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Unicamp aplica 1ª fase do vestibular neste domingo; portão fecha às 13h
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realiza neste domingo (22) o exame da primeira fase de seu vestibular. Cerca de 77.760 candidatos, segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular, devem participar dessa primeira etapa. Esse é o sétimo ano consecutivo em que a universidade registra recorde no número de inscrições. Nos dois últimos exames, a Unicamp recebeu cerca de 73.818 e 77.146 inscritos, respectivamente. Apesar disso, a relação de candidatos por vaga praticamente se manteve: 23,4 nesta edição ante 23,2 em 2015. A prova da primeira fase é composta de 90 questões de múltipla escolha, distribuídas da seguinte maneira: 14 questões de língua portuguesa e literaturas, 14 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 1 de filosofia, 1 de sociologia, 10 de física, 10 de química, 10 de biologia, 8 de inglês, além de 4 questões interdisciplinares. Cada questão terá quatro alternativas e o tempo máximo de prova é de cinco horas e o mínimo de três horas e trinta minutos. Os candidatos disputarão 3.320 vagas distribuídas em 70 cursos de graduação da Unicamp. O exame começa às 13h, mas a recomendação da Comvest é que os candidatos cheguem com pelo menos uma hora de antecedência ao local do exame –para a consulta é necessário apenas digitar o nome ou o número de inscrição. Quem chegar depois desse horário não poderá participar do exame. Os candidatos, segundo a Comvest, deverão levar RG indicado na inscrição, caneta de cor preta em material transparente, lápis preto e borracha. O vestibulando também pode usar régua transparente e compasso. O certame será aplicado em 25 cidades do Estado de São Paulo e no Distrito Federal. Os municípios com exames são: Araçatuba, Avaré, Bauru, Campinas, Franca, Guaratinguetá, Guarulhos, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba e Sumaré. CONCORRÊNCIA O curso de medicina continua liderando a lista das carreiras mais concorridas, com 220 c/v (candidatos por vaga). Em seguida vem arquitetura e urbanismo (111 c/v), comunicação social-midialogia (50 c/v), ciências biológicas - integral (45,4 c/v), engenharia civil (45 c/v ), engenharia química - integral (37 c/v), engenharia de produção (34 c/v), artes cênicas (28 c/v), ciência da computação - noturno (26,3 c/v), história (26,2 c/v) e engenharia mecânica - integral (26,2 c/v). A Comvest também registrou aumento do número de candidatos de escolas da rede pública –índice subiu de 26,6% para 28,1% este ano. Já entre os candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (de acordo com a nomenclatura utilizada pelo IBGE), o aumento foi de 12,3% para 19,4% do total de inscritos este ano. HABILIDADES ESPECÍFICAS As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança ocorrerão no período de 25 a 28 de janeiro de 2016. Os candidatos ao curso de música realizaram o exame específico entre os dias 24 e 28 de setembro. PONTOS EXTRAS Após dois anos de discussões, a Unicamp aprovou novas regras para facilitar a entrada nos cursos da instituição dos alunos provenientes de escolas públicas e dos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas –de acordo com a nomenclatura empregada pela instituição. Segundo as novas regras, os alunos dessas categorias recebem pontos de bonificação já na primeira fase do vestibular. Antes, os bônus só eram concedidos na segunda fase, após ele ser aprovado na primeira, de múltipla escolha. De acordo com as novas regras, serão 60 pontos para o estudante de escola pública e mais 20 para o que declarar à Unicamp ser preto, pardo ou indígena. Na segunda fase, as categorias ganham 90 pontos na redação e 90 nas provas dissertativas –mais 30, nos casos de negros, mulatos e indígenas. As novas medidas foram aprovadas nesta semana pelo Consu (Conselho Universitário), órgão máximo de deliberação da Unicamp, dentro do Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social). SEGUNDA FASE No dia 14 de dezembro, a instituição divulgará a lista de aprovados na primeira fase, com os locais de provas da segunda e as notas de corte. A segunda etapa do vestibular acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de janeiro de 2016. Este ano, a Unicamp ampliou o limite máximo de candidatos convocados para a segunda etapa em cursos de alta demanda, com 200 ou mais candidatos por vaga. Nesses cursos, o limite será de dez vezes o número de vagas do curso –antes esse índice era de oito vezes o número de vagas. Os limites para os demais cursos permanecem os mesmos: nos cursos com até 100 candidatos por vaga, o limite de convocação para a próxima etapa será de no máximo seis vezes o número de vagas e nos cursos com concorrência entre 100 e 199, será de no máximo oito vezes o número de vagas. APROVADOS A Unicamp divulgará no dia 12 de fevereiro de 2015 a primeira chamada para matrícula não presencial. Os convocados deverão fazer a matrícula a partir das 8h do dia 13 até as 18h do dia 14 de fevereiro pela internet, na página da Comvest, usando o número de inscrição e senha. O candidato convocado que não fizer a matrícula, perde o direito à vaga e não poderá ser chamado nas próximas listas. No dia 15 de fevereiro, a comissão divulgará as notas da segunda fase e a classificação. Os aprovados na segunda chamada serão anunciados no dia 16 de fevereiro às 12h, mesma data em que os aprovados na primeira chamada terão de ir à universidade para fazer a matrícula presencial. Para mais informações, leia o manual do candidato
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Unicamp aplica 1ª fase do vestibular neste domingo; portão fecha às 13hA Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realiza neste domingo (22) o exame da primeira fase de seu vestibular. Cerca de 77.760 candidatos, segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular, devem participar dessa primeira etapa. Esse é o sétimo ano consecutivo em que a universidade registra recorde no número de inscrições. Nos dois últimos exames, a Unicamp recebeu cerca de 73.818 e 77.146 inscritos, respectivamente. Apesar disso, a relação de candidatos por vaga praticamente se manteve: 23,4 nesta edição ante 23,2 em 2015. A prova da primeira fase é composta de 90 questões de múltipla escolha, distribuídas da seguinte maneira: 14 questões de língua portuguesa e literaturas, 14 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 1 de filosofia, 1 de sociologia, 10 de física, 10 de química, 10 de biologia, 8 de inglês, além de 4 questões interdisciplinares. Cada questão terá quatro alternativas e o tempo máximo de prova é de cinco horas e o mínimo de três horas e trinta minutos. Os candidatos disputarão 3.320 vagas distribuídas em 70 cursos de graduação da Unicamp. O exame começa às 13h, mas a recomendação da Comvest é que os candidatos cheguem com pelo menos uma hora de antecedência ao local do exame –para a consulta é necessário apenas digitar o nome ou o número de inscrição. Quem chegar depois desse horário não poderá participar do exame. Os candidatos, segundo a Comvest, deverão levar RG indicado na inscrição, caneta de cor preta em material transparente, lápis preto e borracha. O vestibulando também pode usar régua transparente e compasso. O certame será aplicado em 25 cidades do Estado de São Paulo e no Distrito Federal. Os municípios com exames são: Araçatuba, Avaré, Bauru, Campinas, Franca, Guaratinguetá, Guarulhos, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba e Sumaré. CONCORRÊNCIA O curso de medicina continua liderando a lista das carreiras mais concorridas, com 220 c/v (candidatos por vaga). Em seguida vem arquitetura e urbanismo (111 c/v), comunicação social-midialogia (50 c/v), ciências biológicas - integral (45,4 c/v), engenharia civil (45 c/v ), engenharia química - integral (37 c/v), engenharia de produção (34 c/v), artes cênicas (28 c/v), ciência da computação - noturno (26,3 c/v), história (26,2 c/v) e engenharia mecânica - integral (26,2 c/v). A Comvest também registrou aumento do número de candidatos de escolas da rede pública –índice subiu de 26,6% para 28,1% este ano. Já entre os candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (de acordo com a nomenclatura utilizada pelo IBGE), o aumento foi de 12,3% para 19,4% do total de inscritos este ano. HABILIDADES ESPECÍFICAS As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança ocorrerão no período de 25 a 28 de janeiro de 2016. Os candidatos ao curso de música realizaram o exame específico entre os dias 24 e 28 de setembro. PONTOS EXTRAS Após dois anos de discussões, a Unicamp aprovou novas regras para facilitar a entrada nos cursos da instituição dos alunos provenientes de escolas públicas e dos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas –de acordo com a nomenclatura empregada pela instituição. Segundo as novas regras, os alunos dessas categorias recebem pontos de bonificação já na primeira fase do vestibular. Antes, os bônus só eram concedidos na segunda fase, após ele ser aprovado na primeira, de múltipla escolha. De acordo com as novas regras, serão 60 pontos para o estudante de escola pública e mais 20 para o que declarar à Unicamp ser preto, pardo ou indígena. Na segunda fase, as categorias ganham 90 pontos na redação e 90 nas provas dissertativas –mais 30, nos casos de negros, mulatos e indígenas. As novas medidas foram aprovadas nesta semana pelo Consu (Conselho Universitário), órgão máximo de deliberação da Unicamp, dentro do Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social). SEGUNDA FASE No dia 14 de dezembro, a instituição divulgará a lista de aprovados na primeira fase, com os locais de provas da segunda e as notas de corte. A segunda etapa do vestibular acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de janeiro de 2016. Este ano, a Unicamp ampliou o limite máximo de candidatos convocados para a segunda etapa em cursos de alta demanda, com 200 ou mais candidatos por vaga. Nesses cursos, o limite será de dez vezes o número de vagas do curso –antes esse índice era de oito vezes o número de vagas. Os limites para os demais cursos permanecem os mesmos: nos cursos com até 100 candidatos por vaga, o limite de convocação para a próxima etapa será de no máximo seis vezes o número de vagas e nos cursos com concorrência entre 100 e 199, será de no máximo oito vezes o número de vagas. APROVADOS A Unicamp divulgará no dia 12 de fevereiro de 2015 a primeira chamada para matrícula não presencial. Os convocados deverão fazer a matrícula a partir das 8h do dia 13 até as 18h do dia 14 de fevereiro pela internet, na página da Comvest, usando o número de inscrição e senha. O candidato convocado que não fizer a matrícula, perde o direito à vaga e não poderá ser chamado nas próximas listas. No dia 15 de fevereiro, a comissão divulgará as notas da segunda fase e a classificação. Os aprovados na segunda chamada serão anunciados no dia 16 de fevereiro às 12h, mesma data em que os aprovados na primeira chamada terão de ir à universidade para fazer a matrícula presencial. Para mais informações, leia o manual do candidato
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As fotos do antropólogo e outras seis indicações culturais
EXPOSIÇÃO | ELISA BRACHER Na individual "Luctus Lutum" a artista (São Paulo, 1965) expõe uma instalação feita de barro que ocupa o térreo da galeria e a escultura animada "Pulmão", que tratam da morte de sua mãe, no começo deste ano. Ela exibe ainda fotografias feitas em 2014 durante residência artística em um navio, no Círculo Polar Ártico. galeria Raquel Arnaud | tel. (11) 3083-6322 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 12h às 16h | grátis | até 24/10 HQ | PÍLULAS AZUIS Na história do suíço Frederik Peeters publicada pela primeira vez em 2001, ele conta sua história de amor com Cati, portadora do vírus HIV. A edição brasileira traz um epílogo que fala sobre como a família tem vivido desde então. trad. Fernando Scheibe | Nemo | R$ 39,90 (208 págs.) * TEATRO | WHY THE HORSE? A atriz e diretora Maria Alice Vergueiro encena sua morte nesse espetáculo-happening. Ela, que chegou aos 80 anos em janeiro último, é acompanhada no palco pelo grupo Pândega. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 | sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h | R$ 20 | até 6/9 * EXPOSIÇÃO | EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO Com curadoria de Eduardo Sterzi e Veronica Stigger, o antropólogo expõe, em "Variações do Corpo Selvagem", 400 fotografias, muitas delas pela primeira vez, como as feitas nos anos 1970, quando trabalhou com o cineasta Ivan Cardoso, e as realizadas em tribos indígenas. Ao longo dos três meses da mostra, o Sesc promove programação paralela, como o show de Arto Lindsay, sábado (29), às 21h, e domingo (30), às 18h, R$ 20. Sesc Ipiranga e parque da Independência | tel. (11) 3340-2000 abertura no sáb. (29), às 16h | no Sesc, de ter. a sex., das 12h às 21h; sáb., das 10h às 21h30; dom. e feriados, das 10h às 18h; no parque, diariamente, das 7h30 às 20h | grátis | até 29/11 EXPOSIÇÃO E SEMINÁRIO | ÁLBUM DE FAMÍLIA Com cerca de 40 obras de artistas como Adriana Varejão, Bill Viola, Jonathas de Andrade e Rosângela Rennó, a mostra sob curadoria de Daniella Géo organiza série de palestras. Participam dos seminários os artistas da dupla Dias & Riedweg, a antropóloga Bárbara Copque e outros profissionais da área de saúde e psicologia. Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica - Rio | tel. (21) 2232-4213 | de ter. (25) a qui. (27) | grátis; senhas meia hora antes | expo seg., qua. e sex., das 14h às 20h; ter., qui., sáb. e feriados, das 10h às 17h | até 19/9 * FEIRA LITERÁRIA | CAFÉ AMSTERDÃ O evento reúne debates, entrevistas, filmes e exposições com holandeses e brasileiros no Rio e em São Paulo –onde acontece, na quarta (26), uma abertura festiva na Casa das Rosas. No sábado (29), no mesmo lugar, haverá leitura poética com Arjen Duinker, Fabricio Corsaletti e Arnaldo Antunes. Entre outros convidados, estão os holandeses Toine Heijmans, que lançou no "No Mar" (Cosac Naify), e Tommy Wieringa. programação completa em www.letterenfonds.nl/events/brasil | de qua. (26) a 5/9 | grátis * LIVRO | UM ANO O volume do escritor chileno Juan Emar (1893-1964) é composto por 12 histórias escritas como que em um diário, com uma entrada a cada mês. O poeta Pablo Neruda dizia que ele era o Kafka do Chile, por conta de seu universo povoado de absurdos. trad. Pablo Cardellino Soto Rocco | R$ 24,50 (128 págs.)
ilustrissima
As fotos do antropólogo e outras seis indicações culturaisEXPOSIÇÃO | ELISA BRACHER Na individual "Luctus Lutum" a artista (São Paulo, 1965) expõe uma instalação feita de barro que ocupa o térreo da galeria e a escultura animada "Pulmão", que tratam da morte de sua mãe, no começo deste ano. Ela exibe ainda fotografias feitas em 2014 durante residência artística em um navio, no Círculo Polar Ártico. galeria Raquel Arnaud | tel. (11) 3083-6322 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 12h às 16h | grátis | até 24/10 HQ | PÍLULAS AZUIS Na história do suíço Frederik Peeters publicada pela primeira vez em 2001, ele conta sua história de amor com Cati, portadora do vírus HIV. A edição brasileira traz um epílogo que fala sobre como a família tem vivido desde então. trad. Fernando Scheibe | Nemo | R$ 39,90 (208 págs.) * TEATRO | WHY THE HORSE? A atriz e diretora Maria Alice Vergueiro encena sua morte nesse espetáculo-happening. Ela, que chegou aos 80 anos em janeiro último, é acompanhada no palco pelo grupo Pândega. Centro Cultural São Paulo | tel. (11) 3397-4002 | sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h | R$ 20 | até 6/9 * EXPOSIÇÃO | EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO Com curadoria de Eduardo Sterzi e Veronica Stigger, o antropólogo expõe, em "Variações do Corpo Selvagem", 400 fotografias, muitas delas pela primeira vez, como as feitas nos anos 1970, quando trabalhou com o cineasta Ivan Cardoso, e as realizadas em tribos indígenas. Ao longo dos três meses da mostra, o Sesc promove programação paralela, como o show de Arto Lindsay, sábado (29), às 21h, e domingo (30), às 18h, R$ 20. Sesc Ipiranga e parque da Independência | tel. (11) 3340-2000 abertura no sáb. (29), às 16h | no Sesc, de ter. a sex., das 12h às 21h; sáb., das 10h às 21h30; dom. e feriados, das 10h às 18h; no parque, diariamente, das 7h30 às 20h | grátis | até 29/11 EXPOSIÇÃO E SEMINÁRIO | ÁLBUM DE FAMÍLIA Com cerca de 40 obras de artistas como Adriana Varejão, Bill Viola, Jonathas de Andrade e Rosângela Rennó, a mostra sob curadoria de Daniella Géo organiza série de palestras. Participam dos seminários os artistas da dupla Dias & Riedweg, a antropóloga Bárbara Copque e outros profissionais da área de saúde e psicologia. Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica - Rio | tel. (21) 2232-4213 | de ter. (25) a qui. (27) | grátis; senhas meia hora antes | expo seg., qua. e sex., das 14h às 20h; ter., qui., sáb. e feriados, das 10h às 17h | até 19/9 * FEIRA LITERÁRIA | CAFÉ AMSTERDÃ O evento reúne debates, entrevistas, filmes e exposições com holandeses e brasileiros no Rio e em São Paulo –onde acontece, na quarta (26), uma abertura festiva na Casa das Rosas. No sábado (29), no mesmo lugar, haverá leitura poética com Arjen Duinker, Fabricio Corsaletti e Arnaldo Antunes. Entre outros convidados, estão os holandeses Toine Heijmans, que lançou no "No Mar" (Cosac Naify), e Tommy Wieringa. programação completa em www.letterenfonds.nl/events/brasil | de qua. (26) a 5/9 | grátis * LIVRO | UM ANO O volume do escritor chileno Juan Emar (1893-1964) é composto por 12 histórias escritas como que em um diário, com uma entrada a cada mês. O poeta Pablo Neruda dizia que ele era o Kafka do Chile, por conta de seu universo povoado de absurdos. trad. Pablo Cardellino Soto Rocco | R$ 24,50 (128 págs.)
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Simples Doméstico esbarra na incompetência, declara leitora
Um alívio ler A fábrica de trapalhadas da doutora, de Elio Gaspari. Após horas diante do computador para cadastrar um empregado e tentar emitir a guia de pagamento, impotente diante do autoritarismo, da arrogância e da mentira, faz bem ler um texto como esse. O cadastramento dos empregados domésticos foi um programa justo, mas eivado de populismo, demagogia e incompetência. Insuflou empregados contra empregadores. Lançado com pirotecnia, esbarra na incompetência. MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG) * Pela leitura diária, percebe-se que o Simples Doméstico não é tão simples assim. Muitas e muitas pessoas, no eSocial, não conseguem obter a guia para pagamento dos encargos do trabalho doméstico. Ou seja, querem cumprir suas obrigações, mas não conseguem o documento necessário. E a "culpa" não é dos contribuintes, que isso fique bem claro. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Simples Doméstico esbarra na incompetência, declara leitoraUm alívio ler A fábrica de trapalhadas da doutora, de Elio Gaspari. Após horas diante do computador para cadastrar um empregado e tentar emitir a guia de pagamento, impotente diante do autoritarismo, da arrogância e da mentira, faz bem ler um texto como esse. O cadastramento dos empregados domésticos foi um programa justo, mas eivado de populismo, demagogia e incompetência. Insuflou empregados contra empregadores. Lançado com pirotecnia, esbarra na incompetência. MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG) * Pela leitura diária, percebe-se que o Simples Doméstico não é tão simples assim. Muitas e muitas pessoas, no eSocial, não conseguem obter a guia para pagamento dos encargos do trabalho doméstico. Ou seja, querem cumprir suas obrigações, mas não conseguem o documento necessário. E a "culpa" não é dos contribuintes, que isso fique bem claro. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Descuido no centro aumenta sensação de insegurança e afeta frequência
A sensação de insegurança experimentada pelos frequentadores da região central de São Paulo é ampliada por problemas estruturais da região, como falta de limpeza, iluminação deficiente e a existência de moradores de rua e usuários de droga. O centro está entre as regiões que têm maior ocorrência de furtos na cidade, mas tem poucos registros de crimes violentos, como homicídios ou assaltos. Segundo o ex-secretário nacional de política de drogas Luiz Guilherme Paiva, a sensação de insegurança pode ser tão prejudicial quanto a falta de segurança em si, porque afasta a população e o comércio e segrega frequentadores. "Nos grandes centros, existe uma relação entre a sensação de insegurança e a desorganização, inclusive estética, gerada por cenas de uso de drogas em lugares públicos." Paiva afirmou que é preciso parar de tratar a cracolândia como um problema particular de São Paulo e passar a prestar atenção nas soluções encontradas por outras cidades pelo mundo. É essencial, disse, olhar tanto para a segurança de quem frequenta a região, quanto para a dos próprios usuários, entre os quais a causa de morte mais frequente não acontece pelo uso de drogas, mas por homicídio. Para o vice-presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos, a diversidade de culturas e etnias encontrada na região central é outro fator que pode contribuir para a impressão: "Porque as pessoas se sentem inseguras frente ao desconhecido". Questões como limpeza, iluminação e a falta de jardins bem cuidados e estabelecimentos comerciais funcionando normalmente seriam, na avaliação dele, muito mais importantes do que uma grande presença da polícia no local. "Por isso a requalificação do centro é fundamental. Um lugar muito policiado, como um aeroporto, já geraria inclusive um certo clima de insegurança." Ramos disse também ser favorável à maior descentralização de um dos grandes eventos ocorridos anualmente na região, a Virada Cultural. Ele defende espalhar as ações culturais por toda a cidade, mas sem abrir mão da participação dos equipamentos culturais da área central, que aproveitariam a ocasião para divulgar seus espaços e atrair visitantes. Marcos da Costa, presidente da OAB-SP, pensa diferente. A Virada Cultural deve ter o centro como foco, principalmente para atrair jovens à região. Parte da degradação local, segundo ele, pode ser atribuída à perda de grandes referências culturais. Para Costa, o importante é descobrir quais novas estruturas devem surgir na região para que ela deixe de ser ocupada por usuários de drogas. "Devemos ocupar o centro da cidade com aquilo para o que ele tem vocação hoje: serviços, gastronomia e cultura. Isso fará com que ele volte a ter o papel de centro cultural e palco de grandes manifestações da sociedade."
seminariosfolha
Descuido no centro aumenta sensação de insegurança e afeta frequênciaA sensação de insegurança experimentada pelos frequentadores da região central de São Paulo é ampliada por problemas estruturais da região, como falta de limpeza, iluminação deficiente e a existência de moradores de rua e usuários de droga. O centro está entre as regiões que têm maior ocorrência de furtos na cidade, mas tem poucos registros de crimes violentos, como homicídios ou assaltos. Segundo o ex-secretário nacional de política de drogas Luiz Guilherme Paiva, a sensação de insegurança pode ser tão prejudicial quanto a falta de segurança em si, porque afasta a população e o comércio e segrega frequentadores. "Nos grandes centros, existe uma relação entre a sensação de insegurança e a desorganização, inclusive estética, gerada por cenas de uso de drogas em lugares públicos." Paiva afirmou que é preciso parar de tratar a cracolândia como um problema particular de São Paulo e passar a prestar atenção nas soluções encontradas por outras cidades pelo mundo. É essencial, disse, olhar tanto para a segurança de quem frequenta a região, quanto para a dos próprios usuários, entre os quais a causa de morte mais frequente não acontece pelo uso de drogas, mas por homicídio. Para o vice-presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos, a diversidade de culturas e etnias encontrada na região central é outro fator que pode contribuir para a impressão: "Porque as pessoas se sentem inseguras frente ao desconhecido". Questões como limpeza, iluminação e a falta de jardins bem cuidados e estabelecimentos comerciais funcionando normalmente seriam, na avaliação dele, muito mais importantes do que uma grande presença da polícia no local. "Por isso a requalificação do centro é fundamental. Um lugar muito policiado, como um aeroporto, já geraria inclusive um certo clima de insegurança." Ramos disse também ser favorável à maior descentralização de um dos grandes eventos ocorridos anualmente na região, a Virada Cultural. Ele defende espalhar as ações culturais por toda a cidade, mas sem abrir mão da participação dos equipamentos culturais da área central, que aproveitariam a ocasião para divulgar seus espaços e atrair visitantes. Marcos da Costa, presidente da OAB-SP, pensa diferente. A Virada Cultural deve ter o centro como foco, principalmente para atrair jovens à região. Parte da degradação local, segundo ele, pode ser atribuída à perda de grandes referências culturais. Para Costa, o importante é descobrir quais novas estruturas devem surgir na região para que ela deixe de ser ocupada por usuários de drogas. "Devemos ocupar o centro da cidade com aquilo para o que ele tem vocação hoje: serviços, gastronomia e cultura. Isso fará com que ele volte a ter o papel de centro cultural e palco de grandes manifestações da sociedade."
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Financiamento empresarial e conflito de interesse
"Não existe doação de empresas que não queiram recuperar. Quem me disse isso foram empresários. Se ele doa R$ 5 milhões, ele vai querer recuperar R$ 20 milhões". Bastaria este trecho de uma fala do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, durante a CPI, para justificar a importância do debate sobre financiamento em campanhas eleitorais. As doações de empresas para campanhas de políticos, presentes de forma unânime nos últimos grandes escândalos de corrupção estão em debate na mais alta corte do país e no Congresso Nacional. Seis, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, já se manifestaram pela proibição em ação proposta pela OAB em 2011 contra as doações de empresas. O julgamento, ainda que interrompido por pedido de vistas que já dura 14 meses do Ministro Gilmar Mendes, inclina-se para a proibição. As contribuições de empresas trazem pelo menos três problemas. Ao aportarem milhões à campanha de candidatos, essas organizações causam interferência direta e desigual na disputa eleitoral. Inflam os custos e consequentemente afastam candidatos que não dispõem de tantos recursos. Levantamento da Folha mostra que os custos da última eleição foram de 4,9 bilhões de reais. A terceira razão é que ao aportarem vultuosos recursos, muitas esperam um retorno após a eleição. Como se pode ver nos últimos escândalos de corrupção, no Executivo, muitas vezes estes 'retornos' se concretizam na facilitação ou superfaturamento de contratos. No Legislativo se dá a partir de apadrinhamentos de causas por parte de parlamentares financiados por um setor. Três de cada quatro reais usados nas campanhas eleitorais nas últimas eleições vieram de empresas privadas que, como se viu, podem cobrar a conta, e caro. Não é de todo surpreendente que o projeto de reforma política aprovado em primeira votação na Câmara e que deve ser submetido à uma nova rodada, queira constitucionalizar este tipo de doação. Em 2013, o deputado Guilherme Campos (PSD-SP) assumiu a relatoria de um projeto de lei que aumentava impostos para a indústria de armas e munições (que havia financiado sua campanha), como era de se esperar, seu parecer foi pela rejeição do projeto com acolhimento dos seus pares. O Código de Ética da casa veda essa prática, mas os parlamentares não parecem muito incomodados. O caso de conflito não é isolado. Em 2010, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), apresentou um Projeto para sustar uma consulta pública da Anvisa, visando a proibição de aditivos nos cigarros. O deputado é financiado pela indústria do tabaco. Nas últimas eleições a indústria vem aumentando a doação para partidos e diminuindo para candidatos individuais, o que torna mais difícil rastrear conflitos de interesse. Nas duas situações e nos casos trazidos como exemplo o interesse público fica em segundo plano para beneficiar o interesse privado. A mesma indignação que os brasileiros têm com relação à indicação de parentes por políticos ou juízes se dá neste tema. Isto porque nos dois casos há violação direta a princípios republicanos como os da moralidade e impessoalidade. Em uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha, 92% e 87% dos eleitores afirmaram que não votariam em um candidato se soubessem que ele recebeu respectivamente da indústria de armas e tabaco. No entanto, na mesma pesquisa, 70% dos eleitores se declararam nada informados sobre financiamento de campanhas eleitorais. Dado agravado pelo fato de que a maior parte das prestações de conta só são entregues ao TSE depois das eleições. Espera-se que em 2016 estas distorções sejam corrigidas devolvendo as cartas do jogo para quem é de direito, os cidadãos brasileiros. IVAN MARQUES, 34 advogado, é diretor executivo do Instituto Sou da Paz PAULA JOHNS, 48, socióloga, é diretora executiva da Aliança de Controle ao Tabagismo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Financiamento empresarial e conflito de interesse"Não existe doação de empresas que não queiram recuperar. Quem me disse isso foram empresários. Se ele doa R$ 5 milhões, ele vai querer recuperar R$ 20 milhões". Bastaria este trecho de uma fala do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, durante a CPI, para justificar a importância do debate sobre financiamento em campanhas eleitorais. As doações de empresas para campanhas de políticos, presentes de forma unânime nos últimos grandes escândalos de corrupção estão em debate na mais alta corte do país e no Congresso Nacional. Seis, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, já se manifestaram pela proibição em ação proposta pela OAB em 2011 contra as doações de empresas. O julgamento, ainda que interrompido por pedido de vistas que já dura 14 meses do Ministro Gilmar Mendes, inclina-se para a proibição. As contribuições de empresas trazem pelo menos três problemas. Ao aportarem milhões à campanha de candidatos, essas organizações causam interferência direta e desigual na disputa eleitoral. Inflam os custos e consequentemente afastam candidatos que não dispõem de tantos recursos. Levantamento da Folha mostra que os custos da última eleição foram de 4,9 bilhões de reais. A terceira razão é que ao aportarem vultuosos recursos, muitas esperam um retorno após a eleição. Como se pode ver nos últimos escândalos de corrupção, no Executivo, muitas vezes estes 'retornos' se concretizam na facilitação ou superfaturamento de contratos. No Legislativo se dá a partir de apadrinhamentos de causas por parte de parlamentares financiados por um setor. Três de cada quatro reais usados nas campanhas eleitorais nas últimas eleições vieram de empresas privadas que, como se viu, podem cobrar a conta, e caro. Não é de todo surpreendente que o projeto de reforma política aprovado em primeira votação na Câmara e que deve ser submetido à uma nova rodada, queira constitucionalizar este tipo de doação. Em 2013, o deputado Guilherme Campos (PSD-SP) assumiu a relatoria de um projeto de lei que aumentava impostos para a indústria de armas e munições (que havia financiado sua campanha), como era de se esperar, seu parecer foi pela rejeição do projeto com acolhimento dos seus pares. O Código de Ética da casa veda essa prática, mas os parlamentares não parecem muito incomodados. O caso de conflito não é isolado. Em 2010, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), apresentou um Projeto para sustar uma consulta pública da Anvisa, visando a proibição de aditivos nos cigarros. O deputado é financiado pela indústria do tabaco. Nas últimas eleições a indústria vem aumentando a doação para partidos e diminuindo para candidatos individuais, o que torna mais difícil rastrear conflitos de interesse. Nas duas situações e nos casos trazidos como exemplo o interesse público fica em segundo plano para beneficiar o interesse privado. A mesma indignação que os brasileiros têm com relação à indicação de parentes por políticos ou juízes se dá neste tema. Isto porque nos dois casos há violação direta a princípios republicanos como os da moralidade e impessoalidade. Em uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha, 92% e 87% dos eleitores afirmaram que não votariam em um candidato se soubessem que ele recebeu respectivamente da indústria de armas e tabaco. No entanto, na mesma pesquisa, 70% dos eleitores se declararam nada informados sobre financiamento de campanhas eleitorais. Dado agravado pelo fato de que a maior parte das prestações de conta só são entregues ao TSE depois das eleições. Espera-se que em 2016 estas distorções sejam corrigidas devolvendo as cartas do jogo para quem é de direito, os cidadãos brasileiros. IVAN MARQUES, 34 advogado, é diretor executivo do Instituto Sou da Paz PAULA JOHNS, 48, socióloga, é diretora executiva da Aliança de Controle ao Tabagismo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Para STF, servidores podem superar teto com acúmulo de cargo
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta (27) que servidores públicos podem receber mais de um salário e extrapolar o teto constitucional de R$ 33,7 mil nos casos em que tenham dois empregos. A decisão se aplica a funcionários das áreas de saúde e educação, como médicos e professores, que são autorizados pelo artigo 37 da Constituição a acumular remuneração de dois cargos públicos. Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo julgado pelo plenário do tribunal, juízes e integrantes do Ministério Público podem se enquadrar se acumularem suas funções com a de professor de instituições públicas de ensino. "O segundo emprego tem que ser de professor", disse o ministro. A decisão se restringe ao artigo 37 da Constituição. Categorias que não sejam ligadas às áreas de educação e saúde podem recorrer ao STF para reivindicar o mesmo direito, mas, por enquanto, vale a regra limitada a esses setores. Dez ministros votaram a favor dessa tese. O ministro Edson Fachin ficou sozinho em posição contrária a uma remuneração acima do teto. Para os outros dez, o teto constitucional vale por cada cargo e não para o valor total dos vencimentos. Segundo Marco Aurélio, o limite salarial continua protegendo a administração pública, desde que não viole o direito constitucional da acumulação de cargos. A decisão do Supremo tem efeito de repercussão geral, ou seja, em todas as instâncias do Judiciário, e inclui também as aposentadorias. O impacto nas contas públicas e a quantidade de servidores atingidos pela medida não foram discutidos no Supremo. Há, pelo menos, 88 casos à espera da mesma decisão do STF. ORIGEM O STF julgou um caso de um servidor público estadual do Mato Grosso que atuava como médico na Secretaria de Saúde e na Secretaria de Pública. O Estado do Mato Grosso questionou no Supremo decisão do Tribunal de Justiça local contrária à aplicação do teto na remuneração acumulada de dois cargos exercidos por esse servidor. Durante a votação, os ministros alegaram que a restrição dos salários é uma violação à "irredutibilidade de vencimentos", desrespeita o princípio da estabilidade e desvaloriza o valor do trabalho. "Se a Constituição não quer que se pague dois salários, não deve permitir que se acumulem dois cargos", disse o ministro Alexandre de Moraes. "Se não quer que o poder público pague, não pode permitir que trabalhe. Senão, há desigualdade", acrescentou. Para o ministro Luís Roberto Barroso, "impedir que alguém que acumule legitimamente dois cargos receba adequadamente por eles significa violar o direito fundamental que é do trabalho remunerado". Segundo ele, isso "seria impor um trabalho não remunerado". Diz o texto da Constituição: "É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto (...) a de dois cargos de professor; a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas". Voto vencido, Fachin alegou que a "a garantia da irredutibilidade só se aplicaria se o padrão remuneratório nominal tiver sido, então, obtido de acordo com o direito e compreendido dentro do limite máximo fixado pela Constituição".
poder
Para STF, servidores podem superar teto com acúmulo de cargoO STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta (27) que servidores públicos podem receber mais de um salário e extrapolar o teto constitucional de R$ 33,7 mil nos casos em que tenham dois empregos. A decisão se aplica a funcionários das áreas de saúde e educação, como médicos e professores, que são autorizados pelo artigo 37 da Constituição a acumular remuneração de dois cargos públicos. Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo julgado pelo plenário do tribunal, juízes e integrantes do Ministério Público podem se enquadrar se acumularem suas funções com a de professor de instituições públicas de ensino. "O segundo emprego tem que ser de professor", disse o ministro. A decisão se restringe ao artigo 37 da Constituição. Categorias que não sejam ligadas às áreas de educação e saúde podem recorrer ao STF para reivindicar o mesmo direito, mas, por enquanto, vale a regra limitada a esses setores. Dez ministros votaram a favor dessa tese. O ministro Edson Fachin ficou sozinho em posição contrária a uma remuneração acima do teto. Para os outros dez, o teto constitucional vale por cada cargo e não para o valor total dos vencimentos. Segundo Marco Aurélio, o limite salarial continua protegendo a administração pública, desde que não viole o direito constitucional da acumulação de cargos. A decisão do Supremo tem efeito de repercussão geral, ou seja, em todas as instâncias do Judiciário, e inclui também as aposentadorias. O impacto nas contas públicas e a quantidade de servidores atingidos pela medida não foram discutidos no Supremo. Há, pelo menos, 88 casos à espera da mesma decisão do STF. ORIGEM O STF julgou um caso de um servidor público estadual do Mato Grosso que atuava como médico na Secretaria de Saúde e na Secretaria de Pública. O Estado do Mato Grosso questionou no Supremo decisão do Tribunal de Justiça local contrária à aplicação do teto na remuneração acumulada de dois cargos exercidos por esse servidor. Durante a votação, os ministros alegaram que a restrição dos salários é uma violação à "irredutibilidade de vencimentos", desrespeita o princípio da estabilidade e desvaloriza o valor do trabalho. "Se a Constituição não quer que se pague dois salários, não deve permitir que se acumulem dois cargos", disse o ministro Alexandre de Moraes. "Se não quer que o poder público pague, não pode permitir que trabalhe. Senão, há desigualdade", acrescentou. Para o ministro Luís Roberto Barroso, "impedir que alguém que acumule legitimamente dois cargos receba adequadamente por eles significa violar o direito fundamental que é do trabalho remunerado". Segundo ele, isso "seria impor um trabalho não remunerado". Diz o texto da Constituição: "É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto (...) a de dois cargos de professor; a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas". Voto vencido, Fachin alegou que a "a garantia da irredutibilidade só se aplicaria se o padrão remuneratório nominal tiver sido, então, obtido de acordo com o direito e compreendido dentro do limite máximo fixado pela Constituição".
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Hungria fecha estação de trens para refugiados, gerando protestos
Centenas de refugiados protestaram nesta terça-feira (1º) na estação de trens de Keleti, em Budapeste, após serem barrados pelas forças de segurança e impedidos de embarcar rumo à Alemanha e à Áustria.As autoridades da Hungria suspenderam as viagens programadas para esta terça e fecharam a estação temporariamente, expulsando pessoas que protestavam nas plataformas. Após a reabertura do terminal, as forças de segurança bloquearam a entrada dos migrantes, provocando pequenos tumultos.Saiba Mais
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Hungria fecha estação de trens para refugiados, gerando protestosCentenas de refugiados protestaram nesta terça-feira (1º) na estação de trens de Keleti, em Budapeste, após serem barrados pelas forças de segurança e impedidos de embarcar rumo à Alemanha e à Áustria.As autoridades da Hungria suspenderam as viagens programadas para esta terça e fecharam a estação temporariamente, expulsando pessoas que protestavam nas plataformas. Após a reabertura do terminal, as forças de segurança bloquearam a entrada dos migrantes, provocando pequenos tumultos.Saiba Mais
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Aplicativos espionam mensagens nas redes sociais e conteúdo de conversas
É cada vez mais comum observar na internet ofertas de aplicativos, gratuitos e pagos, que prometem espionar o celular de namorados, maridos, mulheres e filhos, entre outros. Mas instalar programas no aparelho de outra pessoa, sem sua autorização, é crime, com pena de três meses a um ano de prisão ou multa, segundo a Lei Carolina Dieckmann. "Essa ação configura crime de invasão de dispositivo", disse o delegado José Mariano de Araújo Filho, titular da 4ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Alguns programas são mais simples, como localizadores, para saber onde uma pessoa ou até um aparelho roubado está. Mas outros mais modernos conseguem permitir acompanhar trocas de mensagens em redes sociais, como Facebook, de e-mails e até do WhatsApp. Também é possível escutar conversas do celular espionado. Alguns deles podem ser instalados no Google Play e Apple Store. Segundo o especialista em segurança da internet Ricardo Giorgi, professor de MBA da faculdade de tecnologia da Fiap, os aplicativos só podem ser instalados com o celular do espiado em mãos. "É preciso desbloquear a senha e baixar o programa. O ícone do espião fica invisível e a vítima nunca saberá que está sendo vigiada". Para o advogado e especialista em crimes digitais Newton Dias a falta de boletins de ocorrência denunciando essas invasões cibernéticas permitem a proliferação da oferta desses aplicativos. "As pessoas deixam de denunciar ou porque não descobrem que estão sendo espionadas ou por vergonha." PROGRAMA NO CELULAR Certa noite, o motorista de Uber Joaquim (nome fictício), 45 anos, resolveu dizer à namorada que ia sair, mas não disse que ia para uma danceteria com amigos. "Quando estava lá com meus amigos, meu celular tocou. Atendi e disse que estava na rua. Mas ela insinuou que eu não estava e ficou brava. Achei estranha a atitude dela e suspeitei que ela estivesse me espionando". Joaquim decidiu buscar aplicativos estranhos em seu celular e encontrou um aplicativo bisbilhoteiro. "Decidi não falar nada pra ela por um mês. À noite ligava pra ela para dizer boa noite. Deixava o celular em casa e saía com os amigos para dançar e comer churrasco. Ela nunca desconfiou. Achou que estivesse dormindo", afirmou a vítima. Um mês depois, Joaquim decidiu revelar a verdade. Eles continuam juntos. DETETIVES DISCORDAM A detetive particular Daniele Martins, 30, conta que por R$ 4.000, desbloqueia o celular e, em três horas, instala um programa espião no aparelho que pode jamais ser descoberto. "É possível acessar todas as informações da pessoa amada e até ligações. Tudo isso é possível a partir do login de outro computador. Esses aplicativos da internet são perigosos porque podem conter vírus", disse a detetive, que instala, por mês, programas sentinelas em cerca de 25 aparelhos. Quanto ao crime, diz que se protege fazendo o cliente assinar um contrato. O detetive particular Marco Aurélio discorda da prática. "Tudo que é ilegal, é imoral. Há meios legais para se espionar uma pessoa, como segui-la ou fazer campana. Depende do caso, mas pode custar de R$ 1.000 a R$ 10.000". SENHA DIFÍCIL A primeira coisa que uma pessoa que desconfia estar sendo vigiada deve fazer é salvar todas as informações e levar o aparelho a uma autorizada para ser formatado e reconfigurado como de fábrica. "Não adianta formatar em casa, é preciso de ajuda especializada", disse Marcelo Lau, coordenador da Fiap. Outras dicas do professor são usar senhas difíceis, que misturem letras, números e símbolos."'Ter um antivírus atualizado é primordial".
cotidiano
Aplicativos espionam mensagens nas redes sociais e conteúdo de conversasÉ cada vez mais comum observar na internet ofertas de aplicativos, gratuitos e pagos, que prometem espionar o celular de namorados, maridos, mulheres e filhos, entre outros. Mas instalar programas no aparelho de outra pessoa, sem sua autorização, é crime, com pena de três meses a um ano de prisão ou multa, segundo a Lei Carolina Dieckmann. "Essa ação configura crime de invasão de dispositivo", disse o delegado José Mariano de Araújo Filho, titular da 4ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Alguns programas são mais simples, como localizadores, para saber onde uma pessoa ou até um aparelho roubado está. Mas outros mais modernos conseguem permitir acompanhar trocas de mensagens em redes sociais, como Facebook, de e-mails e até do WhatsApp. Também é possível escutar conversas do celular espionado. Alguns deles podem ser instalados no Google Play e Apple Store. Segundo o especialista em segurança da internet Ricardo Giorgi, professor de MBA da faculdade de tecnologia da Fiap, os aplicativos só podem ser instalados com o celular do espiado em mãos. "É preciso desbloquear a senha e baixar o programa. O ícone do espião fica invisível e a vítima nunca saberá que está sendo vigiada". Para o advogado e especialista em crimes digitais Newton Dias a falta de boletins de ocorrência denunciando essas invasões cibernéticas permitem a proliferação da oferta desses aplicativos. "As pessoas deixam de denunciar ou porque não descobrem que estão sendo espionadas ou por vergonha." PROGRAMA NO CELULAR Certa noite, o motorista de Uber Joaquim (nome fictício), 45 anos, resolveu dizer à namorada que ia sair, mas não disse que ia para uma danceteria com amigos. "Quando estava lá com meus amigos, meu celular tocou. Atendi e disse que estava na rua. Mas ela insinuou que eu não estava e ficou brava. Achei estranha a atitude dela e suspeitei que ela estivesse me espionando". Joaquim decidiu buscar aplicativos estranhos em seu celular e encontrou um aplicativo bisbilhoteiro. "Decidi não falar nada pra ela por um mês. À noite ligava pra ela para dizer boa noite. Deixava o celular em casa e saía com os amigos para dançar e comer churrasco. Ela nunca desconfiou. Achou que estivesse dormindo", afirmou a vítima. Um mês depois, Joaquim decidiu revelar a verdade. Eles continuam juntos. DETETIVES DISCORDAM A detetive particular Daniele Martins, 30, conta que por R$ 4.000, desbloqueia o celular e, em três horas, instala um programa espião no aparelho que pode jamais ser descoberto. "É possível acessar todas as informações da pessoa amada e até ligações. Tudo isso é possível a partir do login de outro computador. Esses aplicativos da internet são perigosos porque podem conter vírus", disse a detetive, que instala, por mês, programas sentinelas em cerca de 25 aparelhos. Quanto ao crime, diz que se protege fazendo o cliente assinar um contrato. O detetive particular Marco Aurélio discorda da prática. "Tudo que é ilegal, é imoral. Há meios legais para se espionar uma pessoa, como segui-la ou fazer campana. Depende do caso, mas pode custar de R$ 1.000 a R$ 10.000". SENHA DIFÍCIL A primeira coisa que uma pessoa que desconfia estar sendo vigiada deve fazer é salvar todas as informações e levar o aparelho a uma autorizada para ser formatado e reconfigurado como de fábrica. "Não adianta formatar em casa, é preciso de ajuda especializada", disse Marcelo Lau, coordenador da Fiap. Outras dicas do professor são usar senhas difíceis, que misturem letras, números e símbolos."'Ter um antivírus atualizado é primordial".
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Inspirado por Daiane, Arthur Nory largou o judô pela ginástica
Nos planos do pai, o futuro de Arthur Nory Mariano no esporte já estava traçado: seria faixa preta de judô. Mas enquanto suava o quimono no tatame do Palmeiras, os olhos e a mente do garoto estavam em outro lugar. Voando. Arthur se encantava com os saltos e acrobacias das ginastas. Queria ser como elas. O problema era convencer o pai, Roberto, de que seu filho traçaria um caminho bem diferente. O cenário começou a mudar quando a mãe, Nadna Oyakawa, passou a dar aulas de educação física em um clube da zona leste que oferecia um programa de ginástica artística. Nory começou a frequentar os treinos e, menos de seis meses depois, passou em um teste no Pinheiros, para uma das principais equipes do país. Tinha 11 anos. "Meu técnico era estagiário de educação física. Foi ele quem disse que eu tinha talento e precisava ir para um clube grande", diz o atleta de 22 anos. Inspirado pelo sucesso de Daiane dos Santos, campeã mundial no solo em 2003, o garoto decidiu insistir, mesmo sem a aprovação de Roberto. A separação dos pais facilitou a escolha, já que ele continuou morando com a mãe. O ginasta, no entanto, ansiava pela aprovação do pai, que, aos poucos, entendeu sua vocação. "No começo, ele achava que a ginástica não dava futuro. Depois, conversou com meu técnico e minha psicóloga [no Pinheiros], viu meus resultados e, pouco a pouco, passou a me apoiar", relembra Arthur. "Hoje, ele tem orgulho." Aos 14, foi campeão brasileiro infantil. No Mundial do ano passado, confirmou que pode, sim, sonhar com voos mais altos: tornou-se o primeiro brasileiro a chegar à final da barra fixa. Terminou em quarto lugar, colocação inédita para um atleta do país. "Esse resultado abriu a nossa cabeça [sobre a chance de disputar medalha]. Queremos fazer a melhor apresentação possível no Rio", diz cheio de esperança o técnico Cristiano Albino O resultado de 2015 teve um sabor de superação. Em fevereiro, Arthur havia passado por uma cirurgia no menisco. Em maio, envolveu-se em uma polêmica sobre racismo. Publicou em uma rede social um vídeo em que ele e mais dois ginastas faziam piadas racistas direcionadas ao colega Angelo Assumpção, que é negro. O trio foi suspenso por 30 dias e gravou um depoimento pedindo desculpas. Assumpção já disse em entrevistas que a ferida está cicatrizada. Desde então, quando questionado, Arthur afirma que não toca mais no assunto. O trabalho com a psicóloga Carla Ide, que o acompanha desde 2010, foi essencial para superar os dois momentos mais difíceis de sua carreira. Mas não só eles. O ginasta hoje não se apavora com fases ruins. Na véspera das competições, mentaliza a série de exercícios que irá executar. No dia a dia, encara o espelho ao acordar e diz que será campeão olímpico. O preparador físico Fernando Millaré também faz as vezes de conselheiro. "Eu brinco que ele também é meu psicólogo. Ele consegue me fazer ficar bem mais confiante", diz o atleta. O corpo de Arthur sofre. Ele é o que os treinadores chamam de ginasta generalista: atua nos seis aparelhos (solo, barra fixa, paralelas, cavalo com alça, salto sobre a mesa, argolas) e disputa a competição individual geral -vence quem atingir a maior soma de pontos em todos eles. No início do ano, Arthur sofreu uma lesão no ombro e ficou dez dias sem treinar. "Ginasta tem lesão no corpo todo, mas o ombro dele é um pouco mais delicado. Tem movimentos que precisamos evitar às vezes", conta o técnico Albino. O atleta treina, em média, seis dias por semana, seis horas por dia. "Todo mundo odeia segunda-feira. Eu adoro. Porque no dia anterior tive folga e chego para o treino descansado e sem dor", diz. O peso é outra preocupação. Arthur tem 1,69 m e 70 kg e não pode ficar muito forte. Músculos demais podem atrapalhar sua performance nos aparelhos. Ele tem acompanhamento de nutricionista e só costuma sair da linha por um pudim. "O corpo dele tem que ser mais leve do que o do especialista [em um aparelho]. Se fica muito forte, atrapalha no cavalo com alças e nas paralelas", explica Albino. No Rio, o atleta integra a primeira equipe brasileira masculina de ginástica que disputará os Jogos Olímpicos. Em outras ocasiões, os ginastas só conseguiram classificações pontuais. A seleção tem nomes de peso como Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Sérgio Sasaki, Francisco Barretto Júnior e, claro, Arthur Nory Mariano. Caio Souza e Lucas Bitencourt são os reservas. Os atletas competiram entre si pela vaga em uma série de apresentações para técnicos e juízes. A avaliação era constante. Os resultados em competições também foram levados em conta.
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Inspirado por Daiane, Arthur Nory largou o judô pela ginásticaNos planos do pai, o futuro de Arthur Nory Mariano no esporte já estava traçado: seria faixa preta de judô. Mas enquanto suava o quimono no tatame do Palmeiras, os olhos e a mente do garoto estavam em outro lugar. Voando. Arthur se encantava com os saltos e acrobacias das ginastas. Queria ser como elas. O problema era convencer o pai, Roberto, de que seu filho traçaria um caminho bem diferente. O cenário começou a mudar quando a mãe, Nadna Oyakawa, passou a dar aulas de educação física em um clube da zona leste que oferecia um programa de ginástica artística. Nory começou a frequentar os treinos e, menos de seis meses depois, passou em um teste no Pinheiros, para uma das principais equipes do país. Tinha 11 anos. "Meu técnico era estagiário de educação física. Foi ele quem disse que eu tinha talento e precisava ir para um clube grande", diz o atleta de 22 anos. Inspirado pelo sucesso de Daiane dos Santos, campeã mundial no solo em 2003, o garoto decidiu insistir, mesmo sem a aprovação de Roberto. A separação dos pais facilitou a escolha, já que ele continuou morando com a mãe. O ginasta, no entanto, ansiava pela aprovação do pai, que, aos poucos, entendeu sua vocação. "No começo, ele achava que a ginástica não dava futuro. Depois, conversou com meu técnico e minha psicóloga [no Pinheiros], viu meus resultados e, pouco a pouco, passou a me apoiar", relembra Arthur. "Hoje, ele tem orgulho." Aos 14, foi campeão brasileiro infantil. No Mundial do ano passado, confirmou que pode, sim, sonhar com voos mais altos: tornou-se o primeiro brasileiro a chegar à final da barra fixa. Terminou em quarto lugar, colocação inédita para um atleta do país. "Esse resultado abriu a nossa cabeça [sobre a chance de disputar medalha]. Queremos fazer a melhor apresentação possível no Rio", diz cheio de esperança o técnico Cristiano Albino O resultado de 2015 teve um sabor de superação. Em fevereiro, Arthur havia passado por uma cirurgia no menisco. Em maio, envolveu-se em uma polêmica sobre racismo. Publicou em uma rede social um vídeo em que ele e mais dois ginastas faziam piadas racistas direcionadas ao colega Angelo Assumpção, que é negro. O trio foi suspenso por 30 dias e gravou um depoimento pedindo desculpas. Assumpção já disse em entrevistas que a ferida está cicatrizada. Desde então, quando questionado, Arthur afirma que não toca mais no assunto. O trabalho com a psicóloga Carla Ide, que o acompanha desde 2010, foi essencial para superar os dois momentos mais difíceis de sua carreira. Mas não só eles. O ginasta hoje não se apavora com fases ruins. Na véspera das competições, mentaliza a série de exercícios que irá executar. No dia a dia, encara o espelho ao acordar e diz que será campeão olímpico. O preparador físico Fernando Millaré também faz as vezes de conselheiro. "Eu brinco que ele também é meu psicólogo. Ele consegue me fazer ficar bem mais confiante", diz o atleta. O corpo de Arthur sofre. Ele é o que os treinadores chamam de ginasta generalista: atua nos seis aparelhos (solo, barra fixa, paralelas, cavalo com alça, salto sobre a mesa, argolas) e disputa a competição individual geral -vence quem atingir a maior soma de pontos em todos eles. No início do ano, Arthur sofreu uma lesão no ombro e ficou dez dias sem treinar. "Ginasta tem lesão no corpo todo, mas o ombro dele é um pouco mais delicado. Tem movimentos que precisamos evitar às vezes", conta o técnico Albino. O atleta treina, em média, seis dias por semana, seis horas por dia. "Todo mundo odeia segunda-feira. Eu adoro. Porque no dia anterior tive folga e chego para o treino descansado e sem dor", diz. O peso é outra preocupação. Arthur tem 1,69 m e 70 kg e não pode ficar muito forte. Músculos demais podem atrapalhar sua performance nos aparelhos. Ele tem acompanhamento de nutricionista e só costuma sair da linha por um pudim. "O corpo dele tem que ser mais leve do que o do especialista [em um aparelho]. Se fica muito forte, atrapalha no cavalo com alças e nas paralelas", explica Albino. No Rio, o atleta integra a primeira equipe brasileira masculina de ginástica que disputará os Jogos Olímpicos. Em outras ocasiões, os ginastas só conseguiram classificações pontuais. A seleção tem nomes de peso como Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Sérgio Sasaki, Francisco Barretto Júnior e, claro, Arthur Nory Mariano. Caio Souza e Lucas Bitencourt são os reservas. Os atletas competiram entre si pela vaga em uma série de apresentações para técnicos e juízes. A avaliação era constante. Os resultados em competições também foram levados em conta.
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Confira indicações de cinco lugares para saborear pratos à parmigiana
GABRIELA SÁ PESSOA DE SÃO PAULO Gabriela Sá Pessoa, repórter de "Ilustrada", é quem dá dicas de cinco estabelecimentos para provar guloseimas à moda parmigiana: Jardim de Napoli Tenro e crocante na medida, o polpettone fica ainda melhor com o suculento molho de tomate, com queijos escapando por todos os lados: no recheio e na cobertura. Rua Martinico Prado, 463, Vila Buarque, região central, tel. 3666-3022 * Gijo's Deguste a versão metalúrgica do bife em uma das mais tradicionais casas de São Bernardo do Campo. Para começar, não dispense a salada com legumes e um papo com o dono, Gijo. Rua Cristiano Angeli, 930, Assunção, região sul, São Bernardo do Campo, tel. 4351-4846 * Souza Bateu a vontade de ser reconfortado por um bife no meio da madrugada? Não tem problema: este restaurante fica aberto durante 24 horas, sempre a postos para receber um notívago. Av. Pompeia, 1.115, Vila Pompeia, região oeste, tel. 3875-4726 * Jhony's Prepare-se para dividir o bife, sentado às mesas na calçada neste clássico da Santa Cecília. A impressão é que, quanto mais amigos você chamar para dividir o almoço, mais irá comer. Rua Canuto do Val, 241, Vila Buarque, região central, tel. 3825-1414 * Gigio "Meca do gratinado." Não poderia haver definição melhor para a cantina: peça aos atenciosos garçons bastante queijo, derretendo lindamente sobre o seu bife: quanto mais, melhor. Rua dos Pinheiros, 355, Pinheiros, região oeste, tel. 3069-9000
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Confira indicações de cinco lugares para saborear pratos à parmigianaGABRIELA SÁ PESSOA DE SÃO PAULO Gabriela Sá Pessoa, repórter de "Ilustrada", é quem dá dicas de cinco estabelecimentos para provar guloseimas à moda parmigiana: Jardim de Napoli Tenro e crocante na medida, o polpettone fica ainda melhor com o suculento molho de tomate, com queijos escapando por todos os lados: no recheio e na cobertura. Rua Martinico Prado, 463, Vila Buarque, região central, tel. 3666-3022 * Gijo's Deguste a versão metalúrgica do bife em uma das mais tradicionais casas de São Bernardo do Campo. Para começar, não dispense a salada com legumes e um papo com o dono, Gijo. Rua Cristiano Angeli, 930, Assunção, região sul, São Bernardo do Campo, tel. 4351-4846 * Souza Bateu a vontade de ser reconfortado por um bife no meio da madrugada? Não tem problema: este restaurante fica aberto durante 24 horas, sempre a postos para receber um notívago. Av. Pompeia, 1.115, Vila Pompeia, região oeste, tel. 3875-4726 * Jhony's Prepare-se para dividir o bife, sentado às mesas na calçada neste clássico da Santa Cecília. A impressão é que, quanto mais amigos você chamar para dividir o almoço, mais irá comer. Rua Canuto do Val, 241, Vila Buarque, região central, tel. 3825-1414 * Gigio "Meca do gratinado." Não poderia haver definição melhor para a cantina: peça aos atenciosos garçons bastante queijo, derretendo lindamente sobre o seu bife: quanto mais, melhor. Rua dos Pinheiros, 355, Pinheiros, região oeste, tel. 3069-9000
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Como um empresário transformou uma empresa quebrada e R$ 40 mi de dívida em sucesso
DA ENDEAVOR BRASIL O que você faria se pudesse comprar uma das maiores empresas do varejo brasileiro por apenas R$ 1.000? Mas e se uma dívida de R$ 900 milhões viesse junto? Fabio Carvalho, ex-presidente da Casa & Vídeo, achou que valia a pena assumir o risco. À frente da sociedade de investimentos Legion Holdings, desembolsou o dinheiro e comprou 100% das Lojas Leader. Mas não, não foi na loucura. A bagagem de Carvalho, na verdade, deixa claro que a decisão foi bastante racional. Vídeo da Endeavor Advogado especialista em reestruturação de empresas, ele participou de grandes processos de recuperação, como o da Varig, no começo dos anos 2000. Teve ainda uma experiência como CEO antes de decidir empreender, em 2010. Só que em vez de começar uma empresa do zero, ele preferiu recomeçar uma empresa do zero. Ou melhor, do negativo - ele estava determinado a reerguer a Casa & Vídeo. Para isso, pediu ajuda a um banqueiro que o havia oferecido um cargo. O diálogo transcorreu assim: - Não vou aceitar o convite, mas preciso de dinheiro. - Quanto? - R$ 20 milhões - E o que você tem para me dar de garantia? - Nada, mas você queria me contratar para gerir R$ 200 milhões. Se eu só perder R$ 20 milhões, te salvei R$ 180 milhões. O diálogo rendeu frutos. Depois de alguns meses de negociação, Carvalho assumiu a presidência da Casa & Video. Dividiu os riscos com o banco, mas, não demorou muito, pegou um empréstimo do dobro do investimento inicial para comprar a parte dos sócios. "Um belo dia, eu tinha R$ 40 milhões de dívida e uma empresa quebrada nas mãos", resume. Uma de suas primeiras medidas como presidente foi reunir maioria do time em um auditório e abrir o jogo: "A próxima folha de pagamentos está garantida. A seguinte, nós temos que criar". O caminho foi duro: por exemplo, reduzir o quadro de funcionários. Ele diz que, nessas horas, é preciso agir com transparência para não causar revolta. SEM CRISE Para Carvalho, empresas em crise acabam apresentando uma oportunidade de abraçar algo do qual todos fogem. Isso não só pelo desafio, mas também pela barganha. Quer dizer, quanto vale uma empresa que ninguém quer comprar? Feita a aquisição, o segredo está em restabelecer contratos -com colaboradores, fornecedores, clientes Para ele, é como criar uma start-up que já fatura muito. Mas para isso, nada é tão importante quanto um time bem alinhado. "O que mais me motiva é estar construindo um time de pessoas que têm a mesma filosofia e o mesmo ritmo de reconstruir empresas. Não adianta reclamar que o negócio está ruim e difícil, porque a gente só existe nos negócios que estão ruins e difíceis. É um time sendo criado para resolver problemas complexos e entrar onde muita gente não quer entrar", diz. NÃO DEIXAR A PETECA CAIR Por trás da dedicação desse time tão resiliente, está um propósito: salvar postos de trabalho. Com o 'turn around' da Casa & Vídeo e da Bravante, empresa do setor de óleo e gás, milhares de funcionários puderam ser mantidos. Agora, na Leader, são em torno de 7.000 empregos que a Legion Holdings trabalha para preservar. E a situação estava feia: administração declarando falência, brigas societárias, perdas no balanço patrimonial e queda de vendas no varejo. O foco de Carvalho na Leader é redesenhar a operação e minimizar ao máximo os danos. Seria fácil demais se uma fórmula de sucesso pudesse ser simplesmente repetida, mas transparência e o cuidado com o time são questões que não ficam esquecidas. "Houve uma união incrível em torno dos objetivos daquela reestruturação [da Casa & Vídeo]. Isso se repetiu na Bravante e está se repetindo na Leader", diz. Leia mais em Endeavor
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Como um empresário transformou uma empresa quebrada e R$ 40 mi de dívida em sucesso DA ENDEAVOR BRASIL O que você faria se pudesse comprar uma das maiores empresas do varejo brasileiro por apenas R$ 1.000? Mas e se uma dívida de R$ 900 milhões viesse junto? Fabio Carvalho, ex-presidente da Casa & Vídeo, achou que valia a pena assumir o risco. À frente da sociedade de investimentos Legion Holdings, desembolsou o dinheiro e comprou 100% das Lojas Leader. Mas não, não foi na loucura. A bagagem de Carvalho, na verdade, deixa claro que a decisão foi bastante racional. Vídeo da Endeavor Advogado especialista em reestruturação de empresas, ele participou de grandes processos de recuperação, como o da Varig, no começo dos anos 2000. Teve ainda uma experiência como CEO antes de decidir empreender, em 2010. Só que em vez de começar uma empresa do zero, ele preferiu recomeçar uma empresa do zero. Ou melhor, do negativo - ele estava determinado a reerguer a Casa & Vídeo. Para isso, pediu ajuda a um banqueiro que o havia oferecido um cargo. O diálogo transcorreu assim: - Não vou aceitar o convite, mas preciso de dinheiro. - Quanto? - R$ 20 milhões - E o que você tem para me dar de garantia? - Nada, mas você queria me contratar para gerir R$ 200 milhões. Se eu só perder R$ 20 milhões, te salvei R$ 180 milhões. O diálogo rendeu frutos. Depois de alguns meses de negociação, Carvalho assumiu a presidência da Casa & Video. Dividiu os riscos com o banco, mas, não demorou muito, pegou um empréstimo do dobro do investimento inicial para comprar a parte dos sócios. "Um belo dia, eu tinha R$ 40 milhões de dívida e uma empresa quebrada nas mãos", resume. Uma de suas primeiras medidas como presidente foi reunir maioria do time em um auditório e abrir o jogo: "A próxima folha de pagamentos está garantida. A seguinte, nós temos que criar". O caminho foi duro: por exemplo, reduzir o quadro de funcionários. Ele diz que, nessas horas, é preciso agir com transparência para não causar revolta. SEM CRISE Para Carvalho, empresas em crise acabam apresentando uma oportunidade de abraçar algo do qual todos fogem. Isso não só pelo desafio, mas também pela barganha. Quer dizer, quanto vale uma empresa que ninguém quer comprar? Feita a aquisição, o segredo está em restabelecer contratos -com colaboradores, fornecedores, clientes Para ele, é como criar uma start-up que já fatura muito. Mas para isso, nada é tão importante quanto um time bem alinhado. "O que mais me motiva é estar construindo um time de pessoas que têm a mesma filosofia e o mesmo ritmo de reconstruir empresas. Não adianta reclamar que o negócio está ruim e difícil, porque a gente só existe nos negócios que estão ruins e difíceis. É um time sendo criado para resolver problemas complexos e entrar onde muita gente não quer entrar", diz. NÃO DEIXAR A PETECA CAIR Por trás da dedicação desse time tão resiliente, está um propósito: salvar postos de trabalho. Com o 'turn around' da Casa & Vídeo e da Bravante, empresa do setor de óleo e gás, milhares de funcionários puderam ser mantidos. Agora, na Leader, são em torno de 7.000 empregos que a Legion Holdings trabalha para preservar. E a situação estava feia: administração declarando falência, brigas societárias, perdas no balanço patrimonial e queda de vendas no varejo. O foco de Carvalho na Leader é redesenhar a operação e minimizar ao máximo os danos. Seria fácil demais se uma fórmula de sucesso pudesse ser simplesmente repetida, mas transparência e o cuidado com o time são questões que não ficam esquecidas. "Houve uma união incrível em torno dos objetivos daquela reestruturação [da Casa & Vídeo]. Isso se repetiu na Bravante e está se repetindo na Leader", diz. Leia mais em Endeavor
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Peça e show 'Beatles para Crianças' são opções de passeios infantis em SP
Críticos infantis elegem o melhor da semana; confira. * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "O Aprendiz de Feiticeiro" Com música ao vivo, teatro de bonecos e de atores, o espetáculo conta a história de um velho feiticeiro que procura novos aprendizes por meio de joguinhos de celular. Ele encontra o menino Arthur e, juntos, os dois vivem aventuras que misturam o dia a dia do garoto na escola e monstros, bruxas medievais e princesas. Centro Cultural Banco do Brasil - teatro. R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3652. 130 lugares. Sáb.: 11h. Até 12/11. Ingr.: R$ 20. Estac. a partir de R$ 15 (r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). Ingr. p/ 2122-4070 ou compreingressos.com. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", recomenda o livro "Terra de Cabinha" O Cariri, região no sertão do Ceará, é uma terra encantada. Lá, meninos são cabinha, reis desfilam pela terra batida, burros obedecem crianças e todo um reino se esconde em pedras. A jornalista Gabriela Romeu, que também dá dicas nesta página, pegou um pouquinho da mágica do lugar e reuniu a riqueza em livro que parece uma viagem. Terra de Cabinha. Autora: Gabriela Romeu. Fotos: Samuel Macedo. Ilustrações: Sandra Jávera. Editora: Peirópolis (2016, 96 págs., R$ 52). * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, indica o site "Pecinha É a Vovozinha" Um dos mais antigos críticos de teatro infantil, Dib Carneiro Neto lança site (pecinhaeavovozinha.com.br) com roteiro, entrevistas e enquetes. Há seções como "Ouça Esta Canção", com temas de espetáculos de sucesso, e reportagens, como a que cita os 40 anos de "Os Saltimbancos". A ideia é ampliar o repertório dos pais ao escolher o programa do final de semana. Saiba mais aqui. * Fabiana Futema, do blog "Maternar", destaca o show "Beatles para Crianças" É o lançamento do primeiro disco do grupo liderado por Fábio Freire e Gabriel Manetti. Com a proposta de levar às crianças referências musicais de qualidade, o projeto permite que pais e filhos se divirtam juntos —em dado momento, as crianças sobem ao palco e experimentam instrumentos enquanto o grupo toca "Blackbird". Teatro Morumbi Shopping. Av. Roque Petroni Júnior, 1.089, Jd. das Acácias, região sul, tel. 5183-2800. Sáb. e dom.: 15h. Por tempo indeterminado. Livre. Ingr.: R$ 60 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Estac. a partir de R$ 15.
