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'Educador precisa ter inteligência emocional', diz Ana Maria Diniz
Uma turma com 51 pessoas, entre professores, diretores, arquitetos e executivos de empresas, começou neste ano a primeira pós-graduação para educadores voltada a desenvolver as habilidades socioemocionais. Ao se formarem no curso ministrado pelo Instituto Singularidades, faculdade especializada em formação de professores, sairão com o título de especialistas em Formação Integral: Autoconhecimento, Habilidades Socioemocionais e Práticas Educacionais Inovadoras. "Deixamos o leque aberto para os alunos, para incentivar um caldo diverso de discussão. Tem executivo, arquitetos e 50% são educadores. Demos sete bolsas para educadores da rede pública", explica Ana Maria Diniz, presidente do conselho do Instituto Península, braço social dos negócios da família (antiga dona do Pão de Açúcar) e instituição mantenedora do Singularidades. Com dois anos de duração, o curso vai abordar tipos de personalidade, neurociência, o papel do educador no século 21 e inovações no mundo da educação. "Nesse último módulo, a ideia é fazer uma excursão para onde estão fazendo educação inovadora de verdade, mostrar referências. Queremos instrumentalizar esse educador", afirma. Ainda não há previsão para uma nova turma, mas a ideia é que ele inspire uma disciplina na graduação dos cursos de formação de professores do Singularidades. Além disso, o objetivo é colocar em escala a proposta do curso. "Não só para fazer mais uma edição, mas levar para o Brasil, para outras praças. Precisaremos de algum componente on-line, híbrido, mas dá para adaptar esse currículo de forma bacana, com qualidade". Leia abaixo o que ela diz sobre alguns temas. * INOVAÇÃO As habilidades socioemocionais para as crianças são muito discutidas, mas ninguém fala dessas habilidades nos adultos. A gente tem experiências pequenas, pílulas. Os elementos que compõem o currículo vieram de inspirações que pegamos de muitos lugares. Mas colocar junto esse currículo, dessa forma, foi iniciativa nossa. É uma inovação de conceito. Estou aprendendo e vejo que os projetos que dão certo são baseados em uma necessidade pessoal. Eu fui buscar um pouco na minha história de vida, na minha busca por autoconhecimento. E então chamei vários especialistas para ajudar a pensar esse curso –e ele passou a ser desse grupo. Tem psicólogo, neurocientista, gente de consultoria, da área de Recursos Humanos, pedagogo, sociólogo, filósofo. MUDANÇA O educador precisa ter inteligência emocional para exercer sua função com tranquilidade, principalmente porque o papel de professor está mudando muito. Ele passa do senhor do conhecimento para o cara que facilita o conteúdo, ajuda na trilha de aprendizado. E ele precisa estar seguro disso, ter conhecimento sobre si próprio. IMPACTO A gente quer que o educador saia do curso querendo mudar o mundo, elevar a educação brasileira a outro patamar. Acho que teremos 51 pontas de lança para fazer esse trabalho. Já existem pesquisas que comprovam o impacto de uma criança com habilidades socioemocionais desenvolvidas. A resiliência, por exemplo, é uma habilidade unânime. A criança que que não consegue resolver um problema de matemática e desiste sem dúvida fica para trás. E a relação com o professor tem papel importante em evitar essa desistência. Ele tem que ser uma referência para que o aluno não se ache burro ou acredite que não consegue. Se não conseguiu, vamos tentar de outro jeito. O professor é a peça chave para construir o que queremos. Não dá para colocar tudo na mão dele, mas ele tem uma carga importante de responsabilidade. Temos que acreditar que toda criança pode aprender, temos que criar essa cultura. FAMÍLIA Está comprovado que a família é peça chave dessa equação. No movimento Todos Pela Educação, estou envolvida em um programa voltado para a família, que mostra que há coisas que a família pode fazer para valorizar a educação. As crianças podem ter centenas de problemas em casa, mas a melhor coisa que o professor tem a fazer é ensinar. Todo professor tem que ter um papel carinhoso, mas cuidar menos dos problemas da criança. Ensinar é a coisa mais valiosa no tempo em que ela está na escola. Porque isso ele pode levar para casa e usar para transformar a realidade. EQUILÍBRIO Sou contra fazer o pêndulo cair para o outro lado e só pensarmos no socioemocional. Se o aluno tiver resiliência e se relacionar, ele está pronto pra vida? Não. Tem que saber matemática, ser bem alfabetizado, conhecer os conteúdos de história, geografia, saber em que país a gente vive. O conhecimento é fundamental.
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'Educador precisa ter inteligência emocional', diz Ana Maria DinizUma turma com 51 pessoas, entre professores, diretores, arquitetos e executivos de empresas, começou neste ano a primeira pós-graduação para educadores voltada a desenvolver as habilidades socioemocionais. Ao se formarem no curso ministrado pelo Instituto Singularidades, faculdade especializada em formação de professores, sairão com o título de especialistas em Formação Integral: Autoconhecimento, Habilidades Socioemocionais e Práticas Educacionais Inovadoras. "Deixamos o leque aberto para os alunos, para incentivar um caldo diverso de discussão. Tem executivo, arquitetos e 50% são educadores. Demos sete bolsas para educadores da rede pública", explica Ana Maria Diniz, presidente do conselho do Instituto Península, braço social dos negócios da família (antiga dona do Pão de Açúcar) e instituição mantenedora do Singularidades. Com dois anos de duração, o curso vai abordar tipos de personalidade, neurociência, o papel do educador no século 21 e inovações no mundo da educação. "Nesse último módulo, a ideia é fazer uma excursão para onde estão fazendo educação inovadora de verdade, mostrar referências. Queremos instrumentalizar esse educador", afirma. Ainda não há previsão para uma nova turma, mas a ideia é que ele inspire uma disciplina na graduação dos cursos de formação de professores do Singularidades. Além disso, o objetivo é colocar em escala a proposta do curso. "Não só para fazer mais uma edição, mas levar para o Brasil, para outras praças. Precisaremos de algum componente on-line, híbrido, mas dá para adaptar esse currículo de forma bacana, com qualidade". Leia abaixo o que ela diz sobre alguns temas. * INOVAÇÃO As habilidades socioemocionais para as crianças são muito discutidas, mas ninguém fala dessas habilidades nos adultos. A gente tem experiências pequenas, pílulas. Os elementos que compõem o currículo vieram de inspirações que pegamos de muitos lugares. Mas colocar junto esse currículo, dessa forma, foi iniciativa nossa. É uma inovação de conceito. Estou aprendendo e vejo que os projetos que dão certo são baseados em uma necessidade pessoal. Eu fui buscar um pouco na minha história de vida, na minha busca por autoconhecimento. E então chamei vários especialistas para ajudar a pensar esse curso –e ele passou a ser desse grupo. Tem psicólogo, neurocientista, gente de consultoria, da área de Recursos Humanos, pedagogo, sociólogo, filósofo. MUDANÇA O educador precisa ter inteligência emocional para exercer sua função com tranquilidade, principalmente porque o papel de professor está mudando muito. Ele passa do senhor do conhecimento para o cara que facilita o conteúdo, ajuda na trilha de aprendizado. E ele precisa estar seguro disso, ter conhecimento sobre si próprio. IMPACTO A gente quer que o educador saia do curso querendo mudar o mundo, elevar a educação brasileira a outro patamar. Acho que teremos 51 pontas de lança para fazer esse trabalho. Já existem pesquisas que comprovam o impacto de uma criança com habilidades socioemocionais desenvolvidas. A resiliência, por exemplo, é uma habilidade unânime. A criança que que não consegue resolver um problema de matemática e desiste sem dúvida fica para trás. E a relação com o professor tem papel importante em evitar essa desistência. Ele tem que ser uma referência para que o aluno não se ache burro ou acredite que não consegue. Se não conseguiu, vamos tentar de outro jeito. O professor é a peça chave para construir o que queremos. Não dá para colocar tudo na mão dele, mas ele tem uma carga importante de responsabilidade. Temos que acreditar que toda criança pode aprender, temos que criar essa cultura. FAMÍLIA Está comprovado que a família é peça chave dessa equação. No movimento Todos Pela Educação, estou envolvida em um programa voltado para a família, que mostra que há coisas que a família pode fazer para valorizar a educação. As crianças podem ter centenas de problemas em casa, mas a melhor coisa que o professor tem a fazer é ensinar. Todo professor tem que ter um papel carinhoso, mas cuidar menos dos problemas da criança. Ensinar é a coisa mais valiosa no tempo em que ela está na escola. Porque isso ele pode levar para casa e usar para transformar a realidade. EQUILÍBRIO Sou contra fazer o pêndulo cair para o outro lado e só pensarmos no socioemocional. Se o aluno tiver resiliência e se relacionar, ele está pronto pra vida? Não. Tem que saber matemática, ser bem alfabetizado, conhecer os conteúdos de história, geografia, saber em que país a gente vive. O conhecimento é fundamental.
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Obama veta lei que autoriza vítimas do 11/9 a processar Arábia Saudita
Conforme havia indicado anteriormente, o presidente dos EUA, Barack Obama, vetou nesta sexta-feira (23) o projeto de lei aprovado pelo Congresso que permite às famílias de vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 processar o governo da Arábia Saudita. Obama afirmou que o projeto prejudicaria a segurança nacional dos Estados Unidos. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no início deste mês, depois de passar pelo Senado, em resposta às suspeitas de que os sequestradores dos quatro aviões envolvidos nos ataques do 11 de Setembro tinham apoio do governo saudita. A Arábia Saudita sempre negou qualquer envolvimento. "Remover a imunidade soberana em cortes americanas de governos estrangeiros que não são designados como patrocinadores do terrorismo, baseado apenas em alegações de que ações desses governos no exterior teriam conexão com ataques em solo americano, ameaça minar princípios fundamentais que protegem os Estados Unidos, nossas forças e nosso pessoal", disse Obama, em um comunicado. O senador democrata de Nova York Chuck Schumer, que capitaneou o projeto de lei, imediatamente divulgou nota na qual afirmou que o veto será "rápida e prontamente derrubado", indicando que mesmo os democratas não concordam com Obama. Para derrubar o veto presidencial, é necessário maioria de dois terços dos senadores e dos deputados. Quando votado no Senado, em maio, o projeto de lei passou com facilidade. O mesmo ocorreu na votação na Câmara. Se confirmada a derrubada do veto, seria o primeiro revés do gênero para Obama desde que ele iniciou seu primeiro mandato, em 2009. Ele deixa o cargo em janeiro de 2017. Um grupo de sobreviventes e familiares de vítimas do 11 de Setembro pressionou o Congresso para aprovar o projeto. Eles classificaram a justificativa de Obama ao vetar o texto como "não convincente e insustentável". O governo saudita realizou um forte lobby contra a lei, bem como a União Europeia. Grandes corporações americanas como a General Electric e a Dow Chemical também pressionaram os legisladores para reconsiderar o projeto. "A lei não é equilibrada, ela estabelece um precedente perigoso e tem potencial real para desestabilizar relações bilaterais vitais e a economia global", disse o diretor executivo da GE, Jeffrey Immelt, em uma carta ao líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, que apoia o projeto.
mundo
Obama veta lei que autoriza vítimas do 11/9 a processar Arábia SauditaConforme havia indicado anteriormente, o presidente dos EUA, Barack Obama, vetou nesta sexta-feira (23) o projeto de lei aprovado pelo Congresso que permite às famílias de vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 processar o governo da Arábia Saudita. Obama afirmou que o projeto prejudicaria a segurança nacional dos Estados Unidos. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no início deste mês, depois de passar pelo Senado, em resposta às suspeitas de que os sequestradores dos quatro aviões envolvidos nos ataques do 11 de Setembro tinham apoio do governo saudita. A Arábia Saudita sempre negou qualquer envolvimento. "Remover a imunidade soberana em cortes americanas de governos estrangeiros que não são designados como patrocinadores do terrorismo, baseado apenas em alegações de que ações desses governos no exterior teriam conexão com ataques em solo americano, ameaça minar princípios fundamentais que protegem os Estados Unidos, nossas forças e nosso pessoal", disse Obama, em um comunicado. O senador democrata de Nova York Chuck Schumer, que capitaneou o projeto de lei, imediatamente divulgou nota na qual afirmou que o veto será "rápida e prontamente derrubado", indicando que mesmo os democratas não concordam com Obama. Para derrubar o veto presidencial, é necessário maioria de dois terços dos senadores e dos deputados. Quando votado no Senado, em maio, o projeto de lei passou com facilidade. O mesmo ocorreu na votação na Câmara. Se confirmada a derrubada do veto, seria o primeiro revés do gênero para Obama desde que ele iniciou seu primeiro mandato, em 2009. Ele deixa o cargo em janeiro de 2017. Um grupo de sobreviventes e familiares de vítimas do 11 de Setembro pressionou o Congresso para aprovar o projeto. Eles classificaram a justificativa de Obama ao vetar o texto como "não convincente e insustentável". O governo saudita realizou um forte lobby contra a lei, bem como a União Europeia. Grandes corporações americanas como a General Electric e a Dow Chemical também pressionaram os legisladores para reconsiderar o projeto. "A lei não é equilibrada, ela estabelece um precedente perigoso e tem potencial real para desestabilizar relações bilaterais vitais e a economia global", disse o diretor executivo da GE, Jeffrey Immelt, em uma carta ao líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, que apoia o projeto.
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Grupo mapeia gene ligado à morte de epilépticos
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá), liderada por uma neurologista brasileira, descobriu um gene associado à morte súbita em pacientes com epilepsia leve. A descoberta, segundo a médica neurologista Danielle Molinari Andrade, pode prevenir a morte de epilépticos que têm poucas crises ao ano, mas também estão sujeitos ao problema. Atualmente, cerca de 18% dos óbitos precoces de epilépticos são mortes súbitas. "Normalmente, isso acontece com epilepsias muito graves, e os casos em pacientes com poucas crises ainda são um grande mistério. Foi justamente nesse grupo que encontramos o gene", explica Andrade, que dirige o programa de epilepsia no hospital Toronto Western, ligado à universidade canadense. A mutação genética, no gene DEDPC5, foi identificada a partir do estudo de uma família com nove epilépticos e duas mortes súbitas, residente no Canadá. Em ambos os casos, os pacientes morreram precocemente, com 58 e 50 anos, sem apresentar o quadro mais grave da doença. Os dois tinham a mutação, assim como outros quatro membros da família, também epilépticos. Por isso, a condição foi apontada como fator de risco para morte súbita. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista "Neurology Genetics", da Academia Americana de Neurologia, no mês passado. TRATAMENTO Para os pesquisadores, a descoberta traz o alerta de que é preciso controlar e tratar rigorosamente a epilepsia, mesmo em pacientes sem convulsões recorrentes. "Hoje, a morte não é uma preocupação para essas pessoas, tanto que algumas nem tomam remédio. Mas o problema é que quem tem epilepsia nunca sabe quando terá uma convulsão, o que pode levar à morte súbita", diz a neurologista. A pesquisa vai permitir o aconselhamento genético desses pacientes, que serão orientados sobre o risco de morrerem precocemente. "Com essa informação da mutação, nós podemos dizer: 'Olha, você tem um risco maior e eu sugiro que tome remédio todos os dias, mesmo que tenha uma ou duas crises por ano'. Assim, diminui o risco", afirma Andrade. Além disso, a pesquisa abre a perspectiva de se descobrir o mecanismo da morte súbita, que ainda permanece desconhecido. Os dois familiares mortos analisados no estudo passarão por autópsia, a fim de que se verifique se há outros fatores, inclusive genéticos, associados ao problema. Outras famílias com a mutação também serão convidadas a participar da pesquisa, para se confirmar a ocorrência da morte súbita associada a essa condição genética.
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Grupo mapeia gene ligado à morte de epilépticosUma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá), liderada por uma neurologista brasileira, descobriu um gene associado à morte súbita em pacientes com epilepsia leve. A descoberta, segundo a médica neurologista Danielle Molinari Andrade, pode prevenir a morte de epilépticos que têm poucas crises ao ano, mas também estão sujeitos ao problema. Atualmente, cerca de 18% dos óbitos precoces de epilépticos são mortes súbitas. "Normalmente, isso acontece com epilepsias muito graves, e os casos em pacientes com poucas crises ainda são um grande mistério. Foi justamente nesse grupo que encontramos o gene", explica Andrade, que dirige o programa de epilepsia no hospital Toronto Western, ligado à universidade canadense. A mutação genética, no gene DEDPC5, foi identificada a partir do estudo de uma família com nove epilépticos e duas mortes súbitas, residente no Canadá. Em ambos os casos, os pacientes morreram precocemente, com 58 e 50 anos, sem apresentar o quadro mais grave da doença. Os dois tinham a mutação, assim como outros quatro membros da família, também epilépticos. Por isso, a condição foi apontada como fator de risco para morte súbita. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista "Neurology Genetics", da Academia Americana de Neurologia, no mês passado. TRATAMENTO Para os pesquisadores, a descoberta traz o alerta de que é preciso controlar e tratar rigorosamente a epilepsia, mesmo em pacientes sem convulsões recorrentes. "Hoje, a morte não é uma preocupação para essas pessoas, tanto que algumas nem tomam remédio. Mas o problema é que quem tem epilepsia nunca sabe quando terá uma convulsão, o que pode levar à morte súbita", diz a neurologista. A pesquisa vai permitir o aconselhamento genético desses pacientes, que serão orientados sobre o risco de morrerem precocemente. "Com essa informação da mutação, nós podemos dizer: 'Olha, você tem um risco maior e eu sugiro que tome remédio todos os dias, mesmo que tenha uma ou duas crises por ano'. Assim, diminui o risco", afirma Andrade. Além disso, a pesquisa abre a perspectiva de se descobrir o mecanismo da morte súbita, que ainda permanece desconhecido. Os dois familiares mortos analisados no estudo passarão por autópsia, a fim de que se verifique se há outros fatores, inclusive genéticos, associados ao problema. Outras famílias com a mutação também serão convidadas a participar da pesquisa, para se confirmar a ocorrência da morte súbita associada a essa condição genética.
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Programa oferece treinamento para desenvolver criadores de conteúdo
Para ajudar o desenvolvimento de produtores de conteúdo na internet, o grupo youPIX criou o programa Creators Boost, cujas inscrições vão até 19 de fevereiro pelo site da agência. A iniciativa tenta dar um tom mais profissional, acelerar e dar mais conhecimentos a figuras promissoras de conteúdo digital. Os selecionados serão divulgados no dia 24 de fevereiro. Após o processo de seleção, dois criadores de conteúdo passarão por workshops e encontros para aprimorar sua marca e criar uma estratégia que seja ao mesmo tempo inovadora e sustentável. Serão quatro meses de mentoria e treinamento com especialistas. Ao final do programa, cada criador passa por um pitch (espécie de entrevista para apresentar o projeto) com possíveis investidores, parceiros e anunciantes. Segundo Bia Granja, uma das fundadoras da youPIX, a profissionalização da criação de conteúdo digital é algo novo e até então relegado. "A essência da coisa era apenas o produto em si, não existia um desenvolvimento de um negócio em torno dele, com publicidade, publieditorial e parcerias. Queremos justamente criar essa visão em quem está começando". A Folha é parceira do youPIX no programa. "Queremos conhecer essa nova linguagem, nos aproximar dessa geração para trocar experiências e apoiar com a nossa, mostrando nosso conhecimento e as ferramentas que usamos para produzir jornalismo profissional de qualidade", diz Murilo Bussab, diretor comercial de circulação da Folha.
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Programa oferece treinamento para desenvolver criadores de conteúdoPara ajudar o desenvolvimento de produtores de conteúdo na internet, o grupo youPIX criou o programa Creators Boost, cujas inscrições vão até 19 de fevereiro pelo site da agência. A iniciativa tenta dar um tom mais profissional, acelerar e dar mais conhecimentos a figuras promissoras de conteúdo digital. Os selecionados serão divulgados no dia 24 de fevereiro. Após o processo de seleção, dois criadores de conteúdo passarão por workshops e encontros para aprimorar sua marca e criar uma estratégia que seja ao mesmo tempo inovadora e sustentável. Serão quatro meses de mentoria e treinamento com especialistas. Ao final do programa, cada criador passa por um pitch (espécie de entrevista para apresentar o projeto) com possíveis investidores, parceiros e anunciantes. Segundo Bia Granja, uma das fundadoras da youPIX, a profissionalização da criação de conteúdo digital é algo novo e até então relegado. "A essência da coisa era apenas o produto em si, não existia um desenvolvimento de um negócio em torno dele, com publicidade, publieditorial e parcerias. Queremos justamente criar essa visão em quem está começando". A Folha é parceira do youPIX no programa. "Queremos conhecer essa nova linguagem, nos aproximar dessa geração para trocar experiências e apoiar com a nossa, mostrando nosso conhecimento e as ferramentas que usamos para produzir jornalismo profissional de qualidade", diz Murilo Bussab, diretor comercial de circulação da Folha.
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Concorrência líquida
O império das grandes empreiteiras sobre obras de infraestrutura no país sofreu grave abalo com a Operação Lava Jato. Consequência disso ou não, o governo federal deu um passo no setor de rodovias que poderá ampliar a concorrência e, quem sabe, desobstruir parte desse crônico gargalo logístico. Construtoras de pequeno e médio porte, além de empresas estrangeiras, enfrentavam significativa barreira de entrada nos leilões de estradas. Na última leva de concessões, para qualificar-se, o concorrente tinha de comprovar patrimônio líquido de até R$ 870 milhões. O governo agora abriu mão de tal exigência na nova versão do edital de leilão da chamada Rodovia do Frango, importante ligação de 460 km nos Estados de Santa Catarina e Paraná. Natália Marcassa, secretária-executiva do Ministério dos Transportes, disse ao jornal "Valor Econômico" que o mesmo se aplicará a outros 14 lotes. Um dos efeitos prováveis da medida será atrair a atenção de concorrentes do exterior. Em economias mais estáveis, muitas construtoras preferem manter grau mais elevado de endividamento e patrimônio líquido reduzido no balanço, o que dificultava sua entrada nos certames brasileiros. Decerto surgirão defensores da restrição à participação de firmas estrangeiras, em nome de proteção para empresas nacionais. Seria um contrassenso: o objetivo da supressão do requisito é justamente aumentar a concorrência. Bem mais ponderável é o risco de que esse gênero de afrouxamento estimule a participação de companhias que não tenham fôlego para realizar os investimentos previstos em contrato. Trata-se de prática comum no Brasil, que resulta em paralisação de obras e sucessivos aditamentos contratuais. O Ministério dos Transportes parece atento à possibilidade. Segundo Marcassa, permanece a exigência de garantias financeiras (como seguro ou fiança bancária) para os compromissos assumidos no leilão e de capitalização mínima da sociedade de propósito específico (SPE) que obtenha a concessão. No caso da Rodovia do Frango, o capital a ser integralizado na SPE é de R$ 200 milhões. A estrada servirá como teste para os novos termos dos editais, caso sejam aceitos pelo Tribunal de Contas da União. A tarifa máxima de pedágio nessa via foi estabelecida em R$ 14,62 para cada trecho de cem quilômetros, o dobro da média nos leilões de três anos atrás. A expectativa é que a competição –e não mais o voluntarismo do Planalto– se encarregue de reduzir esse valor. Se estiver mesmo disposto a dar um salto de qualidade no setor, porém, o governo ainda precisará enfrentar problemas centrais que colocam sob risco o sucesso das concessões: dúvidas sobre o financiamento de longo prazo, exigências incompatíveis com preços e dificuldade de atrair estrangeiros devido ao risco de flutuação cambial. editoriais@uol.com.br
opiniao
Concorrência líquidaO império das grandes empreiteiras sobre obras de infraestrutura no país sofreu grave abalo com a Operação Lava Jato. Consequência disso ou não, o governo federal deu um passo no setor de rodovias que poderá ampliar a concorrência e, quem sabe, desobstruir parte desse crônico gargalo logístico. Construtoras de pequeno e médio porte, além de empresas estrangeiras, enfrentavam significativa barreira de entrada nos leilões de estradas. Na última leva de concessões, para qualificar-se, o concorrente tinha de comprovar patrimônio líquido de até R$ 870 milhões. O governo agora abriu mão de tal exigência na nova versão do edital de leilão da chamada Rodovia do Frango, importante ligação de 460 km nos Estados de Santa Catarina e Paraná. Natália Marcassa, secretária-executiva do Ministério dos Transportes, disse ao jornal "Valor Econômico" que o mesmo se aplicará a outros 14 lotes. Um dos efeitos prováveis da medida será atrair a atenção de concorrentes do exterior. Em economias mais estáveis, muitas construtoras preferem manter grau mais elevado de endividamento e patrimônio líquido reduzido no balanço, o que dificultava sua entrada nos certames brasileiros. Decerto surgirão defensores da restrição à participação de firmas estrangeiras, em nome de proteção para empresas nacionais. Seria um contrassenso: o objetivo da supressão do requisito é justamente aumentar a concorrência. Bem mais ponderável é o risco de que esse gênero de afrouxamento estimule a participação de companhias que não tenham fôlego para realizar os investimentos previstos em contrato. Trata-se de prática comum no Brasil, que resulta em paralisação de obras e sucessivos aditamentos contratuais. O Ministério dos Transportes parece atento à possibilidade. Segundo Marcassa, permanece a exigência de garantias financeiras (como seguro ou fiança bancária) para os compromissos assumidos no leilão e de capitalização mínima da sociedade de propósito específico (SPE) que obtenha a concessão. No caso da Rodovia do Frango, o capital a ser integralizado na SPE é de R$ 200 milhões. A estrada servirá como teste para os novos termos dos editais, caso sejam aceitos pelo Tribunal de Contas da União. A tarifa máxima de pedágio nessa via foi estabelecida em R$ 14,62 para cada trecho de cem quilômetros, o dobro da média nos leilões de três anos atrás. A expectativa é que a competição –e não mais o voluntarismo do Planalto– se encarregue de reduzir esse valor. Se estiver mesmo disposto a dar um salto de qualidade no setor, porém, o governo ainda precisará enfrentar problemas centrais que colocam sob risco o sucesso das concessões: dúvidas sobre o financiamento de longo prazo, exigências incompatíveis com preços e dificuldade de atrair estrangeiros devido ao risco de flutuação cambial. editoriais@uol.com.br
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Leitor defende uso de aplicativos como Uber e 99taxis
Recentemente tentei pegar um táxi na via pública. Passaram por mim, e não pararam ao meu sinal, pelo menos uma dúzia. Em plena av. Higienópolis. Apelei ao aplicativo 99taxis. Em cinco minutos estava dentro de um. Pena que eu não conhecia o Uber. Agora conheço. ("Utilização do aplicativo de transporte Uber deve ser autorizada no Brasil?", Tendências/Debates, 18/4). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitor defende uso de aplicativos como Uber e 99taxisRecentemente tentei pegar um táxi na via pública. Passaram por mim, e não pararam ao meu sinal, pelo menos uma dúzia. Em plena av. Higienópolis. Apelei ao aplicativo 99taxis. Em cinco minutos estava dentro de um. Pena que eu não conhecia o Uber. Agora conheço. ("Utilização do aplicativo de transporte Uber deve ser autorizada no Brasil?", Tendências/Debates, 18/4). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Processamento de dados em massa já é aplicado na gestão de funcionários
LEONARDO DESIDERI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Estudos sobre consumidores por meio de "big data", ou quantidade de dados tão grande que só programas especializados podem processar, são comuns em departamentos de marketing há alguns anos. Agora, para saber mais sobre seus funcionários, algumas empresas estão usando esse mecanismo no setor de recursos humanos. Com programas especializados, o RH pode fazer inferências que ajudam na tomada de decisões sobre cortes de custos, contratações e necessidade de formação dos funcionários, por exemplo. "Posso comparar níveis salariais com o desempenho, e assim responder a algumas perguntas: 'Será que os que trabalham melhor são aqueles que têm os maiores salários? Estou cometendo algum equívoco ao contratar?'", afirma Daniela Mendonça, que é presidente da LG Lugar de Gente, empresa de tecnologia para recursos humanos. O uso de dados sempre foi comum nessa área. O que há de novo nos últimos anos é a capacidade de registrar e processar um volume de informação muito maior, o que abre possibilidades novas na hora de avaliar os dados e procurar correlações. Uma das empresas pioneiras no uso de "big data" em RH no Brasil é a IBM. A empresa cruza anonimamente dados como salário, tempo de profissão, tempo de permanência na empresa e habilidades do funcionário. Segundo o gerente de RH Rafael Kuhl, a empresa já consegue aumentar a retenção de bons funcionários, reduzir gastos médicos e avaliar habilidades em falta. Recentemente, o departamento observou que havia uma grande quantidade de acidentes de trabalho. Com o cruzamento de dados, observou-se uma correlação entre o número de acidentes e o gênero dos funcionários: a maioria ocorria com mulheres. Um dos possíveis motivos, segundo ele, era o uso de sapatos com salto alto. "A partir desse tipo de informação, você pode tomar ações para conscientizar os funcionários sobre riscos de acidentes." A Votorantim, em seu programa de seleção de trainees, usa software de análise de "big data" para direcionar candidatos para vagas mais adequadas, com base em teste respondido por quem já trabalha na empresa. QUESTÃO LEGAL Não há legislação específica para regular o uso de dados digitais nas empresas, mas a aplicação do "big data" no RH pode ser controversa em dois aspectos: em relação à privacidade dos funcionários e quanto à chance de uso discriminatório de dados, sobretudo na contratação. "Se o uso dos dados é anônimo, não há problema quanto à privacidade. Mas é recomendável que a empresa informe que vai fazer esse monitoramento", diz Daniela Yuassa, advogada especialista em direito trabalhista do escritório Stocche Forbes. Yuassa crê que, quanto à discriminação, há um problema mais grave. "A preocupação é uma empresa deixar de contratar alguém por conta de gênero ou etnia", afirma. Para Guilherme Malfi, gerente de RH da empresa de recrutamento Talenses, é preciso "tomar cuidado para não aplicar os dados e esquecer o lado humano". Elaine Saad, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, diz que para o bom uso do "big data" é preciso evitar a presença exclusiva de profissionais de ciências exatas. "Ter gente com formação de humanas na função é fundamental."
sobretudo
Processamento de dados em massa já é aplicado na gestão de funcionários LEONARDO DESIDERI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Estudos sobre consumidores por meio de "big data", ou quantidade de dados tão grande que só programas especializados podem processar, são comuns em departamentos de marketing há alguns anos. Agora, para saber mais sobre seus funcionários, algumas empresas estão usando esse mecanismo no setor de recursos humanos. Com programas especializados, o RH pode fazer inferências que ajudam na tomada de decisões sobre cortes de custos, contratações e necessidade de formação dos funcionários, por exemplo. "Posso comparar níveis salariais com o desempenho, e assim responder a algumas perguntas: 'Será que os que trabalham melhor são aqueles que têm os maiores salários? Estou cometendo algum equívoco ao contratar?'", afirma Daniela Mendonça, que é presidente da LG Lugar de Gente, empresa de tecnologia para recursos humanos. O uso de dados sempre foi comum nessa área. O que há de novo nos últimos anos é a capacidade de registrar e processar um volume de informação muito maior, o que abre possibilidades novas na hora de avaliar os dados e procurar correlações. Uma das empresas pioneiras no uso de "big data" em RH no Brasil é a IBM. A empresa cruza anonimamente dados como salário, tempo de profissão, tempo de permanência na empresa e habilidades do funcionário. Segundo o gerente de RH Rafael Kuhl, a empresa já consegue aumentar a retenção de bons funcionários, reduzir gastos médicos e avaliar habilidades em falta. Recentemente, o departamento observou que havia uma grande quantidade de acidentes de trabalho. Com o cruzamento de dados, observou-se uma correlação entre o número de acidentes e o gênero dos funcionários: a maioria ocorria com mulheres. Um dos possíveis motivos, segundo ele, era o uso de sapatos com salto alto. "A partir desse tipo de informação, você pode tomar ações para conscientizar os funcionários sobre riscos de acidentes." A Votorantim, em seu programa de seleção de trainees, usa software de análise de "big data" para direcionar candidatos para vagas mais adequadas, com base em teste respondido por quem já trabalha na empresa. QUESTÃO LEGAL Não há legislação específica para regular o uso de dados digitais nas empresas, mas a aplicação do "big data" no RH pode ser controversa em dois aspectos: em relação à privacidade dos funcionários e quanto à chance de uso discriminatório de dados, sobretudo na contratação. "Se o uso dos dados é anônimo, não há problema quanto à privacidade. Mas é recomendável que a empresa informe que vai fazer esse monitoramento", diz Daniela Yuassa, advogada especialista em direito trabalhista do escritório Stocche Forbes. Yuassa crê que, quanto à discriminação, há um problema mais grave. "A preocupação é uma empresa deixar de contratar alguém por conta de gênero ou etnia", afirma. Para Guilherme Malfi, gerente de RH da empresa de recrutamento Talenses, é preciso "tomar cuidado para não aplicar os dados e esquecer o lado humano". Elaine Saad, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, diz que para o bom uso do "big data" é preciso evitar a presença exclusiva de profissionais de ciências exatas. "Ter gente com formação de humanas na função é fundamental."
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Por que hemoglobina glicada ajuda a diagnosticar diabetes?
Tenho 36 anos e tenho vários diabéticos na família. Gostaria de saber qual é a vantagem de se dosar a hemoglobina glicada para o diagnóstico de diabetes e por que dizem que não seria possível 'trapacear' nesse exame. A vantagem da hemoglobina glicada é que ela reflete a dieta que o paciente teve nos últimos três meses, e não o comportamento alimentar nos últimos dias ou horas, como acontece na glicemia de jejum. Com os dois testes em mãos, o médico pode inferir, por exemplo, que o paciente teve uma ótima dieta nos últimos dias mas não controlou bem a glicemia no passado. Com um maior tempo sem controle da glicemia, pode haver maior risco de doenças cardiovasculares e outras complicações como danos na retina e nos nervos. Outro exame que pode auxiliar o médico no diagnóstico do diabetes é a curva glicêmica, que avalia a resposta do organismo a uma sobrecarga de glicose. - A cada semana, nas edições de sábado do jornal impresso, a editoria de Saúde da Folha responde a uma pergunta dos leitores sobre saúde. É dada preferência a questões mais gerais sobre doenças, cuidados com a saúde e hábitos saudáveis. Mande sua dúvida para o nosso Facebook ou e-mail saude@grupofolha.com.br, informando nome completo e cidade. Por carta, escreva para Editoria de Saúde, al. Barão de Limeira, 425, 4º. andar, CEP 01202-900, São Paulo-SP. Confira mais dúvidas enviadas pelos leitores
equilibrioesaude
Por que hemoglobina glicada ajuda a diagnosticar diabetes?Tenho 36 anos e tenho vários diabéticos na família. Gostaria de saber qual é a vantagem de se dosar a hemoglobina glicada para o diagnóstico de diabetes e por que dizem que não seria possível 'trapacear' nesse exame. A vantagem da hemoglobina glicada é que ela reflete a dieta que o paciente teve nos últimos três meses, e não o comportamento alimentar nos últimos dias ou horas, como acontece na glicemia de jejum. Com os dois testes em mãos, o médico pode inferir, por exemplo, que o paciente teve uma ótima dieta nos últimos dias mas não controlou bem a glicemia no passado. Com um maior tempo sem controle da glicemia, pode haver maior risco de doenças cardiovasculares e outras complicações como danos na retina e nos nervos. Outro exame que pode auxiliar o médico no diagnóstico do diabetes é a curva glicêmica, que avalia a resposta do organismo a uma sobrecarga de glicose. - A cada semana, nas edições de sábado do jornal impresso, a editoria de Saúde da Folha responde a uma pergunta dos leitores sobre saúde. É dada preferência a questões mais gerais sobre doenças, cuidados com a saúde e hábitos saudáveis. Mande sua dúvida para o nosso Facebook ou e-mail saude@grupofolha.com.br, informando nome completo e cidade. Por carta, escreva para Editoria de Saúde, al. Barão de Limeira, 425, 4º. andar, CEP 01202-900, São Paulo-SP. Confira mais dúvidas enviadas pelos leitores
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Bobagens que circulam na internet não podem ser tratadas como piadas
Vivemos na era da informação, o que significa que também vivemos na era da desinformação. De fato, é provável que você já tenha visto mais bobagens nesta semana do que uma pessoa normal que viveu mil anos atrás viu em toda sua vida. Se somássemos todas as palavras contidas em todos os estudos acadêmicos publicados antes do Iluminismo, o resultado seria muito menor que o número de palavras utilizadas para difundir besteiras na internet só no século 21. Se você está balançando a cabeça em sinal de concordância, comece a balançá-la em sinal de discordância. Eu estou falando bobagem. Como posso saber quanta besteira você leu nesta semana? E se você estiver lendo este texto num domingo? O que é uma pessoa "normal" que viveu mil anos atrás? E como eu poderia saber quanta bobagem essa pessoa encarou na vida? Foi muito fácil falar essa besteira [como se fosse um argumento]. A partir do momento em que me propus a impressionar, e não a informar, tirei um peso dos meus ombros e o pus nos seus. Minhas afirmações iniciais até podem ser verdadeiras, mas não temos como saber. Verdadeiras ou falsas, isso era irrelevante para mim, o contador de papo furado. Segundo o filósofo Harry Frankfurt, professor emérito na Universidade Princeton, a besteira é enunciada sem nenhuma preocupação com a verdade. Na mentira, por sua vez, há uma preocupação profunda com a verdade (a saber, a preocupação de subvertê-la). A besteira é especialmente perniciosa porque quem conta papo furado adota uma atitude epistêmica que lhe possibilita muita agilidade. Para ele, não tem importância estar certo ou errado. O que lhe importa é que você esteja prestando atenção. Como poderíamos pesquisar as bobagens empiricamente? Tomemos como exemplo o célebre espiritualista e proponente da medicina alternativa Deepak Chopra. Veja dois de seus tuites: "Mecânica da Manifestação: Intenção, desapego, centrado em ser permitir justaposição de possibilidades se desenvolverem #ConsciênciaCósmica" "Como seres de luz somos locais e não locais, limitados pelo tempo e atemporais realidade e possibilidade #ConsciênciaCósmica" Sem saber quais são as intenções de Chopra, é um pouco difícil determinar se esses tuítes são besteira. As palavras que ele selecionou são desnecessariamente complexas, e os significados pretendidos não são claros. Talvez os tuítes tenham sido redigidos para impressionar, não para informar. Chopra pode ter lançado mão de um texto vago a fim de aparentar profundidade. PESQUISA EMPÍRICA Mas tudo isso é minha opinião. Certamente há pessoas para as quais afirmações como essas são de fato profundas. Quem sou eu para dizer que são bobagens? Bem, realizei pesquisas empíricas sobre bobagens, e os resultados são claros. Meus colaboradores e eu publicamos um artigo no qual investigamos o que descrevemos como besteira pseudo-profunda. Para entender como investigamos bobagens empiricamente, considere os seguintes exemplos: "O invisível está além da nova atemporalidade". "À medida que você se autorrealiza, vai ingressando numa empatia infinita que transcende a compreensão". Essas afirmações, sem sombra de dúvida, são bobagem. Posso afirmar isso porque elas foram geradas por meio de dois sites na internet: wisdomofchopra.com e New Age Bullshit Generator. Ambos selecionam aleatoriamente palavras que estão em voga e as utilizam para formar sentenças. As frases não pretendem ter significado e mascaram sua falta de sentido com uma formulação vaga. São besteira. Ao longo de quatro estudos e com mais de 800 participantes, constatamos que as pessoas leem bobagens evidentes como essas e as classificam como pelo menos um pouco profundas. Mais importante, essa tendência –que descrevemos como receptividade à besteira– se mostrou mais comum entre pessoas que tiveram resultados piores em uma série de testes sobre habilidades cognitivas e estilo de pensar e que acreditavam em religiões e atividades paranormais. Dito de outra forma, como seria de esperar, pessoas mais lógicas, analíticas e céticas têm tendência menor a classificar besteira como algo profundo. Um aspecto importante é que incluímos no estudo frases motivacionais escritas em linguagem simples e direta e que tinham significado claro (exemplo: "Um rio abre uma vala nas rochas não por sua força, mas por sua persistência"). Surpreendentemente, mais de 20% dos participantes de nossos estudos classificaram as frases compostas de palavras aleatórias como mais profundas do que as sentenças com significado claro. Essas pessoas tinham detectores de bobagens especialmente deficientes. E tiveram notas mais baixas em nosso teste de estilo de pensamento, indicando que tendem a ser mais intuitivas, e não reflexivas na tomada de decisões. Então o que dizer de Chopra? Um dos sites que utilizamos (wisdomofchopra.com ) tira palavras diretamente de sua conta no Twitter. Assim, para nós, foi uma evolução natural pegar os tuítes reais de Chopra e apresentá-los às pessoas junto com as palavras da moda, sem identificar que havia alguma ligação com Chopra. É claro que nem tudo que Chopra diz é papo furado, mas esses tuítes certamente são. Você pode decidir se representam ou não o célebre espiritualista. Embora as pessoas em geral tenham classificado os tuítes de Chopra como um pouco mais profundos do que as orações formadas aleatoriamente, há uma correlação muito forte entre as notas de profundidade dadas aos dois tipos de item. Numa escala de 0-1, em que 0 indica que não há correlação e 1 indica uma correlação perfeita, a correlação entre elas foi de 0,88. Além disso, os dois itens estavam correlacionados com os mesmos fatores psicológicos. Em outras palavras, os tuítes de Chopra eram psicologicamente indistinguíveis das frases que eram pura baboseira. Ao que eu saiba, foi a primeira pesquisa empírica sobre bobagens. Mas essa é apenas a ponta de um enorme iceberg. Topamos com dezenas de besteiras todos os dias. Em comerciais, na política, nos tabloides, na televisão -afirmações enganosas aparecem em toda parte, quando você está atento para vê-las. Nossas descobertas são divertidas, mas o papo furado não é um assunto risível. Deepak Chopra lançando tuites poéticos pode não ser algo muito problemático, mas a falta de preocupação com a verdade que caracteriza o papo furado tem consequências sérias. CHARLATANISMO NA SAÚDE Considere o papel do papo furado em áreas altamente complexas, como a saúde. O cirurgião cardiotorácico e apresentador de televisão americano Dr. Mehmet Oz já utilizou suas credenciais para promover "tratamentos charlatanescos... para seu ganho financeiro pessoal". Pesquisas divulgadas no "British Medical Journal" concluíram que menos de metade das recomendações feitas no "The Dr Oz Show" era baseada em evidências confiáveis. Em 2014, quando um subcomitê do Senado questionou suas alegações de que remédios em grande medida não testados possibilitariam "curas milagrosas", Oz respondeu dizendo "sinto que meu trabalho, no programa, consiste em ser líder de torcida para o público". Ele próprio admitiu que seu programa contém afirmações enganosas. Motivar seus espectadores é mais importante que lhes transmitir informações confiáveis. Mas os espectadores o levam a sério e querem melhorar sua saúde. Quando o bem-estar das pessoas está em jogo, a verdade deve ser a preocupação principal. É muito comum que os proponentes da medicina alternativa enfatizem a importância de se ter uma "mente aberta". Infelizmente, isso pode levar as pessoas a ignorar evidências empíricas. Por exemplo, muitas pessoas que são contra vacinas parecem não se preocupar com o fato de que o infame artigo de Andrew Wakefield publicado no "Lancet" em 1998 que citou uma ligação entre a vacina tríplice viral e o autismo foi desacreditado e desmentido há muito tempo. De fato, as explicações diretas desse fato não ajudam a dissuadir as vítimas do papo furado dos adversários das vacinas. Doenças como sarampo e caxumba estão voltando nos Estados Unidos, e, segundo pelo menos um site na internet, desde 2007 ocorreram no país mais de 9.000 mortes evitáveis devido à não vacinação. Realmente, papo furado não é uma questão sem importância. Em seu livro "On Bullshit" (acerca da baboseira, em tradução livre; 2005), Frankfurt observou que "a maioria das pessoas tem bastante confiança em sua capacidade de reconhecer o que é papo furado e não se deixar enganar". Contudo, mais de 98% dos nossos participantes qualificaram pelo menos um item em nossa escala de receptividade de papo furado como sendo pelo menos um pouco profundo. Não somos tão hábeis quanto imaginamos em detectar o que é ou não é conversa fiada. Então como você, leitor, pode se vacinar contra afirmações desse tipo? Para alguém que não é espiritualista, talvez seja relativamente fácil perceber quando Chopra ou Oz estão menos preocupados com a verdade que em vender livros ou entreter os telespectadores. Mas pense nos parágrafos iniciais deste texto. O papo furado é muito mais difícil de detectar quando queremos concordar com ele. O primeiro e mais importante passo consiste em reconhecer os limites de nossa própria cognição. Precisamos ser humildes quanto à nossa capacidade de justificar nossas próprias crenças. Essas são as chaves para a adoção de uma mentalidade crítica, nossa única esperança em um mundo tão repleto de desinformação. GORDON PENNYCOOK, doutor em psicologia cognitiva pela Universidade de Waterloo (Canadá), faz pós-doutorado na Universidade Yale (EUA) Tradução de CLARA ALLAIN
ilustrissima
Bobagens que circulam na internet não podem ser tratadas como piadasVivemos na era da informação, o que significa que também vivemos na era da desinformação. De fato, é provável que você já tenha visto mais bobagens nesta semana do que uma pessoa normal que viveu mil anos atrás viu em toda sua vida. Se somássemos todas as palavras contidas em todos os estudos acadêmicos publicados antes do Iluminismo, o resultado seria muito menor que o número de palavras utilizadas para difundir besteiras na internet só no século 21. Se você está balançando a cabeça em sinal de concordância, comece a balançá-la em sinal de discordância. Eu estou falando bobagem. Como posso saber quanta besteira você leu nesta semana? E se você estiver lendo este texto num domingo? O que é uma pessoa "normal" que viveu mil anos atrás? E como eu poderia saber quanta bobagem essa pessoa encarou na vida? Foi muito fácil falar essa besteira [como se fosse um argumento]. A partir do momento em que me propus a impressionar, e não a informar, tirei um peso dos meus ombros e o pus nos seus. Minhas afirmações iniciais até podem ser verdadeiras, mas não temos como saber. Verdadeiras ou falsas, isso era irrelevante para mim, o contador de papo furado. Segundo o filósofo Harry Frankfurt, professor emérito na Universidade Princeton, a besteira é enunciada sem nenhuma preocupação com a verdade. Na mentira, por sua vez, há uma preocupação profunda com a verdade (a saber, a preocupação de subvertê-la). A besteira é especialmente perniciosa porque quem conta papo furado adota uma atitude epistêmica que lhe possibilita muita agilidade. Para ele, não tem importância estar certo ou errado. O que lhe importa é que você esteja prestando atenção. Como poderíamos pesquisar as bobagens empiricamente? Tomemos como exemplo o célebre espiritualista e proponente da medicina alternativa Deepak Chopra. Veja dois de seus tuites: "Mecânica da Manifestação: Intenção, desapego, centrado em ser permitir justaposição de possibilidades se desenvolverem #ConsciênciaCósmica" "Como seres de luz somos locais e não locais, limitados pelo tempo e atemporais realidade e possibilidade #ConsciênciaCósmica" Sem saber quais são as intenções de Chopra, é um pouco difícil determinar se esses tuítes são besteira. As palavras que ele selecionou são desnecessariamente complexas, e os significados pretendidos não são claros. Talvez os tuítes tenham sido redigidos para impressionar, não para informar. Chopra pode ter lançado mão de um texto vago a fim de aparentar profundidade. PESQUISA EMPÍRICA Mas tudo isso é minha opinião. Certamente há pessoas para as quais afirmações como essas são de fato profundas. Quem sou eu para dizer que são bobagens? Bem, realizei pesquisas empíricas sobre bobagens, e os resultados são claros. Meus colaboradores e eu publicamos um artigo no qual investigamos o que descrevemos como besteira pseudo-profunda. Para entender como investigamos bobagens empiricamente, considere os seguintes exemplos: "O invisível está além da nova atemporalidade". "À medida que você se autorrealiza, vai ingressando numa empatia infinita que transcende a compreensão". Essas afirmações, sem sombra de dúvida, são bobagem. Posso afirmar isso porque elas foram geradas por meio de dois sites na internet: wisdomofchopra.com e New Age Bullshit Generator. Ambos selecionam aleatoriamente palavras que estão em voga e as utilizam para formar sentenças. As frases não pretendem ter significado e mascaram sua falta de sentido com uma formulação vaga. São besteira. Ao longo de quatro estudos e com mais de 800 participantes, constatamos que as pessoas leem bobagens evidentes como essas e as classificam como pelo menos um pouco profundas. Mais importante, essa tendência –que descrevemos como receptividade à besteira– se mostrou mais comum entre pessoas que tiveram resultados piores em uma série de testes sobre habilidades cognitivas e estilo de pensar e que acreditavam em religiões e atividades paranormais. Dito de outra forma, como seria de esperar, pessoas mais lógicas, analíticas e céticas têm tendência menor a classificar besteira como algo profundo. Um aspecto importante é que incluímos no estudo frases motivacionais escritas em linguagem simples e direta e que tinham significado claro (exemplo: "Um rio abre uma vala nas rochas não por sua força, mas por sua persistência"). Surpreendentemente, mais de 20% dos participantes de nossos estudos classificaram as frases compostas de palavras aleatórias como mais profundas do que as sentenças com significado claro. Essas pessoas tinham detectores de bobagens especialmente deficientes. E tiveram notas mais baixas em nosso teste de estilo de pensamento, indicando que tendem a ser mais intuitivas, e não reflexivas na tomada de decisões. Então o que dizer de Chopra? Um dos sites que utilizamos (wisdomofchopra.com ) tira palavras diretamente de sua conta no Twitter. Assim, para nós, foi uma evolução natural pegar os tuítes reais de Chopra e apresentá-los às pessoas junto com as palavras da moda, sem identificar que havia alguma ligação com Chopra. É claro que nem tudo que Chopra diz é papo furado, mas esses tuítes certamente são. Você pode decidir se representam ou não o célebre espiritualista. Embora as pessoas em geral tenham classificado os tuítes de Chopra como um pouco mais profundos do que as orações formadas aleatoriamente, há uma correlação muito forte entre as notas de profundidade dadas aos dois tipos de item. Numa escala de 0-1, em que 0 indica que não há correlação e 1 indica uma correlação perfeita, a correlação entre elas foi de 0,88. Além disso, os dois itens estavam correlacionados com os mesmos fatores psicológicos. Em outras palavras, os tuítes de Chopra eram psicologicamente indistinguíveis das frases que eram pura baboseira. Ao que eu saiba, foi a primeira pesquisa empírica sobre bobagens. Mas essa é apenas a ponta de um enorme iceberg. Topamos com dezenas de besteiras todos os dias. Em comerciais, na política, nos tabloides, na televisão -afirmações enganosas aparecem em toda parte, quando você está atento para vê-las. Nossas descobertas são divertidas, mas o papo furado não é um assunto risível. Deepak Chopra lançando tuites poéticos pode não ser algo muito problemático, mas a falta de preocupação com a verdade que caracteriza o papo furado tem consequências sérias. CHARLATANISMO NA SAÚDE Considere o papel do papo furado em áreas altamente complexas, como a saúde. O cirurgião cardiotorácico e apresentador de televisão americano Dr. Mehmet Oz já utilizou suas credenciais para promover "tratamentos charlatanescos... para seu ganho financeiro pessoal". Pesquisas divulgadas no "British Medical Journal" concluíram que menos de metade das recomendações feitas no "The Dr Oz Show" era baseada em evidências confiáveis. Em 2014, quando um subcomitê do Senado questionou suas alegações de que remédios em grande medida não testados possibilitariam "curas milagrosas", Oz respondeu dizendo "sinto que meu trabalho, no programa, consiste em ser líder de torcida para o público". Ele próprio admitiu que seu programa contém afirmações enganosas. Motivar seus espectadores é mais importante que lhes transmitir informações confiáveis. Mas os espectadores o levam a sério e querem melhorar sua saúde. Quando o bem-estar das pessoas está em jogo, a verdade deve ser a preocupação principal. É muito comum que os proponentes da medicina alternativa enfatizem a importância de se ter uma "mente aberta". Infelizmente, isso pode levar as pessoas a ignorar evidências empíricas. Por exemplo, muitas pessoas que são contra vacinas parecem não se preocupar com o fato de que o infame artigo de Andrew Wakefield publicado no "Lancet" em 1998 que citou uma ligação entre a vacina tríplice viral e o autismo foi desacreditado e desmentido há muito tempo. De fato, as explicações diretas desse fato não ajudam a dissuadir as vítimas do papo furado dos adversários das vacinas. Doenças como sarampo e caxumba estão voltando nos Estados Unidos, e, segundo pelo menos um site na internet, desde 2007 ocorreram no país mais de 9.000 mortes evitáveis devido à não vacinação. Realmente, papo furado não é uma questão sem importância. Em seu livro "On Bullshit" (acerca da baboseira, em tradução livre; 2005), Frankfurt observou que "a maioria das pessoas tem bastante confiança em sua capacidade de reconhecer o que é papo furado e não se deixar enganar". Contudo, mais de 98% dos nossos participantes qualificaram pelo menos um item em nossa escala de receptividade de papo furado como sendo pelo menos um pouco profundo. Não somos tão hábeis quanto imaginamos em detectar o que é ou não é conversa fiada. Então como você, leitor, pode se vacinar contra afirmações desse tipo? Para alguém que não é espiritualista, talvez seja relativamente fácil perceber quando Chopra ou Oz estão menos preocupados com a verdade que em vender livros ou entreter os telespectadores. Mas pense nos parágrafos iniciais deste texto. O papo furado é muito mais difícil de detectar quando queremos concordar com ele. O primeiro e mais importante passo consiste em reconhecer os limites de nossa própria cognição. Precisamos ser humildes quanto à nossa capacidade de justificar nossas próprias crenças. Essas são as chaves para a adoção de uma mentalidade crítica, nossa única esperança em um mundo tão repleto de desinformação. GORDON PENNYCOOK, doutor em psicologia cognitiva pela Universidade de Waterloo (Canadá), faz pós-doutorado na Universidade Yale (EUA) Tradução de CLARA ALLAIN
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Dunga faz mistério sobre escalação da seleção brasileira contra a França
O técnico Dunga evitou confirmar a escalação do time titular que enfrenta a França nesta quinta-feira (25), em Paris, no Stade de France. "O colete é uma mera distribuição de posições. Não tem nada confirmado ainda", afirmou sobre a sinalização em um treino de que Roberto Firmino, do Hoffenheim, da Alemanha, deve começar o jogo no ataque ao lado de Neymar. Nem mesmo o goleiro foi confirmado pelo treinador - a dúvida continua entre Jefferson e Diego Alves. Dunga deu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (25), antes do último treino, fechado à imprensa. O treinador disse já ter uma boa base para a Copa América, no Chile, entre junho e julho. Os amistosos contra a França em Paris e o Chile no domingo (29), em Londres, devem tirar as últimas dúvidas sobre o grupo que vai à competição. "Todos os jogos são fundamentais. Temos uma base até para dar sustentação para outros jogadores que vêm sendo convocados. Precisamos criar opções", afirmou. "Se tivermos uma base, podemos inserir um ou dois para se sentir mais seguro. Queremos uma equipe moderna, que seja compacta e que tenha agressividade, mas sem perder a essência do futebol brasileiro", disse o treinador. "É nossa responsabilidade observar jogos, eu falo para os jogadores não se preocupar com assessor para botar notinha no jornal. Quem está dentro não deve se sentir seguro, quem está fora não pode se sentir fora, depende de uma série de fatores", ressaltou. Um jornalista francês questionou o treinador sobre o comportamento emotivo de Thiago Silva, que retorna pela primeira vez como titular da seleção desde a Copa do Mundo do ano passado. "Todos nós somos emotivos, principalmente nós, latinos. O importante é encontrar o equilíbrio, tanto para o bem como para o mal, nos momentos de maior pressão", respondeu Dunga. Ele também destacou a satisfação com o desempenho do lateral Danilo, do Porto, que começa o amistoso contra a França como titular. "O treinador gosta de quem resolve seu problema. O Danilo foi bem nas primeiras convocações", disse. A COPA DE 98 O treinador retorna nesta quinta ao palco da final da Copa de 98, quando a seleção brasileira, da qual era capitão, perdeu para a França por 3 a 0. "Quando se perde, a gente fala dos erros, mas também tem que enaltecer com quem se jogou, e a França era uma grande seleção naquela final", disse. Para ele, o trauma da eliminação da Copa de 90, na Itália, é maior do que a derrota na França. "A Copa do Mundo de 90 doeu mais porque toda responsabilidade foi colocada no meu nome, direto, até hoje colocam. Ganhar eu quero, mas ser campeão do mundo é muito complicado, é muito difícil, é para poucos, tanto é verdade que a França tem tantos talentos e só foi uma vez campeã do mundo", afirmou.
esporte
Dunga faz mistério sobre escalação da seleção brasileira contra a FrançaO técnico Dunga evitou confirmar a escalação do time titular que enfrenta a França nesta quinta-feira (25), em Paris, no Stade de France. "O colete é uma mera distribuição de posições. Não tem nada confirmado ainda", afirmou sobre a sinalização em um treino de que Roberto Firmino, do Hoffenheim, da Alemanha, deve começar o jogo no ataque ao lado de Neymar. Nem mesmo o goleiro foi confirmado pelo treinador - a dúvida continua entre Jefferson e Diego Alves. Dunga deu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (25), antes do último treino, fechado à imprensa. O treinador disse já ter uma boa base para a Copa América, no Chile, entre junho e julho. Os amistosos contra a França em Paris e o Chile no domingo (29), em Londres, devem tirar as últimas dúvidas sobre o grupo que vai à competição. "Todos os jogos são fundamentais. Temos uma base até para dar sustentação para outros jogadores que vêm sendo convocados. Precisamos criar opções", afirmou. "Se tivermos uma base, podemos inserir um ou dois para se sentir mais seguro. Queremos uma equipe moderna, que seja compacta e que tenha agressividade, mas sem perder a essência do futebol brasileiro", disse o treinador. "É nossa responsabilidade observar jogos, eu falo para os jogadores não se preocupar com assessor para botar notinha no jornal. Quem está dentro não deve se sentir seguro, quem está fora não pode se sentir fora, depende de uma série de fatores", ressaltou. Um jornalista francês questionou o treinador sobre o comportamento emotivo de Thiago Silva, que retorna pela primeira vez como titular da seleção desde a Copa do Mundo do ano passado. "Todos nós somos emotivos, principalmente nós, latinos. O importante é encontrar o equilíbrio, tanto para o bem como para o mal, nos momentos de maior pressão", respondeu Dunga. Ele também destacou a satisfação com o desempenho do lateral Danilo, do Porto, que começa o amistoso contra a França como titular. "O treinador gosta de quem resolve seu problema. O Danilo foi bem nas primeiras convocações", disse. A COPA DE 98 O treinador retorna nesta quinta ao palco da final da Copa de 98, quando a seleção brasileira, da qual era capitão, perdeu para a França por 3 a 0. "Quando se perde, a gente fala dos erros, mas também tem que enaltecer com quem se jogou, e a França era uma grande seleção naquela final", disse. Para ele, o trauma da eliminação da Copa de 90, na Itália, é maior do que a derrota na França. "A Copa do Mundo de 90 doeu mais porque toda responsabilidade foi colocada no meu nome, direto, até hoje colocam. Ganhar eu quero, mas ser campeão do mundo é muito complicado, é muito difícil, é para poucos, tanto é verdade que a França tem tantos talentos e só foi uma vez campeã do mundo", afirmou.
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Sabesp não descarta rodízio e amplia horário de redução de pressão
O novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que não está descartada a adoção de rodízio de água na região metropolitana e que a empresa já começou a ampliar o período de redução da pressão da água enviada a todos os bairros da Grande São Paulo. "Pode chegar [a ter rodízio]. Torcemos [para] que não", afirmou Kelman na tarde desta quarta-feira (14). Ele afirmou, no entanto, que "ainda não temos um ponto que acenderá a luz vermelha". Ela disse ainda que a empresa vai comunicar a população se esse momento chegar. Kelman afirmou que pediu para que a diretoria da Sabesp pensasse alternativas criativas para atravessar o "deserto de 2015". A ampliação do tempo de menor pressão da água distribuída tem como objetivo a redução de consumo nas torneiras e de perdas nas inúmeras falhas nos encanamentos da empresa. A medida causa também falta de água, principalmente em locais altos em que o morador não tenha uma caixa d'água capaz de abastecer a família por 24 horas. Na prática, essa ampliação da redução de pressão é o que Kelman vinha chamando de aumento de "sofrimento da população". Kelman admitiu que o aumento da tática deverá deixar um número ainda maior de pessoas sem água na torneira. Kelman disse apenas, que há a possibilidade de uso de uma terceira cota do volume morto do Sistema Cantareira, que teria 41 milhões de metros cúbicos. Ele citou que a Sabesp também estuda a possibilidade de aumento de captação de água da Billings, que hoje já auxilia os sistemas Guarapiranga e Rio Grande com 10 m³/s de água. Essa ampliação, no entanto, esbarra na dificuldade de levar essa água aos consumidores e também na taxa de poluição do reservatório. São Paulo registrou em 2014 a maior estiagem da história. "Essa seca foi um murro na face", disse Kelman sobre a imprevisibilidade da estiagem e da falta de chuva. RACIONAMENTO As declarações foram dadas na primeira entrevista coletiva do presidente da empresa e ocorre no mesmo dia em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a região já passa por racionamento de água. A declaração de Alckmin ocorre após a Justiça proibir a cobrança de sobretaxa para quem consumir mais água do que a média. Na prática, o governador tenta atribuir às agências reguladoras a instituição do racionamento. O discurso é o mesmo adotado pela Sabesp e pela Arsesp que entendem que o racionamento na Grande São Paulo está pressuposto uma vez que as agências reguladoras ordenaram a redução de captação de água no Cantareira. "O racionamento já existe", disse o governador. Comentando a decisão da Justiça, Kelman disse que a Justiça não discorda da aplicação da medida, apenas de sua forma. "É uma questão de semântica", disse ele sobre a necessidade de decretação de racionamento, segundo entendimento da juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara da Fazenda Pública. O governo do Estado pretende recorrer da decisão judicial que suspendeu a sobretaxa.
cotidiano
Sabesp não descarta rodízio e amplia horário de redução de pressãoO novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que não está descartada a adoção de rodízio de água na região metropolitana e que a empresa já começou a ampliar o período de redução da pressão da água enviada a todos os bairros da Grande São Paulo. "Pode chegar [a ter rodízio]. Torcemos [para] que não", afirmou Kelman na tarde desta quarta-feira (14). Ele afirmou, no entanto, que "ainda não temos um ponto que acenderá a luz vermelha". Ela disse ainda que a empresa vai comunicar a população se esse momento chegar. Kelman afirmou que pediu para que a diretoria da Sabesp pensasse alternativas criativas para atravessar o "deserto de 2015". A ampliação do tempo de menor pressão da água distribuída tem como objetivo a redução de consumo nas torneiras e de perdas nas inúmeras falhas nos encanamentos da empresa. A medida causa também falta de água, principalmente em locais altos em que o morador não tenha uma caixa d'água capaz de abastecer a família por 24 horas. Na prática, essa ampliação da redução de pressão é o que Kelman vinha chamando de aumento de "sofrimento da população". Kelman admitiu que o aumento da tática deverá deixar um número ainda maior de pessoas sem água na torneira. Kelman disse apenas, que há a possibilidade de uso de uma terceira cota do volume morto do Sistema Cantareira, que teria 41 milhões de metros cúbicos. Ele citou que a Sabesp também estuda a possibilidade de aumento de captação de água da Billings, que hoje já auxilia os sistemas Guarapiranga e Rio Grande com 10 m³/s de água. Essa ampliação, no entanto, esbarra na dificuldade de levar essa água aos consumidores e também na taxa de poluição do reservatório. São Paulo registrou em 2014 a maior estiagem da história. "Essa seca foi um murro na face", disse Kelman sobre a imprevisibilidade da estiagem e da falta de chuva. RACIONAMENTO As declarações foram dadas na primeira entrevista coletiva do presidente da empresa e ocorre no mesmo dia em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a região já passa por racionamento de água. A declaração de Alckmin ocorre após a Justiça proibir a cobrança de sobretaxa para quem consumir mais água do que a média. Na prática, o governador tenta atribuir às agências reguladoras a instituição do racionamento. O discurso é o mesmo adotado pela Sabesp e pela Arsesp que entendem que o racionamento na Grande São Paulo está pressuposto uma vez que as agências reguladoras ordenaram a redução de captação de água no Cantareira. "O racionamento já existe", disse o governador. Comentando a decisão da Justiça, Kelman disse que a Justiça não discorda da aplicação da medida, apenas de sua forma. "É uma questão de semântica", disse ele sobre a necessidade de decretação de racionamento, segundo entendimento da juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara da Fazenda Pública. O governo do Estado pretende recorrer da decisão judicial que suspendeu a sobretaxa.
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Brasileiros precisam se preocupar com arsênio no arroz, como os britânicos?
