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Tinha desenvoltura e rara veia cômica, diz leitor sobre Inezita Barroso
Simbólica a partida de Inezita Barroso. De acordo com a pesquisadora Rosa Nepomuceno em seu livro "Música Caipira: da Roça ao Rodeio", "a moça fina que chocou a sociedade paulistana dos anos 50 cantando modas folclóricas no violão e viola" nos deixou justamente no Dia Internacional da Mulher. Ela que, àquela época, gravou a moda "Marvada Pinga". Aparentemente um tema para homem defender - como fez Vicente Celestino em "O Ébrio" -, Inezita cantou a "moda da pinga" com desenvoltura e rara veia cômica. E, não só por isso, fez história no cancioneiro popular. Deixará saudade a artista e professora Inezita. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Tinha desenvoltura e rara veia cômica, diz leitor sobre Inezita BarrosoSimbólica a partida de Inezita Barroso. De acordo com a pesquisadora Rosa Nepomuceno em seu livro "Música Caipira: da Roça ao Rodeio", "a moça fina que chocou a sociedade paulistana dos anos 50 cantando modas folclóricas no violão e viola" nos deixou justamente no Dia Internacional da Mulher. Ela que, àquela época, gravou a moda "Marvada Pinga". Aparentemente um tema para homem defender - como fez Vicente Celestino em "O Ébrio" -, Inezita cantou a "moda da pinga" com desenvoltura e rara veia cômica. E, não só por isso, fez história no cancioneiro popular. Deixará saudade a artista e professora Inezita. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Dólar cai para R$ 3,22, na contramão do exterior, mas Bolsa recua 0,52%
O dólar se valorizou ante a maior parte das moedas nesta quarta-feira (24), com os investidores à espera do discurso da presidente do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen, na próxima sexta-feira (26). Espera-se que Yellen dê pistas sobre o rumo dos juros americanos, após declarações de outros integrantes do banco central dos Estados Unidos sinalizando uma possível elevação das taxas ainda neste ano. A forte queda do petróleo no mercado internacional também favoreceu o dólar. Entretanto, a moeda americana, que subia pela manhã frente ao real, inverteu a direção e fechou em baixa. Depois de ter subido quase 1% na véspera, o dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,30%, a R$ 3,2240. O dólar à vista, que termina a negociação mais cedo, avançou 0,16%, a R$ 3,2269. "Quando o dólar se aproxima dos R$ 3,25, abre espaço para as vendas e consequente queda da cotação", explica José Faria Júnior, diretor-técnico da Wagner Investimentos. Analistas trabalham com o cenário de forte entrada de recursos no país após a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, cujo julgamento no Senado começa nesta quinta-feira (25). Entretanto, além da ansiedade do mercado em relação a Yellen, incertezas quanto à capacidade do governo Temer de aprovar as medidas do ajuste fiscal no Congresso fizeram a moeda americana subir nesta terça-feira (23) e na manhã desta quarta-feira. Para Faria Júnior, os dados fracos de vendas de imóveis usados nos Estados Unidos em julho, um dia após os números fortes de vendas de imóveis novos naquele país, fizeram a moeda americana perder força. Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central ofertou 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,980% para 13,995%; o DI para janeiro de 2018 avançou de 12,690% para 12,740%; e o DI para janeiro de 2021 passou de 11,950% para 11,980%. Segundo analistas, a alta dos juros futuros refletiu as preocupações em relação ao ajuste fiscal. O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, avançava 1,09%, aos 258,151 pontos. BOLSA Em um pregão volátil, o Ibovespa fechou em baixa de 0,52%, aos 57.717,88 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões. Pressionadas pelo petróleo, as ações da Petrobras perderam 2,13%, a R$ 12,40 (PN), e 1,94%, a R$ 14,64 (ON). Os preços do petróleo recuaram após a alta inesperada dos estoques semanais de petróleo bruto nos Estados Unidos. O petróleo Brent, negociado em Londres, perdia 1,98%, a US$ 48,97 o barril; o petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, caía 2,83%, a US$ 46,74 o barril. Os papéis da Vale caíram 3,22%, a R$ 15,30 (PNA), e 3,20%, a R$ 18,15 (ON), seguindo o comportamento do setor de mineração na Europa. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA caiu 8,04%; CSN ON, -7,02%; Gerdau PN, -6,27%; e Gerdau Metalúrgica PN, -6,71%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,47%; Bradesco PN, -0,70%; Bradesco ON, -0,10%; Banco do Brasil ON, -1,01%; Santander unit, +0,89%; e BM&FBovespa ON, -0,11%. As ações PNB da Cesp subiram 10,64%, a R$ 14,24, liderando o ranking de maiores privatizações do Ibovespa. A companhia informou que o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização decidiu nesta terça-feira (23) recomendar ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a retomada dos estudos para a privatização da empresa de energia. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 caiu 0,52%, e o Dow Jones, -0,35%, pressionados pelo petróleo e pelas preocupações com o Fed. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 0,81%. Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,48%; Paris, +0,32%; Frankfurt, +0,28%; Madri, +0,87%; e Milão, +0,68%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 0,36%. O índice de Xangai perdeu 0,13%. Os investidores avaliam que são menores as chances de estímulos monetários agressivos na China. Já o índice japonês Nikkei avançou 0,61%, com a desvalorização do iene impulsionando as exportadoras.
mercado
Dólar cai para R$ 3,22, na contramão do exterior, mas Bolsa recua 0,52%O dólar se valorizou ante a maior parte das moedas nesta quarta-feira (24), com os investidores à espera do discurso da presidente do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen, na próxima sexta-feira (26). Espera-se que Yellen dê pistas sobre o rumo dos juros americanos, após declarações de outros integrantes do banco central dos Estados Unidos sinalizando uma possível elevação das taxas ainda neste ano. A forte queda do petróleo no mercado internacional também favoreceu o dólar. Entretanto, a moeda americana, que subia pela manhã frente ao real, inverteu a direção e fechou em baixa. Depois de ter subido quase 1% na véspera, o dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,30%, a R$ 3,2240. O dólar à vista, que termina a negociação mais cedo, avançou 0,16%, a R$ 3,2269. "Quando o dólar se aproxima dos R$ 3,25, abre espaço para as vendas e consequente queda da cotação", explica José Faria Júnior, diretor-técnico da Wagner Investimentos. Analistas trabalham com o cenário de forte entrada de recursos no país após a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, cujo julgamento no Senado começa nesta quinta-feira (25). Entretanto, além da ansiedade do mercado em relação a Yellen, incertezas quanto à capacidade do governo Temer de aprovar as medidas do ajuste fiscal no Congresso fizeram a moeda americana subir nesta terça-feira (23) e na manhã desta quarta-feira. Para Faria Júnior, os dados fracos de vendas de imóveis usados nos Estados Unidos em julho, um dia após os números fortes de vendas de imóveis novos naquele país, fizeram a moeda americana perder força. Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central ofertou 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,980% para 13,995%; o DI para janeiro de 2018 avançou de 12,690% para 12,740%; e o DI para janeiro de 2021 passou de 11,950% para 11,980%. Segundo analistas, a alta dos juros futuros refletiu as preocupações em relação ao ajuste fiscal. O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, avançava 1,09%, aos 258,151 pontos. BOLSA Em um pregão volátil, o Ibovespa fechou em baixa de 0,52%, aos 57.717,88 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões. Pressionadas pelo petróleo, as ações da Petrobras perderam 2,13%, a R$ 12,40 (PN), e 1,94%, a R$ 14,64 (ON). Os preços do petróleo recuaram após a alta inesperada dos estoques semanais de petróleo bruto nos Estados Unidos. O petróleo Brent, negociado em Londres, perdia 1,98%, a US$ 48,97 o barril; o petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, caía 2,83%, a US$ 46,74 o barril. Os papéis da Vale caíram 3,22%, a R$ 15,30 (PNA), e 3,20%, a R$ 18,15 (ON), seguindo o comportamento do setor de mineração na Europa. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA caiu 8,04%; CSN ON, -7,02%; Gerdau PN, -6,27%; e Gerdau Metalúrgica PN, -6,71%. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,47%; Bradesco PN, -0,70%; Bradesco ON, -0,10%; Banco do Brasil ON, -1,01%; Santander unit, +0,89%; e BM&FBovespa ON, -0,11%. As ações PNB da Cesp subiram 10,64%, a R$ 14,24, liderando o ranking de maiores privatizações do Ibovespa. A companhia informou que o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização decidiu nesta terça-feira (23) recomendar ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a retomada dos estudos para a privatização da empresa de energia. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 caiu 0,52%, e o Dow Jones, -0,35%, pressionados pelo petróleo e pelas preocupações com o Fed. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 0,81%. Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,48%; Paris, +0,32%; Frankfurt, +0,28%; Madri, +0,87%; e Milão, +0,68%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 0,36%. O índice de Xangai perdeu 0,13%. Os investidores avaliam que são menores as chances de estímulos monetários agressivos na China. Já o índice japonês Nikkei avançou 0,61%, com a desvalorização do iene impulsionando as exportadoras.
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Prefeitura de SP implanta redução de velocidade no eixo Leste-Oeste
A Prefeitura de São Paulo reduz, nesta sexta (11), a velocidade máxima permitida em dez vias que fazem ligação entre as zonas leste e oeste da capital paulista. A diminuição de 60 km/h para 50 km/h acontece em: av. Francisco Matarazzo, av. Alcântara Machado, Viaduto Pires do Rio, r. Melo Freire, av. Conde de Frontin, av. Antônio Estevão de Carvalho, av. Dr. Luís Ayres, Complexo Viário Itaquera, av. José Pinheiro Borges e Ligação Leste-Oeste. Somadas às reduções na av. General Olímpio da Silveira, r. Amaral Gurgel e no Elevado Costa e Silva, implementadas no mês passado, as novas velocidades colocam todo o Eixo Leste-Oeste a 50 km/h. VIAS ARTERIAIS A prefeitura pretende padronizar, até dezembro, o limite de velocidade em 50 km/h em todas as vias arteriais –aquelas que ligam diferentes regiões da cidade, têm semáforos e fluxo intenso de veículos. Classificação do sistema viário de SP
cotidiano
Prefeitura de SP implanta redução de velocidade no eixo Leste-OesteA Prefeitura de São Paulo reduz, nesta sexta (11), a velocidade máxima permitida em dez vias que fazem ligação entre as zonas leste e oeste da capital paulista. A diminuição de 60 km/h para 50 km/h acontece em: av. Francisco Matarazzo, av. Alcântara Machado, Viaduto Pires do Rio, r. Melo Freire, av. Conde de Frontin, av. Antônio Estevão de Carvalho, av. Dr. Luís Ayres, Complexo Viário Itaquera, av. José Pinheiro Borges e Ligação Leste-Oeste. Somadas às reduções na av. General Olímpio da Silveira, r. Amaral Gurgel e no Elevado Costa e Silva, implementadas no mês passado, as novas velocidades colocam todo o Eixo Leste-Oeste a 50 km/h. VIAS ARTERIAIS A prefeitura pretende padronizar, até dezembro, o limite de velocidade em 50 km/h em todas as vias arteriais –aquelas que ligam diferentes regiões da cidade, têm semáforos e fluxo intenso de veículos. Classificação do sistema viário de SP
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Analistas acreditam em aumento de apenas 1% do PIB do Brasil em 2017
A primeira pesquisa Focus do Banco Central divulgada após a deflagração do processo de impeachment e o anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre mostra expectativa de retração maior da atividade econômica neste e no próximo ano. A estimava é de queda de 3,5% em 2015 e de 2,31% em 2016. Os economistas consultados pelo BC também revisaram suas projeções para a taxa básica de juros e descartam cortes da Selic no próximo ano. As projeções apontam manutenção nos atuais 14,25% ao ano. Entre os analistas que esperam aumento, a maioria projeta uma alta para cerca de 15% ao ano.] Boletim Focus Na pesquisa divulgada nesta segunda (7), chamou a atenção o tamanho da revisão em relação aos indicadores de PIB e da taxa básica. A projeção de retração da economia para este ano, por exemplo, passou de 3,10% para 3,19% nas quatro semanas de novembro. Na primeira de dezembro, a queda chegou a 3,50%, segundo o BC. A revisão para 2016 foi de queda de 2,04% para redução de 2,31% na semana. Em 2017, o país voltaria a crescer 1%. A revisão foi influenciada pelos mais recentes números do PIB, que mostraram recuo de 1,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo e uma sequência de quedas que soma quase 6% em um ano e meio, na recessão mais longa desde a crise de 2008/2009. JUROS A revisão das projeções para a taxa de juros foram motivadas pelas indicações do BC de que, mesmo com a queda na atividade, a instituição avalia elevar a Selic em 2016. Para o BC, a recuperação da economia depende do controle da inflação, e as projeções do mercado para o IPCA (índice de preços ao consumidor) mostram dois anos seguidos de estouro do limite de 6,5% para a meta. As estimativas para a inflação são de 10,44% em 2015 e 6,70% em 2016. O BC promete colocar o IPCA em 4,5% em 2017. As projeções do Focus apostam que isso só vai ocorrer em 2019. O vice-presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, afirma que o aumento dos juros deve deprimir ainda mais a economia e continuará sendo pouco eficaz no combate à inflação, a exemplo do que tem ocorrido nos últimos anos. Para Miragaya, a melhora desse e de outros indicadores econômicos depende de uma retomada da governabilidade por Dilma Rousseff. Renato Nobile, presidente-executivo do Bullmark Financial Group, afirma que a mudança de governo seria o caminho mais curto para a recuperação econômica. "Apesar de o impeachment ser muito ruim para imagem do Brasil, ter um governo fraco complica ainda mais as coisas em termos de fazer o necessário para colocar a economia na rota certa", afirma.
mercado
Analistas acreditam em aumento de apenas 1% do PIB do Brasil em 2017A primeira pesquisa Focus do Banco Central divulgada após a deflagração do processo de impeachment e o anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre mostra expectativa de retração maior da atividade econômica neste e no próximo ano. A estimava é de queda de 3,5% em 2015 e de 2,31% em 2016. Os economistas consultados pelo BC também revisaram suas projeções para a taxa básica de juros e descartam cortes da Selic no próximo ano. As projeções apontam manutenção nos atuais 14,25% ao ano. Entre os analistas que esperam aumento, a maioria projeta uma alta para cerca de 15% ao ano.] Boletim Focus Na pesquisa divulgada nesta segunda (7), chamou a atenção o tamanho da revisão em relação aos indicadores de PIB e da taxa básica. A projeção de retração da economia para este ano, por exemplo, passou de 3,10% para 3,19% nas quatro semanas de novembro. Na primeira de dezembro, a queda chegou a 3,50%, segundo o BC. A revisão para 2016 foi de queda de 2,04% para redução de 2,31% na semana. Em 2017, o país voltaria a crescer 1%. A revisão foi influenciada pelos mais recentes números do PIB, que mostraram recuo de 1,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo e uma sequência de quedas que soma quase 6% em um ano e meio, na recessão mais longa desde a crise de 2008/2009. JUROS A revisão das projeções para a taxa de juros foram motivadas pelas indicações do BC de que, mesmo com a queda na atividade, a instituição avalia elevar a Selic em 2016. Para o BC, a recuperação da economia depende do controle da inflação, e as projeções do mercado para o IPCA (índice de preços ao consumidor) mostram dois anos seguidos de estouro do limite de 6,5% para a meta. As estimativas para a inflação são de 10,44% em 2015 e 6,70% em 2016. O BC promete colocar o IPCA em 4,5% em 2017. As projeções do Focus apostam que isso só vai ocorrer em 2019. O vice-presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, afirma que o aumento dos juros deve deprimir ainda mais a economia e continuará sendo pouco eficaz no combate à inflação, a exemplo do que tem ocorrido nos últimos anos. Para Miragaya, a melhora desse e de outros indicadores econômicos depende de uma retomada da governabilidade por Dilma Rousseff. Renato Nobile, presidente-executivo do Bullmark Financial Group, afirma que a mudança de governo seria o caminho mais curto para a recuperação econômica. "Apesar de o impeachment ser muito ruim para imagem do Brasil, ter um governo fraco complica ainda mais as coisas em termos de fazer o necessário para colocar a economia na rota certa", afirma.