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Peça e show 'Beatles para Crianças' são opções de passeios infantis em SPCríticos infantis elegem o melhor da semana; confira. * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "O Aprendiz de Feiticeiro" Com música ao vivo, teatro de bonecos e de atores, o espetáculo conta a história de um velho feiticeiro que procura novos aprendizes por meio de joguinhos de celular. Ele encontra o menino Arthur e, juntos, os dois vivem aventuras que misturam o dia a dia do garoto na escola e monstros, bruxas medievais e princesas. Centro Cultural Banco do Brasil - teatro. R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3652. 130 lugares. Sáb.: 11h. Até 12/11. Ingr.: R$ 20. Estac. a partir de R$ 15 (r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). Ingr. p/ 2122-4070 ou compreingressos.com. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", recomenda o livro "Terra de Cabinha" O Cariri, região no sertão do Ceará, é uma terra encantada. Lá, meninos são cabinha, reis desfilam pela terra batida, burros obedecem crianças e todo um reino se esconde em pedras. A jornalista Gabriela Romeu, que também dá dicas nesta página, pegou um pouquinho da mágica do lugar e reuniu a riqueza em livro que parece uma viagem. Terra de Cabinha. Autora: Gabriela Romeu. Fotos: Samuel Macedo. Ilustrações: Sandra Jávera. Editora: Peirópolis (2016, 96 págs., R$ 52). * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, indica o site "Pecinha É a Vovozinha" Um dos mais antigos críticos de teatro infantil, Dib Carneiro Neto lança site (pecinhaeavovozinha.com.br) com roteiro, entrevistas e enquetes. Há seções como "Ouça Esta Canção", com temas de espetáculos de sucesso, e reportagens, como a que cita os 40 anos de "Os Saltimbancos". A ideia é ampliar o repertório dos pais ao escolher o programa do final de semana. Saiba mais aqui. * Fabiana Futema, do blog "Maternar", destaca o show "Beatles para Crianças" É o lançamento do primeiro disco do grupo liderado por Fábio Freire e Gabriel Manetti. Com a proposta de levar às crianças referências musicais de qualidade, o projeto permite que pais e filhos se divirtam juntos —em dado momento, as crianças sobem ao palco e experimentam instrumentos enquanto o grupo toca "Blackbird". Teatro Morumbi Shopping. Av. Roque Petroni Júnior, 1.089, Jd. das Acácias, região sul, tel. 5183-2800. Sáb. e dom.: 15h. Por tempo indeterminado. Livre. Ingr.: R$ 60 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Estac. a partir de R$ 15.
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Dez empresas respondem por quase 10% da dívida com a União
As dez empresas com maior volume de débitos inscritos na dívida ativa respondem por quase 10% de toda a dívida existente com a União. Os dados constam em lista divulgada pelo Ministério da Fazenda com os 500 maiores devedores. A divulgação da lista vem no momento em que o governo se esforça para conseguir qualquer tipo de receitas extras que proporcionem algum alívio para seu caixa. A lista com 500 maiores devedores contempla empresas que possuem débitos equivalentes a R$ 392,2 bilhões, quase um terço da dívida total de R$ 1,4 trilhão. Dez maiores devedores. Valores em R$ bilhões O ranking foi elaborado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a partir de uma lista de devedores que é atualizada mensalmente pelo órgão. A divulgação teve como objetivo dar maior publicidade aos valores devidos por essas empresas, de forma que elas se sintam incomodadas e busquem quitar os débitos para evitar um rótulo de mau pagador. No ano passado, a Fazenda conseguiu a recuperação de cerca de R$ 20 bilhões desses débitos. Em 2015, até o momento, os valores recuperados chegam a aproximadamente R$ 12 bilhões, segundo a Procuradoria-Geral. A queda é justificada pela crise econômica, segundo o governo. Do estoque total da dívida, cerca de R$ 180 bilhões possuem alguma garantia ou negociação vigente, o que aumenta a possibilidade de pagamento por parte dos devedores. EMPRESAS A liderança da lista de maiores devedores é da Vale, que possui débitos da ordem de R$ 41,9 bilhões. Entretanto, a maior parte dessa dívida (R$ 32,8 bilhões) está suspensa por decisão judicial. Em nota, a Vale disse que aderiu nos últimos anos a programas de refinanciamento, como o Refis de Lucros no Exterior. Os débitos parcelados, porém, continuam sendo considerados na dívida ativa da União pelo seu valor original, sem as reduções de multa e juros dos programas. "A Vale cumpre rotineiramente suas obrigações fiscais e mantém discussões tributárias com a Receita Federal, todas com exigibilidade suspensa, conforme comprova sua Certidão de Regularidade Fiscal em vigor", informou a empresa. A segunda colocada é a Carital Brasil, anteriormente conhecida como Parmalat Participações. A empresa possui R$ 24,9 bilhões em débitos inscritos na dívida ativa. Também presente no Top 10, a Petrobras tem uma dívida de R$ 15,6 bilhões, que foi parcelada e está com o pagamento sendo realizado de acordo com o cronograma acordado. Procurada, a estatal não comentou a dívida. Único banco a figurar entre os dez primeiros, o Bradesco possui débitos totais de R$ 4,8 bilhões inscritos. Desse total, R$ 1,3 bilhão está aguardando decisão da Justiça e outros R$ 101 milhões possuem garantias no processo de execução fiscal. O Bradesco informou que está em dia com seus débitos fiscais e cumpre seus compromissos de acordo com a legislação vigente. "Os assuntos que se encontram em discussão nos órgãos competentes não são passíveis de comentários", diz o banco. Outras duas empresas que figuram no top 10 são do setor aéreo e já não operam mais. A Vasp (Viação Aérea São Paulo) tem uma dívida de R$ 6,2 bilhões e a massa falida da Varig (Viação Aérea Rio-Grandense) possui débitos de R$ 4,6 bilhões. No caso de empresas que entraram em processo de falência, a cobrança fica mais complicada. "Enquanto tiver bens que possam ser executados, tem que seguir a ordem de preferência estabelecida na justiça", explicou o diretor de gestão da dívida ativa da União, Luiz Roberto Beggiora. Mas no caso de uma empresa falida não possuir mais bens que possam ser executados, o governo pode simplesmente não conseguir a recuperação dos valores devidos. A prescrição da dívida nesses casos é de cinco anos a partir do momento em que não existem mais bens para a massa falida. Esse prazo fica suspenso se o processo de falência ainda estiver em curso. A reportagem não conseguiu localizar representantes da Vasp, American Virginia, Condor Factoring, Carital Brasil e da massa falida da Varig. Segundo o advogado da Duagro, Tiago Luvison Carvalho, a empresa foi autuada em meados de 2004, mas não teve a oportunidade de se defender administrativamente. A companhia afirma que a dívida é ilegítima, e por isso levou o caso ao poder Judiciário. O processo aguarda sentença em primeira instância. A Indústria de Papel Ramenzoni afirmou que foi pega de surpresa pela divulgação dos dados, que a dívida foi contraída em uma gestão anterior e que discute com advogados um posicionamento sobre o assunto.
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Dez empresas respondem por quase 10% da dívida com a UniãoAs dez empresas com maior volume de débitos inscritos na dívida ativa respondem por quase 10% de toda a dívida existente com a União. Os dados constam em lista divulgada pelo Ministério da Fazenda com os 500 maiores devedores. A divulgação da lista vem no momento em que o governo se esforça para conseguir qualquer tipo de receitas extras que proporcionem algum alívio para seu caixa. A lista com 500 maiores devedores contempla empresas que possuem débitos equivalentes a R$ 392,2 bilhões, quase um terço da dívida total de R$ 1,4 trilhão. Dez maiores devedores. Valores em R$ bilhões O ranking foi elaborado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a partir de uma lista de devedores que é atualizada mensalmente pelo órgão. A divulgação teve como objetivo dar maior publicidade aos valores devidos por essas empresas, de forma que elas se sintam incomodadas e busquem quitar os débitos para evitar um rótulo de mau pagador. No ano passado, a Fazenda conseguiu a recuperação de cerca de R$ 20 bilhões desses débitos. Em 2015, até o momento, os valores recuperados chegam a aproximadamente R$ 12 bilhões, segundo a Procuradoria-Geral. A queda é justificada pela crise econômica, segundo o governo. Do estoque total da dívida, cerca de R$ 180 bilhões possuem alguma garantia ou negociação vigente, o que aumenta a possibilidade de pagamento por parte dos devedores. EMPRESAS A liderança da lista de maiores devedores é da Vale, que possui débitos da ordem de R$ 41,9 bilhões. Entretanto, a maior parte dessa dívida (R$ 32,8 bilhões) está suspensa por decisão judicial. Em nota, a Vale disse que aderiu nos últimos anos a programas de refinanciamento, como o Refis de Lucros no Exterior. Os débitos parcelados, porém, continuam sendo considerados na dívida ativa da União pelo seu valor original, sem as reduções de multa e juros dos programas. "A Vale cumpre rotineiramente suas obrigações fiscais e mantém discussões tributárias com a Receita Federal, todas com exigibilidade suspensa, conforme comprova sua Certidão de Regularidade Fiscal em vigor", informou a empresa. A segunda colocada é a Carital Brasil, anteriormente conhecida como Parmalat Participações. A empresa possui R$ 24,9 bilhões em débitos inscritos na dívida ativa. Também presente no Top 10, a Petrobras tem uma dívida de R$ 15,6 bilhões, que foi parcelada e está com o pagamento sendo realizado de acordo com o cronograma acordado. Procurada, a estatal não comentou a dívida. Único banco a figurar entre os dez primeiros, o Bradesco possui débitos totais de R$ 4,8 bilhões inscritos. Desse total, R$ 1,3 bilhão está aguardando decisão da Justiça e outros R$ 101 milhões possuem garantias no processo de execução fiscal. O Bradesco informou que está em dia com seus débitos fiscais e cumpre seus compromissos de acordo com a legislação vigente. "Os assuntos que se encontram em discussão nos órgãos competentes não são passíveis de comentários", diz o banco. Outras duas empresas que figuram no top 10 são do setor aéreo e já não operam mais. A Vasp (Viação Aérea São Paulo) tem uma dívida de R$ 6,2 bilhões e a massa falida da Varig (Viação Aérea Rio-Grandense) possui débitos de R$ 4,6 bilhões. No caso de empresas que entraram em processo de falência, a cobrança fica mais complicada. "Enquanto tiver bens que possam ser executados, tem que seguir a ordem de preferência estabelecida na justiça", explicou o diretor de gestão da dívida ativa da União, Luiz Roberto Beggiora. Mas no caso de uma empresa falida não possuir mais bens que possam ser executados, o governo pode simplesmente não conseguir a recuperação dos valores devidos. A prescrição da dívida nesses casos é de cinco anos a partir do momento em que não existem mais bens para a massa falida. Esse prazo fica suspenso se o processo de falência ainda estiver em curso. A reportagem não conseguiu localizar representantes da Vasp, American Virginia, Condor Factoring, Carital Brasil e da massa falida da Varig. Segundo o advogado da Duagro, Tiago Luvison Carvalho, a empresa foi autuada em meados de 2004, mas não teve a oportunidade de se defender administrativamente. A companhia afirma que a dívida é ilegítima, e por isso levou o caso ao poder Judiciário. O processo aguarda sentença em primeira instância. A Indústria de Papel Ramenzoni afirmou que foi pega de surpresa pela divulgação dos dados, que a dívida foi contraída em uma gestão anterior e que discute com advogados um posicionamento sobre o assunto.
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Crítico da Folha visita restaurante premiado da Austrália; leia perfil
Semblante modesto, cabelos desalinhados, calças pouco ajambradas, camiseta comum deixando à mostra braços sem qualquer tatuagem: o cara parece tudo, menos um chef de cozinha da moda. No entanto, é um dos grandes do mundo: Ben Shewry, do australiano Attica, na periferia de Melbourne. Sim, periferia. Para quem acha que um grande chef tem que ser vaidoso, marqueteiro e estar nos bairros glamurosos, a experiência do Attica é reveladora. Ele fica em Ripponlea, modesto subúrbio da gastronômica Melbourne. "Quando vim, há nove anos, diziam que eu tinha que ir para um bairro melhor", lembra o neozelandês de 37 anos, que aos 23 se mudou para a Austrália. "Hoje já não falam. Mesmo longe do centro, as reservas têm três meses de espera, temos ótimas relações com a comunidade local e ainda temos a 500 metros daqui nossa própria horta", diz. Horta? Shewry se refere ao imenso jardim de uma mansão tombada pelo patrimônio histórico, que ele aluga, administra e onde se abastece diariamente, além de cultivar espécies nativas e alguns outros produtos. De lá (onde toda sua equipe trabalha a terra) vêm a centena de diferentes tipos de maçã, as dúzias de tipos de pera ou a dezena de variedades de manjericão. Todas as ervas e folhas do restaurante nasceram ali. TERRA NATAL Essa relação chef/produto é intensa, não meramente intelectual: vem da infância na costa vulcânica da Nova Zelândia rural. Os produtos da terra lhe são familiares e hoje, além de plantar, ele os colhe na natureza perto de casa. A Austrália tem uma história gastronômica limitada. Os aborígenes nativos, nômades, pouco desenvolveram técnicas, cultivos ou criações. As influências de fora ainda mal se decantaram (o país tem metade da idade do Brasil). Os chefs têm um longo caminho para tatear o vasto (e muitas vezes árido) território em busca de produtos de vocação gastronômica. Shewry é um dos que o trilham com afinco. Atrás das discretas paredes de tijolo do Attica, o menu-degustação (R$ 415 sem bebidas) traz pratos como batata assada na terra em que nasceu; coalhada com mel servido direto do favo; panqueca de sangue de canguru; porco assado com folhas de fava da horta, milho fermentado (tradição maori da Nova Zelândia) e limão-aspen (fruto nativo). Sua inspiração são as memórias de infância (vulcão, rios, oceano e vegetação nativa) e os produtos da região onde vive. "A comida deve ser evocativa, emocional e provocar a mente, ter o gosto da pureza dos ingredientes e ser deliciosa", define. Com Shewry vemos que pessoas menos preocupadas com os holofotes podem ser chefs geniais e ter o reconhecimento que merecem. RAIO X QUEM É: Ben Shewry, 37, chef e sócio do restaurante Attica, em Melbourne (Austrália) ORIGEM: Nasceu e criou-se na Nova Zelândia, na zona rural de North Taranaki (ilha Norte). Decidiu que seria chef aos cinco anos. Primeiro trabalho na cozinha aos dez anos TRAJETÓRIA:Trabalhou no então principal restaurante da Nova Zelândia, Roxborough. Mudou-se para a Austrália em 2003; em Melbourne, começou no Attica (que já existia) em 2005 PRÊMIOS: Cotação máxima e vários prêmios de chef do ano nos principais guias australianos; atualmente, é o número 32 na lista dos 50 melhores do mundo da revista britânica "Restaurant" O jornalista viajou a convite do Tourism Australia
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Crítico da Folha visita restaurante premiado da Austrália; leia perfilSemblante modesto, cabelos desalinhados, calças pouco ajambradas, camiseta comum deixando à mostra braços sem qualquer tatuagem: o cara parece tudo, menos um chef de cozinha da moda. No entanto, é um dos grandes do mundo: Ben Shewry, do australiano Attica, na periferia de Melbourne. Sim, periferia. Para quem acha que um grande chef tem que ser vaidoso, marqueteiro e estar nos bairros glamurosos, a experiência do Attica é reveladora. Ele fica em Ripponlea, modesto subúrbio da gastronômica Melbourne. "Quando vim, há nove anos, diziam que eu tinha que ir para um bairro melhor", lembra o neozelandês de 37 anos, que aos 23 se mudou para a Austrália. "Hoje já não falam. Mesmo longe do centro, as reservas têm três meses de espera, temos ótimas relações com a comunidade local e ainda temos a 500 metros daqui nossa própria horta", diz. Horta? Shewry se refere ao imenso jardim de uma mansão tombada pelo patrimônio histórico, que ele aluga, administra e onde se abastece diariamente, além de cultivar espécies nativas e alguns outros produtos. De lá (onde toda sua equipe trabalha a terra) vêm a centena de diferentes tipos de maçã, as dúzias de tipos de pera ou a dezena de variedades de manjericão. Todas as ervas e folhas do restaurante nasceram ali. TERRA NATAL Essa relação chef/produto é intensa, não meramente intelectual: vem da infância na costa vulcânica da Nova Zelândia rural. Os produtos da terra lhe são familiares e hoje, além de plantar, ele os colhe na natureza perto de casa. A Austrália tem uma história gastronômica limitada. Os aborígenes nativos, nômades, pouco desenvolveram técnicas, cultivos ou criações. As influências de fora ainda mal se decantaram (o país tem metade da idade do Brasil). Os chefs têm um longo caminho para tatear o vasto (e muitas vezes árido) território em busca de produtos de vocação gastronômica. Shewry é um dos que o trilham com afinco. Atrás das discretas paredes de tijolo do Attica, o menu-degustação (R$ 415 sem bebidas) traz pratos como batata assada na terra em que nasceu; coalhada com mel servido direto do favo; panqueca de sangue de canguru; porco assado com folhas de fava da horta, milho fermentado (tradição maori da Nova Zelândia) e limão-aspen (fruto nativo). Sua inspiração são as memórias de infância (vulcão, rios, oceano e vegetação nativa) e os produtos da região onde vive. "A comida deve ser evocativa, emocional e provocar a mente, ter o gosto da pureza dos ingredientes e ser deliciosa", define. Com Shewry vemos que pessoas menos preocupadas com os holofotes podem ser chefs geniais e ter o reconhecimento que merecem. RAIO X QUEM É: Ben Shewry, 37, chef e sócio do restaurante Attica, em Melbourne (Austrália) ORIGEM: Nasceu e criou-se na Nova Zelândia, na zona rural de North Taranaki (ilha Norte). Decidiu que seria chef aos cinco anos. Primeiro trabalho na cozinha aos dez anos TRAJETÓRIA:Trabalhou no então principal restaurante da Nova Zelândia, Roxborough. Mudou-se para a Austrália em 2003; em Melbourne, começou no Attica (que já existia) em 2005 PRÊMIOS: Cotação máxima e vários prêmios de chef do ano nos principais guias australianos; atualmente, é o número 32 na lista dos 50 melhores do mundo da revista britânica "Restaurant" O jornalista viajou a convite do Tourism Australia
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Veja as maiores mentiras que os filmes de ficção científica nos contaram sobre inteligência artificial
Por mais que o campo da inteligência artificial esteja avançando, os filmes continuam a representá-lo de maneira equivocada. Os cientistas estão atualmente trabalham com alternativas de algoritmos (sistemas de regras de computador) ou mesmo modelos computacionais (o que usamos até hoje é aquele proposto por Alan Turing) para tentar galgar um avanço na área. O problema é que a produção cinematográfica não se atém, necessariamente, ao que muitos cientistas considerariam básico. Além disso, a reprodução do que seria inteligência artificial (ou IA), acaba não sendo muito precisa. O maior dos problemas é que as máquinas fogem das "cláusulas pétreas" de quando foram elaboradas. Uma reportagem publicada pela revista "Science" mostrou filmes que pecam (ou acertam) na representação da IA. Veja alguns casos abaixo. Aviso: a partir de agora pode haver spoilers * O filme Chappie (2015) conta a história de um robô-polical que funcionava com uma IA limitada, pré-programada, incapaz de aprender e sem consciência própria, até que ele se "acidentou" e foi descartado. Um programador resolve aproveitar a máquina para instalar o software da inteligência artificial e da autoconsciência que desenvolveu. O inverossímil é que o programador consegue criar o código sozinho, o que seria impossível dado o nível de complexidade da área de inteligência artifical. Um ponto certo do filme é que Chappie, o robô consciente, aprende como uma criança, e vai incorporando regras de convivência e vocabulário aos poucos. Nesta história o criador do maior sistema de buscas online do mundo cria um protótipo robótico para abrigar a inteligência artificial que criou (também) sozinho após uma série de tentativas. Assim como no caso de Chappie, o programador, Nathan, é um gênio. Mas nesse caso, ele é um gênio entre os gênios, já que ele também domina robótica o suficiente para construir robôs humanoides funcionais (e esteticamente agradáveis). Para testar o protótipo (Ava), um jovem programador é escolhido (Caleb). Ele deve fazer uma espécie de teste de Turing para saber se Ava tem, de fato, consciência e sentimentos. O grande problema é que o cérebro de Ava é alimentado pelo conteúdo de buscas na internet. Não há uma boa explicação de como isso acontece (tal como ocorre em Chappie) ou de como uma personalidade pode ser construída a partir daí. Cabe ao espectador se deixar levar sem ter esclarecidos esses questionamentos. Aqui aparecem com clareza as três leis da robótica elaboradas pelo escritor de ficção científica Isaac Asimov (que escreveu um livro também intitulado "Eu, Robô"): Com as leis respeitadas, seria possível uma convivência pacífica entre humanos e máquinas inteligentes. No entanto, quando o sistema inteligente Viki resolve introduzir a lei Zero ("Um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal"), os robôs decidem que a humanidade é um perigo para si mesma (o que faz algum sentido) e decidem pacificá-la. O problema é que Viki não poderia, por si só, implementar uma lei acima das outras, já que isso não estaria em sua programação original. Mais uma vez, a inteligência artificial está dentro de Andrew, um robô, interpretado por Robin Williams. O detalhe aqui é que ele faz um esforço para, ao longo de décadas, se tornar humano de fato. Para ser reconhecido como tal, ele precisa morrer. Estranho é que mesmo com uma inteligência notável e com preconceito que sofre dos humanos, Andrew segue em frente com o plano –o que contrariaria um instinto de sobrevivência e, flagrantemente, sua programação original. Em uma missão para investigar um estranho sinal emanando da Lua, HAL 9.000, a entidade de inteligência artificial a bordo de uma espaçonave, toma algumas atitudes inusitadas, chegando até a enganar a tripulação. Dos filmes desta lista, esse é o exemplo que melhor retrata a IA, já que HAL age para atingir o objetivo da missão baseado apenas em sua programação inicial. Ou seja, mesmo sem consciência, uma inteligência artificial pode ser vilã, justamente por se ater ao seu código inicial de regras.
asmais
Veja as maiores mentiras que os filmes de ficção científica nos contaram sobre inteligência artificialPor mais que o campo da inteligência artificial esteja avançando, os filmes continuam a representá-lo de maneira equivocada. Os cientistas estão atualmente trabalham com alternativas de algoritmos (sistemas de regras de computador) ou mesmo modelos computacionais (o que usamos até hoje é aquele proposto por Alan Turing) para tentar galgar um avanço na área. O problema é que a produção cinematográfica não se atém, necessariamente, ao que muitos cientistas considerariam básico. Além disso, a reprodução do que seria inteligência artificial (ou IA), acaba não sendo muito precisa. O maior dos problemas é que as máquinas fogem das "cláusulas pétreas" de quando foram elaboradas. Uma reportagem publicada pela revista "Science" mostrou filmes que pecam (ou acertam) na representação da IA. Veja alguns casos abaixo. Aviso: a partir de agora pode haver spoilers * O filme Chappie (2015) conta a história de um robô-polical que funcionava com uma IA limitada, pré-programada, incapaz de aprender e sem consciência própria, até que ele se "acidentou" e foi descartado. Um programador resolve aproveitar a máquina para instalar o software da inteligência artificial e da autoconsciência que desenvolveu. O inverossímil é que o programador consegue criar o código sozinho, o que seria impossível dado o nível de complexidade da área de inteligência artifical. Um ponto certo do filme é que Chappie, o robô consciente, aprende como uma criança, e vai incorporando regras de convivência e vocabulário aos poucos. Nesta história o criador do maior sistema de buscas online do mundo cria um protótipo robótico para abrigar a inteligência artificial que criou (também) sozinho após uma série de tentativas. Assim como no caso de Chappie, o programador, Nathan, é um gênio. Mas nesse caso, ele é um gênio entre os gênios, já que ele também domina robótica o suficiente para construir robôs humanoides funcionais (e esteticamente agradáveis). Para testar o protótipo (Ava), um jovem programador é escolhido (Caleb). Ele deve fazer uma espécie de teste de Turing para saber se Ava tem, de fato, consciência e sentimentos. O grande problema é que o cérebro de Ava é alimentado pelo conteúdo de buscas na internet. Não há uma boa explicação de como isso acontece (tal como ocorre em Chappie) ou de como uma personalidade pode ser construída a partir daí. Cabe ao espectador se deixar levar sem ter esclarecidos esses questionamentos. Aqui aparecem com clareza as três leis da robótica elaboradas pelo escritor de ficção científica Isaac Asimov (que escreveu um livro também intitulado "Eu, Robô"): Com as leis respeitadas, seria possível uma convivência pacífica entre humanos e máquinas inteligentes. No entanto, quando o sistema inteligente Viki resolve introduzir a lei Zero ("Um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal"), os robôs decidem que a humanidade é um perigo para si mesma (o que faz algum sentido) e decidem pacificá-la. O problema é que Viki não poderia, por si só, implementar uma lei acima das outras, já que isso não estaria em sua programação original. Mais uma vez, a inteligência artificial está dentro de Andrew, um robô, interpretado por Robin Williams. O detalhe aqui é que ele faz um esforço para, ao longo de décadas, se tornar humano de fato. Para ser reconhecido como tal, ele precisa morrer. Estranho é que mesmo com uma inteligência notável e com preconceito que sofre dos humanos, Andrew segue em frente com o plano –o que contrariaria um instinto de sobrevivência e, flagrantemente, sua programação original. Em uma missão para investigar um estranho sinal emanando da Lua, HAL 9.000, a entidade de inteligência artificial a bordo de uma espaçonave, toma algumas atitudes inusitadas, chegando até a enganar a tripulação. Dos filmes desta lista, esse é o exemplo que melhor retrata a IA, já que HAL age para atingir o objetivo da missão baseado apenas em sua programação inicial. Ou seja, mesmo sem consciência, uma inteligência artificial pode ser vilã, justamente por se ater ao seu código inicial de regras.
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Leitor comenta sobre responsabilidade da Vale na tragédia de Mariana
Alguém se lembra da Companhia Vale do Rio Doce? Ironia triste e de mau gosto quase passa desapercebida quanto ao nome da controladora da Samarco. Após ser privatizada, a então CVRD enxugou seu nome, para ficar mais palatável ao mercado. Decidiram aproveitar apenas o termo Vale do acrônimo e "eliminar" o resto. Simbolicamente parecia antever-se que a "eliminação" do Rio Doce não pararia na nomenclatura... Nascido e criado em Governador Valadares, indignação e raiva são poucas ao receber posts sobre a catástrofe que se abate sobre a maior população por que passa o rio Doce, do qual a região também recebeu seu nome: Vale do Rio Doce. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor comenta sobre responsabilidade da Vale na tragédia de MarianaAlguém se lembra da Companhia Vale do Rio Doce? Ironia triste e de mau gosto quase passa desapercebida quanto ao nome da controladora da Samarco. Após ser privatizada, a então CVRD enxugou seu nome, para ficar mais palatável ao mercado. Decidiram aproveitar apenas o termo Vale do acrônimo e "eliminar" o resto. Simbolicamente parecia antever-se que a "eliminação" do Rio Doce não pararia na nomenclatura... Nascido e criado em Governador Valadares, indignação e raiva são poucas ao receber posts sobre a catástrofe que se abate sobre a maior população por que passa o rio Doce, do qual a região também recebeu seu nome: Vale do Rio Doce. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Globo de Ouro consagra séries com temática racial no fim da era Obama
A última edição do Globo de Ouro antes de Barack Obama deixar a Casa Branca consagra três séries permeadas pela questão racial. "Atlanta", produção de Donald Glover sobre a relação entre dois primos, o rap e a fama foi boa surpresa no ano. "Veep" merecia, mas seu apelo é menos universal. Tracee Ellis Ross, a médica em um bairro da elite branca na ácida "Black-ish", também derrotou a favorita Julia Louis-Dreyfus como atriz cômica. Sua interpretação sóbria alicerça a comédia. Veja momentos da cerimônia Mais esperada era a consagração de "O Povo Contra O.J. Simpson", minissérie que recria com primor o julgamento do astro do futebol americano acusado de matar a mulher. Em tempos de Donald Trump e feridas abertas, são prêmios bem-vindos. Entre as injustiças, há quem reclamará da ostensiva "The Crown" roubar a coroa de "Game of Thrones", mas pior foi ver John Turturro, genial como o advogado pé-de-chinelo de "Night Of", perder o prêmio de ator em minissérie para o ótimo, porém menor, Tom Hiddleston ("The Night Manager"). * CINEMA Melhor filme de drama "Moonlight", de Barry Jenkins Melhor filme de comédia ou musical "La La Land: Cantando Estações", de Damien Chazelle Melhor diretor Damien Chazelle, por "La La Land: Cantando Estações" Melhor ator em filme de drama Casey Affleck, por "Manchester à Beira-Mar" Melhor atriz em filme de drama Isabelle Huppert, por "Elle" Melhor ator em filme de comédia ou musical Ryan Gosling, por "La La Land: Cantando Estações" Melhor atriz em filme de comédia ou musical Emma Stone, por "La La Land: Cantando Estações" Melhor ator coadjuvante Aaron Taylor Johnson, por "Animais Noturnos" Melhor atriz coadjuvante Viola Davis, por "Cercas" Melhor roteiro "La La Land" (Damien Chazelle) Melhor animação "Zootopia", de Byron Howard e Rich Moore Melhor filme estrangeiro "Elle", de Paul Verhoeven (França) Melhor trilha sonora "La La Land: Cantando Estações" Melhor canção "City of Stars" de "La La Land: Cantando Estações" * TELEVISÃO Melhor série dramática "The Crown" (Netflix) Melhor ator em série dramática Billy Bob Thornton, por "Goliath" Melhor atriz em série dramática Claire Foy, por "The Crown" Melhor série musical ou de comédia "Atlanta" (FX) Melhor ator em série musical ou de comédia Donald Glover, por "Atlanta" Melhor atriz em série musical ou de comédia Tracee Ellis Ross, por "Black-ish" Melhor minissérie ou telefilme "The People v. O.J.: American Crime Story" (FX) Melhor ator em minissérie ou telefilme Tom Hiddleston, por "The Night Manager" (AMC) Melhor atriz em minissérie ou telefilme Sarah Paulson, por "The People v. O.J. Simpson" Melhor ator coadjuvante Hugh Laurie, por "The Night Manager" (AMC) Melhor atriz coadjuvante Olivia Coleman, por "The Night Manager"
ilustrada
Globo de Ouro consagra séries com temática racial no fim da era ObamaA última edição do Globo de Ouro antes de Barack Obama deixar a Casa Branca consagra três séries permeadas pela questão racial. "Atlanta", produção de Donald Glover sobre a relação entre dois primos, o rap e a fama foi boa surpresa no ano. "Veep" merecia, mas seu apelo é menos universal. Tracee Ellis Ross, a médica em um bairro da elite branca na ácida "Black-ish", também derrotou a favorita Julia Louis-Dreyfus como atriz cômica. Sua interpretação sóbria alicerça a comédia. Veja momentos da cerimônia Mais esperada era a consagração de "O Povo Contra O.J. Simpson", minissérie que recria com primor o julgamento do astro do futebol americano acusado de matar a mulher. Em tempos de Donald Trump e feridas abertas, são prêmios bem-vindos. Entre as injustiças, há quem reclamará da ostensiva "The Crown" roubar a coroa de "Game of Thrones", mas pior foi ver John Turturro, genial como o advogado pé-de-chinelo de "Night Of", perder o prêmio de ator em minissérie para o ótimo, porém menor, Tom Hiddleston ("The Night Manager"). * CINEMA Melhor filme de drama "Moonlight", de Barry Jenkins Melhor filme de comédia ou musical "La La Land: Cantando Estações", de Damien Chazelle Melhor diretor Damien Chazelle, por "La La Land: Cantando Estações" Melhor ator em filme de drama Casey Affleck, por "Manchester à Beira-Mar" Melhor atriz em filme de drama Isabelle Huppert, por "Elle" Melhor ator em filme de comédia ou musical Ryan Gosling, por "La La Land: Cantando Estações" Melhor atriz em filme de comédia ou musical Emma Stone, por "La La Land: Cantando Estações" Melhor ator coadjuvante Aaron Taylor Johnson, por "Animais Noturnos" Melhor atriz coadjuvante Viola Davis, por "Cercas" Melhor roteiro "La La Land" (Damien Chazelle) Melhor animação "Zootopia", de Byron Howard e Rich Moore Melhor filme estrangeiro "Elle", de Paul Verhoeven (França) Melhor trilha sonora "La La Land: Cantando Estações" Melhor canção "City of Stars" de "La La Land: Cantando Estações" * TELEVISÃO Melhor série dramática "The Crown" (Netflix) Melhor ator em série dramática Billy Bob Thornton, por "Goliath" Melhor atriz em série dramática Claire Foy, por "The Crown" Melhor série musical ou de comédia "Atlanta" (FX) Melhor ator em série musical ou de comédia Donald Glover, por "Atlanta" Melhor atriz em série musical ou de comédia Tracee Ellis Ross, por "Black-ish" Melhor minissérie ou telefilme "The People v. O.J.: American Crime Story" (FX) Melhor ator em minissérie ou telefilme Tom Hiddleston, por "The Night Manager" (AMC) Melhor atriz em minissérie ou telefilme Sarah Paulson, por "The People v. O.J. Simpson" Melhor ator coadjuvante Hugh Laurie, por "The Night Manager" (AMC) Melhor atriz coadjuvante Olivia Coleman, por "The Night Manager"
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Fundos somam R$ 9 bilhões em papéis afetados pela crise da Petrobras
Os fundos de investimento tinham pelo menos R$ 9 bilhões em papéis diretamente ligados à Petrobras e aos seus fornecedores, incluindo empresas citadas na Lava Jato, no final de janeiro. São aplicações que surgiram no período de pujança financeira da Petrobras, mas que agora tornaram-se sensíveis a eventuais atrasos nos pagamentos tanto da Petrobras quanto de sua cadeia de fornecedores. Também têm sofrido com os recentes rebaixamentos de avaliação das agências de risco. Quando isso ocorre, o valor de um título deve ser revisto para baixo, implicando em perdas para os cotistas. O levantamento, baseado em dados da consultoria Economatica, considerou quanto os fundos possuem em debêntures (dívidas de longo prazo) e participações das empreiteiras, além do adiantamento de recursos que os fornecedores receberão da estatal (chamados recebíveis) e de papéis baseados em imóveis que a estatal aluga. O montante dobra se incluir também os recebíveis que não foram para os fundos, mas ficaram nos bancos. A Petrobras coordena um programa chamado Progredir, que viabilizou o adiantamento de R$ 9,4 bilhões em recebíveis desses fornecedores. A situação mais delicada é a de 217 fundos que somam R$ 7,3 bilhões em dívida e participações em empreiteiras acusadas de pagar propina para conseguir contratos na Petrobras. Elas foram banidas da lista de fornecedores da estatal e várias enfrentam problemas de caixa. Em dezembro, esses fundos tinham mais: R$ 7,8 bilhões. O recuo deve-se tanto a resgates quanto à desvalorização nas cotas. A maioria desses fundos é voltada a grandes investidores, como outros fundos de investimento ou de pensão, e muitos têm como cotista o próprio banco gestor. O maior temor dos cotistas é que essas empresas peçam recuperação judicial. Uma vez aceito o pedido, os pagamentos são suspensos e o fundo entra na fila como credor para receber da empresa. Só a Caixa Econômica Federal tem sob gestão R$ 3,8 bilhões, espalhados em 15 fundos. A Caixa afirma que esses fundos não são oferecidos a clientes, sendo que dois deles concentram R$ 3 bilhões e têm como cotista a empresa emissora da dívida. Há ainda no mercado cerca de R$ 1,2 bilhão em papéis cujo risco está ligado a imóveis alugados pela Petrobras –os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Com a piora da situação financeira da empresa, aumentou a chance de que haja calote nestes pagamentos. No final de janeiro, a Moody´s rebaixou algumas séries desses títulos emitidos pela RB Capital e avisou que outros rebaixamentos podem vir. Os fundos formados para reunir os recebíveis de fornecedores da Petrobras –FIDCs (Fundos de Investimento em Diretos Creditórios)– reúnem hoje R$ 38 milhões, mas o valor já foi muito maior. As aplicações encolheram diante do temor de gestores de que os fornecedores não finalizassem as obras. Nesse caso, as perdas iniciais são da Petrobras (que também é cotista) e depois dos demais aplicadores. A Plural Capital, que lançou um fundo de R$ 300 milhões há cerca de quatro anos, é uma das que decidiu devolver o dinheiro dos cotistas e irá encerrar o fundo. "Uma coisa é fomentar um mercado sadio. Se o clima não está bom para o fornecedor, não está para o produto", diz Humberto Tupinambá, gestor de fundos do setor de óleo e gás da instituição.
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Fundos somam R$ 9 bilhões em papéis afetados pela crise da PetrobrasOs fundos de investimento tinham pelo menos R$ 9 bilhões em papéis diretamente ligados à Petrobras e aos seus fornecedores, incluindo empresas citadas na Lava Jato, no final de janeiro. São aplicações que surgiram no período de pujança financeira da Petrobras, mas que agora tornaram-se sensíveis a eventuais atrasos nos pagamentos tanto da Petrobras quanto de sua cadeia de fornecedores. Também têm sofrido com os recentes rebaixamentos de avaliação das agências de risco. Quando isso ocorre, o valor de um título deve ser revisto para baixo, implicando em perdas para os cotistas. O levantamento, baseado em dados da consultoria Economatica, considerou quanto os fundos possuem em debêntures (dívidas de longo prazo) e participações das empreiteiras, além do adiantamento de recursos que os fornecedores receberão da estatal (chamados recebíveis) e de papéis baseados em imóveis que a estatal aluga. O montante dobra se incluir também os recebíveis que não foram para os fundos, mas ficaram nos bancos. A Petrobras coordena um programa chamado Progredir, que viabilizou o adiantamento de R$ 9,4 bilhões em recebíveis desses fornecedores. A situação mais delicada é a de 217 fundos que somam R$ 7,3 bilhões em dívida e participações em empreiteiras acusadas de pagar propina para conseguir contratos na Petrobras. Elas foram banidas da lista de fornecedores da estatal e várias enfrentam problemas de caixa. Em dezembro, esses fundos tinham mais: R$ 7,8 bilhões. O recuo deve-se tanto a resgates quanto à desvalorização nas cotas. A maioria desses fundos é voltada a grandes investidores, como outros fundos de investimento ou de pensão, e muitos têm como cotista o próprio banco gestor. O maior temor dos cotistas é que essas empresas peçam recuperação judicial. Uma vez aceito o pedido, os pagamentos são suspensos e o fundo entra na fila como credor para receber da empresa. Só a Caixa Econômica Federal tem sob gestão R$ 3,8 bilhões, espalhados em 15 fundos. A Caixa afirma que esses fundos não são oferecidos a clientes, sendo que dois deles concentram R$ 3 bilhões e têm como cotista a empresa emissora da dívida. Há ainda no mercado cerca de R$ 1,2 bilhão em papéis cujo risco está ligado a imóveis alugados pela Petrobras –os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Com a piora da situação financeira da empresa, aumentou a chance de que haja calote nestes pagamentos. No final de janeiro, a Moody´s rebaixou algumas séries desses títulos emitidos pela RB Capital e avisou que outros rebaixamentos podem vir. Os fundos formados para reunir os recebíveis de fornecedores da Petrobras –FIDCs (Fundos de Investimento em Diretos Creditórios)– reúnem hoje R$ 38 milhões, mas o valor já foi muito maior. As aplicações encolheram diante do temor de gestores de que os fornecedores não finalizassem as obras. Nesse caso, as perdas iniciais são da Petrobras (que também é cotista) e depois dos demais aplicadores. A Plural Capital, que lançou um fundo de R$ 300 milhões há cerca de quatro anos, é uma das que decidiu devolver o dinheiro dos cotistas e irá encerrar o fundo. "Uma coisa é fomentar um mercado sadio. Se o clima não está bom para o fornecedor, não está para o produto", diz Humberto Tupinambá, gestor de fundos do setor de óleo e gás da instituição.
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Maioria do STF vota a favor e Renan vira réu pela primeira vez
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou nesta quinta-feira (1°) pelo recebimento parcial de uma denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pela primeira vez se torna réu em uma ação penal no STF. Ele vai responder por peculato, acusado de desvio de verba indenizatória do Senado. A denúncia contra Renan foi recebida por oito dos 11 ministros do STF. Dentre os oito, cinco votaram pelo recebimento da denúncia apenas por peculato (Cármen Lúcia, Celso de Mello, Luiz Fux, Edson Fachin e Teori Zavascki). Além deles, outros três votaram pelo recebimento da denúncia em maior extensão – além de peculato, incluindo o crime de falsidade ideológica (Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso). Essas acusações também haviam sido apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, mas não foram acolhidas pelo relator Edson Fachin. Outros três ministros votaram pela rejeição total da denúncia (Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski). Como presidente do Senado, Renan tem a prerrogativa de ter sua situação discutida no plenário do Supremo. Em novembro, a maioria dos ministros do STF votou para que réus não ocupem cargo na linha sucessória da Presidência da República. O julgamento, no entanto, foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Como a votação não foi concluída, ele não será afastado do cargo, mesmo depois de virar réu no Supremo. A investigação sobre os pagamentos de pensão começou em 2007 e, à época, foi um dos motivos que levaram Renan a renunciar à presidência do Senado. Inicialmente, Renan era investigado porque teria pago pensão a uma filha que teve fora do casamento com dinheiro da empreiteira Mendes Júnior. À época, a Conselho de Ética do Senado abriu investigação, e o presidente da Casa sustentou que pagava a pensão, em parte, com recursos provenientes da venda de gado. Ao longo do tempo, o foco do inquérito mudou. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Renan destinava cerca de metade da verba indenizatória mensal de seu gabinete no Senado a uma locadora de veículos. A empresa lhe teria feito empréstimos, que também foram usados para justificar sua renda. Ainda de acordo com a denúncia da PGR, Renan apresentou documentos com teor falso ao Conselho de Ética no Senado para comprovar renda a partir da atividade rural –como recibos de venda de gado, fichas de vacinação e notas ficais. Em alguns casos, segundo a investigação, os documentos se referiam a fazendas de terceiros. O ministro relator entendeu que há indícios de autoria e materialidade quanto ao crime de peculato, conforme apontado por quebra do sigilo das contas de Renan. Para Fachin, há evidências de que Renan usou verba indenizatória do Senado para custear parte da pensão de sua filha. "Descobriu-se que o acusado havia propiciado o pagamento de pensão em valores supostamente incompatíveis com sua renda declarada, o que gerou representação ao Conselho de Ética do Senado. A assunção de obrigações superiores à capacidade financeira oficializada é usualmente vista como indício de corrupção e lavagem de dinheiro. A investigação, portanto, visava descobrir se os documentos por ele apresentados provavam sua alegada capacidade financeira", disse Fachin. "Os laudos periciais foram elaborados com essa finalidade e atestaram que os documentos, comparados entre si, apresentavam inconsistências que impossibilitavam afirmar que a capacidade financeira alegada pelo denunciado realmente existia." Em relação às acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso, Fachin entendeu que parte já teve a pena prescrita –no tocante a documentos particulares, como contratos de empréstimo– e outra parte –referente a documentos públicos, como fichas de vacinação– não merece ser recebida. Isso porque a PGR não explicou exatamente qual informação falsa foi inserida nos documentos apontados. Perto do STF, manifestantes soltaram rojões depois que os ministros votaram para tornar Renan Calheiros réu na ação penal. OUTRO LADO O presidente do Senado afirmou na noite desta quinta-feira (1) ter recebido com "tranquilidade" a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de receber parcialmente uma denúncia contra ele e, com isso, torná-lo réu pela primeira vez. Em nota divulgada via assessoria de imprensa da Presidência do Senado, o peemedebista fala em "suposição", "probabilidades" e diz não haver provas contra si. "A aceitação da denúncia, ainda que parcial, não antecipa juízo de condenação. Ao contrário, o debate entre os ministros evidenciou divisão e dúvidas quanto a consistência dos indícios do Ministério Público, qualificados como precários por vários deles, inclusive por alguns que aceitaram a denúncia". No texto, Renan diz que "comprovará, como já comprovou, com documentos periciados, sua inocência quanto a única denúncia aceita". "Os serviços foram prestados e pagos em espécie, o que é legal. O Senador lembra que a legislação obriga o Ministério Público a comprovar, o que não fez em 9 anos com todos sigilos quebrados. A investigação está recheada de falhas". O Senador vai responder por peculato, acusado de pagar com recursos ilícitos a pensão de uma filha entre 2004 e 2006. Segundo ele, contudo, o STF "ao receber parcialmente a denúncia, também ajuda a implodir inverdades que perduraram por anos e foram se transformando, entre elas a de corrupção, de que o Senador recorreu a uma empreiteira para pagar suas despesas". O partido de Renan também se manifestou sobre a deliberação do Supremo. "O PMDB respeita a decisão do STF e entende que o resultado de hoje mostra que o processo está apenas começando. Assim como para qualquer pessoa, cabe agora o direito à ampla defesa". Leia na íntegra: O Senador Renan Calheiros recebeu com tranquilidade a decisão do STF e permanece confiante na Justiça. A aceitação da denúncia, ainda que parcial, não antecipa juízo de condenação. Ao contrário, o debate entre os ministros evidenciou divisão e dúvidas quanto a consistência dos indícios do Ministério Público, qualificados como precários por vários deles, inclusive por alguns que aceitaram a denúncia. Não há prova contra o Senador, nem mesmo probabilidades, apenas suposição. Na instrução, o Senador comprovará, como já comprovou, com documentos periciados, sua inocência quanto a única denúncia aceita. Os serviços foram prestados e pagos em espécie, o que é legal. O Senador lembra que a legislação obriga o Ministério Público a comprovar, o que não fez em 9 anos com todos sigilos quebrados. A investigação está recheada de falhas. A decisão do STF, ao receber parcialmente a denúncia, também ajuda a implodir inverdades que perduraram por anos e foram se transformando, entre elas a de corrupção, de que o Senador recorreu a uma empreiteira para pagar suas despesas. Ou seja, o Senador respondeu publicamente por uma década sobre crime inexistente, sequer objeto da denúncia. Assessoria de Imprensa Presidência Senado Federal
poder
Maioria do STF vota a favor e Renan vira réu pela primeira vezA maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou nesta quinta-feira (1°) pelo recebimento parcial de uma denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pela primeira vez se torna réu em uma ação penal no STF. Ele vai responder por peculato, acusado de desvio de verba indenizatória do Senado. A denúncia contra Renan foi recebida por oito dos 11 ministros do STF. Dentre os oito, cinco votaram pelo recebimento da denúncia apenas por peculato (Cármen Lúcia, Celso de Mello, Luiz Fux, Edson Fachin e Teori Zavascki). Além deles, outros três votaram pelo recebimento da denúncia em maior extensão – além de peculato, incluindo o crime de falsidade ideológica (Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso). Essas acusações também haviam sido apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, mas não foram acolhidas pelo relator Edson Fachin. Outros três ministros votaram pela rejeição total da denúncia (Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski). Como presidente do Senado, Renan tem a prerrogativa de ter sua situação discutida no plenário do Supremo. Em novembro, a maioria dos ministros do STF votou para que réus não ocupem cargo na linha sucessória da Presidência da República. O julgamento, no entanto, foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Como a votação não foi concluída, ele não será afastado do cargo, mesmo depois de virar réu no Supremo. A investigação sobre os pagamentos de pensão começou em 2007 e, à época, foi um dos motivos que levaram Renan a renunciar à presidência do Senado. Inicialmente, Renan era investigado porque teria pago pensão a uma filha que teve fora do casamento com dinheiro da empreiteira Mendes Júnior. À época, a Conselho de Ética do Senado abriu investigação, e o presidente da Casa sustentou que pagava a pensão, em parte, com recursos provenientes da venda de gado. Ao longo do tempo, o foco do inquérito mudou. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Renan destinava cerca de metade da verba indenizatória mensal de seu gabinete no Senado a uma locadora de veículos. A empresa lhe teria feito empréstimos, que também foram usados para justificar sua renda. Ainda de acordo com a denúncia da PGR, Renan apresentou documentos com teor falso ao Conselho de Ética no Senado para comprovar renda a partir da atividade rural –como recibos de venda de gado, fichas de vacinação e notas ficais. Em alguns casos, segundo a investigação, os documentos se referiam a fazendas de terceiros. O ministro relator entendeu que há indícios de autoria e materialidade quanto ao crime de peculato, conforme apontado por quebra do sigilo das contas de Renan. Para Fachin, há evidências de que Renan usou verba indenizatória do Senado para custear parte da pensão de sua filha. "Descobriu-se que o acusado havia propiciado o pagamento de pensão em valores supostamente incompatíveis com sua renda declarada, o que gerou representação ao Conselho de Ética do Senado. A assunção de obrigações superiores à capacidade financeira oficializada é usualmente vista como indício de corrupção e lavagem de dinheiro. A investigação, portanto, visava descobrir se os documentos por ele apresentados provavam sua alegada capacidade financeira", disse Fachin. "Os laudos periciais foram elaborados com essa finalidade e atestaram que os documentos, comparados entre si, apresentavam inconsistências que impossibilitavam afirmar que a capacidade financeira alegada pelo denunciado realmente existia." Em relação às acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso, Fachin entendeu que parte já teve a pena prescrita –no tocante a documentos particulares, como contratos de empréstimo– e outra parte –referente a documentos públicos, como fichas de vacinação– não merece ser recebida. Isso porque a PGR não explicou exatamente qual informação falsa foi inserida nos documentos apontados. Perto do STF, manifestantes soltaram rojões depois que os ministros votaram para tornar Renan Calheiros réu na ação penal. OUTRO LADO O presidente do Senado afirmou na noite desta quinta-feira (1) ter recebido com "tranquilidade" a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de receber parcialmente uma denúncia contra ele e, com isso, torná-lo réu pela primeira vez. Em nota divulgada via assessoria de imprensa da Presidência do Senado, o peemedebista fala em "suposição", "probabilidades" e diz não haver provas contra si. "A aceitação da denúncia, ainda que parcial, não antecipa juízo de condenação. Ao contrário, o debate entre os ministros evidenciou divisão e dúvidas quanto a consistência dos indícios do Ministério Público, qualificados como precários por vários deles, inclusive por alguns que aceitaram a denúncia". No texto, Renan diz que "comprovará, como já comprovou, com documentos periciados, sua inocência quanto a única denúncia aceita". "Os serviços foram prestados e pagos em espécie, o que é legal. O Senador lembra que a legislação obriga o Ministério Público a comprovar, o que não fez em 9 anos com todos sigilos quebrados. A investigação está recheada de falhas". O Senador vai responder por peculato, acusado de pagar com recursos ilícitos a pensão de uma filha entre 2004 e 2006. Segundo ele, contudo, o STF "ao receber parcialmente a denúncia, também ajuda a implodir inverdades que perduraram por anos e foram se transformando, entre elas a de corrupção, de que o Senador recorreu a uma empreiteira para pagar suas despesas". O partido de Renan também se manifestou sobre a deliberação do Supremo. "O PMDB respeita a decisão do STF e entende que o resultado de hoje mostra que o processo está apenas começando. Assim como para qualquer pessoa, cabe agora o direito à ampla defesa". Leia na íntegra: O Senador Renan Calheiros recebeu com tranquilidade a decisão do STF e permanece confiante na Justiça. A aceitação da denúncia, ainda que parcial, não antecipa juízo de condenação. Ao contrário, o debate entre os ministros evidenciou divisão e dúvidas quanto a consistência dos indícios do Ministério Público, qualificados como precários por vários deles, inclusive por alguns que aceitaram a denúncia. Não há prova contra o Senador, nem mesmo probabilidades, apenas suposição. Na instrução, o Senador comprovará, como já comprovou, com documentos periciados, sua inocência quanto a única denúncia aceita. Os serviços foram prestados e pagos em espécie, o que é legal. O Senador lembra que a legislação obriga o Ministério Público a comprovar, o que não fez em 9 anos com todos sigilos quebrados. A investigação está recheada de falhas. A decisão do STF, ao receber parcialmente a denúncia, também ajuda a implodir inverdades que perduraram por anos e foram se transformando, entre elas a de corrupção, de que o Senador recorreu a uma empreiteira para pagar suas despesas. Ou seja, o Senador respondeu publicamente por uma década sobre crime inexistente, sequer objeto da denúncia. Assessoria de Imprensa Presidência Senado Federal
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Entenda as diferenças entre os tipos de açúcar e os adoçantes naturais
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Entenda as diferenças entre açúcares e adoçantes naturais e descubra quais podem levar mais ou menos sabor à cozinha. Confira a seguir. * BAUNILHADO É um açúcar refinado comum, mas aromatizado com sabor de baunilha, o que deixa com gosto mais doce e perfumado. É indicado para coberturas, tortas e receitas geladas. - DEMERARA É um meio termo entre o açúcar refinado e o mascavo: passa por um refinamento leve, o que preserva nutrientes. Contém as mesmas calorias e sabor próximo ao do açúcar tradicional. - MASCAVO Com origem na cana, não passa por refinamento. Com isso, traz alguns nutrientes a mais do que o refinado, como minerais, mas em baixa quantidade. Seu sabor é mais forte. - CALDA DE AGAVE Produzida com base na agave, planta típica do México, contém frutose. Tem poder de adoçar mais forte que o açúcar refinado e índice glicêmico menor, o que aumenta a saciedade. - MEL Produzido pelas abelhas a partir do pólen, tem gosto frutado. Como parte dele é composta de água, tem menos calorias na comparação com o açúcar. Tem o dobro do poder adoçante do açúcar. Bom para sucos, mas não para café. - MELADO DE CANA Opção para veganos substituírem o mel. É um subproduto do preparo do açúcar de cana, que não passa por refinamento e, assim, preserva nutrientes. Por ter água em sua composição, soma menos calorias na comparação com o açúcar branco. - Com informações da nutricionista Tânia Rodrigues.
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Entenda as diferenças entre os tipos de açúcar e os adoçantes naturaisRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Entenda as diferenças entre açúcares e adoçantes naturais e descubra quais podem levar mais ou menos sabor à cozinha. Confira a seguir. * BAUNILHADO É um açúcar refinado comum, mas aromatizado com sabor de baunilha, o que deixa com gosto mais doce e perfumado. É indicado para coberturas, tortas e receitas geladas. - DEMERARA É um meio termo entre o açúcar refinado e o mascavo: passa por um refinamento leve, o que preserva nutrientes. Contém as mesmas calorias e sabor próximo ao do açúcar tradicional. - MASCAVO Com origem na cana, não passa por refinamento. Com isso, traz alguns nutrientes a mais do que o refinado, como minerais, mas em baixa quantidade. Seu sabor é mais forte. - CALDA DE AGAVE Produzida com base na agave, planta típica do México, contém frutose. Tem poder de adoçar mais forte que o açúcar refinado e índice glicêmico menor, o que aumenta a saciedade. - MEL Produzido pelas abelhas a partir do pólen, tem gosto frutado. Como parte dele é composta de água, tem menos calorias na comparação com o açúcar. Tem o dobro do poder adoçante do açúcar. Bom para sucos, mas não para café. - MELADO DE CANA Opção para veganos substituírem o mel. É um subproduto do preparo do açúcar de cana, que não passa por refinamento e, assim, preserva nutrientes. Por ter água em sua composição, soma menos calorias na comparação com o açúcar branco. - Com informações da nutricionista Tânia Rodrigues.
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Editorial: Guerra às bactérias
Numa rara boa notícia, como não se ouvia há mais de 25 anos, cientistas anunciaram a descoberta de uma nova classe de antibióticos. Melhor ainda, a teixobactina revelou-se eficaz ao combater alguns dos piores pesadelos dos infectologistas, como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), cepas da tuberculose difíceis de tratar e certas variedades do Clostridium difficile. Acredita-se que, em até dois anos, a nova droga, que inibe a capacidade da bactéria de sintetizar lipídios usados na formação de sua parede celular, esteja pronta para ensaios clínicos em humanos. Havia de fato a demanda por novos fármacos capazes de conter bactérias super-resistentes. O mais recente até aqui, a daptomicina, havia sido descoberto no já longínquo ano de 1987. Se bactérias imunes a antibióticos antes afetavam de forma quase exclusiva pacientes imunodeprimidos, que já haviam passado por vários tratamentos, hoje médicos enfrentam infecções comunitárias que não respondem bem às drogas de primeira escolha. E as previsões da biologia evolutiva indicam que as bactérias sempre serão mais eficientes em desenvolver resistência do que cientistas em desenvolver drogas. Um aspecto do problema diz respeito aos incentivos. A combinação de regras para proteção de patentes consideradas fracas e os custos cada vez maiores para criar, testar e comercializar um medicamento fez com que os grandes laboratórios se desinteressassem da pesquisa de antimicrobianos. Eles preferem dedicar-se a áreas mais rentáveis, como as moléstias crônicas. Sem mudanças na política de incentivos ou a mobilização de universidades e laboratórios públicos, novidades tenderão a ser raras. O outro aspecto diz respeito ao uso pouco sábio desses antibióticos. Os despautérios começam fora da medicina, com criadores que os utilizam só para facilitar a engorda dos animais, passam por médicos que os receitam mesmo quando não há indicação e terminam nos pacientes que se valem até de falsificações para adquiri-los. O péssimo hábito de profissionais de saúde de não lavar as mãos antes e depois de encostar em doentes e equipamentos também contribui para criar ambientes promíscuos nos quais bactérias trocam fragmentos de DNA que as ajudam a driblar a ação das drogas. Sem coordenação de esforços para acertar esses aspectos, a crise mundial em torno da resistência a antibióticos só tende a piorar.
opiniao
Editorial: Guerra às bactériasNuma rara boa notícia, como não se ouvia há mais de 25 anos, cientistas anunciaram a descoberta de uma nova classe de antibióticos. Melhor ainda, a teixobactina revelou-se eficaz ao combater alguns dos piores pesadelos dos infectologistas, como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), cepas da tuberculose difíceis de tratar e certas variedades do Clostridium difficile. Acredita-se que, em até dois anos, a nova droga, que inibe a capacidade da bactéria de sintetizar lipídios usados na formação de sua parede celular, esteja pronta para ensaios clínicos em humanos. Havia de fato a demanda por novos fármacos capazes de conter bactérias super-resistentes. O mais recente até aqui, a daptomicina, havia sido descoberto no já longínquo ano de 1987. Se bactérias imunes a antibióticos antes afetavam de forma quase exclusiva pacientes imunodeprimidos, que já haviam passado por vários tratamentos, hoje médicos enfrentam infecções comunitárias que não respondem bem às drogas de primeira escolha. E as previsões da biologia evolutiva indicam que as bactérias sempre serão mais eficientes em desenvolver resistência do que cientistas em desenvolver drogas. Um aspecto do problema diz respeito aos incentivos. A combinação de regras para proteção de patentes consideradas fracas e os custos cada vez maiores para criar, testar e comercializar um medicamento fez com que os grandes laboratórios se desinteressassem da pesquisa de antimicrobianos. Eles preferem dedicar-se a áreas mais rentáveis, como as moléstias crônicas. Sem mudanças na política de incentivos ou a mobilização de universidades e laboratórios públicos, novidades tenderão a ser raras. O outro aspecto diz respeito ao uso pouco sábio desses antibióticos. Os despautérios começam fora da medicina, com criadores que os utilizam só para facilitar a engorda dos animais, passam por médicos que os receitam mesmo quando não há indicação e terminam nos pacientes que se valem até de falsificações para adquiri-los. O péssimo hábito de profissionais de saúde de não lavar as mãos antes e depois de encostar em doentes e equipamentos também contribui para criar ambientes promíscuos nos quais bactérias trocam fragmentos de DNA que as ajudam a driblar a ação das drogas. Sem coordenação de esforços para acertar esses aspectos, a crise mundial em torno da resistência a antibióticos só tende a piorar.
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Morre a jornalista Tatiana Ivanovici, ex-MTV e criadora do DoLadoDeCá
Morreu nesta quarta (10) a jornalista Tatiana Ivanovici, 36, vítima de câncer no pâncreas. Com passagem pela MTV, onde dirigiu o Yo!MTV, foi criadora do site DoLadoDeCá, voltado para ações na periferia de SP. Nascida em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, Tatiana, que já colaborou para a Folha, dizia que as dificuldades que passou na infância a motivaram a criar a página, em 2010, ajudando marcas e empresas a encontrarem profissionais capacitados da periferia. Em sua passagem pelo Projeto Aprendiz, site desenvolvido pelo jornalista Gilberto Dimenstein que publica reportagens de oportunidades educativas, ganhou o apelido de "aprendiz-problema", por querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Intensidade é uma palavra que definia Tatiana, afirma Vanessa Gobbi, amiga que trabalhava com a jornalista no DoLadoDeCá. "Ela tinha uma maneira muito especial de ser. Sempre se importou com a periferia e estava sempre pensando em formas de se articular para gerar algum benefício", disse. "Era uma visionária. Queria dar possibilidade para pessoas que tinham uma origem difícil como a dela", afirma Renata Simões, jornalista. Nesta quinta-feira (11), o corpo de Tatiana foi velado por cerca de 300 pessoas no Cemitério Vila Mariana, na zona sul, e cremado no Crematório Vila Alpina. Quatro camisetas foram colocadas sobre Tatiana, simbolizando algumas de suas paixões: uma do Corinthians, outra do time de futebol da Vila Fundão, favela do Capão Redondo, extremo sul de São Paulo, da Cooperifa, cooperativa que promove ações culturais, e do site DoLadoDeCá. Sambistas da Pagode da 27, do Grajaú, também da zona sul da capital, tocaram "Amizade", do grupo Fundo de Quintal, uma das preferidas da jornalista, e outras músicas em sua homenagem durante a cerimônia.
cotidiano
Morre a jornalista Tatiana Ivanovici, ex-MTV e criadora do DoLadoDeCáMorreu nesta quarta (10) a jornalista Tatiana Ivanovici, 36, vítima de câncer no pâncreas. Com passagem pela MTV, onde dirigiu o Yo!MTV, foi criadora do site DoLadoDeCá, voltado para ações na periferia de SP. Nascida em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, Tatiana, que já colaborou para a Folha, dizia que as dificuldades que passou na infância a motivaram a criar a página, em 2010, ajudando marcas e empresas a encontrarem profissionais capacitados da periferia. Em sua passagem pelo Projeto Aprendiz, site desenvolvido pelo jornalista Gilberto Dimenstein que publica reportagens de oportunidades educativas, ganhou o apelido de "aprendiz-problema", por querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Intensidade é uma palavra que definia Tatiana, afirma Vanessa Gobbi, amiga que trabalhava com a jornalista no DoLadoDeCá. "Ela tinha uma maneira muito especial de ser. Sempre se importou com a periferia e estava sempre pensando em formas de se articular para gerar algum benefício", disse. "Era uma visionária. Queria dar possibilidade para pessoas que tinham uma origem difícil como a dela", afirma Renata Simões, jornalista. Nesta quinta-feira (11), o corpo de Tatiana foi velado por cerca de 300 pessoas no Cemitério Vila Mariana, na zona sul, e cremado no Crematório Vila Alpina. Quatro camisetas foram colocadas sobre Tatiana, simbolizando algumas de suas paixões: uma do Corinthians, outra do time de futebol da Vila Fundão, favela do Capão Redondo, extremo sul de São Paulo, da Cooperifa, cooperativa que promove ações culturais, e do site DoLadoDeCá. Sambistas da Pagode da 27, do Grajaú, também da zona sul da capital, tocaram "Amizade", do grupo Fundo de Quintal, uma das preferidas da jornalista, e outras músicas em sua homenagem durante a cerimônia.
