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Estado palestino não se consolidou 68 anos depois de plano de partilha
Ricardo Berkiensztat afirma que o Estado de Israel foi "criado legitimamente em 1947 pelas Nações Unidas", o que é fato (Painel do Leitor, 5/7). Ele só se esqueceu de mencionar que a resolução que aprovou o Plano de Partilha da Palestina, criando o Estado de Israel, deu origem também o Estado palestino. Passados 68 anos, estando o Estado de Israel consolidado, cadê o palestino? Alfredo Spínola de Mello Neto (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Estado palestino não se consolidou 68 anos depois de plano de partilhaRicardo Berkiensztat afirma que o Estado de Israel foi "criado legitimamente em 1947 pelas Nações Unidas", o que é fato (Painel do Leitor, 5/7). Ele só se esqueceu de mencionar que a resolução que aprovou o Plano de Partilha da Palestina, criando o Estado de Israel, deu origem também o Estado palestino. Passados 68 anos, estando o Estado de Israel consolidado, cadê o palestino? Alfredo Spínola de Mello Neto (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Sábado tem interdição na marginal Pinheiros e vários blocos de Carnaval
O QUE AFETA SUA VIDA A pista local da marginal Pinheiros terá pontos de interdição próximos ao acesso e saída da avenida Dona Helena Pereira de Moraes. O bloqueio para obras dura até o próximo dia 14. Motoristas que circulam pela região do Sambódromo do Anhembi neste fim de semana devem ficar atentos e buscar alternativas, em especial no período da noite. Na noite desta sexta (5) já era grande o tráfego na região. Se for sair de São Paulo, consulte o trânsito nas estradas. TEMPO A previsão é de sol com muitas nuvens, com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima de 31ºC e mínima de 22ºC, segundo o Climatempo. CULTURA E LAZER A peça "Os Três Sobreviventes de Hiroshima terá sessões grátis neste sábado, às 18h, no Centro Cultural Hiroshima. Takashi Morita, Junko Watanabe e Kunihiko Bonkohara estavam em Hiroshima, no Japão, na fatídica manhã de 6 de agosto de 1945, quando uma bomba atômica devastou a cidade matando mais de 140 mil pessoas. O cantor Tiago Iorc faz show no Sesc Consolação às 21h. Os ingressos vão de R$ 9 a R$ 30. R. Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque - Centro. Telefone: 3234-3000. O dia está repleto de blocos. Tarado Ni Você, João Capota na Alves, Blocon, Bloco do Bastardo e Minhoqueens prometem ser os bloquinhos mais cheios. Confira o roteiro que o Guia preparou para quem quer passar o dia todo na rua, pulando de bloco em bloco.
saopaulo
Sábado tem interdição na marginal Pinheiros e vários blocos de CarnavalO QUE AFETA SUA VIDA A pista local da marginal Pinheiros terá pontos de interdição próximos ao acesso e saída da avenida Dona Helena Pereira de Moraes. O bloqueio para obras dura até o próximo dia 14. Motoristas que circulam pela região do Sambódromo do Anhembi neste fim de semana devem ficar atentos e buscar alternativas, em especial no período da noite. Na noite desta sexta (5) já era grande o tráfego na região. Se for sair de São Paulo, consulte o trânsito nas estradas. TEMPO A previsão é de sol com muitas nuvens, com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima de 31ºC e mínima de 22ºC, segundo o Climatempo. CULTURA E LAZER A peça "Os Três Sobreviventes de Hiroshima terá sessões grátis neste sábado, às 18h, no Centro Cultural Hiroshima. Takashi Morita, Junko Watanabe e Kunihiko Bonkohara estavam em Hiroshima, no Japão, na fatídica manhã de 6 de agosto de 1945, quando uma bomba atômica devastou a cidade matando mais de 140 mil pessoas. O cantor Tiago Iorc faz show no Sesc Consolação às 21h. Os ingressos vão de R$ 9 a R$ 30. R. Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque - Centro. Telefone: 3234-3000. O dia está repleto de blocos. Tarado Ni Você, João Capota na Alves, Blocon, Bloco do Bastardo e Minhoqueens prometem ser os bloquinhos mais cheios. Confira o roteiro que o Guia preparou para quem quer passar o dia todo na rua, pulando de bloco em bloco.
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Lágrimas
Nos regimes democráticos, a informação correta e ética exerce um papel relevante. As mídias contribuem para o acolhimento e a difusão de programas que ajudam a formação da cidadania. Há 19 anos, incentivado por amigos -dentre eles os saudosos Mário Amato, Lemos Britto e Octavio Frias de Oliveira (publisher desta Folha) -, resolvi desenvolver um projeto que tinha por objetivo transferir ao cidadão informações sobre as mais diversas áreas do conhecimento. Assim nasceu o programa de TV, e mais tarde de internet, "Diálogo Nacional". Todas as semanas, uma personalidade com vasto saber acerca de um tema relevante participava da atração, veiculada pelas televisões comunitárias. O programa contava com o apoio cultural de empresas e instituições que entenderam o objetivo do projeto e contribuíram para a sua realização (veiculação, gravação, tributos, dentre outras despesas). Com uma pequena equipe de guerreiros, conseguimos produzir quase mil edições durante 19 anos. No entanto, uma perversa conjuntura atingiu nossa economia e, consequentemente, nossos apoiadores. As parcerias foram minguando, o que me obrigou, com lágrimas nos olhos, a tomar uma sentida e inexorável decisão: suspender a produção e veiculação do "Diálogo Nacional". Em seus 19 anos, o projeto ajudou a tornar mais conhecidos diversos setores da indústria, do comércio, da agricultura e dos serviços em geral de nosso país. Lideranças políticas, empresariais, sindicais, religiosas -além de profissionais consagrados da medicina, da engenharia, do direito, da economia, de organizações sociais e do magistério, entre inúmeros outros- apresentaram aspectos importantes das áreas em que atuam. A suspensão do "Diálogo Nacional" fornece um alerta importante para a sociedade brasileira: programas institucionais, dedicados ao debate público, deveriam receber mais atenção das agências de propaganda, das empresas e dos institutos em geral. A formação da opinião pública, nos regimes democráticos, é um fator fundamental para a maturidade de um povo. PARTICIPAÇÃO RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas, presidente emérito do CIEE - Centro de Integração Empresa-Escola e curador do prêmio Fundação Bunge Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
opiniao
LágrimasNos regimes democráticos, a informação correta e ética exerce um papel relevante. As mídias contribuem para o acolhimento e a difusão de programas que ajudam a formação da cidadania. Há 19 anos, incentivado por amigos -dentre eles os saudosos Mário Amato, Lemos Britto e Octavio Frias de Oliveira (publisher desta Folha) -, resolvi desenvolver um projeto que tinha por objetivo transferir ao cidadão informações sobre as mais diversas áreas do conhecimento. Assim nasceu o programa de TV, e mais tarde de internet, "Diálogo Nacional". Todas as semanas, uma personalidade com vasto saber acerca de um tema relevante participava da atração, veiculada pelas televisões comunitárias. O programa contava com o apoio cultural de empresas e instituições que entenderam o objetivo do projeto e contribuíram para a sua realização (veiculação, gravação, tributos, dentre outras despesas). Com uma pequena equipe de guerreiros, conseguimos produzir quase mil edições durante 19 anos. No entanto, uma perversa conjuntura atingiu nossa economia e, consequentemente, nossos apoiadores. As parcerias foram minguando, o que me obrigou, com lágrimas nos olhos, a tomar uma sentida e inexorável decisão: suspender a produção e veiculação do "Diálogo Nacional". Em seus 19 anos, o projeto ajudou a tornar mais conhecidos diversos setores da indústria, do comércio, da agricultura e dos serviços em geral de nosso país. Lideranças políticas, empresariais, sindicais, religiosas -além de profissionais consagrados da medicina, da engenharia, do direito, da economia, de organizações sociais e do magistério, entre inúmeros outros- apresentaram aspectos importantes das áreas em que atuam. A suspensão do "Diálogo Nacional" fornece um alerta importante para a sociedade brasileira: programas institucionais, dedicados ao debate público, deveriam receber mais atenção das agências de propaganda, das empresas e dos institutos em geral. A formação da opinião pública, nos regimes democráticos, é um fator fundamental para a maturidade de um povo. PARTICIPAÇÃO RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas, presidente emérito do CIEE - Centro de Integração Empresa-Escola e curador do prêmio Fundação Bunge Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Presidente Sarney (MA) é a cidade com a pior colocação no Bem-Estar Urbano
Quem chega ao município de Presidente Sarney (MA) se depara logo com as vias mal pavimentadas, o lixo espalhado e até pendurado em árvores -sinal inequívoco da coleta deficiente- e o esgoto que corre a céu aberto, espalhando mau cheiro. São problemas desse tipo que fizeram a cidade ficar em último lugar no recém-divulgado Ibeu (Índice de Bem-Estar Urbano), calculado pelo Observatório das Metrópoles, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. O índice usa dados do censo de 2010 para classificar os 5.565 municípios do país segundo a infraestrutura urbana de que dispõem. Sem rede de esgoto e com um sistema de abastecimento de água irregular (instalado em 2010), os quase 20 mil habitantes da última colocada se valem de fossas sanitárias e de poços artesianos. A cidade está numa região alagadiça, a Baixada Maranhense, a cerca de 200 km de São Luís, e, no período das chuvas (de janeiro a julho), é comum as fossas encherem. Leia aqui a reportagem completa
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Presidente Sarney (MA) é a cidade com a pior colocação no Bem-Estar UrbanoQuem chega ao município de Presidente Sarney (MA) se depara logo com as vias mal pavimentadas, o lixo espalhado e até pendurado em árvores -sinal inequívoco da coleta deficiente- e o esgoto que corre a céu aberto, espalhando mau cheiro. São problemas desse tipo que fizeram a cidade ficar em último lugar no recém-divulgado Ibeu (Índice de Bem-Estar Urbano), calculado pelo Observatório das Metrópoles, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. O índice usa dados do censo de 2010 para classificar os 5.565 municípios do país segundo a infraestrutura urbana de que dispõem. Sem rede de esgoto e com um sistema de abastecimento de água irregular (instalado em 2010), os quase 20 mil habitantes da última colocada se valem de fossas sanitárias e de poços artesianos. A cidade está numa região alagadiça, a Baixada Maranhense, a cerca de 200 km de São Luís, e, no período das chuvas (de janeiro a julho), é comum as fossas encherem. Leia aqui a reportagem completa
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Mostra revela as afinidades estéticas entre gênios latinos
"Ela tinha uma sutileza incrível, era diferente", diz Ella Fontanals-Cisneros, sobre uma tela de Alfredo Volpi, uma das mais de 3.000 obras de sua coleção. "Lembro que comprei isso como se fosse uma joia." No caso, uma joia minimalista, geométrica, em preto e branco. O quadro, aliás, pouco lembra as fachadas coloridas e as bandeirinhas juninas do modernista, mas resume a linha mestra desse acervo. Fontanals-Cisneros, cubana radicada em Miami, vem construindo desde a década de 1970 esse que é um dos maiores conjuntos de abstração geométrica latino-americana. Em "Construções Sensíveis", mostra que chega agora ao Centro Cultural Fiesp, uma seleção de 124 dessas peças escancara não só seu gosto pelo lado mais cerebral, austero, sutil dessa vanguarda, mas também revela fortes afinidades estéticas tanto entre artistas que fizeram parte do mesmo movimento quanto entre alguns que nunca chegaram a se encontrar. Estão lá, denunciando algumas ausências gritantes nos acervos nacionais, trabalhos de heróis do neoconcretismo –Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Mira Schendel e Willys de Castro. Também aparecem recortes marcantes de abstracionistas venezuelanos, como Alejandro Otero, Gego e Jesús Rafael Soto, mestres argentinos, como Julio Le Parc e Lucio Fontana, além de nomes centrais do geometrismo cubano, como Carmén Herrera e Sandu Darie, que vêm conquistando espaço na cena global. Em maior ou menor grau, todos trabalham com estruturas geométricas e um jogo poderoso de luzes. São telas, desenhos e esculturas às vezes diáfanas, que se deixam atravessar pelo espaço ao redor e tornam mais radical a experiência da arquitetura. Uma das primeiras "Tteia", de Lygia Pape, sintetiza isso. São fios de tecido dourado, quase invisíveis, instalados num canto da sala. Eles se cruzam, desdobrando no espaço a ilusão de perspectiva, como um desenho inquieto, que avança para fora do plano. É um efeito ancorado na força do traço, de linhas ao mesmo tempo frágeis e demolidoras, capazes de sabotar a solidez da arquitetura pelo aspecto fantasmagórico que acabam tendo sob a luz indireta. Isso, aliás, não está só na obra de Pape, agora também alvo de uma retrospectiva no Metropolitan, em Nova York. Mira Schendel, Gego, Willys de Castro e outros na mostra pareciam estar pensando na elasticidade dessas linhas como estratégia para denunciar a maleabilidade e as incertezas que pontuaram as vanguardas geométricas num canto do mundo muito distante das diretrizes rígidas do construtivismo russo ou dos preceitos da Bauhaus alemã. "Todos esses artistas parecem estar conectados por esse fio condutor", diz a colecionadora. "Essa é uma ideia que se repete na arte. Sempre digo que essa informação devia estar no ar, no universo." NERVOS METÁLICOS Também estava nas cidades. Outro recorte potente da mostra são as fotografias. Da mesma forma que pintores e escultores, os fotógrafos da coleção voltaram suas lentes para o espetáculo dos esqueletos urbanos –os fios e nervos metálicos que sustentavam e eletrificavam metrópoles ainda em construção, de Buenos Aires a São Paulo. Thomaz Farkas e Gaspar Gasparian retrataram, num jogo de luz e sombra faiscante, as linhas sinuosas de telhas empilhadas, como se extraíssem o movimento latente desses pedaços de prédios que aguardavam a sua hora de despontar no horizonte. Os registros de Paulo Pires do Copan em construção também encontram eco nas formas abstratas que Geraldo de Barros criava usando esquadrias de janelas ou mesmo os contornos geométricos, vazados das cadeiras que ele desenhou para a Unilabor. Na mesma toada mecânica, de linhas que reverberam na composição, o argentino Horacio Coppola registra as entranhas de uma máquina de escrever como se fossem os alicerces de uma catedral. Essa rigidez, aliás, só dá uma trégua nos delicados flagras urbanos de Rubens Teixeira Scavone, entre eles um amontoado de balões transparentes flutuando contra um céu nublado ou a visão de um varal em que as roupas também lembram abstrações geométricas em sucessão. FARÓIS E NÉON O movimento nervoso das cidades também parece estar por trás da ala da mostra dedicada à arte cinética. Nenhum recorte da produção plástica latino-americana desse calibre poderia deixar de fora esses experimentos, que tiveram Julio Le Parc e Jesús Rafael Soto entre seus mestres. Suas obras fogem da representação na tentativa de recriar o espetáculo da luz em movimento, numa redução da experiência urbana aos faróis dos carros que rasgam o asfalto ou na diluição calculada da folia dos letreiros de néon. "Esse movimento me capturou", diz Fontanals-Cisneros. "Depois que comecei a trilhar esse caminho, acabei sendo tomada por completo." CONSTRUÇÕES SENSÍVEIS QUANDO abre em 6/4, todos os dias, das 10h às 20h; até 18/6 ONDE Centro Cultural Fiesp, av. Paulista, 1.313, centroculturalfiesp.com.br QUANTO grátis
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Mostra revela as afinidades estéticas entre gênios latinos"Ela tinha uma sutileza incrível, era diferente", diz Ella Fontanals-Cisneros, sobre uma tela de Alfredo Volpi, uma das mais de 3.000 obras de sua coleção. "Lembro que comprei isso como se fosse uma joia." No caso, uma joia minimalista, geométrica, em preto e branco. O quadro, aliás, pouco lembra as fachadas coloridas e as bandeirinhas juninas do modernista, mas resume a linha mestra desse acervo. Fontanals-Cisneros, cubana radicada em Miami, vem construindo desde a década de 1970 esse que é um dos maiores conjuntos de abstração geométrica latino-americana. Em "Construções Sensíveis", mostra que chega agora ao Centro Cultural Fiesp, uma seleção de 124 dessas peças escancara não só seu gosto pelo lado mais cerebral, austero, sutil dessa vanguarda, mas também revela fortes afinidades estéticas tanto entre artistas que fizeram parte do mesmo movimento quanto entre alguns que nunca chegaram a se encontrar. Estão lá, denunciando algumas ausências gritantes nos acervos nacionais, trabalhos de heróis do neoconcretismo –Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Mira Schendel e Willys de Castro. Também aparecem recortes marcantes de abstracionistas venezuelanos, como Alejandro Otero, Gego e Jesús Rafael Soto, mestres argentinos, como Julio Le Parc e Lucio Fontana, além de nomes centrais do geometrismo cubano, como Carmén Herrera e Sandu Darie, que vêm conquistando espaço na cena global. Em maior ou menor grau, todos trabalham com estruturas geométricas e um jogo poderoso de luzes. São telas, desenhos e esculturas às vezes diáfanas, que se deixam atravessar pelo espaço ao redor e tornam mais radical a experiência da arquitetura. Uma das primeiras "Tteia", de Lygia Pape, sintetiza isso. São fios de tecido dourado, quase invisíveis, instalados num canto da sala. Eles se cruzam, desdobrando no espaço a ilusão de perspectiva, como um desenho inquieto, que avança para fora do plano. É um efeito ancorado na força do traço, de linhas ao mesmo tempo frágeis e demolidoras, capazes de sabotar a solidez da arquitetura pelo aspecto fantasmagórico que acabam tendo sob a luz indireta. Isso, aliás, não está só na obra de Pape, agora também alvo de uma retrospectiva no Metropolitan, em Nova York. Mira Schendel, Gego, Willys de Castro e outros na mostra pareciam estar pensando na elasticidade dessas linhas como estratégia para denunciar a maleabilidade e as incertezas que pontuaram as vanguardas geométricas num canto do mundo muito distante das diretrizes rígidas do construtivismo russo ou dos preceitos da Bauhaus alemã. "Todos esses artistas parecem estar conectados por esse fio condutor", diz a colecionadora. "Essa é uma ideia que se repete na arte. Sempre digo que essa informação devia estar no ar, no universo." NERVOS METÁLICOS Também estava nas cidades. Outro recorte potente da mostra são as fotografias. Da mesma forma que pintores e escultores, os fotógrafos da coleção voltaram suas lentes para o espetáculo dos esqueletos urbanos –os fios e nervos metálicos que sustentavam e eletrificavam metrópoles ainda em construção, de Buenos Aires a São Paulo. Thomaz Farkas e Gaspar Gasparian retrataram, num jogo de luz e sombra faiscante, as linhas sinuosas de telhas empilhadas, como se extraíssem o movimento latente desses pedaços de prédios que aguardavam a sua hora de despontar no horizonte. Os registros de Paulo Pires do Copan em construção também encontram eco nas formas abstratas que Geraldo de Barros criava usando esquadrias de janelas ou mesmo os contornos geométricos, vazados das cadeiras que ele desenhou para a Unilabor. Na mesma toada mecânica, de linhas que reverberam na composição, o argentino Horacio Coppola registra as entranhas de uma máquina de escrever como se fossem os alicerces de uma catedral. Essa rigidez, aliás, só dá uma trégua nos delicados flagras urbanos de Rubens Teixeira Scavone, entre eles um amontoado de balões transparentes flutuando contra um céu nublado ou a visão de um varal em que as roupas também lembram abstrações geométricas em sucessão. FARÓIS E NÉON O movimento nervoso das cidades também parece estar por trás da ala da mostra dedicada à arte cinética. Nenhum recorte da produção plástica latino-americana desse calibre poderia deixar de fora esses experimentos, que tiveram Julio Le Parc e Jesús Rafael Soto entre seus mestres. Suas obras fogem da representação na tentativa de recriar o espetáculo da luz em movimento, numa redução da experiência urbana aos faróis dos carros que rasgam o asfalto ou na diluição calculada da folia dos letreiros de néon. "Esse movimento me capturou", diz Fontanals-Cisneros. "Depois que comecei a trilhar esse caminho, acabei sendo tomada por completo." CONSTRUÇÕES SENSÍVEIS QUANDO abre em 6/4, todos os dias, das 10h às 20h; até 18/6 ONDE Centro Cultural Fiesp, av. Paulista, 1.313, centroculturalfiesp.com.br QUANTO grátis
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Presidente do Inep pede demissão; governo busca substituto
O presidente do Inep, instituto do Ministério da Educação responsável pelo Enem, está deixando a função, após pouco mais de dois anos no cargo. Segundo a Folha apurou, Chico Soares, 64, já havia solicitado algumas vezes sua saída do governo ao ministro Aloizio Mercadante (Educação), por questões pessoais. O petista foi avisado nesta segunda-feira (29) da decisão. "Mercadante agradeceu o trabalho desempenhado por Soares à frente do Inep nos últimos dois anos. O novo nome para presidir a autarquia será anunciado nos próximos dias", diz nota do Inep. Na conversa, o ministro indicou que deseja ter a participação do agora ex-funcionário em outras funções - há possibilidade, por exemplo, de ele retornar à câmara de educação básica do Conselho Nacional de Educação. Com mestrado em estatística pelo Impa (Instituto de Matemática Pura Aplicada) e doutorado em estatística pela Universidade de Wisconsin (EUA), Chico Soares foi indicado para a função em fevereiro de 2014, pelo então ministro José Henrique Paim. A escolha foi bem recebida pelo setor educacional: Soares tem longo histórico de envolvimento com o tema e defende posições como a educação integral e um currículo melhor definido para a educação básica - o que agora está saindo do papel com o debate sobre uma base nacional comum. "FORMULADOR DE POLÍTICAS" No fim do ano passado, Mercadante demonstrou resistência diante de uma possível saída de Soares, e ponderou a importância de ter no governo alguém com um perfil de "formulador de políticas" na área. O ministro destacou ainda a função do Inep de monitorar o andamento das metas previstas no Plano Nacional de Educação, sancionado em 2014. A lei do PNE prevê que cabe ao instituto divulgar, a cada dois anos, um estudo sobre a evolução dos objetivos. Em sua gestão, Chico Soares se empenhou em dar destaque ao impacto de desigualdades sociais no desempenho educacional de crianças e jovens do país. Ao divulgar os resultados do Enem por escola em 2014, por exemplo, o Inep decidiu dar destaque a novos indicadores, como o nível socioeconômico dos colégios, numa escala de até sete níveis. Essa informação também se tornou acessível para escolas avaliadas pelo Ideb, principal indicador de qualidade da educação básica do país. O instituto criou um portal em que cada unidade poderia analisar dados como adequação da formação docente e complexidade da gestão da escola. Crítico aos rankings elaborados a partir do desempenho dos alunos no Enem, o MEC também elaborou novos indicadores para a divulgação das notas na prova, principal porta de entrada para o ensino superior público do país. No ano passado, o Inep divulgou, por exemplo, o chamado "indicador de permanência na escola", que aponta o percentual de alunos de determinada escola que fez todo o ensino médio na unidade. A informação é uma maneira de indicar a estratégia de colégios de formar unidades de elite, com alunos de alto desempenho de outras escolas. O instituto também lançou, no ano passado, uma plataforma chamada "devolutivas pedagógicas", cujo objetivo é facilitar o acesso, para professores e gestores, a informações didáticas sobre os diversos indicadores coletados pelo governo federal. A partir desse canal, o docente pode entender melhor, por exemplo, o que significa na prática a pontuação alcançada por seus alunos na Prova Brasil, avaliação de português e matemática que compõe o Ideb. REPERCUSSÃO A saída de Chico foi lamentada em rede social pelo ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro. Para ele, o mineiro de Conselheiro Lafaiete é "um dos melhores conhecedores de nossa educação". Para Janine, a divulgação de dados educacionais a partir de critérios sociais, proposto por Chico, "mudou a forma de ver a educação básica, porque em vez de prestigiar a nota mais alta, considerava de que vantagens o aluno partia para chegar lá." "Para a educação brasileira, é hora de agradecer a Chico pelo que fez - e continuará fazendo", afirmou em sua conta no Facebook.
educacao
Presidente do Inep pede demissão; governo busca substitutoO presidente do Inep, instituto do Ministério da Educação responsável pelo Enem, está deixando a função, após pouco mais de dois anos no cargo. Segundo a Folha apurou, Chico Soares, 64, já havia solicitado algumas vezes sua saída do governo ao ministro Aloizio Mercadante (Educação), por questões pessoais. O petista foi avisado nesta segunda-feira (29) da decisão. "Mercadante agradeceu o trabalho desempenhado por Soares à frente do Inep nos últimos dois anos. O novo nome para presidir a autarquia será anunciado nos próximos dias", diz nota do Inep. Na conversa, o ministro indicou que deseja ter a participação do agora ex-funcionário em outras funções - há possibilidade, por exemplo, de ele retornar à câmara de educação básica do Conselho Nacional de Educação. Com mestrado em estatística pelo Impa (Instituto de Matemática Pura Aplicada) e doutorado em estatística pela Universidade de Wisconsin (EUA), Chico Soares foi indicado para a função em fevereiro de 2014, pelo então ministro José Henrique Paim. A escolha foi bem recebida pelo setor educacional: Soares tem longo histórico de envolvimento com o tema e defende posições como a educação integral e um currículo melhor definido para a educação básica - o que agora está saindo do papel com o debate sobre uma base nacional comum. "FORMULADOR DE POLÍTICAS" No fim do ano passado, Mercadante demonstrou resistência diante de uma possível saída de Soares, e ponderou a importância de ter no governo alguém com um perfil de "formulador de políticas" na área. O ministro destacou ainda a função do Inep de monitorar o andamento das metas previstas no Plano Nacional de Educação, sancionado em 2014. A lei do PNE prevê que cabe ao instituto divulgar, a cada dois anos, um estudo sobre a evolução dos objetivos. Em sua gestão, Chico Soares se empenhou em dar destaque ao impacto de desigualdades sociais no desempenho educacional de crianças e jovens do país. Ao divulgar os resultados do Enem por escola em 2014, por exemplo, o Inep decidiu dar destaque a novos indicadores, como o nível socioeconômico dos colégios, numa escala de até sete níveis. Essa informação também se tornou acessível para escolas avaliadas pelo Ideb, principal indicador de qualidade da educação básica do país. O instituto criou um portal em que cada unidade poderia analisar dados como adequação da formação docente e complexidade da gestão da escola. Crítico aos rankings elaborados a partir do desempenho dos alunos no Enem, o MEC também elaborou novos indicadores para a divulgação das notas na prova, principal porta de entrada para o ensino superior público do país. No ano passado, o Inep divulgou, por exemplo, o chamado "indicador de permanência na escola", que aponta o percentual de alunos de determinada escola que fez todo o ensino médio na unidade. A informação é uma maneira de indicar a estratégia de colégios de formar unidades de elite, com alunos de alto desempenho de outras escolas. O instituto também lançou, no ano passado, uma plataforma chamada "devolutivas pedagógicas", cujo objetivo é facilitar o acesso, para professores e gestores, a informações didáticas sobre os diversos indicadores coletados pelo governo federal. A partir desse canal, o docente pode entender melhor, por exemplo, o que significa na prática a pontuação alcançada por seus alunos na Prova Brasil, avaliação de português e matemática que compõe o Ideb. REPERCUSSÃO A saída de Chico foi lamentada em rede social pelo ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro. Para ele, o mineiro de Conselheiro Lafaiete é "um dos melhores conhecedores de nossa educação". Para Janine, a divulgação de dados educacionais a partir de critérios sociais, proposto por Chico, "mudou a forma de ver a educação básica, porque em vez de prestigiar a nota mais alta, considerava de que vantagens o aluno partia para chegar lá." "Para a educação brasileira, é hora de agradecer a Chico pelo que fez - e continuará fazendo", afirmou em sua conta no Facebook.
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Site de viagem lista melhores hotéis para Oktoberfest em Munique
Realizada em Munique, na Alemanha, e com uma média de 6 milhões de visitantes por ano, a Oktoberfest é um dos festivais mais populares do mundo. O evento atrai amantes de cervejas de todas as partes do planeta, além de levar muita diversão ao público. O festival, que começou no último sábado (16) e irá durar até o dia 3 de outubro, recebe milhares de pessoas, e o site de viagens "Booking" (que traz a avaliação de hóspedes) listou os melhores hotéis, dos mais luxuosos aos mais baratos, para quem for a Munique curtir a Oktoberfest. Veja a lista. * Wombats City Hostel Apenas a 15 minutos do Theresienwiese, palco do Oktoberfest, o hotel é uma das principais escolhas para curtir o principal festival de cerveja do mundo a um preço baixo. O albergue oferece quartos modernos com banheiro privativo, varanda e café da manhã todos os dias. Site do hotel Hotel Metropol Se preferir um hotel um pouco mais luxuoso para ficar hospedado durante a Oktoberfest, Hotel Metropol é uma boa escolha. Ele estão localizado em uma rua tranquila a 5 minutos da Estação Central de Munique. Aqui, os hóspedes encontram quartos modernos e luminosos, um restaurante elegante e um bar aberto 24 horas. O hotel fica próximo ao Theresienwiese da Oktoberfest. Site do hotel Hotel Torbräu Um hotel quatro estrelas e com o ambiente bem tranquilo, o Torbräu é uma ótima escolha. Ele é está localizado apenas a 5 minutos da praça Marienplatz. Oferece quartos decorados de forma clássica e um rico almoço. Aqui, você também encontrará o restaurante Schapeau, que oferece pratos locais. Site do hotel Maximilian Munich Apartments O Maximilian Munich é o destino ideal para uma hospedagem relaxante. Possui academia, sauna finlandesa, banho turco, sala de relaxamento e massagens disponíveis, basta solicitar. O hotel está localizado a 500 metros da Ópera Estatal da Baviera e a 5 minutos da Estação S-Bahn Isartor. Site do hotel Vi Vadi Hotel Bayer 89 O Vi Vadi Hotel recebe os seus hóspedes com um ambiente elegante e oferece quartos espaçosos e modernos, além de um restaurante e outro bar. Localizado perto da Estação Central de Munique, chegar na Oktoberfest será rápido e prático. Site do hotel Relexa Hotel München Localizado no centro de Munique, este moderno hotel está localizado a 600 metros da Oktoberfest. O Relexa oferece quartos bem decorados e um almoço preparado com ingredientes locais do histórico mercado Viktualienmarkt. Site do hotel Motel One München Este hotel de design está localizado no bairro de Au-Haidhausen, em Munique, a 700 metros do Museu Deutsches. Oferece um bar 24 horas, quartos elegantes e modernos. A estação de Rosenheimer Platz fica a 5 minutos do hotel e os trens saem em apenas 3 minutos para a praça Marienplatz e a rua Kaufingerstrasse. Site do hotel Neues Apartment Localizado em Trudering-Riem, o shopping center de Riem Arcaden fica nas proximidades, mas se quiser experimentar algo diferente das compras e degustação de cerveja, você também pode esquiar, praticar golfe e passear a cavalo. Site do hotel
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Site de viagem lista melhores hotéis para Oktoberfest em MuniqueRealizada em Munique, na Alemanha, e com uma média de 6 milhões de visitantes por ano, a Oktoberfest é um dos festivais mais populares do mundo. O evento atrai amantes de cervejas de todas as partes do planeta, além de levar muita diversão ao público. O festival, que começou no último sábado (16) e irá durar até o dia 3 de outubro, recebe milhares de pessoas, e o site de viagens "Booking" (que traz a avaliação de hóspedes) listou os melhores hotéis, dos mais luxuosos aos mais baratos, para quem for a Munique curtir a Oktoberfest. Veja a lista. * Wombats City Hostel Apenas a 15 minutos do Theresienwiese, palco do Oktoberfest, o hotel é uma das principais escolhas para curtir o principal festival de cerveja do mundo a um preço baixo. O albergue oferece quartos modernos com banheiro privativo, varanda e café da manhã todos os dias. Site do hotel Hotel Metropol Se preferir um hotel um pouco mais luxuoso para ficar hospedado durante a Oktoberfest, Hotel Metropol é uma boa escolha. Ele estão localizado em uma rua tranquila a 5 minutos da Estação Central de Munique. Aqui, os hóspedes encontram quartos modernos e luminosos, um restaurante elegante e um bar aberto 24 horas. O hotel fica próximo ao Theresienwiese da Oktoberfest. Site do hotel Hotel Torbräu Um hotel quatro estrelas e com o ambiente bem tranquilo, o Torbräu é uma ótima escolha. Ele é está localizado apenas a 5 minutos da praça Marienplatz. Oferece quartos decorados de forma clássica e um rico almoço. Aqui, você também encontrará o restaurante Schapeau, que oferece pratos locais. Site do hotel Maximilian Munich Apartments O Maximilian Munich é o destino ideal para uma hospedagem relaxante. Possui academia, sauna finlandesa, banho turco, sala de relaxamento e massagens disponíveis, basta solicitar. O hotel está localizado a 500 metros da Ópera Estatal da Baviera e a 5 minutos da Estação S-Bahn Isartor. Site do hotel Vi Vadi Hotel Bayer 89 O Vi Vadi Hotel recebe os seus hóspedes com um ambiente elegante e oferece quartos espaçosos e modernos, além de um restaurante e outro bar. Localizado perto da Estação Central de Munique, chegar na Oktoberfest será rápido e prático. Site do hotel Relexa Hotel München Localizado no centro de Munique, este moderno hotel está localizado a 600 metros da Oktoberfest. O Relexa oferece quartos bem decorados e um almoço preparado com ingredientes locais do histórico mercado Viktualienmarkt. Site do hotel Motel One München Este hotel de design está localizado no bairro de Au-Haidhausen, em Munique, a 700 metros do Museu Deutsches. Oferece um bar 24 horas, quartos elegantes e modernos. A estação de Rosenheimer Platz fica a 5 minutos do hotel e os trens saem em apenas 3 minutos para a praça Marienplatz e a rua Kaufingerstrasse. Site do hotel Neues Apartment Localizado em Trudering-Riem, o shopping center de Riem Arcaden fica nas proximidades, mas se quiser experimentar algo diferente das compras e degustação de cerveja, você também pode esquiar, praticar golfe e passear a cavalo. Site do hotel
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Álvaro Rodrigues dos Santos: Uma floresta atlântica da Chácara do Jockey
Resultado de acordo em torno de dívidas de IPTU, a Prefeitura Municipal de São Paulo entrou em posse da conhecida Chácara do Jockey, área de grande extensão, 150 mil metros quadrados, incrustada em área urbana consolidada, bairro de Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, estendendo-se da av. Francisco Morato à av. Eliseu Resende. Várias são as idéias já lançadas para o aproveitamento público dessa grande gleba, todas certamente meritórias, mas, considerando a premente necessidade da capital paulista implantar dispositivos que permitam à cidade reter grande parte de suas águas de chuva e melhorar sua tão deteriorada qualidade ambiental urbana, a oportunidade de implantar nessa área um grande bosque florestado se impõe como objetivo destacadamente prioritário. É sabido que a principal causa de nossas enchentes está na impermeabilização geral do espaço urbano, com o que praticamente todas as águas de chuva são lançadas rápida e diretamente sobre um sistema de drenagens que não lhes consegue dar a devida vazão. Uma área florestada é capaz de reter perto de 100% das águas de chuva que recebe, enquanto uma área urbanizada, ao contrário, lança mais de 85% desse volume sobre o sistema de drenagem urbana. Considerando a área em questão plenamente florestada e uma pesada chuva de 40 milímetros, estaríamos propiciando a retenção de algo em torno de 6 mil metros cúbicos, ou seja, deixando de sobrecarregar o sistema de drenagem com algo próximo a esse volume. Além de ter propiciado a infiltração de boa parte dessas águas. Claro, um ou outro bosque florestado não irá resolver o problema das enchentes, mas a disseminação desse e de outros dispositivos urbanos de retenção de águas de chuva, como calçadas, valetas e pisos drenantes, reservatórios domésticos e empresariais, poços de infiltração, etc., o que envolve a adoção de uma outra cultura hidrológica pela cidade, começaria a fazer a diferença. Além desse aspecto mais hidráulico, os bosques florestados atendem as funções urbanas de regulação climática, redução da poluição atmosférica, recarga de aquíferos, proteção de solos contra a erosão, proteção de margens e mananciais, abrigo e alimentação da fauna urbana, lazer, embelezamento da paisagem urbana, educação e aproximação física e espiritual dos cidadãos com a Natureza. Esperamos que o prefeito Fernando Haddad se sensibilize por essa proposta e, ao decidir-se pela floresta atlântica da Chácara do Jockey, presenteie a população paulista com uma espetacular nova área florestada e sinalize para todo o país a adoção de uma nova cultura ambiental e hidrológica para os espaços urbanos. ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS é geólogo formado pela USP; ex-diretor de planejamento e gestão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT. É autor dos livros "Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática" e "A Grande Barreira da Serra do Mar" * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Álvaro Rodrigues dos Santos: Uma floresta atlântica da Chácara do JockeyResultado de acordo em torno de dívidas de IPTU, a Prefeitura Municipal de São Paulo entrou em posse da conhecida Chácara do Jockey, área de grande extensão, 150 mil metros quadrados, incrustada em área urbana consolidada, bairro de Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, estendendo-se da av. Francisco Morato à av. Eliseu Resende. Várias são as idéias já lançadas para o aproveitamento público dessa grande gleba, todas certamente meritórias, mas, considerando a premente necessidade da capital paulista implantar dispositivos que permitam à cidade reter grande parte de suas águas de chuva e melhorar sua tão deteriorada qualidade ambiental urbana, a oportunidade de implantar nessa área um grande bosque florestado se impõe como objetivo destacadamente prioritário. É sabido que a principal causa de nossas enchentes está na impermeabilização geral do espaço urbano, com o que praticamente todas as águas de chuva são lançadas rápida e diretamente sobre um sistema de drenagens que não lhes consegue dar a devida vazão. Uma área florestada é capaz de reter perto de 100% das águas de chuva que recebe, enquanto uma área urbanizada, ao contrário, lança mais de 85% desse volume sobre o sistema de drenagem urbana. Considerando a área em questão plenamente florestada e uma pesada chuva de 40 milímetros, estaríamos propiciando a retenção de algo em torno de 6 mil metros cúbicos, ou seja, deixando de sobrecarregar o sistema de drenagem com algo próximo a esse volume. Além de ter propiciado a infiltração de boa parte dessas águas. Claro, um ou outro bosque florestado não irá resolver o problema das enchentes, mas a disseminação desse e de outros dispositivos urbanos de retenção de águas de chuva, como calçadas, valetas e pisos drenantes, reservatórios domésticos e empresariais, poços de infiltração, etc., o que envolve a adoção de uma outra cultura hidrológica pela cidade, começaria a fazer a diferença. Além desse aspecto mais hidráulico, os bosques florestados atendem as funções urbanas de regulação climática, redução da poluição atmosférica, recarga de aquíferos, proteção de solos contra a erosão, proteção de margens e mananciais, abrigo e alimentação da fauna urbana, lazer, embelezamento da paisagem urbana, educação e aproximação física e espiritual dos cidadãos com a Natureza. Esperamos que o prefeito Fernando Haddad se sensibilize por essa proposta e, ao decidir-se pela floresta atlântica da Chácara do Jockey, presenteie a população paulista com uma espetacular nova área florestada e sinalize para todo o país a adoção de uma nova cultura ambiental e hidrológica para os espaços urbanos. ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS é geólogo formado pela USP; ex-diretor de planejamento e gestão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT. É autor dos livros "Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática" e "A Grande Barreira da Serra do Mar" * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Mostra de gêneros discute preconceito e representatividade de artistas trans
Em seu quarto ano, a "Todos os Gêneros: Mostra de Arte e Diversidade", do Itaú Cultural, volta os olhos para o preconceito e a representatividade de artistas transexuais. Isso porque a discussão de gênero hoje em dia estaria muito "à flor da pele", afirma Carlos Gomes, coordenador do Núcleo de Artes cênicas da instituição e um dos responsáveis pela programação. "Acho que a gente teve alguns avanços e as pessoas se sentiram mais à vontade de falar de sua identidade de gênero. Assim, uma outra parcela mais preconceituosa da sociedade foi ganhando espaço e o conflito, antes mais arraigado, tomou corpo." É em parte o que ilustra "No Soy Maricón", espetáculo que abre a programação terça (13). A peça do grupo mineiro Toda Deseo emula um show no qual quatro travestis contam suas histórias. De início, as personagens dublam músicas com humor (como num show de drag queens), mas a comicidade vai dando lugar ao drama quando o áudio que interpretam se transforma em vozes de travestis reais, narrando situações de violência e repulsa que vivenciaram. O preconceito e a aceitação também são o mote de "Filosofia na Alcova", adaptação do texto do Marquês de Sade feita com marionetes pela companhia mineira Pigmalião Escultura que Mexe, e "O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu", em que a atriz transexual Renata Carvalho vive uma Jesus transgênero. Na sexta (23), um projeto da performer Bruna Kury debate o fetichismo na pornografia. "Pornopirata" é uma banca de vendas dos chamados filmes "pós-pornô". A ideia é questionar os padrões de beleza e de gênero presentes nas produções eróticas. Outras questões discutidas na mostra são a intersexualidade (quando uma pessoa não é totalmente do sexo masculino nem do feminino) e o papel da mulher –tema que não estava presente nas edições anteriores. A programação teatral domina o festival: são sete peças, seis performances, dois espetáculos de dança, dois shows, dois workshops, uma mostra de curtas-metragens, debates e programação infantil. Mas, de acordo com Gomes, todas as atrações mesclam diversas linguagens. Como as apresentações de Linn da Quebrada, misto de show de música e performance que encerra o festival no dia 25/6, e do espetáculo musical "#Não Recomendados", que usa canções de Chico Buarque e Gilberto Gil para questionar valores sociais. A mostra também ocupará, de 14 a 17/6, o Teatro de Contêiner da Cia. Mungunzá, na Santa Ifigênia: o coletivo Mexa, que trabalha em casa de acolhimento de transexuais, dará uma oficina sobre gênero e oratória voltada à população do centro paulistano. * TODOS OS GÊNEROS: MOSTRA DE ARTE E DIVERSIDADE QUANDO 13 a 25/6 ONDE Itaú Cultural, av. Paulista, 149, tel. (11) 2168-1776/1777. E outros endereços QUANTO grátis PROGRAMAÇÃO itaucultural.org.br
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Mostra de gêneros discute preconceito e representatividade de artistas transEm seu quarto ano, a "Todos os Gêneros: Mostra de Arte e Diversidade", do Itaú Cultural, volta os olhos para o preconceito e a representatividade de artistas transexuais. Isso porque a discussão de gênero hoje em dia estaria muito "à flor da pele", afirma Carlos Gomes, coordenador do Núcleo de Artes cênicas da instituição e um dos responsáveis pela programação. "Acho que a gente teve alguns avanços e as pessoas se sentiram mais à vontade de falar de sua identidade de gênero. Assim, uma outra parcela mais preconceituosa da sociedade foi ganhando espaço e o conflito, antes mais arraigado, tomou corpo." É em parte o que ilustra "No Soy Maricón", espetáculo que abre a programação terça (13). A peça do grupo mineiro Toda Deseo emula um show no qual quatro travestis contam suas histórias. De início, as personagens dublam músicas com humor (como num show de drag queens), mas a comicidade vai dando lugar ao drama quando o áudio que interpretam se transforma em vozes de travestis reais, narrando situações de violência e repulsa que vivenciaram. O preconceito e a aceitação também são o mote de "Filosofia na Alcova", adaptação do texto do Marquês de Sade feita com marionetes pela companhia mineira Pigmalião Escultura que Mexe, e "O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu", em que a atriz transexual Renata Carvalho vive uma Jesus transgênero. Na sexta (23), um projeto da performer Bruna Kury debate o fetichismo na pornografia. "Pornopirata" é uma banca de vendas dos chamados filmes "pós-pornô". A ideia é questionar os padrões de beleza e de gênero presentes nas produções eróticas. Outras questões discutidas na mostra são a intersexualidade (quando uma pessoa não é totalmente do sexo masculino nem do feminino) e o papel da mulher –tema que não estava presente nas edições anteriores. A programação teatral domina o festival: são sete peças, seis performances, dois espetáculos de dança, dois shows, dois workshops, uma mostra de curtas-metragens, debates e programação infantil. Mas, de acordo com Gomes, todas as atrações mesclam diversas linguagens. Como as apresentações de Linn da Quebrada, misto de show de música e performance que encerra o festival no dia 25/6, e do espetáculo musical "#Não Recomendados", que usa canções de Chico Buarque e Gilberto Gil para questionar valores sociais. A mostra também ocupará, de 14 a 17/6, o Teatro de Contêiner da Cia. Mungunzá, na Santa Ifigênia: o coletivo Mexa, que trabalha em casa de acolhimento de transexuais, dará uma oficina sobre gênero e oratória voltada à população do centro paulistano. * TODOS OS GÊNEROS: MOSTRA DE ARTE E DIVERSIDADE QUANDO 13 a 25/6 ONDE Itaú Cultural, av. Paulista, 149, tel. (11) 2168-1776/1777. E outros endereços QUANTO grátis PROGRAMAÇÃO itaucultural.org.br
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Leitora critica conservadorismo da igreja em meio a surto do vírus da zika
A benevolência do papa, em permitir o uso dos contraceptivos, devido ao surto do vírus da zika, é deveras estarrecedora. As consequências do pensamento conservador e machista da igreja ainda permanecem entranhadas em nossa sociedade. O valor da mulher era relacionado à virgindade. Foram contrários também à sua autonomia, quando começaram a sair de casa, para ganhar o mundo. Lugar de mulher honesta, para a igreja, é dentro do lar, cuidando de tudo, servindo ao marido e filhos. ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG) * Ao que parece, mais do que um hábito, enganar o povo está se tornado um vício dos políticos. Até num assunto da seriedade de um surto de zika, a irresponsabilidade e o faz de conta dão o tom da ação do governo. Maquiar um cenário para aparecer na mídia como paladinos da guerra contra os mosquitos é de uma pobreza moral franciscana e um insulto ao bom senso e à nossa inteligência. FERNANDO PACINI (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitora critica conservadorismo da igreja em meio a surto do vírus da zikaA benevolência do papa, em permitir o uso dos contraceptivos, devido ao surto do vírus da zika, é deveras estarrecedora. As consequências do pensamento conservador e machista da igreja ainda permanecem entranhadas em nossa sociedade. O valor da mulher era relacionado à virgindade. Foram contrários também à sua autonomia, quando começaram a sair de casa, para ganhar o mundo. Lugar de mulher honesta, para a igreja, é dentro do lar, cuidando de tudo, servindo ao marido e filhos. ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG) * Ao que parece, mais do que um hábito, enganar o povo está se tornado um vício dos políticos. Até num assunto da seriedade de um surto de zika, a irresponsabilidade e o faz de conta dão o tom da ação do governo. Maquiar um cenário para aparecer na mídia como paladinos da guerra contra os mosquitos é de uma pobreza moral franciscana e um insulto ao bom senso e à nossa inteligência. FERNANDO PACINI (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Imprensa independente funciona como contrapeso ao poder do Estado
O jornalismo precisa ser de oposição? "Precisar" talvez seja um verbo muito forte. Não há nada na teoria do jornalismo que obrigue a imprensa a ser contra os governantes de turno. Mas, quando consideramos toda a ecologia do sistema, é quase inevitável que surjam chispas, quando não animosidade aberta, entre órgãos de comunicação empenhados em levar informação relevante ao público e representantes dos três Poderes, em especial do Executivo. Bons exemplos dessa irresistível tendência à divergência apareceram no segundo debate do Encontro Folha de Jornalismo, que foi realizado na manhã do dia 18. Com mediação do colunista e membro do Conselho Editorial da Folha Clóvis Rossi, a mesa foi aberta pelo venezuelano Eugenio Martínez, especializado na cobertura eleitoral do país. Em seguida falaram o argentino Hugo Alconada Mon, do jornal "La Nación", que investiga casos de corrupção, e o brasileiro Lúcio Flávio Pinto, criador do "Jornal Pessoal", que desde 1987 cobre a região amazônica a partir de Belém (PA). Os três fizeram relatos bastante vívidos das dificuldades que enfrentaram por não se alinhar aos interesses dos poderosos. Houve até situações de agressões físicas e ameaças de morte. É verdade que o fato de lidarmos aqui com governos messiânicos, no caso da Venezuela bolivariana e da Argentina sob os Kirchner, e com uma região onde impera a lei do Velho Oeste, como é a Amazônia, torna os conflitos potencialmente mais sangrentos, mas é importante notar que a relação de desconfiança entre imprensa e autoridades ocorre mesmo nas democracias maduras. A situação de Julian Assange, do WikiLeaks, asilado na embaixada do Equador no Reino Unido, porque teme ser extraditado para a Suécia e daí para os Estados Unidos, é uma prova disso. PERSPECTIVA O problema de base é simples: o jornalismo tem interesse em revelar coisas que dirigentes querem esconder. Mesmo nos casos em que a oposição não é tão dramática, surgem diferenças de perspectiva. Uma imprensa que discuta ideias em algum momento questionará os pressupostos teóricos com os quais o governo opera numa determinada área. E as pessoas em geral não gostam de ser questionadas. Vale observar aqui que o fenômeno não é exclusivo da esfera oficial, mas diz respeito à natureza humana. Ele se repete em todas as áreas do jornalismo. O repórter esportivo que não se limite a enaltecer o time, na vitória e na derrota, poderá ser malvisto nos vestiários do clube. O colunista social que revele algum segredinho de celebridade entrará em sua lista de desafetos. A diferença é que, enquanto alguns dos segredos de celebridades devem mesmo permanecer secretos, contam-se nos dedos as situações em que o Estado pode legitimamente esconder algo dos cidadãos. DEBATE A luz do sol é o melhor desinfetante, na expressão celebrizada pelo juiz da Suprema Corte dos EUA Louis Brandeis. Isso vale não apenas para revelar casos de corrupção e outros crimes que autoridades possam ter cometido mas também para qualificar o debate público de ideias, que podem e devem ser questionadas por todos os ângulos possíveis. Como o caminho mais fácil é o de aliar-se aos poderosos, a imprensa independente adquire papel especial ao possibilitar que as ideias que fazem as vezes de contrapeso circulem mesmo sem dispor do impulso proporcionado pelo fato de estarem ao lado de consensos momentâneos e da máquina pública. Não é um acaso que os primeiros teóricos da democracia, notadamente os "founding fathers" dos EUA, tenham dado tanto destaque à liberdade de imprensa. Thomas Jefferson chegou a escrever: "Se me fosse dado decidir se devemos ter um governo sem jornais, ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última". A frase incorre num tremendo exagero, mas que dá bem a medida da importância que esses primeiros pensadores da democracia americana atribuíam a um sistema de freios e contrapesos ("checks and balances") ao poder do Estado. ERROS Vale reforçar que essas considerações não implicam que a imprensa precise necessariamente ser de oposição. Jornais chapa-branca ou apenas pouco críticos são perfeitamente legítimos. Eles apenas acrescentam institucionalmente pouco. Raramente ajudam a identificar falcatruas e não enriquecem o debate público. Essas observações não implicam que a mídia seja boa ou não cometa injustiças. Ao contrário, ela erra muito e pode destruir injustamente a vida de uma pessoa. Mas, como é humanamente impossível produzir um jornalismo à prova de erros, é melhor que o viés seja o de errar contra o governo. Em primeiro lugar, porque ele mais do que ninguém tem as condições de defender-se. Em segundo, porque o risco de a sociedade ser prejudicada por tramoias ou políticas equivocadas de dirigentes supera o das eventuais injustiças que a imprensa possa cometer. Reescrevendo a frase de Jefferson, poderíamos dizer: "Se me fosse dado decidir se devemos ter um jornalismo apenas favorável ou apenas contrário ao governo, não hesitaria um momento em preferir a última —mesmo que eu fosse um simpatizante desse governo". Veja os bastidores do Encontro Folha de Jornalismo: Encontro Folha
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Imprensa independente funciona como contrapeso ao poder do EstadoO jornalismo precisa ser de oposição? "Precisar" talvez seja um verbo muito forte. Não há nada na teoria do jornalismo que obrigue a imprensa a ser contra os governantes de turno. Mas, quando consideramos toda a ecologia do sistema, é quase inevitável que surjam chispas, quando não animosidade aberta, entre órgãos de comunicação empenhados em levar informação relevante ao público e representantes dos três Poderes, em especial do Executivo. Bons exemplos dessa irresistível tendência à divergência apareceram no segundo debate do Encontro Folha de Jornalismo, que foi realizado na manhã do dia 18. Com mediação do colunista e membro do Conselho Editorial da Folha Clóvis Rossi, a mesa foi aberta pelo venezuelano Eugenio Martínez, especializado na cobertura eleitoral do país. Em seguida falaram o argentino Hugo Alconada Mon, do jornal "La Nación", que investiga casos de corrupção, e o brasileiro Lúcio Flávio Pinto, criador do "Jornal Pessoal", que desde 1987 cobre a região amazônica a partir de Belém (PA). Os três fizeram relatos bastante vívidos das dificuldades que enfrentaram por não se alinhar aos interesses dos poderosos. Houve até situações de agressões físicas e ameaças de morte. É verdade que o fato de lidarmos aqui com governos messiânicos, no caso da Venezuela bolivariana e da Argentina sob os Kirchner, e com uma região onde impera a lei do Velho Oeste, como é a Amazônia, torna os conflitos potencialmente mais sangrentos, mas é importante notar que a relação de desconfiança entre imprensa e autoridades ocorre mesmo nas democracias maduras. A situação de Julian Assange, do WikiLeaks, asilado na embaixada do Equador no Reino Unido, porque teme ser extraditado para a Suécia e daí para os Estados Unidos, é uma prova disso. PERSPECTIVA O problema de base é simples: o jornalismo tem interesse em revelar coisas que dirigentes querem esconder. Mesmo nos casos em que a oposição não é tão dramática, surgem diferenças de perspectiva. Uma imprensa que discuta ideias em algum momento questionará os pressupostos teóricos com os quais o governo opera numa determinada área. E as pessoas em geral não gostam de ser questionadas. Vale observar aqui que o fenômeno não é exclusivo da esfera oficial, mas diz respeito à natureza humana. Ele se repete em todas as áreas do jornalismo. O repórter esportivo que não se limite a enaltecer o time, na vitória e na derrota, poderá ser malvisto nos vestiários do clube. O colunista social que revele algum segredinho de celebridade entrará em sua lista de desafetos. A diferença é que, enquanto alguns dos segredos de celebridades devem mesmo permanecer secretos, contam-se nos dedos as situações em que o Estado pode legitimamente esconder algo dos cidadãos. DEBATE A luz do sol é o melhor desinfetante, na expressão celebrizada pelo juiz da Suprema Corte dos EUA Louis Brandeis. Isso vale não apenas para revelar casos de corrupção e outros crimes que autoridades possam ter cometido mas também para qualificar o debate público de ideias, que podem e devem ser questionadas por todos os ângulos possíveis. Como o caminho mais fácil é o de aliar-se aos poderosos, a imprensa independente adquire papel especial ao possibilitar que as ideias que fazem as vezes de contrapeso circulem mesmo sem dispor do impulso proporcionado pelo fato de estarem ao lado de consensos momentâneos e da máquina pública. Não é um acaso que os primeiros teóricos da democracia, notadamente os "founding fathers" dos EUA, tenham dado tanto destaque à liberdade de imprensa. Thomas Jefferson chegou a escrever: "Se me fosse dado decidir se devemos ter um governo sem jornais, ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última". A frase incorre num tremendo exagero, mas que dá bem a medida da importância que esses primeiros pensadores da democracia americana atribuíam a um sistema de freios e contrapesos ("checks and balances") ao poder do Estado. ERROS Vale reforçar que essas considerações não implicam que a imprensa precise necessariamente ser de oposição. Jornais chapa-branca ou apenas pouco críticos são perfeitamente legítimos. Eles apenas acrescentam institucionalmente pouco. Raramente ajudam a identificar falcatruas e não enriquecem o debate público. Essas observações não implicam que a mídia seja boa ou não cometa injustiças. Ao contrário, ela erra muito e pode destruir injustamente a vida de uma pessoa. Mas, como é humanamente impossível produzir um jornalismo à prova de erros, é melhor que o viés seja o de errar contra o governo. Em primeiro lugar, porque ele mais do que ninguém tem as condições de defender-se. Em segundo, porque o risco de a sociedade ser prejudicada por tramoias ou políticas equivocadas de dirigentes supera o das eventuais injustiças que a imprensa possa cometer. Reescrevendo a frase de Jefferson, poderíamos dizer: "Se me fosse dado decidir se devemos ter um jornalismo apenas favorável ou apenas contrário ao governo, não hesitaria um momento em preferir a última —mesmo que eu fosse um simpatizante desse governo". Veja os bastidores do Encontro Folha de Jornalismo: Encontro Folha
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Reproduzido 500 milhões de vezes, hit de Ed Sheeran é recordista do Spotify
"Thinking Out Loud", balada romântica do britânico Ed Sheeran, tornou-se a primeira canção a ser reproduzida 500 milhões de vezes no Spotify. O site de streaming, que permite escutar músicas sem fazer download, estimou que um em cada quatro usuários do Spotify tem alguma canção de Sheeran em sua playlist. Segundo o Spotify, Sheeran é especialmente popular em países de línguas inglesa e nórdicas, com Dinamarca no topo. Aqui no Brasil, a música é trilha sonora de Bruna Marquezine na novela das 19h da Globo, "I Love Paraisópolis". Se for levado em conta todo o catálogo do ruivinho, as reproduções chegam a 2,9 bilhões, ficando atrás apenas de Eminem, segundo dados do site. Em nota, o cantor considerou "surpreendente" o sucesso de "Thinking Out Loud", composta em 2014, e agradeceu a todos os usuários que escutam a canção. No Youtube, o clipe da música já soma 750 milhões de visualizações. O Spotify, site líder na crescente indústria de reprodução por streaming, que dá acesso ilimitado à música na Internet, citou Sheeran como exemplo de um artista que abriu caminho graças a este novo sistema. Críticos do site consideram que o sistema recompensa de forma insuficiente os artistas. Sheeran, de 24 anos, chegou a Los Angeles em 2010 e ganhou popularidade rapidamente, sendo convidado para abrir um dos shows da estrela pop Taylor Swift. Thinking Out Loud
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Reproduzido 500 milhões de vezes, hit de Ed Sheeran é recordista do Spotify"Thinking Out Loud", balada romântica do britânico Ed Sheeran, tornou-se a primeira canção a ser reproduzida 500 milhões de vezes no Spotify. O site de streaming, que permite escutar músicas sem fazer download, estimou que um em cada quatro usuários do Spotify tem alguma canção de Sheeran em sua playlist. Segundo o Spotify, Sheeran é especialmente popular em países de línguas inglesa e nórdicas, com Dinamarca no topo. Aqui no Brasil, a música é trilha sonora de Bruna Marquezine na novela das 19h da Globo, "I Love Paraisópolis". Se for levado em conta todo o catálogo do ruivinho, as reproduções chegam a 2,9 bilhões, ficando atrás apenas de Eminem, segundo dados do site. Em nota, o cantor considerou "surpreendente" o sucesso de "Thinking Out Loud", composta em 2014, e agradeceu a todos os usuários que escutam a canção. No Youtube, o clipe da música já soma 750 milhões de visualizações. O Spotify, site líder na crescente indústria de reprodução por streaming, que dá acesso ilimitado à música na Internet, citou Sheeran como exemplo de um artista que abriu caminho graças a este novo sistema. Críticos do site consideram que o sistema recompensa de forma insuficiente os artistas. Sheeran, de 24 anos, chegou a Los Angeles em 2010 e ganhou popularidade rapidamente, sendo convidado para abrir um dos shows da estrela pop Taylor Swift. Thinking Out Loud
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Santos é derrotado pelo Sport após lesões, expulsão e chances perdidas
O Santos não conseguiu converter em gol as chances criadas contra o Sport e interrompeu sua sequência de vitórias neste sábado (24) ao perder por 1 a 0 na Ilha do Retiro, em Recife, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem Ricardo Oliveira, lesionado, o time praiano desperdiçou chances claras de gol, sofreu com lesões e criticou Elmo Alves Resende Cunha, árbitro da partida. O começo do jogo não foi bom para a equipe visitante. Aos 4min, o zagueiro Gustavo Henrique, que só pôde jogar após conseguir um efeito suspensivo no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), torceu o joelho e teve de ser substituído por David Braz. Após duas tentativas que levaram pouco perigo ao gol santista, o atacante Rogério recebeu a bola dentro da área, girou e chutou no canto direito de Vanderlei para abrir o placar aos 10 minutos de jogo. No primeiro tempo, o Santos teve dificuldade para trocar passes e organizar o ataque no campo ofensivo, mas conseguiu equilibrar o jogo. As melhores chances ocorreram com contra-ataques e em jogadas após escanteios. Em uma delas, Rodrigão quase marcou após cabecear a bola na trave. O Sport trocou passes rápidos no primeiro tempo e chegou à área santista em várias oportunidades, mas não conseguiu ampliar o placar. Já no final do primeiro tempo, os dois times perderam chances claras de gol. Aos 38min, Copete furou dentro da área após cruzamento pela esquerda. Dois minutos depois foi a vez de Gabriel Xavier, novamente livre de marcação, falhar dentro da área pelo Sport. Melhor no primeiro tempo, o Sport sofreu com a pressão santista na etapa final. Logo no início do segundo tempo, quase sofreu um gol de Jean Mota, que em rebote chutou em cima de Ronaldo Alves. Os santistas reclamaram de um toque de mão e pediram pênalti, negado pelo juiz. Magrão, que completou seu 600º jogo com a camisa do Sport, fez grandes defesas e impediu o gol santista em pelo menos duas oportunidades, com Thiago Maia e Copete. Vitor Bueno, que participou de alguns ataques pela equipe visitante no primeiro tempo, sentiu uma lesão na virilha após chutar sobre o gol e pediu para ser substituído. Em seu lugar entrou Elano, que durou apenas 20 minutos em campo. O meio-campista de 35 anos recebeu um cartão amarelo aos 29min por reclamação. Depois de seguir criticando o árbitro, foi novamente punido e recebeu o cartão vermelho. Mesmo com um a menos em campo, o time visitante continuou melhor na partida, mas, afobado, voltou a errar passes. No fim do jogo, Copete perdeu bola dentro da área e desperdiçou uma última chance de marcar. Com o resultado, o Santos continua com 45 pontos e se mantém na quarta posição. Já o Sport vai a 33 pontos e fica momentaneamente na 13ª colocação. Na próxima rodada, santistas enfrentam o Atlético-PR na Vila Belmiro no próximo sábado (1º). Já o time de Recife vai ao Rio de Janeiro, também no sábado, jogar com o Fluminense.
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Santos é derrotado pelo Sport após lesões, expulsão e chances perdidasO Santos não conseguiu converter em gol as chances criadas contra o Sport e interrompeu sua sequência de vitórias neste sábado (24) ao perder por 1 a 0 na Ilha do Retiro, em Recife, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem Ricardo Oliveira, lesionado, o time praiano desperdiçou chances claras de gol, sofreu com lesões e criticou Elmo Alves Resende Cunha, árbitro da partida. O começo do jogo não foi bom para a equipe visitante. Aos 4min, o zagueiro Gustavo Henrique, que só pôde jogar após conseguir um efeito suspensivo no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), torceu o joelho e teve de ser substituído por David Braz. Após duas tentativas que levaram pouco perigo ao gol santista, o atacante Rogério recebeu a bola dentro da área, girou e chutou no canto direito de Vanderlei para abrir o placar aos 10 minutos de jogo. No primeiro tempo, o Santos teve dificuldade para trocar passes e organizar o ataque no campo ofensivo, mas conseguiu equilibrar o jogo. As melhores chances ocorreram com contra-ataques e em jogadas após escanteios. Em uma delas, Rodrigão quase marcou após cabecear a bola na trave. O Sport trocou passes rápidos no primeiro tempo e chegou à área santista em várias oportunidades, mas não conseguiu ampliar o placar. Já no final do primeiro tempo, os dois times perderam chances claras de gol. Aos 38min, Copete furou dentro da área após cruzamento pela esquerda. Dois minutos depois foi a vez de Gabriel Xavier, novamente livre de marcação, falhar dentro da área pelo Sport. Melhor no primeiro tempo, o Sport sofreu com a pressão santista na etapa final. Logo no início do segundo tempo, quase sofreu um gol de Jean Mota, que em rebote chutou em cima de Ronaldo Alves. Os santistas reclamaram de um toque de mão e pediram pênalti, negado pelo juiz. Magrão, que completou seu 600º jogo com a camisa do Sport, fez grandes defesas e impediu o gol santista em pelo menos duas oportunidades, com Thiago Maia e Copete. Vitor Bueno, que participou de alguns ataques pela equipe visitante no primeiro tempo, sentiu uma lesão na virilha após chutar sobre o gol e pediu para ser substituído. Em seu lugar entrou Elano, que durou apenas 20 minutos em campo. O meio-campista de 35 anos recebeu um cartão amarelo aos 29min por reclamação. Depois de seguir criticando o árbitro, foi novamente punido e recebeu o cartão vermelho. Mesmo com um a menos em campo, o time visitante continuou melhor na partida, mas, afobado, voltou a errar passes. No fim do jogo, Copete perdeu bola dentro da área e desperdiçou uma última chance de marcar. Com o resultado, o Santos continua com 45 pontos e se mantém na quarta posição. Já o Sport vai a 33 pontos e fica momentaneamente na 13ª colocação. Na próxima rodada, santistas enfrentam o Atlético-PR na Vila Belmiro no próximo sábado (1º). Já o time de Recife vai ao Rio de Janeiro, também no sábado, jogar com o Fluminense.
