as economias dos Estados Unidos e da China, as duas maiores do mundo, podem estar se estabilizando. A OCDE também se mostrou positiva para Brasil e Rússia. "Entre as principais economias emergentes, os índices para Brasil e Rússia confirmam os sinais de mudança positiva no ímpeto de crescimento sinalizado na avaliação do mês passado", informou a organização. Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 ganhou 0,33%; o Dow Jones, +0,37%; e o Nasdaq, +0,26%. As Bolsas europeias fecharam em baixa, pressionadas por papéis do setor financeiro. Na China, os índices recuaram, com baixa liquidez por causa do feriado local nesta quinta (9) e sexta-feira (10). No Japão, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio ganhou 0,93%.
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Caixa é único dos 5 grandes bancos a adotar cartão que 'trava' valor do dólar
Reivindicação antiga de quem faz compras com cartão de crédito no exterior, a possibilidade de travar a cotação da moeda estrangeira com o valor do dia da aquisição (e não com o da data do fechamento da fatura) encontra pouca adesão entre os grandes bancos brasileiros. Dos cinco maiores, apenas a Caixa informou que vai oferecer a opção a seus clientes, a partir do mês que vem. Uma resolução de novembro do Banco Central autorizou os bancos a oferecerem aos clientes a possibilidade de travar o câmbio no dia da compra no exterior, evitando surpresas negativas com a oscilação da moeda. Para isso, o consumidor terá que comunicar seu banco que quer mudar a forma de conversão cambial. Santander, Bradesco e Itaú dizem ainda estar avaliando as mudanças. O Banco do Brasil afirma que não há previsão para oferecer o produto. Na Caixa, o cliente terá que pedir a alteração da opção pela central de atendimento. O banco diz que posteriormente será permitido fazer a operação nos terminais de autoatendimento, internet banking e aplicativo. A mudança é uma boa notícia para quem já passou por situações em que a cotação no momento do gasto era uma, mas, no dia de fechamento da fatura, ficou mais desfavorável. Essa volatilidade prejudica o controle financeiro do consumidor. Quem fez compras na primeira metade de novembro, por exemplo, pode ter levado um susto com o valor final em sua fatura. Entre os dias 7 e 15 do mês, por exemplo, o dólar turismo saltou 7,5%: de R$ 3,33 para R$ 3,58. Uma compra de US$ 1.000 passaria de R$ 3.330 para R$ 3.580. "A mudança é benéfica para o cliente, que terá mais clareza quanto ao preço, em reais, das compras realizadas no exterior, e para os bancos, que também deixam de estar expostos à oscilação cambial", diz Rodrigo Cury, superintendente-executivo de cartões do Santander. Dólar no cartão de crédito - Bancos poderão oferecer opção de travar cotação na compra CUIDADOS Antes de travar o câmbio no dia da compra, o turista deve considerar alguns fatores. A cotação dos bancos costuma ser mais salgada que a de casas de câmbio –é possível conferir no link www3.bcb.gov.br/rex/vet/index.asp o preço cobrado, que inclui a taxa, tarifas e impostos. "No cartão pré-pago, há a possibilidade de barganhar, conseguindo uma taxa menor. No cartão de crédito, isso não acontece", diz Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital. No Brasil, as transações em moeda estrangeira são convertidas para dólar para depois serem transformadas em real. Ou seja, se a compra for feita em libra, a bandeira (como Visa e Mastercard) vai fazer a mudança para dólar para depois convertê-la em real. "Há a possibilidade de a bandeira não utilizar a paridade crua da moeda para o dólar. Se a libra está cotada a US$ 1,24, pode converter a US$ 1,26. Já tem um pequeno spread na conversão para o dólar do cartão", afirma o planejador financeiro Mathias Duarte Fischer, da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). No cartão de crédito também é mais difícil controlar o orçamento. Para evitar surpresas, especialistas recomendam já sair do país com o valor a ser gasto em moeda estrangeira, concentrando a maior parte no pré-pago e com uma parcela menor em espécie. O cartão serviria para gastos emergenciais. Dólar no cartão de crédito - Compare as formas de levar dinheiro para o exterior
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Caixa é único dos 5 grandes bancos a adotar cartão que 'trava' valor do dólarReivindicação antiga de quem faz compras com cartão de crédito no exterior, a possibilidade de travar a cotação da moeda estrangeira com o valor do dia da aquisição (e não com o da data do fechamento da fatura) encontra pouca adesão entre os grandes bancos brasileiros. Dos cinco maiores, apenas a Caixa informou que vai oferecer a opção a seus clientes, a partir do mês que vem. Uma resolução de novembro do Banco Central autorizou os bancos a oferecerem aos clientes a possibilidade de travar o câmbio no dia da compra no exterior, evitando surpresas negativas com a oscilação da moeda. Para isso, o consumidor terá que comunicar seu banco que quer mudar a forma de conversão cambial. Santander, Bradesco e Itaú dizem ainda estar avaliando as mudanças. O Banco do Brasil afirma que não há previsão para oferecer o produto. Na Caixa, o cliente terá que pedir a alteração da opção pela central de atendimento. O banco diz que posteriormente será permitido fazer a operação nos terminais de autoatendimento, internet banking e aplicativo. A mudança é uma boa notícia para quem já passou por situações em que a cotação no momento do gasto era uma, mas, no dia de fechamento da fatura, ficou mais desfavorável. Essa volatilidade prejudica o controle financeiro do consumidor. Quem fez compras na primeira metade de novembro, por exemplo, pode ter levado um susto com o valor final em sua fatura. Entre os dias 7 e 15 do mês, por exemplo, o dólar turismo saltou 7,5%: de R$ 3,33 para R$ 3,58. Uma compra de US$ 1.000 passaria de R$ 3.330 para R$ 3.580. "A mudança é benéfica para o cliente, que terá mais clareza quanto ao preço, em reais, das compras realizadas no exterior, e para os bancos, que também deixam de estar expostos à oscilação cambial", diz Rodrigo Cury, superintendente-executivo de cartões do Santander. Dólar no cartão de crédito - Bancos poderão oferecer opção de travar cotação na compra CUIDADOS Antes de travar o câmbio no dia da compra, o turista deve considerar alguns fatores. A cotação dos bancos costuma ser mais salgada que a de casas de câmbio –é possível conferir no link www3.bcb.gov.br/rex/vet/index.asp o preço cobrado, que inclui a taxa, tarifas e impostos. "No cartão pré-pago, há a possibilidade de barganhar, conseguindo uma taxa menor. No cartão de crédito, isso não acontece", diz Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital. No Brasil, as transações em moeda estrangeira são convertidas para dólar para depois serem transformadas em real. Ou seja, se a compra for feita em libra, a bandeira (como Visa e Mastercard) vai fazer a mudança para dólar para depois convertê-la em real. "Há a possibilidade de a bandeira não utilizar a paridade crua da moeda para o dólar. Se a libra está cotada a US$ 1,24, pode converter a US$ 1,26. Já tem um pequeno spread na conversão para o dólar do cartão", afirma o planejador financeiro Mathias Duarte Fischer, da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). No cartão de crédito também é mais difícil controlar o orçamento. Para evitar surpresas, especialistas recomendam já sair do país com o valor a ser gasto em moeda estrangeira, concentrando a maior parte no pré-pago e com uma parcela menor em espécie. O cartão serviria para gastos emergenciais. Dólar no cartão de crédito - Compare as formas de levar dinheiro para o exterior
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Preço do minério na China derruba ações da Vale e afeta Bolsa; dólar sobe
Os preços do minério de ferro no mercado à vista da China atingiram nova mínima de cinco anos e meio nesta segunda-feira (26), derrubando as ações da mineradora Vale na BM&FBovespa e empurrando o desempenho do principal índice da Bolsa brasileira para baixo. Às 12h20 (de Brasília), o Ibovespa perdia 0,84%, para 48.367 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 901 milhões. No mesmo horário, a ação preferencial da Vale, sem direito a voto, recuava 2,40%, para R$ 17,88, enquanto a ordinária, com direito a voto, mostrava baixa de 2,14%, para R$ 20,08. Diante do aumento na oferta global de minério e preocupações persistentes sobre o crescimento econômico da China neste ano, o contrato do minério com 62% de teor de ferro no mercado à vista chinês despencou 4,34% nesta segunda, para US$ 63,54 por tonelada. O país asiático é o principal destino das exportações da Vale. Na última sexta-feira (23), a Vale teve seu rating de longo prazo em moeda estrangeira cortado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's de A- para BBB+. As ações da Bradespar, que possui participação na Vale, também caíam nesta segunda. Os papéis recuavam 3,85%, para R$ 12,99 cada um. Segundo analistas, permanece no mercado a cautela em relação ao possível racionamento de água e energia no país, o que pode afetar negativamente o já enfraquecido desempenho econômico do Brasil. O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda, mostrou que a estimativa em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2015 despencou a 0,13%, contra 0,38% no levantamento anterior. Foi a quarta semana seguida de redução. As ações preferenciais da Petrobras cediam 1,80%, para R$ 9,82 cada uma, ajudando a manter o Ibovespa no vermelho. Os investidores esperam que a estatal divulgue nesta semana o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014, o qual deve considerar baixas correspondentes ao impacto da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. As ações ordinárias da estatal cediam 1,36%, para R$ 9,39. CÂMBIO O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,54% sobre o real, às 12h20, para R$ 2,597 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançava 0,30%, também para R$ 2,597. O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 2.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98,8 milhões. A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 491,4 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 80% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões. No exterior, o euro atingiu seu menor valor em 11 anos nesta segunda, após a vitória do líder de esquerda grego Alexis Tsipras na eleição de domingo (25). Tsipras prometeu que cinco anos de austeridade, "humilhação e sofrimento" impostos por credores internacionais estavam encerrados com a vitória de seu partido. A moeda comum da zona do euro, no entanto, se recuperou e, às 12h20 (de Brasília), operava estável em relação ao dólar, cotada em US$ 1,126 na venda. Com Reuters
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Preço do minério na China derruba ações da Vale e afeta Bolsa; dólar sobeOs preços do minério de ferro no mercado à vista da China atingiram nova mínima de cinco anos e meio nesta segunda-feira (26), derrubando as ações da mineradora Vale na BM&FBovespa e empurrando o desempenho do principal índice da Bolsa brasileira para baixo. Às 12h20 (de Brasília), o Ibovespa perdia 0,84%, para 48.367 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 901 milhões. No mesmo horário, a ação preferencial da Vale, sem direito a voto, recuava 2,40%, para R$ 17,88, enquanto a ordinária, com direito a voto, mostrava baixa de 2,14%, para R$ 20,08. Diante do aumento na oferta global de minério e preocupações persistentes sobre o crescimento econômico da China neste ano, o contrato do minério com 62% de teor de ferro no mercado à vista chinês despencou 4,34% nesta segunda, para US$ 63,54 por tonelada. O país asiático é o principal destino das exportações da Vale. Na última sexta-feira (23), a Vale teve seu rating de longo prazo em moeda estrangeira cortado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's de A- para BBB+. As ações da Bradespar, que possui participação na Vale, também caíam nesta segunda. Os papéis recuavam 3,85%, para R$ 12,99 cada um. Segundo analistas, permanece no mercado a cautela em relação ao possível racionamento de água e energia no país, o que pode afetar negativamente o já enfraquecido desempenho econômico do Brasil. O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda, mostrou que a estimativa em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2015 despencou a 0,13%, contra 0,38% no levantamento anterior. Foi a quarta semana seguida de redução. As ações preferenciais da Petrobras cediam 1,80%, para R$ 9,82 cada uma, ajudando a manter o Ibovespa no vermelho. Os investidores esperam que a estatal divulgue nesta semana o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014, o qual deve considerar baixas correspondentes ao impacto da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. As ações ordinárias da estatal cediam 1,36%, para R$ 9,39. CÂMBIO O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,54% sobre o real, às 12h20, para R$ 2,597 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançava 0,30%, também para R$ 2,597. O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 2.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98,8 milhões. A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 491,4 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 80% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões. No exterior, o euro atingiu seu menor valor em 11 anos nesta segunda, após a vitória do líder de esquerda grego Alexis Tsipras na eleição de domingo (25). Tsipras prometeu que cinco anos de austeridade, "humilhação e sofrimento" impostos por credores internacionais estavam encerrados com a vitória de seu partido. A moeda comum da zona do euro, no entanto, se recuperou e, às 12h20 (de Brasília), operava estável em relação ao dólar, cotada em US$ 1,126 na venda. Com Reuters
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Marcelo Oliveira deve assinar com o Palmeiras nesta segunda-feira
Nesta segunda-feira (15), o treinador Marcelo Oliveira chega a São Paulo para se reunir com a diretoria do Palmeiras e assinar o contrato de novo técnico do clube. Ele irá assumir a vaga de Oswaldo de Oliveira, demitido do cargo na última terça-feira (9). O treinador já aceitou diminuir sua pedida salarial inicial de R$ 550 mil mensais para R$ 400 mil além de bônus por produtividade, como títulos e classificações obtidos. Restam apenas detalhes burocráticos para a assinatura do contrato, que terá dois anos de duração. Oliveira deve ser anunciado como novo treinador do Palmeiras na terça-feira (16), em apresentação oficial. As conversas entre o treinador e a diretoria começaram antes mesmo da demissão de Oswaldo, após a derrota por 2 a 1 para o Figueirense, no domingo (7). O Palmeiras será o primeiro trabalho do treinador em um clube paulista. Antes do Cruzeiro, ele dirigiu CRB, Atlético-MG, Ipatinga, Paraná, Coritiba e Vasco. Em sua trajetória, Oliveira foi duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil à frente do Coritiba (2011 e 2012) e ganhou duas vezes o Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e uma vez o Campeonato Mineiro (2014) no Cruzeiro. No time mineiro, ele trabalhou com o diretor de futebol Alexandre Mattos, que agora está no Palmeiras e ajudou a trazê-lo ao clube paulista. Editoria de Arte/Folhapress
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Marcelo Oliveira deve assinar com o Palmeiras nesta segunda-feiraNesta segunda-feira (15), o treinador Marcelo Oliveira chega a São Paulo para se reunir com a diretoria do Palmeiras e assinar o contrato de novo técnico do clube. Ele irá assumir a vaga de Oswaldo de Oliveira, demitido do cargo na última terça-feira (9). O treinador já aceitou diminuir sua pedida salarial inicial de R$ 550 mil mensais para R$ 400 mil além de bônus por produtividade, como títulos e classificações obtidos. Restam apenas detalhes burocráticos para a assinatura do contrato, que terá dois anos de duração. Oliveira deve ser anunciado como novo treinador do Palmeiras na terça-feira (16), em apresentação oficial. As conversas entre o treinador e a diretoria começaram antes mesmo da demissão de Oswaldo, após a derrota por 2 a 1 para o Figueirense, no domingo (7). O Palmeiras será o primeiro trabalho do treinador em um clube paulista. Antes do Cruzeiro, ele dirigiu CRB, Atlético-MG, Ipatinga, Paraná, Coritiba e Vasco. Em sua trajetória, Oliveira foi duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil à frente do Coritiba (2011 e 2012) e ganhou duas vezes o Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e uma vez o Campeonato Mineiro (2014) no Cruzeiro. No time mineiro, ele trabalhou com o diretor de futebol Alexandre Mattos, que agora está no Palmeiras e ajudou a trazê-lo ao clube paulista. Editoria de Arte/Folhapress
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Com ataques questionados, Santos e Corinthians se enfrentam na Vila
Os sentimentos distintos que separaram Santos e Corinthians após o término da 23ª rodada do Campeonato Brasileiro em nada refletem a real proximidade dos rivais —quinto e quarto colocados, respectivamente— que se enfrentam neste domingo (11), às 16h, na Vila Belmiro. Os santistas não engoliram a polêmica arbitragem de Rodrigo Raposo na derrota por 2 a 1 para o Internacional, enquanto o outro lado festejou uma das vitórias mais elogiadas da era Cristóvão Borges, o 3 a 0 contra o Sport. Mas o clássico põe frente a frente equipes não só com campanhas similares —além da proximidade na tabela, Corinthians e Santos têm duas das melhores defesas do torneio, com 21 e 22 gols sofridos, respectivamente—, mas também, times com problemas similares. Mais especificamente no ataque. O Santos que já não tinha mais Gabriel, negociado com a Inter de Milão, perdeu para o clássico Ricardo Oliveira e Lucas Lima, suspensos. Juntos, os três são responsáveis diretos por mais de um terço dos gols santistas na temporada (32 dos 85). Além disso, Oliveira é o artilheiro do time no ano, com 15 gols. O problema fica ainda mais evidente devido à má fase dos substitutos do trio: Rodrigão, Copete e Jean Mota. O primeiro chegou como artilheiro do Brasil. Após um bom início, caiu de produção e perdeu espaço. O último gol foi há mais de dois meses. O jejum de Copete, que herdou a vaga de Gabriel, também é grande: não marca há nove jogos. E Jean Mota ainda não convenceu. Para completar, o lateral direito Victor Ferraz, também suspenso, dará lugar a Daniel Guedes. "Temos o fator casa e a nossa torcida. É um jogo importante para quebrar essa sequência de derrotas [três no torneio]. No Brasileiro, quando você não vence acaba ficando para trás. Queremos vencer, independentemente de quem puder jogar", diz o volante Renato. Não menos preocupado está o técnico corintiano. Apesar do resultado animador, os mesmos problemas ofensivos o cercam. Os atacantes não balançam as redes há 11 jogos, desde o 4 a 0 contra o Flamengo, em 3 de julho. O pacote de tentativas de Cristóvão reúne nomes como André, Luciano, Danilo, Guilherme e Romero. Os dois primeiros já deixaram o clube, enquanto Danilo e Guilherme tratam de lesões. O nome da vez é o de Lucca, atual titular, e o do recém-contratado Gustavo, ex-Criciúma. "O resultado foi importantíssimo para essa nossa perseguição aos líderes, não podemos nos distanciar. O campeonato, na próxima rodada, terá muitos confrontos diretos. Quem aproveitar melhor vai conseguir dar um salto na tabela", projeta Borges. Quem vencer e superar suas próprias sinas ofensivas ganhará a injeção de ânimo necessária para se manter na luta pelo bloco superior.
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Com ataques questionados, Santos e Corinthians se enfrentam na VilaOs sentimentos distintos que separaram Santos e Corinthians após o término da 23ª rodada do Campeonato Brasileiro em nada refletem a real proximidade dos rivais —quinto e quarto colocados, respectivamente— que se enfrentam neste domingo (11), às 16h, na Vila Belmiro. Os santistas não engoliram a polêmica arbitragem de Rodrigo Raposo na derrota por 2 a 1 para o Internacional, enquanto o outro lado festejou uma das vitórias mais elogiadas da era Cristóvão Borges, o 3 a 0 contra o Sport. Mas o clássico põe frente a frente equipes não só com campanhas similares —além da proximidade na tabela, Corinthians e Santos têm duas das melhores defesas do torneio, com 21 e 22 gols sofridos, respectivamente—, mas também, times com problemas similares. Mais especificamente no ataque. O Santos que já não tinha mais Gabriel, negociado com a Inter de Milão, perdeu para o clássico Ricardo Oliveira e Lucas Lima, suspensos. Juntos, os três são responsáveis diretos por mais de um terço dos gols santistas na temporada (32 dos 85). Além disso, Oliveira é o artilheiro do time no ano, com 15 gols. O problema fica ainda mais evidente devido à má fase dos substitutos do trio: Rodrigão, Copete e Jean Mota. O primeiro chegou como artilheiro do Brasil. Após um bom início, caiu de produção e perdeu espaço. O último gol foi há mais de dois meses. O jejum de Copete, que herdou a vaga de Gabriel, também é grande: não marca há nove jogos. E Jean Mota ainda não convenceu. Para completar, o lateral direito Victor Ferraz, também suspenso, dará lugar a Daniel Guedes. "Temos o fator casa e a nossa torcida. É um jogo importante para quebrar essa sequência de derrotas [três no torneio]. No Brasileiro, quando você não vence acaba ficando para trás. Queremos vencer, independentemente de quem puder jogar", diz o volante Renato. Não menos preocupado está o técnico corintiano. Apesar do resultado animador, os mesmos problemas ofensivos o cercam. Os atacantes não balançam as redes há 11 jogos, desde o 4 a 0 contra o Flamengo, em 3 de julho. O pacote de tentativas de Cristóvão reúne nomes como André, Luciano, Danilo, Guilherme e Romero. Os dois primeiros já deixaram o clube, enquanto Danilo e Guilherme tratam de lesões. O nome da vez é o de Lucca, atual titular, e o do recém-contratado Gustavo, ex-Criciúma. "O resultado foi importantíssimo para essa nossa perseguição aos líderes, não podemos nos distanciar. O campeonato, na próxima rodada, terá muitos confrontos diretos. Quem aproveitar melhor vai conseguir dar um salto na tabela", projeta Borges. Quem vencer e superar suas próprias sinas ofensivas ganhará a injeção de ânimo necessária para se manter na luta pelo bloco superior.
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Rompimento de adutora prejudica abastecimento de água na Grande SP
O rompimento de uma adutora da Sabesp na região do Jardim João 23, na zona oeste de São Paulo, afeta o abastecimento de água, nesta sexta-feira (10), em parte da capital paulista e nas cidades de Cotia, Taboão da Serra e Embu das Artes, todas na região metropolitana. O rompimento foi detectado pela empresa na tarde de quinta (9), quando as válvulas foram fechadas para o início dos reparos. Segundo a Sabesp, os trabalhos no local foram concluídos na manhã desta sexta e o abastecimento foi restabelecido, embora a previsão de normalização seja apenas para a madrugada deste sábado (11). Com o restabelecimento gradual do abastecimento, a Sabesp pede que os moradores evitem o desperdício e usem de forma racional o volume de suas caixas-d'água. Os casos de emergência serão atendidos pela Central de Atendimento 195, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. A ligação é gratuita. Veja os bairros afetados: São Paulo: Cohab Educandário, Cohab Raposo Tavares, Cohab Butantã, Cohab Munck, Febem, Jardim Alvorada, Jardim Ouro Preto, Jardim Paraíso, Jardim Santa Rosa, Jardim Taboão, Jardim Arpoador, Jardim Boa Vista, Jardim Cambará, Jardim D'Abril, Jardim das Esmeraldas, Jardim do Lago, Jardim Dracena, Jardim Guanabara, Jardim Guaraú, Jardim João 23, Jardim Lúcio de Castro, Jardim Luísa, Jardim Paulo VI, Jardim Rosa Maria, Jardim Rubim, Jardim Rúbio, Jardim São Jorge, Jardim Uirapuru, Jardim Wilson, Parque Ypê e Vila Operária. Cotia: Granja Viana, Parque Residence, Jardim Moinho, Altos da Raposo Tavares, Jardim Montanha, Chácara Viana, Jardim Passárgada; Chácara Canta Galo, Jardim São Vicente, Chácara do Refúgio, Jardim Semíramis, Chácara dos Lagos, Jardim Suave Recanto, Chácara Eliana, Jardim Torino, Chácara Granja Velha, Palos Verdes, Chácara Progresso, Petit Villa, Chácara Santa Isabel, Pinus Park, Granada, Parque do Viana, Granja Roty, Parque Frondoso, Horizontal Park, Parque San Diego, Jardim Barbacena, Parque São Jorge; Jardim Circular, Parque Silvio Ferreira, Jardim Colibri 1 e 2, Rebelato, Jardim D' Glória, Village Los Angeles, Jardim Guerreiro, Vila dos Pinus, Jardim Lambreta, Vila Santo Antonio de Carapicuíba, Jardim Mediterrâneo e Vila Viana. Embu das Artes: Jardim Vazame, Jardim Santa Emília, Jardim São Vicente, Chácara Caxingui, Jardim Presidente Kennedy, Jardim Dom José, Chácara São Marcos, Jardim Independência, Jardim São Marcos, Jardim da Luz, Jardim Vista Alegre, Jardim Mimas, Jardim Tomé, Jardim Santa Rita, Centro, Jardim Marajoara, Jardim Pinheirinho, Jardim Magali, Jardim Sadie, Engenho Velho, Jardim Santa Bárbara. Taboão da Serra: todo o município.
cotidiano
Rompimento de adutora prejudica abastecimento de água na Grande SPO rompimento de uma adutora da Sabesp na região do Jardim João 23, na zona oeste de São Paulo, afeta o abastecimento de água, nesta sexta-feira (10), em parte da capital paulista e nas cidades de Cotia, Taboão da Serra e Embu das Artes, todas na região metropolitana. O rompimento foi detectado pela empresa na tarde de quinta (9), quando as válvulas foram fechadas para o início dos reparos. Segundo a Sabesp, os trabalhos no local foram concluídos na manhã desta sexta e o abastecimento foi restabelecido, embora a previsão de normalização seja apenas para a madrugada deste sábado (11). Com o restabelecimento gradual do abastecimento, a Sabesp pede que os moradores evitem o desperdício e usem de forma racional o volume de suas caixas-d'água. Os casos de emergência serão atendidos pela Central de Atendimento 195, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. A ligação é gratuita. Veja os bairros afetados: São Paulo: Cohab Educandário, Cohab Raposo Tavares, Cohab Butantã, Cohab Munck, Febem, Jardim Alvorada, Jardim Ouro Preto, Jardim Paraíso, Jardim Santa Rosa, Jardim Taboão, Jardim Arpoador, Jardim Boa Vista, Jardim Cambará, Jardim D'Abril, Jardim das Esmeraldas, Jardim do Lago, Jardim Dracena, Jardim Guanabara, Jardim Guaraú, Jardim João 23, Jardim Lúcio de Castro, Jardim Luísa, Jardim Paulo VI, Jardim Rosa Maria, Jardim Rubim, Jardim Rúbio, Jardim São Jorge, Jardim Uirapuru, Jardim Wilson, Parque Ypê e Vila Operária. Cotia: Granja Viana, Parque Residence, Jardim Moinho, Altos da Raposo Tavares, Jardim Montanha, Chácara Viana, Jardim Passárgada; Chácara Canta Galo, Jardim São Vicente, Chácara do Refúgio, Jardim Semíramis, Chácara dos Lagos, Jardim Suave Recanto, Chácara Eliana, Jardim Torino, Chácara Granja Velha, Palos Verdes, Chácara Progresso, Petit Villa, Chácara Santa Isabel, Pinus Park, Granada, Parque do Viana, Granja Roty, Parque Frondoso, Horizontal Park, Parque San Diego, Jardim Barbacena, Parque São Jorge; Jardim Circular, Parque Silvio Ferreira, Jardim Colibri 1 e 2, Rebelato, Jardim D' Glória, Village Los Angeles, Jardim Guerreiro, Vila dos Pinus, Jardim Lambreta, Vila Santo Antonio de Carapicuíba, Jardim Mediterrâneo e Vila Viana. Embu das Artes: Jardim Vazame, Jardim Santa Emília, Jardim São Vicente, Chácara Caxingui, Jardim Presidente Kennedy, Jardim Dom José, Chácara São Marcos, Jardim Independência, Jardim São Marcos, Jardim da Luz, Jardim Vista Alegre, Jardim Mimas, Jardim Tomé, Jardim Santa Rita, Centro, Jardim Marajoara, Jardim Pinheirinho, Jardim Magali, Jardim Sadie, Engenho Velho, Jardim Santa Bárbara. Taboão da Serra: todo o município.
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Contra trabalho infantil, leitores defendem aulas em tempo integral
Concordo com o secretário de Desenvolvimento Social de SP, Floriano Pesaro, que diz que toda criança tem que vivenciar sua infância e estudar. Discordo da punição ao trabalho infantil. É preferível, após a escola, a criança trabalhar, amadurecer mais cedo e de forma digna a fazer coisas erradas. No Primeiro Mundo, onde a educação é levada a sério, o dia escolar começa no início da manhã e se encerra ao final da tarde. Quando teremos isso no Brasil? HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES) * * A reportagem De lavoura a bufê, trabalho infantil tem quatro flagrantes por dia em SP é de grande valia para o atual momento em que se discute a maioridade penal aos 16 anos. É também, um reforço à tese de que deveríamos tentar uma reforma no ensino, tornando o básico e o médio em tempo integral, talvez tendo que cobrar os cursos das universidades públicas. Como existe em países como o Canadá. Brizola, no Rio de Janeiro, deu partida ao sistema, mas outros governos não deram continuidade. Se a tese da educação superar a da punição, teremos que construir escolas, se ocorrer o inverso, nosso futuro será o de construir presídio e introduzir a pena máxima. Infelizmente, o interesse da maioria dos políticos não coincide com os nossos, embora esteja escrito na Constituição que são nosso representantes. BENTO COELHO MARQUES DE ABREU (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Contra trabalho infantil, leitores defendem aulas em tempo integralConcordo com o secretário de Desenvolvimento Social de SP, Floriano Pesaro, que diz que toda criança tem que vivenciar sua infância e estudar. Discordo da punição ao trabalho infantil. É preferível, após a escola, a criança trabalhar, amadurecer mais cedo e de forma digna a fazer coisas erradas. No Primeiro Mundo, onde a educação é levada a sério, o dia escolar começa no início da manhã e se encerra ao final da tarde. Quando teremos isso no Brasil? HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES) * * A reportagem De lavoura a bufê, trabalho infantil tem quatro flagrantes por dia em SP é de grande valia para o atual momento em que se discute a maioridade penal aos 16 anos. É também, um reforço à tese de que deveríamos tentar uma reforma no ensino, tornando o básico e o médio em tempo integral, talvez tendo que cobrar os cursos das universidades públicas. Como existe em países como o Canadá. Brizola, no Rio de Janeiro, deu partida ao sistema, mas outros governos não deram continuidade. Se a tese da educação superar a da punição, teremos que construir escolas, se ocorrer o inverso, nosso futuro será o de construir presídio e introduzir a pena máxima. Infelizmente, o interesse da maioria dos políticos não coincide com os nossos, embora esteja escrito na Constituição que são nosso representantes. BENTO COELHO MARQUES DE ABREU (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Manifestantes jogam papel higiênico no consulado da Venezuela em SP
Integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) protestaram na frente do consulado da Venezuela em São Paulo contra o governo de Nicolás Maduro. Os manifestantes penduraram cartazes pedindo a libertação do político de oposição venezuelano Leopoldo López e criticando a postura governo brasileiro, acusado de dar "apoio financeiro" e ter "alinhamento ideológico com ditaduras socialistas". O grupo também jogou papel higiênico no prédio do consulado e pediu, por meio de sua conta do Facebook, que simpatizantes da causa coloquem cadeados no portão do prédio, que fica no bairro dos Jardins. Segundo os organizadores, de 40 a 50 pessoas compareceram à manifestação, convocada pelas redes sociais. O MBL foi um dos grupos que liderou os protestos em março que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. DIPLOMACIA Na tarde desta quinta-feira (18), senadores brasileiros foram à Venezuela para visitar opositores de Maduro que estão presos, mas relataram ter sido hostilizados por manifestantes e impedidos de seguir seu roteiro por conta de uma estrada fechada. O Itamaraty divulgou uma nota condenando a recepção dos parlamentares no país vizinho, mas os senadores exigem uma reprimenda mais dura por parte do governo. "O governo brasileiro lamenta os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país. São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros", afirma a nota da diplomacia brasileira.
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Manifestantes jogam papel higiênico no consulado da Venezuela em SPIntegrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) protestaram na frente do consulado da Venezuela em São Paulo contra o governo de Nicolás Maduro. Os manifestantes penduraram cartazes pedindo a libertação do político de oposição venezuelano Leopoldo López e criticando a postura governo brasileiro, acusado de dar "apoio financeiro" e ter "alinhamento ideológico com ditaduras socialistas". O grupo também jogou papel higiênico no prédio do consulado e pediu, por meio de sua conta do Facebook, que simpatizantes da causa coloquem cadeados no portão do prédio, que fica no bairro dos Jardins. Segundo os organizadores, de 40 a 50 pessoas compareceram à manifestação, convocada pelas redes sociais. O MBL foi um dos grupos que liderou os protestos em março que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. DIPLOMACIA Na tarde desta quinta-feira (18), senadores brasileiros foram à Venezuela para visitar opositores de Maduro que estão presos, mas relataram ter sido hostilizados por manifestantes e impedidos de seguir seu roteiro por conta de uma estrada fechada. O Itamaraty divulgou uma nota condenando a recepção dos parlamentares no país vizinho, mas os senadores exigem uma reprimenda mais dura por parte do governo. "O governo brasileiro lamenta os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país. São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros", afirma a nota da diplomacia brasileira.
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Atrações para o Dia da Criança e mostra surreal são destaques do 'Guia'
Na segunda (12), comemora-se o Dia da Criança e a cidade de São Paulo tem já tem atrações ligadas ao tema nos próximos dias, como mostra a repórter do "Guia Folha" Gabriela Valdanha no vídeo acima.Leia mais aqui
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Atrações para o Dia da Criança e mostra surreal são destaques do 'Guia'Na segunda (12), comemora-se o Dia da Criança e a cidade de São Paulo tem já tem atrações ligadas ao tema nos próximos dias, como mostra a repórter do "Guia Folha" Gabriela Valdanha no vídeo acima.Leia mais aqui
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É hora de aceitar Donald Trump como presidente, diz Matthew McConaughey
Desde a vitória sobre Hillary Clinton, muitos atores americanos declararam-se contra o presidente Donald Trump. Em entrevista para o Channel Fi, Matthew McConaughey afirma que chegou o momento de Hollywood aceitar Trump como presidente. Questionado por um jornalista da BBC se a elite hollywoodiana deveria dar uma chance ao presidente Trump, McConaughey respondeu que "eles não têm outra opção agora, ele é o nosso presidente." McConaughey está promovendo o filme "Gold", no qual ele interpreta um executivo que descobre um precioso metal em uma selva da Indonésia.
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É hora de aceitar Donald Trump como presidente, diz Matthew McConaugheyDesde a vitória sobre Hillary Clinton, muitos atores americanos declararam-se contra o presidente Donald Trump. Em entrevista para o Channel Fi, Matthew McConaughey afirma que chegou o momento de Hollywood aceitar Trump como presidente. Questionado por um jornalista da BBC se a elite hollywoodiana deveria dar uma chance ao presidente Trump, McConaughey respondeu que "eles não têm outra opção agora, ele é o nosso presidente." McConaughey está promovendo o filme "Gold", no qual ele interpreta um executivo que descobre um precioso metal em uma selva da Indonésia.
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Houve falhas em 'um caso ou outro', diz chefe da Assembleia
Presidente da Assembleia da Bahia há oito anos, Marcelo Nilo (PDT) diz que "deve ter um caso ou outro em que se comete uma injustiça no programa de bolsas de estudo. "Até porque o conceito de carente é relativo", afirma. Segundo ele, os pedidos eram analisados por uma comissão interna que verificava a renda e o valor da mensalidade da faculdade. A prima e as quatro sobrinhas beneficiárias são parentes de "terceiro ou quarto grau", diz. Sobre o dono do instituto de pesquisas, Nilo afirma que ele tinha renda compatível: "É uma empresa que não dá lucro e faz muitas pesquisas de graça. Fez muitas pesquisas pra deputados que não pagaram. Eu, inclusive, não paguei algumas". O deputado estadual Augusto Castro (PSDB) afirma que direcionou bolsas só para estudantes carentes e diz desconhecer o recebimento pela funcionária que doou para sua campanha. O colega Alex Lima (PTN) informa que em 2012, quando cursou direito por cinco meses, não tinha condições de pagar e por isso pediu uma bolsa a Carlos Geílson (PTN). "Minha realidade era outra. Meu pai faleceu em 2012 e só depois tive acesso à maioria dos bens que foram declarados na Justiça Eleitoral." Geílson afirma que concedeu a bolsa porque Lima, então secretário-geral do PTN na Bahia, precisava. "Não é uma pessoa que se enquadre num perfil de carente, mas estava momentaneamente numa situação difícil". O vereador Luiz Carlos (PRB), que era assessor do deputado federal Márcio Marinho (PRB) em 2011, quando obteve a bolsa, também diz que passava por dificuldades. O ex-deputado estadual Yulo Oiticica (PT) defende a cessão para um irmão e uma sobrinha. Afirma que ambos passavam por dificuldades. O deputado federal Cacá Leão (PP) nega ter intermediado a concessão da ajuda para sua prima. O ex-deputado Deraldo Damasceno (PSL) diz que as bolsas não foram para seus funcionários, mas para parentes deles: "Garanto que só dei bolsas para pessoas que precisavam".
poder
Houve falhas em 'um caso ou outro', diz chefe da AssembleiaPresidente da Assembleia da Bahia há oito anos, Marcelo Nilo (PDT) diz que "deve ter um caso ou outro em que se comete uma injustiça no programa de bolsas de estudo. "Até porque o conceito de carente é relativo", afirma. Segundo ele, os pedidos eram analisados por uma comissão interna que verificava a renda e o valor da mensalidade da faculdade. A prima e as quatro sobrinhas beneficiárias são parentes de "terceiro ou quarto grau", diz. Sobre o dono do instituto de pesquisas, Nilo afirma que ele tinha renda compatível: "É uma empresa que não dá lucro e faz muitas pesquisas de graça. Fez muitas pesquisas pra deputados que não pagaram. Eu, inclusive, não paguei algumas". O deputado estadual Augusto Castro (PSDB) afirma que direcionou bolsas só para estudantes carentes e diz desconhecer o recebimento pela funcionária que doou para sua campanha. O colega Alex Lima (PTN) informa que em 2012, quando cursou direito por cinco meses, não tinha condições de pagar e por isso pediu uma bolsa a Carlos Geílson (PTN). "Minha realidade era outra. Meu pai faleceu em 2012 e só depois tive acesso à maioria dos bens que foram declarados na Justiça Eleitoral." Geílson afirma que concedeu a bolsa porque Lima, então secretário-geral do PTN na Bahia, precisava. "Não é uma pessoa que se enquadre num perfil de carente, mas estava momentaneamente numa situação difícil". O vereador Luiz Carlos (PRB), que era assessor do deputado federal Márcio Marinho (PRB) em 2011, quando obteve a bolsa, também diz que passava por dificuldades. O ex-deputado estadual Yulo Oiticica (PT) defende a cessão para um irmão e uma sobrinha. Afirma que ambos passavam por dificuldades. O deputado federal Cacá Leão (PP) nega ter intermediado a concessão da ajuda para sua prima. O ex-deputado Deraldo Damasceno (PSL) diz que as bolsas não foram para seus funcionários, mas para parentes deles: "Garanto que só dei bolsas para pessoas que precisavam".
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O esporte é cego
Na semana que vem eu recebo o título de embaixador paraolímpico, uma honraria que enche os meus olhos de lágrimas e o meu coração de orgulho. O meu papel é o de disseminar os valores e os pleitos de nossa equipe paraolímpica na sociedade. Apesar de menos prestigiada e conhecida do que a nossa equipe olímpica, é a equipe paraolímpica que ganha mais medalhas. O que é a cara do Brasil. O Brasil é superação, é caminhar contra o vento. O Brasil é um saci-pererê. Precisamos dos jornalistas do esporte e, para além deles, dos formadores de opinião e de todos aqueles que possam colocar a nossa equipe paraolímpica no panteão que ela merece. São heróis nacionais que têm muito a dizer, a mostrar e a fazer. O maior medalhista do esporte paraolímpico brasileiro vem das piscinas. O nadador Daniel Dias já ganhou 15 medalhas em Jogos Paraolímpicos, sendo que dez delas são de ouro. Dias conquistou pela terceira vez neste ano o Prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte mundial. O Brasil tem ainda a cega mais veloz do planeta, Terezinha Guilhermina. Terezinha tem seis medalhas em Jogos Paraolímpicos, três delas de ouro. Ela é simplesmente a recordista mundial dos 100, dos 200 e dos 400 metros para cegos. O futebol masculino, grande paixão nacional, tem frustrado a nação por nunca ter conquistado a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos (esperemos que neste ano seja diferente). Mas, no futebol de 5 paraolímpico para cegos, a seleção brasileira é tetracampeã mundial e nunca perdeu uma partida sequer em três edições dos Jogos Paraolímpicos. Na Rio 2016, vamos em busca da quarta medalha de ouro tendo como destaques os craques Ricardinho e Jefinho, os dois melhores jogadores de futebol de cegos do planeta. O Brasil é uma potência do esporte paraolímpico. Desde os Jogos Paraolímpicos de Pequim, em 2008, o nosso país fica entre os dez melhores do quadro de medalhas, resultado do aumento dos investimentos e do trabalho do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), fundado em 1995, na descoberta e na preparação dos nossos atletas. Em Pequim, o Brasil terminou em nono lugar, com 16 medalhas de ouro e 47 medalhas no total. Quatro anos depois, nos Jogos Paraolímpicos de Londres, o Brasil ficou em sétimo lugar no quadro geral, com 21 medalhas de ouro e 43 medalhas no total. Agora, competindo em nossa casa, diante de nossa torcida, o nosso objetivo é ficar em quinto lugar. Para chegar lá, o desafio será conquistar pelo menos dez medalhas de ouro a mais do que em Londres e superar países como a Austrália e os Estados Unidos, potências olímpicas e paraolímpicas. Numa história crescente de esforços e vitórias, o calor e o amor de nossa torcida serão fundamentais. Esta Folha é lida pelas pessoas mais importantes do Brasil. O que você, todo-poderoso, pode fazer para me ajudar a ajudar essa causa tão nobre? Feche os olhos e imagine o que você pode fazer. O amor é paraolímpico. O amor é cego. Conto com o seu apoio, com a sua presença de espírito. Conto com um texto no seu Facebook, no seu blog, no seu Twitter, na sua coluna, no seu programa de televisão ou de rádio ou de YouTube. O Brasil vive um momento de adversidades. Mas, como sempre digo, cadeirantes, cegos, sem pernas e braços, atravessaremos entre os primeiros a reta da chegada. Porque somos o país da superação. Somos o Brasil.
colunas
O esporte é cegoNa semana que vem eu recebo o título de embaixador paraolímpico, uma honraria que enche os meus olhos de lágrimas e o meu coração de orgulho. O meu papel é o de disseminar os valores e os pleitos de nossa equipe paraolímpica na sociedade. Apesar de menos prestigiada e conhecida do que a nossa equipe olímpica, é a equipe paraolímpica que ganha mais medalhas. O que é a cara do Brasil. O Brasil é superação, é caminhar contra o vento. O Brasil é um saci-pererê. Precisamos dos jornalistas do esporte e, para além deles, dos formadores de opinião e de todos aqueles que possam colocar a nossa equipe paraolímpica no panteão que ela merece. São heróis nacionais que têm muito a dizer, a mostrar e a fazer. O maior medalhista do esporte paraolímpico brasileiro vem das piscinas. O nadador Daniel Dias já ganhou 15 medalhas em Jogos Paraolímpicos, sendo que dez delas são de ouro. Dias conquistou pela terceira vez neste ano o Prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte mundial. O Brasil tem ainda a cega mais veloz do planeta, Terezinha Guilhermina. Terezinha tem seis medalhas em Jogos Paraolímpicos, três delas de ouro. Ela é simplesmente a recordista mundial dos 100, dos 200 e dos 400 metros para cegos. O futebol masculino, grande paixão nacional, tem frustrado a nação por nunca ter conquistado a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos (esperemos que neste ano seja diferente). Mas, no futebol de 5 paraolímpico para cegos, a seleção brasileira é tetracampeã mundial e nunca perdeu uma partida sequer em três edições dos Jogos Paraolímpicos. Na Rio 2016, vamos em busca da quarta medalha de ouro tendo como destaques os craques Ricardinho e Jefinho, os dois melhores jogadores de futebol de cegos do planeta. O Brasil é uma potência do esporte paraolímpico. Desde os Jogos Paraolímpicos de Pequim, em 2008, o nosso país fica entre os dez melhores do quadro de medalhas, resultado do aumento dos investimentos e do trabalho do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), fundado em 1995, na descoberta e na preparação dos nossos atletas. Em Pequim, o Brasil terminou em nono lugar, com 16 medalhas de ouro e 47 medalhas no total. Quatro anos depois, nos Jogos Paraolímpicos de Londres, o Brasil ficou em sétimo lugar no quadro geral, com 21 medalhas de ouro e 43 medalhas no total. Agora, competindo em nossa casa, diante de nossa torcida, o nosso objetivo é ficar em quinto lugar. Para chegar lá, o desafio será conquistar pelo menos dez medalhas de ouro a mais do que em Londres e superar países como a Austrália e os Estados Unidos, potências olímpicas e paraolímpicas. Numa história crescente de esforços e vitórias, o calor e o amor de nossa torcida serão fundamentais. Esta Folha é lida pelas pessoas mais importantes do Brasil. O que você, todo-poderoso, pode fazer para me ajudar a ajudar essa causa tão nobre? Feche os olhos e imagine o que você pode fazer. O amor é paraolímpico. O amor é cego. Conto com o seu apoio, com a sua presença de espírito. Conto com um texto no seu Facebook, no seu blog, no seu Twitter, na sua coluna, no seu programa de televisão ou de rádio ou de YouTube. O Brasil vive um momento de adversidades. Mas, como sempre digo, cadeirantes, cegos, sem pernas e braços, atravessaremos entre os primeiros a reta da chegada. Porque somos o país da superação. Somos o Brasil.