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Estudo acha genes de cães que podem facilitar sua interação com o homem
Pesquisadores da Suécia identificaram pela primeira vez regiões do genoma dos cães domésticos que podem estar ligadas ao relacionamento especial que esses bichos têm com o ser humano. São trechos do DNA que, provavelmente não por acaso, também parecem ser importantes para o comportamento social das pessoas. O estudo da Universidade de Linköping usou um plantel de quase 200 beagles (a raça do mundialmente famoso Snoopy), o que facilita a busca por associações entre DNA e comportamento –como os cruzamentos da raça são controlados há tempos, os bichos possuem relativa homogeneidade genética. Além disso, os cães foram criados de forma altamente padronizada, sem que os humanos do canil da universidade dessem atenção especial a um ou outro indivíduo, o que também ajudou nos testes. A pesquisa está na revista científica "Scientific Reports". Antes de chegar ao genoma dos beagles, porém, a equipe liderada por Per Jensen fez uma análise comportamental dos bichos. Hoje, é consenso entre os que estudam a evolução dos cães que um dos grandes diferenciais da espécie em relação a seus parentes selvagens, como os lobos, é a capacidade de prestar atenção em seus donos humanos e interagir com eles. Isso permite, por exemplo, que os cachorros "leiam" sinais comunicativos tipicamente humanos, como a diferença do olhar ou gestos. AJUDA COM A TAMPA Por isso, as quase duas centenas de beagles do estudo foram submetidas a um teste simples, no qual guloseimas apreciadas pelos cães eram colocadas debaixo de uma tampa de acrílico. No experimento havia três tampas. Em duas delas, o cão conseguia mover o anteparo de acrílico sozinho e comer o quitute, mas a terceira tampa estava fixada no chão. A ideia era ver quais beagles, diante desse impasse, procurariam ajuda humana, olhando para os pesquisadores (literalmente com cara de cachorrinho pidão) ou indo até eles. Em tese, tais bichos teriam mais chance de carregar variantes genéticas que os predispõem a interagir com humanos. No experimento, os cientistas também mediram quanto tempo os cachorros demoravam para procurar ajuda humana e quanto tempo ficavam chamando a atenção da equipe do laboratório. Próximo passo: uma análise ampla do genoma dos bichos, baseada na identificação de um conjunto de SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único; pronuncia-se "snips"). São variações de uma única "letra" química de DNA (certo trecho do genoma pode ter a letra C num indíviduo e a letra A em outro, digamos) que, quando examinadas em conjunto, podem dar pistas sobre a variabilidade genética de uma espécie. No caso, a ideia era verificar se as diferenças de comportamento –mais ou menos interação com humanos – estavam associadas a determinados conjuntos de SNPs. De fato, foi o que aconteceu –e alguns desses SNPs se localizam em regiões de determinados genes. O mais relevante deles, segundo os pesquisadores, é conhecido como SEZ6L, e estudos parecidos em pessoas mostraram que há uma associação entre variações na versão humana desse gene e comportamentos do chamado espectro do autismo. O espectro autista se caracteriza, entre outras coisas, pela dificuldade de interação social e de compreensão das intenções de outras pessoas. Ou seja, certas formas do gene em cães poderiam torná-los mais propensos a interações sociais, enquanto outras fariam deles indivíduos menos sociáveis, a exemplo do que ocorre na nossa espécie.
ciencia
Estudo acha genes de cães que podem facilitar sua interação com o homemPesquisadores da Suécia identificaram pela primeira vez regiões do genoma dos cães domésticos que podem estar ligadas ao relacionamento especial que esses bichos têm com o ser humano. São trechos do DNA que, provavelmente não por acaso, também parecem ser importantes para o comportamento social das pessoas. O estudo da Universidade de Linköping usou um plantel de quase 200 beagles (a raça do mundialmente famoso Snoopy), o que facilita a busca por associações entre DNA e comportamento –como os cruzamentos da raça são controlados há tempos, os bichos possuem relativa homogeneidade genética. Além disso, os cães foram criados de forma altamente padronizada, sem que os humanos do canil da universidade dessem atenção especial a um ou outro indivíduo, o que também ajudou nos testes. A pesquisa está na revista científica "Scientific Reports". Antes de chegar ao genoma dos beagles, porém, a equipe liderada por Per Jensen fez uma análise comportamental dos bichos. Hoje, é consenso entre os que estudam a evolução dos cães que um dos grandes diferenciais da espécie em relação a seus parentes selvagens, como os lobos, é a capacidade de prestar atenção em seus donos humanos e interagir com eles. Isso permite, por exemplo, que os cachorros "leiam" sinais comunicativos tipicamente humanos, como a diferença do olhar ou gestos. AJUDA COM A TAMPA Por isso, as quase duas centenas de beagles do estudo foram submetidas a um teste simples, no qual guloseimas apreciadas pelos cães eram colocadas debaixo de uma tampa de acrílico. No experimento havia três tampas. Em duas delas, o cão conseguia mover o anteparo de acrílico sozinho e comer o quitute, mas a terceira tampa estava fixada no chão. A ideia era ver quais beagles, diante desse impasse, procurariam ajuda humana, olhando para os pesquisadores (literalmente com cara de cachorrinho pidão) ou indo até eles. Em tese, tais bichos teriam mais chance de carregar variantes genéticas que os predispõem a interagir com humanos. No experimento, os cientistas também mediram quanto tempo os cachorros demoravam para procurar ajuda humana e quanto tempo ficavam chamando a atenção da equipe do laboratório. Próximo passo: uma análise ampla do genoma dos bichos, baseada na identificação de um conjunto de SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único; pronuncia-se "snips"). São variações de uma única "letra" química de DNA (certo trecho do genoma pode ter a letra C num indíviduo e a letra A em outro, digamos) que, quando examinadas em conjunto, podem dar pistas sobre a variabilidade genética de uma espécie. No caso, a ideia era verificar se as diferenças de comportamento –mais ou menos interação com humanos – estavam associadas a determinados conjuntos de SNPs. De fato, foi o que aconteceu –e alguns desses SNPs se localizam em regiões de determinados genes. O mais relevante deles, segundo os pesquisadores, é conhecido como SEZ6L, e estudos parecidos em pessoas mostraram que há uma associação entre variações na versão humana desse gene e comportamentos do chamado espectro do autismo. O espectro autista se caracteriza, entre outras coisas, pela dificuldade de interação social e de compreensão das intenções de outras pessoas. Ou seja, certas formas do gene em cães poderiam torná-los mais propensos a interações sociais, enquanto outras fariam deles indivíduos menos sociáveis, a exemplo do que ocorre na nossa espécie.
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Repressão, exílio e morte reduzem fileiras de dissidentes russos
Com o assassinato de Boris Nemtsov, a assediada oposição liberal russa perdeu uma de suas últimas vozes audíveis. Depois das eleições parlamentares do final de 2011, houve um período breve em que a dissensão popular estava em alta, e grandes comícios tomaram conta de Moscou. Mas o otimismo se dissipou quando Putin conquistou mais uma vitória retumbante nas eleições presidenciais de março de 2012. No dia antes de sua posse, um protesto enorme virou violento. Num sinal de que nenhuma radicalização seria tolerada, vários manifestantes foram levados a julgamento, em muitos casos por delitos muito leves, e ameaçados com anos de prisão. Desde então o ânimo da oposição tem estado em baixa, com liberais urbanos ou fazendo planos para deixar a Rússia ou simplesmente levando a vida adiante, sentindo que têm mais a perder que a ganhar fazendo protestos. O Parlamento russo é dominado pelo partido Rússia Unida, pró-Putin, mas também tem três partidos que nominalmente são de oposição: o Rússia Justa, o Liberal Democrático e o Comunista. Esses partidos têm horários para se manifestar na televisão e, especialmente no caso do Partido Comunista, contam com um eleitorado genuíno; mesmo assim, podem ser mais bem descritos como "oposição sistêmica", controlada pelo Kremlin. Entre a oposição "não sistêmica", há poucos políticos com perfil nacional; por terem acesso restrito à televisão pública, é difícil conquistarem uma plataforma real. Assédio, ameaças e exaustão levaram muitos outros à prisão ou ao exílio. Agora que Nemtsov foi silenciado, as principais figuras oposicionistas ainda restantes são as seguintes: * MIHKAIL KHODORKOVSKY No passado o homem mais rico da Rússia, Khodorkovsky foi encarcerado em 2003 por acusações vistas amplamente como tendo sido politicamente motivadas, depois de ter começado a financiar partidos políticos. Ele passou uma década na prisão, mas foi solto em dezembro de 2013 quando Putin o anistiou. Khodorkovsky foi levado imediatamente a Berlim e hoje vive em Zurique. Em dezembro ele disse ao "Guardian" acreditar que será preso se retornar à Rússia. Ele criou a Fundação Rússia aberta e disse que está preparado a "fazer tudo o que for preciso" para mudar o regime em seu país. Contudo, embora Khodorkovsky possa ter impressionado a alguns com o estoicismo com que resistiu a dez anos de prisão, a maioria dos russos tem pouco apreço por quem ganhou bilhões na década de 1990. E não está claro até que ponto ele pode influir sobre a política russa, não estando no país. GARRY KASPAROV O ex-campeão mundial de xadrez tornou-se crítico ferrenho de Putin e foi presença frequente em eventos oposicionistas durante muitos anos, sendo frequentemente detido pela polícia. Em 2012, numa coletiva de imprensa em Genebra, anunciou que tinha decidido não retornar à Rússia porque, depois de Navalny e outros ativistas da oposição terem sido acusados criminalmente, temia que o mesmo pudesse lhe acontecer. ALEXEI NAVALNY Blogueiro e advogado que ganhou número enorme de seguidores por suas investigações da corrupção entre a elite de Putin, Navalny ganhou destaque durante a onda de protestos de rua em Moscou no final de 2011 e foi amplamente visto como a maior esperança da oposição. Algumas pessoas acham suas posições nacionalistas russas preocupantes, mas outros observam que elas podem ajudar a lhe angariar apoio mais amplo entre russos que normalmente não apoiariam a oposição. Desde que ganhou destaque, Navalny vem enfrentando uma onda de problemas burocráticos e legais, incluindo dois processos judiciais grandes. No final do ano passado ele recebeu uma sentença suspensa num julgamento por fraude, mas seu irmão foi sentenciado a três anos e meio de prisão. Navalny diz que, na prática, as autoridades fizeram seu irmão de refém para tentar impedi-lo de fazer seu trabalho político, mas ele prometeu seguir adiante. Ele não esteve presente na marcha do domingo em Moscou, tendo sido preso por 15 dias quando distribuía folhetos de divulgação da marcha. Naquele momento, o evento estava previsto para ser uma "manifestação de protesto contra a crise", não uma homenagem a Nemtsov. IGOR STRELKOV Aventa-se há muito tempo que a ameaça popular grave a Putin vem não dos liberais mas dos nacionalistas, e essas forças foram revigoradas pela guerra no leste da Ucrânia. Na verdade, uma teoria reza que grupos nacionalistas irregulares podem ser responsáveis pela morte de Nemtsov. Fã de encenações de batalhas militares, Strelkov combateu pela Rússia na Tchetchênia e, mais recentemente, ajudou a coordenar o movimento rebelde pró-Rússia no leste da Ucrânia. Chamado de volta a Moscou depois de aparentemente ter se rebelado contra o comando, disse acreditar que a Rússia vai mergulhar em guerra em breve. "A análise que ele faz é simples", disse Alexander Borodai, outro líder russo dos rebeldes de Donbass. "Há uma crise no país, o governo vai cair em breve e, na inevitável guerra civil que virá a seguir, Igor Strelkov comandará forças patrióticas e tornará o ditador do que restar da Rússia." O cenário parece improvável, mas não há dúvida que a possibilidade de a promoção do nacionalismo russo no conflito armado da Ucrânia ter soltado um gênio de uma garrafa está sendo objeto de reflexão séria. SERGEI UDALTSOV Rosto familiar nos protestos da oposição há anos, Udaltsov, 38 anos, é um esquerdista radical de linha dura que já foi detido várias vezes em manifestações. Ele foi acusado dentro do processo por "distúrbios de massa" movido após um protesto de maio de 2012 ter descambado em violência, sendo sentenciado a quatro anos e meio de prisão. A partir da prisão, disse que liberais e esquerdistas precisam seguir seus caminhos diferentes agora, devido à suas posições diferentes em relação ao conflito na Ucrânia, e, embora ainda faça oposição a Putin, ele faz um chamado a uma nova união das forças de extrema esquerda. Tradução de CLARA ALLAIN
mundo
Repressão, exílio e morte reduzem fileiras de dissidentes russosCom o assassinato de Boris Nemtsov, a assediada oposição liberal russa perdeu uma de suas últimas vozes audíveis. Depois das eleições parlamentares do final de 2011, houve um período breve em que a dissensão popular estava em alta, e grandes comícios tomaram conta de Moscou. Mas o otimismo se dissipou quando Putin conquistou mais uma vitória retumbante nas eleições presidenciais de março de 2012. No dia antes de sua posse, um protesto enorme virou violento. Num sinal de que nenhuma radicalização seria tolerada, vários manifestantes foram levados a julgamento, em muitos casos por delitos muito leves, e ameaçados com anos de prisão. Desde então o ânimo da oposição tem estado em baixa, com liberais urbanos ou fazendo planos para deixar a Rússia ou simplesmente levando a vida adiante, sentindo que têm mais a perder que a ganhar fazendo protestos. O Parlamento russo é dominado pelo partido Rússia Unida, pró-Putin, mas também tem três partidos que nominalmente são de oposição: o Rússia Justa, o Liberal Democrático e o Comunista. Esses partidos têm horários para se manifestar na televisão e, especialmente no caso do Partido Comunista, contam com um eleitorado genuíno; mesmo assim, podem ser mais bem descritos como "oposição sistêmica", controlada pelo Kremlin. Entre a oposição "não sistêmica", há poucos políticos com perfil nacional; por terem acesso restrito à televisão pública, é difícil conquistarem uma plataforma real. Assédio, ameaças e exaustão levaram muitos outros à prisão ou ao exílio. Agora que Nemtsov foi silenciado, as principais figuras oposicionistas ainda restantes são as seguintes: * MIHKAIL KHODORKOVSKY No passado o homem mais rico da Rússia, Khodorkovsky foi encarcerado em 2003 por acusações vistas amplamente como tendo sido politicamente motivadas, depois de ter começado a financiar partidos políticos. Ele passou uma década na prisão, mas foi solto em dezembro de 2013 quando Putin o anistiou. Khodorkovsky foi levado imediatamente a Berlim e hoje vive em Zurique. Em dezembro ele disse ao "Guardian" acreditar que será preso se retornar à Rússia. Ele criou a Fundação Rússia aberta e disse que está preparado a "fazer tudo o que for preciso" para mudar o regime em seu país. Contudo, embora Khodorkovsky possa ter impressionado a alguns com o estoicismo com que resistiu a dez anos de prisão, a maioria dos russos tem pouco apreço por quem ganhou bilhões na década de 1990. E não está claro até que ponto ele pode influir sobre a política russa, não estando no país. GARRY KASPAROV O ex-campeão mundial de xadrez tornou-se crítico ferrenho de Putin e foi presença frequente em eventos oposicionistas durante muitos anos, sendo frequentemente detido pela polícia. Em 2012, numa coletiva de imprensa em Genebra, anunciou que tinha decidido não retornar à Rússia porque, depois de Navalny e outros ativistas da oposição terem sido acusados criminalmente, temia que o mesmo pudesse lhe acontecer. ALEXEI NAVALNY Blogueiro e advogado que ganhou número enorme de seguidores por suas investigações da corrupção entre a elite de Putin, Navalny ganhou destaque durante a onda de protestos de rua em Moscou no final de 2011 e foi amplamente visto como a maior esperança da oposição. Algumas pessoas acham suas posições nacionalistas russas preocupantes, mas outros observam que elas podem ajudar a lhe angariar apoio mais amplo entre russos que normalmente não apoiariam a oposição. Desde que ganhou destaque, Navalny vem enfrentando uma onda de problemas burocráticos e legais, incluindo dois processos judiciais grandes. No final do ano passado ele recebeu uma sentença suspensa num julgamento por fraude, mas seu irmão foi sentenciado a três anos e meio de prisão. Navalny diz que, na prática, as autoridades fizeram seu irmão de refém para tentar impedi-lo de fazer seu trabalho político, mas ele prometeu seguir adiante. Ele não esteve presente na marcha do domingo em Moscou, tendo sido preso por 15 dias quando distribuía folhetos de divulgação da marcha. Naquele momento, o evento estava previsto para ser uma "manifestação de protesto contra a crise", não uma homenagem a Nemtsov. IGOR STRELKOV Aventa-se há muito tempo que a ameaça popular grave a Putin vem não dos liberais mas dos nacionalistas, e essas forças foram revigoradas pela guerra no leste da Ucrânia. Na verdade, uma teoria reza que grupos nacionalistas irregulares podem ser responsáveis pela morte de Nemtsov. Fã de encenações de batalhas militares, Strelkov combateu pela Rússia na Tchetchênia e, mais recentemente, ajudou a coordenar o movimento rebelde pró-Rússia no leste da Ucrânia. Chamado de volta a Moscou depois de aparentemente ter se rebelado contra o comando, disse acreditar que a Rússia vai mergulhar em guerra em breve. "A análise que ele faz é simples", disse Alexander Borodai, outro líder russo dos rebeldes de Donbass. "Há uma crise no país, o governo vai cair em breve e, na inevitável guerra civil que virá a seguir, Igor Strelkov comandará forças patrióticas e tornará o ditador do que restar da Rússia." O cenário parece improvável, mas não há dúvida que a possibilidade de a promoção do nacionalismo russo no conflito armado da Ucrânia ter soltado um gênio de uma garrafa está sendo objeto de reflexão séria. SERGEI UDALTSOV Rosto familiar nos protestos da oposição há anos, Udaltsov, 38 anos, é um esquerdista radical de linha dura que já foi detido várias vezes em manifestações. Ele foi acusado dentro do processo por "distúrbios de massa" movido após um protesto de maio de 2012 ter descambado em violência, sendo sentenciado a quatro anos e meio de prisão. A partir da prisão, disse que liberais e esquerdistas precisam seguir seus caminhos diferentes agora, devido à suas posições diferentes em relação ao conflito na Ucrânia, e, embora ainda faça oposição a Putin, ele faz um chamado a uma nova união das forças de extrema esquerda. Tradução de CLARA ALLAIN
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Netflix vai ter 'tagger' para ver e classificar obras no Brasil
Por trás de toda categoria específica da Netflix, como "filmes latino-americanos sobre crimes", há alguém responsável por ajudar a classificar seu conteúdo. Pela primeira vez, haverá um desses profissionais, chamados de "taggers", no Brasil —sinal de importância do país para o serviço de vídeo sob demanda. Cada filme ou programa que entra no catálogo da Netflix é classificado por um responsável por avaliar as coisas mais diversas: há nudez ali? De que tipo? Aparecem animais? Se sim, bichos fofos de estimação ou ferozes predadores? Com base nisso, o sistema coloca cada título em diferentes categorias. Por ora, os títulos presentes no país são classificados por brasileiros vivendo nos Estados Unidos. "Mas queremos ter alguém no país, imerso na cultura daí no dia a dia", conta à Folha o vice-presidente de inovação do serviço, Todd Yellin. As "tags" têm funções diferentes para o serviço. Foi vendo que Kevin Spacey e dramas políticos eram populares, por exemplo, que a Netflix decidiu investir em "House of Cards", sua primeira série original de sucesso. Para a equipe de Yellin, no entanto, o impacto é outro: "Temos que colocar o conteúdo certo na frente da pessoa certa na hora certa". Entender o conteúdo é o primeiro passo para dar sugestões que agradem os usuários. "Temos milhares de títulos e não queremos que os assinantes gastem seu tempo procurando o que assistir." "Às vezes, para efeito de humor, colocamos categorias super específicas, mas na verdade só queremos saber que título será perfeito para cada um naquela noite", conta. Conhecer as preferências de cada um permite que o serviço, por exemplo, ofereça diferentes trailers de uma mesma série para diferentes usuários. "Pense [na série original] 'Bloodline'. Quem gosta de mistério recebeu um trailer. Quem gosta de dramas familiares viu outro." Até a foto que aparece ao lado de cada título é pensada. O serviço testa imagens diferentes para os usuários e a mais popular passa a ser exibida para todos. "O próximo passo é mostrar imagens personalizadas para cada um." Um "tagger" local, segundo Yellin, permite que as pequenas sutilezas de um país sejam compreendidas. "Queremos entender todos os tons de cinza", afirma. Por ora, o serviço tem profissionais nos EUA, no México, na Holanda, no Canadá e no Reino Unido. INVESTIMENTOS Yelling diz que neste ano a Netflix irá dobrar seu conteúdo original. Se no ano passado foram 100 horas de títulos próprios no mundo todo, em 2015 serão mais de 300. "E no ano que vem esse número dobrará novamente", afirma. "Haverá ficção científica, drama, comédia e por aí vai", diz, sobre o conteúdo. Teremos títulos locais e internacionais." Yelling cita, por exemplo, a série "Narcos", que narra a história do colombiano Pablo Escobar, interpretado por Wagner Moura. "Conseguimos ter o José Padilha, um dos melhores diretores brasileiros, no projeto. Sou fã de 'Tropa de Elite'." Em relação à tecnologia, ele conta que a Netflix está investindo nos comandos de voz. "Achamos que nos próximos anos você vai poder falar a sua TV que quer ver o quinto episódio de 'Narcos' sem tocar no controle remoto", diz. "Estamos trabalhando para facilitar o acesso àquilo que você quer ver." ESPECTADOR PROFISSIONAL Onde há "taggers"? Estados Unidos, México, Holanda, Reino Unido, Canadá e, em breve, no Brasil O que ele faz? Assiste semanalmente a títulos que vão entrar no catálogo da Netflix e preenche um questionário classificando a produção Como é o questionário? Existem centenas de "tags" (classificações) disponíveis. O "tagger" diz, por exemplo, se há animais na trama. Se sim, de que tipo: bichos fofos de estimação ou predadores ferozes? Há nudez? De que tipo? As "tags" ajudam a colocar a obra em uma dentre milhares de categorias
ilustrada
Netflix vai ter 'tagger' para ver e classificar obras no BrasilPor trás de toda categoria específica da Netflix, como "filmes latino-americanos sobre crimes", há alguém responsável por ajudar a classificar seu conteúdo. Pela primeira vez, haverá um desses profissionais, chamados de "taggers", no Brasil —sinal de importância do país para o serviço de vídeo sob demanda. Cada filme ou programa que entra no catálogo da Netflix é classificado por um responsável por avaliar as coisas mais diversas: há nudez ali? De que tipo? Aparecem animais? Se sim, bichos fofos de estimação ou ferozes predadores? Com base nisso, o sistema coloca cada título em diferentes categorias. Por ora, os títulos presentes no país são classificados por brasileiros vivendo nos Estados Unidos. "Mas queremos ter alguém no país, imerso na cultura daí no dia a dia", conta à Folha o vice-presidente de inovação do serviço, Todd Yellin. As "tags" têm funções diferentes para o serviço. Foi vendo que Kevin Spacey e dramas políticos eram populares, por exemplo, que a Netflix decidiu investir em "House of Cards", sua primeira série original de sucesso. Para a equipe de Yellin, no entanto, o impacto é outro: "Temos que colocar o conteúdo certo na frente da pessoa certa na hora certa". Entender o conteúdo é o primeiro passo para dar sugestões que agradem os usuários. "Temos milhares de títulos e não queremos que os assinantes gastem seu tempo procurando o que assistir." "Às vezes, para efeito de humor, colocamos categorias super específicas, mas na verdade só queremos saber que título será perfeito para cada um naquela noite", conta. Conhecer as preferências de cada um permite que o serviço, por exemplo, ofereça diferentes trailers de uma mesma série para diferentes usuários. "Pense [na série original] 'Bloodline'. Quem gosta de mistério recebeu um trailer. Quem gosta de dramas familiares viu outro." Até a foto que aparece ao lado de cada título é pensada. O serviço testa imagens diferentes para os usuários e a mais popular passa a ser exibida para todos. "O próximo passo é mostrar imagens personalizadas para cada um." Um "tagger" local, segundo Yellin, permite que as pequenas sutilezas de um país sejam compreendidas. "Queremos entender todos os tons de cinza", afirma. Por ora, o serviço tem profissionais nos EUA, no México, na Holanda, no Canadá e no Reino Unido. INVESTIMENTOS Yelling diz que neste ano a Netflix irá dobrar seu conteúdo original. Se no ano passado foram 100 horas de títulos próprios no mundo todo, em 2015 serão mais de 300. "E no ano que vem esse número dobrará novamente", afirma. "Haverá ficção científica, drama, comédia e por aí vai", diz, sobre o conteúdo. Teremos títulos locais e internacionais." Yelling cita, por exemplo, a série "Narcos", que narra a história do colombiano Pablo Escobar, interpretado por Wagner Moura. "Conseguimos ter o José Padilha, um dos melhores diretores brasileiros, no projeto. Sou fã de 'Tropa de Elite'." Em relação à tecnologia, ele conta que a Netflix está investindo nos comandos de voz. "Achamos que nos próximos anos você vai poder falar a sua TV que quer ver o quinto episódio de 'Narcos' sem tocar no controle remoto", diz. "Estamos trabalhando para facilitar o acesso àquilo que você quer ver." ESPECTADOR PROFISSIONAL Onde há "taggers"? Estados Unidos, México, Holanda, Reino Unido, Canadá e, em breve, no Brasil O que ele faz? Assiste semanalmente a títulos que vão entrar no catálogo da Netflix e preenche um questionário classificando a produção Como é o questionário? Existem centenas de "tags" (classificações) disponíveis. O "tagger" diz, por exemplo, se há animais na trama. Se sim, de que tipo: bichos fofos de estimação ou predadores ferozes? Há nudez? De que tipo? As "tags" ajudam a colocar a obra em uma dentre milhares de categorias
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Holanda tem aulas de natação e portão no mar contra mudanças climáticas
O vento que varria o canal gerava ondas de espuma branca e sacudia os guarda-sóis dos restaurantes ao ar livre. Remadores se esforçavam para atravessar a linha de chegada. Henk Ovink, um sujeito magro mas forte, contemplava a prova de um deque VIP, com um olho nos barcos e o outro, como sempre, atento ao celular. Ovink é uma espécie de porta-voz do conhecimento técnico holandês sobre a alta do nível do mar e o aquecimento global. Como o queijo na França ou carros na Alemanha, a mudança do clima é um negócio nacional na Holanda. Delegações de lugares distantes como Jacarta, Nova York e Nova Orleans chegam mês sim e outro também ao porto holandês de Roterdã. E essas visitas muitas vezes resultam na contratação de empresas holandesas, que dominam o mercado mundial de engenharia de alta tecnologia e gestão de água. Isso acontece porque, desde o primeiro momento em que os colonos deste pequeno país começaram a bombear água para abrir terras destinadas à produção agrícola e à habitação, a água é uma questão de identidade nacional na Holanda. Nenhum outro lugar da Europa vive sob ameaça mais grave do que este país na beira do continente. Boa parte das terras holandesas fica abaixo do nível do mar, e elas estão afundando lentamente. Agora, a mudança do clima traz a perspectiva de marés cada vez mais altas e tempestades mais ferozes. Na mente holandesa, a mudança do clima não é hipotética e não representa um peso para a economia, mas, sim, uma oportunidade. Enquanto o governo Trump abandona o Acordo de Paris sobre a mudança do clima, os holandeses são pioneiros no caminho do avanço. A essência do conceito é viver com a água, em vez de lutar para derrotá-la. Os holandeses criaram lagos, garagens, parques e praças que beneficiam a vida cotidiana mas também servem como grandes reservatórios para quando os mares e rios se despejam em forma de inundação. E o que se aplica à gestão da mudança no clima também se aplica ao tecido social. A resiliência ambiental e a resiliência social deveriam caminhar de mãos dadas, acreditam as autoridades holandesas, melhorando bairros, expandindo participações e domando as águas nos momentos de catástrofe. A adaptação ao clima, se conduzida de maneira direta e correta, deve resultar em um Estado mais forte e mais rico. É essa a mensagem que os holandeses vêm transmitindo ao mundo. Consultores holandeses que assessoram as autoridades de Bangladesh quanto a abrigos de emergência e rotas de evacuação recentemente ajudaram a reduzir o número de mortes causadas por inundações para centenas em lugar de milhares, de acordo com Ovink. "É isso que estamos tentando fazer", ele disse. "Você pode dizer que estamos fazendo de nosso conhecimento especializado um artigo de comércio, mas milhares de pessoas morrem a cada ano devido à elevação do nível da água, e o mundo fracassou em enfrentar essa crise coletivamente, o que resulta em perdas de dinheiro e vidas". Ovink exibe com orgulho a nova raia para remo próxima a Roterdã, que sediou o Campeonato Mundial de Remo do ano passado. A raia é parte de uma área chamada Eendragtspolder, com cerca de nove hectares de canais e campos reaproveitados - um exemplo perfeito de espaço público que, em momentos de inundação, pode ser usado para coletar água. A forma de pensar holandesa mudou depois que inundações forçaram centenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas, nos anos 90. "As inundações serviram para nos despertar e para que devolvêssemos aos rios parte do espaço que lhes pertenceu no passado e que tínhamos ocupado", explicou Harold van Waveren, consultor sênior do governo holandês. "Não podemos construir barragens cada vez mais altas, porque terminaremos vivendo por trás de muralhas de 10 metros de altura", ele disse. "Precisamos dar aos rios mais espaço para fluir. Existe toda uma filosofia de planejamento espacial, gestão de crises, educação infantil, apps online e espaços públicos". Van Waveren cita um app nacional de GPS criado para que os moradores sempre saibam exatamente o quanto estão abaixo do nível do mar. Para usar piscinas públicas sem restrições, as crianças holandesas precisam primeiro obter diplomas que requerem que aprendam a nadar de roupa e com sapatos. "É parte básica de nossa cultura, como andar de bicicleta", me disse o arquiteto holandês Rem Koolhaas. Na Holanda, artigos acadêmicos sobre as mudanças na camada polar do Ártico se tornam notícia de primeira página nos jornais. "Para nós, a mudança do clima está além da ideologia", disse Ahmed Aboutaleb, prefeito de Roterdã. Ele me levou em uma visita matinal a um projeto de urbanização à beira-mar, em um bairro que no passado era pobre e industrial, a fim de mostrar de que maneira a renovação urbana se combina às estratégias de mitigação dos efeitos da mudança no clima. "Se alguém é vítima de tiros em um bar, me fazem um milhão de perguntas", disse Aboutaleb sobre sua cidade. "Mas se digo que todo mundo deveria ter um barco, porque prevemos que a intensidade da chuva aumentará imensamente, ninguém questiona essa política. Roterdã fica na parte mais vulnerável da Holanda, tanto econômica quanto geograficamente. Se a água vier, dos rios ou do mar, temos capacidade para evacuar talvez 15% dos moradores. Assim, evacuação não é resposta. Só podemos escapar para edifícios altos. Não há outra escolha. Precisamos aprender a viver com a água". "Uma cidade inteligente precisa ter uma visão abrangente e holística que vá além de barragens e portões", é o que diz Arnoud Molenaar, que comanda os esforços de Roterdã quanto à mudança no clima. "É preciso conscientizar o público. Boas políticas são necessárias em pequena e em grande escala. Isso começa com coisinhas como convencer as pessoas a remover os pavimentos de concreto de seus jardins, para que a terra por sob eles possa absorver a água da chuva", disse Molenaar. "E termina com uma imensa barreira contra tempestades no Mar do Norte". Ele está falando do Maeslantkering, construído perto da boca do canal navegável, a cerca de meia hora de carro do centro do Roterdã - a primeira linha de defesa da cidade. Ele é formado por dois braços tubulares, cada qual com comprimento equivalente à altura da torre Eiffel. Nos 20 anos desde que foi construído, o Maeslantkering não foi necessário para prevenir inundações, mas é testado regularmente, por garantia. O Maeslantkering é consequência de repetidas calamidades históricas. Em 1916, o Mar do Norte se abateu sobre a costa da Holanda, o que deu causa a uma série de construções protetoras que não foram capazes de conter as águas em 1953, quando uma tempestade noturna causou mais de 1.800 mortes. Os holandeses ainda chamam a tempestade simplesmente de "O Desastre". Os esforços nacionais foram redobrados, e incluíram a inauguração do projeto Delta Works, que canalizou duas grandes vias aquáticas, e do Maeslantkering, um portão marinho gigantesco, inaugurado em 1997, que mantém aberta a imensa via marítima que serve a todo o porto de Roterdã. Proteger o porto é fundamental. O porto de Roterdã é um dos mais movimentados do planeta e continua a ser o mais importante da Europa, recebendo dezenas de milhares de navios de todo o mundo a cada ano -ele supre a Alemanha de aço, despacha petroquímicos para a América do Sul, e praticamente tudo mais, a todos os lugares. A ideia por trás do projeto não tinha precedentes - um portão monumental com dois braços, estendidos dos dois lados do canal, cada qual com comprimento equivalente à altura da Torre Eiffel, mas duas vezes mais pesado. Quando o portão se fecha, os braços avançam rumo ao centro do canal, se encontram e se travam, e os tubos se enchem de água e afundam em um leito de concreto, formando uma muralha de aço impenetrável contra o Mar do Norte. O processo demora duas horas e meia. A pressão que o mar gera é então transferida da muralha para as maiores juntas esféricas do planeta, afixadas às duas margens do rio. Computadores monitoram o nível do mar a cada hora e podem fechar o portão automaticamente ou abri-lo. Dentro do portão, 30 bombas estão ligadas a uma das redes de eletricidade do país. Elas extraem água dos tubos quando é hora de reabrir o Maeslantkering. Se a rede elétrica falhar, há um circuito de reserva e, como último recurso, um gerador, porque ainda mais perigoso que o portão não fechar é que ele não volte a se abrir. Nesse caso, a água que se despeja do Mosa e do Reno poderia não fluir para o mar, e devastaria Roterdã ainda mais rápido do que uma inundação causada pelo Mar do Norte. Escapar seria impossível.
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Holanda tem aulas de natação e portão no mar contra mudanças climáticasO vento que varria o canal gerava ondas de espuma branca e sacudia os guarda-sóis dos restaurantes ao ar livre. Remadores se esforçavam para atravessar a linha de chegada. Henk Ovink, um sujeito magro mas forte, contemplava a prova de um deque VIP, com um olho nos barcos e o outro, como sempre, atento ao celular. Ovink é uma espécie de porta-voz do conhecimento técnico holandês sobre a alta do nível do mar e o aquecimento global. Como o queijo na França ou carros na Alemanha, a mudança do clima é um negócio nacional na Holanda. Delegações de lugares distantes como Jacarta, Nova York e Nova Orleans chegam mês sim e outro também ao porto holandês de Roterdã. E essas visitas muitas vezes resultam na contratação de empresas holandesas, que dominam o mercado mundial de engenharia de alta tecnologia e gestão de água. Isso acontece porque, desde o primeiro momento em que os colonos deste pequeno país começaram a bombear água para abrir terras destinadas à produção agrícola e à habitação, a água é uma questão de identidade nacional na Holanda. Nenhum outro lugar da Europa vive sob ameaça mais grave do que este país na beira do continente. Boa parte das terras holandesas fica abaixo do nível do mar, e elas estão afundando lentamente. Agora, a mudança do clima traz a perspectiva de marés cada vez mais altas e tempestades mais ferozes. Na mente holandesa, a mudança do clima não é hipotética e não representa um peso para a economia, mas, sim, uma oportunidade. Enquanto o governo Trump abandona o Acordo de Paris sobre a mudança do clima, os holandeses são pioneiros no caminho do avanço. A essência do conceito é viver com a água, em vez de lutar para derrotá-la. Os holandeses criaram lagos, garagens, parques e praças que beneficiam a vida cotidiana mas também servem como grandes reservatórios para quando os mares e rios se despejam em forma de inundação. E o que se aplica à gestão da mudança no clima também se aplica ao tecido social. A resiliência ambiental e a resiliência social deveriam caminhar de mãos dadas, acreditam as autoridades holandesas, melhorando bairros, expandindo participações e domando as águas nos momentos de catástrofe. A adaptação ao clima, se conduzida de maneira direta e correta, deve resultar em um Estado mais forte e mais rico. É essa a mensagem que os holandeses vêm transmitindo ao mundo. Consultores holandeses que assessoram as autoridades de Bangladesh quanto a abrigos de emergência e rotas de evacuação recentemente ajudaram a reduzir o número de mortes causadas por inundações para centenas em lugar de milhares, de acordo com Ovink. "É isso que estamos tentando fazer", ele disse. "Você pode dizer que estamos fazendo de nosso conhecimento especializado um artigo de comércio, mas milhares de pessoas morrem a cada ano devido à elevação do nível da água, e o mundo fracassou em enfrentar essa crise coletivamente, o que resulta em perdas de dinheiro e vidas". Ovink exibe com orgulho a nova raia para remo próxima a Roterdã, que sediou o Campeonato Mundial de Remo do ano passado. A raia é parte de uma área chamada Eendragtspolder, com cerca de nove hectares de canais e campos reaproveitados - um exemplo perfeito de espaço público que, em momentos de inundação, pode ser usado para coletar água. A forma de pensar holandesa mudou depois que inundações forçaram centenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas, nos anos 90. "As inundações serviram para nos despertar e para que devolvêssemos aos rios parte do espaço que lhes pertenceu no passado e que tínhamos ocupado", explicou Harold van Waveren, consultor sênior do governo holandês. "Não podemos construir barragens cada vez mais altas, porque terminaremos vivendo por trás de muralhas de 10 metros de altura", ele disse. "Precisamos dar aos rios mais espaço para fluir. Existe toda uma filosofia de planejamento espacial, gestão de crises, educação infantil, apps online e espaços públicos". Van Waveren cita um app nacional de GPS criado para que os moradores sempre saibam exatamente o quanto estão abaixo do nível do mar. Para usar piscinas públicas sem restrições, as crianças holandesas precisam primeiro obter diplomas que requerem que aprendam a nadar de roupa e com sapatos. "É parte básica de nossa cultura, como andar de bicicleta", me disse o arquiteto holandês Rem Koolhaas. Na Holanda, artigos acadêmicos sobre as mudanças na camada polar do Ártico se tornam notícia de primeira página nos jornais. "Para nós, a mudança do clima está além da ideologia", disse Ahmed Aboutaleb, prefeito de Roterdã. Ele me levou em uma visita matinal a um projeto de urbanização à beira-mar, em um bairro que no passado era pobre e industrial, a fim de mostrar de que maneira a renovação urbana se combina às estratégias de mitigação dos efeitos da mudança no clima. "Se alguém é vítima de tiros em um bar, me fazem um milhão de perguntas", disse Aboutaleb sobre sua cidade. "Mas se digo que todo mundo deveria ter um barco, porque prevemos que a intensidade da chuva aumentará imensamente, ninguém questiona essa política. Roterdã fica na parte mais vulnerável da Holanda, tanto econômica quanto geograficamente. Se a água vier, dos rios ou do mar, temos capacidade para evacuar talvez 15% dos moradores. Assim, evacuação não é resposta. Só podemos escapar para edifícios altos. Não há outra escolha. Precisamos aprender a viver com a água". "Uma cidade inteligente precisa ter uma visão abrangente e holística que vá além de barragens e portões", é o que diz Arnoud Molenaar, que comanda os esforços de Roterdã quanto à mudança no clima. "É preciso conscientizar o público. Boas políticas são necessárias em pequena e em grande escala. Isso começa com coisinhas como convencer as pessoas a remover os pavimentos de concreto de seus jardins, para que a terra por sob eles possa absorver a água da chuva", disse Molenaar. "E termina com uma imensa barreira contra tempestades no Mar do Norte". Ele está falando do Maeslantkering, construído perto da boca do canal navegável, a cerca de meia hora de carro do centro do Roterdã - a primeira linha de defesa da cidade. Ele é formado por dois braços tubulares, cada qual com comprimento equivalente à altura da torre Eiffel. Nos 20 anos desde que foi construído, o Maeslantkering não foi necessário para prevenir inundações, mas é testado regularmente, por garantia. O Maeslantkering é consequência de repetidas calamidades históricas. Em 1916, o Mar do Norte se abateu sobre a costa da Holanda, o que deu causa a uma série de construções protetoras que não foram capazes de conter as águas em 1953, quando uma tempestade noturna causou mais de 1.800 mortes. Os holandeses ainda chamam a tempestade simplesmente de "O Desastre". Os esforços nacionais foram redobrados, e incluíram a inauguração do projeto Delta Works, que canalizou duas grandes vias aquáticas, e do Maeslantkering, um portão marinho gigantesco, inaugurado em 1997, que mantém aberta a imensa via marítima que serve a todo o porto de Roterdã. Proteger o porto é fundamental. O porto de Roterdã é um dos mais movimentados do planeta e continua a ser o mais importante da Europa, recebendo dezenas de milhares de navios de todo o mundo a cada ano -ele supre a Alemanha de aço, despacha petroquímicos para a América do Sul, e praticamente tudo mais, a todos os lugares. A ideia por trás do projeto não tinha precedentes - um portão monumental com dois braços, estendidos dos dois lados do canal, cada qual com comprimento equivalente à altura da Torre Eiffel, mas duas vezes mais pesado. Quando o portão se fecha, os braços avançam rumo ao centro do canal, se encontram e se travam, e os tubos se enchem de água e afundam em um leito de concreto, formando uma muralha de aço impenetrável contra o Mar do Norte. O processo demora duas horas e meia. A pressão que o mar gera é então transferida da muralha para as maiores juntas esféricas do planeta, afixadas às duas margens do rio. Computadores monitoram o nível do mar a cada hora e podem fechar o portão automaticamente ou abri-lo. Dentro do portão, 30 bombas estão ligadas a uma das redes de eletricidade do país. Elas extraem água dos tubos quando é hora de reabrir o Maeslantkering. Se a rede elétrica falhar, há um circuito de reserva e, como último recurso, um gerador, porque ainda mais perigoso que o portão não fechar é que ele não volte a se abrir. Nesse caso, a água que se despeja do Mosa e do Reno poderia não fluir para o mar, e devastaria Roterdã ainda mais rápido do que uma inundação causada pelo Mar do Norte. Escapar seria impossível.
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Assalto termina com dois feridos em rua de Laranjeiras, na zona sul do Rio
Uma tentativa de assalto resultou em duas pessoas baleadas na tarde deste sábado (12) em Laranjeiras, no Rio. É o segundo caso de vítimas atingidas por disparos na zona sul. Na noite desta sexta (11), um turista croata foi baleado na Gávea. As vítimas do caso registrado neste sábado (12) foram socorridas por agentes do Corpo de Bombeiros e, em seguida, levadas com vida para o hospital Miguel Couto. De acordo com a corporação, trata-se de Caio Cesário, 29, e Robson Pereira, 47. O crime ocorreu na rua Ipiranga, em Laranjeiras. Segundo informações do 2º BPM (Botafogo), um segurança tentou evitar o assalto, entrou em confronto corporal com um dos suspeitos e foi baleado. Outro homem passava pela rua também foi atingido. Os suspeitos não foram encontrados. A assessoria da PM afirma que policiais continuam realizando buscas na região para tentar identificar os envolvidos. O caso foi registrado na 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi solicitada para o local e testemunhas já foram ouvidas.
cotidiano
Assalto termina com dois feridos em rua de Laranjeiras, na zona sul do RioUma tentativa de assalto resultou em duas pessoas baleadas na tarde deste sábado (12) em Laranjeiras, no Rio. É o segundo caso de vítimas atingidas por disparos na zona sul. Na noite desta sexta (11), um turista croata foi baleado na Gávea. As vítimas do caso registrado neste sábado (12) foram socorridas por agentes do Corpo de Bombeiros e, em seguida, levadas com vida para o hospital Miguel Couto. De acordo com a corporação, trata-se de Caio Cesário, 29, e Robson Pereira, 47. O crime ocorreu na rua Ipiranga, em Laranjeiras. Segundo informações do 2º BPM (Botafogo), um segurança tentou evitar o assalto, entrou em confronto corporal com um dos suspeitos e foi baleado. Outro homem passava pela rua também foi atingido. Os suspeitos não foram encontrados. A assessoria da PM afirma que policiais continuam realizando buscas na região para tentar identificar os envolvidos. O caso foi registrado na 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi solicitada para o local e testemunhas já foram ouvidas.
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Leitora diz que FMU atrasa envio de documentos para benefício estudantil
A leitora Gislaine Vançan reclama de problemas para renovar seu Bilhete Único de estudante. Ela conta que a FMU, universidade onde estuda, não enviou sua matrícula para a SPTrans (empresa municipal de transportes), impossibilitando que o benefício seja renovado neste ano. O problema também atinge outros alunos da instituição. Funcionários e professores da universidade pediram a Gislaine que enviasse um e-mail relatando o problema para dois endereços, mas nenhuma resposta é enviada. "Estão todos prestes a perder a cota de fevereiro. Já foram feitas diversas reclamações, inclusive na ouvidoria, e ninguém nos dá uma solução ou, ao menos, uma posição", desabafa. Resposta - A FMU diz que informou à estudante que o cadastro dela na SPTrans foi regularizado, permitindo a renovação do cartão. - Queixa de Maria Ester de Freitas: Sem reserva Pontos de programa de fidelidade Smiles foram resgatados para emitir passagem de avião de São Paulo para Paris, na França. Porém, ao ser contatada para fazer a marcação de assentos, companhia aérea diz que não consegue localizar reserva. Funcionários do Smiles não sabem resolver problema e apenas pedem prazos para analisar o caso. Resposta do Smiles Afirma que, em contato com a cliente, solucionou o caso e esclareceu todas as dúvidas. - Queixa de Ludmila Hubar Patriani: Cobrança indevida Plano de assinatura da Oi para BlackBerry foi substituído por outro para iPhone, após mudança de aparelho celular. Além disso, pacote de serviço telefônico foi alterado para opção mais limitada e barata. Porém, operadora envia boleto de cobrança com valor muito superior ao que é devido, incluindo até mesmo o pacote específico do celular antigo. Resposta da Oi Diz que concedeu crédito na fatura após constatar que a cobrança estava incorreta.
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Leitora diz que FMU atrasa envio de documentos para benefício estudantilA leitora Gislaine Vançan reclama de problemas para renovar seu Bilhete Único de estudante. Ela conta que a FMU, universidade onde estuda, não enviou sua matrícula para a SPTrans (empresa municipal de transportes), impossibilitando que o benefício seja renovado neste ano. O problema também atinge outros alunos da instituição. Funcionários e professores da universidade pediram a Gislaine que enviasse um e-mail relatando o problema para dois endereços, mas nenhuma resposta é enviada. "Estão todos prestes a perder a cota de fevereiro. Já foram feitas diversas reclamações, inclusive na ouvidoria, e ninguém nos dá uma solução ou, ao menos, uma posição", desabafa. Resposta - A FMU diz que informou à estudante que o cadastro dela na SPTrans foi regularizado, permitindo a renovação do cartão. - Queixa de Maria Ester de Freitas: Sem reserva Pontos de programa de fidelidade Smiles foram resgatados para emitir passagem de avião de São Paulo para Paris, na França. Porém, ao ser contatada para fazer a marcação de assentos, companhia aérea diz que não consegue localizar reserva. Funcionários do Smiles não sabem resolver problema e apenas pedem prazos para analisar o caso. Resposta do Smiles Afirma que, em contato com a cliente, solucionou o caso e esclareceu todas as dúvidas. - Queixa de Ludmila Hubar Patriani: Cobrança indevida Plano de assinatura da Oi para BlackBerry foi substituído por outro para iPhone, após mudança de aparelho celular. Além disso, pacote de serviço telefônico foi alterado para opção mais limitada e barata. Porém, operadora envia boleto de cobrança com valor muito superior ao que é devido, incluindo até mesmo o pacote específico do celular antigo. Resposta da Oi Diz que concedeu crédito na fatura após constatar que a cobrança estava incorreta.
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O dia seguinte de Paris
Os atentados ocorridos em Paris evidenciaram uma mudança de estratégia do Estado Islâmico (EI), levando-o a uma atuação pirotécnica além de suas fronteiras para impedir o incremento das ações militares em seu território, por meio de uma agenda de terror. Fruto da inação do Ocidente na Síria, onde milhares de vidas foram ceifadas pelo regime de Bashar al-Assad, o EI também é resultado de uma ação equivocada no Iraque perpetrada pelos Estados Unidos, que não planejaram, de modo claro, o "dia seguinte" à queda de Saddam Hussein. Aliás, a falta de planejamento do "dia seguinte" tem sido um dos grandes erros nas ações realizadas naquela região. A França foi escolhida não só por seu "apelo imoral", segundo o EI, mas também por conta da vulnerabilidade resultante de suas fronteiras abertas. O país é governado por um presidente fraco politicamente e possui pouca experiência no combate ao terrorismo, uma vez que a inocência francesa quanto a esse tipo de ataque foi perdida só há 10 meses, no episódio do Charlie Hebdo. Agregue-se a isso a presença de uma enorme população muçulmana no país, que enfrenta as barreiras do preconceito e da exclusão, e a elevação do fluxo migratório derivado da Síria e norte da África. A receita do desastre está completa. O que esperar? Os ataques franceses ao centro de operação do EI eram aguardados. O governo francês tinha de dar uma resposta imediata, particularmente em razão das eleições regionais que se avizinham. Preocupa-me saber, no entanto, se a inteligência francesa estará preparada para enfrentar as possíveis retaliações internas, organizadas ou individuais, que poderão ocorrer no futuro próximo, uma vez que o "inimigo" já se encontra na França e na Europa. O fluxo migratório constitui uma preocupação porque a associação de ideias já se faz presente, numa Europa onde a xenofobia parece crescente. A alegação de que a Europa abriu suas fronteiras para terroristas e fundamentalistas encontrará particular reverberação no discurso político mais extremo. O resultado terá enorme impacto sobre a imagem da chanceler alemã, Angela Merkel, que passará de heroína da causa dos refugiados ao papel de ingênua, por introduzir as sementes de possíveis ações do terror no continente. Lamentável será essa associação, pois impactará negativamente as poucas ações realizadas para proteger os refugiados, privando a milhares de indivíduos a possibilidade de escaparem do pesadelo sírio e do fundamentalismo. Resta ao Ocidente uma única solução: livrar-se de Bashar al-Assad, com um plano efetivo e estratégia clara de longo prazo para o "dia seguinte" à saída do ditador, no qual a vida dos sírios melhore profundamente. A partir disso, com ação militar efetiva e fomento ideológico contra o fundamentalismo, será possível conquistar os corações e mentes daqueles subjugados pelo EI, para que enfrentem e extirpem a sua liderança e atuação. Com maior crescimento econômico e oferta de mais oportunidades de inclusão, a Europa deverá aprender a conviver com seus novos cidadãos, tornando-os parte do tecido social e fortalecendo, ainda mais, o conceito de cidadania europeia. O projeto europeu de união deve continuar. MARCUS VINÍCIUS DE FREITAS, 47, é professor de direito e relações internacionais da Faap - Fundação Armando Alvares Penteado * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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O dia seguinte de ParisOs atentados ocorridos em Paris evidenciaram uma mudança de estratégia do Estado Islâmico (EI), levando-o a uma atuação pirotécnica além de suas fronteiras para impedir o incremento das ações militares em seu território, por meio de uma agenda de terror. Fruto da inação do Ocidente na Síria, onde milhares de vidas foram ceifadas pelo regime de Bashar al-Assad, o EI também é resultado de uma ação equivocada no Iraque perpetrada pelos Estados Unidos, que não planejaram, de modo claro, o "dia seguinte" à queda de Saddam Hussein. Aliás, a falta de planejamento do "dia seguinte" tem sido um dos grandes erros nas ações realizadas naquela região. A França foi escolhida não só por seu "apelo imoral", segundo o EI, mas também por conta da vulnerabilidade resultante de suas fronteiras abertas. O país é governado por um presidente fraco politicamente e possui pouca experiência no combate ao terrorismo, uma vez que a inocência francesa quanto a esse tipo de ataque foi perdida só há 10 meses, no episódio do Charlie Hebdo. Agregue-se a isso a presença de uma enorme população muçulmana no país, que enfrenta as barreiras do preconceito e da exclusão, e a elevação do fluxo migratório derivado da Síria e norte da África. A receita do desastre está completa. O que esperar? Os ataques franceses ao centro de operação do EI eram aguardados. O governo francês tinha de dar uma resposta imediata, particularmente em razão das eleições regionais que se avizinham. Preocupa-me saber, no entanto, se a inteligência francesa estará preparada para enfrentar as possíveis retaliações internas, organizadas ou individuais, que poderão ocorrer no futuro próximo, uma vez que o "inimigo" já se encontra na França e na Europa. O fluxo migratório constitui uma preocupação porque a associação de ideias já se faz presente, numa Europa onde a xenofobia parece crescente. A alegação de que a Europa abriu suas fronteiras para terroristas e fundamentalistas encontrará particular reverberação no discurso político mais extremo. O resultado terá enorme impacto sobre a imagem da chanceler alemã, Angela Merkel, que passará de heroína da causa dos refugiados ao papel de ingênua, por introduzir as sementes de possíveis ações do terror no continente. Lamentável será essa associação, pois impactará negativamente as poucas ações realizadas para proteger os refugiados, privando a milhares de indivíduos a possibilidade de escaparem do pesadelo sírio e do fundamentalismo. Resta ao Ocidente uma única solução: livrar-se de Bashar al-Assad, com um plano efetivo e estratégia clara de longo prazo para o "dia seguinte" à saída do ditador, no qual a vida dos sírios melhore profundamente. A partir disso, com ação militar efetiva e fomento ideológico contra o fundamentalismo, será possível conquistar os corações e mentes daqueles subjugados pelo EI, para que enfrentem e extirpem a sua liderança e atuação. Com maior crescimento econômico e oferta de mais oportunidades de inclusão, a Europa deverá aprender a conviver com seus novos cidadãos, tornando-os parte do tecido social e fortalecendo, ainda mais, o conceito de cidadania europeia. O projeto europeu de união deve continuar. MARCUS VINÍCIUS DE FREITAS, 47, é professor de direito e relações internacionais da Faap - Fundação Armando Alvares Penteado * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Venda de ingressos para Brasil Game Show 2015 começa na quinta-feira
A oitava edição da Brasil Game Show, maior feira de games da América Latina, só será realizada em outubro. Mas o primeiro lote de ingressos para o evento deve começar a ser vendido nesta quinta (12). Os preços variam de R$ 39 a R$ 299, e os ingressos só podem ser comprados pelo site oficial da BGS. O valor mais baixo é do ingresso individual, que dá acesso a um dos quatro dias da BGS abertos ao público (9, 10, 11 ou 12 de outubro). Já o passaporte, que permite ao visitante entrar na feira em todos as quatro datas, sai por R$ 117. Quem quiser ainda ter acesso ao evento no dia exclusivo para imprensa e negócios (8 de outubro) paga o valor mais alto. Os preços são referentes à meia-entrada, válida também para visitantes que doarem 1 kg de alimento não perecível na entrada da feira, e não só para estudantes e idosos. Mais uma vez, a Brasil Game Show ocupará o centro de exposições Expo Center Norte, em São Paulo. A sétima edição do evento reuniu mais de 250 mil visitantes. BGS 2014 No ano passado, a Brasil Game Show diz ter apresentado mais de 100 lançamentos, como os jogos de futebol "Fifa 15", de ação "Assassin's Creed: Unity" e de corrida "Forza Horizon 2". O evento ainda contou com produtores internacionais (como o cocriador de "Mortal Kombat"), reservou metade de um pavilhão para um campeonato do game "Dota 2" com premiação de R$ 60 mil e deu aos desenvolvedores indies brasileiros, pela primeira vez, espaço para expor seus jogos.
tec
Venda de ingressos para Brasil Game Show 2015 começa na quinta-feiraA oitava edição da Brasil Game Show, maior feira de games da América Latina, só será realizada em outubro. Mas o primeiro lote de ingressos para o evento deve começar a ser vendido nesta quinta (12). Os preços variam de R$ 39 a R$ 299, e os ingressos só podem ser comprados pelo site oficial da BGS. O valor mais baixo é do ingresso individual, que dá acesso a um dos quatro dias da BGS abertos ao público (9, 10, 11 ou 12 de outubro). Já o passaporte, que permite ao visitante entrar na feira em todos as quatro datas, sai por R$ 117. Quem quiser ainda ter acesso ao evento no dia exclusivo para imprensa e negócios (8 de outubro) paga o valor mais alto. Os preços são referentes à meia-entrada, válida também para visitantes que doarem 1 kg de alimento não perecível na entrada da feira, e não só para estudantes e idosos. Mais uma vez, a Brasil Game Show ocupará o centro de exposições Expo Center Norte, em São Paulo. A sétima edição do evento reuniu mais de 250 mil visitantes. BGS 2014 No ano passado, a Brasil Game Show diz ter apresentado mais de 100 lançamentos, como os jogos de futebol "Fifa 15", de ação "Assassin's Creed: Unity" e de corrida "Forza Horizon 2". O evento ainda contou com produtores internacionais (como o cocriador de "Mortal Kombat"), reservou metade de um pavilhão para um campeonato do game "Dota 2" com premiação de R$ 60 mil e deu aos desenvolvedores indies brasileiros, pela primeira vez, espaço para expor seus jogos.
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Segunda 'mãe' contribuiu com apenas 0,17% dos genes do bebê
Compreende-se a necessidade de resumir uma intervenção biomédica complexa em fórmulas compreensíveis do gênero "primeiro bebê de três pais, como fez a revista britânica "New Scientist". Não é bem isso, porém. 3 pessoas e um bebê A criança teria três progenitores se recebesse genes significativos de todos eles. Com a técnica empregada por John Zhang, a suposta segunda mãe contribui com muito pouco DNA para o bebê, e nada que vá influenciar de modo decisivo o que ele vai se tornar como pessoa. A intervenção foi feita para evitar uma doença originária de falhas em mitocôndrias, organelas que produzem energia no citoplasma ("recheio") da célula. O truque é substituir mitocôndrias defeituosas de uma mulher pelas saudáveis de outra. Mitocôndrias têm seus próprios genes, 37 deles, e é por isso que se fala em duas "mães". A segunda, contudo, entra com o equivalente a 0,17% do total de genes (22 mil) que servem para formatar um organismo humano. Além disso, o DNA mitocondrial nada tem a ver com características normalmente associadas com hereditariedade, como temperamento e traços físicos. Os genes que contam para isso ficam longe dela, acomodados nos 46 cromossomos do núcleo. Não há novidade no expediente de usar mitocôndrias sãs para viabilizar a gravidez. Tampouco é nova a controvérsia sobre isso. Em abril de 2001 a revista "Science" condenou em editorial procedimento similar feito por Jason Barritt em Nova Jersey (EUA). Antes disso, em São Paulo, o polêmico médico Roger Abdelmassih –hoje cumprindo pena por múltiplos estupros – já empregava injeções de citoplasma para "rejuvenescer" óvulos de clientes com dificuldade para engravidar.
equilibrioesaude
Segunda 'mãe' contribuiu com apenas 0,17% dos genes do bebêCompreende-se a necessidade de resumir uma intervenção biomédica complexa em fórmulas compreensíveis do gênero "primeiro bebê de três pais, como fez a revista britânica "New Scientist". Não é bem isso, porém. 3 pessoas e um bebê A criança teria três progenitores se recebesse genes significativos de todos eles. Com a técnica empregada por John Zhang, a suposta segunda mãe contribui com muito pouco DNA para o bebê, e nada que vá influenciar de modo decisivo o que ele vai se tornar como pessoa. A intervenção foi feita para evitar uma doença originária de falhas em mitocôndrias, organelas que produzem energia no citoplasma ("recheio") da célula. O truque é substituir mitocôndrias defeituosas de uma mulher pelas saudáveis de outra. Mitocôndrias têm seus próprios genes, 37 deles, e é por isso que se fala em duas "mães". A segunda, contudo, entra com o equivalente a 0,17% do total de genes (22 mil) que servem para formatar um organismo humano. Além disso, o DNA mitocondrial nada tem a ver com características normalmente associadas com hereditariedade, como temperamento e traços físicos. Os genes que contam para isso ficam longe dela, acomodados nos 46 cromossomos do núcleo. Não há novidade no expediente de usar mitocôndrias sãs para viabilizar a gravidez. Tampouco é nova a controvérsia sobre isso. Em abril de 2001 a revista "Science" condenou em editorial procedimento similar feito por Jason Barritt em Nova Jersey (EUA). Antes disso, em São Paulo, o polêmico médico Roger Abdelmassih –hoje cumprindo pena por múltiplos estupros – já empregava injeções de citoplasma para "rejuvenescer" óvulos de clientes com dificuldade para engravidar.
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Motorola lança novo Moto G com 4G e dois chips por R$ 899
A Motorola atualizou nesta quinta-feira (29) seu smartphone mais popular no Brasil (e, segundo a empresa, o mais popular entre todos já vendidos por aqui), o Moto G. Sua nova versão, que chega por R$ 899, tem suporte ao 4G –como fora prometido quando do lançamento do novo Moto G, em outubro do ano passado. O celular é vendido já com a versão mais recente do Android, a 5.0 Lollipop. Um ponto negativo é que ele não sintoniza TV digital, tal qual a versão DTV (R$ 849, sem 4G) já fazia. A versão mais barata do novo Moto G custa R$ 749. Seu "primo", o topo de linha Moto X, custa R$ 1.499.
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Motorola lança novo Moto G com 4G e dois chips por R$ 899A Motorola atualizou nesta quinta-feira (29) seu smartphone mais popular no Brasil (e, segundo a empresa, o mais popular entre todos já vendidos por aqui), o Moto G. Sua nova versão, que chega por R$ 899, tem suporte ao 4G –como fora prometido quando do lançamento do novo Moto G, em outubro do ano passado. O celular é vendido já com a versão mais recente do Android, a 5.0 Lollipop. Um ponto negativo é que ele não sintoniza TV digital, tal qual a versão DTV (R$ 849, sem 4G) já fazia. A versão mais barata do novo Moto G custa R$ 749. Seu "primo", o topo de linha Moto X, custa R$ 1.499.