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Torcedor mirim de Portugal consola francês após derrota
Enquanto os portugueses vibravam com o título da Eurocopa da seleção do seu país no domingo (10), muitos franceses amargavam a derrota em casa.Veja a reportagem: http://folha.com/no1790502
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Torcedor mirim de Portugal consola francês após derrotaEnquanto os portugueses vibravam com o título da Eurocopa da seleção do seu país no domingo (10), muitos franceses amargavam a derrota em casa.Veja a reportagem: http://folha.com/no1790502
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Festival Fartura leva pratos de diferentes regiões a Porto Alegre
Mais de cem atrações culturais e gastronômicas farão parte da primeira edição do festival Fatura em Porto Alegre (RS), nos próximos dias 16 e 17 de abril. Além do festival da capital gaúcha, o projeto é responsável pelos festivais de Belo Horizonte, São Paulo e Fortaleza, e pelo Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes. Durante os dois dias de evento em Porto Alegre, o público poderá experimentar pratos de diversas regiões do país –como o quibe do sertão (do Favorito Cozinha Típica, de Teresina), o cogumelo gigante recheado com javali (do La Caceria, de Gramado) e o pão de queijo recheado com pernil de lata e copa lombo (do A Pão de Queijaria, de Belo Horizonte). Também há espaços para degustação de pratos dos chefs participantes, petiscos, lanches e doces, além de comercialização de produtos típicos oriundos de produtores locais. Para quem quiser aprender mais sobre gastronomia, é possível assistir a aulas teóricas no Senac –que serão abertas e gratuitas. Os interessados ainda podem colocar a mão na massa e cozinhar sob supervisão dos chefs, além de participar de atividades de degustação, onde é possível degustar comidas típicas e conhecer métodos de preparo. Por fim, também existe a opção de acompanhar ao vivo a elaboração de receitas pelas mãos de alguns dos chefs participantes. Entre os presentes no evento estarão nomes como o mineiro Leonardo Paixão, do Glouton (eleito, em 2015, como um dos restaurantes tendência pelo ranking 50 Best Latin America, da revista 'Restaurant'). O festival conta com 34 apresentações culturais, incluindo shows musicais e teatro. Apresentam-se artistas como Samuca do Acordeon, acordeonista do Rio Grande do Sul, e o grupo Teatro Mototóti, com o espetáculo "O Vendedor de Palavras" (a peça já foi assistida por mais de 80 mil espectadores por todo Brasil, Uruguai e Argentina). PROJETO FARTURA Com o objetivo de promover a cadeia produtiva brasileira, o projeto desenvolve a Expedição Fartura, que durante os últimos cinco anos, saiu em viagem pelo Brasil garimpando ingredientes, personagens das cadeias produtivas e modos de preparo. A programação dos festivais foi pensada com base nos resultados da expedição –que são divulgados nas redes sociais e em outros meios. No início deste ano, o Fartura também foi premiado pela Organização Mundial do Turismo na categoria Inovação. PARA CONFERIR Festival Fartura Gastronomia - Porto Alegre ONDE estacionamento BarraShoppingSul, setor B; av. Diário de Notícias, 300, Cristal - Porto Alegre QUANDO 16 e 17/4; das 13h às 23h QUANTO entrada a R$ 15; compra on-line e mais informações no site
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Festival Fartura leva pratos de diferentes regiões a Porto AlegreMais de cem atrações culturais e gastronômicas farão parte da primeira edição do festival Fatura em Porto Alegre (RS), nos próximos dias 16 e 17 de abril. Além do festival da capital gaúcha, o projeto é responsável pelos festivais de Belo Horizonte, São Paulo e Fortaleza, e pelo Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes. Durante os dois dias de evento em Porto Alegre, o público poderá experimentar pratos de diversas regiões do país –como o quibe do sertão (do Favorito Cozinha Típica, de Teresina), o cogumelo gigante recheado com javali (do La Caceria, de Gramado) e o pão de queijo recheado com pernil de lata e copa lombo (do A Pão de Queijaria, de Belo Horizonte). Também há espaços para degustação de pratos dos chefs participantes, petiscos, lanches e doces, além de comercialização de produtos típicos oriundos de produtores locais. Para quem quiser aprender mais sobre gastronomia, é possível assistir a aulas teóricas no Senac –que serão abertas e gratuitas. Os interessados ainda podem colocar a mão na massa e cozinhar sob supervisão dos chefs, além de participar de atividades de degustação, onde é possível degustar comidas típicas e conhecer métodos de preparo. Por fim, também existe a opção de acompanhar ao vivo a elaboração de receitas pelas mãos de alguns dos chefs participantes. Entre os presentes no evento estarão nomes como o mineiro Leonardo Paixão, do Glouton (eleito, em 2015, como um dos restaurantes tendência pelo ranking 50 Best Latin America, da revista 'Restaurant'). O festival conta com 34 apresentações culturais, incluindo shows musicais e teatro. Apresentam-se artistas como Samuca do Acordeon, acordeonista do Rio Grande do Sul, e o grupo Teatro Mototóti, com o espetáculo "O Vendedor de Palavras" (a peça já foi assistida por mais de 80 mil espectadores por todo Brasil, Uruguai e Argentina). PROJETO FARTURA Com o objetivo de promover a cadeia produtiva brasileira, o projeto desenvolve a Expedição Fartura, que durante os últimos cinco anos, saiu em viagem pelo Brasil garimpando ingredientes, personagens das cadeias produtivas e modos de preparo. A programação dos festivais foi pensada com base nos resultados da expedição –que são divulgados nas redes sociais e em outros meios. No início deste ano, o Fartura também foi premiado pela Organização Mundial do Turismo na categoria Inovação. PARA CONFERIR Festival Fartura Gastronomia - Porto Alegre ONDE estacionamento BarraShoppingSul, setor B; av. Diário de Notícias, 300, Cristal - Porto Alegre QUANDO 16 e 17/4; das 13h às 23h QUANTO entrada a R$ 15; compra on-line e mais informações no site
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Travessia da Barra para ilhas vira 'calçadão do mar' no verão carioca
"Calçadão do mar" é como tem sido chamada a nova moda do verão carioca: a travessia da praia da Barra da Tijuca até um arquipélago a cerca de dois quilômetros da costa, as ilhas Tijuca. Desde o início do verão, todo sábado e domingo de manhã, dezenas de pessoas partem em romaria pelo mar adentro até a Alfavaca, a ilha mais próxima. As outras duas são a Pontuda e a do Meio. "Assim como no calçadão andamos de skate, patins, a pé, você pode fazer a travessia de várias formas. Chegando lá, é como estar na praia, você fica papeando, toma cerveja, dá um mergulho", diz Paula Varejão, 28, que já testou todas as modalidades e diz preferir o bikeboat, bicicleta que flutua sobre boias. "Cresci morando de frente para esse arquipélago. Elas sempre me pareceram tão distantes, inatingíveis. Nunca imaginei que chegaria aqui remando de pé a bordo de uma prancha", disse Deise Miranda, 34. As ilhas, formações rochosas sem praias, têm pequenos cânions por onde é possível passar remando. É bom olhar para cima antes de entrar num deles, pois as pedras também servem de trampolim para os banhistas. STAND UP A travessia de stand up, a mais cotada, leva cerca de 40 minutos e não é recomendada para quem nunca usou a prancha antes. "Ainda que a distância seja curta, vamos quase a alto mar. Se o tempo não estiver 100%, não saímos. Às vezes, bate um vento sudoeste que torna impossível sair do lugar. Mas no verão isso acontece menos", conta Marcelo Fernandes, que atua como instrutor de stand up. Os passeios costumam ter início por volta das 8 horas, quando as condições do mar estão mais favoráveis para o começo da travessia. Antes de serem descobertas pelas empresas de turismo, as ilhas eram o santuário de praticantes do stand up paddle, mergulhadores e também de pescadores. "Isto aqui era tão vazio que a gente subia nas pedras para fazer churrasco", diz o pescador Eder Bessa, 33, que hoje aluga seu barco motorizado para as empresas que organizam o passeio. PONTO DE ENCONTRO As ilhas, especialmente a Alfavaca, são ponto de encontro de quem pratica stand up com frequência. Para Gui Gama, 56, que pratica o esporte desde 2008, as ilhas são um "pit stop" no passeio que faz da praia da Barra até a de São Conrado. "Não resisto à tentação de remar até as ilhas Tijuca, mesmo sabendo do risco de ter que enfrentar o vento contra", comenta. "É tão gostosos 'atracar' com o SUP e subir lá na ilha, pegar um sol, tirar belas fotos depois de conversar com algumas pessoas", conta ele. O Inea (Instituto Estadual do Ambiente), responsável pela fiscalização no arquipélago, não se pronunciou sobre a prática de ocupação das ilhas que virou um grande hit no verão do Rio. - 360 SPORT O que oferece: Stand up paddle, Big SUP (prancha para até oito pessoas), caiaque, jet ski, bikeboat Quanto: Stand up paddle ou jet ski R$200; Big SUP ou caiaque R$120 por pessoa; Bikeboat R$250 Ponto de encontro: Praia dos Amores (extensão da praia da Barra), às 8h30 Tel.: (0xx21) 98377-0677 SURFSUP O que oferece: Stand up paddle Quanto: R$270 por pessoa Ponto de encontro: Praia da Barra, em frente ao nº 600, às 7h Tel.: (0xx21) 99214-0797 WEX SUP O que oferece: Stand up paddle Quanto: R$180 por pessoa Ponto de encontro: Praia do Pepê, em frente ao nº 600, às 7h30 Tel.: (0xx21) 97603-7710
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Travessia da Barra para ilhas vira 'calçadão do mar' no verão carioca"Calçadão do mar" é como tem sido chamada a nova moda do verão carioca: a travessia da praia da Barra da Tijuca até um arquipélago a cerca de dois quilômetros da costa, as ilhas Tijuca. Desde o início do verão, todo sábado e domingo de manhã, dezenas de pessoas partem em romaria pelo mar adentro até a Alfavaca, a ilha mais próxima. As outras duas são a Pontuda e a do Meio. "Assim como no calçadão andamos de skate, patins, a pé, você pode fazer a travessia de várias formas. Chegando lá, é como estar na praia, você fica papeando, toma cerveja, dá um mergulho", diz Paula Varejão, 28, que já testou todas as modalidades e diz preferir o bikeboat, bicicleta que flutua sobre boias. "Cresci morando de frente para esse arquipélago. Elas sempre me pareceram tão distantes, inatingíveis. Nunca imaginei que chegaria aqui remando de pé a bordo de uma prancha", disse Deise Miranda, 34. As ilhas, formações rochosas sem praias, têm pequenos cânions por onde é possível passar remando. É bom olhar para cima antes de entrar num deles, pois as pedras também servem de trampolim para os banhistas. STAND UP A travessia de stand up, a mais cotada, leva cerca de 40 minutos e não é recomendada para quem nunca usou a prancha antes. "Ainda que a distância seja curta, vamos quase a alto mar. Se o tempo não estiver 100%, não saímos. Às vezes, bate um vento sudoeste que torna impossível sair do lugar. Mas no verão isso acontece menos", conta Marcelo Fernandes, que atua como instrutor de stand up. Os passeios costumam ter início por volta das 8 horas, quando as condições do mar estão mais favoráveis para o começo da travessia. Antes de serem descobertas pelas empresas de turismo, as ilhas eram o santuário de praticantes do stand up paddle, mergulhadores e também de pescadores. "Isto aqui era tão vazio que a gente subia nas pedras para fazer churrasco", diz o pescador Eder Bessa, 33, que hoje aluga seu barco motorizado para as empresas que organizam o passeio. PONTO DE ENCONTRO As ilhas, especialmente a Alfavaca, são ponto de encontro de quem pratica stand up com frequência. Para Gui Gama, 56, que pratica o esporte desde 2008, as ilhas são um "pit stop" no passeio que faz da praia da Barra até a de São Conrado. "Não resisto à tentação de remar até as ilhas Tijuca, mesmo sabendo do risco de ter que enfrentar o vento contra", comenta. "É tão gostosos 'atracar' com o SUP e subir lá na ilha, pegar um sol, tirar belas fotos depois de conversar com algumas pessoas", conta ele. O Inea (Instituto Estadual do Ambiente), responsável pela fiscalização no arquipélago, não se pronunciou sobre a prática de ocupação das ilhas que virou um grande hit no verão do Rio. - 360 SPORT O que oferece: Stand up paddle, Big SUP (prancha para até oito pessoas), caiaque, jet ski, bikeboat Quanto: Stand up paddle ou jet ski R$200; Big SUP ou caiaque R$120 por pessoa; Bikeboat R$250 Ponto de encontro: Praia dos Amores (extensão da praia da Barra), às 8h30 Tel.: (0xx21) 98377-0677 SURFSUP O que oferece: Stand up paddle Quanto: R$270 por pessoa Ponto de encontro: Praia da Barra, em frente ao nº 600, às 7h Tel.: (0xx21) 99214-0797 WEX SUP O que oferece: Stand up paddle Quanto: R$180 por pessoa Ponto de encontro: Praia do Pepê, em frente ao nº 600, às 7h30 Tel.: (0xx21) 97603-7710
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UE vai investigar transparência de resultados de buscas na internet
Plataformas de internet como Google, Yahoo! e Microsoft serão alvos de amplo inquérito de reguladores europeus para determinar se elas são transparentes o suficiente na exibição dos resultados de buscas. O inquérito atende preocupações de empresas e políticos europeus sobre a predominância das gigantes norte-americanas de tecnologia e se existe equilíbrio para empresas europeias. Trata-se de processo separado do inquérito antitruste sobre o Google realizado pela comissão e que pode levar a multas de até 10% das vendas globais da companhia. Um esboço da estratégia da comissão para criar um mercado digital único, visto pela Reuters, diz que "fará investigação e consulta abrangentes sobre o papel das plataformas, incluindo o crescimento da economia de compartilhamento". A investigação, que deve acontecer no ano que vem, analisará a transparência dos resultados de buscas –envolvendo links pagos e anúncios– e como as plataformas usam informações que adquirem. O vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip, deve anunciar formalmente a nova estratégia em 6 de maio.
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UE vai investigar transparência de resultados de buscas na internetPlataformas de internet como Google, Yahoo! e Microsoft serão alvos de amplo inquérito de reguladores europeus para determinar se elas são transparentes o suficiente na exibição dos resultados de buscas. O inquérito atende preocupações de empresas e políticos europeus sobre a predominância das gigantes norte-americanas de tecnologia e se existe equilíbrio para empresas europeias. Trata-se de processo separado do inquérito antitruste sobre o Google realizado pela comissão e que pode levar a multas de até 10% das vendas globais da companhia. Um esboço da estratégia da comissão para criar um mercado digital único, visto pela Reuters, diz que "fará investigação e consulta abrangentes sobre o papel das plataformas, incluindo o crescimento da economia de compartilhamento". A investigação, que deve acontecer no ano que vem, analisará a transparência dos resultados de buscas –envolvendo links pagos e anúncios– e como as plataformas usam informações que adquirem. O vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip, deve anunciar formalmente a nova estratégia em 6 de maio.
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Apesar de estiagem, fronteira agrícola colhe segunda safra anual
Depois de décadas com apenas uma safra por ano, devido às condições climáticas hostis da região, produtores do Matopiba —fronteira agrícola brasileira, entre os Estados do Maranhão, do Tocantins, de Piauí e da Bahia— começaram a colher uma segunda safra anual. A "safrinha" de inverno, comum nas lavouras do Sul e do Centro-Oeste, está se expandindo nas áreas produtoras, graças às tecnologias que permitem contornar a estiagem típica da estação. Na maioria dos casos, planta-se milho, que dá lugar à soja, colhida no verão. A nova safra só foi possível graças à tecnologia do plantio direto na palha, que dispensa o preparo do solo, e a variedades precoces da soja —o carro-chefe da região, que domina as lavouras. Como cresce mais rápido, esse tipo de soja é colhido antes, a partir de janeiro, e abre a janela para o plantio do milho quando ainda chove. O plantio direto ajuda a acelerar o processo. Nesse calendário, a safrinha fica pronta entre abril e junho. O pesquisador Rodrigo Veras da Costa, da Embrapa Milho e Sorgo, diz que a safrinha é "uma tendência" dos últimos dez anos e está se consolidando no Matopiba, em especial no Tocantins e no Maranhão, onde chove mais. "Temos um potencial muito grande: no Tocantins, por exemplo, só 18% da área plantada vira safrinha", diz Costa. Em Mato Grosso do Sul, esse percentual chega a 70%. Segundo ele, a safrinha traz uma série de vantagens, em especial a proteção do solo. "O solo nu, exposto, é a pior condição que tem", afirma. A palhada do milho, explica o pesquisador, ajuda a formar umidade e reter água, o que é fundamental em uma área arenosa como o Matopiba. Isso aumenta a produtividade da safra seguinte —e agrega área plantada sem novos desmatamentos. "Aqui, a safrinha está crescendo há uns cinco anos", diz Fabio Queiroz Martins, diretor de concessionária de máquinas agrícolas em Luís Eduardo Magalhães (BA), que tem vendido colheitadeiras cada vez mais potentes para dar conta das novas janelas de plantio. QUESTÃO DE SORTE Alguns produtores, como o gaúcho Marildo Mingori, 55, ainda testam a modalidade. Dono de 23 mil hectares de terra com os dois irmãos, fez uma experiência com o milho neste ano, no oeste da Bahia. Mas está desconfiado. "O preço não ajuda, tem que plantar soja precoce, corre risco de perder tudo... Uma safra bem-feita é melhor que duas." A torcida de quem planta a safrinha é que chova pelo menos três vezes até o final de abril. Sem isso, a safra desanda e perde-se tudo. "O cara tem que ser muito técnico. Só os melhores sobrevivem", afirma Carlos Schimidt, coordenador de marketing de colheitadeiras da New Holland. Para o agrônomo Luiz Stahlke, da Aiba (Associação da Agricultores da Bahia), ainda é arriscado plantar a safrinha na Bahia, onde chove menos e a seca começa cedo. "Depende muito da sorte", afirma. "É só para quem tem mais coragem." A jornalista viajou a convite da New Holland
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Apesar de estiagem, fronteira agrícola colhe segunda safra anualDepois de décadas com apenas uma safra por ano, devido às condições climáticas hostis da região, produtores do Matopiba —fronteira agrícola brasileira, entre os Estados do Maranhão, do Tocantins, de Piauí e da Bahia— começaram a colher uma segunda safra anual. A "safrinha" de inverno, comum nas lavouras do Sul e do Centro-Oeste, está se expandindo nas áreas produtoras, graças às tecnologias que permitem contornar a estiagem típica da estação. Na maioria dos casos, planta-se milho, que dá lugar à soja, colhida no verão. A nova safra só foi possível graças à tecnologia do plantio direto na palha, que dispensa o preparo do solo, e a variedades precoces da soja —o carro-chefe da região, que domina as lavouras. Como cresce mais rápido, esse tipo de soja é colhido antes, a partir de janeiro, e abre a janela para o plantio do milho quando ainda chove. O plantio direto ajuda a acelerar o processo. Nesse calendário, a safrinha fica pronta entre abril e junho. O pesquisador Rodrigo Veras da Costa, da Embrapa Milho e Sorgo, diz que a safrinha é "uma tendência" dos últimos dez anos e está se consolidando no Matopiba, em especial no Tocantins e no Maranhão, onde chove mais. "Temos um potencial muito grande: no Tocantins, por exemplo, só 18% da área plantada vira safrinha", diz Costa. Em Mato Grosso do Sul, esse percentual chega a 70%. Segundo ele, a safrinha traz uma série de vantagens, em especial a proteção do solo. "O solo nu, exposto, é a pior condição que tem", afirma. A palhada do milho, explica o pesquisador, ajuda a formar umidade e reter água, o que é fundamental em uma área arenosa como o Matopiba. Isso aumenta a produtividade da safra seguinte —e agrega área plantada sem novos desmatamentos. "Aqui, a safrinha está crescendo há uns cinco anos", diz Fabio Queiroz Martins, diretor de concessionária de máquinas agrícolas em Luís Eduardo Magalhães (BA), que tem vendido colheitadeiras cada vez mais potentes para dar conta das novas janelas de plantio. QUESTÃO DE SORTE Alguns produtores, como o gaúcho Marildo Mingori, 55, ainda testam a modalidade. Dono de 23 mil hectares de terra com os dois irmãos, fez uma experiência com o milho neste ano, no oeste da Bahia. Mas está desconfiado. "O preço não ajuda, tem que plantar soja precoce, corre risco de perder tudo... Uma safra bem-feita é melhor que duas." A torcida de quem planta a safrinha é que chova pelo menos três vezes até o final de abril. Sem isso, a safra desanda e perde-se tudo. "O cara tem que ser muito técnico. Só os melhores sobrevivem", afirma Carlos Schimidt, coordenador de marketing de colheitadeiras da New Holland. Para o agrônomo Luiz Stahlke, da Aiba (Associação da Agricultores da Bahia), ainda é arriscado plantar a safrinha na Bahia, onde chove menos e a seca começa cedo. "Depende muito da sorte", afirma. "É só para quem tem mais coragem." A jornalista viajou a convite da New Holland
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Enem aplica prova bem elaborada e mais exigente, avaliam professores
Na avaliação de professores de alguns cursinhos a prova do Enem, aplicada neste sábado (24), foi bem elaborada e mais exigente que as de anos anteriores. Para eles, o exame seguiu a tendência das edições passadas, ficando mais parecido com os grandes vestibulares, como os da USP, Unicamp e Unesp. Acompanhe em vídeo comentário de professores A prova incluiu temas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. O exame vale vaga na maior parte das universidades públicas do país. Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja correção do cursinho Etapa Veja correção da Oficina do Estudante "O aluno precisava saber muito. Ficou para trás aquela história de ler e com a interpretação de texto responder. Neste ano, ela exigiu muito conteúdo, muito conhecimento. No geral, as questões mostraram um nível médio para difícil", avalia o professor Ronaldo Fogo, do Objetivo. Com a mesma opinião, Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, afirma que, apesar disso, foi mantida a tendência do Enem de exigir bastante leitura, mas não a ponto de dificultar a resolução da prova. Entre as disciplinas abordadas neste primeiro dia de prova, o coordenador geral do Etapa, Marcelo Dias, avalia que a maior dificuldade foi encontrada nas questões de história e química. Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo, apontou ainda que as questões de nível médio predominaram. Entre os assuntos abordados, os professores destacaram os relacionados ao cotidiano do aluno, como celulares, geladeira, filtro solar. Ao deixarem a prova, os estudantes já tinha apontado destacado alguns temas como crise hídrica, Oriente Médio e África. Ao todo, 7,7 milhões de estudantes se inscreveram para participar do exame que é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões, e uma redação. No domingo (25) será a vez da prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias. O gabarito oficial deverá ser divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) até quarta-feira (28).
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Enem aplica prova bem elaborada e mais exigente, avaliam professoresNa avaliação de professores de alguns cursinhos a prova do Enem, aplicada neste sábado (24), foi bem elaborada e mais exigente que as de anos anteriores. Para eles, o exame seguiu a tendência das edições passadas, ficando mais parecido com os grandes vestibulares, como os da USP, Unicamp e Unesp. Acompanhe em vídeo comentário de professores A prova incluiu temas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. O exame vale vaga na maior parte das universidades públicas do país. Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja correção do cursinho Etapa Veja correção da Oficina do Estudante "O aluno precisava saber muito. Ficou para trás aquela história de ler e com a interpretação de texto responder. Neste ano, ela exigiu muito conteúdo, muito conhecimento. No geral, as questões mostraram um nível médio para difícil", avalia o professor Ronaldo Fogo, do Objetivo. Com a mesma opinião, Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, afirma que, apesar disso, foi mantida a tendência do Enem de exigir bastante leitura, mas não a ponto de dificultar a resolução da prova. Entre as disciplinas abordadas neste primeiro dia de prova, o coordenador geral do Etapa, Marcelo Dias, avalia que a maior dificuldade foi encontrada nas questões de história e química. Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo, apontou ainda que as questões de nível médio predominaram. Entre os assuntos abordados, os professores destacaram os relacionados ao cotidiano do aluno, como celulares, geladeira, filtro solar. Ao deixarem a prova, os estudantes já tinha apontado destacado alguns temas como crise hídrica, Oriente Médio e África. Ao todo, 7,7 milhões de estudantes se inscreveram para participar do exame que é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões, e uma redação. No domingo (25) será a vez da prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias. O gabarito oficial deverá ser divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) até quarta-feira (28).
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Após 22 anos no poder, presidente da Gâmbia admite derrota eleitoral
O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, no poder há 22 anos, admitiu a derrota na eleição presidencial de quinta-feira para o candidato de uma coalizão da oposição, Adama Barrow, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral, Alieu Momar Njie. "É verdadeiramente excepcional que alguém que dirigiu o país por tanto tempo tenha aceitado a derrota", afirmou Njie aos jornalistas. Adama Barrow ficou primeiro lugar com 45,5% dos votos (263.515 votos), Yahya Jammeh, em segundo, com 36,6% (212.099) e Mama Kandeh, terceiro, obteve 17,8% dos votos (102.969 votos), assinalou o presidente da Comissão Eleitoral. A participação foi de 65% da população. "Declaro Adama Barrow legalmente eleito para servir como presidente da República da Gâmbia", proclamou Nije em um anúncio retransmitido pela televisão pública. "Pedimos que todos respeitem a paz, a tolerância e a tranquilidade já que, como podem ver na ocasião destes resultados, teremos uma mudança de governo", acrescentou. As ruas de Banjul foram cenário de manifestações de alegria, segundo jornalistas da AFP. Quase 890 mil gambianos - de dois milhões de habitantes - estavam registrados para escolher entre Yahya Jammeh, Adama Barrow e Mama Kandeh. Yahya Jammeh, que tentava o quinto mandato, chegou ao poder com um golpe de Estado em 1994. Foi eleito pela primeira vez em 1996 e reeleito desde então a cada cinco anos.
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Após 22 anos no poder, presidente da Gâmbia admite derrota eleitoralO presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, no poder há 22 anos, admitiu a derrota na eleição presidencial de quinta-feira para o candidato de uma coalizão da oposição, Adama Barrow, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral, Alieu Momar Njie. "É verdadeiramente excepcional que alguém que dirigiu o país por tanto tempo tenha aceitado a derrota", afirmou Njie aos jornalistas. Adama Barrow ficou primeiro lugar com 45,5% dos votos (263.515 votos), Yahya Jammeh, em segundo, com 36,6% (212.099) e Mama Kandeh, terceiro, obteve 17,8% dos votos (102.969 votos), assinalou o presidente da Comissão Eleitoral. A participação foi de 65% da população. "Declaro Adama Barrow legalmente eleito para servir como presidente da República da Gâmbia", proclamou Nije em um anúncio retransmitido pela televisão pública. "Pedimos que todos respeitem a paz, a tolerância e a tranquilidade já que, como podem ver na ocasião destes resultados, teremos uma mudança de governo", acrescentou. As ruas de Banjul foram cenário de manifestações de alegria, segundo jornalistas da AFP. Quase 890 mil gambianos - de dois milhões de habitantes - estavam registrados para escolher entre Yahya Jammeh, Adama Barrow e Mama Kandeh. Yahya Jammeh, que tentava o quinto mandato, chegou ao poder com um golpe de Estado em 1994. Foi eleito pela primeira vez em 1996 e reeleito desde então a cada cinco anos.
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De presídio federal, líderes da FDN mandam matar quem fez delações
Apesar de estarem presos na penitenciária federal de Campo Grande (MS), chefes da FDN (Família do Norte) deram ordens para matar integrantes da facção que fizeram delação premiada, apontam decisões da Justiça Federal. Ao menos um assassinato em Manaus está sob suspeita de ter sido ordenado por líderes da facção presos na capital sul-mato-grossense. O UOL teve acesso a decisões do desembargador federal Maurício Kato, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sobre pedidos de habeas corpus de membros da facção. Os documentos citam informações da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Amazonas) de que os líderes da FDN passavam ordens de assassinato por meio de advogados e parentes que os visitavam no presídio federal. "Conforme informado pelo secretário-executivo-adjunto da Seap, de acordo com informações coletadas pelo Dipen (Departamento de Inteligência Penitenciária), 'CD' (Erik Leal Simões) estaria em contato com parentes e advogados dos presos da Operação La Muralla, aguardando a autorização dos mesmos para a execução de ordem para assassinar internos que aderiram a acordo de delação premiada em detrimento dos membros de referida organização delitiva", lê-se nos documentos judiciais (veja trechos do documento ao final deste texto). MASSACRE DE MANAUS Apontada como responsável pela morte de 60 detentos no último dia 1º em dois presídios de Manaus, a FDN teve seus líderes presos em novembro de 2015, durante a Operação La Muralla, deflagrada pelo Ministério Público Federal. Com base em investigações da Polícia Federal, a operação revelou a estrutura da terceira maior organização criminosa do país. Os principais acusados foram transferidos aos presídios federais de Campo Grande (MS) e de Catanduvas (PR). Após o massacre na capital, outros membros da facção serão transferidos para unidades administradas pelo Depen (Departamento Nacional Penitenciário), órgão do Ministério da Justiça. ASSASSINATO EM MANAUS Em 11 de março de 2016, o integrante da FDN Edilson Barroso Borges, o "Louro Penarol", foi morto a golpes de estuque (espécie de facão improvisado) em frente à sua cela na UPP (Unidade Prisional do Puraquequara), em Manaus. "Louro Penarol" havia sido preso durante a Operação La Muralla, mas não foi transferido para um presídio federal. O fato levou à direção da FDN a suspeitar de que ele estava colaborando com as autoridades, como afirmou à reportagem o secretário de administração penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho. DECISÕES JUDICIAIS As decisões do desembargador Maurício Kato citam que a 2ª Vara Federal de Manaus, onde tramitam as ações penais da La Muralla, e a Seap indicavam que os líderes da FDN presos em Campo Grande haviam ordenado o assassinato. "O juízo de origem requereu nova inclusão do paciente [o membro da FDN Jorge Mocambite da Silva] junto com outros internos oriundos do Estado do Amazonas no RDD [no presídio de Campo Grande], sob argumento de que uma nova investigação realizado pelo Dipen apontou-os como principais suspeitos de serem os mandantes do homicídio de Edilson Borges Barroso, interno da Penitenciária da Puraquequara, ocorrido em 11.03.2016, por volta das 13 horas". À época, a 5ª Vara Federal de Campo Grande havia aceitado o pedido da Justiça Federal do Amazonas de colocarem os membros da FDN no regime de isolamento no presídio federal. O desembargador Maurício Kato manteve as decisões do colega de primeira instância. Ele o cita: "Neste particular, observe-se a importância da segregação de todas as lideranças da facção criminosa Família do Norte, que estão custodiadas em estabelecimento penal federal, evitando-se que eventuais ordens sejam decretadas e repassadas para fora do ambiente prisional federal". O magistrado federal completa, citando o colega de primeira instância: "As restrições impostas no sistema penitenciário federal são bem rígidas, mas nem sempre suficientes para reprimir a continuidade de práticas criminosas dentro do cárcere". Dois meses após a morte do delator na prisão de Manaus, o criminoso Erik Leal Simões foi preso pela polícia da capital amazonense. Conhecido como "CD", ele seria o destinatário das ordens dos líderes da facção que estão no Mato Grosso do Sul. OUTRO LADO Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça afirmou, por meio de sua assessoria, que o Depen "não dispõe de informações que relacionem advogados e/ou parentes de internos, ligados à facção criminosa FDN, os quais cumprem pena na Penitenciária Federal de Campo Grande, com a saída de ordens de assassinatos para seus subordinados". Ainda de acordo com o ministério, os cinco integrantes da FDN não estão mais cumprindo prisão no RDD. O secretário de administração penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho, afirmou "não ter informações sobre ordens emitidas por líderes da FDN detidos em presídios federais". O UOL procurou também o Ministério Público Federal no Amazonas para obter informações sobre acordos de delação premiada no âmbito da Operação La Muralla. Porém a assessoria de imprensa que o órgão está em recesso até esta sexta-feira (6) e o único procurador de plantão não participou das investigações sobre a FDN. Colaborou DANIELA GARCIA, em São Paulo
cotidiano
De presídio federal, líderes da FDN mandam matar quem fez delaçõesApesar de estarem presos na penitenciária federal de Campo Grande (MS), chefes da FDN (Família do Norte) deram ordens para matar integrantes da facção que fizeram delação premiada, apontam decisões da Justiça Federal. Ao menos um assassinato em Manaus está sob suspeita de ter sido ordenado por líderes da facção presos na capital sul-mato-grossense. O UOL teve acesso a decisões do desembargador federal Maurício Kato, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sobre pedidos de habeas corpus de membros da facção. Os documentos citam informações da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Amazonas) de que os líderes da FDN passavam ordens de assassinato por meio de advogados e parentes que os visitavam no presídio federal. "Conforme informado pelo secretário-executivo-adjunto da Seap, de acordo com informações coletadas pelo Dipen (Departamento de Inteligência Penitenciária), 'CD' (Erik Leal Simões) estaria em contato com parentes e advogados dos presos da Operação La Muralla, aguardando a autorização dos mesmos para a execução de ordem para assassinar internos que aderiram a acordo de delação premiada em detrimento dos membros de referida organização delitiva", lê-se nos documentos judiciais (veja trechos do documento ao final deste texto). MASSACRE DE MANAUS Apontada como responsável pela morte de 60 detentos no último dia 1º em dois presídios de Manaus, a FDN teve seus líderes presos em novembro de 2015, durante a Operação La Muralla, deflagrada pelo Ministério Público Federal. Com base em investigações da Polícia Federal, a operação revelou a estrutura da terceira maior organização criminosa do país. Os principais acusados foram transferidos aos presídios federais de Campo Grande (MS) e de Catanduvas (PR). Após o massacre na capital, outros membros da facção serão transferidos para unidades administradas pelo Depen (Departamento Nacional Penitenciário), órgão do Ministério da Justiça. ASSASSINATO EM MANAUS Em 11 de março de 2016, o integrante da FDN Edilson Barroso Borges, o "Louro Penarol", foi morto a golpes de estuque (espécie de facão improvisado) em frente à sua cela na UPP (Unidade Prisional do Puraquequara), em Manaus. "Louro Penarol" havia sido preso durante a Operação La Muralla, mas não foi transferido para um presídio federal. O fato levou à direção da FDN a suspeitar de que ele estava colaborando com as autoridades, como afirmou à reportagem o secretário de administração penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho. DECISÕES JUDICIAIS As decisões do desembargador Maurício Kato citam que a 2ª Vara Federal de Manaus, onde tramitam as ações penais da La Muralla, e a Seap indicavam que os líderes da FDN presos em Campo Grande haviam ordenado o assassinato. "O juízo de origem requereu nova inclusão do paciente [o membro da FDN Jorge Mocambite da Silva] junto com outros internos oriundos do Estado do Amazonas no RDD [no presídio de Campo Grande], sob argumento de que uma nova investigação realizado pelo Dipen apontou-os como principais suspeitos de serem os mandantes do homicídio de Edilson Borges Barroso, interno da Penitenciária da Puraquequara, ocorrido em 11.03.2016, por volta das 13 horas". À época, a 5ª Vara Federal de Campo Grande havia aceitado o pedido da Justiça Federal do Amazonas de colocarem os membros da FDN no regime de isolamento no presídio federal. O desembargador Maurício Kato manteve as decisões do colega de primeira instância. Ele o cita: "Neste particular, observe-se a importância da segregação de todas as lideranças da facção criminosa Família do Norte, que estão custodiadas em estabelecimento penal federal, evitando-se que eventuais ordens sejam decretadas e repassadas para fora do ambiente prisional federal". O magistrado federal completa, citando o colega de primeira instância: "As restrições impostas no sistema penitenciário federal são bem rígidas, mas nem sempre suficientes para reprimir a continuidade de práticas criminosas dentro do cárcere". Dois meses após a morte do delator na prisão de Manaus, o criminoso Erik Leal Simões foi preso pela polícia da capital amazonense. Conhecido como "CD", ele seria o destinatário das ordens dos líderes da facção que estão no Mato Grosso do Sul. OUTRO LADO Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça afirmou, por meio de sua assessoria, que o Depen "não dispõe de informações que relacionem advogados e/ou parentes de internos, ligados à facção criminosa FDN, os quais cumprem pena na Penitenciária Federal de Campo Grande, com a saída de ordens de assassinatos para seus subordinados". Ainda de acordo com o ministério, os cinco integrantes da FDN não estão mais cumprindo prisão no RDD. O secretário de administração penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho, afirmou "não ter informações sobre ordens emitidas por líderes da FDN detidos em presídios federais". O UOL procurou também o Ministério Público Federal no Amazonas para obter informações sobre acordos de delação premiada no âmbito da Operação La Muralla. Porém a assessoria de imprensa que o órgão está em recesso até esta sexta-feira (6) e o único procurador de plantão não participou das investigações sobre a FDN. Colaborou DANIELA GARCIA, em São Paulo
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Governo argentino acusa promotor morto de tentar desestabilizar Cristina
O governo da Argentina publicou um anúncio nos jornais nesta quarta-feira (4), em mais uma tentativa de ressaltar o que considera ser contradições nas acusações feitas pelo promotor Alberto Nisman, encontrado morto há mais de um mês. No comunicado, de página inteira, o governo afirma que, rejeitada a denúncia, "cabe perguntar qual objetivo perseguia o promotor Nisman com sua denúncia repleta de contradições, carência lógica e sustentação jurídica." "Pode-se pensar numa hipótese diferente que não seja a tentativa de gerar um efeito político desestabilizador?", questiona a nota. Nisman acusava o governo de tentar encobrir supostos envolvidos iranianos no atentado à entidade judaica Amia, em 1994. Em troca, negociava com o Irã vantagens comerciais, para comprar petróleo mais barato e vender grãos. A denúncia de Nisman se baseava em um memorando de entendimentos, firmado pelo governo da Argentina com o Irã, em 2013. O acordo foi criticado por lideranças judaicas no país. A versão do governo argentino é que buscava, por meio desse convênio, interrogar os suspeitos iranianos em seu país. Mas a Justiça iraniana vetou o acordo, porque não os considerava suspeitos. Na Argentina, a tratativa acertada pelos dois países foi vista com desconfiança. Se não teria êxito em interrogar os suspeitos, quais vantagens teria a Argentina em fazer um acordo com o Irã? Nisman investigava uma suposta vantagem econômica, para reduzir o estrangulamento externo do país. A Argentina não pode tomar dívida no mercado internacional enquanto não resolver o pagamento aos credores do calote de 2001. E suas importações de combustíveis aumentaram muito nos últimos anos, em razão de incentivos ao consumo dados pelo governo. O governo argentino nega esse interesse. No anúncio, reafirma que o objetivo era tentar interrogar os suspeitos. "[O memorando] colocaria o Estado argentino em um melhor contexto frente ao Irã e à comunidade internacional para exigir a extradição ou ao menos negociar um julgamento em um terceiro país". Para a comunidade judaica, com a tentativa de acordo, a Argentina sinalizou fraqueza e complacência com os suspeitos e não aceita o acordo. A denúncia de Nisman foi rejeitada pela Justiça na semana passada. Mas o promotor que o substituiu na causa pode apresentar um recurso e seguir com a investigação. A data limite é essa quinta (5).
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Governo argentino acusa promotor morto de tentar desestabilizar CristinaO governo da Argentina publicou um anúncio nos jornais nesta quarta-feira (4), em mais uma tentativa de ressaltar o que considera ser contradições nas acusações feitas pelo promotor Alberto Nisman, encontrado morto há mais de um mês. No comunicado, de página inteira, o governo afirma que, rejeitada a denúncia, "cabe perguntar qual objetivo perseguia o promotor Nisman com sua denúncia repleta de contradições, carência lógica e sustentação jurídica." "Pode-se pensar numa hipótese diferente que não seja a tentativa de gerar um efeito político desestabilizador?", questiona a nota. Nisman acusava o governo de tentar encobrir supostos envolvidos iranianos no atentado à entidade judaica Amia, em 1994. Em troca, negociava com o Irã vantagens comerciais, para comprar petróleo mais barato e vender grãos. A denúncia de Nisman se baseava em um memorando de entendimentos, firmado pelo governo da Argentina com o Irã, em 2013. O acordo foi criticado por lideranças judaicas no país. A versão do governo argentino é que buscava, por meio desse convênio, interrogar os suspeitos iranianos em seu país. Mas a Justiça iraniana vetou o acordo, porque não os considerava suspeitos. Na Argentina, a tratativa acertada pelos dois países foi vista com desconfiança. Se não teria êxito em interrogar os suspeitos, quais vantagens teria a Argentina em fazer um acordo com o Irã? Nisman investigava uma suposta vantagem econômica, para reduzir o estrangulamento externo do país. A Argentina não pode tomar dívida no mercado internacional enquanto não resolver o pagamento aos credores do calote de 2001. E suas importações de combustíveis aumentaram muito nos últimos anos, em razão de incentivos ao consumo dados pelo governo. O governo argentino nega esse interesse. No anúncio, reafirma que o objetivo era tentar interrogar os suspeitos. "[O memorando] colocaria o Estado argentino em um melhor contexto frente ao Irã e à comunidade internacional para exigir a extradição ou ao menos negociar um julgamento em um terceiro país". Para a comunidade judaica, com a tentativa de acordo, a Argentina sinalizou fraqueza e complacência com os suspeitos e não aceita o acordo. A denúncia de Nisman foi rejeitada pela Justiça na semana passada. Mas o promotor que o substituiu na causa pode apresentar um recurso e seguir com a investigação. A data limite é essa quinta (5).
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Cruzeiro da Disney reúne personagens de 'Star Wars' e turistas fantasiados
Transporte um dos parques da Disney para o mar e você terá a ideia aproximada de como é navegar em um dos quatro navios de cruzeiro do grupo do Mickey. E tudo se potencializa quando o assunto é o mais imponente deles, que ganhou um passeio temático. A Disney Cruise Line começou a operar neste semestre o Star Wars Day at Sea, motivado pelo lançamento, em dezembro, do sétimo filme da saga criada por George Lucas – a empresa é a atual detentora dos direitos dos filmes anteriores e produtora dos dois últimos episódios, previstos para os cinemas em 2017 e 2019. Restam vagas para dois cruzeiros nesta temporada, com saídas nos dias 2 e 16 de abril, de Porto Canaveral, na Flórida. Há pacotes para duas pessoas por cabine, a partir de US$ 3.500 (R$ 12,6 mil). Em disneycruise.disney.go.com, é possível comprar para já ou programar o passeio para o começo de 2017 –são oito viagens com saídas entre 14 de janeiro e 8 de abril. O trajeto: de Porto Canaveral, o navio passa pela ilha mexicana Cozumel, por Grande Cayman e pela ilha da Disney, a Castaway Cay. O Disney Fantasy é o maior navio do grupo, recebendo até 4.000 pessoas. Dispostos em 14 deques, os ambientes são variados o bastante para que cada passageiro encontre seus cantos favoritos. Cruzeiro Star Wars CRIANÇAS E ADULTOS As crianças, claro, têm primazia entre espaços que reproduzem do quarto de brinquedos de "Toy Story" à fábrica de portas mágicas de "Monstros S/A" –motivos de inveja dos adultos, que só podem ficar assistindo. Os maiores têm seus próprios bares, lounges, ofurôs e piscinas vetadas à criançada. As famílias se encontram mais nas refeições. Por causa da invasão dos heróis e vilões de uma galáxia muito, muito distante, a sala de cinema a bordo, com conforto e som impecáveis, exibia uma maratona dos filmes da saga, incluindo o mais recente, "Episódio 7: O Despertar da Força." É só nos dias em que o Fantasy faz suas paradas nas ilhas que o cruzeiro, de certa forma, volta à "normalidade". Cozumel e Grande Cayman são semelhantes à primeira impressão: praias bonitas, de águas claras, e comércio atraente. A diferença está nos "bastidores". A ilha mexicana se revela pobre quando se ultrapassa a região turística. Já Grande Cayman, com seus bancos, é rica. Investigá-la além da areia branca é encontrar prédios e condomínios luxuosos –em um deles mora o ator veterano Gene Hackman, a aproveitar sua aposentadoria das telas numa propriedade deslumbrante. Castaway Cay, mais do que uma ilha, é um parque de diversões. A Disney é dona do local e transformou tudo em uma extensão do navio em terra firme, com restaurantes gratuitos e transporte para todos os cantos. Na compra, o cliente já escolhe seu pacote de atividades por ali, como pesca submarina e passeios de bicicleta e a cavalo. Nos sete dias, só uma coisa se sobrepõe à presença de Darth Vader ou à experiência de mergulhar pela primeira vez no mar do Caribe: a dedicação extrema da equipe para satisfazer os passageiros. Um elo forte é criado com quem atende o viajante. A cada noite o jantar é servido em um restaurante diferente do navio, mas em todos o chef, o garçom e seu assistente são os mesmos para cada passageiro. Em uma semana, praticamente uma amizade se forma. 'TURISTAS JEDIS' Primeiro, são as camisetas. Você ainda não entrou no navio, mas, na fila para receber seu cartão de passageiro, já está cercado de gente com camisetas estampadas com Luke, Darth Vader, Yoda e outros tipos bem conhecidos. No cruzeiro Star Wars Day at Sea, o famoso camundongo Mickey tem de concorrer com uma fauna muito estranha. Não, não são os personagens de "Star Wars" –mas os fãs de "Star Wars"! Na conversa com os tripulantes do Disney Fantasy, uma constatação. Enquanto nos cruzeiros tradicionais os pais trazem os filhos para que eles se divirtam, naquele quem realmente quer ir são os adultos. As crianças pegam carona, são aprendizes de Jedi, ainda descobrindo o universo de George Lucas. Desde o primeiro dia, quando muitas famílias recebem fantasias e brinquedos encomendados antes da viagem, os corredores ficam cada vez mais perigosos. Aumenta o risco de você levar um golpe de sabre de luz –de plástico– desferido por um pequeno herói ainda aprendendo a manejá-lo. Mas nada, nada mesmo, se compara ao impacto de ir tomar café da manhã. Você chega a um dos restaurantes, ainda sonolento, e dá de cara com famílias inteiras fantasiadas. De pequenos Chewbaccas que nem sabem falar direito debaixo de toda aquela pelagem falsa a vovós com o inconfundível penteado "fone de ouvido" da Princesa Leia, ninguém fica de fora. Ainda pela manhã, atores começam a percorrer o navio caracterizados de personagens da saga, causando comoção. Às vezes, as fantasias dos hóspedes são tão bem feitas que fica difícil diferenciar um ator de um fã caprichoso. A elite de "Star Wars" não dá as caras pelos corredores: Chewbacca, os robôs R2D2 e C3PO e o vilão Darth Vader permanecem, separados, em alguns dos lounges do navio. Os passageiros precisam marcar horário para ir até cada um dos ídolos para as fotos. À noite, um show no deque superior, onde todos aparecem no palco –e no telão–, simulando lutas e atraindo a atenção até o grande final, com fogos de artifício. Pelo menos nesse dia, Mickey e Donald viram apenas espectadores dos heróis espaciais. O jornalista viajou a convite da Disney Cruise Line
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Cruzeiro da Disney reúne personagens de 'Star Wars' e turistas fantasiadosTransporte um dos parques da Disney para o mar e você terá a ideia aproximada de como é navegar em um dos quatro navios de cruzeiro do grupo do Mickey. E tudo se potencializa quando o assunto é o mais imponente deles, que ganhou um passeio temático. A Disney Cruise Line começou a operar neste semestre o Star Wars Day at Sea, motivado pelo lançamento, em dezembro, do sétimo filme da saga criada por George Lucas – a empresa é a atual detentora dos direitos dos filmes anteriores e produtora dos dois últimos episódios, previstos para os cinemas em 2017 e 2019. Restam vagas para dois cruzeiros nesta temporada, com saídas nos dias 2 e 16 de abril, de Porto Canaveral, na Flórida. Há pacotes para duas pessoas por cabine, a partir de US$ 3.500 (R$ 12,6 mil). Em disneycruise.disney.go.com, é possível comprar para já ou programar o passeio para o começo de 2017 –são oito viagens com saídas entre 14 de janeiro e 8 de abril. O trajeto: de Porto Canaveral, o navio passa pela ilha mexicana Cozumel, por Grande Cayman e pela ilha da Disney, a Castaway Cay. O Disney Fantasy é o maior navio do grupo, recebendo até 4.000 pessoas. Dispostos em 14 deques, os ambientes são variados o bastante para que cada passageiro encontre seus cantos favoritos. Cruzeiro Star Wars CRIANÇAS E ADULTOS As crianças, claro, têm primazia entre espaços que reproduzem do quarto de brinquedos de "Toy Story" à fábrica de portas mágicas de "Monstros S/A" –motivos de inveja dos adultos, que só podem ficar assistindo. Os maiores têm seus próprios bares, lounges, ofurôs e piscinas vetadas à criançada. As famílias se encontram mais nas refeições. Por causa da invasão dos heróis e vilões de uma galáxia muito, muito distante, a sala de cinema a bordo, com conforto e som impecáveis, exibia uma maratona dos filmes da saga, incluindo o mais recente, "Episódio 7: O Despertar da Força." É só nos dias em que o Fantasy faz suas paradas nas ilhas que o cruzeiro, de certa forma, volta à "normalidade". Cozumel e Grande Cayman são semelhantes à primeira impressão: praias bonitas, de águas claras, e comércio atraente. A diferença está nos "bastidores". A ilha mexicana se revela pobre quando se ultrapassa a região turística. Já Grande Cayman, com seus bancos, é rica. Investigá-la além da areia branca é encontrar prédios e condomínios luxuosos –em um deles mora o ator veterano Gene Hackman, a aproveitar sua aposentadoria das telas numa propriedade deslumbrante. Castaway Cay, mais do que uma ilha, é um parque de diversões. A Disney é dona do local e transformou tudo em uma extensão do navio em terra firme, com restaurantes gratuitos e transporte para todos os cantos. Na compra, o cliente já escolhe seu pacote de atividades por ali, como pesca submarina e passeios de bicicleta e a cavalo. Nos sete dias, só uma coisa se sobrepõe à presença de Darth Vader ou à experiência de mergulhar pela primeira vez no mar do Caribe: a dedicação extrema da equipe para satisfazer os passageiros. Um elo forte é criado com quem atende o viajante. A cada noite o jantar é servido em um restaurante diferente do navio, mas em todos o chef, o garçom e seu assistente são os mesmos para cada passageiro. Em uma semana, praticamente uma amizade se forma. 'TURISTAS JEDIS' Primeiro, são as camisetas. Você ainda não entrou no navio, mas, na fila para receber seu cartão de passageiro, já está cercado de gente com camisetas estampadas com Luke, Darth Vader, Yoda e outros tipos bem conhecidos. No cruzeiro Star Wars Day at Sea, o famoso camundongo Mickey tem de concorrer com uma fauna muito estranha. Não, não são os personagens de "Star Wars" –mas os fãs de "Star Wars"! Na conversa com os tripulantes do Disney Fantasy, uma constatação. Enquanto nos cruzeiros tradicionais os pais trazem os filhos para que eles se divirtam, naquele quem realmente quer ir são os adultos. As crianças pegam carona, são aprendizes de Jedi, ainda descobrindo o universo de George Lucas. Desde o primeiro dia, quando muitas famílias recebem fantasias e brinquedos encomendados antes da viagem, os corredores ficam cada vez mais perigosos. Aumenta o risco de você levar um golpe de sabre de luz –de plástico– desferido por um pequeno herói ainda aprendendo a manejá-lo. Mas nada, nada mesmo, se compara ao impacto de ir tomar café da manhã. Você chega a um dos restaurantes, ainda sonolento, e dá de cara com famílias inteiras fantasiadas. De pequenos Chewbaccas que nem sabem falar direito debaixo de toda aquela pelagem falsa a vovós com o inconfundível penteado "fone de ouvido" da Princesa Leia, ninguém fica de fora. Ainda pela manhã, atores começam a percorrer o navio caracterizados de personagens da saga, causando comoção. Às vezes, as fantasias dos hóspedes são tão bem feitas que fica difícil diferenciar um ator de um fã caprichoso. A elite de "Star Wars" não dá as caras pelos corredores: Chewbacca, os robôs R2D2 e C3PO e o vilão Darth Vader permanecem, separados, em alguns dos lounges do navio. Os passageiros precisam marcar horário para ir até cada um dos ídolos para as fotos. À noite, um show no deque superior, onde todos aparecem no palco –e no telão–, simulando lutas e atraindo a atenção até o grande final, com fogos de artifício. Pelo menos nesse dia, Mickey e Donald viram apenas espectadores dos heróis espaciais. O jornalista viajou a convite da Disney Cruise Line
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Instalação na Casa do Povo, mostra sobre Antonioni e mais 5 dicas
EXPOSIÇÃO | ASSIM ELAS COMEMORAM A VITÓRIA A artista israelense Yael Bartana criou uma instalação para o centro cultural Casa do Povo. A obra, que ocupa o hall do edifício, apresenta a frase "Assim elas comemoram a vitória" em um letreiro neon. A passagem foi adaptada de um folheto de 1946 sobre a abertura da casa, em que se lia inscrição similar, "assim eles comemoraram a vitória", em referência ao triunfo contra o nazifascismo. A entidade foi concebida justamente como monumento a esse êxito. A troca do pronome reconhece a participação feminina na história da instituição, e a mudança temporal do verbo traz para o presente a ideia da Casa enquanto espaço de resistência. Casa do Povo | tel. 3227-4015 | permanente | grátis * EXPOSIÇÃO | CONCEIÇÃO EVARISTO A mostra da série "Ocupação" aborda a vida e a obra da escritora mineira Conceição Evaristo. Do nascimento na favela a seus livros mais recentes, a trajetória da autora negra é apresentada em textos, fotografias, objetos, manuscritos e cartas. No dia 10, a própria escritora ministra masterclass. Itaú Cultural | tel. 2168-1776 | a partir de qui. (4); ter. a sex., das 9h às 20h; sáb., dom. e feriados, das 11h às 20h | grátis | até 18/6 * CURSO | PROJETO MODERNO BRASILEIRO A série "A Academia Ocupa o Ateliê" promove três aulas sobre o projeto moderno brasileiro nas áreas de filosofia, artes visuais, fotografia, literatura e arquitetura. Anderson Gonçalves, professor de literatura da USP, introduz o projeto, seus avanços e contradições. Heloisa Espada, curadora do Instituto Moreira Salles, aborda as circunstâncias que propiciaram o desenvolvimento da arte concreta e da fotografia moderna, e Rodrigo Queiroz, professor da FAU-USP e da Escola do Masp, examina a concepção de Brasília. Ateliê 397 | tel. 3865-2220 | ter. (9, 16 e 23/5), às 19h30 | R$ 200 (inteira) e R$ 150 (estudantes) | inscrições: goo.gl/forms/5lLR5UmDAT6mg3lu1 * CINEMA | CINE SIN LIMITES A mostra reúne 70 curtas-metragens de três nomes do cinema experimental argentino: Claudio Caldini, Jorge Honik e Narcisa Hirsch. O trio integrava um grupo de diretores influenciados pelo artista canadense Michael Snow e pelo cineasta alemão Werner Nekes (1944-2017), que, dos anos 1960 aos 1980, se reunia para compartilhar seus filmes, a maioria em 8 mm ou super-8. Em suas obras, Caldini busca extravasar as limitações humanas conectando-se à natureza, Honik compõe divertidas crônicas fílmicas e Hirsch joga com o limite entre realidade e ficção em breves autobiografias. Os diretores estarão presentes em algumas sessões do festival. Centro Cultural SP | tel. (11) 3397-4002 | a partir de qui. (4) | R$ 2 a R$ 4 | até 14/5 Trailer Cine Sin Limites * LANÇAMENTO | ARABIA BRASILICA Alberto Sismondini, docente na Universidade de Coimbra, analisa a produção brasileira de autores de origem libanesa. Para isso, considera três escritores: Salim Miguel (1924-2016), que transforma em romance ("Nur na Escuridão") a diáspora de sua família, Milton Hatoum, autor de "Dois Irmãos", e Raduan Nassar, de "Lavoura Arcaica" e "Copo de Cólera". Ateliê Editorial | R$ 40 * TEATRO | UM BERÇO DE PEDRA O espetáculo apresenta cinco textos do dramaturgo Newton Moreno sobre a maternidade como resistência. Entre as personagens estão uma mulher em busca do filho desaparecido, outra às voltas com uma gravidez que é fruto de um estupro, uma presidiária condenada por infanticídio e uma mãe que vende o filho. A montagem é dirigida por William Pereira. Tusp | tel. (11) 3123-5223 | qui. a sáb., às 21h; dom., às 19h | R$ 25 a R$ 50 | até 7/5 * CINEMA | AVENTURA ANTONIONI A retrospectiva abarca quase toda a obra do cineasta Michelangelo Antonioni (1912-2007). Na segunda (1º), serão exibidos curtas documentários do início de sua carreira, como "Gente do Pó" (1947). Na quinta (4), é a vez de "Identificação de uma Mulher" (1982). Haverá ainda masterclass com o crítico italiano Adriano Aprà (dia 17, às 19h, com retirada de senha uma hora antes)CCBB - SP | tel. (11) 3113-3651 | R$ 5 a R$ 10 | até 22/5
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Instalação na Casa do Povo, mostra sobre Antonioni e mais 5 dicasEXPOSIÇÃO | ASSIM ELAS COMEMORAM A VITÓRIA A artista israelense Yael Bartana criou uma instalação para o centro cultural Casa do Povo. A obra, que ocupa o hall do edifício, apresenta a frase "Assim elas comemoram a vitória" em um letreiro neon. A passagem foi adaptada de um folheto de 1946 sobre a abertura da casa, em que se lia inscrição similar, "assim eles comemoraram a vitória", em referência ao triunfo contra o nazifascismo. A entidade foi concebida justamente como monumento a esse êxito. A troca do pronome reconhece a participação feminina na história da instituição, e a mudança temporal do verbo traz para o presente a ideia da Casa enquanto espaço de resistência. Casa do Povo | tel. 3227-4015 | permanente | grátis * EXPOSIÇÃO | CONCEIÇÃO EVARISTO A mostra da série "Ocupação" aborda a vida e a obra da escritora mineira Conceição Evaristo. Do nascimento na favela a seus livros mais recentes, a trajetória da autora negra é apresentada em textos, fotografias, objetos, manuscritos e cartas. No dia 10, a própria escritora ministra masterclass. Itaú Cultural | tel. 2168-1776 | a partir de qui. (4); ter. a sex., das 9h às 20h; sáb., dom. e feriados, das 11h às 20h | grátis | até 18/6 * CURSO | PROJETO MODERNO BRASILEIRO A série "A Academia Ocupa o Ateliê" promove três aulas sobre o projeto moderno brasileiro nas áreas de filosofia, artes visuais, fotografia, literatura e arquitetura. Anderson Gonçalves, professor de literatura da USP, introduz o projeto, seus avanços e contradições. Heloisa Espada, curadora do Instituto Moreira Salles, aborda as circunstâncias que propiciaram o desenvolvimento da arte concreta e da fotografia moderna, e Rodrigo Queiroz, professor da FAU-USP e da Escola do Masp, examina a concepção de Brasília. Ateliê 397 | tel. 3865-2220 | ter. (9, 16 e 23/5), às 19h30 | R$ 200 (inteira) e R$ 150 (estudantes) | inscrições: goo.gl/forms/5lLR5UmDAT6mg3lu1 * CINEMA | CINE SIN LIMITES A mostra reúne 70 curtas-metragens de três nomes do cinema experimental argentino: Claudio Caldini, Jorge Honik e Narcisa Hirsch. O trio integrava um grupo de diretores influenciados pelo artista canadense Michael Snow e pelo cineasta alemão Werner Nekes (1944-2017), que, dos anos 1960 aos 1980, se reunia para compartilhar seus filmes, a maioria em 8 mm ou super-8. Em suas obras, Caldini busca extravasar as limitações humanas conectando-se à natureza, Honik compõe divertidas crônicas fílmicas e Hirsch joga com o limite entre realidade e ficção em breves autobiografias. Os diretores estarão presentes em algumas sessões do festival. Centro Cultural SP | tel. (11) 3397-4002 | a partir de qui. (4) | R$ 2 a R$ 4 | até 14/5 Trailer Cine Sin Limites * LANÇAMENTO | ARABIA BRASILICA Alberto Sismondini, docente na Universidade de Coimbra, analisa a produção brasileira de autores de origem libanesa. Para isso, considera três escritores: Salim Miguel (1924-2016), que transforma em romance ("Nur na Escuridão") a diáspora de sua família, Milton Hatoum, autor de "Dois Irmãos", e Raduan Nassar, de "Lavoura Arcaica" e "Copo de Cólera". Ateliê Editorial | R$ 40 * TEATRO | UM BERÇO DE PEDRA O espetáculo apresenta cinco textos do dramaturgo Newton Moreno sobre a maternidade como resistência. Entre as personagens estão uma mulher em busca do filho desaparecido, outra às voltas com uma gravidez que é fruto de um estupro, uma presidiária condenada por infanticídio e uma mãe que vende o filho. A montagem é dirigida por William Pereira. Tusp | tel. (11) 3123-5223 | qui. a sáb., às 21h; dom., às 19h | R$ 25 a R$ 50 | até 7/5 * CINEMA | AVENTURA ANTONIONI A retrospectiva abarca quase toda a obra do cineasta Michelangelo Antonioni (1912-2007). Na segunda (1º), serão exibidos curtas documentários do início de sua carreira, como "Gente do Pó" (1947). Na quinta (4), é a vez de "Identificação de uma Mulher" (1982). Haverá ainda masterclass com o crítico italiano Adriano Aprà (dia 17, às 19h, com retirada de senha uma hora antes)CCBB - SP | tel. (11) 3113-3651 | R$ 5 a R$ 10 | até 22/5
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Após filme, SeaWorld vem ao Brasil para explicar possíveis maus-tratos
Preocupado em atrair os brasileiros, o SeaWorld, parque americano famoso por apresentações de animais marinhos, veio ao país nesta semana para promover a construção de um novo ambiente para suas orcas. Além dos encontros já promovidos com agentes de viagem, foram realizadas apresentações em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte para a imprensa especializada e blogueiros que falam de Orlando (EUA). A iniciativa acontece em um momento delicado para o parque. Lançado em 2013, o documentário "Blackfish" denunciou maus tratos recebidos pelas baleias no SeaWorld, o que pode ter resultado na morte da treinadora Dawn Brancheau, atacada por um dos animais, em 2010. O filme aponta os tanques apertados e a obrigação de participar de apresentações em troca de comida como causas de a baleia Tilikum ter matado sua treinadora. Após o lançamento do filme, o SeaWorld registrou queda no público. No primeiro trimestre deste ano, porém, viu o número de visitantes crescer 5,6%, mas segue acumulando prejuízo. É aí que entra a iniciativa de apresentar no Brasil o novo espaço das orcas, chamado de Blue World. Brasileiros estão atrás apenas dos britânicos entre os maiores visitantes estrangeiros do parque. A área, cuja inauguração na sede de San Diego, na Califórnia, está prevista para 2018, terá 38 milhões de litros de água, quase o dobro dos tanques atuais, de acordo com a companhia. O parque afirma que o Blue World foi elaborado antes da divulgação do documentário. "Só poderemos fazer comparações quando o espaço for lançado. Nossos estudos mostram que o estresse dos animais agora é baixo", diz Gisele Montano, pesquisadora brasileira do SeaWorld. Após trocar o presidente-executivo e sofrer três processos na Justiça em 2015, o SeaWorld diz que as críticas de antigos treinadores no filme "Blackfish" foram retiradas do contexto. ANIMAIS SAUDÁVEIS Montano também criticou as alegações do documentário sobre as condições dos animais no parque, principalmente suas 30 orcas, e afirmou estarem todos saudáveis, incluindo Tilikum, que continua participando das apresentações. No entanto, como a baleia já se envolveu na morte de três pessoas —além de Brancheau, morreu também uma treinadora em um parque no Canadá, além de um homem que invadiu as instalações do SeaWorld—, a empresa estabeleceu protocolos especiais para cuidar de sua orca macho. "Fisicamente ele está saudável. Só que ele aprendeu no parque do Canadá que, se tiver uma pessoa na água, ele pega com a boca. E, uma vez que aprendeu algo, não dá para desaprender. É igual a um cachorro que late quando tem alguém no portão de casa", diz a pesquisadora. Ela também citou um estudo recentemente publicado pela Editora Oxford que aponta a expectativa de vida das baleias do SeaWorld ser parecida com a dos animais na vida selvagem, em que 97% morrem antes de completar 50 anos. A pesquisa se tornou uma resposta a um dos processos na Justiça dos EUA. Nele, o SeaWorld é acusado de dar informações erradas sobre os animais, como o tempo de vida, para fazer parecer que eles não sofrem no cativeiro. "Eu acho que a expectativa de vida no parque, na verdade, é maior. É parecido com os seres humanos, como a medicina evoluiu, passamos a viver mais", declara Montano, ressaltando o acompanhamento médico que os animais têm no parque. Ela cita um pinguim que passou por um tratamento com células-tronco como exemplo dos tratamentos avançados para os animais. Após a morte de Brancheau, a Justiça americana proibiu os treinadores do SeaWorld de participar das apresentações com as baleias dentro da água. O parque disse que não tem expectativa de mudar a decisão judicial.
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Após filme, SeaWorld vem ao Brasil para explicar possíveis maus-tratosPreocupado em atrair os brasileiros, o SeaWorld, parque americano famoso por apresentações de animais marinhos, veio ao país nesta semana para promover a construção de um novo ambiente para suas orcas. Além dos encontros já promovidos com agentes de viagem, foram realizadas apresentações em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte para a imprensa especializada e blogueiros que falam de Orlando (EUA). A iniciativa acontece em um momento delicado para o parque. Lançado em 2013, o documentário "Blackfish" denunciou maus tratos recebidos pelas baleias no SeaWorld, o que pode ter resultado na morte da treinadora Dawn Brancheau, atacada por um dos animais, em 2010. O filme aponta os tanques apertados e a obrigação de participar de apresentações em troca de comida como causas de a baleia Tilikum ter matado sua treinadora. Após o lançamento do filme, o SeaWorld registrou queda no público. No primeiro trimestre deste ano, porém, viu o número de visitantes crescer 5,6%, mas segue acumulando prejuízo. É aí que entra a iniciativa de apresentar no Brasil o novo espaço das orcas, chamado de Blue World. Brasileiros estão atrás apenas dos britânicos entre os maiores visitantes estrangeiros do parque. A área, cuja inauguração na sede de San Diego, na Califórnia, está prevista para 2018, terá 38 milhões de litros de água, quase o dobro dos tanques atuais, de acordo com a companhia. O parque afirma que o Blue World foi elaborado antes da divulgação do documentário. "Só poderemos fazer comparações quando o espaço for lançado. Nossos estudos mostram que o estresse dos animais agora é baixo", diz Gisele Montano, pesquisadora brasileira do SeaWorld. Após trocar o presidente-executivo e sofrer três processos na Justiça em 2015, o SeaWorld diz que as críticas de antigos treinadores no filme "Blackfish" foram retiradas do contexto. ANIMAIS SAUDÁVEIS Montano também criticou as alegações do documentário sobre as condições dos animais no parque, principalmente suas 30 orcas, e afirmou estarem todos saudáveis, incluindo Tilikum, que continua participando das apresentações. No entanto, como a baleia já se envolveu na morte de três pessoas —além de Brancheau, morreu também uma treinadora em um parque no Canadá, além de um homem que invadiu as instalações do SeaWorld—, a empresa estabeleceu protocolos especiais para cuidar de sua orca macho. "Fisicamente ele está saudável. Só que ele aprendeu no parque do Canadá que, se tiver uma pessoa na água, ele pega com a boca. E, uma vez que aprendeu algo, não dá para desaprender. É igual a um cachorro que late quando tem alguém no portão de casa", diz a pesquisadora. Ela também citou um estudo recentemente publicado pela Editora Oxford que aponta a expectativa de vida das baleias do SeaWorld ser parecida com a dos animais na vida selvagem, em que 97% morrem antes de completar 50 anos. A pesquisa se tornou uma resposta a um dos processos na Justiça dos EUA. Nele, o SeaWorld é acusado de dar informações erradas sobre os animais, como o tempo de vida, para fazer parecer que eles não sofrem no cativeiro. "Eu acho que a expectativa de vida no parque, na verdade, é maior. É parecido com os seres humanos, como a medicina evoluiu, passamos a viver mais", declara Montano, ressaltando o acompanhamento médico que os animais têm no parque. Ela cita um pinguim que passou por um tratamento com células-tronco como exemplo dos tratamentos avançados para os animais. Após a morte de Brancheau, a Justiça americana proibiu os treinadores do SeaWorld de participar das apresentações com as baleias dentro da água. O parque disse que não tem expectativa de mudar a decisão judicial.
