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Um banco banana
SÃO PAULO - Coragem é a virtude que se exige do guerreiro, não do banqueiro. Ainda assim, o Santander tem exagerado na covardia. O primeiro gesto público de pusilanimidade foi durante a campanha presidencial de 2014. Uma analista do banco enviara comunicado aos clientes de seu segmento alertando para o fato de que o mercado reagiria negativamente a um crescimento de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. O PT reclamou, e o Santander, em vez de bancar a análise, aliás, corretíssima, da funcionária, demitiu a moça. Mais recentemente, o banco cancelou a conta de uma farmácia uruguaia que aderira ao programa de venda legalizada de maconha. O Santander, ao lado de várias outras casas financeiras, calcula que pode ser alvo de sanções dos norte-americanos se fizer negócios com empresas que lidam com Cannabis. A preocupação é legítima, mas o banco nem sequer esperou os EUA ameaçarem retaliar, quando poderia ter tentado argumentar que apenas cumpre a legislação do país soberano em que está instalado. Não se espera que o Santander fosse dobrar Washington, mas teria demonstrado alguma integridade, o que é sempre bom para a imagem pública. Agora, bastou um exótico grupo de jovens que se dizem liberais queixar-se do caráter sexual de uma exposição artística organizada pelo setor cultural do banco para o Santander cancelar a mostra. Aqui, não sei se é mais urgente sugerir a essa molecada que leia clássicos liberais como John Locke e John Stuart Mill, ou à cúpula do Santander que compulse manuais de marketing. Liberais não tentam fechar exposições de arte —especialmente quando a temática é relevante, e os artistas, de primeira—, e empresas não maltratam tanto a própria imagem. Na condição de cliente do Santander, espero que o banco não seja tão banana na hora de administrar os fundos de que sou cotista.
colunas
Um banco bananaSÃO PAULO - Coragem é a virtude que se exige do guerreiro, não do banqueiro. Ainda assim, o Santander tem exagerado na covardia. O primeiro gesto público de pusilanimidade foi durante a campanha presidencial de 2014. Uma analista do banco enviara comunicado aos clientes de seu segmento alertando para o fato de que o mercado reagiria negativamente a um crescimento de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. O PT reclamou, e o Santander, em vez de bancar a análise, aliás, corretíssima, da funcionária, demitiu a moça. Mais recentemente, o banco cancelou a conta de uma farmácia uruguaia que aderira ao programa de venda legalizada de maconha. O Santander, ao lado de várias outras casas financeiras, calcula que pode ser alvo de sanções dos norte-americanos se fizer negócios com empresas que lidam com Cannabis. A preocupação é legítima, mas o banco nem sequer esperou os EUA ameaçarem retaliar, quando poderia ter tentado argumentar que apenas cumpre a legislação do país soberano em que está instalado. Não se espera que o Santander fosse dobrar Washington, mas teria demonstrado alguma integridade, o que é sempre bom para a imagem pública. Agora, bastou um exótico grupo de jovens que se dizem liberais queixar-se do caráter sexual de uma exposição artística organizada pelo setor cultural do banco para o Santander cancelar a mostra. Aqui, não sei se é mais urgente sugerir a essa molecada que leia clássicos liberais como John Locke e John Stuart Mill, ou à cúpula do Santander que compulse manuais de marketing. Liberais não tentam fechar exposições de arte —especialmente quando a temática é relevante, e os artistas, de primeira—, e empresas não maltratam tanto a própria imagem. Na condição de cliente do Santander, espero que o banco não seja tão banana na hora de administrar os fundos de que sou cotista.
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Pedaladas digitais
Assim fica fácil. Ao fazer comentários sobre o programa Banda Larga nas Escolas, o Ministério das Comunicações, sem considerar a qualidade do serviço prometido, diz que "o objetivo de massificação do acesso à internet nas escolas públicas urbanas foi alcançado." A afirmação, feita a propósito de reportagem desta Folha, pode ser levada a sério somente de uma perspectiva muito restrita. Segundo informações dos ministérios das Comunicações e da Educação, o programa do governo federal chega hoje a quase 70 mil escolas urbanas, o equivalente a 91,7% do total. Se, em 2008, "à época de lançamento do programa, poucas escolas possuíam algum acesso", houve avanço digno de nota –mesmo considerando que a meta era conectar 100% dos colégios até o final de 2010. Quem der atenção a outro aspecto, contudo, dificilmente chegará a diagnóstico tão otimista. É de apenas 2,3 megabits por segundo a velocidade média da internet nas escolas atendidas. São meros 3% do que o próprio governo considera ideal, 78 megabits por segundo. Sem aprimorar a velocidade da conexão, uma iniciativa do Ministério da Educação perde muito de seu sentido. Em 2012, a pasta lançou edital para comprar tablets e distribuir entre professores da rede pública. Quase 500 mil equipamentos foram adquiridos, ao custo de R$ 152 milhões. Pensava-se, sem dúvida, em estimular o uso de novas tecnologias no ensino. Como muitas escolas não dispõem de internet com boa velocidade, porém, docentes não conseguem fazer pesquisas e, às vezes, nem mesmo usar o tablet para tarefas administrativas online. A inadequação é tanta que o próprio MEC adaptou seu site para que diretores e professores da rede pública não precisem manter navegação permanente na internet ao consultar documentos sobre o currículo nacional para a educação básica, atualmente em debate. Seria mais proveitoso que o Ministério das Comunicações, em vez de celebrar um objetivo ainda longe de ser atingido a contento, se empenhasse em encontrar soluções para o problema. A não ser, é claro, que a pasta pretenda inovar com essa espécie de pedalada digital. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Pedaladas digitaisAssim fica fácil. Ao fazer comentários sobre o programa Banda Larga nas Escolas, o Ministério das Comunicações, sem considerar a qualidade do serviço prometido, diz que "o objetivo de massificação do acesso à internet nas escolas públicas urbanas foi alcançado." A afirmação, feita a propósito de reportagem desta Folha, pode ser levada a sério somente de uma perspectiva muito restrita. Segundo informações dos ministérios das Comunicações e da Educação, o programa do governo federal chega hoje a quase 70 mil escolas urbanas, o equivalente a 91,7% do total. Se, em 2008, "à época de lançamento do programa, poucas escolas possuíam algum acesso", houve avanço digno de nota –mesmo considerando que a meta era conectar 100% dos colégios até o final de 2010. Quem der atenção a outro aspecto, contudo, dificilmente chegará a diagnóstico tão otimista. É de apenas 2,3 megabits por segundo a velocidade média da internet nas escolas atendidas. São meros 3% do que o próprio governo considera ideal, 78 megabits por segundo. Sem aprimorar a velocidade da conexão, uma iniciativa do Ministério da Educação perde muito de seu sentido. Em 2012, a pasta lançou edital para comprar tablets e distribuir entre professores da rede pública. Quase 500 mil equipamentos foram adquiridos, ao custo de R$ 152 milhões. Pensava-se, sem dúvida, em estimular o uso de novas tecnologias no ensino. Como muitas escolas não dispõem de internet com boa velocidade, porém, docentes não conseguem fazer pesquisas e, às vezes, nem mesmo usar o tablet para tarefas administrativas online. A inadequação é tanta que o próprio MEC adaptou seu site para que diretores e professores da rede pública não precisem manter navegação permanente na internet ao consultar documentos sobre o currículo nacional para a educação básica, atualmente em debate. Seria mais proveitoso que o Ministério das Comunicações, em vez de celebrar um objetivo ainda longe de ser atingido a contento, se empenhasse em encontrar soluções para o problema. A não ser, é claro, que a pasta pretenda inovar com essa espécie de pedalada digital. editoriais@grupofolha.com.br
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Gabriel Jesus diz que fica no Palmeiras pelo menos até o fim de 2016
O atacante palmeirense Gabriel Jesus garantiu neste domingo (17), após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Inter, que voltará da seleção olímpica, jogará o segundo turno do Brasileiro e fica no clube, ao menos, até o fim do ano. "Isso está bem claro: eu ficarei até o fim do ano, talvez até ano que vem", disse Gabriel Jesus. Ele e o goleiro Fernando Prass perderão até seis jogos do time no Brasileiro porque nesta segunda (18) se apresentam à seleção olímpica que tentará o ouro inédito na Olimpíada Rio-2016. Se o time que será comandado por Rogério Micale for até a final, Prass e Gabriel Jesus se reapresentam em 22 de agosto apenas, prontos para enfrentar o Fluminense no dia 28. Gabriel Jesus interessa a clubes como Barcelona e Real Madrid, mas nesta semana o diretor de futebol palmeirense Alexandre Mattos esteve na Europa conversando com clubes interessados para mostrar que é preciso falar com o Palmeiras se quiser ter o atacante –a movimentação visa evitar que Jesus saia como Neymar deixou o Santos, em 2013, com valores pagos diretamente ao atleta. Artilheiro do Brasileiro com dez gols, Gabriel espera voltar ao time ainda na dianteira como goleador e também do campeonato –o Palmeiras é o primeiro na tabela, com 32 pontos após o triunfo deste domingo. "Espero voltar líder, mas é cedo para falar em título ainda. O campeonato é difícil e estamos jogando nosso futebol", disse o atacante.
esporte
Gabriel Jesus diz que fica no Palmeiras pelo menos até o fim de 2016O atacante palmeirense Gabriel Jesus garantiu neste domingo (17), após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Inter, que voltará da seleção olímpica, jogará o segundo turno do Brasileiro e fica no clube, ao menos, até o fim do ano. "Isso está bem claro: eu ficarei até o fim do ano, talvez até ano que vem", disse Gabriel Jesus. Ele e o goleiro Fernando Prass perderão até seis jogos do time no Brasileiro porque nesta segunda (18) se apresentam à seleção olímpica que tentará o ouro inédito na Olimpíada Rio-2016. Se o time que será comandado por Rogério Micale for até a final, Prass e Gabriel Jesus se reapresentam em 22 de agosto apenas, prontos para enfrentar o Fluminense no dia 28. Gabriel Jesus interessa a clubes como Barcelona e Real Madrid, mas nesta semana o diretor de futebol palmeirense Alexandre Mattos esteve na Europa conversando com clubes interessados para mostrar que é preciso falar com o Palmeiras se quiser ter o atacante –a movimentação visa evitar que Jesus saia como Neymar deixou o Santos, em 2013, com valores pagos diretamente ao atleta. Artilheiro do Brasileiro com dez gols, Gabriel espera voltar ao time ainda na dianteira como goleador e também do campeonato –o Palmeiras é o primeiro na tabela, com 32 pontos após o triunfo deste domingo. "Espero voltar líder, mas é cedo para falar em título ainda. O campeonato é difícil e estamos jogando nosso futebol", disse o atacante.
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Rio de Janeiro se mantém em nível de desmatamento zero, diz ONG
O Rio de Janeiro permanece em nível de desmatamento zero de mata atlântica, segundo dados divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em um estudo dedicado ao Estado do Atlas dos Remanescentes Florestais da mata atlântica. A unidade da Federação já foi uma das campeãs de desmatamento deste bioma no passado. "Teve menos de um quilômetro quadrado de desmatamento nos últimos levantamentos anuais. Desde 2011, o Rio de Janeiro se encontra no nível de desmatamento zero", disse a diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota. Entre 2014 e 2015, foram 27 hectares (um hectare tem uma área equivalente à de um campo de futebol) desmatados. No período de 1985 a 2015, foram regenerados no Estado 4.092 hectares, ou o equivalente a 40,92 km², diz o estudo divulgado nesta segunda (6). Marcia Hirota diz que, à medida em que se tem o controle do desmatamento, principalmente das áreas acima de 13 hectares, porque ainda ocorre desmatamento no Rio de Janeiro com a extensão urbana, o desafio agora é aumentar a cobertura florestal nativa, em especial nas áreas de preservação permanente. O levantamento visa a alertar o Poder Público, as autoridades e os proprietários de terra sobre a importância de proteger a Mata Atlântica e promover a recuperação florestal. REGENERAÇÃO Em todos os 92 municípios fluminenses têm ocorrência de mata atlântica. Desse total, o Atlas identificou regeneração em 77. Os municípios que apresentaram mais áreas regeneradas no período compreendido de 1985 a 2015 foram Casimiro de Abreu, com 267 hectares (ha); Itaperuna (223 ha); Duas Barras (220 ha); Rio de Janeiro (209 ha); Vassouras (203 ha). A diretora disse que a área da Bacia do Rio São João, que registra a ocorrência do mico leão dourado, onde existem várias reservas particulares, tem contribuído para a formação de um corredor e a interligação dessas florestas para garantir a biodiversidade da região. Não foram descobertos pelo estudo os fatores que contribuíram para a regeneração da mata atlântica no Estado. Marcia avaliou que algumas áreas que sofreram queimadas ou foram desmatadas e depois abandonadas podem ter tido um processo de regenação natural. Em outras, a regeneração foi provocada pela ação do ser humano, por meio do plantio de mudas de espécies nativas, em ações de restauração florestal. De acordo com o Atlas, a mata atlântica cobria originalmente 100% da área do Estado do Rio de Janeiro, o que corresponde a cerca de 4,37 milhões de hectares. Hoje, restam 820,23 mil hectares desse bioma. "Somando a isso todas as áreas naturais, não chega a 21% do total do Estado", disse Marcia. Apesar de o Rio de Janeiro ter alcançado o posto de Estado com nível de desmatamento zero, ele ainda integra a lista dos municípios que mais desmataram no período pesquisado, com 13 representantes. O Atlas mostra que, juntos, esses municípios desmataram 94,82 mil hectares de Mata Atlântica, o correspondente à área do município de Nova Friburgo (RJ). COMPROMISSO Marcia destacou a existência de um esforço governamental para a regeneração da mata atlântica no Brasil. O país assumiu o compromisso, no Acordo de Paris, firmado em dezembro de 2015, de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. O Brasil integra também um pacto pela regeneração da Mata Atlântica que reúne várias organizações, cuja meta definida é de 15 milhões de hectares restaurados até 2050. "Nós temos muitas áreas que precisam ser restauradas, recuperadas, especialmente para garantir serviços ambientais como, por exemplo, águas". A mata ciliar tem um papel importante nesse processo para evitar assoreamento, para proteger os solos nas margens dos rios, garantir qualidade e quantidade de água para o consumo. "Nós precisamos fazer com que a floresta garanta os serviços ambientais e que isso seja feito a partir de esforços coletivos. Poder público, iniciativa privada, fontes de financiamento e proprietários de terras têm de se aliar nesse esforço, de modo a contribuir para o desenvolvimento, aliado à restauração florestal, gerando empreendedorismo, trabalho, renda. É uma agenda positiva para o país", disse. Para Márcia, isso depende também de maior sensibilização da população. "Começa dentro de casa, no nosso bairro. Vocês do Rio de Janeiro são privilegiadíssimos. Em qualquer lugar que esteja, está próximo de uma floresta, riqueza em termos de espécies animais, vegetais. Isso faz muita diferença". Segundo ela, um ambiente com menos poluição, melhor qualidade de vida, garante também mais saúde e bem-estar para a população. "É muito o que a gente vem reforçando, que todo mundo tenha um ambiente melhor e que esse ambiente melhor também seja compartilhado com as futuras gerações". O Atlas mostra, ainda, que o Estado do Rio de Janeiro se preocupa em ampliar as unidades de conservação privadas, chamadas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), totalizando 150 unidades desse tipo. Os destaque são os municípios de Nova Friburgo e Silva Jardim, com 20 reservas privadas, cada. Desmatamento zero
ambiente
Rio de Janeiro se mantém em nível de desmatamento zero, diz ONGO Rio de Janeiro permanece em nível de desmatamento zero de mata atlântica, segundo dados divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em um estudo dedicado ao Estado do Atlas dos Remanescentes Florestais da mata atlântica. A unidade da Federação já foi uma das campeãs de desmatamento deste bioma no passado. "Teve menos de um quilômetro quadrado de desmatamento nos últimos levantamentos anuais. Desde 2011, o Rio de Janeiro se encontra no nível de desmatamento zero", disse a diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota. Entre 2014 e 2015, foram 27 hectares (um hectare tem uma área equivalente à de um campo de futebol) desmatados. No período de 1985 a 2015, foram regenerados no Estado 4.092 hectares, ou o equivalente a 40,92 km², diz o estudo divulgado nesta segunda (6). Marcia Hirota diz que, à medida em que se tem o controle do desmatamento, principalmente das áreas acima de 13 hectares, porque ainda ocorre desmatamento no Rio de Janeiro com a extensão urbana, o desafio agora é aumentar a cobertura florestal nativa, em especial nas áreas de preservação permanente. O levantamento visa a alertar o Poder Público, as autoridades e os proprietários de terra sobre a importância de proteger a Mata Atlântica e promover a recuperação florestal. REGENERAÇÃO Em todos os 92 municípios fluminenses têm ocorrência de mata atlântica. Desse total, o Atlas identificou regeneração em 77. Os municípios que apresentaram mais áreas regeneradas no período compreendido de 1985 a 2015 foram Casimiro de Abreu, com 267 hectares (ha); Itaperuna (223 ha); Duas Barras (220 ha); Rio de Janeiro (209 ha); Vassouras (203 ha). A diretora disse que a área da Bacia do Rio São João, que registra a ocorrência do mico leão dourado, onde existem várias reservas particulares, tem contribuído para a formação de um corredor e a interligação dessas florestas para garantir a biodiversidade da região. Não foram descobertos pelo estudo os fatores que contribuíram para a regeneração da mata atlântica no Estado. Marcia avaliou que algumas áreas que sofreram queimadas ou foram desmatadas e depois abandonadas podem ter tido um processo de regenação natural. Em outras, a regeneração foi provocada pela ação do ser humano, por meio do plantio de mudas de espécies nativas, em ações de restauração florestal. De acordo com o Atlas, a mata atlântica cobria originalmente 100% da área do Estado do Rio de Janeiro, o que corresponde a cerca de 4,37 milhões de hectares. Hoje, restam 820,23 mil hectares desse bioma. "Somando a isso todas as áreas naturais, não chega a 21% do total do Estado", disse Marcia. Apesar de o Rio de Janeiro ter alcançado o posto de Estado com nível de desmatamento zero, ele ainda integra a lista dos municípios que mais desmataram no período pesquisado, com 13 representantes. O Atlas mostra que, juntos, esses municípios desmataram 94,82 mil hectares de Mata Atlântica, o correspondente à área do município de Nova Friburgo (RJ). COMPROMISSO Marcia destacou a existência de um esforço governamental para a regeneração da mata atlântica no Brasil. O país assumiu o compromisso, no Acordo de Paris, firmado em dezembro de 2015, de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. O Brasil integra também um pacto pela regeneração da Mata Atlântica que reúne várias organizações, cuja meta definida é de 15 milhões de hectares restaurados até 2050. "Nós temos muitas áreas que precisam ser restauradas, recuperadas, especialmente para garantir serviços ambientais como, por exemplo, águas". A mata ciliar tem um papel importante nesse processo para evitar assoreamento, para proteger os solos nas margens dos rios, garantir qualidade e quantidade de água para o consumo. "Nós precisamos fazer com que a floresta garanta os serviços ambientais e que isso seja feito a partir de esforços coletivos. Poder público, iniciativa privada, fontes de financiamento e proprietários de terras têm de se aliar nesse esforço, de modo a contribuir para o desenvolvimento, aliado à restauração florestal, gerando empreendedorismo, trabalho, renda. É uma agenda positiva para o país", disse. Para Márcia, isso depende também de maior sensibilização da população. "Começa dentro de casa, no nosso bairro. Vocês do Rio de Janeiro são privilegiadíssimos. Em qualquer lugar que esteja, está próximo de uma floresta, riqueza em termos de espécies animais, vegetais. Isso faz muita diferença". Segundo ela, um ambiente com menos poluição, melhor qualidade de vida, garante também mais saúde e bem-estar para a população. "É muito o que a gente vem reforçando, que todo mundo tenha um ambiente melhor e que esse ambiente melhor também seja compartilhado com as futuras gerações". O Atlas mostra, ainda, que o Estado do Rio de Janeiro se preocupa em ampliar as unidades de conservação privadas, chamadas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), totalizando 150 unidades desse tipo. Os destaque são os municípios de Nova Friburgo e Silva Jardim, com 20 reservas privadas, cada. Desmatamento zero
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Secretário de Agricultura critica reportagem sobre Fapesp
A reportagem "Alckmin critica Fapesp por 'pesquisa inútil'" é baseada em um boato, e não em um fato. O governador Geraldo Alckmin não fez críticas à Fapesp. O tema dizia respeito aos vários institutos de pesquisa do Estado vinculados às várias secretarias de Estado. Conhecedor e admirador da realidade das pesquisas paulistas, o governador não colocaria uma instituição em conflito com outra – Fapesp e Instituto Butantan, no caso. São Paulo é o único Estado que destina 1% da receita tributária anual para a pesquisa, porque acredita na importância dos fundamentos básicos de conhecimento para o desenvolvimento de uma nação. ARNALDO JARDIM, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado (São Paulo, SP) * RESPOSTA DA JORNALISTA THAIS ARBEX - As críticas do governador Geraldo Alckmin à Fapesp, durante reunião com seu secretariado, foram confirmadas à Folha por participantes do encontro. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Secretário de Agricultura critica reportagem sobre FapespA reportagem "Alckmin critica Fapesp por 'pesquisa inútil'" é baseada em um boato, e não em um fato. O governador Geraldo Alckmin não fez críticas à Fapesp. O tema dizia respeito aos vários institutos de pesquisa do Estado vinculados às várias secretarias de Estado. Conhecedor e admirador da realidade das pesquisas paulistas, o governador não colocaria uma instituição em conflito com outra – Fapesp e Instituto Butantan, no caso. São Paulo é o único Estado que destina 1% da receita tributária anual para a pesquisa, porque acredita na importância dos fundamentos básicos de conhecimento para o desenvolvimento de uma nação. ARNALDO JARDIM, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado (São Paulo, SP) * RESPOSTA DA JORNALISTA THAIS ARBEX - As críticas do governador Geraldo Alckmin à Fapesp, durante reunião com seu secretariado, foram confirmadas à Folha por participantes do encontro. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Governo gastou R$ 8 mil em 'muro' que divide grupos pró e anti-Dilma
A barreira de aço que divide a Esplanada dos Ministérios para os protestos desta semana custou R$ 7.850 ao governo do Distrito Federal e, a princípio, deve ficar erguida até a próxima segunda (18), caso a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff seja definida de fato no domingo (17). As chapas de aço, instaladas por presidiários do sistema semiaberto do DF, que possuem autorização para trabalhar fora da carceragem, geraram polêmica em Brasília. A barreira já vem sendo chamada por deputados de "muro da vergonha". A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal alega que a medida é fundamental para garantir a integridade dos manifestantes. A pasta determinou que, do lado esquerdo do muro ficarão os manifestantes contrários ao impeachment, enquanto os favoráveis ao afastamento ficarão do lado direito. A barreira tem uma extensão de um quilômetro e vai do Congresso Nacional em direção à Rodoviária da cidade. O DF prevê a presença de 3.000 policiais militares, 500 bombeiros e 50 agentes de trânsito. A previsão informada pelos manifestantes ao governo é que cerca de 300 mil pessoas compareçam aos protestos convocados para domingo. Os governistas chegaram ao local no domingo (10) e se instalaram no estacionamento do Teatro Nacional, mas, a pedido do governo do Distrito Federal, mudaram para um local um pouco mais distante. Os pró-impeachment estão acampados no Parque da Cidade, do outro lado do eixo que divide a cidade. Manifestantes acampados em Brasília iniciaram nesta segunda (11) a onda de protestos contra o impeachment. Todos os dias, com exceção de terça (12), os manifestantes pró-governo farão uma caminhada em direção ao Congresso. Um grupo de aproximadamente 300 pessoas está acampada no Centro de Convenções Nilson Nelson, a cerca de 4 km do Congresso. São, na maioria, integrantes de grupos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores). Além do impeachment, as pautas dos grupos pró-Dilma já presentes na Esplanada são diversas. Vão da reforma agrária ao fim da reforma previdenciária. A causa comum é o pedido pela saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e o repúdio a um eventual governo Michel Temer, o vice que assume em caso de impedimento da petista. Ao longo do dia, algumas palavras de ordem foram usadas para tentar inflamar os grupos. "Fogo no pavio", gritavam os acampados da juventude do MST. "A palavra não quer dizer guerra, apenas dá ânimo a quem está na luta. A orientação é para não cair em provocações", disse o coordenador nacional do movimento Antônio Pereira. A reportagem encontrou ônibus vindos de seis estados: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rondônia. "Quem é de Brasília não está acampado, mas está ajudando muito na manutenção de quem está. Dei R$ 50 e consegui mais R$ 50 com uma amiga para comprarem feijão, carne", contou Geraldo Magela, do Núcleo de Defesa da Democracia.
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Governo gastou R$ 8 mil em 'muro' que divide grupos pró e anti-DilmaA barreira de aço que divide a Esplanada dos Ministérios para os protestos desta semana custou R$ 7.850 ao governo do Distrito Federal e, a princípio, deve ficar erguida até a próxima segunda (18), caso a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff seja definida de fato no domingo (17). As chapas de aço, instaladas por presidiários do sistema semiaberto do DF, que possuem autorização para trabalhar fora da carceragem, geraram polêmica em Brasília. A barreira já vem sendo chamada por deputados de "muro da vergonha". A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal alega que a medida é fundamental para garantir a integridade dos manifestantes. A pasta determinou que, do lado esquerdo do muro ficarão os manifestantes contrários ao impeachment, enquanto os favoráveis ao afastamento ficarão do lado direito. A barreira tem uma extensão de um quilômetro e vai do Congresso Nacional em direção à Rodoviária da cidade. O DF prevê a presença de 3.000 policiais militares, 500 bombeiros e 50 agentes de trânsito. A previsão informada pelos manifestantes ao governo é que cerca de 300 mil pessoas compareçam aos protestos convocados para domingo. Os governistas chegaram ao local no domingo (10) e se instalaram no estacionamento do Teatro Nacional, mas, a pedido do governo do Distrito Federal, mudaram para um local um pouco mais distante. Os pró-impeachment estão acampados no Parque da Cidade, do outro lado do eixo que divide a cidade. Manifestantes acampados em Brasília iniciaram nesta segunda (11) a onda de protestos contra o impeachment. Todos os dias, com exceção de terça (12), os manifestantes pró-governo farão uma caminhada em direção ao Congresso. Um grupo de aproximadamente 300 pessoas está acampada no Centro de Convenções Nilson Nelson, a cerca de 4 km do Congresso. São, na maioria, integrantes de grupos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores). Além do impeachment, as pautas dos grupos pró-Dilma já presentes na Esplanada são diversas. Vão da reforma agrária ao fim da reforma previdenciária. A causa comum é o pedido pela saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e o repúdio a um eventual governo Michel Temer, o vice que assume em caso de impedimento da petista. Ao longo do dia, algumas palavras de ordem foram usadas para tentar inflamar os grupos. "Fogo no pavio", gritavam os acampados da juventude do MST. "A palavra não quer dizer guerra, apenas dá ânimo a quem está na luta. A orientação é para não cair em provocações", disse o coordenador nacional do movimento Antônio Pereira. A reportagem encontrou ônibus vindos de seis estados: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rondônia. "Quem é de Brasília não está acampado, mas está ajudando muito na manutenção de quem está. Dei R$ 50 e consegui mais R$ 50 com uma amiga para comprarem feijão, carne", contou Geraldo Magela, do Núcleo de Defesa da Democracia.
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Quiz: adivinhe os indicados ao Oscar com emoticons
Um pássaro, uma claquete de cinema, as máscaras de tragédia e comédia. Apenas com essas pistas você consegue adivinhar qual é o longa indicado ao Oscar de melhor filme em questão? "A Teoria de Tudo", "O Jogo da Imitação", "Boyhood" ou "Birdman"? A "Ilustrada" traduziu cada um dos oito concorrentes em Emojis, símbolos utilizados em redes sociais e em aplicativos de mensagem no celular para representar as emoções. Teste seus conhecimentos em cinema e em comunicação na internet no jogo abaixo:
ilustrada
Quiz: adivinhe os indicados ao Oscar com emoticonsUm pássaro, uma claquete de cinema, as máscaras de tragédia e comédia. Apenas com essas pistas você consegue adivinhar qual é o longa indicado ao Oscar de melhor filme em questão? "A Teoria de Tudo", "O Jogo da Imitação", "Boyhood" ou "Birdman"? A "Ilustrada" traduziu cada um dos oito concorrentes em Emojis, símbolos utilizados em redes sociais e em aplicativos de mensagem no celular para representar as emoções. Teste seus conhecimentos em cinema e em comunicação na internet no jogo abaixo:
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Hoje na TV: Argentina estreia na Copa América
15h30 - Itália x Finlândia, amistoso Internacional, ESPN Brasil 18h30 - Liga Diamante, atletismo, Band Sports 19h10 - Florianópolis x Marreco, Liga Nacional de Futsal, SporTV 19h45 - Panamá x Bolívia, Copa América, SporTV 2 22h30 - Argentina x Chile, Copa América, SporTV
esporte
Hoje na TV: Argentina estreia na Copa América15h30 - Itália x Finlândia, amistoso Internacional, ESPN Brasil 18h30 - Liga Diamante, atletismo, Band Sports 19h10 - Florianópolis x Marreco, Liga Nacional de Futsal, SporTV 19h45 - Panamá x Bolívia, Copa América, SporTV 2 22h30 - Argentina x Chile, Copa América, SporTV
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Branco Mello vem com voz e violão em estreia de musical da "TV Folha"
Desde janeiro, Branco Mello vem vivendo a fase voz e violão em uma carreira paralela aos Titãs. Em seus últimos shows, investiu em canções que traçam um panorama de sua vida e obra, o que inclui músicas tocadas com suas primeiras bandas, hits de artistas que admira e, claro, sucessos do Titãs. Para mostrar parte desta recente fase, o cantor aceitou o convite para estrear o "TV Folha Playlist", programa musical que a editoria publicará sempre aos sábados. As imagens acima mostram uma entrevista com o cantor. Já nos vídeos abaixo, é possível conferir as íntegras de "República dos Bananas" e "Televisão", músicas interpretadas originalmente pelos Titãs e que ganharam uma nova versão na turnê passada de Branco -a temporada rolou durante o mês de abril no Teatro Folha, em São Paulo. "REPÚBLICA DOS BANANAS" Assista "TELEVISÃO" Assista Produção e reportagem: Melina Cardoso / Fotografia: Giovanni Bello e Victor Parolin / Áudio: Rodrigo Machado / Edição: Giovanni Bello e Victor Parolin
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Branco Mello vem com voz e violão em estreia de musical da "TV Folha"Desde janeiro, Branco Mello vem vivendo a fase voz e violão em uma carreira paralela aos Titãs. Em seus últimos shows, investiu em canções que traçam um panorama de sua vida e obra, o que inclui músicas tocadas com suas primeiras bandas, hits de artistas que admira e, claro, sucessos do Titãs. Para mostrar parte desta recente fase, o cantor aceitou o convite para estrear o "TV Folha Playlist", programa musical que a editoria publicará sempre aos sábados. As imagens acima mostram uma entrevista com o cantor. Já nos vídeos abaixo, é possível conferir as íntegras de "República dos Bananas" e "Televisão", músicas interpretadas originalmente pelos Titãs e que ganharam uma nova versão na turnê passada de Branco -a temporada rolou durante o mês de abril no Teatro Folha, em São Paulo. "REPÚBLICA DOS BANANAS" Assista "TELEVISÃO" Assista Produção e reportagem: Melina Cardoso / Fotografia: Giovanni Bello e Victor Parolin / Áudio: Rodrigo Machado / Edição: Giovanni Bello e Victor Parolin
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Viúva aos 14: Jovem grávida perde o pai do seu filho em chacina em SP
Foi tudo muito rápido: em agosto do ano passado, Ana (nome fictício), então com 13 anos, conheceu o namorado. Em novembro, passaram a morar juntos, na casa da mãe dele; há três meses, ela descobriu que estava grávida. Na última quinta (13), a futura mãe virou viúva, aos 14. Rodrigo Lima da Silva, 16, levou dois tiros em uma doceria na periferia de Osasco. Testemunhas disseram à polícia que um homem encapuzado parou um carro em frente à loja e atirou. Ele foi o mais jovem entre as 18 vítimas da chacina que ocorreu na semana passada na Grande SP. "Fomos até o local, e ele estava caído de bruços no chão, sangrando. Ficamos lá esperando até a perícia chegar", disse Ana, no sábado (15), durante o enterro do rapaz, em um cemitério de Barueri, que faz divisa com Osasco. BATE-PAPO Horas antes do crime, quando voltava da casa da avó, ela havia encontrado o namorado na mesma loja de doces, na rua Professor Sud Menucci, conversando com um amigo. Trocou algumas palavras e foi para casa. Mais tarde, a irmã de Rodrigo entrou na casa da família perguntando o paradeiro dele. Ana respondeu que havia visto o namorado na loja –e que ele deveria estar lá. Ouviu que ele havia sido baleado no estabelecimento. Ela lembra com orgulho do companheiro. Diz que falou com Rodrigo pela primeira vez ao vê-lo na casa do primo dela. Antes do primeiro encontro, conta, o rapaz foi até a casa da mãe dela pedir autorização para o namoro. "Mas eu já queria, eu gostava muito dele." Alegria mesmo, diz a garota, foi quando Rodrigo soube que seria pai: "Ele saiu contando para todo mundo". O casal não tinha certeza, mas os exames pré-natal já indicavam a maior probabilidade de nascer um menino. Rodrigo tinha escolhido o nome: Felipe. Agora, para homenagear o pai, o bebê será batizado de Rodrigo Felipe. BAIANO O nome é uma maneira de lembrar de Rodrigo, conhecido na vizinhança como "Baiano", porque, durante a infância, deixou Osasco e foi morar no Nordeste (em Pernambuco) com uma avó. Caçula de seis irmãos, ele parou de estudar na quarta série do ensino fundamental por causa da mudança de Estado, diz uma das irmãs, a auxiliar de crédito Fabiana, 20. Vivia com a mãe, a namorada e com Fabiana. A mãe não quis dar entrevista. Planejava voltar a estudar em um supletivo a partir do ano que vem, conta ela. Não sabia o que fazer da vida, mas estudar direito era uma possibilidade, segundo ela, para "lutar contra injustiças". Em paralelo, trabalhava como ajudante geral: fazia entregas na região e em cidades vizinhas com o patrão, dono de um caminhão. Segundo a polícia, Rodrigo já cometeu um ato infracional –ou seja, foi levado às autoridades. "Não sei o que aconteceu, mas passagem pela polícia meu irmão não teve", diz Fabiana. Ele tampouco "mexeu com droga". Rodrigo "perdeu a vida de bobeira", afirma a irmã do rapaz assassinado. "Eu só quero, se houver justiça neste mundo, que ela seja feita."
cotidiano
Viúva aos 14: Jovem grávida perde o pai do seu filho em chacina em SPFoi tudo muito rápido: em agosto do ano passado, Ana (nome fictício), então com 13 anos, conheceu o namorado. Em novembro, passaram a morar juntos, na casa da mãe dele; há três meses, ela descobriu que estava grávida. Na última quinta (13), a futura mãe virou viúva, aos 14. Rodrigo Lima da Silva, 16, levou dois tiros em uma doceria na periferia de Osasco. Testemunhas disseram à polícia que um homem encapuzado parou um carro em frente à loja e atirou. Ele foi o mais jovem entre as 18 vítimas da chacina que ocorreu na semana passada na Grande SP. "Fomos até o local, e ele estava caído de bruços no chão, sangrando. Ficamos lá esperando até a perícia chegar", disse Ana, no sábado (15), durante o enterro do rapaz, em um cemitério de Barueri, que faz divisa com Osasco. BATE-PAPO Horas antes do crime, quando voltava da casa da avó, ela havia encontrado o namorado na mesma loja de doces, na rua Professor Sud Menucci, conversando com um amigo. Trocou algumas palavras e foi para casa. Mais tarde, a irmã de Rodrigo entrou na casa da família perguntando o paradeiro dele. Ana respondeu que havia visto o namorado na loja –e que ele deveria estar lá. Ouviu que ele havia sido baleado no estabelecimento. Ela lembra com orgulho do companheiro. Diz que falou com Rodrigo pela primeira vez ao vê-lo na casa do primo dela. Antes do primeiro encontro, conta, o rapaz foi até a casa da mãe dela pedir autorização para o namoro. "Mas eu já queria, eu gostava muito dele." Alegria mesmo, diz a garota, foi quando Rodrigo soube que seria pai: "Ele saiu contando para todo mundo". O casal não tinha certeza, mas os exames pré-natal já indicavam a maior probabilidade de nascer um menino. Rodrigo tinha escolhido o nome: Felipe. Agora, para homenagear o pai, o bebê será batizado de Rodrigo Felipe. BAIANO O nome é uma maneira de lembrar de Rodrigo, conhecido na vizinhança como "Baiano", porque, durante a infância, deixou Osasco e foi morar no Nordeste (em Pernambuco) com uma avó. Caçula de seis irmãos, ele parou de estudar na quarta série do ensino fundamental por causa da mudança de Estado, diz uma das irmãs, a auxiliar de crédito Fabiana, 20. Vivia com a mãe, a namorada e com Fabiana. A mãe não quis dar entrevista. Planejava voltar a estudar em um supletivo a partir do ano que vem, conta ela. Não sabia o que fazer da vida, mas estudar direito era uma possibilidade, segundo ela, para "lutar contra injustiças". Em paralelo, trabalhava como ajudante geral: fazia entregas na região e em cidades vizinhas com o patrão, dono de um caminhão. Segundo a polícia, Rodrigo já cometeu um ato infracional –ou seja, foi levado às autoridades. "Não sei o que aconteceu, mas passagem pela polícia meu irmão não teve", diz Fabiana. Ele tampouco "mexeu com droga". Rodrigo "perdeu a vida de bobeira", afirma a irmã do rapaz assassinado. "Eu só quero, se houver justiça neste mundo, que ela seja feita."
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Corregedoria determina que ações contra Eike fiquem na mesma vara
A ministra da Corregedoria Nacional de Justiça, Nancy Andrighi, determinou que os processo contra o empresário Eike Batista continuarão a tramitar na 3ª Vara Criminal Federal, da Justiça Federal no Rio. A determinação veio como resposta a uma consulta feita pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), que julgou o pedido da defesa para o afastamento do juiz do caso. O pedido foi anterior ao episódio em que o juiz titular da 3ª Vara, Flávio Roberto de Souza, foi flagrado dirigindo um carro apreendido do empresário. Outros dois carros e um piano de Eike também apreendidos estavam guardados no condomínio do juiz, que acabou afastado após os episódios. Depois do magistrado ser retirado do caso, a procuradoria da República instaurou inquérito para investigar o desaparecimento de R$ 27 mil dos R$ 90 mil apreendidos de Eike Batista da 3ª Vara Federal. O dinheiro deveria estar em um banco mas foi guardado em um cofre na vara. Sumiram ainda da ante-sala de Souza US$ 443 e 1.000 euros de outros casos julgados pela vara. Outras pessoas também tinham acesso a onde o dinheiro estava guardado e ainda não há uma ação penal aberta contra o juiz. Souza está de licença médica. Seu passaporte foi entregue nesta segunda (9) à Justiça pelo seu advogado, Renato Tonini à Justiça. A reportagem não conseguiu contato com o juiz Souza. De acordo com TRF da 2ª Região, será o juiz substituto da 3ª Vara Vitor Barbosa Valpuesta quem conduzirá os processos contra Eike Batista. De acordo com o TRF, as denúncias contra o empresário não precisarão ser encaminhadas novamente pela procuradoria. Eike Batista é réu por supostamente manipulação de mercado e negociação de ações com informações privilegiadas, o chamado "insider trading", no processo de venda de ações da OGX e da OSX. A defesa do empresário nega as acusações.
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Corregedoria determina que ações contra Eike fiquem na mesma varaA ministra da Corregedoria Nacional de Justiça, Nancy Andrighi, determinou que os processo contra o empresário Eike Batista continuarão a tramitar na 3ª Vara Criminal Federal, da Justiça Federal no Rio. A determinação veio como resposta a uma consulta feita pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), que julgou o pedido da defesa para o afastamento do juiz do caso. O pedido foi anterior ao episódio em que o juiz titular da 3ª Vara, Flávio Roberto de Souza, foi flagrado dirigindo um carro apreendido do empresário. Outros dois carros e um piano de Eike também apreendidos estavam guardados no condomínio do juiz, que acabou afastado após os episódios. Depois do magistrado ser retirado do caso, a procuradoria da República instaurou inquérito para investigar o desaparecimento de R$ 27 mil dos R$ 90 mil apreendidos de Eike Batista da 3ª Vara Federal. O dinheiro deveria estar em um banco mas foi guardado em um cofre na vara. Sumiram ainda da ante-sala de Souza US$ 443 e 1.000 euros de outros casos julgados pela vara. Outras pessoas também tinham acesso a onde o dinheiro estava guardado e ainda não há uma ação penal aberta contra o juiz. Souza está de licença médica. Seu passaporte foi entregue nesta segunda (9) à Justiça pelo seu advogado, Renato Tonini à Justiça. A reportagem não conseguiu contato com o juiz Souza. De acordo com TRF da 2ª Região, será o juiz substituto da 3ª Vara Vitor Barbosa Valpuesta quem conduzirá os processos contra Eike Batista. De acordo com o TRF, as denúncias contra o empresário não precisarão ser encaminhadas novamente pela procuradoria. Eike Batista é réu por supostamente manipulação de mercado e negociação de ações com informações privilegiadas, o chamado "insider trading", no processo de venda de ações da OGX e da OSX. A defesa do empresário nega as acusações.
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Herdeiro da Samsung é condenado a cinco anos de prisão na Coreia do Sul
Bilionário herdeiro da gigante de tecnologia Samsung, Lee Jae-yong, 49, foi condenado a cinco anos de prisão nesta sexta-feira (25) após um escândalo de corrupção na Coreia do Sul. O ex-vice-presidente da companhia aguardava julgamento na prisão desde 16 de fevereiro, quando foi detido sob a acusação de doar US$ 55 milhões a Choi Soon-sil, amiga da ex-presidente Park Geun-hye, em troca da aprovação da fusão de duas divisões. O tribunal considerou que o pagamento tinha como objetivo obter o apoio do governo a uma fusão de duas filiais da Samsung em 2015, uma transação considerada crucial para a transferência de poder na empresa a Lee após o problema cardíaco sofrido por seu pai em 2014. A ex-presidente Park sofreu impeachment em março deste ano. Lee também foi considerado culpado por esconder bens no exterior, fraude e perjúrio. Nesta sexta, ele chegou ao tribunal do distrito central de Seul algemado. "Esse caso é uma questão de Lee Jae-yong e executivos do Grupo Samsung, que estavam se preparando constantemente para a sucessão de Lee... subornando a presidente", disse o juiz do Tribunal Distrital Central de Seul, Kim Jin-dong. O magistrado disse que, como o herdeiro aparente do grupo, Lee "estava na posição de se beneficiar mais" de qualquer favor político para a Samsung. Os advogados de Lee dizem que o empresário é inocente e que irão entrar com recurso na Justiça. O caso deverá ser decidido em definitivo apenas no próximo ano, na Suprema Corte do país. Outros quatro executivos da Samsung também foram declarados culpados e condenados a penas de até quatro anos de prisão. A condenação de Lee Jae-Yong pode deixar a Samsung sem comando por alguns anos e afetar a tomada de decisões importantes para o desenvolvimento da empresa.
mundo
Herdeiro da Samsung é condenado a cinco anos de prisão na Coreia do SulBilionário herdeiro da gigante de tecnologia Samsung, Lee Jae-yong, 49, foi condenado a cinco anos de prisão nesta sexta-feira (25) após um escândalo de corrupção na Coreia do Sul. O ex-vice-presidente da companhia aguardava julgamento na prisão desde 16 de fevereiro, quando foi detido sob a acusação de doar US$ 55 milhões a Choi Soon-sil, amiga da ex-presidente Park Geun-hye, em troca da aprovação da fusão de duas divisões. O tribunal considerou que o pagamento tinha como objetivo obter o apoio do governo a uma fusão de duas filiais da Samsung em 2015, uma transação considerada crucial para a transferência de poder na empresa a Lee após o problema cardíaco sofrido por seu pai em 2014. A ex-presidente Park sofreu impeachment em março deste ano. Lee também foi considerado culpado por esconder bens no exterior, fraude e perjúrio. Nesta sexta, ele chegou ao tribunal do distrito central de Seul algemado. "Esse caso é uma questão de Lee Jae-yong e executivos do Grupo Samsung, que estavam se preparando constantemente para a sucessão de Lee... subornando a presidente", disse o juiz do Tribunal Distrital Central de Seul, Kim Jin-dong. O magistrado disse que, como o herdeiro aparente do grupo, Lee "estava na posição de se beneficiar mais" de qualquer favor político para a Samsung. Os advogados de Lee dizem que o empresário é inocente e que irão entrar com recurso na Justiça. O caso deverá ser decidido em definitivo apenas no próximo ano, na Suprema Corte do país. Outros quatro executivos da Samsung também foram declarados culpados e condenados a penas de até quatro anos de prisão. A condenação de Lee Jae-Yong pode deixar a Samsung sem comando por alguns anos e afetar a tomada de decisões importantes para o desenvolvimento da empresa.
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Renda de Eike despenca e Receita suspeita de contas não declaradas
Um relatório da Receita Federal que analisa as declarações de Imposto de Renda de Eike Batista nos últimos dez anos aponta uma queda na renda anual do empresário e levanta a suspeita de que ele tenha contas não declaradas no exterior. O rendimento bruto declarado por Eike, que já foi apontado como o oitavo homem mais rico do mundo, passou de R$ 4 bilhões, em 2008, para R$ 1,3 milhão em 2015. Ainda assim, a movimentação bancária permanece elevada —o que, para os auditores fiscais, é "atípico". O relatório é de setembro de 2016, e foi anexado aos autos da 34ª fase da Operação Lava Jato, que investigou suspeitas de corrupção em contratos de uma empresa de Eike, a OSX, com a Petrobras. Os auditores que assinam o documento, produzido pelo setor de pesquisa e investigação da Receita após ordem do juiz Sergio Moro, destacam que eventuais irregularidades "merecem confirmação por parte do setor de fiscalização, por meio de procedimento administrativo fiscal". SUSPEITAS Para os auditores fiscais, há uma "movimentação atípica" financeira de Eike "em todo o período analisado", entre os anos de 2006 e 2015. Segundo o relatório, na maior parte desse período, os valores movimentados nas contas do empresário são maiores que os rendimentos declarados, "sendo indício de existência de outras fontes de rendas, diversas das declaradas". Em 2015, por exemplo, seu rendimento líquido foi de pouco menos de R$ 1,3 milhão —mas suas contas receberam R$ 3,2 milhões em créditos. Em 2014, a diferença é ainda maior: a renda líquida declarada é de R$ 4,4 milhões, mas a movimentação chega a R$ 68 milhões. Renda bruta de eike batista (em R$ milhões) - O relatório também levanta a suspeita de que Eike tenha contas não declaradas no exterior, já que, em dois anos (2010 e 2013), sua movimentação bancária é bem menor do que a renda declarada. "[Isso indica que] o contribuinte pode ter recebido seus proventos em contas fora do país, ter utilizado contas onde não é o primeiro titular, ou ter utilizado interpostas pessoas para realizar sua movimentação financeira", escrevem os auditores. DERROCADA A queda da renda de Eike coincide com a derrocada de seu grupo empresarial, que precisou vender ações e encerrar parte das operações. A venda de ações do Grupo X, pertencente ao empresário, foi responsável por boa parte dos seus rendimentos nos últimos dez anos. Em 2008, a venda de parte dos ativos da empresa de mineração MMX rendeu a Eike, em valores brutos, R$ 4,3 bilhões. Em 2013, foi a vez de sua empresa de energia, a MPX: o ganho de capital foi de R$ 1,3 bilhão. Se a renda diminuiu, por outro lado, o patrimônio de Eike aumentou: chegou a R$ 5,6 bilhões em 2015 (era de R$ 461 milhões em 2007). O empresário ainda é sócio, presidente ou administrador de 56 empresas do Grupo X, segundo o relatório. OUTRO LADO A Folha entrou em contato com os advogados de Eike Batista, mas não obteve resposta até a publicação desta nota. Nesta segunda (30), o empresário, que estava foragido, se entregou à Justiça após voltar de uma viagem aos Estados Unidos. Ele foi preso sob suspeita de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que também foi detido pela Lava Jato. Ao programa "Fantástico", da TV Globo, Eike afirmou que responderá "à Justiça, como é o meu dever". "Meu sentimento é que tem que se mostrar o que é. Está na hora de passar as coisas a limpo." Movimentação bancária (em R$ milhões) -
poder
Renda de Eike despenca e Receita suspeita de contas não declaradasUm relatório da Receita Federal que analisa as declarações de Imposto de Renda de Eike Batista nos últimos dez anos aponta uma queda na renda anual do empresário e levanta a suspeita de que ele tenha contas não declaradas no exterior. O rendimento bruto declarado por Eike, que já foi apontado como o oitavo homem mais rico do mundo, passou de R$ 4 bilhões, em 2008, para R$ 1,3 milhão em 2015. Ainda assim, a movimentação bancária permanece elevada —o que, para os auditores fiscais, é "atípico". O relatório é de setembro de 2016, e foi anexado aos autos da 34ª fase da Operação Lava Jato, que investigou suspeitas de corrupção em contratos de uma empresa de Eike, a OSX, com a Petrobras. Os auditores que assinam o documento, produzido pelo setor de pesquisa e investigação da Receita após ordem do juiz Sergio Moro, destacam que eventuais irregularidades "merecem confirmação por parte do setor de fiscalização, por meio de procedimento administrativo fiscal". SUSPEITAS Para os auditores fiscais, há uma "movimentação atípica" financeira de Eike "em todo o período analisado", entre os anos de 2006 e 2015. Segundo o relatório, na maior parte desse período, os valores movimentados nas contas do empresário são maiores que os rendimentos declarados, "sendo indício de existência de outras fontes de rendas, diversas das declaradas". Em 2015, por exemplo, seu rendimento líquido foi de pouco menos de R$ 1,3 milhão —mas suas contas receberam R$ 3,2 milhões em créditos. Em 2014, a diferença é ainda maior: a renda líquida declarada é de R$ 4,4 milhões, mas a movimentação chega a R$ 68 milhões. Renda bruta de eike batista (em R$ milhões) - O relatório também levanta a suspeita de que Eike tenha contas não declaradas no exterior, já que, em dois anos (2010 e 2013), sua movimentação bancária é bem menor do que a renda declarada. "[Isso indica que] o contribuinte pode ter recebido seus proventos em contas fora do país, ter utilizado contas onde não é o primeiro titular, ou ter utilizado interpostas pessoas para realizar sua movimentação financeira", escrevem os auditores. DERROCADA A queda da renda de Eike coincide com a derrocada de seu grupo empresarial, que precisou vender ações e encerrar parte das operações. A venda de ações do Grupo X, pertencente ao empresário, foi responsável por boa parte dos seus rendimentos nos últimos dez anos. Em 2008, a venda de parte dos ativos da empresa de mineração MMX rendeu a Eike, em valores brutos, R$ 4,3 bilhões. Em 2013, foi a vez de sua empresa de energia, a MPX: o ganho de capital foi de R$ 1,3 bilhão. Se a renda diminuiu, por outro lado, o patrimônio de Eike aumentou: chegou a R$ 5,6 bilhões em 2015 (era de R$ 461 milhões em 2007). O empresário ainda é sócio, presidente ou administrador de 56 empresas do Grupo X, segundo o relatório. OUTRO LADO A Folha entrou em contato com os advogados de Eike Batista, mas não obteve resposta até a publicação desta nota. Nesta segunda (30), o empresário, que estava foragido, se entregou à Justiça após voltar de uma viagem aos Estados Unidos. Ele foi preso sob suspeita de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que também foi detido pela Lava Jato. Ao programa "Fantástico", da TV Globo, Eike afirmou que responderá "à Justiça, como é o meu dever". "Meu sentimento é que tem que se mostrar o que é. Está na hora de passar as coisas a limpo." Movimentação bancária (em R$ milhões) -
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Polícia do Equador invade instituto acusado de manipular pesquisas
A Polícia Nacional e o Ministério Público do Equador invadiram nesta sexta-feira (7) a sede do instituto Cedatos, na capital Quito, em busca de provas. A empresa é investigada por suspeita de falsificação, falsidade ideológica e associação ilícita em pesquisas eleitorais. As autoridades tentam descobrir se o instituto se associou com o candidato opositor à Presidência do país, Guillermo Lasso, para que ele aparecesse à frente do governista Lenín Moreno, ganhador do segundo turno da eleição, no domingo (2). Os agentes ficaram duas horas e meia no escritório e levaram documentos e computadores de quatro funcionários suspeito de envolvimento nas irregularidades. O dono do instituto, Políbio Córdova, disse ter sido impedido de entrar no prédio enquanto a polícia estava no local. Embora ele tenha afirmado que a pesquisa poderia estar errada, ele considerou a operação um abuso de autoridade. Ele afirma ter recebido ameaças de morte depois que a investigação sobre a manipulação das pesquisas foi iniciada, mas descartou que vá sair do país por isso. "Nunca verão isso, não devo nada a ninguém. Se a honestidade nos levar a isso, então este será o preço da honestidade", disse. Ele foi apoiado por um grupo de manifestantes, que também consideraram a ação um atropelo. CORREA A denúncia de irregularidades nas pesquisas foi apresentada em 22 de março pela vice-presidente da Assembleia Nacional, a governista Rosana Alvarado, que suspeitava da relação de Lasso com a empresa. Durante toda a campanha do segundo turno da eleição, o candidato opositor aparecia à frente nas pesquisas, com exceção de um levantamento feito em 21 de março, em que Moreno estava na liderança. Na pesquisa de boca de urna da Cedatos, Lasso aparecia com 53% das intenções de votos válidos, contra 47% de Moreno. A apuração do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) revelaria horas depois que o governista havia vencido com 51,14%. O opositor pediu recontagem dos votos por suspeita de fraude. O erro na pesquisa foi criticado pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, logo após a vitória de Moreno no domingo (2). Ele acusou Lasso de pedir dinheiro do Banco de Guayaquil, que o candidato opositor presidiu por 18 anos, para financiar as pesquisas que, em sua opinião, eram falsas.
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Polícia do Equador invade instituto acusado de manipular pesquisasA Polícia Nacional e o Ministério Público do Equador invadiram nesta sexta-feira (7) a sede do instituto Cedatos, na capital Quito, em busca de provas. A empresa é investigada por suspeita de falsificação, falsidade ideológica e associação ilícita em pesquisas eleitorais. As autoridades tentam descobrir se o instituto se associou com o candidato opositor à Presidência do país, Guillermo Lasso, para que ele aparecesse à frente do governista Lenín Moreno, ganhador do segundo turno da eleição, no domingo (2). Os agentes ficaram duas horas e meia no escritório e levaram documentos e computadores de quatro funcionários suspeito de envolvimento nas irregularidades. O dono do instituto, Políbio Córdova, disse ter sido impedido de entrar no prédio enquanto a polícia estava no local. Embora ele tenha afirmado que a pesquisa poderia estar errada, ele considerou a operação um abuso de autoridade. Ele afirma ter recebido ameaças de morte depois que a investigação sobre a manipulação das pesquisas foi iniciada, mas descartou que vá sair do país por isso. "Nunca verão isso, não devo nada a ninguém. Se a honestidade nos levar a isso, então este será o preço da honestidade", disse. Ele foi apoiado por um grupo de manifestantes, que também consideraram a ação um atropelo. CORREA A denúncia de irregularidades nas pesquisas foi apresentada em 22 de março pela vice-presidente da Assembleia Nacional, a governista Rosana Alvarado, que suspeitava da relação de Lasso com a empresa. Durante toda a campanha do segundo turno da eleição, o candidato opositor aparecia à frente nas pesquisas, com exceção de um levantamento feito em 21 de março, em que Moreno estava na liderança. Na pesquisa de boca de urna da Cedatos, Lasso aparecia com 53% das intenções de votos válidos, contra 47% de Moreno. A apuração do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) revelaria horas depois que o governista havia vencido com 51,14%. O opositor pediu recontagem dos votos por suspeita de fraude. O erro na pesquisa foi criticado pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, logo após a vitória de Moreno no domingo (2). Ele acusou Lasso de pedir dinheiro do Banco de Guayaquil, que o candidato opositor presidiu por 18 anos, para financiar as pesquisas que, em sua opinião, eram falsas.
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Divergência sobre tempo de prisão emperra repactuação de acordo da JBS
Divergências entre a defesa dos delatores da JBS e integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o tempo de prisão que terá de ser cumprido em regime fechado emperram a repactuação do acordo de delação de Joesley Batista e executivos da empresa, segundo a Folha apurou. A tendência hoje é que o acordo seja rescindido, ou seja, que os delatores percam todos os benefícios concedidos em troca das informações que prestaram. O martelo deve ser batido ainda nesta semana, antes do término do mandato do procurador-geral, Rodrigo Janot, no domingo (17). O principal benefício acordado havia sido a imunidade penal dos delatores –o Ministério Público abriria mão de denunciá-los à Justiça criminalmente, o que rendeu uma série de críticas a Janot desde que o acordo veio a público, em maio. Conforme a reportagem apurou com pessoas ligadas às tratativas, há uma distância grande entre o tempo de prisão pretendido por procuradores e o que a defesa da JBS está disposta a negociar. Procuradores têm dito considerar grave a omissão de informações pelos delatores e calculado que, judicialmente, poderiam obter penas de até 15 anos para Joesley e seus subordinados –ao menos cinco anos em regime fechado. A crise começou após a defesa dos delatores entregar à PGR no último dia 31 uma gravação que indica que eles tiveram orientação de um ex-procurador da República, Marcello Miller, para elaborar sua proposta de delação premiada. O áudio é de um diálogo entre Joesley e o diretor Ricardo Saud, que teriam se gravado ao acaso, por não saber manusear o aparelho. Os dois foram presos a pedido de Janot. A prisão, temporária, vence na sexta (15). O ex-procurador Miller tem negado irregularidades em sua atuação. Ele foi auxiliar de Janot na PGR até meados do ano passado, quando voltou a atuar na Procuradoria no Rio de Janeiro. Em fevereiro deste ano, Miller pediu sua exoneração do Ministério Público, que só foi efetivada em 5 de abril. Em seguida, o ex-procurador passou a advogar em um escritório que negociou parte do acordo de leniência (de pessoa jurídica) da JBS. Na manhã desta quarta (13), deve haver uma reunião na PGR para decidir se Janot pedirá a prorrogação da prisão temporária dos delatores ou sua conversão em prisão preventiva (sem tempo para acabar). Como a Folha noticiou na segunda-feira (11), os procuradores estão divididos sobre o que fazer: rescindir totalmente o acordo ou repactuar as sanções. Hoje, porém, predomina na PGR o entendimento de que uma eventual repactuação do acordo dependeria de os delatores aceitarem ir para a prisão por alguns anos. Os procuradores e Janot têm afirmado que, em qualquer um dos cenários, as provas entregues pela JBS contra políticos com foro privilegiado, como o presidente Michel Temer, continuam válidas. Eles reconhecem, no entanto, que haverá uma tentativa dos suspeitos de anular todas as provas e processos que derivem delas.
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Divergência sobre tempo de prisão emperra repactuação de acordo da JBSDivergências entre a defesa dos delatores da JBS e integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o tempo de prisão que terá de ser cumprido em regime fechado emperram a repactuação do acordo de delação de Joesley Batista e executivos da empresa, segundo a Folha apurou. A tendência hoje é que o acordo seja rescindido, ou seja, que os delatores percam todos os benefícios concedidos em troca das informações que prestaram. O martelo deve ser batido ainda nesta semana, antes do término do mandato do procurador-geral, Rodrigo Janot, no domingo (17). O principal benefício acordado havia sido a imunidade penal dos delatores –o Ministério Público abriria mão de denunciá-los à Justiça criminalmente, o que rendeu uma série de críticas a Janot desde que o acordo veio a público, em maio. Conforme a reportagem apurou com pessoas ligadas às tratativas, há uma distância grande entre o tempo de prisão pretendido por procuradores e o que a defesa da JBS está disposta a negociar. Procuradores têm dito considerar grave a omissão de informações pelos delatores e calculado que, judicialmente, poderiam obter penas de até 15 anos para Joesley e seus subordinados –ao menos cinco anos em regime fechado. A crise começou após a defesa dos delatores entregar à PGR no último dia 31 uma gravação que indica que eles tiveram orientação de um ex-procurador da República, Marcello Miller, para elaborar sua proposta de delação premiada. O áudio é de um diálogo entre Joesley e o diretor Ricardo Saud, que teriam se gravado ao acaso, por não saber manusear o aparelho. Os dois foram presos a pedido de Janot. A prisão, temporária, vence na sexta (15). O ex-procurador Miller tem negado irregularidades em sua atuação. Ele foi auxiliar de Janot na PGR até meados do ano passado, quando voltou a atuar na Procuradoria no Rio de Janeiro. Em fevereiro deste ano, Miller pediu sua exoneração do Ministério Público, que só foi efetivada em 5 de abril. Em seguida, o ex-procurador passou a advogar em um escritório que negociou parte do acordo de leniência (de pessoa jurídica) da JBS. Na manhã desta quarta (13), deve haver uma reunião na PGR para decidir se Janot pedirá a prorrogação da prisão temporária dos delatores ou sua conversão em prisão preventiva (sem tempo para acabar). Como a Folha noticiou na segunda-feira (11), os procuradores estão divididos sobre o que fazer: rescindir totalmente o acordo ou repactuar as sanções. Hoje, porém, predomina na PGR o entendimento de que uma eventual repactuação do acordo dependeria de os delatores aceitarem ir para a prisão por alguns anos. Os procuradores e Janot têm afirmado que, em qualquer um dos cenários, as provas entregues pela JBS contra políticos com foro privilegiado, como o presidente Michel Temer, continuam válidas. Eles reconhecem, no entanto, que haverá uma tentativa dos suspeitos de anular todas as provas e processos que derivem delas.
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O Brasil implora rapidez ao STF
Nos quase 30 anos de regime democrático, escolhemos pelo voto, em eleições absolutamente livres e promovidas com imensa eficiência e competência pelo Tribunal Superior Eleitoral, os ocupantes do Poder Executivo. Se há uma coisa que deu certo foi o aperfeiçoamento do nosso processo eleitoral. Hoje, é todo controlado eletronicamente, sem fraudes, sem filas, sem os inconvenientes "cabos eleitorais" e o melhor: é rápido. O verdadeiro mistério é por que o Legislativo, o Executivo e a parte não eleitoral da Justiça progrediram tão pouco e estão envolvidos numa disputa de poder suicida. A resposta é tarefa para intelectuais mais bem apetrechados... Nesses quase 30 anos, nenhum dos presidentes eleitos se empenhou, realmente, nas necessárias reformas e, quando o fizeram, fracassaram. Isso nos deixou um "imbróglio" fiscal de proporções oceânicas. Neste ano, consomem-se 55% da receita da União na Previdência e na assistência social. A isso soma-se uma dívida interna monstruosa de 72% do PIB, que consumirá mais 7% dele em 2017. Sobram, assim, menos recursos para os investimentos em segurança, em saúde, em educação e na infraestrutura, que são as bases do crescimento. Estamos dissipando o presente e matando o futuro. Em breve, não haverá recursos nem para a aposentadoria nem para a assistência social. Michel Temer é o único presidente da República que decidiu "pegar pelos cornos" as reformas de que o Brasil precisa. A resistência a elas vem do corporativismo bem organizado do estamento estatal que, graças a governos acomodados ou laxistas, conseguiu uma montanha de direitos "mal" adquiridos. A prova cabal disso não precisa de delação premiada: o benefício médio de um trabalhador no INSS, em 2016, foi de R$ 1.290, enquanto o do servidor público do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público foi de R$ 15.370. O funcionário público da União ganha em um mês o que o trabalhador privado recebe em um ano! O fato concreto é que, com seu parlamentarismo de ocasião, Temer tem conseguido avançar nas reformas necessárias para a volta do crescimento robusto e inclusivo. Infelizmente, os últimos acontecimentos lançam dúvidas sobre o futuro dessas reformas. O que há de pior para a sociedade e a economia é a incerteza. Ela mata o "espírito animal" que estimula o crescimento. É por isso que o Supremo Tribunal Federal precisa resolver, com a maior urgência possível, o problema que nos angustia. Não é pouca coisa. É o futuro do Brasil que está pendurado em suas mãos!
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O Brasil implora rapidez ao STFNos quase 30 anos de regime democrático, escolhemos pelo voto, em eleições absolutamente livres e promovidas com imensa eficiência e competência pelo Tribunal Superior Eleitoral, os ocupantes do Poder Executivo. Se há uma coisa que deu certo foi o aperfeiçoamento do nosso processo eleitoral. Hoje, é todo controlado eletronicamente, sem fraudes, sem filas, sem os inconvenientes "cabos eleitorais" e o melhor: é rápido. O verdadeiro mistério é por que o Legislativo, o Executivo e a parte não eleitoral da Justiça progrediram tão pouco e estão envolvidos numa disputa de poder suicida. A resposta é tarefa para intelectuais mais bem apetrechados... Nesses quase 30 anos, nenhum dos presidentes eleitos se empenhou, realmente, nas necessárias reformas e, quando o fizeram, fracassaram. Isso nos deixou um "imbróglio" fiscal de proporções oceânicas. Neste ano, consomem-se 55% da receita da União na Previdência e na assistência social. A isso soma-se uma dívida interna monstruosa de 72% do PIB, que consumirá mais 7% dele em 2017. Sobram, assim, menos recursos para os investimentos em segurança, em saúde, em educação e na infraestrutura, que são as bases do crescimento. Estamos dissipando o presente e matando o futuro. Em breve, não haverá recursos nem para a aposentadoria nem para a assistência social. Michel Temer é o único presidente da República que decidiu "pegar pelos cornos" as reformas de que o Brasil precisa. A resistência a elas vem do corporativismo bem organizado do estamento estatal que, graças a governos acomodados ou laxistas, conseguiu uma montanha de direitos "mal" adquiridos. A prova cabal disso não precisa de delação premiada: o benefício médio de um trabalhador no INSS, em 2016, foi de R$ 1.290, enquanto o do servidor público do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público foi de R$ 15.370. O funcionário público da União ganha em um mês o que o trabalhador privado recebe em um ano! O fato concreto é que, com seu parlamentarismo de ocasião, Temer tem conseguido avançar nas reformas necessárias para a volta do crescimento robusto e inclusivo. Infelizmente, os últimos acontecimentos lançam dúvidas sobre o futuro dessas reformas. O que há de pior para a sociedade e a economia é a incerteza. Ela mata o "espírito animal" que estimula o crescimento. É por isso que o Supremo Tribunal Federal precisa resolver, com a maior urgência possível, o problema que nos angustia. Não é pouca coisa. É o futuro do Brasil que está pendurado em suas mãos!