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Após empate, Tite lamenta erros ofensivos e vê vaga aberta
O Corinthians começou a fase mata-mata da Copa Libertadores com um empate em 0 a 0 com o Nacional, nesta quarta-feira (27), em Montevidéu, pelas oitavas de final. Apesar de não ter sofrido gols atuando como visitante, o técnico Tite lamentou erros no setor ofensivo da equipe. "Faltou eficiência no último terço do campo, também pela boa marcação do adversário. No segundo tempo tivemos dificuldades inclusive pelo vento, mas essa maturidade que a equipe vai tendo é importante", disse Tite. O Corinthians chegou às oitavas de final da Libertadores após quatro vitórias (três em Itaquera e uma fora de casa), um empate (1 a 1 com o Santa Fe na Colômbia) e uma derrota (3 a 2 contra o Cerro Porteño, o outro classificado do Grupo 8, no Paraguai) na primeira fase. Agora, o time do técnico Tite depende apenas de uma vitória para avançar às quartas de final. Novo 0 a 0 forçará a decisão nos pênaltis e um empate com gols dá a vaga ao Nacional. Na terça-feira (26), durante o treino de reconhecimento de gramado, Tite foi questionado sobre a validade de um empate neste jogo de ida. Segundo ele, o placar igual só era bom se as equipes fizessem gols. Nesta quarta, ele repetiu o mantra. "Empate com gols é bom, como eu disse ontem [terça-feira]. O jogo está aberto. Mas nós temos também a consciência de que essa atmosfera que tivemos de jogar aqui contra o Nacional, pela qualidade e mobilização que tem, é complicado, e agora vai vir [na Arena Corinthians]. O empate não nos assegura classificação, mas nos credencia a jogar em casa", afirmou.
esporte
Após empate, Tite lamenta erros ofensivos e vê vaga abertaO Corinthians começou a fase mata-mata da Copa Libertadores com um empate em 0 a 0 com o Nacional, nesta quarta-feira (27), em Montevidéu, pelas oitavas de final. Apesar de não ter sofrido gols atuando como visitante, o técnico Tite lamentou erros no setor ofensivo da equipe. "Faltou eficiência no último terço do campo, também pela boa marcação do adversário. No segundo tempo tivemos dificuldades inclusive pelo vento, mas essa maturidade que a equipe vai tendo é importante", disse Tite. O Corinthians chegou às oitavas de final da Libertadores após quatro vitórias (três em Itaquera e uma fora de casa), um empate (1 a 1 com o Santa Fe na Colômbia) e uma derrota (3 a 2 contra o Cerro Porteño, o outro classificado do Grupo 8, no Paraguai) na primeira fase. Agora, o time do técnico Tite depende apenas de uma vitória para avançar às quartas de final. Novo 0 a 0 forçará a decisão nos pênaltis e um empate com gols dá a vaga ao Nacional. Na terça-feira (26), durante o treino de reconhecimento de gramado, Tite foi questionado sobre a validade de um empate neste jogo de ida. Segundo ele, o placar igual só era bom se as equipes fizessem gols. Nesta quarta, ele repetiu o mantra. "Empate com gols é bom, como eu disse ontem [terça-feira]. O jogo está aberto. Mas nós temos também a consciência de que essa atmosfera que tivemos de jogar aqui contra o Nacional, pela qualidade e mobilização que tem, é complicado, e agora vai vir [na Arena Corinthians]. O empate não nos assegura classificação, mas nos credencia a jogar em casa", afirmou.
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Em três dias, Metrô de SP tem falhas, descarrilamento e até cão nos trilhos
Os usuários do Metrô paulista sempre tem uma boa história para contar de trem parado na linha. E esta semana não faltará assunto: houve descarrilamento, cachorro e homem na via, além das tradicionais falhas e quebras de carros –tudo isso nos últimos três dias. A cada ano o número de falhas e atrasos nas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás tem aumentado, assim como as reclamações dos passageiros. Nas redes sociais, os paulistanos criticam a falta de respeito do Metrô na demora em avisar sobre os problemas das linhas, além da lotação das composições. Leitor reclamando do Metrô de SP ] Leitor reclamando do Metrô de SP Na manhã desta quinta-feira (9), os passageiros reclamaram da lentidão e da demora no embarque nas linhas 5-lilás e 2-verde. Na linha 5-lilás, o Metrô restringiu o acesso à estação Capão Redondo por volta das 7h40 devido ao "fluxo muito forte de usuários". A companhia informou que não houve nenhuma falha, mas que a estação estava com um volume de passageiros acima do normal e, por isso, teve que fazer controle de entrada nas catracas para que a plataforma não ficasse lotada. Ao todo, cerca de 300 mil pessoas circulam por dia na linha 5-lilás. A restrição gerou várias reclamações dos usuários, como a da passageira Ana: "Estação Capão Redondo totalmente lotada e metrô não passando... E ninguém fala nada? E maravilha", comentou em sua conta no Twitter. Reclamação de usuário sobre a linha 5-lilás Já na linha 2-verde, o problema desta quinta foi a quebra de um carro de manutenção durante a madrugada entre as estações Consolação e Ana Rosa. O Metrô informou que houve um problema mecânico no carro por volta das 4h40, mas que foi corrigido depois de uma hora. Durante esse intervalo de tempo, as composições transitavam por uma única via, elevando o intervalo de paradas entre as estações. Mesmo após a retirada do carro de manutenção e a normalização do sistema, os usuários reclamavam de lentidão nas primeiras horas da manhã. O Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) chegou a ser acionado com 15 ônibus para reforçar o atendimento aos passageiros do trecho pela avenida Paulista. CACHORRO E DESCARRILAMENTO Já os usuários da linha 1-azul e 3-vermelha tiveram problemas durante dois dias seguidos: na terça (7) e nesta quarta (8). Na manhã de terça, um problema operacional na linha 1-azul reduziu a velocidade das composições por volta das 5h. O problema foi solucionado depois de 20 minutos, mas a completa normalização do sistema levou mais tempo. Já o problema na linha 3-vermelha foi um descarrilamento, que interrompeu a circulação de trens entre as estações Arthur Alvim e Corinthians-Itaquera. As duas estações da zona leste foram fechadas e reabertas somente nesta quarta. A linha é a mais movimentada do metrô -transporta mais de 1,2 milhão de passageiros todos os dias. O acidente aconteceu por volta das 15h de terça, quando a composição se aproximava da estação Itaquera. Ao sair do trilho, um dos vagões atingiu e destruiu as grades de uma passarela de proteção. Os passageiros tiveram de desembarcar nessa passarela, e uma mulher ficou ferida levemente no pulso. Passageiros relataram esperas de mais de uma hora para embarcar nos ônibus na estação Patriarca. CACHORRO NOS TRILHOS Na manhã desta quarta (8), um cachorro foi visto pelos funcionários do Metrô circulando no trecho entre as estações Armênia e Paraíso da linha 1-azul. Na tentativa de retirar o cão, a companhia restringiu a velocidade das linhas 1-azul e 3-vermelha a partir das 7h30 –horário de grande volume de passageiros, principalmente na linha vermelha. Todas as estações da linha 1-azul tiveram restrições nas catracas para evitar acúmulo de passageiros nas plataformas, o que causou enormes filas nas entradas das estações. O Metrô informou que não sabe como o cachorro entrou e foi parar na via férrea. Os funcionários também não conseguiram localizar o animal. Depois de algum tempo, o cachorro não foi mais visto no sistema e companhia normalizou a velocidade nas linhas 1-azul e 3-vermelha por volta das 8h15 e 8h40, respectivamente. Os usuários da linha 3-vermelha ainda tiveram que enfrentar uma nova lentidão do sistema no final da tarde desta quarta. Por volta das 18h, horário de pico do metrô, a companhia reduziu a velocidade da linha devido à presença de um usuário na via –o que acarretou em plataformas lotadas.
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Em três dias, Metrô de SP tem falhas, descarrilamento e até cão nos trilhosOs usuários do Metrô paulista sempre tem uma boa história para contar de trem parado na linha. E esta semana não faltará assunto: houve descarrilamento, cachorro e homem na via, além das tradicionais falhas e quebras de carros –tudo isso nos últimos três dias. A cada ano o número de falhas e atrasos nas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás tem aumentado, assim como as reclamações dos passageiros. Nas redes sociais, os paulistanos criticam a falta de respeito do Metrô na demora em avisar sobre os problemas das linhas, além da lotação das composições. Leitor reclamando do Metrô de SP ] Leitor reclamando do Metrô de SP Na manhã desta quinta-feira (9), os passageiros reclamaram da lentidão e da demora no embarque nas linhas 5-lilás e 2-verde. Na linha 5-lilás, o Metrô restringiu o acesso à estação Capão Redondo por volta das 7h40 devido ao "fluxo muito forte de usuários". A companhia informou que não houve nenhuma falha, mas que a estação estava com um volume de passageiros acima do normal e, por isso, teve que fazer controle de entrada nas catracas para que a plataforma não ficasse lotada. Ao todo, cerca de 300 mil pessoas circulam por dia na linha 5-lilás. A restrição gerou várias reclamações dos usuários, como a da passageira Ana: "Estação Capão Redondo totalmente lotada e metrô não passando... E ninguém fala nada? E maravilha", comentou em sua conta no Twitter. Reclamação de usuário sobre a linha 5-lilás Já na linha 2-verde, o problema desta quinta foi a quebra de um carro de manutenção durante a madrugada entre as estações Consolação e Ana Rosa. O Metrô informou que houve um problema mecânico no carro por volta das 4h40, mas que foi corrigido depois de uma hora. Durante esse intervalo de tempo, as composições transitavam por uma única via, elevando o intervalo de paradas entre as estações. Mesmo após a retirada do carro de manutenção e a normalização do sistema, os usuários reclamavam de lentidão nas primeiras horas da manhã. O Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) chegou a ser acionado com 15 ônibus para reforçar o atendimento aos passageiros do trecho pela avenida Paulista. CACHORRO E DESCARRILAMENTO Já os usuários da linha 1-azul e 3-vermelha tiveram problemas durante dois dias seguidos: na terça (7) e nesta quarta (8). Na manhã de terça, um problema operacional na linha 1-azul reduziu a velocidade das composições por volta das 5h. O problema foi solucionado depois de 20 minutos, mas a completa normalização do sistema levou mais tempo. Já o problema na linha 3-vermelha foi um descarrilamento, que interrompeu a circulação de trens entre as estações Arthur Alvim e Corinthians-Itaquera. As duas estações da zona leste foram fechadas e reabertas somente nesta quarta. A linha é a mais movimentada do metrô -transporta mais de 1,2 milhão de passageiros todos os dias. O acidente aconteceu por volta das 15h de terça, quando a composição se aproximava da estação Itaquera. Ao sair do trilho, um dos vagões atingiu e destruiu as grades de uma passarela de proteção. Os passageiros tiveram de desembarcar nessa passarela, e uma mulher ficou ferida levemente no pulso. Passageiros relataram esperas de mais de uma hora para embarcar nos ônibus na estação Patriarca. CACHORRO NOS TRILHOS Na manhã desta quarta (8), um cachorro foi visto pelos funcionários do Metrô circulando no trecho entre as estações Armênia e Paraíso da linha 1-azul. Na tentativa de retirar o cão, a companhia restringiu a velocidade das linhas 1-azul e 3-vermelha a partir das 7h30 –horário de grande volume de passageiros, principalmente na linha vermelha. Todas as estações da linha 1-azul tiveram restrições nas catracas para evitar acúmulo de passageiros nas plataformas, o que causou enormes filas nas entradas das estações. O Metrô informou que não sabe como o cachorro entrou e foi parar na via férrea. Os funcionários também não conseguiram localizar o animal. Depois de algum tempo, o cachorro não foi mais visto no sistema e companhia normalizou a velocidade nas linhas 1-azul e 3-vermelha por volta das 8h15 e 8h40, respectivamente. Os usuários da linha 3-vermelha ainda tiveram que enfrentar uma nova lentidão do sistema no final da tarde desta quarta. Por volta das 18h, horário de pico do metrô, a companhia reduziu a velocidade da linha devido à presença de um usuário na via –o que acarretou em plataformas lotadas.
