title
stringlengths
4
146
text
stringlengths
1
61.2k
category
stringclasses
44 values
title_text
stringlengths
18
61.2k
label
int64
0
43
Às ruas pela democracia
O mote da grande manifestação nacional deste domingo (13) é direto: "Ou você vai ou ela fica". É evidente a evolução de um processo de indignação popular que começou heterogêneo e que hoje, alavancado por uma crise econômica e pelo avanço da Lava Jato, atinge sua maturidade para uma única proposta: o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Uma vez iniciado o processo, falta apenas um elemento para que a presidente deixe o cargo: a pressão popular sobre o Congresso Nacional, sem nenhuma autonomia para liderar esse momento. Melhor assim. É preciso ser guiado pela voz das ruas, pela força da mobilização social, pelo grito insistente de milhões de brasileiros que devem exigir, como faremos amanhã, com que a Câmara dos Deputados respeite sua função como casa do povo. Por outro lado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que julga a cassação da chapa presidencial por ter sido financiada com dinheiro do petrolão, também precisa entender a urgência em avançar com uma resolução para esse imbróglio. As provas são irrefutáveis. Que respeitem as prerrogativas democráticas. Com 191 mil empresas fechadas e a perda de 1,5 milhão de empregos, em 2015, não há um brasileiro que não conheça um pequeno comerciante que quebrou, um familiar que perdeu o trabalho, um jovem que não consegue encontrar sua primeira ocupação. O sentimento une a todos. Por mais que tentem dividir a população e atacar as instituições democráticas, como se fossem a Justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal, a imprensa e a oposição os responsáveis pela crise sem precedentes, a urgência para a mudança da condução política do país é desejada por ampla maioria. O Brasil enfrenta hoje uma grande ameaça à sua democracia. O líder maior da organização que está sendo desmontada na Lava Jato tem apelado para promover um clima de instabilidade civil, convocando a militância a agir pela desordem. Mais grave do que Lula desdenhar do Poder Judiciário e das instituições, só mesmo o gesto de Dilma de se deslocar à custa do erário para manifestar apoio a um investigado da Justiça. Jamais uma presidente da República, na liturgia do cargo de chefe de Estado, deve prestar solidariedade a um presidiário em potencial que questiona atributos de um poder autônomo e independente. O Executivo não pode interferir no andamento do Poder Judiciário nem validar qualquer comportamento nesse sentido. O resultado foi sentido nesta semana: o "exército de Stédile" já está nas ruas. Convocado por Lula e legitimado por Dilma, realizou invasões aos órgãos de imprensa, estatais, empresas privadas, agrediu populares, depredou espaços públicos. A CUT e outras massas de manobra do PT ameaçam entrar em confronto com a população que pede o impeachment. Apostam na tese da convulsão social validados pelo olhar seletivo do governo. Mas o Ministério da Justiça está devidamente notificado por um ofício de minha autoria para garantir a segurança dos manifestantes. Será inadmissível que um evento marcado há 90 dias seja desestabilizado porque a Lava Jato chegou a Lula. Por isso, afirmo à nação: vá às ruas, exerça o seu dever, lute pelo seu país. Como bem disse o então bispo-auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, dom Darci José Nicioli, depois promovido pelo papa Francisco: "Peça, meu irmão e minha irmã, a graça de pisar a cabeça da serpente. De todas as víboras que existem e persistem em nossas vidas. Daqueles que se autodenominam jararacas. Pisar a cabeça da serpente. Vencer o mal pelo bem".
colunas
Às ruas pela democraciaO mote da grande manifestação nacional deste domingo (13) é direto: "Ou você vai ou ela fica". É evidente a evolução de um processo de indignação popular que começou heterogêneo e que hoje, alavancado por uma crise econômica e pelo avanço da Lava Jato, atinge sua maturidade para uma única proposta: o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Uma vez iniciado o processo, falta apenas um elemento para que a presidente deixe o cargo: a pressão popular sobre o Congresso Nacional, sem nenhuma autonomia para liderar esse momento. Melhor assim. É preciso ser guiado pela voz das ruas, pela força da mobilização social, pelo grito insistente de milhões de brasileiros que devem exigir, como faremos amanhã, com que a Câmara dos Deputados respeite sua função como casa do povo. Por outro lado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que julga a cassação da chapa presidencial por ter sido financiada com dinheiro do petrolão, também precisa entender a urgência em avançar com uma resolução para esse imbróglio. As provas são irrefutáveis. Que respeitem as prerrogativas democráticas. Com 191 mil empresas fechadas e a perda de 1,5 milhão de empregos, em 2015, não há um brasileiro que não conheça um pequeno comerciante que quebrou, um familiar que perdeu o trabalho, um jovem que não consegue encontrar sua primeira ocupação. O sentimento une a todos. Por mais que tentem dividir a população e atacar as instituições democráticas, como se fossem a Justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal, a imprensa e a oposição os responsáveis pela crise sem precedentes, a urgência para a mudança da condução política do país é desejada por ampla maioria. O Brasil enfrenta hoje uma grande ameaça à sua democracia. O líder maior da organização que está sendo desmontada na Lava Jato tem apelado para promover um clima de instabilidade civil, convocando a militância a agir pela desordem. Mais grave do que Lula desdenhar do Poder Judiciário e das instituições, só mesmo o gesto de Dilma de se deslocar à custa do erário para manifestar apoio a um investigado da Justiça. Jamais uma presidente da República, na liturgia do cargo de chefe de Estado, deve prestar solidariedade a um presidiário em potencial que questiona atributos de um poder autônomo e independente. O Executivo não pode interferir no andamento do Poder Judiciário nem validar qualquer comportamento nesse sentido. O resultado foi sentido nesta semana: o "exército de Stédile" já está nas ruas. Convocado por Lula e legitimado por Dilma, realizou invasões aos órgãos de imprensa, estatais, empresas privadas, agrediu populares, depredou espaços públicos. A CUT e outras massas de manobra do PT ameaçam entrar em confronto com a população que pede o impeachment. Apostam na tese da convulsão social validados pelo olhar seletivo do governo. Mas o Ministério da Justiça está devidamente notificado por um ofício de minha autoria para garantir a segurança dos manifestantes. Será inadmissível que um evento marcado há 90 dias seja desestabilizado porque a Lava Jato chegou a Lula. Por isso, afirmo à nação: vá às ruas, exerça o seu dever, lute pelo seu país. Como bem disse o então bispo-auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, dom Darci José Nicioli, depois promovido pelo papa Francisco: "Peça, meu irmão e minha irmã, a graça de pisar a cabeça da serpente. De todas as víboras que existem e persistem em nossas vidas. Daqueles que se autodenominam jararacas. Pisar a cabeça da serpente. Vencer o mal pelo bem".
10
Governo aposta em pilares errados para o crescimento
O governo anunciou na semana passada um pacote de medidas que atrairia um total de R$ 371,2 bilhões de investimentos privados nos próximos dez anos. Segundo Marcos Ferrari, do Ministério do Planejamento, "a ideia é destravar investimentos sem que a União gaste um centavo". O pacote chegou a ser chamado por Ferrari de "o quarto pilar para a retomada" do crescimento -os três primeiros sendo a contenção da inflação, o controle de gastos e a reforma da Previdência. Na era da pós-verdade, a política de juros altos e cortes de investimentos públicos, que vem levando à escalada do desemprego, ao aprofundamento da recessão e à deterioração do quadro fiscal desde 2015, é encarada, veja você, como motor de retomada. Soma-se a isso uma nova aposta em concessões e incentivos diversos ao capital privado. Essa vem sendo, de fato, a estratégia escolhida desde o início da desaceleração econômica, em 2011: o abandono do investimento público como pilar de crescimento e a insistência nos incentivos a um setor privado altamente endividado. Essa estratégia, que conflita com uma capacidade ociosa cada vez maior da indústria, não foi capaz de dinamizar a economia. A ideia de que o investimento das empresas pode funcionar como motor de retomada em meio à recessão e ao alto endividamento vem sendo questionada em diversos países. Os vários estudos econométricos que examinam a relação de causalidade entre os diversos componentes do PIB parecem sugerir que os investimentos das empresas respondem aos componentes autônomos do gasto, quais sejam, os que dependem pouco do próprio nível de atividade econômica –exportações, investimentos residenciais e investimentos públicos, por exemplo. Em outras palavras, firmas que operam com capacidade ociosa não encontram razões para ampliar sua capacidade além da existente. Uma retomada dos investimentos tem de ser antecedida por um aumento das vendas, que por sua vez depende de algum fator autônomo de injeção de demanda. É sobretudo por essa razão que desonerações fiscais e subsídios diversos aos lucros dos empresários não foram capazes de elevar investimentos privados desde a implementação da Agenda Fiesp pela presidente Dilma. Ao contrário, serviram como políticas de transferência de renda para os mais ricos e contribuíram para deteriorar as contas públicas. O governo Temer vai na mesma direção. Agora tenta também atrair mais capital estrangeiro, facilitando a venda de terras e limitando as exigências de conteúdo local na exploração do pré-sal. Mesmo que haja interesse, o resultado final pode não ser tão favorável para a economia. No pacote agora anunciado, as únicas ações que vão no sentido –correto– de estimular componentes autônomos da demanda apenas reforçam o velho caráter concentrador de renda do Estado brasileiro. É o caso dos estímulos ao investimento residencial, via aumento na faixa máxima do programa Minha Casa, Minha Vida para R$ 9.000 e autorização do uso do FGTS para compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão. As projeções indicam que vamos parar de cavar o fundo do poço em 2017. Isso não quer dizer, ao contrário do que sugere o discurso otimista proferido por Henrique Meirelles, que sairemos dele no ritmo sonhado pelos 12 milhões de desempregados que sofrem país afora. Para isso, além de medidas mais imediatas com impacto na demanda, como é o caso do acesso às contas inativas do FGTS, seriam necessários autênticos pilares, como investimentos públicos em infraestrutura física e social, reforma tributária progressiva e política industrial estratégica.
colunas
Governo aposta em pilares errados para o crescimentoO governo anunciou na semana passada um pacote de medidas que atrairia um total de R$ 371,2 bilhões de investimentos privados nos próximos dez anos. Segundo Marcos Ferrari, do Ministério do Planejamento, "a ideia é destravar investimentos sem que a União gaste um centavo". O pacote chegou a ser chamado por Ferrari de "o quarto pilar para a retomada" do crescimento -os três primeiros sendo a contenção da inflação, o controle de gastos e a reforma da Previdência. Na era da pós-verdade, a política de juros altos e cortes de investimentos públicos, que vem levando à escalada do desemprego, ao aprofundamento da recessão e à deterioração do quadro fiscal desde 2015, é encarada, veja você, como motor de retomada. Soma-se a isso uma nova aposta em concessões e incentivos diversos ao capital privado. Essa vem sendo, de fato, a estratégia escolhida desde o início da desaceleração econômica, em 2011: o abandono do investimento público como pilar de crescimento e a insistência nos incentivos a um setor privado altamente endividado. Essa estratégia, que conflita com uma capacidade ociosa cada vez maior da indústria, não foi capaz de dinamizar a economia. A ideia de que o investimento das empresas pode funcionar como motor de retomada em meio à recessão e ao alto endividamento vem sendo questionada em diversos países. Os vários estudos econométricos que examinam a relação de causalidade entre os diversos componentes do PIB parecem sugerir que os investimentos das empresas respondem aos componentes autônomos do gasto, quais sejam, os que dependem pouco do próprio nível de atividade econômica –exportações, investimentos residenciais e investimentos públicos, por exemplo. Em outras palavras, firmas que operam com capacidade ociosa não encontram razões para ampliar sua capacidade além da existente. Uma retomada dos investimentos tem de ser antecedida por um aumento das vendas, que por sua vez depende de algum fator autônomo de injeção de demanda. É sobretudo por essa razão que desonerações fiscais e subsídios diversos aos lucros dos empresários não foram capazes de elevar investimentos privados desde a implementação da Agenda Fiesp pela presidente Dilma. Ao contrário, serviram como políticas de transferência de renda para os mais ricos e contribuíram para deteriorar as contas públicas. O governo Temer vai na mesma direção. Agora tenta também atrair mais capital estrangeiro, facilitando a venda de terras e limitando as exigências de conteúdo local na exploração do pré-sal. Mesmo que haja interesse, o resultado final pode não ser tão favorável para a economia. No pacote agora anunciado, as únicas ações que vão no sentido –correto– de estimular componentes autônomos da demanda apenas reforçam o velho caráter concentrador de renda do Estado brasileiro. É o caso dos estímulos ao investimento residencial, via aumento na faixa máxima do programa Minha Casa, Minha Vida para R$ 9.000 e autorização do uso do FGTS para compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão. As projeções indicam que vamos parar de cavar o fundo do poço em 2017. Isso não quer dizer, ao contrário do que sugere o discurso otimista proferido por Henrique Meirelles, que sairemos dele no ritmo sonhado pelos 12 milhões de desempregados que sofrem país afora. Para isso, além de medidas mais imediatas com impacto na demanda, como é o caso do acesso às contas inativas do FGTS, seriam necessários autênticos pilares, como investimentos públicos em infraestrutura física e social, reforma tributária progressiva e política industrial estratégica.
10
Músico chileno recorda parceria com Wilson das Neves: 'energia de jovem'
Wilson das Neves era um malandro moderno que não fazia distinções. Sua reconhecida humildade, que não lhe permitia fazer da bateria ou da percussão algo pirotécnico e ególatra, se desdobrava em parcerias improváveis para os mais puritanos. Foi esse o caso nas trocas de figurinhas com Emicida, Bnegão e Max de Castro, que resultaram no show "Wilson dos Novos", em 2014. No mesmo ano, o sambista eterno, morto aos 81 em 26 de agosto, vítima de câncer, esteve em Curitiba para participar do projeto Samba do Compositor Paranaense. No meio de anônimos e aspirantes, se comportou como um deles. Uma de suas últimas gravações em estúdio, em 2015, e sua última participação em um videoclipe, em 2016, comprovam a horizontalidade musical do baterista favorito de Chico Buarque. Em fevereiro de 2015, Wilson das Neves encontrou o cantor chileno Gonzalo Astaburuaga Allen, conhecido como GO. Espécie de "soul man" latino, GO estava gravando as músicas do disco "Dragones" (2017) no lendário estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro. Depois de um primeiro contato com Wilson em 2014, GO não tirou da cabeça a ideia de um dia compor ao lado de "don Wilson". Em um dia de gravação, contatou o empresário do sambista para apresentar "Todavía", tema que havia sido composto com o objetivo de levar a cabo a parceria com o músico carioca. "Uma semana depois, Wilson das Neves estava comigo. Minha emoção foi tremenda. Começamos a trabalhar a letra, já que ele havia recebido somente a música e a melodia. Escrevemos juntos, gravamos juntos. Não poderia ser melhor", diz o chileno. Já em tratamento contra o câncer, Wilson das Neves estava "levemente debilitado", embora isso não tenha atrapalhado o encontro. "Demos muitas risadas, comemos muitas maçãs e tomamos cervejas geladas. Foram dias de muito carinho, histórias e conversas", lembra GO. O chileno recebeu diversos conselhos, ao melhor estilo de Das Neves. "Ele era genial, dono de um humor fantástico. Tinha a energia de um adolescente e a faísca criativa dos melhores maestros." Comprovando a grandeza de Das Neves, que entendia suas participações "especiais" como mais uma oportunidade para ampliar seu repertório infinito, GO recorda ainda o que aprendeu na semana em que esteve ao lado do músico carioca. "Entendi que artista e música podem ser uma coisa. Aprendi sobre a experiência de viver em harmonia, a humildade, sobre como o talento deve guiar nosso trabalho." Wilson e GO cantam em português na música "Todavía", cujo clipe foi lançado em julho deste ano. A faixa é o segundo single do disco "Dragones", e nela Wilson demonstra uma força emocionante. GO não descarta vir ao Brasil para apresentar sua música e, de certa forma, se despedir de Das Neves. O carioca, decano do Império Serrano, também deixou dois álbuns em andamento: "Favela" e "Senzala", ambos com Kassin na produção. O plano dos amigos e parceiros de Das Neves é concluir o projeto com a participação de artistas que trabalharam com o baterista em diferentes momentos, como Zeca Pagodinho, Elza Soares e Seu Jorge. "Favela" e "Senzala" serão lançados em vinil, em tiragem limitada. Clipe de 'Todavía', parceria entre o chileno Go e Wilson das Neves
ilustrada
Músico chileno recorda parceria com Wilson das Neves: 'energia de jovem'Wilson das Neves era um malandro moderno que não fazia distinções. Sua reconhecida humildade, que não lhe permitia fazer da bateria ou da percussão algo pirotécnico e ególatra, se desdobrava em parcerias improváveis para os mais puritanos. Foi esse o caso nas trocas de figurinhas com Emicida, Bnegão e Max de Castro, que resultaram no show "Wilson dos Novos", em 2014. No mesmo ano, o sambista eterno, morto aos 81 em 26 de agosto, vítima de câncer, esteve em Curitiba para participar do projeto Samba do Compositor Paranaense. No meio de anônimos e aspirantes, se comportou como um deles. Uma de suas últimas gravações em estúdio, em 2015, e sua última participação em um videoclipe, em 2016, comprovam a horizontalidade musical do baterista favorito de Chico Buarque. Em fevereiro de 2015, Wilson das Neves encontrou o cantor chileno Gonzalo Astaburuaga Allen, conhecido como GO. Espécie de "soul man" latino, GO estava gravando as músicas do disco "Dragones" (2017) no lendário estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro. Depois de um primeiro contato com Wilson em 2014, GO não tirou da cabeça a ideia de um dia compor ao lado de "don Wilson". Em um dia de gravação, contatou o empresário do sambista para apresentar "Todavía", tema que havia sido composto com o objetivo de levar a cabo a parceria com o músico carioca. "Uma semana depois, Wilson das Neves estava comigo. Minha emoção foi tremenda. Começamos a trabalhar a letra, já que ele havia recebido somente a música e a melodia. Escrevemos juntos, gravamos juntos. Não poderia ser melhor", diz o chileno. Já em tratamento contra o câncer, Wilson das Neves estava "levemente debilitado", embora isso não tenha atrapalhado o encontro. "Demos muitas risadas, comemos muitas maçãs e tomamos cervejas geladas. Foram dias de muito carinho, histórias e conversas", lembra GO. O chileno recebeu diversos conselhos, ao melhor estilo de Das Neves. "Ele era genial, dono de um humor fantástico. Tinha a energia de um adolescente e a faísca criativa dos melhores maestros." Comprovando a grandeza de Das Neves, que entendia suas participações "especiais" como mais uma oportunidade para ampliar seu repertório infinito, GO recorda ainda o que aprendeu na semana em que esteve ao lado do músico carioca. "Entendi que artista e música podem ser uma coisa. Aprendi sobre a experiência de viver em harmonia, a humildade, sobre como o talento deve guiar nosso trabalho." Wilson e GO cantam em português na música "Todavía", cujo clipe foi lançado em julho deste ano. A faixa é o segundo single do disco "Dragones", e nela Wilson demonstra uma força emocionante. GO não descarta vir ao Brasil para apresentar sua música e, de certa forma, se despedir de Das Neves. O carioca, decano do Império Serrano, também deixou dois álbuns em andamento: "Favela" e "Senzala", ambos com Kassin na produção. O plano dos amigos e parceiros de Das Neves é concluir o projeto com a participação de artistas que trabalharam com o baterista em diferentes momentos, como Zeca Pagodinho, Elza Soares e Seu Jorge. "Favela" e "Senzala" serão lançados em vinil, em tiragem limitada. Clipe de 'Todavía', parceria entre o chileno Go e Wilson das Neves
1
Desacreditada, Assembleia da ONU vive expectativa por fala de Trump
Nesta terça-feira (19), o presidente Donald Trump vai se posicionar em frente às placas de mármore do plenário da Assembleia Geral da ONU —que já chamou de "baratas"— para seu primeiro discurso às Nações Unidas, instituição definida por ele, em 2016, como "fraca e incompetente" e um "clube" para jogar conversa fora. A abertura dos debates da Assembleia Geral será feita pelo Brasil, como é praxe, com o presidente Michel Temer (PMDB). Mas é o discurso da sequência, de Trump, o mais aguardado. O líder americano falará a líderes e representantes dos outros 192 países depois de tirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima —um dos mais ambiciosos já conseguidos na história da ONU— e propor cortes no financiamento do país ao organismo. A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, tentou minimizar o mal-estar, dizendo na última sexta (15) que Trump "sempre acreditou no grande potencial das Nações Unidas" e que o organismo está ficando "mais eficiente". Neste domingo (17), porém, Haley disse que o Conselho de Segurança da ONU esgotou suas opções diante da ameaça nuclear da Coreia do Norte e que teria de entregar o caso ao Pentágono. A ausência dos líderes Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia) também sinaliza a atenção cada vez menor dada por nações influentes às Nações Unidas. Como nas últimas reuniões gerais da Assembleia, a Coreia do Norte deverá ser representada neste ano pelo chanceler, Ri Yong-ho. Há a expectativa de que ele se reúna com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, dias depois de os EUA conseguirem emplacar uma nova rodada de sanções no Conselho de Segurança contra Pyongyang. Outros dois temas de grande temor internacional —a crise na Venezuela e a violência contra a minoria étnica rohingya em Mianmar— serão discutidos sem a presença dos líderes desses países. Segundo o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, o ditador Nicolás Maduro não virá a Nova York por estar "muito ocupado com as eleições regionais". A líder de fato do Mianmar, Aung San Suu Kyi, afirmou por meio de sua porta-voz que não viajará por ter problemas mais graves para resolver. DISCURSO DE TRUMP A embaixadora Haley e o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, H. R. McMaster, anteciparam quais devem ser os principais pontos do discurso de Trump: promover a paz, a prosperidade e "defender a soberania" das nações e que sejam responsáveis por seus atos —em especial, Venezuela e Síria. "Pessoalmente, acho que ele vai bater nas pessoas certas, abraçar as pessoas certas e, no fim, mostrar um EUA muito forte", disse Haley a jornalistas. Embora não tenha sido citada por Haley ou McMaster, espera-se que Trum também fale de Pyongyang. O presidente americano participará nesta segunda (18) de um evento para discutir a reforma da ONU —uma das bandeiras do novo secretário-geral, António Guterres, que também debuta no cargo nesta Assembleia. A reforma proposta por ele, no entanto, não prevê a ampliação do Conselho de Segurança por ora —um histórico pleito do Brasil. O interesse americano é discutir o financiamento ao organismo, já que o país é responsável hoje por 22% do orçamento de US$ 5,4 bilhões da ONU e por 28% dos US$ 8 bilhões gastos com operações de paz. Trump já propôs cortar US$ 1 bilhão do valor aplicado nessas operações. Para a ONU, isso inviabilizaria o trabalho em nações instáveis. Também nesta segunda, Trump se reúne com Temer e os presidentes Juan Manuel Santos (Colômbia) e Juan Carlos Varela (Panamá) e com a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michettipara, para discutir a situação na Venezuela (leia mais ao lado). O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, cancelou sua ida a Nova York, onde participaria do jantar, por causa da crise política em seu país.
mundo
Desacreditada, Assembleia da ONU vive expectativa por fala de TrumpNesta terça-feira (19), o presidente Donald Trump vai se posicionar em frente às placas de mármore do plenário da Assembleia Geral da ONU —que já chamou de "baratas"— para seu primeiro discurso às Nações Unidas, instituição definida por ele, em 2016, como "fraca e incompetente" e um "clube" para jogar conversa fora. A abertura dos debates da Assembleia Geral será feita pelo Brasil, como é praxe, com o presidente Michel Temer (PMDB). Mas é o discurso da sequência, de Trump, o mais aguardado. O líder americano falará a líderes e representantes dos outros 192 países depois de tirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima —um dos mais ambiciosos já conseguidos na história da ONU— e propor cortes no financiamento do país ao organismo. A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, tentou minimizar o mal-estar, dizendo na última sexta (15) que Trump "sempre acreditou no grande potencial das Nações Unidas" e que o organismo está ficando "mais eficiente". Neste domingo (17), porém, Haley disse que o Conselho de Segurança da ONU esgotou suas opções diante da ameaça nuclear da Coreia do Norte e que teria de entregar o caso ao Pentágono. A ausência dos líderes Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia) também sinaliza a atenção cada vez menor dada por nações influentes às Nações Unidas. Como nas últimas reuniões gerais da Assembleia, a Coreia do Norte deverá ser representada neste ano pelo chanceler, Ri Yong-ho. Há a expectativa de que ele se reúna com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, dias depois de os EUA conseguirem emplacar uma nova rodada de sanções no Conselho de Segurança contra Pyongyang. Outros dois temas de grande temor internacional —a crise na Venezuela e a violência contra a minoria étnica rohingya em Mianmar— serão discutidos sem a presença dos líderes desses países. Segundo o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, o ditador Nicolás Maduro não virá a Nova York por estar "muito ocupado com as eleições regionais". A líder de fato do Mianmar, Aung San Suu Kyi, afirmou por meio de sua porta-voz que não viajará por ter problemas mais graves para resolver. DISCURSO DE TRUMP A embaixadora Haley e o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, H. R. McMaster, anteciparam quais devem ser os principais pontos do discurso de Trump: promover a paz, a prosperidade e "defender a soberania" das nações e que sejam responsáveis por seus atos —em especial, Venezuela e Síria. "Pessoalmente, acho que ele vai bater nas pessoas certas, abraçar as pessoas certas e, no fim, mostrar um EUA muito forte", disse Haley a jornalistas. Embora não tenha sido citada por Haley ou McMaster, espera-se que Trum também fale de Pyongyang. O presidente americano participará nesta segunda (18) de um evento para discutir a reforma da ONU —uma das bandeiras do novo secretário-geral, António Guterres, que também debuta no cargo nesta Assembleia. A reforma proposta por ele, no entanto, não prevê a ampliação do Conselho de Segurança por ora —um histórico pleito do Brasil. O interesse americano é discutir o financiamento ao organismo, já que o país é responsável hoje por 22% do orçamento de US$ 5,4 bilhões da ONU e por 28% dos US$ 8 bilhões gastos com operações de paz. Trump já propôs cortar US$ 1 bilhão do valor aplicado nessas operações. Para a ONU, isso inviabilizaria o trabalho em nações instáveis. Também nesta segunda, Trump se reúne com Temer e os presidentes Juan Manuel Santos (Colômbia) e Juan Carlos Varela (Panamá) e com a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michettipara, para discutir a situação na Venezuela (leia mais ao lado). O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, cancelou sua ida a Nova York, onde participaria do jantar, por causa da crise política em seu país.
3
Roberto Carlos poderá participar do processo sobre biografias não autorizadas
O cantor Roberto Carlos poderá participar do processo que discute a legalidade da publicação de biografias não autorizadas no Brasil. O caso será julgado pelo Supremo Tribunal Federal na quarta (10). Roberto, que já vetou uma biografia sobre ele em 2007 ("Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo), defende o direito à intimidade e a necessidade de autorização para a publicação de biografias –hoje, na prática, obras sem consentimento de biografados ou seus familiares podem ser barradas. O artista havia feito a solicitação para ser incluído como "amicus curiae", ou seja, parte interessada do processo, em maio do ano passado. A ministra Cármen Lúcia acolheu o pleito no último dia 26. O caso no Supremo tem origem em uma ação proposta pela Associação Nacional dos Editores de Livros da qual a ministra Cármen Lúcia é relatora. Os editores questionam a constitucionalidade de dois artigos do Código Civil que permitem o veto às biografias não autorizadas. As entidades inscritas como "amicus curiae" podem enviar pareceres ao STF e se pronunciar no dia do julgamento. Roberto é representado pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Segundo o defensor, o cantor não decidiu se Kakay se pronunciará no dia do julgamento. Se Kakay não falar, Roberto será representado só nos textos com seu posicionamento enviados ao Supremo. Outras partes interessadas no processo são a Academia Brasileira de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a ONG Artigo 19 (favoráveis à ação dos editores) e a Associação Eduardo Banks (contrária à ação), além do Instituto dos Advogados de São Paulo, que reconhece argumentos de ambos os lados. A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa a Presidência da República, e o Congresso Nacional se pronunciaram a favor dos artigos que permitem censura prévia. 'PROMOVER A PAZ' Para participar do julgamento, Roberto criou em 2013, logo após deixar o Procure Saber (grupo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros), uma entidade chamada Instituto Amigo. O texto de fundação da instituição diz que ela serve para "manter a memória do trabalho do artista Roberto Carlos Braga" e "promover a ética, a paz, a cidadania, os direitos humanos, a democracia", entre outras atribuições.
ilustrada
Roberto Carlos poderá participar do processo sobre biografias não autorizadasO cantor Roberto Carlos poderá participar do processo que discute a legalidade da publicação de biografias não autorizadas no Brasil. O caso será julgado pelo Supremo Tribunal Federal na quarta (10). Roberto, que já vetou uma biografia sobre ele em 2007 ("Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo), defende o direito à intimidade e a necessidade de autorização para a publicação de biografias –hoje, na prática, obras sem consentimento de biografados ou seus familiares podem ser barradas. O artista havia feito a solicitação para ser incluído como "amicus curiae", ou seja, parte interessada do processo, em maio do ano passado. A ministra Cármen Lúcia acolheu o pleito no último dia 26. O caso no Supremo tem origem em uma ação proposta pela Associação Nacional dos Editores de Livros da qual a ministra Cármen Lúcia é relatora. Os editores questionam a constitucionalidade de dois artigos do Código Civil que permitem o veto às biografias não autorizadas. As entidades inscritas como "amicus curiae" podem enviar pareceres ao STF e se pronunciar no dia do julgamento. Roberto é representado pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Segundo o defensor, o cantor não decidiu se Kakay se pronunciará no dia do julgamento. Se Kakay não falar, Roberto será representado só nos textos com seu posicionamento enviados ao Supremo. Outras partes interessadas no processo são a Academia Brasileira de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a ONG Artigo 19 (favoráveis à ação dos editores) e a Associação Eduardo Banks (contrária à ação), além do Instituto dos Advogados de São Paulo, que reconhece argumentos de ambos os lados. A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa a Presidência da República, e o Congresso Nacional se pronunciaram a favor dos artigos que permitem censura prévia. 'PROMOVER A PAZ' Para participar do julgamento, Roberto criou em 2013, logo após deixar o Procure Saber (grupo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros), uma entidade chamada Instituto Amigo. O texto de fundação da instituição diz que ela serve para "manter a memória do trabalho do artista Roberto Carlos Braga" e "promover a ética, a paz, a cidadania, os direitos humanos, a democracia", entre outras atribuições.
1
Pink Floyd 'já era', decreta guitarrista David Gilmour
Em entrevista à edição de agosto da revista "Classic Rock", o guitarrista do Pink Floyd, Dave Gilmour, afirmou que a banda "chegou ao fim". Divulgando seu novo disco solo, "Rattle That Lock", o músico afirmou estar seguro de que o álbum "The Endless River", o 15º de estúdio da banda, lançado em 2014, seria o projeto final do Pink Floyd. Eles não se apresentam ao vivo há 10 anos e, segundo Gilmour, não há planos para uma nova reunião. "Para mim já deu. Estive no Pink Floyd por 48 anos, muitos deles no começo, com Roger [Waters]. E essa época é o que considero ser o nosso auge eram 95% plenas musicalmente, alegre, cheia de diversão e risadas", afirmou. "Não quero deixar os outros 5% contaminarem minha visão de que foi um longo e fantástico tempo juntos. Mas chegou ao fim, estamos satisfeitos – e eu seria hipócrita em voltar atrás." O guitarrista também afirmou que seria "errado" seguir sem o tecladista Richard Wright, que morreu em 2008. E comentou que, para ele, o Pink Floyd "são só duas palavras que, juntas, unem o trabalho de quatro pessoas", para além do que os fãs consideram ser uma lenda. "É só um grupo. Eu não preciso disso."
ilustrada
Pink Floyd 'já era', decreta guitarrista David GilmourEm entrevista à edição de agosto da revista "Classic Rock", o guitarrista do Pink Floyd, Dave Gilmour, afirmou que a banda "chegou ao fim". Divulgando seu novo disco solo, "Rattle That Lock", o músico afirmou estar seguro de que o álbum "The Endless River", o 15º de estúdio da banda, lançado em 2014, seria o projeto final do Pink Floyd. Eles não se apresentam ao vivo há 10 anos e, segundo Gilmour, não há planos para uma nova reunião. "Para mim já deu. Estive no Pink Floyd por 48 anos, muitos deles no começo, com Roger [Waters]. E essa época é o que considero ser o nosso auge eram 95% plenas musicalmente, alegre, cheia de diversão e risadas", afirmou. "Não quero deixar os outros 5% contaminarem minha visão de que foi um longo e fantástico tempo juntos. Mas chegou ao fim, estamos satisfeitos – e eu seria hipócrita em voltar atrás." O guitarrista também afirmou que seria "errado" seguir sem o tecladista Richard Wright, que morreu em 2008. E comentou que, para ele, o Pink Floyd "são só duas palavras que, juntas, unem o trabalho de quatro pessoas", para além do que os fãs consideram ser uma lenda. "É só um grupo. Eu não preciso disso."
1
Metade dos paulistanos sempre pagam por sacolas plásticas no mercado
Metade dos paulistanos que fazem compras em mercados dizem pagar sempre por sacolas plásticas, aponta a Plastivida (entidade do setor). Ainda assim, desde que o item começou a ser cobrado, em 2015, a produção destinada à cidade de São Paulo caiu 60%, diz Alfredo Shmitt, diretor da Abiel (de embalagens plásticas). A capital representa 10% da demanda do país. Em julho deste ano, um projeto de lei que previa a volta da gratuidade das sacolas foi vetado pela prefeitura. Oito em cada dez entrevistados são contra a cobrança. NO MERCADO - Quantos pagam pela sacola plástica, em % Leia a coluna completa aqui.
colunas
Metade dos paulistanos sempre pagam por sacolas plásticas no mercadoMetade dos paulistanos que fazem compras em mercados dizem pagar sempre por sacolas plásticas, aponta a Plastivida (entidade do setor). Ainda assim, desde que o item começou a ser cobrado, em 2015, a produção destinada à cidade de São Paulo caiu 60%, diz Alfredo Shmitt, diretor da Abiel (de embalagens plásticas). A capital representa 10% da demanda do país. Em julho deste ano, um projeto de lei que previa a volta da gratuidade das sacolas foi vetado pela prefeitura. Oito em cada dez entrevistados são contra a cobrança. NO MERCADO - Quantos pagam pela sacola plástica, em % Leia a coluna completa aqui.
10
Kim Jong-un ordena maior produção de míssil intercontinental, diz agência
A agência estatal da Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira (23) que o ditador do país, Kim Jong-un, ordenou maior produção de motores de foguete e de ogivas de mísseis balísticos intercontinentais. Em julho, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis intercontinentais que colocaram o programa de armamentos de Pyongyang em um novo patamar pelo fato de, em tese, o projétil ter capacidade de atingir os Estados Unidos. O texto da agência de notícias KCNA sobre uma visita de Kim a um instituto químico, foi publicado pouco depois de que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pareceu se mostrar aberto à paz, elogiando o que chamou de recente contenção mostrada pela Coreia do Norte. Kim inspecionou o Instituto de Material Químico da Academia de Ciências da Defesa, que desenvolve os mísseis da Coreia do Norte, disse a agência. "Ele instruiu o instituto a produzir mais motores de foguete e ogivas", afirmou a KNCA. Apesar de anunciar a expansão dos programas nuclear e de mísseis norte-americano, a reportagem da KCNA não teve as tradicionais e robustas ameaças contra os Estados Unidos. Nesta terça (22), o presidente norte-americano, Donald Trump, expressou otimismo sobre uma possível melhora nas relações entre os dois países. "Eu respeito o fato de que ele está começando a nos respeitar", disse Trump sobre Kim em um evento em Phoenix, no Arizona. "E talvez –provavelmente não, mas talvez– algo positivo possa sair disso". NOVAS SANÇÕES Nesta terça (22), os EUA anunciaram sanções contra dez organizações e seis indivíduos russos e chineses, que estariam ligados ao desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte. A decisão visa o congelamento de bens no país norte-americano das pessoas e entidades acusadas de envolvimento com o programa norte-coreano, e as proíbem de fazer negócios com os cidadãos dos EUA. "O Departamento do Tesouro continuará aumentando sua pressão sobre a Coreia do Norte, apontando para aqueles que apoiam o desenvolvimento dos programas nucleares e balísticos e isolando-os do sistema financeiro americano", disse em comunicado o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. "É inaceitável que indivíduos e companhias na China, Rússia e outras partes ajudem a Coreia do Norte a gerar rendas usadas para desenvolver armas de destruição em massa e desestabilizar a região", afirmou Mnuchin.  A China reagiu com irritação, dizendo que Washington deve "corrigir imediatamente seu erro" de impor sanções unilaterais sobre companhias e indivíduos chineses para evitar prejudicar a cooperação bilateral.
mundo
Kim Jong-un ordena maior produção de míssil intercontinental, diz agênciaA agência estatal da Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira (23) que o ditador do país, Kim Jong-un, ordenou maior produção de motores de foguete e de ogivas de mísseis balísticos intercontinentais. Em julho, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis intercontinentais que colocaram o programa de armamentos de Pyongyang em um novo patamar pelo fato de, em tese, o projétil ter capacidade de atingir os Estados Unidos. O texto da agência de notícias KCNA sobre uma visita de Kim a um instituto químico, foi publicado pouco depois de que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pareceu se mostrar aberto à paz, elogiando o que chamou de recente contenção mostrada pela Coreia do Norte. Kim inspecionou o Instituto de Material Químico da Academia de Ciências da Defesa, que desenvolve os mísseis da Coreia do Norte, disse a agência. "Ele instruiu o instituto a produzir mais motores de foguete e ogivas", afirmou a KNCA. Apesar de anunciar a expansão dos programas nuclear e de mísseis norte-americano, a reportagem da KCNA não teve as tradicionais e robustas ameaças contra os Estados Unidos. Nesta terça (22), o presidente norte-americano, Donald Trump, expressou otimismo sobre uma possível melhora nas relações entre os dois países. "Eu respeito o fato de que ele está começando a nos respeitar", disse Trump sobre Kim em um evento em Phoenix, no Arizona. "E talvez –provavelmente não, mas talvez– algo positivo possa sair disso". NOVAS SANÇÕES Nesta terça (22), os EUA anunciaram sanções contra dez organizações e seis indivíduos russos e chineses, que estariam ligados ao desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte. A decisão visa o congelamento de bens no país norte-americano das pessoas e entidades acusadas de envolvimento com o programa norte-coreano, e as proíbem de fazer negócios com os cidadãos dos EUA. "O Departamento do Tesouro continuará aumentando sua pressão sobre a Coreia do Norte, apontando para aqueles que apoiam o desenvolvimento dos programas nucleares e balísticos e isolando-os do sistema financeiro americano", disse em comunicado o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. "É inaceitável que indivíduos e companhias na China, Rússia e outras partes ajudem a Coreia do Norte a gerar rendas usadas para desenvolver armas de destruição em massa e desestabilizar a região", afirmou Mnuchin.  A China reagiu com irritação, dizendo que Washington deve "corrigir imediatamente seu erro" de impor sanções unilaterais sobre companhias e indivíduos chineses para evitar prejudicar a cooperação bilateral.
3
Moro manda soltar Santana e Mônica Moura e critica álibi de caixa dois
Após cinco meses presos, o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, deixaram a sede da Superintendência da PF no Paraná por volta das 16h30 desta segunda-feira (1º). O juiz Sergio Moro havia determinado pela manhã a soltura do casal mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões. São R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para o publicitário. A informação foi antecipada pela colunista da Folha Mônica Bergamo. É o maior valor de fiança arbitrada na Operação Lava Jato até aqui –sem considerar as indenizações no caso de delação premiada. O casal foi preso em fevereiro sob suspeita de receber da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki dinheiro desviado da Petrobras. Os R$ 31,5 milhões correspondem aos valores que já haviam sido bloqueados pela Justiça em suas contas correntes, segundo a decisão de Moro. O casal, que também ficou detido em uma penitenciária na região metropolitana de Curitiba, deixou a superintendência sem falar com a imprensa. Tanto Mônica quanto Santana, que morava em Salvador, não poderão sair do país nem se encontrar com outros investigados. A ordem também proíbe o contato com "destinatários de seus serviços eleitorais" e determina o comparecimento a todos os atos dos processos. Moro disse considerar que a instrução das ações penais já está perto do fim e que ambos já manifestaram a intenção de esclarecer os fatos. Mônica Moura negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. 'TRAPAÇA' No despacho em que determinou a soltura de Mônica, Moro fez duras críticas ao "álibi" do casal nas ações penais. Em depoimento à Justiça Federal há duas semanas, Santana afirmou que "98% das campanhas" eleitorais no Brasil fazem uso de caixa dois e que, sem a prática, não é possível se manter na profissão. O juiz federal afirmou que se trata de "trapaça que não pode ser subestimada" e que é preciso "censurar em ambos a naturalidade e a desfaçatez com as quais receberam, como eles mesmo admitem, recursos não contabilizados." "O álibi 'todos assim fazem' não é provavelmente verdadeiro e ainda que o fosse não elimina a responsabilidade individual". E acrescentou: "Se um ladrão de bancos afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação a sua culpa." Na mesma ocasião, Mônica afirmou em depoimento que recebeu dinheiro no exterior de Skornicki por serviços efetivamente prestados ao PT, na campanha de Dilma Rousseff em 2010, e que o repasse foi a maneira encontrada pelo partido para saldar uma dívida. Moro disse ainda no despacho que a situação do casal "difere, em parte" da de outros acusados no esquema da Petrobras porque o marqueteiro não era um agente público nem dirigente de empreiteira. "É possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se existente, encontra-se em um nível talvez inferior da de corruptores, corrompidos e profissionais do crime."
poder
Moro manda soltar Santana e Mônica Moura e critica álibi de caixa doisApós cinco meses presos, o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, deixaram a sede da Superintendência da PF no Paraná por volta das 16h30 desta segunda-feira (1º). O juiz Sergio Moro havia determinado pela manhã a soltura do casal mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões. São R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para o publicitário. A informação foi antecipada pela colunista da Folha Mônica Bergamo. É o maior valor de fiança arbitrada na Operação Lava Jato até aqui –sem considerar as indenizações no caso de delação premiada. O casal foi preso em fevereiro sob suspeita de receber da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki dinheiro desviado da Petrobras. Os R$ 31,5 milhões correspondem aos valores que já haviam sido bloqueados pela Justiça em suas contas correntes, segundo a decisão de Moro. O casal, que também ficou detido em uma penitenciária na região metropolitana de Curitiba, deixou a superintendência sem falar com a imprensa. Tanto Mônica quanto Santana, que morava em Salvador, não poderão sair do país nem se encontrar com outros investigados. A ordem também proíbe o contato com "destinatários de seus serviços eleitorais" e determina o comparecimento a todos os atos dos processos. Moro disse considerar que a instrução das ações penais já está perto do fim e que ambos já manifestaram a intenção de esclarecer os fatos. Mônica Moura negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. 'TRAPAÇA' No despacho em que determinou a soltura de Mônica, Moro fez duras críticas ao "álibi" do casal nas ações penais. Em depoimento à Justiça Federal há duas semanas, Santana afirmou que "98% das campanhas" eleitorais no Brasil fazem uso de caixa dois e que, sem a prática, não é possível se manter na profissão. O juiz federal afirmou que se trata de "trapaça que não pode ser subestimada" e que é preciso "censurar em ambos a naturalidade e a desfaçatez com as quais receberam, como eles mesmo admitem, recursos não contabilizados." "O álibi 'todos assim fazem' não é provavelmente verdadeiro e ainda que o fosse não elimina a responsabilidade individual". E acrescentou: "Se um ladrão de bancos afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação a sua culpa." Na mesma ocasião, Mônica afirmou em depoimento que recebeu dinheiro no exterior de Skornicki por serviços efetivamente prestados ao PT, na campanha de Dilma Rousseff em 2010, e que o repasse foi a maneira encontrada pelo partido para saldar uma dívida. Moro disse ainda no despacho que a situação do casal "difere, em parte" da de outros acusados no esquema da Petrobras porque o marqueteiro não era um agente público nem dirigente de empreiteira. "É possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se existente, encontra-se em um nível talvez inferior da de corruptores, corrompidos e profissionais do crime."
0
Pioneiro em aerodinâmica
NA DÉCADA de 1920, os carros não eram nada aerodinâmicos: todos se assemelhavam ao mítico Ford modelo T. Eram caixotes, de para-brisas verticais ainda muito próximos do seu ancestral, a carruagem a cavalo. Um dos primeiros carros de produção com formas mais fluidas foi o Chrysler Airflow, em 1934. O Fusca surgiu nessa época também, em 1938. Um dos projetos mais extremos visando a melhor forma aerodinâmica foi o Dymaxion, criado em 1933 pelo arquiteto, designer e inventor americano Buckminster Fuller (1895-1983), conhecido por ser o pai das cúpulas geodésicas, estruturas muito leves e com grande resistência. Fuller perseguia formas matemáticas ideais. Ele se inspirava na natureza em busca de estruturas com menor uso de material e maior eficiência possível. Seu Dymaxion era um veículo de três rodas com tração dianteira, movido por um motor central Flathead Ford V8. A direção era feita pela única roda traseira, o que possibilitava o carro girar em pequenos círculos. Era possível levar 11 pessoas, e um periscópio montado no topo do carro dava a visão traseira. Fuller dizia que, graças à sua aerodinâmica, o veículo fazia 15,3 km/l e chegava a 206 km/h. Devido à direção na roda de trás, era dificílimo guiá-lo. Em altas velocidades, a traseira tendia a perder tração, deixando o carro desgovernado. Ele produziu somente três protótipos do seu Dymaxion. No seu lançamento, na Feira Mundial de Chicago, em 1933, o carro se chocou com o automóvel de um político, matando seu piloto e ferindo gravemente os ocupantes. A tragédia manchou para sempre a imagem do Dymaxion, mesmo não sendo culpado pelo acidente. Isso o impediu de ser mais do que um experimento. Na década de 1930, tudo mudou. Com as pesquisas do húngaro Paul Jaray e do alemão Edmund Rumpler, os carros começaram a avançar na aerodinâmica
colunas
Pioneiro em aerodinâmicaNA DÉCADA de 1920, os carros não eram nada aerodinâmicos: todos se assemelhavam ao mítico Ford modelo T. Eram caixotes, de para-brisas verticais ainda muito próximos do seu ancestral, a carruagem a cavalo. Um dos primeiros carros de produção com formas mais fluidas foi o Chrysler Airflow, em 1934. O Fusca surgiu nessa época também, em 1938. Um dos projetos mais extremos visando a melhor forma aerodinâmica foi o Dymaxion, criado em 1933 pelo arquiteto, designer e inventor americano Buckminster Fuller (1895-1983), conhecido por ser o pai das cúpulas geodésicas, estruturas muito leves e com grande resistência. Fuller perseguia formas matemáticas ideais. Ele se inspirava na natureza em busca de estruturas com menor uso de material e maior eficiência possível. Seu Dymaxion era um veículo de três rodas com tração dianteira, movido por um motor central Flathead Ford V8. A direção era feita pela única roda traseira, o que possibilitava o carro girar em pequenos círculos. Era possível levar 11 pessoas, e um periscópio montado no topo do carro dava a visão traseira. Fuller dizia que, graças à sua aerodinâmica, o veículo fazia 15,3 km/l e chegava a 206 km/h. Devido à direção na roda de trás, era dificílimo guiá-lo. Em altas velocidades, a traseira tendia a perder tração, deixando o carro desgovernado. Ele produziu somente três protótipos do seu Dymaxion. No seu lançamento, na Feira Mundial de Chicago, em 1933, o carro se chocou com o automóvel de um político, matando seu piloto e ferindo gravemente os ocupantes. A tragédia manchou para sempre a imagem do Dymaxion, mesmo não sendo culpado pelo acidente. Isso o impediu de ser mais do que um experimento. Na década de 1930, tudo mudou. Com as pesquisas do húngaro Paul Jaray e do alemão Edmund Rumpler, os carros começaram a avançar na aerodinâmica
10
Após entrar no G-4, Corinthians diz que o importante é 'estar no bolo'
Tão ensaiada quantos as jogadas estavam as palavras dos jogadores do Corinthians após a vitória do time sobre o Atlético-PR por 2 a 0, no Itaquerão, nesta quinta-feira (9), pelo Brasileiro. O triunfo colocou o time no G-4, grupo dos quatro classificados à Libertadores-2016, com 23 pontos. Mas os discurso dos jogadores foi o de que é "importante estar no bolo". "É muito cedo [13 rodadas] para nos colocarmos como favoritos a vaga na Libertadores ou ao título. Há muitas equipes em condições de brigar, muitos jogos pela frente. Acho que nos manter no bolo é importante e é nosso pensamento", disse o lateral Fágner. "A gente não pode se empolgar muito. Fizemos bons jogos, outros foram razoáveis. Por isso, vamos manter os pés no chão. Vamos passo a passo, sem se contentar", disse Renato Augusto. "É importante voltar ao G-4, mas nosso plano é ficar no bolo, próximo dos primeiros. A equipe está crescendo, retomando o padrão e conquistando passo a passo", disse Elias. O discurso foi idêntico ao do técnico Tite, que deu entrevista enquanto os jogadores deixavam o vestiário em direção ao ônibus, portanto, sem contato com eles. "G-4 não é nosso projeto de agora. É projeto para as últimas dez rodadas. A gente quer estar próximo do bolo, entre os cinco ou seis primeiros. Depois, é como em corrida de cavalo, é o sprint final. Vamos ver", disse o treinador. O próximo jogo do Corinthians será contra o Flamengo, neste domingo (12), às 16h, no Maracanã.
esporte
Após entrar no G-4, Corinthians diz que o importante é 'estar no bolo'Tão ensaiada quantos as jogadas estavam as palavras dos jogadores do Corinthians após a vitória do time sobre o Atlético-PR por 2 a 0, no Itaquerão, nesta quinta-feira (9), pelo Brasileiro. O triunfo colocou o time no G-4, grupo dos quatro classificados à Libertadores-2016, com 23 pontos. Mas os discurso dos jogadores foi o de que é "importante estar no bolo". "É muito cedo [13 rodadas] para nos colocarmos como favoritos a vaga na Libertadores ou ao título. Há muitas equipes em condições de brigar, muitos jogos pela frente. Acho que nos manter no bolo é importante e é nosso pensamento", disse o lateral Fágner. "A gente não pode se empolgar muito. Fizemos bons jogos, outros foram razoáveis. Por isso, vamos manter os pés no chão. Vamos passo a passo, sem se contentar", disse Renato Augusto. "É importante voltar ao G-4, mas nosso plano é ficar no bolo, próximo dos primeiros. A equipe está crescendo, retomando o padrão e conquistando passo a passo", disse Elias. O discurso foi idêntico ao do técnico Tite, que deu entrevista enquanto os jogadores deixavam o vestiário em direção ao ônibus, portanto, sem contato com eles. "G-4 não é nosso projeto de agora. É projeto para as últimas dez rodadas. A gente quer estar próximo do bolo, entre os cinco ou seis primeiros. Depois, é como em corrida de cavalo, é o sprint final. Vamos ver", disse o treinador. O próximo jogo do Corinthians será contra o Flamengo, neste domingo (12), às 16h, no Maracanã.
4
Morre na Bahia ex-deputado Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel e Lúcio
O ex-deputado federal Afrísio Vieira Lima, 86, morreu neste domingo (10) em Salvador, anunciaram dois de seus filhos, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e o ex-ministro e presidente do PMDB no Estado, Geddel Vieira Lima. "Uma dor sem fim. Perdi o parceiro de toda uma vida. Não sei o q vai ser daqui pra frente da minha vida. Vai em paz meu amor, vai em paz meu pai", escreveu Geddel no Twitter. Ele não divulgou as causas da morte. Nascido em 19 de março de 1929, na cidade de Remanso (BA), Afrísio foi vereador pela UDN (União Democrática Nacional) e, durante a ditadura militar, elegeu-se pela Arena (Aliança Renovadora Nacional) deputado estadual —chegou a ser presidente da Assembleia da Bahia— e deputado federal. Após o fim da Arena, Afrísio migrou para o PDS (Partido Democrático Social), pelo qual manteve seu último mandato na Câmara dos Deputados. Indicado por Geddel, de acordo com reportagens da época, nos anos 1990 e 2000 Afrísio ocupou cargos no governo federal, em órgãos como o Incra, a Codeba (Companhia de Docas do Estado da Bahia) e foi presidente da Juceb (Junta Comercial da Bahia). Além de Geddel e Lúcio, um terceiro filho de Afrísio —Afrísio Vieira Lima Filho— também seguiu a carreira política. Atualmente, ele é diretor legislativo da Câmara dos Deputados.
poder
Morre na Bahia ex-deputado Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel e LúcioO ex-deputado federal Afrísio Vieira Lima, 86, morreu neste domingo (10) em Salvador, anunciaram dois de seus filhos, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e o ex-ministro e presidente do PMDB no Estado, Geddel Vieira Lima. "Uma dor sem fim. Perdi o parceiro de toda uma vida. Não sei o q vai ser daqui pra frente da minha vida. Vai em paz meu amor, vai em paz meu pai", escreveu Geddel no Twitter. Ele não divulgou as causas da morte. Nascido em 19 de março de 1929, na cidade de Remanso (BA), Afrísio foi vereador pela UDN (União Democrática Nacional) e, durante a ditadura militar, elegeu-se pela Arena (Aliança Renovadora Nacional) deputado estadual —chegou a ser presidente da Assembleia da Bahia— e deputado federal. Após o fim da Arena, Afrísio migrou para o PDS (Partido Democrático Social), pelo qual manteve seu último mandato na Câmara dos Deputados. Indicado por Geddel, de acordo com reportagens da época, nos anos 1990 e 2000 Afrísio ocupou cargos no governo federal, em órgãos como o Incra, a Codeba (Companhia de Docas do Estado da Bahia) e foi presidente da Juceb (Junta Comercial da Bahia). Além de Geddel e Lúcio, um terceiro filho de Afrísio —Afrísio Vieira Lima Filho— também seguiu a carreira política. Atualmente, ele é diretor legislativo da Câmara dos Deputados.
0
Consumo de café pode não representar risco para doentes cardíacos
O nosso tradicional cafezinho sempre foi alvo de controvérsias em relação à saúde. Portadores de doenças cardíacas eram desaconselhados a tomar a bebida, por conta da cafeína, o principal dos muitos componentes do café. Pessoas saudáveis não tinham contraindicação. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisaram a controversa ação pró-arrítmica da cafeína em portadores de insuficiência cardíaca e concluíram que a ingestão de altas doses de cafeína não induz arritmias nesses pacientes. O consumo do café, entretanto, não deve ser exagerado pela possibilidade de surgirem efeitos indesejáveis. Entre eles, intoxicação, nervosismo ou insônia, apesar do efeito paradoxal de induzir o sono em algumas pessoas. Essas reações indicam que cada pessoa tem reação diferente à cafeína ou às demais substâncias do café. Pricila Zuchinali e colaboradores relatam no "Jama Internal Medicine" deste mês o efeito de altas doses de cafeína e a comparam com a ação de placebo no surgimento de arritmias cardíacas. Uma xícara de café, em média, pode conter 100 mg de cafeína. No estudo, os pacientes receberam 100 mg de cafeína de hora em hora por cinco horas e o grupo placebo recebeu cápsulas de lactose e café descafeinado. Observados no teste de esforço e em repouso sob monitoramento cardíaco contínuo, os dois grupos não tiveram diferença significativa quanto à arritmia cardíaca.
colunas
Consumo de café pode não representar risco para doentes cardíacosO nosso tradicional cafezinho sempre foi alvo de controvérsias em relação à saúde. Portadores de doenças cardíacas eram desaconselhados a tomar a bebida, por conta da cafeína, o principal dos muitos componentes do café. Pessoas saudáveis não tinham contraindicação. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisaram a controversa ação pró-arrítmica da cafeína em portadores de insuficiência cardíaca e concluíram que a ingestão de altas doses de cafeína não induz arritmias nesses pacientes. O consumo do café, entretanto, não deve ser exagerado pela possibilidade de surgirem efeitos indesejáveis. Entre eles, intoxicação, nervosismo ou insônia, apesar do efeito paradoxal de induzir o sono em algumas pessoas. Essas reações indicam que cada pessoa tem reação diferente à cafeína ou às demais substâncias do café. Pricila Zuchinali e colaboradores relatam no "Jama Internal Medicine" deste mês o efeito de altas doses de cafeína e a comparam com a ação de placebo no surgimento de arritmias cardíacas. Uma xícara de café, em média, pode conter 100 mg de cafeína. No estudo, os pacientes receberam 100 mg de cafeína de hora em hora por cinco horas e o grupo placebo recebeu cápsulas de lactose e café descafeinado. Observados no teste de esforço e em repouso sob monitoramento cardíaco contínuo, os dois grupos não tiveram diferença significativa quanto à arritmia cardíaca.
10
Ministro do STF nega pedido de Cunha contra presidente do Conselho de Ética
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso negou pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para inviabilizar a permanência do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA) no cargo. A defesa de Cunha argumentou ao STF que Araújo antecipou sua posição sobre o processo de cassação do peemedebista. A ideia era evitar que o presidente do colegiado tivesse eventualmente a chance de desempatar o julgamento no conselho sobre a continuidade do processo. Para Barroso, entendimento do STF afasta a aplicação das regras processuais de impedimento e suspeição, que são destinadas a magistrados, não a procedimentos de natureza política. A argumentação dos advogados do presidente da Câmara, no mandado de segurança, é a de que Araújo não teria imparcialidade para conduzir o procedimento disciplinar. Também afirmar que a continuidade do processo, sem a análise da arguição de impedimento, causaria prejuízo irreparável a Cunha e ao próprio processo, uma vez que "nova nulidade provocará o retardamento à representação e a manutenção da pauta política negativa nos noticiários contra o impetrante [Cunha]". "O procedimento destinado a apurar a ocorrência ou não de quebra de decoro parlamentar, para fins de cassação de mandato, também tem natureza eminentemente política, não podendo ser equiparado a um processo judicial ou administrativo comum, pelo que não se mostra aplicável o regime legal de suspeições e impedimentos." Em sua decisão, o ministro ressalta que, durante a discussão sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Roussseff no STF, Cunha chegou a argumentar que não seria aplicável a ele a regra que exige plena imparcialidade, já que parlamentares devem exercer suas funções com base em suas convicções político-partidárias e pessoais e buscar realizar a vontade de seus representados.
poder
Ministro do STF nega pedido de Cunha contra presidente do Conselho de ÉticaO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso negou pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para inviabilizar a permanência do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA) no cargo. A defesa de Cunha argumentou ao STF que Araújo antecipou sua posição sobre o processo de cassação do peemedebista. A ideia era evitar que o presidente do colegiado tivesse eventualmente a chance de desempatar o julgamento no conselho sobre a continuidade do processo. Para Barroso, entendimento do STF afasta a aplicação das regras processuais de impedimento e suspeição, que são destinadas a magistrados, não a procedimentos de natureza política. A argumentação dos advogados do presidente da Câmara, no mandado de segurança, é a de que Araújo não teria imparcialidade para conduzir o procedimento disciplinar. Também afirmar que a continuidade do processo, sem a análise da arguição de impedimento, causaria prejuízo irreparável a Cunha e ao próprio processo, uma vez que "nova nulidade provocará o retardamento à representação e a manutenção da pauta política negativa nos noticiários contra o impetrante [Cunha]". "O procedimento destinado a apurar a ocorrência ou não de quebra de decoro parlamentar, para fins de cassação de mandato, também tem natureza eminentemente política, não podendo ser equiparado a um processo judicial ou administrativo comum, pelo que não se mostra aplicável o regime legal de suspeições e impedimentos." Em sua decisão, o ministro ressalta que, durante a discussão sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Roussseff no STF, Cunha chegou a argumentar que não seria aplicável a ele a regra que exige plena imparcialidade, já que parlamentares devem exercer suas funções com base em suas convicções político-partidárias e pessoais e buscar realizar a vontade de seus representados.