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Após 3 a 0, Neymar diz que Barcelona é favorito na Liga dos Campeões
Um dia após a vitória do Barcelona por 3 a 0 sobre o Bayern de Munique na primeira partida das semifinais da Liga dos Campeões, Neymar concedeu entrevista coletiva, nesta quinta (7) em evento de um novo patrocinador. O atacante fechou contrato com a PokerStars. Autor do gol que selou o triunfo, o atacante pregou cautela em relação à classificação para a final do torneio. "Foi um grande jogo para quem gosta e ama o futebol. Com certeza encantou a todos. Tivemos uma grande performance, mas ainda faltam 90 minutos para chegarmos à decisão, que é o nosso sonho", afirmou. A partida de volta ocorre na próxima terça-feira (12), em Munique. Na quarta-feira, Real Madrid e Juventus duelarão (o time italiano venceu o primeiro confronto por 2 a 1). Em evento que durou cerca de 20 minutos e foi transmitido pela internet, Neymar também falou que a ambição do clube catalão é conquistar a Liga dos Campeões, o Espanhol e a Copa do Rei. E que a admiração por Messi, autor de dois belos gols contra o Bayern, cresce a cada dia. "Aprendo a cada dia com Messi, pela pessoa que ele é. Realmente o admiro cada vez mais." Confira os melhores trechos da entrevista de Neymar. BARÇA X BAYERN "Foi um grande jogo para quem gosta de futebol, para quem o ama. Com certeza encantou a todos. Tivemos uma grande performance, mas ainda faltam 90 minutos para chegar à final, que é nosso sonho." PREPARAÇÃO PARA O JOGO DE VOLTA "Estamos um passo à frente, graças à partida de ontem [desta quarta-feira]. Mas faltam 90 minutos e tudo pode acontecer. Precisamos ser humildes e calmos para jogar, porque a Allianz é uma arena difícil." FAVORITO PARA SER CAMPEÃO EUROPEU "Eu creio que é o Barcelona. Pelo menos é para quem estou torcendo. Mas é difícil dizer quem estará na final em Berlim. São quatro equipes que estão lutando muito. Estamos em uma boa posição muito, assim como a Juventus. Só que o Real Madrid e o Bayern têm muita qualidade e grandes jogadores, que podem surpreender em 90 minutos. O que posso garantir é que o Barcelona fará de tudo para estar lá." TEMPORADA PERFEITA DO BARCELONA "Desde o começo da temporada o nosso objetivo é conquistar o triplete (Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol e Copa do Rei). Estamos cada vez mais perto. Teremos mais 90 minutos para ir à final da Champions, e neste final de semana temos uma partida importante pela Liga Espanhola, teremos que lutar até o final." APELIDO PARA TRIO MÁGICO DO BARÇA "Eu diria que eu, Suárez e Messi formamos uma trinca de ases. É um jogão na mão." ADMIRAÇÃO POR MESSI "Contra o Córdoba, ele me deixou bater o pênalti. Essa pequena cena que aconteceu vai ficar marcada para o resto da vida. Ele é o melhor do mundo, ia fazer um "hat-trick" e me deixar fazer um gol é algo para que não tenho palavras. Só tenho a agradecer pela atitude dele. Aprendo a cada dia com Messi, pela pessoa que ele é. Realmente o admiro cada vez mais. POGBA COMO REFORÇO PARA 2015/2016? "Como Pogba se encaixaria, eu não sei. Mas é um grande jogador, as portas estarão abertas. Ainda é muito jovem, mais novo do que eu, mas tem muita qualidade, é um talento difícil de encontrar. Se vier, será bem-vindo." ÍDOLOS "Meu ídolo no futebol sempre foi o Robinho. Sempre gostei de vê-lo jogar, desde pequeno. Eu o admiro muito. E hoje que jogo com o Messi, o admiro ainda mais também." ESTARÁ NOS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO-2016? "A pressão sempre haverá em Jogos Olímpicos, e para a seleção brasileira não importa qual torneio. No Brasil é assim. Não sei se é por causa da Copa do Mundo, mas estou com ainda com mais vontade de jogar as Olimpíadas. Quero estar lá." FUTEBOL BRASILEIRO X FUTEBOL EUROPEU "No Brasil há muita qualidade, muitos bons jogadores. Na Europa, a tática prevalece, há menos espaço. Acho que o Brasil pode aprender mais com a Europa do que a Europa com o Brasil."
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Após 3 a 0, Neymar diz que Barcelona é favorito na Liga dos CampeõesUm dia após a vitória do Barcelona por 3 a 0 sobre o Bayern de Munique na primeira partida das semifinais da Liga dos Campeões, Neymar concedeu entrevista coletiva, nesta quinta (7) em evento de um novo patrocinador. O atacante fechou contrato com a PokerStars. Autor do gol que selou o triunfo, o atacante pregou cautela em relação à classificação para a final do torneio. "Foi um grande jogo para quem gosta e ama o futebol. Com certeza encantou a todos. Tivemos uma grande performance, mas ainda faltam 90 minutos para chegarmos à decisão, que é o nosso sonho", afirmou. A partida de volta ocorre na próxima terça-feira (12), em Munique. Na quarta-feira, Real Madrid e Juventus duelarão (o time italiano venceu o primeiro confronto por 2 a 1). Em evento que durou cerca de 20 minutos e foi transmitido pela internet, Neymar também falou que a ambição do clube catalão é conquistar a Liga dos Campeões, o Espanhol e a Copa do Rei. E que a admiração por Messi, autor de dois belos gols contra o Bayern, cresce a cada dia. "Aprendo a cada dia com Messi, pela pessoa que ele é. Realmente o admiro cada vez mais." Confira os melhores trechos da entrevista de Neymar. BARÇA X BAYERN "Foi um grande jogo para quem gosta de futebol, para quem o ama. Com certeza encantou a todos. Tivemos uma grande performance, mas ainda faltam 90 minutos para chegar à final, que é nosso sonho." PREPARAÇÃO PARA O JOGO DE VOLTA "Estamos um passo à frente, graças à partida de ontem [desta quarta-feira]. Mas faltam 90 minutos e tudo pode acontecer. Precisamos ser humildes e calmos para jogar, porque a Allianz é uma arena difícil." FAVORITO PARA SER CAMPEÃO EUROPEU "Eu creio que é o Barcelona. Pelo menos é para quem estou torcendo. Mas é difícil dizer quem estará na final em Berlim. São quatro equipes que estão lutando muito. Estamos em uma boa posição muito, assim como a Juventus. Só que o Real Madrid e o Bayern têm muita qualidade e grandes jogadores, que podem surpreender em 90 minutos. O que posso garantir é que o Barcelona fará de tudo para estar lá." TEMPORADA PERFEITA DO BARCELONA "Desde o começo da temporada o nosso objetivo é conquistar o triplete (Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol e Copa do Rei). Estamos cada vez mais perto. Teremos mais 90 minutos para ir à final da Champions, e neste final de semana temos uma partida importante pela Liga Espanhola, teremos que lutar até o final." APELIDO PARA TRIO MÁGICO DO BARÇA "Eu diria que eu, Suárez e Messi formamos uma trinca de ases. É um jogão na mão." ADMIRAÇÃO POR MESSI "Contra o Córdoba, ele me deixou bater o pênalti. Essa pequena cena que aconteceu vai ficar marcada para o resto da vida. Ele é o melhor do mundo, ia fazer um "hat-trick" e me deixar fazer um gol é algo para que não tenho palavras. Só tenho a agradecer pela atitude dele. Aprendo a cada dia com Messi, pela pessoa que ele é. Realmente o admiro cada vez mais. POGBA COMO REFORÇO PARA 2015/2016? "Como Pogba se encaixaria, eu não sei. Mas é um grande jogador, as portas estarão abertas. Ainda é muito jovem, mais novo do que eu, mas tem muita qualidade, é um talento difícil de encontrar. Se vier, será bem-vindo." ÍDOLOS "Meu ídolo no futebol sempre foi o Robinho. Sempre gostei de vê-lo jogar, desde pequeno. Eu o admiro muito. E hoje que jogo com o Messi, o admiro ainda mais também." ESTARÁ NOS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO-2016? "A pressão sempre haverá em Jogos Olímpicos, e para a seleção brasileira não importa qual torneio. No Brasil é assim. Não sei se é por causa da Copa do Mundo, mas estou com ainda com mais vontade de jogar as Olimpíadas. Quero estar lá." FUTEBOL BRASILEIRO X FUTEBOL EUROPEU "No Brasil há muita qualidade, muitos bons jogadores. Na Europa, a tática prevalece, há menos espaço. Acho que o Brasil pode aprender mais com a Europa do que a Europa com o Brasil."
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Último disco de David Bowie é surpreendente e revolucionário
Poucos artistas souberam se reinventar com tanto talento e habilidade quanto David Bowie. O músico inglês completaria 50 anos de carreira em 2017 ""e ainda assim parece ter passado como um cometa sobre a Terra. A notoriedade veio em 1969, com "Space Oddity". A faixa de abertura do álbum "David Bowie" já revelava o artista como um brilhante catalisador dos desejos de sua época, ao narrar a história de um sujeito perdido no espaço, o astronauta fictício Major Tom, alguns dias antes da chegada do homem à Lua. Mas foi quando assumiu a persona de Ziggy Stardust, em 1972, usando meia-calça arrastão, brincos e maquiagem, que ele mudou a cultura pop para sempre. Com "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars", embalado por um glam rock elaborado com o guitarrista Mick Ronson em faixas como "Hang On to Yourself", Bowie evocou uma sexualidade até então restrita ao underground e mostrou ao mundo que havia uma gama infinita de possibilidades: os estranhos e renegados não estavam mais sozinhos; agora tinham a quem seguir. Outra de suas características mais marcantes ficaria clara em pouco tempo: a capacidade de se distanciar radicalmente de uma imagem que ele mesmo havia criado. Após o anúncio da "morte" de Ziggy Stardust, a primeira mudança de direção veio em 1975, com "Young Americans", em que Bowie expressava sua obsessão pela soul music. Dois anos depois, a música eletrônica passou a ser o centro das atenções do músico, que iniciou a primeira de três colaborações com o produtor Brian Eno, conhecida como "trilogia de Berlim". "Low" (1977), "Heroes" (1977) e "Lodger" (1979) compõem esta fase, em que o artista se muda para a capital alemã na tentativa de ficar livre das drogas. Na década de 1980, "Let's Dance" (1983) representou um novo apogeu, com hits perfeitos para as pistas de dança. Bowie deu continuidade à carreira de ator, estrelando filmes como "Labirinto" (1986), enquanto fez experimentações e flertou com diferentes estilos musicais na década seguinte. Se em 2013 o artista ressurgiu com "The Next Day" após 10 anos sem gravar, "Blackstar", seu último trabalho, não foi menos impressionante. Lançado no aniversário de 69 anos do artista, em 8 de janeiro ""dois dias antes de morrer"", o álbum estampa uma estrela negra na capa e traz como single a faixa "Lazarus", cujo videoclipe mostra o músico em uma cama de hospital. Diz a letra: "Olhe aqui para cima, estou no céu/ Tenho cicatrizes que não podem ser vistas". Enigmática, mas também o símbolo de outra guinada musical, a obra reúne jovens talentos do jazz em faixas de atmosfera ora sombria, ora ensolarada, com efeitos eletrônicos e espaço para solos de sax e guitarra ""diferente de tudo o que o próprio músico havia feito. "Blackstar" veio à luz como um disco surpreendente. Dois dias depois, tornou-se revolucionário. Estava explicado o plano: diante do fim inevitável decorrente de uma doença mantida em sigilo, o eterno camaleão do pop faria o que sempre fez de melhor, reinventando-se e transformando a própria morte em obra de arte. BLACKSTAR QUANTO R$ 49,90 AUTORDavid Bowie GRAVADORA Sony Music
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Último disco de David Bowie é surpreendente e revolucionárioPoucos artistas souberam se reinventar com tanto talento e habilidade quanto David Bowie. O músico inglês completaria 50 anos de carreira em 2017 ""e ainda assim parece ter passado como um cometa sobre a Terra. A notoriedade veio em 1969, com "Space Oddity". A faixa de abertura do álbum "David Bowie" já revelava o artista como um brilhante catalisador dos desejos de sua época, ao narrar a história de um sujeito perdido no espaço, o astronauta fictício Major Tom, alguns dias antes da chegada do homem à Lua. Mas foi quando assumiu a persona de Ziggy Stardust, em 1972, usando meia-calça arrastão, brincos e maquiagem, que ele mudou a cultura pop para sempre. Com "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars", embalado por um glam rock elaborado com o guitarrista Mick Ronson em faixas como "Hang On to Yourself", Bowie evocou uma sexualidade até então restrita ao underground e mostrou ao mundo que havia uma gama infinita de possibilidades: os estranhos e renegados não estavam mais sozinhos; agora tinham a quem seguir. Outra de suas características mais marcantes ficaria clara em pouco tempo: a capacidade de se distanciar radicalmente de uma imagem que ele mesmo havia criado. Após o anúncio da "morte" de Ziggy Stardust, a primeira mudança de direção veio em 1975, com "Young Americans", em que Bowie expressava sua obsessão pela soul music. Dois anos depois, a música eletrônica passou a ser o centro das atenções do músico, que iniciou a primeira de três colaborações com o produtor Brian Eno, conhecida como "trilogia de Berlim". "Low" (1977), "Heroes" (1977) e "Lodger" (1979) compõem esta fase, em que o artista se muda para a capital alemã na tentativa de ficar livre das drogas. Na década de 1980, "Let's Dance" (1983) representou um novo apogeu, com hits perfeitos para as pistas de dança. Bowie deu continuidade à carreira de ator, estrelando filmes como "Labirinto" (1986), enquanto fez experimentações e flertou com diferentes estilos musicais na década seguinte. Se em 2013 o artista ressurgiu com "The Next Day" após 10 anos sem gravar, "Blackstar", seu último trabalho, não foi menos impressionante. Lançado no aniversário de 69 anos do artista, em 8 de janeiro ""dois dias antes de morrer"", o álbum estampa uma estrela negra na capa e traz como single a faixa "Lazarus", cujo videoclipe mostra o músico em uma cama de hospital. Diz a letra: "Olhe aqui para cima, estou no céu/ Tenho cicatrizes que não podem ser vistas". Enigmática, mas também o símbolo de outra guinada musical, a obra reúne jovens talentos do jazz em faixas de atmosfera ora sombria, ora ensolarada, com efeitos eletrônicos e espaço para solos de sax e guitarra ""diferente de tudo o que o próprio músico havia feito. "Blackstar" veio à luz como um disco surpreendente. Dois dias depois, tornou-se revolucionário. Estava explicado o plano: diante do fim inevitável decorrente de uma doença mantida em sigilo, o eterno camaleão do pop faria o que sempre fez de melhor, reinventando-se e transformando a própria morte em obra de arte. BLACKSTAR QUANTO R$ 49,90 AUTORDavid Bowie GRAVADORA Sony Music
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Presidente e vice tropeçam juntos no exterior
Dilma e Temer levaram sua competição para fora esta semana, mas tropeçam juntos quando o tema é comunicação internacional. Ela obteve alguma simpatia da imprensa mundial na esteira do circo de domingo passado na Câmara. Embalada pela onda, Dilma anunciou uma viagem de último minuto à ONU, onde faria denúncia contundente contra o suposto golpe branco. A presidente, porém, viu-se forçada a recuar diante da reação de três ministros do Supremo, para os quais um gesto dessa natureza seria ofensivo às instituições. Chegando a Nova York, a presidente terminou fazendo um discurso anódino. Em conversas com a imprensa estrangeira ao longo do dia, repetiu os argumentos de sempre, sem introduzir um mote capaz de consolidar-lhe a pequena vantagem. Não traduziu para o público estrangeiro sua versão sobre as pedaladas, não explicou as contas de campanha, não ofereceu uma visão para salvar a economia ou combater a corrupção que domina as manchetes mundo afora. Carente de ideias, parte do governo gostaria que ela adotasse a linha seguida pelo jornalista Glenn Greenwald, para quem o impeachment seria um plano da plutocracia brasileira para jogar Dilma aos leões, na tentativa de abafar a Lava Jato. Para Greenwald, a mídia enviesada, o Judiciário seletivo e a classe política maculada por corrupção endêmica estariam operando para destronar uma presidente honesta e sem crime nas costas. Dilma terá a chance de embarcar nessa canoa quando der entrevista a Christiane Amanpour, a âncora da CNN que nos últimos dias levou ao ar conversas similares com o próprio Greenwald e com o ex-ministro Celso Amorim. Temer também correu atrás da imprensa estrangeira esta semana. Em entrevistas a "Wall Street Journal", "Financial Times" e "New York Times", ele questionou a tese do golpe. Se golpe fosse, disse, Dilma não teria viajado para o exterior, deixando-o no comando. Se golpe fosse, insistiu, a corte suprema do país não teria referendado o voto de uma assembleia de deputados eleitos de acordo com as regras do jogo. Temer, porém, não consolidou vantagem. Neste caso, o problema é que o vice se recusou a partir para cima do governo. Não insistiu que o governo tem culpa no cartório, nem listou seu crimes. Não disse que os partidos agora demonizados pelo Planalto –inclusive o do vergonhoso Bolsonaro– eram até outro dia aliados. O vice perdeu espaço valioso nos principais jornais falando de suas desavenças pessoais com a presidente, sem entender que ninguém lá fora dá a mínima para o tema. O mundo quer saber é se ele fará algo diferente em relação à economia e se tem um plano para reconstruir o sistema político-partidário destroçado pelo petrolão. Depois de esquentar esta semana, a disputa de narrativas atingirá temperatura máxima nos próximos dez dias. Nenhum dos competidores goza de uma clara dianteira.
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Presidente e vice tropeçam juntos no exteriorDilma e Temer levaram sua competição para fora esta semana, mas tropeçam juntos quando o tema é comunicação internacional. Ela obteve alguma simpatia da imprensa mundial na esteira do circo de domingo passado na Câmara. Embalada pela onda, Dilma anunciou uma viagem de último minuto à ONU, onde faria denúncia contundente contra o suposto golpe branco. A presidente, porém, viu-se forçada a recuar diante da reação de três ministros do Supremo, para os quais um gesto dessa natureza seria ofensivo às instituições. Chegando a Nova York, a presidente terminou fazendo um discurso anódino. Em conversas com a imprensa estrangeira ao longo do dia, repetiu os argumentos de sempre, sem introduzir um mote capaz de consolidar-lhe a pequena vantagem. Não traduziu para o público estrangeiro sua versão sobre as pedaladas, não explicou as contas de campanha, não ofereceu uma visão para salvar a economia ou combater a corrupção que domina as manchetes mundo afora. Carente de ideias, parte do governo gostaria que ela adotasse a linha seguida pelo jornalista Glenn Greenwald, para quem o impeachment seria um plano da plutocracia brasileira para jogar Dilma aos leões, na tentativa de abafar a Lava Jato. Para Greenwald, a mídia enviesada, o Judiciário seletivo e a classe política maculada por corrupção endêmica estariam operando para destronar uma presidente honesta e sem crime nas costas. Dilma terá a chance de embarcar nessa canoa quando der entrevista a Christiane Amanpour, a âncora da CNN que nos últimos dias levou ao ar conversas similares com o próprio Greenwald e com o ex-ministro Celso Amorim. Temer também correu atrás da imprensa estrangeira esta semana. Em entrevistas a "Wall Street Journal", "Financial Times" e "New York Times", ele questionou a tese do golpe. Se golpe fosse, disse, Dilma não teria viajado para o exterior, deixando-o no comando. Se golpe fosse, insistiu, a corte suprema do país não teria referendado o voto de uma assembleia de deputados eleitos de acordo com as regras do jogo. Temer, porém, não consolidou vantagem. Neste caso, o problema é que o vice se recusou a partir para cima do governo. Não insistiu que o governo tem culpa no cartório, nem listou seu crimes. Não disse que os partidos agora demonizados pelo Planalto –inclusive o do vergonhoso Bolsonaro– eram até outro dia aliados. O vice perdeu espaço valioso nos principais jornais falando de suas desavenças pessoais com a presidente, sem entender que ninguém lá fora dá a mínima para o tema. O mundo quer saber é se ele fará algo diferente em relação à economia e se tem um plano para reconstruir o sistema político-partidário destroçado pelo petrolão. Depois de esquentar esta semana, a disputa de narrativas atingirá temperatura máxima nos próximos dez dias. Nenhum dos competidores goza de uma clara dianteira.
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Troca de tiros deixa policial de folga ferido na zona oeste de São Paulo
Um policial militar de folga reagiu a um assalto na av. Corifeu de Azevedo Marques, na Vila Lageado (zona oeste de São Paulo), e acabou ferido na noite de sexta (11). De acordo com informações da própria PM, por volta das 22h o homem, que não foi identificado, trafegava em sua motocicleta na altura do número 5600 da avenida quando duas pessoas, em outra moto, anunciaram um assalto. O policial teria se defendido, o que deu início a uma troca de tiros. Ferido, ele foi levado para o Hospital Universitário. Não há informações sobre seu estado de saúde. Os dois suspeitos também foram socorridos, mas um não resistiu e morreu. Ainda segundo a corporação, um outro veículo acompanhava a dupla e acabou recolhendo as armas dos criminosos após o tiroteio. O caso foi registrado no 91º DP (Ceagesp).
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Troca de tiros deixa policial de folga ferido na zona oeste de São PauloUm policial militar de folga reagiu a um assalto na av. Corifeu de Azevedo Marques, na Vila Lageado (zona oeste de São Paulo), e acabou ferido na noite de sexta (11). De acordo com informações da própria PM, por volta das 22h o homem, que não foi identificado, trafegava em sua motocicleta na altura do número 5600 da avenida quando duas pessoas, em outra moto, anunciaram um assalto. O policial teria se defendido, o que deu início a uma troca de tiros. Ferido, ele foi levado para o Hospital Universitário. Não há informações sobre seu estado de saúde. Os dois suspeitos também foram socorridos, mas um não resistiu e morreu. Ainda segundo a corporação, um outro veículo acompanhava a dupla e acabou recolhendo as armas dos criminosos após o tiroteio. O caso foi registrado no 91º DP (Ceagesp).
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Após derrota na Câmara, petistas discutem nas redes sociais
A tensão no PT após a derrota para o PMDB na disputa pela presidência da Câmara provocou até bate-boca nas redes sociais. O episódio foi protagonizado, no Twitter, pelos ex-deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Fernando Ferro (PT-PE) que discutiram sobre o que levou à vitória do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Casa. O governo e o PT sofreram uma derrota amarga na eleição da Câmara. O peemedebista Eduardo Cunha (RJ), desafeto de Dilma, conseguiu vencer no primeiro turno. Enquanto isso, o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, teve desempenho abaixo do esperado, com menos votos do que calculava sua chapa –chegou ao ponto de ficar perto do "azarão" Júlio Delgado (PSB-MG), terceiro colocado na disputa. Com a derrota, os petistas ficaram sem representantes nos outros dez cargos da Mesa Diretora e sem direito a escolher as três principais comissões. A última vez em que o PT ficou sem cadeira na Mesa foi no biênio 2005-2007. A nova ausência foi motivada pela estratégia para atrair aliados para a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP), loteando os cargos de direção. A sigla entregou as três vagas do bloco de apoio ao petista para PSD, PR e Pros. Em uma mensagem, Vaccarezza disse que a articulação política do governo prejudicou o PT. "O PT fica fora da mesa e das principais comissões por incompetência da articulação política do governo e do próprio PT na Câmara", afirmou. Fernando Ferro reagiu e disse que Vaccarezza parecia estar feliz. "Calma Vaccarezza, pareces não esconder um certo contentamento?", questionou. Vaccarezza respondeu. "Calma. Você me conhece, não me falte com respeito. Não fica bem para a nossa história", disse. O correligionário cobrou que o tema fosse discutido internamente. "Conheço Vaccarezza, porém essa visão pode e deve ser levada num DN [Diretório Nacional], que ocorrerá nestes dias, onde infelizmente não posso ir." AVALIAÇÃO A derrota histórica provocou um mal-estar entre petistas. Ao longo do dia, deputados tentaram afinar o discurso e encontrar uma justificativa. Ficou acertado que o discurso oficial será de que o partido lutou e que prevaleceu a independência do Parlamento. Agora, os petistas travam um embate em torno da indicação para a liderança. O deputado Sibá Machado (AC) é cotado, mas outras alas da bancada, como a paulista, reivindicam a vaga. Na quarta (4), os petistas se reúnem com o presidente do PT, Rui Falcão, para fazer uma avaliação do cenário. A ordem do Planalto é recuperar pontes para a bancada não ficar isolada.
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Após derrota na Câmara, petistas discutem nas redes sociaisA tensão no PT após a derrota para o PMDB na disputa pela presidência da Câmara provocou até bate-boca nas redes sociais. O episódio foi protagonizado, no Twitter, pelos ex-deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Fernando Ferro (PT-PE) que discutiram sobre o que levou à vitória do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Casa. O governo e o PT sofreram uma derrota amarga na eleição da Câmara. O peemedebista Eduardo Cunha (RJ), desafeto de Dilma, conseguiu vencer no primeiro turno. Enquanto isso, o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, teve desempenho abaixo do esperado, com menos votos do que calculava sua chapa –chegou ao ponto de ficar perto do "azarão" Júlio Delgado (PSB-MG), terceiro colocado na disputa. Com a derrota, os petistas ficaram sem representantes nos outros dez cargos da Mesa Diretora e sem direito a escolher as três principais comissões. A última vez em que o PT ficou sem cadeira na Mesa foi no biênio 2005-2007. A nova ausência foi motivada pela estratégia para atrair aliados para a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP), loteando os cargos de direção. A sigla entregou as três vagas do bloco de apoio ao petista para PSD, PR e Pros. Em uma mensagem, Vaccarezza disse que a articulação política do governo prejudicou o PT. "O PT fica fora da mesa e das principais comissões por incompetência da articulação política do governo e do próprio PT na Câmara", afirmou. Fernando Ferro reagiu e disse que Vaccarezza parecia estar feliz. "Calma Vaccarezza, pareces não esconder um certo contentamento?", questionou. Vaccarezza respondeu. "Calma. Você me conhece, não me falte com respeito. Não fica bem para a nossa história", disse. O correligionário cobrou que o tema fosse discutido internamente. "Conheço Vaccarezza, porém essa visão pode e deve ser levada num DN [Diretório Nacional], que ocorrerá nestes dias, onde infelizmente não posso ir." AVALIAÇÃO A derrota histórica provocou um mal-estar entre petistas. Ao longo do dia, deputados tentaram afinar o discurso e encontrar uma justificativa. Ficou acertado que o discurso oficial será de que o partido lutou e que prevaleceu a independência do Parlamento. Agora, os petistas travam um embate em torno da indicação para a liderança. O deputado Sibá Machado (AC) é cotado, mas outras alas da bancada, como a paulista, reivindicam a vaga. Na quarta (4), os petistas se reúnem com o presidente do PT, Rui Falcão, para fazer uma avaliação do cenário. A ordem do Planalto é recuperar pontes para a bancada não ficar isolada.
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Vacinação contra a gripe é prorrogada até o final de maio no Estado de SP
A campanha de vacinação contra a gripe, que acabaria nesta sexta-feira (20), foi prorrogada no Estado de São Paulo até o dia 31 de maio. A iniciativa é da Secretaria do Estado da Saúde, que resolveu bancar com recursos próprios mais 1,94 milhão de doses para imunização do público-alvo: crianças de até cinco anos, idosos, grávidas e pessoas com doenças crônicas. Nesta quinta-feira (19), a secretaria já tinha anunciado que iria garantir a segunda dose da vacina para crianças que precisam de duas para estarem imunizadas –aquelas com mais de seis meses que estão recebendo a vacina da gripe pela primeira vez. A medida da pasta levou em consideração queixas de usuários de postos de saúde sobre falta da vacina mesmo antes do fim da campanha oficial. DOSES De acordo com a secretaria, "todas as regiões do Estado serão beneficiadas, porém, serão priorizados os municípios que ainda não atingiram a meta de imunizar 80% do público-alvo". Embora a capital tenha atingido marca acima do plano (99,3%), 705 mil doses serão destinadas para a cidade e para a Grande São Paulo. As aplicações começam na segunda-feira (23). Desde o dia 4 de abril, cerca de 10,1 milhões de pessoas já foram imunizadas contra a gripe no Estado. A meta visava vacinar 9,5 milhões de pessoas. A vacina aplicada na rede pública é a trivalente, que protege contra três tipos do vírus, inclusive o H1N1, o que tem causado mais problemas de saúde na população. Na rede particular, que cobra, em média, R$ 150 pela vacina, a imunização costuma ser tetravalente, protegendo contra quatro vírus. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o país registrou até agora 2.375 contaminações por influenza A (H1N1), sendo 470 óbitos. Em São Paulo foram 1.209 vítimas da gripe A, com 233 mortes. H1N1
cotidiano
Vacinação contra a gripe é prorrogada até o final de maio no Estado de SPA campanha de vacinação contra a gripe, que acabaria nesta sexta-feira (20), foi prorrogada no Estado de São Paulo até o dia 31 de maio. A iniciativa é da Secretaria do Estado da Saúde, que resolveu bancar com recursos próprios mais 1,94 milhão de doses para imunização do público-alvo: crianças de até cinco anos, idosos, grávidas e pessoas com doenças crônicas. Nesta quinta-feira (19), a secretaria já tinha anunciado que iria garantir a segunda dose da vacina para crianças que precisam de duas para estarem imunizadas –aquelas com mais de seis meses que estão recebendo a vacina da gripe pela primeira vez. A medida da pasta levou em consideração queixas de usuários de postos de saúde sobre falta da vacina mesmo antes do fim da campanha oficial. DOSES De acordo com a secretaria, "todas as regiões do Estado serão beneficiadas, porém, serão priorizados os municípios que ainda não atingiram a meta de imunizar 80% do público-alvo". Embora a capital tenha atingido marca acima do plano (99,3%), 705 mil doses serão destinadas para a cidade e para a Grande São Paulo. As aplicações começam na segunda-feira (23). Desde o dia 4 de abril, cerca de 10,1 milhões de pessoas já foram imunizadas contra a gripe no Estado. A meta visava vacinar 9,5 milhões de pessoas. A vacina aplicada na rede pública é a trivalente, que protege contra três tipos do vírus, inclusive o H1N1, o que tem causado mais problemas de saúde na população. Na rede particular, que cobra, em média, R$ 150 pela vacina, a imunização costuma ser tetravalente, protegendo contra quatro vírus. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o país registrou até agora 2.375 contaminações por influenza A (H1N1), sendo 470 óbitos. Em São Paulo foram 1.209 vítimas da gripe A, com 233 mortes. H1N1
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Após saques e protestos, Venezuela recebe novas notas de 500 bolívares
As novas cédulas de 500 bolívares, que deveriam ter entrado em circulação na Venezuela na quinta-feira (15), chegaram ao país neste domingo (18) em um avião procedente da Suécia, informou o BCV (Banco Central da Venezuela). "São 13,5 milhões de peças que chegam em 272 caixas e em cada uma há 50 mil unidades de 500 bolívares", afirmou o vice-presidente do BCV, José Khan. As notas devem entrar em circulação no fim do mês, afirmara mais cedo o presidente Nicolás Maduro, que prorrogou até 3 de janeiro a vigência da cédula de 100 bolívares –a maior em circulação atualmente, equivalente a U$ 0,15 (R$ 0,51) na taxa oficial mais elevada. A retirada na quinta-feira da cédula de 100 e a falta das novas notas provocaram um fim de semana de protestos e saques, que deixaram um morto e mais de 300 detidos. De acordo com o vice-presidente do BCV, o país deve receber nas próximas semanas lotes de 11,5 e de 35 milhões de cédulas de 500 bolívares. Segundo o presidente venezuelano, o atraso na chegada das novas notas foi provocado por uma "sabotagem dirigida pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos". Maduro afirmou que decidiu eliminar o uso da nota de 100 bolívares para atacar as "máfias" que monopolizavam as cédulas nas zonas de fronteira com a Colômbia e o Brasil. O presidente afirmou que o restante das novas cédulas deve chegar ao país progressivamente –a maior delas de 20.000 bolívares. Também devem começar a circular nesta semana 3,5 milhões de moedas de 100 bolívares, produzidas pela Casa da Moeda do país, segundo o BCV.
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Após saques e protestos, Venezuela recebe novas notas de 500 bolívaresAs novas cédulas de 500 bolívares, que deveriam ter entrado em circulação na Venezuela na quinta-feira (15), chegaram ao país neste domingo (18) em um avião procedente da Suécia, informou o BCV (Banco Central da Venezuela). "São 13,5 milhões de peças que chegam em 272 caixas e em cada uma há 50 mil unidades de 500 bolívares", afirmou o vice-presidente do BCV, José Khan. As notas devem entrar em circulação no fim do mês, afirmara mais cedo o presidente Nicolás Maduro, que prorrogou até 3 de janeiro a vigência da cédula de 100 bolívares –a maior em circulação atualmente, equivalente a U$ 0,15 (R$ 0,51) na taxa oficial mais elevada. A retirada na quinta-feira da cédula de 100 e a falta das novas notas provocaram um fim de semana de protestos e saques, que deixaram um morto e mais de 300 detidos. De acordo com o vice-presidente do BCV, o país deve receber nas próximas semanas lotes de 11,5 e de 35 milhões de cédulas de 500 bolívares. Segundo o presidente venezuelano, o atraso na chegada das novas notas foi provocado por uma "sabotagem dirigida pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos". Maduro afirmou que decidiu eliminar o uso da nota de 100 bolívares para atacar as "máfias" que monopolizavam as cédulas nas zonas de fronteira com a Colômbia e o Brasil. O presidente afirmou que o restante das novas cédulas deve chegar ao país progressivamente –a maior delas de 20.000 bolívares. Também devem começar a circular nesta semana 3,5 milhões de moedas de 100 bolívares, produzidas pela Casa da Moeda do país, segundo o BCV.
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Folha prepara sistema de publicação que facilita produção em vários meios
Cada jornalista que produz uma reportagem da Folha tem à disposição um público jamais imaginado por seus colegas de décadas atrás. Mais de 20 milhões de brasileiros consomem conteúdo do jornal a cada mês, segundo a Métrica Única de Audiência, apresentada em 2015 e coordenada pelo Ipsos. O alcance é mais nacionalizado e mais internacionalizado do que em qualquer outro momento do jornal. A velocidade de difusão das notícias não tem paralelo. A mesma trilha que expandiu o universo de leitores, porém, tem exigido que o jornal repense rapidamente modelos de negócio e de produção de conteúdo. Reside aí o que o diretor de Redação, Otavio Frias Filho, chamou recentemente de "profundo paradoxo" vivido pelo jornalismo. "Nunca se divulgou nem se leu tanta notícia como hoje", afirmou Frias Filho no Encontro Folha de Jornalismo. "Por outro lado, e daí o paradoxo, os pilares de sustentação econômica do jornalismo foram abalados pela transformação tecnológica." A principal mudança para os jornais diz respeito aos anunciantes, que historicamente formaram o maior dos pilares de sustentação do jornalismo profissional. Com crescimento anual na casa de dois dígitos, a publicidade digital somou em 2015 cerca de 30% do mercado global, estimado em US$ 570 bilhões pela consultoria eMarketer. Com suas plataformas on-line, os jornais também competem por esse dinheiro. Trata-se de um mercado peculiar: está por um lado concentrado em grandes empresas tecnológicas, notadamente o Google, e, na parcela restante, pulverizado por uma infinidade de concorrentes de diversos tamanhos. Vale lembrar, de qualquer modo, que mexer nos pilares de sustentação não é uma novidade para o jornalismo profissional. No mercado americano, o mais estudado e discutido de todos, a publicidade só assumiu o posto de maior fonte de receita na reta final do século 19. O mais famoso episódio desse ponto de inflexão foi a batalha entre dois barões da mídia dos EUA: Joseph Pulitzer (1847-1911) e William Randolph Hearst (1863-1951). O primeiro tem o nome associado ao mais respeitado prêmio jornalístico do mundo. O segundo ficou eternizado como o personagem retratado no filme "Cidadão Kane", clássico de Orson Welles. Numa guerra de circulação, eles baixaram os preços dos diários para um centavo, transformando-os em produtos de massa, com circulação de centenas de milhares de exemplares. O novo modelo de negócios atraiu os anunciantes, e a partir daí a indústria jornalística se transformou profundamente. "Nesse ambiente competitivo, o jornal diário mudou radicalmente", escreveu o professor universitário Joseph Turow no livro "Media Today: An Introduction to Mass Communication". Com muitos desenhos, colunistas, robustas seções de esporte e revistas dominicais cheias de fotografias, o jornal se tornou um mosaico de conteúdos destinado a atrair os mais diferentes tipos de pessoas, apontou. Segundo Turow, esse produto complexo levou a uma estrutura corporativa igualmente complexa, "com departamentos de publicidade e de circulação que frequentemente eram tão grandes quanto a própria Redação". SINAIS DE REAÇÃO Agora, novamente colocada à prova, a indústria jornalística dá os primeiros sinais de reação. A mais recente edição do anuário World Press Trends, da WAN-IFRA (Associação Mundial de Jornais), mostrou que pela primeira vez no século 21 a receita global dos jornais com a venda do conteúdo ultrapassou o faturamento com publicidade. Em 2014, os diários mundiais faturaram, somados, US$ 179 bilhões, sendo US$ 92 bilhões de circulação impressa e digital e US$ 87 bilhões em publicidade, de acordo com a estimativa da organização -que ressalta que o número total supera o das indústrias de livros, de música e de filmes. "Há uma mudança sísmica, levando a ênfase do negócio de uma relação de empresa para empresa ('publishers' para anunciantes) para uma relação crescente entre empresa e consumidores ('publishers' para leitores)", afirmou Larry Kilman, secretário-geral da WAN-IFRA. A Folha não só acompanha como tem sido protagonista em vários aspectos desse movimento da indústria. Foi o primeiro jornal em tempo real em língua portuguesa, tendo montado sua versão web dois meses após a internet comercial chegar ao Brasil, em 1995. Foi o primeiro órgão de mídia brasileiro a lançar um aplicativo com tecnologia HTML5, em 2011, adaptando seu conteúdo a diferentes tamanhos de tela de aparelhos móveis, hoje a fonte dominante de audiência. Foi o primeiro veículo do país a adotar um modelo de paywall (muro de cobrança) poroso em suas páginas de internet, em 2012, dando início a um movimento que acabou abrangendo grande parte dos jornais brasileiros. Não por acaso, a Folha é líder em assinaturas digitais, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação). O jornal agora tem dedicado energia à confecção de um publicador único de todo seu conteúdo, nos mais diferentes formatos e capaz de servir a uma Redação com equipes que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana. Batizado de Gutenberg, homenagem ao inventor da imprensa, o sistema entrou em operação em janeiro, na reforma visual do "F5", site de entretenimento da Folha. Será expandido nos próximos meses a outros sites do jornal e facilitará a distribuição em diferentes plataformas do conteúdo produzido pela Redação.
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Folha prepara sistema de publicação que facilita produção em vários meiosCada jornalista que produz uma reportagem da Folha tem à disposição um público jamais imaginado por seus colegas de décadas atrás. Mais de 20 milhões de brasileiros consomem conteúdo do jornal a cada mês, segundo a Métrica Única de Audiência, apresentada em 2015 e coordenada pelo Ipsos. O alcance é mais nacionalizado e mais internacionalizado do que em qualquer outro momento do jornal. A velocidade de difusão das notícias não tem paralelo. A mesma trilha que expandiu o universo de leitores, porém, tem exigido que o jornal repense rapidamente modelos de negócio e de produção de conteúdo. Reside aí o que o diretor de Redação, Otavio Frias Filho, chamou recentemente de "profundo paradoxo" vivido pelo jornalismo. "Nunca se divulgou nem se leu tanta notícia como hoje", afirmou Frias Filho no Encontro Folha de Jornalismo. "Por outro lado, e daí o paradoxo, os pilares de sustentação econômica do jornalismo foram abalados pela transformação tecnológica." A principal mudança para os jornais diz respeito aos anunciantes, que historicamente formaram o maior dos pilares de sustentação do jornalismo profissional. Com crescimento anual na casa de dois dígitos, a publicidade digital somou em 2015 cerca de 30% do mercado global, estimado em US$ 570 bilhões pela consultoria eMarketer. Com suas plataformas on-line, os jornais também competem por esse dinheiro. Trata-se de um mercado peculiar: está por um lado concentrado em grandes empresas tecnológicas, notadamente o Google, e, na parcela restante, pulverizado por uma infinidade de concorrentes de diversos tamanhos. Vale lembrar, de qualquer modo, que mexer nos pilares de sustentação não é uma novidade para o jornalismo profissional. No mercado americano, o mais estudado e discutido de todos, a publicidade só assumiu o posto de maior fonte de receita na reta final do século 19. O mais famoso episódio desse ponto de inflexão foi a batalha entre dois barões da mídia dos EUA: Joseph Pulitzer (1847-1911) e William Randolph Hearst (1863-1951). O primeiro tem o nome associado ao mais respeitado prêmio jornalístico do mundo. O segundo ficou eternizado como o personagem retratado no filme "Cidadão Kane", clássico de Orson Welles. Numa guerra de circulação, eles baixaram os preços dos diários para um centavo, transformando-os em produtos de massa, com circulação de centenas de milhares de exemplares. O novo modelo de negócios atraiu os anunciantes, e a partir daí a indústria jornalística se transformou profundamente. "Nesse ambiente competitivo, o jornal diário mudou radicalmente", escreveu o professor universitário Joseph Turow no livro "Media Today: An Introduction to Mass Communication". Com muitos desenhos, colunistas, robustas seções de esporte e revistas dominicais cheias de fotografias, o jornal se tornou um mosaico de conteúdos destinado a atrair os mais diferentes tipos de pessoas, apontou. Segundo Turow, esse produto complexo levou a uma estrutura corporativa igualmente complexa, "com departamentos de publicidade e de circulação que frequentemente eram tão grandes quanto a própria Redação". SINAIS DE REAÇÃO Agora, novamente colocada à prova, a indústria jornalística dá os primeiros sinais de reação. A mais recente edição do anuário World Press Trends, da WAN-IFRA (Associação Mundial de Jornais), mostrou que pela primeira vez no século 21 a receita global dos jornais com a venda do conteúdo ultrapassou o faturamento com publicidade. Em 2014, os diários mundiais faturaram, somados, US$ 179 bilhões, sendo US$ 92 bilhões de circulação impressa e digital e US$ 87 bilhões em publicidade, de acordo com a estimativa da organização -que ressalta que o número total supera o das indústrias de livros, de música e de filmes. "Há uma mudança sísmica, levando a ênfase do negócio de uma relação de empresa para empresa ('publishers' para anunciantes) para uma relação crescente entre empresa e consumidores ('publishers' para leitores)", afirmou Larry Kilman, secretário-geral da WAN-IFRA. A Folha não só acompanha como tem sido protagonista em vários aspectos desse movimento da indústria. Foi o primeiro jornal em tempo real em língua portuguesa, tendo montado sua versão web dois meses após a internet comercial chegar ao Brasil, em 1995. Foi o primeiro órgão de mídia brasileiro a lançar um aplicativo com tecnologia HTML5, em 2011, adaptando seu conteúdo a diferentes tamanhos de tela de aparelhos móveis, hoje a fonte dominante de audiência. Foi o primeiro veículo do país a adotar um modelo de paywall (muro de cobrança) poroso em suas páginas de internet, em 2012, dando início a um movimento que acabou abrangendo grande parte dos jornais brasileiros. Não por acaso, a Folha é líder em assinaturas digitais, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação). O jornal agora tem dedicado energia à confecção de um publicador único de todo seu conteúdo, nos mais diferentes formatos e capaz de servir a uma Redação com equipes que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana. Batizado de Gutenberg, homenagem ao inventor da imprensa, o sistema entrou em operação em janeiro, na reforma visual do "F5", site de entretenimento da Folha. Será expandido nos próximos meses a outros sites do jornal e facilitará a distribuição em diferentes plataformas do conteúdo produzido pela Redação.
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Guardas civis de SP serão treinados para combater tráfico de pessoas
Em uma iniciativa inédita no país, 40 guardas civis metropolitanos de São Paulo serão treinados pelo Ministério da Justiça para auxiliar no combate ao tráfico de pessoas de forma operacional e preventiva. O secretário municipal de Segurança Urbana, Ítalo Miranda, apresentou o projeto no centro da cidade nesta segunda-feira (27) durante inauguração da Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. A Guarda Civil terá treinamento para detectar casos de tráfico de pessoas, em situações como cárcere privado, trabalho escravo e exploração sexual. Dessa forma, mais atentos aos indícios, os guardas poderão ajudar na identificação e denúncia, repassando informações tanto para Ministério Público do Trabalho como para a Polícia Federal. "Os homens da guarda civil serão designados para o centro de formação, onde vão receber instruções de agentes [da Secretaria Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça]. Esses 40 guardas serão os multiplicadores", informou Miranda. A partir da formação desse grupo, com previsão de início na próxima semana, haverá disseminação do conhecimento para o restante da tropa. O trabalho escravo é uma das finalidades do tráfico de pessoas e, por isso, o Ministério Público do Trabalho está envolvido nas ações dessa semana, que marca o combate a este crime. A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Gabriela Oliveira de Paula, explica que, na área urbana das cidades, predominam o trabalho escravo em confecções têxteis e na construção civil. Já na parte rural, o corte de cana é um dos vilões. Para a procuradora, tão importante quanto as ações de flagrante, no local onde o trabalho escravo ocorre, são as ações preventivas. "Essas atuações são trabalhos de conscientização e qualificação, para esclarecer o trabalhador das condições análogas à de escravo no trabalho", disse Ana Gabriela. "E outra [atuação] é evitar que aquele trabalhador que já foi resgatado uma vez volte àquela situação degradante", acrescenta sobre a necessidade de conscientização para a melhoria nas condições de vida dos trabalhadores. Mais duas ações, relacionadas ao combate do tráfico de pessoas, foram apresentadas ao público pelo governo municipal: a Gift Box e a iluminação especial azul de monumentos da cidade. A Gift Box, uma grande caixa de presente, está exposta em frente ao Theatro Municipal de São Paulo. O objeto chama a atenção das pessoas e é um convite para que alguém abra e entre. Porém, quando aberta, apresenta uma dura realidade, com imagens e relatos de vítimas do tráfico de pessoas. Vitor Valentim de Souza, psicólogo, estava passando pela região central e decidiu parar e ver o que havia dentro da Gift Box. "Eu acho que ela tem um aspecto de quebra, de trazer a ideia de um presente e, dentro dele, lidar com uma realidade diferente. Acho que é isso que o pessoal que passa por tráfico de pessoas sofre", disse. Ele finalizou: "A consciência é a primeira forma de resistência". Durante toda a semana, alguns monumentos da cidade receberão iluminação azul, fazendo referência à campanha mundial sobre o tema "Coração Azul", promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas). Entre eles, o Theatro Municipal, o viaduto do Chá, a ponte das Bandeiras, a Biblioteca Mário de Andrade, a estátua do Borba Gato e o Monumento às Bandeiras.
cotidiano
Guardas civis de SP serão treinados para combater tráfico de pessoasEm uma iniciativa inédita no país, 40 guardas civis metropolitanos de São Paulo serão treinados pelo Ministério da Justiça para auxiliar no combate ao tráfico de pessoas de forma operacional e preventiva. O secretário municipal de Segurança Urbana, Ítalo Miranda, apresentou o projeto no centro da cidade nesta segunda-feira (27) durante inauguração da Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. A Guarda Civil terá treinamento para detectar casos de tráfico de pessoas, em situações como cárcere privado, trabalho escravo e exploração sexual. Dessa forma, mais atentos aos indícios, os guardas poderão ajudar na identificação e denúncia, repassando informações tanto para Ministério Público do Trabalho como para a Polícia Federal. "Os homens da guarda civil serão designados para o centro de formação, onde vão receber instruções de agentes [da Secretaria Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça]. Esses 40 guardas serão os multiplicadores", informou Miranda. A partir da formação desse grupo, com previsão de início na próxima semana, haverá disseminação do conhecimento para o restante da tropa. O trabalho escravo é uma das finalidades do tráfico de pessoas e, por isso, o Ministério Público do Trabalho está envolvido nas ações dessa semana, que marca o combate a este crime. A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Gabriela Oliveira de Paula, explica que, na área urbana das cidades, predominam o trabalho escravo em confecções têxteis e na construção civil. Já na parte rural, o corte de cana é um dos vilões. Para a procuradora, tão importante quanto as ações de flagrante, no local onde o trabalho escravo ocorre, são as ações preventivas. "Essas atuações são trabalhos de conscientização e qualificação, para esclarecer o trabalhador das condições análogas à de escravo no trabalho", disse Ana Gabriela. "E outra [atuação] é evitar que aquele trabalhador que já foi resgatado uma vez volte àquela situação degradante", acrescenta sobre a necessidade de conscientização para a melhoria nas condições de vida dos trabalhadores. Mais duas ações, relacionadas ao combate do tráfico de pessoas, foram apresentadas ao público pelo governo municipal: a Gift Box e a iluminação especial azul de monumentos da cidade. A Gift Box, uma grande caixa de presente, está exposta em frente ao Theatro Municipal de São Paulo. O objeto chama a atenção das pessoas e é um convite para que alguém abra e entre. Porém, quando aberta, apresenta uma dura realidade, com imagens e relatos de vítimas do tráfico de pessoas. Vitor Valentim de Souza, psicólogo, estava passando pela região central e decidiu parar e ver o que havia dentro da Gift Box. "Eu acho que ela tem um aspecto de quebra, de trazer a ideia de um presente e, dentro dele, lidar com uma realidade diferente. Acho que é isso que o pessoal que passa por tráfico de pessoas sofre", disse. Ele finalizou: "A consciência é a primeira forma de resistência". Durante toda a semana, alguns monumentos da cidade receberão iluminação azul, fazendo referência à campanha mundial sobre o tema "Coração Azul", promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas). Entre eles, o Theatro Municipal, o viaduto do Chá, a ponte das Bandeiras, a Biblioteca Mário de Andrade, a estátua do Borba Gato e o Monumento às Bandeiras.
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Preço do arroz dispara, mas produtor ganha menos
Os preços do arroz foram ao céu neste ano. Os valores atuais da saca do cereal em casca atingem R$ 50,5, em média, no Rio Grande do Sul, o principal Estado produtor do Brasil. Os preços deste mês do produto superam em 50% os de há um ano, segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Os consumidores sentiram no bolso, já que o arroz, ao lado do feijão, foi um dos produtos que tiveram presença forte na inflação. O que parece ser o melhor dos mundos para o produtor não passa, no entanto, de um cenário ruim. O Ministério da Agricultura acaba de divulgar que o Valor Bruto da Produção do setor de arroz neste ano atingiu em junho o menor nível em duas décadas. Os dados foram corrigidos pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) da FGV. Ou seja, a queda no valor de produção significa queda de renda no campo. O VBP do setor recuou para R$ 9,3 bilhões neste ano, apesar da elevação dos preços. Esse montante de dinheiro é menor, no entanto, do que os R$ 11 bilhões atingidos pelo setor em 2015. Anderson Belloli, diretor-executivo da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), considera que boa parte do produtores está em "condição aflitiva". A produção dos gaúchos, após ter atingido 8,6 milhões de toneladas no ano passado, recuou para 7,4 milhões neste ano devido aos problemas climáticos que afetaram a lavoura. Acompanhamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam produtividade de 6.800 quilos por hectare neste ano no Rio Grande do Sul, 12% menos do que em 2015. Os preços realmente subiram no campo, mas o produtor antecipou vendas com valores menores do que os praticados atualmente, segundo Belloli. Além dos efeitos da perda de rentabilidade, devido à queda da produtividade, os produtores tiveram aumento de 30% nos custos para a implantação da safra. Os custos subiram para R$ 6.000 por hectare, segundo ele. Essa perda de produção e desembolso maior colocaram boa parte do setor em situação muito delicada, afirma. A partir de setembro, começa o preparo para a safra 2016/17. O diretor-executivo da federação diz que ainda é cedo para previsões de plantio. Vai depender da oferta de crédito, principalmente depois desse aumento acelerado dos custos de produção, segundo ele. *   Café Os produtores brasileiros comercializaram 31% da safra de café 2016/17 (julho a junho), o que representa 31% do do total da safra. Avanço Os números são da Safras & Mercado, que estima que pelo menos 58% da safra já tenha sido colhida. O volume previsto pela Safras é de 54,9 milhões de sacas neste ano. Ano cheio O Brasil exportou 35 milhões de sacas de café na safra 2015/16, encerrada em junho último, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Receitas Com preço médio de US$ 151,26 por saca, a receita obtida pelo país foi de US$ 5,3 bilhões no período.
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Preço do arroz dispara, mas produtor ganha menosOs preços do arroz foram ao céu neste ano. Os valores atuais da saca do cereal em casca atingem R$ 50,5, em média, no Rio Grande do Sul, o principal Estado produtor do Brasil. Os preços deste mês do produto superam em 50% os de há um ano, segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Os consumidores sentiram no bolso, já que o arroz, ao lado do feijão, foi um dos produtos que tiveram presença forte na inflação. O que parece ser o melhor dos mundos para o produtor não passa, no entanto, de um cenário ruim. O Ministério da Agricultura acaba de divulgar que o Valor Bruto da Produção do setor de arroz neste ano atingiu em junho o menor nível em duas décadas. Os dados foram corrigidos pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) da FGV. Ou seja, a queda no valor de produção significa queda de renda no campo. O VBP do setor recuou para R$ 9,3 bilhões neste ano, apesar da elevação dos preços. Esse montante de dinheiro é menor, no entanto, do que os R$ 11 bilhões atingidos pelo setor em 2015. Anderson Belloli, diretor-executivo da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), considera que boa parte do produtores está em "condição aflitiva". A produção dos gaúchos, após ter atingido 8,6 milhões de toneladas no ano passado, recuou para 7,4 milhões neste ano devido aos problemas climáticos que afetaram a lavoura. Acompanhamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam produtividade de 6.800 quilos por hectare neste ano no Rio Grande do Sul, 12% menos do que em 2015. Os preços realmente subiram no campo, mas o produtor antecipou vendas com valores menores do que os praticados atualmente, segundo Belloli. Além dos efeitos da perda de rentabilidade, devido à queda da produtividade, os produtores tiveram aumento de 30% nos custos para a implantação da safra. Os custos subiram para R$ 6.000 por hectare, segundo ele. Essa perda de produção e desembolso maior colocaram boa parte do setor em situação muito delicada, afirma. A partir de setembro, começa o preparo para a safra 2016/17. O diretor-executivo da federação diz que ainda é cedo para previsões de plantio. Vai depender da oferta de crédito, principalmente depois desse aumento acelerado dos custos de produção, segundo ele. *   Café Os produtores brasileiros comercializaram 31% da safra de café 2016/17 (julho a junho), o que representa 31% do do total da safra. Avanço Os números são da Safras & Mercado, que estima que pelo menos 58% da safra já tenha sido colhida. O volume previsto pela Safras é de 54,9 milhões de sacas neste ano. Ano cheio O Brasil exportou 35 milhões de sacas de café na safra 2015/16, encerrada em junho último, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Receitas Com preço médio de US$ 151,26 por saca, a receita obtida pelo país foi de US$ 5,3 bilhões no período.
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Dólar cai com perspectiva de juros estáveis por mais tempo; Bolsa recua
Os mercados globais mantiveram o ritmo de cautela nesta terça-feira (26), à espera das reuniões de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) e do BC do Japão. No Brasil, a moeda americana recuou e os juros futuros de curto e médio prazo avançaram, influenciados pela ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que reforçou a percepção de que um corte da taxa básica de juros (Selic) pode demorar. O Ibovespa fechou em leve baixa, pressionado pelos papéis da Petrobras e do setor financeiro. CÂMBIO E JUROS O dólar fechou em baixa de 0,51%, a R$ 3,2706, enquanto o dólar comercial recuou 0,66%, a R$ 3,2710, apesar de mais uma ação do BC no câmbio. A autoridade monetária leiloou mais 10.000 contratos de swap cambial reverso (equivalente à compra futura de dólares), no montante de US$ 500 milhões. Desta forma, o BC reduziu seu estoque de swap cambial tradicional (correspondente à venda futura da moeda americana) para US$ 54,135 bilhões. Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, ressalta que a moeda tem se mantido nos últimos dias numa banda entre R$ 3,22 e R$ 3,30. "Toda vez que a cotação se aproxima dos R$ 3,30, o dólar perde força", afirma. Na avaliação do profissional, a tendência é de que a moeda americana permaneça nesta faixa até uma definição sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O julgamento de Dilma no Senado está previsto para o fim de agosto. Além disso, na ata divulgada nesta terça-feira, o Copom afirmou que a inflação tem recuado a uma velocidade "aquém da almejada", ao listar os fatores que levaram a instituição a manter a taxa básica de juros em 14,25% ao ano na reunião da semana passada. A instituição reafirmou que a aprovação e implantação mais rápida das reformas propostas pelo governo na economia contribuiriam para uma queda mais rápida da inflação e dos juros Muitos analistas preveem corte da Selic apenas a partir de outubro, mas alguns já começam a cogitar que isso possa ocorrer somente em 2017. "Caso as medidas fiscais demorem, a percepção dos agentes dos mercados é de que quedas de juros ficarão para o próximo ano", escreve Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais. A manutenção dos juros no atual patamar favorece as chamadas operações de arbitragem, quando o investidor capta em um país a juros menores e investe em outro a juros maiores para ganhar com a diferença entre as taxas. "A ata mais dura do Copom acabou compensando o cenário externo mais defensivo, e o dólar caiu", afirma José Faria Júnior, diretor técnico da Wagner Investimentos. "A leitura é de que poderá haver somente um corte da Selic este ano", acrescenta. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,940% para 13,970%; o contrato de DI para janeiro de 2018 avançava de 12,820% para 12,850%; e o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,110% para 12,040%. O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,91%, aos 294,364 pontos. Analistas ressaltam que "ruídos" em torno do ajuste fiscal começam a incomodar o mercado. A equipe de análise da Lerosa Investimentos escreve, em relatório, que "paira entre os agentes o sentimento de que falta mais contundência do governo na defesa do ajuste fiscal, exigindo mais ação e menos retórica". Ainda nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse à Folha que a aprovação da agenda econômica no Legislativo vai abrir espaço para a volta do crescimento e a queda da taxa Selic. Segundo ele, "depois do julgamento do impeachment e da aprovação de projetos como a renegociação da dívida dos Estados e, principalmente, do teto dos gastos públicos, haverá um impulso forte na economia e os juros vão cair". BOLSA O Ibovespa manteve-se no campo positivo durante quase toda a sessão, mas perdeu fôlego e acabou fechando em baixa de 0,16%, aos 56.782,75 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,2 bilhões. As ações da Petrobras perderam 1,24%, a R$ 11,88 (PN), e 0,14%, a R$ 13,74 (ON), influenciadas pela fraqueza dos preços do petróleo no mercado internacional. O petróleo Brent, negociado em Londres, subia apenas 0,02%, a US$ 44,73 o barril, depois de ter recuado nas três sessões anteriores. O petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, perdia 0,79%, a US$ 42,79 o barril, recuando pela quarta sessão consecutiva, em meio às preocupações em relação ao excesso de oferta global. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 1,27%; Bradesco PN, -0,79%; Banco do Brasil ON, +0,65%; Santander unit, +1,15%; e BM&FBovespa ON, -0,62%. Entre as maiores altas do índice, destacaram-se as ações da Vale e de siderúrgicas. Os papéis da Vale subiram 4,28%, a R$ 14,59 (PNA), e 5,74%, a R$ 18,42 (ON). As ações da mineradora foram beneficiadas pela alta do minério de ferro na China. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA subiu 5,92%; Gerdau PN, +3,68%; e CSN ON, +2,09%. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 ganhou 0,03%; o Dow Jones, -0,10%; e o Nasdaq, +0,24%. Os índices reagiram a resultados corporativos e ao fato de o petróleo voltar a ser negociado abaixo dos US$ 45 o barril. Os investidores mantiveram-se cautelosos, à espera do resultado da reunião do Fed, nesta quarta-feira (27), que pode indicar se haverá aumento das taxas de juros neste ano ou só em 2017. Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em alta de 0,21%; Paris, +0,15%; Frankfurt, +0,49%; Madri, -0,18%; e Milão, +0,03%. Na Ásia, as Bolsas chinesas subiram, mas no Japão o índice Nikkei caiu 1,43% com a forte valorização do iene nesta terça-feira. O mercado aguarda a reunião do banco central do Japão, na sexta-feira (29), que pode anunciar novos estímulos monetários.
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Dólar cai com perspectiva de juros estáveis por mais tempo; Bolsa recuaOs mercados globais mantiveram o ritmo de cautela nesta terça-feira (26), à espera das reuniões de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) e do BC do Japão. No Brasil, a moeda americana recuou e os juros futuros de curto e médio prazo avançaram, influenciados pela ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que reforçou a percepção de que um corte da taxa básica de juros (Selic) pode demorar. O Ibovespa fechou em leve baixa, pressionado pelos papéis da Petrobras e do setor financeiro. CÂMBIO E JUROS O dólar fechou em baixa de 0,51%, a R$ 3,2706, enquanto o dólar comercial recuou 0,66%, a R$ 3,2710, apesar de mais uma ação do BC no câmbio. A autoridade monetária leiloou mais 10.000 contratos de swap cambial reverso (equivalente à compra futura de dólares), no montante de US$ 500 milhões. Desta forma, o BC reduziu seu estoque de swap cambial tradicional (correspondente à venda futura da moeda americana) para US$ 54,135 bilhões. Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, ressalta que a moeda tem se mantido nos últimos dias numa banda entre R$ 3,22 e R$ 3,30. "Toda vez que a cotação se aproxima dos R$ 3,30, o dólar perde força", afirma. Na avaliação do profissional, a tendência é de que a moeda americana permaneça nesta faixa até uma definição sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O julgamento de Dilma no Senado está previsto para o fim de agosto. Além disso, na ata divulgada nesta terça-feira, o Copom afirmou que a inflação tem recuado a uma velocidade "aquém da almejada", ao listar os fatores que levaram a instituição a manter a taxa básica de juros em 14,25% ao ano na reunião da semana passada. A instituição reafirmou que a aprovação e implantação mais rápida das reformas propostas pelo governo na economia contribuiriam para uma queda mais rápida da inflação e dos juros Muitos analistas preveem corte da Selic apenas a partir de outubro, mas alguns já começam a cogitar que isso possa ocorrer somente em 2017. "Caso as medidas fiscais demorem, a percepção dos agentes dos mercados é de que quedas de juros ficarão para o próximo ano", escreve Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais. A manutenção dos juros no atual patamar favorece as chamadas operações de arbitragem, quando o investidor capta em um país a juros menores e investe em outro a juros maiores para ganhar com a diferença entre as taxas. "A ata mais dura do Copom acabou compensando o cenário externo mais defensivo, e o dólar caiu", afirma José Faria Júnior, diretor técnico da Wagner Investimentos. "A leitura é de que poderá haver somente um corte da Selic este ano", acrescenta. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,940% para 13,970%; o contrato de DI para janeiro de 2018 avançava de 12,820% para 12,850%; e o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,110% para 12,040%. O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,91%, aos 294,364 pontos. Analistas ressaltam que "ruídos" em torno do ajuste fiscal começam a incomodar o mercado. A equipe de análise da Lerosa Investimentos escreve, em relatório, que "paira entre os agentes o sentimento de que falta mais contundência do governo na defesa do ajuste fiscal, exigindo mais ação e menos retórica". Ainda nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse à Folha que a aprovação da agenda econômica no Legislativo vai abrir espaço para a volta do crescimento e a queda da taxa Selic. Segundo ele, "depois do julgamento do impeachment e da aprovação de projetos como a renegociação da dívida dos Estados e, principalmente, do teto dos gastos públicos, haverá um impulso forte na economia e os juros vão cair". BOLSA O Ibovespa manteve-se no campo positivo durante quase toda a sessão, mas perdeu fôlego e acabou fechando em baixa de 0,16%, aos 56.782,75 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,2 bilhões. As ações da Petrobras perderam 1,24%, a R$ 11,88 (PN), e 0,14%, a R$ 13,74 (ON), influenciadas pela fraqueza dos preços do petróleo no mercado internacional. O petróleo Brent, negociado em Londres, subia apenas 0,02%, a US$ 44,73 o barril, depois de ter recuado nas três sessões anteriores. O petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, perdia 0,79%, a US$ 42,79 o barril, recuando pela quarta sessão consecutiva, em meio às preocupações em relação ao excesso de oferta global. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 1,27%; Bradesco PN, -0,79%; Banco do Brasil ON, +0,65%; Santander unit, +1,15%; e BM&FBovespa ON, -0,62%. Entre as maiores altas do índice, destacaram-se as ações da Vale e de siderúrgicas. Os papéis da Vale subiram 4,28%, a R$ 14,59 (PNA), e 5,74%, a R$ 18,42 (ON). As ações da mineradora foram beneficiadas pela alta do minério de ferro na China. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA subiu 5,92%; Gerdau PN, +3,68%; e CSN ON, +2,09%. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 ganhou 0,03%; o Dow Jones, -0,10%; e o Nasdaq, +0,24%. Os índices reagiram a resultados corporativos e ao fato de o petróleo voltar a ser negociado abaixo dos US$ 45 o barril. Os investidores mantiveram-se cautelosos, à espera do resultado da reunião do Fed, nesta quarta-feira (27), que pode indicar se haverá aumento das taxas de juros neste ano ou só em 2017. Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em alta de 0,21%; Paris, +0,15%; Frankfurt, +0,49%; Madri, -0,18%; e Milão, +0,03%. Na Ásia, as Bolsas chinesas subiram, mas no Japão o índice Nikkei caiu 1,43% com a forte valorização do iene nesta terça-feira. O mercado aguarda a reunião do banco central do Japão, na sexta-feira (29), que pode anunciar novos estímulos monetários.
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Presidente do BC reitera compromisso com inflação de 4,5% em 2017
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a instituição está comprometida com uma meta de inflação de 4,5% em 2017. O valor é menor do que o projetado pelo mercado, que espera uma inflação de 5,14%, de acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda passada (8). Goldfajn também afirmou que o BC deve "caminhar na direção de reformas microeconômicas" para evitar intervenções na economia, reduzir o custo do crédito e criar condições para o financiamento de investimentos produtivos de longo prazo. Ele participou da abertura de um seminário do Banco Central sobre riscos e estabilidade financeira em São Paulo nesta sexta (12). O presidente do BC defendeu a atuação do banco no mercado de câmbio, que tem se dado sobretudo por meio de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura da moeda americana). "O Banco Central, quando julgar necessário, utilizará com parcimônia as ferramentas de que dispõe", disse. Exportadores têm reclamado da valorização do real frente ao dólar desde o início do ano, o que torna os produtos brasileiros menos competitivos no exterior. A taxa de juros alta, de 14,25% ao ano, e o aumento da disponibilidade de capital estrangeiro explicam em parte o aumento do fluxo de dólares para o Brasil e outras economias emergentes. Esse "interregno benigno de liquidez" do cenário internacional, porém, deve ser tratado com cautela, afirmou Goldfajn. "Há riscos à frente que podem ameaçar esse modesto crescimento global e essa disponibilidade de capital." REGULAÇÃO A reforma regulatória do sistema financeiro internacional, motivada pela crise de 2008, está próxima da conclusão, disse Goldfajn. A falta de regras do mercado foi uma das causas do problema. Analistas, porém, consideram que as mudanças implementadas nesses oito anos foram tímidas. As inovações tecnológicas no setor financeiro (promovidas pelas chamadas "fintechs", start-ups com foco no setor) são outro ponto de atenção do BC, segundo o presidente. A instituição tem buscado organizar o mercado com cautela para não "inibir sua evolução" com "requisitos regulatórios precoces", afirmou Goldfajn. Para ele, elas podem contribuir para o desenvolvimento econômico ao trazer eficiência ao sistema.