Classificado como cancerígeno pela Iarc (Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer, na sigla em inglês), órgão da OMS (Organização Mundial da Saúde), o arsênio tem causado polêmica quando o assunto é alimentação. O debate voltou à tona depois que o programa Trust Me, I'm A Doctor ("Confie em mim, eu sou um médico"), da BBC, mostrou maneiras de diminuir a quantidade da substância no arroz –como deixar os grãos na água durante a noite, por exemplo. A preocupação dos especialistas consultados pelo programa não foi exagerada: boa parte do arroz consumido no Reino Unido, onde a atração é gravada, vem de Bangladesh. O grão e outros alimentos importados de Bangladesh possuem três vezes mais arsênio do que os cultivados no próprio Reino Unido, como mostra uma pesquisa realizada na Universidade de Montfort, na Inglaterra, em 2005. O estudo também afirma que o nível de arsênio nos vegetais vindos de Bangladesh é semelhante ao encontrado no Estado de Bengala Ocidental, na Índia, onde a água é contaminada por arsênio. * ARROZ SEGURO Essa realidade, porém, é bem diferente da brasileira. O INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), testou recentemente 193 amostras de arroz produzido Brasil e todas estavam abaixo do limite de arsênio permitido: 0,3 mg por quilo de alimento. O limite é estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em sintonia com as normas preconizadas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês). "Por que a gente tem uma preocupação com o arroz? Porque, no Brasil, a gente tem um grande consumo de arroz. Qualquer possível contaminação estaria expondo a população", explica Ligia Lindner Schreiner, gerente de avaliação de risco e eficácia em alimentos da Anvisa. Assim como a Anvisa, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) concluíram que o arroz brasileiro é seguro para consumo. Uma das primeiras pesquisas do país foi realizada por Bruno Lemos Batista, que chegou a passar uma temporada na Escócia durante seu doutorado em toxicologia, concluído em 2012. Na Universidade de Aberdeen, Batista –que atualmente é professor de Química da Universidade Federal do ABC– encontrou diversas pesquisas na área justamente por causa da preocupação com o arroz importado de Bangladesh. "Garanto que o arroz das prateleiras brasileiras está dentro da normalidade", diz ele. O pesquisador ressalta que o arsênio, por estar presente naturalmente no meio ambiente, é encontrado no solo, na água e no ar. "Mas não é nada aterrorizante", tranquiliza. A pesquisadora Ana Carolina Paulelli, doutoranda em Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, estudou diversos tipos de arroz durante seu mestrado em toxicologia e concluiu que algumas formas concentram mais arsênio nos grãos do que outros –mas sempre abaixo do limite determinado pela Anvisa. O arsênio do solo chega à planta através da raiz e é conduzido até o grão pela água. No entanto, até mesmo o tipo de grão que mais concentra arsênio, segundo o estudo de Paulelli, não é motivo para preocupação –curiosamente, ele possui menos arsênio inorgânico, a forma mais tóxica, do que os demais tipos. * MAIOR PRODUTOR A maior parte do arroz consumido no Brasil é cultivado no Rio Grande do Sul: 72 %. "Os solos do Estado são bastante antigos, é uma formação não vulcânica, as rochas que originaram nossos solos do RS não possuem arsênio na sua composição", explica Henrique Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do RS). O Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) também defende a qualidade da produção gaúcha. "A gente monitora a qualidade e nunca tivemos relatos de taxas de arsênio superiores ao recomendado", certifica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial do Irga. O Estado tem 19 mil produtores de arroz. Um deles é Arnaldo Eckert, de 64 anos, que viu a propriedade da família crescer de 8 para 800 hectares. "Era tudo manual, com foice, não tinha colheitadeira", relembra Eckert sobre a infância no campo. Hoje, na lavoura que fica em Tapes, a 103 km de Porto Alegre, às margens da Lagoa dos Patos, Eckert colhe 6,4 mil toneladas de arroz por safra, gerando um resultado bruto de R$ 5,5 milhões. * AGROTÓXICOS Apesar de não enfrentar problemas com a questão da concentração do arsênio, o Rio Grande do Sul tem de lidar com outro risco. São 19 mil produtores de arroz –e tamanha produção também demanda controle de pragas, que é feito da forma tradicional, com uso de agrotóxicos. No último relatório do Programa de Análises de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (Para), da Anvisa, o órgão testou 746 amostras de arroz. A investigação concluiu que 715 foram consideradas satisfatórias (sem resíduos de agrotóxicos ou com resíduos dentro do limite). Mas 33 amostras revelaram a presença não autorizada de resíduos agrotóxicos.
equilibrioesaude
Brasileiros precisam se preocupar com arsênio no arroz, como os britânicos?Classificado como cancerígeno pela Iarc (Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer, na sigla em inglês), órgão da OMS (Organização Mundial da Saúde), o arsênio tem causado polêmica quando o assunto é alimentação. O debate voltou à tona depois que o programa Trust Me, I'm A Doctor ("Confie em mim, eu sou um médico"), da BBC, mostrou maneiras de diminuir a quantidade da substância no arroz –como deixar os grãos na água durante a noite, por exemplo. A preocupação dos especialistas consultados pelo programa não foi exagerada: boa parte do arroz consumido no Reino Unido, onde a atração é gravada, vem de Bangladesh. O grão e outros alimentos importados de Bangladesh possuem três vezes mais arsênio do que os cultivados no próprio Reino Unido, como mostra uma pesquisa realizada na Universidade de Montfort, na Inglaterra, em 2005. O estudo também afirma que o nível de arsênio nos vegetais vindos de Bangladesh é semelhante ao encontrado no Estado de Bengala Ocidental, na Índia, onde a água é contaminada por arsênio. * ARROZ SEGURO Essa realidade, porém, é bem diferente da brasileira. O INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), testou recentemente 193 amostras de arroz produzido Brasil e todas estavam abaixo do limite de arsênio permitido: 0,3 mg por quilo de alimento. O limite é estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em sintonia com as normas preconizadas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês). "Por que a gente tem uma preocupação com o arroz? Porque, no Brasil, a gente tem um grande consumo de arroz. Qualquer possível contaminação estaria expondo a população", explica Ligia Lindner Schreiner, gerente de avaliação de risco e eficácia em alimentos da Anvisa. Assim como a Anvisa, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) concluíram que o arroz brasileiro é seguro para consumo. Uma das primeiras pesquisas do país foi realizada por Bruno Lemos Batista, que chegou a passar uma temporada na Escócia durante seu doutorado em toxicologia, concluído em 2012. Na Universidade de Aberdeen, Batista –que atualmente é professor de Química da Universidade Federal do ABC– encontrou diversas pesquisas na área justamente por causa da preocupação com o arroz importado de Bangladesh. "Garanto que o arroz das prateleiras brasileiras está dentro da normalidade", diz ele. O pesquisador ressalta que o arsênio, por estar presente naturalmente no meio ambiente, é encontrado no solo, na água e no ar. "Mas não é nada aterrorizante", tranquiliza. A pesquisadora Ana Carolina Paulelli, doutoranda em Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, estudou diversos tipos de arroz durante seu mestrado em toxicologia e concluiu que algumas formas concentram mais arsênio nos grãos do que outros –mas sempre abaixo do limite determinado pela Anvisa. O arsênio do solo chega à planta através da raiz e é conduzido até o grão pela água. No entanto, até mesmo o tipo de grão que mais concentra arsênio, segundo o estudo de Paulelli, não é motivo para preocupação –curiosamente, ele possui menos arsênio inorgânico, a forma mais tóxica, do que os demais tipos. * MAIOR PRODUTOR A maior parte do arroz consumido no Brasil é cultivado no Rio Grande do Sul: 72 %. "Os solos do Estado são bastante antigos, é uma formação não vulcânica, as rochas que originaram nossos solos do RS não possuem arsênio na sua composição", explica Henrique Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do RS). O Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) também defende a qualidade da produção gaúcha. "A gente monitora a qualidade e nunca tivemos relatos de taxas de arsênio superiores ao recomendado", certifica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial do Irga. O Estado tem 19 mil produtores de arroz. Um deles é Arnaldo Eckert, de 64 anos, que viu a propriedade da família crescer de 8 para 800 hectares. "Era tudo manual, com foice, não tinha colheitadeira", relembra Eckert sobre a infância no campo. Hoje, na lavoura que fica em Tapes, a 103 km de Porto Alegre, às margens da Lagoa dos Patos, Eckert colhe 6,4 mil toneladas de arroz por safra, gerando um resultado bruto de R$ 5,5 milhões. * AGROTÓXICOS Apesar de não enfrentar problemas com a questão da concentração do arsênio, o Rio Grande do Sul tem de lidar com outro risco. São 19 mil produtores de arroz –e tamanha produção também demanda controle de pragas, que é feito da forma tradicional, com uso de agrotóxicos. No último relatório do Programa de Análises de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (Para), da Anvisa, o órgão testou 746 amostras de arroz. A investigação concluiu que 715 foram consideradas satisfatórias (sem resíduos de agrotóxicos ou com resíduos dentro do limite). Mas 33 amostras revelaram a presença não autorizada de resíduos agrotóxicos.
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Dublador de Harry Potter é morto em tiroteio no Rio
O policial militar Caio César Ignácio Cardoso de Melo, 27, morreu nesta quarta-feira (30) durante uma operação no Complexo do Alemão. Melo era a voz em português do personagem Harry Potter. Ele dublou Daniel Radcliffe, que interpretou o protagonista da série, nos oito filmes da franquia. A morte de Melo foi confirmada pela Polícia Militar e pela Warner Bros., distribuidora da franquia. O soldado estava na polícia havia quatro anos. Segundo o comando da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fazendinha, uma das quatro do Complexo do Alemão, policiais patrulhavam a região do Campo do Sargento quando criminosos realizaram disparos contra os agentes, por volta das 11h desta quarta. Houve troca de tiros e Melo foi atingido no pescoço. Chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na zona norte, mas não resistiu aos ferimentos. Outros trabalhos conhecidos do dublador foram a voz de Sokka, da animação Avatar: A Lenda de Aang; de Diego, em Rebelde; e TK, em Digimon. Ele deixou uma filha. Numa entrevista publicada em redes sociais, Melo comenta. "As pessoas se surpreendiam quando eu falava que era o Harry Potter. Eu sou o oposto dele". Segundo Mauro Ramos, membro da Comissão de Dublagem, que engloba Rio de Janeiro e São Paulo, é comum que dubladores tenham outras profissões, principalmente no início da carreira, devido à instabilidade do trabalho. Além disso, diz Ramos, Melo sempre quisera ser policial. Ele contou ter conhecido o militar em seu primeiro trabalho de peso, quando fez a voz do protagonista da série de Disney "Smart Guy", aos 7 anos de idade. Sites de notícias sobre dublagem e colegas de profissão manifestaram pesar em redes sociais.
cotidiano
Dublador de Harry Potter é morto em tiroteio no RioO policial militar Caio César Ignácio Cardoso de Melo, 27, morreu nesta quarta-feira (30) durante uma operação no Complexo do Alemão. Melo era a voz em português do personagem Harry Potter. Ele dublou Daniel Radcliffe, que interpretou o protagonista da série, nos oito filmes da franquia. A morte de Melo foi confirmada pela Polícia Militar e pela Warner Bros., distribuidora da franquia. O soldado estava na polícia havia quatro anos. Segundo o comando da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fazendinha, uma das quatro do Complexo do Alemão, policiais patrulhavam a região do Campo do Sargento quando criminosos realizaram disparos contra os agentes, por volta das 11h desta quarta. Houve troca de tiros e Melo foi atingido no pescoço. Chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na zona norte, mas não resistiu aos ferimentos. Outros trabalhos conhecidos do dublador foram a voz de Sokka, da animação Avatar: A Lenda de Aang; de Diego, em Rebelde; e TK, em Digimon. Ele deixou uma filha. Numa entrevista publicada em redes sociais, Melo comenta. "As pessoas se surpreendiam quando eu falava que era o Harry Potter. Eu sou o oposto dele". Segundo Mauro Ramos, membro da Comissão de Dublagem, que engloba Rio de Janeiro e São Paulo, é comum que dubladores tenham outras profissões, principalmente no início da carreira, devido à instabilidade do trabalho. Além disso, diz Ramos, Melo sempre quisera ser policial. Ele contou ter conhecido o militar em seu primeiro trabalho de peso, quando fez a voz do protagonista da série de Disney "Smart Guy", aos 7 anos de idade. Sites de notícias sobre dublagem e colegas de profissão manifestaram pesar em redes sociais.
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Leitor elogia bilionário que vai doar 60% de sua fortuna a projetos sociais
A notícia Dono da incorporadora Cyrela doa 60% de sua fortuna a causas sociais me faz sentir orgulho de ser brasileiro. Quando já me acostumava a conviver com acontecimentos cada dia mais surpreendentes que envolvem a prática de ilícitos acintosamente cometidos por poderosos –políticos e empresários–, deparo-me com a atitude filantrópica do sr. Elie Horn e de sua família. A decisão de doar parte de sua fortuna para causas sociais demonstra a altivez de um homem honrado. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor elogia bilionário que vai doar 60% de sua fortuna a projetos sociaisA notícia Dono da incorporadora Cyrela doa 60% de sua fortuna a causas sociais me faz sentir orgulho de ser brasileiro. Quando já me acostumava a conviver com acontecimentos cada dia mais surpreendentes que envolvem a prática de ilícitos acintosamente cometidos por poderosos –políticos e empresários–, deparo-me com a atitude filantrópica do sr. Elie Horn e de sua família. A decisão de doar parte de sua fortuna para causas sociais demonstra a altivez de um homem honrado. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Câmara altera proposta de regularização de recursos não declarados
A comissão da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei para regularizar recursos não declarados à Receita aprovou a versão final do texto proposto pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB). A proposta aprovada, que ainda será apreciada pelo plenário, tem mudanças significativas em relação ao texto original enviado pelo Executivo. A versão aprovada pela comissão estabelece que os contribuintes que aderirem ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (Rerct) terão os recursos declarados taxados em 30%, sendo 15% de imposto de renda e 15% de multa. A proposta original do governo era uma tributação de 35%, com divisão das alíquotas em 17,5%. Além disso, o governo queria destinar as receitas das multas a dois fundos, instituídos pela Medida Provisória 683, para compensar Estados prejudicados com as mudanças no ICMS. Mas a Câmara fez uma alteração destinando esses recursos aos Fundos de Participação de Estados e Municípios. "É um ganho fundamental, um socorro para eles [governos regionais]", disse o relator da proposta. Na avaliação dos parlamentares, a mudança na destinação é necessária, uma vez que a tramitação da MP 683 está praticamente parada. Os deputados acreditam que a MP perderá a validade em breve, pois não há entendimento para conversão da medida em lei. A tramitação do projeto de lei deve ser rápida, na avaliação de deputados envolvidos na proposta. Como possui caráter de urgência, o projeto tranca a pauta de votações da Câmara a partir de hoje. Há uma chance de votação no plenário na próxima terça-feira. "As mudanças estavam sendo discutidas, haviam opiniões diferentes, mas foi uma negociação onde alguns pontos prevaleceu a opinião da Receita e da Fazenda e em outros o relator", disse o presidente da comissão, José Mentor (PT-SP). A versão final do texto foi fechada nesta madrugada, após reunião dos parlamentares com o ministro Levy e técnicos da Receita Federal. A regularização de ativos no exterior é uma das frentes de arrecadação do governo federal, que sofre com as baixas receitas causadas pelo cenário econômico. A proposta sugere que contribuintes que façam adesão ao regime fiquem livres do risco de serem processados por crimes contra a ordem financeira e o sistema tributário. O prazo de adesão será de 180 dias contados após a regulamentação do programa. A proposta prevê que pessoas físicas e jurídicas apresentem uma declaração de regularização, especificando quais ativos estejam em sua posse sem regularização, considerando a data limite de 31 de dezembro de 2014. Na mensagem encaminhada ao Congresso com o projeto, o governo disse que estimativas indicam que a arrecadação aos cofres da União pode atingir cerca de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões com o programa e que o total de ativos de brasileiros no exterior não declarados pode somar US$ 400 bilhões. Entretanto, com as alterações propostas pelos parlamentares na comissão, deve haver uma frustração nessas receitas estimadas, caso esta versão seja aprovada pela Câmara.
poder
Câmara altera proposta de regularização de recursos não declaradosA comissão da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei para regularizar recursos não declarados à Receita aprovou a versão final do texto proposto pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB). A proposta aprovada, que ainda será apreciada pelo plenário, tem mudanças significativas em relação ao texto original enviado pelo Executivo. A versão aprovada pela comissão estabelece que os contribuintes que aderirem ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (Rerct) terão os recursos declarados taxados em 30%, sendo 15% de imposto de renda e 15% de multa. A proposta original do governo era uma tributação de 35%, com divisão das alíquotas em 17,5%. Além disso, o governo queria destinar as receitas das multas a dois fundos, instituídos pela Medida Provisória 683, para compensar Estados prejudicados com as mudanças no ICMS. Mas a Câmara fez uma alteração destinando esses recursos aos Fundos de Participação de Estados e Municípios. "É um ganho fundamental, um socorro para eles [governos regionais]", disse o relator da proposta. Na avaliação dos parlamentares, a mudança na destinação é necessária, uma vez que a tramitação da MP 683 está praticamente parada. Os deputados acreditam que a MP perderá a validade em breve, pois não há entendimento para conversão da medida em lei. A tramitação do projeto de lei deve ser rápida, na avaliação de deputados envolvidos na proposta. Como possui caráter de urgência, o projeto tranca a pauta de votações da Câmara a partir de hoje. Há uma chance de votação no plenário na próxima terça-feira. "As mudanças estavam sendo discutidas, haviam opiniões diferentes, mas foi uma negociação onde alguns pontos prevaleceu a opinião da Receita e da Fazenda e em outros o relator", disse o presidente da comissão, José Mentor (PT-SP). A versão final do texto foi fechada nesta madrugada, após reunião dos parlamentares com o ministro Levy e técnicos da Receita Federal. A regularização de ativos no exterior é uma das frentes de arrecadação do governo federal, que sofre com as baixas receitas causadas pelo cenário econômico. A proposta sugere que contribuintes que façam adesão ao regime fiquem livres do risco de serem processados por crimes contra a ordem financeira e o sistema tributário. O prazo de adesão será de 180 dias contados após a regulamentação do programa. A proposta prevê que pessoas físicas e jurídicas apresentem uma declaração de regularização, especificando quais ativos estejam em sua posse sem regularização, considerando a data limite de 31 de dezembro de 2014. Na mensagem encaminhada ao Congresso com o projeto, o governo disse que estimativas indicam que a arrecadação aos cofres da União pode atingir cerca de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões com o programa e que o total de ativos de brasileiros no exterior não declarados pode somar US$ 400 bilhões. Entretanto, com as alterações propostas pelos parlamentares na comissão, deve haver uma frustração nessas receitas estimadas, caso esta versão seja aprovada pela Câmara.
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Elza Soares celebra vinil do premiado álbum 'A Mulher do Fim do Mundo'
Apenas ao gravar o 34º álbum, em seus 60 anos de carreira, Elza Soares conseguiu lançar um disco só com canções inéditas, feitas para ela. Esse trabalho, "A Mulher do Fim do Mundo", se transformou no mais premiado da cantora, e é ele que motiva três shows, a partir desta quinta (27), em São Paulo. Um ano depois de ser lançado e entrar em praticamente todas as listas de melhores da temporada, "A Mulher do Fim do Mundo" ganha agora edição em vinil, festejada no show. "É o formato mais charmoso", diz Elza à Folha. Ela não titubeia ao responder se, ao concluir a gravação do álbum, teve a certeza de que o disco iria fazer sucesso. "Não tinha noção do tamanho da repercussão, mas sabia que tinha feito uma coisa muito boa. Sabe que ele não toca nas rádios, né? Não sei a razão. Que disco! Que letras!" Mas a unanimidade a surpreende. "Pensei que alguns iriam gostar, outros não, mas deveria ser um trabalho premiado. E eu me enganei, caiu na boca do povo maravilhosamente." O disco uniu Elza a músicos da cena paulistana recente, com produção de Guilherme Kastrup. Ele vai acompanhá-la nos shows, num time que traz também Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, Romulo Fróes e Felipe Roseno. Segundo fontes diferentes, Elza tem entre 75 e 79 anos –ela não revela a idade. Mas o público nas suas apresentações é cada vez mais jovem. "A garotada não está dormindo no ponto, é uma geração muito inteligente." Para ela, a acolhida jovem passa pela sonoridade, que inclui guitarras e DJ, e pelas letras engajadas. Politizada em toda a carreira, Elza canta sobre violência doméstica ("Maria da Vila Matilde") e questões de gênero ("Benedita"). "Mensagens claras, só canto músicas assim." Os compositores requisitados pelo produtor forneceram 50 músicas para o trabalho, e 11 acabaram entrando na edição final. Outras canções dessa safra devem ser gravadas futuramente por Elza. "Eu pretendo dar continuidade, se Deus permitir, já que a coisa foi tão boa." "Ainda não posso brincar muito com a coluna", diz, ao contar que segue fazendo shows sentada, por orientação médica. "Não me esforço para cantar, isso é tranquilo." "Não penso em parar a carreira. Lógico que um dia vou ter de me preocupar com isso, mas ainda não bateu", afirma. "Eu coloco nas mãos de Deus. Sou devota de São Jorge e Nossa Senhora Aparecida. Acredito muito na proteção desses dois." ELZA SOARES QUANDO quinta (27), sexta (28) e sábado (29), às 21h ONDE Sesc Pinheiros, r. Pais Leme, 195, tel. (11) 3095-9400 QUANTO de R$ 18 a R$ 60 CLASSIFICAÇÃO 10 anos
ilustrada
Elza Soares celebra vinil do premiado álbum 'A Mulher do Fim do Mundo'Apenas ao gravar o 34º álbum, em seus 60 anos de carreira, Elza Soares conseguiu lançar um disco só com canções inéditas, feitas para ela. Esse trabalho, "A Mulher do Fim do Mundo", se transformou no mais premiado da cantora, e é ele que motiva três shows, a partir desta quinta (27), em São Paulo. Um ano depois de ser lançado e entrar em praticamente todas as listas de melhores da temporada, "A Mulher do Fim do Mundo" ganha agora edição em vinil, festejada no show. "É o formato mais charmoso", diz Elza à Folha. Ela não titubeia ao responder se, ao concluir a gravação do álbum, teve a certeza de que o disco iria fazer sucesso. "Não tinha noção do tamanho da repercussão, mas sabia que tinha feito uma coisa muito boa. Sabe que ele não toca nas rádios, né? Não sei a razão. Que disco! Que letras!" Mas a unanimidade a surpreende. "Pensei que alguns iriam gostar, outros não, mas deveria ser um trabalho premiado. E eu me enganei, caiu na boca do povo maravilhosamente." O disco uniu Elza a músicos da cena paulistana recente, com produção de Guilherme Kastrup. Ele vai acompanhá-la nos shows, num time que traz também Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, Romulo Fróes e Felipe Roseno. Segundo fontes diferentes, Elza tem entre 75 e 79 anos –ela não revela a idade. Mas o público nas suas apresentações é cada vez mais jovem. "A garotada não está dormindo no ponto, é uma geração muito inteligente." Para ela, a acolhida jovem passa pela sonoridade, que inclui guitarras e DJ, e pelas letras engajadas. Politizada em toda a carreira, Elza canta sobre violência doméstica ("Maria da Vila Matilde") e questões de gênero ("Benedita"). "Mensagens claras, só canto músicas assim." Os compositores requisitados pelo produtor forneceram 50 músicas para o trabalho, e 11 acabaram entrando na edição final. Outras canções dessa safra devem ser gravadas futuramente por Elza. "Eu pretendo dar continuidade, se Deus permitir, já que a coisa foi tão boa." "Ainda não posso brincar muito com a coluna", diz, ao contar que segue fazendo shows sentada, por orientação médica. "Não me esforço para cantar, isso é tranquilo." "Não penso em parar a carreira. Lógico que um dia vou ter de me preocupar com isso, mas ainda não bateu", afirma. "Eu coloco nas mãos de Deus. Sou devota de São Jorge e Nossa Senhora Aparecida. Acredito muito na proteção desses dois." ELZA SOARES QUANDO quinta (27), sexta (28) e sábado (29), às 21h ONDE Sesc Pinheiros, r. Pais Leme, 195, tel. (11) 3095-9400 QUANTO de R$ 18 a R$ 60 CLASSIFICAÇÃO 10 anos
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'Peneira genética' pode ajudar a escolher e melhorar atletas de elite
A Olimpíada do Rio mal acabou, mas o assunto esporte continua na pauta –pelo menos para os cientistas que há décadas buscam entender o que, na biologia, faz um atleta de elite. Seria possível, por exemplo, a partir de um exame de sangue, fazer uma "peneira genética" e achar os possíveis melhores atletas de antemão? Um grande consórcio quer responder essa e outras perguntas relacionados à ciência esportiva. O projeto recebeu o nome de "Projeto Atloma" (Athlome Project, em inglês) e visa melhorar o entendimento sobre o tema, reunindo centenas de grupos de cientistas em todo o mundo. O embaixador desse projeto é o australiano de origem grega Yannis Pitsiladis, professor da Universidade de Brighton, no Reino Unido. Ele estará no Brasil nesta quinta (1º) para apresentar o projeto na Convenção Internacional de Ciência, Educação e Medicina no Esporte (Icsemis, na sigla em inglês), que será realizado em Santos (SP). MESMA CAMISA, GENES DIFERENTES A rota já está traçada –é uma questão de dar ordem e senso de conjunto às pesquisas já em andamento há anos, além de tentar ajudar na obtenção de financiamento junto às agências de fomento. A proposta do Projeto Atloma tende a se valer dos avanços das diversas "-ômicas" que já tomaram conta da biologia: genômica, proteômica (estudo das proteínas), epigenômica (estudo de ligamento/desligamento dos genes), metabolômica (referente ao metabolismo), nutrigenômica (quais alimentos são mais adequados para um organismo) entre tantas outras. É do interesse do consórcio entender a predisposição de atletas a lesões, identificar genes relacionados ao aumento do desempenho e até criar modelos animais geneticamente modificados para testar essas ideias. MAPEANDO ATLETAS O grande foco, no entanto, é mapear atletas de elite. São pelo menos 12 grandes projetos já em andamento que, baseados em amostras de DNA (saliva ou sangue) doadas por atletas, querem mapear genes e polimorfismos (pequenas alterações genéticas) associados ao desempenho. Uma dessas alterações que vem sendo estudada em diversos esportes (como salto em distância, corrida e levantamento de peso) é a do gene da alfa-actinina 3 (ACTN3). Há duas versões dessa proteína: uma associada a um aumento da força de contração muscular, outra que ajuda a célula muscular a se manter em operação por mais tempo (resistência). Como cada pessoa tem duas cópias de cada gene (uma materna e uma paterna) são três possibilidades: duas cópias dessa versão do gene que aumenta a força (RR), uma cópia (RX) ou nenhuma cópia (XX). Raciocínio semelhante pode ser aplicado para mais de 200 outros genes, o que mostra a dificuldade de "definir" um atleta geneticamente. BASQUETE O projeto Atletas do Futuro, grupo de pesquisadores brasileiros comandado por João Bosco Pesquero, professor da Unifesp, entre outras atividades realizou uma intervenção baseada na análise de quatro desses genes –sendo um deles o ACTN3 –em jogadores de basquete. Os atletas tiveram esses quatro genes analisados e para cada indivíduo foi atribuído um escore de resistência e outro de força. No total, eles somam 100 – 87,5 de força e 12,5 de resistência, por exemplo. Cada teste custa R$ 200. Um atleta com alto escore de força dificilmente vai se dar bem em uma função na quadra que requeira correr continuamente –seu risco de lesões é elevado. No caso, é possível fazer uma alteração de seu treinamento/posicionamento para que ele tenha um desempenho otimizado de acordo com seus genes. A mesma lógica vale para quem tem alto escore de resistência –talvez valha a pena cansar os adversários com o ritmo elevado durante o jogo do que ir para o embate corpo a corpo. O resultado da intervenção nos time de basquete –Palmeiras e São José dos Campos– foi tanto uma melhora expressiva nos resultados quanto uma menor ocorrência de lesões nos atletas. Chiaretto Costa, à época preparador físico do Palmeiras, e Pesquero atribuem o sucesso à nova metodologia. A pergunta que surge com isso é: sabendo qual é o perfil genético "desejado" para uma determinada atividade esportiva, seria possível aplicar isso na busca por novos atletas, a chamada peneira? Para Pesquero a resposta curta é sim, mas há ressalvas. É crucial que haja vontade de praticar aquela atividade. A determinação e a disciplina também têm papeis importantes e há outros milhares de genes que podem influenciar no desempenho. Ele afirma que para alguns esportes já foi verificada uma correlação de 80% entre os testes físicos tradicionais e o escore genético –o que deixaria para outros genes e para o ambiente apenas uma explicação correspondente a 20% do desempenho. O médico geneticista Ciro Martinhago é mais reticente. "Isso ainda está longe ser verdade para população em geral", diz. "Não dá para montar um vencedor com uma análise como essa por enquanto, mas é possível aperfeiçoar o desempenho." Para Martinhago a principal aplicação da genômica no esporte atualmente seria a prevenção de complicações. Se uma pessoa tem predisposição para trombofilia, arritmia ou morte súbita, um exame desses pode salvar uma vida, afirma."Para o clube, o exame funcionaria como uma espécie de seguro." DOPING O estudo dos possíveis fatores que podem levar os cientistas a entenderem as nuances biológicas dos atletas de elite sempre trazem a tiracolo o fantasma do doping. Isso porque, a partir do momento em que se sabe que gene está associado a uma performance melhor, é possível usar diversos artifícios para "empurrar o organismo para essa direção. Um exemplo clássico é a eritropoietina, responsável pela síntese de glóbulos vermelhos do sangue. Seu uso é considerado doping. O que é mais difícil de pegar em algum exame seria a versão "genética" desse doping. Usando um vírus ou algum outro recurso biotecnológico, faz-se com que o organismo do atleta ou candidato a atleta tenha inúmeras cópias daquele gene no organismo. A produção "natural" de eritropoietina passa despercebida nas detecções. Outro candidato ao "abuso genético" é o gene da miostatina. No caso não precisa nem ativar o gene –basta inibi-lo. Seu papel é limitar a hipertrofia muscular. Uma vez "acalmado", o organismo ganha quantidades incríveis de massa muscular. Detectar esses e outros tipos de doping genéticos já está na lista de prioridades de agências reguladoras como a WADA (Agência Mundial Antidoping). No entanto, seria uma tarefa quase impossível, opina Ciro Martinhago. Para ele, não está descartada a hipótese de que já tenhamos entrado nessa nova era da competição esportiva. "Imagine se não seria possível, em troca de dinheiro, algum corredor bastante pobre da Etiópia ou do Quênia se submeter a experimentos dessa natureza." "Isso sem contar a possibilidade de países, como a Rússia, investirem nessa direção. Essas pessoas podem ter sido selecionadas, otimizadas, e, de repente, já estar por aí há algumas olimpíadas", especula o médico.
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'Peneira genética' pode ajudar a escolher e melhorar atletas de eliteA Olimpíada do Rio mal acabou, mas o assunto esporte continua na pauta –pelo menos para os cientistas que há décadas buscam entender o que, na biologia, faz um atleta de elite. Seria possível, por exemplo, a partir de um exame de sangue, fazer uma "peneira genética" e achar os possíveis melhores atletas de antemão? Um grande consórcio quer responder essa e outras perguntas relacionados à ciência esportiva. O projeto recebeu o nome de "Projeto Atloma" (Athlome Project, em inglês) e visa melhorar o entendimento sobre o tema, reunindo centenas de grupos de cientistas em todo o mundo. O embaixador desse projeto é o australiano de origem grega Yannis Pitsiladis, professor da Universidade de Brighton, no Reino Unido. Ele estará no Brasil nesta quinta (1º) para apresentar o projeto na Convenção Internacional de Ciência, Educação e Medicina no Esporte (Icsemis, na sigla em inglês), que será realizado em Santos (SP). MESMA CAMISA, GENES DIFERENTES A rota já está traçada –é uma questão de dar ordem e senso de conjunto às pesquisas já em andamento há anos, além de tentar ajudar na obtenção de financiamento junto às agências de fomento. A proposta do Projeto Atloma tende a se valer dos avanços das diversas "-ômicas" que já tomaram conta da biologia: genômica, proteômica (estudo das proteínas), epigenômica (estudo de ligamento/desligamento dos genes), metabolômica (referente ao metabolismo), nutrigenômica (quais alimentos são mais adequados para um organismo) entre tantas outras. É do interesse do consórcio entender a predisposição de atletas a lesões, identificar genes relacionados ao aumento do desempenho e até criar modelos animais geneticamente modificados para testar essas ideias. MAPEANDO ATLETAS O grande foco, no entanto, é mapear atletas de elite. São pelo menos 12 grandes projetos já em andamento que, baseados em amostras de DNA (saliva ou sangue) doadas por atletas, querem mapear genes e polimorfismos (pequenas alterações genéticas) associados ao desempenho. Uma dessas alterações que vem sendo estudada em diversos esportes (como salto em distância, corrida e levantamento de peso) é a do gene da alfa-actinina 3 (ACTN3). Há duas versões dessa proteína: uma associada a um aumento da força de contração muscular, outra que ajuda a célula muscular a se manter em operação por mais tempo (resistência). Como cada pessoa tem duas cópias de cada gene (uma materna e uma paterna) são três possibilidades: duas cópias dessa versão do gene que aumenta a força (RR), uma cópia (RX) ou nenhuma cópia (XX). Raciocínio semelhante pode ser aplicado para mais de 200 outros genes, o que mostra a dificuldade de "definir" um atleta geneticamente. BASQUETE O projeto Atletas do Futuro, grupo de pesquisadores brasileiros comandado por João Bosco Pesquero, professor da Unifesp, entre outras atividades realizou uma intervenção baseada na análise de quatro desses genes –sendo um deles o ACTN3 –em jogadores de basquete. Os atletas tiveram esses quatro genes analisados e para cada indivíduo foi atribuído um escore de resistência e outro de força. No total, eles somam 100 – 87,5 de força e 12,5 de resistência, por exemplo. Cada teste custa R$ 200. Um atleta com alto escore de força dificilmente vai se dar bem em uma função na quadra que requeira correr continuamente –seu risco de lesões é elevado. No caso, é possível fazer uma alteração de seu treinamento/posicionamento para que ele tenha um desempenho otimizado de acordo com seus genes. A mesma lógica vale para quem tem alto escore de resistência –talvez valha a pena cansar os adversários com o ritmo elevado durante o jogo do que ir para o embate corpo a corpo. O resultado da intervenção nos time de basquete –Palmeiras e São José dos Campos– foi tanto uma melhora expressiva nos resultados quanto uma menor ocorrência de lesões nos atletas. Chiaretto Costa, à época preparador físico do Palmeiras, e Pesquero atribuem o sucesso à nova metodologia. A pergunta que surge com isso é: sabendo qual é o perfil genético "desejado" para uma determinada atividade esportiva, seria possível aplicar isso na busca por novos atletas, a chamada peneira? Para Pesquero a resposta curta é sim, mas há ressalvas. É crucial que haja vontade de praticar aquela atividade. A determinação e a disciplina também têm papeis importantes e há outros milhares de genes que podem influenciar no desempenho. Ele afirma que para alguns esportes já foi verificada uma correlação de 80% entre os testes físicos tradicionais e o escore genético –o que deixaria para outros genes e para o ambiente apenas uma explicação correspondente a 20% do desempenho. O médico geneticista Ciro Martinhago é mais reticente. "Isso ainda está longe ser verdade para população em geral", diz. "Não dá para montar um vencedor com uma análise como essa por enquanto, mas é possível aperfeiçoar o desempenho." Para Martinhago a principal aplicação da genômica no esporte atualmente seria a prevenção de complicações. Se uma pessoa tem predisposição para trombofilia, arritmia ou morte súbita, um exame desses pode salvar uma vida, afirma."Para o clube, o exame funcionaria como uma espécie de seguro." DOPING O estudo dos possíveis fatores que podem levar os cientistas a entenderem as nuances biológicas dos atletas de elite sempre trazem a tiracolo o fantasma do doping. Isso porque, a partir do momento em que se sabe que gene está associado a uma performance melhor, é possível usar diversos artifícios para "empurrar o organismo para essa direção. Um exemplo clássico é a eritropoietina, responsável pela síntese de glóbulos vermelhos do sangue. Seu uso é considerado doping. O que é mais difícil de pegar em algum exame seria a versão "genética" desse doping. Usando um vírus ou algum outro recurso biotecnológico, faz-se com que o organismo do atleta ou candidato a atleta tenha inúmeras cópias daquele gene no organismo. A produção "natural" de eritropoietina passa despercebida nas detecções. Outro candidato ao "abuso genético" é o gene da miostatina. No caso não precisa nem ativar o gene –basta inibi-lo. Seu papel é limitar a hipertrofia muscular. Uma vez "acalmado", o organismo ganha quantidades incríveis de massa muscular. Detectar esses e outros tipos de doping genéticos já está na lista de prioridades de agências reguladoras como a WADA (Agência Mundial Antidoping). No entanto, seria uma tarefa quase impossível, opina Ciro Martinhago. Para ele, não está descartada a hipótese de que já tenhamos entrado nessa nova era da competição esportiva. "Imagine se não seria possível, em troca de dinheiro, algum corredor bastante pobre da Etiópia ou do Quênia se submeter a experimentos dessa natureza." "Isso sem contar a possibilidade de países, como a Rússia, investirem nessa direção. Essas pessoas podem ter sido selecionadas, otimizadas, e, de repente, já estar por aí há algumas olimpíadas", especula o médico.
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Acuado, Del Nero prepara nos bastidores sucessão na CBF
A CBF já prepara nos bastidores a sucessão de Marco Polo Del Nero. Na noite desta quarta (3), o dirigente convocou uma assembleia geral extraordinária para a próxima semana. O órgão é a instância máxima de poder da entidade e tem poderes para tirar até o presidente. No ofício postado no site da entidade na internet, Del Nero convoca os 27 presidentes de federações para a reunião e informa que vai tratar "da reforma parcial do estatuto" e "interpretar preceitos" do documento. O secretário-geral da entidade, Walter Feldman, afirmou que a assembleia poderá definir mudanças no critério de sucessão. Atualmente, a CBF conta com cinco vices. Em caso de renúncia, o mais velho substituiu o presidente. A cúpula da entidade quer mudar isso. Presidente da entidade até abril, José Maria Marin, 83, era o vice mais velho. Mas está fora da sucessão depois de ser preso na Suíça acusado de ser um dos beneficiários do esquema de propina na comercialização de torneio no Brasil e na América do Sul. Principal executivo da gestão Marin, Del Nero é pressionado para deixar o cargo. Até o governo quer a saída do cartola. Com a saída de Marin do jogo eleitoral, o presidente da Federação de Futebol de Santa Catarina, Delfim Peixoto, 74, é o primeiro na linha de sucessão. Mas Peixoto não tem a confiança de Del Nero. Na terça (2), ele não foi convidado para participar da reunião organizada para apoiar o presidente. A intenção da cúpula da CBF é acabar com o critério de idade para definir o primeiro o sucessor do presidente. "Ele [Del Nero] está fazendo essa reunião só para tirarem o meu direito. Mas não vão calar a minha boca. Vão ter que me ouvir por quatro anos", afirmou Peixoto. "Ele foram desumanos com o Marin ao afastá-lo de tudo. Sempre estiveram juntos. Não poderia esperar nada deles", acrescentou. O preferido de Del Nero para ser o primeiro na linha de sucessão é o capixaba Marcus Vicente, presidente da federação local. Vicente é deputado federal e presidente estadual do Partido Progressista. No ano passado, ele foi eleito para o quarto mandato com 45.525 votos. O deputado seria um dos líderes da CBF em Brasília. O Senado e a Câmara já aprovaram a criação de duas CPIs para investigar o futebol. Del Nero é um dos principais alvos. Além de Vicente, Peixoto e Marin, o alagoano Gustavo Feijó e o maranhense Fernando Sarney são vices da CBF. Na assembleia marcada para o dia 11, o substituto de Marin também deverá ser escolhido. A vaga é ocupada tradicionalmente em alternância entre um representante do Rio e outro de São Paulo.
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Acuado, Del Nero prepara nos bastidores sucessão na CBFA CBF já prepara nos bastidores a sucessão de Marco Polo Del Nero. Na noite desta quarta (3), o dirigente convocou uma assembleia geral extraordinária para a próxima semana. O órgão é a instância máxima de poder da entidade e tem poderes para tirar até o presidente. No ofício postado no site da entidade na internet, Del Nero convoca os 27 presidentes de federações para a reunião e informa que vai tratar "da reforma parcial do estatuto" e "interpretar preceitos" do documento. O secretário-geral da entidade, Walter Feldman, afirmou que a assembleia poderá definir mudanças no critério de sucessão. Atualmente, a CBF conta com cinco vices. Em caso de renúncia, o mais velho substituiu o presidente. A cúpula da entidade quer mudar isso. Presidente da entidade até abril, José Maria Marin, 83, era o vice mais velho. Mas está fora da sucessão depois de ser preso na Suíça acusado de ser um dos beneficiários do esquema de propina na comercialização de torneio no Brasil e na América do Sul. Principal executivo da gestão Marin, Del Nero é pressionado para deixar o cargo. Até o governo quer a saída do cartola. Com a saída de Marin do jogo eleitoral, o presidente da Federação de Futebol de Santa Catarina, Delfim Peixoto, 74, é o primeiro na linha de sucessão. Mas Peixoto não tem a confiança de Del Nero. Na terça (2), ele não foi convidado para participar da reunião organizada para apoiar o presidente. A intenção da cúpula da CBF é acabar com o critério de idade para definir o primeiro o sucessor do presidente. "Ele [Del Nero] está fazendo essa reunião só para tirarem o meu direito. Mas não vão calar a minha boca. Vão ter que me ouvir por quatro anos", afirmou Peixoto. "Ele foram desumanos com o Marin ao afastá-lo de tudo. Sempre estiveram juntos. Não poderia esperar nada deles", acrescentou. O preferido de Del Nero para ser o primeiro na linha de sucessão é o capixaba Marcus Vicente, presidente da federação local. Vicente é deputado federal e presidente estadual do Partido Progressista. No ano passado, ele foi eleito para o quarto mandato com 45.525 votos. O deputado seria um dos líderes da CBF em Brasília. O Senado e a Câmara já aprovaram a criação de duas CPIs para investigar o futebol. Del Nero é um dos principais alvos. Além de Vicente, Peixoto e Marin, o alagoano Gustavo Feijó e o maranhense Fernando Sarney são vices da CBF. Na assembleia marcada para o dia 11, o substituto de Marin também deverá ser escolhido. A vaga é ocupada tradicionalmente em alternância entre um representante do Rio e outro de São Paulo.
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Cabral dos anos 1990, o 'Serginho', era associado a 'vanguarda' e 'ética'
Naquela época ele era Serginho, 29, primogênito e homônimo do cofundador do "Pasquim" e três vezes vereador Sergio Cabral. E Serginho, então no PSDB e casado com uma prima de Aécio Neves, a Susana, sonhava em ser prefeito do Rio de Janeiro. Entrou em campanha com o slogan "meus valores são outros". Revelava quais eram em propaganda eleitoral na TV: "A ética, a moral". Então vice-governador e hoje deputado estadual, Luiz Paulo Corrêa (PSDB-RJ) lembra de uma cidade tomada por outdoors com o rosto de Sergio Cabral Filho, que ainda não dispensara o último nome. Neles, bordões como: "Quero ser um novo Marcello [Alencar, então governador e aliado] sem o Brizola para atrapalhar". Grão-tucanos paulistas exaltaram sua "mensagem ética" (José Serra), disseram que, quando o assunto era competência e honestidade, o jovem Cabral "resume essas qualidades" (Fernando Henrique Cardoso) e exortaram os cariocas a votar no parlamentar em primeiro mandato (Mario Covas). Cabral em 1992 Isso em 1992, um quarto de século antes da sentença de 14 anos de prisão e das sucessivas denúncias apresentadas pela Justiça –nesta segunda (19), Cabral virou alvo da 11ª, desta vez pela compra de mais de R$ 4 milhões em joias descritas pela H. Stern em acordo de leniência. Contra aquele político visto como promissor pairaria, no futuro, um novelo de escândalos. A acusação de desviar centenas de milhões ao longo de dois mandatos. O convescote de luxo em Paris onde ele, alguns de seus secretários e o empresário Fernando Cavendish se deixaram fotografar com guardanapos na cabeça. A suspeita de manter mais de US$ 2 milhões na Suíça só em diamantes. Os ex-operadores financeiros afirmarem que pagaram R$ 156 mil em 11 peças da grife italiana Ermenegildo Zegna. Cabral perdeu sua primeira eleição ao Executivo, mas ganhou a aura de paladino da moralidade, lapidada ao longo de três mandatos na Assembleia Legislativa fluminense (1991-2003). Com a derrota na disputa para prefeito, voltou à Casa para a qual foi eleito em 1990. Lá deu partida numa série de "ações marqueteiras", segundo adversários, e "era uma pessoa muito, vamos dizer assim, nariz em pé", nas palavras do desafeto e também ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ). Sem perder a chance de deixar a mídia a par, o jovem Cabral dispensou o carro oficial com motorista (ia com o próprio Voyage) ao qual todo deputado tinha direito. Ia em bailes da terceira idade e privilegiou projetos para idosos. Em 1994, presidiu uma CPI que investigou a corrupção no futebol do Rio. Então vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda chegou a lhe ameaçar, em entrevista à Rádio Nacional: "É melhor não voltar a me chamar de ladrão. Ele já está merecendo uma escopeta calibre 12 nas costas". Cabral virou presidente da Assembleia no ano seguinte, debruçado no discurso moralizador. Sua gestão aprovou a aposentadoria especial para parlamentares e um teto anti-supersalários. Quando, em 1996, o Tribunal de Justiça do Rio determinou que a Assembleia pagasse R$ 20 milhões retirados dos salários de 302 funcionários, ele esbravejou contra a "imoralidade" da decisão. Cabral abdicou do tucanato em 1999 para retornar ao PMDB. Contou sua trajetória partidária num programa "Roda Viva" de 2007, já como governador fluminense: "Tive uma militância no 'velho partidão' [Partido Comunista Brasileiro], fui presidente da juventude do PMDB, no final dos anos 1970, início dos 1980, com Aécio, que era presidente da juventude do PMDB de Minas. Depois fomos para o PSDB". Nessa primeira fase política, Cabral "tinha posição de jovem de vanguarda, com aquela campanha toda de combater supersalários", afirma o deputado Luiz Paulo. A semanas de deixar o cargo de governador, o tucano Marcello Alencar jogou a primeira de muitas ogivas contra seu manto de ética. Ex-aliados, eles se desentenderam após Cabral denunciar suposta compra de votos para que deputados apoiassem a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). Alencar contra-atacou: acusou o presidente da Assembleia Legislativa de ser dono de uma casa no condomínio Portobello, em Mangaratiba (sul do Rio), que jamais poderia comprar com seus ganhos como parlamentar. Na época, Cabral disse que pagou pouco pelo imóvel pois fez negócio "com um amigo de 15 anos", o empresário Carlos Jardim Borges –que anos depois seria investigado na Lava Jato. Hoje avaliada em R$ 8 milhões, a mansão fica num complexo com pista de pouso, sushi bar, marina e um safári de 300 mil m², cercado pela mata atlântica e lar da zebra Lua, do emu Neymar e do camelo Sadam, segundo o site do empreendimento. GAROTINHO Cabral também rivalizou com Garotinho, que o antecedeu no Governo do Rio e de quem foi contemporâneo no PMDB por alguns anos. Garotinho conta à Folha sobre um episódio que aconteceu quando ainda eram amigos, em 2002 –ano do "escândalo do propinoduto, protagonizado por fiscais do Estado que depositavam na Suíça propinas pagas por empresas em troca de benefícios fiscais. "Numa tarde, um amigo do Cabral liga. Fala que ele está deprimido, sem tomar banho, barba por fazer. Ele morava no Leblon na época", diz o ex-governador. Ele afirma que foi até lá e encontrou o deputado estadual com a cara afundada no travesseiro. Segundo Garotinho, Cabral lamentou: "Minha vida acabou". Ainda de acordo com ele, o peemedebista teria sido o responsável por lhe indicar um velho conhecido, Rodrigo Silveirinha, ex-subsecretário adjunto de Administração Tributária e pivô no "propinoduto". Astrólogo, doleiro e delator, Renato Chebar disse em depoimento à Justiça que, no carnaval daquele ano, Cabral o procurou: queria depositar uma pequena quantia de dólares no exterior. Estava preocupado com o propinoduto, ainda que não estivesse envolvido com ele. Anos depois, Cabral e Garotinho foram implicados em diferentes escândalos (o primeiro na Lava Jato, o segundo em suposto esquema de compra de votos) e presos com menos de 24 horas de distância, em novembro de 2016. Garotinho foi solto pouco depois. Cabral vive na cela de uma cadeia pública na zona norte carioca, após uma temporada em Bangu 8, apelidado de "cadeia dos vips", que já recebeu outros ilustres, como o ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Quando chegou, manifestantes o esperavam na porta. A recepção foi à base de fogos e espumante.
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Cabral dos anos 1990, o 'Serginho', era associado a 'vanguarda' e 'ética'Naquela época ele era Serginho, 29, primogênito e homônimo do cofundador do "Pasquim" e três vezes vereador Sergio Cabral. E Serginho, então no PSDB e casado com uma prima de Aécio Neves, a Susana, sonhava em ser prefeito do Rio de Janeiro. Entrou em campanha com o slogan "meus valores são outros". Revelava quais eram em propaganda eleitoral na TV: "A ética, a moral". Então vice-governador e hoje deputado estadual, Luiz Paulo Corrêa (PSDB-RJ) lembra de uma cidade tomada por outdoors com o rosto de Sergio Cabral Filho, que ainda não dispensara o último nome. Neles, bordões como: "Quero ser um novo Marcello [Alencar, então governador e aliado] sem o Brizola para atrapalhar". Grão-tucanos paulistas exaltaram sua "mensagem ética" (José Serra), disseram que, quando o assunto era competência e honestidade, o jovem Cabral "resume essas qualidades" (Fernando Henrique Cardoso) e exortaram os cariocas a votar no parlamentar em primeiro mandato (Mario Covas). Cabral em 1992 Isso em 1992, um quarto de século antes da sentença de 14 anos de prisão e das sucessivas denúncias apresentadas pela Justiça –nesta segunda (19), Cabral virou alvo da 11ª, desta vez pela compra de mais de R$ 4 milhões em joias descritas pela H. Stern em acordo de leniência. Contra aquele político visto como promissor pairaria, no futuro, um novelo de escândalos. A acusação de desviar centenas de milhões ao longo de dois mandatos. O convescote de luxo em Paris onde ele, alguns de seus secretários e o empresário Fernando Cavendish se deixaram fotografar com guardanapos na cabeça. A suspeita de manter mais de US$ 2 milhões na Suíça só em diamantes. Os ex-operadores financeiros afirmarem que pagaram R$ 156 mil em 11 peças da grife italiana Ermenegildo Zegna. Cabral perdeu sua primeira eleição ao Executivo, mas ganhou a aura de paladino da moralidade, lapidada ao longo de três mandatos na Assembleia Legislativa fluminense (1991-2003). Com a derrota na disputa para prefeito, voltou à Casa para a qual foi eleito em 1990. Lá deu partida numa série de "ações marqueteiras", segundo adversários, e "era uma pessoa muito, vamos dizer assim, nariz em pé", nas palavras do desafeto e também ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ). Sem perder a chance de deixar a mídia a par, o jovem Cabral dispensou o carro oficial com motorista (ia com o próprio Voyage) ao qual todo deputado tinha direito. Ia em bailes da terceira idade e privilegiou projetos para idosos. Em 1994, presidiu uma CPI que investigou a corrupção no futebol do Rio. Então vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda chegou a lhe ameaçar, em entrevista à Rádio Nacional: "É melhor não voltar a me chamar de ladrão. Ele já está merecendo uma escopeta calibre 12 nas costas". Cabral virou presidente da Assembleia no ano seguinte, debruçado no discurso moralizador. Sua gestão aprovou a aposentadoria especial para parlamentares e um teto anti-supersalários. Quando, em 1996, o Tribunal de Justiça do Rio determinou que a Assembleia pagasse R$ 20 milhões retirados dos salários de 302 funcionários, ele esbravejou contra a "imoralidade" da decisão. Cabral abdicou do tucanato em 1999 para retornar ao PMDB. Contou sua trajetória partidária num programa "Roda Viva" de 2007, já como governador fluminense: "Tive uma militância no 'velho partidão' [Partido Comunista Brasileiro], fui presidente da juventude do PMDB, no final dos anos 1970, início dos 1980, com Aécio, que era presidente da juventude do PMDB de Minas. Depois fomos para o PSDB". Nessa primeira fase política, Cabral "tinha posição de jovem de vanguarda, com aquela campanha toda de combater supersalários", afirma o deputado Luiz Paulo. A semanas de deixar o cargo de governador, o tucano Marcello Alencar jogou a primeira de muitas ogivas contra seu manto de ética. Ex-aliados, eles se desentenderam após Cabral denunciar suposta compra de votos para que deputados apoiassem a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). Alencar contra-atacou: acusou o presidente da Assembleia Legislativa de ser dono de uma casa no condomínio Portobello, em Mangaratiba (sul do Rio), que jamais poderia comprar com seus ganhos como parlamentar. Na época, Cabral disse que pagou pouco pelo imóvel pois fez negócio "com um amigo de 15 anos", o empresário Carlos Jardim Borges –que anos depois seria investigado na Lava Jato. Hoje avaliada em R$ 8 milhões, a mansão fica num complexo com pista de pouso, sushi bar, marina e um safári de 300 mil m², cercado pela mata atlântica e lar da zebra Lua, do emu Neymar e do camelo Sadam, segundo o site do empreendimento. GAROTINHO Cabral também rivalizou com Garotinho, que o antecedeu no Governo do Rio e de quem foi contemporâneo no PMDB por alguns anos. Garotinho conta à Folha sobre um episódio que aconteceu quando ainda eram amigos, em 2002 –ano do "escândalo do propinoduto, protagonizado por fiscais do Estado que depositavam na Suíça propinas pagas por empresas em troca de benefícios fiscais. "Numa tarde, um amigo do Cabral liga. Fala que ele está deprimido, sem tomar banho, barba por fazer. Ele morava no Leblon na época", diz o ex-governador. Ele afirma que foi até lá e encontrou o deputado estadual com a cara afundada no travesseiro. Segundo Garotinho, Cabral lamentou: "Minha vida acabou". Ainda de acordo com ele, o peemedebista teria sido o responsável por lhe indicar um velho conhecido, Rodrigo Silveirinha, ex-subsecretário adjunto de Administração Tributária e pivô no "propinoduto". Astrólogo, doleiro e delator, Renato Chebar disse em depoimento à Justiça que, no carnaval daquele ano, Cabral o procurou: queria depositar uma pequena quantia de dólares no exterior. Estava preocupado com o propinoduto, ainda que não estivesse envolvido com ele. Anos depois, Cabral e Garotinho foram implicados em diferentes escândalos (o primeiro na Lava Jato, o segundo em suposto esquema de compra de votos) e presos com menos de 24 horas de distância, em novembro de 2016. Garotinho foi solto pouco depois. Cabral vive na cela de uma cadeia pública na zona norte carioca, após uma temporada em Bangu 8, apelidado de "cadeia dos vips", que já recebeu outros ilustres, como o ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Quando chegou, manifestantes o esperavam na porta. A recepção foi à base de fogos e espumante.
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Mortes: Uma dona de casa craque nas contas e fã de pudim
Eldina Amando de Barros era uma pessoa nostálgica. Por quase cem anos, viu cidades, pessoas e coisas se transformarem, e não conseguia deixar de comparar com o mundo que conheceu quando menina. Era a falta de calçamento, as boiadas pelas ruas, a sensação de segurança: coisas que não via mais. Os bois, em especial, eram uma de suas diversões na infância. Eldina corria até o quintal e se debruçava no muro de casa para ver o desfile dos animais pelas ruas de Botucatu (a 238 km de SP). Filha de fazendeiros, ela se casou com Amando, aos 21 anos. Ele era quem trabalhava fora, mas ela mantinha a liderança na casa. Cuidava dos filhos, dos afazeres domésticos e das finanças. Orgulhava-se de não precisar de calculadora para lidar com contas, compras e aluguéis. A matemática chegou a virar passatempo –em suas horas de lazer, desafiava a si mesma com contas complicadas. Mas se divertia também com o cinema, com as novelas, com as gravações do hino nacional que acompanhava no Youtube e, principalmente, com as reuniões de família. Gostava de ter a casa cheia, reunir filhos, netos e bisnetos. Adorava comer, mas não as verduras. Sua paixão era mesmo pelas sobremesas. Não podiam faltar após as refeições, principalmente, o seu famoso pudim de leite. Queria chegar aos cem, momento que seria comemorado com uma grande festa. Apesar dos preparativos, acabou não atingindo a meta. Morreu dia 2, aos 98, devido à falência de múltiplos órgãos. Deixa três filhos, 11 netos e 13 bisnetos –além do 14º bisneto, ainda a caminho. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
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Mortes: Uma dona de casa craque nas contas e fã de pudimEldina Amando de Barros era uma pessoa nostálgica. Por quase cem anos, viu cidades, pessoas e coisas se transformarem, e não conseguia deixar de comparar com o mundo que conheceu quando menina. Era a falta de calçamento, as boiadas pelas ruas, a sensação de segurança: coisas que não via mais. Os bois, em especial, eram uma de suas diversões na infância. Eldina corria até o quintal e se debruçava no muro de casa para ver o desfile dos animais pelas ruas de Botucatu (a 238 km de SP). Filha de fazendeiros, ela se casou com Amando, aos 21 anos. Ele era quem trabalhava fora, mas ela mantinha a liderança na casa. Cuidava dos filhos, dos afazeres domésticos e das finanças. Orgulhava-se de não precisar de calculadora para lidar com contas, compras e aluguéis. A matemática chegou a virar passatempo –em suas horas de lazer, desafiava a si mesma com contas complicadas. Mas se divertia também com o cinema, com as novelas, com as gravações do hino nacional que acompanhava no Youtube e, principalmente, com as reuniões de família. Gostava de ter a casa cheia, reunir filhos, netos e bisnetos. Adorava comer, mas não as verduras. Sua paixão era mesmo pelas sobremesas. Não podiam faltar após as refeições, principalmente, o seu famoso pudim de leite. Queria chegar aos cem, momento que seria comemorado com uma grande festa. Apesar dos preparativos, acabou não atingindo a meta. Morreu dia 2, aos 98, devido à falência de múltiplos órgãos. Deixa três filhos, 11 netos e 13 bisnetos –além do 14º bisneto, ainda a caminho. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
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Brasil quebra jejum de 12 anos e fatura ouro no vôlei de praia com Bruno e Alison
MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO PLÍNIO FRAGA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO O Brasil retomou o alto do pódio do vôlei de praia. Com Alison, 30, e Bruno Schmidt, 29, o país volta a conquistar o ouro olímpico após Jaqueline e Sandra, em Atlanta-1996, e Ricardo e Emanuel, em Atenas-2004. A terceira conquista veio após a dupla brasileira vencer os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo por 2 sets a 0 (parciais de 21/19 e 21/17) na madrugada desta quinta para sexta-feira (19), na arena de Copacabana, no Rio. Sob chuva, os italianos começaram melhor, abriram 5 a 1, mas os brasileiros viraram o placar no 9 a 8 e se mantiveram à frente no set. No segundo set, novamente melhor início da dupla da Itália. Com destaque para o bloqueio e a defesa, os europeus abriram 8 a 5. Sem o ataque de Alison funcionar, Bruno salvou na defesa. Quando o parceiro voltou a bloquear bem, o Brasil virou no 15 a 14. Até o fim, embalados pela torcida, foi só festa. "Estou exausto. Há duas semanas sem conseguir dormir. Só dormindo quatro horas por dia. Pai, dedico o título a você. Por três vezes eu quis parar tudo e você não deixou", disse Bruno à Globo. O pai de Bruno, Luiz Felipe, é jogador amador de vôlei. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo Os brasileiros eram favoritos, após a conquista do título mundial em 2015. A dimensão do jogo ultrapassa os Jogos Olímpicos. Em sites de apostas internacionais, uma vitória de Alison e Bruno estava pagando US$ 1,3 a cada US$ 1 apostado. A vitória dos italianos pagava US$ 3,15 por cada dólar. Alison e Bruno fizeram campanha com seis vitórias e uma derrota. Em Londres-2012, Alison havia conquistado a medalha de prata, ao lado do então parceiro, Emanuel. Com a medalha de ouro no masculino e a prata no feminino, o vôlei de praia repete as melhores performances brasileiras, as de Atlanta-1996 e Atenas-2004. Na história da modalidade, o Brasil venceu duas finais e perdeu sete. O sétimo vice-campeonato ocorreu na madrugada desta quinta (18), quando Ágatha e Bárbara foram batidas pelas alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst por 2 a 0. Larissa e Talita, que tinham a chance de ganhar o bronze, perderam a disputa do terceiro lugar para as americanas Walsh e Ross. Apesar do ouro e da prata, o desempenho é abaixo da meta estabelecida pela CBV (Condeferação Brasileira de Vôlei), desde o ano passado. O objetivo da entidade era conquistar seis medalhas no Rio, quatro na praia e duas na quadra. Nas areias de Copacabana foram duas. No maracanãzinho, a única possibilidade é com a equipe masculina, que está na semifinal.
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Brasil quebra jejum de 12 anos e fatura ouro no vôlei de praia com Bruno e Alison MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO PLÍNIO FRAGA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO O Brasil retomou o alto do pódio do vôlei de praia. Com Alison, 30, e Bruno Schmidt, 29, o país volta a conquistar o ouro olímpico após Jaqueline e Sandra, em Atlanta-1996, e Ricardo e Emanuel, em Atenas-2004. A terceira conquista veio após a dupla brasileira vencer os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo por 2 sets a 0 (parciais de 21/19 e 21/17) na madrugada desta quinta para sexta-feira (19), na arena de Copacabana, no Rio. Sob chuva, os italianos começaram melhor, abriram 5 a 1, mas os brasileiros viraram o placar no 9 a 8 e se mantiveram à frente no set. No segundo set, novamente melhor início da dupla da Itália. Com destaque para o bloqueio e a defesa, os europeus abriram 8 a 5. Sem o ataque de Alison funcionar, Bruno salvou na defesa. Quando o parceiro voltou a bloquear bem, o Brasil virou no 15 a 14. Até o fim, embalados pela torcida, foi só festa. "Estou exausto. Há duas semanas sem conseguir dormir. Só dormindo quatro horas por dia. Pai, dedico o título a você. Por três vezes eu quis parar tudo e você não deixou", disse Bruno à Globo. O pai de Bruno, Luiz Felipe, é jogador amador de vôlei. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo Os brasileiros eram favoritos, após a conquista do título mundial em 2015. A dimensão do jogo ultrapassa os Jogos Olímpicos. Em sites de apostas internacionais, uma vitória de Alison e Bruno estava pagando US$ 1,3 a cada US$ 1 apostado. A vitória dos italianos pagava US$ 3,15 por cada dólar. Alison e Bruno fizeram campanha com seis vitórias e uma derrota. Em Londres-2012, Alison havia conquistado a medalha de prata, ao lado do então parceiro, Emanuel. Com a medalha de ouro no masculino e a prata no feminino, o vôlei de praia repete as melhores performances brasileiras, as de Atlanta-1996 e Atenas-2004. Na história da modalidade, o Brasil venceu duas finais e perdeu sete. O sétimo vice-campeonato ocorreu na madrugada desta quinta (18), quando Ágatha e Bárbara foram batidas pelas alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst por 2 a 0. Larissa e Talita, que tinham a chance de ganhar o bronze, perderam a disputa do terceiro lugar para as americanas Walsh e Ross. Apesar do ouro e da prata, o desempenho é abaixo da meta estabelecida pela CBV (Condeferação Brasileira de Vôlei), desde o ano passado. O objetivo da entidade era conquistar seis medalhas no Rio, quatro na praia e duas na quadra. Nas areias de Copacabana foram duas. No maracanãzinho, a única possibilidade é com a equipe masculina, que está na semifinal.