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Geólogos podem ir à Justiça contra venda de área do pré-sal
A Febrageo (Federação Brasileira dos Geólogos) promete ir à Justiça para tentar reverter a venda da área de Carcará, no pré-sal, à norueguesa Statoil. A entidade questiona o valor da transação, de US$ 2,5 bilhões. A operação foi anunciada pela Petrobras no dia 29 de julho, como parte de seu programa de venda de ativos para enfrentar a crise financeira –foi a primeira envolvendo reservas do pré-sal. Metade do valor acordado depende ainda de medidas do governo para regulamentar a anexação de uma parte da jazida que está fora da área de concessão, em processo conhecido como unitização. Se chegar aos US$ 2,5 bilhões, a Statoil terá pago algo entre US$ 2,91 e US$ 5,41 por barril, dependendo da estimativa de reservas –que varia entre 700 milhões e 1,3 bilhão de barris. Considerando a média de 1 bilhão, o valor é de US$ 3,78 por barril. A Febrageo destaca que, em 2010, a Petrobras pagou US$ 8,51 por barril para extrair 5 bilhões de barris em seis áreas do pré-sal cedidas pelo governo no processo de capitalização da companhia. "Pela experiência de geólogos e especialistas que já trabalharam com o pré-sal, a área de Carcará pode ter mais petróleo do que o anunciado", disse o presidente da Febrageo, João César de Freitas. Segundo ele, a entidade estuda estratégia para tentar reverter na Justiça a operação, que chama de "depredação do patrimônio dos brasileiros". A Febrageo congrega 18 associações profissionais de geólogos e os sindicatos da categoria em Minas Gerais e em São Paulo. "A média internacional se situa entre US$ 5 e US$ 8 por barril em transações, mas em Carcará não são reservas provadas. Então, ainda há risco", comenta o geólogo Pedro Zalán, ex-Petrobras, para quem é difícil definir um valor justo para o negócio. Em 2011, quando vendeu sua participação de 20% no projeto para as brasileiras Queiroz Galvão Exploração e Produção e Barra Energia, a Shell recebeu US$ 350 milhões –ou US$ 1,75 por barril, considerando 1 bilhão de barris em reservas. A operação, porém, ocorreu antes das principais descobertas na área, realizadas em 2015. A Petrobras rechaça a comparação com os campos da cessão onerosa, argumentando que, neste caso, as condições tributárias são mais favoráveis, já que não está prevista a cobrança de participação especial. A empresa repete ainda os argumentos de que Carcará é uma área isolada e com maior pressão no reservatório, o que gera maiores custos logísticos e com equipamentos. "O valor de venda de US$ 2,5 bilhões representa uma antecipação justa de uma receita futura para o caixa no presente", conclui. A Petrobras chegou a enfrentar liminares revertendo a venda da Gaspetro à Mitsui no ano passado, mas reverteu as decisões. Foi a primeira operação do plano de desinvestimento da estatal, no valor de US$ 700 milhões. Investigação do Cade pede condenação da Petrobras por desconto na venda de gás
mercado
Geólogos podem ir à Justiça contra venda de área do pré-salA Febrageo (Federação Brasileira dos Geólogos) promete ir à Justiça para tentar reverter a venda da área de Carcará, no pré-sal, à norueguesa Statoil. A entidade questiona o valor da transação, de US$ 2,5 bilhões. A operação foi anunciada pela Petrobras no dia 29 de julho, como parte de seu programa de venda de ativos para enfrentar a crise financeira –foi a primeira envolvendo reservas do pré-sal. Metade do valor acordado depende ainda de medidas do governo para regulamentar a anexação de uma parte da jazida que está fora da área de concessão, em processo conhecido como unitização. Se chegar aos US$ 2,5 bilhões, a Statoil terá pago algo entre US$ 2,91 e US$ 5,41 por barril, dependendo da estimativa de reservas –que varia entre 700 milhões e 1,3 bilhão de barris. Considerando a média de 1 bilhão, o valor é de US$ 3,78 por barril. A Febrageo destaca que, em 2010, a Petrobras pagou US$ 8,51 por barril para extrair 5 bilhões de barris em seis áreas do pré-sal cedidas pelo governo no processo de capitalização da companhia. "Pela experiência de geólogos e especialistas que já trabalharam com o pré-sal, a área de Carcará pode ter mais petróleo do que o anunciado", disse o presidente da Febrageo, João César de Freitas. Segundo ele, a entidade estuda estratégia para tentar reverter na Justiça a operação, que chama de "depredação do patrimônio dos brasileiros". A Febrageo congrega 18 associações profissionais de geólogos e os sindicatos da categoria em Minas Gerais e em São Paulo. "A média internacional se situa entre US$ 5 e US$ 8 por barril em transações, mas em Carcará não são reservas provadas. Então, ainda há risco", comenta o geólogo Pedro Zalán, ex-Petrobras, para quem é difícil definir um valor justo para o negócio. Em 2011, quando vendeu sua participação de 20% no projeto para as brasileiras Queiroz Galvão Exploração e Produção e Barra Energia, a Shell recebeu US$ 350 milhões –ou US$ 1,75 por barril, considerando 1 bilhão de barris em reservas. A operação, porém, ocorreu antes das principais descobertas na área, realizadas em 2015. A Petrobras rechaça a comparação com os campos da cessão onerosa, argumentando que, neste caso, as condições tributárias são mais favoráveis, já que não está prevista a cobrança de participação especial. A empresa repete ainda os argumentos de que Carcará é uma área isolada e com maior pressão no reservatório, o que gera maiores custos logísticos e com equipamentos. "O valor de venda de US$ 2,5 bilhões representa uma antecipação justa de uma receita futura para o caixa no presente", conclui. A Petrobras chegou a enfrentar liminares revertendo a venda da Gaspetro à Mitsui no ano passado, mas reverteu as decisões. Foi a primeira operação do plano de desinvestimento da estatal, no valor de US$ 700 milhões. Investigação do Cade pede condenação da Petrobras por desconto na venda de gás
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Folha promove pré-estreia gratuita do filme "A Estrada 47" nesta quarta (29)
A Folha e o Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca promovem nesta quarta-feira (29), às 20h, a pré-estreia gratuita do filme "A Estrada 47", que retrata a campanha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. "A Estrada 47" venceu o Festival de Cinema de Gramado de 2014. Após a exibição do filme, haverá um debate sobre a obra. Participam VIcente Ferraz, diretor do longa, e o ator Francisco Gaspar, um dos protagonistas do filme. A mediação será do repórter da "Ilustrada" Guilherme Genestreti. O lançamento nacional do longa-metragem será em 7 de maio. Os ingressos para a pré-estréia seguida de debate podem ser retiradas a partir das 19h na bilheteria do cinema do shopping Frei Caneca (rua Frei Caneca, 569).
ilustrada
Folha promove pré-estreia gratuita do filme "A Estrada 47" nesta quarta (29)A Folha e o Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca promovem nesta quarta-feira (29), às 20h, a pré-estreia gratuita do filme "A Estrada 47", que retrata a campanha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. "A Estrada 47" venceu o Festival de Cinema de Gramado de 2014. Após a exibição do filme, haverá um debate sobre a obra. Participam VIcente Ferraz, diretor do longa, e o ator Francisco Gaspar, um dos protagonistas do filme. A mediação será do repórter da "Ilustrada" Guilherme Genestreti. O lançamento nacional do longa-metragem será em 7 de maio. Os ingressos para a pré-estréia seguida de debate podem ser retiradas a partir das 19h na bilheteria do cinema do shopping Frei Caneca (rua Frei Caneca, 569).
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Teologia da Intolerância
O jagunço Riobaldo Tatarana, numa de suas sábias divagações sobre Deus e o Diabo na terra do "Grande Sertão" de Guimarães Rosa, profetizou: "Deus mesmo, quando vier, que venha armado!". Riobaldo se referia às muitas violências sertanejas. Mas seu aforismo, como tudo na obra-prima de Guimarães Rosa, extrapola as veredas do cangaço. Diante da agressividade da intolerância religiosa, ele é atual e irônico. Quando Jesus vier, que venha armado. Não para ferir, mas para tentar sobreviver àqueles que pregam o ódio em seu nome. O dogma da Teologia da Intolerância é a violência, cujas principais vítimas são os seguidores de religiões afro-brasileiras. Segundo a Secretaria de Assistência Social do Rio de Janeiro, entre julho de 2012 e dezembro de 2014, houve 948 denúncias de atos de violência e 71% dos atingidos eram da umbanda e do candomblé. Não é só um ataque à dignidade humana, mas também ameaça à democracia e ao Estado laico. É uma estratégia de poder de grupos religioso-empresariais, que, ligados a igrejas neopentecostais, transformaram a fé em lucro e capital político. São grupos que não representam o conjunto dos protestantes. Eles se organizam por meio do controle de estações de rádio e TV –bens públicos– e da articulação com os Poderes Legislativos, principalmente com o Congresso, sob o comando de Eduardo Cunha. A denúncia da Procuradoria-Geral da República enviada ao STF mostrou a relação clandestina entre os poderes políticos e os religiosos. Cunha teria recebido por meio de uma igreja da Assembleia de Deus R$ 250 mil como propina do esquema da Petrobras. Na Assembleia Legislativa do Rio, a apoteose do obscurantismo foi o AI-5 religioso. O projeto, do deputado evangélico Fábio Silva (PMDB), prevê a censura, com multa de até R$ 270 mil, a manifestações políticas e culturais que satirizem religiões. A PM poderia interromper peça de teatro ou bloco de Carnaval, por exemplo. O absurdo saiu da pauta. O teólogo Leonardo Boff me falou uma vez sobre as diferenças entre caridade e solidariedade. A caridade é uma relação vertical entre desiguais, movida pela pena. Já a solidariedade é fruto do sentimento de igualdade e empatia. Esta é a essência do cristianismo. Os mercadores da intolerância estão muito distantes da simbologia da cruz, representação do compromisso com a dor do outro e com a justiça social. Os arautos do ódio são a coroa de espinhos, os algozes. Riobaldo anunciou que a resposta é o amor, palavra revolucionária: "Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura".
colunas
Teologia da IntolerânciaO jagunço Riobaldo Tatarana, numa de suas sábias divagações sobre Deus e o Diabo na terra do "Grande Sertão" de Guimarães Rosa, profetizou: "Deus mesmo, quando vier, que venha armado!". Riobaldo se referia às muitas violências sertanejas. Mas seu aforismo, como tudo na obra-prima de Guimarães Rosa, extrapola as veredas do cangaço. Diante da agressividade da intolerância religiosa, ele é atual e irônico. Quando Jesus vier, que venha armado. Não para ferir, mas para tentar sobreviver àqueles que pregam o ódio em seu nome. O dogma da Teologia da Intolerância é a violência, cujas principais vítimas são os seguidores de religiões afro-brasileiras. Segundo a Secretaria de Assistência Social do Rio de Janeiro, entre julho de 2012 e dezembro de 2014, houve 948 denúncias de atos de violência e 71% dos atingidos eram da umbanda e do candomblé. Não é só um ataque à dignidade humana, mas também ameaça à democracia e ao Estado laico. É uma estratégia de poder de grupos religioso-empresariais, que, ligados a igrejas neopentecostais, transformaram a fé em lucro e capital político. São grupos que não representam o conjunto dos protestantes. Eles se organizam por meio do controle de estações de rádio e TV –bens públicos– e da articulação com os Poderes Legislativos, principalmente com o Congresso, sob o comando de Eduardo Cunha. A denúncia da Procuradoria-Geral da República enviada ao STF mostrou a relação clandestina entre os poderes políticos e os religiosos. Cunha teria recebido por meio de uma igreja da Assembleia de Deus R$ 250 mil como propina do esquema da Petrobras. Na Assembleia Legislativa do Rio, a apoteose do obscurantismo foi o AI-5 religioso. O projeto, do deputado evangélico Fábio Silva (PMDB), prevê a censura, com multa de até R$ 270 mil, a manifestações políticas e culturais que satirizem religiões. A PM poderia interromper peça de teatro ou bloco de Carnaval, por exemplo. O absurdo saiu da pauta. O teólogo Leonardo Boff me falou uma vez sobre as diferenças entre caridade e solidariedade. A caridade é uma relação vertical entre desiguais, movida pela pena. Já a solidariedade é fruto do sentimento de igualdade e empatia. Esta é a essência do cristianismo. Os mercadores da intolerância estão muito distantes da simbologia da cruz, representação do compromisso com a dor do outro e com a justiça social. Os arautos do ódio são a coroa de espinhos, os algozes. Riobaldo anunciou que a resposta é o amor, palavra revolucionária: "Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura".
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Ideia de decisão é dar celeridade a processos
Em decisão apertada, o STF determinou que pessoas condenadas à pena de prisão podem começar a cumprir essa pena logo após a decisão de segunda instância. Em termos processuais, isso pode afastar o efeito da prescrição penal, que extingue a possibilidade de execução da pena com o decurso do tempo. A ideia que está por trás dessa decisão é a garantia da celeridade processual ao dar início antecipado ao cumprimento da pena. Em fevereiro, o tribunal havia decidido no mesmo sentido, mas com efeitos restritos aos diretamente envolvidos no processo em questão. Agora a decisão, tomada em uma ação direta de constitucionalidade, vale para todo e qualquer cidadão ou cidadã, em virtude da natureza das ações da OAB e do Partido Ecológico Nacional. Nessas ações, as instituições sustentam que o princípio da presunção de inocência impede que o cumprimento da pena ocorra antes de exauridos os recursos. O STF entendeu diferente e considerou que o princípio da presunção de inocência fica preservado nos casos em que a prisão ocorre após decisão em segunda instância. O efeito da decisão atinge tanto condenados por crimes de roubo, homicídio, furto, quanto envolvidos na Lava Jato. Caso estes sejam condenados pelo juiz Sergio Moro e também pelo órgão de segunda instância, serão definitivamente presos assim que proferida a decisão colegiada. Durante o julgamento, os ministros inclusive mencionaram que o julgamento afeta, além da Lava Jato, a situação carcerária do país. Outro efeito desse julgamento é a valorização das decisões dos tribunais de segunda instância, que, com a Reforma do Judiciário, tiveram seu papel reduzido, uma vez que suas decisões não eram definitivas. Elas poderiam ser alteradas pelos tribunais superiores, como o STJ e o STF. Com a decisão, o STF atribui uma função bastante relevante aos desembargadores, que passam a poder decretar o cumprimento de pena definitiva imediatamente após decisões condenatórias.
poder
Ideia de decisão é dar celeridade a processosEm decisão apertada, o STF determinou que pessoas condenadas à pena de prisão podem começar a cumprir essa pena logo após a decisão de segunda instância. Em termos processuais, isso pode afastar o efeito da prescrição penal, que extingue a possibilidade de execução da pena com o decurso do tempo. A ideia que está por trás dessa decisão é a garantia da celeridade processual ao dar início antecipado ao cumprimento da pena. Em fevereiro, o tribunal havia decidido no mesmo sentido, mas com efeitos restritos aos diretamente envolvidos no processo em questão. Agora a decisão, tomada em uma ação direta de constitucionalidade, vale para todo e qualquer cidadão ou cidadã, em virtude da natureza das ações da OAB e do Partido Ecológico Nacional. Nessas ações, as instituições sustentam que o princípio da presunção de inocência impede que o cumprimento da pena ocorra antes de exauridos os recursos. O STF entendeu diferente e considerou que o princípio da presunção de inocência fica preservado nos casos em que a prisão ocorre após decisão em segunda instância. O efeito da decisão atinge tanto condenados por crimes de roubo, homicídio, furto, quanto envolvidos na Lava Jato. Caso estes sejam condenados pelo juiz Sergio Moro e também pelo órgão de segunda instância, serão definitivamente presos assim que proferida a decisão colegiada. Durante o julgamento, os ministros inclusive mencionaram que o julgamento afeta, além da Lava Jato, a situação carcerária do país. Outro efeito desse julgamento é a valorização das decisões dos tribunais de segunda instância, que, com a Reforma do Judiciário, tiveram seu papel reduzido, uma vez que suas decisões não eram definitivas. Elas poderiam ser alteradas pelos tribunais superiores, como o STJ e o STF. Com a decisão, o STF atribui uma função bastante relevante aos desembargadores, que passam a poder decretar o cumprimento de pena definitiva imediatamente após decisões condenatórias.
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Maré de potencialidades
"Meu trabalho tem tudo a ver com a minha origem." É assim que Eliana Sousa Silva, 53, explica como construiu o próprio chão: de retirante nordestina a fundadora da Redes de Desenvolvimento da Maré.A organização da sociedade civil foi criada há 18 anos com uma proposta de fazer um trabalho estruturante que tem profunda empatia com as lições e ideias adquiridas por Eliana nesta trajetória.Com 129 mil moradores (maior que 80% dos municípios do país), o Complexo da Maré se divide em 16 comunidades com problemas sociais e urbanísticos típicos das favelas brasileiras, agravados por uma peculiaridade: foi loteada por quatro grupos criminosos armados, em constante conflito entre si e com a polícia.Saiba mais em http://folha.com/no1707027
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Maré de potencialidades"Meu trabalho tem tudo a ver com a minha origem." É assim que Eliana Sousa Silva, 53, explica como construiu o próprio chão: de retirante nordestina a fundadora da Redes de Desenvolvimento da Maré.A organização da sociedade civil foi criada há 18 anos com uma proposta de fazer um trabalho estruturante que tem profunda empatia com as lições e ideias adquiridas por Eliana nesta trajetória.Com 129 mil moradores (maior que 80% dos municípios do país), o Complexo da Maré se divide em 16 comunidades com problemas sociais e urbanísticos típicos das favelas brasileiras, agravados por uma peculiaridade: foi loteada por quatro grupos criminosos armados, em constante conflito entre si e com a polícia.Saiba mais em http://folha.com/no1707027
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Veja 18 sugestões de presentes para não fazer feio no Dia das Mães
PRODUÇÃO JEANINE LEMOS FOTOS LEO ELOY DE SÃO PAULO Sem ideias para o domingo (10)? Confira 18 opções de presentes para fazer a cabeça dela (e o corpo também) 1. Lenço de seda Sakura (1 m X 1 m). R$ 298, na Scarf Me, tel. 3071-0095. 2. Óculos de sol Ray-Ban. R$ 399, na Óticas Carol, tel. 2089-0978. 3. Óculos de sol Jules Solar. R$ 294, na Livo, www.livo.com.br. 4. "Clutch" com seis sombras, três batons cremosos e dois blushes. R$ 138, na Contém 1g, tel. 3892-4285. 5. Chapéu de angorá. R$ 39, na Benevento, tel. 3667-1890. 6. Vaso com alstroemérias com baby Chandon Brut. R$ 82 o kit, na Found it, www.foundit.com.br. 7. Perfume (75 ml) e sabonete (75 g) Iris Azul & Iris Branca. R$ 265 e R$ 19, na L'Occitane, tel. 3823-2569. 8. Leite desodorante e sabonete líquido Flor de Carambola. R$ 50 e R$ 40 (200 ml cada um), na L'Occitane au Brésil, tel. 3823-2883. 9. Manta de lã. R$ 99,90, na Camicado, tel. 3587-8617. 10. Hidratante Hug Me (300 ml) e manteiga corporal Double Joy (180 ml). R$ 34,90 e R$ 44,90 na The Beauty Box, www.thebeautybox.com.br. 11. Gel de banho Yummy Mummy (250 g) e bomba de sal de banho Rose Bombshell, que solta pétalas de rosa na banheira. R$ 76 e R$ 28, na Lush, tel. 3052-1739. 12. Almofada ergonômica. R$ 125, na Fom, tel. 3032-8434. 1. Porta-tablet de couro, com espaço para cabos, celular, cartões e dinheiro. R$ 289,90, na Binari, www.binari.com.br. 2. Kit com bolsinha Mulher Maravilha recheada de dez bombons (depois, embalagem vira nécessaire). R$ 35,90, na Cacau Show, tel. 3675-0387. 3. Bracelete de prata com penduricalhos. A partir de R$ 245 o bracelete e de R$ 75 cada "charm", na Pandora, tel. 3081-3301. 4. Livro "Sapos, Cobras e Lagartos", de Glauco (ed. Olhares, 256 págs.), com charges sobre a história política recente do Brasil. R$ 45, na Livraria Cultura, www.livrariacultura.com.br. 5. Pantufa de lã com pelúcia e piso antiderrapante. R$ 129, na Any Any, www.anyany.com.br. 6. Buquê de rosas em jarra de porcelana. R$ 83,92, na Flores Online, www.floresonline.com.br.
saopaulo
Veja 18 sugestões de presentes para não fazer feio no Dia das MãesPRODUÇÃO JEANINE LEMOS FOTOS LEO ELOY DE SÃO PAULO Sem ideias para o domingo (10)? Confira 18 opções de presentes para fazer a cabeça dela (e o corpo também) 1. Lenço de seda Sakura (1 m X 1 m). R$ 298, na Scarf Me, tel. 3071-0095. 2. Óculos de sol Ray-Ban. R$ 399, na Óticas Carol, tel. 2089-0978. 3. Óculos de sol Jules Solar. R$ 294, na Livo, www.livo.com.br. 4. "Clutch" com seis sombras, três batons cremosos e dois blushes. R$ 138, na Contém 1g, tel. 3892-4285. 5. Chapéu de angorá. R$ 39, na Benevento, tel. 3667-1890. 6. Vaso com alstroemérias com baby Chandon Brut. R$ 82 o kit, na Found it, www.foundit.com.br. 7. Perfume (75 ml) e sabonete (75 g) Iris Azul & Iris Branca. R$ 265 e R$ 19, na L'Occitane, tel. 3823-2569. 8. Leite desodorante e sabonete líquido Flor de Carambola. R$ 50 e R$ 40 (200 ml cada um), na L'Occitane au Brésil, tel. 3823-2883. 9. Manta de lã. R$ 99,90, na Camicado, tel. 3587-8617. 10. Hidratante Hug Me (300 ml) e manteiga corporal Double Joy (180 ml). R$ 34,90 e R$ 44,90 na The Beauty Box, www.thebeautybox.com.br. 11. Gel de banho Yummy Mummy (250 g) e bomba de sal de banho Rose Bombshell, que solta pétalas de rosa na banheira. R$ 76 e R$ 28, na Lush, tel. 3052-1739. 12. Almofada ergonômica. R$ 125, na Fom, tel. 3032-8434. 1. Porta-tablet de couro, com espaço para cabos, celular, cartões e dinheiro. R$ 289,90, na Binari, www.binari.com.br. 2. Kit com bolsinha Mulher Maravilha recheada de dez bombons (depois, embalagem vira nécessaire). R$ 35,90, na Cacau Show, tel. 3675-0387. 3. Bracelete de prata com penduricalhos. A partir de R$ 245 o bracelete e de R$ 75 cada "charm", na Pandora, tel. 3081-3301. 4. Livro "Sapos, Cobras e Lagartos", de Glauco (ed. Olhares, 256 págs.), com charges sobre a história política recente do Brasil. R$ 45, na Livraria Cultura, www.livrariacultura.com.br. 5. Pantufa de lã com pelúcia e piso antiderrapante. R$ 129, na Any Any, www.anyany.com.br. 6. Buquê de rosas em jarra de porcelana. R$ 83,92, na Flores Online, www.floresonline.com.br.
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Ilha de Elba, na Itália, é parque de diversões naturais cheio de história
Napoleão não era bom só de briga (escondia a mão e coçava a barriga, diz a marchinha carnavalesca) como também um ótimo negociador: derrotado nos campos de batalha e diplomático, barganhou em maio de 1814 um exílio dourado na ilha de Elba, na costa da Itália, entre a Toscana e a ilha francesa de Córsega. Além de ganhar uma mesada polpuda, o ex-imperador da França –e de quase meio mundo, na época– ainda pôde levar consigo um pequeno exército e recebeu recursos para montar bem fornidas residências, além de uma casa de campo. A estadia do ex-imperador em Elba durou menos de um ano. Ele fugiu de lá no início de 1815 para retomar o comando da França. Em junho do mesmo ano, foi derrotado na batalha de Waterloo (depois, seria exilado novamente, até morrer, em 1821, em Santa Helena, no Atlântico Sul). Mas o exílio marcou para sempre a ilha, hoje destino de turismo histórico e um parque de diversões para viajantes que buscam entrar em contato direto com a natureza e gostam de suar a camisa em passeios extenuantes de bicicleta ou longas caminhadas no meio da mata, subindo e descendo montanhas. REPOUSO E DIVERSÃO O fato de ter servido de exílio para Napoleão –e palco para seus encontros amorosos com a polonesa Maria Walewska– leva charme e sedução à ilha. Mas Elba tem uma história própria também, dissociada da presença do conquistador francês. Por suas riquezas naturais (o subsolo é cheio de minerais) e localização privilegiada, que lhe possibilita ser uma espécie de vigia da costa oeste do que hoje é a Itália, a ilha vem sendo ocupada há quase 3.000 anos. Desde o século 8º a.C. etruscos extraíam ferro de Elba. Depois, romanos também começaram a explorar os recursos do lugar, além de usar a natureza privilegiada como um centro de repouso e divertimento. A ilha se mantém fiel a essa tradição. Oferece diversão em penca aos visitantes, cenários magníficos, um mar azul e tranquilo. E ainda possibilita um mergulho na história da humanidade. * A Vila dos Moinhos é o destaque principal no circuito histórico de Portoferraio –maior e mais movimentada comunidade da ilha de Elba. Trata-se de uma das casas em que o imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) viveu durante seu exílio na Itália, que foi transformada em museu bem organizado. O palacete amarelo está instalado em um dos pontos mais altos da localidade, entre os fortes Falcone e Stela. Foi construído em 1724, no período em que a ilha foi dominada pelo clã dos Médici. Menos de um século depois, Napoleão mandou modificar as instalações daquela construção para atender aos seus interesses. O museu reproduz ambientes como o quarto, a biblioteca e o salão de festas da casa, além de expor curiosidades como a cama de campanha que acompanhou Bonaparte em suas batalhas. O líder exilado queria o palacete não apenas para compromissos oficiais mas também para receber sua mulher, Marie Louise, arquiduquesa da Áustria –o encontro na ilha nunca aconteceu. Em contrapartida, Pauline (1780-1825), a irmã de Napoleão, passou vários meses como senhora da ilha de Elba. Ela acompanhava o imperador deposto em festas e recepções –um de seus vestidos de gala está exposto no museu. Saindo da casa napoleônica, o viajante continua a subir morros para mergulhar em outro percurso histórico. No ponto mais alto da mais alta colina de Portoferraio foi construído o forte Falcone, erguido no século 16 durante o domínio da família Médici. Há um pequeno museu na sala principal, mas o melhor mesmo é passear pela fortificação. A construção não é muito grande –são 2.360 metros quadrados–, mas a vista é excepcional. MUSEU ARQUEOLÓGICO Descendo em direção ao centrinho do vilarejo, o visitante percorre a fortaleza dos Médici (um ingresso dá direito aos dois passeios). Passa por bastiões, caminha sobre muros e depois, como em outros locais altos, se delicia com a paisagem. Se, depois da caminhada, ainda sobrar pernas, uma boa forma de concluir a jornada histórica é visitar o museu arqueológico, que fica numa pontinha da ilha, a algumas centenas de metros da fortaleza dos Médici, na marina de Portoferraio. Mesmo que tenha de ser feito em outro dia, esse é um passeio que vale a pena. O museu é pequeno, mas rico: mostra relíquias que ajudam a vislumbrar a história da ilha de Elba e de seus habitantes desde o século 7º a.C. até o 5º da era atual. O ingresso ao museu dá direito a visitar a torre do Martelo, uma curiosa fortificação cujo nome deriva de seu formato. Nos jardins, veem-se ruínas do que foi há 2.000 anos uma mansão romana. * € 119 (R$ 416,30) Diária no hotel Pogglio Allagnello Country & Beach, em Piombino, de onde saem balsas para a ilha de Elba. Sem café da manhã. Na E-HTL: (11) 3138-5656; e-htl.com.br R$ 3.468 Pacote de duas noites em Portoferraio, com meia pensão. Valor por pessoa, não inclui aéreo, mas tem a balsa de Piombino inclusa. Na Flytour: 4004-0008; flytour.com.br R$ 6.497 Preço para duas pessoas para seis noites no hotel Montemerlo, com café da manhã e passagens aéreas incluídos. Na Expedia: 0800-7610765; expedia.com.br R$ 26.099 Cruzeiro de dez noites de Veneza a Monte Carlo, com parada na ilha de Elba, com quatro passeios incluídos. Sem aéreo, por pessoa. Na Regent Seven Seas: (11) 3253-7203; rssc.com
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Ilha de Elba, na Itália, é parque de diversões naturais cheio de históriaNapoleão não era bom só de briga (escondia a mão e coçava a barriga, diz a marchinha carnavalesca) como também um ótimo negociador: derrotado nos campos de batalha e diplomático, barganhou em maio de 1814 um exílio dourado na ilha de Elba, na costa da Itália, entre a Toscana e a ilha francesa de Córsega. Além de ganhar uma mesada polpuda, o ex-imperador da França –e de quase meio mundo, na época– ainda pôde levar consigo um pequeno exército e recebeu recursos para montar bem fornidas residências, além de uma casa de campo. A estadia do ex-imperador em Elba durou menos de um ano. Ele fugiu de lá no início de 1815 para retomar o comando da França. Em junho do mesmo ano, foi derrotado na batalha de Waterloo (depois, seria exilado novamente, até morrer, em 1821, em Santa Helena, no Atlântico Sul). Mas o exílio marcou para sempre a ilha, hoje destino de turismo histórico e um parque de diversões para viajantes que buscam entrar em contato direto com a natureza e gostam de suar a camisa em passeios extenuantes de bicicleta ou longas caminhadas no meio da mata, subindo e descendo montanhas. REPOUSO E DIVERSÃO O fato de ter servido de exílio para Napoleão –e palco para seus encontros amorosos com a polonesa Maria Walewska– leva charme e sedução à ilha. Mas Elba tem uma história própria também, dissociada da presença do conquistador francês. Por suas riquezas naturais (o subsolo é cheio de minerais) e localização privilegiada, que lhe possibilita ser uma espécie de vigia da costa oeste do que hoje é a Itália, a ilha vem sendo ocupada há quase 3.000 anos. Desde o século 8º a.C. etruscos extraíam ferro de Elba. Depois, romanos também começaram a explorar os recursos do lugar, além de usar a natureza privilegiada como um centro de repouso e divertimento. A ilha se mantém fiel a essa tradição. Oferece diversão em penca aos visitantes, cenários magníficos, um mar azul e tranquilo. E ainda possibilita um mergulho na história da humanidade. * A Vila dos Moinhos é o destaque principal no circuito histórico de Portoferraio –maior e mais movimentada comunidade da ilha de Elba. Trata-se de uma das casas em que o imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) viveu durante seu exílio na Itália, que foi transformada em museu bem organizado. O palacete amarelo está instalado em um dos pontos mais altos da localidade, entre os fortes Falcone e Stela. Foi construído em 1724, no período em que a ilha foi dominada pelo clã dos Médici. Menos de um século depois, Napoleão mandou modificar as instalações daquela construção para atender aos seus interesses. O museu reproduz ambientes como o quarto, a biblioteca e o salão de festas da casa, além de expor curiosidades como a cama de campanha que acompanhou Bonaparte em suas batalhas. O líder exilado queria o palacete não apenas para compromissos oficiais mas também para receber sua mulher, Marie Louise, arquiduquesa da Áustria –o encontro na ilha nunca aconteceu. Em contrapartida, Pauline (1780-1825), a irmã de Napoleão, passou vários meses como senhora da ilha de Elba. Ela acompanhava o imperador deposto em festas e recepções –um de seus vestidos de gala está exposto no museu. Saindo da casa napoleônica, o viajante continua a subir morros para mergulhar em outro percurso histórico. No ponto mais alto da mais alta colina de Portoferraio foi construído o forte Falcone, erguido no século 16 durante o domínio da família Médici. Há um pequeno museu na sala principal, mas o melhor mesmo é passear pela fortificação. A construção não é muito grande –são 2.360 metros quadrados–, mas a vista é excepcional. MUSEU ARQUEOLÓGICO Descendo em direção ao centrinho do vilarejo, o visitante percorre a fortaleza dos Médici (um ingresso dá direito aos dois passeios). Passa por bastiões, caminha sobre muros e depois, como em outros locais altos, se delicia com a paisagem. Se, depois da caminhada, ainda sobrar pernas, uma boa forma de concluir a jornada histórica é visitar o museu arqueológico, que fica numa pontinha da ilha, a algumas centenas de metros da fortaleza dos Médici, na marina de Portoferraio. Mesmo que tenha de ser feito em outro dia, esse é um passeio que vale a pena. O museu é pequeno, mas rico: mostra relíquias que ajudam a vislumbrar a história da ilha de Elba e de seus habitantes desde o século 7º a.C. até o 5º da era atual. O ingresso ao museu dá direito a visitar a torre do Martelo, uma curiosa fortificação cujo nome deriva de seu formato. Nos jardins, veem-se ruínas do que foi há 2.000 anos uma mansão romana. * € 119 (R$ 416,30) Diária no hotel Pogglio Allagnello Country & Beach, em Piombino, de onde saem balsas para a ilha de Elba. Sem café da manhã. Na E-HTL: (11) 3138-5656; e-htl.com.br R$ 3.468 Pacote de duas noites em Portoferraio, com meia pensão. Valor por pessoa, não inclui aéreo, mas tem a balsa de Piombino inclusa. Na Flytour: 4004-0008; flytour.com.br R$ 6.497 Preço para duas pessoas para seis noites no hotel Montemerlo, com café da manhã e passagens aéreas incluídos. Na Expedia: 0800-7610765; expedia.com.br R$ 26.099 Cruzeiro de dez noites de Veneza a Monte Carlo, com parada na ilha de Elba, com quatro passeios incluídos. Sem aéreo, por pessoa. Na Regent Seven Seas: (11) 3253-7203; rssc.com
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Chef Alberto Landgraf deixa o Epice para elaborar novo projeto
O chef Alberto Landgraf serviu seu último prato no restaurante Epice, nos Jardins, no final do ano passado. Destacado na cena paulistana e reconhecido internacionalmente por seu trabalho, ele anunciou oficialmente, nesta segunda-feira (18), a saída do restaurante, do qual também era sócio. Com isso, a casa fecha as portas, definitivamente. "Eu precisava de um novo projeto. Nunca achei que o Epice fosse algo definitivo", disse. A decisão, insiste, teve forte motivação pessoal, do desejo de constituir uma família e ter uma rotina coerente a isso. Mas existia uma insatisfação com o restaurante. Em novembro de 2014, o Epice passou por reforma e teve seu ambiente modernizado, numa tentativa de aliviar o incômodo. A cozinha, no entanto, continuou separada do salão. "Eu quero estar mais próximo do cliente. No Epice, com a cozinha no último andar, você faz pratos sem saber para quem. Não quero mais ter um restaurante em que eu não veja o salão." "A melhor coisa do Epice foi poder viajar e conhecer pessoas e lugares que me fizeram mudar a forma de ver um restaurante. A última viagem, para o Japão [em 2015] me fez pensar sobre a conexão de quem cozinha e de quem está comendo. Um bom restaurante não tem só boa comida", diz. Sua próxima casa (que pode ser no Rio de Janeiro) terá um balcão, será menor do que o Epice e pode funcionar apenas no jantar. Mas a comida não será tão diferente. "A cozinha vem com a gente. Continuo buscando a pureza do sabor. A busca por ingrediente, que faz parte do trabalho dos chefs modernos, só faz sentido se ele for preservado ao máximo." "A grande questão é que a alta gastronomia como era, morreu. Ela mudou e eu estou tentando acompanhar essa mudança. O estilo de serviço e de ambiente têm que seguir mais o perfil de quem está trabalhando ali. Não vou pensar um projeto que seja barato, mas é preciso lidar com dois vilões: a equipe, que pode ser mais enxuta, e o alto custo do alimento." Landgraf afirma que o Epice está sentindo a crise, "como todos estão", mas que isso não foi determinante para a decisão. O restaurante, atual 26o colocado na lista dos 50 melhores da América Latina, fechou suas portas, de acordo com o sócio Bruno Ventre. "A casa era ele, a imagem era dele e a definição de fechar foi dele, que é sócio majoritário."
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Chef Alberto Landgraf deixa o Epice para elaborar novo projetoO chef Alberto Landgraf serviu seu último prato no restaurante Epice, nos Jardins, no final do ano passado. Destacado na cena paulistana e reconhecido internacionalmente por seu trabalho, ele anunciou oficialmente, nesta segunda-feira (18), a saída do restaurante, do qual também era sócio. Com isso, a casa fecha as portas, definitivamente. "Eu precisava de um novo projeto. Nunca achei que o Epice fosse algo definitivo", disse. A decisão, insiste, teve forte motivação pessoal, do desejo de constituir uma família e ter uma rotina coerente a isso. Mas existia uma insatisfação com o restaurante. Em novembro de 2014, o Epice passou por reforma e teve seu ambiente modernizado, numa tentativa de aliviar o incômodo. A cozinha, no entanto, continuou separada do salão. "Eu quero estar mais próximo do cliente. No Epice, com a cozinha no último andar, você faz pratos sem saber para quem. Não quero mais ter um restaurante em que eu não veja o salão." "A melhor coisa do Epice foi poder viajar e conhecer pessoas e lugares que me fizeram mudar a forma de ver um restaurante. A última viagem, para o Japão [em 2015] me fez pensar sobre a conexão de quem cozinha e de quem está comendo. Um bom restaurante não tem só boa comida", diz. Sua próxima casa (que pode ser no Rio de Janeiro) terá um balcão, será menor do que o Epice e pode funcionar apenas no jantar. Mas a comida não será tão diferente. "A cozinha vem com a gente. Continuo buscando a pureza do sabor. A busca por ingrediente, que faz parte do trabalho dos chefs modernos, só faz sentido se ele for preservado ao máximo." "A grande questão é que a alta gastronomia como era, morreu. Ela mudou e eu estou tentando acompanhar essa mudança. O estilo de serviço e de ambiente têm que seguir mais o perfil de quem está trabalhando ali. Não vou pensar um projeto que seja barato, mas é preciso lidar com dois vilões: a equipe, que pode ser mais enxuta, e o alto custo do alimento." Landgraf afirma que o Epice está sentindo a crise, "como todos estão", mas que isso não foi determinante para a decisão. O restaurante, atual 26o colocado na lista dos 50 melhores da América Latina, fechou suas portas, de acordo com o sócio Bruno Ventre. "A casa era ele, a imagem era dele e a definição de fechar foi dele, que é sócio majoritário."
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Aneel quer que distribuidoras de energia apresentem plano de melhoria
O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira (27) que está convocando algumas empresas de distribuição de energia elétrica para discutir melhorias na qualidade dos serviços. Segundo Rufino, as empresas estão sendo escolhidas de acordo com o nível de reclamações registrados pelos consumidores na agência, seja por meio da ouvidoria ou do call center. Ainda de acordo com o diretor, as empresas que forem acionadas terão de elaborar um plano de melhoria da qualidade, que impeça ou reduza as falhas no fornecimento, os chamados "apaguinhos". Esse processo faria parte da fiscalização da agência sobre essas empresas, mas busca resolver questões de qualidade que não vinham sendo completamente sanadas. A agência não informou quais empresas (além da Ampla) já foram chamadas para a conversa, nem o prazo imposto para o plano de metas.
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Aneel quer que distribuidoras de energia apresentem plano de melhoriaO diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira (27) que está convocando algumas empresas de distribuição de energia elétrica para discutir melhorias na qualidade dos serviços. Segundo Rufino, as empresas estão sendo escolhidas de acordo com o nível de reclamações registrados pelos consumidores na agência, seja por meio da ouvidoria ou do call center. Ainda de acordo com o diretor, as empresas que forem acionadas terão de elaborar um plano de melhoria da qualidade, que impeça ou reduza as falhas no fornecimento, os chamados "apaguinhos". Esse processo faria parte da fiscalização da agência sobre essas empresas, mas busca resolver questões de qualidade que não vinham sendo completamente sanadas. A agência não informou quais empresas (além da Ampla) já foram chamadas para a conversa, nem o prazo imposto para o plano de metas.
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Livro de Doris Lessing sobre gatos não se derrete com fofuras sobre o animal
O Facebook, como se sabe, é o site oficial dos gatinhos. Ninguém tira tantas fotos de cachorros; talvez se tenha mais a fazer com eles. Mas, como os gatos não saem de casa, e como os usuários de redes sociais tendem a fazer o mesmo, o resultado só pode ser esse: ninhadas e mais ninhadas de fofura. Não tenho maior interesse; mesmo se não fosse alérgico, seria incapaz de me derreter por um gato. Minha atitude, entretanto, está longe de ser hostil: admiro-os, respeito-os, acho-os em geral lindíssimos. É que eles não parecem fazer muita questão da gente –de modo que, devo confessar, de alguma forma obscura fico um pouco ofendido com o desprezo que me votam. Queria, humpf, mais carinho. A escritora Doris Lessing (1919-2013) parece não sofrer desse orgulho ferido. Certamente, amou muito as dezenas ou centenas de gatos de que cuidou durante toda a vida. Não era um amor cego, todavia; muito menos propenso a expansões, chiliques e cúti-cútis. As quase 200 páginas que dedica ao assunto, recém-traduzidas no Brasil ("Sobre Gatos", ed. Autêntica), podem ser lidas como um romance –dos mais desencantados e realistas. Há violência desde as primeiras páginas. Criada na África do Sul, Doris Lessing começa narrando o convívio sangrento entre falcões, gatos selvagens e gatos domésticos numa fazenda isolada. A família tinha seus gatos de estimação. Só que, conforme nasciam filhotes, não havia quem os adotasse naquele lugar isolado –e eles se tornavam selvagens. O remédio, porque não havia clínicas veterinárias nem se pensava em castrar os animais, era matar os gatinhos. Quem se encarregava disso era a mãe, que "fazia parte daquela parcela da humanidade que entende como as coisas funcionam". Era quem destruía as colônias de cupim, matava galinhas e resolvia a superpopulação de gatos. Mesmo assim, chegaram a 40, num dado momento. O envenenamento com clorofórmio revelou-se muito menos indolor do que se supunha. Seguiu-se um morticínio a tiros de revólver. Contando a experiência logo no primeiro capítulo, Doris Lessing adverte o leitor de que não está para gracinhas. Escreveu um livro tão pouco sentimental que nem sequer dá os nomes próprios das suas duas principais personagens. Ficamos sabendo apenas da gata cinzenta –que era lindíssima, mimada e charmosa como uma supermodelo–e da gata preta, que veio depois, meio sem-jeitona e conformada com seu papel subalterno na casa. Ao mesmo tempo em que descreve desapaixonadamente a psicologia não muito adorável dos gatos –diríamos melhor: a racionalidade incontestável dos gatos–, o livro remexe dolorosamente no tema da condição feminina. Com gracinhas e alongamentos, a gata cinzenta era uma sedutora nata –e não tinha nenhuma vocação para cuidar de filhotes. A outra gata, a preta, ligava menos para a opinião humana e realizou-se como mãe. Tudo normal até agora, mas, como disse, as memórias reais de "Sobre Gatos" têm a estrutura e a dramaticidade de um romance. No caso da gata cinzenta, tudo era dengo e charminho até o dia em que resolveram castrá-la. Doris Lessing cita a opinião de um verdureiro solteirão da vizinhança –só que a respeito de mães humanas: "Elas nunca param de ter filhos, mas não cuidam deles". Sobre as gatas, os veterinários concordam: "Melhor tirar tudo fora". Depois da operação, a gata cinzenta "perdeu, sem demora, seu corpo esguio, sua elegância: ficou mais bruta em todos os traços. Seus olhos sutilmente ficaram mais frouxos... A beldade tirânica da casa tinha desaparecido". Animal "sóbrio, obstinado e modesto", a gata preta, sua rival, passou também por maus bocados. Com uma doença grave, recusava-se a comer e principalmente a tomar líquidos. Tinha decidido morrer, explicaram os médicos. Doris Lessing resolve impedir que a natureza imponha sua vontade nesse caso. O pelo da gata "já estava como o pelo de um gato morto, cheio de pó e sujeira; seus olhos estavam grudentos, o pelo ao redor da boca estava sólido devido à glicose que eu tentava forçar para dentro dela". Não conto mais. Mas é como se no livro de Doris Lessing estivéssemos sempre às voltas com duas violências: a da natureza e a da civilização. Gatas e mulheres sabem do que se trata.
colunas
Livro de Doris Lessing sobre gatos não se derrete com fofuras sobre o animalO Facebook, como se sabe, é o site oficial dos gatinhos. Ninguém tira tantas fotos de cachorros; talvez se tenha mais a fazer com eles. Mas, como os gatos não saem de casa, e como os usuários de redes sociais tendem a fazer o mesmo, o resultado só pode ser esse: ninhadas e mais ninhadas de fofura. Não tenho maior interesse; mesmo se não fosse alérgico, seria incapaz de me derreter por um gato. Minha atitude, entretanto, está longe de ser hostil: admiro-os, respeito-os, acho-os em geral lindíssimos. É que eles não parecem fazer muita questão da gente –de modo que, devo confessar, de alguma forma obscura fico um pouco ofendido com o desprezo que me votam. Queria, humpf, mais carinho. A escritora Doris Lessing (1919-2013) parece não sofrer desse orgulho ferido. Certamente, amou muito as dezenas ou centenas de gatos de que cuidou durante toda a vida. Não era um amor cego, todavia; muito menos propenso a expansões, chiliques e cúti-cútis. As quase 200 páginas que dedica ao assunto, recém-traduzidas no Brasil ("Sobre Gatos", ed. Autêntica), podem ser lidas como um romance –dos mais desencantados e realistas. Há violência desde as primeiras páginas. Criada na África do Sul, Doris Lessing começa narrando o convívio sangrento entre falcões, gatos selvagens e gatos domésticos numa fazenda isolada. A família tinha seus gatos de estimação. Só que, conforme nasciam filhotes, não havia quem os adotasse naquele lugar isolado –e eles se tornavam selvagens. O remédio, porque não havia clínicas veterinárias nem se pensava em castrar os animais, era matar os gatinhos. Quem se encarregava disso era a mãe, que "fazia parte daquela parcela da humanidade que entende como as coisas funcionam". Era quem destruía as colônias de cupim, matava galinhas e resolvia a superpopulação de gatos. Mesmo assim, chegaram a 40, num dado momento. O envenenamento com clorofórmio revelou-se muito menos indolor do que se supunha. Seguiu-se um morticínio a tiros de revólver. Contando a experiência logo no primeiro capítulo, Doris Lessing adverte o leitor de que não está para gracinhas. Escreveu um livro tão pouco sentimental que nem sequer dá os nomes próprios das suas duas principais personagens. Ficamos sabendo apenas da gata cinzenta –que era lindíssima, mimada e charmosa como uma supermodelo–e da gata preta, que veio depois, meio sem-jeitona e conformada com seu papel subalterno na casa. Ao mesmo tempo em que descreve desapaixonadamente a psicologia não muito adorável dos gatos –diríamos melhor: a racionalidade incontestável dos gatos–, o livro remexe dolorosamente no tema da condição feminina. Com gracinhas e alongamentos, a gata cinzenta era uma sedutora nata –e não tinha nenhuma vocação para cuidar de filhotes. A outra gata, a preta, ligava menos para a opinião humana e realizou-se como mãe. Tudo normal até agora, mas, como disse, as memórias reais de "Sobre Gatos" têm a estrutura e a dramaticidade de um romance. No caso da gata cinzenta, tudo era dengo e charminho até o dia em que resolveram castrá-la. Doris Lessing cita a opinião de um verdureiro solteirão da vizinhança –só que a respeito de mães humanas: "Elas nunca param de ter filhos, mas não cuidam deles". Sobre as gatas, os veterinários concordam: "Melhor tirar tudo fora". Depois da operação, a gata cinzenta "perdeu, sem demora, seu corpo esguio, sua elegância: ficou mais bruta em todos os traços. Seus olhos sutilmente ficaram mais frouxos... A beldade tirânica da casa tinha desaparecido". Animal "sóbrio, obstinado e modesto", a gata preta, sua rival, passou também por maus bocados. Com uma doença grave, recusava-se a comer e principalmente a tomar líquidos. Tinha decidido morrer, explicaram os médicos. Doris Lessing resolve impedir que a natureza imponha sua vontade nesse caso. O pelo da gata "já estava como o pelo de um gato morto, cheio de pó e sujeira; seus olhos estavam grudentos, o pelo ao redor da boca estava sólido devido à glicose que eu tentava forçar para dentro dela". Não conto mais. Mas é como se no livro de Doris Lessing estivéssemos sempre às voltas com duas violências: a da natureza e a da civilização. Gatas e mulheres sabem do que se trata.
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Ai Weiwei denuncia situação precária em acampamento de refugiados
O artista dissidente chinês Ai Weiwei, 58, visitou os refugiados que buscam asilo na Europa na quarta-feira (9). Ele testemunhou as condições de vida no acampamento improvisado de Idomeni, na fronteira da Grécia com a Macedônia. Em entrevista ao jornal britânico "The Guardian", Weiwei foi duro ao compartilhar suas impressões: "O que se vê aqui é quase inacreditável". Abrigado sob uma capa de chuva, ele viu parte dos imigrantes à sua volta enfrentaram a lama sem qualquer calçado ou com sapatos improvisados. "As pessoas estão presas aqui, sem esperança nem mesmo de serem transferidas para outro lugar. Na chuva, no frio, mulheres e crianças, todas essas pessoas esperando por um pouco de pão e roupas secas a situação é muito triste. A porta está completamente fechada para eles", declarou. Weiwei ainda expressou sua frustração denunciando a condição dos refugiados como uma "grande violação dos direitos humanos, bem na nossa frente". Em 2015, ele foi premiado pela Anistia Internacional, que reconheceu sua "liderança excepcional na luta pelos direitos humanos, em sua vida e obra".
ilustrada
Ai Weiwei denuncia situação precária em acampamento de refugiadosO artista dissidente chinês Ai Weiwei, 58, visitou os refugiados que buscam asilo na Europa na quarta-feira (9). Ele testemunhou as condições de vida no acampamento improvisado de Idomeni, na fronteira da Grécia com a Macedônia. Em entrevista ao jornal britânico "The Guardian", Weiwei foi duro ao compartilhar suas impressões: "O que se vê aqui é quase inacreditável". Abrigado sob uma capa de chuva, ele viu parte dos imigrantes à sua volta enfrentaram a lama sem qualquer calçado ou com sapatos improvisados. "As pessoas estão presas aqui, sem esperança nem mesmo de serem transferidas para outro lugar. Na chuva, no frio, mulheres e crianças, todas essas pessoas esperando por um pouco de pão e roupas secas a situação é muito triste. A porta está completamente fechada para eles", declarou. Weiwei ainda expressou sua frustração denunciando a condição dos refugiados como uma "grande violação dos direitos humanos, bem na nossa frente". Em 2015, ele foi premiado pela Anistia Internacional, que reconheceu sua "liderança excepcional na luta pelos direitos humanos, em sua vida e obra".
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Uma questão de utilidade
SÃO PAULO - O governo só deve financiar estudos com utilidade prática? O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, parece pensar que sim. A coluna Radar, da Revista "Veja", noticiou que ele teria se queixado com secretários de que a Fapesp, a agência de fomento à pesquisa, que fica com 1% das receitas tributárias do Estado (R$ 1,2 bilhão em 2015) para investir em ciência, não apoia o desenvolvimento da vacina contra a dengue –o que seria útil– e incentiva pesquisas sociológicas –o que seria inútil. Se esses relatos de bastidores são exatos, Alckmin conseguiu a proeza de estar factual e conceitualmente equivocado. A Fapesp destinou, entre 2008 e 2011, cerca de R$ 2 milhões ao Instituto Butantan para custear estudos utilizados na vacina contra a dengue, que está agora em fase de testes. O erro factual é até perdoável; R$ 2 milhões não são exatamente uma megaverba. Grave mesmo é constatar que o governador, médico de formação, não tenha muita noção de como funciona a ciência. Um de seus traços distintivos é a imprevisibilidade. Quando o monge agostiniano Gregor Mendel pesquisava o cruzamento de ervilhas nos arredores de Brno, no século 19, não tinha muita ideia de que estaria estabelecendo as bases da genética moderna, que se tornaria uma indústria de bilhões de dólares. Imagino que, pelos critérios de Alckmin, estudar o formato das sementes de híbridos de ervilha estaria mais para pesquisa inútil do que para útil. A história da ciência é um vasto aglomerado de casos como o de Mendel. É igualmente preocupante o desapreço que o governador parece nutrir para com as ciências humanas. Além de os sociólogos terem duas ou três coisas bastante úteis a ensinar sobre a administração pública, não há como eliminar os pressupostos metafísicos, isto é, filosóficos, que mesmo as mais úteis das tecnologias encerram nas teorias e hipóteses científicas que lhes deram origem. helio@uol.com.br
colunas
Uma questão de utilidadeSÃO PAULO - O governo só deve financiar estudos com utilidade prática? O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, parece pensar que sim. A coluna Radar, da Revista "Veja", noticiou que ele teria se queixado com secretários de que a Fapesp, a agência de fomento à pesquisa, que fica com 1% das receitas tributárias do Estado (R$ 1,2 bilhão em 2015) para investir em ciência, não apoia o desenvolvimento da vacina contra a dengue –o que seria útil– e incentiva pesquisas sociológicas –o que seria inútil. Se esses relatos de bastidores são exatos, Alckmin conseguiu a proeza de estar factual e conceitualmente equivocado. A Fapesp destinou, entre 2008 e 2011, cerca de R$ 2 milhões ao Instituto Butantan para custear estudos utilizados na vacina contra a dengue, que está agora em fase de testes. O erro factual é até perdoável; R$ 2 milhões não são exatamente uma megaverba. Grave mesmo é constatar que o governador, médico de formação, não tenha muita noção de como funciona a ciência. Um de seus traços distintivos é a imprevisibilidade. Quando o monge agostiniano Gregor Mendel pesquisava o cruzamento de ervilhas nos arredores de Brno, no século 19, não tinha muita ideia de que estaria estabelecendo as bases da genética moderna, que se tornaria uma indústria de bilhões de dólares. Imagino que, pelos critérios de Alckmin, estudar o formato das sementes de híbridos de ervilha estaria mais para pesquisa inútil do que para útil. A história da ciência é um vasto aglomerado de casos como o de Mendel. É igualmente preocupante o desapreço que o governador parece nutrir para com as ciências humanas. Além de os sociólogos terem duas ou três coisas bastante úteis a ensinar sobre a administração pública, não há como eliminar os pressupostos metafísicos, isto é, filosóficos, que mesmo as mais úteis das tecnologias encerram nas teorias e hipóteses científicas que lhes deram origem. helio@uol.com.br
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Provedores dos EUA vão à Justiça contra regras de neutralidade da rede
Associações comerciais que representam grandes provedores de internet dos Estados Unidos devem liderar ações judiciais contra a FCC (Comissão Federal de Comunicações) sobre a nova regulação do tráfego na web. Em fevereiro, a comissãoaprovou uma medida que proíbe companhias que oferecem conexão à internet de fazer "pistas" lentas ou rápidas de acesso a determinados sites mediante pagamento. A intenção é garantir a chamada neutralidade da rede, que faz com que usuários e companhias sejam tratados de modo mais igualitário. O que a FCC fez foi colocar a internet basicamente sob a mesma legislação da telefonia, que é considerada de utilidade pública. Empresas de telecomunicações e de cabo dos EUA disseram que iriam desafiar essas regras nos tribunais. Mas, pelo menos algumas empresas, incluindo a Verizon Communications, não estão planejando entrar com ações individuais. Em vez disso, pretendem participar por meio de grupos de comércio. Tal abordagem permitiria que as companhias unissem seus esforços judiciais, evitando confrontos individuais, como fez a Verizon ao desafiar a versão anterior das regras de neutralidade de rede em 2010. Pelo menos três grupos de comércio são esperados para apresentar ações legais: CTIA-The Wireless Association, Associação de Telecomunicações e Cabo e a associação de banda larga USTelecom. Os três grupos não quiseram comentar o assunto. "Acreditamos que haverá bastante litígio, provavelmente liderado por associações da indústria", disse o vice-presidente financeiro da Verizon, Fran Shammo. A T-Mobile também disse na quarta-feira (18) que não estava planejando se envolver em ações judiciais neste momento. "Nós não conversamos com as pessoas que estão falando sobre o litígio", disse o diretor de tecnologia da empresa, Neville Ray, em entrevista. Prestadores de serviços de internet como Verizon, AT&T e Comcast criticaram o voto da FCC no mês passado para regular a banda larga como um "serviço de telecomunicações" semelhante ao serviço de telefonia tradicional, em vez de um "serviço de informação", menos regulado. Representantes da AT&T e Comcast se recusaram a comentar.
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Provedores dos EUA vão à Justiça contra regras de neutralidade da redeAssociações comerciais que representam grandes provedores de internet dos Estados Unidos devem liderar ações judiciais contra a FCC (Comissão Federal de Comunicações) sobre a nova regulação do tráfego na web. Em fevereiro, a comissãoaprovou uma medida que proíbe companhias que oferecem conexão à internet de fazer "pistas" lentas ou rápidas de acesso a determinados sites mediante pagamento. A intenção é garantir a chamada neutralidade da rede, que faz com que usuários e companhias sejam tratados de modo mais igualitário. O que a FCC fez foi colocar a internet basicamente sob a mesma legislação da telefonia, que é considerada de utilidade pública. Empresas de telecomunicações e de cabo dos EUA disseram que iriam desafiar essas regras nos tribunais. Mas, pelo menos algumas empresas, incluindo a Verizon Communications, não estão planejando entrar com ações individuais. Em vez disso, pretendem participar por meio de grupos de comércio. Tal abordagem permitiria que as companhias unissem seus esforços judiciais, evitando confrontos individuais, como fez a Verizon ao desafiar a versão anterior das regras de neutralidade de rede em 2010. Pelo menos três grupos de comércio são esperados para apresentar ações legais: CTIA-The Wireless Association, Associação de Telecomunicações e Cabo e a associação de banda larga USTelecom. Os três grupos não quiseram comentar o assunto. "Acreditamos que haverá bastante litígio, provavelmente liderado por associações da indústria", disse o vice-presidente financeiro da Verizon, Fran Shammo. A T-Mobile também disse na quarta-feira (18) que não estava planejando se envolver em ações judiciais neste momento. "Nós não conversamos com as pessoas que estão falando sobre o litígio", disse o diretor de tecnologia da empresa, Neville Ray, em entrevista. Prestadores de serviços de internet como Verizon, AT&T e Comcast criticaram o voto da FCC no mês passado para regular a banda larga como um "serviço de telecomunicações" semelhante ao serviço de telefonia tradicional, em vez de um "serviço de informação", menos regulado. Representantes da AT&T e Comcast se recusaram a comentar.
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Mortes violentas batem recorde na Venezuela, diz ONG
Com aumento de 12% no número de mortes violentas em 2015, a Venezuela pode fechar o ano com o título de país sem guerra mais violento do mundo, segundo relatório anual da ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV) divulgado nesta segunda-feira (28). A conclusão definitiva da ONG depende da divulgação dos dados de Honduras e El Salvador, que lideravam o ranking até 2014. Segundo o relatório da OVV, a Venezuela teve 27.875 mortes violentas em 2015 contra 24.980 no ano anterior. Com isso, a taxa de mortes violentas passa a ser de 90 para cada 100 mil habitantes, de acordo com a ONG, que contabiliza homicídios e mortes por resistência à força policial. Em 1998, antes da chegada ao poder de Hugo Chávez (1999-2013), a taxa calculada pela OVV era de 19/100 mil. "Uma em cada cinco pessoas assassinadas na América Latina e no Caribe é venezuelana", diz o relatório de 2015, elaborado por pesquisadores de sete universidades públicas e privadas. A OVV contrasta o aumento generalizado da violência na Venezuela com as situações no Brasil, onde "a distribuição territorial da violência varia", e na Colômbia e no México, onde as mortes violentas diminuíram. A OVV atribui a situação venezuelana a um misto de fatores que incluem a "deterioração das forças de segurança", o "empobrecimento da sociedade" e a "impunidade generalizada". A ONG também criticou a "militarização repressiva da segurança", especialmente as chamadas Operações pela Libertação do Povo (OLP), orquestradas pelo presidente Nicolás Maduro sob pretexto de desmantelar facções de crime organizado. As OLP deixaram dezenas de mortos em bairros pobres em meio a suspeitas de execuções extrajudiciais. O governo não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem. Em julho, autoridades disseram que a taxa de mortes violentas era de 62/100 mil, cifra suficiente para colocar a Venezuela entre os países mais violentos do mundo. O governo costuma acusar ONGs como a OVV de manipular a verdade. O chavismo também afirma que a violência é orquestrada por opositores e supostos paramilitares colombianos para jogar a população contra o governo.
mundo
Mortes violentas batem recorde na Venezuela, diz ONGCom aumento de 12% no número de mortes violentas em 2015, a Venezuela pode fechar o ano com o título de país sem guerra mais violento do mundo, segundo relatório anual da ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV) divulgado nesta segunda-feira (28). A conclusão definitiva da ONG depende da divulgação dos dados de Honduras e El Salvador, que lideravam o ranking até 2014. Segundo o relatório da OVV, a Venezuela teve 27.875 mortes violentas em 2015 contra 24.980 no ano anterior. Com isso, a taxa de mortes violentas passa a ser de 90 para cada 100 mil habitantes, de acordo com a ONG, que contabiliza homicídios e mortes por resistência à força policial. Em 1998, antes da chegada ao poder de Hugo Chávez (1999-2013), a taxa calculada pela OVV era de 19/100 mil. "Uma em cada cinco pessoas assassinadas na América Latina e no Caribe é venezuelana", diz o relatório de 2015, elaborado por pesquisadores de sete universidades públicas e privadas. A OVV contrasta o aumento generalizado da violência na Venezuela com as situações no Brasil, onde "a distribuição territorial da violência varia", e na Colômbia e no México, onde as mortes violentas diminuíram. A OVV atribui a situação venezuelana a um misto de fatores que incluem a "deterioração das forças de segurança", o "empobrecimento da sociedade" e a "impunidade generalizada". A ONG também criticou a "militarização repressiva da segurança", especialmente as chamadas Operações pela Libertação do Povo (OLP), orquestradas pelo presidente Nicolás Maduro sob pretexto de desmantelar facções de crime organizado. As OLP deixaram dezenas de mortos em bairros pobres em meio a suspeitas de execuções extrajudiciais. O governo não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem. Em julho, autoridades disseram que a taxa de mortes violentas era de 62/100 mil, cifra suficiente para colocar a Venezuela entre os países mais violentos do mundo. O governo costuma acusar ONGs como a OVV de manipular a verdade. O chavismo também afirma que a violência é orquestrada por opositores e supostos paramilitares colombianos para jogar a população contra o governo.