0
Cristiano Ronaldo volta a treinar no Real Madrid e deve enfrentar o City
O português Cristiano Ronaldo mostrou que aparentemente está recuperado de uma lesão na coxa e voltou a correr em volta do gramado com o restante do elenco neste domingo (24), anunciou o Real Madrid em seu site oficial. Com isso, o atacante deve participar da partida de ida das semifinais da Liga dos Campeões, fora de casa, contra o Manchester City, na próxima terça (26). O camisa 7 do time madrilenho era dúvida e até foi poupado da vitória sobre o Rayo Vallecano neste sábado (23) devido à lesão. O técnico do Real, Zinedine Zidane, já havia confirmado que o jogador três vezes eleito o melhor do mundo viajaria com a equipe espanhola à Inglaterra para o jogo contra o time de Manchester. Outra dúvida para o confronto, o francês Karim Benzema, substituído no último jogo, realizou treinos somente na academia e ainda não teve confirmada a sua presença entre os titulares do Real. Com France Presse
esporte
Cristiano Ronaldo volta a treinar no Real Madrid e deve enfrentar o CityO português Cristiano Ronaldo mostrou que aparentemente está recuperado de uma lesão na coxa e voltou a correr em volta do gramado com o restante do elenco neste domingo (24), anunciou o Real Madrid em seu site oficial. Com isso, o atacante deve participar da partida de ida das semifinais da Liga dos Campeões, fora de casa, contra o Manchester City, na próxima terça (26). O camisa 7 do time madrilenho era dúvida e até foi poupado da vitória sobre o Rayo Vallecano neste sábado (23) devido à lesão. O técnico do Real, Zinedine Zidane, já havia confirmado que o jogador três vezes eleito o melhor do mundo viajaria com a equipe espanhola à Inglaterra para o jogo contra o time de Manchester. Outra dúvida para o confronto, o francês Karim Benzema, substituído no último jogo, realizou treinos somente na academia e ainda não teve confirmada a sua presença entre os titulares do Real. Com France Presse
4
'Hitman - Agente 47' é versão piorada de 'Missão Impossível'
A estreia, com duas semanas de intervalo, de dois filmes de ação em que a organização do mal tem o mesmo nome, Sindicato, não é mera coincidência. É falta de imaginação mesmo. "Hitman - Agente 47" é um "Missão: Impossível "" Nação Secreta" piorado. Há locações internacionais com arquitetura de última geração, personagens que mudam de lado a toda hora e pancadaria incessante e acelerada. Mas não tem Tom Cruise nem o charme de franquia antiga. No lugar, "Hitman" oferece um futurismo requentado e um elenco mais conhecido em séries de TV. A trama, adaptada de uma franquia de games, segue as peripécias de uma jovem perseguida por um agente robótico. Ambos são frutos de manipulações genéticas e alvos de um gênio do mal. Nem chegamos a acompanhar a história, pois o filme se baseia no ritmo intenso de fugas, lutas e tiroteios, ou seja, em ação. No entanto, essa dinâmica peculiar dos jogos não funciona em um longa. O fluxo logo se torna repetitivo, pois o espectador não pode escolher nem tomar decisões. O problema aqui é o mesmo da maioria dos filmes adaptados de games. Enquanto a vantagem dos jogos é interatividade e imersão, no cinema o jogador fica na posição idiota de quem olha, quer participar e ninguém deixa. HITMAN - AGENTE 47 (Hitman: Agent 47) DIREÇÃO: ALEKSANDER BACH ELENCO: RUPERT FRIEND E HANNAH WARE PRODUÇÃO: ALEMANHA/EUA, 2015 CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS QUANDO: ESTREIA NESTA QUINTA (27)
ilustrada
'Hitman - Agente 47' é versão piorada de 'Missão Impossível'A estreia, com duas semanas de intervalo, de dois filmes de ação em que a organização do mal tem o mesmo nome, Sindicato, não é mera coincidência. É falta de imaginação mesmo. "Hitman - Agente 47" é um "Missão: Impossível "" Nação Secreta" piorado. Há locações internacionais com arquitetura de última geração, personagens que mudam de lado a toda hora e pancadaria incessante e acelerada. Mas não tem Tom Cruise nem o charme de franquia antiga. No lugar, "Hitman" oferece um futurismo requentado e um elenco mais conhecido em séries de TV. A trama, adaptada de uma franquia de games, segue as peripécias de uma jovem perseguida por um agente robótico. Ambos são frutos de manipulações genéticas e alvos de um gênio do mal. Nem chegamos a acompanhar a história, pois o filme se baseia no ritmo intenso de fugas, lutas e tiroteios, ou seja, em ação. No entanto, essa dinâmica peculiar dos jogos não funciona em um longa. O fluxo logo se torna repetitivo, pois o espectador não pode escolher nem tomar decisões. O problema aqui é o mesmo da maioria dos filmes adaptados de games. Enquanto a vantagem dos jogos é interatividade e imersão, no cinema o jogador fica na posição idiota de quem olha, quer participar e ninguém deixa. HITMAN - AGENTE 47 (Hitman: Agent 47) DIREÇÃO: ALEKSANDER BACH ELENCO: RUPERT FRIEND E HANNAH WARE PRODUÇÃO: ALEMANHA/EUA, 2015 CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS QUANDO: ESTREIA NESTA QUINTA (27)
1
Tim e Oi dão primeiros passos para acabar com 'efeito clube'
Tim e Oi, as duas maiores operadoras em número de clientes de celulares pré-pagos, deram nesta semana um passo ousado. Ambas deixaram de cobrar a mais de seus clientes nas chamadas a empresas concorrentes. Para usufruir do benefício, os clientes deverão migrar para os novos planos. Desde que a telefonia celular se tornou uma realidade na vida dos brasileiros, as teles cobram um valor a mais por minuto nas chamadas realizadas por seus clientes a operadoras concorrentes. Ao contrário do valor a mais, as teles sempre deram descontos nas chamadas para números da própria operadora, ainda que um esteja no Oiapoque (AP) e outro, no Chuí (RS). Os consumidores passaram então a adquirir um chip de cada empresa para trocá-los dependendo da operadora do destinatário. Esse comportamento, batizado no setor de "efeito clube", sempre foi muito forte entre os clientes pré-pagos. No pós-pago, toda vez que um cliente aciona um número concorrente, paga um valor a mais por minuto -uma forma de remunerar os custos pela interconexão entre as redes das empresas. Neste caso a regra é: quem chama a concorrente paga a interconexão. As teles sempre fizeram esse acerto de contas entre elas uma vez por mês e essa receita foi muito importante até alguns anos atrás, variando entre 35% e 40% da receita total. Dois movimentos recentes levaram à mudança atual. O primeiro deles foi a decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de reduzir gradativamente os valores da interconexão entre as operadoras. Hoje, ela é de R$ 0,16 por minuto. Em fevereiro de 2016, passará a R$ 0,10, e deixará de existir em 2018. Ou seja: mais cedo ou mais tarde, o "efeito clube" chegaria ao fim. Mas Tim e Oi decidiram antecipar essa data. Os motivos são diferentes. A Tim está fazendo uma jogada arriscada e, segundo seu presidente Rodrigo Abreu, "muito bem calculada". Segunda maior em clientes totais (pré e pós) e líder no pré, ela está tentando fidelizar sua base pré-paga ao oferecer planos com o dobro da franquia de dados. De um lado, ela prevê perder um pouco tendo de pagar pelo aumento do custo das chamadas realizadas de Tim para outras operadoras mas, de outro, espera ganhar mais com o tráfego de dados. A expectativa é que a receita de dados supere a de voz no primeiro semestre de 2016. Na Oi, a quarta do mercado em clientes e também forte em pré-pago, a motivação é não só fidelizar a base pré como ganhar clientes das concorrentes especialmente em locais onde a participação da empresa é fraca. "Teremos custos com interconexão? Sim. Mas teremos a chance de gerar receita que não teríamos sem esse movimento", diz Bernardo Winik, diretor de varejo da Oi. "Não temos muito a perder." Existe ainda um motivo comum. Os aplicativos que permitem chamadas via internet, como o Whatsapp, estão impedindo as teles de gerar receita de voz. O presidente da Vivo, Amos Genish, chegou a chamar o serviço desses aplicativos de "pirataria". O sindicato que reúne as teles pressiona o governo para tomar providências e taxar os produtores de aplicativos como se fossem empresas de telefonia. Apesar disso, Vivo e Claro ainda não decidiram se acabarão com a cobrança extra nas chamadas para concorrentes, o que poderia acabar com o uso dos aplicativos que hoje substituem as chamadas de voz.
mercado
Tim e Oi dão primeiros passos para acabar com 'efeito clube'Tim e Oi, as duas maiores operadoras em número de clientes de celulares pré-pagos, deram nesta semana um passo ousado. Ambas deixaram de cobrar a mais de seus clientes nas chamadas a empresas concorrentes. Para usufruir do benefício, os clientes deverão migrar para os novos planos. Desde que a telefonia celular se tornou uma realidade na vida dos brasileiros, as teles cobram um valor a mais por minuto nas chamadas realizadas por seus clientes a operadoras concorrentes. Ao contrário do valor a mais, as teles sempre deram descontos nas chamadas para números da própria operadora, ainda que um esteja no Oiapoque (AP) e outro, no Chuí (RS). Os consumidores passaram então a adquirir um chip de cada empresa para trocá-los dependendo da operadora do destinatário. Esse comportamento, batizado no setor de "efeito clube", sempre foi muito forte entre os clientes pré-pagos. No pós-pago, toda vez que um cliente aciona um número concorrente, paga um valor a mais por minuto -uma forma de remunerar os custos pela interconexão entre as redes das empresas. Neste caso a regra é: quem chama a concorrente paga a interconexão. As teles sempre fizeram esse acerto de contas entre elas uma vez por mês e essa receita foi muito importante até alguns anos atrás, variando entre 35% e 40% da receita total. Dois movimentos recentes levaram à mudança atual. O primeiro deles foi a decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de reduzir gradativamente os valores da interconexão entre as operadoras. Hoje, ela é de R$ 0,16 por minuto. Em fevereiro de 2016, passará a R$ 0,10, e deixará de existir em 2018. Ou seja: mais cedo ou mais tarde, o "efeito clube" chegaria ao fim. Mas Tim e Oi decidiram antecipar essa data. Os motivos são diferentes. A Tim está fazendo uma jogada arriscada e, segundo seu presidente Rodrigo Abreu, "muito bem calculada". Segunda maior em clientes totais (pré e pós) e líder no pré, ela está tentando fidelizar sua base pré-paga ao oferecer planos com o dobro da franquia de dados. De um lado, ela prevê perder um pouco tendo de pagar pelo aumento do custo das chamadas realizadas de Tim para outras operadoras mas, de outro, espera ganhar mais com o tráfego de dados. A expectativa é que a receita de dados supere a de voz no primeiro semestre de 2016. Na Oi, a quarta do mercado em clientes e também forte em pré-pago, a motivação é não só fidelizar a base pré como ganhar clientes das concorrentes especialmente em locais onde a participação da empresa é fraca. "Teremos custos com interconexão? Sim. Mas teremos a chance de gerar receita que não teríamos sem esse movimento", diz Bernardo Winik, diretor de varejo da Oi. "Não temos muito a perder." Existe ainda um motivo comum. Os aplicativos que permitem chamadas via internet, como o Whatsapp, estão impedindo as teles de gerar receita de voz. O presidente da Vivo, Amos Genish, chegou a chamar o serviço desses aplicativos de "pirataria". O sindicato que reúne as teles pressiona o governo para tomar providências e taxar os produtores de aplicativos como se fossem empresas de telefonia. Apesar disso, Vivo e Claro ainda não decidiram se acabarão com a cobrança extra nas chamadas para concorrentes, o que poderia acabar com o uso dos aplicativos que hoje substituem as chamadas de voz.
2
Irmão chama Suzane de assassina e critica em rádio acusação contra o pai
Andreas von Richthofen quebrou o silêncio 12 anos após a morte dos pais. O rapaz, que tinha apenas 15 anos quando aconteceu o crime, deu uma entrevista à rádio Estadão nesta sexta-feira (6) e defendeu o pai Manfred Albert von Richthofen das acusações de que teria desviado dinheiro da Dersa, quando trabalhava na estatal. Na última segunda (2), o promotor Nadir de Campos Junior afirmou no programa SuperPop, da RedeTV!, que Manfred mantinha contas na Europa e que a beneficiária era Suzane. O dinheiro seria fruto de desvios ocorridos nas obras do trecho Oeste do Rodoanel, realizadas pela Dersa. Andreas, que divulgou uma carta à radio, contesta as acusações. "Se há contas no exterior, que o sr. [promotor Campos Junior] apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber". "Mas, se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender", acrescenta. Manfred e a mulher Marísia von Richthofen foram mortos na casa em que moravam em 2002. A filha, Suzane, que tinha 19 anos na data do crime, foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pelas mortes. Também foram condenados o namorado dela na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian. Andreas não falou sobre a irmã na entrevista, mas na carta classificou o crime como "nojento" e chamou ela e os outros dois acusados de assassinos. "Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento", afirma ele na carta feita ao promotor. Veja imagens SUZANE Suzane também ficou mais de dez anos sem falar sobre o crime, até conceder uma entrevista ao "Programa do Gugu", na Record, na semana passada. Ela deu detalhes sobre o assassinato dos pais afirmou que o crime foi planejado durante meses por ela, Daniel e Christian. "Todos dizem que eu sou a mentora, a cabeça de tudo. Não é verdade. Uma cabeça só não pensa em tudo. É uma junção de tudo, concorrência de ideias. Eu fiz parte, mas os três bolaram aquilo. Eu acho que o Cristian sabia menos da situação", disse. Ela disse ainda que não vê o irmão desde 2006, quando houve o julgamento. "Eu sei que meu irmão sofreu muito, mas como ele passou estes anos, eu não sei. Se eu sofri aqui dentro [no presídio], imagino ele lá fora. Quando ele diz o sobrenome, qualquer um reconhece, e ele terá que carregar isto para sempre." Ela diz acreditar que um dos motivos do afastamento pode ter sido a herança, da qual abriu mão em 2014. Na entrevista, afirmou não ter consciência do valor: "Este dinheiro nunca foi meu. Era dos meus pais e hoje pertence ao meu irmão." Cumprindo pena na penitenciária do Tremembé, no Vale do Paraíba, ela também falou sobre o relacionamento com a detenta Sandra Regina Ruiz Gomes, 31. "A gente tem uma vida juntas. Não é um amor de cadeia, afirmou. Na quarta-feira, porém, Sandra deixou a penitenciária após ter a progressão para o regime semiaberto concedido. Ela foi transferida para o presídio feminino de São José dos Campos (a 97 km de SP), e Suzane voltou para a cela de solteiras na penitenciária de Tremembé.
cotidiano
Irmão chama Suzane de assassina e critica em rádio acusação contra o paiAndreas von Richthofen quebrou o silêncio 12 anos após a morte dos pais. O rapaz, que tinha apenas 15 anos quando aconteceu o crime, deu uma entrevista à rádio Estadão nesta sexta-feira (6) e defendeu o pai Manfred Albert von Richthofen das acusações de que teria desviado dinheiro da Dersa, quando trabalhava na estatal. Na última segunda (2), o promotor Nadir de Campos Junior afirmou no programa SuperPop, da RedeTV!, que Manfred mantinha contas na Europa e que a beneficiária era Suzane. O dinheiro seria fruto de desvios ocorridos nas obras do trecho Oeste do Rodoanel, realizadas pela Dersa. Andreas, que divulgou uma carta à radio, contesta as acusações. "Se há contas no exterior, que o sr. [promotor Campos Junior] apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber". "Mas, se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender", acrescenta. Manfred e a mulher Marísia von Richthofen foram mortos na casa em que moravam em 2002. A filha, Suzane, que tinha 19 anos na data do crime, foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pelas mortes. Também foram condenados o namorado dela na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian. Andreas não falou sobre a irmã na entrevista, mas na carta classificou o crime como "nojento" e chamou ela e os outros dois acusados de assassinos. "Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento", afirma ele na carta feita ao promotor. Veja imagens SUZANE Suzane também ficou mais de dez anos sem falar sobre o crime, até conceder uma entrevista ao "Programa do Gugu", na Record, na semana passada. Ela deu detalhes sobre o assassinato dos pais afirmou que o crime foi planejado durante meses por ela, Daniel e Christian. "Todos dizem que eu sou a mentora, a cabeça de tudo. Não é verdade. Uma cabeça só não pensa em tudo. É uma junção de tudo, concorrência de ideias. Eu fiz parte, mas os três bolaram aquilo. Eu acho que o Cristian sabia menos da situação", disse. Ela disse ainda que não vê o irmão desde 2006, quando houve o julgamento. "Eu sei que meu irmão sofreu muito, mas como ele passou estes anos, eu não sei. Se eu sofri aqui dentro [no presídio], imagino ele lá fora. Quando ele diz o sobrenome, qualquer um reconhece, e ele terá que carregar isto para sempre." Ela diz acreditar que um dos motivos do afastamento pode ter sido a herança, da qual abriu mão em 2014. Na entrevista, afirmou não ter consciência do valor: "Este dinheiro nunca foi meu. Era dos meus pais e hoje pertence ao meu irmão." Cumprindo pena na penitenciária do Tremembé, no Vale do Paraíba, ela também falou sobre o relacionamento com a detenta Sandra Regina Ruiz Gomes, 31. "A gente tem uma vida juntas. Não é um amor de cadeia, afirmou. Na quarta-feira, porém, Sandra deixou a penitenciária após ter a progressão para o regime semiaberto concedido. Ela foi transferida para o presídio feminino de São José dos Campos (a 97 km de SP), e Suzane voltou para a cela de solteiras na penitenciária de Tremembé.
6
Arquitetura na USP reserva 30% das vagas para escola pública
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) vai reservar 30% das vagas no próximo ano para alunos de escolas públicas. Metade dessas vagas será para pretos, pardos e indígenas. A seleção desses estudantes ocorrerá pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O sistema centraliza as instituições que usam o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma de seleção. Entre as unidades mais tradicionais, apenas a medicina não decidiu se entra no Sisu. Uma reunião no fim de julho deve tratar do assunto. A decisão na FAU foi tomada nesta quinta (30) pela congregação da unidade, com representantes de professores, funcionários e alunos. A reserva de vagas vale para os dois cursos da unidade: arquitetura e urbanismo, e design. Das 190 vagas, 57 estarão no Sisu de 2017. O restante continua pela Fuvest. Para a professora da FAU Raquel Rolnik, a decisão é histórica. "Significa o compromisso da escola com a democratização do ensino superior, uma questão que já é importante para a FAU." A adesão ao Sisu fez a faculdade suspender a prova de habilidades específicas –ponto que impedia a entrada da unidade no sistema. Rolnik explica que a suspensão é temporária. "Vamos rediscutir até maio de 2017 para encaminhar como será a prova de forma definitiva." INCLUSÃO No ano passado, quando a USP iniciou a adesão ao Sisu como estratégia para aumentar a inclusão na universidade, a FAU ficou de fora. O curso de arquitetura registrou no último vestibular 26% dos alunos vindos da rede pública. Marca abaixo da média da universidade, de 35%. Em São Paulo, 85% dos alunos do ensino médio estudam em escolas públicas. O movimento estudantil na USP decretou greve em maio reivindicando a adoção de cotas. "Queremos a reserva de vagas também na Fuvest. O Sisu acaba selecionando os melhores do Brasil, o que elitiza ainda mais a universidade", diz a estudante Catarina Aydar, 20, do curso de física –que não entrou no sistema. FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) e ECA (Escola de Comunicações e Artes) já decidiram reservar vagas no Sisu. No caso da ECA, os cursos de artes, com prova de habilidades, não entraram. A Escola Politécnica colocou 10% das vagas no sistema, nenhuma exclusiva para rede pública. Até agora, 2.159 vagas da USP estarão no Sisu (20% do total de 11.057 vagas), um aumento de 45% sobre 2016.
educacao
Arquitetura na USP reserva 30% das vagas para escola públicaA Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) vai reservar 30% das vagas no próximo ano para alunos de escolas públicas. Metade dessas vagas será para pretos, pardos e indígenas. A seleção desses estudantes ocorrerá pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O sistema centraliza as instituições que usam o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma de seleção. Entre as unidades mais tradicionais, apenas a medicina não decidiu se entra no Sisu. Uma reunião no fim de julho deve tratar do assunto. A decisão na FAU foi tomada nesta quinta (30) pela congregação da unidade, com representantes de professores, funcionários e alunos. A reserva de vagas vale para os dois cursos da unidade: arquitetura e urbanismo, e design. Das 190 vagas, 57 estarão no Sisu de 2017. O restante continua pela Fuvest. Para a professora da FAU Raquel Rolnik, a decisão é histórica. "Significa o compromisso da escola com a democratização do ensino superior, uma questão que já é importante para a FAU." A adesão ao Sisu fez a faculdade suspender a prova de habilidades específicas –ponto que impedia a entrada da unidade no sistema. Rolnik explica que a suspensão é temporária. "Vamos rediscutir até maio de 2017 para encaminhar como será a prova de forma definitiva." INCLUSÃO No ano passado, quando a USP iniciou a adesão ao Sisu como estratégia para aumentar a inclusão na universidade, a FAU ficou de fora. O curso de arquitetura registrou no último vestibular 26% dos alunos vindos da rede pública. Marca abaixo da média da universidade, de 35%. Em São Paulo, 85% dos alunos do ensino médio estudam em escolas públicas. O movimento estudantil na USP decretou greve em maio reivindicando a adoção de cotas. "Queremos a reserva de vagas também na Fuvest. O Sisu acaba selecionando os melhores do Brasil, o que elitiza ainda mais a universidade", diz a estudante Catarina Aydar, 20, do curso de física –que não entrou no sistema. FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) e ECA (Escola de Comunicações e Artes) já decidiram reservar vagas no Sisu. No caso da ECA, os cursos de artes, com prova de habilidades, não entraram. A Escola Politécnica colocou 10% das vagas no sistema, nenhuma exclusiva para rede pública. Até agora, 2.159 vagas da USP estarão no Sisu (20% do total de 11.057 vagas), um aumento de 45% sobre 2016.
11
Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, já funciona no largo da Batata
Foi inaugurado no sábado (24) o Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, em Pinheiros. Na região do largo da Batata, o Pitico funciona no terreno que era de um estacionamento. O espaço tem contêineres e uma área livre com cadeiras de praia, mesas de madeira e de paletes (estrados de madeira). Em um dos contêineres funciona a cozinha. De lá saem os conhecidos kebabs do Pita: de falafel, de couve-flor (R$ 15, cada) e de kafta (R$ 17), além de porções de batata frita com zaatar (R$ 10). Para beber, gim-tônica (R$ 12 ou R$ 16, a depender do gim), negroni (R$ 12 ou R$ 18), spritz (R$ 18) e cervejas (R$ 6,50). O espaço ainda deve ganhar árvores, mesas de madeira coletivas e uma horta. Em outros contêineres vão funcionar um bar e uma quitanda. O bar funciona de terça a domingo, das 17h às 23h. Pitico r. Guaicuí, 61, Pinheiros; tel. (11) 3582-7365
comida
Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, já funciona no largo da BatataFoi inaugurado no sábado (24) o Pitico, bar dos mesmos donos do Pita Kebab, em Pinheiros. Na região do largo da Batata, o Pitico funciona no terreno que era de um estacionamento. O espaço tem contêineres e uma área livre com cadeiras de praia, mesas de madeira e de paletes (estrados de madeira). Em um dos contêineres funciona a cozinha. De lá saem os conhecidos kebabs do Pita: de falafel, de couve-flor (R$ 15, cada) e de kafta (R$ 17), além de porções de batata frita com zaatar (R$ 10). Para beber, gim-tônica (R$ 12 ou R$ 16, a depender do gim), negroni (R$ 12 ou R$ 18), spritz (R$ 18) e cervejas (R$ 6,50). O espaço ainda deve ganhar árvores, mesas de madeira coletivas e uma horta. Em outros contêineres vão funcionar um bar e uma quitanda. O bar funciona de terça a domingo, das 17h às 23h. Pitico r. Guaicuí, 61, Pinheiros; tel. (11) 3582-7365
26
Só emergencial
O governo Michel Temer (PMDB) retomará uma inglória batalha política para impor contrapartidas obrigatórias aos Estados que hoje buscam o socorro federal. Conforme projeto recém-enviado ao Congresso, os governos estaduais que aderirem a um plano de recuperação terão de vender estatais dos setores financeiro, de energia e saneamento, destinando o dinheiro à quitação de passivos. Quanto ao funcionalismo, a alíquota da contribuição previdenciária deve ser elevada a 14% (em geral são 11%); reajustes salariais e ampliação do quadro de pessoal ficam suspensos. Há condições adicionais tão diversas quanto redução de benefícios tributários, reformas do regime de pensões e corte de despesas de publicidade. A supervisão dos programas de ajuste caberá a conselhos nomeados por Brasília. São exigências rigorosas, mas desenhadas sob medida para não mais que três Estados atualmente em situação falimentar. Só Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul enquadram-se nos parâmetros definidos pelo projeto: dívida maior que a arrecadação anual; gastos com pessoal, juros e amortizações superiores a 70% da receita; caixa insuficiente para obrigações já assumidas. Ao trio, que chegou a tamanho desastre por decisões soberanas de seus governantes, oferece-se o privilégio de não pagar suas dívidas com a União por 36 meses, a um custo estimado de R$ 37 bilhões para os contribuintes nacionais. Sem normas de austeridade, esse alívio torna-se mero incentivo a gestões irresponsáveis. Infelizmente, foi essa a escolha da Câmara dos Deputados, que em dezembro derrubou proposta similar de contrapartidas. Acrescente-se que o pacote emergencial não é solução para fragilidades crônicas das finanças dos Estados, muito mais relacionadas às despesas com pessoal ativo e inativo do que com endividamento (só elevado nos governos mais ricos e em Alagoas). Pela divisão federativa dos serviços públicos, os gastos dos Executivos estaduais concentram-se em educação, saúde e segurança —são decisivamente afetados, portanto, pelas pressões de professores, médicos e policiais. Por essenciais que sejam tais categorias, suas demandas não raro escapam à realidade orçamentária e até aos limites legais. A recente paralisação de policiais militares no Espírito Santo, por exemplo, recolocou em pauta a regulação das greves de servidores, pendente desde a Constituição de 1988. Não há lei, porém, capaz de garantir boas administrações. Resta fazer com que as más arquem com os custos de seus desmandos. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
Só emergencialO governo Michel Temer (PMDB) retomará uma inglória batalha política para impor contrapartidas obrigatórias aos Estados que hoje buscam o socorro federal. Conforme projeto recém-enviado ao Congresso, os governos estaduais que aderirem a um plano de recuperação terão de vender estatais dos setores financeiro, de energia e saneamento, destinando o dinheiro à quitação de passivos. Quanto ao funcionalismo, a alíquota da contribuição previdenciária deve ser elevada a 14% (em geral são 11%); reajustes salariais e ampliação do quadro de pessoal ficam suspensos. Há condições adicionais tão diversas quanto redução de benefícios tributários, reformas do regime de pensões e corte de despesas de publicidade. A supervisão dos programas de ajuste caberá a conselhos nomeados por Brasília. São exigências rigorosas, mas desenhadas sob medida para não mais que três Estados atualmente em situação falimentar. Só Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul enquadram-se nos parâmetros definidos pelo projeto: dívida maior que a arrecadação anual; gastos com pessoal, juros e amortizações superiores a 70% da receita; caixa insuficiente para obrigações já assumidas. Ao trio, que chegou a tamanho desastre por decisões soberanas de seus governantes, oferece-se o privilégio de não pagar suas dívidas com a União por 36 meses, a um custo estimado de R$ 37 bilhões para os contribuintes nacionais. Sem normas de austeridade, esse alívio torna-se mero incentivo a gestões irresponsáveis. Infelizmente, foi essa a escolha da Câmara dos Deputados, que em dezembro derrubou proposta similar de contrapartidas. Acrescente-se que o pacote emergencial não é solução para fragilidades crônicas das finanças dos Estados, muito mais relacionadas às despesas com pessoal ativo e inativo do que com endividamento (só elevado nos governos mais ricos e em Alagoas). Pela divisão federativa dos serviços públicos, os gastos dos Executivos estaduais concentram-se em educação, saúde e segurança —são decisivamente afetados, portanto, pelas pressões de professores, médicos e policiais. Por essenciais que sejam tais categorias, suas demandas não raro escapam à realidade orçamentária e até aos limites legais. A recente paralisação de policiais militares no Espírito Santo, por exemplo, recolocou em pauta a regulação das greves de servidores, pendente desde a Constituição de 1988. Não há lei, porém, capaz de garantir boas administrações. Resta fazer com que as más arquem com os custos de seus desmandos. editoriais@grupofolha.com.br
14
Ministro diz que pedido de prisão de Aécio deve ser julgado em agosto
O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta terça-feira (1º) que o recurso da PGR (Procuradoria-Geral da República) pela prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve ser pautado ainda neste mês de agosto em colegiado da Corte. Para isso, afirmou, o tucano deve se manifestar sobre o fato. Em 18 de maio, quando foi deflagrada a operação Patmos, o ministro Edson Fachin negou pedido de prisão contra Aécio, mas o afastou do cargo. O caso mudou de relator e, em 30 de junho, Marco Aurélio devolveu o mandato ao tucano e negou recurso pela prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Agora, a PGR recorreu. O novo recurso deve ser analisado pela Primeira Turma do tribunal, composta por outros quatro magistrados, além de Marco Aurélio: Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Entre os argumentos para tomar sua decisão de junho, Marco Aurélio citou: o princípio da separação dos Poderes; o artigo da Constituição que determina que parlamentar só pode ser preso em caso de flagrante; e que medidas cautelares contra parlamentares só podem ser aplicadas pelo Congresso. Com isso, ele retirou as medidas cautelares que haviam sido impostas ao tucano na deflagração da operação Patmos, tais como restrição de contatar investigados ou proibição de deixar o país, assim como a retenção de seu passaporte. "Continuo convencido de que a decisão [de junho] é correta. Agora, há um pedido sucessivo de receber o pleito de reconsideração", disse Marco Aurélio. "E aí, havendo um recurso, como há, eu terei que estabelecer o contraditório, ouvir a parte interessada na manutenção da minha decisão, que é o senador Aécio Neves, e posteriormente confeccionar meu voto, que praticamente está confeccionado. Será o que está na decisão. E então levar à Turma", completou. 'LEIA A CONSTITUIÇÃO' Depois da sessão do STF –a primeira do segundo semestre de 2017–, o ministro Gilmar Mendes foi questionado sobre o argumento de Marco Aurélio sobre a separação dos poderes e a "insistência" de Janot quanto à prisão de Aécio. "Se recomenda que se leia a Constituição", disse Gilmar. "Eu acho que é bom que atores jurídicos políticos leiam a Constituição antes de seguir suas vontades." No recurso encaminhado ao Supremo nesta segunda-feira (31), Janot pede para que, caso a prisão preventiva não seja decretada, o tribunal imponha medidas cautelares a Aécio, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de manter contato com qualquer investigado da operação Lava Jato. Ele pede ainda para que o tucano seja proibido de deixar o país, entregue o passaporte e seja impedido de entrar em qualquer repartição pública, "em especial o Congresso Nacional". Aécio já foi denunciado pela PGR. Ele é acusado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça. De acordo com o procurador-geral, o senador pediu R$ 2 milhões à JBS e atuou para atrapalhar as investigações da Lava Jato por meio de articulações políticas.
poder
Ministro diz que pedido de prisão de Aécio deve ser julgado em agostoO ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta terça-feira (1º) que o recurso da PGR (Procuradoria-Geral da República) pela prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve ser pautado ainda neste mês de agosto em colegiado da Corte. Para isso, afirmou, o tucano deve se manifestar sobre o fato. Em 18 de maio, quando foi deflagrada a operação Patmos, o ministro Edson Fachin negou pedido de prisão contra Aécio, mas o afastou do cargo. O caso mudou de relator e, em 30 de junho, Marco Aurélio devolveu o mandato ao tucano e negou recurso pela prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Agora, a PGR recorreu. O novo recurso deve ser analisado pela Primeira Turma do tribunal, composta por outros quatro magistrados, além de Marco Aurélio: Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Entre os argumentos para tomar sua decisão de junho, Marco Aurélio citou: o princípio da separação dos Poderes; o artigo da Constituição que determina que parlamentar só pode ser preso em caso de flagrante; e que medidas cautelares contra parlamentares só podem ser aplicadas pelo Congresso. Com isso, ele retirou as medidas cautelares que haviam sido impostas ao tucano na deflagração da operação Patmos, tais como restrição de contatar investigados ou proibição de deixar o país, assim como a retenção de seu passaporte. "Continuo convencido de que a decisão [de junho] é correta. Agora, há um pedido sucessivo de receber o pleito de reconsideração", disse Marco Aurélio. "E aí, havendo um recurso, como há, eu terei que estabelecer o contraditório, ouvir a parte interessada na manutenção da minha decisão, que é o senador Aécio Neves, e posteriormente confeccionar meu voto, que praticamente está confeccionado. Será o que está na decisão. E então levar à Turma", completou. 'LEIA A CONSTITUIÇÃO' Depois da sessão do STF –a primeira do segundo semestre de 2017–, o ministro Gilmar Mendes foi questionado sobre o argumento de Marco Aurélio sobre a separação dos poderes e a "insistência" de Janot quanto à prisão de Aécio. "Se recomenda que se leia a Constituição", disse Gilmar. "Eu acho que é bom que atores jurídicos políticos leiam a Constituição antes de seguir suas vontades." No recurso encaminhado ao Supremo nesta segunda-feira (31), Janot pede para que, caso a prisão preventiva não seja decretada, o tribunal imponha medidas cautelares a Aécio, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de manter contato com qualquer investigado da operação Lava Jato. Ele pede ainda para que o tucano seja proibido de deixar o país, entregue o passaporte e seja impedido de entrar em qualquer repartição pública, "em especial o Congresso Nacional". Aécio já foi denunciado pela PGR. Ele é acusado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça. De acordo com o procurador-geral, o senador pediu R$ 2 milhões à JBS e atuou para atrapalhar as investigações da Lava Jato por meio de articulações políticas.
0
On the letter's foot (ao pé da letra)
Two yolk's cariocas (dois cariocas da gema). -Ahhh, naughty boy! (Ahhh, moleque!) -Speak, fan! (Fala, leque!) -From good? (De boa?) -Smooth in the spaceship! (Suave na nave!). -There, 'way see Hurricane 2000 at Purple Beautford tomorrow? (Aí, bora ver o Furacão 2000 em Belford Roxo amanhã?) -Ih, doesn't roll, partner, gave bad, tomorrow I drain till big late! (Ih, não rola, parceiro, deu ruim, amanhã eu ralo até tardão!). * Two bros from Saint Paul (dois manos de São Paulo): -And there, trout, firmness? (E aí, truta, firmeza?) -By the order. (Pela ordem.) -From the hour this little bomb! (Da hora esse bombeta!) -Isn't it half little thigh? (Não é meio coxinha?) -Nothing! Style in the larst! (Nada! Istaile no úrtimo!) -Bought at the camel. (Comprei no camelô). -Is messing! (Tá zoando!) -No, bro, switch yourself on the female stop, the seam is discorningling, made in China by slave children fo'dick! (Não, mano, se liga na parada, as costura desmilinguindo, shing-ling pacarai!). * Two little Patrícias peeling one of the little Patrícias' boyfriend (duas patricinhas descascando o namorado de uma das patricinhas): -Like, like, face, like, nothing to see, like, face, he's very nothing to see! (Tipo, tipo, cara, tipo, nada a ver, tipo, cara, ele é muito nada a ver!). -Completely! Like, like, nothing to see! Face, like, like, nothing to see! (Total! Tipo, tipo, nada a ver! Cara, tipo, tipo, nada a ver!). -Face? Like, in the good, like, face, can I give you the royal? (Cara? Tipo, na boa, tipo, cara, posso te dar a real?) -Send. (Manda). -Like, you're too much sand for his little truck! (Tipo, você é muita areia pro caminhãozinho dele!). -Worthed, friend! (Valeu, amiga!) -No for it. (Não por isso). * Two old baianos staring at the sea at the Bar's Lighthouse. (Dois velhos baianos contemplando o mar no Farol da Barra): -... (...) -... (...) -... (...) -... (...)
colunas
On the letter's foot (ao pé da letra)Two yolk's cariocas (dois cariocas da gema). -Ahhh, naughty boy! (Ahhh, moleque!) -Speak, fan! (Fala, leque!) -From good? (De boa?) -Smooth in the spaceship! (Suave na nave!). -There, 'way see Hurricane 2000 at Purple Beautford tomorrow? (Aí, bora ver o Furacão 2000 em Belford Roxo amanhã?) -Ih, doesn't roll, partner, gave bad, tomorrow I drain till big late! (Ih, não rola, parceiro, deu ruim, amanhã eu ralo até tardão!). * Two bros from Saint Paul (dois manos de São Paulo): -And there, trout, firmness? (E aí, truta, firmeza?) -By the order. (Pela ordem.) -From the hour this little bomb! (Da hora esse bombeta!) -Isn't it half little thigh? (Não é meio coxinha?) -Nothing! Style in the larst! (Nada! Istaile no úrtimo!) -Bought at the camel. (Comprei no camelô). -Is messing! (Tá zoando!) -No, bro, switch yourself on the female stop, the seam is discorningling, made in China by slave children fo'dick! (Não, mano, se liga na parada, as costura desmilinguindo, shing-ling pacarai!). * Two little Patrícias peeling one of the little Patrícias' boyfriend (duas patricinhas descascando o namorado de uma das patricinhas): -Like, like, face, like, nothing to see, like, face, he's very nothing to see! (Tipo, tipo, cara, tipo, nada a ver, tipo, cara, ele é muito nada a ver!). -Completely! Like, like, nothing to see! Face, like, like, nothing to see! (Total! Tipo, tipo, nada a ver! Cara, tipo, tipo, nada a ver!). -Face? Like, in the good, like, face, can I give you the royal? (Cara? Tipo, na boa, tipo, cara, posso te dar a real?) -Send. (Manda). -Like, you're too much sand for his little truck! (Tipo, você é muita areia pro caminhãozinho dele!). -Worthed, friend! (Valeu, amiga!) -No for it. (Não por isso). * Two old baianos staring at the sea at the Bar's Lighthouse. (Dois velhos baianos contemplando o mar no Farol da Barra): -... (...) -... (...) -... (...) -... (...)
10
A ressurreição do volume morto
A semana terminou com duas boas notícias para aplacar a aflição dos moradores da região metropolitana de São Paulo. Continua faltando água, mas as coisas começam a acontecer, finalmente. Primeiro, no céu. Choveu pra burro a partir de quinta-feira (5), o que trouxe algum refresco para o sistema Cantareira e seu famigerado volume morto, que vive na segunda reencarnação. Não o bastante para exorcizar a terceira, mas vá lá. Qualquer notícia boa é bem-vinda, nesta altura de uma estiagem esquisita (com inundações). A segunda foi que o governo paulista já fala em racionamento ("rodízio") para enfrentar a seca ("estresse hídrico"). Se não é o fim dos eufemismos, pode ser o da procrastinação. De todo modo, já se acumulavam 80 mm nos seis primeiros dias de fevereiro, ou 40% da média de precipitação do mês sobre o Cantareira. Foram 25 mm, 13% da média mensal num único dia. São os dados publicados pela Sabesp. Cabe ao poder público preparar-se para o pior, e não animar-se e adiar as providências necessárias porque choveu um pouco mais. Até porque essas cifras da meteorologia, além de muito variáveis e imprevisíveis, são imprecisas. O quadro pintado pelo centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden, um órgão federal) é um pouco menos animador. Até o dia 5, quinta-feira passada, indicava 45,8 mm de precipitação acumulada no mês na área do Cantareira. Pela Sabesp, o acumulado era de 54,8 mm. Onde foram parar os 9 mm de diferença? São 9 litros por m², o mesmo que consigo coletar com um balde debaixo do chuveiro enquanto espero jorrar a água quente. A discrepância decorre de haver sistemas diversos de coleta de informação. A Sabesp usa pluviômetros próximos das represas do Cantareira. Já o Cemaden montou uma rede própria com três dezenas de aparelhos espalhados por toda a bacia, ou seja, o território de mais de 2.000 km² drenado pelos rios que alimentam os reservatórios, como o Juqueri, o Atibainha, o Camanducaia, o Jacareí e o Jaguari. (Não confundir os dois últimos rios com os de mesmo nome em outros lugares. Eles são uma espécie de "José da Silva" fluvial, com muitos homônimos, pois os nomes querem dizer "rio de jacarés" e "rio de onças", respectivamente, em tupi.) Reunindo os dados de seus pluviômetros automáticos com os de sete aparelhos do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo), o Cemaden tem produzido periodicamente cenários sobre o que pode acontecer com o Cantareira. Com a vantagem de que seus modelos de computador não levam em conta só a água que entra e sai das represas, mas também a precipitação, uma estimativa da água que evapora e a umidade do solo ("efeito esponja", como se diz). Não dá para ficar animado. Se as chuvas daqui para a frente repetirem o padrão 50% abaixo da média histórica, o volume morto 2 terá a sua segunda morte em meados de julho –ainda na vigência da estação seca. Mas é mais ou menos óbvio que o racionamento teria de começar muito antes disso, porque nem o mais irresponsável dos governantes deixaria uma represa secar. A não ser que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) encare as últimas chuvas como um refrigério e reviva a assombração do volume morto 3. Seria mesmo de arrepiar.
colunas
A ressurreição do volume mortoA semana terminou com duas boas notícias para aplacar a aflição dos moradores da região metropolitana de São Paulo. Continua faltando água, mas as coisas começam a acontecer, finalmente. Primeiro, no céu. Choveu pra burro a partir de quinta-feira (5), o que trouxe algum refresco para o sistema Cantareira e seu famigerado volume morto, que vive na segunda reencarnação. Não o bastante para exorcizar a terceira, mas vá lá. Qualquer notícia boa é bem-vinda, nesta altura de uma estiagem esquisita (com inundações). A segunda foi que o governo paulista já fala em racionamento ("rodízio") para enfrentar a seca ("estresse hídrico"). Se não é o fim dos eufemismos, pode ser o da procrastinação. De todo modo, já se acumulavam 80 mm nos seis primeiros dias de fevereiro, ou 40% da média de precipitação do mês sobre o Cantareira. Foram 25 mm, 13% da média mensal num único dia. São os dados publicados pela Sabesp. Cabe ao poder público preparar-se para o pior, e não animar-se e adiar as providências necessárias porque choveu um pouco mais. Até porque essas cifras da meteorologia, além de muito variáveis e imprevisíveis, são imprecisas. O quadro pintado pelo centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden, um órgão federal) é um pouco menos animador. Até o dia 5, quinta-feira passada, indicava 45,8 mm de precipitação acumulada no mês na área do Cantareira. Pela Sabesp, o acumulado era de 54,8 mm. Onde foram parar os 9 mm de diferença? São 9 litros por m², o mesmo que consigo coletar com um balde debaixo do chuveiro enquanto espero jorrar a água quente. A discrepância decorre de haver sistemas diversos de coleta de informação. A Sabesp usa pluviômetros próximos das represas do Cantareira. Já o Cemaden montou uma rede própria com três dezenas de aparelhos espalhados por toda a bacia, ou seja, o território de mais de 2.000 km² drenado pelos rios que alimentam os reservatórios, como o Juqueri, o Atibainha, o Camanducaia, o Jacareí e o Jaguari. (Não confundir os dois últimos rios com os de mesmo nome em outros lugares. Eles são uma espécie de "José da Silva" fluvial, com muitos homônimos, pois os nomes querem dizer "rio de jacarés" e "rio de onças", respectivamente, em tupi.) Reunindo os dados de seus pluviômetros automáticos com os de sete aparelhos do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo), o Cemaden tem produzido periodicamente cenários sobre o que pode acontecer com o Cantareira. Com a vantagem de que seus modelos de computador não levam em conta só a água que entra e sai das represas, mas também a precipitação, uma estimativa da água que evapora e a umidade do solo ("efeito esponja", como se diz). Não dá para ficar animado. Se as chuvas daqui para a frente repetirem o padrão 50% abaixo da média histórica, o volume morto 2 terá a sua segunda morte em meados de julho –ainda na vigência da estação seca. Mas é mais ou menos óbvio que o racionamento teria de começar muito antes disso, porque nem o mais irresponsável dos governantes deixaria uma represa secar. A não ser que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) encare as últimas chuvas como um refrigério e reviva a assombração do volume morto 3. Seria mesmo de arrepiar.
10
Com Mineirinho, Brasil tem três candidatos a prêmio do esporte
O Brasil tem três indicados à edição 2016 do Prêmio Laureus. A lista de concorrentes foi anunciada nesta quarta-feira (2). Atual campeão mundial de surfe, Adriano de Souza, o Mineirinho, 29, foi indicado na categoria "Ação". Entre seus rivais está outro brasileiro, o skatista Bob Burnquist, 38. Em 2015, ele conquistou o título da megarrampa nos X-Games —pela oitava vez na carreira—, mesmo com um braço quebrado. O terceiro brasileiro indicado ao prêmio é o nadador e para-atleta Daniel Dias, que tenta o terceiro troféu na categoria paraolímpica. Maior medalhista individual no Campeonato Mundial Paraolímpico do ano passado (com sete ouros e duas pratas), ele venceu todas as oito provas que disputou no Pan de Toronto. RIVAIS Na "Ação", além de Mineirinho e Burnquist, disputam o prêmio a britânica Rachel Atherton, tetracampeã na Copa do Mundo de mountain bike, o surfista australiano Mick Fanning, o triatleta alemão Jan Frodeno e a snowboarder norte-americana Chloe Kim, 14, mais jovem medalha de ouro na história dos X-Games. Em 2015, o surfista brasileiro Gabriel Medina concorreu ao prêmio nesta categoria, mas não teve sucesso. O vencedor foi o norte-americano Alan Eustace, detentor do recorde de queda livre na estratosfera. Já os adversários de Dias são a esquiadora francesa Marie Bochet, o corredor chinês Liu Cuiqing, a corredora cubana Omara Durand, o corredor sul-africano Pieter Du Preez e o taiwanês Leung Yuk Wing, da bocha. ATLETA DO ANO O prêmio da categoria "Atleta do Ano" será disputado entre o velocista jamaicano Usain Bolt, o jogador de basquete norte-americano Stephen Curry, o tenista sérvio Novak Djokovic, o piloto britânico Lewis Hamilton, o jogador de futebol argentino Lionel Messi e o golfista norte-americano Jordan Spieth. Entre as mulheres, as indicadas são a corredora etíope Genzebe Dibaba, a esquiadora austríaca Anna Fenninger, a velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, e três norte-americanas: a nadadora Katie Ledecky, a jogadora de futebol Carli Lloyd e a tenista Serena Williams. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 18 de abril, em Berlim, na Alemanha.
esporte
Com Mineirinho, Brasil tem três candidatos a prêmio do esporteO Brasil tem três indicados à edição 2016 do Prêmio Laureus. A lista de concorrentes foi anunciada nesta quarta-feira (2). Atual campeão mundial de surfe, Adriano de Souza, o Mineirinho, 29, foi indicado na categoria "Ação". Entre seus rivais está outro brasileiro, o skatista Bob Burnquist, 38. Em 2015, ele conquistou o título da megarrampa nos X-Games —pela oitava vez na carreira—, mesmo com um braço quebrado. O terceiro brasileiro indicado ao prêmio é o nadador e para-atleta Daniel Dias, que tenta o terceiro troféu na categoria paraolímpica. Maior medalhista individual no Campeonato Mundial Paraolímpico do ano passado (com sete ouros e duas pratas), ele venceu todas as oito provas que disputou no Pan de Toronto. RIVAIS Na "Ação", além de Mineirinho e Burnquist, disputam o prêmio a britânica Rachel Atherton, tetracampeã na Copa do Mundo de mountain bike, o surfista australiano Mick Fanning, o triatleta alemão Jan Frodeno e a snowboarder norte-americana Chloe Kim, 14, mais jovem medalha de ouro na história dos X-Games. Em 2015, o surfista brasileiro Gabriel Medina concorreu ao prêmio nesta categoria, mas não teve sucesso. O vencedor foi o norte-americano Alan Eustace, detentor do recorde de queda livre na estratosfera. Já os adversários de Dias são a esquiadora francesa Marie Bochet, o corredor chinês Liu Cuiqing, a corredora cubana Omara Durand, o corredor sul-africano Pieter Du Preez e o taiwanês Leung Yuk Wing, da bocha. ATLETA DO ANO O prêmio da categoria "Atleta do Ano" será disputado entre o velocista jamaicano Usain Bolt, o jogador de basquete norte-americano Stephen Curry, o tenista sérvio Novak Djokovic, o piloto britânico Lewis Hamilton, o jogador de futebol argentino Lionel Messi e o golfista norte-americano Jordan Spieth. Entre as mulheres, as indicadas são a corredora etíope Genzebe Dibaba, a esquiadora austríaca Anna Fenninger, a velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, e três norte-americanas: a nadadora Katie Ledecky, a jogadora de futebol Carli Lloyd e a tenista Serena Williams. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 18 de abril, em Berlim, na Alemanha.
4
Quero manter o Facebook como lazer, pede ministro da Educação de Dilma
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, usou o Facebook no início da madrugada desta quarta-feira (6) para pedir que seu perfil na rede social não seja usado para mensagens destinadas ao MEC (Ministério da Educação). Ele solicitou que mensagens desse tipo sejam enviadas aos canais oficiais, como a página do ministério no Facebook, o perfil no Twitter e o site oficial (portal.mec.gov.br), onde há um link "fale conosco" e e-mails de assessores. "Gostaria de manter o Facebook como um espaço de lazer, e não como uma extensão de minhas atividades de trabalho", disse. "Sei que hoje em dia as coisas se misturam, as fronteiras entre lazer e trabalho se tornaram tênues, mas o que me preocupa mesmo é deixar as pessoas sem resposta", completou. Segundo Janine, desde que foi nomeado, ele recebe uma grande quantidade de mensagens por meio da rede social e não consegue dar atenção a todas. Ele explicou que seus assessores não podem fazer uma triagem, pois o perfil é pessoal e não institucional. A postagem do ministro na rede social ocorreu quase dois dias depois de ele declarar que não há como reabrir inscrições do Fies, pois o governo não tem mais recursos para o programa. PERFIL NA REDE Professor de ética e filosofia na USP, Janine costuma usar a rede social para dar opinião sobre temas da atualidade, divulgar posicionamentos políticos e publicar textos e fotos sobre sua trajetória na educação. Um dia após ser confirmado como novo ministro da Educação, o filósofo informou no Facebook que estava debruçado sobre "dossiês" relativos à pasta, definida como uma das mais complexas e ricas da Esplanada. Apesar do pedido, Janine tem usado a rede social para divulgar seu trabalho à frente do ministério (como entrevistas dadas à TV) e até citado visitas que fez a educadores, como em 30 de abril, quando ele postou que esteve "com educadores criativos" do Projeto Cidade Aprendiz, "fazendo o tour dos que pensam a educação no Brasil". O ministro também já escreveu sobre amenidades. Em março, por exemplo, antes de ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff para fazer parte de sua equipe, ele elogiou o talento do ator Rodrigo Santoro, mas lamentou os papéis "que não estão à altura" nos filmes estrangeiros. Durante a viagem para a posse, em Brasília, encontrou os roqueiros do grupo Raimundos e não teve dúvidas: postou no Facebook a foto dele no aeroporto ao lado dos músicos, chamados de "queridos roqueiros". Fotos de viagens, de familiares e atualização do status de relacionamento também fazem parte do Facebook do ministro internauta.
educacao
Quero manter o Facebook como lazer, pede ministro da Educação de DilmaO ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, usou o Facebook no início da madrugada desta quarta-feira (6) para pedir que seu perfil na rede social não seja usado para mensagens destinadas ao MEC (Ministério da Educação). Ele solicitou que mensagens desse tipo sejam enviadas aos canais oficiais, como a página do ministério no Facebook, o perfil no Twitter e o site oficial (portal.mec.gov.br), onde há um link "fale conosco" e e-mails de assessores. "Gostaria de manter o Facebook como um espaço de lazer, e não como uma extensão de minhas atividades de trabalho", disse. "Sei que hoje em dia as coisas se misturam, as fronteiras entre lazer e trabalho se tornaram tênues, mas o que me preocupa mesmo é deixar as pessoas sem resposta", completou. Segundo Janine, desde que foi nomeado, ele recebe uma grande quantidade de mensagens por meio da rede social e não consegue dar atenção a todas. Ele explicou que seus assessores não podem fazer uma triagem, pois o perfil é pessoal e não institucional. A postagem do ministro na rede social ocorreu quase dois dias depois de ele declarar que não há como reabrir inscrições do Fies, pois o governo não tem mais recursos para o programa. PERFIL NA REDE Professor de ética e filosofia na USP, Janine costuma usar a rede social para dar opinião sobre temas da atualidade, divulgar posicionamentos políticos e publicar textos e fotos sobre sua trajetória na educação. Um dia após ser confirmado como novo ministro da Educação, o filósofo informou no Facebook que estava debruçado sobre "dossiês" relativos à pasta, definida como uma das mais complexas e ricas da Esplanada. Apesar do pedido, Janine tem usado a rede social para divulgar seu trabalho à frente do ministério (como entrevistas dadas à TV) e até citado visitas que fez a educadores, como em 30 de abril, quando ele postou que esteve "com educadores criativos" do Projeto Cidade Aprendiz, "fazendo o tour dos que pensam a educação no Brasil". O ministro também já escreveu sobre amenidades. Em março, por exemplo, antes de ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff para fazer parte de sua equipe, ele elogiou o talento do ator Rodrigo Santoro, mas lamentou os papéis "que não estão à altura" nos filmes estrangeiros. Durante a viagem para a posse, em Brasília, encontrou os roqueiros do grupo Raimundos e não teve dúvidas: postou no Facebook a foto dele no aeroporto ao lado dos músicos, chamados de "queridos roqueiros". Fotos de viagens, de familiares e atualização do status de relacionamento também fazem parte do Facebook do ministro internauta.
11
Primo de empresário movimentou R$ 1,35 milhão
Primo do empresário dos ramos de gráficas e publicidade Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, Pedro Augusto Medeiros, 38, apresentou em suas contas bancárias uma movimentação incompatível com sua renda declarada, segundo documentos da Operação Acrônimo, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta-feira (29). Duas empresas controladas por Bené, ligado ao PT, receberam R$ 525 milhões de órgãos do governo federal entre 2005 e 2015. A PF investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Apesar de declarar renda de R$ 1,4 mil, Medeiros apresentou "movimentações incompatíveis" de R$ 1,35 milhão, segundo relatório da PF. Em apenas três meses de 2007, Medeiros movimentou R$ 100 mil. Em 2010, depositou R$ 200 mil de uma única vez em sua própria conta e mais R$ 340 mil para uma agência de turismo. No ano seguinte, depositou R$ 395 mil para uma conta em seu nome no Rio de Janeiro. As movimentações foram informadas à PF pelo Coaf (órgão de inteligência vinculado ao Ministério da Fazenda), anexado ao inquérito da Operação Acrônimo, deflagrada na última sexta-feira (29), que levou à prisão de Bené e Medeiros e mais três pessoas. Medeiros foi um dos passageiros do avião turboélice King Air que transportava R$ 113 mil em outubro do ano passado e foi abordado pela PF no aeroporto de Brasília vindo de Belo Horizonte (MG). Ao prestar depoimento na PF no mesmo dia, Medeiros afirmou que, do total do dinheiro apreendido, R$ 80 mil lhe pertenciam, em 700 notas de R$ 100,00 e 500 cédulas de R$ 20,00. Dos passageiros, foi o que assumiu a posse da maior parte do dinheiro. Embora tenha se apresentado como "corretor de imóveis" no depoimento que prestou à PF, Medeiros, segundo a polícia, "trabalha como segurança" de Bené e seria uma espécie de "faz-tudo". Para a PF, "não é razoável considerar" que Pedro fosse o proprietário da maior parte do dinheiro apreendido no avião. "Ainda mais desarrazoada é a comparação entre a renda lícita do investigado Pedro com os valores referidos no Relatório de Inteligência Financeira disponibilizado pelo Coaf", escreveu o delegado Guilherme Torres, em representação enviada à 10ª Vara Federal do DF. A PF apontou, no documento, que Pedro é, "na verdade, mais que mero despachante ou office-boy daqueles, não só realizando entrega de documentos, transportando familiares, mas especialmente encobrindo/ocultando os reais operadores e proprietários dos valores movimentados nas transações bancárias". Quando Pedro foi detido com o dinheiro no aeroporto, a PF teve acesso ao seu telefone celular, que foi apreendido e periciado. Em março de 2014, Pedro reclamou ao publicitário Victor Nicolato, por mensagem, que se recusava a voltar a um determinando banco, não identificado, para fazer operações financeiras. Nicolato, segundo a PF, é sócio de Bené. "Não me pede para ir naquele banco mais, não. O lugar é perigoso. [...] 40 minutos lá e vendo a rotatividade de gente estranha. Não dá para confiar!", disse Medeiros a Nicolato, em uma das mensagens. O Coaf também informou à PF as movimentações de Bené. Ele movimentou R$ 9 milhões em duas contas pessoais no banco Itaú entre 2007 e 2011. No ano seguinte, Bené fez onze "transações fracionadas" no valor total de R$ 72,5 mil. Segundo o Coaf, a prática "configura artifício para burlar da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos responsáveis finais". O advogado de Bené, Celso Lemos, disse à Folha que ainda não terminou a análise do inquérito e, por isso, não poderia dar explicações pontuais sobre a investigação. Ele afirmou, porém, que o relatório do Coaf "deve ser confrontado com um laudo pericial contábil". "Qualquer fluxo financeiro pode ser ilegal ou não, só um laudo vai dar a resposta", disse o advogado. O defensor de Pedro Medeiros não foi localizado. FORO PRIVILEGIADO Investigadores da Operação Acrônimo já encontraram durante as buscas e apreensões da semana passada elementos que ligam empresas de Bené a campanhas eleitorais de 2014 e a autoridades com o chamado foro privilegiado, pelo qual um político com mandato só pode ser processado e julgado por determinados tribunais. Nas buscas, segundo a Folha apurou, foram encontradas listas com ordens de pagamentos. Nos próximos dias, os investidores deverão remeter a relação dos políticos com prerrogativa de foro para que o juiz decida se o inquérito deve ser enviado a tribunais superiores.
poder
Primo de empresário movimentou R$ 1,35 milhãoPrimo do empresário dos ramos de gráficas e publicidade Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, Pedro Augusto Medeiros, 38, apresentou em suas contas bancárias uma movimentação incompatível com sua renda declarada, segundo documentos da Operação Acrônimo, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta-feira (29). Duas empresas controladas por Bené, ligado ao PT, receberam R$ 525 milhões de órgãos do governo federal entre 2005 e 2015. A PF investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Apesar de declarar renda de R$ 1,4 mil, Medeiros apresentou "movimentações incompatíveis" de R$ 1,35 milhão, segundo relatório da PF. Em apenas três meses de 2007, Medeiros movimentou R$ 100 mil. Em 2010, depositou R$ 200 mil de uma única vez em sua própria conta e mais R$ 340 mil para uma agência de turismo. No ano seguinte, depositou R$ 395 mil para uma conta em seu nome no Rio de Janeiro. As movimentações foram informadas à PF pelo Coaf (órgão de inteligência vinculado ao Ministério da Fazenda), anexado ao inquérito da Operação Acrônimo, deflagrada na última sexta-feira (29), que levou à prisão de Bené e Medeiros e mais três pessoas. Medeiros foi um dos passageiros do avião turboélice King Air que transportava R$ 113 mil em outubro do ano passado e foi abordado pela PF no aeroporto de Brasília vindo de Belo Horizonte (MG). Ao prestar depoimento na PF no mesmo dia, Medeiros afirmou que, do total do dinheiro apreendido, R$ 80 mil lhe pertenciam, em 700 notas de R$ 100,00 e 500 cédulas de R$ 20,00. Dos passageiros, foi o que assumiu a posse da maior parte do dinheiro. Embora tenha se apresentado como "corretor de imóveis" no depoimento que prestou à PF, Medeiros, segundo a polícia, "trabalha como segurança" de Bené e seria uma espécie de "faz-tudo". Para a PF, "não é razoável considerar" que Pedro fosse o proprietário da maior parte do dinheiro apreendido no avião. "Ainda mais desarrazoada é a comparação entre a renda lícita do investigado Pedro com os valores referidos no Relatório de Inteligência Financeira disponibilizado pelo Coaf", escreveu o delegado Guilherme Torres, em representação enviada à 10ª Vara Federal do DF. A PF apontou, no documento, que Pedro é, "na verdade, mais que mero despachante ou office-boy daqueles, não só realizando entrega de documentos, transportando familiares, mas especialmente encobrindo/ocultando os reais operadores e proprietários dos valores movimentados nas transações bancárias". Quando Pedro foi detido com o dinheiro no aeroporto, a PF teve acesso ao seu telefone celular, que foi apreendido e periciado. Em março de 2014, Pedro reclamou ao publicitário Victor Nicolato, por mensagem, que se recusava a voltar a um determinando banco, não identificado, para fazer operações financeiras. Nicolato, segundo a PF, é sócio de Bené. "Não me pede para ir naquele banco mais, não. O lugar é perigoso. [...] 40 minutos lá e vendo a rotatividade de gente estranha. Não dá para confiar!", disse Medeiros a Nicolato, em uma das mensagens. O Coaf também informou à PF as movimentações de Bené. Ele movimentou R$ 9 milhões em duas contas pessoais no banco Itaú entre 2007 e 2011. No ano seguinte, Bené fez onze "transações fracionadas" no valor total de R$ 72,5 mil. Segundo o Coaf, a prática "configura artifício para burlar da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos responsáveis finais". O advogado de Bené, Celso Lemos, disse à Folha que ainda não terminou a análise do inquérito e, por isso, não poderia dar explicações pontuais sobre a investigação. Ele afirmou, porém, que o relatório do Coaf "deve ser confrontado com um laudo pericial contábil". "Qualquer fluxo financeiro pode ser ilegal ou não, só um laudo vai dar a resposta", disse o advogado. O defensor de Pedro Medeiros não foi localizado. FORO PRIVILEGIADO Investigadores da Operação Acrônimo já encontraram durante as buscas e apreensões da semana passada elementos que ligam empresas de Bené a campanhas eleitorais de 2014 e a autoridades com o chamado foro privilegiado, pelo qual um político com mandato só pode ser processado e julgado por determinados tribunais. Nas buscas, segundo a Folha apurou, foram encontradas listas com ordens de pagamentos. Nos próximos dias, os investidores deverão remeter a relação dos políticos com prerrogativa de foro para que o juiz decida se o inquérito deve ser enviado a tribunais superiores.