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Resgates dos títulos de capitalização estancam no 1º trimestre
A venda de títulos de capitalização teve queda no primeiro trimestre, na comparação com 2016, mas a receita líquida subiu após duas diminuições seguidas. Esses papéis são vendidos por seguradoras e remuneram o dinheiro com a TR (taxa de referência). Além disso, promovem sorteio para os detentores do produto. Os proprietários podem resgatá-los antes do prazo. Nos últimos anos, a retirada de dinheiro dos títulos subiu, mas, neste ano, estancou. É a diminuição dos resgates que melhorou o resultado do começo de 2017. A Fenacap (Federação Nacional de Capitalização) observou essa tendência e notou que a poupança teve queda de captação líquida, afirma Carlos Alberto Correa, presidente da entidade. A federação criou um programa de comunicação entre as associadas cuja ideia foi "fazer com que as pessoas entendam que, se ficarem até o fim [dos cinco anos do título], concorrerão a prêmios", diz. O Bradesco Seguros vendeu R$ 1,3 bilhão desse produto no primeiro trimestre. A empresa mudou o sorteio para estimular os clientes a ficarem mais tempo com o título —a cada ano, aumenta o valor a que eles concorrem. "É mais atrativo e lúdico. Colocamos séries mais curtas [de sorteios] para participantes terem [mais] chance de ganhar", diz Jorge Nasser, diretor da Bradesco Capitalização. Os resgates ainda são influenciados pela crise. Quem tem valores imobilizados tende a resgatá-los. DESEMPENHO NOS ÚLTIMOS ANOS - Receita com prêmios menos resgates no 1º trimestre * Setor privado do Brasil terá coalizão contra os EUA na OMC Entidades setoriais e empresas, coordenadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), formarão uma coalizão na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra os Estados Unidos. Os americanos aplicam, desde o ano passado, medidas compensatórias sobre as exportações brasileiras de produtos de aço. A alegação é que alguns regimes tributários, como drawback e ex-tarifário, são subsídios passíveis de sobretaxa. Por serem programas horizontais, que não se aplicam apenas à siderurgia, a iniciativa privada teme que medidas semelhantes sejam impostas a outros setores, afirma Constanza Negri, da CNI. "A coalizão fornecerá informações e ajudará o governo na abertura de um painel na OMC. Precisamos alertar para os possíveis efeitos sistêmicos da questão." Há também a possibilidade de a iniciativa privada fornecer apoio financeiro em questões burocráticas e na contratação de escritórios para liderar o processo. "Existe o risco de outros países levarem em consideração as medidas americanas. Sabemos que o Canadá avalia a possibilidade de organizar algo similar em relação ao silício metálico." * Termômetro plástico A produção da indústria de transformados plásticos teve uma queda de 4,4% em abril, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Abiplast, que representa o setor. Na comparação com março, houve um crescimento de 2,1%, puxado principalmente pelo aumento da demanda de fábricas de eletroeletrônicos (6,7%), máquinas e equipamentos (4,9%) e higiene e limpeza (2,4%). "A alta mensal é positiva, mas o índice continua estagnado", afirma o presidente da associação, José Ricardo Roriz Coelho. No período de janeiro a abril deste ano, a produção ficou estável na comparação com o quadrimestre de 2016. "O setor de plásticos é um termômetro da indústria. Com a crise política, nada indica que a situação da economia vai melhorar significativamente neste ano." * Setores tentam pegar 'carona' em texto da Fazenda para baixar IPVA Um projeto de lei da Fazenda de São Paulo pode receber uma emenda que baixa de 4% para 3% a alíquota do IPVA (imposto sobre carros) de veículos flex. O texto original prevê apenas o parcelamento e desconto de dívidas de quem não está em dia com a Fazenda. A emenda é do deputado Roberto Morais (PPS). Não há um cálculo de impacto na receita de IPVA, diz. "Em uma reunião da frente sucro-alcooleira, surgiu o pedido para baixar alíquotas de carros movidos a etanol, gás natural e eletricidade", afirma Morais. A Unica, que representa o setor de onde partiu a ideia, não comenta o assunto. Às distribuidoras de gás também interessa a redução. A Abegás (entidade setorial) acompanha a discussão com "expectativa grande", segundo Marcelo Mendonça, gerente da entidade. A rede de dutos só faz sentido financeiro se houver consumidores âncora —fábricas ou postos de gás, segundo um executivo de uma empresa. Diminuir a alíquota é um dos mecanismos que fazem surgir mais postos. "No Rio de Janeiro, esse benefício é estabelecido e lá há a maior frota de veículos a gás do país", afirma Mendonça. PARA RODAR NO ASFALTO - Valores arrecadados com o IPVA no Estado de São Paulo * Gestão O BNDES lançará no Rio, nesta segunda (6), três cartilhas sobre fundos patrimoniais. O projeto foi feito com o Idis e a agência Levisky. Aporte... O fundo Aqua Capital comprou, por valor não revelado, participação majoritária da distribuidora veterinária Casa da Vaca. A empresa investiu, no país, US$ 120 milhões (R$ 390 milhões) de janeiro de 2016 a maio deste ano. ...estrangeiro Com a aquisição, chega a US$ 250 milhões (R$ 812 mi) o valor investido no Brasil. O fundo também tem participações em empresas nos setores de logística, agronegócio e em uma distribuidora de vinhos. Indústria A fabricante de tintas AkzoNobel, dona da Coral, investiu R$ 10 milhões em uma estação de tratamento de água de reúso em sua planta industrial de Mauá, na Grande São Paulo. Emprego Quase metade (49%) das vagas abertas em níveis gerenciais no setor hospitalar são de áreas ligadas a vendas e marketing, segundo a consultoria Core Executive. No ano passado, eram 20%. * Hora do Café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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Resgates dos títulos de capitalização estancam no 1º trimestreA venda de títulos de capitalização teve queda no primeiro trimestre, na comparação com 2016, mas a receita líquida subiu após duas diminuições seguidas. Esses papéis são vendidos por seguradoras e remuneram o dinheiro com a TR (taxa de referência). Além disso, promovem sorteio para os detentores do produto. Os proprietários podem resgatá-los antes do prazo. Nos últimos anos, a retirada de dinheiro dos títulos subiu, mas, neste ano, estancou. É a diminuição dos resgates que melhorou o resultado do começo de 2017. A Fenacap (Federação Nacional de Capitalização) observou essa tendência e notou que a poupança teve queda de captação líquida, afirma Carlos Alberto Correa, presidente da entidade. A federação criou um programa de comunicação entre as associadas cuja ideia foi "fazer com que as pessoas entendam que, se ficarem até o fim [dos cinco anos do título], concorrerão a prêmios", diz. O Bradesco Seguros vendeu R$ 1,3 bilhão desse produto no primeiro trimestre. A empresa mudou o sorteio para estimular os clientes a ficarem mais tempo com o título —a cada ano, aumenta o valor a que eles concorrem. "É mais atrativo e lúdico. Colocamos séries mais curtas [de sorteios] para participantes terem [mais] chance de ganhar", diz Jorge Nasser, diretor da Bradesco Capitalização. Os resgates ainda são influenciados pela crise. Quem tem valores imobilizados tende a resgatá-los. DESEMPENHO NOS ÚLTIMOS ANOS - Receita com prêmios menos resgates no 1º trimestre * Setor privado do Brasil terá coalizão contra os EUA na OMC Entidades setoriais e empresas, coordenadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), formarão uma coalizão na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra os Estados Unidos. Os americanos aplicam, desde o ano passado, medidas compensatórias sobre as exportações brasileiras de produtos de aço. A alegação é que alguns regimes tributários, como drawback e ex-tarifário, são subsídios passíveis de sobretaxa. Por serem programas horizontais, que não se aplicam apenas à siderurgia, a iniciativa privada teme que medidas semelhantes sejam impostas a outros setores, afirma Constanza Negri, da CNI. "A coalizão fornecerá informações e ajudará o governo na abertura de um painel na OMC. Precisamos alertar para os possíveis efeitos sistêmicos da questão." Há também a possibilidade de a iniciativa privada fornecer apoio financeiro em questões burocráticas e na contratação de escritórios para liderar o processo. "Existe o risco de outros países levarem em consideração as medidas americanas. Sabemos que o Canadá avalia a possibilidade de organizar algo similar em relação ao silício metálico." * Termômetro plástico A produção da indústria de transformados plásticos teve uma queda de 4,4% em abril, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Abiplast, que representa o setor. Na comparação com março, houve um crescimento de 2,1%, puxado principalmente pelo aumento da demanda de fábricas de eletroeletrônicos (6,7%), máquinas e equipamentos (4,9%) e higiene e limpeza (2,4%). "A alta mensal é positiva, mas o índice continua estagnado", afirma o presidente da associação, José Ricardo Roriz Coelho. No período de janeiro a abril deste ano, a produção ficou estável na comparação com o quadrimestre de 2016. "O setor de plásticos é um termômetro da indústria. Com a crise política, nada indica que a situação da economia vai melhorar significativamente neste ano." * Setores tentam pegar 'carona' em texto da Fazenda para baixar IPVA Um projeto de lei da Fazenda de São Paulo pode receber uma emenda que baixa de 4% para 3% a alíquota do IPVA (imposto sobre carros) de veículos flex. O texto original prevê apenas o parcelamento e desconto de dívidas de quem não está em dia com a Fazenda. A emenda é do deputado Roberto Morais (PPS). Não há um cálculo de impacto na receita de IPVA, diz. "Em uma reunião da frente sucro-alcooleira, surgiu o pedido para baixar alíquotas de carros movidos a etanol, gás natural e eletricidade", afirma Morais. A Unica, que representa o setor de onde partiu a ideia, não comenta o assunto. Às distribuidoras de gás também interessa a redução. A Abegás (entidade setorial) acompanha a discussão com "expectativa grande", segundo Marcelo Mendonça, gerente da entidade. A rede de dutos só faz sentido financeiro se houver consumidores âncora —fábricas ou postos de gás, segundo um executivo de uma empresa. Diminuir a alíquota é um dos mecanismos que fazem surgir mais postos. "No Rio de Janeiro, esse benefício é estabelecido e lá há a maior frota de veículos a gás do país", afirma Mendonça. PARA RODAR NO ASFALTO - Valores arrecadados com o IPVA no Estado de São Paulo * Gestão O BNDES lançará no Rio, nesta segunda (6), três cartilhas sobre fundos patrimoniais. O projeto foi feito com o Idis e a agência Levisky. Aporte... O fundo Aqua Capital comprou, por valor não revelado, participação majoritária da distribuidora veterinária Casa da Vaca. A empresa investiu, no país, US$ 120 milhões (R$ 390 milhões) de janeiro de 2016 a maio deste ano. ...estrangeiro Com a aquisição, chega a US$ 250 milhões (R$ 812 mi) o valor investido no Brasil. O fundo também tem participações em empresas nos setores de logística, agronegócio e em uma distribuidora de vinhos. Indústria A fabricante de tintas AkzoNobel, dona da Coral, investiu R$ 10 milhões em uma estação de tratamento de água de reúso em sua planta industrial de Mauá, na Grande São Paulo. Emprego Quase metade (49%) das vagas abertas em níveis gerenciais no setor hospitalar são de áreas ligadas a vendas e marketing, segundo a consultoria Core Executive. No ano passado, eram 20%. * Hora do Café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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Ouro em Londres-2012, velocista jamaicano afirma que está com zika
DE SÃO PAULO O velocista jamaicano Kemar Bailey-Cole afirmou ao jornal "The Gleaner", de seu país, que está em tratamento contra o vírus da zika. O atleta, que conquistou a medalha de ouro em Londres-2012 no revezamento 4x100 m ao lado de Usain Bolt, teme que a doença afete sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. "Eu não sabia que estava doente até cortar o cabelo. Depois de limpar o pescoço, minha namorada percebeu uma mancha. Para resumir, eu não sabia que tinha o vírus e estava treinando com ele há três dias", contou ao jornal. O vírus da zika tem sido uma grande preocupação de esportistas que vão disputar a Olimpíada do Rio de Janeiro. No golfe, seis atletas já desistiram da disputa devido à doença. Bailey-Cole deve disputar, na próxima semana, as eliminatórias nacionais para a Olimpíada contra Usain Bolt, Asafa Powell, Yohan Blake e Nickel Ashmeade. "Eu estou um pouco preocupado (com a preparação), mas eu não vou deixar isso me afetar. Estou rezando para conseguir a força para me levar pelas etapas". "A recuperação não foi fácil porque as manchas ainda estão no meu corpo. Meus olhos doem, mas a melhor parte é que eu não estou sentindo nenhuma dor muscular no momento". Antes, porém, o velocista teve dores nas costas e nos músculos, mas achava que eram apenas efeitos do treinamento. "Eu vou para as eliminatórias mentalizando que estou saudável e pronto". No ano passado, o jamaicano deixou de disputar provas para se recuperar de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
esporte
Ouro em Londres-2012, velocista jamaicano afirma que está com zika DE SÃO PAULO O velocista jamaicano Kemar Bailey-Cole afirmou ao jornal "The Gleaner", de seu país, que está em tratamento contra o vírus da zika. O atleta, que conquistou a medalha de ouro em Londres-2012 no revezamento 4x100 m ao lado de Usain Bolt, teme que a doença afete sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. "Eu não sabia que estava doente até cortar o cabelo. Depois de limpar o pescoço, minha namorada percebeu uma mancha. Para resumir, eu não sabia que tinha o vírus e estava treinando com ele há três dias", contou ao jornal. O vírus da zika tem sido uma grande preocupação de esportistas que vão disputar a Olimpíada do Rio de Janeiro. No golfe, seis atletas já desistiram da disputa devido à doença. Bailey-Cole deve disputar, na próxima semana, as eliminatórias nacionais para a Olimpíada contra Usain Bolt, Asafa Powell, Yohan Blake e Nickel Ashmeade. "Eu estou um pouco preocupado (com a preparação), mas eu não vou deixar isso me afetar. Estou rezando para conseguir a força para me levar pelas etapas". "A recuperação não foi fácil porque as manchas ainda estão no meu corpo. Meus olhos doem, mas a melhor parte é que eu não estou sentindo nenhuma dor muscular no momento". Antes, porém, o velocista teve dores nas costas e nos músculos, mas achava que eram apenas efeitos do treinamento. "Eu vou para as eliminatórias mentalizando que estou saudável e pronto". No ano passado, o jamaicano deixou de disputar provas para se recuperar de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
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Grandes de São Paulo apostam em nova geração de treinadores
Nem Mano Menezes, nem Muricy Ramalho ou Oswaldo de Oliveira. Em 2017, os torcedores dos principais clubes paulistas não vão ver no banco de reservas de seus times técnicos campeões ou de renome no futebol brasileiro e, sim, jovens apostas que estão em início de carreira. A safra que conta com técnicos que se apresentam como estudiosos e adeptos à tecnologia tem em Rogério Ceni, 43, um novo nome. O ex-goleiro foi contratado pelo São Paulo para dirigir o time na temporada 2017. Já o Palmeiras acertou com Eduardo Baptista, 46, para substituir Cuca, 53, que deixou o clube após o título do Brasileiro. O Corinthians tem como seu principal alvo Jair Ventura, 37, para a vaga de Oswaldo de Oliveira, 66, demitido na quinta (15). A exceção no banco de reservas dos grandes clubes será no Santos, em que Dorival Júnior, 54, ficará por mais uma temporada -está na equipe desde 2015. Com Ceni e Baptista já confirmados, além de Dorival Júnior, a média de idade dos treinadores dos grandes de São Paulo será de 48 anos, a mais baixa dos últimos dez anos. Neste período, a menor média havia sido em 2010, com 48,5. Na oportunidade, os treinadores eram Mano Menezes (Corinthians), Dorival Júnior (Santos), Muricy Ramalho (Palmeiras) e Ricardo Gomes (São Paulo). Nos últimos dez anos, Muricy Ramalho disputou oito paulistas por São Paulo, Santos e Palmeiras. O segundo treinador que mais apareceu no banco de reservas no período foi Tite em cinco temporadas pelo Corinthians. idade dos treinadores - Dos quatro grandes no começo da temporada em cada ano NOVATOS Dos novatos, Eduardo Baptista é quem tem mais tempo de carreira -completará três anos como treinador em fevereiro. Ele foi efetivado como técnico em 2014, quando assumiu o comando do Sport. Depois de deixar a equipe pernambucana, trabalhou no Fluminense, clube no qual ficou menos de cinco meses. Na sequência, dirigiu a Ponte Preta. Ele é apontado por atletas com quem trabalhou como um técnico que valoriza a posse de bola e times que atuam de maneira compacta. "É um treinador da nova geração, que gosta de estudar. Ele não costuma dar treinos longos, mas sim intensos, o que é feito hoje no futebol", disse o atacante Roger, que trabalhou com o treinador este ano na Ponte Preta -se transferiu para o Botafogo. Já Rogério Ceni terá sua primeira experiência à beira do gramado. Após se aposentar no final da temporada 2015, o agora treinador tirou um ano sabático e fez cursos de níveis um e dois promovidos pela FA (sigla em inglês para Federação Inglesa de Futebol), além de se encontrar com treinadores europeus, como o italiano Claudio Ranieri, do Leicester, e o alemão Jürgen Klopp, do Liverpool. Ele também fez um estágio de uma semana com o argentino Jorge Sampaoli, técnico do Sevilla. Os dois cursos em Londres credenciam Ceni a trabalhar apenas em "clubes amadores locais, de juniores ou seniores", de acordo com a 1st4sport, empresa responsável pela capacitação. Já Jair Ventura não fez especialização na Europa, mas procurou se aperfeiçoar com vários cursos no Brasil. Filho do tricampeão mundial Jairzinho, o técnico decidiu se aposentar dos gramados aos 26 anos porque estava longe da "excelência de ser um jogador". Cursou educação física e esperou onze anos para assumir a função de treinador no Botafogo. Ele pegou a equipe ameaçada pelo rebaixamento para a Série B do Brasileiro, conseguiu terminar na quinta colocação e, consequentemente, garantiu uma vaga na próxima edição da Libertadores. No período, obteve aproveitamento de 65%, superior ao desempenho do Santos, que foi vice-campeão. Outro opção do Corinthians é Guto Ferreira, 51, que neste ano comandou a Chapecoense e o Bahia, onde conquistou o acesso para a Série A do Brasileiro. O treinador de 51 anos nascido em Piracicaba, está na Alemanha, onde acompanha algumas partidas de futebol. Nesta sexta (16), ele assistiu ao jogo entre Hoffenheim e Dortmund, pelo Alemão.