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Ensino religioso fica fora da nova versão da base nacional curricular
A nova versão da base nacional curricular, documento que servirá como referência para o ensino das escolas públicas e particulares de todo o país, exclui o ensino religioso, área que até então estava presente nas versões anteriores. A terceira versão do documento foi entregue nesta quinta-feira (6) ao Conselho Nacional de Educação, órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável por analisar mudanças em políticas educacionais. Antes da exclusão, a proposta anterior da base estabelecia diretrizes para o ensino religioso tanto nos anos iniciais quanto finais do ensino fundamental. Em um dos trechos, o documento dizia que "a escola, diante de sua função social, pode contribuir para a promoção da liberdade religiosa e dos direitos humanos, desenvolvendo práticas pedagógicas que enfrentem e questionem processos de exclusões e desigualdades, e que encaminhem vivências fundamentadas no conhecer, respeitar e conviver entre os diferentes e as diferenças". Entenda a base curricular "Nesse sentido, lhe cabe disponibilizar aos estudantes o conhecimento da diversidade dos fenômenos religiosos, incluindo o estudo de perspectivas não religiosas, como o materialismo, agnosticismo, ateísmo, ceticismo, entre outras, tendo em vista a educação para o diálogo", completava. A área, porém, não consta da última versão, entregue nesta quinta. No novo documento, o MEC afirma que a área foi excluída para atender o que diz a Lei de Diretrizes e Bases, que define as diretrizes da educação no país. A lei determina que o ensino religioso "constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental", mas que a definição dos conteúdos cabe aos sistemas de ensino, "assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo". "Portanto, sendo esse tratamento de competência dos Estados e municípios, aos quais estão ligadas as escolas públicas de ensino fundamental, não cabe à União estabelecer base comum para a área, sob pena de interferir indevidamente em assuntos da alçada de outras esferas de governo da federação", informa a nova versão da base. A nota lembra ainda que a matrícula em ensino religioso é optativa ao aluno –apesar de a oferta ser, em tese, obrigatória pelas redes. Exemplos de mudança com a base curricular OPCIONAL A exclusão pegou de surpresa algumas associações que discutem o ensino religioso. "É um retrocesso", afirma Eduardo Brasil, secretário do Coner (Conselho de Ensino Religioso do Estado de São Paulo). "A base [anterior] era um avanço com a possibilidade de desconstrução do ódio religioso. Não há como negar que a cultura muçulmana tem uma influência no mundo gigantesca. Ou que guerras que estão acontecendo têm como pano de fundo religiões. A única maneira de acabar com o preconceito é conhecendo a religião do outro." Para Valmir Biaca, professor de ensino religioso e técnico-pedagógico da Assintec (Associação Inter-Religiosa de Educação), do Paraná, a ideia de discutir o ensino religioso por meio de uma base nacional curricular era importante para dar diretrizes sobre como deve ocorrer a abordagem dos conteúdos. "Há lugares onde a proposta é trabalhar religião, o que vai contra a Constituição [que diz que o Estado é laico]", afirma ele, que via a versão anterior da base como positiva, mas com possibilidade de avanços. Segundo ele, há desconhecimento no país sobre o que deve ser visto, de fato, como ensino religioso. "Vemos o ensino religioso como área de conhecimento, e que trabalha conteúdo, não religião. Religião é igreja, escola é conhecimento. O que para a igreja é objeto de fé, para nós é conhecimento. Muitos são contra por não saber disso", diz. Ao saber da retirada, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) enviou uma carta ao Conselho Nacional de Educação em que afirma que a omissão do ensino religioso na 3ª versão da base curricular é "inconstitucional", uma vez a disciplina é exigida na Lei de Diretrizes e Bases. "Por isso, julgamos necessário mantê-lo no texto final da base, a fim de evitar diferentes interpretações que dificultam sua regulamentação e prática", informa. Nos últimos meses, a abordagem de ensino religioso na base curricular já era alvo de disputas durante a construção do documento –o que fez ganhar força a ideia de retirada, segundo especialistas que acompanharam as discussões. Questionado, o secretário de educação básica do MEC, Rossieli Silva, diz que a exclusão do conteúdo ocorre devido ao fato do ensino religioso não ser obrigatório. "Entendemos que, diante de todo o quadro, e do Estado sendo laico, isso deve ser uma discussão direta do currículo dos sistemas [de ensino]", afirma.
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Ensino religioso fica fora da nova versão da base nacional curricularA nova versão da base nacional curricular, documento que servirá como referência para o ensino das escolas públicas e particulares de todo o país, exclui o ensino religioso, área que até então estava presente nas versões anteriores. A terceira versão do documento foi entregue nesta quinta-feira (6) ao Conselho Nacional de Educação, órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável por analisar mudanças em políticas educacionais. Antes da exclusão, a proposta anterior da base estabelecia diretrizes para o ensino religioso tanto nos anos iniciais quanto finais do ensino fundamental. Em um dos trechos, o documento dizia que "a escola, diante de sua função social, pode contribuir para a promoção da liberdade religiosa e dos direitos humanos, desenvolvendo práticas pedagógicas que enfrentem e questionem processos de exclusões e desigualdades, e que encaminhem vivências fundamentadas no conhecer, respeitar e conviver entre os diferentes e as diferenças". Entenda a base curricular "Nesse sentido, lhe cabe disponibilizar aos estudantes o conhecimento da diversidade dos fenômenos religiosos, incluindo o estudo de perspectivas não religiosas, como o materialismo, agnosticismo, ateísmo, ceticismo, entre outras, tendo em vista a educação para o diálogo", completava. A área, porém, não consta da última versão, entregue nesta quinta. No novo documento, o MEC afirma que a área foi excluída para atender o que diz a Lei de Diretrizes e Bases, que define as diretrizes da educação no país. A lei determina que o ensino religioso "constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental", mas que a definição dos conteúdos cabe aos sistemas de ensino, "assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo". "Portanto, sendo esse tratamento de competência dos Estados e municípios, aos quais estão ligadas as escolas públicas de ensino fundamental, não cabe à União estabelecer base comum para a área, sob pena de interferir indevidamente em assuntos da alçada de outras esferas de governo da federação", informa a nova versão da base. A nota lembra ainda que a matrícula em ensino religioso é optativa ao aluno –apesar de a oferta ser, em tese, obrigatória pelas redes. Exemplos de mudança com a base curricular OPCIONAL A exclusão pegou de surpresa algumas associações que discutem o ensino religioso. "É um retrocesso", afirma Eduardo Brasil, secretário do Coner (Conselho de Ensino Religioso do Estado de São Paulo). "A base [anterior] era um avanço com a possibilidade de desconstrução do ódio religioso. Não há como negar que a cultura muçulmana tem uma influência no mundo gigantesca. Ou que guerras que estão acontecendo têm como pano de fundo religiões. A única maneira de acabar com o preconceito é conhecendo a religião do outro." Para Valmir Biaca, professor de ensino religioso e técnico-pedagógico da Assintec (Associação Inter-Religiosa de Educação), do Paraná, a ideia de discutir o ensino religioso por meio de uma base nacional curricular era importante para dar diretrizes sobre como deve ocorrer a abordagem dos conteúdos. "Há lugares onde a proposta é trabalhar religião, o que vai contra a Constituição [que diz que o Estado é laico]", afirma ele, que via a versão anterior da base como positiva, mas com possibilidade de avanços. Segundo ele, há desconhecimento no país sobre o que deve ser visto, de fato, como ensino religioso. "Vemos o ensino religioso como área de conhecimento, e que trabalha conteúdo, não religião. Religião é igreja, escola é conhecimento. O que para a igreja é objeto de fé, para nós é conhecimento. Muitos são contra por não saber disso", diz. Ao saber da retirada, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) enviou uma carta ao Conselho Nacional de Educação em que afirma que a omissão do ensino religioso na 3ª versão da base curricular é "inconstitucional", uma vez a disciplina é exigida na Lei de Diretrizes e Bases. "Por isso, julgamos necessário mantê-lo no texto final da base, a fim de evitar diferentes interpretações que dificultam sua regulamentação e prática", informa. Nos últimos meses, a abordagem de ensino religioso na base curricular já era alvo de disputas durante a construção do documento –o que fez ganhar força a ideia de retirada, segundo especialistas que acompanharam as discussões. Questionado, o secretário de educação básica do MEC, Rossieli Silva, diz que a exclusão do conteúdo ocorre devido ao fato do ensino religioso não ser obrigatório. "Entendemos que, diante de todo o quadro, e do Estado sendo laico, isso deve ser uma discussão direta do currículo dos sistemas [de ensino]", afirma.
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Cunha pede ao STF mais prazo para responder denúncia na Lava Jato
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou nesta segunda-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal pedido para que seja concedido o dobro de prazo, portanto 30 dias, para a apresentação de sua defesa em relação à denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que o acusa dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por ser beneficiário do esquema de corrupção da Petrobras. Os advogados de Cunha argumentam que a ampliação do prazo é necessária diante do grande número de material que precisa ser analisado. Pelas regras do STF, Cunha teria 15 dias para apresentar suas contrarrazões, que seria até o dia 9 de setembro. Na manifestação feita ao ministro Teori Zavascki, relator das ações da Operação Lava Jato no STF, a defesa também faz uma série de pedidos, como acesso aos termos e vídeos dos depoimentos da delação premiada do lobista Júlio Camargo, que afirmou aos procuradores que Cunha recebeu US$ 5 milhões dos desvios da estatal. Também foi solicitada a liberação do terma de acareação entre Camargo e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. Os advogados argumentam que a prorrogação do prazo já foi concedida no julgamento do mensalão. "Deve-se atentar para o fato de que a Procuradoria Geral da República esteve desde ao menos março até 20 de agosto de 2015 procedendo a atos de investigação de suposta conduta irregular do requerente [Cunha], o que levou à produção de uma imensa quantidade de documentos que demandam um maior tempo para análise e formulação da defesa, a fim de tornar efetiva as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório", diz a defesa. "A juntada de todos os termos de declaração/colaboração e seus anexos firmados Camargo é absolutamente necessária. Isso porque apenas com o acesso a todo o material produzido a defesa poderá fazer o cruzamento entre as informações relativas ao suposto pagamento de vantagens indevidas pela contratação de navios-sondas pela Petrobras e as informações sobre o suposto pagamento de propinas referentes a outros contratos com a Petrobras intermediados por Camargo", completou o texto. A denúncia é um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga crimes na Petrobras. O peemedebista foi acusado pela Procuradoria em conjunto com a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita de Rio Bonito (RJ). Janot também pediu que o STF condene Cunha e Solange a devolverem US$ 40 milhões aos cofres públicos e a decretar a perda de bens de ambos no valor de US$ 40 milhões. O tribunal ainda vai decidir, em sessão plenária, se acolhe ou rejeita a denúncia –ainda não há prazo para a decisão. Se acolhida, a denúncia torna-se ação penal, e Cunha passa à condição de réu. DENÚNCIA Segundo a denúncia, o deputado recebeu "ao menos" US$ 5 milhões pagos por Júlio Camargo por meio do lobista Fernando Soares, o Baiano. Os pagamentos ocorreram, segundo a PGR, entre 2007 e 2012, após o fechamento de contratos entre a Petrobras e a Samsung Heavy Industries, da Coreia do Sul, para fornecimento de dois navios-sondas para a estatal do petróleo no valor total de US$ 1,2 bilhão. A investigação confirmou trechos das declarações prestadas por Camargo em acordo de delação premiada, como encontros no Rio em que o delator teria relatado as pressões de Cunha. Porém, não conseguiu identificar contas controladas por Cunha que teriam sido beneficiadas com os repasses. Para a PGR, os indícios foram suficientes para a denúncia.
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Cunha pede ao STF mais prazo para responder denúncia na Lava JatoO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou nesta segunda-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal pedido para que seja concedido o dobro de prazo, portanto 30 dias, para a apresentação de sua defesa em relação à denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que o acusa dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por ser beneficiário do esquema de corrupção da Petrobras. Os advogados de Cunha argumentam que a ampliação do prazo é necessária diante do grande número de material que precisa ser analisado. Pelas regras do STF, Cunha teria 15 dias para apresentar suas contrarrazões, que seria até o dia 9 de setembro. Na manifestação feita ao ministro Teori Zavascki, relator das ações da Operação Lava Jato no STF, a defesa também faz uma série de pedidos, como acesso aos termos e vídeos dos depoimentos da delação premiada do lobista Júlio Camargo, que afirmou aos procuradores que Cunha recebeu US$ 5 milhões dos desvios da estatal. Também foi solicitada a liberação do terma de acareação entre Camargo e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. Os advogados argumentam que a prorrogação do prazo já foi concedida no julgamento do mensalão. "Deve-se atentar para o fato de que a Procuradoria Geral da República esteve desde ao menos março até 20 de agosto de 2015 procedendo a atos de investigação de suposta conduta irregular do requerente [Cunha], o que levou à produção de uma imensa quantidade de documentos que demandam um maior tempo para análise e formulação da defesa, a fim de tornar efetiva as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório", diz a defesa. "A juntada de todos os termos de declaração/colaboração e seus anexos firmados Camargo é absolutamente necessária. Isso porque apenas com o acesso a todo o material produzido a defesa poderá fazer o cruzamento entre as informações relativas ao suposto pagamento de vantagens indevidas pela contratação de navios-sondas pela Petrobras e as informações sobre o suposto pagamento de propinas referentes a outros contratos com a Petrobras intermediados por Camargo", completou o texto. A denúncia é um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga crimes na Petrobras. O peemedebista foi acusado pela Procuradoria em conjunto com a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita de Rio Bonito (RJ). Janot também pediu que o STF condene Cunha e Solange a devolverem US$ 40 milhões aos cofres públicos e a decretar a perda de bens de ambos no valor de US$ 40 milhões. O tribunal ainda vai decidir, em sessão plenária, se acolhe ou rejeita a denúncia –ainda não há prazo para a decisão. Se acolhida, a denúncia torna-se ação penal, e Cunha passa à condição de réu. DENÚNCIA Segundo a denúncia, o deputado recebeu "ao menos" US$ 5 milhões pagos por Júlio Camargo por meio do lobista Fernando Soares, o Baiano. Os pagamentos ocorreram, segundo a PGR, entre 2007 e 2012, após o fechamento de contratos entre a Petrobras e a Samsung Heavy Industries, da Coreia do Sul, para fornecimento de dois navios-sondas para a estatal do petróleo no valor total de US$ 1,2 bilhão. A investigação confirmou trechos das declarações prestadas por Camargo em acordo de delação premiada, como encontros no Rio em que o delator teria relatado as pressões de Cunha. Porém, não conseguiu identificar contas controladas por Cunha que teriam sido beneficiadas com os repasses. Para a PGR, os indícios foram suficientes para a denúncia.
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BNDES diz que já recuperou R$ 5 bilhões com investimento em JBS
Em sua ação mais contundente de defesa das operações com a JBS, o BNDES diz que já recuperou R$ 5 bilhões do investimento feito na companhia controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Ao todo, foram investidos R$ 8,1 bilhões. De acordo com o banco, o valor recuperado refere-se a dividendos e prêmios pagos pela empresa (R$ 1 bilhão) e venda de ações no mercado (R$ 2,2 bilhões) e para o Tesouro Nacional (R$ 1,8 bilhão). "Desta forma, houve ingresso de R$ 5 bilhões e a manutenção de 21,3% do capital da companhia em ações na carteira da BNDESPar (subsidiária que concentra as participações acionárias do banco),", diz o BNDES. O texto faz parte de uma seção de perguntas e respostas publicada no site da instituição 20 dias depois que funcionários foram levados coercitivamente a depor pela Operação Bullish, da Polícia Federal, que investiga o relacionamento do BNDES com a JBS. A operação gerou grande pressão do corpo técnico do banco, que cobrava da direção um posicionamento em defesa da instituição. Na última sexta (26), a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão em meio à crise, agravada pelas delações premiadas dos irmãos Batista. Em seu site, o BNDES defende as operações de compra de ações da JBS como parte de uma "política de governo" que visava à consolidação e internacionalização do setor frigorífico brasileiro. Diz que avaliações independentes respaldam os valores pagos por ações da companhia, como o aumento de capital realizado para apoiar a compra da Swift, na qual as ações foram emitidas a R$ 8,15, o equivalente à média dos 30 pregões anteriores mais R$ 0,50 por ação. "O fato é que 93% dos acionistas minoritários decidiram participar do aumento de capital, adquirindo novas ações a esse preço de R$ 8,15, o que também foi feito pelos controladores da companhia, o que corrobora a percepção de que o valor era adequado na visão do mercado", defende o banco. Logo após a Operação Bullish, Maria Silvia determinou a abertura de uma comissão interna para apurar as denúncias de favorecimento à JBS, que tem um prazo de 45 dias, prorrogáveis por mais 45, para entregar resultados. A executiva, porém, decidiu deixar o cargo alegando razões pessoais na sexta, sem se pronunciar sobre o tema. O novo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, toma posse nesta quinta (1°).
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BNDES diz que já recuperou R$ 5 bilhões com investimento em JBSEm sua ação mais contundente de defesa das operações com a JBS, o BNDES diz que já recuperou R$ 5 bilhões do investimento feito na companhia controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Ao todo, foram investidos R$ 8,1 bilhões. De acordo com o banco, o valor recuperado refere-se a dividendos e prêmios pagos pela empresa (R$ 1 bilhão) e venda de ações no mercado (R$ 2,2 bilhões) e para o Tesouro Nacional (R$ 1,8 bilhão). "Desta forma, houve ingresso de R$ 5 bilhões e a manutenção de 21,3% do capital da companhia em ações na carteira da BNDESPar (subsidiária que concentra as participações acionárias do banco),", diz o BNDES. O texto faz parte de uma seção de perguntas e respostas publicada no site da instituição 20 dias depois que funcionários foram levados coercitivamente a depor pela Operação Bullish, da Polícia Federal, que investiga o relacionamento do BNDES com a JBS. A operação gerou grande pressão do corpo técnico do banco, que cobrava da direção um posicionamento em defesa da instituição. Na última sexta (26), a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão em meio à crise, agravada pelas delações premiadas dos irmãos Batista. Em seu site, o BNDES defende as operações de compra de ações da JBS como parte de uma "política de governo" que visava à consolidação e internacionalização do setor frigorífico brasileiro. Diz que avaliações independentes respaldam os valores pagos por ações da companhia, como o aumento de capital realizado para apoiar a compra da Swift, na qual as ações foram emitidas a R$ 8,15, o equivalente à média dos 30 pregões anteriores mais R$ 0,50 por ação. "O fato é que 93% dos acionistas minoritários decidiram participar do aumento de capital, adquirindo novas ações a esse preço de R$ 8,15, o que também foi feito pelos controladores da companhia, o que corrobora a percepção de que o valor era adequado na visão do mercado", defende o banco. Logo após a Operação Bullish, Maria Silvia determinou a abertura de uma comissão interna para apurar as denúncias de favorecimento à JBS, que tem um prazo de 45 dias, prorrogáveis por mais 45, para entregar resultados. A executiva, porém, decidiu deixar o cargo alegando razões pessoais na sexta, sem se pronunciar sobre o tema. O novo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, toma posse nesta quinta (1°).
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De Itamar a Dilma
Os protestos marcados para este domingo (16) em diversas cidades do Brasil serão realizados a contrafluxo do que tem se passado nas esferas política e econômica. Não que a crise esteja superada; longe disso. Mas, nos últimos dias, líderes partidários e empresariais parecem ter-se dado conta de que, a despeito dos erros cometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT) –e foram muitos–, o melhor para o país, neste momento, é contar com alguma calmaria no Planalto. Nada disso, naturalmente, tira a legitimidade dos atos contra o governo federal. Reeleita no segundo turno por ínfima margem de votos, a petista se tornou a presidente mais impopular da nossa história por seus próprios deméritos. Da percepção de que a corrupção grassou como nunca na administração do PT à convicção de que as ideias equivocadas de Dilma levaram a economia a piorar muito mais do que seria aceitável, passando pelo estelionato eleitoral e pela fragilidade da base aliada, inúmeros aspectos explicam a insatisfação com a presidente. Ainda assim, as circunstâncias começaram a mudar a favor de Dilma, aportando um alívio pequeno e ainda provisório no Planalto –as investigações da Operação Lava Jato podem mudar o horizonte sem aviso prévio. O Tribunal de Contas da União, o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal tomaram decisões que resultaram em uma lufada adicional de oxigênio para o governo –seja dilatando prazos para explicações, seja retirando de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o poder de comandar votação sobre contas de presidentes da República. Ficam por ora travados os meios para o impeachment, cujas requisitos, de resto, nem estão atendidos. O recurso traumático demanda sólida comprovação de crime de responsabilidade e amplo consenso de que o presidente não tem condições de seguir no comando. Surgiu nas águas turbulentas, ademais, uma pequena tábua de salvação. Trata-se da Agenda Brasil, um pacote de reformas amarrado por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Verdade que muitas das medidas já tramitavam no Congresso; que o conjunto, ainda em mutação, tem pouca harmonia interna; que diversos interesses escusos se insinuam entre as propostas; que muitas sugestões são sumárias demais até para serem debatidas; que tudo, enfim, pode não passar de mera estratégia diversionista. Mesmo assim, o gesto de Renan oferece ao menos um ponto de partida para discussões sobre o futuro do Estado brasileiro –o que não é pouco para um governo que afundava sem nem saber apontar a direção do céu e a do fundo do mar. Se quiser tirar o melhor proveito da situação, o governo federal deve priorizar alguns projetos. O Brasil não pode perder tempo com propostas como a de criar novas regras para atividades produtivas em áreas indígenas ou para o licenciamento de investimentos na zona costeira, em áreas naturais protegidas e cidades históricas. Tais medidas não passam de lobby de setores específicos e nada fariam para conter a dívida pública. Por outro lado, o país sem dúvida precisa de maior segurança jurídica, agradeceria se houvesse aperfeiçoamento do marco regulatório das concessões e teria muito a ganhar com novas regras para a terceirização do trabalho. Tais iniciativas, porém, pouco ajudariam a resolver o desafio mais premente. O desastre nas contas públicas nos últimos anos colocou a dívida em trajetória explosiva. Se ela não for estabilizada, o risco percebido de calote provocará danos na economia. Os juros cobrados no mercado para financiar o governo subirão ainda mais; o câmbio ficará ainda mais desvalorizado. Entre as consequências estão aumento da inflação, agravamento da recessão e desemprego crescente. Pôr um freio nos gastos públicos pode ser visto como sacrifício no curto prazo, pois necessariamente implica discutir os limites de crescimento das despesas obrigatórias (como Previdência), as vinculações excessivas no Orçamento e uma infinidade de subsídios e desembolsos que beneficiam apenas grupos de pressão. Tais debates, por impopulares que sejam, não podem ser adiados. É urgente fazer o Estado brasileiro caber no PIB, sob pena de a sociedade perder parte dos formidáveis avanços conquistados nas últimas duas décadas. Sem reformas dessa natureza, o país jamais conseguirá galgar o próximo degrau de seu desenvolvimento, assim como não teria avançado tanto se não tivesse conseguido estabilizar a economia em meados dos anos 1990. Ao jornal "Valor Econômico", o cientista político Fernando Abrucio sugeriu um caminho: "A melhor das hipóteses para Dilma é ser um governo de transição para 2018. Não é pouca coisa para o país, nem para ela, se souber ter estatura política para isso. (...) Dilma é o Itamar [Franco] da vez". Que Dilma Rousseff enxergue essa última oportunidade que, paradoxalmente, a história lhe oferece. editoriais@uol.com.br
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De Itamar a DilmaOs protestos marcados para este domingo (16) em diversas cidades do Brasil serão realizados a contrafluxo do que tem se passado nas esferas política e econômica. Não que a crise esteja superada; longe disso. Mas, nos últimos dias, líderes partidários e empresariais parecem ter-se dado conta de que, a despeito dos erros cometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT) –e foram muitos–, o melhor para o país, neste momento, é contar com alguma calmaria no Planalto. Nada disso, naturalmente, tira a legitimidade dos atos contra o governo federal. Reeleita no segundo turno por ínfima margem de votos, a petista se tornou a presidente mais impopular da nossa história por seus próprios deméritos. Da percepção de que a corrupção grassou como nunca na administração do PT à convicção de que as ideias equivocadas de Dilma levaram a economia a piorar muito mais do que seria aceitável, passando pelo estelionato eleitoral e pela fragilidade da base aliada, inúmeros aspectos explicam a insatisfação com a presidente. Ainda assim, as circunstâncias começaram a mudar a favor de Dilma, aportando um alívio pequeno e ainda provisório no Planalto –as investigações da Operação Lava Jato podem mudar o horizonte sem aviso prévio. O Tribunal de Contas da União, o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal tomaram decisões que resultaram em uma lufada adicional de oxigênio para o governo –seja dilatando prazos para explicações, seja retirando de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o poder de comandar votação sobre contas de presidentes da República. Ficam por ora travados os meios para o impeachment, cujas requisitos, de resto, nem estão atendidos. O recurso traumático demanda sólida comprovação de crime de responsabilidade e amplo consenso de que o presidente não tem condições de seguir no comando. Surgiu nas águas turbulentas, ademais, uma pequena tábua de salvação. Trata-se da Agenda Brasil, um pacote de reformas amarrado por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Verdade que muitas das medidas já tramitavam no Congresso; que o conjunto, ainda em mutação, tem pouca harmonia interna; que diversos interesses escusos se insinuam entre as propostas; que muitas sugestões são sumárias demais até para serem debatidas; que tudo, enfim, pode não passar de mera estratégia diversionista. Mesmo assim, o gesto de Renan oferece ao menos um ponto de partida para discussões sobre o futuro do Estado brasileiro –o que não é pouco para um governo que afundava sem nem saber apontar a direção do céu e a do fundo do mar. Se quiser tirar o melhor proveito da situação, o governo federal deve priorizar alguns projetos. O Brasil não pode perder tempo com propostas como a de criar novas regras para atividades produtivas em áreas indígenas ou para o licenciamento de investimentos na zona costeira, em áreas naturais protegidas e cidades históricas. Tais medidas não passam de lobby de setores específicos e nada fariam para conter a dívida pública. Por outro lado, o país sem dúvida precisa de maior segurança jurídica, agradeceria se houvesse aperfeiçoamento do marco regulatório das concessões e teria muito a ganhar com novas regras para a terceirização do trabalho. Tais iniciativas, porém, pouco ajudariam a resolver o desafio mais premente. O desastre nas contas públicas nos últimos anos colocou a dívida em trajetória explosiva. Se ela não for estabilizada, o risco percebido de calote provocará danos na economia. Os juros cobrados no mercado para financiar o governo subirão ainda mais; o câmbio ficará ainda mais desvalorizado. Entre as consequências estão aumento da inflação, agravamento da recessão e desemprego crescente. Pôr um freio nos gastos públicos pode ser visto como sacrifício no curto prazo, pois necessariamente implica discutir os limites de crescimento das despesas obrigatórias (como Previdência), as vinculações excessivas no Orçamento e uma infinidade de subsídios e desembolsos que beneficiam apenas grupos de pressão. Tais debates, por impopulares que sejam, não podem ser adiados. É urgente fazer o Estado brasileiro caber no PIB, sob pena de a sociedade perder parte dos formidáveis avanços conquistados nas últimas duas décadas. Sem reformas dessa natureza, o país jamais conseguirá galgar o próximo degrau de seu desenvolvimento, assim como não teria avançado tanto se não tivesse conseguido estabilizar a economia em meados dos anos 1990. Ao jornal "Valor Econômico", o cientista político Fernando Abrucio sugeriu um caminho: "A melhor das hipóteses para Dilma é ser um governo de transição para 2018. Não é pouca coisa para o país, nem para ela, se souber ter estatura política para isso. (...) Dilma é o Itamar [Franco] da vez". Que Dilma Rousseff enxergue essa última oportunidade que, paradoxalmente, a história lhe oferece. editoriais@uol.com.br
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Presidente da Apeoesp comenta carta da Secretaria da Educação de SP
A carta da coordenadora de imprensa da Secretaria da Educação questiona meu direito de discordar das medidas que a pasta pretende impor (Painel do Leitor ). Por conhecer as intenções e projetos desenvolvidos pela pasta é que muitas vezes tenho discordado. Com a reorganização, a Secretaria da Educação unificou professores, estudantes, funcionários, pais e movimentos sociais e teve que recuar. Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinaram a suspensão da reorganização, são também desinformados? Fico preocupada se a secretaria pretende desrespeitar a ordem judicial. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Presidente da Apeoesp comenta carta da Secretaria da Educação de SPA carta da coordenadora de imprensa da Secretaria da Educação questiona meu direito de discordar das medidas que a pasta pretende impor (Painel do Leitor ). Por conhecer as intenções e projetos desenvolvidos pela pasta é que muitas vezes tenho discordado. Com a reorganização, a Secretaria da Educação unificou professores, estudantes, funcionários, pais e movimentos sociais e teve que recuar. Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinaram a suspensão da reorganização, são também desinformados? Fico preocupada se a secretaria pretende desrespeitar a ordem judicial. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Hillary Clinton é parente distante de Hollande, diz genealogista
A candidata democrata Hillary Clinton tem antepassados franceses e um parentesco muito distante com o presidente François Hollande, revelou em um livro o genealogista Jean-Louis Beaucarnot. Hillary, cujo nome de solteira é Rodham, descende do lado materno, através de sua bisavó, Delia Martin, de famílias de Quebec, entre elas os Belleperche e os Couillard, afirma Beaucarnot em seu livro "Dico des Politiques", publicado nesta semana. A candidata democrata à Casa Branca tem, assim, ancestrais em 15 departamentos franceses. Segundo Beaucarnot, também guarda um parentesco muito distante com François Hollande, já que ambos descendem dos "Reis malditos" franceses. Concretamente, Hillary tem como antepassado, na geração 23, o rei da França Luís X (conhecido como o Rei Teimoso), irmão do rei Filipe V (conhecido como Filipe, o Alto), antepassado de Hollande. Através de seus antepassados instalados em Quebec, a democrata é prima distante de Maddona e Céline Dion e da atriz Angelina Jolie. Por sua vez, a família do republicano Donald Trump tem origem alemã. Seu avô, Friedrich, era nativo de Kallstadt, no Palatinado alemão, onde nasceu Henry Heinz, o inventor do ketchup. Friedrich emigrou aos Estados Unidos, onde trabalhou primeiro como barbeiro em Nova York, antes de se aventurar ao oeste durante a Febre do Ouro. Ali fez fortuna nos "salões", oferecendo álcool, ópio e prostitutas.
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Hillary Clinton é parente distante de Hollande, diz genealogistaA candidata democrata Hillary Clinton tem antepassados franceses e um parentesco muito distante com o presidente François Hollande, revelou em um livro o genealogista Jean-Louis Beaucarnot. Hillary, cujo nome de solteira é Rodham, descende do lado materno, através de sua bisavó, Delia Martin, de famílias de Quebec, entre elas os Belleperche e os Couillard, afirma Beaucarnot em seu livro "Dico des Politiques", publicado nesta semana. A candidata democrata à Casa Branca tem, assim, ancestrais em 15 departamentos franceses. Segundo Beaucarnot, também guarda um parentesco muito distante com François Hollande, já que ambos descendem dos "Reis malditos" franceses. Concretamente, Hillary tem como antepassado, na geração 23, o rei da França Luís X (conhecido como o Rei Teimoso), irmão do rei Filipe V (conhecido como Filipe, o Alto), antepassado de Hollande. Através de seus antepassados instalados em Quebec, a democrata é prima distante de Maddona e Céline Dion e da atriz Angelina Jolie. Por sua vez, a família do republicano Donald Trump tem origem alemã. Seu avô, Friedrich, era nativo de Kallstadt, no Palatinado alemão, onde nasceu Henry Heinz, o inventor do ketchup. Friedrich emigrou aos Estados Unidos, onde trabalhou primeiro como barbeiro em Nova York, antes de se aventurar ao oeste durante a Febre do Ouro. Ali fez fortuna nos "salões", oferecendo álcool, ópio e prostitutas.
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Presos de Londrina fizeram rebelião só para fugir, afirma governo do Paraná
Oito presos ficaram feridos após a rebelião que durou quase 24 horas na Unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina, no interior do Paraná. Três deles estão internados no Hospital Universitário de Londrina: um em estado grave por traumatismo craniano e dois com fratura na coluna lombar. Segundo o governo do Paraná, dois dos feridos pularam um muro com medo de serem jogados do telhado pelos amotinados. A rebelião teve início na manhã de terça-feira (6). Durante o motim, os detentos fizeram companheiros de cela reféns e vários foram agredidos. Segundo Luiz Alberto Cartaxo Moura, diretor do Depen (Departamento de Execução Penal do Paraná), os presos não fizeram reivindicações 'consistentes', já que o objetivo era uma fuga em massa. "O objetivo estabelecido por eles foi, claramente, o de gerar uma oportunidade para fuga em massa, o que foi evitado pela eficiência do aparelho policial", disse. O tenente-coronel José Luiz de Oliveira afirma que, por volta das 2h da madrugada desta quarta (7), houve uma tentativa de fuga em massa. Foi um "momento tenso", relata. "Eles fizeram várias frentes para tentar fugir do presídio", relata. Segundo o diretor, os presos elaboraram um documento sem "nada de consistente". "Não são reivindicações, são comentários", disse Moura sobre a carta. O governo não informou quantos presos estavam envolvidos, mas confirmou que a rebelião foi organizada por integrantes de facções criminosas que atuam fora dos presídios. Os estragos foram significativos, de acordo com o Depen. Áreas de trabalho, de estudo, enfermaria, consultórios médicos e odontológicos, e almoxarifado foram completamente destruídos. O setor administrativo ficou sem água e luz. O diretor diz que os estragos serão "recuperados rapidamente". A Unidade 2 da penitenciária tem capacidade para cerca de 1.100 presos, distribuídos em 30 galerias. O Depen informou que a quantidade de detidos está um "pouco acima da capacidade" do local, mas não falou em números. REBELIÕES NO ESTADO Em 2014, ocorreram mais de 20 rebeliões no Paraná. Na mais grave delas, na cidade de Cascavel, no oeste do Estado, em agosto, cinco presos foram mortos, dois deles decapitados. Em outubro passado, na cidade de Maringá, no norte do Estado, uma rebelião durou 17 horas. No mesmo município, em dezembro de 2014, outra rebelião durou 48 horas e acabou com três feridos.
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Presos de Londrina fizeram rebelião só para fugir, afirma governo do ParanáOito presos ficaram feridos após a rebelião que durou quase 24 horas na Unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina, no interior do Paraná. Três deles estão internados no Hospital Universitário de Londrina: um em estado grave por traumatismo craniano e dois com fratura na coluna lombar. Segundo o governo do Paraná, dois dos feridos pularam um muro com medo de serem jogados do telhado pelos amotinados. A rebelião teve início na manhã de terça-feira (6). Durante o motim, os detentos fizeram companheiros de cela reféns e vários foram agredidos. Segundo Luiz Alberto Cartaxo Moura, diretor do Depen (Departamento de Execução Penal do Paraná), os presos não fizeram reivindicações 'consistentes', já que o objetivo era uma fuga em massa. "O objetivo estabelecido por eles foi, claramente, o de gerar uma oportunidade para fuga em massa, o que foi evitado pela eficiência do aparelho policial", disse. O tenente-coronel José Luiz de Oliveira afirma que, por volta das 2h da madrugada desta quarta (7), houve uma tentativa de fuga em massa. Foi um "momento tenso", relata. "Eles fizeram várias frentes para tentar fugir do presídio", relata. Segundo o diretor, os presos elaboraram um documento sem "nada de consistente". "Não são reivindicações, são comentários", disse Moura sobre a carta. O governo não informou quantos presos estavam envolvidos, mas confirmou que a rebelião foi organizada por integrantes de facções criminosas que atuam fora dos presídios. Os estragos foram significativos, de acordo com o Depen. Áreas de trabalho, de estudo, enfermaria, consultórios médicos e odontológicos, e almoxarifado foram completamente destruídos. O setor administrativo ficou sem água e luz. O diretor diz que os estragos serão "recuperados rapidamente". A Unidade 2 da penitenciária tem capacidade para cerca de 1.100 presos, distribuídos em 30 galerias. O Depen informou que a quantidade de detidos está um "pouco acima da capacidade" do local, mas não falou em números. REBELIÕES NO ESTADO Em 2014, ocorreram mais de 20 rebeliões no Paraná. Na mais grave delas, na cidade de Cascavel, no oeste do Estado, em agosto, cinco presos foram mortos, dois deles decapitados. Em outubro passado, na cidade de Maringá, no norte do Estado, uma rebelião durou 17 horas. No mesmo município, em dezembro de 2014, outra rebelião durou 48 horas e acabou com três feridos.
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Povoado de Goiás tem maior índice mundial de doença rara de pele
O distrito de Araras fica a cerca de 40 km (por estrada de terra) da cidade de Faina, de 7.000 habitantes. O povoado é recordista mundial na prevalência do xeroderma --uma para cada 30 pessoas. No mundo, a doença afeta uma para cada 250 mil.O fato de um local concentrar tantos casos se deve ao que o professor titular da USP e especialista no reparo de DNA Carlos Menck chama de "azar dos azares": o encontro geográfico de duas famílias não correlacionadas, cada uma carregando uma cópia alterada de um gene, que fundaram o povoado.Leia a a reportagem completa aqui
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Povoado de Goiás tem maior índice mundial de doença rara de peleO distrito de Araras fica a cerca de 40 km (por estrada de terra) da cidade de Faina, de 7.000 habitantes. O povoado é recordista mundial na prevalência do xeroderma --uma para cada 30 pessoas. No mundo, a doença afeta uma para cada 250 mil.O fato de um local concentrar tantos casos se deve ao que o professor titular da USP e especialista no reparo de DNA Carlos Menck chama de "azar dos azares": o encontro geográfico de duas famílias não correlacionadas, cada uma carregando uma cópia alterada de um gene, que fundaram o povoado.Leia a a reportagem completa aqui
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Jovens góticos têm risco maior de depressão, mostra estudo
Jovens que seguem o estilo gótico correm maior risco de sofrer de problemas como depressão e autoflagelação, de acordo com um estudo britânico. Os cientistas sugerem que uma inclinação a se afastar da sociedade possa estar por trás deste vínculo, embora não tenham conseguido esclarecer ao certo os motivos. No entanto, eles destacam que a maioria dos adolescentes góticos não apresentava qualquer problema e que apenas uma minoria pode vir a precisar de apoio. A pesquisa, publicada na revista especializada Lancet Psychiatry, acompanhou 3.694 jovens de 15 anos, todos moradores da cidade de Bristol, no sudoeste da Grã-Bretanha, entre 2007 e 2010. O movimento gótico –caracterizado por roupas pretas, maquiagem escura pesada e música quase sempre sombria, com letras melancólicass– atrai adolescentes há décadas. Os pesquisadores descobriram que, quanto mais identificados com os góticos, maior a probabilidade de episódios de autoflagelação e depressão. No estudo, aqueles jovens que se descreveram como góticos tinham mais probabilidade de já haver apresentado sinais de depressão antes dos 15 anos e de ter sofrido bullying na escola. 'ESTIGMATIZADOS' No entanto, os cientistas dizem que o vínculo permanece mesmo entre crianças que não apresentaram estes fatores. Para a coordenadora do estudo, Rebecca Pearson, da Universidade de Bristol, os motivos para a tendência podem ser vários, entre eles, a possibilidade de adolescentes mais suscetíveis à depressão se sentirem mais atraídos ao estilo de vida gótico. "O ponto ao qual um jovem se identifica com a subcultura gótica pode representar o ponto ao qual jovens de grupos de risco se sentem isolados, excluídos ou estigmatizados pela sociedade", disse Pearson. - Nattalie Richardson, de 29 anos, nasceu em Norfolk, no leste britânico. Ela diz que começou a sofrer de depressão antes de virar gótica. "Pessoalmente, acho que crianças deprimidas ou com doenças mentais são atraídas ao estilo de vida 'alt'. É uma forma de serem tão diferentes na aparência quanto se sentem por dentro", diz. "Sei que para mim, foi este o motivo para começar a usar roupas diferentes e de ter me tornado alternativa. Isso e a imagem se encaixavam com a música que eu ouvia e que parecia expressar a confusão em que a minha cabeça vivia. Isso me ajudou a me dar conta de que não era a única adolescente que se sentia deste jeito. "Eu estava deprimida e doente antes de me tornar gótica." - 'PROTEÇÃO DE GRUPO' O blogueiro e autodenominado gótico Tim Sinister disse não acreditar que adolescentes góticos corram mais risco de depressão, apenas que estão mais dispostos a falar sobre o assunto. "A cena gótica é mais tolerante e aberta no que diz respeito a discutir a depressão, enquanto a sociedade como um todo tem mais estigma em torno da discussão de doenças mentais", disse Sinister. Especialistas dizem que pais não deveriam tentar evitar que os filhos façam parte de um grupo gótico, já que ter amigos e se identificar com uma comunidade pode protegê-los da depressão. Em vez disso, sugerem que os pais observem os filhos e conversem com eles sobre qualquer preocupação. Para o professor Kevin McConway, as questões abordadas pela pesquisa são "complicadas" e variam com o tempo. Para ele, seria errado partir do pressuposto de que ser gótico aumenta as chances de depressão, já que é preciso tempo para destrinchar relações de causa e efeito. "Mesmo sem podermos ter certeza das causas, saber que existe um vínculo entre a identificação como gótico e depressão e autoflagelação já pode ajudar médicos a identificar e dar apoio a grupos de risco."
bbc
Jovens góticos têm risco maior de depressão, mostra estudoJovens que seguem o estilo gótico correm maior risco de sofrer de problemas como depressão e autoflagelação, de acordo com um estudo britânico. Os cientistas sugerem que uma inclinação a se afastar da sociedade possa estar por trás deste vínculo, embora não tenham conseguido esclarecer ao certo os motivos. No entanto, eles destacam que a maioria dos adolescentes góticos não apresentava qualquer problema e que apenas uma minoria pode vir a precisar de apoio. A pesquisa, publicada na revista especializada Lancet Psychiatry, acompanhou 3.694 jovens de 15 anos, todos moradores da cidade de Bristol, no sudoeste da Grã-Bretanha, entre 2007 e 2010. O movimento gótico –caracterizado por roupas pretas, maquiagem escura pesada e música quase sempre sombria, com letras melancólicass– atrai adolescentes há décadas. Os pesquisadores descobriram que, quanto mais identificados com os góticos, maior a probabilidade de episódios de autoflagelação e depressão. No estudo, aqueles jovens que se descreveram como góticos tinham mais probabilidade de já haver apresentado sinais de depressão antes dos 15 anos e de ter sofrido bullying na escola. 'ESTIGMATIZADOS' No entanto, os cientistas dizem que o vínculo permanece mesmo entre crianças que não apresentaram estes fatores. Para a coordenadora do estudo, Rebecca Pearson, da Universidade de Bristol, os motivos para a tendência podem ser vários, entre eles, a possibilidade de adolescentes mais suscetíveis à depressão se sentirem mais atraídos ao estilo de vida gótico. "O ponto ao qual um jovem se identifica com a subcultura gótica pode representar o ponto ao qual jovens de grupos de risco se sentem isolados, excluídos ou estigmatizados pela sociedade", disse Pearson. - Nattalie Richardson, de 29 anos, nasceu em Norfolk, no leste britânico. Ela diz que começou a sofrer de depressão antes de virar gótica. "Pessoalmente, acho que crianças deprimidas ou com doenças mentais são atraídas ao estilo de vida 'alt'. É uma forma de serem tão diferentes na aparência quanto se sentem por dentro", diz. "Sei que para mim, foi este o motivo para começar a usar roupas diferentes e de ter me tornado alternativa. Isso e a imagem se encaixavam com a música que eu ouvia e que parecia expressar a confusão em que a minha cabeça vivia. Isso me ajudou a me dar conta de que não era a única adolescente que se sentia deste jeito. "Eu estava deprimida e doente antes de me tornar gótica." - 'PROTEÇÃO DE GRUPO' O blogueiro e autodenominado gótico Tim Sinister disse não acreditar que adolescentes góticos corram mais risco de depressão, apenas que estão mais dispostos a falar sobre o assunto. "A cena gótica é mais tolerante e aberta no que diz respeito a discutir a depressão, enquanto a sociedade como um todo tem mais estigma em torno da discussão de doenças mentais", disse Sinister. Especialistas dizem que pais não deveriam tentar evitar que os filhos façam parte de um grupo gótico, já que ter amigos e se identificar com uma comunidade pode protegê-los da depressão. Em vez disso, sugerem que os pais observem os filhos e conversem com eles sobre qualquer preocupação. Para o professor Kevin McConway, as questões abordadas pela pesquisa são "complicadas" e variam com o tempo. Para ele, seria errado partir do pressuposto de que ser gótico aumenta as chances de depressão, já que é preciso tempo para destrinchar relações de causa e efeito. "Mesmo sem podermos ter certeza das causas, saber que existe um vínculo entre a identificação como gótico e depressão e autoflagelação já pode ajudar médicos a identificar e dar apoio a grupos de risco."
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Barbados em doses: um tour por três destilarias de rum na ilha caribenha
Com apenas 431 km² de extensão, a ex-colônia inglesa Barbados é pontuada por praias de águas cristalinas e paisagens de tirar o fôlego. Se isso é o esperado de uma ilha caribenha, chama a atenção na ilha o número de "rum shops", bares simples que servem o destilado. Oficialmente, são mais de 1.500 estabelecimentos do gênero, mas há quem diga que chegam a 12 mil. O rum é produzido no país há mais de 300 anos, por isso os barbadianos propagam a ilha como o "local de nascimento" da bebida. Ela teria sido criada por volta de 1645, cerca de 20 anos após o estabelecimento da colonização inglesa, que favoreceu as culturas de tabaco, algodão e açúcar no local. Principal matéria-prima do destilado, o melaço é um subproduto da fabricação de açúcar. Em contato com a água, cria a fermentação que dá origem ao destilado. Além da história, a formação de Barbados também influenciou a bebida local. Ao contrário da maioria das ilhas do Caribe, ela não é vulcânica. Seu solo é composto por sedimentos do fundo do oceano cobertos por calcário de coral, uma pedra porosa que age como filtro natural para a água. Esse processo garantiria sabor único à água e, por consequência, ao rum. A localização da ilha foi outro fator para a história da bebida. No leste do Caribe, Barbados virou portão de entrada para quem vinha do oceano Atlântico. Os navios que paravam para descansar ali tiveram dois papéis fundamentais: popularizaram o rum no Velho Mundo e descobriram o aperfeiçoamento do sabor após períodos de armazenagem em barris, obrigatórios durante as viagens de retorno. DESTILARIAS O rum é, ainda hoje, um dos principais atrativos locais. São quatro grandes destilarias: a Mount Gay, que afirma ser a mais antiga do mundo ainda em funcionamento, a Foursquare Rum Factory & Heritage Park, a St. Nicholas Abbey Plantation e a West Indies Rum Distillery. As três primeiras fábricas estão abertas para visitação –sendo a Mount Gay também a mais procurada, especialmente por turistas que chegam à ilha em navios de cruzeiros. A West Indies, que produz os rótulos Malibu e Cockspur, fica mais escondida e não recebe turistas nem sob insistência. Veja o que oferece cada visita. A melhor dica mesmo é ir a todas as destilarias, já que oferecem experiências diferentes e complementares: NO FIM DO PASSEIO, PERSONALIZE SUA GARRAFA COM UMA SERIGRAFIA A casa principal da St. Nicholas Abbey, construída em 1658, abriga antiguidades com mais de 300 anos. A destilaria, em funcionamento desde 2009, é de pequeno porte e fabrica cerca de 1.500 litros por ano. Como não produz açúcar, usa um xarope para provocar a fermentação. Como é o tour? Em uma ilha praticamente plana, subir a Cherry Tree Hill proporciona vista única da costa. O tour dá uma visão geral sobre a história do local. Há a exibição de um filme de 1935 que mostra a vida na ilha e o percurso em navio para chegar até ela na época. Na saída, degustação dos três rótulos e tempo livre para explorar a destilaria. Ao comprar a bebida, peça para personalizar sua garrafa com serigrafia. QUANTO R$ 48 MAIS stnicholasabbey.com * MOUNT GAY AFIRMA SER A FÁBRICA MAIS ANTIGA EM FUNCIONAMENTO A Mount Gay afirma ser a destilaria em funcionamento mais antiga do mundo. A "prova" é um documento de 1703, emoldurado na parede da sede, que confirma a existência de uma destilaria de rum comercial na mesma propriedade em que opera até hoje. Oficialmente, o nome Mount Gay só foi adotado cerca de cem anos depois. A marca é propriedade da francesa Rèmy Cointreau, que vende o rótulo em 110 países. Como é o tour? Próximo ao porto de Bridgetown, o centro que recebe visitantes é afastado da plantação e da produção, localizada em St. Lucy. Com um copo de rum punch em mãos, o turista é convidado a entrar em uma sala com antiguidades e réplicas, onde o guia discorre sobre a história da marca e do rum na ilha. Em outro cômodo, um filme explora o processo de fabricação. Depois, há a degustação de três rótulos. Ainda é possível observar o processo de envasamento de parte da produção, que é feito no local. No fim, os visitantes são convidados a aproveitar mais alguns drinques, pagos à parte, e explorar a lojinha de suvenires. Às terças e quintas, oferece o tour com almoço (R$ 170; é preciso reservar) em um agradável terraço. As bebidas costumam ser mais baratas aqui. Aproveite. QUANTO R$ 27,50 MAIS mountgayrum.com * TOUR GRATUITO NA FOURSQUARE TEM ESPÉCIE DE CAÇA AO TESOURO Fundada em 1996, a Foursquare Rum Factory & Heritage Park fica em uma antiga fábrica de açúcar de 1636. O prédio e os arredores foram reformados pelos atuais donos, de uma família com tradição de quase 200 anos na produção de rum. Entre os rótulos, há opções com especiarias e o licor local Falernum, que mistura água, açúcar líquido, suco de limão e essências de amêndoa e cravo. Como é o tour? A Foursquare causa estranhamento na chegada. O visitante passeia sozinho pelo local e fica sem saber se está no lugar certo. Passada a dificuldade inicial, o tour "independente" se torna uma espécie de caça ao tesouro que adiciona graça à visita. Entre na fábrica e acompanhe a produção, com explicações didáticas escritas em inglês. Siga para o bar, em um edifício de 1737. A degustação de nove rótulos é cheia de explicações sobre as nuances das bebidas e sobre a história local. Além da fábrica, a propriedade abriga museu de máquinas e réplica de uma antiga área de envasamento e um estúdio de fusão de vidro. Dica: pergunte ao bartender se é possível almoçar pela região. Com sorte, ele ligará para uma cozinheira e seu almoço será farto, com comida local, além de barato (cerca de R$ 14). QUANTO gratuito; a degustação custa R$ 27,50 MAIS bit.ly/1Buxrgc
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Barbados em doses: um tour por três destilarias de rum na ilha caribenhaCom apenas 431 km² de extensão, a ex-colônia inglesa Barbados é pontuada por praias de águas cristalinas e paisagens de tirar o fôlego. Se isso é o esperado de uma ilha caribenha, chama a atenção na ilha o número de "rum shops", bares simples que servem o destilado. Oficialmente, são mais de 1.500 estabelecimentos do gênero, mas há quem diga que chegam a 12 mil. O rum é produzido no país há mais de 300 anos, por isso os barbadianos propagam a ilha como o "local de nascimento" da bebida. Ela teria sido criada por volta de 1645, cerca de 20 anos após o estabelecimento da colonização inglesa, que favoreceu as culturas de tabaco, algodão e açúcar no local. Principal matéria-prima do destilado, o melaço é um subproduto da fabricação de açúcar. Em contato com a água, cria a fermentação que dá origem ao destilado. Além da história, a formação de Barbados também influenciou a bebida local. Ao contrário da maioria das ilhas do Caribe, ela não é vulcânica. Seu solo é composto por sedimentos do fundo do oceano cobertos por calcário de coral, uma pedra porosa que age como filtro natural para a água. Esse processo garantiria sabor único à água e, por consequência, ao rum. A localização da ilha foi outro fator para a história da bebida. No leste do Caribe, Barbados virou portão de entrada para quem vinha do oceano Atlântico. Os navios que paravam para descansar ali tiveram dois papéis fundamentais: popularizaram o rum no Velho Mundo e descobriram o aperfeiçoamento do sabor após períodos de armazenagem em barris, obrigatórios durante as viagens de retorno. DESTILARIAS O rum é, ainda hoje, um dos principais atrativos locais. São quatro grandes destilarias: a Mount Gay, que afirma ser a mais antiga do mundo ainda em funcionamento, a Foursquare Rum Factory & Heritage Park, a St. Nicholas Abbey Plantation e a West Indies Rum Distillery. As três primeiras fábricas estão abertas para visitação –sendo a Mount Gay também a mais procurada, especialmente por turistas que chegam à ilha em navios de cruzeiros. A West Indies, que produz os rótulos Malibu e Cockspur, fica mais escondida e não recebe turistas nem sob insistência. Veja o que oferece cada visita. A melhor dica mesmo é ir a todas as destilarias, já que oferecem experiências diferentes e complementares: NO FIM DO PASSEIO, PERSONALIZE SUA GARRAFA COM UMA SERIGRAFIA A casa principal da St. Nicholas Abbey, construída em 1658, abriga antiguidades com mais de 300 anos. A destilaria, em funcionamento desde 2009, é de pequeno porte e fabrica cerca de 1.500 litros por ano. Como não produz açúcar, usa um xarope para provocar a fermentação. Como é o tour? Em uma ilha praticamente plana, subir a Cherry Tree Hill proporciona vista única da costa. O tour dá uma visão geral sobre a história do local. Há a exibição de um filme de 1935 que mostra a vida na ilha e o percurso em navio para chegar até ela na época. Na saída, degustação dos três rótulos e tempo livre para explorar a destilaria. Ao comprar a bebida, peça para personalizar sua garrafa com serigrafia. QUANTO R$ 48 MAIS stnicholasabbey.com * MOUNT GAY AFIRMA SER A FÁBRICA MAIS ANTIGA EM FUNCIONAMENTO A Mount Gay afirma ser a destilaria em funcionamento mais antiga do mundo. A "prova" é um documento de 1703, emoldurado na parede da sede, que confirma a existência de uma destilaria de rum comercial na mesma propriedade em que opera até hoje. Oficialmente, o nome Mount Gay só foi adotado cerca de cem anos depois. A marca é propriedade da francesa Rèmy Cointreau, que vende o rótulo em 110 países. Como é o tour? Próximo ao porto de Bridgetown, o centro que recebe visitantes é afastado da plantação e da produção, localizada em St. Lucy. Com um copo de rum punch em mãos, o turista é convidado a entrar em uma sala com antiguidades e réplicas, onde o guia discorre sobre a história da marca e do rum na ilha. Em outro cômodo, um filme explora o processo de fabricação. Depois, há a degustação de três rótulos. Ainda é possível observar o processo de envasamento de parte da produção, que é feito no local. No fim, os visitantes são convidados a aproveitar mais alguns drinques, pagos à parte, e explorar a lojinha de suvenires. Às terças e quintas, oferece o tour com almoço (R$ 170; é preciso reservar) em um agradável terraço. As bebidas costumam ser mais baratas aqui. Aproveite. QUANTO R$ 27,50 MAIS mountgayrum.com * TOUR GRATUITO NA FOURSQUARE TEM ESPÉCIE DE CAÇA AO TESOURO Fundada em 1996, a Foursquare Rum Factory & Heritage Park fica em uma antiga fábrica de açúcar de 1636. O prédio e os arredores foram reformados pelos atuais donos, de uma família com tradição de quase 200 anos na produção de rum. Entre os rótulos, há opções com especiarias e o licor local Falernum, que mistura água, açúcar líquido, suco de limão e essências de amêndoa e cravo. Como é o tour? A Foursquare causa estranhamento na chegada. O visitante passeia sozinho pelo local e fica sem saber se está no lugar certo. Passada a dificuldade inicial, o tour "independente" se torna uma espécie de caça ao tesouro que adiciona graça à visita. Entre na fábrica e acompanhe a produção, com explicações didáticas escritas em inglês. Siga para o bar, em um edifício de 1737. A degustação de nove rótulos é cheia de explicações sobre as nuances das bebidas e sobre a história local. Além da fábrica, a propriedade abriga museu de máquinas e réplica de uma antiga área de envasamento e um estúdio de fusão de vidro. Dica: pergunte ao bartender se é possível almoçar pela região. Com sorte, ele ligará para uma cozinheira e seu almoço será farto, com comida local, além de barato (cerca de R$ 14). QUANTO gratuito; a degustação custa R$ 27,50 MAIS bit.ly/1Buxrgc
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Governo poderá contratar sem licitação novos projetos de obras
O Congresso alterou a medida provisória que institui o PPI (Programa de Parceria em Investimentos) para modificar a Lei de Licitações, criando uma nova modalidade de contratação no setor público, o convite qualificado. Essa novidade servirá apenas para a contratação de projetos do chamado Fundo de Apoio a Estruturação de Projetos (Feap), empresa estatal federal criada para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) possa contratar consultorias, projetos e estudos para futuras concessões no setor de infraestrutura. A nova forma de convite permitirá que o fundo direcione a escolha a grupos pré-qualificados, sem um limite de valor para o serviço. O Feap é a terceira tentativa do governo federal de criar um órgão para tentar resolver o que é considerado o principal problema para as privatizações na área de infraestrutura: falta de projetos de qualidade. A Lei de Licitações prevê cinco modalidades de disputa, que vão da concorrência à dispensa de licitação. Entre elas, está o convite, usado para compras de menor valor, até R$ 150 mil. Nesse tipo de licitação, o Poder público pode enviar convites para até três empresas e escolher a melhor proposta. A medida provisória enviada pelo governo ao Congresso não previa regra específica para que a estatal fizesse contratações de forma diferente da lei. A Folha apurou que o governo vê com bons olhos a criação da modalidade. O relator do projeto, senador Wilder Moraes (PSDB-GO), permitiu que a emenda ao projeto promovesse uma mudança na lei, criando o convite qualificado. Segundo o presidente da comissão que analisa a medida e autor da emenda, deputado Julio Lopes (PP-RJ), a alteração se baseia em modelo de contratação usado pelo Banco Mundial. Segundo ele, que já foi secretário de Transportes do Rio de Janeiro, a Lei de Licitações está defasada e era necessário mudar para dar agilidade e eficiência para o desenvolvimento dos projetos. CRITÉRIOS Na prática, o convite qualificado vai permitir que serviços na área de engenharia de projeto, consultoria e outros possam ser feitos em valores acima de R$ 150 mil no âmbito do Fundo. Também permitirá que a estatal direcione a escolha de quem prestará o serviço por critérios que não sejam o preço. O uso da modalidade convite para grandes contratações tem sido apontado como um dos elementos que facilitaram a formação de um cartel na Petrobras, descoberto pela Operação Lava Jato. A estatal tem permissão legal para contratar por convite obras e serviços de qualquer valor. Mas entidades representativas de arquitetos e engenheiros reclamam da maneira como os órgãos públicos contratam estudos e projetos, usando o critério de menor preço. Isso seria o motivo para a má qualidade dos projetos e, posteriormente, dos problemas nas obras. A medida provisória que cria o PPI tem que ser votada até 9 de setembro para não perder a validade. Paralelamente, o Senado discute um projeto de lei com alterações radicais na Lei de Licitações. O relator, senador Fernando Bezerra (PSB-PE), já apresentou três diferentes projetos de mudança e vai fazer uma quarta versão. As principais divergências são em relação à possibilidade de contratação integrada —quando projeto e obra podem ser feitos pela mesma empresa— em qualquer obra e a adoção de seguro para garantir a conclusão dos projetos.
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Governo poderá contratar sem licitação novos projetos de obrasO Congresso alterou a medida provisória que institui o PPI (Programa de Parceria em Investimentos) para modificar a Lei de Licitações, criando uma nova modalidade de contratação no setor público, o convite qualificado. Essa novidade servirá apenas para a contratação de projetos do chamado Fundo de Apoio a Estruturação de Projetos (Feap), empresa estatal federal criada para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) possa contratar consultorias, projetos e estudos para futuras concessões no setor de infraestrutura. A nova forma de convite permitirá que o fundo direcione a escolha a grupos pré-qualificados, sem um limite de valor para o serviço. O Feap é a terceira tentativa do governo federal de criar um órgão para tentar resolver o que é considerado o principal problema para as privatizações na área de infraestrutura: falta de projetos de qualidade. A Lei de Licitações prevê cinco modalidades de disputa, que vão da concorrência à dispensa de licitação. Entre elas, está o convite, usado para compras de menor valor, até R$ 150 mil. Nesse tipo de licitação, o Poder público pode enviar convites para até três empresas e escolher a melhor proposta. A medida provisória enviada pelo governo ao Congresso não previa regra específica para que a estatal fizesse contratações de forma diferente da lei. A Folha apurou que o governo vê com bons olhos a criação da modalidade. O relator do projeto, senador Wilder Moraes (PSDB-GO), permitiu que a emenda ao projeto promovesse uma mudança na lei, criando o convite qualificado. Segundo o presidente da comissão que analisa a medida e autor da emenda, deputado Julio Lopes (PP-RJ), a alteração se baseia em modelo de contratação usado pelo Banco Mundial. Segundo ele, que já foi secretário de Transportes do Rio de Janeiro, a Lei de Licitações está defasada e era necessário mudar para dar agilidade e eficiência para o desenvolvimento dos projetos. CRITÉRIOS Na prática, o convite qualificado vai permitir que serviços na área de engenharia de projeto, consultoria e outros possam ser feitos em valores acima de R$ 150 mil no âmbito do Fundo. Também permitirá que a estatal direcione a escolha de quem prestará o serviço por critérios que não sejam o preço. O uso da modalidade convite para grandes contratações tem sido apontado como um dos elementos que facilitaram a formação de um cartel na Petrobras, descoberto pela Operação Lava Jato. A estatal tem permissão legal para contratar por convite obras e serviços de qualquer valor. Mas entidades representativas de arquitetos e engenheiros reclamam da maneira como os órgãos públicos contratam estudos e projetos, usando o critério de menor preço. Isso seria o motivo para a má qualidade dos projetos e, posteriormente, dos problemas nas obras. A medida provisória que cria o PPI tem que ser votada até 9 de setembro para não perder a validade. Paralelamente, o Senado discute um projeto de lei com alterações radicais na Lei de Licitações. O relator, senador Fernando Bezerra (PSB-PE), já apresentou três diferentes projetos de mudança e vai fazer uma quarta versão. As principais divergências são em relação à possibilidade de contratação integrada —quando projeto e obra podem ser feitos pela mesma empresa— em qualquer obra e a adoção de seguro para garantir a conclusão dos projetos.
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SPHOJE: Três vias na zona sul têm velocidade reduzida nesta quarta
O QUE AFETA SUA VIDA Mais três vias da capital têm velocidade reduzida a partir desta quarta (30). Passam a operar a 50km/h as avenidas Washington Luís, Vitor Manzini e a ponte do Socorro. Fique atento e tire o pé do acelerador! As ruas Rita Joana de Souza e Gil Eanes serão interditadas, a partir das 10h desta quarta para obras da linha 5-lilás do Metrô. O bloqueio permanece até abril de 2016. A rua Rita Joana de Souza será interditada entre as ruas Princesa Isabel e Gil Eanes. Já na Gil Eanes, o bloqueio será do lado esquerdo da via, entre a av. dos Bandeirantes e a rua Rita Joana de Souza. Vale lembrar: não devem circular nesta quarta (30) veículos com placas que terminam em 5 ou 6. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h * TEMPO A máxima será de 26ºC e a mínima de 17ºC. O dia segue parcialmente nublado com pancadas de chuva. * CULTURA E LAZER Os músicos do grupo Candombá sobem ao palco do Jazz B ao lado da cantora e compositora colombiana Victoria Saavedra para mostrar misturas de ritmos latino-americanos. Ingr.: R$ 25 Mais música: o tradicional Coral Paulistano Mário de Andrade se apresenta nas escadarias do Theatro Municipal, em mais um recital da série no local. Ingr.: GRÁTIS Veja mais opções de como aproveitar o dia em SP no site do "Guia Folha" * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela
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SPHOJE: Três vias na zona sul têm velocidade reduzida nesta quartaO QUE AFETA SUA VIDA Mais três vias da capital têm velocidade reduzida a partir desta quarta (30). Passam a operar a 50km/h as avenidas Washington Luís, Vitor Manzini e a ponte do Socorro. Fique atento e tire o pé do acelerador! As ruas Rita Joana de Souza e Gil Eanes serão interditadas, a partir das 10h desta quarta para obras da linha 5-lilás do Metrô. O bloqueio permanece até abril de 2016. A rua Rita Joana de Souza será interditada entre as ruas Princesa Isabel e Gil Eanes. Já na Gil Eanes, o bloqueio será do lado esquerdo da via, entre a av. dos Bandeirantes e a rua Rita Joana de Souza. Vale lembrar: não devem circular nesta quarta (30) veículos com placas que terminam em 5 ou 6. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h * TEMPO A máxima será de 26ºC e a mínima de 17ºC. O dia segue parcialmente nublado com pancadas de chuva. * CULTURA E LAZER Os músicos do grupo Candombá sobem ao palco do Jazz B ao lado da cantora e compositora colombiana Victoria Saavedra para mostrar misturas de ritmos latino-americanos. Ingr.: R$ 25 Mais música: o tradicional Coral Paulistano Mário de Andrade se apresenta nas escadarias do Theatro Municipal, em mais um recital da série no local. Ingr.: GRÁTIS Veja mais opções de como aproveitar o dia em SP no site do "Guia Folha" * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Ricardo Ampudia Reportagem: Amanda Massuela
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Avalanche de doping: veja alguns casos famosos que mancharam a história recente do esporte
Nesta segunda-feira (9), um relatório divulgado por uma comissão independente criada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) apontou que a Rússia desenvolveu cultura "profundamente enraizada de fraude" em seu esporte, sobretudo o atletismo. Tamanha é a dimensão da denúncia que a comissão recomendou à Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) a suspensão de todas as competições internacionais da modalidade. A sanção incluiria também os Jogos do Rio, em 2016. Veja outros casos emblemáticos de doping que marcaram a história do esporte. O norte-americano obteve sete títulos da Volta da França entre 1999 e 2005, mas perdeu todas as conquistas de sua carreira após investigação conduzida pela agência antidoping dos EUA indicar que ele foi o cérebro do "esquema mais sofisticado e bem-sucedido de doping da história". Em janeiro de 2013, Armstrong admitiu que usou drogas para melhorar seu desempenho. A equipe sediada em Bragança Paulista (SP) se tornou uma das mais importantes do atletismo nacional na última década graças a um investimento pesado do Grupo Rede, de energia. Em agosto de 2009, porém, seis atletas (Jorge Célio Sena, Luciana França, Bruno Lins, Josiane Tito, Lucimara Silvestre e Lucimar Teodoro) e dois técnicos (Jayme Netto Júnior e Inaldo Sena) foram envolvidos em caso de doping, o maior da história do atletismo nacional. Todos receberam punições e, meses depois, a Rede Atletismo encerrou suas atividades. O caso envolveu o time que disputava a Volta da França em julho de 1998. O massagista da equipe, Willy Voet, foi preso na fronteira entre a França e a Bélgica enquanto transportava enorme quantidade de substâncias ilícitas, dentro de um carro da Festina. Como consequência, a Festina e outros seis times abandonaram a competição. O escândalo superou o âmbito esportivo e enveredou na seara política, com líderes da comunidade europeia cobrando o COI (Comitê Olímpico Internacional) por ação mais firme contra o doping. Entre os Jogos de Munique-1972 e Seul-1988, o país obteve 384 pódios olímpicos e se consolidou como potência esportiva. Contudo, os resultados advinham de um programa sistemático de doping apoiado pelo governo. Na base disso estava uma estatal (Jenapharm) que, a mando dos líderes comunistas, supria com medicamentos proibidos toda a estrutura esportiva do país. Nesta lista havia esteroides, hormônios e outras substâncias ilícitas. O processo era sofisticado a ponto de pouquíssimos atletas terem sido flagrados no antidoping -é bem verdade que o controle, na época, era incipiente. Apenas com a queda do Muro de Berlim, em 1989, atletas vieram à tona para expor seus casos. Dois dias após quebrar o recorde mundial nos 100 m rasos em Seul-1988, Ben Jonhson testou positivo para um esteroide e acabou perdendo a medalha e o recorde mundial. O canadense voltou a competir depois de dois anos de suspensão, mas foi pego novamente no doping em 1993 e banido do esporte por reincidência. A nadadora havia ganho as provas de 50 m e 100 m livre na Rio-2007, mas perdeu as medalhas posteriormente porque foi pega no doping. A atleta recorreu para tentar reverter a suspensão de dois anos, porém foi considerada culpada novamente pela Federação Internacional de Natação e acabou banida do esporte, já que a Agência Mundial Antidoping permite que um atleta seja condenado no máximo uma vez. Campeão do mundo em 1986, o ídolo argentino foi pego no doping durante a Copa do Mundo de 1994 após a partida contra a Nigéria, em que venceu por 2 a 1. O jogador testou positivo para efedrina natural e mais quatro derivados sintéticos. O caso foi o último de uso de substâncias irregulares envolvendo jogadores na Copa do Mundo. Em 2006, o velocista americano foi condenado a oito anos de afastamento, mas colaborou com autoridades e teve a pena reduzida pela metade. Gatlin perdeu a medalha de ouro e o recorde mundial dos 100 m rasos conquistado em Atenas-2004. Em 2002, ele havia sido flagrado pelo uso de anfetaminas, mas depois foi "perdoado" por comprovar o uso delas para tratar um transtorno por deficit de atenção. Dona de três medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos de Sidney-2000, a velocista confessou, sete anos depois, ter usado esteroides durante as disputas. A norte-americana foi punida com dois anos de suspensão e devolveu as medalhas ao Comitê Olímpico, encerrando a carreira no atletismo. Jones foi condenada ainda a seis meses de prisão e dois anos de liberdade condicional nos Estados Unidos, por ter mentido em três ocasiões aos investigadores que apuravam se ela tinha usado drogas para obter melhores resultados.