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Corte europeia apoia França e proíbe uso de véu por assistente em hospital
A Corte Europeia de Direitos Humanos manteve a decisão da Justiça francesa no caso de uma assistente social muçulmana que foi demitida porque não queria trabalhar sem o véu. A corte considerou que a liberdade da funcionária pública não foi violada. Segundo o tribunal, a lei francesa prevê limitações na "manifestação de sua filiação religiosa", com o objetivo de "proteger os direitos dos outros cidadãos". . O episódio aconteceu em 2000, quanto o gerente de recursos humanos de um hospital público de Nanterre, perto de Paris, comunicou a Christiane Ebrahimian que seu contrato não seria renovado porque ela se recusava a tirar o véu e que alguns pacientes tinham apresentado queixas por isso. Na sentença, a corte afirma que "a obrigação de neutralidade imposta aos empregados públicos pode ser considerada como justificável em seu princípio" e que as restrições impostas estão enraizadas no conceito de laicidade do Estado francês. Em 2004, uma lei sobre símbolos religiosos, proibiu o uso do véu em locais públicos, o que abriu um racha com a comunidade muçulmana França, a maior da Europa.
mundo
Corte europeia apoia França e proíbe uso de véu por assistente em hospitalA Corte Europeia de Direitos Humanos manteve a decisão da Justiça francesa no caso de uma assistente social muçulmana que foi demitida porque não queria trabalhar sem o véu. A corte considerou que a liberdade da funcionária pública não foi violada. Segundo o tribunal, a lei francesa prevê limitações na "manifestação de sua filiação religiosa", com o objetivo de "proteger os direitos dos outros cidadãos". . O episódio aconteceu em 2000, quanto o gerente de recursos humanos de um hospital público de Nanterre, perto de Paris, comunicou a Christiane Ebrahimian que seu contrato não seria renovado porque ela se recusava a tirar o véu e que alguns pacientes tinham apresentado queixas por isso. Na sentença, a corte afirma que "a obrigação de neutralidade imposta aos empregados públicos pode ser considerada como justificável em seu princípio" e que as restrições impostas estão enraizadas no conceito de laicidade do Estado francês. Em 2004, uma lei sobre símbolos religiosos, proibiu o uso do véu em locais públicos, o que abriu um racha com a comunidade muçulmana França, a maior da Europa.
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Temporal deixa um morto e causa transtornos no Recife
Um ciclista morreu no Recife depois de ter sido atingido por uma árvore durante um forte temporal que atingiu a cidade nesta sexta-feira (29). As chuvas e os ventos causaram a queda de 173 árvores, danificaram 89 semáforos e derrubaram cem postes. Foram registrados 55 acidentes de trânsito, entre eles o que matou o ciclista. O acidente aconteceu por volta das 16h, no bairro do Espinheiro. A vítima chegou a ser levado para o Hospital da Restauração, na área central do Recife, mas não resistiu aos ferimentos. Outras oito pessoas ficaram feridas em acidentes de trânsito. Em nota, a Prefeitura do Recife informou que foram registrados ventos de até 80 km/h na cidade e que o temporal é resultado de um fenômeno climático raro na região. Na tarde de sexta, foram registrados 60 milímetros de chuva em seis horas, o equivalente a 19 dias do previsto para o mês de janeiro. Até a manhã deste sábado, a Defesa Civil do Recife havia registrado 39 ocorrências. Destas, sete causaram danos a imóveis e três famílias precisaram ser removidas para casas de familiares. Por causa dos fortes ventos, três voos foram desviados do aeroporto internacional do Recife na sexta. Alguns bairros da cidade estão sem energia devido à queda de postes. PORTO ALEGRE Em Porto Alegre, ao menos cem pessoas ficaram feridas após um temporal com ventos de até 120 km/h na sexta. Os ferimentos foram todos leves, em pessoas que foram atingidas com estilhaços de vidro ou choques elétricos, segundo informou a Defesa Civil Estadual. A ventania, por volta das 22h, durou apenas uma hora, mas a intensidade foi suficiente para derrubar cerca de 300 árvores e galhos, atingir a fiação elétrica e interromper o fornecimento de energia.
cotidiano
Temporal deixa um morto e causa transtornos no RecifeUm ciclista morreu no Recife depois de ter sido atingido por uma árvore durante um forte temporal que atingiu a cidade nesta sexta-feira (29). As chuvas e os ventos causaram a queda de 173 árvores, danificaram 89 semáforos e derrubaram cem postes. Foram registrados 55 acidentes de trânsito, entre eles o que matou o ciclista. O acidente aconteceu por volta das 16h, no bairro do Espinheiro. A vítima chegou a ser levado para o Hospital da Restauração, na área central do Recife, mas não resistiu aos ferimentos. Outras oito pessoas ficaram feridas em acidentes de trânsito. Em nota, a Prefeitura do Recife informou que foram registrados ventos de até 80 km/h na cidade e que o temporal é resultado de um fenômeno climático raro na região. Na tarde de sexta, foram registrados 60 milímetros de chuva em seis horas, o equivalente a 19 dias do previsto para o mês de janeiro. Até a manhã deste sábado, a Defesa Civil do Recife havia registrado 39 ocorrências. Destas, sete causaram danos a imóveis e três famílias precisaram ser removidas para casas de familiares. Por causa dos fortes ventos, três voos foram desviados do aeroporto internacional do Recife na sexta. Alguns bairros da cidade estão sem energia devido à queda de postes. PORTO ALEGRE Em Porto Alegre, ao menos cem pessoas ficaram feridas após um temporal com ventos de até 120 km/h na sexta. Os ferimentos foram todos leves, em pessoas que foram atingidas com estilhaços de vidro ou choques elétricos, segundo informou a Defesa Civil Estadual. A ventania, por volta das 22h, durou apenas uma hora, mas a intensidade foi suficiente para derrubar cerca de 300 árvores e galhos, atingir a fiação elétrica e interromper o fornecimento de energia.
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Candidato em 2012, Romney votará em Ted Cruz para tentar conter Trump
O moderado Mitt Romney, que foi candidato presidencial republicano em 2012, planeja votar no ultraconservador Ted Cruz nas prévias de Utah, na terça (22), apesar de dias atrás ter declarado apoio a John Kasich. Em mensagem no Facebook nesta sexta-feira (18), Romney afirmouo que seu voto em Cruz não é um apoio, mas uma forma de alimentar uma alternativa viável ao magnata Donald Trump, que lidera a corrida na Casa Branca. "A partir das declarações calculadas de seu líder, o trumpismo se tornou associado a racismo, misoginia, intolerância, xenofobia, vulgaridade e, recentemente, ameaças e violência. Sinto repulsa por cada um deles e por todos eles". Para ele, a candidatura de Cruz é a melhor chance do partido para derrotar o empresário. "Gosto de John Kasich, mas um voto em Kasich em disputas futuras pode tornar extremamente possível que o trumpismo prevaleça". Apesar de ter nascido em Michigan e ter seu ponto alto na política quando foi governador de Massachusetts, Romney vota em Utah porque tem uma casa em Holladay, ao lado da cidade de Salt Lake City. O candidato em 2012 é um dos principais defensores da união do Partido Republicano para derrubar o favoritismo de Trump. Duas semanas atrás, ele chamou o empresário postulante de "uma fraude" e "um impostor". Depois da derrota de Marco Rubio, que era o candidato do "establishment" republicano, na Flórida na terça, o partido ficou dividido. No início da disputa, muitos relutavam em apoiar Cruz devido a seu discurso conservador. No passado, o membro do Tea Party chamou o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, de mentiroso no plenário. Sobre Romney, disse que ele pertencia ao que chamou de "meio mole" do partido. Agora, a porta-voz da campanha do senador texano, Alice Stewart, agradeceu o apoio. "Nós concordamos em que só o voto em Ted será capaz de garantir que um republicano ganhe a candidatura". RESPOSTA Trump respondeu de forma irônica pelo Twitter. "O candidato presidencial fracassado Mitt Romney fez campanha com John Kasich e Marco Rubio, e agora ele está apoiando Ted Cruz", disse. "Mitt Romney, o homem que "ficou paralisado" e nos deixou chateados, agora apoia o mentiroso Ted Cruz. Romney é um homem neurótico que não tem a menor ideia. Não me admira que ele tenha perdido". Em 3 de março, o magnata disse que o candidato de 2012 havia "implorado" por seu apoio. "Veja como [Romney] pode ser fiel: quando pedia o meu apoio, eu poderia dizer 'Mitt, fique de joelhos', e ele ficaria de joelhos."
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Candidato em 2012, Romney votará em Ted Cruz para tentar conter TrumpO moderado Mitt Romney, que foi candidato presidencial republicano em 2012, planeja votar no ultraconservador Ted Cruz nas prévias de Utah, na terça (22), apesar de dias atrás ter declarado apoio a John Kasich. Em mensagem no Facebook nesta sexta-feira (18), Romney afirmouo que seu voto em Cruz não é um apoio, mas uma forma de alimentar uma alternativa viável ao magnata Donald Trump, que lidera a corrida na Casa Branca. "A partir das declarações calculadas de seu líder, o trumpismo se tornou associado a racismo, misoginia, intolerância, xenofobia, vulgaridade e, recentemente, ameaças e violência. Sinto repulsa por cada um deles e por todos eles". Para ele, a candidatura de Cruz é a melhor chance do partido para derrotar o empresário. "Gosto de John Kasich, mas um voto em Kasich em disputas futuras pode tornar extremamente possível que o trumpismo prevaleça". Apesar de ter nascido em Michigan e ter seu ponto alto na política quando foi governador de Massachusetts, Romney vota em Utah porque tem uma casa em Holladay, ao lado da cidade de Salt Lake City. O candidato em 2012 é um dos principais defensores da união do Partido Republicano para derrubar o favoritismo de Trump. Duas semanas atrás, ele chamou o empresário postulante de "uma fraude" e "um impostor". Depois da derrota de Marco Rubio, que era o candidato do "establishment" republicano, na Flórida na terça, o partido ficou dividido. No início da disputa, muitos relutavam em apoiar Cruz devido a seu discurso conservador. No passado, o membro do Tea Party chamou o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, de mentiroso no plenário. Sobre Romney, disse que ele pertencia ao que chamou de "meio mole" do partido. Agora, a porta-voz da campanha do senador texano, Alice Stewart, agradeceu o apoio. "Nós concordamos em que só o voto em Ted será capaz de garantir que um republicano ganhe a candidatura". RESPOSTA Trump respondeu de forma irônica pelo Twitter. "O candidato presidencial fracassado Mitt Romney fez campanha com John Kasich e Marco Rubio, e agora ele está apoiando Ted Cruz", disse. "Mitt Romney, o homem que "ficou paralisado" e nos deixou chateados, agora apoia o mentiroso Ted Cruz. Romney é um homem neurótico que não tem a menor ideia. Não me admira que ele tenha perdido". Em 3 de março, o magnata disse que o candidato de 2012 havia "implorado" por seu apoio. "Veja como [Romney] pode ser fiel: quando pedia o meu apoio, eu poderia dizer 'Mitt, fique de joelhos', e ele ficaria de joelhos."
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Horacio Salgán, mestre do tango argentino, morre aos 100 anos
Morreu na sexta-feira (19), aos 100 anos, o músico Horacio Salgán, grande pianista do tango argentino. Ele morreu no hospital Sanatorio Güemes, em Buenos Aires, onde estava hospitalizado em razão da idade avançada. Admirado por músicos como Arthur Rubinstein e Igor Stravinsky, Salgán tocava tango unindo o gênero à música clássica. Formado no conservatório nacional de música, começou a aprender a tocar aos 6 anos. Cresceu no bairro Abasto, vizinhança conhecida por sua ligação com o tango onde também viveu Carlos Gardel. Salgán é autor de composições como "Don Agustín Bardi", "Grillito" e "A Fuego Lento". Em seu centenário, em junho, foi homenageado em diversos concertos —em um deles, pelo maestro Daniel Barenboim, no Teatro Colón. Astor Piazzolla está entre seus inúmeros admiradores e, segundo o jornal "El País", certa vez chegou a afirmar que escapava dos ensaios com a orquestra de Aníbal Troilo para ouvir a orquestra de Salgán, que se apresentava na mesma rua. Complexo, o estilo de Salgán reunia referências do jazz e da música clássica à música brasileira e peruana. Sua última apresentação ao vivo foi em 2010.
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Horacio Salgán, mestre do tango argentino, morre aos 100 anosMorreu na sexta-feira (19), aos 100 anos, o músico Horacio Salgán, grande pianista do tango argentino. Ele morreu no hospital Sanatorio Güemes, em Buenos Aires, onde estava hospitalizado em razão da idade avançada. Admirado por músicos como Arthur Rubinstein e Igor Stravinsky, Salgán tocava tango unindo o gênero à música clássica. Formado no conservatório nacional de música, começou a aprender a tocar aos 6 anos. Cresceu no bairro Abasto, vizinhança conhecida por sua ligação com o tango onde também viveu Carlos Gardel. Salgán é autor de composições como "Don Agustín Bardi", "Grillito" e "A Fuego Lento". Em seu centenário, em junho, foi homenageado em diversos concertos —em um deles, pelo maestro Daniel Barenboim, no Teatro Colón. Astor Piazzolla está entre seus inúmeros admiradores e, segundo o jornal "El País", certa vez chegou a afirmar que escapava dos ensaios com a orquestra de Aníbal Troilo para ouvir a orquestra de Salgán, que se apresentava na mesma rua. Complexo, o estilo de Salgán reunia referências do jazz e da música clássica à música brasileira e peruana. Sua última apresentação ao vivo foi em 2010.
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Presidente argetino diz esperar que Brasil saia rápido de crise
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou à Folha nesta terça-feira (15) que espera que o Brasil "saia rápido da crise". Questionado se seu país vem sendo afetado pela recessão e pelos escândalos políticos, disse apenas que o "Brasil é o principal parceiro comercial" da Argentina. Em janeiro, 13% do total exportado pela Argentina teve como destino os portos brasileiros. Historicamente, porém, esse número costuma ficar na casa dos 20%. Na área industrial, a participação brasileira é ainda maior, de cerca de 30%. O segmento automotivo é o que mais sofre com a recessão do Brasil, que compra 80% dos automóveis argentinos vendidos no exterior. O governo de Macri já estuda um projeto de concessão de crédito barato para reaquecer a indústria. Macri esteve no Brasil no início de dezembro, em sua primeira viagem internacional após ser eleito. Desde então, houve vários encontros entre ministros dos dois países, que procuram se reaproximar. Nos últimos anos da Presidência de Cristina Kirchner, surgiu um mal-estar após a Argentina adotar medidas protecionistas. Apesar do afastamento, o governo de Dilma Rousseff apoiou nas eleições o candidato de Cristina, Daniel Scioli, chegando a recebê-lo durante a campanha.
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Presidente argetino diz esperar que Brasil saia rápido de criseO presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou à Folha nesta terça-feira (15) que espera que o Brasil "saia rápido da crise". Questionado se seu país vem sendo afetado pela recessão e pelos escândalos políticos, disse apenas que o "Brasil é o principal parceiro comercial" da Argentina. Em janeiro, 13% do total exportado pela Argentina teve como destino os portos brasileiros. Historicamente, porém, esse número costuma ficar na casa dos 20%. Na área industrial, a participação brasileira é ainda maior, de cerca de 30%. O segmento automotivo é o que mais sofre com a recessão do Brasil, que compra 80% dos automóveis argentinos vendidos no exterior. O governo de Macri já estuda um projeto de concessão de crédito barato para reaquecer a indústria. Macri esteve no Brasil no início de dezembro, em sua primeira viagem internacional após ser eleito. Desde então, houve vários encontros entre ministros dos dois países, que procuram se reaproximar. Nos últimos anos da Presidência de Cristina Kirchner, surgiu um mal-estar após a Argentina adotar medidas protecionistas. Apesar do afastamento, o governo de Dilma Rousseff apoiou nas eleições o candidato de Cristina, Daniel Scioli, chegando a recebê-lo durante a campanha.
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Presidente da CPI da Lei Rouanet já avalia estender prazo da comissão
O presidente da CPI da Lei Rouanet, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), já fala em prorrogar o prazo de existência da comissão. Instalada em setembro, ela teria 120 dias e terminaria em meados de janeiro, mas acabou prejudicada pelo "recesso branco" por causa das eleições municipais, que diminuiu o ritmo dos trabalhos. Fraga estuda propor que a CPI se estenda por mais 60 dias. PARA TRÁS Nesta terça (18) a CPI vai ouvir Ana de Hollanda, ministra da Cultura de 2011 a 2012, no governo Dilma Rousseff, e irmã do cantor Chico Buarque. "Não tenho nada a esconder", diz ela, que foi convidada pelos deputados. "Vou levar os esclarecimentos. É uma lei importante para a movimentação da cultura. Um escândalo não pode jogar fora todo o trabalho que tem sido feito." ORÇAMENTO O Ministério da Cultura liberou a captação de R$ 765 mil, via Rouanet, para as atividades de 2017 do Instituto Brincante, na Vila Madalena. Leia a coluna completa aqui.
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Presidente da CPI da Lei Rouanet já avalia estender prazo da comissãoO presidente da CPI da Lei Rouanet, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), já fala em prorrogar o prazo de existência da comissão. Instalada em setembro, ela teria 120 dias e terminaria em meados de janeiro, mas acabou prejudicada pelo "recesso branco" por causa das eleições municipais, que diminuiu o ritmo dos trabalhos. Fraga estuda propor que a CPI se estenda por mais 60 dias. PARA TRÁS Nesta terça (18) a CPI vai ouvir Ana de Hollanda, ministra da Cultura de 2011 a 2012, no governo Dilma Rousseff, e irmã do cantor Chico Buarque. "Não tenho nada a esconder", diz ela, que foi convidada pelos deputados. "Vou levar os esclarecimentos. É uma lei importante para a movimentação da cultura. Um escândalo não pode jogar fora todo o trabalho que tem sido feito." ORÇAMENTO O Ministério da Cultura liberou a captação de R$ 765 mil, via Rouanet, para as atividades de 2017 do Instituto Brincante, na Vila Madalena. Leia a coluna completa aqui.
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Grandes empresas criam projetos de ação social em programa de aceleração
Mesmo as grande empresas, como Ambev, precisam de auxílio na hora de desenvolver seus negócios sociais. No ano passado, o programa Yunus Corporate Action Tank foi lançado no Brasil justamente com esse propósito. A Ambev foi a primeira a sair com um projeto. A água AMA foi lançada em fevereiro e já está à venda online e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Até o final do ano deve chegar a todo o país. O programa da Yunus teve duração de um ano e foi encerrado no mês passado. Nos primeiros 3 meses, cada empresa enviou 2 ou 3 representantes para participarem de módulos de capacitação. Participaram, além da Ambev, Randstad, Cosan, Santa Marcelina, Mattos Filho e Bank of America – este último como apoiador. Os 9 meses seguintes do programa ocorreram dentro de cada empresa. Nesse período foi estudado a viabilidade financeira dos protótipos desenvolvidos na fase anterior, além de um plano de implementação. Apesar disso, as empresas não tinham obrigação de colocar os seus negócios em prática. O objetivo de um negócio social é resolver um problema social e seu lucro é reinvestido na própria empresa. A Yunus Negócios Sociais Brasil, que criou o programa, esperava sair com pelo menos 2 cases reais fossem colocados em prática. Todo o lucro obtido com a marca AMA será reinvestido em projetos sociais que tenham por objetivo combater a escassez de água no semiárido. Para não ficar só na promessa, a Ambev já doou recursos para apoiar três dessas iniciativas, todas no Estado do Ceará. Serão atendidas comunidades nas cidades de Capistrano, Jaguaruana e Aiuaba, onde estão sendo construídos poços para levar água encanada à população. "É a primeira vez que 100% do lucro de um lançamento [da Ambev] será reinvestido em prol da resolução de um problema social", afirma Evelin Giometti, gestora da área Corporativa da Yunus Negócios Sociais. "Trata-se de uma mudança de olhar do foco do negócio." Ela explica que outros projetos ainda estão em fase de desenvolvimento pelas empresas e por isso ainda não podem ser divulgados. A versão 2017 do programa terá início em maio e vai até outubro. "De fevereiro a abril, vamos prospectar outras empresas interessadas para participar" explica Evelin. "As empresas são os grandes players do nosso sistema econômico, tendo um papel decisivo na construção de nosso mundo e de cenários socioambientais. Queremos despertar as empresas para seu potencial de criar valor para a sociedade de uma forma ativa e integrada ao seu negócio." Para a Yunus, esse é o pensamento chave para a resolução dos problemas sociais de maneira impactante e sustentável. A organização foi criada por Muhammad Yunus, agraciado com o Nobel da Paz em 2006. Natural de Bangladesh, ele é uma figura internacionalmente reconhecida pelos esforços na redução das desigualdades em seu país, onde fundou o banco Grameen, pioneiro em iniciativas de microcrédito. O programa de incentivo a grandes empresas já havia sido lançado primeiramente na França e agora está sendo desenvolvido também na Índia.
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Grandes empresas criam projetos de ação social em programa de aceleraçãoMesmo as grande empresas, como Ambev, precisam de auxílio na hora de desenvolver seus negócios sociais. No ano passado, o programa Yunus Corporate Action Tank foi lançado no Brasil justamente com esse propósito. A Ambev foi a primeira a sair com um projeto. A água AMA foi lançada em fevereiro e já está à venda online e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Até o final do ano deve chegar a todo o país. O programa da Yunus teve duração de um ano e foi encerrado no mês passado. Nos primeiros 3 meses, cada empresa enviou 2 ou 3 representantes para participarem de módulos de capacitação. Participaram, além da Ambev, Randstad, Cosan, Santa Marcelina, Mattos Filho e Bank of America – este último como apoiador. Os 9 meses seguintes do programa ocorreram dentro de cada empresa. Nesse período foi estudado a viabilidade financeira dos protótipos desenvolvidos na fase anterior, além de um plano de implementação. Apesar disso, as empresas não tinham obrigação de colocar os seus negócios em prática. O objetivo de um negócio social é resolver um problema social e seu lucro é reinvestido na própria empresa. A Yunus Negócios Sociais Brasil, que criou o programa, esperava sair com pelo menos 2 cases reais fossem colocados em prática. Todo o lucro obtido com a marca AMA será reinvestido em projetos sociais que tenham por objetivo combater a escassez de água no semiárido. Para não ficar só na promessa, a Ambev já doou recursos para apoiar três dessas iniciativas, todas no Estado do Ceará. Serão atendidas comunidades nas cidades de Capistrano, Jaguaruana e Aiuaba, onde estão sendo construídos poços para levar água encanada à população. "É a primeira vez que 100% do lucro de um lançamento [da Ambev] será reinvestido em prol da resolução de um problema social", afirma Evelin Giometti, gestora da área Corporativa da Yunus Negócios Sociais. "Trata-se de uma mudança de olhar do foco do negócio." Ela explica que outros projetos ainda estão em fase de desenvolvimento pelas empresas e por isso ainda não podem ser divulgados. A versão 2017 do programa terá início em maio e vai até outubro. "De fevereiro a abril, vamos prospectar outras empresas interessadas para participar" explica Evelin. "As empresas são os grandes players do nosso sistema econômico, tendo um papel decisivo na construção de nosso mundo e de cenários socioambientais. Queremos despertar as empresas para seu potencial de criar valor para a sociedade de uma forma ativa e integrada ao seu negócio." Para a Yunus, esse é o pensamento chave para a resolução dos problemas sociais de maneira impactante e sustentável. A organização foi criada por Muhammad Yunus, agraciado com o Nobel da Paz em 2006. Natural de Bangladesh, ele é uma figura internacionalmente reconhecida pelos esforços na redução das desigualdades em seu país, onde fundou o banco Grameen, pioneiro em iniciativas de microcrédito. O programa de incentivo a grandes empresas já havia sido lançado primeiramente na França e agora está sendo desenvolvido também na Índia.
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Tragédia em Mariana põe em risco financiamento do BNDES à Samarco
Cláusulas de um contrato de financiamento de R$ 201 milhões assinado em 2014 pelo BNDES e a Samarco impedem que o banco libere o crédito à mineradora devido à tragédia ocorrida em Mariana (MG), em 5 de novembro. O documento previa o desembolso, até outubro deste ano, de R$ 200 milhões para a empresa adquirir um forno utilizado no processo de transformação de polpa de minério de ferro em pelotas. Pelo acordo, o R$ 1 milhão restante deveria ser destinado a "investimentos sociais". Embora nenhuma quantia tivesse sido liberada ainda, o aparelho industrial já havia sido instalado e operava na unidade de Anchieta (ES). O crédito seria usado na compra de equipamentos para o forno, segundo a Samarco. Mas o contrato, ao qual a Folha teve acesso, condiciona a liberação de cada parcela à "inexistência de qualquer fato que, a critério do BNDES, venha a alterar substancialmente a situação econômico-financeira da beneficiária". A mineradora interrompeu seu funcionamento em novembro, após a barragem de Fundão ruir em Mariana, deixando ao menos 17 mortos. Não há previsão para que a empresa volte a funcionar. Ela também teve suas atividades embargadas pela Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais, que ainda a multou em R$ 112 milhões. Há uma outra multa, no valor de R$ 250 milhões, do Ibama. A Samarco também responde a uma ação movida pela União e pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo que pede a criação de um fundo de R$ 20 bilhões para a recuperação do rio Doce. Segundo o contrato com o BNDES, a mineradora deveria começar em dezembro a quitar o financiamento, que seria pago em sete anos. O BNDESPar, braço de participação do BNDES em empresas, possui 5,2% do capital total da Vale, coacionista da Samarco ao lado da anglo-australiana BHP Billiton. O banco diz que a suspensão do acordo está em análise e que o crédito não havia sido solicitado pela empresa. A Samarco afirma, em nota, que ainda estuda se utilizará o financiamento. Para o professor titular de direito da FGV Carlos Ari Sundfeld, é "razoável que o BNDES reavalie a contratação", pois a tragédia em Mariana tem "dimensão suficiente para afetar substancialmente a situação econômico-financeira da empresa". "Em princípio, o BNDES até poderia confirmar [o contrato], mas quando a situação começa a se embananar, os bancos são muito cautelosos, ainda mais nessa fase [em que ainda não houve liberação de crédito]", afirma. Para o contrato ser mantido, segundo o professor, o banco deve exigir novas garantias, como uma fiança. A compra do forno era parte do projeto, concluído em 2014, de expansão da empresa, que aumentou sua capacidade produtiva em 37%. Foram investidos R$ 6,4 bilhões no projeto. Em 2014, a mineradora produziu 25 milhões de toneladas de pelotas, 15,4% a mais do que em 2013.
cotidiano
Tragédia em Mariana põe em risco financiamento do BNDES à SamarcoCláusulas de um contrato de financiamento de R$ 201 milhões assinado em 2014 pelo BNDES e a Samarco impedem que o banco libere o crédito à mineradora devido à tragédia ocorrida em Mariana (MG), em 5 de novembro. O documento previa o desembolso, até outubro deste ano, de R$ 200 milhões para a empresa adquirir um forno utilizado no processo de transformação de polpa de minério de ferro em pelotas. Pelo acordo, o R$ 1 milhão restante deveria ser destinado a "investimentos sociais". Embora nenhuma quantia tivesse sido liberada ainda, o aparelho industrial já havia sido instalado e operava na unidade de Anchieta (ES). O crédito seria usado na compra de equipamentos para o forno, segundo a Samarco. Mas o contrato, ao qual a Folha teve acesso, condiciona a liberação de cada parcela à "inexistência de qualquer fato que, a critério do BNDES, venha a alterar substancialmente a situação econômico-financeira da beneficiária". A mineradora interrompeu seu funcionamento em novembro, após a barragem de Fundão ruir em Mariana, deixando ao menos 17 mortos. Não há previsão para que a empresa volte a funcionar. Ela também teve suas atividades embargadas pela Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais, que ainda a multou em R$ 112 milhões. Há uma outra multa, no valor de R$ 250 milhões, do Ibama. A Samarco também responde a uma ação movida pela União e pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo que pede a criação de um fundo de R$ 20 bilhões para a recuperação do rio Doce. Segundo o contrato com o BNDES, a mineradora deveria começar em dezembro a quitar o financiamento, que seria pago em sete anos. O BNDESPar, braço de participação do BNDES em empresas, possui 5,2% do capital total da Vale, coacionista da Samarco ao lado da anglo-australiana BHP Billiton. O banco diz que a suspensão do acordo está em análise e que o crédito não havia sido solicitado pela empresa. A Samarco afirma, em nota, que ainda estuda se utilizará o financiamento. Para o professor titular de direito da FGV Carlos Ari Sundfeld, é "razoável que o BNDES reavalie a contratação", pois a tragédia em Mariana tem "dimensão suficiente para afetar substancialmente a situação econômico-financeira da empresa". "Em princípio, o BNDES até poderia confirmar [o contrato], mas quando a situação começa a se embananar, os bancos são muito cautelosos, ainda mais nessa fase [em que ainda não houve liberação de crédito]", afirma. Para o contrato ser mantido, segundo o professor, o banco deve exigir novas garantias, como uma fiança. A compra do forno era parte do projeto, concluído em 2014, de expansão da empresa, que aumentou sua capacidade produtiva em 37%. Foram investidos R$ 6,4 bilhões no projeto. Em 2014, a mineradora produziu 25 milhões de toneladas de pelotas, 15,4% a mais do que em 2013.
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J.K. Rowling anuncia o 3º romance sob pseudônimo de Robert Galbraith
A escritora J.K. Rowling, criadora da série "Harry Potter", anunciou seu terceiro romance de suspense sob o pseudônimo de Robert Galbrtaith. A novidade foi anunciada no Twitter, no perfil que a autora assina com o próprio nome e também na conta de Galbraith. "Career of Evil" – sucessor de "O Chamado do Cuco" e "O Bicho da Seda" – sairá no outono do hemisfério norte pela Little Brown. "Que dia feliz... É a 11ª vez que faço isso e a alegria nunca muda. Apenas a terceira vez com você, Robert, é claro", escreveu J.K. Rowling na rede social, em diálogo com o próprio pseudônimo.
ilustrada
J.K. Rowling anuncia o 3º romance sob pseudônimo de Robert GalbraithA escritora J.K. Rowling, criadora da série "Harry Potter", anunciou seu terceiro romance de suspense sob o pseudônimo de Robert Galbrtaith. A novidade foi anunciada no Twitter, no perfil que a autora assina com o próprio nome e também na conta de Galbraith. "Career of Evil" – sucessor de "O Chamado do Cuco" e "O Bicho da Seda" – sairá no outono do hemisfério norte pela Little Brown. "Que dia feliz... É a 11ª vez que faço isso e a alegria nunca muda. Apenas a terceira vez com você, Robert, é claro", escreveu J.K. Rowling na rede social, em diálogo com o próprio pseudônimo.
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Confederação de pastores evangélicos lança nota em defesa de Sergio Moro
Formada por líderes de igrejas evangélicas como Sara Nossa Terra, Universal, Assembleia de Deus e Batista, a Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil divulga nota nesta sexta (25) em defesa do juiz Sergio Moro, do combate à corrupção e da punição dos culpados. Assinado também pelo Fórum Evangélico de Ação Política, o texto chama de "uma afronta às instituições" a nomeação de Lula como ministro. EM ORAÇÃO "Acreditamos, acima de tudo, que a igreja do Senhor deve recorrer à oração, obedecendo aos princípios bíblicos de orar por aqueles que estão investidos de autoridade para que sejam sóbrios, sábios e justos", diz a carta. Leia a coluna completa aqui
colunas
Confederação de pastores evangélicos lança nota em defesa de Sergio MoroFormada por líderes de igrejas evangélicas como Sara Nossa Terra, Universal, Assembleia de Deus e Batista, a Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil divulga nota nesta sexta (25) em defesa do juiz Sergio Moro, do combate à corrupção e da punição dos culpados. Assinado também pelo Fórum Evangélico de Ação Política, o texto chama de "uma afronta às instituições" a nomeação de Lula como ministro. EM ORAÇÃO "Acreditamos, acima de tudo, que a igreja do Senhor deve recorrer à oração, obedecendo aos princípios bíblicos de orar por aqueles que estão investidos de autoridade para que sejam sóbrios, sábios e justos", diz a carta. Leia a coluna completa aqui
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SBM quis 'apagar' apurações sobre Brasil em 2012
A SBM Offshore retirou em 2012 o Brasil do foco de uma auditoria interna sobre supostos pagamentos de propina a agentes públicos. A informação foi passada à CGU em agosto do ano passado, durante a campanha eleitoral, pelo ex-diretor da empresa Jonathan Taylor, delator do esquema de propina da empresa com a Petrobras. Taylor acusa o órgão do governo brasileiro de ter esperado passar a eleição para processar a SBM, o que foi anunciado em 12 de novembro. Ele entregou às autoridades um e-mail de 4 de maio de 2012 que recebeu do chefe da auditoria, Sietze Hepkema, com detalhes sobre os passos a serem tomados numa apuração interna sobre possíveis irregularidades cometidas pela empresa para obter contratos no exterior. Num trecho, está escrito: "Delete references to review of activities related to Brazil and Julio Faerman and related entities, as we wish to put this part of the investigation on hold for the time being". Numa tradução livre, seria algo como: "excluir as referências para análise das atividades relacionadas ao Brasil e a Julio Faerman e órgãos relacionados, já que nós desejamos colocar essa parte da investigação em espera por um momento". Para Jonathan Taylor, isso reforça sua acusação de que a SBM sempre tentou acobertar as investigações sobre o Brasil, com o objetivo, segundo ele, de não prejudicar os negócios dela com a Petrobras. A SBM confirma o teor do e-mail, mas justifica que, naquele momento, estava somente separando o Brasil do foco principal daquela investigação, os países africanos. "Olhamos para o Brasil por duas vezes nesse período. Não esquecemos", diz o chefe jurídico da SBM, Alessandro Rigutto.
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SBM quis 'apagar' apurações sobre Brasil em 2012A SBM Offshore retirou em 2012 o Brasil do foco de uma auditoria interna sobre supostos pagamentos de propina a agentes públicos. A informação foi passada à CGU em agosto do ano passado, durante a campanha eleitoral, pelo ex-diretor da empresa Jonathan Taylor, delator do esquema de propina da empresa com a Petrobras. Taylor acusa o órgão do governo brasileiro de ter esperado passar a eleição para processar a SBM, o que foi anunciado em 12 de novembro. Ele entregou às autoridades um e-mail de 4 de maio de 2012 que recebeu do chefe da auditoria, Sietze Hepkema, com detalhes sobre os passos a serem tomados numa apuração interna sobre possíveis irregularidades cometidas pela empresa para obter contratos no exterior. Num trecho, está escrito: "Delete references to review of activities related to Brazil and Julio Faerman and related entities, as we wish to put this part of the investigation on hold for the time being". Numa tradução livre, seria algo como: "excluir as referências para análise das atividades relacionadas ao Brasil e a Julio Faerman e órgãos relacionados, já que nós desejamos colocar essa parte da investigação em espera por um momento". Para Jonathan Taylor, isso reforça sua acusação de que a SBM sempre tentou acobertar as investigações sobre o Brasil, com o objetivo, segundo ele, de não prejudicar os negócios dela com a Petrobras. A SBM confirma o teor do e-mail, mas justifica que, naquele momento, estava somente separando o Brasil do foco principal daquela investigação, os países africanos. "Olhamos para o Brasil por duas vezes nesse período. Não esquecemos", diz o chefe jurídico da SBM, Alessandro Rigutto.
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Afeganistão investiga alegações sobre morte de líder do Taleban
O Afeganistão afirmou nesta quarta-feira (29) que está investigando as alegações sobre a morte do mulá Mohammed Omar, líder do grupo radical islâmico Taleban. Mais cedo, fontes do governo e da inteligência do Afeganistão haviam reportado à rede britânica BBC que mulá Omar teria morrido há dois ou três anos. Abdul Hassib Seddiqi, porta-voz da Diretoria Nacional de Segurança do Afeganistão, disse à agência de notícias Associated Press que mulá Omar teria morrido em um hospital na cidade de Karachi, no Paquistão, em abril de 2013. "Nós confirmamos oficialmente que ele está morto", afirmou. O governo do Afeganistão e o Taleban não confirmaram oficialmente essas informações. "Estamos cientes das informações sobre a morte do mulá Omar, líder do Taleban", disse em uma entrevista coletiva de imprensa o porta-voz da Presidência do Afeganistão, Sayed Zafar Hashemi. "Estamos no processo de verificar essas alegações, e assim que tivermos informações mais precisas [...] vamos deixar a mídia e a população afegã saberem." O mulá Omar se mantém em paradeiro desconhecido desde 2001, quando Taleban foi tirado do poder no Afeganistão após uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos, motivada pelos atentados terroristas de 11 de setembro. Desde então, o Taleban lidera uma insurgência contra autoridades afegãs e tropas ocidentais buscando retomar a influência perdida no país. As alegações sobre a morte do mulá Omar surgem dias antes de uma nova rodada de negociações entre o governo afegão e o Taleban. As incertezas sobre a morte do líder do Taleban podem provocar instabilidades no processo de paz devido a disputas internas entre diferentes candidatos à sucessão do comando do grupo radical. Um comandante do Taleban no Paquistão alegou que mulá Omar morreu de causas naturais, sem especificar quando. "Estamos em uma encruzilhada e vamos tomar certo tempo para resolver este problema [de liderança]", disse o militante à agência de notícias Reuters. O mulá Omar era um importante aliado do ex-líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, morto em 2011.
mundo
Afeganistão investiga alegações sobre morte de líder do TalebanO Afeganistão afirmou nesta quarta-feira (29) que está investigando as alegações sobre a morte do mulá Mohammed Omar, líder do grupo radical islâmico Taleban. Mais cedo, fontes do governo e da inteligência do Afeganistão haviam reportado à rede britânica BBC que mulá Omar teria morrido há dois ou três anos. Abdul Hassib Seddiqi, porta-voz da Diretoria Nacional de Segurança do Afeganistão, disse à agência de notícias Associated Press que mulá Omar teria morrido em um hospital na cidade de Karachi, no Paquistão, em abril de 2013. "Nós confirmamos oficialmente que ele está morto", afirmou. O governo do Afeganistão e o Taleban não confirmaram oficialmente essas informações. "Estamos cientes das informações sobre a morte do mulá Omar, líder do Taleban", disse em uma entrevista coletiva de imprensa o porta-voz da Presidência do Afeganistão, Sayed Zafar Hashemi. "Estamos no processo de verificar essas alegações, e assim que tivermos informações mais precisas [...] vamos deixar a mídia e a população afegã saberem." O mulá Omar se mantém em paradeiro desconhecido desde 2001, quando Taleban foi tirado do poder no Afeganistão após uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos, motivada pelos atentados terroristas de 11 de setembro. Desde então, o Taleban lidera uma insurgência contra autoridades afegãs e tropas ocidentais buscando retomar a influência perdida no país. As alegações sobre a morte do mulá Omar surgem dias antes de uma nova rodada de negociações entre o governo afegão e o Taleban. As incertezas sobre a morte do líder do Taleban podem provocar instabilidades no processo de paz devido a disputas internas entre diferentes candidatos à sucessão do comando do grupo radical. Um comandante do Taleban no Paquistão alegou que mulá Omar morreu de causas naturais, sem especificar quando. "Estamos em uma encruzilhada e vamos tomar certo tempo para resolver este problema [de liderança]", disse o militante à agência de notícias Reuters. O mulá Omar era um importante aliado do ex-líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, morto em 2011.
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É pequeno o número de pais e escolas que refletem sobre boatos na internet
O uso exagerado dos aparelhos tecnológicos e o tempo que crianças e jovens gastam na internet são questões que preocupam os pais. Eles querem saber se devem bisbilhotar os aparelhos para saber o que e com quem os filhos falam, se devem colocar filtros que restringem determinados conteúdos etc. É pequeno o número de pais que reflete a respeito da quantidade de informações incorretas e/ou falsas com as quais os filhos têm contato na rede, e que dialoga com eles sobre esses assuntos. Precisamos pensar a esse respeito, porque os mais novos ainda não têm formação crítica para diferenciar conteúdos que têm relação com a realidade daqueles que são inventados, por exemplo. Um estudo da Universidade Stanford, com quase 8.000 estudantes que frequentam do ensino fundamental 2 à faculdade, apontou que cerca de 82% deles não conseguiram distinguir uma notícia real de conteúdos patrocinados em um site. Não é surpreendente? Surpreendente e perigoso, porque os mais novos consomem esses conteúdos e os incorporam como se fossem saberes! Por isso, é preciso dialogar com os filhos sobre o que eles leem e veem nas redes que frequentam, além de tutelar o seu uso. Aliás, inúmeros adultos também caem nessas armadilhas nas redes. Não é à toa que pelo menos dois sites bem conhecidos -o boatos.org e o e-farsas.com-, dedicam-se exclusivamente a desmentir notícias compartilhadas milhares de vezes e que não têm relação com a realidade. Muitos trabalhos escolares que os alunos fazem consultando a internet apresentam incorreções históricas gritantes que eles não identificam. Por isso, a escola também tem grande responsabilidade nessa história. Em vez de apenas pedir aos alunos trabalhos de busca na internet, precisam avaliar com eles o que e onde eles encontraram tal conteúdo e analisar o que trouxeram, para que aprendam conteúdos corretos e o bom uso que é possível fazer da rede nas questões escolares. Muitas crianças e adolescentes idolatram alguns de seus pares que têm canais no YouTube com milhares de seguidores. Muitos desses canais apresentam, porém, discursos vazios e que exaltam as qualidades disto ou daquilo, o que é patrocinado, mas não esclarecem isso aos seus ingênuos espectadores. Sobre isso, conversei recentemente com a mãe de duas meninas que estão prestes a entrar na adolescência. Elas queriam ir a um lugar para ver -apenas ver- uma jovem youtuber que elas veneram e a mãe nem sabia. Precavida, ela pediu para assistir com as filhas a alguns vídeos dos quais elas gostavam e logo percebeu que a youtuber não falava nada, mas usava muitas palavras. Você sabia que alguns desses youtubers e blogueiros têm livros publicados que são sucessos editoriais entre adolescentes e crianças? Essa mãe explicou às filhas a inutilidade do que elas viam e ouviam e trocou o passeio por um espetáculo teatral, que as filhas curtiram muito, por sinal, e vai dedicar-se a procurar na internet canais que acrescentem algo na formação das filhas. Oferecer o uso da internet a crianças pequenas é bobagem: elas têm muito o que aprender no mundo real, na natureza, no contexto em que vivem. Os maiores podem, além do entretenimento, usar muito bem a rede, desde que tenham boa companhia para comentar o que absorvem dela. Pais e escola devem ser essas boas companhias.
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É pequeno o número de pais e escolas que refletem sobre boatos na internetO uso exagerado dos aparelhos tecnológicos e o tempo que crianças e jovens gastam na internet são questões que preocupam os pais. Eles querem saber se devem bisbilhotar os aparelhos para saber o que e com quem os filhos falam, se devem colocar filtros que restringem determinados conteúdos etc. É pequeno o número de pais que reflete a respeito da quantidade de informações incorretas e/ou falsas com as quais os filhos têm contato na rede, e que dialoga com eles sobre esses assuntos. Precisamos pensar a esse respeito, porque os mais novos ainda não têm formação crítica para diferenciar conteúdos que têm relação com a realidade daqueles que são inventados, por exemplo. Um estudo da Universidade Stanford, com quase 8.000 estudantes que frequentam do ensino fundamental 2 à faculdade, apontou que cerca de 82% deles não conseguiram distinguir uma notícia real de conteúdos patrocinados em um site. Não é surpreendente? Surpreendente e perigoso, porque os mais novos consomem esses conteúdos e os incorporam como se fossem saberes! Por isso, é preciso dialogar com os filhos sobre o que eles leem e veem nas redes que frequentam, além de tutelar o seu uso. Aliás, inúmeros adultos também caem nessas armadilhas nas redes. Não é à toa que pelo menos dois sites bem conhecidos -o boatos.org e o e-farsas.com-, dedicam-se exclusivamente a desmentir notícias compartilhadas milhares de vezes e que não têm relação com a realidade. Muitos trabalhos escolares que os alunos fazem consultando a internet apresentam incorreções históricas gritantes que eles não identificam. Por isso, a escola também tem grande responsabilidade nessa história. Em vez de apenas pedir aos alunos trabalhos de busca na internet, precisam avaliar com eles o que e onde eles encontraram tal conteúdo e analisar o que trouxeram, para que aprendam conteúdos corretos e o bom uso que é possível fazer da rede nas questões escolares. Muitas crianças e adolescentes idolatram alguns de seus pares que têm canais no YouTube com milhares de seguidores. Muitos desses canais apresentam, porém, discursos vazios e que exaltam as qualidades disto ou daquilo, o que é patrocinado, mas não esclarecem isso aos seus ingênuos espectadores. Sobre isso, conversei recentemente com a mãe de duas meninas que estão prestes a entrar na adolescência. Elas queriam ir a um lugar para ver -apenas ver- uma jovem youtuber que elas veneram e a mãe nem sabia. Precavida, ela pediu para assistir com as filhas a alguns vídeos dos quais elas gostavam e logo percebeu que a youtuber não falava nada, mas usava muitas palavras. Você sabia que alguns desses youtubers e blogueiros têm livros publicados que são sucessos editoriais entre adolescentes e crianças? Essa mãe explicou às filhas a inutilidade do que elas viam e ouviam e trocou o passeio por um espetáculo teatral, que as filhas curtiram muito, por sinal, e vai dedicar-se a procurar na internet canais que acrescentem algo na formação das filhas. Oferecer o uso da internet a crianças pequenas é bobagem: elas têm muito o que aprender no mundo real, na natureza, no contexto em que vivem. Os maiores podem, além do entretenimento, usar muito bem a rede, desde que tenham boa companhia para comentar o que absorvem dela. Pais e escola devem ser essas boas companhias.