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Presidente do BC reitera compromisso com inflação de 4,5% em 2017O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a instituição está comprometida com uma meta de inflação de 4,5% em 2017. O valor é menor do que o projetado pelo mercado, que espera uma inflação de 5,14%, de acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda passada (8). Goldfajn também afirmou que o BC deve "caminhar na direção de reformas microeconômicas" para evitar intervenções na economia, reduzir o custo do crédito e criar condições para o financiamento de investimentos produtivos de longo prazo. Ele participou da abertura de um seminário do Banco Central sobre riscos e estabilidade financeira em São Paulo nesta sexta (12). O presidente do BC defendeu a atuação do banco no mercado de câmbio, que tem se dado sobretudo por meio de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura da moeda americana). "O Banco Central, quando julgar necessário, utilizará com parcimônia as ferramentas de que dispõe", disse. Exportadores têm reclamado da valorização do real frente ao dólar desde o início do ano, o que torna os produtos brasileiros menos competitivos no exterior. A taxa de juros alta, de 14,25% ao ano, e o aumento da disponibilidade de capital estrangeiro explicam em parte o aumento do fluxo de dólares para o Brasil e outras economias emergentes. Esse "interregno benigno de liquidez" do cenário internacional, porém, deve ser tratado com cautela, afirmou Goldfajn. "Há riscos à frente que podem ameaçar esse modesto crescimento global e essa disponibilidade de capital." REGULAÇÃO A reforma regulatória do sistema financeiro internacional, motivada pela crise de 2008, está próxima da conclusão, disse Goldfajn. A falta de regras do mercado foi uma das causas do problema. Analistas, porém, consideram que as mudanças implementadas nesses oito anos foram tímidas. As inovações tecnológicas no setor financeiro (promovidas pelas chamadas "fintechs", start-ups com foco no setor) são outro ponto de atenção do BC, segundo o presidente. A instituição tem buscado organizar o mercado com cautela para não "inibir sua evolução" com "requisitos regulatórios precoces", afirmou Goldfajn. Para ele, elas podem contribuir para o desenvolvimento econômico ao trazer eficiência ao sistema.
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Governador do AM demite secretário em meio à crise penitenciária
O governador do Amazonas, José Melo (Pros), demitiu o secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florencio, em meio à crise no sistema prisional que deixou 67 mortos no Estado nos primeiros dias do ano. Florencio, que é agente da Polícia Federal, estava na coordenação da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) desde outubro de 2015. No lugar dele, assume o tenente-coronel da Polícia Militar e comandante do Policiamento Especializado, Cleitman Rabelo Coelho, especializado em choque, policiamento comunitário e tiro tático. Pelo menos 148 detentos estão foragidos do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade) e do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), maior presídio do Estado e palco da chacina de 56 presos em 1º de janeiro. Na tentativa de recuperar o controle do sistema prisional, 17 presos apontados como líderes do massacre no Compaj deixaram Manaus rumo a presídios federais. O governo do Amazonas também recebeu o reforço de 99 homens da Força Nacional, que se encarregarão da segurança do entorno do Compaj. A ideia é liberar mais policiais estaduais para atuar na recaptura dos presos. O número de assassinatos em presídios pelo país chega a 106 casos somente nesse ano. O Estado do Amazonas lidera o número de mortes em presídios com 67 assassinatos, seguido por Roraima (33), Paraíba (2) e Alagoas (2). As mortes já equivalem a pouco mais de 28,5% do total registrado em todo ano passado. Em 2016, foram ao menos 372 assassinatos -média de uma morte a cada dia nas penitenciárias do país.
cotidiano
Governador do AM demite secretário em meio à crise penitenciáriaO governador do Amazonas, José Melo (Pros), demitiu o secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florencio, em meio à crise no sistema prisional que deixou 67 mortos no Estado nos primeiros dias do ano. Florencio, que é agente da Polícia Federal, estava na coordenação da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) desde outubro de 2015. No lugar dele, assume o tenente-coronel da Polícia Militar e comandante do Policiamento Especializado, Cleitman Rabelo Coelho, especializado em choque, policiamento comunitário e tiro tático. Pelo menos 148 detentos estão foragidos do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade) e do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), maior presídio do Estado e palco da chacina de 56 presos em 1º de janeiro. Na tentativa de recuperar o controle do sistema prisional, 17 presos apontados como líderes do massacre no Compaj deixaram Manaus rumo a presídios federais. O governo do Amazonas também recebeu o reforço de 99 homens da Força Nacional, que se encarregarão da segurança do entorno do Compaj. A ideia é liberar mais policiais estaduais para atuar na recaptura dos presos. O número de assassinatos em presídios pelo país chega a 106 casos somente nesse ano. O Estado do Amazonas lidera o número de mortes em presídios com 67 assassinatos, seguido por Roraima (33), Paraíba (2) e Alagoas (2). As mortes já equivalem a pouco mais de 28,5% do total registrado em todo ano passado. Em 2016, foram ao menos 372 assassinatos -média de uma morte a cada dia nas penitenciárias do país.
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Salão do Automóvel de Frankfurt é marcado pelo estigma do 'dieselgate'
Apesar dos lucros abundantes e de um mercado europeu próspero, os fabricantes reunidos a partir de terça-feira (12) no Salão do Automóvel de Frankfurt (IAA) não vão escapar de assuntos delicados, como a crise do diesel e os desafios para os carros elétricos. Dois anos depois de vir à tona a manipulação maciça pela Volkswagen dos motores a diesel em pleno IAA, a 67ª edição da grande feira do setor será "moderada", estima Stefan Bratzel, do instituto do automóvel CAM. "Por um lado, a indústria automotiva vive os melhores anos de sua história em termos de vendas e lucros, mas, por outro, ela se pergunta o que vai acontecer no futuro. O diesel e as emissões de poluentes foram alvo de debates recentemente, sobretudo na Alemanha, e criaram um problema de imagem para a indústria em seu conjunto", destacou. A Volkswagen, gigante que reúne 12 marcas (Audi, Porsche, Seat, Skoda, Lamborghini, entre outras), se recuperou rapidamente após o estouro do 'dieselgate', que lhe custou caro. A companhia virou a número um de vendas no mundo e teve receita de € 116 bilhões e lucro líquido de mais de € 6 bilhões no primeiro semestre de 2017. Suas compatriotas Daimler e BMW também registraram lucros animadores e volume de vendas em constante alta. INCERTEZA As fabricantes francesas superaram a crise de 2008-2013 e alcançaram recordes no primeiro semestre. A Renault registou lucro líquido de € 2,4 bilhões, enquanto a PSA (com Peugeot, Cirtroën e DS) abocanhou lucro de € 1,25 bilhão, à espera de incorporar Opel e Vauxhall, compradas da americana General Motors. As perspectivas são boas para o resto do ano, com altas esperadas no mercado automobilístico mundial, apesar de uma desaceleração dos Estados Unidos e um crescimento menos vigoroso da China. Para o oeste europeu, o diretor do centro de pesquisa automobilística CAR, Ferdinand Dudenhöffer, prevê avanço de 3%, um pouco menos que em 2016. "Os mercados francês e alemão continuam crescendo, e bem rápido, por que são mercados maduros, mas a níveis altos", disse. "O Reino Unido tem soluços por causa do Brexit, mas, a nível mundial, na Europa temos um mercado que vai muito bem", explicou Flavien Neuvy, diretor do observatório Cetelem da indústria automotiva. Contudo, "o salão vai ser marcado por toda a incerteza que há em volta, não apenas pelo diesel, mas também pelo motor térmico [convencional]", alertou. França e Reino Unido fixaram 2040 como data-limite para os carros a diesel ou gasolina, enquanto as emissões contaminantes ligadas a automóveis vão sendo cada vez mais combatidas na Europa, onde acabam de entrar em vigor novas normas de homologação mais rígidas. SUV EM DESTAQUE Na Alemanha, a poluição é um dos assuntos tratados na campanha das eleições do fim de setembro, enquanto a proibição da circulação de veículos a diesel é ameaçada em dezenas de cidades. A chanceler Angela Merkel, que espera iniciar seu quarto mandato, vai inaugurar o Salão na quinta-feira (14). Peter Fuss, especialista no setor automobilístico no gabinete EY, espera poder ver no salão "como a indústria reage a essa ameaça sobre o diesel". Apesar de algumas empresas terem apresentado seus projetos no setor de carros elétricos, como a BMW, com um modelo de mini previsto para 2019, um conjunto de novos 4x4 urbanos de motor convencional, os SUVs, vai lembrar o tamanho do desafio pela frente. A Federação Alemã do Automóvel, VDA, organizadora do salão, prometeu mais 300 inovações, e espera cerca de mil expositores, apesar de grandes empresas como Nissan, Peugeot, Fiat, Tesla e Volvo não participarem do encontro.
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Salão do Automóvel de Frankfurt é marcado pelo estigma do 'dieselgate'Apesar dos lucros abundantes e de um mercado europeu próspero, os fabricantes reunidos a partir de terça-feira (12) no Salão do Automóvel de Frankfurt (IAA) não vão escapar de assuntos delicados, como a crise do diesel e os desafios para os carros elétricos. Dois anos depois de vir à tona a manipulação maciça pela Volkswagen dos motores a diesel em pleno IAA, a 67ª edição da grande feira do setor será "moderada", estima Stefan Bratzel, do instituto do automóvel CAM. "Por um lado, a indústria automotiva vive os melhores anos de sua história em termos de vendas e lucros, mas, por outro, ela se pergunta o que vai acontecer no futuro. O diesel e as emissões de poluentes foram alvo de debates recentemente, sobretudo na Alemanha, e criaram um problema de imagem para a indústria em seu conjunto", destacou. A Volkswagen, gigante que reúne 12 marcas (Audi, Porsche, Seat, Skoda, Lamborghini, entre outras), se recuperou rapidamente após o estouro do 'dieselgate', que lhe custou caro. A companhia virou a número um de vendas no mundo e teve receita de € 116 bilhões e lucro líquido de mais de € 6 bilhões no primeiro semestre de 2017. Suas compatriotas Daimler e BMW também registraram lucros animadores e volume de vendas em constante alta. INCERTEZA As fabricantes francesas superaram a crise de 2008-2013 e alcançaram recordes no primeiro semestre. A Renault registou lucro líquido de € 2,4 bilhões, enquanto a PSA (com Peugeot, Cirtroën e DS) abocanhou lucro de € 1,25 bilhão, à espera de incorporar Opel e Vauxhall, compradas da americana General Motors. As perspectivas são boas para o resto do ano, com altas esperadas no mercado automobilístico mundial, apesar de uma desaceleração dos Estados Unidos e um crescimento menos vigoroso da China. Para o oeste europeu, o diretor do centro de pesquisa automobilística CAR, Ferdinand Dudenhöffer, prevê avanço de 3%, um pouco menos que em 2016. "Os mercados francês e alemão continuam crescendo, e bem rápido, por que são mercados maduros, mas a níveis altos", disse. "O Reino Unido tem soluços por causa do Brexit, mas, a nível mundial, na Europa temos um mercado que vai muito bem", explicou Flavien Neuvy, diretor do observatório Cetelem da indústria automotiva. Contudo, "o salão vai ser marcado por toda a incerteza que há em volta, não apenas pelo diesel, mas também pelo motor térmico [convencional]", alertou. França e Reino Unido fixaram 2040 como data-limite para os carros a diesel ou gasolina, enquanto as emissões contaminantes ligadas a automóveis vão sendo cada vez mais combatidas na Europa, onde acabam de entrar em vigor novas normas de homologação mais rígidas. SUV EM DESTAQUE Na Alemanha, a poluição é um dos assuntos tratados na campanha das eleições do fim de setembro, enquanto a proibição da circulação de veículos a diesel é ameaçada em dezenas de cidades. A chanceler Angela Merkel, que espera iniciar seu quarto mandato, vai inaugurar o Salão na quinta-feira (14). Peter Fuss, especialista no setor automobilístico no gabinete EY, espera poder ver no salão "como a indústria reage a essa ameaça sobre o diesel". Apesar de algumas empresas terem apresentado seus projetos no setor de carros elétricos, como a BMW, com um modelo de mini previsto para 2019, um conjunto de novos 4x4 urbanos de motor convencional, os SUVs, vai lembrar o tamanho do desafio pela frente. A Federação Alemã do Automóvel, VDA, organizadora do salão, prometeu mais 300 inovações, e espera cerca de mil expositores, apesar de grandes empresas como Nissan, Peugeot, Fiat, Tesla e Volvo não participarem do encontro.
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Painel FC: Conmebol pede a clubes que proíbam torcedores bêbados na Libertadores
A Conmebol enviou comunicado aos participantes da Libertadores informando que os clubes devem proibir a entrada de torcedores embriagados nas partidas da competição. A medida integra o Programa de Segurança do torneio, que responsabiliza as equipes mandantes dos jogos, caso ... Leia post completo no blog
esporte
Painel FC: Conmebol pede a clubes que proíbam torcedores bêbados na LibertadoresA Conmebol enviou comunicado aos participantes da Libertadores informando que os clubes devem proibir a entrada de torcedores embriagados nas partidas da competição. A medida integra o Programa de Segurança do torneio, que responsabiliza as equipes mandantes dos jogos, caso ... Leia post completo no blog
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Dilema ronda presença de líderes estrangeiros em funeral de Fidel
O presidente russo, Vladimir Putin, não irá às cerimônias fúnebres de Fidel Castro, em Cuba —ele se prepara para um importante discurso, afirmou o Kremlin. Justin Trudeau, o primeiro-ministro canadense que gerou polêmica ao tecer elogios póstumos a Fidel, também não participará das homenagens oficiais. No sábado (26), o premiê foi criticado por ter descrito Fidel como "um lendário revolucionário e orador" e "um notável líder". O canadense também foi alvo de críticas da parte de dois senadores republicanos norte-americanos, Marco Rubio (Flórida) e Ted Cruz (Texas), ambos de ascendência cubana. Rubio chamou os comentários de Trudeau de "vergonhosos" e Cruz, de "uma desgraça". Cruz também pressiona para que nenhuma autoridade americana compareça à maratona de homenagens. "Espero que não vejamos os democratas Barack Obama, Joe Bidon e Hillary Clinton fazendo fila para tratar um tirano assassino como celebridade", disse em vídeo divulgado neste domingo (27). Newt Gingrich, que chegou a ser cotado para secretário de Estado do governo Donald Trump, também fez pressão. "Sob nenhuma circunstância, o presidente Obama, o vice-presidente Joe Biden ou o secretário [de Estado, John] Kerry devem ir a Cuba para o funeral de Castro. Ele era um tirano." Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, nem Obama nem seu vice, Biden, participarão das cerimônias de Fidel. Ele disse, ainda, que o governo anunciará em breve se alguma delegação representará os EUA nas homenagens em Cuba. Se a morte de Fidel foi rapidamente acompanhada de mensagens de pesar lançadas por boa parte da comunidade internacional, as confirmações de quem irá às cerimônias —seja desta terça (29) ou o enterro das cinzas no domingo (4)— não estão sendo tão céleres. Assim como Putin e Trudeau, mandarão representantes o premiê japonês, Shinzo Abe, e a chanceler alemã, Angela Merkel (no caso dos alemães, quem irá será Gerhard Schröder). Pouco antes do anúncio da participação de Schröder, o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, criticou a revolução cubana, "que submeteu a ilha e seus habitantes a um sistema de repressão política durante décadas". O presidente brasileiro, Michel Temer, será outro a mandar representantes: os ministros José Serra (Relações Exteriores) e Roberto Freire (Cultura). Por outro lado, são esperadas as presenças de Robert Mugabe (Zimbábue), de Rafael Correa (Equador) e do rei emérito Juan Carlos (Espanha). O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, não estará presente nas cerimônias em Havana ou Santiago de Cuba, mas seu regime enviou uma delegação oficial liderada por Choe Ryong-Hae, vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, e decretou luto oficial de três dias a partir desta segunda-feira (28).
mundo
Dilema ronda presença de líderes estrangeiros em funeral de FidelO presidente russo, Vladimir Putin, não irá às cerimônias fúnebres de Fidel Castro, em Cuba —ele se prepara para um importante discurso, afirmou o Kremlin. Justin Trudeau, o primeiro-ministro canadense que gerou polêmica ao tecer elogios póstumos a Fidel, também não participará das homenagens oficiais. No sábado (26), o premiê foi criticado por ter descrito Fidel como "um lendário revolucionário e orador" e "um notável líder". O canadense também foi alvo de críticas da parte de dois senadores republicanos norte-americanos, Marco Rubio (Flórida) e Ted Cruz (Texas), ambos de ascendência cubana. Rubio chamou os comentários de Trudeau de "vergonhosos" e Cruz, de "uma desgraça". Cruz também pressiona para que nenhuma autoridade americana compareça à maratona de homenagens. "Espero que não vejamos os democratas Barack Obama, Joe Bidon e Hillary Clinton fazendo fila para tratar um tirano assassino como celebridade", disse em vídeo divulgado neste domingo (27). Newt Gingrich, que chegou a ser cotado para secretário de Estado do governo Donald Trump, também fez pressão. "Sob nenhuma circunstância, o presidente Obama, o vice-presidente Joe Biden ou o secretário [de Estado, John] Kerry devem ir a Cuba para o funeral de Castro. Ele era um tirano." Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, nem Obama nem seu vice, Biden, participarão das cerimônias de Fidel. Ele disse, ainda, que o governo anunciará em breve se alguma delegação representará os EUA nas homenagens em Cuba. Se a morte de Fidel foi rapidamente acompanhada de mensagens de pesar lançadas por boa parte da comunidade internacional, as confirmações de quem irá às cerimônias —seja desta terça (29) ou o enterro das cinzas no domingo (4)— não estão sendo tão céleres. Assim como Putin e Trudeau, mandarão representantes o premiê japonês, Shinzo Abe, e a chanceler alemã, Angela Merkel (no caso dos alemães, quem irá será Gerhard Schröder). Pouco antes do anúncio da participação de Schröder, o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, criticou a revolução cubana, "que submeteu a ilha e seus habitantes a um sistema de repressão política durante décadas". O presidente brasileiro, Michel Temer, será outro a mandar representantes: os ministros José Serra (Relações Exteriores) e Roberto Freire (Cultura). Por outro lado, são esperadas as presenças de Robert Mugabe (Zimbábue), de Rafael Correa (Equador) e do rei emérito Juan Carlos (Espanha). O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, não estará presente nas cerimônias em Havana ou Santiago de Cuba, mas seu regime enviou uma delegação oficial liderada por Choe Ryong-Hae, vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, e decretou luto oficial de três dias a partir desta segunda-feira (28).
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Estudo aponta risco de crise humanitária na Venezuela
O colapso da saúde pública na Venezuela está empurrando o país rumo a uma crise humanitária, segundo o International Crisis Group (ICG), um dos centros de estudo mais respeitados do mundo. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (29), o ICG diz que o governo ainda pode tomar medidas para evitar uma crise humanitária capaz de afetar países vizinhos, principalmente a Colômbia, sujeita à migração maciça de venezuelanos. O estudo corrobora avaliação de embaixadas em Caracas, que temem que o governo chavista de Nicolás Maduro, por razões ideológicas, jamais reconheça a necessidade de ajuda externa. Segundo o ICG, um dos temas mais urgentes é a escassez de remédios, que reflete problema mais amplo num país com rígido controle de câmbio, em que o governo deixou de fornecer dólares necessários às importações. Em Caracas, 60% dos medicamentos estão em falta. No interior do país, 70%. Hemofílicos, pacientes de câncer e soropositivos vivem em desespero. A dificuldade de importar também afeta o abastecimento em insumos médicos e peças de reposição para equipamentos hospitalares. Sem condições de trabalho, 10.000 médicos emigraram. Na maior maternidade de Caracas, a UTI ficou sem funcionar de 2009 a 2014, e o setor neonatal carece de pelo menos 41 médicos. O ICG diz que esse tipo de deficiência está por trás da alta de mortalidade materna, de 92 por 100 mil nascimentos em 2012 para 110 por 100 mil no ano seguinte. O índice é um dos piores da região. Nenhum dos seis hospitais gerais prometidos pelo então presidente Hugo Chávez em 2007 foi construído. O ICG lamenta que os devidos investimentos não tenham sido feitos durante a bonança petroleira (interrompida em 2014) e cobra do governo dados de saúde pública. Num país com dengue, chikungunya e malária, o último boletim epidemiológico remonta a novembro. Autoridades não retornaram contato feito pela Folha. ECONOMIA O relatório do ICG também faz alerta sobre a situação econômica. A Venezuela tem a inflação mais alta do mundo (avaliada em ao menos 100%) e deve sofrer queda de 7% do PIB em 2015, após recuo de 4% em 2014. A isso somam-se controle de preços e expropriações que devastaram empresas privadas, minando a produção agrícola num país petroleiro que importa quase tudo que consome. O colapso da distribuição de alimentos causa filas e dificuldade para encontrar variedade necessária a uma vida saudável. "A má alimentação gera combinação paradoxal de desnutrição e obesidade", diz o ICG.
mundo
Estudo aponta risco de crise humanitária na VenezuelaO colapso da saúde pública na Venezuela está empurrando o país rumo a uma crise humanitária, segundo o International Crisis Group (ICG), um dos centros de estudo mais respeitados do mundo. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (29), o ICG diz que o governo ainda pode tomar medidas para evitar uma crise humanitária capaz de afetar países vizinhos, principalmente a Colômbia, sujeita à migração maciça de venezuelanos. O estudo corrobora avaliação de embaixadas em Caracas, que temem que o governo chavista de Nicolás Maduro, por razões ideológicas, jamais reconheça a necessidade de ajuda externa. Segundo o ICG, um dos temas mais urgentes é a escassez de remédios, que reflete problema mais amplo num país com rígido controle de câmbio, em que o governo deixou de fornecer dólares necessários às importações. Em Caracas, 60% dos medicamentos estão em falta. No interior do país, 70%. Hemofílicos, pacientes de câncer e soropositivos vivem em desespero. A dificuldade de importar também afeta o abastecimento em insumos médicos e peças de reposição para equipamentos hospitalares. Sem condições de trabalho, 10.000 médicos emigraram. Na maior maternidade de Caracas, a UTI ficou sem funcionar de 2009 a 2014, e o setor neonatal carece de pelo menos 41 médicos. O ICG diz que esse tipo de deficiência está por trás da alta de mortalidade materna, de 92 por 100 mil nascimentos em 2012 para 110 por 100 mil no ano seguinte. O índice é um dos piores da região. Nenhum dos seis hospitais gerais prometidos pelo então presidente Hugo Chávez em 2007 foi construído. O ICG lamenta que os devidos investimentos não tenham sido feitos durante a bonança petroleira (interrompida em 2014) e cobra do governo dados de saúde pública. Num país com dengue, chikungunya e malária, o último boletim epidemiológico remonta a novembro. Autoridades não retornaram contato feito pela Folha. ECONOMIA O relatório do ICG também faz alerta sobre a situação econômica. A Venezuela tem a inflação mais alta do mundo (avaliada em ao menos 100%) e deve sofrer queda de 7% do PIB em 2015, após recuo de 4% em 2014. A isso somam-se controle de preços e expropriações que devastaram empresas privadas, minando a produção agrícola num país petroleiro que importa quase tudo que consome. O colapso da distribuição de alimentos causa filas e dificuldade para encontrar variedade necessária a uma vida saudável. "A má alimentação gera combinação paradoxal de desnutrição e obesidade", diz o ICG.
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Astrologia
ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Dia importante para fortalecer suas relações, para viver algo juntos que confirme que existe amizade, amor e parceria. Momento de harmonizar tendências conflituosas e se envolver de novo. Tome a iniciativa. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Um dia agradável até para trabalhar, mas não hesite em passar um bom momento com as pessoas queridas. Seus cinco sentidos estão aguçados, alimente-se bem, faça uma massagem, descanse também. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Amor, prazer e criatividade são o antídoto para as angústias dos últimos tempos e estão à disposição hoje, é só respirar com mais tranquilidade. Momento fértil, cuide dos filhos. Dá até para se apaixonar. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) O encontro entre Lua e Vênus se dá no seu ambiente doméstico e familiar, então só por poder usufruir do lar o dia já está valendo. Você também pode comprar algo para a casa ou quem sabe selar a paz com alguém. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Sempre há algo para aprender ou, quem sabe, para se encantar, mesmo nas situações mais corriqueiras. Melhor ainda se estiver disposto a buscar conhecimento. As relações ganham com sua disposição mais receptiva. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Se tiver que trabalhar, pode ser produtivo. Se não, a companhia do ser amado pode ser estabilizadora para as emoções. Dia de se embelezar, de comprar presentes, inclusive para si mesmo, você merece. LIBRA (23 set. a 22 out.) Lua e Vênus em Libra, alguma dúvida de que este momento é todo seu? Empodere-se, dê um trato no visual, vá para a festa ou encontro, pois hoje você é a presença mais encantadora do zodíaco. Sua autoestima agradece. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) É um astral mais introvertido, o que não lhe impede de sair e encontrar as pessoas. Mas o foco está nos seus processos interiores, é você se entendendo com seus sentimentos e possivelmente com o parceiro. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Bom momento para fortalecer amizades, é importante recuperar o bem-estar social. E pode ser bem divertido. Na relação com o parceiro também, pois as afinidades compartilhadas promovem a união. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Lua e Vênus colaboram para que seu trabalho seja reconhecido, portanto não hesite em parar o que estiver fazendo se surgir uma proposta, aproveite essa visibilidade. Na intimidade, a adesão deve ser espontânea. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Este é o momento de viver alguma aventura, de sair de dentro de si mesma e ir em busca de alguma coisa lá fora: alegria, conhecimento, arte, prazer. A vida pode fazer sentido de muitas outras maneiras. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Desejo de intimidade, a sexualidade tem forte apelo nesse momento em que estar junto significa também compartilhar de seus anseios mais secretos. Quanto às finanças, ganhos e gastos precisam de equilíbrio.
ilustrada
AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Dia importante para fortalecer suas relações, para viver algo juntos que confirme que existe amizade, amor e parceria. Momento de harmonizar tendências conflituosas e se envolver de novo. Tome a iniciativa. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Um dia agradável até para trabalhar, mas não hesite em passar um bom momento com as pessoas queridas. Seus cinco sentidos estão aguçados, alimente-se bem, faça uma massagem, descanse também. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Amor, prazer e criatividade são o antídoto para as angústias dos últimos tempos e estão à disposição hoje, é só respirar com mais tranquilidade. Momento fértil, cuide dos filhos. Dá até para se apaixonar. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) O encontro entre Lua e Vênus se dá no seu ambiente doméstico e familiar, então só por poder usufruir do lar o dia já está valendo. Você também pode comprar algo para a casa ou quem sabe selar a paz com alguém. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Sempre há algo para aprender ou, quem sabe, para se encantar, mesmo nas situações mais corriqueiras. Melhor ainda se estiver disposto a buscar conhecimento. As relações ganham com sua disposição mais receptiva. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Se tiver que trabalhar, pode ser produtivo. Se não, a companhia do ser amado pode ser estabilizadora para as emoções. Dia de se embelezar, de comprar presentes, inclusive para si mesmo, você merece. LIBRA (23 set. a 22 out.) Lua e Vênus em Libra, alguma dúvida de que este momento é todo seu? Empodere-se, dê um trato no visual, vá para a festa ou encontro, pois hoje você é a presença mais encantadora do zodíaco. Sua autoestima agradece. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) É um astral mais introvertido, o que não lhe impede de sair e encontrar as pessoas. Mas o foco está nos seus processos interiores, é você se entendendo com seus sentimentos e possivelmente com o parceiro. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Bom momento para fortalecer amizades, é importante recuperar o bem-estar social. E pode ser bem divertido. Na relação com o parceiro também, pois as afinidades compartilhadas promovem a união. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Lua e Vênus colaboram para que seu trabalho seja reconhecido, portanto não hesite em parar o que estiver fazendo se surgir uma proposta, aproveite essa visibilidade. Na intimidade, a adesão deve ser espontânea. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Este é o momento de viver alguma aventura, de sair de dentro de si mesma e ir em busca de alguma coisa lá fora: alegria, conhecimento, arte, prazer. A vida pode fazer sentido de muitas outras maneiras. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Desejo de intimidade, a sexualidade tem forte apelo nesse momento em que estar junto significa também compartilhar de seus anseios mais secretos. Quanto às finanças, ganhos e gastos precisam de equilíbrio.
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Hominídeos primitivos já tinham preferências estéticas renascentistas
Haveria algo em comum entre os refinados filósofos e artistas do Renascimento e da Grécia Antiga e os ancestrais remotos da humanidade que produziam machados de pedra aparentemente toscos há cerca de 500 mil anos? Todos tinham o mesmo gosto por certas proporções matemáticas, afirma um novo estudo. Pode parecer maluquice, mas é o que um engenheiro britânico radicado no Brasil diz ter encontrado, após analisar instrumentos pré-históricos. O principal elemento que ele identificou nos célebres machados de mão do sítio arqueológico de Boxgrove (Reino Unido) parece algo saído de "O Código Da Vinci". Trata-se do uso recorrente da chamada Proporção Áurea, uma relação matemática que está presente, por exemplo, nos elementos arquitetônicos que compõem o Parthenon, templo grego em Atenas. "Nosso gosto moderno, nossas noções de beleza e design, foram herdadas de um passado profundo", resume Alan Cannell, o autor do estudo. Ele publicou as conclusões no periódico "Journal of Lithic Studies", voltado para pesquisas sobre antigas tecnologias líticas (ou seja, de pedra). IDADE DA PEDRA ATIRADA Não é a primeira vez que Cannell encontra padrões insuspeitos no passado lítico da humanidade. Fascinado pela pré-história, ele iniciou sua carreira de pesquisador com um artigo no qual argumentava que as mais antigas ferramentas usadas pelos membros da linhagem humana teriam sido pedras mais ou menos redondas de uns 500 gramas, arremessadas na direção de presas, predadores ou inimigos. Antes da Idade da Pedra Lascada, teria havido a Idade da Pedra Atirada, digamos. Quanto ao novo estudo, vários pesquisadores já tinham abordado a aparente simetria cuidadosa do "design" dos machados de pedra pertencentes à chamada tradição acheulense, normalmente associada à espécie de hominídeo conhecida como Homo erectus. Os instrumentos achados em Boxgrove pertencem a essa tradição. Cannell pediu a ajuda do Museu Britânico e do especialista Mathieu Leroyer para obter imagens de alta resolução dos instrumentos, em duas amostras diferentes, ambas com cerca de 15 machados. Na primeira, Leroyer selecionou exemplares que lhe pareciam representantes típicos dos instrumentos de Boxgrove. Na segunda, escolheu um número equivalente de artefatos ao acaso (numerando-os e sorteando-os). Cannell pôs-se, então, a analisar o formato dos objetos e percebeu que quase todos tinham sido desenhados com base na chamada Elipse Áurea, uma forma da Proporção Áurea aplicada a essa figura ovalada (veja infográfico). Círculos quase perfeitos também costumavam estar presentes na base dos machados. As mesmas proporções são empregadas hoje no formato de joias, lembra. "Há exemplos do mesmo formato em todo canto do mundo moderno. São aspectos do que significa ser humano que são muito antigos." * HOMINÍDEOS DE OURO Ferramentas de pedra teriam seguido proporção venerada por mestres da Renascença O que é a proporção áurea? Um jeito relativamente fácil de entender essa proporção é dando uma olhada na figura ao lado Ela está dividida em dois pedaços, a e b. A proporção áurea deriva do fato de que a razão entre a soma a + b e o pedaço maior, o a, é igual à razão entre o pedaço maior e o menor b A razão áurea também pode ser representada por um número -aproximadamente 1,618 Por que ela se tornou famosa? Desde a Grécia Antiga, há cerca de 2.500 anos, matemáticos e artistas usam essa proporção para desenhar figuras geométricas e grandes obras de arte, como o Partenon, mais célebre templo pagão de Atenas. Acredita-se que ela seja especialmente agradável para o olhar humano, talvez por espelhar certas proporções da natureza Pedra Uma nova análise estudou os machados de pedra de 500 mil anos encontrados em Boxgrove, no Reino Unido, um dos conjuntos mais famosos de artefatos produzidos por humanos pré-históricos Elipse Pelo formato dos machados de pedra, a ideia era ver se eles tinham relação com a Elipse Áurea -ou seja, a Proporção Áurea em figuras de elipses. Nesse caso, a razão entre o eixo maior e o menor da elipse é de cerca de 1,618 Resultado Em geral, os artefatos de Boxgrove se aproximam de uma Elipse Áurea, o que pode sugerir que a preferência estética por essa proporção é extremamente antiga
ciencia
Hominídeos primitivos já tinham preferências estéticas renascentistasHaveria algo em comum entre os refinados filósofos e artistas do Renascimento e da Grécia Antiga e os ancestrais remotos da humanidade que produziam machados de pedra aparentemente toscos há cerca de 500 mil anos? Todos tinham o mesmo gosto por certas proporções matemáticas, afirma um novo estudo. Pode parecer maluquice, mas é o que um engenheiro britânico radicado no Brasil diz ter encontrado, após analisar instrumentos pré-históricos. O principal elemento que ele identificou nos célebres machados de mão do sítio arqueológico de Boxgrove (Reino Unido) parece algo saído de "O Código Da Vinci". Trata-se do uso recorrente da chamada Proporção Áurea, uma relação matemática que está presente, por exemplo, nos elementos arquitetônicos que compõem o Parthenon, templo grego em Atenas. "Nosso gosto moderno, nossas noções de beleza e design, foram herdadas de um passado profundo", resume Alan Cannell, o autor do estudo. Ele publicou as conclusões no periódico "Journal of Lithic Studies", voltado para pesquisas sobre antigas tecnologias líticas (ou seja, de pedra). IDADE DA PEDRA ATIRADA Não é a primeira vez que Cannell encontra padrões insuspeitos no passado lítico da humanidade. Fascinado pela pré-história, ele iniciou sua carreira de pesquisador com um artigo no qual argumentava que as mais antigas ferramentas usadas pelos membros da linhagem humana teriam sido pedras mais ou menos redondas de uns 500 gramas, arremessadas na direção de presas, predadores ou inimigos. Antes da Idade da Pedra Lascada, teria havido a Idade da Pedra Atirada, digamos. Quanto ao novo estudo, vários pesquisadores já tinham abordado a aparente simetria cuidadosa do "design" dos machados de pedra pertencentes à chamada tradição acheulense, normalmente associada à espécie de hominídeo conhecida como Homo erectus. Os instrumentos achados em Boxgrove pertencem a essa tradição. Cannell pediu a ajuda do Museu Britânico e do especialista Mathieu Leroyer para obter imagens de alta resolução dos instrumentos, em duas amostras diferentes, ambas com cerca de 15 machados. Na primeira, Leroyer selecionou exemplares que lhe pareciam representantes típicos dos instrumentos de Boxgrove. Na segunda, escolheu um número equivalente de artefatos ao acaso (numerando-os e sorteando-os). Cannell pôs-se, então, a analisar o formato dos objetos e percebeu que quase todos tinham sido desenhados com base na chamada Elipse Áurea, uma forma da Proporção Áurea aplicada a essa figura ovalada (veja infográfico). Círculos quase perfeitos também costumavam estar presentes na base dos machados. As mesmas proporções são empregadas hoje no formato de joias, lembra. "Há exemplos do mesmo formato em todo canto do mundo moderno. São aspectos do que significa ser humano que são muito antigos." * HOMINÍDEOS DE OURO Ferramentas de pedra teriam seguido proporção venerada por mestres da Renascença O que é a proporção áurea? Um jeito relativamente fácil de entender essa proporção é dando uma olhada na figura ao lado Ela está dividida em dois pedaços, a e b. A proporção áurea deriva do fato de que a razão entre a soma a + b e o pedaço maior, o a, é igual à razão entre o pedaço maior e o menor b A razão áurea também pode ser representada por um número -aproximadamente 1,618 Por que ela se tornou famosa? Desde a Grécia Antiga, há cerca de 2.500 anos, matemáticos e artistas usam essa proporção para desenhar figuras geométricas e grandes obras de arte, como o Partenon, mais célebre templo pagão de Atenas. Acredita-se que ela seja especialmente agradável para o olhar humano, talvez por espelhar certas proporções da natureza Pedra Uma nova análise estudou os machados de pedra de 500 mil anos encontrados em Boxgrove, no Reino Unido, um dos conjuntos mais famosos de artefatos produzidos por humanos pré-históricos Elipse Pelo formato dos machados de pedra, a ideia era ver se eles tinham relação com a Elipse Áurea -ou seja, a Proporção Áurea em figuras de elipses. Nesse caso, a razão entre o eixo maior e o menor da elipse é de cerca de 1,618 Resultado Em geral, os artefatos de Boxgrove se aproximam de uma Elipse Áurea, o que pode sugerir que a preferência estética por essa proporção é extremamente antiga
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Veja repercussão no setor privado das medidas divulgadas pelo governo
O governo Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (14) um corte de R$ 26 bilhões nas despesas previstas no Orçamento de 2016 e voltou a propor a criação de um imposto sobre operações financeiras, como a antiga CPMF, para equilibrar as contas públicas. Também para elevar as receitas da União, o governo anunciou a ampliação do Imposto de Renda sobre ganho de capital para vendas de bens que resultem em ganhos acima de R$ 1 milhão e o adiamento de janeiro para agosto do pagamento do reajuste salarial dos servidores públicos, além da suspensão de novos concursos que estavam previstos para 2016. Além disso, quer usar recursos do FGTS para financiar despesas do Minha Casa, Minha Vida, reduzindo assim a contribuição do Orçamento para o programa. Outra mudança que afeta o setor privado será no Sistema S —que reúne entidades como Sesi e Senai. O governo quer usar parte da contribuição recolhida das empresas por essas entidades para cobrir o rombo da Previdência. A medida é uma das mais criticadas pelas federações e pelas confederações da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura. Confira abaixo o posicionamento de participantes do setor privado: * "O corte de despesas em R$ 26 bilhões emite uma sinalização importante para o restabelecimento da confiança dos agentes econômicos e a retomada futura dos investimentos. A Febraban compreende a necessidade de complementar o corte das despesas com medidas temporárias de aumento de tributos. Avalia que a contribuição sobre movimentações financeiras, tendo em vista sua ampla cobertura, menor impacto inflacionário, simplicidade e maior rapidez de implantação em relação a outros tributos, facilita o reequilíbrio das contas públicas, enquanto o governo elabora medidas estruturais de adequação das despesas. O caráter temporário deste tributo deveria ser combinado com alíquotas declinantes ano a ano para reduzir os efeitos distorcivos da taxação sobre intermediação financeira." FEBRABAN (Federação Nacional dos Bancos), em nota "O governo não cortou nada na carne. O que houve foi falta de transparência e uma transferência [da conta] para a sociedade, como se ela tivesse pagando pouco imposto. O ministro [Joaquim Levy, da Fazenda] foi irônico ao fazer comentários como um 'aumentozinho do Imposto de Renda', de 15% para 30%, ou dizer 'aumentozinho' da CPMF comparando à entrada de um cinema. O Brasil não precisa de ministro para aumentar imposto mas sim de um ministro que combata a corrupção, que reduza o tamanho do Estado. O 'gastão' da história é o governo, não as famílias." PAULO SKAF, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) "Se o dia de hoje marcar o início de uma caminhada coerente neste governo, ótimo. Se sempre cobramos isso, não podemos ser incoerentes de não registrar como positivo. Pode ser atrasado e insuficiente, mas não deixa de ser positivo. O problema é o que temos visto o amanhã sempre desmentindo o hoje". ANTÔNIO BRITTO, presidente da Interfarma, que representa laboratórios internacionais de medicamentos "A indústria química foi pega de surpresa com a proposta de eliminar até 2017 o REIQ (Regime Especial da Indústria Química) [que reduz a alíquota de PIS/Cofins para as empresas do setor]. E quem se programou pensando nisso? Como fica? É mais um desestímulo para a indústria. O cenário, que já estava muito ruim, fica catastrófico agora. Você não pode atacar a indústria dessa forma, porque ela é essencial para o futuro do país. Só com o setor de serviços não dá" FÁTIMA GIOVANNA COVIELLO FERREIRA, diretora de economia e estatística da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) "O governo deveria fazer cortes de custeio próprio e não prejudicar o investimento público e tomar medidas que vão prejudicar ainda mais o trabalhador, como a volta da CPMF, ou medidas que vão afetar quem mais precisa dos cursos e da qualificação de entidades como Sesi, Senai, Sesc. Com menos orçamento, as entidades do Sistema S devem diminuir a oferta de cursos gratuitos e vão acabar aumentando as mensalidades de cursos pagos para custear seus gastos." CARLOS PASTORIZA, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) "Repetir o que foi feito no passado não vai fazer o país avançar. Tivemos a experiência de criação da CPMF provisória e essa experiência não foi boa. Do ponto de vista econômico, o aumento de imposto não vai resolver a questão porque vai drenar dinheiro das empresas e dos consumidores, agravar a recessão e afetar negativamente na arrecadação. Esse não é o caminho. Os cortes anunciados sempre têm algum impacto mas precisam ser compensados com maior eficiência dos recursos públicos" ALENCAR BURTI, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) "O pacote de medidas anunciado hoje pelo governo apresenta o pecado capital de sempre: não ataca a causa dos desequilíbrios fiscais que vêm deteriorando a confiança das empresas e das famílias do país. Os problemas do Brasil são estruturais. Há anos gasta-se mais do que se arrecada, criando-se mais impostos para cobrir o buraco das contas públicas. Elevar impostos em um momento de grave recessão como o que estamos vivendo aprofundará o problema fiscal, simplesmente porque ninguém, nem pessoas nem empresas, tem atualmente condições de pagar mais tributos. Prova disso é que a arrecadação está em queda a despeito dos inúmeros aumentos de alíquotas anunciados recentemente. Como se não bastasse a ampla bateria de mais impostos, o governo anunciou que vai abocanhar quase um terço do orçamento do Sistema S, uma medida que ameaça inviabilizar o SENAI, o SESI e outras instituições fundamentais à formação de trabalhadores qualificados e, portanto, ao desenvolvimento do país." EDUARDO EUGENIO GOUVÊA VIEIRA, presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) "A CPMF reduzirá a oxigenação da economia. Tem um impacto sobre um crédito que já está caro e conservador, mas vai ficar ainda mais caro e, portanto, deve elevar a inadimplência. Mais do que dizer se o corte foi correto ou não, há uma questão de confiança. O governo já anunciou várias medidas que depois não foram tomadas e a contribuição dele é muito pequena em relação à contribuição da sociedade." CÉLIO LOPES, diretor-executivo do Igeoc (instituto que reúne empresas de cobrança) "Em um momento de crise em praticamente todos os ramos de atividade econômica, impor novos custos à sociedade é sinal, em primeiro lugar, de ausência de sensibilidade política. Além disso, o aumento de impostos neste momento representa o prolongamento da recessão, com mais inflação e desemprego. Do mesmo modo, a Federação não vê mais nenhuma folga na capacidade contributiva da sociedade. Ao contrário, os saques recordes nas cadernetas de poupança evidenciam que a renda disponível está abaixo do limite considerado minimamente adequado." FECOMERCIOSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), em nota "O corte linear, como foi feito, vai prejudicar Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que contam com recursos para bancar programas profissionalizantes em suas regiões. Vamos ter de dispensar professores e alunos, [pois] não temos como bancar todos com este corte de recursos. O governo poderia fazer cortes em outras áreas ou, antes, negociar conosco." ROBSON ANDRADE, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) "Não vou ficar na vala comum reclamando do governo. Eu louvo. As medidas são dolorosas mas eu tenho que reconhecer que o governo tomou alguma medida. Porém, não vi nenhuma medida de combate à sonegação, ao subfaturamento e à roubalheira nas importações. O governo perdeu uma boa oportunidade de fazer um Refis, com um belo desconto para quem quisesse pagar. Isso faria caixa rápido e ajudaria quem quer ficar em dia com o governo." SYNÉSIO BATISTA, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) "Muitas das medidas exigem aprovação no Congresso de várias leis, o que, na nossa avaliação, adiciona risco significativo à sua implementação. Dado o baixo nível de popularidade do governo e sua cada vez mais fragmentada base de apoio no Congresso, esperamos que algumas destas medidas enfrentem resistência significativa (sendo rejeitadas ou diluídas durante o debate legislativo), particularmente a aprovação da CPMF. Além disso, não poderíamos deixar de notar que no anúncio de hoje não se falou em medidas fiscais de médio e longo prazo para deter o desvio ascendente previsto para as despesas obrigatórias (por exemplo, uma reforma da previdência social). No geral, continuamos a ser de opinião que um ajuste fiscal profundo, permanente e estrutural permanece essencial para restaurar o equilíbrio tanto interno quanto externo. Em nossa avaliação, no final do processo de consolidação orçamentária o Brasil precisa acabar com um superavit primário de 3,0% para 3,5% do PIB (o que ainda é muito distante da realidade fiscal de hoje). Esse seria o nível de superavit primário que iria colocar a dívida pública bruta em uma trajetória declinante clara. Dado o ritmo muito lento de consolidação orçamentária, e sua má qualidade (voltada a aumentos de impostos e cortes de investimento), o ônus do ajuste provavelmente continuará a cair de forma desproporcional sobre a política monetária e o real." GOLDMAN SACHS, banco de investimento americano, em nota
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Veja repercussão no setor privado das medidas divulgadas pelo governoO governo Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (14) um corte de R$ 26 bilhões nas despesas previstas no Orçamento de 2016 e voltou a propor a criação de um imposto sobre operações financeiras, como a antiga CPMF, para equilibrar as contas públicas. Também para elevar as receitas da União, o governo anunciou a ampliação do Imposto de Renda sobre ganho de capital para vendas de bens que resultem em ganhos acima de R$ 1 milhão e o adiamento de janeiro para agosto do pagamento do reajuste salarial dos servidores públicos, além da suspensão de novos concursos que estavam previstos para 2016. Além disso, quer usar recursos do FGTS para financiar despesas do Minha Casa, Minha Vida, reduzindo assim a contribuição do Orçamento para o programa. Outra mudança que afeta o setor privado será no Sistema S —que reúne entidades como Sesi e Senai. O governo quer usar parte da contribuição recolhida das empresas por essas entidades para cobrir o rombo da Previdência. A medida é uma das mais criticadas pelas federações e pelas confederações da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura. Confira abaixo o posicionamento de participantes do setor privado: * "O corte de despesas em R$ 26 bilhões emite uma sinalização importante para o restabelecimento da confiança dos agentes econômicos e a retomada futura dos investimentos. A Febraban compreende a necessidade de complementar o corte das despesas com medidas temporárias de aumento de tributos. Avalia que a contribuição sobre movimentações financeiras, tendo em vista sua ampla cobertura, menor impacto inflacionário, simplicidade e maior rapidez de implantação em relação a outros tributos, facilita o reequilíbrio das contas públicas, enquanto o governo elabora medidas estruturais de adequação das despesas. O caráter temporário deste tributo deveria ser combinado com alíquotas declinantes ano a ano para reduzir os efeitos distorcivos da taxação sobre intermediação financeira." FEBRABAN (Federação Nacional dos Bancos), em nota "O governo não cortou nada na carne. O que houve foi falta de transparência e uma transferência [da conta] para a sociedade, como se ela tivesse pagando pouco imposto. O ministro [Joaquim Levy, da Fazenda] foi irônico ao fazer comentários como um 'aumentozinho do Imposto de Renda', de 15% para 30%, ou dizer 'aumentozinho' da CPMF comparando à entrada de um cinema. O Brasil não precisa de ministro para aumentar imposto mas sim de um ministro que combata a corrupção, que reduza o tamanho do Estado. O 'gastão' da história é o governo, não as famílias." PAULO SKAF, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) "Se o dia de hoje marcar o início de uma caminhada coerente neste governo, ótimo. Se sempre cobramos isso, não podemos ser incoerentes de não registrar como positivo. Pode ser atrasado e insuficiente, mas não deixa de ser positivo. O problema é o que temos visto o amanhã sempre desmentindo o hoje". ANTÔNIO BRITTO, presidente da Interfarma, que representa laboratórios internacionais de medicamentos "A indústria química foi pega de surpresa com a proposta de eliminar até 2017 o REIQ (Regime Especial da Indústria Química) [que reduz a alíquota de PIS/Cofins para as empresas do setor]. E quem se programou pensando nisso? Como fica? É mais um desestímulo para a indústria. O cenário, que já estava muito ruim, fica catastrófico agora. Você não pode atacar a indústria dessa forma, porque ela é essencial para o futuro do país. Só com o setor de serviços não dá" FÁTIMA GIOVANNA COVIELLO FERREIRA, diretora de economia e estatística da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) "O governo deveria fazer cortes de custeio próprio e não prejudicar o investimento público e tomar medidas que vão prejudicar ainda mais o trabalhador, como a volta da CPMF, ou medidas que vão afetar quem mais precisa dos cursos e da qualificação de entidades como Sesi, Senai, Sesc. Com menos orçamento, as entidades do Sistema S devem diminuir a oferta de cursos gratuitos e vão acabar aumentando as mensalidades de cursos pagos para custear seus gastos." CARLOS PASTORIZA, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) "Repetir o que foi feito no passado não vai fazer o país avançar. Tivemos a experiência de criação da CPMF provisória e essa experiência não foi boa. Do ponto de vista econômico, o aumento de imposto não vai resolver a questão porque vai drenar dinheiro das empresas e dos consumidores, agravar a recessão e afetar negativamente na arrecadação. Esse não é o caminho. Os cortes anunciados sempre têm algum impacto mas precisam ser compensados com maior eficiência dos recursos públicos" ALENCAR BURTI, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) "O pacote de medidas anunciado hoje pelo governo apresenta o pecado capital de sempre: não ataca a causa dos desequilíbrios fiscais que vêm deteriorando a confiança das empresas e das famílias do país. Os problemas do Brasil são estruturais. Há anos gasta-se mais do que se arrecada, criando-se mais impostos para cobrir o buraco das contas públicas. Elevar impostos em um momento de grave recessão como o que estamos vivendo aprofundará o problema fiscal, simplesmente porque ninguém, nem pessoas nem empresas, tem atualmente condições de pagar mais tributos. Prova disso é que a arrecadação está em queda a despeito dos inúmeros aumentos de alíquotas anunciados recentemente. Como se não bastasse a ampla bateria de mais impostos, o governo anunciou que vai abocanhar quase um terço do orçamento do Sistema S, uma medida que ameaça inviabilizar o SENAI, o SESI e outras instituições fundamentais à formação de trabalhadores qualificados e, portanto, ao desenvolvimento do país." EDUARDO EUGENIO GOUVÊA VIEIRA, presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) "A CPMF reduzirá a oxigenação da economia. Tem um impacto sobre um crédito que já está caro e conservador, mas vai ficar ainda mais caro e, portanto, deve elevar a inadimplência. Mais do que dizer se o corte foi correto ou não, há uma questão de confiança. O governo já anunciou várias medidas que depois não foram tomadas e a contribuição dele é muito pequena em relação à contribuição da sociedade." CÉLIO LOPES, diretor-executivo do Igeoc (instituto que reúne empresas de cobrança) "Em um momento de crise em praticamente todos os ramos de atividade econômica, impor novos custos à sociedade é sinal, em primeiro lugar, de ausência de sensibilidade política. Além disso, o aumento de impostos neste momento representa o prolongamento da recessão, com mais inflação e desemprego. Do mesmo modo, a Federação não vê mais nenhuma folga na capacidade contributiva da sociedade. Ao contrário, os saques recordes nas cadernetas de poupança evidenciam que a renda disponível está abaixo do limite considerado minimamente adequado." FECOMERCIOSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), em nota "O corte linear, como foi feito, vai prejudicar Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que contam com recursos para bancar programas profissionalizantes em suas regiões. Vamos ter de dispensar professores e alunos, [pois] não temos como bancar todos com este corte de recursos. O governo poderia fazer cortes em outras áreas ou, antes, negociar conosco." ROBSON ANDRADE, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) "Não vou ficar na vala comum reclamando do governo. Eu louvo. As medidas são dolorosas mas eu tenho que reconhecer que o governo tomou alguma medida. Porém, não vi nenhuma medida de combate à sonegação, ao subfaturamento e à roubalheira nas importações. O governo perdeu uma boa oportunidade de fazer um Refis, com um belo desconto para quem quisesse pagar. Isso faria caixa rápido e ajudaria quem quer ficar em dia com o governo." SYNÉSIO BATISTA, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) "Muitas das medidas exigem aprovação no Congresso de várias leis, o que, na nossa avaliação, adiciona risco significativo à sua implementação. Dado o baixo nível de popularidade do governo e sua cada vez mais fragmentada base de apoio no Congresso, esperamos que algumas destas medidas enfrentem resistência significativa (sendo rejeitadas ou diluídas durante o debate legislativo), particularmente a aprovação da CPMF. Além disso, não poderíamos deixar de notar que no anúncio de hoje não se falou em medidas fiscais de médio e longo prazo para deter o desvio ascendente previsto para as despesas obrigatórias (por exemplo, uma reforma da previdência social). No geral, continuamos a ser de opinião que um ajuste fiscal profundo, permanente e estrutural permanece essencial para restaurar o equilíbrio tanto interno quanto externo. Em nossa avaliação, no final do processo de consolidação orçamentária o Brasil precisa acabar com um superavit primário de 3,0% para 3,5% do PIB (o que ainda é muito distante da realidade fiscal de hoje). Esse seria o nível de superavit primário que iria colocar a dívida pública bruta em uma trajetória declinante clara. Dado o ritmo muito lento de consolidação orçamentária, e sua má qualidade (voltada a aumentos de impostos e cortes de investimento), o ônus do ajuste provavelmente continuará a cair de forma desproporcional sobre a política monetária e o real." GOLDMAN SACHS, banco de investimento americano, em nota
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Notícias da casa dos mortos não obtêm respostas adequadas
Em janeiro de 2014, período em que os acontecimentos escasseiam, detentos do Maranhão gravaram vídeo com decapitações. Elas circularam o país todo. Horrorizado, o Brasil passou algumas semanas discutindo o que fazer a respeito. Em seguida, outros temas se superpuseram (corrupção, Copa, eleições) e a vida seguiu. No primeiro dia deste ano, a nação foi confrontada de novo com a trágica realidade dos presídios. Presos de Manaus (AM) ligados a uma facção criminosa massacraram, decapitaram e esquartejaram 56 colegas. Deixaram que a ação fosse filmada pelas câmaras do circuito interno. Nesta sexta (6), 31 foram degolados e filmados numa colônia prisional em Roraima. Nos três casos havia, portanto, intenção de avisar —numa mistura de ameaça e pedido de socorro— o que ocorre no subsolo da sociedade. Outra vez, é claro, o assunto toma conta do noticiário. Indignação, análises, estatísticas, cálculo político, debates. Em breve acontecimentos mais palatáveis —porque menos crus— irão se apresentar, e os habitantes da superfície, este colunista incluído, irão esquecer o tema, até que o próximo reality show penitenciário nos chacoalhe. Entre um e outro choque, nada efetivo será feito. Por quê? Porque o país se encontra em absoluto desacordo sobre como proceder em relação ao problema da criminalidade. Dois exemplos. Antes mesmo da plena redemocratização, lá se vão 35 anos, o governo estadual liderado por Franco Montoro em São Paulo tentou implementar uma política de direitos humanos na área de segurança. Teve que recuar diante do desgaste que sofreu. As pesquisas mostram que há vasto apoio à pena de morte entre os cidadãos, e a preservação dos direitos daqueles que se encontram detidos não é nada popular. Até onde tenho conhecimento, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) foram a mais importante iniciativa no plano nacional para enfrentar a violência. Embora, na prática, muitas contradições tenham acompanhado a implantação do projeto, sua concepção era simples: o Estado só retomaria o controle dos territórios tomados pelo crime organizado se, junto com a polícia, houvesse forte investimento social. Moradia, mobilidade, saúde, educação e lazer precisariam vir junto com a presença de uma força armada de controle. Agora, diante dos vinte anos de limitação do gasto público, tal visão se torna, outra vez, utopia. Enquanto não formar amplo consenso civilizatório, a casa dos mortos continuará a enviar sinais, intermitentes e nítidos, da barbárie brasileira profunda. Sem respostas vindas de cima. Não é casual o presidente da República ter chamado a chacina amazônica de acidente.
colunas
Notícias da casa dos mortos não obtêm respostas adequadasEm janeiro de 2014, período em que os acontecimentos escasseiam, detentos do Maranhão gravaram vídeo com decapitações. Elas circularam o país todo. Horrorizado, o Brasil passou algumas semanas discutindo o que fazer a respeito. Em seguida, outros temas se superpuseram (corrupção, Copa, eleições) e a vida seguiu. No primeiro dia deste ano, a nação foi confrontada de novo com a trágica realidade dos presídios. Presos de Manaus (AM) ligados a uma facção criminosa massacraram, decapitaram e esquartejaram 56 colegas. Deixaram que a ação fosse filmada pelas câmaras do circuito interno. Nesta sexta (6), 31 foram degolados e filmados numa colônia prisional em Roraima. Nos três casos havia, portanto, intenção de avisar —numa mistura de ameaça e pedido de socorro— o que ocorre no subsolo da sociedade. Outra vez, é claro, o assunto toma conta do noticiário. Indignação, análises, estatísticas, cálculo político, debates. Em breve acontecimentos mais palatáveis —porque menos crus— irão se apresentar, e os habitantes da superfície, este colunista incluído, irão esquecer o tema, até que o próximo reality show penitenciário nos chacoalhe. Entre um e outro choque, nada efetivo será feito. Por quê? Porque o país se encontra em absoluto desacordo sobre como proceder em relação ao problema da criminalidade. Dois exemplos. Antes mesmo da plena redemocratização, lá se vão 35 anos, o governo estadual liderado por Franco Montoro em São Paulo tentou implementar uma política de direitos humanos na área de segurança. Teve que recuar diante do desgaste que sofreu. As pesquisas mostram que há vasto apoio à pena de morte entre os cidadãos, e a preservação dos direitos daqueles que se encontram detidos não é nada popular. Até onde tenho conhecimento, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) foram a mais importante iniciativa no plano nacional para enfrentar a violência. Embora, na prática, muitas contradições tenham acompanhado a implantação do projeto, sua concepção era simples: o Estado só retomaria o controle dos territórios tomados pelo crime organizado se, junto com a polícia, houvesse forte investimento social. Moradia, mobilidade, saúde, educação e lazer precisariam vir junto com a presença de uma força armada de controle. Agora, diante dos vinte anos de limitação do gasto público, tal visão se torna, outra vez, utopia. Enquanto não formar amplo consenso civilizatório, a casa dos mortos continuará a enviar sinais, intermitentes e nítidos, da barbárie brasileira profunda. Sem respostas vindas de cima. Não é casual o presidente da República ter chamado a chacina amazônica de acidente.