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Avalanche de doping: veja alguns casos famosos que mancharam a história recente do esporteNesta segunda-feira (9), um relatório divulgado por uma comissão independente criada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) apontou que a Rússia desenvolveu cultura "profundamente enraizada de fraude" em seu esporte, sobretudo o atletismo. Tamanha é a dimensão da denúncia que a comissão recomendou à Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) a suspensão de todas as competições internacionais da modalidade. A sanção incluiria também os Jogos do Rio, em 2016. Veja outros casos emblemáticos de doping que marcaram a história do esporte. O norte-americano obteve sete títulos da Volta da França entre 1999 e 2005, mas perdeu todas as conquistas de sua carreira após investigação conduzida pela agência antidoping dos EUA indicar que ele foi o cérebro do "esquema mais sofisticado e bem-sucedido de doping da história". Em janeiro de 2013, Armstrong admitiu que usou drogas para melhorar seu desempenho. A equipe sediada em Bragança Paulista (SP) se tornou uma das mais importantes do atletismo nacional na última década graças a um investimento pesado do Grupo Rede, de energia. Em agosto de 2009, porém, seis atletas (Jorge Célio Sena, Luciana França, Bruno Lins, Josiane Tito, Lucimara Silvestre e Lucimar Teodoro) e dois técnicos (Jayme Netto Júnior e Inaldo Sena) foram envolvidos em caso de doping, o maior da história do atletismo nacional. Todos receberam punições e, meses depois, a Rede Atletismo encerrou suas atividades. O caso envolveu o time que disputava a Volta da França em julho de 1998. O massagista da equipe, Willy Voet, foi preso na fronteira entre a França e a Bélgica enquanto transportava enorme quantidade de substâncias ilícitas, dentro de um carro da Festina. Como consequência, a Festina e outros seis times abandonaram a competição. O escândalo superou o âmbito esportivo e enveredou na seara política, com líderes da comunidade europeia cobrando o COI (Comitê Olímpico Internacional) por ação mais firme contra o doping. Entre os Jogos de Munique-1972 e Seul-1988, o país obteve 384 pódios olímpicos e se consolidou como potência esportiva. Contudo, os resultados advinham de um programa sistemático de doping apoiado pelo governo. Na base disso estava uma estatal (Jenapharm) que, a mando dos líderes comunistas, supria com medicamentos proibidos toda a estrutura esportiva do país. Nesta lista havia esteroides, hormônios e outras substâncias ilícitas. O processo era sofisticado a ponto de pouquíssimos atletas terem sido flagrados no antidoping -é bem verdade que o controle, na época, era incipiente. Apenas com a queda do Muro de Berlim, em 1989, atletas vieram à tona para expor seus casos. Dois dias após quebrar o recorde mundial nos 100 m rasos em Seul-1988, Ben Jonhson testou positivo para um esteroide e acabou perdendo a medalha e o recorde mundial. O canadense voltou a competir depois de dois anos de suspensão, mas foi pego novamente no doping em 1993 e banido do esporte por reincidência. A nadadora havia ganho as provas de 50 m e 100 m livre na Rio-2007, mas perdeu as medalhas posteriormente porque foi pega no doping. A atleta recorreu para tentar reverter a suspensão de dois anos, porém foi considerada culpada novamente pela Federação Internacional de Natação e acabou banida do esporte, já que a Agência Mundial Antidoping permite que um atleta seja condenado no máximo uma vez. Campeão do mundo em 1986, o ídolo argentino foi pego no doping durante a Copa do Mundo de 1994 após a partida contra a Nigéria, em que venceu por 2 a 1. O jogador testou positivo para efedrina natural e mais quatro derivados sintéticos. O caso foi o último de uso de substâncias irregulares envolvendo jogadores na Copa do Mundo. Em 2006, o velocista americano foi condenado a oito anos de afastamento, mas colaborou com autoridades e teve a pena reduzida pela metade. Gatlin perdeu a medalha de ouro e o recorde mundial dos 100 m rasos conquistado em Atenas-2004. Em 2002, ele havia sido flagrado pelo uso de anfetaminas, mas depois foi "perdoado" por comprovar o uso delas para tratar um transtorno por deficit de atenção. Dona de três medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos de Sidney-2000, a velocista confessou, sete anos depois, ter usado esteroides durante as disputas. A norte-americana foi punida com dois anos de suspensão e devolveu as medalhas ao Comitê Olímpico, encerrando a carreira no atletismo. Jones foi condenada ainda a seis meses de prisão e dois anos de liberdade condicional nos Estados Unidos, por ter mentido em três ocasiões aos investigadores que apuravam se ela tinha usado drogas para obter melhores resultados.
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Atenção à cracolândia
São interessantes os resultados da primeira avaliação sistemática do programa De Braços Abertos, iniciado há dois anos e meio na chamada cracolândia, no bairro paulistano da Luz: boa parte de seus beneficiários afirma ter reduzido o consumo de crack. O estudo foi conduzido pela rede de ONGs Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), com financiamento da Open Society, organização fundada pelo bilionário húngaro-americano George Soros. Por meio de questionários e entrevistas com 80 beneficiários, o trabalho traçou um perfil dessa população e mediu os impactos do programa, que atende hoje cerca de 500 pessoas (na época do levantamento eram 370). Baseada no conceito de redução de danos, a iniciativa de Fernando Haddad (PT) oferece novas bases para a reabilitação e a reinserção social dos dependentes —hospedagem, alimentação e trabalho— sem exigir sua abstinência. O complemento obrigatório deveria ser a repressão ao tráfico na região, que no entanto não vem impedindo a chegada da droga naquele encrave. Após anos de tolerância com a atividade criminosa, na primeira semana de agosto uma grande operação de policiais civis e militares na área redundou na prisão de mais de 30 suspeitos. Segundo o levantamento da PBPD, que seguiu protocolos da Organização Mundial da Saúde para esse tipo de investigação, mais de 65% dos beneficiários declararam ter reduzido o consumo de crack após ingressar no programa; 76% teriam aderido à frente de trabalho, em atividades como varrição e jardinagem (a participação na frente é voluntária). A despeito desses indicadores, a iniciativa precisa ser aperfeiçoada. Entre os reparos frequentes se encontram as condições e a localização dos hotéis do programa, a maioria na área da própria cracolândia. Em face das críticas recebidas, a prefeitura iniciou em agosto a transferência para estabelecimentos em outras áreas da capital. Há que corrigir ainda o descompasso entre a intervenção municipal e o programa Recomeço, do governo do Estado. Este parte de filosofia diversa: busca a saída do vício pela via da abstinência, com internação em hospitais e atendimento em comunidades terapêuticas. Como a internação não deve ser compulsória (salvo raras exceções), resta evidente que os dois programas perseguem o mesmo objetivo —ajudar o dependente— por meios complementares, não opostos. Sem maior coordenação entre eles e mais empenho na erradicação do tráfico, correm o risco de fracassar. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Atenção à cracolândiaSão interessantes os resultados da primeira avaliação sistemática do programa De Braços Abertos, iniciado há dois anos e meio na chamada cracolândia, no bairro paulistano da Luz: boa parte de seus beneficiários afirma ter reduzido o consumo de crack. O estudo foi conduzido pela rede de ONGs Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), com financiamento da Open Society, organização fundada pelo bilionário húngaro-americano George Soros. Por meio de questionários e entrevistas com 80 beneficiários, o trabalho traçou um perfil dessa população e mediu os impactos do programa, que atende hoje cerca de 500 pessoas (na época do levantamento eram 370). Baseada no conceito de redução de danos, a iniciativa de Fernando Haddad (PT) oferece novas bases para a reabilitação e a reinserção social dos dependentes —hospedagem, alimentação e trabalho— sem exigir sua abstinência. O complemento obrigatório deveria ser a repressão ao tráfico na região, que no entanto não vem impedindo a chegada da droga naquele encrave. Após anos de tolerância com a atividade criminosa, na primeira semana de agosto uma grande operação de policiais civis e militares na área redundou na prisão de mais de 30 suspeitos. Segundo o levantamento da PBPD, que seguiu protocolos da Organização Mundial da Saúde para esse tipo de investigação, mais de 65% dos beneficiários declararam ter reduzido o consumo de crack após ingressar no programa; 76% teriam aderido à frente de trabalho, em atividades como varrição e jardinagem (a participação na frente é voluntária). A despeito desses indicadores, a iniciativa precisa ser aperfeiçoada. Entre os reparos frequentes se encontram as condições e a localização dos hotéis do programa, a maioria na área da própria cracolândia. Em face das críticas recebidas, a prefeitura iniciou em agosto a transferência para estabelecimentos em outras áreas da capital. Há que corrigir ainda o descompasso entre a intervenção municipal e o programa Recomeço, do governo do Estado. Este parte de filosofia diversa: busca a saída do vício pela via da abstinência, com internação em hospitais e atendimento em comunidades terapêuticas. Como a internação não deve ser compulsória (salvo raras exceções), resta evidente que os dois programas perseguem o mesmo objetivo —ajudar o dependente— por meios complementares, não opostos. Sem maior coordenação entre eles e mais empenho na erradicação do tráfico, correm o risco de fracassar. editoriais@grupofolha.com.br
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Vingança pornográfica é um problema crescente
A ocorrência de agressão pela internet revelando intimidades não autorizadas vem sendo analisada por especialistas em comportamento humano. Os psicólogos A. Pina, J. Holland e Mark James, da Universidade de Kent, Reino Unido, analisam no "International Journal of Technoethics" características de executores da denominada "vingança pornográfica" ("revenge porn"). A vingança pornográfica é o ato de divulgar intimidades de pessoas por fotos ou vídeos em plataformas on-line sem o consentimento delas e tem como principal motivo humilhar ou chantagear a vítima. As imagens são frequentemente feitas sem autorização ou de forma consensual quando a vítima mantinha relações com o autor do crime. Os autores citam trabalhos relatando que, apesar dessa ação afetar pessoas de todas as idades, sexo e gênero, ela atinge de forma severamente negativa as mulheres. Consideram ainda que esta forma de hostilidade pode ter relação com a autonomia feminina. Participaram do estudo adultos entre 18 e 54 anos. O artigo revela uma correlação positiva entre níveis de psicopatia e ausência de empatia para com a pessoa agredida para efetuar ou disseminar a vingança pornográfica. Muitos dos participantes da pesquisa consideram improvável cometer esse tipo de ação. Entretanto, houve uma aceitação pela maioria desse tipo de comportamento, considerado de "ocorrência frequente on-line".
colunas
Vingança pornográfica é um problema crescenteA ocorrência de agressão pela internet revelando intimidades não autorizadas vem sendo analisada por especialistas em comportamento humano. Os psicólogos A. Pina, J. Holland e Mark James, da Universidade de Kent, Reino Unido, analisam no "International Journal of Technoethics" características de executores da denominada "vingança pornográfica" ("revenge porn"). A vingança pornográfica é o ato de divulgar intimidades de pessoas por fotos ou vídeos em plataformas on-line sem o consentimento delas e tem como principal motivo humilhar ou chantagear a vítima. As imagens são frequentemente feitas sem autorização ou de forma consensual quando a vítima mantinha relações com o autor do crime. Os autores citam trabalhos relatando que, apesar dessa ação afetar pessoas de todas as idades, sexo e gênero, ela atinge de forma severamente negativa as mulheres. Consideram ainda que esta forma de hostilidade pode ter relação com a autonomia feminina. Participaram do estudo adultos entre 18 e 54 anos. O artigo revela uma correlação positiva entre níveis de psicopatia e ausência de empatia para com a pessoa agredida para efetuar ou disseminar a vingança pornográfica. Muitos dos participantes da pesquisa consideram improvável cometer esse tipo de ação. Entretanto, houve uma aceitação pela maioria desse tipo de comportamento, considerado de "ocorrência frequente on-line".
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'Perplexa' com prisão de Delcídio, Dilma diz que não teme delação
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30), em Paris, que ficou "perplexa, extremamente perplexa" com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na última semana, sob suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e que não teme uma eventual delação premiada do parlamentar. "Fiquei perplexa, extremamente perplexa. Eu não esperava que isso acontecesse, ninguém esperava", afirmou quando questionada pela Folha nos corredores da conferência sobre o clima COP21. "Não tenho nenhum temor em relação a uma delação do senador Delcídio", afirmou depois, durante entrevista coletiva. "O senador era de fato uma pessoa bastante bem relacionada no Senado. Nós o escolhemos porque tinha relações com todos os partidos, inclusive com os da oposição." Foi a primeira vez que Dilma comentou a prisão dele, que até a semana passada era líder do governo do Senado. A jornalistas, a presidente ainda negou ter indicado Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, para o cargo de diretor da área Internacional da Petrobras. Em depoimento à Polícia Federal, Delcídio disse que a escolha de Cerveró, em 2003 passou pela presidente, quando ela era ministra de Minas e Energia do governo Lula. Acusado de desviar recursos da estatal, o ex-diretor fechou recentemente um acordo de delação premiada. "Não indiquei o Nestor Cerveró. Eu acho que o senador Delcídio se equivoca", afirmou Dilma, em resposta a uma pergunta da Folha. "Ele [Cerveró] não é da minha indicação, da minha relação, isso é público e notório." A presidente também repudiou a versão de que, segundo Cerversó, ela saberia de tudo sobre as supostas irregularidades na negociação de compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. "É uma forma de tentar confundir as coisas. Não só eu não sabia disso que, quando foi detectado que ele [Cerveró] não tinha dado todos os elementos para nós, fui a pessoa que insistiu para ele sair. Não tenho relação com Nestor Cerveró, e acho que ele pode não gostar de mim", declarou Dilma. A petista buscou manter um tom de distância de André Esteves, do BTG Pactual, apontado como integrante do esquema. "Eu o conheci muito pouco. Não tive relações sistemáticas com ele. O conheci em fóruns, lembro dele em Davos", disse. Sobre o risco de uma abertura de processo de impeachment contra ela no curto prazo, a presidente afirmou: "A ameaça vem sendo sistematicamente feita, inclusive com o endosso até pouco tempo atrás da oposição" AJUSTE FISCAL Apesar do tom de otimismo em relação a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso até o fim do ano, Dilma destacou que o governo "tomará as medidas necessárias" caso isso não ocorra. "Não vou dizer o que vamos fazer porque estamos em processo permanente de avaliação e acreditamos que o Senado e a Câmara vão aprovar essas medidas". Indagada sobre se haveria um "plano B" ao ajuste fiscal, Dilma negou. As declarações foram feitas minutos antes de Dilma passar por uma saia-justa na COP21. Após participar de um evento com alguns líderes numa área mais afastada do local da conferência, entre eles o presidente americano Barack Obama, a presidente foi impedida de caminhar de volta para o saguão principal da conferência. Um funcionário barrou Dilma e se recusou a abrir o portão para sua comitiva. Incomodada com o episódio, ela passou alguns minutos ao ar livre até chegar um ônibus que levasse de volta ao centro da conferência sua comitiva e o grupo de jornalistas, entre eles a reportagem da Folha, que a acompanhava na reunião. PRISÃO Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foi preso na última quarta-feira (25) após ser flagrado negociando o pagamento de uma mesada de R$ 50 mil para o ex-diretor Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, não envolvê-lo em sua delação premiada. Nas gravações das negociações, entregues aos investigadores por Bernardo Cerveró, filho de Nestor, o senador ainda discutia estratégias para fazer lobby pela soltura de Cerveró no Supremo Tribunal Federal e até um plano de fuga. O assessor do petista, Diogo Ferreira, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o banqueiro André Esteves –suposto financiador da mesada e da fuga– também foram presos. A Procuradoria-Geral da República agora investiga indícios de que Delcídio também teria tentado influenciar a delação premiada de Fernando Baiano, operador ligado ao PMDB. Nesta segunda, o presidente do PT, Rui Falcão,voltou a criticar o senador petista que, segundo ele, traiu o partido e o governo de Dilma Rousseff.
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'Perplexa' com prisão de Delcídio, Dilma diz que não teme delaçãoA presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30), em Paris, que ficou "perplexa, extremamente perplexa" com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na última semana, sob suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e que não teme uma eventual delação premiada do parlamentar. "Fiquei perplexa, extremamente perplexa. Eu não esperava que isso acontecesse, ninguém esperava", afirmou quando questionada pela Folha nos corredores da conferência sobre o clima COP21. "Não tenho nenhum temor em relação a uma delação do senador Delcídio", afirmou depois, durante entrevista coletiva. "O senador era de fato uma pessoa bastante bem relacionada no Senado. Nós o escolhemos porque tinha relações com todos os partidos, inclusive com os da oposição." Foi a primeira vez que Dilma comentou a prisão dele, que até a semana passada era líder do governo do Senado. A jornalistas, a presidente ainda negou ter indicado Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, para o cargo de diretor da área Internacional da Petrobras. Em depoimento à Polícia Federal, Delcídio disse que a escolha de Cerveró, em 2003 passou pela presidente, quando ela era ministra de Minas e Energia do governo Lula. Acusado de desviar recursos da estatal, o ex-diretor fechou recentemente um acordo de delação premiada. "Não indiquei o Nestor Cerveró. Eu acho que o senador Delcídio se equivoca", afirmou Dilma, em resposta a uma pergunta da Folha. "Ele [Cerveró] não é da minha indicação, da minha relação, isso é público e notório." A presidente também repudiou a versão de que, segundo Cerversó, ela saberia de tudo sobre as supostas irregularidades na negociação de compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. "É uma forma de tentar confundir as coisas. Não só eu não sabia disso que, quando foi detectado que ele [Cerveró] não tinha dado todos os elementos para nós, fui a pessoa que insistiu para ele sair. Não tenho relação com Nestor Cerveró, e acho que ele pode não gostar de mim", declarou Dilma. A petista buscou manter um tom de distância de André Esteves, do BTG Pactual, apontado como integrante do esquema. "Eu o conheci muito pouco. Não tive relações sistemáticas com ele. O conheci em fóruns, lembro dele em Davos", disse. Sobre o risco de uma abertura de processo de impeachment contra ela no curto prazo, a presidente afirmou: "A ameaça vem sendo sistematicamente feita, inclusive com o endosso até pouco tempo atrás da oposição" AJUSTE FISCAL Apesar do tom de otimismo em relação a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso até o fim do ano, Dilma destacou que o governo "tomará as medidas necessárias" caso isso não ocorra. "Não vou dizer o que vamos fazer porque estamos em processo permanente de avaliação e acreditamos que o Senado e a Câmara vão aprovar essas medidas". Indagada sobre se haveria um "plano B" ao ajuste fiscal, Dilma negou. As declarações foram feitas minutos antes de Dilma passar por uma saia-justa na COP21. Após participar de um evento com alguns líderes numa área mais afastada do local da conferência, entre eles o presidente americano Barack Obama, a presidente foi impedida de caminhar de volta para o saguão principal da conferência. Um funcionário barrou Dilma e se recusou a abrir o portão para sua comitiva. Incomodada com o episódio, ela passou alguns minutos ao ar livre até chegar um ônibus que levasse de volta ao centro da conferência sua comitiva e o grupo de jornalistas, entre eles a reportagem da Folha, que a acompanhava na reunião. PRISÃO Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foi preso na última quarta-feira (25) após ser flagrado negociando o pagamento de uma mesada de R$ 50 mil para o ex-diretor Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, não envolvê-lo em sua delação premiada. Nas gravações das negociações, entregues aos investigadores por Bernardo Cerveró, filho de Nestor, o senador ainda discutia estratégias para fazer lobby pela soltura de Cerveró no Supremo Tribunal Federal e até um plano de fuga. O assessor do petista, Diogo Ferreira, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o banqueiro André Esteves –suposto financiador da mesada e da fuga– também foram presos. A Procuradoria-Geral da República agora investiga indícios de que Delcídio também teria tentado influenciar a delação premiada de Fernando Baiano, operador ligado ao PMDB. Nesta segunda, o presidente do PT, Rui Falcão,voltou a criticar o senador petista que, segundo ele, traiu o partido e o governo de Dilma Rousseff.
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Destaque em feira de Frankfurt, livros de culinária ganham o mundo
Entre sobremesas saborosas, verduras apetitosas e chefs com sorrisos de orelha a orelha, a Feira do Livro de Frankfurt tem elevado as obras de cozinha, uma aposta segura que se espalha como fogo. "Há 20 anos, os livros de culinária ficavam escondidos e eram destinados apenas aos especialistas", mas agora " as pessoas necessitam de consolo em um mundo cheio de crise e esses livros são uma forma de ficar alegre, de sonhar, de viajar", diz Edouard Cointreau, presidente da Gourmand World Cookbook Awards e especialista no setor. A feira de Frankfurt, principal encontro mundial de livros, que termina neste domingo (18), reservou um espaço maior à categoria, batizado de Gourmet Gallery. Nele, pode-se encontrar publicações sobre gastronomia do mundo inteiro, tanto russas quanto indonésias ou os segredos do chef francês Alain Ducasse. Há, ainda, a cozinha de Gaza ao lado dos manuais culinários de Israel. ENTUSIASMO NO IRÃ O frenesi por livros de receitas se estendeu a quase todos os países, entre eles o Irã. "Há cinco anos não era assim, mas agora ter livros de cozinha é algo popular", diz a chef Samira Janatdust. Janatdust foi a Frankfurt apresentar seus livros, apesar da decisão de Teerã de boicotar a feira, devido à presença do escritor indo-britânico Salman Rushdie, que recebeu do país uma sentença de morte –ou fatwa– em 1989, após a publicação de seu quinto livro, "Versos Satânicos". A obra foi descrita como uma blasfêmia contra o islamismo e o profeta Maomé. Conseguir se destacar no meio de tanta variedade é, por si só, um desafio. A espanhola Sofía Piqueras propõe fazer peças únicas, que decora com capas de pano feitas a mão e coloridas com especiarias ou ervas aromáticas. Há tendências que se generalizam. Os livros de receitas vegetarianas estão com vento em popa. A editoria Marabout conta com publicações populares, uma sobre sucos verdes e outra sobre a couve-de-folhas. "As pessoas também querem livros bonitos para exibir em suas cozinhas e folhear de vez em quando, diz Pixie Shields", membro da Marabout, um dos pesos-pesados do setor. "É como ter uma revista de moda bonita", mas estatisticamente, as pessoas cozinham apenas duas ou três receitas dos livros", reconhece. Entre as outras tendências, Edouard Cointreau destaca as obras temáticas, cada vez mais específicas, como as de confeitaria, de especialidades regionais e de iniciação para crianças. O mercado de livros de culinária avança graças ao estímulo da televisão e da internet. Concentra-se nas versões em papel, com poucas páginas digitais, e cresce entre 3% a 5% ao ano, segundo Cointreau. Mas há altos e baixos dependendo de cada país. Na França, por exemplo, o setor se estagnou nos últimos anos, assim como na Alemanha, ainda que siga representando as maiores vendas dentro dos chamados "livros de ajuda".
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Destaque em feira de Frankfurt, livros de culinária ganham o mundoEntre sobremesas saborosas, verduras apetitosas e chefs com sorrisos de orelha a orelha, a Feira do Livro de Frankfurt tem elevado as obras de cozinha, uma aposta segura que se espalha como fogo. "Há 20 anos, os livros de culinária ficavam escondidos e eram destinados apenas aos especialistas", mas agora " as pessoas necessitam de consolo em um mundo cheio de crise e esses livros são uma forma de ficar alegre, de sonhar, de viajar", diz Edouard Cointreau, presidente da Gourmand World Cookbook Awards e especialista no setor. A feira de Frankfurt, principal encontro mundial de livros, que termina neste domingo (18), reservou um espaço maior à categoria, batizado de Gourmet Gallery. Nele, pode-se encontrar publicações sobre gastronomia do mundo inteiro, tanto russas quanto indonésias ou os segredos do chef francês Alain Ducasse. Há, ainda, a cozinha de Gaza ao lado dos manuais culinários de Israel. ENTUSIASMO NO IRÃ O frenesi por livros de receitas se estendeu a quase todos os países, entre eles o Irã. "Há cinco anos não era assim, mas agora ter livros de cozinha é algo popular", diz a chef Samira Janatdust. Janatdust foi a Frankfurt apresentar seus livros, apesar da decisão de Teerã de boicotar a feira, devido à presença do escritor indo-britânico Salman Rushdie, que recebeu do país uma sentença de morte –ou fatwa– em 1989, após a publicação de seu quinto livro, "Versos Satânicos". A obra foi descrita como uma blasfêmia contra o islamismo e o profeta Maomé. Conseguir se destacar no meio de tanta variedade é, por si só, um desafio. A espanhola Sofía Piqueras propõe fazer peças únicas, que decora com capas de pano feitas a mão e coloridas com especiarias ou ervas aromáticas. Há tendências que se generalizam. Os livros de receitas vegetarianas estão com vento em popa. A editoria Marabout conta com publicações populares, uma sobre sucos verdes e outra sobre a couve-de-folhas. "As pessoas também querem livros bonitos para exibir em suas cozinhas e folhear de vez em quando, diz Pixie Shields", membro da Marabout, um dos pesos-pesados do setor. "É como ter uma revista de moda bonita", mas estatisticamente, as pessoas cozinham apenas duas ou três receitas dos livros", reconhece. Entre as outras tendências, Edouard Cointreau destaca as obras temáticas, cada vez mais específicas, como as de confeitaria, de especialidades regionais e de iniciação para crianças. O mercado de livros de culinária avança graças ao estímulo da televisão e da internet. Concentra-se nas versões em papel, com poucas páginas digitais, e cresce entre 3% a 5% ao ano, segundo Cointreau. Mas há altos e baixos dependendo de cada país. Na França, por exemplo, o setor se estagnou nos últimos anos, assim como na Alemanha, ainda que siga representando as maiores vendas dentro dos chamados "livros de ajuda".
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Cerca de 6.000 candidatos não compareceram à 1ª fase da Unicamp
Neste domingo (22), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realizou o exame da primeira fase de seu vestibular. Cerca de 71 mil candidatos, segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular, participaram dessa primeira etapa. Dos 77.761 inscritos, 6.374 candidatos não compareceram para fazer o exame. A abstenção foi de 8,2%, um pouco superior a do ano passado, cuja abstenção geral foi de 8%. Esse é o sétimo ano consecutivo em que a universidade registra recorde no número de inscrições. Nos dois últimos exames, a Unicamp recebeu cerca de 73.818 e 77.146 inscritos, respectivamente. Apesar disso, a relação de candidatos por vaga praticamente se manteve: 23,4 nesta edição ante 23,2 em 2015. Os candidatos disputam 3.320 vagas distribuídas em 70 cursos de graduação da Unicamp. O curso de medicina continua liderando a lista das carreiras mais concorridas, com 220 candidatos por vaga. A prova da primeira fase é composta de 90 questões de múltipla escolha, com quatro alternativas cada, distribuídas da seguinte maneira: 14 questões de língua portuguesa e literaturas, 14 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 1 de filosofia, 1 de sociologia, 10 de física, 10 de química, 10 de biologia, 8 de inglês, além de 4 questões interdisciplinares. A Comvest irá divulgar o gabarito das questões na próxima terça (24), às 17 horas, em seu site. A prova da primeira fase está disponível para consulta na mesma página, assim como os índices de abstenção por cidade. A lista de aprovados na primeira etapa será divulgada em 14 de dezembro, juntamente com os locais de prova da segunda fase. HABILIDADES ESPECÍFICAS As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança ocorrerão no período de 25 a 28 de janeiro de 2016. Os candidatos ao curso de música realizaram o exame específico entre os dias 24 e 28 de setembro. APROVADOS A Unicamp divulgará no dia 12 de fevereiro de 2015 a primeira chamada para matrícula não presencial. Os convocados deverão fazer a matrícula a partir das 8h do dia 13 até as 18h do dia 14 de fevereiro pela internet, na página da Comvest, usando o número de inscrição e senha. O candidato convocado que não fizer a matrícula, perde o direito à vaga e não poderá ser chamado nas próximas listas. No dia 15 de fevereiro, a comissão divulgará as notas da segunda fase e a classificação. Os aprovados na segunda chamada serão anunciados no dia 16 de fevereiro às 12h, mesma data em que os aprovados na primeira chamada terão de ir à universidade para fazer a matrícula presencial. Para mais informações, leia o manual do candidato
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Cerca de 6.000 candidatos não compareceram à 1ª fase da UnicampNeste domingo (22), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realizou o exame da primeira fase de seu vestibular. Cerca de 71 mil candidatos, segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular, participaram dessa primeira etapa. Dos 77.761 inscritos, 6.374 candidatos não compareceram para fazer o exame. A abstenção foi de 8,2%, um pouco superior a do ano passado, cuja abstenção geral foi de 8%. Esse é o sétimo ano consecutivo em que a universidade registra recorde no número de inscrições. Nos dois últimos exames, a Unicamp recebeu cerca de 73.818 e 77.146 inscritos, respectivamente. Apesar disso, a relação de candidatos por vaga praticamente se manteve: 23,4 nesta edição ante 23,2 em 2015. Os candidatos disputam 3.320 vagas distribuídas em 70 cursos de graduação da Unicamp. O curso de medicina continua liderando a lista das carreiras mais concorridas, com 220 candidatos por vaga. A prova da primeira fase é composta de 90 questões de múltipla escolha, com quatro alternativas cada, distribuídas da seguinte maneira: 14 questões de língua portuguesa e literaturas, 14 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 1 de filosofia, 1 de sociologia, 10 de física, 10 de química, 10 de biologia, 8 de inglês, além de 4 questões interdisciplinares. A Comvest irá divulgar o gabarito das questões na próxima terça (24), às 17 horas, em seu site. A prova da primeira fase está disponível para consulta na mesma página, assim como os índices de abstenção por cidade. A lista de aprovados na primeira etapa será divulgada em 14 de dezembro, juntamente com os locais de prova da segunda fase. HABILIDADES ESPECÍFICAS As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança ocorrerão no período de 25 a 28 de janeiro de 2016. Os candidatos ao curso de música realizaram o exame específico entre os dias 24 e 28 de setembro. APROVADOS A Unicamp divulgará no dia 12 de fevereiro de 2015 a primeira chamada para matrícula não presencial. Os convocados deverão fazer a matrícula a partir das 8h do dia 13 até as 18h do dia 14 de fevereiro pela internet, na página da Comvest, usando o número de inscrição e senha. O candidato convocado que não fizer a matrícula, perde o direito à vaga e não poderá ser chamado nas próximas listas. No dia 15 de fevereiro, a comissão divulgará as notas da segunda fase e a classificação. Os aprovados na segunda chamada serão anunciados no dia 16 de fevereiro às 12h, mesma data em que os aprovados na primeira chamada terão de ir à universidade para fazer a matrícula presencial. Para mais informações, leia o manual do candidato
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Homens são presos tentando saquear navio naufragado no Pará, diz governo
Três homens foram presos nesta quarta-feira (24) suspeitos de saquear o navio que naufragou no início da semana em Porto de Moz (PA), tragédia que deixou pelo menos 23 mortos. Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública do Pará, André Cunha, ao chegar para realizar buscas no local do naufrágio, na manhã desta quarta, havia oito catraias, espécie de canoa pequena e a motor, ao redor do barco Capitão Ribeiro, afundado no rio Xingu. Ao verem se aproximar os barcos do governo do Estado, as embarcações fugiram. Três homens, no entanto, foram pegos, vestindo roupa de mergulho e carregando celulares, sandálias de crianças e até o aparelho de som de um carro que estava dentro do navio. Eles disseram que buscavam itens a pedido do dono da embarcação, que negou, de acordo com Cunha, coronel da PM que deu voz de prisão aos suspeitos. O governo encontrou outros quatro sobreviventes nesta quarta, que não apareceram na lista de passageiros inicialmente. O número estimado de passageiros é 53, sendo 23 mortos e 30 sobreviventes. "O mais difícil hoje é não sabermos qual o total de passageiros. Ontem achávamos que eram 48. Hoje é 52. O barco não tinha lista de passageiros, então amanhã pode subir. Isso dificulta saber a dimensão do problema", afirma Cunha. DEPOIMENTO O maquinista Alcimar Almeida da Silva, 41, proprietário do barco Capitão Ribeiro, assumiu, em depoimento à Polícia Civil, que a embarcação não tinha autorização para transportar passageiros entre Santarém e Vitória do Xingu. A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transporte do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas ninguém compareceu à agência para regularizar a situação. Em depoimento à polícia, Almeida, que estava no barco e sobreviveu, confirmou que foi procurado pela Arcon, mas afirmou que não poderia regularizar o barco "em razão da crise e por estar em fase de 'experimentação'". Ele narrou à polícia que conseguiu autorização da Capitania dos Portos para fazer o trajeto de Santarém até a Prainha, segunda parada das cinco que o navio faz antes de chegar a Vitória do Xingu. Almeida diz que faz o trajeto há três anos desta com essa autorização parcial, em viagens semanais, e que, se registrasse que iria a Vitória do Xingu, deveria ter mais dois tripulantes a bordo. Ele afirmou que havia sete toneladas de carga, incluindo um carro Fiat Uno e duas motos, e que a embarcação suporta 56 toneladas. Como outros sobreviventes, Almeida narrou ainda que o navio afundou após uma ventania forte. A principal hipótese do governo é que o naufrágio tenha ocorrido após a formação de uma tromba d'água, espécie de tornado, formar-se no Xingu. Naufrágio no rio Xingu SOBE NÚMERO DE MORTOS Mais duas vítimas foram encontradas na manhã desta sexta-feira (25) nos escombros do barco Capitão Ribeiro, que naufragou na noite da última terça-feira (22) em Porto de Moz, interior do Pará. São duas crianças, uma menina de cerca de 10 anos e um menino de 5, que foram encontradas no porão do navio pelas equipes de mergulho do Corpo de Bombeiros entre as 9h e as 10h. Os corpos, já em estado avançado de decomposição, foram levados ao ginásio da cidade, onde está montado o centro de perícia do governo do Estado. Com isso, o número de mortos confirmados sobe para 23. Outros 30 passageiros foram encontrados vivos. O barco está atracado a uma balsa da prefeitura de Porto de Moz, que serve de base para as operações. Oficiais estão retirando a carga do porão do navio, que ainda está com o primeiro andar submerso.
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Homens são presos tentando saquear navio naufragado no Pará, diz governoTrês homens foram presos nesta quarta-feira (24) suspeitos de saquear o navio que naufragou no início da semana em Porto de Moz (PA), tragédia que deixou pelo menos 23 mortos. Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública do Pará, André Cunha, ao chegar para realizar buscas no local do naufrágio, na manhã desta quarta, havia oito catraias, espécie de canoa pequena e a motor, ao redor do barco Capitão Ribeiro, afundado no rio Xingu. Ao verem se aproximar os barcos do governo do Estado, as embarcações fugiram. Três homens, no entanto, foram pegos, vestindo roupa de mergulho e carregando celulares, sandálias de crianças e até o aparelho de som de um carro que estava dentro do navio. Eles disseram que buscavam itens a pedido do dono da embarcação, que negou, de acordo com Cunha, coronel da PM que deu voz de prisão aos suspeitos. O governo encontrou outros quatro sobreviventes nesta quarta, que não apareceram na lista de passageiros inicialmente. O número estimado de passageiros é 53, sendo 23 mortos e 30 sobreviventes. "O mais difícil hoje é não sabermos qual o total de passageiros. Ontem achávamos que eram 48. Hoje é 52. O barco não tinha lista de passageiros, então amanhã pode subir. Isso dificulta saber a dimensão do problema", afirma Cunha. DEPOIMENTO O maquinista Alcimar Almeida da Silva, 41, proprietário do barco Capitão Ribeiro, assumiu, em depoimento à Polícia Civil, que a embarcação não tinha autorização para transportar passageiros entre Santarém e Vitória do Xingu. A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transporte do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas ninguém compareceu à agência para regularizar a situação. Em depoimento à polícia, Almeida, que estava no barco e sobreviveu, confirmou que foi procurado pela Arcon, mas afirmou que não poderia regularizar o barco "em razão da crise e por estar em fase de 'experimentação'". Ele narrou à polícia que conseguiu autorização da Capitania dos Portos para fazer o trajeto de Santarém até a Prainha, segunda parada das cinco que o navio faz antes de chegar a Vitória do Xingu. Almeida diz que faz o trajeto há três anos desta com essa autorização parcial, em viagens semanais, e que, se registrasse que iria a Vitória do Xingu, deveria ter mais dois tripulantes a bordo. Ele afirmou que havia sete toneladas de carga, incluindo um carro Fiat Uno e duas motos, e que a embarcação suporta 56 toneladas. Como outros sobreviventes, Almeida narrou ainda que o navio afundou após uma ventania forte. A principal hipótese do governo é que o naufrágio tenha ocorrido após a formação de uma tromba d'água, espécie de tornado, formar-se no Xingu. Naufrágio no rio Xingu SOBE NÚMERO DE MORTOS Mais duas vítimas foram encontradas na manhã desta sexta-feira (25) nos escombros do barco Capitão Ribeiro, que naufragou na noite da última terça-feira (22) em Porto de Moz, interior do Pará. São duas crianças, uma menina de cerca de 10 anos e um menino de 5, que foram encontradas no porão do navio pelas equipes de mergulho do Corpo de Bombeiros entre as 9h e as 10h. Os corpos, já em estado avançado de decomposição, foram levados ao ginásio da cidade, onde está montado o centro de perícia do governo do Estado. Com isso, o número de mortos confirmados sobe para 23. Outros 30 passageiros foram encontrados vivos. O barco está atracado a uma balsa da prefeitura de Porto de Moz, que serve de base para as operações. Oficiais estão retirando a carga do porão do navio, que ainda está com o primeiro andar submerso.
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USP quer estimular aluno da rede estadual de SP a prestar a Fuvest
Um projeto da USP (Universidade de São Paulo) vai estimular alunos da rede estadual a prestarem o vestibular da Fuvest. O objetivo é ampliar a inclusão na instituição. A iniciativa, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, prevê simulados, curso on-line e isenção de taxa de inscrição da Fuvest (de R$ 160) para alunos da rede com boa performance. Intitulado Vem pra USP, o projeto deve ter início no segundo semestre, com a chamada Competição USP de Conhecimentos –uma prova on-line. A expectativa é que 1,5 milhão de estudantes do ensino médio participem. Os mais bem colocados de cada escola participante farão uma segunda prova, dessa vez presencial. Ambas avaliações serão produzidas pela Fuvest, fundação que organiza o vestibular a USP. Os alunos do 3º ano do ensino médio, participantes das duas fases, receberão isenção da taxa do vestibular. Também participarão de curso preparatório on-line da USP e de visitas monitoradas em unidades da universidade, como o Instituto Butantan. As inscrições serão abertas em agosto, e as provas, realizadas em setembro. "É um projeto audacioso", disse o secretário de Educação, José Renato Nalini. Mais de 80% dos estudantes de ensino médio em São Paulo estudam em escolas públicas. Sobretudo na rede estadual de ensino. Neste ano, somente 37% dos ingressantes da USP vieram de escolas públicas. Mas o índice é inferior em carreiras concorridas, como medicina e engenharia. A meta estipulada pela USP é ter 50% dos ingressantes oriundos de escolas públicas até 2018. INCLUSÃO NA USP - % de alunos de escolas públicas na universidade O número total de inscritos na Fuvest vem caindo nos últimos anos. No ano passado, foram 136 mil, contra 172 mil em 2014. O problema que a universidade quer atacar agora é a baixa participação de estudantes de escola pública no vestibular da Fuvest. Em 2016, último ano com dados disponíveis, só 31% dos inscritos eram da rede. A USP oferece desconto na taxa da Fuvest, que varia de 50% a 100%, para quem comprova que não pode pagar. Só 8,3% dos 136 mil inscritos de 2017 ficaram isentos. "Esse é um dos limitantes [ter poucos inscritos de escola pública], e só com as estratégias atuais não conseguiremos aumentar a inclusão", disse o reitor da USP, Marco Antonio Zago. "Embora o vestibular possa parecer justo, ele não é. Porque os estudantes secundaristas de famílias menos abastadas estão em escolas que o treinamento para o vestibular não existe", disse o reitor, durante evento de assinatura da parceria com a pasta da Educação nesta segunda-feira (19). PORTAS A Fuvest já adota um sistema de bônus para escola pública, que oferece até 25% de incremento na nota. A partir de 2016, diversificou a porta de entrada. Além da Fuvest, os candidatos podem ingressar na USP com a nota do Enem. Mas coube a cada unidade a decisão de colocar vagas no Sisu (Sistema de Seleção Unificada, que usa a nota do Enem) e reservar parte delas para escola pública. O curso de medicina, por exemplo, nem entrou no Sisu. Em 2017, 21% das vagas foram selecionadas pelo Sisu. Pouco mais da metade delas eram exclusivas para escola pública, com percentual menor para pretos, pardos e indígenas. A USP promete ampliar a reserva de vagas.
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USP quer estimular aluno da rede estadual de SP a prestar a FuvestUm projeto da USP (Universidade de São Paulo) vai estimular alunos da rede estadual a prestarem o vestibular da Fuvest. O objetivo é ampliar a inclusão na instituição. A iniciativa, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, prevê simulados, curso on-line e isenção de taxa de inscrição da Fuvest (de R$ 160) para alunos da rede com boa performance. Intitulado Vem pra USP, o projeto deve ter início no segundo semestre, com a chamada Competição USP de Conhecimentos –uma prova on-line. A expectativa é que 1,5 milhão de estudantes do ensino médio participem. Os mais bem colocados de cada escola participante farão uma segunda prova, dessa vez presencial. Ambas avaliações serão produzidas pela Fuvest, fundação que organiza o vestibular a USP. Os alunos do 3º ano do ensino médio, participantes das duas fases, receberão isenção da taxa do vestibular. Também participarão de curso preparatório on-line da USP e de visitas monitoradas em unidades da universidade, como o Instituto Butantan. As inscrições serão abertas em agosto, e as provas, realizadas em setembro. "É um projeto audacioso", disse o secretário de Educação, José Renato Nalini. Mais de 80% dos estudantes de ensino médio em São Paulo estudam em escolas públicas. Sobretudo na rede estadual de ensino. Neste ano, somente 37% dos ingressantes da USP vieram de escolas públicas. Mas o índice é inferior em carreiras concorridas, como medicina e engenharia. A meta estipulada pela USP é ter 50% dos ingressantes oriundos de escolas públicas até 2018. INCLUSÃO NA USP - % de alunos de escolas públicas na universidade O número total de inscritos na Fuvest vem caindo nos últimos anos. No ano passado, foram 136 mil, contra 172 mil em 2014. O problema que a universidade quer atacar agora é a baixa participação de estudantes de escola pública no vestibular da Fuvest. Em 2016, último ano com dados disponíveis, só 31% dos inscritos eram da rede. A USP oferece desconto na taxa da Fuvest, que varia de 50% a 100%, para quem comprova que não pode pagar. Só 8,3% dos 136 mil inscritos de 2017 ficaram isentos. "Esse é um dos limitantes [ter poucos inscritos de escola pública], e só com as estratégias atuais não conseguiremos aumentar a inclusão", disse o reitor da USP, Marco Antonio Zago. "Embora o vestibular possa parecer justo, ele não é. Porque os estudantes secundaristas de famílias menos abastadas estão em escolas que o treinamento para o vestibular não existe", disse o reitor, durante evento de assinatura da parceria com a pasta da Educação nesta segunda-feira (19). PORTAS A Fuvest já adota um sistema de bônus para escola pública, que oferece até 25% de incremento na nota. A partir de 2016, diversificou a porta de entrada. Além da Fuvest, os candidatos podem ingressar na USP com a nota do Enem. Mas coube a cada unidade a decisão de colocar vagas no Sisu (Sistema de Seleção Unificada, que usa a nota do Enem) e reservar parte delas para escola pública. O curso de medicina, por exemplo, nem entrou no Sisu. Em 2017, 21% das vagas foram selecionadas pelo Sisu. Pouco mais da metade delas eram exclusivas para escola pública, com percentual menor para pretos, pardos e indígenas. A USP promete ampliar a reserva de vagas.
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Perfil família da Mooca dita tamanho dos imóveis na região
JULLIANE SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O clima familiar da tradicional Mooca está também nos empreendimentos do bairro. Nos últimos três anos, 74% dos novos condomínios da região oferecem apartamentos de dois ou três dormitórios, segundo levantamento da VivaReal/Geoimovel. Quem compra esses imóveis são principalmente famílias do próprio bairro e, em menor número, pessoas de outras áreas da zona leste que buscam melhor localização. A Mooca é considerada o "bairro de saída" da zona leste, com acesso mais fácil a outras regiões da cidade do que os bairros vizinhos. Está próxima da Marginal Tietê e da Radial Leste. "Temos muitos clientes que nasceram ali e ficaram. São famílias jovens que conhecem muito bem o local e toda a infraestrutura que oferece", diz Katiuci de la Cruz, gerente de incorporação da Sequoia Desenvolvimento Imobiliário. A empresa entregou em julho de 2016 o Trovi Mooca, edifício com 40 apartamentos de três suítes distribuídas em 112 metros quadrados. O empreendimento tem piscina, brinquedoteca, miniquadra e área para animais de estimação, com imóveis à venda por R$ 7.800 o metro quadrado, em média. É para lá que o militar Emerson Bordignon, 46, se muda no próximo mês com a mulher e a filha. Emerson mora na Mooca com a família há 12 anos e diz não querer sair nunca mais. O bairro, afirma, é ideal, com boa oferta de comércio e serviços e clima familiar. "Quando decidi procurar um apartamento mais amplo, nem olhei em outros bairros, vou me mudar para apenas cinco quadras de distância, para um imóvel de melhor padrão", afirma. Um público fiel ao bairro também forma os clientes do Paysage Mooca, da Trisul. "Cerca de 65% dos compradores são do bairro e o restante vem de outras áreas da zona leste, pessoas que atravessaram a avenida Salim Farah Maluf em busca de uma melhor localização", diz Lucas Araújo, gerente de marketing da construtora. Entregue há um ano, o empreendimento tem unidades de 78 metros quadrados, cada uma a cerca de R$ 560 mil.
sobretudo
Perfil família da Mooca dita tamanho dos imóveis na região JULLIANE SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O clima familiar da tradicional Mooca está também nos empreendimentos do bairro. Nos últimos três anos, 74% dos novos condomínios da região oferecem apartamentos de dois ou três dormitórios, segundo levantamento da VivaReal/Geoimovel. Quem compra esses imóveis são principalmente famílias do próprio bairro e, em menor número, pessoas de outras áreas da zona leste que buscam melhor localização. A Mooca é considerada o "bairro de saída" da zona leste, com acesso mais fácil a outras regiões da cidade do que os bairros vizinhos. Está próxima da Marginal Tietê e da Radial Leste. "Temos muitos clientes que nasceram ali e ficaram. São famílias jovens que conhecem muito bem o local e toda a infraestrutura que oferece", diz Katiuci de la Cruz, gerente de incorporação da Sequoia Desenvolvimento Imobiliário. A empresa entregou em julho de 2016 o Trovi Mooca, edifício com 40 apartamentos de três suítes distribuídas em 112 metros quadrados. O empreendimento tem piscina, brinquedoteca, miniquadra e área para animais de estimação, com imóveis à venda por R$ 7.800 o metro quadrado, em média. É para lá que o militar Emerson Bordignon, 46, se muda no próximo mês com a mulher e a filha. Emerson mora na Mooca com a família há 12 anos e diz não querer sair nunca mais. O bairro, afirma, é ideal, com boa oferta de comércio e serviços e clima familiar. "Quando decidi procurar um apartamento mais amplo, nem olhei em outros bairros, vou me mudar para apenas cinco quadras de distância, para um imóvel de melhor padrão", afirma. Um público fiel ao bairro também forma os clientes do Paysage Mooca, da Trisul. "Cerca de 65% dos compradores são do bairro e o restante vem de outras áreas da zona leste, pessoas que atravessaram a avenida Salim Farah Maluf em busca de uma melhor localização", diz Lucas Araújo, gerente de marketing da construtora. Entregue há um ano, o empreendimento tem unidades de 78 metros quadrados, cada uma a cerca de R$ 560 mil.
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Albergue em Florianópolis é eleito o melhor do Brasil
O albergue Barra da Lagoa, em Florianópolis (SC), foi eleito o melhor hostel do Brasil por um ranking da rede Hostelling International, que escolheu os dez melhores albergues do país. Localizado na costa leste da ilha e próximo da praia, o estabelecimento tem cozinha para hóspede, internet, refeitório, estacionamento e quartos coletivos com quatro camas –também há quartos privativos para casal. No site da Hostelling International, o Barra da Lagoa teve 95% de avaliações positivas. Os dez melhores hostels foram escolhidos com base em avaliações realizadas pelos usuários –brasileiros e estrangeiros–, considerando serviço, limpeza e localização. Em segundo lugar ficou o Paudimar Hostel, em Foz do Iguaçu (PR), seguido pelo Arrecifes Hostel, em Recife (a veja lista completa abaixo). O site determinou ainda os dez albergues mais visitados do país; o vencedor foi o Copa Hostel, no Rio de Janeiro.
turismo
Albergue em Florianópolis é eleito o melhor do BrasilO albergue Barra da Lagoa, em Florianópolis (SC), foi eleito o melhor hostel do Brasil por um ranking da rede Hostelling International, que escolheu os dez melhores albergues do país. Localizado na costa leste da ilha e próximo da praia, o estabelecimento tem cozinha para hóspede, internet, refeitório, estacionamento e quartos coletivos com quatro camas –também há quartos privativos para casal. No site da Hostelling International, o Barra da Lagoa teve 95% de avaliações positivas. Os dez melhores hostels foram escolhidos com base em avaliações realizadas pelos usuários –brasileiros e estrangeiros–, considerando serviço, limpeza e localização. Em segundo lugar ficou o Paudimar Hostel, em Foz do Iguaçu (PR), seguido pelo Arrecifes Hostel, em Recife (a veja lista completa abaixo). O site determinou ainda os dez albergues mais visitados do país; o vencedor foi o Copa Hostel, no Rio de Janeiro.
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Mulher com doença cardíaca desafia médicos para conhecer o mundo
Nascida sem a artéria que liga o coração ao pulmão, a paulistana Marina Kolya, 35, cansou-se de ouvir "não" dos médicos. "Se dependesse deles, eu ficaria ligada ao cilindro de oxigênio 24 horas por dia e só sairia de casa para tomar um solzinho", afirma. Mesmo assim, ela não desistiu de conhecer o mundo. Há oito meses, criou um canal de viagens no YouTube, o "Não Viaja, Marina!", em parceria com o marido, Rodrigo Resende, 30. Por causa do problema cardíaco, Marina passou por três cirurgias e incontáveis internações ao longo da vida. Desenvolveu ainda uma hipertensão pulmonar, doença que dificulta a passagem de sangue dentro do pulmão e, assim, sobrecarrega o coração, gerando cansaço e falta de ar. Apesar das contraindicações médicas, Marina nunca deixou de fazer o que quis. Formou-se em pedagogia e biologia e, durante quase 13 anos, foi professora na rede pública de ensino. No início de 2016, porém, seu corpo mandou a conta. A sensação de cansaço aumentou, e ela chegou a desmaiar em sala de aula. Em abril, foi afastada do trabalho. "Chorei muito, mas era isso ou a minha saúde", relembra. Foi aí que o marido sugeriu: "Já que você está em casa, por que não faz um canal no YouTube?". Casados há seis anos, já tinham ido juntos à costa leste dos Estados Unidos em 2015 e gravado vídeos para a família e os amigos. Daí veio a ideia de inspirar outras pessoas com alguma dificuldade física a conhecer o mundo e também oferecer a qualquer turista sugestões de passeios e restaurantes para visitar em cada destino. Para Marina, andar de avião é outra desobediência às recomendações médicas. "O maior risco é a oscilação de pressão dentro da aeronave. Mas conheço meu corpo e sei até onde posso ir." O casal viajou para França, Chile, Uruguai, África do Sul e até Japão. "Sempre tive vontade de conhecer o país e não sabia até quando teria condições de fazer uma viagem tão longa", diz Marina. Cada detalhe do roteiro é planejado para que sua saúde seja preservada –a começar pelo "Arlindo", um concentrador de oxigênio portátil de cinco quilos que Resende carrega nas costas. Ela deve evitar caminhadas e subidas e precisa descansar pelo menos duas horas após cada refeição. "A gente vai devagar, no ritmo dela. Pegamos táxi e visitamos menos pontos que turistas 'normais', mas isso não deixa as viagens menos divertidas", afirma Resende. O casal posta vídeos de no máximo cinco minutos uma vez por semana. Exploram cada destino a fundo –a África do Sul, por exemplo, vai render cerca de quatro meses de publicações no canal. "Escolhemos mostrar lugares que não são tão conhecidos, como o café temático de 'Alice no País das Maravilhas', em Tóquio", diz Marina. Em setembro, os dois planejam ir a Portugal. marina
turismo
Mulher com doença cardíaca desafia médicos para conhecer o mundoNascida sem a artéria que liga o coração ao pulmão, a paulistana Marina Kolya, 35, cansou-se de ouvir "não" dos médicos. "Se dependesse deles, eu ficaria ligada ao cilindro de oxigênio 24 horas por dia e só sairia de casa para tomar um solzinho", afirma. Mesmo assim, ela não desistiu de conhecer o mundo. Há oito meses, criou um canal de viagens no YouTube, o "Não Viaja, Marina!", em parceria com o marido, Rodrigo Resende, 30. Por causa do problema cardíaco, Marina passou por três cirurgias e incontáveis internações ao longo da vida. Desenvolveu ainda uma hipertensão pulmonar, doença que dificulta a passagem de sangue dentro do pulmão e, assim, sobrecarrega o coração, gerando cansaço e falta de ar. Apesar das contraindicações médicas, Marina nunca deixou de fazer o que quis. Formou-se em pedagogia e biologia e, durante quase 13 anos, foi professora na rede pública de ensino. No início de 2016, porém, seu corpo mandou a conta. A sensação de cansaço aumentou, e ela chegou a desmaiar em sala de aula. Em abril, foi afastada do trabalho. "Chorei muito, mas era isso ou a minha saúde", relembra. Foi aí que o marido sugeriu: "Já que você está em casa, por que não faz um canal no YouTube?". Casados há seis anos, já tinham ido juntos à costa leste dos Estados Unidos em 2015 e gravado vídeos para a família e os amigos. Daí veio a ideia de inspirar outras pessoas com alguma dificuldade física a conhecer o mundo e também oferecer a qualquer turista sugestões de passeios e restaurantes para visitar em cada destino. Para Marina, andar de avião é outra desobediência às recomendações médicas. "O maior risco é a oscilação de pressão dentro da aeronave. Mas conheço meu corpo e sei até onde posso ir." O casal viajou para França, Chile, Uruguai, África do Sul e até Japão. "Sempre tive vontade de conhecer o país e não sabia até quando teria condições de fazer uma viagem tão longa", diz Marina. Cada detalhe do roteiro é planejado para que sua saúde seja preservada –a começar pelo "Arlindo", um concentrador de oxigênio portátil de cinco quilos que Resende carrega nas costas. Ela deve evitar caminhadas e subidas e precisa descansar pelo menos duas horas após cada refeição. "A gente vai devagar, no ritmo dela. Pegamos táxi e visitamos menos pontos que turistas 'normais', mas isso não deixa as viagens menos divertidas", afirma Resende. O casal posta vídeos de no máximo cinco minutos uma vez por semana. Exploram cada destino a fundo –a África do Sul, por exemplo, vai render cerca de quatro meses de publicações no canal. "Escolhemos mostrar lugares que não são tão conhecidos, como o café temático de 'Alice no País das Maravilhas', em Tóquio", diz Marina. Em setembro, os dois planejam ir a Portugal. marina
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Antes dependentes, finalistas agora sabem jogar sem Valdivia e Robinho
Valdivia está fora da primeira partida da decisão do Paulista. E o desfalque, ao contrário de um passado recente, não provocou grande comoção no Palmeiras. Robinho também corre risco de não participar dos 90 minutos iniciais da final. E isso em nada diminui a confiança do Santos no Estadual. Os dois times, que se enfrentam neste domingo (26), na arena palmeirense, já não são mais tão dependentes assim daqueles que costumam ser sempre considerados os seus principais jogadores. A mudança de status é muito mais clara no Palmeiras. E foi proposital. Uma das preocupações do diretor de futebol, Alexandre Mattos, ao ser contratado, foi encher o time de opções para o setor de Valdivia, constantemente envolto em problemas físicos que acabam desfalcando a equipe. Chegaram, entre outros, Robinho, Alan Patrick e Cleiton Xavier, antigo ídolo da torcida. Todos, com condições de exercer o papel de principal armador do time. Com isso, o Palmeiras conseguiu alcançar a sua primeira decisão do Paulista desde 2008 mesmo praticamente sem usar seu camisa 10. Valdivia começou o ano se recuperando de problemas musculares e só estreou na penúltima rodada da primeira fase, contra o Mogi Mirim, no começo deste mês. A participação do chileno no Estadual se resume a quatro das 17 partidas do Palmeiras. Ele não balançou as redes e nem deu passe para gol. Teve só um momento de protagonismo: iniciou a jogada que deu a vitória sobre o Botafogo, nas quartas de final. A quinta partida seria o primeiro jogo da decisão contra o Santos, mas o meia tem um pequeno edema no joelho e foi vetado do confronto –oficialmente, tanto o clube quanto a assessoria de imprensa do jogador fazem mistério sobre sua escalação. O novo status de Valdivia tem travado a renovação do seu contrato, que vence em agosto. A diretoria não aceita mais continuar lhe pagando salário fixo de R$ 500 mil. ROBINHO Ao contrário do pouco ativo chileno, Robinho ainda é um dos protagonistas do Santos. No entanto, deixou de ser aquela esperança única dos torcedores, posição que nutria no começo deste ano. O atacante, que tem passado por um tratamento intensivo durante a semana contra lesão muscular na coxa esquerda, só participou ativamente (balançando as redes ou dando o passe para a finalização) de sete dos 34 gols do time no Paulista. Agora, o artilheiro da equipe é Ricardo Oliveira (dez gols no Estadual), e o jogador que mais dá assistências é Lucas Lima (cinco passes para gol). Juntos com Geuvânio, autor de um golaço na semifinal contra o São Paulo, eles acabaram com a dependência que o Santos tinha do astro. "Se o Robinho não jogar, temos uma arma a menos. Mas pode ter certeza que quem entrar vai dar conta do recado", disse o técnico Marcelo Fernandes, que tem elogiado o atacante muito mais pelo papel de liderança que ele desempenha do que pelo futebol que tem mostrado.
esporte
Antes dependentes, finalistas agora sabem jogar sem Valdivia e RobinhoValdivia está fora da primeira partida da decisão do Paulista. E o desfalque, ao contrário de um passado recente, não provocou grande comoção no Palmeiras. Robinho também corre risco de não participar dos 90 minutos iniciais da final. E isso em nada diminui a confiança do Santos no Estadual. Os dois times, que se enfrentam neste domingo (26), na arena palmeirense, já não são mais tão dependentes assim daqueles que costumam ser sempre considerados os seus principais jogadores. A mudança de status é muito mais clara no Palmeiras. E foi proposital. Uma das preocupações do diretor de futebol, Alexandre Mattos, ao ser contratado, foi encher o time de opções para o setor de Valdivia, constantemente envolto em problemas físicos que acabam desfalcando a equipe. Chegaram, entre outros, Robinho, Alan Patrick e Cleiton Xavier, antigo ídolo da torcida. Todos, com condições de exercer o papel de principal armador do time. Com isso, o Palmeiras conseguiu alcançar a sua primeira decisão do Paulista desde 2008 mesmo praticamente sem usar seu camisa 10. Valdivia começou o ano se recuperando de problemas musculares e só estreou na penúltima rodada da primeira fase, contra o Mogi Mirim, no começo deste mês. A participação do chileno no Estadual se resume a quatro das 17 partidas do Palmeiras. Ele não balançou as redes e nem deu passe para gol. Teve só um momento de protagonismo: iniciou a jogada que deu a vitória sobre o Botafogo, nas quartas de final. A quinta partida seria o primeiro jogo da decisão contra o Santos, mas o meia tem um pequeno edema no joelho e foi vetado do confronto –oficialmente, tanto o clube quanto a assessoria de imprensa do jogador fazem mistério sobre sua escalação. O novo status de Valdivia tem travado a renovação do seu contrato, que vence em agosto. A diretoria não aceita mais continuar lhe pagando salário fixo de R$ 500 mil. ROBINHO Ao contrário do pouco ativo chileno, Robinho ainda é um dos protagonistas do Santos. No entanto, deixou de ser aquela esperança única dos torcedores, posição que nutria no começo deste ano. O atacante, que tem passado por um tratamento intensivo durante a semana contra lesão muscular na coxa esquerda, só participou ativamente (balançando as redes ou dando o passe para a finalização) de sete dos 34 gols do time no Paulista. Agora, o artilheiro da equipe é Ricardo Oliveira (dez gols no Estadual), e o jogador que mais dá assistências é Lucas Lima (cinco passes para gol). Juntos com Geuvânio, autor de um golaço na semifinal contra o São Paulo, eles acabaram com a dependência que o Santos tinha do astro. "Se o Robinho não jogar, temos uma arma a menos. Mas pode ter certeza que quem entrar vai dar conta do recado", disse o técnico Marcelo Fernandes, que tem elogiado o atacante muito mais pelo papel de liderança que ele desempenha do que pelo futebol que tem mostrado.