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Morre, aos 62 anos, Andy Fraser, baixista da banda Free
Andy Fraser, baixista da banda de rock clássico Free, morreu nesta segunda (16), aos 62 anos, em sua casa na Califórnia. Fraser lutava contra um câncer e também contra a AIDS, mas a causa oficial de sua morte ainda não foi anunciada, segundo a revista "NME". O britânico fez parte da banda Free, fundada junto com Paul Rodgers em 1968, quando tinha apenas 15 anos. Ele deixou o grupo em 1972 para formar a banda Sharks com o guitarrista Chris Spedding —depois, chegou a formar a Andy Fraser Band antes de mudar-se para a Califórnia e começar a escrever canções para nomes como Robert Palmer, Joe Cocker e Rod Stewart.
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Morre, aos 62 anos, Andy Fraser, baixista da banda FreeAndy Fraser, baixista da banda de rock clássico Free, morreu nesta segunda (16), aos 62 anos, em sua casa na Califórnia. Fraser lutava contra um câncer e também contra a AIDS, mas a causa oficial de sua morte ainda não foi anunciada, segundo a revista "NME". O britânico fez parte da banda Free, fundada junto com Paul Rodgers em 1968, quando tinha apenas 15 anos. Ele deixou o grupo em 1972 para formar a banda Sharks com o guitarrista Chris Spedding —depois, chegou a formar a Andy Fraser Band antes de mudar-se para a Califórnia e começar a escrever canções para nomes como Robert Palmer, Joe Cocker e Rod Stewart.
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Lobista do PMDB admite pagamentos de propina e implica Renan e Jader
O lobista Jorge Luz, preso na Operação Lava Jato, admitiu nesta quarta (19) que fez pagamentos de propina a políticos do PMDB, incluindo o senador Renan Calheiros (AL), o senador Jader Barbalho (PA) e o deputado federal Aníbal Gomes (CE). Os três políticos teriam participado de um acerto para apoiar, via partido, a permanência dos diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, em troca de R$ 11,5 milhões em propina, segundo o lobista. As declarações foram dadas ao juiz Sergio Moro, na Justiça Federal do Paraná, durante interrogatório numa ação a que Luz responde sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. O lobista, que tem 73 anos e está preso há cinco meses, disse que usava uma conta chamada Headliner, na Suíça, para transferir valores ao PMDB. "Eu passei a ser um intermediário. O Aníbal me passava a relação das contas", afirmou. O lobista citou ainda o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, também do PMDB. Segundo ele, os R$ 11,5 milhões foram pagos em parcelas, e transferidos a contas no exterior indicadas pelo deputado. Luz, engenheiro com bom trânsito na política, já foi considerado por investigadores como "o operador dos operadores". Na audiência, ele afirmou que conhecia Renan desde 1989, e Jader, desde 1983. "Eu fiz esse link [entre a Petrobras e o PMDB]", afirmou, nesta quarta (19). O engenheiro ainda declarou que os contratos para construção e exploração de sondas, alvos da denúncia a que responde na Justiça, foram transferidos da diretoria de Exploração e Produção para a Internacional -sob o comando de Cerveró- para "facilitar todos esses entendimentos". "Por que essas plataformas foram contratadas na diretoria Internacional, quando tradicionalmente contratariam na Exploração e Produção? Pelo tipo de diretor que tinha lá. Mais caxias, mais difícil", disse. Segundo Luz, houve uma reunião de agradecimento em que Jader, disse, o elogiou por "cumprir seu papel". Ele disse que houve pagamento para políticos nas negociações envolvendo a contratação do navio Victoria 10.000 pela Petrobras, que também motivou outras ações penais da Lava Jato. A operação era de responsabilidade do grupo Schahin. Luz está detido desde fevereiro, quando também foi preso o filho dele Bruno. Os dois não são delatores, mas decidiram dar detalhes de negociações à Justiça. "Já há algum tempo eu gostaria de ter feito isso porque uma pessoa velha como eu não consegue mentir porque não tem mais memória. Não consegue fugir das pessoas que fazem qualquer coisa porque não tem mais pernas." Bruno Luz, que também depôs nesta quarta (19) e auxiliava o pai na operação das contas no exterior, disse ao juiz que não sabia da origem ilícita dos valores. "Meu pai sempre foi um empreendedor, montou vários negócios. Eu não partia do princípio que seria algo ilícito. Eu simplesmente seguia as instruções dele", afirmou. "Na posição de filho, eu ficava até um pouco constrangido [de questioná-lo]." Bruno disse que sua atribuição eram tarefas burocráticas, como realização de transferências bancárias e organização de documentos, e que nunca negociou acertos com políticos ou funcionários da Petrobras. Luz, o pai, afirmou que tinha contas no exterior desde a década de 1970, e que nunca as declarou por "questões culturais". "Antigamente, não precisava se declarar as contas. Eu vinha desse hábito. E, como era muito cômodo, não pagava imposto, eu não fiz", afirmou. OUTROS DEPOIMENTOS Também falou ao juiz Sergio Moro Agosthilde Mônaco de Carvalho, ex-funcionário da área Internacional da Petrobras. Carvalho é acusado de ter recebido propina em contratos de navios-sonda da estatal. Ele nega, entretanto, que tenha participado "de alguma coisa referente à contratação de sondas". Negou, ainda, conhecer Bruno Luz e disse que foi somente apresentado a Jorge Luz, com quem afirma não ter conversado. Ex-assessor de Cerveró, o engenheiro fechou acordo de delação premiada em novembro de 2015, no qual detalhou o recebimento da propina para viabilizar a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. OUTRO LADO Os políticos não são réus na ação. Os congressistas só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal devido ao foro privilegiado. Renan, por meio de sua assessoria, disse que conheceu Jorge Luz mais de 20 anos atrás e desde então nunca mais o encontrou ou falou com.ele. Diz ainda que não conhece nenhum dos seus filhos. "Há 20 dias, o senador prestou depoimento ao juiz Sergio Moro como testemunha de Luz e reafirmou que a citação a seu nome é totalmente infundada." Em nota, o senador Jader Barbalho admitiu que conhece Luz, mas disse que nunca teve contas na Suíça e que as declarações do lobista são dignas "de criminoso e devem ser investigadas pela Justiça". Ele nega que tenha mantido qualquer tipo de negócio com o operador. A Folha não conseguiu contato com o deputado Aníbal Gomes nesta quarta (19).
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Lobista do PMDB admite pagamentos de propina e implica Renan e JaderO lobista Jorge Luz, preso na Operação Lava Jato, admitiu nesta quarta (19) que fez pagamentos de propina a políticos do PMDB, incluindo o senador Renan Calheiros (AL), o senador Jader Barbalho (PA) e o deputado federal Aníbal Gomes (CE). Os três políticos teriam participado de um acerto para apoiar, via partido, a permanência dos diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, em troca de R$ 11,5 milhões em propina, segundo o lobista. As declarações foram dadas ao juiz Sergio Moro, na Justiça Federal do Paraná, durante interrogatório numa ação a que Luz responde sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. O lobista, que tem 73 anos e está preso há cinco meses, disse que usava uma conta chamada Headliner, na Suíça, para transferir valores ao PMDB. "Eu passei a ser um intermediário. O Aníbal me passava a relação das contas", afirmou. O lobista citou ainda o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, também do PMDB. Segundo ele, os R$ 11,5 milhões foram pagos em parcelas, e transferidos a contas no exterior indicadas pelo deputado. Luz, engenheiro com bom trânsito na política, já foi considerado por investigadores como "o operador dos operadores". Na audiência, ele afirmou que conhecia Renan desde 1989, e Jader, desde 1983. "Eu fiz esse link [entre a Petrobras e o PMDB]", afirmou, nesta quarta (19). O engenheiro ainda declarou que os contratos para construção e exploração de sondas, alvos da denúncia a que responde na Justiça, foram transferidos da diretoria de Exploração e Produção para a Internacional -sob o comando de Cerveró- para "facilitar todos esses entendimentos". "Por que essas plataformas foram contratadas na diretoria Internacional, quando tradicionalmente contratariam na Exploração e Produção? Pelo tipo de diretor que tinha lá. Mais caxias, mais difícil", disse. Segundo Luz, houve uma reunião de agradecimento em que Jader, disse, o elogiou por "cumprir seu papel". Ele disse que houve pagamento para políticos nas negociações envolvendo a contratação do navio Victoria 10.000 pela Petrobras, que também motivou outras ações penais da Lava Jato. A operação era de responsabilidade do grupo Schahin. Luz está detido desde fevereiro, quando também foi preso o filho dele Bruno. Os dois não são delatores, mas decidiram dar detalhes de negociações à Justiça. "Já há algum tempo eu gostaria de ter feito isso porque uma pessoa velha como eu não consegue mentir porque não tem mais memória. Não consegue fugir das pessoas que fazem qualquer coisa porque não tem mais pernas." Bruno Luz, que também depôs nesta quarta (19) e auxiliava o pai na operação das contas no exterior, disse ao juiz que não sabia da origem ilícita dos valores. "Meu pai sempre foi um empreendedor, montou vários negócios. Eu não partia do princípio que seria algo ilícito. Eu simplesmente seguia as instruções dele", afirmou. "Na posição de filho, eu ficava até um pouco constrangido [de questioná-lo]." Bruno disse que sua atribuição eram tarefas burocráticas, como realização de transferências bancárias e organização de documentos, e que nunca negociou acertos com políticos ou funcionários da Petrobras. Luz, o pai, afirmou que tinha contas no exterior desde a década de 1970, e que nunca as declarou por "questões culturais". "Antigamente, não precisava se declarar as contas. Eu vinha desse hábito. E, como era muito cômodo, não pagava imposto, eu não fiz", afirmou. OUTROS DEPOIMENTOS Também falou ao juiz Sergio Moro Agosthilde Mônaco de Carvalho, ex-funcionário da área Internacional da Petrobras. Carvalho é acusado de ter recebido propina em contratos de navios-sonda da estatal. Ele nega, entretanto, que tenha participado "de alguma coisa referente à contratação de sondas". Negou, ainda, conhecer Bruno Luz e disse que foi somente apresentado a Jorge Luz, com quem afirma não ter conversado. Ex-assessor de Cerveró, o engenheiro fechou acordo de delação premiada em novembro de 2015, no qual detalhou o recebimento da propina para viabilizar a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. OUTRO LADO Os políticos não são réus na ação. Os congressistas só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal devido ao foro privilegiado. Renan, por meio de sua assessoria, disse que conheceu Jorge Luz mais de 20 anos atrás e desde então nunca mais o encontrou ou falou com.ele. Diz ainda que não conhece nenhum dos seus filhos. "Há 20 dias, o senador prestou depoimento ao juiz Sergio Moro como testemunha de Luz e reafirmou que a citação a seu nome é totalmente infundada." Em nota, o senador Jader Barbalho admitiu que conhece Luz, mas disse que nunca teve contas na Suíça e que as declarações do lobista são dignas "de criminoso e devem ser investigadas pela Justiça". Ele nega que tenha mantido qualquer tipo de negócio com o operador. A Folha não conseguiu contato com o deputado Aníbal Gomes nesta quarta (19).
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Felipe Melo e Guerra reforçam o Palmeiras na Copa do Brasil
O Palmeiras terá o reforço de Felipe Melo para o jogo desta quarta-feira (26), contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Embora o clube faça mistério na lista de relacionados, o próprio jogador anunciou nas redes sociais que viajará para Belo Horizonte. Mais tarde, ainda postou uma foto ao lado de Guerra e de Fabiano já no avião. Desfalque nas duas últimas partidas, contra Flamengo e Sport, o volante fez reforço muscular durante os últimos dias e nem viajou com o grupo para Rio de Janeiro e Recife. O time paulista precisa vencer por qualquer diferença de gols para avançar à semifinal da competição. O jogo de ida terminou em 3 a 3 depois de os cruzeirenses abrirem 3 a 0 em pleno Allianz Parque no primeiro tempo. Outro atleta que reforça o time será Alejandro Guerra. Ele também foi poupado pela comissão técnica nos últimos dois jogos e provavelmente estará em campo para enfrentar o Cruzeiro. O grupo chega na capital mineira às 17h20 desta segunda-feira (24). Depois de atuar no Mineirão, a equipe volta para São Paulo depois de 10 dias viajando em sequência. A equipe foi para o Rio na última terça-feira (18) e só volta para casa na quinta-feira. Após enfrentar o Avaí no próximo sábado (29), em casa, a equipe viajará para Atibaia, onde se concentrará por cerca de 10 dias para o jogo do dia 9 de agosto, contra o Barcelona-EQU. Na ida, a equipe de Guayaquil venceu por 1 a 0
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Felipe Melo e Guerra reforçam o Palmeiras na Copa do BrasilO Palmeiras terá o reforço de Felipe Melo para o jogo desta quarta-feira (26), contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Embora o clube faça mistério na lista de relacionados, o próprio jogador anunciou nas redes sociais que viajará para Belo Horizonte. Mais tarde, ainda postou uma foto ao lado de Guerra e de Fabiano já no avião. Desfalque nas duas últimas partidas, contra Flamengo e Sport, o volante fez reforço muscular durante os últimos dias e nem viajou com o grupo para Rio de Janeiro e Recife. O time paulista precisa vencer por qualquer diferença de gols para avançar à semifinal da competição. O jogo de ida terminou em 3 a 3 depois de os cruzeirenses abrirem 3 a 0 em pleno Allianz Parque no primeiro tempo. Outro atleta que reforça o time será Alejandro Guerra. Ele também foi poupado pela comissão técnica nos últimos dois jogos e provavelmente estará em campo para enfrentar o Cruzeiro. O grupo chega na capital mineira às 17h20 desta segunda-feira (24). Depois de atuar no Mineirão, a equipe volta para São Paulo depois de 10 dias viajando em sequência. A equipe foi para o Rio na última terça-feira (18) e só volta para casa na quinta-feira. Após enfrentar o Avaí no próximo sábado (29), em casa, a equipe viajará para Atibaia, onde se concentrará por cerca de 10 dias para o jogo do dia 9 de agosto, contra o Barcelona-EQU. Na ida, a equipe de Guayaquil venceu por 1 a 0
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Estrelas são mais jovens do que se pensava
As primeiras estrelas do Universo nasceram mais tarde do que antes se imaginava. Os cientistas concluem agora que os primeiros astros brilhantes –responsáveis por acabar com a "idade das trevas" cósmicas– surgiram cerca de 550 milhões de anos após o Big Bang. É quase 100 milhões de anos mais tarde do que antes se imaginava. A nova medição, feita com o satélite europeu Planck de 2009 a 2013, é bem mais refinada que a obtida com seu predecessor americano, o WMAP. Tal descoberta foi possível por causa da radiação cósmica de fundo, a relíquia mais antiga deixada pelo Big Bang. Sabemos, com base nela, que o cosmos teve sua origem cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, a partir de um estado muito quente e denso. No princípio, a compactação do Universo era tão grande que as partículas de luz não conseguiam fluir. Conforme a expansão cósmica seguiu adiante, a diluição finalmente permitiu que a luz circulasse livremente. Isso aconteceu cerca de 380 mil anos depois do Big Bang, e é essa luz que o Planck detecta e mede. Por meio das informações contidas nela, é possível conhecer o passado. INÍCIO TARDIO O fato de as primeiras estrelas terem surgido mais tarde que o esperado resolve algumas contradições no estudo dos primórdios do Universo. "Embora esses 100 milhões de anos possam parecer desprezáveis comparados à idade de quase 14 bilhões de anos do Universo, eles fazem uma diferença significativa", afirma Marco Bersanelli, da Universidade de Estudos de Milão, na Itália, que trabalha com o satélite Planck. Se tivesse acontecido 100 milhões de anos antes, haveria contradição com observações do Telescópio Espacial Hubble. O satélite tinha apontado que as mais antigas galáxias conhecidas não tinham a configuração imaginada pelos cientistas para o período. Ao empurrar o surgimento das estrelas para um pouco mais tarde, o Planck volta a encaixar tudo nos seu lugar. Outra coisa interessante dos novos dados é que eles indicam não só que as estrelas começaram a nascer um pouco mais tarde, mas que o processo foi mais explosivo e acelerado do que o imaginado. "Isso é interessante porque está relacionado não somente com a taxa com que as primeiras estrelas se formam, mas também com a evolução química do Universo", disse à Folha Diego Falceta-Gonçalves, astrônomo da USP e da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido. "Se muitas estrelas se formam logo de cara, elementos químicos mais pesados contaminam o Universo bem cedo." Isso casa bem, por exemplo, com a descoberta recente de planetas muito antigos, com mais de 11 bilhões de anos. Apesar dos resultados entusiasmantes, a análise dos dados do Planck acabou não confirmando a grande expectativa que havia: a de que tivessem sido detectados sinais do período mais antigo do Universo, a chamada "inflação cósmica", resquícios da primeira fração de segundo de existência do cosmos. Um outro experimento, o BICEP2, no polo Sul, chegou em 2014 a anunciar ter achado tais sinais, mas depois os cientistas descobriram que se tratava de um falso positivo. Ao que parece, esses sinais na radiação cósmica de fundo, se existem, são mais sutis do que a precisão obtida até agora nos estudos.
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Estrelas são mais jovens do que se pensavaAs primeiras estrelas do Universo nasceram mais tarde do que antes se imaginava. Os cientistas concluem agora que os primeiros astros brilhantes –responsáveis por acabar com a "idade das trevas" cósmicas– surgiram cerca de 550 milhões de anos após o Big Bang. É quase 100 milhões de anos mais tarde do que antes se imaginava. A nova medição, feita com o satélite europeu Planck de 2009 a 2013, é bem mais refinada que a obtida com seu predecessor americano, o WMAP. Tal descoberta foi possível por causa da radiação cósmica de fundo, a relíquia mais antiga deixada pelo Big Bang. Sabemos, com base nela, que o cosmos teve sua origem cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, a partir de um estado muito quente e denso. No princípio, a compactação do Universo era tão grande que as partículas de luz não conseguiam fluir. Conforme a expansão cósmica seguiu adiante, a diluição finalmente permitiu que a luz circulasse livremente. Isso aconteceu cerca de 380 mil anos depois do Big Bang, e é essa luz que o Planck detecta e mede. Por meio das informações contidas nela, é possível conhecer o passado. INÍCIO TARDIO O fato de as primeiras estrelas terem surgido mais tarde que o esperado resolve algumas contradições no estudo dos primórdios do Universo. "Embora esses 100 milhões de anos possam parecer desprezáveis comparados à idade de quase 14 bilhões de anos do Universo, eles fazem uma diferença significativa", afirma Marco Bersanelli, da Universidade de Estudos de Milão, na Itália, que trabalha com o satélite Planck. Se tivesse acontecido 100 milhões de anos antes, haveria contradição com observações do Telescópio Espacial Hubble. O satélite tinha apontado que as mais antigas galáxias conhecidas não tinham a configuração imaginada pelos cientistas para o período. Ao empurrar o surgimento das estrelas para um pouco mais tarde, o Planck volta a encaixar tudo nos seu lugar. Outra coisa interessante dos novos dados é que eles indicam não só que as estrelas começaram a nascer um pouco mais tarde, mas que o processo foi mais explosivo e acelerado do que o imaginado. "Isso é interessante porque está relacionado não somente com a taxa com que as primeiras estrelas se formam, mas também com a evolução química do Universo", disse à Folha Diego Falceta-Gonçalves, astrônomo da USP e da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido. "Se muitas estrelas se formam logo de cara, elementos químicos mais pesados contaminam o Universo bem cedo." Isso casa bem, por exemplo, com a descoberta recente de planetas muito antigos, com mais de 11 bilhões de anos. Apesar dos resultados entusiasmantes, a análise dos dados do Planck acabou não confirmando a grande expectativa que havia: a de que tivessem sido detectados sinais do período mais antigo do Universo, a chamada "inflação cósmica", resquícios da primeira fração de segundo de existência do cosmos. Um outro experimento, o BICEP2, no polo Sul, chegou em 2014 a anunciar ter achado tais sinais, mas depois os cientistas descobriram que se tratava de um falso positivo. Ao que parece, esses sinais na radiação cósmica de fundo, se existem, são mais sutis do que a precisão obtida até agora nos estudos.
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Demorou por quê?
BRASÍLIA - O Datafolha revela: a maioria dos brasileiros acredita que Lula foi favorecido por empreiteiras em obras feitas em dois imóveis ligados ao ex-presidente e familiares. A cúpula petista reage: os brasileiros foram levados a acreditar nesta história por causa de uma campanha da mídia e do Ministério Público contra seu líder supremo. Bem, primeiro, de fato nem o tríplex do Guarujá nem o sítio em Atibaia estão no nome do petista. Agora, uma perguntinha: por que Lula demorou tanto em dar explicações? Elas passaram a ser concedidas apenas depois que vieram a público fatos ligando o ex-presidente e empreiteiras a obras e serviços executados tanto no sítio como no tríplex. A sensação é de que, não fossem as investigações, tudo ficaria escondido. No mínimo, são presentinhos e agrados dados ou que seriam dados a um ex-presidente por empresas que lucraram em seu governo. Algo que o velho PT jamais aceitaria, mas o novo faz que não vê. E que sonha, para afastar este pesadelo do caminho, com o mundo mágico criado pelo marqueteiro João Santana na campanha de 2014. Os petistas parecem não lembrar que, passada a eleição, a ilusão inventada pelo marqueteiro desmanchou-se no ar porque seu próprio governo havia quebrado o Tesouro e destruído a política econômica. Mesmo assim o PT faz festa de aniversário num momento que demanda penitência e pressiona por mais uma aventura populista na economia para salvar sua própria pele. Por falar no marqueteiro, preso em Curitiba, ele levou R$ 88,9 milhões para satanizar adversários e criar um Brasil ilusório. A PF suspeita que foi mais, e no caixa dois. O governo nega e diz que a conta salgada é prova de que tudo foi legal. Seja como for, nunca uma ilusão custou tão caro ao país. Custou milhares de empregos e anos de forte retração da economia. Até o PT deveria estar arrependido do que pagou. Se não pagou bem mais.
colunas
Demorou por quê?BRASÍLIA - O Datafolha revela: a maioria dos brasileiros acredita que Lula foi favorecido por empreiteiras em obras feitas em dois imóveis ligados ao ex-presidente e familiares. A cúpula petista reage: os brasileiros foram levados a acreditar nesta história por causa de uma campanha da mídia e do Ministério Público contra seu líder supremo. Bem, primeiro, de fato nem o tríplex do Guarujá nem o sítio em Atibaia estão no nome do petista. Agora, uma perguntinha: por que Lula demorou tanto em dar explicações? Elas passaram a ser concedidas apenas depois que vieram a público fatos ligando o ex-presidente e empreiteiras a obras e serviços executados tanto no sítio como no tríplex. A sensação é de que, não fossem as investigações, tudo ficaria escondido. No mínimo, são presentinhos e agrados dados ou que seriam dados a um ex-presidente por empresas que lucraram em seu governo. Algo que o velho PT jamais aceitaria, mas o novo faz que não vê. E que sonha, para afastar este pesadelo do caminho, com o mundo mágico criado pelo marqueteiro João Santana na campanha de 2014. Os petistas parecem não lembrar que, passada a eleição, a ilusão inventada pelo marqueteiro desmanchou-se no ar porque seu próprio governo havia quebrado o Tesouro e destruído a política econômica. Mesmo assim o PT faz festa de aniversário num momento que demanda penitência e pressiona por mais uma aventura populista na economia para salvar sua própria pele. Por falar no marqueteiro, preso em Curitiba, ele levou R$ 88,9 milhões para satanizar adversários e criar um Brasil ilusório. A PF suspeita que foi mais, e no caixa dois. O governo nega e diz que a conta salgada é prova de que tudo foi legal. Seja como for, nunca uma ilusão custou tão caro ao país. Custou milhares de empregos e anos de forte retração da economia. Até o PT deveria estar arrependido do que pagou. Se não pagou bem mais.
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Ossada mais antiga da América vira alvo de disputa judicial nos EUA
O Centro Arqueológico de San Diego, nos EUA, é dono de um par extraordinário de esqueletos. Com cerca de 9.500 anos de idade, eles estão entre os restos mortais humanos mais antigos já encontrados nas Américas. Inúmeros cientistas adorariam estudar esses ossos, utilizando técnicas para extrair qualquer DNA que possa ter sobrevivido em seu interior. "Esqueletos antigos assim são muito importantes para compreendermos o que aconteceu no passado da América do Norte", afirmou Brian Kemp, antropólogo molecular da Universidade do Estado de Washington. Mas há muitos anos os ossos estão longe dos especialistas, alvo de batalha legal travada por três cientistas da Universidade da Califórnia contra a própria instituição e os Kumeyaay, grupo de tribos de nativos americanos. Os esqueletos foram encontrados na comunidade La Jolla, em San Diego, em 1976, por uma equipe de arqueólogos que escavava em terras que pertencem à Universidade da Califórnia. Em 2006, um grupo de tribos afirmou ser proprietário dos esqueletos, e a universidade acabou por aceitar a transferência dos ossos. Para impedir a transferência, os cientistas entraram na Justiça. Depois de perderem nas primeiras instâncias, os pesquisadores envolveram em novembro a Suprema Corte dos EUA. Na semana passada, a corte não aceitou o caso, acabando com o último obstáculo à transferência. Steven Banegas, porta-voz do Comitê de Repatriação Cultural dos Kumeyaay, que declarou propriedade sobre os esqueletos, afirmou que as tribos se reuniriam para decidir o que fazer com os restos mortais. Ele não negou que os cientistas possam estudá-los. "Essas coisas ainda precisam ser discutidas." Na época em que os esqueletos foram encontrados, arqueólogos tinham relativa liberdade para fazer o que quisessem com os restos mortais de nativos americanos encontrados nas escavações. Isso mudou com a Lei de Proteção aos Túmulos de Nativos Americanos e de Repatriação de 1990. A lei foi uma reação a episódios terríveis na história da pesquisa de nativos americanos: ladrões de túmulos roubaram esqueletos e objetos sagrados, alguns guardados por museus. A lei criou procedimento em que nativos podem se apropriar de objetos culturais e restos mortais guardados em museus ou que sejam encontrados em terrenos públicos. Mais de 1,4 milhão de artefatos e ossos pertencentes a 50 mil povos foram transferidos de acordo com a lei.
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Ossada mais antiga da América vira alvo de disputa judicial nos EUAO Centro Arqueológico de San Diego, nos EUA, é dono de um par extraordinário de esqueletos. Com cerca de 9.500 anos de idade, eles estão entre os restos mortais humanos mais antigos já encontrados nas Américas. Inúmeros cientistas adorariam estudar esses ossos, utilizando técnicas para extrair qualquer DNA que possa ter sobrevivido em seu interior. "Esqueletos antigos assim são muito importantes para compreendermos o que aconteceu no passado da América do Norte", afirmou Brian Kemp, antropólogo molecular da Universidade do Estado de Washington. Mas há muitos anos os ossos estão longe dos especialistas, alvo de batalha legal travada por três cientistas da Universidade da Califórnia contra a própria instituição e os Kumeyaay, grupo de tribos de nativos americanos. Os esqueletos foram encontrados na comunidade La Jolla, em San Diego, em 1976, por uma equipe de arqueólogos que escavava em terras que pertencem à Universidade da Califórnia. Em 2006, um grupo de tribos afirmou ser proprietário dos esqueletos, e a universidade acabou por aceitar a transferência dos ossos. Para impedir a transferência, os cientistas entraram na Justiça. Depois de perderem nas primeiras instâncias, os pesquisadores envolveram em novembro a Suprema Corte dos EUA. Na semana passada, a corte não aceitou o caso, acabando com o último obstáculo à transferência. Steven Banegas, porta-voz do Comitê de Repatriação Cultural dos Kumeyaay, que declarou propriedade sobre os esqueletos, afirmou que as tribos se reuniriam para decidir o que fazer com os restos mortais. Ele não negou que os cientistas possam estudá-los. "Essas coisas ainda precisam ser discutidas." Na época em que os esqueletos foram encontrados, arqueólogos tinham relativa liberdade para fazer o que quisessem com os restos mortais de nativos americanos encontrados nas escavações. Isso mudou com a Lei de Proteção aos Túmulos de Nativos Americanos e de Repatriação de 1990. A lei foi uma reação a episódios terríveis na história da pesquisa de nativos americanos: ladrões de túmulos roubaram esqueletos e objetos sagrados, alguns guardados por museus. A lei criou procedimento em que nativos podem se apropriar de objetos culturais e restos mortais guardados em museus ou que sejam encontrados em terrenos públicos. Mais de 1,4 milhão de artefatos e ossos pertencentes a 50 mil povos foram transferidos de acordo com a lei.
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Deputadas pedem apuração de suposto estupro cometido por Feliciano
Deputadas do PT entraram nesta segunda-feira (8) com um pedido de investigação na Procuradoria-Geral da República contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) sobre o caso de suposto abuso sexual cometido por ele. Érika Kokay (DF), Ana Perugini (SP), Luizianne Lins (CE) e Maria Salomão (MG) pediram à procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, a investigação do caso. Sugeriram que sejam solicitados os vídeos do hall de entrada do apartamento funcional de Feliciano, onde supostamente teria ocorrido o crime, bem como a quebra do sigilo telefônico dele. Falam ainda na necessidade de a Procuradoria-Geral ouvir a vítima e a pessoa supostamente procuradas por ela para contar a história. No domingo (7), a jornalista Patrícia Lélis, 22, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento À Mulher, em Brasília, em que afirma ter sido vítima do deputado em 15 de junho. As acusações contra Feliciano tem sido divulgadas em rede social desde a última segunda (1º). Há imagens de suposta troca de mensagens entre a jornalista e o parlamentar no Whatsapp. A representação protocolada na Procuradoria-Geral traz imagens dessas mensagens e transcrições reproduzidas na internet. "A presente representação objetiva, nessa perspectiva, suscitar desse Ministério Púbico Federal a abertura de investigações acerca do ocorrido, de modo a demonstrar claramente a autoria e materialidade dos delitos denunciados e, promover a responsabilização, se for o caso, do deputado representado", destaca o documento. O texto fala ainda da necessidade de enfrentamento da violência contra a mulher no país, destacando as legislações e definições de lesão corporal e estupro. Patrícia é militante do PSC (Partido Social Cristão) e contou ter ido ao apartamento de Feliciano para uma reunião. Segundo o relato, lá o deputado lhe teria oferecido um cargo para que ela se tornasse sua amante. Diante da negativa, afirmou a jornalista, que o parlamentar a arrastou pelos cabelos, deu socos e tentou estuprá-la. Na sexta (5), o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, foi detido em São Paulo sob acusação de coagir a jovem. Ha suspeitas ainda de que ele tenha tentado subornar Patrícia para que ela não acusasse mais o pastor. Sábado (6), o deputado divulgou um vídeo em que se defende das acusações e afirma que há "falsa acusação de crime". Procurado, não foi localizado nesta segunda-feira.
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Deputadas pedem apuração de suposto estupro cometido por FelicianoDeputadas do PT entraram nesta segunda-feira (8) com um pedido de investigação na Procuradoria-Geral da República contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) sobre o caso de suposto abuso sexual cometido por ele. Érika Kokay (DF), Ana Perugini (SP), Luizianne Lins (CE) e Maria Salomão (MG) pediram à procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, a investigação do caso. Sugeriram que sejam solicitados os vídeos do hall de entrada do apartamento funcional de Feliciano, onde supostamente teria ocorrido o crime, bem como a quebra do sigilo telefônico dele. Falam ainda na necessidade de a Procuradoria-Geral ouvir a vítima e a pessoa supostamente procuradas por ela para contar a história. No domingo (7), a jornalista Patrícia Lélis, 22, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento À Mulher, em Brasília, em que afirma ter sido vítima do deputado em 15 de junho. As acusações contra Feliciano tem sido divulgadas em rede social desde a última segunda (1º). Há imagens de suposta troca de mensagens entre a jornalista e o parlamentar no Whatsapp. A representação protocolada na Procuradoria-Geral traz imagens dessas mensagens e transcrições reproduzidas na internet. "A presente representação objetiva, nessa perspectiva, suscitar desse Ministério Púbico Federal a abertura de investigações acerca do ocorrido, de modo a demonstrar claramente a autoria e materialidade dos delitos denunciados e, promover a responsabilização, se for o caso, do deputado representado", destaca o documento. O texto fala ainda da necessidade de enfrentamento da violência contra a mulher no país, destacando as legislações e definições de lesão corporal e estupro. Patrícia é militante do PSC (Partido Social Cristão) e contou ter ido ao apartamento de Feliciano para uma reunião. Segundo o relato, lá o deputado lhe teria oferecido um cargo para que ela se tornasse sua amante. Diante da negativa, afirmou a jornalista, que o parlamentar a arrastou pelos cabelos, deu socos e tentou estuprá-la. Na sexta (5), o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, foi detido em São Paulo sob acusação de coagir a jovem. Ha suspeitas ainda de que ele tenha tentado subornar Patrícia para que ela não acusasse mais o pastor. Sábado (6), o deputado divulgou um vídeo em que se defende das acusações e afirma que há "falsa acusação de crime". Procurado, não foi localizado nesta segunda-feira.
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Madonna chora e canta Edith Piaf em homenagem às vítimas de Paris; veja
Madonna aproveitou um show que deu em Estocolmo, capital da Suécia, para homenagear as vítimas dos atentados de Paris, ao cantar 'La Vie en Rose', sucesso de Edith Piaf, que já foi interpretado por Cássia Eller no Brasil. "Respeitamos um minuto de silêncio para as vítimas e seus familiares em Paris", relatou Maria Palm, fã da cantora americana que assistiu à apresentação neste sábado (14), na Tele 2 Arena. "Preciso dar um tempo para abordar esta tragédia, o massacre trágico, os assassinatos, e o fim absurdo de vidas preciosas, ontem a noite, em Paris", disse Madonna. A estrela confessou que cogitou cancelar esta etapa da turnê europeia do "Rebelheart Tour", no dia se seguinte dos atentados que deixaram 129 mortos na capital francesa. Assista "Estou totalmente devastada, enquanto pessoas choram a perda de entes queridos", lamentou a americana, antes de se derreter em lágrimas. "Mas é isso que eles querem, querem nos silenciar. Não vamos deixar isso acontecer, jamais", declarou Madonna, antes de cantar 'La Vie en Rose', em francês, sozinha com um violão. "Esta música é uma canção de amor francesa, então é dedicada não apenas ao ideal romântico, mas a toda a França, e as pessoas que me inspiram para cantar canções de amor", completou. A cantora tem dois shows previstos em Paris, nos dias 9 e 10 de dezembro.
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Madonna chora e canta Edith Piaf em homenagem às vítimas de Paris; vejaMadonna aproveitou um show que deu em Estocolmo, capital da Suécia, para homenagear as vítimas dos atentados de Paris, ao cantar 'La Vie en Rose', sucesso de Edith Piaf, que já foi interpretado por Cássia Eller no Brasil. "Respeitamos um minuto de silêncio para as vítimas e seus familiares em Paris", relatou Maria Palm, fã da cantora americana que assistiu à apresentação neste sábado (14), na Tele 2 Arena. "Preciso dar um tempo para abordar esta tragédia, o massacre trágico, os assassinatos, e o fim absurdo de vidas preciosas, ontem a noite, em Paris", disse Madonna. A estrela confessou que cogitou cancelar esta etapa da turnê europeia do "Rebelheart Tour", no dia se seguinte dos atentados que deixaram 129 mortos na capital francesa. Assista "Estou totalmente devastada, enquanto pessoas choram a perda de entes queridos", lamentou a americana, antes de se derreter em lágrimas. "Mas é isso que eles querem, querem nos silenciar. Não vamos deixar isso acontecer, jamais", declarou Madonna, antes de cantar 'La Vie en Rose', em francês, sozinha com um violão. "Esta música é uma canção de amor francesa, então é dedicada não apenas ao ideal romântico, mas a toda a França, e as pessoas que me inspiram para cantar canções de amor", completou. A cantora tem dois shows previstos em Paris, nos dias 9 e 10 de dezembro.
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Análise: Até pedido de impeachment, Brasil vivia sob mútua chantagem
"O Brasil, nesses últimos meses, via um processo de mútua chantagem, eventualmente até criminal, e de repente começamos a fazer política de verdade. Alguns dos velhos caciques estão se movimentar. Então, por mais que o país esteja numa crise, vemos uma tentativa de construção de uma solução", afirma o colunista da Folha Oscar Vilhena Vieira, professor de direito constitucional da FGV-SP e ex-procurador do Estado de SP. Ele participou da transmissão ao vivo da "TV Folha" desta quinta-feira (03) ao lado do editor de "Poder", Fábio Zanini, e do repórter especial Fernando Canzian. Em retaliação ao PT e ao Planalto, que não asseguraram votos para enterrar seu processo de cassação, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou às 18h38 desta quarta-feira (2) a deflagração do principal pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. "Rifaram a Dilma pela sobrevivência do próprio partido", avaliou Canzian, sobre a decisão do PT. O editor de "Poder" lembra que, historicamente, o PT sempre foi um partido subordinado ao governo. "Com esse processo de agora, de o PT ter abandonada Cunha e isso deflagrar o processo todo, ocorre um marco. Depois de Cunha, talvez a pessoa mais odiada seja Rui Falcão [presidente do PT]." Para os debatedores, o comportamento do PT é determinante para o cenário político com 2016. "Será uma oposição talvez mais dura do que nos anos FHC. Ninguém acha que um eventual presidente Michel Temer não assumirá em meio à crise que agora temos, grave. Se a presidente Dilma sobreviver, a relação com o PT está esgarçada a um ponto que não sei como pode ficar. O PT não vai expulsar a Dilma, jamais, mas a Dilma pode expulsar o PT", afirma Zanini.
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Análise: Até pedido de impeachment, Brasil vivia sob mútua chantagem"O Brasil, nesses últimos meses, via um processo de mútua chantagem, eventualmente até criminal, e de repente começamos a fazer política de verdade. Alguns dos velhos caciques estão se movimentar. Então, por mais que o país esteja numa crise, vemos uma tentativa de construção de uma solução", afirma o colunista da Folha Oscar Vilhena Vieira, professor de direito constitucional da FGV-SP e ex-procurador do Estado de SP. Ele participou da transmissão ao vivo da "TV Folha" desta quinta-feira (03) ao lado do editor de "Poder", Fábio Zanini, e do repórter especial Fernando Canzian. Em retaliação ao PT e ao Planalto, que não asseguraram votos para enterrar seu processo de cassação, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou às 18h38 desta quarta-feira (2) a deflagração do principal pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. "Rifaram a Dilma pela sobrevivência do próprio partido", avaliou Canzian, sobre a decisão do PT. O editor de "Poder" lembra que, historicamente, o PT sempre foi um partido subordinado ao governo. "Com esse processo de agora, de o PT ter abandonada Cunha e isso deflagrar o processo todo, ocorre um marco. Depois de Cunha, talvez a pessoa mais odiada seja Rui Falcão [presidente do PT]." Para os debatedores, o comportamento do PT é determinante para o cenário político com 2016. "Será uma oposição talvez mais dura do que nos anos FHC. Ninguém acha que um eventual presidente Michel Temer não assumirá em meio à crise que agora temos, grave. Se a presidente Dilma sobreviver, a relação com o PT está esgarçada a um ponto que não sei como pode ficar. O PT não vai expulsar a Dilma, jamais, mas a Dilma pode expulsar o PT", afirma Zanini.
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Universitária suspeita de atropelar gari em SP se apresenta à polícia
Uma estudante universitária de 24 anos, apontada pela polícia como suspeita de atropelar e matar um gari na semana passada, na região central de São Paulo, se apresentou à polícia na manhã desta segunda-feira (22). A jovem foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção) e liberada em seguida. A estudante de arquitetura Hivena Queiroz Del Pintor Vieira chegou ao 3º DP (Santa Efigênia) acompanhada de um advogado e contou à polícia que saiu de uma festa na região de Higienópolis (centro), na noite do acidente (16), e foi abordada por três homens numa tentativa de assalto. Na fuga, ela diz que teria atingindo algo que pode ter sido o gari Alceu Ferraz, 61. Ela disse que os homens pararam ao lado da janela do carro, quando ela acelerou o veículo. Policiais que investigam o caso disseram que esse trecho do depoimento revela uma incompatibilidade de informações, já que o carro da jovem, localizado no último sábado (20) após uma denúncia anônima, tem um amassado na parte dianteira. O veículo seria o mesmo flagrado em imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia. O acidente aconteceu por volta da 0h30 da última terça, na avenida São João. Ferraz chegou a ser socorrido e encaminhado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Com o impacto da batida, o carrinho da vítima acabou atingindo outro gari que estava próximo. Ele também caiu no chão, mas logo se levantou atordoado. Na semana anterior, um motorista que dirigia em alta velocidade perdeu o controle do carro e atropelou outro gari na calçada da praça do Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Ele ficou ferido gravemente e foi levado a um hospital da região.
cotidiano
Universitária suspeita de atropelar gari em SP se apresenta à políciaUma estudante universitária de 24 anos, apontada pela polícia como suspeita de atropelar e matar um gari na semana passada, na região central de São Paulo, se apresentou à polícia na manhã desta segunda-feira (22). A jovem foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção) e liberada em seguida. A estudante de arquitetura Hivena Queiroz Del Pintor Vieira chegou ao 3º DP (Santa Efigênia) acompanhada de um advogado e contou à polícia que saiu de uma festa na região de Higienópolis (centro), na noite do acidente (16), e foi abordada por três homens numa tentativa de assalto. Na fuga, ela diz que teria atingindo algo que pode ter sido o gari Alceu Ferraz, 61. Ela disse que os homens pararam ao lado da janela do carro, quando ela acelerou o veículo. Policiais que investigam o caso disseram que esse trecho do depoimento revela uma incompatibilidade de informações, já que o carro da jovem, localizado no último sábado (20) após uma denúncia anônima, tem um amassado na parte dianteira. O veículo seria o mesmo flagrado em imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia. O acidente aconteceu por volta da 0h30 da última terça, na avenida São João. Ferraz chegou a ser socorrido e encaminhado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Com o impacto da batida, o carrinho da vítima acabou atingindo outro gari que estava próximo. Ele também caiu no chão, mas logo se levantou atordoado. Na semana anterior, um motorista que dirigia em alta velocidade perdeu o controle do carro e atropelou outro gari na calçada da praça do Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Ele ficou ferido gravemente e foi levado a um hospital da região.