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Evasivo, Macri ainda fala como candidato na Argentina
Com discursos evasivos, o recém-eleito presidente da Argentina, Mauricio Macri, pouco tem indicado como será sua política em várias áreas. É o que relata a enviada especial à Argentina Sylvia Colombo em entrevista à "TV Folha"."Sinto um certo entusiasmo no ar, mas também muita apreensão pelo fato de Macri não ter feito afirmações mais precisas sobre o que é a política dele em várias áreas. Temos a sensação de que ele ainda está com o discurso do candidato, com declarações cuidadosas", diz a jornalista.Eleito neste domingo (22), o candidato opositor e sua vitória sobre o governista Daniel Scioli foram temas de transmissão ao vivo nesta terça-feira (24), que contou com a participação do colunista da *Folha* Clóvis Rossi, da correspondente em Buenos Aires, Mariana Carneiro, e das jornalistas Luciana Coelho e Leda Balbino, editora e editora-adjunta de "Mundo, respectivamente.Sobre governabilidade, Mariana Carneiro diz que Macri terá dificuldade por ter uma minoria no Congresso. "A maioria continua sendo peronista, kirchnerista principalmente, e vai fazer uma oposição dura visando a possibilidade da volta de Cristina Kirchner no futuro".Ao citar a opinião de um dos principais analistas argentinos, Juan Gabriel Tokatlian (da Universidade Torcuato di Tella), Rossi afirma que o resultado da eleição representa a primeira vitória do conservadorismo argentino em um século. "A última vez que o conservadorismo ganhou nas urnas, não à base dos tanques, foi em 1916, com Hipólito Yrigoyen. Por mais que um presidente como Fernando de la Rúa (1999-2001) fosse de fato um conservador, ele não se apresentou ao eleitorado como conservador", disse o colunista.Para Rossi, Macri "é uma mudança de cem anos na história argentina".O novo presidente assume no dia 10 de dezembro, colocando fim à chamada era Kirchner, iniciada em 2003, com Néstor Kirchner, e continuada por Cristina em 2007.Macri afirmou que levantará imediatamente as restrições para a compra de dólares impostas pelo governo atual. Terá como tarefas iniciais o combate a uma inflação estimada em 28%, a retomada do crescimento e a criação de empregos formais, estagnados há quatro anos.Leia mais sobre o tema aqui
tv
Evasivo, Macri ainda fala como candidato na ArgentinaCom discursos evasivos, o recém-eleito presidente da Argentina, Mauricio Macri, pouco tem indicado como será sua política em várias áreas. É o que relata a enviada especial à Argentina Sylvia Colombo em entrevista à "TV Folha"."Sinto um certo entusiasmo no ar, mas também muita apreensão pelo fato de Macri não ter feito afirmações mais precisas sobre o que é a política dele em várias áreas. Temos a sensação de que ele ainda está com o discurso do candidato, com declarações cuidadosas", diz a jornalista.Eleito neste domingo (22), o candidato opositor e sua vitória sobre o governista Daniel Scioli foram temas de transmissão ao vivo nesta terça-feira (24), que contou com a participação do colunista da *Folha* Clóvis Rossi, da correspondente em Buenos Aires, Mariana Carneiro, e das jornalistas Luciana Coelho e Leda Balbino, editora e editora-adjunta de "Mundo, respectivamente.Sobre governabilidade, Mariana Carneiro diz que Macri terá dificuldade por ter uma minoria no Congresso. "A maioria continua sendo peronista, kirchnerista principalmente, e vai fazer uma oposição dura visando a possibilidade da volta de Cristina Kirchner no futuro".Ao citar a opinião de um dos principais analistas argentinos, Juan Gabriel Tokatlian (da Universidade Torcuato di Tella), Rossi afirma que o resultado da eleição representa a primeira vitória do conservadorismo argentino em um século. "A última vez que o conservadorismo ganhou nas urnas, não à base dos tanques, foi em 1916, com Hipólito Yrigoyen. Por mais que um presidente como Fernando de la Rúa (1999-2001) fosse de fato um conservador, ele não se apresentou ao eleitorado como conservador", disse o colunista.Para Rossi, Macri "é uma mudança de cem anos na história argentina".O novo presidente assume no dia 10 de dezembro, colocando fim à chamada era Kirchner, iniciada em 2003, com Néstor Kirchner, e continuada por Cristina em 2007.Macri afirmou que levantará imediatamente as restrições para a compra de dólares impostas pelo governo atual. Terá como tarefas iniciais o combate a uma inflação estimada em 28%, a retomada do crescimento e a criação de empregos formais, estagnados há quatro anos.Leia mais sobre o tema aqui
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Obama vira alvo de ataques racistas em conta no Twitter
Quando o presidente Barack Obama fez seu primeiro post no Twitter, do Salão Oval, na segunda-feira, a Casa Branca tratou o evento com alarde, postando uma foto que o mostrava em sua mesa digitando a mensagem em um iPhone. A conta @POTUS —cujo nome faz referência à sigla interna usada para designar o "President of the United States"— "serviria como uma nova maneira de o presidente Obama se engajar diretamente com o povo norte-americano, por meio de tuítes escritos exclusivamente por ele", escreveu um assessor da Casa Branca naquele dia. Mas foram precisos apenas alguns minutos para que a conta de Obama atraísse posts e respostas racistas e de ódio. O presidente foi alvo de epítetos raciais e foi chamado de macaco. Um dos posts mostrava uma imagem do presidente com o laço de uma forca no pescoço. Os posts refletem a hostilidade racial ao primeiro presidente negro do país, que há muito vem sendo expressa em termos grosseiros na internet, onde teorias da conspiração prosperam e preconceitos são expressos com facilidade. Mas os posts racistas do Twitter são diferentes porque, agora que Obama tem uma conta, eles são dirigidos diretamente a ele, para que todos vejam. Poucos minutos depois do primeiro e entusiástico tuíte de Obama —Oi, Twitter! Aqui é o Barack! Mesmo!—, usuários do Twitter responderam, ocasionalmente com palavrões, exortações para que o presidente se matasse e mais. Uma pessoa postou uma imagem adulterada de um famoso cartaz de campanha de Obama, na qual ele aparecia com uma corda no pescoço, os olhos fechados e o pescoço aparentemente quebrado, como se tivesse sido linchado. Em lugar da palavra "esperança" [hope]", a imagem adulterada trazia a palavra "corda" [rope]. A mensagem que acompanhava o post dizia #prendamobama, #traição, precisamos de CORDA PARA MUDAR". Ela foi endereçada à conta @POTUS por um usuário que assinou como @jeffgully49, que já havia postado outras imagens de Obama com uma corda no pescoço e cujo perfil do Twitter traz uma foto de Obama atrás das grades. "Traidores continuam a ser enforcados, não é?", era o texto de seu post. O autor, Jeff Gullickson, de Mineápolis, postou subsequentemente na quinta-feira (21) que o post havia valido uma visita do Serviço Secreto à sua casa. Contatado para comentar a respeito, Gullickson respondeu por e-mail perguntando quanto o "New York Times" lhe pagaria por uma entrevista. Funcionários da Casa Branca e um porta-voz do Twitter disseram que não eram capazes de determinar a porcentagem de posts racistas sobre Obama. Mas eles pareciam ser minoria em uma demonstração de amor das mídias sociais pelo presidente, que estava atraindo seguidores em ritmo recorde —mais de 2,3 milhões nesta sexta—, com centenas de mensagens elogiosas agradecendo-o por estar no Twitter e elogiando-o por toda espécie de coisa, de sua aparência às suas políticas. "Amo você, @POTUS", escreveu uma pessoa, @camerondallas, que tem cerca de 5 milhões de seguidores, em um post que mais de 15 mil outros usuários classificaram como favorito. Mas existe um indicador quanto a um insulto específico. De acordo com dados compilados pela Topsy, uma companhia que recolhe e analisa dados sobre material compartilhado no Twitter, o número de posts que incluem o nome de Obama e um determinado epíteto racial subiu substancialmente na segunda-feira, o dia do primeiro post do presidente, para 150. Um usuário do Twitter que não recorreu àquele epíteto racial específico respondeu ao presidente com apenas duas palavras: "Macaco negro", uma comparação que não se provou incomum. "Volte para sua jaula, macaco", outra pessoa escreveu. Josh Earnest, secretário de Imprensa da Casa Branca, disse que os termos usados contra o presidente eram infelizmente "muito comuns na internet", e que as autoridades provavelmente não dedicariam muito tempo a bloquear comentaristas abusivos na conta do presidente. "O que acreditamos é que a nova conta do presidente no Twitter poderá ser usada para propósitos importantes, para comunicação com o povo dos EUA e para promover o engajamento", disse Earnest. "Estamos satisfeitos com a resposta inicial a ela." Ainda assim, a ascensão da mídia social, que coincidiu com a ascensão política de Obama, fez do presidente alvo frequente de comentários de ódio e ameaças na internet. O fenômeno atingiu seu pico durante a campanha presidencial e os dias que antecederam sua posse, em 2008, mas recuou mais tarde. O Serviço Secreto conta com uma divisão especial de "ameaças de Internet" para monitorá-las, avaliar se constituem perigo genuíno e o que se deve fazer em resposta. "As pessoas têm direito à livre expressão", disse Brian Leary, porta-voz do Serviço Secreto. "Também temos o direito e a obrigação de determinar as intenções de uma pessoa quando ela diz certas coisas." A resposta pode variar de uma conversa para determinar as intenções da pessoa a cooperação com autoridades locais para abrir um processo contra ela, disse Leary. As agências policiais também podem submeter solicitações ao Twitter quando surgem posts que podem representar perigo físico imediato para alguém, e o Twitter proverá informações sobre a conta em questão. Um relatório de transparência do Twitter divulgado no segundo semestre de 2014, o mais recente documento disponível sobre o assunto, mostra que o governo fez mais de 1,6 mil solicitações desse tipo, e o Twitter forneceu informações em 80% dos casos. "Como todos os nossos pares no setor de tecnologia, não monitoramos conteúdo de maneira pró-ativa", disse Nu Wexler, porta-voz do Twitter. "Usuários individuais e agências policiais e judiciais —entre as quais o Serviço Secreto dos Estados Unidos— reportam conteúdo a nós e revisamos essas informações de acordo com nossas regras, que proíbem ameaças violentas e abusos direcionados contra pessoas". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Obama vira alvo de ataques racistas em conta no TwitterQuando o presidente Barack Obama fez seu primeiro post no Twitter, do Salão Oval, na segunda-feira, a Casa Branca tratou o evento com alarde, postando uma foto que o mostrava em sua mesa digitando a mensagem em um iPhone. A conta @POTUS —cujo nome faz referência à sigla interna usada para designar o "President of the United States"— "serviria como uma nova maneira de o presidente Obama se engajar diretamente com o povo norte-americano, por meio de tuítes escritos exclusivamente por ele", escreveu um assessor da Casa Branca naquele dia. Mas foram precisos apenas alguns minutos para que a conta de Obama atraísse posts e respostas racistas e de ódio. O presidente foi alvo de epítetos raciais e foi chamado de macaco. Um dos posts mostrava uma imagem do presidente com o laço de uma forca no pescoço. Os posts refletem a hostilidade racial ao primeiro presidente negro do país, que há muito vem sendo expressa em termos grosseiros na internet, onde teorias da conspiração prosperam e preconceitos são expressos com facilidade. Mas os posts racistas do Twitter são diferentes porque, agora que Obama tem uma conta, eles são dirigidos diretamente a ele, para que todos vejam. Poucos minutos depois do primeiro e entusiástico tuíte de Obama —Oi, Twitter! Aqui é o Barack! Mesmo!—, usuários do Twitter responderam, ocasionalmente com palavrões, exortações para que o presidente se matasse e mais. Uma pessoa postou uma imagem adulterada de um famoso cartaz de campanha de Obama, na qual ele aparecia com uma corda no pescoço, os olhos fechados e o pescoço aparentemente quebrado, como se tivesse sido linchado. Em lugar da palavra "esperança" [hope]", a imagem adulterada trazia a palavra "corda" [rope]. A mensagem que acompanhava o post dizia #prendamobama, #traição, precisamos de CORDA PARA MUDAR". Ela foi endereçada à conta @POTUS por um usuário que assinou como @jeffgully49, que já havia postado outras imagens de Obama com uma corda no pescoço e cujo perfil do Twitter traz uma foto de Obama atrás das grades. "Traidores continuam a ser enforcados, não é?", era o texto de seu post. O autor, Jeff Gullickson, de Mineápolis, postou subsequentemente na quinta-feira (21) que o post havia valido uma visita do Serviço Secreto à sua casa. Contatado para comentar a respeito, Gullickson respondeu por e-mail perguntando quanto o "New York Times" lhe pagaria por uma entrevista. Funcionários da Casa Branca e um porta-voz do Twitter disseram que não eram capazes de determinar a porcentagem de posts racistas sobre Obama. Mas eles pareciam ser minoria em uma demonstração de amor das mídias sociais pelo presidente, que estava atraindo seguidores em ritmo recorde —mais de 2,3 milhões nesta sexta—, com centenas de mensagens elogiosas agradecendo-o por estar no Twitter e elogiando-o por toda espécie de coisa, de sua aparência às suas políticas. "Amo você, @POTUS", escreveu uma pessoa, @camerondallas, que tem cerca de 5 milhões de seguidores, em um post que mais de 15 mil outros usuários classificaram como favorito. Mas existe um indicador quanto a um insulto específico. De acordo com dados compilados pela Topsy, uma companhia que recolhe e analisa dados sobre material compartilhado no Twitter, o número de posts que incluem o nome de Obama e um determinado epíteto racial subiu substancialmente na segunda-feira, o dia do primeiro post do presidente, para 150. Um usuário do Twitter que não recorreu àquele epíteto racial específico respondeu ao presidente com apenas duas palavras: "Macaco negro", uma comparação que não se provou incomum. "Volte para sua jaula, macaco", outra pessoa escreveu. Josh Earnest, secretário de Imprensa da Casa Branca, disse que os termos usados contra o presidente eram infelizmente "muito comuns na internet", e que as autoridades provavelmente não dedicariam muito tempo a bloquear comentaristas abusivos na conta do presidente. "O que acreditamos é que a nova conta do presidente no Twitter poderá ser usada para propósitos importantes, para comunicação com o povo dos EUA e para promover o engajamento", disse Earnest. "Estamos satisfeitos com a resposta inicial a ela." Ainda assim, a ascensão da mídia social, que coincidiu com a ascensão política de Obama, fez do presidente alvo frequente de comentários de ódio e ameaças na internet. O fenômeno atingiu seu pico durante a campanha presidencial e os dias que antecederam sua posse, em 2008, mas recuou mais tarde. O Serviço Secreto conta com uma divisão especial de "ameaças de Internet" para monitorá-las, avaliar se constituem perigo genuíno e o que se deve fazer em resposta. "As pessoas têm direito à livre expressão", disse Brian Leary, porta-voz do Serviço Secreto. "Também temos o direito e a obrigação de determinar as intenções de uma pessoa quando ela diz certas coisas." A resposta pode variar de uma conversa para determinar as intenções da pessoa a cooperação com autoridades locais para abrir um processo contra ela, disse Leary. As agências policiais também podem submeter solicitações ao Twitter quando surgem posts que podem representar perigo físico imediato para alguém, e o Twitter proverá informações sobre a conta em questão. Um relatório de transparência do Twitter divulgado no segundo semestre de 2014, o mais recente documento disponível sobre o assunto, mostra que o governo fez mais de 1,6 mil solicitações desse tipo, e o Twitter forneceu informações em 80% dos casos. "Como todos os nossos pares no setor de tecnologia, não monitoramos conteúdo de maneira pró-ativa", disse Nu Wexler, porta-voz do Twitter. "Usuários individuais e agências policiais e judiciais —entre as quais o Serviço Secreto dos Estados Unidos— reportam conteúdo a nós e revisamos essas informações de acordo com nossas regras, que proíbem ameaças violentas e abusos direcionados contra pessoas". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Receita de MPEs de SP cai 18% em fevereiro
O faturamento real de micro e pequenas empresas paulistas caiu 18% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2014, e chegou a R$ 43,6 bilhões, segundo o Sebrae-SP. Essa é a pior variação em um mês de fevereiro desde 1998, quando o estudo foi realizado pela primeira vez. "É uma junção do cenário econômico ruim, que não se alterou, com a baixa confiança do consumidor", diz Marcelo Moreira, da entidade. Em fevereiro de 2014, a receita das MPEs paulistas havia sido de R$ 53,2 bilhões. "O menor número de dias úteis por causa do Carnaval também foi um pouco responsável pelo resultado, mas, mesmo que a quantidade fosse a mesma, essa queda não deixaria de existir." Os segmentos de comércio e serviços apresentaram a maior retração no período, de 19,1% e 18%, respectivamente, enquanto o faturamento real da indústria caiu 15,2%. "A indústria vem sofrendo há mais tempo, por isso teve um percentual um pouco menor, mas todos os setores sentiram reflexos da crise." A parcela de micro e pequenos industriais paulistas que consideram sua margem de lucro ruim ou péssima atingiu 47% e 50% em fevereiro, segundo o Simpi (que representa o setor). Esses são os maiores percentuais desde o início da série, em 2013. "Além da inflação, as empresas têm dificuldades em contrair crédito", diz Joseph Couri, presidente do Simpi. * Varejo deverá ter alta de 0,5% nas vendas para o Dia das Mães As vendas para o Dia das Mães terão um crescimento real (descontada a inflação) de 0,5% neste ano, segundo projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio). O resultado deverá ser o pior desde 2004, quando o comércio recuou 1,9%. "Esse desempenho será até bastante positivo, considerando a realidade do varejo, que registrou queda de 1,2% no primeiro bimestre [deste ano na comparação com o mesmo período de 2014]", afirma Fábio Bentes, economista da entidade. "Só não haverá uma retração graças ao segmento de farmácia e perfumaria, que vem apresentando crescimento e que tem uma relevância maior na data." A entidade estima que o comércio nesse setor avance 7,8% em relação ao Dia das Mães do ano passado. Móveis e eletrodomésticos, no entanto, deverão ter uma diminuição de 2,8%. "O resultado fraco é influenciado pela deterioração do mercado de trabalho e pela inflação ainda alta, que prejudica a renda. As taxas de juros para o consumidor também estão muito elevadas e o crédito não está ajudando", acrescenta. * Mão de obra negativa A indústria eletroeletrônica registrou o maior saldo negativo de empregos para um primeiro trimestre dos últimos cinco anos, de acordo com a Abinee. Entre os meses de janeiro e março deste ano, foram fechadas 1.030 vagas, ante 5.460 em 2009. No período, o setor acumulou 173.080 empregados diretos –decréscimo de 3,69% em relação ao primeiro trimestre de 2014. "O mercado já estava retraído no ano passado, mas o fim da desoneração da folha estimulou as empresas a continuar demitindo neste ano", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee. "Dos dez segmentos da cadeia, apenas o de material elétrico de instalação está com faturamento na média." Em 2014, a receita da indústria eletroeletrônica recuou 1,9% em relação ao ano anterior. "Para este ano, estimamos que a queda será entre 3% e 4%", diz Barbato. * Baixou a poeira A Fibria, do segmento de celulose, entrega nesta quinta-feira (30) duas de suas quatro propriedades rurais, localizadas em Prado (BA), para assentados do Incra. A operação levou seis anos para ser concluída. A companhia, criada na fusão da Aracruz com a Votorantim, foi indenizada pelo Incra em R$ 20 milhões. "Havia um impasse com o MST (Movimento dos Sem-Terra) desde a década de 1980. Em 2011, entramos em acordo para erguer um assentamento-modelo", diz Fausto Camargo, da empresa. Em contrapartida, o movimento se comprometeu, entre outras obrigações, a não mais invadir propriedades da Fibria. As áreas, de 4.000 hectares, abrigarão 400 famílias do MST. Outros 7.000 hectares aguardam regularização. A empresa afirma que investiu R$ 4 milhões em projetos sociais desde 2011 na região. * com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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Receita de MPEs de SP cai 18% em fevereiroO faturamento real de micro e pequenas empresas paulistas caiu 18% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2014, e chegou a R$ 43,6 bilhões, segundo o Sebrae-SP. Essa é a pior variação em um mês de fevereiro desde 1998, quando o estudo foi realizado pela primeira vez. "É uma junção do cenário econômico ruim, que não se alterou, com a baixa confiança do consumidor", diz Marcelo Moreira, da entidade. Em fevereiro de 2014, a receita das MPEs paulistas havia sido de R$ 53,2 bilhões. "O menor número de dias úteis por causa do Carnaval também foi um pouco responsável pelo resultado, mas, mesmo que a quantidade fosse a mesma, essa queda não deixaria de existir." Os segmentos de comércio e serviços apresentaram a maior retração no período, de 19,1% e 18%, respectivamente, enquanto o faturamento real da indústria caiu 15,2%. "A indústria vem sofrendo há mais tempo, por isso teve um percentual um pouco menor, mas todos os setores sentiram reflexos da crise." A parcela de micro e pequenos industriais paulistas que consideram sua margem de lucro ruim ou péssima atingiu 47% e 50% em fevereiro, segundo o Simpi (que representa o setor). Esses são os maiores percentuais desde o início da série, em 2013. "Além da inflação, as empresas têm dificuldades em contrair crédito", diz Joseph Couri, presidente do Simpi. * Varejo deverá ter alta de 0,5% nas vendas para o Dia das Mães As vendas para o Dia das Mães terão um crescimento real (descontada a inflação) de 0,5% neste ano, segundo projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio). O resultado deverá ser o pior desde 2004, quando o comércio recuou 1,9%. "Esse desempenho será até bastante positivo, considerando a realidade do varejo, que registrou queda de 1,2% no primeiro bimestre [deste ano na comparação com o mesmo período de 2014]", afirma Fábio Bentes, economista da entidade. "Só não haverá uma retração graças ao segmento de farmácia e perfumaria, que vem apresentando crescimento e que tem uma relevância maior na data." A entidade estima que o comércio nesse setor avance 7,8% em relação ao Dia das Mães do ano passado. Móveis e eletrodomésticos, no entanto, deverão ter uma diminuição de 2,8%. "O resultado fraco é influenciado pela deterioração do mercado de trabalho e pela inflação ainda alta, que prejudica a renda. As taxas de juros para o consumidor também estão muito elevadas e o crédito não está ajudando", acrescenta. * Mão de obra negativa A indústria eletroeletrônica registrou o maior saldo negativo de empregos para um primeiro trimestre dos últimos cinco anos, de acordo com a Abinee. Entre os meses de janeiro e março deste ano, foram fechadas 1.030 vagas, ante 5.460 em 2009. No período, o setor acumulou 173.080 empregados diretos –decréscimo de 3,69% em relação ao primeiro trimestre de 2014. "O mercado já estava retraído no ano passado, mas o fim da desoneração da folha estimulou as empresas a continuar demitindo neste ano", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee. "Dos dez segmentos da cadeia, apenas o de material elétrico de instalação está com faturamento na média." Em 2014, a receita da indústria eletroeletrônica recuou 1,9% em relação ao ano anterior. "Para este ano, estimamos que a queda será entre 3% e 4%", diz Barbato. * Baixou a poeira A Fibria, do segmento de celulose, entrega nesta quinta-feira (30) duas de suas quatro propriedades rurais, localizadas em Prado (BA), para assentados do Incra. A operação levou seis anos para ser concluída. A companhia, criada na fusão da Aracruz com a Votorantim, foi indenizada pelo Incra em R$ 20 milhões. "Havia um impasse com o MST (Movimento dos Sem-Terra) desde a década de 1980. Em 2011, entramos em acordo para erguer um assentamento-modelo", diz Fausto Camargo, da empresa. Em contrapartida, o movimento se comprometeu, entre outras obrigações, a não mais invadir propriedades da Fibria. As áreas, de 4.000 hectares, abrigarão 400 famílias do MST. Outros 7.000 hectares aguardam regularização. A empresa afirma que investiu R$ 4 milhões em projetos sociais desde 2011 na região. * com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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Volkswagen é obrigada a recolher veículos que manipulam poluição
O governo Obama ordenou nesta sexta-feira (18) que a Volkswagen realizasse um recall de quase meio milhão de carros, afirmando que a montadora alemã havia equipado os veículos intencionalmente com um software criado para contornar os padrões ambientais de redução de poluentes. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos notificou a companhia da violação e a acusou de violar a lei por instalar o software, conhecido como "defeat device" [literalmente, "dispositivo de derrota", ou dispositivo manipulador], nos veículos Volkswagen e Audi com motores de quatro cilindros vendidos entre 2009 e 2015. O dispositivo é programado para detectar quando o carro está passando por um teste oficial de emissões, e para ativar o sistema pleno de controle de emissões apenas durante o teste. Os controles são desativados em situações de uso normal dos veículos, nas quais eles poluem muito mais do que o fabricante reporta, segundo a EPA. "Usar um dispositivo manipulador nos carros para escapar aos padrões de ar limpo é ilegal e uma ameaça à saúde pública", disse Cynthia Giles, administradora assistente da EPA, encarregada do Departamento de Fiscalização. "Trabalhando em estreita colaboração com o Conselho de Recursos do Ar da Califórnia, a EPA tem o compromisso de garantir que todas as montadoras sigam as mesmas regras. A EPA continuará a investigar essas sérias violações". O software foi projetado para ocultar as emissões de óxido de nitrogênio, um agente poluente que contribui para a criação de ozônio e smog. Esses poluentes já foram ligados a uma série de problemas de saúde, entre os quais ataques de asma e outras doenças respiratórias. O Estado da Califórnia divulgou notificação separada sobre a violação cometida pela companhia. A Califórnia, a EPA e o Departamento da Justiça federal norte-americano estão trabalhando juntos em uma investigação das acusações. Elas cobrem cerca de 482 mil veículos de passageiros equipados com motores diesel vendidos nos Estados Unidos de 2009 para cá. Os modelos diesel afetados incluem o Volkswagen Jetta (anos-modelo 2009-2015), Volkswagen Beetle (anos-modelo 2009-2015), Audi A3 (anos modelo 2009-2015), Volkswagen Golf (anos-modelo 2009-2015) e Volkswagen Passat (anos-modelo 2014-2015). A notificação quanto à violação é parte de um esforço mais amplo e agressivo das autoridades regulatórias do meio ambiente nos Estados Unidos com relação à indústria automobilística. Analistas dizem que ela foi feita para transmitir uma mensagem clara às montadoras de que elas serão tratadas com severidade caso comprometam as normas federais. A notificação se segue ao anúncio, em novembro de 2014, da maior punição federal por uma violação da Lei do Ar Limpo, uma multa de US$ 300 milhões imposta pelo governo federal norte-americano às montadoras sul-coreanas Hyundai Motor e Kia Motors por subestimarem os números oficiais de consumo de combustível de 1,2 milhão de seus carros. "As autoridades querem deixar claro que pretendem reprimir os trapaceiros", disse Frank O'Donnell, presidente da organização ecológica Clean Air Watch. "Eles estão trapaceando não só os donos dos carros mas todo o público que respira. O governo quer ditar a lei e aplicá-la, e demonstrar que não tolerará trapaças. Leis e regras só têm valor caso seu cumprimento seja fiscalizado rigorosamente". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Volkswagen é obrigada a recolher veículos que manipulam poluiçãoO governo Obama ordenou nesta sexta-feira (18) que a Volkswagen realizasse um recall de quase meio milhão de carros, afirmando que a montadora alemã havia equipado os veículos intencionalmente com um software criado para contornar os padrões ambientais de redução de poluentes. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos notificou a companhia da violação e a acusou de violar a lei por instalar o software, conhecido como "defeat device" [literalmente, "dispositivo de derrota", ou dispositivo manipulador], nos veículos Volkswagen e Audi com motores de quatro cilindros vendidos entre 2009 e 2015. O dispositivo é programado para detectar quando o carro está passando por um teste oficial de emissões, e para ativar o sistema pleno de controle de emissões apenas durante o teste. Os controles são desativados em situações de uso normal dos veículos, nas quais eles poluem muito mais do que o fabricante reporta, segundo a EPA. "Usar um dispositivo manipulador nos carros para escapar aos padrões de ar limpo é ilegal e uma ameaça à saúde pública", disse Cynthia Giles, administradora assistente da EPA, encarregada do Departamento de Fiscalização. "Trabalhando em estreita colaboração com o Conselho de Recursos do Ar da Califórnia, a EPA tem o compromisso de garantir que todas as montadoras sigam as mesmas regras. A EPA continuará a investigar essas sérias violações". O software foi projetado para ocultar as emissões de óxido de nitrogênio, um agente poluente que contribui para a criação de ozônio e smog. Esses poluentes já foram ligados a uma série de problemas de saúde, entre os quais ataques de asma e outras doenças respiratórias. O Estado da Califórnia divulgou notificação separada sobre a violação cometida pela companhia. A Califórnia, a EPA e o Departamento da Justiça federal norte-americano estão trabalhando juntos em uma investigação das acusações. Elas cobrem cerca de 482 mil veículos de passageiros equipados com motores diesel vendidos nos Estados Unidos de 2009 para cá. Os modelos diesel afetados incluem o Volkswagen Jetta (anos-modelo 2009-2015), Volkswagen Beetle (anos-modelo 2009-2015), Audi A3 (anos modelo 2009-2015), Volkswagen Golf (anos-modelo 2009-2015) e Volkswagen Passat (anos-modelo 2014-2015). A notificação quanto à violação é parte de um esforço mais amplo e agressivo das autoridades regulatórias do meio ambiente nos Estados Unidos com relação à indústria automobilística. Analistas dizem que ela foi feita para transmitir uma mensagem clara às montadoras de que elas serão tratadas com severidade caso comprometam as normas federais. A notificação se segue ao anúncio, em novembro de 2014, da maior punição federal por uma violação da Lei do Ar Limpo, uma multa de US$ 300 milhões imposta pelo governo federal norte-americano às montadoras sul-coreanas Hyundai Motor e Kia Motors por subestimarem os números oficiais de consumo de combustível de 1,2 milhão de seus carros. "As autoridades querem deixar claro que pretendem reprimir os trapaceiros", disse Frank O'Donnell, presidente da organização ecológica Clean Air Watch. "Eles estão trapaceando não só os donos dos carros mas todo o público que respira. O governo quer ditar a lei e aplicá-la, e demonstrar que não tolerará trapaças. Leis e regras só têm valor caso seu cumprimento seja fiscalizado rigorosamente". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Folha e Cebrap promovem debate sobre produtividade do trabalho
O Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e a Folha realizam na terça-feira (02) um novo debate da série Diálogos. Este ciclo de debates tem como tema a conjuntura econômica do Brasil. Os seminários, que serão realizados até o final de 2016, têm como objetivo discutir os dilemas econômicos do país não apenas do ponto de vista técnico, mas considerando as influências políticas e sociais que os envolvem. Na terça-feira, os economistas Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real e co-diretor do Instituto de Estudos em Política Econômica da Casa das Garças, e Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), falarão sobre a produtividade do trabalho. O mediador será Álvaro Fagundes, editor-adjunto de "Mercado". O debate tem entrada gratuita e não é preciso se inscrever. Serão realizados seis debates em 2016. O ciclo de debates sobre a conjuntura econômica começou em novembro, com o tema infraestrutura. DIÁLOGOS CEBRAP-FOLHA Tema: Produtividade do trabalho Convidados: Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real, e Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp Quando: terça (02), das 9h30 às 11h30 Onde: auditório do Cebrap (R. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo) Entrada Gratuita
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Folha e Cebrap promovem debate sobre produtividade do trabalhoO Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e a Folha realizam na terça-feira (02) um novo debate da série Diálogos. Este ciclo de debates tem como tema a conjuntura econômica do Brasil. Os seminários, que serão realizados até o final de 2016, têm como objetivo discutir os dilemas econômicos do país não apenas do ponto de vista técnico, mas considerando as influências políticas e sociais que os envolvem. Na terça-feira, os economistas Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real e co-diretor do Instituto de Estudos em Política Econômica da Casa das Garças, e Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), falarão sobre a produtividade do trabalho. O mediador será Álvaro Fagundes, editor-adjunto de "Mercado". O debate tem entrada gratuita e não é preciso se inscrever. Serão realizados seis debates em 2016. O ciclo de debates sobre a conjuntura econômica começou em novembro, com o tema infraestrutura. DIÁLOGOS CEBRAP-FOLHA Tema: Produtividade do trabalho Convidados: Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real, e Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp Quando: terça (02), das 9h30 às 11h30 Onde: auditório do Cebrap (R. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo) Entrada Gratuita
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Acidente com caminhão e carro mata três pessoas na zona norte de SP
Três pessoas morreram na manhã desta quarta-feira (1º) em um acidente envolvendo um caminhão e um carro na região do Jardim Pedra Branca, na zona norte de São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 10h30, na estrada Santa Inês. O caminhão capotou após a colisão com o carro. Um poste da rede elétrica também foi atingido. Ao todo, 12 carros dos bombeiros foram encaminhados para o local para socorrer as vítimas, que ficaram presas nas ferragens. Ao serem resgatadas, porém, foi constatado o óbito, ainda no local. As causas do acidente ainda serão apuradas. Por volta das 15h40, a via permanecia totalmente bloqueada, nos dois sentidos, próximo à ETA (Estação de Tratamento de Água) Guaraú, da Sabesp.
cotidiano
Acidente com caminhão e carro mata três pessoas na zona norte de SPTrês pessoas morreram na manhã desta quarta-feira (1º) em um acidente envolvendo um caminhão e um carro na região do Jardim Pedra Branca, na zona norte de São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 10h30, na estrada Santa Inês. O caminhão capotou após a colisão com o carro. Um poste da rede elétrica também foi atingido. Ao todo, 12 carros dos bombeiros foram encaminhados para o local para socorrer as vítimas, que ficaram presas nas ferragens. Ao serem resgatadas, porém, foi constatado o óbito, ainda no local. As causas do acidente ainda serão apuradas. Por volta das 15h40, a via permanecia totalmente bloqueada, nos dois sentidos, próximo à ETA (Estação de Tratamento de Água) Guaraú, da Sabesp.
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Chef que representa a cozinha gaúcha em SP se prepara para abrir padaria
MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Domingo é um dia estranho para Marcos Livi, 44, se ele não está trabalhando. Por muito tempo, foi dia de churrasco com salada de batata e de trabalhar no "xis", a lanchonete da família. No final da infância, em São Francisco de Paula, na serra gaúcha, os pais tinham um trailer de sanduíches prensados com maionese feita em casa. "Mas essa época não cozinhava com consciência, era algo do dia a dia", conta. A lembrança parece antiga demais para marcar o dia da semana para sempre, mas é que "a memória é o que vai me matar", ele repete. Livi lembra o dia exato em que a família, de humildes descendentes de italianos, abriu o "xis": oito de dezembro de 1982. E o dia que chegou a São Paulo: 1º de dezembro de 1991, com oito bombachas e dois ternos na mala. Veio para estagiar em uma rede de hotéis, depois de estudar hotelaria em Canela, que ficava a uma hora de sua pequena cidade. E lembra das pessoas que o ajudaram, e de quando o amigo o alertou: é hora de escolher entre a dança folclórica, que praticava desde os 15 anos e que complementava sua renda, e a carreira em gastronomia, desdobramento natural da hotelaria. Escolheu a comida. E esteve à frente da cozinha em grandes eventos nas casas de show em que trabalhou por anos —mas no backstage dançava nas madrugadas. Assim foi até que abriu o Botica, com a mulher, em 2004, um bar de bairro, no Brooklin, com comida trivial. Depois veio o Veríssimo, com balcão de tapas em homenagem ao autor gaúcho, a quatro quadras de lá. Hoje, Livi é uma espécie de representante da cozinha do Sul do país em São Paulo "gaúchos são bairristas e orgulhosos", ele mesmo diz. Mas foi só em 2012, com o projeto do Quintana, que mergulhou nas receitas de lá. E servia o cozido polonês, de costela, carne e repolho, em bolinhos. E a coxinha lapeana, de frango em massa de pastel. E ensinava os cozinheiros sobre aquelas receitas. Três anos depois, foi convidado pelo Atá, de Alex Atala, para estar à frente do bioma Pampa no Mercado de Pinheiros, e lá reúne os produtos de sua região. "Ao pensar em bioma a pesquisa sobre a região aumentou. No Sul, de pequenas propriedades, tudo se tira. E há grandes cozinheiros surgindo", diz. "O Rio Grande do Sul tem força e eu quero fazer parte disso." E uma coisa puxa a outra: dentro do Mercado nasceu a vontade de ter mais um negócio: uma pizzaria, com receitas como as de Nápoles. E veio a Napoli Centrale, com discos para comer com as mãos, sobre o papel. E das massas borbulhantes, a vontade de ter uma padaria. A Officina abre as portas nesta segunda-feira (10), com doze receitas de pães. Vai ter baguete (R$ 2,80, 100g), pão de uva (R$ 4,20, 100 g), multigrãos (R$ 3,80, 100g), ciabatta (R$ 3,50, 100g) e croissant (R$ 6). Também terá um pastifício, terrines, queijos e embutidos de pequenos produtores, bolos e doces. Uma típica padaria paulistana, com almoço (uma massa fresca do dia) e até pizza. Mas com fermentação natural, que falta por aqueles lados do Brooklin. Meio sem grandes pretensões, mas com entusiasmo, Livi vai indo, e as coisas vão dando certo. O Xis da Dona Laura? Hoje tem 34 anos, e cresceu, deixou de ser "de lata". "Talvez fosse o único negócio que eu quisesse ter na vida", ele diz. Difícil de acreditar porque o próximo negócio já está sendo montado: mais um Quintana, no Morumbi. Officina. R. Andre Ampere, 194, Brooklin Paulista
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Chef que representa a cozinha gaúcha em SP se prepara para abrir padariaMAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Domingo é um dia estranho para Marcos Livi, 44, se ele não está trabalhando. Por muito tempo, foi dia de churrasco com salada de batata e de trabalhar no "xis", a lanchonete da família. No final da infância, em São Francisco de Paula, na serra gaúcha, os pais tinham um trailer de sanduíches prensados com maionese feita em casa. "Mas essa época não cozinhava com consciência, era algo do dia a dia", conta. A lembrança parece antiga demais para marcar o dia da semana para sempre, mas é que "a memória é o que vai me matar", ele repete. Livi lembra o dia exato em que a família, de humildes descendentes de italianos, abriu o "xis": oito de dezembro de 1982. E o dia que chegou a São Paulo: 1º de dezembro de 1991, com oito bombachas e dois ternos na mala. Veio para estagiar em uma rede de hotéis, depois de estudar hotelaria em Canela, que ficava a uma hora de sua pequena cidade. E lembra das pessoas que o ajudaram, e de quando o amigo o alertou: é hora de escolher entre a dança folclórica, que praticava desde os 15 anos e que complementava sua renda, e a carreira em gastronomia, desdobramento natural da hotelaria. Escolheu a comida. E esteve à frente da cozinha em grandes eventos nas casas de show em que trabalhou por anos —mas no backstage dançava nas madrugadas. Assim foi até que abriu o Botica, com a mulher, em 2004, um bar de bairro, no Brooklin, com comida trivial. Depois veio o Veríssimo, com balcão de tapas em homenagem ao autor gaúcho, a quatro quadras de lá. Hoje, Livi é uma espécie de representante da cozinha do Sul do país em São Paulo "gaúchos são bairristas e orgulhosos", ele mesmo diz. Mas foi só em 2012, com o projeto do Quintana, que mergulhou nas receitas de lá. E servia o cozido polonês, de costela, carne e repolho, em bolinhos. E a coxinha lapeana, de frango em massa de pastel. E ensinava os cozinheiros sobre aquelas receitas. Três anos depois, foi convidado pelo Atá, de Alex Atala, para estar à frente do bioma Pampa no Mercado de Pinheiros, e lá reúne os produtos de sua região. "Ao pensar em bioma a pesquisa sobre a região aumentou. No Sul, de pequenas propriedades, tudo se tira. E há grandes cozinheiros surgindo", diz. "O Rio Grande do Sul tem força e eu quero fazer parte disso." E uma coisa puxa a outra: dentro do Mercado nasceu a vontade de ter mais um negócio: uma pizzaria, com receitas como as de Nápoles. E veio a Napoli Centrale, com discos para comer com as mãos, sobre o papel. E das massas borbulhantes, a vontade de ter uma padaria. A Officina abre as portas nesta segunda-feira (10), com doze receitas de pães. Vai ter baguete (R$ 2,80, 100g), pão de uva (R$ 4,20, 100 g), multigrãos (R$ 3,80, 100g), ciabatta (R$ 3,50, 100g) e croissant (R$ 6). Também terá um pastifício, terrines, queijos e embutidos de pequenos produtores, bolos e doces. Uma típica padaria paulistana, com almoço (uma massa fresca do dia) e até pizza. Mas com fermentação natural, que falta por aqueles lados do Brooklin. Meio sem grandes pretensões, mas com entusiasmo, Livi vai indo, e as coisas vão dando certo. O Xis da Dona Laura? Hoje tem 34 anos, e cresceu, deixou de ser "de lata". "Talvez fosse o único negócio que eu quisesse ter na vida", ele diz. Difícil de acreditar porque o próximo negócio já está sendo montado: mais um Quintana, no Morumbi. Officina. R. Andre Ampere, 194, Brooklin Paulista
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Nunca vi pedido de propina por Lula, diz ministro do TCU
O atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro Filho, que foi ministro e líder do governo do ex-presidente Lula, afirmou nesta quarta (15) que jamais soube do uso de recursos ilícitos para a manutenção ou ampliação da base do governo no Congresso. "Em hipótese nenhuma; isso nunca aconteceu", declarou o ex-congressista do PTB. Ele depôs como testemunha de defesa de Lula -na última audiência do processo a que o ex-presidente responde na Justiça Federal do Paraná, acusado de receber propina na compra e reforma de um tríplex no Guarujá (SP). Lula foi apontado pelo Ministério Público Federal como "o comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras, e como artífice de uma "propinocracia" para garantir a governabilidade. Monteiro afirmou que a base de Lula "aumentava gradativamente" em função de sua elevada aprovação popular, e que seu trabalho como líder do governo era bastante semelhante ao que ocorria em outras gestões -ele também foi filiado ao PFL e PSDB. O pernambucano, que ocupou o cargo de ministro das Relações Institucionais do governo Lula, foi indicado pelo ex-presidente para o TCU, em 2009. Para a defesa de Lula, o depoimento de Múcio e de outras testemunhas torna "absolutamente improcedente a fantasia da 'propinocracia' que turbinou o PowerPoint" do Ministério Público Federal. Além de Monteiro, também depuseram nesta quarta o ex-ministro Walfrido Mares Guia e o ex-diretor-geral da Polícia Federal Paulo Lacerda -ambos ocuparam os postos na gestão de Lula. "Uma das condições que eu apresentei foi que a Polícia Federal tivesse independência em seu trabalho, e assim foi feito", declarou Lacerda, para quem a PF passou por uma "reestruturação" durante o mandato de Lula. Ele destacou o aumento do efetivo, a compra de equipamentos modernos e o início de grandes operações com contingente espalhado pelo país. "Os fatos apontam uma manifesta incompatibilidade entre o presidente que investe e amplia o combate à corrupção no país e o 'chefe de uma organização criminosa' que o Ministério Público levianamente acusa ser Lula", afirmou o advogado Cristiano Zanin Martins. A partir de agora, a ação entra em fase final. Os réus serão interrogados entre o final de abril e o início de maio, e, na sequência, serão abertos os prazos para alegações finais -última fase antes da sentença.
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Nunca vi pedido de propina por Lula, diz ministro do TCUO atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro Filho, que foi ministro e líder do governo do ex-presidente Lula, afirmou nesta quarta (15) que jamais soube do uso de recursos ilícitos para a manutenção ou ampliação da base do governo no Congresso. "Em hipótese nenhuma; isso nunca aconteceu", declarou o ex-congressista do PTB. Ele depôs como testemunha de defesa de Lula -na última audiência do processo a que o ex-presidente responde na Justiça Federal do Paraná, acusado de receber propina na compra e reforma de um tríplex no Guarujá (SP). Lula foi apontado pelo Ministério Público Federal como "o comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras, e como artífice de uma "propinocracia" para garantir a governabilidade. Monteiro afirmou que a base de Lula "aumentava gradativamente" em função de sua elevada aprovação popular, e que seu trabalho como líder do governo era bastante semelhante ao que ocorria em outras gestões -ele também foi filiado ao PFL e PSDB. O pernambucano, que ocupou o cargo de ministro das Relações Institucionais do governo Lula, foi indicado pelo ex-presidente para o TCU, em 2009. Para a defesa de Lula, o depoimento de Múcio e de outras testemunhas torna "absolutamente improcedente a fantasia da 'propinocracia' que turbinou o PowerPoint" do Ministério Público Federal. Além de Monteiro, também depuseram nesta quarta o ex-ministro Walfrido Mares Guia e o ex-diretor-geral da Polícia Federal Paulo Lacerda -ambos ocuparam os postos na gestão de Lula. "Uma das condições que eu apresentei foi que a Polícia Federal tivesse independência em seu trabalho, e assim foi feito", declarou Lacerda, para quem a PF passou por uma "reestruturação" durante o mandato de Lula. Ele destacou o aumento do efetivo, a compra de equipamentos modernos e o início de grandes operações com contingente espalhado pelo país. "Os fatos apontam uma manifesta incompatibilidade entre o presidente que investe e amplia o combate à corrupção no país e o 'chefe de uma organização criminosa' que o Ministério Público levianamente acusa ser Lula", afirmou o advogado Cristiano Zanin Martins. A partir de agora, a ação entra em fase final. Os réus serão interrogados entre o final de abril e o início de maio, e, na sequência, serão abertos os prazos para alegações finais -última fase antes da sentença.
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Suspeita de envolvimento em morte de italiana deixa Fortaleza e volta ao Rio
A estudante carioca Mirian França de Melo, 31, suspeita de envolvimento na morte da italiana Gaia Molinari, 29, em Jericoacoara, em dezembro do ano passado, retornou ao Rio na manhã deste sábado (14) depois de ter permanecido em Fortaleza (CE) à disposição da polícia por quase dois meses. Mirian tinha sido presa temporariamente em 29 de dezembro de 2014, quatro dias depois de o corpo da turista italiana ter sido encontrado. As duas viajavam juntas. No dia 13 de janeiro, ela teve sua prisão revogada pelo juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da comarca de Jijoca de Jericoacoara, no litoral cearense, mas não poderia deixar o Estado por um período de 30 dias para colaborar com as investigações. O prazo expirou na última sexta-feira (13), e Mirian teve a liberdade anunciada por ter cumprido as condições impostas pela Justiça. "Não há qualquer razão para mantê-la aqui", afirmou a defensora pública Gina Moura, que defende a estudante de doutorado em microbiologia. Segundo ela, Mirian foi ouvida várias vezes e colaborou com as investigações durante o período. "Ela apresentou diversas provas, como comprovantes de compras, fatura de cartão de crédito. Testemunhas afirmaram que, no dia da morte de Gaia, ela não estava em Jericoacora", diz a defensora. Ela ressalta ainda que a estudante carioca não foi indiciada pela polícia. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, as investigações continuam, e o inquérito do caso Gaia segue em segredo de Justiça. No início da tarde do sábado, Mirian, que permaneceu em Fortaleza com a ajuda financeira de amigos, foi recebida no aeroporto do Galeão por um grupo de quatro pessoas. Pouco depois, ela apareceu sorridente numa foto postada na comunidade "Liberdade para Mirian França, Justiça para Mirian, Justiça para Gaia'', no Facebook. No texto do post, havia a mensagem: "Chegou. Enfim, em casa!! Agradecemos todo o apoio e vamos comemorar essa nova fase". Mirian disse à Folha que está muito abalada e precisa de um tempo para se estruturar novamente. O CASO Gaia Molinari foi encontrada morta em 25 de dezembro, após ter sido estrangulada. Seu corpo foi enviado de Fortaleza para Milão, na Itália, no dia 13 de janeiro, e velado no dia seguinte em Piacenza, cidade natal da turista. Ela estava no Brasil desde novembro. Passou uma temporada em São Paulo, onde estudou português e colaborou em um projeto voluntário, e depois foi para Fortaleza. Antes de ir a Jericoacoara, trabalhava em um albergue em troca da hospedagem. Herdeira de uma fábrica de calçados ortopédicos e formada em ciência da comunicação, ela morava em Paris havia dois anos. Amigos dizem que Gaia Molinari queria colaborar em projetos sociais. Seu destino, depois do Brasil, seria o Chile, onde a jovem planejava estudar e fazer trabalho voluntário.
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Suspeita de envolvimento em morte de italiana deixa Fortaleza e volta ao RioA estudante carioca Mirian França de Melo, 31, suspeita de envolvimento na morte da italiana Gaia Molinari, 29, em Jericoacoara, em dezembro do ano passado, retornou ao Rio na manhã deste sábado (14) depois de ter permanecido em Fortaleza (CE) à disposição da polícia por quase dois meses. Mirian tinha sido presa temporariamente em 29 de dezembro de 2014, quatro dias depois de o corpo da turista italiana ter sido encontrado. As duas viajavam juntas. No dia 13 de janeiro, ela teve sua prisão revogada pelo juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da comarca de Jijoca de Jericoacoara, no litoral cearense, mas não poderia deixar o Estado por um período de 30 dias para colaborar com as investigações. O prazo expirou na última sexta-feira (13), e Mirian teve a liberdade anunciada por ter cumprido as condições impostas pela Justiça. "Não há qualquer razão para mantê-la aqui", afirmou a defensora pública Gina Moura, que defende a estudante de doutorado em microbiologia. Segundo ela, Mirian foi ouvida várias vezes e colaborou com as investigações durante o período. "Ela apresentou diversas provas, como comprovantes de compras, fatura de cartão de crédito. Testemunhas afirmaram que, no dia da morte de Gaia, ela não estava em Jericoacora", diz a defensora. Ela ressalta ainda que a estudante carioca não foi indiciada pela polícia. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, as investigações continuam, e o inquérito do caso Gaia segue em segredo de Justiça. No início da tarde do sábado, Mirian, que permaneceu em Fortaleza com a ajuda financeira de amigos, foi recebida no aeroporto do Galeão por um grupo de quatro pessoas. Pouco depois, ela apareceu sorridente numa foto postada na comunidade "Liberdade para Mirian França, Justiça para Mirian, Justiça para Gaia'', no Facebook. No texto do post, havia a mensagem: "Chegou. Enfim, em casa!! Agradecemos todo o apoio e vamos comemorar essa nova fase". Mirian disse à Folha que está muito abalada e precisa de um tempo para se estruturar novamente. O CASO Gaia Molinari foi encontrada morta em 25 de dezembro, após ter sido estrangulada. Seu corpo foi enviado de Fortaleza para Milão, na Itália, no dia 13 de janeiro, e velado no dia seguinte em Piacenza, cidade natal da turista. Ela estava no Brasil desde novembro. Passou uma temporada em São Paulo, onde estudou português e colaborou em um projeto voluntário, e depois foi para Fortaleza. Antes de ir a Jericoacoara, trabalhava em um albergue em troca da hospedagem. Herdeira de uma fábrica de calçados ortopédicos e formada em ciência da comunicação, ela morava em Paris havia dois anos. Amigos dizem que Gaia Molinari queria colaborar em projetos sociais. Seu destino, depois do Brasil, seria o Chile, onde a jovem planejava estudar e fazer trabalho voluntário.
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Ombros são nova obsessão da moda nas passarelas de Paris
Começou com um ombro só. Totalmente exposto, hoje ele passeia pelas passarelas de Paris desde a temporada de verão 2017, entre setembro e outubro passados. Se o comprimento das saias foi objeto de estudo da moda nos últimos três anos, agora é o formato dos ombros a nova obsessão dos estilistas. "Double shoulder" (ombro duplo) e "bare shoulder" (ombro nu) foram os termos mais comentados nas resenhas dos desfiles desta estação, que começou mês passado em Nova York e se estende até a terça-feira (7), em Paris, quando acabam as apresentações de inverno 2018. No primeiro dia da temporada parisiense, a Saint Laurent mostrou várias versões da imagem sexy e fetichista que acompanha a grife desde os tempos do estilista Hedi Slimane. Agora, o belga Anthony Vaccarello aplica alguns dedos a mais de enchimento nos ombros dos vestidos de couro —o material é base de toda a coleção do estilista. Todo tipo de "shoulder" apareceu na passarela, voltada basicamente para a silhueta dos anos 1980 revista para os dias de hoje. Curtíssimas, as propostas de Vaccarello são todas para a noite, com cartela que variava apenas entre o preto, o branco e o camelo. Bem diferente de Dries Van Noten, estilista que comemorou seu 100º desfile nesta semana de moda de Paris com uma coleção com as estampas de tons elétricos e geométricas que fizeram a história de sua grife homônima na temporada europeia. Na celebração do designer não faltaram supermodelos como Alek Wek, 39, Carolyn Murphy, 42, 3 Caroline de Maigret, 42, e muitas ombreiras. Aplicadas nos casacos enormes, cortados com precisão de alfaiataria, elas seguraram "looks" com jeans e camisa branca de gola alta, detalhes da onda urbana que toma as temporadas de moda desde 2015. Embora mais contidos que os de Van Noten e Vaccarello, os ombros criados por Alessandro Dell'Acqua para a grife Rochas também se destacaram nos primeiros dias da semana de moda. Expostos em um tomara-que-caia ou cobertos com uma camada de enchimento, que levantou casacos de pele e jaquetas de alfaiataria, os ombros proeminentes fizeram par com laços amarrados na parte de cima dos vestidos. Alguns conjuntos remontam aos trajes masculinos dos séculos 18 e 19, com direito a laços amarrados na cabeça e golas rulê combinadas a jaqueta. Dell'Acqua, porém, aplica cores essencialmente femininas, como rosa e azul em tons pastel, e transparências.
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Ombros são nova obsessão da moda nas passarelas de ParisComeçou com um ombro só. Totalmente exposto, hoje ele passeia pelas passarelas de Paris desde a temporada de verão 2017, entre setembro e outubro passados. Se o comprimento das saias foi objeto de estudo da moda nos últimos três anos, agora é o formato dos ombros a nova obsessão dos estilistas. "Double shoulder" (ombro duplo) e "bare shoulder" (ombro nu) foram os termos mais comentados nas resenhas dos desfiles desta estação, que começou mês passado em Nova York e se estende até a terça-feira (7), em Paris, quando acabam as apresentações de inverno 2018. No primeiro dia da temporada parisiense, a Saint Laurent mostrou várias versões da imagem sexy e fetichista que acompanha a grife desde os tempos do estilista Hedi Slimane. Agora, o belga Anthony Vaccarello aplica alguns dedos a mais de enchimento nos ombros dos vestidos de couro —o material é base de toda a coleção do estilista. Todo tipo de "shoulder" apareceu na passarela, voltada basicamente para a silhueta dos anos 1980 revista para os dias de hoje. Curtíssimas, as propostas de Vaccarello são todas para a noite, com cartela que variava apenas entre o preto, o branco e o camelo. Bem diferente de Dries Van Noten, estilista que comemorou seu 100º desfile nesta semana de moda de Paris com uma coleção com as estampas de tons elétricos e geométricas que fizeram a história de sua grife homônima na temporada europeia. Na celebração do designer não faltaram supermodelos como Alek Wek, 39, Carolyn Murphy, 42, 3 Caroline de Maigret, 42, e muitas ombreiras. Aplicadas nos casacos enormes, cortados com precisão de alfaiataria, elas seguraram "looks" com jeans e camisa branca de gola alta, detalhes da onda urbana que toma as temporadas de moda desde 2015. Embora mais contidos que os de Van Noten e Vaccarello, os ombros criados por Alessandro Dell'Acqua para a grife Rochas também se destacaram nos primeiros dias da semana de moda. Expostos em um tomara-que-caia ou cobertos com uma camada de enchimento, que levantou casacos de pele e jaquetas de alfaiataria, os ombros proeminentes fizeram par com laços amarrados na parte de cima dos vestidos. Alguns conjuntos remontam aos trajes masculinos dos séculos 18 e 19, com direito a laços amarrados na cabeça e golas rulê combinadas a jaqueta. Dell'Acqua, porém, aplica cores essencialmente femininas, como rosa e azul em tons pastel, e transparências.
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'2:22 - Encontro Marcado' é ruim como suspense, ação ou romance
2:22 - ENCONTRO MARCADO (ruim) (2:22) DIREÇÃO Paul Currie PRODUÇÃO Australia, EUA, 2017, 12 anos ELENCO Teresa Palmer, Michiel Huisman e Sam Reid Veja salas e horários de exibição * Pouca coisa pode ser aproveitada em "2:22 - Encontro Marcado", filme sobre um controlador de tráfego aéreo bonitão que vê sua vida virar do avesso quando coincidências estranhas começam a se repetir dia após dia. A primeira dificuldade do longa assinado por Paul Currie é decidir-se por um gênero. A história parte de um suspense cheio de ação até intrigante, capaz de fisgar o público nos momentos iniciais. Mas, em certo ponto, o negócio descamba para um romance meio dramático, com rompantes policiais e de ficção científica. Uma miscelânea cinematográfica de espantar a atenção de qualquer espectador. Depois de quase provocar um acidente aéreo, Dylan (Michiel Huismann, o Daario Nahario de "Game of Thrones") nota que os eventos ao seu redor passam a acontecer numa espécie de padrão, que sempre termina às 2h22, na estação Grand Central. Uma gota caindo, o latido de um cachorro, o cumprimento de um casal, uma buzina de carro, uma pequena explosão. Religiosamente no mesmo horário. A edição dinâmica, marcada por cortes rápidos, belas tomadas aéreas de Nova York, closes e muitos efeitos especiais se soma ao clima de mistério e ajuda a manter os olhares concentrados na tela. Porém, o surgimento abrupto e nada convincente de Sarah (Teresa Palmer) quebra o suspense e confere contornos românticos insossos à trama. Daí em diante, é preciso um esforço enorme para não dispersar. Desafiado a assistir um balé aéreo, Dylan esbarra no caminho da jovem curadora de arte, e os dois se apaixonam na mesma velocidade frenética da edição do filme. Pior, descobrem que seus destinos estão enigmaticamente conectados e que a vida da moça corre sério perigo. As reviravoltas rocambolescas –justificadas por forças cósmicas– incluem ainda um ex-namorado obsessivo (numa interpretação aguada de Sam Reid), uma história de amor de antepassados, um assassinato brutal e assim vai... A essa altura do campeonato, o desinteresse só não é total porque dá uma ligeira curiosidade de saber aonde tanta invencionice vai parar. O desfecho, entretanto, acompanha o tom do restante do filme e tampouco alivia os tropeções. Ironicamente, "2:22 - Encontro Marcado" é daqueles compromissos que você pode chegar bem atrasado ou cancelar sem o menor peso na consciência, porque não vai perder nada. Entretenimento descartável. Assista ao trailer
ilustrada
'2:22 - Encontro Marcado' é ruim como suspense, ação ou romance2:22 - ENCONTRO MARCADO (ruim) (2:22) DIREÇÃO Paul Currie PRODUÇÃO Australia, EUA, 2017, 12 anos ELENCO Teresa Palmer, Michiel Huisman e Sam Reid Veja salas e horários de exibição * Pouca coisa pode ser aproveitada em "2:22 - Encontro Marcado", filme sobre um controlador de tráfego aéreo bonitão que vê sua vida virar do avesso quando coincidências estranhas começam a se repetir dia após dia. A primeira dificuldade do longa assinado por Paul Currie é decidir-se por um gênero. A história parte de um suspense cheio de ação até intrigante, capaz de fisgar o público nos momentos iniciais. Mas, em certo ponto, o negócio descamba para um romance meio dramático, com rompantes policiais e de ficção científica. Uma miscelânea cinematográfica de espantar a atenção de qualquer espectador. Depois de quase provocar um acidente aéreo, Dylan (Michiel Huismann, o Daario Nahario de "Game of Thrones") nota que os eventos ao seu redor passam a acontecer numa espécie de padrão, que sempre termina às 2h22, na estação Grand Central. Uma gota caindo, o latido de um cachorro, o cumprimento de um casal, uma buzina de carro, uma pequena explosão. Religiosamente no mesmo horário. A edição dinâmica, marcada por cortes rápidos, belas tomadas aéreas de Nova York, closes e muitos efeitos especiais se soma ao clima de mistério e ajuda a manter os olhares concentrados na tela. Porém, o surgimento abrupto e nada convincente de Sarah (Teresa Palmer) quebra o suspense e confere contornos românticos insossos à trama. Daí em diante, é preciso um esforço enorme para não dispersar. Desafiado a assistir um balé aéreo, Dylan esbarra no caminho da jovem curadora de arte, e os dois se apaixonam na mesma velocidade frenética da edição do filme. Pior, descobrem que seus destinos estão enigmaticamente conectados e que a vida da moça corre sério perigo. As reviravoltas rocambolescas –justificadas por forças cósmicas– incluem ainda um ex-namorado obsessivo (numa interpretação aguada de Sam Reid), uma história de amor de antepassados, um assassinato brutal e assim vai... A essa altura do campeonato, o desinteresse só não é total porque dá uma ligeira curiosidade de saber aonde tanta invencionice vai parar. O desfecho, entretanto, acompanha o tom do restante do filme e tampouco alivia os tropeções. Ironicamente, "2:22 - Encontro Marcado" é daqueles compromissos que você pode chegar bem atrasado ou cancelar sem o menor peso na consciência, porque não vai perder nada. Entretenimento descartável. Assista ao trailer
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Arqueira do Quênia compete 'abençoada' e em 'esporte dos anjos' para o islã
MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO Em um país reconhecido por seus corredores, Shehzana Anwar, 26, é abençoada mesmo sendo de uma modalidade ainda não consagrada no Quênia. Kuki, como é chamada pelos mais próximos, pratica um "esporte dos anjos", segundo sua religião. E é a única representante do tiro com arco do Quênia nos Jogos Olímpicos do Rio. "Religiosamente, no Islã, nós acreditamos que o profeta disse que, dos esportes que as mulheres fazem, tiro com arco, equitação e natação são os que os anjos praticam. Então meus pais me incentivaram porque acreditam que sou abençoada por fazê-lo", disse Kuki, durante passagem pela praça da Vila Olímpica. O véu cobrindo a cabeça não esconde o sorriso da garota que está realizando o sonho de estar na Olimpíada. Até foto sobre a mão do Cristo Redentor (o falso, da Vila, não o original) ela tirou. A arqueira conquistou a vaga olímpica em fevereiro, após ganhar o campeonato africano, na Namíbia. "Desde que comecei a competir minha meta era os Jogos Olímpicos", comentou. "A única dificuldade é porque o tiro com arco é um esporte ainda muito pequeno no Quênia. É um país de corredores. Agora espero que as pessoas vejam as competições lá e, quem sabe, nos próximos Jogos não temos um time aqui?" Assistente de recursos humanos na capital queniana Nairobi, onde vive, ela começou a atirar com o arco em 2002 por incentivo da mãe, Tabasamu Anwar, que também faz papel de técnica e gerencia a carreira da atleta, que acompanha no Rio. "Tiro com arco era minha paixão e virou a dela. Ela se sente confiante como arqueira", afirmou a mãe. Em Jogos Olímpicos, o Quênia tem medalha em apenas dois esportes: atletismo (80, sendo 24 ouros) e boxe (sete, com um ouro). Kuki não deve quebrar esse tabu em 2016, afinal, compete internacionalmente há pouco mais de oito anos e é a atual 195ª colocada do ranking mundial. Mas já pode dizer que é abençoada por competir nos Jogos Olímpicos. Que esporte é esse
esporte
Arqueira do Quênia compete 'abençoada' e em 'esporte dos anjos' para o islã MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL AO RIO Em um país reconhecido por seus corredores, Shehzana Anwar, 26, é abençoada mesmo sendo de uma modalidade ainda não consagrada no Quênia. Kuki, como é chamada pelos mais próximos, pratica um "esporte dos anjos", segundo sua religião. E é a única representante do tiro com arco do Quênia nos Jogos Olímpicos do Rio. "Religiosamente, no Islã, nós acreditamos que o profeta disse que, dos esportes que as mulheres fazem, tiro com arco, equitação e natação são os que os anjos praticam. Então meus pais me incentivaram porque acreditam que sou abençoada por fazê-lo", disse Kuki, durante passagem pela praça da Vila Olímpica. O véu cobrindo a cabeça não esconde o sorriso da garota que está realizando o sonho de estar na Olimpíada. Até foto sobre a mão do Cristo Redentor (o falso, da Vila, não o original) ela tirou. A arqueira conquistou a vaga olímpica em fevereiro, após ganhar o campeonato africano, na Namíbia. "Desde que comecei a competir minha meta era os Jogos Olímpicos", comentou. "A única dificuldade é porque o tiro com arco é um esporte ainda muito pequeno no Quênia. É um país de corredores. Agora espero que as pessoas vejam as competições lá e, quem sabe, nos próximos Jogos não temos um time aqui?" Assistente de recursos humanos na capital queniana Nairobi, onde vive, ela começou a atirar com o arco em 2002 por incentivo da mãe, Tabasamu Anwar, que também faz papel de técnica e gerencia a carreira da atleta, que acompanha no Rio. "Tiro com arco era minha paixão e virou a dela. Ela se sente confiante como arqueira", afirmou a mãe. Em Jogos Olímpicos, o Quênia tem medalha em apenas dois esportes: atletismo (80, sendo 24 ouros) e boxe (sete, com um ouro). Kuki não deve quebrar esse tabu em 2016, afinal, compete internacionalmente há pouco mais de oito anos e é a atual 195ª colocada do ranking mundial. Mas já pode dizer que é abençoada por competir nos Jogos Olímpicos. Que esporte é esse
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STF abre novo inquérito para investigar Valdir Raupp na Lava Jato
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou nesta terça (4) a abertura de um novo inquérito para investigar o senador e ex-presidente do PMDB Valdir Raupp (RO). Este é o quarto procedimento do qual o peemedebista é alvo na corte. Nesse caso, ele é suspeito de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. A investigação tem origem nos depoimentos prestados pelo lobista e delator da Lava Jato Fernando Baiano. Segundo ele, Raupp teria oferecido à empreiteira Brasília Guaíba, do Rio Grande do Sul, a possibilidade de facilitar o acesso da empresa à Petrobras em troca de doações para sua campanha ao Senado, em 2010. Na semana passada, o Supremo instaurou um outra investigação para verificar as suspeitas de que Raupp recebeu propina referente a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. OUTRO LADO Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o peemedebista classificou a acusação como "destemperada, mentirosa e grotesca". "Essa delação beira o ridículo por carecer de qualquer indício de veracidade. É um enredo totalmente fantasioso e que não se sustentará por muito tempo", criticou, por meio do comunicado. O parlamentar também nega que tenha cometido irregularidades em negócios da BR Distribuidora.
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STF abre novo inquérito para investigar Valdir Raupp na Lava JatoO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou nesta terça (4) a abertura de um novo inquérito para investigar o senador e ex-presidente do PMDB Valdir Raupp (RO). Este é o quarto procedimento do qual o peemedebista é alvo na corte. Nesse caso, ele é suspeito de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. A investigação tem origem nos depoimentos prestados pelo lobista e delator da Lava Jato Fernando Baiano. Segundo ele, Raupp teria oferecido à empreiteira Brasília Guaíba, do Rio Grande do Sul, a possibilidade de facilitar o acesso da empresa à Petrobras em troca de doações para sua campanha ao Senado, em 2010. Na semana passada, o Supremo instaurou um outra investigação para verificar as suspeitas de que Raupp recebeu propina referente a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. OUTRO LADO Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o peemedebista classificou a acusação como "destemperada, mentirosa e grotesca". "Essa delação beira o ridículo por carecer de qualquer indício de veracidade. É um enredo totalmente fantasioso e que não se sustentará por muito tempo", criticou, por meio do comunicado. O parlamentar também nega que tenha cometido irregularidades em negócios da BR Distribuidora.
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Semana de moda de SP termina com drama, brilho e novos básicos
A ordem é cair na noite. Entre tropeços, falta do que dizer e um clima de quase nada a festejar, os estilistas que desfilaram no último dia desta São Paulo Fashion Week colocaram o brilho do lurex e dos paetês para animar esta temporada melancólica para o varejo de moda. Se o caixa está baixo, as marcas tentam impor algum glamour à passarela da Bienal do Ibirapuera, onde até sexta-feira (29) aconteceu a maior parte dos desfiles do evento. Logo cedo o paraense Lino Villaventura imprimiu todo o drama que sempre definiu suas apresentações. As nervuras dos vestidos longos, as texturas metálicas dos tecidos e as poses dramáticas com as quais as modelos desfilavam remetiam a um tempo em que moda era mais espetáculo do que roupa. Um drama que, visto de perto, hoje parece fora de moda. Tão fora de moda quanto a passarela de Wagner Kallieno, que parece ter perdido a mão para a modelagem nesta coleção, inspirada no filme "Flashdance" (1983). Não que os anos 1980 não estejam em voga nas araras, mas se diluída apenas em paetês, lurex, plissados e uma cor acesa ou outra, a década se perde num vazio de proporções amplas, ombreiras e roupa sem informação. Já o brilho da GIG Couture é um dos mais elegantes e bem sacados da temporada. Os plissados brilhosos de efeito bicolor das saias são bem construídos e, quando combinados às paisagens impressas no tricô, formam uma imagem híbrida de vintage moderno. A estilista Gina Guerra sabe balancear o peso de cima com o de baixo. Pesos e medidas que fizeram a moda da grife Ratier. Bermudas combinadas com capas, comprimentos amplos e toda sorte de alfaiataria relaxada compõe o mix da grife. Esse relaxo nada pretensioso também é o mote da Cotton Project, grife de moda masculina que se firmou como melhor estreia desta São Paulo Fashion Week. O diretor criativo Rafael Varandas e o estilista Acácio Mendes conseguiram "desglamorizar" o verão brasileiro, sem o brilho e o decorativismo comum à moda nacional. Tudo é básico, mas sem o ranço asséptico do minimalismo. Jaquetas do tipo "bomber", shorts e calças jeans limpas são o novo básico proposto pela marca. A Ellus, que encerrou a 41ª edição da SPFW, também embarcou numa onda de básicos, porém com motivos florais típicos das roupas relaxadas dos surfistas. O viés praiano dos shorts e das camisas folgadas usadas sob o sol do Havaí, que serviu inspiração para desfile, foi mesclado ao fetichismo da marca. Brilhos, couros e tons neon aplicados em blusinhas da linha de peças esportivas da grife se opuseram à tentativa de transformar a veia noturna de seu estilo. ENGANOU-SE Após ter dito à Folha que havia se apaixonado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante a votação do impeachment, a estilista Patrícia Vieira enviou nota de esclarecimento. "No calor da entrevista, Patrícia trocou os nomes e disse 'que se apaixonou por Cunha', quando na realidade estava se referindo ao juiz Sergio Moro", diz a nota. Moro não estava na sessão do dia 17.
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Semana de moda de SP termina com drama, brilho e novos básicosA ordem é cair na noite. Entre tropeços, falta do que dizer e um clima de quase nada a festejar, os estilistas que desfilaram no último dia desta São Paulo Fashion Week colocaram o brilho do lurex e dos paetês para animar esta temporada melancólica para o varejo de moda. Se o caixa está baixo, as marcas tentam impor algum glamour à passarela da Bienal do Ibirapuera, onde até sexta-feira (29) aconteceu a maior parte dos desfiles do evento. Logo cedo o paraense Lino Villaventura imprimiu todo o drama que sempre definiu suas apresentações. As nervuras dos vestidos longos, as texturas metálicas dos tecidos e as poses dramáticas com as quais as modelos desfilavam remetiam a um tempo em que moda era mais espetáculo do que roupa. Um drama que, visto de perto, hoje parece fora de moda. Tão fora de moda quanto a passarela de Wagner Kallieno, que parece ter perdido a mão para a modelagem nesta coleção, inspirada no filme "Flashdance" (1983). Não que os anos 1980 não estejam em voga nas araras, mas se diluída apenas em paetês, lurex, plissados e uma cor acesa ou outra, a década se perde num vazio de proporções amplas, ombreiras e roupa sem informação. Já o brilho da GIG Couture é um dos mais elegantes e bem sacados da temporada. Os plissados brilhosos de efeito bicolor das saias são bem construídos e, quando combinados às paisagens impressas no tricô, formam uma imagem híbrida de vintage moderno. A estilista Gina Guerra sabe balancear o peso de cima com o de baixo. Pesos e medidas que fizeram a moda da grife Ratier. Bermudas combinadas com capas, comprimentos amplos e toda sorte de alfaiataria relaxada compõe o mix da grife. Esse relaxo nada pretensioso também é o mote da Cotton Project, grife de moda masculina que se firmou como melhor estreia desta São Paulo Fashion Week. O diretor criativo Rafael Varandas e o estilista Acácio Mendes conseguiram "desglamorizar" o verão brasileiro, sem o brilho e o decorativismo comum à moda nacional. Tudo é básico, mas sem o ranço asséptico do minimalismo. Jaquetas do tipo "bomber", shorts e calças jeans limpas são o novo básico proposto pela marca. A Ellus, que encerrou a 41ª edição da SPFW, também embarcou numa onda de básicos, porém com motivos florais típicos das roupas relaxadas dos surfistas. O viés praiano dos shorts e das camisas folgadas usadas sob o sol do Havaí, que serviu inspiração para desfile, foi mesclado ao fetichismo da marca. Brilhos, couros e tons neon aplicados em blusinhas da linha de peças esportivas da grife se opuseram à tentativa de transformar a veia noturna de seu estilo. ENGANOU-SE Após ter dito à Folha que havia se apaixonado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante a votação do impeachment, a estilista Patrícia Vieira enviou nota de esclarecimento. "No calor da entrevista, Patrícia trocou os nomes e disse 'que se apaixonou por Cunha', quando na realidade estava se referindo ao juiz Sergio Moro", diz a nota. Moro não estava na sessão do dia 17.
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Premiê japonês chega ao Havaí para visita histórica a Pearl Harbor
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chegou nesta segunda-feira (26) a Honolulu, capital do Havaí, para realizar uma visita histórica de dois dias a Pearl Harbor, ao lado do presidente americano, Barack Obama. A visita ao memorial "USS Arizona" está prevista para esta terça-feira (27), 75 anos após o ataque surpresa japonês a Pearl Harbor, a principal base naval americana no Pacífico, na manhã de 7 de dezembro de 1941. O ataque dos japoneses, preparado durante meses em segredo, provocou mais de 2.400 mortos e colocou definitivamente os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. É a primeira vez que um dirigente japonês visita o memorial, construído no início de 1960 e que atrai mais de dois milhões de turistas por ano. Acessível apenas de barco, o prédio branco foi erguido sobre os destroços do "USS Arizona". No extremo da estrutura aberta ao mar, há uma imensa parede sobre a qual estão gravados os nomes dos 1.177 americanos que perderam a vida a bordo do "USS Arizona". Como fez Obama durante sua visita a Hiroshima, em maio, Abe não tem a intenção de pedir perdão, mas de homenagear as vítimas e celebrar a firmeza da aliança entre dois antigos inimigos convertidos em aliados. "Não devemos repetir jamais o horror da guerra", declarou o primeiro-ministro japonês antes de sua partida. "Junto ao presidente Obama, quero expressar ao mundo inteiro este compromisso com o futuro e o valor da reconciliação". Abe fará várias visitas a Honolulu, principalmente ao cemitério nacional do Pacífico conhecido como "Punchbowl", onde vários de seus predecessores já prestaram homenagem às vítimas da guerra. O dirigente japonês também irá ao memorial Ehime Maru, chamado assim pelo barco-escola de pesca japonês atingido acidentalmente em fevereiro de 2001, ao largo da ilha de Oahu, por um submarino nuclear americano. Cinco membros da tripulação e quatro estudantes perderam a vida no incidente.