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Drops Olímpicos - Análise relâmpago e ciclismo de montanha
Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes usam todo seu poder de síntese para fazer uma análise relâmpago das Olimpíadas até aqui.Apresentação: Craque Daniel (Daniel Furlan)Comentários: Cerginho da Pereira Nunes (Caito Mainier)Roteiro: Caito Mainier, Daniel Furlan e Pedro LeiteFotografia: Poeta Depressivo David BenincáSom: Pedro MoreiraProdução: Luiz Alberto GentileAbertura: Grande Profissional Raul ChequerTrilha Original: Chico CuícaAgradecimento: Maria MattosCerginho veste: Julia Cartier Bresson
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Drops Olímpicos - Análise relâmpago e ciclismo de montanhaCraque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes usam todo seu poder de síntese para fazer uma análise relâmpago das Olimpíadas até aqui.Apresentação: Craque Daniel (Daniel Furlan)Comentários: Cerginho da Pereira Nunes (Caito Mainier)Roteiro: Caito Mainier, Daniel Furlan e Pedro LeiteFotografia: Poeta Depressivo David BenincáSom: Pedro MoreiraProdução: Luiz Alberto GentileAbertura: Grande Profissional Raul ChequerTrilha Original: Chico CuícaAgradecimento: Maria MattosCerginho veste: Julia Cartier Bresson
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Em má fase e sob pressão, Corinthians enfrenta o Vitória no Brasileiro
O Corinthians não perde há oito jogos. Mas também não vence há quatro. Nesse intervalo, sofreu duas eliminações sem perder, ambas em Itaquera: diante do Audax, na semifinal do Paulista (nos pênaltis), e para o Nacional (URU), pelas oitavas de final da Libertadores (pelo critério de gols marcados fora). Neste domingo (22), o time terá oportunidade de superar o curto tabu sem resultados positivos. Em Salvador, enfrenta o Vitória, às 16h, pela segunda rodada do Brasileiro, com três novidades. Além de colocar Cássio no banco para a entrada de Walter, Tite deve escalar Guilherme no lugar de Rodriguinho, e Giovanni Augusto no lugar do paraguaio Romero. Sob pressão, a semana que antecedeu o jogo foi conturbada. Com a decepção nas duas competições e um empate em 0 a 0 no domingo (15) contra o Grêmio, torcedores organizados começam a pressionar por dias melhores. Na quinta-feira (19), três dirigentes e seis jogadores receberam membros da Gaviões da Fiel para uma "reunião no estacionamento" no centro de treinamento do clube. E o encontro não repercutiu bem com o técnico, Tite, nem com o meia Guilherme. "Não quero falar, não me sinto confortável. Tenho muitas coisas para falar, quem entra, quem sai, os jogos. Isso não é da minha alçada", disse Tite. "Não é comum, não é normal. [O CT] é um lugar que tratamos como nossa casa", disse o meia. Na semana anterior, membros de uma organizada já haviam protestado no CT.
esporte
Em má fase e sob pressão, Corinthians enfrenta o Vitória no BrasileiroO Corinthians não perde há oito jogos. Mas também não vence há quatro. Nesse intervalo, sofreu duas eliminações sem perder, ambas em Itaquera: diante do Audax, na semifinal do Paulista (nos pênaltis), e para o Nacional (URU), pelas oitavas de final da Libertadores (pelo critério de gols marcados fora). Neste domingo (22), o time terá oportunidade de superar o curto tabu sem resultados positivos. Em Salvador, enfrenta o Vitória, às 16h, pela segunda rodada do Brasileiro, com três novidades. Além de colocar Cássio no banco para a entrada de Walter, Tite deve escalar Guilherme no lugar de Rodriguinho, e Giovanni Augusto no lugar do paraguaio Romero. Sob pressão, a semana que antecedeu o jogo foi conturbada. Com a decepção nas duas competições e um empate em 0 a 0 no domingo (15) contra o Grêmio, torcedores organizados começam a pressionar por dias melhores. Na quinta-feira (19), três dirigentes e seis jogadores receberam membros da Gaviões da Fiel para uma "reunião no estacionamento" no centro de treinamento do clube. E o encontro não repercutiu bem com o técnico, Tite, nem com o meia Guilherme. "Não quero falar, não me sinto confortável. Tenho muitas coisas para falar, quem entra, quem sai, os jogos. Isso não é da minha alçada", disse Tite. "Não é comum, não é normal. [O CT] é um lugar que tratamos como nossa casa", disse o meia. Na semana anterior, membros de uma organizada já haviam protestado no CT.
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Em enquete, 93% dos professores de SP preferem bônus a reajuste de 2,5%
Consulta realizada pela secretaria estadual de Educação indicou que 93% dos servidores preferem o pagamento do bônus, suspenso pelo governo, à proposta de reajuste de 2,5%. A secretaria informou que, mesmo com o resultado, a decisão será avaliada pelas áreas técnicas. A enquete durou cerca de 48 horas. Segundo a pasta, cerca de 15 % da rede teria participado da consulta, o que soma 44,4 mil servidores. No total, a rede reúne cerca de 300 mil servidores. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu o pagamento do bônus por desempenho deste ano sob o argumento de falta de orçamento. No lugar, ofereceu um reajuste de 2,5% que atingiria servidores da ativa e aposentados. A pasta defende que a decisão acolhe pedido da Apeoesp, principal sindicato da categoria. A entidade reclama do baixo porcentual de reajuste. Os sindicatos da categoria, incluindo a Apeoesp, se posicionaram contrários ao índice e criticaram a suspensão do pagamento do bônus. A decisão também causou frustração entre os profissionais. Recebem o bônus os profissionais das escolas que atingiram as metas de desempenho do indicador de qualidade do Estado, o Idesp. Se a decisão de cancelar o pagamento for confirmada, será a primeira vez que isso ocorrerá desde 2008, quando a política foi criada. Os professores da rede estadual estão sem reajuste salarial desde 2014. A inflação acumulada do período é de 16%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo). No ano passado, a categoria fez uma greve de 89 dias, mas não obteve proposta de aumento. De acordo com a consulta, feita pela intranet da secretaria, 92,6% dos participantes disseram ser favoráveis à bonificação, contra 6,7% que optaram pelo reajuste. O 0,07% restante não foi contabilizado por inconsistência, segundo a secretaria. "O modelo escolhido permitiu a participação, sem intermédio dos sindicatos, dos servidores da capital, região metropolitana e interior paulista", defendeu a secretaria. Sindicatos da categoria orientaram os professores a não responderem. No ano passado, 232 mil servidores da educação receberam um total de R$ 1 bilhão em bônus. O valor do orçamento separado para o bônus este ano é bem menor, de cerca de R$ 500 milhões. A pasta não informou quantos servidores estariam aptos a receber o bônus. Mas, como o Idesp teve avanço nas três etapas, o volume de beneficiados deve ser maior do que em 2015.
educacao
Em enquete, 93% dos professores de SP preferem bônus a reajuste de 2,5%Consulta realizada pela secretaria estadual de Educação indicou que 93% dos servidores preferem o pagamento do bônus, suspenso pelo governo, à proposta de reajuste de 2,5%. A secretaria informou que, mesmo com o resultado, a decisão será avaliada pelas áreas técnicas. A enquete durou cerca de 48 horas. Segundo a pasta, cerca de 15 % da rede teria participado da consulta, o que soma 44,4 mil servidores. No total, a rede reúne cerca de 300 mil servidores. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu o pagamento do bônus por desempenho deste ano sob o argumento de falta de orçamento. No lugar, ofereceu um reajuste de 2,5% que atingiria servidores da ativa e aposentados. A pasta defende que a decisão acolhe pedido da Apeoesp, principal sindicato da categoria. A entidade reclama do baixo porcentual de reajuste. Os sindicatos da categoria, incluindo a Apeoesp, se posicionaram contrários ao índice e criticaram a suspensão do pagamento do bônus. A decisão também causou frustração entre os profissionais. Recebem o bônus os profissionais das escolas que atingiram as metas de desempenho do indicador de qualidade do Estado, o Idesp. Se a decisão de cancelar o pagamento for confirmada, será a primeira vez que isso ocorrerá desde 2008, quando a política foi criada. Os professores da rede estadual estão sem reajuste salarial desde 2014. A inflação acumulada do período é de 16%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo). No ano passado, a categoria fez uma greve de 89 dias, mas não obteve proposta de aumento. De acordo com a consulta, feita pela intranet da secretaria, 92,6% dos participantes disseram ser favoráveis à bonificação, contra 6,7% que optaram pelo reajuste. O 0,07% restante não foi contabilizado por inconsistência, segundo a secretaria. "O modelo escolhido permitiu a participação, sem intermédio dos sindicatos, dos servidores da capital, região metropolitana e interior paulista", defendeu a secretaria. Sindicatos da categoria orientaram os professores a não responderem. No ano passado, 232 mil servidores da educação receberam um total de R$ 1 bilhão em bônus. O valor do orçamento separado para o bônus este ano é bem menor, de cerca de R$ 500 milhões. A pasta não informou quantos servidores estariam aptos a receber o bônus. Mas, como o Idesp teve avanço nas três etapas, o volume de beneficiados deve ser maior do que em 2015.
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Amigos fotógrafos buscavam a luz perfeita na Bahia dos anos 1970
Para Mario, criar era sinônimo de viver, ou melhor, viver e criar eram a mesma coisa. Mario não gostava de nadar, dar braçadas de um ponto a outro, mas mergulhava; nunca foi um atleta, mas a força de vontade vencia as barreiras, mergulhava nas águas e nas profundezas de si mesmo. Havia nesse viver-mergulho um forte impulso de criação que ocupava tudo, uma disposição caótica, selvagem, algo improdutiva, mas solene, apaixonada e bruta à espera de uma lapidação, uma louca compulsão progressiva sem separação do banal de todos os dias. Isso quase o levou a um final trágico e prematuro cujo saldo foram as pernas gravemente fraturadas que o incomodaram pelo resto da vida. Ele vivia num contínuo desafio dos limites. No carro, estava sempre em alta velocidade, como se desafiasse e competisse com si mesmo. Andávamos muito juntos pelas estradas e ruas da Bahia e, pelo estado do carro, não teria sobrevivido se estivesse ao lado dele quando aconteceu o acidente. Potencializávamos tudo isso com um arsenal de estimulantes, naturais e químicos, possíveis na época. Mario nunca se queixava de nada, a não ser de sua desorganização material. Faltava serenidade, que acabou chegando abruptamente com a lata de sua Brasília abraçando um poste de concreto a 120 por hora, a uma e meia da madrugada, numa curva fechada da orla, em 1975. Reflexos comprometidos pela mistura de anestésico odontológico, uísque e sono. No hospital, no dia seguinte ao acidente, fiz uma foto dele na cama com as pernas engessadas e ligadas por uma barra de ferro como um enorme A. Ele queria que eu arranjasse uma escada para fotografá-lo de cima, com os braços abertos como um crucifixo. A ideia obviamente não vingou. Houve dois Marios, um antes e outro depois desse acidente. Uma semana antes, resolvemos sair direto de uma sessão de ampliações que havia durado toda a noite para uma excursão fotográfica a Arembepe, naqueles dias uma aldeia mítica de pescadores e hippies. Como desjejum, tomamos um chá verde, espumante, quase leitoso, da mais pura manga-rosa dos sertões alagoanos e um quarto de ácido cada um. Ainda paramos para uma batida de gengibre na barraca do velho Agostinho, um negro sorridente que vendia carvão na beira de uma avenida. Saímos cedinho e pegamos o sol nascendo sobre o mar de Arembepe. Tenho uma lembrança cinematográfica dessa manhã, desse dia. Flutuávamos velozmente no tapete voador que era sua Brasília. As imagens surgiam como águas em cataratas e o limite das 36 poses causava uma angustiazinha diante de tanta beleza. Não ouso imaginar como aquilo seria com a inesgotável metralhadora digital. Quando o sol se fazia mais alto, vinham as horas da luz vertical, dura e implacável. Depois de um apimentado acarajé com caldo de cana, escolhemos uma sombra de coqueiro para o inevitável bode. Mario possuía aquela sabedoria baiana, do povo do passado, no meio de toda a loucura sabia que a hora mágica viria e sabia esperar, economizar as forças para jogar a rede no grande cardume de luz dourada da tarde, que no outono, na Bahia, é esplendorosa. Separam-me daquele instante 41 anos e consigo recordar os cheiros que havia no ar. Com a luz caindo, as sutilezas mágicas surgindo, saíamos fotografando tudo, só parando para trocar filmes, enquanto o final da tarde chegava nos oferecendo generosamente pirações visuais. Em casa, esgotados e com a alma lavada, um banho era imprescindível. Mario tinha uma enorme caixa d'água de concreto, com o registro colocado abaixo num cano de grande diâmetro, de onde vertia água com a força de uma marreta, para despertar e encarar mais uma noite em claro revelando filmes. De manhã era na praia que íamos dormir, até o sol incomodar. Tive a sorte e o privilégio de conviver com ele naquela época doida, como amigo, colega e vizinho. Ele vai viver para sempre. Atotô! VICENTE SAMPAIO, 68, é fotógrafo (vicentesampaio@gmail.com) e as imagens que fez do amigo Mario Cravo Neto estão em sua retrospectiva na galeria Marcelo Guarnieri, em São Paulo, até 27/8.
ilustrissima
Amigos fotógrafos buscavam a luz perfeita na Bahia dos anos 1970Para Mario, criar era sinônimo de viver, ou melhor, viver e criar eram a mesma coisa. Mario não gostava de nadar, dar braçadas de um ponto a outro, mas mergulhava; nunca foi um atleta, mas a força de vontade vencia as barreiras, mergulhava nas águas e nas profundezas de si mesmo. Havia nesse viver-mergulho um forte impulso de criação que ocupava tudo, uma disposição caótica, selvagem, algo improdutiva, mas solene, apaixonada e bruta à espera de uma lapidação, uma louca compulsão progressiva sem separação do banal de todos os dias. Isso quase o levou a um final trágico e prematuro cujo saldo foram as pernas gravemente fraturadas que o incomodaram pelo resto da vida. Ele vivia num contínuo desafio dos limites. No carro, estava sempre em alta velocidade, como se desafiasse e competisse com si mesmo. Andávamos muito juntos pelas estradas e ruas da Bahia e, pelo estado do carro, não teria sobrevivido se estivesse ao lado dele quando aconteceu o acidente. Potencializávamos tudo isso com um arsenal de estimulantes, naturais e químicos, possíveis na época. Mario nunca se queixava de nada, a não ser de sua desorganização material. Faltava serenidade, que acabou chegando abruptamente com a lata de sua Brasília abraçando um poste de concreto a 120 por hora, a uma e meia da madrugada, numa curva fechada da orla, em 1975. Reflexos comprometidos pela mistura de anestésico odontológico, uísque e sono. No hospital, no dia seguinte ao acidente, fiz uma foto dele na cama com as pernas engessadas e ligadas por uma barra de ferro como um enorme A. Ele queria que eu arranjasse uma escada para fotografá-lo de cima, com os braços abertos como um crucifixo. A ideia obviamente não vingou. Houve dois Marios, um antes e outro depois desse acidente. Uma semana antes, resolvemos sair direto de uma sessão de ampliações que havia durado toda a noite para uma excursão fotográfica a Arembepe, naqueles dias uma aldeia mítica de pescadores e hippies. Como desjejum, tomamos um chá verde, espumante, quase leitoso, da mais pura manga-rosa dos sertões alagoanos e um quarto de ácido cada um. Ainda paramos para uma batida de gengibre na barraca do velho Agostinho, um negro sorridente que vendia carvão na beira de uma avenida. Saímos cedinho e pegamos o sol nascendo sobre o mar de Arembepe. Tenho uma lembrança cinematográfica dessa manhã, desse dia. Flutuávamos velozmente no tapete voador que era sua Brasília. As imagens surgiam como águas em cataratas e o limite das 36 poses causava uma angustiazinha diante de tanta beleza. Não ouso imaginar como aquilo seria com a inesgotável metralhadora digital. Quando o sol se fazia mais alto, vinham as horas da luz vertical, dura e implacável. Depois de um apimentado acarajé com caldo de cana, escolhemos uma sombra de coqueiro para o inevitável bode. Mario possuía aquela sabedoria baiana, do povo do passado, no meio de toda a loucura sabia que a hora mágica viria e sabia esperar, economizar as forças para jogar a rede no grande cardume de luz dourada da tarde, que no outono, na Bahia, é esplendorosa. Separam-me daquele instante 41 anos e consigo recordar os cheiros que havia no ar. Com a luz caindo, as sutilezas mágicas surgindo, saíamos fotografando tudo, só parando para trocar filmes, enquanto o final da tarde chegava nos oferecendo generosamente pirações visuais. Em casa, esgotados e com a alma lavada, um banho era imprescindível. Mario tinha uma enorme caixa d'água de concreto, com o registro colocado abaixo num cano de grande diâmetro, de onde vertia água com a força de uma marreta, para despertar e encarar mais uma noite em claro revelando filmes. De manhã era na praia que íamos dormir, até o sol incomodar. Tive a sorte e o privilégio de conviver com ele naquela época doida, como amigo, colega e vizinho. Ele vai viver para sempre. Atotô! VICENTE SAMPAIO, 68, é fotógrafo (vicentesampaio@gmail.com) e as imagens que fez do amigo Mario Cravo Neto estão em sua retrospectiva na galeria Marcelo Guarnieri, em São Paulo, até 27/8.
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Gestão Alckmin lança site com dados sobre acidentes de trânsito
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lançou nesta terça-feira (23) um site onde serão agrupadas informações de acidentes de trânsito no Estado. Chamado de InfoSiga, o site trará informações atualizadas mensalmente. Segundo o governador, essas informações serão públicas. O sistema será baseado na triagem e na tabulação de boletins de ocorrência da Política Civil, para as estatísticas de óbitos, e dados da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, para os números relativos a acidentes de trânsito com vítimas. O site Segurança no trânsito entrou no ar nesta terça. De acordo com o governo, os dados serão atualizados até o dia 19 do mês com informações como faixa etária e gênero das vítimas, tipo de veículo, local e perfil do acidente. "Estamos dando um passo muito importante para a redução de uma das principais causas de morte [no Estado]", disse Alckmin. "A maior causa externa de morte antigamente era homicídio. Hoje é acidente rodoviário. Chega a ser quase o dobro o número de mortes." Também na terça, o governo assinou, por intermédio do Detran-SP, convênio com 15 municípios para o repasse de R$ 10,5 milhões em recursos do Estado para investimentos em fiscalização, sinalização e educação no trânsito. Os convênios têm prazo de um ano. Alckmin disse que os convênios com os municípios são importantes porque "perto de 70% dos acidente não são nas autoestradas, mas sim nas cidades, especialmente por atropelamentos e acidentes de motocicletas". Nesse convênio a prefeitura tem um conjunto de tarefas a realizar para reduzir dessas mortes", disse Alckmin. A escolha desses 15 municípios, segundo o governo, foram consideradas cidades que têm números médios superiores a 15 óbitos, entre 2011 e 2013. Foram tomados três municípios com taxa de óbitos por 100 mil habitantes de cada faixa populacional, além de três municípios com média acima de 15 óbitos baseados no ranking estadual. Segundo o governador, todos os 645 municípios do Estado de São Paulo serão beneficiados pela inciativa. META DA ONU A iniciativa é uma ação do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, criado em agosto do ano passado pelo Executivo estadual. Algumas empresas, como a companhia de bebidas Ambev, o banco Itaú e a seguradora Porto Seguro são apoiadores do movimento. Segundo o governo estadual, o objetivo do sistema é colher informações para desenvolver políticas para alcançar a meta da ONU (Organização das Nações Unidas), que é reduzir em até 50% o número de mortes no trânsito até 2020 –utilizando-se como referência os números de 2010. Em 2015, morreram no Estado de São Paulo 6.066 pessoas em acidentes de trânsito. Destas, 77% ocorreram entre homens. As faixas etárias com maior incidência de óbito são 18-24 anos (16%) e 25-29 (10%).
cotidiano
Gestão Alckmin lança site com dados sobre acidentes de trânsitoO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lançou nesta terça-feira (23) um site onde serão agrupadas informações de acidentes de trânsito no Estado. Chamado de InfoSiga, o site trará informações atualizadas mensalmente. Segundo o governador, essas informações serão públicas. O sistema será baseado na triagem e na tabulação de boletins de ocorrência da Política Civil, para as estatísticas de óbitos, e dados da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, para os números relativos a acidentes de trânsito com vítimas. O site Segurança no trânsito entrou no ar nesta terça. De acordo com o governo, os dados serão atualizados até o dia 19 do mês com informações como faixa etária e gênero das vítimas, tipo de veículo, local e perfil do acidente. "Estamos dando um passo muito importante para a redução de uma das principais causas de morte [no Estado]", disse Alckmin. "A maior causa externa de morte antigamente era homicídio. Hoje é acidente rodoviário. Chega a ser quase o dobro o número de mortes." Também na terça, o governo assinou, por intermédio do Detran-SP, convênio com 15 municípios para o repasse de R$ 10,5 milhões em recursos do Estado para investimentos em fiscalização, sinalização e educação no trânsito. Os convênios têm prazo de um ano. Alckmin disse que os convênios com os municípios são importantes porque "perto de 70% dos acidente não são nas autoestradas, mas sim nas cidades, especialmente por atropelamentos e acidentes de motocicletas". Nesse convênio a prefeitura tem um conjunto de tarefas a realizar para reduzir dessas mortes", disse Alckmin. A escolha desses 15 municípios, segundo o governo, foram consideradas cidades que têm números médios superiores a 15 óbitos, entre 2011 e 2013. Foram tomados três municípios com taxa de óbitos por 100 mil habitantes de cada faixa populacional, além de três municípios com média acima de 15 óbitos baseados no ranking estadual. Segundo o governador, todos os 645 municípios do Estado de São Paulo serão beneficiados pela inciativa. META DA ONU A iniciativa é uma ação do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, criado em agosto do ano passado pelo Executivo estadual. Algumas empresas, como a companhia de bebidas Ambev, o banco Itaú e a seguradora Porto Seguro são apoiadores do movimento. Segundo o governo estadual, o objetivo do sistema é colher informações para desenvolver políticas para alcançar a meta da ONU (Organização das Nações Unidas), que é reduzir em até 50% o número de mortes no trânsito até 2020 –utilizando-se como referência os números de 2010. Em 2015, morreram no Estado de São Paulo 6.066 pessoas em acidentes de trânsito. Destas, 77% ocorreram entre homens. As faixas etárias com maior incidência de óbito são 18-24 anos (16%) e 25-29 (10%).
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Em SP, cada candidato poderá gastar até R$ 45,4 mi em campanha
Cada candidato à Prefeitura de São Paulo que for disputar a eleição de outubro poderá gastar até R$ 45,4 milhões em sua campanha no primeiro turno –este será o maior teto de despesas eleitorais do país. O valor foi divulgado, nesta quarta-feira (20), pelo Tribunal Superior Eleitoral e leva em consideração as novas regras eleitorais fixadas no ano passado. Pela norma, o teto é 70% do maior gasto declarado na eleição anterior (neste caso 2012) nas cidades onde houve apenas um turno e 50% nas que registraram dois turnos. O valor divulgado nesta quarta pelo TSE foi atualizado pelo INPC. Segundo o TSE, se houver segundo turno na briga pelo comando da capital paulista, os candidatos poderão gastar ainda R$ 13,6 milhões nesta fase da disputa. Estão colocados pelo menos sete pré-candidatos: o atual prefeito Fernando Haddad (PT), a senadora Marta Suplicy (PMDB), os deputados Celso Russomanno (PRB), Luiza Erundina (PSOL) e Marco Feliciano (PSC), além do empresário João Doria (PSDB) e do vereador Andrea Matarazzo (PSD). As candidaturas precisam ser oficializadas em agosto. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta (15), Russomanno, do PRB, lidera de maneira isolada a disputa pela Prefeitura de São Paulo e venceria todos os seus adversários em simulações de segundo turno. O deputado tem 25% das intenções de voto, seguido por Marta, com 16%, e Luiza Erundina, com 10%. Haddad, que vai tentar a reeleição, aparece com 8%, em empate técnico com o tucano João Doria, que tem 6%. VEREADORES Já os candidatos a vereador da cidade de São Paulo poderão investir até R$ 3,2 milhões para tentar conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de SP. No Estado, a maior parte dos candidatos a vereador poderá gastar no máximo R$ 10.803,91 –limite que alcançou 3.794 das 5.570 cidades do país. Os candidatos a prefeito com até 10 mil eleitores, situação de 3.794 municípios, poderão gastar até R$ 108 mil. Essa é a primeira disputa em que está proibida a doação de empresas para partidos e políticos. A nova legislação estabelece que somente pessoas físicas doem dinheiro ou valores estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, limitando-se a 10% dos rendimentos brutos do doador no ano anterior à eleição. O município de São Paulo tem atualmente 8.886.324 eleitores. Os candidatos ao comando da cidade também poderão realizar o maior número de contratações para a prestação de serviço. Para o cargo de prefeito, poderão ser feitas até 97.719 contratações. Já para o cargo de vereador, o número máximo será de 27.361. A Reforma Eleitoral 2015 também estipulou limites quantitativos para a contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais. O descumprimento do teto acarretará multa equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido. Até a mudança na legislação em 2015, os limites máximos de gastos eram fixados livremente pelos partidos políticos para os cargos em disputa. Isso porque o Congresso acabava não cumprindo a determinação de aprovar lei fixando o teto de despesa para as campanhas. Para as futuras eleições, os limites para as despesas eleitorais serão atualizados pelo INPC ou por índice que o substituir. DISTORÇÕES A lista com o limite de gastos divulgada pelo TSE traz valores que chamam atenção. Foi estabelecido, por exemplo, que o gasto para cada candidato a vereador de Manaus (AM) poderá desembolsar até R$ 26,8 milhões na campanha. O teto levou em consideração o valor arrecadado pelo candidato a vereador Abraão Santana de Melo, que disputou pelo PTC. Dados da Justiça Eleitoral apontam que ele teria gasto R$ 28,5 milhões, mas a Justiça Eleitoral de Manaus indicou que houve um erro e que ele teria arrecadado na verdade R$ 2,8 mil. Na disputa de 2012, ele obteve apenas 329 votos. Pela tabela, cada um dos candidatos a vereador de Belford Roxo (RJ) também poderá investir R$ 11,2 milhões. No Paraná, os interessados em disputar uma vaga na Câmara de vereadores de Paranaguá poderão ter despesas de até R$15,1 milhões. O TSE informou que analisa os casos, mas que as prestações de contas são disponibilizadas pelos próprios candidatos e analisadas pela Justiça Eleitoral nos Estados. * Confira o teto de gastos das campanhas para cada candidato a prefeito no primeiro e no segundo turno nas capitais:
poder
Em SP, cada candidato poderá gastar até R$ 45,4 mi em campanhaCada candidato à Prefeitura de São Paulo que for disputar a eleição de outubro poderá gastar até R$ 45,4 milhões em sua campanha no primeiro turno –este será o maior teto de despesas eleitorais do país. O valor foi divulgado, nesta quarta-feira (20), pelo Tribunal Superior Eleitoral e leva em consideração as novas regras eleitorais fixadas no ano passado. Pela norma, o teto é 70% do maior gasto declarado na eleição anterior (neste caso 2012) nas cidades onde houve apenas um turno e 50% nas que registraram dois turnos. O valor divulgado nesta quarta pelo TSE foi atualizado pelo INPC. Segundo o TSE, se houver segundo turno na briga pelo comando da capital paulista, os candidatos poderão gastar ainda R$ 13,6 milhões nesta fase da disputa. Estão colocados pelo menos sete pré-candidatos: o atual prefeito Fernando Haddad (PT), a senadora Marta Suplicy (PMDB), os deputados Celso Russomanno (PRB), Luiza Erundina (PSOL) e Marco Feliciano (PSC), além do empresário João Doria (PSDB) e do vereador Andrea Matarazzo (PSD). As candidaturas precisam ser oficializadas em agosto. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta (15), Russomanno, do PRB, lidera de maneira isolada a disputa pela Prefeitura de São Paulo e venceria todos os seus adversários em simulações de segundo turno. O deputado tem 25% das intenções de voto, seguido por Marta, com 16%, e Luiza Erundina, com 10%. Haddad, que vai tentar a reeleição, aparece com 8%, em empate técnico com o tucano João Doria, que tem 6%. VEREADORES Já os candidatos a vereador da cidade de São Paulo poderão investir até R$ 3,2 milhões para tentar conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de SP. No Estado, a maior parte dos candidatos a vereador poderá gastar no máximo R$ 10.803,91 –limite que alcançou 3.794 das 5.570 cidades do país. Os candidatos a prefeito com até 10 mil eleitores, situação de 3.794 municípios, poderão gastar até R$ 108 mil. Essa é a primeira disputa em que está proibida a doação de empresas para partidos e políticos. A nova legislação estabelece que somente pessoas físicas doem dinheiro ou valores estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, limitando-se a 10% dos rendimentos brutos do doador no ano anterior à eleição. O município de São Paulo tem atualmente 8.886.324 eleitores. Os candidatos ao comando da cidade também poderão realizar o maior número de contratações para a prestação de serviço. Para o cargo de prefeito, poderão ser feitas até 97.719 contratações. Já para o cargo de vereador, o número máximo será de 27.361. A Reforma Eleitoral 2015 também estipulou limites quantitativos para a contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais. O descumprimento do teto acarretará multa equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido. Até a mudança na legislação em 2015, os limites máximos de gastos eram fixados livremente pelos partidos políticos para os cargos em disputa. Isso porque o Congresso acabava não cumprindo a determinação de aprovar lei fixando o teto de despesa para as campanhas. Para as futuras eleições, os limites para as despesas eleitorais serão atualizados pelo INPC ou por índice que o substituir. DISTORÇÕES A lista com o limite de gastos divulgada pelo TSE traz valores que chamam atenção. Foi estabelecido, por exemplo, que o gasto para cada candidato a vereador de Manaus (AM) poderá desembolsar até R$ 26,8 milhões na campanha. O teto levou em consideração o valor arrecadado pelo candidato a vereador Abraão Santana de Melo, que disputou pelo PTC. Dados da Justiça Eleitoral apontam que ele teria gasto R$ 28,5 milhões, mas a Justiça Eleitoral de Manaus indicou que houve um erro e que ele teria arrecadado na verdade R$ 2,8 mil. Na disputa de 2012, ele obteve apenas 329 votos. Pela tabela, cada um dos candidatos a vereador de Belford Roxo (RJ) também poderá investir R$ 11,2 milhões. No Paraná, os interessados em disputar uma vaga na Câmara de vereadores de Paranaguá poderão ter despesas de até R$15,1 milhões. O TSE informou que analisa os casos, mas que as prestações de contas são disponibilizadas pelos próprios candidatos e analisadas pela Justiça Eleitoral nos Estados. * Confira o teto de gastos das campanhas para cada candidato a prefeito no primeiro e no segundo turno nas capitais:
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Raquete infantil, stand-up paddle inflável e outros artigos esportivos têm descontos
DE SÃO PAULO De furadeira a panela francesa de ferro, garimpamos produtos em 14 categorias com até 70% de desconto. Confira as ofertas de artigos esportivos. Olhou, levou! 1. Raquete infantil Artengo TR 700. De R$ 89,99 por R$ 79,99, na Decathlon. Tel. 2167-0800. decathlon.com.br 2. Bola Talento society. De R$ 99,90 por R$ 79,90, na Topper. loja.topper.com.br 3. Jaqueta estampada com gola alta. De R$ 299,90 por R$ 169,90, na Memo. memo.com.br 4. Chuteira futsal Agility 700. De R$ 249,99 por R$ 159,99, na Decathlon. Tel. 2167-0800. decathlon.com.br 5. Mochila Rapina. De R$ 89,90 por R$ 79,90, na Topper. loja.topper.com.br 6. Stand-up paddle inflável. De R$ 4.499,99 por R$ 2.999,99, na Decathlon. Tel. 2167-0800. decathlon.com.br 7. Legging Artsy. De R$ 198 por R$ 119, na Track & Field. Tel. 2271-2606 8. Camiseta masculina thermo dry. De R$ 109, por R$ 69, na Track & Field. Tel. 2271-2606 * Os preços e a disponibilidade dos produtos doram conferidos entre os dias 1º, 2 e 3/8. As mercadorias estão sujeitas à variação do estoque
saopaulo
Raquete infantil, stand-up paddle inflável e outros artigos esportivos têm descontosDE SÃO PAULO De furadeira a panela francesa de ferro, garimpamos produtos em 14 categorias com até 70% de desconto. Confira as ofertas de artigos esportivos. Olhou, levou! 1. Raquete infantil Artengo TR 700. De R$ 89,99 por R$ 79,99, na Decathlon. Tel. 2167-0800. decathlon.com.br 2. Bola Talento society. De R$ 99,90 por R$ 79,90, na Topper. loja.topper.com.br 3. Jaqueta estampada com gola alta. De R$ 299,90 por R$ 169,90, na Memo. memo.com.br 4. Chuteira futsal Agility 700. De R$ 249,99 por R$ 159,99, na Decathlon. Tel. 2167-0800. decathlon.com.br 5. Mochila Rapina. De R$ 89,90 por R$ 79,90, na Topper. loja.topper.com.br 6. Stand-up paddle inflável. De R$ 4.499,99 por R$ 2.999,99, na Decathlon. Tel. 2167-0800. decathlon.com.br 7. Legging Artsy. De R$ 198 por R$ 119, na Track & Field. Tel. 2271-2606 8. Camiseta masculina thermo dry. De R$ 109, por R$ 69, na Track & Field. Tel. 2271-2606 * Os preços e a disponibilidade dos produtos doram conferidos entre os dias 1º, 2 e 3/8. As mercadorias estão sujeitas à variação do estoque
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Novas regras devem repetir o velho Congresso
Há um trecho incômodo na entrevista concedida à "Época" desta semana (2/10) pelo ex-deputado Eduardo Cunha desde a prisão. No que se refere à Câmara, é difícil discordar quando diz: "A próxima eleição, com exceção do financiamento empresarial, será igual, com resultados iguais". Se olharmos o pacote preparado pelo Legislativo nos últimos dias para reger o pleito de 2018, tenderemos a concordar com a previsão. As duas mudanças no sistema eleitoral —fim da coligação nas eleições proporcionais e cláusula de barreira— só terão consequências mais nítidas se não forem outra vez alteradas, a partir de 2020. Embora a contagem de votos para estabelecer quem ficará aquém da barreira comece em 2018, os efeitos serão posteriores. Embora essas duas medidas futuras sejam em geral positivas, pois permitem maior transparência e menor fragmentação —no segundo caso, trazendo possíveis dificuldades, a serem analisadas, para os partidos ideológicos— verdadeiramente efetivas para o ano que vem, o Congresso criou o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Embora tenha ficado menor do que o inicialmente projetado, o montante de R$ 2 bilhões visa a cobrir o buraco criado com a proibição, pelo STF, de doações por parte das empresas. Sou favorável ao financiamento público, desde que se estabeleça um teto de gastos baixo. Isto é, se a legislação obrigar a um radical barateamento das campanhas, cada vez mais possível com os recursos tecnológicos disponíveis. No entanto, em lugar de democratizar as disputas, os legisladores optaram apenas por substituir as empresas pelo Estado. Tome-se o caso da eleição para deputado federal: o limite de custos aprovado ficou na altíssima cifra de R$ 2,5 milhões. De acordo com o jornalista José Roberto Toledo, na média, os 513 eleitos em 2014 declararam uma arrecadação de R$ 1,4 milhão. Entende-se, assim, que o valor definido visa permitir, pelo menos, a mesma amplitude. Em outras palavras, manter tudo como está. Como o critério para a distribuição da verba pública seguirá a representatividade passada dos partidos, o que explica os maiores terem se inclinado por esse critério, aqueles que em 2014 tiveram maior apoio empresarial vão receber mais recursos estatais em 2018. Além disso, como talvez não haja limite para o autofinanciamento, os candidatos ricos poderão ter ampla chance de complementar a propaganda com reais próprios, a exemplo do que fez João Doria. Na Câmara escolhida em 2014, segundo o Departamento Intersindical de Acompanhamento Parlamentar (Diap), havia cerca de quatro empresários para cada sindicalista. Independentemente das respectivas posições, que variam, com as normas aprovadas o escore tenderá a se repetir.
colunas
Novas regras devem repetir o velho CongressoHá um trecho incômodo na entrevista concedida à "Época" desta semana (2/10) pelo ex-deputado Eduardo Cunha desde a prisão. No que se refere à Câmara, é difícil discordar quando diz: "A próxima eleição, com exceção do financiamento empresarial, será igual, com resultados iguais". Se olharmos o pacote preparado pelo Legislativo nos últimos dias para reger o pleito de 2018, tenderemos a concordar com a previsão. As duas mudanças no sistema eleitoral —fim da coligação nas eleições proporcionais e cláusula de barreira— só terão consequências mais nítidas se não forem outra vez alteradas, a partir de 2020. Embora a contagem de votos para estabelecer quem ficará aquém da barreira comece em 2018, os efeitos serão posteriores. Embora essas duas medidas futuras sejam em geral positivas, pois permitem maior transparência e menor fragmentação —no segundo caso, trazendo possíveis dificuldades, a serem analisadas, para os partidos ideológicos— verdadeiramente efetivas para o ano que vem, o Congresso criou o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Embora tenha ficado menor do que o inicialmente projetado, o montante de R$ 2 bilhões visa a cobrir o buraco criado com a proibição, pelo STF, de doações por parte das empresas. Sou favorável ao financiamento público, desde que se estabeleça um teto de gastos baixo. Isto é, se a legislação obrigar a um radical barateamento das campanhas, cada vez mais possível com os recursos tecnológicos disponíveis. No entanto, em lugar de democratizar as disputas, os legisladores optaram apenas por substituir as empresas pelo Estado. Tome-se o caso da eleição para deputado federal: o limite de custos aprovado ficou na altíssima cifra de R$ 2,5 milhões. De acordo com o jornalista José Roberto Toledo, na média, os 513 eleitos em 2014 declararam uma arrecadação de R$ 1,4 milhão. Entende-se, assim, que o valor definido visa permitir, pelo menos, a mesma amplitude. Em outras palavras, manter tudo como está. Como o critério para a distribuição da verba pública seguirá a representatividade passada dos partidos, o que explica os maiores terem se inclinado por esse critério, aqueles que em 2014 tiveram maior apoio empresarial vão receber mais recursos estatais em 2018. Além disso, como talvez não haja limite para o autofinanciamento, os candidatos ricos poderão ter ampla chance de complementar a propaganda com reais próprios, a exemplo do que fez João Doria. Na Câmara escolhida em 2014, segundo o Departamento Intersindical de Acompanhamento Parlamentar (Diap), havia cerca de quatro empresários para cada sindicalista. Independentemente das respectivas posições, que variam, com as normas aprovadas o escore tenderá a se repetir.
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Mistério de desenhos geométricos da Amazônia é decifrado
Pode ser que o mistério dos geoglifos da Amazônia esteja chegando ao fim. Há mais de 500 desses estranhos desenhos geométricos espalhados pelo território do Acre, alguns medindo uns três quarteirões de diâmetro, todos feitos na época anterior à chegada dos europeus ao Brasil. As estruturas pareciam sinalizar a presença de sociedades indígenas complexas e populosas, que teriam até desmatado boa parte da floresta para construir seus monumentos, mas uma nova análise sugere que os geoglifos costumavam ter vida curta e podiam ser produzidos por grupos indígenas pequenos. Tais conclusões, que ressaltam como ainda se sabe pouco sobre a pré-história amazônica, estão num estudo publicado recentemente na revista científica americana "PNAS". "O que é bacana nos geoglifos é que eles mostram duas coisas: a Amazônia foi grandemente manipulada por povos do passado; e isso se deu de formas diferentes nos diferentes lugares, de acordo com condições ecológicas específicas e com a bagagem cultural de cada povo", resume a arqueóloga Denise Schaan, do Departamento de Antropologia da UFPA (Universidade Federal do Pará). Denise é coautora do novo estudo, junto com pesquisadores como Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre, e da britânica Jennifer Watling, da USP e da Universidade de Exeter (Reino Unido). Junto com Ranzi e outros colegas, Denise tem tentado entender o enigma dos geoglifos desde a década passada. Com formatos como círculos, quadrados e losangos, às vezes aparentemente combinados no mesmo terreno, os geoglifos acreanos começaram a ser identificados há pouco tempo, com o avanço do desmatamento no Estado, pois antes estavam recobertos pela mata. As trincheiras que delimitam os desenhos podem chegar a 11 metros de largura e quatro metros de profundidade. Há poucos restos de cerâmica pré-colombiana no perímetro dos desenhos, e praticamente nenhum sinal de ocupação humana de longo prazo. As datações feitas até agora sugerem que a maioria deles foi construída entre 2.000 anos e 650 anos atrás. Como ninguém parece ter morado lá dentro, a hipótese mais aceita por enquanto é que eles funcionavam como centros cerimoniais - grandes terreiros para festas e danças, por exemplo. PLANTAS DO PASSADO Para entender melhor o que estava acontecendo na região naquela época, os pesquisadores realizaram escavações em dois geoglifos já bem estudados, que ficam a cerca de 10 km de distância um do outro. Além disso, também cavaram o solo a diferentes distâncias (de 500 metros até 7,5 km) de um dos geoglifos, para tentar investigar o impacto da construção da estrutura nas áreas vizinhas. A vedete dessas escavações não foram pontas de flecha ou vasos de cerâmica, mas os humildes fitólitos –minúsculos grãozinhos minerais produzidos pelas plantas. Ocorre que é possível identificar uma espécie de vegetal apenas por seus fitólitos, o que significa que eles podem dar uma ideia bastante boa da vegetação que existia em determinado lugar no passado. A análise dos fitólitos indica que, assim como ocorria antes da onda moderna de desmatamento, o Acre da época da construção dos geoglifos era dominado por uma floresta característica, com grande abundância de espécies de bambu. Há cerca de 4.000 anos –muito antes, portanto, da criação das estruturas–, há sinais de queimadas de grande escala na região. Depois desses eventos, a composição de espécies das matas muda de forma considerável, com o aumento de cerca de 30% das espécies de palmeiras. Isso indica que já havia por ali grupos indígenas moldando a composição de espécies da floresta a seu favor, já que as palmeiras, como a pupunha, estão entre as principais árvores manejadas ou domesticadas pelos nativos da Amazônia, em geral por causa de seus frutos. É como se a mata fosse parcialmente transformada em pomar, digamos. Por outro lado, quando os geoglifos começaram a ser construídos, não houve uma mudança radical nos fitólitos. Os pesquisadores calculam que, se a área dos monumentos fosse desmatada permanentemente, a proporção de fitólitos de grama deveria aumentar para cerca de 50%, mas ela se manteve o tempo todo abaixo dos 10%. Segundo eles, os geoglifos não chegaram a permanecer desmatados por mais de 40 anos. Além disso, a meros 500 metros de distância dos desenhos, não há sinais de mudança na vegetação, o que indica que o impacto das estruturas era altamente localizado –regiões no entorno não costumavam ser desmatadas. Em suma, na época pré-cabralina, as florestas do Acre tinham sido alteradas significativamente pela presença humana, mas isso não significava desmates permanentes ou de larga escala. Denise conta como imagina que a sociedade dos construtores de geoglifos funcionasse. "Seriam grupos com algo entre cem e 200 pessoas, reunindo-se esporadicamente para a construção ou reforma de alguns desses recintos. Poderíamos pensar que, num dado momento, haveria uma população total de 6.000 pessoas, divididas em 30 grupos. Muitos deles morariam por perto, tinham roças, outros ficariam morando por ali por um período depois que a festividade acabasse; outros seriam nômades, vivendo nos rios em embarcações grandes, navegando e fazendo trocas comerciais."
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Mistério de desenhos geométricos da Amazônia é decifradoPode ser que o mistério dos geoglifos da Amazônia esteja chegando ao fim. Há mais de 500 desses estranhos desenhos geométricos espalhados pelo território do Acre, alguns medindo uns três quarteirões de diâmetro, todos feitos na época anterior à chegada dos europeus ao Brasil. As estruturas pareciam sinalizar a presença de sociedades indígenas complexas e populosas, que teriam até desmatado boa parte da floresta para construir seus monumentos, mas uma nova análise sugere que os geoglifos costumavam ter vida curta e podiam ser produzidos por grupos indígenas pequenos. Tais conclusões, que ressaltam como ainda se sabe pouco sobre a pré-história amazônica, estão num estudo publicado recentemente na revista científica americana "PNAS". "O que é bacana nos geoglifos é que eles mostram duas coisas: a Amazônia foi grandemente manipulada por povos do passado; e isso se deu de formas diferentes nos diferentes lugares, de acordo com condições ecológicas específicas e com a bagagem cultural de cada povo", resume a arqueóloga Denise Schaan, do Departamento de Antropologia da UFPA (Universidade Federal do Pará). Denise é coautora do novo estudo, junto com pesquisadores como Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre, e da britânica Jennifer Watling, da USP e da Universidade de Exeter (Reino Unido). Junto com Ranzi e outros colegas, Denise tem tentado entender o enigma dos geoglifos desde a década passada. Com formatos como círculos, quadrados e losangos, às vezes aparentemente combinados no mesmo terreno, os geoglifos acreanos começaram a ser identificados há pouco tempo, com o avanço do desmatamento no Estado, pois antes estavam recobertos pela mata. As trincheiras que delimitam os desenhos podem chegar a 11 metros de largura e quatro metros de profundidade. Há poucos restos de cerâmica pré-colombiana no perímetro dos desenhos, e praticamente nenhum sinal de ocupação humana de longo prazo. As datações feitas até agora sugerem que a maioria deles foi construída entre 2.000 anos e 650 anos atrás. Como ninguém parece ter morado lá dentro, a hipótese mais aceita por enquanto é que eles funcionavam como centros cerimoniais - grandes terreiros para festas e danças, por exemplo. PLANTAS DO PASSADO Para entender melhor o que estava acontecendo na região naquela época, os pesquisadores realizaram escavações em dois geoglifos já bem estudados, que ficam a cerca de 10 km de distância um do outro. Além disso, também cavaram o solo a diferentes distâncias (de 500 metros até 7,5 km) de um dos geoglifos, para tentar investigar o impacto da construção da estrutura nas áreas vizinhas. A vedete dessas escavações não foram pontas de flecha ou vasos de cerâmica, mas os humildes fitólitos –minúsculos grãozinhos minerais produzidos pelas plantas. Ocorre que é possível identificar uma espécie de vegetal apenas por seus fitólitos, o que significa que eles podem dar uma ideia bastante boa da vegetação que existia em determinado lugar no passado. A análise dos fitólitos indica que, assim como ocorria antes da onda moderna de desmatamento, o Acre da época da construção dos geoglifos era dominado por uma floresta característica, com grande abundância de espécies de bambu. Há cerca de 4.000 anos –muito antes, portanto, da criação das estruturas–, há sinais de queimadas de grande escala na região. Depois desses eventos, a composição de espécies das matas muda de forma considerável, com o aumento de cerca de 30% das espécies de palmeiras. Isso indica que já havia por ali grupos indígenas moldando a composição de espécies da floresta a seu favor, já que as palmeiras, como a pupunha, estão entre as principais árvores manejadas ou domesticadas pelos nativos da Amazônia, em geral por causa de seus frutos. É como se a mata fosse parcialmente transformada em pomar, digamos. Por outro lado, quando os geoglifos começaram a ser construídos, não houve uma mudança radical nos fitólitos. Os pesquisadores calculam que, se a área dos monumentos fosse desmatada permanentemente, a proporção de fitólitos de grama deveria aumentar para cerca de 50%, mas ela se manteve o tempo todo abaixo dos 10%. Segundo eles, os geoglifos não chegaram a permanecer desmatados por mais de 40 anos. Além disso, a meros 500 metros de distância dos desenhos, não há sinais de mudança na vegetação, o que indica que o impacto das estruturas era altamente localizado –regiões no entorno não costumavam ser desmatadas. Em suma, na época pré-cabralina, as florestas do Acre tinham sido alteradas significativamente pela presença humana, mas isso não significava desmates permanentes ou de larga escala. Denise conta como imagina que a sociedade dos construtores de geoglifos funcionasse. "Seriam grupos com algo entre cem e 200 pessoas, reunindo-se esporadicamente para a construção ou reforma de alguns desses recintos. Poderíamos pensar que, num dado momento, haveria uma população total de 6.000 pessoas, divididas em 30 grupos. Muitos deles morariam por perto, tinham roças, outros ficariam morando por ali por um período depois que a festividade acabasse; outros seriam nômades, vivendo nos rios em embarcações grandes, navegando e fazendo trocas comerciais."
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Obama autoriza ajuda para Virgínia Ocidental, atingida por enchentes
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou no sábado (25) a liberação de recursos federais para a reconstrução da Virgínia Ocidental, atingida por enchentes que já deixaram pelo menos 24 mortos e vários desabrigados. As inundações alagaram estradas e prejudicaram serviços básicos, como luz e abastecimento de água, que ainda não foram restaurados em algumas comunidades. A partir deste domingo, os moradores dos três condados mais atingidos pelo desastre —Greenbrier, Kanawha e Nicholas— poderão solicitar ajuda da agência federal de gerenciamento de emergências. No sábado, Obama assinou declaração de desastre, o que permite aos moradores de Greenbrier, Kanawha e Nicholas pedir ajuda para moradia temporária e consertos às suas casas, além de poder receber empréstimos a baixos custos para cobrir perdas de propriedades não seguradas. Os habitantes também poderão se qualificar para outras ajudas individuais, assim como donos de pequenos negócios. A administração do governador Earl Ray Tomblin ainda acredita que há desaparecidos no condado de Greenbrier County, onde um corpo foi encontrado no sábado, afirma o Chris Stadelman, diretor de comunicação do político. A previsão do tempo indica mais chuva forte para Virgínia Ocidental nesta segunda-feira. O serviço nacional de tempo em Charleston emitiu alerta de enchentes para 22 condados. A área não inclui o condado de Greenbrier. No sábado à noite, mais de 24 mil casas e negócios continuavam sem energia. Na área de Clendenin, o abastecimento de água ainda não foi normalizado, e moradores estão enchendo baldes de água em estações. Das 16 mortes em Greenbrier, 15 foram registradas na pequena cidade de Rainelle. Seis mortes foram informadas em Kanawha, e os condados de Jackson e Ohio tiveram uma morte cada um. Equipes de busca e resgate foram de casa em casa e marcaram aquelas revistadas com um X. Animais abandonados foram levados a um abrigo.
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Obama autoriza ajuda para Virgínia Ocidental, atingida por enchentesO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou no sábado (25) a liberação de recursos federais para a reconstrução da Virgínia Ocidental, atingida por enchentes que já deixaram pelo menos 24 mortos e vários desabrigados. As inundações alagaram estradas e prejudicaram serviços básicos, como luz e abastecimento de água, que ainda não foram restaurados em algumas comunidades. A partir deste domingo, os moradores dos três condados mais atingidos pelo desastre —Greenbrier, Kanawha e Nicholas— poderão solicitar ajuda da agência federal de gerenciamento de emergências. No sábado, Obama assinou declaração de desastre, o que permite aos moradores de Greenbrier, Kanawha e Nicholas pedir ajuda para moradia temporária e consertos às suas casas, além de poder receber empréstimos a baixos custos para cobrir perdas de propriedades não seguradas. Os habitantes também poderão se qualificar para outras ajudas individuais, assim como donos de pequenos negócios. A administração do governador Earl Ray Tomblin ainda acredita que há desaparecidos no condado de Greenbrier County, onde um corpo foi encontrado no sábado, afirma o Chris Stadelman, diretor de comunicação do político. A previsão do tempo indica mais chuva forte para Virgínia Ocidental nesta segunda-feira. O serviço nacional de tempo em Charleston emitiu alerta de enchentes para 22 condados. A área não inclui o condado de Greenbrier. No sábado à noite, mais de 24 mil casas e negócios continuavam sem energia. Na área de Clendenin, o abastecimento de água ainda não foi normalizado, e moradores estão enchendo baldes de água em estações. Das 16 mortes em Greenbrier, 15 foram registradas na pequena cidade de Rainelle. Seis mortes foram informadas em Kanawha, e os condados de Jackson e Ohio tiveram uma morte cada um. Equipes de busca e resgate foram de casa em casa e marcaram aquelas revistadas com um X. Animais abandonados foram levados a um abrigo.
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Petição contra praia reservada a rei saudita ganha 140 mil assinaturas na França
Quase 140 mil pessoas assinaram até o momento uma petição online contra o fechamento parcial de uma praia na Riviera Francesa, alegando que a restrição fere a igualdade de direitos entre os cidadãos. A praia, localizada em Vallauris (entre Antibes e Marselha), é um tradicional refúgio de férias do rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, que desembarcou na Riviera no último sábado com uma comitiva de nada menos que mil pessoas. Autoridades locais vetaram o acesso do público a uma parte da praia onde o rei ficará hospedado, para que ele possa desfrutá-la com exclusividade e segurança durante três semanas. A medida despertou fortes críticas por parte da população, que rejeita o privilégio concedido ao monarca e criou uma petição pedindo que a praia seja reaberta. "Estamos falando a respeito da igualdade das pessoas", diz à BBC Jean-Noel Falcou, conselheiro da cidade. "O que queremos mostrar (com a petição) é que nem tudo pode ser comprado. Quem vem à França tem que respeitar a lei francesa, e somos todos iguais perante a lei." Mas há quem defenda que as benesses concedidas ao rei são benéficas à cidade francesa - sobretudo por motivos econômicos. Restaurantes chiques e hotéis de luxo comemoram o aumento do consumo que deve ser proporcionado pela comitiva de Salman e pelas centenas de sauditas que costumam seguir o rei em suas férias. "É claramente uma boa notícia (a chegada do rei e demais sauditas)", diz à agência France Presse Michel Chevillon, presidente da associação hoteleira regional. "São pessoas com grande poder de compra que vão estimular não apenas a indústria hoteleira de luxo, mas também o turismo e o varejo na cidade." Outro morador opina que a restrição da praia pode ser justificada por motivos de segurança. "É um chefe de Estado que precisa ser protegido. Se ele tiver problemas em solo francês, será ruim para nós", disse à BBC. Os críticos à medida aguardam manifestação do governo francês, a quem pedem a reabertura da praia. "Essa área natural, como todas as áreas públicas marítimas, é intrinsecamente pública e deve servir ao benefício de todos", diz a petição. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Petição contra praia reservada a rei saudita ganha 140 mil assinaturas na FrançaQuase 140 mil pessoas assinaram até o momento uma petição online contra o fechamento parcial de uma praia na Riviera Francesa, alegando que a restrição fere a igualdade de direitos entre os cidadãos. A praia, localizada em Vallauris (entre Antibes e Marselha), é um tradicional refúgio de férias do rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, que desembarcou na Riviera no último sábado com uma comitiva de nada menos que mil pessoas. Autoridades locais vetaram o acesso do público a uma parte da praia onde o rei ficará hospedado, para que ele possa desfrutá-la com exclusividade e segurança durante três semanas. A medida despertou fortes críticas por parte da população, que rejeita o privilégio concedido ao monarca e criou uma petição pedindo que a praia seja reaberta. "Estamos falando a respeito da igualdade das pessoas", diz à BBC Jean-Noel Falcou, conselheiro da cidade. "O que queremos mostrar (com a petição) é que nem tudo pode ser comprado. Quem vem à França tem que respeitar a lei francesa, e somos todos iguais perante a lei." Mas há quem defenda que as benesses concedidas ao rei são benéficas à cidade francesa - sobretudo por motivos econômicos. Restaurantes chiques e hotéis de luxo comemoram o aumento do consumo que deve ser proporcionado pela comitiva de Salman e pelas centenas de sauditas que costumam seguir o rei em suas férias. "É claramente uma boa notícia (a chegada do rei e demais sauditas)", diz à agência France Presse Michel Chevillon, presidente da associação hoteleira regional. "São pessoas com grande poder de compra que vão estimular não apenas a indústria hoteleira de luxo, mas também o turismo e o varejo na cidade." Outro morador opina que a restrição da praia pode ser justificada por motivos de segurança. "É um chefe de Estado que precisa ser protegido. Se ele tiver problemas em solo francês, será ruim para nós", disse à BBC. Os críticos à medida aguardam manifestação do governo francês, a quem pedem a reabertura da praia. "Essa área natural, como todas as áreas públicas marítimas, é intrinsecamente pública e deve servir ao benefício de todos", diz a petição. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Artista plástica ensina a fazer suportes para vasos com tiras de camiseta velha
CAROLINA MUNIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Sem nenhuma ferramenta, só com tecido de malha e alguns nós, dá para fazer um suporte para vasos bonito e funcional. Quem ensina é a artista plástica Bianca Barreto, que escreve no blog Madame Criativa (madamecriativa.com.br ). Para fazer o enfeite, ela usa tiras de camiseta velha. "Não gosto de jogar nada fora, então pensei no suporte para reaproveitar peças antigas", conta a blogueira. Segundo Barreto, não é preciso grandes habilidades manuais para fazer as amarrações. "É muito fácil, até criança consegue", afirma. Veja, abaixo, o passo a passo e aprenda a técnica.
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Artista plástica ensina a fazer suportes para vasos com tiras de camiseta velha CAROLINA MUNIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Sem nenhuma ferramenta, só com tecido de malha e alguns nós, dá para fazer um suporte para vasos bonito e funcional. Quem ensina é a artista plástica Bianca Barreto, que escreve no blog Madame Criativa (madamecriativa.com.br ). Para fazer o enfeite, ela usa tiras de camiseta velha. "Não gosto de jogar nada fora, então pensei no suporte para reaproveitar peças antigas", conta a blogueira. Segundo Barreto, não é preciso grandes habilidades manuais para fazer as amarrações. "É muito fácil, até criança consegue", afirma. Veja, abaixo, o passo a passo e aprenda a técnica.
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Berrini é região de SP com a maior alta de escritórios vagos
A região da Berrini, na zona sul de São Paulo, foi a mais afetada por desocupações no mercado de escritórios de alto padrão da cidade, no segundo trimestre deste ano. O dado é da consultoria Cushman & Wakefield. "É um movimento natural na crise, que reduziu o tamanho de empresas e os aluguéis na cidade. A região competiu com lançamentos mais baratos", diz André Germanos, da consultoria. Com absorção negativa de 11 mil m², a vacância naquele local cresceu quatro pontos percentuais, para 33,3%. Nesse período, a região da avenida Juscelino Kubitschek (zona sul) teve queda de 11 pontos percentuais na taxa de vacância. "Alguns endereços, como a Chucri Zaidan, têm muito potencial. Eles devem receber novos prédios neste semestre, que terão aluguel atrativo para as empresas." O preço médio para locações de escritórios de alto padrão na cidade caiu 2% em relação ao trimestre anterior, para R$ 98,60/m², menor patamar desde o fim de 2012. Leia a coluna completa aqui.
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Berrini é região de SP com a maior alta de escritórios vagosA região da Berrini, na zona sul de São Paulo, foi a mais afetada por desocupações no mercado de escritórios de alto padrão da cidade, no segundo trimestre deste ano. O dado é da consultoria Cushman & Wakefield. "É um movimento natural na crise, que reduziu o tamanho de empresas e os aluguéis na cidade. A região competiu com lançamentos mais baratos", diz André Germanos, da consultoria. Com absorção negativa de 11 mil m², a vacância naquele local cresceu quatro pontos percentuais, para 33,3%. Nesse período, a região da avenida Juscelino Kubitschek (zona sul) teve queda de 11 pontos percentuais na taxa de vacância. "Alguns endereços, como a Chucri Zaidan, têm muito potencial. Eles devem receber novos prédios neste semestre, que terão aluguel atrativo para as empresas." O preço médio para locações de escritórios de alto padrão na cidade caiu 2% em relação ao trimestre anterior, para R$ 98,60/m², menor patamar desde o fim de 2012. Leia a coluna completa aqui.
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O assalto a Kim Kardashian pode prejudicar o turismo na França?
A celebridade americana Kim Kardashian foi assaltada na madrugada desta segunda-feira (3) em Paris. Mas a discussão sobre o caso foi bem além do valor das joias levadas ou detalhes da ação dos ladrões. Algumas autoridades francesas estão afirmando que o assalto pode impactar o setor de turismo na capital, já prejudicado depois dos atentados terroristas do ano passado –enquanto outras minimizaram o caso. "Podemos fazer todas as publicidades possíveis para atrair turistas a Paris, isso acaba de ser brutalmente anulado com o caso da Kardashian", afirmou a deputada Nathalie Kosciusko-Morizet, candidata às primárias do partido Les Républicains. Já a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, rebateu as críticas em um comunicado. "Esse ato raríssimo, ocorrido em um local privado, não coloca em dúvida o trabalho dos policiais e a segurança no espaço público parisiense", disse. "Utilizar o caso para polêmicas é prejudicar o setor do turismo e os 500 mil empregos que ele representa na região." Cinco homens armados e disfarçados de policiais invadiram, por volta das 3h em Paris (22h em Brasília), o discreto hotel de luxo no bairro de Madeleine, onde a celebridade estava hospedada. Os ladrões renderam o vigia do local, que não tem placa na porta, entraram no quarto de Kardashian e roubaram milhões de euros em joias. Kardashian, que prestou depoimento à polícia, estava dormindo no momento do ataque e foi acordada com uma arma na cabeça. Depois, foi amarrada e trancada no banheiro da suíte. Assessoras afirmaram que ela estava muito abalada, mas que não havia sido ferida. De acordo com a imprensa francesa, as joias roubadas valeriam 9 milhões de euros (cerca de R$ 33 milhões). Uma das peças seria seu anel de casamento, no valor de? 4 milhões (R$ 14,6 milhões). A Secretaria de Segurança Pública da capital francesa confirmou que o roubo foi estimado em "vários milhões de euros, referentes principalmente a joias, mas o valor total ainda está sendo avaliado". A polícia está investigando o caso. O roubo ocorre apenas uma semana após a prefeita ter lançado uma campanha publicitária para promover a capital francesa –com custo de 300 mil euros (mais de R$ 1 milhão), financiado em grande parte pela iniciativa privada. Outras ações deste tipo já haviam sido realizadas nos últimos meses, numa tentativa de reverter a queda no número de turistas na cidade –os temores relacionados à segurança são apontados como os principais vilões desse cenário. "Podemos fazer todas as publicidades possíveis para atrair turistas a Paris, isso acaba de ser brutalmente anulado com o caso da Kardashian", afirmou a deputada Nathalie. O número de turistas americanos, a principal nacionalidade em relação ao total de visitantes neste ano, já havia caído quase 6% no primeiro semestre de 2016, segundo dados do Comitê Regional do Turismo (CRT) de Paris e da região Île-de-France, que inclui a cidade e seus arredores. Nos primeiros seis meses deste ano, houve uma queda de 1 milhão no número de turistas em Paris (de todas as nacionalidades) na comparação com igual período de 2015, ainda segundo o CRT. As principais quedas ocorreram em relação aos turistas alemães (-19%) e chineses, com redução de 11%. Os chineses são os turistas que mais gastam em Paris, principalmente nas lojas de grifes de luxo. Até agosto, a queda no número de turistas implica na perda de? 1 bilhão (R$ 3,6 bilhões) nas receitas do turismo parisiense, ainda segundo o CRT. A previsão, caso a tendência não se inverta, é a de que o setor do turismo sofrerá recuo de? 1,5 bilhão (R$ 5,5 bilhões) no faturamento em 2016. "Observamos uma queda intensa no número de turistas asiáticos. Algo jamais visto", afirma Valérie Pécresse, presidente do conselho regional (equivalente no Brasil ao cargo de governador) da Île-de-France. Turistas asiáticos são os que mais temem problemas de segurança. Inúmeros chineses, conhecidos por carregar grandes quantias de dinheiro vivo, já foram vítimas de assaltos na cidade. Muitos hotéis em Paris registram neste ano queda na ocupação que ultrapassa 10 pontos percentuais. O luxuoso hotel Plaza Athénée teve de fechar dois andares no mês de agosto, tradicionalmente época de alta estação, por falta de clientes. Guias de excursões, barcos de passeio pelo Sena, donos de restaurantes e lojistas têm se queixado da falta de turistas. Além disso, roubos em joalherias de luxo ocorrem têm ocorrido com frequência na França nos últimos anos, cometidos por quadrilhas internacionais especializadas. Há suspeitas de que seria o mesmo tipo de grupo armado que teria roubado Kardashian.
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O assalto a Kim Kardashian pode prejudicar o turismo na França?A celebridade americana Kim Kardashian foi assaltada na madrugada desta segunda-feira (3) em Paris. Mas a discussão sobre o caso foi bem além do valor das joias levadas ou detalhes da ação dos ladrões. Algumas autoridades francesas estão afirmando que o assalto pode impactar o setor de turismo na capital, já prejudicado depois dos atentados terroristas do ano passado –enquanto outras minimizaram o caso. "Podemos fazer todas as publicidades possíveis para atrair turistas a Paris, isso acaba de ser brutalmente anulado com o caso da Kardashian", afirmou a deputada Nathalie Kosciusko-Morizet, candidata às primárias do partido Les Républicains. Já a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, rebateu as críticas em um comunicado. "Esse ato raríssimo, ocorrido em um local privado, não coloca em dúvida o trabalho dos policiais e a segurança no espaço público parisiense", disse. "Utilizar o caso para polêmicas é prejudicar o setor do turismo e os 500 mil empregos que ele representa na região." Cinco homens armados e disfarçados de policiais invadiram, por volta das 3h em Paris (22h em Brasília), o discreto hotel de luxo no bairro de Madeleine, onde a celebridade estava hospedada. Os ladrões renderam o vigia do local, que não tem placa na porta, entraram no quarto de Kardashian e roubaram milhões de euros em joias. Kardashian, que prestou depoimento à polícia, estava dormindo no momento do ataque e foi acordada com uma arma na cabeça. Depois, foi amarrada e trancada no banheiro da suíte. Assessoras afirmaram que ela estava muito abalada, mas que não havia sido ferida. De acordo com a imprensa francesa, as joias roubadas valeriam 9 milhões de euros (cerca de R$ 33 milhões). Uma das peças seria seu anel de casamento, no valor de? 4 milhões (R$ 14,6 milhões). A Secretaria de Segurança Pública da capital francesa confirmou que o roubo foi estimado em "vários milhões de euros, referentes principalmente a joias, mas o valor total ainda está sendo avaliado". A polícia está investigando o caso. O roubo ocorre apenas uma semana após a prefeita ter lançado uma campanha publicitária para promover a capital francesa –com custo de 300 mil euros (mais de R$ 1 milhão), financiado em grande parte pela iniciativa privada. Outras ações deste tipo já haviam sido realizadas nos últimos meses, numa tentativa de reverter a queda no número de turistas na cidade –os temores relacionados à segurança são apontados como os principais vilões desse cenário. "Podemos fazer todas as publicidades possíveis para atrair turistas a Paris, isso acaba de ser brutalmente anulado com o caso da Kardashian", afirmou a deputada Nathalie. O número de turistas americanos, a principal nacionalidade em relação ao total de visitantes neste ano, já havia caído quase 6% no primeiro semestre de 2016, segundo dados do Comitê Regional do Turismo (CRT) de Paris e da região Île-de-France, que inclui a cidade e seus arredores. Nos primeiros seis meses deste ano, houve uma queda de 1 milhão no número de turistas em Paris (de todas as nacionalidades) na comparação com igual período de 2015, ainda segundo o CRT. As principais quedas ocorreram em relação aos turistas alemães (-19%) e chineses, com redução de 11%. Os chineses são os turistas que mais gastam em Paris, principalmente nas lojas de grifes de luxo. Até agosto, a queda no número de turistas implica na perda de? 1 bilhão (R$ 3,6 bilhões) nas receitas do turismo parisiense, ainda segundo o CRT. A previsão, caso a tendência não se inverta, é a de que o setor do turismo sofrerá recuo de? 1,5 bilhão (R$ 5,5 bilhões) no faturamento em 2016. "Observamos uma queda intensa no número de turistas asiáticos. Algo jamais visto", afirma Valérie Pécresse, presidente do conselho regional (equivalente no Brasil ao cargo de governador) da Île-de-France. Turistas asiáticos são os que mais temem problemas de segurança. Inúmeros chineses, conhecidos por carregar grandes quantias de dinheiro vivo, já foram vítimas de assaltos na cidade. Muitos hotéis em Paris registram neste ano queda na ocupação que ultrapassa 10 pontos percentuais. O luxuoso hotel Plaza Athénée teve de fechar dois andares no mês de agosto, tradicionalmente época de alta estação, por falta de clientes. Guias de excursões, barcos de passeio pelo Sena, donos de restaurantes e lojistas têm se queixado da falta de turistas. Além disso, roubos em joalherias de luxo ocorrem têm ocorrido com frequência na França nos últimos anos, cometidos por quadrilhas internacionais especializadas. Há suspeitas de que seria o mesmo tipo de grupo armado que teria roubado Kardashian.