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Sob pressão, Temer deve trocar Moura por Aguinaldo na liderança
Sob pressão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer deve anunciar até esta sexta-feira (24) o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP- PB) como novo líder do governo na Câmara dos Deputados. Desde sua reeleição ao comando da Câmara dos Deputados, Maia vinha pressionando o peemedebista pela saída de André Moura (PSC-SE), que fez campanha pela eleição de Jovair Arantes (PTB-GO). Na tentativa de não se indispor com aliados de Eduardo Cunha, que defendiam a manutenção de Moura, o presidente chegou a definir sua permanência no cargo, mas recuou com a insatisfação de partidos como PP e DEM. Segundo um auxiliar presidencial, o anúncio de Aguinaldo deve ser feito em conjunto com o de Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o comando do Ministério da Justiça. O objetivo é, assim, reduzir o desgaste com a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, que nos bastidores defendia a manutenção de Moura no posto de líder do governo. RECRIAÇÃO DE CARGO Para evitar criar um racha com os partidos do centrão, Temer pretende anunciar a recriação da liderança da maioria na Câmara, cargo que seria ocupado por André Moura. O presidente pretende tratar do assunto com o deputado federal ainda nesta quinta para fazer o anúncio junto com a nomeação de Aguinaldo Ribeiro para a liderança do governo. Na prática, a relevância da liderança da maioria é mínima, já que ela ficaria à sombra da liderança do governo. No entanto, é mais uma estrutura para acomodar indicações políticas. O presidente pretende fazer os anúncios, além da indicação de Serraglio para o Ministério da Justiça, até a sexta-feira (24). 'TRANSFERIDO PELA IMPRENSA' Já em Sergipe para o feriadão de Carnaval, André Moura disse que não recebeu nenhum telefonema nem do presidente Michel Temer nem de seu núcleo político e que trabalhou normalmente nesta manhã, telefonando para deputados para agradecer a atuação deles na comissão da reforma da Previdência. "Não fui comunicado de nada, o presidente não me comunicou nada. O que me chegou foi pela imprensa. Fui transferido [de uma liderança para outra] pela imprensa. Trabalhei normalmente. Liguei para uns 15 deputados", disse Moura à Folha.
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Sob pressão, Temer deve trocar Moura por Aguinaldo na liderançaSob pressão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer deve anunciar até esta sexta-feira (24) o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP- PB) como novo líder do governo na Câmara dos Deputados. Desde sua reeleição ao comando da Câmara dos Deputados, Maia vinha pressionando o peemedebista pela saída de André Moura (PSC-SE), que fez campanha pela eleição de Jovair Arantes (PTB-GO). Na tentativa de não se indispor com aliados de Eduardo Cunha, que defendiam a manutenção de Moura, o presidente chegou a definir sua permanência no cargo, mas recuou com a insatisfação de partidos como PP e DEM. Segundo um auxiliar presidencial, o anúncio de Aguinaldo deve ser feito em conjunto com o de Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o comando do Ministério da Justiça. O objetivo é, assim, reduzir o desgaste com a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, que nos bastidores defendia a manutenção de Moura no posto de líder do governo. RECRIAÇÃO DE CARGO Para evitar criar um racha com os partidos do centrão, Temer pretende anunciar a recriação da liderança da maioria na Câmara, cargo que seria ocupado por André Moura. O presidente pretende tratar do assunto com o deputado federal ainda nesta quinta para fazer o anúncio junto com a nomeação de Aguinaldo Ribeiro para a liderança do governo. Na prática, a relevância da liderança da maioria é mínima, já que ela ficaria à sombra da liderança do governo. No entanto, é mais uma estrutura para acomodar indicações políticas. O presidente pretende fazer os anúncios, além da indicação de Serraglio para o Ministério da Justiça, até a sexta-feira (24). 'TRANSFERIDO PELA IMPRENSA' Já em Sergipe para o feriadão de Carnaval, André Moura disse que não recebeu nenhum telefonema nem do presidente Michel Temer nem de seu núcleo político e que trabalhou normalmente nesta manhã, telefonando para deputados para agradecer a atuação deles na comissão da reforma da Previdência. "Não fui comunicado de nada, o presidente não me comunicou nada. O que me chegou foi pela imprensa. Fui transferido [de uma liderança para outra] pela imprensa. Trabalhei normalmente. Liguei para uns 15 deputados", disse Moura à Folha.
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Hilda Hilst se transmuta em dança por meio de álbum de Zeca Baleiro
Hilda Hilst escreveu, Zeca Baleiro musicou e agora o grupo mineiro Primeiro Ato vai dançar os versos do álbum "Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio", que parte do livro "Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão". Batizado "Três Luas", o espetáculo que estreia em São Paulo neste sábado (23) dá movimento aos poemas escritos por Hilda na Casa do Sol, em Campinas, refúgio fundado pela escritora em 1965. Foi ali que, em 2001, ela recebeu Zeca Baleiro para propor que ele musicasse seus versos. "Trabalhar com Hilda foi um sonho, era como dividir o palco com Bob Dylan", lembra o músico maranhense. Até essa história virar dança, passaram-se 15 anos. Baleiro lançou o disco baseado na obra em 2005 e, dois anos depois, iniciou a parceria com Suely Machado, 62, diretora do Primeiro Ato. Foram nove anos até o grupo conseguir transformar a poesia feita música em linguagem corporal. No livro, Hilda (1930-2004) fala de um amor que não ocorreu. O nome e o sobrenome desta paixão estão nas iniciais do título: são do jornalista Júlio de Mesquita Neto (1922-96). Diz-se que ele foi um dos dois únicos homens que Hilda desejou e nunca teve –o outro era o ator Marlon Brando. Mas Suely não queria ficar apenas na experiência da escritora. "Pedi aos bailarinos que mandassem uma carta para um amor ausente, dizendo o que queriam ter dito, mas não falaram, ou que disseram, mas preferiam não ter dito." Cada bailarino trabalhou com frases de suas próprias cartas e versos da autora. O diálogo entre memórias individuais e a poesia de Hilda se materializou em movimento. Para Baleiro, foi uma surpresa: "Até ver a peça, não tinha pensado em relações entre Hilda e dança. Tem tudo a ver". O poema que Suely escolheu para voltar ao palco depois de 20 anos sem se apresentar é testemunho: "Minha Casa é guardiã de meu corpo/ E protetora de todas minhas ardências/ E transmuta em palavra/ Paixão e veemência". Esses versos foram cantados por Maria Bethânia no CD lançado por Baleiro, mas, para o espetáculo, foi regravada pelo músico com um novo arranjo de violão e gaita. Combina com a atmosfera lírica e leve da montagem, com figurinos cheios de transparências inspirados na fase pré-Casa do Sol, quando a escritora gostava de se vestir com roupas de alta-costura. "Na criação artística, já tem muita gente querendo chocar, mas ninguém se choca com mais nada. Quisemos dar este tom de delicadeza. Coisas que estamos precisando mais do que nunca", afirma Suely. EX-BANQUEIRA DO MENSALÃO No final de 2015, o grupo Primeiro Ato, que completa 34 anos e é um dos mais importantes de Minas Gerais, apareceu no noticiário por motivos mais políticos do que artísticos. Na época, a ex-banqueira Kátia Rabello, condenada no escândalo do mensalão, recebeu direito ao regime semiaberto para trabalhar durante o dia na escola de dança da companhia. "Kátia fundou a escola comigo, trabalhamos 14 anos juntas. Fico feliz como cidadã em dar uma oportunidade para uma pessoa tão íntegra", diz Suely, diretora do Primeiro Ato, que conheceu Katia quando eram bailarinas do grupo Corpo. Segundo a diretora, a escola precisava de alguém que coordenasse o curso de balé clássico e ajudasse a escrever o método de ensino da companhia. Suely ressalta que o grupo e a escola são instituições diferentes, cada uma com CNPJ próprio. "Kátia veio trabalhar na escola, uma sociedade anônima, que nunca teve apoio do governo e sempre se manteve com as mensalidades." Já a companhia é uma associação sem fins lucrativos, "que se mantém com a renda dos espetáculos, editais e patrocínios –quando eles existem", explica ela. O espetáculo "Três Luas", que estreia neste sábado em São Paulo, foi montado com dinheiro do Banco do Brasil a partir de edital de 2014. TRÊS LUAS QUANDO sáb. (23), às 21h, e dom. (24), às 18h ONDE Sesc Consolação, r. Dr. Vila Nova, 245, tel. (11) 3234-3000 QUANTO de R$ 9 a R$ 30 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Hilda Hilst se transmuta em dança por meio de álbum de Zeca BaleiroHilda Hilst escreveu, Zeca Baleiro musicou e agora o grupo mineiro Primeiro Ato vai dançar os versos do álbum "Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio", que parte do livro "Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão". Batizado "Três Luas", o espetáculo que estreia em São Paulo neste sábado (23) dá movimento aos poemas escritos por Hilda na Casa do Sol, em Campinas, refúgio fundado pela escritora em 1965. Foi ali que, em 2001, ela recebeu Zeca Baleiro para propor que ele musicasse seus versos. "Trabalhar com Hilda foi um sonho, era como dividir o palco com Bob Dylan", lembra o músico maranhense. Até essa história virar dança, passaram-se 15 anos. Baleiro lançou o disco baseado na obra em 2005 e, dois anos depois, iniciou a parceria com Suely Machado, 62, diretora do Primeiro Ato. Foram nove anos até o grupo conseguir transformar a poesia feita música em linguagem corporal. No livro, Hilda (1930-2004) fala de um amor que não ocorreu. O nome e o sobrenome desta paixão estão nas iniciais do título: são do jornalista Júlio de Mesquita Neto (1922-96). Diz-se que ele foi um dos dois únicos homens que Hilda desejou e nunca teve –o outro era o ator Marlon Brando. Mas Suely não queria ficar apenas na experiência da escritora. "Pedi aos bailarinos que mandassem uma carta para um amor ausente, dizendo o que queriam ter dito, mas não falaram, ou que disseram, mas preferiam não ter dito." Cada bailarino trabalhou com frases de suas próprias cartas e versos da autora. O diálogo entre memórias individuais e a poesia de Hilda se materializou em movimento. Para Baleiro, foi uma surpresa: "Até ver a peça, não tinha pensado em relações entre Hilda e dança. Tem tudo a ver". O poema que Suely escolheu para voltar ao palco depois de 20 anos sem se apresentar é testemunho: "Minha Casa é guardiã de meu corpo/ E protetora de todas minhas ardências/ E transmuta em palavra/ Paixão e veemência". Esses versos foram cantados por Maria Bethânia no CD lançado por Baleiro, mas, para o espetáculo, foi regravada pelo músico com um novo arranjo de violão e gaita. Combina com a atmosfera lírica e leve da montagem, com figurinos cheios de transparências inspirados na fase pré-Casa do Sol, quando a escritora gostava de se vestir com roupas de alta-costura. "Na criação artística, já tem muita gente querendo chocar, mas ninguém se choca com mais nada. Quisemos dar este tom de delicadeza. Coisas que estamos precisando mais do que nunca", afirma Suely. EX-BANQUEIRA DO MENSALÃO No final de 2015, o grupo Primeiro Ato, que completa 34 anos e é um dos mais importantes de Minas Gerais, apareceu no noticiário por motivos mais políticos do que artísticos. Na época, a ex-banqueira Kátia Rabello, condenada no escândalo do mensalão, recebeu direito ao regime semiaberto para trabalhar durante o dia na escola de dança da companhia. "Kátia fundou a escola comigo, trabalhamos 14 anos juntas. Fico feliz como cidadã em dar uma oportunidade para uma pessoa tão íntegra", diz Suely, diretora do Primeiro Ato, que conheceu Katia quando eram bailarinas do grupo Corpo. Segundo a diretora, a escola precisava de alguém que coordenasse o curso de balé clássico e ajudasse a escrever o método de ensino da companhia. Suely ressalta que o grupo e a escola são instituições diferentes, cada uma com CNPJ próprio. "Kátia veio trabalhar na escola, uma sociedade anônima, que nunca teve apoio do governo e sempre se manteve com as mensalidades." Já a companhia é uma associação sem fins lucrativos, "que se mantém com a renda dos espetáculos, editais e patrocínios –quando eles existem", explica ela. O espetáculo "Três Luas", que estreia neste sábado em São Paulo, foi montado com dinheiro do Banco do Brasil a partir de edital de 2014. TRÊS LUAS QUANDO sáb. (23), às 21h, e dom. (24), às 18h ONDE Sesc Consolação, r. Dr. Vila Nova, 245, tel. (11) 3234-3000 QUANTO de R$ 9 a R$ 30 CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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Sábado será de calor e chuva no final do dia na capital paulista
O sábado amanheceu com céu claro e tempo abafado na capital paulista. A previsão é que as chuvas comecem a atingir a cidade já no final da tarde. A rede de estações meteorológicas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura de São Paulo) aponta a temperatura média de 24º C, com umidade relativa do ar oscilando entre 74% e 97%. Segundo o centro, as próximas horas devem ser de muito sol e temperaturas elevadas. A máxima prevista é de 35º C. Há previsão de chuva entre o final da tarde e o início da noite, devido ao calor e à entrada da brisa marítima. De acordo com os meteorologistas, não há previsão de volumes significativos de chuva para as regiões dos reservatórios de água que abastecem a capital. No domingo (11), o sol aparece e as temperaturas permanecem elevadas. O calor e a grande disponibilidade de umidade contribuem para a formação de grandes áreas de instabilidade que provocam pancadas de chuva entre o meio da tarde e o início da noite. A sensação será de tempo abafado, com temperaturas variando entre 22º C e 33º C.
cotidiano
Sábado será de calor e chuva no final do dia na capital paulistaO sábado amanheceu com céu claro e tempo abafado na capital paulista. A previsão é que as chuvas comecem a atingir a cidade já no final da tarde. A rede de estações meteorológicas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura de São Paulo) aponta a temperatura média de 24º C, com umidade relativa do ar oscilando entre 74% e 97%. Segundo o centro, as próximas horas devem ser de muito sol e temperaturas elevadas. A máxima prevista é de 35º C. Há previsão de chuva entre o final da tarde e o início da noite, devido ao calor e à entrada da brisa marítima. De acordo com os meteorologistas, não há previsão de volumes significativos de chuva para as regiões dos reservatórios de água que abastecem a capital. No domingo (11), o sol aparece e as temperaturas permanecem elevadas. O calor e a grande disponibilidade de umidade contribuem para a formação de grandes áreas de instabilidade que provocam pancadas de chuva entre o meio da tarde e o início da noite. A sensação será de tempo abafado, com temperaturas variando entre 22º C e 33º C.
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EUA acusam Irã de lançar foguetes perto de porta-aviões
A Guarda Revolucionária do Irã, um dos ramos das Forças Armadas do país, disparou foguetes perto do porta-aviões americano Harry S. Truman e de outros navios de guerra enquanto eles entravam no golfo Pérsico neste sábado (26), declarou nesta terça (29) um porta-voz militar dos EUA. A rede americana de TV NBC News, citando autoridades militares não identificadas, disse que os iranianos estavam realizando um exercício de tiro real, e um dos foguetes caiu a cerca de 1.500 jardas (cerca de 1.370 metros) do porta-aviões. Segundo o porta-voz do Comando Central dos EUA, o comandante da Marinha Kyle Raines, os navios da Guarda Revolucionária dispararam os foguetes "perto" dos navios de guerra e de navios comerciais "depois de enviar uma notificação com apenas 23 minutos de antecedência". "Foram ações altamente provocativas, pouco profissionais e que põem em dúvida o empenho do Irã para manter a segurança em uma rota vital para o comércio internacional", disse Raines, por e-mail. Segundo a NBC, o destróier norte-americano Buckley e uma fragata francesa também estavam na área onde os foguetes foram disparados. "Enquanto a maioria das interações entre as forças iranianas e da Marinha dos EUA são profissionais, seguras e de rotina, este evento não foi", acrescentou o porta-voz do Comando Central. O governo iraniano não comentou o incidente. As forças iranianas e norte-americanas já se enfrentaram no golfo Pérsico no passado, especialmente na década de 1980, durante a guerra Irã-Iraque, e logo após a Revolução Islâmica de 1979 no país persa. Em julho, o Irã e seis potências mundiais, incluindo os EUA, assinaram um acordo histórico para frear o programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções econômicas ao país. A elite militar da Guarda Revolucionária se posicionou contra o acordo e é vista como um dos principais obstáculos internos à gestão do presidente iraniano, o moderado Hasan Rowhani.
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EUA acusam Irã de lançar foguetes perto de porta-aviõesA Guarda Revolucionária do Irã, um dos ramos das Forças Armadas do país, disparou foguetes perto do porta-aviões americano Harry S. Truman e de outros navios de guerra enquanto eles entravam no golfo Pérsico neste sábado (26), declarou nesta terça (29) um porta-voz militar dos EUA. A rede americana de TV NBC News, citando autoridades militares não identificadas, disse que os iranianos estavam realizando um exercício de tiro real, e um dos foguetes caiu a cerca de 1.500 jardas (cerca de 1.370 metros) do porta-aviões. Segundo o porta-voz do Comando Central dos EUA, o comandante da Marinha Kyle Raines, os navios da Guarda Revolucionária dispararam os foguetes "perto" dos navios de guerra e de navios comerciais "depois de enviar uma notificação com apenas 23 minutos de antecedência". "Foram ações altamente provocativas, pouco profissionais e que põem em dúvida o empenho do Irã para manter a segurança em uma rota vital para o comércio internacional", disse Raines, por e-mail. Segundo a NBC, o destróier norte-americano Buckley e uma fragata francesa também estavam na área onde os foguetes foram disparados. "Enquanto a maioria das interações entre as forças iranianas e da Marinha dos EUA são profissionais, seguras e de rotina, este evento não foi", acrescentou o porta-voz do Comando Central. O governo iraniano não comentou o incidente. As forças iranianas e norte-americanas já se enfrentaram no golfo Pérsico no passado, especialmente na década de 1980, durante a guerra Irã-Iraque, e logo após a Revolução Islâmica de 1979 no país persa. Em julho, o Irã e seis potências mundiais, incluindo os EUA, assinaram um acordo histórico para frear o programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções econômicas ao país. A elite militar da Guarda Revolucionária se posicionou contra o acordo e é vista como um dos principais obstáculos internos à gestão do presidente iraniano, o moderado Hasan Rowhani.
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Marta e Doria vetam Erundina, e Russomanno ameaça não ir a debates
Candidatos à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB), João Doria (PSDB) e Major Olímpio (SD) não concordaram com a participação de Luiza Erundina (PSOL) nos debates de TV. Em reunião com integrantes da Band, nesta sexta-feira (12), representantes das três campanhas se posicionaram contrários à presença da candidata do PSOL. Apenas Paulo Fiorilo, coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT), e Aildo Ferreira, que comanda a campanha de Celso Russomanno (PRB), defenderam que a adversária esteja nos debates. "Nossa posição foi muita clara: se a Erundina não estiver, Russomanno não participa do debate", afirmou Ferreira. Russomanno voltou a dizer que considera "uma injustiça" a exclusão da candidata do PSOL e afirmou que "não participará dos debates" se a adversária não estiver na bancada. A posição, de acordo com o deputado, será a mesma em todas as emissoras. A coordenação da campanha de João Doria diz "não se tratar de veto". "Não é exclusão da Erundina, só não pode haver exceção para apenas um dos candidatos", disse Ricardo Galuppo, que comanda a comunicação do tucano. "Ou se cumpre a lei ou se abre para todos os 11 candidatos", afirmou ele, citando os nomes de Ricardo Young (Rede), João Bico (PSDC) e Levy Fidelix (PRTB). As emissoras não têm responsabilidade sobre a decisão dos candidatos. Elas se baseiam na minirreforma eleitoral de 2015, que determina que só os candidatos de partidos com mais de nove representantes na Câmara dos Deputados têm presença garantida nos debates na mídia. A participação dos outros é facultativa. Luiza Erundina, cujo partido, o PSOL, tem seis deputados federais, poderia ser convidada caso as TVs tivessem o aval de pelo menos dois terços dos candidatos que vão participar.
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Marta e Doria vetam Erundina, e Russomanno ameaça não ir a debatesCandidatos à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB), João Doria (PSDB) e Major Olímpio (SD) não concordaram com a participação de Luiza Erundina (PSOL) nos debates de TV. Em reunião com integrantes da Band, nesta sexta-feira (12), representantes das três campanhas se posicionaram contrários à presença da candidata do PSOL. Apenas Paulo Fiorilo, coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT), e Aildo Ferreira, que comanda a campanha de Celso Russomanno (PRB), defenderam que a adversária esteja nos debates. "Nossa posição foi muita clara: se a Erundina não estiver, Russomanno não participa do debate", afirmou Ferreira. Russomanno voltou a dizer que considera "uma injustiça" a exclusão da candidata do PSOL e afirmou que "não participará dos debates" se a adversária não estiver na bancada. A posição, de acordo com o deputado, será a mesma em todas as emissoras. A coordenação da campanha de João Doria diz "não se tratar de veto". "Não é exclusão da Erundina, só não pode haver exceção para apenas um dos candidatos", disse Ricardo Galuppo, que comanda a comunicação do tucano. "Ou se cumpre a lei ou se abre para todos os 11 candidatos", afirmou ele, citando os nomes de Ricardo Young (Rede), João Bico (PSDC) e Levy Fidelix (PRTB). As emissoras não têm responsabilidade sobre a decisão dos candidatos. Elas se baseiam na minirreforma eleitoral de 2015, que determina que só os candidatos de partidos com mais de nove representantes na Câmara dos Deputados têm presença garantida nos debates na mídia. A participação dos outros é facultativa. Luiza Erundina, cujo partido, o PSOL, tem seis deputados federais, poderia ser convidada caso as TVs tivessem o aval de pelo menos dois terços dos candidatos que vão participar.
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Deputados pró-impeachment esperam para terça decisão de Eduardo Cunha
Parlamentares que lideram o movimento de impeachment de Dilma Rousseff já dão como certo que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivará o pedido de afastamento da presidente formulado por Hélio Bicudo na próxima terça (13). Assim eles poderiam, já na quinta (15), recorrer ao plenário, tentando votar a abertura de processo contra a petista. URGENTE A oposição tem pressa: pelo calendário imaginado pelos parlamentares pró-impeachment, o afastamento tem que ser votado até novembro. Depois disso, dificilmente haveria condições de levar o movimento adiante. URGENTE 2 O impeachment seria paralisado pelo calendário nacional: festas de fim de ano, férias, Carnaval e depois eleições municipais. "Se não passar até novembro, nós pensamos até em desistir", diz parlamentar próximo de Cunha e líder do movimento. URGENTE 3 A mesma análise é feita, por exemplo, pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB): "O prazo de validade disso [ameaça de impeachment] é novembro. Depois já começa o clima de Natal, Carnaval, Olimpíada e eleição municipal", diz ele. "E após o pleito de 2016 começa a discussão da sucessão de Dilma. Não tem como arrastar esse clima de impeachment por quatro anos." URGENTE 4 E o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, também tem pressa. Ele está pedindo aos ministros da corte que apressem a revisão do texto de seus votos na sessão de anteontem. Quer publicar o acórdão que determina a investigação das contas da campanha de Dilma o mais rápido possível. JANTAR DO CANTOR Vanda Jacintho realizou jantar em torno de Gilberto Gil, na quarta (7), na casa dela, no Jardim América. O publicitário Washington Olivetto com a mulher, Patricia, e o estilista Sandro Barros estiveram no evento, que também contou com a presença de Flora Gil, mulher e empresária do cantor, e de sua filha Marina Morena. SERÁ POSSÍVEL? Advogados simpáticos a Michel Temer já sondaram magistrados em Brasília sobre a possibilidade de o peemedebista ser excluído da ação no TSE, que pode resultar na cassação dos mandatos da presidente e dele, que é vice. A conclusão é a de que a manobra é juridicamente inviável. FITA MÉTRICA A SPTuris estendeu o prazo para a apresentação dos estudos preliminares da obra de ampliação e modernização do Anhembi. A prorrogação até 26 de outubro, segundo o órgão, foi pedida pelos 16 grupos interessados. O prazo será usado para a realização de mais vistorias e cálculos. MORENO ALTO Carmo Dalla Vecchia foi escolhido pela produtora Arteon para atuar em uma minissérie do canal italiano RAI. Para o papel, era procurado um ator brasileiro na casa dos 40 anos, com mais de 1,75 m de altura e experiência em TV. As gravações começam neste mês na Itália e serão concluídas em janeiro em SP. DE MURO EM MURO O grafiteiro Eduardo Kobra vai lançar um livro que mescla sua biografia com um registro de suas obras no Brasil e em outros lugares do mundo. "Tenho um acervo de mais de 4.000 fotos. Vai do meu começo como pichador no Campo Limpo até meus murais em Nova York, na Rússia", diz ele, que quer captar recursos para levar o projeto adiante. COLHENDO FRUTOS A peça "O Semeador", de autoria de Gabriel Chalita, teve pré-estreia para convidados na quarta (7), no teatro Nair Belo. Compareceram o prefeito Fernando Haddad com a mulher, Ana Estela Haddad, e o governador Geraldo Alckmin com a mulher, Lu, além dos atores Maria Bia, Juan Alba e Bianca Rinaldi. O presidente do TJ-SP, José Renato Nalini, e o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, assistiram ao espetáculo. MEMÓRIA A exposição fotográfica no Memorial da América Latina que vai lembrar os 70 anos da bomba atômica que destruiu Hiroshima, lançada pelos EUA, terá a presença do prefeito da cidade japonesa, Kazumi Matsui, e do governador da província, Hidehiko Yuzaki. Os dois viajam especialmente para a mostra e serão recebidos pelo cineasta e presidente do memorial, João Batista de Andrade. CURTO-CIRCUITO Marcos Mion e Fernando Ceylão estreiam a comédia "Deixa Solto!", nesta sexta (9), às 21h30, no Teatro Itália. Classificação livre. Até 29/11. Janaina Fellini faz show de lançamento do álbum "Casa Aberta", nesta sexta (9), às 21h, no Puxadinho da Praça. 18 anos. Dois dos vencedores do Prêmio Professores do Brasil serão indicados pela Coca-Cola para conduzir a Tocha Olímpica Rio 2016. Aldo The Band lança o álbum "Giant Flea" nesta sexta (9) no MIS, às 21h30. 14 anos. O Colégio Porto Seguro foi certificado como escola associada à Unesco. O "@Rio365", fotodocumentário sobre a capital fluminense, chega à segunda edição, pela Ímã Editorial. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Deputados pró-impeachment esperam para terça decisão de Eduardo CunhaParlamentares que lideram o movimento de impeachment de Dilma Rousseff já dão como certo que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivará o pedido de afastamento da presidente formulado por Hélio Bicudo na próxima terça (13). Assim eles poderiam, já na quinta (15), recorrer ao plenário, tentando votar a abertura de processo contra a petista. URGENTE A oposição tem pressa: pelo calendário imaginado pelos parlamentares pró-impeachment, o afastamento tem que ser votado até novembro. Depois disso, dificilmente haveria condições de levar o movimento adiante. URGENTE 2 O impeachment seria paralisado pelo calendário nacional: festas de fim de ano, férias, Carnaval e depois eleições municipais. "Se não passar até novembro, nós pensamos até em desistir", diz parlamentar próximo de Cunha e líder do movimento. URGENTE 3 A mesma análise é feita, por exemplo, pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB): "O prazo de validade disso [ameaça de impeachment] é novembro. Depois já começa o clima de Natal, Carnaval, Olimpíada e eleição municipal", diz ele. "E após o pleito de 2016 começa a discussão da sucessão de Dilma. Não tem como arrastar esse clima de impeachment por quatro anos." URGENTE 4 E o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, também tem pressa. Ele está pedindo aos ministros da corte que apressem a revisão do texto de seus votos na sessão de anteontem. Quer publicar o acórdão que determina a investigação das contas da campanha de Dilma o mais rápido possível. JANTAR DO CANTOR Vanda Jacintho realizou jantar em torno de Gilberto Gil, na quarta (7), na casa dela, no Jardim América. O publicitário Washington Olivetto com a mulher, Patricia, e o estilista Sandro Barros estiveram no evento, que também contou com a presença de Flora Gil, mulher e empresária do cantor, e de sua filha Marina Morena. SERÁ POSSÍVEL? Advogados simpáticos a Michel Temer já sondaram magistrados em Brasília sobre a possibilidade de o peemedebista ser excluído da ação no TSE, que pode resultar na cassação dos mandatos da presidente e dele, que é vice. A conclusão é a de que a manobra é juridicamente inviável. FITA MÉTRICA A SPTuris estendeu o prazo para a apresentação dos estudos preliminares da obra de ampliação e modernização do Anhembi. A prorrogação até 26 de outubro, segundo o órgão, foi pedida pelos 16 grupos interessados. O prazo será usado para a realização de mais vistorias e cálculos. MORENO ALTO Carmo Dalla Vecchia foi escolhido pela produtora Arteon para atuar em uma minissérie do canal italiano RAI. Para o papel, era procurado um ator brasileiro na casa dos 40 anos, com mais de 1,75 m de altura e experiência em TV. As gravações começam neste mês na Itália e serão concluídas em janeiro em SP. DE MURO EM MURO O grafiteiro Eduardo Kobra vai lançar um livro que mescla sua biografia com um registro de suas obras no Brasil e em outros lugares do mundo. "Tenho um acervo de mais de 4.000 fotos. Vai do meu começo como pichador no Campo Limpo até meus murais em Nova York, na Rússia", diz ele, que quer captar recursos para levar o projeto adiante. COLHENDO FRUTOS A peça "O Semeador", de autoria de Gabriel Chalita, teve pré-estreia para convidados na quarta (7), no teatro Nair Belo. Compareceram o prefeito Fernando Haddad com a mulher, Ana Estela Haddad, e o governador Geraldo Alckmin com a mulher, Lu, além dos atores Maria Bia, Juan Alba e Bianca Rinaldi. O presidente do TJ-SP, José Renato Nalini, e o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, assistiram ao espetáculo. MEMÓRIA A exposição fotográfica no Memorial da América Latina que vai lembrar os 70 anos da bomba atômica que destruiu Hiroshima, lançada pelos EUA, terá a presença do prefeito da cidade japonesa, Kazumi Matsui, e do governador da província, Hidehiko Yuzaki. Os dois viajam especialmente para a mostra e serão recebidos pelo cineasta e presidente do memorial, João Batista de Andrade. CURTO-CIRCUITO Marcos Mion e Fernando Ceylão estreiam a comédia "Deixa Solto!", nesta sexta (9), às 21h30, no Teatro Itália. Classificação livre. Até 29/11. Janaina Fellini faz show de lançamento do álbum "Casa Aberta", nesta sexta (9), às 21h, no Puxadinho da Praça. 18 anos. Dois dos vencedores do Prêmio Professores do Brasil serão indicados pela Coca-Cola para conduzir a Tocha Olímpica Rio 2016. Aldo The Band lança o álbum "Giant Flea" nesta sexta (9) no MIS, às 21h30. 14 anos. O Colégio Porto Seguro foi certificado como escola associada à Unesco. O "@Rio365", fotodocumentário sobre a capital fluminense, chega à segunda edição, pela Ímã Editorial. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Mulher que estava no avião de Teori resistiu à queda, mas morreu afogada
Uma mulher que estava no avião com o ministro do STF Teori Zavascki, que caiu em Paraty (RJ), sobreviveu ao desastre, mas morreu afogada. Os mergulhadores caíram no mar em busca de sobreviventes cerca de 40 minutos depois do acidente. A mulher –cuja identidade não foi revelada– estava viva e bateu no vidro. Os bombeiros não conseguiram socorrê-la a tempo. Os corpos da mulher e de outras quatro pessoas permanecem na água, devido à dificuldade de retirá-los dos destroços. Além de Teori, morreram no desastre o empresário Carlos Alberto Filgueiras, 69, dono do hotel Emiliano, e o piloto Osmar Rodrigues, 56. A identidade da quinta pessoa a bordo não foi confirmada. Um dos mergulhadores contou à Folha ter quebrado o vidro do avião para tentar salvar a mulher –que aparentava, segundo ele, aproximadamente 20 anos. Chegou a colocar uma mangueira de oxigênio na boca dela, sem resultado. Juiz da corte desde 2012, Teori era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros. Ele trabalhava na fase final da análise da homologação da delação da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da operação. A reportagem da Folha foi de barco à área. Os destroços estão a 400 metros ao norte da ilha Rasa, terceira ilha de Paraty em relação ao continente. É um local de intensa movimentação turística. A rota das escunas que levam visitantes para passeios a ilhas e praias da região fica a poucos metros dos destroços –que estão a cerca de 1,5 km do centro histórico de Paraty. Segundo bombeiros, a profundidade do mar na área onde caiu o avião é de cerca de 4 a 5 metros, com a maré alta –aproximadamente 3 metros com a maré baixa. A região de Paraty foi atingida por uma forte tempestade na noite de quarta (18). A chuva parou um pouco pela manhã e recomeçou com força por volta das 13h30 desta quinta –voltando a diminuir do meio para o final da tarde. Segundo o pescador Wallace da Guarda Castro, 23, o acidente aconteceu no início da tarde. Um barco de pesca que passava perto da ilha Rasa viu a aeronave com o bico para fora e acionou a Marinha. Ainda conforme as testemunhas, dois barcos pesqueiros içaram o que restou do avião, que ficou para fora da água. Mas a Aeronáutica em seguida orientou que os destroços fossem devolvidos à água, para não atrapalhar na perícia. No fim da tarde de quinta, havia oito barcos envolvidos na operação no local, da Marinha, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Depois de resgatados, os corpos devem ser levados para o IML de Angra dos Reis. O ACIDENTE A aeronave, prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano. A Capitania dos Portos teria sido acionada às 13h45 desta quinta. Logo, militares da Marinha, Bombeiros e até barcos pesqueiros iniciaram o trabalho de buscas pela aeronave. Onde foi o acidente
poder
Mulher que estava no avião de Teori resistiu à queda, mas morreu afogadaUma mulher que estava no avião com o ministro do STF Teori Zavascki, que caiu em Paraty (RJ), sobreviveu ao desastre, mas morreu afogada. Os mergulhadores caíram no mar em busca de sobreviventes cerca de 40 minutos depois do acidente. A mulher –cuja identidade não foi revelada– estava viva e bateu no vidro. Os bombeiros não conseguiram socorrê-la a tempo. Os corpos da mulher e de outras quatro pessoas permanecem na água, devido à dificuldade de retirá-los dos destroços. Além de Teori, morreram no desastre o empresário Carlos Alberto Filgueiras, 69, dono do hotel Emiliano, e o piloto Osmar Rodrigues, 56. A identidade da quinta pessoa a bordo não foi confirmada. Um dos mergulhadores contou à Folha ter quebrado o vidro do avião para tentar salvar a mulher –que aparentava, segundo ele, aproximadamente 20 anos. Chegou a colocar uma mangueira de oxigênio na boca dela, sem resultado. Juiz da corte desde 2012, Teori era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros. Ele trabalhava na fase final da análise da homologação da delação da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da operação. A reportagem da Folha foi de barco à área. Os destroços estão a 400 metros ao norte da ilha Rasa, terceira ilha de Paraty em relação ao continente. É um local de intensa movimentação turística. A rota das escunas que levam visitantes para passeios a ilhas e praias da região fica a poucos metros dos destroços –que estão a cerca de 1,5 km do centro histórico de Paraty. Segundo bombeiros, a profundidade do mar na área onde caiu o avião é de cerca de 4 a 5 metros, com a maré alta –aproximadamente 3 metros com a maré baixa. A região de Paraty foi atingida por uma forte tempestade na noite de quarta (18). A chuva parou um pouco pela manhã e recomeçou com força por volta das 13h30 desta quinta –voltando a diminuir do meio para o final da tarde. Segundo o pescador Wallace da Guarda Castro, 23, o acidente aconteceu no início da tarde. Um barco de pesca que passava perto da ilha Rasa viu a aeronave com o bico para fora e acionou a Marinha. Ainda conforme as testemunhas, dois barcos pesqueiros içaram o que restou do avião, que ficou para fora da água. Mas a Aeronáutica em seguida orientou que os destroços fossem devolvidos à água, para não atrapalhar na perícia. No fim da tarde de quinta, havia oito barcos envolvidos na operação no local, da Marinha, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Depois de resgatados, os corpos devem ser levados para o IML de Angra dos Reis. O ACIDENTE A aeronave, prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano. A Capitania dos Portos teria sido acionada às 13h45 desta quinta. Logo, militares da Marinha, Bombeiros e até barcos pesqueiros iniciaram o trabalho de buscas pela aeronave. Onde foi o acidente
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'New York Times' cria lista com o essencial da música brasileira; ouça
"Casual e sedutora na superfície, engenhosa e com múltiplas camadas por dentro". Assim é descrita a música brasileira pelo "New York Times ". Com o início da Olimpíada no Rio de Janeiro –"um ótimo momento para descobrir quão vasta e profunda a música brasileira pode ser, além dos estereótipos dos espalhafatosos desfiles de carnaval e da suave bossa nova à beira da praia"–, quatro críticos de música do jornal norte-americano reuniram 30 canções-chaves, entre históricas e recentes, em uma playlist para iniciantes (ouça abaixo). A lista inclui clássicas composições como "Carinhoso" (1928), choro de Pixinguinha, uma espécie de "Scott Joplin [importante figura do jazz e do ragtime de nova-orleãs] do Brasil", segundo o jornal; "Asa Branca", baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, "um hino para todos os saudosos de casa que se mudam para a cidade grande", e "O Mundo é um Moinho", samba de Cartola, "uma doce canção sobre um amargo conselho a uma jovem". A seleção não foge do óbvio ao contemplar obras de músicos como como João Gilberto, Dorival Caymmi e Antônio Carlos Jobim, mas se atualiza ao ladeá-las com canções de Ava Rocha, Sepultura e MC Bin Laden. Mesmo com uma extensa carreira, a veterana Elza Soares figura com seu mais recente álbum, o aclamado "A Mulher do Fim do Mundo", eleito pela publicação como uma "devastadora obra-prima da vanguarda pop sobre as partes da vida brasileira que a música popular tenta esconder". Não ficam de fora composições de Hermeto Pascoal, Chico Science, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Ouça no spotify
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'New York Times' cria lista com o essencial da música brasileira; ouça"Casual e sedutora na superfície, engenhosa e com múltiplas camadas por dentro". Assim é descrita a música brasileira pelo "New York Times ". Com o início da Olimpíada no Rio de Janeiro –"um ótimo momento para descobrir quão vasta e profunda a música brasileira pode ser, além dos estereótipos dos espalhafatosos desfiles de carnaval e da suave bossa nova à beira da praia"–, quatro críticos de música do jornal norte-americano reuniram 30 canções-chaves, entre históricas e recentes, em uma playlist para iniciantes (ouça abaixo). A lista inclui clássicas composições como "Carinhoso" (1928), choro de Pixinguinha, uma espécie de "Scott Joplin [importante figura do jazz e do ragtime de nova-orleãs] do Brasil", segundo o jornal; "Asa Branca", baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, "um hino para todos os saudosos de casa que se mudam para a cidade grande", e "O Mundo é um Moinho", samba de Cartola, "uma doce canção sobre um amargo conselho a uma jovem". A seleção não foge do óbvio ao contemplar obras de músicos como como João Gilberto, Dorival Caymmi e Antônio Carlos Jobim, mas se atualiza ao ladeá-las com canções de Ava Rocha, Sepultura e MC Bin Laden. Mesmo com uma extensa carreira, a veterana Elza Soares figura com seu mais recente álbum, o aclamado "A Mulher do Fim do Mundo", eleito pela publicação como uma "devastadora obra-prima da vanguarda pop sobre as partes da vida brasileira que a música popular tenta esconder". Não ficam de fora composições de Hermeto Pascoal, Chico Science, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Ouça no spotify
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Governo veta emendas que davam alívio a distribuidoras da Eletrobras
O governo publicou, nesta quarta-feira (22), a lei que permite que distribuidoras da Eletrobras ganhem prazo para renovar seus contratos de concessão. Fruto da medida provisória 706, de 2015, parte das emendas adicionadas pelo Congresso foram vetadas pelo presidente interino, Michel Temer. Algumas das emendas, que ficaram conhecidas como "jabutis amazônicos", criavam subsídios para a compra de combustíveis por distribuidoras da Eletrobras da região Norte. Como elas não estão interligadas no sistema elétrico nacional, essas empresas compram diretamente o combustível da Petrobras para abastecer as térmicas responsáveis pela geração de energia na região. Por pedido do Ministério da Fazenda, o governo vetou o subsídio à compra desse combustível, que seria pago, principalmente, por consumidores residenciais e pequenas empresas. Outro artigo que beneficiava essas empresas era a mudança dos contratos de autorização de geração de energia. O texto aprovado no Congresso determinava que as outorgas teriam prazos de 30 anos, prorrogáveis por mais 30 anos, desde que atendidos critérios técnicos e econômicos. Normalmente, os empreendimentos de geração funcionam sob a forma de concessão. Apenas essas distribuidoras da Eletrobras, integrantes do sistema isolado, possuem contratos na forma de autorizações para a geração de energia. O último veto é sobre a possibilidade da Eletrobras utilizar a RGR (Reserva Global de Reversão), um encargo setorial cobrado na conta de luz, para cobrar custos adicionais relativos ao financiamento de investimentos da própria estatal. Apesar desse veto, o governo manteve as facilidades criadas para que a Eletrobras pague os recursos apropriados da RGR e que foram proibidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Após essa publicação, o governo pretende editar uma nova Medida Provisória para o setor elétrico, conforme informou a coluna Painel da Folha, nesta quarta-feira (22). Além de corrigir os pontos vetados da MP 706, essa nova medida deve agilizar o leilão da companhia goiana de energia (Celg) e mexer na governança da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
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Governo veta emendas que davam alívio a distribuidoras da EletrobrasO governo publicou, nesta quarta-feira (22), a lei que permite que distribuidoras da Eletrobras ganhem prazo para renovar seus contratos de concessão. Fruto da medida provisória 706, de 2015, parte das emendas adicionadas pelo Congresso foram vetadas pelo presidente interino, Michel Temer. Algumas das emendas, que ficaram conhecidas como "jabutis amazônicos", criavam subsídios para a compra de combustíveis por distribuidoras da Eletrobras da região Norte. Como elas não estão interligadas no sistema elétrico nacional, essas empresas compram diretamente o combustível da Petrobras para abastecer as térmicas responsáveis pela geração de energia na região. Por pedido do Ministério da Fazenda, o governo vetou o subsídio à compra desse combustível, que seria pago, principalmente, por consumidores residenciais e pequenas empresas. Outro artigo que beneficiava essas empresas era a mudança dos contratos de autorização de geração de energia. O texto aprovado no Congresso determinava que as outorgas teriam prazos de 30 anos, prorrogáveis por mais 30 anos, desde que atendidos critérios técnicos e econômicos. Normalmente, os empreendimentos de geração funcionam sob a forma de concessão. Apenas essas distribuidoras da Eletrobras, integrantes do sistema isolado, possuem contratos na forma de autorizações para a geração de energia. O último veto é sobre a possibilidade da Eletrobras utilizar a RGR (Reserva Global de Reversão), um encargo setorial cobrado na conta de luz, para cobrar custos adicionais relativos ao financiamento de investimentos da própria estatal. Apesar desse veto, o governo manteve as facilidades criadas para que a Eletrobras pague os recursos apropriados da RGR e que foram proibidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Após essa publicação, o governo pretende editar uma nova Medida Provisória para o setor elétrico, conforme informou a coluna Painel da Folha, nesta quarta-feira (22). Além de corrigir os pontos vetados da MP 706, essa nova medida deve agilizar o leilão da companhia goiana de energia (Celg) e mexer na governança da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
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ONG lança campanha por brasileiro que deve ser fuzilado na Indonésia
Diante da iminente execução de seis pessoas, entre elas um brasileiro, neste domingo (18) na Indonésia, a Anistia Internacional lançou uma campanha urgente para pressionar o governo do país a reverter as penas de mortes em outro tipo de punição. Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi condenado em 2004 por tráfico de drogas ao tentar entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta. Caso a pena seja cumprida, ele será o primeiro brasileiro executado por um governo estrangeiro. Segundo levantamento da Anistia Internacional, há 160 pessoas no corredor da morte na Indonésia, de 18 diferentes países: além de indonésios e dois brasileiros, há condenados da Austrália, China, Estados Unidos, França, Gana, Holanda, Indonésia, Índia, Irã, Malásia, Nepal, Nigéria, Paquistão, Serra Leoa, Tailândia, Vietnã e Zimbábue. As principais condenações foram por homicídio, terrorismo e, no caso dos estrangeiros, quase todas por tráfico de drogas. "O caso do Marco [tráfico de drogas] foi um crime não violento. Nós somos contrários à pena de morte em qualquer situação, mas no caso dele chama a atenção essa desproporção", afirma o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional Maurício Santoro. A campanha da Anistia será divulgada nos mais de cem países em que a ONG atua e a expectativa é conseguir dezenas de milhares de assinaturas apesar do pouco tempo. Espera-se especial repercussão nos países dos seis condenados que devem ser executados no domingo - além de Archer, Rani Andriani (Indonésia), Ang Kim Soei (Holanda), Tran Thi Bich Hanh (Vietnã) e Daniel Enemuo e Namaona Denis (Nigéria). O outro brasileiro também condenado à morte por tráfico de drogas é o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, que desenvolveu problemas psicológicos após uma década de detenção. Ele teve seu pedido de clemência negado pelo presidente do país, Joko Widodo, e a previsão é de que seja executado no próximo mês. A clemência presidencial é vista como única alternativa para salvar condenados à morte no país. A situação dos dois brasileiros é muito complicada porque o atual governo, que assumiu em outubro, se mostra totalmente inflexível no assunto. A pena de morte têm grande apoio popular na Indonésia, país de maioria muçulmana. O governo brasileiro está tentando também interceder junto governo indonésio para que desista de executar Archer neste sábado, mas segundo o Itamaraty "não há registro de pedidos de clemência aceitos desde a posse do atual Presidente da Indonésia". Segundo Santoro, as execuções por pena de morte, que não eram realizadas desde 2008, voltaram a ocorrer no país em 2013, quando cinco condenados foram executados. Em 2014, não houve execuções. As execuções na Indonésia são por fuzilamento. A retomada das execuções foi uma tentativa do governo anterior de recuperar sua popularidade, observa Santoro, mas ainda assim houve uma guinada política nas últimas eleições do país, realizadas em julho, quando Joko Widodo foi eleito. Ele é o primeiro presidente sem vínculos com a administração do ditador Suharto, que governou o país durante 32 anos até 1998. "A nossa expectativa é a de que essa pressão internacional (com a campanha) possa fazer a diferença. Sem ela, não há alternativa", disse. A presidente Dilma Rousseff e o Itamaraty estão empenhados em tentar salvar a vida dos dois brasileiros, mas não deram detalhes sobre suas ações para "preservar sua capacidade de atuação". Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou ainda que "governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas". Segundo o Itamaraty, não há registro de brasileiros que tenham sido executados por decisões judiciais no exterior. O ministério costuma tratar os casos de brasileiros condenados à pena de morte em outros países em sigilo. Em evento no ano passado em Brasília, a diretora do Departamento Consular e Brasileiros no Exterior do Itamaraty, Luiza Lopes da Silva, afirmou a jornalistas que a divulgação desses casos reduz o poder de negociação do Brasil junto a governos estrangeiros para tentar a libertação dos detidos ou atenuar suas penas. Segundo informações da Embaixada brasileira em Jacarta, Archer está "muito abalado, foi um longo período de espera" e aparenta incredulidade com a iminência de execução. A mãe e o irmão do brasileiro já morreram e ele não tem filhos. As principais visitas que ele recebe atualmente são do serviço consular brasileiro. A Embaixada em Jacarta disse à BBC Brasil que uma tia está viajando à Indonésia para acompanhar o desenrolar dos eventos. Colaborou JOÃO FELLET
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ONG lança campanha por brasileiro que deve ser fuzilado na IndonésiaDiante da iminente execução de seis pessoas, entre elas um brasileiro, neste domingo (18) na Indonésia, a Anistia Internacional lançou uma campanha urgente para pressionar o governo do país a reverter as penas de mortes em outro tipo de punição. Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi condenado em 2004 por tráfico de drogas ao tentar entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta. Caso a pena seja cumprida, ele será o primeiro brasileiro executado por um governo estrangeiro. Segundo levantamento da Anistia Internacional, há 160 pessoas no corredor da morte na Indonésia, de 18 diferentes países: além de indonésios e dois brasileiros, há condenados da Austrália, China, Estados Unidos, França, Gana, Holanda, Indonésia, Índia, Irã, Malásia, Nepal, Nigéria, Paquistão, Serra Leoa, Tailândia, Vietnã e Zimbábue. As principais condenações foram por homicídio, terrorismo e, no caso dos estrangeiros, quase todas por tráfico de drogas. "O caso do Marco [tráfico de drogas] foi um crime não violento. Nós somos contrários à pena de morte em qualquer situação, mas no caso dele chama a atenção essa desproporção", afirma o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional Maurício Santoro. A campanha da Anistia será divulgada nos mais de cem países em que a ONG atua e a expectativa é conseguir dezenas de milhares de assinaturas apesar do pouco tempo. Espera-se especial repercussão nos países dos seis condenados que devem ser executados no domingo - além de Archer, Rani Andriani (Indonésia), Ang Kim Soei (Holanda), Tran Thi Bich Hanh (Vietnã) e Daniel Enemuo e Namaona Denis (Nigéria). O outro brasileiro também condenado à morte por tráfico de drogas é o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, que desenvolveu problemas psicológicos após uma década de detenção. Ele teve seu pedido de clemência negado pelo presidente do país, Joko Widodo, e a previsão é de que seja executado no próximo mês. A clemência presidencial é vista como única alternativa para salvar condenados à morte no país. A situação dos dois brasileiros é muito complicada porque o atual governo, que assumiu em outubro, se mostra totalmente inflexível no assunto. A pena de morte têm grande apoio popular na Indonésia, país de maioria muçulmana. O governo brasileiro está tentando também interceder junto governo indonésio para que desista de executar Archer neste sábado, mas segundo o Itamaraty "não há registro de pedidos de clemência aceitos desde a posse do atual Presidente da Indonésia". Segundo Santoro, as execuções por pena de morte, que não eram realizadas desde 2008, voltaram a ocorrer no país em 2013, quando cinco condenados foram executados. Em 2014, não houve execuções. As execuções na Indonésia são por fuzilamento. A retomada das execuções foi uma tentativa do governo anterior de recuperar sua popularidade, observa Santoro, mas ainda assim houve uma guinada política nas últimas eleições do país, realizadas em julho, quando Joko Widodo foi eleito. Ele é o primeiro presidente sem vínculos com a administração do ditador Suharto, que governou o país durante 32 anos até 1998. "A nossa expectativa é a de que essa pressão internacional (com a campanha) possa fazer a diferença. Sem ela, não há alternativa", disse. A presidente Dilma Rousseff e o Itamaraty estão empenhados em tentar salvar a vida dos dois brasileiros, mas não deram detalhes sobre suas ações para "preservar sua capacidade de atuação". Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou ainda que "governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas". Segundo o Itamaraty, não há registro de brasileiros que tenham sido executados por decisões judiciais no exterior. O ministério costuma tratar os casos de brasileiros condenados à pena de morte em outros países em sigilo. Em evento no ano passado em Brasília, a diretora do Departamento Consular e Brasileiros no Exterior do Itamaraty, Luiza Lopes da Silva, afirmou a jornalistas que a divulgação desses casos reduz o poder de negociação do Brasil junto a governos estrangeiros para tentar a libertação dos detidos ou atenuar suas penas. Segundo informações da Embaixada brasileira em Jacarta, Archer está "muito abalado, foi um longo período de espera" e aparenta incredulidade com a iminência de execução. A mãe e o irmão do brasileiro já morreram e ele não tem filhos. As principais visitas que ele recebe atualmente são do serviço consular brasileiro. A Embaixada em Jacarta disse à BBC Brasil que uma tia está viajando à Indonésia para acompanhar o desenrolar dos eventos. Colaborou JOÃO FELLET
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Governo flexibiliza regra de seguro-desemprego para produtores rurais
Após o governo ceder em pontos importantes das mudanças em regras do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso para pescadores artesanais, o relator da medida no Congresso, senador Paulo Rocha (PT-PA), decidiu também afrouxar o ajuste para produtores rurais. Para essa categoria, o relatório de Rocha determina uma regra diferenciada –será preciso trabalhar 180 dias para ter acesso ao seguro-desemprego. O senador informou essa decisão nesta quarta-feira (15), durante discussão na comissão mista montada para debater e votar a medida. Para os demais trabalhadores, o texto atual determina uma carência mínima de um ano trabalhado para ter direito ao benefício. A medida provisória original, enviada por Dilma Rousseff, definia um mínimo de 18 meses trabalhados para se ter acesso ao seguro. As discussões sobre as medidas provisórias que endurecem as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários ficaram para a próxima semana. A votação do relatório final do texto que mexe no seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial está marcada para a próxima quarta-feira (22). A discussão da outra medida provisória, que altera as regras para acesso ao auxílio doença e pensão por morte, também ficou para a próxima semana. Até lá, o relator poderá incorporar outras mudanças à medida provisória. Um dos pontos em que o governo poderá ceder mais é em relação ao abono salarial. Nesta quarta, Rocha afirmou que acrescentou ao seu voto o pedido para que o governo crie duas comissões –uma para discutir formas de reduzir a rotatividade no país e outra para discutir uma alternativa ao fator previdenciário.