0
Famoso no cinema, 'Sucesso a Qualquer Preço' chega a teatro de SP
FABIANA SERAGUSA DE SÃO PAULO A adaptação de "O Sucesso a Qualquer Preço" para o cinema, em 1992, reuniu astros como Al Pacino, Jack Lemmon, Alec Baldwin, Kevin Spacey e Ed Harris. Agora, o texto do norte-americano David Mamet chega a São Paulo na próxima sexta (19) e fica em cartaz até setembro no Teatro Vivo. Por aqui, estão escalados Norival Rizzo, Marco Pigossi, Andre Garolli, Renato Caldas, Marcos Daud, Didio Perini e Alexandre Freitas, sob a direção de Alexandre Reinecke. A comédia dramática fala sobre um grupo de corretores de imóveis que passa por tempos difíceis com vendas em baixa. Até que eles são pressionados por seu arrogante chefe, que promove um torneio: quem vender mais ganha um Cadillac, e o perdedor vai para o olho da rua. O roubo das fichas dos "melhores clientes" deixa a situação ainda mais acirrada e tensa, colocando em suspeita todos os funcionários. A trama é ambientada na Nova York de 1970 e discute até onde o homem pode ir para obter o sucesso. O texto de Mamet recebeu o prêmio Pulitzer de teatro em 1984 e também foi encenado na Broadway em 2012, com Al Pacino. Informe-se sobre o evento
saopaulo
Famoso no cinema, 'Sucesso a Qualquer Preço' chega a teatro de SPFABIANA SERAGUSA DE SÃO PAULO A adaptação de "O Sucesso a Qualquer Preço" para o cinema, em 1992, reuniu astros como Al Pacino, Jack Lemmon, Alec Baldwin, Kevin Spacey e Ed Harris. Agora, o texto do norte-americano David Mamet chega a São Paulo na próxima sexta (19) e fica em cartaz até setembro no Teatro Vivo. Por aqui, estão escalados Norival Rizzo, Marco Pigossi, Andre Garolli, Renato Caldas, Marcos Daud, Didio Perini e Alexandre Freitas, sob a direção de Alexandre Reinecke. A comédia dramática fala sobre um grupo de corretores de imóveis que passa por tempos difíceis com vendas em baixa. Até que eles são pressionados por seu arrogante chefe, que promove um torneio: quem vender mais ganha um Cadillac, e o perdedor vai para o olho da rua. O roubo das fichas dos "melhores clientes" deixa a situação ainda mais acirrada e tensa, colocando em suspeita todos os funcionários. A trama é ambientada na Nova York de 1970 e discute até onde o homem pode ir para obter o sucesso. O texto de Mamet recebeu o prêmio Pulitzer de teatro em 1984 e também foi encenado na Broadway em 2012, com Al Pacino. Informe-se sobre o evento
17
Pacote europeu pode reduzir ação do BC no Brasil
O pacote de estímulo europeu, que impulsionou Bolsas e moedas pelo mundo, também aumentou a chance de uma valorização do real. Isso pode levar o Banco Central a estudar uma redução em suas intervenções diárias no câmbio. É o que defendem assessores presidenciais, preocupados com o impacto das medidas do BCE sobre as exportações. O temor é que a injeção de recursos na Europa aumente a entrada de moeda estrangeira no Brasil, valorizando o real e tirando competitividade de produtos brasileiros no exterior. Quando os EUA tomaram a mesma medida, houve forte procura dos investidores por aplicação em emergentes como o Brasil. No ano passado, a balança comercial fechou com déficit de US$ 3,9 bilhões, o primeiro desde 2000. Em 2015, já acumula resultado negativo de US$ 1,462 bilhão. Segundo auxiliares da presidente Dilma, o BC poderia, neste momento, deixar de rolar integralmente, como tem feito hoje, os títulos equivalentes à venda de dólar no futuro que vencem mensalmente –cerca de US$ 10 bilhões. Uma ala do governo ligada à indústria defende que o BC poderia inclusive encerrar seu programa de venda diária desses contratos, chamados de swap cambial. Esse programa foi renovado até 31 de março e prevê a venda diária de US$ 100 milhões no mercado de câmbio. A equipe da presidente Dilma defende a redução das intervenções porque, além do pacote europeu, o real também pode ter tendência de valorização com os juros mais elevados no Brasil, que torna a remuneração de investimentos no país mais atraente ao investidor estrangeiro. Esse foi outro motivo da queda do dólar nesta quinta, em reação à decisão do Banco Central na véspera de subir a taxa de juros Selic de 11,75% para 12,25% ao ano. O dólar à vista (referência para o mercado financeiro) fechou o dia com queda de 1,23%, a R$ 2,574. CETICISMO A visão do governo, no entanto, esbarra no ceticismo de parte do mercado com o Brasil. Nesta quinta, a Bolsa chegou a subir 2,15% e a superar 50 mil pontos, mas terminou o dia em alta de 0,44%. "A Bolsa brasileira teve um dos piores desempenhos. Há desconfiança com o Brasil", disse Daniel Cunha, da XP Securities. Cunha se referia a dúvidas sobre a reação política aos ajustes promovidos pela nova equipe econômica, além do escândalo da Petrobras e, agora, o perigo de racionamento de energia. "Não vejo o pacote europeu como positivo para emergentes e produtores de commodities, caso do Brasil", disse Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentagono Asset. Colaboraram TONI SCIARRETTA, RENATA AGOSTINI, ANDERSON FIGO, de São Paulo
mercado
Pacote europeu pode reduzir ação do BC no BrasilO pacote de estímulo europeu, que impulsionou Bolsas e moedas pelo mundo, também aumentou a chance de uma valorização do real. Isso pode levar o Banco Central a estudar uma redução em suas intervenções diárias no câmbio. É o que defendem assessores presidenciais, preocupados com o impacto das medidas do BCE sobre as exportações. O temor é que a injeção de recursos na Europa aumente a entrada de moeda estrangeira no Brasil, valorizando o real e tirando competitividade de produtos brasileiros no exterior. Quando os EUA tomaram a mesma medida, houve forte procura dos investidores por aplicação em emergentes como o Brasil. No ano passado, a balança comercial fechou com déficit de US$ 3,9 bilhões, o primeiro desde 2000. Em 2015, já acumula resultado negativo de US$ 1,462 bilhão. Segundo auxiliares da presidente Dilma, o BC poderia, neste momento, deixar de rolar integralmente, como tem feito hoje, os títulos equivalentes à venda de dólar no futuro que vencem mensalmente –cerca de US$ 10 bilhões. Uma ala do governo ligada à indústria defende que o BC poderia inclusive encerrar seu programa de venda diária desses contratos, chamados de swap cambial. Esse programa foi renovado até 31 de março e prevê a venda diária de US$ 100 milhões no mercado de câmbio. A equipe da presidente Dilma defende a redução das intervenções porque, além do pacote europeu, o real também pode ter tendência de valorização com os juros mais elevados no Brasil, que torna a remuneração de investimentos no país mais atraente ao investidor estrangeiro. Esse foi outro motivo da queda do dólar nesta quinta, em reação à decisão do Banco Central na véspera de subir a taxa de juros Selic de 11,75% para 12,25% ao ano. O dólar à vista (referência para o mercado financeiro) fechou o dia com queda de 1,23%, a R$ 2,574. CETICISMO A visão do governo, no entanto, esbarra no ceticismo de parte do mercado com o Brasil. Nesta quinta, a Bolsa chegou a subir 2,15% e a superar 50 mil pontos, mas terminou o dia em alta de 0,44%. "A Bolsa brasileira teve um dos piores desempenhos. Há desconfiança com o Brasil", disse Daniel Cunha, da XP Securities. Cunha se referia a dúvidas sobre a reação política aos ajustes promovidos pela nova equipe econômica, além do escândalo da Petrobras e, agora, o perigo de racionamento de energia. "Não vejo o pacote europeu como positivo para emergentes e produtores de commodities, caso do Brasil", disse Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentagono Asset. Colaboraram TONI SCIARRETTA, RENATA AGOSTINI, ANDERSON FIGO, de São Paulo
2
Mortes: Menina sempre cheia de colares e pulseiras
Este espaço não deveria ser ocupado por Manu. A criança linda, luminosa, "mezzo italiana, mezzo japonesa", ainda ia virar notícia. Boa. Uma certeza de quem acompanhou o desabrochar de sua inteligência de menina que se fazia notar em tiradas impagáveis nos intermináveis almoços na casa do tio Villas e da tia Paulinha. Nesta quinta (31), Manuela Matsuzake Espilotro se foi. De um salto, deixando seus pais, Mika e Tiago, sem chão, pela inversão da lei da natureza que os obriga a sepultar nesta sexta (1º) a filha de 8 anos, às 11h no Cemitério da Lapa, na zona oeste de SP. O impacto da morte prematura e inesperada de Manu foi ainda maior pelo fato de ela ser saudável e ter como único registro de doença uma gripe insistente, o que levou os pais a procurar a pediatra. O exame deu negativo para H1N1. Era uma gripe comum, nada letal em comparação ao surto que apavora tantos pais neste momento. Os fatores que encerraram a curtíssima temporada de Manu entre nós só serão conhecidos em alguns dias. Uma vida que se interrompe antes de ver cumpridas tantas esperanças e promessas. Como contar para a irmãzinha menor, a Isa? Elas eram inseparáveis. Ainda mais unidas na vaidade, sempre enfeitadas com colares e pulseiras que adoravam confeccionar com bugigangas que compravam em divertidas andanças com a avó na rua 25 de Março. O que falar para os coleguinhas de escola de Manu no Colégio Vera Cruz que pediam permissão para ir ao velório se despedir da amiga? Todos, crianças e adultos, vamos demorar a entender um luto ainda mais definitivo quando me recordo de Manu correndo pela pracinha no Alto de Pinheiros, onde fizemos um piquenique há algumas semanas. Uma alegria eternizada por um gosto de despedida que nenhum de nós naquela manhã de domingo poderia imaginar estar tão próxima. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
cotidiano
Mortes: Menina sempre cheia de colares e pulseirasEste espaço não deveria ser ocupado por Manu. A criança linda, luminosa, "mezzo italiana, mezzo japonesa", ainda ia virar notícia. Boa. Uma certeza de quem acompanhou o desabrochar de sua inteligência de menina que se fazia notar em tiradas impagáveis nos intermináveis almoços na casa do tio Villas e da tia Paulinha. Nesta quinta (31), Manuela Matsuzake Espilotro se foi. De um salto, deixando seus pais, Mika e Tiago, sem chão, pela inversão da lei da natureza que os obriga a sepultar nesta sexta (1º) a filha de 8 anos, às 11h no Cemitério da Lapa, na zona oeste de SP. O impacto da morte prematura e inesperada de Manu foi ainda maior pelo fato de ela ser saudável e ter como único registro de doença uma gripe insistente, o que levou os pais a procurar a pediatra. O exame deu negativo para H1N1. Era uma gripe comum, nada letal em comparação ao surto que apavora tantos pais neste momento. Os fatores que encerraram a curtíssima temporada de Manu entre nós só serão conhecidos em alguns dias. Uma vida que se interrompe antes de ver cumpridas tantas esperanças e promessas. Como contar para a irmãzinha menor, a Isa? Elas eram inseparáveis. Ainda mais unidas na vaidade, sempre enfeitadas com colares e pulseiras que adoravam confeccionar com bugigangas que compravam em divertidas andanças com a avó na rua 25 de Março. O que falar para os coleguinhas de escola de Manu no Colégio Vera Cruz que pediam permissão para ir ao velório se despedir da amiga? Todos, crianças e adultos, vamos demorar a entender um luto ainda mais definitivo quando me recordo de Manu correndo pela pracinha no Alto de Pinheiros, onde fizemos um piquenique há algumas semanas. Uma alegria eternizada por um gosto de despedida que nenhum de nós naquela manhã de domingo poderia imaginar estar tão próxima. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
6
Terrorista de Nice fez buscas sobre ataque à boate Pulse e defendeu o EI
O homem que matou 84 pessoas jogando um caminhão contra uma multidão em Nice, na semana passada, planejou o ataque com antecedência e buscou informações na internet sobre o atentado contra a boate gay Pulse, em Orlando. "Se não há elementos na investigação que sugerem, neste momento, uma submissão ao Estado Islâmico ou vínculos com indivíduos do grupo, ele [Mohamed Lahouaiej Bouhlel] demonstrou certo interesse recente em movimentos extremistas islâmicos", disse o promotor François Moulin, que acompanha investigações terroristas. Moulin descreveu uma radicalização rápida do homem, que no passado não era religioso. Esse movimento acelerado já havia sido mencionado, no sábado (16), pelo ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve. O terrorista disse a pessoas próximas que tinha deixado a barba crescer por motivos religiosos e que não conseguia entender como o Estado Islâmico (EI) não podia ter seu próprio território, relatou a promotoria nesta segunda. Uma varredura no computador e no telefone de Bouhlel identificou buscas na internet relacionadas ao EI, outros grupos extremistas e imagens violentas. Moulin contou, ainda, que Bouhlel tentou levantar dinheiro nos dias que antecederam o ataque por meio de um empréstimo bancário (negado), retirada de dinheiro e a venda de seu carro. Ele, então, pagou cerca de US$ 1.700, em 4 de julho, para alugar o caminhão usado no ataque. E, nos dias que antecederam o atropelamento da massa, Bouhlel ensaiou o caminho pelo menos duas vezes, segundo identificado por câmeras de segurança. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, mas autoridades francesas ainda investigam qual a proximidade de Bouhlel com a facção terrorista.
mundo
Terrorista de Nice fez buscas sobre ataque à boate Pulse e defendeu o EIO homem que matou 84 pessoas jogando um caminhão contra uma multidão em Nice, na semana passada, planejou o ataque com antecedência e buscou informações na internet sobre o atentado contra a boate gay Pulse, em Orlando. "Se não há elementos na investigação que sugerem, neste momento, uma submissão ao Estado Islâmico ou vínculos com indivíduos do grupo, ele [Mohamed Lahouaiej Bouhlel] demonstrou certo interesse recente em movimentos extremistas islâmicos", disse o promotor François Moulin, que acompanha investigações terroristas. Moulin descreveu uma radicalização rápida do homem, que no passado não era religioso. Esse movimento acelerado já havia sido mencionado, no sábado (16), pelo ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve. O terrorista disse a pessoas próximas que tinha deixado a barba crescer por motivos religiosos e que não conseguia entender como o Estado Islâmico (EI) não podia ter seu próprio território, relatou a promotoria nesta segunda. Uma varredura no computador e no telefone de Bouhlel identificou buscas na internet relacionadas ao EI, outros grupos extremistas e imagens violentas. Moulin contou, ainda, que Bouhlel tentou levantar dinheiro nos dias que antecederam o ataque por meio de um empréstimo bancário (negado), retirada de dinheiro e a venda de seu carro. Ele, então, pagou cerca de US$ 1.700, em 4 de julho, para alugar o caminhão usado no ataque. E, nos dias que antecederam o atropelamento da massa, Bouhlel ensaiou o caminho pelo menos duas vezes, segundo identificado por câmeras de segurança. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, mas autoridades francesas ainda investigam qual a proximidade de Bouhlel com a facção terrorista.
3
Pai e madrasta de Bernardo vão ser ouvidos na Justiça pela primeira vez
Principais suspeitos pela morte do menino Bernardo Boldrini –assassinado em abril de 2014 no interior do Rio Grande do Sul, aos 11 anos–, o médico Leandro Boldrini (pai do garoto) e a enfermeira Graciele Ugulini (madrasta dele) serão ouvidos por um juiz pela primeira vez nesta quarta-feira (27). Também prestarão depoimentos no Fórum de Três Passos (a 389 km de Porto Alegre) a amiga da madrasta Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz –outros suspeitos pelo crime. Bernardo foi encontrado enterrado num terreno na cidade vizinha de Frederico Westphalen. Os quatro suspeitos estão presos. Os interrogatórios, com a presença da imprensa, vão ocorrer em meio a críticas das defesas dos suspeitos. O advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, alega que, ao permitir o cadastramento de jornalistas, o juiz Marcos Luís Agostini incentiva a "espetacularização" do interrogatório. Segundo a Justiça, na última semana, a defesa de Graciele ainda solicitou o afastamento do juiz. O pedido, que foi negado, alegava que a madrasta estava "desprestigiada pelo magistrado na condução do processo" e também que existe "tratamento diferenciado entre as partes, com privilégio à acusação em detrimento da defesa". Já a defesa de Leandro Boldrini solicitou que o interrogatório fosse adiado, mas o pedido também foi negado. Os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Vares alegam que o pai de Bernardo sofreu constrangimento. Segundo eles, isso ocorreu porque o resultado da perícia no receituário médico (usado por Edelvânia Wirganowicz para comprar o medicamento Midazolam, encontrado no corpo de Bernardo) foi inconclusivo quanto à autoria da assinatura atribuída ao médico. NOVA INVESTIGAÇÃO Segundo a polícia, a mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, se suicidou em fevereiro de 2010. Depois da divulgação do vídeo do celular de Leandro Boldrini, que foi recuperado pela perícia e apresentado na audiência de 26 de agosto de 2014, o advogado da avó pediu reabertura do caso. A Justiça atendeu o pedido neste mês. Na gravação, Graciele diz a Bernardo que ele "vai ter o mesmo fim da mãe". Para Marlon Taborda, advogado da avó, a afirmação é uma "confissão" e desmonta a versão de suicídio. Além disso, uma perícia divulgada por Taborda aponta que a carta de suicídio não foi escrita pela mãe do garoto, mas pela secretária do médico, Andressa Wagner. Edelvânia admitiu à polícia que ajudou a ocultar o corpo de Bernardo após sofrer "pressão psicológica" de Graciele. A madrasta diz que a morte foi um acidente por causa da aplicação de um calmante no garoto. Evandro nega ter ajudado a cavar o buraco onde Bernardo foi enterrado e Leandro nega ser o mentor do crime.
cotidiano
Pai e madrasta de Bernardo vão ser ouvidos na Justiça pela primeira vezPrincipais suspeitos pela morte do menino Bernardo Boldrini –assassinado em abril de 2014 no interior do Rio Grande do Sul, aos 11 anos–, o médico Leandro Boldrini (pai do garoto) e a enfermeira Graciele Ugulini (madrasta dele) serão ouvidos por um juiz pela primeira vez nesta quarta-feira (27). Também prestarão depoimentos no Fórum de Três Passos (a 389 km de Porto Alegre) a amiga da madrasta Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz –outros suspeitos pelo crime. Bernardo foi encontrado enterrado num terreno na cidade vizinha de Frederico Westphalen. Os quatro suspeitos estão presos. Os interrogatórios, com a presença da imprensa, vão ocorrer em meio a críticas das defesas dos suspeitos. O advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, alega que, ao permitir o cadastramento de jornalistas, o juiz Marcos Luís Agostini incentiva a "espetacularização" do interrogatório. Segundo a Justiça, na última semana, a defesa de Graciele ainda solicitou o afastamento do juiz. O pedido, que foi negado, alegava que a madrasta estava "desprestigiada pelo magistrado na condução do processo" e também que existe "tratamento diferenciado entre as partes, com privilégio à acusação em detrimento da defesa". Já a defesa de Leandro Boldrini solicitou que o interrogatório fosse adiado, mas o pedido também foi negado. Os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Vares alegam que o pai de Bernardo sofreu constrangimento. Segundo eles, isso ocorreu porque o resultado da perícia no receituário médico (usado por Edelvânia Wirganowicz para comprar o medicamento Midazolam, encontrado no corpo de Bernardo) foi inconclusivo quanto à autoria da assinatura atribuída ao médico. NOVA INVESTIGAÇÃO Segundo a polícia, a mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, se suicidou em fevereiro de 2010. Depois da divulgação do vídeo do celular de Leandro Boldrini, que foi recuperado pela perícia e apresentado na audiência de 26 de agosto de 2014, o advogado da avó pediu reabertura do caso. A Justiça atendeu o pedido neste mês. Na gravação, Graciele diz a Bernardo que ele "vai ter o mesmo fim da mãe". Para Marlon Taborda, advogado da avó, a afirmação é uma "confissão" e desmonta a versão de suicídio. Além disso, uma perícia divulgada por Taborda aponta que a carta de suicídio não foi escrita pela mãe do garoto, mas pela secretária do médico, Andressa Wagner. Edelvânia admitiu à polícia que ajudou a ocultar o corpo de Bernardo após sofrer "pressão psicológica" de Graciele. A madrasta diz que a morte foi um acidente por causa da aplicação de um calmante no garoto. Evandro nega ter ajudado a cavar o buraco onde Bernardo foi enterrado e Leandro nega ser o mentor do crime.
6
Agência de classificação de risco reduz Eletrobras a grau especulativo
Depois de rebaixar a Petrobras, em fevereiro, a agência de classificação de risco Moody's puniu nesta quinta-feira (21) mais uma estatal brasileira, ao retirar da Eletrobras o chamado grau de investimento, espécie de atestado de que a empresa é boa pagadora de suas dívidas. A Eletrobras passou a figurar entre as empresas com grau especulativo, mesma situação em que se encontra a Petrobras no termômetro da Moody's. Na prática, a Eletrobras passa a ter mais dificuldade para conseguir financiamento, pois investidores tenderão a cobrar mais para emprestar dinheiro a ela. A Moody's reduziu a nota em moeda estrangeira da empresa de Baa3 para Ba1 e também colocou o rating sob revisão para um possível novo rebaixamento. Ao justificar o rebaixamento, a Moody's informou que as métricas de crédito da Eletrobras não eram condizentes com o grau de investimento, mesmo após a melhora financeira registrada no primeiro trimestre. Durante o período de revisão do rating, a Moody's irá avaliar a capacidade da Eletrobras de melhorar ainda mais as margens operacionais, assegurar o financiamento de longo prazo para a maioria de seus projetos de energia e melhorar a sua posição de liquidez, disse a agência em comunicado. A Eletrobras mantém o grau de investimento na Standard & Poor's. Na Fitch, está na categoria especulativa.
mercado
Agência de classificação de risco reduz Eletrobras a grau especulativoDepois de rebaixar a Petrobras, em fevereiro, a agência de classificação de risco Moody's puniu nesta quinta-feira (21) mais uma estatal brasileira, ao retirar da Eletrobras o chamado grau de investimento, espécie de atestado de que a empresa é boa pagadora de suas dívidas. A Eletrobras passou a figurar entre as empresas com grau especulativo, mesma situação em que se encontra a Petrobras no termômetro da Moody's. Na prática, a Eletrobras passa a ter mais dificuldade para conseguir financiamento, pois investidores tenderão a cobrar mais para emprestar dinheiro a ela. A Moody's reduziu a nota em moeda estrangeira da empresa de Baa3 para Ba1 e também colocou o rating sob revisão para um possível novo rebaixamento. Ao justificar o rebaixamento, a Moody's informou que as métricas de crédito da Eletrobras não eram condizentes com o grau de investimento, mesmo após a melhora financeira registrada no primeiro trimestre. Durante o período de revisão do rating, a Moody's irá avaliar a capacidade da Eletrobras de melhorar ainda mais as margens operacionais, assegurar o financiamento de longo prazo para a maioria de seus projetos de energia e melhorar a sua posição de liquidez, disse a agência em comunicado. A Eletrobras mantém o grau de investimento na Standard & Poor's. Na Fitch, está na categoria especulativa.
2
Rodovia Ayrton Senna registra 17 km de lentidão no sentido São Paulo
A rodovia Ayrton Senna registra 17 km de lentidão no sentido São Paulo na manhã desta segunda-feira (12). As filas estão concentradas do km 28 ao km 11 da via que segue para a capital, enquanto o tráfego no sentido interior não registra problemas. De acordo com a concessionária que administra a via, o congestionamento é causado pelo excesso de veículos. O problema se estende desde o início da marginal Tietê, no acesso ao viaduto Aricanduva. O problema ocorre após um acidente grave interditar um dos sentidos do viaduto desde o início da manhã. Com o problema, o acesso à via pela marginal Tietê ficou parado e provoca reflexos na rodovia. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a cidade de São Paulo registrava 40 km de lentidão às 10h50. O número é equivalente a 4,6% dos 868 km monitorados pela companhia.
cotidiano
Rodovia Ayrton Senna registra 17 km de lentidão no sentido São PauloA rodovia Ayrton Senna registra 17 km de lentidão no sentido São Paulo na manhã desta segunda-feira (12). As filas estão concentradas do km 28 ao km 11 da via que segue para a capital, enquanto o tráfego no sentido interior não registra problemas. De acordo com a concessionária que administra a via, o congestionamento é causado pelo excesso de veículos. O problema se estende desde o início da marginal Tietê, no acesso ao viaduto Aricanduva. O problema ocorre após um acidente grave interditar um dos sentidos do viaduto desde o início da manhã. Com o problema, o acesso à via pela marginal Tietê ficou parado e provoca reflexos na rodovia. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a cidade de São Paulo registrava 40 km de lentidão às 10h50. O número é equivalente a 4,6% dos 868 km monitorados pela companhia.
6
Papa diz não haver 'razões religiosas' que justifiquem os ataques
O papa Francisco condenou os ataques em Paris durante uma entrevista de rádio, neste sábado (14), e disse não haver razões religiosas e humanas para justificar o que aconteceu. O pontífice disse ainda estar comovido e entristecido. "Não posso entender. Essas coisas são muito difíceis de entender. Foram seres humanos que fizeram isso." Paris amanheceu abalada após os ataques coordenados em diversos pontos da cidade que mataram, de acordo com números oficiais, 127 pessoas. Foi o pior ataque terrorista da história da capital francesa. O grupo extremista islâmico Estado Islâmico (EI) alega ter sido o responsável pelos ataques na cidade em um comunicado, divulgado na manhã deste sábado (14). O EI afirmou que os ataques foram perpetrados para mostrar à França que será um alvo preferencial enquanto "continuar com suas políticas" e que "são uma resposta aos insultos ao profeta do Islã e aos ataques aéreos" no território reivindicado pelo grupo. Leia mais aqui
tv
Papa diz não haver 'razões religiosas' que justifiquem os ataquesO papa Francisco condenou os ataques em Paris durante uma entrevista de rádio, neste sábado (14), e disse não haver razões religiosas e humanas para justificar o que aconteceu. O pontífice disse ainda estar comovido e entristecido. "Não posso entender. Essas coisas são muito difíceis de entender. Foram seres humanos que fizeram isso." Paris amanheceu abalada após os ataques coordenados em diversos pontos da cidade que mataram, de acordo com números oficiais, 127 pessoas. Foi o pior ataque terrorista da história da capital francesa. O grupo extremista islâmico Estado Islâmico (EI) alega ter sido o responsável pelos ataques na cidade em um comunicado, divulgado na manhã deste sábado (14). O EI afirmou que os ataques foram perpetrados para mostrar à França que será um alvo preferencial enquanto "continuar com suas políticas" e que "são uma resposta aos insultos ao profeta do Islã e aos ataques aéreos" no território reivindicado pelo grupo. Leia mais aqui
12
Governo distribui cargos de segundo escalão a leigos e partidos
Um turismólogo vai comandar a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) na Bahia. Um corretor de imóveis irá gerir a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) na Paraíba. Um engenheiro sem experiência no setor portuário assumiu a Companhia Docas no Rio Grande do Norte. Sem especialização, apadrinhados de congressistas estão sendo abrigados em cargos estratégicos do governo. O sentido é o mesmo da recente reforma ministerial, que ampliou o espaço do PMDB na esplanada: pacificar a base da presidente Dilma Rousseff, concluir o ajuste fiscal e afastar o risco de impeachment. Alguns casos motivaram protestos. Como o do novo superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na Bahia, Fernando Ornelas, que por indicação do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), substitui Carlos Amorim, com mais de 30 anos de experiência. O Instituto dos Arquitetos do Brasil repudiou a nomeação de um gestor "sem qualquer experiência ou qualificação na área de preservação do patrimônio cultural", indicado "exclusivamente por questões político-partidárias". Na Paraíba, o corretor de imóveis Paulo Barreto virou superintendente da CBTU por indicação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Barreto foi gestor da autarquia do governo da Paraíba que fiscaliza jogos de azar e assessor no ministério das Cidades. A diretoria da Funasa na Bahia será chefiada pelo ex-presidente da Embratur Vicente Neto, turismólogo por formação, sem experiência na saúde. Atende a um pleito do PC do B, numa indicação da deputada Alice Portugal (BA). A distribuição de cargos também envolveu parentes. No Rio Grande do Norte, o novo diretor financeiro da Companhia Docas é Emiliano Rosado, indicado pelo primo deputado, Beto Rosado (PP-RN). Engenheiro civil, Emiliano trabalhou em empreiteiras, mas não possui experiência no setor portuário. DESFAXINA A onda de nomeações também alcança cargos que foram palco da chamada faxina feita por Dilma em seu primeiro mandato, quando demitiu vários por suspeita de corrupção. Nesses casos, foram contemplados PTB, PP, PR, PSD e PRB, siglas que, em outubro, ajudaram a esvaziar a sessão do Congresso de análise de vetos presidenciais, impondo derrota ao governo. Para a diretoria de administração e finanças do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), por exemplo, a presidente nomeou Fernando Fortes Melro Filho, indicação da bancada do PR de Alagoas na Câmara. Responsável pela malha viária, o Dnit passou por uma devassa em 2011, que derrubou vários servidores, como o diretor-geral, Luiz Pagot (indicado pelo PR), e teve como desfecho a saída do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, também do PR. Na diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento, o governo acomodou Igo Nascimento, do PSD-TO. Em 2011, Dilma ordenou uma faxina na empresa, vinculada à Agricultura, após denúncia de que Oscar Jucá Neto, então diretor da Conab, teria liberado pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa. Irmão do senador Romero Jucá (PMDB-RR), Oscar saiu dizendo que havia um esquema de corrupção na pasta, o que foi refutado pelo então ministro Wagner Rossi. Alvo também de denúncia no primeiro mandato, a Casa da Moeda foi entregue à bancada do PTB, que indicou o presidente Mauricio Luz. Em 2012, o então chefe da empresa, Luiz Felipe Denucci, também indicado pelo PTB, foi demitido por suspeita de recebimento de propina. Dilma entregou ainda a Superintendência da Zona Franca de Manaus ao PP. E a Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo para nome indicado pelo PRB. Os dois órgãos foram palco de crises no início do primeiro mandato, sempre por conta de denúncias. Desde a faxina, esses cargos vinham sendo ocupados por servidores de carreira. DESCOLAMENTOS - Para atender congressistas, cargos estratégicos são preenchidos com nomes sem a especialização 'DESFAXINA' - Para acomodar partidos, Dilma entregou cargos que foram alvos de denúncias no primeiro mandato OUTRO LADO Os deputados que fizeram indicações de nomes não especializados para cargos destacam a "experiência" de seus apadrinhados. José Carlos Araújo (PSD-BA) disse que sua indicação ao Iphan foi condizente e que Fernando Ornelas, oriundo da área de telecomunicações, é "um estudioso" que se adaptará a nova função. "Todo mundo tem que começar uma hora em determinada função", diz. "E a questão do patrimônio [histórico] é fazer reforma, não há dificuldade em se adaptar." Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) destaca a experiência do corretor Paulo Barreto, indicado à CBTU: "Ele ocupou cargos em diversas administrações e sairá bem no novo desafio." Alice Portugal (PC do B-BA) nega ter indicado o ex-presidente da Embratur à Funasa. Diz que a nomeação é do partido. Mas defende o nome: "É um gestor experimentado, que foi nomeado para um cargo de salário pequenininho. Não entendo o porquê deste interesse desmedido." A Folha não conseguiu localizar Beto Rosado (PP-RN).
poder
Governo distribui cargos de segundo escalão a leigos e partidosUm turismólogo vai comandar a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) na Bahia. Um corretor de imóveis irá gerir a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) na Paraíba. Um engenheiro sem experiência no setor portuário assumiu a Companhia Docas no Rio Grande do Norte. Sem especialização, apadrinhados de congressistas estão sendo abrigados em cargos estratégicos do governo. O sentido é o mesmo da recente reforma ministerial, que ampliou o espaço do PMDB na esplanada: pacificar a base da presidente Dilma Rousseff, concluir o ajuste fiscal e afastar o risco de impeachment. Alguns casos motivaram protestos. Como o do novo superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na Bahia, Fernando Ornelas, que por indicação do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), substitui Carlos Amorim, com mais de 30 anos de experiência. O Instituto dos Arquitetos do Brasil repudiou a nomeação de um gestor "sem qualquer experiência ou qualificação na área de preservação do patrimônio cultural", indicado "exclusivamente por questões político-partidárias". Na Paraíba, o corretor de imóveis Paulo Barreto virou superintendente da CBTU por indicação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Barreto foi gestor da autarquia do governo da Paraíba que fiscaliza jogos de azar e assessor no ministério das Cidades. A diretoria da Funasa na Bahia será chefiada pelo ex-presidente da Embratur Vicente Neto, turismólogo por formação, sem experiência na saúde. Atende a um pleito do PC do B, numa indicação da deputada Alice Portugal (BA). A distribuição de cargos também envolveu parentes. No Rio Grande do Norte, o novo diretor financeiro da Companhia Docas é Emiliano Rosado, indicado pelo primo deputado, Beto Rosado (PP-RN). Engenheiro civil, Emiliano trabalhou em empreiteiras, mas não possui experiência no setor portuário. DESFAXINA A onda de nomeações também alcança cargos que foram palco da chamada faxina feita por Dilma em seu primeiro mandato, quando demitiu vários por suspeita de corrupção. Nesses casos, foram contemplados PTB, PP, PR, PSD e PRB, siglas que, em outubro, ajudaram a esvaziar a sessão do Congresso de análise de vetos presidenciais, impondo derrota ao governo. Para a diretoria de administração e finanças do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), por exemplo, a presidente nomeou Fernando Fortes Melro Filho, indicação da bancada do PR de Alagoas na Câmara. Responsável pela malha viária, o Dnit passou por uma devassa em 2011, que derrubou vários servidores, como o diretor-geral, Luiz Pagot (indicado pelo PR), e teve como desfecho a saída do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, também do PR. Na diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento, o governo acomodou Igo Nascimento, do PSD-TO. Em 2011, Dilma ordenou uma faxina na empresa, vinculada à Agricultura, após denúncia de que Oscar Jucá Neto, então diretor da Conab, teria liberado pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa. Irmão do senador Romero Jucá (PMDB-RR), Oscar saiu dizendo que havia um esquema de corrupção na pasta, o que foi refutado pelo então ministro Wagner Rossi. Alvo também de denúncia no primeiro mandato, a Casa da Moeda foi entregue à bancada do PTB, que indicou o presidente Mauricio Luz. Em 2012, o então chefe da empresa, Luiz Felipe Denucci, também indicado pelo PTB, foi demitido por suspeita de recebimento de propina. Dilma entregou ainda a Superintendência da Zona Franca de Manaus ao PP. E a Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo para nome indicado pelo PRB. Os dois órgãos foram palco de crises no início do primeiro mandato, sempre por conta de denúncias. Desde a faxina, esses cargos vinham sendo ocupados por servidores de carreira. DESCOLAMENTOS - Para atender congressistas, cargos estratégicos são preenchidos com nomes sem a especialização 'DESFAXINA' - Para acomodar partidos, Dilma entregou cargos que foram alvos de denúncias no primeiro mandato OUTRO LADO Os deputados que fizeram indicações de nomes não especializados para cargos destacam a "experiência" de seus apadrinhados. José Carlos Araújo (PSD-BA) disse que sua indicação ao Iphan foi condizente e que Fernando Ornelas, oriundo da área de telecomunicações, é "um estudioso" que se adaptará a nova função. "Todo mundo tem que começar uma hora em determinada função", diz. "E a questão do patrimônio [histórico] é fazer reforma, não há dificuldade em se adaptar." Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) destaca a experiência do corretor Paulo Barreto, indicado à CBTU: "Ele ocupou cargos em diversas administrações e sairá bem no novo desafio." Alice Portugal (PC do B-BA) nega ter indicado o ex-presidente da Embratur à Funasa. Diz que a nomeação é do partido. Mas defende o nome: "É um gestor experimentado, que foi nomeado para um cargo de salário pequenininho. Não entendo o porquê deste interesse desmedido." A Folha não conseguiu localizar Beto Rosado (PP-RN).
0
França terá de mudar combate ao terror após ataques em Paris
A França terá que mudar de estratégia no combate ao terrorismo. Essa é a avaliação de Fréderic Gallois, ex-chefe do GIGN (grupo de operações especiais da policia francesa), em entrevista à Folha. A avaliação é compartilhada por políticos da oposição ao governo francês, como o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy e a líder da Frente Nacional, sigla de extrema direita, Marine Le Pen. "O modo de operação dos terroristas já era conhecido. Sabíamos como eles iriam agir, mas o que era o fator surpresa era a data exata e o local desses ataques. Por isso, daqui para a frente, devemos adotar uma estratégia abrangente que inclua não apenas as forças do governo, mas também as empresas privadas de segurança e a sociedade civil", afirma Gallois. O especialista diz que, se agentes de segurança pudessem portar armas, poderiam arcar com a vigilância de prédios e deixar polícia e Exército livres para ações antiterror. Quanto à sociedade civil, o analista disse que é preciso agir "com tato", mas sem "fechar os olhos para o fato de que a ameaça terrorista está ligada a movimentos extremistas islâmicos", enfatizou. "Claro que sabemos que 99% da comunidade muçulmana não tem nada a ver com o terrorismo. No entanto, é notório que esses terroristas são oriundos da comunidade muçulmana. É preciso que a população como um todo fique vigilante", disse. Em discurso na TV, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy falou em "guerra total" contra o terrorismo. "Nossa política externa tem que considerar que estamos em guerra. Nossa política de segurança interna também necessita de mudanças importantes para que a segurança dos franceses seja garantida", avaliou Sarkozy. Já Le Pen disse ser "indispensável que a França retome o controle das suas fronteiras definitivamente". RISCO NAS FRONTEIRAS O estado de emergência decretado no país na sexta-feira pelo presidente François Hollande inclui poderes especiais para que a policia faça ações de busca e apreensão e detenha suspeitos. "Isso vai facilitar as investigações dos ataques e a prevenção de novos atentados. Mas, como o estado de urgência não pode ser mantido indefinidamente, é preciso pensar em de assegurar juridicamente a manutenção desse dispositivo", diz Gallois. Outro ponto de fragilidade da política francesa antiterror é a questão das fronteiras. Na sexta (13), antes dos atentados, o governo estabelecera um controle nas fronteiras do país, com o objetivo de reforçar a segurança antes do início da COP 21, cúpula mundial sobre o clima que começa no dia 30 de novembro. Após os atentados, Hollande chegou a falar em "fechamento das fronteiras", mas comunicado do Eliseu retificou as palavras do presidente e falou em "controle das fronteiras". "Essa talvez tenha sido a principal falha. Esse reforço já deveria ter sido adotado desde os atentados de janeiro", pondera Gallois.
mundo
França terá de mudar combate ao terror após ataques em ParisA França terá que mudar de estratégia no combate ao terrorismo. Essa é a avaliação de Fréderic Gallois, ex-chefe do GIGN (grupo de operações especiais da policia francesa), em entrevista à Folha. A avaliação é compartilhada por políticos da oposição ao governo francês, como o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy e a líder da Frente Nacional, sigla de extrema direita, Marine Le Pen. "O modo de operação dos terroristas já era conhecido. Sabíamos como eles iriam agir, mas o que era o fator surpresa era a data exata e o local desses ataques. Por isso, daqui para a frente, devemos adotar uma estratégia abrangente que inclua não apenas as forças do governo, mas também as empresas privadas de segurança e a sociedade civil", afirma Gallois. O especialista diz que, se agentes de segurança pudessem portar armas, poderiam arcar com a vigilância de prédios e deixar polícia e Exército livres para ações antiterror. Quanto à sociedade civil, o analista disse que é preciso agir "com tato", mas sem "fechar os olhos para o fato de que a ameaça terrorista está ligada a movimentos extremistas islâmicos", enfatizou. "Claro que sabemos que 99% da comunidade muçulmana não tem nada a ver com o terrorismo. No entanto, é notório que esses terroristas são oriundos da comunidade muçulmana. É preciso que a população como um todo fique vigilante", disse. Em discurso na TV, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy falou em "guerra total" contra o terrorismo. "Nossa política externa tem que considerar que estamos em guerra. Nossa política de segurança interna também necessita de mudanças importantes para que a segurança dos franceses seja garantida", avaliou Sarkozy. Já Le Pen disse ser "indispensável que a França retome o controle das suas fronteiras definitivamente". RISCO NAS FRONTEIRAS O estado de emergência decretado no país na sexta-feira pelo presidente François Hollande inclui poderes especiais para que a policia faça ações de busca e apreensão e detenha suspeitos. "Isso vai facilitar as investigações dos ataques e a prevenção de novos atentados. Mas, como o estado de urgência não pode ser mantido indefinidamente, é preciso pensar em de assegurar juridicamente a manutenção desse dispositivo", diz Gallois. Outro ponto de fragilidade da política francesa antiterror é a questão das fronteiras. Na sexta (13), antes dos atentados, o governo estabelecera um controle nas fronteiras do país, com o objetivo de reforçar a segurança antes do início da COP 21, cúpula mundial sobre o clima que começa no dia 30 de novembro. Após os atentados, Hollande chegou a falar em "fechamento das fronteiras", mas comunicado do Eliseu retificou as palavras do presidente e falou em "controle das fronteiras". "Essa talvez tenha sido a principal falha. Esse reforço já deveria ter sido adotado desde os atentados de janeiro", pondera Gallois.
3
Meninas rappers atraem atenção com músicas sobre racismo e igualdade
Quando era mais nova, Soffia Correa, 11, achava que tinha a pele escura porque havia caído em um balde de tinta marrom. Pelo menos era isso que as colegas da escola falavam. Agora, ela sabe que não é nada disso. E foi a música que a ajudou a enxergar isso. Hoje, ela é conhecida pelo apelido MC Soffia. Leia mais aqui
tv
Meninas rappers atraem atenção com músicas sobre racismo e igualdadeQuando era mais nova, Soffia Correa, 11, achava que tinha a pele escura porque havia caído em um balde de tinta marrom. Pelo menos era isso que as colegas da escola falavam. Agora, ela sabe que não é nada disso. E foi a música que a ajudou a enxergar isso. Hoje, ela é conhecida pelo apelido MC Soffia. Leia mais aqui
12
Febre amarela mata mais macacos e já atinge espécies em extinção
O surto de febre amarela que já infectou pelo menos 101 pessoas no país até sexta (27) atinge também centenas de macacos, inclusive espécies ameaçadas de extinção. Desde dezembro do ano passado, foram notificadas ao Ministério da Saúde mortes de 796 primatas em 276 epizootias –o nome designa doenças que atacam os animais. O registro de cada epizootia pode se referir a mais de um indivíduo. Das 276 ocorridas, 92 tiveram confirmação de febre amarela como causa, a maior parte em Minas Gerais (68), e o restante no Espírito Santo (17) e São Paulo (7). O número é quase o dobro do registrado em todo o período de julho de 2014 a dezembro de 2016, quando ocorreram 49 epizootias pelo vírus. A situação real, porém, é bem mais grave do que a descrita nos registros oficiais, diz Sérgio Lucena, pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo que atua na identificação de primatas mortos no surto. Ele estima as mortes em milhares. Segundo ele, em geral os óbitos notificados são apenas aqueles de macacos achados na parte mais periférica das matas. Os animais que morrem nas áreas internas não costumam ser encontrados e se decompõem naturalmente. Além disso, muitos corpos são localizados sem condições para o exame de detecção do vírus. "A situação é muito alarmante. Trabalho há mais de 30 anos com isso e nunca imaginei que viveríamos algo parecido", afirma. A maioria dos cadáveres achados até agora no Espírito Santo é de bugios, mas também foram encontrados sauás. As duas espécies estão na lista de animais ameaçados de extinção. Segundo Lucena, estão em investigação mortes causadas pela febre entre saguis-da-serra, macacos-prego e muriquis. DINÂMICA DO VÍRUS Os macacos costumam ser os primeiros a ser infectados pelo vírus da febre amarela e, por isso, são chamado de animais-sentinela. Ou seja: alertam para a circulação do vírus em uma área. Por isso, quando começa a morrer uma quantidade anormal de macacos, órgãos de saúde são alertados para intensificar a vacinação. Em épocas de surto, outra ameaça a esses primatas é a desinformação. Em 2008 e 2009, macacos foram mortos em Goiás e Rio Grande do Sul por moradores que consideravam, equivocadamente, que os animais passavam a doença. Os únicos vetores da doença, porém, são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Para evitar novos casos, o governo do Espírito Santo e autoridades gaúchas divulgaram alertas para esclarecer como ocorre a transmissão. A decisão no Rio Grande do Sul foi tomada após a circulação de rumores sobre ataques, diz Soraya Ribeiro, da secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de Porto Alegre. "É crime ambiental", avisa. Entre as suspeitas de ataque está o caso de dois bugios achados em Nova Petrópolis (a 90 km de Porto Alegre) no último mês. Segundo o zoológico de Gramado (RS), que os acolheu, um tinha ferimentos provocados por arma de fogo e morreu. O outro está em tratamento. Para o veterinário Marcelo Cunha, os ferimentos são compatíveis com aqueles causados por objetos cortantes, como facão. MINISTÉRIO DA SAÚDE Em nota, o Ministério da Saúde informou ter enviado técnicos a São Paulo e Minas para auxiliar na investigação de casos humanos e de animais. Disse ainda que está capacitando profissionais "para atuar na investigação eco epidemiológica de eventos suspeitos de febre amarela." - ENTENDA A FEBRE AMARELA O que é a febre amarela? Uma doença infecciosa transmitida pela picada de mosquitos infectados; não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Só existe um tipo? Existem dois: silvestre e urbano. O silvestre ocorre em áreas rurais e de mata por meio de um ciclo que envolve macacos e mosquitos como o Haemagogus e o Sabethes -o homem é um hospedeiro acidental. Já no urbano, que não é registrado desde 1942 no Brasil, o homem é o único hospedeiro e a transmissão ocorre pelo Aedes aegypti. Quais são os sintomas? Na fase inicial, o paciente tem febre, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, perda de apetite, náuseas e vômitos. Já nas formas graves, podem ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele), hemorragias e insuficiência renal. Esses três fatores, somados, podem levar à morte. Qual é o ciclo da doença? O período de incubação varia entre 3 e 6 dias, em média, e o vírus fica no corpo humano por no máximo 7 dias (os sintomas só aparecem de 1 a 2 dias depois). Como me prevenir? A vacina é a principal forma de prevenção e controle. O que pode ter feito com que casos da doença aumentassem? Entre os fatores está a época do ano: em geral, o período de dezembro a maio é o de maior risco de transmissão, tanto pelas chuvas quanto pela época de viagens. Um elemento que preocupa é a grande presença do Aedes aegypti no país, mosquito que pode transmitir o vírus caso ele volte à área urbana. A vacina é 100% eficiente? É segura? A eficácia chega a 90% e ela é bastante segura. Pode causar reações adversas, como qualquer medicamento, mas casos graves são raros. Dores no corpo, de cabeça e febre podem afetar entre 2% e 5% dos vacinados. Quem deve se vacinar? Pessoas que moram ou vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro das áreas de risco. Ela deve ser aplicada dez dias antes da viagem. Fontes: Ministério da Saúde e OMS (Organização Mundial da Saúde) -
cotidiano
Febre amarela mata mais macacos e já atinge espécies em extinçãoO surto de febre amarela que já infectou pelo menos 101 pessoas no país até sexta (27) atinge também centenas de macacos, inclusive espécies ameaçadas de extinção. Desde dezembro do ano passado, foram notificadas ao Ministério da Saúde mortes de 796 primatas em 276 epizootias –o nome designa doenças que atacam os animais. O registro de cada epizootia pode se referir a mais de um indivíduo. Das 276 ocorridas, 92 tiveram confirmação de febre amarela como causa, a maior parte em Minas Gerais (68), e o restante no Espírito Santo (17) e São Paulo (7). O número é quase o dobro do registrado em todo o período de julho de 2014 a dezembro de 2016, quando ocorreram 49 epizootias pelo vírus. A situação real, porém, é bem mais grave do que a descrita nos registros oficiais, diz Sérgio Lucena, pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo que atua na identificação de primatas mortos no surto. Ele estima as mortes em milhares. Segundo ele, em geral os óbitos notificados são apenas aqueles de macacos achados na parte mais periférica das matas. Os animais que morrem nas áreas internas não costumam ser encontrados e se decompõem naturalmente. Além disso, muitos corpos são localizados sem condições para o exame de detecção do vírus. "A situação é muito alarmante. Trabalho há mais de 30 anos com isso e nunca imaginei que viveríamos algo parecido", afirma. A maioria dos cadáveres achados até agora no Espírito Santo é de bugios, mas também foram encontrados sauás. As duas espécies estão na lista de animais ameaçados de extinção. Segundo Lucena, estão em investigação mortes causadas pela febre entre saguis-da-serra, macacos-prego e muriquis. DINÂMICA DO VÍRUS Os macacos costumam ser os primeiros a ser infectados pelo vírus da febre amarela e, por isso, são chamado de animais-sentinela. Ou seja: alertam para a circulação do vírus em uma área. Por isso, quando começa a morrer uma quantidade anormal de macacos, órgãos de saúde são alertados para intensificar a vacinação. Em épocas de surto, outra ameaça a esses primatas é a desinformação. Em 2008 e 2009, macacos foram mortos em Goiás e Rio Grande do Sul por moradores que consideravam, equivocadamente, que os animais passavam a doença. Os únicos vetores da doença, porém, são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Para evitar novos casos, o governo do Espírito Santo e autoridades gaúchas divulgaram alertas para esclarecer como ocorre a transmissão. A decisão no Rio Grande do Sul foi tomada após a circulação de rumores sobre ataques, diz Soraya Ribeiro, da secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de Porto Alegre. "É crime ambiental", avisa. Entre as suspeitas de ataque está o caso de dois bugios achados em Nova Petrópolis (a 90 km de Porto Alegre) no último mês. Segundo o zoológico de Gramado (RS), que os acolheu, um tinha ferimentos provocados por arma de fogo e morreu. O outro está em tratamento. Para o veterinário Marcelo Cunha, os ferimentos são compatíveis com aqueles causados por objetos cortantes, como facão. MINISTÉRIO DA SAÚDE Em nota, o Ministério da Saúde informou ter enviado técnicos a São Paulo e Minas para auxiliar na investigação de casos humanos e de animais. Disse ainda que está capacitando profissionais "para atuar na investigação eco epidemiológica de eventos suspeitos de febre amarela." - ENTENDA A FEBRE AMARELA O que é a febre amarela? Uma doença infecciosa transmitida pela picada de mosquitos infectados; não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Só existe um tipo? Existem dois: silvestre e urbano. O silvestre ocorre em áreas rurais e de mata por meio de um ciclo que envolve macacos e mosquitos como o Haemagogus e o Sabethes -o homem é um hospedeiro acidental. Já no urbano, que não é registrado desde 1942 no Brasil, o homem é o único hospedeiro e a transmissão ocorre pelo Aedes aegypti. Quais são os sintomas? Na fase inicial, o paciente tem febre, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, perda de apetite, náuseas e vômitos. Já nas formas graves, podem ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele), hemorragias e insuficiência renal. Esses três fatores, somados, podem levar à morte. Qual é o ciclo da doença? O período de incubação varia entre 3 e 6 dias, em média, e o vírus fica no corpo humano por no máximo 7 dias (os sintomas só aparecem de 1 a 2 dias depois). Como me prevenir? A vacina é a principal forma de prevenção e controle. O que pode ter feito com que casos da doença aumentassem? Entre os fatores está a época do ano: em geral, o período de dezembro a maio é o de maior risco de transmissão, tanto pelas chuvas quanto pela época de viagens. Um elemento que preocupa é a grande presença do Aedes aegypti no país, mosquito que pode transmitir o vírus caso ele volte à área urbana. A vacina é 100% eficiente? É segura? A eficácia chega a 90% e ela é bastante segura. Pode causar reações adversas, como qualquer medicamento, mas casos graves são raros. Dores no corpo, de cabeça e febre podem afetar entre 2% e 5% dos vacinados. Quem deve se vacinar? Pessoas que moram ou vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro das áreas de risco. Ela deve ser aplicada dez dias antes da viagem. Fontes: Ministério da Saúde e OMS (Organização Mundial da Saúde) -
6
Se Trump escolher a hostilidade, o sofrimento será do povo cubano
Enquanto em Cuba era celebrada a homenagem póstuma a Fidel Castro, à qual compareceram presidentes, líderes políticos e personalidades de todo o mundo para prestar um último tributo ao líder, uma chamada da CNN na Espanha advertia que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometia rever o curso das atuais relações de seu país com a vizinha ilha do Caribe e possivelmente reverter o processo de aproximação iniciado em 17 de dezembro de 2014 pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro. Como é sabido, as conversações iniciadas a partir daquela data levaram ao restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana, depois de quase 55 anos de uma ruptura definida nos dias mais decisivos da Guerra Fria. Nos meses posteriores, a conexão se intensificou com uma série de decretos presidenciais norte-americanos que propiciam o fortalecimento dessas relações recuperadas. Mas agora as reiteradas declarações de Trump sobre a política que ele pretende seguir com Cuba, mais veementes quando a morte de Fidel acaba de ocorrer, não permitem prever uma melhora na saúde dessas relações. Para começar, um retrocesso em relação ao estado atual das coisas seria uma repetição do mesmo erro de cálculo de político de pensar que uma postura de hostilidade norte-americana desestabilizaria o sistema cubano. Já se sabe que Cuba resistiu a tudo: desde as tensões da Guerra Fria até o ainda vigente embargo decretado pelos Estados Unidos em 1962. Anos mais tarde, ela sobreviveu à queda de seus principais arrimos econômicos e políticos, com a implosão do campo socialista na Europa e o desaparecimento da URSS, em 1991, que colocaram o país para lá da margem da penúria econômica. A situação daqueles anos de carências supremas tornou-se ainda mais dura e difícil de superar com o recrudescimento do velho instrumento do embargo, graças às leis Torricelli, de 1992, e Helms-Burton, de 1996, que conferiram caráter extraterritorial às sanções econômicas que o país já sofria. Mas o sistema cubano assimilou esses golpes, e a maior cota de sacrifício e sofrimento (que chegou a incluir a fome) foi vivida pela população cubana, as pessoas, os cidadãos a pé. Sem que essas condições externas tivessem mudado, perto do final da década de 1990 um período de recuperação começou para Cuba, e a vida se normalizou –uma normalidade tensa, é verdade, na qual continuam a existir carências–sem que mudassem essencialmente a estrutura política do país ou sua liderança, nem muito menos a política dos Estados Unidos em relação à ilha, que tornou-se inclusive mais agressiva sob os mandatos presidenciais de Bush Jr. Quando em 2008 Fidel se viu obrigado a afastar-se definitivamente do poder por razões de saúde, Raúl Castro empreendeu mudanças importantes que afetaram a estrutura social cubana. É possível que fora da ilha não se tenha a medida exata do que significaram essas transformações, mas entre elas mencionarei uma que modificou, e muito, a vida dos cidadãos cubanos: a possibilidade de viajar livremente, que antes não existia. Mas justamente quando há a maior distensão entre Cuba e Estados Unidos, Trump lança uma exigência: a ilha deve mudar seu sistema político ou ele vai rever a posição norte-americana em relação a ela. E o diz como se fosse um ultimato. Como Trump é obcecado com a questão dos imigrantes, talvez as decisões em relação à ilha que venha a implementar afetem, por exemplo, as condições de que desfrutam os migrantes cubanos. Talvez até procure revogar a Lei de Ajuste Cubano e a política de pés secos/pés molhados, que garante aos cidadãos da ilha que chegam aos Estados Unidos a residência quase imediata nesse país, um privilégio que vem facilitando a entrada de cubanos na América do Norte, permitindo sua inserção e, em grande medida, até mesmo o sucesso da comunidade cubano-americana. A possibilidade de um levantamento total ou parcial do embargo também entraria em um período de imobilidade, não obstante o fato de, na mais recente votação nas Nações Unidas sobre o pedido cubano de revogação do embargo, a delegação de Washington ter se abstido de apoiar sua própria política, pela primeira vez em várias décadas. Com uma decisão fundamentalista cada vez mais previsível, Trump não faria mais do que dar continuidade a uma política que o presidente Obama tentou desmontar por considerá-la historicamente fracassada. E Obama advertiu: se existe um caminho para fazer com que o sistema cubano mude, não é o mesmo que não levou a lugar nenhum. Ou que até contribuiu para a manutenção da estrutura política cubana, mesmo sob as condições econômicas mais difíceis. Chama a atenção, no mínimo, que, enquanto Trump lança suas exigências, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, tenha comparecido a Cuba, juntamente com dezenas de líderes de todos os cantos do mundo, em um gesto de proximidade com Havana. Essa convocatória universal maciça, somada à ausência de uma delegação oficial norte-americana, são sinais de reações políticas que podem ser lidas com facilidade e vistas como indícios do que pode acontecer no futuro. As relações entre os dois países voltarão à situação anterior? É possível que sim. Com Trump, ao que parece, tudo pode acontecer. Só que Cuba já viveu essa experiência, sua população já a sofreu, e seu sistema não mudou. O ultimato de Trump dificilmente terá o efeito procurado, enquanto uma continuidade da política iniciada por Obama poderia realizar alguma coisa. O mais triste é que um retorno à hostilidade seria sofrido sobretudo pelo povo cubano, que seria o grande perdedor devido aos efeitos de uma cegueira histórica continuada.
colunas
Se Trump escolher a hostilidade, o sofrimento será do povo cubanoEnquanto em Cuba era celebrada a homenagem póstuma a Fidel Castro, à qual compareceram presidentes, líderes políticos e personalidades de todo o mundo para prestar um último tributo ao líder, uma chamada da CNN na Espanha advertia que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometia rever o curso das atuais relações de seu país com a vizinha ilha do Caribe e possivelmente reverter o processo de aproximação iniciado em 17 de dezembro de 2014 pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro. Como é sabido, as conversações iniciadas a partir daquela data levaram ao restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana, depois de quase 55 anos de uma ruptura definida nos dias mais decisivos da Guerra Fria. Nos meses posteriores, a conexão se intensificou com uma série de decretos presidenciais norte-americanos que propiciam o fortalecimento dessas relações recuperadas. Mas agora as reiteradas declarações de Trump sobre a política que ele pretende seguir com Cuba, mais veementes quando a morte de Fidel acaba de ocorrer, não permitem prever uma melhora na saúde dessas relações. Para começar, um retrocesso em relação ao estado atual das coisas seria uma repetição do mesmo erro de cálculo de político de pensar que uma postura de hostilidade norte-americana desestabilizaria o sistema cubano. Já se sabe que Cuba resistiu a tudo: desde as tensões da Guerra Fria até o ainda vigente embargo decretado pelos Estados Unidos em 1962. Anos mais tarde, ela sobreviveu à queda de seus principais arrimos econômicos e políticos, com a implosão do campo socialista na Europa e o desaparecimento da URSS, em 1991, que colocaram o país para lá da margem da penúria econômica. A situação daqueles anos de carências supremas tornou-se ainda mais dura e difícil de superar com o recrudescimento do velho instrumento do embargo, graças às leis Torricelli, de 1992, e Helms-Burton, de 1996, que conferiram caráter extraterritorial às sanções econômicas que o país já sofria. Mas o sistema cubano assimilou esses golpes, e a maior cota de sacrifício e sofrimento (que chegou a incluir a fome) foi vivida pela população cubana, as pessoas, os cidadãos a pé. Sem que essas condições externas tivessem mudado, perto do final da década de 1990 um período de recuperação começou para Cuba, e a vida se normalizou –uma normalidade tensa, é verdade, na qual continuam a existir carências–sem que mudassem essencialmente a estrutura política do país ou sua liderança, nem muito menos a política dos Estados Unidos em relação à ilha, que tornou-se inclusive mais agressiva sob os mandatos presidenciais de Bush Jr. Quando em 2008 Fidel se viu obrigado a afastar-se definitivamente do poder por razões de saúde, Raúl Castro empreendeu mudanças importantes que afetaram a estrutura social cubana. É possível que fora da ilha não se tenha a medida exata do que significaram essas transformações, mas entre elas mencionarei uma que modificou, e muito, a vida dos cidadãos cubanos: a possibilidade de viajar livremente, que antes não existia. Mas justamente quando há a maior distensão entre Cuba e Estados Unidos, Trump lança uma exigência: a ilha deve mudar seu sistema político ou ele vai rever a posição norte-americana em relação a ela. E o diz como se fosse um ultimato. Como Trump é obcecado com a questão dos imigrantes, talvez as decisões em relação à ilha que venha a implementar afetem, por exemplo, as condições de que desfrutam os migrantes cubanos. Talvez até procure revogar a Lei de Ajuste Cubano e a política de pés secos/pés molhados, que garante aos cidadãos da ilha que chegam aos Estados Unidos a residência quase imediata nesse país, um privilégio que vem facilitando a entrada de cubanos na América do Norte, permitindo sua inserção e, em grande medida, até mesmo o sucesso da comunidade cubano-americana. A possibilidade de um levantamento total ou parcial do embargo também entraria em um período de imobilidade, não obstante o fato de, na mais recente votação nas Nações Unidas sobre o pedido cubano de revogação do embargo, a delegação de Washington ter se abstido de apoiar sua própria política, pela primeira vez em várias décadas. Com uma decisão fundamentalista cada vez mais previsível, Trump não faria mais do que dar continuidade a uma política que o presidente Obama tentou desmontar por considerá-la historicamente fracassada. E Obama advertiu: se existe um caminho para fazer com que o sistema cubano mude, não é o mesmo que não levou a lugar nenhum. Ou que até contribuiu para a manutenção da estrutura política cubana, mesmo sob as condições econômicas mais difíceis. Chama a atenção, no mínimo, que, enquanto Trump lança suas exigências, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, tenha comparecido a Cuba, juntamente com dezenas de líderes de todos os cantos do mundo, em um gesto de proximidade com Havana. Essa convocatória universal maciça, somada à ausência de uma delegação oficial norte-americana, são sinais de reações políticas que podem ser lidas com facilidade e vistas como indícios do que pode acontecer no futuro. As relações entre os dois países voltarão à situação anterior? É possível que sim. Com Trump, ao que parece, tudo pode acontecer. Só que Cuba já viveu essa experiência, sua população já a sofreu, e seu sistema não mudou. O ultimato de Trump dificilmente terá o efeito procurado, enquanto uma continuidade da política iniciada por Obama poderia realizar alguma coisa. O mais triste é que um retorno à hostilidade seria sofrido sobretudo pelo povo cubano, que seria o grande perdedor devido aos efeitos de uma cegueira histórica continuada.