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Livro raro de João Cabral e Aloisio Magalhães é reeditado após 60 anos
"Aniki tinha de seu duas cores, o azul e o encarnado, como outros têm na vida um burro e um cavalo", escreve João Cabral de Melo Neto, no começo de "Aniki Bóbó" (1958). Não se sabe bem de onde o autor e seu primo, o designer Aloisio Magalhães, tiraram esse nome, Aniki Bóbó –talvez do primeiro filme de Manoel de Oliveira, de 1942, nem por que o livrinho ficou tanto tempo esquecido. A obra, que teve 30 exemplares impressos, também ficou de fora da obra completa do poeta. Agora, volta às livrarias pela Verso Brasil. Do pouco que se sabe sobre "Aniki Bóbó", está o fato de que no começo era imagem: o escritor tinha visto os desenhos do primo e lhe pareceu que precisavam de um texto como companhia. No colofão, lê-se: "De Aloisio Magalhães, ilustrado por texto de João Cabral de Melo Neto." "Acho que João Cabral buscou diminuir sua presença para destacar o trabalho do primo designer", diz o crítico e professor da USP Augusto Massi, que assina um dos textos de abertura do livro. "Mas sua poética está toda lá: a mescla de prosa e poesia, as rimas toantes, a investigação da paisagem, a imagem da lâmina, o combate ao beletrismo." O livro lembra como João Cabral foi influenciado pelas artes visuais e na produção gráfica. Ele já havia produzido os "livros inconsúteis" em sua própria tipografia, quando vivia em Barcelona. "Aniki Bobó" foi produzido em O Gráfico Amador, editora artesanal que reunia, além de Aloisio e João Cabral, outros designers e escritores (Ariano Suassuna, conta-se, ficava numa espreguiçadeira e dizia que aquela era sua contribuição). Aloisio e O Gráfico Amador, vale lembrar, são fundamentais na história do design e das artes gráficas brasileiras. Foi ele o fundador da Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro. O poeta meteu-se com O Gráfico Amador em meados dos anos 1950, quando voltou ao Brasil, depois de ser suspenso da diplomacia acusado de ser comunista. "A atmosfera cultural do Recife na época serviu tanto para que João Cabral pudesse influenciar as novas gerações reunidas em torno do Gráfico Amador como também recebesse o impacto das experiências teatrais realizadas pelo grupo de Hermilo Borba Filho e Suassuna", diz Massi. O crítico defende também que "Aniki Bóbó" não é apenas uma curiosidade na obra de João Cabral, mas um livro que mostra um desejo de fundir vanguarda e cultura popular –o azul e o encarnado de Aniki são as cores das casas populares do Recife, lembra. Estudar o livro, diz Massi, o "fez entender melhor o período em que foi escrito, que está mal estudado por historiadores e sociólogos". "Havia um grupo importante ali no Recife que foi dissolvido", diz. ANIKI BÓBÓ AUTORES João Cabral de Melo Neto e Aloisio Magalhães ORGANIZAÇÃO Valeria Lamego (com textos de Sérgio Alcides, Augusto Massi, Zoy Anastassakis e Elisa Kuschnir) EDITORA Verso Brasil QUANTO R$ 61,50 (91 págs.)
ilustrada
Livro raro de João Cabral e Aloisio Magalhães é reeditado após 60 anos"Aniki tinha de seu duas cores, o azul e o encarnado, como outros têm na vida um burro e um cavalo", escreve João Cabral de Melo Neto, no começo de "Aniki Bóbó" (1958). Não se sabe bem de onde o autor e seu primo, o designer Aloisio Magalhães, tiraram esse nome, Aniki Bóbó –talvez do primeiro filme de Manoel de Oliveira, de 1942, nem por que o livrinho ficou tanto tempo esquecido. A obra, que teve 30 exemplares impressos, também ficou de fora da obra completa do poeta. Agora, volta às livrarias pela Verso Brasil. Do pouco que se sabe sobre "Aniki Bóbó", está o fato de que no começo era imagem: o escritor tinha visto os desenhos do primo e lhe pareceu que precisavam de um texto como companhia. No colofão, lê-se: "De Aloisio Magalhães, ilustrado por texto de João Cabral de Melo Neto." "Acho que João Cabral buscou diminuir sua presença para destacar o trabalho do primo designer", diz o crítico e professor da USP Augusto Massi, que assina um dos textos de abertura do livro. "Mas sua poética está toda lá: a mescla de prosa e poesia, as rimas toantes, a investigação da paisagem, a imagem da lâmina, o combate ao beletrismo." O livro lembra como João Cabral foi influenciado pelas artes visuais e na produção gráfica. Ele já havia produzido os "livros inconsúteis" em sua própria tipografia, quando vivia em Barcelona. "Aniki Bobó" foi produzido em O Gráfico Amador, editora artesanal que reunia, além de Aloisio e João Cabral, outros designers e escritores (Ariano Suassuna, conta-se, ficava numa espreguiçadeira e dizia que aquela era sua contribuição). Aloisio e O Gráfico Amador, vale lembrar, são fundamentais na história do design e das artes gráficas brasileiras. Foi ele o fundador da Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro. O poeta meteu-se com O Gráfico Amador em meados dos anos 1950, quando voltou ao Brasil, depois de ser suspenso da diplomacia acusado de ser comunista. "A atmosfera cultural do Recife na época serviu tanto para que João Cabral pudesse influenciar as novas gerações reunidas em torno do Gráfico Amador como também recebesse o impacto das experiências teatrais realizadas pelo grupo de Hermilo Borba Filho e Suassuna", diz Massi. O crítico defende também que "Aniki Bóbó" não é apenas uma curiosidade na obra de João Cabral, mas um livro que mostra um desejo de fundir vanguarda e cultura popular –o azul e o encarnado de Aniki são as cores das casas populares do Recife, lembra. Estudar o livro, diz Massi, o "fez entender melhor o período em que foi escrito, que está mal estudado por historiadores e sociólogos". "Havia um grupo importante ali no Recife que foi dissolvido", diz. ANIKI BÓBÓ AUTORES João Cabral de Melo Neto e Aloisio Magalhães ORGANIZAÇÃO Valeria Lamego (com textos de Sérgio Alcides, Augusto Massi, Zoy Anastassakis e Elisa Kuschnir) EDITORA Verso Brasil QUANTO R$ 61,50 (91 págs.)
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Ricardo Patah: O Brasil está inquieto
O Brasil democrático visto das ruas vai bem. Pelo menos foi o que demonstraram as manifestações pacíficas e tranquilas realizadas até agora - contra ou a favor do governo. As pessoas vão às ruas para protestar porque querem que o nosso Brasil saia da crise, ou melhor, das crises, especialmente a econômica e à provocada pela corrupção, um mal onipresente em quase todas as esferas públicas. A lista de desequilíbrios econômicos é inesgotável: mas alguns deles precisam ser citados, como a inflação em torno de 8% e os juros na estratosfera, de 12,75% ao ano, os mais altos do mundo. Isso sem contar que os investimentos públicos e privados estão quase a zero, e as tarifas de energia em alta, juntamente com o desemprego. Com a nossa economia naufragando e os escândalos de corrupção se sucedendo em dimensões oceânicas –mensalão, petrolão e agora Zelotes (qual será o próximo?)– é óbvio e natural que os cidadãos mostrem a indignação de forma democrática e respeitando as leis, como vem acontecendo com as atuais manifestações. Para nós, trabalhadores, que já fomos penalizados, por exemplo, com restrição de acesso ao seguro-desemprego, um castigo que atinge milhões de pessoas vítimas da grande rotatividade no mercado de trabalho (outro dos nossos grandes problemas atuais), somos atingidos agora, pelo desemprego, provocado pela corrupção. Até agora a perda de vagas acontecia só pela redução do mercado. A corrupção na Petrobras fez com que a empresa freasse seus investimentos –cerca de 10% do total do país– e deixasse de fazer pagamentos a empresas contratadas ou terceirizadas. O resultado disso tudo é um grande número de demissões, ainda não totalmente contabilizadas, em quase todos os estados brasileiros: os trabalhadores saem, e muitos deles, sem receber um tostão. As grandes construtoras, envolvidas na operação Lava Jato, paralisadas pelas prisões de muitos de seus diretores e pelas investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, também demitem. Isso sem contar que a nossa economia passa por uma grande estagnação e caminha para uma recessão apontada pelo Boletim Focus do Banco Central, que pode chegar a menos 1,2% do PIB, segundo algumas previsões. O que deve aumentar em muito o número de desempregados. Um caos, diga-se. O dinheiro desviado da maior empresa pública brasileira, orgulho nacional, está em contas secretas, ou nem tanto, em países mundo afora. Ainda bem que a Justiça está agindo. Não bastasse tudo isso, ainda temos a esculhambação no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), duas ferramentas usadas pelos filhos dos trabalhadores em cursos universitários e ou de qualificação profissional. O primeiro sofre com uma desestruturação nunca vista e o segundo com a dificuldade no repasse de verbas. A UGT (União Geral dos Trabalhadores), foi a única central que apresentou, no começo do ano, por escrito, à presidente Dilma e aos ministros da área econômica, propostas concretas para tentar superar a atual crise econômica. Uma delas previa a redução do tamanho do governo, com a diminuição do número de ministérios (hoje são 39). Só para uma simples comparação: os EUA, país mais rico do mundo, tem 15 ministérios. E a Alemanha, a mais rica da Europa, tem 17. Sabemos que presidente Dilma joga todo o seu esforço para endireitar a economia. Mas as ruas estão com pressa. E o Brasil está inquieto. RICARDO PATAH é presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores-UGT * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Ricardo Patah: O Brasil está inquietoO Brasil democrático visto das ruas vai bem. Pelo menos foi o que demonstraram as manifestações pacíficas e tranquilas realizadas até agora - contra ou a favor do governo. As pessoas vão às ruas para protestar porque querem que o nosso Brasil saia da crise, ou melhor, das crises, especialmente a econômica e à provocada pela corrupção, um mal onipresente em quase todas as esferas públicas. A lista de desequilíbrios econômicos é inesgotável: mas alguns deles precisam ser citados, como a inflação em torno de 8% e os juros na estratosfera, de 12,75% ao ano, os mais altos do mundo. Isso sem contar que os investimentos públicos e privados estão quase a zero, e as tarifas de energia em alta, juntamente com o desemprego. Com a nossa economia naufragando e os escândalos de corrupção se sucedendo em dimensões oceânicas –mensalão, petrolão e agora Zelotes (qual será o próximo?)– é óbvio e natural que os cidadãos mostrem a indignação de forma democrática e respeitando as leis, como vem acontecendo com as atuais manifestações. Para nós, trabalhadores, que já fomos penalizados, por exemplo, com restrição de acesso ao seguro-desemprego, um castigo que atinge milhões de pessoas vítimas da grande rotatividade no mercado de trabalho (outro dos nossos grandes problemas atuais), somos atingidos agora, pelo desemprego, provocado pela corrupção. Até agora a perda de vagas acontecia só pela redução do mercado. A corrupção na Petrobras fez com que a empresa freasse seus investimentos –cerca de 10% do total do país– e deixasse de fazer pagamentos a empresas contratadas ou terceirizadas. O resultado disso tudo é um grande número de demissões, ainda não totalmente contabilizadas, em quase todos os estados brasileiros: os trabalhadores saem, e muitos deles, sem receber um tostão. As grandes construtoras, envolvidas na operação Lava Jato, paralisadas pelas prisões de muitos de seus diretores e pelas investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, também demitem. Isso sem contar que a nossa economia passa por uma grande estagnação e caminha para uma recessão apontada pelo Boletim Focus do Banco Central, que pode chegar a menos 1,2% do PIB, segundo algumas previsões. O que deve aumentar em muito o número de desempregados. Um caos, diga-se. O dinheiro desviado da maior empresa pública brasileira, orgulho nacional, está em contas secretas, ou nem tanto, em países mundo afora. Ainda bem que a Justiça está agindo. Não bastasse tudo isso, ainda temos a esculhambação no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), duas ferramentas usadas pelos filhos dos trabalhadores em cursos universitários e ou de qualificação profissional. O primeiro sofre com uma desestruturação nunca vista e o segundo com a dificuldade no repasse de verbas. A UGT (União Geral dos Trabalhadores), foi a única central que apresentou, no começo do ano, por escrito, à presidente Dilma e aos ministros da área econômica, propostas concretas para tentar superar a atual crise econômica. Uma delas previa a redução do tamanho do governo, com a diminuição do número de ministérios (hoje são 39). Só para uma simples comparação: os EUA, país mais rico do mundo, tem 15 ministérios. E a Alemanha, a mais rica da Europa, tem 17. Sabemos que presidente Dilma joga todo o seu esforço para endireitar a economia. Mas as ruas estão com pressa. E o Brasil está inquieto. RICARDO PATAH é presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores-UGT * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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PSDB recua e passa a defender que impeachment fique para fevereiro
Depois que o governo passou a defender um desfecho o mais rápido possível para o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, com a possibilidade de que o recesso parlamentar seja cancelado, parlamentares do PSDB mudaram de opinião e passaram a defender que o Congresso não altere as datas de folga e suspenda as atividades, como é de praxe, no fim do ano. Pela manhã, o líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chegou a dizer que era impensável "entrar em férias" com uma questão com a gravidade de um impeachment. Nesta quarta (2), logo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter anunciado que autorizaria o início do processo de impedimento, deputados e senadores do PSDB defenderam a suspensão do recesso para que o caso não perdesse força no Congresso. Na tarde desta quinta, no entanto, os tucanos passaram a considerar a suspensão do recesso parlamentar como uma estratégia que poderá beneficiar apenas a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Isso porque consideram que Dilma só será retirada da presidência se houver forte apelo popular. "Só vai ter impeachment se tiver rua. E é difícil imaginar que haja uma mobilização em massa durante o Natal e o Ano Novo", avaliou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). "Ideal é que tenhamos o recesso, até para dar um fôlego ao governo para que a presidente Dilma possa governar, coisa que ela não fez até agora, para dar tempo de a população se mobilizar porque dificilmente vai se conseguir mobilizar no Natal, no Ano Novo, nas férias escolares, que emenda com o Carnaval. A disputa Dilma e Cunha não pode ser maior que Brasil", disse. Para ele, as manifestações contrárias ao governo e ao PT que tomaram conta das ruas neste ano foram fruto, principalmente, da mobilização da classe média, que se prepara, tradicionalmente, para descansar em janeiro. O ministro Ricardo Berzoini (Governo) reuniu no Palácio do Planalto nesta quinta líderes de partidos aliados e, segundo relatos, pediu celeridade sob a avaliação de que uma extensão do caso até os primeiros meses de 2016, além de representar um "sangramento em praça pública", pode dar margem ao crescimento de movimentos de rua contrários a Dilma e de dissidências dentro da base aliada. Essa linha de ação deverá ser adotada caso fracassem as tentativas de barrar o processo no Supremo Tribunal Federal. O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, conversou por telefone na tarde desta quinta com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a hipótese de se convocar extraordinariamente o Congresso Nacional durante o recesso parlamentar. Segundo Cássio, Aécio comunicou a Renan a decisão do partido. Para que o recesso parlamentar, que começará em 23 de dezembro, fosse suspenso, seria necessário uma convocação extraordinária do Congresso Nacional. Para que isso acontecesse, é preciso que os presidentes da Câmara e do Senado, os peemedebistas Cunha e Renan Calheiros (AL), assinem um ato conjunto, que precisa ser aprovado por maioria absoluta das duas Casas. Aliados de Renan indicaram que o peemedebista não quer fazer uma convocação extraordinária do Congresso. "Se isso acontecer e a presidente de fato perder o seu mandato, o PMDB poderá ser acusado de ter dado um golpe, já que quem deflagrou o processo é peemedebista e quem assumirá a presidência da República também é peemedebista", avaliou um integrante da cúpula do PMDB nesta quinta, fazendo referência ao vice-presidente da República, Michel Temer. Apesar da divulgação da intenção de ter um recesso parlamentar, Cássio ponderou que a sigla ainda irá se reunir na próxima semana para fechar a questão sobre o assunto. RACHA A decisão sobre acelerar ou não o processo de impeachment tem rachado a oposição. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), discorda da posição do partido aliado e defende que o caso seja levado adiante nos próximos meses, suspendendo o recesso parlamentar. "Por que esse ato diante de um quadro tão grave? Eu não consigo explicar para o eleitor que eu vou sair de recesso em dezembro e só volto em fevereiro. Qual é o exemplo que se dá para o país? Se a população enxerga que os líderes estão indo para casa passar o Natal e o Ano Novo, por que as pessoas irão para as ruas? O governo não vai usar esse tempo para governar. Vai ter um foco exclusivo em derrubar o impeachment", disse. Impeachment
poder
PSDB recua e passa a defender que impeachment fique para fevereiroDepois que o governo passou a defender um desfecho o mais rápido possível para o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, com a possibilidade de que o recesso parlamentar seja cancelado, parlamentares do PSDB mudaram de opinião e passaram a defender que o Congresso não altere as datas de folga e suspenda as atividades, como é de praxe, no fim do ano. Pela manhã, o líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chegou a dizer que era impensável "entrar em férias" com uma questão com a gravidade de um impeachment. Nesta quarta (2), logo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter anunciado que autorizaria o início do processo de impedimento, deputados e senadores do PSDB defenderam a suspensão do recesso para que o caso não perdesse força no Congresso. Na tarde desta quinta, no entanto, os tucanos passaram a considerar a suspensão do recesso parlamentar como uma estratégia que poderá beneficiar apenas a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Isso porque consideram que Dilma só será retirada da presidência se houver forte apelo popular. "Só vai ter impeachment se tiver rua. E é difícil imaginar que haja uma mobilização em massa durante o Natal e o Ano Novo", avaliou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). "Ideal é que tenhamos o recesso, até para dar um fôlego ao governo para que a presidente Dilma possa governar, coisa que ela não fez até agora, para dar tempo de a população se mobilizar porque dificilmente vai se conseguir mobilizar no Natal, no Ano Novo, nas férias escolares, que emenda com o Carnaval. A disputa Dilma e Cunha não pode ser maior que Brasil", disse. Para ele, as manifestações contrárias ao governo e ao PT que tomaram conta das ruas neste ano foram fruto, principalmente, da mobilização da classe média, que se prepara, tradicionalmente, para descansar em janeiro. O ministro Ricardo Berzoini (Governo) reuniu no Palácio do Planalto nesta quinta líderes de partidos aliados e, segundo relatos, pediu celeridade sob a avaliação de que uma extensão do caso até os primeiros meses de 2016, além de representar um "sangramento em praça pública", pode dar margem ao crescimento de movimentos de rua contrários a Dilma e de dissidências dentro da base aliada. Essa linha de ação deverá ser adotada caso fracassem as tentativas de barrar o processo no Supremo Tribunal Federal. O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, conversou por telefone na tarde desta quinta com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a hipótese de se convocar extraordinariamente o Congresso Nacional durante o recesso parlamentar. Segundo Cássio, Aécio comunicou a Renan a decisão do partido. Para que o recesso parlamentar, que começará em 23 de dezembro, fosse suspenso, seria necessário uma convocação extraordinária do Congresso Nacional. Para que isso acontecesse, é preciso que os presidentes da Câmara e do Senado, os peemedebistas Cunha e Renan Calheiros (AL), assinem um ato conjunto, que precisa ser aprovado por maioria absoluta das duas Casas. Aliados de Renan indicaram que o peemedebista não quer fazer uma convocação extraordinária do Congresso. "Se isso acontecer e a presidente de fato perder o seu mandato, o PMDB poderá ser acusado de ter dado um golpe, já que quem deflagrou o processo é peemedebista e quem assumirá a presidência da República também é peemedebista", avaliou um integrante da cúpula do PMDB nesta quinta, fazendo referência ao vice-presidente da República, Michel Temer. Apesar da divulgação da intenção de ter um recesso parlamentar, Cássio ponderou que a sigla ainda irá se reunir na próxima semana para fechar a questão sobre o assunto. RACHA A decisão sobre acelerar ou não o processo de impeachment tem rachado a oposição. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), discorda da posição do partido aliado e defende que o caso seja levado adiante nos próximos meses, suspendendo o recesso parlamentar. "Por que esse ato diante de um quadro tão grave? Eu não consigo explicar para o eleitor que eu vou sair de recesso em dezembro e só volto em fevereiro. Qual é o exemplo que se dá para o país? Se a população enxerga que os líderes estão indo para casa passar o Natal e o Ano Novo, por que as pessoas irão para as ruas? O governo não vai usar esse tempo para governar. Vai ter um foco exclusivo em derrubar o impeachment", disse. Impeachment
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Brasileiros trocam downloads de música por serviços de assinatura
O consumo de música por download pode estar com os dias contados, e a substituição desse modelo pelo de assinatura está acontecendo mais rapidamente no Brasil, mostram dados recém-divulgados pelo setor fonográfico. O streaming passou a representar a maior parte (51%) do faturamento de música digital no país, deixando em segundo plano o proveniente de downloads (de serviços como o iTunes), que passou a representar 30% do total, e o de telefonia móvel (ringtones) com os restantes 19%. O crescimento do modelo, que permite ao assinante acessar e ouvir um catálogo de milhões de faixas, sem permitir que manipule os arquivos, foi de 53,6% por aqui e de 39% no resto do mundo. "Temos um crescimento que é até difícil de ser analisado porque é exponencial", diz o diretor de negócios do Napster na América Latina, Roger Machado. "O uso crescente de smartphones cria condições mais do que favoráveis para que o setor continue crescendo significativamente", disse em nota Paulo Rosa, presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos). Outra novidade que traz o anúncio feito na última semana pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) é que o faturamento digital se igualou ao proveniente de CDs, DVDs musicais e vinis pela primeira vez. No Brasil, segundo a ABPD, os formatos eletrônicos estão quase lá: são 37,5% do total, ante 40,6% dos físicos. "Em um futuro não distante, os discos virarão memorabilia, e há de se considerar a quase presente inexistência de vendas [por download] de música digital", diz Dauton Janota, diretor do serviço de música por assinatura Pleimo. "Uma evidência disso é que a Apple comprou a Beats Music", diz sobre a aquisição da empresa de streaming pela companhia pioneira do download como negócio, no começo do ano passado. Também no início de 2014 que o serviço Spotify, líder mundial, foi lançado por aqui, anos depois de Deezer e Rdio, seus maiores rivais, e alguns meses antes do Google Play Music All Access. Apesar do grande número de atores no segmento, o adversário é o desconhecimento, segundo Machado, do Napster. "Estamos longe de brigar pelo cliente. O que vivemos é quase uma cruzada de evangelização para explicar o que é o streaming." O método, conhecido como "download progressivo", permite ouvir a faixa sem esperar o fim da transferência, e remunera artistas conforme o número de execuções. Foi adotado pelo Napster para o renascimento da marca, conhecida no começo dos anos 2000 por brigas com artistas, como num famoso caso contra o Metallica. À época, o software usava o sistema P2P (de máquina a máquina) para compartilhamento de arquivos, principalmente de música, e permitia troca de conteúdo pirateado.
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Brasileiros trocam downloads de música por serviços de assinaturaO consumo de música por download pode estar com os dias contados, e a substituição desse modelo pelo de assinatura está acontecendo mais rapidamente no Brasil, mostram dados recém-divulgados pelo setor fonográfico. O streaming passou a representar a maior parte (51%) do faturamento de música digital no país, deixando em segundo plano o proveniente de downloads (de serviços como o iTunes), que passou a representar 30% do total, e o de telefonia móvel (ringtones) com os restantes 19%. O crescimento do modelo, que permite ao assinante acessar e ouvir um catálogo de milhões de faixas, sem permitir que manipule os arquivos, foi de 53,6% por aqui e de 39% no resto do mundo. "Temos um crescimento que é até difícil de ser analisado porque é exponencial", diz o diretor de negócios do Napster na América Latina, Roger Machado. "O uso crescente de smartphones cria condições mais do que favoráveis para que o setor continue crescendo significativamente", disse em nota Paulo Rosa, presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos). Outra novidade que traz o anúncio feito na última semana pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) é que o faturamento digital se igualou ao proveniente de CDs, DVDs musicais e vinis pela primeira vez. No Brasil, segundo a ABPD, os formatos eletrônicos estão quase lá: são 37,5% do total, ante 40,6% dos físicos. "Em um futuro não distante, os discos virarão memorabilia, e há de se considerar a quase presente inexistência de vendas [por download] de música digital", diz Dauton Janota, diretor do serviço de música por assinatura Pleimo. "Uma evidência disso é que a Apple comprou a Beats Music", diz sobre a aquisição da empresa de streaming pela companhia pioneira do download como negócio, no começo do ano passado. Também no início de 2014 que o serviço Spotify, líder mundial, foi lançado por aqui, anos depois de Deezer e Rdio, seus maiores rivais, e alguns meses antes do Google Play Music All Access. Apesar do grande número de atores no segmento, o adversário é o desconhecimento, segundo Machado, do Napster. "Estamos longe de brigar pelo cliente. O que vivemos é quase uma cruzada de evangelização para explicar o que é o streaming." O método, conhecido como "download progressivo", permite ouvir a faixa sem esperar o fim da transferência, e remunera artistas conforme o número de execuções. Foi adotado pelo Napster para o renascimento da marca, conhecida no começo dos anos 2000 por brigas com artistas, como num famoso caso contra o Metallica. À época, o software usava o sistema P2P (de máquina a máquina) para compartilhamento de arquivos, principalmente de música, e permitia troca de conteúdo pirateado.
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Ciência 'desvenda' mistério do irmão mais velho mais inteligente
Lizzie Crouch e Lorna Stewart BBC Saúde Pesquisadores da Universidade de Leipzig, na Alemanha, analisaram o comportamento de dezenas de milhares de pessoas para tentar descobrir se a ordem de nascimento de uma criança influi na sua inteligência e sua personalidade. Os cientistas contaram com 20 mil pessoas da Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos para verificar o quanto elas eram neuróticas, extrovertidas, abertas e simpáticas e concluíram que a personalidade não é afetada pela ordem de nascimento. Mas, o estudo observou uma pequena diferença na inteligência - os irmãos mais velhos tendem a ser ligeiramente mais inteligentes do os irmãos mais jovens. Os pesquisadores também descobriram que há diferenças na maneira como os irmãos pensam. Os mais velhos têm uma probabilidade maior de concordar com afirmações como "sou rápido para entender as coisas" do que os irmãos mais novos. Estas pessoas também tinham uma probabilidade maior de dizer que acharam fácil compreender ideias abstratas e que tinham um vocabulário mais rico do que os irmãos mais novos. Apesar de as razões para essas conclusões não estarem claras, pesquisas anteriores sugerem que elas podem estar mais ligadas ao status social do filho mais velho dentro da família do que a mudanças biológicas ocorridas no útero da mãe. Leia também: Arqueologia pode desmentir a Bíblia? As inesperadas perguntas do teste de Oxford Outra característica que a pesquisa mostrou é relativa à saúde: os filhos mais novos parecem ser mais saudáveis que os mais velhos. Vários outros estudos já analisaram a relação entre a ordem de nascimento e a incidência de diabetes tipo 1. Cientistas observaram que os filhos que nasceram depois, em segundo lugar, terceiro ou depois, apresentavam risco mais reduzido da doença quando comparados aos filhos que nasceram primeiro. Especialistas sugerem que isto é causado por mudanças no útero da mãe ou devido a experiências depois do nascimento, como um atraso na exposição da criança mais velha à infecções. Os irmãos mais novos têm uma probabilidade maior de serem expostos a uma variedade maior de vírus e bactérias mais cedo que os irmãos velhos, pois os mais velhos trazem estas doenças para casa quando voltam da escola. Leia também: 18 anos: a idade mais perigosa para mulheres no Brasil Segundo especulações de pesquisadores isto pode estimular o sistema imunológico dos mais novos e reduzir o risco de as defesas destas crianças atacarem de forma incorreta - o que resultaria em doenças autoimunes como diabetes tipo 1. Outra característica mostrada pela pesquisa é que homens com irmãos mais velhos têm chances maiores de serem homossexuais. O efeito, de acordo com cientistas, é conhecido como "fenômeno do irmão mais velho": cada irmão mais velho aumenta um pouco a probabilidade do irmão mais novo se sentir atraído por homens. O professor Tony Bogaert, da Universidade Brock no Canadá, é um dos cientistas que observou primeiro o fenômeno e acredita que isto é um efeito biológico. "Cada irmão mais velho, na verdade, muda o útero de alguma forma. E acreditamos que a explicação mais plausível tem a ver com a resposta imunológica materna", afirmou. Fetos masculinos produzem um tipo particular de proteína no útero que ajuda na formação dos órgãos genitais masculinos. Mas, quando esta proteína é produzida, o corpo da mãe responde produzindo anticorpos. Este é um processo natural e não é perigoso nem para a mãe e muito menos para o bebê. Mas significa que na próxima gravidez estes anticorpos são produzidos mais rapidamente se o próximo feto também for menino. Leia também: O misterioso pedaço de lixo espacial que se dirige à Terra O resultado, segundo os cientistas: ter irmãos mais velhos significa que um feto masculino pode ter sido exposto mais rapidamente a estes anticorpos da mãe. Segundo o professor Bogaert esta resposta imunológica explica o "fenômeno do irmão mais velho". No entanto, esta resposta imunológica é apenas um dos muitos fatores que influenciam a sexualidade dos homens. Características como inteligência e sexualidade são determinadas por uma série de fatores interligados como o tamanho da família, a idade da mãe na época do nascimento dos filhos e a genética. E isto significa que encontrar uma relação entre inteligência, sexualidade e a ordem de nascimento dos filhos é extremamente difícil. Serão necessários amplos estudos para descobrir como estas influências sutis funcionam. Leia também: Dez perguntas de ciência que as crianças fazem - e os adultos não sabem responder
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Ciência 'desvenda' mistério do irmão mais velho mais inteligenteLizzie Crouch e Lorna Stewart BBC Saúde Pesquisadores da Universidade de Leipzig, na Alemanha, analisaram o comportamento de dezenas de milhares de pessoas para tentar descobrir se a ordem de nascimento de uma criança influi na sua inteligência e sua personalidade. Os cientistas contaram com 20 mil pessoas da Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos para verificar o quanto elas eram neuróticas, extrovertidas, abertas e simpáticas e concluíram que a personalidade não é afetada pela ordem de nascimento. Mas, o estudo observou uma pequena diferença na inteligência - os irmãos mais velhos tendem a ser ligeiramente mais inteligentes do os irmãos mais jovens. Os pesquisadores também descobriram que há diferenças na maneira como os irmãos pensam. Os mais velhos têm uma probabilidade maior de concordar com afirmações como "sou rápido para entender as coisas" do que os irmãos mais novos. Estas pessoas também tinham uma probabilidade maior de dizer que acharam fácil compreender ideias abstratas e que tinham um vocabulário mais rico do que os irmãos mais novos. Apesar de as razões para essas conclusões não estarem claras, pesquisas anteriores sugerem que elas podem estar mais ligadas ao status social do filho mais velho dentro da família do que a mudanças biológicas ocorridas no útero da mãe. Leia também: Arqueologia pode desmentir a Bíblia? As inesperadas perguntas do teste de Oxford Outra característica que a pesquisa mostrou é relativa à saúde: os filhos mais novos parecem ser mais saudáveis que os mais velhos. Vários outros estudos já analisaram a relação entre a ordem de nascimento e a incidência de diabetes tipo 1. Cientistas observaram que os filhos que nasceram depois, em segundo lugar, terceiro ou depois, apresentavam risco mais reduzido da doença quando comparados aos filhos que nasceram primeiro. Especialistas sugerem que isto é causado por mudanças no útero da mãe ou devido a experiências depois do nascimento, como um atraso na exposição da criança mais velha à infecções. Os irmãos mais novos têm uma probabilidade maior de serem expostos a uma variedade maior de vírus e bactérias mais cedo que os irmãos velhos, pois os mais velhos trazem estas doenças para casa quando voltam da escola. Leia também: 18 anos: a idade mais perigosa para mulheres no Brasil Segundo especulações de pesquisadores isto pode estimular o sistema imunológico dos mais novos e reduzir o risco de as defesas destas crianças atacarem de forma incorreta - o que resultaria em doenças autoimunes como diabetes tipo 1. Outra característica mostrada pela pesquisa é que homens com irmãos mais velhos têm chances maiores de serem homossexuais. O efeito, de acordo com cientistas, é conhecido como "fenômeno do irmão mais velho": cada irmão mais velho aumenta um pouco a probabilidade do irmão mais novo se sentir atraído por homens. O professor Tony Bogaert, da Universidade Brock no Canadá, é um dos cientistas que observou primeiro o fenômeno e acredita que isto é um efeito biológico. "Cada irmão mais velho, na verdade, muda o útero de alguma forma. E acreditamos que a explicação mais plausível tem a ver com a resposta imunológica materna", afirmou. Fetos masculinos produzem um tipo particular de proteína no útero que ajuda na formação dos órgãos genitais masculinos. Mas, quando esta proteína é produzida, o corpo da mãe responde produzindo anticorpos. Este é um processo natural e não é perigoso nem para a mãe e muito menos para o bebê. Mas significa que na próxima gravidez estes anticorpos são produzidos mais rapidamente se o próximo feto também for menino. Leia também: O misterioso pedaço de lixo espacial que se dirige à Terra O resultado, segundo os cientistas: ter irmãos mais velhos significa que um feto masculino pode ter sido exposto mais rapidamente a estes anticorpos da mãe. Segundo o professor Bogaert esta resposta imunológica explica o "fenômeno do irmão mais velho". No entanto, esta resposta imunológica é apenas um dos muitos fatores que influenciam a sexualidade dos homens. Características como inteligência e sexualidade são determinadas por uma série de fatores interligados como o tamanho da família, a idade da mãe na época do nascimento dos filhos e a genética. E isto significa que encontrar uma relação entre inteligência, sexualidade e a ordem de nascimento dos filhos é extremamente difícil. Serão necessários amplos estudos para descobrir como estas influências sutis funcionam. Leia também: Dez perguntas de ciência que as crianças fazem - e os adultos não sabem responder
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Alexandre de Moraes se recusa a fazer treinamento para lidar com repórteres
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB-SP), foi um dos poucos que se recusaram a passar pelo treinamento de mídia sugerido pela equipe de comunicação do governo assim que Michel Temer assumiu interinamente. FORA DA TURMA Convidado a participar, ele desprezou o convite. Outros ministros se submeteram ao chamado "media training", em que jornalistas simularam entrevistas duras para que os integrantes do governo treinassem respostas rápidas e convincentes. FOGO AMIGO Integrantes do núcleo próximo de Temer defendem que ele substitua Moraes na pasta da Justiça, aproveitando o pretexto de o ministro ter declarado que a Operação Lava Jato teria novas fases nesta semana em pleno evento de campanha do PSDB em Ribeirão Preto –terra de Antonio Palocci, que acabou sendo preso nesta segunda (26). As operações da Polícia Federal deveriam ser, por lei, sigilosas. FOGO AMIGO 2 Um dos assessores mais próximos de Temer chega a lembrar que o ministro foi nomeado por exclusão, depois que o escolhido, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, deu uma entrevista criticando a Operação Lava Jato. Temer ainda sondou os ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso e Ellen Gracie para o cargo, sem sucesso. Só depois convidou Moraes para o posto. DOIS SENHORES Há ainda um mal-estar pelo fato de Moraes se equilibrar entre Temer e Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Ambos podem, em 2018, disputar a Presidência do país, embora o atual presidente negue a intenção de concorrer à reeleição. POR ACASO Moraes nega que tenha revelado uma operação secreta da PF e diz que nem sequer sabia que ela ocorreria. LUZ PRÓPRIA Parceira musical de Marcelo Jeneci, Laura Lavieri lançou no sábado (24) sua primeira turnê solo, na Casa da Luz. Participaram do show Diogo Strausz, que incentivou a carreira de Laura, o baterista Pedro Fonte e a cantora Marcelle. O maquiador Leon Gurfein e a videomaker Raíssa Negroponte assistiram à apresentação. FOGUEIRA O TCU (Tribunal de Contas da União) deve julgar no dia 5, e reprovar, as contas de Dilma Rousseff em 2015. FOGUEIRA 2 Na mesma data, o tribunal julgará a responsabilidade direta de integrantes da equipe econômica sobre as pedaladas de 2014. Havia dúvidas entre os ministros sobre a condenação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Agora, ela é praticamente uma certeza. FOGUEIRA 3 Há discussões, ainda, sobre o rigor da pena que seria aplicada a ele. Ela poderia chegar a oito anos de inabilitação para funções públicas, mas é possível que o prazo seja menor, desde que aplicada uma multa. VIROU MEMÓRIA Fotos de Domingos Montagner e de Umberto Magnani nos bastidores de "Velho Chico" estão em um livreto que o diretor Luiz Fernando Carvalho vai distribuir aos atores e à equipe nesta semana, a última da trama da Globo. Ele deu o título de "Sanfona da Memória" à encadernação, que é dedicada aos dois atores que morreram durante a novela e reúne imagens tiradas em celular e desenhos feitos por Carvalho e pelos colegas. AMIGO NA CIDADE A cantora Daniela Mercury teve uma surpresa ao ver o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), na plateia do show que fez em Brasília na sexta (23). Cantou abraçada com ele e depois o recebeu no camarim. Defensor do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, Marco Aurélio ficou amigo de Daniela e da mulher dela, Malu Verçosa Mercury, em 2012, quando a cantora se apresentou na posse do então presidente do STF, Carlos Ayres Britto. Mercury 1 Mercury 2 FUERA, TEMER A bancada de deputados da Frente para a Vitória (FPV), coalizão argentina contrária ao presidente Mauricio Macri, publica nesta terça (27) uma nota de repúdio à visita do presidente Michel Temer ao país vizinho. APOIO MORAL No entanto, o gabinete do líder da FPV, Héctor Recalde, disse que não há previsão da participação de membros da bancada em protestos. Ligado à ex-presidente Cristina Kirchner, o grupo foi contrário ao impeachment de Dilma. PARCERIA SINFÔNICA A Orquestra Sinfônica Jovem se apresentou no sábado (24) na Sala São Paulo junto com músicos do Juilliard School, dos EUA. O maestro George Stelutto e a violinista Catherine Choantes participaram do espetáculo, que foi visto pelo diretor da Santa Marcelina Cultura, Paulo Zuben, e pelo secretário estadual de Cultura, José Roberto Sadek, que foi com sua mulher, Maristela Baione. * CURTO-CIRCUITO Roseli Tardelli lança o livro "Esquadrão das Drags", nesta terça (27), às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Reinaldo Kherlakian se apresenta nesta terça (27), a partir das 21h, no Jockey Club. Sophie Charlotte e Daniel de Oliveira participam nesta terça (27) de lançamento da Magnum, às 19h, no Caixa Belas Artes. Felipe Antunes faz show para lançar novo álbum, nesta terça (27), às 21h, no Sesc Pompeia. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO
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Alexandre de Moraes se recusa a fazer treinamento para lidar com repórteresO ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB-SP), foi um dos poucos que se recusaram a passar pelo treinamento de mídia sugerido pela equipe de comunicação do governo assim que Michel Temer assumiu interinamente. FORA DA TURMA Convidado a participar, ele desprezou o convite. Outros ministros se submeteram ao chamado "media training", em que jornalistas simularam entrevistas duras para que os integrantes do governo treinassem respostas rápidas e convincentes. FOGO AMIGO Integrantes do núcleo próximo de Temer defendem que ele substitua Moraes na pasta da Justiça, aproveitando o pretexto de o ministro ter declarado que a Operação Lava Jato teria novas fases nesta semana em pleno evento de campanha do PSDB em Ribeirão Preto –terra de Antonio Palocci, que acabou sendo preso nesta segunda (26). As operações da Polícia Federal deveriam ser, por lei, sigilosas. FOGO AMIGO 2 Um dos assessores mais próximos de Temer chega a lembrar que o ministro foi nomeado por exclusão, depois que o escolhido, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, deu uma entrevista criticando a Operação Lava Jato. Temer ainda sondou os ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso e Ellen Gracie para o cargo, sem sucesso. Só depois convidou Moraes para o posto. DOIS SENHORES Há ainda um mal-estar pelo fato de Moraes se equilibrar entre Temer e Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Ambos podem, em 2018, disputar a Presidência do país, embora o atual presidente negue a intenção de concorrer à reeleição. POR ACASO Moraes nega que tenha revelado uma operação secreta da PF e diz que nem sequer sabia que ela ocorreria. LUZ PRÓPRIA Parceira musical de Marcelo Jeneci, Laura Lavieri lançou no sábado (24) sua primeira turnê solo, na Casa da Luz. Participaram do show Diogo Strausz, que incentivou a carreira de Laura, o baterista Pedro Fonte e a cantora Marcelle. O maquiador Leon Gurfein e a videomaker Raíssa Negroponte assistiram à apresentação. FOGUEIRA O TCU (Tribunal de Contas da União) deve julgar no dia 5, e reprovar, as contas de Dilma Rousseff em 2015. FOGUEIRA 2 Na mesma data, o tribunal julgará a responsabilidade direta de integrantes da equipe econômica sobre as pedaladas de 2014. Havia dúvidas entre os ministros sobre a condenação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Agora, ela é praticamente uma certeza. FOGUEIRA 3 Há discussões, ainda, sobre o rigor da pena que seria aplicada a ele. Ela poderia chegar a oito anos de inabilitação para funções públicas, mas é possível que o prazo seja menor, desde que aplicada uma multa. VIROU MEMÓRIA Fotos de Domingos Montagner e de Umberto Magnani nos bastidores de "Velho Chico" estão em um livreto que o diretor Luiz Fernando Carvalho vai distribuir aos atores e à equipe nesta semana, a última da trama da Globo. Ele deu o título de "Sanfona da Memória" à encadernação, que é dedicada aos dois atores que morreram durante a novela e reúne imagens tiradas em celular e desenhos feitos por Carvalho e pelos colegas. AMIGO NA CIDADE A cantora Daniela Mercury teve uma surpresa ao ver o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), na plateia do show que fez em Brasília na sexta (23). Cantou abraçada com ele e depois o recebeu no camarim. Defensor do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, Marco Aurélio ficou amigo de Daniela e da mulher dela, Malu Verçosa Mercury, em 2012, quando a cantora se apresentou na posse do então presidente do STF, Carlos Ayres Britto. Mercury 1 Mercury 2 FUERA, TEMER A bancada de deputados da Frente para a Vitória (FPV), coalizão argentina contrária ao presidente Mauricio Macri, publica nesta terça (27) uma nota de repúdio à visita do presidente Michel Temer ao país vizinho. APOIO MORAL No entanto, o gabinete do líder da FPV, Héctor Recalde, disse que não há previsão da participação de membros da bancada em protestos. Ligado à ex-presidente Cristina Kirchner, o grupo foi contrário ao impeachment de Dilma. PARCERIA SINFÔNICA A Orquestra Sinfônica Jovem se apresentou no sábado (24) na Sala São Paulo junto com músicos do Juilliard School, dos EUA. O maestro George Stelutto e a violinista Catherine Choantes participaram do espetáculo, que foi visto pelo diretor da Santa Marcelina Cultura, Paulo Zuben, e pelo secretário estadual de Cultura, José Roberto Sadek, que foi com sua mulher, Maristela Baione. * CURTO-CIRCUITO Roseli Tardelli lança o livro "Esquadrão das Drags", nesta terça (27), às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Reinaldo Kherlakian se apresenta nesta terça (27), a partir das 21h, no Jockey Club. Sophie Charlotte e Daniel de Oliveira participam nesta terça (27) de lançamento da Magnum, às 19h, no Caixa Belas Artes. Felipe Antunes faz show para lançar novo álbum, nesta terça (27), às 21h, no Sesc Pompeia. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO
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Após surto de microcefalia, médicos desaconselham a engravidar agora
Com a forte suspeita de que o zika vírus está associado à epidemia de microcefalia no Nordeste, médicos estão recomendando que as mulheres evitem a gravidez. Em pouco mais de três meses, o Ministério da Saúde registrou 399 casos de recém-nascidos com a má-formação do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Amostras coletadas do líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos foram diagnosticados com microcefalia confirmaram a infecção por zika, vírus identificado no Brasil neste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Para o infectologista Artur Timerman, presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, as mulheres devem prevenir a gravidez por ora, mesmo aquelas que vivem em regiões sem surtos de zika. "Ainda não sabemos a real dimensão do problema. Ninguém está sendo testado para zika como rotina. Então, não dá para garantir que as mulheres que vivem em São Paulo, por exemplo, estejam em segurança", afirma. Ele diz ter aconselhado a sua filha, que mora no Rio de Janeiro [onde não há surto de zika], a esperar mais um pouco para engravidar. "E olha que eu estou louco para ser avô de novo", brinca. O ginecologista Thomas Gollop, especialista em medicina fetal, compartilha a mesma opinião. "O bom senso recomenda prevenir a gravidez. Todo cuidado é pouco. Do contrário, colocaremos gestantes e fetos em risco", diz. Para Cesar Fernandes, presidente eleito da Febrasgo (federação dos ginecologistas e obstetras), as mulheres que vivem nas regiões endêmicas para zika devem adotar "uma anticoncepção efetiva". Já as que estão em outras regiões devem avaliar o risco junto com os seus médicos. "O princípio da precaução deve ser adotado. Na dúvida, é melhor ser cauteloso e proteger a paciente." Ao mesmo tempo, ele se preocupa em não criar pânico. "Temos que ser transparentes e reconhecer nosso despreparo em lidar com algo muito novo e muito sério." Nesta quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que mulheres que desejam engravidar devem analisar os riscos com a família e médicos antes de tomar uma decisão. As secretarias estaduais de saúde do Rio de Janeiro e de Pernambuco já tomaram medidas para tornar obrigatória a notificação de grávidas com sintomas da infecção. LIMITE Cesar Fernandes lembra que muitas mulheres estão no limite da vida reprodutiva (acima dos 35 anos) e podem não querer esperar mais tempo para engravidar. Nesses casos, o ginecologista Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Reprodutiva, diz estar aconselhando as pacientes a usar repelente e a evitar viagens às regiões endêmicas. "Até o momento, não há uma recomendação oficial para se evitar a gravidez." A advogada Karin Lúcia, 36, que está grávida de 12 semanas após cinco anos fazendo tratamento para engravidar, afirma ter ligado "desesperada" para o seu médico temendo ser infectada pelo zika vírus durante a gestação. "Ele me tranquilizou, aconselhou a usar repelente, mas mandou eu ficar atenta a qualquer sintoma." SURTO Segundo o ministro, se o zika for confirmado como a causa do surto, conforme a hipótese investigada, a situação pode se estender para outros Estados além do Nordeste e "até outros países". "O zika era tratado como dengue mais branda. Se for confirmado que é o causador, isso o torna o mais perigoso dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti", afirmou. Infográfico: Entenda a microcefalia
cotidiano
Após surto de microcefalia, médicos desaconselham a engravidar agoraCom a forte suspeita de que o zika vírus está associado à epidemia de microcefalia no Nordeste, médicos estão recomendando que as mulheres evitem a gravidez. Em pouco mais de três meses, o Ministério da Saúde registrou 399 casos de recém-nascidos com a má-formação do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Amostras coletadas do líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos foram diagnosticados com microcefalia confirmaram a infecção por zika, vírus identificado no Brasil neste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Para o infectologista Artur Timerman, presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, as mulheres devem prevenir a gravidez por ora, mesmo aquelas que vivem em regiões sem surtos de zika. "Ainda não sabemos a real dimensão do problema. Ninguém está sendo testado para zika como rotina. Então, não dá para garantir que as mulheres que vivem em São Paulo, por exemplo, estejam em segurança", afirma. Ele diz ter aconselhado a sua filha, que mora no Rio de Janeiro [onde não há surto de zika], a esperar mais um pouco para engravidar. "E olha que eu estou louco para ser avô de novo", brinca. O ginecologista Thomas Gollop, especialista em medicina fetal, compartilha a mesma opinião. "O bom senso recomenda prevenir a gravidez. Todo cuidado é pouco. Do contrário, colocaremos gestantes e fetos em risco", diz. Para Cesar Fernandes, presidente eleito da Febrasgo (federação dos ginecologistas e obstetras), as mulheres que vivem nas regiões endêmicas para zika devem adotar "uma anticoncepção efetiva". Já as que estão em outras regiões devem avaliar o risco junto com os seus médicos. "O princípio da precaução deve ser adotado. Na dúvida, é melhor ser cauteloso e proteger a paciente." Ao mesmo tempo, ele se preocupa em não criar pânico. "Temos que ser transparentes e reconhecer nosso despreparo em lidar com algo muito novo e muito sério." Nesta quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que mulheres que desejam engravidar devem analisar os riscos com a família e médicos antes de tomar uma decisão. As secretarias estaduais de saúde do Rio de Janeiro e de Pernambuco já tomaram medidas para tornar obrigatória a notificação de grávidas com sintomas da infecção. LIMITE Cesar Fernandes lembra que muitas mulheres estão no limite da vida reprodutiva (acima dos 35 anos) e podem não querer esperar mais tempo para engravidar. Nesses casos, o ginecologista Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Reprodutiva, diz estar aconselhando as pacientes a usar repelente e a evitar viagens às regiões endêmicas. "Até o momento, não há uma recomendação oficial para se evitar a gravidez." A advogada Karin Lúcia, 36, que está grávida de 12 semanas após cinco anos fazendo tratamento para engravidar, afirma ter ligado "desesperada" para o seu médico temendo ser infectada pelo zika vírus durante a gestação. "Ele me tranquilizou, aconselhou a usar repelente, mas mandou eu ficar atenta a qualquer sintoma." SURTO Segundo o ministro, se o zika for confirmado como a causa do surto, conforme a hipótese investigada, a situação pode se estender para outros Estados além do Nordeste e "até outros países". "O zika era tratado como dengue mais branda. Se for confirmado que é o causador, isso o torna o mais perigoso dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti", afirmou. Infográfico: Entenda a microcefalia
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Mulheres ciclistas são minoria na capital; coletivos incentivam a prática
Em seu cotidiano, a designer gráfica Renata Mesquita, 37, só usa o carro em situações específicas: quando chove, quando as distâncias realmente são muito longas ou quando está cansada demais para pedalar -o que parece ser raridade. "A minha vida gira em torno da bicicleta, faço tudo com ela e me sinto muito bem", diz Mesquita. A designer é minoria entre os que pedalam na capital paulista. De acordo com uma pesquisa inédita sobre o perfil de quem usa bicicleta, realizada pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), apenas 14% dos usuários habituais são do sexo feminino. O levantamento ouviu 1.804 ciclistas. Leia mais aqui
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Mulheres ciclistas são minoria na capital; coletivos incentivam a práticaEm seu cotidiano, a designer gráfica Renata Mesquita, 37, só usa o carro em situações específicas: quando chove, quando as distâncias realmente são muito longas ou quando está cansada demais para pedalar -o que parece ser raridade. "A minha vida gira em torno da bicicleta, faço tudo com ela e me sinto muito bem", diz Mesquita. A designer é minoria entre os que pedalam na capital paulista. De acordo com uma pesquisa inédita sobre o perfil de quem usa bicicleta, realizada pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), apenas 14% dos usuários habituais são do sexo feminino. O levantamento ouviu 1.804 ciclistas. Leia mais aqui
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Sábado será de calor e chuva no final do dia na capital paulista
O sábado amanheceu com céu claro e tempo abafado na capital paulista. A previsão é que as chuvas comecem a atingir a cidade já no final da tarde. A rede de estações meteorológicas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura de São Paulo) aponta a temperatura média de 24º C, com umidade relativa do ar oscilando entre 74% e 97%. Segundo o centro, as próximas horas devem ser de muito sol e temperaturas elevadas. A máxima prevista é de 35º C. Há previsão de chuva entre o final da tarde e o início da noite, devido ao calor e à entrada da brisa marítima. De acordo com os meteorologistas, não há previsão de volumes significativos de chuva para as regiões dos reservatórios de água que abastecem a capital. No domingo (11), o sol aparece e as temperaturas permanecem elevadas. O calor e a grande disponibilidade de umidade contribuem para a formação de grandes áreas de instabilidade que provocam pancadas de chuva entre o meio da tarde e o início da noite. A sensação será de tempo abafado, com temperaturas variando entre 22º C e 33º C.
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Sábado será de calor e chuva no final do dia na capital paulistaO sábado amanheceu com céu claro e tempo abafado na capital paulista. A previsão é que as chuvas comecem a atingir a cidade já no final da tarde. A rede de estações meteorológicas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura de São Paulo) aponta a temperatura média de 24º C, com umidade relativa do ar oscilando entre 74% e 97%. Segundo o centro, as próximas horas devem ser de muito sol e temperaturas elevadas. A máxima prevista é de 35º C. Há previsão de chuva entre o final da tarde e o início da noite, devido ao calor e à entrada da brisa marítima. De acordo com os meteorologistas, não há previsão de volumes significativos de chuva para as regiões dos reservatórios de água que abastecem a capital. No domingo (11), o sol aparece e as temperaturas permanecem elevadas. O calor e a grande disponibilidade de umidade contribuem para a formação de grandes áreas de instabilidade que provocam pancadas de chuva entre o meio da tarde e o início da noite. A sensação será de tempo abafado, com temperaturas variando entre 22º C e 33º C.
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Quais são os países que proíbem o Natal?
O Natal é uma das celebrações mais difundidas no mundo, mas não é vista com bons olhos em todos os lugares. Em alguns países, as celebrações natalinas são reguladas ou totalmente proibidas. Em outros lugares a compra e venda de certos produtos e até as reuniões familiares são limitadas. Leia também: Influência humana permite a cães imitar expressões uns dos outros, diz pesquisa O país que mais recentemente entrou na lista dos que proíbem a festividade é o Tajiquistão, na Ásia central. Nesta semana autoridades do país anunciaram que endurecerão as restrições para a celebração do Natal. O Tajiquistão é uma república faz fronteira com o Afeganistão ao sul, com a China ao leste, com o Quirguistão ao norte e com o Uzbequistão a oeste. O governo proibiu as seguintes tradições natalinas: A religião muçulmana é maioria no país e cresce desde que o Tajiquistão se separou da União Soviética em 1991. Em Brunei, no sudeste asiático, proibiu-se o uso em público de gorros de Papai Noel ou qualquer outro tipo de indumentária relacionada. As pessoas não muçulmanas são autorizadas a celebrar o Natal, desde que não em público. Leia também: Quiz: Você prestou atenção em 2015? O Islã é a religião oficial do país e o sultão é o chefe religioso neste reino, que faz fronteira com a Malásia. Como ocorre anualmente, a Arábia Saudita emitiu uma regulamentação anual que proíbe "sinais visíveis" da celebração do Natal. Tanto muçulmanos como visitantes não podem participar da celebração. O governo determina que todos devem se orientar pelo calendário lunar e não pelo gregoriano. Na Arábia Saudita também é proibida a celebração do Dia das Bruxas. Em 2012, 41 cristãos foram detidos pela polícia religiosa árabe acusados de "conspirar para celebrar o Natal". Enquanto isso, na China, onde convivem a abertura ao capitalismo de mercado e a proteção das tradições, há zonas onde as festividades natalinas seguem vetadas. Uma das cidades onde a celebração é proibida é Wenzhou (na China oriental), cuja prefeitura vetou todas as celebrações natalinas nas escolas e nos centros comunitários. O Natal é celebrado com moderação no Iraque e na Síria, locais onde aumentaram os ataques a centros de culto cristãos desde que a guerra civil se agravou. Um grupo de voluntários chegou a ir ao Iraque para celebrar com os cristãos que vivem em campos de refugiados. Leia também: Vice decorativo? As diferenças entre o papel de Temer e o de seus antecessores
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Quais são os países que proíbem o Natal?O Natal é uma das celebrações mais difundidas no mundo, mas não é vista com bons olhos em todos os lugares. Em alguns países, as celebrações natalinas são reguladas ou totalmente proibidas. Em outros lugares a compra e venda de certos produtos e até as reuniões familiares são limitadas. Leia também: Influência humana permite a cães imitar expressões uns dos outros, diz pesquisa O país que mais recentemente entrou na lista dos que proíbem a festividade é o Tajiquistão, na Ásia central. Nesta semana autoridades do país anunciaram que endurecerão as restrições para a celebração do Natal. O Tajiquistão é uma república faz fronteira com o Afeganistão ao sul, com a China ao leste, com o Quirguistão ao norte e com o Uzbequistão a oeste. O governo proibiu as seguintes tradições natalinas: A religião muçulmana é maioria no país e cresce desde que o Tajiquistão se separou da União Soviética em 1991. Em Brunei, no sudeste asiático, proibiu-se o uso em público de gorros de Papai Noel ou qualquer outro tipo de indumentária relacionada. As pessoas não muçulmanas são autorizadas a celebrar o Natal, desde que não em público. Leia também: Quiz: Você prestou atenção em 2015? O Islã é a religião oficial do país e o sultão é o chefe religioso neste reino, que faz fronteira com a Malásia. Como ocorre anualmente, a Arábia Saudita emitiu uma regulamentação anual que proíbe "sinais visíveis" da celebração do Natal. Tanto muçulmanos como visitantes não podem participar da celebração. O governo determina que todos devem se orientar pelo calendário lunar e não pelo gregoriano. Na Arábia Saudita também é proibida a celebração do Dia das Bruxas. Em 2012, 41 cristãos foram detidos pela polícia religiosa árabe acusados de "conspirar para celebrar o Natal". Enquanto isso, na China, onde convivem a abertura ao capitalismo de mercado e a proteção das tradições, há zonas onde as festividades natalinas seguem vetadas. Uma das cidades onde a celebração é proibida é Wenzhou (na China oriental), cuja prefeitura vetou todas as celebrações natalinas nas escolas e nos centros comunitários. O Natal é celebrado com moderação no Iraque e na Síria, locais onde aumentaram os ataques a centros de culto cristãos desde que a guerra civil se agravou. Um grupo de voluntários chegou a ir ao Iraque para celebrar com os cristãos que vivem em campos de refugiados. Leia também: Vice decorativo? As diferenças entre o papel de Temer e o de seus antecessores
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Sem clube estreante, com técnicos novatos e velhos conhecidos no interior; veja curiosidades do Paulista
O Campeonato Paulista-2017 começa nesta sexta-feira (3) com a partida entre Santos e Linense, às 21h, na Vila Belmiro. Disputado desde 1902, a competição é a mais antiga do futebol brasileiro. Neste ano, terá a participação de 16 clubes. Além da partida disputada em campo, o Estadual reserva algumas curiosidades. A Folha separou algumas delas. * Com capacidade para 72 mil pessoas, o Morumbi, que pertence ao São Paulo, é o maior estádio do Campeonato Paulista. O local já foi palco de finais. Antes de restrição da Defesa Civil, comportou mais de 140 mil torcedores. O menor palco do Estadual é o estádio Bruno José Daniel. É a sede do time Santo André. Tem capacidade para oito mil pessoas. Sem sucesso nos grandes clubes do Brasil, jogadores que despontaram no futebol como promessas e não vingaram jogarão em times do interior paulista no Estadual. É o caso do meia Bernardo. Com passagens por Palmeiras e Vasco, o atleta de 26 anos teve uma atuação discreta no Coritiba no ano passado e foi contratado pelo Botafogo-SP para a disputa do Estadual de 2017. Veja outros nomes: Leandro Amaro, ex-Palmeiras (Ferroviária); Edson Silva, ex-São Paulo (Mirassol); Morais, ex-Corinthians, e Ricardo Bueno, ex-Atlético-MG (São Bento). Desde 2010, o Paulista promove pelo menos um estreante para a elite da competição. Neste ano, porém, nenhum novo clube saiu da Série A2 e ascendeu à primeira divisão. O fato deve-se ao novo formato do torneio. Até 2016, 20 equipes disputavam o troféu. Com a intenção de diminuir o número de participantes para 16 para 2017, apenas dois times subiram e seis foram rebaixados no torneio do ano passado. Santo André e Mirassol garantiram a vaga. Ambos não são novatos, já tinham disputado o Paulista. Na elite do Brasileiro, a Ponte Preta é a equipe mais antiga do Campeonato Paulista. Fundada em 1900, nunca foi campeã do Estadual. O máximo que alcançou foram vice-campeonatos -cinco no total. Já o Red Bull Brasil é o "caçula" da competição. Em 19 de novembro de 2007, o clube foi criado no Brasil pela multinacional austríaca de bebidas que batizou a equipe com o nome da empresa. Desde 2015, o time participa da elite do Paulista. Curiosamente, Ponte e Red Bull são de Campinas e dividem o mesmo estádio, o Moisés Lucarelli. Disputado desde 1902, o Campeonato Paulista é a competição mais antiga do futebol brasileiro. Nesses 115 anos, o Corinthians é maior detentor de títulos, com 27 conquistas. Palmeiras e Santos vêm logo atrás, com 22 troféus cada. O São Paulo acumula 20. O Santos entra no Campeonato Paulista deste ano como o clube com mais finais em um menor espaço de tempo da história do Estadual. No ano passado, a equipe chegou a décima decisão nas últimas onze disputas do torneio e superou o Santos de Pelé, que alcançou dez entre 1956 e 1966, com exceções a 1963 e 1966. Naquele tempo, no entanto, o torneio estadual era disputado na maioria das vezes no sistema de pontos corridos. A atual edição do Campeonato Paulista registra a menor média de idade dos treinadores desde 2010. Com 43,25 anos, supera a de 2016, que até então registrava a marca mais baixa, 45,5. Aos 34 anos, o técnico Sérgio Vieira é o mais jovem do torneio. Além dele, mais outros quatro profissionais têm menos de 40 anos. O treinador Paulo Roberto, do São Bento, é o mais velho, com 56 anos.
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Sem clube estreante, com técnicos novatos e velhos conhecidos no interior; veja curiosidades do PaulistaO Campeonato Paulista-2017 começa nesta sexta-feira (3) com a partida entre Santos e Linense, às 21h, na Vila Belmiro. Disputado desde 1902, a competição é a mais antiga do futebol brasileiro. Neste ano, terá a participação de 16 clubes. Além da partida disputada em campo, o Estadual reserva algumas curiosidades. A Folha separou algumas delas. * Com capacidade para 72 mil pessoas, o Morumbi, que pertence ao São Paulo, é o maior estádio do Campeonato Paulista. O local já foi palco de finais. Antes de restrição da Defesa Civil, comportou mais de 140 mil torcedores. O menor palco do Estadual é o estádio Bruno José Daniel. É a sede do time Santo André. Tem capacidade para oito mil pessoas. Sem sucesso nos grandes clubes do Brasil, jogadores que despontaram no futebol como promessas e não vingaram jogarão em times do interior paulista no Estadual. É o caso do meia Bernardo. Com passagens por Palmeiras e Vasco, o atleta de 26 anos teve uma atuação discreta no Coritiba no ano passado e foi contratado pelo Botafogo-SP para a disputa do Estadual de 2017. Veja outros nomes: Leandro Amaro, ex-Palmeiras (Ferroviária); Edson Silva, ex-São Paulo (Mirassol); Morais, ex-Corinthians, e Ricardo Bueno, ex-Atlético-MG (São Bento). Desde 2010, o Paulista promove pelo menos um estreante para a elite da competição. Neste ano, porém, nenhum novo clube saiu da Série A2 e ascendeu à primeira divisão. O fato deve-se ao novo formato do torneio. Até 2016, 20 equipes disputavam o troféu. Com a intenção de diminuir o número de participantes para 16 para 2017, apenas dois times subiram e seis foram rebaixados no torneio do ano passado. Santo André e Mirassol garantiram a vaga. Ambos não são novatos, já tinham disputado o Paulista. Na elite do Brasileiro, a Ponte Preta é a equipe mais antiga do Campeonato Paulista. Fundada em 1900, nunca foi campeã do Estadual. O máximo que alcançou foram vice-campeonatos -cinco no total. Já o Red Bull Brasil é o "caçula" da competição. Em 19 de novembro de 2007, o clube foi criado no Brasil pela multinacional austríaca de bebidas que batizou a equipe com o nome da empresa. Desde 2015, o time participa da elite do Paulista. Curiosamente, Ponte e Red Bull são de Campinas e dividem o mesmo estádio, o Moisés Lucarelli. Disputado desde 1902, o Campeonato Paulista é a competição mais antiga do futebol brasileiro. Nesses 115 anos, o Corinthians é maior detentor de títulos, com 27 conquistas. Palmeiras e Santos vêm logo atrás, com 22 troféus cada. O São Paulo acumula 20. O Santos entra no Campeonato Paulista deste ano como o clube com mais finais em um menor espaço de tempo da história do Estadual. No ano passado, a equipe chegou a décima decisão nas últimas onze disputas do torneio e superou o Santos de Pelé, que alcançou dez entre 1956 e 1966, com exceções a 1963 e 1966. Naquele tempo, no entanto, o torneio estadual era disputado na maioria das vezes no sistema de pontos corridos. A atual edição do Campeonato Paulista registra a menor média de idade dos treinadores desde 2010. Com 43,25 anos, supera a de 2016, que até então registrava a marca mais baixa, 45,5. Aos 34 anos, o técnico Sérgio Vieira é o mais jovem do torneio. Além dele, mais outros quatro profissionais têm menos de 40 anos. O treinador Paulo Roberto, do São Bento, é o mais velho, com 56 anos.