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Governo flexibiliza regra de seguro-desemprego para produtores ruraisApós o governo ceder em pontos importantes das mudanças em regras do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso para pescadores artesanais, o relator da medida no Congresso, senador Paulo Rocha (PT-PA), decidiu também afrouxar o ajuste para produtores rurais. Para essa categoria, o relatório de Rocha determina uma regra diferenciada –será preciso trabalhar 180 dias para ter acesso ao seguro-desemprego. O senador informou essa decisão nesta quarta-feira (15), durante discussão na comissão mista montada para debater e votar a medida. Para os demais trabalhadores, o texto atual determina uma carência mínima de um ano trabalhado para ter direito ao benefício. A medida provisória original, enviada por Dilma Rousseff, definia um mínimo de 18 meses trabalhados para se ter acesso ao seguro. As discussões sobre as medidas provisórias que endurecem as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários ficaram para a próxima semana. A votação do relatório final do texto que mexe no seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial está marcada para a próxima quarta-feira (22). A discussão da outra medida provisória, que altera as regras para acesso ao auxílio doença e pensão por morte, também ficou para a próxima semana. Até lá, o relator poderá incorporar outras mudanças à medida provisória. Um dos pontos em que o governo poderá ceder mais é em relação ao abono salarial. Nesta quarta, Rocha afirmou que acrescentou ao seu voto o pedido para que o governo crie duas comissões –uma para discutir formas de reduzir a rotatividade no país e outra para discutir uma alternativa ao fator previdenciário.
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Sóbrio, 'Toponímia' apresenta marcas da ditadura argentina
"Toponímia", de Jonathan Perel, é um filme inteligente e pertinente sobre a província de Tucumán, ponto estratégico da ditadura militar argentina, onde foram montados assentamentos para conter rebeliões que se armavam contra o regime, nos anos 1970. O longa se apresenta com extremo rigor: um documento da época é mostrado com a câmera fixa. Nele vemos trechos destacados em amarelo, explicitando a visão oficial da estratégia de povoação tucumana. Acompanhando a leitura temos um discreto ruído captado pelo microfone, sem nada que se destaque. São mais de cinco exasperantes minutos nessa toada, em que vemos descritas ruas, praças e povoados da região, muitos deles batizados com nomes de pessoas que se envolveram na luta. O documento dá lugar, então, a fotos de operações militares e políticos que visitavam a região, numa procura pela historiografia dos regimes totalitários argentinos, mas que ecoa em qualquer país que tenha passado por algo semelhante. Planificações se acumulam com documentos e fotos, até que entramos nos povoados, todos iguais. Vemos os parcos habitantes de agora, as crianças, os cães, o desleixo na manutenção, a vida pacata. Tudo dentro do mesmo padrão de câmera fixa com ruídos locais. "Toponímia" é corajoso em mais de um sentido. Primeiramente, por exigir do espectador o sentido da observação. Afinal, não é sempre que se vê obra tão dura e sóbria. Em segundo lugar, porque sua estrutura repetitiva pode dar sensação de tédio –que até sentimos de vez em quando, sem de fato nos invadir por completo. Finalmente, porque em um mundo polarizado como este, expor fotos, locais e documentos sem uma posição declarada pode levar a lamentáveis equívocos de interpretação. TOPONÍMIA (Toponimia) DIREÇÃO: Jonathan Perel PRODUÇÃO: Argentina, 2015, livre QUANDO: qui. (14), às 15h, no Cinearte (av. Paulista, 2.073, São Paulo); dom. (17), às 13h, no Espaço Itaú Botafogo (praia de Botafogo, 316, Rio de Janeiro) * Veja outros destaques desta quinta no festival É Tudo Verdade LAMPIÃO DA ESQUINA DIREÇÃO Lívia Perez PRODUÇÃO Brasil, 2016 CLASSIFICAÇÃO 18 anos ONDE Itaú Cultural (av. Paulista, 149), 14h; > O longa traz a memória de "Lampião da Esquina", jornal LGBT criado em plena ditadura. SOB O SOL DIREÇÃO Vitaly Mansky PRODUÇÃO Rússia, 2015 CLASSIFICAÇÃO livre ONDE Cinearte (av. Paulista, 2.073), 17h > O documentário narra o dia a dia de Zin-mi, norte-coreana que se prepara para celebrar o aniversário de Kim Jong-il.
ilustrada
Sóbrio, 'Toponímia' apresenta marcas da ditadura argentina"Toponímia", de Jonathan Perel, é um filme inteligente e pertinente sobre a província de Tucumán, ponto estratégico da ditadura militar argentina, onde foram montados assentamentos para conter rebeliões que se armavam contra o regime, nos anos 1970. O longa se apresenta com extremo rigor: um documento da época é mostrado com a câmera fixa. Nele vemos trechos destacados em amarelo, explicitando a visão oficial da estratégia de povoação tucumana. Acompanhando a leitura temos um discreto ruído captado pelo microfone, sem nada que se destaque. São mais de cinco exasperantes minutos nessa toada, em que vemos descritas ruas, praças e povoados da região, muitos deles batizados com nomes de pessoas que se envolveram na luta. O documento dá lugar, então, a fotos de operações militares e políticos que visitavam a região, numa procura pela historiografia dos regimes totalitários argentinos, mas que ecoa em qualquer país que tenha passado por algo semelhante. Planificações se acumulam com documentos e fotos, até que entramos nos povoados, todos iguais. Vemos os parcos habitantes de agora, as crianças, os cães, o desleixo na manutenção, a vida pacata. Tudo dentro do mesmo padrão de câmera fixa com ruídos locais. "Toponímia" é corajoso em mais de um sentido. Primeiramente, por exigir do espectador o sentido da observação. Afinal, não é sempre que se vê obra tão dura e sóbria. Em segundo lugar, porque sua estrutura repetitiva pode dar sensação de tédio –que até sentimos de vez em quando, sem de fato nos invadir por completo. Finalmente, porque em um mundo polarizado como este, expor fotos, locais e documentos sem uma posição declarada pode levar a lamentáveis equívocos de interpretação. TOPONÍMIA (Toponimia) DIREÇÃO: Jonathan Perel PRODUÇÃO: Argentina, 2015, livre QUANDO: qui. (14), às 15h, no Cinearte (av. Paulista, 2.073, São Paulo); dom. (17), às 13h, no Espaço Itaú Botafogo (praia de Botafogo, 316, Rio de Janeiro) * Veja outros destaques desta quinta no festival É Tudo Verdade LAMPIÃO DA ESQUINA DIREÇÃO Lívia Perez PRODUÇÃO Brasil, 2016 CLASSIFICAÇÃO 18 anos ONDE Itaú Cultural (av. Paulista, 149), 14h; > O longa traz a memória de "Lampião da Esquina", jornal LGBT criado em plena ditadura. SOB O SOL DIREÇÃO Vitaly Mansky PRODUÇÃO Rússia, 2015 CLASSIFICAÇÃO livre ONDE Cinearte (av. Paulista, 2.073), 17h > O documentário narra o dia a dia de Zin-mi, norte-coreana que se prepara para celebrar o aniversário de Kim Jong-il.
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Atlético-MG e Grêmio têm histórico a favor para obter vaga
Depois de vitórias ns jogos de ida das semifinais da Copa do Brasil fora de casa, Atlético-MG e Grêmio contam com um retrospecto favorável nas partidas de volta, que serão realizadas nesta quarta-feira (2), às 21h45. Nos últimos dez anos, nenhuma equipe que saiu vencedora do primeiro jogo fora de seus domínios perdeu a vaga na final do torneio. Na semana passada, o Atlético bateu o Internacional, em Porto Alegre, por 2 a 1. Agora, pode perder por 1 a 0, ou empatar, que ainda assim garante a classificação. Já os gremistas saíram de Minas Gerais com a vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, e também podem perder por 1 a 0 para avançar no jogo de volta (com TV Globo). No ano passado, o Santos viveu situação semelhante. No Morumbi, a equipe bateu o São Paulo por 3 a 1 e, com uma boa vantagem para o segundo confronto, repetiu o placar na Vila Belmiro. Apesar da tranquilidade obtida, Renato Gaúcho e Marcelo Oliveira, técnicos de Grêmio e Atlético, respectivamente, adotam cautela. Fora de uma final de competição nacional ou internacional há nove anos, o Grêmio está em concentração desde segunda-feira e evita falar sobre classificação. O Atlético fechou o treino desta terça-feira (1º) e faz mistério em relação ao time que levará a campo.
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Atlético-MG e Grêmio têm histórico a favor para obter vagaDepois de vitórias ns jogos de ida das semifinais da Copa do Brasil fora de casa, Atlético-MG e Grêmio contam com um retrospecto favorável nas partidas de volta, que serão realizadas nesta quarta-feira (2), às 21h45. Nos últimos dez anos, nenhuma equipe que saiu vencedora do primeiro jogo fora de seus domínios perdeu a vaga na final do torneio. Na semana passada, o Atlético bateu o Internacional, em Porto Alegre, por 2 a 1. Agora, pode perder por 1 a 0, ou empatar, que ainda assim garante a classificação. Já os gremistas saíram de Minas Gerais com a vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, e também podem perder por 1 a 0 para avançar no jogo de volta (com TV Globo). No ano passado, o Santos viveu situação semelhante. No Morumbi, a equipe bateu o São Paulo por 3 a 1 e, com uma boa vantagem para o segundo confronto, repetiu o placar na Vila Belmiro. Apesar da tranquilidade obtida, Renato Gaúcho e Marcelo Oliveira, técnicos de Grêmio e Atlético, respectivamente, adotam cautela. Fora de uma final de competição nacional ou internacional há nove anos, o Grêmio está em concentração desde segunda-feira e evita falar sobre classificação. O Atlético fechou o treino desta terça-feira (1º) e faz mistério em relação ao time que levará a campo.
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Presidente do BNDES renuncia sob pressão de indústria e funcionários
Sob pressão de setores empresariais e, em meio a um clima tenso com os funcionários do banco, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão nesta sexta-feira (26). Ela informou sua saída pessoalmente ao presidente Michel Temer, em Brasília, e enviou comunicado aos funcionários do banco. Em seu lugar, Temer escolheu o economista Paulo Rabello de Castro, presidente do IBGE. Segundo a Folha apurou, os atuais diretores do banco devem ficar nos cargos apenas na transição. Na carta enviada aos funcionários, Maria Silvia justifica que seu afastamento se deu por "razões pessoais", "com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do país." Mas um caldo de descontentamento está por trás da saída de Maria Silvia, que deixa o banco poucos dias antes de completar um ano no cargo. O setor produtivo passou a reclamar diretamente ao presidente Temer da dificuldade, segundo os empresários, em obter financiamentos do banco. Há pouco mais de um mês, a insatisfação tornou-se pública a ponto de o Planalto emitir nota negando a intenção de retirá-la do cargo. Se os financiamentos encolheram, também é verdade que a demanda por crédito diminuiu, na esteira da recessão. Nos primeiros três meses do ano, o volume de consultas ao BNDES, primeira etapa para um financiamento, foi 27% inferior ao registrado no mesmo período de 2016. EFEITO JBS Além da pressão externa, Maria Silvia passou a sofrer com a desconfiança de funcionários após a Operação Bullish, da Polícia Federal, que investiga aportes feitos pelo braço de investimentos do banco, o BNDESPar, para a JBS entre 2007 e 2009. No dia 12 de maio, a Polícia Federal levou mais de 30 técnicos para depor sob condução coercitiva. Os funcionários criticaram Maria Silvia por não ter feito, na visão deles, uma "defesa contundente" da instituição e do corpo técnico do banco. Naquele dia, mais de uma centena de funcionários protestou em frente à sede do BNDES no Rio. O clima interno piorou depois que Temer afirmou, em pronunciamento no sábado (20), que Maria Silvia estava "moralizando o BNDES". O discurso enfureceu funcionários, que consideraram que o silêncio da presidente após a declaração chancelava as acusações. Desde então, o clima descrito na instituição é de uma espécie de "greve branca", que paralisou as atividades, pois muitos se disseram receosos em assinar documentos sem o respaldo da cúpula. As operações sob investigação ocorreram antes da chegada de Maria Silvia ao BNDES. Tanto a PF quanto o TCU querem saber se funcionários e o ex-presidente, Luciano Coutinho, receberam vantagens para liberar os investimentos do banco na JBS. Com aportes que somaram R$ 8,1 bilhões (em valores da época), o BNDES tornou-se um dos principais sócios do frigorífico JBS, com cerca de 30% do controle da empresa. Desde 2011, porém, o banco vendeu parte de suas ações no mercado e repassou, por determinação do governo, R$ 1,8 bilhão em ações para a Caixa, em 2009. Atualmente, a fatia é de cerca de 20%. Os aportes suscitaram processos no TCU (Tribunal de Contas da União), abertos em 2015, e estão na origem do inquérito aberto pela Polícia Federal. Uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a relação do banco com a JBS foi criada nesta semana, no Congresso, após a delação de Joesley Batista, um dos donos da empresa. Para responder às acusações, Maria Silvia anunciou a criação de uma comissão para apurar suspeitas de irregularidades, mas a investigação está em fase preliminar. Na quinta (25), a associação de funcionários do BNDES distribuiu uma nota em que criticava as acusações da Policia Federal e do TCU (Tribunal de Contas da União). "Não há nenhuma 'moralização' ocorrendo no processo de nomeação de conselheiros em empresas investidas da BNDESPar. Os empregados do BNDES indicados para conselhos de administração ou fiscal das empresas investidas pelo Banco não recebem remuneração no exercício dessa atividade", afirmou a nota.
mercado
Presidente do BNDES renuncia sob pressão de indústria e funcionáriosSob pressão de setores empresariais e, em meio a um clima tenso com os funcionários do banco, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão nesta sexta-feira (26). Ela informou sua saída pessoalmente ao presidente Michel Temer, em Brasília, e enviou comunicado aos funcionários do banco. Em seu lugar, Temer escolheu o economista Paulo Rabello de Castro, presidente do IBGE. Segundo a Folha apurou, os atuais diretores do banco devem ficar nos cargos apenas na transição. Na carta enviada aos funcionários, Maria Silvia justifica que seu afastamento se deu por "razões pessoais", "com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do país." Mas um caldo de descontentamento está por trás da saída de Maria Silvia, que deixa o banco poucos dias antes de completar um ano no cargo. O setor produtivo passou a reclamar diretamente ao presidente Temer da dificuldade, segundo os empresários, em obter financiamentos do banco. Há pouco mais de um mês, a insatisfação tornou-se pública a ponto de o Planalto emitir nota negando a intenção de retirá-la do cargo. Se os financiamentos encolheram, também é verdade que a demanda por crédito diminuiu, na esteira da recessão. Nos primeiros três meses do ano, o volume de consultas ao BNDES, primeira etapa para um financiamento, foi 27% inferior ao registrado no mesmo período de 2016. EFEITO JBS Além da pressão externa, Maria Silvia passou a sofrer com a desconfiança de funcionários após a Operação Bullish, da Polícia Federal, que investiga aportes feitos pelo braço de investimentos do banco, o BNDESPar, para a JBS entre 2007 e 2009. No dia 12 de maio, a Polícia Federal levou mais de 30 técnicos para depor sob condução coercitiva. Os funcionários criticaram Maria Silvia por não ter feito, na visão deles, uma "defesa contundente" da instituição e do corpo técnico do banco. Naquele dia, mais de uma centena de funcionários protestou em frente à sede do BNDES no Rio. O clima interno piorou depois que Temer afirmou, em pronunciamento no sábado (20), que Maria Silvia estava "moralizando o BNDES". O discurso enfureceu funcionários, que consideraram que o silêncio da presidente após a declaração chancelava as acusações. Desde então, o clima descrito na instituição é de uma espécie de "greve branca", que paralisou as atividades, pois muitos se disseram receosos em assinar documentos sem o respaldo da cúpula. As operações sob investigação ocorreram antes da chegada de Maria Silvia ao BNDES. Tanto a PF quanto o TCU querem saber se funcionários e o ex-presidente, Luciano Coutinho, receberam vantagens para liberar os investimentos do banco na JBS. Com aportes que somaram R$ 8,1 bilhões (em valores da época), o BNDES tornou-se um dos principais sócios do frigorífico JBS, com cerca de 30% do controle da empresa. Desde 2011, porém, o banco vendeu parte de suas ações no mercado e repassou, por determinação do governo, R$ 1,8 bilhão em ações para a Caixa, em 2009. Atualmente, a fatia é de cerca de 20%. Os aportes suscitaram processos no TCU (Tribunal de Contas da União), abertos em 2015, e estão na origem do inquérito aberto pela Polícia Federal. Uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a relação do banco com a JBS foi criada nesta semana, no Congresso, após a delação de Joesley Batista, um dos donos da empresa. Para responder às acusações, Maria Silvia anunciou a criação de uma comissão para apurar suspeitas de irregularidades, mas a investigação está em fase preliminar. Na quinta (25), a associação de funcionários do BNDES distribuiu uma nota em que criticava as acusações da Policia Federal e do TCU (Tribunal de Contas da União). "Não há nenhuma 'moralização' ocorrendo no processo de nomeação de conselheiros em empresas investidas da BNDESPar. Os empregados do BNDES indicados para conselhos de administração ou fiscal das empresas investidas pelo Banco não recebem remuneração no exercício dessa atividade", afirmou a nota.
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Bancos brasileiros e taxas do rotativo
Em 2012, por causa da pressão do governo Dilma –então no auge da sua popularidade– e do acirramento da concorrência com os bancos públicos, as instituições financeiras privadas anunciaram fortes reduções das taxas de juros, entre elas a do rotativo do cartão de crédito. A taxa média da modalidade, que em janeiro de 2012, segundo dados do Banco Central, estava em 12,8% ao mês (322,7% ao ano), caiu para a mínima histórica de 11,7% ao mês (275,6% ao ano) em janeiro de 2013. No Bradesco, por exemplo, ela foi reduzida de um máximo de 14,9% ao mês (429,5% ao ano) para 6,9% ao mês (122,7% ao ano). Na época, o responsável pela área de cartões da instituição, e hoje presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), Marcelo Noronha, disse que as taxas cobradas nos cartões de crédito emitidos pelo banco não teriam mais dois dígitos. De 2012 para cá, porém, as taxas de juros do rotativo voltaram a subir, tendo passado para 12,4% ao mês (308% ao ano) em julho do ano passado e atingido o novo recorde histórico em julho deste ano (14,3% ao mês, o equivalente a 395,3% ao ano). É inegável que a conjuntura econômica mudou de lá para cá. A queda de juros na canetada promovida pela equipe econômica naquele momento mostrou-se um tremendo equívoco, tendo resultado, entre outras coisas, na inflação de quase 10% que atualmente castiga a população brasileira. A aceleração dos preços, por sinal, levou o Banco Central a iniciar um novo ciclo de alta da taxa Selic já no começo de 2013, a qual passou de 7,25% em março daquele ano para 11% em abril de 2014, e voltou a subir após as eleições, chegando a 14,25% ao ano em julho, o maior valor desde agosto de 2006. No entanto, se, desde 2013, a meta da Selic subiu 7 ponto percentuais, a taxa anual média do rotativo cresceu em 119,8 pontos percentuais (17 vezes mais do que a taxa básica). No Banco Bradesco Cartões, por sinal, segundo ranking do Banco Central de taxa de juros por instituição financeira, a taxa média estava em 14,07% ao mês (385,5% ao ano) no período entre os dias 10 e 14 de agosto. No Banco Itaucard, ela estava em 13,66% ao mês (365% ao ano). Mesmo no Banco do Brasil, ela já atingiu 11,84% ao mês (283% ao ano). Não é à toa, portanto, que já surgem no Congresso propostas de impor limites para as taxas de juros do cartão de crédito. O projeto de lei complementar nº 140 de 2015, do deputado Jaime Martins (PSD-MG), propõe limitar a taxa de juros a ser cobrada nos financiamentos concedidos pelas administradoras de cartões de crédito em cinco vezes a taxa Selic, o que atualmente representaria até 71,25% ao ano. A experiência mostra, porém, que tabelar preços e taxas acaba gerando mais distorções do que benefícios sociais. O fato é que o mercado brasileiro é extremamente concentrado e, diante do cenário econômico adverso, os bancos vêm tentando manter as margens com forte aumento das taxas. O rotativo do cartão de crédito, em particular, é uma linha emergencial, de forma que o aumento da taxa tem pouco ou nenhum efeito sobre a demanda por crédito, uma vez que o consumidor recorre a ela não para a aquisição de bens, mas principalmente para tentar equilibrar o orçamento, situação que tende a se agravar com a crise econômica. Mesmo com o orçamento cada vez mais apertado, as famílias brasileiras gastam mais de R$ 50 bilhões ao ano com os juros do rotativo. Em um ano, a alta de 1,9 ponto percentual na taxa média mensal já representa um dispêndio anual adicional de quase 7 bilhões. Recentemente em entrevista à Folha, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que, para superar a atual crise, será preciso ter grandeza e pensar no que é melhor para o país. Por parte dos bancos brasileiros, por enquanto, porém, a grandeza parece se restringir somente aos lucros e às taxas de juros, em especial às do rotativo do cartão de crédito. Vitor Augusto Meira França, 33, é economista, mestre em economia, doutorando em administração pública e professor universitário * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Bancos brasileiros e taxas do rotativoEm 2012, por causa da pressão do governo Dilma –então no auge da sua popularidade– e do acirramento da concorrência com os bancos públicos, as instituições financeiras privadas anunciaram fortes reduções das taxas de juros, entre elas a do rotativo do cartão de crédito. A taxa média da modalidade, que em janeiro de 2012, segundo dados do Banco Central, estava em 12,8% ao mês (322,7% ao ano), caiu para a mínima histórica de 11,7% ao mês (275,6% ao ano) em janeiro de 2013. No Bradesco, por exemplo, ela foi reduzida de um máximo de 14,9% ao mês (429,5% ao ano) para 6,9% ao mês (122,7% ao ano). Na época, o responsável pela área de cartões da instituição, e hoje presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), Marcelo Noronha, disse que as taxas cobradas nos cartões de crédito emitidos pelo banco não teriam mais dois dígitos. De 2012 para cá, porém, as taxas de juros do rotativo voltaram a subir, tendo passado para 12,4% ao mês (308% ao ano) em julho do ano passado e atingido o novo recorde histórico em julho deste ano (14,3% ao mês, o equivalente a 395,3% ao ano). É inegável que a conjuntura econômica mudou de lá para cá. A queda de juros na canetada promovida pela equipe econômica naquele momento mostrou-se um tremendo equívoco, tendo resultado, entre outras coisas, na inflação de quase 10% que atualmente castiga a população brasileira. A aceleração dos preços, por sinal, levou o Banco Central a iniciar um novo ciclo de alta da taxa Selic já no começo de 2013, a qual passou de 7,25% em março daquele ano para 11% em abril de 2014, e voltou a subir após as eleições, chegando a 14,25% ao ano em julho, o maior valor desde agosto de 2006. No entanto, se, desde 2013, a meta da Selic subiu 7 ponto percentuais, a taxa anual média do rotativo cresceu em 119,8 pontos percentuais (17 vezes mais do que a taxa básica). No Banco Bradesco Cartões, por sinal, segundo ranking do Banco Central de taxa de juros por instituição financeira, a taxa média estava em 14,07% ao mês (385,5% ao ano) no período entre os dias 10 e 14 de agosto. No Banco Itaucard, ela estava em 13,66% ao mês (365% ao ano). Mesmo no Banco do Brasil, ela já atingiu 11,84% ao mês (283% ao ano). Não é à toa, portanto, que já surgem no Congresso propostas de impor limites para as taxas de juros do cartão de crédito. O projeto de lei complementar nº 140 de 2015, do deputado Jaime Martins (PSD-MG), propõe limitar a taxa de juros a ser cobrada nos financiamentos concedidos pelas administradoras de cartões de crédito em cinco vezes a taxa Selic, o que atualmente representaria até 71,25% ao ano. A experiência mostra, porém, que tabelar preços e taxas acaba gerando mais distorções do que benefícios sociais. O fato é que o mercado brasileiro é extremamente concentrado e, diante do cenário econômico adverso, os bancos vêm tentando manter as margens com forte aumento das taxas. O rotativo do cartão de crédito, em particular, é uma linha emergencial, de forma que o aumento da taxa tem pouco ou nenhum efeito sobre a demanda por crédito, uma vez que o consumidor recorre a ela não para a aquisição de bens, mas principalmente para tentar equilibrar o orçamento, situação que tende a se agravar com a crise econômica. Mesmo com o orçamento cada vez mais apertado, as famílias brasileiras gastam mais de R$ 50 bilhões ao ano com os juros do rotativo. Em um ano, a alta de 1,9 ponto percentual na taxa média mensal já representa um dispêndio anual adicional de quase 7 bilhões. Recentemente em entrevista à Folha, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que, para superar a atual crise, será preciso ter grandeza e pensar no que é melhor para o país. Por parte dos bancos brasileiros, por enquanto, porém, a grandeza parece se restringir somente aos lucros e às taxas de juros, em especial às do rotativo do cartão de crédito. Vitor Augusto Meira França, 33, é economista, mestre em economia, doutorando em administração pública e professor universitário * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Barroso diz que rever prisão após 2ª instância gera 'Estado de compadrio'
O ministro Luís Roberto Barroso criticou nesta sexta-feira (9) a possibilidade do STF (Supremo Tribunal Federal) alterar a jurisprudência que autoriza a prisão de pessoas após julgamento em segunda instância. A revisão foi defendida pelo ministro Gilmar Mendes. "Esse direito penal incapaz de punir qualquer pessoa que ganha mais de cinco salários mínimos acabou acarretando num país de ricos delinquentes. Onde destampa tem coisa errada, onde tem contrato público tem coisa errada, onde tem empréstimo público tem alguma coisa errada. Portanto, é impossível não sentir vergonha sobre o que aconteceu no Brasil. [...] Jurisprudência que muda de acordo com o réu não é um Estado de Direito, é um Estado de compadrio", afirmou. Ele disse também esperar "um surto de patriotismo e idealismo" do Congresso Nacional para aprovar uma reforma política que evite a repetição de escândalos revelados pela Operação Lava Jato. Para ele, a reforma política deve baratear as campanhas e facilitar a governabilidade, sem a necessidade de amplas alianças que gerem compra de partidos. "Minha expectativa é que haja um surto de patriotismo e idealismo no Congresso Nacional para finalmente aprovar a reforma política", disse Barroso, antes de palestrar no Tribunal de Justiça do Rio. O ministro disse ainda ver uma atitude "rancorosa e vingativa" por parte de Estado –sem nomear agentes públicos– nas ações contra a JBS após a delação premiada de seus executivos. "Ninguém tem dúvida de que a JBS vai virar terra arrasada. Já está lá a Polícia Federal, a Receita Federal, a CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. De repente, todo mundo descobriu a JBS. É um Estado rancoroso e vingativo. Portanto, a gente tem que diminuir esse Estado, já que não pode se livrar dele", afirmou ele. Ele disse que perda de credibilidade e o "colapso da política" é uma das causas do protagonismo do Judiciário. "É uma distorção. O Judiciário não é o lugar de se atender as demandas da sociedade." Relator do fim do foro privilegiado no STF, Barroso disse que o privilégio "é uma instituição pouco republicana e que tem contribuído de maneira significativa para a impunidade, para a má percepção da população sobre o sistema punitivo e até o prestígio do Supremo".
poder
Barroso diz que rever prisão após 2ª instância gera 'Estado de compadrio'O ministro Luís Roberto Barroso criticou nesta sexta-feira (9) a possibilidade do STF (Supremo Tribunal Federal) alterar a jurisprudência que autoriza a prisão de pessoas após julgamento em segunda instância. A revisão foi defendida pelo ministro Gilmar Mendes. "Esse direito penal incapaz de punir qualquer pessoa que ganha mais de cinco salários mínimos acabou acarretando num país de ricos delinquentes. Onde destampa tem coisa errada, onde tem contrato público tem coisa errada, onde tem empréstimo público tem alguma coisa errada. Portanto, é impossível não sentir vergonha sobre o que aconteceu no Brasil. [...] Jurisprudência que muda de acordo com o réu não é um Estado de Direito, é um Estado de compadrio", afirmou. Ele disse também esperar "um surto de patriotismo e idealismo" do Congresso Nacional para aprovar uma reforma política que evite a repetição de escândalos revelados pela Operação Lava Jato. Para ele, a reforma política deve baratear as campanhas e facilitar a governabilidade, sem a necessidade de amplas alianças que gerem compra de partidos. "Minha expectativa é que haja um surto de patriotismo e idealismo no Congresso Nacional para finalmente aprovar a reforma política", disse Barroso, antes de palestrar no Tribunal de Justiça do Rio. O ministro disse ainda ver uma atitude "rancorosa e vingativa" por parte de Estado –sem nomear agentes públicos– nas ações contra a JBS após a delação premiada de seus executivos. "Ninguém tem dúvida de que a JBS vai virar terra arrasada. Já está lá a Polícia Federal, a Receita Federal, a CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. De repente, todo mundo descobriu a JBS. É um Estado rancoroso e vingativo. Portanto, a gente tem que diminuir esse Estado, já que não pode se livrar dele", afirmou ele. Ele disse que perda de credibilidade e o "colapso da política" é uma das causas do protagonismo do Judiciário. "É uma distorção. O Judiciário não é o lugar de se atender as demandas da sociedade." Relator do fim do foro privilegiado no STF, Barroso disse que o privilégio "é uma instituição pouco republicana e que tem contribuído de maneira significativa para a impunidade, para a má percepção da população sobre o sistema punitivo e até o prestígio do Supremo".
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Multidão impede que policiais levem produtos de ambulante em Paraty
Uma pequena multidão cercou dois guardas municipais de Paraty, na tarde deste sábado (29), em frente à Igreja do Rosário, e os expulsou. A dupla de policiais tentava apreender os produtos de um ambulante que vendia bijuterias no local. As pessoas que passavam ficaram ao redor dos dois e começaram a gritar em coro: "Devolve! Devolve! Devolve!" e "Opressor! Opressor! Opressor!". Passando pelo local, a advogada Ieda Maria Franco, 49, interveio e disse que ia acompanhar o rapaz até a delegacia. Os dois guardas desistiram, então, de levá-lo e de apreender os produtos. Eles acertaram algumas pessoas com golpes de cassetete ao sair. A enfermeira Laís Mariano, 31, e o operador de máquinas Hudson Torquato, 37, foram atingidos na mão e na barriga, respectivamente. Ela chorava bastante e planejava denunciá-los na delegacia. "A gente estava passando quando começamos a ouvir os gritos. Fui falar pra ele deixar os produtos do rapaz e ele me marcou", disse Torquato.
ilustrada
Multidão impede que policiais levem produtos de ambulante em ParatyUma pequena multidão cercou dois guardas municipais de Paraty, na tarde deste sábado (29), em frente à Igreja do Rosário, e os expulsou. A dupla de policiais tentava apreender os produtos de um ambulante que vendia bijuterias no local. As pessoas que passavam ficaram ao redor dos dois e começaram a gritar em coro: "Devolve! Devolve! Devolve!" e "Opressor! Opressor! Opressor!". Passando pelo local, a advogada Ieda Maria Franco, 49, interveio e disse que ia acompanhar o rapaz até a delegacia. Os dois guardas desistiram, então, de levá-lo e de apreender os produtos. Eles acertaram algumas pessoas com golpes de cassetete ao sair. A enfermeira Laís Mariano, 31, e o operador de máquinas Hudson Torquato, 37, foram atingidos na mão e na barriga, respectivamente. Ela chorava bastante e planejava denunciá-los na delegacia. "A gente estava passando quando começamos a ouvir os gritos. Fui falar pra ele deixar os produtos do rapaz e ele me marcou", disse Torquato.