esporte
Grandes de São Paulo apostam em nova geração de treinadoresNem Mano Menezes, nem Muricy Ramalho ou Oswaldo de Oliveira. Em 2017, os torcedores dos principais clubes paulistas não vão ver no banco de reservas de seus times técnicos campeões ou de renome no futebol brasileiro e, sim, jovens apostas que estão em início de carreira. A safra que conta com técnicos que se apresentam como estudiosos e adeptos à tecnologia tem em Rogério Ceni, 43, um novo nome. O ex-goleiro foi contratado pelo São Paulo para dirigir o time na temporada 2017. Já o Palmeiras acertou com Eduardo Baptista, 46, para substituir Cuca, 53, que deixou o clube após o título do Brasileiro. O Corinthians tem como seu principal alvo Jair Ventura, 37, para a vaga de Oswaldo de Oliveira, 66, demitido na quinta (15). A exceção no banco de reservas dos grandes clubes será no Santos, em que Dorival Júnior, 54, ficará por mais uma temporada -está na equipe desde 2015. Com Ceni e Baptista já confirmados, além de Dorival Júnior, a média de idade dos treinadores dos grandes de São Paulo será de 48 anos, a mais baixa dos últimos dez anos. Neste período, a menor média havia sido em 2010, com 48,5. Na oportunidade, os treinadores eram Mano Menezes (Corinthians), Dorival Júnior (Santos), Muricy Ramalho (Palmeiras) e Ricardo Gomes (São Paulo). Nos últimos dez anos, Muricy Ramalho disputou oito paulistas por São Paulo, Santos e Palmeiras. O segundo treinador que mais apareceu no banco de reservas no período foi Tite em cinco temporadas pelo Corinthians. idade dos treinadores - Dos quatro grandes no começo da temporada em cada ano NOVATOS Dos novatos, Eduardo Baptista é quem tem mais tempo de carreira -completará três anos como treinador em fevereiro. Ele foi efetivado como técnico em 2014, quando assumiu o comando do Sport. Depois de deixar a equipe pernambucana, trabalhou no Fluminense, clube no qual ficou menos de cinco meses. Na sequência, dirigiu a Ponte Preta. Ele é apontado por atletas com quem trabalhou como um técnico que valoriza a posse de bola e times que atuam de maneira compacta. "É um treinador da nova geração, que gosta de estudar. Ele não costuma dar treinos longos, mas sim intensos, o que é feito hoje no futebol", disse o atacante Roger, que trabalhou com o treinador este ano na Ponte Preta -se transferiu para o Botafogo. Já Rogério Ceni terá sua primeira experiência à beira do gramado. Após se aposentar no final da temporada 2015, o agora treinador tirou um ano sabático e fez cursos de níveis um e dois promovidos pela FA (sigla em inglês para Federação Inglesa de Futebol), além de se encontrar com treinadores europeus, como o italiano Claudio Ranieri, do Leicester, e o alemão Jürgen Klopp, do Liverpool. Ele também fez um estágio de uma semana com o argentino Jorge Sampaoli, técnico do Sevilla. Os dois cursos em Londres credenciam Ceni a trabalhar apenas em "clubes amadores locais, de juniores ou seniores", de acordo com a 1st4sport, empresa responsável pela capacitação. Já Jair Ventura não fez especialização na Europa, mas procurou se aperfeiçoar com vários cursos no Brasil. Filho do tricampeão mundial Jairzinho, o técnico decidiu se aposentar dos gramados aos 26 anos porque estava longe da "excelência de ser um jogador". Cursou educação física e esperou onze anos para assumir a função de treinador no Botafogo. Ele pegou a equipe ameaçada pelo rebaixamento para a Série B do Brasileiro, conseguiu terminar na quinta colocação e, consequentemente, garantiu uma vaga na próxima edição da Libertadores. No período, obteve aproveitamento de 65%, superior ao desempenho do Santos, que foi vice-campeão. Outro opção do Corinthians é Guto Ferreira, 51, que neste ano comandou a Chapecoense e o Bahia, onde conquistou o acesso para a Série A do Brasileiro. O treinador de 51 anos nascido em Piracicaba, está na Alemanha, onde acompanha algumas partidas de futebol. Nesta sexta (16), ele assistiu ao jogo entre Hoffenheim e Dortmund, pelo Alemão.
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Quase notícias de um quase governo
Um ex-presidente da República costuma comparar as páginas de política dos jornais aos campos da agricultura: em se plantando bem, tudo dá. É a forma jocosa como critica o uso que políticos fazem dos jornalistas para transmitir ações que desejam com o privilégio de não serem identificados. Nos dias que se sucederam à aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, começaram a florescer nas páginas políticas de todos os jornais especulações sobre equipe e projetos de um eventual governo Michel Temer. Não poderia haver momento mais fértil. É certo que não há como o jornal se eximir de apresentar os planos de governo que estão sendo discutidos. Mas a barafunda de projetos obriga que a Folha investigue aqueles que considerar consistentes e relevantes de forma mais aprofundada, mais técnica e mais questionadora do que tem tratado até o momento. As reportagens se sucederam em variedade e inocência: Temer é contra aumento de imposto, prevê cortes radicais no Orçamento, quer mudar a idade mínima da aposentadoria, quer privatizar mais, propõe bônus de desempenho para professores, defende empresas aéreas com 100% de capital estrangeiro, reduzirá o número de ministérios. Algumas chegaram à manchete, o enunciado principal do jornal. Para o secretario de Redação de Edição, Vinicius Mota, "há condições para que uma apuração seja levada à manchete: relevância, profundidade da apuração, elevado status das fontes. No caso concreto, é difícil afastar 100% o risco de ver a notícia relativizada ou modificada nos dias seguintes". O diretor da Sucursal de Brasília, Igor Gielow, afirma que cobrir transição de governo é difícil. "Temos de aliar tentativa de compreensão do processo de mudança à demanda pelas novidades." A edição de 28 de abril serve de exemplo da ação dos assessores políticos, que fatiaram o documento "Travessia Social" e conseguiram manchetes de Folha, "O Globo" e "O Estado de S. Paulo" sobre planos do novo governo. O editor de "Poder", Fábio Zanini, reconhece que há muitos balões de ensaio. "A imprensa corre o risco constante de ser usada para testar nomes. É comum que decisões consolidadas sejam modificadas por novas circunstâncias." O leitor Marco Bandeira reclamou: "A Folha tem, cada vez com mais frequência, trazido especulações para a 'Primeira Página'. Exemplo cristalino é a manchete 'Temer deve ter base capaz de alterar a Constituição' (01/05). Não é uma notícia, não é um fato, é uma especulação". O pior é que as especulações se espalharam. A capa da "Ilustrada" de 30 de abril afirmava que "rumores" apontavam a possibilidade de fusão do Ministério da Cultura com o da Educação. Na mesma edição, na página A4, a tal fusão já havia sido descartada. São dias em que vicejam mais barrigas –no jargão jornalístico, informação errada – do que furos –a informação exclusiva. É fundamental e decisivo que os jornalistas multipliquem suas fontes, coloquem à prova as mais confiáveis e que a informação seja trabalhada sem a afobação do furo, em nome da sua exatidão. Jornalistas experientes testemunham que a história das formações de ministério mostra que até o próprio presidente se surpreende ao final da própria escolha. Cabe à Folha ampliar seu repertório crítico sobre o eventual novo governo, rever seus procedimentos de cruzamento de informações, pesar mais a qualidade do que a inevitável sede do pseudofuro, da quase notícia. Dizia o chanceler alemão Hel­mut Sch­midt (1918-2015), que após deixar o poder foi co-editor do jornal "Die Zeit": "Políticos e jornalistas compartilham um tris­te des­tino. Têm que falar de coisas hoje que só compreenderão bem amanhã". - ERROU NA MOSCA "Ridícula", "lamentável", "vergonhosa" e de "mau-gosto". São alguns dos adjetivos que expressam a indignação de muitos leitores com a publicação, na "Primeira Página" de segunda (2), de uma sequência de fotos da presidente Dilma Rousseff incomodada com inseto durante o comício de 1º de Maio, em São Paulo. "Jornalístico e inventivo", definiu o editor-executivo Sérgio Dávila. "Foi uma maneira de sairmos do lugar-comum das fotos sobre os eventos, cobertos à exaustão e sempre iguais." Em crítica interna, elogiei a boa solução gráfica das imagens, que fugia do óbvio. Observei, porém, que a comparação com a foto festiva de Paulinho da Força, logo abaixo, causava impressão de desequilíbrio editorial. O viés político não foi o mais citado pelos leitores. O que se repetiu foi a impressão de que a Folha fez "molecagem", com o objetivo de "achincalhar" a presidente. Não vi desrespeito. O jornal não deve deixar de publicar o que considera editorialmente relevante por medo de desagradar o leitor. Mas deve buscar sempre equilíbrio e precisão. Falhou. A mosca provavelmente era uma abelha. O jornal teve que publicar Erramos que dizia "ser impossível afirmar com certeza qual era o inseto". Um antológico redator da Folha aconselhava: é preferível ser impreciso a ser incorreto.
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Quase notícias de um quase governoUm ex-presidente da República costuma comparar as páginas de política dos jornais aos campos da agricultura: em se plantando bem, tudo dá. É a forma jocosa como critica o uso que políticos fazem dos jornalistas para transmitir ações que desejam com o privilégio de não serem identificados. Nos dias que se sucederam à aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, começaram a florescer nas páginas políticas de todos os jornais especulações sobre equipe e projetos de um eventual governo Michel Temer. Não poderia haver momento mais fértil. É certo que não há como o jornal se eximir de apresentar os planos de governo que estão sendo discutidos. Mas a barafunda de projetos obriga que a Folha investigue aqueles que considerar consistentes e relevantes de forma mais aprofundada, mais técnica e mais questionadora do que tem tratado até o momento. As reportagens se sucederam em variedade e inocência: Temer é contra aumento de imposto, prevê cortes radicais no Orçamento, quer mudar a idade mínima da aposentadoria, quer privatizar mais, propõe bônus de desempenho para professores, defende empresas aéreas com 100% de capital estrangeiro, reduzirá o número de ministérios. Algumas chegaram à manchete, o enunciado principal do jornal. Para o secretario de Redação de Edição, Vinicius Mota, "há condições para que uma apuração seja levada à manchete: relevância, profundidade da apuração, elevado status das fontes. No caso concreto, é difícil afastar 100% o risco de ver a notícia relativizada ou modificada nos dias seguintes". O diretor da Sucursal de Brasília, Igor Gielow, afirma que cobrir transição de governo é difícil. "Temos de aliar tentativa de compreensão do processo de mudança à demanda pelas novidades." A edição de 28 de abril serve de exemplo da ação dos assessores políticos, que fatiaram o documento "Travessia Social" e conseguiram manchetes de Folha, "O Globo" e "O Estado de S. Paulo" sobre planos do novo governo. O editor de "Poder", Fábio Zanini, reconhece que há muitos balões de ensaio. "A imprensa corre o risco constante de ser usada para testar nomes. É comum que decisões consolidadas sejam modificadas por novas circunstâncias." O leitor Marco Bandeira reclamou: "A Folha tem, cada vez com mais frequência, trazido especulações para a 'Primeira Página'. Exemplo cristalino é a manchete 'Temer deve ter base capaz de alterar a Constituição' (01/05). Não é uma notícia, não é um fato, é uma especulação". O pior é que as especulações se espalharam. A capa da "Ilustrada" de 30 de abril afirmava que "rumores" apontavam a possibilidade de fusão do Ministério da Cultura com o da Educação. Na mesma edição, na página A4, a tal fusão já havia sido descartada. São dias em que vicejam mais barrigas –no jargão jornalístico, informação errada – do que furos –a informação exclusiva. É fundamental e decisivo que os jornalistas multipliquem suas fontes, coloquem à prova as mais confiáveis e que a informação seja trabalhada sem a afobação do furo, em nome da sua exatidão. Jornalistas experientes testemunham que a história das formações de ministério mostra que até o próprio presidente se surpreende ao final da própria escolha. Cabe à Folha ampliar seu repertório crítico sobre o eventual novo governo, rever seus procedimentos de cruzamento de informações, pesar mais a qualidade do que a inevitável sede do pseudofuro, da quase notícia. Dizia o chanceler alemão Hel­mut Sch­midt (1918-2015), que após deixar o poder foi co-editor do jornal "Die Zeit": "Políticos e jornalistas compartilham um tris­te des­tino. Têm que falar de coisas hoje que só compreenderão bem amanhã". - ERROU NA MOSCA "Ridícula", "lamentável", "vergonhosa" e de "mau-gosto". São alguns dos adjetivos que expressam a indignação de muitos leitores com a publicação, na "Primeira Página" de segunda (2), de uma sequência de fotos da presidente Dilma Rousseff incomodada com inseto durante o comício de 1º de Maio, em São Paulo. "Jornalístico e inventivo", definiu o editor-executivo Sérgio Dávila. "Foi uma maneira de sairmos do lugar-comum das fotos sobre os eventos, cobertos à exaustão e sempre iguais." Em crítica interna, elogiei a boa solução gráfica das imagens, que fugia do óbvio. Observei, porém, que a comparação com a foto festiva de Paulinho da Força, logo abaixo, causava impressão de desequilíbrio editorial. O viés político não foi o mais citado pelos leitores. O que se repetiu foi a impressão de que a Folha fez "molecagem", com o objetivo de "achincalhar" a presidente. Não vi desrespeito. O jornal não deve deixar de publicar o que considera editorialmente relevante por medo de desagradar o leitor. Mas deve buscar sempre equilíbrio e precisão. Falhou. A mosca provavelmente era uma abelha. O jornal teve que publicar Erramos que dizia "ser impossível afirmar com certeza qual era o inseto". Um antológico redator da Folha aconselhava: é preferível ser impreciso a ser incorreto.
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Leitor critica reportagem sobre herdeiros de Niemeyer
Com um pouco de atraso escrevo a respeito da reportagem publicada sobre os herdeiros de Niemeyer. A reportagem mostra a relação dos familiares com Oscar Niemeyer, o fato de o arquiteto ter sustentado a família inteira, mas o tom do texto se aproxima de fofoca. Famílias quebram, perdem dinheiro. Acho que a matéria pecou por não entrar na questão fundamental. Em se tratando do mais importante arquiteto brasileiro de todos os tempos, essa disputa familiar traz à tona a discussão sobre o seu legado, sobre como tratá-lo, como divulgá-lo. Corre-se grande risco cultural nesse tipo de disputa! A ideia colocada, de que continua se fazendo arquitetura em nome de Niemeyer, é um perigo para a imagem da arquitetura e da cultura nacional. Infelizmente esse não é caso único. Vale olhar como a família de Ligia Clark vem conduzindo a questão de forma desastrada. Enfim, fica uma sugestão de pauta futura, que aborde esse tema de forma mais profunda. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor critica reportagem sobre herdeiros de NiemeyerCom um pouco de atraso escrevo a respeito da reportagem publicada sobre os herdeiros de Niemeyer. A reportagem mostra a relação dos familiares com Oscar Niemeyer, o fato de o arquiteto ter sustentado a família inteira, mas o tom do texto se aproxima de fofoca. Famílias quebram, perdem dinheiro. Acho que a matéria pecou por não entrar na questão fundamental. Em se tratando do mais importante arquiteto brasileiro de todos os tempos, essa disputa familiar traz à tona a discussão sobre o seu legado, sobre como tratá-lo, como divulgá-lo. Corre-se grande risco cultural nesse tipo de disputa! A ideia colocada, de que continua se fazendo arquitetura em nome de Niemeyer, é um perigo para a imagem da arquitetura e da cultura nacional. Infelizmente esse não é caso único. Vale olhar como a família de Ligia Clark vem conduzindo a questão de forma desastrada. Enfim, fica uma sugestão de pauta futura, que aborde esse tema de forma mais profunda. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Banco Central monitora mercados para garantir liquidez, afirma Ilan
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira (21) que a autoridade monetária continua monitorando o mercado para garantir liquidez e tem um papel no fortalecimento do regime de câmbio flutuante e na retomada da confiança, com o controle da inflação. Ilan também afirmou que as reservas internacionais do país, de cerca de US$ 373 bilhões, são um seguro para o país e contribuem para reduzir o risco. "O BC tem monitorado de perto esses desenvolvimentos dos mercados internacionais e atuado tempestivamente para não permitir que os efeitos dos choques externos se transformem numa ameaça para a estabilidade macroeconômica", afirmou ele, em apresentação via vídeo em um evento no Rio de Janeiro O BC reduziu nesta segunda-feira sua intervenção no mercado cambial, ao realizar apenas leilão de swaps tradicionais —equivalentes à venda futura de dólares— para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro. Na semana passada, além dos leilões para rolagem, o BC também ofertou novos swaps. O dólar recuava cerca de 1% em relação ao real nesta sessão, na casa de R$ 3,35, mas ainda longe dos R$ 3,16 que estava antes da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. No pico do período, chegou a superar R$ 3,50 no intradia. Ilan disse ainda que o BC tem um papel bem definido da recomposição da confiança dos agentes econômicos no Brasil, que é o controle da inflação. Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne novamente e a ampla expectativa é de que mantenha o passo e reduza a Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Ilan defendeu os ajustes fiscais e as reformas estruturais para alavancar investimentos. "Precisamos levar em consideração a nova conjuntura internacional e fazer os ajustes necessários para fortalecer nossos fundamentos econômicos", afirmou ele. "A ênfase atual deve ser na aprovação das reformas capazes de restaurar a confiança e em criar as condições para a recuperação econômica, com inflação baixa e estável", acrescentou.