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Pesquisadores e estudantes marcham na Paulista contra cortes na ciência
A 3ª edição da Marcha pela Ciência em São Paulo, realizada neste domingo (8) na avenida Paulista, reuniu, segundo os organizadores, mais de mil pessoas, entre pesquisadores, professores universitários, estudantes de graduação e pós-graduação, além de simpatizantes. A principal motivação do ato deste domingo, o maior entre os três já realizados, foi protestar contra os cortes de cerca de 40% do governo Michael Temer no orçamento da ciência brasileira. A revitalização dos Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo e a situação das universidades públicas também integraram a pauta da manifestação. "Não estamos brigando por aumento de salário; estamos brigando para ter recursos para trabalhar. Tentamos mostrar às pessoas que a ciência está em tudo, na descoberta e na exploração do pré-sal, nos aviões da Embraer, nas sementes da Embrapa, no combate à zika etc", diz Helena Nader, pesquisadora da Unifesp e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Os manifestantes se reuniram em frente ao Masp, marcharam até a rua da Consolação e retornaram ao Masp. Muitas pessoas usavam camisetas pretas. Durante a caminhada, a passeata foi ganhando corpo, inclusive com a participação de pessoas que passeavam na Paulista, e chegou a ocupar cerca de uma quadra e meia da avenida. "A adesão foi acima das nossas expectativas, considerando as marchas anteriores e a possibilidade de chuva" diz Marcos Buckeridge, professor da USP e um dos organizadores do evento. "É importante salientar", prossegue, "a diversidade da marcha. Tivemos alunos de graduação, da pós-graduação, professores jovens, mais velhos, diretores de instituto, pesquisadores aposentados". Com cartazes que pediam o fim dos cortes e enfatizavam a importância da ciência no dia a dia, os manifestantes entoaram gritos de "vem pra rua pela ciência", "sem ciência, é zika" e "Fora, Temer". "Já estamos pensando na quarta marcha, mas gostaríamos que fosse diferente dessa, algo em que pudéssemos nos juntar e mostrar a ciência às pessoas", afirma Buckeridge.
ciencia
Pesquisadores e estudantes marcham na Paulista contra cortes na ciênciaA 3ª edição da Marcha pela Ciência em São Paulo, realizada neste domingo (8) na avenida Paulista, reuniu, segundo os organizadores, mais de mil pessoas, entre pesquisadores, professores universitários, estudantes de graduação e pós-graduação, além de simpatizantes. A principal motivação do ato deste domingo, o maior entre os três já realizados, foi protestar contra os cortes de cerca de 40% do governo Michael Temer no orçamento da ciência brasileira. A revitalização dos Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo e a situação das universidades públicas também integraram a pauta da manifestação. "Não estamos brigando por aumento de salário; estamos brigando para ter recursos para trabalhar. Tentamos mostrar às pessoas que a ciência está em tudo, na descoberta e na exploração do pré-sal, nos aviões da Embraer, nas sementes da Embrapa, no combate à zika etc", diz Helena Nader, pesquisadora da Unifesp e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Os manifestantes se reuniram em frente ao Masp, marcharam até a rua da Consolação e retornaram ao Masp. Muitas pessoas usavam camisetas pretas. Durante a caminhada, a passeata foi ganhando corpo, inclusive com a participação de pessoas que passeavam na Paulista, e chegou a ocupar cerca de uma quadra e meia da avenida. "A adesão foi acima das nossas expectativas, considerando as marchas anteriores e a possibilidade de chuva" diz Marcos Buckeridge, professor da USP e um dos organizadores do evento. "É importante salientar", prossegue, "a diversidade da marcha. Tivemos alunos de graduação, da pós-graduação, professores jovens, mais velhos, diretores de instituto, pesquisadores aposentados". Com cartazes que pediam o fim dos cortes e enfatizavam a importância da ciência no dia a dia, os manifestantes entoaram gritos de "vem pra rua pela ciência", "sem ciência, é zika" e "Fora, Temer". "Já estamos pensando na quarta marcha, mas gostaríamos que fosse diferente dessa, algo em que pudéssemos nos juntar e mostrar a ciência às pessoas", afirma Buckeridge.
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Fotógrafo retrata cotidiano de São Paulo vazia no primeiro dia do ano
O jornalista e fotógrafo Fernando Costa Netto, idealizador da Mostra SP de Fotografia, fechou o ano de 2015 mostrando o seu olhar sobre São Paulo no projeto #168horas, da revista sãopaulo.
tv
Fotógrafo retrata cotidiano de São Paulo vazia no primeiro dia do anoO jornalista e fotógrafo Fernando Costa Netto, idealizador da Mostra SP de Fotografia, fechou o ano de 2015 mostrando o seu olhar sobre São Paulo no projeto #168horas, da revista sãopaulo.
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São Paulo terá que optar por goleiro inexperiente ou que volta de cirurgia
Em um dos jogos mais importantes do ano, o técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, terá que fazer uma escolha difícil para decidir o substituto do goleiro Denis, no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, na quinta-feira (28), contra o Toluca (MEX), no Morumbi. Com a expulsão do goleiro titular contra o The Strongest (BOL) na quinta (21), o São Paulo pode se ver obrigado a colocar um goleiro com experiência profissional de apenas um jogo e meio, um que retorna de cirurgia, ou outro de apenas 18 anos de idade. Desde o primeiro jogo contra o River Plate (ARG), no dia 10 de março, o reserva tem sido o desconhecido Leo, 25. O goleiro começou nas categorias de base do São Paulo, em 2004, e foi para o time principal em 2008. Apesar disso, sua experiência é pouca. Como profissional, fez apenas um jogo e meio: um amistoso pelo São Paulo contra o Londrina, em 2013, e meio jogo quando esteve emprestado para o Linense, em 2014. A inexperiência fica evidente no perfil do goleiro, disponibilizado no site do clube. Com poucos feitos na carreira, a descrição dá bastante destaque a aspectos extracampo de Leo. "Menos eletrônico que os companheiros, gosta de soltar pipas. Além disso, seu prato preferido é camarão na moranga", diz o texto, que também fala das passagens do goleiro pela seleção de base. A condição de Leo como reserva imediato de Denis só surgiu por causa de um problema médico de Renan Ribeiro, 26, que teve uma apendicite no começo de março e passou por cirurgia. Afastado dos treinos com o restante do elenco desde então, Renan, que chegou ao clube em 2013, concluiu sua recuperação e já treina com o grupo neste fim de semana. MELHOR ESCOLHA Para Haroldo Lamounier, treinador de goleiros da equipe principal do São Paulo até a última temporada, Renan é a melhor escolha. "É atleta experiente, já jogou pelo Atlético-MG, pela seleção [de base]. Pelo currículo, eu apostaria nele". O goleiro estreou no time mineiro em 2010 e revezou na posição de titular até 2012, quando Victor foi contratado. Foram 66 jogos pelo Atlético-MG e agora 11 no São Paulo. Sem ritmo devido à cirurgia, Renan terá poucos dias para mostrar a Bauza que pode substituir Denis e até assumir a titularidade. Segundo Lamounier, a ideia para este ano era promover a disputa entre Denis e ele. Para o ex-goleiro Waldir Peres, ídolo são-paulino, a situação é favorável a Renan. "O Denis pode ser um grande goleiro, mas foi desclassificado do Paulista. Não foi culpa dele, mas pesa", diz. "No jogo contra o Strongest, faltou experiência na expulsão dele. Aí atrapalha o São Paulo e a própria carreira". "Esse é o momento em que não se pode errar, porque as coisas se complicam e torcida e diretoria reclamam. Vai acabar trocando de goleiro". Segundo Luiz Cunha, diretor de futebol do clube, isso não deve acontecer. De acordo com o dirigente, a diretoria está tentando a renovação do contrato de Denis, que se encerra em agosto deste ano. "Essa é a intenção e há negociações em andamento". A terceira opção de Bauza é zebra na disputa. Lucas Perri, 18, é destaque da base são-paulina. Titular na Copa São Paulo e no título da Libertadores sub-20 deste ano, o goleiro tem feito bons treinamentos com o time principal. "Esse garoto terminou muito bem a temporada. Das férias passou direto para o profissional", conta Lamounier, que agora está nas equipes de base do São Paulo. A possibilidade é remota, mas Waldir Peres lembra que assumiu sua vaga no São Paulo com apenas 21 anos e aproveita para dar uma dica. "Dependendo da capacidade, da moral e da personalidade do jogador, ele supera essas condições. Oportunidade aparece para todo mundo. Só depende do próprio jogador", afirma o ex-goleiro.
esporte
São Paulo terá que optar por goleiro inexperiente ou que volta de cirurgiaEm um dos jogos mais importantes do ano, o técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, terá que fazer uma escolha difícil para decidir o substituto do goleiro Denis, no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, na quinta-feira (28), contra o Toluca (MEX), no Morumbi. Com a expulsão do goleiro titular contra o The Strongest (BOL) na quinta (21), o São Paulo pode se ver obrigado a colocar um goleiro com experiência profissional de apenas um jogo e meio, um que retorna de cirurgia, ou outro de apenas 18 anos de idade. Desde o primeiro jogo contra o River Plate (ARG), no dia 10 de março, o reserva tem sido o desconhecido Leo, 25. O goleiro começou nas categorias de base do São Paulo, em 2004, e foi para o time principal em 2008. Apesar disso, sua experiência é pouca. Como profissional, fez apenas um jogo e meio: um amistoso pelo São Paulo contra o Londrina, em 2013, e meio jogo quando esteve emprestado para o Linense, em 2014. A inexperiência fica evidente no perfil do goleiro, disponibilizado no site do clube. Com poucos feitos na carreira, a descrição dá bastante destaque a aspectos extracampo de Leo. "Menos eletrônico que os companheiros, gosta de soltar pipas. Além disso, seu prato preferido é camarão na moranga", diz o texto, que também fala das passagens do goleiro pela seleção de base. A condição de Leo como reserva imediato de Denis só surgiu por causa de um problema médico de Renan Ribeiro, 26, que teve uma apendicite no começo de março e passou por cirurgia. Afastado dos treinos com o restante do elenco desde então, Renan, que chegou ao clube em 2013, concluiu sua recuperação e já treina com o grupo neste fim de semana. MELHOR ESCOLHA Para Haroldo Lamounier, treinador de goleiros da equipe principal do São Paulo até a última temporada, Renan é a melhor escolha. "É atleta experiente, já jogou pelo Atlético-MG, pela seleção [de base]. Pelo currículo, eu apostaria nele". O goleiro estreou no time mineiro em 2010 e revezou na posição de titular até 2012, quando Victor foi contratado. Foram 66 jogos pelo Atlético-MG e agora 11 no São Paulo. Sem ritmo devido à cirurgia, Renan terá poucos dias para mostrar a Bauza que pode substituir Denis e até assumir a titularidade. Segundo Lamounier, a ideia para este ano era promover a disputa entre Denis e ele. Para o ex-goleiro Waldir Peres, ídolo são-paulino, a situação é favorável a Renan. "O Denis pode ser um grande goleiro, mas foi desclassificado do Paulista. Não foi culpa dele, mas pesa", diz. "No jogo contra o Strongest, faltou experiência na expulsão dele. Aí atrapalha o São Paulo e a própria carreira". "Esse é o momento em que não se pode errar, porque as coisas se complicam e torcida e diretoria reclamam. Vai acabar trocando de goleiro". Segundo Luiz Cunha, diretor de futebol do clube, isso não deve acontecer. De acordo com o dirigente, a diretoria está tentando a renovação do contrato de Denis, que se encerra em agosto deste ano. "Essa é a intenção e há negociações em andamento". A terceira opção de Bauza é zebra na disputa. Lucas Perri, 18, é destaque da base são-paulina. Titular na Copa São Paulo e no título da Libertadores sub-20 deste ano, o goleiro tem feito bons treinamentos com o time principal. "Esse garoto terminou muito bem a temporada. Das férias passou direto para o profissional", conta Lamounier, que agora está nas equipes de base do São Paulo. A possibilidade é remota, mas Waldir Peres lembra que assumiu sua vaga no São Paulo com apenas 21 anos e aproveita para dar uma dica. "Dependendo da capacidade, da moral e da personalidade do jogador, ele supera essas condições. Oportunidade aparece para todo mundo. Só depende do próprio jogador", afirma o ex-goleiro.
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Arqueólogos fazem 'descoberta inédita' de cemitério filisteu em Israel
Pesquisadores em Israel afirmam ter descoberto um cemitério filisteu –seria, segundo eles, o primeiro a ser encontrado na história. O achado, ocorrido em 2013 e tornado público neste domingo (10), pode trazer respostas sobre o antigo mistério em torno da origem do povo. A descoberta marcou o fim da escavação realizada pela Expedição Leon Levy na região do Parque Nacional de Ashkelon, no sul de Israel. Os trabalhos duraram 30 anos. Os líderes da pesquisa dizem ter encontrado 145 conjuntos de restos mortais em várias câmaras fúnebres, algumas cercadas por perfume, comida, joias e armas. As ossadas são originárias do período compreendido entre os séculos 11 a.C. e 8 a.C. POVO MIGRANTE Os filisteus são mencionados na Bíblia como arqui-inimigos dos antigos israelitas. Acredita-se que eles tenham migrado para as terras de Israel por volta do século 12 a.C, vindos de áreas do oeste. O filisteu mais famoso nos dias atuais é Golias, guerreiro gigante que, segundo o livro sagrado, foi vencido pelo jovem Davi antes de ele se tornar rei. "Após décadas estudando o que os filisteus deixaram para trás, nós finalmente ficamos cara a cara com essas pessoas", afirmou Daniel M. Master, um dos líderes da escavação. "Com essa descoberta, nós estamos próximos de desvendar o segredo em torno de suas origens." SEGREDO DE TRÊS ANOS O achado foi mantido em segredo por três anos até que os trabalhos fossem finalizados. O objetivo era evitar atrair a atenção de ativistas judeus ultraortodoxos, que já haviam feito atos contra escavações. Os manifestantes acusavam os arqueólogos de perturbar locais de sepultamento. "Nós tivemos que segurar as nossas línguas por um longo tempo", disse Master. Especialistas que estudaram o período divergem sobre a origem geográfica dos filisteus –Grécia, sua ilha Creta, Chipre e Anatólia, na Turquia, são apontados. A equipe da expedição está agora fazendo exames de DNA, de datação por radiocarbono e outros testes nos restos mortais em uma tentativa de apontar com previsão sua ascendência. A maioria dos corpos não foi enterrada com itens pessoais, afirmam os pesquisadores, mas perto de alguns havia utensílios onde eram guardados perfumes, jarras e pequenas tigelas. Poucos indivíduos foram sepultados com pulseiras e brincos. Outros, com armas. "É assim que filisteus tratavam seus mortos, e esse é o 'livro de códigos' para decifrar tudo", disse o arqueólogo Adam Aja, um dos participantes da escavação.
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Arqueólogos fazem 'descoberta inédita' de cemitério filisteu em IsraelPesquisadores em Israel afirmam ter descoberto um cemitério filisteu –seria, segundo eles, o primeiro a ser encontrado na história. O achado, ocorrido em 2013 e tornado público neste domingo (10), pode trazer respostas sobre o antigo mistério em torno da origem do povo. A descoberta marcou o fim da escavação realizada pela Expedição Leon Levy na região do Parque Nacional de Ashkelon, no sul de Israel. Os trabalhos duraram 30 anos. Os líderes da pesquisa dizem ter encontrado 145 conjuntos de restos mortais em várias câmaras fúnebres, algumas cercadas por perfume, comida, joias e armas. As ossadas são originárias do período compreendido entre os séculos 11 a.C. e 8 a.C. POVO MIGRANTE Os filisteus são mencionados na Bíblia como arqui-inimigos dos antigos israelitas. Acredita-se que eles tenham migrado para as terras de Israel por volta do século 12 a.C, vindos de áreas do oeste. O filisteu mais famoso nos dias atuais é Golias, guerreiro gigante que, segundo o livro sagrado, foi vencido pelo jovem Davi antes de ele se tornar rei. "Após décadas estudando o que os filisteus deixaram para trás, nós finalmente ficamos cara a cara com essas pessoas", afirmou Daniel M. Master, um dos líderes da escavação. "Com essa descoberta, nós estamos próximos de desvendar o segredo em torno de suas origens." SEGREDO DE TRÊS ANOS O achado foi mantido em segredo por três anos até que os trabalhos fossem finalizados. O objetivo era evitar atrair a atenção de ativistas judeus ultraortodoxos, que já haviam feito atos contra escavações. Os manifestantes acusavam os arqueólogos de perturbar locais de sepultamento. "Nós tivemos que segurar as nossas línguas por um longo tempo", disse Master. Especialistas que estudaram o período divergem sobre a origem geográfica dos filisteus –Grécia, sua ilha Creta, Chipre e Anatólia, na Turquia, são apontados. A equipe da expedição está agora fazendo exames de DNA, de datação por radiocarbono e outros testes nos restos mortais em uma tentativa de apontar com previsão sua ascendência. A maioria dos corpos não foi enterrada com itens pessoais, afirmam os pesquisadores, mas perto de alguns havia utensílios onde eram guardados perfumes, jarras e pequenas tigelas. Poucos indivíduos foram sepultados com pulseiras e brincos. Outros, com armas. "É assim que filisteus tratavam seus mortos, e esse é o 'livro de códigos' para decifrar tudo", disse o arqueólogo Adam Aja, um dos participantes da escavação.
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Acidente entre motos e ônibus deixa dois mortos na zona norte de SP
Dois homens morreram e um ficou ferido após um acidente envolvendo duas motos e um micro-ônibus no Mandaqui, zona norte de São Paulo, por volta da 1h15 deste sábado (9). De acordo com a Polícia Militar, as duas motos bateram no micro-ônibus, que perdeu o controle e atingiu um poste na altura do número 100 da avenida Santa Inês. Os dois motociclistas foram levados em estado grave para o Hospital Mandaqui, mas não resistiram aos ferimentos. A identidade dos dois homens não foi informada. O motorista do coletivo, de 57 anos, sofreu ferimentos leves e foi encaminhado ao Hospital Cachoeirinha. Uma equipe da Eletropaulo foi enviada para reparos no poste, que pegou fogo após a batida. A CET diz que a via está interditada no local para perícia e recomenda que os motoristas evitem a região.
cotidiano
Acidente entre motos e ônibus deixa dois mortos na zona norte de SPDois homens morreram e um ficou ferido após um acidente envolvendo duas motos e um micro-ônibus no Mandaqui, zona norte de São Paulo, por volta da 1h15 deste sábado (9). De acordo com a Polícia Militar, as duas motos bateram no micro-ônibus, que perdeu o controle e atingiu um poste na altura do número 100 da avenida Santa Inês. Os dois motociclistas foram levados em estado grave para o Hospital Mandaqui, mas não resistiram aos ferimentos. A identidade dos dois homens não foi informada. O motorista do coletivo, de 57 anos, sofreu ferimentos leves e foi encaminhado ao Hospital Cachoeirinha. Uma equipe da Eletropaulo foi enviada para reparos no poste, que pegou fogo após a batida. A CET diz que a via está interditada no local para perícia e recomenda que os motoristas evitem a região.
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Reforma em imóvel tem regra especial para declaração no Imposto de Renda
O contribuinte que fez reformas (benfeitorias) em seu imóvel em 2014 deve informá-las na declaração deste ano. A forma de declará-las depende do ano de compra. Se o imóvel foi adquirido até 31/12/1988, as reformas devem ser incluídas em item próprio na ficha Bens e direitos (código 17). Na coluna Discriminação, devem ser informados os dados do imóvel a que se referem as benfeitorias. A coluna de 2013 fica em branco. Na de 2014 deve ser informado o total gasto com a reforma. Se o imóvel foi comprado de 1/1/1989 em diante, o valor das benfeitorias deve ser somado ao do imóvel. Na coluna Discriminação devem ser mencionadas as benfeitorias, o mês (ou meses) em que foram feitas e o custo em cada mês (se mais de um). Na coluna de 2013 deve ser repetido o valor da declaração entregue em 2014. Na coluna de 2014 deve ser informado o valor de 2013 mais o gasto do ano passado. A indicação do mês (ou meses) da reforma e respectivos valores é importante para o cálculo de eventual ganho de capital em caso de venda do imóvel.
mercado
Reforma em imóvel tem regra especial para declaração no Imposto de RendaO contribuinte que fez reformas (benfeitorias) em seu imóvel em 2014 deve informá-las na declaração deste ano. A forma de declará-las depende do ano de compra. Se o imóvel foi adquirido até 31/12/1988, as reformas devem ser incluídas em item próprio na ficha Bens e direitos (código 17). Na coluna Discriminação, devem ser informados os dados do imóvel a que se referem as benfeitorias. A coluna de 2013 fica em branco. Na de 2014 deve ser informado o total gasto com a reforma. Se o imóvel foi comprado de 1/1/1989 em diante, o valor das benfeitorias deve ser somado ao do imóvel. Na coluna Discriminação devem ser mencionadas as benfeitorias, o mês (ou meses) em que foram feitas e o custo em cada mês (se mais de um). Na coluna de 2013 deve ser repetido o valor da declaração entregue em 2014. Na coluna de 2014 deve ser informado o valor de 2013 mais o gasto do ano passado. A indicação do mês (ou meses) da reforma e respectivos valores é importante para o cálculo de eventual ganho de capital em caso de venda do imóvel.
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OAB entra com ação para regularizar repasses da Loteria à Lei Rouanet
O Conselho Federal da OAB ingressou com uma ação civil pública na Justiça Federal de Brasília a fim de regularizar o repasse de 3% do valor arrecadado pelas loterias da Caixa Econômica Federal para um dos pilares da Lei Rouanet, o Fundo Nacional de Cultura (FNC). Previsto desde 1996, o repasse nunca aconteceu, afirma Evaristo Martins de Azevedo, presidente da Comissão Especial de Direito às Artes, órgão responsável pela ação. Azevedo calcula que, nos últimos cinco anos, o FNC tenha deixado de receber R$1,5 bilhão, em recursos que pretendem agora pleitear. O Fundo Nacional de Cultura é o único mecanismo da Lei Rouanet em que o poder público determina a destinação da verba. Por isso, ele se presta a fomentar a cultura de forma mais descentralizada, promovendo eventos e projetos de outras regiões do país que não a Sudeste, de onde provém a maior parte dos beneficiados pela lei. A verba em questão é destinada da Caixa Federal ao Tesouro Nacional, que, em tese, deveria designá-lo para o FNC. O problema acontece nesta última etapa do processo. Procurado pela Folha, o Tesouro Nacional afirma, por meio de sua assessoria, que a falta de repasse se deve ao contigenciamento previsto pela Lei Orçamentária Anual, que consiste no retardamento ou inexecução de alguns programas em função de insuficiência de receitas. Regis Fernandes de Oliveira, conselheiro da Comissão Especial de Direito às Artes e responsável pelo parecer da ação em questão, classifica esse expediente como "Ilegal e inconstitucional". Segundo ele, a inconstitucionalidade está ligada ao fato de que o destino da verba não é esclarecido. Além disso, explica o advogado Fábio Cesnik, outro integrante da comissão, o contigenciamento descumpriria a hierarquia das leis. O repasse está previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, classificada como uma lei complementar, que, em tese, não pode ser contrariada por uma lei ordinária, subdivisão que se encontra a lei de Orçamento Fiscal. A ação aguarda a decisão sobre o pedido de liminar. Na terça-feira (29), a Defensoria Pública da União entrou com um pedido para integrar a ação, "isso dá força a legitimidade do pedido", diz Cesnik. "Existe uma premissa de que o Executivo pode fazer o que quiser com o Orçamento. Queremos mostrar, com essa ação, que essa liberdade tem limite", afirma Katia Catalano, advogada que auxiliou na ação. DECLÍNIO Além do repasse da Caixa, o fundo também recebe recursos por outros meios – por exemplo, está previsto um repasse de 1% dos Fundos de Investimentos Regionais, doações e saldos não utilizados na execução de projetos financiados pelo incentivo fiscal. Entretanto esses repasses têm decrescido significativamente ao longo dos anos. Em 2016, o fundo recebeu, aproximadamente, 70% menos do que em 2014. A queda não foi proporcional ao declínio da captação por incentivo fiscal – esta também diminuiu, mas apenas 14%. Além da diminuição ao longo dos anos, o FNC recebe, historicamente, menos investimento que a lei de mecenato. Em 2016, foram empenhados no fundo aproximadamente R$ 41 milhões, ao passo que o programa por renúncia fiscal captou cerca de R$ 1,14 bilhão.
ilustrada
OAB entra com ação para regularizar repasses da Loteria à Lei RouanetO Conselho Federal da OAB ingressou com uma ação civil pública na Justiça Federal de Brasília a fim de regularizar o repasse de 3% do valor arrecadado pelas loterias da Caixa Econômica Federal para um dos pilares da Lei Rouanet, o Fundo Nacional de Cultura (FNC). Previsto desde 1996, o repasse nunca aconteceu, afirma Evaristo Martins de Azevedo, presidente da Comissão Especial de Direito às Artes, órgão responsável pela ação. Azevedo calcula que, nos últimos cinco anos, o FNC tenha deixado de receber R$1,5 bilhão, em recursos que pretendem agora pleitear. O Fundo Nacional de Cultura é o único mecanismo da Lei Rouanet em que o poder público determina a destinação da verba. Por isso, ele se presta a fomentar a cultura de forma mais descentralizada, promovendo eventos e projetos de outras regiões do país que não a Sudeste, de onde provém a maior parte dos beneficiados pela lei. A verba em questão é destinada da Caixa Federal ao Tesouro Nacional, que, em tese, deveria designá-lo para o FNC. O problema acontece nesta última etapa do processo. Procurado pela Folha, o Tesouro Nacional afirma, por meio de sua assessoria, que a falta de repasse se deve ao contigenciamento previsto pela Lei Orçamentária Anual, que consiste no retardamento ou inexecução de alguns programas em função de insuficiência de receitas. Regis Fernandes de Oliveira, conselheiro da Comissão Especial de Direito às Artes e responsável pelo parecer da ação em questão, classifica esse expediente como "Ilegal e inconstitucional". Segundo ele, a inconstitucionalidade está ligada ao fato de que o destino da verba não é esclarecido. Além disso, explica o advogado Fábio Cesnik, outro integrante da comissão, o contigenciamento descumpriria a hierarquia das leis. O repasse está previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, classificada como uma lei complementar, que, em tese, não pode ser contrariada por uma lei ordinária, subdivisão que se encontra a lei de Orçamento Fiscal. A ação aguarda a decisão sobre o pedido de liminar. Na terça-feira (29), a Defensoria Pública da União entrou com um pedido para integrar a ação, "isso dá força a legitimidade do pedido", diz Cesnik. "Existe uma premissa de que o Executivo pode fazer o que quiser com o Orçamento. Queremos mostrar, com essa ação, que essa liberdade tem limite", afirma Katia Catalano, advogada que auxiliou na ação. DECLÍNIO Além do repasse da Caixa, o fundo também recebe recursos por outros meios – por exemplo, está previsto um repasse de 1% dos Fundos de Investimentos Regionais, doações e saldos não utilizados na execução de projetos financiados pelo incentivo fiscal. Entretanto esses repasses têm decrescido significativamente ao longo dos anos. Em 2016, o fundo recebeu, aproximadamente, 70% menos do que em 2014. A queda não foi proporcional ao declínio da captação por incentivo fiscal – esta também diminuiu, mas apenas 14%. Além da diminuição ao longo dos anos, o FNC recebe, historicamente, menos investimento que a lei de mecenato. Em 2016, foram empenhados no fundo aproximadamente R$ 41 milhões, ao passo que o programa por renúncia fiscal captou cerca de R$ 1,14 bilhão.
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'Revista de História da Biblioteca Nacional' pode acabar até o fim do ano
Chegou a um momento crítico a crise pela qual passa a "Revista de História da Biblioteca Nacional", e não há certeza se ela vai circular em dezembro. Nos próximos dois meses, os salários dos funcionários serão pagos com cortes -e mesmo assim não há dinheiro para os vencimentos de janeiro. Com o cancelamento pelo governo federal da compra de periódicos para escolas neste ano, a revista perdeu uma de suas principais fontes de renda. Embora leve o nome da biblioteca, a publicação é privada e gerida por uma organização social. Em 2016, a situação pode melhorar, com a possível volta das compras governamentais. O sufoco, então, é chegar até o fim do ano. A revista começou a pedir doações aos leitores e, até agora, já arrecadou R$ 1.370. A expectativa é que o valor aumente com o fim da greve dos bancários. AO MESMO TEMPO... Enquanto a "Revista de História" sofre com o cancelamento da compra de periódicos, o PNBE Temático (Programa Nacional Biblioteca da Escola), voltado para compra de livros paradidáticos, ressurgiu das cinzas nesta semana. As negociações haviam sido feitas em dezembro de 2014, e as compras deveriam ter sido realizadas em janeiro deste ano, mas acabaram canceladas. Agora estão de volta. O Ministério da Educação pediu à CBL (Câmara Brasileira do Livro) para entrar em contato com os editores selecionados. Eles têm até 3/11 para decidir se querem participar, e o governo vaipagar o valor já negociado. Ao todo, 70% das editoras já aceitaram, e algumas correm para entregar os livros ainda neste ano, porque o governo promete pagar assim que recebê-los, em uma só parcela. 'Caviar é uma ova' (acima), reunião de crônicas de Gregorio Duvivier da Tinta-da-China, foi parar em uma livraria de Lisboa na seção de... culinária. A VOLTA DOS BONS MALANDROS A Toca dos Bons Malandros, casa que fez sucesso no Folio (Festival Literário Internacional de Óbidos) ao servir vinho e pão de graça a qualquer um durante o evento, deve contar com um ilustre visitante em 2016. Está confirmada uma segunda edição do festival. E Umberto Eco, convidado sem sucesso pelo Folio, já confirmou que tem espaço na agenda para o ano que vem. O evento literário ainda está negociando com um canal de televisão português para fazer um programa com o nome Folio, enquanto Óbidos espera para dezembro a resposta da Unesco ao seu pedido para ser declarada cidade literária -seria a 12ª do mundo. O festival, a propósito, aproveita para informar que os "mal-entendidos" com o escritor brasileiro João Paulo Cuenca, em residência literária na cidade, "já foram resolvidos de comum acordo". França "Pssica", do paraense Edyr Augusto, publicado no Brasil pela Boitempo, acaba de ter os direitos vendidos para a Asphalte, editora responsável pelo sucesso do autor na França, com as traduções de "Os Éguas", "Moscow" e "Casa de Caba". A Boitempo também negocia o autor com casas editoriais da Alemanha, Holanda, Espanha e Itália. Policial Judith Rashleight, protagonista de "Maestra", da escritora britânica L.S. Hilton, é considerada uma heroína afiada e de moral duvidosa, o que tem lhe rendido comparações com as personagens femininas de Stieg Larsson. No Brasil, o livro sai em 2016 pelo Fábrica231, selo de entretenimento da Rocco. Transilvânia O livro só será publicado em 2017, mas já foi alvo de disputa entre editores do mundo inteiro antes da Feira de Frankfurt. "The Book of Mirrors", primeiro romance em inglês do romeno Eugene Chirovici, nascido na terra do Conde Drácula, já foi vendido para 23 países. No Brasil, quem levou a trama de mistério foi a Record. Lá fora A editora francesa Zulma já vendeu 6.500 exemplares de "Nuits de Laitue", título traduzido para "Noites de Alface" (Alfaguara), de Vanessa Barbara, publicado por lá em julho. No Brasil, o livro teve uma tiragem de 3.000 exemplares, pela Objetiva, e não houve reimpressão. A explicação é o fato de a obra estar entre os 20 selecionados como favoritos pelos livreiros franceses. Ensaios A E-Galáxia lança no ano que vem o selo Peixe Elétrico Ensaios. Em fevereiro, saem "Futuro Abolido - Machado de Assis e o Memorial de Aires", de Pedro Meira Monteiro, e "Arquitetura Eclipsada", de Agnaldo Farias. Também estão previstos para 2016 um livro de entrevistas com Ricardo Piglia e outro em comemoração pelos 70 anos de "A Rosa do Povo", de Drummond.
colunas
'Revista de História da Biblioteca Nacional' pode acabar até o fim do anoChegou a um momento crítico a crise pela qual passa a "Revista de História da Biblioteca Nacional", e não há certeza se ela vai circular em dezembro. Nos próximos dois meses, os salários dos funcionários serão pagos com cortes -e mesmo assim não há dinheiro para os vencimentos de janeiro. Com o cancelamento pelo governo federal da compra de periódicos para escolas neste ano, a revista perdeu uma de suas principais fontes de renda. Embora leve o nome da biblioteca, a publicação é privada e gerida por uma organização social. Em 2016, a situação pode melhorar, com a possível volta das compras governamentais. O sufoco, então, é chegar até o fim do ano. A revista começou a pedir doações aos leitores e, até agora, já arrecadou R$ 1.370. A expectativa é que o valor aumente com o fim da greve dos bancários. AO MESMO TEMPO... Enquanto a "Revista de História" sofre com o cancelamento da compra de periódicos, o PNBE Temático (Programa Nacional Biblioteca da Escola), voltado para compra de livros paradidáticos, ressurgiu das cinzas nesta semana. As negociações haviam sido feitas em dezembro de 2014, e as compras deveriam ter sido realizadas em janeiro deste ano, mas acabaram canceladas. Agora estão de volta. O Ministério da Educação pediu à CBL (Câmara Brasileira do Livro) para entrar em contato com os editores selecionados. Eles têm até 3/11 para decidir se querem participar, e o governo vaipagar o valor já negociado. Ao todo, 70% das editoras já aceitaram, e algumas correm para entregar os livros ainda neste ano, porque o governo promete pagar assim que recebê-los, em uma só parcela. 'Caviar é uma ova' (acima), reunião de crônicas de Gregorio Duvivier da Tinta-da-China, foi parar em uma livraria de Lisboa na seção de... culinária. A VOLTA DOS BONS MALANDROS A Toca dos Bons Malandros, casa que fez sucesso no Folio (Festival Literário Internacional de Óbidos) ao servir vinho e pão de graça a qualquer um durante o evento, deve contar com um ilustre visitante em 2016. Está confirmada uma segunda edição do festival. E Umberto Eco, convidado sem sucesso pelo Folio, já confirmou que tem espaço na agenda para o ano que vem. O evento literário ainda está negociando com um canal de televisão português para fazer um programa com o nome Folio, enquanto Óbidos espera para dezembro a resposta da Unesco ao seu pedido para ser declarada cidade literária -seria a 12ª do mundo. O festival, a propósito, aproveita para informar que os "mal-entendidos" com o escritor brasileiro João Paulo Cuenca, em residência literária na cidade, "já foram resolvidos de comum acordo". França "Pssica", do paraense Edyr Augusto, publicado no Brasil pela Boitempo, acaba de ter os direitos vendidos para a Asphalte, editora responsável pelo sucesso do autor na França, com as traduções de "Os Éguas", "Moscow" e "Casa de Caba". A Boitempo também negocia o autor com casas editoriais da Alemanha, Holanda, Espanha e Itália. Policial Judith Rashleight, protagonista de "Maestra", da escritora britânica L.S. Hilton, é considerada uma heroína afiada e de moral duvidosa, o que tem lhe rendido comparações com as personagens femininas de Stieg Larsson. No Brasil, o livro sai em 2016 pelo Fábrica231, selo de entretenimento da Rocco. Transilvânia O livro só será publicado em 2017, mas já foi alvo de disputa entre editores do mundo inteiro antes da Feira de Frankfurt. "The Book of Mirrors", primeiro romance em inglês do romeno Eugene Chirovici, nascido na terra do Conde Drácula, já foi vendido para 23 países. No Brasil, quem levou a trama de mistério foi a Record. Lá fora A editora francesa Zulma já vendeu 6.500 exemplares de "Nuits de Laitue", título traduzido para "Noites de Alface" (Alfaguara), de Vanessa Barbara, publicado por lá em julho. No Brasil, o livro teve uma tiragem de 3.000 exemplares, pela Objetiva, e não houve reimpressão. A explicação é o fato de a obra estar entre os 20 selecionados como favoritos pelos livreiros franceses. Ensaios A E-Galáxia lança no ano que vem o selo Peixe Elétrico Ensaios. Em fevereiro, saem "Futuro Abolido - Machado de Assis e o Memorial de Aires", de Pedro Meira Monteiro, e "Arquitetura Eclipsada", de Agnaldo Farias. Também estão previstos para 2016 um livro de entrevistas com Ricardo Piglia e outro em comemoração pelos 70 anos de "A Rosa do Povo", de Drummond.
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Vitimização
Já fortemente acelerada pela recente prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT), e pelas notícias em torno da delação premiada de Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, a crise política brasileira conheceu, nesta sexta-feira (4), novos e candentes desdobramentos. A condução coercitiva do ex-presidente Lula às dependências da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, teve o efeito de reiterar a amplitude e o peso das suspeitas que o cercam. Se os casos do Guarujá e de Atibaia são de pleno conhecimento público, o impacto de sua sistematização em detalhe pelos investigadores e, sobretudo, o efeito simbólico da ação policial tornam evidentemente mais acesas as convicções políticas em curso. Ganha ímpeto a impressão de que o sistema de favorecimentos e negócios construído pelo poder petista se apressa no rumo do colapso. Ao mesmo tempo, as circunstâncias da operação deram algum fôlego à militância do PT. Não apenas de setores aliados ao partido surgiram críticas ao episódio. Vozes diversas no meio jurídico argumentam que o ex-presidente poderia ter sido intimado a dar suas explicações sem o recurso a aparatos de força e à pirotecnia que os acompanha. O juiz federal Sergio Moro entendeu que a condução coercitiva seria necessária para evitar riscos de tumulto. Ocorre que manifestações, a favor e contra o ex-presidente, ainda assim se verificaram; teriam igualmente acontecido caso fosse espontâneo seu comparecimento. Abriu-se, entretanto, a oportunidade para que Lula pudesse reforçar, com renovado calor e reanimada audiência, o discurso da vitimização. Em longo pronunciamento, o ex-presidente estendeu-se sobre a simplicidade de seus hábitos e sobre os méritos de sua administração –silenciando, obviamente, sobre os casos concretos que lhe caberia explicar. A mistura de populismo gasto e desconversa ofendida, a que não faltaram anúncios de uma possível candidatura presidencial, soou como espécie de conclamação aos correligionários, contribuindo para recompor, na solidariedade do desespero, suas linhas de cisão e desentendimento com o Planalto. Embora isolados no momento, inspiram cautela os riscos de maior acirramento ideológico no país. Num regime republicano, todos são iguais perante a lei. O PT e seus líderes, assim como qualquer outro agrupamento político, terão de responder pelas irregularidades que hajam cometido. A retórica lulista nunca soou tão inconvincente, e inadequada, como agora. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
VitimizaçãoJá fortemente acelerada pela recente prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT), e pelas notícias em torno da delação premiada de Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, a crise política brasileira conheceu, nesta sexta-feira (4), novos e candentes desdobramentos. A condução coercitiva do ex-presidente Lula às dependências da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, teve o efeito de reiterar a amplitude e o peso das suspeitas que o cercam. Se os casos do Guarujá e de Atibaia são de pleno conhecimento público, o impacto de sua sistematização em detalhe pelos investigadores e, sobretudo, o efeito simbólico da ação policial tornam evidentemente mais acesas as convicções políticas em curso. Ganha ímpeto a impressão de que o sistema de favorecimentos e negócios construído pelo poder petista se apressa no rumo do colapso. Ao mesmo tempo, as circunstâncias da operação deram algum fôlego à militância do PT. Não apenas de setores aliados ao partido surgiram críticas ao episódio. Vozes diversas no meio jurídico argumentam que o ex-presidente poderia ter sido intimado a dar suas explicações sem o recurso a aparatos de força e à pirotecnia que os acompanha. O juiz federal Sergio Moro entendeu que a condução coercitiva seria necessária para evitar riscos de tumulto. Ocorre que manifestações, a favor e contra o ex-presidente, ainda assim se verificaram; teriam igualmente acontecido caso fosse espontâneo seu comparecimento. Abriu-se, entretanto, a oportunidade para que Lula pudesse reforçar, com renovado calor e reanimada audiência, o discurso da vitimização. Em longo pronunciamento, o ex-presidente estendeu-se sobre a simplicidade de seus hábitos e sobre os méritos de sua administração –silenciando, obviamente, sobre os casos concretos que lhe caberia explicar. A mistura de populismo gasto e desconversa ofendida, a que não faltaram anúncios de uma possível candidatura presidencial, soou como espécie de conclamação aos correligionários, contribuindo para recompor, na solidariedade do desespero, suas linhas de cisão e desentendimento com o Planalto. Embora isolados no momento, inspiram cautela os riscos de maior acirramento ideológico no país. Num regime republicano, todos são iguais perante a lei. O PT e seus líderes, assim como qualquer outro agrupamento político, terão de responder pelas irregularidades que hajam cometido. A retórica lulista nunca soou tão inconvincente, e inadequada, como agora. editoriais@grupofolha.com.br
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Sábado tem 'esquenta' para a Parada LGBT e novidade gastronômica.
Alteração importante de ônibus nesse sábado (28): a linha 177Y/10 Metrô Barra Funda - Terminal Pinheiros –que serve de ligação entre o Terminal Rodoviário e estação Pinheiros da linha amarela do metrô e CPTM– não para mais na plataforma externa da rodoviária e sim no ponto da rua Rua Pedro Machado . Obras nos trilhos da linha 7-rubi da CPTM devem atrasar um pouco os trens entre a estação da Luz e Caieiras e entre Caieiras e Francisco Morato, circulando com intervalos de 15 e 30 minutos entre as composições. * TEMPO O dia promete ser nublado na capital, com possibilidade de chuvas à noite. Máxima de 23ºC e mínima de 17ºC, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER Um caso de estupro coletivo praticado por 33 homens contra uma garota de 16 anos tem repercutido no país todo. A polícia do Rio diz já ter identificado quatro suspeitos do crime. A imprensa internacional destacou o caso e criticou a cultura do estupro no Brasil. O tema também tem ganhado força nas redes sociais e mancha a reputação do Rio às vésperas da Olimpíada. * AGENDA CULTURAL A Parada LGBT só acontece no domingo (29), mas para quem já quer entrar no clima, o "Guia" separou uma série de festas e baladas na cidade. Procurando uma novidade gastronômica? O novoHuto Izakaya abriu no começo deste ano no Campo Belo, zona sul da cidade, e é comandado pelo restaurateur Fabio Honda, que também comanda o Huto Restaurante em Indianópolis— com uma estrela Michelin. Vale a pena conferir as robatas e cervejas especiais da casa. * As notícias de amanhã são publicadas aqui e no nosso app, sempre às 21h do dia anterior
saopaulo
Sábado tem 'esquenta' para a Parada LGBT e novidade gastronômica.Alteração importante de ônibus nesse sábado (28): a linha 177Y/10 Metrô Barra Funda - Terminal Pinheiros –que serve de ligação entre o Terminal Rodoviário e estação Pinheiros da linha amarela do metrô e CPTM– não para mais na plataforma externa da rodoviária e sim no ponto da rua Rua Pedro Machado . Obras nos trilhos da linha 7-rubi da CPTM devem atrasar um pouco os trens entre a estação da Luz e Caieiras e entre Caieiras e Francisco Morato, circulando com intervalos de 15 e 30 minutos entre as composições. * TEMPO O dia promete ser nublado na capital, com possibilidade de chuvas à noite. Máxima de 23ºC e mínima de 17ºC, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER Um caso de estupro coletivo praticado por 33 homens contra uma garota de 16 anos tem repercutido no país todo. A polícia do Rio diz já ter identificado quatro suspeitos do crime. A imprensa internacional destacou o caso e criticou a cultura do estupro no Brasil. O tema também tem ganhado força nas redes sociais e mancha a reputação do Rio às vésperas da Olimpíada. * AGENDA CULTURAL A Parada LGBT só acontece no domingo (29), mas para quem já quer entrar no clima, o "Guia" separou uma série de festas e baladas na cidade. Procurando uma novidade gastronômica? O novoHuto Izakaya abriu no começo deste ano no Campo Belo, zona sul da cidade, e é comandado pelo restaurateur Fabio Honda, que também comanda o Huto Restaurante em Indianópolis— com uma estrela Michelin. Vale a pena conferir as robatas e cervejas especiais da casa. * As notícias de amanhã são publicadas aqui e no nosso app, sempre às 21h do dia anterior
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Com urbanização, bichos silvestres invadem e se adaptam às cidades
As cidades estão sendo reconhecidas pelos cientistas como verdadeiros laboratórios para estudar a evolução e uma "nova ecologia" de animais silvestres. O fenômeno é mundial: cada vez mais gente vive em cidades, e mais animais tomam a mesma decisão. A ONU estima que em 2015 a população mundial chegou a 7,3 bilhões, dos quais 54% vivem em centros urbanos. Essa expansão das cidades e o encolhimento dos ambientes naturais têm forçado animais selvagens e humanos a um convívio crescente. Alguns, por exemplo, estão tendo mais sucesso em áreas urbanas do que seus colegas vivendo em condições naturais. Os biólogos chamam essa adaptação de animais em ambientes criados pelo homem de sinantropia –o termo não vale para animais domésticos, como cães e gatos. Cidades proveem abrigo, comida e água fácil para os animais. Comparados com os que permaneceram de fora, os animais sinantrópicos vivem em maior densidade populacional associada à redução do território individual e têm redução do comportamento migratório, prolongamento da estação reprodutiva e aumento da longevidade. Muitos animais, especialmente os de maior porte, vivem nos subúrbios, perto do que restou das matas nativas. Mas cada vez mais são atraídos pela região central, com sua ilha de calor e maior acúmulo de restos de comida. Bichos invasores Uma estimativa do Centro de Controle de Zoonoses sugeriu que em São Paulo haveria 160 milhões desses roedores –algo como quinze ratos por pessoa. Em Nova York, são sete por habitante. Mas os animais "invadem" as cidades em grande parte porque seu habitat natural foi invadido pelo ser humano. Se de um lado a maior tendência de animais e humanos conviverem em ambientes urbanos permite enriquecer a fauna das cidades, isso não deve ser entendido como algo necessariamente positivo. "Cidades podem ser um refúgio e área de conservação para algumas espécies", diz o polonês Maciej Luniak, pesquisador especialista em sinantropia. Mas esse aumento da convivência "não muda o fato de que uma crise ecológica global está afetando a fauna urbana", diz Luniak. Tartarugas marinhas, ao nascerem nas praias, costumam se dirigir para o mar, mais claro que a terra em torno. Mas se há luzes de rodovias ou cidades, as tartarugas podem ir na direção errada –assim como aves noturnas migratórias, também fatalmente atraídas pela iluminação. Essa convivência pode ser perigosa também para o ser humano. É o caso dos ataques causados pelo crocodilo de água salgada (Crocodylus porosus). Os mais bem documentados ocorreram na Austrália. Desde 1971, mais de cem ataques foram obras destes crocodilos, a maior parte letal. O recorde foi em 2014, na região dos Northern Territories: quatro mortos.
ambiente
Com urbanização, bichos silvestres invadem e se adaptam às cidadesAs cidades estão sendo reconhecidas pelos cientistas como verdadeiros laboratórios para estudar a evolução e uma "nova ecologia" de animais silvestres. O fenômeno é mundial: cada vez mais gente vive em cidades, e mais animais tomam a mesma decisão. A ONU estima que em 2015 a população mundial chegou a 7,3 bilhões, dos quais 54% vivem em centros urbanos. Essa expansão das cidades e o encolhimento dos ambientes naturais têm forçado animais selvagens e humanos a um convívio crescente. Alguns, por exemplo, estão tendo mais sucesso em áreas urbanas do que seus colegas vivendo em condições naturais. Os biólogos chamam essa adaptação de animais em ambientes criados pelo homem de sinantropia –o termo não vale para animais domésticos, como cães e gatos. Cidades proveem abrigo, comida e água fácil para os animais. Comparados com os que permaneceram de fora, os animais sinantrópicos vivem em maior densidade populacional associada à redução do território individual e têm redução do comportamento migratório, prolongamento da estação reprodutiva e aumento da longevidade. Muitos animais, especialmente os de maior porte, vivem nos subúrbios, perto do que restou das matas nativas. Mas cada vez mais são atraídos pela região central, com sua ilha de calor e maior acúmulo de restos de comida. Bichos invasores Uma estimativa do Centro de Controle de Zoonoses sugeriu que em São Paulo haveria 160 milhões desses roedores –algo como quinze ratos por pessoa. Em Nova York, são sete por habitante. Mas os animais "invadem" as cidades em grande parte porque seu habitat natural foi invadido pelo ser humano. Se de um lado a maior tendência de animais e humanos conviverem em ambientes urbanos permite enriquecer a fauna das cidades, isso não deve ser entendido como algo necessariamente positivo. "Cidades podem ser um refúgio e área de conservação para algumas espécies", diz o polonês Maciej Luniak, pesquisador especialista em sinantropia. Mas esse aumento da convivência "não muda o fato de que uma crise ecológica global está afetando a fauna urbana", diz Luniak. Tartarugas marinhas, ao nascerem nas praias, costumam se dirigir para o mar, mais claro que a terra em torno. Mas se há luzes de rodovias ou cidades, as tartarugas podem ir na direção errada –assim como aves noturnas migratórias, também fatalmente atraídas pela iluminação. Essa convivência pode ser perigosa também para o ser humano. É o caso dos ataques causados pelo crocodilo de água salgada (Crocodylus porosus). Os mais bem documentados ocorreram na Austrália. Desde 1971, mais de cem ataques foram obras destes crocodilos, a maior parte letal. O recorde foi em 2014, na região dos Northern Territories: quatro mortos.
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Petrobras quer renovar contrato com auditoria
A nova diretoria da Petrobras vai pedir ao Conselho de Administração da empresa que renove, sem licitação, o contrato de auditoria com a PricewaterhouseCoopers por mais dois anos, sob o preço de R$ 47 milhões –reajuste de 147% sobre o valor anterior. O pedido será apreciado em reunião do conselho no dia 27. A proposta já havia sido apresentada pela diretoria anterior, sob liderança da ex-presidente Graça Foster, em 27 de janeiro, quando foi avaliado o balanço referente ao terceiro trimestre de 2014. A PwC não aprovou as contas da petroleira porque elas não apontavam as baixas necessárias nos valores lançados como investimentos, mas que foram indevidamente usados para propina entre 2004 e 2012, segundo as investigações da Operação Lava Jato. O balanço auditado está atrasado desde 14 de novembro. A justificativa da diretoria anterior para renovar o contrato era que "nenhuma outra [empresa de auditoria] toparia assumir a situação agora". A avaliação não é compartilhada por ao menos uma pessoa próxima à administração ouvida pela Folha, para quem deveria haver licitação. A PwC audita os balanços da Petrobras desde 2012. Foi contratada para o período de três anos, por R$ 19 milhões, valor considerado baixo –na época, um concorrente pediu mais de R$ 50 milhões. A avaliação é que a consultoria tenta, agora, ajustar o contrato a valores mais próximos ao de mercado. DESVIOS Em outubro, diante das revelações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa de que havia um esquema de corrupção na companhia, a PwC determinou à Petrobras que realizasse a baixa da corrupção em seu balanço. Após 20 dias de trabalho com as consultorias Deloitte e BNP Paribas, a Petrobras concluiu que seus ativos estavam inflados em R$ 88,6 bilhões, mas, como a conta incluía ainda câmbio, falhas em projetos e ineficiências, optou por não fazer a baixa. A divulgação do número contrariou a presidente Dilma Rousseff e resultou no processo que culminou na saída de Graça e de cinco diretores. Aldemir Bendine, que assumiu a presidência da Petrobras na segunda (9), precisa chegar a um número crível até 30 de abril, limite para que a estatal envie o balanço auditado à SEC (Securities and Exchange Commission, equivalente à CVM nos EUA). Esse é o prazo para que o balanço seja apresentado a credores, sob risco de desencadear o vencimento antecipado de dívidas da estatal. Procuradas, Petrobras e Graça Foster não responderam à Folha. A PwC afirmou não comentar casos de clientes.
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Petrobras quer renovar contrato com auditoriaA nova diretoria da Petrobras vai pedir ao Conselho de Administração da empresa que renove, sem licitação, o contrato de auditoria com a PricewaterhouseCoopers por mais dois anos, sob o preço de R$ 47 milhões –reajuste de 147% sobre o valor anterior. O pedido será apreciado em reunião do conselho no dia 27. A proposta já havia sido apresentada pela diretoria anterior, sob liderança da ex-presidente Graça Foster, em 27 de janeiro, quando foi avaliado o balanço referente ao terceiro trimestre de 2014. A PwC não aprovou as contas da petroleira porque elas não apontavam as baixas necessárias nos valores lançados como investimentos, mas que foram indevidamente usados para propina entre 2004 e 2012, segundo as investigações da Operação Lava Jato. O balanço auditado está atrasado desde 14 de novembro. A justificativa da diretoria anterior para renovar o contrato era que "nenhuma outra [empresa de auditoria] toparia assumir a situação agora". A avaliação não é compartilhada por ao menos uma pessoa próxima à administração ouvida pela Folha, para quem deveria haver licitação. A PwC audita os balanços da Petrobras desde 2012. Foi contratada para o período de três anos, por R$ 19 milhões, valor considerado baixo –na época, um concorrente pediu mais de R$ 50 milhões. A avaliação é que a consultoria tenta, agora, ajustar o contrato a valores mais próximos ao de mercado. DESVIOS Em outubro, diante das revelações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa de que havia um esquema de corrupção na companhia, a PwC determinou à Petrobras que realizasse a baixa da corrupção em seu balanço. Após 20 dias de trabalho com as consultorias Deloitte e BNP Paribas, a Petrobras concluiu que seus ativos estavam inflados em R$ 88,6 bilhões, mas, como a conta incluía ainda câmbio, falhas em projetos e ineficiências, optou por não fazer a baixa. A divulgação do número contrariou a presidente Dilma Rousseff e resultou no processo que culminou na saída de Graça e de cinco diretores. Aldemir Bendine, que assumiu a presidência da Petrobras na segunda (9), precisa chegar a um número crível até 30 de abril, limite para que a estatal envie o balanço auditado à SEC (Securities and Exchange Commission, equivalente à CVM nos EUA). Esse é o prazo para que o balanço seja apresentado a credores, sob risco de desencadear o vencimento antecipado de dívidas da estatal. Procuradas, Petrobras e Graça Foster não responderam à Folha. A PwC afirmou não comentar casos de clientes.
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Defesa de Andrea diz que acusações podem se aplicar a Aécio, e não a ela
A defesa da jornalista Andrea Neves afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que as justificativas que a levaram à prisão poderiam se aplicar ao seu irmão, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e não a ela. Em documento protocolado nesta terça (23), o advogado Marcelo Leonardo pede que a prisão preventiva (por tempo indefinido) de Andrea seja convertida em medidas cautelares. Andrea foi presa na quinta (18), pela Polícia Federal, e levada a um presídio em Belo Horizonte. "O pedido do PGR [Procuradoria-Geral da República] e a decisão agravada, em verdade, apontam razões que, se existentes, poderiam ser aplicadas para a pessoa física do senador Aécio Neves, nunca para sua irmã Andrea, residente na região de Belo Horizonte e sem qualquer ação política pessoal", diz Leonardo no pedido. Executivos da JBS disseram ao Ministério Público que pagaram pelo menos R$ 60 milhões em propina a Aécio em 2014. O senador nega que tenha recebido dinheiro ilegal. A defesa de Andrea diz no pedido que ela "não participou de prática de crime algum, tendo se limitado a fazer uma solicitação de ajuda lícita (jamais pedido de propina), para custeio de despesas lícitas (defesa em inquéritos), inicialmente mediante oferta de imóvel de sua família, que já havia sido oferecido a outros três empresários". "A requerente/agravante Andrea Neves da Cunha, de fato, é irmã do senador Aécio Neves. Entretanto, nunca participou de questões financeiras de suas campanhas eleitorais, jamais se envolveu com arrecadação de recursos financeiros para as mesmas campanhas", disse. Leonardo afirma também que não há qualquer ligação de Andrea com a acusação de pagamento de propina e "nem os delatores premiadíssimos dizem isso". Quando Aécio governou Minas Gerais, Andrea comandava a comunicação da gestão do Estado e também presidia um serviço de voluntariado ligado ao governo. Ela ainda ajudou a idealizar campanhas estaduais e municipais do irmão e de aliados. Depois de fazer o pedido, Marcelo Leonardo divulgou em nota que a defesa "não afirma que tenha havido o cometimento de qualquer crime por quem quer que seja, muito menos pelo irmão da mesma, senador Aécio Neves". "Apenas ressalta que as supostas razões apontadas pelo Ministério Público não dizem respeito a ela, tratando-se tão somente de acusações não comprovadas feitas ao senador", afirma, no comunicado.
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Defesa de Andrea diz que acusações podem se aplicar a Aécio, e não a elaA defesa da jornalista Andrea Neves afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que as justificativas que a levaram à prisão poderiam se aplicar ao seu irmão, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e não a ela. Em documento protocolado nesta terça (23), o advogado Marcelo Leonardo pede que a prisão preventiva (por tempo indefinido) de Andrea seja convertida em medidas cautelares. Andrea foi presa na quinta (18), pela Polícia Federal, e levada a um presídio em Belo Horizonte. "O pedido do PGR [Procuradoria-Geral da República] e a decisão agravada, em verdade, apontam razões que, se existentes, poderiam ser aplicadas para a pessoa física do senador Aécio Neves, nunca para sua irmã Andrea, residente na região de Belo Horizonte e sem qualquer ação política pessoal", diz Leonardo no pedido. Executivos da JBS disseram ao Ministério Público que pagaram pelo menos R$ 60 milhões em propina a Aécio em 2014. O senador nega que tenha recebido dinheiro ilegal. A defesa de Andrea diz no pedido que ela "não participou de prática de crime algum, tendo se limitado a fazer uma solicitação de ajuda lícita (jamais pedido de propina), para custeio de despesas lícitas (defesa em inquéritos), inicialmente mediante oferta de imóvel de sua família, que já havia sido oferecido a outros três empresários". "A requerente/agravante Andrea Neves da Cunha, de fato, é irmã do senador Aécio Neves. Entretanto, nunca participou de questões financeiras de suas campanhas eleitorais, jamais se envolveu com arrecadação de recursos financeiros para as mesmas campanhas", disse. Leonardo afirma também que não há qualquer ligação de Andrea com a acusação de pagamento de propina e "nem os delatores premiadíssimos dizem isso". Quando Aécio governou Minas Gerais, Andrea comandava a comunicação da gestão do Estado e também presidia um serviço de voluntariado ligado ao governo. Ela ainda ajudou a idealizar campanhas estaduais e municipais do irmão e de aliados. Depois de fazer o pedido, Marcelo Leonardo divulgou em nota que a defesa "não afirma que tenha havido o cometimento de qualquer crime por quem quer que seja, muito menos pelo irmão da mesma, senador Aécio Neves". "Apenas ressalta que as supostas razões apontadas pelo Ministério Público não dizem respeito a ela, tratando-se tão somente de acusações não comprovadas feitas ao senador", afirma, no comunicado.
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Você conhece os custos de possuir um carro?
Em um país onde o transporte público deixa muito a desejar, possuir o próprio carro pode se tornar um simples desejo para alguns, mas uma drástica necessidade para outros. Mas qual é o custo efetivo de ter um carro? Será que estamos considerando todos os gastos, diretos e indiretos, que um automóvel trará ao seu proprietário? Os argumentos a favor ou contra a aquisição de um automóvel serão mais significativos ou coerentes, de acordo com a subjetividade de cada pessoa e do contexto no momento da escolha. Por outro lado, a análise dos custos que virão com o carro é um fator importante para decidir ter ou não um carro. É muito importante entendermos que um carro, por conta dos seus gastos e da constante depreciação, nunca deverá ser visto como um investimento. Possuir um carro é, acima de tudo, um custo, ou seja, um passivo! A seguir, veremos como estimar o custo anual de um carro. Estime com o carro que você tem ou que queira comprar. Consideramos, nos três exemplos que se seguem, carros com uma autonomia de 8,5 km por litro, rodando uma média de 30 km por dia e utilizando gasolina como combustível, com o valor de R$ 3,15 por litro. Por exemplo, se uma pessoa ao invés de comprar o carro de R$ 30 mil, investisse no banco o dinheiro que gasta com o carro no decorrer do ano, no final do ano seu saldo seria de R$ 21.348. Para um carro e R$ 50 mil, o custo vai para R$ 28.513. Outro aspecto importante é o financiamento do carro. Quando existe um gasto mensal com um financiamento, a parcela sempre deve ser somada aos demais custos fixos do carro. Usando como referência o exemplo 1 e um financiamento de R$ 800/mês, chegamos a um custo anual maior que 30 mil, ou seja. Superior ao valor do próprio carro! Por isso, planeje antes de optar por usar ou comprar um carro. Coloque na ponta do lápis qual percentual da renda pessoal (ou familiar) os custos irão representar. Avalie se o carro deve ser mesmo uma prioridade para você, cruzando os fatores pessoais com o fator financeiro. Segue um simulador que desenvolvemos para mostrar todos os custos financeiros de um carro, sendo ele a álcool ou gasolina. Post em parceria com Adriano Reis
colunas
Você conhece os custos de possuir um carro?Em um país onde o transporte público deixa muito a desejar, possuir o próprio carro pode se tornar um simples desejo para alguns, mas uma drástica necessidade para outros. Mas qual é o custo efetivo de ter um carro? Será que estamos considerando todos os gastos, diretos e indiretos, que um automóvel trará ao seu proprietário? Os argumentos a favor ou contra a aquisição de um automóvel serão mais significativos ou coerentes, de acordo com a subjetividade de cada pessoa e do contexto no momento da escolha. Por outro lado, a análise dos custos que virão com o carro é um fator importante para decidir ter ou não um carro. É muito importante entendermos que um carro, por conta dos seus gastos e da constante depreciação, nunca deverá ser visto como um investimento. Possuir um carro é, acima de tudo, um custo, ou seja, um passivo! A seguir, veremos como estimar o custo anual de um carro. Estime com o carro que você tem ou que queira comprar. Consideramos, nos três exemplos que se seguem, carros com uma autonomia de 8,5 km por litro, rodando uma média de 30 km por dia e utilizando gasolina como combustível, com o valor de R$ 3,15 por litro. Por exemplo, se uma pessoa ao invés de comprar o carro de R$ 30 mil, investisse no banco o dinheiro que gasta com o carro no decorrer do ano, no final do ano seu saldo seria de R$ 21.348. Para um carro e R$ 50 mil, o custo vai para R$ 28.513. Outro aspecto importante é o financiamento do carro. Quando existe um gasto mensal com um financiamento, a parcela sempre deve ser somada aos demais custos fixos do carro. Usando como referência o exemplo 1 e um financiamento de R$ 800/mês, chegamos a um custo anual maior que 30 mil, ou seja. Superior ao valor do próprio carro! Por isso, planeje antes de optar por usar ou comprar um carro. Coloque na ponta do lápis qual percentual da renda pessoal (ou familiar) os custos irão representar. Avalie se o carro deve ser mesmo uma prioridade para você, cruzando os fatores pessoais com o fator financeiro. Segue um simulador que desenvolvemos para mostrar todos os custos financeiros de um carro, sendo ele a álcool ou gasolina. Post em parceria com Adriano Reis
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Mortes: Era uma especialista em saladas inusitadas
Se tinha uma coisa pela qual Gorizia Laterza era famosa, era pelas suas saladas. Além dos ingredientes habituais, ela adorava experimentar outros, mais inusitados. Carambola, hortelã, alecrim e manjericão eram alguns dos preferidos, conta o sobrinho Fernando. "Ela se especializou em saladas", diz ele. Filha de imigrantes italianos, Gorizia nasceu na capital paulista, caçula distante, pois seus dois irmãos já eram jovens. Foi para o internato e pensava em ser freira, mas após algum tempo percebeu que o caminho da vida religiosa não era o seu. Ao sair do internato, tomou um ônibus em direção ao Pacaembu, onde morava na época seu irmão Horácio. Quando a porta do veículo se abriu e o olhar de Gorizia encontrou o do motorista, o mineiro Cláudio, nascera ali um amor à primeira vista. Casaram-se em meados da década de 1970, quando mudou-se para Guarulhos com o marido. "Titia dizia que foi a época mais feliz da vida dela", lembra Fernando. Época que foi tristemente interrompida pela doença de Chagas, que vitimou Cláudio apenas três anos após o casamento. Desde então, Gorizia morou até o fim da vida com a família do irmão Horácio. Discreta e observadora, dona Gorí –como era chamada por aqueles que não acertavam seu nome– não era de fazer barulho, mas conversava com todos. Apesar de católica, tinha uma veia esotérica com sua coleção de cristais. Morreu no último dia 18, aos 85 anos, de complicações em decorrência de um câncer. Não teve filhos, mas deixa vários sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. coluna.obituario@uol.com.br - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA QUARTA-FEIRA (6) Bernardo Aron Pagura - Aos 76. Deixa os filhos Carla e Luiz, a irmã Olga, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. Graciano Iervolino - Aos 88. Solteiro. Deixa a irmã Fernanda e sobrinhos. Cemitério do Araçá. Leonorde Almeida Ferreira Neves - Aos 84. Viúva de Arthur Ferreira Neves. Deixa os filhos Arthur, Regina Coeli, Maria Lúcia, João Luiz, netos e bisneta. Cemitério da Quarta Parada. Sonia Santos de Albuquerque Miller - Aos 92. Viúva de Carlos Rudge Miller. Deixa filhos, nora, genro e netos. Cemitério dos Protestantes. 7º DIA Geraldina Vera Iervolino - Hoje (6/5), às 20h15, na paróquia Santa Rita de Cássia, praça Santa Rita de Cássia, 133, Mirandópolis. Vera Brito Bastos Falcone - Hoje (6/5), às 12h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, r. Honório Libero, 100, Jardim Paulistano.
cotidiano
Mortes: Era uma especialista em saladas inusitadasSe tinha uma coisa pela qual Gorizia Laterza era famosa, era pelas suas saladas. Além dos ingredientes habituais, ela adorava experimentar outros, mais inusitados. Carambola, hortelã, alecrim e manjericão eram alguns dos preferidos, conta o sobrinho Fernando. "Ela se especializou em saladas", diz ele. Filha de imigrantes italianos, Gorizia nasceu na capital paulista, caçula distante, pois seus dois irmãos já eram jovens. Foi para o internato e pensava em ser freira, mas após algum tempo percebeu que o caminho da vida religiosa não era o seu. Ao sair do internato, tomou um ônibus em direção ao Pacaembu, onde morava na época seu irmão Horácio. Quando a porta do veículo se abriu e o olhar de Gorizia encontrou o do motorista, o mineiro Cláudio, nascera ali um amor à primeira vista. Casaram-se em meados da década de 1970, quando mudou-se para Guarulhos com o marido. "Titia dizia que foi a época mais feliz da vida dela", lembra Fernando. Época que foi tristemente interrompida pela doença de Chagas, que vitimou Cláudio apenas três anos após o casamento. Desde então, Gorizia morou até o fim da vida com a família do irmão Horácio. Discreta e observadora, dona Gorí –como era chamada por aqueles que não acertavam seu nome– não era de fazer barulho, mas conversava com todos. Apesar de católica, tinha uma veia esotérica com sua coleção de cristais. Morreu no último dia 18, aos 85 anos, de complicações em decorrência de um câncer. Não teve filhos, mas deixa vários sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. coluna.obituario@uol.com.br - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA QUARTA-FEIRA (6) Bernardo Aron Pagura - Aos 76. Deixa os filhos Carla e Luiz, a irmã Olga, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã. Graciano Iervolino - Aos 88. Solteiro. Deixa a irmã Fernanda e sobrinhos. Cemitério do Araçá. Leonorde Almeida Ferreira Neves - Aos 84. Viúva de Arthur Ferreira Neves. Deixa os filhos Arthur, Regina Coeli, Maria Lúcia, João Luiz, netos e bisneta. Cemitério da Quarta Parada. Sonia Santos de Albuquerque Miller - Aos 92. Viúva de Carlos Rudge Miller. Deixa filhos, nora, genro e netos. Cemitério dos Protestantes. 7º DIA Geraldina Vera Iervolino - Hoje (6/5), às 20h15, na paróquia Santa Rita de Cássia, praça Santa Rita de Cássia, 133, Mirandópolis. Vera Brito Bastos Falcone - Hoje (6/5), às 12h, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, r. Honório Libero, 100, Jardim Paulistano.