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Para leitor, fata de educação da torcida maculou o ouro de Thiago Braz
OLIMPÍADA A falta de educação esportiva e de fair play da torcida brasileira acabou por macular o ouro de Thiago Braz. O brasileiro tem que se conscientizar de que há esportes que necessitam de silêncio em determinados momentos de concentração. Esporte não se resume ao básico "nós contra eles" do futebol. JEFFERSON C VIEIRA (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dilma Rousseff não aceita que é perfeitamente legal, nessa conjuntura, a ação dos senadores para destituí-la do cargo. Se ela desconhece a Constituição, que contempla tal procedimento, não deveria ter postulado o cargo de presidente do Brasil. MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP) * No futuro, ao falar sobre o golpe de 2016, vai ser difícil explicar por que a posse de Lula como ministro de Dilma seria uma tentativa de obstruir a Operação Lava Jato. Ora, se fosse ministro, Lula responderia diretamente ao STF, a princípio sob escrutínio do rigoroso ministro Teori Zavascki. Pior, em eventual condenação no STF, o ex-presidente não teria direito a recursos. SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP) - MERCOSUL Não consigo entender a política externa do chanceler José Serra. Não admite a presidência do Mercosul nas mãos da Venezuela porque, segundo ele, lá não existe democracia. E um golpe parlamentar para destituir uma presidenta eleita democraticamente não seria motivo suficiente para o Brasil ser expulso do Mercosul? GILCÉRIA OLIVEIRA (São Paulo, SP) - PREVIDÊNCIA Paulo Tafner afirma em entrevista que se deve acabar progressivamente com as aposentadorias especiais e que não há razão para professores se aposentarem antes dos demais. Não consigo entender por que o professor que se aposenta cinco anos antes dos demais onera a Previdência, e o político, aposentado com apenas oito anos de trabalho, não onera. Será que estamos tão burros a ponto de não ver o óbvio? WALTER JALIL GARIB (São Paulo, SP) * As finanças da Previdência são um "balaio de gatos". Juntam-se os custos dos altos rendimentos de juízes, militares e políticos, cujo patrão, o Estado, não contribuiu de forma adequada à pensão a que eles têm direito por lei. Uma excelente ideia seria, para a transparência do sistema previdenciário, separar financeiramente essas categorias de aposentados. EDUARDO F. VAZ, aposentado (Campinas, SP) - COLUNISTAS Como cada um escreve sobre o que quiser, nenhum reparo pode ser feito sobre as preferências temáticas de Elio Gaspari. Mas essa preferência atávica pelo estilo (ou falta dele) da presidenta Dilma Rousseff me parece um desperdício do talento do escriba, principalmente quando as instituições estão sendo desvirtuadas de maneira tão grotesca. Pode-se falar do mau estilo dela, dos seus erros e defeitos, mas, diante do cinismo tolerante ao golpe que se vê no país, é como ver a árvore e ignorar a imensa floresta ao redor. FRANCIS AUGUSTO MEDEIROS (Oslo, Noruega) * Hélio Schwartsman argumenta com objetividade e razão. Excepcionalmente, errou em "Véu da prepotência". Proibir o uso de vestes que escondam o rosto limita um direito individual, mas assegura o direito coletivo à segurança. Esconder a face inviabiliza a identificação pessoal preventiva pelo Estado. Na França, fortemente submetida a ataques de fanáticos religiosos, essa medida se impõe. SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP) * Mais uma vez brilhante, Ruy Castro nos mostra a verdade. Tenho certeza de que os brasileiros se sentiram gratificados e representados com essa crônica sobre os desmandos de Lula, que, além de irônica e engraçada, mostra a realidade dos fatos. WAGNER JOSÉ CALLEGARI (Limeira, SP) * Enquanto a maioria dos cronistas da Folha tenta pacificar os ânimos e melhorar o debate político, Ruy Castro volta ao clima "coxinhas x petralhas", com um artigo rasteiro e cheio de discurso de ódio. É por artigos como esse que Letícias, Chicos, Gregorios e outros tantos são agredidos nas ruas. Muito triste. ADJALMA R. DA SILVA (Belo Horizonte, MG) * Genial a sugestão de Ruy Castro em sua coluna. MST e MTST já podem organizar suas tropas e realizar uma ocupação "justificada". Sítio improdutivo e tríplex desocupado. Que ideia genial! ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF) * A Folha, considerada sua dimensão, raramente se equivoca. Porém quando o faz o efeito é devastador. Assim foi com o senador Aécio Neves, catapultado a colunista. Uma lástima. Reincide no erro ao ceder espaço para a senadora Vanessa Grazziotin. Pergunto à colunista Vanessa-é-golpe-Grazziotin: o ministro Lewandowski, presidente da mais alta corte do país, preside e comanda a farsa do golpe? CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG) - LEI CIDADE LIMPA Sobre o artigo de José Américo Dias, a Otima esclarece que cumpre rigorosamente seu contrato. Em apenas quatro anos, investiu R$ 276 milhões na instalação e manutenção de 6.500 novos abrigos de ônibus. Repassou outros R$ 55 milhões em outorgas para a prefeitura. A receita líquida da empresa registrada em 2015 não foi R$ 280 milhões, mas R$ 118 milhões, conforme publicado no "Diário Oficial". FERNANDO PAIVA, diretor da Otima (São Paulo, SP) * NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção "Erramos". - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Para leitor, fata de educação da torcida maculou o ouro de Thiago BrazOLIMPÍADA A falta de educação esportiva e de fair play da torcida brasileira acabou por macular o ouro de Thiago Braz. O brasileiro tem que se conscientizar de que há esportes que necessitam de silêncio em determinados momentos de concentração. Esporte não se resume ao básico "nós contra eles" do futebol. JEFFERSON C VIEIRA (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dilma Rousseff não aceita que é perfeitamente legal, nessa conjuntura, a ação dos senadores para destituí-la do cargo. Se ela desconhece a Constituição, que contempla tal procedimento, não deveria ter postulado o cargo de presidente do Brasil. MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP) * No futuro, ao falar sobre o golpe de 2016, vai ser difícil explicar por que a posse de Lula como ministro de Dilma seria uma tentativa de obstruir a Operação Lava Jato. Ora, se fosse ministro, Lula responderia diretamente ao STF, a princípio sob escrutínio do rigoroso ministro Teori Zavascki. Pior, em eventual condenação no STF, o ex-presidente não teria direito a recursos. SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP) - MERCOSUL Não consigo entender a política externa do chanceler José Serra. Não admite a presidência do Mercosul nas mãos da Venezuela porque, segundo ele, lá não existe democracia. E um golpe parlamentar para destituir uma presidenta eleita democraticamente não seria motivo suficiente para o Brasil ser expulso do Mercosul? GILCÉRIA OLIVEIRA (São Paulo, SP) - PREVIDÊNCIA Paulo Tafner afirma em entrevista que se deve acabar progressivamente com as aposentadorias especiais e que não há razão para professores se aposentarem antes dos demais. Não consigo entender por que o professor que se aposenta cinco anos antes dos demais onera a Previdência, e o político, aposentado com apenas oito anos de trabalho, não onera. Será que estamos tão burros a ponto de não ver o óbvio? WALTER JALIL GARIB (São Paulo, SP) * As finanças da Previdência são um "balaio de gatos". Juntam-se os custos dos altos rendimentos de juízes, militares e políticos, cujo patrão, o Estado, não contribuiu de forma adequada à pensão a que eles têm direito por lei. Uma excelente ideia seria, para a transparência do sistema previdenciário, separar financeiramente essas categorias de aposentados. EDUARDO F. VAZ, aposentado (Campinas, SP) - COLUNISTAS Como cada um escreve sobre o que quiser, nenhum reparo pode ser feito sobre as preferências temáticas de Elio Gaspari. Mas essa preferência atávica pelo estilo (ou falta dele) da presidenta Dilma Rousseff me parece um desperdício do talento do escriba, principalmente quando as instituições estão sendo desvirtuadas de maneira tão grotesca. Pode-se falar do mau estilo dela, dos seus erros e defeitos, mas, diante do cinismo tolerante ao golpe que se vê no país, é como ver a árvore e ignorar a imensa floresta ao redor. FRANCIS AUGUSTO MEDEIROS (Oslo, Noruega) * Hélio Schwartsman argumenta com objetividade e razão. Excepcionalmente, errou em "Véu da prepotência". Proibir o uso de vestes que escondam o rosto limita um direito individual, mas assegura o direito coletivo à segurança. Esconder a face inviabiliza a identificação pessoal preventiva pelo Estado. Na França, fortemente submetida a ataques de fanáticos religiosos, essa medida se impõe. SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP) * Mais uma vez brilhante, Ruy Castro nos mostra a verdade. Tenho certeza de que os brasileiros se sentiram gratificados e representados com essa crônica sobre os desmandos de Lula, que, além de irônica e engraçada, mostra a realidade dos fatos. WAGNER JOSÉ CALLEGARI (Limeira, SP) * Enquanto a maioria dos cronistas da Folha tenta pacificar os ânimos e melhorar o debate político, Ruy Castro volta ao clima "coxinhas x petralhas", com um artigo rasteiro e cheio de discurso de ódio. É por artigos como esse que Letícias, Chicos, Gregorios e outros tantos são agredidos nas ruas. Muito triste. ADJALMA R. DA SILVA (Belo Horizonte, MG) * Genial a sugestão de Ruy Castro em sua coluna. MST e MTST já podem organizar suas tropas e realizar uma ocupação "justificada". Sítio improdutivo e tríplex desocupado. Que ideia genial! ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF) * A Folha, considerada sua dimensão, raramente se equivoca. Porém quando o faz o efeito é devastador. Assim foi com o senador Aécio Neves, catapultado a colunista. Uma lástima. Reincide no erro ao ceder espaço para a senadora Vanessa Grazziotin. Pergunto à colunista Vanessa-é-golpe-Grazziotin: o ministro Lewandowski, presidente da mais alta corte do país, preside e comanda a farsa do golpe? CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG) - LEI CIDADE LIMPA Sobre o artigo de José Américo Dias, a Otima esclarece que cumpre rigorosamente seu contrato. Em apenas quatro anos, investiu R$ 276 milhões na instalação e manutenção de 6.500 novos abrigos de ônibus. Repassou outros R$ 55 milhões em outorgas para a prefeitura. A receita líquida da empresa registrada em 2015 não foi R$ 280 milhões, mas R$ 118 milhões, conforme publicado no "Diário Oficial". FERNANDO PAIVA, diretor da Otima (São Paulo, SP) * NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção "Erramos". - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Brasileiro Carlos Ghosn deixa presidência da Nissan após 18 anos
Após quase duas décadas de comando, Carlos Ghosn deixará a presidência da Nissan Motors. O executivo brasileiro, que comandou a restruturação da montadora no fim da década de 1990, continuará à frente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e de outros negócios do grupo. De acordo com comunicado divulgado pela fabricante de automóveis, Ghosn deseja se concentrar mais no crescimento da Aliança. A Folha apurou que ele também irá dedicar mais tempo a relações governamentais, com o objetivo de expandir os negócios do grupo. "Estou confiante de que a equipe de gerenciamento que desenvolvi na Nissan nos últimos 18 anos tem o talento e a experiência necessários para atingir os objetivos operacionais e estratégicos da empresa", disse Ghosn no comunicado. Ele será sucedido por Hiroto Saikawa, que está na Nissan desde 1977. Quando assumiu o cargo de diretor-presidente da Nissan, em 1999, Ghosn encontrou a montadora japonesa á beira da falência. Com cerca de US$ 20 bilhões em dívidas, a empresa precisou de um tratamento de choque na época. Houve demissões, encerramento de parcerias e fechamento de linhas de produção pouco produtivas. Hoje, a empresa está entre as maiores do setor automotivo. O grande movimento do grupo em 2016 foi assumir o controle acionário da Mitsubishi Motors, que esteve envolvida em problemas ambientais por fraude em dados de emissões de poluentes.
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Brasileiro Carlos Ghosn deixa presidência da Nissan após 18 anosApós quase duas décadas de comando, Carlos Ghosn deixará a presidência da Nissan Motors. O executivo brasileiro, que comandou a restruturação da montadora no fim da década de 1990, continuará à frente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e de outros negócios do grupo. De acordo com comunicado divulgado pela fabricante de automóveis, Ghosn deseja se concentrar mais no crescimento da Aliança. A Folha apurou que ele também irá dedicar mais tempo a relações governamentais, com o objetivo de expandir os negócios do grupo. "Estou confiante de que a equipe de gerenciamento que desenvolvi na Nissan nos últimos 18 anos tem o talento e a experiência necessários para atingir os objetivos operacionais e estratégicos da empresa", disse Ghosn no comunicado. Ele será sucedido por Hiroto Saikawa, que está na Nissan desde 1977. Quando assumiu o cargo de diretor-presidente da Nissan, em 1999, Ghosn encontrou a montadora japonesa á beira da falência. Com cerca de US$ 20 bilhões em dívidas, a empresa precisou de um tratamento de choque na época. Houve demissões, encerramento de parcerias e fechamento de linhas de produção pouco produtivas. Hoje, a empresa está entre as maiores do setor automotivo. O grande movimento do grupo em 2016 foi assumir o controle acionário da Mitsubishi Motors, que esteve envolvida em problemas ambientais por fraude em dados de emissões de poluentes.
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50 anos num instante
RIO DE JANEIRO - O parque do Flamengo faz 50 anos hoje. E só então me dou conta de que minha relação com ele também tem 50 anos –desde que, por acaso, meus pais foram morar na rua do Russel, na Glória, em fins de 1965, pouco depois da inauguração. Imagine o que, para um garoto de 17 anos, significava sair pela porta do edifício, atravessar duas pistas e ter à sua frente um playground de 1,2 milhão de metros quadrados, com vista para o Pão de Açúcar e a baía de Guanabara. Para garotos sem grana e sem carro, como eu, o parque era perfeito para namorar a qualquer hora. Bom também para curtir uma fossa quando uma namorada nos dispensava –nenhuma solidão se comparava à de sua vastidão ensolarada. À noitinha, ia-se a pé à Cinemateca do MAM para assistir a "Napoléon", de Abel Gance, ou algo assim. E o Monumento aos Pracinhas era ideal para levar os primos da roça. Morador do Flamengo pelos anos seguintes, continuei fiel ao parque. Joguei peladas em seus campinhos; num suave declive, ensinei uma filha a andar de bicicleta; e foi numa de suas aléias que botei óculos pela primeira vez, só então descobrindo que as árvores tinham milhões de folhas. Minha fidelidade se estendia até a frequentar a praia do Flamengo, que, como toda praia de baía, não era das mais ilibadas. Hoje se sabe a quem devemos o parque: a Burle Marx, criador de seus jardins; Affonso Eduardo Reidy, de sua arquitetura; e Lota Macedo Soares, que o concebeu e conseguiu, a custo, que Lacerda, governador, enxergasse o seu alcance e soltasse o dinheiro para que ela o tornasse real. A vida me afastou do parque. Há anos que só passo por ele de táxi, a caminho de qualquer lugar. Mas pretendo tomar providências. Dia desses voltarei a ele, a pé. E, se me reencontrar em garoto por lá, vou avisá-lo: vá devagar, meu camaradinha –50 anos passam num instante.
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50 anos num instanteRIO DE JANEIRO - O parque do Flamengo faz 50 anos hoje. E só então me dou conta de que minha relação com ele também tem 50 anos –desde que, por acaso, meus pais foram morar na rua do Russel, na Glória, em fins de 1965, pouco depois da inauguração. Imagine o que, para um garoto de 17 anos, significava sair pela porta do edifício, atravessar duas pistas e ter à sua frente um playground de 1,2 milhão de metros quadrados, com vista para o Pão de Açúcar e a baía de Guanabara. Para garotos sem grana e sem carro, como eu, o parque era perfeito para namorar a qualquer hora. Bom também para curtir uma fossa quando uma namorada nos dispensava –nenhuma solidão se comparava à de sua vastidão ensolarada. À noitinha, ia-se a pé à Cinemateca do MAM para assistir a "Napoléon", de Abel Gance, ou algo assim. E o Monumento aos Pracinhas era ideal para levar os primos da roça. Morador do Flamengo pelos anos seguintes, continuei fiel ao parque. Joguei peladas em seus campinhos; num suave declive, ensinei uma filha a andar de bicicleta; e foi numa de suas aléias que botei óculos pela primeira vez, só então descobrindo que as árvores tinham milhões de folhas. Minha fidelidade se estendia até a frequentar a praia do Flamengo, que, como toda praia de baía, não era das mais ilibadas. Hoje se sabe a quem devemos o parque: a Burle Marx, criador de seus jardins; Affonso Eduardo Reidy, de sua arquitetura; e Lota Macedo Soares, que o concebeu e conseguiu, a custo, que Lacerda, governador, enxergasse o seu alcance e soltasse o dinheiro para que ela o tornasse real. A vida me afastou do parque. Há anos que só passo por ele de táxi, a caminho de qualquer lugar. Mas pretendo tomar providências. Dia desses voltarei a ele, a pé. E, se me reencontrar em garoto por lá, vou avisá-lo: vá devagar, meu camaradinha –50 anos passam num instante.
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Sapatos ibéricos e da ex-Iugoslávia contra-atacam preços chineses
A turbulência econômica que a China atravessa e a gradativa alta dos preços dos produtos chineses, fruto da reforma trabalhista empreendida no país desde 2008, serviu de oportunidade para Portugal, Espanha, Croácia e Sérvia alavancarem as vendas de sapatos para marcas europeias. Executivo de vendas da grife portuguesa de "private label" Coxx Borba, Vitor Magalhães diz que o programa Portugal 2020, que o governo do país europeu iniciou no ano passado para estimular a indústria local, o maior responsável pela produção de mais de 20 milhões de pares por ano que o país consegue produzir. "Quase tudo o que produzimos abastece grifes da Europa, que preferem comprar produtos da União Europeia pela proximidade entre os países", explica Magalhães. Por meio de uma união de pequenos produtores e empresas familiares, a Sérvia conseguiu formar uma associação de seis pequenas marcas oriundas do sul do país que também abastecem marcas europeias. O preço do sapato comercializado na feira GDS (Global Destination for Shoes), onde as marcas montaram estande, gira em torno de 10 euros. O presidente da grife croata Borovo, Gordan Kolundzic, diz que "após 20 anos do fim da guerra da Iugoslávia, as marcas e os produtores locais estão investindo em maquinário e em inovação para competir com outros países". Tanto nos países ibéricos quanto nos da ex-Ioguslávia, o salário pago aos trabalhadores pode ser 40% menor que o praticado pela Alemanha, por exemplo, o que explicaria os valores baixos.
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Sapatos ibéricos e da ex-Iugoslávia contra-atacam preços chinesesA turbulência econômica que a China atravessa e a gradativa alta dos preços dos produtos chineses, fruto da reforma trabalhista empreendida no país desde 2008, serviu de oportunidade para Portugal, Espanha, Croácia e Sérvia alavancarem as vendas de sapatos para marcas europeias. Executivo de vendas da grife portuguesa de "private label" Coxx Borba, Vitor Magalhães diz que o programa Portugal 2020, que o governo do país europeu iniciou no ano passado para estimular a indústria local, o maior responsável pela produção de mais de 20 milhões de pares por ano que o país consegue produzir. "Quase tudo o que produzimos abastece grifes da Europa, que preferem comprar produtos da União Europeia pela proximidade entre os países", explica Magalhães. Por meio de uma união de pequenos produtores e empresas familiares, a Sérvia conseguiu formar uma associação de seis pequenas marcas oriundas do sul do país que também abastecem marcas europeias. O preço do sapato comercializado na feira GDS (Global Destination for Shoes), onde as marcas montaram estande, gira em torno de 10 euros. O presidente da grife croata Borovo, Gordan Kolundzic, diz que "após 20 anos do fim da guerra da Iugoslávia, as marcas e os produtores locais estão investindo em maquinário e em inovação para competir com outros países". Tanto nos países ibéricos quanto nos da ex-Ioguslávia, o salário pago aos trabalhadores pode ser 40% menor que o praticado pela Alemanha, por exemplo, o que explicaria os valores baixos.
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Bom Senso defende protesto de organizada e faz campanha por faixas
A polêmica envolvendo as faixas de protestos levantadas pela torcida do Corinthians virou campanha na internet. O Bom Senso, movimento de jogadores que reivindica melhorias no futebol brasileiro, irá apoiar o lançamento de uma mobilização batizada de "#LiberaFaixa - por um futebol sem censura", ao lado da ONG Minha Sampa. Por meio de uma plataforma online, torcedores poderão reivindicar junto à Federação Paulista de Futebol a garantia da liberdade de expressão nos estádios. A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, levou nos dois últimos jogos mensagens contra a CBF, a Federação Paulista, a Rede Globo e também de cobranças à direção do Parque São Jorge. Contra o Capivariano, na semana passada, a PM reprimiu, entrando em confronto com torcedores. Contra o São Paulo, no último domingo (14), a polícia disse que não agiu "por motivos de segurança", mas o árbitro do clássico, Luiz Flavio de Oliveira, parou o jogo e pediu ajuda ao capitão do Corinthians para que falasse com a uniformizada. Paulo André, zagueiro do Atlético-PR e líder do Bom Senso, defendeu as manifestações, em contato com a Folha. "Qualquer pessoa ou grupo têm o direito constitucional de protestar, graças a Deus. A decisão foi arbitrária, o juiz decidiu sem nenhuma orientação. O estatuto do torcedor é claro quando proíbe atos de racismo e xenofobia. A PM também não tem nada que reprimir esse movimento. É de conhecimento público que há dezenas de coisas não corretas dentro das torcidas organizadas, mas este protesto é legal. E o Felipe, que é um grande amigo e uma pessoa de bem, estava concentrado no jogo e não tinha informações suficientes para tomar sua decisão. Foi o famoso inocente útil", disse Paulo André. "O torcedor protesta contra o jogador, contra o treinador, contra o presidente do clube, por que não teria o direito de protestar contra as entidades de administração do desporto? Espero que esse movimento ganhe força, pois só com a pressão popular é que haverá mudança", completou. O abaixo-assinado está no www.liberafaixa.com.
esporte
Bom Senso defende protesto de organizada e faz campanha por faixasA polêmica envolvendo as faixas de protestos levantadas pela torcida do Corinthians virou campanha na internet. O Bom Senso, movimento de jogadores que reivindica melhorias no futebol brasileiro, irá apoiar o lançamento de uma mobilização batizada de "#LiberaFaixa - por um futebol sem censura", ao lado da ONG Minha Sampa. Por meio de uma plataforma online, torcedores poderão reivindicar junto à Federação Paulista de Futebol a garantia da liberdade de expressão nos estádios. A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, levou nos dois últimos jogos mensagens contra a CBF, a Federação Paulista, a Rede Globo e também de cobranças à direção do Parque São Jorge. Contra o Capivariano, na semana passada, a PM reprimiu, entrando em confronto com torcedores. Contra o São Paulo, no último domingo (14), a polícia disse que não agiu "por motivos de segurança", mas o árbitro do clássico, Luiz Flavio de Oliveira, parou o jogo e pediu ajuda ao capitão do Corinthians para que falasse com a uniformizada. Paulo André, zagueiro do Atlético-PR e líder do Bom Senso, defendeu as manifestações, em contato com a Folha. "Qualquer pessoa ou grupo têm o direito constitucional de protestar, graças a Deus. A decisão foi arbitrária, o juiz decidiu sem nenhuma orientação. O estatuto do torcedor é claro quando proíbe atos de racismo e xenofobia. A PM também não tem nada que reprimir esse movimento. É de conhecimento público que há dezenas de coisas não corretas dentro das torcidas organizadas, mas este protesto é legal. E o Felipe, que é um grande amigo e uma pessoa de bem, estava concentrado no jogo e não tinha informações suficientes para tomar sua decisão. Foi o famoso inocente útil", disse Paulo André. "O torcedor protesta contra o jogador, contra o treinador, contra o presidente do clube, por que não teria o direito de protestar contra as entidades de administração do desporto? Espero que esse movimento ganhe força, pois só com a pressão popular é que haverá mudança", completou. O abaixo-assinado está no www.liberafaixa.com.
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Se faltou em 2016, este ano terá nove feriados prolongados; programe-se
Após um ano marcado por poucos feriados prolongados, por uma profunda crise econômica e por uma forte turbulência política, muitos brasileiros querem aproveitar 2017 para viajar e descansar. Se em 2016 foi mais difícil "emendar" os feriados, em 2017 os brasileiros terão nove feriados prolongados. Há muitas datas que caem em dias próximos ao fim de semana, como Paixão de Cristo, Tiradentes e Dia Mundial do Trabalho. Também haverá uma grande incidência de feriados nas quintas-feiras, como Corpus Christi, Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida e Finados, além do Carnaval, que cairá em uma terça. Nessas datas, muitas empresas acabam "enforcando" as sextas. O calendário oficial dos feriados nacionais deve ser divulgado até o final do ano. Não entram na lista as datas municipais ou estaduais lembradas com feriado ou ponto facultativo. Feriados em 2017
cotidiano
Se faltou em 2016, este ano terá nove feriados prolongados; programe-seApós um ano marcado por poucos feriados prolongados, por uma profunda crise econômica e por uma forte turbulência política, muitos brasileiros querem aproveitar 2017 para viajar e descansar. Se em 2016 foi mais difícil "emendar" os feriados, em 2017 os brasileiros terão nove feriados prolongados. Há muitas datas que caem em dias próximos ao fim de semana, como Paixão de Cristo, Tiradentes e Dia Mundial do Trabalho. Também haverá uma grande incidência de feriados nas quintas-feiras, como Corpus Christi, Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida e Finados, além do Carnaval, que cairá em uma terça. Nessas datas, muitas empresas acabam "enforcando" as sextas. O calendário oficial dos feriados nacionais deve ser divulgado até o final do ano. Não entram na lista as datas municipais ou estaduais lembradas com feriado ou ponto facultativo. Feriados em 2017
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Empresa americana barra embarque de ministro de Temer em avião
O secretário especial de assuntos estratégicos da Presidência, Hussein Kalout, foi impedido de embarcar em um voo da American Airlines para os Estados Unidos na segunda-feira (21), após se recusar a se submeter a uma inspeção especial, que ele considerou humilhante. Kalout estava a caminho de Nova York, aonde iria em missão oficial para participar de eventos no Council of the Americas e no Council on Foreign Relations. Segundo o secretário, ele estava prestes a entrar no avião, na fila dentro do finger, quando foi retido por um funcionário da companhia aérea. O funcionário o informou que ele teria de sair e se submeter a uma inspeção especial para poder embarcar. Kalout argumentou que já havia passado pelo procedimento de segurança e indagou o motivo para a inspeção especial. "São ordens do governo americano", teria respondido o funcionário, no aeroporto em Brasília. O secretário especial da Presidência se negou a passar pela inspeção corporal, que seria realizada pelos funcionários do aeroporto, dizendo que já havia sido revistado e que portava passaporte diplomático. Voltou a perguntar qual era o motivo de ser submetido à revista especial e, mais uma vez, recebeu a resposta de que era determinação do governo dos Estados Unidos. "Fui a única pessoa a ser retirada da fila, quase entrando no avião, porque meu nome é árabe. Está evidente que foi racismo", diz Kalout, que foi colunista da Folha. Em outras viagens aos Estados Unidos, ele já tinha sido submetido a inspeções e questionamento, mas sempre em aeroportos em solo americano e antes de se tornar integrante do ministério. O secretário diz acreditar que a situação tenha piorado por causa das regras mais duras do governo de Donald Trump em relação à entrada de estrangeiros provenientes de alguns países árabes. Kalout é brasileiro com ascendência libanesa. "Não estou pedindo tratamento VIP, só não quero ser humilhado; é aceitável uma autoridade do governo brasileiro ser submetida a um constrangimento dentro do aeroporto de Brasília, por regras do governo americano?", disse. "Eu já tinha passado pelo raio-X, já tinham vistoriado minha mala de mão, por que me tirar da fila para uma inspeção especial?" DESCULPAS Kalout se recusou a passar pela inspeção e foi informado de que não poderia embarcar no voo 214 da American Airlines, cujo destino era Miami, com conexão até Nova York. Cancelou todos os compromissos oficiais que teria nos Estados Unidos. Segundo Kalout, o número dois da embaixada americana em Brasília, William W. Popp, foi à secretaria pedir desculpas e lamentar o ocorrido. "Foi um gesto significativo e respeitoso", disse. Após contato da reportagem, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília informou que não iria comentar o assunto. O Ministério das Relações Exteriores também afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso. OUTRO LADO Em comunicado enviado à Folha, a American Airlines afirmou que apenas segue as regras de inspeção da Transportation Security Administration (TSA), a agência do governo dos Estados Unidos que cuida da segurança em aeroportos. A empresa não quis informar por que o secretário especial de assuntos estratégicos da Presidência, Hussein Kalout, foi selecionado para passar pela inspeção especial nem quis especificar se ele foi o único passageiro retirado da fila de embarque para ser submetido à vistoria. "As inspeções de segurança são realizadas de acordo com os regulamentos da Transportation Security Administration (TSA) com base em seus protocolos de seleção e designação", informou a empresa. "As isenções desses protocolos de triagem são definidas pela TSA e não são controladas pela American. A companhia não comenta a natureza específica das medidas de segurança implementadas." A empresa disse que não comenta casos individuais envolvendo passageiros. Segundo a Folha apurou, o secretário havia sido selecionado para a inspeção e deveria ter passado pela revista antes de chegar ao portão de embarque. Por alguma falha, ele chegou à porta do avião com o carimbo no cartão de embarque indicando que ele precisava ser revistado, mas ainda não havia passado pela inspeção, por isso foi retirado da fila. As companhias aéreas afirmam que é feita uma seleção aleatória de passageiros que precisam ser inspecionados de forma mais detalhada e nega haver discriminação. Se ele tivesse aceitado a revista, teria embarcado. Apenas presidentes e primeiros-ministros ficam isentos de inspeções de segurança.
mundo
Empresa americana barra embarque de ministro de Temer em aviãoO secretário especial de assuntos estratégicos da Presidência, Hussein Kalout, foi impedido de embarcar em um voo da American Airlines para os Estados Unidos na segunda-feira (21), após se recusar a se submeter a uma inspeção especial, que ele considerou humilhante. Kalout estava a caminho de Nova York, aonde iria em missão oficial para participar de eventos no Council of the Americas e no Council on Foreign Relations. Segundo o secretário, ele estava prestes a entrar no avião, na fila dentro do finger, quando foi retido por um funcionário da companhia aérea. O funcionário o informou que ele teria de sair e se submeter a uma inspeção especial para poder embarcar. Kalout argumentou que já havia passado pelo procedimento de segurança e indagou o motivo para a inspeção especial. "São ordens do governo americano", teria respondido o funcionário, no aeroporto em Brasília. O secretário especial da Presidência se negou a passar pela inspeção corporal, que seria realizada pelos funcionários do aeroporto, dizendo que já havia sido revistado e que portava passaporte diplomático. Voltou a perguntar qual era o motivo de ser submetido à revista especial e, mais uma vez, recebeu a resposta de que era determinação do governo dos Estados Unidos. "Fui a única pessoa a ser retirada da fila, quase entrando no avião, porque meu nome é árabe. Está evidente que foi racismo", diz Kalout, que foi colunista da Folha. Em outras viagens aos Estados Unidos, ele já tinha sido submetido a inspeções e questionamento, mas sempre em aeroportos em solo americano e antes de se tornar integrante do ministério. O secretário diz acreditar que a situação tenha piorado por causa das regras mais duras do governo de Donald Trump em relação à entrada de estrangeiros provenientes de alguns países árabes. Kalout é brasileiro com ascendência libanesa. "Não estou pedindo tratamento VIP, só não quero ser humilhado; é aceitável uma autoridade do governo brasileiro ser submetida a um constrangimento dentro do aeroporto de Brasília, por regras do governo americano?", disse. "Eu já tinha passado pelo raio-X, já tinham vistoriado minha mala de mão, por que me tirar da fila para uma inspeção especial?" DESCULPAS Kalout se recusou a passar pela inspeção e foi informado de que não poderia embarcar no voo 214 da American Airlines, cujo destino era Miami, com conexão até Nova York. Cancelou todos os compromissos oficiais que teria nos Estados Unidos. Segundo Kalout, o número dois da embaixada americana em Brasília, William W. Popp, foi à secretaria pedir desculpas e lamentar o ocorrido. "Foi um gesto significativo e respeitoso", disse. Após contato da reportagem, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília informou que não iria comentar o assunto. O Ministério das Relações Exteriores também afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso. OUTRO LADO Em comunicado enviado à Folha, a American Airlines afirmou que apenas segue as regras de inspeção da Transportation Security Administration (TSA), a agência do governo dos Estados Unidos que cuida da segurança em aeroportos. A empresa não quis informar por que o secretário especial de assuntos estratégicos da Presidência, Hussein Kalout, foi selecionado para passar pela inspeção especial nem quis especificar se ele foi o único passageiro retirado da fila de embarque para ser submetido à vistoria. "As inspeções de segurança são realizadas de acordo com os regulamentos da Transportation Security Administration (TSA) com base em seus protocolos de seleção e designação", informou a empresa. "As isenções desses protocolos de triagem são definidas pela TSA e não são controladas pela American. A companhia não comenta a natureza específica das medidas de segurança implementadas." A empresa disse que não comenta casos individuais envolvendo passageiros. Segundo a Folha apurou, o secretário havia sido selecionado para a inspeção e deveria ter passado pela revista antes de chegar ao portão de embarque. Por alguma falha, ele chegou à porta do avião com o carimbo no cartão de embarque indicando que ele precisava ser revistado, mas ainda não havia passado pela inspeção, por isso foi retirado da fila. As companhias aéreas afirmam que é feita uma seleção aleatória de passageiros que precisam ser inspecionados de forma mais detalhada e nega haver discriminação. Se ele tivesse aceitado a revista, teria embarcado. Apenas presidentes e primeiros-ministros ficam isentos de inspeções de segurança.
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Filme na TV: 'O Poderoso Chefão', de Coppola, é ícone de uma época
O que terá "O Poderoso Chefão" ("The Godfather", 1972, 16 anos, TC Cult, 18h45) de tão especial que pula de canal em canal, de horário em horário, de distribuidora em distribuidora, há séculos, mas nunca sai do ar? Primeiro que existe, é claro, um encontro feliz entre um tema e uma época, um diretor e um fotógrafo, um roteiro e um elenco. E Coppola é original no modo de olhar os gângsters e a sociedade. E no modo como dom Corleone é visto: como um chefe de família que está sempre às voltas com um mundo hostil. Mais ou menos como sempre foram todos os pais do mundo. Filmes têm por vezes certas qualidades indefiníveis, que os tornam ícones de uma época. Hitchcock tem alguns. Apesar de que "Um Barco e Nove Destinos" ("Lifeboat", 1943, Livre, TC Cult, 11h25), um dos longas do diretor, por mais que seja muito imaginativo, não tenha essas virtudes raras.
ilustrada
Filme na TV: 'O Poderoso Chefão', de Coppola, é ícone de uma épocaO que terá "O Poderoso Chefão" ("The Godfather", 1972, 16 anos, TC Cult, 18h45) de tão especial que pula de canal em canal, de horário em horário, de distribuidora em distribuidora, há séculos, mas nunca sai do ar? Primeiro que existe, é claro, um encontro feliz entre um tema e uma época, um diretor e um fotógrafo, um roteiro e um elenco. E Coppola é original no modo de olhar os gângsters e a sociedade. E no modo como dom Corleone é visto: como um chefe de família que está sempre às voltas com um mundo hostil. Mais ou menos como sempre foram todos os pais do mundo. Filmes têm por vezes certas qualidades indefiníveis, que os tornam ícones de uma época. Hitchcock tem alguns. Apesar de que "Um Barco e Nove Destinos" ("Lifeboat", 1943, Livre, TC Cult, 11h25), um dos longas do diretor, por mais que seja muito imaginativo, não tenha essas virtudes raras.
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CPTM não aciona plano de emergência durante greve e passageiros reclamam
Usuários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) afirmaram ter sido surpreendidos, não apenas pela greve da categoria, mas também pela falta de ônibus do Paese (plano de emergência), na manhã desta quarta-feira (3), para atender parte das linhas afetadas pela paralisação. A SPTrans (empresa de transporte municipal em São Paulo) e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) informaram que o Paese não foi colocado em prática porque a CPTM não o solicitou. Quando acionado o Paese, ônibus gratuitos são colocados em circulação em trechos apontados pelo solicitante. No caso da SPTrans, eles atendem dentro da capital paulista e os da EMTU na região metropolitana. Segundo a SPTrans, a empresa que aciona o serviço paga diretamente às empresas de ônibus a hora e quantidade de ônibus utilizados. A reportagem conversou com passageiros que sentiram falta do serviço nas estações Francisco Morato e Santo André. Em alguns casos, eles afirmaram não ter dinheiro para pegar coletivos da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que são mais caros que o valor do trem. Questionada, a CPTM afirmou que o aciona o Paese apenas "em casos de emergência e para cobrir a demanda pontual de um determinado trecho interrompido". A empresa disse ainda que a quantidade de passageiros levada pelos trens é muito elevada, o que exigiria uma frota bastante elevada de ônibus para substituí-los. Além disso, a CPTM destaca que "são necessários funcionários nas estações para distribuição das senhas, administrar as filas, direcionar usuários e fazer controle e liberação dos ônibus. O número reduzido de funcionários durante a greve é direcionado para a operação e circulação dos trens de forma a diminuir os prejuízos aos passageiros". Tanto a SPTrans quando a EMTU afirmaram que reforçaram o número de coletivos em suas linhas regulares para tentar minimizar o impacto da paralisação. FUNCIONAMENTO DAS LINHAS LINHA 7-RUBI - Funciona apenas entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato LINHA 8-DIAMANTE - Funciona normalmente LINHA 9-ESMERALDA - Funciona normalmente LINHA 10-TURQUESA - Não funciona LINHA 11-CORAL - Funciona entre as estações Guaianases e Luz LINHA 12-SAFIRA - Não funciona - PARALISAÇÃO A greve dos ferroviários foi decidida na noite de terça (2) por funcionários de dois dos três sindicatos da categoria. Apenas os trabalhadores responsáveis pelas linhas 8 e 9 continuam operando normalmente. Os demais devem fazer uma nova assembleia na tarde desta quarta para decidir se mantêm ou não a greve. As linhas prejudicadas no início da tarde eram: a linha 7, com operação entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato; a linha 11, operando entre as estações Luz e Guaianases; e as linhas 10 e 12, que estão totalmente paralisadas. Apenas as linhas 8 e 9 funcionam normalmente desde o início do dia. Mais cedo, passageiros revoltados com a greve provocaram um tumulto na estação Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. Um muro chegou a ser derrubado por vândalos e a Polícia Militar chegou a usar bombas de gás. Uma pessoa foi detida sob suspeita de provocar os atos de vandalismo. A CPTM estima que aproximadamente 500 mil passageiros foram prejudicados pela paralisação no período da manhã. Os sindicatos farão uma nova assembleia na tarde desta quarta para decidir se mantém ou não a greve. NEGOCIAÇÕES Em negociação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na tarde desta terça-feira (2), a CPTM fez duas propostas : a primeira de conceder reajuste de 7,72% nos salários e de 10% nos benefícios e a segunda de aumento de 8,25% nos salários e benefícios. Os trabalhadores pedem 9,29%. A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2014, foi de 6,65%, segundo o IPC/Fipe. Em nota, a CPTM diz considerar "irresponsável" a decisão de entrar em greve. "Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários" que utilizam diariamente a rede de trens. A empresa tem cerca de 8.800 funcionários nas seis linhas. Decisão liminar (provisória) concedida na semana passada pelo vice-presidente judicial do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes, determina que, em caso de greve, 90% dos maquinistas e 70% dos demais funcionários trabalhem nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) e que 60% atuem nos demais períodos. Pelo descumprimento da decisão, a CPTM informou que já encaminhou ao TRT um pedido de abusividade da greve, aplicação de multa e julgamento de dissídio. RODÍZIO Apesar da paralisação, a CET (Companhia da Engenharia de Tráfego) informou que o rodízio não foi suspenso. Com isso, carros com placas final 5 e 6 não circulam no centro expandido de São Paulo, das 7h às 10h e das 17h às 20h. De acordo com a companhia, o pior índice de congestionamento foi registrado às 8h30, quando a cidade teve 107 km de lentidão –o que representa 12,4% dos 868 km monitorados. Às 10h, o congestionamento na cidade era de 78 km de lentidão –dentro da média, que varia de 68 km a 94 km.
cotidiano
CPTM não aciona plano de emergência durante greve e passageiros reclamamUsuários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) afirmaram ter sido surpreendidos, não apenas pela greve da categoria, mas também pela falta de ônibus do Paese (plano de emergência), na manhã desta quarta-feira (3), para atender parte das linhas afetadas pela paralisação. A SPTrans (empresa de transporte municipal em São Paulo) e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) informaram que o Paese não foi colocado em prática porque a CPTM não o solicitou. Quando acionado o Paese, ônibus gratuitos são colocados em circulação em trechos apontados pelo solicitante. No caso da SPTrans, eles atendem dentro da capital paulista e os da EMTU na região metropolitana. Segundo a SPTrans, a empresa que aciona o serviço paga diretamente às empresas de ônibus a hora e quantidade de ônibus utilizados. A reportagem conversou com passageiros que sentiram falta do serviço nas estações Francisco Morato e Santo André. Em alguns casos, eles afirmaram não ter dinheiro para pegar coletivos da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que são mais caros que o valor do trem. Questionada, a CPTM afirmou que o aciona o Paese apenas "em casos de emergência e para cobrir a demanda pontual de um determinado trecho interrompido". A empresa disse ainda que a quantidade de passageiros levada pelos trens é muito elevada, o que exigiria uma frota bastante elevada de ônibus para substituí-los. Além disso, a CPTM destaca que "são necessários funcionários nas estações para distribuição das senhas, administrar as filas, direcionar usuários e fazer controle e liberação dos ônibus. O número reduzido de funcionários durante a greve é direcionado para a operação e circulação dos trens de forma a diminuir os prejuízos aos passageiros". Tanto a SPTrans quando a EMTU afirmaram que reforçaram o número de coletivos em suas linhas regulares para tentar minimizar o impacto da paralisação. FUNCIONAMENTO DAS LINHAS LINHA 7-RUBI - Funciona apenas entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato LINHA 8-DIAMANTE - Funciona normalmente LINHA 9-ESMERALDA - Funciona normalmente LINHA 10-TURQUESA - Não funciona LINHA 11-CORAL - Funciona entre as estações Guaianases e Luz LINHA 12-SAFIRA - Não funciona - PARALISAÇÃO A greve dos ferroviários foi decidida na noite de terça (2) por funcionários de dois dos três sindicatos da categoria. Apenas os trabalhadores responsáveis pelas linhas 8 e 9 continuam operando normalmente. Os demais devem fazer uma nova assembleia na tarde desta quarta para decidir se mantêm ou não a greve. As linhas prejudicadas no início da tarde eram: a linha 7, com operação entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato; a linha 11, operando entre as estações Luz e Guaianases; e as linhas 10 e 12, que estão totalmente paralisadas. Apenas as linhas 8 e 9 funcionam normalmente desde o início do dia. Mais cedo, passageiros revoltados com a greve provocaram um tumulto na estação Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. Um muro chegou a ser derrubado por vândalos e a Polícia Militar chegou a usar bombas de gás. Uma pessoa foi detida sob suspeita de provocar os atos de vandalismo. A CPTM estima que aproximadamente 500 mil passageiros foram prejudicados pela paralisação no período da manhã. Os sindicatos farão uma nova assembleia na tarde desta quarta para decidir se mantém ou não a greve. NEGOCIAÇÕES Em negociação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na tarde desta terça-feira (2), a CPTM fez duas propostas : a primeira de conceder reajuste de 7,72% nos salários e de 10% nos benefícios e a segunda de aumento de 8,25% nos salários e benefícios. Os trabalhadores pedem 9,29%. A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2014, foi de 6,65%, segundo o IPC/Fipe. Em nota, a CPTM diz considerar "irresponsável" a decisão de entrar em greve. "Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários" que utilizam diariamente a rede de trens. A empresa tem cerca de 8.800 funcionários nas seis linhas. Decisão liminar (provisória) concedida na semana passada pelo vice-presidente judicial do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes, determina que, em caso de greve, 90% dos maquinistas e 70% dos demais funcionários trabalhem nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) e que 60% atuem nos demais períodos. Pelo descumprimento da decisão, a CPTM informou que já encaminhou ao TRT um pedido de abusividade da greve, aplicação de multa e julgamento de dissídio. RODÍZIO Apesar da paralisação, a CET (Companhia da Engenharia de Tráfego) informou que o rodízio não foi suspenso. Com isso, carros com placas final 5 e 6 não circulam no centro expandido de São Paulo, das 7h às 10h e das 17h às 20h. De acordo com a companhia, o pior índice de congestionamento foi registrado às 8h30, quando a cidade teve 107 km de lentidão –o que representa 12,4% dos 868 km monitorados. Às 10h, o congestionamento na cidade era de 78 km de lentidão –dentro da média, que varia de 68 km a 94 km.