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Matemática assusta mais que redação no 2º dia do Enem; veja correção
A prova de matemática foi mais difícil do que a de redação, na opinião de candidatos que fizeram o segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em São Paulo. Acompanhe ao vivo comentário dos professores Na prova de matemática caíram questões de lógica, trigonometria e perguntas que exigiam a leitura de gráficos. Já o tema da redação deste ano foi "a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja a correção da Oficina do Estudante "A redação foi a parte mais fácil, mais interessante de fazer", diz Erica Paloma Sena, 18, que prestou o Enem no campus da Uninove da Barra-Funda, zona oeste da capital. Para ela, o pior foi matemática. Graziele Fagundes, 25, que pretende cursar direito, concorda. "Para quem já tem algum curso superior ou técnico pode ser fácil, mas para um exame de nível médio estava muito difícil, tinha que saber várias fórmulas", afirma. TEMA AGRADOU Os últimos candidatos a sair, por volta das 19h, comemoravam o tema da redação. "É uma benção depois de uma semana de notícias horríveis como foi essa", diz Maria Laura Grillo, 17, se referindo à aprovação na Câmara do projeto de lei que dificulta aborto legal e pune venda de abortivos. "Foi incrível. Dava pra falar de Índia, cultura do estupro, brinquedos 'de menino' e 'de menina', turismo sexual", diz Inaye Silva, 16. Lucas Alves, 19, disse que escreveu tanto que teve que cortar. "Aprendi mais fazendo o Enem do que indo à escola." A transexual Brunna Valim saiu otimista da prova. "Pude expor várias sugestões políticas que eu tenho. Além de poder falar de todos os aspectos que envolvem a questão de gênero", disse a candidata, que pretende cursar ciências sociais "para melhorar a política". Brunna também elogiou a coordenação da prova, que respeitou a questão de gênero. "O meu nome social estava no cartão e consegui usar o banheiro feminino sem maiores problemas." Alguns candidatos tiveram dificuldade para argumentar sobre o tema. "Bater em mulher está errado e pronto. Precisei de outros elementos para fazer o meu texto", conta Beatriz Modesto, 17, que pretende cursar Relações Internacionais no ano que vem. Além da redação, os candidatos tiveram que resolver 90 questões sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Dentre essas, cinco eram sobre língua estrangeira (inglês ou espanhol, dependendo do estudante). NOTA Quem quiser saber a nota obtida logo após o exame pode utilizar o aplicativo Quero a Minha Nota, lançado pela Folha em parceria com a empresa de tecnologia educacional TunEduc. Baixe o aplicativo Quero a minha Nota! para Android Raio-X do Enem p(division). -
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Matemática assusta mais que redação no 2º dia do Enem; veja correçãoA prova de matemática foi mais difícil do que a de redação, na opinião de candidatos que fizeram o segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em São Paulo. Acompanhe ao vivo comentário dos professores Na prova de matemática caíram questões de lógica, trigonometria e perguntas que exigiam a leitura de gráficos. Já o tema da redação deste ano foi "a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja a correção da Oficina do Estudante "A redação foi a parte mais fácil, mais interessante de fazer", diz Erica Paloma Sena, 18, que prestou o Enem no campus da Uninove da Barra-Funda, zona oeste da capital. Para ela, o pior foi matemática. Graziele Fagundes, 25, que pretende cursar direito, concorda. "Para quem já tem algum curso superior ou técnico pode ser fácil, mas para um exame de nível médio estava muito difícil, tinha que saber várias fórmulas", afirma. TEMA AGRADOU Os últimos candidatos a sair, por volta das 19h, comemoravam o tema da redação. "É uma benção depois de uma semana de notícias horríveis como foi essa", diz Maria Laura Grillo, 17, se referindo à aprovação na Câmara do projeto de lei que dificulta aborto legal e pune venda de abortivos. "Foi incrível. Dava pra falar de Índia, cultura do estupro, brinquedos 'de menino' e 'de menina', turismo sexual", diz Inaye Silva, 16. Lucas Alves, 19, disse que escreveu tanto que teve que cortar. "Aprendi mais fazendo o Enem do que indo à escola." A transexual Brunna Valim saiu otimista da prova. "Pude expor várias sugestões políticas que eu tenho. Além de poder falar de todos os aspectos que envolvem a questão de gênero", disse a candidata, que pretende cursar ciências sociais "para melhorar a política". Brunna também elogiou a coordenação da prova, que respeitou a questão de gênero. "O meu nome social estava no cartão e consegui usar o banheiro feminino sem maiores problemas." Alguns candidatos tiveram dificuldade para argumentar sobre o tema. "Bater em mulher está errado e pronto. Precisei de outros elementos para fazer o meu texto", conta Beatriz Modesto, 17, que pretende cursar Relações Internacionais no ano que vem. Além da redação, os candidatos tiveram que resolver 90 questões sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Dentre essas, cinco eram sobre língua estrangeira (inglês ou espanhol, dependendo do estudante). NOTA Quem quiser saber a nota obtida logo após o exame pode utilizar o aplicativo Quero a Minha Nota, lançado pela Folha em parceria com a empresa de tecnologia educacional TunEduc. Baixe o aplicativo Quero a minha Nota! para Android Raio-X do Enem p(division). -
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Temor do G20 é que Trump divida o grupo, afirma analista
Às vésperas de sua 12ª cúpula, o G20 —grupo das 19 maiores economias do planeta e a União Europeia— encara o desafio de manter a união frente à primeira participação de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. "Trump tem questionado muitos dos consensos passados", disse à Folha Axel Berger, 36, analista-chefe do Grupo de Pesquisa de Políticas do G20 do Instituto Alemão de Política de Desenvolvimento. "Há medo de que outros países se somem a ele." Berger liderou o T20 (grupo de think tanks dos países-membros) durante a presidência do G20 pela Alemanha, que assumiu o posto após a cúpula de Hangzhou (China), em setembro de 2016, e sedia o encontro deste ano, nos dias 7 e 8 de julho, em Hamburgo. O Brasil não será representado pelo presidente Michel Temer, que desistiu de ir ao encontro depois da escalada da crise política. * Qual a maior diferença entre a cúpula de Hangzhou e esta? A presidência chinesa adotou um plano de ação para a implementação da Agenda 2030 [diretrizes dos trabalhos da ONU rumo ao desenvolvimento sustentável], algo relevante. Em Hamburgo, temos ênfases diferentes, por exemplo em políticas de saúde, tema importante na agenda da chanceler [Angela] Merkel. Mas acho que a principal diferença é essa fragmentação dupla. Dentro da sala de negociação temos Trump, que tem questionado muitos dos consensos passados, a base do G20, como o G20 opera. A presidência alemã teve de investir muita energia para voltar à estaca zero e discutir essas questões de novo com Trump. O grande perigo não é terminarmos num cenário de 19 países contra um. Vimos essa dinâmica na cúpula do G7, onde seis países estavam juntos e disseram: "Nós reconhecemos os problemas causados pelas mudanças climáticas e precisamos fazer algo a respeito". Os EUA não estavam a bordo. Já o G20 é um grupo mais diverso, e há medo de que outros países possam se somar a Trump. Quais países? Depende do problema. Quando se fala em mudanças climáticas, a posição da Rússia é um pouco instável, a da Arábia Saudita também. Em relação ao comércio, provavelmente a Índia se juntará a Trump ao questionar o plano antiprotecionismo do G20. O medo é que Trump use uma dinâmica perigosa e tenhamos fragmentação no grupo. Outra grande diferença em relação à cúpula de Hangzhou, Antalya [2015, na Turquia] e São Petersburgo [2013, na Rússia]: podemos esperar grandes protestos contra o G20, protestos pacíficos mas também violentos. Porque a Alemanha é mais aberta do que China, Turquia ou Rússia. Por que o G20 atrai protestos? Várias razões. Temos um grande movimento antiglobalização e populista, que levou à eleição de Trump e contribuiu para o "brexit" [saída britânica da União Europeia]. E há pontos específicos. Na Alemanha, acho que algumas pessoas irão às ruas protestar contra Trump porque ele é Trump e porque ele representa uma face da América de que os alemães não gostam, capitalista e arrogante. Outros podem ir pedir mais ação contra as mudanças climáticas. Como o Brasil, em grave crise política e econômica, se posiciona no G20 hoje? Acho que o Brasil não tem sido muito ativo no G20, e isso pode ser explicado pelas questões domésticas. O sr. vê a Argentina, que será a próxima presidente do G20, tentando preencher o vácuo? O que é interessante na abordagem argentina é a iniciativa anunciada de unir os países latino-americanos, com México e Brasil, para formular uma posição regional no G20. Não sei quão unificado isso pode ser, mas é interessante porque a voz latino-americana no G20 em anos anteriores não foi alta. O debate foi dominado por países asiáticos ou da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento). Há chance de a Argentina colocar a América Latina no radar do G20. O G20 ainda é 'resolvedor de problemas' ou é parte deles? Ele tem o potencial de trazer soluções, e acho que está cumprindo esse papel. Se você olhar para o desafio que Trump impõe para a sociedade mundial, sem um fórum como esse teríamos menos possibilidades de trazê-lo para o diálogo. Claro, você pode fazer isso de forma bilateral, mas a dinâmica é diferente se você tem os chefes de Estado de 20 economias relevantes na mesa e eles argumentam que mudanças climáticas são um problema, por exemplo. Não devemos olhar só para o comunicado [final da cúpula], mas reconhecer a importância do G20 em avançar no tecido social entre líderes. O repórter viajou a convite do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
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Temor do G20 é que Trump divida o grupo, afirma analistaÀs vésperas de sua 12ª cúpula, o G20 —grupo das 19 maiores economias do planeta e a União Europeia— encara o desafio de manter a união frente à primeira participação de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. "Trump tem questionado muitos dos consensos passados", disse à Folha Axel Berger, 36, analista-chefe do Grupo de Pesquisa de Políticas do G20 do Instituto Alemão de Política de Desenvolvimento. "Há medo de que outros países se somem a ele." Berger liderou o T20 (grupo de think tanks dos países-membros) durante a presidência do G20 pela Alemanha, que assumiu o posto após a cúpula de Hangzhou (China), em setembro de 2016, e sedia o encontro deste ano, nos dias 7 e 8 de julho, em Hamburgo. O Brasil não será representado pelo presidente Michel Temer, que desistiu de ir ao encontro depois da escalada da crise política. * Qual a maior diferença entre a cúpula de Hangzhou e esta? A presidência chinesa adotou um plano de ação para a implementação da Agenda 2030 [diretrizes dos trabalhos da ONU rumo ao desenvolvimento sustentável], algo relevante. Em Hamburgo, temos ênfases diferentes, por exemplo em políticas de saúde, tema importante na agenda da chanceler [Angela] Merkel. Mas acho que a principal diferença é essa fragmentação dupla. Dentro da sala de negociação temos Trump, que tem questionado muitos dos consensos passados, a base do G20, como o G20 opera. A presidência alemã teve de investir muita energia para voltar à estaca zero e discutir essas questões de novo com Trump. O grande perigo não é terminarmos num cenário de 19 países contra um. Vimos essa dinâmica na cúpula do G7, onde seis países estavam juntos e disseram: "Nós reconhecemos os problemas causados pelas mudanças climáticas e precisamos fazer algo a respeito". Os EUA não estavam a bordo. Já o G20 é um grupo mais diverso, e há medo de que outros países possam se somar a Trump. Quais países? Depende do problema. Quando se fala em mudanças climáticas, a posição da Rússia é um pouco instável, a da Arábia Saudita também. Em relação ao comércio, provavelmente a Índia se juntará a Trump ao questionar o plano antiprotecionismo do G20. O medo é que Trump use uma dinâmica perigosa e tenhamos fragmentação no grupo. Outra grande diferença em relação à cúpula de Hangzhou, Antalya [2015, na Turquia] e São Petersburgo [2013, na Rússia]: podemos esperar grandes protestos contra o G20, protestos pacíficos mas também violentos. Porque a Alemanha é mais aberta do que China, Turquia ou Rússia. Por que o G20 atrai protestos? Várias razões. Temos um grande movimento antiglobalização e populista, que levou à eleição de Trump e contribuiu para o "brexit" [saída britânica da União Europeia]. E há pontos específicos. Na Alemanha, acho que algumas pessoas irão às ruas protestar contra Trump porque ele é Trump e porque ele representa uma face da América de que os alemães não gostam, capitalista e arrogante. Outros podem ir pedir mais ação contra as mudanças climáticas. Como o Brasil, em grave crise política e econômica, se posiciona no G20 hoje? Acho que o Brasil não tem sido muito ativo no G20, e isso pode ser explicado pelas questões domésticas. O sr. vê a Argentina, que será a próxima presidente do G20, tentando preencher o vácuo? O que é interessante na abordagem argentina é a iniciativa anunciada de unir os países latino-americanos, com México e Brasil, para formular uma posição regional no G20. Não sei quão unificado isso pode ser, mas é interessante porque a voz latino-americana no G20 em anos anteriores não foi alta. O debate foi dominado por países asiáticos ou da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento). Há chance de a Argentina colocar a América Latina no radar do G20. O G20 ainda é 'resolvedor de problemas' ou é parte deles? Ele tem o potencial de trazer soluções, e acho que está cumprindo esse papel. Se você olhar para o desafio que Trump impõe para a sociedade mundial, sem um fórum como esse teríamos menos possibilidades de trazê-lo para o diálogo. Claro, você pode fazer isso de forma bilateral, mas a dinâmica é diferente se você tem os chefes de Estado de 20 economias relevantes na mesa e eles argumentam que mudanças climáticas são um problema, por exemplo. Não devemos olhar só para o comunicado [final da cúpula], mas reconhecer a importância do G20 em avançar no tecido social entre líderes. O repórter viajou a convite do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
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Maioria dos leitores é contra adoção do Enem e de cotas raciais na USP
A decisão da USP de adotar o Enem e de reservar vagas para autodeclarados pretos, pardos e indígenas não é correta. Essa é a opinião da maioria dos leitores da Folha que participaram de enquete sobre o tema. Do total de votos computados, 56% rejeitam as medidas. Para eles, a Fuvest já é um exame consolidado e reconhecido por selecionar os melhores candidatos. Na opinião deles, o uso do Enem pode atrair estudantes com baixo desempenho na graduação, e o uso de cotas raciais apenas institucionaliza a discriminação. Já 44% dos leitores consideram a decisão da USP acertada. Eles avaliam que o Enem é um exame mais democrático do que a Fuvest e permite selecionar bons estudantes de escolas públicas. Para esses leitores, a reserva para negros é importante, pois ajuda a combater a discriminação racial e a reparar uma injustiça histórica. A enquete recebeu, no total, 135 votos. DISTRITIÃO Na enquete anterior, a Folha perguntou aos leitores se o "distritão" seria uma boa alternativa ao atual modelo de escolha de deputados federais, estaduais e vereadores. O levantamento mostrou que a maioria é contra o projeto. De acordo com os dados, 59% dos leitores consideram que o "distritão" reduz a representação de minorias, enfraquece os partidos políticos e favorece a formação de oligarquias. Para esse grupo de leitores, apenas os candidatos mais conhecidos e com muitos recursos seriam beneficiados. Já 41% dos que participaram da enquete consideraram o modelo uma boa alternativa. Para esse leitores, uma das vantagens do "distritão" é sua simplicidade, já que apenas os mais votados nominalmente seriam eleitos. Dessa maneira, sem os "puxadores de votos", não haveria o risco de eleger um candidato sem representatividade, opinaram.
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Maioria dos leitores é contra adoção do Enem e de cotas raciais na USPA decisão da USP de adotar o Enem e de reservar vagas para autodeclarados pretos, pardos e indígenas não é correta. Essa é a opinião da maioria dos leitores da Folha que participaram de enquete sobre o tema. Do total de votos computados, 56% rejeitam as medidas. Para eles, a Fuvest já é um exame consolidado e reconhecido por selecionar os melhores candidatos. Na opinião deles, o uso do Enem pode atrair estudantes com baixo desempenho na graduação, e o uso de cotas raciais apenas institucionaliza a discriminação. Já 44% dos leitores consideram a decisão da USP acertada. Eles avaliam que o Enem é um exame mais democrático do que a Fuvest e permite selecionar bons estudantes de escolas públicas. Para esses leitores, a reserva para negros é importante, pois ajuda a combater a discriminação racial e a reparar uma injustiça histórica. A enquete recebeu, no total, 135 votos. DISTRITIÃO Na enquete anterior, a Folha perguntou aos leitores se o "distritão" seria uma boa alternativa ao atual modelo de escolha de deputados federais, estaduais e vereadores. O levantamento mostrou que a maioria é contra o projeto. De acordo com os dados, 59% dos leitores consideram que o "distritão" reduz a representação de minorias, enfraquece os partidos políticos e favorece a formação de oligarquias. Para esse grupo de leitores, apenas os candidatos mais conhecidos e com muitos recursos seriam beneficiados. Já 41% dos que participaram da enquete consideraram o modelo uma boa alternativa. Para esse leitores, uma das vantagens do "distritão" é sua simplicidade, já que apenas os mais votados nominalmente seriam eleitos. Dessa maneira, sem os "puxadores de votos", não haveria o risco de eleger um candidato sem representatividade, opinaram.
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Conhecido por casas caras, Itaim tem opções a R$ 20
A casa é de uma rede presente em mais de 25 países. O salão, superlativo, abriga 270 pessoas. O atendimento tem jeitão de fast food. E, no fim, as massas valem a pena no recém-aberto Vapiano. O esquema é assim: cada cliente vai até uma estação, como um caixa de lanchonete, e faz o pedido. O prato é preparado pelo misto de chef e atendente, e cabe ao cliente pegar bandeja e talheres antes de ir à mesa –coletiva. Entre as bem servidas opções, há penne (pode-se variar a massa, como fez a reportagem, que optou por pappardelle) com ratatouille por R$ 21 –R$ 6 adicionam uma porção de camarões. O preço ainda dá direito a fatias de pão italiano. Fartura a bons preços também é a marca de outro restaurante no bairro –que, para muita gente, parece não abrigar casas do gênero. De porte menor que o Vapiano, o Panela do Guri nasceu como trailer e foi crescendo até se mudar, no final do ano passado, para um sobrado na rua Bandeira Paulista. O cardápio, simples, é baseado em pê-efes –e 11 deles custam menos de R$ 20. Mas também há as "sugestões da semana", dentre as quais a principal é a chuleta (R$ 25). O bife, de bom tamanho, vem coberto por uma camada de alho frito e acompanhado de arroz, feijão, batatas e farofa. PANELA DO GURI ENDEREÇO r. Bandeira Paulista, 189, tel. (11) 3168-0549 OUTRAS SUGESTÕES bife acebolado (R$ 17) e filé à parmigiana (R$ 22) HORÁRIO seg. a sex., das 7h às 16h VAPIANO ENDEREÇO r. Joaquim Floriano, 422, tel. (11) 3167-5228 OUTRAS SUGESTÕES ravióli com rúcula (R$ 26) e penne all'arrabiata (R$ 21) HORÁRIO seg. a dom., das 11h às 24h
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Conhecido por casas caras, Itaim tem opções a R$ 20A casa é de uma rede presente em mais de 25 países. O salão, superlativo, abriga 270 pessoas. O atendimento tem jeitão de fast food. E, no fim, as massas valem a pena no recém-aberto Vapiano. O esquema é assim: cada cliente vai até uma estação, como um caixa de lanchonete, e faz o pedido. O prato é preparado pelo misto de chef e atendente, e cabe ao cliente pegar bandeja e talheres antes de ir à mesa –coletiva. Entre as bem servidas opções, há penne (pode-se variar a massa, como fez a reportagem, que optou por pappardelle) com ratatouille por R$ 21 –R$ 6 adicionam uma porção de camarões. O preço ainda dá direito a fatias de pão italiano. Fartura a bons preços também é a marca de outro restaurante no bairro –que, para muita gente, parece não abrigar casas do gênero. De porte menor que o Vapiano, o Panela do Guri nasceu como trailer e foi crescendo até se mudar, no final do ano passado, para um sobrado na rua Bandeira Paulista. O cardápio, simples, é baseado em pê-efes –e 11 deles custam menos de R$ 20. Mas também há as "sugestões da semana", dentre as quais a principal é a chuleta (R$ 25). O bife, de bom tamanho, vem coberto por uma camada de alho frito e acompanhado de arroz, feijão, batatas e farofa. PANELA DO GURI ENDEREÇO r. Bandeira Paulista, 189, tel. (11) 3168-0549 OUTRAS SUGESTÕES bife acebolado (R$ 17) e filé à parmigiana (R$ 22) HORÁRIO seg. a sex., das 7h às 16h VAPIANO ENDEREÇO r. Joaquim Floriano, 422, tel. (11) 3167-5228 OUTRAS SUGESTÕES ravióli com rúcula (R$ 26) e penne all'arrabiata (R$ 21) HORÁRIO seg. a dom., das 11h às 24h
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'Chatô' estreará em 19/11, afirma Guilherme Fontes; veja trailer oficial
"Em novembro nos cinemas", anuncia a voz que guia o trailer oficial de "Chatô", disponibilizado com exclusividade à Folha. O dia? 19, segundo o diretor, Guilherme Fontes. O filme é resultado de uma epopeia de vinte anos na vida do diretor, que pretende levar às telas, ainda em 2015, a história de Assis Chateaubriand (1892-1968), figura central da história brasileira que fundou o grupo Diários Associados, ajudou a criar o Masp, trouxe a televisão para o país e atuou na política. Confira a reportagem completa em: http://folha.com/no1696566
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'Chatô' estreará em 19/11, afirma Guilherme Fontes; veja trailer oficial"Em novembro nos cinemas", anuncia a voz que guia o trailer oficial de "Chatô", disponibilizado com exclusividade à Folha. O dia? 19, segundo o diretor, Guilherme Fontes. O filme é resultado de uma epopeia de vinte anos na vida do diretor, que pretende levar às telas, ainda em 2015, a história de Assis Chateaubriand (1892-1968), figura central da história brasileira que fundou o grupo Diários Associados, ajudou a criar o Masp, trouxe a televisão para o país e atuou na política. Confira a reportagem completa em: http://folha.com/no1696566
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Em meio a drones e robôs, produtos do passado ganham nova vida na CES
Diante de aparelhos inteligentes, drones, carros que dirigem sozinhos e robôs, se poderia imaginar que um toca-discos devesse fazer parte de acervo de um museu. Ou que uma câmera de filme 8 milímetros jamais pudesse dividir espaço com smartwatches e óculos de realidade virtual. Pois andar pelos corredores da CES, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, que acontece em Las Vegas, pode trazer surpresas como essas, com arroubos de nostalgia e até um pouco de anacronismo. A linha de toca-discos Technics, da Panasonic, rendeu elogios dos visitantes e da imprensa especializada ao ressuscitar a antiga SL-1200MK2, uma queridinha dos DJs desde os anos 1970. Embora o revival dos vinis seja uma tendência de alguns anos, os aparelhos da Panasonic não haviam aproveitado o aquecimento do mercado dos antigos bolachões, e a fabricante interrompeu a fabricação da vitrola em 2010, gerando reclamações e até petições on-line. Agora, a Panasonic anunciou uma linha limitada, com apenas 1.200 unidades, das antigas Technics para comemorar os 50 anos do toca-discos, e uma nova versão das MK2 batizada de Grand Class 1200G. A empresa diz que os DJs poderão confiar no novo aparelho tanto quanto confiavam nos antigos, conhecidos pela robustez do braço e do motor de tração direta, diferente das vitrolas com cintas, que arrebentavam depois de muito uso. A vantagem de se lançar produtos antigos com tecnologia moderna é poder resolver parte dos pontos fracos de dispositivos consagrados. A Technics não era vista como um aparelho para se ter em casa. Embora a tração direta desse mais estabilidade para agitar um baile noite adentro, o sistema provocava vibrações que eram captadas pela agulha e distorciam o som. A Panasonic diz que a nova versão vai entregar qualidade digna de audiófilos. Resolver um antigo problema para trazer de volta tecnologias desaparecidas, mas detentoras de fiéis admiradores, é também a aposta da Kodak, fabricante de filmes fotográficos que passou por maus bocados na era da fotografia digital. Como as Technics, o filme Super 8 pode ser considerado um quinquagenário, já que a empresa fabrica o formato há quase 50 anos. Para comemorar o marco, lançou na CES um protótipo de câmera de 8 milímetros, que fará parte de uma iniciativa para revitalizar o suporte. Introduzindo recursos digitais na captura e no processo de revelação, a Kodak quer unir o melhor do filme e a conveniência de tecnologias modernas. Houve, no entanto, quem teve de se reinventar. A Polaroid, que ficou conhecida pelas câmeras fotográficas, poderia ser considerada a Apple do século passado. Os filmes de revelação instantânea usados pelas câmeras da empresa introduziram a possibilidade de tirar fotos à maneira como se faz hoje com os smartphones, vendo o resultado na hora. E a preocupação com o design e a experiência do usuário inspiraram Steve Jobs a fazer o mesmo na empresa que fundou. Mas a revitalização do interesse pelos instantâneos não foi suficiente, como no caso dos vinis, para garantir a sobrevivência da empresa diante da força das tecnologias digitais. Quem passa pelo estande da Polaroid logo vê por que ele fica próximo ao de gigantes tecnológicos como Sony e Samsung. Há ali tablets, câmeras digitais e até impressoras 3D. Que imprimem colorido, como os antigos instantâneos. O repórter viajou a convite da Samsung
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Em meio a drones e robôs, produtos do passado ganham nova vida na CESDiante de aparelhos inteligentes, drones, carros que dirigem sozinhos e robôs, se poderia imaginar que um toca-discos devesse fazer parte de acervo de um museu. Ou que uma câmera de filme 8 milímetros jamais pudesse dividir espaço com smartwatches e óculos de realidade virtual. Pois andar pelos corredores da CES, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, que acontece em Las Vegas, pode trazer surpresas como essas, com arroubos de nostalgia e até um pouco de anacronismo. A linha de toca-discos Technics, da Panasonic, rendeu elogios dos visitantes e da imprensa especializada ao ressuscitar a antiga SL-1200MK2, uma queridinha dos DJs desde os anos 1970. Embora o revival dos vinis seja uma tendência de alguns anos, os aparelhos da Panasonic não haviam aproveitado o aquecimento do mercado dos antigos bolachões, e a fabricante interrompeu a fabricação da vitrola em 2010, gerando reclamações e até petições on-line. Agora, a Panasonic anunciou uma linha limitada, com apenas 1.200 unidades, das antigas Technics para comemorar os 50 anos do toca-discos, e uma nova versão das MK2 batizada de Grand Class 1200G. A empresa diz que os DJs poderão confiar no novo aparelho tanto quanto confiavam nos antigos, conhecidos pela robustez do braço e do motor de tração direta, diferente das vitrolas com cintas, que arrebentavam depois de muito uso. A vantagem de se lançar produtos antigos com tecnologia moderna é poder resolver parte dos pontos fracos de dispositivos consagrados. A Technics não era vista como um aparelho para se ter em casa. Embora a tração direta desse mais estabilidade para agitar um baile noite adentro, o sistema provocava vibrações que eram captadas pela agulha e distorciam o som. A Panasonic diz que a nova versão vai entregar qualidade digna de audiófilos. Resolver um antigo problema para trazer de volta tecnologias desaparecidas, mas detentoras de fiéis admiradores, é também a aposta da Kodak, fabricante de filmes fotográficos que passou por maus bocados na era da fotografia digital. Como as Technics, o filme Super 8 pode ser considerado um quinquagenário, já que a empresa fabrica o formato há quase 50 anos. Para comemorar o marco, lançou na CES um protótipo de câmera de 8 milímetros, que fará parte de uma iniciativa para revitalizar o suporte. Introduzindo recursos digitais na captura e no processo de revelação, a Kodak quer unir o melhor do filme e a conveniência de tecnologias modernas. Houve, no entanto, quem teve de se reinventar. A Polaroid, que ficou conhecida pelas câmeras fotográficas, poderia ser considerada a Apple do século passado. Os filmes de revelação instantânea usados pelas câmeras da empresa introduziram a possibilidade de tirar fotos à maneira como se faz hoje com os smartphones, vendo o resultado na hora. E a preocupação com o design e a experiência do usuário inspiraram Steve Jobs a fazer o mesmo na empresa que fundou. Mas a revitalização do interesse pelos instantâneos não foi suficiente, como no caso dos vinis, para garantir a sobrevivência da empresa diante da força das tecnologias digitais. Quem passa pelo estande da Polaroid logo vê por que ele fica próximo ao de gigantes tecnológicos como Sony e Samsung. Há ali tablets, câmeras digitais e até impressoras 3D. Que imprimem colorido, como os antigos instantâneos. O repórter viajou a convite da Samsung
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Portugal encerra negociações e não consegue vender Novo Banco
As ofertas pelo Novo Banco, que surgiu da parte boa que sobrou do BES (Banco Espírito Santo) após um resgate de € 4,9 bilhões em 2014, foram muito baixas devido a incertezas relativas as exigências de capital, disse o banco central português nesta terça-feira (15). O Banco de Portugal disse em comunicado que as negociações com potenciais compradores foram encerradas e que irá relançar o processo de venda do Novo Banco quando novas exigências de capital estabelecidas pelo Banco Central Europeu forem conhecidas nos próximos meses. "A intenção é continuar o processo de venda após os principais fatores de incerteza forem removidos, e, mais precisamente, após serem conhecidos os níveis de exigência de capital do BCE para a união bancária", disse o banco central português. O Banco de Portugal não chegou a um acordo com o chinês Fosun International e o fundo norte-americano Apollo durante as conversações na semana passada. No início deste mês, negociações com o também chinês Anbang já haviam fracassado. A quebra do BES em agosto 2014 sob o peso de dívidas da família fundadora foi o maior colapso financeiro da história de Portugal. O Novo Banco é o "banco bom" criado a partir BES. Uma fonte próxima ao processo de venda do Novo Banco disse que os bancos insistiram em adiar a venda, porque eles não querem pagar a conta por qualquer diferença entre os lances e o pacote de resgate. Pelos termos do resgate, o Novo Banco deve ser vendido em até dois anos, mas o prazo pode ser prorrogado por períodos de um ano se for considerado de interesse público.
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Portugal encerra negociações e não consegue vender Novo BancoAs ofertas pelo Novo Banco, que surgiu da parte boa que sobrou do BES (Banco Espírito Santo) após um resgate de € 4,9 bilhões em 2014, foram muito baixas devido a incertezas relativas as exigências de capital, disse o banco central português nesta terça-feira (15). O Banco de Portugal disse em comunicado que as negociações com potenciais compradores foram encerradas e que irá relançar o processo de venda do Novo Banco quando novas exigências de capital estabelecidas pelo Banco Central Europeu forem conhecidas nos próximos meses. "A intenção é continuar o processo de venda após os principais fatores de incerteza forem removidos, e, mais precisamente, após serem conhecidos os níveis de exigência de capital do BCE para a união bancária", disse o banco central português. O Banco de Portugal não chegou a um acordo com o chinês Fosun International e o fundo norte-americano Apollo durante as conversações na semana passada. No início deste mês, negociações com o também chinês Anbang já haviam fracassado. A quebra do BES em agosto 2014 sob o peso de dívidas da família fundadora foi o maior colapso financeiro da história de Portugal. O Novo Banco é o "banco bom" criado a partir BES. Uma fonte próxima ao processo de venda do Novo Banco disse que os bancos insistiram em adiar a venda, porque eles não querem pagar a conta por qualquer diferença entre os lances e o pacote de resgate. Pelos termos do resgate, o Novo Banco deve ser vendido em até dois anos, mas o prazo pode ser prorrogado por períodos de um ano se for considerado de interesse público.
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Para leitor, Dilma repetiu "fantasias de campanha" em discurso de posse
Em "Os gêmeos", Ricardo Balthazar está correto quanto ao desânimo em relação à dialética dos discursos de posse. Mas, no próprio artigo dele, notamos diferenças: a presidente ficou no habitual engodo de enaltecer seus (des) feitos e de repetir as "fantasias de campanha" enquanto o governador, apesar de platitudes como "trabalho, trabalho, trabalho", estabelece a meta e a ideologia do Estado "necessário". E contrário ao autoritarismo do Estado, ou seja, ao "paternalismo que sufoca". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Para leitor, Dilma repetiu "fantasias de campanha" em discurso de posseEm "Os gêmeos", Ricardo Balthazar está correto quanto ao desânimo em relação à dialética dos discursos de posse. Mas, no próprio artigo dele, notamos diferenças: a presidente ficou no habitual engodo de enaltecer seus (des) feitos e de repetir as "fantasias de campanha" enquanto o governador, apesar de platitudes como "trabalho, trabalho, trabalho", estabelece a meta e a ideologia do Estado "necessário". E contrário ao autoritarismo do Estado, ou seja, ao "paternalismo que sufoca". * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Ministro via Lava Jato com ceticismo e partidos como 'central de negócios'
O novo ministro da Transparência, Controle e Fiscalização, Torquato Jardim, avaliou que atualmente os partidos políticos no país são "uma central de negócios" e reagiu com ceticismo à possibilidade da Operação Lava Jato trazer mudanças à cultura da corrupção no país. Em entrevista ao jornal "Diário do Povo do Piauí", concedida no final do mês passado e antes de ser convidado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios, o ministro avaliou que não há mais ideologia partidária e que se formou no Congresso Nacional um centrão "para fazer pressão ao governo para conseguir mais cargos". "Partido político hoje é uma central de negócios. Todos têm o mesmo programa. Todos têm o mesmo propósito. Todos querem a mesma coisa, varia o mecanismo de um ou de outro. E outros nem mecanismo têm", disse. As declarações do ministro foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Ministério da Transparência, Controle e Fiscalização. Sobre a Operação Lava Jato, o ministro lembrou que, mesmo após o impeachment de Fernando Collor e após as condenações do mensalão, continuaram a acontecer escândalos de corrupção. "O que mudou com o impeachment de Fernando Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Operação Lava Jato?", questionou. Na entrevista, ele disse ser contra a reeleição para cargos do Poder Executivo e disse ela é um dispositivo que é sinônimo de corrupção. "A reeleição no Brasil é sinônimo de corrupção. Foi um momento triste da história do Brasil. O projeto era para a reeleição apenas do presidente Fernando Henrique Cardoso. Não houve maioria no Congresso Nacional, então se estendeu para governadores e prefeitos", disse. DISCORDÂNCIA Escolhido por Michel Temer na noite de terça-feira (31), o novo ministro também discorda de um dos argumentos centrais da defesa do presidente interino no processo de cassação da chapa presidencial que tramita na Justiça Eleitoral. Em artigo publicado em julho no site de seu escritório de advocacia, o ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 1988 a 1996 defende que caso a presidente afastada Dilma Rousseff tenha seu diploma cassado, o do presidente interino também deverá ser desconstituído, uma vez que, segundo ele, "a eleição do vice-presidente é mera decorrência da eleição do titular". Em linha oposta a de Jardim, o presidente interino tenta separar na Justiça Eleitoral sua conduta da de Dilma para evitar que uma condenação leve à cassação do mandato de ambos. Em representação protocolada em abril, ele afirma que seria cassado por "arrastamento", "sem ter praticado qualquer das condutas" denunciada pelos autores da denúncia. No artigo, o novo ministro também se posiciona favorável à utilização no processo de "prova emprestada", incluindo as referentes à Operação Lava Jato. Em manifestação à Justiça Eleitoral, o peemedebista, contudo, já saiu em defesa das contribuições recebidas pela campanha à reeleição e afirmou que não se pode demonizar doações eleitorais. - "Já se formou um novo centrão no Congresso Nacional com quase 20 partidos e 330 deputados para fazer pressão ao presidente Michel Temer para conseguir mais cargos. E isso que é partido político no Brasil. Um balcão de negócios" Sobre o 'novo centrão' "O que mudou com o impeachment de Fernando Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Operação Lava Jato?" Sobre a Lava Jato "Nós vivemos um país em crise. Não sei qual a esperança que temos. O Brasil vive da ração e não da razão. Qualquer programinha social onde se distribua bônus disso, bônus daquilo, se ganha a eleição" Sobre a crise "Política é dinheiro, inequivocamente. Ninguém ganha mandato no charme da fisionomia ou da voz. Se fosse assim, o cantor Cauby Peixoto teria ganho todas as eleições que quisesse no Rio de Janeiro" Sobre eleições "A reeleição no Brasil é sinônimo de corrupção. Foi um momento triste da história do Brasil. O projeto era para a reeleição apenas do presidente Fernando Henrique Cardoso. Não houve maioria no Congresso Nacional, então se estendeu para governadores e prefeitos" Sobre o instituto da reeleição
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Ministro via Lava Jato com ceticismo e partidos como 'central de negócios'O novo ministro da Transparência, Controle e Fiscalização, Torquato Jardim, avaliou que atualmente os partidos políticos no país são "uma central de negócios" e reagiu com ceticismo à possibilidade da Operação Lava Jato trazer mudanças à cultura da corrupção no país. Em entrevista ao jornal "Diário do Povo do Piauí", concedida no final do mês passado e antes de ser convidado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios, o ministro avaliou que não há mais ideologia partidária e que se formou no Congresso Nacional um centrão "para fazer pressão ao governo para conseguir mais cargos". "Partido político hoje é uma central de negócios. Todos têm o mesmo programa. Todos têm o mesmo propósito. Todos querem a mesma coisa, varia o mecanismo de um ou de outro. E outros nem mecanismo têm", disse. As declarações do ministro foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Ministério da Transparência, Controle e Fiscalização. Sobre a Operação Lava Jato, o ministro lembrou que, mesmo após o impeachment de Fernando Collor e após as condenações do mensalão, continuaram a acontecer escândalos de corrupção. "O que mudou com o impeachment de Fernando Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Operação Lava Jato?", questionou. Na entrevista, ele disse ser contra a reeleição para cargos do Poder Executivo e disse ela é um dispositivo que é sinônimo de corrupção. "A reeleição no Brasil é sinônimo de corrupção. Foi um momento triste da história do Brasil. O projeto era para a reeleição apenas do presidente Fernando Henrique Cardoso. Não houve maioria no Congresso Nacional, então se estendeu para governadores e prefeitos", disse. DISCORDÂNCIA Escolhido por Michel Temer na noite de terça-feira (31), o novo ministro também discorda de um dos argumentos centrais da defesa do presidente interino no processo de cassação da chapa presidencial que tramita na Justiça Eleitoral. Em artigo publicado em julho no site de seu escritório de advocacia, o ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 1988 a 1996 defende que caso a presidente afastada Dilma Rousseff tenha seu diploma cassado, o do presidente interino também deverá ser desconstituído, uma vez que, segundo ele, "a eleição do vice-presidente é mera decorrência da eleição do titular". Em linha oposta a de Jardim, o presidente interino tenta separar na Justiça Eleitoral sua conduta da de Dilma para evitar que uma condenação leve à cassação do mandato de ambos. Em representação protocolada em abril, ele afirma que seria cassado por "arrastamento", "sem ter praticado qualquer das condutas" denunciada pelos autores da denúncia. No artigo, o novo ministro também se posiciona favorável à utilização no processo de "prova emprestada", incluindo as referentes à Operação Lava Jato. Em manifestação à Justiça Eleitoral, o peemedebista, contudo, já saiu em defesa das contribuições recebidas pela campanha à reeleição e afirmou que não se pode demonizar doações eleitorais. - "Já se formou um novo centrão no Congresso Nacional com quase 20 partidos e 330 deputados para fazer pressão ao presidente Michel Temer para conseguir mais cargos. E isso que é partido político no Brasil. Um balcão de negócios" Sobre o 'novo centrão' "O que mudou com o impeachment de Fernando Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Operação Lava Jato?" Sobre a Lava Jato "Nós vivemos um país em crise. Não sei qual a esperança que temos. O Brasil vive da ração e não da razão. Qualquer programinha social onde se distribua bônus disso, bônus daquilo, se ganha a eleição" Sobre a crise "Política é dinheiro, inequivocamente. Ninguém ganha mandato no charme da fisionomia ou da voz. Se fosse assim, o cantor Cauby Peixoto teria ganho todas as eleições que quisesse no Rio de Janeiro" Sobre eleições "A reeleição no Brasil é sinônimo de corrupção. Foi um momento triste da história do Brasil. O projeto era para a reeleição apenas do presidente Fernando Henrique Cardoso. Não houve maioria no Congresso Nacional, então se estendeu para governadores e prefeitos" Sobre o instituto da reeleição
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Renan quer votar PEC que limita gastos federais no início de dezembro
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reuniu líderes da base aliada para definir um calendário para votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece um teto para os gastos públicos. O peemedebista quer votar o texto, que ainda será apreciado em segundo turno pela Câmara, no início de dezembro. Pelo cronograma de Renan, assim que sair da Câmara, a PEC do Teto será encaminhada à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Para agilizar a contagem do prazo, serão realizadas sessões de segunda a sexta-feira. A relatoria da PEC ficará com o PMDB, mas o nome ainda não foi definido. A expectativa é levar o texto a plenário por volta do dia 7 de dezembro. O segundo turno acontece duas sessões depois. Líderes da base ainda conversarão com senadores da oposição para tentar garantir que o calendário será seguido. O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, pretende realizar um jantar na sua casa com a participação da bancada peemedebista e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para esclarecer dúvidas sobre o texto. Antes de seguir para o Senado, a PEC será votada em segundo turno na Câmara, na próxima semana. Pec dos gastos
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Renan quer votar PEC que limita gastos federais no início de dezembroO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reuniu líderes da base aliada para definir um calendário para votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece um teto para os gastos públicos. O peemedebista quer votar o texto, que ainda será apreciado em segundo turno pela Câmara, no início de dezembro. Pelo cronograma de Renan, assim que sair da Câmara, a PEC do Teto será encaminhada à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Para agilizar a contagem do prazo, serão realizadas sessões de segunda a sexta-feira. A relatoria da PEC ficará com o PMDB, mas o nome ainda não foi definido. A expectativa é levar o texto a plenário por volta do dia 7 de dezembro. O segundo turno acontece duas sessões depois. Líderes da base ainda conversarão com senadores da oposição para tentar garantir que o calendário será seguido. O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, pretende realizar um jantar na sua casa com a participação da bancada peemedebista e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para esclarecer dúvidas sobre o texto. Antes de seguir para o Senado, a PEC será votada em segundo turno na Câmara, na próxima semana. Pec dos gastos
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Anti-herói brasileiro vê a sorte virar azar em 'Curumim'
"Isso aqui que estou fazendo é uma loucura. Mas loucura é com a gente mesmo." Quem fala é Marco Archer, brasileiro condenado à morte por tráfico internacional de drogas e fuzilado em 18 de janeiro de 2015 na Indonésia após permanecer 12 anos no corredor da morte. A "loucura" a que ele se refere, no entanto, não é saltar de parapente ou tentar entrar em um país que aplica pena capital a tráfico de drogas com 13,5 kg de cocaína na bagagem. Ele se refere ao ato de filmar clandestinamente seu cotidiano num presídio de segurança máxima na Indonésia. E esta é a base do documentário "Curumim", de Marcos Prado. O diretor de "Paraísos Artificiais" e "Estamira" foi procurado pelo brasileiro preso para que contasse sua história, do céu ao inferno, e alertasse os jovens sobre os perigos das escolhas que fez. "Curumim", apelido de Archer, costura trechos das 70 horas de conversas dele com Prado e três horas de gravações em vídeo com dezenas de cartas endereçadas ao diretor e imagens de arquivo. Remonta a infância no Rio, sob a guarda do pai alcoólatra, "violento como todo cachaceiro", e o acompanha até os dias que antecederam sua execução, encenada de maneira capaz de suscitar dúvidas: eram as cenas reais? Archer, expulso 14 vezes dos colégios por que passou, ainda adolescente subia o morro Dona Marta para comprar maconha para si e cocaína para os colegas. A partir de seus relatos e dos de seus amigos, a exitosa carreira de Archer no tráfico de drogas se revela. Após vender cocaína em Los Angeles, chefiou uma rota de skank, batizada de Lemon Juice, que escoava de Amsterdã para Bali. Seu esquema chegou a contar com mais de 50 mulas (que se arriscavam nos aeroportos levando a droga). Morou na Europa, formou-se chef de cozinha na Suíça e se dedicou a viagens, mulheres e voos de asa-delta. Os registros daquele tempo são cercados de amigos. Talvez por isso seja tão impactante vê-lo no presídio indonésio, entre assassinos e terroristas islâmicos, longe da família e da sua turma, apegado ao companheiro italiano, preso com a cocaína que financiaria o suborno de Curumim às autoridades corruptas do país. A cada cena, fica a vocação do filme para o debate a partir do retrato do arrependimento de um anti-herói que subitamente viu a sua sorte virar azar. CURUMIM DIREÇÃO Marcos Prado PRODUÇÃO Brasil, 2016, 10 anos QUANDO em cartaz
ilustrada
Anti-herói brasileiro vê a sorte virar azar em 'Curumim'"Isso aqui que estou fazendo é uma loucura. Mas loucura é com a gente mesmo." Quem fala é Marco Archer, brasileiro condenado à morte por tráfico internacional de drogas e fuzilado em 18 de janeiro de 2015 na Indonésia após permanecer 12 anos no corredor da morte. A "loucura" a que ele se refere, no entanto, não é saltar de parapente ou tentar entrar em um país que aplica pena capital a tráfico de drogas com 13,5 kg de cocaína na bagagem. Ele se refere ao ato de filmar clandestinamente seu cotidiano num presídio de segurança máxima na Indonésia. E esta é a base do documentário "Curumim", de Marcos Prado. O diretor de "Paraísos Artificiais" e "Estamira" foi procurado pelo brasileiro preso para que contasse sua história, do céu ao inferno, e alertasse os jovens sobre os perigos das escolhas que fez. "Curumim", apelido de Archer, costura trechos das 70 horas de conversas dele com Prado e três horas de gravações em vídeo com dezenas de cartas endereçadas ao diretor e imagens de arquivo. Remonta a infância no Rio, sob a guarda do pai alcoólatra, "violento como todo cachaceiro", e o acompanha até os dias que antecederam sua execução, encenada de maneira capaz de suscitar dúvidas: eram as cenas reais? Archer, expulso 14 vezes dos colégios por que passou, ainda adolescente subia o morro Dona Marta para comprar maconha para si e cocaína para os colegas. A partir de seus relatos e dos de seus amigos, a exitosa carreira de Archer no tráfico de drogas se revela. Após vender cocaína em Los Angeles, chefiou uma rota de skank, batizada de Lemon Juice, que escoava de Amsterdã para Bali. Seu esquema chegou a contar com mais de 50 mulas (que se arriscavam nos aeroportos levando a droga). Morou na Europa, formou-se chef de cozinha na Suíça e se dedicou a viagens, mulheres e voos de asa-delta. Os registros daquele tempo são cercados de amigos. Talvez por isso seja tão impactante vê-lo no presídio indonésio, entre assassinos e terroristas islâmicos, longe da família e da sua turma, apegado ao companheiro italiano, preso com a cocaína que financiaria o suborno de Curumim às autoridades corruptas do país. A cada cena, fica a vocação do filme para o debate a partir do retrato do arrependimento de um anti-herói que subitamente viu a sua sorte virar azar. CURUMIM DIREÇÃO Marcos Prado PRODUÇÃO Brasil, 2016, 10 anos QUANDO em cartaz
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Domingo tem jogo no Pacaembu, evento da Aeronáutica na zona norte e show de Ivete Sangalo
DE SÃO PAULO São Paulo, 9 de outubro de 2016. Domingo. Bom dia para você que viu que aquela pessoa de quem você tinha birra até que não é tão mala assim! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Arerê | Ivete Sangalo faz show no Espaço das Américas para divulgar o seu mais recente trabalho, "Acústico em Trancoso". Além de músicas inéditas como "Seus Planos", "Mais e Mais" e "O Farol", a baiana canta hits de sua carreira. Ingressos custam de R$ 80 a R$ 220. Veja mais aqui. Cerveja para cachorro | Voltada para os donos de cães, a primeira Auktoberfest é inspirada na tradicional cerimônia alemã Oktoberfest. O evento, que ocupa o espaço Mixcelânia, na Vila Madalena das 11h às 19h, na traz atrações para os animais, como cervejas sem álcool e petiscos apropriados para os caninos, e para humanos, como receitas típicas alemãs e cervejas artesanais. Parte da renda será revertida a um projeto de resgate de cães. A entrada é gratuita. Veja mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Dia da Criança | A revista sãopaulo preparou uma edição especial para celebrar o Dia da Criança, que será comemorado na quarta (12). Nela você pode ver sugestões de desenhos, aplicativos e canais de YouTube para os pequenos, e encontrar algumas dicas de espaços de convivência que incentivam as crianças a brincar. Veja o material completo aqui. Mercado | O Itaú comprou a operação de varejo do Citibank no Brasil por R$ 710 milhões. A aquisição foi anunciada na manhã deste sábado (8), após quase 10 meses desde que o Citi informou o plano de se desfazer de suas operações neste segmento no país. O banco americano atende essencialmente clientes de alta renda e tem 315 mil correntistas no país, informou o Itaú. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista pelo Inmet para este domingo é de 23ºC. A mínima deve ficar em 14ºC. A tendência é que o céu fique parcialmente nublado ao longo do dia. Centro | A rua General Jardim, na Vila Buarque, fica interditada das 8h às 21h em razão da realização do evento "Festival Animal", promovido pela Associação Natureza em Forma. Zona oeste | A rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto fica interditada das 10h às 20h deste domingo devido à comemoração do Dia da Unificação Alemã. Zona oeste 2 | O estádio do Pacaembu recebe jogo entre o Flamengo e o Santa Cruz em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Os portões do local serão abertos às 14h30, e o duelo tem início previsto para as 17h. O trânsito pode se intensificar na região. Zona norte | A av. Santos Dumont fica interditada no sentido centro entre as avenidas Braz Leme e General Pedro Leon Schneider, das 7h às 19h, para realização do Domingo Aéreo, evento organizado pelo Comando da Aeronáutica da Base Aérea de São Paulo. CPTM | O tráfego de trens entre as estações Comandante Sampaio e Carapicuíba, da linha 8-diamante da CPTM, fica interrompido das 4h às 16h devido à realização de obras de manutenção. Haverá ônibus disponíveis para que passageiros concluam seus trajetos.
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Domingo tem jogo no Pacaembu, evento da Aeronáutica na zona norte e show de Ivete SangaloDE SÃO PAULO São Paulo, 9 de outubro de 2016. Domingo. Bom dia para você que viu que aquela pessoa de quem você tinha birra até que não é tão mala assim! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Arerê | Ivete Sangalo faz show no Espaço das Américas para divulgar o seu mais recente trabalho, "Acústico em Trancoso". Além de músicas inéditas como "Seus Planos", "Mais e Mais" e "O Farol", a baiana canta hits de sua carreira. Ingressos custam de R$ 80 a R$ 220. Veja mais aqui. Cerveja para cachorro | Voltada para os donos de cães, a primeira Auktoberfest é inspirada na tradicional cerimônia alemã Oktoberfest. O evento, que ocupa o espaço Mixcelânia, na Vila Madalena das 11h às 19h, na traz atrações para os animais, como cervejas sem álcool e petiscos apropriados para os caninos, e para humanos, como receitas típicas alemãs e cervejas artesanais. Parte da renda será revertida a um projeto de resgate de cães. A entrada é gratuita. Veja mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Dia da Criança | A revista sãopaulo preparou uma edição especial para celebrar o Dia da Criança, que será comemorado na quarta (12). Nela você pode ver sugestões de desenhos, aplicativos e canais de YouTube para os pequenos, e encontrar algumas dicas de espaços de convivência que incentivam as crianças a brincar. Veja o material completo aqui. Mercado | O Itaú comprou a operação de varejo do Citibank no Brasil por R$ 710 milhões. A aquisição foi anunciada na manhã deste sábado (8), após quase 10 meses desde que o Citi informou o plano de se desfazer de suas operações neste segmento no país. O banco americano atende essencialmente clientes de alta renda e tem 315 mil correntistas no país, informou o Itaú. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista pelo Inmet para este domingo é de 23ºC. A mínima deve ficar em 14ºC. A tendência é que o céu fique parcialmente nublado ao longo do dia. Centro | A rua General Jardim, na Vila Buarque, fica interditada das 8h às 21h em razão da realização do evento "Festival Animal", promovido pela Associação Natureza em Forma. Zona oeste | A rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto fica interditada das 10h às 20h deste domingo devido à comemoração do Dia da Unificação Alemã. Zona oeste 2 | O estádio do Pacaembu recebe jogo entre o Flamengo e o Santa Cruz em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Os portões do local serão abertos às 14h30, e o duelo tem início previsto para as 17h. O trânsito pode se intensificar na região. Zona norte | A av. Santos Dumont fica interditada no sentido centro entre as avenidas Braz Leme e General Pedro Leon Schneider, das 7h às 19h, para realização do Domingo Aéreo, evento organizado pelo Comando da Aeronáutica da Base Aérea de São Paulo. CPTM | O tráfego de trens entre as estações Comandante Sampaio e Carapicuíba, da linha 8-diamante da CPTM, fica interrompido das 4h às 16h devido à realização de obras de manutenção. Haverá ônibus disponíveis para que passageiros concluam seus trajetos.
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Ecoturismo nos Emirados Árabes com uma ilha transformada em arca de Noé
Uma ilha nos Emirados Árabes, concebida como uma "arca de Noé" para várias espécies de animais, propõe um turismo respeitoso com a natureza, em contraste com os arranha-céus de Dubai. Desde sua abertura há seis anos, a ilha chamada de Sir Bani Yas, oferece safáris entre mar e deserto, em meio a milhares de animais em liberdade. Suas colinas rochosas, rios e dunas formam 87 km2 de vida selvagem para numerosas manadas de oryx, aves do deserto, girafas, cervos e leopardos, introduzidos na ilha para enriquecer a biodiversidade. Também abriga vestígios de um monastério cristão, o mais antigo da era pré-islâmica na região do Golfo. Por iniciativa de Zayed bin Sultan Al Nahyan, fundador dos Emirados Árabes Unidos, a ilha foi transformada em 1971 em uma reserva natural "com a ideia de transformá-la em uma arca de Noé" para espécies ameaçadas de extinção, explicou Maris Prinsloo, diretor de operações da "Tourism Development & Investment Company" (TIDC), promotora do projeto. Com o tempo, o número de animais foi aumentando até chegar a aproximadamente 13.500. Sir Bani Yas conta com 25 espécies de mamíferos e 170 de pássaros. A ilha conta com uma das populações mais importantes do mundo de oryx da Arábia, um animal que desapareceu em estado selvagem nos anos 70 devido a caça e só sobreviveu em cativeiro. As gazelas da montanha e do deserto convivem em Sir Bani Yas com girafas e leopardos. MONASTÉRIO CRISTÃO Dotada de três unidades hoteleiras de capacidade limitada e respeitosas em relação ao meio ambiente, a ilha de Sir Bani Yas soube preservar sua paisagem natural. "Supervisionamos a operação de preservação do meio ambiente diariamente", afirma orgulhoso Prinsloo. Fatima al Mutawa, responsável pelas relações públicas da TIDC, sublinha o "caráter ecológico" de todas as atividades em Sir Bani Yas, onde nas últimas décadas foram plantadas cerca de 2,5 milhões de árvores. Cada visitante deve plantar uma árvore na ilha e "se não o faz, nós mesmo plantamos", disse Mutawa. Segundo ela, os vestígios arquelógicos são outras atrações do lugar. "Começamos as escavações em 1992 e encontramos 36 lugares arqueológicos, como um monastério cristão que data do ano 600 d. C." Esses lugares são um "testemunho das diferentes civilizações que prosperaram na ilha, habitada há mais de 7.500 anos" diz.
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Ecoturismo nos Emirados Árabes com uma ilha transformada em arca de NoéUma ilha nos Emirados Árabes, concebida como uma "arca de Noé" para várias espécies de animais, propõe um turismo respeitoso com a natureza, em contraste com os arranha-céus de Dubai. Desde sua abertura há seis anos, a ilha chamada de Sir Bani Yas, oferece safáris entre mar e deserto, em meio a milhares de animais em liberdade. Suas colinas rochosas, rios e dunas formam 87 km2 de vida selvagem para numerosas manadas de oryx, aves do deserto, girafas, cervos e leopardos, introduzidos na ilha para enriquecer a biodiversidade. Também abriga vestígios de um monastério cristão, o mais antigo da era pré-islâmica na região do Golfo. Por iniciativa de Zayed bin Sultan Al Nahyan, fundador dos Emirados Árabes Unidos, a ilha foi transformada em 1971 em uma reserva natural "com a ideia de transformá-la em uma arca de Noé" para espécies ameaçadas de extinção, explicou Maris Prinsloo, diretor de operações da "Tourism Development & Investment Company" (TIDC), promotora do projeto. Com o tempo, o número de animais foi aumentando até chegar a aproximadamente 13.500. Sir Bani Yas conta com 25 espécies de mamíferos e 170 de pássaros. A ilha conta com uma das populações mais importantes do mundo de oryx da Arábia, um animal que desapareceu em estado selvagem nos anos 70 devido a caça e só sobreviveu em cativeiro. As gazelas da montanha e do deserto convivem em Sir Bani Yas com girafas e leopardos. MONASTÉRIO CRISTÃO Dotada de três unidades hoteleiras de capacidade limitada e respeitosas em relação ao meio ambiente, a ilha de Sir Bani Yas soube preservar sua paisagem natural. "Supervisionamos a operação de preservação do meio ambiente diariamente", afirma orgulhoso Prinsloo. Fatima al Mutawa, responsável pelas relações públicas da TIDC, sublinha o "caráter ecológico" de todas as atividades em Sir Bani Yas, onde nas últimas décadas foram plantadas cerca de 2,5 milhões de árvores. Cada visitante deve plantar uma árvore na ilha e "se não o faz, nós mesmo plantamos", disse Mutawa. Segundo ela, os vestígios arquelógicos são outras atrações do lugar. "Começamos as escavações em 1992 e encontramos 36 lugares arqueológicos, como um monastério cristão que data do ano 600 d. C." Esses lugares são um "testemunho das diferentes civilizações que prosperaram na ilha, habitada há mais de 7.500 anos" diz.
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Tiroteio entre bandidos e PM deixa feridos e um morto perto do Jockey
Um tiroteio deixou um suspeito morto e ao menos outras três pessoas feridas na tarde desta terça-feira (17) na região do Jardim Everest, próximo ao Jockey Club, na zona oeste de São Paulo. Entre os feridos estão um PM, um suspeito e uma vítima de bala perdida. O confronto teve início por volta das 15h40, na avenida Lineu de Paula Machado, onde a polícia fazia uma blitz. De acordo com informações da PM, um Corolla e uma Saveiro furaram o bloqueio e passaram atirando contra os policiais, que revidaram. Um PM foi atropelado quando os bandidos passavam pela blitz e foi socorrido em estado grave para Hospital Metropolitano. Depois de um primeiro atendimento, ele foi transferido para o Hospital das Clínicas. Segundo a PM, seis bandidos estavam nos dois veículos e tentaram fugir após abandonarem os veículos no local. Um grupo roubou um Fiat Palio próximo ao número 900 da avenida e fugiu, abandonado o carro em seguida. Outros suspeitos fugiram para o interior do Jockey Club, onde houve nova trocou de tiros com policiais da Rocam (PMs com motos). Um bandido foi baleado e morto no interior do Jockey, segundo a polícia. Um outro foi baleado do lado de fora do estabelecimento e socorrido ao Hospital Metropolitano. Um terceiro criminoso foi detido sem ferimentos. Os outros três ainda estão sendo procurados. A rádio Antena 1, que funciona perto ao local do tiroteio, afirmou que um dos disparos atingiu uma vidraça e feriu um operador de 24 anos na mão. O rapaz foi levado por outros funcionários ao Hospital São Luís. A PM afirmou que ele foi ferido na mão pelo tiro e na cabeça por estilhaços, mas passa bem. A polícia afirmou ainda não saber porque o grupo furou o bloqueio. Um fuzil, que estaria com eles, foi apreendido. Na mesma região, houve uma outra perseguição policial que terminou com duas pessoas mortas no final do mês passado. Entre os mortos está o motorista de um carro, que teria sido abordado pelos criminosos durante a fuga e um suspeito. Um outro motorista também ficou ferido.
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Tiroteio entre bandidos e PM deixa feridos e um morto perto do JockeyUm tiroteio deixou um suspeito morto e ao menos outras três pessoas feridas na tarde desta terça-feira (17) na região do Jardim Everest, próximo ao Jockey Club, na zona oeste de São Paulo. Entre os feridos estão um PM, um suspeito e uma vítima de bala perdida. O confronto teve início por volta das 15h40, na avenida Lineu de Paula Machado, onde a polícia fazia uma blitz. De acordo com informações da PM, um Corolla e uma Saveiro furaram o bloqueio e passaram atirando contra os policiais, que revidaram. Um PM foi atropelado quando os bandidos passavam pela blitz e foi socorrido em estado grave para Hospital Metropolitano. Depois de um primeiro atendimento, ele foi transferido para o Hospital das Clínicas. Segundo a PM, seis bandidos estavam nos dois veículos e tentaram fugir após abandonarem os veículos no local. Um grupo roubou um Fiat Palio próximo ao número 900 da avenida e fugiu, abandonado o carro em seguida. Outros suspeitos fugiram para o interior do Jockey Club, onde houve nova trocou de tiros com policiais da Rocam (PMs com motos). Um bandido foi baleado e morto no interior do Jockey, segundo a polícia. Um outro foi baleado do lado de fora do estabelecimento e socorrido ao Hospital Metropolitano. Um terceiro criminoso foi detido sem ferimentos. Os outros três ainda estão sendo procurados. A rádio Antena 1, que funciona perto ao local do tiroteio, afirmou que um dos disparos atingiu uma vidraça e feriu um operador de 24 anos na mão. O rapaz foi levado por outros funcionários ao Hospital São Luís. A PM afirmou que ele foi ferido na mão pelo tiro e na cabeça por estilhaços, mas passa bem. A polícia afirmou ainda não saber porque o grupo furou o bloqueio. Um fuzil, que estaria com eles, foi apreendido. Na mesma região, houve uma outra perseguição policial que terminou com duas pessoas mortas no final do mês passado. Entre os mortos está o motorista de um carro, que teria sido abordado pelos criminosos durante a fuga e um suspeito. Um outro motorista também ficou ferido.
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Homem de 19 anos é indiciado por pornografia de vingança nos EUA
Um homem de 19 anos acusado de posar como agente de modelos para enganar e extorquir meninas menores de idade para que lhe enviassem fotos nuas foi indiciado nesta sexta-feira (21), com mais de 150 acusações criminais, no que os promotores chamaram de um caso de pornografia de vingança. Cesar Mauricio Estrada-Davila é acusado de perseguir 21 garotas entre 12 e 17 anos de idade entre janeiro e abril deste ano, disse o vice-procurador do distrito de Los Angeles, Jon Hatami, em um comunicado escrito. Hatami disse que Estrada-Davila fazia amizade com suas vítimas em uma rede social, dizendo a elas que era um agente de modelos que poderia torná-las famosas e pedia fotos das meninas em trajes íntimos. Após conseguir as imagens, segundo Hatami, Estrada-Davila ameaçava mostrar as fotos aos amigos e membros da família das garotas se não enviassem a ele fotos mais explícitas. As autoridades ficaram sabendo do esquema e começaram as investigações que duraram vários meses, após uma das vítimas contar aos pais o que estava acontecendo, disse Hatami. Estrada-Davila enfrenta a possível sentença de passar a vida na prisão se for condenado no julgamento com todas as acusações contra ele, o que inclui posse de pornografia infantil, contato com menores de idade para assédio sexual e atos obscenos contra crianças.