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Mascote Eddie joga games históricos em novo clipe do Iron Maiden; veja
"Speed of Light", novo clipe do Iron Maiden divulgado nesta sexta-feira (14) na conta da banda no YouTube, leva o mascote Eddie a diversas dimensões cibernéticas no mundo dos games. Em formato de animação, o vídeo mostra o personagem sendo desafiado em clássicos da indústria dos jogos eletrônicos, que vão da linguagem dos anos 1980, passando por "Mortal Kombat", até os jogos em primeira pessoa, mais recentes, como "Doom". "Speed of Light" é uma das músicas do álbum "The Book of Souls", previsto para 4 de setembro. Veja o clipe, abaixo: Iron Maiden
ilustrada
Mascote Eddie joga games históricos em novo clipe do Iron Maiden; veja"Speed of Light", novo clipe do Iron Maiden divulgado nesta sexta-feira (14) na conta da banda no YouTube, leva o mascote Eddie a diversas dimensões cibernéticas no mundo dos games. Em formato de animação, o vídeo mostra o personagem sendo desafiado em clássicos da indústria dos jogos eletrônicos, que vão da linguagem dos anos 1980, passando por "Mortal Kombat", até os jogos em primeira pessoa, mais recentes, como "Doom". "Speed of Light" é uma das músicas do álbum "The Book of Souls", previsto para 4 de setembro. Veja o clipe, abaixo: Iron Maiden
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Equipe de Janot faz maratona de reuniões com advogados de delatores
O entra e sai de advogados na Procuradoria Geral da República, em Brasília, tem sido frenético. Só nesta semana estiveram lá os representantes de Eike Batista, Antonio Palocci, Léo Pinheiro e das empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Os defensores de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro também mantêm linha direta com os procuradores. TODOS JUNTOS Apesar das idas e vindas das negociações, a impressão é a de que a equipe de Rodrigo Janot quer fechar todos os acordos possíveis antes de ele deixar o cargo, em setembro. Os advogados têm a mesma pressa.
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Equipe de Janot faz maratona de reuniões com advogados de delatoresO entra e sai de advogados na Procuradoria Geral da República, em Brasília, tem sido frenético. Só nesta semana estiveram lá os representantes de Eike Batista, Antonio Palocci, Léo Pinheiro e das empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Os defensores de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro também mantêm linha direta com os procuradores. TODOS JUNTOS Apesar das idas e vindas das negociações, a impressão é a de que a equipe de Rodrigo Janot quer fechar todos os acordos possíveis antes de ele deixar o cargo, em setembro. Os advogados têm a mesma pressa.
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Empresário faz concurso para escolher melhor depoimento de clientes
LEANDRO NOMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Para mostrar uma maior credibilidade de seus negócios na internet, empreendedores digitais "profissionalizam" os depoimentos favoráveis aos seus serviços. O casal Flavio Nep Ribeiro e Jeannety Farias Nep, que vende cursos e matéria-prima para a confecção de tapetes, contrata, em cada lançamento, uma equipe de filmagem profissional para ir até a casa das pessoas captar as melhores histórias. Depois, os vídeos são postados nas redes sociais. Em um deles, Jane Luiza conta com lágrimas nos olhos como venceu a depressão fazendo tapetes. "Tenho muito orgulho que, depois que eu comecei com os tapetes, eu melhorei, assim, meu Deus do céu, tanto na cabeça quanto no bolso", conta ela em depoimento com direito a trilha sonora. Em cada lançamento, o casal também dá de brinde dois metros do produto para os três melhores testemunhos. "Os brasileiros ainda não se sentem confortáveis em comprar pela internet. Os vídeos [com depoimentos] ajudam a dar segurança e trazer credibilidade", afirma Jober Chaves, da Universidade do Inglês, com aulas on-line. O empresário estimula o envio de testemunhos sobre o seu método promovendo concursos. Em um deles, o autor do depoimento que foi mais curtido na página da escola no Facebook ganhou uma viagem para os EUA. De acordo com Chaves, esses vídeos não devem ser gravados em estúdio, para mostrar que eles são reais. "Tem que ser na casa da pessoa, mostrando o armário no fundo, o ambiente onde ele realmente vive", explica. "No início eu fiquei [...] meio apreensivo pensando o que realmente poderia ser, do que se tratava, métodos e tudo mais. Mas numa interação maior com o conteúdo [...] e lendo depoimentos de pessoas que já haviam realizado o curso [...], eu percebi que era realmente isso que eu estava procurando", afirma Moisés Nadari em seu depoimento gravado em um carro. O vídeo foi publicado na página da escola de Chaves no YouTube.
sobretudo
Empresário faz concurso para escolher melhor depoimento de clientes LEANDRO NOMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Para mostrar uma maior credibilidade de seus negócios na internet, empreendedores digitais "profissionalizam" os depoimentos favoráveis aos seus serviços. O casal Flavio Nep Ribeiro e Jeannety Farias Nep, que vende cursos e matéria-prima para a confecção de tapetes, contrata, em cada lançamento, uma equipe de filmagem profissional para ir até a casa das pessoas captar as melhores histórias. Depois, os vídeos são postados nas redes sociais. Em um deles, Jane Luiza conta com lágrimas nos olhos como venceu a depressão fazendo tapetes. "Tenho muito orgulho que, depois que eu comecei com os tapetes, eu melhorei, assim, meu Deus do céu, tanto na cabeça quanto no bolso", conta ela em depoimento com direito a trilha sonora. Em cada lançamento, o casal também dá de brinde dois metros do produto para os três melhores testemunhos. "Os brasileiros ainda não se sentem confortáveis em comprar pela internet. Os vídeos [com depoimentos] ajudam a dar segurança e trazer credibilidade", afirma Jober Chaves, da Universidade do Inglês, com aulas on-line. O empresário estimula o envio de testemunhos sobre o seu método promovendo concursos. Em um deles, o autor do depoimento que foi mais curtido na página da escola no Facebook ganhou uma viagem para os EUA. De acordo com Chaves, esses vídeos não devem ser gravados em estúdio, para mostrar que eles são reais. "Tem que ser na casa da pessoa, mostrando o armário no fundo, o ambiente onde ele realmente vive", explica. "No início eu fiquei [...] meio apreensivo pensando o que realmente poderia ser, do que se tratava, métodos e tudo mais. Mas numa interação maior com o conteúdo [...] e lendo depoimentos de pessoas que já haviam realizado o curso [...], eu percebi que era realmente isso que eu estava procurando", afirma Moisés Nadari em seu depoimento gravado em um carro. O vídeo foi publicado na página da escola de Chaves no YouTube.
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Aeroporto de Guarulhos é o melhor do Brasil, segundo pesquisa Datafolha
PRISCILA CAMAZANO DE SÃO PAULO Um grupo de senhoras usando a camiseta do Brasil e com bandeirinhas penduradas nas malas estão eufóricas, momento antes de partirem para a Itália. No meio daquela algazarra, uma delas se sobressai ao anunciar em tom mais alto: "Cadê o padre?". Ansiedade é uma sensação comum no maior aeroporto do país, por onde circulam diariamente 105 mil passageiros. Cumbica, Guarulhos, pouco importa o nome. Desde 2012, ele se chama GRU Airport, administrado pela Infraero, Invepar e ACSA. Houve uma nova distribuição dos terminais, dividido em três prédios: 1, 2 e 3. A nova divisão ficou assim: no terminal 1 ocorrem embarques da Azul e da Passaredo. No 2, voos domésticos, além de o embarque para alguns destinos fora do Brasil. Já no mais novo, o 3, está concentrada a maioria das companhias internacionais. O acesso aos portões de embarque agora são feito por um sistema de leitura de código de barras dos bilhetes, o que agilizou o fluxo de passageiros, na avaliação de Gustavo Figueiredo, 42, presidente da GRU. Outra novidade que agrada aos consumidores é o número de grifes nacionais e estrangeiras, que passou de 90 para 236. Há também um app para cadastrar o voo e receber notificações sobre o embarque. As mudanças ainda estão acontecendo, mas há muito ainda o que fazer, reconhece a própria GRU. O que todo passageiro espera é baixar a ansiedade e, como aquelas senhoras católicas que voaram para o Vaticano, embarcar logo e fazer uma boa viagem. * Embarque nos apps 1 LATAM IOS e Android. O check-in pode ser feito até 72 horas antes do embarque, exceto para viagens marcadas para os EUA 2 GOL IOS e Android. Após o check-in é possível receber notificações sobre trânsito e tempo estimado para chegar até o aeroporto 3 AMERICAN AIRLINES IOS e Android. O check in pode ser feito até 24 horas antes. Dá para escolher o assento e verificar o status do voo 4 AZUL IOS, Android e Windows Phone. Além do check-in, mostra o status do voo e horários das linhas de ônibus executivo Azul 5 UNITED IOS, Android e Windows Phone. É possível reservar, verificar status do voo e obter upgrades, fazer check-in
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Aeroporto de Guarulhos é o melhor do Brasil, segundo pesquisa DatafolhaPRISCILA CAMAZANO DE SÃO PAULO Um grupo de senhoras usando a camiseta do Brasil e com bandeirinhas penduradas nas malas estão eufóricas, momento antes de partirem para a Itália. No meio daquela algazarra, uma delas se sobressai ao anunciar em tom mais alto: "Cadê o padre?". Ansiedade é uma sensação comum no maior aeroporto do país, por onde circulam diariamente 105 mil passageiros. Cumbica, Guarulhos, pouco importa o nome. Desde 2012, ele se chama GRU Airport, administrado pela Infraero, Invepar e ACSA. Houve uma nova distribuição dos terminais, dividido em três prédios: 1, 2 e 3. A nova divisão ficou assim: no terminal 1 ocorrem embarques da Azul e da Passaredo. No 2, voos domésticos, além de o embarque para alguns destinos fora do Brasil. Já no mais novo, o 3, está concentrada a maioria das companhias internacionais. O acesso aos portões de embarque agora são feito por um sistema de leitura de código de barras dos bilhetes, o que agilizou o fluxo de passageiros, na avaliação de Gustavo Figueiredo, 42, presidente da GRU. Outra novidade que agrada aos consumidores é o número de grifes nacionais e estrangeiras, que passou de 90 para 236. Há também um app para cadastrar o voo e receber notificações sobre o embarque. As mudanças ainda estão acontecendo, mas há muito ainda o que fazer, reconhece a própria GRU. O que todo passageiro espera é baixar a ansiedade e, como aquelas senhoras católicas que voaram para o Vaticano, embarcar logo e fazer uma boa viagem. * Embarque nos apps 1 LATAM IOS e Android. O check-in pode ser feito até 72 horas antes do embarque, exceto para viagens marcadas para os EUA 2 GOL IOS e Android. Após o check-in é possível receber notificações sobre trânsito e tempo estimado para chegar até o aeroporto 3 AMERICAN AIRLINES IOS e Android. O check in pode ser feito até 24 horas antes. Dá para escolher o assento e verificar o status do voo 4 AZUL IOS, Android e Windows Phone. Além do check-in, mostra o status do voo e horários das linhas de ônibus executivo Azul 5 UNITED IOS, Android e Windows Phone. É possível reservar, verificar status do voo e obter upgrades, fazer check-in
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Ceni terá retaguarda de inglês estudioso e francês poliglota
O "braço direito" de Rogério Ceni no São Paulo não fala português, publicou nove livros sobre métodos de treinamento e tem licença da Uefa para ser técnico. Foi em uma de suas incursões a Europa para realizar cursos de treinador que Ceni conheceu Michael Beale, 36, o inglês que pretende inserir suas ideias e treinos no clube tricolor como auxiliar-técnico do ex-jogador e ídolo são-paulino, apresentado no novo cargo nesta quinta (8). A ida de Rogério ao Liverpool era para conhecer a metodologia do técnico alemão Jurgen Kloop, mas foi Beale quem chamou a atenção. Em um dos dias que Ceni ficou no clube aprimorando seus conhecimentos, acompanhou o trabalho do inglês no time Sub-23. Ele gostou do que viu e o chamou para uma conversa. Segundo o ex-jogador, Beale passou mais de uma hora explicando sobre os seus métodos, e a escolha do assistente estava feita. "Gostei muito do treino dele, gostei de como ele trabalha. É pronto para lidar com garotos e com profissionais de alto nível", disse Rogério em entrevista coletiva. Não precisou de muito tempo para convencê-lo de vir ao Brasil. O inglês sempre teve vontade de trabalhar em outros países. Na semana passada ele confirmou o acerto pelas suas redes sociais. Antes de chegar ao Liverpool, em 2012, Michael Beale passou dez anos no Chelsea, de Londres. Teórico do futebol, ele escreveu nove livros, dos quais quatro levam no título "treinos em campo reduzido". O que parece dar uma dica sobre o que Ceni pretende à frente da equipe tricolor: pressão e toque de bola. "Minha intenção é jogar com sistema ofensivo, mais alto, de pressão, com algum ajuste para um jogo ou outro", projetou Rogério em sua primeira entrevista coletiva no novo cargo. Além do choque de culturas que a chegada de Beale trará ao São Paulo, outro ponto terá que ser superado: o idioma. O inglês ainda não sabe falar português. Segundo Ceni, ele faz três horas de aula por dia e no primeiro momento a linguagem do futebol irá superar essa barreira. Além do inglês, o técnico terá ao seu lado o francês Charles Hembert. Inicialmente ele será um interlocutor de Beale por falar cinco línguas, inclusive português. Posteriormente, a ideia é que Hembert ocupe uma função de coordenação e logística. Ele realizava o mesmo trabalho na inglesa Pitch International, uma agência de marketing esportivo que presta serviços à CBF desde 2012. Eles se conheceram na seleção e estreitaram os laços no curso de técnico da Federação Inglesa de Futebol.
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Ceni terá retaguarda de inglês estudioso e francês poliglotaO "braço direito" de Rogério Ceni no São Paulo não fala português, publicou nove livros sobre métodos de treinamento e tem licença da Uefa para ser técnico. Foi em uma de suas incursões a Europa para realizar cursos de treinador que Ceni conheceu Michael Beale, 36, o inglês que pretende inserir suas ideias e treinos no clube tricolor como auxiliar-técnico do ex-jogador e ídolo são-paulino, apresentado no novo cargo nesta quinta (8). A ida de Rogério ao Liverpool era para conhecer a metodologia do técnico alemão Jurgen Kloop, mas foi Beale quem chamou a atenção. Em um dos dias que Ceni ficou no clube aprimorando seus conhecimentos, acompanhou o trabalho do inglês no time Sub-23. Ele gostou do que viu e o chamou para uma conversa. Segundo o ex-jogador, Beale passou mais de uma hora explicando sobre os seus métodos, e a escolha do assistente estava feita. "Gostei muito do treino dele, gostei de como ele trabalha. É pronto para lidar com garotos e com profissionais de alto nível", disse Rogério em entrevista coletiva. Não precisou de muito tempo para convencê-lo de vir ao Brasil. O inglês sempre teve vontade de trabalhar em outros países. Na semana passada ele confirmou o acerto pelas suas redes sociais. Antes de chegar ao Liverpool, em 2012, Michael Beale passou dez anos no Chelsea, de Londres. Teórico do futebol, ele escreveu nove livros, dos quais quatro levam no título "treinos em campo reduzido". O que parece dar uma dica sobre o que Ceni pretende à frente da equipe tricolor: pressão e toque de bola. "Minha intenção é jogar com sistema ofensivo, mais alto, de pressão, com algum ajuste para um jogo ou outro", projetou Rogério em sua primeira entrevista coletiva no novo cargo. Além do choque de culturas que a chegada de Beale trará ao São Paulo, outro ponto terá que ser superado: o idioma. O inglês ainda não sabe falar português. Segundo Ceni, ele faz três horas de aula por dia e no primeiro momento a linguagem do futebol irá superar essa barreira. Além do inglês, o técnico terá ao seu lado o francês Charles Hembert. Inicialmente ele será um interlocutor de Beale por falar cinco línguas, inclusive português. Posteriormente, a ideia é que Hembert ocupe uma função de coordenação e logística. Ele realizava o mesmo trabalho na inglesa Pitch International, uma agência de marketing esportivo que presta serviços à CBF desde 2012. Eles se conheceram na seleção e estreitaram os laços no curso de técnico da Federação Inglesa de Futebol.
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Prêmio de oncologia do Icesp abre inscrições
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) está com as inscrições abertas até o dia 25 de maio para a sétima edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), uma iniciativa em parceria com o Grupo Folha. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha, busca reconhecer e estimular contribuições de pesquisadores brasileiros e de outros profissionais que atuam na área oncológica. O prêmio será concedido a três categorias: pesquisa, inovação tecnológica e personalidade de destaque em oncologia. Cada escolhido receberá R$ 16 mil e um certificado. Em 2015, na primeira categoria, venceu estudo liderado por pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center que identificou mutações ligadas ao desenvolvimento do tumor de Wilms, o câncer renal mais frequente em crianças. Na categoria inovação tecnológica, a vencedora foi uma pesquisa que levou ao desenvolvimento de um novo biomarcador para diagnóstico e prognóstico de um subtipo de tumor de mama. O reitor da USP, Marco Antonio Zago, foi o premiado como personalidade em destaque. Zago já foi pesquisador e professor de hematologia. Segundo Paulo Hoff, diretor do Icesp, a expectativa é que a curva de inscrições continue ascendente. Em 2015, houve recorde de trabalhos (60 contra 15 em 2014). "Estamos preocupados com a situação econômica e a redução de recursos para pesquisa. O prêmio acaba sendo um importante reconhecimento e uma contribuição financeira", diz. A escolha dos vencedores do prêmio é feita por uma comissão formada por cientistas e membros da sociedade comprometidos com o tema. A premiação ocorrerá em 5 de agosto, data de nascimento do patrono da láurea. Mais informações sobre o prêmio estão no site www.icesp.org.br/premio.
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Prêmio de oncologia do Icesp abre inscriçõesO Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) está com as inscrições abertas até o dia 25 de maio para a sétima edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), uma iniciativa em parceria com o Grupo Folha. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha, busca reconhecer e estimular contribuições de pesquisadores brasileiros e de outros profissionais que atuam na área oncológica. O prêmio será concedido a três categorias: pesquisa, inovação tecnológica e personalidade de destaque em oncologia. Cada escolhido receberá R$ 16 mil e um certificado. Em 2015, na primeira categoria, venceu estudo liderado por pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center que identificou mutações ligadas ao desenvolvimento do tumor de Wilms, o câncer renal mais frequente em crianças. Na categoria inovação tecnológica, a vencedora foi uma pesquisa que levou ao desenvolvimento de um novo biomarcador para diagnóstico e prognóstico de um subtipo de tumor de mama. O reitor da USP, Marco Antonio Zago, foi o premiado como personalidade em destaque. Zago já foi pesquisador e professor de hematologia. Segundo Paulo Hoff, diretor do Icesp, a expectativa é que a curva de inscrições continue ascendente. Em 2015, houve recorde de trabalhos (60 contra 15 em 2014). "Estamos preocupados com a situação econômica e a redução de recursos para pesquisa. O prêmio acaba sendo um importante reconhecimento e uma contribuição financeira", diz. A escolha dos vencedores do prêmio é feita por uma comissão formada por cientistas e membros da sociedade comprometidos com o tema. A premiação ocorrerá em 5 de agosto, data de nascimento do patrono da láurea. Mais informações sobre o prêmio estão no site www.icesp.org.br/premio.
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Ministro tucano diz que Fux 'zombou' de Aécio ao votar por seu afastamento
O ministro tucano Aloysio Nunes (Relações Exteriores) disse que o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), "zombou" do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao proferir seu voto no sentido de impor a ele medidas restritivas de liberdade. Aécio foi afastado do cargo de senador na terça-feira (26) por decisão do Supremo. A Corte determinou ainda o recolhimento noturno do tucano. "O ministro Fux permitiu-se zombar do senador Aécio na conclusão do voto que lhe impôs penalidade não prevista no direito brasileiro", escreveu Nunes em suas redes sociais. "Esqueceu-se de observar um princípio dos magistrados da Roma antiga zelosos do decoro do tribunal: a pessoa do réu é sagrada", completou, em mensagem postada na madrugada desta quarta-feira (27). Aloysio O voto de Fux foi decisivo para desempatar o julgamento. A primeira turma do STF analisou na terça novo pedido de prisão do senador, mas decidiu por impor a ele apenas cautelares que restringem sua liberdade, como a exigência de que ele permaneça em casa à noite. Ao votar, Fux disse que Aécio não teve "grandeza" por não ter se afastado voluntariamente do mandato. "Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo exatamente a que ele se porte tal como ele deveria se portar. Pedir não só para sair da presidência do PSDB, mas sair do Senado Federal para poder comprovar à sociedade a sua ausência de toda e qualquer culpa nesse episódio", disse. O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), também fez coro às críticas ao Supremo. "O STF fez um ativismo judicial muito forte e é preciso que a Constituição seja respeitada para que nós possamos evitar que outros casos semelhantes possam acontecer a partir de precedentes", disse o tucano. "Por mais que se tenha uma imagem pública desgastada, nosso limite será sempre a Constituição. E a Constituição não prevê afastamento temporário. Só permite prisão em flagrante delito de crime inafiançável, e essas hipóteses não se caracterizam no caso que está sendo hoje discutido", acrescentou. Aécio é acusado pelo Ministério Público Federal de tentar obstruir a Justiça e por corrupção. Em maio, quando veio a público gravação em que ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, o político chegou a ser afastado do Senado por determinação do Supremo. O tucano retomou as atividades em julho, quando o ministro Marco Aurélio Mello reformou a decisão anterior. SENADO A expectativa é de que o plenário do Senado se manifeste nesta quarta-feira (27) sobre a decisão do STF. No entendimento de alguns senadores, por se tratar de medida análoga à prisão, a decisão da Justiça precisa de um aval colegiado. Um dispositivo da Constituição determina que parlamentares em exercício da função só podem ser presos em flagrante e após análise da Casa correspondente. No caso de Aécio, o plenário do Senado. Além de Cunha Lima, Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado, saiu na terça em defesa de um posicionamento da Casa. Ambos se disseram "surpresos" com a decisão tomada pelo STF e esperam que o Senado se manifeste sobre o resultado do julgamento. Eles alegam ainda que não há previsão legal para que a Justiça decida afastar um senador da República. Ao defender um referendo político sobre a decisão do STF, tucanos relembram o caso do ex-senador Delcídio do Amaral. Preso em novembro de 2015 por determinação da Justiça, o ex-petista teve sua prisão confirmada pelo Senado, que se manifestou em menos de 24h após a decisão da Corte.
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Ministro tucano diz que Fux 'zombou' de Aécio ao votar por seu afastamentoO ministro tucano Aloysio Nunes (Relações Exteriores) disse que o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), "zombou" do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao proferir seu voto no sentido de impor a ele medidas restritivas de liberdade. Aécio foi afastado do cargo de senador na terça-feira (26) por decisão do Supremo. A Corte determinou ainda o recolhimento noturno do tucano. "O ministro Fux permitiu-se zombar do senador Aécio na conclusão do voto que lhe impôs penalidade não prevista no direito brasileiro", escreveu Nunes em suas redes sociais. "Esqueceu-se de observar um princípio dos magistrados da Roma antiga zelosos do decoro do tribunal: a pessoa do réu é sagrada", completou, em mensagem postada na madrugada desta quarta-feira (27). Aloysio O voto de Fux foi decisivo para desempatar o julgamento. A primeira turma do STF analisou na terça novo pedido de prisão do senador, mas decidiu por impor a ele apenas cautelares que restringem sua liberdade, como a exigência de que ele permaneça em casa à noite. Ao votar, Fux disse que Aécio não teve "grandeza" por não ter se afastado voluntariamente do mandato. "Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo exatamente a que ele se porte tal como ele deveria se portar. Pedir não só para sair da presidência do PSDB, mas sair do Senado Federal para poder comprovar à sociedade a sua ausência de toda e qualquer culpa nesse episódio", disse. O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), também fez coro às críticas ao Supremo. "O STF fez um ativismo judicial muito forte e é preciso que a Constituição seja respeitada para que nós possamos evitar que outros casos semelhantes possam acontecer a partir de precedentes", disse o tucano. "Por mais que se tenha uma imagem pública desgastada, nosso limite será sempre a Constituição. E a Constituição não prevê afastamento temporário. Só permite prisão em flagrante delito de crime inafiançável, e essas hipóteses não se caracterizam no caso que está sendo hoje discutido", acrescentou. Aécio é acusado pelo Ministério Público Federal de tentar obstruir a Justiça e por corrupção. Em maio, quando veio a público gravação em que ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, o político chegou a ser afastado do Senado por determinação do Supremo. O tucano retomou as atividades em julho, quando o ministro Marco Aurélio Mello reformou a decisão anterior. SENADO A expectativa é de que o plenário do Senado se manifeste nesta quarta-feira (27) sobre a decisão do STF. No entendimento de alguns senadores, por se tratar de medida análoga à prisão, a decisão da Justiça precisa de um aval colegiado. Um dispositivo da Constituição determina que parlamentares em exercício da função só podem ser presos em flagrante e após análise da Casa correspondente. No caso de Aécio, o plenário do Senado. Além de Cunha Lima, Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado, saiu na terça em defesa de um posicionamento da Casa. Ambos se disseram "surpresos" com a decisão tomada pelo STF e esperam que o Senado se manifeste sobre o resultado do julgamento. Eles alegam ainda que não há previsão legal para que a Justiça decida afastar um senador da República. Ao defender um referendo político sobre a decisão do STF, tucanos relembram o caso do ex-senador Delcídio do Amaral. Preso em novembro de 2015 por determinação da Justiça, o ex-petista teve sua prisão confirmada pelo Senado, que se manifestou em menos de 24h após a decisão da Corte.
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Missões espaciais sobrevoarão planetas anões Plutão e Ceres
Pequeno e redondo, ele já foi um planeta, mas agora é considerado diminuto demais para isso. Em março, uma nave da Nasa chegará lá para fazer o primeiro exame de planeta anão a curta distância. Não se trata de Plutão, e sim de Ceres, com 965 km de diâmetro, o maior dos asteroides presentes entre Marte e Júpiter. "Revelaremos os detalhes fascinantes de um gigantesco mundo de rocha e gelo", disse Marc Rayman, engenheiro-chefe da sonda Dawn (aurora), da NASA. Posteriormente, Plutão, um planeta anão de maior dimensão, também será observado de perto, quando a sonda New Horizons, também da Nasa, passar por lá. Espera-se que as missões revelem pistas das origens do Sistema Solar. Elas ainda reacenderão o debate sobre o que é um planeta. A fase de encontro da missão New Horizons começou em 15 de janeiro, 180 dias antes da sua maior aproximação com Plutão. A sonda, lançada em 2006 para uma viagem de 4,8 bilhões de quilômetros até esse corpo celeste, já começou a fotografá-lo. O rebaixamento de Plutão da categoria dos planetas, em 2006, tornou difusas as noções sobre o que constitui um planeta. A União Astronômica Internacional, responsável pela nomenclatura, inventou uma categoria, a dos planetas anões, para classificar Plutão e Eris, um objeto descoberto há uma década. Na mesma época, Ceres foi "promovido" de asteroide a planeta anão. De forma confusa, porém, a instituição decretou que os planetas anões não eram planetas. S. Alan Stern, o pesquisador-chefe para a New Horizons, considera a atual definição estúpida. "Eles erraram feio", disse. Marc Buie, integrante da equipe da New Horizons, concorda com Stern, mas gostaria que essa polêmica acabasse. "Você precisa deixar para trás o muro dessa questão não científica antes de chegar às coisas boas", disse ele. E há uma abundância de coisas boas para os cientistas descobrirem. Por que Plutão, que tinha uma tonalidade avermelhada constante desde que foi avistado pela primeira vez por Clyde Tombaugh, em 1930, de repente ficou mais vermelho entre 2000 e 2002? Quantas luas orbitam Plutão? Durante décadas, os astrônomos sabiam de apenas uma, Caronte, mas o Telescópio Espacial Hubble já flagrou outras quatro: Hidra, Nix, Estige e Cérbero. Buie disse que a mudança de cor pode decorrer do fato de o polo norte de Plutão estar agora continuamente sob a luz do sol, queimando o seu verniz brilhante. Nem mesmo para o tamanho de Plutão existe resposta precisa. Buie disse que as estimativas acerca do seu diâmetro variam de 2.300 a 2.340 quilômetros. "Estou interessado em ver cada resultado, cada medição, cada byte de informação que vai sair dessa sonda", disse Buie. Quando foi descoberto, em 1801, Ceres foi adicionado à lista de planetas. Nos seis anos seguintes, outros três objetos foram avistados na região– Palas, Juno e Vesta. Como os astrônomos descobriam cada vez mais corpos, acharam que seria ridículo chamar todos eles de planetas. As rochas então se tornaram asteroides. Quase ninguém se importou muito com o fato de Ceres ser redondo, e mesmo assim não ser um planeta, até que o redondo Plutão se tornou um não planeta. A noção comum de planeta é "uma coisa grande orbitando o Sol". A União Astronômica Internacional tentou regulamentar o quesito "grande", afirmando que um planeta pleno "limpou [com sua gravidade] a vizinhança em torno da sua órbita", ao passo que para um planeta-anão basta ter gravidade suficiente para lhe conferir um formato arredondado. Mas mesmo os que aprovam a noção subjacente à cláusula de "limpar a vizinhança" admitem que o órgão não explicou direito. "[A regra] tenta ser correta, mas foi escrita de forma terrível", disse o astrônomo Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, responsável pelo descobrimento de Eris, o que culminou no rebaixamento de Plutão. Stern e Christopher Russell, pesquisador-chefe da missão Dawn, se voltam mais para as propriedades intrínsecas do que para as interações gravitacionais Vesta, estudado pela Dawn, tem algumas características de planeta, embora seu formato se assemelhe mais a uma batata do que a uma esfera. "Se toda a comunidade científica começar a se referir a Vesta, Ceres e Plutão como planetas, então todos acabarão acompanhando", disse Russell. Muitos fãs de Plutão defendem a eliminação da exigência de "limpar a vizinhança". Isso daria o status planetário a Plutão, Ceres e dois outros mundos gelados descobertos por Brown além de Netuno– Haumea e Makemake. Stern vai mais longe. Se um planeta se define por suas propriedades físicas, então qualquer coisa redonda que não seja uma estrela é um planeta. "Alguns deles orbitam outros planetas", afirmou. "Aceite isso."
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Missões espaciais sobrevoarão planetas anões Plutão e CeresPequeno e redondo, ele já foi um planeta, mas agora é considerado diminuto demais para isso. Em março, uma nave da Nasa chegará lá para fazer o primeiro exame de planeta anão a curta distância. Não se trata de Plutão, e sim de Ceres, com 965 km de diâmetro, o maior dos asteroides presentes entre Marte e Júpiter. "Revelaremos os detalhes fascinantes de um gigantesco mundo de rocha e gelo", disse Marc Rayman, engenheiro-chefe da sonda Dawn (aurora), da NASA. Posteriormente, Plutão, um planeta anão de maior dimensão, também será observado de perto, quando a sonda New Horizons, também da Nasa, passar por lá. Espera-se que as missões revelem pistas das origens do Sistema Solar. Elas ainda reacenderão o debate sobre o que é um planeta. A fase de encontro da missão New Horizons começou em 15 de janeiro, 180 dias antes da sua maior aproximação com Plutão. A sonda, lançada em 2006 para uma viagem de 4,8 bilhões de quilômetros até esse corpo celeste, já começou a fotografá-lo. O rebaixamento de Plutão da categoria dos planetas, em 2006, tornou difusas as noções sobre o que constitui um planeta. A União Astronômica Internacional, responsável pela nomenclatura, inventou uma categoria, a dos planetas anões, para classificar Plutão e Eris, um objeto descoberto há uma década. Na mesma época, Ceres foi "promovido" de asteroide a planeta anão. De forma confusa, porém, a instituição decretou que os planetas anões não eram planetas. S. Alan Stern, o pesquisador-chefe para a New Horizons, considera a atual definição estúpida. "Eles erraram feio", disse. Marc Buie, integrante da equipe da New Horizons, concorda com Stern, mas gostaria que essa polêmica acabasse. "Você precisa deixar para trás o muro dessa questão não científica antes de chegar às coisas boas", disse ele. E há uma abundância de coisas boas para os cientistas descobrirem. Por que Plutão, que tinha uma tonalidade avermelhada constante desde que foi avistado pela primeira vez por Clyde Tombaugh, em 1930, de repente ficou mais vermelho entre 2000 e 2002? Quantas luas orbitam Plutão? Durante décadas, os astrônomos sabiam de apenas uma, Caronte, mas o Telescópio Espacial Hubble já flagrou outras quatro: Hidra, Nix, Estige e Cérbero. Buie disse que a mudança de cor pode decorrer do fato de o polo norte de Plutão estar agora continuamente sob a luz do sol, queimando o seu verniz brilhante. Nem mesmo para o tamanho de Plutão existe resposta precisa. Buie disse que as estimativas acerca do seu diâmetro variam de 2.300 a 2.340 quilômetros. "Estou interessado em ver cada resultado, cada medição, cada byte de informação que vai sair dessa sonda", disse Buie. Quando foi descoberto, em 1801, Ceres foi adicionado à lista de planetas. Nos seis anos seguintes, outros três objetos foram avistados na região– Palas, Juno e Vesta. Como os astrônomos descobriam cada vez mais corpos, acharam que seria ridículo chamar todos eles de planetas. As rochas então se tornaram asteroides. Quase ninguém se importou muito com o fato de Ceres ser redondo, e mesmo assim não ser um planeta, até que o redondo Plutão se tornou um não planeta. A noção comum de planeta é "uma coisa grande orbitando o Sol". A União Astronômica Internacional tentou regulamentar o quesito "grande", afirmando que um planeta pleno "limpou [com sua gravidade] a vizinhança em torno da sua órbita", ao passo que para um planeta-anão basta ter gravidade suficiente para lhe conferir um formato arredondado. Mas mesmo os que aprovam a noção subjacente à cláusula de "limpar a vizinhança" admitem que o órgão não explicou direito. "[A regra] tenta ser correta, mas foi escrita de forma terrível", disse o astrônomo Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, responsável pelo descobrimento de Eris, o que culminou no rebaixamento de Plutão. Stern e Christopher Russell, pesquisador-chefe da missão Dawn, se voltam mais para as propriedades intrínsecas do que para as interações gravitacionais Vesta, estudado pela Dawn, tem algumas características de planeta, embora seu formato se assemelhe mais a uma batata do que a uma esfera. "Se toda a comunidade científica começar a se referir a Vesta, Ceres e Plutão como planetas, então todos acabarão acompanhando", disse Russell. Muitos fãs de Plutão defendem a eliminação da exigência de "limpar a vizinhança". Isso daria o status planetário a Plutão, Ceres e dois outros mundos gelados descobertos por Brown além de Netuno– Haumea e Makemake. Stern vai mais longe. Se um planeta se define por suas propriedades físicas, então qualquer coisa redonda que não seja uma estrela é um planeta. "Alguns deles orbitam outros planetas", afirmou. "Aceite isso."
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Carros e cabritos
Acabou o silêncio, carros estão sendo lançados quase que diariamente, a pré-temporada começa no domingo em Jerez. A Williams foi a primeira a mostrar seu modelo 2015, elegendo a capa da revista "F1 Racing" como vitrine. A Force India foi até o México apenas para mostrar a nova pintura -o carro era o de 2014, ainda não há data para lançamento do novo. A Lotus mostrou o belo E23 na segunda-feira, com um bico tradicional -alvíssaras. Ontem foi a vez da McLaren. Um modelo com linhas ousadas, embora a grande novidade esteja abaixo da carenagem: o motor Honda. Hoje o mundo conhecerá a SF15-T, a nova Ferrari, sempre uma atração. Amanhã vem a Toro Rosso. Sentindo falta de duas equipes? Não parece coincidência o fato de Red Bull e Mercedes fazerem pouco alarde e deixarem para mostrar seus carros na pista, em pleno teste. Nenhuma das duas precisa de pirotecnias midiáticas para aparecer. São notícia por si próprias: a Mercedes por ser a atual campeã mundial, a Red Bull pelo orgulho ferido em 2014. Mais: não têm tempo a perder com preparação para exibições, entrevistas coletivas, oportunidades para fotos e vídeos. Cada dia de trabalho conta. A não-marcação de apresentação formal não implica sucesso, mas mostra o quanto ambas estão empenhadas para que isso aconteça. Para a Red Bull, esta temporada tem jeitão de tudo ou nada. Depois de quatro anos ganhando tudo, 2014 foi um balde d'água fria. Ok, foi vice-campeã de Construtores. Mas com 58% dos pontos da Mercedes. Viu ainda seu garoto de ouro, Vettel, pedir o boné e se bandear para Maranello. Foi doloroso. Outro que já está com um pé fora é Newey. O RB11 ainda terá sua grife, mas o projetista cada vez mais se dedica a "outros projetos tecnológicos" da empresa, como anunciado em julho, na renovação do seu contrato. Um fiasco em 2015 provocará na Red Bull o mesmo terremoto que a (primeira) aposentadoria de Schumacher gerou na Ferrari. O desmantelamento de um time, o fim de uma era, um necessário recomeço. Para a Mercedes, o desafio é permanecer no topo. A seriedade de agora mostra que, como esperado, os alemães não se deslumbraram com a hegemonia imposta na última temporada. À exceção de uma ou outra estripulia de Hamilton nas férias, pouco se ouve sobre a preparação do time. Mas uma rara e boa dica veio de Andrew Green, diretor técnico da Force India: "Pelos dados que analisamos, o motor será ainda melhor que o de 2014. E já há estudos para uma evolução do motor no meio da temporada". Não, a Mercedes não precisa fazer estardalhaço, barulho, não tem urgência nenhuma de aparecer agora. O bom cabrito não berra, vive dizendo meu pai. fseixasf1@gmail.com
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Carros e cabritosAcabou o silêncio, carros estão sendo lançados quase que diariamente, a pré-temporada começa no domingo em Jerez. A Williams foi a primeira a mostrar seu modelo 2015, elegendo a capa da revista "F1 Racing" como vitrine. A Force India foi até o México apenas para mostrar a nova pintura -o carro era o de 2014, ainda não há data para lançamento do novo. A Lotus mostrou o belo E23 na segunda-feira, com um bico tradicional -alvíssaras. Ontem foi a vez da McLaren. Um modelo com linhas ousadas, embora a grande novidade esteja abaixo da carenagem: o motor Honda. Hoje o mundo conhecerá a SF15-T, a nova Ferrari, sempre uma atração. Amanhã vem a Toro Rosso. Sentindo falta de duas equipes? Não parece coincidência o fato de Red Bull e Mercedes fazerem pouco alarde e deixarem para mostrar seus carros na pista, em pleno teste. Nenhuma das duas precisa de pirotecnias midiáticas para aparecer. São notícia por si próprias: a Mercedes por ser a atual campeã mundial, a Red Bull pelo orgulho ferido em 2014. Mais: não têm tempo a perder com preparação para exibições, entrevistas coletivas, oportunidades para fotos e vídeos. Cada dia de trabalho conta. A não-marcação de apresentação formal não implica sucesso, mas mostra o quanto ambas estão empenhadas para que isso aconteça. Para a Red Bull, esta temporada tem jeitão de tudo ou nada. Depois de quatro anos ganhando tudo, 2014 foi um balde d'água fria. Ok, foi vice-campeã de Construtores. Mas com 58% dos pontos da Mercedes. Viu ainda seu garoto de ouro, Vettel, pedir o boné e se bandear para Maranello. Foi doloroso. Outro que já está com um pé fora é Newey. O RB11 ainda terá sua grife, mas o projetista cada vez mais se dedica a "outros projetos tecnológicos" da empresa, como anunciado em julho, na renovação do seu contrato. Um fiasco em 2015 provocará na Red Bull o mesmo terremoto que a (primeira) aposentadoria de Schumacher gerou na Ferrari. O desmantelamento de um time, o fim de uma era, um necessário recomeço. Para a Mercedes, o desafio é permanecer no topo. A seriedade de agora mostra que, como esperado, os alemães não se deslumbraram com a hegemonia imposta na última temporada. À exceção de uma ou outra estripulia de Hamilton nas férias, pouco se ouve sobre a preparação do time. Mas uma rara e boa dica veio de Andrew Green, diretor técnico da Force India: "Pelos dados que analisamos, o motor será ainda melhor que o de 2014. E já há estudos para uma evolução do motor no meio da temporada". Não, a Mercedes não precisa fazer estardalhaço, barulho, não tem urgência nenhuma de aparecer agora. O bom cabrito não berra, vive dizendo meu pai. fseixasf1@gmail.com
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Confira lista de dez passeios inusitados ao redor do mundo
1. Stand-up paddle pelos canais de Amsterdã A prática tem crescido cada vez mais na cidade. Se você já é mestrado na arte de se equilibrar na prancha, é possível alugar o seu próprio equipamento e para aqueles ainda inseguros, a M&M Stand Up Paddling oferece aulas com turmas de 5 pessoas e um tour de duas horas. Uma hora de aula custa € 20 (R$ 66). 2. Caça com águias no Cazaquistão Tradição antiga na região, a falcoaria é considerada uma arte. O visitante pode conhecer caçadores, segurar uma águia e, se estiver em um pequeno grupo, acompanhar uma caçada real. A melhor época do ano para vivenciar a atividade é de novembro a fevereiro, já que no verão as águias não caçam. 3. Passeio radical de lancha no rio Tâmisa, em Londres Há duas opções de passeio: o Thames Rush, trajeto de 50 minutos de Westminster até Canary Wharf (inclui a volta), o ingresso adulto é de 35 libras (R$ 160) e o Thames Max, trajeto de 70 minutos com "mais velocidade, mais curvas, mais giros, mais extremo", nas palavras do site, e também mais caro: 49 libras o ingresso adulto (R$ 224). 4. A trilha mais perigosa do mundo O que você está disposto a fazer por uma xícara de chá chinês? Na montanha de Mt. Huashan, na China, visitantes são desafiados a escalar 2.160 m no pico sul da montanha passando por passarelas de madeiras com nem um metro de largura. Os aventureiros, sempre usando o devido equipamento, seguram-se em correntes presas no paredão enquanto enfrentam a altura e adrenalina eletrizantes. No final, a vista é recompensadora. 5. Caiaque em Veneza Para quem já cansou da clássica gôndola, é possível fazer um tour de caiaque pelos canais de Veneza. Há passeios para todos os gostos e para todos os físicos - para os que só aguentam algumas horinhas até para os que poderiam passar o dia inteiro remando. Os preços começam na faixa de noventa euros. (venicekayak.com) 6. Mergulhar com crocodilos Mergulhar com tubarões já virou moda, mas e com crocodilos? Para aqueles dispostos a enfrentar o enorme réptil existem várias opções, uma delas na Austrália, a chamada Jaula da morte ("Cage of Death") no parque Crocosaurus Crove põe o visitante frente a frente com crocodilos de água salgada, o ingresso custa US$ 160 (R$ 486). Outra opção é mergulhar de forma bem menos controlada em Botsuana, numa viagem de oito dias (US$ 13.900 por pessoa) pela companhia Big Animals Expedition. 7. Surfar no vulcão Cerro Negro em Nicarágua Cerro Negro é o vulcão mais novo da América Latina, com apenas 165 anos de idade, e também um dos mais ativos da Nicarágua. Para os corajosos, é possível "surfar" em sua encosta de areia negras com apenas uma prancha de madeira (e uma roupa especial, é claro). A descida pode chegar até a 95 km/h, a velocidade mais alta já registrada. Para os mais tranquilos, é possível controlar sua velocidade e descer só aproveitando a vista. Diversas companhias locais fazem o passeio, uma delas a Quetzel Trakker cobra US$ 30, doados para caridade, por pessoa (R$ 91) e a Bigfoot, US$ 31 (R$ 94), com transporte e equipamento incluso em ambas. 8. Nadar em buraco de gelo na Finlândia Pode parecer loucura, mas a prática, na qual participantes nadam em buracos cortados no meio de lagos congelados, é comum na Finlândia e em outros países nórdicos, além de, supostamente, trazer benefícios à saúde. A dica é levar uma toalha grande para se esquentar (um pouco) depois. Você pode experimentar a atividade em Helsinque ou nas proximidades: no Centro de Recreação de Kuusijärvi, em Vantaa; ou no Centro de Recreação de Oittaa perto de Espoo, cerca de 30 minutos de Helsinque. 9. Passeio de submarino Que tal ver os mares do Havaí ou de Aruba um pouco a baixo da superfície? É possível passear pelo oceano a bordo de um submarino em diversos destinos. Em Bali, o passeio da companhia Odyssey Submarine custa US$ 85 (ingresso adulto, R$ 258) por pessoa e leva 36 passageiros a profundidades de mais de 40 m. Já a companhia Atlantis Submarines oferece passeios no Havaí e no Caribe, com preços em torno de US$ 100 (R$ 303). Em Honduras, a proposta é mais íntima: o submarino da Stanley Submarine tem capacidade para três pessoas (contando o piloto) descerem 610 m, num passeio de 3h30 com custo de US$ 900 (cerca de R$ 2.732). 10. Passeio na Ilha das Bonecas ("Isla de las Muñecas"), no México Para quem gosta de passeios com um toque de filme de terror, este é imperdível. A pequena ilha, ao sul da cidade do México, é dedicada a alma perdida de uma garota, que, segundo a lenda, morreu afogada sob estranhas circunstâncias. A ilha é povoada somente por bonecas que foram colocadas nas árvores em uma estranha homenagem. A lenda diz que as bonecas são possuídas com o espírito da menina; isladelasmunecas.com
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Confira lista de dez passeios inusitados ao redor do mundo1. Stand-up paddle pelos canais de Amsterdã A prática tem crescido cada vez mais na cidade. Se você já é mestrado na arte de se equilibrar na prancha, é possível alugar o seu próprio equipamento e para aqueles ainda inseguros, a M&M Stand Up Paddling oferece aulas com turmas de 5 pessoas e um tour de duas horas. Uma hora de aula custa € 20 (R$ 66). 2. Caça com águias no Cazaquistão Tradição antiga na região, a falcoaria é considerada uma arte. O visitante pode conhecer caçadores, segurar uma águia e, se estiver em um pequeno grupo, acompanhar uma caçada real. A melhor época do ano para vivenciar a atividade é de novembro a fevereiro, já que no verão as águias não caçam. 3. Passeio radical de lancha no rio Tâmisa, em Londres Há duas opções de passeio: o Thames Rush, trajeto de 50 minutos de Westminster até Canary Wharf (inclui a volta), o ingresso adulto é de 35 libras (R$ 160) e o Thames Max, trajeto de 70 minutos com "mais velocidade, mais curvas, mais giros, mais extremo", nas palavras do site, e também mais caro: 49 libras o ingresso adulto (R$ 224). 4. A trilha mais perigosa do mundo O que você está disposto a fazer por uma xícara de chá chinês? Na montanha de Mt. Huashan, na China, visitantes são desafiados a escalar 2.160 m no pico sul da montanha passando por passarelas de madeiras com nem um metro de largura. Os aventureiros, sempre usando o devido equipamento, seguram-se em correntes presas no paredão enquanto enfrentam a altura e adrenalina eletrizantes. No final, a vista é recompensadora. 5. Caiaque em Veneza Para quem já cansou da clássica gôndola, é possível fazer um tour de caiaque pelos canais de Veneza. Há passeios para todos os gostos e para todos os físicos - para os que só aguentam algumas horinhas até para os que poderiam passar o dia inteiro remando. Os preços começam na faixa de noventa euros. (venicekayak.com) 6. Mergulhar com crocodilos Mergulhar com tubarões já virou moda, mas e com crocodilos? Para aqueles dispostos a enfrentar o enorme réptil existem várias opções, uma delas na Austrália, a chamada Jaula da morte ("Cage of Death") no parque Crocosaurus Crove põe o visitante frente a frente com crocodilos de água salgada, o ingresso custa US$ 160 (R$ 486). Outra opção é mergulhar de forma bem menos controlada em Botsuana, numa viagem de oito dias (US$ 13.900 por pessoa) pela companhia Big Animals Expedition. 7. Surfar no vulcão Cerro Negro em Nicarágua Cerro Negro é o vulcão mais novo da América Latina, com apenas 165 anos de idade, e também um dos mais ativos da Nicarágua. Para os corajosos, é possível "surfar" em sua encosta de areia negras com apenas uma prancha de madeira (e uma roupa especial, é claro). A descida pode chegar até a 95 km/h, a velocidade mais alta já registrada. Para os mais tranquilos, é possível controlar sua velocidade e descer só aproveitando a vista. Diversas companhias locais fazem o passeio, uma delas a Quetzel Trakker cobra US$ 30, doados para caridade, por pessoa (R$ 91) e a Bigfoot, US$ 31 (R$ 94), com transporte e equipamento incluso em ambas. 8. Nadar em buraco de gelo na Finlândia Pode parecer loucura, mas a prática, na qual participantes nadam em buracos cortados no meio de lagos congelados, é comum na Finlândia e em outros países nórdicos, além de, supostamente, trazer benefícios à saúde. A dica é levar uma toalha grande para se esquentar (um pouco) depois. Você pode experimentar a atividade em Helsinque ou nas proximidades: no Centro de Recreação de Kuusijärvi, em Vantaa; ou no Centro de Recreação de Oittaa perto de Espoo, cerca de 30 minutos de Helsinque. 9. Passeio de submarino Que tal ver os mares do Havaí ou de Aruba um pouco a baixo da superfície? É possível passear pelo oceano a bordo de um submarino em diversos destinos. Em Bali, o passeio da companhia Odyssey Submarine custa US$ 85 (ingresso adulto, R$ 258) por pessoa e leva 36 passageiros a profundidades de mais de 40 m. Já a companhia Atlantis Submarines oferece passeios no Havaí e no Caribe, com preços em torno de US$ 100 (R$ 303). Em Honduras, a proposta é mais íntima: o submarino da Stanley Submarine tem capacidade para três pessoas (contando o piloto) descerem 610 m, num passeio de 3h30 com custo de US$ 900 (cerca de R$ 2.732). 10. Passeio na Ilha das Bonecas ("Isla de las Muñecas"), no México Para quem gosta de passeios com um toque de filme de terror, este é imperdível. A pequena ilha, ao sul da cidade do México, é dedicada a alma perdida de uma garota, que, segundo a lenda, morreu afogada sob estranhas circunstâncias. A ilha é povoada somente por bonecas que foram colocadas nas árvores em uma estranha homenagem. A lenda diz que as bonecas são possuídas com o espírito da menina; isladelasmunecas.com
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Em Fortaleza, manifestantes repetem coreografia anti-Dilma de agosto
Manifestantes repetiram, em Fortaleza, a coreografia de música pró-impeachment que já havia sido apresentada, em ato contra o governo no mês de agosto. Manifestantes vaiaram o governador do Ceará, Camilo Santana (PT); o prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio; o ex-ministro Ciro Gomes e oito deputados federais cearenses que se manifestaram contra o impeachment. Já o Ministério Público Federal e a Polícia Federal receberam aplausos e manifestações de apoio. Foi exibido o nome dos deputados federais cearenses que se manifestaram a favor do impeachment. O deputado do PSDB-CE, Raimundo Gomes de Mattos, estava presente no ato. Antes, eles convidaram os ativistas antigoverno para deixar presentes à população em situação de rua, embaixo de uma árvore de Natal gigante montada anualmente na praça. Segundo os organizadores, o objetivo é contestar a ideia de que só a esquerda se preocupa com os pobres.
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Em Fortaleza, manifestantes repetem coreografia anti-Dilma de agostoManifestantes repetiram, em Fortaleza, a coreografia de música pró-impeachment que já havia sido apresentada, em ato contra o governo no mês de agosto. Manifestantes vaiaram o governador do Ceará, Camilo Santana (PT); o prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio; o ex-ministro Ciro Gomes e oito deputados federais cearenses que se manifestaram contra o impeachment. Já o Ministério Público Federal e a Polícia Federal receberam aplausos e manifestações de apoio. Foi exibido o nome dos deputados federais cearenses que se manifestaram a favor do impeachment. O deputado do PSDB-CE, Raimundo Gomes de Mattos, estava presente no ato. Antes, eles convidaram os ativistas antigoverno para deixar presentes à população em situação de rua, embaixo de uma árvore de Natal gigante montada anualmente na praça. Segundo os organizadores, o objetivo é contestar a ideia de que só a esquerda se preocupa com os pobres.
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O politicamente correto é o estágio inicial da censura, diz Paulo Bonfá
Convidado desta quinzena do Pensando Alto, o humorista Paulo Bonfá, 45, discorre sobre psicanálise, humor e o país. "O brasileiro tem no DNA uma coisa de 'rir para não chorar'. Se a gente não fosse como a gente é, dificilmente suportaríamos viver no Brasil que a gente tem", diz. Bonfá é o idealizador do Risadaria, maior festival de humor do Brasil, que já reuniu cerca de 3 milhões de pessoas em sete edições e que acontece em São Paulo até o dia 23. O programa da TV Folha, produzido pelo repórter fotográfico Marcus Leoni, tem como proposta ouvir o que artistas e formadores de opinião têm a dizer sobre questões do cotidiano.
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O politicamente correto é o estágio inicial da censura, diz Paulo BonfáConvidado desta quinzena do Pensando Alto, o humorista Paulo Bonfá, 45, discorre sobre psicanálise, humor e o país. "O brasileiro tem no DNA uma coisa de 'rir para não chorar'. Se a gente não fosse como a gente é, dificilmente suportaríamos viver no Brasil que a gente tem", diz. Bonfá é o idealizador do Risadaria, maior festival de humor do Brasil, que já reuniu cerca de 3 milhões de pessoas em sete edições e que acontece em São Paulo até o dia 23. O programa da TV Folha, produzido pelo repórter fotográfico Marcus Leoni, tem como proposta ouvir o que artistas e formadores de opinião têm a dizer sobre questões do cotidiano.
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Há mais ideias em toda parte do que pokémons, diz Valter Hugo Mãe
Que os passantes que encontrarem Valter Hugo Mãe caminhando pela rua com o celular nas mãos não se enganem: ao contrário do que os hábitos contemporâneos sugerem, o escritor português não está caçando pokémons. Provavelmente, está registrando alguma ideia para um futuro livro. "Eu escrevo andando", ele avisa, arrancando risos da plateia da bem-humorada conferência Fronteiras do Pensamento, de que participou em São Paulo na noite desta quarta (31). O autor português contou ter trocado o hábito de anotar os pensamentos à mão pela agilidade do bloco de notas do celular: "As ideias estão mais em toda parte do que os pokémons". Escritor "voraz", como se definiu, ele publicará seu novo romance em outubro deste ano, em que completa 20 anos de carreira. Quem deu o recado foi o jornalista Paulo Werneck, curador da última edição da Flip e mediador do encontro. A história se passará no Japão antigo e acompanha um artesão humilde que vive no sopé de uma montanha, perto de Kyoto. Em entrevista à Folha, o escritor disse buscar o Japão que o impressiona desde menino, o mitológico, não tecnológico e não sofisticado. Um dos principais autores em língua portuguesa destes tempos, ele falou sobre a própria obra e leu um texto, em primeira pessoa, escrito para a conferência. Em "Deus Era Um Livro", a relação mística e ritualística cultivada na família de um menino com a Bíblia definem, ao longo da vida, sua relação com as palavras e, mais ainda, com os livros. Não deixou claro quão autobiográficas eram as palavras, mas, em dado momento, comentou que "antes de saber o que seria a literatura, julgava todas coisas escritas como sagradas". "Entender um poema é também um ato de fé", resumiria, minutos depois. Autor de livros como "O Filho de Mil Homens", "O Remorso de Baltazar Serapião" e "A Máquina de Fazer Espanhóis", Valter Hugo Mãe comentou a presença da religião em sua escritura. Pouco antes, Werneck o questionou sobre a relação de comunhão e identificação que os leitores costumam estabelecer com seus livros. "O sagrado é o que está em prática. O que é colocado num altar é dessacralizado. Se a gente coloca a coisa num patamar de altivez, ela deixa de dialogar conosco, deixa de ser partilha absoluta." "O sagrado é a paridade. É possível a igualdade, o cuidado com o outro, sem a louvação", disse o escritor português. "O que faço nos meus livros é a obrigação de descer Deus ao meio de nós. Porque é nesse momento que ele será verdadeiramente sagrado." Lembrou ainda da proximidade com José Saramago —o Nobel disse que Mãe, vencedor do prêmio que leva seu nome, era um "tsunami linguístico". "Em todas as festas e jantares, em casas de embaixadores, com o rei da Espanha, prefiro conversar com o porteiro, com as cozinheiras, com as moças da limpeza. Saramago era igual. Era uma pessoa de boa fé", relembrou. "Se ele desse o celular dele a alguém, raramente era para a pessoa mais suntuosa da noite." Criador de uma obra essencialmente trágica, Hugo Mãe diz ser difícil criar personagens alegres diante da aridez da experiência humana. "Vou assumir uma coisa que acho que é talvez a razão para a minha maior angústia. Em última análise, a solidão e inultrapassável. A gente não vai curar nunca a solidão", afirmou. "Muito raramente na vida vamos ter a sensação de plenitude na companhia de alguém, e isso é o que me faz correr pela proximidade com o outro." Os brasileiros terão ainda duas chances de se aproximar da solidão do escritor. Ele repetirá a conferência na segunda-feira (5), em Salvador, e participará de uma edição do "Café Filosófico" na sexta (2), em Campinas.
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Há mais ideias em toda parte do que pokémons, diz Valter Hugo MãeQue os passantes que encontrarem Valter Hugo Mãe caminhando pela rua com o celular nas mãos não se enganem: ao contrário do que os hábitos contemporâneos sugerem, o escritor português não está caçando pokémons. Provavelmente, está registrando alguma ideia para um futuro livro. "Eu escrevo andando", ele avisa, arrancando risos da plateia da bem-humorada conferência Fronteiras do Pensamento, de que participou em São Paulo na noite desta quarta (31). O autor português contou ter trocado o hábito de anotar os pensamentos à mão pela agilidade do bloco de notas do celular: "As ideias estão mais em toda parte do que os pokémons". Escritor "voraz", como se definiu, ele publicará seu novo romance em outubro deste ano, em que completa 20 anos de carreira. Quem deu o recado foi o jornalista Paulo Werneck, curador da última edição da Flip e mediador do encontro. A história se passará no Japão antigo e acompanha um artesão humilde que vive no sopé de uma montanha, perto de Kyoto. Em entrevista à Folha, o escritor disse buscar o Japão que o impressiona desde menino, o mitológico, não tecnológico e não sofisticado. Um dos principais autores em língua portuguesa destes tempos, ele falou sobre a própria obra e leu um texto, em primeira pessoa, escrito para a conferência. Em "Deus Era Um Livro", a relação mística e ritualística cultivada na família de um menino com a Bíblia definem, ao longo da vida, sua relação com as palavras e, mais ainda, com os livros. Não deixou claro quão autobiográficas eram as palavras, mas, em dado momento, comentou que "antes de saber o que seria a literatura, julgava todas coisas escritas como sagradas". "Entender um poema é também um ato de fé", resumiria, minutos depois. Autor de livros como "O Filho de Mil Homens", "O Remorso de Baltazar Serapião" e "A Máquina de Fazer Espanhóis", Valter Hugo Mãe comentou a presença da religião em sua escritura. Pouco antes, Werneck o questionou sobre a relação de comunhão e identificação que os leitores costumam estabelecer com seus livros. "O sagrado é o que está em prática. O que é colocado num altar é dessacralizado. Se a gente coloca a coisa num patamar de altivez, ela deixa de dialogar conosco, deixa de ser partilha absoluta." "O sagrado é a paridade. É possível a igualdade, o cuidado com o outro, sem a louvação", disse o escritor português. "O que faço nos meus livros é a obrigação de descer Deus ao meio de nós. Porque é nesse momento que ele será verdadeiramente sagrado." Lembrou ainda da proximidade com José Saramago —o Nobel disse que Mãe, vencedor do prêmio que leva seu nome, era um "tsunami linguístico". "Em todas as festas e jantares, em casas de embaixadores, com o rei da Espanha, prefiro conversar com o porteiro, com as cozinheiras, com as moças da limpeza. Saramago era igual. Era uma pessoa de boa fé", relembrou. "Se ele desse o celular dele a alguém, raramente era para a pessoa mais suntuosa da noite." Criador de uma obra essencialmente trágica, Hugo Mãe diz ser difícil criar personagens alegres diante da aridez da experiência humana. "Vou assumir uma coisa que acho que é talvez a razão para a minha maior angústia. Em última análise, a solidão e inultrapassável. A gente não vai curar nunca a solidão", afirmou. "Muito raramente na vida vamos ter a sensação de plenitude na companhia de alguém, e isso é o que me faz correr pela proximidade com o outro." Os brasileiros terão ainda duas chances de se aproximar da solidão do escritor. Ele repetirá a conferência na segunda-feira (5), em Salvador, e participará de uma edição do "Café Filosófico" na sexta (2), em Campinas.