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Aplicativo de táxi adota modelo Uber e vai aceitar motorista particular em SP
Líder no mercado de aplicativos para táxi, a empresa 99 passará a aceitar motoristas particulares, somente em São Paulo, ampliando a polêmica que coloca taxistas de um lado e plataformas como o Uber de outro. A nova modalidade deve passar a valer a partir de 31 de agosto, mas a seleção de novos motoristas será anunciada nesta segunda-feira (1°). A empresa também vai incentivar taxistas a atuarem na modalidade particular. Para o passageiro, neste caso, a vantagem será pagar uma tarifa mais barata mas dentro de um táxi, que está liberado pela prefeitura para circular por corredores e faixas exclusivas de ônibus da cidade. Para o taxista, o lucro será menor por viagem, mas, segundo a empresa, no entanto, a vantagem será a possibilidade de ampliar o número de viagens. A prática desrespeita lei federal que exige taxímetro em táxis que circulam em cidades com mais de 50 mil habitantes. Questionada, a prefeitura afirmou que não vai comentar o novo modelo porque a 99 não formalizou nem informou a administração "sobre nenhum modelo de negócios diferente do decreto municipal". Em junho, porém, a Secretaria Municipal de Transportes disse que quem usa táxis em "aplicativos estranhos a esta natureza, como o Uber" pode ter o alvará cassado. A 99 diz que não vai infringir nenhuma lei. Sindicatos de taxistas tentam derrubar na Justiça o decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que regulamentou os aplicativos como o Uber, em maio passado. Para os taxistas, que fizeram uma série de protestos contra a medida, motoristas particulares por aplicativo fazem concorrência desleal, por atuarem sem necessidade de alvará e sem pagar as mesmas taxas e licenças pagas por taxistas. Na prática, agora, no caso da empresa 99 (que antes se chamava 99táxis), o aplicativo que atuava até então apenas com taxistas passará a aceitar seus rivais diretos. Com cerca de 35 mil taxistas cadastrados, a empresa calcula ter domínio de 60% do mercado de aplicativos de táxi na cidade. Em todo o país, são 150 mil cadastrados. O aplicativo originalmente criado para táxis agora atuará como concorrente direto de aplicativos como Uber e Cabify, porém com a vantagem de atuar nas duas plataformas. Antes da 99, o aplicativo Easytaxi, que é menor, já passou a aceitar não-taxistas. "Somos uma empresa de tecnologia. Seria ruim da nossa parte ignorar que houve uma mudança e que o mercado é outro. A gente precisa atender essas novas demandas", disse Pedro Somma, diretor de relações institucionais da 99. Inicialmente, a 99 irá abrir apenas mil vagas para novos motoristas particulares, com carros de placa cinza. Para ser selecionado, o motorista terá que passar por entrevistas feitas pessoalmente e ser submetido a checagem de antecedentes criminais, além de teste de direção. O carro poderá ter, no máximo, cinco anos de uso, seguro de acidentes para passageiros e passará por vistoria. No processo seletivo, motoristas com condutax (licença para dirigir táxi) serão priorizados como critério de desempate. Em São Paulo desde 2014, o Uber desconta dos motoristas de 20% a 25% do valor de cada viagem. Atualmente, para concorrer a uma vaga de motorista no aplicativo basta apresentar a carteira de habilitação para atividade remunerada e os documentos do carro, com até oito anos de uso. No Uber, não há entrevistas, testes nem vistoria nos carros. MIGRAÇÃO Quando esse novo modelo começar a operar, os mil novos motoristas serão os primeiros a serem acionados pelos passageiros por meio do botão POP (nome do modelo voltado a carros particulares). Se todos estiverem em viagem, o aplicativo, então, acionará os táxis disponíveis para atender na modalidade POP. Para o passageiro, pouca coisa mudará. Além dos botões que oferecem as modalidades táxi branco e táxi preto (com carros mais luxuosos e, portanto, mais caros), haverá o terceiro botão. A empresa busca atrair, por exemplo motoristas de frota de táxi, que pagam uma diária variável entre R$ 100 e R$ 170, dependendo da empresa. A intenção é fazer esses motoristas migrarem para a nova modalidade, com carros próprios. "Para o taxista que não tem alvará é a oportunidade dele não pagar a diária e poder trabalhar com transporte individual. Para o dono de alvará, é uma opção boa para fazer mais corridas", disse Somma. A 99 cobra R$ 2 por viagem de cada motorista, porém, não sabe ainda qual será o desconto na modalidade particular. "O desconto será menor do que o feito pelos aplicativos do mercado", afirma o executivo. Como funcionao Uber
cotidiano
Aplicativo de táxi adota modelo Uber e vai aceitar motorista particular em SPLíder no mercado de aplicativos para táxi, a empresa 99 passará a aceitar motoristas particulares, somente em São Paulo, ampliando a polêmica que coloca taxistas de um lado e plataformas como o Uber de outro. A nova modalidade deve passar a valer a partir de 31 de agosto, mas a seleção de novos motoristas será anunciada nesta segunda-feira (1°). A empresa também vai incentivar taxistas a atuarem na modalidade particular. Para o passageiro, neste caso, a vantagem será pagar uma tarifa mais barata mas dentro de um táxi, que está liberado pela prefeitura para circular por corredores e faixas exclusivas de ônibus da cidade. Para o taxista, o lucro será menor por viagem, mas, segundo a empresa, no entanto, a vantagem será a possibilidade de ampliar o número de viagens. A prática desrespeita lei federal que exige taxímetro em táxis que circulam em cidades com mais de 50 mil habitantes. Questionada, a prefeitura afirmou que não vai comentar o novo modelo porque a 99 não formalizou nem informou a administração "sobre nenhum modelo de negócios diferente do decreto municipal". Em junho, porém, a Secretaria Municipal de Transportes disse que quem usa táxis em "aplicativos estranhos a esta natureza, como o Uber" pode ter o alvará cassado. A 99 diz que não vai infringir nenhuma lei. Sindicatos de taxistas tentam derrubar na Justiça o decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que regulamentou os aplicativos como o Uber, em maio passado. Para os taxistas, que fizeram uma série de protestos contra a medida, motoristas particulares por aplicativo fazem concorrência desleal, por atuarem sem necessidade de alvará e sem pagar as mesmas taxas e licenças pagas por taxistas. Na prática, agora, no caso da empresa 99 (que antes se chamava 99táxis), o aplicativo que atuava até então apenas com taxistas passará a aceitar seus rivais diretos. Com cerca de 35 mil taxistas cadastrados, a empresa calcula ter domínio de 60% do mercado de aplicativos de táxi na cidade. Em todo o país, são 150 mil cadastrados. O aplicativo originalmente criado para táxis agora atuará como concorrente direto de aplicativos como Uber e Cabify, porém com a vantagem de atuar nas duas plataformas. Antes da 99, o aplicativo Easytaxi, que é menor, já passou a aceitar não-taxistas. "Somos uma empresa de tecnologia. Seria ruim da nossa parte ignorar que houve uma mudança e que o mercado é outro. A gente precisa atender essas novas demandas", disse Pedro Somma, diretor de relações institucionais da 99. Inicialmente, a 99 irá abrir apenas mil vagas para novos motoristas particulares, com carros de placa cinza. Para ser selecionado, o motorista terá que passar por entrevistas feitas pessoalmente e ser submetido a checagem de antecedentes criminais, além de teste de direção. O carro poderá ter, no máximo, cinco anos de uso, seguro de acidentes para passageiros e passará por vistoria. No processo seletivo, motoristas com condutax (licença para dirigir táxi) serão priorizados como critério de desempate. Em São Paulo desde 2014, o Uber desconta dos motoristas de 20% a 25% do valor de cada viagem. Atualmente, para concorrer a uma vaga de motorista no aplicativo basta apresentar a carteira de habilitação para atividade remunerada e os documentos do carro, com até oito anos de uso. No Uber, não há entrevistas, testes nem vistoria nos carros. MIGRAÇÃO Quando esse novo modelo começar a operar, os mil novos motoristas serão os primeiros a serem acionados pelos passageiros por meio do botão POP (nome do modelo voltado a carros particulares). Se todos estiverem em viagem, o aplicativo, então, acionará os táxis disponíveis para atender na modalidade POP. Para o passageiro, pouca coisa mudará. Além dos botões que oferecem as modalidades táxi branco e táxi preto (com carros mais luxuosos e, portanto, mais caros), haverá o terceiro botão. A empresa busca atrair, por exemplo motoristas de frota de táxi, que pagam uma diária variável entre R$ 100 e R$ 170, dependendo da empresa. A intenção é fazer esses motoristas migrarem para a nova modalidade, com carros próprios. "Para o taxista que não tem alvará é a oportunidade dele não pagar a diária e poder trabalhar com transporte individual. Para o dono de alvará, é uma opção boa para fazer mais corridas", disse Somma. A 99 cobra R$ 2 por viagem de cada motorista, porém, não sabe ainda qual será o desconto na modalidade particular. "O desconto será menor do que o feito pelos aplicativos do mercado", afirma o executivo. Como funcionao Uber
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OAB e especialistas criticam ação da PM sem mandado; PT vai à Justiça
A seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) manifestou preocupação com decisão do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de desocupar escolas técnicas sem aval judicial. "Em se tratando de invasão pacífica e não predatória, de estabelecimento de ensino oficial, por jovens que lá estudam, parece desarrazoado proceder a reintegração, com uso da Polícia Militar, sem a prévia cautelar de ordem judicial", diz nota da entidade, assinada pelo presidente Marcos da Costa. O próprio Estado ficará também melhor resguardado, e a sociedade civil, mais reconfortada, diz o texto. A bancada do PT na Assembleia Legislativa disse que irá à Justiça contra o que classificou de atos autoritários e violentos do governo Alckmin. A medida, diz, quebra os parâmetros do Estado democrático de direito. Ao comentar o assunto em tese, o órgão informou que desocupações não exigem aval judicial, por serem medidas inerentes ao poder de polícia administrativa. A Folha ouviu ainda quatro especialistas apenas um se posicionou a favor do governo Alckmin. "Mesmo no direito civil, quando você usa força para desocupar, isso tem que ser feito com certo limite da força. No caso do Estado, vai ter que usar a Polícia Militar e isso, por si só, já é um desequilíbrio enorme de forças, independentemente do que a polícia faça", diz Thiago Acca, docente e pesquisador do curso de direito da FGV-SP. Ele menciona decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 1997 no qual a Corte aponta a necessidade de buscar o Judiciário para conflitos decorrentes da ocupação de imóveis públicos. Na ocasião, a Corte julgava recurso do governo do Distrito Federal pela desocupação de uma área. A possibilidade de solução jurisdicional dos conflitos sociais representa índice revelador do grau de desenvolvimento cultural dos povos e significa, por isso mesmo, a diferença fundamental entre civilização e barbárie, diz decisão do então presidente Celso de Mello. Para a advogada Maristela Basso, professora da Faculdade de Direito da USP, o Estado tem poder, mas não a legitimidade de desocupar imóvel público sem recorrer ao Judiciário. Infringiu, ainda, as regras de administração pública ao atuar com excesso de poder, afirmou Basso. Caberá ao Ministério Público, sustenta, ir à Justiça para contestar a medida. A contestação pode inclusive levar, diz, ao arquivamento de inquéritos contra estudantes que ocuparam as escolas técnicas. Especialista em direito administrativo, o advogado Fábio Martins di Jorge, do escritório Peixoto & Cury, afirma que o Estado pode ter incorrido no exercício arbitrário das próprias razões, figura que existe no Código de Processo Penal, ao usar força para retirar os alunos sem estar apoiado por decisão judicial. Professor de direito público da FGV-SP, Carlos Ari Sundfeld foi a única voz favorável à medida do governo. "Para que o Estado preserve e mantenha funcionando o serviço público que está sendo atrapalhado por um grupo de pessoas tentando impedir os outros de entrar, é preciso que o Estado peça um mandado judicial? A resposta é não. O Estado tem poder e dever de cuidar do seu próprio patrimônio". O Ministério Público não comentará o episódio enquanto não tiver "absoluto conhecimento dos fatos". Ao comentar o assunto em tese informou que desocupações não exigem aval judicial, por serem "medidas inerentes ao poder de polícia administrativa". GOVERNO "Não há arbitrariedade por parte do Estado, na medida em que sempre se tentou o diálogo, a conciliação, a desocupação pacífica", disse Adalberto Robert Alves, autor do parecer que subsidiou decisão do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de fazer reintegrações sem ir à Justiça. Alves, assessor-chefe da assessoria jurídica do gabinete da Procuradoria Geral do Estado, disse que recorrer à Justiça significa, em alguns casos, demora para resolver o problema de ocupações simultâneas. "Muitas vezes o Judiciário não aprecia o nosso pedido com a urgência necessária. É um procedimento que acaba atrapalhando, demorando para que retomemos a posse." Ele citou decisão dada na semana passada em que um juiz de primeira instância proibiu que a Polícia Militar portasse armas na reintegração de posse da sede administrativa do Centro Paula Souza, órgão que cuida das escolas técnicas do governo paulista. A sentença foi revertida depois em segunda instância. A medida do governo, com base na chamada "autotutela do Estado", tem legitimidade e está amparada em precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo e em ao menos um caso do Superior Tribunal de Justiça, afirmou. "Inúmeros alunos são prejudicados por essa ocupação ao não desenvolver atividades acadêmicas. Isso causou prejuízos a eles", disse. "O que a Procuradoria está fazendo é assegurar o direito de os alunos assistirem às aulas, o que é um dever do Estado."
cotidiano
OAB e especialistas criticam ação da PM sem mandado; PT vai à JustiçaA seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) manifestou preocupação com decisão do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de desocupar escolas técnicas sem aval judicial. "Em se tratando de invasão pacífica e não predatória, de estabelecimento de ensino oficial, por jovens que lá estudam, parece desarrazoado proceder a reintegração, com uso da Polícia Militar, sem a prévia cautelar de ordem judicial", diz nota da entidade, assinada pelo presidente Marcos da Costa. O próprio Estado ficará também melhor resguardado, e a sociedade civil, mais reconfortada, diz o texto. A bancada do PT na Assembleia Legislativa disse que irá à Justiça contra o que classificou de atos autoritários e violentos do governo Alckmin. A medida, diz, quebra os parâmetros do Estado democrático de direito. Ao comentar o assunto em tese, o órgão informou que desocupações não exigem aval judicial, por serem medidas inerentes ao poder de polícia administrativa. A Folha ouviu ainda quatro especialistas apenas um se posicionou a favor do governo Alckmin. "Mesmo no direito civil, quando você usa força para desocupar, isso tem que ser feito com certo limite da força. No caso do Estado, vai ter que usar a Polícia Militar e isso, por si só, já é um desequilíbrio enorme de forças, independentemente do que a polícia faça", diz Thiago Acca, docente e pesquisador do curso de direito da FGV-SP. Ele menciona decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 1997 no qual a Corte aponta a necessidade de buscar o Judiciário para conflitos decorrentes da ocupação de imóveis públicos. Na ocasião, a Corte julgava recurso do governo do Distrito Federal pela desocupação de uma área. A possibilidade de solução jurisdicional dos conflitos sociais representa índice revelador do grau de desenvolvimento cultural dos povos e significa, por isso mesmo, a diferença fundamental entre civilização e barbárie, diz decisão do então presidente Celso de Mello. Para a advogada Maristela Basso, professora da Faculdade de Direito da USP, o Estado tem poder, mas não a legitimidade de desocupar imóvel público sem recorrer ao Judiciário. Infringiu, ainda, as regras de administração pública ao atuar com excesso de poder, afirmou Basso. Caberá ao Ministério Público, sustenta, ir à Justiça para contestar a medida. A contestação pode inclusive levar, diz, ao arquivamento de inquéritos contra estudantes que ocuparam as escolas técnicas. Especialista em direito administrativo, o advogado Fábio Martins di Jorge, do escritório Peixoto & Cury, afirma que o Estado pode ter incorrido no exercício arbitrário das próprias razões, figura que existe no Código de Processo Penal, ao usar força para retirar os alunos sem estar apoiado por decisão judicial. Professor de direito público da FGV-SP, Carlos Ari Sundfeld foi a única voz favorável à medida do governo. "Para que o Estado preserve e mantenha funcionando o serviço público que está sendo atrapalhado por um grupo de pessoas tentando impedir os outros de entrar, é preciso que o Estado peça um mandado judicial? A resposta é não. O Estado tem poder e dever de cuidar do seu próprio patrimônio". O Ministério Público não comentará o episódio enquanto não tiver "absoluto conhecimento dos fatos". Ao comentar o assunto em tese informou que desocupações não exigem aval judicial, por serem "medidas inerentes ao poder de polícia administrativa". GOVERNO "Não há arbitrariedade por parte do Estado, na medida em que sempre se tentou o diálogo, a conciliação, a desocupação pacífica", disse Adalberto Robert Alves, autor do parecer que subsidiou decisão do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de fazer reintegrações sem ir à Justiça. Alves, assessor-chefe da assessoria jurídica do gabinete da Procuradoria Geral do Estado, disse que recorrer à Justiça significa, em alguns casos, demora para resolver o problema de ocupações simultâneas. "Muitas vezes o Judiciário não aprecia o nosso pedido com a urgência necessária. É um procedimento que acaba atrapalhando, demorando para que retomemos a posse." Ele citou decisão dada na semana passada em que um juiz de primeira instância proibiu que a Polícia Militar portasse armas na reintegração de posse da sede administrativa do Centro Paula Souza, órgão que cuida das escolas técnicas do governo paulista. A sentença foi revertida depois em segunda instância. A medida do governo, com base na chamada "autotutela do Estado", tem legitimidade e está amparada em precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo e em ao menos um caso do Superior Tribunal de Justiça, afirmou. "Inúmeros alunos são prejudicados por essa ocupação ao não desenvolver atividades acadêmicas. Isso causou prejuízos a eles", disse. "O que a Procuradoria está fazendo é assegurar o direito de os alunos assistirem às aulas, o que é um dever do Estado."
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Câmara deve autorizar a abertura do processo de impeachment contra Dilma? SIM
GOVERNO AFRONTOU A CONSTITUIÇÃO O Congresso Nacional tem o dever de aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Brasil é um país democrático regido por uma Constituição que deve ser respeitada e cumprida por todos, sem exceção. Em especial pela mais alta autoridade da República, a presidente. Não há mais qualquer dúvida sobre os fatos que caracterizaram os crimes de responsabilidade cometidos e identificados, inclusive pelo Tribunal de Contas da União. A denúncia apresentada pelos advogados Miguel Reale Júnior, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo aponta com clareza as violações ocorridas. Ao contrário do que tenta fazer crer o PT, são graves, embora possam parecer de difícil compreensão para parte da população. A Comissão do Impeachment na Câmara concluiu que a abertura de créditos suplementares por decreto presidencial, sem a autorização do Congresso Nacional, e a contratação ilegal de operações de crédito com bancos públicos, denominada "pedalada fiscal", são exemplos de atos que afrontam a lei orçamentária, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, pela qual o governo deveria zelar. A gravidade dos crimes praticados pode ser medida, inclusive, pela insistência do PT em desviar o debate dos pontos objetivos da acusação, transferindo-o para o campo meramente político. Nesse aspecto, é importante ressaltar outro grande desserviço prestado pelo PT ao país: o de legitimar a mentira como ferramenta da luta política e instrumento de governo. Em defesa da presidente, chegou-se a afirmar que as "pedaladas" eram necessárias para pagar benefícios sociais, enquanto documento do próprio governo registra que os valores devidos à Caixa Econômica Federal para pagamento desses programas representaram parcela pouco expressiva da dívida do Tesouro junto aos bancos públicos. Não devemos nos regozijar com o processo de impeachment, um ato de excepcionalidade somente aventado para situações extremamente graves que ameacem a governabilidade do país. A sua adoção é um atestado de que houve uma violação inaceitável das regras constitucionais. Quando isso acontece, somos todos derrotados. Ao mesmo tempo, a certeza de que somos capazes de superar uma crise dessa magnitude, de forma absolutamente legal e legítima, sem abalo das nossas instituições e com amplo respaldo da voz popular, evidencia a vitória da solidez da democracia brasileira. Não se trata aqui de uma guerra entre governistas e oposição, mesmo porque muitos dos que hoje aderem à tese defendida pelas oposições estavam, ainda ontem, nas fileiras do governo. Trata-se de um país que precisamos salvar com urgência. O governo atual, voltado exclusivamente para o seu projeto de poder, mentiu sucessiva e deliberadamente aos brasileiros e impôs ao país a maior crise econômica da nossa história republicana. Deixa-nos como legado a vergonha do presente e a incerteza sobre o futuro. O país faliu. Mergulhamos em uma crise sem precedentes. Mudar não é apenas necessário, é imperativo. Como consequência de seus próprios atos, a presidente da República perdeu as condições mínimas de liderar o país nesse grave momento. Esta é a realidade. Presto, ao final, minha homenagem aos milhões de brasileiros que manifestaram nas ruas seu amor pelo Brasil. E faço isso citando palavras do professor Hélio Bicudo: "Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo". AÉCIO NEVES, 56, é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB. Foi governador de Minas (2003-2010) e candidato à Presidência da República pelo PSDB em 2014 * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Câmara deve autorizar a abertura do processo de impeachment contra Dilma? SIMGOVERNO AFRONTOU A CONSTITUIÇÃO O Congresso Nacional tem o dever de aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Brasil é um país democrático regido por uma Constituição que deve ser respeitada e cumprida por todos, sem exceção. Em especial pela mais alta autoridade da República, a presidente. Não há mais qualquer dúvida sobre os fatos que caracterizaram os crimes de responsabilidade cometidos e identificados, inclusive pelo Tribunal de Contas da União. A denúncia apresentada pelos advogados Miguel Reale Júnior, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo aponta com clareza as violações ocorridas. Ao contrário do que tenta fazer crer o PT, são graves, embora possam parecer de difícil compreensão para parte da população. A Comissão do Impeachment na Câmara concluiu que a abertura de créditos suplementares por decreto presidencial, sem a autorização do Congresso Nacional, e a contratação ilegal de operações de crédito com bancos públicos, denominada "pedalada fiscal", são exemplos de atos que afrontam a lei orçamentária, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, pela qual o governo deveria zelar. A gravidade dos crimes praticados pode ser medida, inclusive, pela insistência do PT em desviar o debate dos pontos objetivos da acusação, transferindo-o para o campo meramente político. Nesse aspecto, é importante ressaltar outro grande desserviço prestado pelo PT ao país: o de legitimar a mentira como ferramenta da luta política e instrumento de governo. Em defesa da presidente, chegou-se a afirmar que as "pedaladas" eram necessárias para pagar benefícios sociais, enquanto documento do próprio governo registra que os valores devidos à Caixa Econômica Federal para pagamento desses programas representaram parcela pouco expressiva da dívida do Tesouro junto aos bancos públicos. Não devemos nos regozijar com o processo de impeachment, um ato de excepcionalidade somente aventado para situações extremamente graves que ameacem a governabilidade do país. A sua adoção é um atestado de que houve uma violação inaceitável das regras constitucionais. Quando isso acontece, somos todos derrotados. Ao mesmo tempo, a certeza de que somos capazes de superar uma crise dessa magnitude, de forma absolutamente legal e legítima, sem abalo das nossas instituições e com amplo respaldo da voz popular, evidencia a vitória da solidez da democracia brasileira. Não se trata aqui de uma guerra entre governistas e oposição, mesmo porque muitos dos que hoje aderem à tese defendida pelas oposições estavam, ainda ontem, nas fileiras do governo. Trata-se de um país que precisamos salvar com urgência. O governo atual, voltado exclusivamente para o seu projeto de poder, mentiu sucessiva e deliberadamente aos brasileiros e impôs ao país a maior crise econômica da nossa história republicana. Deixa-nos como legado a vergonha do presente e a incerteza sobre o futuro. O país faliu. Mergulhamos em uma crise sem precedentes. Mudar não é apenas necessário, é imperativo. Como consequência de seus próprios atos, a presidente da República perdeu as condições mínimas de liderar o país nesse grave momento. Esta é a realidade. Presto, ao final, minha homenagem aos milhões de brasileiros que manifestaram nas ruas seu amor pelo Brasil. E faço isso citando palavras do professor Hélio Bicudo: "Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo". AÉCIO NEVES, 56, é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB. Foi governador de Minas (2003-2010) e candidato à Presidência da República pelo PSDB em 2014 * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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FHC tem explicações a dar
BRASÍLIA - Um filho fora do casamento é um assunto que só diz respeito às famílias envolvidas. A imprensa não pode invadir a privacidade das pessoas públicas. Ninguém deve julgar a conduta dos políticos por suas relações amorosas. Estes argumentos foram usados por Renan Calheiros há nove anos, quando se descobriu que ele pagava pensão à jornalista com quem teve uma filha. O senador estaria certo se não fosse por um detalhe. A mesada era entregue por um lobista da empreiteira Mendes Junior, que tem múltiplos negócios com o Estado. A imprensa tratou do caso Renan porque havia interesse público em jogo. A história se repete agora com Fernando Henrique Cardoso. Seu filho virou notícia porque a mãe contou à Folha que recebia a pensão no exterior por meio de um contrato fictício com a Brasif. O arranjo, segundo ela, foi intermediado por FHC. No governo tucano, a empresa dominava o negócio milionário dos free shops nos aeroportos. Os contratos eram renovados sem licitação. A Brasif era ligada a Jorge Bornhausen, amigo do ex-presidente. Na quarta-feira, FHC admitiu ter contas no exterior, mas disse ter declarado tudo ao Banco Central. Ele negou a participação de qualquer empresa nas remessas à ex-amante. O dono da Brasif ofereceu outra versão. "Tem alguma coisa mesmo, sim", disse à repórter Mônica Bergamo, sobre a existência de um contrato para ajudar o ex-presidente a mandar dinheiro para fora. Na quinta, FHC mudou o tom. "Trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários", afirmou. Na sexta, foi a Brasif quem mudou. Em nota, disse que o ex-presidente não teve participação na contratação da ex. Faltou esclarecer por que ela passou cinco anos sem trabalhar. A exemplo de Renan, FHC ainda tem muitas explicações a dar.
colunas
FHC tem explicações a darBRASÍLIA - Um filho fora do casamento é um assunto que só diz respeito às famílias envolvidas. A imprensa não pode invadir a privacidade das pessoas públicas. Ninguém deve julgar a conduta dos políticos por suas relações amorosas. Estes argumentos foram usados por Renan Calheiros há nove anos, quando se descobriu que ele pagava pensão à jornalista com quem teve uma filha. O senador estaria certo se não fosse por um detalhe. A mesada era entregue por um lobista da empreiteira Mendes Junior, que tem múltiplos negócios com o Estado. A imprensa tratou do caso Renan porque havia interesse público em jogo. A história se repete agora com Fernando Henrique Cardoso. Seu filho virou notícia porque a mãe contou à Folha que recebia a pensão no exterior por meio de um contrato fictício com a Brasif. O arranjo, segundo ela, foi intermediado por FHC. No governo tucano, a empresa dominava o negócio milionário dos free shops nos aeroportos. Os contratos eram renovados sem licitação. A Brasif era ligada a Jorge Bornhausen, amigo do ex-presidente. Na quarta-feira, FHC admitiu ter contas no exterior, mas disse ter declarado tudo ao Banco Central. Ele negou a participação de qualquer empresa nas remessas à ex-amante. O dono da Brasif ofereceu outra versão. "Tem alguma coisa mesmo, sim", disse à repórter Mônica Bergamo, sobre a existência de um contrato para ajudar o ex-presidente a mandar dinheiro para fora. Na quinta, FHC mudou o tom. "Trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários", afirmou. Na sexta, foi a Brasif quem mudou. Em nota, disse que o ex-presidente não teve participação na contratação da ex. Faltou esclarecer por que ela passou cinco anos sem trabalhar. A exemplo de Renan, FHC ainda tem muitas explicações a dar.
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Comissão de ética se mostra contra impeachment no Corinthians
O parecer da comissão de ética para avaliar o processo de impeachment no Corinthians é contrário à destituição do presidente Roberto de Andrade. Enviado aos conselheiros do clube nesta terça-feira (7), mas concluído na última sexta, o documento aborda o caso que motivou a ação movida pela saída de Roberto e recomenda advertência por escrito contra Roberto. O parecer não tem interferência direta no processo de votação, que caberá apenas aos integrantes do conselho. Trata-se de uma recomendação. A avaliação de Sérgio Alvarenga, Carlos Roberto Elias, José Luís Cecílio e Eduardo da Silva é de que não houve fraude do presidente Roberto de Andrade no episódio que dá origem ao processo de impeachment. Os responsáveis pelo parecer afirmam que buscaram não avaliar a gestão de Roberto e apenas se concentraram no caso específico. Roberto assinou ata de reunião referente à Arena Corinthians com data anterior à eleição no início de fevereiro de 2015. O mandatário argumenta que a firma ocorreu em data posterior e não causou prejuízo qualquer ao clube, conforme se mostra de acordo a Comissão de Ética. Como a Folha adiantou, Roberto de Andrade saberá de seu futuro no clube no dia 20. Antes do Carnaval, o presidente do clube saberá se será afastado ou não do cargo. Caso a maioria opte pela aprovação da destituição, será aberta uma assembleia geral aos sócios em data seguinte.
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Comissão de ética se mostra contra impeachment no CorinthiansO parecer da comissão de ética para avaliar o processo de impeachment no Corinthians é contrário à destituição do presidente Roberto de Andrade. Enviado aos conselheiros do clube nesta terça-feira (7), mas concluído na última sexta, o documento aborda o caso que motivou a ação movida pela saída de Roberto e recomenda advertência por escrito contra Roberto. O parecer não tem interferência direta no processo de votação, que caberá apenas aos integrantes do conselho. Trata-se de uma recomendação. A avaliação de Sérgio Alvarenga, Carlos Roberto Elias, José Luís Cecílio e Eduardo da Silva é de que não houve fraude do presidente Roberto de Andrade no episódio que dá origem ao processo de impeachment. Os responsáveis pelo parecer afirmam que buscaram não avaliar a gestão de Roberto e apenas se concentraram no caso específico. Roberto assinou ata de reunião referente à Arena Corinthians com data anterior à eleição no início de fevereiro de 2015. O mandatário argumenta que a firma ocorreu em data posterior e não causou prejuízo qualquer ao clube, conforme se mostra de acordo a Comissão de Ética. Como a Folha adiantou, Roberto de Andrade saberá de seu futuro no clube no dia 20. Antes do Carnaval, o presidente do clube saberá se será afastado ou não do cargo. Caso a maioria opte pela aprovação da destituição, será aberta uma assembleia geral aos sócios em data seguinte.
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Prisão de Palocci acende de vez sinal vermelho no PT
Apesar de esperada há muito tempo, a prisão do ex-ministro Antonio Palocci acende de vez o sinal vermelho na cúpula petista por ser mais um passo da Lava Jato na busca de identificar as ligações financeiras entre o Palácio do Planalto dos governos Lula e Dilma e o esquema de corrupção que teria sido montado pelo PT. Dentro do Partido dos Trabalhadores, a avaliação é que as últimas operações da Lava Jato, mandando prender dois ex-ministros da Fazenda petistas, Guido Mantega e Antonio Palocci, indicam claramente que os investigadores têm como meta final incriminar os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Além disto, petistas receberam informações de bastidores apontando que a Lava Jato já tem na mira outros assessores que trabalharam em posições estratégicas dentro dos governos do PT. Em outras palavras, o cerco da Lava Jato entrou em nova fase. Antes da cassação de Dilma Rousseff, as operações focavam as relações de políticos e dirigentes petistas com os esquemas de corrupção que teriam sido montados na Petrobras e no setor elétrico. Depois do impeachment da ex-presidente, o PT nutriu a expectativa de que o foco da Lava Jato seria o PMDB de Michel Temer, o que gerou certo alívio no partido. Principalmente depois da delação do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, que derrubou três ministros do governo do peemedebista. Só que, logo depois de uma parada estratégica da Lava Jato, durante o período dos jogos olímpicos, os investigadores colocaram em andamento outras fases das operações mirando o centro do poder durante os governos Lula e Dilma Rousseff. O novo foco dos investigadores chega ainda na reta final das campanhas municipais, nas quais os candidatos petistas estão em situação delicada. O principal exemplo está em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad, criação de Lula, não deve chegar nem ao segundo turno. O PT acusa a Lava Jato de calibrar as operações para fragilizar ainda mais o partido neste período eleitoral, mas sabe que a nova safra de delações, tendo à frente a Odebrecht, dá munição aos investigadores para mergulhar ainda mais fundo em suas investigações. Sem falar na surpresa da semana passada, quando um depoimento do empresário Eike Batista serviu como base para a operação que teve como alvo Guido Mantega, o ministro da Fazenda mais longevo do país, tendo servido tanto aos ex-presidentes Lula como Dilma Rousseff. Agora, Mantega e também Palocci entram no centro das investigações, dois homens da total confiança de Lula. Principalmente o segundo, que foi o fiador do primeiro mandato do petista junto ao empresariado. Era ele quem fazia a ponte entre Lula e os pesos-pesados da economia. Palocci foi o idealizador da Carta ao Povo Brasileiro, que deu segurança ao PIB brasileiro para apoiar o governo Lula logo no seu início, em 2003. Participou tanto da primeira campanha como da segunda, nesta mais nos bastidores, do ex-presidente. Era ele quem fazia também as primeiras conversas com o empresariado na busca de doações de campanha, que depois eram acertadas entre as empresas e os tesoureiros oficiais das campanhas de Lula. Desempenhou o mesmo papel, logo em seguida, na primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff. Foi colocado na coordenação da campanha dilmista na condição de homem de Lula. Virou ministro da Casa Civil por indicação dele. Caiu cinco meses depois por causa de consultorias prestadas a empresas, inclusive durante a campanha eleitoral que elegeu Dilma pela primeira vez presidente da República. Agora, suas ações durante e depois das administrações petistas viram a maior preocupação do PT, Lula e Dilma. A conferir os próximos passos.
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Prisão de Palocci acende de vez sinal vermelho no PTApesar de esperada há muito tempo, a prisão do ex-ministro Antonio Palocci acende de vez o sinal vermelho na cúpula petista por ser mais um passo da Lava Jato na busca de identificar as ligações financeiras entre o Palácio do Planalto dos governos Lula e Dilma e o esquema de corrupção que teria sido montado pelo PT. Dentro do Partido dos Trabalhadores, a avaliação é que as últimas operações da Lava Jato, mandando prender dois ex-ministros da Fazenda petistas, Guido Mantega e Antonio Palocci, indicam claramente que os investigadores têm como meta final incriminar os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Além disto, petistas receberam informações de bastidores apontando que a Lava Jato já tem na mira outros assessores que trabalharam em posições estratégicas dentro dos governos do PT. Em outras palavras, o cerco da Lava Jato entrou em nova fase. Antes da cassação de Dilma Rousseff, as operações focavam as relações de políticos e dirigentes petistas com os esquemas de corrupção que teriam sido montados na Petrobras e no setor elétrico. Depois do impeachment da ex-presidente, o PT nutriu a expectativa de que o foco da Lava Jato seria o PMDB de Michel Temer, o que gerou certo alívio no partido. Principalmente depois da delação do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, que derrubou três ministros do governo do peemedebista. Só que, logo depois de uma parada estratégica da Lava Jato, durante o período dos jogos olímpicos, os investigadores colocaram em andamento outras fases das operações mirando o centro do poder durante os governos Lula e Dilma Rousseff. O novo foco dos investigadores chega ainda na reta final das campanhas municipais, nas quais os candidatos petistas estão em situação delicada. O principal exemplo está em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad, criação de Lula, não deve chegar nem ao segundo turno. O PT acusa a Lava Jato de calibrar as operações para fragilizar ainda mais o partido neste período eleitoral, mas sabe que a nova safra de delações, tendo à frente a Odebrecht, dá munição aos investigadores para mergulhar ainda mais fundo em suas investigações. Sem falar na surpresa da semana passada, quando um depoimento do empresário Eike Batista serviu como base para a operação que teve como alvo Guido Mantega, o ministro da Fazenda mais longevo do país, tendo servido tanto aos ex-presidentes Lula como Dilma Rousseff. Agora, Mantega e também Palocci entram no centro das investigações, dois homens da total confiança de Lula. Principalmente o segundo, que foi o fiador do primeiro mandato do petista junto ao empresariado. Era ele quem fazia a ponte entre Lula e os pesos-pesados da economia. Palocci foi o idealizador da Carta ao Povo Brasileiro, que deu segurança ao PIB brasileiro para apoiar o governo Lula logo no seu início, em 2003. Participou tanto da primeira campanha como da segunda, nesta mais nos bastidores, do ex-presidente. Era ele quem fazia também as primeiras conversas com o empresariado na busca de doações de campanha, que depois eram acertadas entre as empresas e os tesoureiros oficiais das campanhas de Lula. Desempenhou o mesmo papel, logo em seguida, na primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff. Foi colocado na coordenação da campanha dilmista na condição de homem de Lula. Virou ministro da Casa Civil por indicação dele. Caiu cinco meses depois por causa de consultorias prestadas a empresas, inclusive durante a campanha eleitoral que elegeu Dilma pela primeira vez presidente da República. Agora, suas ações durante e depois das administrações petistas viram a maior preocupação do PT, Lula e Dilma. A conferir os próximos passos.
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'Ainda podemos melhorar', diz protagonista de 'Demolidor'
A série "Demolidor" estreou no serviço de vídeo sob demanda on-line Netflix em abril com boa avaliação da crítica —a única medida de sucesso disponível para os programas do serviço, que não libera dados de audiência. No mesmo mês, porém, foi anunciado que na segunda temporada o "showrunner" (o mandachuva da série) Steven DeKnight daria lugar aos roteiristas Doug Petri e Marco Ramirez. O que mudará sem ele? Nem os atores Charlie Cox, o Demolidor, e Deborah Ann Woll, a Karen, sabem dizer ao certo. "Acho que a série pode crescer. A primeira temporada não foi perfeita, ainda há áreas em que podemos melhorar, coisas que podemos experimentar", analisou Cox em evento em São Paulo promovido pela Netflix. "Estou muito interessado para ver como Doug e Marco vão trabalhar. Espero que eles consigam dar a cara deles para a série", disse, destacando que a dupla trabalhou com DeKnight no primeiro ano e conhece tanto suas preocupações quanto suas motivações. "Steven estabeleceu um tom ótimo para o seriado." Ao seu lado, Deborah concordou. "Não queremos que eles imitem Steven", disse. Ambos desconversaram quando questionados sobre a segunda temporada e disseram não saber de nada. "Vamos começar a gravar em um mês e espero que até lá tenhamos roteiros", afirmou Cox, rindo. Sobre a produção, Cox —que, como Deborah, não havia lido as histórias em quadrinho do Demolidor antes de passar no teste— disse ter ficado satisfeito com o fato de que não usam leveza ou humor para disfarçar o sadismo e o cinismo que há no mundo. "Há fãs que cresceram com o Demolidor e hoje têm 30, 40, 50 anos e ainda gostam de quadrinhos. Tivemos a oportunidade de fazer uma série mais voltada para esse público", afirmou. "Pela resposta que tivemos, acho que alcançamos nosso objetivo." Ele destacou, porém, que uma produção mais madura não necessariamente é superior às voltadas para os mais jovens. "Não quero dizer que acho que nossa série seja melhor que outras produções da Marvel para cinema e TV. 'Guardiões da Galáxia', por exemplo, é muito diferente do nosso seriado e é genial. Amei cada minuto do filme."
ilustrada
'Ainda podemos melhorar', diz protagonista de 'Demolidor'A série "Demolidor" estreou no serviço de vídeo sob demanda on-line Netflix em abril com boa avaliação da crítica —a única medida de sucesso disponível para os programas do serviço, que não libera dados de audiência. No mesmo mês, porém, foi anunciado que na segunda temporada o "showrunner" (o mandachuva da série) Steven DeKnight daria lugar aos roteiristas Doug Petri e Marco Ramirez. O que mudará sem ele? Nem os atores Charlie Cox, o Demolidor, e Deborah Ann Woll, a Karen, sabem dizer ao certo. "Acho que a série pode crescer. A primeira temporada não foi perfeita, ainda há áreas em que podemos melhorar, coisas que podemos experimentar", analisou Cox em evento em São Paulo promovido pela Netflix. "Estou muito interessado para ver como Doug e Marco vão trabalhar. Espero que eles consigam dar a cara deles para a série", disse, destacando que a dupla trabalhou com DeKnight no primeiro ano e conhece tanto suas preocupações quanto suas motivações. "Steven estabeleceu um tom ótimo para o seriado." Ao seu lado, Deborah concordou. "Não queremos que eles imitem Steven", disse. Ambos desconversaram quando questionados sobre a segunda temporada e disseram não saber de nada. "Vamos começar a gravar em um mês e espero que até lá tenhamos roteiros", afirmou Cox, rindo. Sobre a produção, Cox —que, como Deborah, não havia lido as histórias em quadrinho do Demolidor antes de passar no teste— disse ter ficado satisfeito com o fato de que não usam leveza ou humor para disfarçar o sadismo e o cinismo que há no mundo. "Há fãs que cresceram com o Demolidor e hoje têm 30, 40, 50 anos e ainda gostam de quadrinhos. Tivemos a oportunidade de fazer uma série mais voltada para esse público", afirmou. "Pela resposta que tivemos, acho que alcançamos nosso objetivo." Ele destacou, porém, que uma produção mais madura não necessariamente é superior às voltadas para os mais jovens. "Não quero dizer que acho que nossa série seja melhor que outras produções da Marvel para cinema e TV. 'Guardiões da Galáxia', por exemplo, é muito diferente do nosso seriado e é genial. Amei cada minuto do filme."
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Análise: 'Lua de mel' de Bachelet na Presidência do Chile já terminou
Em 11 de março, celebrou-se no Chile o primeiro ano do segundo mandato, não consecutivo, da presidente Michelle Bachelet. Seria possível qualificá-lo –com eufemismo– de "difícil", com perspectivas negativas. Bachelet se comprometera com quatro grandes reformas já no primeiro ano do seu mandato: 1) tributária; 2) da educação; 3) da lei eleitoral; 4) da Constituição herdada do ex-ditador Pinochet. Nos primeiros cem dias, de intensa atividade, foi despachado à discussão parlamentar o projeto de reforma tributária e se iniciaram o projeto de reforma educacional e universitária e um debate sobre a despenalização do aborto. No entanto, a "lua de mel" que a presidente parecia viver acabou bem rápido. As relações dos socialistas de Bachelet com seu tradicional parceiro de centro, a Democracia Cristã, são tensas. Os democratas-cristãos manifestam desconforto com o governo e centram as críticas nos projetos emblemáticos da presidente –ou seja, as reformas educacional e tributária. As críticas abertas dos parceiros evidenciam a cacofonia interna, fruto da falta de liderança política de Bachelet. Em termos de políticas públicas, essas tensões resultam numa reforma tributária bastante edulcorada na comparação com o projeto inicial. E a reforma da educação continua sem muita visibilidade. Era de esperar mais engajamento pessoal da presidente, considerando o capital político que ela possuía; pode-se atribuir a ela, no entanto, a vitória simbólica da reforma do sistema eleitoral, promulgada em janeiro de 2015. ESCÂNDALOS Porém vieram à tona dois casos judiciários que têm paralisado a política chilena e a atuação do governo. Primeiro, em agosto, tornou-se público o caso de corrupção e financiamento ilícito da principal sigla da oposição, a direitista UDI, envolvendo parlamentares e ex-ministros do governo anterior. Os partidos de oposição estão numa situação crítica, com aprovação na casa dos 11%. Paralelamente, a suposta participação de um secretário de governo da Democracia Cristã no esquema de corrupção contribuiu para tornar mais tensas ainda as relações dentro do governo. Em fevereiro de 2015, surgiu o caso conhecido como "Noragate", envolvendo dessa vez a nora e o filho da presidente, Sebastián Dávalos. O caso, relacionado ao suposto tráfico de influência e que resultou na demissão de Dávalos da direção da área sociocultural da Presidência, teve efeito devastador para a imagem da própria Bachelet. A presidente foi muito criticada pela demora em reagir no episódio, e essas críticas se materializaram numa queda brusca da sua aprovação. Todos esses fatores, somados, provocaram um dano profundo no governo no que diz respeito à credibilidade e à capacidade de levar a cabo novas políticas públicas. A crise acontece num contexto geral no qual os chilenos já confiam pouco nos partidos (17%) e não participam das eleições (54% de abstenção no último pleito). É de esperar que se aprofunde a queda de confiança e do envolvimento da sociedade chilena com a "coisa pública". Um cenário possível é um realinhamento das alianças políticas chilenas no qual a Democracia Cristã, ou parte importante dela, sairia da "Nueva Mayoría" de Bachelet para ocupar posição mais ao centro com parte das forças políticas de centro-direita. ADRIÁN ALBALA é doutor em ciência política e pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da USP.
mundo
Análise: 'Lua de mel' de Bachelet na Presidência do Chile já terminouEm 11 de março, celebrou-se no Chile o primeiro ano do segundo mandato, não consecutivo, da presidente Michelle Bachelet. Seria possível qualificá-lo –com eufemismo– de "difícil", com perspectivas negativas. Bachelet se comprometera com quatro grandes reformas já no primeiro ano do seu mandato: 1) tributária; 2) da educação; 3) da lei eleitoral; 4) da Constituição herdada do ex-ditador Pinochet. Nos primeiros cem dias, de intensa atividade, foi despachado à discussão parlamentar o projeto de reforma tributária e se iniciaram o projeto de reforma educacional e universitária e um debate sobre a despenalização do aborto. No entanto, a "lua de mel" que a presidente parecia viver acabou bem rápido. As relações dos socialistas de Bachelet com seu tradicional parceiro de centro, a Democracia Cristã, são tensas. Os democratas-cristãos manifestam desconforto com o governo e centram as críticas nos projetos emblemáticos da presidente –ou seja, as reformas educacional e tributária. As críticas abertas dos parceiros evidenciam a cacofonia interna, fruto da falta de liderança política de Bachelet. Em termos de políticas públicas, essas tensões resultam numa reforma tributária bastante edulcorada na comparação com o projeto inicial. E a reforma da educação continua sem muita visibilidade. Era de esperar mais engajamento pessoal da presidente, considerando o capital político que ela possuía; pode-se atribuir a ela, no entanto, a vitória simbólica da reforma do sistema eleitoral, promulgada em janeiro de 2015. ESCÂNDALOS Porém vieram à tona dois casos judiciários que têm paralisado a política chilena e a atuação do governo. Primeiro, em agosto, tornou-se público o caso de corrupção e financiamento ilícito da principal sigla da oposição, a direitista UDI, envolvendo parlamentares e ex-ministros do governo anterior. Os partidos de oposição estão numa situação crítica, com aprovação na casa dos 11%. Paralelamente, a suposta participação de um secretário de governo da Democracia Cristã no esquema de corrupção contribuiu para tornar mais tensas ainda as relações dentro do governo. Em fevereiro de 2015, surgiu o caso conhecido como "Noragate", envolvendo dessa vez a nora e o filho da presidente, Sebastián Dávalos. O caso, relacionado ao suposto tráfico de influência e que resultou na demissão de Dávalos da direção da área sociocultural da Presidência, teve efeito devastador para a imagem da própria Bachelet. A presidente foi muito criticada pela demora em reagir no episódio, e essas críticas se materializaram numa queda brusca da sua aprovação. Todos esses fatores, somados, provocaram um dano profundo no governo no que diz respeito à credibilidade e à capacidade de levar a cabo novas políticas públicas. A crise acontece num contexto geral no qual os chilenos já confiam pouco nos partidos (17%) e não participam das eleições (54% de abstenção no último pleito). É de esperar que se aprofunde a queda de confiança e do envolvimento da sociedade chilena com a "coisa pública". Um cenário possível é um realinhamento das alianças políticas chilenas no qual a Democracia Cristã, ou parte importante dela, sairia da "Nueva Mayoría" de Bachelet para ocupar posição mais ao centro com parte das forças políticas de centro-direita. ADRIÁN ALBALA é doutor em ciência política e pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da USP.