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Banco Central monitora mercados para garantir liquidez, afirma IlanO presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira (21) que a autoridade monetária continua monitorando o mercado para garantir liquidez e tem um papel no fortalecimento do regime de câmbio flutuante e na retomada da confiança, com o controle da inflação. Ilan também afirmou que as reservas internacionais do país, de cerca de US$ 373 bilhões, são um seguro para o país e contribuem para reduzir o risco. "O BC tem monitorado de perto esses desenvolvimentos dos mercados internacionais e atuado tempestivamente para não permitir que os efeitos dos choques externos se transformem numa ameaça para a estabilidade macroeconômica", afirmou ele, em apresentação via vídeo em um evento no Rio de Janeiro O BC reduziu nesta segunda-feira sua intervenção no mercado cambial, ao realizar apenas leilão de swaps tradicionais —equivalentes à venda futura de dólares— para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro. Na semana passada, além dos leilões para rolagem, o BC também ofertou novos swaps. O dólar recuava cerca de 1% em relação ao real nesta sessão, na casa de R$ 3,35, mas ainda longe dos R$ 3,16 que estava antes da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. No pico do período, chegou a superar R$ 3,50 no intradia. Ilan disse ainda que o BC tem um papel bem definido da recomposição da confiança dos agentes econômicos no Brasil, que é o controle da inflação. Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne novamente e a ampla expectativa é de que mantenha o passo e reduza a Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Ilan defendeu os ajustes fiscais e as reformas estruturais para alavancar investimentos. "Precisamos levar em consideração a nova conjuntura internacional e fazer os ajustes necessários para fortalecer nossos fundamentos econômicos", afirmou ele. "A ênfase atual deve ser na aprovação das reformas capazes de restaurar a confiança e em criar as condições para a recuperação econômica, com inflação baixa e estável", acrescentou.
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Docente de SP lidera times de alunos em competições de robótica do Google
Por meio da robótica, um professor de Votuporanga, cidade a 521 km da capital paulista, conseguiu chamar a atenção do Google. Ricardo Conde, 40, liderou duas equipes de alunos que se classificaram para a final da competição mundial de robótica da empresa americana, disputada no fim de 2014. Eram 300 times iniciais, de 24 países. Apenas 25 foram para a etapa final, incluindo as de Conde, dos colégios Sesi e Coopevo. Seus alunos tinham entre 11 e 13 anos (entre os mais jovens do torneio). Para 2015, pretende que seus estudantes participem de oito torneios e exposições. "Fico o tempo todo incentivando o pessoal a entrar nessas competições", disse Conde. "Elas ensinam os estudantes a trabalhar em equipe, a buscar ideias inovadoras para os problemas." Na competição de 2014 do Google, chamada Moonbots (alusão às palavras Lua e robôs, em inglês), os times precisavam na primeira etapa responder por que o homem deveria voltar à Lua. A equipe do Sesi sugeriu deixar um banco genético no satélite, que poderia ser aproveitado caso os humanos fossem exterminados na Terra; a do Coopevo (particular) sugeriu um banco de sementes, caso uma praga exterminasse as nossas plantas. Classificados para a etapa final, os times receberam equipamentos para montar robôs que poderiam ajudar na execução do projeto na Lua. INOVAÇÕES Diretora do Google e organizadora da competição, Chanda Gonzales diz que os dois times brasileiros encontraram soluções inovadoras. O robô dos alunos do Sesi andava em pistas (as equipes em geral se atêm às rodas); o do Coopevo foi capaz de se locomover se guiando a partir de cores nos trajetos. HISTÓRICO O professor começou a trabalhar com educação por acaso. Após trabalhar em multinacionais, ele tinha uma empresa que prestava serviços de tecnologia a campi no interior da USP e da Unesp. "Fiquei em contato com os professores e encantado com os projetos que eles faziam", relata Conde. Decidiu cursar matemática. Ao se formar, ingressou no corpo docente do Sesi em 2009, como professor de informática. Um ano depois, começou com robótica. Desde então, suas equipes já foram premiadas na Olimpíada Brasileira de Robótica e em outros torneios do Google.
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Docente de SP lidera times de alunos em competições de robótica do GooglePor meio da robótica, um professor de Votuporanga, cidade a 521 km da capital paulista, conseguiu chamar a atenção do Google. Ricardo Conde, 40, liderou duas equipes de alunos que se classificaram para a final da competição mundial de robótica da empresa americana, disputada no fim de 2014. Eram 300 times iniciais, de 24 países. Apenas 25 foram para a etapa final, incluindo as de Conde, dos colégios Sesi e Coopevo. Seus alunos tinham entre 11 e 13 anos (entre os mais jovens do torneio). Para 2015, pretende que seus estudantes participem de oito torneios e exposições. "Fico o tempo todo incentivando o pessoal a entrar nessas competições", disse Conde. "Elas ensinam os estudantes a trabalhar em equipe, a buscar ideias inovadoras para os problemas." Na competição de 2014 do Google, chamada Moonbots (alusão às palavras Lua e robôs, em inglês), os times precisavam na primeira etapa responder por que o homem deveria voltar à Lua. A equipe do Sesi sugeriu deixar um banco genético no satélite, que poderia ser aproveitado caso os humanos fossem exterminados na Terra; a do Coopevo (particular) sugeriu um banco de sementes, caso uma praga exterminasse as nossas plantas. Classificados para a etapa final, os times receberam equipamentos para montar robôs que poderiam ajudar na execução do projeto na Lua. INOVAÇÕES Diretora do Google e organizadora da competição, Chanda Gonzales diz que os dois times brasileiros encontraram soluções inovadoras. O robô dos alunos do Sesi andava em pistas (as equipes em geral se atêm às rodas); o do Coopevo foi capaz de se locomover se guiando a partir de cores nos trajetos. HISTÓRICO O professor começou a trabalhar com educação por acaso. Após trabalhar em multinacionais, ele tinha uma empresa que prestava serviços de tecnologia a campi no interior da USP e da Unesp. "Fiquei em contato com os professores e encantado com os projetos que eles faziam", relata Conde. Decidiu cursar matemática. Ao se formar, ingressou no corpo docente do Sesi em 2009, como professor de informática. Um ano depois, começou com robótica. Desde então, suas equipes já foram premiadas na Olimpíada Brasileira de Robótica e em outros torneios do Google.
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Grupos muçulmanos convocam oração por vítimas dos atentados
Organizações de franceses muçulmanos pediram a todos os imãs do país que orem na sexta-feira pelas vítimas do terror. Na Grande Mesquita de Paris, centro da cidade, haverá uma oração especial, às 14h. Sexta é dia de preces coletivas, congregacionais, dia de descanso em alguns países muçulmanos. Trata-se de um chamado de "elite", por assim dizer, porque não há hierarquia religiosa ou organização centralizada ou mesmo "comunidade muçulmana". As instituições envolvidas com o chamado de oração são as mais ligadas ao Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFMC), embora alguns imãs da periferia tenham feito apelos discretos e locais pelo mesmo motivo. O CFMC é uma associação criada por inspiração das autoridades francesas a fim de servir de interlocutora oficial do governo sobre assuntos institucionais e práticos da religião (criação de mesquitas e educação de imãs, o pregador e líder religioso de uma comunidade islâmica). As associações mais presentes no CFMC são lideradas por profissionais liberais de destaque. Mas há uma variedade imensa de mesquitas, a maioria nas periferias. Existem comunidades ditas "radicais", que autoridades francesas cogitam agora expulsar. Existem figuras como Hassen Chalghoumi, um imã midiático de Drancy (periferia parisiense), detestado e ameaçado pelos fundamentalistas por fazer objeções a leis islâmicas. A convocação foi feita pelo reitor da Grande Mesquita de Paris, o médico Dalil Boubakeur. Ele disse a jornalistas que na "oração solene" os muçulmanos vão "exprimir sua compaixão com todas as vítimas". "Vamos dizer não, não e não. Vamos expressar repulsa a quem, em nome da nossa fé, veio matar em Paris. Somos franceses e temos feito tudo para mostrar nossa ligação com nosso país". Nas comunidades de Drancy e Aulnay-sous-Bois, a uma hora de trem de Paris, o sentimento é mais ambíguo e o clima é evidentemente mais pesado. "Somos franceses, mas muita gente não quer que o sejamos. Por aqui, estamos com a sensação de que podemos ser expulsos com os criminosos", afirma um imã de Drancy que prefere o anonimato. A proposta de expulsar "radicais" foi lançada pelo presidente François Hollande, nesta terça-feira. Mohammed Moussaoui, matemático, professor e presidente da União das Mesquitas Francesas, diz apoiar o governo e os "valores da República contra o terrorismo jihadista". "Um lugar de culto que representa perigo não merece ser qualificado de mesquita. Fechar tais lugares é uma medida necessária, justificada."
mundo
Grupos muçulmanos convocam oração por vítimas dos atentadosOrganizações de franceses muçulmanos pediram a todos os imãs do país que orem na sexta-feira pelas vítimas do terror. Na Grande Mesquita de Paris, centro da cidade, haverá uma oração especial, às 14h. Sexta é dia de preces coletivas, congregacionais, dia de descanso em alguns países muçulmanos. Trata-se de um chamado de "elite", por assim dizer, porque não há hierarquia religiosa ou organização centralizada ou mesmo "comunidade muçulmana". As instituições envolvidas com o chamado de oração são as mais ligadas ao Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFMC), embora alguns imãs da periferia tenham feito apelos discretos e locais pelo mesmo motivo. O CFMC é uma associação criada por inspiração das autoridades francesas a fim de servir de interlocutora oficial do governo sobre assuntos institucionais e práticos da religião (criação de mesquitas e educação de imãs, o pregador e líder religioso de uma comunidade islâmica). As associações mais presentes no CFMC são lideradas por profissionais liberais de destaque. Mas há uma variedade imensa de mesquitas, a maioria nas periferias. Existem comunidades ditas "radicais", que autoridades francesas cogitam agora expulsar. Existem figuras como Hassen Chalghoumi, um imã midiático de Drancy (periferia parisiense), detestado e ameaçado pelos fundamentalistas por fazer objeções a leis islâmicas. A convocação foi feita pelo reitor da Grande Mesquita de Paris, o médico Dalil Boubakeur. Ele disse a jornalistas que na "oração solene" os muçulmanos vão "exprimir sua compaixão com todas as vítimas". "Vamos dizer não, não e não. Vamos expressar repulsa a quem, em nome da nossa fé, veio matar em Paris. Somos franceses e temos feito tudo para mostrar nossa ligação com nosso país". Nas comunidades de Drancy e Aulnay-sous-Bois, a uma hora de trem de Paris, o sentimento é mais ambíguo e o clima é evidentemente mais pesado. "Somos franceses, mas muita gente não quer que o sejamos. Por aqui, estamos com a sensação de que podemos ser expulsos com os criminosos", afirma um imã de Drancy que prefere o anonimato. A proposta de expulsar "radicais" foi lançada pelo presidente François Hollande, nesta terça-feira. Mohammed Moussaoui, matemático, professor e presidente da União das Mesquitas Francesas, diz apoiar o governo e os "valores da República contra o terrorismo jihadista". "Um lugar de culto que representa perigo não merece ser qualificado de mesquita. Fechar tais lugares é uma medida necessária, justificada."
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Contra poluição, Santiago decreta emergência ambiental e rodízio
Devido aos altos índices de poluição, a cidade de Santiago, capital do Chile, entrou nesta segunda-feira (22) em estado de "emergência ambiental" e implementou rodízio de veículos. Declarada pela primeira vez desde 1999, a emergência ambiental é a medida máxima de alerta que a legislação chilena contempla contra altos níveis de poluição aérea. A medida levou à implementação de rodízio, proibindo que 680 mil carros –principalmente os mais antigos e, portanto, mais poluentes– circulassem em Santiago na segunda. As autoridades decretaram, também, vias exclusivas de transporte público. Além disso, permaneceram fechadas 924 fábricas e outras fontes fixas de poluição da capital chilena, que tem 6,7 milhões de habitantes. Entre outras medidas, recomendou-se a suspensão das aulas de educação física em todos os colégios de Santiago, evitando uma maior exposição à poluição. Várias escolas particulares de Santiago simplesmente não funcionaram diante da situação, que deve persistir pelos próximos dias devido à falta de ventos e chuva. Com a chegada da noite, as autoridades decidiram reduzir o nível de alerta para "pré-emergência ambiental". Nesta terça-feira (23), o rodízio em Santiago foi mantido e afetou mais de 300 mil veículos. Espremida entre várias montanhas, a capital chilena tem uma localização geográfica que dificulta a ventilação e a dispersão da poluição. A isso se soma a pouca chuva e as temperaturas elevadas para a época verificadas nos últimos dias. COPA AMÉRICA Os altos níveis de poluição são registrados em Santiago enquanto o Chile recebe a Copa América, que tem a capital como uma de suas principais sedes. No domingo (21), com índices de poluição críticos, disputou-se em Santiago o confronto entre Brasil e Venezuela –vencido pelo Brasil. Não houve jogos na segunda e na terça. Por determinação da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), nenhum jogo do torneio pode ser suspenso devido à poluição.
mundo
Contra poluição, Santiago decreta emergência ambiental e rodízioDevido aos altos índices de poluição, a cidade de Santiago, capital do Chile, entrou nesta segunda-feira (22) em estado de "emergência ambiental" e implementou rodízio de veículos. Declarada pela primeira vez desde 1999, a emergência ambiental é a medida máxima de alerta que a legislação chilena contempla contra altos níveis de poluição aérea. A medida levou à implementação de rodízio, proibindo que 680 mil carros –principalmente os mais antigos e, portanto, mais poluentes– circulassem em Santiago na segunda. As autoridades decretaram, também, vias exclusivas de transporte público. Além disso, permaneceram fechadas 924 fábricas e outras fontes fixas de poluição da capital chilena, que tem 6,7 milhões de habitantes. Entre outras medidas, recomendou-se a suspensão das aulas de educação física em todos os colégios de Santiago, evitando uma maior exposição à poluição. Várias escolas particulares de Santiago simplesmente não funcionaram diante da situação, que deve persistir pelos próximos dias devido à falta de ventos e chuva. Com a chegada da noite, as autoridades decidiram reduzir o nível de alerta para "pré-emergência ambiental". Nesta terça-feira (23), o rodízio em Santiago foi mantido e afetou mais de 300 mil veículos. Espremida entre várias montanhas, a capital chilena tem uma localização geográfica que dificulta a ventilação e a dispersão da poluição. A isso se soma a pouca chuva e as temperaturas elevadas para a época verificadas nos últimos dias. COPA AMÉRICA Os altos níveis de poluição são registrados em Santiago enquanto o Chile recebe a Copa América, que tem a capital como uma de suas principais sedes. No domingo (21), com índices de poluição críticos, disputou-se em Santiago o confronto entre Brasil e Venezuela –vencido pelo Brasil. Não houve jogos na segunda e na terça. Por determinação da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), nenhum jogo do torneio pode ser suspenso devido à poluição.