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Premiê japonês chega ao Havaí para visita histórica a Pearl HarborO primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chegou nesta segunda-feira (26) a Honolulu, capital do Havaí, para realizar uma visita histórica de dois dias a Pearl Harbor, ao lado do presidente americano, Barack Obama. A visita ao memorial "USS Arizona" está prevista para esta terça-feira (27), 75 anos após o ataque surpresa japonês a Pearl Harbor, a principal base naval americana no Pacífico, na manhã de 7 de dezembro de 1941. O ataque dos japoneses, preparado durante meses em segredo, provocou mais de 2.400 mortos e colocou definitivamente os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. É a primeira vez que um dirigente japonês visita o memorial, construído no início de 1960 e que atrai mais de dois milhões de turistas por ano. Acessível apenas de barco, o prédio branco foi erguido sobre os destroços do "USS Arizona". No extremo da estrutura aberta ao mar, há uma imensa parede sobre a qual estão gravados os nomes dos 1.177 americanos que perderam a vida a bordo do "USS Arizona". Como fez Obama durante sua visita a Hiroshima, em maio, Abe não tem a intenção de pedir perdão, mas de homenagear as vítimas e celebrar a firmeza da aliança entre dois antigos inimigos convertidos em aliados. "Não devemos repetir jamais o horror da guerra", declarou o primeiro-ministro japonês antes de sua partida. "Junto ao presidente Obama, quero expressar ao mundo inteiro este compromisso com o futuro e o valor da reconciliação". Abe fará várias visitas a Honolulu, principalmente ao cemitério nacional do Pacífico conhecido como "Punchbowl", onde vários de seus predecessores já prestaram homenagem às vítimas da guerra. O dirigente japonês também irá ao memorial Ehime Maru, chamado assim pelo barco-escola de pesca japonês atingido acidentalmente em fevereiro de 2001, ao largo da ilha de Oahu, por um submarino nuclear americano. Cinco membros da tripulação e quatro estudantes perderam a vida no incidente.
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Coleção Folha mostra equilíbrio dos temperos japoneses
A Coleção Folha Cozinhas do Mundo traz em seu nono volume, que chega às bancas no próximo domingo (31/7), a história da cozinha japonesa e algumas de suas receitas. A culinária do Japão pode ser dividida entre a tradicional "nihon-ryori" e aquela que se difundiu a partir do século 19, após o fim do período conhecido como Sakoku. Essa parte da história nipônica teve início no século 17 e foi uma reação de isolamento causada pela interferência dos países estrangeiros no estilo de vida nacional. O que se conhece atualmente como culinária japonesa é o resultado das transformações provocadas pela onda de liberdade que surgiu no país após seu encerramento. O prato japonês padrão é o "fan-cai" –"fan" é o cereal-base e "cai", o complemento, seja carne, peixe, ovo ou vegetal. Seus sabores se equilibram entre doce, salgado, azedo, amargo e "umami" (gosto do tempero da Ajinomoto). O livro traz receitas como a sopa de missô, o sukiyaki de carne e o sorvete de chá verde.
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Coleção Folha mostra equilíbrio dos temperos japonesesA Coleção Folha Cozinhas do Mundo traz em seu nono volume, que chega às bancas no próximo domingo (31/7), a história da cozinha japonesa e algumas de suas receitas. A culinária do Japão pode ser dividida entre a tradicional "nihon-ryori" e aquela que se difundiu a partir do século 19, após o fim do período conhecido como Sakoku. Essa parte da história nipônica teve início no século 17 e foi uma reação de isolamento causada pela interferência dos países estrangeiros no estilo de vida nacional. O que se conhece atualmente como culinária japonesa é o resultado das transformações provocadas pela onda de liberdade que surgiu no país após seu encerramento. O prato japonês padrão é o "fan-cai" –"fan" é o cereal-base e "cai", o complemento, seja carne, peixe, ovo ou vegetal. Seus sabores se equilibram entre doce, salgado, azedo, amargo e "umami" (gosto do tempero da Ajinomoto). O livro traz receitas como a sopa de missô, o sukiyaki de carne e o sorvete de chá verde.
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Brasil: De volta para o futuro
Sob o título "Brasil, um país do futuro", o famoso escritor austríaco Stefan Zweig cunhou, já em 1941, um mito poderoso. Hoje sabemos que o Brasil se restringe à posição eterna –e de mais em mais desgastada– de "pais do futuro". A cada ciclo de grandeza econômica segue automaticamente outro período de decadência vexaminosa. A gloriosa era JK deu lugar a sombrias incertezas. Os generais criaram mais tarde um "milagre" na produção mas deixaram como legado a dívida externa e a hiperinflação espiral. Já na beira do abismo econômico absoluto, FHC lançou o Plano Real em 1994. O país continuava frágil e injusto no entanto. Por sorte o pragmatismo do sucessor Lula, mantendo a ortodoxia macroeconômica, deslanchou uma redistribuição de renda espectacular. Isto não era a social-democracia à brasileira? Este rápido êxito dependia porém da deslumbrante alta das commodities. E o Mensalão foi uma primeira advertência ética. Nem reformas estruturais houveram. Se aos olhos do mundo o Brasil chegou no auge em 2010, com mais de 7% de crescimento, os esqueletos estavam se acumulando no armário. Na sequência de presidentes brasileiros, Dilma Rousseff ocupará provavelmente um estranho parêntese apesar de ter sido reeleita, derrubando mais de uma década de ganhos na micro e macroeconomia. Mirando a história política brasileira contudo, a insensatez da presidente se encaixa infelizmente numa trágica repetição. O governo salvador da pátria através de um capitalismo de Estado particularmente pesado, eis o fio vermelho na politica e economia brasileiras. Desde Getúlio, passando por Juscelino ou Geisel, todos os governos têm mantido o país fora do eixo internacional, criando mecanismos disfuncionais de mais em mais paralisantes. Juros exorbitantes é uma constante no Brasil. Tal desajuste monetário é o principal entrave a um desenvolvimento econômico regular. O que raramente está mencionado, é que os juros altos no Brasil são em última instância frutos do fechamento da economia brasileira. E da indexão financeira, ainda em vigor. O protecionismo não mais justificado tem induzido um declínio assustador do Brasil no comercio internacional nos últimos anos, provocando inclusive uma produtividade em queda. Tal desequilíbrio persistente pressiona os preços internos sempre para cima, auto-alimentando a inflação combatida principalmente com a Selic. Circulo vicioso e perverso. Entre as democracias do mundo, a economia brasileira é a mais fechada, e com a mais forte presença da burocracia do Estado –aqui ademais intervencionista e corrupta. A condição "sine qua non" para voltar ao futuro exige que o Brasil se equipare com o resto do mundo democrático, permitindo um crescimento sustentável. É preciso desconstruir o afamado corporativismo presente em toda parte. Em corolário tem que reformar profundamente para entrar na modernidade de verdade. Seria um caminho gradual. Necessita uma frente de cidadania. Longe das "oligarquias" mas também de movimentos sectários. É o único futuro. RICHARD BEER, 64, jornalista e escritor sueco, foi correspondente no Brasil do "Dagens Nyheter" * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Brasil: De volta para o futuroSob o título "Brasil, um país do futuro", o famoso escritor austríaco Stefan Zweig cunhou, já em 1941, um mito poderoso. Hoje sabemos que o Brasil se restringe à posição eterna –e de mais em mais desgastada– de "pais do futuro". A cada ciclo de grandeza econômica segue automaticamente outro período de decadência vexaminosa. A gloriosa era JK deu lugar a sombrias incertezas. Os generais criaram mais tarde um "milagre" na produção mas deixaram como legado a dívida externa e a hiperinflação espiral. Já na beira do abismo econômico absoluto, FHC lançou o Plano Real em 1994. O país continuava frágil e injusto no entanto. Por sorte o pragmatismo do sucessor Lula, mantendo a ortodoxia macroeconômica, deslanchou uma redistribuição de renda espectacular. Isto não era a social-democracia à brasileira? Este rápido êxito dependia porém da deslumbrante alta das commodities. E o Mensalão foi uma primeira advertência ética. Nem reformas estruturais houveram. Se aos olhos do mundo o Brasil chegou no auge em 2010, com mais de 7% de crescimento, os esqueletos estavam se acumulando no armário. Na sequência de presidentes brasileiros, Dilma Rousseff ocupará provavelmente um estranho parêntese apesar de ter sido reeleita, derrubando mais de uma década de ganhos na micro e macroeconomia. Mirando a história política brasileira contudo, a insensatez da presidente se encaixa infelizmente numa trágica repetição. O governo salvador da pátria através de um capitalismo de Estado particularmente pesado, eis o fio vermelho na politica e economia brasileiras. Desde Getúlio, passando por Juscelino ou Geisel, todos os governos têm mantido o país fora do eixo internacional, criando mecanismos disfuncionais de mais em mais paralisantes. Juros exorbitantes é uma constante no Brasil. Tal desajuste monetário é o principal entrave a um desenvolvimento econômico regular. O que raramente está mencionado, é que os juros altos no Brasil são em última instância frutos do fechamento da economia brasileira. E da indexão financeira, ainda em vigor. O protecionismo não mais justificado tem induzido um declínio assustador do Brasil no comercio internacional nos últimos anos, provocando inclusive uma produtividade em queda. Tal desequilíbrio persistente pressiona os preços internos sempre para cima, auto-alimentando a inflação combatida principalmente com a Selic. Circulo vicioso e perverso. Entre as democracias do mundo, a economia brasileira é a mais fechada, e com a mais forte presença da burocracia do Estado –aqui ademais intervencionista e corrupta. A condição "sine qua non" para voltar ao futuro exige que o Brasil se equipare com o resto do mundo democrático, permitindo um crescimento sustentável. É preciso desconstruir o afamado corporativismo presente em toda parte. Em corolário tem que reformar profundamente para entrar na modernidade de verdade. Seria um caminho gradual. Necessita uma frente de cidadania. Longe das "oligarquias" mas também de movimentos sectários. É o único futuro. RICHARD BEER, 64, jornalista e escritor sueco, foi correspondente no Brasil do "Dagens Nyheter" * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Com baixo retorno e inflação alta, milionários fogem da poupança
O baixo rendimento da caderneta de poupança em relação às demais aplicações financeiras conservadoras fez com que o número de cadernetas milionárias registrasse no ano passado o menor ritmo de crescimento desde 2006, início da série histórica do BC (Banco Central). Em dezembro, havia 12.081 contas poupança com depósito acima de R$ 1 milhão. O número mostra crescimento de 6,3% em relação às 11.362 cadernetas milionárias do ano anterior –bem menor que o avanço de 32,8% observado no período entre 2012 e 2013 (veja quadro acima). Em relação a junho do ano passado, quando havia 12.246 contas poupança milionárias, foi registrada queda de 1,35%. Em valores, o saldo teve queda de R$ 39,8 bilhões no fim do primeiro semestre de 2014 para R$ 38,5 bilhões em dezembro do mesmo ano. Parte dessa desaceleração é atribuída à inflação, que corrói os ganhos da poupança. Até abril, a poupança rendeu 2,36%, ante uma inflação de 4,56% medida pelo IPCA. "Entre as classes altas, o resgate da caderneta de poupança se deve, principalmente, à rentabilidade mais atraente de outros produtos financeiros", afirma Eduardo Velho, economista da gestora Invx Global. RESERVA DE EMERGÊNCIA Mas isso não significa que os milionários sacarão todos os seus recursos da caderneta e transferirão para outros investimentos, afirma o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos. "A caderneta ainda é vista como reserva de emergência para esse público", diz ele. Em um momento de crise na economia, como o atual, os milionários podem inclusive se desfazer de produtos mais difíceis de vender, como as LCI (Letras de Crédito Imobiliário), e alocar dinheiro na caderneta de poupança, ressalta Perfeito. "Na atual conjuntura, é mais vantajoso deixar os recursos líquidos do que imobilizados", destaca o economista da Gradual Investimentos.
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Com baixo retorno e inflação alta, milionários fogem da poupançaO baixo rendimento da caderneta de poupança em relação às demais aplicações financeiras conservadoras fez com que o número de cadernetas milionárias registrasse no ano passado o menor ritmo de crescimento desde 2006, início da série histórica do BC (Banco Central). Em dezembro, havia 12.081 contas poupança com depósito acima de R$ 1 milhão. O número mostra crescimento de 6,3% em relação às 11.362 cadernetas milionárias do ano anterior –bem menor que o avanço de 32,8% observado no período entre 2012 e 2013 (veja quadro acima). Em relação a junho do ano passado, quando havia 12.246 contas poupança milionárias, foi registrada queda de 1,35%. Em valores, o saldo teve queda de R$ 39,8 bilhões no fim do primeiro semestre de 2014 para R$ 38,5 bilhões em dezembro do mesmo ano. Parte dessa desaceleração é atribuída à inflação, que corrói os ganhos da poupança. Até abril, a poupança rendeu 2,36%, ante uma inflação de 4,56% medida pelo IPCA. "Entre as classes altas, o resgate da caderneta de poupança se deve, principalmente, à rentabilidade mais atraente de outros produtos financeiros", afirma Eduardo Velho, economista da gestora Invx Global. RESERVA DE EMERGÊNCIA Mas isso não significa que os milionários sacarão todos os seus recursos da caderneta e transferirão para outros investimentos, afirma o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos. "A caderneta ainda é vista como reserva de emergência para esse público", diz ele. Em um momento de crise na economia, como o atual, os milionários podem inclusive se desfazer de produtos mais difíceis de vender, como as LCI (Letras de Crédito Imobiliário), e alocar dinheiro na caderneta de poupança, ressalta Perfeito. "Na atual conjuntura, é mais vantajoso deixar os recursos líquidos do que imobilizados", destaca o economista da Gradual Investimentos.
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Por Copa do Mundo inchada, Infantino testa prestígio na Fifa
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, pretende dar nesta terça-feira (10) sua principal demostração de força desde que assumiu o cargo. Ele espera receber o apoio da maioria dos 37 cartolas que integram o Conselho da Fifa para a proposta de aumentar a Copa do Mundo de 2026 de 32 para 48 seleções. Hábil articulador, o suíço negociou nos últimos meses um acordo para colocar mais 16 países na competição e tentar arrecadar mais. Ao ampliar o número de participantes, ele agrada a periferia do mundo do futebol, que terá mais chances de disputar o torneio. Apesar de a nova fórmula de disputa não ser objeto de discussão nesta terça, Infantino já prometeu nos bastidores que o torneio continuaria com um mês de duração. Evitando a oposição de clubes e seleções europeias, que eram contra o aumento do período de disputa da Copa. No mês passado, em Doha, no Qatar, ele defendeu o gigantismo da Copa alegando que o modelo é "mais inclusivo". Disse também que a ampliação do torneio beneficiará "o desenvolvimento do futebol em todo o mundo". Outro interesse é financeiro. A Fifa prevê arrecadar US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões) com o novo formato. Como comparação, a Copa da Rússia, em 2018, deve render US$ 5,5 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões). Publicamente, a Alemanha é a principal opositora. Reinhard Grindel, chefe da federação local, afirmou que a inclusão de mais equipes poderia "fortalecer o desequilíbrio" entre as equipes. Entidade que reúne os principais clubes da Europa, o ECA é contra a ampliação da Copa alegando um congestionamento no calendário do futebol mundial, além de expor os atletas a contusões. "A política e o comércio não devem ser prioridade exclusiva no futebol", afirmou Karl-Heinz Rummenigge, presidente da ECA e craque da seleção alemã nos anos 1980. Embora o cartola alemão tenha se manifestado, Real Madrid e Barcelona preferiram não tocar no assunto. Pela proposta de Infantino, a primeira fase da Copa seria disputada em 16 grupos com três equipes. As duas melhores de cada grupo se classificariam para os mata-matas. Assim, o campeão do Mundial entraria em campo sete vezes, mesmo número de jogos da fórmula atual. ELIMINATÓRIAS Com a mudança, a América do Sul ganharia mais duas vagas. Teria seis seleções classificadas diretamente nas eliminatórias e o sétimo colocado ainda disputaria uma repescagem. Com apenas dez seleções no continente, o torneio eliminatório perderia a competitividade. A Europa ficaria com 16 lugares. Já a África, com nove. Inicialmente, Infantino defendia a Copa com 40 times, porém decidiu inchar ainda mais o torneio, agradando mais aliados e com a perspectiva de maior arrecadação. Nesta terça, em Zurique, o conselho vai decidir se aprova a proposta de ampliação ou se mantém a fórmula atual, garantida até a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Se a proposta for aprovada, o que deve acontecer, a Fifa vai estimular que pelo menos dois países se unam em torno de candidaturas para receber o Mundial. O presidente da Concacaf (que reúne os países da América do Norte, Central e Caribe), Víctor Montagliani, já declarou que pretende viabilizar a candidatura conjunta de México, Canadá e EUA. Até agora, a Copa do Mundo de 2002 foi a única que teve a organização dividida -Japão e Coreia do Sul. Com a ampliação, o suíço conseguiria pacificar os ânimos na entidade. Infantino foi eleito em fevereiro, numa votação apertada, com o discurso de moralizar e limpar a Fifa, manchada pela corrupção. Até agora, pouco mudou. MARADONA Opositor de Infantino durante a eleição da Fifa, o argentino Diego Maradona mudou de lado e apoiou a proposta do Mundial com 48 equipes. Ele foi a Zurique fazer campanha pela ampliação da Copa. Logo após o suíço ser eleito, Maradona o chamou de "traidor total". No dia 28, o argentino recebeu o suíço em sua casa em Dubai, nos Emirados Árabes. Depois do encontro, ele postou em redes sociais uma mensagem de apoio ao torneio inchado. "Falamos também do Mundial de 48 times, que vai durar o mesmo tempo, e que vai dar a possibilidade a times que nunca sonharam em jogar uma Copa do Mundo. Isso é bom", escreveu Maradona. Ronaldo também é próximo de Infantino, embora não tenha se manifestado publicamente a favor do aumento do Mundial. Proposta para a Copa-2026
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Por Copa do Mundo inchada, Infantino testa prestígio na FifaO presidente da Fifa, Gianni Infantino, pretende dar nesta terça-feira (10) sua principal demostração de força desde que assumiu o cargo. Ele espera receber o apoio da maioria dos 37 cartolas que integram o Conselho da Fifa para a proposta de aumentar a Copa do Mundo de 2026 de 32 para 48 seleções. Hábil articulador, o suíço negociou nos últimos meses um acordo para colocar mais 16 países na competição e tentar arrecadar mais. Ao ampliar o número de participantes, ele agrada a periferia do mundo do futebol, que terá mais chances de disputar o torneio. Apesar de a nova fórmula de disputa não ser objeto de discussão nesta terça, Infantino já prometeu nos bastidores que o torneio continuaria com um mês de duração. Evitando a oposição de clubes e seleções europeias, que eram contra o aumento do período de disputa da Copa. No mês passado, em Doha, no Qatar, ele defendeu o gigantismo da Copa alegando que o modelo é "mais inclusivo". Disse também que a ampliação do torneio beneficiará "o desenvolvimento do futebol em todo o mundo". Outro interesse é financeiro. A Fifa prevê arrecadar US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões) com o novo formato. Como comparação, a Copa da Rússia, em 2018, deve render US$ 5,5 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões). Publicamente, a Alemanha é a principal opositora. Reinhard Grindel, chefe da federação local, afirmou que a inclusão de mais equipes poderia "fortalecer o desequilíbrio" entre as equipes. Entidade que reúne os principais clubes da Europa, o ECA é contra a ampliação da Copa alegando um congestionamento no calendário do futebol mundial, além de expor os atletas a contusões. "A política e o comércio não devem ser prioridade exclusiva no futebol", afirmou Karl-Heinz Rummenigge, presidente da ECA e craque da seleção alemã nos anos 1980. Embora o cartola alemão tenha se manifestado, Real Madrid e Barcelona preferiram não tocar no assunto. Pela proposta de Infantino, a primeira fase da Copa seria disputada em 16 grupos com três equipes. As duas melhores de cada grupo se classificariam para os mata-matas. Assim, o campeão do Mundial entraria em campo sete vezes, mesmo número de jogos da fórmula atual. ELIMINATÓRIAS Com a mudança, a América do Sul ganharia mais duas vagas. Teria seis seleções classificadas diretamente nas eliminatórias e o sétimo colocado ainda disputaria uma repescagem. Com apenas dez seleções no continente, o torneio eliminatório perderia a competitividade. A Europa ficaria com 16 lugares. Já a África, com nove. Inicialmente, Infantino defendia a Copa com 40 times, porém decidiu inchar ainda mais o torneio, agradando mais aliados e com a perspectiva de maior arrecadação. Nesta terça, em Zurique, o conselho vai decidir se aprova a proposta de ampliação ou se mantém a fórmula atual, garantida até a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Se a proposta for aprovada, o que deve acontecer, a Fifa vai estimular que pelo menos dois países se unam em torno de candidaturas para receber o Mundial. O presidente da Concacaf (que reúne os países da América do Norte, Central e Caribe), Víctor Montagliani, já declarou que pretende viabilizar a candidatura conjunta de México, Canadá e EUA. Até agora, a Copa do Mundo de 2002 foi a única que teve a organização dividida -Japão e Coreia do Sul. Com a ampliação, o suíço conseguiria pacificar os ânimos na entidade. Infantino foi eleito em fevereiro, numa votação apertada, com o discurso de moralizar e limpar a Fifa, manchada pela corrupção. Até agora, pouco mudou. MARADONA Opositor de Infantino durante a eleição da Fifa, o argentino Diego Maradona mudou de lado e apoiou a proposta do Mundial com 48 equipes. Ele foi a Zurique fazer campanha pela ampliação da Copa. Logo após o suíço ser eleito, Maradona o chamou de "traidor total". No dia 28, o argentino recebeu o suíço em sua casa em Dubai, nos Emirados Árabes. Depois do encontro, ele postou em redes sociais uma mensagem de apoio ao torneio inchado. "Falamos também do Mundial de 48 times, que vai durar o mesmo tempo, e que vai dar a possibilidade a times que nunca sonharam em jogar uma Copa do Mundo. Isso é bom", escreveu Maradona. Ronaldo também é próximo de Infantino, embora não tenha se manifestado publicamente a favor do aumento do Mundial. Proposta para a Copa-2026
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Grêmio bate o Avaí e continua na cola dos líderes do Brasileiro
Com dois gols do meia Giuliano, o Grêmio derrotou o Avaí na noite deste sábado (26), por 3 a 1, em Porto Alegre, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time gaúcho, terceiro na tabela de classificação, chegou aos 51 pontos e continua na cola dos líderes. O Corinthians (57 pontos) está no topo, enquanto o Atlético-MG (52) é o segundo. Os dois times jogam neste domingo (27). Já o Avaí é o 15º colocado, com 32 pontos. O time está ameaçado pelo rebaixamento. O meia Giuliano foi o grande destaque da partida deste sábado. Ele abriu o placar aos 12min da primeira etapa e ampliou aos 23min. André Lima, aos 19min do segundo tempo, descontou para os visitantes. Maxi Rodríguez, aos 30min, fechou o marcador com um golaço. Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio visita o Cruzeiro, no domingo (4), enquanto o Avaí, no mesmo dia, recebe o Vasco.
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Grêmio bate o Avaí e continua na cola dos líderes do BrasileiroCom dois gols do meia Giuliano, o Grêmio derrotou o Avaí na noite deste sábado (26), por 3 a 1, em Porto Alegre, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time gaúcho, terceiro na tabela de classificação, chegou aos 51 pontos e continua na cola dos líderes. O Corinthians (57 pontos) está no topo, enquanto o Atlético-MG (52) é o segundo. Os dois times jogam neste domingo (27). Já o Avaí é o 15º colocado, com 32 pontos. O time está ameaçado pelo rebaixamento. O meia Giuliano foi o grande destaque da partida deste sábado. Ele abriu o placar aos 12min da primeira etapa e ampliou aos 23min. André Lima, aos 19min do segundo tempo, descontou para os visitantes. Maxi Rodríguez, aos 30min, fechou o marcador com um golaço. Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio visita o Cruzeiro, no domingo (4), enquanto o Avaí, no mesmo dia, recebe o Vasco.
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EUA, Japão e mais 10 países fecham acordo comercial regional histórico
Após oito anos de negociações, Estados Unidos, Japão e mais dez países fecharam em Atlanta, EUA, o Tratado Transpacífico, no que o jornal americano "The New York Times" definiu como o maior acordo comercial regional da história. A aproximação entre esses parceiros, formalizada nesta segunda-feira (5), pode fazer com que o Brasil tenha mais trabalho para conseguir espaço para alguns de seus produtos, como frango e açúcar, em mercados importantes (leia mais abaixo). Discutida por cinco dias seguidos, o TTP, na sigla em inglês, abrange 40% da economia global. O texto final deve ser disponibilizado dentro de um mês. Além da derrubada de barreiras tarifárias entre os países, o tratado prevê regras uniformes de propriedade intelectual e ações conjuntas contra o tráfico de animais selvagens e outras formas de crimes ambientais, por exemplo. Países inclusos na Parceria Transpacífico Com isso, tem o potencial de influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer. Ele inclui, além de EUA e Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. Economias asiáticas como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, e sul-americanas como a Colômbia, já estão na fila para aderir. O acordo ainda deve passar por discussão no Congresso americano e Parlamentos de outros países envolvidos. Caso seja aprovado, pode vir a ser uma das maiores conquistas do governo do presidente Barack Obama e deve ajudar a contrabalançar a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico. REPERCUSSÃO O brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, parabenizou os países do TPP e disse que o acordo prova que é possível alcançar consenso entre países com interesses diversos quando existe "vontade política e determinação". Para outro brasileiro, o economista Maurício Mesquita Moreira, do setor de integração e comércio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o TTP deixa claro para onde caminha o comércio mundial, com novas regras estabelecidas pelo bloco liderado pelos EUA. "Há o objetivo claro de sinalizar para a China que, se quiser continuar participando do comércio global, em algum momento vai ter que se ajustar a essas novas regras." Grupo de peso - Os membros do TTP são destino de quase um quarto dos embarques brasileiros IMPACTO SOBRE O BRASIL Segundo José Luiz Pimenta, professor da ESPM especialista em comércio exterior, o maior impacto do tratado deve vir da adoção de normas comuns de produção entre os países. Com isso, sua influência sobre os negócios vai além da mera derrubada de tarifas. "Uma série de regras jurídicas comuns dão previsibilidade para negócios de longo prazo e facilitam o investimento. Você pode exportar peças dos Estados Unidos e se beneficiar das cadeias regionais para que a montagem final aconteça nesses países." De fora do tratado, o Brasil pode perder espaço para seus produtos. "O Brasil fez um grande esforço recentemente para atender o mercado asiático de carne de frango, mas agora esses países podem começar a focar nas trocas entre si", diz. De acordo com os detalhes do acordo divulgados pela Casa Branca, o TTP vai eliminar mais de 18 mil impostos e tarifas cobrados sobre os produtos norte-americanos nos países envolvidos. Isenta, por exemplo, a cobrança de tributos sobre as importações de produtos do setor automotivo, que chegam a 70% atualmente. Segundo Pimenta, o Brasil tem fechado acordos comerciais com mercados menores, como Colômbia e México. O foco tem sido principalmente na derrubada de barreiras, em detrimento da adoção de normas comuns. A rodada final de negociações do TTP em Atlanta, que começou na quarta-feira, se debruçou sobre a questão de quanto tempo de duração deve ser permitido para a manutenção de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo. Também estiveram em pauta a derrubada de barreiras nos mercados de laticínios e açúcar e a queda gradual, ao longo de três décadas, de impostos de importação de carros japoneses vendidos na América do Norte. LIVRE-COMÉRCIO NO PACÍFICO - Países que representam 36% do PIB global fecham acordo comercial MERCADO DE AÇÚCAR Sob o TTP, a Austrália receberá uma cota adicional de 65 mil toneladas anuais para exportar açúcar para os Estados Unidos, disse à agência de notícias Reuters uma autoridade australiana com conhecimento das negociações. Com isso, o produto brasileiro pode vir a ter mais trabalho para encontrar espaço no mercado americano, avalia Pimenta, da ESPM —apesar de os Estados Unidos serem irrelevantes para as cerca de 22 milhões de toneladas exportadas em 2014 pelo Brasil. O volume soma-se às 87,4 mil toneladas já destinadas à Austrália sob o regime de tarifas vigente para o ano comercial que começou em 1º de outubro. A Austrália poderá enviar 400 mil toneladas de açúcar para os Estados Unidos anualmente até 2019, no cenário mais otimista, disse a fonte. Sob os termos do acordo, a Austrália também receberá 23% da cota arbitrária, que é baseada na demanda norte-americana sob regime de tarifas, disse a autoridade. O percentual compara-se aos atuais 8%.
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EUA, Japão e mais 10 países fecham acordo comercial regional históricoApós oito anos de negociações, Estados Unidos, Japão e mais dez países fecharam em Atlanta, EUA, o Tratado Transpacífico, no que o jornal americano "The New York Times" definiu como o maior acordo comercial regional da história. A aproximação entre esses parceiros, formalizada nesta segunda-feira (5), pode fazer com que o Brasil tenha mais trabalho para conseguir espaço para alguns de seus produtos, como frango e açúcar, em mercados importantes (leia mais abaixo). Discutida por cinco dias seguidos, o TTP, na sigla em inglês, abrange 40% da economia global. O texto final deve ser disponibilizado dentro de um mês. Além da derrubada de barreiras tarifárias entre os países, o tratado prevê regras uniformes de propriedade intelectual e ações conjuntas contra o tráfico de animais selvagens e outras formas de crimes ambientais, por exemplo. Países inclusos na Parceria Transpacífico Com isso, tem o potencial de influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer. Ele inclui, além de EUA e Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. Economias asiáticas como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, e sul-americanas como a Colômbia, já estão na fila para aderir. O acordo ainda deve passar por discussão no Congresso americano e Parlamentos de outros países envolvidos. Caso seja aprovado, pode vir a ser uma das maiores conquistas do governo do presidente Barack Obama e deve ajudar a contrabalançar a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico. REPERCUSSÃO O brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, parabenizou os países do TPP e disse que o acordo prova que é possível alcançar consenso entre países com interesses diversos quando existe "vontade política e determinação". Para outro brasileiro, o economista Maurício Mesquita Moreira, do setor de integração e comércio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o TTP deixa claro para onde caminha o comércio mundial, com novas regras estabelecidas pelo bloco liderado pelos EUA. "Há o objetivo claro de sinalizar para a China que, se quiser continuar participando do comércio global, em algum momento vai ter que se ajustar a essas novas regras." Grupo de peso - Os membros do TTP são destino de quase um quarto dos embarques brasileiros IMPACTO SOBRE O BRASIL Segundo José Luiz Pimenta, professor da ESPM especialista em comércio exterior, o maior impacto do tratado deve vir da adoção de normas comuns de produção entre os países. Com isso, sua influência sobre os negócios vai além da mera derrubada de tarifas. "Uma série de regras jurídicas comuns dão previsibilidade para negócios de longo prazo e facilitam o investimento. Você pode exportar peças dos Estados Unidos e se beneficiar das cadeias regionais para que a montagem final aconteça nesses países." De fora do tratado, o Brasil pode perder espaço para seus produtos. "O Brasil fez um grande esforço recentemente para atender o mercado asiático de carne de frango, mas agora esses países podem começar a focar nas trocas entre si", diz. De acordo com os detalhes do acordo divulgados pela Casa Branca, o TTP vai eliminar mais de 18 mil impostos e tarifas cobrados sobre os produtos norte-americanos nos países envolvidos. Isenta, por exemplo, a cobrança de tributos sobre as importações de produtos do setor automotivo, que chegam a 70% atualmente. Segundo Pimenta, o Brasil tem fechado acordos comerciais com mercados menores, como Colômbia e México. O foco tem sido principalmente na derrubada de barreiras, em detrimento da adoção de normas comuns. A rodada final de negociações do TTP em Atlanta, que começou na quarta-feira, se debruçou sobre a questão de quanto tempo de duração deve ser permitido para a manutenção de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo. Também estiveram em pauta a derrubada de barreiras nos mercados de laticínios e açúcar e a queda gradual, ao longo de três décadas, de impostos de importação de carros japoneses vendidos na América do Norte. LIVRE-COMÉRCIO NO PACÍFICO - Países que representam 36% do PIB global fecham acordo comercial MERCADO DE AÇÚCAR Sob o TTP, a Austrália receberá uma cota adicional de 65 mil toneladas anuais para exportar açúcar para os Estados Unidos, disse à agência de notícias Reuters uma autoridade australiana com conhecimento das negociações. Com isso, o produto brasileiro pode vir a ter mais trabalho para encontrar espaço no mercado americano, avalia Pimenta, da ESPM —apesar de os Estados Unidos serem irrelevantes para as cerca de 22 milhões de toneladas exportadas em 2014 pelo Brasil. O volume soma-se às 87,4 mil toneladas já destinadas à Austrália sob o regime de tarifas vigente para o ano comercial que começou em 1º de outubro. A Austrália poderá enviar 400 mil toneladas de açúcar para os Estados Unidos anualmente até 2019, no cenário mais otimista, disse a fonte. Sob os termos do acordo, a Austrália também receberá 23% da cota arbitrária, que é baseada na demanda norte-americana sob regime de tarifas, disse a autoridade. O percentual compara-se aos atuais 8%.
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Avião da Turkish Airlines volta a Istambul após nova ameaça de bomba
Um Boeing-737/800 da Turkish Airlines teve que retornar a Istambul nesta sexta-feira (17) devido a mais uma falsa ameaça de bomba que foi encontrada no banheiro. É o quarto caso em um avião da empresa em menos de um mês. A aeronave, que fazia o voo TK1923 entre a cidade turca e Basileia, na Suíça, levava 151 pessoas a bordo. Minutos depois da decolagem, um dos comissários encontrou no banheiro um bilhete em turco alertando para a existência do explosivo. Os pilotos da aeronave, que levava 151 pessoas a bordo, decidiram então voltar ao aeroporto de origem, onde o esquadrão antibombas da polícia turca fez uma inspeção no interior do Boeing e nas bagagens dos passageiros. Nada foi encontrado. Os viajantes foram realocados em outra aeronave que seguiu viagem para a Suíça. Em nota, a companhia aérea turca informou que o retorno ao aeroporto de origem é o procedimento padrão nesta circunstância. Este é o quarto caso do tipo desde 29 de março, quando um Boeing-777/300 da companhia que seguia para Tóquio teve que voltar a Istambul devido a um bilhete que apontava a existência de uma bomba no porão da aeronave. No dia seguinte, os pilotos de outro Boeing-777/300 da Turkish Airlines, com destino a São Paulo e Buenos Aires, tiveram que fazer um pouso não programado em Casablanca, no Marrocos, após ser encontrado outro bilhete similar. Dois dias depois, uma mala desacompanhada foi o motivo para um Boeing-737/900 que deveria chegar a Lisboa ter que fazer mais um retorno a Istambul. Em nenhum dos casos foi encontrada ameaça que comprovasse o alerta.
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Avião da Turkish Airlines volta a Istambul após nova ameaça de bombaUm Boeing-737/800 da Turkish Airlines teve que retornar a Istambul nesta sexta-feira (17) devido a mais uma falsa ameaça de bomba que foi encontrada no banheiro. É o quarto caso em um avião da empresa em menos de um mês. A aeronave, que fazia o voo TK1923 entre a cidade turca e Basileia, na Suíça, levava 151 pessoas a bordo. Minutos depois da decolagem, um dos comissários encontrou no banheiro um bilhete em turco alertando para a existência do explosivo. Os pilotos da aeronave, que levava 151 pessoas a bordo, decidiram então voltar ao aeroporto de origem, onde o esquadrão antibombas da polícia turca fez uma inspeção no interior do Boeing e nas bagagens dos passageiros. Nada foi encontrado. Os viajantes foram realocados em outra aeronave que seguiu viagem para a Suíça. Em nota, a companhia aérea turca informou que o retorno ao aeroporto de origem é o procedimento padrão nesta circunstância. Este é o quarto caso do tipo desde 29 de março, quando um Boeing-777/300 da companhia que seguia para Tóquio teve que voltar a Istambul devido a um bilhete que apontava a existência de uma bomba no porão da aeronave. No dia seguinte, os pilotos de outro Boeing-777/300 da Turkish Airlines, com destino a São Paulo e Buenos Aires, tiveram que fazer um pouso não programado em Casablanca, no Marrocos, após ser encontrado outro bilhete similar. Dois dias depois, uma mala desacompanhada foi o motivo para um Boeing-737/900 que deveria chegar a Lisboa ter que fazer mais um retorno a Istambul. Em nenhum dos casos foi encontrada ameaça que comprovasse o alerta.
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Benzema apresenta queixa por quebra de sigilo em inquérito sobre extorsão
O atacante Karim Benzema, 27, vai apresentar uma queixa contra a quebra de sigilo de Justiça após uma rádio francesa divulgar gravações telefônicas que podem incriminar o jogador do Real Madrid, investigado por suposta tentativa de extorsão ao companheiro de seleção Mathieu Valbuena, usando um vídeo de conteúdo erótico. A decisão foi divulgada pelo advogado de Benzema após a rádio Europe 1 transmitir nesta terça-feira (10) partes de grampos telefônicos em que o jogador diz a um amigo, também acusado no caso, que tentou convencer Valbuena a negociar com os chantagistas. "Que partes foram escolhidas? As piores", disse o advogado Sylvain Cormier à Europe 1. "Vamos apresentar uma queixa por violação de confidencialidade judicial", acrescentou. O jogador foi indiciado na última quinta-feira pela Promotoria de Versalhes, na região de Paris, por conspiração para cometer ato criminoso e cumplicidade na tentativa de chantagem contra Valbuena. O atleta do Real Madrid chegou a passar 24 horas sob custódia judicial e foi levado a uma audiência, quando, segundo a Promotoria, "reconheceu ter falado com Valbuena a pedido de um amigo de infância, que havia sido contatado pelos três extorsionários que possuíam o vídeo sexual". Benzema explicou que tentou "ajudar" este amigo, sem pensar que poderia prejudicar Valbuena. O atacante disse ter acertado com o amigo sobre o que deveria falar a Valbuena com o objetivo de que o jogador negociasse exclusivamente com este amigo.
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Benzema apresenta queixa por quebra de sigilo em inquérito sobre extorsãoO atacante Karim Benzema, 27, vai apresentar uma queixa contra a quebra de sigilo de Justiça após uma rádio francesa divulgar gravações telefônicas que podem incriminar o jogador do Real Madrid, investigado por suposta tentativa de extorsão ao companheiro de seleção Mathieu Valbuena, usando um vídeo de conteúdo erótico. A decisão foi divulgada pelo advogado de Benzema após a rádio Europe 1 transmitir nesta terça-feira (10) partes de grampos telefônicos em que o jogador diz a um amigo, também acusado no caso, que tentou convencer Valbuena a negociar com os chantagistas. "Que partes foram escolhidas? As piores", disse o advogado Sylvain Cormier à Europe 1. "Vamos apresentar uma queixa por violação de confidencialidade judicial", acrescentou. O jogador foi indiciado na última quinta-feira pela Promotoria de Versalhes, na região de Paris, por conspiração para cometer ato criminoso e cumplicidade na tentativa de chantagem contra Valbuena. O atleta do Real Madrid chegou a passar 24 horas sob custódia judicial e foi levado a uma audiência, quando, segundo a Promotoria, "reconheceu ter falado com Valbuena a pedido de um amigo de infância, que havia sido contatado pelos três extorsionários que possuíam o vídeo sexual". Benzema explicou que tentou "ajudar" este amigo, sem pensar que poderia prejudicar Valbuena. O atacante disse ter acertado com o amigo sobre o que deveria falar a Valbuena com o objetivo de que o jogador negociasse exclusivamente com este amigo.
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'Precisam deixar o corpo esfriar', diz Lawrence sobre 'Jogos Vorazes'
À frente das bilheterias brasileiras pela quarta semana, o filme mais recente da franquia "Jogos Vorazes" pode não ser o último. O estúdio Lionsgate expressou a intenção de produzir mais filmes no universo de Panem, mas sem contar com Jennifer Lawrence, 25, contrária à ideia. "Eu não estaria envolvida. Acho que é cedo demais. Eles precisam deixar o corpo esfriar, na minha opinião", declarou a atriz à revista americana "Variety". Entre as estratégias consideradas pelo estúdio para retornar ao universo criado pela autora Susanne Collins está ambientar a trama na origem dos "Jogos Vorazes", antes de Katniss (Jennifer) e Peeta (Josh Hutcherson) serem selecionados. Francis Lawrence, diretor dos três filmes mais recentes da franquia, também mostrou relutância diante de possíveis spin-offs. "A escolha mais óbvia seria voltar para os jogos de outra pessoa, como Haymitch. O problema é que você já sabe o resultado", disse ao "Yahoo". "Nós acabamos de explorar guerra e trauma. Precisamos mesmo ver outros jogos? Eu não sei." A tentativa da Lionsgate de manter a franquia viva é justificada pela receita das bilheterias: ao todo, os quatro filmes já faturaram cerca de R$ 11 bilhões ao redor do mundo.
ilustrada
'Precisam deixar o corpo esfriar', diz Lawrence sobre 'Jogos Vorazes'À frente das bilheterias brasileiras pela quarta semana, o filme mais recente da franquia "Jogos Vorazes" pode não ser o último. O estúdio Lionsgate expressou a intenção de produzir mais filmes no universo de Panem, mas sem contar com Jennifer Lawrence, 25, contrária à ideia. "Eu não estaria envolvida. Acho que é cedo demais. Eles precisam deixar o corpo esfriar, na minha opinião", declarou a atriz à revista americana "Variety". Entre as estratégias consideradas pelo estúdio para retornar ao universo criado pela autora Susanne Collins está ambientar a trama na origem dos "Jogos Vorazes", antes de Katniss (Jennifer) e Peeta (Josh Hutcherson) serem selecionados. Francis Lawrence, diretor dos três filmes mais recentes da franquia, também mostrou relutância diante de possíveis spin-offs. "A escolha mais óbvia seria voltar para os jogos de outra pessoa, como Haymitch. O problema é que você já sabe o resultado", disse ao "Yahoo". "Nós acabamos de explorar guerra e trauma. Precisamos mesmo ver outros jogos? Eu não sei." A tentativa da Lionsgate de manter a franquia viva é justificada pela receita das bilheterias: ao todo, os quatro filmes já faturaram cerca de R$ 11 bilhões ao redor do mundo.
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Dólar sobe a R$ 3,51 com exterior e espera por ações de Temer; Bolsa cai
O dólar avança globalmente, impulsionado pelos fortes dados de vendas no varejo americano em abril. Os números divulgados nesta sexta-feira (13) sugerem que a economia dos EUA está ganhando força e reacenderam especulações sobre uma alta dos juros americanos mais rápida do que o previsto. No mercado doméstico, mesmo sem atuação do Banco Central no mercado de câmbio, a moeda americana à vista avançava há pouco 1,33%, para R$ 3,5176, enquanto o dólar comercial ganhava 1,29%, para R$ 3,5180. Contribui para o movimento o recuo das commodities no mercado internacional e a renovação das preocupações em relação ao crescimento da China. No cenário político, os investidores continuam no aguardo das primeiras medidas econômicas do governo do presidente interino Michel Temer. Em suas primeiras declarações no cargo, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prometeu nesta sexta-feira (13) cortar "despesas e privilégios daqueles que não precisam", em referência às desonerações tributárias a empresas. Os mesmos fatores influenciam o Ibovespa, que recuava há pouco 1,73%, aos 52.320,53 pontos. O índice é pressionado pela queda dos papéis do setor financeiro, Petrobras e Vale. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,565% para 13,605%. O contrato de DI para janeiro de 2021 avançava de 12,130% para 12,160%. O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco, ganhava 0,17%, aos 327,166 pontos. EXTERIOR A alta mundial do dólar também é alimentada por declarações de dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) alertando que a demora na alta dos juros americanos pode criar uma bolha de ativos. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones caía 0,32%; o S&P 500, -0,25%; e o Nasdaq, +0,07%. Na Europa, as Bolsas subiam, impulsionadas por ações de bancos e varejistas. Na Ásia, os índices acionários caíram, em meio às preocupações com o crescimento chinês.
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Dólar sobe a R$ 3,51 com exterior e espera por ações de Temer; Bolsa caiO dólar avança globalmente, impulsionado pelos fortes dados de vendas no varejo americano em abril. Os números divulgados nesta sexta-feira (13) sugerem que a economia dos EUA está ganhando força e reacenderam especulações sobre uma alta dos juros americanos mais rápida do que o previsto. No mercado doméstico, mesmo sem atuação do Banco Central no mercado de câmbio, a moeda americana à vista avançava há pouco 1,33%, para R$ 3,5176, enquanto o dólar comercial ganhava 1,29%, para R$ 3,5180. Contribui para o movimento o recuo das commodities no mercado internacional e a renovação das preocupações em relação ao crescimento da China. No cenário político, os investidores continuam no aguardo das primeiras medidas econômicas do governo do presidente interino Michel Temer. Em suas primeiras declarações no cargo, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prometeu nesta sexta-feira (13) cortar "despesas e privilégios daqueles que não precisam", em referência às desonerações tributárias a empresas. Os mesmos fatores influenciam o Ibovespa, que recuava há pouco 1,73%, aos 52.320,53 pontos. O índice é pressionado pela queda dos papéis do setor financeiro, Petrobras e Vale. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,565% para 13,605%. O contrato de DI para janeiro de 2021 avançava de 12,130% para 12,160%. O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco, ganhava 0,17%, aos 327,166 pontos. EXTERIOR A alta mundial do dólar também é alimentada por declarações de dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) alertando que a demora na alta dos juros americanos pode criar uma bolha de ativos. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones caía 0,32%; o S&P 500, -0,25%; e o Nasdaq, +0,07%. Na Europa, as Bolsas subiam, impulsionadas por ações de bancos e varejistas. Na Ásia, os índices acionários caíram, em meio às preocupações com o crescimento chinês.
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Empreendedoras e personalidades debatem protagonismo feminino
O segundo encontro de 2016 do "Diálogos Transformadores" reúne, na terça-feira (18), empreendedoras e personalidades para falar sobre "Empoderamento Feminino" no auditório da Folha, em São Paulo. A partir das 16h, as participantes discutirão durante duas horas o protagonismo da mulher em diferentes setores, como no empreendedorismo social, no meio executivo e cultural e o empoderamento da mulher negra. O encontro, que mistura debate e sabatina, reunirá, em um primeiro momento, Alice Freitas, fundadora da Rede Asta e membro das redes Folha e Ashoka de empreendedores; Alexandra Loras, ativista do empoderamento da mulher negra e ex-consulesa da França; e Tatiana Trevisan, diretora do Movimento Mulher 360 e gerente de Sustentabilidade do Walmart. Na sequência, Sammia Vilela compartilha sua história com o público. Filha de uma cobradora de ônibus e primeira da família a conquistar um diploma universitário, virou empreendedora por acaso ao começar a escrever um diário virtual sobre os preparativos de casamento, embrião do blog Casando Sem Grana. A empreendedora digital inspira o debate que vem logo em seguida com Ana Paula Padrão, apresentadora de TV; Tata Amaral, cineasta; e Amalia Fischer, criadora do Fundo ELAS, primeiro dedicado a mulheres. Nesse momento, as três vão interagir com as entrevistadas. O evento se encerra com o caso de Sheila Procópio, que superou uma desorganização crônica ao virar consultora na área, oficializando seu negócio quando entrou no Ciclo Brilhante, um curso para mulheres empreendedoras organizado pela Aliança Empreendedora. Esta edição do "Diálogos Transformadores", evento realizado pela Folha em parceria com a Ashoka, tem patrocínio da Unilever, que adotou globalmente uma estratégia de diversidade e foi uma das ganhadoras do Prêmio WEPs Brasil 2016. "A diversidade sempre esteve presente em nosso DNA", afirma Vanessa Verea, gerente de Marca Corporativa da empresa. "É por meio de iniciativas como a criada pela Folha que acreditamos ser possível transformar o cenário atual e alcançar a igualdade de gênero." O público interessado pode se inscrever para as últimas vagas na plateia pelo site da Folha. Quem não garantir seu lugar, poderá acompanhar a íntegra do evento na transmissão ao vivo da "TV Folha". O conteúdo da discussão que se propõe a apontar caminhos será ainda transformado em um minidocumentário para websérie no canal "Diálogos Transformadores" e em um paper. Diálogos Transformadores - Empoderamento Feminino - Auditório da Folha de S.Paulo - alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Ter. (18): das 16h às 18h. Inscrições pelo site. GRÁTIS
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Empreendedoras e personalidades debatem protagonismo femininoO segundo encontro de 2016 do "Diálogos Transformadores" reúne, na terça-feira (18), empreendedoras e personalidades para falar sobre "Empoderamento Feminino" no auditório da Folha, em São Paulo. A partir das 16h, as participantes discutirão durante duas horas o protagonismo da mulher em diferentes setores, como no empreendedorismo social, no meio executivo e cultural e o empoderamento da mulher negra. O encontro, que mistura debate e sabatina, reunirá, em um primeiro momento, Alice Freitas, fundadora da Rede Asta e membro das redes Folha e Ashoka de empreendedores; Alexandra Loras, ativista do empoderamento da mulher negra e ex-consulesa da França; e Tatiana Trevisan, diretora do Movimento Mulher 360 e gerente de Sustentabilidade do Walmart. Na sequência, Sammia Vilela compartilha sua história com o público. Filha de uma cobradora de ônibus e primeira da família a conquistar um diploma universitário, virou empreendedora por acaso ao começar a escrever um diário virtual sobre os preparativos de casamento, embrião do blog Casando Sem Grana. A empreendedora digital inspira o debate que vem logo em seguida com Ana Paula Padrão, apresentadora de TV; Tata Amaral, cineasta; e Amalia Fischer, criadora do Fundo ELAS, primeiro dedicado a mulheres. Nesse momento, as três vão interagir com as entrevistadas. O evento se encerra com o caso de Sheila Procópio, que superou uma desorganização crônica ao virar consultora na área, oficializando seu negócio quando entrou no Ciclo Brilhante, um curso para mulheres empreendedoras organizado pela Aliança Empreendedora. Esta edição do "Diálogos Transformadores", evento realizado pela Folha em parceria com a Ashoka, tem patrocínio da Unilever, que adotou globalmente uma estratégia de diversidade e foi uma das ganhadoras do Prêmio WEPs Brasil 2016. "A diversidade sempre esteve presente em nosso DNA", afirma Vanessa Verea, gerente de Marca Corporativa da empresa. "É por meio de iniciativas como a criada pela Folha que acreditamos ser possível transformar o cenário atual e alcançar a igualdade de gênero." O público interessado pode se inscrever para as últimas vagas na plateia pelo site da Folha. Quem não garantir seu lugar, poderá acompanhar a íntegra do evento na transmissão ao vivo da "TV Folha". O conteúdo da discussão que se propõe a apontar caminhos será ainda transformado em um minidocumentário para websérie no canal "Diálogos Transformadores" e em um paper. Diálogos Transformadores - Empoderamento Feminino - Auditório da Folha de S.Paulo - alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Ter. (18): das 16h às 18h. Inscrições pelo site. GRÁTIS
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Negar relevância a Ana C. é não conhecer discussão sobre poesia
Acreditar que na Flip aconteça algo de muito relevante para o debate literário contemporâneo é como acreditar que uma feira de arte irá revelar o artista contemporâneo mais crítico de sua época e simultaneamente vendê-lo. A festa literária tampouco é uma Bienal de arte: nessas os artistas exibem seus trabalhos e o espectador tem ali efetivamente a chance de encontro com o acontecimento artístico. Diferente da exposição, a festa literária não proporciona um encontro com a literatura, mas com a figura dos autores em breve aparições performáticas. A Flip cumpre um papel que os jornais já não cumprem, de divulgação e glamourização da literatura. Cria um certo desejo de literatura, algo como a ideia de que literatura deve ser bacana e preciso estar perto dela. Interfere no mercado, gera visibilidade. Mas nada disso é relevante para a literatura que se escreve ou para a crítica que dela se ocupa. A festa é uma vitrine das grandes editoras, assim como as feiras de arte são das grandes galerias. A Flip mobiliza fortemente a mídia brasileira que cria uma ilusão de importância que o evento não tem. Por que é difícil para a mídia assumir sem complexos que é um evento de aliança entre uma certa frivolidade cultural e o empreendedorismo turístico? A Flip é um mecanismo contemporâneo de canonização mercadológica. As comemorações servem aos projetos de reedição dos homenageados. Está sendo assim com Ana C. Não faz sentido requentar nos jornais o debate sobre cânone literário sem levar em consideração o sistema de canonização forjado pelo próprio mercado. Felipe Fortuna, ao questionar a pertinência da escolha da homenageada opera com noção de cânone alheia ao modus operandi mercadológico e distante da compreensão dos sistemas de legitimação de autores contemporâneos, especialmente os de poesia. Negar a relevância de Ana Cristina Cesar como ele faz é desconhecer a discussão atual sobre poesia e seu lugar nela. Não se trata de admirá-la como admiramos os clássicos modernos, mas saber reconhecer nessa escrita a produção de gestos relevantes para o poema em suas mutações recentes. Ana C. criou uma poesia autêntica a partir de uma poética da leitura, da tradução e do manejo de vozes, aliadas à elaboração de uma escrita intensa e intensamente consciente da experiência da linguagem que coloca o sujeito em risco. A Flip não irá alterar substancialmente a maneira de ler essa obra, mas divulgará seus livros e sua imagem. Chamada Flip Já não se espera que o curador de uma Bienal possa propor mais do que um recorte a partir das questões que informam o seu olhar. Por que então acreditar que o curador da festa literária sustenta uma visão onipotente capaz de renovar drasticamente a compreensão do fato literário? Sobretudo se a curadoria do evento tem pouca autonomia e é determinada –mais que numa Bienal– pela necessidade de aquecimento do mercado? LAURA ERBER é escritora e professora do Departamento de Teoria do Teatro da Unirio
ilustrada
Negar relevância a Ana C. é não conhecer discussão sobre poesiaAcreditar que na Flip aconteça algo de muito relevante para o debate literário contemporâneo é como acreditar que uma feira de arte irá revelar o artista contemporâneo mais crítico de sua época e simultaneamente vendê-lo. A festa literária tampouco é uma Bienal de arte: nessas os artistas exibem seus trabalhos e o espectador tem ali efetivamente a chance de encontro com o acontecimento artístico. Diferente da exposição, a festa literária não proporciona um encontro com a literatura, mas com a figura dos autores em breve aparições performáticas. A Flip cumpre um papel que os jornais já não cumprem, de divulgação e glamourização da literatura. Cria um certo desejo de literatura, algo como a ideia de que literatura deve ser bacana e preciso estar perto dela. Interfere no mercado, gera visibilidade. Mas nada disso é relevante para a literatura que se escreve ou para a crítica que dela se ocupa. A festa é uma vitrine das grandes editoras, assim como as feiras de arte são das grandes galerias. A Flip mobiliza fortemente a mídia brasileira que cria uma ilusão de importância que o evento não tem. Por que é difícil para a mídia assumir sem complexos que é um evento de aliança entre uma certa frivolidade cultural e o empreendedorismo turístico? A Flip é um mecanismo contemporâneo de canonização mercadológica. As comemorações servem aos projetos de reedição dos homenageados. Está sendo assim com Ana C. Não faz sentido requentar nos jornais o debate sobre cânone literário sem levar em consideração o sistema de canonização forjado pelo próprio mercado. Felipe Fortuna, ao questionar a pertinência da escolha da homenageada opera com noção de cânone alheia ao modus operandi mercadológico e distante da compreensão dos sistemas de legitimação de autores contemporâneos, especialmente os de poesia. Negar a relevância de Ana Cristina Cesar como ele faz é desconhecer a discussão atual sobre poesia e seu lugar nela. Não se trata de admirá-la como admiramos os clássicos modernos, mas saber reconhecer nessa escrita a produção de gestos relevantes para o poema em suas mutações recentes. Ana C. criou uma poesia autêntica a partir de uma poética da leitura, da tradução e do manejo de vozes, aliadas à elaboração de uma escrita intensa e intensamente consciente da experiência da linguagem que coloca o sujeito em risco. A Flip não irá alterar substancialmente a maneira de ler essa obra, mas divulgará seus livros e sua imagem. Chamada Flip Já não se espera que o curador de uma Bienal possa propor mais do que um recorte a partir das questões que informam o seu olhar. Por que então acreditar que o curador da festa literária sustenta uma visão onipotente capaz de renovar drasticamente a compreensão do fato literário? Sobretudo se a curadoria do evento tem pouca autonomia e é determinada –mais que numa Bienal– pela necessidade de aquecimento do mercado? LAURA ERBER é escritora e professora do Departamento de Teoria do Teatro da Unirio
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Escolas estaduais ficam sem verba para material e manutenção em SP
Escolas estaduais da capital e do interior de São Paulo estão sem verba para fazer manutenção dos prédios e para comprar materiais de escritório, de limpeza e de higiene. Segundo professores e diretores, o dinheiro não está sendo repassado pela Secretaria de Estado da Educação, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), desde o fim do ano passado. Sem os materiais, professores têm feito vaquinha para comprar papel higiênico, papel sulfite, copos descartáveis e giz, entre outros materiais. E em dias de prova, estão pagando do próprio bolso as cópias das avaliações e depois cobrando dos alunos, que na maioria das vezes não pagam e deixam o professor no prejuízo. O diretor Aldo José Martins afirma que a escola Ayrton Busch, em Bauru (329 km de São Paulo), ainda não recebeu a verba para a manutenção do prédio, de cerca de R$ 8.000 pagos em duas vezes ao ano, nem o repasse mensal de R$ 1,30 por aluno para materiais. "Essa é a nossa realidade. Os professores nos ajudam para comprar papel higiênico e café". Segundo o presidente da Udemo (sindicato que reúne coordenadores e diretores de escolas estaduais), Francisco Poli, desde o ano passado os repasses estão irregulares. "Neste ano ainda não foi feito nenhum repasse. E a justificativa do governo é que houve diminuição na arrecadação de impostos", afirmou Poli, ao ressaltar que a situação atinge toda a rede. A reportagem ouviu professores que, pedindo para não serem identificados, confirmaram que em quatro escolas da capital e em uma do ABC faltam materiais e manutenção nos prédios escolares. "Não tem papel higiênico nem para limpar o nariz. Todos os professores e alguns alunos têm que trazer de casa", disse um professor. COMPUTADORES Além da falta de materiais e da manutenção das escolas, professores da rede estadual também enfrentam falta de infraestrutura. Na Escola Estadual Erasmo Batista Silva de Almeida, em Diadema (ABC), os computadores estão antigos e desatualizados. Professores disseram que só há quatro ou cinco equipamentos estão funcionando, o que dificulta as aulas tanto para professores e alunos. "Não há manutenção. Essa realidade se arrasta desde o ano passado", disse um professor, que não se identificou. Também em Diadema, a Escola Estadual Jorge Ferreira apresenta sinais de abandono. O teto de salas de aulas estão com infiltração de água, o portão está enferrujado, a fiação elétrica está exposta e parte da estrutura de ferro de uma das paredes está aparente. "É um absurdo crianças estarem estudando em um lugar que está largado", disse a mãe de um aluno que preferiu não se identificar. A Secretaria de Estado da Educação disse que a escola Jorge Ferreira receberá R$ 15 mil para obra no telhado e laje, pintura do teto e revisão da parte elétrica. Disse ainda que a Erasmo Batista Silva de Almeida tem 15 computadores, 12 deles funcionando. BLOQUEIO No fim de 2014, o governador Geraldo Alckmin já havia bloqueado as verbas que as escolas usam para comprar materiais de escritório e de limpeza e para pequenas obras. Na ocasião, os funcionários já relatavam falta de sulfite e papel higiênico nas escolas. A Secretaria de Estado da Educação negou, na época, que a suspensão do programa era para cortar gastos. Disse que o motivo era o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. OUTRO LADO A Secretaria de Estado da Educação, do governo Geraldo Alckmin, disse em nota que todas as escolas estaduais recebem mensalmente R$ 5,6 milhões para a compra de materiais e R$ 34,7 milhões para reparos. As oito escolas citadas na reportagem recebem cerca de R$ 12 mil para compra de materiais e R$ 76,6 mil para manutenção, segundo a secretaria. A secretaria negou o pagamento por provas. Disse ainda que a Diretoria Regional de Ensino de Bauru recebe as verbas e que uma equipe irá até a escola Ayrton Busch para apurar a queixa.
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Escolas estaduais ficam sem verba para material e manutenção em SPEscolas estaduais da capital e do interior de São Paulo estão sem verba para fazer manutenção dos prédios e para comprar materiais de escritório, de limpeza e de higiene. Segundo professores e diretores, o dinheiro não está sendo repassado pela Secretaria de Estado da Educação, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), desde o fim do ano passado. Sem os materiais, professores têm feito vaquinha para comprar papel higiênico, papel sulfite, copos descartáveis e giz, entre outros materiais. E em dias de prova, estão pagando do próprio bolso as cópias das avaliações e depois cobrando dos alunos, que na maioria das vezes não pagam e deixam o professor no prejuízo. O diretor Aldo José Martins afirma que a escola Ayrton Busch, em Bauru (329 km de São Paulo), ainda não recebeu a verba para a manutenção do prédio, de cerca de R$ 8.000 pagos em duas vezes ao ano, nem o repasse mensal de R$ 1,30 por aluno para materiais. "Essa é a nossa realidade. Os professores nos ajudam para comprar papel higiênico e café". Segundo o presidente da Udemo (sindicato que reúne coordenadores e diretores de escolas estaduais), Francisco Poli, desde o ano passado os repasses estão irregulares. "Neste ano ainda não foi feito nenhum repasse. E a justificativa do governo é que houve diminuição na arrecadação de impostos", afirmou Poli, ao ressaltar que a situação atinge toda a rede. A reportagem ouviu professores que, pedindo para não serem identificados, confirmaram que em quatro escolas da capital e em uma do ABC faltam materiais e manutenção nos prédios escolares. "Não tem papel higiênico nem para limpar o nariz. Todos os professores e alguns alunos têm que trazer de casa", disse um professor. COMPUTADORES Além da falta de materiais e da manutenção das escolas, professores da rede estadual também enfrentam falta de infraestrutura. Na Escola Estadual Erasmo Batista Silva de Almeida, em Diadema (ABC), os computadores estão antigos e desatualizados. Professores disseram que só há quatro ou cinco equipamentos estão funcionando, o que dificulta as aulas tanto para professores e alunos. "Não há manutenção. Essa realidade se arrasta desde o ano passado", disse um professor, que não se identificou. Também em Diadema, a Escola Estadual Jorge Ferreira apresenta sinais de abandono. O teto de salas de aulas estão com infiltração de água, o portão está enferrujado, a fiação elétrica está exposta e parte da estrutura de ferro de uma das paredes está aparente. "É um absurdo crianças estarem estudando em um lugar que está largado", disse a mãe de um aluno que preferiu não se identificar. A Secretaria de Estado da Educação disse que a escola Jorge Ferreira receberá R$ 15 mil para obra no telhado e laje, pintura do teto e revisão da parte elétrica. Disse ainda que a Erasmo Batista Silva de Almeida tem 15 computadores, 12 deles funcionando. BLOQUEIO No fim de 2014, o governador Geraldo Alckmin já havia bloqueado as verbas que as escolas usam para comprar materiais de escritório e de limpeza e para pequenas obras. Na ocasião, os funcionários já relatavam falta de sulfite e papel higiênico nas escolas. A Secretaria de Estado da Educação negou, na época, que a suspensão do programa era para cortar gastos. Disse que o motivo era o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. OUTRO LADO A Secretaria de Estado da Educação, do governo Geraldo Alckmin, disse em nota que todas as escolas estaduais recebem mensalmente R$ 5,6 milhões para a compra de materiais e R$ 34,7 milhões para reparos. As oito escolas citadas na reportagem recebem cerca de R$ 12 mil para compra de materiais e R$ 76,6 mil para manutenção, segundo a secretaria. A secretaria negou o pagamento por provas. Disse ainda que a Diretoria Regional de Ensino de Bauru recebe as verbas e que uma equipe irá até a escola Ayrton Busch para apurar a queixa.