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Governos de Norte e Nordeste cobram mais benefícios
Os Estados do Norte e do Nordeste exigem do governo novos benefícios financeiros além dos que foram acordados na renegociação do pagamento da dívida. Segundo os governadores, as políticas de desoneração do governo Dilma Rousseff sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) esvaziaram o FPE (Fundo de Participação dos Estados), uma das principais receitas desses Estados. Dados apresentados na reunião que os governadores tiveram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quinta-feira (7), indicam que, entre 2015 e 2016, o fundo perdeu R$ 14 bilhões. "Em termos reais [descontando a inflação], são cerca de 20% a menos", reclama Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. Na quarta (6), o governo não conseguiu aprovar a urgência na tramitação do projeto de lei que trata da renegociação do pagamento das dívidas dos Estados com a União. Um dos motivos foi a pressão dos governadores do Norte e Nordeste, que reclamam de terem sido menos contemplados no acordo e pedem novos benefícios. "Não foi uma ação coordenada, mas claro que a não aprovação no Congresso Nacional nos dá força para negociar", afirmou o governador do Maranhão. PEDIDOS Além da recomposição do fundo, os Estados também pedem que o governo volte a liberar os avais para tomada de crédito com bancos oficiais, como Banco do Brasil e BNDES, e órgãos multilaterais, como o BID. "Esses créditos são importantes para manter os investimentos. É preciso preservar os bons índices de governança dos Estados do Nordeste", disse Ricardo Coutinho (PSB), governador da Paraíba. Segundo os governadores, o Ministério da Fazenda vai analisar o pedido. Recentemente, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou que o governo não dispunha mais de espaço fiscal para travar novas negociações. No entanto, prefeitos também pressionam a União a promover uma nova rodada de ajustes nas dívidas e contam com o apoio do Congresso Nacional para isso. Essa negociação pode ser iniciada após a aprovação do projeto de lei que trata do acordo com os Estados. INSUFICIENTE Segundo os governadores do Nordeste, o acordo firmado entre o governo federal e os Estados –que ampliou em 20 anos o prazo para o pagamento da dívida e deu uma carência de seis meses no financiamento– beneficiou principalmente Sudeste e Sul, que possuem endividamentos maiores. "Esse acordo não foi suficiente para o Nordeste. Sem as receitas do FPE, eles perdem o equilíbrio financeiro. E o país só tem a perder com o desequilíbrio desses Estados", diz Coutinho. Para o governo, no entanto, a liberação do aval para a tomada de crédito e outras medidas menores, como a facilitação para a adesão dos Estados ao Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal, são benefícios suficientes para os entes com bons perfis de dívida.
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Governos de Norte e Nordeste cobram mais benefíciosOs Estados do Norte e do Nordeste exigem do governo novos benefícios financeiros além dos que foram acordados na renegociação do pagamento da dívida. Segundo os governadores, as políticas de desoneração do governo Dilma Rousseff sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) esvaziaram o FPE (Fundo de Participação dos Estados), uma das principais receitas desses Estados. Dados apresentados na reunião que os governadores tiveram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quinta-feira (7), indicam que, entre 2015 e 2016, o fundo perdeu R$ 14 bilhões. "Em termos reais [descontando a inflação], são cerca de 20% a menos", reclama Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. Na quarta (6), o governo não conseguiu aprovar a urgência na tramitação do projeto de lei que trata da renegociação do pagamento das dívidas dos Estados com a União. Um dos motivos foi a pressão dos governadores do Norte e Nordeste, que reclamam de terem sido menos contemplados no acordo e pedem novos benefícios. "Não foi uma ação coordenada, mas claro que a não aprovação no Congresso Nacional nos dá força para negociar", afirmou o governador do Maranhão. PEDIDOS Além da recomposição do fundo, os Estados também pedem que o governo volte a liberar os avais para tomada de crédito com bancos oficiais, como Banco do Brasil e BNDES, e órgãos multilaterais, como o BID. "Esses créditos são importantes para manter os investimentos. É preciso preservar os bons índices de governança dos Estados do Nordeste", disse Ricardo Coutinho (PSB), governador da Paraíba. Segundo os governadores, o Ministério da Fazenda vai analisar o pedido. Recentemente, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou que o governo não dispunha mais de espaço fiscal para travar novas negociações. No entanto, prefeitos também pressionam a União a promover uma nova rodada de ajustes nas dívidas e contam com o apoio do Congresso Nacional para isso. Essa negociação pode ser iniciada após a aprovação do projeto de lei que trata do acordo com os Estados. INSUFICIENTE Segundo os governadores do Nordeste, o acordo firmado entre o governo federal e os Estados –que ampliou em 20 anos o prazo para o pagamento da dívida e deu uma carência de seis meses no financiamento– beneficiou principalmente Sudeste e Sul, que possuem endividamentos maiores. "Esse acordo não foi suficiente para o Nordeste. Sem as receitas do FPE, eles perdem o equilíbrio financeiro. E o país só tem a perder com o desequilíbrio desses Estados", diz Coutinho. Para o governo, no entanto, a liberação do aval para a tomada de crédito e outras medidas menores, como a facilitação para a adesão dos Estados ao Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal, são benefícios suficientes para os entes com bons perfis de dívida.
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Grupo de artistas feministas fará crítica a museus em mostra no Masp
O grupo americano de artistas feministas Guerrilla Girls, que expõe no Masp em setembro, prepara para o museu uma versão de sua obra mais famosa, um cartaz que critica a falta de mulheres artistas nas coleções de grandes instituições. As integrantes, que usam pseudônimos —Frida Kahlo é um deles— e só aparecem publicamente com máscaras de gorila, farão palestra durante a mostra. Nem os funcionários do Masp conhecem a identidade delas. Leia a coluna completa aqui
colunas
Grupo de artistas feministas fará crítica a museus em mostra no MaspO grupo americano de artistas feministas Guerrilla Girls, que expõe no Masp em setembro, prepara para o museu uma versão de sua obra mais famosa, um cartaz que critica a falta de mulheres artistas nas coleções de grandes instituições. As integrantes, que usam pseudônimos —Frida Kahlo é um deles— e só aparecem publicamente com máscaras de gorila, farão palestra durante a mostra. Nem os funcionários do Masp conhecem a identidade delas. Leia a coluna completa aqui
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Lágrimas de crocodilo
Você sabe como nasceu a expressão lágrimas de crocodilo? Eu não sabia ao me ocorrer usá-la e foi fácil saber. Trata-se de uma expressão lusitana. Crocodilos comem suas presas inteiras, sem mastigá-las, e o esforço é tamanho que a mandíbula comprime as glândulas lacrimais, o que dá a impressão de que estão chorando, quando apenas lacrimejam. Assim fazem também os presidentes de clubes quando reclamam da CBF, em regra só para dar satisfação aos torcedores. Como aconteceu recentemente, quando o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, protestou contra a convocação de Lucas Lima e Gabigol para disputar a Copa América Centenário. Roberto de Andrade imitou-o ao romper com a CBF por causa da contratação de Tite, único brasileiro pego de surpresa pela negociação. Ora, que a CBF age sem a menor preocupação com seus filiados é mais que sabido e que suas justificativas beiram o ridículo não é novidade, basta ver o que disse o secretário-menor da entidade, Walter Feldman, ao explicar que a primeira conversa com o técnico não era uma negociação, apenas uma sondagem, daí não tê-la comunicado. O respeito à inteligência do próximo é nenhuma. Dito isso, vamos ao problema real: os cartolas dos clubes são os principais responsáveis por serem vítimas da CBF, porque, embora maioria no colégio eleitoral, seguem cúmplices ao eleger e reeleger seus mandatários. Bastidores corintianos dão conta de que desta vez a ruptura é para valer. Será mesmo? O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, outro que falava em ruptura, capitulou diante de um desmoralizante convite para chefiar a delegação no fiasco da Copa América. Imagine o estrago, ou melhor, o conserto que fariam no futebol brasileiro se os dois clubes mais populares se juntassem para liderar a revolução que tarda e falha. Que fique claro de uma vez por todas, embora a obviedade deva ser repetida à exaustão: a CBF jamais será a solução para os clubes brasileiros. A solução já foi encontrada pelo mundo afora e se chama Liga de clubes. Se não aconteceu até hoje a razão é simples: com as raras exceções de praxe, os cartolas dos clubes a rejeitam. Enquanto o gol de nosso futebol for ganhar Copas do Mundo, a CBF seguirá enchendo as burras, vampirizando os clubes e enriquecendo seus cartolas. PIOR A EMENDA Anuncia-se que Paulo Schmitt, eterno procurador do STJD, o homem que virou uma franquia na justiça esportiva do país, está de saída do tribunal da CBF. Seria para festejar, não fosse o que corre nos bastidores: por convite do ministro interino do Esporte, Leonardo Picciani, Schmitt assumirá a APFut (Autoridade Pública de Governança do Futebol), criada para fiscalizar a aplicação da Profut, a nova lei do futebol. Será como botar a raposa para tomar conta do galinheiro, porque uma indicação da CBF. Assim, a saída de Schmitt do STJD antes de ser por causa de seu desgaste, alvo de manifestação dos clubes da Série A, por escrito, que exigiu sua saída, mas uma promoção para assegurar que tudo ficará como está. Quem acha que chegamos ao fundo do poço se engana.
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Lágrimas de crocodiloVocê sabe como nasceu a expressão lágrimas de crocodilo? Eu não sabia ao me ocorrer usá-la e foi fácil saber. Trata-se de uma expressão lusitana. Crocodilos comem suas presas inteiras, sem mastigá-las, e o esforço é tamanho que a mandíbula comprime as glândulas lacrimais, o que dá a impressão de que estão chorando, quando apenas lacrimejam. Assim fazem também os presidentes de clubes quando reclamam da CBF, em regra só para dar satisfação aos torcedores. Como aconteceu recentemente, quando o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, protestou contra a convocação de Lucas Lima e Gabigol para disputar a Copa América Centenário. Roberto de Andrade imitou-o ao romper com a CBF por causa da contratação de Tite, único brasileiro pego de surpresa pela negociação. Ora, que a CBF age sem a menor preocupação com seus filiados é mais que sabido e que suas justificativas beiram o ridículo não é novidade, basta ver o que disse o secretário-menor da entidade, Walter Feldman, ao explicar que a primeira conversa com o técnico não era uma negociação, apenas uma sondagem, daí não tê-la comunicado. O respeito à inteligência do próximo é nenhuma. Dito isso, vamos ao problema real: os cartolas dos clubes são os principais responsáveis por serem vítimas da CBF, porque, embora maioria no colégio eleitoral, seguem cúmplices ao eleger e reeleger seus mandatários. Bastidores corintianos dão conta de que desta vez a ruptura é para valer. Será mesmo? O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, outro que falava em ruptura, capitulou diante de um desmoralizante convite para chefiar a delegação no fiasco da Copa América. Imagine o estrago, ou melhor, o conserto que fariam no futebol brasileiro se os dois clubes mais populares se juntassem para liderar a revolução que tarda e falha. Que fique claro de uma vez por todas, embora a obviedade deva ser repetida à exaustão: a CBF jamais será a solução para os clubes brasileiros. A solução já foi encontrada pelo mundo afora e se chama Liga de clubes. Se não aconteceu até hoje a razão é simples: com as raras exceções de praxe, os cartolas dos clubes a rejeitam. Enquanto o gol de nosso futebol for ganhar Copas do Mundo, a CBF seguirá enchendo as burras, vampirizando os clubes e enriquecendo seus cartolas. PIOR A EMENDA Anuncia-se que Paulo Schmitt, eterno procurador do STJD, o homem que virou uma franquia na justiça esportiva do país, está de saída do tribunal da CBF. Seria para festejar, não fosse o que corre nos bastidores: por convite do ministro interino do Esporte, Leonardo Picciani, Schmitt assumirá a APFut (Autoridade Pública de Governança do Futebol), criada para fiscalizar a aplicação da Profut, a nova lei do futebol. Será como botar a raposa para tomar conta do galinheiro, porque uma indicação da CBF. Assim, a saída de Schmitt do STJD antes de ser por causa de seu desgaste, alvo de manifestação dos clubes da Série A, por escrito, que exigiu sua saída, mas uma promoção para assegurar que tudo ficará como está. Quem acha que chegamos ao fundo do poço se engana.
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Novas perspectivas se abrem para o Mercosul
Nossa diplomacia acaba de adotar uma posição histórica. Em defesa da democracia e das instituições, impediu, ao lado das chancelarias da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, que a Venezuela ocupasse a presidência temporária do Mercosul. Com a decisão, abrem-se novos caminhos para o bloco. Esta seria a segunda ocasião em que o país liderado por Nicolás Maduro chefiaria o Mercosul —a primeira foi há três anos. Desta vez, porém, prevaleceu a postura firme do governo do Brasil, com o apoio dos demais parceiros. Valeu o que estabelecem as regras do bloco: é preciso cumprir plenamente os requisitos previstos para exercer a presidência. Um país que nem de longe lembra uma democracia —pude ver isso de perto em viagem a Caracas, um ano atrás, ao lado de outros senadores—,  e que desrespeita reiteradamente os direitos humanos não poderia sequer ter sido aceito na aliança regional. Mas o alinhamento ideológico que dominou a diplomacia de alguns dos países-membros do Mercosul até pouco tempo atrás permitiu o ingresso da Venezuela em 2012. Se persistir a intransigência do governo venezuelano, em dezembro o país poderá ser suspenso do bloco. Não é o desejável, uma vez que a intenção dos países membros é fortalecer o Mercosul e apoiar o povo irmão da Venezuela na superação das enormes dificuldades a que tem sido sujeitado. Mas será inevitável, caso o governo Maduro não desista da escalada autoritária que vem patrocinando. Não é possível aceitar como parceiro diplomático e comercial um governo que trata como crime o mero exercício do direito de opinião, que encarcera seus opositores e reprime seus adversários violentamente nas ruas. As tentativas de diálogo e de encaminhamento de uma solução pacífica e democrática vêm naufragando. Não bastasse o terror antidemocrático, os venezuelanos estão hoje sujeitos a condições de vida deploráveis. O país apresenta uma das mais altas taxas de inflação do mundo e assiste seu PIB decair de forma continuada. Recentemente, Caracas superou a hondurenha San Pedro Sula e tornou-se a cidade mais violenta do planeta. A experiência venezuelana ressalta, com tintas fortes, os limites e o fracasso dos regimes populistas. A truculência, a manipulação econômica, a irresponsabilidade fiscal, o desmazelo com o patrimônio público e um intervencionismo sem paralelo produziram um país empobrecido, com mais de 70% da população em condição de pobreza. Com a recente decisão, a diplomacia brasileira, sob a liderança do chanceler José Serra, está conduzindo o Mercosul a seus melhores caminhos, deixando para trás o isolacionismo que marcou a última década e abrindo novas perspectivas para o bloco.
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Novas perspectivas se abrem para o MercosulNossa diplomacia acaba de adotar uma posição histórica. Em defesa da democracia e das instituições, impediu, ao lado das chancelarias da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, que a Venezuela ocupasse a presidência temporária do Mercosul. Com a decisão, abrem-se novos caminhos para o bloco. Esta seria a segunda ocasião em que o país liderado por Nicolás Maduro chefiaria o Mercosul —a primeira foi há três anos. Desta vez, porém, prevaleceu a postura firme do governo do Brasil, com o apoio dos demais parceiros. Valeu o que estabelecem as regras do bloco: é preciso cumprir plenamente os requisitos previstos para exercer a presidência. Um país que nem de longe lembra uma democracia —pude ver isso de perto em viagem a Caracas, um ano atrás, ao lado de outros senadores—,  e que desrespeita reiteradamente os direitos humanos não poderia sequer ter sido aceito na aliança regional. Mas o alinhamento ideológico que dominou a diplomacia de alguns dos países-membros do Mercosul até pouco tempo atrás permitiu o ingresso da Venezuela em 2012. Se persistir a intransigência do governo venezuelano, em dezembro o país poderá ser suspenso do bloco. Não é o desejável, uma vez que a intenção dos países membros é fortalecer o Mercosul e apoiar o povo irmão da Venezuela na superação das enormes dificuldades a que tem sido sujeitado. Mas será inevitável, caso o governo Maduro não desista da escalada autoritária que vem patrocinando. Não é possível aceitar como parceiro diplomático e comercial um governo que trata como crime o mero exercício do direito de opinião, que encarcera seus opositores e reprime seus adversários violentamente nas ruas. As tentativas de diálogo e de encaminhamento de uma solução pacífica e democrática vêm naufragando. Não bastasse o terror antidemocrático, os venezuelanos estão hoje sujeitos a condições de vida deploráveis. O país apresenta uma das mais altas taxas de inflação do mundo e assiste seu PIB decair de forma continuada. Recentemente, Caracas superou a hondurenha San Pedro Sula e tornou-se a cidade mais violenta do planeta. A experiência venezuelana ressalta, com tintas fortes, os limites e o fracasso dos regimes populistas. A truculência, a manipulação econômica, a irresponsabilidade fiscal, o desmazelo com o patrimônio público e um intervencionismo sem paralelo produziram um país empobrecido, com mais de 70% da população em condição de pobreza. Com a recente decisão, a diplomacia brasileira, sob a liderança do chanceler José Serra, está conduzindo o Mercosul a seus melhores caminhos, deixando para trás o isolacionismo que marcou a última década e abrindo novas perspectivas para o bloco.
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Por dentro de Ben Gardane, o enclave jihadista da Tunísia
Chegar em Ben Gardane, uma pequena área da Tunísia a apenas alguns minutos da fronteira com a Líbia, é como cruzar a fronteira até um Estado pária. Os resorts turísticos, as atitudes simpáticas e o sentimento patriótico de "nova democracia" do país simplesmente somem. Mesmo a bandeira da Tunísia é uma visão rara aqui. Como Saad, um professor local, me diz, "Ben Gardane só é parte da Tunísia porque temos o mesmo passaporte. É como se fosse um país diferente aqui". Em Ben Gardane, a economia local se baseia principalmente em contrabandear produtos, armas e jihadistas pela fronteira líbia, onde o Estado Islâmico estabeleceu campos de treinamento no ano passado. O governo tunisiano prefere investir no norte, localizado no Mar Mediterrâneo e uma área propícia ao turismo. Como resultado, lugares como Ben Gardane, que fornecem pouco retorno aos investimentos do governo, geralmente acabam negligenciados. Saad não faz rodeios sobre o efeito da vista grossa governamental. "Eles não querem nos ajudar com a educação financeiramente, como fazem com o norte e as áreas costeiras", ele frisa. "Isso força as pessoas a fazerem outra coisa. Elas vão lidar com os líbios em vez disso." Como educador da juventude da cidade, Saad vê de perto a luta de muitos para sobreviver. "As crianças aqui em Ben Gardane largam a escola muito jovens, porque não há incentivo para continuar estudando", ele explica. "Elas ganham mais contrabandeando pela fronteira. A vida aqui é um beco sem saída." Como jornalista estrangeiro, sou visto imediatamente com suspeita por aqui, e há uma justificativa para que os locais sejam cuidadosos com pessoas de fora. Algumas semanas antes da minha visita, dois grandes esconderijos de armas tinham sido descobertos pelas forças de segurança tunisianas na cidade. Os relatos variam sobre o possível destino dos lotes, que incluíam lança-mísseis e munição. Não está claro se as armas foram armazenadas e talvez esquecidas ali durante a revolução líbia em 2011, ou se estavam destinadas a grupos jihadistas dentro do Estado tunisiano. A jihad é um grande negócio por essas partes, onde décadas de esquecimento obrigaram as pessoas a se agarrar a qualquer modo de vida possível. Um homem com quem falei, Mohamed, conhecia os problemas causados pela sedução do terrorismo, que atraiu muitos jovens da cidade. Veja vídeo O Ministério do Interior tunisiano estima que pelo menos 2.400 cidadãos se juntaram a grupos jihadistas externos desde 2011, enquanto outras estimativas colocam os números em bem mais de 3 mil, já que o sul e o centro conservadores do país fornecem uma terra fértil para o terrorismo. O sentimento antigoverno é profundo na cidade castigada pelo clima, em que um novo imposto de fronteira prejudicou ainda mais os moradores. "O governo diz que devemos pagar 30 dinares (cerca de R$ 45) toda vez que cruzarmos a fronteira, mas isso deixa muita gente, principalmente os pequenos comerciantes, lutando para cobrir os custos", afirma Mohamed. "Mas o governo é cego para Ben Gardane: ele não escuta até as pessoas irem às ruas e causarem confusão." Desde a revolução de 2011, os locais aprenderam a depender de si mesmos em vez de daqueles no poder na capital da Tunísia. "Tudo aqui é consertado pelos locais, não pelo governo em Tunes", destaca Mohamed. "As pessoas levantam dinheiro entre si para consertar ruas, calçadas, tudo, porque o governo não vai ajudar." O que é mais interessante: em Ben Gardane, é fácil mandar dinheiro para fora do país através de transferência eletrônica, um processo que acontece fora da lei e sem bancos ou serviços de transferência tradicionais. Uma das primeiras coisas que notei entrando na cidade foram as várias cabines azuis de madeira nas calçadas. As cabines improvisadas são usadas por cambistas ilegais para processar dinheiro vindo da Síria, Argélia ou de qualquer outro lugar no mundo. A operação - que permite que fundos sejam mandados até para a China - funciona numa rede informal global de negociantes de moedas e numa relação de confiança antiga. Ahmed, cujo nome foi mudado, é um dos muitos "homens do dinheiro" que operam nas ruas de Ben Gardane. "Você pode mandar dinheiro daqui", ele explica, "e isso estará disponível no seu país de escolha em cerca de 30 minutos". Ele é discreto enquanto me leva a seu local de trabalho improvisado. "A rede de transferência é baseada inteiramente em confiança - não usamos bancos", ele diz. "Mas de Ben Gardane você pode mandar dinheiro para qualquer lugar do mundo em questão de minutos. Muitos clientes vêm da Líbia, mas também há pedidos para enviar dinheiro para o Egito, a Europa e a China." O comércio de transferência ilícita funciona em conjunto com o lucrativo negócio de contrabando da cidade, permitindo que os contrabandistas paguem por bens adquiridos no exterior. Apesar do trabalho rentável, Ahmed admite que a vida nessa cidade poeirenta do sul está longe de ser fácil. "Não há outras opções aqui, é por isso que a polícia permite que o comércio ilegal continue. Se eu pudesse ter qualquer outro negócio ou qualquer outro modo de vida, eu faria isso com alegria", ele garante. Muitas das transferências são usadas para fins relativamente inócuos, segundo Ahmed, mas "temos de tomar cuidado para que o dinheiro não seja usado para terrorismo. Eu sempre pergunto qual o propósito da transferência. Uso meu próprio julgamento. E, se não acredito no que a pessoa está dizendo, me recuso a fazer o negócio. Não queremos dar dinheiro ao terrorismo ou a grupos terroristas, porque a polícia pode vir e causar problemas para todo mundo". Ahmed acredita que os jovens de Ben Gardane que escolheram se juntar aos jihadistas na Líbia, Síria ou no Iraque tinham mais coisas em mente além de dinheiro. "Eles vão por causa do modo como a Inglaterra e os EUA tratam os muçulmanos. O problema aqui não é econômico - é uma decisão religiosa", ele argumenta. "Muitos deles voltam depois de alguns meses, porque descobrem a verdade sobre esses grupos: eles são traidores do nome do Islã." Alguns dos recrutas locais se voltam para o terrorismo depois de serem radicalizados por pregadores extremistas ou colegas linha-dura online. Ali, dono da lan house frequentada por muitos jovens da cidade, viu em primeira mão os métodos usados para se recrutar jihadistas na cidade. "As pessoas não recrutam mais na mesquita, porque têm medo das forças de segurança. Eles recrutam no mercado ou na internet. Esses recrutadores sabem identificar alvos impressionáveis e têm como missão distorcer a mente deles", ele explicou. As forças de segurança encaram um jogo diário de gato e rato com grupos terroristas, que usam a área como uma parada antes de se juntar à jihad em vários lugares próximos. No entanto, os que retornam enfrentam uma batalha de identidade própria. De acordo com Ali, "Ir lutar na Síria é como ir morar na Europa para as pessoas daqui. Eles ficam lá por alguns anos e depois voltam". Claro, o processo não é tão fácil. "Os que voltam nunca mais são os mesmos", frisa Ali. "Eles vão para lá pensando no paraíso, que tudo vai ser fácil, mas aí veem a realidade. "Eles voltam sentindo que alguém os usou. Mas isso é normal aqui: as pessoas aceitam isso." Tradução: Marina Schnoor Leia no site da 'Vice': http://www.vice.com/pt_br/read/por-dentro-de-ben-gardane-o-enclave-jihadista-da-tunisia
vice
Por dentro de Ben Gardane, o enclave jihadista da TunísiaChegar em Ben Gardane, uma pequena área da Tunísia a apenas alguns minutos da fronteira com a Líbia, é como cruzar a fronteira até um Estado pária. Os resorts turísticos, as atitudes simpáticas e o sentimento patriótico de "nova democracia" do país simplesmente somem. Mesmo a bandeira da Tunísia é uma visão rara aqui. Como Saad, um professor local, me diz, "Ben Gardane só é parte da Tunísia porque temos o mesmo passaporte. É como se fosse um país diferente aqui". Em Ben Gardane, a economia local se baseia principalmente em contrabandear produtos, armas e jihadistas pela fronteira líbia, onde o Estado Islâmico estabeleceu campos de treinamento no ano passado. O governo tunisiano prefere investir no norte, localizado no Mar Mediterrâneo e uma área propícia ao turismo. Como resultado, lugares como Ben Gardane, que fornecem pouco retorno aos investimentos do governo, geralmente acabam negligenciados. Saad não faz rodeios sobre o efeito da vista grossa governamental. "Eles não querem nos ajudar com a educação financeiramente, como fazem com o norte e as áreas costeiras", ele frisa. "Isso força as pessoas a fazerem outra coisa. Elas vão lidar com os líbios em vez disso." Como educador da juventude da cidade, Saad vê de perto a luta de muitos para sobreviver. "As crianças aqui em Ben Gardane largam a escola muito jovens, porque não há incentivo para continuar estudando", ele explica. "Elas ganham mais contrabandeando pela fronteira. A vida aqui é um beco sem saída." Como jornalista estrangeiro, sou visto imediatamente com suspeita por aqui, e há uma justificativa para que os locais sejam cuidadosos com pessoas de fora. Algumas semanas antes da minha visita, dois grandes esconderijos de armas tinham sido descobertos pelas forças de segurança tunisianas na cidade. Os relatos variam sobre o possível destino dos lotes, que incluíam lança-mísseis e munição. Não está claro se as armas foram armazenadas e talvez esquecidas ali durante a revolução líbia em 2011, ou se estavam destinadas a grupos jihadistas dentro do Estado tunisiano. A jihad é um grande negócio por essas partes, onde décadas de esquecimento obrigaram as pessoas a se agarrar a qualquer modo de vida possível. Um homem com quem falei, Mohamed, conhecia os problemas causados pela sedução do terrorismo, que atraiu muitos jovens da cidade. Veja vídeo O Ministério do Interior tunisiano estima que pelo menos 2.400 cidadãos se juntaram a grupos jihadistas externos desde 2011, enquanto outras estimativas colocam os números em bem mais de 3 mil, já que o sul e o centro conservadores do país fornecem uma terra fértil para o terrorismo. O sentimento antigoverno é profundo na cidade castigada pelo clima, em que um novo imposto de fronteira prejudicou ainda mais os moradores. "O governo diz que devemos pagar 30 dinares (cerca de R$ 45) toda vez que cruzarmos a fronteira, mas isso deixa muita gente, principalmente os pequenos comerciantes, lutando para cobrir os custos", afirma Mohamed. "Mas o governo é cego para Ben Gardane: ele não escuta até as pessoas irem às ruas e causarem confusão." Desde a revolução de 2011, os locais aprenderam a depender de si mesmos em vez de daqueles no poder na capital da Tunísia. "Tudo aqui é consertado pelos locais, não pelo governo em Tunes", destaca Mohamed. "As pessoas levantam dinheiro entre si para consertar ruas, calçadas, tudo, porque o governo não vai ajudar." O que é mais interessante: em Ben Gardane, é fácil mandar dinheiro para fora do país através de transferência eletrônica, um processo que acontece fora da lei e sem bancos ou serviços de transferência tradicionais. Uma das primeiras coisas que notei entrando na cidade foram as várias cabines azuis de madeira nas calçadas. As cabines improvisadas são usadas por cambistas ilegais para processar dinheiro vindo da Síria, Argélia ou de qualquer outro lugar no mundo. A operação - que permite que fundos sejam mandados até para a China - funciona numa rede informal global de negociantes de moedas e numa relação de confiança antiga. Ahmed, cujo nome foi mudado, é um dos muitos "homens do dinheiro" que operam nas ruas de Ben Gardane. "Você pode mandar dinheiro daqui", ele explica, "e isso estará disponível no seu país de escolha em cerca de 30 minutos". Ele é discreto enquanto me leva a seu local de trabalho improvisado. "A rede de transferência é baseada inteiramente em confiança - não usamos bancos", ele diz. "Mas de Ben Gardane você pode mandar dinheiro para qualquer lugar do mundo em questão de minutos. Muitos clientes vêm da Líbia, mas também há pedidos para enviar dinheiro para o Egito, a Europa e a China." O comércio de transferência ilícita funciona em conjunto com o lucrativo negócio de contrabando da cidade, permitindo que os contrabandistas paguem por bens adquiridos no exterior. Apesar do trabalho rentável, Ahmed admite que a vida nessa cidade poeirenta do sul está longe de ser fácil. "Não há outras opções aqui, é por isso que a polícia permite que o comércio ilegal continue. Se eu pudesse ter qualquer outro negócio ou qualquer outro modo de vida, eu faria isso com alegria", ele garante. Muitas das transferências são usadas para fins relativamente inócuos, segundo Ahmed, mas "temos de tomar cuidado para que o dinheiro não seja usado para terrorismo. Eu sempre pergunto qual o propósito da transferência. Uso meu próprio julgamento. E, se não acredito no que a pessoa está dizendo, me recuso a fazer o negócio. Não queremos dar dinheiro ao terrorismo ou a grupos terroristas, porque a polícia pode vir e causar problemas para todo mundo". Ahmed acredita que os jovens de Ben Gardane que escolheram se juntar aos jihadistas na Líbia, Síria ou no Iraque tinham mais coisas em mente além de dinheiro. "Eles vão por causa do modo como a Inglaterra e os EUA tratam os muçulmanos. O problema aqui não é econômico - é uma decisão religiosa", ele argumenta. "Muitos deles voltam depois de alguns meses, porque descobrem a verdade sobre esses grupos: eles são traidores do nome do Islã." Alguns dos recrutas locais se voltam para o terrorismo depois de serem radicalizados por pregadores extremistas ou colegas linha-dura online. Ali, dono da lan house frequentada por muitos jovens da cidade, viu em primeira mão os métodos usados para se recrutar jihadistas na cidade. "As pessoas não recrutam mais na mesquita, porque têm medo das forças de segurança. Eles recrutam no mercado ou na internet. Esses recrutadores sabem identificar alvos impressionáveis e têm como missão distorcer a mente deles", ele explicou. As forças de segurança encaram um jogo diário de gato e rato com grupos terroristas, que usam a área como uma parada antes de se juntar à jihad em vários lugares próximos. No entanto, os que retornam enfrentam uma batalha de identidade própria. De acordo com Ali, "Ir lutar na Síria é como ir morar na Europa para as pessoas daqui. Eles ficam lá por alguns anos e depois voltam". Claro, o processo não é tão fácil. "Os que voltam nunca mais são os mesmos", frisa Ali. "Eles vão para lá pensando no paraíso, que tudo vai ser fácil, mas aí veem a realidade. "Eles voltam sentindo que alguém os usou. Mas isso é normal aqui: as pessoas aceitam isso." Tradução: Marina Schnoor Leia no site da 'Vice': http://www.vice.com/pt_br/read/por-dentro-de-ben-gardane-o-enclave-jihadista-da-tunisia
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Com chuva, nível dos seis principais reservatórios de São Paulo sobe
A capacidade dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo registrou aumento neste sábado (7), após a capital paulista registrar fortes chuvas no dia anterior. De acordo com a Sabesp, o Cantareira opera com 5,6% de sua capacidade, após subir 0,2 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. O sistema abastece 6,2 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). O Cantareira tem se beneficiado das chuvas que atingem a cidade desde o início de fevereiro. Com a chuva de sexta-feira, o sistema acumulou 5 mm de água. No mês, o Cantareira acumula 85,1 mm de água –o que corresponde a 42,7% do volume esperado para fevereiro (199,1 mm). ALTO TIETÊ Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 12,1% de sua capacidade, após subir 0,6 ponto percentual em relação ao dia anterior. Nos primeiros dias de fevereiro, o sistema acumula 81,3 mm de água –o equivale a 42,3% da média histórica do mês (192 mm). O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). DEMAIS SISTEMAS A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 51,1% de sua capacidade, após subir 1,3 ponto percentual. Até agora, o sistema já acumula 91,6 mm de água –o que corresponde a 47,6% do volume previsto para fevereiro (192,5 mm). O reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 32,2% de sua capacidade, depois de ter alta de 1,6 ponto percentual. As chuvas beneficiaram o sistema, que já acumula 54,9% do volume de água esperado para fevereiro (178,9 mm). Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 78,2% de sua capacidade, após subir 1,8 ponto percentual. O sistema acumula 91 mm de água –o que corresponde a 44,2% do volume esperado para fevereiro (206,1 mm). O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 30,9% de sua capacidade, depois de subir 0,5 ponto percentual em relação ao dia anterior. O sistema já acumula 27,3% do volume de água esperado para fevereiro (237,8 mm). A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h. CRISE Com a grave crise hídrica, ex-colaboradores da Sabesp na Grande SP vendem sistemas –como um que usa imãs– e até brocas de dentista para burlar os registros de medição. Desde 2013, polícia abriu 147 inquéritos para apurar crimes praticados por 46"agentes fraudadores". Integrantes do governo de São Paulo e da cúpula da Sabesp afirmaram que as negociações em torno da adoção de um rodízio de água avançaram. Inicialmente, o rodízio ficaria restrito à região abastecida pelo Cantareira. De acordo com pessoas próximas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), a intenção é minimizar ao máximo os efeitos de um rodízio na rotina da população, por isso a opção inicial por adotá-lo apenas em um dos seis sistemas que fornecem água para a região metropolitana. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei que institui uma multa de R$ 1.000 para quem lavar carro ou calçada com água tratada. Fiscais que verificaram obras na cidade deverão acumular essa função. O texto ainda precisa ser aprovado em segunda votação e sancionado prefeito Fernando Haddad (PT). Como saída para amenizar a crise da água, Alckmin quer usar a água da represa Billings para reduzir os impactos da crise que atinge a Grande São Paulo. Contudo, a represa Billings tem lixo acumulado em diversos pontos e água esverdeada pela proliferação de bactérias.
cotidiano
Com chuva, nível dos seis principais reservatórios de São Paulo sobeA capacidade dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo registrou aumento neste sábado (7), após a capital paulista registrar fortes chuvas no dia anterior. De acordo com a Sabesp, o Cantareira opera com 5,6% de sua capacidade, após subir 0,2 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. O sistema abastece 6,2 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). O Cantareira tem se beneficiado das chuvas que atingem a cidade desde o início de fevereiro. Com a chuva de sexta-feira, o sistema acumulou 5 mm de água. No mês, o Cantareira acumula 85,1 mm de água –o que corresponde a 42,7% do volume esperado para fevereiro (199,1 mm). ALTO TIETÊ Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 12,1% de sua capacidade, após subir 0,6 ponto percentual em relação ao dia anterior. Nos primeiros dias de fevereiro, o sistema acumula 81,3 mm de água –o equivale a 42,3% da média histórica do mês (192 mm). O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). DEMAIS SISTEMAS A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 51,1% de sua capacidade, após subir 1,3 ponto percentual. Até agora, o sistema já acumula 91,6 mm de água –o que corresponde a 47,6% do volume previsto para fevereiro (192,5 mm). O reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 32,2% de sua capacidade, depois de ter alta de 1,6 ponto percentual. As chuvas beneficiaram o sistema, que já acumula 54,9% do volume de água esperado para fevereiro (178,9 mm). Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 78,2% de sua capacidade, após subir 1,8 ponto percentual. O sistema acumula 91 mm de água –o que corresponde a 44,2% do volume esperado para fevereiro (206,1 mm). O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 30,9% de sua capacidade, depois de subir 0,5 ponto percentual em relação ao dia anterior. O sistema já acumula 27,3% do volume de água esperado para fevereiro (237,8 mm). A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h. CRISE Com a grave crise hídrica, ex-colaboradores da Sabesp na Grande SP vendem sistemas –como um que usa imãs– e até brocas de dentista para burlar os registros de medição. Desde 2013, polícia abriu 147 inquéritos para apurar crimes praticados por 46"agentes fraudadores". Integrantes do governo de São Paulo e da cúpula da Sabesp afirmaram que as negociações em torno da adoção de um rodízio de água avançaram. Inicialmente, o rodízio ficaria restrito à região abastecida pelo Cantareira. De acordo com pessoas próximas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), a intenção é minimizar ao máximo os efeitos de um rodízio na rotina da população, por isso a opção inicial por adotá-lo apenas em um dos seis sistemas que fornecem água para a região metropolitana. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei que institui uma multa de R$ 1.000 para quem lavar carro ou calçada com água tratada. Fiscais que verificaram obras na cidade deverão acumular essa função. O texto ainda precisa ser aprovado em segunda votação e sancionado prefeito Fernando Haddad (PT). Como saída para amenizar a crise da água, Alckmin quer usar a água da represa Billings para reduzir os impactos da crise que atinge a Grande São Paulo. Contudo, a represa Billings tem lixo acumulado em diversos pontos e água esverdeada pela proliferação de bactérias.
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Questionada na CVM, tática usada pela Petrobras é incomum, diz entidade
O corpo técnico da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou que a Petrobras deve refazer suas demonstrações financeiras de 2013, 2014 e 2015. O órgão considera que a estatal não usou de forma apropriada um artifício que permite calcular para menos a dívida em moeda estrangeira, caso parte das receitas venha de exportações. Essa regra à qual a Petrobras recorreu vale aqui no Brasil desde 2010. Não é comum, nem mesmo entre empresas exportadoras, o emprego desse engenho, afirma o presidente da Fipecafi, Eliseu Martins. "A Braskem e a CSN usam o mecanismo. Ele dá trabalho, pois as normas exigem rigor para comprovar que vão haver as exportações e, depois, é preciso verificar se, de fato, os valores foram recuperados [com vendas]." Fora do Brasil, diz, a tática contábil é rara pois a oscilação cambial não é intensa. Próximos passos Técnicos da CVM reprovaram demonstrações financeiras da Petrobras de 2013, 2014 e 2015 Estatal discorda e tem a opção de apresentar informações complementares Se os técnicos da CVM não se satisfizerem com os novos dados, o caso é enviado ao colegiado do órgão Mesmo se for derrotada nessa instância, a empresa pode procurar justiça Leia a coluna completa aqui.
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Questionada na CVM, tática usada pela Petrobras é incomum, diz entidadeO corpo técnico da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou que a Petrobras deve refazer suas demonstrações financeiras de 2013, 2014 e 2015. O órgão considera que a estatal não usou de forma apropriada um artifício que permite calcular para menos a dívida em moeda estrangeira, caso parte das receitas venha de exportações. Essa regra à qual a Petrobras recorreu vale aqui no Brasil desde 2010. Não é comum, nem mesmo entre empresas exportadoras, o emprego desse engenho, afirma o presidente da Fipecafi, Eliseu Martins. "A Braskem e a CSN usam o mecanismo. Ele dá trabalho, pois as normas exigem rigor para comprovar que vão haver as exportações e, depois, é preciso verificar se, de fato, os valores foram recuperados [com vendas]." Fora do Brasil, diz, a tática contábil é rara pois a oscilação cambial não é intensa. Próximos passos Técnicos da CVM reprovaram demonstrações financeiras da Petrobras de 2013, 2014 e 2015 Estatal discorda e tem a opção de apresentar informações complementares Se os técnicos da CVM não se satisfizerem com os novos dados, o caso é enviado ao colegiado do órgão Mesmo se for derrotada nessa instância, a empresa pode procurar justiça Leia a coluna completa aqui.
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Manifestantes protestam contra falta de água na zona oeste do Rio
Moradores dos bairros do Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, realizaram na tarde deste domingo (25) uma manifestação pedindo uma solução para as constantes falhas de abastecimento de água que estão ocorrendo na região. O protesto, que reuniu cerca de 100 pessoas, foi organizado pelo movimento "Ocupa Golfe", que afirma que a falta de água na região pode estar relacionada à irrigação ininterrupta do campo de golfe olímpico. De acordo com os organizadores do protesto, a demanda de três milhões de litros de água diários necessários na preparação do campo pode estar gerando uma diminuição no fornecimento para as áreas próximas. Segundo Carla Cristina, 36, que é moradora do Recreio, a falta de água tem sido constante na região. "Quase todos os dias falta água. É um absurdo ficarmos assim. Muitas pessoas têm crianças, chegamos do trabalho e não podemos nem tomar um banho neste calor que está fazendo. Isso é desumano. Acho que pelo menos neste período sem chuvas, deveriam conseguir uma outra forma irrigarem os campos, pois se o fornecimento já está fraco, com eles usando fica muito pior." A ação teve seu início por volta das 18h na altura do posto 10 da orla. Após a concentração os manifestantes seguiram em uma caminhada até a sede da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) no Recreio. O movimento Ocupa Golfe, que é contra a construção do empreendimento olímpico, montou acampamento há mais de um mês em frente ao terreno que se transformará no campo de golfe a ser utilizado nos Jogos de 2016. Ainda segundo os manifestantes o protesto também reivindica o cancelamento da obra de construção do campo de golfe e do condomínio Riserva Golf, ambos na região da reserva, em uma área aproximada de 100 campos de futebol. O campo vai custar R$ 60 milhões, custeados pela Fiori Empreendimentos. Em contrapartida, o município ampliou o gabarito de terrenos da empresa vizinhos ao campo, valorizando a construção de um condomínio. O golfe voltará ao calendário olímpico nos Jogos do Rio depois de 112 anos fora da agenda. Segundo a Cedae, não há falta de água generalizada nos bairros da Barra e do Recreio. Em nota, a companhia informou que "o abastecimento em locais considerados ponta do sistema, como algumas ruas do Recreio dos Bandeirantes, ficam sujeitas a flutuações quando ocorre redução da pressão na rede, como é usual neste período de verão devido ao aumento do consumo (30% superior ao resto do ano, em média)". De acordo com a Cedae, a solução definitiva será com a conclusão do projeto para aumento da oferta de água na Barra, Recreio e Jacarepaguá, previsto para o primeiro semestre de 2016. O projeto de cerca de R$ 200 milhões consiste na construção dos reservatórios do Outeiro e Jacarepaguá, com capacidade para 20 milhões de litros cada, e a reforma do reservatório de Reunião. A Cedae não comentou sobre a irrigação do campo de golfe.
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Manifestantes protestam contra falta de água na zona oeste do RioMoradores dos bairros do Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, realizaram na tarde deste domingo (25) uma manifestação pedindo uma solução para as constantes falhas de abastecimento de água que estão ocorrendo na região. O protesto, que reuniu cerca de 100 pessoas, foi organizado pelo movimento "Ocupa Golfe", que afirma que a falta de água na região pode estar relacionada à irrigação ininterrupta do campo de golfe olímpico. De acordo com os organizadores do protesto, a demanda de três milhões de litros de água diários necessários na preparação do campo pode estar gerando uma diminuição no fornecimento para as áreas próximas. Segundo Carla Cristina, 36, que é moradora do Recreio, a falta de água tem sido constante na região. "Quase todos os dias falta água. É um absurdo ficarmos assim. Muitas pessoas têm crianças, chegamos do trabalho e não podemos nem tomar um banho neste calor que está fazendo. Isso é desumano. Acho que pelo menos neste período sem chuvas, deveriam conseguir uma outra forma irrigarem os campos, pois se o fornecimento já está fraco, com eles usando fica muito pior." A ação teve seu início por volta das 18h na altura do posto 10 da orla. Após a concentração os manifestantes seguiram em uma caminhada até a sede da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) no Recreio. O movimento Ocupa Golfe, que é contra a construção do empreendimento olímpico, montou acampamento há mais de um mês em frente ao terreno que se transformará no campo de golfe a ser utilizado nos Jogos de 2016. Ainda segundo os manifestantes o protesto também reivindica o cancelamento da obra de construção do campo de golfe e do condomínio Riserva Golf, ambos na região da reserva, em uma área aproximada de 100 campos de futebol. O campo vai custar R$ 60 milhões, custeados pela Fiori Empreendimentos. Em contrapartida, o município ampliou o gabarito de terrenos da empresa vizinhos ao campo, valorizando a construção de um condomínio. O golfe voltará ao calendário olímpico nos Jogos do Rio depois de 112 anos fora da agenda. Segundo a Cedae, não há falta de água generalizada nos bairros da Barra e do Recreio. Em nota, a companhia informou que "o abastecimento em locais considerados ponta do sistema, como algumas ruas do Recreio dos Bandeirantes, ficam sujeitas a flutuações quando ocorre redução da pressão na rede, como é usual neste período de verão devido ao aumento do consumo (30% superior ao resto do ano, em média)". De acordo com a Cedae, a solução definitiva será com a conclusão do projeto para aumento da oferta de água na Barra, Recreio e Jacarepaguá, previsto para o primeiro semestre de 2016. O projeto de cerca de R$ 200 milhões consiste na construção dos reservatórios do Outeiro e Jacarepaguá, com capacidade para 20 milhões de litros cada, e a reforma do reservatório de Reunião. A Cedae não comentou sobre a irrigação do campo de golfe.
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