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Polêmico projeto de lei sobre vigilância chega à reta final na França
O Conselho Constitucional da França aprovou um polêmico projeto de lei que, se sancionado pelo presidente François Hollande —o que é provável—, mudará as normas que regem os serviços de vigilância do país. O projeto, que já foi aprovado pelo Parlamento, tem o apoio do governo e vem recebendo críticas de defensores da privacidade. Segundo eles, há o risco de uma "vigilância em massa" dos cidadãos. Para o Palácio do Eliseu, as mudanças são necessárias para o combate ao terrorismo. Os atentados cometidos em Paris em janeiro deste ano e as revelações de que presidentes franceses foram espionados pelos Estados Unidos ajudaram a impulsionar o apoio ao projeto de lei. Caso entre em vigor, a lei obrigará empresas de internet e comunicação a recolherem metadados de todos os internautas da França, o que permitirá a detecção de comportamentos suspeitos por meio de um algoritmo, segundo o governo. Os metadados serão anônimos, mas agentes de inteligência poderão, a partir deles, pedir autorização para investigações mais aprofundadas que permitirão a identificação dos suspeitos. TRECHOS BARRADOS Apesar da aprovação do conteúdo geral do projeto de lei, três de seus dispositivos foram barrados pelo conselho, por serem considerados inconstitucionais. Um previa, sob justificativa de "urgência operacional", prescindir da autorização do primeiro-ministro ou de seus colaboradores diretos para a espionagem de cidadãos. Outro facilitava os procedimentos de espionagem internacional, quando um dos interlocutores de uma troca de mensagens vigiada estivesse no exterior. Por fim, também foi censurado um trecho mais técnico, relativo ao financiamento do órgão responsável por autorizar a espionagem de suspeitos.
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Polêmico projeto de lei sobre vigilância chega à reta final na FrançaO Conselho Constitucional da França aprovou um polêmico projeto de lei que, se sancionado pelo presidente François Hollande —o que é provável—, mudará as normas que regem os serviços de vigilância do país. O projeto, que já foi aprovado pelo Parlamento, tem o apoio do governo e vem recebendo críticas de defensores da privacidade. Segundo eles, há o risco de uma "vigilância em massa" dos cidadãos. Para o Palácio do Eliseu, as mudanças são necessárias para o combate ao terrorismo. Os atentados cometidos em Paris em janeiro deste ano e as revelações de que presidentes franceses foram espionados pelos Estados Unidos ajudaram a impulsionar o apoio ao projeto de lei. Caso entre em vigor, a lei obrigará empresas de internet e comunicação a recolherem metadados de todos os internautas da França, o que permitirá a detecção de comportamentos suspeitos por meio de um algoritmo, segundo o governo. Os metadados serão anônimos, mas agentes de inteligência poderão, a partir deles, pedir autorização para investigações mais aprofundadas que permitirão a identificação dos suspeitos. TRECHOS BARRADOS Apesar da aprovação do conteúdo geral do projeto de lei, três de seus dispositivos foram barrados pelo conselho, por serem considerados inconstitucionais. Um previa, sob justificativa de "urgência operacional", prescindir da autorização do primeiro-ministro ou de seus colaboradores diretos para a espionagem de cidadãos. Outro facilitava os procedimentos de espionagem internacional, quando um dos interlocutores de uma troca de mensagens vigiada estivesse no exterior. Por fim, também foi censurado um trecho mais técnico, relativo ao financiamento do órgão responsável por autorizar a espionagem de suspeitos.
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Cadeia de Lima passa a abrigar dois ex-presidentes do Peru
O ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-2016), 55, e a ex-primeira-dama Nadine Heredia, 41, foram transferidos na tarde desta sexta-feira (14), de helicóptero, até os centros de detenção onde cumprirão os 18 meses de prisão preventiva, acusados de lavagem de dinheiro após terem recebido caixa 2 da construtora brasileira Odebrecht para financiamento de campanha eleitoral. Após passarem a noite na prisão do tribunal em que foram condenados, no centro de Lima, ambos rumaram para destinos diferentes: Humala foi para a prisão de Barbadillo, em Ate, um distrito de Lima, mesmo local onde cumpre pena de 25 anos outro ex-presidente, Alberto Fujimori (1990-2000). Enquanto isso, sua mulher, Nadine Heredia, foi levada à cadeia feminina de Santa Mônica, também na capital peruana. Os dois não saíram algemados e aparentavam tranquilidade. A sentença do juiz Richard Concepción Carhuancho foi anunciada no fim da noite de quinta (13), após serem acolhidas novas evidências entregues por parte da Procuradoria, que alega que a abertura de contas no exterior poderia significar que o casal tinha planos de deixar o país. Assim, Humala é o segundo ex-presidente peruano a ter uma prisão preventiva decretada. O primeiro é Alejandro Toledo (2001-2006), 71, que está foragido nos EUA. REPERCUSSÃO O atual presidente, Pedro Pablo Kuczynski, que na manhã desta sexta (14) foi a um ato relacionado à promoção dos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, disse que não opinaria sobre o conteúdo as investigações. Durante o governo de Toledo, PPK foi ministro da Economia e primeiro-ministro do país. "Trata-se certamente de uma decisão histórica, mas é muito triste isso tudo que está ocorrendo e um dia trágico para a família de Ollanta e Nadine. Eu espero que o processo de ambos transcorra de maneira rápida e transparente", disse aos jornalistas. Um dos líderes da oposição, o deputado Kenji Fujimori, filho do ex-presidente Alberto Fujimori, divulgou nas redes sociais uma mensagem de apoio aos filhos do ex-presidente, Nayra, Samin e Illariy. "Devemos proteger e cuidar dos filhos de Ollanta Humala e Nadine Heredia, eu senti na própria pele momentos como este e são muito difíceis, muita força." Outro ex-presidente implicado no período abarcado pelas delações da Odebrecht —que declarou ao Departamento de Justiça dos EUA ter pagado mais de US$ 20 milhões em propinas e caixa 2 no Peru— é Alan García, que comentou pelas redes sociais a transferência de Humala e Nadine à prisão. "Ainda que tenham usado seu poder para me destruir, lamento, pela pátria e por seus filhos, o espetáculo".
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Cadeia de Lima passa a abrigar dois ex-presidentes do PeruO ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-2016), 55, e a ex-primeira-dama Nadine Heredia, 41, foram transferidos na tarde desta sexta-feira (14), de helicóptero, até os centros de detenção onde cumprirão os 18 meses de prisão preventiva, acusados de lavagem de dinheiro após terem recebido caixa 2 da construtora brasileira Odebrecht para financiamento de campanha eleitoral. Após passarem a noite na prisão do tribunal em que foram condenados, no centro de Lima, ambos rumaram para destinos diferentes: Humala foi para a prisão de Barbadillo, em Ate, um distrito de Lima, mesmo local onde cumpre pena de 25 anos outro ex-presidente, Alberto Fujimori (1990-2000). Enquanto isso, sua mulher, Nadine Heredia, foi levada à cadeia feminina de Santa Mônica, também na capital peruana. Os dois não saíram algemados e aparentavam tranquilidade. A sentença do juiz Richard Concepción Carhuancho foi anunciada no fim da noite de quinta (13), após serem acolhidas novas evidências entregues por parte da Procuradoria, que alega que a abertura de contas no exterior poderia significar que o casal tinha planos de deixar o país. Assim, Humala é o segundo ex-presidente peruano a ter uma prisão preventiva decretada. O primeiro é Alejandro Toledo (2001-2006), 71, que está foragido nos EUA. REPERCUSSÃO O atual presidente, Pedro Pablo Kuczynski, que na manhã desta sexta (14) foi a um ato relacionado à promoção dos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, disse que não opinaria sobre o conteúdo as investigações. Durante o governo de Toledo, PPK foi ministro da Economia e primeiro-ministro do país. "Trata-se certamente de uma decisão histórica, mas é muito triste isso tudo que está ocorrendo e um dia trágico para a família de Ollanta e Nadine. Eu espero que o processo de ambos transcorra de maneira rápida e transparente", disse aos jornalistas. Um dos líderes da oposição, o deputado Kenji Fujimori, filho do ex-presidente Alberto Fujimori, divulgou nas redes sociais uma mensagem de apoio aos filhos do ex-presidente, Nayra, Samin e Illariy. "Devemos proteger e cuidar dos filhos de Ollanta Humala e Nadine Heredia, eu senti na própria pele momentos como este e são muito difíceis, muita força." Outro ex-presidente implicado no período abarcado pelas delações da Odebrecht —que declarou ao Departamento de Justiça dos EUA ter pagado mais de US$ 20 milhões em propinas e caixa 2 no Peru— é Alan García, que comentou pelas redes sociais a transferência de Humala e Nadine à prisão. "Ainda que tenham usado seu poder para me destruir, lamento, pela pátria e por seus filhos, o espetáculo".
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Comissão do Congresso aprova flexibilização da Voz do Brasil
Comissão de deputados e senadores aprovou nesta quarta-feira alteração em uma medida provisória que flexibiliza definitivamente a Voz do Brasil, permitindo às emissoras de rádio comercial a veiculação do programa de 60 minutos às 19h, 20h ou 21h. Para a mudança valer, entretanto, a alteração à MP 742/2016 tem que ser chancelada pelos plenários da Câmara e do Senado, além de passar pela sanção do presidente Michel Temer. A MP foi editada pelo governo para flexibilizar a Voz do Brasil apenas durante a Olimpíada do Rio 2016, realizada em agosto. Hoje o programa tem início fixo às 19h, horário de Brasília. O texto do relator José Rocha (PR-BA) mantém a rigidez no horário apenas para as emissoras educativas. As rádios legislativas poderão também alterar o início da transmissão nos dias em que houver sessão de votação no mesmo horário. O projeto estabelece ainda que as rádios comerciais terão que informar, às 19h, o horário em que irão transmitir o programa. A Voz do Brasil está no ar desde a década de 1930 e transmite informativo oficial dos três poderes. Já houve tentativa de acabar com a obrigatoriedade, mas há muita resistência no meio político. Até mesmo a flexibilização do horário não é consensual. O senador Benedito de Lira (PP-AL), por exemplo, que presidia a comissão se disse contra a medida e acabou abandonando a reunião desta quarta.
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Comissão do Congresso aprova flexibilização da Voz do BrasilComissão de deputados e senadores aprovou nesta quarta-feira alteração em uma medida provisória que flexibiliza definitivamente a Voz do Brasil, permitindo às emissoras de rádio comercial a veiculação do programa de 60 minutos às 19h, 20h ou 21h. Para a mudança valer, entretanto, a alteração à MP 742/2016 tem que ser chancelada pelos plenários da Câmara e do Senado, além de passar pela sanção do presidente Michel Temer. A MP foi editada pelo governo para flexibilizar a Voz do Brasil apenas durante a Olimpíada do Rio 2016, realizada em agosto. Hoje o programa tem início fixo às 19h, horário de Brasília. O texto do relator José Rocha (PR-BA) mantém a rigidez no horário apenas para as emissoras educativas. As rádios legislativas poderão também alterar o início da transmissão nos dias em que houver sessão de votação no mesmo horário. O projeto estabelece ainda que as rádios comerciais terão que informar, às 19h, o horário em que irão transmitir o programa. A Voz do Brasil está no ar desde a década de 1930 e transmite informativo oficial dos três poderes. Já houve tentativa de acabar com a obrigatoriedade, mas há muita resistência no meio político. Até mesmo a flexibilização do horário não é consensual. O senador Benedito de Lira (PP-AL), por exemplo, que presidia a comissão se disse contra a medida e acabou abandonando a reunião desta quarta.
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Alckmin diz esperar que todas as escolas sejam desocupadas até o Natal
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira (21) que espera ver todas as escolas estaduais desocupadas pelos estudantes até o Natal. "Não há nenhuma razão para ter escola ocupada. Se o motivo era a reorganização, ela foi suspensa. Meia dúzia prejudica mais de mil alunos que querem estudar e terminar o ano letivo", afirmou o governador. Os colégios começaram a ser ocupados pelos estudantes há mais de um mês em protesto contra a reorganização e fechamento de escolas prometidos pelo governo para 2016. Mas, sob pressão e com seu mais baixo índice de popularidade, o governador decidiu suspender o plano. Mesmo após o recuo do governo, parte dos estudantes ainda permanece ocupando parte das unidades. Segundo o balanço mais recente da secretaria estadual da Educação, 28 colégios permaneciam tomados pelos estudantes até o início da noite desta segunda —o número chegou a 196 no auge dos protestos. Um grupo de estudantes marcou uma nova manifestação contra a reorganização escolar no vão livre do Masp, na avenida Paulista, para esta segunda às 17h. Alckmin estuda uma alternativa para os alunos desses colégios terminarem as aulas caso eles não sejam desocupados. "Determinei que verifiquem escolas particulares ou faculdades para poder dar aulas para quem quer estudar poder terminar o ano letivo", afirmou. O governador disse que deve definir nos próximos dias quem será o novo secretário da Educação. Herman Voorwald deixou o comando da pasta logo após o governador suspender o plano de reorganização. raio-x da rede estadual - Estudantes afetados pelas mudanças - Destino das 196 escolas ocupadas - Matrículas na rede estadual, em milhões -
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Alckmin diz esperar que todas as escolas sejam desocupadas até o NatalO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira (21) que espera ver todas as escolas estaduais desocupadas pelos estudantes até o Natal. "Não há nenhuma razão para ter escola ocupada. Se o motivo era a reorganização, ela foi suspensa. Meia dúzia prejudica mais de mil alunos que querem estudar e terminar o ano letivo", afirmou o governador. Os colégios começaram a ser ocupados pelos estudantes há mais de um mês em protesto contra a reorganização e fechamento de escolas prometidos pelo governo para 2016. Mas, sob pressão e com seu mais baixo índice de popularidade, o governador decidiu suspender o plano. Mesmo após o recuo do governo, parte dos estudantes ainda permanece ocupando parte das unidades. Segundo o balanço mais recente da secretaria estadual da Educação, 28 colégios permaneciam tomados pelos estudantes até o início da noite desta segunda —o número chegou a 196 no auge dos protestos. Um grupo de estudantes marcou uma nova manifestação contra a reorganização escolar no vão livre do Masp, na avenida Paulista, para esta segunda às 17h. Alckmin estuda uma alternativa para os alunos desses colégios terminarem as aulas caso eles não sejam desocupados. "Determinei que verifiquem escolas particulares ou faculdades para poder dar aulas para quem quer estudar poder terminar o ano letivo", afirmou. O governador disse que deve definir nos próximos dias quem será o novo secretário da Educação. Herman Voorwald deixou o comando da pasta logo após o governador suspender o plano de reorganização. raio-x da rede estadual - Estudantes afetados pelas mudanças - Destino das 196 escolas ocupadas - Matrículas na rede estadual, em milhões -
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Iêmen vive dia de conflitos intensos entre milícia xiita e governo
O Iêmen vive nesta segunda-feira (19) um dia de intensos conflitos entre a milícia xiita houthi e o governo. Entretanto, após os confrontos, as partes chegaram a um cessar-fogo –que já está em vigor– perto das 10h30 de Brasília. O pacto foi firmado numa reunião que envolveu o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, os ministros do Interor, da Defesa, e um representante das milícias. Primeiro, rebeldes tomaram a agência de notícias e a TV estatal do país, informou ministra da Informação, Nadia Sakkaf. Ela chamou a atitude de "um passo em direção ao golpe". "Este é um passo na direção de um golpe e tem como alvo a legitimidade do Estado", disse à agência Associated Press. Além disso, um grupo armado atacou um comboio que levava o primeiro-ministro Khaled Bahah exatamente para a renuião que trataria do cessar-fogo, afirmou à Agência Efe uma fonte de segurança. A ministra Sakaf confirmou o ataque em sua conta no Twitter e garantiu que o primeiro-ministro saiu ileso. Ela disse que o comboio em que viajavam os conselheiros houthis também foi alvo de intensos disparos ao término de seu encontro na residência do presidente. Sakaf também alertou para uma possível manipulação das notícias divulgadas pela televisão e pela agência de notícias oficial, que estão sob o controle dos houthis. Várias testemunhas informaram à Efe que os combatentes houthis também tomaram o controle da colina estratégica de Al Nahdain, situada no sul de Sanaa, em frente ao palácio presidencial. O movimento xiita controla desde setembro a capital iemenita e sua província, assim como outras seis regiões do país. Com o aumento da instabilidade, o presidente iemenita ordenou ontem que o Exército iemenita proteja Sanaa. A decisão foi tomada depois que os houthis sequestraram o diretor do gabinete do presidente, Ahmed Awad Mubarak, no sábado. A expansão militar dos rebeldes xiitas forçou em setembro a formação de um novo governo no Iêmen e a assinatura de vários acordos com a presidência para colocar um fim ao conflito. Mas os houthis, que já pegaram em armas contra as autoridades em várias ocasiões entre 2004 e 2010, não respeitaram o ponto que exige a retirada de seus milicianos das cidades. A milícia reivindica uma maior participação no poder, um compromisso contra a corrupção, a aplicação dos acordos de setembro e o término do atual processo para aprovar uma nova Constituição, cuja minuta estabelece seis regiões no país –em vez das duas que eles exigem.