10
Mega da Virada pode pagar R$ 200 mi; apostas começam nesta segunda
Começam nesta segunda-feira (31) as apostas para a Mega da Virada, que deve pagar cerca de R$ 200 milhões na véspera do Ano Novo, segundo a Caixa Econômica Federal. Como acontece anualmente, o sorteio, principal loteria da Caixa, será realizado a partir das 20h de 31 de dezembro. Se ninguém acertar os seis números sorteados, o prêmio será dividido entre os vencedores da quina e da quadra. As apostas podem ser feitas desta segunda até as 14h de 31 de dezembro. Até 25 de dezembro, as apostas são paralelas e é preciso solicitar nas casas lotéricas que a inscrição seja feita para a Mega da Virada. Depois do Natal, todas as apostas concorrerão automaticamente para o concurso. Os bilhetes custam R$ 3,50 e podem ser feitas em qualquer lotérica do país. A previsão do prêmio de R$ 200 milhões, contudo, pode não se confirmar, uma vez que o montante pode variar conforme o volume de arrecadação e a acumulação de concursos anteriores, entre outros fatores. O Procon do Rio de Janeiro chegou a autuar a Caixa Econômica Federal no ano passado por publicidade enganosa, por ter feito propaganda de que o prêmio seria de mais de R$ 280 milhões. O total, contudo, foi de R$ 246,5 milhões, dividido entre seis apostas vencedoras. RECORDE O maior prêmio da Mega-Sena da Virada foi o do concurso 1.665, sorteado em 2014, que pagou R$ 263.295.552,64 a quatro ganhadores; dois de São Paulo, um do Distrito Federal e um de Mato Grosso, que dividiram o valor do prêmio. Cada um recebeu R$ 65,8 milhões. A Mega-Sena da Virada é considerada a mais popular das loterias especiais da Caixa e teve sua primeira edição em 2009, quando dois ganhadores dividiram o prêmio de R$ 144,9 milhões.
cotidiano
Mega da Virada pode pagar R$ 200 mi; apostas começam nesta segundaComeçam nesta segunda-feira (31) as apostas para a Mega da Virada, que deve pagar cerca de R$ 200 milhões na véspera do Ano Novo, segundo a Caixa Econômica Federal. Como acontece anualmente, o sorteio, principal loteria da Caixa, será realizado a partir das 20h de 31 de dezembro. Se ninguém acertar os seis números sorteados, o prêmio será dividido entre os vencedores da quina e da quadra. As apostas podem ser feitas desta segunda até as 14h de 31 de dezembro. Até 25 de dezembro, as apostas são paralelas e é preciso solicitar nas casas lotéricas que a inscrição seja feita para a Mega da Virada. Depois do Natal, todas as apostas concorrerão automaticamente para o concurso. Os bilhetes custam R$ 3,50 e podem ser feitas em qualquer lotérica do país. A previsão do prêmio de R$ 200 milhões, contudo, pode não se confirmar, uma vez que o montante pode variar conforme o volume de arrecadação e a acumulação de concursos anteriores, entre outros fatores. O Procon do Rio de Janeiro chegou a autuar a Caixa Econômica Federal no ano passado por publicidade enganosa, por ter feito propaganda de que o prêmio seria de mais de R$ 280 milhões. O total, contudo, foi de R$ 246,5 milhões, dividido entre seis apostas vencedoras. RECORDE O maior prêmio da Mega-Sena da Virada foi o do concurso 1.665, sorteado em 2014, que pagou R$ 263.295.552,64 a quatro ganhadores; dois de São Paulo, um do Distrito Federal e um de Mato Grosso, que dividiram o valor do prêmio. Cada um recebeu R$ 65,8 milhões. A Mega-Sena da Virada é considerada a mais popular das loterias especiais da Caixa e teve sua primeira edição em 2009, quando dois ganhadores dividiram o prêmio de R$ 144,9 milhões.
6
Volta do feriado deve registrar trânsito pesado nas rodovias neste domingo
Depois de uma saída para o feriado do Dia do Trabalho movimentada, mas ainda abaixo da média de trânsito em comparação com outras datas do tipo, o motorista que saiu de São Paulo deve tentar pegar a estrada na manhã deste domingo (3) para evitar congestionamentos. O sistema Anchieta-Imigrantes, que leva às praias de Santos e Guarujá, tem previsão de movimento intenso a partir das 11h, o que deve se estender até as 24h. Já nas rodovias Castello Branco e Anhanguera, que fazem a ligação com o interior do Estado, o horário de pico começa mais cedo, às 10h, mas o trânsito deve se diluir antes também, até as 22h. As estradas litorâneas Mogi-Bertioga e Padre Manoel da Nóbrega, e a rodovia Tamoios, caminho para o litoral norte, devem ficar lotadas para o retorno dos paulistanos das 14h às 2h. Entre as estradas que ligam a capital paulista ao interior e a outros Estados, o sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto é o que tem a menor previsão de horário de pico, das 14h às 17h, somente. A CCR NovaDutra, concessionária que administra a rodovia Presidente Dutra, prevê maior movimento na porção paulista da estrada entre as 16h e as 20h. Já a Fernão Dias tem estimativa de trânsito mais pesado do meio-dia às 23h. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) calcula que cerca de 1,7 milhão de veículos deixaram a cidade de São Paulo em direção ao litoral e ao interior. previsão do tempo O domingo será de tempo ensolarado na cidade de São Paulo. A umidade relativa do ar fica baixa, especialmente à tarde, e as temperaturas, que começam baixas, sobem rápido ao longo do dia. Não há previsão de chuva.
cotidiano
Volta do feriado deve registrar trânsito pesado nas rodovias neste domingoDepois de uma saída para o feriado do Dia do Trabalho movimentada, mas ainda abaixo da média de trânsito em comparação com outras datas do tipo, o motorista que saiu de São Paulo deve tentar pegar a estrada na manhã deste domingo (3) para evitar congestionamentos. O sistema Anchieta-Imigrantes, que leva às praias de Santos e Guarujá, tem previsão de movimento intenso a partir das 11h, o que deve se estender até as 24h. Já nas rodovias Castello Branco e Anhanguera, que fazem a ligação com o interior do Estado, o horário de pico começa mais cedo, às 10h, mas o trânsito deve se diluir antes também, até as 22h. As estradas litorâneas Mogi-Bertioga e Padre Manoel da Nóbrega, e a rodovia Tamoios, caminho para o litoral norte, devem ficar lotadas para o retorno dos paulistanos das 14h às 2h. Entre as estradas que ligam a capital paulista ao interior e a outros Estados, o sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto é o que tem a menor previsão de horário de pico, das 14h às 17h, somente. A CCR NovaDutra, concessionária que administra a rodovia Presidente Dutra, prevê maior movimento na porção paulista da estrada entre as 16h e as 20h. Já a Fernão Dias tem estimativa de trânsito mais pesado do meio-dia às 23h. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) calcula que cerca de 1,7 milhão de veículos deixaram a cidade de São Paulo em direção ao litoral e ao interior. previsão do tempo O domingo será de tempo ensolarado na cidade de São Paulo. A umidade relativa do ar fica baixa, especialmente à tarde, e as temperaturas, que começam baixas, sobem rápido ao longo do dia. Não há previsão de chuva.
6
Assembleia Nacional sumirá em breve na Venezuela, diz Nicolás Maduro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (17) que a Assembleia Nacional, controlada desde janeiro pela oposição, desaparecerá em breve. "A Assembleia Nacional perdeu vigência política. É uma questão de tempo para que desapareça", afirmou Maduro a correspondentes estrangeiros, incluindo a Folha, no palácio de Miraflores. A declaração reforça versão veiculada pela mídia local de que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ, Suprema Corte) planeja dissolver a mesa diretora do Parlamento sob justificativa de suposto desacato a ordens do Judiciário. Caso se concretize, a decisão derrubaria o atual presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, um dos antichavistas mais proeminentes, e seus vices. Maduro citou como exemplo do que chama de irrelevância do Parlamento o fato de a oposição rejeitar seu decreto de estado de exceção e emergência econômica, que aumenta o poder dos militares na distribuição dos alimentos e eleva a intervenção estatal no setor privado. A medida foi rejeitada nesta terça pela maioria opositora do Legislativo, sob a justificativa de que o decreto evidencia as supostas pretensões ditatoriais do chavista. A Venezuela vive um pico de tensão política desde janeiro, quando a oposição tomou o controle da Assembleia Nacional. Desde então, os rivais de Maduro tentam destituí-lo. A principal iniciativa é o referendo revogatório do mandato do chavista. A oposição já entregou 1,8 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), nove vezes mais que o exigido na primeira etapa do processo. A consulta, porém, só será realizada se os rivais de Maduro conseguirem em uma segunda etapa o apoio de 20% do eleitorado, ou 3,9 milhões. Maduro disse não ter "obrigação de acatar o referendo" e voltou a acusar a oposição de ter inflado a lista com assinaturas falsas.
mundo
Assembleia Nacional sumirá em breve na Venezuela, diz Nicolás MaduroO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (17) que a Assembleia Nacional, controlada desde janeiro pela oposição, desaparecerá em breve. "A Assembleia Nacional perdeu vigência política. É uma questão de tempo para que desapareça", afirmou Maduro a correspondentes estrangeiros, incluindo a Folha, no palácio de Miraflores. A declaração reforça versão veiculada pela mídia local de que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ, Suprema Corte) planeja dissolver a mesa diretora do Parlamento sob justificativa de suposto desacato a ordens do Judiciário. Caso se concretize, a decisão derrubaria o atual presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, um dos antichavistas mais proeminentes, e seus vices. Maduro citou como exemplo do que chama de irrelevância do Parlamento o fato de a oposição rejeitar seu decreto de estado de exceção e emergência econômica, que aumenta o poder dos militares na distribuição dos alimentos e eleva a intervenção estatal no setor privado. A medida foi rejeitada nesta terça pela maioria opositora do Legislativo, sob a justificativa de que o decreto evidencia as supostas pretensões ditatoriais do chavista. A Venezuela vive um pico de tensão política desde janeiro, quando a oposição tomou o controle da Assembleia Nacional. Desde então, os rivais de Maduro tentam destituí-lo. A principal iniciativa é o referendo revogatório do mandato do chavista. A oposição já entregou 1,8 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), nove vezes mais que o exigido na primeira etapa do processo. A consulta, porém, só será realizada se os rivais de Maduro conseguirem em uma segunda etapa o apoio de 20% do eleitorado, ou 3,9 milhões. Maduro disse não ter "obrigação de acatar o referendo" e voltou a acusar a oposição de ter inflado a lista com assinaturas falsas.
3
Título do filme deveria ser 'Os Dez Mandamentos - O Pesadelo'
Não, o pior não é "Os Dez Mandamentos - O Filme". O pior é a interminável sessão de trailers de longas em produção que o precede. Temos Jesus crucificado, Jesus menino, romanos fazendo maldades e, para terminar em grande estilo, a promessa de "Deus Não Está Morto 2", onde a fé, parece, é perseguida. Eis aí, em resumo, uma amostra de que Deus, pragmático, parece mesmo ter trocado sua infinita misericórdia por uma idêntica vulgaridade: é preciso acompanhar os tempos. Quanto a "Os Dez Mandamentos", o filme entrega em linhas gerais o que se esperava dele. Começa com Josué anunciando aos hebreus que vai contar a sua história. Ele a narra de frente para a câmera, quase aos berros; o seu público permanece atrás dele. A mensagem está dada: Josué é o seu pastor, e a verdadeira plateia somos nós, não os hebreus do deserto. Desde então, o grande mistério que o filme nos propõe não é do combate dos judeus pela liberdade nem a disputa para saber quem é o verdadeiro Deus. O que realmente intriga são aquelas egípcias que vira e mexe estão chorando sem, nunca, jamais, borrar a maquiagem. De resto, o que dizer de um filme extraído de 176 capítulos? O fundamento do cinema é a síntese, o das novelas é seu inverso (que não é a análise, mas qualquer coisa que se espalha no tempo). Então, os erros narrativos são evidentes e, talvez, inevitáveis. E o que dizer de uma representação feita à base de 40 minutos diários? Não se pode pedir dela nenhum rigor. Não se pode pedir dos atores muito mais do que a interpretação superficial que oferecem. Claro, os diálogos são um problema, já se sabia. Mas podiam nos ter poupado de coisas como um Moisés que comenta, depois de o Egito ser vitimado por uma pilha de pragas: "É impressionante o poder de Deus". Com efeito. Ou, ao ver um homem estirado, após receber chibatadas e mais chibatadas, perguntar a ele: "Você está bem?". Ah, claro, está ótimo: nada como uma chibata nas costas para revigorar uma pessoa. O roteiro também sofre enormemente com a contração, de tal modo que os sentimentos de Moisés por Ramsés e vice-versa vão se alternando, passando de amor a ódio e inversamente sem a menor cerimônia. Etc. As melhores cenas são as de ação, em particular as com efeitos especiais e, se possível, sem câmera lenta. O que resta da empreitada é um livro do Êxodo desossado: uma série de episódios que se acumulam sem nenhum interesse dramático, sem um fotograma de invenção. Um exemplo: quando temos um lance dramático decente (a família do recém-nascido Moisés tenta escondê-lo, mas é surpreendida pelos guardas), a cena de fuga é incompreensível. Ainda uma vez, não se pode avaliar por aí o trabalho de quem grava 40 minutos de ficção por dia. Tudo isso não significa que "Os Dez Mandamentos - O Filme" (e por que não: "Os Dez Mandamentos - O Pesadelo") não cumpra sua função: não era para ser um bom filme, um bom divertimento ou mesmo um ato de fé. Era para ser uma demonstração de força da Igreja Universal proporcional à tonitruante e onipresente trilha musical. Veremos se a turma aguenta na boa. OS DEZ MANDAMENTOS - O FILME DIREÇÃO Alexandre Avancini ELENCO Guilherme Winter, Camila Rodrigues, Sérgio Marone PRODUÇÃO Brasil, 2015, 12 anos QUANDO em cartaz
ilustrada
Título do filme deveria ser 'Os Dez Mandamentos - O Pesadelo'Não, o pior não é "Os Dez Mandamentos - O Filme". O pior é a interminável sessão de trailers de longas em produção que o precede. Temos Jesus crucificado, Jesus menino, romanos fazendo maldades e, para terminar em grande estilo, a promessa de "Deus Não Está Morto 2", onde a fé, parece, é perseguida. Eis aí, em resumo, uma amostra de que Deus, pragmático, parece mesmo ter trocado sua infinita misericórdia por uma idêntica vulgaridade: é preciso acompanhar os tempos. Quanto a "Os Dez Mandamentos", o filme entrega em linhas gerais o que se esperava dele. Começa com Josué anunciando aos hebreus que vai contar a sua história. Ele a narra de frente para a câmera, quase aos berros; o seu público permanece atrás dele. A mensagem está dada: Josué é o seu pastor, e a verdadeira plateia somos nós, não os hebreus do deserto. Desde então, o grande mistério que o filme nos propõe não é do combate dos judeus pela liberdade nem a disputa para saber quem é o verdadeiro Deus. O que realmente intriga são aquelas egípcias que vira e mexe estão chorando sem, nunca, jamais, borrar a maquiagem. De resto, o que dizer de um filme extraído de 176 capítulos? O fundamento do cinema é a síntese, o das novelas é seu inverso (que não é a análise, mas qualquer coisa que se espalha no tempo). Então, os erros narrativos são evidentes e, talvez, inevitáveis. E o que dizer de uma representação feita à base de 40 minutos diários? Não se pode pedir dela nenhum rigor. Não se pode pedir dos atores muito mais do que a interpretação superficial que oferecem. Claro, os diálogos são um problema, já se sabia. Mas podiam nos ter poupado de coisas como um Moisés que comenta, depois de o Egito ser vitimado por uma pilha de pragas: "É impressionante o poder de Deus". Com efeito. Ou, ao ver um homem estirado, após receber chibatadas e mais chibatadas, perguntar a ele: "Você está bem?". Ah, claro, está ótimo: nada como uma chibata nas costas para revigorar uma pessoa. O roteiro também sofre enormemente com a contração, de tal modo que os sentimentos de Moisés por Ramsés e vice-versa vão se alternando, passando de amor a ódio e inversamente sem a menor cerimônia. Etc. As melhores cenas são as de ação, em particular as com efeitos especiais e, se possível, sem câmera lenta. O que resta da empreitada é um livro do Êxodo desossado: uma série de episódios que se acumulam sem nenhum interesse dramático, sem um fotograma de invenção. Um exemplo: quando temos um lance dramático decente (a família do recém-nascido Moisés tenta escondê-lo, mas é surpreendida pelos guardas), a cena de fuga é incompreensível. Ainda uma vez, não se pode avaliar por aí o trabalho de quem grava 40 minutos de ficção por dia. Tudo isso não significa que "Os Dez Mandamentos - O Filme" (e por que não: "Os Dez Mandamentos - O Pesadelo") não cumpra sua função: não era para ser um bom filme, um bom divertimento ou mesmo um ato de fé. Era para ser uma demonstração de força da Igreja Universal proporcional à tonitruante e onipresente trilha musical. Veremos se a turma aguenta na boa. OS DEZ MANDAMENTOS - O FILME DIREÇÃO Alexandre Avancini ELENCO Guilherme Winter, Camila Rodrigues, Sérgio Marone PRODUÇÃO Brasil, 2015, 12 anos QUANDO em cartaz
1
Vaga sem carteira vai ganhando espaço do emprego formal
A taxa de desemprego no país manteve-se estável no período de março a maio, mas a qualidade do emprego continuou a piorar no país, com a substituição de postos de trabalho com carteira assinada por postos informais. O país fechou o trimestre encerrado em maio com 13,7 milhões de pessoas sem emprego, o que representa 13,3% da população em idade de trabalhar. A taxa de desemprego estava em 13,2% no trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro. Essa estabilidade, porém, foi sustentada por aumento de 2,2% no número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada (mais 221 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em fevereiro) e de 3% no número de empregados do setor público (mais 329 mil pessoas). Além disso, os brasileiros voltaram a recorrer ao trabalho por conta própria: 216 mil passaram a trabalhar como autônomos (motorista de Uber, por exemplo), 1% mais que no trimestre até fevereiro. Esse crescimento do trabalho informal, no entanto, foi suplantado pela perda de vagas com carteira. O número de trabalhadores formais caiu em 479 mil, no 12º trimestre consecutivo de queda. Em maio, o número de empregados com carteira bateu novo recorde negativo desde o início da pesquisa do IBGE, em 2012, chegando a 33,2 milhões. "O trabalho registrado é muito importante na vida do trabalhador brasileiro, já que representa ter fundo de garantia, plano de saúde, auxílio-alimentação", disse o coordenador de Trabalho e Emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Ele ressaltou que, em dois anos, 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira foram perdidos. "Está crescendo a informalidade no país." Reportagem da Folha de abril mostrou que, no fim do ano passado, pela primeira vez metade dos brasileiros que estavam trabalhando não tinha carteira assinada. No primeiro trimestre deste (dado mais recente), esse percentual avançou para 50,2%. DESACELERAÇÃO O indicador do IBGE aponta, porém, para uma desaceleração do aumento dos desemprego nos últimos trimestres. Foi a segunda vez nos últimos trimestres, que a taxa mostra estabilidade -a primeira foi em novembro de 2016, quando o desemprego parou de subir após sete trimestres consecutivos de alta. Além disso, a indústria apresentou crescimento de 3% na geração de postos de trabalho -ainda que sem carteira assinada. Em maio, apenas a construção mostrou saldo negativo nessa base de comparação, de 3,9%. Mas Azeredo, do IBGE, prefere cautela ao analisar os dados. "Neste momento, a melhor leitura é não conjecturar sobre o mercado de trabalho. Temos um momento político difícil no pais e crise econômica forte." O mercado espera melhora nas taxas de desemprego apenas no fim do ano, se a crise política não atrapalhar a recuperação da economia. De acordo com o IBGE, o rendimento médio do trabalhador brasileiro também ficou estável em maio: R$ 2.109.
mercado
Vaga sem carteira vai ganhando espaço do emprego formalA taxa de desemprego no país manteve-se estável no período de março a maio, mas a qualidade do emprego continuou a piorar no país, com a substituição de postos de trabalho com carteira assinada por postos informais. O país fechou o trimestre encerrado em maio com 13,7 milhões de pessoas sem emprego, o que representa 13,3% da população em idade de trabalhar. A taxa de desemprego estava em 13,2% no trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro. Essa estabilidade, porém, foi sustentada por aumento de 2,2% no número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada (mais 221 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em fevereiro) e de 3% no número de empregados do setor público (mais 329 mil pessoas). Além disso, os brasileiros voltaram a recorrer ao trabalho por conta própria: 216 mil passaram a trabalhar como autônomos (motorista de Uber, por exemplo), 1% mais que no trimestre até fevereiro. Esse crescimento do trabalho informal, no entanto, foi suplantado pela perda de vagas com carteira. O número de trabalhadores formais caiu em 479 mil, no 12º trimestre consecutivo de queda. Em maio, o número de empregados com carteira bateu novo recorde negativo desde o início da pesquisa do IBGE, em 2012, chegando a 33,2 milhões. "O trabalho registrado é muito importante na vida do trabalhador brasileiro, já que representa ter fundo de garantia, plano de saúde, auxílio-alimentação", disse o coordenador de Trabalho e Emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Ele ressaltou que, em dois anos, 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira foram perdidos. "Está crescendo a informalidade no país." Reportagem da Folha de abril mostrou que, no fim do ano passado, pela primeira vez metade dos brasileiros que estavam trabalhando não tinha carteira assinada. No primeiro trimestre deste (dado mais recente), esse percentual avançou para 50,2%. DESACELERAÇÃO O indicador do IBGE aponta, porém, para uma desaceleração do aumento dos desemprego nos últimos trimestres. Foi a segunda vez nos últimos trimestres, que a taxa mostra estabilidade -a primeira foi em novembro de 2016, quando o desemprego parou de subir após sete trimestres consecutivos de alta. Além disso, a indústria apresentou crescimento de 3% na geração de postos de trabalho -ainda que sem carteira assinada. Em maio, apenas a construção mostrou saldo negativo nessa base de comparação, de 3,9%. Mas Azeredo, do IBGE, prefere cautela ao analisar os dados. "Neste momento, a melhor leitura é não conjecturar sobre o mercado de trabalho. Temos um momento político difícil no pais e crise econômica forte." O mercado espera melhora nas taxas de desemprego apenas no fim do ano, se a crise política não atrapalhar a recuperação da economia. De acordo com o IBGE, o rendimento médio do trabalhador brasileiro também ficou estável em maio: R$ 2.109.
2
Monaco derrota o Arsenal em Londres e fica perto das quartas da Champions
Sem sorte nos últimos quatro sorteios para as oitavas de final da Liga dos Campeões, o Arsenal tem um histórico recente de eliminações nesta fase para o Barcelona (duas vezes), Bayern de Munique e Milan. Neste ano, muitos torcedores do time inglês comemoraram o confronto com o Monaco. Nesta quarta-feira (25), os franceses não justificaram a empolgação dos adversários. Fora de casa, o Monaco venceu o jogo de ida contra Arsenal, por 3 a 1, em Londres, e poderá perder por até um gol na França para se classificar às quartas de final. Os franceses controlaram o ritmo do jogo e fizeram por merecer a vantagem. O placar foi aberto pelo meia Kondogbia, que contou com a sorte para a bola desviar no zagueiro alemão Mertesacker. O segundo tento começou nos pés de Fabinho, lateral direito convocado por Dunga e que atuou como volante. Ele deu início ao contra-ataque que culminou no gol de Berbatov. Nos minutos finais, dois gols. Aos 45min do segundo tempo, o gol de Chamberlain deu esperança ao Arsenal para o jogo da volta. Mas, no último lance, Ferreira-Carrasco avançou livre e decretou a vitória por 3 a 1. O JOGO Nos primeiros minutos parecia que seria uma pressão absoluta do Arsenal. Com tabelas e lançamentos para a área adversária, o domínio era todo do time de Londres. Após os primeiros 15 minutos, porém, o Monaco adiantou seu posicionamento em campo e passou a controlar o ritmo do jogo. Os franceses não agrediam o Arsenal, porém, mais importante que isso, não sofriam qualquer risco de gol. A disciplina tática foi recompensada aos 37 min. João Moutinho tocou para Kondogbia, que teve liberdade para dominar e chutar de fora da área. A bola desviou em Mertesacker e tirou as chances de defesa do goleiro Ospina, da seleção da Colômbia. No segundo tempo, o Arsenal voltou a ensaiar uma pressão, mas sucumbiu com as chances desperdiçadas pelo centroavante Giroud nos dez primeiros minutos. Em um lance de contra-ataque aos 7 min, o brasileiro Fabinho roubou a bola do time inglês e lançou Martial. O atacante recebeu livre e serviu Berbatov, que tocou na saída do goleiro. O comportamento apático do time de Londres só foi interrompido aos 45 min. Chamberlain ficou com a sobra da defesa, cortou Kondogbia e chutou com categoria da entrada da área. O gol daria moral ao Arsenal para o jogo da volta, caso a apatia não voltasse no último lance do jogo. Bernardo Silva dominou no meio de campo e lançou Ferreira-Carrasco, que avançou em velocidade e chutou cruzado para marcar o terceiro e premiar a atuação consistente do time francês.
esporte
Monaco derrota o Arsenal em Londres e fica perto das quartas da ChampionsSem sorte nos últimos quatro sorteios para as oitavas de final da Liga dos Campeões, o Arsenal tem um histórico recente de eliminações nesta fase para o Barcelona (duas vezes), Bayern de Munique e Milan. Neste ano, muitos torcedores do time inglês comemoraram o confronto com o Monaco. Nesta quarta-feira (25), os franceses não justificaram a empolgação dos adversários. Fora de casa, o Monaco venceu o jogo de ida contra Arsenal, por 3 a 1, em Londres, e poderá perder por até um gol na França para se classificar às quartas de final. Os franceses controlaram o ritmo do jogo e fizeram por merecer a vantagem. O placar foi aberto pelo meia Kondogbia, que contou com a sorte para a bola desviar no zagueiro alemão Mertesacker. O segundo tento começou nos pés de Fabinho, lateral direito convocado por Dunga e que atuou como volante. Ele deu início ao contra-ataque que culminou no gol de Berbatov. Nos minutos finais, dois gols. Aos 45min do segundo tempo, o gol de Chamberlain deu esperança ao Arsenal para o jogo da volta. Mas, no último lance, Ferreira-Carrasco avançou livre e decretou a vitória por 3 a 1. O JOGO Nos primeiros minutos parecia que seria uma pressão absoluta do Arsenal. Com tabelas e lançamentos para a área adversária, o domínio era todo do time de Londres. Após os primeiros 15 minutos, porém, o Monaco adiantou seu posicionamento em campo e passou a controlar o ritmo do jogo. Os franceses não agrediam o Arsenal, porém, mais importante que isso, não sofriam qualquer risco de gol. A disciplina tática foi recompensada aos 37 min. João Moutinho tocou para Kondogbia, que teve liberdade para dominar e chutar de fora da área. A bola desviou em Mertesacker e tirou as chances de defesa do goleiro Ospina, da seleção da Colômbia. No segundo tempo, o Arsenal voltou a ensaiar uma pressão, mas sucumbiu com as chances desperdiçadas pelo centroavante Giroud nos dez primeiros minutos. Em um lance de contra-ataque aos 7 min, o brasileiro Fabinho roubou a bola do time inglês e lançou Martial. O atacante recebeu livre e serviu Berbatov, que tocou na saída do goleiro. O comportamento apático do time de Londres só foi interrompido aos 45 min. Chamberlain ficou com a sobra da defesa, cortou Kondogbia e chutou com categoria da entrada da área. O gol daria moral ao Arsenal para o jogo da volta, caso a apatia não voltasse no último lance do jogo. Bernardo Silva dominou no meio de campo e lançou Ferreira-Carrasco, que avançou em velocidade e chutou cruzado para marcar o terceiro e premiar a atuação consistente do time francês.
4
Sem política pública de bem-estar animal, país decepciona, afirma leitora
Cada vez mais nosso país decepciona ao demonstrar não ter qualquer tipo de política pública direcionada ao bem-estar animal. Quando as tragédias acontecem em São Paulo, ainda conseguimos saber o que houve. No Pará, mais de 500 bois foram mortos após rompimento de uma barreira em Vila do Conde. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
paineldoleitor
Sem política pública de bem-estar animal, país decepciona, afirma leitoraCada vez mais nosso país decepciona ao demonstrar não ter qualquer tipo de política pública direcionada ao bem-estar animal. Quando as tragédias acontecem em São Paulo, ainda conseguimos saber o que houve. No Pará, mais de 500 bois foram mortos após rompimento de uma barreira em Vila do Conde. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
16
Após fraturar mandíbula em Gre-Nal, equatoriano recebe alta do hospital
O atacante Miller Bolaños recebeu alta neste domingo (13) do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, após realizar cirurgia na última quinta (10) por causa da fratura na mandíbula que sofreu durante o clássico contra o Internacional, na semana passada. Segundo a assessoria de imprensa do Grêmio, o equatoriano estava internado há uma semana e deixou o local um pouco depois do meio-dia. Bolaños agora vai desfalcar o Grêmio por um longo período. A estimativa do clube gaúcho é que o atacante demore entre 40 a 45 dias para retornar aos treinamentos. Por conta disso, ele deve perder o resto da fase de grupos da Libertadores. Neste período, o equatoriano terá de seguir uma dieta líquida e pastosa por cerca de um mês. Os nutricionistas do time gaúcho vão preparar um regime especial para que o atacante não tenha prejuízos no retorno aos gramados. A lesão aconteceu em um lance com o lateral William, do Internacional, logo no início do clássico. Em disputa de bola na linha de fundo, o atacante recebeu uma cotovelada do adversário e fraturou a mandíbula. Bolaños ainda ficou em campo até o final do primeiro tempo, quando foi substituído. Depois do confronto, jogadores do Internacional entraram em contato com o Grêmio, em momentos distintos, para mostrar solidariedade ao jogador sul-americano.
esporte
Após fraturar mandíbula em Gre-Nal, equatoriano recebe alta do hospitalO atacante Miller Bolaños recebeu alta neste domingo (13) do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, após realizar cirurgia na última quinta (10) por causa da fratura na mandíbula que sofreu durante o clássico contra o Internacional, na semana passada. Segundo a assessoria de imprensa do Grêmio, o equatoriano estava internado há uma semana e deixou o local um pouco depois do meio-dia. Bolaños agora vai desfalcar o Grêmio por um longo período. A estimativa do clube gaúcho é que o atacante demore entre 40 a 45 dias para retornar aos treinamentos. Por conta disso, ele deve perder o resto da fase de grupos da Libertadores. Neste período, o equatoriano terá de seguir uma dieta líquida e pastosa por cerca de um mês. Os nutricionistas do time gaúcho vão preparar um regime especial para que o atacante não tenha prejuízos no retorno aos gramados. A lesão aconteceu em um lance com o lateral William, do Internacional, logo no início do clássico. Em disputa de bola na linha de fundo, o atacante recebeu uma cotovelada do adversário e fraturou a mandíbula. Bolaños ainda ficou em campo até o final do primeiro tempo, quando foi substituído. Depois do confronto, jogadores do Internacional entraram em contato com o Grêmio, em momentos distintos, para mostrar solidariedade ao jogador sul-americano.
4
Acidente mata cinco pessoas da mesma família no Ceará
Sete pessoas, cinco delas da mesma família, morreram na colisão de um carro com uma van, no município cearense de Jaguaribara, a 220 km de Fortaleza. Outras 11 pessoas ficaram feridas, quatro em estado grave. O acidente ocorreu por volta das 5h40 deste sábado (2), no km 279 da BR-116. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o condutor do carro tentou ultrapassar um caminhão em local proibido quando bateu com a van que vinha no sentido contrário. O veículo era dirigido por Josias dos Santos, 38, que morreu na hora. Sua mulher Patrícia Borges dos Santos, 35, e suas três filhas também não resistiram ao impacto e morreram. Uma delas era um bebê de um ano de idade. As outras tinham sete e 17 anos. A família era de Foz do Iguaçu, no Paraná. Josias trabalhava na prefeitura do município. Já a van havia saído da Paraíba e, segundo a polícia, deixou duas mulheres mortas com a colisão, uma de 82 e outra de 54 anos. Elas eram mãe e filha. Todos os corpos foram levados para exame de perícia em Quixeramobim, a 210 km da capital. Quatro pessoas em estado grave ainda estão internadas em uma unidade de saúde em Fortaleza.
cotidiano
Acidente mata cinco pessoas da mesma família no CearáSete pessoas, cinco delas da mesma família, morreram na colisão de um carro com uma van, no município cearense de Jaguaribara, a 220 km de Fortaleza. Outras 11 pessoas ficaram feridas, quatro em estado grave. O acidente ocorreu por volta das 5h40 deste sábado (2), no km 279 da BR-116. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o condutor do carro tentou ultrapassar um caminhão em local proibido quando bateu com a van que vinha no sentido contrário. O veículo era dirigido por Josias dos Santos, 38, que morreu na hora. Sua mulher Patrícia Borges dos Santos, 35, e suas três filhas também não resistiram ao impacto e morreram. Uma delas era um bebê de um ano de idade. As outras tinham sete e 17 anos. A família era de Foz do Iguaçu, no Paraná. Josias trabalhava na prefeitura do município. Já a van havia saído da Paraíba e, segundo a polícia, deixou duas mulheres mortas com a colisão, uma de 82 e outra de 54 anos. Elas eram mãe e filha. Todos os corpos foram levados para exame de perícia em Quixeramobim, a 210 km da capital. Quatro pessoas em estado grave ainda estão internadas em uma unidade de saúde em Fortaleza.
6
Juventus empata e mantém a vantagem na liderança do Italiano
A Udinese conseguiu um feito raro nesta temporada do Campeonato Italiano: parou a Juventus. A líder do torneio não saiu do 0 a 0 pela 21ª rodada da competição, mas permanece na liderança com sete pontos de folga sobre a Roma. A vice-líder poderia ter diminuído a diferença no sábado (31), mas apenas empatou em casa por 1 a 1 contra o Empoli. Quem fez feio como visitante foi a Inter de Milão. O time foi até Sassuolo enfrentar os donos da casa e voltou com uma derrota por 3 a 1. Com apenas 26 pontos, a Inter ocupa o modesto 12º lugar. O Sassuolo aparece agora com 28 pontos. Saltou do 12º para a oitava posição. Estreante na rodada, o atacante Samuel Eto'o fez sua primeira participação na derrota da Sampdoria para o Turino, por 5 a 1. O atacante entrou aos 25 min do segundo tempo e não conseguiu deixar seu gol. A Sampdoria está em quinto lugar e briga por uma vaga na próxima temporada da Liga dos Campeões. Veja os resultados da 21ª rodada do Campeonato Italiano Sábado Genoa 1 x 1 Fiorentina Roma 1 x 1 Empoli Domingo Sassuolo 3 x 1 Inter de Milão Udinese 0 x 0 Juventus Chievo Verona 1 x 2 Napoli Atalanta 1 x 1 Cagliari Palermo 2 x 1 Verona Torino 5 x 1 Sampdoria Cesena 2 x 2 Lazio Milan x Parma
esporte
Juventus empata e mantém a vantagem na liderança do ItalianoA Udinese conseguiu um feito raro nesta temporada do Campeonato Italiano: parou a Juventus. A líder do torneio não saiu do 0 a 0 pela 21ª rodada da competição, mas permanece na liderança com sete pontos de folga sobre a Roma. A vice-líder poderia ter diminuído a diferença no sábado (31), mas apenas empatou em casa por 1 a 1 contra o Empoli. Quem fez feio como visitante foi a Inter de Milão. O time foi até Sassuolo enfrentar os donos da casa e voltou com uma derrota por 3 a 1. Com apenas 26 pontos, a Inter ocupa o modesto 12º lugar. O Sassuolo aparece agora com 28 pontos. Saltou do 12º para a oitava posição. Estreante na rodada, o atacante Samuel Eto'o fez sua primeira participação na derrota da Sampdoria para o Turino, por 5 a 1. O atacante entrou aos 25 min do segundo tempo e não conseguiu deixar seu gol. A Sampdoria está em quinto lugar e briga por uma vaga na próxima temporada da Liga dos Campeões. Veja os resultados da 21ª rodada do Campeonato Italiano Sábado Genoa 1 x 1 Fiorentina Roma 1 x 1 Empoli Domingo Sassuolo 3 x 1 Inter de Milão Udinese 0 x 0 Juventus Chievo Verona 1 x 2 Napoli Atalanta 1 x 1 Cagliari Palermo 2 x 1 Verona Torino 5 x 1 Sampdoria Cesena 2 x 2 Lazio Milan x Parma
4
Leia três poemas de Alexandre Barbosa de Souza
SOBRE O TEXTO Os poemas aqui publicados fazem parte de "Vinagre", que o autor lança, pela editora Laranja Original, na Bienal do Livro de São Paulo (de 26 de agosto a 4 de setembro). Dada não queres que o tomilho caia sussurrarás . assim ficaremos sem açafrões sobressalentes . azeviches não: ágatas tingidas ônix: unhas de vênus . todos os meus amigos têm porsches, sido campeões em tudo . no toalete sujei tua lente eis aqui os caquis que esqueci no táxi Adágio No verão, na montanha, Se uma andorinha, dois coelhos, Um cavalo dado e um peixinho Atirarem-lhe uma cajadada nos dentes, Faça uma canoa, filho de peixe; Maomé só com limonada * [para Renato Braz] Um dia Num parque do velho Norte Encontrei um monumento imaginário Tinha a forma de um leão-marinho Com braços de asas e mãos de urso O rosto da perfeita paz de um filhote De pantera e de fato era de bronze como um sino Sobre ele o musgo crescia O que só lhe conferia maior beleza Diante dele quedei-me como Diante de uma árvore da infância Não estava escrito mas eu sabia Aquele era o monumento do canto pacífico E quando eu mais precisei ele abriu sua boca E cantou com a tua voz ALEXANDRE BARBOSA DE SOUZA, 43, editor, tradutor e poeta, é autor de "Livro Geral". RAFAEL CAMPOS ROCHA, 46, é ilustrador e cartunista.
ilustrissima
Leia três poemas de Alexandre Barbosa de SouzaSOBRE O TEXTO Os poemas aqui publicados fazem parte de "Vinagre", que o autor lança, pela editora Laranja Original, na Bienal do Livro de São Paulo (de 26 de agosto a 4 de setembro). Dada não queres que o tomilho caia sussurrarás . assim ficaremos sem açafrões sobressalentes . azeviches não: ágatas tingidas ônix: unhas de vênus . todos os meus amigos têm porsches, sido campeões em tudo . no toalete sujei tua lente eis aqui os caquis que esqueci no táxi Adágio No verão, na montanha, Se uma andorinha, dois coelhos, Um cavalo dado e um peixinho Atirarem-lhe uma cajadada nos dentes, Faça uma canoa, filho de peixe; Maomé só com limonada * [para Renato Braz] Um dia Num parque do velho Norte Encontrei um monumento imaginário Tinha a forma de um leão-marinho Com braços de asas e mãos de urso O rosto da perfeita paz de um filhote De pantera e de fato era de bronze como um sino Sobre ele o musgo crescia O que só lhe conferia maior beleza Diante dele quedei-me como Diante de uma árvore da infância Não estava escrito mas eu sabia Aquele era o monumento do canto pacífico E quando eu mais precisei ele abriu sua boca E cantou com a tua voz ALEXANDRE BARBOSA DE SOUZA, 43, editor, tradutor e poeta, é autor de "Livro Geral". RAFAEL CAMPOS ROCHA, 46, é ilustrador e cartunista.
18
Falta diversidade
A Folha anunciou os 15 finalistas do 5º Concurso de Ilustração do jornal. Foram 803 inscritos. A maior parte dos candidatos eram homens, jovens e de São Paulo. Uma participante reparou que não havia nenhuma mulher entre os selecionados, apesar de elas serem 25% dos inscritos (199). Integrante do júri, o editor da Ilustrada, Ivan Finotti, explicou que os vencedores foram escolhidos exclusivamente pelos desenhos. Os nomes dos autores constavam apenas do verso das obras. "Uma divisão por cotas, fossem elas quais fossem, seria uma decisão artificial e descabida", disse. O caso não é ter ou não cotas. Ao não prestar atenção no perfil dos escolhidos, o jornal abriu mão de montar uma equipe mais diversificada e, assim, oferecer estilos, ideias e ironias mais ricas. Em outubro de 2016, relatei que leitores criticavam a falta de diversidade ideológica das páginas de humor. O jornal afirmou que buscaria "corrigir desequilíbrios". Para o secretário de Redação, Vinicius Mota, houve avanço na busca dessa diversidade. Citou como tal a contratação do cartunista Hubert para a página dois da Folha. O desafio não é fácil. Os chargistas são de esquerda ou a direita tem senso de humor limitado? Para o cartunista Georges Wolinski, o humor é de esquerda. "É uma lucidez na forma de ver a sociedade que a direita não tem, por estar comprometida com a ordem estabelecida." Leia a coluna completa da ombudsman aqui. * A ombudsman sai em férias. A coluna volta em 12 de março.
colunas
Falta diversidadeA Folha anunciou os 15 finalistas do 5º Concurso de Ilustração do jornal. Foram 803 inscritos. A maior parte dos candidatos eram homens, jovens e de São Paulo. Uma participante reparou que não havia nenhuma mulher entre os selecionados, apesar de elas serem 25% dos inscritos (199). Integrante do júri, o editor da Ilustrada, Ivan Finotti, explicou que os vencedores foram escolhidos exclusivamente pelos desenhos. Os nomes dos autores constavam apenas do verso das obras. "Uma divisão por cotas, fossem elas quais fossem, seria uma decisão artificial e descabida", disse. O caso não é ter ou não cotas. Ao não prestar atenção no perfil dos escolhidos, o jornal abriu mão de montar uma equipe mais diversificada e, assim, oferecer estilos, ideias e ironias mais ricas. Em outubro de 2016, relatei que leitores criticavam a falta de diversidade ideológica das páginas de humor. O jornal afirmou que buscaria "corrigir desequilíbrios". Para o secretário de Redação, Vinicius Mota, houve avanço na busca dessa diversidade. Citou como tal a contratação do cartunista Hubert para a página dois da Folha. O desafio não é fácil. Os chargistas são de esquerda ou a direita tem senso de humor limitado? Para o cartunista Georges Wolinski, o humor é de esquerda. "É uma lucidez na forma de ver a sociedade que a direita não tem, por estar comprometida com a ordem estabelecida." Leia a coluna completa da ombudsman aqui. * A ombudsman sai em férias. A coluna volta em 12 de março.
10
Em dia de primárias na Argentina, Cristina Kirchner prefere ficar em casa
"Esta é uma votação que funciona, mas não para o que deveria funcionar", disse Roque Gigliardi, 66, que compareceu à escola Angel Gallardo, na manhã deste domingo (13), em Avellaneda, na Província de Buenos Aires. Eleitor da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-15), o comerciante reclamava do fato de que as primárias, que originalmente foram criadas para que houvesse disputas internas dentro dos partidos para decidir quem concorreria à votação oficial das legislativas, em 22 de outubro, não sejam usadas para isso. "Os partidos principais já fizeram sua escolha de representantes. Então as primárias servem mesmo é para medir a popularidade de cada um. É como uma pesquisa eleitoral. Como nossas pesquisas são péssimas, então pelo menos serve para isso", resumiu, rindo. De fato, a principal disputa que os eleitores comentavam, em vários locais da Província de Buenos Aires percorridos pela Folha, era se Cristina Kirchner teria ou não mais votos que o candidato do governo, Esteban Bullrich. "É uma votação que marca a polarização de Macri com Cristina, por isso votei em Sergio Massa, porque sou peronista mas não quero um segundo turno com esses dois em 2019", disse a produtora Marta Arriaga, 54, referindo-se à próxima eleição presidencial. Já Jorge Marenco, 42, de La Matanza, disse que votaria nos candidatos da aliança governista (Cambiemos), apesar de estar preocupado com o aumento do valor das contas de gás e luz e do fim dos subsídios. "Está tudo mais caro, e sobra menos dinheiro no fim do mês. Mas eu confio no presidente, de que este é um sacrifício necessário, porque a economia não ia aguentar se seguíssemos com a política kirchnerista." Em casa Macri votou pela manhã, num colégio em Palermo. Como de hábito, levou bandejas com "medias-lunas" para jornalistas e eleitores. Disse que estava "tranquilo e contente" com a normalidade da votação e com o sol, que por fim saiu em Buenos Aires após uma semana de chuvas. Depois de votar, Macri contou que almoçaria com Elisa Carrió, principal candidata governista a deputada pela capital. Já Cristina, que concorre pela Província de Buenos Aires, mas tem seu registro eleitoral em Santa Cruz, no sul do país, não votou porque preferiu ficar em casa. Em vez disso, postou fotos nas redes sociais com Néstor Ivan, seu neto, filho de Máximo Kirchner, no colo. Na primeira postagem, os dois olhavam para a tela de um tablet: "Olá, bom dia a todos e todas. Estou em casa com Néstor Iván analisando o impacto da campanha nas redes". Logo depois, publicou um complemento. "Não, era uma brincadeira, na verdade estávamos vendo desenhos". Pesquisas internas dos partidos que vazaram de maneira informal para a imprensa davam uma diferença pró-Cristina de 3 a 8 pontos.
mundo
Em dia de primárias na Argentina, Cristina Kirchner prefere ficar em casa"Esta é uma votação que funciona, mas não para o que deveria funcionar", disse Roque Gigliardi, 66, que compareceu à escola Angel Gallardo, na manhã deste domingo (13), em Avellaneda, na Província de Buenos Aires. Eleitor da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-15), o comerciante reclamava do fato de que as primárias, que originalmente foram criadas para que houvesse disputas internas dentro dos partidos para decidir quem concorreria à votação oficial das legislativas, em 22 de outubro, não sejam usadas para isso. "Os partidos principais já fizeram sua escolha de representantes. Então as primárias servem mesmo é para medir a popularidade de cada um. É como uma pesquisa eleitoral. Como nossas pesquisas são péssimas, então pelo menos serve para isso", resumiu, rindo. De fato, a principal disputa que os eleitores comentavam, em vários locais da Província de Buenos Aires percorridos pela Folha, era se Cristina Kirchner teria ou não mais votos que o candidato do governo, Esteban Bullrich. "É uma votação que marca a polarização de Macri com Cristina, por isso votei em Sergio Massa, porque sou peronista mas não quero um segundo turno com esses dois em 2019", disse a produtora Marta Arriaga, 54, referindo-se à próxima eleição presidencial. Já Jorge Marenco, 42, de La Matanza, disse que votaria nos candidatos da aliança governista (Cambiemos), apesar de estar preocupado com o aumento do valor das contas de gás e luz e do fim dos subsídios. "Está tudo mais caro, e sobra menos dinheiro no fim do mês. Mas eu confio no presidente, de que este é um sacrifício necessário, porque a economia não ia aguentar se seguíssemos com a política kirchnerista." Em casa Macri votou pela manhã, num colégio em Palermo. Como de hábito, levou bandejas com "medias-lunas" para jornalistas e eleitores. Disse que estava "tranquilo e contente" com a normalidade da votação e com o sol, que por fim saiu em Buenos Aires após uma semana de chuvas. Depois de votar, Macri contou que almoçaria com Elisa Carrió, principal candidata governista a deputada pela capital. Já Cristina, que concorre pela Província de Buenos Aires, mas tem seu registro eleitoral em Santa Cruz, no sul do país, não votou porque preferiu ficar em casa. Em vez disso, postou fotos nas redes sociais com Néstor Ivan, seu neto, filho de Máximo Kirchner, no colo. Na primeira postagem, os dois olhavam para a tela de um tablet: "Olá, bom dia a todos e todas. Estou em casa com Néstor Iván analisando o impacto da campanha nas redes". Logo depois, publicou um complemento. "Não, era uma brincadeira, na verdade estávamos vendo desenhos". Pesquisas internas dos partidos que vazaram de maneira informal para a imprensa davam uma diferença pró-Cristina de 3 a 8 pontos.
3
Mortes: Preparava cafezinho famoso no Bom Retiro
Os frequentadores da rua Javaés, no Bom Retiro, já sentem a falta do cafezinho com o seu Mauricio. O dono de uma pequena loja de embalagens no centro da capital paulista era conhecido –e muito querido, diga-se de passagem– por quem andava ou trabalhava por ali. "Todo mundo ia lá e tomava cafezinho com ele, que abria a loja e ficava sentadinho", conta o filho Helio. Além do café, a boa conversa era parte fundamental. Não foi à toa que Mauricio atuou na maior parte da vida com o ramo de vendas, antes como representante comercial, depois como lojista. Bonachão, como define Helio, adorava uma piada. As que envolviam casamento eram uma especialidade. Fã confesso de José Simão, recortava todos os dias o texto do colunista desta Folha e o dava de presente a alguém. Aos 13 anos, deixou o pai comerciante, a mãe dona de casa e os nove irmãos, em Erechim (RS), para ajudar um tio –também do comércio– em São Paulo, onde formou-se em contabilidade. Nessa equação de compras e vendas, entretanto, não eram os números, e sim o contato com as pessoas o que Mauricio mais gostava. Nos encontros bienais da família, compareceu ao último, realizado em Porto Alegre em 2013, para a alegria da prima que havia prometido: "Não vou morrer enquanto não rever o Mauricio". Morreu no último dia 11, de falência múltipla dos órgãos, a menos de um mês de completar 90 anos. Deixa a mulher, Branca, dois filhos, quatro netos, dois bisnetos e oito irmãos. coluna.obituario@uol.com.br - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA TERÇA-FEIRA Ana Ernestina Knittel - Aos 91. Deixa os filhos, Simon e Arjeh, e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Daniela Joana Katzenstein - Aos 68. Deixa os filhos, Sam e Sasha, irmãos e netos. Cemitério Israelita do Embu. Leije Kripka - Aos 93. Deixa a filha, Janete, irmãos e netos. Cemitério Israelita do Embu. * 7º DIA Rubens De Cillo - Hoje (21/7), às 19h15, na igreja Santa Teresa de Jesus, r. Clodomiro Amazonas, 50, Itaim Bibi.
cotidiano
Mortes: Preparava cafezinho famoso no Bom RetiroOs frequentadores da rua Javaés, no Bom Retiro, já sentem a falta do cafezinho com o seu Mauricio. O dono de uma pequena loja de embalagens no centro da capital paulista era conhecido –e muito querido, diga-se de passagem– por quem andava ou trabalhava por ali. "Todo mundo ia lá e tomava cafezinho com ele, que abria a loja e ficava sentadinho", conta o filho Helio. Além do café, a boa conversa era parte fundamental. Não foi à toa que Mauricio atuou na maior parte da vida com o ramo de vendas, antes como representante comercial, depois como lojista. Bonachão, como define Helio, adorava uma piada. As que envolviam casamento eram uma especialidade. Fã confesso de José Simão, recortava todos os dias o texto do colunista desta Folha e o dava de presente a alguém. Aos 13 anos, deixou o pai comerciante, a mãe dona de casa e os nove irmãos, em Erechim (RS), para ajudar um tio –também do comércio– em São Paulo, onde formou-se em contabilidade. Nessa equação de compras e vendas, entretanto, não eram os números, e sim o contato com as pessoas o que Mauricio mais gostava. Nos encontros bienais da família, compareceu ao último, realizado em Porto Alegre em 2013, para a alegria da prima que havia prometido: "Não vou morrer enquanto não rever o Mauricio". Morreu no último dia 11, de falência múltipla dos órgãos, a menos de um mês de completar 90 anos. Deixa a mulher, Branca, dois filhos, quatro netos, dois bisnetos e oito irmãos. coluna.obituario@uol.com.br - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA TERÇA-FEIRA Ana Ernestina Knittel - Aos 91. Deixa os filhos, Simon e Arjeh, e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Daniela Joana Katzenstein - Aos 68. Deixa os filhos, Sam e Sasha, irmãos e netos. Cemitério Israelita do Embu. Leije Kripka - Aos 93. Deixa a filha, Janete, irmãos e netos. Cemitério Israelita do Embu. * 7º DIA Rubens De Cillo - Hoje (21/7), às 19h15, na igreja Santa Teresa de Jesus, r. Clodomiro Amazonas, 50, Itaim Bibi.