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A justiça injusta
Sempre que um recurso criminal chega às mãos da juíza Kenarik Boujikian, ela confere um fato básico: se o preso já cumpriu sua sentença e permanece encarcerado. Ela me disse que no último ano ela determinou a soltura de aproximadamente 50 pessoas que estavam atrás das grades, ainda que já tivessem cumprido sua pena. A manutenção da prisão era ilegal, arbitrária e uma violação dos direitos fundamentais dos detidos. No entanto, em vez de receber aplausos, a juíza Kenarik enfrenta um processo disciplinar que pode resultar em uma sanção desde a advertência até a aposentadoria compulsória. Vinte e cinco desembargadores decidirão nesta quarta (3) seu destino. Em agosto, um magistrado instaurou uma representação contra Kenarik alegando que ela violou o regimento interno do Tribunal de Justiça de São Paulo ao expedir alvarás de soltura em dez casos, ao invés de remeter a questão para o colegiado de três juízes que decidiria sobre os recursos. A questão sobre se o regimento do tribunal foi violado é, na melhor das hipóteses, uma distração do verdadeiro problema. A representação contra Kenarik reflete a crença amplamente difundida entre alguns juízes, policiais e promotores de que o encarceramento em massa é a solução para o grave problema da criminalidade no Brasil. Essa crença tem contribuído para a crise nas prisões brasileiras, que hoje abrigam 61 por cento mais pessoas do que sua capacidade, em celas insalubres e violentas que são um terreno fértil para o recrutamento por facções criminosas. A juíza Kenarik acredita que ela não só pode como tem a obrigação legal de expedir alvarás de soltura sempre que verificar que um preso já cumpriu sua sentença. A Constituição Federal diz que o Estado indenizará a pessoa que ficar presa "além do tempo fixado na sentença". Em 3 dos 10 casos em questão, o Ministério Público interpôs recurso requerendo sentenças mais longas. Mas os três presos já tinham cumprido suas penas, e exigir que eles esperassem na prisão até que os recursos fossem decididos seria ilegal. Ainda pior, nos outros casos, os recursos foram interpostos pelos próprios presos, questionando as penas a eles impostas. Ou seja, não havia qualquer possibilidade de terem que servir mais tempo na prisão. De 2008 a 2014, o Conselho Nacional de Justiça identificou pelo menos 48.000 pessoas presas mesmo depois de terem cumprido suas penas. Por exemplo , J. P. deveria ter sido liberado em 2004 de uma prisão de Pernambuco. No entanto, sem um advogado ou um familiar que pudesse auxiliá-lo, passou uma década a mais atrás das grades. Ele foi solto após uma defensora publica ter ingressado com um habeas corpus em seu favor. Não é de todo claro que Kenarik tenha violado o regimento do tribunal; um parecer do professor de direito Maurício Zenoide de Moraes, encomendado pelos advogados de Kenarik, concluiu que não. Entretanto, mesmo se houvesse qualquer violação processual, seria inaceitável que pessoas que já cumpriram suas penas sejam obrigadas a aguardar, atrás das grades, que três juízes encontrem tempo para examinar seus processos. Kenarik acredita que só a abertura de processo disciplinar contra ela já mandou um recado a todos os juízes do estado que pensem duas vezes antes de liberarem presos, mesmo aqueles detidos ilegalmente. Priorizar a punição ao invés de defender o Estado de Direito é a antítese do que o Brasil precisa para enfrentar as mazelas em suas prisões. CESAR MUÑOZ ACEBES, 42, é pesquisador da ONG Human Rights Watch * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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A justiça injustaSempre que um recurso criminal chega às mãos da juíza Kenarik Boujikian, ela confere um fato básico: se o preso já cumpriu sua sentença e permanece encarcerado. Ela me disse que no último ano ela determinou a soltura de aproximadamente 50 pessoas que estavam atrás das grades, ainda que já tivessem cumprido sua pena. A manutenção da prisão era ilegal, arbitrária e uma violação dos direitos fundamentais dos detidos. No entanto, em vez de receber aplausos, a juíza Kenarik enfrenta um processo disciplinar que pode resultar em uma sanção desde a advertência até a aposentadoria compulsória. Vinte e cinco desembargadores decidirão nesta quarta (3) seu destino. Em agosto, um magistrado instaurou uma representação contra Kenarik alegando que ela violou o regimento interno do Tribunal de Justiça de São Paulo ao expedir alvarás de soltura em dez casos, ao invés de remeter a questão para o colegiado de três juízes que decidiria sobre os recursos. A questão sobre se o regimento do tribunal foi violado é, na melhor das hipóteses, uma distração do verdadeiro problema. A representação contra Kenarik reflete a crença amplamente difundida entre alguns juízes, policiais e promotores de que o encarceramento em massa é a solução para o grave problema da criminalidade no Brasil. Essa crença tem contribuído para a crise nas prisões brasileiras, que hoje abrigam 61 por cento mais pessoas do que sua capacidade, em celas insalubres e violentas que são um terreno fértil para o recrutamento por facções criminosas. A juíza Kenarik acredita que ela não só pode como tem a obrigação legal de expedir alvarás de soltura sempre que verificar que um preso já cumpriu sua sentença. A Constituição Federal diz que o Estado indenizará a pessoa que ficar presa "além do tempo fixado na sentença". Em 3 dos 10 casos em questão, o Ministério Público interpôs recurso requerendo sentenças mais longas. Mas os três presos já tinham cumprido suas penas, e exigir que eles esperassem na prisão até que os recursos fossem decididos seria ilegal. Ainda pior, nos outros casos, os recursos foram interpostos pelos próprios presos, questionando as penas a eles impostas. Ou seja, não havia qualquer possibilidade de terem que servir mais tempo na prisão. De 2008 a 2014, o Conselho Nacional de Justiça identificou pelo menos 48.000 pessoas presas mesmo depois de terem cumprido suas penas. Por exemplo , J. P. deveria ter sido liberado em 2004 de uma prisão de Pernambuco. No entanto, sem um advogado ou um familiar que pudesse auxiliá-lo, passou uma década a mais atrás das grades. Ele foi solto após uma defensora publica ter ingressado com um habeas corpus em seu favor. Não é de todo claro que Kenarik tenha violado o regimento do tribunal; um parecer do professor de direito Maurício Zenoide de Moraes, encomendado pelos advogados de Kenarik, concluiu que não. Entretanto, mesmo se houvesse qualquer violação processual, seria inaceitável que pessoas que já cumpriram suas penas sejam obrigadas a aguardar, atrás das grades, que três juízes encontrem tempo para examinar seus processos. Kenarik acredita que só a abertura de processo disciplinar contra ela já mandou um recado a todos os juízes do estado que pensem duas vezes antes de liberarem presos, mesmo aqueles detidos ilegalmente. Priorizar a punição ao invés de defender o Estado de Direito é a antítese do que o Brasil precisa para enfrentar as mazelas em suas prisões. CESAR MUÑOZ ACEBES, 42, é pesquisador da ONG Human Rights Watch * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Atual campeão, time de Splitter sofre a 4ª derrota consecutiva na NBA
Os brasileiros Tiago Splitter e Nenê saíram derrotados de quadra na rodada desta quarta-feira (25) da temporada regular da NBA. Atual campeão, o San Antonio Spurs, que conta com Tiago Splitter, foi derrotado pelo Portland Trail Blazers por 111 a 95, fora de casa. Com o resultado, a equipe sofreu sua quarta derrota consecutiva na competição. O time é o sétimo colocado na Conferência Oeste com 34 triunfos em 57 partidas. Já o Portland é o quarto colocado com 37 vitórias. Splitter começou no banco de reservas e jogou pouco mais de 17 minutos. Ele marcou seis pontos, pegou quatro rebotes e deu uma assistência. Já o Washington Wizards, que conta com Nenê, perdeu para o Minnesota  Timberwolves por 97 a 77, fora de casa. Foi a quinta derrota consecutiva dos Wizarsds, que ocupam a quinta colocação na Conferência Leste. Nenê, que começou o jogo como titular, atuou por quase 25 minutos. Ele marcou 12 pontos, pegou quatro rebotes e deu uma assistência.
esporte
Atual campeão, time de Splitter sofre a 4ª derrota consecutiva na NBAOs brasileiros Tiago Splitter e Nenê saíram derrotados de quadra na rodada desta quarta-feira (25) da temporada regular da NBA. Atual campeão, o San Antonio Spurs, que conta com Tiago Splitter, foi derrotado pelo Portland Trail Blazers por 111 a 95, fora de casa. Com o resultado, a equipe sofreu sua quarta derrota consecutiva na competição. O time é o sétimo colocado na Conferência Oeste com 34 triunfos em 57 partidas. Já o Portland é o quarto colocado com 37 vitórias. Splitter começou no banco de reservas e jogou pouco mais de 17 minutos. Ele marcou seis pontos, pegou quatro rebotes e deu uma assistência. Já o Washington Wizards, que conta com Nenê, perdeu para o Minnesota  Timberwolves por 97 a 77, fora de casa. Foi a quinta derrota consecutiva dos Wizarsds, que ocupam a quinta colocação na Conferência Leste. Nenê, que começou o jogo como titular, atuou por quase 25 minutos. Ele marcou 12 pontos, pegou quatro rebotes e deu uma assistência.
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10 dicas para acumular mais pontos nos programas de fidelidade e usar suas milhas
Saiba como acumular mais pontos nos programas de fidelidade e não perder os benefícios das milhas por deixar o prazo de validade passar > Segundo o Banco Central, os brasileiros deixaram expirar 53,4 bilhões de milhas por falta de uso em 2014. Isso equivale a 24% da pontuação conquistada no mesmo passado; é o maior índice da a série histórica, de 2010 > É preciso fazer cadastro nos programas de fidelidade, como os dos bancos, dos cartões de crédito e das companhias áreas; a TAM oferece o Tam Fidelidade, a GOL tem o Smiles, a Azul trabalha com o TudoAzul e a Avianca, com o Amigo > Para evitar transtornos, confira algumas dicas dadas por especialistas: Alguns bancos oferecem cartões de créditos que automaticamente colocam os clientes nos programas de fidelidade. Basta ligar para a central de atendimento ou falar com o gerente para descobrir se você está participando Para Carlos Formigari, presidente da empresa Netpoints, o ideal é a pessoa escolher um só cartão de crédito para realizar o pagamento de suas compras "?aquele que der mais pontos ou oferecer mais prêmios Não basta só escolher o cartão de crédito: também é preciso selecionar onde fazer as compras. Algumas redes podem ter parcerias com programas de fidelidade e oferecer bônus nas milhas acumuladas Os programas costumam enviar e-mails quando as milhas estiverem expirando. A validade média é de 24 meses. "Em cima da hora, dá para trocar até por uma mala. O importante é não expirar", diz Bruno Nissental, da Oktoplus Na hora de transferir as milhas de um programa de fidelidade do cartão de crédito para a empresa aérea, alguns bancos podem cobrar uma pequena taxa (em pontos). O ideal é escolher um que não faça essa cobrança ao milheiro É preciso de cerca de 24 horas para fazer a transferência de milhas entre o cartão e a companhia aérea. Não se esqueça de fazer o cadastro nos dois programas de fidelidade (da companhia e do cartão) Alguns bancos e programas de milhagem podem pedir senhas de acesso, CPF ou outros dados dos clientes para confirmar a transferência. Tenha tudo a mão se não quiser clicar nos botões "esqueci minha senha" e gastar ainda mais tempo Para não perder os pontos acumulados, o participante pode deixar para transferir os pontos do programa de fidelidade do cartão para a companhia aérea perto da data de validade. Assim, o prazo recomeça do zero "O cartão de crédito é um excelente instrumento, mas exige condições de pagar", alerta Formigari, da Netpoints. A sugestão é usá-lo no lugar do de débito, não como complemento. A taxa de juros do cartão é uma das mais altas Alguns sites monitoram as milhas dos clientes (caso do oktoplus.com.br). Juntando dados de diferentes cartões, eles indicam quando o usuário chegou à pontuação necessária para a passagem aérea desejada
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10 dicas para acumular mais pontos nos programas de fidelidade e usar suas milhasSaiba como acumular mais pontos nos programas de fidelidade e não perder os benefícios das milhas por deixar o prazo de validade passar > Segundo o Banco Central, os brasileiros deixaram expirar 53,4 bilhões de milhas por falta de uso em 2014. Isso equivale a 24% da pontuação conquistada no mesmo passado; é o maior índice da a série histórica, de 2010 > É preciso fazer cadastro nos programas de fidelidade, como os dos bancos, dos cartões de crédito e das companhias áreas; a TAM oferece o Tam Fidelidade, a GOL tem o Smiles, a Azul trabalha com o TudoAzul e a Avianca, com o Amigo > Para evitar transtornos, confira algumas dicas dadas por especialistas: Alguns bancos oferecem cartões de créditos que automaticamente colocam os clientes nos programas de fidelidade. Basta ligar para a central de atendimento ou falar com o gerente para descobrir se você está participando Para Carlos Formigari, presidente da empresa Netpoints, o ideal é a pessoa escolher um só cartão de crédito para realizar o pagamento de suas compras "?aquele que der mais pontos ou oferecer mais prêmios Não basta só escolher o cartão de crédito: também é preciso selecionar onde fazer as compras. Algumas redes podem ter parcerias com programas de fidelidade e oferecer bônus nas milhas acumuladas Os programas costumam enviar e-mails quando as milhas estiverem expirando. A validade média é de 24 meses. "Em cima da hora, dá para trocar até por uma mala. O importante é não expirar", diz Bruno Nissental, da Oktoplus Na hora de transferir as milhas de um programa de fidelidade do cartão de crédito para a empresa aérea, alguns bancos podem cobrar uma pequena taxa (em pontos). O ideal é escolher um que não faça essa cobrança ao milheiro É preciso de cerca de 24 horas para fazer a transferência de milhas entre o cartão e a companhia aérea. Não se esqueça de fazer o cadastro nos dois programas de fidelidade (da companhia e do cartão) Alguns bancos e programas de milhagem podem pedir senhas de acesso, CPF ou outros dados dos clientes para confirmar a transferência. Tenha tudo a mão se não quiser clicar nos botões "esqueci minha senha" e gastar ainda mais tempo Para não perder os pontos acumulados, o participante pode deixar para transferir os pontos do programa de fidelidade do cartão para a companhia aérea perto da data de validade. Assim, o prazo recomeça do zero "O cartão de crédito é um excelente instrumento, mas exige condições de pagar", alerta Formigari, da Netpoints. A sugestão é usá-lo no lugar do de débito, não como complemento. A taxa de juros do cartão é uma das mais altas Alguns sites monitoram as milhas dos clientes (caso do oktoplus.com.br). Juntando dados de diferentes cartões, eles indicam quando o usuário chegou à pontuação necessária para a passagem aérea desejada
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Brad Pitt e Angelina Jolie, dez anos depois: crise, só na frente das telas
Em agosto de 2014, quase dez anos depois de se apaixonarem durante as filmagens de "Sr. & Sra. Smith", Brad Pitt, 51, e Angelina Jolie, 40, duas das maiores celebridades do universo hollywoodiano, decidiram se casar oficialmente. Após a cerimônia íntima, realizada em uma vinícola no sul da França, em vez da esperada lua de mel faraônica em alguma ilha no Pacífico, os dois decidiram filmar "À Beira Mar", um drama dirigido e escrito por Angelina Jolie sobre um casal em crise no casamento. "Todos os meus amigos perguntaram se eu estava louco, se estaria tomando a decisão certa", brinca Brad Pitt em entrevista à Serafina, em Nova York. "Decidimos que queríamos fazer algo com a família. Não teríamos feito se nossa relação não fosse tão forte e diferente da vivida pelos personagens." Com a vida dividida entre a loucura de Los Angeles e a calmaria rural da Provença —o que Pitt chama de "bases principais" da família—, o casal e os seis filhos se mandaram para Mgarr ix-Xini, uma baía na ilha de Gozo, em Malta. O local, que o ator conheceu durante as filmagens de "Guerra Mundial Z" (2013), veio a calhar como cenário da França dos anos 1970 que Angelina tinha em mente. Ali, ocorre a reavaliação amorosa do personagem Roland (Pitt), um escritor com bloqueio criativo, e Vanessa (Jolie), uma ex-dançarina em crise emocional após abandonar os tablados "por estar velha". "Ela [Angelina] escreveu o roteiro anos atrás, logo depois da morte de sua mãe, num período difícil para nós. Mas não fiquei nem um pouco surpreso quando li o roteiro e vi a profundidade dele. Minha mulher é muito intensa, e digo isso no melhor dos sentidos, além de ser muito versátil", conta Pitt. "Sempre desejamos fazer algo juntos novamente, mas não queríamos nos repetir e fazer um novo 'Sr. & Sra. Smith'." O ator diz não se arrepender da decisão de trocar a lua de mel pelo trabalho ao lado da mulher. "Admiro muito o que [o diretor] John Cassavetes e [sua mulher, a atriz] Gena Rowlands fizeram juntos e o estilo de filmagem deles. É um sentimento de fazer algo em família, mas cool." CASA DE PEDRA Os Jolie-Pitt se fixaram em Malta, a poucos metros das únicas três locações do filme: um hotel, um restaurante à beira mar e uma praia. "Nossos filhos estavam sempre conosco em uma casa de pedra que alugamos. Ficamos todos espremidos por um bom tempo e foi uma experiência linda. Era tudo o que queríamos: ficar longe do barulho que cerca nossas vidas." Durante as filmagens do longa, Pitt enfrentou situações únicas na carreira. Em determinado momento, a personagem de Angelina fica nua na banheira. Quando a diretora-atriz precisou sair da água para verificar como ficou a cena, lá estava o marido, de toalha em mãos, para enrolar a mulher. O ator sabe que "À Beira Mar", com diálogos longos, sentimentos ambíguos e um quadrilátero amoroso formado também pelos atores franceses Melvil Poupaud ("Laurence Anyways") e Mélanie Laurent ("Bastardos Inglórios"), não é um filme para os fãs do estilo de "Malévola" ou "Sr. & Sra. Smith". "Estou curioso para ver como as pessoas vão reagir quando descobrirem o filme, porque ele não se encaixa no 'zeitgeist' do cinema atual. É uma obra para ver e ponderar", conta. "Imagino que será um daqueles filmes descobertos anos depois do lançamento." A estreia nos cinemas será no dia 3 de dezembro. Ele fala com a experiência de quem está prestes a completar 25 anos sob os holofotes de Hollywood, desde que apareceu como o caubói de "Thelma & Louise", de Ridley Scott. Com tanto tempo de estrada, Pitt admite que já sabe quando um filme possui "mágica ou não" durante as filmagens, mas que "nunca olha para o passado", apesar de confessar "não ter orgulho de ter feito 'Troia' (2004)", épico de Wolfgang Petersen. "Não vejo meus filmes, mas quando estou zapeando pelos canais e assisto a algo antigo que fiz, posso parar e pensar: 'Foi uma escolha interessante'." O passado rendeu a ele seu primeiro Oscar. Apesar de ter sido indicado para melhor ator coadjuvante em 1996 por "Os 12 Macacos", de Terry Gilliam, e melhor ator por "O Curioso Caso de Benjamin Button", em 2009, e "O Homem Que Mudou o Jogo", em 2012, ganhou a estatueta como produtor de "12 Anos de Escravidão", melhor filme de 2014. O próximo passo de Pitt é testar o Netflix. "War Machine", sátira política comandada pelo diretor australiano David Michôd ("Reino Animal") com o astro no papel principal, foi recusada pelos grandes estúdios, que não queriam bancar os US$ 60 milhões de orçamento. O temor era que a adaptação do livro "The Operators", relato de Michael Hastings sobre os bastidores de um batalhão americano no Afeganistão comandado por um general com síndrome de rock star, não se pagaria. Mas o Netflix assumiu o risco e irá lançá-lo simultaneamente nos cinemas e no serviço sob demanda, em 2016. "Há um paradigma muito interessante hoje em dia. Os filmes de orçamento mediano com conteúdo mais complexo parecem não se encaixar nos planos de negócios dos executivos de cinema. São considerados caros e o retorno é muito arriscado", conta Pitt. "Não preferi ir para o Netflix, mas foi difícil achar algum estúdio de cinema que apoiasse o projeto. Essa nova avenida de entrega de conteúdo audiovisual se abriu e é muito interessante. É uma aposta, mas faz sentido para mim. Não levamos mais em conta a importância da longevidade dos filmes, somos definidos por um fim de semana de sucesso ou fracasso. Isso é péssimo." Outra aspiração dele é "falar pelo menos duas línguas fluentemente até morrer". Para o ator, "À Beira Mar" serviu também como desculpa para melhorar seu francês "comme ci, comme ça", ou seja, mais ou menos. Ator e produtor bem sucedido, ele diz que não pretende seguir os passos de Angelina Jolie na direção. "Não tenho o menor desejo, até porque toma muito do seu tempo. Sem falar que minha mulher é melhor nisso."
serafina
Brad Pitt e Angelina Jolie, dez anos depois: crise, só na frente das telasEm agosto de 2014, quase dez anos depois de se apaixonarem durante as filmagens de "Sr. & Sra. Smith", Brad Pitt, 51, e Angelina Jolie, 40, duas das maiores celebridades do universo hollywoodiano, decidiram se casar oficialmente. Após a cerimônia íntima, realizada em uma vinícola no sul da França, em vez da esperada lua de mel faraônica em alguma ilha no Pacífico, os dois decidiram filmar "À Beira Mar", um drama dirigido e escrito por Angelina Jolie sobre um casal em crise no casamento. "Todos os meus amigos perguntaram se eu estava louco, se estaria tomando a decisão certa", brinca Brad Pitt em entrevista à Serafina, em Nova York. "Decidimos que queríamos fazer algo com a família. Não teríamos feito se nossa relação não fosse tão forte e diferente da vivida pelos personagens." Com a vida dividida entre a loucura de Los Angeles e a calmaria rural da Provença —o que Pitt chama de "bases principais" da família—, o casal e os seis filhos se mandaram para Mgarr ix-Xini, uma baía na ilha de Gozo, em Malta. O local, que o ator conheceu durante as filmagens de "Guerra Mundial Z" (2013), veio a calhar como cenário da França dos anos 1970 que Angelina tinha em mente. Ali, ocorre a reavaliação amorosa do personagem Roland (Pitt), um escritor com bloqueio criativo, e Vanessa (Jolie), uma ex-dançarina em crise emocional após abandonar os tablados "por estar velha". "Ela [Angelina] escreveu o roteiro anos atrás, logo depois da morte de sua mãe, num período difícil para nós. Mas não fiquei nem um pouco surpreso quando li o roteiro e vi a profundidade dele. Minha mulher é muito intensa, e digo isso no melhor dos sentidos, além de ser muito versátil", conta Pitt. "Sempre desejamos fazer algo juntos novamente, mas não queríamos nos repetir e fazer um novo 'Sr. & Sra. Smith'." O ator diz não se arrepender da decisão de trocar a lua de mel pelo trabalho ao lado da mulher. "Admiro muito o que [o diretor] John Cassavetes e [sua mulher, a atriz] Gena Rowlands fizeram juntos e o estilo de filmagem deles. É um sentimento de fazer algo em família, mas cool." CASA DE PEDRA Os Jolie-Pitt se fixaram em Malta, a poucos metros das únicas três locações do filme: um hotel, um restaurante à beira mar e uma praia. "Nossos filhos estavam sempre conosco em uma casa de pedra que alugamos. Ficamos todos espremidos por um bom tempo e foi uma experiência linda. Era tudo o que queríamos: ficar longe do barulho que cerca nossas vidas." Durante as filmagens do longa, Pitt enfrentou situações únicas na carreira. Em determinado momento, a personagem de Angelina fica nua na banheira. Quando a diretora-atriz precisou sair da água para verificar como ficou a cena, lá estava o marido, de toalha em mãos, para enrolar a mulher. O ator sabe que "À Beira Mar", com diálogos longos, sentimentos ambíguos e um quadrilátero amoroso formado também pelos atores franceses Melvil Poupaud ("Laurence Anyways") e Mélanie Laurent ("Bastardos Inglórios"), não é um filme para os fãs do estilo de "Malévola" ou "Sr. & Sra. Smith". "Estou curioso para ver como as pessoas vão reagir quando descobrirem o filme, porque ele não se encaixa no 'zeitgeist' do cinema atual. É uma obra para ver e ponderar", conta. "Imagino que será um daqueles filmes descobertos anos depois do lançamento." A estreia nos cinemas será no dia 3 de dezembro. Ele fala com a experiência de quem está prestes a completar 25 anos sob os holofotes de Hollywood, desde que apareceu como o caubói de "Thelma & Louise", de Ridley Scott. Com tanto tempo de estrada, Pitt admite que já sabe quando um filme possui "mágica ou não" durante as filmagens, mas que "nunca olha para o passado", apesar de confessar "não ter orgulho de ter feito 'Troia' (2004)", épico de Wolfgang Petersen. "Não vejo meus filmes, mas quando estou zapeando pelos canais e assisto a algo antigo que fiz, posso parar e pensar: 'Foi uma escolha interessante'." O passado rendeu a ele seu primeiro Oscar. Apesar de ter sido indicado para melhor ator coadjuvante em 1996 por "Os 12 Macacos", de Terry Gilliam, e melhor ator por "O Curioso Caso de Benjamin Button", em 2009, e "O Homem Que Mudou o Jogo", em 2012, ganhou a estatueta como produtor de "12 Anos de Escravidão", melhor filme de 2014. O próximo passo de Pitt é testar o Netflix. "War Machine", sátira política comandada pelo diretor australiano David Michôd ("Reino Animal") com o astro no papel principal, foi recusada pelos grandes estúdios, que não queriam bancar os US$ 60 milhões de orçamento. O temor era que a adaptação do livro "The Operators", relato de Michael Hastings sobre os bastidores de um batalhão americano no Afeganistão comandado por um general com síndrome de rock star, não se pagaria. Mas o Netflix assumiu o risco e irá lançá-lo simultaneamente nos cinemas e no serviço sob demanda, em 2016. "Há um paradigma muito interessante hoje em dia. Os filmes de orçamento mediano com conteúdo mais complexo parecem não se encaixar nos planos de negócios dos executivos de cinema. São considerados caros e o retorno é muito arriscado", conta Pitt. "Não preferi ir para o Netflix, mas foi difícil achar algum estúdio de cinema que apoiasse o projeto. Essa nova avenida de entrega de conteúdo audiovisual se abriu e é muito interessante. É uma aposta, mas faz sentido para mim. Não levamos mais em conta a importância da longevidade dos filmes, somos definidos por um fim de semana de sucesso ou fracasso. Isso é péssimo." Outra aspiração dele é "falar pelo menos duas línguas fluentemente até morrer". Para o ator, "À Beira Mar" serviu também como desculpa para melhorar seu francês "comme ci, comme ça", ou seja, mais ou menos. Ator e produtor bem sucedido, ele diz que não pretende seguir os passos de Angelina Jolie na direção. "Não tenho o menor desejo, até porque toma muito do seu tempo. Sem falar que minha mulher é melhor nisso."
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O hacker que ataca sites racistas e homofóbicos
Ele realizou mais de 20 ataques desde o dia 15 de setembro e ameaça outros 20 no dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas (ou Halloween). Os alvos são sites racistas, principalmente os ligados a grupos como a Ku Klux Kan (KKK). Trata-se de um hacker anônimo que geralmente atua sozinho. Além de sites racistas como o da KKK, ele também ataca sites do grupo autodenominado Estado Islâmico e de páginas ligadas ao primeiro-ministro conservador do Canadá, Stephen Harper, que está deixando o cargo -e enfrentou acusações de racismo, entre outras coisas, por tentar proibir o uso do véu islâmico durante o juramento de cidadania canadense. O hacker também ataca páginas homofóbicas. Há alguns dias realizou um novo ataque contra o site godhatesfags.com ("deusodeiahomossexuais.com" em tradução livre). "Esta é apenas uma pequena amostra do que eu posso fazer", anunciou em sua conta no Twitter, aberta sob o pseudônimo de Amped Attacks. "É hora de acabar com todo o racismo. Já vivemos no século 21", acrescentou. Alguns dos alvos dos ataques já se recuperaram. Mesmo assim, ele não parece se intimidar. "Esperem até ver o que tenho preparado para outros 20 sites racistas no Halloween", ameaçou o hacker. TIPO DE ATAQUE Todos os ataques deste hacker são do tipo negação de serviço (também conhecidos como DDoS Attack, a abreviação em inglês para Distributed Denial of Service), cada vez mais frequentes. Esta técnica, usada geralmente pelo grupo de hackers Anonymous, permite destruir páginas na web ao inundá-las com uma avalanche de Gbytes de uma rede de computadores infectados, até que o site caia e o acesso a ele seja negado. Os hackers do grupo Anonymous já atacaram a Ku Klux Klan em várias ocasiões e até chegaram a publicar dados pessoais de seus líderes. Também assumiram o controle da conta principal do grupo no Twitter em uma operação que chamaram de "operação KKK". Em um vídeo divulgado em 2012, o grupo disse que a "operação racismo" pretendia acabar com sites que tinham "conteúdo racista e discriminatório". Por enquanto, o hacker Amped Attacks ainda não se identificou como parte do Anonymous nem com qualquer outro grupo de hackers, apesar de usar frequentemente a hashtag #tangodown, assim como o Anonymous. Ele também divulga mensagens do grupo em sua conta de Twitter. Além disso, o misterioso hacker ofereceu uma recompensa de US$ 5 mil (mais de R$ 19 mil) para quem conseguir descobrir sua identidade. Até agora ninguém conseguiu.
bbc
O hacker que ataca sites racistas e homofóbicosEle realizou mais de 20 ataques desde o dia 15 de setembro e ameaça outros 20 no dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas (ou Halloween). Os alvos são sites racistas, principalmente os ligados a grupos como a Ku Klux Kan (KKK). Trata-se de um hacker anônimo que geralmente atua sozinho. Além de sites racistas como o da KKK, ele também ataca sites do grupo autodenominado Estado Islâmico e de páginas ligadas ao primeiro-ministro conservador do Canadá, Stephen Harper, que está deixando o cargo -e enfrentou acusações de racismo, entre outras coisas, por tentar proibir o uso do véu islâmico durante o juramento de cidadania canadense. O hacker também ataca páginas homofóbicas. Há alguns dias realizou um novo ataque contra o site godhatesfags.com ("deusodeiahomossexuais.com" em tradução livre). "Esta é apenas uma pequena amostra do que eu posso fazer", anunciou em sua conta no Twitter, aberta sob o pseudônimo de Amped Attacks. "É hora de acabar com todo o racismo. Já vivemos no século 21", acrescentou. Alguns dos alvos dos ataques já se recuperaram. Mesmo assim, ele não parece se intimidar. "Esperem até ver o que tenho preparado para outros 20 sites racistas no Halloween", ameaçou o hacker. TIPO DE ATAQUE Todos os ataques deste hacker são do tipo negação de serviço (também conhecidos como DDoS Attack, a abreviação em inglês para Distributed Denial of Service), cada vez mais frequentes. Esta técnica, usada geralmente pelo grupo de hackers Anonymous, permite destruir páginas na web ao inundá-las com uma avalanche de Gbytes de uma rede de computadores infectados, até que o site caia e o acesso a ele seja negado. Os hackers do grupo Anonymous já atacaram a Ku Klux Klan em várias ocasiões e até chegaram a publicar dados pessoais de seus líderes. Também assumiram o controle da conta principal do grupo no Twitter em uma operação que chamaram de "operação KKK". Em um vídeo divulgado em 2012, o grupo disse que a "operação racismo" pretendia acabar com sites que tinham "conteúdo racista e discriminatório". Por enquanto, o hacker Amped Attacks ainda não se identificou como parte do Anonymous nem com qualquer outro grupo de hackers, apesar de usar frequentemente a hashtag #tangodown, assim como o Anonymous. Ele também divulga mensagens do grupo em sua conta de Twitter. Além disso, o misterioso hacker ofereceu uma recompensa de US$ 5 mil (mais de R$ 19 mil) para quem conseguir descobrir sua identidade. Até agora ninguém conseguiu.
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Após cinco meses, Frevo da rua Augusta reabre de cara nova
Após cinco meses de reforma, o restaurante Frevo da rua Augusta (número 1.563, tel. 11/3284-7622) reabriu em dezembro. A casa, inaugurada em 1967 e que há 20 anos não passava por uma grande mudança, ficou mais parecida com a loja da rua Oscar Freire, nos Jardins, a primeira da rede, aberta em 1956. A fachada é toda de vidro e o interior recebeu iluminação mais clara e espelhos. As esculturas de ferro na parede não estão mais lá –agora, os dançarinos aparecem em azulejos vermelhos e brancos em uma das laterais. Apesar de ser a última grande reforma em duas décadas, a casa tem partes elétrica e hidráulica trocadas a cada dois anos. Os equipamentos da cozinha também são renovados no período. O cardápio segue o mesmo: o beirute de rosbife com queijo, tomate e orégano no pão sírio sai por R$ 29, e a sobremesa Capricho (sorvete de creme com farofa e calda) custa R$ 13. O restaurante funciona diariamente das 11h40 à 0h40.
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Após cinco meses, Frevo da rua Augusta reabre de cara novaApós cinco meses de reforma, o restaurante Frevo da rua Augusta (número 1.563, tel. 11/3284-7622) reabriu em dezembro. A casa, inaugurada em 1967 e que há 20 anos não passava por uma grande mudança, ficou mais parecida com a loja da rua Oscar Freire, nos Jardins, a primeira da rede, aberta em 1956. A fachada é toda de vidro e o interior recebeu iluminação mais clara e espelhos. As esculturas de ferro na parede não estão mais lá –agora, os dançarinos aparecem em azulejos vermelhos e brancos em uma das laterais. Apesar de ser a última grande reforma em duas décadas, a casa tem partes elétrica e hidráulica trocadas a cada dois anos. Os equipamentos da cozinha também são renovados no período. O cardápio segue o mesmo: o beirute de rosbife com queijo, tomate e orégano no pão sírio sai por R$ 29, e a sobremesa Capricho (sorvete de creme com farofa e calda) custa R$ 13. O restaurante funciona diariamente das 11h40 à 0h40.
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Temos de pedir a reintegração de escolas invadidas, diz secretário de Alckmin
O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, afirmou nesta terça-feira (17) que a pasta garantirá que os 200 dias letivos obrigatórios serão cumpridos, mesmo nas escolas invadidas, em protesto à reorganização da rede. Uma resolução será publicada nesta quarta (18). Caberá às unidades decidir como será a reposição. Até o início da noite desta terça, 33 escolas estaduais tinham sido invadidas, de acordo com a secretaria de Educação. O secretário disse que, por obrigação, o governo tem de pedir a reintegração de posse das escolas invadidas. Mas afirma que manterá o diálogo "até o limite". Inicialmente, a Secretaria da Educação previa fechar 94 escolas e transferir 311 mil alunos ano que vem. O plano sofreu derrota na Justiça na segunda-feira (16). Uma decisão em caráter liminar (provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da Defensoria Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). As instituições argumentavam, entre outros pontos, que o governo não poderia fechar uma referência na educação de crianças com deficiência. A decisão determina que a escola continue funcionando até que seja provada "a real necessidade do encerramento de suas atividades". Na semana passada, o governo já havia recuado da decisão de fechar outro colégio, na zona rural de Piracicaba (a 160 km de SP), após mães procurarem a Promotoria. Desde que a ideia foi anunciada, em setembro, tem havido protestos praticamente diários. Escolas foram invadidas por alunos, pais e integrantes de movimentos sociais. Segundo o balanço da Secretaria da Educação, ao menos 26 mil alunos estavam sem aula nos colégios invadidos na segunda-feira (16). O número atualizado desta terça não foi divulgado. Mapa: Escolas invadidas A política parte da premissa de que reunir estudantes de idades e séries semelhantes no mesmo colégio ajuda na gestão escolar, que ajuda na melhoria do ensino O governo afirma que escolas de ciclo único têm desempenho melhor que as demais. Diferença que chega a 28% no ensino médio, entre escolas com um ciclo e com três (anos iniciais e finais do fundamental e o médio). O estudo da secretaria, porém, não detalhou o quanto dessa diferença se deve especificamente ao ciclo único. Além do sindicato docente, se mostraram reticentes à medida diferentes organizações, como Apeoesp (sindicato estadual docente), Faculdade de Educação da Unicamp e as ONGs Cenpec e Todos pela Educação. Algumas das reclamações explicitadas são a falta de transparência nas informações (citada pelo Todos pela Educação) e o erro na prioridade (Cenpec aponta que fechar escolas significa diminuir investimento na educação e que as famílias enfrentarão "complicada logística" com os deslocamentos). O apoio mais expressivo à medida veio até agora de membros do Conselho Estadual da Educação, como a ex-secretária Rose Neubauer (gestão Mario Covas). Ela defende que a medida pode causar transtornos agora, mas ainda trará frutos. BRIGA NA JUSTIÇA A Procuradoria do Estado de São Paulo entrou com recurso contra a suspensão das reintegrações de posse das escolas estaduais Fernão Dias Paes e Presidente Salvador Allende Gossens. A decisão de suspender as reintegrações de posse tomadas na última sexta (13) pelo juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, "não deverá prevalecer, sob pena de um total colapso no sistema educacional", escreveu a Procuradoria. Em sua decisão, Bedendi observara que a questão não era apenas de posse, e que merecia "melhor atenção do Executivo". Já a Procuradoria diz que "a Secretaria de Estado da Educação é pujante, incomparável com qualquer outra estrutura educacional existente no Brasil e não pode parar, ou se curvar, ante as invasões pouco democráticas que impedem que centenas de jovens tenham acesso à Educação". O Tribunal de Justiça de São Paulo pediu nova audiência de conciliação para quinta (19), às 14h, entre o governo paulista e o sindicato de professores, aberto para representantes das ocupações, dos conselhos tutelares, da OAB, da Secretaria de Educação e para interessados em geral. Se não houver conciliação, o processo será analisado na próxima reunião da 7ª Câmara de Direito Público, na segunda-feira (23), no Palácio da Justiça. Nesta quinta (17), houve audiência de conciliação entre representantes da Secretaria Estadual de Educação e alunos de Diadema. Eles terão de deixar o prédio até as 14h desta quarta (18). Veja galeria especial sobre a ocupação da escola Fernão Dias Paes
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Temos de pedir a reintegração de escolas invadidas, diz secretário de AlckminO secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, afirmou nesta terça-feira (17) que a pasta garantirá que os 200 dias letivos obrigatórios serão cumpridos, mesmo nas escolas invadidas, em protesto à reorganização da rede. Uma resolução será publicada nesta quarta (18). Caberá às unidades decidir como será a reposição. Até o início da noite desta terça, 33 escolas estaduais tinham sido invadidas, de acordo com a secretaria de Educação. O secretário disse que, por obrigação, o governo tem de pedir a reintegração de posse das escolas invadidas. Mas afirma que manterá o diálogo "até o limite". Inicialmente, a Secretaria da Educação previa fechar 94 escolas e transferir 311 mil alunos ano que vem. O plano sofreu derrota na Justiça na segunda-feira (16). Uma decisão em caráter liminar (provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da Defensoria Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). As instituições argumentavam, entre outros pontos, que o governo não poderia fechar uma referência na educação de crianças com deficiência. A decisão determina que a escola continue funcionando até que seja provada "a real necessidade do encerramento de suas atividades". Na semana passada, o governo já havia recuado da decisão de fechar outro colégio, na zona rural de Piracicaba (a 160 km de SP), após mães procurarem a Promotoria. Desde que a ideia foi anunciada, em setembro, tem havido protestos praticamente diários. Escolas foram invadidas por alunos, pais e integrantes de movimentos sociais. Segundo o balanço da Secretaria da Educação, ao menos 26 mil alunos estavam sem aula nos colégios invadidos na segunda-feira (16). O número atualizado desta terça não foi divulgado. Mapa: Escolas invadidas A política parte da premissa de que reunir estudantes de idades e séries semelhantes no mesmo colégio ajuda na gestão escolar, que ajuda na melhoria do ensino O governo afirma que escolas de ciclo único têm desempenho melhor que as demais. Diferença que chega a 28% no ensino médio, entre escolas com um ciclo e com três (anos iniciais e finais do fundamental e o médio). O estudo da secretaria, porém, não detalhou o quanto dessa diferença se deve especificamente ao ciclo único. Além do sindicato docente, se mostraram reticentes à medida diferentes organizações, como Apeoesp (sindicato estadual docente), Faculdade de Educação da Unicamp e as ONGs Cenpec e Todos pela Educação. Algumas das reclamações explicitadas são a falta de transparência nas informações (citada pelo Todos pela Educação) e o erro na prioridade (Cenpec aponta que fechar escolas significa diminuir investimento na educação e que as famílias enfrentarão "complicada logística" com os deslocamentos). O apoio mais expressivo à medida veio até agora de membros do Conselho Estadual da Educação, como a ex-secretária Rose Neubauer (gestão Mario Covas). Ela defende que a medida pode causar transtornos agora, mas ainda trará frutos. BRIGA NA JUSTIÇA A Procuradoria do Estado de São Paulo entrou com recurso contra a suspensão das reintegrações de posse das escolas estaduais Fernão Dias Paes e Presidente Salvador Allende Gossens. A decisão de suspender as reintegrações de posse tomadas na última sexta (13) pelo juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, "não deverá prevalecer, sob pena de um total colapso no sistema educacional", escreveu a Procuradoria. Em sua decisão, Bedendi observara que a questão não era apenas de posse, e que merecia "melhor atenção do Executivo". Já a Procuradoria diz que "a Secretaria de Estado da Educação é pujante, incomparável com qualquer outra estrutura educacional existente no Brasil e não pode parar, ou se curvar, ante as invasões pouco democráticas que impedem que centenas de jovens tenham acesso à Educação". O Tribunal de Justiça de São Paulo pediu nova audiência de conciliação para quinta (19), às 14h, entre o governo paulista e o sindicato de professores, aberto para representantes das ocupações, dos conselhos tutelares, da OAB, da Secretaria de Educação e para interessados em geral. Se não houver conciliação, o processo será analisado na próxima reunião da 7ª Câmara de Direito Público, na segunda-feira (23), no Palácio da Justiça. Nesta quinta (17), houve audiência de conciliação entre representantes da Secretaria Estadual de Educação e alunos de Diadema. Eles terão de deixar o prédio até as 14h desta quarta (18). Veja galeria especial sobre a ocupação da escola Fernão Dias Paes
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Canoagem, dança e handebol são opções de atividades ao ar livre em São Paulo
NATÁLIA ALBERTONI COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Entrar em contato com a natureza é um dos motivos que tem levado paulistanos a mexer o corpo ao ar livre. Somam-se à lista a motivação extra garantida pelas atividades em grupo e o ambiente menos burocrático de uma praça ou um parque. "É dinâmico e muito mais gostoso do que ficar trancado dentro de uma academia", diz a nutricionista Mariana de Capitani, 31, adepta da canoagem havaiana. O movimento ganha força em São Paulo, impulsionado pela onda saudável capitaneada por blogueiras fitness e pela ressignificação do espaço público. Lugares como o Minhocão e as avenidas Paulista e Sumaré, repletas de pedestres em trajes esportivos aos domingos, lembram a orla de alguma praia carioca. O mesmo acontece nas praças e nos parques, inclusive em dia de semana. Ainda que não contabilize as atividades "outdoors" nos 111 parques municipais que administra na capital, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente nota um aumento considerável delas no Ibirapuera, por exemplo. É só fazer uma visita para confirmar com os próprios olhos. Por lá, grupos vestindo camisetas neon disputam um espaço ao chão sob a marquise. O educador físico Ricardo Lima, 29, coordena um deles, o Rica Vida. O projeto, criado para promover bem-estar e qualidade de vida, combina um aquecimento de dança aeróbica com o treinamento funcional. Ele leva o material e cobra R$ 20 por aula. Iniciativa dançante, como o Forró dos Amigos, já passou pelos parques da Juventude e do Ibirapuera antes de se fixar no Largo da Batata. Hoje, reúne até mil pessoas no segundo domingo do mês. O sucesso é tanto que desde janeiro há mais uma locação: a avenida Paulista. Lá, no último domingo do mês, a festa é maior e com bandas conhecidas, como o Bicho de Pé. Mais livres em relação a formatos, essas atividades esbarram em algumas questões, como falta de estrutura. Em praças, por exemplo, é preciso recorrer a estabelecimentos próximos para ir ao banheiro. Professores costumam guardar os pertences em uma mala de viagem. Fora a condição climática, que pode desmotivar. Veja algumas dicas. * O QUE ESTÁ ROLANDO? Bachata Libre Encontros de dança de ritmo latino rolam aos domingos. O próximo será dia 9, na praça dos Arcos (facebook.com/bachatalibre ). Grátis Canoagem e Stand Up Paddle Na raia olímpica da USP, apenas raios suspendem as aulas do Clube Matero, de segunda a sexta. O valor mensal vai de R$ 295 a R$ 450 (matero.com.br ) Forró dos Amigos O grupo de forró faz tanto sucesso que promove dois encontros por mês: um no Largo da Batata e outro na avenida Paulista, que está marcado para acontecer neste domingo (25), a partir das 13h. Grátis Fúria Norte Bikers Organiza pedaladas temáticas pela zona norte às segundas, terças, quintas e aos domingo. Basta comparecer no encontro com equipamentos de segurança (facebook.com/furianortebikers ) Hand Ibira Grupo formado por mulheres se encontra no parque do Ibirapuera, às sextas, às 8h, para jogar handebol. A mensalidade, para custear o treinador e a compra de bolas, é de R$ 90 (facebook.com/handdasmeninas ) Nike+ Run Club A partir do próximo dia 3 de outubro, o clube de corrida fará quatro treinos semanais. As inscrições podem ser feitas pelo site (nike.com/sp ). Grátis
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Canoagem, dança e handebol são opções de atividades ao ar livre em São PauloNATÁLIA ALBERTONI COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Entrar em contato com a natureza é um dos motivos que tem levado paulistanos a mexer o corpo ao ar livre. Somam-se à lista a motivação extra garantida pelas atividades em grupo e o ambiente menos burocrático de uma praça ou um parque. "É dinâmico e muito mais gostoso do que ficar trancado dentro de uma academia", diz a nutricionista Mariana de Capitani, 31, adepta da canoagem havaiana. O movimento ganha força em São Paulo, impulsionado pela onda saudável capitaneada por blogueiras fitness e pela ressignificação do espaço público. Lugares como o Minhocão e as avenidas Paulista e Sumaré, repletas de pedestres em trajes esportivos aos domingos, lembram a orla de alguma praia carioca. O mesmo acontece nas praças e nos parques, inclusive em dia de semana. Ainda que não contabilize as atividades "outdoors" nos 111 parques municipais que administra na capital, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente nota um aumento considerável delas no Ibirapuera, por exemplo. É só fazer uma visita para confirmar com os próprios olhos. Por lá, grupos vestindo camisetas neon disputam um espaço ao chão sob a marquise. O educador físico Ricardo Lima, 29, coordena um deles, o Rica Vida. O projeto, criado para promover bem-estar e qualidade de vida, combina um aquecimento de dança aeróbica com o treinamento funcional. Ele leva o material e cobra R$ 20 por aula. Iniciativa dançante, como o Forró dos Amigos, já passou pelos parques da Juventude e do Ibirapuera antes de se fixar no Largo da Batata. Hoje, reúne até mil pessoas no segundo domingo do mês. O sucesso é tanto que desde janeiro há mais uma locação: a avenida Paulista. Lá, no último domingo do mês, a festa é maior e com bandas conhecidas, como o Bicho de Pé. Mais livres em relação a formatos, essas atividades esbarram em algumas questões, como falta de estrutura. Em praças, por exemplo, é preciso recorrer a estabelecimentos próximos para ir ao banheiro. Professores costumam guardar os pertences em uma mala de viagem. Fora a condição climática, que pode desmotivar. Veja algumas dicas. * O QUE ESTÁ ROLANDO? Bachata Libre Encontros de dança de ritmo latino rolam aos domingos. O próximo será dia 9, na praça dos Arcos (facebook.com/bachatalibre ). Grátis Canoagem e Stand Up Paddle Na raia olímpica da USP, apenas raios suspendem as aulas do Clube Matero, de segunda a sexta. O valor mensal vai de R$ 295 a R$ 450 (matero.com.br ) Forró dos Amigos O grupo de forró faz tanto sucesso que promove dois encontros por mês: um no Largo da Batata e outro na avenida Paulista, que está marcado para acontecer neste domingo (25), a partir das 13h. Grátis Fúria Norte Bikers Organiza pedaladas temáticas pela zona norte às segundas, terças, quintas e aos domingo. Basta comparecer no encontro com equipamentos de segurança (facebook.com/furianortebikers ) Hand Ibira Grupo formado por mulheres se encontra no parque do Ibirapuera, às sextas, às 8h, para jogar handebol. A mensalidade, para custear o treinador e a compra de bolas, é de R$ 90 (facebook.com/handdasmeninas ) Nike+ Run Club A partir do próximo dia 3 de outubro, o clube de corrida fará quatro treinos semanais. As inscrições podem ser feitas pelo site (nike.com/sp ). Grátis
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Barroso defende reforma política contra 'sentimento de devastação'
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), se mantém um otimista, apesar de ser "impossível não sentir vergonha" com a corrupção, em meio ao "sentimento de devastação desta hora" de crise política no Brasil. "Os áudios, os vídeos, as malas de dinheiro", enumera. "As provas saltam de qualquer espaço que se destampe." O magistrado fez o diagnóstico na manhã desta terça-feira (8) durante evento de uma consultoria de negócios em São Paulo. Uma das saídas, acredita, é a reforma política, pauta que ele diz carecer de uma "urgência desesperada" e que daria maior legitimidade democrática ao processo eleitoral e facilitaria a governabilidade. Para ele, defensor do semipresidencialismo (em que o primeiro-ministro cuida da gestão com o gabinete e o presidente também tem poderes) e do voto distrital misto, o sistema brasileiro "é intrinsecamente desonesto". "Não é possível que o país não tenha vontade política e determinação de mudar isso. Nós nos conformamos com a desonestidade. Nós nos acostumamos a ser conduzidos pelos desonestos", afirmou, em ciclo de debates promovido pela Consulting House. Na avaliação de Barroso, "uma reforma política que institua um sistema eleitoral mais decente" deve ainda implementar uma cláusula de barreira e proibir as coligações em eleições proporcionais. Ele cobrou uma mobilização ampla da sociedade para "empurrar" os políticos "na direção do bem, para acabar com um modelo político de pessoas que sugam, saqueiam o país". O ministro do Supremo se posiciona também pelo financiamento misto de campanhas, com uso de dinheiro público e doações privadas de pessoas físicas. Barroso é favorável ao fundo nacional para bancar os candidatos, que está em estudo na Câmara dos Deputados e pode chegar a R$ 6 bilhões. "Neste momento brasileiro, esse tipo de financiamento é melhor do que o financiamento empresarial, que nos trouxe a este quadro devastado", disse, argumentando que o sistema anterior era "imoral e manifestamente inconstitucional", com uma "feição mafiosa". Embora pondere que "a sociedade vê com muita reserva" a hipótese, por causa da fase de rejeição à classe política, diz ser preciso buscar alternativas, sob o risco de que o crime organizado passe a financiar a democracia brasileira. "E ninguém quer isso." BEM X MAL Para Barroso, que tem se definido como "opositor da operação abafa", com tentativas de barrar investigações como as da Operação Lava Jato, "uma fotografia atual do país pode dar a entender que o mal compensa". "Nós somos um país que se perdeu na história, que se desencontrou de si mesmo, da sua gente, de seu destino. É preciso começar a mudar, a partir dessa constatação evidente. O problema vai de alto a baixo, e os maus exemplos proliferam", afirmou ele. No fim do seminário, que reuniu executivos de grandes empresas no hotel Unique, no Jardim Paulista, o ministro foi questionado pela Folha sobre a afirmação de que "o mal compensa". Ele falou que não se referia a um fato específico, mas "ao quadro geral". "O mal não venceu", disse o magistrado, que deixou apressadamente o local. "É preciso que este momento seja um ponto de inflexão na história brasileira. Senão vamos continuar ficando para trás e nossos filhos vão viver vidas menores e piores", afirmou em seu discurso. REFORMAS Na palestra, Barroso disse que o Brasil precisa, além de redimensionar o tamanho do Estado, fazer reformas previdenciária, tributária, trabalhista e política para avançar. Para o ministro, "não é questão de um governo, é questão de um país, é questão patriótica". "É claro que [na reforma previdenciária] alguma concessão aqui ou ali tem que se fazer, para o trabalhador rural [por exemplo]. Tem que se fazer justiça. Porém, as pessoas no Brasil se aposentarem com 50 anos é um absurdo completo. O país não tem dinheiro." Ele lembrou que a expectativa média de vida no Brasil é de 75 anos. Sobre a reforma trabalhista, o magistrado disse não ser "contra a Justiça do Trabalho nem direitos básicos do trabalhador". "Acho que o tempo da escravidão já passou. Mas temos um sistema que produz uma litigiosidade trabalhista incomparável a qualquer lugar do mundo."
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Barroso defende reforma política contra 'sentimento de devastação'O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), se mantém um otimista, apesar de ser "impossível não sentir vergonha" com a corrupção, em meio ao "sentimento de devastação desta hora" de crise política no Brasil. "Os áudios, os vídeos, as malas de dinheiro", enumera. "As provas saltam de qualquer espaço que se destampe." O magistrado fez o diagnóstico na manhã desta terça-feira (8) durante evento de uma consultoria de negócios em São Paulo. Uma das saídas, acredita, é a reforma política, pauta que ele diz carecer de uma "urgência desesperada" e que daria maior legitimidade democrática ao processo eleitoral e facilitaria a governabilidade. Para ele, defensor do semipresidencialismo (em que o primeiro-ministro cuida da gestão com o gabinete e o presidente também tem poderes) e do voto distrital misto, o sistema brasileiro "é intrinsecamente desonesto". "Não é possível que o país não tenha vontade política e determinação de mudar isso. Nós nos conformamos com a desonestidade. Nós nos acostumamos a ser conduzidos pelos desonestos", afirmou, em ciclo de debates promovido pela Consulting House. Na avaliação de Barroso, "uma reforma política que institua um sistema eleitoral mais decente" deve ainda implementar uma cláusula de barreira e proibir as coligações em eleições proporcionais. Ele cobrou uma mobilização ampla da sociedade para "empurrar" os políticos "na direção do bem, para acabar com um modelo político de pessoas que sugam, saqueiam o país". O ministro do Supremo se posiciona também pelo financiamento misto de campanhas, com uso de dinheiro público e doações privadas de pessoas físicas. Barroso é favorável ao fundo nacional para bancar os candidatos, que está em estudo na Câmara dos Deputados e pode chegar a R$ 6 bilhões. "Neste momento brasileiro, esse tipo de financiamento é melhor do que o financiamento empresarial, que nos trouxe a este quadro devastado", disse, argumentando que o sistema anterior era "imoral e manifestamente inconstitucional", com uma "feição mafiosa". Embora pondere que "a sociedade vê com muita reserva" a hipótese, por causa da fase de rejeição à classe política, diz ser preciso buscar alternativas, sob o risco de que o crime organizado passe a financiar a democracia brasileira. "E ninguém quer isso." BEM X MAL Para Barroso, que tem se definido como "opositor da operação abafa", com tentativas de barrar investigações como as da Operação Lava Jato, "uma fotografia atual do país pode dar a entender que o mal compensa". "Nós somos um país que se perdeu na história, que se desencontrou de si mesmo, da sua gente, de seu destino. É preciso começar a mudar, a partir dessa constatação evidente. O problema vai de alto a baixo, e os maus exemplos proliferam", afirmou ele. No fim do seminário, que reuniu executivos de grandes empresas no hotel Unique, no Jardim Paulista, o ministro foi questionado pela Folha sobre a afirmação de que "o mal compensa". Ele falou que não se referia a um fato específico, mas "ao quadro geral". "O mal não venceu", disse o magistrado, que deixou apressadamente o local. "É preciso que este momento seja um ponto de inflexão na história brasileira. Senão vamos continuar ficando para trás e nossos filhos vão viver vidas menores e piores", afirmou em seu discurso. REFORMAS Na palestra, Barroso disse que o Brasil precisa, além de redimensionar o tamanho do Estado, fazer reformas previdenciária, tributária, trabalhista e política para avançar. Para o ministro, "não é questão de um governo, é questão de um país, é questão patriótica". "É claro que [na reforma previdenciária] alguma concessão aqui ou ali tem que se fazer, para o trabalhador rural [por exemplo]. Tem que se fazer justiça. Porém, as pessoas no Brasil se aposentarem com 50 anos é um absurdo completo. O país não tem dinheiro." Ele lembrou que a expectativa média de vida no Brasil é de 75 anos. Sobre a reforma trabalhista, o magistrado disse não ser "contra a Justiça do Trabalho nem direitos básicos do trabalhador". "Acho que o tempo da escravidão já passou. Mas temos um sistema que produz uma litigiosidade trabalhista incomparável a qualquer lugar do mundo."
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B.B. King completaria 90 anos: veja curiosidades sobre a vida do bluesman
B. B.King (apelido de Riley B. King), um dos bluesmen mais famosos da história da música, nasceu em 16 de setembro de 1925, em uma plantação de arroz em Indianola, no Estado americano do Mississippi. Se estivesse vivo, o intérprete de "Don't Answer the Door" e "Three O'Clock Blues" completaria 90 anos hoje. B.B. King morreu no dia 14 de maio deste ano, em Las Vegas, enquanto dormia. Laudos concluíram que sua morte teve causas naturais —ela estava sendo investigada como homicídio depois que suas filhas Patty King e Karen Williams acusaram a empresária do músico, LaVerne Toney, de envenená-lo. A Folha preparou uma lista de curiosidades sobre o guitarrista americano, como, o porquê de seu apelido, ou a origem do nome de sua guitarra, Lucille. 1. Riley B. King O jovem músico ganhou seu apelido enquanto trabalhava como "disc jockey" (o famoso DJ) em uma rádio de Memphis, no Tennessee. Lá, começou a ser chamado de "The Beale Street Blues Boy" (em referência à música "Beale Street Blues", composta em 1916 pelo americano W. C. Handy, que, por sua vez, fala sobre uma rua de entretenimento da cidade), que depois foi encurtado para "Blues Boy" e, no fim, "B.B.". 2. Home Front Em 1943, no meio da Segunda Guerra Mundial, King se alistou no exército americano para lutar contra o Eixo. No entanto, acabou sendo dispensado do campo de batalha na Europa (ou no Pacífico) porque dirigia um trator, ocupação considerada essencial no território americano para a manutenção das forças armadas do outro lado do mundo. 3. McVegetal Apesar de fazer propagandas para redes de fast food (em 1995, fez um comercial para o McDonald's), B.B. King teria sido, supostamente, vegetariano durante anos. mcdonalds 4. Lucille Em 1949, enquanto tocava em uma cidadezinha do Estado americano do Arkansas, começou uma briga entre dois homens que acabou ateando fogo ao local. King se lembrou de levar sua guitarra enquanto fugia e deu a ela o nome de Lucille, "homenagem" à mulher pela qual a briga havia começado. 5. Obama Ele já fez um dueto com o presidente Barack Obama! Em 2012, King participou do evento "Red, White and Blues", na Casa Branca. Lá, cantou junto com o presidente americano a canção "Sweet Home Chicago", de 1937 (Obama, afinal, foi senador pelo Estado de Illinois, cuja capital é Chicago). obama Quando o bluesman morreu, Obama publicou uma nota oficial relembrando o episódio. "O blues perdeu seu rei", escreveu. 6. Top 10 Em 2015, uma lista da revista "Rolling Stone" listou King como o sexto maior guitarrista da história da música, atrás apenas de Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jimmy Page, Keith Richards e Jeff Beck. 7. Veterano O bluesman está no Hall da Fama do Rock desde 1987 —há quase 30 anos! 8. Na ativa Desde 1951, quando conseguiu seu primeiro sucesso no topo das paradas de blues, "Three O'Clock Blues"', King excursionava incessantemente. Chegou a dar mais de 330 shows por ano na década de 1970. Depois, ao completar 70 anos, avisou que diminuiria o ritmo de trabalho... para "apenas" 200 shows por temporada. three 9. No Brasil King veio ao Brasil diversas vezes. Em 1993,ele fez o show de abertura da casa de shows paulistana Bourbon Street Music Club. Os empresários do artista disseram que King, então já famoso, não se apresentava mais em palcos pequenos, e o Bourbon precisou entrar em uma espécie de leilão para trazer o astro. Mas, reza a lenda, a casa não chegou a ganhar o leilão: King teria decidido fazer a inauguração de uma casa pequena. "Eu nunca vou saber se isso é verdade ou não, mas hoje, conhecendo o B.B. e a generosidade dele, eu posso apostar que foi," afirma o dono do lugar, Edgar Radesca.
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B.B. King completaria 90 anos: veja curiosidades sobre a vida do bluesmanB. B.King (apelido de Riley B. King), um dos bluesmen mais famosos da história da música, nasceu em 16 de setembro de 1925, em uma plantação de arroz em Indianola, no Estado americano do Mississippi. Se estivesse vivo, o intérprete de "Don't Answer the Door" e "Three O'Clock Blues" completaria 90 anos hoje. B.B. King morreu no dia 14 de maio deste ano, em Las Vegas, enquanto dormia. Laudos concluíram que sua morte teve causas naturais —ela estava sendo investigada como homicídio depois que suas filhas Patty King e Karen Williams acusaram a empresária do músico, LaVerne Toney, de envenená-lo. A Folha preparou uma lista de curiosidades sobre o guitarrista americano, como, o porquê de seu apelido, ou a origem do nome de sua guitarra, Lucille. 1. Riley B. King O jovem músico ganhou seu apelido enquanto trabalhava como "disc jockey" (o famoso DJ) em uma rádio de Memphis, no Tennessee. Lá, começou a ser chamado de "The Beale Street Blues Boy" (em referência à música "Beale Street Blues", composta em 1916 pelo americano W. C. Handy, que, por sua vez, fala sobre uma rua de entretenimento da cidade), que depois foi encurtado para "Blues Boy" e, no fim, "B.B.". 2. Home Front Em 1943, no meio da Segunda Guerra Mundial, King se alistou no exército americano para lutar contra o Eixo. No entanto, acabou sendo dispensado do campo de batalha na Europa (ou no Pacífico) porque dirigia um trator, ocupação considerada essencial no território americano para a manutenção das forças armadas do outro lado do mundo. 3. McVegetal Apesar de fazer propagandas para redes de fast food (em 1995, fez um comercial para o McDonald's), B.B. King teria sido, supostamente, vegetariano durante anos. mcdonalds 4. Lucille Em 1949, enquanto tocava em uma cidadezinha do Estado americano do Arkansas, começou uma briga entre dois homens que acabou ateando fogo ao local. King se lembrou de levar sua guitarra enquanto fugia e deu a ela o nome de Lucille, "homenagem" à mulher pela qual a briga havia começado. 5. Obama Ele já fez um dueto com o presidente Barack Obama! Em 2012, King participou do evento "Red, White and Blues", na Casa Branca. Lá, cantou junto com o presidente americano a canção "Sweet Home Chicago", de 1937 (Obama, afinal, foi senador pelo Estado de Illinois, cuja capital é Chicago). obama Quando o bluesman morreu, Obama publicou uma nota oficial relembrando o episódio. "O blues perdeu seu rei", escreveu. 6. Top 10 Em 2015, uma lista da revista "Rolling Stone" listou King como o sexto maior guitarrista da história da música, atrás apenas de Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jimmy Page, Keith Richards e Jeff Beck. 7. Veterano O bluesman está no Hall da Fama do Rock desde 1987 —há quase 30 anos! 8. Na ativa Desde 1951, quando conseguiu seu primeiro sucesso no topo das paradas de blues, "Three O'Clock Blues"', King excursionava incessantemente. Chegou a dar mais de 330 shows por ano na década de 1970. Depois, ao completar 70 anos, avisou que diminuiria o ritmo de trabalho... para "apenas" 200 shows por temporada. three 9. No Brasil King veio ao Brasil diversas vezes. Em 1993,ele fez o show de abertura da casa de shows paulistana Bourbon Street Music Club. Os empresários do artista disseram que King, então já famoso, não se apresentava mais em palcos pequenos, e o Bourbon precisou entrar em uma espécie de leilão para trazer o astro. Mas, reza a lenda, a casa não chegou a ganhar o leilão: King teria decidido fazer a inauguração de uma casa pequena. "Eu nunca vou saber se isso é verdade ou não, mas hoje, conhecendo o B.B. e a generosidade dele, eu posso apostar que foi," afirma o dono do lugar, Edgar Radesca.
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Satisfação atrasada
Até a virada do ano, a taxa real de juros na praça financeira estava no mesmo nível do início de junho de 2016, quando foi nomeada a atual direção do Banco Central. Essa taxa, o juro de 360 dias, descontada a inflação esperada em 12 meses, na verdade subira entre meados do ano e fins de setembro —é das flutuações da taxa real que depende o cálculo dos agentes econômicos. A esperança ou pelo menos expectativa de que o BC reduziria a Selic em outubro chegou a empurrar para baixo a taxa real básica no mercado. Atitude e comunicado conservadores da autoridade monetária, porém, reforçaram o arrocho até pelo menos dezembro. É com satisfação atrasada que se recebe, portanto, a decisão do Comitê de Política Monetária do BC de reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual na semana passada. Mais animadora é a quase promessa de que o BC deve promover corte semelhante na próxima reunião do Copom, em 22 de fevereiro. Afinal, no comunicado da decisão da última quarta-feira (11), menciona-se um "novo ritmo de flexibilização", pois a inflação arrefeceu mais do que o previsto e a recuperação econômica "deve ser ainda mais demorada e gradual". Era compreensível, embora discutível, o conservadorismo do BC depois de anos de baderna. Passado um período de hesitação, a autoridade monetária parece agora disposta a se adaptar a estes tempos de risco de depressão econômica. Excluídas surpresas negativas no front inflacionário, espera-se não só que o BC entre de fato no "novo ritmo de flexibilização" anunciado oficialmente mas também que vá além do total de corte projetado pela mediana dos economistas do setor privado, que levaria a Selic para 10,25% no final do ano. A decisão de acelerar a redução da taxa básica não será sentida de pronto, a menos que a resposta da confiança dos agentes econômicos seja mais forte que a de costume. No entanto, excluídos novos danos imprevistos, torna-se muito mais provável um início de reação em meados do ano. Entre os prejuízos possíveis estão, claro, o risco de tumulto político e atitudes irresponsáveis do governo, do Congresso e, como infelizmente tornou-se usual, de governadores de Estado e de membros do Poder Judiciário. Depois de recuperar a credibilidade da política monetária, o Banco Central passou a contribuir para a retomada. Que os demais responsáveis pela política econômica, em particular no mundo político, não provoquem um desarranjo nessa convergência delicada de medidas de reativação do país. editoriais@grupofolha.com.br
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Satisfação atrasadaAté a virada do ano, a taxa real de juros na praça financeira estava no mesmo nível do início de junho de 2016, quando foi nomeada a atual direção do Banco Central. Essa taxa, o juro de 360 dias, descontada a inflação esperada em 12 meses, na verdade subira entre meados do ano e fins de setembro —é das flutuações da taxa real que depende o cálculo dos agentes econômicos. A esperança ou pelo menos expectativa de que o BC reduziria a Selic em outubro chegou a empurrar para baixo a taxa real básica no mercado. Atitude e comunicado conservadores da autoridade monetária, porém, reforçaram o arrocho até pelo menos dezembro. É com satisfação atrasada que se recebe, portanto, a decisão do Comitê de Política Monetária do BC de reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual na semana passada. Mais animadora é a quase promessa de que o BC deve promover corte semelhante na próxima reunião do Copom, em 22 de fevereiro. Afinal, no comunicado da decisão da última quarta-feira (11), menciona-se um "novo ritmo de flexibilização", pois a inflação arrefeceu mais do que o previsto e a recuperação econômica "deve ser ainda mais demorada e gradual". Era compreensível, embora discutível, o conservadorismo do BC depois de anos de baderna. Passado um período de hesitação, a autoridade monetária parece agora disposta a se adaptar a estes tempos de risco de depressão econômica. Excluídas surpresas negativas no front inflacionário, espera-se não só que o BC entre de fato no "novo ritmo de flexibilização" anunciado oficialmente mas também que vá além do total de corte projetado pela mediana dos economistas do setor privado, que levaria a Selic para 10,25% no final do ano. A decisão de acelerar a redução da taxa básica não será sentida de pronto, a menos que a resposta da confiança dos agentes econômicos seja mais forte que a de costume. No entanto, excluídos novos danos imprevistos, torna-se muito mais provável um início de reação em meados do ano. Entre os prejuízos possíveis estão, claro, o risco de tumulto político e atitudes irresponsáveis do governo, do Congresso e, como infelizmente tornou-se usual, de governadores de Estado e de membros do Poder Judiciário. Depois de recuperar a credibilidade da política monetária, o Banco Central passou a contribuir para a retomada. Que os demais responsáveis pela política econômica, em particular no mundo político, não provoquem um desarranjo nessa convergência delicada de medidas de reativação do país. editoriais@grupofolha.com.br
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Governo quer suspender recesso para garantir votação da Previdência
O governo articula um acordo para suspender o recesso parlamentar de julho e tentar garantir a aprovação da reforma da Previdência antes da paralisação dos trabalhos pelo Congresso. A avaliação de articuladores políticos do presidente Michel Temer é que as dificuldades enfrentadas na interlocução do Planalto com a base aliada e a turbulência provocada pela divulgação das delações de executivos da Odebrecht devem atrasar o cronograma de votações. Temer e a cúpula do Planalto previam a aprovação da reforma da Previdência na Câmara e no Senado até o último dia de votações antes do recesso, em 17 de julho. O risco de que o texto não passe pelas duas Casas antes dessa data fez com que o governo começasse a articular um acordo com líderes das bancadas de sua base para que os deputados e senadores não saiam de folga e, portanto, mantenham o esforço para aprovar o projeto. A suspensão do recesso, que se estenderia até 31 de julho, daria ao governo uma margem maior para concluir a votação. Nos bastidores, líderes e integrantes da cúpula do governo já projetam a aprovação do texto no Senado apenas no fim de julho. A manobra tem o aval da equipe econômica de Temer, que passou a enxergar um cronograma apertado de votações diante das resistências de deputados em apoiar o projeto que cria regras mais duras de aposentadoria. A preocupação se acentuou com a abertura de inquéritos contra 24 senadores e 39 deputados em decorrência das delações da Odebrecht. Há receio de que as acusações desmobilizem os parlamentares e desviem o foco que o governo pretendia manter na votação das reformas. Um dos articuladores da manutenção dos trabalhos é o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele diz que a suspensão do recesso é "muito provável" e afirma que a ideia tem a simpatia dos presidentes da Câmara e do Senado. LDO Para garantir a suspensão do recesso, o Congresso deve adiar a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2018 –que estabelece os parâmetros para as contas do governo no ano que vem. A Constituição proíbe a interrupção dos trabalhos sem a aprovação dessa lei. Em muitos casos, congressistas conseguem sair de folga em julho mesmo sem a aprovação da LDO. Tradicionalmente, eles estabelecem o chamado "recesso branco", em que as atividades oficiais são mantidas, mas nenhuma votação é marcada. Além de garantir mais tempo para aprovar a reforma, o governo também tentará usar a suspensão do recesso para evitar a sensação de paralisia após as delações da Odebrecht, o que poderia deixar a agenda do país dominada pela crise política.