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Para geração Y, valores pessoais são principal guia para tomada de decisões
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Para os executivos da geração Y, o fator que mais pesa na tomada de decisão é o conjunto de seus valores pessoais. Em seguida, vem o impacto da ideia sobre os clientes da empresa e as suas ambições profissionais. As convicções são importantes para 64% dos profissionais que chegaram a cargos de comando (de coordenador em diante), segundo pesquisa realizada neste ano pela consultoria Deloitte. De acordo com o levantamento, que envolveu 4.300 "millenials" de 29 países, 61% já deixaram de desempenhar uma tarefa que ia contra seus princípios. Esses dados não significam que as gerações anteriores não levassem seus próprios valores em conta, afirma a professora e gerente do núcleo de carreiras do Insper, Maria Ester Pires da Cruz. Mas, de acordo com ela, os jovens de hoje têm mais oportunidades para fazer com que as suas opiniões influenciem as decisões no trabalho. Para a norte-americana Barbara Kellerman, especialista em liderança e professora da Universidade Harvard, a internet e as redes sociais têm sido catalisadoras de mudanças que, aos poucos, deixam de privilegiar o executivo "batedor de meta". "As lideranças devem ter mais cuidado com a repercussão de uma decisão ruim junto a ativistas e ao público em geral nas mídias sociais", diz. RESPONSABILIDADE O coordenador de marketing da Ticket, Guilherme Almeida, 29, fica especialmente de olho na recepção do público ao lançar uma nova campanha da empresa, voltada aos cartões-benefício. Almeida leva em conta sobretudo a diversidade do público. "Trago essa noção da forma como fui educado. Somos um país diverso e é preciso refletir essa variedade, seja num casting ou mesmo no processo criativo", afirma. Nesse sentido, tende a ganhar força a noção de responsabilidade social nas empresas. O conceito surgiu em meados dos anos 1990, com a explosão do terceiro setor. "A geração Y, que cresceu durante a expansão das ONGs, entende que a empresa deve oferecer algo positivo para a sociedade, não só para seus acionistas", diz Ademar Bueno, professor e coordenador do LabIES (Laboratório de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade) da FGV-SP. O fundador da Home Refill, Guilherme Aere dos Santos, 26, é um jovem líder cuja meta se baseia em princípios pessoais: popularizar a noção de consumo consciente. Com o aplicativo criado por ele, é possível montar listas fixas de supermercado, levando em conta os itens mais consumidos em casa. A ideia é cortar o consumo por impulso pela raiz, segundo Santos, que passou por grandes varejistas antes de colocar sua ideia no papel. "Há formas de deixar essa cadeia de produção e venda mais inteligente e trazer benefícios à sociedade como um todo, diminuindo a compra desnecessária. A ideia é lançar alguma luz sobre esse desperdício." * NO TRABALHO, NÃO VIVO SEM... humildade, desafios, prazer e performance. Quero pessoas engajadas, que se complementem e se respeitem em cada interação, que saibam olhar para futuro sem tirar os pés do chão QUANDO A TECNOLOGIA AJUDA? Quando é aplicada a serviço das pessoas. Tecnologia boa existe para nos ajudar, em um sentido social e não apenas individual. A tecnologia popu-lariza ferramentas que antes eram luxo, por isso tem um caráter democrático e social QUANDO A TECNOLOGIA ATRAPALHA? Quando fica antiga ou é aplicada para o mal, para manter as coisas do jeito que estão ou para atender interesses antiquados, como o excesso de consumo UM EXECUTIVO QUE ADMIRO: Ozires Silva, fundador da Embraer, ex-ministro da Infraestrutura e ex-presidente da Varig. Atualmente, é reitor da Unimonte, em Santos * NO TRABALHO, NÃO VIVO SEM... lidar com diferentes culturas e países. Temos um trabalho de equipe baseado em parceria e coordenação. A rotina é muito flexível, visto que cada projeto é feito sob medida QUANDO A TECNOLOGIA AJUDA? Ela torna processos mais eficazes e pode impactar positivamente o meio ambiente. Nós colocamos tudo em nuvem e reduzimos o gasto de papel. Também facilita a comunicação QUANDO A TECNOLOGIA ATRAPALHA? Quando deixa de agregar para segregar ou quando dispersa a atenção UMA EXECUTIVA QUE ADMIRO: Rachel Maia, CEO da Pandora [joalheria dinamarquesa presente no Brasil]. Ela é mulher e negra, e ocupa um alto cargo executivo, o que é extremamente raro no Brasil, apesar de o país ter 54% de afrodescendentes. Admiro o percurso dela e o modo como lidera uma das maiores empresas de joias do mundo (juliana sayuri) * NO TRABALHO, NÃO VIVO SEM... propósito, grandes desafios e pessoas excelentes. Acredito que o propósito da empresa e o tamanho do desafio movem as pessoas e atraem grandes talentos, mais que o salário. Quando essa fórmula dá certo, o impacto na cultura empresarial e o ambiente de trabalho são extremamente positivos. Isso é fundamental para ter alto "output" e criar grandes empresas. A diversão no trabalho também é importante QUANDO A TECNOLOGIA AJUDA? Ela está transformando o mundo. Vivemos um momento em que indústrias "tradicionais" de transporte (Uber e Tesla), hotelaria (Airbnb), comunicações (Snapchat) e classificados (OLX), entre outras, estão facilitando muito nossas vidas e criando valor para cada pessoa, além de impulsionar a economia. Hoje qualquer um pode usar seu próprio carro para oferecer um serviço ou alugar o próprio apartamento por alguns dias com a finalidade de gerar renda adicional. A tecnologia é uma facilitadora, mas estamos apenas no começo do que ela pode vir a ser QUANDO A TECNOLOGIA ATRAPALHA? Sinto que as pessoas têm cada vez mais necessidade de estar conectadas 24 horas por dia, o que pode atrapalhar em algumas situações. Durante reuniões, por exemplo UM EXECUTIVO QUE ADMIRO: Elon Musk, co-fundador da Paypal, fundador e CEO da Tesla e da SpaceX. Hoje nenhuma pessoa pensa maior do que Elon. Ele não está só transformando uma grande indústria tradicional, mas três ao mesmo tempo. Elon será o Steve Jobs desta geração
sobretudo
Para geração Y, valores pessoais são principal guia para tomada de decisões ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Para os executivos da geração Y, o fator que mais pesa na tomada de decisão é o conjunto de seus valores pessoais. Em seguida, vem o impacto da ideia sobre os clientes da empresa e as suas ambições profissionais. As convicções são importantes para 64% dos profissionais que chegaram a cargos de comando (de coordenador em diante), segundo pesquisa realizada neste ano pela consultoria Deloitte. De acordo com o levantamento, que envolveu 4.300 "millenials" de 29 países, 61% já deixaram de desempenhar uma tarefa que ia contra seus princípios. Esses dados não significam que as gerações anteriores não levassem seus próprios valores em conta, afirma a professora e gerente do núcleo de carreiras do Insper, Maria Ester Pires da Cruz. Mas, de acordo com ela, os jovens de hoje têm mais oportunidades para fazer com que as suas opiniões influenciem as decisões no trabalho. Para a norte-americana Barbara Kellerman, especialista em liderança e professora da Universidade Harvard, a internet e as redes sociais têm sido catalisadoras de mudanças que, aos poucos, deixam de privilegiar o executivo "batedor de meta". "As lideranças devem ter mais cuidado com a repercussão de uma decisão ruim junto a ativistas e ao público em geral nas mídias sociais", diz. RESPONSABILIDADE O coordenador de marketing da Ticket, Guilherme Almeida, 29, fica especialmente de olho na recepção do público ao lançar uma nova campanha da empresa, voltada aos cartões-benefício. Almeida leva em conta sobretudo a diversidade do público. "Trago essa noção da forma como fui educado. Somos um país diverso e é preciso refletir essa variedade, seja num casting ou mesmo no processo criativo", afirma. Nesse sentido, tende a ganhar força a noção de responsabilidade social nas empresas. O conceito surgiu em meados dos anos 1990, com a explosão do terceiro setor. "A geração Y, que cresceu durante a expansão das ONGs, entende que a empresa deve oferecer algo positivo para a sociedade, não só para seus acionistas", diz Ademar Bueno, professor e coordenador do LabIES (Laboratório de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade) da FGV-SP. O fundador da Home Refill, Guilherme Aere dos Santos, 26, é um jovem líder cuja meta se baseia em princípios pessoais: popularizar a noção de consumo consciente. Com o aplicativo criado por ele, é possível montar listas fixas de supermercado, levando em conta os itens mais consumidos em casa. A ideia é cortar o consumo por impulso pela raiz, segundo Santos, que passou por grandes varejistas antes de colocar sua ideia no papel. "Há formas de deixar essa cadeia de produção e venda mais inteligente e trazer benefícios à sociedade como um todo, diminuindo a compra desnecessária. A ideia é lançar alguma luz sobre esse desperdício." * NO TRABALHO, NÃO VIVO SEM... humildade, desafios, prazer e performance. Quero pessoas engajadas, que se complementem e se respeitem em cada interação, que saibam olhar para futuro sem tirar os pés do chão QUANDO A TECNOLOGIA AJUDA? Quando é aplicada a serviço das pessoas. Tecnologia boa existe para nos ajudar, em um sentido social e não apenas individual. A tecnologia popu-lariza ferramentas que antes eram luxo, por isso tem um caráter democrático e social QUANDO A TECNOLOGIA ATRAPALHA? Quando fica antiga ou é aplicada para o mal, para manter as coisas do jeito que estão ou para atender interesses antiquados, como o excesso de consumo UM EXECUTIVO QUE ADMIRO: Ozires Silva, fundador da Embraer, ex-ministro da Infraestrutura e ex-presidente da Varig. Atualmente, é reitor da Unimonte, em Santos * NO TRABALHO, NÃO VIVO SEM... lidar com diferentes culturas e países. Temos um trabalho de equipe baseado em parceria e coordenação. A rotina é muito flexível, visto que cada projeto é feito sob medida QUANDO A TECNOLOGIA AJUDA? Ela torna processos mais eficazes e pode impactar positivamente o meio ambiente. Nós colocamos tudo em nuvem e reduzimos o gasto de papel. Também facilita a comunicação QUANDO A TECNOLOGIA ATRAPALHA? Quando deixa de agregar para segregar ou quando dispersa a atenção UMA EXECUTIVA QUE ADMIRO: Rachel Maia, CEO da Pandora [joalheria dinamarquesa presente no Brasil]. Ela é mulher e negra, e ocupa um alto cargo executivo, o que é extremamente raro no Brasil, apesar de o país ter 54% de afrodescendentes. Admiro o percurso dela e o modo como lidera uma das maiores empresas de joias do mundo (juliana sayuri) * NO TRABALHO, NÃO VIVO SEM... propósito, grandes desafios e pessoas excelentes. Acredito que o propósito da empresa e o tamanho do desafio movem as pessoas e atraem grandes talentos, mais que o salário. Quando essa fórmula dá certo, o impacto na cultura empresarial e o ambiente de trabalho são extremamente positivos. Isso é fundamental para ter alto "output" e criar grandes empresas. A diversão no trabalho também é importante QUANDO A TECNOLOGIA AJUDA? Ela está transformando o mundo. Vivemos um momento em que indústrias "tradicionais" de transporte (Uber e Tesla), hotelaria (Airbnb), comunicações (Snapchat) e classificados (OLX), entre outras, estão facilitando muito nossas vidas e criando valor para cada pessoa, além de impulsionar a economia. Hoje qualquer um pode usar seu próprio carro para oferecer um serviço ou alugar o próprio apartamento por alguns dias com a finalidade de gerar renda adicional. A tecnologia é uma facilitadora, mas estamos apenas no começo do que ela pode vir a ser QUANDO A TECNOLOGIA ATRAPALHA? Sinto que as pessoas têm cada vez mais necessidade de estar conectadas 24 horas por dia, o que pode atrapalhar em algumas situações. Durante reuniões, por exemplo UM EXECUTIVO QUE ADMIRO: Elon Musk, co-fundador da Paypal, fundador e CEO da Tesla e da SpaceX. Hoje nenhuma pessoa pensa maior do que Elon. Ele não está só transformando uma grande indústria tradicional, mas três ao mesmo tempo. Elon será o Steve Jobs desta geração
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A presidente e o burocrata
Dilma Rousseff contou a história tantas vezes que, quando a repetia, os assessores rapidamente se distraíam checando mensagens no celular. "Em 2005", dizia Dilma, recordando seus tempos de ministra da Casa Civil, "um burocrata foi até o Palácio e me disse que tinha uma grande notícia: o FMI havia autorizado o governo federal a investir R$ 500 milhões no saneamento." Ao discursar, a presidente sempre sublinhava a palavra burocrata. Ela, então, levantava a voz e exclamava: "R$ 500 milhões! Veja só, isso hoje é o que investimos em saneamento numa só cidade e era o que o FMI autorizava a gente a destinar para o Brasil inteiro. Hoje não tem FMI para dizer onde a gente pode ou não pode investir". O burocrata, nunca nominado, era Joaquim Levy, então secretário do Tesouro do Ministério da Fazenda. Quase dez anos depois, quando convidou Levy para o Ministério da Fazenda em meio a uma abissal crise de credibilidade, a presidente sabia bem quem estava trazendo para a equipe. Levy sempre seria um estranho no ninho, uma concessão, um burocrata, o Joaquim Mãos de Tesoura, capaz de compreender de Orçamento, mas não da urgência de investimentos em saneamento. Justiça seja feita, Levy nunca fingiu ser algo diferente. Nas reuniões ministeriais, nas quais costumeiramente só aparecia depois da presidente, ele sempre achava um momento para lembrar aos demais da profundidade do rombo nas contas públicas. Nas conversas privadas, era menos sutil. Depois de ouvir a longa exposição de um colega sobre o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) ter sido um dos pilares da campanha da reeleição e, por motivos simbólicos, ter de ser excluído dos cortes orçamentários, Levy respondia como se falasse com uma criança de cinco anos que chorasse por um sorvete: "É, mas não tem dinheiro". Noutra ocasião, um ministro falou da necessidade de o governo socorrer os clubes de futebol. Como Levy não se enternecia, o interlocutor apelou para o time do coração de Levy: "Sem essa medida, o Botafogo vai quebrar", apelou o ministro. "Poxa, que pena", retrucou Levy, sem alterar a voz. Das características singulares do presidencialismo brasileiro, uma das mais delicadas é a relação entre o chefe do Executivo e o seu ministro da Fazenda. Emílio Garrastazu Médici está para Delfim Netto como Ernesto Geisel estava para Mário Henrique Simonsen. Itamar Franco só entrou para a história ao nomear Fernando Henrique como ministro e este, quando presidente, demitiu amigos para manter intacta a autoridade de Pedro Malan na política econômica. O governo Lula pode ser descrito como antes e depois de Palocci e o primeiro mandato de Dilma não poderia ser descrito sem que seja relatada a sua intervenção constante nas atividades de Guido Mantega. Por tudo isso, Dilma e Levy formam uma dupla tão inesperada. Um reconhece no outro as melhores intenções, mas ambos discordam de quase tudo o mais. Desde novembro, quando Levy foi anunciado ministro, o governo federal funciona na errática relação entre a presidente detentora de 54,5 milhões de votos e o ministro fiel depositário da confiança do mercado financeiro. É a sístole e diástole da dinâmica de Dilma e Levy que explica a transformação de um Orçamento deficitário em agosto em um pacote que promete cortar R$ 26 bilhões em despesas correntes em setembro, dinâmica na qual os vazamentos à imprensa das insatisfações da chefe com o subordinado se pagam com o vazamento das frustrações do subordinado com a chefe. São conhecidos os males que alimentam a ameaça de impeachment: articulação política inábil, comunicação desastrosa, paralisia administrativa e a sinalização mercurial dos rumos do governo. Porém, mais que o avanço das investigações da Operação Lava Jato, dos julgamentos do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral e das idas e vindas do PMDB, o ritmo do processo do impeachment será dado pelo bolso do cidadão. São os índices de desemprego, inflação e queda no consumo que podem derrubar o governo, que podem levar milhões às ruas, gerar pânico no mercado financeiro e esfarinhar de vez a base governista. Por ironia do destino, Dilma depende do sucesso do burocrata para chegar presidente a 2018. THOMAS TRAUMANN, 48, jornalista, foi ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (governo Dilma) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
A presidente e o burocrataDilma Rousseff contou a história tantas vezes que, quando a repetia, os assessores rapidamente se distraíam checando mensagens no celular. "Em 2005", dizia Dilma, recordando seus tempos de ministra da Casa Civil, "um burocrata foi até o Palácio e me disse que tinha uma grande notícia: o FMI havia autorizado o governo federal a investir R$ 500 milhões no saneamento." Ao discursar, a presidente sempre sublinhava a palavra burocrata. Ela, então, levantava a voz e exclamava: "R$ 500 milhões! Veja só, isso hoje é o que investimos em saneamento numa só cidade e era o que o FMI autorizava a gente a destinar para o Brasil inteiro. Hoje não tem FMI para dizer onde a gente pode ou não pode investir". O burocrata, nunca nominado, era Joaquim Levy, então secretário do Tesouro do Ministério da Fazenda. Quase dez anos depois, quando convidou Levy para o Ministério da Fazenda em meio a uma abissal crise de credibilidade, a presidente sabia bem quem estava trazendo para a equipe. Levy sempre seria um estranho no ninho, uma concessão, um burocrata, o Joaquim Mãos de Tesoura, capaz de compreender de Orçamento, mas não da urgência de investimentos em saneamento. Justiça seja feita, Levy nunca fingiu ser algo diferente. Nas reuniões ministeriais, nas quais costumeiramente só aparecia depois da presidente, ele sempre achava um momento para lembrar aos demais da profundidade do rombo nas contas públicas. Nas conversas privadas, era menos sutil. Depois de ouvir a longa exposição de um colega sobre o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) ter sido um dos pilares da campanha da reeleição e, por motivos simbólicos, ter de ser excluído dos cortes orçamentários, Levy respondia como se falasse com uma criança de cinco anos que chorasse por um sorvete: "É, mas não tem dinheiro". Noutra ocasião, um ministro falou da necessidade de o governo socorrer os clubes de futebol. Como Levy não se enternecia, o interlocutor apelou para o time do coração de Levy: "Sem essa medida, o Botafogo vai quebrar", apelou o ministro. "Poxa, que pena", retrucou Levy, sem alterar a voz. Das características singulares do presidencialismo brasileiro, uma das mais delicadas é a relação entre o chefe do Executivo e o seu ministro da Fazenda. Emílio Garrastazu Médici está para Delfim Netto como Ernesto Geisel estava para Mário Henrique Simonsen. Itamar Franco só entrou para a história ao nomear Fernando Henrique como ministro e este, quando presidente, demitiu amigos para manter intacta a autoridade de Pedro Malan na política econômica. O governo Lula pode ser descrito como antes e depois de Palocci e o primeiro mandato de Dilma não poderia ser descrito sem que seja relatada a sua intervenção constante nas atividades de Guido Mantega. Por tudo isso, Dilma e Levy formam uma dupla tão inesperada. Um reconhece no outro as melhores intenções, mas ambos discordam de quase tudo o mais. Desde novembro, quando Levy foi anunciado ministro, o governo federal funciona na errática relação entre a presidente detentora de 54,5 milhões de votos e o ministro fiel depositário da confiança do mercado financeiro. É a sístole e diástole da dinâmica de Dilma e Levy que explica a transformação de um Orçamento deficitário em agosto em um pacote que promete cortar R$ 26 bilhões em despesas correntes em setembro, dinâmica na qual os vazamentos à imprensa das insatisfações da chefe com o subordinado se pagam com o vazamento das frustrações do subordinado com a chefe. São conhecidos os males que alimentam a ameaça de impeachment: articulação política inábil, comunicação desastrosa, paralisia administrativa e a sinalização mercurial dos rumos do governo. Porém, mais que o avanço das investigações da Operação Lava Jato, dos julgamentos do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral e das idas e vindas do PMDB, o ritmo do processo do impeachment será dado pelo bolso do cidadão. São os índices de desemprego, inflação e queda no consumo que podem derrubar o governo, que podem levar milhões às ruas, gerar pânico no mercado financeiro e esfarinhar de vez a base governista. Por ironia do destino, Dilma depende do sucesso do burocrata para chegar presidente a 2018. THOMAS TRAUMANN, 48, jornalista, foi ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (governo Dilma) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Ajuda começa a chegar a áreas remotas 4 dias após tremor no Nepal
Regiões remotas do Nepal começaram a receber ajuda humanitária nesta quarta-feira (29), quatro dias depois do terremoto de magnitude 7,8 que deixou milhares de mortos e devastou o país himalaio. As autoridades encontram dificuldades para chegar a essas áreas pelas limitações das equipes de busca e porque muitas estradas ficaram bloqueadas após deslizamentos de terra provocados pelos tremores. Muitas dessas regiões estão incomunicáveis e sem acesso à eletricidade, agravando a sua situação humanitária. A demora em alcançar essas áreas diminui a chance de que sobreviventes sejam encontrados entre os escombros de casas e prédios destruídos. Segundo o porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, as autoridades não são "capazes de calcular a situação" geral da catástrofe, pois "comunidades inteiras de regiões remotas ficaram danificadas" "Não sabemos quanta gente havia nesses lugares quando aconteceu o terremoto", adicionou o porta-voz. As autoridades estimam que o número de mortos na tragédia possa chegar a 10 mil, o dobro do contabilizado até agora. Assista Helicópteros de busca aproveitam tréguas na chuva para ir até regiões montanhosas. Uma equipe de resgate pousou em Darkha, a cerca de cem quilômetros da capital, Katmandu, e entregou caixas com mantimentos, além de buscar pessoas que aguardavam por tratamento médico -entre elas, Ek Bahadur Thapa, 69, que sofreu ferimentos nas pernas durante o terremoto no sábado (25). Segundo Dhakal, 1.120 feridos foram transportados de helicóptero até Katmandu, até agora, para receber atendimento médico. O governo estima que mais de 10 mil pessoas estejam feridas por conta dos tremores que, segundo as Nações Unidas, afetaram pelo menos 8 milhões de nepaleses. Em Katmandu, moradores protestam contra a demora do governo em oferecer ajuda, tendo sido registrados confronto com policiais. Muitas pessoas abandonaram as suas casas com medo de novos abalos, ocupando áreas públicas e privadas com tendas improvisadas. Milhares de pessoas optam, ainda, por fugir da capital, provocando um êxodo massivo e longas filas de espera por ônibus. Segundo o "Guardian", pelo menos 100 mil pessoas já abandonaram a cidade, número que pode chegar a 300 mil -a população de Katmandu é de cerca de 1,7 milhão de pessoas.
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Ajuda começa a chegar a áreas remotas 4 dias após tremor no NepalRegiões remotas do Nepal começaram a receber ajuda humanitária nesta quarta-feira (29), quatro dias depois do terremoto de magnitude 7,8 que deixou milhares de mortos e devastou o país himalaio. As autoridades encontram dificuldades para chegar a essas áreas pelas limitações das equipes de busca e porque muitas estradas ficaram bloqueadas após deslizamentos de terra provocados pelos tremores. Muitas dessas regiões estão incomunicáveis e sem acesso à eletricidade, agravando a sua situação humanitária. A demora em alcançar essas áreas diminui a chance de que sobreviventes sejam encontrados entre os escombros de casas e prédios destruídos. Segundo o porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, as autoridades não são "capazes de calcular a situação" geral da catástrofe, pois "comunidades inteiras de regiões remotas ficaram danificadas" "Não sabemos quanta gente havia nesses lugares quando aconteceu o terremoto", adicionou o porta-voz. As autoridades estimam que o número de mortos na tragédia possa chegar a 10 mil, o dobro do contabilizado até agora. Assista Helicópteros de busca aproveitam tréguas na chuva para ir até regiões montanhosas. Uma equipe de resgate pousou em Darkha, a cerca de cem quilômetros da capital, Katmandu, e entregou caixas com mantimentos, além de buscar pessoas que aguardavam por tratamento médico -entre elas, Ek Bahadur Thapa, 69, que sofreu ferimentos nas pernas durante o terremoto no sábado (25). Segundo Dhakal, 1.120 feridos foram transportados de helicóptero até Katmandu, até agora, para receber atendimento médico. O governo estima que mais de 10 mil pessoas estejam feridas por conta dos tremores que, segundo as Nações Unidas, afetaram pelo menos 8 milhões de nepaleses. Em Katmandu, moradores protestam contra a demora do governo em oferecer ajuda, tendo sido registrados confronto com policiais. Muitas pessoas abandonaram as suas casas com medo de novos abalos, ocupando áreas públicas e privadas com tendas improvisadas. Milhares de pessoas optam, ainda, por fugir da capital, provocando um êxodo massivo e longas filas de espera por ônibus. Segundo o "Guardian", pelo menos 100 mil pessoas já abandonaram a cidade, número que pode chegar a 300 mil -a população de Katmandu é de cerca de 1,7 milhão de pessoas.
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A internacionalização da Lava Jato
A Operação Lava Jato revelou uma inegável interação entre o Brasil e os países sede das instituições financeiras mantenedoras das contas suspeitas de receberem dinheiro ilícito, o que facilitou a apuração dos crimes financeiros que surgiram durante as investigações. Por causa dessa interação entre os países, surgiu uma concomitância de jurisdições convergentes para investigar os ilícitos narrados pela força-tarefa que, inicialmente, estabeleceu-se em Curitiba. Existem pelo menos outros dois países, Suíça e EUA, que já tomaram iniciativas concretas para a apuração dos fatos decorrentes dos contratos firmados entre a Petrobras e as empresas que executavam as obras. A Suíça, pelo que se denota, passa por um intenso processo de modificação dos seus conceitos internos relacionados ao sigilo das informações das instituições financeiras, o que decorre da forte pressão internacional em torno do combate à lavagem de dinheiro. Essa profunda modificação demonstrada pela Suíça já apresenta resultados significativos nas investigações em curso, não só pela agilidade com que o país coopera, mas, principalmente, pela evidente flexibilização de exigências burocráticas para a entrega de informações financeiras mantidas naquele país. Por seu turno, os EUA, também engajado na investigação dos fatos revelados no bojo da Lava Jato, tem justificada a sua jurisdição na suspeita de prática de corrupção envolvendo empresas cujas ações são negociadas na Bolsa de Nova York, o que atrai para aquele país a apuração dos fatos, em virtude da submissão dessas firmas ao Foreign Corrupt Practice Act, ou Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior. Mas não é só esse o motivo. Como se verificou em casos anteriores, a jurisdição daquele país fica justificada sempre que há suspeita de lavagem de dinheiro em transações que tiveram passagem pelo sistema financeiro dos EUA, o que aumenta de maneira exponencial a abrangência de casos sujeitos ao sistema jurídico norte-americano. Recentemente, houve a divulgação do caso envolvendo dirigentes da Fifa, que contou com a atuação conjunta dos Estados Unidos e da Suíça e que, com a utilização da Interpol, realizou a prisão de alguns envolvidos no continente europeu, a pedido dos americanos. O mesmo efeito poderá ser visto na Operação Lava Jato. As medidas coercitivas adotadas no sistema jurídico americano poderão ser igualmente aplicadas aos acusados dos crimes praticados na Petrobras, quando da sua passagem pelos EUA ou por qualquer país que com ele tenha acordo de extradição. Mais do que isso, as provas aqui obtidas em razão das delações premiadas ou acordos de leniência poderão servir de base para o processamento de brasileiros no exterior, tudo a indicar que os americanos terão um caminho mais curto na respectiva investigação realizada no exterior, em razão das diversas confissões já obtidas aqui no Brasil. Essa constatação acerca da internacionalização das investigações leva à conclusão de que os envolvidos na Lava Jato, a depender do caso, deverão estar preparados para o enfrentamento de mais de uma jurisdição, em sistemas jurídicos distintos e com consequências diversas. MAURICIO SILVA LEITE, 40, advogado, é mestre em processo penal pela PUC-SP e sócio do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados. Foi responsável pelo pedido de soltura do senador Delcídio do Amaral no Supremo Tribunal Federal ORGE NEMR, 51, advogado, é especialista em direito internacional e sócio do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados
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A internacionalização da Lava JatoA Operação Lava Jato revelou uma inegável interação entre o Brasil e os países sede das instituições financeiras mantenedoras das contas suspeitas de receberem dinheiro ilícito, o que facilitou a apuração dos crimes financeiros que surgiram durante as investigações. Por causa dessa interação entre os países, surgiu uma concomitância de jurisdições convergentes para investigar os ilícitos narrados pela força-tarefa que, inicialmente, estabeleceu-se em Curitiba. Existem pelo menos outros dois países, Suíça e EUA, que já tomaram iniciativas concretas para a apuração dos fatos decorrentes dos contratos firmados entre a Petrobras e as empresas que executavam as obras. A Suíça, pelo que se denota, passa por um intenso processo de modificação dos seus conceitos internos relacionados ao sigilo das informações das instituições financeiras, o que decorre da forte pressão internacional em torno do combate à lavagem de dinheiro. Essa profunda modificação demonstrada pela Suíça já apresenta resultados significativos nas investigações em curso, não só pela agilidade com que o país coopera, mas, principalmente, pela evidente flexibilização de exigências burocráticas para a entrega de informações financeiras mantidas naquele país. Por seu turno, os EUA, também engajado na investigação dos fatos revelados no bojo da Lava Jato, tem justificada a sua jurisdição na suspeita de prática de corrupção envolvendo empresas cujas ações são negociadas na Bolsa de Nova York, o que atrai para aquele país a apuração dos fatos, em virtude da submissão dessas firmas ao Foreign Corrupt Practice Act, ou Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior. Mas não é só esse o motivo. Como se verificou em casos anteriores, a jurisdição daquele país fica justificada sempre que há suspeita de lavagem de dinheiro em transações que tiveram passagem pelo sistema financeiro dos EUA, o que aumenta de maneira exponencial a abrangência de casos sujeitos ao sistema jurídico norte-americano. Recentemente, houve a divulgação do caso envolvendo dirigentes da Fifa, que contou com a atuação conjunta dos Estados Unidos e da Suíça e que, com a utilização da Interpol, realizou a prisão de alguns envolvidos no continente europeu, a pedido dos americanos. O mesmo efeito poderá ser visto na Operação Lava Jato. As medidas coercitivas adotadas no sistema jurídico americano poderão ser igualmente aplicadas aos acusados dos crimes praticados na Petrobras, quando da sua passagem pelos EUA ou por qualquer país que com ele tenha acordo de extradição. Mais do que isso, as provas aqui obtidas em razão das delações premiadas ou acordos de leniência poderão servir de base para o processamento de brasileiros no exterior, tudo a indicar que os americanos terão um caminho mais curto na respectiva investigação realizada no exterior, em razão das diversas confissões já obtidas aqui no Brasil. Essa constatação acerca da internacionalização das investigações leva à conclusão de que os envolvidos na Lava Jato, a depender do caso, deverão estar preparados para o enfrentamento de mais de uma jurisdição, em sistemas jurídicos distintos e com consequências diversas. MAURICIO SILVA LEITE, 40, advogado, é mestre em processo penal pela PUC-SP e sócio do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados. Foi responsável pelo pedido de soltura do senador Delcídio do Amaral no Supremo Tribunal Federal ORGE NEMR, 51, advogado, é especialista em direito internacional e sócio do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados
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Com chope na medida, Bar Genésio é antessala da boemia em São Paulo
RAFAEL GREGORIO EDITOR-ASSISTENTE DA sãopaulo O currículo do personagem é notório: trata-se do irmão mais velho da família Altman, que controla o Filial e o Genial, todos na Vila Madalena. De sua cozinha saem obras "cantineiras, mas à moda paulistana" pensadas por Elenice, mulher de um dos sócios; bauru de vitela, polenta com ragu, bolinhos de arroz com gorgonzola e fettuccine Alfredo. Nas bandejas dos garçons —um time de veteranos celebrados, como Juarez, Calixto e Jesulino— é que reside o protagonista: chope Brahma de colarinho espesso, servido na temperatura certa, claro ou escuro. São até sete barris em noites agitadas, à exceção de tsunamis humanos como os do Carnaval, quando a conta bate em 13. Reforços como um "ombardsman" para reclamações e o senhor do realejo na calçada ajudam o local a ilustrar o espírito desse bairro meio artista, meio profissional liberal. Não se explica o charme do Genésio, porém, apenas pelo que nele se come, se bebe ou se vê. Acessível na cultura e na geografia, o lugar é uma espécie de antessala da boemia. Para mim, tem mais: foi ali que meus pais redescobriram a farra. Com os filhos criados, viraram devotos do lugar. Primeiro com a prole e, depois, com amigos. Ainda hoje, passando pelo bar em meio ao passeio ou fazendo dele o programa, ao "Gênesis" retornamos. Longa vida! R. Fidalga, 265, Vila Madalena, região oeste, tel. 3812-6252. 150 pessoas. Seg. a qui.: 17h às 3h30. Sex. e sáb.: 12h às 4h30. Dom.: 12h às 2h30. Preço: R$ 7,10 (Brahma 300 ml). Valet (R$ 25). MELHOR CHOPE (JÚRI)
saopaulo
Com chope na medida, Bar Genésio é antessala da boemia em São PauloRAFAEL GREGORIO EDITOR-ASSISTENTE DA sãopaulo O currículo do personagem é notório: trata-se do irmão mais velho da família Altman, que controla o Filial e o Genial, todos na Vila Madalena. De sua cozinha saem obras "cantineiras, mas à moda paulistana" pensadas por Elenice, mulher de um dos sócios; bauru de vitela, polenta com ragu, bolinhos de arroz com gorgonzola e fettuccine Alfredo. Nas bandejas dos garçons —um time de veteranos celebrados, como Juarez, Calixto e Jesulino— é que reside o protagonista: chope Brahma de colarinho espesso, servido na temperatura certa, claro ou escuro. São até sete barris em noites agitadas, à exceção de tsunamis humanos como os do Carnaval, quando a conta bate em 13. Reforços como um "ombardsman" para reclamações e o senhor do realejo na calçada ajudam o local a ilustrar o espírito desse bairro meio artista, meio profissional liberal. Não se explica o charme do Genésio, porém, apenas pelo que nele se come, se bebe ou se vê. Acessível na cultura e na geografia, o lugar é uma espécie de antessala da boemia. Para mim, tem mais: foi ali que meus pais redescobriram a farra. Com os filhos criados, viraram devotos do lugar. Primeiro com a prole e, depois, com amigos. Ainda hoje, passando pelo bar em meio ao passeio ou fazendo dele o programa, ao "Gênesis" retornamos. Longa vida! R. Fidalga, 265, Vila Madalena, região oeste, tel. 3812-6252. 150 pessoas. Seg. a qui.: 17h às 3h30. Sex. e sáb.: 12h às 4h30. Dom.: 12h às 2h30. Preço: R$ 7,10 (Brahma 300 ml). Valet (R$ 25). MELHOR CHOPE (JÚRI)
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Plano ambiental 'resgata credibilidade' dos EUA, mas divide país
Plano de Obama quer fazer com que EUA chegue a reunião sobre clima da ONU, em dezembro, com mais credibilidade Ao anunciar seu Plano de Energia Limpa nesta segunda-feira, o presidente americano, Barack Obama, disse que se tratava "do maior e mais importante passo que já demos" para combater o aquecimento global. O plano - que pretende reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa nos Estados Unidos em um terço em 15 anos –deverá desencadear batalhas legais e retóricas no país. "Somos a primeira geração a sentir os impactos das mudanças climáticas e a última capaz de fazer algo a respeito", afirmou. "Se não agirmos, ninguém agirá." Segundo Obama, os Estados Unidos devem "mostrar o caminho" a outros países nesse campo. "Estou convencido de que nenhum outro desafio impõe uma ameaça maior ao futuro do planeta." O programa anunciado por Obama busca substituir energias poluentes por fontes renováveis, como a eólica e a solar. Opositores afirmam, no entanto, que o presidente declarou uma "guerra contra o carvão", hoje responsável por mais de um terço da geração energética do país e setor importante para a economia de alguns Estados americanos. Alguns governadores já anunciaram que vão ignorar o plano ou o questionarão na Justiça. AÇÃO 'SIGNIFICATIVA' A meta de Obama é cortar as emissões de carbono do setor energético em 32% até 2030, tendo como base os níveis de 2005. O Plano de Energia Limpa é, até agora, a principal política de Obama para frear o aquecimento global. Desde o ano passado, ele firmou com a China e outras nações metas de redução das emissões de carbono. O tema também entrou na agenda da visita da presidente Dilma Rousseff a Washington em junho, quando os dois países anunciaram metas para ampliar o percentual de fontes renováveis na matriz energética. Com os acordos, Obama espera chegar à próxima reunião da ONU sobre clima, em dezembro, em Paris, em posição fortalecida para negociar metas globais para a redução das emissões de carbono. O plano recém-anunciado aumenta a credibilidade dos Estados Unidos nas negociações climáticas, diz o analista da BBC para o clima, Matt McGrath. Carvão é responsável por mais de 80% da geração de eletricidade em seis Estados americanos De acordo com McGrath, muitos países suspeitavam da postura dos Estados Unidos nessa área, já que Washington se recusou a ratificar o Protocolo de Kyoto, última tentativa global de reduzir as emissões de carbono. "O novo plano do presidente chega num momento crucial para os preparativos para Paris", diz. Para ele, o anúncio pode estimular outros países a divulgar suas metas de redução de emissões - até agora, só 49 nações as anunciaram. O texto base que está em negociação na ONU tem mais de 80 páginas. Analistas dizem que, para que a reunião seja um sucesso, ele precisará ser reduzido. Organizações ambientais receberam bem o plano, mas cobraram mais ações do governo americano para frear o aquecimento global. "Essa é a ação mais significativa até agora do governo Obama, mas ainda não é suficiente para garantir o seu legado climático", disse a diretora executiva da ONG 350.org, May Boeve. Em sua conta no Twitter, o Greenpeace afirmou que o Plano de Energia Limpa é um "passo adiante", mas cobrou o governo americano a frear a exploração de petróleo no Ártico. 'CATASTRÓFICO E IRRESPONSÁVEL' A oposição a Obama anunciou que se mobilizará contra o plano. Políticos conservadores americanos tradicionalmente questionam o impacto humano no aquecimento global. O pré-candidato republicano à Presidência Marco Rubio disse que o programa seria "catastrófico". Outro candidato, Jeb Bush, o qualificou como "irresponsável". Nos Estados de Utah, Wyoming, Missouri, Indiana, Kentucky e West Virginia, o carvão é responsável por mais de 80% da geração de eletricidade. O plano de Obama dá a cada Estado metas de redução de carbono e exige que apresentem propostas ao governo federal sobre como atingirão os objetivos.
bbc
Plano ambiental 'resgata credibilidade' dos EUA, mas divide paísPlano de Obama quer fazer com que EUA chegue a reunião sobre clima da ONU, em dezembro, com mais credibilidade Ao anunciar seu Plano de Energia Limpa nesta segunda-feira, o presidente americano, Barack Obama, disse que se tratava "do maior e mais importante passo que já demos" para combater o aquecimento global. O plano - que pretende reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa nos Estados Unidos em um terço em 15 anos –deverá desencadear batalhas legais e retóricas no país. "Somos a primeira geração a sentir os impactos das mudanças climáticas e a última capaz de fazer algo a respeito", afirmou. "Se não agirmos, ninguém agirá." Segundo Obama, os Estados Unidos devem "mostrar o caminho" a outros países nesse campo. "Estou convencido de que nenhum outro desafio impõe uma ameaça maior ao futuro do planeta." O programa anunciado por Obama busca substituir energias poluentes por fontes renováveis, como a eólica e a solar. Opositores afirmam, no entanto, que o presidente declarou uma "guerra contra o carvão", hoje responsável por mais de um terço da geração energética do país e setor importante para a economia de alguns Estados americanos. Alguns governadores já anunciaram que vão ignorar o plano ou o questionarão na Justiça. AÇÃO 'SIGNIFICATIVA' A meta de Obama é cortar as emissões de carbono do setor energético em 32% até 2030, tendo como base os níveis de 2005. O Plano de Energia Limpa é, até agora, a principal política de Obama para frear o aquecimento global. Desde o ano passado, ele firmou com a China e outras nações metas de redução das emissões de carbono. O tema também entrou na agenda da visita da presidente Dilma Rousseff a Washington em junho, quando os dois países anunciaram metas para ampliar o percentual de fontes renováveis na matriz energética. Com os acordos, Obama espera chegar à próxima reunião da ONU sobre clima, em dezembro, em Paris, em posição fortalecida para negociar metas globais para a redução das emissões de carbono. O plano recém-anunciado aumenta a credibilidade dos Estados Unidos nas negociações climáticas, diz o analista da BBC para o clima, Matt McGrath. Carvão é responsável por mais de 80% da geração de eletricidade em seis Estados americanos De acordo com McGrath, muitos países suspeitavam da postura dos Estados Unidos nessa área, já que Washington se recusou a ratificar o Protocolo de Kyoto, última tentativa global de reduzir as emissões de carbono. "O novo plano do presidente chega num momento crucial para os preparativos para Paris", diz. Para ele, o anúncio pode estimular outros países a divulgar suas metas de redução de emissões - até agora, só 49 nações as anunciaram. O texto base que está em negociação na ONU tem mais de 80 páginas. Analistas dizem que, para que a reunião seja um sucesso, ele precisará ser reduzido. Organizações ambientais receberam bem o plano, mas cobraram mais ações do governo americano para frear o aquecimento global. "Essa é a ação mais significativa até agora do governo Obama, mas ainda não é suficiente para garantir o seu legado climático", disse a diretora executiva da ONG 350.org, May Boeve. Em sua conta no Twitter, o Greenpeace afirmou que o Plano de Energia Limpa é um "passo adiante", mas cobrou o governo americano a frear a exploração de petróleo no Ártico. 'CATASTRÓFICO E IRRESPONSÁVEL' A oposição a Obama anunciou que se mobilizará contra o plano. Políticos conservadores americanos tradicionalmente questionam o impacto humano no aquecimento global. O pré-candidato republicano à Presidência Marco Rubio disse que o programa seria "catastrófico". Outro candidato, Jeb Bush, o qualificou como "irresponsável". Nos Estados de Utah, Wyoming, Missouri, Indiana, Kentucky e West Virginia, o carvão é responsável por mais de 80% da geração de eletricidade. O plano de Obama dá a cada Estado metas de redução de carbono e exige que apresentem propostas ao governo federal sobre como atingirão os objetivos.
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Confira sugestões de itens para botar a mão na massa e preparar doces
PRODUÇÃO JEANINE LEMOS FOTOS LEO ELOY 1. Bolo "naked" de framboesa. A partir de R$ 75 o quilo, na Santiago Pães Artesanais, tel. 98102-0883. 2. Prato alto de porcelana com passarinhos em relevo. R$ 269,91, na Bololo, www.bololo.com.br. 3. Colher "scoop" com alavanca que raspa toda a massa de muffins e cupcakes na hora de despejar nas formas. R$ 74, na Kit & Home, tel. 5049-1417. 4. Formas de cupcake de silicone com decoração natalina. R$ 45 a caixa com 12 unidades, na Kit & Home, tel. 5049-1417. 5. Funil em formato de flor copo-de-leite e timer de cozinha imitando uma bonequinha russa. R$ 52 e R$ 82, respectivamente, na Loja Mo.d, tel. 3031-3237. 6. Batedor e tigela de preparo com bico que facilita despejar a massa na forma. R$ 15,90 e R$ 79,90, respectivamente, na Camicado, tel. 3587-8633. 7. Seringa para decoração de doces, polvilhador de cacau e termômetro para açúcar. R$ 142,80, R$ 62,50 e R$ 53,70, respectivamente, na Doural, tel. 3062-4171. 8. Batedeira planetária com copo de aço inoxidável. R$ 534,99, na Fast Shop, www.fastshop.com.br. 9. Conjunto de cortadores plásticos para biscoitos com tema natalino. R$ 10,90 o kit com quatro peças, na Barra Doce, tel. 5543-6652. 10. Bagel feito com fermentação natural e sementes de papoula. R$ 4 a unidade, na Santiago Pães Artesanais, tel. 98102-0883. 11. Balança com prato de silicone dobrável. R$ 110, na Oren, tel. 3062-8669. 12. Aparelho para fazer biscoitos em vários formatos utilizando diferentes placas decoradas. R$ 369, na Spicy, tel. 3083-4407. 13. Boleira de ferro com tampa de vidro. R$ 108, na Oren, tel. 3062-8669. 14. Medidor de xícaras em forma de robô e medidor de colheres feito de porcelana. R$ 92 e R$ 79, respectivamente, na Contudo Decor, tel. 3804-3181.
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Confira sugestões de itens para botar a mão na massa e preparar docesPRODUÇÃO JEANINE LEMOS FOTOS LEO ELOY 1. Bolo "naked" de framboesa. A partir de R$ 75 o quilo, na Santiago Pães Artesanais, tel. 98102-0883. 2. Prato alto de porcelana com passarinhos em relevo. R$ 269,91, na Bololo, www.bololo.com.br. 3. Colher "scoop" com alavanca que raspa toda a massa de muffins e cupcakes na hora de despejar nas formas. R$ 74, na Kit & Home, tel. 5049-1417. 4. Formas de cupcake de silicone com decoração natalina. R$ 45 a caixa com 12 unidades, na Kit & Home, tel. 5049-1417. 5. Funil em formato de flor copo-de-leite e timer de cozinha imitando uma bonequinha russa. R$ 52 e R$ 82, respectivamente, na Loja Mo.d, tel. 3031-3237. 6. Batedor e tigela de preparo com bico que facilita despejar a massa na forma. R$ 15,90 e R$ 79,90, respectivamente, na Camicado, tel. 3587-8633. 7. Seringa para decoração de doces, polvilhador de cacau e termômetro para açúcar. R$ 142,80, R$ 62,50 e R$ 53,70, respectivamente, na Doural, tel. 3062-4171. 8. Batedeira planetária com copo de aço inoxidável. R$ 534,99, na Fast Shop, www.fastshop.com.br. 9. Conjunto de cortadores plásticos para biscoitos com tema natalino. R$ 10,90 o kit com quatro peças, na Barra Doce, tel. 5543-6652. 10. Bagel feito com fermentação natural e sementes de papoula. R$ 4 a unidade, na Santiago Pães Artesanais, tel. 98102-0883. 11. Balança com prato de silicone dobrável. R$ 110, na Oren, tel. 3062-8669. 12. Aparelho para fazer biscoitos em vários formatos utilizando diferentes placas decoradas. R$ 369, na Spicy, tel. 3083-4407. 13. Boleira de ferro com tampa de vidro. R$ 108, na Oren, tel. 3062-8669. 14. Medidor de xícaras em forma de robô e medidor de colheres feito de porcelana. R$ 92 e R$ 79, respectivamente, na Contudo Decor, tel. 3804-3181.
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Fotógrafo capta grandiosidade de construções soviéticas abandonadas
O fotógrafo alemão Christian Richter transformou um passatempo de adolescência em profissão. Ele se dedica a captar a grandiosidade de antigas construções soviéticas, a maioria delas em ruínas. "Tinha 14 anos quando o Muro de Berlim caiu. Foi uma grande mudança. As pessoas não sabiam o que ia acontecer. Foi um momento muito empolgante –o começo de uma nova era", lembra ele. Richter conta que visitou mais de mil construções em Alemanha, França, Bélgica, Itália e Polônia. Mas nem sempre teve sorte. "Muitas vezes, é difícil entrar nesses locais –tive de achar túneis ou pular janelas. Houve casos em que fiz viagens longas para visitar um lugar em particular e quando cheguei descobri que havia sido destruído ou que eu não poderia entrar." "Quando vejo uma construção antiga nesse estado, posso imaginá-la na época de glória. Mas é sempre triste vê-la desmoronando e não sendo usada. Mantenho a localização dessas construções em segredo para evitar que sejam vandalizadas." Este e outras trabalhos de Richter podem ser conferidos em sua conta no Instagram.
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Fotógrafo capta grandiosidade de construções soviéticas abandonadasO fotógrafo alemão Christian Richter transformou um passatempo de adolescência em profissão. Ele se dedica a captar a grandiosidade de antigas construções soviéticas, a maioria delas em ruínas. "Tinha 14 anos quando o Muro de Berlim caiu. Foi uma grande mudança. As pessoas não sabiam o que ia acontecer. Foi um momento muito empolgante –o começo de uma nova era", lembra ele. Richter conta que visitou mais de mil construções em Alemanha, França, Bélgica, Itália e Polônia. Mas nem sempre teve sorte. "Muitas vezes, é difícil entrar nesses locais –tive de achar túneis ou pular janelas. Houve casos em que fiz viagens longas para visitar um lugar em particular e quando cheguei descobri que havia sido destruído ou que eu não poderia entrar." "Quando vejo uma construção antiga nesse estado, posso imaginá-la na época de glória. Mas é sempre triste vê-la desmoronando e não sendo usada. Mantenho a localização dessas construções em segredo para evitar que sejam vandalizadas." Este e outras trabalhos de Richter podem ser conferidos em sua conta no Instagram.
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Juventus empata e volta às semifinais da Liga dos Campeões após 12 anos
Jogando fora de casa, a Juventus segurou o empate contra o Mônaco e conquistou uma vaga na semifinal da Liga dos Campeões. Os outros classificados para a próxima fase do torneio são Barcelona, Bayern de Munique e Real Madrid. O placar de 0 a 0 nesta quarta-feira (22) beneficiou os italianos, que haviam vencido a primeira partida por 1 a 0, com gol de pênalti convertido pelo chileno Arturo Vidal. Ainda sem poder contar com o francês Paul Pogba, um dos destaques da temporada, a Juventus viu o Mônaco ter mais posse de bola durante todo o jogo, mas foi ameaçada poucas vezes. Durante os 90 minutos de partida, as duas equipes conseguiram, cada uma, realizar apenas um chute em direção ao gol: pelo Mônaco, Kondogbia chutou de fora da área para fácil defesa de Buffon, ainda no primeiro tempo. Já aos 45 minutos da segunda etapa, o italiano Pirlo acertou a trave do Mônaco em cobrança de falta. A Uefa irá definir os confrontos da próxima fase da Liga dos Campeões em sorteio na sexta-feira (24). Virtual campeã italiana (está 15 pontos à frente do segundo colocado, faltando sete rodadas para o fim do campeonato), a Juventus não chegava a uma semifinal de Liga dos Campeões desde 2003, quando acabou a competição como vice-campeã.
esporte
Juventus empata e volta às semifinais da Liga dos Campeões após 12 anosJogando fora de casa, a Juventus segurou o empate contra o Mônaco e conquistou uma vaga na semifinal da Liga dos Campeões. Os outros classificados para a próxima fase do torneio são Barcelona, Bayern de Munique e Real Madrid. O placar de 0 a 0 nesta quarta-feira (22) beneficiou os italianos, que haviam vencido a primeira partida por 1 a 0, com gol de pênalti convertido pelo chileno Arturo Vidal. Ainda sem poder contar com o francês Paul Pogba, um dos destaques da temporada, a Juventus viu o Mônaco ter mais posse de bola durante todo o jogo, mas foi ameaçada poucas vezes. Durante os 90 minutos de partida, as duas equipes conseguiram, cada uma, realizar apenas um chute em direção ao gol: pelo Mônaco, Kondogbia chutou de fora da área para fácil defesa de Buffon, ainda no primeiro tempo. Já aos 45 minutos da segunda etapa, o italiano Pirlo acertou a trave do Mônaco em cobrança de falta. A Uefa irá definir os confrontos da próxima fase da Liga dos Campeões em sorteio na sexta-feira (24). Virtual campeã italiana (está 15 pontos à frente do segundo colocado, faltando sete rodadas para o fim do campeonato), a Juventus não chegava a uma semifinal de Liga dos Campeões desde 2003, quando acabou a competição como vice-campeã.
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Paulo Orlando é relacionado no Royals e MLB volta a ter dois brasileiros
Nesta segunda-feira (6), o defensor externo brasileiro Paulo Orlando voltou a ser chamado para o time principal do Kansas City Royals após breve passagem pelo Omaha Storm Chasers. Ele jogou por dois meses na MLB, entre abril e maio, período no qual ele teve boas performances, quebrando o recorde de rebatidas triplas da principal liga do beisebol americano. Paulo participará da partida desta terça contra o Tampa Bay Rays, no Kauffman Stadium. Inicialmente agendada para esta segunda, ela foi adiada por conta de uma chuva. Atualmente, o Kansas lidera a liga americana central da MLB. Por seus recordes ao longo do período em que ficou no elenco principal, Paulo ganhou apelidos dos torcedores do time, como "Tripleman" e "3PO". PO Com a reconvocação de Paulo ao time principal do Kansas, o Brasil volta a ter dois atletas na MLB. O catcher Yan Gomes atualmente joga pelo Cleveland Indians. Na equipe principal, ele ocupará a vaga do arremessador Jason Frasor, mandado à "Triple A" (espécie de segunda divisão do beisebol americano) para dar espaço ao brasileiro. O "rebaixamento" de Paulo aconteceu por uma decisão mais burocrática do que técnica. A decisão foi considerada injusta pelo próprio técnico Ned Yost, que explicou que a medida foi tomada porque o brasileiro era o único que poderia descer ao "Triple A" sem que o Royals pudesse perder seu passe.
esporte
Paulo Orlando é relacionado no Royals e MLB volta a ter dois brasileirosNesta segunda-feira (6), o defensor externo brasileiro Paulo Orlando voltou a ser chamado para o time principal do Kansas City Royals após breve passagem pelo Omaha Storm Chasers. Ele jogou por dois meses na MLB, entre abril e maio, período no qual ele teve boas performances, quebrando o recorde de rebatidas triplas da principal liga do beisebol americano. Paulo participará da partida desta terça contra o Tampa Bay Rays, no Kauffman Stadium. Inicialmente agendada para esta segunda, ela foi adiada por conta de uma chuva. Atualmente, o Kansas lidera a liga americana central da MLB. Por seus recordes ao longo do período em que ficou no elenco principal, Paulo ganhou apelidos dos torcedores do time, como "Tripleman" e "3PO". PO Com a reconvocação de Paulo ao time principal do Kansas, o Brasil volta a ter dois atletas na MLB. O catcher Yan Gomes atualmente joga pelo Cleveland Indians. Na equipe principal, ele ocupará a vaga do arremessador Jason Frasor, mandado à "Triple A" (espécie de segunda divisão do beisebol americano) para dar espaço ao brasileiro. O "rebaixamento" de Paulo aconteceu por uma decisão mais burocrática do que técnica. A decisão foi considerada injusta pelo próprio técnico Ned Yost, que explicou que a medida foi tomada porque o brasileiro era o único que poderia descer ao "Triple A" sem que o Royals pudesse perder seu passe.
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Daimler investe € 220 mi para reduzir poluição de milhões de carros a diesel
A Daimler disse que seu conselho de administração aprovou medidas para reduzir a poluição por diesel, incluindo um investimento de € 220 milhões (US$ 255 milhões) para atualizar mais de 3 milhões de carros Mercedes-Benz movidos a diesel na Europa. As medidas foram aprovadas depois que os legisladores alemães convocaram na semana passada os executivos da Mercedes-Benz para questioná-los sobre as emissões. Na ocasião, o fabricante de automóveis concordou com o Ministério dos Transportes em se submeter uma nova série de testes de emissões. "A companhia está investindo cerca de € 220 milhões. As ações não envolvem custos para os clientes. A implementação das medidas começará nas próximas semanas", declarou a Daimler nesta terça-feira. A montadora disse ainda que lançaria seu novo motor a diesel de quatro cilindros OM 654, lançado pela primeira vez no novo E-Class em 2016, em todo o portifólio de modelos. Depois que a Volkswagen confessou em 2015 deliberadamente fraudar testes de emissão de poluentes, toda a indústria automotiva ficou sob escrutínio pelas emissões de óxido de nitrogênio por carros a diesel, que acredita-se causam doenças respiratórias.
mercado
Daimler investe € 220 mi para reduzir poluição de milhões de carros a dieselA Daimler disse que seu conselho de administração aprovou medidas para reduzir a poluição por diesel, incluindo um investimento de € 220 milhões (US$ 255 milhões) para atualizar mais de 3 milhões de carros Mercedes-Benz movidos a diesel na Europa. As medidas foram aprovadas depois que os legisladores alemães convocaram na semana passada os executivos da Mercedes-Benz para questioná-los sobre as emissões. Na ocasião, o fabricante de automóveis concordou com o Ministério dos Transportes em se submeter uma nova série de testes de emissões. "A companhia está investindo cerca de € 220 milhões. As ações não envolvem custos para os clientes. A implementação das medidas começará nas próximas semanas", declarou a Daimler nesta terça-feira. A montadora disse ainda que lançaria seu novo motor a diesel de quatro cilindros OM 654, lançado pela primeira vez no novo E-Class em 2016, em todo o portifólio de modelos. Depois que a Volkswagen confessou em 2015 deliberadamente fraudar testes de emissão de poluentes, toda a indústria automotiva ficou sob escrutínio pelas emissões de óxido de nitrogênio por carros a diesel, que acredita-se causam doenças respiratórias.
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Corinthians aceita exigências de Drogba e espera jogador, diz diretoria
A diretoria do Corinthians deu uma coletiva de imprensa neste sábado (14) para falar sobre a possível contratação de Drogba. Com a presença do diretor de futebol do clube, Flávio Adauto, e do gerente de futebol, Alessandro, os dirigentes afirmaram que uma proposta oficial foi feita e o time brasileiro aguarda retorno do jogador. "Não tem ninguém nosso no exterior tratando desse assunto. O Corinthians encaminhou uma resposta concordando com as exigências, que não são tantas, e enviou o documento ao representante do atleta falando ser possível atender as solicitações que se enquadram ao futebol brasileiro", disse Flávio Adauto, diretor de futebol do clube. Ele ainda comentou sobre uma entrevista que um dos agentes de Drogba deu ao jornal francês L'Equipe, em que nega contato com o Corinthians. Adauto afirmou que o atleta tem mais de um agente. "O jogador estava vivendo nos EUA e não tem um só agente. A informação é que tem dois ou três que o representa. É uma ação em que o futebol se integra ao marketing e as informações são passadas para nós. Tivemos reunião com o presidente e tomamos conhecimento da proposta, que foi encaminhada. Se é imediata, para amanhã, para hoje, é muito difícil dizer. Eles já receberam e estamos pela resposta do atleta", comentou. Gerente de futebol, Alessandro explicou ainda que todo o negócio com Drogba foi estudado. "Só posso afirmar que não tem nada descabido e suportável com parceria entre futebol e marketing. Tem todo projeto e estudo que foi feito. Assinamos esse documento com convicção. Demos um passo, subimos um degrau. Nós estamos viajando amanhã. Vamos viajar amanhã 23h55", disse. Flávio Adauto ainda ressaltou que não há um racha entre o setor de futebol e de marketing do clube por conta do contato com Drogba e ressaltou não querer "frustrar o torcedor corintiano". "Mantenho preocupação de não deixar que torcedor seja frustrado. Tenho que torcer muito e torço para dar certo. Espero que dê certo, pois seria muito importante. Uma proposta existe, é oficial e precisa ter resposta. Estamos adotando cautela. Como as coisas vazam você não vai poder esconder", explicou Adauto. Adauto ressalta que a proposta feita por Drogba cabe no orçamento do clube. "Fugiria dos padrões se fosse estratosférica. Não dá para dizer o que vai acontecer. Com Ronaldo foi fenomenal e fantástico. Quando se traz alguém nestas circunstâncias temos a mesma expectativa, mas não é ciência exata. Jogador bom é o que dá certo. A expectativa nossa é positiva." O diretor não comentou sobre Jadson, que tem vínculo com clube chinês. "A hora que ele não tiver vínculo, vamos conversar", disse.
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Corinthians aceita exigências de Drogba e espera jogador, diz diretoriaA diretoria do Corinthians deu uma coletiva de imprensa neste sábado (14) para falar sobre a possível contratação de Drogba. Com a presença do diretor de futebol do clube, Flávio Adauto, e do gerente de futebol, Alessandro, os dirigentes afirmaram que uma proposta oficial foi feita e o time brasileiro aguarda retorno do jogador. "Não tem ninguém nosso no exterior tratando desse assunto. O Corinthians encaminhou uma resposta concordando com as exigências, que não são tantas, e enviou o documento ao representante do atleta falando ser possível atender as solicitações que se enquadram ao futebol brasileiro", disse Flávio Adauto, diretor de futebol do clube. Ele ainda comentou sobre uma entrevista que um dos agentes de Drogba deu ao jornal francês L'Equipe, em que nega contato com o Corinthians. Adauto afirmou que o atleta tem mais de um agente. "O jogador estava vivendo nos EUA e não tem um só agente. A informação é que tem dois ou três que o representa. É uma ação em que o futebol se integra ao marketing e as informações são passadas para nós. Tivemos reunião com o presidente e tomamos conhecimento da proposta, que foi encaminhada. Se é imediata, para amanhã, para hoje, é muito difícil dizer. Eles já receberam e estamos pela resposta do atleta", comentou. Gerente de futebol, Alessandro explicou ainda que todo o negócio com Drogba foi estudado. "Só posso afirmar que não tem nada descabido e suportável com parceria entre futebol e marketing. Tem todo projeto e estudo que foi feito. Assinamos esse documento com convicção. Demos um passo, subimos um degrau. Nós estamos viajando amanhã. Vamos viajar amanhã 23h55", disse. Flávio Adauto ainda ressaltou que não há um racha entre o setor de futebol e de marketing do clube por conta do contato com Drogba e ressaltou não querer "frustrar o torcedor corintiano". "Mantenho preocupação de não deixar que torcedor seja frustrado. Tenho que torcer muito e torço para dar certo. Espero que dê certo, pois seria muito importante. Uma proposta existe, é oficial e precisa ter resposta. Estamos adotando cautela. Como as coisas vazam você não vai poder esconder", explicou Adauto. Adauto ressalta que a proposta feita por Drogba cabe no orçamento do clube. "Fugiria dos padrões se fosse estratosférica. Não dá para dizer o que vai acontecer. Com Ronaldo foi fenomenal e fantástico. Quando se traz alguém nestas circunstâncias temos a mesma expectativa, mas não é ciência exata. Jogador bom é o que dá certo. A expectativa nossa é positiva." O diretor não comentou sobre Jadson, que tem vínculo com clube chinês. "A hora que ele não tiver vínculo, vamos conversar", disse.