6
Advogado critica artigo que defende cota feminina no Parlamento
A senadora Vanessa Grazziotin defende a questão de cotas para o Parlamento com o argumento de que as mulheres são responsáveis por uma grande participação no mercado e essa não está no Congresso (Mais mulher na política). Não seria mais adequado que fosse feita campanha para que as mulheres votassem também em mulheres? Querer cota para tudo é um argumento torpe. A pessoa não teria mais direito de votar em quem achasse melhor, pois seu voto iria para uma cota. Cada um vota em quem quiser. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
paineldoleitor
Advogado critica artigo que defende cota feminina no ParlamentoA senadora Vanessa Grazziotin defende a questão de cotas para o Parlamento com o argumento de que as mulheres são responsáveis por uma grande participação no mercado e essa não está no Congresso (Mais mulher na política). Não seria mais adequado que fosse feita campanha para que as mulheres votassem também em mulheres? Querer cota para tudo é um argumento torpe. A pessoa não teria mais direito de votar em quem achasse melhor, pois seu voto iria para uma cota. Cada um vota em quem quiser. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
16
Delação da JBS fugiu de roteiro de outros acordos com Procuradoria
A delação dos executivos da JBS saiu do roteiro normal das colaborações premiadas após o dono da empresa Joesley Batista ter gravado conversas com o presidente Michel Temer, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e com o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Mesmo sem ter os acordos dos delatores assinados e homologados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a Procuradoria-Geral da República pediu autorização à corte superior para a realização de escutas telefônicas e o uso da técnica investigativa chamada de "ação controlada". A principal justificativa dada pela Procuradoria ao STF foi a de que as gravações indicavam, à época, a possibilidade da ocorrência de novos crimes, como mais pagamentos de propinas a políticos. Normalmente, o caminho das delações mostra que os primeiros contatos entre possíveis colaboradores e procuradores têm como resultado a assinatura de um termo de confidencialidade entre as partes. Em seguida, são realizadas muitas reuniões de negociação, nas quais são apresentados os assuntos a serem descritos nas delações, além das discussões sobre os benefícios aos colaboradores. Se as tratativas são bem sucedidas, passa-se então à fase de coletas dos depoimentos dos delatores. Somente após essa etapa, o acordo é assinado e levado à Justiça. O juiz competente analisa apenas os aspectos formais da colaboração, e se ela estiver regular, ocorre a aprovação. Esse ato é denominado homologação na linguagem técnica jurídica. Em regra, com base nas informações fornecidas nas delações homologadas, o Ministério Público e a Polícia Federal pedem à Justiça a adoção de medidas investigativas, como prisões, escutas e buscas. Porém no caso dos delatores da JBS não foi essa a trajetória das colaborações. No dia 7 de abril, o procurador-geral da República Rodrigo Janot comunicou o STF sobre negociações ainda em curso com os executivos da JBS, que àquela altura haviam levado apenas à assinatura de uma espécie de acordo preliminar, e informou sobre as gravações. Na petição à corte, Janot explicou que se tratava de uma situação incomum. "Diferentemente de episódios anteriores, nos quais a colaboração cingia-se a fatos criminosos pretéritos, a presente negociação de acordo trouxe à baila crimes cuja prática ou o seu exaurimento estão ocorrendo ou por ocorrer, em datas previstas ou previsíveis", escreveu. Segundo Janot, tal fato tornava obrigatória uma intervenção urgente para investigar e interromper condutas como eventuais novos pagamentos de propina em favor de Aécio, do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do suposto operador de Cunha, Lúcio Bolonha Funaro. SIGILO NA PF Na petição, Janot ainda pediu ao STF que o delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa, responsável pelas apurações, fosse impedido de compartilhar informações das investigações com outras pessoas, inclusive seus superiores hierárquicos, o que também não é usual. O ministro do STF Edson Fachin deferiu esse e os outros pedidos de Janot em despacho datado de 10 de abril. Somente depois que as ações de investigação baseadas nas informações dos executivos da JBS já estavam em curso é que os acordos de delação premiada deles foram assinados, no dia 3 de maio. O pacote de documentos com as cláusulas dos acordos e os testemunhos dos colaboradores foi enviado por Janot ao STF em 8 de maio. O prêmio previsto pela Procuradoria aos delatores foi o não oferecimento de denúncia criminal, o que na prática evita processos e condenações na Justiça. Esse tipo de benefício também não é o mais comum nas delações. A fixação de redução do tempo de penas é muito mais frequente nos acordos de colaboração. A Procuradoria afirmou que a premiação aos delatores da JBS justifica-se "em razão do ineditismo de muitos dos temas trazidos pelos colaboradores, da atualidade das ilicitudes reportadas e da grande utilidade tanto para investigações em curso como para novas frentes de apuração". Fachin analisou os aspectos formais do acordo e homologou as colaborações em 11 de maio, quando grande volume de provas já havia sido obtido pela Procuradoria e PF. * 1. Procura Advogado de investigado procura a força-tarefa e informa sobre o interesse em fazer delação premiada 2. Reunião São feitas reuniões de pré-acordo com o investigado, seu advogado e pelo menos dois procuradores da República para que sejam apresentados os assuntos a serem revelados pelo delator 3. Sigilo É assinado acordo de confidencialidade entre os possíveis delatores e a Procuradoria 4. Definição dos temas São realizadas reuniões de negociação e é redigida uma lista de assuntos a serem delatados. Cada tema corresponderá a um depoimento do colaborador, que habitualmente é chamado de anexo 5. Contrato Começa a negociação das cláusulas sobre as vantagens que o investigado poderá ter ao delatar, como obter redução de penas. Fechado o acordo, são redigidas as minutas com as cláusulas e anexos com os temas a serem revelados 6. Assinatura O acordo é assinado 7. Depoimentos Começam os depoimentos do delator. Participam pelo menos um procurador da República, um delegado da Polícia Federal e um advogado do investigado. Os testemunhos são registrados em vídeo 8. Encaminhamento à Justiça O acordo e os depoimentos são enviados ao juiz responsável pelo inquérito do caso 9. Homologação O juiz analisa apenas os aspectos formais do acordo, e aprova ou desaprova a colaboração. Na linguagem jurídica, essa etapa é chamada de fase de homologação 10. Desdobramentos Procuradores e delegados pedem ao juiz a adoção de medidas com base nos depoimentos, como prisões, escutas e buscas em relação aos investigados - 19.fev.2017 Diretor jurídico da JBS fez contato com a Procuradoria no DF informando interesse de dirigentes da empresa de fazer colaboração premiada 20.fev Primeira reunião entre representantes da JBS e da Procuradoria no DF sobre o possível acordo 7.mar Dono da JBS Joesley Batista grava conversa com o presidente Michel Temer 13.mar Joesley grava conversa com o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), que fora indicado por Temer 16.mar Nova conversa gravada de Joesley com o deputado Rocha Loures 24.mar Joesley grava conversa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) 28.mar Representantes da JBS e da Procuradoria assinam acordo de confidencialidade 7.abr Assinatura do pré-acordo de delação; procurador-geral da República, Rodrigo Janot, comunica o STF e pede autorização para iniciar investigações com a técnica da ação controlada 10.abr O ministro do STF Edson Fachin autoriza a apuração com ação controlada 3.mai Assinatura do acordo de delação 11.mai Fachin homologa o acordo de delação
poder
Delação da JBS fugiu de roteiro de outros acordos com ProcuradoriaA delação dos executivos da JBS saiu do roteiro normal das colaborações premiadas após o dono da empresa Joesley Batista ter gravado conversas com o presidente Michel Temer, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e com o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Mesmo sem ter os acordos dos delatores assinados e homologados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a Procuradoria-Geral da República pediu autorização à corte superior para a realização de escutas telefônicas e o uso da técnica investigativa chamada de "ação controlada". A principal justificativa dada pela Procuradoria ao STF foi a de que as gravações indicavam, à época, a possibilidade da ocorrência de novos crimes, como mais pagamentos de propinas a políticos. Normalmente, o caminho das delações mostra que os primeiros contatos entre possíveis colaboradores e procuradores têm como resultado a assinatura de um termo de confidencialidade entre as partes. Em seguida, são realizadas muitas reuniões de negociação, nas quais são apresentados os assuntos a serem descritos nas delações, além das discussões sobre os benefícios aos colaboradores. Se as tratativas são bem sucedidas, passa-se então à fase de coletas dos depoimentos dos delatores. Somente após essa etapa, o acordo é assinado e levado à Justiça. O juiz competente analisa apenas os aspectos formais da colaboração, e se ela estiver regular, ocorre a aprovação. Esse ato é denominado homologação na linguagem técnica jurídica. Em regra, com base nas informações fornecidas nas delações homologadas, o Ministério Público e a Polícia Federal pedem à Justiça a adoção de medidas investigativas, como prisões, escutas e buscas. Porém no caso dos delatores da JBS não foi essa a trajetória das colaborações. No dia 7 de abril, o procurador-geral da República Rodrigo Janot comunicou o STF sobre negociações ainda em curso com os executivos da JBS, que àquela altura haviam levado apenas à assinatura de uma espécie de acordo preliminar, e informou sobre as gravações. Na petição à corte, Janot explicou que se tratava de uma situação incomum. "Diferentemente de episódios anteriores, nos quais a colaboração cingia-se a fatos criminosos pretéritos, a presente negociação de acordo trouxe à baila crimes cuja prática ou o seu exaurimento estão ocorrendo ou por ocorrer, em datas previstas ou previsíveis", escreveu. Segundo Janot, tal fato tornava obrigatória uma intervenção urgente para investigar e interromper condutas como eventuais novos pagamentos de propina em favor de Aécio, do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do suposto operador de Cunha, Lúcio Bolonha Funaro. SIGILO NA PF Na petição, Janot ainda pediu ao STF que o delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa, responsável pelas apurações, fosse impedido de compartilhar informações das investigações com outras pessoas, inclusive seus superiores hierárquicos, o que também não é usual. O ministro do STF Edson Fachin deferiu esse e os outros pedidos de Janot em despacho datado de 10 de abril. Somente depois que as ações de investigação baseadas nas informações dos executivos da JBS já estavam em curso é que os acordos de delação premiada deles foram assinados, no dia 3 de maio. O pacote de documentos com as cláusulas dos acordos e os testemunhos dos colaboradores foi enviado por Janot ao STF em 8 de maio. O prêmio previsto pela Procuradoria aos delatores foi o não oferecimento de denúncia criminal, o que na prática evita processos e condenações na Justiça. Esse tipo de benefício também não é o mais comum nas delações. A fixação de redução do tempo de penas é muito mais frequente nos acordos de colaboração. A Procuradoria afirmou que a premiação aos delatores da JBS justifica-se "em razão do ineditismo de muitos dos temas trazidos pelos colaboradores, da atualidade das ilicitudes reportadas e da grande utilidade tanto para investigações em curso como para novas frentes de apuração". Fachin analisou os aspectos formais do acordo e homologou as colaborações em 11 de maio, quando grande volume de provas já havia sido obtido pela Procuradoria e PF. * 1. Procura Advogado de investigado procura a força-tarefa e informa sobre o interesse em fazer delação premiada 2. Reunião São feitas reuniões de pré-acordo com o investigado, seu advogado e pelo menos dois procuradores da República para que sejam apresentados os assuntos a serem revelados pelo delator 3. Sigilo É assinado acordo de confidencialidade entre os possíveis delatores e a Procuradoria 4. Definição dos temas São realizadas reuniões de negociação e é redigida uma lista de assuntos a serem delatados. Cada tema corresponderá a um depoimento do colaborador, que habitualmente é chamado de anexo 5. Contrato Começa a negociação das cláusulas sobre as vantagens que o investigado poderá ter ao delatar, como obter redução de penas. Fechado o acordo, são redigidas as minutas com as cláusulas e anexos com os temas a serem revelados 6. Assinatura O acordo é assinado 7. Depoimentos Começam os depoimentos do delator. Participam pelo menos um procurador da República, um delegado da Polícia Federal e um advogado do investigado. Os testemunhos são registrados em vídeo 8. Encaminhamento à Justiça O acordo e os depoimentos são enviados ao juiz responsável pelo inquérito do caso 9. Homologação O juiz analisa apenas os aspectos formais do acordo, e aprova ou desaprova a colaboração. Na linguagem jurídica, essa etapa é chamada de fase de homologação 10. Desdobramentos Procuradores e delegados pedem ao juiz a adoção de medidas com base nos depoimentos, como prisões, escutas e buscas em relação aos investigados - 19.fev.2017 Diretor jurídico da JBS fez contato com a Procuradoria no DF informando interesse de dirigentes da empresa de fazer colaboração premiada 20.fev Primeira reunião entre representantes da JBS e da Procuradoria no DF sobre o possível acordo 7.mar Dono da JBS Joesley Batista grava conversa com o presidente Michel Temer 13.mar Joesley grava conversa com o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), que fora indicado por Temer 16.mar Nova conversa gravada de Joesley com o deputado Rocha Loures 24.mar Joesley grava conversa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) 28.mar Representantes da JBS e da Procuradoria assinam acordo de confidencialidade 7.abr Assinatura do pré-acordo de delação; procurador-geral da República, Rodrigo Janot, comunica o STF e pede autorização para iniciar investigações com a técnica da ação controlada 10.abr O ministro do STF Edson Fachin autoriza a apuração com ação controlada 3.mai Assinatura do acordo de delação 11.mai Fachin homologa o acordo de delação
0
MEC omite travas para acesso ao Fies, afirmam instituições privadas
O Ministério da Educação está limitando novos contratos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) com base em regras que não foram divulgadas. A reclamação é de instituições privadas e alunos, que vêm relatando dificuldade em concluir o pedido de financiamento por meio do sistema do programa. Segundo a Folha apurou, algumas privadas não estão conseguindo ampliar seu limite disponível para financiamentos, o que até então era possível. As faculdades afirmam ainda que o MEC impôs um limite de contratos equivalente a 1/3 do total realizado no ano passado, como mostrou o jornal "Valor Econômico". "A gente não sabe dizer se é o próprio sistema que faz isso ou se é um defeito [no processamento]. Não tem uma regra no papel", afirma Amábile Pacios, presidente da Fenep (federação das escolas particulares). Procurado, o MEC informou que "não é possível fazer uma previsão [de contratos firmados neste ano] com base no total de contratos de 2014, já que este processo em andamento é referente ao primeiro semestre de 2015". O prazo para pedidos de financiamento se encerra em 30 de abril. "O balanço final de contratos solicitados só poderá ser divulgado após o fechamento do sistema", diz a pasta. NOVA AÇÃO NA JUSTIÇA A Fenep pretende entrar, na próxima semana, com mais uma ação na Justiça. Agora, o objetivo será derrubar toda a portaria que trouxe as primeiras mudanças na concessão de financiamentos, publicada em dezembro do ano passado. Até aqui, as ações apresentadas questionavam trechos do texto. "A partir dela, tem uma exigência nova a cada dia. A gente não sabe como orientar o aluno. E só percebe [uma nova regra] porque tem uma constância [de reclamações]", afirma a presidente da entidade. Ela cita como exemplo o limite de reajuste de 6,4% das mensalidades para autorização de novos contratos no Fies. Entidades reclamaram do limite de 4,5% (centro da meta da inflação) e só então o ministério reconheceu a exigência. Em seguida, o percentual foi ampliado para 6,4% (inflação oficial em 2014). "Esse percentual é arbitrário, porque há várias formas de medir a inflação. E a transparência em relação à qualidade é absurda. Querem mudar a regra no meio do jogo", afirma Edgar Jacobs, advogado especialista em direito educacional. QUALIDADE As escolas também afirmam que cursos com indicadores de qualidade distintos têm recebido tratamento diferenciado no sistema. Como a Folha revelou no início do mês, o ministério decidiu aumentar o rigor na concessão dos contratos a partir da nota das graduações, que varia numa escala de 1 a 5, a partir de fatores como titulação de corpo docente e infraestrutura. A regra, no entanto, não foi detalhada pela pasta até o momento. Em nota, o ministério informou que cursos com nota 5 têm "atendimento pleno" dos pedidos de financiamento. "Já nos cursos nota 3 e 4 são considerados alguns aspectos regionais, como por exemplo cursos que historicamente foram menos atendidos", diz o MEC.
educacao
MEC omite travas para acesso ao Fies, afirmam instituições privadasO Ministério da Educação está limitando novos contratos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) com base em regras que não foram divulgadas. A reclamação é de instituições privadas e alunos, que vêm relatando dificuldade em concluir o pedido de financiamento por meio do sistema do programa. Segundo a Folha apurou, algumas privadas não estão conseguindo ampliar seu limite disponível para financiamentos, o que até então era possível. As faculdades afirmam ainda que o MEC impôs um limite de contratos equivalente a 1/3 do total realizado no ano passado, como mostrou o jornal "Valor Econômico". "A gente não sabe dizer se é o próprio sistema que faz isso ou se é um defeito [no processamento]. Não tem uma regra no papel", afirma Amábile Pacios, presidente da Fenep (federação das escolas particulares). Procurado, o MEC informou que "não é possível fazer uma previsão [de contratos firmados neste ano] com base no total de contratos de 2014, já que este processo em andamento é referente ao primeiro semestre de 2015". O prazo para pedidos de financiamento se encerra em 30 de abril. "O balanço final de contratos solicitados só poderá ser divulgado após o fechamento do sistema", diz a pasta. NOVA AÇÃO NA JUSTIÇA A Fenep pretende entrar, na próxima semana, com mais uma ação na Justiça. Agora, o objetivo será derrubar toda a portaria que trouxe as primeiras mudanças na concessão de financiamentos, publicada em dezembro do ano passado. Até aqui, as ações apresentadas questionavam trechos do texto. "A partir dela, tem uma exigência nova a cada dia. A gente não sabe como orientar o aluno. E só percebe [uma nova regra] porque tem uma constância [de reclamações]", afirma a presidente da entidade. Ela cita como exemplo o limite de reajuste de 6,4% das mensalidades para autorização de novos contratos no Fies. Entidades reclamaram do limite de 4,5% (centro da meta da inflação) e só então o ministério reconheceu a exigência. Em seguida, o percentual foi ampliado para 6,4% (inflação oficial em 2014). "Esse percentual é arbitrário, porque há várias formas de medir a inflação. E a transparência em relação à qualidade é absurda. Querem mudar a regra no meio do jogo", afirma Edgar Jacobs, advogado especialista em direito educacional. QUALIDADE As escolas também afirmam que cursos com indicadores de qualidade distintos têm recebido tratamento diferenciado no sistema. Como a Folha revelou no início do mês, o ministério decidiu aumentar o rigor na concessão dos contratos a partir da nota das graduações, que varia numa escala de 1 a 5, a partir de fatores como titulação de corpo docente e infraestrutura. A regra, no entanto, não foi detalhada pela pasta até o momento. Em nota, o ministério informou que cursos com nota 5 têm "atendimento pleno" dos pedidos de financiamento. "Já nos cursos nota 3 e 4 são considerados alguns aspectos regionais, como por exemplo cursos que historicamente foram menos atendidos", diz o MEC.
11
Mudanças no pré-sal são boas para o Brasil
A COP21, conferência do clima da ONU em Paris, deu uma sinalização inequívoca da transição do planeta para uma economia de baixo carbono. Os países participantes decidiram reduzir emissões de gases de efeito estufa para combater as mudanças climáticas. O esforço terá efeito profundo na indústria global de energia por restringir o horizonte de tempo dos combustíveis fósseis. Neste cenário, o Brasil não pode mais perder tempo e desperdiçar a chance de aproveitar ao máximo os benefícios da extraordinária província petrolífera do pré-sal. No caminho do desenvolvimento dessa imensa riqueza que jaz nas profundezas do subsolo marinho brasileiro existe um entrave: a exigência de que a Petrobras seja obrigatoriamente a operadora com participação mínima de 30% nos investimentos. O plenário da Câmara dos Deputados deverá votar em breve o projeto de lei 131/2015, que libera a estatal dessa obrigação e oferece a ela uma opção preferencial. A mudança é boa para a Petrobras, que poderá escolher os projetos em que queira participar, sem o dever de acompanhar ofertas feitas com base em avaliações com que não concorde ou premissas estratégicas e comerciais diferentes das suas. Uma opção será sempre melhor que uma obrigação. A mudança é boa para o Brasil, pois poderá decidir, de forma soberana, sobre o ritmo de desenvolvimento do pré-sal que melhor atenda aos interesses do país, sem depender, e ter de aguardar, da recuperação da capacidade financeira de sua estatal. A mudança é boa para a indústria nacional. Um operador único se torna cliente único, o que aumenta o risco das empresas fornecedoras locais -como sabem, dolorosamente, os milhares de desempregados pela crise que hoje enfrenta a Petrobras- e limita o desenvolvimento tecnológico e as oportunidades de internacionalização que um ambiente de maior diversidade de operadores propiciaria. A mudança é boa para a saúde e a educação. Embora o projeto não trate da distribuição dos recursos oriundos do pré-sal, que continuam com o mesmo destino definido por lei, a aceleração dos investimentos trará um aumento significativo na arrecadação de impostos. De acordo com estudos e projeções da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a obrigatoriedade do operador único a arrecadação do setor será de R$ 21,3 bilhões em 2030. Removendo essa restrição, passaria a R$ 205 bilhões. A mudança é boa para a economia brasileira. Por subordinar-se a uma commodity internacional, o setor do petróleo é menos dependente da retomada do crescimento econômico do país, podendo, inclusive, dar considerável impulso a ele, pela dimensão de investimentos, empregos e tributos que é capaz de gerar. Como sabemos, mudanças são as únicas certezas na vida. O Brasil fez no passado escolhas hoje vencidas pela força da realidade. Não mudaram, porém, os fundamentos do sucesso de nossa indústria de petróleo -o potencial geológico brasileiro e a capacidade tecnológica local. A mudança na legislação do pré-sal é boa para a indústria de petróleo brasileira por torná-la ainda mais diversificada, competitiva e saudável. Até a realização da Rio Oil & Gás, maior evento do setor, entre 24 e 27 de outubro, aguardamos o anúncio de outras medidas importantes para destravar investimentos. JORGE M. T. CAMARGO, 62, mestre em geofísica pela Universidade do Texas (EUA), é presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br.
opiniao
Mudanças no pré-sal são boas para o BrasilA COP21, conferência do clima da ONU em Paris, deu uma sinalização inequívoca da transição do planeta para uma economia de baixo carbono. Os países participantes decidiram reduzir emissões de gases de efeito estufa para combater as mudanças climáticas. O esforço terá efeito profundo na indústria global de energia por restringir o horizonte de tempo dos combustíveis fósseis. Neste cenário, o Brasil não pode mais perder tempo e desperdiçar a chance de aproveitar ao máximo os benefícios da extraordinária província petrolífera do pré-sal. No caminho do desenvolvimento dessa imensa riqueza que jaz nas profundezas do subsolo marinho brasileiro existe um entrave: a exigência de que a Petrobras seja obrigatoriamente a operadora com participação mínima de 30% nos investimentos. O plenário da Câmara dos Deputados deverá votar em breve o projeto de lei 131/2015, que libera a estatal dessa obrigação e oferece a ela uma opção preferencial. A mudança é boa para a Petrobras, que poderá escolher os projetos em que queira participar, sem o dever de acompanhar ofertas feitas com base em avaliações com que não concorde ou premissas estratégicas e comerciais diferentes das suas. Uma opção será sempre melhor que uma obrigação. A mudança é boa para o Brasil, pois poderá decidir, de forma soberana, sobre o ritmo de desenvolvimento do pré-sal que melhor atenda aos interesses do país, sem depender, e ter de aguardar, da recuperação da capacidade financeira de sua estatal. A mudança é boa para a indústria nacional. Um operador único se torna cliente único, o que aumenta o risco das empresas fornecedoras locais -como sabem, dolorosamente, os milhares de desempregados pela crise que hoje enfrenta a Petrobras- e limita o desenvolvimento tecnológico e as oportunidades de internacionalização que um ambiente de maior diversidade de operadores propiciaria. A mudança é boa para a saúde e a educação. Embora o projeto não trate da distribuição dos recursos oriundos do pré-sal, que continuam com o mesmo destino definido por lei, a aceleração dos investimentos trará um aumento significativo na arrecadação de impostos. De acordo com estudos e projeções da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a obrigatoriedade do operador único a arrecadação do setor será de R$ 21,3 bilhões em 2030. Removendo essa restrição, passaria a R$ 205 bilhões. A mudança é boa para a economia brasileira. Por subordinar-se a uma commodity internacional, o setor do petróleo é menos dependente da retomada do crescimento econômico do país, podendo, inclusive, dar considerável impulso a ele, pela dimensão de investimentos, empregos e tributos que é capaz de gerar. Como sabemos, mudanças são as únicas certezas na vida. O Brasil fez no passado escolhas hoje vencidas pela força da realidade. Não mudaram, porém, os fundamentos do sucesso de nossa indústria de petróleo -o potencial geológico brasileiro e a capacidade tecnológica local. A mudança na legislação do pré-sal é boa para a indústria de petróleo brasileira por torná-la ainda mais diversificada, competitiva e saudável. Até a realização da Rio Oil & Gás, maior evento do setor, entre 24 e 27 de outubro, aguardamos o anúncio de outras medidas importantes para destravar investimentos. JORGE M. T. CAMARGO, 62, mestre em geofísica pela Universidade do Texas (EUA), é presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br.
14
Papa Francisco canoniza crianças de Fátima em Portugal
Exatos cem anos após relatarem ter tido visões da Virgem Maria que transformariam para sempre a pequena aldeia portuguesa de Fátima em um dos principais santuários católicos, duas das três crianças pastoras que teriam recebido segredos da mãe de Jesus foram transformadas em santos pelo papa Francisco neste sábado (13). Francisco e Jacinta Marto foram proclamados santos no início da missa nesta manhã. Milhares de peregrinos estavam presentes, muitos dos quais tinham passado dias em Fátima em oração, recitando rosários diante de uma estátua de Nossa Senhora. Aplaudiram com admiração depois que o papa recitou o rito declarando santos os Martos. Os irmãos e sua prima, Lucia, relataram que, em 13 de maio de 1917, a Virgem Maria teria aparecido a eles enquanto pastoreavam suas ovelhas. Eles disseram que ela lhes confiou três segredos −prevendo visões apocalípticas do inferno, guerra, comunismo e morte de um papa− e os exortou a orar pela paz e uma conversão do pecado. Uma era uma visão do inferno associada à guerra mundial, então em curso, e à sua continuação em 1939. A segunda era o aviso de que a "Rússia iria espalhar seus erros" pelo mundo, o que foi associado depois à vitória bolchevique na revolução daquele ano. Já o famoso "terceiro segredo de Fátima" permaneceu em mistério por décadas, sendo sempre contado ao novo papa no começo do pontificado. Em 2000, em meio às especulações sobre o fim dos tempos que acompanhavam a data, o Vaticano revelou que a visão dizia respeito ao atentado contra o papa João Paulo 2º em 1981, que ocorreu também em um 13 de maio. O papa Francisco pediu aos católicos que tomem o exemplo dos irmãos Marto e tirem força de Deus, mesmo quando a adversidade os atingir. As crianças tinham sido ameaçadas pelas autoridades civis locais com a morte por óleo fervente, se não se retratassem de sua história. "Podemos tomar como exemplo São Francisco e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no imenso oceano da luz de Deus e ensinou a adorá-lo", declarou o pontífice. "Essa foi a fonte de sua força na superação da oposição e do sofrimento." Antes da Missa, Francisco rezou diante dos túmulos de Francisco e Jacinta. Os irmãos Marto morreram dois anos depois das visões, durante a pandemia da gripe espanhola na Europa, e se tornaram os santos mais jovens que não morreram como mártires. SEGREDO Em 2000, o papa João Paulo 2º beatificou os irmãos Marto durante uma missa em Fátima e aproveitou a ocasião do novo milênio para revelar o terceiro "segredo" que as crianças relataram ter recebido da Madonna. O texto, escrito por Lucia, foi guardado em um envelope fechado dentro do Vaticano por décadas, sem papa ousado para revelá-lo por causa de seu conteúdo aterrorizante: um "bispo vestido de branco" [o papa] de joelhos ao pé de uma cruz, morto em um granizo de balas e flechas, junto com outros bispos, sacerdotes e vários leigos católicos. A mensagem mostrava um anjo clamando "penitência, penitência, penitência!" A iminente canonização das crianças levou à especulação de que um quarto "segredo" permaneceu, mas o Vaticano insistiu que não há mais segredos relacionados com as revelações de Fátima. Lucia dos Santos se tornou freira e morreu em 2005, aos 97 anos. Três anos depois começou seu processo de beatificação. BRASIL O Brasil tem relação com a canonização dos irmãos pastores. Segundo o Vaticano, foi decisivo o relato da cura "milagrosa" de Lucas, criança paranaense que sofreu traumatismo em 2013 após cair de uma janela e cujos pais rezaram para os pastores de Fátima.
mundo
Papa Francisco canoniza crianças de Fátima em PortugalExatos cem anos após relatarem ter tido visões da Virgem Maria que transformariam para sempre a pequena aldeia portuguesa de Fátima em um dos principais santuários católicos, duas das três crianças pastoras que teriam recebido segredos da mãe de Jesus foram transformadas em santos pelo papa Francisco neste sábado (13). Francisco e Jacinta Marto foram proclamados santos no início da missa nesta manhã. Milhares de peregrinos estavam presentes, muitos dos quais tinham passado dias em Fátima em oração, recitando rosários diante de uma estátua de Nossa Senhora. Aplaudiram com admiração depois que o papa recitou o rito declarando santos os Martos. Os irmãos e sua prima, Lucia, relataram que, em 13 de maio de 1917, a Virgem Maria teria aparecido a eles enquanto pastoreavam suas ovelhas. Eles disseram que ela lhes confiou três segredos −prevendo visões apocalípticas do inferno, guerra, comunismo e morte de um papa− e os exortou a orar pela paz e uma conversão do pecado. Uma era uma visão do inferno associada à guerra mundial, então em curso, e à sua continuação em 1939. A segunda era o aviso de que a "Rússia iria espalhar seus erros" pelo mundo, o que foi associado depois à vitória bolchevique na revolução daquele ano. Já o famoso "terceiro segredo de Fátima" permaneceu em mistério por décadas, sendo sempre contado ao novo papa no começo do pontificado. Em 2000, em meio às especulações sobre o fim dos tempos que acompanhavam a data, o Vaticano revelou que a visão dizia respeito ao atentado contra o papa João Paulo 2º em 1981, que ocorreu também em um 13 de maio. O papa Francisco pediu aos católicos que tomem o exemplo dos irmãos Marto e tirem força de Deus, mesmo quando a adversidade os atingir. As crianças tinham sido ameaçadas pelas autoridades civis locais com a morte por óleo fervente, se não se retratassem de sua história. "Podemos tomar como exemplo São Francisco e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no imenso oceano da luz de Deus e ensinou a adorá-lo", declarou o pontífice. "Essa foi a fonte de sua força na superação da oposição e do sofrimento." Antes da Missa, Francisco rezou diante dos túmulos de Francisco e Jacinta. Os irmãos Marto morreram dois anos depois das visões, durante a pandemia da gripe espanhola na Europa, e se tornaram os santos mais jovens que não morreram como mártires. SEGREDO Em 2000, o papa João Paulo 2º beatificou os irmãos Marto durante uma missa em Fátima e aproveitou a ocasião do novo milênio para revelar o terceiro "segredo" que as crianças relataram ter recebido da Madonna. O texto, escrito por Lucia, foi guardado em um envelope fechado dentro do Vaticano por décadas, sem papa ousado para revelá-lo por causa de seu conteúdo aterrorizante: um "bispo vestido de branco" [o papa] de joelhos ao pé de uma cruz, morto em um granizo de balas e flechas, junto com outros bispos, sacerdotes e vários leigos católicos. A mensagem mostrava um anjo clamando "penitência, penitência, penitência!" A iminente canonização das crianças levou à especulação de que um quarto "segredo" permaneceu, mas o Vaticano insistiu que não há mais segredos relacionados com as revelações de Fátima. Lucia dos Santos se tornou freira e morreu em 2005, aos 97 anos. Três anos depois começou seu processo de beatificação. BRASIL O Brasil tem relação com a canonização dos irmãos pastores. Segundo o Vaticano, foi decisivo o relato da cura "milagrosa" de Lucas, criança paranaense que sofreu traumatismo em 2013 após cair de uma janela e cujos pais rezaram para os pastores de Fátima.
3
Prefeituráveis mentem em que ocasião? Assista ao 'Fala, candidato'
Em que ocasião um candidato mente? Do que mais se arrepende? Essas são algumas das perguntas que a sãopaulo fez aos cinco candidatos à Prefeitura de São Paulo com maior intenção de votos de acordo com pesquisa Datafolha. Uma série de videos publicados pela "TV Folha" destaca alguns temas abordados pela revista. O de hoje (veja acima) traz respostas sobre mentira e aparência. As questões foram inspiradas em uma série conhecida como "Questionário Proust", compilado de indagações respondidas por Marcel Proust (1871-1922) durante a juventude com base em uma popular brincadeira inglesa da época. Os cinco candidatos foram confrontados com o mesmo questionário, sem distinção. A única instrução foi que respeitassem o limite de 140 caracteres por resposta. Celso Russomanno foi o único a não responder. Procurado pela sãopaulo no dia 30 do mês passado, ele aceitou ser fotografado para esta reportagem na Liberdade, região central. No entanto, até o último dia 8, fechamento da edição da sãopaulo que publicou o questionário, não enviou as respostas.
tv
Prefeituráveis mentem em que ocasião? Assista ao 'Fala, candidato'Em que ocasião um candidato mente? Do que mais se arrepende? Essas são algumas das perguntas que a sãopaulo fez aos cinco candidatos à Prefeitura de São Paulo com maior intenção de votos de acordo com pesquisa Datafolha. Uma série de videos publicados pela "TV Folha" destaca alguns temas abordados pela revista. O de hoje (veja acima) traz respostas sobre mentira e aparência. As questões foram inspiradas em uma série conhecida como "Questionário Proust", compilado de indagações respondidas por Marcel Proust (1871-1922) durante a juventude com base em uma popular brincadeira inglesa da época. Os cinco candidatos foram confrontados com o mesmo questionário, sem distinção. A única instrução foi que respeitassem o limite de 140 caracteres por resposta. Celso Russomanno foi o único a não responder. Procurado pela sãopaulo no dia 30 do mês passado, ele aceitou ser fotografado para esta reportagem na Liberdade, região central. No entanto, até o último dia 8, fechamento da edição da sãopaulo que publicou o questionário, não enviou as respostas.
12
Candidato à presidência do Corinthians tem chapa impugnada
A candidatura de Ilmar Schiavenato à Presidência do Corinthians foi indeferida pela comissão eleitoral do clube nesta quarta (21). Foram encontradas dois tipos de irregularidades no registro da chapa: dois vices-presidentes não tinham dois mandatos como conselheiros, condição indispensável para serem incluídos na lista. E dez nomes encontrados na relação de candidatos para o Conselho Deliberativo disseram não terem assinado lista de apoio a Schiavenato. "A questão jurídica de fraude terá de ser abordada posteriormente. Nossa preocupação é apenas com o processo da eleição e não poderíamos deferir o pedido da candidatura", disse Guilherme Strenger, o vice-presidente do Conselho Deliberativo e integrante da comissão eleitoral. Cabe recurso à mesa do Conselho Deliberativo, que terá de julgar o caso até o próximo dia 7 de fevereiro, quando acontece a eleição. Com a decisão desta quarta, restam apenas dois candidatos ao cargo máximo no Corinthians: Roberto de Andrade pela situação e Antonio Roque Citadini pela oposição. A Folha tentou contato com Ilmar Schiavenato e seu assessor de imprensa, mas não obteve retorno até o momento. "Estamos também comunicando o Ilmar da decisão", completou Strenger. "Às vezes acontece de alguém assinar duas listas. Por isso precisa checar direito com a pessoa para ver qual que ela quer que fique valendo", afirmou Ernesto Teixeira, um dos candidatos ao Conselho pela chapa de Schiavenato. O primeiro a detectar o problema foi o ex-presidente Andrés Sanchez. Ele viu que o nome de seu primo, Tadeo Sanchez Oller, estava entre os apoiadores do candidato que se considera "independente". Imediatamente lhe telefonou e ouviu que não havia assinado lista alguma. Andrés espera pela eleição de Roberto de Andrade. As reclamações começaram a aparecer, após isso, na comissão eleitoral. "Mandei e-mail ao clube informando que não autorizei minha inclusão na chapa e dizendo que a assinatura não era minha", escreveu Tadeo em sua conta no Facebook.
esporte
Candidato à presidência do Corinthians tem chapa impugnadaA candidatura de Ilmar Schiavenato à Presidência do Corinthians foi indeferida pela comissão eleitoral do clube nesta quarta (21). Foram encontradas dois tipos de irregularidades no registro da chapa: dois vices-presidentes não tinham dois mandatos como conselheiros, condição indispensável para serem incluídos na lista. E dez nomes encontrados na relação de candidatos para o Conselho Deliberativo disseram não terem assinado lista de apoio a Schiavenato. "A questão jurídica de fraude terá de ser abordada posteriormente. Nossa preocupação é apenas com o processo da eleição e não poderíamos deferir o pedido da candidatura", disse Guilherme Strenger, o vice-presidente do Conselho Deliberativo e integrante da comissão eleitoral. Cabe recurso à mesa do Conselho Deliberativo, que terá de julgar o caso até o próximo dia 7 de fevereiro, quando acontece a eleição. Com a decisão desta quarta, restam apenas dois candidatos ao cargo máximo no Corinthians: Roberto de Andrade pela situação e Antonio Roque Citadini pela oposição. A Folha tentou contato com Ilmar Schiavenato e seu assessor de imprensa, mas não obteve retorno até o momento. "Estamos também comunicando o Ilmar da decisão", completou Strenger. "Às vezes acontece de alguém assinar duas listas. Por isso precisa checar direito com a pessoa para ver qual que ela quer que fique valendo", afirmou Ernesto Teixeira, um dos candidatos ao Conselho pela chapa de Schiavenato. O primeiro a detectar o problema foi o ex-presidente Andrés Sanchez. Ele viu que o nome de seu primo, Tadeo Sanchez Oller, estava entre os apoiadores do candidato que se considera "independente". Imediatamente lhe telefonou e ouviu que não havia assinado lista alguma. Andrés espera pela eleição de Roberto de Andrade. As reclamações começaram a aparecer, após isso, na comissão eleitoral. "Mandei e-mail ao clube informando que não autorizei minha inclusão na chapa e dizendo que a assinatura não era minha", escreveu Tadeo em sua conta no Facebook.
4
Para FMI, Brasil e Venezuela devem puxar desaceleração latino-americana
O PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual", segundo relatório do Panorama Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça (14). Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para "atividade mais fraca" em países como Brasil e Rússia, diz o relatório. Na sexta-feira, o FMI já havia divulgado que o PIB brasileiro em 2015 deve ter uma queda de 1% e se recuperar em 2016 com alta de 1%. O Brasil será responsável pelo menor crescimento da América Latina (de 0,9% para a região neste ano), prejudicada pela queda no preço das commodities. A seca brasileira é incluída como uma das razões do baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada "às investigações da Petrobras". A inflação chegará a 7,8% este ano, acima da meta do governo, caindo para 5,9% no ano que vem. Também estão entre os destaques negativos a Venezuela, que deve sofrer contração de 7% –número já previsto no relatório do FMI em janeiro– e o México, que deve crescer 3%. Apesar disso, os emergentes devem ter um ano melhor em 2016, empurrando o crescimento global para cima, a 3,8% em média, segundo o Fundo. O relatório da instituição é divulgado dias antes da reunião de ministros da Economia e presidentes de todos os Bancos Centrais do mundo, que se reúnem em Washington de quinta a domingo para os "encontros da primavera" do FMI e do Banco Mundial. ÍNDIA ULTRAPASSARÁ CHINA A Índia ultrapassará a China neste ano entre os maiores emergentes com a maior alta do PIB (de 7,5% estimado para a Índia e de 6,8% para a China). O PIB russo terá queda de 3,8%, a pior performance entre as maiores economias emergentes Entre os motivos destacados para a diminuição do ritmo da China está o esforço para reduzir as vulnerabilidades causadas por anos de crédito fácil e excesso de investimento. Para isso, as autoridades estão "desacelerando o investimento, especialmente imobiliário". Na Rússia, o destaque negativo é para a queda do preço do petróleo e "tensões geopolíticas". Nos demais emergentes, a redução dos preços das commodities afeta exportações de minerais e produtos agrícolas. CRESCIMENTO MODERADO DOS RICOS Entre as razões apontadas pelo Fundo para o tal crescimento moderado nos países mais ricos, estão os "legados" da crise econômica mundial iniciada em 2008, inflação muito baixa nesses países, com pouca margem para afrouxar a política monetária; envelhecimento da população e queda na produtividade. Em nota cautelosa, o Fundo lembra que ainda há "bancos muito frágeis" e "altos níveis de endividamento" entre as economias mais avançadas. A expectativa, no entanto, é que esses países sejam beneficiados pela queda no preço do petróleo. As baixas do produto, junto ao relaxamento do ajuste fiscal e ao maior consumo doméstico têm possibilitado que os EUA cresçam acima do previsto desde o semestre passado. Para o FMI, o país deve crescer acima dos 3% ao ano em 2015 e 2016. Um problema apontado para os EUA é a redução da competitividade de certas exportações pela alta do dólar. Os europeus também terão um ano melhor, com euro mais barato (e competitivo), petróleo mais barato e juros baixos. Alemanha, Espanha e Itália são destacados como tendo maiores sinais de recuperação. Depois de anos de recessão ou estagnação, a Espanha deve crescer 2,5% neste ano e 2% no ano que vem. Pelos mesmos motivos, incluído o de moeda mais competitiva, o Japão deve se recuperar este ano.
mercado
Para FMI, Brasil e Venezuela devem puxar desaceleração latino-americanaO PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual", segundo relatório do Panorama Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça (14). Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para "atividade mais fraca" em países como Brasil e Rússia, diz o relatório. Na sexta-feira, o FMI já havia divulgado que o PIB brasileiro em 2015 deve ter uma queda de 1% e se recuperar em 2016 com alta de 1%. O Brasil será responsável pelo menor crescimento da América Latina (de 0,9% para a região neste ano), prejudicada pela queda no preço das commodities. A seca brasileira é incluída como uma das razões do baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada "às investigações da Petrobras". A inflação chegará a 7,8% este ano, acima da meta do governo, caindo para 5,9% no ano que vem. Também estão entre os destaques negativos a Venezuela, que deve sofrer contração de 7% –número já previsto no relatório do FMI em janeiro– e o México, que deve crescer 3%. Apesar disso, os emergentes devem ter um ano melhor em 2016, empurrando o crescimento global para cima, a 3,8% em média, segundo o Fundo. O relatório da instituição é divulgado dias antes da reunião de ministros da Economia e presidentes de todos os Bancos Centrais do mundo, que se reúnem em Washington de quinta a domingo para os "encontros da primavera" do FMI e do Banco Mundial. ÍNDIA ULTRAPASSARÁ CHINA A Índia ultrapassará a China neste ano entre os maiores emergentes com a maior alta do PIB (de 7,5% estimado para a Índia e de 6,8% para a China). O PIB russo terá queda de 3,8%, a pior performance entre as maiores economias emergentes Entre os motivos destacados para a diminuição do ritmo da China está o esforço para reduzir as vulnerabilidades causadas por anos de crédito fácil e excesso de investimento. Para isso, as autoridades estão "desacelerando o investimento, especialmente imobiliário". Na Rússia, o destaque negativo é para a queda do preço do petróleo e "tensões geopolíticas". Nos demais emergentes, a redução dos preços das commodities afeta exportações de minerais e produtos agrícolas. CRESCIMENTO MODERADO DOS RICOS Entre as razões apontadas pelo Fundo para o tal crescimento moderado nos países mais ricos, estão os "legados" da crise econômica mundial iniciada em 2008, inflação muito baixa nesses países, com pouca margem para afrouxar a política monetária; envelhecimento da população e queda na produtividade. Em nota cautelosa, o Fundo lembra que ainda há "bancos muito frágeis" e "altos níveis de endividamento" entre as economias mais avançadas. A expectativa, no entanto, é que esses países sejam beneficiados pela queda no preço do petróleo. As baixas do produto, junto ao relaxamento do ajuste fiscal e ao maior consumo doméstico têm possibilitado que os EUA cresçam acima do previsto desde o semestre passado. Para o FMI, o país deve crescer acima dos 3% ao ano em 2015 e 2016. Um problema apontado para os EUA é a redução da competitividade de certas exportações pela alta do dólar. Os europeus também terão um ano melhor, com euro mais barato (e competitivo), petróleo mais barato e juros baixos. Alemanha, Espanha e Itália são destacados como tendo maiores sinais de recuperação. Depois de anos de recessão ou estagnação, a Espanha deve crescer 2,5% neste ano e 2% no ano que vem. Pelos mesmos motivos, incluído o de moeda mais competitiva, o Japão deve se recuperar este ano.
2
Geddel deixa aliados no Iphan e no Patrimônio da União
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que pediu demissão nesta sexta-feira (25), deixa aliados no governo do presidente Michel Temer em cargos estratégicos relacionados ao patrimônio. Geddel deixou no cargo após ter sido acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo pela liberação do edifício La Vue em Salvador próximo a monumentos tombados. A Folha revelou que parentes do ministro atuavam na defesa do empreendimento. São aliados do ex-ministro o chefe da SPU (Superintendência do Patrimônio da União) e o superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na Bahia. No cargo desde agosto deste ano, o superintendente da SPU é Alexsandro Freitas Silva, filiado ao PMDB e tesoureiro do partido da Bahia. O órgão é responsável por administrar os imóveis e terrenos que pertencem à União, incluindo os da faixa litorânea. Também é aliado do peemedebista o chefe do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, nomeado em junho deste ano. Tavares foi quem assinou o parecer que autorizou a construção do edifício La Vue em novembro de 2014 quando era coordenador-técnico do órgão. O parecer seria derrubado pelo Iphan nacional no início deste mês, sob alegação de impacto ao patrimônio histórico. Sua indicação foi feita pelo deputado federal Pastor Luciano (PMB), que assumiu mandato após o prefeito ACM Neto (DEM) nomear como secretário o deputado federal Irmão Lázaro (PSC). Ligado ao prefeito, Luciano era filiado ao DEM e mudou de partido nas vésperas de assumir o mandato. Ficou na Câmara por apenas seis meses. - Fev.2014 Projeto de construção La Vue é submetido ao Iphan. Escritório Técnico de Fiscalização, formado por Iphan, governo da Bahia e Prefeitura de Salvador, emite laudo afirmando não ser favorável ao empreendimento por seu impacto paisagístico Out Órgão que emitiu laudo contrário ao La Vue é extinto pelo Iphan Nov Coordenador-técnico do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, discorda do laudo e emite parecer liberando o empreendimento. Liberação se dá com base em um estudo interno sem valor legal, que delimita área de proteção ao patrimônio no bairro da Barra Mar.2015 Prefeitura de Salvador libera alvará com base no parecer do Iphan. Obras são iniciadas e apartamentos começam a ser vendidos Jul Vereadores de Salvador criticam empreendimento e Geddel rebate, defendendo o edifício nas redes sociais Set Instituto dos Arquitetos do Brasil entra com ação civil pública questionando a obra na Justiça Mai.2016 Após análise do empreendimento, Iphan nacional conclui que edifício é incompatível com a região em que está sendo erguido. Familiares de Geddel assinam procuração e passam a representar empreendimento junto ao Iphan Nov Procuradoria recomenda paralisação do empreendimento. Iphan decide embargar a obra 18.nov Ministro da Cultura, Marcelo Calero, pede demissão; à Folha, afirma ter sido pressionado por Geddel
poder
Geddel deixa aliados no Iphan e no Patrimônio da UniãoO ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que pediu demissão nesta sexta-feira (25), deixa aliados no governo do presidente Michel Temer em cargos estratégicos relacionados ao patrimônio. Geddel deixou no cargo após ter sido acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo pela liberação do edifício La Vue em Salvador próximo a monumentos tombados. A Folha revelou que parentes do ministro atuavam na defesa do empreendimento. São aliados do ex-ministro o chefe da SPU (Superintendência do Patrimônio da União) e o superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na Bahia. No cargo desde agosto deste ano, o superintendente da SPU é Alexsandro Freitas Silva, filiado ao PMDB e tesoureiro do partido da Bahia. O órgão é responsável por administrar os imóveis e terrenos que pertencem à União, incluindo os da faixa litorânea. Também é aliado do peemedebista o chefe do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, nomeado em junho deste ano. Tavares foi quem assinou o parecer que autorizou a construção do edifício La Vue em novembro de 2014 quando era coordenador-técnico do órgão. O parecer seria derrubado pelo Iphan nacional no início deste mês, sob alegação de impacto ao patrimônio histórico. Sua indicação foi feita pelo deputado federal Pastor Luciano (PMB), que assumiu mandato após o prefeito ACM Neto (DEM) nomear como secretário o deputado federal Irmão Lázaro (PSC). Ligado ao prefeito, Luciano era filiado ao DEM e mudou de partido nas vésperas de assumir o mandato. Ficou na Câmara por apenas seis meses. - Fev.2014 Projeto de construção La Vue é submetido ao Iphan. Escritório Técnico de Fiscalização, formado por Iphan, governo da Bahia e Prefeitura de Salvador, emite laudo afirmando não ser favorável ao empreendimento por seu impacto paisagístico Out Órgão que emitiu laudo contrário ao La Vue é extinto pelo Iphan Nov Coordenador-técnico do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, discorda do laudo e emite parecer liberando o empreendimento. Liberação se dá com base em um estudo interno sem valor legal, que delimita área de proteção ao patrimônio no bairro da Barra Mar.2015 Prefeitura de Salvador libera alvará com base no parecer do Iphan. Obras são iniciadas e apartamentos começam a ser vendidos Jul Vereadores de Salvador criticam empreendimento e Geddel rebate, defendendo o edifício nas redes sociais Set Instituto dos Arquitetos do Brasil entra com ação civil pública questionando a obra na Justiça Mai.2016 Após análise do empreendimento, Iphan nacional conclui que edifício é incompatível com a região em que está sendo erguido. Familiares de Geddel assinam procuração e passam a representar empreendimento junto ao Iphan Nov Procuradoria recomenda paralisação do empreendimento. Iphan decide embargar a obra 18.nov Ministro da Cultura, Marcelo Calero, pede demissão; à Folha, afirma ter sido pressionado por Geddel
0
Leitores comentam denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer
GOVERNO ENCURRALADO Se realmente o poder emana do povo, cabe a nós agora acompanhar e anotar o nome de cada parlamentar (e de seu partido) que votar contra a abertura do processo. Afinal, as provas são irrefutáveis e o brasileiro trabalha muito para pagar impostos. Vamos anotar o nome dos infiéis do povo. FRANCISCO MACIEL (Recife, PE) * A votação no Congresso, com transmissão ao vivo, identificará aqueles que, num passado recente, votaram "contra a corrupção, pela família e por Deus". De que maneira esses valorosos defensores da ética e da moralidade se posicionarão agora? GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP) * O presidente falhou, e, se, o Congresso autorizar o recebimento da denúncia, vai se tornar réu, fato inédito em relação à autoridade máxima do país. Lamentável. Por outro lado, não é possível olvidar as benesses recebidas pelos empresários que, em razão da delação homologada e ratificada pelo STF, permanecerão livres e soltos. NESTOR PEREIRA (Guarapari, ES) * Pertinente o texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A análise é rigorosa e bem respaldada na realidade; a conclusão é inescapável. Resta o problema do passivo do autor. Sua reeleição ainda é um fato mal resolvido e, mesmo considerando valoroso o seu segundo mandato, ele foi o resultado de uma quebra de contrato oriunda de relações de poder no mínimo duvidosas. Que FHC se explique, para além de qualquer dúvida, ou se redima das tentações da vaidade humana. GUSTAVO A. J. AMARANTE (São Paulo, SP) * Fernando Henrique Cardoso está certíssimo. Michel Temer não possui mais legitimidade nem credibilidade para governar o país. Sair seria mais que um gesto de grandeza, seria um ato de inteligência de sua parte. JOSE WALTER MOTA MATOS (Pouso Alegre, MG) * O ex-presidente FHC pede grandeza ao atual ocupante da Presidência do país. Dois fatos causam-me estranheza: primeiro, o de pedir grandeza a alguém que conspirou e traiu a presidente de quem foi vice. Segundo, como pode FHC, que por meio de métodos não ortodoxos mudou a Constituição do país, instituindo a fórmula da reeleição, pedir isso?! JAYME KOPELMAN (São Paulo, SP) * Apoio a eleição direta para presidente da República. O ex-presidente FHC fez um apelo para que Temer renuncie. A questão é que o Congresso não tem legitimidade para eleger um novo presidente, da mesma forma que não tem para votar reformas impopulares, como a trabalhista e a previdenciária. O povo —sociedade brasileira, trabalhadores— precisa ter a oportunidade de manifestar a sua vontade, pois está sendo excluído de todas as decisões que lhe dizem respeito e que afetam a sua vida. LUIZ ANTONIO MEDEIROS, fundador da Força Sindical (São Paulo, SP) * Concordo com o apelo do presidente Fernando Henrique Cardoso que, tal como tenho dito, propõe ao presidente Michel Temer que renuncie e lidere um processo de eleições diretas para presidente e de renovação do Congresso Nacional. Será um gesto de grandeza, que terá o apoio da maioria do povo. O presidente eleito diretamente terá condições de tornar realidade a renda básica de cidadania, tão importante quanto a abolição da escravidão e o sufrágio universal. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, vereador (PT-SP) (São Paulo, SP) * Nicolau Maquiavel, no livro "O Príncipe", assevera que um governo só é viável pelo equilíbrio entre a "fortuna", ou seja, a circunstância conjuntural, que pode ser favorável ou não, e a "virtù", que é a assertividade do governante diante da "fortuna". O presidente Michel Temer, apesar da economia em frangalhos e das acusações de corrupção, mantém-se obcecado pelo poder, ignorando a lição do genial italiano, baluarte da ciência política. Lá da Florença medieval alguém brada: "Renuncie já, Temer!" TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG) - DATAFOLHA Com base na pesquisa realizada pelo Datafolha sobre as intenções de voto para presidente em 2018, vemos que o eleitor brasileiro não tem noção nenhuma do que acontece no país. Vai ser difícil mudar os rumos do Brasil se não houver uma completa renovação da política brasileira. A pesquisa desanima quem gostaria de ver todos que estão aí defenestrados do poder. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * Olhando a relação de candidatos, uma coisa é certa: o futuro é triste e caro. JOSE PAULO BOGOSSIAN (São Paulo, SP) * Se Lula vencer, a culpa será da direita. E, se a direita vencer, a culpa será do PT. Explica-se: a direita ataca Lula não por questões éticas (pois ela sempre foi corrupta), e sim por preconceito social e ódio ideológico, e confunde justiça com vingança, o que acaba fazendo com que Lula saia como vítima de perseguição. Já o PT sempre atacou a corrupção da direita, mas quando chegou ao poder aliou-se a parte dela e reproduziu suas práticas. Ou seja, o PT e a direita se alimentam um do outro. HENRIQUE CAVALLEIRO (Brasília, DF) * Irresponsabilidade muito grande dos grandes veículos de comunicação em divulgar pesquisas de intenção de voto quase um ano antes da eleição. É obvio que a população desempregada, que não possui mais auxílios do governo atual, quer Lula de volta. Mas será que ela sabe que o Brasil possuía uma reserva que foi exaurida durante seu mandato de oito anos? E que esse é o principal motivo de estarmos passando por este momento econômico lamentável? RAFAELA ALVES F. DA SILVA (São Carlos, SP) - UM MUNDO DE MUROS Imagino que grande parte dos brasileiros já tinha uma certa noção do que acontecia, mas não sabia com tantos detalhes quanto a cobertura da Folha foi capaz de revelar que a demonização dos estrangeiros mexicanos nos EUA vem de outrora. A sombra da barreira que divide vidas e famílias: México, tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante. GUILHERME RABELO (Curitiba, PR) - CENTRO DE SÃO PAULO Ótima a entrevista com o presidente da Porto Seguro, empresa que valoriza e investe no centro velho de São Paulo. Muito ajudaria se o governo do Estado abandonasse o gélido Morumbi e voltasse para o magnífico Palácio dos Campos Elíseos, sua sede até 1965. JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
paineldoleitor
Leitores comentam denúncia da PGR contra o presidente Michel TemerGOVERNO ENCURRALADO Se realmente o poder emana do povo, cabe a nós agora acompanhar e anotar o nome de cada parlamentar (e de seu partido) que votar contra a abertura do processo. Afinal, as provas são irrefutáveis e o brasileiro trabalha muito para pagar impostos. Vamos anotar o nome dos infiéis do povo. FRANCISCO MACIEL (Recife, PE) * A votação no Congresso, com transmissão ao vivo, identificará aqueles que, num passado recente, votaram "contra a corrupção, pela família e por Deus". De que maneira esses valorosos defensores da ética e da moralidade se posicionarão agora? GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP) * O presidente falhou, e, se, o Congresso autorizar o recebimento da denúncia, vai se tornar réu, fato inédito em relação à autoridade máxima do país. Lamentável. Por outro lado, não é possível olvidar as benesses recebidas pelos empresários que, em razão da delação homologada e ratificada pelo STF, permanecerão livres e soltos. NESTOR PEREIRA (Guarapari, ES) * Pertinente o texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A análise é rigorosa e bem respaldada na realidade; a conclusão é inescapável. Resta o problema do passivo do autor. Sua reeleição ainda é um fato mal resolvido e, mesmo considerando valoroso o seu segundo mandato, ele foi o resultado de uma quebra de contrato oriunda de relações de poder no mínimo duvidosas. Que FHC se explique, para além de qualquer dúvida, ou se redima das tentações da vaidade humana. GUSTAVO A. J. AMARANTE (São Paulo, SP) * Fernando Henrique Cardoso está certíssimo. Michel Temer não possui mais legitimidade nem credibilidade para governar o país. Sair seria mais que um gesto de grandeza, seria um ato de inteligência de sua parte. JOSE WALTER MOTA MATOS (Pouso Alegre, MG) * O ex-presidente FHC pede grandeza ao atual ocupante da Presidência do país. Dois fatos causam-me estranheza: primeiro, o de pedir grandeza a alguém que conspirou e traiu a presidente de quem foi vice. Segundo, como pode FHC, que por meio de métodos não ortodoxos mudou a Constituição do país, instituindo a fórmula da reeleição, pedir isso?! JAYME KOPELMAN (São Paulo, SP) * Apoio a eleição direta para presidente da República. O ex-presidente FHC fez um apelo para que Temer renuncie. A questão é que o Congresso não tem legitimidade para eleger um novo presidente, da mesma forma que não tem para votar reformas impopulares, como a trabalhista e a previdenciária. O povo —sociedade brasileira, trabalhadores— precisa ter a oportunidade de manifestar a sua vontade, pois está sendo excluído de todas as decisões que lhe dizem respeito e que afetam a sua vida. LUIZ ANTONIO MEDEIROS, fundador da Força Sindical (São Paulo, SP) * Concordo com o apelo do presidente Fernando Henrique Cardoso que, tal como tenho dito, propõe ao presidente Michel Temer que renuncie e lidere um processo de eleições diretas para presidente e de renovação do Congresso Nacional. Será um gesto de grandeza, que terá o apoio da maioria do povo. O presidente eleito diretamente terá condições de tornar realidade a renda básica de cidadania, tão importante quanto a abolição da escravidão e o sufrágio universal. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, vereador (PT-SP) (São Paulo, SP) * Nicolau Maquiavel, no livro "O Príncipe", assevera que um governo só é viável pelo equilíbrio entre a "fortuna", ou seja, a circunstância conjuntural, que pode ser favorável ou não, e a "virtù", que é a assertividade do governante diante da "fortuna". O presidente Michel Temer, apesar da economia em frangalhos e das acusações de corrupção, mantém-se obcecado pelo poder, ignorando a lição do genial italiano, baluarte da ciência política. Lá da Florença medieval alguém brada: "Renuncie já, Temer!" TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG) - DATAFOLHA Com base na pesquisa realizada pelo Datafolha sobre as intenções de voto para presidente em 2018, vemos que o eleitor brasileiro não tem noção nenhuma do que acontece no país. Vai ser difícil mudar os rumos do Brasil se não houver uma completa renovação da política brasileira. A pesquisa desanima quem gostaria de ver todos que estão aí defenestrados do poder. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * Olhando a relação de candidatos, uma coisa é certa: o futuro é triste e caro. JOSE PAULO BOGOSSIAN (São Paulo, SP) * Se Lula vencer, a culpa será da direita. E, se a direita vencer, a culpa será do PT. Explica-se: a direita ataca Lula não por questões éticas (pois ela sempre foi corrupta), e sim por preconceito social e ódio ideológico, e confunde justiça com vingança, o que acaba fazendo com que Lula saia como vítima de perseguição. Já o PT sempre atacou a corrupção da direita, mas quando chegou ao poder aliou-se a parte dela e reproduziu suas práticas. Ou seja, o PT e a direita se alimentam um do outro. HENRIQUE CAVALLEIRO (Brasília, DF) * Irresponsabilidade muito grande dos grandes veículos de comunicação em divulgar pesquisas de intenção de voto quase um ano antes da eleição. É obvio que a população desempregada, que não possui mais auxílios do governo atual, quer Lula de volta. Mas será que ela sabe que o Brasil possuía uma reserva que foi exaurida durante seu mandato de oito anos? E que esse é o principal motivo de estarmos passando por este momento econômico lamentável? RAFAELA ALVES F. DA SILVA (São Carlos, SP) - UM MUNDO DE MUROS Imagino que grande parte dos brasileiros já tinha uma certa noção do que acontecia, mas não sabia com tantos detalhes quanto a cobertura da Folha foi capaz de revelar que a demonização dos estrangeiros mexicanos nos EUA vem de outrora. A sombra da barreira que divide vidas e famílias: México, tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante. GUILHERME RABELO (Curitiba, PR) - CENTRO DE SÃO PAULO Ótima a entrevista com o presidente da Porto Seguro, empresa que valoriza e investe no centro velho de São Paulo. Muito ajudaria se o governo do Estado abandonasse o gélido Morumbi e voltasse para o magnífico Palácio dos Campos Elíseos, sua sede até 1965. JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
16
Opositor Henrique Capriles diz que perdeu direitos políticos na Venezuela
A Controladoria-Geral da Venezuela determinou na quinta-feira (6) a cassação por 15 anos dos direitos políticos de Henrique Capriles, um dos principais dirigentes contrários a Nicolás Maduro e nome mais cotado da oposição para as eleições de 2018. A inabilitação deverá acirrar mais a briga política entre o governo chavista e seus rivais, que esquentou nos últimos dez dias, e ser mais um motivo para os protestos opositores deste sábado (8). Governador do Estado de Miranda, Capriles foi notificado nesta sexta-feira (7). Em discurso, ele disse que continuará em seu cargo e chamou os responsáveis pela decisão de "paramilitares políticos". "Enfiem a cassação naquele lugar onde não entra luz", disse. "O único inabilitado neste país é Nicolás Maduro". A declaração foi feita ao lado de líderes de outros partidos da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), a quem pediu união. "Hoje mais do que nunca temos que lutar. Para essa minoria [o governo] não sobra mais que estas instituições sequestradas. Tudo isso não passa de um autogolpe". Desde fevereiro, ex-presidenciável era investigado pela Controladoria-Geral sobre a suspeita de ter recebido propina da Odebrecht para entregar obras do Estado que governa à empreiteira. O órgão determinou que ele também pagasse uma multa por ter alterado ilegalmente o orçamento de Miranda. Na terça (4), o ministro do Interior, Néstor Reverol, abriu um processo contra Capriles por envolvimento na violência nos protestos e por permitir o bloqueio de estradas. Dois dias depois, foi ameaçado de ser preso por chavistas. Um deles, Freddy Bernal, disse que o opositor acabaria "em um calabouço com Leopoldo López", opositor condenado a quase 14 anos de prisão sob a acusação de incitar a violência nos protestos contra Maduro em 2014. A punição ao governador foi repudiada pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que deseja suspender a Venezuela por considerar que o governo rompeu com a Carta Democrática Interamericana. "O único que tira direitos políticos é o povo e mediante as eleições. Trata-se de uma medida típica de uma ditadura que viola os direitos civis e políticos", disse. Em nota, o governo brasileiro considerou a cassação "uma grave violação das garantias e liberdades fundamentais" e pediu a restauração das instituições democráticas na Venezuela. ELEIÇÕES Capriles perde os direitos políticos às vésperas da eleição para governadores e prefeitos, adiadas duas vezes. Na última, em fevereiro, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) abriu um processo de revalidação dos partidos. Agora, a previsão é que o pleito aconteça no segundo semestre. Para a oposição, o governo adia a votação pelo risco de derrota –a rejeição a Nicolás Maduro é de 70%. A suspeita de ter sido uma decisão direta do governo cresce porque o controlador-geral, Miguel Galindo, é padrinho de um dos filhos de Cilia Flores, mulher de Maduro, e foi indicado pelo presidente ao cargo em 2014. O recurso de cassar os direitos políticos foi usado pelo chavismo em 2015, quando cinco opositores foram impedidos de se candidatar. A estratégia, porém, não evitou a derrota na eleição.
mundo
Opositor Henrique Capriles diz que perdeu direitos políticos na VenezuelaA Controladoria-Geral da Venezuela determinou na quinta-feira (6) a cassação por 15 anos dos direitos políticos de Henrique Capriles, um dos principais dirigentes contrários a Nicolás Maduro e nome mais cotado da oposição para as eleições de 2018. A inabilitação deverá acirrar mais a briga política entre o governo chavista e seus rivais, que esquentou nos últimos dez dias, e ser mais um motivo para os protestos opositores deste sábado (8). Governador do Estado de Miranda, Capriles foi notificado nesta sexta-feira (7). Em discurso, ele disse que continuará em seu cargo e chamou os responsáveis pela decisão de "paramilitares políticos". "Enfiem a cassação naquele lugar onde não entra luz", disse. "O único inabilitado neste país é Nicolás Maduro". A declaração foi feita ao lado de líderes de outros partidos da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), a quem pediu união. "Hoje mais do que nunca temos que lutar. Para essa minoria [o governo] não sobra mais que estas instituições sequestradas. Tudo isso não passa de um autogolpe". Desde fevereiro, ex-presidenciável era investigado pela Controladoria-Geral sobre a suspeita de ter recebido propina da Odebrecht para entregar obras do Estado que governa à empreiteira. O órgão determinou que ele também pagasse uma multa por ter alterado ilegalmente o orçamento de Miranda. Na terça (4), o ministro do Interior, Néstor Reverol, abriu um processo contra Capriles por envolvimento na violência nos protestos e por permitir o bloqueio de estradas. Dois dias depois, foi ameaçado de ser preso por chavistas. Um deles, Freddy Bernal, disse que o opositor acabaria "em um calabouço com Leopoldo López", opositor condenado a quase 14 anos de prisão sob a acusação de incitar a violência nos protestos contra Maduro em 2014. A punição ao governador foi repudiada pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que deseja suspender a Venezuela por considerar que o governo rompeu com a Carta Democrática Interamericana. "O único que tira direitos políticos é o povo e mediante as eleições. Trata-se de uma medida típica de uma ditadura que viola os direitos civis e políticos", disse. Em nota, o governo brasileiro considerou a cassação "uma grave violação das garantias e liberdades fundamentais" e pediu a restauração das instituições democráticas na Venezuela. ELEIÇÕES Capriles perde os direitos políticos às vésperas da eleição para governadores e prefeitos, adiadas duas vezes. Na última, em fevereiro, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) abriu um processo de revalidação dos partidos. Agora, a previsão é que o pleito aconteça no segundo semestre. Para a oposição, o governo adia a votação pelo risco de derrota –a rejeição a Nicolás Maduro é de 70%. A suspeita de ter sido uma decisão direta do governo cresce porque o controlador-geral, Miguel Galindo, é padrinho de um dos filhos de Cilia Flores, mulher de Maduro, e foi indicado pelo presidente ao cargo em 2014. O recurso de cassar os direitos políticos foi usado pelo chavismo em 2015, quando cinco opositores foram impedidos de se candidatar. A estratégia, porém, não evitou a derrota na eleição.
3
Marissa Mayer, presidente do Yahoo!, dá à luz gêmeas
A presidente-executiva do Yahoo!, Marissa Mayer, anunciou nesta quinta-feira (11) ter dado à luz meninas gêmeas. Mayer deu a notícia pelo Twitter e por meio da plataforma de blogs Tumblr, que pertence à companhia que comanda, com seu marido, Zach Bogue. "Zack e eu estamos entusiasmados em anunciar que nossas gêmeas idênticas chegaram! Elas nasceram nesta manhã", afirmou no blog. "Nossa família está indo muito bem! Obrigada a todos por todo o apoio e pensamentos positivos durante toda a minha gravidez." A notícia acontece apenas um dia depois de Mayer anunciar uma mudança de estratégia para o Yahoo!, mantendo sua participação no gigante chinês de comércio on-line Alibaba da China. O plano revisto visa a aliviar a hesitação sobre um grande impacto lei fiscal sobre o Yahoo! com a venda de ações da Alibaba, mas também cria novas incertezas para a empresa de tecnologia e levanta questões sobre a possibilidade de sua venda. Mayer faz parte da lista das 22 mulheres mais poderosas pela revista "Forbes". Ela também é uma das executivas mais bem-pagas, recendo US$ 42 milhões até o ano passado, incluindo opções de ações. Desde que chegou ao Yahoo!, em 2012, impulsionou a licença maternidade da empresa para 16 semanas, mas só precisou de duas depois do nascimento de seu primeiro filho em 2012, causando aplausos e críticas. Quando anunciou a gravidez de gêmeos, a executiva indicou que ficaria afastada por um prazo limitado e que não deixaria de trabalhar enquanto isso.
tec
Marissa Mayer, presidente do Yahoo!, dá à luz gêmeasA presidente-executiva do Yahoo!, Marissa Mayer, anunciou nesta quinta-feira (11) ter dado à luz meninas gêmeas. Mayer deu a notícia pelo Twitter e por meio da plataforma de blogs Tumblr, que pertence à companhia que comanda, com seu marido, Zach Bogue. "Zack e eu estamos entusiasmados em anunciar que nossas gêmeas idênticas chegaram! Elas nasceram nesta manhã", afirmou no blog. "Nossa família está indo muito bem! Obrigada a todos por todo o apoio e pensamentos positivos durante toda a minha gravidez." A notícia acontece apenas um dia depois de Mayer anunciar uma mudança de estratégia para o Yahoo!, mantendo sua participação no gigante chinês de comércio on-line Alibaba da China. O plano revisto visa a aliviar a hesitação sobre um grande impacto lei fiscal sobre o Yahoo! com a venda de ações da Alibaba, mas também cria novas incertezas para a empresa de tecnologia e levanta questões sobre a possibilidade de sua venda. Mayer faz parte da lista das 22 mulheres mais poderosas pela revista "Forbes". Ela também é uma das executivas mais bem-pagas, recendo US$ 42 milhões até o ano passado, incluindo opções de ações. Desde que chegou ao Yahoo!, em 2012, impulsionou a licença maternidade da empresa para 16 semanas, mas só precisou de duas depois do nascimento de seu primeiro filho em 2012, causando aplausos e críticas. Quando anunciou a gravidez de gêmeos, a executiva indicou que ficaria afastada por um prazo limitado e que não deixaria de trabalhar enquanto isso.