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Iêmen vive dia de conflitos intensos entre milícia xiita e governoO Iêmen vive nesta segunda-feira (19) um dia de intensos conflitos entre a milícia xiita houthi e o governo. Entretanto, após os confrontos, as partes chegaram a um cessar-fogo –que já está em vigor– perto das 10h30 de Brasília. O pacto foi firmado numa reunião que envolveu o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, os ministros do Interor, da Defesa, e um representante das milícias. Primeiro, rebeldes tomaram a agência de notícias e a TV estatal do país, informou ministra da Informação, Nadia Sakkaf. Ela chamou a atitude de "um passo em direção ao golpe". "Este é um passo na direção de um golpe e tem como alvo a legitimidade do Estado", disse à agência Associated Press. Além disso, um grupo armado atacou um comboio que levava o primeiro-ministro Khaled Bahah exatamente para a renuião que trataria do cessar-fogo, afirmou à Agência Efe uma fonte de segurança. A ministra Sakaf confirmou o ataque em sua conta no Twitter e garantiu que o primeiro-ministro saiu ileso. Ela disse que o comboio em que viajavam os conselheiros houthis também foi alvo de intensos disparos ao término de seu encontro na residência do presidente. Sakaf também alertou para uma possível manipulação das notícias divulgadas pela televisão e pela agência de notícias oficial, que estão sob o controle dos houthis. Várias testemunhas informaram à Efe que os combatentes houthis também tomaram o controle da colina estratégica de Al Nahdain, situada no sul de Sanaa, em frente ao palácio presidencial. O movimento xiita controla desde setembro a capital iemenita e sua província, assim como outras seis regiões do país. Com o aumento da instabilidade, o presidente iemenita ordenou ontem que o Exército iemenita proteja Sanaa. A decisão foi tomada depois que os houthis sequestraram o diretor do gabinete do presidente, Ahmed Awad Mubarak, no sábado. A expansão militar dos rebeldes xiitas forçou em setembro a formação de um novo governo no Iêmen e a assinatura de vários acordos com a presidência para colocar um fim ao conflito. Mas os houthis, que já pegaram em armas contra as autoridades em várias ocasiões entre 2004 e 2010, não respeitaram o ponto que exige a retirada de seus milicianos das cidades. A milícia reivindica uma maior participação no poder, um compromisso contra a corrupção, a aplicação dos acordos de setembro e o término do atual processo para aprovar uma nova Constituição, cuja minuta estabelece seis regiões no país –em vez das duas que eles exigem.
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Após ser preso, ex-ministro Geddel Vieira Lima chega a Brasília
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) chegou a Brasília por volta das 16h desta sexta-feira (8). Preso em Salvador, o peemedebista vai fazer exames no IML e depois deve ser levado para a Papuda (DF). De acordo com as regras do presídio, detidos só podem entrar até as 17h –mas cabe pedido de prorrogação. Por isso, há uma chance de que ele precise passar a noite desta sexta na carceragem da PF, o que deve ser definido nas próximas horas. No mesmo presídio está Lucio Funaro, investigado na mesma operação que Geddel e pessoa decisiva para a primeira prisão do ex-ministro, em julho. PRISÃO Essa é a segunda vez que Geddel irá para a Papuda. Na primeira, depois de ser preso no dia 3 de julho, ele teve de dividir cela com nove detentos - havia capacidade para 12 pessoas, com quatro treliches. Havia apenas chuveiro frio no local e um espaço para necessidades fisiológicas. O ex-ministro teve o cabelo cortado, à época, assim que chegou à Papuda, mas não ficou careca.
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Após ser preso, ex-ministro Geddel Vieira Lima chega a BrasíliaO ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) chegou a Brasília por volta das 16h desta sexta-feira (8). Preso em Salvador, o peemedebista vai fazer exames no IML e depois deve ser levado para a Papuda (DF). De acordo com as regras do presídio, detidos só podem entrar até as 17h –mas cabe pedido de prorrogação. Por isso, há uma chance de que ele precise passar a noite desta sexta na carceragem da PF, o que deve ser definido nas próximas horas. No mesmo presídio está Lucio Funaro, investigado na mesma operação que Geddel e pessoa decisiva para a primeira prisão do ex-ministro, em julho. PRISÃO Essa é a segunda vez que Geddel irá para a Papuda. Na primeira, depois de ser preso no dia 3 de julho, ele teve de dividir cela com nove detentos - havia capacidade para 12 pessoas, com quatro treliches. Havia apenas chuveiro frio no local e um espaço para necessidades fisiológicas. O ex-ministro teve o cabelo cortado, à época, assim que chegou à Papuda, mas não ficou careca.
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Bruno Soares vence primeiro torneio ao lado de irmão de Andy Murray
A parceria entre o brasileiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray, irmão de Andy Murray, começou com título. Neste sábado (16), a dupla conquistou o ATP de Sidney, na Austrália, ao derrotar Rohan Bopanna e Florin Mergea por 2 a 0. O primeiro set foi vencido com facilidade por 6/3. Na segunda parcial, a dupla do brasileiro chegou a ficar atrás por 5 a 0 no tiebreak. A recuperação veio após acertar oito de novos pontos consecutivos para fechar em 7/6 (6). "Nosso objetivo é ser uma dupla forte. Esta semana nós provamos que podemos ser isso", disse Bruno. Murray elogiou o estilo do brasileiro e reconheceu que a parceira ainda tem muitos desafios pela frente. "Nossos estilos combinam bem. O Bruno tem uma boa devolução e isso me ajuda na rede. Espero que seja o primeiro de muitos títulos. Estamos no caminho certo, mas ainda temos muito trabalho duro pela frente", afirmou.
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Bruno Soares vence primeiro torneio ao lado de irmão de Andy MurrayA parceria entre o brasileiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray, irmão de Andy Murray, começou com título. Neste sábado (16), a dupla conquistou o ATP de Sidney, na Austrália, ao derrotar Rohan Bopanna e Florin Mergea por 2 a 0. O primeiro set foi vencido com facilidade por 6/3. Na segunda parcial, a dupla do brasileiro chegou a ficar atrás por 5 a 0 no tiebreak. A recuperação veio após acertar oito de novos pontos consecutivos para fechar em 7/6 (6). "Nosso objetivo é ser uma dupla forte. Esta semana nós provamos que podemos ser isso", disse Bruno. Murray elogiou o estilo do brasileiro e reconheceu que a parceira ainda tem muitos desafios pela frente. "Nossos estilos combinam bem. O Bruno tem uma boa devolução e isso me ajuda na rede. Espero que seja o primeiro de muitos títulos. Estamos no caminho certo, mas ainda temos muito trabalho duro pela frente", afirmou.
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Não falo de política, não tem nada a ver com artista, diz Vera Fischer
Vera Fischer chega ao palco do teatro para a entrevista com um vestido dourado e um sobretudo vermelho-inferno. "Hi", cumprimenta a todos, e já surge um fã -um cabeleireiro da produção- para pedir uma foto.Ela concede, enquanto alisa os cabelos longos. Ato contínuo, tem nas mãos um tufo de cabelos, que entrega para um auxiliar jogar fora. O cabelo de Vera está caindo tanto assim?, é a primeira pergunta que surge. Não, logo sabemos que o rabo de cavalo é um aplique.Na sessão de fotos, atende aos pedidos da fotógrafa, faz caras e bocas e a todo instante pergunta à equipe: "Tá bem assim?", "Esse vestido tá bom, ou é melhor o preto". Então troca pelo preto.Em poucos minutos, percebe-se que Vera Fischer continua a se comportar como a diva que é. Leia mais
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Não falo de política, não tem nada a ver com artista, diz Vera FischerVera Fischer chega ao palco do teatro para a entrevista com um vestido dourado e um sobretudo vermelho-inferno. "Hi", cumprimenta a todos, e já surge um fã -um cabeleireiro da produção- para pedir uma foto.Ela concede, enquanto alisa os cabelos longos. Ato contínuo, tem nas mãos um tufo de cabelos, que entrega para um auxiliar jogar fora. O cabelo de Vera está caindo tanto assim?, é a primeira pergunta que surge. Não, logo sabemos que o rabo de cavalo é um aplique.Na sessão de fotos, atende aos pedidos da fotógrafa, faz caras e bocas e a todo instante pergunta à equipe: "Tá bem assim?", "Esse vestido tá bom, ou é melhor o preto". Então troca pelo preto.Em poucos minutos, percebe-se que Vera Fischer continua a se comportar como a diva que é. Leia mais
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Alckmin quer ICMS maior de cerveja e cigarro e tributo menor de remédio
Projeto... O governador Geraldo Alckmin envia nesta quarta para a Assembleia proposta de aumento do ICMS da cerveja (de 18% para 25%) e do cigarro (de 23% para 30%). Mas diminui o tributo sobre remédios (de 18% para 12%) e zera o ICMS do arroz, do feijão e da areia. ...2018 O governador quer criar também o Fundo de Pobreza, que receberá 2% dos recursos arrecadados para projetos da área social. Se as medidas forem aprovadas, R$ 3,4 bilhões entrarão no cofre do Bandeirantes. Parte do dinheiro será compartilhada com municípios. Fica a dica Aliados afirmam que, além de melhorar a arrecadação estadual, os projetos teriam o efeito político de diferenciar a gestão paulista da administração de Dilma Rousseff, que pouco tem ajudado a resolver os problemas de caixa dos demais entes da federação. Leia a íntegra da coluna aqui.
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Alckmin quer ICMS maior de cerveja e cigarro e tributo menor de remédioProjeto... O governador Geraldo Alckmin envia nesta quarta para a Assembleia proposta de aumento do ICMS da cerveja (de 18% para 25%) e do cigarro (de 23% para 30%). Mas diminui o tributo sobre remédios (de 18% para 12%) e zera o ICMS do arroz, do feijão e da areia. ...2018 O governador quer criar também o Fundo de Pobreza, que receberá 2% dos recursos arrecadados para projetos da área social. Se as medidas forem aprovadas, R$ 3,4 bilhões entrarão no cofre do Bandeirantes. Parte do dinheiro será compartilhada com municípios. Fica a dica Aliados afirmam que, além de melhorar a arrecadação estadual, os projetos teriam o efeito político de diferenciar a gestão paulista da administração de Dilma Rousseff, que pouco tem ajudado a resolver os problemas de caixa dos demais entes da federação. Leia a íntegra da coluna aqui.
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Leitor pede mais notícias sobre eventos de vôlei no brasil
Como a Folha aparentemente não sabe, estou comunicando que estão em andamento há algum tempo as superligas feminina e masculina de vôlei aqui no Brasil; que o vôlei é o segundo esporte em preferência dos brasileiros; que também estão em andamento, na Europa, os campeonatos de clubes, tanto na modalidade feminina quanto na masculina. Com isso, seria interessante que a Folha, de vez em quando, publicasse alguma nota referente ao vôlei. Nós, que gostamos do esporte, agradecemos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Leitor pede mais notícias sobre eventos de vôlei no brasilComo a Folha aparentemente não sabe, estou comunicando que estão em andamento há algum tempo as superligas feminina e masculina de vôlei aqui no Brasil; que o vôlei é o segundo esporte em preferência dos brasileiros; que também estão em andamento, na Europa, os campeonatos de clubes, tanto na modalidade feminina quanto na masculina. Com isso, seria interessante que a Folha, de vez em quando, publicasse alguma nota referente ao vôlei. Nós, que gostamos do esporte, agradecemos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
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Projeto grafita fachada de prédios na região central de São Paulo
Neste fim de semana, 18 artistas brasileiros e internacionais concluíram dez grafites que tomaram a fachada de prédios na região do largo do Arouche, no centro da capital paulista. O encontro desses profissionais foi parte do projeto O.bra Festival, que convocou nove grafiteiros experientes, e pediu para que estes convidassem outros nove que não tivessem muito contato com a arte urbana paulistana. Entre os convidados vieram grafiteiros de países como Irlanda, Japão e Ucrânia. Em duplas, eles desenvolveram pinturas cheias de cores e, algumas, com críticas sociais. "Nossa cidade não tem linha do horizonte. Painéis com arte são pontos de fuga para essa realidade opressora, especialmente na região central, que é um tanto quanto abandonada", diz Tinho, responsável pela pintura de dois painéis. Com autorização da prefeitura e dos responsáveis pelos prédios, a ideia dos organizadores é realizar uma edição por ano do festival, elegendo diferentes regiões da cidade, especialmente as tomadas por instalações antigas e deterioradas.
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Projeto grafita fachada de prédios na região central de São PauloNeste fim de semana, 18 artistas brasileiros e internacionais concluíram dez grafites que tomaram a fachada de prédios na região do largo do Arouche, no centro da capital paulista. O encontro desses profissionais foi parte do projeto O.bra Festival, que convocou nove grafiteiros experientes, e pediu para que estes convidassem outros nove que não tivessem muito contato com a arte urbana paulistana. Entre os convidados vieram grafiteiros de países como Irlanda, Japão e Ucrânia. Em duplas, eles desenvolveram pinturas cheias de cores e, algumas, com críticas sociais. "Nossa cidade não tem linha do horizonte. Painéis com arte são pontos de fuga para essa realidade opressora, especialmente na região central, que é um tanto quanto abandonada", diz Tinho, responsável pela pintura de dois painéis. Com autorização da prefeitura e dos responsáveis pelos prédios, a ideia dos organizadores é realizar uma edição por ano do festival, elegendo diferentes regiões da cidade, especialmente as tomadas por instalações antigas e deterioradas.