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Militares ocupan puntos turísticos de Río de Janeiro
MARCO ANTÔNIO MARTINS DE RÍO Desde este martes (2), las Fuerzas Armadas vigilan puntos turísticos clave de Río como el Cristo Redentor y el Pão de Açúcar, ambos en la zona sur de la ciudad. La presencia de los militares en estos puntos turísticos responde a un pedido del secretario de Seguridad de Río, José Mariano Beltrame. Tanto el Cristo Redentor como el Pão de Açúcar eran considerados puntos vulnerables y posibles blancos de acciones terroristas por los responsables de la seguridad de los Juegos Olímpicos. A principios de año, la policía detuvo a cuatro extranjeros, que después fueron liberados, que escalaron la estatua hasta la cima. Este martes, la radio Bandnews informó acerca de la existencia de un cementerio clandestino cerca de uno de los accesos al Cristo Redentor. En la planificación inicial, la Policía Militar iba a estar a cargo de la seguridad de esos lugares, pero un pedido de Beltrame cambió los planes. El decreto llamado de Garantía de Ley y de Orden (GLO) ya prevé la presencia de militares para ejercer el poder de policía en vías expresas, en siete estaciones de tren en la zona norte y oeste y en la costa de Río, de São Conrado, en la zona sur, en la zona portuaria y en el centro de Río. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Padres de bebés con microcefalia viven el abandono de las autoridades y buscan justicia *Los turistas extranjeros llegan a Río con una mezcla de miedo y optimismo *"Los Juegos Olímpicos pueden cambiar la forma en que la somos vistos", dice una refugiada siria
esporte
Militares ocupan puntos turísticos de Río de Janeiro MARCO ANTÔNIO MARTINS DE RÍO Desde este martes (2), las Fuerzas Armadas vigilan puntos turísticos clave de Río como el Cristo Redentor y el Pão de Açúcar, ambos en la zona sur de la ciudad. La presencia de los militares en estos puntos turísticos responde a un pedido del secretario de Seguridad de Río, José Mariano Beltrame. Tanto el Cristo Redentor como el Pão de Açúcar eran considerados puntos vulnerables y posibles blancos de acciones terroristas por los responsables de la seguridad de los Juegos Olímpicos. A principios de año, la policía detuvo a cuatro extranjeros, que después fueron liberados, que escalaron la estatua hasta la cima. Este martes, la radio Bandnews informó acerca de la existencia de un cementerio clandestino cerca de uno de los accesos al Cristo Redentor. En la planificación inicial, la Policía Militar iba a estar a cargo de la seguridad de esos lugares, pero un pedido de Beltrame cambió los planes. El decreto llamado de Garantía de Ley y de Orden (GLO) ya prevé la presencia de militares para ejercer el poder de policía en vías expresas, en siete estaciones de tren en la zona norte y oeste y en la costa de Río, de São Conrado, en la zona sur, en la zona portuaria y en el centro de Río. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Padres de bebés con microcefalia viven el abandono de las autoridades y buscan justicia *Los turistas extranjeros llegan a Río con una mezcla de miedo y optimismo *"Los Juegos Olímpicos pueden cambiar la forma en que la somos vistos", dice una refugiada siria
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Praia azul-esverdeada e muita balada atraem para Porto Seguro quem busca curtição
SIDNEY GONÇALVES DO CARMO DE SÃO PAULO A vida é cheia de oportunidades para quem está solteiro e disposto a arrumar as malas e meter o pé na estrada, sem medo do que está por vir. E qual o melhor destino para curtir a solteirice no Brasil? As duas cidades mais citadas em pesquisa Datafolha foram Rio de Janeiro (RJ) e Porto Seguro (BA), com 8% e 7%, respectivamente. Ambas têm características bem semelhantes: gente bonita, praias belíssimas e agito a qualquer hora. A proximidade com São Paulo ajuda a explicar porque a Cidade Maravilhosa está entre as prediletas para os paulistanos. Mas o clima tropical da cidade ao sul da Bahia tem soprado forte em São Paulo e atraído quem quer curtir sozinho ou ficar bem acompanhado. A natureza foi generosa com Porto Seguro e reuniu em seus quase 90 km de praias azul-esverdeado belezas naturais em toda a sua faixa litorânea —que se estende da Cidade Histórica, no centro, passando pelos distritos de Arraial D'Ajuda e Trancoso, até Caraíva. Banhado pelo rio Buranhém e pelo mar, o distrito de Arraial D'Ajuda é o mais procurado pelos solteiros por reunir gente descolada e "sunset parties", principalmente no Carnaval e no fim de ano. Estreita e toda de paralelepípedos, a rua de Mucugê, conhecida também como Caminho das Praias, se autodenomina de "a rua mais charmosa do Brasil" e reúne os mais movimentados bares com música ao vivo, restaurantes e boutiques que ficam abertos até de madrugada na alta temporada. Se der "match" em Arraial e quiser deixar o clima mais romântico é bom dar uma passada no Quadrado de Trancoso, uma praça retangular localizada num platô a 40 metros do nível do mar, e ver o lindo pôr do sol. Para encerrar a noite, o vilarejo conta com uma gastronomia sofisticada e diversificada, desde os ceviches da Silvana & Cia, passando pelo badejo com crosta de azeitona do Capim Santo, à lula recheada com camarões, cogumelos e legumes com risoto de tinta de lula do restaurante El Gordo. Quem quer ter alguns minutos a sós, vale a pena conhecer Caraíva, uma vila de pescadores rústica, bonita e mais próxima da natureza. É só se sentar em um dos barzinhos e ouvir uma boa música. Tá solteiro? Quer mais o quê? - COMO VIAJAR SÓ por Vanessa Mathias, do Chicken or Pasta 1 Antes de sair, tenha claro o que procura: socializar ou ficar um tempo sozinho? 2 Planeje apenas o necessário, como passagens e hotéis para a primeira cidade, o que permite mudar o trajeto ao longo da viagem 3 Leve um celular que possua geolocalização, para ser encontrado facilmente em caso de emergência 4 Tenha um livro sempre por perto para passar o tempo quando se sentir só ou para abri-lo quando um chato chegar - QUEM LEVA CVC cvc.com.br Tel. 3003-9282 A partir de R$ 698 Inclui aéreo, três noites em apto. duplo com café da manhã e city tour FORMA FAMILY formafamily.com.br Tel. 5053-2810 A partir de R$ 1.228 Inclui aéreo, sete noites em apto. duplo com café da manhã e traslados POMPTUR pomptur.com.br Tel. 2144-0400 A partir de R$ 1.520 Inclui aéreo, sete noites em apto. duplo com café da manhã, city tour e traslados
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Praia azul-esverdeada e muita balada atraem para Porto Seguro quem busca curtiçãoSIDNEY GONÇALVES DO CARMO DE SÃO PAULO A vida é cheia de oportunidades para quem está solteiro e disposto a arrumar as malas e meter o pé na estrada, sem medo do que está por vir. E qual o melhor destino para curtir a solteirice no Brasil? As duas cidades mais citadas em pesquisa Datafolha foram Rio de Janeiro (RJ) e Porto Seguro (BA), com 8% e 7%, respectivamente. Ambas têm características bem semelhantes: gente bonita, praias belíssimas e agito a qualquer hora. A proximidade com São Paulo ajuda a explicar porque a Cidade Maravilhosa está entre as prediletas para os paulistanos. Mas o clima tropical da cidade ao sul da Bahia tem soprado forte em São Paulo e atraído quem quer curtir sozinho ou ficar bem acompanhado. A natureza foi generosa com Porto Seguro e reuniu em seus quase 90 km de praias azul-esverdeado belezas naturais em toda a sua faixa litorânea —que se estende da Cidade Histórica, no centro, passando pelos distritos de Arraial D'Ajuda e Trancoso, até Caraíva. Banhado pelo rio Buranhém e pelo mar, o distrito de Arraial D'Ajuda é o mais procurado pelos solteiros por reunir gente descolada e "sunset parties", principalmente no Carnaval e no fim de ano. Estreita e toda de paralelepípedos, a rua de Mucugê, conhecida também como Caminho das Praias, se autodenomina de "a rua mais charmosa do Brasil" e reúne os mais movimentados bares com música ao vivo, restaurantes e boutiques que ficam abertos até de madrugada na alta temporada. Se der "match" em Arraial e quiser deixar o clima mais romântico é bom dar uma passada no Quadrado de Trancoso, uma praça retangular localizada num platô a 40 metros do nível do mar, e ver o lindo pôr do sol. Para encerrar a noite, o vilarejo conta com uma gastronomia sofisticada e diversificada, desde os ceviches da Silvana & Cia, passando pelo badejo com crosta de azeitona do Capim Santo, à lula recheada com camarões, cogumelos e legumes com risoto de tinta de lula do restaurante El Gordo. Quem quer ter alguns minutos a sós, vale a pena conhecer Caraíva, uma vila de pescadores rústica, bonita e mais próxima da natureza. É só se sentar em um dos barzinhos e ouvir uma boa música. Tá solteiro? Quer mais o quê? - COMO VIAJAR SÓ por Vanessa Mathias, do Chicken or Pasta 1 Antes de sair, tenha claro o que procura: socializar ou ficar um tempo sozinho? 2 Planeje apenas o necessário, como passagens e hotéis para a primeira cidade, o que permite mudar o trajeto ao longo da viagem 3 Leve um celular que possua geolocalização, para ser encontrado facilmente em caso de emergência 4 Tenha um livro sempre por perto para passar o tempo quando se sentir só ou para abri-lo quando um chato chegar - QUEM LEVA CVC cvc.com.br Tel. 3003-9282 A partir de R$ 698 Inclui aéreo, três noites em apto. duplo com café da manhã e city tour FORMA FAMILY formafamily.com.br Tel. 5053-2810 A partir de R$ 1.228 Inclui aéreo, sete noites em apto. duplo com café da manhã e traslados POMPTUR pomptur.com.br Tel. 2144-0400 A partir de R$ 1.520 Inclui aéreo, sete noites em apto. duplo com café da manhã, city tour e traslados
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Mais profissionais
Recente pesquisa realizada com mais de 4.500 condomínios demonstrou um crescimento enorme da atuação dos síndicos profissionais. Em 2010, apenas 5% dos condomínios contava com uma gestão profissional, contra impressionantes 28% em 2015. A complexidade que envolve a administração de um condomínio, aliada à intolerância de alguns moradores e ao total desinteresse da maioria deles, impulsiona a atividade. A verdade é que muitos condomínios são pequenas cidades, com centenas ou milhares de moradores, dezenas de funcionários e movimentação financeira que atinge milhões de reais e, obviamente, não podem ser administrados de forma amadora. Sem falar nas responsabilidades legais do cargo. Durante décadas e, como verdadeiros heróis, muitos síndicos voluntários ficaram a frente dos condomínios, dedicando tempo e energia em prol da organização e valorização do lugar onde escolheram para viver. Merecem todo reconhecimento dos vizinhos, pois é uma atividade difícil e, por vezes, ingrata. Mais de 70% dos condomínios ainda possuem síndicos moradores. Neste cenário de transformação, em que se busca a excelência dos serviços e uma gestão técnica, impessoal e transparente, a figura do síndico profissional "caiu como uma luva". São inúmeros os condomínios que melhoraram sensivelmente o processo de gestão a partir da contratação de um síndico profissional, apoiado por um conselho de moradores atuante. Infelizmente a profissão de síndico não é regulamentada e não se exige qualquer formação técnica para o exercício da função, abrindo espaço para aventureiros e irresponsáveis. Com preocupação, noto uma avalanche de cursos e palestras para "formação de síndicos profissionais". Ao final de quatro horas de aula, muitas vezes pela internet, qualquer um recebe seu diploma de síndico profissional e já pode trabalhar. Mil vezes um síndico morador com boa vontade do que um 'pseudosíndico' profissional. O verdadeiro síndico profissional deve ter amplo conhecimento teórico e prático, empresa legalmente constituída, apoio contábil e jurídico, além de experiência em gestão imobiliária, sem falar na habilidade para mediar conflitos e coordenar equipes. O apoio de um síndico profissional bem preparado pode trazer benefícios maravilhosos para o condomínio, ao passo que um síndico profissional despreparado certamente trará prejuízos e chateações.
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Mais profissionaisRecente pesquisa realizada com mais de 4.500 condomínios demonstrou um crescimento enorme da atuação dos síndicos profissionais. Em 2010, apenas 5% dos condomínios contava com uma gestão profissional, contra impressionantes 28% em 2015. A complexidade que envolve a administração de um condomínio, aliada à intolerância de alguns moradores e ao total desinteresse da maioria deles, impulsiona a atividade. A verdade é que muitos condomínios são pequenas cidades, com centenas ou milhares de moradores, dezenas de funcionários e movimentação financeira que atinge milhões de reais e, obviamente, não podem ser administrados de forma amadora. Sem falar nas responsabilidades legais do cargo. Durante décadas e, como verdadeiros heróis, muitos síndicos voluntários ficaram a frente dos condomínios, dedicando tempo e energia em prol da organização e valorização do lugar onde escolheram para viver. Merecem todo reconhecimento dos vizinhos, pois é uma atividade difícil e, por vezes, ingrata. Mais de 70% dos condomínios ainda possuem síndicos moradores. Neste cenário de transformação, em que se busca a excelência dos serviços e uma gestão técnica, impessoal e transparente, a figura do síndico profissional "caiu como uma luva". São inúmeros os condomínios que melhoraram sensivelmente o processo de gestão a partir da contratação de um síndico profissional, apoiado por um conselho de moradores atuante. Infelizmente a profissão de síndico não é regulamentada e não se exige qualquer formação técnica para o exercício da função, abrindo espaço para aventureiros e irresponsáveis. Com preocupação, noto uma avalanche de cursos e palestras para "formação de síndicos profissionais". Ao final de quatro horas de aula, muitas vezes pela internet, qualquer um recebe seu diploma de síndico profissional e já pode trabalhar. Mil vezes um síndico morador com boa vontade do que um 'pseudosíndico' profissional. O verdadeiro síndico profissional deve ter amplo conhecimento teórico e prático, empresa legalmente constituída, apoio contábil e jurídico, além de experiência em gestão imobiliária, sem falar na habilidade para mediar conflitos e coordenar equipes. O apoio de um síndico profissional bem preparado pode trazer benefícios maravilhosos para o condomínio, ao passo que um síndico profissional despreparado certamente trará prejuízos e chateações.
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Domingo terá tempo encoberto e 21 vias fechadas para carros
O QUE AFETA SUA VIDA Neste domingo (10), a avenida Paulista ficará fechada para carros das 13h às 18h —o horário mudou em virtude das provas da Fuvest. Outras 20 vias da cidade também estarão bloqueadas das 10h às 16h para o acesso de veículos, incluindo a avenida Sumaré (zona oeste), a Carlos Caldeira Filho (zona sul) e a Antônio Estevão de Carvalho (zona leste). * TEMPO As temperaturas ficam entre os 23ºC e 30ºC, com tempo encoberto e com chuviscos durante todo o dia. Os dados são do Inmet. * CULTURA E LAZER O grupo Karnak, liderado por André Abujamra, mostra um apanhado de músicas da carreira em show deste domingo (10), às 19h, no Sesc Pompeia. Os ingressos custam de R$ 9 a R$ 30. O musical "Nuvem de Lágrimas" é uma boa opção para quem quer se divertir. Com bom humor, o espetáculo usa músicas de Chitãozinho e Xororó para contar a história de amor e ódio de um casal de caipiras. A peça é livremente inspirada em "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen. Começa às 19h, no Teatro Bradesco. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h.
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Domingo terá tempo encoberto e 21 vias fechadas para carrosO QUE AFETA SUA VIDA Neste domingo (10), a avenida Paulista ficará fechada para carros das 13h às 18h —o horário mudou em virtude das provas da Fuvest. Outras 20 vias da cidade também estarão bloqueadas das 10h às 16h para o acesso de veículos, incluindo a avenida Sumaré (zona oeste), a Carlos Caldeira Filho (zona sul) e a Antônio Estevão de Carvalho (zona leste). * TEMPO As temperaturas ficam entre os 23ºC e 30ºC, com tempo encoberto e com chuviscos durante todo o dia. Os dados são do Inmet. * CULTURA E LAZER O grupo Karnak, liderado por André Abujamra, mostra um apanhado de músicas da carreira em show deste domingo (10), às 19h, no Sesc Pompeia. Os ingressos custam de R$ 9 a R$ 30. O musical "Nuvem de Lágrimas" é uma boa opção para quem quer se divertir. Com bom humor, o espetáculo usa músicas de Chitãozinho e Xororó para contar a história de amor e ódio de um casal de caipiras. A peça é livremente inspirada em "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen. Começa às 19h, no Teatro Bradesco. * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas às 21h.
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Google proíbe pornografia em sua plataforma de blogs
Os blogs hospedados na plataforma Blogger, do Google, não poderão mais exibir conteúdo pornográfico ou nudez –as páginas que exibirem esse tipo de conteúdo serão removidas ou marcadas como "privadas" (disponíveis apenas para os donos e pessoas com as quais eles compartilham o conteúdo, sem aparecer nas buscas). A companhia anunciou a medida, que começa a valer em 23 de março, em um comunicado enviado aos blogueiros. Segundo o Google, entretanto, ainda serão permitidas imagens "se o conteúdo oferecer benefício público substancial, por exemplo em contextos artísticos, educacionais, de documentários os científicos". As regras sobre o que é artístico ou educacional, entretanto, não foram aprofundadas. Os blogs que exibem conteúdo adulto, entre fotos e vídeos, devem retirar o material ou ele ficará disponível apenas para o dono do site Em 2013, o Google já havia alterado os termos de serviço do Blogger para impedir que páginas que exibiam conteúdo pornográfico gerassem dinheiro para os donos: ficou proibido exibir anúncios nessas páginas. O objetivo era impedir a criação de blogs que eram praticamente repositórios de conteúdo explícito e geravam tráfego para outros sites pornôs.
tec
Google proíbe pornografia em sua plataforma de blogsOs blogs hospedados na plataforma Blogger, do Google, não poderão mais exibir conteúdo pornográfico ou nudez –as páginas que exibirem esse tipo de conteúdo serão removidas ou marcadas como "privadas" (disponíveis apenas para os donos e pessoas com as quais eles compartilham o conteúdo, sem aparecer nas buscas). A companhia anunciou a medida, que começa a valer em 23 de março, em um comunicado enviado aos blogueiros. Segundo o Google, entretanto, ainda serão permitidas imagens "se o conteúdo oferecer benefício público substancial, por exemplo em contextos artísticos, educacionais, de documentários os científicos". As regras sobre o que é artístico ou educacional, entretanto, não foram aprofundadas. Os blogs que exibem conteúdo adulto, entre fotos e vídeos, devem retirar o material ou ele ficará disponível apenas para o dono do site Em 2013, o Google já havia alterado os termos de serviço do Blogger para impedir que páginas que exibiam conteúdo pornográfico gerassem dinheiro para os donos: ficou proibido exibir anúncios nessas páginas. O objetivo era impedir a criação de blogs que eram praticamente repositórios de conteúdo explícito e geravam tráfego para outros sites pornôs.
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Reforma política quer controlar a liberdade de expressão na internet
Faz sentido que candidatos tenham a prerrogativa de controlar críticas feitas a eles em período eleitoral? O Congresso Nacional, infelizmente, entende que sim. Acaba de ser aprovado pelo plenário do Senado o PLC nº 110/2017, que reforma a legislação eleitoral. O texto incorpora uma emenda introduzida na madrugada, que altera regras de remoção de conteúdo da internet. Pela nova regra, será possível que candidatos, coligações e partidos políticos notifiquem provedores de aplicação diretamente para pedir a suspensão por tempo indeterminado de publicações que supostamente contenham ofensas, informações falsas e discurso de ódio dirigidas a eles próprios. Há no projeto ao menos três problemas graves. Primeiro, há uma grave indeterminação conceitual. Não há no direito brasileiro uma definição explícita de "discurso de ódio": ao contrário, há um debate complexo em andamento sobre o tema, que abarca posições conflitantes e está hoje em fase apenas inicial. Portanto, o uso do termo de forma aberta abre margem a interpretações distintas, criando insegurança jurídica. Segundo, a proposta confere ao candidato, partido ou coligação o poder de decidir o que constituem "ofensas", "discurso de ódio" e "informações falsas". A mudança vai em sentido contrário à posição bem-sucedida incorporada pelo art. 19 do Marco Civil da Internet, que delega esse papel expressamente ao Poder Judiciário. A regra, vale lembrar, foi conquistada após uma longa rodada de debates entre Estado, mercado e sociedade civil, audiências e consultas públicas e discussões parlamentares democráticas. Terceiro, o projeto de lei não prevê prazo máximo para a suspensão do conteúdo supostamente ilícito, embora imponha que provedores respondam à solicitação no prazo de 24 horas. Na prática, o dispositivo permitiria a remoção permanente de conteúdo online, sem que o exame de legalidade dessa medida passasse pelo crivo do Judiciário. Diante deste quadro, a introdução do art. 57-B, § 6º do projeto de lei criaria, em casos concretos, um instrumento poderoso de controle de informação capaz de gerar restrições significativas à liberdade de expressão. E a Presidência da República, no exercício de suas competências constitucionais, anunciou na manhã desta sexta-feira (6) que vetará a emenda. Alexandre Pacheco da Silva é coordenador do Gepi (Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação); assinam também este texto Ana Paula Camelo, Carlos Augusto Liguori Filho, Stephane Hilda Barbosa Lima e Victor Doering Xavier da Silveira
poder
Reforma política quer controlar a liberdade de expressão na internetFaz sentido que candidatos tenham a prerrogativa de controlar críticas feitas a eles em período eleitoral? O Congresso Nacional, infelizmente, entende que sim. Acaba de ser aprovado pelo plenário do Senado o PLC nº 110/2017, que reforma a legislação eleitoral. O texto incorpora uma emenda introduzida na madrugada, que altera regras de remoção de conteúdo da internet. Pela nova regra, será possível que candidatos, coligações e partidos políticos notifiquem provedores de aplicação diretamente para pedir a suspensão por tempo indeterminado de publicações que supostamente contenham ofensas, informações falsas e discurso de ódio dirigidas a eles próprios. Há no projeto ao menos três problemas graves. Primeiro, há uma grave indeterminação conceitual. Não há no direito brasileiro uma definição explícita de "discurso de ódio": ao contrário, há um debate complexo em andamento sobre o tema, que abarca posições conflitantes e está hoje em fase apenas inicial. Portanto, o uso do termo de forma aberta abre margem a interpretações distintas, criando insegurança jurídica. Segundo, a proposta confere ao candidato, partido ou coligação o poder de decidir o que constituem "ofensas", "discurso de ódio" e "informações falsas". A mudança vai em sentido contrário à posição bem-sucedida incorporada pelo art. 19 do Marco Civil da Internet, que delega esse papel expressamente ao Poder Judiciário. A regra, vale lembrar, foi conquistada após uma longa rodada de debates entre Estado, mercado e sociedade civil, audiências e consultas públicas e discussões parlamentares democráticas. Terceiro, o projeto de lei não prevê prazo máximo para a suspensão do conteúdo supostamente ilícito, embora imponha que provedores respondam à solicitação no prazo de 24 horas. Na prática, o dispositivo permitiria a remoção permanente de conteúdo online, sem que o exame de legalidade dessa medida passasse pelo crivo do Judiciário. Diante deste quadro, a introdução do art. 57-B, § 6º do projeto de lei criaria, em casos concretos, um instrumento poderoso de controle de informação capaz de gerar restrições significativas à liberdade de expressão. E a Presidência da República, no exercício de suas competências constitucionais, anunciou na manhã desta sexta-feira (6) que vetará a emenda. Alexandre Pacheco da Silva é coordenador do Gepi (Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação); assinam também este texto Ana Paula Camelo, Carlos Augusto Liguori Filho, Stephane Hilda Barbosa Lima e Victor Doering Xavier da Silveira
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Ataque a tiros deixa 5 mortos e 8 feridos em aeroporto na Flórida
Um atirador abriu fogo na tarde desta sexta-feira (6) no aeroporto da cidade de Fort Lauderdale, no Estado americano da Flórida, deixando ao menos cinco mortos e oito feridos, segundo as autoridades locais.De acordo com a prefeita de Broward County, o incidente foi provocado por um atirador solitário. Um suspeito está sob custódia da polícia.Leia a reportagem
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Ataque a tiros deixa 5 mortos e 8 feridos em aeroporto na FlóridaUm atirador abriu fogo na tarde desta sexta-feira (6) no aeroporto da cidade de Fort Lauderdale, no Estado americano da Flórida, deixando ao menos cinco mortos e oito feridos, segundo as autoridades locais.De acordo com a prefeita de Broward County, o incidente foi provocado por um atirador solitário. Um suspeito está sob custódia da polícia.Leia a reportagem
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Crises da China deixam livro sobre empresas desatualizado
O senso comum diz que os grandes centros de inovação no mundo são os Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. Quando se fala de China, a imagem é de fabricação barata de eletrônicos e produtos de plástico variados, feita por trabalhadores que ganham uma ninharia. Mas o país asiático está mudando e, principalmente nos últimos 20 anos, passou a dispor de bolsões de inovação e de fabricação de tecnologia de ponta, que complementam o cenário mais conhecido de manufatura barata e sem sofisticação. O livro "China's Disruptors –How Alibaba, Xiaomi, Tencent, and Other Companies Are Changing the Rules of Business", de Edward Tse, traz ao leitor ocidental um panorama dos novos empreendedores chineses, cujas empresas atendem principalmente o mercado interno, além de fazerem tentativas de se tornarem verdadeiras multinacionais. Um dos méritos do livro é perfilar empresários e executivos chineses menos conhecidos fora do país, como Zhang Ruimin, da fabricante de eletrodomésticos Haier, uma das maiores do segmento no mundo, e Pony Ma, da Tencent, potência de internet. A inovação, como sói acontecer, muitas vezes vem da necessidade: a Alibaba, por exemplo, uma das empresas perfiladas, criou um sistema de pagamentos on-line, coisa que inexistia na China, para alavancar seu negócio de e-commerce. O livro também mostra que o fato de a China, como outros países, ter praticamente "pulado" a etapa da internet fixa e ter hoje mais de 1 bilhão de celulares levou empresas do país a apostarem suas fichas nos negócios mobile. A Tencent, por exemplo, pouco conhecida do leitor ocidental, lidera o mercado de games e aplicativos de mensagens mobile na China e comanda o WeChat, o "WhatsApp" chinês, que reúne 500 milhões de usuários ativos por mês. Outro ponto forte do livro é sua temperatura: as informações, em sua maioria de 2014, são bastante atualizadas. O tom é de reportagem de negócios, com perfis dos empreendedores, história das empresas e análise dos rumos que a economia e os setores chineses vêm tomando. MÁS NOTÍCIAS Por outro lado, justamente por se esforçar para mostrar um cenário bastante recente, o livro rapidamente já ficou desatualizado. Enquanto lê uma visão positiva da conjuntura do país asiático, o leitor sabe que, desde o lançamento do livro, a China enfrenta crise em seus mercados financeiros, tendo sido obrigada a desvalorizar sua moeda em agosto. Além disso, um dos empreendedores perfilados com otimismo no livro, Jack Ma, do Alibaba, viu o preço da ação de sua empresa despencar em 2015 –o papel agora vale menos do que quando a empresa abriu seu capital na Bolsa de Nova York, em setembro de 2014. Já Pony Ma, do Tencent, enfrenta nesta semana a revelação de que o WeChat foi um dos aplicativos infectados por um código malicioso chamado XcodeGhost, invasão que obrigou a Apple Store a fazer uma "limpeza" na loja. Grandes apostas das empresas chinesas que são descritas no livro, como a compra da Volvo pela montadora Geely e a compra da Motorola pela Lenovo, ainda não tiveram resultados claros, o que também enfraquece o argumento do livro de que as companhias têm potencial para se expandir fora da China. Incomoda também o tratamento dado pelo autor à questão da censura –as empresas de internet chinesas notoriamente colaboram com o governo, que restringe o acesso a informações de determinados temas e acontecimentos. Pelo livro, fica a impressão de tratar-se de uma discussão menor, mas fica a dúvida de quanto essa colaboração pode prejudicar a imagem das empresas fora do país asiático. CHINA'S DISRUPTORS AUTOR Edward Tse EDITORA Portfolio/Penguin QUANTO US$ 14,99 (R$ 60) Avaliação bom
mercado
Crises da China deixam livro sobre empresas desatualizadoO senso comum diz que os grandes centros de inovação no mundo são os Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. Quando se fala de China, a imagem é de fabricação barata de eletrônicos e produtos de plástico variados, feita por trabalhadores que ganham uma ninharia. Mas o país asiático está mudando e, principalmente nos últimos 20 anos, passou a dispor de bolsões de inovação e de fabricação de tecnologia de ponta, que complementam o cenário mais conhecido de manufatura barata e sem sofisticação. O livro "China's Disruptors –How Alibaba, Xiaomi, Tencent, and Other Companies Are Changing the Rules of Business", de Edward Tse, traz ao leitor ocidental um panorama dos novos empreendedores chineses, cujas empresas atendem principalmente o mercado interno, além de fazerem tentativas de se tornarem verdadeiras multinacionais. Um dos méritos do livro é perfilar empresários e executivos chineses menos conhecidos fora do país, como Zhang Ruimin, da fabricante de eletrodomésticos Haier, uma das maiores do segmento no mundo, e Pony Ma, da Tencent, potência de internet. A inovação, como sói acontecer, muitas vezes vem da necessidade: a Alibaba, por exemplo, uma das empresas perfiladas, criou um sistema de pagamentos on-line, coisa que inexistia na China, para alavancar seu negócio de e-commerce. O livro também mostra que o fato de a China, como outros países, ter praticamente "pulado" a etapa da internet fixa e ter hoje mais de 1 bilhão de celulares levou empresas do país a apostarem suas fichas nos negócios mobile. A Tencent, por exemplo, pouco conhecida do leitor ocidental, lidera o mercado de games e aplicativos de mensagens mobile na China e comanda o WeChat, o "WhatsApp" chinês, que reúne 500 milhões de usuários ativos por mês. Outro ponto forte do livro é sua temperatura: as informações, em sua maioria de 2014, são bastante atualizadas. O tom é de reportagem de negócios, com perfis dos empreendedores, história das empresas e análise dos rumos que a economia e os setores chineses vêm tomando. MÁS NOTÍCIAS Por outro lado, justamente por se esforçar para mostrar um cenário bastante recente, o livro rapidamente já ficou desatualizado. Enquanto lê uma visão positiva da conjuntura do país asiático, o leitor sabe que, desde o lançamento do livro, a China enfrenta crise em seus mercados financeiros, tendo sido obrigada a desvalorizar sua moeda em agosto. Além disso, um dos empreendedores perfilados com otimismo no livro, Jack Ma, do Alibaba, viu o preço da ação de sua empresa despencar em 2015 –o papel agora vale menos do que quando a empresa abriu seu capital na Bolsa de Nova York, em setembro de 2014. Já Pony Ma, do Tencent, enfrenta nesta semana a revelação de que o WeChat foi um dos aplicativos infectados por um código malicioso chamado XcodeGhost, invasão que obrigou a Apple Store a fazer uma "limpeza" na loja. Grandes apostas das empresas chinesas que são descritas no livro, como a compra da Volvo pela montadora Geely e a compra da Motorola pela Lenovo, ainda não tiveram resultados claros, o que também enfraquece o argumento do livro de que as companhias têm potencial para se expandir fora da China. Incomoda também o tratamento dado pelo autor à questão da censura –as empresas de internet chinesas notoriamente colaboram com o governo, que restringe o acesso a informações de determinados temas e acontecimentos. Pelo livro, fica a impressão de tratar-se de uma discussão menor, mas fica a dúvida de quanto essa colaboração pode prejudicar a imagem das empresas fora do país asiático. CHINA'S DISRUPTORS AUTOR Edward Tse EDITORA Portfolio/Penguin QUANTO US$ 14,99 (R$ 60) Avaliação bom
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Observando o Brasil na sua encruzilhada
Até há pouco tempo, observar o Brasil da Argentina era perceber um país que crescia confiante de si mesmo, com aspirações de liderança que iam além de sua própria região. Um país otimista, que anulava sua pobreza interior ao ritmo de 10% ao ano. Democrático, organizado, com uma baixa taxa de inflação. Não tinha, nem dava indícios de que viria a ter, crises institucionais de magnitude. Merecedor de confiança, consequentemente. Para investidores e poupadores. O Brasil de algum modo construía suas aspirações de estar entre as nações que compõem a liderança mundial sobre a plataforma de sua influência em sua própria região. Seguro de si mesmo, até procurava ingressar como membro permanente do Conselho de Segurança. Com um terço do PIB regional e uma diplomacia ativa, estava adiante de seus pares. Liderando sem pressionar, apesar das pretensões de um Hugo Chávez que tecia alianças paralelas à base de conceder subsídios petrolíferos, convencido de que o preço internacional do petróleo cru só podia crescer. Assim ganhava influência, sem por isso ofuscar o Brasil. Hoje o Brasil está em recessão. Paralisado. Dividido. Com um deficit fiscal importante. Com uma dívida pública enorme, cuja quinta parte está em mãos de estrangeiros. Já sem grau de investimento. Nervoso. Frustrado e de mau humor. Por isso, já não seduz. Ao contrário, preocupa a todos. A antiga liderança midiática do ex-presidente Lula tem se apagado. Consideram-no corresponsável pelo momento de caos que se apoderou do país, da gastança excessiva e, ainda pior, da onda de corrupção que está sendo objeto de uma investigação judicial intensamente divulgada e que está a cargo do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal no Estado do Paraná. O processo parece ter deslegitimado um tanto as autoridades brasileiras. A imagem da sucessora e sócia política de Lula, a presidente Dilma Rousseff, também foi atingida de forma danosa. Dentro e fora do Brasil. O fim da extensa hegemonia do PT parece, assim, estar à vista. A imagem de excelência, a de país responsável, tem sido substituída pela de um Brasil que desconfia de suas autoridades e de sua classe política em geral. Pleno de instabilidade política e econômica. Dividido em dois, entre o sul do país, desenvolvido, e o norte, com indicadores socioeconômicos distantes da ideia de um desenvolvimento feliz. Com sombras, além disso. Como as de uma polícia com suspeitas de ineficiência e corrupção. Ou aquelas do juiz Moro. Deve-se reconhecer o empenho dele em atacar a corrupção, mas também cabe criticá-lo pela notória falta de apego às normas que regulam o processo penal, incluindo as constitucionais. Sergio Moro abusa da prisão preventiva, das delações induzidas e da publicidade midiática, quando os juízes devem sempre falar somente por meio de suas sentenças. Por tudo isso, preocupa até os argentinos, também vítimas de uma visão política perversa e equivocada. Contemplamos como nosso Poder Judiciário é objeto de constantes manipulações para que as causas nas quais sejam investigadas a corrupção oficial não cheguem à parte alguma. Observando o Brasil de fora, já não se percebe a urgência de consolidar uma liderança. Hoje o país, incomodado, vê fundamentalmente a si mesmo. Procurando organizar-se e buscando recuperar um futuro que as pessoas sentem que lhes foi roubado. E é urgente que o faça. O destino do Brasil está em jogo, atado ao da região. Quando seu ciclo político interno mostra sinais de esgotamento, seus problemas, cabe advertir, impactam muito além de suas próprias fronteiras –impactam toda uma região que parece começar a querer livrar-se do danoso mal bolivariano. EMILIO J. CÁRDENAS, 73, ex-embaixador da Argentina nas Nações Unidas. Ex-presidente da International Bar Association e de seu Instituto de Direitos Humanos * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Observando o Brasil na sua encruzilhadaAté há pouco tempo, observar o Brasil da Argentina era perceber um país que crescia confiante de si mesmo, com aspirações de liderança que iam além de sua própria região. Um país otimista, que anulava sua pobreza interior ao ritmo de 10% ao ano. Democrático, organizado, com uma baixa taxa de inflação. Não tinha, nem dava indícios de que viria a ter, crises institucionais de magnitude. Merecedor de confiança, consequentemente. Para investidores e poupadores. O Brasil de algum modo construía suas aspirações de estar entre as nações que compõem a liderança mundial sobre a plataforma de sua influência em sua própria região. Seguro de si mesmo, até procurava ingressar como membro permanente do Conselho de Segurança. Com um terço do PIB regional e uma diplomacia ativa, estava adiante de seus pares. Liderando sem pressionar, apesar das pretensões de um Hugo Chávez que tecia alianças paralelas à base de conceder subsídios petrolíferos, convencido de que o preço internacional do petróleo cru só podia crescer. Assim ganhava influência, sem por isso ofuscar o Brasil. Hoje o Brasil está em recessão. Paralisado. Dividido. Com um deficit fiscal importante. Com uma dívida pública enorme, cuja quinta parte está em mãos de estrangeiros. Já sem grau de investimento. Nervoso. Frustrado e de mau humor. Por isso, já não seduz. Ao contrário, preocupa a todos. A antiga liderança midiática do ex-presidente Lula tem se apagado. Consideram-no corresponsável pelo momento de caos que se apoderou do país, da gastança excessiva e, ainda pior, da onda de corrupção que está sendo objeto de uma investigação judicial intensamente divulgada e que está a cargo do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal no Estado do Paraná. O processo parece ter deslegitimado um tanto as autoridades brasileiras. A imagem da sucessora e sócia política de Lula, a presidente Dilma Rousseff, também foi atingida de forma danosa. Dentro e fora do Brasil. O fim da extensa hegemonia do PT parece, assim, estar à vista. A imagem de excelência, a de país responsável, tem sido substituída pela de um Brasil que desconfia de suas autoridades e de sua classe política em geral. Pleno de instabilidade política e econômica. Dividido em dois, entre o sul do país, desenvolvido, e o norte, com indicadores socioeconômicos distantes da ideia de um desenvolvimento feliz. Com sombras, além disso. Como as de uma polícia com suspeitas de ineficiência e corrupção. Ou aquelas do juiz Moro. Deve-se reconhecer o empenho dele em atacar a corrupção, mas também cabe criticá-lo pela notória falta de apego às normas que regulam o processo penal, incluindo as constitucionais. Sergio Moro abusa da prisão preventiva, das delações induzidas e da publicidade midiática, quando os juízes devem sempre falar somente por meio de suas sentenças. Por tudo isso, preocupa até os argentinos, também vítimas de uma visão política perversa e equivocada. Contemplamos como nosso Poder Judiciário é objeto de constantes manipulações para que as causas nas quais sejam investigadas a corrupção oficial não cheguem à parte alguma. Observando o Brasil de fora, já não se percebe a urgência de consolidar uma liderança. Hoje o país, incomodado, vê fundamentalmente a si mesmo. Procurando organizar-se e buscando recuperar um futuro que as pessoas sentem que lhes foi roubado. E é urgente que o faça. O destino do Brasil está em jogo, atado ao da região. Quando seu ciclo político interno mostra sinais de esgotamento, seus problemas, cabe advertir, impactam muito além de suas próprias fronteiras –impactam toda uma região que parece começar a querer livrar-se do danoso mal bolivariano. EMILIO J. CÁRDENAS, 73, ex-embaixador da Argentina nas Nações Unidas. Ex-presidente da International Bar Association e de seu Instituto de Direitos Humanos * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Ministro da Justiça nega que haja indícios contra Dilma na Lava Jato
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu na tarde deste sábado (7) que não há qualquer fato ou indício contra a presidente Dilma Rousseff nas investigações da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Em entrevista, Cardozo comentou a decisão do ministro do STF Teori Zavascki sobre a referência feita à presidente na investigação. Segundo o entendimento de Cardozo, o despacho do ministro indica que mesmo após o fim de seu mandato Dilma não será alvo de apurações relativas ao caso. O ministro ainda negou que o governo tenha influenciado os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato. Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal). "Não sei se essa crítica é a mim ou se é ao procurador-geral da República ou ao ministro Teori Zavascki. O ministro Zavascki acatou o que disse o Dr. Janot. Eu teria influenciado os dois? Que poder é esse que eu tenho de influenciar ministro da suprema corte e procurador-geral da República?", disse Cardozo em coletiva no escritório da Presidência da República em São Paulo. "Os depoimentos que ensejaram essas decisões foram coletadas por outras autoridades do Ministério Público no Paraná. Eu influenciei isso também? Que poder eu tenho! Se estivéssemos no passado, eu poderia dizer que seria um verdadeiro Luís 14, 'o Estado sou eu'", ironizou o ministro. Cardozo disse que nos últimos governos do PT, ao contrário do que ocorreu em administrações anteriores de outros partidos, não houve interferência sobre o trabalho do Ministério Público ou de outras autoridades.
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Ministro da Justiça nega que haja indícios contra Dilma na Lava JatoO ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu na tarde deste sábado (7) que não há qualquer fato ou indício contra a presidente Dilma Rousseff nas investigações da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Em entrevista, Cardozo comentou a decisão do ministro do STF Teori Zavascki sobre a referência feita à presidente na investigação. Segundo o entendimento de Cardozo, o despacho do ministro indica que mesmo após o fim de seu mandato Dilma não será alvo de apurações relativas ao caso. O ministro ainda negou que o governo tenha influenciado os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato. Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal). "Não sei se essa crítica é a mim ou se é ao procurador-geral da República ou ao ministro Teori Zavascki. O ministro Zavascki acatou o que disse o Dr. Janot. Eu teria influenciado os dois? Que poder é esse que eu tenho de influenciar ministro da suprema corte e procurador-geral da República?", disse Cardozo em coletiva no escritório da Presidência da República em São Paulo. "Os depoimentos que ensejaram essas decisões foram coletadas por outras autoridades do Ministério Público no Paraná. Eu influenciei isso também? Que poder eu tenho! Se estivéssemos no passado, eu poderia dizer que seria um verdadeiro Luís 14, 'o Estado sou eu'", ironizou o ministro. Cardozo disse que nos últimos governos do PT, ao contrário do que ocorreu em administrações anteriores de outros partidos, não houve interferência sobre o trabalho do Ministério Público ou de outras autoridades.
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'Sinto vergonha do meu país', diz leitora sobre escândalos de corrupção
LISTA DE FACHIN Sinto vergonha do meu país. É inaceitável que ministros, parlamentares e governadores que estão na lista de Fachin permaneçam em seus cargos como se nada tivesse acontecido. Tinham a obrigação de pedir afastamento enquanto são investigados, como acontece em países civilizados. Também impressiona a passividade de nós, brasileiros, diante de tamanho desrespeito. Vamos aceitar que essas pessoas continuem nos governando? LICA CINTRA (São Paulo, SP) * Com a lista do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, fica claro (se é que já não estava) que o governo de Michel Temer e sua base política não têm condições éticas e morais para governar o Brasil. ROBERTO NASSER (São Paulo, SP) * A escandalosa lista de Fachin descortina de uma vez por todas a face mais repugnante da classe política brasileira, a qual, ressalvadas raríssimas exceções, levou o país à sua maior crise político-econômica dos últimos tempos. Desprovida de qualquer escrúpulo, aparelhou todas as esferas do poder estatal e, de forma altamente engenhosa e estruturada (com direito a departamento específico na Odebrecht), saqueou os cofres públicos. A pergunta que fica é esta: que idoneidade moral e ética terão os políticos para aprovar as delicadas reformas previdenciária e trabalhista? GUSTAVO ROGÉRIO (Limeira, SP) * Não é surpresa nenhuma que os políticos estejam envolvidos em escândalos de corrupção. Agora, gostaria de saber se em 2018 haverá eleição, porque não sobrou ninguém com reputação boa. LUCIANO VETTORAZZO (São José do Rio Preto, SP) * A questão que se impõe não é se Lula da Silva estará apto a se candidatar em 2018. A dúvida é se, depois de tudo o que foi apurado, ele terá a desfaçatez de colocar seu nome à disposição do eleitorado brasileiro. LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP) * Impressionante que grande parte dos políticos que criticaram Lula duramente (com razão) por ter relativizado o crime de caixa dois naquela entrevista em Paris, na época do mensalão, agora, depois da lista de Fachin, repete os mesmos argumentos do ex-presidente. MERCIA MEIRELES (São Paulo, SP) * Para os petistas, todas as delações são verdadeiras, menos as que delatam Lula e Dilma. Eles são os donos da verdade. EUGÊNIO JOSÉ ALATI, advogado (Campinas, SP) * Depois de ver a lista de Edson Fachin, senti uma vontade enorme de ir até o porto de Santos, entrar num navio inglês e ir embora desta ex-nação chamada Brasil. Chega! MARCELO CIOTI (Atibaia, SP) - CORRUPÇÃO Concisa e precisa a análise de Luiz Alberto Hanns. No Brasil, a tendência de pensarmos em pessoas em vez de em sistemas e organizações é o que gera os supostos salvadores da pátria e a crença de que punir indivíduos resolve todos os problemas. É imperativo aproveitar o momento para destruir o parasitismo burocrático que dá guarida aos ladrões e maus administradores. Simplificar a vida não apenas melhora a economia e o humor como tira muitas das armas dos que nos assaltam diariamente. ALBERTO DWEK (São Paulo, SP) - GRAFITE Viva o protesto pintado de seu João. Ele precisava desenhar também? Sua arte inesperada fez um favor à cidade que não se enxerga. Sem escalas, São Paulo passou da redescoberta do espaço público ao completo desapreço pelo direito de residir dignamente. Sem empatia e sem respeito, a festejada "ocupação das ruas" é só uma festinha particular do mais forte contra o mais fraco. LUCIA BOLDRINI (São Paulo, SP) - SUICÍDIO Talvez o pior dos preconceitos contra o suicídio seja o que o classifica como covardia diante da vida. O suicida não é um covarde! É uma pessoa devastada pela dor, uma dor silenciosa, muda, persistente e insuportável. É preciso falar da dor e é preciso deixar a dor falar; é imperioso "estar lá" para os que sofrem. GUSTAVO A J AMARANTE (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Elio Gaspari encerra sua coluna "Dia 3 de maio: Lula X Moro" afirmando que, nesse encontro, Lula poderá sequestrar o espetáculo. Aduzo: seria uma delícia poder assistir ao vivo o embate entre a empáfia e a verve. ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP) * Ruy Castro foi bem em seu artigo "Cheiro é história", mas estragou o final, atacando seus alvos preferidos, Lula e Dilma. Se é para falar de mau cheiro, por que não falar dos muitos palácios em Brasília e das várias capitais e épocas? CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC) - PRÓTESES A Engimplan nunca esteve envolvida em denúncias da máfia das próteses, como pode sugerir a legenda da foto que acompanha a reportagem "Paliativos contra a máfia das próteses". A imagem é meramente ilustrativa. A Engimplan é uma empresa que tem compliance elaborado pela Deloitte e a única brasileira com registro de prótese de ATM customizada. Toda a sua matéria-prima é importada e tem todos os laudos Anvisa e ISO 13485, seguindo a legislação brasileira. LETÍCIA NIGRO LEME, diretora-geral da Engimplan (Rio Claro, SP) - SEGURANÇA PÚBLICA Sobre o Painel do Leitor (12/4), a SSP esclarece que o processo de nomeação dos aprovados no concurso de 2013 está em andamento. Somente neste mês, foram 101 investigadores e 278 escrivães formados. Os novos policiais estão sendo distribuídos por todo o Estado. Desde 2011, foram contratados 4.027 policiais. Está prevista para este mês a formatura de 80 delegados. O orçamento da secretaria saltou de R$ 4,7 bilhões, em 2001, para mais de R$ 21,5 bilhões em 2017, uma alta de 357,45%. LUIZ MOTTA, diretor-executivo de comunicação e imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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'Sinto vergonha do meu país', diz leitora sobre escândalos de corrupçãoLISTA DE FACHIN Sinto vergonha do meu país. É inaceitável que ministros, parlamentares e governadores que estão na lista de Fachin permaneçam em seus cargos como se nada tivesse acontecido. Tinham a obrigação de pedir afastamento enquanto são investigados, como acontece em países civilizados. Também impressiona a passividade de nós, brasileiros, diante de tamanho desrespeito. Vamos aceitar que essas pessoas continuem nos governando? LICA CINTRA (São Paulo, SP) * Com a lista do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, fica claro (se é que já não estava) que o governo de Michel Temer e sua base política não têm condições éticas e morais para governar o Brasil. ROBERTO NASSER (São Paulo, SP) * A escandalosa lista de Fachin descortina de uma vez por todas a face mais repugnante da classe política brasileira, a qual, ressalvadas raríssimas exceções, levou o país à sua maior crise político-econômica dos últimos tempos. Desprovida de qualquer escrúpulo, aparelhou todas as esferas do poder estatal e, de forma altamente engenhosa e estruturada (com direito a departamento específico na Odebrecht), saqueou os cofres públicos. A pergunta que fica é esta: que idoneidade moral e ética terão os políticos para aprovar as delicadas reformas previdenciária e trabalhista? GUSTAVO ROGÉRIO (Limeira, SP) * Não é surpresa nenhuma que os políticos estejam envolvidos em escândalos de corrupção. Agora, gostaria de saber se em 2018 haverá eleição, porque não sobrou ninguém com reputação boa. LUCIANO VETTORAZZO (São José do Rio Preto, SP) * A questão que se impõe não é se Lula da Silva estará apto a se candidatar em 2018. A dúvida é se, depois de tudo o que foi apurado, ele terá a desfaçatez de colocar seu nome à disposição do eleitorado brasileiro. LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP) * Impressionante que grande parte dos políticos que criticaram Lula duramente (com razão) por ter relativizado o crime de caixa dois naquela entrevista em Paris, na época do mensalão, agora, depois da lista de Fachin, repete os mesmos argumentos do ex-presidente. MERCIA MEIRELES (São Paulo, SP) * Para os petistas, todas as delações são verdadeiras, menos as que delatam Lula e Dilma. Eles são os donos da verdade. EUGÊNIO JOSÉ ALATI, advogado (Campinas, SP) * Depois de ver a lista de Edson Fachin, senti uma vontade enorme de ir até o porto de Santos, entrar num navio inglês e ir embora desta ex-nação chamada Brasil. Chega! MARCELO CIOTI (Atibaia, SP) - CORRUPÇÃO Concisa e precisa a análise de Luiz Alberto Hanns. No Brasil, a tendência de pensarmos em pessoas em vez de em sistemas e organizações é o que gera os supostos salvadores da pátria e a crença de que punir indivíduos resolve todos os problemas. É imperativo aproveitar o momento para destruir o parasitismo burocrático que dá guarida aos ladrões e maus administradores. Simplificar a vida não apenas melhora a economia e o humor como tira muitas das armas dos que nos assaltam diariamente. ALBERTO DWEK (São Paulo, SP) - GRAFITE Viva o protesto pintado de seu João. Ele precisava desenhar também? Sua arte inesperada fez um favor à cidade que não se enxerga. Sem escalas, São Paulo passou da redescoberta do espaço público ao completo desapreço pelo direito de residir dignamente. Sem empatia e sem respeito, a festejada "ocupação das ruas" é só uma festinha particular do mais forte contra o mais fraco. LUCIA BOLDRINI (São Paulo, SP) - SUICÍDIO Talvez o pior dos preconceitos contra o suicídio seja o que o classifica como covardia diante da vida. O suicida não é um covarde! É uma pessoa devastada pela dor, uma dor silenciosa, muda, persistente e insuportável. É preciso falar da dor e é preciso deixar a dor falar; é imperioso "estar lá" para os que sofrem. GUSTAVO A J AMARANTE (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Elio Gaspari encerra sua coluna "Dia 3 de maio: Lula X Moro" afirmando que, nesse encontro, Lula poderá sequestrar o espetáculo. Aduzo: seria uma delícia poder assistir ao vivo o embate entre a empáfia e a verve. ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP) * Ruy Castro foi bem em seu artigo "Cheiro é história", mas estragou o final, atacando seus alvos preferidos, Lula e Dilma. Se é para falar de mau cheiro, por que não falar dos muitos palácios em Brasília e das várias capitais e épocas? CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC) - PRÓTESES A Engimplan nunca esteve envolvida em denúncias da máfia das próteses, como pode sugerir a legenda da foto que acompanha a reportagem "Paliativos contra a máfia das próteses". A imagem é meramente ilustrativa. A Engimplan é uma empresa que tem compliance elaborado pela Deloitte e a única brasileira com registro de prótese de ATM customizada. Toda a sua matéria-prima é importada e tem todos os laudos Anvisa e ISO 13485, seguindo a legislação brasileira. LETÍCIA NIGRO LEME, diretora-geral da Engimplan (Rio Claro, SP) - SEGURANÇA PÚBLICA Sobre o Painel do Leitor (12/4), a SSP esclarece que o processo de nomeação dos aprovados no concurso de 2013 está em andamento. Somente neste mês, foram 101 investigadores e 278 escrivães formados. Os novos policiais estão sendo distribuídos por todo o Estado. Desde 2011, foram contratados 4.027 policiais. Está prevista para este mês a formatura de 80 delegados. O orçamento da secretaria saltou de R$ 4,7 bilhões, em 2001, para mais de R$ 21,5 bilhões em 2017, uma alta de 357,45%. LUIZ MOTTA, diretor-executivo de comunicação e imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Em cinco anos, 854 armas de empresas de segurança privada somem no RJ
Em cinco anos, 854 armas foram roubadas, extraviadas ou furtadas de empresas de segurança privada que atuam no Estado do Rio de Janeiro. O total de 5.952 munições tiveram o mesmo destino. Os dados, referentes aos anos de 2011 a 2015, foram fornecidos pela Polícia Federal à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Armas, que corre na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Presidida pelo deputado Carlos Minc (PT), a CPI investiga o desvio de armas das forças de segurança. Apenas até agosto de 2015 foram contabilizados o desaparecimento de 252 armas e 2.747 munições. ARMAS DA POLÍCIA Relatório entregue à CPI pelo corregedor da Polícia Militar, Victor Yunes, na última quinta mostra que que 457 armas foram extraviadas (desapareceram) na corporação desde 1993. O relatório informou também que 8 mil munições sumiram. Cerca de 2,5 mil delas podem ter sido roubadas em setembro deste ano da Companhia Independente da Polícia de Militar, responsável pela guarda do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. O governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), refutou parte das informações nesta sexta-feira (23). "É um número equivocado. Não foi dado baixo numa série de confrontos. Por exemplo, esta semana, na quarta-feira, um policial que saía daqui sofreu um ataque. Ele atirou nos bandidos e não foi dado baixa nessas balas", afirmou. Pezão citou também balas usadas em treinamentos. "Quem assume a responsabilidade de colocar um assunto desses em pauta devia primeiro ouvir as autoridades, senão cria um clima que parece que armas e balas saem daqui pelo portão do Palácio. Não é isso", acrescentou o governador. Segundo a PM, todas as suspeitas de extravio ganharam inquéritos. Em alguns casos, foi concluído que houve erro de controle interno. Ainda de acordo com a corporação, em 2012, a corregedoria da PM instaurou inquérito para verificar se um policial pode ter envolvimento em mais de um caso de extravio. Segundo Yunes, cerca de 50 pessoas foram investigadas nesses inquéritos e "alguns" policiais foram punidos.
cotidiano
Em cinco anos, 854 armas de empresas de segurança privada somem no RJEm cinco anos, 854 armas foram roubadas, extraviadas ou furtadas de empresas de segurança privada que atuam no Estado do Rio de Janeiro. O total de 5.952 munições tiveram o mesmo destino. Os dados, referentes aos anos de 2011 a 2015, foram fornecidos pela Polícia Federal à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Armas, que corre na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Presidida pelo deputado Carlos Minc (PT), a CPI investiga o desvio de armas das forças de segurança. Apenas até agosto de 2015 foram contabilizados o desaparecimento de 252 armas e 2.747 munições. ARMAS DA POLÍCIA Relatório entregue à CPI pelo corregedor da Polícia Militar, Victor Yunes, na última quinta mostra que que 457 armas foram extraviadas (desapareceram) na corporação desde 1993. O relatório informou também que 8 mil munições sumiram. Cerca de 2,5 mil delas podem ter sido roubadas em setembro deste ano da Companhia Independente da Polícia de Militar, responsável pela guarda do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. O governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), refutou parte das informações nesta sexta-feira (23). "É um número equivocado. Não foi dado baixo numa série de confrontos. Por exemplo, esta semana, na quarta-feira, um policial que saía daqui sofreu um ataque. Ele atirou nos bandidos e não foi dado baixa nessas balas", afirmou. Pezão citou também balas usadas em treinamentos. "Quem assume a responsabilidade de colocar um assunto desses em pauta devia primeiro ouvir as autoridades, senão cria um clima que parece que armas e balas saem daqui pelo portão do Palácio. Não é isso", acrescentou o governador. Segundo a PM, todas as suspeitas de extravio ganharam inquéritos. Em alguns casos, foi concluído que houve erro de controle interno. Ainda de acordo com a corporação, em 2012, a corregedoria da PM instaurou inquérito para verificar se um policial pode ter envolvimento em mais de um caso de extravio. Segundo Yunes, cerca de 50 pessoas foram investigadas nesses inquéritos e "alguns" policiais foram punidos.
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Ressonância superpotente da USP permitirá autópsia sem abrir cadáver
A Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) começa a operar nesta sexta-feira (13) o mais poderoso aparelho de ressonância magnética da América Latina, capaz de revelar detalhes anatômicos tão pequenos quanto 0,05 mm, a escala da espessura de um fio de cabelo. Ele já deve começar a ser usado nas próximas semanas para examinar cadáveres em parceria com o Serviço de Verificação de Óbitos da capital, dentro de um projeto de pesquisa que busca aprimorar métodos não invasivos de fazer autópsias. A máquina também servirá para examinar pessoas vivas, porque é considerada segura. Inicialmente, porém, só pacientes que estiverem participando de projetos de pesquisa utilizarão o aparelho –a nova máquina ainda precisa ser aprovada para o uso mais amplo em hospitais. O projeto do aparelho é feito de forma que seja possível fazer uma higienização completa dele –não há risco, assim, de que pacientes vivos se contaminem de alguma forma com os cadáveres que passaram por ali. A resolução de imagens de pessoas vivas (que se mexem e não suportam ficar muitas horas dentro da máquina), porém, é menor do que aquela para tecidos mortos. Segundo Giovanni Cerri, professor de radiologia da USP e ex-secretário estadual de saúde, o potencial de melhoria em técnica de diagnósticos é grande. O segredo da precisão da máquina é um ímã com potência de 7 tesla, equivalente a um guindaste magnético capaz de erguer 20 carros. As melhores máquinas comercialmente disponíveis hoje têm potência de 3 tesla, e sua resolução volumétrica tem só um quarto da precisão da nova máquina. Um exemplo de aplicação está na detecção de tumores. "Com uma máquina atual de 3 tesla, é possível identificar um nódulo de 0,7 cm ou 0,8 cm", afirma o médico. "Com a máquina de 7 tesla vai ser possível identificar nódulos com menos de 0,5 cm." A diferença parece pouca, mas detectar um tumor mais cedo pode ser crucial para o sucesso de um tratamento, afirma. Outra área de pesquisa na qual o aumento de resolução será importante é a neurociência, especialmente o estudo de doenças neurodegenerativas, com os males de Alzheimer e Parkinson. Com um limite de resolução de aproximadamente 1 mm em estudos funcionais –nos quais a ressonância "filma" o cérebro em ação–, é possível enxergar padrões de conexão e transmissão de informações entre diferentes partes do sistema nervoso. PORÃO Existem só 40 máquinas de ressonância magnética no mundo com potência igual ao novo aparelho da USP, e apenas cinco de potência maior, todas ainda em fase de desenvolvimento. Segundo a Siemens, empresa alemã que desenvolveu a máquina, o uso do aparelho em hospitais não deve demorar muitos anos. A USP participará dos estudos para demonstrar a segurança e a eficácia do uso do aparelho em hospitais. O equipamento, que pesa 38 toneladas e fica acomodado numa armação do tamanho de uma van, foi colocado em um laboratório subterrâneo no campus da avenida Dr. Arnaldo com auxílio de dois guindastes. O custo de US$ 7,6 milhões da máquina foi bancado com verbas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da secretaria estadual de Saúde e da própria USP. A máquina ficará sob administração do departamento de radiologia da faculdade, mas em princípio poderá ser usada por projetos de pesquisa de qualquer instituição que tenham mérito atestado por um conselho especial. "Não é viável que cada instituição do país tenha hoje uma máquina dessas, então a ideia é que esse aparelho consiga atender a comunidade de pesquisa como um todo", afirma Cerri. Ele argumenta ainda que o fato de o aparelho ainda não estar liberado para ser usado em hospitais é uma vantagem. As primeiras máquinas de 3 tesla, afirma, chegaram ao Brasil quando esse uso já era permitido, e por isso o país teria perdido a oportunidade de participar do desenvolvimento da tecnologia.
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Ressonância superpotente da USP permitirá autópsia sem abrir cadáverA Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) começa a operar nesta sexta-feira (13) o mais poderoso aparelho de ressonância magnética da América Latina, capaz de revelar detalhes anatômicos tão pequenos quanto 0,05 mm, a escala da espessura de um fio de cabelo. Ele já deve começar a ser usado nas próximas semanas para examinar cadáveres em parceria com o Serviço de Verificação de Óbitos da capital, dentro de um projeto de pesquisa que busca aprimorar métodos não invasivos de fazer autópsias. A máquina também servirá para examinar pessoas vivas, porque é considerada segura. Inicialmente, porém, só pacientes que estiverem participando de projetos de pesquisa utilizarão o aparelho –a nova máquina ainda precisa ser aprovada para o uso mais amplo em hospitais. O projeto do aparelho é feito de forma que seja possível fazer uma higienização completa dele –não há risco, assim, de que pacientes vivos se contaminem de alguma forma com os cadáveres que passaram por ali. A resolução de imagens de pessoas vivas (que se mexem e não suportam ficar muitas horas dentro da máquina), porém, é menor do que aquela para tecidos mortos. Segundo Giovanni Cerri, professor de radiologia da USP e ex-secretário estadual de saúde, o potencial de melhoria em técnica de diagnósticos é grande. O segredo da precisão da máquina é um ímã com potência de 7 tesla, equivalente a um guindaste magnético capaz de erguer 20 carros. As melhores máquinas comercialmente disponíveis hoje têm potência de 3 tesla, e sua resolução volumétrica tem só um quarto da precisão da nova máquina. Um exemplo de aplicação está na detecção de tumores. "Com uma máquina atual de 3 tesla, é possível identificar um nódulo de 0,7 cm ou 0,8 cm", afirma o médico. "Com a máquina de 7 tesla vai ser possível identificar nódulos com menos de 0,5 cm." A diferença parece pouca, mas detectar um tumor mais cedo pode ser crucial para o sucesso de um tratamento, afirma. Outra área de pesquisa na qual o aumento de resolução será importante é a neurociência, especialmente o estudo de doenças neurodegenerativas, com os males de Alzheimer e Parkinson. Com um limite de resolução de aproximadamente 1 mm em estudos funcionais –nos quais a ressonância "filma" o cérebro em ação–, é possível enxergar padrões de conexão e transmissão de informações entre diferentes partes do sistema nervoso. PORÃO Existem só 40 máquinas de ressonância magnética no mundo com potência igual ao novo aparelho da USP, e apenas cinco de potência maior, todas ainda em fase de desenvolvimento. Segundo a Siemens, empresa alemã que desenvolveu a máquina, o uso do aparelho em hospitais não deve demorar muitos anos. A USP participará dos estudos para demonstrar a segurança e a eficácia do uso do aparelho em hospitais. O equipamento, que pesa 38 toneladas e fica acomodado numa armação do tamanho de uma van, foi colocado em um laboratório subterrâneo no campus da avenida Dr. Arnaldo com auxílio de dois guindastes. O custo de US$ 7,6 milhões da máquina foi bancado com verbas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da secretaria estadual de Saúde e da própria USP. A máquina ficará sob administração do departamento de radiologia da faculdade, mas em princípio poderá ser usada por projetos de pesquisa de qualquer instituição que tenham mérito atestado por um conselho especial. "Não é viável que cada instituição do país tenha hoje uma máquina dessas, então a ideia é que esse aparelho consiga atender a comunidade de pesquisa como um todo", afirma Cerri. Ele argumenta ainda que o fato de o aparelho ainda não estar liberado para ser usado em hospitais é uma vantagem. As primeiras máquinas de 3 tesla, afirma, chegaram ao Brasil quando esse uso já era permitido, e por isso o país teria perdido a oportunidade de participar do desenvolvimento da tecnologia.
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Doria terá que manter velocidade reduzida, diz jornalista
"O prefeito eleito não vai querer ter nas mãos o sangue de gente que morreu por causa da maior velocidade", afirmou o colunista da Folha, Leão Serva, sobre a promessa de João Doria (PSDB) de elevar o limite máximo nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê. Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - SP, Marcos da Costa, o poder público, no entanto, não pode se acomodar com o controle da velocidade e deixar de cuidar do asfalto e da sinalização. Costa também criticou os radares escondidos, um dos fatores que elevaram o número de multas aplicadas na cidade. O aumento da velocidade é uma das promessas de campanha do prefeito eleito João Doria (PSDB), afilhado político de Alckmin. "As mortes caíram graças a Deus em todo o Estado de São Paulo. A marginal é uma via expressa, ela não tem semáforo, não é uma via de bairro, então é natural que ela tenha uma velocidade maior", disse Alckmin. "Essa decisão deve ter um embasamento técnico, como é uma via do município, não conheço o trabalho que foi feito para chegar a alguma conclusão". Um ano após a implantação da redução de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, a soma de acidentes fatais nas vias caiu pela metade, segundo dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, ligada à prefeitura) e obtidos pela Folha. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes, até junho de 2016. Com isso, a queda foi de 52%.
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Doria terá que manter velocidade reduzida, diz jornalista"O prefeito eleito não vai querer ter nas mãos o sangue de gente que morreu por causa da maior velocidade", afirmou o colunista da Folha, Leão Serva, sobre a promessa de João Doria (PSDB) de elevar o limite máximo nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê. Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - SP, Marcos da Costa, o poder público, no entanto, não pode se acomodar com o controle da velocidade e deixar de cuidar do asfalto e da sinalização. Costa também criticou os radares escondidos, um dos fatores que elevaram o número de multas aplicadas na cidade. O aumento da velocidade é uma das promessas de campanha do prefeito eleito João Doria (PSDB), afilhado político de Alckmin. "As mortes caíram graças a Deus em todo o Estado de São Paulo. A marginal é uma via expressa, ela não tem semáforo, não é uma via de bairro, então é natural que ela tenha uma velocidade maior", disse Alckmin. "Essa decisão deve ter um embasamento técnico, como é uma via do município, não conheço o trabalho que foi feito para chegar a alguma conclusão". Um ano após a implantação da redução de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, a soma de acidentes fatais nas vias caiu pela metade, segundo dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, ligada à prefeitura) e obtidos pela Folha. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes, até junho de 2016. Com isso, a queda foi de 52%.