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Produto falsificado se transforma em matéria-prima para eletrônicos
Em vez de passar um rolo compressor em uma montanha de eletrônicos contrabandeados, a Receita Federal agora encaminha os equipamentos falsificados apreendidos para um tipo de reciclagem que vai transformá-los em novos produtos. A tarefa é feita pela Sinctronics, empresa criada em 2012 justamente para reaproveitar produtos da indústria eletrônica, dentro de uma lógica de economia circular. "A gente transforma em matéria-prima nova produtos falsificados que antes a Receita mandava para destruição. É um cliente que nos apoia", explica Carlos Ohde, diretor-geral da empresa, que é uma unidade de negócios da norte-americana Flextronics no Brasil. O executivo será um dos participantes do debate "Economia Circular - Um Jeito Novo de Produzir e Consumir", nesta terça-feira (18), no auditório da Folha, no primeiro evento da série Diálogos Transformadores de 2017. Desde 2013, 12,4 mil toneladas de equipamentos já foram processadas. O modelo de negócio da Sinctronics surgiu para explorar um nicho em um contexto bem brasileiro, o de ser um grande consumidor e, ao mesmo tempo ter, uma grande indústria de eletroeletrônicos. "Com as duas coisas geograficamente próximas, a gente achou que o certo a se fazer era transformar o resíduo eletroeletrônico em matéria-prima para produtos novos", explica Ohde, sobre o fato de a empresa ter ido além da simples reciclagem e ter se tornado referência mundial em economia circular. "Na época, a gente nem conhecia o termo, mas ao descobrirmos essa teoria circular isso nos ajudou a aprimorar alguns processos. Reaproveitar matéria parece uma ideia natural. Economicamente faz sentido, ambientalmente também." Nos Estados Unidos, o cenário é diferente, pois embora seja um grande consumidor de eletrônicos, os equipamentos são produzidos na Ásia. "Então para reaproveitar o material, teria que fazer um transporte intercontinental. E aí fica muito caro. Economicamente é muito mais desafiador criar um modelo desses, seja dos EUA, ou da Europa, para Ásia, do que fazer aqui no Brasil." Segundo Ohde, por conta da lei de informática, o país tem uma base de produção grande, com várias empresas de peças, equipamentos, embalagens. "E essa matéria-prima retorna para economia local", explica. CLIENTES A Sincronics tem cerca de 30 clientes, entre eles gigantes como a HP. "É uma empresa que sempre lidera essa questão ambiental e chegaram para a gente com o desafio: 'Criem um plástico reciclado branco'. Uma coisa inédita. Eles nos incentivaram, e a gente foi atrás pra desenvolver um processo. E no final, viraram nossos clientes." A empresa hoje é a única que usa plásticos de uma impressora usada para fazer uma nova ou o plástico de um cartucho de toner para fazer notebook. "Isso é único aqui do Brasil", diz. O diretor da Sinctronics relata ter recebido visitas de vice-presidentes de sustentabilidade de duas grande fabricantes globais. "Eles falaram que aqui é a operação mais completa que viram no mundo. Não é uma operação grande, já que emprega cem pessoas, mas é única quando consideramos de ponta a ponta, já que a gente transforma o eletrônico usado em peça nova. Isso não existe em lugar nenhum no mundo." Esse ano, a empresa brasileira recebeu um reconhecimento do Fórum Econômico Mundial, pela contribuição na economia circular. "Também recebemos um convite para apresentar nosso caso em Helsinque, na Finlândia, num congresso de economia circular. Apesar da teoria lá na Europa fazer muito sentido –e a teoria de economia circular é fantástica–, do ponto de vista prático quem conseguiu montar alguma coisa nessa área de eletroeletrônicos fomos nós. Outros países não têm ainda as condições necessárias." INÉRCIA Ohde explica que, embora algumas empresas sejam parceiras, outras só se mexem quando há uma lei que as obrigue. "Tem muitas empresas que preferem ficar na inércia", afirma. A regulação, nesse caso, segue a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010. O problema é que, para entrar em vigor de fato, é preciso que cada segmento crie seu próprio acordo setorial. Na área de eletrônicos, a previsão é a de que o acordo seja firmado até o final deste ano. "Com o aumento de volume, não vai precisar da lei, porque vai ficar economicamente viável. Vai ser uma coisa natural", explica Ohde. A lei é uma coisa que força as empresas a fazerem, mas quando você tem um apelo econômico o modelo se puxa sozinho", complementa. "Diálogos Transformadores - Economia Circular" tem apoio do Instituto C&A
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Produto falsificado se transforma em matéria-prima para eletrônicosEm vez de passar um rolo compressor em uma montanha de eletrônicos contrabandeados, a Receita Federal agora encaminha os equipamentos falsificados apreendidos para um tipo de reciclagem que vai transformá-los em novos produtos. A tarefa é feita pela Sinctronics, empresa criada em 2012 justamente para reaproveitar produtos da indústria eletrônica, dentro de uma lógica de economia circular. "A gente transforma em matéria-prima nova produtos falsificados que antes a Receita mandava para destruição. É um cliente que nos apoia", explica Carlos Ohde, diretor-geral da empresa, que é uma unidade de negócios da norte-americana Flextronics no Brasil. O executivo será um dos participantes do debate "Economia Circular - Um Jeito Novo de Produzir e Consumir", nesta terça-feira (18), no auditório da Folha, no primeiro evento da série Diálogos Transformadores de 2017. Desde 2013, 12,4 mil toneladas de equipamentos já foram processadas. O modelo de negócio da Sinctronics surgiu para explorar um nicho em um contexto bem brasileiro, o de ser um grande consumidor e, ao mesmo tempo ter, uma grande indústria de eletroeletrônicos. "Com as duas coisas geograficamente próximas, a gente achou que o certo a se fazer era transformar o resíduo eletroeletrônico em matéria-prima para produtos novos", explica Ohde, sobre o fato de a empresa ter ido além da simples reciclagem e ter se tornado referência mundial em economia circular. "Na época, a gente nem conhecia o termo, mas ao descobrirmos essa teoria circular isso nos ajudou a aprimorar alguns processos. Reaproveitar matéria parece uma ideia natural. Economicamente faz sentido, ambientalmente também." Nos Estados Unidos, o cenário é diferente, pois embora seja um grande consumidor de eletrônicos, os equipamentos são produzidos na Ásia. "Então para reaproveitar o material, teria que fazer um transporte intercontinental. E aí fica muito caro. Economicamente é muito mais desafiador criar um modelo desses, seja dos EUA, ou da Europa, para Ásia, do que fazer aqui no Brasil." Segundo Ohde, por conta da lei de informática, o país tem uma base de produção grande, com várias empresas de peças, equipamentos, embalagens. "E essa matéria-prima retorna para economia local", explica. CLIENTES A Sincronics tem cerca de 30 clientes, entre eles gigantes como a HP. "É uma empresa que sempre lidera essa questão ambiental e chegaram para a gente com o desafio: 'Criem um plástico reciclado branco'. Uma coisa inédita. Eles nos incentivaram, e a gente foi atrás pra desenvolver um processo. E no final, viraram nossos clientes." A empresa hoje é a única que usa plásticos de uma impressora usada para fazer uma nova ou o plástico de um cartucho de toner para fazer notebook. "Isso é único aqui do Brasil", diz. O diretor da Sinctronics relata ter recebido visitas de vice-presidentes de sustentabilidade de duas grande fabricantes globais. "Eles falaram que aqui é a operação mais completa que viram no mundo. Não é uma operação grande, já que emprega cem pessoas, mas é única quando consideramos de ponta a ponta, já que a gente transforma o eletrônico usado em peça nova. Isso não existe em lugar nenhum no mundo." Esse ano, a empresa brasileira recebeu um reconhecimento do Fórum Econômico Mundial, pela contribuição na economia circular. "Também recebemos um convite para apresentar nosso caso em Helsinque, na Finlândia, num congresso de economia circular. Apesar da teoria lá na Europa fazer muito sentido –e a teoria de economia circular é fantástica–, do ponto de vista prático quem conseguiu montar alguma coisa nessa área de eletroeletrônicos fomos nós. Outros países não têm ainda as condições necessárias." INÉRCIA Ohde explica que, embora algumas empresas sejam parceiras, outras só se mexem quando há uma lei que as obrigue. "Tem muitas empresas que preferem ficar na inércia", afirma. A regulação, nesse caso, segue a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010. O problema é que, para entrar em vigor de fato, é preciso que cada segmento crie seu próprio acordo setorial. Na área de eletrônicos, a previsão é a de que o acordo seja firmado até o final deste ano. "Com o aumento de volume, não vai precisar da lei, porque vai ficar economicamente viável. Vai ser uma coisa natural", explica Ohde. A lei é uma coisa que força as empresas a fazerem, mas quando você tem um apelo econômico o modelo se puxa sozinho", complementa. "Diálogos Transformadores - Economia Circular" tem apoio do Instituto C&A
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Governistas querem unir denúncias contra Temer
Integrantes da base de apoio a Michel Temer pretendem forçar a unificação da análise na Câmara das denúncias criminais contra o presidente da República. O peemedebista foi denunciado na segunda-feira (26) pelo crime de corrupção passiva e deve sofrer, nos próximos dias, nova acusação formal da PGR (Procuradoria-Geral da República), dessa vez por obstrução da Justiça. O Ministério Público pode apresentar ainda outras denúncias, todas relacionadas a investigações da Lava Jato. Cabe ao plenário da Câmara autorizar o prosseguimento das denúncias, pelo voto de pelo menos 342 de seus 513 integrantes. A ideia de governistas é, com o objetivo de reduzir o desgaste do governo, reunir as denúncias em bloco e realizar apenas uma votação em plenário para todas elas. A manobra divide a área técnica do Congresso. Parte dos assessores jurídicos do Legislativo entende que deve haver tramitação e votações separadas para cada denúncia apresentada, sob o argumento de que, se houve o fatiamento pelo Ministério Público, que é o responsável pela acusação, não cabe unificação no Congresso. Segundo esses técnicos, uma votação em bloco ensejará ação prévia de contestação no Supremo Tribunal Federal, que dificilmente aprovará uma análise conjunta daquilo que foi desmembrado pela PGR. Defensores da unificação argumentam que as acusações partem de uma mesma investigação e o fatiamento é uma ação política da Procuradoria com o objetivo de ampliar o desgaste do governo. Questionado sobre a possibilidade de análise conjunta das denúncias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Temer, disse que ainda não estudou o assunto. Mas ele já encomendou à Secretaria-Geral da Mesa parecer sobre o rito. Integrantes de partidos como DEM, PPS, PSB, PDT, PSOL, Rede, Podemos e PHS formaram um grupo de oposição ao governo e pressionam o presidente da Câmara para que estabeleça um roteiro nos moldes do adotado no impeachment de Dilma Rousseff, inclusive com sessões aos domingos. A análise inicial das denúncias ocorrerá na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que aprovará o parecer a ser analisado pelo plenário. Presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) afirmou que pode escolher um mesmo relator para as denúncias, mas que vai esperar a chegada delas para decidir. Apesar disso, afirmou que, a priori, acha que as tramitações devem ser separadas. Nesta terça-feira, apenas Paulo Maluf (PP-SP) saiu em defesa de Michel Temer na CCJ. Alvo recente de duas condenações, o deputado afirmou que os colegas deveriam ignorar a impopularidade do presidente. "Na hora que os nossos votos forem orientados pelo Datafolha e pelo Ibope temos que rasgar a Constituição e trazer o pessoal do Datafolha e do Ibope pra cá para orientar nossas atitudes", disse. O Datafolha mostrou que a aprovação de Temer é de apenas 7%, a menor em 28 anos. O governo começou a fazer alterações na CCJ para tentar garantir vitória. Sacado do cargo de titular da comissão por seu partido, o Solidariedade, o deputado Major Olímpio (SP) disse que foi tratado como "corno", o "último a saber", sendo informado da decisão pela imprensa. Crítico de Temer, perdeu a vaga para o líder do partido, o deputado Áureo (SD-RJ). O Solidariedade diz que a troca não tem a ver com o caso Temer.
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Governistas querem unir denúncias contra TemerIntegrantes da base de apoio a Michel Temer pretendem forçar a unificação da análise na Câmara das denúncias criminais contra o presidente da República. O peemedebista foi denunciado na segunda-feira (26) pelo crime de corrupção passiva e deve sofrer, nos próximos dias, nova acusação formal da PGR (Procuradoria-Geral da República), dessa vez por obstrução da Justiça. O Ministério Público pode apresentar ainda outras denúncias, todas relacionadas a investigações da Lava Jato. Cabe ao plenário da Câmara autorizar o prosseguimento das denúncias, pelo voto de pelo menos 342 de seus 513 integrantes. A ideia de governistas é, com o objetivo de reduzir o desgaste do governo, reunir as denúncias em bloco e realizar apenas uma votação em plenário para todas elas. A manobra divide a área técnica do Congresso. Parte dos assessores jurídicos do Legislativo entende que deve haver tramitação e votações separadas para cada denúncia apresentada, sob o argumento de que, se houve o fatiamento pelo Ministério Público, que é o responsável pela acusação, não cabe unificação no Congresso. Segundo esses técnicos, uma votação em bloco ensejará ação prévia de contestação no Supremo Tribunal Federal, que dificilmente aprovará uma análise conjunta daquilo que foi desmembrado pela PGR. Defensores da unificação argumentam que as acusações partem de uma mesma investigação e o fatiamento é uma ação política da Procuradoria com o objetivo de ampliar o desgaste do governo. Questionado sobre a possibilidade de análise conjunta das denúncias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Temer, disse que ainda não estudou o assunto. Mas ele já encomendou à Secretaria-Geral da Mesa parecer sobre o rito. Integrantes de partidos como DEM, PPS, PSB, PDT, PSOL, Rede, Podemos e PHS formaram um grupo de oposição ao governo e pressionam o presidente da Câmara para que estabeleça um roteiro nos moldes do adotado no impeachment de Dilma Rousseff, inclusive com sessões aos domingos. A análise inicial das denúncias ocorrerá na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que aprovará o parecer a ser analisado pelo plenário. Presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) afirmou que pode escolher um mesmo relator para as denúncias, mas que vai esperar a chegada delas para decidir. Apesar disso, afirmou que, a priori, acha que as tramitações devem ser separadas. Nesta terça-feira, apenas Paulo Maluf (PP-SP) saiu em defesa de Michel Temer na CCJ. Alvo recente de duas condenações, o deputado afirmou que os colegas deveriam ignorar a impopularidade do presidente. "Na hora que os nossos votos forem orientados pelo Datafolha e pelo Ibope temos que rasgar a Constituição e trazer o pessoal do Datafolha e do Ibope pra cá para orientar nossas atitudes", disse. O Datafolha mostrou que a aprovação de Temer é de apenas 7%, a menor em 28 anos. O governo começou a fazer alterações na CCJ para tentar garantir vitória. Sacado do cargo de titular da comissão por seu partido, o Solidariedade, o deputado Major Olímpio (SP) disse que foi tratado como "corno", o "último a saber", sendo informado da decisão pela imprensa. Crítico de Temer, perdeu a vaga para o líder do partido, o deputado Áureo (SD-RJ). O Solidariedade diz que a troca não tem a ver com o caso Temer.
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'Robô' incentiva jovens a se tornarem empreendedores no chat do Facebook
Imagine um "robô" que conversa com você através do chat do Facebook? É exatamente o que faz o Deco, da página Fale com Deco, lançada em outubro de 2016 pela Fundação Telefônica. Deco, no caso, é um personagem que fala de igual para igual com o seu público-alvo: o jovem da periferia. O objetivo é incentivar os jovens a terem iniciativas empreendedoras, através de mensagens de apoio e vídeos com cases de sucesso. A dinâmica funciona da seguinte forma: é preciso acessar a página e clicar no botão "enviar uma mensagem", no canto superior direito. Feito isso, o bot abre uma janela de conversa com você: "Salve! Eu sou o Deco do Programa Pense Grande. Tô aqui pra te mostrar 10 passos que vão ajudar você a tirar uma grana com o seu talento. Bora começar? Aperta o botão aqui embaixo!" Ao clicar em "começar", a janela de conversa é iniciada. A cada seis mensagens, um vídeo é enviado, com duração média de dois minutos. São dez vídeos, um sobre cada tema, abordando assuntos como empreendendorismo social, monetização, iniciativa, persistência, sonhos, faça-você-mesmo, entre outros. O projeto é parte do programa Pense Grande, criado em 2013 pela Telefônica para difundir a cultura de empreendedorismo de impacto social com tecnologia digital para jovens brasileiros, especialmente os que vivem nas periferias. Os criadores estimam que mais de 50 mil pessoas visualizaram ao menos 7 dos 10 vídeos entre outubro e dezembro de 2016. A iniciativa foi mencionada pelo site especializado Trendwatching como uma das inovações que estão redefinindo as expectativas dos consumidores na América Latina, parte da onda de "empoderamento empreendedor" possibilitada pelas novas tecnologias.
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'Robô' incentiva jovens a se tornarem empreendedores no chat do FacebookImagine um "robô" que conversa com você através do chat do Facebook? É exatamente o que faz o Deco, da página Fale com Deco, lançada em outubro de 2016 pela Fundação Telefônica. Deco, no caso, é um personagem que fala de igual para igual com o seu público-alvo: o jovem da periferia. O objetivo é incentivar os jovens a terem iniciativas empreendedoras, através de mensagens de apoio e vídeos com cases de sucesso. A dinâmica funciona da seguinte forma: é preciso acessar a página e clicar no botão "enviar uma mensagem", no canto superior direito. Feito isso, o bot abre uma janela de conversa com você: "Salve! Eu sou o Deco do Programa Pense Grande. Tô aqui pra te mostrar 10 passos que vão ajudar você a tirar uma grana com o seu talento. Bora começar? Aperta o botão aqui embaixo!" Ao clicar em "começar", a janela de conversa é iniciada. A cada seis mensagens, um vídeo é enviado, com duração média de dois minutos. São dez vídeos, um sobre cada tema, abordando assuntos como empreendendorismo social, monetização, iniciativa, persistência, sonhos, faça-você-mesmo, entre outros. O projeto é parte do programa Pense Grande, criado em 2013 pela Telefônica para difundir a cultura de empreendedorismo de impacto social com tecnologia digital para jovens brasileiros, especialmente os que vivem nas periferias. Os criadores estimam que mais de 50 mil pessoas visualizaram ao menos 7 dos 10 vídeos entre outubro e dezembro de 2016. A iniciativa foi mencionada pelo site especializado Trendwatching como uma das inovações que estão redefinindo as expectativas dos consumidores na América Latina, parte da onda de "empoderamento empreendedor" possibilitada pelas novas tecnologias.
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Governo norueguês propõe multar e prender mendigos e causa polêmica
O governo norueguês entrou com um processo de proibição da mendicância no país, determinando multas e até mesmo prisão aos que descumprirem a lei, que pode entrar em vigor dentro de alguns meses e tem recebido críticas de vários partidos e diferentes organizações. O Partido Centrista, de oposição, prometeu há poucos dias apoio à proposta. Dessa forma, o governo do conservador e ultranacionalista Partido do Progresso garantiu o respaldo da maior parte do parlamento para sua aprovação. Os que incentivam esta reforma defendem que a mendicância está mais agressiva nos últimos anos, colaborando para o aumento da criminalidade e de outros delitos, tal como o tráfico de pessoas. "É importante levar o contexto em consideração. A medida foi proposta por causa da ligação com o crime organizado, não se trata de não suportarmos conviver com pedintes ou necessitados", afirmou a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, meses atrás, quando a possibilidade dessas proibições locais entrou em pauta. Diante das pressões da direita, o governo anterior aprovou, em 2013, que os municípios pudessem impor condições para quem pede dinheiro em lugares públicos e liberou que a polícia registrasse as pessoas que se dedicam à mendicância. Após o triunfo eleitoral, meses depois, os conservadores e a direita xenófoba intensificaram os esforços para restabelecer a proibição em nível nacional, abolida em 2005. O primeiro passo foi a reforma local, à qual aderiram dois pequenos municípios do sul do país, embora Oslo não seja um deles. "Na época, a maior parte dos pedintes eram noruegueses viciados em drogas, com problemas graves, mas nos últimos anos o número de mendigos, principalmente estrangeiros, aumentou muito", declarou o ministro da Justiça, Anders Anundsen, em alusão à situação em 2005. O governo garantiu novamente o apoio dos centristas em troca de mais dinheiro para medidas sociais, como a aprovação de uma verba extra para melhorar as condições dos ciganos na Romênia, de onde vem uma parte dos mendigos. O objetivo é criminalizar a mendicância organizada, mas as autoridades admitem a dificuldade de definir esse termo, como destacou o Colégio de Advogados Norueguês. Portanto, o governo fará uma proibição geral, incluindo multas ou penas de prisão de vários meses. A iniciativa recebeu muitas críticas, como, por exemplo, da Defensora do Povo Contra a Discriminação, Sunniva Orstavik, que teme que a medida possa promover a discriminação da população cigana. Por sua vez, a Comissão Nacional de Direitos Humanos advertiu sobre possíveis efeitos discriminatórios e violações da liberdade de expressão, enquanto grupos jurídicos criticaram o curto prazo de audiência ao qual a lei será submetida - apenas três semanas. "A proposta é muito problemática. Falei abertamente para as autoridades que espero que não sigam com o processo. Parece tentador usar métodos penais para tratar um problema social. Mas a mendicância é uma questão de pobreza", declarou há alguns dias o comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Nils Muiznieks, para a imprensa local. Esta reforma pode ter consequências para a estabilidade do governo norueguês, que possui a maioria parlamentar, graças ao apoio de duas formações de centro, o Partido Liberal e o Partido Democrata Cristão, que se opõem à medida.
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Governo norueguês propõe multar e prender mendigos e causa polêmicaO governo norueguês entrou com um processo de proibição da mendicância no país, determinando multas e até mesmo prisão aos que descumprirem a lei, que pode entrar em vigor dentro de alguns meses e tem recebido críticas de vários partidos e diferentes organizações. O Partido Centrista, de oposição, prometeu há poucos dias apoio à proposta. Dessa forma, o governo do conservador e ultranacionalista Partido do Progresso garantiu o respaldo da maior parte do parlamento para sua aprovação. Os que incentivam esta reforma defendem que a mendicância está mais agressiva nos últimos anos, colaborando para o aumento da criminalidade e de outros delitos, tal como o tráfico de pessoas. "É importante levar o contexto em consideração. A medida foi proposta por causa da ligação com o crime organizado, não se trata de não suportarmos conviver com pedintes ou necessitados", afirmou a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, meses atrás, quando a possibilidade dessas proibições locais entrou em pauta. Diante das pressões da direita, o governo anterior aprovou, em 2013, que os municípios pudessem impor condições para quem pede dinheiro em lugares públicos e liberou que a polícia registrasse as pessoas que se dedicam à mendicância. Após o triunfo eleitoral, meses depois, os conservadores e a direita xenófoba intensificaram os esforços para restabelecer a proibição em nível nacional, abolida em 2005. O primeiro passo foi a reforma local, à qual aderiram dois pequenos municípios do sul do país, embora Oslo não seja um deles. "Na época, a maior parte dos pedintes eram noruegueses viciados em drogas, com problemas graves, mas nos últimos anos o número de mendigos, principalmente estrangeiros, aumentou muito", declarou o ministro da Justiça, Anders Anundsen, em alusão à situação em 2005. O governo garantiu novamente o apoio dos centristas em troca de mais dinheiro para medidas sociais, como a aprovação de uma verba extra para melhorar as condições dos ciganos na Romênia, de onde vem uma parte dos mendigos. O objetivo é criminalizar a mendicância organizada, mas as autoridades admitem a dificuldade de definir esse termo, como destacou o Colégio de Advogados Norueguês. Portanto, o governo fará uma proibição geral, incluindo multas ou penas de prisão de vários meses. A iniciativa recebeu muitas críticas, como, por exemplo, da Defensora do Povo Contra a Discriminação, Sunniva Orstavik, que teme que a medida possa promover a discriminação da população cigana. Por sua vez, a Comissão Nacional de Direitos Humanos advertiu sobre possíveis efeitos discriminatórios e violações da liberdade de expressão, enquanto grupos jurídicos criticaram o curto prazo de audiência ao qual a lei será submetida - apenas três semanas. "A proposta é muito problemática. Falei abertamente para as autoridades que espero que não sigam com o processo. Parece tentador usar métodos penais para tratar um problema social. Mas a mendicância é uma questão de pobreza", declarou há alguns dias o comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Nils Muiznieks, para a imprensa local. Esta reforma pode ter consequências para a estabilidade do governo norueguês, que possui a maioria parlamentar, graças ao apoio de duas formações de centro, o Partido Liberal e o Partido Democrata Cristão, que se opõem à medida.
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Ano novo, vida nova!
Investir na carreira para ganhar mais dinheiro, controlar despesas, evitar desperdícios, pagar as contas e separar algum dinheiro para o lazer, pensar no futuro porque ainda vamos viver muito, escolher o melhor investimento, será que eu preciso mesmo desse empréstimo? Ufa! São muitas as decisões econômicas e financeiras que tomaremos ao longo da vida. Como garantir que podemos ser bem-sucedidos nesse desafio se ninguém nos ensinou como fazer? Educarmo-nos financeiramente e promover pequenas (e grandes) mudanças de hábitos podem trazer excelentes resultados. Segue lista de ações para inspirar suas metas para o ano que se inicia. Selecione no máximo cinco, aquelas com as quais você mais se identificou, e trate de colocá-las em ação. PLANEJAMENTO FINANCEIRO Controle suas despesas, do seu jeito, como for possível fazer. Mas faça, e faça direito, colocando no papel ou em planilha eletrônica todos os gastos. Não é possível gerenciar o que não se controla. Não gaste mais do que ganha. Estabeleça prioridades e limites de gastos para cada uma delas. Tenha uma reserva financeira para enfrentar situações inesperadas, como desemprego e doenças, suficiente para bancar de 3 a 6 meses do orçamento familiar. Pague a si mesmo em primeiro lugar. Antes de pagar as contas, separe e invista ao menos 10% do salário para realizar seus sonhos, seus projetos de vida. Calcule quanto você gasta, com o quê. Seu carro, por exemplo, leva quanto da sua renda, 20%, 40%? Quantos dias você trabalha por mês só para bancar o carro? Não se engane e lembre-se de somar as despesas anuais (seguro, IPVA, manutenção etc.) às despesas mensais. Envolva a família no planejamento para que todos se comprometam. Unidos e indo na mesma direção, será mais fácil atingir as metas. CRÉDITO O limite do cheque especial não está disponível para saque, como muitos bancos informam. Aprenda a viver sem ele. Tenha um único cartão de crédito e pague 100% da fatura no dia do vencimento. Deve ser usado como conveniência, e não como linha de crédito. Você define o valor do seu crédito rotativo (cartão de crédito e cheque especial). Ligue para a administradora do cartão ou banco e solicite redução do limite; aquele que você consegue pagar. Cuidado com as compras parceladas no cartão. Compras antigas se acumularão com as novas e fica fácil perder o controle. Uma inocente compra parcelada sem juros pode virar uma bola de neve assustadora. Planeje muito antes de contrair um empréstimo. Vai fazer o que com o dinheiro? Vai pagar como? O que você vai cortar do seu orçamento atual para encaixar essa nova despesa? Dívidas vencidas devem ser negociadas com os credores. A instituição financeira não ganha quando empresta; ganha quando você paga. Ela precisa ajudar você a pagar. INVESTIMENTOS Coloque o seu dinheiro para trabalhar para você. Invista sempre, com disciplina. Você vai se surpreender com os benefícios que esse hábito proporciona. Não aplique dinheiro em nenhum produto que você não seja capaz de explicar para sua mãe ou filho de 18 anos. Se não entendeu do que se trata, não compre. Não existe investimento sem risco. Se a rentabilidade é alta, o risco também é. Escolher o investimento com base em rentabilidade passada é fria. Quem garante que o passado vai se repetir? No Tesouro Direto você pode investir em títulos públicos, ganha 100% da taxa Selic, com custo baixo, cerca de 0,70% ao ano. Não pague mais nem se contente com rendimento menor. Não confunda título de capitalização com poupança programada. É uma forma punitiva de guardar dinheiro (somente guardar), com chance de ser sorteado, nada além disso. Muito cuidado com empresas e agentes comerciais que oferecem produtos sem ao menos explorar seus objetivos, suas restrições, seus interesses. Seja mais seletivo e exigente na escolha de parceiros. Feliz Ano Novo!
colunas
Ano novo, vida nova!Investir na carreira para ganhar mais dinheiro, controlar despesas, evitar desperdícios, pagar as contas e separar algum dinheiro para o lazer, pensar no futuro porque ainda vamos viver muito, escolher o melhor investimento, será que eu preciso mesmo desse empréstimo? Ufa! São muitas as decisões econômicas e financeiras que tomaremos ao longo da vida. Como garantir que podemos ser bem-sucedidos nesse desafio se ninguém nos ensinou como fazer? Educarmo-nos financeiramente e promover pequenas (e grandes) mudanças de hábitos podem trazer excelentes resultados. Segue lista de ações para inspirar suas metas para o ano que se inicia. Selecione no máximo cinco, aquelas com as quais você mais se identificou, e trate de colocá-las em ação. PLANEJAMENTO FINANCEIRO Controle suas despesas, do seu jeito, como for possível fazer. Mas faça, e faça direito, colocando no papel ou em planilha eletrônica todos os gastos. Não é possível gerenciar o que não se controla. Não gaste mais do que ganha. Estabeleça prioridades e limites de gastos para cada uma delas. Tenha uma reserva financeira para enfrentar situações inesperadas, como desemprego e doenças, suficiente para bancar de 3 a 6 meses do orçamento familiar. Pague a si mesmo em primeiro lugar. Antes de pagar as contas, separe e invista ao menos 10% do salário para realizar seus sonhos, seus projetos de vida. Calcule quanto você gasta, com o quê. Seu carro, por exemplo, leva quanto da sua renda, 20%, 40%? Quantos dias você trabalha por mês só para bancar o carro? Não se engane e lembre-se de somar as despesas anuais (seguro, IPVA, manutenção etc.) às despesas mensais. Envolva a família no planejamento para que todos se comprometam. Unidos e indo na mesma direção, será mais fácil atingir as metas. CRÉDITO O limite do cheque especial não está disponível para saque, como muitos bancos informam. Aprenda a viver sem ele. Tenha um único cartão de crédito e pague 100% da fatura no dia do vencimento. Deve ser usado como conveniência, e não como linha de crédito. Você define o valor do seu crédito rotativo (cartão de crédito e cheque especial). Ligue para a administradora do cartão ou banco e solicite redução do limite; aquele que você consegue pagar. Cuidado com as compras parceladas no cartão. Compras antigas se acumularão com as novas e fica fácil perder o controle. Uma inocente compra parcelada sem juros pode virar uma bola de neve assustadora. Planeje muito antes de contrair um empréstimo. Vai fazer o que com o dinheiro? Vai pagar como? O que você vai cortar do seu orçamento atual para encaixar essa nova despesa? Dívidas vencidas devem ser negociadas com os credores. A instituição financeira não ganha quando empresta; ganha quando você paga. Ela precisa ajudar você a pagar. INVESTIMENTOS Coloque o seu dinheiro para trabalhar para você. Invista sempre, com disciplina. Você vai se surpreender com os benefícios que esse hábito proporciona. Não aplique dinheiro em nenhum produto que você não seja capaz de explicar para sua mãe ou filho de 18 anos. Se não entendeu do que se trata, não compre. Não existe investimento sem risco. Se a rentabilidade é alta, o risco também é. Escolher o investimento com base em rentabilidade passada é fria. Quem garante que o passado vai se repetir? No Tesouro Direto você pode investir em títulos públicos, ganha 100% da taxa Selic, com custo baixo, cerca de 0,70% ao ano. Não pague mais nem se contente com rendimento menor. Não confunda título de capitalização com poupança programada. É uma forma punitiva de guardar dinheiro (somente guardar), com chance de ser sorteado, nada além disso. Muito cuidado com empresas e agentes comerciais que oferecem produtos sem ao menos explorar seus objetivos, suas restrições, seus interesses. Seja mais seletivo e exigente na escolha de parceiros. Feliz Ano Novo!
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Há 40 anos, Achados e Perdidos do Metrô de SP recebe objetos inusitados
Nada por ali parece surpreender os funcionários. Documentos, livros, celulares, anéis de noivado e dentaduras podem ser perdidos mesmo. Sim, dentaduras também. Mas, quando alguém esquece uma bengala para cego dentro de um vagão do metrô, aí é para começar a desconfiar. Há 40 anos é assim na Central de Achados e Perdidos do Metrô. Os objetos ficam 60 dias à disposição de seus donos. Depois disso, são enviados para o órgão emissor (no caso dos documentos) ou doados para o Fundo Social de Solidariedade de São Paulo. Desde 2008, os objetos que não poderiam ser doados para o fundo são enviados para um museu da instituição. Lá estão itens como máquinas fotográficas, discos de vinil, instrumentos musicais e, sim, dentaduras também. Em 2014, foram cadastrados mais de 77 mil itens/documentos e devolvidos cerca de 19 mil, o que representa 25% de tudo o que é recebido. Neste ano, a central recebeu mais de 25 mil itens. Até este mês foram devolvidos aos seus donos mais de 6.000. Na última semana, quando Tamiris Francis da Silva Pereira, 21, apareceu na Sé para retirar sua bengala perdida na estação República, um mistério se desfez. Como uma pessoa que é cega teria esquecido algo tão importante para se deslocar? Ela voltava de um treino de goalball, modalidade paraolímpica, em Itaquera, na zona leste, quando perdeu a bengala. "Saímos em grupo, com outras meninas também cegas puxando a fila", diz Tamiris, que mora em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. "Quando o sinal avisou que a porta iria fechar, saímos correndo. Tropecei e deixei cair." Sem ter como voltar, a saída foi procurar no Achados e Perdidos na Sé, onde a bengala estava em meio a uma coleção de guarda-chuvas. Esses são os itens menos retirados. Celulares são os mais procurados por seus donos, diz a coordenadora do setor, Cecília Guedes. Consequentemente, são os objetos com maior taxa de retorno aos proprietários. Já os guarda-chuvas perdidos, dos quais Mário Quintana indagava o paradeiro, esses não vão parar "nos anéis de Saturno", como chegou a escrever o poeta. São os itens com a menor taxa de retorno a seus donos –que raramente aparecem para buscá-los. "Deve ser porque hoje são objetos baratos, que se compra em qualquer esquina", afirma Cecília. A Central de Achados e Perdidos funciona na estação Sé, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 20h. Em comemoração aos 40 anos do serviço, até o final do mês uma vitrine na estação São Bento mostra alguns desses itens na exposição "Perdidos Achados", da artista plástica Marcia Gadioli. Na mesma semana em que Tamires apareceu para retirar sua bengala, outra igualzinha achada por funcionários foi enviada para o museu.
cotidiano
Há 40 anos, Achados e Perdidos do Metrô de SP recebe objetos inusitadosNada por ali parece surpreender os funcionários. Documentos, livros, celulares, anéis de noivado e dentaduras podem ser perdidos mesmo. Sim, dentaduras também. Mas, quando alguém esquece uma bengala para cego dentro de um vagão do metrô, aí é para começar a desconfiar. Há 40 anos é assim na Central de Achados e Perdidos do Metrô. Os objetos ficam 60 dias à disposição de seus donos. Depois disso, são enviados para o órgão emissor (no caso dos documentos) ou doados para o Fundo Social de Solidariedade de São Paulo. Desde 2008, os objetos que não poderiam ser doados para o fundo são enviados para um museu da instituição. Lá estão itens como máquinas fotográficas, discos de vinil, instrumentos musicais e, sim, dentaduras também. Em 2014, foram cadastrados mais de 77 mil itens/documentos e devolvidos cerca de 19 mil, o que representa 25% de tudo o que é recebido. Neste ano, a central recebeu mais de 25 mil itens. Até este mês foram devolvidos aos seus donos mais de 6.000. Na última semana, quando Tamiris Francis da Silva Pereira, 21, apareceu na Sé para retirar sua bengala perdida na estação República, um mistério se desfez. Como uma pessoa que é cega teria esquecido algo tão importante para se deslocar? Ela voltava de um treino de goalball, modalidade paraolímpica, em Itaquera, na zona leste, quando perdeu a bengala. "Saímos em grupo, com outras meninas também cegas puxando a fila", diz Tamiris, que mora em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. "Quando o sinal avisou que a porta iria fechar, saímos correndo. Tropecei e deixei cair." Sem ter como voltar, a saída foi procurar no Achados e Perdidos na Sé, onde a bengala estava em meio a uma coleção de guarda-chuvas. Esses são os itens menos retirados. Celulares são os mais procurados por seus donos, diz a coordenadora do setor, Cecília Guedes. Consequentemente, são os objetos com maior taxa de retorno aos proprietários. Já os guarda-chuvas perdidos, dos quais Mário Quintana indagava o paradeiro, esses não vão parar "nos anéis de Saturno", como chegou a escrever o poeta. São os itens com a menor taxa de retorno a seus donos –que raramente aparecem para buscá-los. "Deve ser porque hoje são objetos baratos, que se compra em qualquer esquina", afirma Cecília. A Central de Achados e Perdidos funciona na estação Sé, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 20h. Em comemoração aos 40 anos do serviço, até o final do mês uma vitrine na estação São Bento mostra alguns desses itens na exposição "Perdidos Achados", da artista plástica Marcia Gadioli. Na mesma semana em que Tamires apareceu para retirar sua bengala, outra igualzinha achada por funcionários foi enviada para o museu.
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Vasco faz gol nos acréscimos e vence primeira decisão no Rio
Com um gol de Rafael Silva aos 46min do segundo tempo, o Vasco venceu o Botafogo, por 1 a 0, neste domingo (26), no Maracanã, na primeira partida da decisão do Estadual do Rio. Com o resultado, o time de São Januário tirou a vantagem do adversário e precisa de apenas um empate para acabar com o jejum de 12 anos sem vencer o campeonato. A última conquista foi em 2003. O gol da vitória vascaína saiu após uma cobrança de falta de Bernardo. A bola atravessou toda a área e sobrou para Rafael Silva tocar para o gol. Campeão paulista pelo Ituano no ano passado, o atacante entrara no segundo tempo no lugar de Dagoberto e fez a festa da torcida vascaína. "Acabei pegando errado na bola na cobrança de falta, mas o Rafael foi rápido e fez o gol", explicou o atacante Bernardo, um dos jogadores mais festejados pelos torcedores. A primeira partida da decisão foi assistida por 45.488 torcedores no Maracanã. A renda do clássico foi de quase R$ 2 milhões (R$ 1.944.455, 00) para um público de 39.379 pagantes. Veja vídeo O Botafogo começou melhor. Aos 20 segundos, o atacante Bill obrigou o goleiro Martín Silva a fazer uma defesa difícil. A bola ainda tocou no travessão. Com o tempo, o Vasco conseguiu equilibrar a partida. Aos 18min, a equipe de São Januário desperdiçou a melhor oportunidade. Julio dos Santos aproveitou o erro do zagueiro Diego Giaretta, que não conseguiu tirar de cabeça uma bola fácil, e tentou encobrir Renan. A bola quase entrou. Depois da jogada, o Vasco equilibrou a partida, mas não conseguiu fazer o primeiro. No intervalo, Simões mexeu no time. Ele colocou Tomas no lugar de Gegê. Aos 8min, Bill desperdiçou outra oportunidade. Ele recebeu passe de Pimpão e tirou do goleiro uruguaio. A bola passou próxima da trave esquerda e foi para fora. Aos 13min, o vascaíno Doriva fez duas mudanças no time no setor ofensivo. O treinador colocou Bernardo e Rafael Silva na equipe. A equipe melhorou. Depois, aos 29min, o atacante Thales entrou. A decisão permaneceu equilibrada, com os dois times desperdiçando oportunidades. Aos 40min, o botafoguense Arão chutou no travessão. Mas, no final, o Vasco garantiu a vitória com o gol de Rafael Silva, aos 46 min.
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Vasco faz gol nos acréscimos e vence primeira decisão no RioCom um gol de Rafael Silva aos 46min do segundo tempo, o Vasco venceu o Botafogo, por 1 a 0, neste domingo (26), no Maracanã, na primeira partida da decisão do Estadual do Rio. Com o resultado, o time de São Januário tirou a vantagem do adversário e precisa de apenas um empate para acabar com o jejum de 12 anos sem vencer o campeonato. A última conquista foi em 2003. O gol da vitória vascaína saiu após uma cobrança de falta de Bernardo. A bola atravessou toda a área e sobrou para Rafael Silva tocar para o gol. Campeão paulista pelo Ituano no ano passado, o atacante entrara no segundo tempo no lugar de Dagoberto e fez a festa da torcida vascaína. "Acabei pegando errado na bola na cobrança de falta, mas o Rafael foi rápido e fez o gol", explicou o atacante Bernardo, um dos jogadores mais festejados pelos torcedores. A primeira partida da decisão foi assistida por 45.488 torcedores no Maracanã. A renda do clássico foi de quase R$ 2 milhões (R$ 1.944.455, 00) para um público de 39.379 pagantes. Veja vídeo O Botafogo começou melhor. Aos 20 segundos, o atacante Bill obrigou o goleiro Martín Silva a fazer uma defesa difícil. A bola ainda tocou no travessão. Com o tempo, o Vasco conseguiu equilibrar a partida. Aos 18min, a equipe de São Januário desperdiçou a melhor oportunidade. Julio dos Santos aproveitou o erro do zagueiro Diego Giaretta, que não conseguiu tirar de cabeça uma bola fácil, e tentou encobrir Renan. A bola quase entrou. Depois da jogada, o Vasco equilibrou a partida, mas não conseguiu fazer o primeiro. No intervalo, Simões mexeu no time. Ele colocou Tomas no lugar de Gegê. Aos 8min, Bill desperdiçou outra oportunidade. Ele recebeu passe de Pimpão e tirou do goleiro uruguaio. A bola passou próxima da trave esquerda e foi para fora. Aos 13min, o vascaíno Doriva fez duas mudanças no time no setor ofensivo. O treinador colocou Bernardo e Rafael Silva na equipe. A equipe melhorou. Depois, aos 29min, o atacante Thales entrou. A decisão permaneceu equilibrada, com os dois times desperdiçando oportunidades. Aos 40min, o botafoguense Arão chutou no travessão. Mas, no final, o Vasco garantiu a vitória com o gol de Rafael Silva, aos 46 min.
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Cidades do AM recebem projetos de saneamento e tratamento de água
Cerca de duas mil famílias ribeirinhas e rurais do Amazonas receberão projetos nas áreas de saneamento básico, tratamento de água e saúde como parte da iniciativa "Tecnologias Sociais no Amazonas", lançado na sexta-feira (10). Os moradores de Borba, Nova Olinda e Itacoatiara serão os beneficiários do programa, realizado por meio de uma parceria entre Fundação Banco do Brasil e Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), apoiadores do Prêmio Empreendedor Social, e que terá investimento de R$ 1 milhão. Os primeiros a receberem o projeto serão os moradores de Axinim, no município de Borba –a 6 horas de barco de Manaus. A tecnologia social que ajuda na rápida identificação e tratamento da anemia ferropriva (deficiência de ferro no organismo) chega para os alunos da rede pública já no fim de março. As outras iniciativas desenvolvidas são o tratamento da água por raios solares e o banheiro ecológico, uma forma de saneamento descentralizado para comunidades ribeirinhas. ATUAÇÃO As tecnologias sociais são soluções desenvolvidas com comunidades locais e que resolvem um determinado problema social. Os criadores desses projetos podem se inscrever no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Após uma seleção, elas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais. A escolha das iniciativas para as comunidades do Amazonas foi feita a partir de diagnóstico preliminar, realizado com a participação das populações locais, que auxiliaram na identificação das demandas e carências dessas comunidades. O Idis já trabalha com as comunidades ribeirinhas do Amazonas há seis anos, quando criou o PIR (Primeira Infância Ribeirinha) junto com outros parceiros . O programa foi um piloto que teve como objetivo o estabelecimento de uma política pública para a primeira infância no estado. Após a capacitação de agentes comunitários de saúde para orientar famílias sobre cuidados básicos de gestantes e crianças, o governo criou, no ano passado, o Programa Primeira Infância Amazonense, que expande esse atendimento para todos os municípios do Amazonas.
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Cidades do AM recebem projetos de saneamento e tratamento de águaCerca de duas mil famílias ribeirinhas e rurais do Amazonas receberão projetos nas áreas de saneamento básico, tratamento de água e saúde como parte da iniciativa "Tecnologias Sociais no Amazonas", lançado na sexta-feira (10). Os moradores de Borba, Nova Olinda e Itacoatiara serão os beneficiários do programa, realizado por meio de uma parceria entre Fundação Banco do Brasil e Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), apoiadores do Prêmio Empreendedor Social, e que terá investimento de R$ 1 milhão. Os primeiros a receberem o projeto serão os moradores de Axinim, no município de Borba –a 6 horas de barco de Manaus. A tecnologia social que ajuda na rápida identificação e tratamento da anemia ferropriva (deficiência de ferro no organismo) chega para os alunos da rede pública já no fim de março. As outras iniciativas desenvolvidas são o tratamento da água por raios solares e o banheiro ecológico, uma forma de saneamento descentralizado para comunidades ribeirinhas. ATUAÇÃO As tecnologias sociais são soluções desenvolvidas com comunidades locais e que resolvem um determinado problema social. Os criadores desses projetos podem se inscrever no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Após uma seleção, elas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais. A escolha das iniciativas para as comunidades do Amazonas foi feita a partir de diagnóstico preliminar, realizado com a participação das populações locais, que auxiliaram na identificação das demandas e carências dessas comunidades. O Idis já trabalha com as comunidades ribeirinhas do Amazonas há seis anos, quando criou o PIR (Primeira Infância Ribeirinha) junto com outros parceiros . O programa foi um piloto que teve como objetivo o estabelecimento de uma política pública para a primeira infância no estado. Após a capacitação de agentes comunitários de saúde para orientar famílias sobre cuidados básicos de gestantes e crianças, o governo criou, no ano passado, o Programa Primeira Infância Amazonense, que expande esse atendimento para todos os municípios do Amazonas.
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Animale abre semana da moda com coleção sensual e madura
Leva tempo até um estilista encontrar seu espaço numa marca que não seja a dele. O baiano Vitorino Campos, 28, achou e transformou a grife carioca Animale numa marca de autor. A inspiração eram os Hamptons, em Nova York, mas as roupas falam mais sobre a evolução de Campos. Conectada à imagem sensual da marca, a coleção passeia pela desconstrução da camisaria, cujas proporções amplas são comuns à grife homônima do designer, pelos recortes e colos expostos. O tom claro da areia foi combinado ao branco em tecidos naturais. Linhas onduladas e degradês remetiam ao mar, coroando a coleção mais madura de Vitorino Campos à frente da Animale. * ANIMALE AVALIAÇÃO ótimo ★★★★★ * DESFILES DO DIA 10h30 À la Garçonne (no Masp, av. Paulista, 1.578) 13h30 Reinaldo Lourenço (no Teatro Santander - Shopping JK, av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041) 17h30 Patricia Viera 20h30 LAB 42ª SP FASHION WEEK QUANDO até sexta-feira (28) ONDE Arena de Eventos, no parque Ibirapuera, av. Pedro Alvares Cabral, s/n. Portão 10 QUANTO só para convidados AO VIVO transmissão no site ffw.com.br/spfw/n42
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Animale abre semana da moda com coleção sensual e maduraLeva tempo até um estilista encontrar seu espaço numa marca que não seja a dele. O baiano Vitorino Campos, 28, achou e transformou a grife carioca Animale numa marca de autor. A inspiração eram os Hamptons, em Nova York, mas as roupas falam mais sobre a evolução de Campos. Conectada à imagem sensual da marca, a coleção passeia pela desconstrução da camisaria, cujas proporções amplas são comuns à grife homônima do designer, pelos recortes e colos expostos. O tom claro da areia foi combinado ao branco em tecidos naturais. Linhas onduladas e degradês remetiam ao mar, coroando a coleção mais madura de Vitorino Campos à frente da Animale. * ANIMALE AVALIAÇÃO ótimo ★★★★★ * DESFILES DO DIA 10h30 À la Garçonne (no Masp, av. Paulista, 1.578) 13h30 Reinaldo Lourenço (no Teatro Santander - Shopping JK, av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041) 17h30 Patricia Viera 20h30 LAB 42ª SP FASHION WEEK QUANDO até sexta-feira (28) ONDE Arena de Eventos, no parque Ibirapuera, av. Pedro Alvares Cabral, s/n. Portão 10 QUANTO só para convidados AO VIVO transmissão no site ffw.com.br/spfw/n42
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Leitores comentam sobre ausência do Brasil em tratados internacionais
Enquanto Chile e Peru evoluem economicamente participando de tratados internacionais que lhes vão proporcionar significativos avanços, o Brasil permanece atolado nas ultrapassadas políticas de relações internacionais ditadas pelo Itamaraty, liderado por Marco Aurélio Garcia. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP) * Mais uma vez verificamos a má gestão na condução do Brasil. Até o Peru entrou nesse acordo. Por que não entramos? Será que não fomos convidados? É um jeito peculiar de governar que temos hoje. Belas oportunidades são perdidas por causa de inoperância de um desgoverno. ARON NASCIMENTO (Araçatuba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Leitores comentam sobre ausência do Brasil em tratados internacionaisEnquanto Chile e Peru evoluem economicamente participando de tratados internacionais que lhes vão proporcionar significativos avanços, o Brasil permanece atolado nas ultrapassadas políticas de relações internacionais ditadas pelo Itamaraty, liderado por Marco Aurélio Garcia. ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP) * Mais uma vez verificamos a má gestão na condução do Brasil. Até o Peru entrou nesse acordo. Por que não entramos? Será que não fomos convidados? É um jeito peculiar de governar que temos hoje. Belas oportunidades são perdidas por causa de inoperância de um desgoverno. ARON NASCIMENTO (Araçatuba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Contra o Audax, Muricy muda time pela nona vez em nove partidas
O São Paulo ainda não encontrou a formação ideal na atual temporada e por isso o técnico Muricy Ramalho vai mais uma vez testar os jogadores. Diante do Audax, às 17h deste sábado (21), no Morumbi, pelo Paulista, o treinador levará a campo a nona formação diferente em nove jogos no ano –a conta inclui os amistosos com Vasco e Flamengo, pelo torneio Super Series, em Manaus. A novidade dessa vez estará no meio de campo, formado pela primeira vez com Denílson, Souza, Thiago Mendes (que substitui Ganso) e Michel Bastos. O time deve sentir um pouco porque vai perder um meia mais criativo, como Ganso, e ter outro que ajuda mais na marcação, como Thiago Mendes. Mas a escolha deste e não de Maicon –como ocorreu outras vezes– é para observar se a equipe terá mais velocidade, um problema que incomoda o comandante. Mas a mudança na escalação deste jogo só ocorreu porque Ganso pediu ao treinador para não jogar. A reportagem apurou que o meia pediu para ser preservado e, assim, ter mais tempo para se preparar para o duelo contra o uruguaio Danubio, dia 25, no Morumbi, pela segunda rodada da Copa Libertadores. SETOR OFENSIVO No ataque, o técnico já avisou que vai tirar Alan Kardec e colocar Pato ao lado de Luis Fabiano. A mudança foi justificada como "opção tática". Luis Fabiano e Pato formaram dupla em apenas um jogo neste ano. Foi na vitória por 2 a 0 sobre o XV de Piracicaba, no Pacaembu, jogo em que a equipe não teve uma atuação elogiada.
esporte
Contra o Audax, Muricy muda time pela nona vez em nove partidasO São Paulo ainda não encontrou a formação ideal na atual temporada e por isso o técnico Muricy Ramalho vai mais uma vez testar os jogadores. Diante do Audax, às 17h deste sábado (21), no Morumbi, pelo Paulista, o treinador levará a campo a nona formação diferente em nove jogos no ano –a conta inclui os amistosos com Vasco e Flamengo, pelo torneio Super Series, em Manaus. A novidade dessa vez estará no meio de campo, formado pela primeira vez com Denílson, Souza, Thiago Mendes (que substitui Ganso) e Michel Bastos. O time deve sentir um pouco porque vai perder um meia mais criativo, como Ganso, e ter outro que ajuda mais na marcação, como Thiago Mendes. Mas a escolha deste e não de Maicon –como ocorreu outras vezes– é para observar se a equipe terá mais velocidade, um problema que incomoda o comandante. Mas a mudança na escalação deste jogo só ocorreu porque Ganso pediu ao treinador para não jogar. A reportagem apurou que o meia pediu para ser preservado e, assim, ter mais tempo para se preparar para o duelo contra o uruguaio Danubio, dia 25, no Morumbi, pela segunda rodada da Copa Libertadores. SETOR OFENSIVO No ataque, o técnico já avisou que vai tirar Alan Kardec e colocar Pato ao lado de Luis Fabiano. A mudança foi justificada como "opção tática". Luis Fabiano e Pato formaram dupla em apenas um jogo neste ano. Foi na vitória por 2 a 0 sobre o XV de Piracicaba, no Pacaembu, jogo em que a equipe não teve uma atuação elogiada.
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A tentação por trás dos dossiês
A semana foi marcada pelo acirramento dos conflitos entre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e órgãos de jornalismo. A rede de televisão CNN e o site BuzzFeed divulgaram a existência de um dossiê de 35 páginas com informações não comprovadas contra Trump. Em resposta, o republicano acusou a mídia de ser antiética e parcial. O caso é intrincado. Aqui está o busílis: como a mídia deve agir diante de informações não confirmadas? No ano passado, uma empresa de pesquisa política contratada por adversários republicanos de Trump, ainda na disputa interna do partido, chamou um ex-espião britânico para investigar eventuais elos entre Trump e a Rússia. Os memorandos que o espião produziu narram que o Kremlin tentou obter influência sobre Trump, preparando-se para chantageá-lo com supostos vídeos de sexo e suborná-lo com ofertas vantajosas de negócios. A notícia sobre o dossiê foi dada pela CNN na terça (10). Em seguida, o site BuzzFeed divulgou a íntegra do documento, avisando aos leitores que as informações não haviam sido verificadas. A Folha tomou atitude sóbria e correta. Fez valer o serviço do "New York Times" a que tem direito. Em dois grandes textos, o jornal americano informou seus leitores, sem aderir a tons sensacionalistas. Dossiês como armas de campanha não são novidades na política. O Brasil acumula exemplos. É possível citar o dossiê Cohen, de 1937, passar pelo dossiê Cayman, de 1998, e chegar ao dos aloprados, de 2006. Em 1937, o general Olympio Mourão Filho foi o autor do Plano Cohen, dossiê atribuído aos comunistas sobre como se daria, hipoteticamente, a dominação comunista no país. Tratado como autêntico pelo governo, o documento, que não passava de uma falcatrua, serviu de justificativa para um golpe de Estado, por meio do qual Getúlio Vargas implantou o Estado Novo. Em 1998, apareceu o chamado dossiê Cayman, como definiu a Folha na época, "um conjunto de fotocópias sem veracidade comprovada" que indicava uma associação em uma empresa das Bahamas e em contas em dois paraísos fiscais do então presidente Fernando Henrique Cardoso com os ministros José Serra e Sérgio Motta e o governador Mário Covas. Foi noticiado fartamente pela imprensa brasileira. Somente três anos depois comprovou-se que era falsa a principal peça do dossiê, o extrato bancário de US$ 352,971 milhões do banco Schroders, na Suíça, em nome de uma empresa chamada CH, J & T. A empresa, que existia de fato, não pertencia aos tucanos e o extrato a ela atribuído fora forjado. Em 15 de setembro de 2006, a duas semanas do primeiro turno das eleições, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo ao tentar comprar um dossiê contra o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando diminuir a importância do episódio, afirmou que aquilo era obra de "um bando de aloprados". Não cabe analisar aqui o papel da imprensa brasileira em cada um dos episódios. A questão é outra. Não há dossiê, relatório ou inquérito que seja portador da verdade absoluta. O relato de fatos comprovados é a razão de ser dos jornais, que não podem abrir mão do papel de investigadores independentes, verificadores das informações, técnicos em formatar a narrativa, com contextualização e análise. Dossiês de origem subterrânea, investigações policiais e do Ministério Público ou informações recolhidas nas sombras do poder são notícia em estado bruto e devem ser submetidas a crivo técnico. Não se pode ignorar, entretanto, que vivemos tempos diferentes, em que notícias –falsas e verdadeiras– circulam sem controle. Não há solução fácil, obviamente. Tendo a achar que fortalece a credibilidade do jornal noticiar a existência do dossiê, mas sem entrar nos detalhes do conteúdo até conseguir comprovar sua autenticidade. De que serve publicar, num dia, informações –que podem ter consequências danosas– e mais adiante reconhecer que eram falsas? Isso as redes sociais já fazem. No episódio de Trump, coube ao novato BuzzFeed a divulgação do tal relatório na íntegra. Alegou que caberia aos leitores formar juízo próprio. Mas os leitores não têm as ferramentas e a expertise necessárias para tal investigação e verificação. Por isso decidem pagar por informações apuradas, editadas e redigidas por órgãos especializados. É a essência do jornalismo, a qual o BuzzFeed ignorou.
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A tentação por trás dos dossiêsA semana foi marcada pelo acirramento dos conflitos entre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e órgãos de jornalismo. A rede de televisão CNN e o site BuzzFeed divulgaram a existência de um dossiê de 35 páginas com informações não comprovadas contra Trump. Em resposta, o republicano acusou a mídia de ser antiética e parcial. O caso é intrincado. Aqui está o busílis: como a mídia deve agir diante de informações não confirmadas? No ano passado, uma empresa de pesquisa política contratada por adversários republicanos de Trump, ainda na disputa interna do partido, chamou um ex-espião britânico para investigar eventuais elos entre Trump e a Rússia. Os memorandos que o espião produziu narram que o Kremlin tentou obter influência sobre Trump, preparando-se para chantageá-lo com supostos vídeos de sexo e suborná-lo com ofertas vantajosas de negócios. A notícia sobre o dossiê foi dada pela CNN na terça (10). Em seguida, o site BuzzFeed divulgou a íntegra do documento, avisando aos leitores que as informações não haviam sido verificadas. A Folha tomou atitude sóbria e correta. Fez valer o serviço do "New York Times" a que tem direito. Em dois grandes textos, o jornal americano informou seus leitores, sem aderir a tons sensacionalistas. Dossiês como armas de campanha não são novidades na política. O Brasil acumula exemplos. É possível citar o dossiê Cohen, de 1937, passar pelo dossiê Cayman, de 1998, e chegar ao dos aloprados, de 2006. Em 1937, o general Olympio Mourão Filho foi o autor do Plano Cohen, dossiê atribuído aos comunistas sobre como se daria, hipoteticamente, a dominação comunista no país. Tratado como autêntico pelo governo, o documento, que não passava de uma falcatrua, serviu de justificativa para um golpe de Estado, por meio do qual Getúlio Vargas implantou o Estado Novo. Em 1998, apareceu o chamado dossiê Cayman, como definiu a Folha na época, "um conjunto de fotocópias sem veracidade comprovada" que indicava uma associação em uma empresa das Bahamas e em contas em dois paraísos fiscais do então presidente Fernando Henrique Cardoso com os ministros José Serra e Sérgio Motta e o governador Mário Covas. Foi noticiado fartamente pela imprensa brasileira. Somente três anos depois comprovou-se que era falsa a principal peça do dossiê, o extrato bancário de US$ 352,971 milhões do banco Schroders, na Suíça, em nome de uma empresa chamada CH, J & T. A empresa, que existia de fato, não pertencia aos tucanos e o extrato a ela atribuído fora forjado. Em 15 de setembro de 2006, a duas semanas do primeiro turno das eleições, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo ao tentar comprar um dossiê contra o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando diminuir a importância do episódio, afirmou que aquilo era obra de "um bando de aloprados". Não cabe analisar aqui o papel da imprensa brasileira em cada um dos episódios. A questão é outra. Não há dossiê, relatório ou inquérito que seja portador da verdade absoluta. O relato de fatos comprovados é a razão de ser dos jornais, que não podem abrir mão do papel de investigadores independentes, verificadores das informações, técnicos em formatar a narrativa, com contextualização e análise. Dossiês de origem subterrânea, investigações policiais e do Ministério Público ou informações recolhidas nas sombras do poder são notícia em estado bruto e devem ser submetidas a crivo técnico. Não se pode ignorar, entretanto, que vivemos tempos diferentes, em que notícias –falsas e verdadeiras– circulam sem controle. Não há solução fácil, obviamente. Tendo a achar que fortalece a credibilidade do jornal noticiar a existência do dossiê, mas sem entrar nos detalhes do conteúdo até conseguir comprovar sua autenticidade. De que serve publicar, num dia, informações –que podem ter consequências danosas– e mais adiante reconhecer que eram falsas? Isso as redes sociais já fazem. No episódio de Trump, coube ao novato BuzzFeed a divulgação do tal relatório na íntegra. Alegou que caberia aos leitores formar juízo próprio. Mas os leitores não têm as ferramentas e a expertise necessárias para tal investigação e verificação. Por isso decidem pagar por informações apuradas, editadas e redigidas por órgãos especializados. É a essência do jornalismo, a qual o BuzzFeed ignorou.
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Liberado por rival do São Paulo, colombiano acerta com o Santos
O atacante Jonathan Copete, 28, desembarcou na manhã desta quarta-feira (25) no aeroporto de Guarulhos e já viajou para Santos, onde assinará contrato com a equipe da Vila Belmiro. O jogador foi contratado após se destacar pelo Atlético Nacional na edição deste ano da Libertadores —marcou três gols no torneio. O time colombiano é o rival do São Paulo na semifinal do torneio. A negociação se arrastou justamente por causa da data de liberação do jogador. O prazo para inscrevê-lo na CBF é dia 19 de julho. Caso o Atlético avance a final (dia 27), ele não poderia atuar pelo Santos em 2016. Porém, o clube colombiano liberou o jogador antes dos confrontos contra o São Paulo, que devem ser realizados nas duas primeiras quartas do mês de julho.
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Liberado por rival do São Paulo, colombiano acerta com o SantosO atacante Jonathan Copete, 28, desembarcou na manhã desta quarta-feira (25) no aeroporto de Guarulhos e já viajou para Santos, onde assinará contrato com a equipe da Vila Belmiro. O jogador foi contratado após se destacar pelo Atlético Nacional na edição deste ano da Libertadores —marcou três gols no torneio. O time colombiano é o rival do São Paulo na semifinal do torneio. A negociação se arrastou justamente por causa da data de liberação do jogador. O prazo para inscrevê-lo na CBF é dia 19 de julho. Caso o Atlético avance a final (dia 27), ele não poderia atuar pelo Santos em 2016. Porém, o clube colombiano liberou o jogador antes dos confrontos contra o São Paulo, que devem ser realizados nas duas primeiras quartas do mês de julho.
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Polícia turca prende 13 suspeitos após atentado em aeroporto de Istambul
A polícia turca deteve 13 pessoas, três delas estrangeiras, nesta quinta-feira (30) sob suspeita de conexão com o atentado que deixou ao menos 44 mortos no aeroporto internacional de Istambul, segundo uma fonte oficial do governo da Turquia. De acordo com o governo, a polícia de Istambul realizou operações simultâneas em 16 locais da cidade, onde se suspeitava que funcionassem células do Estado Islâmico (EI). O governo anunciou também nesta quinta que os três responsáveis pelo ataque em Istambul são da Rússia, Uzbequistão e Quirguistão. Ainda não há confirmação de envolvimento com o EI e, até o momento, ninguém assumiu a autoria do atentado. O ataque, com 239 feridos, foi o mais letal ocorrido na maior cidade turca desde 2003, quando caminhões-bomba explodiram em frente a duas sinagogas e ao consulado do Reino Unido, deixando 57 mortos. Uma fonte oficial também afirmou que houve demora para identificar os três responsáveis pelo ataque devido a "danos extensivos aos tecidos moles" –como músculos, pele e tendões. Para o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, a responsável pela ação é a facção terrorista Estado Islâmico. O governo justifica a acusação devido à semelhança com outros ataques da organização, principalmente o que matou 17 pessoas no aeroporto de Bruxelas em março. Quem também disse que o ataque tem a marca da milícia é John Brennan, diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA). No entanto, lembrou que os extremistas não reivindicaram a maioria das ações anteriores que fizeram na Turquia. DETALHES Nesta terça, as autoridades turcas revelaram mais detalhes sobre a sequência do ataque. Segundo os investigadores, os autores chegaram ao terminal internacional do aeroporto de táxi por volta das 21h50 (15h50 em Brasília). Após troca de tiros no posto de controle da entrada do desembarque, o primeiro detonou a primeira bomba. Os outros dois se aproveitaram do caos para ativar os explosivos que levavam consigo. Entre as vítimas estão ao menos 13 estrangeiros, incluindo cinco sauditas e dois iraquianos. Cidadãos de China, Jordânia, Tunísia, Uzbequistão, Irã e Ucrânia também morreram no atentado. Durante esta quarta (29), o aeroporto já havia retomado sua atividade, e os destroços eram limpos pela equipe. Terceiro mais movimentado na Europa, o aeroporto concentra voos de toda a região, o que explica a variedade na nacionalidade dos passageiros -e uma das razões para ter sido atacado. Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, pediu que a comunidade internacional faça do ataque um ponto de inflexão na luta global contra o terrorismo. A Turquia deve viver, a partir de agora, um novo declínio na sua indústria do turismo. O país foi atacado diversas outras vezes, nos últimos meses, e já não possui mais uma imagem de local seguro. Os turcos registraram queda de 34,7% no número de turistas em maio, em comparação ao mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos.
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Polícia turca prende 13 suspeitos após atentado em aeroporto de IstambulA polícia turca deteve 13 pessoas, três delas estrangeiras, nesta quinta-feira (30) sob suspeita de conexão com o atentado que deixou ao menos 44 mortos no aeroporto internacional de Istambul, segundo uma fonte oficial do governo da Turquia. De acordo com o governo, a polícia de Istambul realizou operações simultâneas em 16 locais da cidade, onde se suspeitava que funcionassem células do Estado Islâmico (EI). O governo anunciou também nesta quinta que os três responsáveis pelo ataque em Istambul são da Rússia, Uzbequistão e Quirguistão. Ainda não há confirmação de envolvimento com o EI e, até o momento, ninguém assumiu a autoria do atentado. O ataque, com 239 feridos, foi o mais letal ocorrido na maior cidade turca desde 2003, quando caminhões-bomba explodiram em frente a duas sinagogas e ao consulado do Reino Unido, deixando 57 mortos. Uma fonte oficial também afirmou que houve demora para identificar os três responsáveis pelo ataque devido a "danos extensivos aos tecidos moles" –como músculos, pele e tendões. Para o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, a responsável pela ação é a facção terrorista Estado Islâmico. O governo justifica a acusação devido à semelhança com outros ataques da organização, principalmente o que matou 17 pessoas no aeroporto de Bruxelas em março. Quem também disse que o ataque tem a marca da milícia é John Brennan, diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA). No entanto, lembrou que os extremistas não reivindicaram a maioria das ações anteriores que fizeram na Turquia. DETALHES Nesta terça, as autoridades turcas revelaram mais detalhes sobre a sequência do ataque. Segundo os investigadores, os autores chegaram ao terminal internacional do aeroporto de táxi por volta das 21h50 (15h50 em Brasília). Após troca de tiros no posto de controle da entrada do desembarque, o primeiro detonou a primeira bomba. Os outros dois se aproveitaram do caos para ativar os explosivos que levavam consigo. Entre as vítimas estão ao menos 13 estrangeiros, incluindo cinco sauditas e dois iraquianos. Cidadãos de China, Jordânia, Tunísia, Uzbequistão, Irã e Ucrânia também morreram no atentado. Durante esta quarta (29), o aeroporto já havia retomado sua atividade, e os destroços eram limpos pela equipe. Terceiro mais movimentado na Europa, o aeroporto concentra voos de toda a região, o que explica a variedade na nacionalidade dos passageiros -e uma das razões para ter sido atacado. Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, pediu que a comunidade internacional faça do ataque um ponto de inflexão na luta global contra o terrorismo. A Turquia deve viver, a partir de agora, um novo declínio na sua indústria do turismo. O país foi atacado diversas outras vezes, nos últimos meses, e já não possui mais uma imagem de local seguro. Os turcos registraram queda de 34,7% no número de turistas em maio, em comparação ao mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos.