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Homem de 19 anos é indiciado por pornografia de vingança nos EUAUm homem de 19 anos acusado de posar como agente de modelos para enganar e extorquir meninas menores de idade para que lhe enviassem fotos nuas foi indiciado nesta sexta-feira (21), com mais de 150 acusações criminais, no que os promotores chamaram de um caso de pornografia de vingança. Cesar Mauricio Estrada-Davila é acusado de perseguir 21 garotas entre 12 e 17 anos de idade entre janeiro e abril deste ano, disse o vice-procurador do distrito de Los Angeles, Jon Hatami, em um comunicado escrito. Hatami disse que Estrada-Davila fazia amizade com suas vítimas em uma rede social, dizendo a elas que era um agente de modelos que poderia torná-las famosas e pedia fotos das meninas em trajes íntimos. Após conseguir as imagens, segundo Hatami, Estrada-Davila ameaçava mostrar as fotos aos amigos e membros da família das garotas se não enviassem a ele fotos mais explícitas. As autoridades ficaram sabendo do esquema e começaram as investigações que duraram vários meses, após uma das vítimas contar aos pais o que estava acontecendo, disse Hatami. Estrada-Davila enfrenta a possível sentença de passar a vida na prisão se for condenado no julgamento com todas as acusações contra ele, o que inclui posse de pornografia infantil, contato com menores de idade para assédio sexual e atos obscenos contra crianças.
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'Vida do nascituro deve prevalecer sobre desejo da gestante', diz Temer
"A vida do nascituro deve prevalecer sobre os desejos das gestantes". É esse o posicionamento do governo Michel Temer sobre uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) que pede ampliação da legalidade do aborto. No documento, divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo" no último domingo, o governo diz que a atual legislação sobre aborto é adequada. "O ordenamento jurídico brasileiro já tem dado um devido e adequado tratamento para essa delicada questão individual", diz um trecho. A legislação brasileira só permite o aborto em caso de gravidez resultante de estupro, risco de morte da gestante e de feto com anencefalia. A manifestação do governo foi enviada à AGU (Advocacia-Geral da União) e deverá embasar o posicionamento oficial do órgão a ser encaminhado até a próxima terça-feira à ministra Rosa Weber, relatora do STF de ação de autoria do PSOL e do Instituto Anis. A ação pede que o aborto deixe de ser considerado crime até a 12ª semana de gestação, em qualquer situação. Solicita ainda "o reconhecimento do direito das mulheres de interromper a gestação e dos profissionais de saúde de realizar o procedimento" e a "suspensão das prisões em flagrante, inquéritos policiais e andamento de processos ou efeitos de decisões judiciais" relacionados a abortos realizados nas primeiras 12 semanas de gravidez. O Planalto argumenta que qualquer alteração na lei sobre aborto é competência do Congresso Nacional e que os parlamentares têm se manifestado em defesa dos nascituros. "Entre o sacrifício da existência de um nascituro e o sacrifício dos desejos (ou interesses ou vontades) da gestante, a opção que melhor atende à moralidade social e a ética política, é aquela que preserva a expectativa de nascer do feto (ou de existir do nascituro) em desfavor dos interesses da mulher, salvo nas hipóteses normativas já enunciadas." Vale lembrar que a AGU tem a obrigação legal de defender as leis vigentes independentemente de seu conteúdo e do que pensa o presidente da República. Como o promotor sempre acusa por ofício, a AGU sempre defende o status quo das leis federais por ofício. Por exemplo, sob o comando do ex-presidente Lula, a CGU defendeu a Lei da Anistia, contra as convicções pessoais da cúpula petista do governo, seguindo a mesma regra. De qualquer forma, a bancada religiosa no Congresso está mobilizada para fazer com que o STF rejeite o pedido do PSOL e do Instituto Anis e tem reiterado que possui apoio do presidente Michel Temer. O tema tem aparecido com frequência no STF. Em novembro passado, a Primeira Turma do STF (formada por 11 ministros) julgou um pedido de habeas corpus de cinco pessoas detidas em clínica clandestina de aborto no Rio e acabou liberando os acusados. Entre os argumentos, estava a inconstitucionalidade da aplicação dos artigos do Código Penal que criminalizam o aborto nos três primeiros meses de gestação. No entendimento dos ministros, "a criminalização do aborto nesse período gestacional viola os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, assim como o direito à autonomia de fazer suas escolhas e à integridade física e psíquica." O aborto também é tema de uma ADI (ação direta de inconstitucionalidade), na qual a Associação Nacional de Defensores Públicos pede que o aborto seja considerado legal nos casos de microcefalia do feto, provocada pela infecção pelo vírus da zika. Ainda não há prazo para julgamento. É uma pena que questões morais e religiosas continuem pautando o debate sobre o aborto no Brasil, quando, na verdade, esse é um assunto de saúde pública. A criminalização obriga a gestante, especialmente a pobre e com pouca instrução, a recorrer a procedimentos clandestinos e arriscados, que podem levá-la á morte. A estimativa é que mais de 500 mil mulheres tenham praticado aborto no Brasil em 2015, um procedimento abortivo por minuto, segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, estudo feito pelo Instituto Anis e divulgado em dezembro do ano passado.
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'Vida do nascituro deve prevalecer sobre desejo da gestante', diz Temer"A vida do nascituro deve prevalecer sobre os desejos das gestantes". É esse o posicionamento do governo Michel Temer sobre uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) que pede ampliação da legalidade do aborto. No documento, divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo" no último domingo, o governo diz que a atual legislação sobre aborto é adequada. "O ordenamento jurídico brasileiro já tem dado um devido e adequado tratamento para essa delicada questão individual", diz um trecho. A legislação brasileira só permite o aborto em caso de gravidez resultante de estupro, risco de morte da gestante e de feto com anencefalia. A manifestação do governo foi enviada à AGU (Advocacia-Geral da União) e deverá embasar o posicionamento oficial do órgão a ser encaminhado até a próxima terça-feira à ministra Rosa Weber, relatora do STF de ação de autoria do PSOL e do Instituto Anis. A ação pede que o aborto deixe de ser considerado crime até a 12ª semana de gestação, em qualquer situação. Solicita ainda "o reconhecimento do direito das mulheres de interromper a gestação e dos profissionais de saúde de realizar o procedimento" e a "suspensão das prisões em flagrante, inquéritos policiais e andamento de processos ou efeitos de decisões judiciais" relacionados a abortos realizados nas primeiras 12 semanas de gravidez. O Planalto argumenta que qualquer alteração na lei sobre aborto é competência do Congresso Nacional e que os parlamentares têm se manifestado em defesa dos nascituros. "Entre o sacrifício da existência de um nascituro e o sacrifício dos desejos (ou interesses ou vontades) da gestante, a opção que melhor atende à moralidade social e a ética política, é aquela que preserva a expectativa de nascer do feto (ou de existir do nascituro) em desfavor dos interesses da mulher, salvo nas hipóteses normativas já enunciadas." Vale lembrar que a AGU tem a obrigação legal de defender as leis vigentes independentemente de seu conteúdo e do que pensa o presidente da República. Como o promotor sempre acusa por ofício, a AGU sempre defende o status quo das leis federais por ofício. Por exemplo, sob o comando do ex-presidente Lula, a CGU defendeu a Lei da Anistia, contra as convicções pessoais da cúpula petista do governo, seguindo a mesma regra. De qualquer forma, a bancada religiosa no Congresso está mobilizada para fazer com que o STF rejeite o pedido do PSOL e do Instituto Anis e tem reiterado que possui apoio do presidente Michel Temer. O tema tem aparecido com frequência no STF. Em novembro passado, a Primeira Turma do STF (formada por 11 ministros) julgou um pedido de habeas corpus de cinco pessoas detidas em clínica clandestina de aborto no Rio e acabou liberando os acusados. Entre os argumentos, estava a inconstitucionalidade da aplicação dos artigos do Código Penal que criminalizam o aborto nos três primeiros meses de gestação. No entendimento dos ministros, "a criminalização do aborto nesse período gestacional viola os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, assim como o direito à autonomia de fazer suas escolhas e à integridade física e psíquica." O aborto também é tema de uma ADI (ação direta de inconstitucionalidade), na qual a Associação Nacional de Defensores Públicos pede que o aborto seja considerado legal nos casos de microcefalia do feto, provocada pela infecção pelo vírus da zika. Ainda não há prazo para julgamento. É uma pena que questões morais e religiosas continuem pautando o debate sobre o aborto no Brasil, quando, na verdade, esse é um assunto de saúde pública. A criminalização obriga a gestante, especialmente a pobre e com pouca instrução, a recorrer a procedimentos clandestinos e arriscados, que podem levá-la á morte. A estimativa é que mais de 500 mil mulheres tenham praticado aborto no Brasil em 2015, um procedimento abortivo por minuto, segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, estudo feito pelo Instituto Anis e divulgado em dezembro do ano passado.
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Autor citado em parecer da reforma política diz que distritão é 'desnecessário'
Um dos teóricos citados pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da reforma política na Câmara dos Deputados, para embasar o relatório, o cientista político de Curitiba (PR) Márcio Carlomagno afirma que o distritão é "desnecessário" e seria apenas uma forma de concentrar recursos nas mãos de poucos políticos. Segundo ele, no novo modelo que vem sendo discutido na Câmara, partidos tenderiam a lançar menos candidatos –apenas os mais competitivos, com grande potencial de voto. Com isso, os recursos do fundo de R$ 3,6 bilhões, que também entrou no pacote, ficariam em poucas mãos. "É importante compreender os motivos dessa movimentação", aponta. Na tese citada pelo relator, apresentada para o doutorado na UFPR (Universidade Federal do Paraná), Carlomagno aponta que não há muita diferença entre o sistema atual e o distritão. Segundo ele, entre 88% e 92% dos eleitos são, também, os mais votados. O sr. foi citado no relatório da reforma política. O que diz sua tese? Analisei o efeito dos puxadores de voto. Descobri que em 2014, dos 513 deputados eleitos, apenas 45 não foram também os mais votados em seus respectivos Estados. Depois, analisei outros pleitos recentes e, em todos os anos, varia entre apenas 8% e 12% o número de eleitos que não eram os mais votados. Isso nos diz que o sistema brasileiro já contempla que os mais votados sejam os eleitos. Na opinião pública se criou uma noção de que a vontade do eleitor estaria sendo distorcida pelo sistema eleitoral atual. Mas, em termo dos mais votados, a vontade do eleitor já é suprida. O que o sr. acha sobre a aprovação do distritão? Deputados podem querer aprovar o distritão, talvez, porque percebem que nesse sistema eles irão continuar se elegendo, sem necessidade de competir com tantos outros candidatos inexpressivos. Hoje os partidos podem lançar muitas vagas. Em SP, que tem 70 vagas, cada partido pode lançar 140 candidatos. Isso acaba gerando um ruído para o eleitor na hora de decidir o voto. O que pode acontecer com a aprovação do modelo é que os partidos tendam a lançar menos candidatos. E isso é bom? É ruim e é bom. O lado ruim é que dá menos opções. O lado bom é que com menos candidatos, existe um ganho informacional do eleitor na decisão do voto. Hoje se tem uma oferta muito grande, o eleitor não consegue se informar por completo. Hoje também o valor de competição eleitoral é mascarado, muitos candidatos não são candidatos, estão às vezes para cumprir cota. Alguns nem sequer fazem campanha. Com o distritão, apenas competitivos iriam concorrer. Mas, muito importante, isso favorece os nomes que já estão no mundo político. A renovação não será afetada? Não necessariamente irá diminuir a renovação das casas legislativas. Porque há muito tempo a renovação é fictícia, é de circulação dos políticos. A composição da Câmara muda, mas os novos deputados são ex-ocupantes do cargo, ou ex-senadores, ex-governadores. A renovação de hoje já é entre a própria classe política. O distritão será benéfico para o sistema eleitoral? O distritão não corrige o sistema como é hoje e fortalece campanhas personalistas, focadas nos indivíduos, e também tende a encarecer as campanhas. Porque uma vez que o deputado terá que fazer mais votos para se eleger, ele terá que ter campanha mais dispersa. O que acha do fundo partidário de R$ 3,6 bilhões que foi atrelado à reforma política? Eu entendo a polêmica do fundo, mas se olhar o valor total e o número de eleitores, dá uma contribuição de R$ 30 por eleitor. Mais polêmico que o fundo são os critérios de distribuição do dinheiro. Como foi proibida a doação empresarial, de alguma forma tem que sair dinheiro pra campanha. A menos que todos queiram fechar o olho para o caixa 2, me parece que terá que sair do fundo público. Mas a questão é que os critérios na proposta atual tendem a favorecer o PMDB, que no geral acaba ganhando mais que os outros por causa da composição da Câmara e do Senado [que impactam a distribuição]. O que acha de ter sua tese associada ao distritão? O distritão é basicamente desnecessário. Acredito que o fundo partidário e o distritão estão sendo tratados de forma separadas, mas têm que ser pensados de forma conjunta. Até 2014, candidatos recebiam dinheiro das empresas. A partir do ano que vem, o dinheiro deve vir em parte do fundo público para os partidos, que irão redistribuir entre os candidatos. O distritão está associado à necessidade de a classe política ter menos candidatos para distribuir o dinheiro. Em SP, uma coisa é distribuir a grana para 140 candidatos. O dinheiro é escasso e a classe política não quer ter que distribuir entre candidatos que não são competitivos. O mais importante é compreender os efeitos e os motivos dessas movimentações.
poder
Autor citado em parecer da reforma política diz que distritão é 'desnecessário'Um dos teóricos citados pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da reforma política na Câmara dos Deputados, para embasar o relatório, o cientista político de Curitiba (PR) Márcio Carlomagno afirma que o distritão é "desnecessário" e seria apenas uma forma de concentrar recursos nas mãos de poucos políticos. Segundo ele, no novo modelo que vem sendo discutido na Câmara, partidos tenderiam a lançar menos candidatos –apenas os mais competitivos, com grande potencial de voto. Com isso, os recursos do fundo de R$ 3,6 bilhões, que também entrou no pacote, ficariam em poucas mãos. "É importante compreender os motivos dessa movimentação", aponta. Na tese citada pelo relator, apresentada para o doutorado na UFPR (Universidade Federal do Paraná), Carlomagno aponta que não há muita diferença entre o sistema atual e o distritão. Segundo ele, entre 88% e 92% dos eleitos são, também, os mais votados. O sr. foi citado no relatório da reforma política. O que diz sua tese? Analisei o efeito dos puxadores de voto. Descobri que em 2014, dos 513 deputados eleitos, apenas 45 não foram também os mais votados em seus respectivos Estados. Depois, analisei outros pleitos recentes e, em todos os anos, varia entre apenas 8% e 12% o número de eleitos que não eram os mais votados. Isso nos diz que o sistema brasileiro já contempla que os mais votados sejam os eleitos. Na opinião pública se criou uma noção de que a vontade do eleitor estaria sendo distorcida pelo sistema eleitoral atual. Mas, em termo dos mais votados, a vontade do eleitor já é suprida. O que o sr. acha sobre a aprovação do distritão? Deputados podem querer aprovar o distritão, talvez, porque percebem que nesse sistema eles irão continuar se elegendo, sem necessidade de competir com tantos outros candidatos inexpressivos. Hoje os partidos podem lançar muitas vagas. Em SP, que tem 70 vagas, cada partido pode lançar 140 candidatos. Isso acaba gerando um ruído para o eleitor na hora de decidir o voto. O que pode acontecer com a aprovação do modelo é que os partidos tendam a lançar menos candidatos. E isso é bom? É ruim e é bom. O lado ruim é que dá menos opções. O lado bom é que com menos candidatos, existe um ganho informacional do eleitor na decisão do voto. Hoje se tem uma oferta muito grande, o eleitor não consegue se informar por completo. Hoje também o valor de competição eleitoral é mascarado, muitos candidatos não são candidatos, estão às vezes para cumprir cota. Alguns nem sequer fazem campanha. Com o distritão, apenas competitivos iriam concorrer. Mas, muito importante, isso favorece os nomes que já estão no mundo político. A renovação não será afetada? Não necessariamente irá diminuir a renovação das casas legislativas. Porque há muito tempo a renovação é fictícia, é de circulação dos políticos. A composição da Câmara muda, mas os novos deputados são ex-ocupantes do cargo, ou ex-senadores, ex-governadores. A renovação de hoje já é entre a própria classe política. O distritão será benéfico para o sistema eleitoral? O distritão não corrige o sistema como é hoje e fortalece campanhas personalistas, focadas nos indivíduos, e também tende a encarecer as campanhas. Porque uma vez que o deputado terá que fazer mais votos para se eleger, ele terá que ter campanha mais dispersa. O que acha do fundo partidário de R$ 3,6 bilhões que foi atrelado à reforma política? Eu entendo a polêmica do fundo, mas se olhar o valor total e o número de eleitores, dá uma contribuição de R$ 30 por eleitor. Mais polêmico que o fundo são os critérios de distribuição do dinheiro. Como foi proibida a doação empresarial, de alguma forma tem que sair dinheiro pra campanha. A menos que todos queiram fechar o olho para o caixa 2, me parece que terá que sair do fundo público. Mas a questão é que os critérios na proposta atual tendem a favorecer o PMDB, que no geral acaba ganhando mais que os outros por causa da composição da Câmara e do Senado [que impactam a distribuição]. O que acha de ter sua tese associada ao distritão? O distritão é basicamente desnecessário. Acredito que o fundo partidário e o distritão estão sendo tratados de forma separadas, mas têm que ser pensados de forma conjunta. Até 2014, candidatos recebiam dinheiro das empresas. A partir do ano que vem, o dinheiro deve vir em parte do fundo público para os partidos, que irão redistribuir entre os candidatos. O distritão está associado à necessidade de a classe política ter menos candidatos para distribuir o dinheiro. Em SP, uma coisa é distribuir a grana para 140 candidatos. O dinheiro é escasso e a classe política não quer ter que distribuir entre candidatos que não são competitivos. O mais importante é compreender os efeitos e os motivos dessas movimentações.
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Um dia após acidente, casa onde caiu monomotor vira ponto turístico
Um dia após o acidente que matou o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, e outras seis pessoas, a casa do bairro Jardim São Bento, onde caiu o avião, se tornou uma espécie de ponto turístico. Chamam a atenção dos curiosos os carros queimados e o estado da casa: chamuscada (assim como o portão do vizinho e a rua em frente) e com um buraco enorme na parede por causa do impacto provocado pelo monomotor. Na tarde deste domingo (20), a família retirava do imóvel roupas e pertences. A dona de casa Astrid Piaggi, 76, mora há 50 anos em uma casa vizinha ao sobrado atingido. Ela diz que lavava louça na hora do impacto. "Quando vi a fumaça, comecei a gritar. Era a casa da Márcia [Carrara]". Ela conta que seu genro ajudou a família de Márcia a sair do local. "A rua toda pegou fogo", relata. Um dia depois do acidente ainda era possível sentir um forte cheiro de queimado nas proximidades do local. Astrid diz não se sentir preocupada por morar perto do aeroporto Campo de Marte. "Esse é só o segundo acidente que vejo." O engenheiro Francisco Sapienza, 72, também vizinho, diz que a melhor opção é deixar o aeroporto ali mesmo. "Nós chegamos depois dele. Antes era tudo mato." "Dessa vez o piloto errou, não tinha por que virar pra cá –só se ele tentou não cair em cima de algumas casas mais lá pra baixo." Ele continua: "Se sumir esse Campo (de Marte) daí, pode aparecer coisa pior –o prefeito vive inventando..." O alto número de veículos causou congestionamento na estreita rua Frei Machado. Curiosos de todas as idades visitavam e fotografavam o local. A comerciante e moradora de Santana (bairro vizinho, na zona Norte) Virgínia Conceição, 50, lamenta: "É um lugar tão calmo e bonito... Imagina só, de repente cai um avião e você não tem mais nada."
cotidiano
Um dia após acidente, casa onde caiu monomotor vira ponto turísticoUm dia após o acidente que matou o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, e outras seis pessoas, a casa do bairro Jardim São Bento, onde caiu o avião, se tornou uma espécie de ponto turístico. Chamam a atenção dos curiosos os carros queimados e o estado da casa: chamuscada (assim como o portão do vizinho e a rua em frente) e com um buraco enorme na parede por causa do impacto provocado pelo monomotor. Na tarde deste domingo (20), a família retirava do imóvel roupas e pertences. A dona de casa Astrid Piaggi, 76, mora há 50 anos em uma casa vizinha ao sobrado atingido. Ela diz que lavava louça na hora do impacto. "Quando vi a fumaça, comecei a gritar. Era a casa da Márcia [Carrara]". Ela conta que seu genro ajudou a família de Márcia a sair do local. "A rua toda pegou fogo", relata. Um dia depois do acidente ainda era possível sentir um forte cheiro de queimado nas proximidades do local. Astrid diz não se sentir preocupada por morar perto do aeroporto Campo de Marte. "Esse é só o segundo acidente que vejo." O engenheiro Francisco Sapienza, 72, também vizinho, diz que a melhor opção é deixar o aeroporto ali mesmo. "Nós chegamos depois dele. Antes era tudo mato." "Dessa vez o piloto errou, não tinha por que virar pra cá –só se ele tentou não cair em cima de algumas casas mais lá pra baixo." Ele continua: "Se sumir esse Campo (de Marte) daí, pode aparecer coisa pior –o prefeito vive inventando..." O alto número de veículos causou congestionamento na estreita rua Frei Machado. Curiosos de todas as idades visitavam e fotografavam o local. A comerciante e moradora de Santana (bairro vizinho, na zona Norte) Virgínia Conceição, 50, lamenta: "É um lugar tão calmo e bonito... Imagina só, de repente cai um avião e você não tem mais nada."
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Em conselho da ONU, China é criticada por piora em direitos humanos
Doze países, liderados pelos Estados Unidos, criticaram "a deterioração dos direitos humanos" na China em uma declaração lida durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta quinta-feira (10). O embaixador americano Keith Harper cobrou que o governo de Pequim libere ativistas detidos no país, sejam chineses ou estrangeiros. E afirmou que as frequentes transmissões, pela televisão, de supostas confissões de detidos por crimes diversos, antes mesmo de processos judiciais, violam convenções internacionais e as próprias leis chinesas. O raro posicionamento foi apresentado em conjunto com Austrália, Japão e nove países europeus. Especialistas apontam maior cerco às manifestações individuais e pressão sobre a sociedade civil após a chegada ao poder do presidente Xi Jinping, em 2013. A China tem sido criticada pela prisão de cerca de 200 advogados ligados a questões de direitos humanos, em 2015, e a uma maior censura nas redes sociais e jornais. Sophie Richardson, diretora da Human Rights Watch para a China, comemorou as críticas à China. "A declaração mostra que, enquanto o presidente Xi Jinping pensa que ele pode erradicar diferenças de opinião em casa, o mundo apoia os defensores em combate pelos direitos humanos na China", disse em nota divulgada pela entidade. REAÇÃO FIRME CHINESA A delegação chinesa no conselho reagiu de maneira firme à fala do embaixador americano. "Os Estados Unidos são um país notório por prisões abusivas em Guantánamo, sua violência por armas é desenfreada, o racismo é um mal enraizado", afirmou ao conselho o diplomata Fu Cong. "Os Estados Unidos conduzem escutas clandestinas em larga escala, usam drones para atacar civis inocentes em ouutros países, suas tropas cometem estupros e assassinatos de locais em terra estrangeira. E promovem sequestros no exterior e utilizam prisões clandestinas." Em outro episódio, a delegação chinesa escreveu para diplomatas e integrantes da ONU recomendando que eles não compareçam a um evento marcado para esta sexta (11), em Genebra, onde falará o Dalai Lama, acusado pelo governo chinês de separatismo. A carta foi escrita na terça (8), dia em que o evento, patrocinado pelos Estados Unidos e o Canadá, foi anunciado.
mundo
Em conselho da ONU, China é criticada por piora em direitos humanosDoze países, liderados pelos Estados Unidos, criticaram "a deterioração dos direitos humanos" na China em uma declaração lida durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta quinta-feira (10). O embaixador americano Keith Harper cobrou que o governo de Pequim libere ativistas detidos no país, sejam chineses ou estrangeiros. E afirmou que as frequentes transmissões, pela televisão, de supostas confissões de detidos por crimes diversos, antes mesmo de processos judiciais, violam convenções internacionais e as próprias leis chinesas. O raro posicionamento foi apresentado em conjunto com Austrália, Japão e nove países europeus. Especialistas apontam maior cerco às manifestações individuais e pressão sobre a sociedade civil após a chegada ao poder do presidente Xi Jinping, em 2013. A China tem sido criticada pela prisão de cerca de 200 advogados ligados a questões de direitos humanos, em 2015, e a uma maior censura nas redes sociais e jornais. Sophie Richardson, diretora da Human Rights Watch para a China, comemorou as críticas à China. "A declaração mostra que, enquanto o presidente Xi Jinping pensa que ele pode erradicar diferenças de opinião em casa, o mundo apoia os defensores em combate pelos direitos humanos na China", disse em nota divulgada pela entidade. REAÇÃO FIRME CHINESA A delegação chinesa no conselho reagiu de maneira firme à fala do embaixador americano. "Os Estados Unidos são um país notório por prisões abusivas em Guantánamo, sua violência por armas é desenfreada, o racismo é um mal enraizado", afirmou ao conselho o diplomata Fu Cong. "Os Estados Unidos conduzem escutas clandestinas em larga escala, usam drones para atacar civis inocentes em ouutros países, suas tropas cometem estupros e assassinatos de locais em terra estrangeira. E promovem sequestros no exterior e utilizam prisões clandestinas." Em outro episódio, a delegação chinesa escreveu para diplomatas e integrantes da ONU recomendando que eles não compareçam a um evento marcado para esta sexta (11), em Genebra, onde falará o Dalai Lama, acusado pelo governo chinês de separatismo. A carta foi escrita na terça (8), dia em que o evento, patrocinado pelos Estados Unidos e o Canadá, foi anunciado.
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Suposto operador de Pimentel, Bené vai entregar avião em que foi preso
Apontado como operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto vai entregar o avião em que foi detido pela Polícia Federal em outubro de 2014. Bené, como é conhecido, está preso desde 15 de abril, em consequência da Operação Acrônimo, que apura suspeitas de ilegalidades na campanha de Pimentel. Após a primeira detenção, dois anos atrás, ele já ganhou a liberdade e voltou para a cadeia novamente duas vezes. O compromisso de cessão da aeronave –avaliada em cerca de R$ 4 milhões– é parte do acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal e homologado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Em contrapartida, depois de contar o que sabe, Bené deixará a carceragem no próximo dia 14 e cumprirá o restante da pena em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica. Após um ano de prisão domiciliar, ele poderá trabalhar durante a semana. Em seus depoimentos, Bené disse aos investigadores que o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, contribuiu com R$ 1 milhão para o caixa 2 da campanha de 2014 de Fernando Pimentel. O caso, revelado pelo site da revista "Época", foi confirmado pela Folha. O dinheiro teria sido repassado a empresas credoras da campanha do petista por intermédio de uma firma que prestava serviços na Olimpíada do Conhecimento, evento vinculado ao Sistema S. Bené e outras duas pessoas que trabalhavam com Pimentel foram surpreendidas pela PF no aeroporto de Brasília, em plena corrida eleitoral de 2014, com cerca de R$ 115 mil em dinheiro vivo. Eles estavam no avião do qual Bené terá de abrir mão. O episódio deu a partida para as investigações que culminaram na Acrônimo. Em consequência dela, o governador de Minas foi denunciado ao STJ pela Procuradoria-Geral da República. OUTRO LADO Responsável pela defesa de Bené, Roberto Pagliuso não quis se pronunciar. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli condenou o vazamento de informações sigilosas e afirmou que as acusações contra seu cliente são falsas. Segundo ele, as notícias a esse respeito denotam "o desespero de quem está disposto a alimentar o imaginário acusatório e a deliberada tentativa de antecipação de condenação pública de quem é investigado". "O delator se reporta a fatos de sua exclusiva autoria, mas tentando transferir a responsabilidade a terceiros", complementa Pacelli. Procurada, a assessoria de imprensa da CNI informou que não vai comentar por desconhecer as "suposta denúncias".
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Suposto operador de Pimentel, Bené vai entregar avião em que foi presoApontado como operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto vai entregar o avião em que foi detido pela Polícia Federal em outubro de 2014. Bené, como é conhecido, está preso desde 15 de abril, em consequência da Operação Acrônimo, que apura suspeitas de ilegalidades na campanha de Pimentel. Após a primeira detenção, dois anos atrás, ele já ganhou a liberdade e voltou para a cadeia novamente duas vezes. O compromisso de cessão da aeronave –avaliada em cerca de R$ 4 milhões– é parte do acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal e homologado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Em contrapartida, depois de contar o que sabe, Bené deixará a carceragem no próximo dia 14 e cumprirá o restante da pena em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica. Após um ano de prisão domiciliar, ele poderá trabalhar durante a semana. Em seus depoimentos, Bené disse aos investigadores que o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, contribuiu com R$ 1 milhão para o caixa 2 da campanha de 2014 de Fernando Pimentel. O caso, revelado pelo site da revista "Época", foi confirmado pela Folha. O dinheiro teria sido repassado a empresas credoras da campanha do petista por intermédio de uma firma que prestava serviços na Olimpíada do Conhecimento, evento vinculado ao Sistema S. Bené e outras duas pessoas que trabalhavam com Pimentel foram surpreendidas pela PF no aeroporto de Brasília, em plena corrida eleitoral de 2014, com cerca de R$ 115 mil em dinheiro vivo. Eles estavam no avião do qual Bené terá de abrir mão. O episódio deu a partida para as investigações que culminaram na Acrônimo. Em consequência dela, o governador de Minas foi denunciado ao STJ pela Procuradoria-Geral da República. OUTRO LADO Responsável pela defesa de Bené, Roberto Pagliuso não quis se pronunciar. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli condenou o vazamento de informações sigilosas e afirmou que as acusações contra seu cliente são falsas. Segundo ele, as notícias a esse respeito denotam "o desespero de quem está disposto a alimentar o imaginário acusatório e a deliberada tentativa de antecipação de condenação pública de quem é investigado". "O delator se reporta a fatos de sua exclusiva autoria, mas tentando transferir a responsabilidade a terceiros", complementa Pacelli. Procurada, a assessoria de imprensa da CNI informou que não vai comentar por desconhecer as "suposta denúncias".
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Intel mostra tecnologia para deixar drones mais inteligentes
A Intel passou a maior parte do tempo de sua palestra na CES falando sobre a RealSense, uma câmera 3D e plataforma capaz de detectar profundidade. O ponto alto da apresentação ocorreu quando Brian Krzanich mostrou o que essa tecnologia é capaz de fazer quando aplicada em drones, veículos não tripulados. Os pequenos helicópteros eram capazes de voar e evitar obstáculos e colisões sem ajuda humana. O executivo jogou uma espécie de "ping-pong de drones" com outros desenvolvedores. Ele tentava se aproximar do drone, que se movia para manter a distãncia. Então era a vez do programador se aproximar do aparelho, que também detectava a presença humana e se movimentava novamente. Com isso, fica mais perto a ideia de ter drones fazendo entregas, como planeja a Amazon, por exemplo. A RealSense também foi demonstrada em outras situações, como detecção de gestos e reconhecimento facial. Em uma outra aplicação,um homem com apenas 20% de visão usava uma jaqueta equipada com sensores e a tecnologia RealSense, que detectava a proximação de pessoas. Se alguém chegasse pela direita, um sensor no lado direito da jaqueta vibrava para indicar o homem de onde vinha o obstáculo. A RealSense já está sendo embutida em produtos à venda, como o tablet Venue 8 7000, da Dell. A Intel indicou que outras fabricantes, como Acer, Asus, Fujitsu, HP e Lenovo, devem adotar a tecnologia em seus dispositivos O jornalista Bruno Romani viajou a convite da Samsung
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Intel mostra tecnologia para deixar drones mais inteligentesA Intel passou a maior parte do tempo de sua palestra na CES falando sobre a RealSense, uma câmera 3D e plataforma capaz de detectar profundidade. O ponto alto da apresentação ocorreu quando Brian Krzanich mostrou o que essa tecnologia é capaz de fazer quando aplicada em drones, veículos não tripulados. Os pequenos helicópteros eram capazes de voar e evitar obstáculos e colisões sem ajuda humana. O executivo jogou uma espécie de "ping-pong de drones" com outros desenvolvedores. Ele tentava se aproximar do drone, que se movia para manter a distãncia. Então era a vez do programador se aproximar do aparelho, que também detectava a presença humana e se movimentava novamente. Com isso, fica mais perto a ideia de ter drones fazendo entregas, como planeja a Amazon, por exemplo. A RealSense também foi demonstrada em outras situações, como detecção de gestos e reconhecimento facial. Em uma outra aplicação,um homem com apenas 20% de visão usava uma jaqueta equipada com sensores e a tecnologia RealSense, que detectava a proximação de pessoas. Se alguém chegasse pela direita, um sensor no lado direito da jaqueta vibrava para indicar o homem de onde vinha o obstáculo. A RealSense já está sendo embutida em produtos à venda, como o tablet Venue 8 7000, da Dell. A Intel indicou que outras fabricantes, como Acer, Asus, Fujitsu, HP e Lenovo, devem adotar a tecnologia em seus dispositivos O jornalista Bruno Romani viajou a convite da Samsung
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São Paulo, Salvador e Rio vão ganhar novos hotéis neste ano
O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para turismo@grupofolha.com.br. * HOTÉIS QUE VEM POR AÍ Quem viajar pelo Brasil neste ano terá novas opções de hospedagem. Está prevista, por exemplo, a abertura de dois hotéis da rede norte-americana Marriott, além da reinauguração de outros dois estabelecimentos LUXO REPAGINADO Em julho, deve ser reaberto o icônico Palace Hotel, tido como o primeiro de luxo da Bahia, no centro histórico de Salvador. O edifício, com 69 apartamentos, manterá sua fachada original CARIOCAS O Rio deve ganhar, em junho, dois novos hotéis da AC Hotels, marca da rede norte-americana Marriott que busca atender a um público mais jovem –um na Barra da Tijuca e outro na região de Porto Maravilha HISTÓRICO O Ca'd'Oro, um dos primeiros cinco-estrelas de São Paulo, tem reinauguração prevista para 2016. Na rua Augusta, vai ter piscina na cobertura * DINHEIRO NO EXTERIOR Entidades protestam contra alta de tributo Entidades do turismo reforçaram a campanha por mudanças na nova tributação para o envio de dinheiro para o exterior em viagens. Depois de lançarem, na sexta (8), um apelo ao governo pedindo "celeridade" na aprovação da medida provisória que altera a alíquota das transações (de 25% para 6,38%), grupos que representam agências de viagens ouviram do Ministério da Fazenda na terça (12) que a promessa de redução está mantida e aguarda "solução técnica" até o dia 19. A aprovação da MP depende do Congresso. Segundo as entidades, com alíquota de 25%, agências correm o risco de fechar, reduzir sua margem de lucro ou encarecer pacotes. * BANHO LITERÁRIO Viagem de barco pela Amazônia une turistas e artistas Sete artistas, incluindo os escritores Fernando Morais, Mario Prata e Naomi Jaffe e o músico Zeca Baleiro, estarão reunidos na sexta edição do Navegar é Preciso, um roteiro pelo rio Negro, na Amazônia. O projeto, uma parceria da Livraria da Vila e da agência Auroraeco, leva turistas e personalidades para uma viagem de barco com encontros literários todos os dias. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 25 e 29 de abril –as cabines custam a partir de R$ 5.220 por pessoa, incluindo todas as refeições (livrariadavila.com.br/navegar). * FUI E VOLTARIA ISABELLE NALU, protagonista da série 'Nalu Pelo Mundo' (Multishow) Fui e voltaria África do Sul: porque lá tem safáris e animais livres para ver. As pessoas são legais e a gente fica bem pertinho dos bichos Fui e não voltaria China: lá fazia muito calor e as pessoas chinesas, quando passavam por mim, me beliscavam * LANÇAMENTO DESCUBRA A COSTA RICA O guia traz dicas de especialistas e roteiros prontos Autor Vários Editora Lonely Planet Quanto R$ 60 (376 págs.) * AGENDA 14 de JANEIRO Brasília recebe megapiscina com mais de 350 mil bolinhas (taguatingashopping.com.br ) 19 de JANEIRO Começa a Broadway Week, em NY, na qual 2 espetáculos saem pelo preço de 1 (nycgo.com ) 14 de FEVEREIRO Tem início a festa do Lago Argentino, em El Calafate, com shows e feiras (fiestadellago.com )
turismo
São Paulo, Salvador e Rio vão ganhar novos hotéis neste anoO "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para turismo@grupofolha.com.br. * HOTÉIS QUE VEM POR AÍ Quem viajar pelo Brasil neste ano terá novas opções de hospedagem. Está prevista, por exemplo, a abertura de dois hotéis da rede norte-americana Marriott, além da reinauguração de outros dois estabelecimentos LUXO REPAGINADO Em julho, deve ser reaberto o icônico Palace Hotel, tido como o primeiro de luxo da Bahia, no centro histórico de Salvador. O edifício, com 69 apartamentos, manterá sua fachada original CARIOCAS O Rio deve ganhar, em junho, dois novos hotéis da AC Hotels, marca da rede norte-americana Marriott que busca atender a um público mais jovem –um na Barra da Tijuca e outro na região de Porto Maravilha HISTÓRICO O Ca'd'Oro, um dos primeiros cinco-estrelas de São Paulo, tem reinauguração prevista para 2016. Na rua Augusta, vai ter piscina na cobertura * DINHEIRO NO EXTERIOR Entidades protestam contra alta de tributo Entidades do turismo reforçaram a campanha por mudanças na nova tributação para o envio de dinheiro para o exterior em viagens. Depois de lançarem, na sexta (8), um apelo ao governo pedindo "celeridade" na aprovação da medida provisória que altera a alíquota das transações (de 25% para 6,38%), grupos que representam agências de viagens ouviram do Ministério da Fazenda na terça (12) que a promessa de redução está mantida e aguarda "solução técnica" até o dia 19. A aprovação da MP depende do Congresso. Segundo as entidades, com alíquota de 25%, agências correm o risco de fechar, reduzir sua margem de lucro ou encarecer pacotes. * BANHO LITERÁRIO Viagem de barco pela Amazônia une turistas e artistas Sete artistas, incluindo os escritores Fernando Morais, Mario Prata e Naomi Jaffe e o músico Zeca Baleiro, estarão reunidos na sexta edição do Navegar é Preciso, um roteiro pelo rio Negro, na Amazônia. O projeto, uma parceria da Livraria da Vila e da agência Auroraeco, leva turistas e personalidades para uma viagem de barco com encontros literários todos os dias. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 25 e 29 de abril –as cabines custam a partir de R$ 5.220 por pessoa, incluindo todas as refeições (livrariadavila.com.br/navegar). * FUI E VOLTARIA ISABELLE NALU, protagonista da série 'Nalu Pelo Mundo' (Multishow) Fui e voltaria África do Sul: porque lá tem safáris e animais livres para ver. As pessoas são legais e a gente fica bem pertinho dos bichos Fui e não voltaria China: lá fazia muito calor e as pessoas chinesas, quando passavam por mim, me beliscavam * LANÇAMENTO DESCUBRA A COSTA RICA O guia traz dicas de especialistas e roteiros prontos Autor Vários Editora Lonely Planet Quanto R$ 60 (376 págs.) * AGENDA 14 de JANEIRO Brasília recebe megapiscina com mais de 350 mil bolinhas (taguatingashopping.com.br ) 19 de JANEIRO Começa a Broadway Week, em NY, na qual 2 espetáculos saem pelo preço de 1 (nycgo.com ) 14 de FEVEREIRO Tem início a festa do Lago Argentino, em El Calafate, com shows e feiras (fiestadellago.com )
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PIRIRI! Temer jantou com o Trump!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E sabe por que o Geddel tá com medo de ser estuprado na cadeia? Porque ele foi preso na Operacão Cui Bono! Rarará! E a melhor manchete sobre Lady Gaga, no "Meia Hora": "QUE GAGADA!". E a Marcela e o Temer! Lady e Gagá! E o Frankstemer tá em Nova York! Um Vampiro em Nova York! Jantar com o Trump e os presidentes da América do Sul! Do jeito que o Trump é grosso, ele gritou: "Para a América do Sul não tem sobremesa." "Aliás, NÃO TEM JANTAR!" Rarará! Jantar com o Trump dá piriri! E sabe o que o Trump e o Temer têm em comum? Nenhum dos dois foi eleito pelo voto popular! Rarará! Tema do jantar: Venezuela! E não adianta cobrar o Brasil porque o Brasil não é a Venezuela, é a Venezueira! O Brasil é uma Venezueira! E adorei a nova Janot: Raquel Dodge! Ela disse que brasileiro "não tolera corrupção". Nem lactose! E não admite vazamento seletivo. Só vazamento de óleo! Rarará! Onde o Temer arrumou essa Dodge? 1) No guia "Quatro Rodas"! 2) No Posto Ipiranga! 3) Num desmanche! E ela parece a professora Dolores do Harry Potter! E a posse? Ela deu um cavalo de pau e soltou fumaça pelo escapamento! Rarará! E por que ela se chama Dodge? Pra gente fazer um monte de trocadilho, é isso? Rarará! E o Curíntia? O gol de mão do Jó! Gol de mão é um clássico! Foi inventado pelo Maradona. E o Papa liberou: gol de mão não é pecado! E o meme do CornetaFC: "Agora entendi por que dizem que o Corinthians está com a mão na taça!". Juiz joga bem e Corinthians vence o Vasco por 1 a 0! La Mano de Dios! La Mano de Jô! E la mano de juiz! Do jeito que tá o Brasil, gol de mão é nada! Rarará! O Brasil é Lúdico! Olha este outdoor de um inferninho em Goiás: "Casa Rosa Drinks! Lindas Garotas! ATRÁS DA POLÍCIA FEDERAL". Nunca! Não tem clima! Quem vai fazer sacanagem atrás da Polícia Federal! Só os suínos! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
PIRIRI! Temer jantou com o Trump!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E sabe por que o Geddel tá com medo de ser estuprado na cadeia? Porque ele foi preso na Operacão Cui Bono! Rarará! E a melhor manchete sobre Lady Gaga, no "Meia Hora": "QUE GAGADA!". E a Marcela e o Temer! Lady e Gagá! E o Frankstemer tá em Nova York! Um Vampiro em Nova York! Jantar com o Trump e os presidentes da América do Sul! Do jeito que o Trump é grosso, ele gritou: "Para a América do Sul não tem sobremesa." "Aliás, NÃO TEM JANTAR!" Rarará! Jantar com o Trump dá piriri! E sabe o que o Trump e o Temer têm em comum? Nenhum dos dois foi eleito pelo voto popular! Rarará! Tema do jantar: Venezuela! E não adianta cobrar o Brasil porque o Brasil não é a Venezuela, é a Venezueira! O Brasil é uma Venezueira! E adorei a nova Janot: Raquel Dodge! Ela disse que brasileiro "não tolera corrupção". Nem lactose! E não admite vazamento seletivo. Só vazamento de óleo! Rarará! Onde o Temer arrumou essa Dodge? 1) No guia "Quatro Rodas"! 2) No Posto Ipiranga! 3) Num desmanche! E ela parece a professora Dolores do Harry Potter! E a posse? Ela deu um cavalo de pau e soltou fumaça pelo escapamento! Rarará! E por que ela se chama Dodge? Pra gente fazer um monte de trocadilho, é isso? Rarará! E o Curíntia? O gol de mão do Jó! Gol de mão é um clássico! Foi inventado pelo Maradona. E o Papa liberou: gol de mão não é pecado! E o meme do CornetaFC: "Agora entendi por que dizem que o Corinthians está com a mão na taça!". Juiz joga bem e Corinthians vence o Vasco por 1 a 0! La Mano de Dios! La Mano de Jô! E la mano de juiz! Do jeito que tá o Brasil, gol de mão é nada! Rarará! O Brasil é Lúdico! Olha este outdoor de um inferninho em Goiás: "Casa Rosa Drinks! Lindas Garotas! ATRÁS DA POLÍCIA FEDERAL". Nunca! Não tem clima! Quem vai fazer sacanagem atrás da Polícia Federal! Só os suínos! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Djokovic vence o Masters de Xangai e conquista o seu nono título no ano
O sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, confirmou o favoritismo e derrotou o francês Jo-Wilfried Tsonga, 15º do mundo, neste domingo (18), para conquistar o título do Masters 1.000 de Xangai, na China. Djokovic bateu o rival por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4, em uma hora e 18 minutos de partida. Esta é a terceira vez que o sérvio vence o Masters 1.000 de Xangai –ganhou também em 2012 e 2013. "Eu acho que joguei o meu melhor tênis nessas duas semanas. Honestamente, é assim que me sinto. Estava me sentindo com muita energia. Joguei sempre com intensidade, concentração e um grande nível", afirmou Djokovic. O sérvio vive um momento muito especial no tênis, de absoluto domínio. Este foi o seu nono título em 2015. Desde janeiro, ele soma 73 vitórias e apenas cinco derrotas. No ano, venceu três dos quatro Grand Slams –Aberto da Austrália, dos Estados Unidos e Wimbledon. Perdeu a decisão de Roland Garros para o suíço Stan Wawrinka. O sérvio lidera o ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) com quase o dobro de pontos do segundo colocado, o britânico Andy Murray (15.785 contra 8.640). "Hoje, não há nada para dizer. Ele [Djokovic] está jogando muito melhor do que qualquer um", disse Tsonga.
esporte
Djokovic vence o Masters de Xangai e conquista o seu nono título no anoO sérvio Novak Djokovic, número um do mundo, confirmou o favoritismo e derrotou o francês Jo-Wilfried Tsonga, 15º do mundo, neste domingo (18), para conquistar o título do Masters 1.000 de Xangai, na China. Djokovic bateu o rival por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4, em uma hora e 18 minutos de partida. Esta é a terceira vez que o sérvio vence o Masters 1.000 de Xangai –ganhou também em 2012 e 2013. "Eu acho que joguei o meu melhor tênis nessas duas semanas. Honestamente, é assim que me sinto. Estava me sentindo com muita energia. Joguei sempre com intensidade, concentração e um grande nível", afirmou Djokovic. O sérvio vive um momento muito especial no tênis, de absoluto domínio. Este foi o seu nono título em 2015. Desde janeiro, ele soma 73 vitórias e apenas cinco derrotas. No ano, venceu três dos quatro Grand Slams –Aberto da Austrália, dos Estados Unidos e Wimbledon. Perdeu a decisão de Roland Garros para o suíço Stan Wawrinka. O sérvio lidera o ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) com quase o dobro de pontos do segundo colocado, o britânico Andy Murray (15.785 contra 8.640). "Hoje, não há nada para dizer. Ele [Djokovic] está jogando muito melhor do que qualquer um", disse Tsonga.
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Maduro faz viagem improvisada a Cuba dias antes da chegada de Obama
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desembarcou nesta sexta-feira (18) em Cuba, seu principal aliado e mentor ideológico, numa viagem improvisada vista como tentativa de marcar posição antes da histórica visita do presidente norte-americano, Barack Obama, à ilha. Obama chega a Havana no domingo para coroar a atual reaproximação entre EUA e Cuba, após meio século de inimizade. Maduro anunciou na quinta-feira (17) que iria a Cuba. Ao desembarcar em Havana, horas depois, disse que o objetivo da visita é consolidar a "irmandade profunda entre nossos povos e nossas revoluções". O presidente afirmou que discutiria com o governo cubano um pacote de cooperação que se estenderá até 2030 e incluirá temas econômicos, energéticos e políticos. Além da simbiose política, consolidada sob a Presidência de Hugo Chávez (1999-2013), os dois países latinos têm pacto estratégico pelo qual Caracas manda 100 mil barris de petróleo diários a Havana e recebe em troca milhares de médicos comunitários e assessores militares. Mas a degringolada dos preços petroleiros, que se soma à grave crise econômica na Venezuela, é vista por analistas como um dos fatores que levaram o regime cubano a adotar posição mais pragmática na relação com os EUA. Segundo diplomatas, o processo de normalização entre Havana e Washington é um duro revés para a Venezuela, cada vez mais isolada na sua posição anti-americana. Ao contrário de Cuba, laços de Caracas com Washington continuam marcados por tensões e desentendimentos, apesar de os EUA ainda serem os maiores compradores do petróleo venezuelano. Há duas semanas, a Casa Branca renovou por mais um ano uma ordem executiva (decreto-lei) que incluiu a Venezuela entre os países considerados ameaça à segurança nacional dos EUA. A medida, que ampara politicamente sanções emitidas contra altos funcionários venezuelanos, visa a retaliar violações de direitos humanos e práticas corruptas cometidas pelo governo chavista. EUA e Venezuela não têm embaixadores em suas respectivas capitais desde 2010. Caracas acusa Washington de tentar repetir 2002, quando os EUA apoiaram um fracassado mas sangrento golpe de Estado contra Chávez.
mundo
Maduro faz viagem improvisada a Cuba dias antes da chegada de ObamaO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desembarcou nesta sexta-feira (18) em Cuba, seu principal aliado e mentor ideológico, numa viagem improvisada vista como tentativa de marcar posição antes da histórica visita do presidente norte-americano, Barack Obama, à ilha. Obama chega a Havana no domingo para coroar a atual reaproximação entre EUA e Cuba, após meio século de inimizade. Maduro anunciou na quinta-feira (17) que iria a Cuba. Ao desembarcar em Havana, horas depois, disse que o objetivo da visita é consolidar a "irmandade profunda entre nossos povos e nossas revoluções". O presidente afirmou que discutiria com o governo cubano um pacote de cooperação que se estenderá até 2030 e incluirá temas econômicos, energéticos e políticos. Além da simbiose política, consolidada sob a Presidência de Hugo Chávez (1999-2013), os dois países latinos têm pacto estratégico pelo qual Caracas manda 100 mil barris de petróleo diários a Havana e recebe em troca milhares de médicos comunitários e assessores militares. Mas a degringolada dos preços petroleiros, que se soma à grave crise econômica na Venezuela, é vista por analistas como um dos fatores que levaram o regime cubano a adotar posição mais pragmática na relação com os EUA. Segundo diplomatas, o processo de normalização entre Havana e Washington é um duro revés para a Venezuela, cada vez mais isolada na sua posição anti-americana. Ao contrário de Cuba, laços de Caracas com Washington continuam marcados por tensões e desentendimentos, apesar de os EUA ainda serem os maiores compradores do petróleo venezuelano. Há duas semanas, a Casa Branca renovou por mais um ano uma ordem executiva (decreto-lei) que incluiu a Venezuela entre os países considerados ameaça à segurança nacional dos EUA. A medida, que ampara politicamente sanções emitidas contra altos funcionários venezuelanos, visa a retaliar violações de direitos humanos e práticas corruptas cometidas pelo governo chavista. EUA e Venezuela não têm embaixadores em suas respectivas capitais desde 2010. Caracas acusa Washington de tentar repetir 2002, quando os EUA apoiaram um fracassado mas sangrento golpe de Estado contra Chávez.
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Educação é o setor mais difícil de mudar, diz diretor de centro mexicano
O potencial e os desafios do uso de avaliações para nortear políticas educacionais foi o tema da terceira mesa do seminário internacional Gestão Escolar, correalização do Instituto Unibanco e da Folha, com apoio do Insper. Participaram da mesa realizada na tarde desta quinta (15), Ilkka Turunen, conselheiro especial do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, e Miguel Székely, diretor do Centro de Educação e Estudos Sociais do México, com mediação de Cida Bento, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (Ceert). Turunen apresentou um resumo de como a Finlândia se reestruturou, no final do século 20, para chegar ao topo das avaliações internacionais de desempenho, como o Pisa, e as medidas que o país está tomando neste momento, em que esse desempenho, embora ainda alto, vem caindo. De todas as fontes de evidências, Turunen destaca as fornecidas pelos próprios professores. O maior conceito do sistema educacional finlandês, segundo ele, pode ser resumido na frase: "In teachers we trust" (acreditamos nos professores). O sistema finlandês garante grande autonomia para professores e escolas e usa as avaliações como base de dados, nunca no sentido punitivo. Para a formulação de políticas educacionais, também são usadas evidências produzidas na academia e em trabalhos internacionais. "Mas não é só teoria, usamos a experiência prática. Uma política educacional baseada em evidências é mais uma aspiração do que um resultado", disse. A necessidade de novos métodos de avaliação para atender os desafios da educação no século 21 foi abordada pelos palestrantes. "Tínhamos um sistema quantitativo de avaliação, mas agora enfatizamos os aspectos qualitativos", contou Turunen. Miguel Székely apontou as armadilhas das avaliações em países com populações mais heterogêneas e com maior desigualdade socioeconômica. E a dificuldade para avaliar o ensino em uma época em que a aquisição de competências é mais importante do que o acúmulo de conteúdo. Em sua apresentação, ele disse que não falaria de experiências bem-sucedidas, como a da Finlândia, mas do que não deu certo –e o que podemos aprender com isso. "Educação é o setor com mais poder de transformação. E o mais difícil de mudar", afirmou. Além da resistência dos próprios agentes da educação (diretores, professores), Székely enfatizou que os resultados em educação dependem do encaixe complexo de um quebra cabeça, em que a gestão, o método de ensino, os recursos disponíveis interagem com as particularidades do aluno, sua família e sua situação social. "Se colocarmos um aluno mexicano desnutrido em uma escola com o sistema de ensino da Finlândia, seu desempenho não será bom. E os sistemas de avaliação não foram feitos para avaliar todo o contexto envolvido na educação", afirmou Székely.
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Educação é o setor mais difícil de mudar, diz diretor de centro mexicanoO potencial e os desafios do uso de avaliações para nortear políticas educacionais foi o tema da terceira mesa do seminário internacional Gestão Escolar, correalização do Instituto Unibanco e da Folha, com apoio do Insper. Participaram da mesa realizada na tarde desta quinta (15), Ilkka Turunen, conselheiro especial do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, e Miguel Székely, diretor do Centro de Educação e Estudos Sociais do México, com mediação de Cida Bento, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (Ceert). Turunen apresentou um resumo de como a Finlândia se reestruturou, no final do século 20, para chegar ao topo das avaliações internacionais de desempenho, como o Pisa, e as medidas que o país está tomando neste momento, em que esse desempenho, embora ainda alto, vem caindo. De todas as fontes de evidências, Turunen destaca as fornecidas pelos próprios professores. O maior conceito do sistema educacional finlandês, segundo ele, pode ser resumido na frase: "In teachers we trust" (acreditamos nos professores). O sistema finlandês garante grande autonomia para professores e escolas e usa as avaliações como base de dados, nunca no sentido punitivo. Para a formulação de políticas educacionais, também são usadas evidências produzidas na academia e em trabalhos internacionais. "Mas não é só teoria, usamos a experiência prática. Uma política educacional baseada em evidências é mais uma aspiração do que um resultado", disse. A necessidade de novos métodos de avaliação para atender os desafios da educação no século 21 foi abordada pelos palestrantes. "Tínhamos um sistema quantitativo de avaliação, mas agora enfatizamos os aspectos qualitativos", contou Turunen. Miguel Székely apontou as armadilhas das avaliações em países com populações mais heterogêneas e com maior desigualdade socioeconômica. E a dificuldade para avaliar o ensino em uma época em que a aquisição de competências é mais importante do que o acúmulo de conteúdo. Em sua apresentação, ele disse que não falaria de experiências bem-sucedidas, como a da Finlândia, mas do que não deu certo –e o que podemos aprender com isso. "Educação é o setor com mais poder de transformação. E o mais difícil de mudar", afirmou. Além da resistência dos próprios agentes da educação (diretores, professores), Székely enfatizou que os resultados em educação dependem do encaixe complexo de um quebra cabeça, em que a gestão, o método de ensino, os recursos disponíveis interagem com as particularidades do aluno, sua família e sua situação social. "Se colocarmos um aluno mexicano desnutrido em uma escola com o sistema de ensino da Finlândia, seu desempenho não será bom. E os sistemas de avaliação não foram feitos para avaliar todo o contexto envolvido na educação", afirmou Székely.
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Prepare-se: segunda-feira fria e com previsão de chuva; dica é ir ao museu
DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA Viajar é trocar a roupa da alma. Geograficamente e mentalmente, sem dúvida é uma renovação. Mônica Martins, 43, diretora da galeria de arte Emma Thomas, Jardim América * TEMPO Segunda-feira promete ser preguiçosa. Previsão de chuva de manhã e aberturas de sol à tarde. Mínima prevista é de 17 ºC e a máxima não deve passar dos 22 ºC * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Reportagem: Tatiana Babadobulos (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
saopaulo
Prepare-se: segunda-feira fria e com previsão de chuva; dica é ir ao museuDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA Viajar é trocar a roupa da alma. Geograficamente e mentalmente, sem dúvida é uma renovação. Mônica Martins, 43, diretora da galeria de arte Emma Thomas, Jardim América * TEMPO Segunda-feira promete ser preguiçosa. Previsão de chuva de manhã e aberturas de sol à tarde. Mínima prevista é de 17 ºC e a máxima não deve passar dos 22 ºC * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Reportagem: Tatiana Babadobulos (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Na Bahia, luxo é encontrar um delivery de camarão no Ano-Novo
Foi uma corrida contra o tempo, precedida de espera aflita. Na véspera, sentado na sombra de uma barraca montada entre o rio e o mar, tomando caipirinha e caldinho de sururu, o responsável pela ceia mandou alto pelo telefone: "É para 20 pessoas, então me vê dez quilos de camarão. Do bom, meu bom". Entrega prometida para as 10h do dia 31 de dezembro, na casa que nos hospedava. Estávamos no litoral norte da Bahia, na praia de Imbassaí –na estrada do Coco, que virou Linha Verde, mas que é a eterna Costa dos Coqueiros. Ali, onde a brisa contínua protege do calor, o mar é de um tom verde escuro, a areia vai variando conforme se anda, o céu é limpo. Parecia incrível um serviço de entrega acionado por telefone funcionando no último dia do ano e oferecendo vários tipos de pescados. E era mesmo incrível. Em vez de chegar às 10h do dia 31 na nossa casa, a encomenda chegou às 18h. A surpresa boa é que não vieram os dez quilos, exagero dos exageros, e sim a metade. "Era o que tinha", disse o entregador, com o sorriso mais simpático do Brasil, desarmando qualquer possibilidade de revolta dos consumidores. A surpresa chocante é que eles vieram inteiros, com cabeças e corpinhos intactos. "Ou eu trazia ou descascava." Tínhamos acabado de chegar de um fim de tarde maravilhoso, depois do mergulho que supostamente deixara na água salgada a zica do ano velho. O atraso e o conteúdo do pacote fizeram sombra no projeto noturno. Mas a ideia de passar a virada sem comer mobilizou forças. Era preciso reverter o fracasso. Sem combinar nada, foram se formando duas frentes. O maior grupo, que incluía o mais jovem hóspede, com seus 11 anos e um espírito de equipe notável, usava a técnica do palitinho para limpar os camarões –eficaz, porém demoradíssima. Num outro canto da mesa, uma dupla ou um trio, não me lembro direito, evoluía com ótima produtividade, apesar de não usar ferramentas. O segredo, na sequência revelado, consistia em limpar um sim e um não, às vezes um sim e dois não, e jogar tudo junto na cuia dos descascados, sem cerimônia. Descoberto o método, a indignação tomou conta do grupão do palitinho. Como assim? O grupinho não deu nenhuma justificativa. Seguiu bebericando sua cerveja, comendo castanha-de-caju, praticando o seu método. Uma consulta ao relógio: 21h. O sistema rápido, uma espécie de limpeza por amostragem, era a única forma de conseguir atingir a meta. Rapidamente, toda a mesa abraçou o procedimento. Íamos explicando e nos convencendo uns aos outros, com crescente volume de voz, das mil e umas vantagens de não limpar neuroticamente todos os camarões. Era óbvio! Assim fomos ganhando escala. Ali pelas 23h, as vasilhas cheias foram entregues ao fogão, pilotado pelo autor da encomenda, sempre entusiasmado e fera no curry. Minutos antes dos rojões e da chuva de fogos, começamos a saborear o recém-nascido, delicioso e apimentadíssimo camarão enchantée, até hoje em nossos corações. Tenho certeza que foi esse prato que me deu sorte o ano todo. Muita proteína e pouca frescura os bens da Bahia são. *
turismo
Na Bahia, luxo é encontrar um delivery de camarão no Ano-NovoFoi uma corrida contra o tempo, precedida de espera aflita. Na véspera, sentado na sombra de uma barraca montada entre o rio e o mar, tomando caipirinha e caldinho de sururu, o responsável pela ceia mandou alto pelo telefone: "É para 20 pessoas, então me vê dez quilos de camarão. Do bom, meu bom". Entrega prometida para as 10h do dia 31 de dezembro, na casa que nos hospedava. Estávamos no litoral norte da Bahia, na praia de Imbassaí –na estrada do Coco, que virou Linha Verde, mas que é a eterna Costa dos Coqueiros. Ali, onde a brisa contínua protege do calor, o mar é de um tom verde escuro, a areia vai variando conforme se anda, o céu é limpo. Parecia incrível um serviço de entrega acionado por telefone funcionando no último dia do ano e oferecendo vários tipos de pescados. E era mesmo incrível. Em vez de chegar às 10h do dia 31 na nossa casa, a encomenda chegou às 18h. A surpresa boa é que não vieram os dez quilos, exagero dos exageros, e sim a metade. "Era o que tinha", disse o entregador, com o sorriso mais simpático do Brasil, desarmando qualquer possibilidade de revolta dos consumidores. A surpresa chocante é que eles vieram inteiros, com cabeças e corpinhos intactos. "Ou eu trazia ou descascava." Tínhamos acabado de chegar de um fim de tarde maravilhoso, depois do mergulho que supostamente deixara na água salgada a zica do ano velho. O atraso e o conteúdo do pacote fizeram sombra no projeto noturno. Mas a ideia de passar a virada sem comer mobilizou forças. Era preciso reverter o fracasso. Sem combinar nada, foram se formando duas frentes. O maior grupo, que incluía o mais jovem hóspede, com seus 11 anos e um espírito de equipe notável, usava a técnica do palitinho para limpar os camarões –eficaz, porém demoradíssima. Num outro canto da mesa, uma dupla ou um trio, não me lembro direito, evoluía com ótima produtividade, apesar de não usar ferramentas. O segredo, na sequência revelado, consistia em limpar um sim e um não, às vezes um sim e dois não, e jogar tudo junto na cuia dos descascados, sem cerimônia. Descoberto o método, a indignação tomou conta do grupão do palitinho. Como assim? O grupinho não deu nenhuma justificativa. Seguiu bebericando sua cerveja, comendo castanha-de-caju, praticando o seu método. Uma consulta ao relógio: 21h. O sistema rápido, uma espécie de limpeza por amostragem, era a única forma de conseguir atingir a meta. Rapidamente, toda a mesa abraçou o procedimento. Íamos explicando e nos convencendo uns aos outros, com crescente volume de voz, das mil e umas vantagens de não limpar neuroticamente todos os camarões. Era óbvio! Assim fomos ganhando escala. Ali pelas 23h, as vasilhas cheias foram entregues ao fogão, pilotado pelo autor da encomenda, sempre entusiasmado e fera no curry. Minutos antes dos rojões e da chuva de fogos, começamos a saborear o recém-nascido, delicioso e apimentadíssimo camarão enchantée, até hoje em nossos corações. Tenho certeza que foi esse prato que me deu sorte o ano todo. Muita proteína e pouca frescura os bens da Bahia são. *
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Jovens criam festas independentes que chegam a lucrar R$ 8.000 por edição
Um grupo de amigos cansado de ir às festas de sempre resolve criar seu próprio evento. A novidade atrai outros entediados e, o que era para ser um passatempo, vira um negócio profissional.É assim que nasce boa parte das novas baladas de São Paulo. Diferentemente das casas noturnas tradicionais, elas não têm locação fixa nem frequência rígida, mas atraem um público médio que varia de 500 a 800 pessoas por edição."A gente queria fazer uma coisa nova em São Paulo. Achamos super divertido e aí rolou segunda, terceira edição", afirma Denny Azevedo, 32, criador da festa Venga, Venga em parceria com o marido, Ricardo Dom, 29. Leia a reportagem
tv
Jovens criam festas independentes que chegam a lucrar R$ 8.000 por ediçãoUm grupo de amigos cansado de ir às festas de sempre resolve criar seu próprio evento. A novidade atrai outros entediados e, o que era para ser um passatempo, vira um negócio profissional.É assim que nasce boa parte das novas baladas de São Paulo. Diferentemente das casas noturnas tradicionais, elas não têm locação fixa nem frequência rígida, mas atraem um público médio que varia de 500 a 800 pessoas por edição."A gente queria fazer uma coisa nova em São Paulo. Achamos super divertido e aí rolou segunda, terceira edição", afirma Denny Azevedo, 32, criador da festa Venga, Venga em parceria com o marido, Ricardo Dom, 29. Leia a reportagem
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Guia Folha: Concertos, óperas e balé chegam a SP em março
Em março, a Sala São Paulo, o Theatro São Pedro e o Theatro Municipal recebem aberturas de temporadas líricas de 2016. Então é bom correr para garantir ingressos, que são sempre disputados. Confira a lista com as melhores atrações, preços e como comprar.Leia mais aqui
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Guia Folha: Concertos, óperas e balé chegam a SP em marçoEm março, a Sala São Paulo, o Theatro São Pedro e o Theatro Municipal recebem aberturas de temporadas líricas de 2016. Então é bom correr para garantir ingressos, que são sempre disputados. Confira a lista com as melhores atrações, preços e como comprar.Leia mais aqui
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