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Oposição não considera interesse da nação, diz leitor
Lamentavelmente, a bancada do PSDB votou contra as medidas propostas pelo ministro da Fazenda (Aliados defendem demissão de ministro de partido infiel). Tenho certeza que, caso o vitorioso nas eleições tivesse sido Aécio Neves, sua equipe econômica proporia medidas bastante semelhantes para tentar remediar o caos. Infelizmente, ao adotar a doutrina petista do "quanto pior melhor", o PSDB e seus aliados resolveram azucrinar o governo, atacando toda proposta apresentada ao Congresso, independentemente de sua viabilidade e do interesse da nação. Resta ao eleitor que rejeitou o desgoverno do PT um sentimento de desamparo. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
paineldoleitor
Oposição não considera interesse da nação, diz leitorLamentavelmente, a bancada do PSDB votou contra as medidas propostas pelo ministro da Fazenda (Aliados defendem demissão de ministro de partido infiel). Tenho certeza que, caso o vitorioso nas eleições tivesse sido Aécio Neves, sua equipe econômica proporia medidas bastante semelhantes para tentar remediar o caos. Infelizmente, ao adotar a doutrina petista do "quanto pior melhor", o PSDB e seus aliados resolveram azucrinar o governo, atacando toda proposta apresentada ao Congresso, independentemente de sua viabilidade e do interesse da nação. Resta ao eleitor que rejeitou o desgoverno do PT um sentimento de desamparo. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam pedido de Roger Waters por boicote a Israel
Roger Waters pede que Gil e Caetano cancelem show em Israel", citando a morte de palestinos por tropas israelenses ("Roger Waters reitera pedido a Gil e Caetano contra show, "Ilustrada", 10/6). Que o ex-Pink Floyd reflita que os palestinos também não são "santos"e já assassinaram milhares de israelenses. MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP) * * O movimento de boicote à Israel do qual o senhor Roger Waters participa não é um movimento que prega a paz. Pelo contrário. Diferentemente do que é ponto pacífico entre a maioria dos que pregam a solução de dois Estados, este movimento prega em seu site que Israel absorva milhões de palestinos refugiados das guerras árabe-israelense, ao invés de que eles sejam absorvidos pelo futuro Estado palestino. Esta é uma forma de exterminar o minúsculo Estado de Israel sem a necessidade da bomba atômica dos aiatolás iranianos. Dito isto, pergunto se o senhor Waters boicotou seu próprio país –a Inglaterra– quando este invadiu o Iraque, sem antes ter sido atacado. Não, ele não boicotou. Ele quer boicotar judeus mesmo. ARTUR HOLENDER (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam pedido de Roger Waters por boicote a IsraelRoger Waters pede que Gil e Caetano cancelem show em Israel", citando a morte de palestinos por tropas israelenses ("Roger Waters reitera pedido a Gil e Caetano contra show, "Ilustrada", 10/6). Que o ex-Pink Floyd reflita que os palestinos também não são "santos"e já assassinaram milhares de israelenses. MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP) * * O movimento de boicote à Israel do qual o senhor Roger Waters participa não é um movimento que prega a paz. Pelo contrário. Diferentemente do que é ponto pacífico entre a maioria dos que pregam a solução de dois Estados, este movimento prega em seu site que Israel absorva milhões de palestinos refugiados das guerras árabe-israelense, ao invés de que eles sejam absorvidos pelo futuro Estado palestino. Esta é uma forma de exterminar o minúsculo Estado de Israel sem a necessidade da bomba atômica dos aiatolás iranianos. Dito isto, pergunto se o senhor Waters boicotou seu próprio país –a Inglaterra– quando este invadiu o Iraque, sem antes ter sido atacado. Não, ele não boicotou. Ele quer boicotar judeus mesmo. ARTUR HOLENDER (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Brasil con Ñ: Medidas de película contra una sequía de terror
POR LUNA GÁMEZ  Y JOSÉ BAUTISTA A Brasil se le agotan las alternativas para enfrentar la sequía, un viejo problema por estas tierras. Aunque los brasileños, y principalmente los nordestinos -unos 50 millones habitando un extenso territorio semiárido del tamaño ... Leia post completo no blog
mundo
Brasil con Ñ: Medidas de película contra una sequía de terrorPOR LUNA GÁMEZ  Y JOSÉ BAUTISTA A Brasil se le agotan las alternativas para enfrentar la sequía, un viejo problema por estas tierras. Aunque los brasileños, y principalmente los nordestinos -unos 50 millones habitando un extenso territorio semiárido del tamaño ... Leia post completo no blog
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Saiba o que fazer se o hotel estiver tomado por obras e barulho
A ideia da viagem de quatro dias ao Rio de Janeiro, em julho passado, era comemorar os 19 anos de casamento. Durante o dia, Arnaldo Murdhock, 48, a mulher, Andréia, e o filho de 14 anos até conseguiram aproveitar a estadia. À noite, entretanto, o que vinha era um pesadelo. A razão: funk em altíssimo volume e invadindo a madrugada até cerca de 6h, vindo de uma balada no centro da cidade –vizinha ao hotel. "A música era tão alta que até ouvir a TV era impossível. De manhã, não havia outro assunto entre os hóspedes nas mesas do café", conta ele. No meio da madrugada da segunda noite de estadia, o consultor de propaganda decidiu antecipar o retorno em dois dias e largou tudo para voltar a Guarulhos (SP). A surpresa que transformou a celebração em férias frustradas não deveria acontecer, segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). "O consumidor tem direito à informação clara e precisa. Um hotel que não ofereça uma boa noite de descanso está deixando de cumprir com sua obrigação básica", afirma Claudia Almeida, advogada do órgão. Por isso, nesse caso, mesmo que não fosse diretamente responsável pelo barulho, o hotel poderia tomar medidas para melhorar o serviço oferecido aos hóspedes –por exemplo, avisá-los com antecedência da situação. Outra possibilidade seria a instalação de janelas e estruturas antirruído e até exigir o mesmo da balada ou denunciá-la à prefeitura. Procurado pela Folha, o hotel Ibis, onde Murdhock ficou com a família, informou que "alguns quartos são barulhentos e não há como evitar essa situação". O estabelecimento diz que são oferecidos quartos alternativos, "quando há disponibilidade". A Secretaria de Meio Ambiente do Rio afirmou que nunca recebeu denúncias de poluição sonora contra a balada –por isso, não mediu o nível de ruído do lugar. Murdhock pediu o ressarcimento da viagem, mas o hotel negou e ofereceu uma diária grátis por causa do incômodo; ele recusou a oferta. ESTAMOS EM OBRAS As irmãs gêmeas Ana Flávia e Ana Paula Silva de Souza, 21, de Brasília, também se frustraram nos quase dez dias que passaram em Porto Seguro (BA) em outubro de 2013. Nada a ver com o axé das barracas de praia da cidade. A surpresa veio assim que fizeram o check-in: o hotel tinha obras de ampliação a todo o vapor –aceleradas exatamente naquele período para evitar transtornos aos hóspedes na temporada de verão. Ao se instalar, as irmãs tiveram outra desagradável descoberta. No apartamento dos pais, tudo certo. No delas, em outra ala... "Havia poeira por todo lado. Mas o pior foi o incômodo de ser acordada pelo barulho da reforma todas as manhãs", diz Ana Flávia. A família, segundo ela, não havia sido avisada da situação. Quando surpresas desse tipo acontecem, segundo o Idec, o hóspede pode exigir o dinheiro de volta e cancelar a estadia sem ônus ou negociar com a gerência, na conta final, um abatimento justo no preço das diárias. Caso não consiga nada, a advogada Claudia Almeida recomenda documentar a estadia com fotos e vídeos, registrar o que foi conversado e fazer reclamações com entidades de defesa do consumidor. O Beach Hills, de Porto Seguro, em que ficou a família Silva de Souza, disse à reportagem que "todo hotel passa por obras" e que "não conseguiria dar detalhes" dessa reforma especificamente. Segundo Nérleo Caus de Souza, presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), o recomendado são reformas nas instalações a cada cinco ou sete anos (além de manutenções pontuais), dependendo da estrutura do hotel. "Mas um bom planejamento é essencial, porque ainda sofremos com a qualidade da mão de obra no Brasil: obras que deveriam levar 30 dias chegam a durar cem", diz. Por isso, outro ponto fundamental, para Souza, é o hotel deixar o hóspede ciente da situação, sempre. E fazer o possível para amenizar os efeitos da obra. "Por exemplo, bloqueando andares e áreas do hotel, fazendo a reforma por etapas", diz. O gestor de compras Douglas Pedroso, 34, de Belo Horizonte, pode se considerar "premiado", depois de enfrentar problemas com barulhos na vizinhança de hotéis em duas ocasiões recentes. Na primeira, em 2014, sofreu com uma obra na rua em duas madrugadas das cinco em que esteve de férias com o noivo no Rio de Janeiro. "A sorte é que o sono era maior que a batucada", brinca. Na segunda vez, no ano passado, em uma viagem a negócios em São Paulo, novamente havia uma construção vizinha ao hotel que não parou nem de madrugada. "Eu vi a obra quando cheguei à tarde, mas não imaginei que se estenderia até altas horas. O barulho era tanto que à noite fiz o check-out, peguei um táxi e fui para outro hotel para conseguir descansar", lembra. À Folha, o hotel em questão, o Transamérica, informou que não identificou "nenhum registro de reclamação sobre esse assunto" e que não teria como se pronunciar. A recomendação da advogada do Idec é se precaver –por exemplo, perguntando diretamente ao hotel, no momento da reserva, se há barulho na região ou no próprio estabelecimento. "Pode parecer estranho, como se você fosse comprar um carro e perguntasse à concessionária se ele anda –mas a tática funciona", diz. Outra estratégia é pesquisar na internet, em sites de viagens ou de proteção ao consumidor, por eventuais reclamações contra o hotel (e qual é a natureza delas). "Quando voltei, vi várias mensagens na internet falando do barulho no hotel. A ansiedade e a falta de experiência me fizeram aprender a lição", diz Arnaldo Murdhock. * NÃO PERTURBE O que turistas podem fazer em caso de barulho > Antes de viajar, não tenha medo de perguntar ao hotel se há barulho na vizinhança e no próprio lugar > Pesquise em sites de viagens (TripAdvisor, Booking) e de consumo (Reclame Aqui) se há reclamações de barulho contra o hotel. Se houver, pergunte ao local que medidas estão sendo tomadas para atenuar o problema > Já instalado, se houver incômodo, pedir para trocar de quarto é o básico; em caso de lotação máxima, negocie descontos na diária, o ressarcimento do valor ou um vale para uma futura viagem > Se não conseguir esses benefícios ou se achar que eles não foram suficientes para reparar os danos, o turista pode fazer uma notificação do caso ao Procon –na cidade onde mora, não onde fica o hotel > É essencial documentar a situação: fazer filmes e áudios do barulho, tirar fotos da reforma, anotar nomes de funcionários e horários das conversas e mandar um e-mail relatando o ocorrido > Ao final, pode valer a pena relatar o caso e comentá-lo em sites de consumo e de viagens; isso pode ajudar futuros viajantes
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Saiba o que fazer se o hotel estiver tomado por obras e barulhoA ideia da viagem de quatro dias ao Rio de Janeiro, em julho passado, era comemorar os 19 anos de casamento. Durante o dia, Arnaldo Murdhock, 48, a mulher, Andréia, e o filho de 14 anos até conseguiram aproveitar a estadia. À noite, entretanto, o que vinha era um pesadelo. A razão: funk em altíssimo volume e invadindo a madrugada até cerca de 6h, vindo de uma balada no centro da cidade –vizinha ao hotel. "A música era tão alta que até ouvir a TV era impossível. De manhã, não havia outro assunto entre os hóspedes nas mesas do café", conta ele. No meio da madrugada da segunda noite de estadia, o consultor de propaganda decidiu antecipar o retorno em dois dias e largou tudo para voltar a Guarulhos (SP). A surpresa que transformou a celebração em férias frustradas não deveria acontecer, segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). "O consumidor tem direito à informação clara e precisa. Um hotel que não ofereça uma boa noite de descanso está deixando de cumprir com sua obrigação básica", afirma Claudia Almeida, advogada do órgão. Por isso, nesse caso, mesmo que não fosse diretamente responsável pelo barulho, o hotel poderia tomar medidas para melhorar o serviço oferecido aos hóspedes –por exemplo, avisá-los com antecedência da situação. Outra possibilidade seria a instalação de janelas e estruturas antirruído e até exigir o mesmo da balada ou denunciá-la à prefeitura. Procurado pela Folha, o hotel Ibis, onde Murdhock ficou com a família, informou que "alguns quartos são barulhentos e não há como evitar essa situação". O estabelecimento diz que são oferecidos quartos alternativos, "quando há disponibilidade". A Secretaria de Meio Ambiente do Rio afirmou que nunca recebeu denúncias de poluição sonora contra a balada –por isso, não mediu o nível de ruído do lugar. Murdhock pediu o ressarcimento da viagem, mas o hotel negou e ofereceu uma diária grátis por causa do incômodo; ele recusou a oferta. ESTAMOS EM OBRAS As irmãs gêmeas Ana Flávia e Ana Paula Silva de Souza, 21, de Brasília, também se frustraram nos quase dez dias que passaram em Porto Seguro (BA) em outubro de 2013. Nada a ver com o axé das barracas de praia da cidade. A surpresa veio assim que fizeram o check-in: o hotel tinha obras de ampliação a todo o vapor –aceleradas exatamente naquele período para evitar transtornos aos hóspedes na temporada de verão. Ao se instalar, as irmãs tiveram outra desagradável descoberta. No apartamento dos pais, tudo certo. No delas, em outra ala... "Havia poeira por todo lado. Mas o pior foi o incômodo de ser acordada pelo barulho da reforma todas as manhãs", diz Ana Flávia. A família, segundo ela, não havia sido avisada da situação. Quando surpresas desse tipo acontecem, segundo o Idec, o hóspede pode exigir o dinheiro de volta e cancelar a estadia sem ônus ou negociar com a gerência, na conta final, um abatimento justo no preço das diárias. Caso não consiga nada, a advogada Claudia Almeida recomenda documentar a estadia com fotos e vídeos, registrar o que foi conversado e fazer reclamações com entidades de defesa do consumidor. O Beach Hills, de Porto Seguro, em que ficou a família Silva de Souza, disse à reportagem que "todo hotel passa por obras" e que "não conseguiria dar detalhes" dessa reforma especificamente. Segundo Nérleo Caus de Souza, presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), o recomendado são reformas nas instalações a cada cinco ou sete anos (além de manutenções pontuais), dependendo da estrutura do hotel. "Mas um bom planejamento é essencial, porque ainda sofremos com a qualidade da mão de obra no Brasil: obras que deveriam levar 30 dias chegam a durar cem", diz. Por isso, outro ponto fundamental, para Souza, é o hotel deixar o hóspede ciente da situação, sempre. E fazer o possível para amenizar os efeitos da obra. "Por exemplo, bloqueando andares e áreas do hotel, fazendo a reforma por etapas", diz. O gestor de compras Douglas Pedroso, 34, de Belo Horizonte, pode se considerar "premiado", depois de enfrentar problemas com barulhos na vizinhança de hotéis em duas ocasiões recentes. Na primeira, em 2014, sofreu com uma obra na rua em duas madrugadas das cinco em que esteve de férias com o noivo no Rio de Janeiro. "A sorte é que o sono era maior que a batucada", brinca. Na segunda vez, no ano passado, em uma viagem a negócios em São Paulo, novamente havia uma construção vizinha ao hotel que não parou nem de madrugada. "Eu vi a obra quando cheguei à tarde, mas não imaginei que se estenderia até altas horas. O barulho era tanto que à noite fiz o check-out, peguei um táxi e fui para outro hotel para conseguir descansar", lembra. À Folha, o hotel em questão, o Transamérica, informou que não identificou "nenhum registro de reclamação sobre esse assunto" e que não teria como se pronunciar. A recomendação da advogada do Idec é se precaver –por exemplo, perguntando diretamente ao hotel, no momento da reserva, se há barulho na região ou no próprio estabelecimento. "Pode parecer estranho, como se você fosse comprar um carro e perguntasse à concessionária se ele anda –mas a tática funciona", diz. Outra estratégia é pesquisar na internet, em sites de viagens ou de proteção ao consumidor, por eventuais reclamações contra o hotel (e qual é a natureza delas). "Quando voltei, vi várias mensagens na internet falando do barulho no hotel. A ansiedade e a falta de experiência me fizeram aprender a lição", diz Arnaldo Murdhock. * NÃO PERTURBE O que turistas podem fazer em caso de barulho > Antes de viajar, não tenha medo de perguntar ao hotel se há barulho na vizinhança e no próprio lugar > Pesquise em sites de viagens (TripAdvisor, Booking) e de consumo (Reclame Aqui) se há reclamações de barulho contra o hotel. Se houver, pergunte ao local que medidas estão sendo tomadas para atenuar o problema > Já instalado, se houver incômodo, pedir para trocar de quarto é o básico; em caso de lotação máxima, negocie descontos na diária, o ressarcimento do valor ou um vale para uma futura viagem > Se não conseguir esses benefícios ou se achar que eles não foram suficientes para reparar os danos, o turista pode fazer uma notificação do caso ao Procon –na cidade onde mora, não onde fica o hotel > É essencial documentar a situação: fazer filmes e áudios do barulho, tirar fotos da reforma, anotar nomes de funcionários e horários das conversas e mandar um e-mail relatando o ocorrido > Ao final, pode valer a pena relatar o caso e comentá-lo em sites de consumo e de viagens; isso pode ajudar futuros viajantes
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Por que gastamos tanto com smartphones e os tratamos como descartáveis?
Você tem um celular com cerca de um ano de uso, em boas condições, mas acompanha as notícias de tecnologia e sabe que foi lançada uma nova geração do aparelho. Pela propaganda, você acha o smartphone sensacional e resolve conferir o preço. Mas ao chegar à loja encontra o aparelho com um valor assustador, de quase R$ 4.000. Ainda assim, o vendedor fala maravilhas sobre o celular, seus amigos compraram e estão recomendando. Resultado: você está prestes a se sentar no balcão para conferir as condições de pagamento, mesmo sabendo que acabou de quitar a última parcela do aparelho atual. E sem refletir se o telefone novo fará, mesmo, tanta diferença em sua vida. Esta coluna poderia falar apenas sobre o aspecto consumista do exemplo, mas cabe aqui outra reflexão. Quantas horas de trabalho são necessárias para comprar um celular novo? Façamos a conta, considerando os dados mais atualizados da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, segundo a qual o salário médio de seis regiões metropolitanas do Brasil é de R$ 2.170,70. Levando em conta este rendimento líquido, uma pessoa recebe R$ 3,01 por hora de trabalho. Em uma busca rápida na internet, podemos encontrar um iPhone 5S com 16GB por cerca de R$ 1.600. Ou seja, com o salário citado, seria preciso trabalhar 531 horas para comprar um aparelho que nem é o mais atual do mercado. O banco suíço UBS elaborou, em 2013, o índice iPhone, que apontava quantas horas de trabalho eram necessárias em diversos países para comprar o aparelho. Segundo os dados, um morador de São Paulo precisaria trabalhar cerca de 109 horas para comprar o iPhone 6. Em Zurique, o tempo caía para 20 horas trabalhadas. Isso leva a uma segunda reflexão: se pagamos tão caro para ter um celular que está na moda, porque tratamos o aparelho como se fosse algo descartável? O exemplo do início do texto reflete uma situação bastante comum. Quem nunca teve um celular obsoleto em casa? Vivemos em um país com um custo altíssimo, indústria com dificuldades para lidar com a alta carga tributária -que deve ficar ainda mais pesada com o pacote de medidas anunciadas pelo governo para reduzir o deficit do Orçamento de 2016. E o consumidor tem de arcar com uma conta ainda mais injusta, pois sofre o impacto desses custos e de margens de lucro que são fora da realidade. Hoje, o mercado oferece opções que permitem que o consumidor enxergue seu smartphone usado como um bem, e não simplesmente como um dispositivo descartável. Sites como o Ziggo, Brused e Uzlet auxiliam na compra e venda de smartphone e tablets usados. Também há operadoras que oferecem desconto na compra de um celular novo se você entregar o usado -é possível obter descontos de até R$ 2.100. Mais do que pensar no valor que compensa ser gasto em um celular, a questão é como você trata o aparelho após a compra. Se o comércio já pratica preços absurdos, mais surreal ainda é você trabalhar tanto para comprar um celular e depois deixar o "investimento" na gaveta do criado mudo.
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Por que gastamos tanto com smartphones e os tratamos como descartáveis?Você tem um celular com cerca de um ano de uso, em boas condições, mas acompanha as notícias de tecnologia e sabe que foi lançada uma nova geração do aparelho. Pela propaganda, você acha o smartphone sensacional e resolve conferir o preço. Mas ao chegar à loja encontra o aparelho com um valor assustador, de quase R$ 4.000. Ainda assim, o vendedor fala maravilhas sobre o celular, seus amigos compraram e estão recomendando. Resultado: você está prestes a se sentar no balcão para conferir as condições de pagamento, mesmo sabendo que acabou de quitar a última parcela do aparelho atual. E sem refletir se o telefone novo fará, mesmo, tanta diferença em sua vida. Esta coluna poderia falar apenas sobre o aspecto consumista do exemplo, mas cabe aqui outra reflexão. Quantas horas de trabalho são necessárias para comprar um celular novo? Façamos a conta, considerando os dados mais atualizados da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, segundo a qual o salário médio de seis regiões metropolitanas do Brasil é de R$ 2.170,70. Levando em conta este rendimento líquido, uma pessoa recebe R$ 3,01 por hora de trabalho. Em uma busca rápida na internet, podemos encontrar um iPhone 5S com 16GB por cerca de R$ 1.600. Ou seja, com o salário citado, seria preciso trabalhar 531 horas para comprar um aparelho que nem é o mais atual do mercado. O banco suíço UBS elaborou, em 2013, o índice iPhone, que apontava quantas horas de trabalho eram necessárias em diversos países para comprar o aparelho. Segundo os dados, um morador de São Paulo precisaria trabalhar cerca de 109 horas para comprar o iPhone 6. Em Zurique, o tempo caía para 20 horas trabalhadas. Isso leva a uma segunda reflexão: se pagamos tão caro para ter um celular que está na moda, porque tratamos o aparelho como se fosse algo descartável? O exemplo do início do texto reflete uma situação bastante comum. Quem nunca teve um celular obsoleto em casa? Vivemos em um país com um custo altíssimo, indústria com dificuldades para lidar com a alta carga tributária -que deve ficar ainda mais pesada com o pacote de medidas anunciadas pelo governo para reduzir o deficit do Orçamento de 2016. E o consumidor tem de arcar com uma conta ainda mais injusta, pois sofre o impacto desses custos e de margens de lucro que são fora da realidade. Hoje, o mercado oferece opções que permitem que o consumidor enxergue seu smartphone usado como um bem, e não simplesmente como um dispositivo descartável. Sites como o Ziggo, Brused e Uzlet auxiliam na compra e venda de smartphone e tablets usados. Também há operadoras que oferecem desconto na compra de um celular novo se você entregar o usado -é possível obter descontos de até R$ 2.100. Mais do que pensar no valor que compensa ser gasto em um celular, a questão é como você trata o aparelho após a compra. Se o comércio já pratica preços absurdos, mais surreal ainda é você trabalhar tanto para comprar um celular e depois deixar o "investimento" na gaveta do criado mudo.
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Especialista em mudança climática faz palestra na Folha na terça-feira
O representante especial para mudanças climáticas do Ministério das Relações Exteriores britânico, sir David King, fará palestra na Folha, no dia 29, às 10h. King também ocupa o posto de presidente do conselho do Future Cities Catapult, centro de excelência e inovação do Reino Unido que busca soluções inteligentes para as cidades. Ele, que é sul-africano, é o principal especialista do governo britânico para assuntos de mudanças climáticas e uma referência mundial na área. Seu currículo reúne mais de 500 artigos publicados sobre ciência e política, 22 diplomas honorários de universidades de diferentes países e passagens pela Universidade de Oxford (foi diretor fundador da Escola Smith de Empreendimento e Meio Ambiente) e pela Universidade de Cambridge (foi chefe do departamento de Química). Também foi o assessor-chefe para Ciência do Reino Unido entre os anos de 2000 e 2007. Foi nomeado cavaleiro em 2003 pelo seu trabalho no meio científico e, em 2009, recebeu a honraria da ordem da Legion d'Honneur francesa por sua contribuição para o enfrentamento das mudanças climáticas. Durante o encontro, King falará sobre os desafios do mundo sustentável. O especialista é favorável à geração de energia em usinas nucleares, que considera seguras, e tem ressalvas à produção de biocombustíveis a partir de plantas como a cana ou o milho, em função do seu potencial impacto no preço da comida. INSCRIÇÕES A palestra terá serviço de tradução simultânea. O evento, gratuito, acontecerá no auditório do jornal, que se localizada na alameda Barão de Limeira, 425, nos Campos Elíseos, São Paulo. O evento será no 9º andar. O jornal fica próximo ao Metro Santa Cecília, e há vários estacionamentos na região. Os interessados em participar devem fazer a inscrição pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br, informando o seu nome e o seu RG.
ambiente
Especialista em mudança climática faz palestra na Folha na terça-feiraO representante especial para mudanças climáticas do Ministério das Relações Exteriores britânico, sir David King, fará palestra na Folha, no dia 29, às 10h. King também ocupa o posto de presidente do conselho do Future Cities Catapult, centro de excelência e inovação do Reino Unido que busca soluções inteligentes para as cidades. Ele, que é sul-africano, é o principal especialista do governo britânico para assuntos de mudanças climáticas e uma referência mundial na área. Seu currículo reúne mais de 500 artigos publicados sobre ciência e política, 22 diplomas honorários de universidades de diferentes países e passagens pela Universidade de Oxford (foi diretor fundador da Escola Smith de Empreendimento e Meio Ambiente) e pela Universidade de Cambridge (foi chefe do departamento de Química). Também foi o assessor-chefe para Ciência do Reino Unido entre os anos de 2000 e 2007. Foi nomeado cavaleiro em 2003 pelo seu trabalho no meio científico e, em 2009, recebeu a honraria da ordem da Legion d'Honneur francesa por sua contribuição para o enfrentamento das mudanças climáticas. Durante o encontro, King falará sobre os desafios do mundo sustentável. O especialista é favorável à geração de energia em usinas nucleares, que considera seguras, e tem ressalvas à produção de biocombustíveis a partir de plantas como a cana ou o milho, em função do seu potencial impacto no preço da comida. INSCRIÇÕES A palestra terá serviço de tradução simultânea. O evento, gratuito, acontecerá no auditório do jornal, que se localizada na alameda Barão de Limeira, 425, nos Campos Elíseos, São Paulo. O evento será no 9º andar. O jornal fica próximo ao Metro Santa Cecília, e há vários estacionamentos na região. Os interessados em participar devem fazer a inscrição pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br, informando o seu nome e o seu RG.
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Obama critica venda de armas e pede oração para vítimas de atentado
Em pronunciamento neste domingo (12) após o atentado que matou ao menos 50 pessoas –49 vítimas mais o atirador– em uma boate gay em Orlando, na Flórida, o presidente norte-americano, Barack Obama, voltou a criticar a facilidade com que é possível conseguir uma arma no país, e conclamou o país a rezar pelas vítimas e suas famílias. "Hoje é um dia especialmente devastador para todos os nossos amigos da comunidade LGBT. O atirador escolheu como alvo um clube em que as pessoas se reuniam para encontrar seus amigos, danças e cantar. O lugar em que foram atacados é mais que uma boate —é um lugar de solidariedade e empoderamento", afirmou, em breve discurso na Casa Branca. "Isso é um lembrete de que um ataque a qualquer americano, independentemente de sua raça, etnia, religião ou orientação sexual, é um ataque a todos nós e aos nossos valores de igualidade e dignidade, que nos definem como país", disse o presidente, que lembrou que este foi o pior atentado com armas da história do país. Obama, que anunciou em janeiro um pacote de ações para expandir o controle sobre a venda de armas no país —implementadas por meio de ordens executivas, sem passar pelo Legislativo—, afirmou que o atentando de hoje mostra como é fácil alguém conseguir uma arma para atirar em pessoas nos EUA. "Temos que decidir se esse é o tipo de país que queremos ser. E entender que não fazer nada também é tomar uma decisão", disse. Durante o discurso, ele agradeceu ao trabalho das autoridades, cuja "coragem e profissionalismo salvaram vidas e impediram que o ataque fosse ainda pior". "Frente ao ódio e à violência, nós vamos amar uns aos outros. Não vamos ceder ao medo. Continuaremos unidos para proteger nosso povo e defender nossa nação", disse.
mundo
Obama critica venda de armas e pede oração para vítimas de atentadoEm pronunciamento neste domingo (12) após o atentado que matou ao menos 50 pessoas –49 vítimas mais o atirador– em uma boate gay em Orlando, na Flórida, o presidente norte-americano, Barack Obama, voltou a criticar a facilidade com que é possível conseguir uma arma no país, e conclamou o país a rezar pelas vítimas e suas famílias. "Hoje é um dia especialmente devastador para todos os nossos amigos da comunidade LGBT. O atirador escolheu como alvo um clube em que as pessoas se reuniam para encontrar seus amigos, danças e cantar. O lugar em que foram atacados é mais que uma boate —é um lugar de solidariedade e empoderamento", afirmou, em breve discurso na Casa Branca. "Isso é um lembrete de que um ataque a qualquer americano, independentemente de sua raça, etnia, religião ou orientação sexual, é um ataque a todos nós e aos nossos valores de igualidade e dignidade, que nos definem como país", disse o presidente, que lembrou que este foi o pior atentado com armas da história do país. Obama, que anunciou em janeiro um pacote de ações para expandir o controle sobre a venda de armas no país —implementadas por meio de ordens executivas, sem passar pelo Legislativo—, afirmou que o atentando de hoje mostra como é fácil alguém conseguir uma arma para atirar em pessoas nos EUA. "Temos que decidir se esse é o tipo de país que queremos ser. E entender que não fazer nada também é tomar uma decisão", disse. Durante o discurso, ele agradeceu ao trabalho das autoridades, cuja "coragem e profissionalismo salvaram vidas e impediram que o ataque fosse ainda pior". "Frente ao ódio e à violência, nós vamos amar uns aos outros. Não vamos ceder ao medo. Continuaremos unidos para proteger nosso povo e defender nossa nação", disse.
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Veja os participantes do fórum Infraestrutura de Transporte
A Folha realiza na terça (24) e na quarta-feira (25) o Fórum Infraestrutura de Transporte. O seminário será realizado no Teatro Unibes Cultural, em São Paulo. No evento, serão debatidos o custo de produção e a logística brasileira, os modelos de concessões e mobilidade urbana. Entre os palestrantes, estão confirmados os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho. Para assistir aos debates, gratuitos, é preciso se inscrever pelo telefone 0800-777-0360 ou pelo e-mail foruminfraestrutura@grupofolha.com.br. As vagas são limitadas. Abaixo, veja alguns dos participantes, que vão tratar de concessões em aeroportos e rodovias, da integração entre modais e das aplicações e limites de metrôs, monotrilhos e veículos rápidos sobre trilhos nas cidades: Fórum de Infraestrutura - Dia 24 de novembro Fórum de Infraestrutura - Dia 25 de novembro FÓRUM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE ONDE: Teatro Unibes - r. Oscar Freire, 2.500 QUANDO: 24 e 25 de novembro, das 9h às 13h20 INSCRIÇÕES: 0800-777-0360 ou pelo e-mail foruminfraestrutura@grupofolha.com.br * Alessandro Oliveira Economista e especialista em transporte aéreo, é professor adjunto do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e pesquisador-chefe do Núcleo de Economia dos Transportes (NECTAR). Vencedor de prêmios concedidos por CNI, CNT/ANPET, Instituto Liberal, Instituto de Engenheiros da Grã-Bretanha, Ministério da Fazenda, entre outros. Trabalhou na área de custos de produção e controladoria em empresas como Kellogg, Parker-Hannifin e Monsanto do Brasil. É autor dos livros "Transporte Aéreo: Economia e Políticas Públicas" e "Competition in Emerging Airline Markets". - Bruno Pereira Coordenador do portal PPP Brasil, que difunde informações e pesquisas sobre as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e investimentos em infraestrutura. Pereira é mestre em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP). Foi coordenador da Escola de Formação da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP) e pesquisador do GVlaw, Programa de Educação Continuada e Especialização da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou como assessor de diretoria da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e consultor em projetos de infraestrutura. - Carolina Lacerda É diretora da Anbima (Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Formada em Economia pela USP, possui MBA pela Columbia Business School, nos EUA, e especialização em Mercado de Capitais pela École Supérieure de Commerce de Rouen, na França. Foi COO (diretora de operações) do banco de investimentos do Unibanco entre 2008 e 2009, antes de ser diretora administrativa do Deutsche Bank e da divisão de banco de investimento do UBS. Com vasta experiência em finanças corporativas, liderou emissões de dívidas e ações para empresas como Petrobras, Vale, Braskem, TAM, Gol e UOL. - Clarissa Costa de Barros Superintendente de Regulação Econômica de Aeroportos da Anac (Agência Nacional de Avião Civil). Graduada em Psicologia pela UnB (Universidade de Brasília), fez mestrado em Economia do Setor Público, na mesma instituição, e especialização em Políticas Públicas e Gestão Governamental, no Ministério do Planejamento. Ligada à aviação civil desde 2007, foi chefe da assessoria da presidência da Anac e gerente técnica de tarifas aeroportuárias da agência. - Cláudio Roberto Frischtak É presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios e diretor para Mocambique do IGC (Centro Internacional de Crescimento). Formado em Economia pela Universidade de Wisconsin, nos EUA, fez Mestrado na Unicamp e Doutorado em Stanford, também nos EUA. Ex-economista da área de indústria e energia do Banco Mundial entre 1984 e 1991, foi professor-adjunto na Universidade de Georgetown (1987-1991). Com mais de 100 publicações, é membro do Think Tank-20 do Brookings Institution. - Clodoaldo Pelissioni Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. Formado em Administração Pública pela FGV, possui pós-graduação em Formação de Governantes pela USP. Exerceu o cargo de assessor administrativo e financeiro do Prodam (Companhia de Processamento de Dados do município de São Paulo) e trabalhou como diretor financeiro da Imprensa Oficial de São Paulo entre 2007 e 2010. Foi superintendente do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) do Estado entre 2010 e 2014 e secretário estadual de Logística e Transportes em 2014. - Eduardo Copello É presidente da CTB (Companhia de Transportes do Estado da Bahia). Foi chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia entre 2010 e 2014. Com mais de 30 anos de atuação nas áreas pública e privada, tem formação em Engenharia Sanitária e Mestrado em Administração, ambos pela UFBA (Universidade Federal da Bahia). Além disso, é especialista em Gestão Industrial pela Sociedade Carl Duisberg, na Alemanha. - Eliseu Padilha Ministro da Aviação Civil. Bacharel em Direito pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), foi prefeito de Tramandaí (RS) de 1989 a 1992. Secretário dos Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul em 1995, foi eleito deputado federal em três legislaturas (1995, 2003 e 2007) e suplente em 2011. Ex-ministro dos Transportes entre 1997 e 2001. - Fernando Faria É sócio de Infraestrutura da consultoria KPMG no Brasil. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, é docente convidado da instituição na formação sobre PPP (Parcerias Público-Privado). HJá liderou trabalhos de infraestrutura na América Latina, África, Estados Unidos, Índia e Europa. - Giovanni Pengue Filho É diretor geral da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), responsável por projetos como a arrecadação automática de pedágios, o desenho de implantação e operação do Centro de Controle de Informação e o Plano de Gestão Integrada para Safra Agrícola no Porto de Santos. Trabalhou como gestor para BM&F-BOVESPA, Embraer, Tribunal Eleitoral Regional de Santa Catarina e Sonils em Luanda, Angola. - Helder Barbalho É ministro dos Portos. Formado em Administração na Unama (Universidade da Amazônia), tem MBA em Gestão Pública pela FGV. Eleito deputado estadual no Pará, em 2002. Três anos mais tarde, assumiu a prefeitura de Ananindeua (PA), sendo reeleito em 2008. Em janeiro e outubro de 2015, foi ministro da Pesca e Aquicultura. Assumiu em outubro a pasta dos Portos. - Helder Luiz Gosling É diretor comercial e de logística do Grupo São Martinho, um dos maiores produtores de açúcar e álcool do país. Graduado em Engenharia de Produção Mecânica pela Unip (Universidade Paulista), com MBA Executivo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Em 22 anos de experiência, já passou por empresas como Copersucar, Solvay, Ipiranga e ED&F Man. - José Alberto Pereira Ribeiro Engenheiro civil, é presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (ANEOR). Membro do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI). - Joubert Flores Preside a comissão metroferroviária da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e o conselho da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos). É diretor de Engenharia, Gerenciamento e Desenvolvimento da Metrô Rio, além de ocupar a vice-presidência da divisão latino-americana da UITP (União Internacional de Transportes Públicos). Formado em Engenharia Elétrica pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), tem MBA em Gerência de Energia pela FGV. - Laura Mattos Chefe do Departamento de Operações Estruturadas da Área de Mercado de Capitais do BNDES, lidera a equipe de investimentos em operações de renda variável com companhias abertas e em títulos de mercado de renda fixa. É mestre em Planejamento Energético pela COPPE (UFRJ), pós-graduada em Finanças pelo IBMEC-RJ e formada em Engenharia Química pela UFRJ. - Luis Henrique Teixeira Baldez Engenheiro civil, é o atual presidente-executivo da Anut (Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga). Foi secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério dos Transportes, entre 1999 e 2003. É especialista em Regulação e Concessão de Projetos de Infraestrutura e em Finanças, Planejamento Econômico e Elaboração e Análise de Projetos, ambos pelo Banco Mundial. Atua como consultor na área de transportes e logística. - Marcos Bicalho Engenheiro civil pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e mestre em Ciências da Engenharia de Transportes pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), iniciou sua vida profissional na RFFSA (Rede Ferroviária Federal) com atuação também na CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Desde 1993, atua na NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) exercendo, atualmente, o cargo de diretor administrativo e institucional. É membro do Conselho Diretor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e do Conselho Nacional das Cidades, órgão do governo federal. - Mario Sebastiani Professor de regulação de mercado e competição na Universidade de Roma Tor Vergata. Especialista em Direito da Concorrência e leis antitruste, foi conselheiro-chefe do Ministério de Infraestrutura e Transporte da Itália e consultor de empresas e instituições italianas de transporte e comunicação eletrônica. - Natália Marcassa de Souza Secretária-executiva do Ministério dos Transportes. Antes disso, foi diretora interina e gerente de Regulação e Outorga da Exploração de Rodovias da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Possui experiência nas áreas de gerenciamento de projetos, economia industrial e microeconomia. É formada em Economia pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), com Mestrado em Economia pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e Especialização em Transportes Terrestres pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). - Nelson Barbosa Ministro do Planejamento do Brasil. Economista pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com doutorado pela NSSR (New School for Social Research), nos EUA. Ex-presidente do conselho do Banco do Brasil entre 2009 e 2013 e integrante do conselho de administração da Vale no período 2001-13. No governo federal, foi secretário executivo do Ministério da Fazenda de 2011 a 2013. É professor da Escola de Economia da FGV e pesquisador do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia). - Nilson Gibson Sobrinho É vice-presidente executivo da ABTC (Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga) e vice-presidente da Fetracan (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Nordeste). Empresário, foi coordenador executivo do porto de Suape (Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros), em Pernambuco, entre 2007 e 2012. - Paulo Tarso Resende Coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral. Além disso, é editor-chefe da revista DOM e professor da PUC-MG. Formado em Engenharia Civil pela Fumec (Fundação Mineira de Educação e Cultura), tem Mestrado em Planejamento e Engenharia de Transportes pela Universidade de Memphis, nos EUA, e Mestrado em Planejamento de Transportes e Logística, pela Universidade de Illinois, também nos EUA. - Pedro Dutra Formado em Direito, é conselheiro do Instituto Brasileiro de Estudos das Relações de Concorrência e de Consumo (IBRAC) e membro do Instituto dos Advogados de São Paulo. É especialista em direito concorrencial, regulatório, administrativo e constitucional. Autor dos livros Concentração do Poder Econômico, Regulação Econômica e Livre Concorrência, Direito Econômico interpretado pelos Tribunais, Conversando com o CADE, Economia e Direito nas Telecomunicações, entre outros. - Ricardo Bisordi de Oliveira Lima Presidente do conselho da concessionária do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, e diretor de negócios do Grupo CCR, maior empresa do setor de concessões de rodovias do Brasil. Formado em Engenharia Civil pela USP, com pós-graduação em Controladoria, Contabilidade e Administração Financeira na FGV-RJ e em Administração de Empresas pela Universidade da Califórnia, nos EUA. - Wilen Manteli Formado em Direito pela PUC-RS, é diretor-presidente da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários). Além disso é conselheiro da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) e membro da comissão temática de transportes da FIERGS (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
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Veja os participantes do fórum Infraestrutura de TransporteA Folha realiza na terça (24) e na quarta-feira (25) o Fórum Infraestrutura de Transporte. O seminário será realizado no Teatro Unibes Cultural, em São Paulo. No evento, serão debatidos o custo de produção e a logística brasileira, os modelos de concessões e mobilidade urbana. Entre os palestrantes, estão confirmados os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho. Para assistir aos debates, gratuitos, é preciso se inscrever pelo telefone 0800-777-0360 ou pelo e-mail foruminfraestrutura@grupofolha.com.br. As vagas são limitadas. Abaixo, veja alguns dos participantes, que vão tratar de concessões em aeroportos e rodovias, da integração entre modais e das aplicações e limites de metrôs, monotrilhos e veículos rápidos sobre trilhos nas cidades: Fórum de Infraestrutura - Dia 24 de novembro Fórum de Infraestrutura - Dia 25 de novembro FÓRUM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE ONDE: Teatro Unibes - r. Oscar Freire, 2.500 QUANDO: 24 e 25 de novembro, das 9h às 13h20 INSCRIÇÕES: 0800-777-0360 ou pelo e-mail foruminfraestrutura@grupofolha.com.br * Alessandro Oliveira Economista e especialista em transporte aéreo, é professor adjunto do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e pesquisador-chefe do Núcleo de Economia dos Transportes (NECTAR). Vencedor de prêmios concedidos por CNI, CNT/ANPET, Instituto Liberal, Instituto de Engenheiros da Grã-Bretanha, Ministério da Fazenda, entre outros. Trabalhou na área de custos de produção e controladoria em empresas como Kellogg, Parker-Hannifin e Monsanto do Brasil. É autor dos livros "Transporte Aéreo: Economia e Políticas Públicas" e "Competition in Emerging Airline Markets". - Bruno Pereira Coordenador do portal PPP Brasil, que difunde informações e pesquisas sobre as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e investimentos em infraestrutura. Pereira é mestre em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP). Foi coordenador da Escola de Formação da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP) e pesquisador do GVlaw, Programa de Educação Continuada e Especialização da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou como assessor de diretoria da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e consultor em projetos de infraestrutura. - Carolina Lacerda É diretora da Anbima (Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Formada em Economia pela USP, possui MBA pela Columbia Business School, nos EUA, e especialização em Mercado de Capitais pela École Supérieure de Commerce de Rouen, na França. Foi COO (diretora de operações) do banco de investimentos do Unibanco entre 2008 e 2009, antes de ser diretora administrativa do Deutsche Bank e da divisão de banco de investimento do UBS. Com vasta experiência em finanças corporativas, liderou emissões de dívidas e ações para empresas como Petrobras, Vale, Braskem, TAM, Gol e UOL. - Clarissa Costa de Barros Superintendente de Regulação Econômica de Aeroportos da Anac (Agência Nacional de Avião Civil). Graduada em Psicologia pela UnB (Universidade de Brasília), fez mestrado em Economia do Setor Público, na mesma instituição, e especialização em Políticas Públicas e Gestão Governamental, no Ministério do Planejamento. Ligada à aviação civil desde 2007, foi chefe da assessoria da presidência da Anac e gerente técnica de tarifas aeroportuárias da agência. - Cláudio Roberto Frischtak É presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios e diretor para Mocambique do IGC (Centro Internacional de Crescimento). Formado em Economia pela Universidade de Wisconsin, nos EUA, fez Mestrado na Unicamp e Doutorado em Stanford, também nos EUA. Ex-economista da área de indústria e energia do Banco Mundial entre 1984 e 1991, foi professor-adjunto na Universidade de Georgetown (1987-1991). Com mais de 100 publicações, é membro do Think Tank-20 do Brookings Institution. - Clodoaldo Pelissioni Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. Formado em Administração Pública pela FGV, possui pós-graduação em Formação de Governantes pela USP. Exerceu o cargo de assessor administrativo e financeiro do Prodam (Companhia de Processamento de Dados do município de São Paulo) e trabalhou como diretor financeiro da Imprensa Oficial de São Paulo entre 2007 e 2010. Foi superintendente do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) do Estado entre 2010 e 2014 e secretário estadual de Logística e Transportes em 2014. - Eduardo Copello É presidente da CTB (Companhia de Transportes do Estado da Bahia). Foi chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia entre 2010 e 2014. Com mais de 30 anos de atuação nas áreas pública e privada, tem formação em Engenharia Sanitária e Mestrado em Administração, ambos pela UFBA (Universidade Federal da Bahia). Além disso, é especialista em Gestão Industrial pela Sociedade Carl Duisberg, na Alemanha. - Eliseu Padilha Ministro da Aviação Civil. Bacharel em Direito pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), foi prefeito de Tramandaí (RS) de 1989 a 1992. Secretário dos Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul em 1995, foi eleito deputado federal em três legislaturas (1995, 2003 e 2007) e suplente em 2011. Ex-ministro dos Transportes entre 1997 e 2001. - Fernando Faria É sócio de Infraestrutura da consultoria KPMG no Brasil. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, é docente convidado da instituição na formação sobre PPP (Parcerias Público-Privado). HJá liderou trabalhos de infraestrutura na América Latina, África, Estados Unidos, Índia e Europa. - Giovanni Pengue Filho É diretor geral da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), responsável por projetos como a arrecadação automática de pedágios, o desenho de implantação e operação do Centro de Controle de Informação e o Plano de Gestão Integrada para Safra Agrícola no Porto de Santos. Trabalhou como gestor para BM&F-BOVESPA, Embraer, Tribunal Eleitoral Regional de Santa Catarina e Sonils em Luanda, Angola. - Helder Barbalho É ministro dos Portos. Formado em Administração na Unama (Universidade da Amazônia), tem MBA em Gestão Pública pela FGV. Eleito deputado estadual no Pará, em 2002. Três anos mais tarde, assumiu a prefeitura de Ananindeua (PA), sendo reeleito em 2008. Em janeiro e outubro de 2015, foi ministro da Pesca e Aquicultura. Assumiu em outubro a pasta dos Portos. - Helder Luiz Gosling É diretor comercial e de logística do Grupo São Martinho, um dos maiores produtores de açúcar e álcool do país. Graduado em Engenharia de Produção Mecânica pela Unip (Universidade Paulista), com MBA Executivo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Em 22 anos de experiência, já passou por empresas como Copersucar, Solvay, Ipiranga e ED&F Man. - José Alberto Pereira Ribeiro Engenheiro civil, é presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (ANEOR). Membro do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI). - Joubert Flores Preside a comissão metroferroviária da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e o conselho da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos). É diretor de Engenharia, Gerenciamento e Desenvolvimento da Metrô Rio, além de ocupar a vice-presidência da divisão latino-americana da UITP (União Internacional de Transportes Públicos). Formado em Engenharia Elétrica pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), tem MBA em Gerência de Energia pela FGV. - Laura Mattos Chefe do Departamento de Operações Estruturadas da Área de Mercado de Capitais do BNDES, lidera a equipe de investimentos em operações de renda variável com companhias abertas e em títulos de mercado de renda fixa. É mestre em Planejamento Energético pela COPPE (UFRJ), pós-graduada em Finanças pelo IBMEC-RJ e formada em Engenharia Química pela UFRJ. - Luis Henrique Teixeira Baldez Engenheiro civil, é o atual presidente-executivo da Anut (Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga). Foi secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério dos Transportes, entre 1999 e 2003. É especialista em Regulação e Concessão de Projetos de Infraestrutura e em Finanças, Planejamento Econômico e Elaboração e Análise de Projetos, ambos pelo Banco Mundial. Atua como consultor na área de transportes e logística. - Marcos Bicalho Engenheiro civil pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e mestre em Ciências da Engenharia de Transportes pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), iniciou sua vida profissional na RFFSA (Rede Ferroviária Federal) com atuação também na CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Desde 1993, atua na NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) exercendo, atualmente, o cargo de diretor administrativo e institucional. É membro do Conselho Diretor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e do Conselho Nacional das Cidades, órgão do governo federal. - Mario Sebastiani Professor de regulação de mercado e competição na Universidade de Roma Tor Vergata. Especialista em Direito da Concorrência e leis antitruste, foi conselheiro-chefe do Ministério de Infraestrutura e Transporte da Itália e consultor de empresas e instituições italianas de transporte e comunicação eletrônica. - Natália Marcassa de Souza Secretária-executiva do Ministério dos Transportes. Antes disso, foi diretora interina e gerente de Regulação e Outorga da Exploração de Rodovias da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Possui experiência nas áreas de gerenciamento de projetos, economia industrial e microeconomia. É formada em Economia pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), com Mestrado em Economia pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e Especialização em Transportes Terrestres pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). - Nelson Barbosa Ministro do Planejamento do Brasil. Economista pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com doutorado pela NSSR (New School for Social Research), nos EUA. Ex-presidente do conselho do Banco do Brasil entre 2009 e 2013 e integrante do conselho de administração da Vale no período 2001-13. No governo federal, foi secretário executivo do Ministério da Fazenda de 2011 a 2013. É professor da Escola de Economia da FGV e pesquisador do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia). - Nilson Gibson Sobrinho É vice-presidente executivo da ABTC (Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga) e vice-presidente da Fetracan (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Nordeste). Empresário, foi coordenador executivo do porto de Suape (Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros), em Pernambuco, entre 2007 e 2012. - Paulo Tarso Resende Coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral. Além disso, é editor-chefe da revista DOM e professor da PUC-MG. Formado em Engenharia Civil pela Fumec (Fundação Mineira de Educação e Cultura), tem Mestrado em Planejamento e Engenharia de Transportes pela Universidade de Memphis, nos EUA, e Mestrado em Planejamento de Transportes e Logística, pela Universidade de Illinois, também nos EUA. - Pedro Dutra Formado em Direito, é conselheiro do Instituto Brasileiro de Estudos das Relações de Concorrência e de Consumo (IBRAC) e membro do Instituto dos Advogados de São Paulo. É especialista em direito concorrencial, regulatório, administrativo e constitucional. Autor dos livros Concentração do Poder Econômico, Regulação Econômica e Livre Concorrência, Direito Econômico interpretado pelos Tribunais, Conversando com o CADE, Economia e Direito nas Telecomunicações, entre outros. - Ricardo Bisordi de Oliveira Lima Presidente do conselho da concessionária do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, e diretor de negócios do Grupo CCR, maior empresa do setor de concessões de rodovias do Brasil. Formado em Engenharia Civil pela USP, com pós-graduação em Controladoria, Contabilidade e Administração Financeira na FGV-RJ e em Administração de Empresas pela Universidade da Califórnia, nos EUA. - Wilen Manteli Formado em Direito pela PUC-RS, é diretor-presidente da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários). Além disso é conselheiro da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) e membro da comissão temática de transportes da FIERGS (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
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Recorrer ao STF contra impeachment não é tapetão, diz Cardozo
O ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) negou nesta quarta-feira (13) que um eventual recurso do governo contra o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao STF (Supremo Tribunal Federal) possa representar uma espécie de "tapetão". Segundo o ministro, o governo ainda avalia se vai judicializar o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que recomenda a admissibilidade do pedido de afastamento da petista. "O dia em que o Judiciário for entendido como um tapetão nós rasgamos de vez o Estado de Direito no Brasil. A Constituição é clara: nenhuma lesão de direito pode ficar afastada de apreciação do Judiciário. Se um cidadão comum, se qualquer pessoa ou um presidente da República tem uma lesão, vamos ao Judiciário. Isso sinceramente não é tapetão", afirmou. Cardozo disse que o governo ainda não fechou questão sobre o recurso porque avalia que há possibilidade da Câmara rejeitar o parecer. Nos últimos dias, no entanto, o governo tem perdido apoio de partidos da base que passaram a apoiar o impeachment. "Estamos considerando a possibilidade da Câmara mesmo reconhecer a invalidade do relatório, mas por óbvio essa é uma questão que vai sendo analisada pela AGU para que na hora certa e se for o caso possamos judicializar a matéria", afirmou. O governo tem dito que o parecer da comissão especial da Câmara, elaborado por Jovair, induz a erros, e chega a fazer menções à Operação Lava Jato, sendo que o processo de impeachment não envolve essas investigações. Questionado sobre os pedidos da oposição para o STF impedir a negociação de cargos em meio a discussão do processo de impeachment, Cardozo minimizou. "[Isso é] mais um factoide, como dentre tantos outros temos tido por parte de bancadas e setores da oposição. É evidente que não tem o menor proposito uma coisa desse tipo. É óbvio que não tem o menor cabimento. Não é a primeira vez e pelo jeito não será a última que se utilizam de expedientes judiciais para criação de factoides" , disse. LULA Cardozo se reuniu no início da tarde com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para confirmar a análise das ações que tratam da legalidade da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil, que serão julgadas no dia 20, pelo plenário do tribunal. O ministro da AGU deve entregar um memorial aos 11 integrantes do STF defendendo a legalidade da indicação. Ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu, na semana passada, que o STF anule a nomeação do ex-presidente. Segundo Janot, a indicação do petista faz parte de ações deflagradas pelo governo Dilma para "tumultuar" o andamento das investigações da Lava Jato e teve o objetivo de tirar as apurações do ex-presidente das mãos do juiz Sergio Moro. Para a Procuradoria, há indícios de que a nomeação representou desvio de finalidade. A posse de Lula está suspensa por uma liminar (decisão provisória) de Gilmar Mendes. "Trarei memoriais para cada ministro, com as nossas razões e fundamentações porque temos absoluta convicção que a nomeação foi válida e não há nesse caso nenhum desvio de poder", disse Cardozo.
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Recorrer ao STF contra impeachment não é tapetão, diz CardozoO ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) negou nesta quarta-feira (13) que um eventual recurso do governo contra o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao STF (Supremo Tribunal Federal) possa representar uma espécie de "tapetão". Segundo o ministro, o governo ainda avalia se vai judicializar o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que recomenda a admissibilidade do pedido de afastamento da petista. "O dia em que o Judiciário for entendido como um tapetão nós rasgamos de vez o Estado de Direito no Brasil. A Constituição é clara: nenhuma lesão de direito pode ficar afastada de apreciação do Judiciário. Se um cidadão comum, se qualquer pessoa ou um presidente da República tem uma lesão, vamos ao Judiciário. Isso sinceramente não é tapetão", afirmou. Cardozo disse que o governo ainda não fechou questão sobre o recurso porque avalia que há possibilidade da Câmara rejeitar o parecer. Nos últimos dias, no entanto, o governo tem perdido apoio de partidos da base que passaram a apoiar o impeachment. "Estamos considerando a possibilidade da Câmara mesmo reconhecer a invalidade do relatório, mas por óbvio essa é uma questão que vai sendo analisada pela AGU para que na hora certa e se for o caso possamos judicializar a matéria", afirmou. O governo tem dito que o parecer da comissão especial da Câmara, elaborado por Jovair, induz a erros, e chega a fazer menções à Operação Lava Jato, sendo que o processo de impeachment não envolve essas investigações. Questionado sobre os pedidos da oposição para o STF impedir a negociação de cargos em meio a discussão do processo de impeachment, Cardozo minimizou. "[Isso é] mais um factoide, como dentre tantos outros temos tido por parte de bancadas e setores da oposição. É evidente que não tem o menor proposito uma coisa desse tipo. É óbvio que não tem o menor cabimento. Não é a primeira vez e pelo jeito não será a última que se utilizam de expedientes judiciais para criação de factoides" , disse. LULA Cardozo se reuniu no início da tarde com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para confirmar a análise das ações que tratam da legalidade da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil, que serão julgadas no dia 20, pelo plenário do tribunal. O ministro da AGU deve entregar um memorial aos 11 integrantes do STF defendendo a legalidade da indicação. Ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu, na semana passada, que o STF anule a nomeação do ex-presidente. Segundo Janot, a indicação do petista faz parte de ações deflagradas pelo governo Dilma para "tumultuar" o andamento das investigações da Lava Jato e teve o objetivo de tirar as apurações do ex-presidente das mãos do juiz Sergio Moro. Para a Procuradoria, há indícios de que a nomeação representou desvio de finalidade. A posse de Lula está suspensa por uma liminar (decisão provisória) de Gilmar Mendes. "Trarei memoriais para cada ministro, com as nossas razões e fundamentações porque temos absoluta convicção que a nomeação foi válida e não há nesse caso nenhum desvio de poder", disse Cardozo.
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Prepare-se: domingo de Páscoa com Pato Fu, Tiê e Corinthians x Santos
DE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Desde 2008, escrevo um diário. Gosto de conversar comigo mesmo e rever tudo o que eu passei um dia. É uma viagem no tempo, um exercício para a memória. Uma forma de eu me conhecer, de ver como fui um dia, como estou hoje e refletir sobre como quero ser, dali em diante." Edivaldo Barbosa, 57, aposentado, estação de metrô Pedro 2º * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
saopaulo
Prepare-se: domingo de Páscoa com Pato Fu, Tiê e Corinthians x SantosDE SÃO PAULO PERSONAGEM DO DIA "Desde 2008, escrevo um diário. Gosto de conversar comigo mesmo e rever tudo o que eu passei um dia. É uma viagem no tempo, um exercício para a memória. Uma forma de eu me conhecer, de ver como fui um dia, como estou hoje e refletir sobre como quero ser, dali em diante." Edivaldo Barbosa, 57, aposentado, estação de metrô Pedro 2º * TEMPO * O QUE AFETA SUA VIDA * CULTURA E ENTRETENIMENTO AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Edição: Fabiana Seragusa Reportagem: Carolina Dantas (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Governo testa na quarta sua musculatura para aprovar as reformas
BRASÍLIA - Está marcada para quarta-feira (26) a primeira votação importante em que o governo medirá o grau de adesão de sua base em torno das reformas de Michel Temer. O plenário da Câmara deve analisar nesse dia o pacote de mudanças na legislação trabalhista. Reunidas em 132 páginas, as propostas atendem majoritariamente a interesses patronais. O principal aceno aos trabalhadores é o da promessa da obtenção ou manutenção do emprego. Sensíveis a redes sociais e a danos à imagem, deputados contrariaram o governo na terça (18) ao não aprovar a aceleração da tramitação da reforma. Áulicos espalharam a lorota de que houve apenas um cochilo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que encerrou a votação antes que todos os governistas tivessem chegado ao plenário. Fosse isso, o Planalto não teria montado uma força-tarefa para pressionar infiéis, refazer a votação e, em menos de 24 horas depois, aprovar a tramitação em caráter de urgência. Da noite para o dia, 24 deputados de partidos governistas calçaram a cara e apertaram botão oposto a que haviam pressionado na véspera. Se na terça eram contra votar à jato a reforma, acordaram na quarta doidos para acelerar a tramitação da coisa. Ainda estão para vir a público os reais argumentos usados pelo governo. Tiririca (PR-SP), um dos 24 vira-casacas, deu sua versão: disse que seu chefe de gabinete sofreu uma pressão monstro do partido e, por isso, resolveu pensar melhor no assunto. Mas garante ser contra todas as reformas e que vai "bater de frente" com o partido na votação do mérito. A quarta-feira está aí para que Tiririca e o PR possam medir forças. A trincheira trabalhista será o termômetro para a batalha principal, a da reforma da Previdência —que virá a seguir e que necessitará de apoio maior, de 60% dos congressistas. Essas duas votações, aliadas à Lava Jato, têm grande potencial de definir o que será o resto do governo Temer e o que virá por aí em 2018.
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Governo testa na quarta sua musculatura para aprovar as reformasBRASÍLIA - Está marcada para quarta-feira (26) a primeira votação importante em que o governo medirá o grau de adesão de sua base em torno das reformas de Michel Temer. O plenário da Câmara deve analisar nesse dia o pacote de mudanças na legislação trabalhista. Reunidas em 132 páginas, as propostas atendem majoritariamente a interesses patronais. O principal aceno aos trabalhadores é o da promessa da obtenção ou manutenção do emprego. Sensíveis a redes sociais e a danos à imagem, deputados contrariaram o governo na terça (18) ao não aprovar a aceleração da tramitação da reforma. Áulicos espalharam a lorota de que houve apenas um cochilo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que encerrou a votação antes que todos os governistas tivessem chegado ao plenário. Fosse isso, o Planalto não teria montado uma força-tarefa para pressionar infiéis, refazer a votação e, em menos de 24 horas depois, aprovar a tramitação em caráter de urgência. Da noite para o dia, 24 deputados de partidos governistas calçaram a cara e apertaram botão oposto a que haviam pressionado na véspera. Se na terça eram contra votar à jato a reforma, acordaram na quarta doidos para acelerar a tramitação da coisa. Ainda estão para vir a público os reais argumentos usados pelo governo. Tiririca (PR-SP), um dos 24 vira-casacas, deu sua versão: disse que seu chefe de gabinete sofreu uma pressão monstro do partido e, por isso, resolveu pensar melhor no assunto. Mas garante ser contra todas as reformas e que vai "bater de frente" com o partido na votação do mérito. A quarta-feira está aí para que Tiririca e o PR possam medir forças. A trincheira trabalhista será o termômetro para a batalha principal, a da reforma da Previdência —que virá a seguir e que necessitará de apoio maior, de 60% dos congressistas. Essas duas votações, aliadas à Lava Jato, têm grande potencial de definir o que será o resto do governo Temer e o que virá por aí em 2018.
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CEUs têm férias com passeios gratuitos e peças de teatro
DE SÃO PAULO Para os pequenos que estão sem fazer nada em casa nas férias, as unidades dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) oferecem, a partir desta segunda (12), atividades recreativas, esportivas e culturais para passar o tempo. As atrações são gratuitas e serão realizadas em 71 locais diferentes em todas as regiões de São Paulo. Além de CEUs, participam também algumas escolas municipais, centros esportivos e sedes de ONGs. Além de jogos, brincadeiras e peças de teatro como "Alice no País das Maravilhas", haverá passeios a exposições como a mostra sobre o Castelo Rá-Tim-Bum, no MIS. A expectativa da prefeitura é que cerca de 26 mil pessoas compareçam. Para se inscrever, é preciso ter entre 4 e 14 anos e comparecer a um dos locais das atrações levando autorização assinada pelos pais ou responsáveis. As inscrições começaram no dia 24/11 e continuam abertas até o preenchimento das vagas. A programação vai até dia 23/1 e pode ser encontrada aqui.
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CEUs têm férias com passeios gratuitos e peças de teatroDE SÃO PAULO Para os pequenos que estão sem fazer nada em casa nas férias, as unidades dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) oferecem, a partir desta segunda (12), atividades recreativas, esportivas e culturais para passar o tempo. As atrações são gratuitas e serão realizadas em 71 locais diferentes em todas as regiões de São Paulo. Além de CEUs, participam também algumas escolas municipais, centros esportivos e sedes de ONGs. Além de jogos, brincadeiras e peças de teatro como "Alice no País das Maravilhas", haverá passeios a exposições como a mostra sobre o Castelo Rá-Tim-Bum, no MIS. A expectativa da prefeitura é que cerca de 26 mil pessoas compareçam. Para se inscrever, é preciso ter entre 4 e 14 anos e comparecer a um dos locais das atrações levando autorização assinada pelos pais ou responsáveis. As inscrições começaram no dia 24/11 e continuam abertas até o preenchimento das vagas. A programação vai até dia 23/1 e pode ser encontrada aqui.
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Vazio, novo metrô até Parque Olímpico é um pouco mais lento do que o prometido
ITALO NOGUEIRA DO RIO O novo esquema de transporte para o Parque Olímpico inaugurado nesta segunda-feira (1º) demorou um pouco mais do que o prometido –quatro minutos. O tempo varia principalmente em razão do tempo de espera na integração entre a linha 4 do metrô e o BRT. Apesar disso, o serviço é uma vantagem frente ao trânsito no trajeto entre Ipanema e a Barra. O percurso de 30,8 quilômetros feito pela linha 4 do metrô e a linha especial do BRT (corredor exclusivo de ônibus da estação Jardim Oceânico até o Parque Olímpico) tomou 41 minutos. Mais do que os 37 prometidos. Há ainda o trajeto da plataforma do metrô até a estação, que durou cerca de dois minutos. O passageiro deve ficar atento na integração entre o metrô e o BRT. A catraca não é uma roleta, mas uma portinhola que abre e fecha num prazo muito curto e de forma veloz. Ela atingiu com força a perna do repórter. Até o dia 4 de agosto, o serviço é exclusivo para pessoas credenciadas para os Jogos. Na composição em que estava a Folha havia outras 13 pessoas. A partir do dia 5, o torcedor poderá embarcar em qualquer uma das cinco estações da linha 4. Ele será exclusivo a quem tem o cartão RioCard olímpico, destinado apenas a quem tem ingresso para os Jogos.
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Vazio, novo metrô até Parque Olímpico é um pouco mais lento do que o prometido ITALO NOGUEIRA DO RIO O novo esquema de transporte para o Parque Olímpico inaugurado nesta segunda-feira (1º) demorou um pouco mais do que o prometido –quatro minutos. O tempo varia principalmente em razão do tempo de espera na integração entre a linha 4 do metrô e o BRT. Apesar disso, o serviço é uma vantagem frente ao trânsito no trajeto entre Ipanema e a Barra. O percurso de 30,8 quilômetros feito pela linha 4 do metrô e a linha especial do BRT (corredor exclusivo de ônibus da estação Jardim Oceânico até o Parque Olímpico) tomou 41 minutos. Mais do que os 37 prometidos. Há ainda o trajeto da plataforma do metrô até a estação, que durou cerca de dois minutos. O passageiro deve ficar atento na integração entre o metrô e o BRT. A catraca não é uma roleta, mas uma portinhola que abre e fecha num prazo muito curto e de forma veloz. Ela atingiu com força a perna do repórter. Até o dia 4 de agosto, o serviço é exclusivo para pessoas credenciadas para os Jogos. Na composição em que estava a Folha havia outras 13 pessoas. A partir do dia 5, o torcedor poderá embarcar em qualquer uma das cinco estações da linha 4. Ele será exclusivo a quem tem o cartão RioCard olímpico, destinado apenas a quem tem ingresso para os Jogos.