5
Receita libera consulta a lote residual do IR de 2008 a 2016 nesta quarta
A Receita Federal abre nesta quarta-feira (8) consulta para lote residual do Imposto de Renda dos anos de 2008 a 2016. Quem ficou na malha-fina no ano passado e já corrigiu pendências poderá receber a restituição no próximo dia 15. Segundo o fisco, 115,8 mil contribuintes devem ser contemplados com restituição total de R$ 250 milhões. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar o site da Receita, ou ligar para o Receitafone, no número 146. O dinheiro é depositado na agência bancária indicada pelo contribuinte ao fazer a declaração. O valor é corrigido pela Selic (taxa básica de juros), mas, após cair na conta, não recebe nenhuma atualização. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, pelo link fornecido acima. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
mercado
Receita libera consulta a lote residual do IR de 2008 a 2016 nesta quartaA Receita Federal abre nesta quarta-feira (8) consulta para lote residual do Imposto de Renda dos anos de 2008 a 2016. Quem ficou na malha-fina no ano passado e já corrigiu pendências poderá receber a restituição no próximo dia 15. Segundo o fisco, 115,8 mil contribuintes devem ser contemplados com restituição total de R$ 250 milhões. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar o site da Receita, ou ligar para o Receitafone, no número 146. O dinheiro é depositado na agência bancária indicada pelo contribuinte ao fazer a declaração. O valor é corrigido pela Selic (taxa básica de juros), mas, após cair na conta, não recebe nenhuma atualização. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, pelo link fornecido acima. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
2
Apresentado, Maicon diz que pretende ficar no São Paulo até o fim do ano
O zagueiro Maicon, 27, a mais nova contratação do São Paulo, foi apresentado nesta quinta-feira (18) no centro de treinamento da equipe. Ele chega com contrato de empréstimo apenas até o final de junho, e não há garantias de que jogue possíveis semifinal e final da Libertadores. No entanto, Maicon afirmou que a sua vontade é continuar no clube pelo menos até o fim de 2016. "Não vim para disputar só a Libertadores. Vim disputar o Paulista e o Brasileiro. Meu objetivo não é ficar até final de junho, mas até final de dezembro", afirmou o zagueiro. Maicon foi revelado pelo Cruzeiro, mas atua no futebol português desde 2008, quando foi contratado pelo Nacional. Em entrevista coletiva, o jogador falou sobre as suas características e o que o torcedor são-paulino pode esperar. "Sou alto e rápido. Gosto de trombar, de um contra um, de combater, de treinar bem e dar o máximo nos jogos", afirmou. O zagueiro, que tem 1,91 m de altura, foi contratado junto ao Porto, onde se destacou e chegou ao posto de capitão. Pelo time português foram 190 partidas e sete títulos –entre eles uma Liga Europa e três campeonatos portugueses. Em 2012, ele foi eleito o melhor jogador do clube na temporada, mas, no começo deste ano, envolveu-se em uma polêmica e acabou afastado. Após ele ter sentido lesão na coxa esquerda e deixado uma partida, familiares do jogador criticaram o departamento médico do clube português. Com o afastamento, surgiu a oportunidade de o São Paulo trazê-lo por pouco mais de quatro meses. O zagueiro ainda não deve fazer a sua estreia no jogo contra o Rio Claro, neste domingo (21), às 17h, no Pacaembu. Mercado da bola
esporte
Apresentado, Maicon diz que pretende ficar no São Paulo até o fim do anoO zagueiro Maicon, 27, a mais nova contratação do São Paulo, foi apresentado nesta quinta-feira (18) no centro de treinamento da equipe. Ele chega com contrato de empréstimo apenas até o final de junho, e não há garantias de que jogue possíveis semifinal e final da Libertadores. No entanto, Maicon afirmou que a sua vontade é continuar no clube pelo menos até o fim de 2016. "Não vim para disputar só a Libertadores. Vim disputar o Paulista e o Brasileiro. Meu objetivo não é ficar até final de junho, mas até final de dezembro", afirmou o zagueiro. Maicon foi revelado pelo Cruzeiro, mas atua no futebol português desde 2008, quando foi contratado pelo Nacional. Em entrevista coletiva, o jogador falou sobre as suas características e o que o torcedor são-paulino pode esperar. "Sou alto e rápido. Gosto de trombar, de um contra um, de combater, de treinar bem e dar o máximo nos jogos", afirmou. O zagueiro, que tem 1,91 m de altura, foi contratado junto ao Porto, onde se destacou e chegou ao posto de capitão. Pelo time português foram 190 partidas e sete títulos –entre eles uma Liga Europa e três campeonatos portugueses. Em 2012, ele foi eleito o melhor jogador do clube na temporada, mas, no começo deste ano, envolveu-se em uma polêmica e acabou afastado. Após ele ter sentido lesão na coxa esquerda e deixado uma partida, familiares do jogador criticaram o departamento médico do clube português. Com o afastamento, surgiu a oportunidade de o São Paulo trazê-lo por pouco mais de quatro meses. O zagueiro ainda não deve fazer a sua estreia no jogo contra o Rio Claro, neste domingo (21), às 17h, no Pacaembu. Mercado da bola
4
Empresas agora dão atenção para consumidor que fala bem
Cerca de uma década depois do surgimento das redes sociais, as empresas já não temem como temiam as reclamações de consumidores. Nos primórdios das redes, qualquer comentário negativo virava uma crise de reputação a ser solucionada pelos marqueteiros de plantão. Era comum ver diretor de empresa respondendo pessoalmente a um consumidor com muitos amigos ou seguidores. "Continuamos respondendo todos os comentários, mas isso não assusta mais", afirma o diretor de marketing da construtora Tecnisa, Romeo Busarello. "O volume aumentou tanto que essa questão deixou de pertencer ao marketing e virou mais um canal de atendimento ao cliente." Empresas mais maduras no relacionamento com o cliente estão atualmente mais preocupadas em cultivar fãs e estabelecer um relacionamento que os façam se sentir ainda mais especiais. Na linguagem do marketing, esses fãs são chamados de "advogados da marca". Diferentemente de alguns blogueiros que são pagos para falar bem de um produto ou serviço, os advogados da marca não têm vínculo comercial. Mas eles têm acesso privilegiado a novos produtos ou serviços, testam e opinam antes de lançamentos e convivem com executivos. "O cerne é fazer a pessoa se sentir privilegiada. É transformar um fã em alguém que é ainda mais fiel e que acaba sendo um pilar de sustentação da marca", diz o professor de marketing digital da ESPM, Pedro Waengertner. Dentre aqueles que cultivam "advogados" estão as empresas de tecnologia Apple e Xiaomi e a Airbnb (de alugueis temporários). "O sucesso disso vem do fato de ser uma mídia conquistada. Não é mídia própria, nem mídia paga", diz Waengertner.
mercado
Empresas agora dão atenção para consumidor que fala bemCerca de uma década depois do surgimento das redes sociais, as empresas já não temem como temiam as reclamações de consumidores. Nos primórdios das redes, qualquer comentário negativo virava uma crise de reputação a ser solucionada pelos marqueteiros de plantão. Era comum ver diretor de empresa respondendo pessoalmente a um consumidor com muitos amigos ou seguidores. "Continuamos respondendo todos os comentários, mas isso não assusta mais", afirma o diretor de marketing da construtora Tecnisa, Romeo Busarello. "O volume aumentou tanto que essa questão deixou de pertencer ao marketing e virou mais um canal de atendimento ao cliente." Empresas mais maduras no relacionamento com o cliente estão atualmente mais preocupadas em cultivar fãs e estabelecer um relacionamento que os façam se sentir ainda mais especiais. Na linguagem do marketing, esses fãs são chamados de "advogados da marca". Diferentemente de alguns blogueiros que são pagos para falar bem de um produto ou serviço, os advogados da marca não têm vínculo comercial. Mas eles têm acesso privilegiado a novos produtos ou serviços, testam e opinam antes de lançamentos e convivem com executivos. "O cerne é fazer a pessoa se sentir privilegiada. É transformar um fã em alguém que é ainda mais fiel e que acaba sendo um pilar de sustentação da marca", diz o professor de marketing digital da ESPM, Pedro Waengertner. Dentre aqueles que cultivam "advogados" estão as empresas de tecnologia Apple e Xiaomi e a Airbnb (de alugueis temporários). "O sucesso disso vem do fato de ser uma mídia conquistada. Não é mídia própria, nem mídia paga", diz Waengertner.
2
Bill Clegg troca crônica da sarjeta pela ficção em 'Você Já Teve uma Família?'
O americano Bill Clegg, 45, falará nesta quinta-feira (30), em mesa com Irvine Welsh ("Trainspotting"), na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), sobre duas de suas façanhas. Primeira: a estreia na ficção com o romance "Você Já Teve uma Família?", que ficou entre os finalistas de dois grandes prêmios de literatura, o Man Booker e o National Book. Segunda: ele estar vivo para escrevê-la. Isso parecia improvável nos anos 2000, quando o promissor agente literário de Nova York se viciou em crack. Na época, dava entrada em hotéis com nomes falsos, acompanhado de prostitutos como Carlos, o "brasileiro escuro" que cobrava US$ 400 a hora. Quase toda noite, acabava de joelhos, curvado sobre o carpete, procurando restos de pedras da droga. Perdeu a dignidade, o emprego, o namorado e 20 kg –em cinco semanas, precisou furar três vezes um novo buraco no cinto. Chegou a tentar suicídio com vodca, crack e soníferos. Ficou desapontado quando acordou no hospital. O que Clegg conta à Folha não é segredo: está tudo nas memórias "Retrato de um Viciado Quando Jovem" e "Noventa Dias", publicadas pela Companhia das Letras de 2011 a 2013 –a primeira foi descrita como "'O Apanhador no Campo de Centeio' sob crack" pelo escritor Michael Cunningham, de "As Horas". A Clegg não incomoda a perspectiva de nunca se livrar do aposto de drogado (citado em dez entre dez reportagens, esta inclusa), independentemente de estar limpo há anos –recaídas, "só com pizza, massa e frango frito". Hoje ele segue tocando sua própria agência, num escritório na luxuosa Quinta Avenida de Manhattan. Dois outros convidados da Flip são seus clientes: o colega de mesa Welsh e Benjamin Moser, autor da biografia "Clarice". O agente já conhecia Lispector: "Minha última namorada antes do meu primeiro namorado era fã". Depois da derrocada pública –que virou fofoca em seu meio–, diz não ter "o luxo da privacidade". "E estou muito feliz com isso." "O maior risco, para mim, é esquecer o quão terrível foi viver aquilo. Sou um 'noia' nas minhas entranhas. Se pedir um drinque, à 0h estarei numa boca de crack." Nesse sentido, "Nova York é um museu da sua vida", diz. "Hoje mesmo passei por um prédio onde costumava me drogar." A arqueologia de seu vício passa por Sharon, cidade de Connecticut com menos 2.700 habitantes, onde o filho de piloto de avião cresceu. Ele acha que há "certa nostalgia e mitologia" sobre esses subúrbios parados no tempo, a "fantasia do 'era uma vez...', como se fossem mais virtuosos." A CASA EXPLODIU Sharon inspira seu primeiro romance, com todas as tensões sociais e raciais que tremulam junto com as bandeiras americanas fincadas em casas de cerca branca. A história começa com uma tragédia na fictícia Wells, contada pela ótica de 12 personagens, em esqueleto narrativo influenciado por William Faulkner. Uma delas é June, 52. Tudo o que ela tem é "a roupa do corpo e o casaco de linho que vestiu 18 dias atrás, quando fugiu de casa". Na véspera do casamento da filha Lolly, a casa da família explodiu. Morreram os noivos, o ex-marido de June e o atual namorado dela –negro e mais moço, para simultâneos horror e entretenimento das madames locais. Silas, 15, consumiu "em menos de uma semana" um saco de maconha no bong (aparelho para fumar ervas) vermelho que ganhou de presente do amigo Ethan. "A maior parte durante o trabalho, enquanto arrancava ervas daninhas em canteiros de flores e jardins de nova-iorquinos ricos." Rick levou aos bombeiros o bolo que a mãe preparou para a festa que nunca aconteceu. A receita era brasileira: coco com laranjas frescas. "Grande e liso, com aquelas bolinhas prateadas comestíveis espalhadas por cima e umas orquídeas roxas." O trio é uma amostra do universo imaginário de Clegg, embora o bolo replique a vida real: é o mesmo servido em seu casamento com um diretor de comunicação da rede ABC. Conheceu o marido em um centro LGBT, na rua 13 de Manhattan. "Ele se sentou ao meu lado. Achei que era muito jovem e bonito para mim. Fomos os primeiros gays a casar na nossa igreja episcopal." * NA PIOR COM WELSH Na Flip, o escocês Irvine Welsh, de "Trainspotting", se juntará a Bill Clegg na mesa Na Pior em Nova York e Edimburgo (batizada em homenagem ao livro "Na Pior em Paris e Londres", de George Orwell), na quinta-feira, às 21h30. * VOCÊ JÁ TEVE UMA FAMÍLIA? AUTOR Bill Clegg EDITORA Companhia das Letras TRADUÇÃO Rubens Figueiredo QUANTO R$ 44,90 (264 págs.) e R$ 30,90 (e-book)
ilustrada
Bill Clegg troca crônica da sarjeta pela ficção em 'Você Já Teve uma Família?'O americano Bill Clegg, 45, falará nesta quinta-feira (30), em mesa com Irvine Welsh ("Trainspotting"), na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), sobre duas de suas façanhas. Primeira: a estreia na ficção com o romance "Você Já Teve uma Família?", que ficou entre os finalistas de dois grandes prêmios de literatura, o Man Booker e o National Book. Segunda: ele estar vivo para escrevê-la. Isso parecia improvável nos anos 2000, quando o promissor agente literário de Nova York se viciou em crack. Na época, dava entrada em hotéis com nomes falsos, acompanhado de prostitutos como Carlos, o "brasileiro escuro" que cobrava US$ 400 a hora. Quase toda noite, acabava de joelhos, curvado sobre o carpete, procurando restos de pedras da droga. Perdeu a dignidade, o emprego, o namorado e 20 kg –em cinco semanas, precisou furar três vezes um novo buraco no cinto. Chegou a tentar suicídio com vodca, crack e soníferos. Ficou desapontado quando acordou no hospital. O que Clegg conta à Folha não é segredo: está tudo nas memórias "Retrato de um Viciado Quando Jovem" e "Noventa Dias", publicadas pela Companhia das Letras de 2011 a 2013 –a primeira foi descrita como "'O Apanhador no Campo de Centeio' sob crack" pelo escritor Michael Cunningham, de "As Horas". A Clegg não incomoda a perspectiva de nunca se livrar do aposto de drogado (citado em dez entre dez reportagens, esta inclusa), independentemente de estar limpo há anos –recaídas, "só com pizza, massa e frango frito". Hoje ele segue tocando sua própria agência, num escritório na luxuosa Quinta Avenida de Manhattan. Dois outros convidados da Flip são seus clientes: o colega de mesa Welsh e Benjamin Moser, autor da biografia "Clarice". O agente já conhecia Lispector: "Minha última namorada antes do meu primeiro namorado era fã". Depois da derrocada pública –que virou fofoca em seu meio–, diz não ter "o luxo da privacidade". "E estou muito feliz com isso." "O maior risco, para mim, é esquecer o quão terrível foi viver aquilo. Sou um 'noia' nas minhas entranhas. Se pedir um drinque, à 0h estarei numa boca de crack." Nesse sentido, "Nova York é um museu da sua vida", diz. "Hoje mesmo passei por um prédio onde costumava me drogar." A arqueologia de seu vício passa por Sharon, cidade de Connecticut com menos 2.700 habitantes, onde o filho de piloto de avião cresceu. Ele acha que há "certa nostalgia e mitologia" sobre esses subúrbios parados no tempo, a "fantasia do 'era uma vez...', como se fossem mais virtuosos." A CASA EXPLODIU Sharon inspira seu primeiro romance, com todas as tensões sociais e raciais que tremulam junto com as bandeiras americanas fincadas em casas de cerca branca. A história começa com uma tragédia na fictícia Wells, contada pela ótica de 12 personagens, em esqueleto narrativo influenciado por William Faulkner. Uma delas é June, 52. Tudo o que ela tem é "a roupa do corpo e o casaco de linho que vestiu 18 dias atrás, quando fugiu de casa". Na véspera do casamento da filha Lolly, a casa da família explodiu. Morreram os noivos, o ex-marido de June e o atual namorado dela –negro e mais moço, para simultâneos horror e entretenimento das madames locais. Silas, 15, consumiu "em menos de uma semana" um saco de maconha no bong (aparelho para fumar ervas) vermelho que ganhou de presente do amigo Ethan. "A maior parte durante o trabalho, enquanto arrancava ervas daninhas em canteiros de flores e jardins de nova-iorquinos ricos." Rick levou aos bombeiros o bolo que a mãe preparou para a festa que nunca aconteceu. A receita era brasileira: coco com laranjas frescas. "Grande e liso, com aquelas bolinhas prateadas comestíveis espalhadas por cima e umas orquídeas roxas." O trio é uma amostra do universo imaginário de Clegg, embora o bolo replique a vida real: é o mesmo servido em seu casamento com um diretor de comunicação da rede ABC. Conheceu o marido em um centro LGBT, na rua 13 de Manhattan. "Ele se sentou ao meu lado. Achei que era muito jovem e bonito para mim. Fomos os primeiros gays a casar na nossa igreja episcopal." * NA PIOR COM WELSH Na Flip, o escocês Irvine Welsh, de "Trainspotting", se juntará a Bill Clegg na mesa Na Pior em Nova York e Edimburgo (batizada em homenagem ao livro "Na Pior em Paris e Londres", de George Orwell), na quinta-feira, às 21h30. * VOCÊ JÁ TEVE UMA FAMÍLIA? AUTOR Bill Clegg EDITORA Companhia das Letras TRADUÇÃO Rubens Figueiredo QUANTO R$ 44,90 (264 págs.) e R$ 30,90 (e-book)
1
O papa Francisco e a cracolândia
A travesti me abordou na entrada do café na rua Helvetia. "Oi, linda, me dá R$ 8?" "R$ 8? Por que não R$ 5 nem R$ 10?" "É que eu quero tomar um banho. Custa R$ 8." A moça levantou um problema que, soube depois, o papa Francisco tinha resolvido. Quem mora na rua não tem onde tomar banho nem lavar as roupas. Os R$ 8 que vão chuveiro abaixo pagariam almoço e janta por quatro dias seguidos num restaurante Bom Prato, do governo do Estado. Como não há nem dinheiro nem torneiras sobrando por aí, os sem-casa estão condenados a andar sujos e a cheirar mal. Daí para que eles sejam considerados exemplo da degradação do centro de São Paulo é um pulo. Nas dezenas de entrevistas que fiz neste mês sobre a cidade, quase todos atribuíram aos mendigos a imagem ruim da região. Mas quem realmente vive ou trabalha no centro logo faz a ressalva: "É mais a sensação, nunca tive problemas; na segunda noite, a caminho do estacionamento, já estavam cumprimentando". Mesmo sem motivo real, o medo é causa concreta da dificuldade de revalorizar o centro. Para poder andar pela cidade e contemplar o que ela tem, "é preciso diminuir um pouco a atenção e voltar o olhar mais para a observação", disse em entrevista à Folha Fabio Luchetti, presidente da Porto Seguro, O grupo, cuja sede fica a duas quadras da cracolândia, abriu teatro e espaço cultural na região e criou uma associação para melhorar o bairro. "O estereótipo do usuário de drogas ou morador de rua também é deteriorado. Mas acaba criando um clima de insegurança que não estimula o indivíduo a querer curtir e estar lá." Não é difícil imaginar como esse estereótipo perderia força com mais água e sabão . Foi o que fez o papa Francisco: há dois anos, abriu banheiros gratuitos, com chuveiro. Em abril deste ano, uma lavanderia com seis máquinas de lavar e secar roupas, detergente, ferros de passar e amaciante, de graça. Por aqui, alguns tanques, sabão em barra e um varal já bastavam. Não para resolver o complexo problema dos moradores de rua e muito menos o dos usuários de drogas, mas trariam mais saúde e bem-estar. Assim como gentileza gera gentileza, bem-estar gera bem-estar. Desarma os ânimos, reduz a desconfiança e pode ser um primeiro pequeno passo para trazer mais vida à região.
colunas
O papa Francisco e a cracolândiaA travesti me abordou na entrada do café na rua Helvetia. "Oi, linda, me dá R$ 8?" "R$ 8? Por que não R$ 5 nem R$ 10?" "É que eu quero tomar um banho. Custa R$ 8." A moça levantou um problema que, soube depois, o papa Francisco tinha resolvido. Quem mora na rua não tem onde tomar banho nem lavar as roupas. Os R$ 8 que vão chuveiro abaixo pagariam almoço e janta por quatro dias seguidos num restaurante Bom Prato, do governo do Estado. Como não há nem dinheiro nem torneiras sobrando por aí, os sem-casa estão condenados a andar sujos e a cheirar mal. Daí para que eles sejam considerados exemplo da degradação do centro de São Paulo é um pulo. Nas dezenas de entrevistas que fiz neste mês sobre a cidade, quase todos atribuíram aos mendigos a imagem ruim da região. Mas quem realmente vive ou trabalha no centro logo faz a ressalva: "É mais a sensação, nunca tive problemas; na segunda noite, a caminho do estacionamento, já estavam cumprimentando". Mesmo sem motivo real, o medo é causa concreta da dificuldade de revalorizar o centro. Para poder andar pela cidade e contemplar o que ela tem, "é preciso diminuir um pouco a atenção e voltar o olhar mais para a observação", disse em entrevista à Folha Fabio Luchetti, presidente da Porto Seguro, O grupo, cuja sede fica a duas quadras da cracolândia, abriu teatro e espaço cultural na região e criou uma associação para melhorar o bairro. "O estereótipo do usuário de drogas ou morador de rua também é deteriorado. Mas acaba criando um clima de insegurança que não estimula o indivíduo a querer curtir e estar lá." Não é difícil imaginar como esse estereótipo perderia força com mais água e sabão . Foi o que fez o papa Francisco: há dois anos, abriu banheiros gratuitos, com chuveiro. Em abril deste ano, uma lavanderia com seis máquinas de lavar e secar roupas, detergente, ferros de passar e amaciante, de graça. Por aqui, alguns tanques, sabão em barra e um varal já bastavam. Não para resolver o complexo problema dos moradores de rua e muito menos o dos usuários de drogas, mas trariam mais saúde e bem-estar. Assim como gentileza gera gentileza, bem-estar gera bem-estar. Desarma os ânimos, reduz a desconfiança e pode ser um primeiro pequeno passo para trazer mais vida à região.
10
Avianca Brasil terá internet em voos e diz que receberá A320neo em outubro
A Avianca Brasil afirmou neste quarta-feira (21) que a primeira aeronave Airbus A320neo a ser incorporada na frota da companhia será entregue em 10 de outubro, dentro do plano estratégico da empresa, que prevê ainda a entrega de mais um avião do mesmo modelo até o fim do ano. De acordo com o presidente do conselho de administração da companhia aérea, José Efromovich, a Avianca Brasil é a primeira empresa do setor a operar o A320neo na América do Sul. Em julho, a Synergy Aerospace Corporation, maior acionista do grupo Avianca, anunciou acordo com a Airbus para compra de 62 aviões A320neo, em uma transação avaliada em cerca de US$ 6,7 bilhões, segundo preços de tabela do avião. A informação sobre a chegada da aeronave foi dada em coletiva à imprensa nesta quarta-feira em que a Avianca Brasil anunciou que passará a oferecer acesso à internet em seus aviões, em serviço realizado em parceria com a Global Eagle Entertainment (GEE). O serviço de conectividade será gratuito durante os três primeiros meses, quando a empresa fará pesquisas junto a passageiros. Ainda conforme a Avianca, a modificação das aeronaves será feita gradualmente, com o serviço ficando disponível em 80% da frota até o final de 2017. A empresa não informou o valor que pretende cobrar pelo acesso após o período de teste. A empresa disse não ver sinais claros de recuperação na demanda por voos no país no final do ano, segundo o presidente-executivo da empresa, Frederico Pedreira. "Daqui para frente no ano o que eu posso dizer é que há primeiros sinais, não de retomada, mas que parece q pelo menos o mercado deixou de cair como estava caindo", afirmou o executivo durante evento da empresa. "Neste momento nós não estamos ainda vendo sinais claros de retomada", acrescentou.
mercado
Avianca Brasil terá internet em voos e diz que receberá A320neo em outubroA Avianca Brasil afirmou neste quarta-feira (21) que a primeira aeronave Airbus A320neo a ser incorporada na frota da companhia será entregue em 10 de outubro, dentro do plano estratégico da empresa, que prevê ainda a entrega de mais um avião do mesmo modelo até o fim do ano. De acordo com o presidente do conselho de administração da companhia aérea, José Efromovich, a Avianca Brasil é a primeira empresa do setor a operar o A320neo na América do Sul. Em julho, a Synergy Aerospace Corporation, maior acionista do grupo Avianca, anunciou acordo com a Airbus para compra de 62 aviões A320neo, em uma transação avaliada em cerca de US$ 6,7 bilhões, segundo preços de tabela do avião. A informação sobre a chegada da aeronave foi dada em coletiva à imprensa nesta quarta-feira em que a Avianca Brasil anunciou que passará a oferecer acesso à internet em seus aviões, em serviço realizado em parceria com a Global Eagle Entertainment (GEE). O serviço de conectividade será gratuito durante os três primeiros meses, quando a empresa fará pesquisas junto a passageiros. Ainda conforme a Avianca, a modificação das aeronaves será feita gradualmente, com o serviço ficando disponível em 80% da frota até o final de 2017. A empresa não informou o valor que pretende cobrar pelo acesso após o período de teste. A empresa disse não ver sinais claros de recuperação na demanda por voos no país no final do ano, segundo o presidente-executivo da empresa, Frederico Pedreira. "Daqui para frente no ano o que eu posso dizer é que há primeiros sinais, não de retomada, mas que parece q pelo menos o mercado deixou de cair como estava caindo", afirmou o executivo durante evento da empresa. "Neste momento nós não estamos ainda vendo sinais claros de retomada", acrescentou.
2
Mortes: Passava longe da fila preferencial
Há menos de dez anos, a bancária Carmen soube que, além de brasileira, também era alemã. A novidade veio quando um sobrinho que mora na Alemanha encontrou uma documentação que mostrava um registro de nascimento dela naquele país. Nascida em Curitiba, filha de pai alemão e de mãe do Azerbaijão, Carmen foi criada com os irmãos em uma colônia alemã no sul do Brasil. Os pais, missionários, vieram da Alemanha na década de 1930 para tocar uma igreja luterana pouco antes de Hitler começar a perseguir judeus e, entre outros, missionários. O casal registrou os filhos aqui e na Alemanha simultaneamente. A mãe morreu no Brasil e o pai voltou para a Alemanha na década de 70, onde morreu em seguida. Foi a fluência em alemão que levou Carmen a ser bancária. Ela atendia clientes de filiais de multinacionais alemãs em bancos como o antigo Lar Brasileiro. Acabou se casando, aos 33 anos, com um dos clientes –descendente de italiano. A paixão pelas finanças só não era maior do que o seu amor pela pintura a óleo, atividade na qual se debruçou após um acidente em 1993. Sem poder caminhar por quase um ano, ela passou a retratar, nas telas, cenas de sua infância. Expôs nos EUA, ganhou prêmios e fez da pintura uma segunda profissão. Só saía de casa maquiada, de salto e de saia. Gostava de estar entre jovens e não usava vaga de idoso ou fila preferencial. Amava o sol, caminhadas e viagens de avião. Morreu no dia 23, aos 76 anos, após lutar contra um câncer. Deixa o marido Lourenço, as filhas Mirela e Sabine, a irmã Dora e as amigas Nita e Luciene. coluna.obituario@grupofolha.com.br - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTE DOMINGO 7º DIA Arminda Parra - Neste domingo (31), às 19h, na igreja N. S. dos Prazeres, av. Gen. Ataliba Leonel, 3.013, Parada Inglesa. Alda Moreira Pereira Lima - Segunda (1º), às 20h, na igreja N. S da Saúde, r. Neste domingo (31)s de Moraes, 2.387, Vila Mariana. Nelson Daruj - Neste domingo (31), às 18h30, na igreja São Luis (Capela São José), av. Paulista, 2.378, Cerqueira César. Pedro Ferreira da Silva - Segunda (1º), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Walter Maria Flesch - Neste domingo (31), ao meio-dia, na igreja São Francisco de Assis, largo São Francisco, 133, centro. * 30º DIA Darcy Carvalho Magone - Neste domingo (31), às 18h, na igreja Santíssima Trindade, av. Marechal Fiuza de Castro, 861, Butantã. Nilton Previato - Neste domingo (31), às 10h30, na igreja Luterana da Paz, r. Verbo Divino, 1.392, Granja Julieta. * 40º DIA Sonia Semerdjian - Neste domingo (31), às 11h, na igreja Apostólica Armênia, av. Santos Dumont, 55. * 59º MÊS Fernando Cesar Novaes Galhano - Segunda (1º), às 7h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. * 6º ANO Aparecida Pagnozzi Pires - Neste domingo (31), às 18h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. * EM MEMÓRIA Elias Monteiro Lino - Nesta segunda (1º), na capela do hospital Mandaqui, r. Voluntários da Pátria, 4.301, Mandaqui. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ David Krasilchik - Neste domingo (31), às 11h, na set. R, q. 410, sep. 50. Frima Werdesheim - Neste domingo (31), às 10h30, na set. R, q. 405, sep. 110. Giuseppe Piha - Neste domingo (31), às 10h30, na set. R, q. 374, sep. 72. Liba Roizman - Neste domingo (31), às 10h30, na set. O, q. 330, sep. 47. Nechama Naparstek - Neste domingo (31), às 11h, na set. I, q. 115, sep. 23. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Estera Szpigel - Neste domingo (31), às 11h30, na set. O, q. 333, sep. 139. Ivetta Arippol Raccah - Neste domingo (31), ao meio-dia, na set. R, q. 401, sep. 152. Paulo Schwartz - Neste domingo (31), às 11h30, na set. O. q. 335, sep. 40. Sara Eizenman - Neste domingo (31), às 10h30, na set. L, q. 259, sep. 68. Tania Soirefman Faerman - Neste domingo (31), às 11h, na set. R, q. 398, sep. 152. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Louna Zaccai Saadia - Neste domingo (31), às 11h, na set. B, q. 19, sep. 57.
cotidiano
Mortes: Passava longe da fila preferencialHá menos de dez anos, a bancária Carmen soube que, além de brasileira, também era alemã. A novidade veio quando um sobrinho que mora na Alemanha encontrou uma documentação que mostrava um registro de nascimento dela naquele país. Nascida em Curitiba, filha de pai alemão e de mãe do Azerbaijão, Carmen foi criada com os irmãos em uma colônia alemã no sul do Brasil. Os pais, missionários, vieram da Alemanha na década de 1930 para tocar uma igreja luterana pouco antes de Hitler começar a perseguir judeus e, entre outros, missionários. O casal registrou os filhos aqui e na Alemanha simultaneamente. A mãe morreu no Brasil e o pai voltou para a Alemanha na década de 70, onde morreu em seguida. Foi a fluência em alemão que levou Carmen a ser bancária. Ela atendia clientes de filiais de multinacionais alemãs em bancos como o antigo Lar Brasileiro. Acabou se casando, aos 33 anos, com um dos clientes –descendente de italiano. A paixão pelas finanças só não era maior do que o seu amor pela pintura a óleo, atividade na qual se debruçou após um acidente em 1993. Sem poder caminhar por quase um ano, ela passou a retratar, nas telas, cenas de sua infância. Expôs nos EUA, ganhou prêmios e fez da pintura uma segunda profissão. Só saía de casa maquiada, de salto e de saia. Gostava de estar entre jovens e não usava vaga de idoso ou fila preferencial. Amava o sol, caminhadas e viagens de avião. Morreu no dia 23, aos 76 anos, após lutar contra um câncer. Deixa o marido Lourenço, as filhas Mirela e Sabine, a irmã Dora e as amigas Nita e Luciene. coluna.obituario@grupofolha.com.br - VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTE DOMINGO 7º DIA Arminda Parra - Neste domingo (31), às 19h, na igreja N. S. dos Prazeres, av. Gen. Ataliba Leonel, 3.013, Parada Inglesa. Alda Moreira Pereira Lima - Segunda (1º), às 20h, na igreja N. S da Saúde, r. Neste domingo (31)s de Moraes, 2.387, Vila Mariana. Nelson Daruj - Neste domingo (31), às 18h30, na igreja São Luis (Capela São José), av. Paulista, 2.378, Cerqueira César. Pedro Ferreira da Silva - Segunda (1º), ao meio-dia, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa. Walter Maria Flesch - Neste domingo (31), ao meio-dia, na igreja São Francisco de Assis, largo São Francisco, 133, centro. * 30º DIA Darcy Carvalho Magone - Neste domingo (31), às 18h, na igreja Santíssima Trindade, av. Marechal Fiuza de Castro, 861, Butantã. Nilton Previato - Neste domingo (31), às 10h30, na igreja Luterana da Paz, r. Verbo Divino, 1.392, Granja Julieta. * 40º DIA Sonia Semerdjian - Neste domingo (31), às 11h, na igreja Apostólica Armênia, av. Santos Dumont, 55. * 59º MÊS Fernando Cesar Novaes Galhano - Segunda (1º), às 7h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. * 6º ANO Aparecida Pagnozzi Pires - Neste domingo (31), às 18h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. * EM MEMÓRIA Elias Monteiro Lino - Nesta segunda (1º), na capela do hospital Mandaqui, r. Voluntários da Pátria, 4.301, Mandaqui. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ David Krasilchik - Neste domingo (31), às 11h, na set. R, q. 410, sep. 50. Frima Werdesheim - Neste domingo (31), às 10h30, na set. R, q. 405, sep. 110. Giuseppe Piha - Neste domingo (31), às 10h30, na set. R, q. 374, sep. 72. Liba Roizman - Neste domingo (31), às 10h30, na set. O, q. 330, sep. 47. Nechama Naparstek - Neste domingo (31), às 11h, na set. I, q. 115, sep. 23. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Estera Szpigel - Neste domingo (31), às 11h30, na set. O, q. 333, sep. 139. Ivetta Arippol Raccah - Neste domingo (31), ao meio-dia, na set. R, q. 401, sep. 152. Paulo Schwartz - Neste domingo (31), às 11h30, na set. O. q. 335, sep. 40. Sara Eizenman - Neste domingo (31), às 10h30, na set. L, q. 259, sep. 68. Tania Soirefman Faerman - Neste domingo (31), às 11h, na set. R, q. 398, sep. 152. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Louna Zaccai Saadia - Neste domingo (31), às 11h, na set. B, q. 19, sep. 57.
6
'Mulheres não ficarão caladas', diz brasileira após abuso na Tailândia
A atriz brasileira Bruna Fornasier, 25, planejou e economizou dinheiro para uma longa viagem sozinha pela Ásia, sonho que ela conseguiu concretizar em abril. Ao longo de um mês e meio, conheceu Hong Kong, Bali, Cingapura, Malásia e Tailândia. Tudo corria bem até a etapa tailandesa da viagem, quando Bruna foi vítima de um abuso sexual dentro do quarto do hostel onde estava hospedada. Com a ajuda das redes sociais, acabou conseguindo localizar o agressor e levá-lo à polícia –em um processo "lento e desgastante", que envolve também um desentendimento com o hostel onde o crime ocorreu. Bruna agora aguarda o desfecho de seu caso para decidir se prossegue sua viagem –antes da agressão, ela planejava ir da Tailândia para Laos, Vietnã e Camboja. Ela diz que resolveu buscar Justiça para evitar que o agressor saísse impune e continuasse a praticar abusos. * Leia seu depoimento à BBC Brasil: Estava fazendo uma viagem pelo sudeste asiático. Cheguei à Tailândia no dia 26 de maio e fui a um albergue que era super-renomado em todas as redes sociais, um "party hostel". Cada quarto tem cerca de 10 cubículos. As camas são fechadas nas laterais e só é possível a entrada e saída através de um acesso protegido por uma cortina, onde ficam os pés da cama. Saí naquela noite. Fui à uma festa e voltei sozinha ao albergue por volta de 1h da manhã. Deitei no meu cubículo e dormi. Acordei, assustada, quando senti um cara em cima de mim, colocando a mão dele dentro da minha vagina. Quando percebi o que estava acontecendo, gritei para ele sair. Ele disse que ia enfiar o pênis dentro de mim. Comecei a chutá-lo e ele saiu. Pela manhã, expliquei a uma pessoa encarregada do albergue que havia sido vítima de abuso sexual. Ela perguntou se eu queria ir à polícia, mas naquele momento eu estava abalada, queria desaparecer. O gerente foi chamado e eu pedi os dados do meu agressor, um indiano. Ele me pediu que eu preservasse o nome do albergue caso eu decidisse escrever nas redes sociais o que havia acontecido. Essa era a única preocupação dele. Fiquei indignada. Peguei minha mala e me hospedei em outro hotel. Contei o que havia acontecido à minha família e publiquei um post no Facebook relatando o abuso. Meu post repercutiu muito. Nunca imaginei que seria assim. Quando publiquei, minha intenção era de que todas as pessoas conhecidas soubessem do ocorrido. Queria transformar essa história horrível em um alerta para outras pessoas. Decidi formalizar a denúncia contra o abusador. Fui à polícia turística e encontrei uma oficial que me orientou a fazer a denúncia na delegacia. Da delegacia fui encaminhada ao hospital para fazer exames. O médico disse que minha vagina tinha um corte, estava um pouco inchada. Aquilo não provava nada, claro. Fui encaminhada a uma psiquiatra. Ela assinou um laudo que confirmava que eu havia sido vítima de abuso sexual. Isso permitiu que os policiais locais finalmente me levassem a sério. Prestei depoimento na delegacia por mais de cinco horas. Me perguntaram quantos dedos o cara colocou na minha vagina. A policial de turismo estava comigo e traduzia tudo. Foi um processo lento e desgastante. Por meio do Facebook, duas pessoas me alertaram terem visto o estuprador na ilha de Kho PhiPhi. Um deles tirou uma foto do agressor e me enviou o endereço onde ele estava hospedado. Passei as informações à polícia. Tremi e chorei. As redes sociais me salvaram. No dia seguinte, fui informada de que ele já estava sob custódia policial. Fui à delegacia acompanhada de três policiais mulheres. Tive que confirmar que aquele jovem sorridente que conversava com os oficiais tinha me violentado. Senti medo e repulsa e preferi que ele não me visse. No depoimento, ele teria dito que estava bêbado, que se sentou na beirada da minha cama e colocou a mão na minha perna e então eu lhe disse "vai embora, vai embora". Essa foi a versão dele. Ele insistiu em falar comigo na delegacia, mas não aceitei. A advogada do renomado albergue apareceu na delegacia e me informou que posso ser processada pela postagem feita no Facebook caso não cheguemos a um acordo. Eles alegam que o trabalho deles foi afetado pelo que eu disse. Mas foi a minha postagem que me permitiu encontrar meu agressor. Agora quero que o hostel pense em como agir para evitar que isso se repita, ou seja, usar o meu caso a favor da sociedade. O processo contra o meu agressor ainda está em andamento. Os oficiais me informaram que ele será levado à corte tailandesa e terá que ficar um mês preso. Se optar por pagar uma fiança de 200 mil baths, cerca de US$ 6.000, poderá aguardar em liberdade o julgamento, mas não poderá sair da ilha de Krabi nem do país. Depois de um mês ele será levado novamente à corte. Se assumir o que fez terá de cumprir uma pena. Não sabemos por quanto tempo. Se não assumir, terá de ficar em Krabi até que o caso seja resolvido. Para mim é uma vitória. Algumas pessoas disseram que seria muito difícil levar isso adiante porque eu não tinha testemunhas ou provas. Mas eu tinha que fazer alguma coisa, encorajar a outras mulheres que já passaram por isso ou alertar as que ainda serão vítimas de abuso. Não podemos ter vergonha de "o que as pessoas vão pensar de mim?", não. Somos vítimas. Eu poderia estar desmaiada de bêbada, pelada, não importa. Muita gente não conta ter sido vítima de abuso sexual e eu entendi o porquê. Foi muito sofrido. Porém, se nos mantivermos fortes, é possível. Denunciar pode inibir a ação de estupradores. Eles saberão que as mulheres já não ficarão caladas e eles terão de pagar pelo o que fazem. Acredito que denunciar ajuda, sim, a diminuir a cultura do estupro. Não podemos, além de ser vítimas, assumir um papel de terapeuta do agressor. Quanto mais a palavra estupro sair, mais ajudamos a romper o tabu de falar sobre isso. Quanto mais exposto, mais fácil será combater e caminhar contra a cultura da violação sexual.
cotidiano
'Mulheres não ficarão caladas', diz brasileira após abuso na TailândiaA atriz brasileira Bruna Fornasier, 25, planejou e economizou dinheiro para uma longa viagem sozinha pela Ásia, sonho que ela conseguiu concretizar em abril. Ao longo de um mês e meio, conheceu Hong Kong, Bali, Cingapura, Malásia e Tailândia. Tudo corria bem até a etapa tailandesa da viagem, quando Bruna foi vítima de um abuso sexual dentro do quarto do hostel onde estava hospedada. Com a ajuda das redes sociais, acabou conseguindo localizar o agressor e levá-lo à polícia –em um processo "lento e desgastante", que envolve também um desentendimento com o hostel onde o crime ocorreu. Bruna agora aguarda o desfecho de seu caso para decidir se prossegue sua viagem –antes da agressão, ela planejava ir da Tailândia para Laos, Vietnã e Camboja. Ela diz que resolveu buscar Justiça para evitar que o agressor saísse impune e continuasse a praticar abusos. * Leia seu depoimento à BBC Brasil: Estava fazendo uma viagem pelo sudeste asiático. Cheguei à Tailândia no dia 26 de maio e fui a um albergue que era super-renomado em todas as redes sociais, um "party hostel". Cada quarto tem cerca de 10 cubículos. As camas são fechadas nas laterais e só é possível a entrada e saída através de um acesso protegido por uma cortina, onde ficam os pés da cama. Saí naquela noite. Fui à uma festa e voltei sozinha ao albergue por volta de 1h da manhã. Deitei no meu cubículo e dormi. Acordei, assustada, quando senti um cara em cima de mim, colocando a mão dele dentro da minha vagina. Quando percebi o que estava acontecendo, gritei para ele sair. Ele disse que ia enfiar o pênis dentro de mim. Comecei a chutá-lo e ele saiu. Pela manhã, expliquei a uma pessoa encarregada do albergue que havia sido vítima de abuso sexual. Ela perguntou se eu queria ir à polícia, mas naquele momento eu estava abalada, queria desaparecer. O gerente foi chamado e eu pedi os dados do meu agressor, um indiano. Ele me pediu que eu preservasse o nome do albergue caso eu decidisse escrever nas redes sociais o que havia acontecido. Essa era a única preocupação dele. Fiquei indignada. Peguei minha mala e me hospedei em outro hotel. Contei o que havia acontecido à minha família e publiquei um post no Facebook relatando o abuso. Meu post repercutiu muito. Nunca imaginei que seria assim. Quando publiquei, minha intenção era de que todas as pessoas conhecidas soubessem do ocorrido. Queria transformar essa história horrível em um alerta para outras pessoas. Decidi formalizar a denúncia contra o abusador. Fui à polícia turística e encontrei uma oficial que me orientou a fazer a denúncia na delegacia. Da delegacia fui encaminhada ao hospital para fazer exames. O médico disse que minha vagina tinha um corte, estava um pouco inchada. Aquilo não provava nada, claro. Fui encaminhada a uma psiquiatra. Ela assinou um laudo que confirmava que eu havia sido vítima de abuso sexual. Isso permitiu que os policiais locais finalmente me levassem a sério. Prestei depoimento na delegacia por mais de cinco horas. Me perguntaram quantos dedos o cara colocou na minha vagina. A policial de turismo estava comigo e traduzia tudo. Foi um processo lento e desgastante. Por meio do Facebook, duas pessoas me alertaram terem visto o estuprador na ilha de Kho PhiPhi. Um deles tirou uma foto do agressor e me enviou o endereço onde ele estava hospedado. Passei as informações à polícia. Tremi e chorei. As redes sociais me salvaram. No dia seguinte, fui informada de que ele já estava sob custódia policial. Fui à delegacia acompanhada de três policiais mulheres. Tive que confirmar que aquele jovem sorridente que conversava com os oficiais tinha me violentado. Senti medo e repulsa e preferi que ele não me visse. No depoimento, ele teria dito que estava bêbado, que se sentou na beirada da minha cama e colocou a mão na minha perna e então eu lhe disse "vai embora, vai embora". Essa foi a versão dele. Ele insistiu em falar comigo na delegacia, mas não aceitei. A advogada do renomado albergue apareceu na delegacia e me informou que posso ser processada pela postagem feita no Facebook caso não cheguemos a um acordo. Eles alegam que o trabalho deles foi afetado pelo que eu disse. Mas foi a minha postagem que me permitiu encontrar meu agressor. Agora quero que o hostel pense em como agir para evitar que isso se repita, ou seja, usar o meu caso a favor da sociedade. O processo contra o meu agressor ainda está em andamento. Os oficiais me informaram que ele será levado à corte tailandesa e terá que ficar um mês preso. Se optar por pagar uma fiança de 200 mil baths, cerca de US$ 6.000, poderá aguardar em liberdade o julgamento, mas não poderá sair da ilha de Krabi nem do país. Depois de um mês ele será levado novamente à corte. Se assumir o que fez terá de cumprir uma pena. Não sabemos por quanto tempo. Se não assumir, terá de ficar em Krabi até que o caso seja resolvido. Para mim é uma vitória. Algumas pessoas disseram que seria muito difícil levar isso adiante porque eu não tinha testemunhas ou provas. Mas eu tinha que fazer alguma coisa, encorajar a outras mulheres que já passaram por isso ou alertar as que ainda serão vítimas de abuso. Não podemos ter vergonha de "o que as pessoas vão pensar de mim?", não. Somos vítimas. Eu poderia estar desmaiada de bêbada, pelada, não importa. Muita gente não conta ter sido vítima de abuso sexual e eu entendi o porquê. Foi muito sofrido. Porém, se nos mantivermos fortes, é possível. Denunciar pode inibir a ação de estupradores. Eles saberão que as mulheres já não ficarão caladas e eles terão de pagar pelo o que fazem. Acredito que denunciar ajuda, sim, a diminuir a cultura do estupro. Não podemos, além de ser vítimas, assumir um papel de terapeuta do agressor. Quanto mais a palavra estupro sair, mais ajudamos a romper o tabu de falar sobre isso. Quanto mais exposto, mais fácil será combater e caminhar contra a cultura da violação sexual.
6
Notícias falsas ameaçam imprensa, diz reitor de jornalismo de Columbia
A maior desafio do jornalismo não é encontrar um modelo viável de financiamento na era da internet, mas sim resistir aos ataques cada vez mais raivosos dos governos populistas contra a imprensa e à proliferação das "fake news". Essa é a opinião de Steve Coll, reitor da Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia em Nova York. Para ele, nunca houve uma campanha tão ostensiva de intimidação de jornalistas. E Coll aponta para a importância de desenvolver métodos para investigar e responsabilizar os novos donos do poder —nos dias de hoje, isso inclui fazer engenharia reversa dos algoritmos que determinam tantas decisões, seja nas redes sociais, empresas ou governos. Coll virá ao Brasil para participar do seminário internacional de jornalismo da ESPM-Columbia Journalism School, dia 9 de outubro, na ESPM. * Folha - Governos nos Estados Unidos e vários outros países têm assumido uma postura de antagonismo à mídia, com vários ataques a jornalistas. O senhor acha que isso é cíclico ou existe um ataque mais exacerbado desta vez? Steve Coll - Em toda a minha vida, nunca vi uma época com tantos ataques ao jornalismo profissional, nem na época do Watergate ou dos anos 60 nos EUA. Esses ataques são mais raivosos por causa das campanhas populistas de intimidação nos espaços digitais, além da poluição do ecossistema do jornalismo com notícias falsas fabricadas e propaganda digital sem mencionar os ataques do presidente (Donald) Trump e seus aliados. Espero que isso seja cíclico, que seja temporário o populismo que estamos vivendo neste país e o nacionalismo autoritário ao redor do mundo. Mas podemos estar diante de um período de trevas mais longo. Qual é a ameaça mais séria contra o jornalismo hoje, o ecossistema que o senhor menciona, com fake news e ataques de governos contra a imprensa, ou a dificuldade de encontrar um modelo para financiar o jornalismo? As ameaças econômicas são significativas, mas acho que o maior problema são os ataques contra a mídia. Passamos pela primeira onda de ruptura digital, e a importância do jornalismo não desapareceu, basta olhar para o tamanho das audiências consumindo conteúdo de grandes jornais ou TVs que têm operações digitais - é enorme. A transição é difícil, porque envolve mudanças na publicidade e a ascensão de semi monopólios como Google e Facebook que minaram o modelo de negócios dos jornais. E as TVs enfrentam uma ruptura, porque os jovens cancelam suas assinaturas de TV a cabo e param de pagar por coisas pelas quais costumavam pagar. Mas está provado que o conteúdo noticioso ainda é muito poderoso, e há atores fortes, como a Netflix, que já começaram a investir em jornalismo e produção de documentários. É inevitável que outros novos participantes, como a Amazon e a Apple, se tornem produtores ou financiadores de notícias. Grupos econômicos vão pagar pela apuração de notícias nos próximos 10 ou 20 anos. Quais veículos têm conseguido ser rentáveis com assinaturas digitais? O "New York Times" está quase chegando lá —61% da receita deles vêm de assinaturas (digitais e impressas - 20 anos atrás, era o inverso, publicidade respondia por 60%). A taxa de crescimento das assinaturas digitais é impressionante (63,4% no segundo trimestre de 2017, em relação a 2016). O "Washington Post" também está crescendo. Eles dizem já ser lucrativos, mas é difícil saber, porque são empresa de capital fechado. No noticiário econômico, sabemos que o modelo baseado em assinaturas vai funcionar no longo prazo, porque as notícias criam valor, então as empresas se dispõem a pagar por isso. Então a dúvida são os jornais ou TVs médias ou regionais, que provavelmente não vão conseguir persuadir leitores e espectadores a pagar. Esses veículos estão ameaçados e terão, em última instância, que se fazer valiosos para grandes plataformas como Facebook e Netflix. Muitas comunidades já deixaram de ser atendidas por jornalismo profissional, são os chamados desertos de notícias. O senhor tem ressalvas em relação de jornalismo sem fins lucrativos ou acha que é uma boa saída? É uma contribuição importante e necessária, o grande desafio é escala. Como distribuir reportagens de interesse público, financiadas por filantropos, para audiências em todo o país, e não apenas na Costa Leste e Oeste? O jornalismo sem fins lucrativos segue o padrão comercial no sentido de estar baseado nas costas e não no interior do país. A crítica de que a grande mídia americana é anti-Trump é justificada? De forma geral, não acho que essa crítica tenha mérito. A mídia está fazendo o que a Constituição reconhece ser necessário, revelar lapsos éticos da equipe de Trump, sua tentativa de esconder do público informações como seu histórico empresarial e quais fontes de receita podem criar conflitos de interesse. Se um presidente democrata estivesse no cargo e se recusasse a divulgar sua declaração de imposto de renda, contratasse funcionários sem checar seus históricos e dissesse que a mídia é inimiga do povo, a imprensa teria reagido com o mesmo vigor, foi isso que fizeram no governo Clinton, havia muita reportagem sobre seus negócios em Arkansas e acusações de corrupção. Em um artigo para o "Columbia Journalism Review", o senhor menciona a engenharia reversa de algoritmos como ferramenta de apuração jornalística —em que consiste e por que é importante? Trata-se de reconhecer que a estrutura de poder na sociedade está mudando e uma nova fonte de poder são os algoritmos e os programadores que os criam, seja em redes sociais, empresas, ou governos. Não é só um programa de computador que aloca informação automaticamente, não há transparência sobre quais pressupostos são incorporados nesse programa, e isso causa problemas do tipo: será que esse algoritmo é discriminatório por raça, renda ou localização geográfica? Por exemplo, um sistema que me dá um determinado preço de seguro quando entro online e insiro meu CEP, e dá outro preço para uma pessoa com outro CEP. A ProPublica produziu uma série no ano passado sobre uma fórmula usada em tribunais da Flórida para assessorar juízes a determinar as penas para condenados, baseado na probabilidade de a pessoa cometer outro crime. Quando fizeram engenharia reversa desse algoritmo, concluíram que a fórmula discriminava por raça, resultava em maiores condenações para negros e hispânicos. Esse é o tipo de trabalho que, nos velhos tempos, era feito por meio de entrevistas, pedidos por meio da Lei de Acesso à Informação e análise de padrões em séries de dados. Para fazermos isso hoje, são necessárias habilidades computacionais ou possibilidade de trabalhar em equipe com alguém que tenha essas habilidades. Houve uma discussão acalorada sobre o papel da mídia na ascensão de Trump. A mídia foi culpada por não ter levado Trump a sério e não o investigar como deveria, ou ajudou a eleger Trump porque cobria excessivamente cada um de seus comentários no Twitter? A mídia de fato não levou Trump a sério nos primeiros meses da campanha e ele não foi escrutinado, suas declarações falsas não foram contestadas. Então essa foi uma falha importante. Já a questão do Twitter é complicada. Uma vez que ele é um candidato competitivo, o que ele diz é importante e deve ser coberto —seja no Twitter ou outro lugar. Mesmo que ele não seja inteligente o suficiente para manipular o ciclo de notícias conscientemente, é fato que ele está sugando recursos jornalísticos que deveriam ser dedicados a cobrir políticas de seu governo, como os novos critérios dos agentes de imigração para deportar crianças. Se você está cobrindo o comentário no Twitter e prestando atenção em quem ele está xingando agora, e, por isso, não está fazendo esse outro trabalho, realmente deveria se questionar. Haverá eleições presidenciais no Brasil em 2018 e um dos prováveis candidatos é um populista de direita que usa muito as redes sociais, Jair Bolsonaro. Que conselho você daria aos jornalistas brasileiros? Os jornalistas americanos mudaram a metodologia de fazer matérias baseadas em declarações públicas por causa de Trump. Eles passaram a apontar declarações falsas em tempo real. Foi um pouco chocante no início desenvolver a linguagem para isso, havia pruridos em dizer que algo era uma mentira, porque implica motivação. Mas dizer que era uma informação falsa simplificou. Por exemplo, quando o presidente falou em 3 milhões de eleitores ilegais, uma declaração para a qual não há nenhuma prova, isso foi apontado na hora. Integrar a checagem de fatos na apuração de apuração de notícias em tempo real é essencial ao cobrir populistas como Trump. O senhor acha que isso, de alguma maneira, compensa a tendência dos políticos de tentar se comunicar diretamente com o eleitor pelas redes sociais, sem intermediação de jornalistas? Eu acho que ajuda. Mas é bem difícil quando há produção de notícias falsas, não necessariamente pela equipe do candidato, por empresas que fabricam fake news tentando gerar manchetes em que as pessoas vão clicar ou movimentos de propaganda aliados a políticos populistas que usam redes sociais para propagar noticias falsas ou enganosas, muitas vezes por meio de bots. A poluição desses espaços de mídias sociais está aumentando e as eleições são grande uma oportunidade. É necessário ter uma resposta forte por parte das plataformas de mídias sociais, coisa que elas não fizeram até agora, mas começam a se mexer. E também é necessário ter um sistema nacional de envolvimento e intervenção, algo que, aqui nos EUA, não conseguimos implementar por causa da Primeira Emenda (que defende a liberdade de expressão). Na Europa, países como Alemanha e França foram bastante pro-ativos nesse combate a notícias falsas. Os jornalistas podem fazer alguma coisa para combater as notícias falsas? Nós precisamos nos disciplinar para adotar métodos de verificação a respeito de conteúdo digital. Às vezes são criadas campanhas com imagens ou notícias falsas, na esperança de que os jornalistas as retuítem e as legitimem. Usam exércitos de bots para criar trending hashtags e aí fazem com que os jornalistas cubram isso como se fosse um fato. Precisamos descobrir como tornar a redação mais alerta a isso.
mundo
Notícias falsas ameaçam imprensa, diz reitor de jornalismo de ColumbiaA maior desafio do jornalismo não é encontrar um modelo viável de financiamento na era da internet, mas sim resistir aos ataques cada vez mais raivosos dos governos populistas contra a imprensa e à proliferação das "fake news". Essa é a opinião de Steve Coll, reitor da Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia em Nova York. Para ele, nunca houve uma campanha tão ostensiva de intimidação de jornalistas. E Coll aponta para a importância de desenvolver métodos para investigar e responsabilizar os novos donos do poder —nos dias de hoje, isso inclui fazer engenharia reversa dos algoritmos que determinam tantas decisões, seja nas redes sociais, empresas ou governos. Coll virá ao Brasil para participar do seminário internacional de jornalismo da ESPM-Columbia Journalism School, dia 9 de outubro, na ESPM. * Folha - Governos nos Estados Unidos e vários outros países têm assumido uma postura de antagonismo à mídia, com vários ataques a jornalistas. O senhor acha que isso é cíclico ou existe um ataque mais exacerbado desta vez? Steve Coll - Em toda a minha vida, nunca vi uma época com tantos ataques ao jornalismo profissional, nem na época do Watergate ou dos anos 60 nos EUA. Esses ataques são mais raivosos por causa das campanhas populistas de intimidação nos espaços digitais, além da poluição do ecossistema do jornalismo com notícias falsas fabricadas e propaganda digital sem mencionar os ataques do presidente (Donald) Trump e seus aliados. Espero que isso seja cíclico, que seja temporário o populismo que estamos vivendo neste país e o nacionalismo autoritário ao redor do mundo. Mas podemos estar diante de um período de trevas mais longo. Qual é a ameaça mais séria contra o jornalismo hoje, o ecossistema que o senhor menciona, com fake news e ataques de governos contra a imprensa, ou a dificuldade de encontrar um modelo para financiar o jornalismo? As ameaças econômicas são significativas, mas acho que o maior problema são os ataques contra a mídia. Passamos pela primeira onda de ruptura digital, e a importância do jornalismo não desapareceu, basta olhar para o tamanho das audiências consumindo conteúdo de grandes jornais ou TVs que têm operações digitais - é enorme. A transição é difícil, porque envolve mudanças na publicidade e a ascensão de semi monopólios como Google e Facebook que minaram o modelo de negócios dos jornais. E as TVs enfrentam uma ruptura, porque os jovens cancelam suas assinaturas de TV a cabo e param de pagar por coisas pelas quais costumavam pagar. Mas está provado que o conteúdo noticioso ainda é muito poderoso, e há atores fortes, como a Netflix, que já começaram a investir em jornalismo e produção de documentários. É inevitável que outros novos participantes, como a Amazon e a Apple, se tornem produtores ou financiadores de notícias. Grupos econômicos vão pagar pela apuração de notícias nos próximos 10 ou 20 anos. Quais veículos têm conseguido ser rentáveis com assinaturas digitais? O "New York Times" está quase chegando lá —61% da receita deles vêm de assinaturas (digitais e impressas - 20 anos atrás, era o inverso, publicidade respondia por 60%). A taxa de crescimento das assinaturas digitais é impressionante (63,4% no segundo trimestre de 2017, em relação a 2016). O "Washington Post" também está crescendo. Eles dizem já ser lucrativos, mas é difícil saber, porque são empresa de capital fechado. No noticiário econômico, sabemos que o modelo baseado em assinaturas vai funcionar no longo prazo, porque as notícias criam valor, então as empresas se dispõem a pagar por isso. Então a dúvida são os jornais ou TVs médias ou regionais, que provavelmente não vão conseguir persuadir leitores e espectadores a pagar. Esses veículos estão ameaçados e terão, em última instância, que se fazer valiosos para grandes plataformas como Facebook e Netflix. Muitas comunidades já deixaram de ser atendidas por jornalismo profissional, são os chamados desertos de notícias. O senhor tem ressalvas em relação de jornalismo sem fins lucrativos ou acha que é uma boa saída? É uma contribuição importante e necessária, o grande desafio é escala. Como distribuir reportagens de interesse público, financiadas por filantropos, para audiências em todo o país, e não apenas na Costa Leste e Oeste? O jornalismo sem fins lucrativos segue o padrão comercial no sentido de estar baseado nas costas e não no interior do país. A crítica de que a grande mídia americana é anti-Trump é justificada? De forma geral, não acho que essa crítica tenha mérito. A mídia está fazendo o que a Constituição reconhece ser necessário, revelar lapsos éticos da equipe de Trump, sua tentativa de esconder do público informações como seu histórico empresarial e quais fontes de receita podem criar conflitos de interesse. Se um presidente democrata estivesse no cargo e se recusasse a divulgar sua declaração de imposto de renda, contratasse funcionários sem checar seus históricos e dissesse que a mídia é inimiga do povo, a imprensa teria reagido com o mesmo vigor, foi isso que fizeram no governo Clinton, havia muita reportagem sobre seus negócios em Arkansas e acusações de corrupção. Em um artigo para o "Columbia Journalism Review", o senhor menciona a engenharia reversa de algoritmos como ferramenta de apuração jornalística —em que consiste e por que é importante? Trata-se de reconhecer que a estrutura de poder na sociedade está mudando e uma nova fonte de poder são os algoritmos e os programadores que os criam, seja em redes sociais, empresas, ou governos. Não é só um programa de computador que aloca informação automaticamente, não há transparência sobre quais pressupostos são incorporados nesse programa, e isso causa problemas do tipo: será que esse algoritmo é discriminatório por raça, renda ou localização geográfica? Por exemplo, um sistema que me dá um determinado preço de seguro quando entro online e insiro meu CEP, e dá outro preço para uma pessoa com outro CEP. A ProPublica produziu uma série no ano passado sobre uma fórmula usada em tribunais da Flórida para assessorar juízes a determinar as penas para condenados, baseado na probabilidade de a pessoa cometer outro crime. Quando fizeram engenharia reversa desse algoritmo, concluíram que a fórmula discriminava por raça, resultava em maiores condenações para negros e hispânicos. Esse é o tipo de trabalho que, nos velhos tempos, era feito por meio de entrevistas, pedidos por meio da Lei de Acesso à Informação e análise de padrões em séries de dados. Para fazermos isso hoje, são necessárias habilidades computacionais ou possibilidade de trabalhar em equipe com alguém que tenha essas habilidades. Houve uma discussão acalorada sobre o papel da mídia na ascensão de Trump. A mídia foi culpada por não ter levado Trump a sério e não o investigar como deveria, ou ajudou a eleger Trump porque cobria excessivamente cada um de seus comentários no Twitter? A mídia de fato não levou Trump a sério nos primeiros meses da campanha e ele não foi escrutinado, suas declarações falsas não foram contestadas. Então essa foi uma falha importante. Já a questão do Twitter é complicada. Uma vez que ele é um candidato competitivo, o que ele diz é importante e deve ser coberto —seja no Twitter ou outro lugar. Mesmo que ele não seja inteligente o suficiente para manipular o ciclo de notícias conscientemente, é fato que ele está sugando recursos jornalísticos que deveriam ser dedicados a cobrir políticas de seu governo, como os novos critérios dos agentes de imigração para deportar crianças. Se você está cobrindo o comentário no Twitter e prestando atenção em quem ele está xingando agora, e, por isso, não está fazendo esse outro trabalho, realmente deveria se questionar. Haverá eleições presidenciais no Brasil em 2018 e um dos prováveis candidatos é um populista de direita que usa muito as redes sociais, Jair Bolsonaro. Que conselho você daria aos jornalistas brasileiros? Os jornalistas americanos mudaram a metodologia de fazer matérias baseadas em declarações públicas por causa de Trump. Eles passaram a apontar declarações falsas em tempo real. Foi um pouco chocante no início desenvolver a linguagem para isso, havia pruridos em dizer que algo era uma mentira, porque implica motivação. Mas dizer que era uma informação falsa simplificou. Por exemplo, quando o presidente falou em 3 milhões de eleitores ilegais, uma declaração para a qual não há nenhuma prova, isso foi apontado na hora. Integrar a checagem de fatos na apuração de apuração de notícias em tempo real é essencial ao cobrir populistas como Trump. O senhor acha que isso, de alguma maneira, compensa a tendência dos políticos de tentar se comunicar diretamente com o eleitor pelas redes sociais, sem intermediação de jornalistas? Eu acho que ajuda. Mas é bem difícil quando há produção de notícias falsas, não necessariamente pela equipe do candidato, por empresas que fabricam fake news tentando gerar manchetes em que as pessoas vão clicar ou movimentos de propaganda aliados a políticos populistas que usam redes sociais para propagar noticias falsas ou enganosas, muitas vezes por meio de bots. A poluição desses espaços de mídias sociais está aumentando e as eleições são grande uma oportunidade. É necessário ter uma resposta forte por parte das plataformas de mídias sociais, coisa que elas não fizeram até agora, mas começam a se mexer. E também é necessário ter um sistema nacional de envolvimento e intervenção, algo que, aqui nos EUA, não conseguimos implementar por causa da Primeira Emenda (que defende a liberdade de expressão). Na Europa, países como Alemanha e França foram bastante pro-ativos nesse combate a notícias falsas. Os jornalistas podem fazer alguma coisa para combater as notícias falsas? Nós precisamos nos disciplinar para adotar métodos de verificação a respeito de conteúdo digital. Às vezes são criadas campanhas com imagens ou notícias falsas, na esperança de que os jornalistas as retuítem e as legitimem. Usam exércitos de bots para criar trending hashtags e aí fazem com que os jornalistas cubram isso como se fosse um fato. Precisamos descobrir como tornar a redação mais alerta a isso.