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Empresários são otimistas até na crise; confiança excessiva pode levar a erros
Há menos de um mês, o consultor empresarial Dino Mocsányi organizou em São Paulo um evento sobre negócios chamado "2015 - 2016: Anos Formidáveis!". O principal assunto foi a maneira como os empresários devem encarar a economia desaquecida. Para ele, é uma época fértil em oportunidades. "Grandes corporações surgiram em crises", lembra Mocsányi. O otimismo é comumente recomendado a empreendedores como ingrediente para ter uma empresa com metas mais ambiciosas e consequentemente faturamentos maiores. "Tem tudo a ver com alta performance", diz Erik Penna, palestrante motivacional para empresários, segundo quem "o otimismo não tem nada negativo". Mas há quem discorde. A professora doutora americana de origem indiana Manju Puri, da Universidade de Duke, nos EUA, afirma que otimismo excessivo atrapalha as decisões econômicas. Ela conduziu um estudo para verificar qual o papel da predisposição a encarar o futuro nas escolhas de vida, desde opções de trabalho, casamento, até investimentos. Para avaliar o grau de otimismo das pessoas, ela apresentou dados de expectativa de vida e, em seguida, perguntou quanto elas achavam que iam viver. Quanto mais a resposta excedesse a média, mais otimista a pessoa seria considerada. Puri defende que o otimismo permeia todas as esferas da vida -ou seja, a mesma predisposição que faz com que a pessoa pense que vai viver mais faz com que ela considere que suas decisões econômicas darão certo. A conclusão é que quem tem uma visão excessivamente rósea do mundo também "não costuma planejar a longo prazo, não necessariamente paga suas contas em dia e toma decisões financeiras pouco recomendáveis", explica Puri, enumerando atitudes que, em um empreendedor, podem levar um negócio ao fracasso. O estudo compara otimismo a vinho, bom em pequenas quantidades. O consumo moderado "é associado a decisões prudentes, e o inverso é verdade para otimismo em excesso", diz a professora. CONFIANÇA O índice que mede a confiança do pequeno empresário brasileiro atingiu seu ponto mais baixo da série histórica, iniciada em 2009. O IC-PMN (Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios), calculado pelo Insper com base em entrevistas com mais de mil representantes de empresas, chegou a 57,4 pontos, em uma escala de 0 a 100. O número ainda está ligeiramente otimista -quando resulta mais de 50, significa que o futuro será melhor do que o presente. O humor é importante porque influencia nas decisões empresariais, diz o professor e pesquisador do Insper Gino Olivares. "Não faz sentido pensar que o empresário tem uma avaliação negativa e que ainda assim vá investir para expandir", explica. Leandro Tavares, 38, sócio do grupo Planeta Kids, uma rede de bufê infantil de São Paulo, vai na mesma linha: "Ser otimista significa enxergar possibilidade de resultado e implica não ter medo de investir", explica. Ele afirma que, "por incrível que pareça", está bem otimista mesmo reconhecendo que a economia passa por turbulências. Para seu negócio, a alta do dólar faz com que as famílias deixem de viajar à Disney e acabem fazendo festas para as crianças. Mas não é só na base do otimismo que Tavares gerencia seu negócio. Para conseguir manter seus bufês cheios, o empresário teve que se adaptar a uma clientela menos disposta a gastar. "Aumentei um pouco meu investimento em marketing, diminuí um pouco a margem de lucro para continuar tendo rentabilidade", conta. Otimismo em doses moderadas é o mais recomendado pelos especialistas. Isso porque ele permite que o empresário não desista do negócio diante de obstáculos, mas impede que ele se acomode. O presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, recomenda mesmo aos mais otimistas que, neste momento, "olhem para dentro". Ele diz que a situação exige análise cautelosa e recomenda que as empresas não evitem medidas de corte de custos à espera de melhoras. GRAMA MAIS VERDE O economista Antônio Everton Chaves diz que parte deste otimismo vem do fato da renda do empresário estar atrelada ao desempenho do negócio. Assim, a expectativa dele em relação aos rendimentos costuma ser maior do que entre os assalariados. Enxergar um momento ruim na economia, e ainda assim, ver o futuro do próprio negócio com bons olhos é uma atitude comum -ela aparece na última pesquisa do Insper. "Isso é um resultado clássico do que eu chamo de otimismo privado durante desespero público", afirma a neurocientista israelense Tali Sharot, especializada em otimismo. Para ela, a característica é inerente ao empreendedor, que deve aceitar altos riscos na aposta de que sua ideia de negócio vai dar certo. Mas, em excesso, a confiança "pode prejudicar seu raciocínio". "O empresário deve ter dados concretos em mãos, a melhor previsão do que está por vir para ser capaz de tomar a melhor decisão para seus negócios", diz.
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Empresários são otimistas até na crise; confiança excessiva pode levar a errosHá menos de um mês, o consultor empresarial Dino Mocsányi organizou em São Paulo um evento sobre negócios chamado "2015 - 2016: Anos Formidáveis!". O principal assunto foi a maneira como os empresários devem encarar a economia desaquecida. Para ele, é uma época fértil em oportunidades. "Grandes corporações surgiram em crises", lembra Mocsányi. O otimismo é comumente recomendado a empreendedores como ingrediente para ter uma empresa com metas mais ambiciosas e consequentemente faturamentos maiores. "Tem tudo a ver com alta performance", diz Erik Penna, palestrante motivacional para empresários, segundo quem "o otimismo não tem nada negativo". Mas há quem discorde. A professora doutora americana de origem indiana Manju Puri, da Universidade de Duke, nos EUA, afirma que otimismo excessivo atrapalha as decisões econômicas. Ela conduziu um estudo para verificar qual o papel da predisposição a encarar o futuro nas escolhas de vida, desde opções de trabalho, casamento, até investimentos. Para avaliar o grau de otimismo das pessoas, ela apresentou dados de expectativa de vida e, em seguida, perguntou quanto elas achavam que iam viver. Quanto mais a resposta excedesse a média, mais otimista a pessoa seria considerada. Puri defende que o otimismo permeia todas as esferas da vida -ou seja, a mesma predisposição que faz com que a pessoa pense que vai viver mais faz com que ela considere que suas decisões econômicas darão certo. A conclusão é que quem tem uma visão excessivamente rósea do mundo também "não costuma planejar a longo prazo, não necessariamente paga suas contas em dia e toma decisões financeiras pouco recomendáveis", explica Puri, enumerando atitudes que, em um empreendedor, podem levar um negócio ao fracasso. O estudo compara otimismo a vinho, bom em pequenas quantidades. O consumo moderado "é associado a decisões prudentes, e o inverso é verdade para otimismo em excesso", diz a professora. CONFIANÇA O índice que mede a confiança do pequeno empresário brasileiro atingiu seu ponto mais baixo da série histórica, iniciada em 2009. O IC-PMN (Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios), calculado pelo Insper com base em entrevistas com mais de mil representantes de empresas, chegou a 57,4 pontos, em uma escala de 0 a 100. O número ainda está ligeiramente otimista -quando resulta mais de 50, significa que o futuro será melhor do que o presente. O humor é importante porque influencia nas decisões empresariais, diz o professor e pesquisador do Insper Gino Olivares. "Não faz sentido pensar que o empresário tem uma avaliação negativa e que ainda assim vá investir para expandir", explica. Leandro Tavares, 38, sócio do grupo Planeta Kids, uma rede de bufê infantil de São Paulo, vai na mesma linha: "Ser otimista significa enxergar possibilidade de resultado e implica não ter medo de investir", explica. Ele afirma que, "por incrível que pareça", está bem otimista mesmo reconhecendo que a economia passa por turbulências. Para seu negócio, a alta do dólar faz com que as famílias deixem de viajar à Disney e acabem fazendo festas para as crianças. Mas não é só na base do otimismo que Tavares gerencia seu negócio. Para conseguir manter seus bufês cheios, o empresário teve que se adaptar a uma clientela menos disposta a gastar. "Aumentei um pouco meu investimento em marketing, diminuí um pouco a margem de lucro para continuar tendo rentabilidade", conta. Otimismo em doses moderadas é o mais recomendado pelos especialistas. Isso porque ele permite que o empresário não desista do negócio diante de obstáculos, mas impede que ele se acomode. O presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, recomenda mesmo aos mais otimistas que, neste momento, "olhem para dentro". Ele diz que a situação exige análise cautelosa e recomenda que as empresas não evitem medidas de corte de custos à espera de melhoras. GRAMA MAIS VERDE O economista Antônio Everton Chaves diz que parte deste otimismo vem do fato da renda do empresário estar atrelada ao desempenho do negócio. Assim, a expectativa dele em relação aos rendimentos costuma ser maior do que entre os assalariados. Enxergar um momento ruim na economia, e ainda assim, ver o futuro do próprio negócio com bons olhos é uma atitude comum -ela aparece na última pesquisa do Insper. "Isso é um resultado clássico do que eu chamo de otimismo privado durante desespero público", afirma a neurocientista israelense Tali Sharot, especializada em otimismo. Para ela, a característica é inerente ao empreendedor, que deve aceitar altos riscos na aposta de que sua ideia de negócio vai dar certo. Mas, em excesso, a confiança "pode prejudicar seu raciocínio". "O empresário deve ter dados concretos em mãos, a melhor previsão do que está por vir para ser capaz de tomar a melhor decisão para seus negócios", diz.
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Vestibular ditará reforma do ensino médio em escolas particulares
Prevista no modelo de ensino médio anunciado pelo governo Michel Temer (PMDB), a oferta de disciplinas optativas aos alunos já é realidade em algumas escolas particulares, cenário que deve facilitar a transição. Os colégios avaliam, porém, que a grande influência para as mudanças virá de provas como Fuvest e Enem. O principal ponto da reforma do ensino médio é a flexibilização do currículo. As escolas deverão garantir conteúdos comuns no primeiro ano e ter áreas de aprofundamento nos demais. Só português, matemática e inglês devem ter status de obrigatórias nos três anos dessa etapa. Pela reforma, depois do primeiro ano, os alunos optarão pela ênfase em linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza ou ensino profissionalizante. Ainda em discussão, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) é que vai definir os conteúdos comuns –e haverá um período de adaptação de dois anos depois dela. O Ministério da Educação previa que as primeiras turmas estreariam esse novo formato do ensino médio em 2018. Na última semana, admitiu que pode ficar para 2019. "O problema é a âncora chamada vestibular. Se continuarem cobrando tudo, as escolas vão dar a carga total", diz Alexandre Abbatepaulo, diretor geral do colégio Lourenço Castanho, da zona sul de São Paulo, que também trabalha com matérias eletivas –o aluno precisa cumprir ao menos uma a cada semestre. CURRÍCULO Segundo Silvana Leporace, diretora do Dante Alighieri (zona oeste), a BNCC será o ponto de partida para a transição, mas a sinalização dos vestibulares terá um grande peso. "O processo vai incluir formação de professores e vai mexer em todo o ensino fundamental dois [6º ao 9º ano]." O Dante oferece optativas, como robótica, mas são voluntárias. Algumas escolas, como o Móbile, em Moema (zona sul), já reestruturaram o ensino médio para ter eletivas integradas ao currículo. Segundo o diretor, Wilton Ormundo, elas foram construídas a partir da redistribuição de conteúdos das matérias, o que deve facilitar a transição, afirma ele. "Vimos o que poderia ser diminuído na carga normal de química, matemática, por exemplo, para entrar nessas eletivas", afirma. "Tivemos o cuidado de analisar Fuvest e Enem para que os cortes no núcleo comum não impactassem no desempenho." Os alunos precisam cumprir uma carga mínima de opcionais, que são agrupadas em matérias ligadas ao núcleo tradicional e outras mais diversas, como uma chamada de Engenhocas. A eletiva trabalha conhecimentos de várias disciplinas na construção de protótipos, como braços mecânicos e aplicativos. O estudante Gabriel Barrak, 16, do 2º ano, cursa Engenhocas. "Não afeta a dedicação no restante e sinto que é divertido", diz ele, que quer ser engenheiro e faz eletivas de física e matemática. TEMPO DE ESCOLHA A aluna Mirela de Oliveira, 17, do 3º ano do colégio Lourenço Castanho, diz aprovar a possibilidade de escolher parte das matérias, mas teme que a reforma empobreça a formação. "Só na inscrição do vestibular eu decidi o curso que quero fazer. Se tivesse escolhido antes, sem me aprofundar, talvez me arrependeria hoje". Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo), concorda com a influência dos processos seletivos. "A adaptação deve ser rápida, mas também depende de regulamentação do Conselho Estadual de Educação", afirma. Membro do conselho de São Paulo, Rose Neubauer explica que o órgão pode avançar a partir das diretrizes federais. "Quando a base ficar pronta, o conselho vai se manifestar e pode definir o que também deve ser obrigatório nas ênfases", exemplifica. A medida provisória do novo ensino médio nacional já está valendo, mas tem quatro meses para ser validada pelo Congresso. ADAPTAÇÃO Os processos seletivos de universidades terão de se adaptar à nova estrutura do ensino médio e também à BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A avaliação é de Inês Fini, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), da gestão Temer. "O Enem e os demais vestibulares têm o desafio de adaptarem-se à nova arquitetura do ensino médio", disse. O Inep é responsável pela realização do Enem. "A vertente obrigatória nos três anos de Língua Portuguesa, matemática e inglês [prevista na reforma] são ótimo ponto de partida para a utilização integrada das competências e habilidades dos demais componentes curriculares que a base nacional comum vai sugerir aos sistemas de ensino", completa. Desempenho dos alunos - Ideb no ensino médio, por ano Ensino médio - Por modalidade, em % Ensino médio - Matrículas em 2015, por rede* A medida provisória editada pelo governo Michel Temer (PMDB) de reforma do ensino médio deixou como obrigatório para o ensino médio português, matemática (essas nos três anos) e inglês. A exclusão da obrigatoriedade de artes, educação física, sociologia e filosofia provocou grande polêmica após o anúncio das mudanças. O Ministério da Educação garante que todos os conteúdos estarão previstos na base comum. Mas a carga horária dos conteúdos vai depender da BNCC, ainda em discussão, e também da decisão das escolas e redes de ensino. A integração citada por Fini deve ser discutida entre Inep e gestores estaduais. A educadora participou da criação do Enem em 1998, quando o objetivo do exame era apenas o de avaliar o ensino médio. Em 2009, no governo Lula (PT), o modelo da prova foi alterado e o Enem passou a ser a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais. CUSTOMIZAR Presidente do Inep na época dessa mudança, o professor da USP Reynaldo Fernandes diz que o formato atual já permite um uso customizado. "O Enem é separado por áreas e as notas são separadas. Ele já poderia ser usado pelas instituições de forma diferente", diz, citando que cada curso aproveitaria somente as notas relacionadas. As linhas de aprofundamento previstas na reforma seguem a organização do Enem. A prova é dividido em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas, além da redação. Para Fernandes, o Enem avalia aspectos que estão na escola e são importantes na vida, não havendo a necessidade de estar totalmente ligado a um currículo. "Essa ideia não é correta. O Pisa [avaliação internacional com alunos de 15 anos] não é feito em cima de um programa", exemplifica. Especialista em avaliação educacional, o também professor da USP Ocimar Alavarse é pessimista com a reforma. "O desempenho no Enem, como outros vestibulares, é fortemente relacionado com o nível socioeconômico dos candidatos", diz. Para Alavarse, o governo erra no diagnóstico. "O problema não está no ensino médio, mas nos anos finais do ensino fundamental. O que vai acontecer é que os alunos mais pobres terão ainda menos chances no vestibular." Questionada, a USP informou ser cedo para comentar possíveis mudanças no vestibular da Fuvest.
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Vestibular ditará reforma do ensino médio em escolas particularesPrevista no modelo de ensino médio anunciado pelo governo Michel Temer (PMDB), a oferta de disciplinas optativas aos alunos já é realidade em algumas escolas particulares, cenário que deve facilitar a transição. Os colégios avaliam, porém, que a grande influência para as mudanças virá de provas como Fuvest e Enem. O principal ponto da reforma do ensino médio é a flexibilização do currículo. As escolas deverão garantir conteúdos comuns no primeiro ano e ter áreas de aprofundamento nos demais. Só português, matemática e inglês devem ter status de obrigatórias nos três anos dessa etapa. Pela reforma, depois do primeiro ano, os alunos optarão pela ênfase em linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza ou ensino profissionalizante. Ainda em discussão, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) é que vai definir os conteúdos comuns –e haverá um período de adaptação de dois anos depois dela. O Ministério da Educação previa que as primeiras turmas estreariam esse novo formato do ensino médio em 2018. Na última semana, admitiu que pode ficar para 2019. "O problema é a âncora chamada vestibular. Se continuarem cobrando tudo, as escolas vão dar a carga total", diz Alexandre Abbatepaulo, diretor geral do colégio Lourenço Castanho, da zona sul de São Paulo, que também trabalha com matérias eletivas –o aluno precisa cumprir ao menos uma a cada semestre. CURRÍCULO Segundo Silvana Leporace, diretora do Dante Alighieri (zona oeste), a BNCC será o ponto de partida para a transição, mas a sinalização dos vestibulares terá um grande peso. "O processo vai incluir formação de professores e vai mexer em todo o ensino fundamental dois [6º ao 9º ano]." O Dante oferece optativas, como robótica, mas são voluntárias. Algumas escolas, como o Móbile, em Moema (zona sul), já reestruturaram o ensino médio para ter eletivas integradas ao currículo. Segundo o diretor, Wilton Ormundo, elas foram construídas a partir da redistribuição de conteúdos das matérias, o que deve facilitar a transição, afirma ele. "Vimos o que poderia ser diminuído na carga normal de química, matemática, por exemplo, para entrar nessas eletivas", afirma. "Tivemos o cuidado de analisar Fuvest e Enem para que os cortes no núcleo comum não impactassem no desempenho." Os alunos precisam cumprir uma carga mínima de opcionais, que são agrupadas em matérias ligadas ao núcleo tradicional e outras mais diversas, como uma chamada de Engenhocas. A eletiva trabalha conhecimentos de várias disciplinas na construção de protótipos, como braços mecânicos e aplicativos. O estudante Gabriel Barrak, 16, do 2º ano, cursa Engenhocas. "Não afeta a dedicação no restante e sinto que é divertido", diz ele, que quer ser engenheiro e faz eletivas de física e matemática. TEMPO DE ESCOLHA A aluna Mirela de Oliveira, 17, do 3º ano do colégio Lourenço Castanho, diz aprovar a possibilidade de escolher parte das matérias, mas teme que a reforma empobreça a formação. "Só na inscrição do vestibular eu decidi o curso que quero fazer. Se tivesse escolhido antes, sem me aprofundar, talvez me arrependeria hoje". Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo), concorda com a influência dos processos seletivos. "A adaptação deve ser rápida, mas também depende de regulamentação do Conselho Estadual de Educação", afirma. Membro do conselho de São Paulo, Rose Neubauer explica que o órgão pode avançar a partir das diretrizes federais. "Quando a base ficar pronta, o conselho vai se manifestar e pode definir o que também deve ser obrigatório nas ênfases", exemplifica. A medida provisória do novo ensino médio nacional já está valendo, mas tem quatro meses para ser validada pelo Congresso. ADAPTAÇÃO Os processos seletivos de universidades terão de se adaptar à nova estrutura do ensino médio e também à BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A avaliação é de Inês Fini, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), da gestão Temer. "O Enem e os demais vestibulares têm o desafio de adaptarem-se à nova arquitetura do ensino médio", disse. O Inep é responsável pela realização do Enem. "A vertente obrigatória nos três anos de Língua Portuguesa, matemática e inglês [prevista na reforma] são ótimo ponto de partida para a utilização integrada das competências e habilidades dos demais componentes curriculares que a base nacional comum vai sugerir aos sistemas de ensino", completa. Desempenho dos alunos - Ideb no ensino médio, por ano Ensino médio - Por modalidade, em % Ensino médio - Matrículas em 2015, por rede* A medida provisória editada pelo governo Michel Temer (PMDB) de reforma do ensino médio deixou como obrigatório para o ensino médio português, matemática (essas nos três anos) e inglês. A exclusão da obrigatoriedade de artes, educação física, sociologia e filosofia provocou grande polêmica após o anúncio das mudanças. O Ministério da Educação garante que todos os conteúdos estarão previstos na base comum. Mas a carga horária dos conteúdos vai depender da BNCC, ainda em discussão, e também da decisão das escolas e redes de ensino. A integração citada por Fini deve ser discutida entre Inep e gestores estaduais. A educadora participou da criação do Enem em 1998, quando o objetivo do exame era apenas o de avaliar o ensino médio. Em 2009, no governo Lula (PT), o modelo da prova foi alterado e o Enem passou a ser a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais. CUSTOMIZAR Presidente do Inep na época dessa mudança, o professor da USP Reynaldo Fernandes diz que o formato atual já permite um uso customizado. "O Enem é separado por áreas e as notas são separadas. Ele já poderia ser usado pelas instituições de forma diferente", diz, citando que cada curso aproveitaria somente as notas relacionadas. As linhas de aprofundamento previstas na reforma seguem a organização do Enem. A prova é dividido em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas, além da redação. Para Fernandes, o Enem avalia aspectos que estão na escola e são importantes na vida, não havendo a necessidade de estar totalmente ligado a um currículo. "Essa ideia não é correta. O Pisa [avaliação internacional com alunos de 15 anos] não é feito em cima de um programa", exemplifica. Especialista em avaliação educacional, o também professor da USP Ocimar Alavarse é pessimista com a reforma. "O desempenho no Enem, como outros vestibulares, é fortemente relacionado com o nível socioeconômico dos candidatos", diz. Para Alavarse, o governo erra no diagnóstico. "O problema não está no ensino médio, mas nos anos finais do ensino fundamental. O que vai acontecer é que os alunos mais pobres terão ainda menos chances no vestibular." Questionada, a USP informou ser cedo para comentar possíveis mudanças no vestibular da Fuvest.
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Quando o presidente produz 'fake news'
O que fazer quando as redes sociais são inundadas pelas chamadas "fake news", as notícias falsas? O Facebook até está fazendo algo: iça uma bandeirinha vermelha nas notícias cuja autenticidade não está comprovada. Mas o que fazer quando as "fake news" são difundidas pela mais alta autoridade de um país, no caso os Estados Unidos de Donald Trump? Claro que estou me referindo aos tuítes em que Trump denunciava que a Trump Tower, seu QG como empresário e depois como candidato e como presidente eleito, havia sido grampeada pelo então presidente Barack Obama. Já era cristalinamente falso desde o princípio porque, como fez questão de lembrar em seu depoimento de segunda-feira (20) ao Congresso o diretor do FBI, James Comey, ninguém tem o poder nos Estados Unidos de determinar o grampeamento de quem quer que seja sem passar por autorização judicial. É uma situação duplamente devastadora para Trump. Ou ele mentiu ou alguma autoridade judicial encontrou motivos suficientes para que o telefone do candidato fosse grampeado –o que só pode significar que havia indícios de crime. Agora, pelo depoimento de Comey, fica-se sabendo que Trump mentiu. Não há a mais leve indicação de que tenha havido o grampeamento denunciado. Consequência inexorável: "Nosso presidente é um mentiroso", titula David Leonhardt, responsável pelo boletim do New York Times sobre os textos de Opinião do jornal. Confesso que fiquei chocado ao receber o boletim. Estou arquiacostumado com acusações pesadas contra políticos, presidentes ou ocupantes de outros altos cargos. Mas o costume é fácil de explicar: moro no Brasil, e aqui a mentira não tem pernas curtas nem vida breve, como todos sabemos. Mas em um jornal dos Estados Unidos, país em que a mentira pode até ser motivo de impeachment, é uma afirmação devastadora. Devastadora mas correta: até os republicanos, maioria nos Comitês de Inteligência tanto da Câmara como do Senado, aceitaram a conclusão de que não há a mais leve evidência de que Obama mandou grampear os telefones de Trump. Mesmo os assessores do presidente Sean Spicer and Kellyanne Conway já haviam, dias antes, criado "fatos alternativos", a expressão que Conway cunhou para lustrar mentiras: Spicer, por exemplo, disse que ao usar a expressão "grampear", Trump não quis dizer "grampear", mas "uma porção de tipos de vigilância". A propósito, Conway havia sugerido que até micro-ondas poderiam ser incluídos nos "tipos de vigilância". Depois, ante o ridículo, voltou atrás e tirou os micro-ondas da lista. Ridículo à parte, a mentira persiste. É possível conviver com um presidente, ainda por cima da única superpotência do planeta, que é um "serial liar"?
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Quando o presidente produz 'fake news'O que fazer quando as redes sociais são inundadas pelas chamadas "fake news", as notícias falsas? O Facebook até está fazendo algo: iça uma bandeirinha vermelha nas notícias cuja autenticidade não está comprovada. Mas o que fazer quando as "fake news" são difundidas pela mais alta autoridade de um país, no caso os Estados Unidos de Donald Trump? Claro que estou me referindo aos tuítes em que Trump denunciava que a Trump Tower, seu QG como empresário e depois como candidato e como presidente eleito, havia sido grampeada pelo então presidente Barack Obama. Já era cristalinamente falso desde o princípio porque, como fez questão de lembrar em seu depoimento de segunda-feira (20) ao Congresso o diretor do FBI, James Comey, ninguém tem o poder nos Estados Unidos de determinar o grampeamento de quem quer que seja sem passar por autorização judicial. É uma situação duplamente devastadora para Trump. Ou ele mentiu ou alguma autoridade judicial encontrou motivos suficientes para que o telefone do candidato fosse grampeado –o que só pode significar que havia indícios de crime. Agora, pelo depoimento de Comey, fica-se sabendo que Trump mentiu. Não há a mais leve indicação de que tenha havido o grampeamento denunciado. Consequência inexorável: "Nosso presidente é um mentiroso", titula David Leonhardt, responsável pelo boletim do New York Times sobre os textos de Opinião do jornal. Confesso que fiquei chocado ao receber o boletim. Estou arquiacostumado com acusações pesadas contra políticos, presidentes ou ocupantes de outros altos cargos. Mas o costume é fácil de explicar: moro no Brasil, e aqui a mentira não tem pernas curtas nem vida breve, como todos sabemos. Mas em um jornal dos Estados Unidos, país em que a mentira pode até ser motivo de impeachment, é uma afirmação devastadora. Devastadora mas correta: até os republicanos, maioria nos Comitês de Inteligência tanto da Câmara como do Senado, aceitaram a conclusão de que não há a mais leve evidência de que Obama mandou grampear os telefones de Trump. Mesmo os assessores do presidente Sean Spicer and Kellyanne Conway já haviam, dias antes, criado "fatos alternativos", a expressão que Conway cunhou para lustrar mentiras: Spicer, por exemplo, disse que ao usar a expressão "grampear", Trump não quis dizer "grampear", mas "uma porção de tipos de vigilância". A propósito, Conway havia sugerido que até micro-ondas poderiam ser incluídos nos "tipos de vigilância". Depois, ante o ridículo, voltou atrás e tirou os micro-ondas da lista. Ridículo à parte, a mentira persiste. É possível conviver com um presidente, ainda por cima da única superpotência do planeta, que é um "serial liar"?
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Jerry Seinfeld estreia especial de comédia na Netflix em setembro
O comediante norte-americano Jerry Seinfeld vai estrear o especial "Jerry Before Seinfeld" ("Jerry Antes de Seinfeld") na Netflix no dia 19 de setembro. Com uma hora de duração, o programa leva o humorista de volta ao Comic Strip, clube em Nova York onde começou sua carreira. "Jerry Before Seinfeld" mistura stand-up ao vivo, uma retrospectiva pessoal da vida e carreira do comediante e divulgação de material inédito, como um bloco de anotações com todas as piadas que Seinfeld escreveu desde 1975. Ao lado de Larry David, Jerry Seinfeld criou a aclamada série "Seinfeld" , exibida entre 1989 e 1998. Em janeiro, Seinfeld assinou um contrato de US$ 100 milhões (cerca de R$ 314 milhões) com a Netflix para lançar dois especiais de stand-up e 24 novos episódios da série "Comedians in Cars Getting Coffee". Post
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Jerry Seinfeld estreia especial de comédia na Netflix em setembroO comediante norte-americano Jerry Seinfeld vai estrear o especial "Jerry Before Seinfeld" ("Jerry Antes de Seinfeld") na Netflix no dia 19 de setembro. Com uma hora de duração, o programa leva o humorista de volta ao Comic Strip, clube em Nova York onde começou sua carreira. "Jerry Before Seinfeld" mistura stand-up ao vivo, uma retrospectiva pessoal da vida e carreira do comediante e divulgação de material inédito, como um bloco de anotações com todas as piadas que Seinfeld escreveu desde 1975. Ao lado de Larry David, Jerry Seinfeld criou a aclamada série "Seinfeld" , exibida entre 1989 e 1998. Em janeiro, Seinfeld assinou um contrato de US$ 100 milhões (cerca de R$ 314 milhões) com a Netflix para lançar dois especiais de stand-up e 24 novos episódios da série "Comedians in Cars Getting Coffee". Post
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Confederação de judô descarta ranking e chama medalhista em 2012 para Rio-16
DE SÃO PAULO A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) anunciou na manhã desta quarta-feira (1º), os convocados para defender o país nos Jogos Olímpicos do Rio. Um dos convocados foi o judoca Felipe Kitadai, 26, da categoria peso ligeiro (até 48 kg no feminino e até 60 kg no masculino). A entidade optou por chamar Kitadai em detrimento a Eric Takabatake, 25. No ranking olímpico, que serviu de parâmetro para a corrida por vagas, Kitadai ficou atrás do concorrente (teve 1.231 contra 1.252 de Takabatake). A CBJ, porém, se reserva o direito de definir os classificados também por critério técnico. Como Kitadai foi medalhista de bronze nos Jogos de Londres-2012, isso pesou. No feminino, a campeã olímpica Sarah Menezes, como já era esperado, foi o nome designado para representar o país. A piauiense tem tido uma boa temporada: foi ouro no Grand Prix de Havana e, na última semana, levou a prata no Masters de Guadalajara. Na categoria meio-leve (até 66 kg entre os homens, e até 52 kg para as mulheres), os judocas foram os previstos de antemão. Charles Chibana, 26, que chegou a ser número 1 do ranking mundial neste ciclo, e Érika Miranda, 28. A brasiliense foi medalhista em seu peso nos três Mundiais disputados neste ciclo – prata no Rio-2013 e bronze em Chelyabinsk-2014 e Astana-2015 – e é favorita a ir ao pódio. Entre os leves (até 73 kg e até 57 kg) também não houve surpresa. Alex Pombo, 27, será o representante no masculino. Rafaela Silva, 24, que foi a primeira judoca mulher a conquistar um ouro em Campeonato Mundial Rio-2013) será a representante na chave feminina. Um dos destaques do judô brasileiro neste ciclo Londres-Rio, o carioca Victor Penalber, 26, ficou com a vaga no peso meio-médio (até 81 kg). O judoca obteve bronze no Mundial de Astana-2015 e chegou a ser líder de sua categoria, e deve chegar ao Rio cotado a pódio. Na mesma categoria, mas no naipe feminino (até 63 kg), a convocada foi Mariana Silva, 26. Ela disputará sua segunda Olimpíada consecutiva. Duas vezes medalhista olímpico (prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008), Tiago Camilo, 34, irá a sua quarta Olimpíada, no peso médio (até 90 kg). Na mesma categoria, só que no feminino (até 70 kg), Maria Portela, 28, classificou-se para os Jogos pela segunda vez consecutiva. Na acirrada disputa por vaga no peso meio-pesado masculino (até 100 kg), a CBJ optou por renovação. A entidade chamou Rafael Buzacarini, 24, para ser titular da vaga. Ele terminou a corrida à frente de Luciano Corrêa, 33, que tem na carreira duas medalhas em Campeonatos Mundiais (ouro em 2007 e bronze em 2005). A diferença entre ambos foi de 101 pontos (903 x 802). Havia possibilidade de a CBJ preferir Corrêa, por sua experiência. No feminino, sem surpresas. A gaúcha Mayra Aguiar, 24, campeã mundial em 2014, foi a escolhida e vai disputar sua terceira Olimpíada. Ela foi bronze nos Jogos de Londres, há quatro anos. Os dois pesos-pesados do país serão Rafael Silva (acima de 100 kg) e Maria Suelen Altheman (acima de 78 kg). Baby, como Silva é mais conhecido, teve um final de ciclo olímpico conturbado. Pouco antes do Pan de Toronto, em julho de 2015, sofreu uma lesão no peito que o tirou da competição continental e do Mundial de Astana. Ainda assim, conseguiu superar David Moura e garantir a vaga. Aos 29 anos, ele tentará sua segunda medalha olímpica, já que foi bronze em Londres-2012. Maria Suelen, 27, obteve duas pratas em Campeonatos Mundiais neste ciclo (em 2013 e 2014), mas também sofreu com lesão. Sem rivais na categoria dentro do Brasil, ela tentará seu primeiro pódio olímpico. A seleção tem, neste momento, cinco judocas entre os dez primeiros do ranking mundial: Victor Penalber (7º/até 81 kg), Rafael Silva (9º/acima de 100 kg), Sarah Menezes (4ª/até 48 kg), Érika Miranda (4ª/até 52 kg) e Mayra Aguiar (4ª/até 78 kg). Antes dos Jogos, os 14 convocados farão aclimatação em um hotel em Mangaratiba (RJ), em julho. O judô brasileiro detém 19 medalhas em Jogos Olímpicos (três ouros, três pratas e 13 bronzes) e tem como meta superar o resultado de Londres-2012, quando obteve quatro pódios (um ouro e três bronzes). VEJA A LISTA DE JUDOCAS CONVOCADOS Ligeiro (até 48 kg/até 60 kg): Sarah Menezes/Felipe Kitadai Meio-leve (até 52 kg/até 66 kg): Érika Miranda/Charles Chibana Leve (até 57 kg/até 73 kg): Rafaela Silva/Alex Pombo Meio-médio (até 63 kg/até 81 kg): Mariana Silva/Victor Penalber Médio (até 70 kg/até 90 kg): Maria Portela/Tiago Camilo Meio-pesado (até 78 kg/ até 100 kg): Mayra Aguiar/Rafael Buzacarini Pesado (acima de 78 kg/acima de 100 kg): Maria Suelen Altheman/Rafael Silva
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Confederação de judô descarta ranking e chama medalhista em 2012 para Rio-16 DE SÃO PAULO A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) anunciou na manhã desta quarta-feira (1º), os convocados para defender o país nos Jogos Olímpicos do Rio. Um dos convocados foi o judoca Felipe Kitadai, 26, da categoria peso ligeiro (até 48 kg no feminino e até 60 kg no masculino). A entidade optou por chamar Kitadai em detrimento a Eric Takabatake, 25. No ranking olímpico, que serviu de parâmetro para a corrida por vagas, Kitadai ficou atrás do concorrente (teve 1.231 contra 1.252 de Takabatake). A CBJ, porém, se reserva o direito de definir os classificados também por critério técnico. Como Kitadai foi medalhista de bronze nos Jogos de Londres-2012, isso pesou. No feminino, a campeã olímpica Sarah Menezes, como já era esperado, foi o nome designado para representar o país. A piauiense tem tido uma boa temporada: foi ouro no Grand Prix de Havana e, na última semana, levou a prata no Masters de Guadalajara. Na categoria meio-leve (até 66 kg entre os homens, e até 52 kg para as mulheres), os judocas foram os previstos de antemão. Charles Chibana, 26, que chegou a ser número 1 do ranking mundial neste ciclo, e Érika Miranda, 28. A brasiliense foi medalhista em seu peso nos três Mundiais disputados neste ciclo – prata no Rio-2013 e bronze em Chelyabinsk-2014 e Astana-2015 – e é favorita a ir ao pódio. Entre os leves (até 73 kg e até 57 kg) também não houve surpresa. Alex Pombo, 27, será o representante no masculino. Rafaela Silva, 24, que foi a primeira judoca mulher a conquistar um ouro em Campeonato Mundial Rio-2013) será a representante na chave feminina. Um dos destaques do judô brasileiro neste ciclo Londres-Rio, o carioca Victor Penalber, 26, ficou com a vaga no peso meio-médio (até 81 kg). O judoca obteve bronze no Mundial de Astana-2015 e chegou a ser líder de sua categoria, e deve chegar ao Rio cotado a pódio. Na mesma categoria, mas no naipe feminino (até 63 kg), a convocada foi Mariana Silva, 26. Ela disputará sua segunda Olimpíada consecutiva. Duas vezes medalhista olímpico (prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008), Tiago Camilo, 34, irá a sua quarta Olimpíada, no peso médio (até 90 kg). Na mesma categoria, só que no feminino (até 70 kg), Maria Portela, 28, classificou-se para os Jogos pela segunda vez consecutiva. Na acirrada disputa por vaga no peso meio-pesado masculino (até 100 kg), a CBJ optou por renovação. A entidade chamou Rafael Buzacarini, 24, para ser titular da vaga. Ele terminou a corrida à frente de Luciano Corrêa, 33, que tem na carreira duas medalhas em Campeonatos Mundiais (ouro em 2007 e bronze em 2005). A diferença entre ambos foi de 101 pontos (903 x 802). Havia possibilidade de a CBJ preferir Corrêa, por sua experiência. No feminino, sem surpresas. A gaúcha Mayra Aguiar, 24, campeã mundial em 2014, foi a escolhida e vai disputar sua terceira Olimpíada. Ela foi bronze nos Jogos de Londres, há quatro anos. Os dois pesos-pesados do país serão Rafael Silva (acima de 100 kg) e Maria Suelen Altheman (acima de 78 kg). Baby, como Silva é mais conhecido, teve um final de ciclo olímpico conturbado. Pouco antes do Pan de Toronto, em julho de 2015, sofreu uma lesão no peito que o tirou da competição continental e do Mundial de Astana. Ainda assim, conseguiu superar David Moura e garantir a vaga. Aos 29 anos, ele tentará sua segunda medalha olímpica, já que foi bronze em Londres-2012. Maria Suelen, 27, obteve duas pratas em Campeonatos Mundiais neste ciclo (em 2013 e 2014), mas também sofreu com lesão. Sem rivais na categoria dentro do Brasil, ela tentará seu primeiro pódio olímpico. A seleção tem, neste momento, cinco judocas entre os dez primeiros do ranking mundial: Victor Penalber (7º/até 81 kg), Rafael Silva (9º/acima de 100 kg), Sarah Menezes (4ª/até 48 kg), Érika Miranda (4ª/até 52 kg) e Mayra Aguiar (4ª/até 78 kg). Antes dos Jogos, os 14 convocados farão aclimatação em um hotel em Mangaratiba (RJ), em julho. O judô brasileiro detém 19 medalhas em Jogos Olímpicos (três ouros, três pratas e 13 bronzes) e tem como meta superar o resultado de Londres-2012, quando obteve quatro pódios (um ouro e três bronzes). VEJA A LISTA DE JUDOCAS CONVOCADOS Ligeiro (até 48 kg/até 60 kg): Sarah Menezes/Felipe Kitadai Meio-leve (até 52 kg/até 66 kg): Érika Miranda/Charles Chibana Leve (até 57 kg/até 73 kg): Rafaela Silva/Alex Pombo Meio-médio (até 63 kg/até 81 kg): Mariana Silva/Victor Penalber Médio (até 70 kg/até 90 kg): Maria Portela/Tiago Camilo Meio-pesado (até 78 kg/ até 100 kg): Mayra Aguiar/Rafael Buzacarini Pesado (acima de 78 kg/acima de 100 kg): Maria Suelen Altheman/Rafael Silva
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Zagueiro francês confirma briga entre Messi e técnico do Barcelona
O zagueiro francês Jérémy Mathieu, do Barcelona, confirmou na quarta-feira (28) que o atacante Lionel Messi e o técnico da equipe, Luis Enrique, discutiram durante um treino do time no início do ano. "[A discussão] aconteceu quando voltamos de férias. Do nada, Messi perdeu a sua compostura depois de receber uma falta que não foi marcada durante um treinamento. A situação ficou tensa e, então, eles trocaram algumas palavras em voz alta", disse Mathieu em entrevista à rádio RMC. "Essas situações acontecem em todos os lugares, mas ganhou uma repercussão maior. Este é o problema que temos aqui, por ser o Barcelona", afirmou o jogador. O caso deixou o ambiente no Barcelona muito conturbado. A imprensa espanhola chegou a afirmar que o jogador pediu a demissão do treinador. A informação, porém, foi desmentida pelo presidente do clube, Josep Maria Bartomeu. Em meio a isso, o ex-zagueiro Carles Puyol deixou o clube depois da demissão do diretor de futebol Andoni Zubizarreta. O Barcelona é o segundo colocado do Campeonato Espanhol, com 47 pontos, um a menos em relação ao líder Real Madrid, que tem um jogo a menos. Messi é o vice-artilheiro da competição, com 21 gols marcados. Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, lidera com 28.
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Zagueiro francês confirma briga entre Messi e técnico do BarcelonaO zagueiro francês Jérémy Mathieu, do Barcelona, confirmou na quarta-feira (28) que o atacante Lionel Messi e o técnico da equipe, Luis Enrique, discutiram durante um treino do time no início do ano. "[A discussão] aconteceu quando voltamos de férias. Do nada, Messi perdeu a sua compostura depois de receber uma falta que não foi marcada durante um treinamento. A situação ficou tensa e, então, eles trocaram algumas palavras em voz alta", disse Mathieu em entrevista à rádio RMC. "Essas situações acontecem em todos os lugares, mas ganhou uma repercussão maior. Este é o problema que temos aqui, por ser o Barcelona", afirmou o jogador. O caso deixou o ambiente no Barcelona muito conturbado. A imprensa espanhola chegou a afirmar que o jogador pediu a demissão do treinador. A informação, porém, foi desmentida pelo presidente do clube, Josep Maria Bartomeu. Em meio a isso, o ex-zagueiro Carles Puyol deixou o clube depois da demissão do diretor de futebol Andoni Zubizarreta. O Barcelona é o segundo colocado do Campeonato Espanhol, com 47 pontos, um a menos em relação ao líder Real Madrid, que tem um jogo a menos. Messi é o vice-artilheiro da competição, com 21 gols marcados. Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, lidera com 28.
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Sem Escobar, 'Narcos' perde em carisma, mas passa no teste de fôlego
Não há mais o carismático Pablo Escobar de Wagner Moura na terceira temporada de "Narcos", que a Netflix estreia no próximo dia 1, e sua ausência é sentida. Mas, se a mudança de eixo de Medellín para Cali e a falta de um protagonista claro tiram ritmo da série, sua dimensão humana cresce ao explorar dilemas morais de um delator. Sem Escobar/Moura nem o agente Murphy (o enfadonho Boyd Holbrook) para contar a história, sobra para o cínico agente Javier Peña (o chileno Pedro Pascal, bem melhor) a tarefa de narrador. Apesar de o ponto de vista narrativo continuar sendo o de um integrante da DEA (a agência de combate às drogas norte-americana), nem o policial nem a perspectiva americana ganham mais espaço. O vácuo deixado por Moura tampouco é preenchido pelos chefões do Cartel de Cali, que sucedeu a Escobar no topo da cadeia alimentar do narcotráfico colombiano nos anos 90. Os irmãos Rodríguez, Gilberto (Damián Alcázar) e Miguel (Francisco Denis), são personagens ralos, ao menos na série, e os atores deles encarregados mostram-se incapazes de atrair empatia ou repulsa, cumprindo sua função burocraticamente. Talvez por isso e pela atuação mais discreta e organizada do cartel os primeiros episódios da temporada soem cansativos, e menos espetaculosos do que as temporadas anteriores. É só quando um dos chefões é preso e a organização passa a lidar com as próprias fissuras que "Narcos 3" se torna outra vez interessante. Cresce aí a figura de Jorge Salcedo, o chefe da segurança dos irmãos Rodríguez, vivido pelo ator sueco (!) filho de espanhóis Matias Varela. Salcedo (spoilers da vida real a partir daqui) é o homem responsável pelo colapso do cartel. Ao colocar um sujeito comum trabalhando para os vilões e explorar seu medo e os altos e baixos de sua índole, a série dá ao espectador alguém com quem se identificar e por quem torcer -algo fundamental em uma trama policial. Embora isso não tenha sido anunciado, o roteiro parece usar ao menos como uma de suas bases o livro "À Mesa com o Diabo" (ed. Objetiva, 2013), escrito ao longo de 12 anos pelo repórter do jornal "Los Angeles Times" William C. Rempel, sobre a trajetória do engenheiro e empresário colombiano vertido em chefe de segurança do cartel de drogas. Por isso, talvez, Salcedo apareça em "Narcos" como um bom-moço -ainda que trabalhando para assassinos contumazes e cercado de corrupção. Na contramão de tantos anti-heróis em voga, é sua fragilidade que o move. Acuado entre a família, os chefes traficantes e a polícia, o sujeito bem nascido que exerce habilmente sua função traz uma dubiedade moral ao enredo que não parecia existir nas temporadas anteriores. E Varela, em seu maior papel até agora, dá conta das nuances. Os sócios dos irmãos Rodríguez, Pacho Herrera (Alberto Ammann) e Pepe Santacruz (Pepe Rapazote), encarregam-se de dar alguma tridimensionalidade aos bandidos, o primeiro um homossexual assumido em um lugar onde o machismo viceja e o segundo um brutamontes encarregado da rica subsidiaria nova-iorquina do negócio. Miguel Angel Silvestre, de "Sense 8", e Wayne Knight, o Newman de "Seinfeld", respectivamente como o lavador de dinheiro e o advogado do cartel, também fazem um bom trabalho. A Netflix liberou para a imprensa apenas os seis primeiros episódios (são 13 ao todo, e a próxima temporada já está garantida). Apesar da demora em engrenar, "Narcos" parece passar no teste de fôlego em que a maioria das séries da plataforma de streaming tem falhado. Veja teaser: Teaser de Narcos
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Sem Escobar, 'Narcos' perde em carisma, mas passa no teste de fôlegoNão há mais o carismático Pablo Escobar de Wagner Moura na terceira temporada de "Narcos", que a Netflix estreia no próximo dia 1, e sua ausência é sentida. Mas, se a mudança de eixo de Medellín para Cali e a falta de um protagonista claro tiram ritmo da série, sua dimensão humana cresce ao explorar dilemas morais de um delator. Sem Escobar/Moura nem o agente Murphy (o enfadonho Boyd Holbrook) para contar a história, sobra para o cínico agente Javier Peña (o chileno Pedro Pascal, bem melhor) a tarefa de narrador. Apesar de o ponto de vista narrativo continuar sendo o de um integrante da DEA (a agência de combate às drogas norte-americana), nem o policial nem a perspectiva americana ganham mais espaço. O vácuo deixado por Moura tampouco é preenchido pelos chefões do Cartel de Cali, que sucedeu a Escobar no topo da cadeia alimentar do narcotráfico colombiano nos anos 90. Os irmãos Rodríguez, Gilberto (Damián Alcázar) e Miguel (Francisco Denis), são personagens ralos, ao menos na série, e os atores deles encarregados mostram-se incapazes de atrair empatia ou repulsa, cumprindo sua função burocraticamente. Talvez por isso e pela atuação mais discreta e organizada do cartel os primeiros episódios da temporada soem cansativos, e menos espetaculosos do que as temporadas anteriores. É só quando um dos chefões é preso e a organização passa a lidar com as próprias fissuras que "Narcos 3" se torna outra vez interessante. Cresce aí a figura de Jorge Salcedo, o chefe da segurança dos irmãos Rodríguez, vivido pelo ator sueco (!) filho de espanhóis Matias Varela. Salcedo (spoilers da vida real a partir daqui) é o homem responsável pelo colapso do cartel. Ao colocar um sujeito comum trabalhando para os vilões e explorar seu medo e os altos e baixos de sua índole, a série dá ao espectador alguém com quem se identificar e por quem torcer -algo fundamental em uma trama policial. Embora isso não tenha sido anunciado, o roteiro parece usar ao menos como uma de suas bases o livro "À Mesa com o Diabo" (ed. Objetiva, 2013), escrito ao longo de 12 anos pelo repórter do jornal "Los Angeles Times" William C. Rempel, sobre a trajetória do engenheiro e empresário colombiano vertido em chefe de segurança do cartel de drogas. Por isso, talvez, Salcedo apareça em "Narcos" como um bom-moço -ainda que trabalhando para assassinos contumazes e cercado de corrupção. Na contramão de tantos anti-heróis em voga, é sua fragilidade que o move. Acuado entre a família, os chefes traficantes e a polícia, o sujeito bem nascido que exerce habilmente sua função traz uma dubiedade moral ao enredo que não parecia existir nas temporadas anteriores. E Varela, em seu maior papel até agora, dá conta das nuances. Os sócios dos irmãos Rodríguez, Pacho Herrera (Alberto Ammann) e Pepe Santacruz (Pepe Rapazote), encarregam-se de dar alguma tridimensionalidade aos bandidos, o primeiro um homossexual assumido em um lugar onde o machismo viceja e o segundo um brutamontes encarregado da rica subsidiaria nova-iorquina do negócio. Miguel Angel Silvestre, de "Sense 8", e Wayne Knight, o Newman de "Seinfeld", respectivamente como o lavador de dinheiro e o advogado do cartel, também fazem um bom trabalho. A Netflix liberou para a imprensa apenas os seis primeiros episódios (são 13 ao todo, e a próxima temporada já está garantida). Apesar da demora em engrenar, "Narcos" parece passar no teste de fôlego em que a maioria das séries da plataforma de streaming tem falhado. Veja teaser: Teaser de Narcos
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Empresários revelam como sobreviver ao investir em produto da moda
Quando o empresário Bruno Queiroz, 25, resolveu investir no mercado de cupcakes, no final de 2009, a concorrência ainda era pequena. No ano seguinte, o bolinho recheado virou uma febre no país e a competição aumentou. Mais um ano se passou e a sobremesa entrou na lista de modinhas do verão passado, que inclui mais recentemente a paleta mexicana. "Nós sabíamos que havia um cenário exagerado. Não era possível que uma pessoa comesse cupcakes quatro ou cinco vezes por semana. Sabíamos que era questão de tempo até que voltássemos para a realidade", diz Queiroz, da The Original Cupcake. O olhar realista do empresário levou a um plano de negócios mais modesto, que ignorava os números de venda do período de ápice -e foi um dos segredos para que sua loja não entrasse na lista dos empreendimentos com curto tempo de vida. "Quando o boom de cupcakes acabou, havia muitas marcas com infraestrutura inflada. Nós sempre tentamos reduzir os custos, negociar bem com os fornecedores e manter um bom fluxo de caixa", explica o empresário. A análise cautelosa também foi a fórmula de outro sobrevivente das grandes modas do ramo de alimentos. Alexandre Tenenbaum, sócio-fundador da Yoggi, conteve o crescimento da marca no auge do "frozen yogurt", tipo de sorvete de iogurte, no fim da década passada. "A maior dificuldade é saber dizer 'não'. Tivemos que negar franquias para pessoas que não tinham o perfil do nosso negócio, mesmo sabendo que eles iriam direto para a concorrência. Também evitamos lançar produtos que não tinham a ver com o perfil da marca", relembra. Para Claudia Bittencourt, consultora especializada em franquias, a concorrência é um dos maiores riscos para os empreendedores que querem aproveitar as grandes ondas do mercado. "É preciso levar em consideração se não existe um concorrente que pode entrar no mercado e acabar com tudo. No caso das paletas mexicanas, por exemplo, se grandes marcas de sorvete quisessem aproveitar a onda, não teria espaço para os pequenos", afirma Bittencourt. DIVERSIFICAÇÃO Para os sobreviventes da moda passada, a concorrência ganha novas formas. Queiroz diz que a rede The Original Cupcake disputa seus clientes nos shoppings, repletos de opções de sobremesas e doces. "A concorrência entre marcas de cupcakes acontece mais no mercado de doces para eventos sociais e corporativos", diz o empresário. Já Tenenbaum diz que os sorvetes de iogurte enfrentam concorrência "do segmento de alimentação por impulso e indulgência". Para se sobressair, as duas marcas investiram em diversificar o cardápio. Queiroz hoje vende também brownies, brigadeiros e sorvetes em mais de 50 lojas e quiosques. Ele lançou ainda um modelo de loja de rua que serve cafés e outra modinha de verão: os bolos caseiros. Já a Yoggi inclui na lista de seus produtos açaí e cookies. A marca foi comprada há três anos pela Brazil Fast Food Corporation, dona das redes Bob's e Pizza Hut no Brasil. PÚBLICO Diversificar também foi uma das estratégias de Gustavo Toja, fundador da rede de temakerias Makis Place. Quando o setor de temakerias se aqueceu, a partir de 2007, ele reforçou o menu das lojas, que hoje conta até com burrito de sushi. Outra tática foi ampliar o horário de atendimento dos restaurantes. "Quando a rede surgiu, em 2006, ficou muito claro que o maior consumidor era o jovem universitário. Muitos saíam de baladas de madrugada e procuravam temakis para matar a fome. Até hoje temos lojas que funcionam até as 6h nos finais da semana", explica. Toja também investiu em atrair uma outra ponta do negócio: os franqueadores. "Eu tirei a cozinha do restaurante. Hoje o franqueado recebe os ingredientes prontos. Assim, ele não precisa dessa expertise e não há desperdício", diz. Para quem pensa em embarcar no sucesso do verão de 2016, o consultor Marcus Rizzo dá uma dica: busque uma franquia que tenha mais experiência de mercado. "Escolha um franqueador que tenha as ferramentas para sobreviver quando a moda acabar. Isso significa alguém que operou efetivamente o negócio por algum tempo para conhecer o produto e saber o que está fazendo", diz. Como aproveitar o pico sem cair: Seja realista Não baseie seu plano de negócios no número de vendas do auge do setor. Tente sempre enxugar custos e evitar uma operação muito inflada sem base para se manter. Siga o exemplo Franquia pode ser aposta de menor risco na hora de investir no setor da moda. Busque uma marca com experiência tanto na área quanto no gerenciamento do negócio. Busque diferencial Para não ser só mais um na onda, ofereça algo a mais, desde opções mais variadas no cardápio até entrega ou horário de funcionamento estendido.
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Empresários revelam como sobreviver ao investir em produto da modaQuando o empresário Bruno Queiroz, 25, resolveu investir no mercado de cupcakes, no final de 2009, a concorrência ainda era pequena. No ano seguinte, o bolinho recheado virou uma febre no país e a competição aumentou. Mais um ano se passou e a sobremesa entrou na lista de modinhas do verão passado, que inclui mais recentemente a paleta mexicana. "Nós sabíamos que havia um cenário exagerado. Não era possível que uma pessoa comesse cupcakes quatro ou cinco vezes por semana. Sabíamos que era questão de tempo até que voltássemos para a realidade", diz Queiroz, da The Original Cupcake. O olhar realista do empresário levou a um plano de negócios mais modesto, que ignorava os números de venda do período de ápice -e foi um dos segredos para que sua loja não entrasse na lista dos empreendimentos com curto tempo de vida. "Quando o boom de cupcakes acabou, havia muitas marcas com infraestrutura inflada. Nós sempre tentamos reduzir os custos, negociar bem com os fornecedores e manter um bom fluxo de caixa", explica o empresário. A análise cautelosa também foi a fórmula de outro sobrevivente das grandes modas do ramo de alimentos. Alexandre Tenenbaum, sócio-fundador da Yoggi, conteve o crescimento da marca no auge do "frozen yogurt", tipo de sorvete de iogurte, no fim da década passada. "A maior dificuldade é saber dizer 'não'. Tivemos que negar franquias para pessoas que não tinham o perfil do nosso negócio, mesmo sabendo que eles iriam direto para a concorrência. Também evitamos lançar produtos que não tinham a ver com o perfil da marca", relembra. Para Claudia Bittencourt, consultora especializada em franquias, a concorrência é um dos maiores riscos para os empreendedores que querem aproveitar as grandes ondas do mercado. "É preciso levar em consideração se não existe um concorrente que pode entrar no mercado e acabar com tudo. No caso das paletas mexicanas, por exemplo, se grandes marcas de sorvete quisessem aproveitar a onda, não teria espaço para os pequenos", afirma Bittencourt. DIVERSIFICAÇÃO Para os sobreviventes da moda passada, a concorrência ganha novas formas. Queiroz diz que a rede The Original Cupcake disputa seus clientes nos shoppings, repletos de opções de sobremesas e doces. "A concorrência entre marcas de cupcakes acontece mais no mercado de doces para eventos sociais e corporativos", diz o empresário. Já Tenenbaum diz que os sorvetes de iogurte enfrentam concorrência "do segmento de alimentação por impulso e indulgência". Para se sobressair, as duas marcas investiram em diversificar o cardápio. Queiroz hoje vende também brownies, brigadeiros e sorvetes em mais de 50 lojas e quiosques. Ele lançou ainda um modelo de loja de rua que serve cafés e outra modinha de verão: os bolos caseiros. Já a Yoggi inclui na lista de seus produtos açaí e cookies. A marca foi comprada há três anos pela Brazil Fast Food Corporation, dona das redes Bob's e Pizza Hut no Brasil. PÚBLICO Diversificar também foi uma das estratégias de Gustavo Toja, fundador da rede de temakerias Makis Place. Quando o setor de temakerias se aqueceu, a partir de 2007, ele reforçou o menu das lojas, que hoje conta até com burrito de sushi. Outra tática foi ampliar o horário de atendimento dos restaurantes. "Quando a rede surgiu, em 2006, ficou muito claro que o maior consumidor era o jovem universitário. Muitos saíam de baladas de madrugada e procuravam temakis para matar a fome. Até hoje temos lojas que funcionam até as 6h nos finais da semana", explica. Toja também investiu em atrair uma outra ponta do negócio: os franqueadores. "Eu tirei a cozinha do restaurante. Hoje o franqueado recebe os ingredientes prontos. Assim, ele não precisa dessa expertise e não há desperdício", diz. Para quem pensa em embarcar no sucesso do verão de 2016, o consultor Marcus Rizzo dá uma dica: busque uma franquia que tenha mais experiência de mercado. "Escolha um franqueador que tenha as ferramentas para sobreviver quando a moda acabar. Isso significa alguém que operou efetivamente o negócio por algum tempo para conhecer o produto e saber o que está fazendo", diz. Como aproveitar o pico sem cair: Seja realista Não baseie seu plano de negócios no número de vendas do auge do setor. Tente sempre enxugar custos e evitar uma operação muito inflada sem base para se manter. Siga o exemplo Franquia pode ser aposta de menor risco na hora de investir no setor da moda. Busque uma marca com experiência tanto na área quanto no gerenciamento do negócio. Busque diferencial Para não ser só mais um na onda, ofereça algo a mais, desde opções mais variadas no cardápio até entrega ou horário de funcionamento estendido.
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Investimentos criam plataformas on-line que distribuem tarefas no mundo
Aninhado em sua "caverna pessoal", uma sala repleta de caixas de papelão e iscas de pesca em sua casa em Rhode Island, Set Sar está ganhando dinheiro ao permitir que uma empresa acompanhe os movimentos de seus globos oculares por meio da webcam de seu computador. A cerca de 16 mil km, em Jacarta, Adi Nagara pesquisa sobre um setor da economia indonésia para uma consultoria. Ainda que façam tarefas diferentes, por quantias imensamente diferentes, e em partes distintas do planeta, os dois homens têm algo em comum: são membros da "nuvem humana. Nessa nova forma de realizar trabalhos, empregos de menor qualificação são divididos em centenas de projetos ou tarefas e depois dispersos por uma "nuvem" virtual de trabalhadores, localizados em qualquer parte do planeta —basta uma conexão de internet. Algumas tarefas são tão simples quanto procurar números de telefone na Web, digitar dados numa planilha ou assistir a um vídeo monitorado por uma webcam. Outras são complexas, como criar códigos de software ou realizar um projeto de consultoria em prazo curto. O que as unifica é que elas não são empregos, mas tarefas feitas por trabalhadores autônomos. BILHÕES DE DÓLARES Empresas investiram entre US$ 2,8 bilhões e US$ 3,7 bilhões em todo o mundo no ano passado, em pagamentos a trabalhadores e às plataformas on-line que intermedeiam as operações da nuvem humana, de acordo com um relatório recente da Staffing Industry Analysis. Para seus defensores, a nuvem elimina a escassez de profissionais capacitados, reduz o desemprego em áreas problemáticas e ajuda a criar uma meritocracia mundial. Há quem diga que isso pode nos devolver à era da produção caseira, antes que fôssemos empilhados em fábricas e escritórios e perdêssemos controle sobre o trabalho. "O que vemos hoje são as pessoas de novo assumindo a propriedade dos meios de produção, porque você só precisa de um computador, seu cérebro e de uma conexão wi-fi para trabalhar", diz Denis Pennel, diretor da Ciett, um lobby internacional de agências de emprego. "Marx deve estar muito contente, na verdade!" Os críticos veem na nuvem humana um oeste selvagem de empresas exploratórias e trabalho não regulamentado, levando as pessoas a uma concorrência mundial que as levará ao fundo do poço. "Isso faz com que a famosa divisão do trabalho nas fábricas de alfinetes descrita por Adam Smith pareça modesta", diz Guy Standing, acadêmico e autor de diversos livros sobre a ascensão do trabalho sem garantias. TURKERS E NERDS Sar, 29, se uniu à nuvem humana por meio do Mechanical Turk, um site da Amazon no qual "solicitadores" pagam aos "turkers" para realizar microtarefas em que humanos ainda são melhores que os computadores. Entre esses trabalhos estão a transcrição de gravações, respostas a pesquisas ou classificação de fotos com palavras-chave relevantes. O nome Mechanical Turk é uma referência a uma falsa máquina de jogar xadrez, do século 18 —na verdade havia uma pessoa escondida lá dentro. A Amazon —cujo lema para o serviço é "inteligência artificial"— define os trabalhos em oferta como "tarefas de inteligência humana", ou HITs. Muitas pagam apenas centavos de dólar por tarefa. Em um bom dia, Sar ganha até US$ 7 por hora com HITs em suas horas vagas (ele também tem um emprego em um armazém). Mas, depois que a Amazon elevou para 20% a comissão cobrada dos "solicitadores", ele diz que o número de pedidos caiu e o pagamento por tarefa também. Sar encontrou um novo site, Sticky Crowd, e recebe para assistir a vídeos e ler páginas de web, enquanto sua webcam acompanha exatamente o que atrai sua atenção e o que ele ignora —informação útil para os anunciantes. O pagamento é melhor: US$ 1 por dois a três minutos. Mais acima na lista existem plataformas como a Upwork, Freelancer e People per Hour, que oferecem tarefas mais sofisticadas, como redação de textos, trabalho de informática ou design. A Upwork, formada no ano passado por uma fusão de duas grandes plataformas, agora é a gigante da nuvem humana, processando cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos no ano passado (dos quais ela fica com 10%). A companhia precisou de seis anos para chegar a US$ 1 bilhão, e calcula que em mais seis chegará aos US$ 10 bilhões. Alguns desses sites convidam trabalhadores a dar "lances" pelos trabalhos em oferta —especificando seus prazos e preços. Outros oferecem pagamento por hora. No entanto, no alto da hierarquia da nuvem humana, "padronização" é um termo chulo. "Não se trata de uma commodity "" os clientes não selecionam por preço", diz Daniel Callaghan, presidente-executivo da MBA & Company, que liga empresas a "consultores instantâneos". SÍNDROME DE UBER Talvez o mais espinhoso dos problemas, para a nuvem humana, seja o mesmo que afetou o Uber: quando um trabalhador independente deveria ser classificado como funcionário? Autônomos desobrigam as empresas de pagar salário mínimo, contribuições trabalhistas e de oferecer benefícios como auxílio-doença. Mas advogados e trabalhadores contestam: no ano passado, a plataforma de nuvem Crowdflower ofereceu mais de US$ 500 mil em um acordo extrajudicial para encerrar ação coletiva nos EUA que pedia salário mínimo. A maioria dos sistemas judiciários enfrenta dificuldade para acompanhar essas novas formas de trabalho. "Nesse tipo de arranjo, existe mais de um empregador —a lei não tem como lidar com isso", diz Jeremias Prassl, professor de Direito na Universidade de Oxford. Jonas Prising, presidente-executivo do ManpowerGroup, uma agência de emprego, prevê que as autoridades imporão mais regulamentos em breve. "Não se sabe quem está fazendo o trabalho, não se sabe quem está pagando o imposto, não se sabe a idade das pessoas que estão fazendo o trabalho." Apesar disso tudo, pode ser falso contrastar o trabalho "inseguro" da nuvem humana aos empregos "seguros" tradicionais —especialmente nos degraus mais baixos da hierarquia. Muitos dos trabalhadores de baixos salários nos países desenvolvidos tiveram seus direitos e proteções esvaziados. São terceirizados, o que significa que podem ser demitidos sem formalidades e sem direito a muitos benefícios. A nuvem humana pode não pagar muito, mas oferece a sensação de controle.
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Investimentos criam plataformas on-line que distribuem tarefas no mundoAninhado em sua "caverna pessoal", uma sala repleta de caixas de papelão e iscas de pesca em sua casa em Rhode Island, Set Sar está ganhando dinheiro ao permitir que uma empresa acompanhe os movimentos de seus globos oculares por meio da webcam de seu computador. A cerca de 16 mil km, em Jacarta, Adi Nagara pesquisa sobre um setor da economia indonésia para uma consultoria. Ainda que façam tarefas diferentes, por quantias imensamente diferentes, e em partes distintas do planeta, os dois homens têm algo em comum: são membros da "nuvem humana. Nessa nova forma de realizar trabalhos, empregos de menor qualificação são divididos em centenas de projetos ou tarefas e depois dispersos por uma "nuvem" virtual de trabalhadores, localizados em qualquer parte do planeta —basta uma conexão de internet. Algumas tarefas são tão simples quanto procurar números de telefone na Web, digitar dados numa planilha ou assistir a um vídeo monitorado por uma webcam. Outras são complexas, como criar códigos de software ou realizar um projeto de consultoria em prazo curto. O que as unifica é que elas não são empregos, mas tarefas feitas por trabalhadores autônomos. BILHÕES DE DÓLARES Empresas investiram entre US$ 2,8 bilhões e US$ 3,7 bilhões em todo o mundo no ano passado, em pagamentos a trabalhadores e às plataformas on-line que intermedeiam as operações da nuvem humana, de acordo com um relatório recente da Staffing Industry Analysis. Para seus defensores, a nuvem elimina a escassez de profissionais capacitados, reduz o desemprego em áreas problemáticas e ajuda a criar uma meritocracia mundial. Há quem diga que isso pode nos devolver à era da produção caseira, antes que fôssemos empilhados em fábricas e escritórios e perdêssemos controle sobre o trabalho. "O que vemos hoje são as pessoas de novo assumindo a propriedade dos meios de produção, porque você só precisa de um computador, seu cérebro e de uma conexão wi-fi para trabalhar", diz Denis Pennel, diretor da Ciett, um lobby internacional de agências de emprego. "Marx deve estar muito contente, na verdade!" Os críticos veem na nuvem humana um oeste selvagem de empresas exploratórias e trabalho não regulamentado, levando as pessoas a uma concorrência mundial que as levará ao fundo do poço. "Isso faz com que a famosa divisão do trabalho nas fábricas de alfinetes descrita por Adam Smith pareça modesta", diz Guy Standing, acadêmico e autor de diversos livros sobre a ascensão do trabalho sem garantias. TURKERS E NERDS Sar, 29, se uniu à nuvem humana por meio do Mechanical Turk, um site da Amazon no qual "solicitadores" pagam aos "turkers" para realizar microtarefas em que humanos ainda são melhores que os computadores. Entre esses trabalhos estão a transcrição de gravações, respostas a pesquisas ou classificação de fotos com palavras-chave relevantes. O nome Mechanical Turk é uma referência a uma falsa máquina de jogar xadrez, do século 18 —na verdade havia uma pessoa escondida lá dentro. A Amazon —cujo lema para o serviço é "inteligência artificial"— define os trabalhos em oferta como "tarefas de inteligência humana", ou HITs. Muitas pagam apenas centavos de dólar por tarefa. Em um bom dia, Sar ganha até US$ 7 por hora com HITs em suas horas vagas (ele também tem um emprego em um armazém). Mas, depois que a Amazon elevou para 20% a comissão cobrada dos "solicitadores", ele diz que o número de pedidos caiu e o pagamento por tarefa também. Sar encontrou um novo site, Sticky Crowd, e recebe para assistir a vídeos e ler páginas de web, enquanto sua webcam acompanha exatamente o que atrai sua atenção e o que ele ignora —informação útil para os anunciantes. O pagamento é melhor: US$ 1 por dois a três minutos. Mais acima na lista existem plataformas como a Upwork, Freelancer e People per Hour, que oferecem tarefas mais sofisticadas, como redação de textos, trabalho de informática ou design. A Upwork, formada no ano passado por uma fusão de duas grandes plataformas, agora é a gigante da nuvem humana, processando cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos no ano passado (dos quais ela fica com 10%). A companhia precisou de seis anos para chegar a US$ 1 bilhão, e calcula que em mais seis chegará aos US$ 10 bilhões. Alguns desses sites convidam trabalhadores a dar "lances" pelos trabalhos em oferta —especificando seus prazos e preços. Outros oferecem pagamento por hora. No entanto, no alto da hierarquia da nuvem humana, "padronização" é um termo chulo. "Não se trata de uma commodity "" os clientes não selecionam por preço", diz Daniel Callaghan, presidente-executivo da MBA & Company, que liga empresas a "consultores instantâneos". SÍNDROME DE UBER Talvez o mais espinhoso dos problemas, para a nuvem humana, seja o mesmo que afetou o Uber: quando um trabalhador independente deveria ser classificado como funcionário? Autônomos desobrigam as empresas de pagar salário mínimo, contribuições trabalhistas e de oferecer benefícios como auxílio-doença. Mas advogados e trabalhadores contestam: no ano passado, a plataforma de nuvem Crowdflower ofereceu mais de US$ 500 mil em um acordo extrajudicial para encerrar ação coletiva nos EUA que pedia salário mínimo. A maioria dos sistemas judiciários enfrenta dificuldade para acompanhar essas novas formas de trabalho. "Nesse tipo de arranjo, existe mais de um empregador —a lei não tem como lidar com isso", diz Jeremias Prassl, professor de Direito na Universidade de Oxford. Jonas Prising, presidente-executivo do ManpowerGroup, uma agência de emprego, prevê que as autoridades imporão mais regulamentos em breve. "Não se sabe quem está fazendo o trabalho, não se sabe quem está pagando o imposto, não se sabe a idade das pessoas que estão fazendo o trabalho." Apesar disso tudo, pode ser falso contrastar o trabalho "inseguro" da nuvem humana aos empregos "seguros" tradicionais —especialmente nos degraus mais baixos da hierarquia. Muitos dos trabalhadores de baixos salários nos países desenvolvidos tiveram seus direitos e proteções esvaziados. São terceirizados, o que significa que podem ser demitidos sem formalidades e sem direito a muitos benefícios. A nuvem humana pode não pagar muito, mas oferece a sensação de controle.