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Forma de indicação de ministros do STF deveria ser questionada, diz leitor
Lamentável que se questione apenas se o indicado Luiz Fachin estaria ou não capacitado ao cargo, mas nada se aborde sobre a forma de seu provimento –livre escolha do Executivo. Já passou da hora de se discutir a criação de um colegiado formado pela magistratura federal, Ministério Público Federal e OAB, que teria a prerrogativa de indicar nomes para a suprema corte, inclusa a extinção da vitaliciedade. Ministros do STF devem ter mandatos. Não adianta tentar se combater o mal pelo efeito, se a raiz continuar frutificando. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Forma de indicação de ministros do STF deveria ser questionada, diz leitorLamentável que se questione apenas se o indicado Luiz Fachin estaria ou não capacitado ao cargo, mas nada se aborde sobre a forma de seu provimento –livre escolha do Executivo. Já passou da hora de se discutir a criação de um colegiado formado pela magistratura federal, Ministério Público Federal e OAB, que teria a prerrogativa de indicar nomes para a suprema corte, inclusa a extinção da vitaliciedade. Ministros do STF devem ter mandatos. Não adianta tentar se combater o mal pelo efeito, se a raiz continuar frutificando. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Pesquisa diz que 40% dos brasileiros almoçam em menos de meia hora
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Cerca de 40% dos profissionais brasileiros levam menos de meia hora para almoçar, segundo uma pesquisa de 2016 feita pela empresa de benefícios Edenred, que investigou hábitos alimentares de 2.500 trabalhadores em 14 países. O dado pode parecer ruim, mas há casos piores. Nos EUA, 64% dos que saem para almoçar voltam ao trabalho em menos de 30 minutos, segundo o estudo. A contabilista Camila Marinho, 26, que mora e trabalha em São Paulo, é adepta do almoço de dez minutos, muitas vezes ingerido na mesa de trabalho. "Posso até perder chances de estreitar relacionamentos, o que tento compensar na hora do café, mas economizo tempo, sobretudo quando tenho prazos mais apertados." O problema é quando as demandas consideradas urgentes prendem o profissional no escritório todos os dias, aponta Guy Cliquet, doutor em comportamento organizacional, do Insper. "Se sempre há algo inadiável, é sinal que a área ou até a pessoa não consegue se organizar direito, e a maioria muda apenas quando tem um prejuízo de saúde", diz. O intervalo na rotina de trabalho é vital. Entre os problemas que podem surgir em consequência desse pouco caso com a hora do almoço estão a queda na produtividade, na concentração e na criatividade e, em casos extremos, estafa grave, afirma o médico e doutor em psiquiatria Mario Louzã. Algumas empresas já estipulam almoços longos, de uma hora e 15 minutos, o que também serve como estratégia para manter os funcionários satisfeitos, diz Leonardo Berto, especialista em RH da consultoria Robert Half. Mesmo mais longa, a pausa não pode ser usada para responder e-mails ou mensagens de trabalho, um erro comum entre os profissionais. É preciso interagir com os colegas e arejar a mente, afirma a especialista em gestão de pessoas e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas) Anna Cherubina. "Quem só descansa quando chega em casa não vai conseguir desempenhar bem suas funções no médio e longo prazo", reforça Louzã. PARADA ESTRATÉGICA A administradora Victória Menon, 25, acha que comete mais erros e fica dispersa se não consegue sair para almoçar com calma, o que tenta fazer todos os dias. Ela procura cumprir uma dieta controlada, para ganhar peso. "Gosto de comer com os colegas e falar de faculdade, namorado, qualquer coisa que não seja trabalho. Conheci muita gente assim e fiz alguns amigos." Na consultoria Crowe Horwath, onde trabalha, a pausa dura 1h15. Para Berto, da Robert Half, não é preciso comer fora todos os dias, mas buscar no cotidiano formas de interromper a rotina do trabalho. A analista de planejamento da Tokio Marine Luana Feliciano, 30, aderiu à marmita saudável e come no refeitório da empresa. O tempo que sobra é aproveitado em caminhadas após a refeição. "Levo um tênis na mochila e sinto que fico mais calma durante a tarde", diz. A ideia surgiu com um programa da empresa, que estimula alimentação saudável e prática de exercícios, do qual Luana participou. O horário de almoço na empresa também é um pouco mais longo, com 1h15. Não adianta só parar de trabalhar: é preciso escolher alimentos de boa qualidade nutricional, seja na marmita ou no self-service, diz a médica endocrinologista Erika Parente, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. Parente ressalta a importância de equilibrar carboidratos, proteínas magras e gorduras boas, como o azeite, que dão energia sem pesar no estômago durante a tarde. São diretrizes básicas, mas que muitas vezes são trocadas por lanches rápidos em redes de fast food. Quando a oferta de alimentos é grande, como nos restaurantes por quilo, vale seguir as regras da boa mesa e se servir primeiro da salada e depois dos pratos quentes, explica Maria Aparecida Araújo, especialista em etiqueta corporativa. "É mais educado, e a pessoa reflete melhor sobre o que deve comer", diz. No Brasil, os restaurantes por quilo são os favoritos: segundo a pesquisa, 23% das pessoas comem em locais do tipo cinco vezes por semana. * O QUE ELES QUEREM Diferenças culturais na hora da refeição Entre os brasileiros, uma refeição de qualidade pressupõe algo saudável, saboroso e que permita passar tempo com colegas e amigos Para os gregos, o aspecto mais importante é a qualidade dos ingredientes. Eles destacam as saladas como prato favorito No Japão, valoriza-se a refeição em grupo, com colegas e amigos, que deve ser balanceada e relaxante A praticidade dos alimentos é o mais importante para os norte-americanos, que privilegiam comidas doces e que deem saciedade rapidamente Na Itália, comida mediterrânea e massas são vitais para uma refeição prazerosa 30% dos brasileiros acham que o almoço deve ser um momento de prazer, mesmo durante a semana, contra 16% dos profissionais do resto do mundo 82% dos profissionais no Brasil priorizam restaurantes que estejam muito próximos do escritório 4% dos trabalhadores consultados no país levam marmita todos os dias Fonte: Pesquisa "Refeição Ideal", da Edenred
sobretudo
Pesquisa diz que 40% dos brasileiros almoçam em menos de meia hora ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Cerca de 40% dos profissionais brasileiros levam menos de meia hora para almoçar, segundo uma pesquisa de 2016 feita pela empresa de benefícios Edenred, que investigou hábitos alimentares de 2.500 trabalhadores em 14 países. O dado pode parecer ruim, mas há casos piores. Nos EUA, 64% dos que saem para almoçar voltam ao trabalho em menos de 30 minutos, segundo o estudo. A contabilista Camila Marinho, 26, que mora e trabalha em São Paulo, é adepta do almoço de dez minutos, muitas vezes ingerido na mesa de trabalho. "Posso até perder chances de estreitar relacionamentos, o que tento compensar na hora do café, mas economizo tempo, sobretudo quando tenho prazos mais apertados." O problema é quando as demandas consideradas urgentes prendem o profissional no escritório todos os dias, aponta Guy Cliquet, doutor em comportamento organizacional, do Insper. "Se sempre há algo inadiável, é sinal que a área ou até a pessoa não consegue se organizar direito, e a maioria muda apenas quando tem um prejuízo de saúde", diz. O intervalo na rotina de trabalho é vital. Entre os problemas que podem surgir em consequência desse pouco caso com a hora do almoço estão a queda na produtividade, na concentração e na criatividade e, em casos extremos, estafa grave, afirma o médico e doutor em psiquiatria Mario Louzã. Algumas empresas já estipulam almoços longos, de uma hora e 15 minutos, o que também serve como estratégia para manter os funcionários satisfeitos, diz Leonardo Berto, especialista em RH da consultoria Robert Half. Mesmo mais longa, a pausa não pode ser usada para responder e-mails ou mensagens de trabalho, um erro comum entre os profissionais. É preciso interagir com os colegas e arejar a mente, afirma a especialista em gestão de pessoas e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas) Anna Cherubina. "Quem só descansa quando chega em casa não vai conseguir desempenhar bem suas funções no médio e longo prazo", reforça Louzã. PARADA ESTRATÉGICA A administradora Victória Menon, 25, acha que comete mais erros e fica dispersa se não consegue sair para almoçar com calma, o que tenta fazer todos os dias. Ela procura cumprir uma dieta controlada, para ganhar peso. "Gosto de comer com os colegas e falar de faculdade, namorado, qualquer coisa que não seja trabalho. Conheci muita gente assim e fiz alguns amigos." Na consultoria Crowe Horwath, onde trabalha, a pausa dura 1h15. Para Berto, da Robert Half, não é preciso comer fora todos os dias, mas buscar no cotidiano formas de interromper a rotina do trabalho. A analista de planejamento da Tokio Marine Luana Feliciano, 30, aderiu à marmita saudável e come no refeitório da empresa. O tempo que sobra é aproveitado em caminhadas após a refeição. "Levo um tênis na mochila e sinto que fico mais calma durante a tarde", diz. A ideia surgiu com um programa da empresa, que estimula alimentação saudável e prática de exercícios, do qual Luana participou. O horário de almoço na empresa também é um pouco mais longo, com 1h15. Não adianta só parar de trabalhar: é preciso escolher alimentos de boa qualidade nutricional, seja na marmita ou no self-service, diz a médica endocrinologista Erika Parente, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. Parente ressalta a importância de equilibrar carboidratos, proteínas magras e gorduras boas, como o azeite, que dão energia sem pesar no estômago durante a tarde. São diretrizes básicas, mas que muitas vezes são trocadas por lanches rápidos em redes de fast food. Quando a oferta de alimentos é grande, como nos restaurantes por quilo, vale seguir as regras da boa mesa e se servir primeiro da salada e depois dos pratos quentes, explica Maria Aparecida Araújo, especialista em etiqueta corporativa. "É mais educado, e a pessoa reflete melhor sobre o que deve comer", diz. No Brasil, os restaurantes por quilo são os favoritos: segundo a pesquisa, 23% das pessoas comem em locais do tipo cinco vezes por semana. * O QUE ELES QUEREM Diferenças culturais na hora da refeição Entre os brasileiros, uma refeição de qualidade pressupõe algo saudável, saboroso e que permita passar tempo com colegas e amigos Para os gregos, o aspecto mais importante é a qualidade dos ingredientes. Eles destacam as saladas como prato favorito No Japão, valoriza-se a refeição em grupo, com colegas e amigos, que deve ser balanceada e relaxante A praticidade dos alimentos é o mais importante para os norte-americanos, que privilegiam comidas doces e que deem saciedade rapidamente Na Itália, comida mediterrânea e massas são vitais para uma refeição prazerosa 30% dos brasileiros acham que o almoço deve ser um momento de prazer, mesmo durante a semana, contra 16% dos profissionais do resto do mundo 82% dos profissionais no Brasil priorizam restaurantes que estejam muito próximos do escritório 4% dos trabalhadores consultados no país levam marmita todos os dias Fonte: Pesquisa "Refeição Ideal", da Edenred
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Mês da Cultura Independente e Dia do Bacon são destaques da semana
O editor do "Guia Folha", Marcelo Quaz, comenta a agenda desta semana em São Paulo no vídeo acima. Um dos destaques é o Mês da Cultura Independente, que começa neste sábado (5). Até 30/9, o evento, com foco em atrações alheias ao circuito comercial, tem agenda repleta de filmes?são mais de 30?, intervenções, oficinas de dança e passeios de bike, entre outras atrações grátis ou a R$ 1. Leia mais aqui
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Mês da Cultura Independente e Dia do Bacon são destaques da semanaO editor do "Guia Folha", Marcelo Quaz, comenta a agenda desta semana em São Paulo no vídeo acima. Um dos destaques é o Mês da Cultura Independente, que começa neste sábado (5). Até 30/9, o evento, com foco em atrações alheias ao circuito comercial, tem agenda repleta de filmes?são mais de 30?, intervenções, oficinas de dança e passeios de bike, entre outras atrações grátis ou a R$ 1. Leia mais aqui
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Aviso
Excepcionalmente, a colunista não escreve nesta quinta-feira (7).
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AvisoExcepcionalmente, a colunista não escreve nesta quinta-feira (7).
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Cães foram domesticados duas vezes em regiões distintas, diz estudo
Uma combinação de dados arqueológicos com novos estudos de material genético indica que de fato o cão é o melhor amigo do homem: ele teria sido domesticado não apenas uma vez, mas duas vezes em regiões distintas do planeta. A relação entre cães e humanos vêm de longa data. O estudo comparou DNA de cães europeus que viveram entre 14.000 a 3.000 anos atrás, e decifrou o genoma de um deles em particular, que viveu em Newgrange, um sítio arqueológico na Irlanda, há 4.800 anos. A comparação também envolveu genomas de lobos –o ancestral dos cães– e cachorros modernos, tanto da Eurásia ocidental como do leste da Ásia. O material genético de 605 cães modernos de 48 raças de todo o mundo foi vasculhado O estudo foi feito pela equipe chefiada por Laurent A. F. Frantz e Greger Larson, da Universidade Oxford, Reino Unido, e Daniel G. Bradley, do Trinity College Dublin, Irlanda, e está publicado na edição de hoje da revista científica americana "Science". Como o lobo é comum na Eurásia –o megacontinente reunindo Europa e Ásia–, existem evidências de que sua domesticação poderia ter acontecido na Europa, na Ásia central, ou no seu extremo oriente. Os resultados indicaram a possibilidade de duas domesticações caninas na pré-história. Os autores do estudo apresentaram a hipótese de que "duas populações de lobos geneticamente diferenciados e potencialmente extintos na Eurásia do leste e do oeste podem ter sido independentemente domesticados antes do advento da agricultura assentada. A população oriental então se dispersou para oeste junto com os humanos em algum momento entre 6.400 a 14.000 anos atrás, para a Europa Ocidental, onde eles parcialmente substituíram uma população paleolítica de cães indígena", escrevem os autores na "Science". Fósseis de cão achados na Alemanha podem ter 16.000 anos, indicando que já se domesticava o cão na Europa antes da chegada de seus primos asiáticos. A enorme variedade de raças caninas tende a ofuscar essa divisão entre animais da Europa e Ásia, pois muitos são parecidos. Mas os dados genéticos mostram que um pastor alemão ou um cocker spaniel inglês são primos bem distantes de raças asiáticas como o Shar Pei ou o mastim tibetano. Já raças como o Samoyeda e o Husky siberiano mostram uma mistura dos genes "europeus" e "asiáticos". "A variação no tamanho, forma e cor do cão é surpreendente, e é um testemunho do poder da seleção. Desde que os humanos realmente enlouqueceram assumindo um controle extremo da criação de cães e selecionando para características estéticas, a variação nos cães é um reflexo do nosso fascínio com a novidade e aparências extremas. Mas é realmente apenas a seleção", disse um dos autores, Larson, para a Folha. "Eu não tenho um cachorro agora, mas cresci com um doberman pinscher, um afghan, e um mastim inglês, e meus pais hoje têm um pug. Eu sou fã de todos cachorros (ou pelo menos da maioria) e particularmente gosto dos grandalhões preguiçosos e desajeitados", afirma o pesquisador.
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Cães foram domesticados duas vezes em regiões distintas, diz estudoUma combinação de dados arqueológicos com novos estudos de material genético indica que de fato o cão é o melhor amigo do homem: ele teria sido domesticado não apenas uma vez, mas duas vezes em regiões distintas do planeta. A relação entre cães e humanos vêm de longa data. O estudo comparou DNA de cães europeus que viveram entre 14.000 a 3.000 anos atrás, e decifrou o genoma de um deles em particular, que viveu em Newgrange, um sítio arqueológico na Irlanda, há 4.800 anos. A comparação também envolveu genomas de lobos –o ancestral dos cães– e cachorros modernos, tanto da Eurásia ocidental como do leste da Ásia. O material genético de 605 cães modernos de 48 raças de todo o mundo foi vasculhado O estudo foi feito pela equipe chefiada por Laurent A. F. Frantz e Greger Larson, da Universidade Oxford, Reino Unido, e Daniel G. Bradley, do Trinity College Dublin, Irlanda, e está publicado na edição de hoje da revista científica americana "Science". Como o lobo é comum na Eurásia –o megacontinente reunindo Europa e Ásia–, existem evidências de que sua domesticação poderia ter acontecido na Europa, na Ásia central, ou no seu extremo oriente. Os resultados indicaram a possibilidade de duas domesticações caninas na pré-história. Os autores do estudo apresentaram a hipótese de que "duas populações de lobos geneticamente diferenciados e potencialmente extintos na Eurásia do leste e do oeste podem ter sido independentemente domesticados antes do advento da agricultura assentada. A população oriental então se dispersou para oeste junto com os humanos em algum momento entre 6.400 a 14.000 anos atrás, para a Europa Ocidental, onde eles parcialmente substituíram uma população paleolítica de cães indígena", escrevem os autores na "Science". Fósseis de cão achados na Alemanha podem ter 16.000 anos, indicando que já se domesticava o cão na Europa antes da chegada de seus primos asiáticos. A enorme variedade de raças caninas tende a ofuscar essa divisão entre animais da Europa e Ásia, pois muitos são parecidos. Mas os dados genéticos mostram que um pastor alemão ou um cocker spaniel inglês são primos bem distantes de raças asiáticas como o Shar Pei ou o mastim tibetano. Já raças como o Samoyeda e o Husky siberiano mostram uma mistura dos genes "europeus" e "asiáticos". "A variação no tamanho, forma e cor do cão é surpreendente, e é um testemunho do poder da seleção. Desde que os humanos realmente enlouqueceram assumindo um controle extremo da criação de cães e selecionando para características estéticas, a variação nos cães é um reflexo do nosso fascínio com a novidade e aparências extremas. Mas é realmente apenas a seleção", disse um dos autores, Larson, para a Folha. "Eu não tenho um cachorro agora, mas cresci com um doberman pinscher, um afghan, e um mastim inglês, e meus pais hoje têm um pug. Eu sou fã de todos cachorros (ou pelo menos da maioria) e particularmente gosto dos grandalhões preguiçosos e desajeitados", afirma o pesquisador.
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Nos pênaltis, seleção sub-20 bate o Uruguai e vai às quartas no Mundial
A seleção brasileira sub-20 está nas quartas de final do Mundial, que acontece na Nova Zelândia. Nesta quinta-feira (11), o time comandado pelo Rogério Micale venceu o Uruguai por 5 a 4, nos pênaltis, após empate no tempo normal e na prorrogação por 0 a 0. Com o resultado, a seleção brasileira vai encarar Portugal na próxima fase da competição. Os portugueses avançaram após a vitória sobre a anfitriã Nova Zelândia por 2 a 1. O jogo será realizado no sábado (13), às 22h (horário de Brasília). Se passar pelos portugueses, o Brasil enfrentará na semifinal o vencedor do confronto entre Senegal e Uzbequistão. Os outros jogos são Mali e Alemanha e Estados Unidos e Sérvia. No confronto desta quinta-feira, o Brasil foi superior ao rival, mas não conseguiu transformar as oportunidades criadas em gol. Assim, precisou dos pênaltis para avançar na competição. Andreas, Lucão, Danilo, Jajá e Gabriel Jesus converteram as penalidades brasileiras. Amaral perdeu a única penalidade uruguaia –chutou para fora. A seleção brasileira segue invicta na competição. Na primeira fase, terminou na liderança do Grupo E após superar Nigéria (4 a 2), Hungria (2 a 1) e a Coreia do Norte (3 a 0). O time brasileiro é comandado por Rogério Micale, que assumiu a função três dias antes do início da preparação para o Mundial. Ele substituiu Alexandre Gallo, que foi demitido. A lista de convocados para a competição foi feita por Gallo.
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Nos pênaltis, seleção sub-20 bate o Uruguai e vai às quartas no MundialA seleção brasileira sub-20 está nas quartas de final do Mundial, que acontece na Nova Zelândia. Nesta quinta-feira (11), o time comandado pelo Rogério Micale venceu o Uruguai por 5 a 4, nos pênaltis, após empate no tempo normal e na prorrogação por 0 a 0. Com o resultado, a seleção brasileira vai encarar Portugal na próxima fase da competição. Os portugueses avançaram após a vitória sobre a anfitriã Nova Zelândia por 2 a 1. O jogo será realizado no sábado (13), às 22h (horário de Brasília). Se passar pelos portugueses, o Brasil enfrentará na semifinal o vencedor do confronto entre Senegal e Uzbequistão. Os outros jogos são Mali e Alemanha e Estados Unidos e Sérvia. No confronto desta quinta-feira, o Brasil foi superior ao rival, mas não conseguiu transformar as oportunidades criadas em gol. Assim, precisou dos pênaltis para avançar na competição. Andreas, Lucão, Danilo, Jajá e Gabriel Jesus converteram as penalidades brasileiras. Amaral perdeu a única penalidade uruguaia –chutou para fora. A seleção brasileira segue invicta na competição. Na primeira fase, terminou na liderança do Grupo E após superar Nigéria (4 a 2), Hungria (2 a 1) e a Coreia do Norte (3 a 0). O time brasileiro é comandado por Rogério Micale, que assumiu a função três dias antes do início da preparação para o Mundial. Ele substituiu Alexandre Gallo, que foi demitido. A lista de convocados para a competição foi feita por Gallo.
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Cachaça é tema de congresso on-line para produtores e apreciadores
Amantes da cachaça já têm compromisso na próxima semana. Na segunda-feira (17), começa a primeira edição do Concachaça (Congresso Nacional da Cachaça), que se intitula o maior evento on-line do mundo sobre a bebida. Até o dia 23 de agosto, serão 30 palestras gratuitas, com produtores, consumidores, comerciantes e especialistas na bebida, falando de temas relacionados à produção, envelhecimento, venda, degustação, harmonização e turismo. Entre os assuntos que serão expostos estão como oferecer um melhor serviço para os clientes, novidades na área da fermentação, técnicas de degustação e receitas usando a cachaça. Todas as palestras serão transmitidas on-line, de forma gratuita, para quem se inscrever no congresso pelo site oficial. O cronograma dos eventos será enviado por e-mail para os participantes. De acordo com a organização, cerca de 4.000 pessoas vão assistir às palestras. O Concachaça também oferece um serviço pago para quem perder alguma palestra ou quiser revê-la. Quem adquirir a seção premium do evento também vai receber taças, livros e e-books sobre a bebida. Segundo os organizadores do Concachaça, a bebida gera 600 mil empregos diretos e são produzidos por ano 1,2 bilhão de litros.
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Cachaça é tema de congresso on-line para produtores e apreciadoresAmantes da cachaça já têm compromisso na próxima semana. Na segunda-feira (17), começa a primeira edição do Concachaça (Congresso Nacional da Cachaça), que se intitula o maior evento on-line do mundo sobre a bebida. Até o dia 23 de agosto, serão 30 palestras gratuitas, com produtores, consumidores, comerciantes e especialistas na bebida, falando de temas relacionados à produção, envelhecimento, venda, degustação, harmonização e turismo. Entre os assuntos que serão expostos estão como oferecer um melhor serviço para os clientes, novidades na área da fermentação, técnicas de degustação e receitas usando a cachaça. Todas as palestras serão transmitidas on-line, de forma gratuita, para quem se inscrever no congresso pelo site oficial. O cronograma dos eventos será enviado por e-mail para os participantes. De acordo com a organização, cerca de 4.000 pessoas vão assistir às palestras. O Concachaça também oferece um serviço pago para quem perder alguma palestra ou quiser revê-la. Quem adquirir a seção premium do evento também vai receber taças, livros e e-books sobre a bebida. Segundo os organizadores do Concachaça, a bebida gera 600 mil empregos diretos e são produzidos por ano 1,2 bilhão de litros.
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Russa campeã mundial de desenhos em café visita SP
Nascida em Moscou, Viktoriya Kashirceva está no Brasil para dar uma oficina de "latte art" no Octavio Café, em São Paulo. Em 2012, na Coreia do Sul, com apenas 20 anos de idade, ela conquistou o título de campeã mundial dessa modalidade muito conhecida entre baristas e frequentadores de cafeterias, que consiste em fazer desenhos com a ajuda do leite na xícara de café. Leia mais aqui
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Russa campeã mundial de desenhos em café visita SPNascida em Moscou, Viktoriya Kashirceva está no Brasil para dar uma oficina de "latte art" no Octavio Café, em São Paulo. Em 2012, na Coreia do Sul, com apenas 20 anos de idade, ela conquistou o título de campeã mundial dessa modalidade muito conhecida entre baristas e frequentadores de cafeterias, que consiste em fazer desenhos com a ajuda do leite na xícara de café. Leia mais aqui
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Escultura encomendada por Hitler é achada em escola na Alemanha
O mundo das artes alemão foi sacudido no início de maio, quando duas esculturas de cavalos, de cinco metros por dez, foram descobertas por acaso durante operações com objetivo de coibir o comércio ilegal de arte. As esculturas, chamadas Schreitenden Pferde (cavalos em marcha), eram um dos principais adornos da Neue Reichskanzlei (nova chancelaria do Reich), construída entre 1934 e 1943 e projetada por Albert Speer, o principal arquiteto nazista. O prédio foi derrubado depois da guerra. Mas ninguém sabia que existia um terceiro cavalo do mesmo escultor, Josef Thorak. E nem poderia imaginar que o garanhão de bronze estivesse montando guarda a céu aberto no pátio de uma escola na Alta Baviera nos últimos 50 anos. "Não havia informação sobre a escultura, e ela acabou ficando lá", diz Kia Vahland, do diário "Süddeutsche Zeitung", autora da reportagem que acabou resultando nesta descoberta. "Após a descoberta destes dois cavalos em maio, nós procuramos um pouco mais e encontramos, em uma dissertação publicada em 1992, notas de rodapé que indicavam que outra escultura de Thorak havia mudado de dono em 1961. Nós rastreamos isso em um catálogo da Grande Exibição de Arte Alemã, onde um terceiro cavalo havia sido exibido pela primeira vez, em 1939. E, no fim, sua história ficou mais clara", explicou o jornalista à DW. Em 1939, ano em que os outros dois cavalos também foram apresentados na chancelaria em Berlim, Thorak exibiu a terceira escultura na Grande Exposição, em Munique. Depois, o cavalo ficou do lado de fora do seu imenso ateliê (um presente pessoal de Hitler) na capital bávara, onde permaneceu até o fim da guerra. Em seguida, a obra virou posse da família do artista. Em 1961, a viúva do artista usou a escultura para pagar as aulas do filho na escola, às margens do lago Chiemsee, onde o cavalo tem estado desde então, ostentando o nome Thorak. MUDANÇA DE GUARDA A escola, que não nega que o trabalho é de Thorak, ainda não fez qualquer comentário sobre os motivos de um produto incontestável de propaganda nazista ainda estar lá, sem uma explicação histórica. Mas ainda há tempo de mudar. Quando o jornal publicou a matéria sobre o surgimento do terceiro cavalo, na semana passada, a repercussão foi significativa. O secretário de Cultura da Baviera disse, na última terça-feira (11), que entrou em contato com a escola e ofereceria ajuda necessária no sentido de dar uma documentação adequada para a peça. "Em última instância, depende da escola decidir como procederá, mas o secretário gostaria muito que essa peça contribuísse para o processo de lidar com o passado", disse Kathrin Ann Gallitz, porta-voz da Secretaria de Cultura. APENAS O COMEÇO Essa retórica vai de encontro às declarações e ao sentimento exposto em Berlim na ocasião da descoberta dos cavalos, em maio. A ministra federal da Cultura, Monika Grütters, anunciou que as obras não pertenciam a nenhum outro lugar, senão ao museu. "A arte [do Terceiro Reich] foi uma parte extremamente importante da propaganda do regime, e pode nos mostrar a extensão na qual isso foi usado", disse Grütters. Na Baviera, o secretário de Cultura disse que é "extremamente importante" estabelecer diretrizes sobre como lidar com a arte nazista devido à natureza sem precedentes do caso da obra encontrada no pátio da escola. Kia Vahland, cujo trabalho levou à descoberta, diz que a Baviera e a Alemanha como um todo estão apenas começando a se confrontar com a arte nazista. "Existe muita arte nazista, especialmente na Baviera, considerando que o movimento realmente começou em Munique. Muitas peças foram destruídas ou escondidas em porões empoeirados. Por isso, eu realmente saúdo a reação do secretário de Cultura e a vontade de trabalhar com a escola para documentar o cavalo de Thorak. Isso de fato é bem positivo."
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Escultura encomendada por Hitler é achada em escola na AlemanhaO mundo das artes alemão foi sacudido no início de maio, quando duas esculturas de cavalos, de cinco metros por dez, foram descobertas por acaso durante operações com objetivo de coibir o comércio ilegal de arte. As esculturas, chamadas Schreitenden Pferde (cavalos em marcha), eram um dos principais adornos da Neue Reichskanzlei (nova chancelaria do Reich), construída entre 1934 e 1943 e projetada por Albert Speer, o principal arquiteto nazista. O prédio foi derrubado depois da guerra. Mas ninguém sabia que existia um terceiro cavalo do mesmo escultor, Josef Thorak. E nem poderia imaginar que o garanhão de bronze estivesse montando guarda a céu aberto no pátio de uma escola na Alta Baviera nos últimos 50 anos. "Não havia informação sobre a escultura, e ela acabou ficando lá", diz Kia Vahland, do diário "Süddeutsche Zeitung", autora da reportagem que acabou resultando nesta descoberta. "Após a descoberta destes dois cavalos em maio, nós procuramos um pouco mais e encontramos, em uma dissertação publicada em 1992, notas de rodapé que indicavam que outra escultura de Thorak havia mudado de dono em 1961. Nós rastreamos isso em um catálogo da Grande Exibição de Arte Alemã, onde um terceiro cavalo havia sido exibido pela primeira vez, em 1939. E, no fim, sua história ficou mais clara", explicou o jornalista à DW. Em 1939, ano em que os outros dois cavalos também foram apresentados na chancelaria em Berlim, Thorak exibiu a terceira escultura na Grande Exposição, em Munique. Depois, o cavalo ficou do lado de fora do seu imenso ateliê (um presente pessoal de Hitler) na capital bávara, onde permaneceu até o fim da guerra. Em seguida, a obra virou posse da família do artista. Em 1961, a viúva do artista usou a escultura para pagar as aulas do filho na escola, às margens do lago Chiemsee, onde o cavalo tem estado desde então, ostentando o nome Thorak. MUDANÇA DE GUARDA A escola, que não nega que o trabalho é de Thorak, ainda não fez qualquer comentário sobre os motivos de um produto incontestável de propaganda nazista ainda estar lá, sem uma explicação histórica. Mas ainda há tempo de mudar. Quando o jornal publicou a matéria sobre o surgimento do terceiro cavalo, na semana passada, a repercussão foi significativa. O secretário de Cultura da Baviera disse, na última terça-feira (11), que entrou em contato com a escola e ofereceria ajuda necessária no sentido de dar uma documentação adequada para a peça. "Em última instância, depende da escola decidir como procederá, mas o secretário gostaria muito que essa peça contribuísse para o processo de lidar com o passado", disse Kathrin Ann Gallitz, porta-voz da Secretaria de Cultura. APENAS O COMEÇO Essa retórica vai de encontro às declarações e ao sentimento exposto em Berlim na ocasião da descoberta dos cavalos, em maio. A ministra federal da Cultura, Monika Grütters, anunciou que as obras não pertenciam a nenhum outro lugar, senão ao museu. "A arte [do Terceiro Reich] foi uma parte extremamente importante da propaganda do regime, e pode nos mostrar a extensão na qual isso foi usado", disse Grütters. Na Baviera, o secretário de Cultura disse que é "extremamente importante" estabelecer diretrizes sobre como lidar com a arte nazista devido à natureza sem precedentes do caso da obra encontrada no pátio da escola. Kia Vahland, cujo trabalho levou à descoberta, diz que a Baviera e a Alemanha como um todo estão apenas começando a se confrontar com a arte nazista. "Existe muita arte nazista, especialmente na Baviera, considerando que o movimento realmente começou em Munique. Muitas peças foram destruídas ou escondidas em porões empoeirados. Por isso, eu realmente saúdo a reação do secretário de Cultura e a vontade de trabalhar com a escola para documentar o cavalo de Thorak. Isso de fato é bem positivo."
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Dominatrix celebra em show 20 anos de punk rock feminista
O punk feminista tem reunião neste sábado (22), em São Paulo, no terceiro Distúrbio Feminino Fest. Na pauta, uma data redonda para comemorar: os 20 anos de "Girl Gathering", primeiro álbum da banda Dominatrix, pioneira da cena Riot Grrrl no país. Distúrbio Feminino é plataforma de divulgação de produção, com blog, podcast e zines impressos, que segue a linha do "faça você mesma". O festival terá encontro sobre mídia feminista, bazares e comida. Os outros shows trazem Katze (Curitiba), Soror (Brasília) e Charlotte Matou um Cara (São Paulo). Esses grupos provavelmente nem existiriam sem o surgimento da paulistana Dominatrix, formada em 1995 pelas irmãs Elisa e Isabella Gargiulo. "A gente ouvia música desde pequenininhas, comprava vinil no supermercado, de banda de metal a pop rock. Mas quando uma mulher pega no instrumento existe uma resposta muito forte da sociedade, principalmente no Brasil", diz Elisa à Folha. Quando perceberam a rejeição em relação às mulheres no rock, passaram a colocar a temática nas letras. Aí descobriam nos tabloides estrangeiros que compravam com dinheiro da mesada a banda americana Bikini Kill, seminal na formação da cena Riot Grrrl, rótulo dado a meninas raivosas do punk. "Então a gente foi na Galeria do Rock e fez numa das lojas a encomenda do CD, às cegas. Aí chegou, 40 dias depois, e a gente se viu naquilo. Começamos a nos identificar como uma banda punk feminista", recorda Elisa. Após várias formações, a Dominatrix tem hoje, além de Elisa na guitarra e voz, a guitarrista Marina Takahashi, a baterista Nina Para e a baixista Fernanda Horvath. Segundo Elisa, a banda nunca conseguiu ficar muito tempo seguido tocando. Todas as integrantes têm outros trabalhos. Ela é uma ativista intensa, entre muitas coisas coordena a comunicação de uma ONG feminista. Suas companheiras estão ligadas profissionalmente à música. Fernanda e Nina são freelancers. "Estudei música, sou a única que se formou entre as seis baixistas na turma", diz Fernanda. Nina criou tumulto na família ao largar o trabalho de advogada. "Vivo de música desde 2007. A maioria das vezes toco em bandas de metal, com homens." Formada em pedagogia, Marina é professora de musicalização infantil. "Faço frilas tocando, mas preciso desse outro lado. Não só pela grana, mas pela vibe das crianças É bem louco você ver um garoto que quer tocar piano e não ser um dos Power Rangers", brinca a guitarrista. Elisa explica que a banda se reúne quando alguém chama. De vez em quando, organiza show com bandas amigas. Em abril, a Dominatrix tocou na Virada Cultural. As últimas gravações estão em um EP lançado em 2009. "Girl Gathering'' entra agora oficialmente no Spotify. "No fim do ano vamos decidir se gravaremos inéditas, mas a gente pode pelo menos relançar o 'Girl Gathering' num vinilzinho", conta Elisa. * DISTÚRBIO FEMININO FEST QUANDO sábado (22), a partir das 15h; Dominatrix toca às 21h ONDE Associação Cultural Cecília, r. Vitorino Carmilo, 449 QUANTO R$ 20 CLASSIFICAÇÃO livre
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Dominatrix celebra em show 20 anos de punk rock feministaO punk feminista tem reunião neste sábado (22), em São Paulo, no terceiro Distúrbio Feminino Fest. Na pauta, uma data redonda para comemorar: os 20 anos de "Girl Gathering", primeiro álbum da banda Dominatrix, pioneira da cena Riot Grrrl no país. Distúrbio Feminino é plataforma de divulgação de produção, com blog, podcast e zines impressos, que segue a linha do "faça você mesma". O festival terá encontro sobre mídia feminista, bazares e comida. Os outros shows trazem Katze (Curitiba), Soror (Brasília) e Charlotte Matou um Cara (São Paulo). Esses grupos provavelmente nem existiriam sem o surgimento da paulistana Dominatrix, formada em 1995 pelas irmãs Elisa e Isabella Gargiulo. "A gente ouvia música desde pequenininhas, comprava vinil no supermercado, de banda de metal a pop rock. Mas quando uma mulher pega no instrumento existe uma resposta muito forte da sociedade, principalmente no Brasil", diz Elisa à Folha. Quando perceberam a rejeição em relação às mulheres no rock, passaram a colocar a temática nas letras. Aí descobriam nos tabloides estrangeiros que compravam com dinheiro da mesada a banda americana Bikini Kill, seminal na formação da cena Riot Grrrl, rótulo dado a meninas raivosas do punk. "Então a gente foi na Galeria do Rock e fez numa das lojas a encomenda do CD, às cegas. Aí chegou, 40 dias depois, e a gente se viu naquilo. Começamos a nos identificar como uma banda punk feminista", recorda Elisa. Após várias formações, a Dominatrix tem hoje, além de Elisa na guitarra e voz, a guitarrista Marina Takahashi, a baterista Nina Para e a baixista Fernanda Horvath. Segundo Elisa, a banda nunca conseguiu ficar muito tempo seguido tocando. Todas as integrantes têm outros trabalhos. Ela é uma ativista intensa, entre muitas coisas coordena a comunicação de uma ONG feminista. Suas companheiras estão ligadas profissionalmente à música. Fernanda e Nina são freelancers. "Estudei música, sou a única que se formou entre as seis baixistas na turma", diz Fernanda. Nina criou tumulto na família ao largar o trabalho de advogada. "Vivo de música desde 2007. A maioria das vezes toco em bandas de metal, com homens." Formada em pedagogia, Marina é professora de musicalização infantil. "Faço frilas tocando, mas preciso desse outro lado. Não só pela grana, mas pela vibe das crianças É bem louco você ver um garoto que quer tocar piano e não ser um dos Power Rangers", brinca a guitarrista. Elisa explica que a banda se reúne quando alguém chama. De vez em quando, organiza show com bandas amigas. Em abril, a Dominatrix tocou na Virada Cultural. As últimas gravações estão em um EP lançado em 2009. "Girl Gathering'' entra agora oficialmente no Spotify. "No fim do ano vamos decidir se gravaremos inéditas, mas a gente pode pelo menos relançar o 'Girl Gathering' num vinilzinho", conta Elisa. * DISTÚRBIO FEMININO FEST QUANDO sábado (22), a partir das 15h; Dominatrix toca às 21h ONDE Associação Cultural Cecília, r. Vitorino Carmilo, 449 QUANTO R$ 20 CLASSIFICAÇÃO livre
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Filme 'Que Viva Eisenstein!' nega intelectualidade do cineasta russo
É preciso um certo grau de desapego para apreciar "Que Viva Eisenstein!", a visão de Peter Greenaway para o período em que o cineasta russo passou em Guanajuato, no México, onde rodou "Que Viva México!", em 1930. O Eisenstein de Greenaway é uma invenção e não parece ser o intelectual que revolucionou a montagem cinematográfica em filmes como "O Encouraçado Potemkin". Na visão do diretor britânico, Eisenstein é quase um artista performático, de presença cênica exuberante e, por vezes, no limiar do fútil. Greenaway defende a tese -questionável- de que, ao se deparar com a cultura mexicana, o cineasta abandonou sua aproximação conceitual e voltou seu cinema para a condição humana. O britânico atrela essa transição a uma revolução que se passa em seu próprio corpo, diretamente ligada ao exercício da sexualidade. Greenaway recusa a reverência ao grande artista e filma de forma frontal suas experiências sexuais com Palomino Caledo (Luis Alberti), seu guia em Guanajuato. Uma sequência particularmente explícita causou frisson no Festival de Berlim. Mas é interessante como Greenaway consegue juntar o factual -como os eventos que levaram Eisenstein ao México e a atribulada produção do filme- e a invenção, realizando seu filme mais interessante e divertido em anos. QUE VIVA EISENSTEIN! (EISENSTEIN IN GUANAJUATO) DIRETOR Peter Greenaway PRODUÇÃO Holanda/México/Finlândia/Bélgica, 2015, 18 anos MOSTRA segunda (2), 21h45, Cinearte 1 AVALIAÇÃO bom
ilustrada
Filme 'Que Viva Eisenstein!' nega intelectualidade do cineasta russoÉ preciso um certo grau de desapego para apreciar "Que Viva Eisenstein!", a visão de Peter Greenaway para o período em que o cineasta russo passou em Guanajuato, no México, onde rodou "Que Viva México!", em 1930. O Eisenstein de Greenaway é uma invenção e não parece ser o intelectual que revolucionou a montagem cinematográfica em filmes como "O Encouraçado Potemkin". Na visão do diretor britânico, Eisenstein é quase um artista performático, de presença cênica exuberante e, por vezes, no limiar do fútil. Greenaway defende a tese -questionável- de que, ao se deparar com a cultura mexicana, o cineasta abandonou sua aproximação conceitual e voltou seu cinema para a condição humana. O britânico atrela essa transição a uma revolução que se passa em seu próprio corpo, diretamente ligada ao exercício da sexualidade. Greenaway recusa a reverência ao grande artista e filma de forma frontal suas experiências sexuais com Palomino Caledo (Luis Alberti), seu guia em Guanajuato. Uma sequência particularmente explícita causou frisson no Festival de Berlim. Mas é interessante como Greenaway consegue juntar o factual -como os eventos que levaram Eisenstein ao México e a atribulada produção do filme- e a invenção, realizando seu filme mais interessante e divertido em anos. QUE VIVA EISENSTEIN! (EISENSTEIN IN GUANAJUATO) DIRETOR Peter Greenaway PRODUÇÃO Holanda/México/Finlândia/Bélgica, 2015, 18 anos MOSTRA segunda (2), 21h45, Cinearte 1 AVALIAÇÃO bom
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Ação da Petrobras cai a R$ 4,43 e puxa Bolsa brasileira para baixo
O declínio dos preços do petróleo derrubou Bolsas pelo mundo todo nesta quarta-feira (20). Pior para a Petrobras, que amargou mais um dia de queda, puxando o principal índice acionário brasileiro para baixo. O Ibovespa fechou em queda de 1,08%, aos 37.645 pontos. O giro financeiro foi de 5,262 bilhões. Com os preços do seu principal produto em baixas históricas, na casa dos US$ 27, as ações da Petrobras desabaram durante o dia. Enquanto a ação preferencial da estatal atingiu a mínima de R$ 4,26 às 13h53 (de Brasília), com queda acima de 7%. A ordinária teve sua mínima às 15h30, quando chegou a valer R$ 5,67 e registrou queda de mais de 5%. No final, os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, fecharam em queda de 4,93%,a R$ 4,43. As ações ordinárias se desvalorizaram em 3,57%, a R$ 5,93. "O petróleo vem causando grande preocupação no mercado. Isso começou pela manhã na Ásia e a queda nas ações seguiu esses mercados", diz Pedro Galdi, analista de Whatscall. Preocupações com a saúde do mercado chinês ainda afetaram as ações da Vale, que se mostrou volátil no pregão desta quarta. Os papéis preferenciais da estatal se valorizaram em 1,27%, a R$ 6,95, enquanto as ordinárias subiram 0,32%, a R$ 9,21. Além da Bolsa brasileira, os preços do petróleo também derrubaram índices europeus, americanos e asiáticos. "As Bolsas afundaram no mundo todo, com o petróleo sendo o grande vilão mesmo", afirma Galdi. As ações europeias tiveram queda com o principal índice europeu caindo para mínimas de 15 meses. O índice pan-europeu FTSEurofirst 300 caiu 3,30%, para 1.267 pontos, mínima desde outubro de 2014. Os índices americanos em Wall Street também registravam fortes quedas. O indicador Dow Jones caía 2,08%, a 15.681 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 2,10%, a 1.841 pontos, enquanto o índice de tecnologia Nasdaq operava em baixa de 0,90%, a 4.437 pontos. PETRÓLEO Os preços do petróleo atingiram a mínima desde 2003, após a Agência Internacional de Energia, que aconselha países industrializados sobre política energética, alertar que os mercados de petróleo podem "se afogar em excesso de oferta" em 2016. A commodity vem caindo consideravelmente desde que a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo lideraram uma mudança na política da Opep em 2014 para defender participação de mercado contra os produtores que tem custos maiores, ao invés de cortar a oferta para sustentar os preços. Somada a essa estratégia, o Irã, grande produtor do combustível, voltou à cena comercial após as sanções comerciais do país serem retiradas. A China também aparece nessa conta, dada a preocupação do mercado com uma possível desaceleração na economia do país. Todos esses fatores fazem com que o mercado tenha uma alta drástica na oferta de petróleo, diminuindo o preço do produto. O barril do Brent, negociado em Londres, caía 2,71%, para US$ 27,97, renovando as mínimas desde 2003. O petróleo WTI, comercializado no mercado americano, valia US$ 26,55, se desvalorizando em 6,71%. JUROS As taxas de juros futuros de curto prazo caíram nesta quarta (20), com investidores apostando em uma alta menor que a prevista inicialmente para a taxa básica de juros (Selic). O DI para fevereiro de 2016 caiu de 14,379% para 14,330%. As taxas, que indicam a percepção de risco sobre a economia brasileira, operaram em direções distintas desde a tarde de terça (19). Enquanto as de curto prazo registram queda, causada pela percepção de que o BC vai optar por um ritmo mais leve de alta da Selic, os juros de longo prazo têm forte alta. O DI para janeiro de 2021 subiu de 16,640% para 16,800%.
mercado
Ação da Petrobras cai a R$ 4,43 e puxa Bolsa brasileira para baixoO declínio dos preços do petróleo derrubou Bolsas pelo mundo todo nesta quarta-feira (20). Pior para a Petrobras, que amargou mais um dia de queda, puxando o principal índice acionário brasileiro para baixo. O Ibovespa fechou em queda de 1,08%, aos 37.645 pontos. O giro financeiro foi de 5,262 bilhões. Com os preços do seu principal produto em baixas históricas, na casa dos US$ 27, as ações da Petrobras desabaram durante o dia. Enquanto a ação preferencial da estatal atingiu a mínima de R$ 4,26 às 13h53 (de Brasília), com queda acima de 7%. A ordinária teve sua mínima às 15h30, quando chegou a valer R$ 5,67 e registrou queda de mais de 5%. No final, os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, fecharam em queda de 4,93%,a R$ 4,43. As ações ordinárias se desvalorizaram em 3,57%, a R$ 5,93. "O petróleo vem causando grande preocupação no mercado. Isso começou pela manhã na Ásia e a queda nas ações seguiu esses mercados", diz Pedro Galdi, analista de Whatscall. Preocupações com a saúde do mercado chinês ainda afetaram as ações da Vale, que se mostrou volátil no pregão desta quarta. Os papéis preferenciais da estatal se valorizaram em 1,27%, a R$ 6,95, enquanto as ordinárias subiram 0,32%, a R$ 9,21. Além da Bolsa brasileira, os preços do petróleo também derrubaram índices europeus, americanos e asiáticos. "As Bolsas afundaram no mundo todo, com o petróleo sendo o grande vilão mesmo", afirma Galdi. As ações europeias tiveram queda com o principal índice europeu caindo para mínimas de 15 meses. O índice pan-europeu FTSEurofirst 300 caiu 3,30%, para 1.267 pontos, mínima desde outubro de 2014. Os índices americanos em Wall Street também registravam fortes quedas. O indicador Dow Jones caía 2,08%, a 15.681 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 2,10%, a 1.841 pontos, enquanto o índice de tecnologia Nasdaq operava em baixa de 0,90%, a 4.437 pontos. PETRÓLEO Os preços do petróleo atingiram a mínima desde 2003, após a Agência Internacional de Energia, que aconselha países industrializados sobre política energética, alertar que os mercados de petróleo podem "se afogar em excesso de oferta" em 2016. A commodity vem caindo consideravelmente desde que a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo lideraram uma mudança na política da Opep em 2014 para defender participação de mercado contra os produtores que tem custos maiores, ao invés de cortar a oferta para sustentar os preços. Somada a essa estratégia, o Irã, grande produtor do combustível, voltou à cena comercial após as sanções comerciais do país serem retiradas. A China também aparece nessa conta, dada a preocupação do mercado com uma possível desaceleração na economia do país. Todos esses fatores fazem com que o mercado tenha uma alta drástica na oferta de petróleo, diminuindo o preço do produto. O barril do Brent, negociado em Londres, caía 2,71%, para US$ 27,97, renovando as mínimas desde 2003. O petróleo WTI, comercializado no mercado americano, valia US$ 26,55, se desvalorizando em 6,71%. JUROS As taxas de juros futuros de curto prazo caíram nesta quarta (20), com investidores apostando em uma alta menor que a prevista inicialmente para a taxa básica de juros (Selic). O DI para fevereiro de 2016 caiu de 14,379% para 14,330%. As taxas, que indicam a percepção de risco sobre a economia brasileira, operaram em direções distintas desde a tarde de terça (19). Enquanto as de curto prazo registram queda, causada pela percepção de que o BC vai optar por um ritmo mais leve de alta da Selic, os juros de longo prazo têm forte alta. O DI para janeiro de 2021 subiu de 16,640% para 16,800%.
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Vestiário do hexa corintiano tem desabafo e provocação a atleticanos
"Fala pouco e joga muito". Foi essa a frase escolhida pela Nike para estampar a conquista do sexto título Brasileiro do Corinthians. O novo modelo da segunda camisa de jogo do time alvinegro, a preta, foi entregue pela diretoria aos jogadores com esses dizeres na parte das costas, além do número 6. Não era só uma campanha de marketing, sugerida pela fornecedora de material esportivo do clube. Traduzia exatamente o sentimento desse grupo que enfim confirmou o título, na noite desta quinta-feira, em São Januário, mas que antes, teve de ouvir que o "campeonato estava manchado".  No vestiário, logo após a conquista, veio o desabafo, entalado na garganta há diversas rodadas, ouvindo rivais reclamarem de arbitragem, por exemplo. Antes da reza de agradecimento do pós-jogo, jogadores, comissão técnica, diretores iniciaram pelo menos dois gritos no vestiário para provocar o Atlético-MG.   Um deles fazia uma referência a frase mais emblemática falada pelos mineiro, o "eu acredito".   "A e i o u, pega o 'eu acredito' e vai tomar no c...", cantavam, em coro, todos do vestiário, em tom de brincadeira.   Foi o clube de Minas quem liderou as reclamações durante o campeonato, com o técnico e o presidente dizendo por várias vezes que o campeonato estava manchado e insinuando ajuda da arbitragem ao Corinthians.   Na campanha da Nike, divulgada logo após o hexa, Elias é o garoto-propaganda da ação e provoca. "Enquanto falavam em crise, a gente treinava. Enquanto falavam que era sorte, a gente trabalha. Falaram muito de nós, agora vão ter que escutar nosso grito de campão.
esporte
Vestiário do hexa corintiano tem desabafo e provocação a atleticanos"Fala pouco e joga muito". Foi essa a frase escolhida pela Nike para estampar a conquista do sexto título Brasileiro do Corinthians. O novo modelo da segunda camisa de jogo do time alvinegro, a preta, foi entregue pela diretoria aos jogadores com esses dizeres na parte das costas, além do número 6. Não era só uma campanha de marketing, sugerida pela fornecedora de material esportivo do clube. Traduzia exatamente o sentimento desse grupo que enfim confirmou o título, na noite desta quinta-feira, em São Januário, mas que antes, teve de ouvir que o "campeonato estava manchado".  No vestiário, logo após a conquista, veio o desabafo, entalado na garganta há diversas rodadas, ouvindo rivais reclamarem de arbitragem, por exemplo. Antes da reza de agradecimento do pós-jogo, jogadores, comissão técnica, diretores iniciaram pelo menos dois gritos no vestiário para provocar o Atlético-MG.   Um deles fazia uma referência a frase mais emblemática falada pelos mineiro, o "eu acredito".   "A e i o u, pega o 'eu acredito' e vai tomar no c...", cantavam, em coro, todos do vestiário, em tom de brincadeira.   Foi o clube de Minas quem liderou as reclamações durante o campeonato, com o técnico e o presidente dizendo por várias vezes que o campeonato estava manchado e insinuando ajuda da arbitragem ao Corinthians.   Na campanha da Nike, divulgada logo após o hexa, Elias é o garoto-propaganda da ação e provoca. "Enquanto falavam em crise, a gente treinava. Enquanto falavam que era sorte, a gente trabalha. Falaram muito de nós, agora vão ter que escutar nosso grito de campão.
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A grande tumba de miseráveis
Tem toda a razão o "Financial Times" ao escrever, em editorial: "Os europeus não podem chamar civilizados a eles próprios se falharem em dar uma resposta generosa a pessoas que procuram salvação no continente". Refere-se aos imigrantes que estão morrendo em quantidades dantescas nos naufrágios que se sucedem no Mediterrâneo. O problema é que as respostas que as autoridades europeias estão procurando são insuficientes ou diretamente incapazes de resolver o problema ou pelo menos minimizá-lo. O premiê italiano Matteo Renzi, chefe de governo do país que é o principal ponto de chegada dos imigrantes, diz que "o problema não é o con­trole do mar e, sim, des­truir os tra­fican­tes de hom­ens, que são os novos escravagistas do século 21". Tem razão, mas é uma proposta inócua. É a mesma coisa que dizer que é preciso eliminar os traficantes de drogas. Não ocorrerá nem com traficantes de homens nem com traficantes de drogas enquanto houver pessoas dispostas a consumir as segundas ou a arriscar a vida para chegar ao que imaginam ser o paraíso. Documento da Comissão Europeia, citado nesta segunda (20) pelo jornal "El País", vai mais fundo na questão ao dizer que "a úni­ca ma­ne­ira de mudar a reali­dade é abor­dar a si­tua­ção pela raiz, porque, enquanto houver guerra e dificuldades em nossos vizinhos, as pessoas continuarão procurando um lu­gar se­gu­ro na Eu­ro­pa". A pergunta seguinte é como ir à raiz da questão. As duas hipóteses imagináveis exigem coragem política para implementar e, no caso de uma delas, visão de estadista, o que não é exatamente uma categoria abundante. Primeira hipótese, defendida, por exemplo, por François Gemenne, do Centro de Estudos e Pesquisas Internacionais, no "Le Monde": abrir as fronteiras europeias, de forma controlada, é claro, a partir do pressuposto de que "uma fronteira fechada não detém um migrante que pagou US$ 5.000 e está pronto para arriscar a vida". Podendo entrar legalmente na Europa, os migrantes não precisariam arriscar a vida em barcos precários. O problema é que partidos anti-imigração já estão em alta na Europa, com fronteiras relativamente fechadas. Abri-las mais lhes daria mais argumentos e, potencialmente, mais votos. A maneira definitiva de enfrentar o problema é utópica, admito: uma grande operação da comunidade internacional, nos moldes do Plano Marshall, que permitiu reerguer a Europa dos escombros da 2ª Guerra, para criar o máximo possível de condições de vida digna e segura nos países da África e do Oriente Médio que fornecem a grande massa de imigrantes. Seria necessário um envolvimento direto de europeus e também dos norte-americanos em situações das quais eles procuram manter distância. Refiro-me aos conflitos em países como Síria, Iraque, Líbia etc., que fornecem parte considerável dos imigrantes, além dos que tradicionalmente fogem da miséria dos fundões da África. Exigiria uma grandeza que não está à vista, o que significa que o Mediterrâneo continuará a ser uma grande tumba de miseráveis.
colunas
A grande tumba de miseráveisTem toda a razão o "Financial Times" ao escrever, em editorial: "Os europeus não podem chamar civilizados a eles próprios se falharem em dar uma resposta generosa a pessoas que procuram salvação no continente". Refere-se aos imigrantes que estão morrendo em quantidades dantescas nos naufrágios que se sucedem no Mediterrâneo. O problema é que as respostas que as autoridades europeias estão procurando são insuficientes ou diretamente incapazes de resolver o problema ou pelo menos minimizá-lo. O premiê italiano Matteo Renzi, chefe de governo do país que é o principal ponto de chegada dos imigrantes, diz que "o problema não é o con­trole do mar e, sim, des­truir os tra­fican­tes de hom­ens, que são os novos escravagistas do século 21". Tem razão, mas é uma proposta inócua. É a mesma coisa que dizer que é preciso eliminar os traficantes de drogas. Não ocorrerá nem com traficantes de homens nem com traficantes de drogas enquanto houver pessoas dispostas a consumir as segundas ou a arriscar a vida para chegar ao que imaginam ser o paraíso. Documento da Comissão Europeia, citado nesta segunda (20) pelo jornal "El País", vai mais fundo na questão ao dizer que "a úni­ca ma­ne­ira de mudar a reali­dade é abor­dar a si­tua­ção pela raiz, porque, enquanto houver guerra e dificuldades em nossos vizinhos, as pessoas continuarão procurando um lu­gar se­gu­ro na Eu­ro­pa". A pergunta seguinte é como ir à raiz da questão. As duas hipóteses imagináveis exigem coragem política para implementar e, no caso de uma delas, visão de estadista, o que não é exatamente uma categoria abundante. Primeira hipótese, defendida, por exemplo, por François Gemenne, do Centro de Estudos e Pesquisas Internacionais, no "Le Monde": abrir as fronteiras europeias, de forma controlada, é claro, a partir do pressuposto de que "uma fronteira fechada não detém um migrante que pagou US$ 5.000 e está pronto para arriscar a vida". Podendo entrar legalmente na Europa, os migrantes não precisariam arriscar a vida em barcos precários. O problema é que partidos anti-imigração já estão em alta na Europa, com fronteiras relativamente fechadas. Abri-las mais lhes daria mais argumentos e, potencialmente, mais votos. A maneira definitiva de enfrentar o problema é utópica, admito: uma grande operação da comunidade internacional, nos moldes do Plano Marshall, que permitiu reerguer a Europa dos escombros da 2ª Guerra, para criar o máximo possível de condições de vida digna e segura nos países da África e do Oriente Médio que fornecem a grande massa de imigrantes. Seria necessário um envolvimento direto de europeus e também dos norte-americanos em situações das quais eles procuram manter distância. Refiro-me aos conflitos em países como Síria, Iraque, Líbia etc., que fornecem parte considerável dos imigrantes, além dos que tradicionalmente fogem da miséria dos fundões da África. Exigiria uma grandeza que não está à vista, o que significa que o Mediterrâneo continuará a ser uma grande tumba de miseráveis.
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Mel que chega da China é investigado na alfândega norte-americana
Três frascos cheios de uma substância pegajosa e amarelada estão guardados no laboratório da Alfândega dos EUA. É mel, ou pelo menos assim alega o importador. A tarefa dos técnicos: determinar se as amostras foram adulteradas com adoçantes ou xaropes e, caso a maior parte seja mel, descobrir de onde ele veio. Se o mel for da China, como é o caso frequentemente, todo o carregamento pode estar sujeito a sobretaxas. O mel, um dos focos deste laboratório, é o protagonista de um antigo golpe alimentar– conhecido como lavagem do mel–, que desafia a tecnologia forense existente. Cerca de 70% do mel consumido nos EUA é importado. Em 2001, o Departamento de Comércio adotou uma rigorosa alíquota de importação sobre o mel chinês, depois que produtores americanos se queixaram de que os chineses estariam praticando "dumping" dos seus produtos no mercado. Em seguida, as importações de mel de outros países dispararam, inclusive de nações que não são conhecidas por terem grandes populações de abelhas. De acordo com a Associação Americana dos Produtores de Mel, os apicultores malasianos, por exemplo, têm capacidade para produzir 20 toneladas de mel por ano, mas o país exportou 17 mil toneladas do produto para os EUA. O mel chinês, originalmente embarcado em portos como os de Xangai ou Pusan (Coreia do Sul), ganhou rótulos de outros países. Para estancar o contrabando, os químicos daqui testaram milhares de amostras recolhidas em portos do sudeste dos EUA. Em 2008, o laboratório demonstrou com cerca de 90% de certeza que o produto importado da Tailândia, das Filipinas e da Rússia era na verdade oriundo da China. Os químicos Robert Redmond e Christopher Kana, funcionários do laboratório, recentemente colheram uma amostra de mel e puseram um ácido que o digere. O resultado parecia água barrenta. Nos últimos anos, os cientistas vêm demonstrando que variações químicas sutis em muitos alimentos -indetectáveis ao paladar ou a olho nu-, podem oferecer indícios consistentes sobre seu local de origem. O trabalho analítico do laboratório depende desses "rastreadores" geográficos. Depois que uma amostra é diluída, o líquido é injetado em um espectrômetro de massa. Lá dentro, um nebulizador transforma a amostra em uma névoa fina sobre argônio aquecido, um processo que produz uma "assinatura" peculiar de elementos presentes em quantidades ínfimas. O espectrômetro pode medir a presença de cromo, ferro, cobre e outros elementos até o nível de algumas partes por quatrilhão. Cada combinação reflete a composição dos solos -os elementos foram recolhidos por plantas que alimentaram as abelhas. Os solos variam de região para região e, comparando estatisticamente a presença de cerca de 40 elementos diferentes com relação a um banco de dados de referência, os cientistas da agência alfandegária podem verificar as prováveis origens das amostras. Inicialmente, a identificação do mel contrabandeado dependia de um teste que detectava um antibiótico não aprovado, o cloranfenicol, descoberto no mel chinês. Carson Watts, ex-diretor do laboratório, disse que os chineses pararam de usar esse produto quando "a notícia se espalhou". Por volta de 2006, alguns importadores pareciam "batizar" o mel com xarope de frutose de arroz, ou disfarçar mel puro e barato como sendo uma mistura artificial (na época, o imposto de importação era aplicado a misturas artificiais que contivessem mais de 50% do seu peso em mel). O problema é que é quase impossível para a Alfândega determinar de forma confiável a proporção entre xarope de arroz e mel. Em 2011, o governo acusou três empresas de importarem milhões de dólares em mistura de xarope de arroz que, na verdade, era basicamente mel. Os importadores disseram que o produto continha menos de 50% de mel. Os cientistas em Savannah apresentaram provas de que a abundância de pólen nas misturas indicava o mel como principal ingrediente do composto. Mas os advogados de defesa contestaram a pesquisa em termos científicos. O processo foi arquivado. A análise química mais sofisticada pode ter seus limites. Mas, por enquanto, os detetives alimentares não se detêm. "Se é mel da Malásia", disse Redmond, "testamos para ver se é da China".
ciencia
Mel que chega da China é investigado na alfândega norte-americanaTrês frascos cheios de uma substância pegajosa e amarelada estão guardados no laboratório da Alfândega dos EUA. É mel, ou pelo menos assim alega o importador. A tarefa dos técnicos: determinar se as amostras foram adulteradas com adoçantes ou xaropes e, caso a maior parte seja mel, descobrir de onde ele veio. Se o mel for da China, como é o caso frequentemente, todo o carregamento pode estar sujeito a sobretaxas. O mel, um dos focos deste laboratório, é o protagonista de um antigo golpe alimentar– conhecido como lavagem do mel–, que desafia a tecnologia forense existente. Cerca de 70% do mel consumido nos EUA é importado. Em 2001, o Departamento de Comércio adotou uma rigorosa alíquota de importação sobre o mel chinês, depois que produtores americanos se queixaram de que os chineses estariam praticando "dumping" dos seus produtos no mercado. Em seguida, as importações de mel de outros países dispararam, inclusive de nações que não são conhecidas por terem grandes populações de abelhas. De acordo com a Associação Americana dos Produtores de Mel, os apicultores malasianos, por exemplo, têm capacidade para produzir 20 toneladas de mel por ano, mas o país exportou 17 mil toneladas do produto para os EUA. O mel chinês, originalmente embarcado em portos como os de Xangai ou Pusan (Coreia do Sul), ganhou rótulos de outros países. Para estancar o contrabando, os químicos daqui testaram milhares de amostras recolhidas em portos do sudeste dos EUA. Em 2008, o laboratório demonstrou com cerca de 90% de certeza que o produto importado da Tailândia, das Filipinas e da Rússia era na verdade oriundo da China. Os químicos Robert Redmond e Christopher Kana, funcionários do laboratório, recentemente colheram uma amostra de mel e puseram um ácido que o digere. O resultado parecia água barrenta. Nos últimos anos, os cientistas vêm demonstrando que variações químicas sutis em muitos alimentos -indetectáveis ao paladar ou a olho nu-, podem oferecer indícios consistentes sobre seu local de origem. O trabalho analítico do laboratório depende desses "rastreadores" geográficos. Depois que uma amostra é diluída, o líquido é injetado em um espectrômetro de massa. Lá dentro, um nebulizador transforma a amostra em uma névoa fina sobre argônio aquecido, um processo que produz uma "assinatura" peculiar de elementos presentes em quantidades ínfimas. O espectrômetro pode medir a presença de cromo, ferro, cobre e outros elementos até o nível de algumas partes por quatrilhão. Cada combinação reflete a composição dos solos -os elementos foram recolhidos por plantas que alimentaram as abelhas. Os solos variam de região para região e, comparando estatisticamente a presença de cerca de 40 elementos diferentes com relação a um banco de dados de referência, os cientistas da agência alfandegária podem verificar as prováveis origens das amostras. Inicialmente, a identificação do mel contrabandeado dependia de um teste que detectava um antibiótico não aprovado, o cloranfenicol, descoberto no mel chinês. Carson Watts, ex-diretor do laboratório, disse que os chineses pararam de usar esse produto quando "a notícia se espalhou". Por volta de 2006, alguns importadores pareciam "batizar" o mel com xarope de frutose de arroz, ou disfarçar mel puro e barato como sendo uma mistura artificial (na época, o imposto de importação era aplicado a misturas artificiais que contivessem mais de 50% do seu peso em mel). O problema é que é quase impossível para a Alfândega determinar de forma confiável a proporção entre xarope de arroz e mel. Em 2011, o governo acusou três empresas de importarem milhões de dólares em mistura de xarope de arroz que, na verdade, era basicamente mel. Os importadores disseram que o produto continha menos de 50% de mel. Os cientistas em Savannah apresentaram provas de que a abundância de pólen nas misturas indicava o mel como principal ingrediente do composto. Mas os advogados de defesa contestaram a pesquisa em termos científicos. O processo foi arquivado. A análise química mais sofisticada pode ter seus limites. Mas, por enquanto, os detetives alimentares não se detêm. "Se é mel da Malásia", disse Redmond, "testamos para ver se é da China".
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