3
Burocracia barra entrada de produtos brasileiros na Bolívia
Setores exportadores brasileiros vêm tendo problemas para entrar no mercado boliviano desde agosto. Em maio, o governo Evo Morales decretou que importações de vestuário, calçados e móveis precisariam de uma licença prévia para entrar no país. A autorização tem duração de 60 dias. Depois desse prazo, deve ser renovada. A Vulcabras, dona das marcas Azaleia, Dijean e Olympikus, está com cerca de US$ 1 milhão em mercadorias paradas no Brasil por falta de emissão da licença, afirma o gerente de mercado externo Claudiomiro Gregório. Segundo ele, desde agosto a empresa não consegue autorização para enviar os produtos à Bolívia. A preocupação da empresa é perder a alta temporada de vendas com as festas de fim de ano. O setor moveleiro também enfrenta problemas com a emissão das licenças. "É uma espécie de barreira não tarifária", diz Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). A entidade não tem estimativas de quantas mercadorias estariam represadas. Além do atraso na emissão das licenças, outra crítica dos exportadores é ao prazo de duração de 60 dias, que seria curto demais pensando em uma operação de comércio exterior, que envolve um planejamento mais longo. Entre janeiro e setembro, as exportações de calçados para a Bolívia caíram 18% em comparação com o mesmo período do ano passado, e as de móveis, 11%. No total, o intercâmbio do Brasil com o país recuou 2%. Entidades representantes dos setores afetados levaram o problema para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que acionou o Ministério das Relações Exteriores, que afirmou estar tratando a questão com as autoridades bolivianas. A Embaixada da Bolívia no Brasil não respondeu ao contato da reportagem.
mercado
Burocracia barra entrada de produtos brasileiros na BolíviaSetores exportadores brasileiros vêm tendo problemas para entrar no mercado boliviano desde agosto. Em maio, o governo Evo Morales decretou que importações de vestuário, calçados e móveis precisariam de uma licença prévia para entrar no país. A autorização tem duração de 60 dias. Depois desse prazo, deve ser renovada. A Vulcabras, dona das marcas Azaleia, Dijean e Olympikus, está com cerca de US$ 1 milhão em mercadorias paradas no Brasil por falta de emissão da licença, afirma o gerente de mercado externo Claudiomiro Gregório. Segundo ele, desde agosto a empresa não consegue autorização para enviar os produtos à Bolívia. A preocupação da empresa é perder a alta temporada de vendas com as festas de fim de ano. O setor moveleiro também enfrenta problemas com a emissão das licenças. "É uma espécie de barreira não tarifária", diz Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). A entidade não tem estimativas de quantas mercadorias estariam represadas. Além do atraso na emissão das licenças, outra crítica dos exportadores é ao prazo de duração de 60 dias, que seria curto demais pensando em uma operação de comércio exterior, que envolve um planejamento mais longo. Entre janeiro e setembro, as exportações de calçados para a Bolívia caíram 18% em comparação com o mesmo período do ano passado, e as de móveis, 11%. No total, o intercâmbio do Brasil com o país recuou 2%. Entidades representantes dos setores afetados levaram o problema para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que acionou o Ministério das Relações Exteriores, que afirmou estar tratando a questão com as autoridades bolivianas. A Embaixada da Bolívia no Brasil não respondeu ao contato da reportagem.
2
Putin declara vitória de seu partido em eleições parlamentares
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, em discurso a correligionários feito antes do resultado final, que o seu partido, o Rússia Unida, venceu as eleições parlamentares deste domingo (18). Podemos dizer com certeza que o partido ganhou, disse, junto ao líder da sigla e também premiê, Dmitri Medvedev. Com 60% das urnas apuradas, o Rússia Unida tinha 53,8% dos votos na eleição parlamentar, segundo a Comissão Eleitoral. O partido nacionalista LDPR possuía 13,7% dos votos. Os comunistas estavam em terceiro, com 13,9%, seguidos do Rússia Justa, em quarto. A participação popular, porém, foi muito baixa: apenas 47,8% dos eleitores votaram. Falando de uma forte desaceleração da economia russa, Putin afirmou: "a situação não é fácil, as pessoas sentem isso, e elas querem e esperam que a situação política seja estável." Partidos liberais de oposição, único grupo abertamente crítico a Putin, não conseguiram superar a barreira dos 5% necessária para ter representação partidária, mostrou a boca de urna. Alguns dos candidatos dessas legendas ainda podem chegar ao Parlamento por meio de eleições localizadas. A eleição parlamentar deste ano tem sido vista como um ensaio para a esperada candidatura de Putin à Presidência em 2018.
mundo
Putin declara vitória de seu partido em eleições parlamentaresO presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, em discurso a correligionários feito antes do resultado final, que o seu partido, o Rússia Unida, venceu as eleições parlamentares deste domingo (18). Podemos dizer com certeza que o partido ganhou, disse, junto ao líder da sigla e também premiê, Dmitri Medvedev. Com 60% das urnas apuradas, o Rússia Unida tinha 53,8% dos votos na eleição parlamentar, segundo a Comissão Eleitoral. O partido nacionalista LDPR possuía 13,7% dos votos. Os comunistas estavam em terceiro, com 13,9%, seguidos do Rússia Justa, em quarto. A participação popular, porém, foi muito baixa: apenas 47,8% dos eleitores votaram. Falando de uma forte desaceleração da economia russa, Putin afirmou: "a situação não é fácil, as pessoas sentem isso, e elas querem e esperam que a situação política seja estável." Partidos liberais de oposição, único grupo abertamente crítico a Putin, não conseguiram superar a barreira dos 5% necessária para ter representação partidária, mostrou a boca de urna. Alguns dos candidatos dessas legendas ainda podem chegar ao Parlamento por meio de eleições localizadas. A eleição parlamentar deste ano tem sido vista como um ensaio para a esperada candidatura de Putin à Presidência em 2018.
3
Empresariado vê 'paralisia completa' no Mercosul e pede mudanças
Insatisfeitas com os rumos do Mercosul, lideranças empresariais brasileiras pedem mudanças no bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai -a Venezuela está suspensa atualmente. Após consulta com 37 entidades setoriais do setor produtivo do país, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) elaborou 22 propostas para revigorar o bloco, como a costura de um acordo para compras governamentais. Para a entidade, medidas são necessárias já que até 2016 houve "paralisia completa" na agenda econômica e comercial do bloco, com a proliferação de barreiras à exportação e o aumento da imprevisibilidade para as empresas. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, chega ao Brasil nesta terça-feira (7) para uma visita de Estado. Na pauta do encontro com Michel Temer estão formas de destravar o comércio na região. É na boa relação entre os presidentes dos dois países, principais potências do Mercosul, que o empresariado vê um caminho para retomada nas vendas internas do bloco. A fatia das exportações dos membros que vai para parceiros do bloco caiu de 16,2% em 2010 para 13,7% em 2015, mostra estudo da CNI. A queda é resultado, em parte, da situação econômica dos integrantes. O PIB do Mercosul recuou 1,9% em 2016, segundo estimativas, ante avanço de 4% de outras nações em desenvolvimento. Mas o quadro também é consequência da falta de prioridade dada ao Mercosul pelos membros, afirma Fabrízio Panzini, gerente da CNI. "Nos propusemos a fazer a livre circulação de bens, pessoas, investimentos. Mas só zeramos tarifas. E nem chegamos a todos os produtos", diz. PROPOSTAS Entre as sugestões do empresariado, estão a costura de um acordo para abrir licitações de autarquias e empresas públicas a empresas dos membros e a eliminação de barreiras não tarifárias. Estima-se que elas atinjam 12,6% das importações brasileiras do bloco. Na Argentina, elas chegam a 28%, quando incluídas as licenças não automáticas que hoje alcançam 1.629 tipos de bens. A CNI pede ainda um acordo de investimentos. Hoje, os membros respondem só por 3,2% do total de investimentos recebido pelo Mercosul.
mercado
Empresariado vê 'paralisia completa' no Mercosul e pede mudançasInsatisfeitas com os rumos do Mercosul, lideranças empresariais brasileiras pedem mudanças no bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai -a Venezuela está suspensa atualmente. Após consulta com 37 entidades setoriais do setor produtivo do país, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) elaborou 22 propostas para revigorar o bloco, como a costura de um acordo para compras governamentais. Para a entidade, medidas são necessárias já que até 2016 houve "paralisia completa" na agenda econômica e comercial do bloco, com a proliferação de barreiras à exportação e o aumento da imprevisibilidade para as empresas. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, chega ao Brasil nesta terça-feira (7) para uma visita de Estado. Na pauta do encontro com Michel Temer estão formas de destravar o comércio na região. É na boa relação entre os presidentes dos dois países, principais potências do Mercosul, que o empresariado vê um caminho para retomada nas vendas internas do bloco. A fatia das exportações dos membros que vai para parceiros do bloco caiu de 16,2% em 2010 para 13,7% em 2015, mostra estudo da CNI. A queda é resultado, em parte, da situação econômica dos integrantes. O PIB do Mercosul recuou 1,9% em 2016, segundo estimativas, ante avanço de 4% de outras nações em desenvolvimento. Mas o quadro também é consequência da falta de prioridade dada ao Mercosul pelos membros, afirma Fabrízio Panzini, gerente da CNI. "Nos propusemos a fazer a livre circulação de bens, pessoas, investimentos. Mas só zeramos tarifas. E nem chegamos a todos os produtos", diz. PROPOSTAS Entre as sugestões do empresariado, estão a costura de um acordo para abrir licitações de autarquias e empresas públicas a empresas dos membros e a eliminação de barreiras não tarifárias. Estima-se que elas atinjam 12,6% das importações brasileiras do bloco. Na Argentina, elas chegam a 28%, quando incluídas as licenças não automáticas que hoje alcançam 1.629 tipos de bens. A CNI pede ainda um acordo de investimentos. Hoje, os membros respondem só por 3,2% do total de investimentos recebido pelo Mercosul.
2
Cássio diz que falhou feio e fala em excesso de confiança
O goleiro Cássio, do Corinthians, admitiu que falhou no primeiro gol do Guaraní nesta quarta-feira (6), no Paraguai, em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores. Após uma cobrança de falta, de longe, Cássio caiu para fazer a defesa, mas deixou a bola escapar e não conseguiu recuperá-la. "Acho que foi o excesso de confiança. Pegar a bola firme e sair rápido. Acabei falhando feio", disse o goleiro em entrevista ao canal Fox Sports após a partida. Com a derrota por 2 a 0, o Corinthians terá que vencer a partida de volta, no Itaquerão, por três gols de diferença para avançar de fase. Se ganhar por 2 a 0, leva o duelo para os pênaltis. "Agora é concentrar e ver o que a gente errou. Teremos o apoio da torcida para tentar a classificação", afirmou.
esporte
Cássio diz que falhou feio e fala em excesso de confiançaO goleiro Cássio, do Corinthians, admitiu que falhou no primeiro gol do Guaraní nesta quarta-feira (6), no Paraguai, em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores. Após uma cobrança de falta, de longe, Cássio caiu para fazer a defesa, mas deixou a bola escapar e não conseguiu recuperá-la. "Acho que foi o excesso de confiança. Pegar a bola firme e sair rápido. Acabei falhando feio", disse o goleiro em entrevista ao canal Fox Sports após a partida. Com a derrota por 2 a 0, o Corinthians terá que vencer a partida de volta, no Itaquerão, por três gols de diferença para avançar de fase. Se ganhar por 2 a 0, leva o duelo para os pênaltis. "Agora é concentrar e ver o que a gente errou. Teremos o apoio da torcida para tentar a classificação", afirmou.
4
Justiça manda apreender Porsche, Mercedes e BMW de prefeito no RJ
A Justiça determinou a apreensão de um Porsche Panamera modelo 2012, um Mercedes Benz AMG, modelo 2011, e um BMW X-6, modelo 2014, que pertenceriam ao prefeito de Itaguaí (a 58 km do Rio), Luciano Carvalho Mota (PSDB). Por decisão do desembargador federal Paulo César Espírito Santo, do Tribunal Federal da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), Mota, três secretários municipais e dois policiais militares da cidade foram afastados de seus cargos nesta terça (31). O prefeito afastado ficou famoso no município, com pouco mais de 100 mil habitantes, por desfilar pelas ruas a bordo de uma reluzente Ferrari amarela, modelo 458 Itália. O veículo, avaliado em cerca de R$ 1,5 milhão, foi apreendido pela Polícia Federal no ano passado. Essa é considerada a terceira fase da operação Gafanhoto, que apura esses desvios na Prefeitura de Itaguaí. O Grupo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal pediu o afastamento de Mota e de seus secretários do cargo para evitar danos aos cofres públicos. Eles são suspeitos de fraude à licitação, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime ambiental. Os afastados podem recorrer da decisão. A Folha não conseguiu contato com os advogados de Luciano Mota. Ele sempre negou envolvimento com as suspeitas apontadas pela Polícia Federal. Eleito em 2012, o prefeito é apontado pela Polícia Federal como responsável por desviar verbas dos royalties do petróleo e do Sistema Único de Saúde para a quadrilha que ainda teria a participação de dois policiais militares. A suspeita era que o grupo retirasse entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões mensalmente. FERRARI AMARELA Em dezembro de 2013, agentes da Polícia Federal realizaram operação na sede da prefeitura. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão; em outros municípios, foram cumpridos cinco mandados de condução coercitiva. Em setembro de 2014, policiais federais apreenderam a Ferrari amarela, que vinha sendo usada pelo prefeito. Para os policiais federais, o veículo seria um dos indícios de desvio de verba pública que está sendo investigado no inquérito. Na época, Mota chegou a dizer que o carro estava alugado por quatro meses, até dezembro. Luciano Mota já teve que prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Estado pelo aluguel de 185 carros para atender ao município de Itaguaí. A locação dos veículos chegava ao valor de R$ 7,1 milhões por ano. O cálculo dos técnicos do tribunal é que com esta quantia era possível adquirir 200 carros populares para o município. O prefeito e seus secretários também tiveram os passaportes apreendidos. Eles estão proibidos de deixar o Estado do Rio sem autorização da Justiça.
cotidiano
Justiça manda apreender Porsche, Mercedes e BMW de prefeito no RJA Justiça determinou a apreensão de um Porsche Panamera modelo 2012, um Mercedes Benz AMG, modelo 2011, e um BMW X-6, modelo 2014, que pertenceriam ao prefeito de Itaguaí (a 58 km do Rio), Luciano Carvalho Mota (PSDB). Por decisão do desembargador federal Paulo César Espírito Santo, do Tribunal Federal da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), Mota, três secretários municipais e dois policiais militares da cidade foram afastados de seus cargos nesta terça (31). O prefeito afastado ficou famoso no município, com pouco mais de 100 mil habitantes, por desfilar pelas ruas a bordo de uma reluzente Ferrari amarela, modelo 458 Itália. O veículo, avaliado em cerca de R$ 1,5 milhão, foi apreendido pela Polícia Federal no ano passado. Essa é considerada a terceira fase da operação Gafanhoto, que apura esses desvios na Prefeitura de Itaguaí. O Grupo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal pediu o afastamento de Mota e de seus secretários do cargo para evitar danos aos cofres públicos. Eles são suspeitos de fraude à licitação, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime ambiental. Os afastados podem recorrer da decisão. A Folha não conseguiu contato com os advogados de Luciano Mota. Ele sempre negou envolvimento com as suspeitas apontadas pela Polícia Federal. Eleito em 2012, o prefeito é apontado pela Polícia Federal como responsável por desviar verbas dos royalties do petróleo e do Sistema Único de Saúde para a quadrilha que ainda teria a participação de dois policiais militares. A suspeita era que o grupo retirasse entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões mensalmente. FERRARI AMARELA Em dezembro de 2013, agentes da Polícia Federal realizaram operação na sede da prefeitura. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão; em outros municípios, foram cumpridos cinco mandados de condução coercitiva. Em setembro de 2014, policiais federais apreenderam a Ferrari amarela, que vinha sendo usada pelo prefeito. Para os policiais federais, o veículo seria um dos indícios de desvio de verba pública que está sendo investigado no inquérito. Na época, Mota chegou a dizer que o carro estava alugado por quatro meses, até dezembro. Luciano Mota já teve que prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Estado pelo aluguel de 185 carros para atender ao município de Itaguaí. A locação dos veículos chegava ao valor de R$ 7,1 milhões por ano. O cálculo dos técnicos do tribunal é que com esta quantia era possível adquirir 200 carros populares para o município. O prefeito e seus secretários também tiveram os passaportes apreendidos. Eles estão proibidos de deixar o Estado do Rio sem autorização da Justiça.
6
Bebês com microcefalia são avaliados em mutirão no Recife
Sessenta e cinco bebês com microcefalia, uma má-formação cerebral que pode prejudicar o desenvolvimento da criança, participaram do primeiro mutirão de exames oftalmológicos oferecido pela Fundação Altino Ventura, no Recife. A ação, que pretende oferecer acompanhamento médico gratuito, também faz parte de uma pesquisa pioneira que estuda a relação do vírus zika com problemas de visão. As crianças foram submetidas a exames oftalmológicos iniciais para avaliação da anatomia e das funções dos olhos. De acordo com a presidente da fundação, Liana Ventura, muitos bebês apresentaram estrabismo, baixa visão e alterações na musculatura ocular. "Foram feitos também exames complementares como ultrassonografias e retinografias. Essas crianças serão encaminhadas para um acompanhamento médico multidisciplinar que vai avaliar deficiência visual, mas também intelectual, física e auditiva", disse a médica. O atendimento periódico com médicos especializados em outras áreas, além da oftalmologia, será oferecido no Centro de Reabilitação da Fundação Altino Ventura, na Iputinga, zona oeste do Recife. "Sabemos que todas as crianças com microcefalia têm fatores de risco que levam à diminuição do seu neurodesenvolvimento. Nossa tentativa é diminuir esses riscos", afirmou Ventura. Além das crianças, as mães também passaram por exames oftalmológicos. "Queremos entender se as mães foram apenas transmissoras do zika ou se também tiveram alguma manifestação de infecção do vírus em relação à visão", afirmou. A dona de casa Daynã Rosy Monteiro, 26, só soube que a pequena Deyla tinha microcefalia na hora do parto, há dois meses. "Não tive sintomas de zika durante a gravidez, mas quis aproveitar a oportunidade para trazer minha filha para ser atendida e entender o que aconteceu. É importante esse acompanhamento", disse. O primeiro mutirão teve a participação de dez oftalmologistas e cinco neurologistas. Na próxima sexta-feira (18), o Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), instituição privada de atendimento oftalmológico, realizará um mutirão exclusivo para os pacientes conveniados. O segundo mutirão gratuito da Fundação Altino Ventura está marcado para o dia 11 de janeiro de 2016 e vai contar com o serviço de oftalmologistas, neurologistas, cardiologistas, otorrinolaringologistas, ortopedistas, além de terapeutas, incluindo psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. Todos os profissionais são especialistas em deficiências múltiplas. PESQUISA Os exames das mães e das crianças que participaram do primeiro mutirão da Fundação Altino Ventura serão objeto de estudo de uma pesquisa inédita desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O vírus já foi notificado em outros países, mas sem tanta repercussão como por aqui. Queremos entender se ele passou por alguma mutação ou se alguma combinação com fatores climáticos, por exemplo, tem causado microcefalia e consequentemente problemas oculares", afirmou Liana Ventura.
cotidiano
Bebês com microcefalia são avaliados em mutirão no RecifeSessenta e cinco bebês com microcefalia, uma má-formação cerebral que pode prejudicar o desenvolvimento da criança, participaram do primeiro mutirão de exames oftalmológicos oferecido pela Fundação Altino Ventura, no Recife. A ação, que pretende oferecer acompanhamento médico gratuito, também faz parte de uma pesquisa pioneira que estuda a relação do vírus zika com problemas de visão. As crianças foram submetidas a exames oftalmológicos iniciais para avaliação da anatomia e das funções dos olhos. De acordo com a presidente da fundação, Liana Ventura, muitos bebês apresentaram estrabismo, baixa visão e alterações na musculatura ocular. "Foram feitos também exames complementares como ultrassonografias e retinografias. Essas crianças serão encaminhadas para um acompanhamento médico multidisciplinar que vai avaliar deficiência visual, mas também intelectual, física e auditiva", disse a médica. O atendimento periódico com médicos especializados em outras áreas, além da oftalmologia, será oferecido no Centro de Reabilitação da Fundação Altino Ventura, na Iputinga, zona oeste do Recife. "Sabemos que todas as crianças com microcefalia têm fatores de risco que levam à diminuição do seu neurodesenvolvimento. Nossa tentativa é diminuir esses riscos", afirmou Ventura. Além das crianças, as mães também passaram por exames oftalmológicos. "Queremos entender se as mães foram apenas transmissoras do zika ou se também tiveram alguma manifestação de infecção do vírus em relação à visão", afirmou. A dona de casa Daynã Rosy Monteiro, 26, só soube que a pequena Deyla tinha microcefalia na hora do parto, há dois meses. "Não tive sintomas de zika durante a gravidez, mas quis aproveitar a oportunidade para trazer minha filha para ser atendida e entender o que aconteceu. É importante esse acompanhamento", disse. O primeiro mutirão teve a participação de dez oftalmologistas e cinco neurologistas. Na próxima sexta-feira (18), o Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), instituição privada de atendimento oftalmológico, realizará um mutirão exclusivo para os pacientes conveniados. O segundo mutirão gratuito da Fundação Altino Ventura está marcado para o dia 11 de janeiro de 2016 e vai contar com o serviço de oftalmologistas, neurologistas, cardiologistas, otorrinolaringologistas, ortopedistas, além de terapeutas, incluindo psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. Todos os profissionais são especialistas em deficiências múltiplas. PESQUISA Os exames das mães e das crianças que participaram do primeiro mutirão da Fundação Altino Ventura serão objeto de estudo de uma pesquisa inédita desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O vírus já foi notificado em outros países, mas sem tanta repercussão como por aqui. Queremos entender se ele passou por alguma mutação ou se alguma combinação com fatores climáticos, por exemplo, tem causado microcefalia e consequentemente problemas oculares", afirmou Liana Ventura.
6
Secretário-geral da ONU cobra engajamento de prefeitos brasileiros
Em mensagem enviada aos prefeitos brasileiros, o secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou engajamento dos municípios na agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. O plano prevê 17 metas locais para o enfrentamento da pobreza e das mudanças climáticas. O vídeo gravado por Guterres será exibido na terça-feira (25), em Brasília, durante a abertura oficial da quarta edição do EMDS (Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável), organizado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos). O encontro será comandado pelo presidente da FNP, o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB), e acontecerá de segunda (24) a sexta-feira (28). O presidente Michel Temer e alguns de seus ministros são esperados no evento, que contará com oficinas em parceria com o governo federal para orientar prefeitos e gestores municipais no âmbito de execução orçamentária, por exemplo. Entre os temas a serem discutidos durante a semana estão saneamento, mobilidade urbana, segurança, saúde e meio ambiente. O objetivo da FNP é reunir a nova geração de prefeitos para debater alternativas para enfrentar a crise fiscal nos municípios. Para os simpósios, salas temáticas e debates são esperados, além dos prefeitos, governadores, parlamentares e integrantes do Judiciário. Segundo o secretário-geral da ONU, "a construção de cidades inclusivas e sustentáveis é um dos maiores desafios do século". "O futuro do planeta é responsabilidade de cada um de nós. Não podemos deixar que as futuras gerações sofram pelo que deixamos de fazer hoje", afirma Guterres no vídeo enviado aos prefeitos. Em 2015, quando foi realizada a terceira edição do encontro, o EMDS reuniu cerca de 9,5 mil pessoas, sendo 512 prefeitos.
poder
Secretário-geral da ONU cobra engajamento de prefeitos brasileirosEm mensagem enviada aos prefeitos brasileiros, o secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou engajamento dos municípios na agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. O plano prevê 17 metas locais para o enfrentamento da pobreza e das mudanças climáticas. O vídeo gravado por Guterres será exibido na terça-feira (25), em Brasília, durante a abertura oficial da quarta edição do EMDS (Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável), organizado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos). O encontro será comandado pelo presidente da FNP, o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB), e acontecerá de segunda (24) a sexta-feira (28). O presidente Michel Temer e alguns de seus ministros são esperados no evento, que contará com oficinas em parceria com o governo federal para orientar prefeitos e gestores municipais no âmbito de execução orçamentária, por exemplo. Entre os temas a serem discutidos durante a semana estão saneamento, mobilidade urbana, segurança, saúde e meio ambiente. O objetivo da FNP é reunir a nova geração de prefeitos para debater alternativas para enfrentar a crise fiscal nos municípios. Para os simpósios, salas temáticas e debates são esperados, além dos prefeitos, governadores, parlamentares e integrantes do Judiciário. Segundo o secretário-geral da ONU, "a construção de cidades inclusivas e sustentáveis é um dos maiores desafios do século". "O futuro do planeta é responsabilidade de cada um de nós. Não podemos deixar que as futuras gerações sofram pelo que deixamos de fazer hoje", afirma Guterres no vídeo enviado aos prefeitos. Em 2015, quando foi realizada a terceira edição do encontro, o EMDS reuniu cerca de 9,5 mil pessoas, sendo 512 prefeitos.
0
Com MG em crise, secretários de Pimentel terão rendimento maior
Mesmo após o segundo ano seguido de deficit nos cofres públicos de Minas, os 15 conselheiros da Cemig (companhia estatal de energia) vão receber mais um aumento nos jetons. Três deles são secretários do governador Fernando Pimentel (PT). É o segundo reajuste desde o ano passado: o jetom, que era de R$ 7.100 no começo de 2015, saltou para R$ 11,5 mil em maio daquele ano e agora será de R$ 14,3 mil. A decisão foi foi tomada em reunião no sábado (29). A companhia é uma empresa de capital aberto administrada pelo governo de Minas. Os jetons são pagos pela própria Cemig. Fazem parte do colegiado da empresa os secretários Helvécio Magalhães (Planejamento), José Afonso Bicalho (Fazenda) e Marco Antônio de Rezende (Casa Civil). Com a participação no conselho da Cemig e de outras empresas do governo mineiro, os secretários vão "turbinar" seus rendimentos de funcionário público. Magalhães, por exemplo, também participa dos conselhos do BDMG (R$ 13.800) e Prodemge (R$ 3.500) e tem salário como secretário de cerca de R$ 10 mil. Com os jetons, ganhará pouco mais de R$ 41 mil por mês. Já José Afonso Bicalho também compõe os conselhos da Codemig (R$ 7.500), MGI (R$ 3.500) e MGS (R$ 2.700) e, com o salário de secretário e o reajuste do jetom, pode ultrapassar os R$ 40 mil mensais. Assim como presidente do conselho da Cemig, o jetom de Bichalho é maior, e chega a R$ 18 mil. Além da Cemig, Marco Antônio de Rezende, da Casa Civil, é parte dos conselhos da Copasa (R$ 6.478) e da MGI. Segundo o governo, 75% dos servidores do Estado ganham até R$ 3.000. Os jetons são pagos a servidores pela participação nos conselhos, que normalmente se reúnem uma vez por mês. Eles não contam como salários e, por isso, não entram no teto salarial previsto na Constituição, de R$ 33,7 mil. Quando um membro efetivo não pode participar, um suplente o substitui. CRISE Desde fevereiro, a gestão Pimentel tem parcelado em até três vezes os salários do funcionalismo. A medida tem gerado insatisfação dos servidores, inclusive de policiais, que protestaram contra o governo na semana passada, em evento no feriado de Tiradentes em Ouro Preto. Para este ano, há previsão de um rombo de R$ 8,9 bilhões no orçamento. Além da crise financeira, o petista e a mulher, Carolina de Oliveira Pimentel, são investigados na Operação Acrônimo da PF. Na semana passada, ele a nomeou como secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social. A medida, na prática, garante foro privilegiado a ela. Agora, além do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do TRF (Tribunal Regional Federal), o Tribunal de Justiça mineiro pode julgar possíveis processos contra a primeira-dama. OUTRO LADO Procurada, a Cemig diz apenas que a deliberação pelo aumento dos jetons "foi definida a partir da proposição dos próprios acionistas durante a assembleia". Já o governo de Minas Gerais, por sua vez, não se manifestou sobre o assunto.
poder
Com MG em crise, secretários de Pimentel terão rendimento maiorMesmo após o segundo ano seguido de deficit nos cofres públicos de Minas, os 15 conselheiros da Cemig (companhia estatal de energia) vão receber mais um aumento nos jetons. Três deles são secretários do governador Fernando Pimentel (PT). É o segundo reajuste desde o ano passado: o jetom, que era de R$ 7.100 no começo de 2015, saltou para R$ 11,5 mil em maio daquele ano e agora será de R$ 14,3 mil. A decisão foi foi tomada em reunião no sábado (29). A companhia é uma empresa de capital aberto administrada pelo governo de Minas. Os jetons são pagos pela própria Cemig. Fazem parte do colegiado da empresa os secretários Helvécio Magalhães (Planejamento), José Afonso Bicalho (Fazenda) e Marco Antônio de Rezende (Casa Civil). Com a participação no conselho da Cemig e de outras empresas do governo mineiro, os secretários vão "turbinar" seus rendimentos de funcionário público. Magalhães, por exemplo, também participa dos conselhos do BDMG (R$ 13.800) e Prodemge (R$ 3.500) e tem salário como secretário de cerca de R$ 10 mil. Com os jetons, ganhará pouco mais de R$ 41 mil por mês. Já José Afonso Bicalho também compõe os conselhos da Codemig (R$ 7.500), MGI (R$ 3.500) e MGS (R$ 2.700) e, com o salário de secretário e o reajuste do jetom, pode ultrapassar os R$ 40 mil mensais. Assim como presidente do conselho da Cemig, o jetom de Bichalho é maior, e chega a R$ 18 mil. Além da Cemig, Marco Antônio de Rezende, da Casa Civil, é parte dos conselhos da Copasa (R$ 6.478) e da MGI. Segundo o governo, 75% dos servidores do Estado ganham até R$ 3.000. Os jetons são pagos a servidores pela participação nos conselhos, que normalmente se reúnem uma vez por mês. Eles não contam como salários e, por isso, não entram no teto salarial previsto na Constituição, de R$ 33,7 mil. Quando um membro efetivo não pode participar, um suplente o substitui. CRISE Desde fevereiro, a gestão Pimentel tem parcelado em até três vezes os salários do funcionalismo. A medida tem gerado insatisfação dos servidores, inclusive de policiais, que protestaram contra o governo na semana passada, em evento no feriado de Tiradentes em Ouro Preto. Para este ano, há previsão de um rombo de R$ 8,9 bilhões no orçamento. Além da crise financeira, o petista e a mulher, Carolina de Oliveira Pimentel, são investigados na Operação Acrônimo da PF. Na semana passada, ele a nomeou como secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social. A medida, na prática, garante foro privilegiado a ela. Agora, além do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do TRF (Tribunal Regional Federal), o Tribunal de Justiça mineiro pode julgar possíveis processos contra a primeira-dama. OUTRO LADO Procurada, a Cemig diz apenas que a deliberação pelo aumento dos jetons "foi definida a partir da proposição dos próprios acionistas durante a assembleia". Já o governo de Minas Gerais, por sua vez, não se manifestou sobre o assunto.
0
Sobe para 21 o número de mortos em acidente no PR; sete estão internados
Morreu na tarde desta quarta-feira (2) mais uma passageira do ônibus que bateu em um caminhão entre os municípios de Cafezal do Sul e Iporã (a 610 km de Curitiba), no noroeste do Paraná, na última segunda (31). Com isso, subiu para 21 o número de mortos no acidente –a maioria carbonizada. Claudete Brasilina Marcato, 51, estava internada no hospital universitário da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e morreu em decorrência das queimaduras que sofreu na batida, informou a unidade nesta quinta (3). Sete pessoas permanecem internadas no hospital de Umuarama (a 562 km de Curitiba). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Altônia (cidade de onde o ônibus havia saído), Marcato havia sido transferida para Londrina no dia 1° de novembro. O corpo dela será velado na Igreja Católica e enterrado nesta quinta no Cemitério Municipal de Altônia, onde morava com a família. A secretaria informou que ainda há sete pessoas internadas no Hospital Cemil, em Umuarama. Elas eram pacientes, com seus acompanhantes, que passariam por cirurgia de catarata na cidade vizinha, Umuarama. IDENTIFICAÇÃO A identificação oficial das outras vítimas levará alguns dias devido à necessidade de exame de DNA . Com isso, não há previsão de liberação dos corpos pelo IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama. O material genético dos familiares das vítimas, porém, já foi coletado. Até o momento, apenas duas pessoas foram reconhecidas. Uma das vítimas foi o caminhoneiro Sérgio Scaravonatto, 50, morador da cidade de Pato Bragado (oeste do Paraná), reconhecido pelo cunhado, Leomar Rohden, que é vice-prefeito de Pato Bragado (PR). Scaravonatto trabalhava para uma empresa de laticínio, era casado e tinha duas filhas. A segunda foi Virgilina Tenório Martins, que morreu com o impacto da batida.
cotidiano
Sobe para 21 o número de mortos em acidente no PR; sete estão internadosMorreu na tarde desta quarta-feira (2) mais uma passageira do ônibus que bateu em um caminhão entre os municípios de Cafezal do Sul e Iporã (a 610 km de Curitiba), no noroeste do Paraná, na última segunda (31). Com isso, subiu para 21 o número de mortos no acidente –a maioria carbonizada. Claudete Brasilina Marcato, 51, estava internada no hospital universitário da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e morreu em decorrência das queimaduras que sofreu na batida, informou a unidade nesta quinta (3). Sete pessoas permanecem internadas no hospital de Umuarama (a 562 km de Curitiba). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Altônia (cidade de onde o ônibus havia saído), Marcato havia sido transferida para Londrina no dia 1° de novembro. O corpo dela será velado na Igreja Católica e enterrado nesta quinta no Cemitério Municipal de Altônia, onde morava com a família. A secretaria informou que ainda há sete pessoas internadas no Hospital Cemil, em Umuarama. Elas eram pacientes, com seus acompanhantes, que passariam por cirurgia de catarata na cidade vizinha, Umuarama. IDENTIFICAÇÃO A identificação oficial das outras vítimas levará alguns dias devido à necessidade de exame de DNA . Com isso, não há previsão de liberação dos corpos pelo IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama. O material genético dos familiares das vítimas, porém, já foi coletado. Até o momento, apenas duas pessoas foram reconhecidas. Uma das vítimas foi o caminhoneiro Sérgio Scaravonatto, 50, morador da cidade de Pato Bragado (oeste do Paraná), reconhecido pelo cunhado, Leomar Rohden, que é vice-prefeito de Pato Bragado (PR). Scaravonatto trabalhava para uma empresa de laticínio, era casado e tinha duas filhas. A segunda foi Virgilina Tenório Martins, que morreu com o impacto da batida.
6
Dilma, cinco anos destruídos
Cinco anos da economia desapareceram no buraco negro do governo de Dilma Rousseff. Como se jamais tivessem existido. A renda brasileira voltou ao nível em que estava ao final dos governos Lula, em 2010. Em 2016, continuaremos no caminho de volta para o passado. O desempenho da economia em 2015, o resultado do PIB, apenas confirmou o que era sabido faz pelo menos uns três meses. Como se pode estimar, porém, o que vai ser deste 2016 ainda no início, embora já pareça um ano tão velho? Sem surpresas quase milagrosas, a recessão será quase tão grande quanto no ano passado, quando chegou a 3,8%. A renda do trabalho começou a diminuir no final do ano passado, em ritmo cada vez mais rápido. O dado nacional mais recente é de novembro, mas há indícios seguros de que a degradação continua até aqui. Um esteio do consumo poderia ser o crédito. Mas não haverá mais crédito. Os maiores bancos preveem que o total de empréstimos vai cair mais ou menos no mesmo ritmo do ano passado. Os consumidores estão com o ânimo no mínimo histórico, o que dificilmente deve melhorar com a alta do desemprego, inevitável em uma economia menor. A depender do aumento da inadimplência, calotes nos bancos, a oferta de crédito pode ser ainda menor que a prevista. Poderia ser que o investimento se recuperasse –aumento de despesas em novas instalações produtivas, empresas, máquinas, construções. Neste ano, o tombo foi inédito nos últimos 20 anos, baixa de mais de 14%. Faz dois anos e meio que o investimento produtivo diminui. Por ora, as estimativas são de outra queda em 2016, de 10% a 15%, chutes informados ainda dispersos. Mas por que as empresas modificariam suas intenções de investir de modo relevante e cedo o bastante para salvar o efeito negativo da queda do consumo (pois não haverá renda e crédito bastante para fazer o consumo aumentar)? O medo do futuro não diminuiu, pelo contrário. Não desapareceu nenhum dos motivos que levaram a confiança das empresas ao colapso. O investimento dos governos, que poderia incentivar o setor privado, na melhor das hipóteses será igual ao de 2015. A baixa do consumo e a já imensa ociosidade da indústria (um terço) não vão incentivar expansão da capacidade produtiva. As contas são disparatadas, mas atribui-se metade da queda do investimento em 2015 aos problemas na área de petróleo, construção pesada (empreiteiras) e à crise no mercado imobiliário. A área de petróleo continuará a minguar, não há obras ou concessões de infraestrutura para animar novas construtoras (ou estrangeiras) e o mercado imobiliário está afogado em imóveis encalhados. Por último e mais importante, não há nenhuma previsão de que se vá dar conta de um dos problemas que paralisam o empresariado de medo: a penúria atual e sem fim visível do governo, o crescimento descontrolado da dívida pública e suas sequelas, como juros altos. Ainda que houvesse um plano de tratar dessa desgraça, um encaminhamento prático e crível das soluções apareceria apenas lá pelo fim do ano, em um cenário róseo –apenas então talvez as empresas talvez reconsiderassem suas decisões. Mas não há ao menos plano. Não há nem propriamente governo. Nem sabemos quando haverá um.
colunas
Dilma, cinco anos destruídosCinco anos da economia desapareceram no buraco negro do governo de Dilma Rousseff. Como se jamais tivessem existido. A renda brasileira voltou ao nível em que estava ao final dos governos Lula, em 2010. Em 2016, continuaremos no caminho de volta para o passado. O desempenho da economia em 2015, o resultado do PIB, apenas confirmou o que era sabido faz pelo menos uns três meses. Como se pode estimar, porém, o que vai ser deste 2016 ainda no início, embora já pareça um ano tão velho? Sem surpresas quase milagrosas, a recessão será quase tão grande quanto no ano passado, quando chegou a 3,8%. A renda do trabalho começou a diminuir no final do ano passado, em ritmo cada vez mais rápido. O dado nacional mais recente é de novembro, mas há indícios seguros de que a degradação continua até aqui. Um esteio do consumo poderia ser o crédito. Mas não haverá mais crédito. Os maiores bancos preveem que o total de empréstimos vai cair mais ou menos no mesmo ritmo do ano passado. Os consumidores estão com o ânimo no mínimo histórico, o que dificilmente deve melhorar com a alta do desemprego, inevitável em uma economia menor. A depender do aumento da inadimplência, calotes nos bancos, a oferta de crédito pode ser ainda menor que a prevista. Poderia ser que o investimento se recuperasse –aumento de despesas em novas instalações produtivas, empresas, máquinas, construções. Neste ano, o tombo foi inédito nos últimos 20 anos, baixa de mais de 14%. Faz dois anos e meio que o investimento produtivo diminui. Por ora, as estimativas são de outra queda em 2016, de 10% a 15%, chutes informados ainda dispersos. Mas por que as empresas modificariam suas intenções de investir de modo relevante e cedo o bastante para salvar o efeito negativo da queda do consumo (pois não haverá renda e crédito bastante para fazer o consumo aumentar)? O medo do futuro não diminuiu, pelo contrário. Não desapareceu nenhum dos motivos que levaram a confiança das empresas ao colapso. O investimento dos governos, que poderia incentivar o setor privado, na melhor das hipóteses será igual ao de 2015. A baixa do consumo e a já imensa ociosidade da indústria (um terço) não vão incentivar expansão da capacidade produtiva. As contas são disparatadas, mas atribui-se metade da queda do investimento em 2015 aos problemas na área de petróleo, construção pesada (empreiteiras) e à crise no mercado imobiliário. A área de petróleo continuará a minguar, não há obras ou concessões de infraestrutura para animar novas construtoras (ou estrangeiras) e o mercado imobiliário está afogado em imóveis encalhados. Por último e mais importante, não há nenhuma previsão de que se vá dar conta de um dos problemas que paralisam o empresariado de medo: a penúria atual e sem fim visível do governo, o crescimento descontrolado da dívida pública e suas sequelas, como juros altos. Ainda que houvesse um plano de tratar dessa desgraça, um encaminhamento prático e crível das soluções apareceria apenas lá pelo fim do ano, em um cenário róseo –apenas então talvez as empresas talvez reconsiderassem suas decisões. Mas não há ao menos plano. Não há nem propriamente governo. Nem sabemos quando haverá um.
10
Vendas de tablets caem no mundo
A venda de tablets no mundo caiu 12,6% no terceiro trimestre, segundo estimativas publicadas nesta-quinta pelo escritório de pesquisa IDC, que aponta um mercado "em transição", que enfrenta o sucesso dos smartphones. Esse é o quarto trimestre consecutivo de baixa. No total foram vendidos 48,7 milhões de tablets no terceiro trimestre. A Apple continua sendo a maior fabricante mundial com 20,3% del mercado, mas também se viu afetada pela queda nas vendas: o número de iPad vendidos caiu 19,7% em um ano. Depois de anos de crescimento, o mercado de tablets mostra agora sinais de saturação. A base instalada atingiu 581,9 milhões de dispositivos no final de 2014 na escala mundial, segundo o IDC. O IDC afirma que as oportunidades de crescimento são cada vez mais limitadas em regiões como América do Norte, Europa Ocidental e Ásia-Pacífico. Nos Estados Unidos, o smartphone é agora o aparelho eletrônico preferido por muitos consumidores. Esses dispositivos móveis são usados como computador, GPS e um meio de permanecer conectado às redes sociais, apontou um estudo publicado na quinta-feira pelo Pew Research Center. "Os smartphones se transformam em aparelhos que fazem de tudo, que assumem as mesmas funções do que os aparelhos especializados como os leitores de música, de livros eletrônicos e até consoles de jogos", comentou Lee Rainie, un analista de Pew. A medida que o uso de smartphones aumenta, registra-se um crescimento fraco ou nulo dos demais aparelhos eletrônicos.
tec
Vendas de tablets caem no mundoA venda de tablets no mundo caiu 12,6% no terceiro trimestre, segundo estimativas publicadas nesta-quinta pelo escritório de pesquisa IDC, que aponta um mercado "em transição", que enfrenta o sucesso dos smartphones. Esse é o quarto trimestre consecutivo de baixa. No total foram vendidos 48,7 milhões de tablets no terceiro trimestre. A Apple continua sendo a maior fabricante mundial com 20,3% del mercado, mas também se viu afetada pela queda nas vendas: o número de iPad vendidos caiu 19,7% em um ano. Depois de anos de crescimento, o mercado de tablets mostra agora sinais de saturação. A base instalada atingiu 581,9 milhões de dispositivos no final de 2014 na escala mundial, segundo o IDC. O IDC afirma que as oportunidades de crescimento são cada vez mais limitadas em regiões como América do Norte, Europa Ocidental e Ásia-Pacífico. Nos Estados Unidos, o smartphone é agora o aparelho eletrônico preferido por muitos consumidores. Esses dispositivos móveis são usados como computador, GPS e um meio de permanecer conectado às redes sociais, apontou um estudo publicado na quinta-feira pelo Pew Research Center. "Os smartphones se transformam em aparelhos que fazem de tudo, que assumem as mesmas funções do que os aparelhos especializados como os leitores de música, de livros eletrônicos e até consoles de jogos", comentou Lee Rainie, un analista de Pew. A medida que o uso de smartphones aumenta, registra-se um crescimento fraco ou nulo dos demais aparelhos eletrônicos.
5
Sumiço da política e intervenções marcam fracasso de 'A Lei do Amor'
O justo reconhecimento ao trabalho de Vera Holtz em "A Lei do Amor", publicado na capa da "Ilustrada" da última quinta (2), termina com uma indagação. Será que Magnólia Costa Leitão entrará para a galeria das grandes vilãs da teledramaturgia brasileira? A própria atriz responde ao repórter Roberto de Oliveira: "É o tempo em que ela ficará no imaginário do público que vai garantir (ou não) um assento reservado nesse espaço. Afinal, você não recebe o troféu no começo da disputa". Vera Holtz não diz, mas deve saber que a missão de sua personagem é das mais difíceis. Afinal, "A Lei do Amor" figura em qualquer lista das piores novelas exibidas pela Globo nos últimos anos e o seu destino é ser esquecida imediatamente. Sou grande admirador de Maria Adelaide Amaral, autora de trabalhos de qualidade no teatro e também na TV. Mas essa sua estreia no horário das 21h foi um desastre. Tentando entender o que aconteceu, é preciso voltar a 24 de setembro de 2015. Naquele dia, a Globo anunciou que a novela, então já em produção, prevista para estrear em 14 de março de 2016, seria adiada para outubro. A decisão foi de Silvio de Abreu, diretor de teledramaturgia da emissora. "A novela da Maria Adelaide é muito boa e traz uma trama política que poderia ficar prejudicada por causa das eleições do ano que vem", disse Abreu em nota oficial. "Como o Brasil tem uma legislação eleitoral muito rígida, a partir do início de junho teríamos que eliminar essa trama da novela, porque entraríamos no período em que não se pode falar de política. Achei que seria um desperdício fazermos isso." Quando foi adiada, a novela tinha o título de "Sagrada Família". Ao estrear, em 3 de outubro, um dia depois do primeiro turno das eleições municipais, chamava-se "A Lei do Amor". Magnólia, a personagem de Vera Holtz, era casada com Fausto Leitão (Tarcísio Meira), um empresário poderoso da fictícia São Dimas, localizada na Grande São Paulo. A novela não mostra, mas entendemos que o casal prosperou graças a relações escusas com o senador Venturini (Otavio Augusto). No início da trama, o jornal da cidade apoiava o prefeito Augusto (Ricardo Tozzi), um homem honesto, mas o noticiário favorável era determinado pela influência de um outro empresário de má índole, Tião Bezerra (José Mayer), inimigo de Magnólia. Inexplicavelmente, porém, a trama política de "A Lei do Amor" rapidamente ficou em segundo plano. O senador Venturini se tornou uma caricatura —um bufão inspirado muito vagamente em tipos conhecidos em Brasília. A trama do jornal sumiu. Tião Bezerra se desinteressou por política. A história da sucessão de Augusto virou uma comédia. O próprio senador desapareceu —foi cassado em uma situação quase escondida na novela. Já não havia eleições no horizonte de "A Lei do Amor" quando os autores da novela (além de Maria Adelaide, o seu parceiro Vincent Villari) decidiram esconder todas estas tramas e focar um melodrama desinteressante —o amor de Helô (Cláudia Abreu) e Pedro (Reynaldo Gianecchini), repleto de percalços. Nestes últimos seis meses, o noticiário foi farto a respeito de intervenções na novela, incluindo até a chegada de um novo autor, Ricardo Linhares, para "ajudar" nos "ajustes". Buscando uma audiência que jamais teve, a Globo impôs alterações bruscas no rumo de tramas, sumiço de personagens e apelações variadas. Nada deu certo. Apenas Vera Holtz e sua Magnólia se salvaram.
colunas
Sumiço da política e intervenções marcam fracasso de 'A Lei do Amor'O justo reconhecimento ao trabalho de Vera Holtz em "A Lei do Amor", publicado na capa da "Ilustrada" da última quinta (2), termina com uma indagação. Será que Magnólia Costa Leitão entrará para a galeria das grandes vilãs da teledramaturgia brasileira? A própria atriz responde ao repórter Roberto de Oliveira: "É o tempo em que ela ficará no imaginário do público que vai garantir (ou não) um assento reservado nesse espaço. Afinal, você não recebe o troféu no começo da disputa". Vera Holtz não diz, mas deve saber que a missão de sua personagem é das mais difíceis. Afinal, "A Lei do Amor" figura em qualquer lista das piores novelas exibidas pela Globo nos últimos anos e o seu destino é ser esquecida imediatamente. Sou grande admirador de Maria Adelaide Amaral, autora de trabalhos de qualidade no teatro e também na TV. Mas essa sua estreia no horário das 21h foi um desastre. Tentando entender o que aconteceu, é preciso voltar a 24 de setembro de 2015. Naquele dia, a Globo anunciou que a novela, então já em produção, prevista para estrear em 14 de março de 2016, seria adiada para outubro. A decisão foi de Silvio de Abreu, diretor de teledramaturgia da emissora. "A novela da Maria Adelaide é muito boa e traz uma trama política que poderia ficar prejudicada por causa das eleições do ano que vem", disse Abreu em nota oficial. "Como o Brasil tem uma legislação eleitoral muito rígida, a partir do início de junho teríamos que eliminar essa trama da novela, porque entraríamos no período em que não se pode falar de política. Achei que seria um desperdício fazermos isso." Quando foi adiada, a novela tinha o título de "Sagrada Família". Ao estrear, em 3 de outubro, um dia depois do primeiro turno das eleições municipais, chamava-se "A Lei do Amor". Magnólia, a personagem de Vera Holtz, era casada com Fausto Leitão (Tarcísio Meira), um empresário poderoso da fictícia São Dimas, localizada na Grande São Paulo. A novela não mostra, mas entendemos que o casal prosperou graças a relações escusas com o senador Venturini (Otavio Augusto). No início da trama, o jornal da cidade apoiava o prefeito Augusto (Ricardo Tozzi), um homem honesto, mas o noticiário favorável era determinado pela influência de um outro empresário de má índole, Tião Bezerra (José Mayer), inimigo de Magnólia. Inexplicavelmente, porém, a trama política de "A Lei do Amor" rapidamente ficou em segundo plano. O senador Venturini se tornou uma caricatura —um bufão inspirado muito vagamente em tipos conhecidos em Brasília. A trama do jornal sumiu. Tião Bezerra se desinteressou por política. A história da sucessão de Augusto virou uma comédia. O próprio senador desapareceu —foi cassado em uma situação quase escondida na novela. Já não havia eleições no horizonte de "A Lei do Amor" quando os autores da novela (além de Maria Adelaide, o seu parceiro Vincent Villari) decidiram esconder todas estas tramas e focar um melodrama desinteressante —o amor de Helô (Cláudia Abreu) e Pedro (Reynaldo Gianecchini), repleto de percalços. Nestes últimos seis meses, o noticiário foi farto a respeito de intervenções na novela, incluindo até a chegada de um novo autor, Ricardo Linhares, para "ajudar" nos "ajustes". Buscando uma audiência que jamais teve, a Globo impôs alterações bruscas no rumo de tramas, sumiço de personagens e apelações variadas. Nada deu certo. Apenas Vera Holtz e sua Magnólia se salvaram.
10
Acuado por denúncias, Cunha pensa em sucessão para preservar mandato
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) viu seu poder minguar substancialmente em quatro dias. Na última terça-feira (13), governo e oposição achavam que o presidente da Câmara estava pronto para deflagrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na sexta (16), o discurso era outro. Nesse intervalo, Cunha foi alvejado em muitas frentes. Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça comprovaram a existência de contas secretas em nome do parlamentar naquele país. Os papéis mostraram que a Suíça registrou as contas usando como identificação de Cunha seu passaporte diplomático. A assinatura do deputado consta dos documentos. Até então, ele negava ter recursos no exterior. Depois disso, deixou de discutir o mérito das denúncias que sofreu e se limitou a criticar o vazamento das provas. "Ele sempre falou que não tinha nada no nome dele", contou um deputado do PMDB. "A gente até achava que podia vir algo em nome de uma empresa e ele como beneficiário. Mas quando apareceu a assinatura e o passaporte... Até tapando o nariz dava para sentir o cheiro." Na sequência, foram divulgados trechos da delação do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que diz ter distribuído a Cunha e outros políticos propina do esquema de corrupção descoberto na Petrobras. O lobista afirmou que Cunha recebeu ao menos R$ 5 milhões em espécie. As revelações fragilizaram o peemedebista de modo que, na noite de sexta-feira, o discurso quase unânime entre os governistas e os seus opositores era de que ele não tinha mais condições de permanecer à frente da Câmara. Sua melhor jogada, avaliaram deputados e senadores ouvidos pela Folha, seria trabalhar para fazer um sucessor que consiga dar um desfecho à crise política, abrindo ou enterrando um pedido de impeachment da petista. Agora, avaliam os deputados, o trunfo de Cunha deixou de ser o afastamento de Dilma e passou a ser sua capacidade de conduzir a própria sucessão na Câmara. Cabe ao chefe da Casa a decisão de dar prosseguimento ou arquivar pedidos de impeachment. Daí a importância de Cunha costurar a própria sucessão: se emplacar um aliado no cargo, continuará podendo influenciar o desfecho do governo Dilma. CASSAÇÃO O consenso é de que o peemedebista precisa agir rapidamente para não perder as condições de negociar a manutenção do mandato, evitando um processo de cassação no Conselho de Ética. O peemedebista, agora, terá duas opções, calculam parlamentares próximos. Pode fechar um acordo com o governo e ajudar o Planalto a patrocinar um nome mais próximo aos articuladores da presidente Dilma, confiando que o PT não se engajará na cassação de seu mandato. Ou pode fechar com a oposição e ajudar a eleger como sucessor um adversário da petista. Essa segunda opção, é o que está sendo chamado nos bastidores da Câmara de "impeachment branco". Segundo um deputado da oposição, Cunha, que ensaiou uma reaproximação com o governo quando surgiram novas denúncias contra ele nesta semana, voltou na última quinta (15) a se queixar do Planalto e a dizer que era vítima de perseguição. Nas conversas, ressaltou que não via as investigações contra ministros do governo citados na Operação Lava Jato terem desdobramentos na mesma velocidade que a sua. Esse descontentamento alimentou aliados do peemedebista que trabalham pelo impeachment, como o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP). Segundo relatos, na tentativa de frear as conversas entre Cunha e o Planalto, Paulinho disse ao peemedebista que "se o governo conseguisse segurar alguma coisa, não tinha ninguém do PT preso". Na sexta-feira, quando o isolamento de Cunha era visível no Parlamento, Paulinho foi um dos poucos deputados que fizeram uma defesa pública do peemedebista. Um senador tucano viu no gesto a senha de que será Paulinho o interlocutor de Cunha com as oposições. É que PSDB e DEM vão manter o discurso de que o peemedebista precisa renunciar a Presidência da Casa para poder se defender no Conselho de Ética. E Cunha tem dito que não deixará o posto. Na primeira vez que a oposição divulgou essa tese, há uma semana, o peemedebista se irritou e disse que não era possível confiar em gente que dava mostras de que o abandonaria no primeiro revés. "Se eu derrubar ela [Dilma], no dia seguinte vocês me derrubam", afirmou. A reclamação repercutiu. Cobrado por aliados que diziam que a cobrança havia jogado Cunha contra o impeachment, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, observou: "O afastamento dela [Dilma] não pode se dar às custas da destruição do nosso discurso". A oposição pretende levar à disputa pela Presidência da Câmara um "oposicionista da gema". Uma vitória seria a desmoralização do governo, avaliam. Quem não acredita nesse resultado adverte que a queda de Cunha e ascensão de um nome mais sensível ao Planalto não deve ser vista como uma vitória por Dilma. "A vida dela depende de um bichinho chamado economia, e eu não sinto ânimo para consertar. A CPMF não passa aqui", sentenciou um senador do PMDB.
poder
Acuado por denúncias, Cunha pensa em sucessão para preservar mandatoO deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) viu seu poder minguar substancialmente em quatro dias. Na última terça-feira (13), governo e oposição achavam que o presidente da Câmara estava pronto para deflagrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na sexta (16), o discurso era outro. Nesse intervalo, Cunha foi alvejado em muitas frentes. Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça comprovaram a existência de contas secretas em nome do parlamentar naquele país. Os papéis mostraram que a Suíça registrou as contas usando como identificação de Cunha seu passaporte diplomático. A assinatura do deputado consta dos documentos. Até então, ele negava ter recursos no exterior. Depois disso, deixou de discutir o mérito das denúncias que sofreu e se limitou a criticar o vazamento das provas. "Ele sempre falou que não tinha nada no nome dele", contou um deputado do PMDB. "A gente até achava que podia vir algo em nome de uma empresa e ele como beneficiário. Mas quando apareceu a assinatura e o passaporte... Até tapando o nariz dava para sentir o cheiro." Na sequência, foram divulgados trechos da delação do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que diz ter distribuído a Cunha e outros políticos propina do esquema de corrupção descoberto na Petrobras. O lobista afirmou que Cunha recebeu ao menos R$ 5 milhões em espécie. As revelações fragilizaram o peemedebista de modo que, na noite de sexta-feira, o discurso quase unânime entre os governistas e os seus opositores era de que ele não tinha mais condições de permanecer à frente da Câmara. Sua melhor jogada, avaliaram deputados e senadores ouvidos pela Folha, seria trabalhar para fazer um sucessor que consiga dar um desfecho à crise política, abrindo ou enterrando um pedido de impeachment da petista. Agora, avaliam os deputados, o trunfo de Cunha deixou de ser o afastamento de Dilma e passou a ser sua capacidade de conduzir a própria sucessão na Câmara. Cabe ao chefe da Casa a decisão de dar prosseguimento ou arquivar pedidos de impeachment. Daí a importância de Cunha costurar a própria sucessão: se emplacar um aliado no cargo, continuará podendo influenciar o desfecho do governo Dilma. CASSAÇÃO O consenso é de que o peemedebista precisa agir rapidamente para não perder as condições de negociar a manutenção do mandato, evitando um processo de cassação no Conselho de Ética. O peemedebista, agora, terá duas opções, calculam parlamentares próximos. Pode fechar um acordo com o governo e ajudar o Planalto a patrocinar um nome mais próximo aos articuladores da presidente Dilma, confiando que o PT não se engajará na cassação de seu mandato. Ou pode fechar com a oposição e ajudar a eleger como sucessor um adversário da petista. Essa segunda opção, é o que está sendo chamado nos bastidores da Câmara de "impeachment branco". Segundo um deputado da oposição, Cunha, que ensaiou uma reaproximação com o governo quando surgiram novas denúncias contra ele nesta semana, voltou na última quinta (15) a se queixar do Planalto e a dizer que era vítima de perseguição. Nas conversas, ressaltou que não via as investigações contra ministros do governo citados na Operação Lava Jato terem desdobramentos na mesma velocidade que a sua. Esse descontentamento alimentou aliados do peemedebista que trabalham pelo impeachment, como o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP). Segundo relatos, na tentativa de frear as conversas entre Cunha e o Planalto, Paulinho disse ao peemedebista que "se o governo conseguisse segurar alguma coisa, não tinha ninguém do PT preso". Na sexta-feira, quando o isolamento de Cunha era visível no Parlamento, Paulinho foi um dos poucos deputados que fizeram uma defesa pública do peemedebista. Um senador tucano viu no gesto a senha de que será Paulinho o interlocutor de Cunha com as oposições. É que PSDB e DEM vão manter o discurso de que o peemedebista precisa renunciar a Presidência da Casa para poder se defender no Conselho de Ética. E Cunha tem dito que não deixará o posto. Na primeira vez que a oposição divulgou essa tese, há uma semana, o peemedebista se irritou e disse que não era possível confiar em gente que dava mostras de que o abandonaria no primeiro revés. "Se eu derrubar ela [Dilma], no dia seguinte vocês me derrubam", afirmou. A reclamação repercutiu. Cobrado por aliados que diziam que a cobrança havia jogado Cunha contra o impeachment, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, observou: "O afastamento dela [Dilma] não pode se dar às custas da destruição do nosso discurso". A oposição pretende levar à disputa pela Presidência da Câmara um "oposicionista da gema". Uma vitória seria a desmoralização do governo, avaliam. Quem não acredita nesse resultado adverte que a queda de Cunha e ascensão de um nome mais sensível ao Planalto não deve ser vista como uma vitória por Dilma. "A vida dela depende de um bichinho chamado economia, e eu não sinto ânimo para consertar. A CPMF não passa aqui", sentenciou um senador do PMDB.