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Pedir comida no trem na Índia é tarefa para os smartphones
Reclamar da qualidade da comida servida nos trens é uma tradição nas longas viagens do sistema ferroviário indiano. Isso agora, no entanto, começa a mudar, ainda que dependendo de um pouquinho de planejamento e, claro, como virou rotina nos dias atuais, de um smartphone. Grandes redes como Kentucky Fried Chicken e Domino, além de restaurantes locais, ampliaram, por meio de aplicativos, as opções de quem chega a passar mais de um dia em viagem. Os novos serviços são parte do processo de modernização da rede ferroviária indiana, a mais antiga da Ásia e que transporta 23 milhões de passageiros diariamente. No ano passado, o governo indiano convidou grandes redes como a KFC para fazer parte do seu serviço on-line de refeições, em que os passageiros podem agendar seus pedidos para que sejam entregues nas estações. O grande segredo para o sucesso do serviço é a velocidade. São apenas poucos minutos para encontrar o cliente antes que o trem deixe a estação -e a próxima refeição fique para a próxima parada, provavelmente de algum restaurante rival. O próximo passo, segundo o Ministério da Ferrovia, é instalar cozinha nas principais estações, permitindo que as empresas preparem as refeições lá mesmo, para entrega aos passageiros. olhar local E não são apenas os grandes grupos estrangeiros que estão interessados no negócio. Uma série de empreendedores indianos também está apostando na rota ferroviária, como Pushpinder Singh, que fundou uma empresa com a sua mulher. A companhia deles, a TravelKhana, tem acordo com vários restaurantes que ficam perto das estações mais movimentadas e faz a entrega para esses estabelecimentos em troca de uma taxa. "Existem cerca de 5.000 de trens de longa distância, com uma viagem média de aproximadamente 770 quilômetros, mas só 6% têm um serviço de alimentação adequado", afirma Singh. "É esse o nosso público-alvo."
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Pedir comida no trem na Índia é tarefa para os smartphonesReclamar da qualidade da comida servida nos trens é uma tradição nas longas viagens do sistema ferroviário indiano. Isso agora, no entanto, começa a mudar, ainda que dependendo de um pouquinho de planejamento e, claro, como virou rotina nos dias atuais, de um smartphone. Grandes redes como Kentucky Fried Chicken e Domino, além de restaurantes locais, ampliaram, por meio de aplicativos, as opções de quem chega a passar mais de um dia em viagem. Os novos serviços são parte do processo de modernização da rede ferroviária indiana, a mais antiga da Ásia e que transporta 23 milhões de passageiros diariamente. No ano passado, o governo indiano convidou grandes redes como a KFC para fazer parte do seu serviço on-line de refeições, em que os passageiros podem agendar seus pedidos para que sejam entregues nas estações. O grande segredo para o sucesso do serviço é a velocidade. São apenas poucos minutos para encontrar o cliente antes que o trem deixe a estação -e a próxima refeição fique para a próxima parada, provavelmente de algum restaurante rival. O próximo passo, segundo o Ministério da Ferrovia, é instalar cozinha nas principais estações, permitindo que as empresas preparem as refeições lá mesmo, para entrega aos passageiros. olhar local E não são apenas os grandes grupos estrangeiros que estão interessados no negócio. Uma série de empreendedores indianos também está apostando na rota ferroviária, como Pushpinder Singh, que fundou uma empresa com a sua mulher. A companhia deles, a TravelKhana, tem acordo com vários restaurantes que ficam perto das estações mais movimentadas e faz a entrega para esses estabelecimentos em troca de uma taxa. "Existem cerca de 5.000 de trens de longa distância, com uma viagem média de aproximadamente 770 quilômetros, mas só 6% têm um serviço de alimentação adequado", afirma Singh. "É esse o nosso público-alvo."
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Praga cria gincana para turistas com pistas espalhadas pela cidade
O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para turismo@grupofolha.com.br. * A cidade de Praga desenvolveu uma gincana para entreter os turistas durante o verão europeu. O jogo precisa de dois a cinco participantes, que devem solucionar quebra-cabeças e desafios de lógica para descobrir senhas e cumprir etapas que levam a diferentes pontos da capital –como a região da Cidade Nova e a galeria Lucerna, onde há uma estátua de são Venceslau montado num cavalo de ponta-cabeça. O ponto de partida é o centro de informações turísticas da Cidade Nova. Estima-se que o roteiro dure duas horas. A gincana é parte das celebrações dos 700 anos de nascimento do rei Carlos 4º, considerado pai da pátria tcheca. * Hotel de luxo terá restaurantes temporários com vista panorâmica em SP Com o fechamento do restaurante espanhol Arola 23, que ocupava o 23o andar do prédio, o hotel Tivoli - Mofarrej (al. Santos, 1.437) inicia temporada de casas pop-up na próxima segunda-feira (9). Até o final de junho, três chefs ocuparão a cozinha do lugar. O primeiro é Alberto Landgraf, que recentemente fechou o Epice e se mudou para o Rio de Janeiro; ele fica no Pop-up 23 Tivoli entre os dias 9 e 21, exceto aos domingos, com menus-degustação entre R$ 350 e R$ 500. Depois, ocupam a casa Claude e Thomas Troisgros, do carioca Olympe (de 30 de maio a 12 de junho), e o peruano Renzo Garibaldi, do Osso, em Lima (de 16 a 25 de junho). * Entidades prometem lutar contra mudanças propostas pela Anac Foi encerrado, na última segunda (2), o período de audiências públicas promovidas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para rever as Condições Gerais de Transporte Aéreo, que regem a prestação de serviço das empresas aéreas no país. Agora, as sugestões recebidas vão passar por análises internas; as mudanças devem ser divulgadas no segundo semestre. Na última semana, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e entidades de defesa do consumidor se reuniram para manter um compromisso de diálogo; a Proteste divulgou um manifesto contra o que chamou de retrocesso e violações aos direitos do consumidor. Entre as possíveis mudanças estão o fim da franquia de bagagem. * A região de Shilinxia, próxima a Pequim, inaugurou na semana passada um novo mirante, em uma plataforma de vidro de 33 metros de diâmetro * PRESTE ATENÇÃO! * LANÇAMENTOS Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo Autores vários Editora Michelin Quanto R$ 80 A 2ª edição brasileira do guia traz 44 hotéis e 160 restaurantes (19 estrelados, 4 deles pela primeira vez) Saboreando o Rio Autora Mariana Daiha Vidal Editora Senac Rio Quanto R$ 115 O livro traz 35 receitas da chef e advogada, permeadas por histórias inspiradas pelos bairros da capital fluminense * AGENDA
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Praga cria gincana para turistas com pistas espalhadas pela cidadeO "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para turismo@grupofolha.com.br. * A cidade de Praga desenvolveu uma gincana para entreter os turistas durante o verão europeu. O jogo precisa de dois a cinco participantes, que devem solucionar quebra-cabeças e desafios de lógica para descobrir senhas e cumprir etapas que levam a diferentes pontos da capital –como a região da Cidade Nova e a galeria Lucerna, onde há uma estátua de são Venceslau montado num cavalo de ponta-cabeça. O ponto de partida é o centro de informações turísticas da Cidade Nova. Estima-se que o roteiro dure duas horas. A gincana é parte das celebrações dos 700 anos de nascimento do rei Carlos 4º, considerado pai da pátria tcheca. * Hotel de luxo terá restaurantes temporários com vista panorâmica em SP Com o fechamento do restaurante espanhol Arola 23, que ocupava o 23o andar do prédio, o hotel Tivoli - Mofarrej (al. Santos, 1.437) inicia temporada de casas pop-up na próxima segunda-feira (9). Até o final de junho, três chefs ocuparão a cozinha do lugar. O primeiro é Alberto Landgraf, que recentemente fechou o Epice e se mudou para o Rio de Janeiro; ele fica no Pop-up 23 Tivoli entre os dias 9 e 21, exceto aos domingos, com menus-degustação entre R$ 350 e R$ 500. Depois, ocupam a casa Claude e Thomas Troisgros, do carioca Olympe (de 30 de maio a 12 de junho), e o peruano Renzo Garibaldi, do Osso, em Lima (de 16 a 25 de junho). * Entidades prometem lutar contra mudanças propostas pela Anac Foi encerrado, na última segunda (2), o período de audiências públicas promovidas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para rever as Condições Gerais de Transporte Aéreo, que regem a prestação de serviço das empresas aéreas no país. Agora, as sugestões recebidas vão passar por análises internas; as mudanças devem ser divulgadas no segundo semestre. Na última semana, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e entidades de defesa do consumidor se reuniram para manter um compromisso de diálogo; a Proteste divulgou um manifesto contra o que chamou de retrocesso e violações aos direitos do consumidor. Entre as possíveis mudanças estão o fim da franquia de bagagem. * A região de Shilinxia, próxima a Pequim, inaugurou na semana passada um novo mirante, em uma plataforma de vidro de 33 metros de diâmetro * PRESTE ATENÇÃO! * LANÇAMENTOS Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo Autores vários Editora Michelin Quanto R$ 80 A 2ª edição brasileira do guia traz 44 hotéis e 160 restaurantes (19 estrelados, 4 deles pela primeira vez) Saboreando o Rio Autora Mariana Daiha Vidal Editora Senac Rio Quanto R$ 115 O livro traz 35 receitas da chef e advogada, permeadas por histórias inspiradas pelos bairros da capital fluminense * AGENDA
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Renan reage com irritação à ação da Polícia Federal
Com nomes ligados a si atingidos diretamente na nova fase da Operação Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), demonstrou irritação, o que preocupa o governo. Até aqui, o peemedebista era um dos principais e últimos aliados poderosos do Planalto na tentativa de impedir a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Pessoas próximas ao peemedebista dizem que ele ainda calcula qual será o próximo passo, mas relatam que, logo após a ação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça (15), Renan começou a dar sinais de que pode abandonar a base de sustentação do Palácio do Planalto. Em conversas privadas, o presidente do Senado sinalizou que haverá recesso parlamentar, pelo menos até meados de janeiro. Ele avalia ser preciso "baixar a temperatura" política. O governo defende que é preciso terminar o mais rapidamente possível as discussões sobre o processo de impeachment. Por isso, a tendência pró-recesso de Renan foi lida no Planalto como uma advertência. A operação desta terça-feira também gerou incômodo na cúpula do PMDB, partido que reúne nesta quarta-feira (16) sua Executiva, já que a maior parte dos atingidos pertence à sigla. Na reunião, estará em discussão as filiações que o ex-líder do PMDB na Câmara Leonardo Picciani tem realizado para tentar recuperar a liderança. A cúpula partidária quer vetar estas filiações para barrar a iniciativa do deputado carioca, que tem o apoio do governo e foi substituído por Leonardo Quintão (MG) com apoio do presidente da legenda, o vice Michel Temer (SP). Segundo peemedebistas, caso a estratégia de Picciani dê sinais de sucesso, a Executiva pode até discutir uma antecipação da convenção da legenda, marcada para março, para votar um rompimento com o governo. Por enquanto, a orientação do vice-presidente Temer é ter cautela. Ele defende não discutir agora um rompimento oficial e quer esperar o cenário clarear. A investida da PF foi vista pelo entorno de Renan como um cerco ao senador e à campanha de seu filho ao governo de Alagoas em 2014 –o escritório regional do PMDB no Estado foi alvo de batida policial. Houve um pedido para que a residência do presidente do Senado também fosse alvo de uma revista, mas o ministro Teori Zavascki barrou. Pessoas próximas ao peemedebista relataram que Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro ligado a Renan, teria sido acordado por agentes da PF com uma lanterna no rosto quando a operação foi deflagrada. Renan teria considerado a ação abusiva. Diversas fases do impeachment podem ser diretamente afetadas por decisões de Renan. Por isso, um possível distanciamento do Planalto é visto com apreensão pelo governo e expectativa por alas que trabalham para encurtar a gestão da petista. Se romper com Dilma, avaliam parlamentares, Renan afundaria o governo petista de vez. Questionado, Renan se limitou a dizer que vinha colaborando com as investigações sempre que solicitado.
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Renan reage com irritação à ação da Polícia FederalCom nomes ligados a si atingidos diretamente na nova fase da Operação Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), demonstrou irritação, o que preocupa o governo. Até aqui, o peemedebista era um dos principais e últimos aliados poderosos do Planalto na tentativa de impedir a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Pessoas próximas ao peemedebista dizem que ele ainda calcula qual será o próximo passo, mas relatam que, logo após a ação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça (15), Renan começou a dar sinais de que pode abandonar a base de sustentação do Palácio do Planalto. Em conversas privadas, o presidente do Senado sinalizou que haverá recesso parlamentar, pelo menos até meados de janeiro. Ele avalia ser preciso "baixar a temperatura" política. O governo defende que é preciso terminar o mais rapidamente possível as discussões sobre o processo de impeachment. Por isso, a tendência pró-recesso de Renan foi lida no Planalto como uma advertência. A operação desta terça-feira também gerou incômodo na cúpula do PMDB, partido que reúne nesta quarta-feira (16) sua Executiva, já que a maior parte dos atingidos pertence à sigla. Na reunião, estará em discussão as filiações que o ex-líder do PMDB na Câmara Leonardo Picciani tem realizado para tentar recuperar a liderança. A cúpula partidária quer vetar estas filiações para barrar a iniciativa do deputado carioca, que tem o apoio do governo e foi substituído por Leonardo Quintão (MG) com apoio do presidente da legenda, o vice Michel Temer (SP). Segundo peemedebistas, caso a estratégia de Picciani dê sinais de sucesso, a Executiva pode até discutir uma antecipação da convenção da legenda, marcada para março, para votar um rompimento com o governo. Por enquanto, a orientação do vice-presidente Temer é ter cautela. Ele defende não discutir agora um rompimento oficial e quer esperar o cenário clarear. A investida da PF foi vista pelo entorno de Renan como um cerco ao senador e à campanha de seu filho ao governo de Alagoas em 2014 –o escritório regional do PMDB no Estado foi alvo de batida policial. Houve um pedido para que a residência do presidente do Senado também fosse alvo de uma revista, mas o ministro Teori Zavascki barrou. Pessoas próximas ao peemedebista relataram que Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro ligado a Renan, teria sido acordado por agentes da PF com uma lanterna no rosto quando a operação foi deflagrada. Renan teria considerado a ação abusiva. Diversas fases do impeachment podem ser diretamente afetadas por decisões de Renan. Por isso, um possível distanciamento do Planalto é visto com apreensão pelo governo e expectativa por alas que trabalham para encurtar a gestão da petista. Se romper com Dilma, avaliam parlamentares, Renan afundaria o governo petista de vez. Questionado, Renan se limitou a dizer que vinha colaborando com as investigações sempre que solicitado.
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Ninguém descobriu o que pode amenizar menopausa, diz leitora
Ótima a coluna do doutor Drauzio Varella (Calores femininos) em relação às pesquisas em relação ao sofrimento causado pela menopausa. No entanto, é lamentável a conclusão: "Acontece com as mulheres". Ou seja, médicos e pesquisadores conhecem causas e efeitos. Porém, até hoje ninguém descobriu o que pode realmente amenizar esse inferno físico e emocional que é a menopausa. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Ninguém descobriu o que pode amenizar menopausa, diz leitoraÓtima a coluna do doutor Drauzio Varella (Calores femininos) em relação às pesquisas em relação ao sofrimento causado pela menopausa. No entanto, é lamentável a conclusão: "Acontece com as mulheres". Ou seja, médicos e pesquisadores conhecem causas e efeitos. Porém, até hoje ninguém descobriu o que pode realmente amenizar esse inferno físico e emocional que é a menopausa. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Réplica de colunista faz defesa da hegemonia da libertinagem
Fico feliz em ter ensinado alguma coisa ao senhor Calligaris, colunista da Folha. Creio que seus estereótipos sobre o PSDB se desmancharam, e o prezado psicanalista percebeu que "a coisa deve ser mais complicada". Exato! Bem-vindo ao mundo real. A beleza da política consiste em sua diversidade de pensamento e de opinião. Nada, nesta tão importante esfera da vida, é simplório o suficiente para caber em clichês e conhecimentos meramente livrescos. Há muitas teses nas palavras do colunista que não fazem sentido, carecem de lógica e de conteúdo empírico. São palavras jogadas ao vento. Entrementes, peço licença para demonstrar o erro central de seu pensamento. O prezado acadêmico confunde cultura em sentido antropológico com ideologia em sentido político. Tal confusão obscurece seu raciocínio. Esclareço: ideologia é um conjunto de ideias manipuladas politicamente e impostas por meios coercitivos e institucionais. Cultura é conjunto de valores, crenças, moral, religiosidade e os conflitos entre esses valores construídos ao longo da história de uma sociedade ou civilização. O colunista escorrega ao misturar os conceitos, embora sejam básicos. Creio que a visão do senhor Calligaris sobre o marxismo é ingênua e descuidada. Uma atenta leitura de autores ideológicos dessa corrente de pensamento político mostrará que é um mantra mutante, revisado constantemente para permanecer ativo, ser instrumento de domínio e embuste político. Há pouca preocupação com a realidade no marxismo. Para os que estão intoxicados, conscientes ou não, os fatos são achatados para caber nas ideias. É uma rede de estratégias de alcance e manutenção de poder total. Dou exemplos: homossexuais já foram perseguidos duramente em países comunistas. Em Cuba, pessoas foram mortas por suas preferências sexuais, assim como na antiga URSS. Hoje, paradoxalmente, a ideologia de gênero é parte integrante da estratégia de esquerda para fragilizar os valores sociais no ocidente. Eles conseguem conciliar ateísmo com Teologia da Libertação. Pouco importa a lógica clássica. A esquerda e afins utilizam o conflito dos contrários, a tal da dialética, para mudar o mundo e não apenas para interpretá-lo. O segredo da manutenção desta ideologia é a sua plasticidade em incorporar ressentidos de todos os tipos possíveis, aguçar e inventar conflitos. A consciência de um intelectual orgânico pouco importa no jogo. Importa apenas que ele repita infinitamente a voz dos dominantes e a voz do partido. Esquerdistas não estão nem aí para o "proletariado", pouco se importam com trabalhadores. O mais desinformado dos homens já sabe disso perfeitamente, basta ver a realidade. No Brasil isto é claro e cristalino, ou o senhor Calligaris acha que o PT é realmente o partido protetor dos trabalhadores? O proletariado no marxismo é apenas uma coisa, um instrumento. É preciso estudar história. Há 50 anos a esquerda destroça Cuba. Há muito mais de 50 anos dominou parte da Europa e da Ásia, matando milhões de pessoas. Mais de 1 bilhão de chineses vivem sem livre arbítrio, massacrados pelo Partido Comunista. Atualmente, a Coreia do Norte chantageia o mundo, e nossos vizinhos Equador e Venezuela padecem sob o regime bolivariano. A conversa mole e apressada de que marxismo é ideologia morta não passa de prova cabal de que o colunista é o mais perfeito intelectual orgânico. Fiquei um tanto chocado com a visão do senhor Calligaris sobre cristianismo e sobre o Brasil. É preciso sair do divã e conhecer o povo brasileiro, sem preconceitos intelectuais pueris. A religiosidade é atávica ao humano e, em especial, ao brasileiro. Não haveria o país sem cristianismo, e isto é elementar. Nenhum relativismo moral ignóbil e gerado pela arrogância pode substituir a fé do brasileiro. Em tempo, fica claro que o colunista luta por uma hegemonia, segundo o mesmo, a da libertinagem. Ora, não me interesso pelo que as pessoas fazem entre quatro paredes. Aprendi desde cedo a respeitar a liberdade dos indivíduos. Não há cristianismo sem livre arbítrio, e não há liberdade sem responsabilidade. Portanto, dispenso os detalhes explicitados sobre sua própria conduta. Definitivamente não me interessam em nada. Não estou preocupado se o colunista vai "correr com os lobos e as lobas, transar com os travestis ou casar com transexual". Luto contra a imposição covarde de valores ideológicos esdrúxulos feita nas escolas, nos livros didáticos e em todos os meios possíveis. Respeito os indivíduos, a família e a cultura do meu país. Quero a espontaneidade da cultura nacional e nunca a imposição de hegemonias. Espero que o colunista tenha me entendido. Abraços fraternais e que Deus nos abençoe. ROGÉRIO MARINHO é deputado federal do Rio Grande do Norte pelo PSDB
ilustrada
Réplica de colunista faz defesa da hegemonia da libertinagemFico feliz em ter ensinado alguma coisa ao senhor Calligaris, colunista da Folha. Creio que seus estereótipos sobre o PSDB se desmancharam, e o prezado psicanalista percebeu que "a coisa deve ser mais complicada". Exato! Bem-vindo ao mundo real. A beleza da política consiste em sua diversidade de pensamento e de opinião. Nada, nesta tão importante esfera da vida, é simplório o suficiente para caber em clichês e conhecimentos meramente livrescos. Há muitas teses nas palavras do colunista que não fazem sentido, carecem de lógica e de conteúdo empírico. São palavras jogadas ao vento. Entrementes, peço licença para demonstrar o erro central de seu pensamento. O prezado acadêmico confunde cultura em sentido antropológico com ideologia em sentido político. Tal confusão obscurece seu raciocínio. Esclareço: ideologia é um conjunto de ideias manipuladas politicamente e impostas por meios coercitivos e institucionais. Cultura é conjunto de valores, crenças, moral, religiosidade e os conflitos entre esses valores construídos ao longo da história de uma sociedade ou civilização. O colunista escorrega ao misturar os conceitos, embora sejam básicos. Creio que a visão do senhor Calligaris sobre o marxismo é ingênua e descuidada. Uma atenta leitura de autores ideológicos dessa corrente de pensamento político mostrará que é um mantra mutante, revisado constantemente para permanecer ativo, ser instrumento de domínio e embuste político. Há pouca preocupação com a realidade no marxismo. Para os que estão intoxicados, conscientes ou não, os fatos são achatados para caber nas ideias. É uma rede de estratégias de alcance e manutenção de poder total. Dou exemplos: homossexuais já foram perseguidos duramente em países comunistas. Em Cuba, pessoas foram mortas por suas preferências sexuais, assim como na antiga URSS. Hoje, paradoxalmente, a ideologia de gênero é parte integrante da estratégia de esquerda para fragilizar os valores sociais no ocidente. Eles conseguem conciliar ateísmo com Teologia da Libertação. Pouco importa a lógica clássica. A esquerda e afins utilizam o conflito dos contrários, a tal da dialética, para mudar o mundo e não apenas para interpretá-lo. O segredo da manutenção desta ideologia é a sua plasticidade em incorporar ressentidos de todos os tipos possíveis, aguçar e inventar conflitos. A consciência de um intelectual orgânico pouco importa no jogo. Importa apenas que ele repita infinitamente a voz dos dominantes e a voz do partido. Esquerdistas não estão nem aí para o "proletariado", pouco se importam com trabalhadores. O mais desinformado dos homens já sabe disso perfeitamente, basta ver a realidade. No Brasil isto é claro e cristalino, ou o senhor Calligaris acha que o PT é realmente o partido protetor dos trabalhadores? O proletariado no marxismo é apenas uma coisa, um instrumento. É preciso estudar história. Há 50 anos a esquerda destroça Cuba. Há muito mais de 50 anos dominou parte da Europa e da Ásia, matando milhões de pessoas. Mais de 1 bilhão de chineses vivem sem livre arbítrio, massacrados pelo Partido Comunista. Atualmente, a Coreia do Norte chantageia o mundo, e nossos vizinhos Equador e Venezuela padecem sob o regime bolivariano. A conversa mole e apressada de que marxismo é ideologia morta não passa de prova cabal de que o colunista é o mais perfeito intelectual orgânico. Fiquei um tanto chocado com a visão do senhor Calligaris sobre cristianismo e sobre o Brasil. É preciso sair do divã e conhecer o povo brasileiro, sem preconceitos intelectuais pueris. A religiosidade é atávica ao humano e, em especial, ao brasileiro. Não haveria o país sem cristianismo, e isto é elementar. Nenhum relativismo moral ignóbil e gerado pela arrogância pode substituir a fé do brasileiro. Em tempo, fica claro que o colunista luta por uma hegemonia, segundo o mesmo, a da libertinagem. Ora, não me interesso pelo que as pessoas fazem entre quatro paredes. Aprendi desde cedo a respeitar a liberdade dos indivíduos. Não há cristianismo sem livre arbítrio, e não há liberdade sem responsabilidade. Portanto, dispenso os detalhes explicitados sobre sua própria conduta. Definitivamente não me interessam em nada. Não estou preocupado se o colunista vai "correr com os lobos e as lobas, transar com os travestis ou casar com transexual". Luto contra a imposição covarde de valores ideológicos esdrúxulos feita nas escolas, nos livros didáticos e em todos os meios possíveis. Respeito os indivíduos, a família e a cultura do meu país. Quero a espontaneidade da cultura nacional e nunca a imposição de hegemonias. Espero que o colunista tenha me entendido. Abraços fraternais e que Deus nos abençoe. ROGÉRIO MARINHO é deputado federal do Rio Grande do Norte pelo PSDB
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CCJ aprova PEC que estipula mandato de dez anos para ministro do STF
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (24) uma das diversas propostas que alteram a forma de escolha dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em tramitação no Congresso Nacional. O texto, relatado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), estabelece mandato de dez anos para os ministros do tribunal –pela regra atual, eles permanecem no cargo até 75 anos. Embora mantenham a escolha nas mãos do presidente da República, a escolha se dará a partir de uma lista tríplice elaborada por um colegiado composto pelo presidente STF, STJ (Superior Tribunal de Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho), STM (Superior Tribunal Militar), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o procurador-geral da República e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Além disso, a PEC também estabelece um prazo de um mês, após o recebimento da lista, para que a indicação ocorra. Vedando a recondução e mantendo a confirmação da nomeação nas mãos do Senado. Após o presidente da República fazer a indicação, o candidato passa por uma sabatina na CCJ da Casa, onde é avalizado pelos senadores e, em seguida é votado no plenário. Também exige dos indicados 15 anos de experiência jurídica. Após os 10 anos de mandato, o ex-ministro fica inelegível por cinco anos. O texto segue agora para o plenário, onde precisa passar por dois turnos de votação. Em seguida, na Câmara, vai direto à CCJ e, depois, para uma comissão especial que já analisa propostas semelhantes. Em agosto do ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou de uma só vez, no dia 25, três propostas que alteram a composição do Supremo. Duas também estabelecem mandatos de 10 anos.
poder
CCJ aprova PEC que estipula mandato de dez anos para ministro do STFA CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (24) uma das diversas propostas que alteram a forma de escolha dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em tramitação no Congresso Nacional. O texto, relatado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), estabelece mandato de dez anos para os ministros do tribunal –pela regra atual, eles permanecem no cargo até 75 anos. Embora mantenham a escolha nas mãos do presidente da República, a escolha se dará a partir de uma lista tríplice elaborada por um colegiado composto pelo presidente STF, STJ (Superior Tribunal de Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho), STM (Superior Tribunal Militar), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o procurador-geral da República e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Além disso, a PEC também estabelece um prazo de um mês, após o recebimento da lista, para que a indicação ocorra. Vedando a recondução e mantendo a confirmação da nomeação nas mãos do Senado. Após o presidente da República fazer a indicação, o candidato passa por uma sabatina na CCJ da Casa, onde é avalizado pelos senadores e, em seguida é votado no plenário. Também exige dos indicados 15 anos de experiência jurídica. Após os 10 anos de mandato, o ex-ministro fica inelegível por cinco anos. O texto segue agora para o plenário, onde precisa passar por dois turnos de votação. Em seguida, na Câmara, vai direto à CCJ e, depois, para uma comissão especial que já analisa propostas semelhantes. Em agosto do ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou de uma só vez, no dia 25, três propostas que alteram a composição do Supremo. Duas também estabelecem mandatos de 10 anos.
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Fã de carros, suspeito de ataque em Barcelona era visto como bom menino
Younes Abouyaaqoub, 22, gostava de carros, como tantos outros jovens de sua rua. Ele teve, segundo amigos ouvidos pelo jornal "El País", um Seat Ibiza, um BMW -que bateu- e um Citroën C5. Derrapava com eles. Era mais um entre outros na periferia da Catalunha. Mas se tornou um dos nomes mais repetidos na Espanha. Na quinta-feira (17), dirigindo uma van, Abouyaaqoub atropelou dezenas de pedestres em um calçadão de Barcelona, deixando 13 mortos, incluindo uma criança britânica de sete anos. Foi morto quatro dias depois, nesta segunda-feira (21), quando fugia. Apesar da repentina fama e da enxurrada de informações entregues pela polícia catalã, o perfil do terrorista ainda é desconhecido. Abouyaaqoub nasceu em 1995 em Mrirt, povoado no interior do Marrocos, nas montanhas do Atlas. Vivem hoje ali 35 mil habitantes. Ele se mudou para a Espanha quando tinha quatro anos. A família Abouyaaqoub se estabeleceu em Ripoll(a 100 km de Barcelona). No total eram cinco irmãos. Entre eles, Houssaine, 19, que participou do atentado terrorista em Cambrils, horas depois do ataque de Barcelona. Abouyaaqoub estudou em escola pública, onde tinha boas notas, segundo os amigos ouvidos pelo "El País". Ele foi aprovado mais tarde em um curso de eletromecânica. Um dos melhores alunos, considerado inteligente. O jornal espanhol compila outros adjetivos: "tranquilo", "calado", "tímido". Tamanha era sua fama de bom menino que os pais dos demais o usavam como exemplo de comportamento -sugeriam aos filhos que fossem como ele. "E veja agora, caramba", disse um amigo. Ele trabalhava há meses em uma empresa industrial e, além dos carros, se interessava pelo futebol. Jogou na equipe juvenil do Ripoll CF, time da cidade em que cresceu. Era visto como craque. Não está claro como o garoto inteligente que jogava bem virou terrorista. O processo de radicalização deve ser um foco da investigação. O provável catalisador foi o imã (líder religioso muçulmano) Abdelbaki Es Satty, 45, apontado pelas autoridades espanholas como o cabeça da célula terrorista de que Abouyaaqoub fazia parte e que tinha 12 integrantes. Testemunhas ouvidas pela imprensa local dizem que as reuniões eram feitas às escondidas, às vezes dentro de vans. Eles também invadiram uma casa abandonada em Alcanar (170 quilômetros de Barcelona), onde montaram um laboratório clandestino de bombas –que explodiu. A explosão acidental levou os terroristas, segundo os investigadores, a apressar o ataque. Foi quando Abouyaaqoub tomou o volante nas mãos para atropelar pedestres em Barcelona. Ataques na Catalunha
mundo
Fã de carros, suspeito de ataque em Barcelona era visto como bom meninoYounes Abouyaaqoub, 22, gostava de carros, como tantos outros jovens de sua rua. Ele teve, segundo amigos ouvidos pelo jornal "El País", um Seat Ibiza, um BMW -que bateu- e um Citroën C5. Derrapava com eles. Era mais um entre outros na periferia da Catalunha. Mas se tornou um dos nomes mais repetidos na Espanha. Na quinta-feira (17), dirigindo uma van, Abouyaaqoub atropelou dezenas de pedestres em um calçadão de Barcelona, deixando 13 mortos, incluindo uma criança britânica de sete anos. Foi morto quatro dias depois, nesta segunda-feira (21), quando fugia. Apesar da repentina fama e da enxurrada de informações entregues pela polícia catalã, o perfil do terrorista ainda é desconhecido. Abouyaaqoub nasceu em 1995 em Mrirt, povoado no interior do Marrocos, nas montanhas do Atlas. Vivem hoje ali 35 mil habitantes. Ele se mudou para a Espanha quando tinha quatro anos. A família Abouyaaqoub se estabeleceu em Ripoll(a 100 km de Barcelona). No total eram cinco irmãos. Entre eles, Houssaine, 19, que participou do atentado terrorista em Cambrils, horas depois do ataque de Barcelona. Abouyaaqoub estudou em escola pública, onde tinha boas notas, segundo os amigos ouvidos pelo "El País". Ele foi aprovado mais tarde em um curso de eletromecânica. Um dos melhores alunos, considerado inteligente. O jornal espanhol compila outros adjetivos: "tranquilo", "calado", "tímido". Tamanha era sua fama de bom menino que os pais dos demais o usavam como exemplo de comportamento -sugeriam aos filhos que fossem como ele. "E veja agora, caramba", disse um amigo. Ele trabalhava há meses em uma empresa industrial e, além dos carros, se interessava pelo futebol. Jogou na equipe juvenil do Ripoll CF, time da cidade em que cresceu. Era visto como craque. Não está claro como o garoto inteligente que jogava bem virou terrorista. O processo de radicalização deve ser um foco da investigação. O provável catalisador foi o imã (líder religioso muçulmano) Abdelbaki Es Satty, 45, apontado pelas autoridades espanholas como o cabeça da célula terrorista de que Abouyaaqoub fazia parte e que tinha 12 integrantes. Testemunhas ouvidas pela imprensa local dizem que as reuniões eram feitas às escondidas, às vezes dentro de vans. Eles também invadiram uma casa abandonada em Alcanar (170 quilômetros de Barcelona), onde montaram um laboratório clandestino de bombas –que explodiu. A explosão acidental levou os terroristas, segundo os investigadores, a apressar o ataque. Foi quando Abouyaaqoub tomou o volante nas mãos para atropelar pedestres em Barcelona. Ataques na Catalunha
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Operação contra perda em fundos foi gestada em CPI
A Operação Greenfield, deflagrada na segunda-feira (5) para investigar supostos prejuízos em fundos de pensão de funcionários de empresas estatais, tem como cérebro o procurador da República em Brasília Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, que no ano passado trocava informações com técnicos da CPI dos Fundos de Pensão. A CPI, que durou de agosto a dezembro do ano passado, apontou problemas em diversos FIPs (Fundos de Investimento em Participações) que receberam aportes de fundos de pensão, incluindo seis dos oito casos investigados pela Greenfield. Os FIPs são instrumentos usados pelas empresas para arrecadar dinheiro para ampliação de atividades. Durante os trabalhos da CPI, o procurador recolheu informações para a Greenfield, que começou a ganhar corpo no fim de 2014, quando ele abriu os primeiros procedimentos a partir de uma representação do PSDB. Alguns policiais federais que hoje estão na operação também participaram das apurações da CPI, recebendo e fornecendo dados sobre fundos. Para montar a Greenfield, Lopes recebeu apoio da PGR (Procuradoria-Geral da República), que, no final de junho, criou um grupo de trabalho específico para os fundos de pensão, formado por ele e mais dois colegas, Aldo de Campos Costa, do Tocantins, e Paulo Gomes Ferreira Filho, do Rio. Nos meses seguintes, mais quatro procuradores se juntaram ao grupo. Após a criação do grupo de trabalho, os procuradores buscaram nos bastidores convencer a PF a entrar para valer na Greenfield para a fase ostensiva da investigação. Os procuradores obtiveram o apoio da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na figura da delegada da PF Rúbia Pinheiro, que passou a ter grande afinidade com os procuradores, a ponto de assinarem juntos diversas peças protocoladas na Justiça, o que é incomum. Além disso, os investigadores se cercaram do apoio de especialistas em mercado financeiro e fundos de pensão, técnicos da Previc, autarquia vinculada ao Ministério da Previdência, e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). As ordens de prisão no caso Greenfield foram expedidas pela Justiça Federal em julho, mas a PF trabalhava com outras prioridades, como o risco de atentados nos Jogos do Rio, o que adiou a deflagração da operação. Ao final foram mobilizados 560 policiais federais, nesse sentido, uma das maiores operações da história da PF. POESIA Lopes evita dar entrevistas à imprensa. A Folha apurou que, no caso Greenfield, o juiz responsável pela operação, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, recomendou informalmente que procuradores fossem comedidos no relacionamento com a imprensa. Nascido no Amazonas, vivendo em Brasília há dez anos e juiz federal desde 1992, Vallisney tem vasta experiência na área criminal, incluindo tribunais de júri por homicídios. Ex-promotor de Justiça, atuou no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e em tribunais federais. Estão sob sua responsabilidade algumas das principais operações de Brasília, como a Zelotes, que investigou fraudes no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda. Na 10ª vara, especializada em crimes financeiros, tramitam mais de 2.500 processos. Em sua página pessoal na internet, o juiz divulga poemas de sua autoria. No mais recente, de 5 de agosto, Vallisney escreveu: "Estas nódoas à frente/ as fúrias pelos campos/ de extermínio, as moscas / do abandono, as febres / de insanos, os lenços esfarrapados / são farpas trituradas pela máquina / de moer teu coração na secadora / da insipidez da indiferença".
mercado
Operação contra perda em fundos foi gestada em CPIA Operação Greenfield, deflagrada na segunda-feira (5) para investigar supostos prejuízos em fundos de pensão de funcionários de empresas estatais, tem como cérebro o procurador da República em Brasília Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, que no ano passado trocava informações com técnicos da CPI dos Fundos de Pensão. A CPI, que durou de agosto a dezembro do ano passado, apontou problemas em diversos FIPs (Fundos de Investimento em Participações) que receberam aportes de fundos de pensão, incluindo seis dos oito casos investigados pela Greenfield. Os FIPs são instrumentos usados pelas empresas para arrecadar dinheiro para ampliação de atividades. Durante os trabalhos da CPI, o procurador recolheu informações para a Greenfield, que começou a ganhar corpo no fim de 2014, quando ele abriu os primeiros procedimentos a partir de uma representação do PSDB. Alguns policiais federais que hoje estão na operação também participaram das apurações da CPI, recebendo e fornecendo dados sobre fundos. Para montar a Greenfield, Lopes recebeu apoio da PGR (Procuradoria-Geral da República), que, no final de junho, criou um grupo de trabalho específico para os fundos de pensão, formado por ele e mais dois colegas, Aldo de Campos Costa, do Tocantins, e Paulo Gomes Ferreira Filho, do Rio. Nos meses seguintes, mais quatro procuradores se juntaram ao grupo. Após a criação do grupo de trabalho, os procuradores buscaram nos bastidores convencer a PF a entrar para valer na Greenfield para a fase ostensiva da investigação. Os procuradores obtiveram o apoio da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na figura da delegada da PF Rúbia Pinheiro, que passou a ter grande afinidade com os procuradores, a ponto de assinarem juntos diversas peças protocoladas na Justiça, o que é incomum. Além disso, os investigadores se cercaram do apoio de especialistas em mercado financeiro e fundos de pensão, técnicos da Previc, autarquia vinculada ao Ministério da Previdência, e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). As ordens de prisão no caso Greenfield foram expedidas pela Justiça Federal em julho, mas a PF trabalhava com outras prioridades, como o risco de atentados nos Jogos do Rio, o que adiou a deflagração da operação. Ao final foram mobilizados 560 policiais federais, nesse sentido, uma das maiores operações da história da PF. POESIA Lopes evita dar entrevistas à imprensa. A Folha apurou que, no caso Greenfield, o juiz responsável pela operação, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, recomendou informalmente que procuradores fossem comedidos no relacionamento com a imprensa. Nascido no Amazonas, vivendo em Brasília há dez anos e juiz federal desde 1992, Vallisney tem vasta experiência na área criminal, incluindo tribunais de júri por homicídios. Ex-promotor de Justiça, atuou no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e em tribunais federais. Estão sob sua responsabilidade algumas das principais operações de Brasília, como a Zelotes, que investigou fraudes no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda. Na 10ª vara, especializada em crimes financeiros, tramitam mais de 2.500 processos. Em sua página pessoal na internet, o juiz divulga poemas de sua autoria. No mais recente, de 5 de agosto, Vallisney escreveu: "Estas nódoas à frente/ as fúrias pelos campos/ de extermínio, as moscas / do abandono, as febres / de insanos, os lenços esfarrapados / são farpas trituradas pela máquina / de moer teu coração na secadora / da insipidez da indiferença".
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Seis times podem terminar primeiro turno do Brasileiro na liderança
Flamengo com 34 pontos, após vencer o Atlético-PR por 1 a 0 neste sábado (6); Santos, Palmeiras e Corinthians com 33; Grêmio e Atlético-MG com 32, e Atlético-PR com 30. Em um dos Campeonatos Brasileiros mais disputados da história dos pontos corridos, seis times disputam o título simbólico do primeiro turno. O Santos joga contra o América-MG, neste domingo (7), às 11h, no Independência, em Belo Horizonte. Para terminar a primeira metade do campeonato na liderança, o time alvinegro da baixada conta com as voltas de Lucas Lima, que havia ficado de fora das últimas três partidas por causa de uma lesão muscular na coxa esquerda, e Ricardo Oliveira, poupado da última partida por causa de um incômodo no joelho direito. Após empatar com a Chapecoense fora de casa em 1 a 1, o Palmeiras volta ao Allianz Parque para tentar retomar a liderança, contra o Vitória, também neste domingo (7), às 16h00. A principal dúvida de Cuca para a partida é no gol. Após nova falha do goleiro Vagner, que substitui o lesionado Prass, o treinador indicou que pode optar pelo outro reserva, Jaílson. "Se ele estiver com personalidade suficiente para jogar é uma coisa, se estiver abatido e com o emocional mais para baixo é hora de você colocar um outro jogador", disse Cuca, após a derrota, em Chapecó. O técnico também terá desfalque na zaga. Edu Dracena foi vetado pelo departamento médio por causa de uma torção no tornozelo esquerdo. O Corinthians joga nesta segunda (8), contra o Cruzeiro, no Pacaembu, já que a Arena em Itaquera, está cedida ao Comitê Olímpico Internacional para a disputa dos Jogos Rio-2016. Também na segunda (8), o Atlético-MG recebe a Chapecoense, em Belo Horizonte. O Grêmio pode atrasar a definição do título simbólico. O time gaúcho teve sua partida contra o Botafogo, na casa do adversário, adiada e só jogará o último jogo do primeiro turno no dia 4 de setembro. * AMÉRICA-MG João Ricardo; Jonas, Sueliton, Alison e Gilson; Juninho, Leandro Guerreiro, Pablo e Osman; Matheusinho e Michael T.: Enderson Moreira SANTOS Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Caju; Renato, Léo Cittadini e Lucas Lima; Vitor Bueno, Copete e Ricardo Oliveira T.: Dorival Júnior Estádio: Independência, em Belo Horizonte /Árbitro: Pablo dos Santos Alves /TV: 11h, pay-per-view * PALMEIRAS Jaílson (Vagner); Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê, Moisés e Cleiton Xavier; Erik, Dudu e Leandro Pereira T.: Cuca VITÓRIA Fernando Miguel; Diego Renan, Kanu, Victor Ramos e Euller; Amaral, Willian Farias e Cárdenas; Dagoberto (Vander) Kieza e Marinho T.: Vagner Mancini Estádio: Allianz Parque /Árbitro: Braulio da Silva /TV: 16h, pay-per-view
esporte
Seis times podem terminar primeiro turno do Brasileiro na liderançaFlamengo com 34 pontos, após vencer o Atlético-PR por 1 a 0 neste sábado (6); Santos, Palmeiras e Corinthians com 33; Grêmio e Atlético-MG com 32, e Atlético-PR com 30. Em um dos Campeonatos Brasileiros mais disputados da história dos pontos corridos, seis times disputam o título simbólico do primeiro turno. O Santos joga contra o América-MG, neste domingo (7), às 11h, no Independência, em Belo Horizonte. Para terminar a primeira metade do campeonato na liderança, o time alvinegro da baixada conta com as voltas de Lucas Lima, que havia ficado de fora das últimas três partidas por causa de uma lesão muscular na coxa esquerda, e Ricardo Oliveira, poupado da última partida por causa de um incômodo no joelho direito. Após empatar com a Chapecoense fora de casa em 1 a 1, o Palmeiras volta ao Allianz Parque para tentar retomar a liderança, contra o Vitória, também neste domingo (7), às 16h00. A principal dúvida de Cuca para a partida é no gol. Após nova falha do goleiro Vagner, que substitui o lesionado Prass, o treinador indicou que pode optar pelo outro reserva, Jaílson. "Se ele estiver com personalidade suficiente para jogar é uma coisa, se estiver abatido e com o emocional mais para baixo é hora de você colocar um outro jogador", disse Cuca, após a derrota, em Chapecó. O técnico também terá desfalque na zaga. Edu Dracena foi vetado pelo departamento médio por causa de uma torção no tornozelo esquerdo. O Corinthians joga nesta segunda (8), contra o Cruzeiro, no Pacaembu, já que a Arena em Itaquera, está cedida ao Comitê Olímpico Internacional para a disputa dos Jogos Rio-2016. Também na segunda (8), o Atlético-MG recebe a Chapecoense, em Belo Horizonte. O Grêmio pode atrasar a definição do título simbólico. O time gaúcho teve sua partida contra o Botafogo, na casa do adversário, adiada e só jogará o último jogo do primeiro turno no dia 4 de setembro. * AMÉRICA-MG João Ricardo; Jonas, Sueliton, Alison e Gilson; Juninho, Leandro Guerreiro, Pablo e Osman; Matheusinho e Michael T.: Enderson Moreira SANTOS Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Caju; Renato, Léo Cittadini e Lucas Lima; Vitor Bueno, Copete e Ricardo Oliveira T.: Dorival Júnior Estádio: Independência, em Belo Horizonte /Árbitro: Pablo dos Santos Alves /TV: 11h, pay-per-view * PALMEIRAS Jaílson (Vagner); Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê, Moisés e Cleiton Xavier; Erik, Dudu e Leandro Pereira T.: Cuca VITÓRIA Fernando Miguel; Diego Renan, Kanu, Victor Ramos e Euller; Amaral, Willian Farias e Cárdenas; Dagoberto (Vander) Kieza e Marinho T.: Vagner Mancini Estádio: Allianz Parque /Árbitro: Braulio da Silva /TV: 16h, pay-per-view
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Embaixada do Brasil em Seul tem plano de fuga para caso de guerra
A Embaixada do Brasil na Coreia do Sul mantém um plano de fuga oficial para a retirada de brasileiros que vivem no país devido à possibilidade de conflito envolvendo a Coreia do Norte. O documento é controlado por um adido militar e traça a estratégia para acionar e organizar a saída de 1.200 brasileiros que se cadastraram na embaixada, parte deles com dupla cidadania, conforme orientação dada a todos que vivem na Coreia do Sul. Nos últimos dias, a península Coreana esteve sob tensão elevada diante da troca de ameaças entre EUA e Coreia do Norte, que faz de Seul um alvo potencial. Os EUA enviaram um porta-aviões e outras embarcações militares para a região e seu presidente, Donald Trump, adotou um discurso mais duro. O regime de Pyonyang reagiu e disse estar pronto para a guerra. O embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luís Fernando de Andrade Serra, avalia que, após um "pico de apreensão" no último sábado (15), na comemoração do 105º aniversário do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, a situação tende a ficar mais calma. A data foi marcada com um desfile militar em Pyongyang em que foram exibidos novos mísseis balísticos e com um teste fracassado de lançamento de foguete. Andrade Serra diz ser sua obrigação estar preparado para um agravamento da situação. "O plano de fuga está pronto", disse à Folha. "Mas tranquilize os parentes. O clima na cidade está normal, e as pessoas estão nas ruas como sempre." O aprofundamento da tensão na política externa do país não afetou a rotina em Seul, que teve pontos de lazer e de turismo cheios no final de semana ensolarado –as cerejeiras floridas são uma das atrações da metrópole nesta época do ano. Três jornalistas coreanos com quem a reportagem se encontrou avaliam que as repetidas ameaças de Pyonyang ao longo de décadas já não produzem mais medo na população. O país, no entanto, está constantemente preparado. As estações de metrô e as sedes das subprefeituras são consideradas locais de proteção para o caso de eventuais ataques do país vizinho. O momento de incerteza na política externa ocorre em meio a turbulências recentes na política interna, devido ao impeachment e à prisão da presidente da República, Park Geun-hye, num escândalo com repercussão semelhante à da Operação Lava Jato no Brasil. Com isso, a Coreia do Sul está com um governo provisório e terá novas eleições em maio deste ano. Conglomerados empresariais como Samsung, Hyundai e LG são suspeitos de fazerem doações a fundações da melhor amiga de Park em troca de favores. As empresas negam irregularidades. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), esteve na semana passada em Seul reunido com essas e outras empresas em busca de parcerias para a capital paulista. PARENTES O embaixador Andrade Serra, que está há um ano na Coreia do Sul, admite que a existência de um plano de fuga oficial, com protocolos a serem seguidos em caso de conflito, não é frequente mundo afora. Ele próprio já passou por dez países ao longo de sua carreira, incluindo Cingapura e Gana, e apenas na Coreia do Sul se deparou com essa condição. A embaixada não permitiu acesso da Folha a detalhes do documento sob a justificativa de que ele contém informações sigilosas. Mesmo com os desdobramentos mais recentes expostos no noticiário, nenhum brasileiro que vive em Seul chegou a procurar a embaixada na última semana. "Quem às vezes liga e se preocupa são os parentes. Quem mora aqui já está acostumado", diz Andrade Serra, que tampouco foi procurado por representantes do governo Michel Temer (PMDB). A embaixada avalia não ser necessário contatar os brasileiros em território coreano para dar qualquer orientação neste momento –na avaliação de Andrade Serra, isso poderia causar pânico desnecessário. MIKE PENCE O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, chegou neste domingo a Seul para debater as crescentes tensões na região. "Garanto que, sob a liderança do presidente Trump, nossa posição nunca foi tão forte. Nosso compromisso com a aliança histórica com o bravo povo da Coreia do Sul nunca foi tão forte", disse Pence em evento com militares americanos no país. O vice-presidente pousou em Seul um dia depois do lançamento fracassado de míssil norte-coreano. Um assessor de Pence disse a jornalistas, em condição de anonimato, que o projétil voou por cinco segundos antes de explodir. "Foi um teste fracassado. Não precisamos reforçar o fracasso deles e gastar recursos contra isso", disse. A visita de Pence à Coreia do Sul deu início a seu giro de dez dias pela Ásia e Oceania. O vice-presidente também visitará Japão, Indonésia e Austrália. Com agências de notícias
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Embaixada do Brasil em Seul tem plano de fuga para caso de guerraA Embaixada do Brasil na Coreia do Sul mantém um plano de fuga oficial para a retirada de brasileiros que vivem no país devido à possibilidade de conflito envolvendo a Coreia do Norte. O documento é controlado por um adido militar e traça a estratégia para acionar e organizar a saída de 1.200 brasileiros que se cadastraram na embaixada, parte deles com dupla cidadania, conforme orientação dada a todos que vivem na Coreia do Sul. Nos últimos dias, a península Coreana esteve sob tensão elevada diante da troca de ameaças entre EUA e Coreia do Norte, que faz de Seul um alvo potencial. Os EUA enviaram um porta-aviões e outras embarcações militares para a região e seu presidente, Donald Trump, adotou um discurso mais duro. O regime de Pyonyang reagiu e disse estar pronto para a guerra. O embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luís Fernando de Andrade Serra, avalia que, após um "pico de apreensão" no último sábado (15), na comemoração do 105º aniversário do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, a situação tende a ficar mais calma. A data foi marcada com um desfile militar em Pyongyang em que foram exibidos novos mísseis balísticos e com um teste fracassado de lançamento de foguete. Andrade Serra diz ser sua obrigação estar preparado para um agravamento da situação. "O plano de fuga está pronto", disse à Folha. "Mas tranquilize os parentes. O clima na cidade está normal, e as pessoas estão nas ruas como sempre." O aprofundamento da tensão na política externa do país não afetou a rotina em Seul, que teve pontos de lazer e de turismo cheios no final de semana ensolarado –as cerejeiras floridas são uma das atrações da metrópole nesta época do ano. Três jornalistas coreanos com quem a reportagem se encontrou avaliam que as repetidas ameaças de Pyonyang ao longo de décadas já não produzem mais medo na população. O país, no entanto, está constantemente preparado. As estações de metrô e as sedes das subprefeituras são consideradas locais de proteção para o caso de eventuais ataques do país vizinho. O momento de incerteza na política externa ocorre em meio a turbulências recentes na política interna, devido ao impeachment e à prisão da presidente da República, Park Geun-hye, num escândalo com repercussão semelhante à da Operação Lava Jato no Brasil. Com isso, a Coreia do Sul está com um governo provisório e terá novas eleições em maio deste ano. Conglomerados empresariais como Samsung, Hyundai e LG são suspeitos de fazerem doações a fundações da melhor amiga de Park em troca de favores. As empresas negam irregularidades. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), esteve na semana passada em Seul reunido com essas e outras empresas em busca de parcerias para a capital paulista. PARENTES O embaixador Andrade Serra, que está há um ano na Coreia do Sul, admite que a existência de um plano de fuga oficial, com protocolos a serem seguidos em caso de conflito, não é frequente mundo afora. Ele próprio já passou por dez países ao longo de sua carreira, incluindo Cingapura e Gana, e apenas na Coreia do Sul se deparou com essa condição. A embaixada não permitiu acesso da Folha a detalhes do documento sob a justificativa de que ele contém informações sigilosas. Mesmo com os desdobramentos mais recentes expostos no noticiário, nenhum brasileiro que vive em Seul chegou a procurar a embaixada na última semana. "Quem às vezes liga e se preocupa são os parentes. Quem mora aqui já está acostumado", diz Andrade Serra, que tampouco foi procurado por representantes do governo Michel Temer (PMDB). A embaixada avalia não ser necessário contatar os brasileiros em território coreano para dar qualquer orientação neste momento –na avaliação de Andrade Serra, isso poderia causar pânico desnecessário. MIKE PENCE O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, chegou neste domingo a Seul para debater as crescentes tensões na região. "Garanto que, sob a liderança do presidente Trump, nossa posição nunca foi tão forte. Nosso compromisso com a aliança histórica com o bravo povo da Coreia do Sul nunca foi tão forte", disse Pence em evento com militares americanos no país. O vice-presidente pousou em Seul um dia depois do lançamento fracassado de míssil norte-coreano. Um assessor de Pence disse a jornalistas, em condição de anonimato, que o projétil voou por cinco segundos antes de explodir. "Foi um teste fracassado. Não precisamos reforçar o fracasso deles e gastar recursos contra isso", disse. A visita de Pence à Coreia do Sul deu início a seu giro de dez dias pela Ásia e Oceania. O vice-presidente também visitará Japão, Indonésia e Austrália. Com agências de notícias
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Grupo português Leya quer vender operação no Brasil
Era uma casa portuguesa, com certeza, mas em breve pode não ser mais. No país desde 2009, a operação brasileira do grupo português Leya está à venda. A coluna apurou que, depois de conversar com editoras nacionais, a empresa lusitana agora negocia com grupos estrangeiros a venda de seus ativos por aqui -o que inclui tanto a Leya Educação, especializada em didáticos, quanto o setor de obras gerais. Fontes de grandes editoras brasileiras, porém, afirmam que foram procuradas para saber só se tinham interesse na parte de obras gerais, o que levanta a possibilidade de a Leya vender cada parte parte da empresa para compradores diferentes. O grupo português aposta na alta do dólar (R$ 3,55 até o fechamento da coluna) como elemento favorável para conseguir um comprador estrangeiro. A Amazon se prepara para inaugurar no Brasil a plataforma de audiolivros Audible, área na qual a empresa é líder nos Estados Unidos. A gigante americana está com vaga aberta para um executivo que cuide da empreitada por aqui. A ideia é que o contratado cuide das aquisições de títulos para transformar em áudio, atuando junto a autores, editores e agentes literários. Ao todo, a Amazon no Brasil tem 44 vagas abertas, o que mostra a expansão da empresa no país. As vagas são tanto para o varejo quanto para a AWS (Amazon Web Services), que presta serviços de armazenamento na nuvem. A AWS, aliás, se move para ampliar os negócios com o governo. Além das vagas para profissionais de vendas, a empresa procura um "gerente de políticas públicas", com experiência em lobby e que esteja disposto a viajar a Brasília. O grosso dos pagamentos do PNBE 2014 (Programa Nacional Biblioteca da Escola) ainda não veio. Diante de uma carta enviada pela Câmara Brasileira do Livro, o governo promete pagar até dia 12/4. A coluna apurou que, antes mesmo da carta, R$ 8 milhões já haviam sido pagos. Sondando com funcionários do MEC, os editores ouviram que não havia previsão outros pagamentos -o que preocupa editores que contrataram gráficas a crédito. Outra apreensão de alguns editores é a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que poderia atrasar ainda mais os pagamentos. A seleção do PNBE ocorreu dezembro de 2014 e as compras deviam ter sido feitas no começo de 2015, mas o programa foi suspenso. No fim do ano, o governo disse que quem enviasse os livros ia receber em uma só parcela. Dobradinha A Luna Parque segue com seu projeto de livros em parceria entre dois poetas. Na quarta (6), às 18h, na Casa das Rosas, a editora lança "Duas Janelas", de Ana Martins Marques e Marcos Siscar, além de "Gabinete de Curiosidades", de Lu Menezes e Augusto Massi. Sai também, no evento, o número dois da revista "Grampo Canoa". Crise A Dublinense comprou os direitos de "Índice Médio de Felicidade", do português David Machado, um dos ganhadores do European Union Prize, ano passado. O romance mostra os efeitos da crise lusitana no dia a dia de um protagonista que jurava estar com a vida garantida. Calma, gente Depois da polêmica com Antonio Risério, o Facebook da editora 34 foi invadido por militantes anti-PT. Sobrou até para o livro "Jóquei", de Matilde Campilho, que aparecia em um post e que tem capa... vermelha. Calma, gente Depois da polêmica com Antonio Risério, o Facebook da editora 34 foi invadido por militantes anti-PT. Sobrou até para o livro "Jóquei", de Matilde Campilho, que aparecia em um post e que tem capa... vermelha. Calma, gente 2 Um militante chegou a escrever: "Vão ter que publicar livrinho com capa vermelha mesmo, porque só os vermelhinhos vão comprar livro de vocês." Fla vs. Flu Aliás, a Tinta-da-China lança "Esquerda e Direita - Guia Histórico para o Século XXI", do historiador e ex-eurodeputado português Rui Tavares. Ele explica a origem desses conceitos e diz que eles ainda fazem sentido.
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Grupo português Leya quer vender operação no BrasilEra uma casa portuguesa, com certeza, mas em breve pode não ser mais. No país desde 2009, a operação brasileira do grupo português Leya está à venda. A coluna apurou que, depois de conversar com editoras nacionais, a empresa lusitana agora negocia com grupos estrangeiros a venda de seus ativos por aqui -o que inclui tanto a Leya Educação, especializada em didáticos, quanto o setor de obras gerais. Fontes de grandes editoras brasileiras, porém, afirmam que foram procuradas para saber só se tinham interesse na parte de obras gerais, o que levanta a possibilidade de a Leya vender cada parte parte da empresa para compradores diferentes. O grupo português aposta na alta do dólar (R$ 3,55 até o fechamento da coluna) como elemento favorável para conseguir um comprador estrangeiro. A Amazon se prepara para inaugurar no Brasil a plataforma de audiolivros Audible, área na qual a empresa é líder nos Estados Unidos. A gigante americana está com vaga aberta para um executivo que cuide da empreitada por aqui. A ideia é que o contratado cuide das aquisições de títulos para transformar em áudio, atuando junto a autores, editores e agentes literários. Ao todo, a Amazon no Brasil tem 44 vagas abertas, o que mostra a expansão da empresa no país. As vagas são tanto para o varejo quanto para a AWS (Amazon Web Services), que presta serviços de armazenamento na nuvem. A AWS, aliás, se move para ampliar os negócios com o governo. Além das vagas para profissionais de vendas, a empresa procura um "gerente de políticas públicas", com experiência em lobby e que esteja disposto a viajar a Brasília. O grosso dos pagamentos do PNBE 2014 (Programa Nacional Biblioteca da Escola) ainda não veio. Diante de uma carta enviada pela Câmara Brasileira do Livro, o governo promete pagar até dia 12/4. A coluna apurou que, antes mesmo da carta, R$ 8 milhões já haviam sido pagos. Sondando com funcionários do MEC, os editores ouviram que não havia previsão outros pagamentos -o que preocupa editores que contrataram gráficas a crédito. Outra apreensão de alguns editores é a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que poderia atrasar ainda mais os pagamentos. A seleção do PNBE ocorreu dezembro de 2014 e as compras deviam ter sido feitas no começo de 2015, mas o programa foi suspenso. No fim do ano, o governo disse que quem enviasse os livros ia receber em uma só parcela. Dobradinha A Luna Parque segue com seu projeto de livros em parceria entre dois poetas. Na quarta (6), às 18h, na Casa das Rosas, a editora lança "Duas Janelas", de Ana Martins Marques e Marcos Siscar, além de "Gabinete de Curiosidades", de Lu Menezes e Augusto Massi. Sai também, no evento, o número dois da revista "Grampo Canoa". Crise A Dublinense comprou os direitos de "Índice Médio de Felicidade", do português David Machado, um dos ganhadores do European Union Prize, ano passado. O romance mostra os efeitos da crise lusitana no dia a dia de um protagonista que jurava estar com a vida garantida. Calma, gente Depois da polêmica com Antonio Risério, o Facebook da editora 34 foi invadido por militantes anti-PT. Sobrou até para o livro "Jóquei", de Matilde Campilho, que aparecia em um post e que tem capa... vermelha. Calma, gente Depois da polêmica com Antonio Risério, o Facebook da editora 34 foi invadido por militantes anti-PT. Sobrou até para o livro "Jóquei", de Matilde Campilho, que aparecia em um post e que tem capa... vermelha. Calma, gente 2 Um militante chegou a escrever: "Vão ter que publicar livrinho com capa vermelha mesmo, porque só os vermelhinhos vão comprar livro de vocês." Fla vs. Flu Aliás, a Tinta-da-China lança "Esquerda e Direita - Guia Histórico para o Século XXI", do historiador e ex-eurodeputado português Rui Tavares. Ele explica a origem desses conceitos e diz que eles ainda fazem sentido.
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Dividido, PSOE espanhol tenta contornar crise em sua liderança
Divididos entre dois bandos, os membros do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) tentavam nesta quinta-feira (29) contornar a grave crise de liderança que pode levar à reestruturação do partido e possibilitar a formação do próximo governo. Os embates foram iniciados na quarta-feira (28), quando 17 membros da direção renunciaram. A facção rebelde espera pressionar Pedro Sánchez a deixar seu cargo como secretário-geral da sigla. Caso ele de fato seja retirado da função, o partido poderá reformar sua liderança e rever as suas posições. Sánchez se opõe à formação de um governo liderado pelo premiê conservador Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular). Uma mudança de rumo pode significar aprovar o governo do PP e encerrar um já longo impasse político. Espanhóis foram às urnas em dezembro e em junho, mas em ambos os pleitos nenhum partido conseguiu os apoios necessários para governar. É possível que haja ainda uma terceira tentativa. Nas duas eleições passadas, sob a liderança de Sánchez, o PSOE teve resultados historicamente ruins. O partido foi derrotado também em dois pleitos regionais, o que ajudou a criar a insatisfação entre seus membros. CONGRESSO A renúncia dos 17 diretores do PSOE empurrou o partido, no entanto, a um limbo. O estatuto não é claro, e não está decidido se a ausência de mais de metade de sua direção significa a deposição do secretário-geral, tese sustentada pelos rebeldes. A chamada Executiva Federal é inicialmente formada por 38 membros, dos quais agora 20 estão ausentes. Sánchez e seus aliados insistem que não haverá mudanças imediatas no partido. Os nomes dos membros que renunciaram foram apagados da página oficial, e seguem adiante os planos de realizar um comitê no sábado (1º) e aprovar um congresso em novembro, elegendo uma nova Executiva Federal. O secretário-geral do partido espera deixar a decisão nas mãos dos militantes e, assim, fortalecer-se. O cenário se assemelha ao enfrentado por Jeremy Corbyn, líder trabalhista britânico. Corbyn também teve sua liderança ameaçada por renúncias. No final de semana passado, porém, simpatizantes do partido votaram por sua manutenção no cargo.
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Dividido, PSOE espanhol tenta contornar crise em sua liderançaDivididos entre dois bandos, os membros do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) tentavam nesta quinta-feira (29) contornar a grave crise de liderança que pode levar à reestruturação do partido e possibilitar a formação do próximo governo. Os embates foram iniciados na quarta-feira (28), quando 17 membros da direção renunciaram. A facção rebelde espera pressionar Pedro Sánchez a deixar seu cargo como secretário-geral da sigla. Caso ele de fato seja retirado da função, o partido poderá reformar sua liderança e rever as suas posições. Sánchez se opõe à formação de um governo liderado pelo premiê conservador Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular). Uma mudança de rumo pode significar aprovar o governo do PP e encerrar um já longo impasse político. Espanhóis foram às urnas em dezembro e em junho, mas em ambos os pleitos nenhum partido conseguiu os apoios necessários para governar. É possível que haja ainda uma terceira tentativa. Nas duas eleições passadas, sob a liderança de Sánchez, o PSOE teve resultados historicamente ruins. O partido foi derrotado também em dois pleitos regionais, o que ajudou a criar a insatisfação entre seus membros. CONGRESSO A renúncia dos 17 diretores do PSOE empurrou o partido, no entanto, a um limbo. O estatuto não é claro, e não está decidido se a ausência de mais de metade de sua direção significa a deposição do secretário-geral, tese sustentada pelos rebeldes. A chamada Executiva Federal é inicialmente formada por 38 membros, dos quais agora 20 estão ausentes. Sánchez e seus aliados insistem que não haverá mudanças imediatas no partido. Os nomes dos membros que renunciaram foram apagados da página oficial, e seguem adiante os planos de realizar um comitê no sábado (1º) e aprovar um congresso em novembro, elegendo uma nova Executiva Federal. O secretário-geral do partido espera deixar a decisão nas mãos dos militantes e, assim, fortalecer-se. O cenário se assemelha ao enfrentado por Jeremy Corbyn, líder trabalhista britânico. Corbyn também teve sua liderança ameaçada por renúncias. No final de semana passado, porém, simpatizantes do partido votaram por sua manutenção no cargo.
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