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Governo quer suspender recesso para garantir votação da PrevidênciaO governo articula um acordo para suspender o recesso parlamentar de julho e tentar garantir a aprovação da reforma da Previdência antes da paralisação dos trabalhos pelo Congresso. A avaliação de articuladores políticos do presidente Michel Temer é que as dificuldades enfrentadas na interlocução do Planalto com a base aliada e a turbulência provocada pela divulgação das delações de executivos da Odebrecht devem atrasar o cronograma de votações. Temer e a cúpula do Planalto previam a aprovação da reforma da Previdência na Câmara e no Senado até o último dia de votações antes do recesso, em 17 de julho. O risco de que o texto não passe pelas duas Casas antes dessa data fez com que o governo começasse a articular um acordo com líderes das bancadas de sua base para que os deputados e senadores não saiam de folga e, portanto, mantenham o esforço para aprovar o projeto. A suspensão do recesso, que se estenderia até 31 de julho, daria ao governo uma margem maior para concluir a votação. Nos bastidores, líderes e integrantes da cúpula do governo já projetam a aprovação do texto no Senado apenas no fim de julho. A manobra tem o aval da equipe econômica de Temer, que passou a enxergar um cronograma apertado de votações diante das resistências de deputados em apoiar o projeto que cria regras mais duras de aposentadoria. A preocupação se acentuou com a abertura de inquéritos contra 24 senadores e 39 deputados em decorrência das delações da Odebrecht. Há receio de que as acusações desmobilizem os parlamentares e desviem o foco que o governo pretendia manter na votação das reformas. Um dos articuladores da manutenção dos trabalhos é o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele diz que a suspensão do recesso é "muito provável" e afirma que a ideia tem a simpatia dos presidentes da Câmara e do Senado. LDO Para garantir a suspensão do recesso, o Congresso deve adiar a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2018 –que estabelece os parâmetros para as contas do governo no ano que vem. A Constituição proíbe a interrupção dos trabalhos sem a aprovação dessa lei. Em muitos casos, congressistas conseguem sair de folga em julho mesmo sem a aprovação da LDO. Tradicionalmente, eles estabelecem o chamado "recesso branco", em que as atividades oficiais são mantidas, mas nenhuma votação é marcada. Além de garantir mais tempo para aprovar a reforma, o governo também tentará usar a suspensão do recesso para evitar a sensação de paralisia após as delações da Odebrecht, o que poderia deixar a agenda do país dominada pela crise política.
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Novo espaço no centro de São Paulo recebe festas e atrações culturais
MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO A recém-inaugurada Casa da Luz vai na onda dos espaços mistos abertos na cidade: além de abrigar festas itinerantes (Calefação Tropicaos e Venga, Venga! já passaram por lá), recebe shows, exposições de arte, exibição de filmes, performances e outras atividades culturais. Instalada em frente à estação da Luz, onde funcionou uma hospedaria nos anos 1990, o local tem três andares e é frequentado por uma galera alternativa. Neste domingo (22), tem programação musical dedicada ao jazz, funk e soul. A banda Moses for the Masses se apresenta. Casa da Luz - r. Mauá, 512, região central, tel. 3326-7274. 18 anos. Dom.: a partir das 16h. Ingr.: R$ 5 a R$ 15. É necessário confirmar presença no Facebook.
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Novo espaço no centro de São Paulo recebe festas e atrações culturaisMARIANA MARINHO DE SÃO PAULO A recém-inaugurada Casa da Luz vai na onda dos espaços mistos abertos na cidade: além de abrigar festas itinerantes (Calefação Tropicaos e Venga, Venga! já passaram por lá), recebe shows, exposições de arte, exibição de filmes, performances e outras atividades culturais. Instalada em frente à estação da Luz, onde funcionou uma hospedaria nos anos 1990, o local tem três andares e é frequentado por uma galera alternativa. Neste domingo (22), tem programação musical dedicada ao jazz, funk e soul. A banda Moses for the Masses se apresenta. Casa da Luz - r. Mauá, 512, região central, tel. 3326-7274. 18 anos. Dom.: a partir das 16h. Ingr.: R$ 5 a R$ 15. É necessário confirmar presença no Facebook.
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Partidos de minoria árabe têm desempenho histórico
A Lista Compartilhada, que representa cidadãos israelenses de origem árabe, teve desempenho surpreendente na eleição de Israel –vencida pelo Likud, partido do premiê Binyamin Netanyahu – e deverá se tornar uma das principais forças do Parlamento do país. Com 99,5% das urnas apuradas, a lista conseguiu obter 14 assentos. Partidos árabes concorreram juntos neste ano após a cláusula de barreira ser elevada, o que ameaçava deixá-los sem ter nenhum assento. Os cidadãos de origem árabe formam 20% da população. Eles historicamente são mais resistentes às políticas da direita, representada pelo atual governo. O premiê Netanyahu priorizou nos últimos dias declarações que antagonizaram o eleitorado árabe, com o objetivo de consolidar o voto conservador. Na segunda-feira (16), afirmou que, se eleito, não haverá um Estado palestino. Na terça, Netanyahu divulgou um vídeo, durante a votação, dizendo que "o governo de direita está sob ameaça" pois "eleitores árabes estão indo em massa para as urnas". Houve críticas e pedidos de que as imagens fossem excluídas do Facebook por serem "discurso de ódio". Isaa Basal, 27, havia votado na Lista Compartilhada. "É importante para a democracia. Netanyahu destruiu o país", disse. "Com Isaac Herzog [candidato opositor], há uma chance para as negociações de paz." A Folha também deparou-se com israelenses que, diante das pesquisas que já apontavam a ascensão da lista árabe, votavam nela para fortalecer a oposição ao premiê. A ideia era que os assentos conquistados ajudassem Herzog a construir uma coalizão e montar seu próprio governo, opondo-se a uma possível aliança de direita.
mundo
Partidos de minoria árabe têm desempenho históricoA Lista Compartilhada, que representa cidadãos israelenses de origem árabe, teve desempenho surpreendente na eleição de Israel –vencida pelo Likud, partido do premiê Binyamin Netanyahu – e deverá se tornar uma das principais forças do Parlamento do país. Com 99,5% das urnas apuradas, a lista conseguiu obter 14 assentos. Partidos árabes concorreram juntos neste ano após a cláusula de barreira ser elevada, o que ameaçava deixá-los sem ter nenhum assento. Os cidadãos de origem árabe formam 20% da população. Eles historicamente são mais resistentes às políticas da direita, representada pelo atual governo. O premiê Netanyahu priorizou nos últimos dias declarações que antagonizaram o eleitorado árabe, com o objetivo de consolidar o voto conservador. Na segunda-feira (16), afirmou que, se eleito, não haverá um Estado palestino. Na terça, Netanyahu divulgou um vídeo, durante a votação, dizendo que "o governo de direita está sob ameaça" pois "eleitores árabes estão indo em massa para as urnas". Houve críticas e pedidos de que as imagens fossem excluídas do Facebook por serem "discurso de ódio". Isaa Basal, 27, havia votado na Lista Compartilhada. "É importante para a democracia. Netanyahu destruiu o país", disse. "Com Isaac Herzog [candidato opositor], há uma chance para as negociações de paz." A Folha também deparou-se com israelenses que, diante das pesquisas que já apontavam a ascensão da lista árabe, votavam nela para fortalecer a oposição ao premiê. A ideia era que os assentos conquistados ajudassem Herzog a construir uma coalizão e montar seu próprio governo, opondo-se a uma possível aliança de direita.
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Pós-graduação é caminho para entrar na paleontologia e na arqueologia
BRUNO BENEVIDES DE SÃO PAULO Interessados em se tornarem paleontólogos ou arqueólogos precisam, de maneira geral, fazer uma pós-graduação na área para serem reconhecidos pelo mercado. "Há dificuldade em implementar uma graduação porque não há uma quantidade suficiente de emprego para sustentar os formados", afirma Alexander Kellner, paleontólogo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Atualmente existem 14 graduações em arqueologia no país, a maior parte em universidades federais. "Isso já é um avanço, porque há 20 anos tínhamos só um curso", afirma Flávio Calippo, presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Segundo ele, além dos graduados diretamente em arqueologia, a área também atrai estudantes de outros cursos, como história e antropologia. Para José Luiz de Morais, da USP, independentemente do curso de graduação, é importante que o aluno tenha contato com o tema antes do mestrado. "Seja fazendo disciplina optativa durante a graduação, uma iniciação científica na área ou um estágio em alguma empresa." Já quem pretende ser paleontólogo recorre à biologia ou à geologia. "Não existe uma graduação em paleontologia no Brasil. Há na Argentina, na Alemanha, mas é algo raro em todo o mundo", afirma Max Langer, presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia. As formações dependem da área que o estudante pretende seguir —biologia para quem prefere evolução e geologia para os amantes de rocha e petróleo. Mas, seja qual for a formação, o interessado deve gostar de natureza, afirma Luiz Carlos Ribeiro, da UFMT. "Tem que gostar de ir a campo e achar fóssil, querer ser um 'Indiana Jones' das rochas", afirma.
sobretudo
Pós-graduação é caminho para entrar na paleontologia e na arqueologia BRUNO BENEVIDES DE SÃO PAULO Interessados em se tornarem paleontólogos ou arqueólogos precisam, de maneira geral, fazer uma pós-graduação na área para serem reconhecidos pelo mercado. "Há dificuldade em implementar uma graduação porque não há uma quantidade suficiente de emprego para sustentar os formados", afirma Alexander Kellner, paleontólogo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Atualmente existem 14 graduações em arqueologia no país, a maior parte em universidades federais. "Isso já é um avanço, porque há 20 anos tínhamos só um curso", afirma Flávio Calippo, presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Segundo ele, além dos graduados diretamente em arqueologia, a área também atrai estudantes de outros cursos, como história e antropologia. Para José Luiz de Morais, da USP, independentemente do curso de graduação, é importante que o aluno tenha contato com o tema antes do mestrado. "Seja fazendo disciplina optativa durante a graduação, uma iniciação científica na área ou um estágio em alguma empresa." Já quem pretende ser paleontólogo recorre à biologia ou à geologia. "Não existe uma graduação em paleontologia no Brasil. Há na Argentina, na Alemanha, mas é algo raro em todo o mundo", afirma Max Langer, presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia. As formações dependem da área que o estudante pretende seguir —biologia para quem prefere evolução e geologia para os amantes de rocha e petróleo. Mas, seja qual for a formação, o interessado deve gostar de natureza, afirma Luiz Carlos Ribeiro, da UFMT. "Tem que gostar de ir a campo e achar fóssil, querer ser um 'Indiana Jones' das rochas", afirma.
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Confronto entre traficantes deixa três pessoas mortas no Rio
Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas vítimas de balas perdidas durante uma troca de tiros na tarde desta segunda-feira (25) na estrada de Botafogo, no bairro de Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, o confronto teria ocorrido entre grupos de traficantes rivais que disputavam a carga de um caminhão que havia sido roubado. Os feridos foram levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Costa Barros, onde receberam os primeiros socorros. A região de Costa Barrosse tornou uma das áreas mais violentas do Rio e vem sendo alvo de uma disputa entre traficantes rivais que lutam pelo domínio dos pontos de vendas de drogas. Por causa dos conflitos, o secretário da Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou que uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) será instalada na região. A área é dominada pelo criminoso Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como Playboy, que é o chefe do tráfico na região. O Disque-Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro do suspeito. A quadrilha comandada por Playboy teria sido responsável pelo roubo de 193 motos de dentro de um depósito de uma empresa que presta serviço para o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio), órgão do governo do Estado, no início do ano. O traficante também é conhecido por mostrar seu poderio bélico nas redes sociais. Um dos casos ocorreu quando a quadrilha de Playboy invadiu a Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel e tirou fotos na piscina ostentando três fuzis.
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Confronto entre traficantes deixa três pessoas mortas no RioTrês pessoas morreram e quatro ficaram feridas vítimas de balas perdidas durante uma troca de tiros na tarde desta segunda-feira (25) na estrada de Botafogo, no bairro de Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, o confronto teria ocorrido entre grupos de traficantes rivais que disputavam a carga de um caminhão que havia sido roubado. Os feridos foram levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Costa Barros, onde receberam os primeiros socorros. A região de Costa Barrosse tornou uma das áreas mais violentas do Rio e vem sendo alvo de uma disputa entre traficantes rivais que lutam pelo domínio dos pontos de vendas de drogas. Por causa dos conflitos, o secretário da Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou que uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) será instalada na região. A área é dominada pelo criminoso Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como Playboy, que é o chefe do tráfico na região. O Disque-Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro do suspeito. A quadrilha comandada por Playboy teria sido responsável pelo roubo de 193 motos de dentro de um depósito de uma empresa que presta serviço para o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio), órgão do governo do Estado, no início do ano. O traficante também é conhecido por mostrar seu poderio bélico nas redes sociais. Um dos casos ocorreu quando a quadrilha de Playboy invadiu a Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel e tirou fotos na piscina ostentando três fuzis.
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Brasil atingirá meta de ensino com décadas de atraso, estima estudo
No ritmo atual, o Brasil pode levar décadas para atingir metas de educação estipuladas para daqui a seis anos, segundo levantamento do Instituto Ayrton Senna ao qual a BBC Brasil teve acesso. O levantamento foi feito com base nos dados do Ideb 2015 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados na quinta-feira pelo Ministério da Educação (MEC). O Ideb mostrou que o Brasil está avançando acima do previsto na etapa que vai da 1ª à 5ª série (etapa inicial do ensino fundamental) e, mantida a tendência atual, deve até mesmo superar a meta prevista pelo MEC para 2021. O problema começa nas etapas seguintes. Nos anos finais do fundamental (6ª à 9ª série), o ensino avança devagar e deve bater a meta, no atual ritmo, apenas em 2027, com seis anos de atraso. No ensino médio, considerado a etapa mais problemática da educação básica brasileira, a questão é ainda mais grave: o índice obtido pelos alunos está estagnado há quatro anos, sem evoluir, no patamar de 3,7, segundo medição do Ideb 2015. A meta era de 4,3. Mantida a tendência atual, o país deve pontuar apenas 3,9 nessa etapa em 2021, segundo os cálculos do Ayrton Senna –muito distante da meta de 5,2. "Avançamos apenas 0,3 ponto em dez anos nessa etapa, que não está saindo do lugar. Se nada for feito e esse ritmo se mantiver, levaremos décadas para bater a meta (de 2021)", explica à BBC Brasil Paula Penko, economista do Instituto Ayrton Senna, que calculou as projeções. O Instituto destaca que as projeções são feitas com base no histórico do Ideb e que se houver melhorias no desempenho, as estimativas podem mudar. PROJEÇÕES O Ideb mede, em escala de zero a dez, o desempenho e as taxas de aprovação de estudantes das redes pública e privada em Língua Portuguesa e Matemática. É o principal indicador da qualidade do ensino no país. As metas foram estipuladas pelo MEC com base no desempenho educacional de nações desenvolvidas em 2003. "São índices absolutamente vergonhosos para o Brasil", reconheceu na quinta-feira o ministro da Educação, Mendonça Filho, no anúncio do Ideb. "É uma tragédia para a educação do país." A meta do Brasil é alcançar a média de 6,0 da 1ª à 5ª série no Ideb que será medido em 2021 (e apresentado em 2022, ano do bicentenário da Independência). Essa média, segundo a projeção do Ayrton Senna, deve ser superada: a previsão é de que cheguemos a 6,6. Da 6ª à 9ª série, a meta é de 5,5, mas no ritmo atual chegaremos apenas à nota 5.0. Para os três anos do ensino médio, a meta é de 5,2 mas a tendência atual é de que cheguemos apenas à nota 3,9. "Com isso, vai se agravando a diferença (de desempenho) entre as etapas iniciais e finais de ensino", explica Penko. 'QUASE NADA DE APRENDIZADO' Os problemas do ensino médio começam com a defasagem dos alunos –que já vêm com deficiências de aprendizagem das séries anteriores– e se aprofundam por conta do modelo adotado pelo Brasil, segundo especialistas. "O ensino médio foi desenhado para não funcionar: tem 13 disciplinas (que os alunos são forçados a cursar) independentemente de sua vocação, aspirações ou projeto de vida", avalia Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos Pela Educação. "O aluno tem quatro horas de aula, que na prática acabam sendo duas horas e meia, e aprende quase nada de um monte de coisas." E esse nem é o maior entrave, segundo ela: "O principal fator é o professor. Não temos conseguido atrair à carreira (profissionais) com proficiência, como fazem países como Cingapura, Finlândia e Coreia (do Sul), onde a educação passou a ser um eixo central e (docentes) passaram a ser valorizados em termos salariais e de carreira." A saída, segundo ela, seria investir na formação inicial e continuada dos docentes e transformar a carreira do professor "na principal do país". ENSINO FUNDAMENTAL O Ideb ah2. ponta um cenário bastante preocupante também nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), que teve índice de 4,5 em 2015, abaixo da meta de 4,7. Nessa etapa, apenas quatro dos 26 Estados brasileiros obtiveram bons resultados - entre eles Pernambuco, que tem investido na educação em período integral, e Amazonas, que tem conseguido igualar a qualidade do ensino oferecido nas áreas mais remotas de floresta ao da capital Manaus, segundo Priscila Cruz. Os resultados mais otimistas vêm mesmo do 1º ao 5º ano, onde a meta de 2015 (5,2) foi superada em 0,3. Um dos motivos é o foco bem-sucedido em políticas de alfabetização infantil, cruciais nessa etapa. Ainda assim, o Ministério da Educação avalia que os alunos seguem com deficiências tanto em Matemática como em Português. PROJETO DE LEI Os dados do h2. MEC apontam que os problemas não estão limitados à rede pública. "As escolas privadas também vão mal. É preciso mudar o modelo de ensino médio que temos hoje", comentou o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Eduardo Deschamps, na coletiva do MEC na quinta-feira. "Fazendo uma avaliação apenas da rede pública, os resultados são parecidos (aos da rede privada)", explica Paula Penko, do Ayrton Senna. Ou seja, o desempenho dos alunos vai acima da meta nos anos iniciais do fundamental, mas não se mantém anos seguintes. Em reação aos números, Mendonça Filho afirmou que vai pedir urgência na tramitação de projeto de lei que institui a jornada integral e flexibiliza o currículo do ensino médio. O ministro quer que o projeto seja votado ainda neste ano para ser implementado em 2017. Para Cruz, do Todos Pela Educação, a proposta é um passo importante, mas não resolverá sozinha o problema do ensino médio se não se investir também na capacitação de professores. "Nos próximos dez anos, cerca de metade dos professores do país estarão em idade de se aposentar. Se concentrarmos um esforço enorme em capacitar uma nova leva, podemos melhorar o Ideb nos próximos anos. Caso contrário, diria que é impossível", opina. * As notas da educação brasileira e as projeções para o futuro 1ª à 5ª série: > Nota do Ideb 2015: 5,5 > Meta do MEC para 2021: 6,0 > Projeção*: 6,6 - Meta deve ser superada 6ª à 9ª série: > Nota do Ideb 2015: 4,5 > Meta do MEC para 2021: 5,5 > Projeção*: 5,0 - Meta não deve ser superada Ensino médio: > Nota do Ideb 2015: 3,7 > Meta do MEC para 2021: 5,2 > Projeção*: 3,9 - Meta não deve ser superada *Projeções feitas pelo Instituto Ayrton Senna para 2021 com base no histórico do Ideb
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Brasil atingirá meta de ensino com décadas de atraso, estima estudoNo ritmo atual, o Brasil pode levar décadas para atingir metas de educação estipuladas para daqui a seis anos, segundo levantamento do Instituto Ayrton Senna ao qual a BBC Brasil teve acesso. O levantamento foi feito com base nos dados do Ideb 2015 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados na quinta-feira pelo Ministério da Educação (MEC). O Ideb mostrou que o Brasil está avançando acima do previsto na etapa que vai da 1ª à 5ª série (etapa inicial do ensino fundamental) e, mantida a tendência atual, deve até mesmo superar a meta prevista pelo MEC para 2021. O problema começa nas etapas seguintes. Nos anos finais do fundamental (6ª à 9ª série), o ensino avança devagar e deve bater a meta, no atual ritmo, apenas em 2027, com seis anos de atraso. No ensino médio, considerado a etapa mais problemática da educação básica brasileira, a questão é ainda mais grave: o índice obtido pelos alunos está estagnado há quatro anos, sem evoluir, no patamar de 3,7, segundo medição do Ideb 2015. A meta era de 4,3. Mantida a tendência atual, o país deve pontuar apenas 3,9 nessa etapa em 2021, segundo os cálculos do Ayrton Senna –muito distante da meta de 5,2. "Avançamos apenas 0,3 ponto em dez anos nessa etapa, que não está saindo do lugar. Se nada for feito e esse ritmo se mantiver, levaremos décadas para bater a meta (de 2021)", explica à BBC Brasil Paula Penko, economista do Instituto Ayrton Senna, que calculou as projeções. O Instituto destaca que as projeções são feitas com base no histórico do Ideb e que se houver melhorias no desempenho, as estimativas podem mudar. PROJEÇÕES O Ideb mede, em escala de zero a dez, o desempenho e as taxas de aprovação de estudantes das redes pública e privada em Língua Portuguesa e Matemática. É o principal indicador da qualidade do ensino no país. As metas foram estipuladas pelo MEC com base no desempenho educacional de nações desenvolvidas em 2003. "São índices absolutamente vergonhosos para o Brasil", reconheceu na quinta-feira o ministro da Educação, Mendonça Filho, no anúncio do Ideb. "É uma tragédia para a educação do país." A meta do Brasil é alcançar a média de 6,0 da 1ª à 5ª série no Ideb que será medido em 2021 (e apresentado em 2022, ano do bicentenário da Independência). Essa média, segundo a projeção do Ayrton Senna, deve ser superada: a previsão é de que cheguemos a 6,6. Da 6ª à 9ª série, a meta é de 5,5, mas no ritmo atual chegaremos apenas à nota 5.0. Para os três anos do ensino médio, a meta é de 5,2 mas a tendência atual é de que cheguemos apenas à nota 3,9. "Com isso, vai se agravando a diferença (de desempenho) entre as etapas iniciais e finais de ensino", explica Penko. 'QUASE NADA DE APRENDIZADO' Os problemas do ensino médio começam com a defasagem dos alunos –que já vêm com deficiências de aprendizagem das séries anteriores– e se aprofundam por conta do modelo adotado pelo Brasil, segundo especialistas. "O ensino médio foi desenhado para não funcionar: tem 13 disciplinas (que os alunos são forçados a cursar) independentemente de sua vocação, aspirações ou projeto de vida", avalia Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos Pela Educação. "O aluno tem quatro horas de aula, que na prática acabam sendo duas horas e meia, e aprende quase nada de um monte de coisas." E esse nem é o maior entrave, segundo ela: "O principal fator é o professor. Não temos conseguido atrair à carreira (profissionais) com proficiência, como fazem países como Cingapura, Finlândia e Coreia (do Sul), onde a educação passou a ser um eixo central e (docentes) passaram a ser valorizados em termos salariais e de carreira." A saída, segundo ela, seria investir na formação inicial e continuada dos docentes e transformar a carreira do professor "na principal do país". ENSINO FUNDAMENTAL O Ideb ah2. ponta um cenário bastante preocupante também nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), que teve índice de 4,5 em 2015, abaixo da meta de 4,7. Nessa etapa, apenas quatro dos 26 Estados brasileiros obtiveram bons resultados - entre eles Pernambuco, que tem investido na educação em período integral, e Amazonas, que tem conseguido igualar a qualidade do ensino oferecido nas áreas mais remotas de floresta ao da capital Manaus, segundo Priscila Cruz. Os resultados mais otimistas vêm mesmo do 1º ao 5º ano, onde a meta de 2015 (5,2) foi superada em 0,3. Um dos motivos é o foco bem-sucedido em políticas de alfabetização infantil, cruciais nessa etapa. Ainda assim, o Ministério da Educação avalia que os alunos seguem com deficiências tanto em Matemática como em Português. PROJETO DE LEI Os dados do h2. MEC apontam que os problemas não estão limitados à rede pública. "As escolas privadas também vão mal. É preciso mudar o modelo de ensino médio que temos hoje", comentou o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Eduardo Deschamps, na coletiva do MEC na quinta-feira. "Fazendo uma avaliação apenas da rede pública, os resultados são parecidos (aos da rede privada)", explica Paula Penko, do Ayrton Senna. Ou seja, o desempenho dos alunos vai acima da meta nos anos iniciais do fundamental, mas não se mantém anos seguintes. Em reação aos números, Mendonça Filho afirmou que vai pedir urgência na tramitação de projeto de lei que institui a jornada integral e flexibiliza o currículo do ensino médio. O ministro quer que o projeto seja votado ainda neste ano para ser implementado em 2017. Para Cruz, do Todos Pela Educação, a proposta é um passo importante, mas não resolverá sozinha o problema do ensino médio se não se investir também na capacitação de professores. "Nos próximos dez anos, cerca de metade dos professores do país estarão em idade de se aposentar. Se concentrarmos um esforço enorme em capacitar uma nova leva, podemos melhorar o Ideb nos próximos anos. Caso contrário, diria que é impossível", opina. * As notas da educação brasileira e as projeções para o futuro 1ª à 5ª série: > Nota do Ideb 2015: 5,5 > Meta do MEC para 2021: 6,0 > Projeção*: 6,6 - Meta deve ser superada 6ª à 9ª série: > Nota do Ideb 2015: 4,5 > Meta do MEC para 2021: 5,5 > Projeção*: 5,0 - Meta não deve ser superada Ensino médio: > Nota do Ideb 2015: 3,7 > Meta do MEC para 2021: 5,2 > Projeção*: 3,9 - Meta não deve ser superada *Projeções feitas pelo Instituto Ayrton Senna para 2021 com base no histórico do Ideb
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Fotógrafo registra os contrastes arquitetônicos de El Alto, na Bolívia
Localizada nos arredores de La Paz, a 4.000 metros de altitude, a cidade de El Alto atraiu a atenção do fotógrafo japonês Tatewaki Nio, 45, pelos contrastes de seu cenário urbano. Entre as casas de tijolos, predominantes na região, se destacam prédios com fachadas espelhadas e muito coloridas –os chamados "cholets". São mais de 150 espalhados pela cidade, nos quais são celebrados eventos religiosos, casamentos e aniversários. "Conheci esse fenômeno arquitetônico pela internet. Assim que cheguei lá, comecei a andar de lotação e a pé para encontrá-los", conta Nio, que mora em São Paulo há 18 anos. Os salões de evento fazem parte de um recente movimento, cujo maior expoente é o arquiteto Freddy Mamani, que tem origem aimará, como a maioria dos habitantes de El Alto. "O local é altamente interessante em razão tanto da paisagem urbana quanto da preservação da cultura desse povo", afirma. As fotos são resultado de três viagens, realizadas entre julho de 2015 e dezembro deste ano. O projeto autoral desenvolvido por Nio na Bolívia é financiado pelo Museu do Quai Branly, na França, que é dedicado às civilizações não europeias (de Oceania, Ásia, África e Américas). * Veja outras edições do Álbum de Viagem: Uruguai de bicicleta, por William Cardoso Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger Praias do Ceará, por Marco Ankosqui Zellfie já visitou 69 países Bichos do Brasil, por Cristian Dimitrius Águas de Florianópolis, por Luciana Freire Ribeirinhos da Amazônia, por Analu Buchmann Pontos inusitados de Nova York, por Rodrigo Paiva Cabo Polonio, por Vitor Monteiro
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Fotógrafo registra os contrastes arquitetônicos de El Alto, na BolíviaLocalizada nos arredores de La Paz, a 4.000 metros de altitude, a cidade de El Alto atraiu a atenção do fotógrafo japonês Tatewaki Nio, 45, pelos contrastes de seu cenário urbano. Entre as casas de tijolos, predominantes na região, se destacam prédios com fachadas espelhadas e muito coloridas –os chamados "cholets". São mais de 150 espalhados pela cidade, nos quais são celebrados eventos religiosos, casamentos e aniversários. "Conheci esse fenômeno arquitetônico pela internet. Assim que cheguei lá, comecei a andar de lotação e a pé para encontrá-los", conta Nio, que mora em São Paulo há 18 anos. Os salões de evento fazem parte de um recente movimento, cujo maior expoente é o arquiteto Freddy Mamani, que tem origem aimará, como a maioria dos habitantes de El Alto. "O local é altamente interessante em razão tanto da paisagem urbana quanto da preservação da cultura desse povo", afirma. As fotos são resultado de três viagens, realizadas entre julho de 2015 e dezembro deste ano. O projeto autoral desenvolvido por Nio na Bolívia é financiado pelo Museu do Quai Branly, na França, que é dedicado às civilizações não europeias (de Oceania, Ásia, África e Américas). * Veja outras edições do Álbum de Viagem: Uruguai de bicicleta, por William Cardoso Parques nacionais do Brasil, por Príamo Melo Animais da África, por Ana Zinger Praias do Ceará, por Marco Ankosqui Zellfie já visitou 69 países Bichos do Brasil, por Cristian Dimitrius Águas de Florianópolis, por Luciana Freire Ribeirinhos da Amazônia, por Analu Buchmann Pontos inusitados de Nova York, por Rodrigo Paiva Cabo Polonio, por Vitor Monteiro
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Com chuva, cemitério desaba e túmulos caem sobre casas em MG
As fortes chuvas que atingem Minas Gerais neste fim de semana, sobretudo no sul do Estado, derrubaram o muro do cemitério de Maria da Fé (a 432 km de Belo Horizonte) neste sábado (16). Após a queda do muro e do barranco, alguns túmulos deslizaram sobre duas residências vizinhas ao cemitério. Não houve vítimas ou feridos, de acordo com a PM (Polícia Militar) de Minas Gerais. As duas famílias, porém, tiveram de deixar suas casas e foram abrigadas em um hotel do município. Maria da Fé tem 14 mil habitantes. Além do município, pelo menos 12 cidades da região foram afetadas pelas chuvas e enchentes. Diversas rodovias foram fechadas. A BR-460 está fechada por causa de um afundamento de pista. A BR-354 também está com o trânsito bloqueado após o transbordamento de um rio e queda de alguns barracos à margem da rodovia. GÁS DE AMÔNIA Em Itamonte (MG), a 417 km de Belo Horizonte e com 33 mil habitantes, também no sul do Estado, o rio subiu seis metros e um cano de uma empresa que estava desativada há três anos se rompeu e espalhou gás de amônia pelo município de habitantes. Até por volta de 18h deste sábado (16), 200 pessoas estavam desalojadas na cidade. De acordo a Defesa Civil, diversas pessoas passaram mal na cidade com o cheiro que se desprendeu dos canos de gás e foram encaminhadas para o hospital da cidade. Em Lambari (MG), duas barragens se romperam e causaram inundação no centro do município. Em São Lourenço (MG), cidade de 42 mil habitantes, a Defesa Civil alertou os moradores sobre o transbordamento do rio Verde, que corta o município. Em São Lourenço também foram registradas quedas de muros. VOOS CANCELADOS Até as 18h deste sábado, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, já havia cancelado 156 voos e 18 estavam atrasados. De acordo com a BH Airport, empresa que administra o aeroporto, os pousos e decolagens, mesmo operados por instrumentos, ficaram abaixo das condições mínimas de segurança.
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Com chuva, cemitério desaba e túmulos caem sobre casas em MGAs fortes chuvas que atingem Minas Gerais neste fim de semana, sobretudo no sul do Estado, derrubaram o muro do cemitério de Maria da Fé (a 432 km de Belo Horizonte) neste sábado (16). Após a queda do muro e do barranco, alguns túmulos deslizaram sobre duas residências vizinhas ao cemitério. Não houve vítimas ou feridos, de acordo com a PM (Polícia Militar) de Minas Gerais. As duas famílias, porém, tiveram de deixar suas casas e foram abrigadas em um hotel do município. Maria da Fé tem 14 mil habitantes. Além do município, pelo menos 12 cidades da região foram afetadas pelas chuvas e enchentes. Diversas rodovias foram fechadas. A BR-460 está fechada por causa de um afundamento de pista. A BR-354 também está com o trânsito bloqueado após o transbordamento de um rio e queda de alguns barracos à margem da rodovia. GÁS DE AMÔNIA Em Itamonte (MG), a 417 km de Belo Horizonte e com 33 mil habitantes, também no sul do Estado, o rio subiu seis metros e um cano de uma empresa que estava desativada há três anos se rompeu e espalhou gás de amônia pelo município de habitantes. Até por volta de 18h deste sábado (16), 200 pessoas estavam desalojadas na cidade. De acordo a Defesa Civil, diversas pessoas passaram mal na cidade com o cheiro que se desprendeu dos canos de gás e foram encaminhadas para o hospital da cidade. Em Lambari (MG), duas barragens se romperam e causaram inundação no centro do município. Em São Lourenço (MG), cidade de 42 mil habitantes, a Defesa Civil alertou os moradores sobre o transbordamento do rio Verde, que corta o município. Em São Lourenço também foram registradas quedas de muros. VOOS CANCELADOS Até as 18h deste sábado, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, já havia cancelado 156 voos e 18 estavam atrasados. De acordo com a BH Airport, empresa que administra o aeroporto, os pousos e decolagens, mesmo operados por instrumentos, ficaram abaixo das condições mínimas de segurança.
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Inspirada no caso Celso Daniel, peça usa política para tratar de violência
Segundo espetáculo de uma trilogia do grupo paulistano Tablado de Arruar, "Abnegação 2 - O Começo do Fim" parte de um fato recente da política brasileira para falar da violência e do medo. Enquanto "Abnegação 1" (2014) era inspirado pela atual conjuntura do PT –e mostrava, de forma crítica, as relações dentro de um partido de esquerda ligado a altas esferas do poder–, no novo espetáculo, que estreia nesta sexta-feira (24) em São Paulo, a história se passa nos anos de 2001 e 2002. Nela, um personagem se revolta com a política dentro de um partido e, por estar em desacordo com o restante do grupo, é perseguido. A trama faz clara referência ao assassinato, em 2002, de Celso Daniel (PT), então prefeito de Santo André (Grande São Paulo): no espetáculo, uma gravação comenta o caso real, ainda não solucionado. Segundo a polícia, Daniel foi sequestrado por uma quadrilha que o confundiu com outra pessoa. Mas a família sustenta que o crime tem relação com esquema de arrecadação de propina para o PT. E, ao contrário da primeira montagem, em que as frases não eram terminadas e as intenções ficavam subentendidas, em "Abnegação 2" tudo é explícito e violento: seja na agressividade do que é dito, seja na fúria das ações. "Ficamos pensando qual a melhor forma de encarar o medo", diz Alexandre Dal Farra, dramaturgo e codiretor da peça. "E quisemos encará-lo de frente e mostrar uma sensação de desamparo." A montagem intercala a história de Jorge com cenas em que o tema é apenas a violência. Nestas últimas, os atores permanecem estáticos, e a crueza está nas palavras. Em outros momentos, os fatos são narrados, sem que os atores precisem agir para contar a história. "Percebemos como o texto às vezes tinha mais força que a ação", diz Clayton Mariano, que divide a direção com Dal Farra. A terceira peça, prevista para 2016, deve tratar da formação do PT, nos anos 1980, um momento, comenta Mariano, em que o sentimento de esperança e de utopia era bastante forte. Nascido em 2001, o Tablado de Arruar começou sua trajetória com montagens de rua. Aos poucos, o texto ganhou mais força nos trabalhos do coletivo, em especial pela figura de Dal Farra, que se firmou no papel de dramaturgo da companhia em 2005. De sua autoria, a peça "Mateus, 10" recebeu os prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Shell-SP de melhor texto em 2012. ABNEGAÇÃO 2 - O COMEÇO DO FIM QUANDO qui. a sáb., às 20h; até 13/6 ONDE Oficina Cultural Oswald de Andrade, r. Três Rios, 363, tel. (11) 3222-2662 QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO 16 anos
ilustrada
Inspirada no caso Celso Daniel, peça usa política para tratar de violênciaSegundo espetáculo de uma trilogia do grupo paulistano Tablado de Arruar, "Abnegação 2 - O Começo do Fim" parte de um fato recente da política brasileira para falar da violência e do medo. Enquanto "Abnegação 1" (2014) era inspirado pela atual conjuntura do PT –e mostrava, de forma crítica, as relações dentro de um partido de esquerda ligado a altas esferas do poder–, no novo espetáculo, que estreia nesta sexta-feira (24) em São Paulo, a história se passa nos anos de 2001 e 2002. Nela, um personagem se revolta com a política dentro de um partido e, por estar em desacordo com o restante do grupo, é perseguido. A trama faz clara referência ao assassinato, em 2002, de Celso Daniel (PT), então prefeito de Santo André (Grande São Paulo): no espetáculo, uma gravação comenta o caso real, ainda não solucionado. Segundo a polícia, Daniel foi sequestrado por uma quadrilha que o confundiu com outra pessoa. Mas a família sustenta que o crime tem relação com esquema de arrecadação de propina para o PT. E, ao contrário da primeira montagem, em que as frases não eram terminadas e as intenções ficavam subentendidas, em "Abnegação 2" tudo é explícito e violento: seja na agressividade do que é dito, seja na fúria das ações. "Ficamos pensando qual a melhor forma de encarar o medo", diz Alexandre Dal Farra, dramaturgo e codiretor da peça. "E quisemos encará-lo de frente e mostrar uma sensação de desamparo." A montagem intercala a história de Jorge com cenas em que o tema é apenas a violência. Nestas últimas, os atores permanecem estáticos, e a crueza está nas palavras. Em outros momentos, os fatos são narrados, sem que os atores precisem agir para contar a história. "Percebemos como o texto às vezes tinha mais força que a ação", diz Clayton Mariano, que divide a direção com Dal Farra. A terceira peça, prevista para 2016, deve tratar da formação do PT, nos anos 1980, um momento, comenta Mariano, em que o sentimento de esperança e de utopia era bastante forte. Nascido em 2001, o Tablado de Arruar começou sua trajetória com montagens de rua. Aos poucos, o texto ganhou mais força nos trabalhos do coletivo, em especial pela figura de Dal Farra, que se firmou no papel de dramaturgo da companhia em 2005. De sua autoria, a peça "Mateus, 10" recebeu os prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Shell-SP de melhor texto em 2012. ABNEGAÇÃO 2 - O COMEÇO DO FIM QUANDO qui. a sáb., às 20h; até 13/6 ONDE Oficina Cultural Oswald de Andrade, r. Três Rios, 363, tel. (11) 3222-2662 QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO 16 anos
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MEC divulga resultado da primeira chamada do Prouni nesta segunda
O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta segunda (22) o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) referente ao segundo semestre deste ano. As informações estarão disponíveis na página do programa na internet. Também a partir de segunda, o candidato selecionado deverá comparecer à instituição de ensino para a qual foi pré-selecionado, levando os documentos que comprovam as informações prestadas na ficha de inscrição. O candidato deve verificar o horário e o local no qual tem de comparecer para a apresentação das informações. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 29. Caso perca a data, o candidato é automaticamente retirado do processo. Entre os documentos a serem apresentados estão a carteira de identidade, o comprovante de residência, o comprovante de rendimento e o de conclusão do ensino médio. A lista completa pode ser conferida na página do ProUni. No dia 6 de julho será divulgado o resultado da segunda chamada. Aqueles que não forem selecionados poderão se inscrever na lista de espera nos dias 17 e 20 de julho. O ProUni oferece bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O programa é dirigido a estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou que tenham vindo da rede particular na condição de bolsistas integrais. O estudante precisa comprovar renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários mínimos para bolsa parcial. Professores do quadro permanente da rede pública de ensino podem participar, desde que concorrendo a cursos de licenciatura. Segundo o MEC, foram ofertados nesta edição do ProUni 68.971 bolsas integrais e 47.033 parciais.
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MEC divulga resultado da primeira chamada do Prouni nesta segundaO Ministério da Educação (MEC) divulga nesta segunda (22) o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) referente ao segundo semestre deste ano. As informações estarão disponíveis na página do programa na internet. Também a partir de segunda, o candidato selecionado deverá comparecer à instituição de ensino para a qual foi pré-selecionado, levando os documentos que comprovam as informações prestadas na ficha de inscrição. O candidato deve verificar o horário e o local no qual tem de comparecer para a apresentação das informações. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 29. Caso perca a data, o candidato é automaticamente retirado do processo. Entre os documentos a serem apresentados estão a carteira de identidade, o comprovante de residência, o comprovante de rendimento e o de conclusão do ensino médio. A lista completa pode ser conferida na página do ProUni. No dia 6 de julho será divulgado o resultado da segunda chamada. Aqueles que não forem selecionados poderão se inscrever na lista de espera nos dias 17 e 20 de julho. O ProUni oferece bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O programa é dirigido a estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou que tenham vindo da rede particular na condição de bolsistas integrais. O estudante precisa comprovar renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários mínimos para bolsa parcial. Professores do quadro permanente da rede pública de ensino podem participar, desde que concorrendo a cursos de licenciatura. Segundo o MEC, foram ofertados nesta edição do ProUni 68.971 bolsas integrais e 47.033 parciais.
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Senador reclama de não publicação de reportagem no impresso
A Folha errou ao não publicar no impresso que o lobista APS afirmou ter feito anotações sugerindo propina a mim com base em "boatos". A reportagem Lobista diz que propina a parlamentares por MP era 'boato' foi publicada só no site. No domingo (6), a Folha deu destaque, de meia página com foto, no impresso, a um manuscrito do tal lobista com o meu nome como receptor de propina (Papel reforça suspeita de propina paga a senadores ). Faz-se necessário, por lealdade com o leitor e com os meus eleitores, que o jornal dê o mesmo peso à negativa de uma reportagem que foi destaque e prejudicou a minha pessoa. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Senador reclama de não publicação de reportagem no impressoA Folha errou ao não publicar no impresso que o lobista APS afirmou ter feito anotações sugerindo propina a mim com base em "boatos". A reportagem Lobista diz que propina a parlamentares por MP era 'boato' foi publicada só no site. No domingo (6), a Folha deu destaque, de meia página com foto, no impresso, a um manuscrito do tal lobista com o meu nome como receptor de propina (Papel reforça suspeita de propina paga a senadores ). Faz-se necessário, por lealdade com o leitor e com os meus eleitores, que o jornal dê o mesmo peso à negativa de uma reportagem que foi destaque e prejudicou a minha pessoa. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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'Camarotização' social é o tema da redação da Fuvest
O tema da redação no início da segunda fase do vestibular da Fuvest foi a "camarotização", termo usado pelos examinadores para descrever o fato de as pessoas poderem pagar para terem privilégios em jogos ou shows. Para desenvolverem o tema, o vestibular ofereceu aos candidatos quatro textos de apoio. Confira a resolução comentada do vestibular da Fuvest A redação e o exame do português e literatura abriram a segunda etapa da seleção de vagas para 2015 na USP. Não foi a primeira vez que a Fuvest partiu de uma palavra nova para definir o tema da redação na segunda fase do vestibular. Em 2005, por exemplo, o assunto foi a "descatracalização da vida". A segunda fase do vestibular deste ano segue nesta segunda-feira (5), quando todos os concorrentes terão de resolver 16 questões de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. O vestibular se encerra na terça (6), com 12 questões de disciplinas específicas, que variam de acordo com o curso escolhido.
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'Camarotização' social é o tema da redação da FuvestO tema da redação no início da segunda fase do vestibular da Fuvest foi a "camarotização", termo usado pelos examinadores para descrever o fato de as pessoas poderem pagar para terem privilégios em jogos ou shows. Para desenvolverem o tema, o vestibular ofereceu aos candidatos quatro textos de apoio. Confira a resolução comentada do vestibular da Fuvest A redação e o exame do português e literatura abriram a segunda etapa da seleção de vagas para 2015 na USP. Não foi a primeira vez que a Fuvest partiu de uma palavra nova para definir o tema da redação na segunda fase do vestibular. Em 2005, por exemplo, o assunto foi a "descatracalização da vida". A segunda fase do vestibular deste ano segue nesta segunda-feira (5), quando todos os concorrentes terão de resolver 16 questões de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. O vestibular se encerra na terça (6), com 12 questões de disciplinas específicas, que variam de acordo com o curso escolhido.
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Grécia deverá pedir prorrogação de empréstimo, mas sem plano de resgate
A Grécia pretende pedir uma extensão de seu acordo de empréstimo com a zona do euro nesta quarta-feira (18), segundo informou uma fonte à agência Reuters em Bruxelas. A ideia é diferenciar o acordo do programa inteiro de resgate do país. Falando sob a condição de anonimato, a fonte disse que Atenas solicitará uma extensão de até seis meses, mas que as condições ainda estão sob negociação. O novo governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras se recusou a buscar uma extensão do programa de resgate da Grécia, que termina em 28 de fevereiro, rejeitando as exigências do programa de que sejam impostas medidas de austeridade. No entanto, Tsipras fez uma distinção entre o programa inteiro de resgate e a emissão de dívida da Grécia. "Um acordo de dívida é diferente de um resgate", disse Tsipras a parlamentares de seu partido de esquerda, o Syriza, durante a nomeação do político conservador e catedrático Prokopis Pavlopoulos como candidato à presidência da República, hoje, em Atenas. O Conselho do BCE (Banco Central Europeu) discutirá amanhã o fornecimento urgente de recursos para a Grécia por meio do banco central nacional deste país, ampliá-la ou até interrompê-la. O Eurogrupo deu ontem um ultimato à Grécia, que tem até sexta-feira para pedir uma nova prorrogação do resgate ao país que incluiria certa flexibilidade em troca de compromissos. Atenas acusou a imposição de termos "nebulosos" por seus parceiros. "O BCE só pode garantir os empréstimos de fornecimento urgente de liquidez se os bancos gregos forem solventes, mas poderia não ser o caso se acontecer uma falta de pagamento soberano, já que então seus bônus públicos e os empréstimos pendentes ao governo não teriam valor", considerou o analista de Commerzbank Christoph Weil. "Se a Grécia ignorar o ultimato e acontecer a falta de pagamento soberano, o BCE poderia encerrar o fornecimento urgente de liquidez aos bancos gregos, o que significaria de fato a saída da Grécia da União Monetária", acrescentou Weil. BOLSAS No mercado de capitais, os principais índices europeus fecharam em alta, em uma sessão volátil. O tombo maior ficou por conta do indicador grego. O tombo foi maior no mercado de ações grego, que não reagiu bem à falta de acordo na reunião de ministros ontem (16). O índice referencial da bolsa grega chegou a cair 4,7 por cento pouco depois da abertura. Apesar de ter chegado a recuperar terreno, o índice grego fechou em queda de 2,45 por cento. Na região, o índice Euro Stoxx 50 fechou com uma alta de 0,15%, enquanto o principal indicador de ações europeias FTSEurofirst 300 subiu 0,09 por cento, a 1.503 pontos. Os dois índices se recuperaram no final do pregão, depois de passarem boa parte da sessão em território negativo. Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,60%, a 6.898 pontos e, em Paris, o CAC-40 subiu 0,04%, a 4.753 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,08%, a 10.698 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,25%, a 10.895 pontos.
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Grécia deverá pedir prorrogação de empréstimo, mas sem plano de resgateA Grécia pretende pedir uma extensão de seu acordo de empréstimo com a zona do euro nesta quarta-feira (18), segundo informou uma fonte à agência Reuters em Bruxelas. A ideia é diferenciar o acordo do programa inteiro de resgate do país. Falando sob a condição de anonimato, a fonte disse que Atenas solicitará uma extensão de até seis meses, mas que as condições ainda estão sob negociação. O novo governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras se recusou a buscar uma extensão do programa de resgate da Grécia, que termina em 28 de fevereiro, rejeitando as exigências do programa de que sejam impostas medidas de austeridade. No entanto, Tsipras fez uma distinção entre o programa inteiro de resgate e a emissão de dívida da Grécia. "Um acordo de dívida é diferente de um resgate", disse Tsipras a parlamentares de seu partido de esquerda, o Syriza, durante a nomeação do político conservador e catedrático Prokopis Pavlopoulos como candidato à presidência da República, hoje, em Atenas. O Conselho do BCE (Banco Central Europeu) discutirá amanhã o fornecimento urgente de recursos para a Grécia por meio do banco central nacional deste país, ampliá-la ou até interrompê-la. O Eurogrupo deu ontem um ultimato à Grécia, que tem até sexta-feira para pedir uma nova prorrogação do resgate ao país que incluiria certa flexibilidade em troca de compromissos. Atenas acusou a imposição de termos "nebulosos" por seus parceiros. "O BCE só pode garantir os empréstimos de fornecimento urgente de liquidez se os bancos gregos forem solventes, mas poderia não ser o caso se acontecer uma falta de pagamento soberano, já que então seus bônus públicos e os empréstimos pendentes ao governo não teriam valor", considerou o analista de Commerzbank Christoph Weil. "Se a Grécia ignorar o ultimato e acontecer a falta de pagamento soberano, o BCE poderia encerrar o fornecimento urgente de liquidez aos bancos gregos, o que significaria de fato a saída da Grécia da União Monetária", acrescentou Weil. BOLSAS No mercado de capitais, os principais índices europeus fecharam em alta, em uma sessão volátil. O tombo maior ficou por conta do indicador grego. O tombo foi maior no mercado de ações grego, que não reagiu bem à falta de acordo na reunião de ministros ontem (16). O índice referencial da bolsa grega chegou a cair 4,7 por cento pouco depois da abertura. Apesar de ter chegado a recuperar terreno, o índice grego fechou em queda de 2,45 por cento. Na região, o índice Euro Stoxx 50 fechou com uma alta de 0,15%, enquanto o principal indicador de ações europeias FTSEurofirst 300 subiu 0,09 por cento, a 1.503 pontos. Os dois índices se recuperaram no final do pregão, depois de passarem boa parte da sessão em território negativo. Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,60%, a 6.898 pontos e, em Paris, o CAC-40 subiu 0,04%, a 4.753 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,08%, a 10.698 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,25%, a 10.895 pontos.
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Rio Acre recua 40 centímetros nas últimas 35 horas
O nível do rio Acre diminuiu 40 centímetros nas últimas 35 horas, o que pode ser um sinal de que a pior cheia da história de Rio Branco, capital do Acre, pode estar começando a diminuir. Segundo a Defesa Civil do Estado, o nível do rio chegou a 18,4 metros. No entanto, de acordo com as medições feitas no início da manhã de hoje (6), o nível caiu para 18 metros. Até então, a maior cheia do rio havia sido registrada em 1997, quando atingiu 17, 66 metros. Hoje há cerca de 10,5 mil pessoas - ou 2.964 famílias - acomodadas em 26 abrigos públicos da cidade. A Defesa Civil informou que cerca de 90 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes, que atingiram mais de 900 ruas em 53 bairros da região (capital e arredores). Segundo a Defesa Civil, 24.713 prédios foram afetados. Áreas distantes da capital também foram prejudicadas, comprometendo a produção de 40 propriedades rurais. Só na agricultura familiar, o prejuízo estimado está em R$ 30 milhões, informou a Defesa Civil. A fim de amenizar os problemas vividos pelos acrianos, o Ministério da Previdência Social publicou hoje portaria que autoriza o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar aos moradores de Brasileia e Rio Branco benefícios de prestação continuada previdenciária e assistencial (benefícios a idosos), enquanto perdurar a situação de calamidade pública. Conforme a portaria, o beneficiário poderá optar pelo recebimento do valor correspondente a uma renda mensal do benefício previdenciário ou assistencial a que tem direito. O valor antecipado deverá ser ressarcido - sem juro e por meio de descontos da renda do benefício que ele já recebia - em até 36 parcelas mensais fixas, a partir do terceiro mês seguinte ao da antecipação. Para solicitar o empréstimo, basta ao beneficiário se identificar na própria rede ou correspondente bancário responsável pelo pagamento dos benefícios.
cotidiano
Rio Acre recua 40 centímetros nas últimas 35 horasO nível do rio Acre diminuiu 40 centímetros nas últimas 35 horas, o que pode ser um sinal de que a pior cheia da história de Rio Branco, capital do Acre, pode estar começando a diminuir. Segundo a Defesa Civil do Estado, o nível do rio chegou a 18,4 metros. No entanto, de acordo com as medições feitas no início da manhã de hoje (6), o nível caiu para 18 metros. Até então, a maior cheia do rio havia sido registrada em 1997, quando atingiu 17, 66 metros. Hoje há cerca de 10,5 mil pessoas - ou 2.964 famílias - acomodadas em 26 abrigos públicos da cidade. A Defesa Civil informou que cerca de 90 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes, que atingiram mais de 900 ruas em 53 bairros da região (capital e arredores). Segundo a Defesa Civil, 24.713 prédios foram afetados. Áreas distantes da capital também foram prejudicadas, comprometendo a produção de 40 propriedades rurais. Só na agricultura familiar, o prejuízo estimado está em R$ 30 milhões, informou a Defesa Civil. A fim de amenizar os problemas vividos pelos acrianos, o Ministério da Previdência Social publicou hoje portaria que autoriza o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar aos moradores de Brasileia e Rio Branco benefícios de prestação continuada previdenciária e assistencial (benefícios a idosos), enquanto perdurar a situação de calamidade pública. Conforme a portaria, o beneficiário poderá optar pelo recebimento do valor correspondente a uma renda mensal do benefício previdenciário ou assistencial a que tem direito. O valor antecipado deverá ser ressarcido - sem juro e por meio de descontos da renda do benefício que ele já recebia - em até 36 parcelas mensais fixas, a partir do terceiro mês seguinte ao da antecipação. Para solicitar o empréstimo, basta ao beneficiário se identificar na própria rede ou correspondente bancário responsável pelo pagamento dos benefícios.
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Listas partidárias
A reforma do sistema eleitoral em curso no Congresso precisa ser aprovada até setembro para vigorar no pleito de 2018. Não será tarefa fácil, pois é objeto de acalorados debates que já extravasaram o âmbito parlamentar para ganhar as ruas. São vários os pontos controvertidos, mas o aspecto que mais desperta paixões no momento é a substituição das listas partidárias abertas, tradicionalmente empregadas no Brasil, pelas fechadas. Segundo esse sistema, os partidos apresentam uma ordem preordenada de candidatos, que são eleitos em conformidade com a respectiva posição na lista, proporcionalmente ao número de votos obtidos pelas respectivas legendas. Os eleitores deixam de escolher os nomes de sua preferência, votando apenas nas agremiações partidárias. O método em si não é ruim, mesmo porque encontra guarida em muitos países politicamente avançados. Afinal, o voto em lista fortalece os partidos, entidades essenciais ao bom funcionamento da democracia representativa. O problema é que alguns entendem que a atual conjuntura não é das mais propícias para discutir o assunto. Outros acham que a novidade configura um estratagema para garantir a reeleição de políticos cujos nomes foram envolvidos em denúncias de corrupção. Há os que pensam que um Legislativo em final de mandato e um Executivo que não recebeu a unção das urnas carecem de legitimidade para levar avante uma reforma dessa envergadura. Existem ainda aqueles que não admitem que se subtraia dos cidadãos o direito de indicar livremente seus candidatos. A favor da mudança argumenta-se que o sistema atual, embora confira maior poder de escolha aos eleitores e favoreça, em tese, a renovação política, estimula a "fulanização" das eleições, além de promover a concorrência entre candidatos de uma mesma legenda. A lista aberta, ademais, seria incompatível com a possível adoção do financiamento público de campanhas, estimulada por decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional o aporte de recursos por empresas. Para operar adequadamente, contudo, o sistema de listas fechadas pressupõe a existência de um número reduzido de partidos, claramente identificáveis por suas posições programáticas. Esse requisito hoje inexiste no país, onde cerca de 35 agremiações políticas, grande parte sem qualquer identidade ideológica, podem disputar a cada dois anos uma frenética competição para ocupar os cargos eletivos em disputa. Por isso, a aprovação prévia de uma cláusula de barreira ou de desempenho, que reduza drasticamente o número de partidos, é condição essencial para a implantação do novo modelo. Há mais uma dificuldade: o sociólogo Robert Michels, no início do século passado, enunciou a denominada "lei de ferro da oligarquia". Segundo ele, certas organizações sociais, como partidos e sindicatos, dão "origem ao domínio dos eleitos sobre os eleitores, dos mandatários sobre os mandantes, dos delegados sobre os delegantes". Isso significa que a mudança em cogitação exige que se assegure primeiramente a democratização interna das agremiações políticas. Existem países que adotam as chamadas listas flexíveis, em que os partidos formulam uma relação de candidatos cuja ordem pode ser alterada pelos eleitores, aos quais também se permite votar em um nome de sua preferência, independentemente da posição que ocupe na lista. Talvez seja o caso de adotar-se transitoriamente essa solução intermediária, submetendo uma mudança mais radical e definitiva a um plebiscito ou referendo popular, de baixo custo e fácil execução. Para tanto, bastaria inserir uma consulta aos cidadãos na programação das urnas eletrônicas que estão sendo preparadas para as eleições do ano vindouro. RICARDO LEWANDOWSKI é ministro do Supremo Tribunal Federal e professor titular de teoria do Estado da Faculdade de Direito da USP PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
opiniao
Listas partidáriasA reforma do sistema eleitoral em curso no Congresso precisa ser aprovada até setembro para vigorar no pleito de 2018. Não será tarefa fácil, pois é objeto de acalorados debates que já extravasaram o âmbito parlamentar para ganhar as ruas. São vários os pontos controvertidos, mas o aspecto que mais desperta paixões no momento é a substituição das listas partidárias abertas, tradicionalmente empregadas no Brasil, pelas fechadas. Segundo esse sistema, os partidos apresentam uma ordem preordenada de candidatos, que são eleitos em conformidade com a respectiva posição na lista, proporcionalmente ao número de votos obtidos pelas respectivas legendas. Os eleitores deixam de escolher os nomes de sua preferência, votando apenas nas agremiações partidárias. O método em si não é ruim, mesmo porque encontra guarida em muitos países politicamente avançados. Afinal, o voto em lista fortalece os partidos, entidades essenciais ao bom funcionamento da democracia representativa. O problema é que alguns entendem que a atual conjuntura não é das mais propícias para discutir o assunto. Outros acham que a novidade configura um estratagema para garantir a reeleição de políticos cujos nomes foram envolvidos em denúncias de corrupção. Há os que pensam que um Legislativo em final de mandato e um Executivo que não recebeu a unção das urnas carecem de legitimidade para levar avante uma reforma dessa envergadura. Existem ainda aqueles que não admitem que se subtraia dos cidadãos o direito de indicar livremente seus candidatos. A favor da mudança argumenta-se que o sistema atual, embora confira maior poder de escolha aos eleitores e favoreça, em tese, a renovação política, estimula a "fulanização" das eleições, além de promover a concorrência entre candidatos de uma mesma legenda. A lista aberta, ademais, seria incompatível com a possível adoção do financiamento público de campanhas, estimulada por decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional o aporte de recursos por empresas. Para operar adequadamente, contudo, o sistema de listas fechadas pressupõe a existência de um número reduzido de partidos, claramente identificáveis por suas posições programáticas. Esse requisito hoje inexiste no país, onde cerca de 35 agremiações políticas, grande parte sem qualquer identidade ideológica, podem disputar a cada dois anos uma frenética competição para ocupar os cargos eletivos em disputa. Por isso, a aprovação prévia de uma cláusula de barreira ou de desempenho, que reduza drasticamente o número de partidos, é condição essencial para a implantação do novo modelo. Há mais uma dificuldade: o sociólogo Robert Michels, no início do século passado, enunciou a denominada "lei de ferro da oligarquia". Segundo ele, certas organizações sociais, como partidos e sindicatos, dão "origem ao domínio dos eleitos sobre os eleitores, dos mandatários sobre os mandantes, dos delegados sobre os delegantes". Isso significa que a mudança em cogitação exige que se assegure primeiramente a democratização interna das agremiações políticas. Existem países que adotam as chamadas listas flexíveis, em que os partidos formulam uma relação de candidatos cuja ordem pode ser alterada pelos eleitores, aos quais também se permite votar em um nome de sua preferência, independentemente da posição que ocupe na lista. Talvez seja o caso de adotar-se transitoriamente essa solução intermediária, submetendo uma mudança mais radical e definitiva a um plebiscito ou referendo popular, de baixo custo e fácil execução. Para tanto, bastaria inserir uma consulta aos cidadãos na programação das urnas eletrônicas que estão sendo preparadas para as eleições do ano vindouro. RICARDO LEWANDOWSKI é ministro do Supremo Tribunal Federal e professor titular de teoria do Estado da Faculdade de Direito da USP PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br
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Colunista de 10 anos comenta sobre diferenças do tempo
Quanto tempo você demora para ler esse texto? Uns três minutos? Bom, três minutos são três minutos hoje e vão ser três minutos amanhã, mas três minutos assistindo à sua série favorita parecem três segundos. Leia a coluna completa aqui.
folhinha
Colunista de 10 anos comenta sobre diferenças do tempoQuanto tempo você demora para ler esse texto? Uns três minutos? Bom, três minutos são três minutos hoje e vão ser três minutos amanhã, mas três minutos assistindo à sua série favorita parecem três segundos. Leia a coluna completa aqui.
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Em crise, Rio Grande do Sul e Sergipe vão pagar 13º salário só em 2016
Em crise, pelo menos dois Estados brasileiros –Rio Grande do Sul e Sergipe– confirmam que vão pagar o 13º salário dos servidores públicos apenas no próximo ano. Nos dois casos, os servidores receberão o benefício de forma parcelada ao longo de 2016. Mas poderão antecipar o valor total do 13º salário por meio de empréstimos bancários. A crise econômica, que teve como consequência a queda na arrecadação dos Estados, é o principal motivo apontado pelos governadores para o adiamento do pagamento da gratificação natalina. "Não temos dinheiro em caixa. Nosso orçamento foi afetado pela crise, na medida em que os gastos cresceram, sobretudo com a Previdência", justifica o secretário da Fazenda de Sergipe, Jefferson Passos. No Rio Grande do Sul, o governo do peemedebista José Ivo Sartori só vai terminar de quitar o 13º dos servidores quase nas vésperas do Natal o próximo ano. O governador já anunciou que não terá dinheiro para a remuneração extra de 2015 e se propôs a pagar em parcelas entre junho e novembro do próximo ano, com uma indenização pelo atraso. O governo gaúcho também vai estimular os servidores que não quiserem esperar até lá a retirar empréstimos bancários. O Estado promete reembolsar as eventuais despesas dos funcionários públicos com os bancos. Servidores do Legislativo e do Judiciário não serão afetados. A lei sobre a indenização pelo atraso foi aprovada na Assembleia Legislativa, sancionada e publicada no "Diário Oficial do Estado" desta sexta-feira (11). Já governo sergipano enviou esta semana para a Assembleia Legislativa um projeto que prevê o pagamento da segunda parcela do 13º em seis vezes, entre janeiro e junho. O governador Jackson Barreto (PMDB) ainda determinou o pagamento de um abono, já neste mês, para que o servidor que queira antecipar o benefício por meio de um empréstimo tenha recursos para pagar os juros. INDEFINIÇÃO Faltando duas semanas para o Natal, a situação ainda é indefinida no Rio de Janeiro e no Tocantins. No Rio, a data prevista para o pagamento da segunda parcela do 13º de 2015 é a próxima quinta-feira (17), mas ainda há incerteza se o Estado terá caixa suficiente, segundo a Secretaria Estadual da Fazenda. O fato de o governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter parcelado os salários no início do mês é um indício da dificuldade de caixa do Estado no fim do ano. Os salários só foram totalmente quitados na última quarta-feira (9). No Tocantins, o governador Marcelo Miranda (PMDB) determinou o pagamento do benefício até 20 de dezembro. Contudo, o secretário da Fazenda, Paulo Afonso Teixeira, afirmou em audiência na Assembleia Legislativa na última quarta-feira (10) que o governo ainda não possui em caixa o dinheiro para pagar o 13º salário. Em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte, onde até há pouco tempo havia indefinição quanto ao pagamento do benefício, já foi definido um cronograma e o 13º será pago nas vésperas do Natal. No DF, onde o pagamento do 13º é feito no mês seguinte ao do aniversário do servidor, o benefício deve ser quitado integralmente este ano, apesar dos atrasos registrados nos últimos meses.
poder
Em crise, Rio Grande do Sul e Sergipe vão pagar 13º salário só em 2016Em crise, pelo menos dois Estados brasileiros –Rio Grande do Sul e Sergipe– confirmam que vão pagar o 13º salário dos servidores públicos apenas no próximo ano. Nos dois casos, os servidores receberão o benefício de forma parcelada ao longo de 2016. Mas poderão antecipar o valor total do 13º salário por meio de empréstimos bancários. A crise econômica, que teve como consequência a queda na arrecadação dos Estados, é o principal motivo apontado pelos governadores para o adiamento do pagamento da gratificação natalina. "Não temos dinheiro em caixa. Nosso orçamento foi afetado pela crise, na medida em que os gastos cresceram, sobretudo com a Previdência", justifica o secretário da Fazenda de Sergipe, Jefferson Passos. No Rio Grande do Sul, o governo do peemedebista José Ivo Sartori só vai terminar de quitar o 13º dos servidores quase nas vésperas do Natal o próximo ano. O governador já anunciou que não terá dinheiro para a remuneração extra de 2015 e se propôs a pagar em parcelas entre junho e novembro do próximo ano, com uma indenização pelo atraso. O governo gaúcho também vai estimular os servidores que não quiserem esperar até lá a retirar empréstimos bancários. O Estado promete reembolsar as eventuais despesas dos funcionários públicos com os bancos. Servidores do Legislativo e do Judiciário não serão afetados. A lei sobre a indenização pelo atraso foi aprovada na Assembleia Legislativa, sancionada e publicada no "Diário Oficial do Estado" desta sexta-feira (11). Já governo sergipano enviou esta semana para a Assembleia Legislativa um projeto que prevê o pagamento da segunda parcela do 13º em seis vezes, entre janeiro e junho. O governador Jackson Barreto (PMDB) ainda determinou o pagamento de um abono, já neste mês, para que o servidor que queira antecipar o benefício por meio de um empréstimo tenha recursos para pagar os juros. INDEFINIÇÃO Faltando duas semanas para o Natal, a situação ainda é indefinida no Rio de Janeiro e no Tocantins. No Rio, a data prevista para o pagamento da segunda parcela do 13º de 2015 é a próxima quinta-feira (17), mas ainda há incerteza se o Estado terá caixa suficiente, segundo a Secretaria Estadual da Fazenda. O fato de o governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter parcelado os salários no início do mês é um indício da dificuldade de caixa do Estado no fim do ano. Os salários só foram totalmente quitados na última quarta-feira (9). No Tocantins, o governador Marcelo Miranda (PMDB) determinou o pagamento do benefício até 20 de dezembro. Contudo, o secretário da Fazenda, Paulo Afonso Teixeira, afirmou em audiência na Assembleia Legislativa na última quarta-feira (10) que o governo ainda não possui em caixa o dinheiro para pagar o 13º salário. Em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte, onde até há pouco tempo havia indefinição quanto ao pagamento do benefício, já foi definido um cronograma e o 13º será pago nas vésperas do Natal. No DF, onde o pagamento do 13º é feito no mês seguinte ao do aniversário do servidor, o benefício deve ser quitado integralmente este ano, apesar dos atrasos registrados nos últimos meses.