0
Real, 22 anos
Não é a primeira vez que me refiro, neste espaço, ao advento do Real, que está completando 22 anos. Faço isso como reconhecimento a um esforço que reuniu coragem, responsabilidade e compromisso com o país e acabou por se transformar em um ponto fora da curva na história da administração pública brasileira, refém, tantas vezes, da passividade e de interesses que não os coletivos. Desse ponto de vista, a estabilidade monetária foi uma das maiores conquistas da sociedade brasileira nos anos recentes, após inúmeras tentativas de derrotar a doença crônica da inflação, que roubava os salários dos trabalhadores muito antes de cada mês terminar. A atuação decidida dos governos dos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso venceu resistências e superou expectativas. Naquele percurso, foram sempre fundamentais a confiança e a adesão da população, bases sobre a quais se estabeleceram no país, legitimamente, as novas regras para o funcionamento da economia. Tombada a inflação, o passo seguinte foi a busca do controle dos gastos públicos, uma tarefa tão difícil quanto a primeira, na medida em que o desafio era enfrentar com determinação um regime de descontroles incrustado anos a fio no corpo do Estado brasileiro. Se avançamos com a edição de uma lei de responsabilidade fiscal, a obra, contudo, ficou incompleta. Os governos que se sucederam transformaram o controle da inflação e o respeito ao dinheiro público em temas de menor importância. Os 13 anos de gestão petista reavivaram a carestia e tornaram letra morta a responsabilidade fiscal. É por essa razão que vem em boa hora a manifestação explícita do Banco Central de que buscará, sem subterfúgios, atingir a meta de inflação, tornada miragem nos últimos anos. A autoridade monetária visa a normalidade institucional que no passado se tornara regra, mas que a leniência petista desvirtuou. Será, contudo, sempre mais difícil alcançar esse objetivo se a política monetária não estiver ancorada em rigorosa sobriedade fiscal. É crucial fechar a torneira da farra dos gastos públicos, prática ainda não inteiramente assumida pelo novo governo. Alguns sinais dados nas últimas semanas não contribuíram para fortalecer a ideia de que realmente entramos em um outro momento. O Brasil só conseguirá vislumbrar perspectiva melhor, real, se a transparência e a responsabilidade ancorarem as decisões de governo, demonstrando à população o tamanho do desafio em curso e os sacrifícios que serão exigidos de todos. Sem exceção. O caminho é árduo, mas precisa ser trilhado. Assim como foi no passado, na vitória de todos contra a inflação. Sem concessões a quem quer que seja.
colunas
Real, 22 anosNão é a primeira vez que me refiro, neste espaço, ao advento do Real, que está completando 22 anos. Faço isso como reconhecimento a um esforço que reuniu coragem, responsabilidade e compromisso com o país e acabou por se transformar em um ponto fora da curva na história da administração pública brasileira, refém, tantas vezes, da passividade e de interesses que não os coletivos. Desse ponto de vista, a estabilidade monetária foi uma das maiores conquistas da sociedade brasileira nos anos recentes, após inúmeras tentativas de derrotar a doença crônica da inflação, que roubava os salários dos trabalhadores muito antes de cada mês terminar. A atuação decidida dos governos dos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso venceu resistências e superou expectativas. Naquele percurso, foram sempre fundamentais a confiança e a adesão da população, bases sobre a quais se estabeleceram no país, legitimamente, as novas regras para o funcionamento da economia. Tombada a inflação, o passo seguinte foi a busca do controle dos gastos públicos, uma tarefa tão difícil quanto a primeira, na medida em que o desafio era enfrentar com determinação um regime de descontroles incrustado anos a fio no corpo do Estado brasileiro. Se avançamos com a edição de uma lei de responsabilidade fiscal, a obra, contudo, ficou incompleta. Os governos que se sucederam transformaram o controle da inflação e o respeito ao dinheiro público em temas de menor importância. Os 13 anos de gestão petista reavivaram a carestia e tornaram letra morta a responsabilidade fiscal. É por essa razão que vem em boa hora a manifestação explícita do Banco Central de que buscará, sem subterfúgios, atingir a meta de inflação, tornada miragem nos últimos anos. A autoridade monetária visa a normalidade institucional que no passado se tornara regra, mas que a leniência petista desvirtuou. Será, contudo, sempre mais difícil alcançar esse objetivo se a política monetária não estiver ancorada em rigorosa sobriedade fiscal. É crucial fechar a torneira da farra dos gastos públicos, prática ainda não inteiramente assumida pelo novo governo. Alguns sinais dados nas últimas semanas não contribuíram para fortalecer a ideia de que realmente entramos em um outro momento. O Brasil só conseguirá vislumbrar perspectiva melhor, real, se a transparência e a responsabilidade ancorarem as decisões de governo, demonstrando à população o tamanho do desafio em curso e os sacrifícios que serão exigidos de todos. Sem exceção. O caminho é árduo, mas precisa ser trilhado. Assim como foi no passado, na vitória de todos contra a inflação. Sem concessões a quem quer que seja.
10
Bicudo pretende reapresentar pedido de impeachment nesta semana
Em um movimento que tem o apoio dos partidos de oposição, o advogado paulista Hélio Bicudo informou que irá aprimorar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e deve reapresentá-lo até a próxima quinta-feira (17). O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), devolveu nesta segunda-feira (14) o texto apresentado pelo fundador do PT por uma questão de "requisitos formais" e deu um prazo de dez dias para que ele ajuste o texto às regras do Congresso Nacional. Segundo o jurista, serão acrescentados ao pedido de impeachment novos elementos que justificam o afastamento da petista. "Eu estou aprimorando a peça para reapresentá-la", disse o advogado à Folha. A reapresentação da peça jurídica faz parte do roteiro traçado pelos principais partidos de oposição para dar prosseguimento ao processo de afastamento da presidente Dilma. Nesta segunda, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), e o líder do DEM no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), visitaram o jurista na capital paulista. A oposição estuda, ainda, se pretende apenas endossar o pedido ou assiná-lo. A estratégia é que Eduardo Cunha recuse o pedido do jurista, levando a oposição a ingressar com recurso. Se aprovado em plenário por maioria simples, será criada uma comissão para dar sequência à tramitação. Essa comissão vai elaborar um parecer a ser votado no plenário, ai sim, com necessidade de dois terços dos deputados. Caso os parlamentares decidam pelo impeachment, Dilma deixa o cargo e o processo segue para julgamento do Senado.
poder
Bicudo pretende reapresentar pedido de impeachment nesta semanaEm um movimento que tem o apoio dos partidos de oposição, o advogado paulista Hélio Bicudo informou que irá aprimorar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e deve reapresentá-lo até a próxima quinta-feira (17). O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), devolveu nesta segunda-feira (14) o texto apresentado pelo fundador do PT por uma questão de "requisitos formais" e deu um prazo de dez dias para que ele ajuste o texto às regras do Congresso Nacional. Segundo o jurista, serão acrescentados ao pedido de impeachment novos elementos que justificam o afastamento da petista. "Eu estou aprimorando a peça para reapresentá-la", disse o advogado à Folha. A reapresentação da peça jurídica faz parte do roteiro traçado pelos principais partidos de oposição para dar prosseguimento ao processo de afastamento da presidente Dilma. Nesta segunda, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), e o líder do DEM no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), visitaram o jurista na capital paulista. A oposição estuda, ainda, se pretende apenas endossar o pedido ou assiná-lo. A estratégia é que Eduardo Cunha recuse o pedido do jurista, levando a oposição a ingressar com recurso. Se aprovado em plenário por maioria simples, será criada uma comissão para dar sequência à tramitação. Essa comissão vai elaborar um parecer a ser votado no plenário, ai sim, com necessidade de dois terços dos deputados. Caso os parlamentares decidam pelo impeachment, Dilma deixa o cargo e o processo segue para julgamento do Senado.
0
Saiba como funcionam os programas de especialização
Cada tipo de especialização oferece vantagens para diferentes objetivos profissionais. Saiba como funcionam esses programas. Modalidade dos curso de pós-graduação
educacao
Saiba como funcionam os programas de especializaçãoCada tipo de especialização oferece vantagens para diferentes objetivos profissionais. Saiba como funcionam esses programas. Modalidade dos curso de pós-graduação
11
Lançamentos em Paraty, música experimental e mais 5 indicações
LANÇAMENTO | ANA MARTINS MARQUES E EDUARDO JORGE O livro "Como se Fosse a Casa (uma Correspondência)" reúne poemas trocados entre a poeta mineira e o poeta cearense, ambos moradores de Belo Horizonte, enquanto ela ficou no apartamento de Jorge, que estava em Paris. Relicário | R$ 30 (48 págs.) Casa Amado e Saramago - Paraty | r. Dr. Samuel Costa, 12 sáb. (29), às 19h * LANÇAMENTO | RONALDO BRESSANE O escritor paulistano, autor de "Mnemomáquina" (Demônio Negro), lança "Escalpo", romance escrito em 50 dias, durante uma residência literária em Paraty. Reformatório | R$ 40 (256 págs.) Sesc Paraty | tel. (24) 3371-4516 | sáb. (29), às 15h30 * CINEMA | FESTIVAL LATINO-AMERICANO Em sua 12ª edição, a mostra de filmes do continente homenageia Beto Brant, exibindo a estreia de dois filmes dele, o documentário sobre o bloco paulistano IIú Obá De Min e outro em que acompanha o artista plástico Felipe Ehrenberg, morto em maio, em seu retorno ao México. Memorial da América Latina, Cinesesc e circuito SPCine | festlatinosp.com.br | de qui. (27) a 2/8 | grátis ou R$ 12 (Cinesesc) * EXPOSIÇÃO | RENATO CASTANHARI O artista paulistano (1988) mostra em "Apagamento" pinturas e objetos em pequenos formatos (a tela abaixo tem 22,5 x 16,5 cm), mas que, segundo a curadora, Nathalia Lavigne, exigem, com frequência, uma mirada à distância. Galeria Sancovsky | tel. (11) 3086-0784 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h | grátis | até 12/8 LIVRO | AIMÓ Na história de Reginaldo Prandi, com ilustrações de Rimon Guimarães, uma menina africana é trazida ao Brasil como escrava. Ela acorda num mundo desconhecido, de orixás, e não se lembra nem sequer de seu nome. Seguinte | R$ 39,90 (200 págs.) * EXPOSIÇÃO | VOLTA DAS COLEÇÕES DO MAM Com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, a mostra reúne quase cem obras de artistas brasileiros, como Alair Gomes, Antonio Manuel, Geraldo de Barros, Ivan Grilo e Jac Leirner, e estrangeiros, como Josef Albers e Diane Arbus. Os trabalhos compõem conjuntos ou séries. Com o evento, o terceiro andar do museu passa a ser dedicado apenas a exposições do acervo. Museu de Arte Moderna - Rio | tel. (21) 3883-5600 | de ter. a sex., das 12h às 18h; sáb. e dom., das 11h às 18h | R$ 14 (grátis às quartas) | até 24/9 * MÚSICA | NU E ÉRICA Como parte do projeto "Exploratório", dedicado à música eletrônica, a carioca Érica apresenta suas músicas com sintetizadores, bateria eletrônica e voz. Na outra metade do show, toca a dupla Naked Universe, de São Paulo, com Ligiana Costa e Edson Secco. Sesc Pinheiros | tel. (11) 3095-9400 | qua. (26), às 20h30 | R$ 25 Ouça no soundcloud Ouça no soundcloud
ilustrissima
Lançamentos em Paraty, música experimental e mais 5 indicaçõesLANÇAMENTO | ANA MARTINS MARQUES E EDUARDO JORGE O livro "Como se Fosse a Casa (uma Correspondência)" reúne poemas trocados entre a poeta mineira e o poeta cearense, ambos moradores de Belo Horizonte, enquanto ela ficou no apartamento de Jorge, que estava em Paris. Relicário | R$ 30 (48 págs.) Casa Amado e Saramago - Paraty | r. Dr. Samuel Costa, 12 sáb. (29), às 19h * LANÇAMENTO | RONALDO BRESSANE O escritor paulistano, autor de "Mnemomáquina" (Demônio Negro), lança "Escalpo", romance escrito em 50 dias, durante uma residência literária em Paraty. Reformatório | R$ 40 (256 págs.) Sesc Paraty | tel. (24) 3371-4516 | sáb. (29), às 15h30 * CINEMA | FESTIVAL LATINO-AMERICANO Em sua 12ª edição, a mostra de filmes do continente homenageia Beto Brant, exibindo a estreia de dois filmes dele, o documentário sobre o bloco paulistano IIú Obá De Min e outro em que acompanha o artista plástico Felipe Ehrenberg, morto em maio, em seu retorno ao México. Memorial da América Latina, Cinesesc e circuito SPCine | festlatinosp.com.br | de qui. (27) a 2/8 | grátis ou R$ 12 (Cinesesc) * EXPOSIÇÃO | RENATO CASTANHARI O artista paulistano (1988) mostra em "Apagamento" pinturas e objetos em pequenos formatos (a tela abaixo tem 22,5 x 16,5 cm), mas que, segundo a curadora, Nathalia Lavigne, exigem, com frequência, uma mirada à distância. Galeria Sancovsky | tel. (11) 3086-0784 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h | grátis | até 12/8 LIVRO | AIMÓ Na história de Reginaldo Prandi, com ilustrações de Rimon Guimarães, uma menina africana é trazida ao Brasil como escrava. Ela acorda num mundo desconhecido, de orixás, e não se lembra nem sequer de seu nome. Seguinte | R$ 39,90 (200 págs.) * EXPOSIÇÃO | VOLTA DAS COLEÇÕES DO MAM Com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, a mostra reúne quase cem obras de artistas brasileiros, como Alair Gomes, Antonio Manuel, Geraldo de Barros, Ivan Grilo e Jac Leirner, e estrangeiros, como Josef Albers e Diane Arbus. Os trabalhos compõem conjuntos ou séries. Com o evento, o terceiro andar do museu passa a ser dedicado apenas a exposições do acervo. Museu de Arte Moderna - Rio | tel. (21) 3883-5600 | de ter. a sex., das 12h às 18h; sáb. e dom., das 11h às 18h | R$ 14 (grátis às quartas) | até 24/9 * MÚSICA | NU E ÉRICA Como parte do projeto "Exploratório", dedicado à música eletrônica, a carioca Érica apresenta suas músicas com sintetizadores, bateria eletrônica e voz. Na outra metade do show, toca a dupla Naked Universe, de São Paulo, com Ligiana Costa e Edson Secco. Sesc Pinheiros | tel. (11) 3095-9400 | qua. (26), às 20h30 | R$ 25 Ouça no soundcloud Ouça no soundcloud
18
Recordista de aces do tênis, gigante croata não tem com quem treinar
Ivo Karlovic, 38 anos, é o jogador mais velho entre os 30 melhores do ranking mundial (está em 24º), possui oito títulos na carreira, está sempre presente nos principais torneios e é o recordista de aces na história, com um total de 11.902 saques certeiros em 638 partidas. Um currículo de respeito, mas que não lhe dá moral com os colegas de circuito. Karlovic sofre com algo incomum: a falta de parceiros para treinar antes dos torneios. A cada dia, os tenistas apontam junto à ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) o horário no qual querem treinar e se o desejam fazer junto a outro atleta. Dificilmente alguém se candidata para lhe fazer companhia. Seu estilo de jogo baseado no saque e voleio e pancadas para resolver logo os pontos não agrada aos demais jogadores. Bater bola e praticar apenas com seu treinador, Petar Popovic, virou rotina para o gigante de 2,11 m. Eles estão juntos há três anos. "Os outros jogadores gostam de ter ritmo, bater forehand e backhand diversas vezes durante um longo tempo e este não é o meu estilo. Em alguns lugares até encontro alguns caras para bater bola, mas na maioria das vezes sou eu e o meu treinador. Mas treino do jeito que eu gosto. Não vou dar ritmo para quem estiver treinando, e não vou alterar meu estilo de jeito nenhum", disse Karlovic à Folha durante o Masters 1.000 de Madri, há duas semanas. O croata não lamenta a falta de parceiros. Para ele, isso muitas vezes o ajuda nas partidas. "Como não treinam comigo, não estão tão acostumados a lidar com meu estilo de jogo", completou. GIGANTE Jogador mais alto em atividade, Karlovic se diverte ao falar da altura e o que isso proporciona na maiorias das vezes em relação aos torcedores. "A todo lugar que eu vou, todos olham para mim e para o outro. Aí veem que é baixinho e torcem para ele. Para mim é normal ter torcida contra", disse o croata que raramente dispara um primeiro serviço abaixo de 190km/h. Seu recorde de velocidade é de 251 km/h, registrado em partida da Copa Davis em 2011. Apesar da idade avançada e da solidão nos treinos, Karlovic não tem data para deixar as quadras. Diverte-se ao atuar em alto nível. Há dois anos ocupa um lugar entre os 50 melhores do mundo e já foi 14º em 2008. "Trabalho muito duro. Praticamente todos os dias vou à academia, pois se não fizer isso por uns três dias, quando eu for à quadra vai doer tudo, da cabeça aos pés. Sinto-me em ótima forma e não sinto nenhuma diferença na força que tenho hoje ou tinha uns nove anos atrás", afirmou o tenista que ingressou no circuito em 2000. Em 2013, Karlovic ficou três meses afastado após contrair meningite viral. O pior momento foi quando precisou ser internado às pressas na Flórida (EUA), onde vive. "Acordei e meu braço estava dormente. Minha mulher perguntou alguma coisa que não lembro. Eu não conseguia falar, então ela chamou os paramédicos. Eles me liberaram após uma hora, mas depois eu fiquei com o braço dormente e dolorido. Fui perdendo a consciência, voltei para o hospital. Não sei o que aconteceu depois." "Os médicos não sabiam se eu conseguiria me recuperar. Fiquei muito tempo inconsciente. Não sentia o braço direito e um lado do rosto. As dores de cabeça duraram por mais dez dias. Lembrei meu nome depois de quatro dias e a fraqueza começou a desaparecer após uns cinco", diz. Hoje sem nenhuma sequela ou recaída, ele quer seguir em alto nível, tendo ou não um parceiro para treinar.
esporte
Recordista de aces do tênis, gigante croata não tem com quem treinarIvo Karlovic, 38 anos, é o jogador mais velho entre os 30 melhores do ranking mundial (está em 24º), possui oito títulos na carreira, está sempre presente nos principais torneios e é o recordista de aces na história, com um total de 11.902 saques certeiros em 638 partidas. Um currículo de respeito, mas que não lhe dá moral com os colegas de circuito. Karlovic sofre com algo incomum: a falta de parceiros para treinar antes dos torneios. A cada dia, os tenistas apontam junto à ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) o horário no qual querem treinar e se o desejam fazer junto a outro atleta. Dificilmente alguém se candidata para lhe fazer companhia. Seu estilo de jogo baseado no saque e voleio e pancadas para resolver logo os pontos não agrada aos demais jogadores. Bater bola e praticar apenas com seu treinador, Petar Popovic, virou rotina para o gigante de 2,11 m. Eles estão juntos há três anos. "Os outros jogadores gostam de ter ritmo, bater forehand e backhand diversas vezes durante um longo tempo e este não é o meu estilo. Em alguns lugares até encontro alguns caras para bater bola, mas na maioria das vezes sou eu e o meu treinador. Mas treino do jeito que eu gosto. Não vou dar ritmo para quem estiver treinando, e não vou alterar meu estilo de jeito nenhum", disse Karlovic à Folha durante o Masters 1.000 de Madri, há duas semanas. O croata não lamenta a falta de parceiros. Para ele, isso muitas vezes o ajuda nas partidas. "Como não treinam comigo, não estão tão acostumados a lidar com meu estilo de jogo", completou. GIGANTE Jogador mais alto em atividade, Karlovic se diverte ao falar da altura e o que isso proporciona na maiorias das vezes em relação aos torcedores. "A todo lugar que eu vou, todos olham para mim e para o outro. Aí veem que é baixinho e torcem para ele. Para mim é normal ter torcida contra", disse o croata que raramente dispara um primeiro serviço abaixo de 190km/h. Seu recorde de velocidade é de 251 km/h, registrado em partida da Copa Davis em 2011. Apesar da idade avançada e da solidão nos treinos, Karlovic não tem data para deixar as quadras. Diverte-se ao atuar em alto nível. Há dois anos ocupa um lugar entre os 50 melhores do mundo e já foi 14º em 2008. "Trabalho muito duro. Praticamente todos os dias vou à academia, pois se não fizer isso por uns três dias, quando eu for à quadra vai doer tudo, da cabeça aos pés. Sinto-me em ótima forma e não sinto nenhuma diferença na força que tenho hoje ou tinha uns nove anos atrás", afirmou o tenista que ingressou no circuito em 2000. Em 2013, Karlovic ficou três meses afastado após contrair meningite viral. O pior momento foi quando precisou ser internado às pressas na Flórida (EUA), onde vive. "Acordei e meu braço estava dormente. Minha mulher perguntou alguma coisa que não lembro. Eu não conseguia falar, então ela chamou os paramédicos. Eles me liberaram após uma hora, mas depois eu fiquei com o braço dormente e dolorido. Fui perdendo a consciência, voltei para o hospital. Não sei o que aconteceu depois." "Os médicos não sabiam se eu conseguiria me recuperar. Fiquei muito tempo inconsciente. Não sentia o braço direito e um lado do rosto. As dores de cabeça duraram por mais dez dias. Lembrei meu nome depois de quatro dias e a fraqueza começou a desaparecer após uns cinco", diz. Hoje sem nenhuma sequela ou recaída, ele quer seguir em alto nível, tendo ou não um parceiro para treinar.
4
Suíça envia aos EUA informações bancárias ligadas à corrupção na Fifa
A Justiça suíça enviou aos EUA nesta quarta-feira (30) os primeiros documentos do processo penal que envolve dirigentes de futebol ligados à Fifa e federações locais. Cerca de US$ 80 milhões (R$ 307 milhões) de 13 contas foram bloqueados pelo órgão. Segundo as autoridades suíças, o material que pode evidenciar os crimes cometidos por cartolas é relativo a 50 contas bancárias, nas quais teriam sido depositados valores provenientes de subornos nas negociações dos direitos de competições nos EUA e na América Latina. As contas, cujos donos não foram divulgados, têm origem em dez bancos. O órgão diz que agora irá analisar se existe uma relação entre os documentos bancários e os possíveis crimes praticados pelos dirigentes. Os registros também podem auxiliar em caso de devolução dos valores. EXTRADIÇÃO A Justiça do país europeu também atualizou a situação de ex-dirigentes presos no país. Julio Rocha, da federação nicaraguense, Costas Takkas, das Ilhas Cayman, e Rafael Esquivel, do Equador, não aceitaram ser extraditados para os EUA e apresentaram recursos ao Tribunal Penal Federal. O pedido formal da extradição do hondurenho Alfredo Hawit, da Concacaf, precisa ser apresentado pelas autoridades americanas até o dia 11 de janeiro.
esporte
Suíça envia aos EUA informações bancárias ligadas à corrupção na FifaA Justiça suíça enviou aos EUA nesta quarta-feira (30) os primeiros documentos do processo penal que envolve dirigentes de futebol ligados à Fifa e federações locais. Cerca de US$ 80 milhões (R$ 307 milhões) de 13 contas foram bloqueados pelo órgão. Segundo as autoridades suíças, o material que pode evidenciar os crimes cometidos por cartolas é relativo a 50 contas bancárias, nas quais teriam sido depositados valores provenientes de subornos nas negociações dos direitos de competições nos EUA e na América Latina. As contas, cujos donos não foram divulgados, têm origem em dez bancos. O órgão diz que agora irá analisar se existe uma relação entre os documentos bancários e os possíveis crimes praticados pelos dirigentes. Os registros também podem auxiliar em caso de devolução dos valores. EXTRADIÇÃO A Justiça do país europeu também atualizou a situação de ex-dirigentes presos no país. Julio Rocha, da federação nicaraguense, Costas Takkas, das Ilhas Cayman, e Rafael Esquivel, do Equador, não aceitaram ser extraditados para os EUA e apresentaram recursos ao Tribunal Penal Federal. O pedido formal da extradição do hondurenho Alfredo Hawit, da Concacaf, precisa ser apresentado pelas autoridades americanas até o dia 11 de janeiro.
4
Marta critica Dilma e Haddad e diz que não aumentará taxas se for eleita
A senadora Marta Suplicy (PMDB), pré-candidata a Prefeitura de São Paulo, se comprometeu nesta quinta-feira (28) a não aumentar taxas em uma eventual gestão sua na cidade e disse ter se arrependido de ter criado a taxa do lixo em 2003, quando era prefeita. "Sim, me arrependo, acho que a cidade naquele momento não tinha condição de ter aquela taxa", afirmou em resposta à pergunta feita na sabatina realizada pela Folha, UOL e SBT sobre sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. Quando criou a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares, a então prefeita ganhou o apelido de "Martaxa". Na mesma entrevista, a senadora se posicionou contra o qualquer aumento de imposto em nível nacional. Por outro lado, a pré-candidata admitiu que o governo federal terá que realizar cortes em áreas importantes como educação e saúde, atribuindo a necessidade disso à gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff. "O governo tem que tomar medidas complicadíssimas e, se eu tiver que votar nessa matéria, eu votarei sim", disse. "Para a gente conseguir sair da situação a que Dilma nos levou, vamos ter que tomar decisões difíceis", acrescentou. A senadora também fez inúmeras críticas à presidente afastada e ao atual prefeito, Fernando Haddad, ambos do PT, partido que Marta deixou no ano passado. A ex-prefeita falou da oposição que fez à escolha do PT de lançar a candidatura de Dilma para um segundo mandato. "Presidente, isso é um erro crasso. Estou fora", teria dito à Lula. Marta Suplicy - Datafolha Perguntada, respondeu qual seria, na sua avaliação, o maior erro político do petista: "Escolher a Dilma e escolher o Haddad". A pré-candidata pelo PMDB foi preterida pelo PT para disputar a Prefeitura de São Paulo quando Haddad se elegeu. Na sabatina, ela negou ser esse o motivo de sua desfiliação no ano passado. "Se não, eu teria saído em 2012", argumentou. Perguntada da possibilidade de ser associada ao antigo partido na época em que ele está em baixa, ela demonstrou não se preocupar: "Para o bem e para o mal, eu sou a Marta e os eleitores me conhecem". A senadora também foi questionada sobre a coerência de deixar o PT pelo PMDB, sigla que também conta com um rol de políticos citados nas investigações da Operação Lava Jato. "O PT teve três tesoureiros presos e decepcionou muitos os seus eleitores", respondeu, referindo-se a João Vaccari Neto, Delúbio Soares e Paulo Ferreira. "O PMDB tem gente investigada, mas não tem um esquema organizado como no PT", continuou. A senadora defendeu ainda que todos os grandes partidos terão pessoas citadas em investigações. "Não tem nenhum grande partido estruturado que não tenha gente investigada, a Lava Jato veio para ficar." 'OLHAR SOCIAL' Psicóloga renomada antes de disputar cargos eletivos, Marta usa a expressão "olhar social" para falar das suas propostas para a cidade. Na educação, pretende promover "resgate dos meninos" das periferias que são incentivados a ir para a criminalidade. Prometeu "revolucionar a educação em São Paulo para a criança" e qualificar o professor. Na questão do crack, disse ter planos para afastar as moradias oferecidas aos dependentes recém desintoxicados do centro, onde se comercializa a droga. Mas disse não pretender manter o programa Braços Abertos, da gestão Haddad. Sobre os moradores de rua, afirmou vê-los "como gente"e falou em planos para oferecer moradias, trabalho, refeições, roupa lavada e banho para animais de estimação. VEJA A SABATINA Veja o vídeo Confira os temas tratados na sabatina: * PMDB "O PT é um partido que decepcionou muito os seus eleitores, não só a mim. O PMDB tem gente investigada, não tem um sistema de corrupção organizado como tem o PT." "Entrei no PMDB porque é um partido estruturado, desenvolvimentista e onde eu caibo. Tenho espaço para agir lá dentro." NOVOS ALIADOS "As críticas [do Andrea Matarazzo, antes oponente e hoje vice de Marta] são feitas na emoção, entendo perfeitamente qual era posição dele, de adversário. Nós dois percebamos que essa é uma aliança vencedora para São Paulo. "[Eu e Serra conversamos] 'en passant' (de passagem), eu não participei desse tipo de negociação". 'ÁGUAS PASSADAS' "Fiquei furiosa [com críticas de Serra, sucessor de Marta, sobre as contas deixadas]. Não era verdade. Tinham restos a pagar que você podia fazer na lei e pagar em janeiro, com a entrada de impostos. Aquilo foi em um momento bem político de ardor de campanha. Ainda bem que são águas passadas, porque na política a gente acaba esquecendo e relevando." TAXAS "Me arrependo [de ter criado a taxa do lixo em 2003], acho que naquele momento a cidade não tinha condição de ter aquela taxa. Vou ser uma prefeita que não vou aumentar taxas e impostos." MODA "Eu tenho cabeça de vanguarda. Moda cria muita receita. Estou com um grupo pensando a moda da cidade. Tá lá o [Herchcovitch] Alexandre, o Sandro Barros, o Samuel Cirnansck. É uma cadeia de empregos." SAÚDE "O que pode dar uma economia muito grande para a Saúde é a gestão que não tem. Não existe um prontuário. Vamos fazer um cartão para a pessoa com todas as consultas." EDUCAÇÃO "Vou trabalhar em qualificar professor. Vai ser uma revolução. Vamos ter pessoas na escola com olhar social de resgate dos meninos." CICLOVIAS "Na periferia tem muito pouca e é só 'ciclotinta'. Esse modal integrado ele [Haddad] não pensou. Ele quis fazer uma quilometragem grande. Tem que fazer direito." UBER "[Isenção para Uber e táxi] é uma boa ideia porque isso vem em um conjunto de desburocratizar a cidade. É uma série de obrigações que tem [para taxistas] e chega o Uber e não tem obrigação nenhuma." MARGINAIS "Eu não acho que necessariamente foi essa mudança de velocidade que levou à diminuição de mortes. A diminuição tem que ser reavaliada. Tem gente deixando o carro em casa. O pedágio teve queda de 15% de gente que passa. O mais fácil é diminuir e multar. E arrecada R$ 1 bilhão de multa." PRIVATIZAÇÕES "Isso eu dei ate risada [da proposta de João Doria de levar à iniciativa provada aos corredores de ônibus]. Um bom corredor é concretado, é caro. Quem investe em uma PPP quer um retorno. Qual o retorno que ele pensa que vai ter?" LULA "Eu disse a ele [sobre a escolha de Dilma]: 'Presidente, isso é um erro crasso. Estou fora', teria dito à Lula."
poder
Marta critica Dilma e Haddad e diz que não aumentará taxas se for eleitaA senadora Marta Suplicy (PMDB), pré-candidata a Prefeitura de São Paulo, se comprometeu nesta quinta-feira (28) a não aumentar taxas em uma eventual gestão sua na cidade e disse ter se arrependido de ter criado a taxa do lixo em 2003, quando era prefeita. "Sim, me arrependo, acho que a cidade naquele momento não tinha condição de ter aquela taxa", afirmou em resposta à pergunta feita na sabatina realizada pela Folha, UOL e SBT sobre sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. Quando criou a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares, a então prefeita ganhou o apelido de "Martaxa". Na mesma entrevista, a senadora se posicionou contra o qualquer aumento de imposto em nível nacional. Por outro lado, a pré-candidata admitiu que o governo federal terá que realizar cortes em áreas importantes como educação e saúde, atribuindo a necessidade disso à gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff. "O governo tem que tomar medidas complicadíssimas e, se eu tiver que votar nessa matéria, eu votarei sim", disse. "Para a gente conseguir sair da situação a que Dilma nos levou, vamos ter que tomar decisões difíceis", acrescentou. A senadora também fez inúmeras críticas à presidente afastada e ao atual prefeito, Fernando Haddad, ambos do PT, partido que Marta deixou no ano passado. A ex-prefeita falou da oposição que fez à escolha do PT de lançar a candidatura de Dilma para um segundo mandato. "Presidente, isso é um erro crasso. Estou fora", teria dito à Lula. Marta Suplicy - Datafolha Perguntada, respondeu qual seria, na sua avaliação, o maior erro político do petista: "Escolher a Dilma e escolher o Haddad". A pré-candidata pelo PMDB foi preterida pelo PT para disputar a Prefeitura de São Paulo quando Haddad se elegeu. Na sabatina, ela negou ser esse o motivo de sua desfiliação no ano passado. "Se não, eu teria saído em 2012", argumentou. Perguntada da possibilidade de ser associada ao antigo partido na época em que ele está em baixa, ela demonstrou não se preocupar: "Para o bem e para o mal, eu sou a Marta e os eleitores me conhecem". A senadora também foi questionada sobre a coerência de deixar o PT pelo PMDB, sigla que também conta com um rol de políticos citados nas investigações da Operação Lava Jato. "O PT teve três tesoureiros presos e decepcionou muitos os seus eleitores", respondeu, referindo-se a João Vaccari Neto, Delúbio Soares e Paulo Ferreira. "O PMDB tem gente investigada, mas não tem um esquema organizado como no PT", continuou. A senadora defendeu ainda que todos os grandes partidos terão pessoas citadas em investigações. "Não tem nenhum grande partido estruturado que não tenha gente investigada, a Lava Jato veio para ficar." 'OLHAR SOCIAL' Psicóloga renomada antes de disputar cargos eletivos, Marta usa a expressão "olhar social" para falar das suas propostas para a cidade. Na educação, pretende promover "resgate dos meninos" das periferias que são incentivados a ir para a criminalidade. Prometeu "revolucionar a educação em São Paulo para a criança" e qualificar o professor. Na questão do crack, disse ter planos para afastar as moradias oferecidas aos dependentes recém desintoxicados do centro, onde se comercializa a droga. Mas disse não pretender manter o programa Braços Abertos, da gestão Haddad. Sobre os moradores de rua, afirmou vê-los "como gente"e falou em planos para oferecer moradias, trabalho, refeições, roupa lavada e banho para animais de estimação. VEJA A SABATINA Veja o vídeo Confira os temas tratados na sabatina: * PMDB "O PT é um partido que decepcionou muito os seus eleitores, não só a mim. O PMDB tem gente investigada, não tem um sistema de corrupção organizado como tem o PT." "Entrei no PMDB porque é um partido estruturado, desenvolvimentista e onde eu caibo. Tenho espaço para agir lá dentro." NOVOS ALIADOS "As críticas [do Andrea Matarazzo, antes oponente e hoje vice de Marta] são feitas na emoção, entendo perfeitamente qual era posição dele, de adversário. Nós dois percebamos que essa é uma aliança vencedora para São Paulo. "[Eu e Serra conversamos] 'en passant' (de passagem), eu não participei desse tipo de negociação". 'ÁGUAS PASSADAS' "Fiquei furiosa [com críticas de Serra, sucessor de Marta, sobre as contas deixadas]. Não era verdade. Tinham restos a pagar que você podia fazer na lei e pagar em janeiro, com a entrada de impostos. Aquilo foi em um momento bem político de ardor de campanha. Ainda bem que são águas passadas, porque na política a gente acaba esquecendo e relevando." TAXAS "Me arrependo [de ter criado a taxa do lixo em 2003], acho que naquele momento a cidade não tinha condição de ter aquela taxa. Vou ser uma prefeita que não vou aumentar taxas e impostos." MODA "Eu tenho cabeça de vanguarda. Moda cria muita receita. Estou com um grupo pensando a moda da cidade. Tá lá o [Herchcovitch] Alexandre, o Sandro Barros, o Samuel Cirnansck. É uma cadeia de empregos." SAÚDE "O que pode dar uma economia muito grande para a Saúde é a gestão que não tem. Não existe um prontuário. Vamos fazer um cartão para a pessoa com todas as consultas." EDUCAÇÃO "Vou trabalhar em qualificar professor. Vai ser uma revolução. Vamos ter pessoas na escola com olhar social de resgate dos meninos." CICLOVIAS "Na periferia tem muito pouca e é só 'ciclotinta'. Esse modal integrado ele [Haddad] não pensou. Ele quis fazer uma quilometragem grande. Tem que fazer direito." UBER "[Isenção para Uber e táxi] é uma boa ideia porque isso vem em um conjunto de desburocratizar a cidade. É uma série de obrigações que tem [para taxistas] e chega o Uber e não tem obrigação nenhuma." MARGINAIS "Eu não acho que necessariamente foi essa mudança de velocidade que levou à diminuição de mortes. A diminuição tem que ser reavaliada. Tem gente deixando o carro em casa. O pedágio teve queda de 15% de gente que passa. O mais fácil é diminuir e multar. E arrecada R$ 1 bilhão de multa." PRIVATIZAÇÕES "Isso eu dei ate risada [da proposta de João Doria de levar à iniciativa provada aos corredores de ônibus]. Um bom corredor é concretado, é caro. Quem investe em uma PPP quer um retorno. Qual o retorno que ele pensa que vai ter?" LULA "Eu disse a ele [sobre a escolha de Dilma]: 'Presidente, isso é um erro crasso. Estou fora', teria dito à Lula."
0
Xampu, protetor solar e pasta de dente perdem ingredientes agressivos
HELOÍSA NEGRÃO COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo O mercado de beleza anda torcendo o nariz para químicas agressivas. Na Beauty Fair, os produtos para cabelos cacheados estavam em todas as marcas que antes exploravam as escovas progressivas. Sulfatos, silicones, parabenos e petrolatos são os novos vilões. O uso a longo prazo seria o principal causador do enfraquecimento e da falta de vitalidade nos fios. Xampus que não fazem espuma são cada vez mais adorados e a rotina "no/low poo" (pouco ou sem xampu) está nos rótulos e na boca do mundo. "Nós temos uma cultura forte de associar a quantidade de espuma à limpeza. Isso não é verdade. A culpa não é só do lauriléter sulfato de sódio [principal responsável pela espuma], mas também do uso incorreto e em excesso", explica João Paulo Correia Gomes, professor de pós-graduação em Cosmetologia do Senac. Marcas focadas na classe C e D também demonstram preocupação com seus componentes. "A consumidora pode nem saber exatamente qual o mal que a amônia faz, mas ela sabe que não é bom ter isso no produto", diz Laura Parkinson, gerente de marketing da Niely. A marca lançou a coloração Brilho & Tom, opção mais suave para a irmã Cor & Tom, que contém amônia. Essa tendência natural não se restringe aos cabelos: pastas de dentes e esfoliantes com abrasivos plásticos estão com os dias contados. Nos EUA, serão proibidos a partir de julho de 2017. As micropartículas de plástico, que não se decompõem, estariam se misturando à comida dos peixes e, consequentemente, chegando aos estômagos humanos. A Lush trouxe ao Brasil o pó e o tablete dental, sem plástico nem flúor. Protetores solares também têm versões mais naturebas. Fernanda Farias, maquiadora e treinadora da Shiseido, diz que protetores físicos têm minerais em sua composição que formam uma barreira, enquanto os químicos são formulados com substâncias orgânicas, que se misturam à pele e, por isso, são mais oleosos e alergênicos.
saopaulo
Xampu, protetor solar e pasta de dente perdem ingredientes agressivosHELOÍSA NEGRÃO COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo O mercado de beleza anda torcendo o nariz para químicas agressivas. Na Beauty Fair, os produtos para cabelos cacheados estavam em todas as marcas que antes exploravam as escovas progressivas. Sulfatos, silicones, parabenos e petrolatos são os novos vilões. O uso a longo prazo seria o principal causador do enfraquecimento e da falta de vitalidade nos fios. Xampus que não fazem espuma são cada vez mais adorados e a rotina "no/low poo" (pouco ou sem xampu) está nos rótulos e na boca do mundo. "Nós temos uma cultura forte de associar a quantidade de espuma à limpeza. Isso não é verdade. A culpa não é só do lauriléter sulfato de sódio [principal responsável pela espuma], mas também do uso incorreto e em excesso", explica João Paulo Correia Gomes, professor de pós-graduação em Cosmetologia do Senac. Marcas focadas na classe C e D também demonstram preocupação com seus componentes. "A consumidora pode nem saber exatamente qual o mal que a amônia faz, mas ela sabe que não é bom ter isso no produto", diz Laura Parkinson, gerente de marketing da Niely. A marca lançou a coloração Brilho & Tom, opção mais suave para a irmã Cor & Tom, que contém amônia. Essa tendência natural não se restringe aos cabelos: pastas de dentes e esfoliantes com abrasivos plásticos estão com os dias contados. Nos EUA, serão proibidos a partir de julho de 2017. As micropartículas de plástico, que não se decompõem, estariam se misturando à comida dos peixes e, consequentemente, chegando aos estômagos humanos. A Lush trouxe ao Brasil o pó e o tablete dental, sem plástico nem flúor. Protetores solares também têm versões mais naturebas. Fernanda Farias, maquiadora e treinadora da Shiseido, diz que protetores físicos têm minerais em sua composição que formam uma barreira, enquanto os químicos são formulados com substâncias orgânicas, que se misturam à pele e, por isso, são mais oleosos e alergênicos.
17
Advogados acham que decisão coloca freio no juiz Moro
Advogados de empresas investigadas pela Operação Lava Jato interpretaram a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal como uma tentativa da instância máxima da Justiça brasileira de colocar um freio no juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato no Paraná. O advogado Alberto Toron, que defende o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que sairá da cadeia com a decisão do STF, elogiou o tribunal: "O Supremo resgata uma de suas características mais importantes, o direito de defesa do acusado, que é a expressão maior de uma democracia". Toron disse que Moro tomou uma "decisão autoritária" ao determinar a prisão de seu cliente em novembro, e fez questão de destacar que o executivo tem 64 anos, "é casado, tem filhas, netas, vive do suado trabalho e não ostenta periculosidade, podendo viver em sociedade". É consenso entre os advogados ouvidos pela Folha que haverá menos acordos de delação premiada daqui para frente, apesar dos benefícios que eles podem proporcionar além da revogação da prisão preventiva, com a redução de multas e penas. "O número de delações deve cair, já que foram usadas como porta de entrada e saída da prisão preventiva", disse Antonio Mariz de Oliveira, advogado do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite. "Prende para delatar e solta porque delatou." Leite cumpre prisão em regime domiciliar desde março, quando ele e outro executivo da Camargo Corrêa fecharam acordo para colaborar com o Ministério Público Federal. A decisão do Supremo abrirá espaço para que outros envolvidos no escândalo, como o lobista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB e preso em Curitiba, peçam extensão do benefício. O advogado David Teixeira, que defende Soares, tem um habeas corpus à espera de julgamento no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e agora estuda se vale a pena esperar ou recorrer logo ao Supremo. -
poder
Advogados acham que decisão coloca freio no juiz MoroAdvogados de empresas investigadas pela Operação Lava Jato interpretaram a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal como uma tentativa da instância máxima da Justiça brasileira de colocar um freio no juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato no Paraná. O advogado Alberto Toron, que defende o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que sairá da cadeia com a decisão do STF, elogiou o tribunal: "O Supremo resgata uma de suas características mais importantes, o direito de defesa do acusado, que é a expressão maior de uma democracia". Toron disse que Moro tomou uma "decisão autoritária" ao determinar a prisão de seu cliente em novembro, e fez questão de destacar que o executivo tem 64 anos, "é casado, tem filhas, netas, vive do suado trabalho e não ostenta periculosidade, podendo viver em sociedade". É consenso entre os advogados ouvidos pela Folha que haverá menos acordos de delação premiada daqui para frente, apesar dos benefícios que eles podem proporcionar além da revogação da prisão preventiva, com a redução de multas e penas. "O número de delações deve cair, já que foram usadas como porta de entrada e saída da prisão preventiva", disse Antonio Mariz de Oliveira, advogado do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite. "Prende para delatar e solta porque delatou." Leite cumpre prisão em regime domiciliar desde março, quando ele e outro executivo da Camargo Corrêa fecharam acordo para colaborar com o Ministério Público Federal. A decisão do Supremo abrirá espaço para que outros envolvidos no escândalo, como o lobista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB e preso em Curitiba, peçam extensão do benefício. O advogado David Teixeira, que defende Soares, tem um habeas corpus à espera de julgamento no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e agora estuda se vale a pena esperar ou recorrer logo ao Supremo. -
0
'Cozinhar não é só fazer um peru no natal', diz Marisabel Woodman, chef do La Peruana
LUIZA FECAROTTA CRÍTICA DA FOLHA Marisabel Woodman, 29, cresceu em uma cidade pequena, "onde todo mundo se conhece", no norte do Peru. Na praia próxima, onde passou tantos verões, compra-se peixe fresco, das águas frias do Pacífico, diretamente dos pescadores, que batem nas portas das casas a oferecer as mercadorias. Ela comprou seu primeiro celular aos 11, 12 anos, com o dinheiro que acumulou vendendo chocolate —que ela mesma fazia— nos recreios da escola, escondida. "Minha mãe dizia que eu tinha arte nas mãos, mas ela que tinha e também paciência para me ensinar." Formou-se em administração por pressão do pai. Mas, bem, quando mudou-se para França com o marido, brasileiro, estudou gastronomia, desmistificou a cozinha ("eu achava que cozinhar era comprar ingredientes incríveis, colocar uma musiquinha, pegar uma taça de vinho e cozinhar com todo o prazer [risos]") e estagiou em um três-estrelas "Michelin", de Alain Ducasse, o chef mais estrelado do mundo. Lá, pouco podia fazer na cozinha. Tinha de se debruçar sobre o chão, porém, para limpar as quinas das paredes com uma escovinha, polir os utensílios de inox e as maçanetas de cobre, desfolhar coentro com tempo cronometrado —literalmente, rodando—, verificar os morangos um a um, quando entregues pelo fornecedor. "Você pode ter uma paixão por isso, mas é um trabalho. Você tem de saber se mexer na cozinha. Tem até que saber como ficar em pé, para não atrapalhar. Cozinhar não é só fazer um delicioso peru no natal." Ah, o peru de Natal. Woodman lembra-se, aos detalhes, dos natais que passava na casa de sua avó, afeita a uma cozinha rústica. Ela tem o hábito de comprar o peru do Natal vivo, para alimentá-lo ao seu gosto em seu quintal por um, dois meses antes de prepará-lo. "Antes de matar, ela deixava o bicho bêbado de pisco para que morresse relaxado [risos]. Do contrário, minha avó dizia que ele morreria tenso e duro. E ela pedia para os netos saírem de casa, porque tirava a cabeça do bicho e ele continua correndo. Mas a gente via tudo do portão [risos]." Woodman hoje vive às voltas em seu restaurante, o La Peruana, que vive abarrotado de gente a procura de sua cozinha, simples, mas na qual sente-se os sabores do Peru preservados e muito bem tratados, e pela qual paga-se um bom preço. Tem coisas insubstituíveis, diz ela. Algumas pimentas, o pisco, o huacatay, uma erva dos Andes. "Servir ouriço e vieira seria supergostoso, mas o preço sairia totalmente do que a gente trabalha. Por isso usamos ingredientes simples. Para que as pessoas possam vir mais de uma vez na semana, até." E ali faz um ceviche de peixe fresco e firme embalado em um leite de tigre intenso, no qual saltam pimenta, coentro, caldo de peixe, com personalidade. Ou um lomo saltado —o filé-migon que dança na wok quentíssima com um molho de shoyu e depois é incrementado com caldo de carne espesso, com mocotó e vinho tinto. Nem uma balzaquiana é, a chef já trabalhou no D.O.M. ("eu nunca tinha nem visto, nem cheirado um pequi"), no Dalva e Dito ("eu que fazia aquela farofa super power que tem bacon, ovo, quilos de manteiga [risos], uma delícia") e no Central, de Virgilio Martinez, top 1 da América Latina ("Ele não faz só alta cozinha, ele investiga os ingredientes peruanos, as regiões. Não é só o sabor, é uma equipe enorme de cozinheiros que trabalha 16 horas por dia para elaborar aquelas receitas. É incrível"). Já serviu comida em barraca de rua e já teve um truck. "Não é todo mundo que aguenta, nem todo mundo que está disposto a começar do zero." E sua mensagem, aos jovens chefs, é, trocando em miúdos, "não pule etapas". "É importante passar por todas as etapas. Não pode pular. Costuma ser assim a vida, não?" La Peruana Cevicheria. Al. Campinas, 1.357, Jardim Paulista, tel. 3885-0148.
saopaulo
'Cozinhar não é só fazer um peru no natal', diz Marisabel Woodman, chef do La PeruanaLUIZA FECAROTTA CRÍTICA DA FOLHA Marisabel Woodman, 29, cresceu em uma cidade pequena, "onde todo mundo se conhece", no norte do Peru. Na praia próxima, onde passou tantos verões, compra-se peixe fresco, das águas frias do Pacífico, diretamente dos pescadores, que batem nas portas das casas a oferecer as mercadorias. Ela comprou seu primeiro celular aos 11, 12 anos, com o dinheiro que acumulou vendendo chocolate —que ela mesma fazia— nos recreios da escola, escondida. "Minha mãe dizia que eu tinha arte nas mãos, mas ela que tinha e também paciência para me ensinar." Formou-se em administração por pressão do pai. Mas, bem, quando mudou-se para França com o marido, brasileiro, estudou gastronomia, desmistificou a cozinha ("eu achava que cozinhar era comprar ingredientes incríveis, colocar uma musiquinha, pegar uma taça de vinho e cozinhar com todo o prazer [risos]") e estagiou em um três-estrelas "Michelin", de Alain Ducasse, o chef mais estrelado do mundo. Lá, pouco podia fazer na cozinha. Tinha de se debruçar sobre o chão, porém, para limpar as quinas das paredes com uma escovinha, polir os utensílios de inox e as maçanetas de cobre, desfolhar coentro com tempo cronometrado —literalmente, rodando—, verificar os morangos um a um, quando entregues pelo fornecedor. "Você pode ter uma paixão por isso, mas é um trabalho. Você tem de saber se mexer na cozinha. Tem até que saber como ficar em pé, para não atrapalhar. Cozinhar não é só fazer um delicioso peru no natal." Ah, o peru de Natal. Woodman lembra-se, aos detalhes, dos natais que passava na casa de sua avó, afeita a uma cozinha rústica. Ela tem o hábito de comprar o peru do Natal vivo, para alimentá-lo ao seu gosto em seu quintal por um, dois meses antes de prepará-lo. "Antes de matar, ela deixava o bicho bêbado de pisco para que morresse relaxado [risos]. Do contrário, minha avó dizia que ele morreria tenso e duro. E ela pedia para os netos saírem de casa, porque tirava a cabeça do bicho e ele continua correndo. Mas a gente via tudo do portão [risos]." Woodman hoje vive às voltas em seu restaurante, o La Peruana, que vive abarrotado de gente a procura de sua cozinha, simples, mas na qual sente-se os sabores do Peru preservados e muito bem tratados, e pela qual paga-se um bom preço. Tem coisas insubstituíveis, diz ela. Algumas pimentas, o pisco, o huacatay, uma erva dos Andes. "Servir ouriço e vieira seria supergostoso, mas o preço sairia totalmente do que a gente trabalha. Por isso usamos ingredientes simples. Para que as pessoas possam vir mais de uma vez na semana, até." E ali faz um ceviche de peixe fresco e firme embalado em um leite de tigre intenso, no qual saltam pimenta, coentro, caldo de peixe, com personalidade. Ou um lomo saltado —o filé-migon que dança na wok quentíssima com um molho de shoyu e depois é incrementado com caldo de carne espesso, com mocotó e vinho tinto. Nem uma balzaquiana é, a chef já trabalhou no D.O.M. ("eu nunca tinha nem visto, nem cheirado um pequi"), no Dalva e Dito ("eu que fazia aquela farofa super power que tem bacon, ovo, quilos de manteiga [risos], uma delícia") e no Central, de Virgilio Martinez, top 1 da América Latina ("Ele não faz só alta cozinha, ele investiga os ingredientes peruanos, as regiões. Não é só o sabor, é uma equipe enorme de cozinheiros que trabalha 16 horas por dia para elaborar aquelas receitas. É incrível"). Já serviu comida em barraca de rua e já teve um truck. "Não é todo mundo que aguenta, nem todo mundo que está disposto a começar do zero." E sua mensagem, aos jovens chefs, é, trocando em miúdos, "não pule etapas". "É importante passar por todas as etapas. Não pode pular. Costuma ser assim a vida, não?" La Peruana Cevicheria. Al. Campinas, 1.357, Jardim Paulista, tel. 3885-0148.
17
Obra prometida para área alagada na zona leste de SP ficou no papel
Uma promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT), a obra para evitar enchentes na região da avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello não saiu do papel. A região na qual seria construído esse piscinão para abrigar a água da chuva foi uma das mais afetadas pelas enchentes de quarta-feira (25) na zona leste paulistana. Em março de 2013, na sede do governo do Estado, Alckmin e Haddad fizeram um acordo para a construção do equipamento. A prefeitura cederia o terreno, e o Estado arcaria com a construção do piscinão. O projeto, no entanto, ficou no papel após o governo estadual cancelar a PPP (Parceria Público-Privada) que incluía a obra. O piscinão seria implantado na av. Jacinto Menezes Palhares, com capacidade para 135 milhões de litros, na área onde fica um clube escola. Sem a obra, mais uma vez a Vila Prudente e arredores foram tomados pela água nesta quinta (25) – em duas horas, a região recebeu mais da metade da chuva prevista para todo o mês. Três casas do bairro desabaram com o temporal. "Escutei o barulho da terra e pedras caindo e abri a porta para ver. Só deu tempo de pegar as crianças e sair", disse a dona de casa Andreia Daudaras Tomas da Silva. PPP O reservatório da região da Luiz Ignácio de Anhaia Mello estava entre outros sete que seriam construídos por meio de uma PPP de R$ 3,8 bilhões. O consórcio vencedor era integrado pela Técnica, subsidiária da construtora Delta –investigada por corrupção– considerada inidônea pelo Tribunal de Contas do Estado. Cogitou-se chamar a segunda colocada, mas a diferença de preços era grande. A reportagem obteve um documento da prefeitura, de 2004, que já incluía o piscinão como meta a ser realizada até 2006. Procurada, a prefeitura informou que já cedeu o terreno ao governo do Estado, com a condição de que fossem feitos um piscinão e um campo de futebol sobre ele. Questionado, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo estadual, afirmou que, após o cancelamento do pacote que incluía o piscinão, Estado e prefeitura estão elaborando "novo pacote para a construção e manutenção de piscinões na capital". Colaborou NICOLAS YORI
cotidiano
Obra prometida para área alagada na zona leste de SP ficou no papelUma promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT), a obra para evitar enchentes na região da avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello não saiu do papel. A região na qual seria construído esse piscinão para abrigar a água da chuva foi uma das mais afetadas pelas enchentes de quarta-feira (25) na zona leste paulistana. Em março de 2013, na sede do governo do Estado, Alckmin e Haddad fizeram um acordo para a construção do equipamento. A prefeitura cederia o terreno, e o Estado arcaria com a construção do piscinão. O projeto, no entanto, ficou no papel após o governo estadual cancelar a PPP (Parceria Público-Privada) que incluía a obra. O piscinão seria implantado na av. Jacinto Menezes Palhares, com capacidade para 135 milhões de litros, na área onde fica um clube escola. Sem a obra, mais uma vez a Vila Prudente e arredores foram tomados pela água nesta quinta (25) – em duas horas, a região recebeu mais da metade da chuva prevista para todo o mês. Três casas do bairro desabaram com o temporal. "Escutei o barulho da terra e pedras caindo e abri a porta para ver. Só deu tempo de pegar as crianças e sair", disse a dona de casa Andreia Daudaras Tomas da Silva. PPP O reservatório da região da Luiz Ignácio de Anhaia Mello estava entre outros sete que seriam construídos por meio de uma PPP de R$ 3,8 bilhões. O consórcio vencedor era integrado pela Técnica, subsidiária da construtora Delta –investigada por corrupção– considerada inidônea pelo Tribunal de Contas do Estado. Cogitou-se chamar a segunda colocada, mas a diferença de preços era grande. A reportagem obteve um documento da prefeitura, de 2004, que já incluía o piscinão como meta a ser realizada até 2006. Procurada, a prefeitura informou que já cedeu o terreno ao governo do Estado, com a condição de que fossem feitos um piscinão e um campo de futebol sobre ele. Questionado, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo estadual, afirmou que, após o cancelamento do pacote que incluía o piscinão, Estado e prefeitura estão elaborando "novo pacote para a construção e manutenção de piscinões na capital". Colaborou NICOLAS YORI
6
Com Rildo no lugar de Malcom, Tite define equipe que pega o Joinville
O Corinthians realizou na manhã deste sábado (12) o último treino antes de enfrentar o Joinville no domingo, no Itaquerão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o técnico Tite fez mudanças no time. A começar pelo ataque, o comandante corintiano promoveu Rildo à titularidade no lugar de Malcom. Na última partida, diante do Grêmio, o atacante entrou bem e ganhou a confiança do treinador. Uendel, recuperado de lesão, Elias, de volta da seleção brasileira, além de Fagner e Gil, que retornam após cumprirem suspensão pelo terceiro cartão amarelo, são outras novidades na equipe titular. A formação que deve iniciar o duelo com os catarinenses deve ser composta por Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Ralf, Jadson, Elias e Renato Augusto; Rildo e Vagner Love. O volante Bruno Henrique, que sofreu uma entorse e um edema ósseo no tornozelo esquerdo, segue como desfalque. Ele não foi a campo neste sábado e também não deve voltar no duelo da próxima quarta-feira, diante do Internacional, no Beira-Rio.
esporte
Com Rildo no lugar de Malcom, Tite define equipe que pega o JoinvilleO Corinthians realizou na manhã deste sábado (12) o último treino antes de enfrentar o Joinville no domingo, no Itaquerão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o técnico Tite fez mudanças no time. A começar pelo ataque, o comandante corintiano promoveu Rildo à titularidade no lugar de Malcom. Na última partida, diante do Grêmio, o atacante entrou bem e ganhou a confiança do treinador. Uendel, recuperado de lesão, Elias, de volta da seleção brasileira, além de Fagner e Gil, que retornam após cumprirem suspensão pelo terceiro cartão amarelo, são outras novidades na equipe titular. A formação que deve iniciar o duelo com os catarinenses deve ser composta por Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Ralf, Jadson, Elias e Renato Augusto; Rildo e Vagner Love. O volante Bruno Henrique, que sofreu uma entorse e um edema ósseo no tornozelo esquerdo, segue como desfalque. Ele não foi a campo neste sábado e também não deve voltar no duelo da próxima quarta-feira, diante do Internacional, no Beira-Rio.
4