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Pendengas e café batizado
A quatro semanas da maior premiação do cinema americano, Los Angeles vive o burburinho do Oscar, –desta vez, porém, gerado menos pelo glamour e mais pelas querelas puxadas pela falta de negros entre os indicados. A resposta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood foi quase imediata, com uma mudança histórica na elegibilidade de seus votantes, mas não sem causar mais dor de cabeça para a presidente do grupo, Cheryl Boone Isaacs. Cheryl foi rápida no gatilho porque a causa ressoa em casa. Ela é a primeira negra a liderar a Academia e está em seu terceiro e último mandato. A principal mudança, com o objetivo de dobrar o número de mulheres e minorias entre os votantes até 2020, está no direito ao voto: ele deixa de ser vitalício e passa a valer por dez anos, com renovação se o votante continuar ativo na indústria (indicados e ganhadores seguem vitalícios). "A ideia geral é ofensiva aos negros e aos membros da Academia", escreveu Milton Justice (produtor do documentário "Down and Out in America", vencedor do Oscar em 1987) na revista "The Hollywood Reporter", que ouviu diversos indignados, a maioria da velha guarda, chateada por levar a pecha de racista. "Os negros só votam nos negros? Eu votei no Sean Penn em 'Milk' porque sou gay?" Cheryl sabe que a falta de minorias no Oscar começa antes na cadeia cinematográfica, mas quer que a "Academia lidere as mudanças e não fique só esperando". Ela estava na instituição fazia 21 anos quando foi eleita presidente, em 2013, tendo passado antes pelos cargos de vice-presidente e tesoureira. Ex-aeromoça, começou a trabalhar como executiva de marketing dos estúdios nos anos 1970. Hoje, aos 66 anos, tem sua própria empresa e deu consultoria para filmes como "O Artista" (2011) e "O Discurso do Rei" (2010). MAIS "RESPECT" O rei do soul Otis Redding (1941-67), autor de "Respect" (1965), "(Sittin' on) The Dock of the Bay" (1967) e "Hard to Handle" (1968), é homenageado com uma exposição inaugurada neste mês no Grammy Museum. A mostra, que vai até setembro, é repleta de vídeos de suas performances eletrizantes e lembranças de sua vida. Além de seus dois Grammys e de um par de abotoaduras com suas iniciais, estão lá o macacão jeans que ele vestiu no vídeo de "Tramp" (1967) e um terno de cetim vermelho, com camisa da mesma cor, usado na turnê europeia de 1967 e na capa de seu último disco. Redding, que preencheu a lacuna entre rock e soul dos anos 1960, reunindo brancos e negros em seus shows, morreu num acidente de avião aos 26 anos. Sua mala, resgatada dos escombros, assim como uma nota fiscal de seu último hotel, ocupam uma das vitrines da exposição. DIA DA FERRARI A cidade ganhou mais um prédio de arquitetura impactante em dezembro, na esquina das avenidas Wilshire e Fairfax, com a reabertura do Petersen Automotive Museum, após uma reforma de US$ 125 milhões, cuja fachada curva de metal. Sua fachada é feita de faixas de metal em curvas, numa alusão a pistas de corrida. Parcerias com grandes empresas facilitaram exibições inéditas, como a feita com o estúdio de animação Pixar, da franquia "Carros", que ensina a mecânica de um automóvel. Há também simuladores de corrida Indy 500 e uma mostra com cinco carros dos filmes de 007. Entre os próximos eventos, no dia 21/2, aniversário de Enzo Ferrari (1898-1988), vários carros da "scuderia" se reunirão no estacionamento do local, que fica de frente para o futuro museu da Academia do Oscar, projeto de Renzo Piano a ser inaugurado em 2017. CAFÉ DA NOITE Um novo bar em Hollywood oferece café da manhã noite adentro. O Nighthawk Breakfast Bar abre de sexta a domingo, das 22h às 2h, e tem uma carta peculiar de bebidas. A mais popular é o "spike cereal milk": uma garrafa de leite gelado, nos sabores gim, brandy ou bourbon (US$ 13 cada), para beber de canudinho. O visitante é recebido com jornal e café preto. Entre os drinques de café, há desde o tradicional Irish Coffee, com uísque, ao exótico Oaxacan Coffee, que leva chocolate quente, canela e mescal. FERNANDA EZABELLA, 35, é jornalista.
ilustrissima
Pendengas e café batizadoA quatro semanas da maior premiação do cinema americano, Los Angeles vive o burburinho do Oscar, –desta vez, porém, gerado menos pelo glamour e mais pelas querelas puxadas pela falta de negros entre os indicados. A resposta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood foi quase imediata, com uma mudança histórica na elegibilidade de seus votantes, mas não sem causar mais dor de cabeça para a presidente do grupo, Cheryl Boone Isaacs. Cheryl foi rápida no gatilho porque a causa ressoa em casa. Ela é a primeira negra a liderar a Academia e está em seu terceiro e último mandato. A principal mudança, com o objetivo de dobrar o número de mulheres e minorias entre os votantes até 2020, está no direito ao voto: ele deixa de ser vitalício e passa a valer por dez anos, com renovação se o votante continuar ativo na indústria (indicados e ganhadores seguem vitalícios). "A ideia geral é ofensiva aos negros e aos membros da Academia", escreveu Milton Justice (produtor do documentário "Down and Out in America", vencedor do Oscar em 1987) na revista "The Hollywood Reporter", que ouviu diversos indignados, a maioria da velha guarda, chateada por levar a pecha de racista. "Os negros só votam nos negros? Eu votei no Sean Penn em 'Milk' porque sou gay?" Cheryl sabe que a falta de minorias no Oscar começa antes na cadeia cinematográfica, mas quer que a "Academia lidere as mudanças e não fique só esperando". Ela estava na instituição fazia 21 anos quando foi eleita presidente, em 2013, tendo passado antes pelos cargos de vice-presidente e tesoureira. Ex-aeromoça, começou a trabalhar como executiva de marketing dos estúdios nos anos 1970. Hoje, aos 66 anos, tem sua própria empresa e deu consultoria para filmes como "O Artista" (2011) e "O Discurso do Rei" (2010). MAIS "RESPECT" O rei do soul Otis Redding (1941-67), autor de "Respect" (1965), "(Sittin' on) The Dock of the Bay" (1967) e "Hard to Handle" (1968), é homenageado com uma exposição inaugurada neste mês no Grammy Museum. A mostra, que vai até setembro, é repleta de vídeos de suas performances eletrizantes e lembranças de sua vida. Além de seus dois Grammys e de um par de abotoaduras com suas iniciais, estão lá o macacão jeans que ele vestiu no vídeo de "Tramp" (1967) e um terno de cetim vermelho, com camisa da mesma cor, usado na turnê europeia de 1967 e na capa de seu último disco. Redding, que preencheu a lacuna entre rock e soul dos anos 1960, reunindo brancos e negros em seus shows, morreu num acidente de avião aos 26 anos. Sua mala, resgatada dos escombros, assim como uma nota fiscal de seu último hotel, ocupam uma das vitrines da exposição. DIA DA FERRARI A cidade ganhou mais um prédio de arquitetura impactante em dezembro, na esquina das avenidas Wilshire e Fairfax, com a reabertura do Petersen Automotive Museum, após uma reforma de US$ 125 milhões, cuja fachada curva de metal. Sua fachada é feita de faixas de metal em curvas, numa alusão a pistas de corrida. Parcerias com grandes empresas facilitaram exibições inéditas, como a feita com o estúdio de animação Pixar, da franquia "Carros", que ensina a mecânica de um automóvel. Há também simuladores de corrida Indy 500 e uma mostra com cinco carros dos filmes de 007. Entre os próximos eventos, no dia 21/2, aniversário de Enzo Ferrari (1898-1988), vários carros da "scuderia" se reunirão no estacionamento do local, que fica de frente para o futuro museu da Academia do Oscar, projeto de Renzo Piano a ser inaugurado em 2017. CAFÉ DA NOITE Um novo bar em Hollywood oferece café da manhã noite adentro. O Nighthawk Breakfast Bar abre de sexta a domingo, das 22h às 2h, e tem uma carta peculiar de bebidas. A mais popular é o "spike cereal milk": uma garrafa de leite gelado, nos sabores gim, brandy ou bourbon (US$ 13 cada), para beber de canudinho. O visitante é recebido com jornal e café preto. Entre os drinques de café, há desde o tradicional Irish Coffee, com uísque, ao exótico Oaxacan Coffee, que leva chocolate quente, canela e mescal. FERNANDA EZABELLA, 35, é jornalista.
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A prova da merenda
Está marcada para esta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a segunda sessão da CPI da merenda. Em tese, a comissão parlamentar deveria fortalecer as investigações do escândalo na alimentação escolar, conduzidas desde janeiro pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. Têm-se esquadrinhado contratos celebrados entre a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e dezenas de prefeituras, além da Secretaria Estadual da Educação. Suspeita-se de um esquema de superfaturamento na distribuição de suco de laranja para a rede pública, com propinas que atingiriam até 30% dos valores contratados. Por meio de delações premiadas, alguns investigados implicaram membros do governo Geraldo Alckmin (PSDB), além de deputados federais e estaduais. Entre eles, Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia. Apesar disso —ou por causa disso—, são diversos os sinais de que a investigação parlamentar caminha para não cumprir seu papel. Não só 8 de seus 9 integrantes são de partidos da base de apoio de Alckmin, como o presidente e o vice da comissão pertencem ao PSDB e ao PSB (partido do vice-governador), respectivamente. Tal domínio alimenta temores de que a apuração se concentrará em prefeituras do PT, desviando o foco do governo estadual e de Capez. Como se não bastasse, um dos titulares da comissão, Barros Munhoz (PSDB), notabilizou-se há alguns anos por afirmar: "CPI, no Brasil, só vocês da imprensa acreditam, mais ninguém. (...) É conversa mole, coisa para enganar". A frase infame tem sido confirmada nos âmbitos federal, estadual e municipal. Há tempos os políticos aprenderam a domesticar CPIs —quando não utilizá-las para extorsões e propinas—, tornando ultrapassada a máxima de que se sabe como tais comissões começam, mas não como terminam. No Estado de São Paulo, nos últimos anos, a ampla base de apoio dos governos do PSDB tem agido para impedir que a Assembleia apure escândalos envolvendo políticos do partido. As poucas investigações que conseguem superar essa barreira terminam desidratadas e sem resultados. No escândalo da merenda, o governo do Estado se considera vítima, segundo declarou Alckmin. Tanto o governador como seus aliados deveriam, portanto, ser os maiores interessados em esclarecer o episódio, não importa a coloração partidária dos envolvidos. Se a alegação fosse sincera, caberia dar força à CPI na condição de instrumento para elucidar os fatos. editoriais@uol.com.br
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A prova da merendaEstá marcada para esta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a segunda sessão da CPI da merenda. Em tese, a comissão parlamentar deveria fortalecer as investigações do escândalo na alimentação escolar, conduzidas desde janeiro pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. Têm-se esquadrinhado contratos celebrados entre a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e dezenas de prefeituras, além da Secretaria Estadual da Educação. Suspeita-se de um esquema de superfaturamento na distribuição de suco de laranja para a rede pública, com propinas que atingiriam até 30% dos valores contratados. Por meio de delações premiadas, alguns investigados implicaram membros do governo Geraldo Alckmin (PSDB), além de deputados federais e estaduais. Entre eles, Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia. Apesar disso —ou por causa disso—, são diversos os sinais de que a investigação parlamentar caminha para não cumprir seu papel. Não só 8 de seus 9 integrantes são de partidos da base de apoio de Alckmin, como o presidente e o vice da comissão pertencem ao PSDB e ao PSB (partido do vice-governador), respectivamente. Tal domínio alimenta temores de que a apuração se concentrará em prefeituras do PT, desviando o foco do governo estadual e de Capez. Como se não bastasse, um dos titulares da comissão, Barros Munhoz (PSDB), notabilizou-se há alguns anos por afirmar: "CPI, no Brasil, só vocês da imprensa acreditam, mais ninguém. (...) É conversa mole, coisa para enganar". A frase infame tem sido confirmada nos âmbitos federal, estadual e municipal. Há tempos os políticos aprenderam a domesticar CPIs —quando não utilizá-las para extorsões e propinas—, tornando ultrapassada a máxima de que se sabe como tais comissões começam, mas não como terminam. No Estado de São Paulo, nos últimos anos, a ampla base de apoio dos governos do PSDB tem agido para impedir que a Assembleia apure escândalos envolvendo políticos do partido. As poucas investigações que conseguem superar essa barreira terminam desidratadas e sem resultados. No escândalo da merenda, o governo do Estado se considera vítima, segundo declarou Alckmin. Tanto o governador como seus aliados deveriam, portanto, ser os maiores interessados em esclarecer o episódio, não importa a coloração partidária dos envolvidos. Se a alegação fosse sincera, caberia dar força à CPI na condição de instrumento para elucidar os fatos. editoriais@uol.com.br
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Loteamentos de luxo ocupam 40% do território de Arujá, na Grande SP
DHIEGO MAIA DE SÃO PAULO Cortada ao meio pela rodovia Presidente Dutra, com o aeroporto de Guarulhos a poucos quilômetros de seu centro e rodeada por uma vegetação intacta, Arujá é uma alternativa para quem quer morar em condomínios horizontais na Grande São Paulo. A cidade, a 45 km da capital paulista, se tornou o Alphaville da vizinha Guarulhos, com casas que podem custar até R$ 7 milhões em loteamentos com lagos e piscinas de borda infinita. O município começou a receber empreendimentos do tipo na década de 1950. Hoje, são oito condomínios que ocupam 40% da área urbana local, segundo a prefeitura. "Os residenciais têm atraído famílias que querem sair da metrópole, em busca de segurança e conforto, mas que não abrem mão de serviços", diz Cássio Kineipe, presidente da Aconda (a associação dos condomínios). É esse o caso da advogada Kelly Mesquita, 36, ex-moradora de Guarulhos. Ela optou por construir uma casa no Real Park Arujá -o mais novo condomínio da cidade, lançado em 2008-, após ter sido vítima de um sequestro. "Fui pega dentro do meu carro, na Dutra. Depois disso, quis mais segurança." Mesquita vendeu o apartamento da família por R$ 750 mil e investiu o valor na compra do terreno e na construção da casa, de 330 m². O residencial tem 32 casas prontas e outras 67 em obras. Os 611 lotes estão todos vendidos, afirma o administrador do empreendimento, Carlos Gimenes. "Muita gente compra para investir", diz ele. Um lote de 300 metros quadrados custa a partir de R$ 250 mil. Os serviços de zeladoria e segurança chegam a R$ 461 por mês. A maioria das casas tem pé direito duplo, piscina e até sistema automatizado para aspirar pó e erguer persianas. O contador Paulo Dionísio descobriu Arujá em 1991, mas só conseguiu construir sua casa, no condomínio Arujazinho 5, seis anos depois. O local, com 900 casas, parece um clube: tem piscina aquecida e até uma sala de cinema para 60 lugares. "Há cinco anos também trouxe minha empresa de seguros de São Paulo para cá. Estou completamente instalado em Arujá", afirma. NOVA ONDA Dionísio faz parte de uma outra safra de moradores, que desembarcou na cidade a partir dos anos 1990, conta o corretor Cristiano Diniz, da incorporadora e imobiliária MM Imóveis e Seguros. "Antes disso, as pessoas compravam terrenos e construíam casas aqui para veraneio. Isso mudou com a chegada de empresários." Essa leva de empreendedores também fomentou a construção de um condomínio para indústrias e escritórios, às margens da Dutra. Ainda segundo Diniz, hoje a oferta de terrenos é baixa. O que mantém o mercado aquecido é a revenda de casas prontas. Só no banco de dados da MM Imóveis constam 600 residências, que custam a partir de R$ 900 mil. Entre 2010 e 2015, a cidade cresceu 14% e chegou a 85 mil habitantes. O aumento populacional gerou um impasse. Arujá e Itaquaquecetuba brigam na Justiça pela posse de uma área, no limite entre os municípios, onde estão sendo erguidos quatro condomínios horizontais. O corretor Edson Horta, 58, é um dos afetados pela questão. Morador do Country Club, ele paga dois IPTUs -um para cada cidade. Segundo o prefeito de Arujá, Abel Larini (PR), cerca de 900 lotes estão sob disputa. "É uma questão que já se arrasta há anos. Itaquá questiona, mas quem está prestando os serviços urbanos nessas áreas somos nós." Já para Roberto Kimura, secretário de obras de Itaquaquecetuba, houve um erro na delimitação entre as duas cidades. "Sabemos que ali existe uma área de Itaquaquecetuba. Comprovado isso na Justiça, iremos assumir os serviços na região."
sobretudo
Loteamentos de luxo ocupam 40% do território de Arujá, na Grande SP DHIEGO MAIA DE SÃO PAULO Cortada ao meio pela rodovia Presidente Dutra, com o aeroporto de Guarulhos a poucos quilômetros de seu centro e rodeada por uma vegetação intacta, Arujá é uma alternativa para quem quer morar em condomínios horizontais na Grande São Paulo. A cidade, a 45 km da capital paulista, se tornou o Alphaville da vizinha Guarulhos, com casas que podem custar até R$ 7 milhões em loteamentos com lagos e piscinas de borda infinita. O município começou a receber empreendimentos do tipo na década de 1950. Hoje, são oito condomínios que ocupam 40% da área urbana local, segundo a prefeitura. "Os residenciais têm atraído famílias que querem sair da metrópole, em busca de segurança e conforto, mas que não abrem mão de serviços", diz Cássio Kineipe, presidente da Aconda (a associação dos condomínios). É esse o caso da advogada Kelly Mesquita, 36, ex-moradora de Guarulhos. Ela optou por construir uma casa no Real Park Arujá -o mais novo condomínio da cidade, lançado em 2008-, após ter sido vítima de um sequestro. "Fui pega dentro do meu carro, na Dutra. Depois disso, quis mais segurança." Mesquita vendeu o apartamento da família por R$ 750 mil e investiu o valor na compra do terreno e na construção da casa, de 330 m². O residencial tem 32 casas prontas e outras 67 em obras. Os 611 lotes estão todos vendidos, afirma o administrador do empreendimento, Carlos Gimenes. "Muita gente compra para investir", diz ele. Um lote de 300 metros quadrados custa a partir de R$ 250 mil. Os serviços de zeladoria e segurança chegam a R$ 461 por mês. A maioria das casas tem pé direito duplo, piscina e até sistema automatizado para aspirar pó e erguer persianas. O contador Paulo Dionísio descobriu Arujá em 1991, mas só conseguiu construir sua casa, no condomínio Arujazinho 5, seis anos depois. O local, com 900 casas, parece um clube: tem piscina aquecida e até uma sala de cinema para 60 lugares. "Há cinco anos também trouxe minha empresa de seguros de São Paulo para cá. Estou completamente instalado em Arujá", afirma. NOVA ONDA Dionísio faz parte de uma outra safra de moradores, que desembarcou na cidade a partir dos anos 1990, conta o corretor Cristiano Diniz, da incorporadora e imobiliária MM Imóveis e Seguros. "Antes disso, as pessoas compravam terrenos e construíam casas aqui para veraneio. Isso mudou com a chegada de empresários." Essa leva de empreendedores também fomentou a construção de um condomínio para indústrias e escritórios, às margens da Dutra. Ainda segundo Diniz, hoje a oferta de terrenos é baixa. O que mantém o mercado aquecido é a revenda de casas prontas. Só no banco de dados da MM Imóveis constam 600 residências, que custam a partir de R$ 900 mil. Entre 2010 e 2015, a cidade cresceu 14% e chegou a 85 mil habitantes. O aumento populacional gerou um impasse. Arujá e Itaquaquecetuba brigam na Justiça pela posse de uma área, no limite entre os municípios, onde estão sendo erguidos quatro condomínios horizontais. O corretor Edson Horta, 58, é um dos afetados pela questão. Morador do Country Club, ele paga dois IPTUs -um para cada cidade. Segundo o prefeito de Arujá, Abel Larini (PR), cerca de 900 lotes estão sob disputa. "É uma questão que já se arrasta há anos. Itaquá questiona, mas quem está prestando os serviços urbanos nessas áreas somos nós." Já para Roberto Kimura, secretário de obras de Itaquaquecetuba, houve um erro na delimitação entre as duas cidades. "Sabemos que ali existe uma área de Itaquaquecetuba. Comprovado isso na Justiça, iremos assumir os serviços na região."
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Bem longe do Facebook, a despedida precoce de uma amiga do 'face a face'
Ela nunca foi minha amiga no Facebook. Até pelo fato de Antonietta Lauria não ter um perfil na rede social nem em outras comunidades desse mundão virtual. Em maio, um amigo comum me enviou uma mensagem privada pelo Messenger para compartilhar uma notícia com o sugestivo título "Para Não Esquecer", datada de 24 de abril de 2014, mas que ele, Moreno Toigo, só então havia escavado na internet. Um trecho nos dizia respeito e confirmava uma suspeita: "Sempre na ótica de valorização e implantação do Arquivo Histórico está a aquisição das cartas de dirigentes da ex-Democracia Cristã e também de arquivos privados (por exemplo, aquele de Antonietta Lauria, jornalista de "Il Manifesto", morta prematuramente). A nota secundária no artigo sobre o Istituto per la Storia della Resistenza e della Società Contemporanea da província de Livorno (Istoreco) confirmava a morte de uma caríssima amiga do "face a face", da vida. No caso de Antonietta Lauria, uma vida extraordinária. A trajetória de uma feminista, ambientalista, ativista de direitos humanos italiana. As várias facetas de uma mulher única, que na virada do século 21 ainda parecia estar voltando a pé de Woodstock, sem pressa de desembarcar em um mundo ao mesmo tempo hiperconectado e cada vez mais individualista. SUL DO MUNDO Anto nasceu no sul da Itália, mas vivia na Toscana, para onde seus pais se mudaram no segundo pós-guerra. Ali, ela encontrou sua turma entre os militantes de esquerda, todos comunistas "graças a Deus". Os rastros de sua trajetória ao longo de 62 anos de vida podem ser seguidos desde a sua morte em pastas de um arquivo público, um lugar que traz em seu nome a palavra que melhor definiu a minha amiga: resistência. Embora não tenha resistido a um câncer de ovário, descoberto já em metástase, Antonietta não era do tipo que se deixava vencer pela tristeza. Desenterrei na minha caixa postal uma de suas últimas mensagens enviadas a mim e a Patrícia Andrade, suas colegas de um curso de pós-graduação em Ciências Políticas na Universidade de Pisa, no agora longínquo 1993 (o ano da "Europa Unida", como canta Jovanotti, em uma das canções que fazem parte da trilha sonora daquele tempo mais que especial). Alguns trechos do e-mail resumem bem quem foi aquela socióloga que tinha a linda mania de ter fé na vida e de acolher a todos com seu sorriso e sua curiosidade em relação ao outro, qualquer que fosse a origem, a cor de pele ou o tamanho da conta bancária. DESPEDIDA EPISTOLAR Sua última mensagem eletrônica datada de 17 de julho de 2009 é, na verdade, uma bela carta de amor e de despedida. No longo e emotivo texto, Antonieta fala do tumor descoberto um ano antes, de morte, mas sobretudo de vida, amizade, esperança e liberdade. É daqueles registros que ficam impregnados nas nossas mentes e corações, que nos fazem rir e chorar a cada releitura. Em um trecho, ela lamenta: "Paradoxo dos paradoxos. Enquanto o planeta se aquece, o homem se esfria", ao se recordar do calor da nossa amizade, uma conexão entre "uma mulher madura do 'mezzogiorno', o sul da Itália, a parte menos desenvolvida da bota", e duas garotas de 23 anos recém-chegadas do Brasil, do sul do mundo. Patrícia e eu estamos lá na memória da "Viagem da sua vida", assim em letras maiúsculas, referindo-se à visita que ela nos fez, quando passamos uma temporada em Paris, após concluirmos o curso na Itália. Uma foto dela feita por uma de nós em Paris enfeita a casa de sua mãe e a reacende na retratada o desejo de colocar o pé na estrada de novo com a gente. "Desejo que possamos nos abraçar novamente!!! E ainda rir e viver felicidade juntas. Amo muito vocês". Antonietta escreveu sobre o calor do sentir, de compartilhar experiências e memórias, de desejar o melhor para quem se ama mesmo quando o universo lhe maltrata. "Espero ainda poder continuar doando a vocês duas a minha felicidade, que se manifesta mesmo agora em meio à tristeza. A vida é isso. O branco e o preto. Noite e dia. Mas enquanto se é capaz de ser feliz ao olhar um céu estrelado, então a vida dentro de nós existe, cresce, e assim, talvez, eu consiga mandar embora toda a tristeza". Dois meses depois de receber a carta, eu fiz uma viagem à Itália para visitar Antonietta. Ela havia se aposentado de um trabalho burocrático nos Correios, em razão da doença. E assim se transferira para a casa herdada dos pais em Casale Marittimo, uma daquelas cidadezinhas de sonho incrustadas entre as colinas toscanas. O vilarejo quase fantasma, com seus 1.067 habitantes, localizado na província de Pisa, abriga o estúdio do badalado fotógrafo Oliviero Toscani, que ganhou fama mundial com a campanha United Collors of Benetton. SET DE FILMAGEM Foi ali que a minha amiga encontrou a tranquilidade e o ar puro para se recuperar da quimioterapia. Ela me recebeu na residência de pedra, em uma ruela que vai dar no antigo castelo. Ocupava apenas dois cômodos, pois o restante havia alugado para a locação de um filme. Dormi no set de filmagens de "La Passione", de Carlo Mazzacurati, protagonizado pelo ator Silvio Orlando. É a história de um diretor em crise que se refugia em uma belo "paesino" nas colinas pisanas com o mar Tirreno como horizonte. A sinopse do longa servia como metáfora do momento de vida de minha amiga, protagonista de uma fuga para se redescobrir no berço da infância, dentro de um cartão-postal, cercada de beleza e silêncio. Tranquilidade quebrada pela trupe cinematográfica e também por mim, que trouxe a Casale Marittimo outros amigos. Moreno Toigo, um outro colega da Universidade de Pisa, e sua mulher, Michela, e os dois filhos, Elia e Cecilia, juntaram-se a nós em um passeio nostálgico e afetuoso. Nos dias seguintes, Antonietta e eu fizemos outros passeios revigorantes, como ir à praia ver o pôr do sol, e caminhadas pelas florestas de pinheiros, que acabavam sempre por nos levar de volta ao mar. A "pineta" era o cenário de outra preciosa recordação: as férias que passamos em um camping, em 1993, quando eu e Patricia fomos convidadas por Antonieta para ser monitoras de um grupo de 40 crianças vindas de Milão para curtir o verão na zona costeira da Maremma toscana. E assim se passaram 16 anos, quando me reencontro com Antonietta debilitada pela doença. O tempo cobrava sua conta. Fragilizada pela quimio, ela fazia esforço para parecer bem fisicamente. Os cabelos cresciam embranquecidos. A melancolia aparecia volta e meia em comentários sobre o passado, os amores, as frustrações. Ela chegou a dizer que estava especialmente feliz por poder me oferecer a distração do set de filmagens. Jantávamos sempre com seus amigos da produtora de cinema, em longas noitadas regadas a vinho, riso e ótimo papo. PESQUISA E PAIXÃO Quantos assuntos para colocar em dia. A intimidade não se perdera. Antonietta me mostrava seus apontamentos (escrevia compulsivamente, desde que a doença avançara), rememorava paixões e passagens ricas e dolorosas de sua vida. Uma delas foi a longa pesquisa no presidio da ilha de Elba, famosa por ter sido destino de Napoleão Bonaparte durante um curto e histórico exílio. Os presos políticos no cárcere em um forte da ilha eram o tema central da tese de graduação de Antonietta. Ela levaria quase duas décadas para finalizar o estudo, pois o trabalho acadêmico se converteu em chave para sua entrada na prisão que abrigava um dos seus grandes amores. Presa literalmente naquela paixão, a estudante de sociologia escreveu páginas e páginas de um futuro livro, nunca publicado, um vasto material que ela queria que eu levasse comigo para o Brasil. Caixas e caixas de manuscritos, que ela se dizia incapaz de organizar pelo sem número de emoções que suscitava a cada mergulho. "Esse é um presente que quero te dar", disse-me ela, emocionada. Eu respondi: "Não posso levar suas anotações comigo. É você quem vai escrever esse livro, tenho certeza". Não tinha. E cada vez que tentava sem sucesso saber o motivo do longo silêncio de Antonietta nos últimos quatro anos, eu me penitenciava por não ter trazido comigo aquele tesouro. Receber a confirmação da morte dela era algo esperado a qualquer momento. O surpreendente foi receber a notícia fúnebre em um artigo que ao mesmo tempo me dava pistas de onde seus arquivos pessoais estavam guardados. Era uma mensagem do universo para que eu "buscasse" o meu presente e fizesse a autora dos manuscritos renascer na minha escrita. Seria o meu presente para Antonietta, a minha amiga que lia "Il Manifesto" (para o qual colaborava) e circulava em um Citroën caindo aos pedaços que rodava há mais de quatro décadas. Era com o ele que a gente ia para a praia ou aos círculos culturais frequentados por intelectuais e imigrantes, naquela época chamados de "extra-comunitários", vindos de fora da Comunidade Europeia. Espaços que reuniam africanos, árabes e refugiados do leste europeu. Locais que Antonietta e sua turma ajudavam a manter como ponto de encontro da diversidade e da solidariedade, numa Europa que começava a viver a pressão migratória que ganhou contornos de diáspora de refugiados. PASSADO E FUTURO Ao garimpar as últimas mensagens trocadas por nós duas, eu me deparei com um e-mail de Patrícia, logo após o meu retorno daquela viagem sentimental à Toscana para visitar nossa amiga, no qual ela resumiu o impacto de ver que Antonietta estava se despedindo da vida. "Para mim, uma grande lição foi reforçada: a de que a maior sabedoria da existência humana é estar presente no presente, com força, coragem, doçura e, acima de tudo, generosidade diante da vida e da história que construímos cotidianamente." Antonietta é parte de um passado que se fez presente. Este é o primeiro capítulo de memórias, minhas, delas e nossas, que preciso resgatar em outra viagem à Toscana, ainda sem data marcada. Até breve, minha amiga. Desta vez, nosso encontro será entre as folhas amareladas de cadernos que resumem uma vida extraordinária.
colunas
Bem longe do Facebook, a despedida precoce de uma amiga do 'face a face'Ela nunca foi minha amiga no Facebook. Até pelo fato de Antonietta Lauria não ter um perfil na rede social nem em outras comunidades desse mundão virtual. Em maio, um amigo comum me enviou uma mensagem privada pelo Messenger para compartilhar uma notícia com o sugestivo título "Para Não Esquecer", datada de 24 de abril de 2014, mas que ele, Moreno Toigo, só então havia escavado na internet. Um trecho nos dizia respeito e confirmava uma suspeita: "Sempre na ótica de valorização e implantação do Arquivo Histórico está a aquisição das cartas de dirigentes da ex-Democracia Cristã e também de arquivos privados (por exemplo, aquele de Antonietta Lauria, jornalista de "Il Manifesto", morta prematuramente). A nota secundária no artigo sobre o Istituto per la Storia della Resistenza e della Società Contemporanea da província de Livorno (Istoreco) confirmava a morte de uma caríssima amiga do "face a face", da vida. No caso de Antonietta Lauria, uma vida extraordinária. A trajetória de uma feminista, ambientalista, ativista de direitos humanos italiana. As várias facetas de uma mulher única, que na virada do século 21 ainda parecia estar voltando a pé de Woodstock, sem pressa de desembarcar em um mundo ao mesmo tempo hiperconectado e cada vez mais individualista. SUL DO MUNDO Anto nasceu no sul da Itália, mas vivia na Toscana, para onde seus pais se mudaram no segundo pós-guerra. Ali, ela encontrou sua turma entre os militantes de esquerda, todos comunistas "graças a Deus". Os rastros de sua trajetória ao longo de 62 anos de vida podem ser seguidos desde a sua morte em pastas de um arquivo público, um lugar que traz em seu nome a palavra que melhor definiu a minha amiga: resistência. Embora não tenha resistido a um câncer de ovário, descoberto já em metástase, Antonietta não era do tipo que se deixava vencer pela tristeza. Desenterrei na minha caixa postal uma de suas últimas mensagens enviadas a mim e a Patrícia Andrade, suas colegas de um curso de pós-graduação em Ciências Políticas na Universidade de Pisa, no agora longínquo 1993 (o ano da "Europa Unida", como canta Jovanotti, em uma das canções que fazem parte da trilha sonora daquele tempo mais que especial). Alguns trechos do e-mail resumem bem quem foi aquela socióloga que tinha a linda mania de ter fé na vida e de acolher a todos com seu sorriso e sua curiosidade em relação ao outro, qualquer que fosse a origem, a cor de pele ou o tamanho da conta bancária. DESPEDIDA EPISTOLAR Sua última mensagem eletrônica datada de 17 de julho de 2009 é, na verdade, uma bela carta de amor e de despedida. No longo e emotivo texto, Antonieta fala do tumor descoberto um ano antes, de morte, mas sobretudo de vida, amizade, esperança e liberdade. É daqueles registros que ficam impregnados nas nossas mentes e corações, que nos fazem rir e chorar a cada releitura. Em um trecho, ela lamenta: "Paradoxo dos paradoxos. Enquanto o planeta se aquece, o homem se esfria", ao se recordar do calor da nossa amizade, uma conexão entre "uma mulher madura do 'mezzogiorno', o sul da Itália, a parte menos desenvolvida da bota", e duas garotas de 23 anos recém-chegadas do Brasil, do sul do mundo. Patrícia e eu estamos lá na memória da "Viagem da sua vida", assim em letras maiúsculas, referindo-se à visita que ela nos fez, quando passamos uma temporada em Paris, após concluirmos o curso na Itália. Uma foto dela feita por uma de nós em Paris enfeita a casa de sua mãe e a reacende na retratada o desejo de colocar o pé na estrada de novo com a gente. "Desejo que possamos nos abraçar novamente!!! E ainda rir e viver felicidade juntas. Amo muito vocês". Antonietta escreveu sobre o calor do sentir, de compartilhar experiências e memórias, de desejar o melhor para quem se ama mesmo quando o universo lhe maltrata. "Espero ainda poder continuar doando a vocês duas a minha felicidade, que se manifesta mesmo agora em meio à tristeza. A vida é isso. O branco e o preto. Noite e dia. Mas enquanto se é capaz de ser feliz ao olhar um céu estrelado, então a vida dentro de nós existe, cresce, e assim, talvez, eu consiga mandar embora toda a tristeza". Dois meses depois de receber a carta, eu fiz uma viagem à Itália para visitar Antonietta. Ela havia se aposentado de um trabalho burocrático nos Correios, em razão da doença. E assim se transferira para a casa herdada dos pais em Casale Marittimo, uma daquelas cidadezinhas de sonho incrustadas entre as colinas toscanas. O vilarejo quase fantasma, com seus 1.067 habitantes, localizado na província de Pisa, abriga o estúdio do badalado fotógrafo Oliviero Toscani, que ganhou fama mundial com a campanha United Collors of Benetton. SET DE FILMAGEM Foi ali que a minha amiga encontrou a tranquilidade e o ar puro para se recuperar da quimioterapia. Ela me recebeu na residência de pedra, em uma ruela que vai dar no antigo castelo. Ocupava apenas dois cômodos, pois o restante havia alugado para a locação de um filme. Dormi no set de filmagens de "La Passione", de Carlo Mazzacurati, protagonizado pelo ator Silvio Orlando. É a história de um diretor em crise que se refugia em uma belo "paesino" nas colinas pisanas com o mar Tirreno como horizonte. A sinopse do longa servia como metáfora do momento de vida de minha amiga, protagonista de uma fuga para se redescobrir no berço da infância, dentro de um cartão-postal, cercada de beleza e silêncio. Tranquilidade quebrada pela trupe cinematográfica e também por mim, que trouxe a Casale Marittimo outros amigos. Moreno Toigo, um outro colega da Universidade de Pisa, e sua mulher, Michela, e os dois filhos, Elia e Cecilia, juntaram-se a nós em um passeio nostálgico e afetuoso. Nos dias seguintes, Antonietta e eu fizemos outros passeios revigorantes, como ir à praia ver o pôr do sol, e caminhadas pelas florestas de pinheiros, que acabavam sempre por nos levar de volta ao mar. A "pineta" era o cenário de outra preciosa recordação: as férias que passamos em um camping, em 1993, quando eu e Patricia fomos convidadas por Antonieta para ser monitoras de um grupo de 40 crianças vindas de Milão para curtir o verão na zona costeira da Maremma toscana. E assim se passaram 16 anos, quando me reencontro com Antonietta debilitada pela doença. O tempo cobrava sua conta. Fragilizada pela quimio, ela fazia esforço para parecer bem fisicamente. Os cabelos cresciam embranquecidos. A melancolia aparecia volta e meia em comentários sobre o passado, os amores, as frustrações. Ela chegou a dizer que estava especialmente feliz por poder me oferecer a distração do set de filmagens. Jantávamos sempre com seus amigos da produtora de cinema, em longas noitadas regadas a vinho, riso e ótimo papo. PESQUISA E PAIXÃO Quantos assuntos para colocar em dia. A intimidade não se perdera. Antonietta me mostrava seus apontamentos (escrevia compulsivamente, desde que a doença avançara), rememorava paixões e passagens ricas e dolorosas de sua vida. Uma delas foi a longa pesquisa no presidio da ilha de Elba, famosa por ter sido destino de Napoleão Bonaparte durante um curto e histórico exílio. Os presos políticos no cárcere em um forte da ilha eram o tema central da tese de graduação de Antonietta. Ela levaria quase duas décadas para finalizar o estudo, pois o trabalho acadêmico se converteu em chave para sua entrada na prisão que abrigava um dos seus grandes amores. Presa literalmente naquela paixão, a estudante de sociologia escreveu páginas e páginas de um futuro livro, nunca publicado, um vasto material que ela queria que eu levasse comigo para o Brasil. Caixas e caixas de manuscritos, que ela se dizia incapaz de organizar pelo sem número de emoções que suscitava a cada mergulho. "Esse é um presente que quero te dar", disse-me ela, emocionada. Eu respondi: "Não posso levar suas anotações comigo. É você quem vai escrever esse livro, tenho certeza". Não tinha. E cada vez que tentava sem sucesso saber o motivo do longo silêncio de Antonietta nos últimos quatro anos, eu me penitenciava por não ter trazido comigo aquele tesouro. Receber a confirmação da morte dela era algo esperado a qualquer momento. O surpreendente foi receber a notícia fúnebre em um artigo que ao mesmo tempo me dava pistas de onde seus arquivos pessoais estavam guardados. Era uma mensagem do universo para que eu "buscasse" o meu presente e fizesse a autora dos manuscritos renascer na minha escrita. Seria o meu presente para Antonietta, a minha amiga que lia "Il Manifesto" (para o qual colaborava) e circulava em um Citroën caindo aos pedaços que rodava há mais de quatro décadas. Era com o ele que a gente ia para a praia ou aos círculos culturais frequentados por intelectuais e imigrantes, naquela época chamados de "extra-comunitários", vindos de fora da Comunidade Europeia. Espaços que reuniam africanos, árabes e refugiados do leste europeu. Locais que Antonietta e sua turma ajudavam a manter como ponto de encontro da diversidade e da solidariedade, numa Europa que começava a viver a pressão migratória que ganhou contornos de diáspora de refugiados. PASSADO E FUTURO Ao garimpar as últimas mensagens trocadas por nós duas, eu me deparei com um e-mail de Patrícia, logo após o meu retorno daquela viagem sentimental à Toscana para visitar nossa amiga, no qual ela resumiu o impacto de ver que Antonietta estava se despedindo da vida. "Para mim, uma grande lição foi reforçada: a de que a maior sabedoria da existência humana é estar presente no presente, com força, coragem, doçura e, acima de tudo, generosidade diante da vida e da história que construímos cotidianamente." Antonietta é parte de um passado que se fez presente. Este é o primeiro capítulo de memórias, minhas, delas e nossas, que preciso resgatar em outra viagem à Toscana, ainda sem data marcada. Até breve, minha amiga. Desta vez, nosso encontro será entre as folhas amareladas de cadernos que resumem uma vida extraordinária.
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Biblioteca Nacional argentina será presidida por discípulo de Borges
Quando era adolescente, Alberto Manguel, 68, trabalhou na livraria Pygmalion, na avenida Corrientes, em Buenos Aires, dedicada a títulos em idiomas estrangeiros. Filho de pai diplomata, Manguel nascera na Argentina, mas passara a infância no exterior e, portanto, falava inglês fluentemente. Não demorou muito para ser descoberto pelo mais famoso frequentador do espaço, o escritor Jorge Luis Borges (1899-1986). Naquela época, o autor de "O Aleph" já vinha perdendo a visão, e então convocou aquele livreiro jovem, culto e bilíngue para ler para ele, em voz alta, os clássicos em inglês que ele já não podia revisitar sozinho. A experiência marcaria o rapaz para o resto da vida. Manguel se transformaria em autor, professor e bibliófilo. Como num enredo literário, os destinos de Manguel e Borges voltam a se entrecruzar. Em julho, Manguel assumirá o posto que foi de seu mestre no passado: o comando da Biblioteca Nacional argentina. Borges foi diretor da instituição de 1955 até 1973. O acaso poético traz alegrias e desafios ao autor de "A Biblioteca à Noite", "Uma História da Leitura" e coautor do "Dicionário de Lugares Imaginários" (todos lançados aqui pela Companhia das Letras). Primeiro, será um retorno à Argentina desse intelectual que, pouco antes da ditadura, migrou para o exterior, naturalizou-se canadense, radicou-se na França e passou a dar aulas em universidades dos EUA. "Voltar a Buenos Aires é estranho. Quando alguém deixa um lugar no qual aconteceram coisas importantes -no caso, minha adolescência-, esse lugar vira, na memória, um cenário que vai se modificando para acomodar as lembranças que vamos fabricando para nos consolarmos de estarmos longe. Vamos mudando tanto essa geografia, do mesmo modo como mudamos a cara de uma pessoa que no passado amamos e já não vemos há tempos, que, quando voltamos a encontrá-la, já não a reconhecemos. Sinto que não volto para a minha Buenos Aires, mas, sim, a uma nova cidade, que devo descobrir e aprender a amar", disse Manguel à Folha. Já o desafio fica por conta do clima político em que Manguel assume a principal biblioteca do país, maior órgão cultural da Argentina e que, durante o kirchnerismo, abrigou os intelectuais que apoiavam a presidente Cristina Kirchner, o chamado grupo Carta Abierta. Ao assumir a governo, em dezembro de 2015, o novo mandatário, Mauricio Macri, com o objetivo de "desideologizar" o aparato cultural, promoveu uma série de demissões em instituições geridas pelo Estado. A Biblioteca foi um dos alvos mais atingidos, com mais de 200 demissões. Foi por isso que, há três semanas, quando Manguel viajou a Buenos Aires para participar da Feria Internacional del Libro, espantou-se com os protestos dos ex-funcionários, orquestrados com as manifestações de outros demitidos pelo Estado, contra o presidente Macri. "Sob minha direção, a Biblioteca não alojará nenhuma entidade política-cultural específica", afirmou. A resposta sobre como enfrentar o ambiente a princípio hostil à sua chegada, como um indicado de Macri, Manguel ainda não possui. "O futuro dirá." Em meio a críticas e protestos, Manguel se refugiou na literatura, e em seu discurso na Feira do Livro falou do legado de Miguel de Cervantes, cujos 400 anos da morte são celebrados neste ano. "Temos muito que aprender com Dom Quixote, que não era um leitor encerrado em seu quarto. Saiu ao mundo para colocar em ação o que os livros tinham lhe ensinado. Precisamos de mais intelectuais curiosos e ativos como ele." BRASIL Uma das boas notícias é que a mudança fará com que Manguel se aproxime mais do Brasil. Seu novo livro, "Una Historia Natural de la Curiosidad", será lançado pela Companhia das Letras em agosto, quando o autor virá ao país para participar do aniversário de 30 anos da editora. Além disso, segundo ele, o fortalecimento da relação da Biblioteca Nacional argentina com as da América Latina será sua prioridade. "Queremos nos aproximar das estrangeiras. Com a do Rio [Biblioteca Nacional] já temos um acordo, mas quero aprofundá-lo, e também estabelecer um vínculo com o Instituto Moreira Salles", contou. Apesar de ser um escritor muito ligado ao mercado editorial nos EUA e na América Latina, e um bibliófilo obsessivo -possui uma biblioteca particular de 40 mil títulos, na casa onde viveu muitos anos no vilarejo de Mondion, no interior da França-, Manguel crê que uma biblioteca tem de mostra que sua responsabilidade é bem distinta da lógica da indústria cultural. "Uma biblioteca pública deve ser inclusiva e seguir o modelo da biblioteca de Alexandria. Uma editora é um comércio, uma biblioteca é um repositório da memória." Questionado sobre a intensa relação da Argentina com a leitura, que na proporção de títulos lançados e livros lidos por habitante é maior do que a de países mais populosos da América Latina, como Brasil e México, Manguel aponta para a história do país para oferecer a resposta. "A Argentina foi um local que atraiu intelectuais em vários tempos, fugidos de guerras ou crises econômicas e sociais de distintos países. Herdamos grandes leitores da França e da Itália no fim do século 19, judeus europeus durante o terror nazista da Segunda Guerra (1939-1945), refugiados espanhóis da Guerra Civil naquele país (1936-1939). E muitos desses imigrantes fundaram editoras ou abriram livrarias. Obviamente, durante a ditadura militar (1976-1983), muito desse trabalho foi destruído, mas, ainda assim, o leitorado argentino de hoje deve muito aos que vieram a esse país buscando refúgio no passado." Mesmo assumindo a biblioteca, Manguel seguirá dando aulas em Princeton e em Columbia, "portanto creio que vou ter de aprender a escrever em aviões, ficarei por um bom tempo viajando entre Buenos Aires e Nova York." Para o apartamento na capital argentina que está alugando com as ajuda das irmãs, levará poucos livros. Basicamente, "uma 'Divina Comédia' edição de bolso que sempre levo comigo e um volume de Rudyard Kipling (o romance "Stalky & Co") que Borges me deu de presente. É o mesmo volume que ele leu quando era adolescente". E o resto de sua imensa biblioteca pessoal? "Ficou em caixas, num depósito, na França, aguardando o dia de sua ressurreição."
ilustrada
Biblioteca Nacional argentina será presidida por discípulo de BorgesQuando era adolescente, Alberto Manguel, 68, trabalhou na livraria Pygmalion, na avenida Corrientes, em Buenos Aires, dedicada a títulos em idiomas estrangeiros. Filho de pai diplomata, Manguel nascera na Argentina, mas passara a infância no exterior e, portanto, falava inglês fluentemente. Não demorou muito para ser descoberto pelo mais famoso frequentador do espaço, o escritor Jorge Luis Borges (1899-1986). Naquela época, o autor de "O Aleph" já vinha perdendo a visão, e então convocou aquele livreiro jovem, culto e bilíngue para ler para ele, em voz alta, os clássicos em inglês que ele já não podia revisitar sozinho. A experiência marcaria o rapaz para o resto da vida. Manguel se transformaria em autor, professor e bibliófilo. Como num enredo literário, os destinos de Manguel e Borges voltam a se entrecruzar. Em julho, Manguel assumirá o posto que foi de seu mestre no passado: o comando da Biblioteca Nacional argentina. Borges foi diretor da instituição de 1955 até 1973. O acaso poético traz alegrias e desafios ao autor de "A Biblioteca à Noite", "Uma História da Leitura" e coautor do "Dicionário de Lugares Imaginários" (todos lançados aqui pela Companhia das Letras). Primeiro, será um retorno à Argentina desse intelectual que, pouco antes da ditadura, migrou para o exterior, naturalizou-se canadense, radicou-se na França e passou a dar aulas em universidades dos EUA. "Voltar a Buenos Aires é estranho. Quando alguém deixa um lugar no qual aconteceram coisas importantes -no caso, minha adolescência-, esse lugar vira, na memória, um cenário que vai se modificando para acomodar as lembranças que vamos fabricando para nos consolarmos de estarmos longe. Vamos mudando tanto essa geografia, do mesmo modo como mudamos a cara de uma pessoa que no passado amamos e já não vemos há tempos, que, quando voltamos a encontrá-la, já não a reconhecemos. Sinto que não volto para a minha Buenos Aires, mas, sim, a uma nova cidade, que devo descobrir e aprender a amar", disse Manguel à Folha. Já o desafio fica por conta do clima político em que Manguel assume a principal biblioteca do país, maior órgão cultural da Argentina e que, durante o kirchnerismo, abrigou os intelectuais que apoiavam a presidente Cristina Kirchner, o chamado grupo Carta Abierta. Ao assumir a governo, em dezembro de 2015, o novo mandatário, Mauricio Macri, com o objetivo de "desideologizar" o aparato cultural, promoveu uma série de demissões em instituições geridas pelo Estado. A Biblioteca foi um dos alvos mais atingidos, com mais de 200 demissões. Foi por isso que, há três semanas, quando Manguel viajou a Buenos Aires para participar da Feria Internacional del Libro, espantou-se com os protestos dos ex-funcionários, orquestrados com as manifestações de outros demitidos pelo Estado, contra o presidente Macri. "Sob minha direção, a Biblioteca não alojará nenhuma entidade política-cultural específica", afirmou. A resposta sobre como enfrentar o ambiente a princípio hostil à sua chegada, como um indicado de Macri, Manguel ainda não possui. "O futuro dirá." Em meio a críticas e protestos, Manguel se refugiou na literatura, e em seu discurso na Feira do Livro falou do legado de Miguel de Cervantes, cujos 400 anos da morte são celebrados neste ano. "Temos muito que aprender com Dom Quixote, que não era um leitor encerrado em seu quarto. Saiu ao mundo para colocar em ação o que os livros tinham lhe ensinado. Precisamos de mais intelectuais curiosos e ativos como ele." BRASIL Uma das boas notícias é que a mudança fará com que Manguel se aproxime mais do Brasil. Seu novo livro, "Una Historia Natural de la Curiosidad", será lançado pela Companhia das Letras em agosto, quando o autor virá ao país para participar do aniversário de 30 anos da editora. Além disso, segundo ele, o fortalecimento da relação da Biblioteca Nacional argentina com as da América Latina será sua prioridade. "Queremos nos aproximar das estrangeiras. Com a do Rio [Biblioteca Nacional] já temos um acordo, mas quero aprofundá-lo, e também estabelecer um vínculo com o Instituto Moreira Salles", contou. Apesar de ser um escritor muito ligado ao mercado editorial nos EUA e na América Latina, e um bibliófilo obsessivo -possui uma biblioteca particular de 40 mil títulos, na casa onde viveu muitos anos no vilarejo de Mondion, no interior da França-, Manguel crê que uma biblioteca tem de mostra que sua responsabilidade é bem distinta da lógica da indústria cultural. "Uma biblioteca pública deve ser inclusiva e seguir o modelo da biblioteca de Alexandria. Uma editora é um comércio, uma biblioteca é um repositório da memória." Questionado sobre a intensa relação da Argentina com a leitura, que na proporção de títulos lançados e livros lidos por habitante é maior do que a de países mais populosos da América Latina, como Brasil e México, Manguel aponta para a história do país para oferecer a resposta. "A Argentina foi um local que atraiu intelectuais em vários tempos, fugidos de guerras ou crises econômicas e sociais de distintos países. Herdamos grandes leitores da França e da Itália no fim do século 19, judeus europeus durante o terror nazista da Segunda Guerra (1939-1945), refugiados espanhóis da Guerra Civil naquele país (1936-1939). E muitos desses imigrantes fundaram editoras ou abriram livrarias. Obviamente, durante a ditadura militar (1976-1983), muito desse trabalho foi destruído, mas, ainda assim, o leitorado argentino de hoje deve muito aos que vieram a esse país buscando refúgio no passado." Mesmo assumindo a biblioteca, Manguel seguirá dando aulas em Princeton e em Columbia, "portanto creio que vou ter de aprender a escrever em aviões, ficarei por um bom tempo viajando entre Buenos Aires e Nova York." Para o apartamento na capital argentina que está alugando com as ajuda das irmãs, levará poucos livros. Basicamente, "uma 'Divina Comédia' edição de bolso que sempre levo comigo e um volume de Rudyard Kipling (o romance "Stalky & Co") que Borges me deu de presente. É o mesmo volume que ele leu quando era adolescente". E o resto de sua imensa biblioteca pessoal? "Ficou em caixas, num depósito, na França, aguardando o dia de sua ressurreição."
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Pizzaria Bráz organiza festival com receitas de celebrada casa de NY
A partir desta terça-feira (29) a pizzaria Bráz vai oferecer cinco receitas da Roberta's, uma das melhores pizzarias de Nova York, no festival Bráz Fora de Série - Do Brás ao Brooklyn. A ideia é reproduzir fielmente as receitas do chef Carlo Mirarchi e do mestre pizzaiolo Anthony Falco, desde a preparação da massa de fermentação natural até o desenvolvimento dos ingredientes. Aqui as pizzas mais pedidas no Roberta's receberão novos nomes, que homenageiam a imigração italiana em São Paulo, como a "Hospedaria dos imigrantes" –com calabresa em flocos, mozarela, sopressata picante fatiada e fio de mel– ou a "Mercadão" –com cogumelos, mozarela fresca, speck (um tipo de presunto cru) e cebola roxa. Outras receitas que serão servidas são a "Regoli, Crespi & Co.", com calabresa em flocos, massa de calabresa com páprica, alho fatiado, parmesão, cebola roxa e manjericão; a "Nossa Senhora Achiropita", de três queijos (mozarela, parmesão grana padano e caciocavallo) com toque de pimenta calabresa; e a Roberta's, feita com mozarela, parmesão grana padano, cebola roxa, alho fatiado e pimenta dedo-de-moça. Todas as pizzas custarão R$ 79. O evento, que engloba todas as unidades da Bráz, termina no dia 31 de outubro. No ano passado, a edição do Bráz Fora de Série elaborou pizzas com ingredientes exclusivos, selecionados pela pizzaria e reproduzidos por imigrantes italianos radicados no Brasil. Bráz Fora de Série - do Brás ao Brooklyn Quando de 29 de setembro a 31 de outubro Onde unidades da Bráz; brazpizzaria.com.br Quanto R$ 79 (cada pizza)
comida
Pizzaria Bráz organiza festival com receitas de celebrada casa de NYA partir desta terça-feira (29) a pizzaria Bráz vai oferecer cinco receitas da Roberta's, uma das melhores pizzarias de Nova York, no festival Bráz Fora de Série - Do Brás ao Brooklyn. A ideia é reproduzir fielmente as receitas do chef Carlo Mirarchi e do mestre pizzaiolo Anthony Falco, desde a preparação da massa de fermentação natural até o desenvolvimento dos ingredientes. Aqui as pizzas mais pedidas no Roberta's receberão novos nomes, que homenageiam a imigração italiana em São Paulo, como a "Hospedaria dos imigrantes" –com calabresa em flocos, mozarela, sopressata picante fatiada e fio de mel– ou a "Mercadão" –com cogumelos, mozarela fresca, speck (um tipo de presunto cru) e cebola roxa. Outras receitas que serão servidas são a "Regoli, Crespi & Co.", com calabresa em flocos, massa de calabresa com páprica, alho fatiado, parmesão, cebola roxa e manjericão; a "Nossa Senhora Achiropita", de três queijos (mozarela, parmesão grana padano e caciocavallo) com toque de pimenta calabresa; e a Roberta's, feita com mozarela, parmesão grana padano, cebola roxa, alho fatiado e pimenta dedo-de-moça. Todas as pizzas custarão R$ 79. O evento, que engloba todas as unidades da Bráz, termina no dia 31 de outubro. No ano passado, a edição do Bráz Fora de Série elaborou pizzas com ingredientes exclusivos, selecionados pela pizzaria e reproduzidos por imigrantes italianos radicados no Brasil. Bráz Fora de Série - do Brás ao Brooklyn Quando de 29 de setembro a 31 de outubro Onde unidades da Bráz; brazpizzaria.com.br Quanto R$ 79 (cada pizza)
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Rosely Sayão mostra que crianças estão à deriva, diz inspetor de alunos
As crianças estão mesmo à deriva. Rosely Sayão expõe um problema cada vez mais preocupante (Admirável mundo das crianças). A culpa é principalmente dos pais, que não sabem diferenciar educação de ensino. Eles devem ser o porto seguro para as crianças, mas infelizmente deixam os pequenos à deriva num oceano de babás eletrônicas. Sou inspetor de alunos em escola municipal e percebo na pele crianças navegando sem âncoras, sem lemes, sem capitão, isto é, sem noção nenhuma de boa educação de casa, sem respeito, sem freio. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Rosely Sayão mostra que crianças estão à deriva, diz inspetor de alunosAs crianças estão mesmo à deriva. Rosely Sayão expõe um problema cada vez mais preocupante (Admirável mundo das crianças). A culpa é principalmente dos pais, que não sabem diferenciar educação de ensino. Eles devem ser o porto seguro para as crianças, mas infelizmente deixam os pequenos à deriva num oceano de babás eletrônicas. Sou inspetor de alunos em escola municipal e percebo na pele crianças navegando sem âncoras, sem lemes, sem capitão, isto é, sem noção nenhuma de boa educação de casa, sem respeito, sem freio. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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De volta ao topo, Messi é eleito o melhor do mundo pela quinta vez
O argentino Lionel Messi foi eleito o melhor jogador do mundo em 2015. O atacante de 28 anos conquistou a sua quinta Bola de Ouro, premiação dada pela Fifa, nesta segunda (11), em Zurique, na Suíça. Com 41,33% dos votos, Messi desbancou o português Cristiano Ronaldo, que havia vencido as últimas duas edições do prêmio e teve 27,76% dos votos na atual. "É incrível que seja o quinto. Era o que sonhava desde pequeno. Quero agradecer a quem votou em mim, sem meus companheiros não seria possível. Quero agradecer ao futebol por tudo que me permitiu viver, importante para crescer e aprender durante toda a vida", disse o argentino. Neymar, que pela primeira vez chegou à final da premiação, acabou em terceiro, com 7,86%. Além do atacante do Barcelona, outros brasileiros estiveram em evidência no prêmio. Kaká, atualmente no Orlando City (EUA) e último representante do país a ganhar a Bola de Ouro, em 2007, foi o responsável por anunciar o nome de Messi como vencedor. O goiano Wendell Lira, do Vila Nova, ficou com o prêmio Puskás, dado ao gol mais bonito. O ANO DE MESSI O ano de 2015 do craque do Barcelona foi marcado principalmente por títulos. Ele faturou o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei da Espanha, a Liga dos Campeões da Europa, a Supercopa Europeia e o Mundial de Clubes da Fifa. Individualmente, Messi também não deixou a desejar. O argentino foi considerado o melhor jogador pela UEFA (federação europeia), o jogador do ano pela Globe Soccer Awards, foi o artilheiro da Liga dos Campeões com 10 gols, ao lado de Cristiano Ronaldo e Neymar, e líder em assistências do Campeonato Espanhol, com 18 passes para gol. Números dos melhores do mundo - Temporada 2015 Pela seleção argentina, porém, o jogador ainda não conseguiu se consagrar. Ele chegou a ser bastante criticado em seu país após o vice-campeonato da Copa América, em julho, quando a Argentina perdeu para o Chile na final. O ano também poderia ter sido melhor se não fosse uma lesão no ligamento colateral interno do joelho esquerdo, em setembro, que o tirou por quase dois meses dos gramados. Messi se isola ainda mais no número de Bolas de Ouro conquistadas. Com os troféus de 2009, 2010, 2011, 2012 e agora 2015, o argentino já tem duas a mais que Cristiano Ronaldo, que poderia igualar caso vencesse a disputa desta segunda –o português ganhou em 2008, 2013 e 2014. FEMININO Entre as mulheres, a americana Carli Lloyd ganhou o prêmio de melhor jogadora do ano com 35,28% dos votos, superando a alemã Celia Sasic (12,60%) e a japonesa Aya Miyama (9,88%). Em 2015, a atleta fez três gols em 16 minutos na final da Copa do Mundo disputada no Canadá e foi eleita a melhor atleta da competição TÉCNICO O técnico do Barcelona, Luis Enrique, foi escolhido o melhor treinador do ano. Ele chegou ao clube na metade de 2014 e esteve no comando durante todas as conquistas da equipe na última temporada. Luis Enrique não compareceu à cerimônia e foi representado pelo secretário técnico do Barcelona, Robert Fernández. Com 31,08% dos votos, ele superou Pep Guardiola (22,97%), treinador do Bayern de Munique, e Jorge Sampaoli (9,47%), que comanda a seleção chilena. SELEÇÃO Com quatro brasileiros, a FIFA também premiou a seleção do ano. Neymar e Daniel Alves, do Barcelona, Marcelo, do Real Madrid, e Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, foram os representantes do país. O time ideal da entidade é formado por: Manuel Neuer, Daniel Alves, Thiago Silva, Sergio Ramos e Marcelo; Iniesta, Modric e Pogba; Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo. Lista dos melhores jogadores do mundo eleitos pela Fifa 2015 - Lionel Messi - Argentina 2014 - Cristiano Ronaldo - Portugal 2013 - Cristiano Ronaldo - Portugal 2012 - Lionel Messi - Argentina 2011 - Lionel Messi - Argentina 2010- Lionel Messi - Argentina 2009 - Lionel Messi - Argentina 2008 - Cristiano Ronaldo - Portugal 2007 - Kaka - Milan - Brasil 2006 - Fabio Cannavaro - Itália 2005 - Ronaldinho - Brasil 2004 - Ronaldinho - Brasil 2003 - Zinédine Zidane - França 2002 - Ronaldo - Brasil 2001 - Luís Figo - Portugal 2000 - Zinédine Zidane - França 1999 - Rivaldo - Brasil 1998 - Zinédine Zidane - França 1997 - Ronaldo - Brasil 1996 - Ronaldo - Brasil 1996 - George Weah - Libéria 1994 - Romário - Brasil 1993 - Roberto Baggio - Itália 1992 - Marco Van Basten - Holanda 1991 - Lothar Matthäus - Alemanha
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De volta ao topo, Messi é eleito o melhor do mundo pela quinta vezO argentino Lionel Messi foi eleito o melhor jogador do mundo em 2015. O atacante de 28 anos conquistou a sua quinta Bola de Ouro, premiação dada pela Fifa, nesta segunda (11), em Zurique, na Suíça. Com 41,33% dos votos, Messi desbancou o português Cristiano Ronaldo, que havia vencido as últimas duas edições do prêmio e teve 27,76% dos votos na atual. "É incrível que seja o quinto. Era o que sonhava desde pequeno. Quero agradecer a quem votou em mim, sem meus companheiros não seria possível. Quero agradecer ao futebol por tudo que me permitiu viver, importante para crescer e aprender durante toda a vida", disse o argentino. Neymar, que pela primeira vez chegou à final da premiação, acabou em terceiro, com 7,86%. Além do atacante do Barcelona, outros brasileiros estiveram em evidência no prêmio. Kaká, atualmente no Orlando City (EUA) e último representante do país a ganhar a Bola de Ouro, em 2007, foi o responsável por anunciar o nome de Messi como vencedor. O goiano Wendell Lira, do Vila Nova, ficou com o prêmio Puskás, dado ao gol mais bonito. O ANO DE MESSI O ano de 2015 do craque do Barcelona foi marcado principalmente por títulos. Ele faturou o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei da Espanha, a Liga dos Campeões da Europa, a Supercopa Europeia e o Mundial de Clubes da Fifa. Individualmente, Messi também não deixou a desejar. O argentino foi considerado o melhor jogador pela UEFA (federação europeia), o jogador do ano pela Globe Soccer Awards, foi o artilheiro da Liga dos Campeões com 10 gols, ao lado de Cristiano Ronaldo e Neymar, e líder em assistências do Campeonato Espanhol, com 18 passes para gol. Números dos melhores do mundo - Temporada 2015 Pela seleção argentina, porém, o jogador ainda não conseguiu se consagrar. Ele chegou a ser bastante criticado em seu país após o vice-campeonato da Copa América, em julho, quando a Argentina perdeu para o Chile na final. O ano também poderia ter sido melhor se não fosse uma lesão no ligamento colateral interno do joelho esquerdo, em setembro, que o tirou por quase dois meses dos gramados. Messi se isola ainda mais no número de Bolas de Ouro conquistadas. Com os troféus de 2009, 2010, 2011, 2012 e agora 2015, o argentino já tem duas a mais que Cristiano Ronaldo, que poderia igualar caso vencesse a disputa desta segunda –o português ganhou em 2008, 2013 e 2014. FEMININO Entre as mulheres, a americana Carli Lloyd ganhou o prêmio de melhor jogadora do ano com 35,28% dos votos, superando a alemã Celia Sasic (12,60%) e a japonesa Aya Miyama (9,88%). Em 2015, a atleta fez três gols em 16 minutos na final da Copa do Mundo disputada no Canadá e foi eleita a melhor atleta da competição TÉCNICO O técnico do Barcelona, Luis Enrique, foi escolhido o melhor treinador do ano. Ele chegou ao clube na metade de 2014 e esteve no comando durante todas as conquistas da equipe na última temporada. Luis Enrique não compareceu à cerimônia e foi representado pelo secretário técnico do Barcelona, Robert Fernández. Com 31,08% dos votos, ele superou Pep Guardiola (22,97%), treinador do Bayern de Munique, e Jorge Sampaoli (9,47%), que comanda a seleção chilena. SELEÇÃO Com quatro brasileiros, a FIFA também premiou a seleção do ano. Neymar e Daniel Alves, do Barcelona, Marcelo, do Real Madrid, e Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, foram os representantes do país. O time ideal da entidade é formado por: Manuel Neuer, Daniel Alves, Thiago Silva, Sergio Ramos e Marcelo; Iniesta, Modric e Pogba; Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo. Lista dos melhores jogadores do mundo eleitos pela Fifa 2015 - Lionel Messi - Argentina 2014 - Cristiano Ronaldo - Portugal 2013 - Cristiano Ronaldo - Portugal 2012 - Lionel Messi - Argentina 2011 - Lionel Messi - Argentina 2010- Lionel Messi - Argentina 2009 - Lionel Messi - Argentina 2008 - Cristiano Ronaldo - Portugal 2007 - Kaka - Milan - Brasil 2006 - Fabio Cannavaro - Itália 2005 - Ronaldinho - Brasil 2004 - Ronaldinho - Brasil 2003 - Zinédine Zidane - França 2002 - Ronaldo - Brasil 2001 - Luís Figo - Portugal 2000 - Zinédine Zidane - França 1999 - Rivaldo - Brasil 1998 - Zinédine Zidane - França 1997 - Ronaldo - Brasil 1996 - Ronaldo - Brasil 1996 - George Weah - Libéria 1994 - Romário - Brasil 1993 - Roberto Baggio - Itália 1992 - Marco Van Basten - Holanda 1991 - Lothar Matthäus - Alemanha
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Ex-'Gente Inocente', soprano se apresenta pela primeira vez em concerto da Osesp
BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Quando era pequena e fã de "A Bela e a Fera", a paulistana Camila Titinger adorava acompanhar a mãe em seu trabalho. Musicista formada pela Faculdade Santa Marcelina, Carla Titinger é dona de uma agência que fornece grupos musicais para casamentos. "Um dia, pedi para ela me deixar cantar", lembra Camila. E nesse "um dia", antes de a cerimônia começar, Carla quis fazer a filha feliz e tocou ao piano a música "Edelweiss", do filme "A Noviça Rebelde" (1965). "Quando ela cantou, as pessoas que trabalhavam comigo disseram: 'Ela tem uma voz de cristal", conta a mãe. De lá para cá, passaram-se temporadas no extinto programa de talentos infantis "Gente Inocente", na Rede Globo, em que Camila figurou dos nove aos 11 anos; uma turnê, na sequência, em que cantou ao lado do padre Marcelo Rossi; dois CDs gravados na juventude, quando sonhava em cantar como Elis Regina (um deles ela ama, o outro, não); muitas idas ao programa do Ronnie Von (com quem dançou valsa em sua festa de debutante); um diploma na Unesp que a fez guinar sua carreira para o canto lírico; estudos de ópera na Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo) e na Academia de Ópera do Theatro São Pedro; apresentações no Theatro Municipal e pelo Brasil; e concursos nacionais e internacionais. E muita "cara de pau", segundo a própria. "Tem que meter as caras. O 'não' a gente já tem", afirma a soprano, 27, que diz ter cantado na abertura do festival de Bregenz, na Áustria, no ano passado, por se voluntariar. "Uma cantora não quis se apresentar, então falei para a produtora que eu conhecia a música e que, se precisasse de uma soprano, eu estava disposta a cantar." Escalada, interpretou uma ária do papel de Ofélia, da ópera "Amleto", de Franco Faccio, ao lado da Orquestra Sinfônica de Viena. "Depois, tive um convite para cantar em 'As Bodas de Fígaro' na ópera de Toulon, na França", continua a soprano. "Foi muito legal, e desencadeou para eu participar do concurso Opera Competition, em Paris, no qual fiquei em terceiro lugar em janeiro." Agora, a soprano lírica prepara-se para se apresentar pela primeira vez ao lado da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) em quatro noites na Sala São Paulo. Na próxima quarta-feira (8), ela participa de um concerto especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Nos três dias seguintes, subirá ao palco para o concerto de abertura da temporada da Osesp, que será regido pela maestrina titular da orquestra, Marin Alsop, e terá a participação de outros cantores, como Luisa Francesconi e Leonardo Neiva. No programa dessas noites estão peças como a nona sinfonia de Beethoven. "Não acreditei quando me chamaram", diz ela sobre o convite para a apresentação ao lado da principal orquestra de São Paulo. "Às vezes fico ansiosa, pensando em qual vai ser o próximo passo. Mas acho que as coisas têm acontecido na hora certa. Exige uma disciplina, saber dosar..." Para abril, ela foi convidada para cantar as "Bachianas No. 5", em Madrid, na Espanha. "Ganhei esse convite por causa de um concurso que não venci, mas fui finalista", conta a soprano, que chegou à etapa final da competição de canto internacional Neue Stimmen, na Alemanha, em 2013 e em 2015. "Isso é muito melhor que um primeiro lugar!" Concerto Especial: Dia Internacional da Mulher. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, Qua. (8): 21h, Ingressos em ingressorapido.com.br.
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Ex-'Gente Inocente', soprano se apresenta pela primeira vez em concerto da OsespBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Quando era pequena e fã de "A Bela e a Fera", a paulistana Camila Titinger adorava acompanhar a mãe em seu trabalho. Musicista formada pela Faculdade Santa Marcelina, Carla Titinger é dona de uma agência que fornece grupos musicais para casamentos. "Um dia, pedi para ela me deixar cantar", lembra Camila. E nesse "um dia", antes de a cerimônia começar, Carla quis fazer a filha feliz e tocou ao piano a música "Edelweiss", do filme "A Noviça Rebelde" (1965). "Quando ela cantou, as pessoas que trabalhavam comigo disseram: 'Ela tem uma voz de cristal", conta a mãe. De lá para cá, passaram-se temporadas no extinto programa de talentos infantis "Gente Inocente", na Rede Globo, em que Camila figurou dos nove aos 11 anos; uma turnê, na sequência, em que cantou ao lado do padre Marcelo Rossi; dois CDs gravados na juventude, quando sonhava em cantar como Elis Regina (um deles ela ama, o outro, não); muitas idas ao programa do Ronnie Von (com quem dançou valsa em sua festa de debutante); um diploma na Unesp que a fez guinar sua carreira para o canto lírico; estudos de ópera na Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo) e na Academia de Ópera do Theatro São Pedro; apresentações no Theatro Municipal e pelo Brasil; e concursos nacionais e internacionais. E muita "cara de pau", segundo a própria. "Tem que meter as caras. O 'não' a gente já tem", afirma a soprano, 27, que diz ter cantado na abertura do festival de Bregenz, na Áustria, no ano passado, por se voluntariar. "Uma cantora não quis se apresentar, então falei para a produtora que eu conhecia a música e que, se precisasse de uma soprano, eu estava disposta a cantar." Escalada, interpretou uma ária do papel de Ofélia, da ópera "Amleto", de Franco Faccio, ao lado da Orquestra Sinfônica de Viena. "Depois, tive um convite para cantar em 'As Bodas de Fígaro' na ópera de Toulon, na França", continua a soprano. "Foi muito legal, e desencadeou para eu participar do concurso Opera Competition, em Paris, no qual fiquei em terceiro lugar em janeiro." Agora, a soprano lírica prepara-se para se apresentar pela primeira vez ao lado da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) em quatro noites na Sala São Paulo. Na próxima quarta-feira (8), ela participa de um concerto especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Nos três dias seguintes, subirá ao palco para o concerto de abertura da temporada da Osesp, que será regido pela maestrina titular da orquestra, Marin Alsop, e terá a participação de outros cantores, como Luisa Francesconi e Leonardo Neiva. No programa dessas noites estão peças como a nona sinfonia de Beethoven. "Não acreditei quando me chamaram", diz ela sobre o convite para a apresentação ao lado da principal orquestra de São Paulo. "Às vezes fico ansiosa, pensando em qual vai ser o próximo passo. Mas acho que as coisas têm acontecido na hora certa. Exige uma disciplina, saber dosar..." Para abril, ela foi convidada para cantar as "Bachianas No. 5", em Madrid, na Espanha. "Ganhei esse convite por causa de um concurso que não venci, mas fui finalista", conta a soprano, que chegou à etapa final da competição de canto internacional Neue Stimmen, na Alemanha, em 2013 e em 2015. "Isso é muito melhor que um primeiro lugar!" Concerto Especial: Dia Internacional da Mulher. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, Qua. (8): 21h, Ingressos em ingressorapido.com.br.
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As dez cidades mais caras do mundo para um encontro
A preocupação sobre quem irá pagar a conta no final de um encontro ganhou um novo argumento quando o Deutsche Bank listou os gastos de uma noite modesta para duas pessoas em diversas cidades do mundo. Pior para os apaixonados de São Francisco, nos EUA, onde os casais irão gastar US$ 104,60 no encontro, enquanto no Brasil desembolsariam cerca de 50% deste valor, mostra o levantamento do banco alemão. Em São Paulo, a mesma programação, que inclui comer dois lanches no McDonald's acompanhados de refrigerante, ir ao cinema, beber duas cervejas e pegar um táxi, sairia por US$ 52,30, enquanto que no Rio de Janeiro o preço a ser pago pelo casal seria de US$ 48,50. O local mais barato para o mesmo programa é Mumbai na Índia, onde as pessoas teriam de desembolsar US$ 24,70. Apesar de não ter valor científico, a pesquisa, assim como o índice Big Mac - que pesquisa o preço dos lanches - pode ajudar na comparação entre o poder de compra das pessoas de diferentes locais. Segundo a instituição alemã, o Brasil já foi o país mais caro entre os emergentes. Porém, devido a atual conjuntura econômica, os preços estão caindo e entrando em uma linha mais justa para um país em desenvolvimento. O Brasil teve queda nos preços de 16 dos 17 índices deste ano que tiveram comparação com 2014. A diminuição nos preços pode ser demonstrada por um par de tênis esportivos da marca Adidas. Se no ano passado, o valor era de US$ 123,50, o segundo maior preço listado, neste ano o produto tem o menor preço entre dezenove países pesquisados, com US$ 49,50. O Brasil lidera o ranking dos preços em apenas duas das categorias e ambas envolvem os produtos da Apple. O preço do Iphone 5S é vendido por US$ 1.174 no país, segundo o levantamento do banco alemão, enquanto que o mesmo modelo custa US$ 550 nos EUA, o menor preço encontrado. Com o modelo 6 do Iphone a diferença de preços se repete. Enquanto que no Brasil o preço cobrado é de 1.254, nos EUA chega a ser praticamente a metade: US$ 650. CONFIRA AS CIDADES E QUANTO CUSTA UM ENCONTRO BRASIL
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As dez cidades mais caras do mundo para um encontroA preocupação sobre quem irá pagar a conta no final de um encontro ganhou um novo argumento quando o Deutsche Bank listou os gastos de uma noite modesta para duas pessoas em diversas cidades do mundo. Pior para os apaixonados de São Francisco, nos EUA, onde os casais irão gastar US$ 104,60 no encontro, enquanto no Brasil desembolsariam cerca de 50% deste valor, mostra o levantamento do banco alemão. Em São Paulo, a mesma programação, que inclui comer dois lanches no McDonald's acompanhados de refrigerante, ir ao cinema, beber duas cervejas e pegar um táxi, sairia por US$ 52,30, enquanto que no Rio de Janeiro o preço a ser pago pelo casal seria de US$ 48,50. O local mais barato para o mesmo programa é Mumbai na Índia, onde as pessoas teriam de desembolsar US$ 24,70. Apesar de não ter valor científico, a pesquisa, assim como o índice Big Mac - que pesquisa o preço dos lanches - pode ajudar na comparação entre o poder de compra das pessoas de diferentes locais. Segundo a instituição alemã, o Brasil já foi o país mais caro entre os emergentes. Porém, devido a atual conjuntura econômica, os preços estão caindo e entrando em uma linha mais justa para um país em desenvolvimento. O Brasil teve queda nos preços de 16 dos 17 índices deste ano que tiveram comparação com 2014. A diminuição nos preços pode ser demonstrada por um par de tênis esportivos da marca Adidas. Se no ano passado, o valor era de US$ 123,50, o segundo maior preço listado, neste ano o produto tem o menor preço entre dezenove países pesquisados, com US$ 49,50. O Brasil lidera o ranking dos preços em apenas duas das categorias e ambas envolvem os produtos da Apple. O preço do Iphone 5S é vendido por US$ 1.174 no país, segundo o levantamento do banco alemão, enquanto que o mesmo modelo custa US$ 550 nos EUA, o menor preço encontrado. Com o modelo 6 do Iphone a diferença de preços se repete. Enquanto que no Brasil o preço cobrado é de 1.254, nos EUA chega a ser praticamente a metade: US$ 650. CONFIRA AS CIDADES E QUANTO CUSTA UM ENCONTRO BRASIL
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Temer espera nome do PSDB para Ministério da Justiça
Com dificuldades para definir um nome para o comando do Ministério da Justiça a pouco mais de uma semana da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário do Senado, o vice-presidente Michel Temer aguarda uma indicação da cúpula nacional do PSDB. O presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), ficou de sugerir um nome nesta semana. Na terça (3), o tucano entregará uma lista de condições para que o PSDB integre um eventual governo de Temer. Uma delas é dar continuidade às investigações da Operação Lava Jato tocadas pela Polícia Federal, vinculada ao Ministério da Justiça. Em conversas reservadas, Temer avalia que, em troca do apoio integral do partido de oposição, pode nomear até três sugestões da sigla para a sua equipe ministerial. Até agora, duas pastas já foram definidas: Relações Exteriores e Direitos Humanos. A primeira deverá ser chefiada por José Serra e a segunda pode ficar com Bruno Araújo, deputado que deu o voto 342 pelo impeachment de Dilma, ou Mara Gabrilli. Aécio tem simpatia pelos ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso e Cezar Peluso, já cotados por Temer para o comando da Justiça. Mas o tucano busca um novo nome. Inicialmente, a intenção de Temer era colocar na pasta o advogado e amigo Antônio Carlos Mariz. Mas, após entrevista à Folha em que criticou a Operação Lava Jato, ele acabou descartado. Sem cartas na manga, Temer pode deslocar para a Justiça o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, inicialmente convidado para a AGU (Advocacia-Geral da União). POUCAS MULHERES As poucas sugestões de nomes femininos para comporem o futuro ministério é outro assunto que tem incomodado o vice-presidente. Temer quer colocar mulheres em pastas com visibilidade, mas os partidos aliados não apresentaram opções. O grupo do vice-presidente teme ainda o risco de que rivalidades internas desestabilizem o governo interino e afetem a retomada. O maior receio é em relação a Henrique Meirelles (Fazenda) e José Serra (Relações Exteriores), que, apesar de garantirem que não têm problemas de relacionamento, já trocaram farpas no passado. Ambos figuram na lista de pré-candidatos para a sucessão presidencial em 2018. Os homens de Temer
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Temer espera nome do PSDB para Ministério da JustiçaCom dificuldades para definir um nome para o comando do Ministério da Justiça a pouco mais de uma semana da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário do Senado, o vice-presidente Michel Temer aguarda uma indicação da cúpula nacional do PSDB. O presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), ficou de sugerir um nome nesta semana. Na terça (3), o tucano entregará uma lista de condições para que o PSDB integre um eventual governo de Temer. Uma delas é dar continuidade às investigações da Operação Lava Jato tocadas pela Polícia Federal, vinculada ao Ministério da Justiça. Em conversas reservadas, Temer avalia que, em troca do apoio integral do partido de oposição, pode nomear até três sugestões da sigla para a sua equipe ministerial. Até agora, duas pastas já foram definidas: Relações Exteriores e Direitos Humanos. A primeira deverá ser chefiada por José Serra e a segunda pode ficar com Bruno Araújo, deputado que deu o voto 342 pelo impeachment de Dilma, ou Mara Gabrilli. Aécio tem simpatia pelos ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso e Cezar Peluso, já cotados por Temer para o comando da Justiça. Mas o tucano busca um novo nome. Inicialmente, a intenção de Temer era colocar na pasta o advogado e amigo Antônio Carlos Mariz. Mas, após entrevista à Folha em que criticou a Operação Lava Jato, ele acabou descartado. Sem cartas na manga, Temer pode deslocar para a Justiça o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, inicialmente convidado para a AGU (Advocacia-Geral da União). POUCAS MULHERES As poucas sugestões de nomes femininos para comporem o futuro ministério é outro assunto que tem incomodado o vice-presidente. Temer quer colocar mulheres em pastas com visibilidade, mas os partidos aliados não apresentaram opções. O grupo do vice-presidente teme ainda o risco de que rivalidades internas desestabilizem o governo interino e afetem a retomada. O maior receio é em relação a Henrique Meirelles (Fazenda) e José Serra (Relações Exteriores), que, apesar de garantirem que não têm problemas de relacionamento, já trocaram farpas no passado. Ambos figuram na lista de pré-candidatos para a sucessão presidencial em 2018. Os homens de Temer
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'O Ciclo da Vida' trata da velhice sem fantasias exóticas
"Sensível" é um adjetivo tão desgastado que usá-lo para descrever um filme já deixa o público mais exigente com um pé atrás. Logo, recomenda-se a quem desenvolveu resistência ao "cinema sensível" abster-se de "O Ciclo da Vida". A produção chinesa conduzida com habilidade por Zhang Yang (revelado, em 1999, com "Banhos") faz parte do gênero atualmente em profusão de filmes sobre a velhice. O público maduro manteve o hábito de ir ao cinema. Direcionadas a esse nicho, surgiram de toda parte histórias com protagonistas da chamada terceira idade. Os brasileiros "Copacabana" (2001) e "Chega de Saudade" (2008), o argentino "Elsa & Fred" (2005), refilmado nos EUA em 2014, os britânicos "O Exótico Hotel Marigold" 1 e 2 e o francês "E se Vivêssemos Todos Juntos?" (2011) são exemplos desses filmes capazes de atrair mais essa parcela do público do que as fatigantes aventuras de super-heróis. Tal como a maioria dos títulos dessa popular série de longas, "O Ciclo da Vida" é um filme-coral, ou seja, concentra-se em um grupo e, assim, agrega diversidade de situações. O recurso dramatúrgico se justifica para demonstrar que a velhice não é uma coisa só, que a idade pode ocasionar múltiplas dificuldades e também oferecer outras experiências de alegria. TRAPAÇA O que distingue o longa chinês é a abordagem mais direta dos problemas. O próprio cenário, uma casa de repouso, evidencia a recusa do filme de fantasiar soluções como hotéis exóticos e comunidades idílicas. Os protagonistas mais jovens de "O Ciclo da Vida" estão na faixa dos 70 anos, e os mais maduros afirmam ter 90 e poucos –roubam um pouco dos números para dizer que ganharam outras coisas. Para eles, trapacear a idade tem o sentido de afirmar uma vitalidade e uma força consideradas atributos exclusivos da juventude. Seus personagens não estão no fim da vida, mas no início de uma aventura em que embarcam para competir numa disputa de um "reality show" na TV. Um está com câncer e quer viver algo inédito como ver o mar. Outro enfrenta a dor de um longo ressentimento do filho. Alguém precisa de cadeira de rodas para se mover. Uma senhora que não sofre de nada junta seu entusiasmo à vantagem de amar de novo. Só não embarca na trupe um senhor cuja demência já o libertou de qualquer controle. Os filhos e a responsável pela clínica querem impor limites e regras, mas os idosos liberam-se por meio de ações rebeldes e trapaças, afirmam uma desobediência que num filme chinês não deixa de ser política. Mesmo que no final "O Ciclo da Vida" exceda o limite de sensibilidade e se torne ultrameloso, as múltiplas visões que ele projeta do envelhecimento podem fazer muito bem à saúde. O CICLO DA VIDA (Fei yue lao ren yuan) QUANDO: ESTREIA NESTA QUINTA (16) ELENCO: HUANSHAN XU, TIAN-MING WU, BIN LI E BINGYAN YAN PRODUÇÃO: CHINA, 2012, 10 ANOS DIREÇÃO: ZHANG YANG
ilustrada
'O Ciclo da Vida' trata da velhice sem fantasias exóticas"Sensível" é um adjetivo tão desgastado que usá-lo para descrever um filme já deixa o público mais exigente com um pé atrás. Logo, recomenda-se a quem desenvolveu resistência ao "cinema sensível" abster-se de "O Ciclo da Vida". A produção chinesa conduzida com habilidade por Zhang Yang (revelado, em 1999, com "Banhos") faz parte do gênero atualmente em profusão de filmes sobre a velhice. O público maduro manteve o hábito de ir ao cinema. Direcionadas a esse nicho, surgiram de toda parte histórias com protagonistas da chamada terceira idade. Os brasileiros "Copacabana" (2001) e "Chega de Saudade" (2008), o argentino "Elsa & Fred" (2005), refilmado nos EUA em 2014, os britânicos "O Exótico Hotel Marigold" 1 e 2 e o francês "E se Vivêssemos Todos Juntos?" (2011) são exemplos desses filmes capazes de atrair mais essa parcela do público do que as fatigantes aventuras de super-heróis. Tal como a maioria dos títulos dessa popular série de longas, "O Ciclo da Vida" é um filme-coral, ou seja, concentra-se em um grupo e, assim, agrega diversidade de situações. O recurso dramatúrgico se justifica para demonstrar que a velhice não é uma coisa só, que a idade pode ocasionar múltiplas dificuldades e também oferecer outras experiências de alegria. TRAPAÇA O que distingue o longa chinês é a abordagem mais direta dos problemas. O próprio cenário, uma casa de repouso, evidencia a recusa do filme de fantasiar soluções como hotéis exóticos e comunidades idílicas. Os protagonistas mais jovens de "O Ciclo da Vida" estão na faixa dos 70 anos, e os mais maduros afirmam ter 90 e poucos –roubam um pouco dos números para dizer que ganharam outras coisas. Para eles, trapacear a idade tem o sentido de afirmar uma vitalidade e uma força consideradas atributos exclusivos da juventude. Seus personagens não estão no fim da vida, mas no início de uma aventura em que embarcam para competir numa disputa de um "reality show" na TV. Um está com câncer e quer viver algo inédito como ver o mar. Outro enfrenta a dor de um longo ressentimento do filho. Alguém precisa de cadeira de rodas para se mover. Uma senhora que não sofre de nada junta seu entusiasmo à vantagem de amar de novo. Só não embarca na trupe um senhor cuja demência já o libertou de qualquer controle. Os filhos e a responsável pela clínica querem impor limites e regras, mas os idosos liberam-se por meio de ações rebeldes e trapaças, afirmam uma desobediência que num filme chinês não deixa de ser política. Mesmo que no final "O Ciclo da Vida" exceda o limite de sensibilidade e se torne ultrameloso, as múltiplas visões que ele projeta do envelhecimento podem fazer muito bem à saúde. O CICLO DA VIDA (Fei yue lao ren yuan) QUANDO: ESTREIA NESTA QUINTA (16) ELENCO: HUANSHAN XU, TIAN-MING WU, BIN LI E BINGYAN YAN PRODUÇÃO: CHINA, 2012, 10 ANOS DIREÇÃO: ZHANG YANG
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Secretário da Força Sindical manda livro para Doria e elogia grafites
Secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, mandou para João Doria (PSDB) exemplar de um livro de sua autoria sobre arte urbana. "É para mostrar que a cidade não é tão feia como se diz", afirma ele, que anexou uma carta reclamando da ideia do prefeito de apagar grafites. "Arte de Rua", a obra de Juruna, reúne fotos de murais tiradas por ele. Leia a coluna completa aqui.
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Secretário da Força Sindical manda livro para Doria e elogia grafitesSecretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, mandou para João Doria (PSDB) exemplar de um livro de sua autoria sobre arte urbana. "É para mostrar que a cidade não é tão feia como se diz", afirma ele, que anexou uma carta reclamando da ideia do prefeito de apagar grafites. "Arte de Rua", a obra de Juruna, reúne fotos de murais tiradas por ele. Leia a coluna completa aqui.
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Loteadoras e Caixa vão discutir ajustes em novo financiamento
O setor de loteamentos urbanos vai se reunir com a Caixa no dia 21 deste mês para discutir a nova linha de financiamento, de R$ 1,5 bilhão, anunciada na última terça (8). Um dos pontos mais questionados é a taxa de juros oferecida, que varia de 15% a 18% ao ano para financiar as obras de infraestrutura. "É uma taxa alta se olharmos a previsão de Selic a 7,5% no fim de 2017", diz Rafael Cordeiro, diretor-executivo da Urbamais, do grupo MRV. "A ideia é que a Caixa comece a entender melhor a dinâmica desse mercado e flexibilize esse produto a médio prazo", diz Caio Portugal, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato do setor). Não há planos de reduzir os juros neste momento, segundo Nelson Souza, vice-presidente de habitação do banco. "Há um viés de baixa da taxa, mas vamos entrar neste mercado com prudência. Não queremos que o programa feche por inadimplência." "A iniciativa é positiva para o setor, mas é cedo para analisar seu impacto. Há pontos a serem esclarecidos, como o limite de faturamento e as garantias", diz Ciro Scopel, presidente da loteadora que leva seu sobrenome. Leia a coluna completa aqui.
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Loteadoras e Caixa vão discutir ajustes em novo financiamentoO setor de loteamentos urbanos vai se reunir com a Caixa no dia 21 deste mês para discutir a nova linha de financiamento, de R$ 1,5 bilhão, anunciada na última terça (8). Um dos pontos mais questionados é a taxa de juros oferecida, que varia de 15% a 18% ao ano para financiar as obras de infraestrutura. "É uma taxa alta se olharmos a previsão de Selic a 7,5% no fim de 2017", diz Rafael Cordeiro, diretor-executivo da Urbamais, do grupo MRV. "A ideia é que a Caixa comece a entender melhor a dinâmica desse mercado e flexibilize esse produto a médio prazo", diz Caio Portugal, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato do setor). Não há planos de reduzir os juros neste momento, segundo Nelson Souza, vice-presidente de habitação do banco. "Há um viés de baixa da taxa, mas vamos entrar neste mercado com prudência. Não queremos que o programa feche por inadimplência." "A iniciativa é positiva para o setor, mas é cedo para analisar seu impacto. Há pontos a serem esclarecidos, como o limite de faturamento e as garantias", diz Ciro Scopel, presidente da loteadora que leva seu sobrenome. Leia a coluna completa aqui.
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'É muito grave unir bandidos com o Estado', diz ex-presidente colombiano
A poucos quilômetros do centro histórico de Cartagena, onde a festa da paz tinha lugar, o ex-presidente Álvaro Uribe, 64, montou seu "bunker" de campanha pelo "não" ao acordo de paz, num hotel cinco estrelas à beira-mar. Entre fotos com admiradores e uma intensa atividade com os assessores, que preparavam o ato que protagonizaria no começo da noite desta segunda (26), Uribe recebeu a Folha para uma conversa. * Folha - Por que o sr. rejeita o acordo a que chegaram o governo de Juan Manuel Santos e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)? Álvaro Uribe - Não estamos contra a paz, mas sim contra o texto de Havana, porque significa impunidade total para atos de terrorismo cometidos pelo maior grupo narcotraficante do mundo, que gerou uma violência sem igual na Colômbia. O país passou, nos últimos tempos, de 47 mil hectares de terras dedicadas ao cultivo da coca a 200 mil [dados oficiais das Nações Unidas dizem que, de 2014 a 2015, na verdade, o aumento foi de 69 mil a 96 mil hectares]. Além disso, nenhum país do mundo permitiria a elegibilidade de criminosos responsáveis pelo recrutamento de menores, por exemplo. Os mexicanos não dariam impunidade a comandantes do negócio da droga. E as Farc são hoje o principal cartel de cocaína do mundo e o grande provedor de drogas ao México. Também somos contra porque o acordo traz dificuldades novas à economia, com a criação de novos impostos. Os críticos do acordo dizem que há uma contradição entre dizer que crimes de lesa humanidade serão punidos e, ao mesmo tempo, que crimes políticos podem ser anistiados. Em sua opinião, esse é o principal problema da Justiça especial? O principal problema da Justiça especial é a Justiça especial em si. Porque a Colômbia é um país de instituições. E este acordo promove uma substituição da Constituição para criar um tribunal apenas para os crimes dessa guerra. Além disso, está previsto que esse tribunal julgará militares. Isso é um absurdo, porque os militares da Colômbia que estiveram nessa guerra foram militares de governos democráticos, não de uma ditadura. Por que têm de ser julgados? Quanto aos crimes anistiáveis que você aponta, de fato são outro problema. O narcotráfico será anistiado, e o narcotráfico gerou vários desses delitos de lesa humanidade para os quais haverá uma brecha no acordo que permitirá que sejam anistiados. O governo diz que não há anistia, mas o artigo 60 diz que, se as Farc reconhecerem os delitos, não irão à prisão. É certo que a Justiça internacional permite que haja uma alternativa ao sistema carcerário, mas não que seja eliminado. E o acordo prevê uma eliminação. O que o sr. proporia, em vez de prisões tradicionais, então? Creio que podiam ir para colônias penais agrícolas, onde de fato exista uma restrição de liberdade. Como está no acordo, o que existe é uma sanção simbólica que será anulada pelo fato de que os ex-guerrilheiros vão poder ter uma vida política ainda que não tenham terminado de pagar suas penas. O artigo 36 diz isso claramente. Então, se você dá plena eligibilidade política a responsáveis de delitos atrozes, já está anistiando, de fato, esses delitos atrozes. Há alguns dias, em entrevista à Folha, o negociador do governo Frank Pearl disse que optaram por penas de reparação e não penas de prisão porque o sistema carcerário da Colômbia não favorece a recuperação dos criminosos. O sr. discorda? Mas então por que não fizemos isso com os paramilitares, quando foram desmobilizados [meados dos anos 2000] e levados à prisão, alguns até extraditados? Segundo essa teoria, teríamos de liberar também os outros 140 mil presos que há na Colômbia. E por que esses 140 mil presos não podem se candidatar a cargos públicos como os ex-guerrilheiros poderão? Vamos permitir que os maiores responsáveis de crimes de lesa humanidade do país ocupem cadeiras no Congresso e não daremos o mesmo benefício a presos comuns? O problema não é que as prisões não sejam capazes de recuperar os presos, mas sim o mau exemplo que se está dando a todos os colombianos. Um mau exemplo que já está produzindo efeitos. As pessoas acham que não serão punidas mais. E qual a crítica que o sr. faz às chamadas "zonas de segurança", para onde os ex-guerrilheiros serão levados num primeiro momento? É gravíssimo que essas zonas de segurança sejam zonas próximas a regiões de produção de coca, onde os ex-guerrilheiros estarão em contato com os dissidentes das Farc, os da ELN, as Bacrim (bandos criminosos). Por que o sr. diz que essas zonas criarão uma polícia paralela? Porque o acordo está criando organismos para proteger os desmobilizados das Farc contra seus inimigos. Até aí estou de acordo. Só que a proposta é que esses organismos sejam formados com a ajuda de desmobilizados das próprias Farc. Ou seja, uma polícia paralela. E esse organismo poderá supervisionar gastos do Estado nas regiões, poderão vigiar as entradas e saídas das zonas de segurança. Logo, esses organismos vão se misturar com as ex-Farc e criar um novo bando. É muito grave unir bandidos com o Estado. Isso aconteceu no começo dos anos 90 [quando o governo permitiu a associação do Exército a cartéis da droga para perseguir Pablo Escobar] e teve consequências muito negativas. O governo não pode se misturar a carteis. O sr. questionou também o patamar dos 13%? Claro, porque esse plebiscito é inconstitucional. Santos baixou o patamar de 50%, que é o que diz a lei, para 13%. E há outras enganações, pede-se que os colombianos votem "sim" ou "não" a um acordo de 297 páginas que poucos lerão na íntegra. Não se pode responder "sim" ou "não" a um documento tão cheio de detalhes. Além disso, não houve espaço para fazer a publicidade do "não", não nos permitiram recursos do Estado, enquanto o Estado usou todo seu aparato. E Santos vem se negando ao debate e pressionando governadores e prefeitos a apoiarem o "sim" se quiserem continuar recebendo repasses de recursos. Ao entrevistar pessoas que vivem em bairros muito humildes, uma reclamação recorrente é o fato de que a guerrilha receberá salários (90% do salário mínimo por dois anos). Mais isso até do que a violência. Como estimulhar um guerrilheiro a deixar as armas sem ajuda-lo financeiramente? Eu paguei a muitos desmobilizados do meu governo, não acho errado pagar, mas é errado pagar aos cabeças, aos líderes do movimento, e dar dinheiro para que formem seus partidos, que é o que este acordo propõe. E o que o sr. acha da festa que o governo armou hoje para a cerimônia da assinatura? Esse ato de hoje é vergonhoso, e pago com o imposto dos colombianos. O "não" vem crescendo nas pesquisas, mas o "sim" parece ter ainda uma vantagem clara, quais serão seus planos se vencer o "sim"? Se ganhar o "não", nós propomos que se protejam os guerrilheiros até que possamos rever e corrigir o acordo. Se ganhar o "sim", o problema é maior, porque será como se tivéssemos uma nova Constituição. Mas nós, ganhando o "sim" ou o "não", continuaremos com nossa luta.
mundo
'É muito grave unir bandidos com o Estado', diz ex-presidente colombianoA poucos quilômetros do centro histórico de Cartagena, onde a festa da paz tinha lugar, o ex-presidente Álvaro Uribe, 64, montou seu "bunker" de campanha pelo "não" ao acordo de paz, num hotel cinco estrelas à beira-mar. Entre fotos com admiradores e uma intensa atividade com os assessores, que preparavam o ato que protagonizaria no começo da noite desta segunda (26), Uribe recebeu a Folha para uma conversa. * Folha - Por que o sr. rejeita o acordo a que chegaram o governo de Juan Manuel Santos e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)? Álvaro Uribe - Não estamos contra a paz, mas sim contra o texto de Havana, porque significa impunidade total para atos de terrorismo cometidos pelo maior grupo narcotraficante do mundo, que gerou uma violência sem igual na Colômbia. O país passou, nos últimos tempos, de 47 mil hectares de terras dedicadas ao cultivo da coca a 200 mil [dados oficiais das Nações Unidas dizem que, de 2014 a 2015, na verdade, o aumento foi de 69 mil a 96 mil hectares]. Além disso, nenhum país do mundo permitiria a elegibilidade de criminosos responsáveis pelo recrutamento de menores, por exemplo. Os mexicanos não dariam impunidade a comandantes do negócio da droga. E as Farc são hoje o principal cartel de cocaína do mundo e o grande provedor de drogas ao México. Também somos contra porque o acordo traz dificuldades novas à economia, com a criação de novos impostos. Os críticos do acordo dizem que há uma contradição entre dizer que crimes de lesa humanidade serão punidos e, ao mesmo tempo, que crimes políticos podem ser anistiados. Em sua opinião, esse é o principal problema da Justiça especial? O principal problema da Justiça especial é a Justiça especial em si. Porque a Colômbia é um país de instituições. E este acordo promove uma substituição da Constituição para criar um tribunal apenas para os crimes dessa guerra. Além disso, está previsto que esse tribunal julgará militares. Isso é um absurdo, porque os militares da Colômbia que estiveram nessa guerra foram militares de governos democráticos, não de uma ditadura. Por que têm de ser julgados? Quanto aos crimes anistiáveis que você aponta, de fato são outro problema. O narcotráfico será anistiado, e o narcotráfico gerou vários desses delitos de lesa humanidade para os quais haverá uma brecha no acordo que permitirá que sejam anistiados. O governo diz que não há anistia, mas o artigo 60 diz que, se as Farc reconhecerem os delitos, não irão à prisão. É certo que a Justiça internacional permite que haja uma alternativa ao sistema carcerário, mas não que seja eliminado. E o acordo prevê uma eliminação. O que o sr. proporia, em vez de prisões tradicionais, então? Creio que podiam ir para colônias penais agrícolas, onde de fato exista uma restrição de liberdade. Como está no acordo, o que existe é uma sanção simbólica que será anulada pelo fato de que os ex-guerrilheiros vão poder ter uma vida política ainda que não tenham terminado de pagar suas penas. O artigo 36 diz isso claramente. Então, se você dá plena eligibilidade política a responsáveis de delitos atrozes, já está anistiando, de fato, esses delitos atrozes. Há alguns dias, em entrevista à Folha, o negociador do governo Frank Pearl disse que optaram por penas de reparação e não penas de prisão porque o sistema carcerário da Colômbia não favorece a recuperação dos criminosos. O sr. discorda? Mas então por que não fizemos isso com os paramilitares, quando foram desmobilizados [meados dos anos 2000] e levados à prisão, alguns até extraditados? Segundo essa teoria, teríamos de liberar também os outros 140 mil presos que há na Colômbia. E por que esses 140 mil presos não podem se candidatar a cargos públicos como os ex-guerrilheiros poderão? Vamos permitir que os maiores responsáveis de crimes de lesa humanidade do país ocupem cadeiras no Congresso e não daremos o mesmo benefício a presos comuns? O problema não é que as prisões não sejam capazes de recuperar os presos, mas sim o mau exemplo que se está dando a todos os colombianos. Um mau exemplo que já está produzindo efeitos. As pessoas acham que não serão punidas mais. E qual a crítica que o sr. faz às chamadas "zonas de segurança", para onde os ex-guerrilheiros serão levados num primeiro momento? É gravíssimo que essas zonas de segurança sejam zonas próximas a regiões de produção de coca, onde os ex-guerrilheiros estarão em contato com os dissidentes das Farc, os da ELN, as Bacrim (bandos criminosos). Por que o sr. diz que essas zonas criarão uma polícia paralela? Porque o acordo está criando organismos para proteger os desmobilizados das Farc contra seus inimigos. Até aí estou de acordo. Só que a proposta é que esses organismos sejam formados com a ajuda de desmobilizados das próprias Farc. Ou seja, uma polícia paralela. E esse organismo poderá supervisionar gastos do Estado nas regiões, poderão vigiar as entradas e saídas das zonas de segurança. Logo, esses organismos vão se misturar com as ex-Farc e criar um novo bando. É muito grave unir bandidos com o Estado. Isso aconteceu no começo dos anos 90 [quando o governo permitiu a associação do Exército a cartéis da droga para perseguir Pablo Escobar] e teve consequências muito negativas. O governo não pode se misturar a carteis. O sr. questionou também o patamar dos 13%? Claro, porque esse plebiscito é inconstitucional. Santos baixou o patamar de 50%, que é o que diz a lei, para 13%. E há outras enganações, pede-se que os colombianos votem "sim" ou "não" a um acordo de 297 páginas que poucos lerão na íntegra. Não se pode responder "sim" ou "não" a um documento tão cheio de detalhes. Além disso, não houve espaço para fazer a publicidade do "não", não nos permitiram recursos do Estado, enquanto o Estado usou todo seu aparato. E Santos vem se negando ao debate e pressionando governadores e prefeitos a apoiarem o "sim" se quiserem continuar recebendo repasses de recursos. Ao entrevistar pessoas que vivem em bairros muito humildes, uma reclamação recorrente é o fato de que a guerrilha receberá salários (90% do salário mínimo por dois anos). Mais isso até do que a violência. Como estimulhar um guerrilheiro a deixar as armas sem ajuda-lo financeiramente? Eu paguei a muitos desmobilizados do meu governo, não acho errado pagar, mas é errado pagar aos cabeças, aos líderes do movimento, e dar dinheiro para que formem seus partidos, que é o que este acordo propõe. E o que o sr. acha da festa que o governo armou hoje para a cerimônia da assinatura? Esse ato de hoje é vergonhoso, e pago com o imposto dos colombianos. O "não" vem crescendo nas pesquisas, mas o "sim" parece ter ainda uma vantagem clara, quais serão seus planos se vencer o "sim"? Se ganhar o "não", nós propomos que se protejam os guerrilheiros até que possamos rever e corrigir o acordo. Se ganhar o "sim", o problema é maior, porque será como se tivéssemos uma nova Constituição. Mas nós, ganhando o "sim" ou o "não", continuaremos com nossa luta.
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Paranaense fabrica tijolo ecológico no quintal para o 'minha casa sem dívida'
O funcionário público Carlos Simino, 52, constrói desde dezembro do ano passado os pilares da sua nova moradia em Sobradinho, cidade satélite de Brasília. Todo fim de semana, ele vai para a chácara de um amigo, que virou fábrica improvisada de tijolos ecológicos. "É o desejo da casa própria que move todo mundo", diz o assessor da Fundação Banco do Brasil. Veja foto Graduado em informática, o paranaense de 52 anos coloca a mão na massa de sol a sol todo sábado e domingo. Foi a saída que encontrou para realizar o sonho de uma moradia sustentável "financeira e ecologicamente" nas terras valorizadas do Distrito Federal. "Financiar um apartamento é muito caro", explica. Para escapar de empréstimos a perder de vista com juros de mercado, ele segue à risca um planejamento que teve início ao investir R$ 80 mil de suas economias na compra de um terreno de 504 m² em um condomínio de classe média nos arredores da Capital Federal. Inscreva-se para o Prêmio Empreendedor Social e para o Prêmio Empreendedor Social de Futuro 2015. TUDO SOZINHO "A ideia é fazer tudo sozinho mesmo", diz. Ele só conta com a ajuda de um caseiro para molhar os tijolos ao longo da semana. A mulher, pedagoga aposentada, e a filha, formada em letras, são entusiastas do projeto, mas é ele quem pega no pesado. Simino já teve uma primeira experiência em construção como auxiliar de pedreiro, ao ajudar a construir a casa da mãe em Curitiba, em 1983. Aprendeu os rudimentos com o pai, um mestre de obras, que hoje aos 85 anos não pode auxiliar o filho na nova empreitada. "Eu era menino, mas aprendi a trabalhar como pedreiro, eletricista, pintor e encanador." O desafio como construtor adulto e autônomo será maior. "Essa de agora é mais planejada. Já tenho o conhecimento em obra convencional, que estou associando a uma nova tecnologia." Dedica-se com afinco à primeira etapa: a produção em série de tijolos ecológicos, uma tecnologia que pesquisou na internet e que também conheceu mais de perto em um dos projetos apoiados pela Fundação Banco do Brasil, onde bate ponto na gerência de pagamentos. "É um tijolo feito com terra e cimento, numa proporção bem mais econômica, que utiliza solo local, mais arenoso, e um pouco de água, sem necessidade de colocar no forno para queimar." Cada bloco fica uma semana ao sol, em processo de cura, necessitando ser molhado duas vezes ao dia, única tarefa terceirizada no processo até aqui. SEM QUEIMAR LENHA O tijolo convencional utiliza argila e vai ao forno a uma temperatura de 1.800°C. "É um processo antiecológico, pois usa lenha na queima e produz gases", diz. Simino lembra entusiasmado que a "nova tecnologia verde" é, na verdade, a recuperação de uma técnica milenar. Tijolos ecológicos têm sido desenvolvidos como tecnologia social para utilização em mutirões em áreas carentes. "É uma solução barata e ecologicamente sustentável para a falta de moradia no país", aposta o funcionário público. Ele narra o processo caseiro: "Uso a proporção de dez medidas de terra para uma de cimento". A mistura vai para um máquina que faz a prensa dos tijolos de encaixe. "É um lego, já que eles vão ser encaixados um a um. Parece diversão." Até chegar a hora de levantar paredes, eles precisar produzir os 6.000 tijolos necessários para a obra. Em três meses de trabalho, ele já contabiliza 2.200 unidades, um terço do que vai precisar para dar forma à edícula desenhada para ocupar o fundo do terreno. CASINHA X CASARÃO A ideia é começar a obra em junho, ficando os alicerces de uma casinha de 55 m², com dois quartos, cozinha e banheiro. "Vai ser a minha casa sem dívida", brinca ele, parodiando o Minha Casa Minha Vida, programa de moradia popular do Governo Federal. "Não estou apelando para nenhum tipo de financiamento. É na base do sacrifício. Vou juntando daqui e dali. Não é fácil. o trabalho é pesado, mas vale a pena." Um contraste e tanto com as tarefas burocrática ao longo da semana. No entanto, fabricar tijolos trouxe um benefício extra para Simino. "Estou mais saudável, perdi peso e melhorou minha disposição." A saúde financeira também agradece. Cada tijolo ecológico tem o custo final de R$ 0,25, dez centavos mais barato que o tradicional. O funcionário público estima um gasto de uns R$ 15 mil para erguer a residência. "Se fosse contratar mão de obra e fazer um obra convencional ia gastar por baixo R$ 30 mil." Residências na área são anunciadas a R$ 200 mil. O feliz proprietário planeja plantar ali um casarão no futuro. "Quando estiver morando lá, quero ir construindo aos poucos uma casa maior, de verdade, com a mesma técnica e também com minhas próprias forças." O importante é se livrar do aluguel de R$ 1.300 por um apartamento de 48 m², menor do que a primeira etapa do seu sonho de moradia sustentável. "No início, o pessoal me chamava de louco", conta. Ele rebatia: "Por que temos que pagar para fazer uma casa? Onde fica o prazer de realizar?" Os vizinhos que olhavam torto quando o viam chegar todo sujo de terra, agora começam a abrir os olhos para a conquista tijolo a tijolo do "construtor de fim de semana".
empreendedorsocial
Paranaense fabrica tijolo ecológico no quintal para o 'minha casa sem dívida'O funcionário público Carlos Simino, 52, constrói desde dezembro do ano passado os pilares da sua nova moradia em Sobradinho, cidade satélite de Brasília. Todo fim de semana, ele vai para a chácara de um amigo, que virou fábrica improvisada de tijolos ecológicos. "É o desejo da casa própria que move todo mundo", diz o assessor da Fundação Banco do Brasil. Veja foto Graduado em informática, o paranaense de 52 anos coloca a mão na massa de sol a sol todo sábado e domingo. Foi a saída que encontrou para realizar o sonho de uma moradia sustentável "financeira e ecologicamente" nas terras valorizadas do Distrito Federal. "Financiar um apartamento é muito caro", explica. Para escapar de empréstimos a perder de vista com juros de mercado, ele segue à risca um planejamento que teve início ao investir R$ 80 mil de suas economias na compra de um terreno de 504 m² em um condomínio de classe média nos arredores da Capital Federal. Inscreva-se para o Prêmio Empreendedor Social e para o Prêmio Empreendedor Social de Futuro 2015. TUDO SOZINHO "A ideia é fazer tudo sozinho mesmo", diz. Ele só conta com a ajuda de um caseiro para molhar os tijolos ao longo da semana. A mulher, pedagoga aposentada, e a filha, formada em letras, são entusiastas do projeto, mas é ele quem pega no pesado. Simino já teve uma primeira experiência em construção como auxiliar de pedreiro, ao ajudar a construir a casa da mãe em Curitiba, em 1983. Aprendeu os rudimentos com o pai, um mestre de obras, que hoje aos 85 anos não pode auxiliar o filho na nova empreitada. "Eu era menino, mas aprendi a trabalhar como pedreiro, eletricista, pintor e encanador." O desafio como construtor adulto e autônomo será maior. "Essa de agora é mais planejada. Já tenho o conhecimento em obra convencional, que estou associando a uma nova tecnologia." Dedica-se com afinco à primeira etapa: a produção em série de tijolos ecológicos, uma tecnologia que pesquisou na internet e que também conheceu mais de perto em um dos projetos apoiados pela Fundação Banco do Brasil, onde bate ponto na gerência de pagamentos. "É um tijolo feito com terra e cimento, numa proporção bem mais econômica, que utiliza solo local, mais arenoso, e um pouco de água, sem necessidade de colocar no forno para queimar." Cada bloco fica uma semana ao sol, em processo de cura, necessitando ser molhado duas vezes ao dia, única tarefa terceirizada no processo até aqui. SEM QUEIMAR LENHA O tijolo convencional utiliza argila e vai ao forno a uma temperatura de 1.800°C. "É um processo antiecológico, pois usa lenha na queima e produz gases", diz. Simino lembra entusiasmado que a "nova tecnologia verde" é, na verdade, a recuperação de uma técnica milenar. Tijolos ecológicos têm sido desenvolvidos como tecnologia social para utilização em mutirões em áreas carentes. "É uma solução barata e ecologicamente sustentável para a falta de moradia no país", aposta o funcionário público. Ele narra o processo caseiro: "Uso a proporção de dez medidas de terra para uma de cimento". A mistura vai para um máquina que faz a prensa dos tijolos de encaixe. "É um lego, já que eles vão ser encaixados um a um. Parece diversão." Até chegar a hora de levantar paredes, eles precisar produzir os 6.000 tijolos necessários para a obra. Em três meses de trabalho, ele já contabiliza 2.200 unidades, um terço do que vai precisar para dar forma à edícula desenhada para ocupar o fundo do terreno. CASINHA X CASARÃO A ideia é começar a obra em junho, ficando os alicerces de uma casinha de 55 m², com dois quartos, cozinha e banheiro. "Vai ser a minha casa sem dívida", brinca ele, parodiando o Minha Casa Minha Vida, programa de moradia popular do Governo Federal. "Não estou apelando para nenhum tipo de financiamento. É na base do sacrifício. Vou juntando daqui e dali. Não é fácil. o trabalho é pesado, mas vale a pena." Um contraste e tanto com as tarefas burocrática ao longo da semana. No entanto, fabricar tijolos trouxe um benefício extra para Simino. "Estou mais saudável, perdi peso e melhorou minha disposição." A saúde financeira também agradece. Cada tijolo ecológico tem o custo final de R$ 0,25, dez centavos mais barato que o tradicional. O funcionário público estima um gasto de uns R$ 15 mil para erguer a residência. "Se fosse contratar mão de obra e fazer um obra convencional ia gastar por baixo R$ 30 mil." Residências na área são anunciadas a R$ 200 mil. O feliz proprietário planeja plantar ali um casarão no futuro. "Quando estiver morando lá, quero ir construindo aos poucos uma casa maior, de verdade, com a mesma técnica e também com minhas próprias forças." O importante é se livrar do aluguel de R$ 1.300 por um apartamento de 48 m², menor do que a primeira etapa do seu sonho de moradia sustentável. "No início, o pessoal me chamava de louco", conta. Ele rebatia: "Por que temos que pagar para fazer uma casa? Onde fica o prazer de realizar?" Os vizinhos que olhavam torto quando o viam chegar todo sujo de terra, agora começam a abrir os olhos para a conquista tijolo a tijolo do "construtor de fim de semana".
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Falha no cadastro de senhas atrapalha inscrições no Sisu; saiba o que fazer
Alunos que tentam fazer inscrição no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) estão enfrentando dificuldades na hora de acessar o sistema, que está aberto desde a madrugada desta segunda (29). O Sisu seleciona candidatos com base na nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os sistemas, portanto, são integrados: para acessar o Sisu, é preciso ter o número de inscrição e a senha cadastrada no Enem 2016. A estudante Thalita Furtado, 18, conta que só conseguiu acessar o Sisu depois de trocar sua senha, mesmo a anterior estando correta. "Eu colocava o número da inscrição de 2016 e a senha antiga. Quando tentava entrar, dizia que o login ou senha estavam inválidos", diz. "Quando solicitei uma senha nova pela página do participante, enviaram uma temporária para o meu e-mail e aí consegui entrar", explica. A estudante Lara Brena, 20, diz ter passado pela mesma situação. "Apenas sei que, após alterar a senha desse ano, consegui me inscrever no Sisu", conta. Outros candidatos ouvidos pelo UOL relataram ter passado pelos mesmos problemas. Eles ressaltaram que os dados de número de inscrição e a senha inseridos por ele estavam certos. Procurado pela reportagem, o MEC (Ministério da Educação) afirmou estar ciente dos problemas. Segundo a pasta, a orientação é para que candidatos que tenham dificuldades em acessar o sistema do Sisu troquem suas senhas no site do Sisu. "O Ministério da Educação e o Inep identificaram um problema no cadastro das senhas de alguns usuários do Sisu e já estão orientando esses estudantes que tiveram dificuldade a alterarem a senha no site do Inep para solucionar o problema", declarou o MEC. No início do ano, candidatos que fizeram a segunda aplicação do Enem 2016 também relataram problemas para acessar o sistema do Sisu. COMO FUNCIONA O SISU Para esta edição do Sisu de meio de ano, são oferecidas ao todo 51.913 vagas para 1.463 cursos em 63 universidades e institutos federais. As inscrições podem ser feitas até as 23h59 do dia 1º de junho. A cada ano são abertas duas edições –uma para o primeiro e outra para o segundo semestre. Após a abertura das inscrições, as notas de corte de cada curso (tanto pelo sistema universal quanto pelo sistema de cotas) são divulgadas uma vez a cada dia. Além disso, o candidato pode consultar sua classificação parcial nas opções de curso feitas por ele. Durante todo o período de inscrições, os candidatos podem alterar suas escolhas de curso e também de instituição de ensino. Ao final das inscrições, caso o candidato tenha nota suficiente para ser convocado em suas duas escolhas, ele será chamado no curso que marcou como primeira opção. O cálculo diário das notas de corte leva em conta o total de candidatos inscritos em cada curso e o número de vagas disponíveis. A nota de corte válida, no entanto, é aquela registrada no último dia de inscrições.
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Falha no cadastro de senhas atrapalha inscrições no Sisu; saiba o que fazerAlunos que tentam fazer inscrição no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) estão enfrentando dificuldades na hora de acessar o sistema, que está aberto desde a madrugada desta segunda (29). O Sisu seleciona candidatos com base na nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os sistemas, portanto, são integrados: para acessar o Sisu, é preciso ter o número de inscrição e a senha cadastrada no Enem 2016. A estudante Thalita Furtado, 18, conta que só conseguiu acessar o Sisu depois de trocar sua senha, mesmo a anterior estando correta. "Eu colocava o número da inscrição de 2016 e a senha antiga. Quando tentava entrar, dizia que o login ou senha estavam inválidos", diz. "Quando solicitei uma senha nova pela página do participante, enviaram uma temporária para o meu e-mail e aí consegui entrar", explica. A estudante Lara Brena, 20, diz ter passado pela mesma situação. "Apenas sei que, após alterar a senha desse ano, consegui me inscrever no Sisu", conta. Outros candidatos ouvidos pelo UOL relataram ter passado pelos mesmos problemas. Eles ressaltaram que os dados de número de inscrição e a senha inseridos por ele estavam certos. Procurado pela reportagem, o MEC (Ministério da Educação) afirmou estar ciente dos problemas. Segundo a pasta, a orientação é para que candidatos que tenham dificuldades em acessar o sistema do Sisu troquem suas senhas no site do Sisu. "O Ministério da Educação e o Inep identificaram um problema no cadastro das senhas de alguns usuários do Sisu e já estão orientando esses estudantes que tiveram dificuldade a alterarem a senha no site do Inep para solucionar o problema", declarou o MEC. No início do ano, candidatos que fizeram a segunda aplicação do Enem 2016 também relataram problemas para acessar o sistema do Sisu. COMO FUNCIONA O SISU Para esta edição do Sisu de meio de ano, são oferecidas ao todo 51.913 vagas para 1.463 cursos em 63 universidades e institutos federais. As inscrições podem ser feitas até as 23h59 do dia 1º de junho. A cada ano são abertas duas edições –uma para o primeiro e outra para o segundo semestre. Após a abertura das inscrições, as notas de corte de cada curso (tanto pelo sistema universal quanto pelo sistema de cotas) são divulgadas uma vez a cada dia. Além disso, o candidato pode consultar sua classificação parcial nas opções de curso feitas por ele. Durante todo o período de inscrições, os candidatos podem alterar suas escolhas de curso e também de instituição de ensino. Ao final das inscrições, caso o candidato tenha nota suficiente para ser convocado em suas duas escolhas, ele será chamado no curso que marcou como primeira opção. O cálculo diário das notas de corte leva em conta o total de candidatos inscritos em cada curso e o número de vagas disponíveis. A nota de corte válida, no entanto, é aquela registrada no último dia de inscrições.
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Pista sul da Anchieta terá bloqueio total por 17 horas na próxima semana
O trecho de serra da pista sul da Anchieta, que opera em direção ao Litoral, ficará bloqueado das 22h da próxima terça-feira (24) até as 15h da quarta (25). O motivo do bloqueio é a realização de obras de manutenção e conservação na via. Durante a interdição, a pista norte da rodovia será invertida no sentido da Baixada Santista. A pista norte da Imigrantes será a opção do motorista que quiser subir para a capital paulista. OUTRAS OBRAS Obras acontecerão no sistema Anchieta-Imigrantes durante toda a próxima semana. Por isso, haverá também bloqueios parciais das vias entre segunda e domingo. A Ecovias, concessionária que administra as rodovias, executará obras de pavimentação na pista norte da Anchieta, do Km 29 ao 17, entre segunda e domingo (1º), das 21h às 5h. Os trabalhos acontecem simultaneamente na pista sul, entre o km 21 e 23. As faixas, em ambos os sentidos, serão bloqueadas alternadamente. A concessionária também realiza, entre a segunda e a sexta-feira, obras de manutenção da sinalização horizontal de toda a Anchieta, em ambos os sentidos. Os serviços acontecerão das 8h às 14h e das 21h às 4h. As interdições ocorrerão de maneira alternada nas faixas e no acostamento, exceto no trecho de serra (entre o km 40 e o 55), que não terá bloqueios. Os trabalhos de sinalização horizontal também acontecerão nos dois sentidos da Imigrantes, também entre segunda e sexta, nos seguintes trechos: do km 11,5 ao 17; do 22 ao 47 e do 58 ao 70. As obras ocorrerão das 8h às 14h e das 21h às 4h. As faixas serão interditadas de maneira alternada, exceto no trecho de serra (entre o km 40 e o 47), que também não terá bloqueios. Na Baixada Santista, a Ecovias realiza serviços de conservação das juntas de dilatação em ambos os sentidos da Cônego Domênico Rangoni, do km 266 ao 269. Os reparos acontecem entre a segunda e a sexta, das 8h às 14h. As faixas 1, 2, 3 e o acostamento serão bloqueados alternadamente. TRANSPORTE DE CARGAS ESPECIAIS Além da interdição parcial por causa das obras, a pista norte da rodovia dos Imigrantes receberá, nesta semana, a passagem de cargas com tamanho superdimensionado segunda quarta e quinta das 23h30 às 5h. A via será bloqueada e, durante este período. O motorista que seguir em direção a São Paulo deverá optar por subir a serra pela Anchieta.
cotidiano
Pista sul da Anchieta terá bloqueio total por 17 horas na próxima semanaO trecho de serra da pista sul da Anchieta, que opera em direção ao Litoral, ficará bloqueado das 22h da próxima terça-feira (24) até as 15h da quarta (25). O motivo do bloqueio é a realização de obras de manutenção e conservação na via. Durante a interdição, a pista norte da rodovia será invertida no sentido da Baixada Santista. A pista norte da Imigrantes será a opção do motorista que quiser subir para a capital paulista. OUTRAS OBRAS Obras acontecerão no sistema Anchieta-Imigrantes durante toda a próxima semana. Por isso, haverá também bloqueios parciais das vias entre segunda e domingo. A Ecovias, concessionária que administra as rodovias, executará obras de pavimentação na pista norte da Anchieta, do Km 29 ao 17, entre segunda e domingo (1º), das 21h às 5h. Os trabalhos acontecem simultaneamente na pista sul, entre o km 21 e 23. As faixas, em ambos os sentidos, serão bloqueadas alternadamente. A concessionária também realiza, entre a segunda e a sexta-feira, obras de manutenção da sinalização horizontal de toda a Anchieta, em ambos os sentidos. Os serviços acontecerão das 8h às 14h e das 21h às 4h. As interdições ocorrerão de maneira alternada nas faixas e no acostamento, exceto no trecho de serra (entre o km 40 e o 55), que não terá bloqueios. Os trabalhos de sinalização horizontal também acontecerão nos dois sentidos da Imigrantes, também entre segunda e sexta, nos seguintes trechos: do km 11,5 ao 17; do 22 ao 47 e do 58 ao 70. As obras ocorrerão das 8h às 14h e das 21h às 4h. As faixas serão interditadas de maneira alternada, exceto no trecho de serra (entre o km 40 e o 47), que também não terá bloqueios. Na Baixada Santista, a Ecovias realiza serviços de conservação das juntas de dilatação em ambos os sentidos da Cônego Domênico Rangoni, do km 266 ao 269. Os reparos acontecem entre a segunda e a sexta, das 8h às 14h. As faixas 1, 2, 3 e o acostamento serão bloqueados alternadamente. TRANSPORTE DE CARGAS ESPECIAIS Além da interdição parcial por causa das obras, a pista norte da rodovia dos Imigrantes receberá, nesta semana, a passagem de cargas com tamanho superdimensionado segunda quarta e quinta das 23h30 às 5h. A via será bloqueada e, durante este período. O motorista que seguir em direção a São Paulo deverá optar por subir a serra pela Anchieta.
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Inquérito da Polícia Federal investiga suposta fraude em obra do Rodoanel
A Polícia Federal em São Paulo instaurou um inquérito para investigar um suposto superfaturamento em aditivos de obras do trecho norte do Rodoanel. As obras foram contratadas pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), empresa estatal controlada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB). A Polícia Federal investiga se o aumento de R$ 170 milhões nos custos da obra de terraplenagem em seis lotes da construção do trecho norte da rodovia foi autorizado pela estatal para beneficiar empreiteiras. A instauração do inquérito foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Segundo a reportagem, o maior acréscimo, de 385,6%, foi registrado no lote 2, sob a responsabilidade da construtora OAS –implicada na Operação Lava Jato. O aumento representaria um valor de R$ 423,7 milhões. O segundo maior acréscimo, de acordo com a reportagem, foi de 69,8% e ocorreu no lote 1, tocado pelo consórcio Mendes Júnior/Isolux Corsán. À Folha o presidente da Dersa, Laurence Casagrande, disse que os valores informados pelo ex-prestador de serviços são mentirosos. "Não foram feitos aditivos nesses valores. Não existe acréscimo de R$ 420 milhões. O acréscimo nos seis lotes do contrato, no serviço de terraplenagem, é de R$ 170,2 milhões", disse Casagrande. A denúncia foi feita, de acordo com a Dersa, por um ex-funcionário de uma empresa que prestava serviços para a empresa do Estado. "Essas denúncias foram apuradas por auditoria instalada pela própria Dersa. Em seguida, mesmo considerando-as desprovidas de fundamentos razoáveis, a Dersa as encaminhou à Corregedoria Geral da Administração, e solicitou a abertura de investigação". Casagrande disse ainda que "o valor global desses contratos não aumentou, ele diminuiu". De acordo com o presidente da estatal, a denúncia fala de um item dos projetos cujo preço aumentou –terraplenagem–, "mas há outros itens em que houve redução". Ele diz que houve redução no valor de encargos, por isso houve um desconto nos contratos do Rodoanel. Segundo Casagrande, houve uma redução de mais de R$ 20 milhões. O Ministério Público comunicou a Dersa nesta terça-feira (22) que há um procedimento preparatório que trata da mesma denúncia. Laurence Casagrande disse ainda que "a Dersa não entende que existe fraude e não sabemos se há ou não esse inquérito na Polícia Federal. Temos todo o interesse em colaborar com uma eventual investigação. Os dados apresentados pelo denunciante são inverídicos", concluiu. A Polícia Federal confirmou que o inquérito está em andamento, mas não deu detalhes da investigação porque ela ainda não foi concluída. Até o momento, o Ministério Público Federal em São Paulo não se pronunciou sobre a abertura de procedimento. LITÍGIO No começo deste mês, a Justiça aceitou recurso da Dersa e mandou arquivar uma ação do consórcio Queiroz Galvão/Constran contra a estatal. As duas construtoras pedem R$ 280 milhões, com juros e correção monetária, por atrasos na execução do Rodoanel Mario Covas. O consórcio venceu licitação em 1998 para construir cinco dos seis lotes do trecho oeste do Rodoanel. No Judiciário, disse que teve prejuízo e sofreu desequilíbrio financeiro por falhas de responsabilidade da Dersa. Os contratos chegavam a quase R$ 283 milhões. Entre as queixas do consórcio, estão atrasos em desapropriações, falta de detalhamento do projeto de engenharia e problemas com licenças ambientais. A Dersa afirmou que os contratos foram ajustados para cobrir os gastos e que o consórcio sabia que as obras poderiam durar mais que os 24 meses previstos inicialmente. Elas levaram 50 meses. Procurados, tanto a OAS como o consórcio Mendes Júnior/ Isolux Corsán informaram que não irão comentar o assunto.
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Inquérito da Polícia Federal investiga suposta fraude em obra do RodoanelA Polícia Federal em São Paulo instaurou um inquérito para investigar um suposto superfaturamento em aditivos de obras do trecho norte do Rodoanel. As obras foram contratadas pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), empresa estatal controlada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB). A Polícia Federal investiga se o aumento de R$ 170 milhões nos custos da obra de terraplenagem em seis lotes da construção do trecho norte da rodovia foi autorizado pela estatal para beneficiar empreiteiras. A instauração do inquérito foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Segundo a reportagem, o maior acréscimo, de 385,6%, foi registrado no lote 2, sob a responsabilidade da construtora OAS –implicada na Operação Lava Jato. O aumento representaria um valor de R$ 423,7 milhões. O segundo maior acréscimo, de acordo com a reportagem, foi de 69,8% e ocorreu no lote 1, tocado pelo consórcio Mendes Júnior/Isolux Corsán. À Folha o presidente da Dersa, Laurence Casagrande, disse que os valores informados pelo ex-prestador de serviços são mentirosos. "Não foram feitos aditivos nesses valores. Não existe acréscimo de R$ 420 milhões. O acréscimo nos seis lotes do contrato, no serviço de terraplenagem, é de R$ 170,2 milhões", disse Casagrande. A denúncia foi feita, de acordo com a Dersa, por um ex-funcionário de uma empresa que prestava serviços para a empresa do Estado. "Essas denúncias foram apuradas por auditoria instalada pela própria Dersa. Em seguida, mesmo considerando-as desprovidas de fundamentos razoáveis, a Dersa as encaminhou à Corregedoria Geral da Administração, e solicitou a abertura de investigação". Casagrande disse ainda que "o valor global desses contratos não aumentou, ele diminuiu". De acordo com o presidente da estatal, a denúncia fala de um item dos projetos cujo preço aumentou –terraplenagem–, "mas há outros itens em que houve redução". Ele diz que houve redução no valor de encargos, por isso houve um desconto nos contratos do Rodoanel. Segundo Casagrande, houve uma redução de mais de R$ 20 milhões. O Ministério Público comunicou a Dersa nesta terça-feira (22) que há um procedimento preparatório que trata da mesma denúncia. Laurence Casagrande disse ainda que "a Dersa não entende que existe fraude e não sabemos se há ou não esse inquérito na Polícia Federal. Temos todo o interesse em colaborar com uma eventual investigação. Os dados apresentados pelo denunciante são inverídicos", concluiu. A Polícia Federal confirmou que o inquérito está em andamento, mas não deu detalhes da investigação porque ela ainda não foi concluída. Até o momento, o Ministério Público Federal em São Paulo não se pronunciou sobre a abertura de procedimento. LITÍGIO No começo deste mês, a Justiça aceitou recurso da Dersa e mandou arquivar uma ação do consórcio Queiroz Galvão/Constran contra a estatal. As duas construtoras pedem R$ 280 milhões, com juros e correção monetária, por atrasos na execução do Rodoanel Mario Covas. O consórcio venceu licitação em 1998 para construir cinco dos seis lotes do trecho oeste do Rodoanel. No Judiciário, disse que teve prejuízo e sofreu desequilíbrio financeiro por falhas de responsabilidade da Dersa. Os contratos chegavam a quase R$ 283 milhões. Entre as queixas do consórcio, estão atrasos em desapropriações, falta de detalhamento do projeto de engenharia e problemas com licenças ambientais. A Dersa afirmou que os contratos foram ajustados para cobrir os gastos e que o consórcio sabia que as obras poderiam durar mais que os 24 meses previstos inicialmente. Elas levaram 50 meses. Procurados, tanto a OAS como o consórcio Mendes Júnior/ Isolux Corsán informaram que não irão comentar o assunto.
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