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A desigualdade e a cidade
New York, New York, uma cidade excepcional. Os aluguéis estão altos, mas a taxa de criminalidade, baixa. A comida está melhor do que nunca, e a cena cultural é vibrante. Verdadeiramente, é uma época de ouro na cidade para a qual recentemente me mudei – se você puder pagar o aluguel. Mas cada vez menos pessoas podem. E não se trata apenas de Nova York. Os dias em que as imagens distópicas do declínio urbano eram difundidas na cultura popular – lembra-se do filme "Fuga de Nova York"? – são passado. A história de muitas das nossas cidades icônicas é, em vez disso, de gentrificação, um processo que é óbvio a olho nu, e cada vez mais visível nos dados. Especificamente, os EUA urbanos chegaram a um ponto de inflexão cerca de 15 anos atrás: depois de décadas de declínio, os centros urbanos começaram a ficar mais ricos, mais instruídos, e, sim, mais brancos. Hoje, os nossos núcleos urbanos oferecem cada vez mais conforto, mas em grande parte a uma minoria muito rica. Mas por que isso está acontecendo? E há alguma maneira de espalhar os benefícios do nosso renascimento urbano de forma mais ampla? Vamos começar admitindo que um fator importante foi certamente o declínio dramático nas taxas de criminalidade. Para aqueles que se lembram da década de 1970, a Nova York em 2015 é tão segura que chega a ser surreal. E a verdade é que ninguém realmente sabe por que isso aconteceu. Mas houve outros motores dessa mudança: acima de tudo, o aumento de nível nacional na desigualdade. É um fato notório (mesmo que os suspeitos de sempre ainda o neguem) que a concentração de renda nas mãos de uma pequena minoria aumentou ao longo dos últimos 35 anos. Essa concentração é ainda maior nas grandes áreas metropolitanas, como Nova York, porque essas áreas são onde tendem a se instalar as indústrias altamente qualificadas e que pagam salários mais altos, e onde os muito ricos muitas vezes querem viver. Em geral, essa elite de alta renda consegue o que quer, e o que ela quer, desde 2000, é viver perto do centro das grandes cidades. Ainda assim, por que os americanos de alta renda agora querem viver nos centros urbanos e não mais em propriedades suburbanas espraiadas? Aqui temos de prestar atenção às mudanças nas vidas dos ricos – em particular, aos seus hábitos de trabalho. Para termos uma noção de como eles costumavam ser, deixe-me citar um artigo clássico da revista "Fortune" de 1955, intitulado "Como os altos executivos vivem". De acordo com esse artigo, o executivo típico "se levanta cedo – cerca de 7h - toma um café da manhã reforçado e corre para o escritório de trem ou de carro. Não é incomum que, depois de ficar das 9h às 18h no escritório, corra para casa, jante, e rasteje na cama com uma maleta cheia de trabalho para fazer." Bem, pelos padrões da elite empresarial de hoje, esse é, na verdade, um estilo de vida muito relaxado. E, como vários estudos recentes defendem, o alto executivo moderno, com as suas longas horas – e, mais frequentemente com um parceiro ou parceira de trabalho em vez de uma dona-de-casa – está disposto a pagar muito mais do que os executivos de outrora por um local central que reduza o tempo de deslocamento. Daí a gentrificação. E este é um processo que se retroalimenta: quanto mais os altos salários se movem para os centros urbanos, esses centros começam a oferecer comodidades: restaurantes, shoppings, entretenimento – o que os torna ainda mais atraentes. Não estamos falando apenas dos super-ricos aqui, ou até mesmo do 1%. Supostamente, poderíamos estar falando sobre os 10%. E, para essas pessoas, essa é uma história feliz. Mas o que dizer de todas as pessoas – sem dúvida, a maioria – que estão sendo expulsas do renascimento urbano do país por causa dos preços? Será que tem que ser assim? A resposta, certamente, é não, pelo menos não na medida em que estamos vendo agora. A crescente demanda da elite pela vida urbana pôde ser atendida em grande parte pelo aumento da oferta. Ainda há espaço para construir, mesmo em Nova York, especialmente para cima. No entanto, apesar de haver um certo boom de construção na cidade, ele é muito menor do que o aumento dos preços, principalmente porque há restrições de uso da terra no caminho. E isso é parte de uma história nacional mais ampla. Como Jason Furman, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, assinalou recentemente, os preços nacionais de habitação subiram muito mais rapidamente do que os custos de construção, desde a década de 1990, e as restrições de uso da terra são o mais provável culpado disso. Sim, este é um assunto sobre o qual você não tem que ser um conservador para acreditar que temos regulamentação demais. A boa notícia é que essa é uma questão sobre a qual os governos locais têm muita influência. A cidade de Nova York não pode fazer muito em relação ao aumento da desigualdade de renda, mas poderia fazer muito para aumentar a oferta de habitação, e, assim, garantir que a migração da elite não expulse todos os outros. E seu atual prefeito entende isso. Mas será que esse entendimento levará a alguma ação? Isso é um assunto ao qual vou ter de voltar em outro dia. Por enquanto, vamos apenas dizer que, nesta era de gentrificação, a política de habitação se tornou muito mais importante do que a maioria das pessoas imagina. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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A desigualdade e a cidadeNew York, New York, uma cidade excepcional. Os aluguéis estão altos, mas a taxa de criminalidade, baixa. A comida está melhor do que nunca, e a cena cultural é vibrante. Verdadeiramente, é uma época de ouro na cidade para a qual recentemente me mudei – se você puder pagar o aluguel. Mas cada vez menos pessoas podem. E não se trata apenas de Nova York. Os dias em que as imagens distópicas do declínio urbano eram difundidas na cultura popular – lembra-se do filme "Fuga de Nova York"? – são passado. A história de muitas das nossas cidades icônicas é, em vez disso, de gentrificação, um processo que é óbvio a olho nu, e cada vez mais visível nos dados. Especificamente, os EUA urbanos chegaram a um ponto de inflexão cerca de 15 anos atrás: depois de décadas de declínio, os centros urbanos começaram a ficar mais ricos, mais instruídos, e, sim, mais brancos. Hoje, os nossos núcleos urbanos oferecem cada vez mais conforto, mas em grande parte a uma minoria muito rica. Mas por que isso está acontecendo? E há alguma maneira de espalhar os benefícios do nosso renascimento urbano de forma mais ampla? Vamos começar admitindo que um fator importante foi certamente o declínio dramático nas taxas de criminalidade. Para aqueles que se lembram da década de 1970, a Nova York em 2015 é tão segura que chega a ser surreal. E a verdade é que ninguém realmente sabe por que isso aconteceu. Mas houve outros motores dessa mudança: acima de tudo, o aumento de nível nacional na desigualdade. É um fato notório (mesmo que os suspeitos de sempre ainda o neguem) que a concentração de renda nas mãos de uma pequena minoria aumentou ao longo dos últimos 35 anos. Essa concentração é ainda maior nas grandes áreas metropolitanas, como Nova York, porque essas áreas são onde tendem a se instalar as indústrias altamente qualificadas e que pagam salários mais altos, e onde os muito ricos muitas vezes querem viver. Em geral, essa elite de alta renda consegue o que quer, e o que ela quer, desde 2000, é viver perto do centro das grandes cidades. Ainda assim, por que os americanos de alta renda agora querem viver nos centros urbanos e não mais em propriedades suburbanas espraiadas? Aqui temos de prestar atenção às mudanças nas vidas dos ricos – em particular, aos seus hábitos de trabalho. Para termos uma noção de como eles costumavam ser, deixe-me citar um artigo clássico da revista "Fortune" de 1955, intitulado "Como os altos executivos vivem". De acordo com esse artigo, o executivo típico "se levanta cedo – cerca de 7h - toma um café da manhã reforçado e corre para o escritório de trem ou de carro. Não é incomum que, depois de ficar das 9h às 18h no escritório, corra para casa, jante, e rasteje na cama com uma maleta cheia de trabalho para fazer." Bem, pelos padrões da elite empresarial de hoje, esse é, na verdade, um estilo de vida muito relaxado. E, como vários estudos recentes defendem, o alto executivo moderno, com as suas longas horas – e, mais frequentemente com um parceiro ou parceira de trabalho em vez de uma dona-de-casa – está disposto a pagar muito mais do que os executivos de outrora por um local central que reduza o tempo de deslocamento. Daí a gentrificação. E este é um processo que se retroalimenta: quanto mais os altos salários se movem para os centros urbanos, esses centros começam a oferecer comodidades: restaurantes, shoppings, entretenimento – o que os torna ainda mais atraentes. Não estamos falando apenas dos super-ricos aqui, ou até mesmo do 1%. Supostamente, poderíamos estar falando sobre os 10%. E, para essas pessoas, essa é uma história feliz. Mas o que dizer de todas as pessoas – sem dúvida, a maioria – que estão sendo expulsas do renascimento urbano do país por causa dos preços? Será que tem que ser assim? A resposta, certamente, é não, pelo menos não na medida em que estamos vendo agora. A crescente demanda da elite pela vida urbana pôde ser atendida em grande parte pelo aumento da oferta. Ainda há espaço para construir, mesmo em Nova York, especialmente para cima. No entanto, apesar de haver um certo boom de construção na cidade, ele é muito menor do que o aumento dos preços, principalmente porque há restrições de uso da terra no caminho. E isso é parte de uma história nacional mais ampla. Como Jason Furman, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, assinalou recentemente, os preços nacionais de habitação subiram muito mais rapidamente do que os custos de construção, desde a década de 1990, e as restrições de uso da terra são o mais provável culpado disso. Sim, este é um assunto sobre o qual você não tem que ser um conservador para acreditar que temos regulamentação demais. A boa notícia é que essa é uma questão sobre a qual os governos locais têm muita influência. A cidade de Nova York não pode fazer muito em relação ao aumento da desigualdade de renda, mas poderia fazer muito para aumentar a oferta de habitação, e, assim, garantir que a migração da elite não expulse todos os outros. E seu atual prefeito entende isso. Mas será que esse entendimento levará a alguma ação? Isso é um assunto ao qual vou ter de voltar em outro dia. Por enquanto, vamos apenas dizer que, nesta era de gentrificação, a política de habitação se tornou muito mais importante do que a maioria das pessoas imagina. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Morre o francês magnata dos outdoors Jean-Claude Decaux, aos 78 anos
Jean-Claude Decaux, fundador do que hoje é a maior companhia mundial de publicidade externa, morreu aos 78 anos de idade. Um porta-voz de sua empresa, cotada na bolsa de Paris, confirmou a morte do fundador mas não ofereceu detalhes sobre a causa ou circunstâncias da morte. Decaux, que renunciou ao seu posto como presidente-executivo da companhia em 2000, transferindo o controle ao seu filho, começou do zero uma empresa que hoje administra mais de um milhão de painéis para outdoors. Ele é visto como pioneiro no desenvolvimento do chamado "mobiliário urbano", percorrendo a França nos anos 60 a fim de persuadir os governos locais a instalar pontos de ônibus dotados de abrigos, que poderiam ser bancados por publicidade. Hoje a JCDecaux opera 136 mil abrigos de pontos de ônibus em todo o planeta - em larga medida por conta de uma agressiva campanha de expansão via aquisições na qual ela tomou o controle de muitos rivais de menor porte. A JCDecaux também opera sistemas de locação de bicicletas em todo o mundo, entre os quais o Velib, de Paris, que conta com mais de 18 mil bicicletas. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Morre o francês magnata dos outdoors Jean-Claude Decaux, aos 78 anosJean-Claude Decaux, fundador do que hoje é a maior companhia mundial de publicidade externa, morreu aos 78 anos de idade. Um porta-voz de sua empresa, cotada na bolsa de Paris, confirmou a morte do fundador mas não ofereceu detalhes sobre a causa ou circunstâncias da morte. Decaux, que renunciou ao seu posto como presidente-executivo da companhia em 2000, transferindo o controle ao seu filho, começou do zero uma empresa que hoje administra mais de um milhão de painéis para outdoors. Ele é visto como pioneiro no desenvolvimento do chamado "mobiliário urbano", percorrendo a França nos anos 60 a fim de persuadir os governos locais a instalar pontos de ônibus dotados de abrigos, que poderiam ser bancados por publicidade. Hoje a JCDecaux opera 136 mil abrigos de pontos de ônibus em todo o planeta - em larga medida por conta de uma agressiva campanha de expansão via aquisições na qual ela tomou o controle de muitos rivais de menor porte. A JCDecaux também opera sistemas de locação de bicicletas em todo o mundo, entre os quais o Velib, de Paris, que conta com mais de 18 mil bicicletas. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Protesto contra o aumento da tarifa de ônibus reúne cerca de mil no Rio
Uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio reuniu cerca de mil pessoas, segundo estimativa da PM, no centro do Rio na noite desta sexta-feira (9). O ato aconteceu sem problemas até o momento de dispersão, quando uma manifestante foi detida pela PM por tentar atear fogo a um monte de lixo na Cinelândia. Ela foi levada até um batalhão na rua Evaristo da Veiga, nas proximidades da praça. Alguns manifestantes protestaram contra a prisão, e os PMs lançaram uma bomba de gás. A passagem dos ônibus municipais do Rio aumentou de R$ 3 para R$ 3,40. Os organizadores do protesto, do MPL ( Movimento Passe Livre), defendem a redução para R$2,50. Os manifestantes se reuniram na Cinelândia, principal ponto de encontro das manifestações de junho no Rio, e seguiram para a Central do Brasil, um dos lugares com mais movimento de transporte público da cidade. O principal mote da manifestação foi: "Mãos ao alto, esse aumento é um assalto". A frase foi cantada diversas vezes e estampava adesivos colados em prédios pelo caminho. Outras demandas dos movimentos sociais do Rio surgiram nos cartazes e nos cantos. Em diversos momentos os manifestantes pediram a liberdade dos manifestantes presos no ano passado com o canto repetido em outros atos: "Presos políticos, liberdade já, lutar não é crime vocês vão nos pagar". Na chegada à estação Central do Brasil, os manifestantes fecharam as pistas da avenida Presidente Vargas no sentido zona norte, provocando congestionamento. Houve uma correria na entrada da estação, e alguns manifestantes que tentavam pular as catracas foram contidos por policiais. Por volta das 20h20 a manifestação começou a se dispersar, sem registro de atos violentos. A avenida Presidente Vargas já teve o trânsito liberado. A capital paulista também tem um ato contra a tarifa dos ônibus, metrô e trem na noite desta sexta. Nesse caso, foram registradas depredações em bancos e lojas e a polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter as pessoas. Ao menos 32 pessoas foram detidas.
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Protesto contra o aumento da tarifa de ônibus reúne cerca de mil no RioUma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio reuniu cerca de mil pessoas, segundo estimativa da PM, no centro do Rio na noite desta sexta-feira (9). O ato aconteceu sem problemas até o momento de dispersão, quando uma manifestante foi detida pela PM por tentar atear fogo a um monte de lixo na Cinelândia. Ela foi levada até um batalhão na rua Evaristo da Veiga, nas proximidades da praça. Alguns manifestantes protestaram contra a prisão, e os PMs lançaram uma bomba de gás. A passagem dos ônibus municipais do Rio aumentou de R$ 3 para R$ 3,40. Os organizadores do protesto, do MPL ( Movimento Passe Livre), defendem a redução para R$2,50. Os manifestantes se reuniram na Cinelândia, principal ponto de encontro das manifestações de junho no Rio, e seguiram para a Central do Brasil, um dos lugares com mais movimento de transporte público da cidade. O principal mote da manifestação foi: "Mãos ao alto, esse aumento é um assalto". A frase foi cantada diversas vezes e estampava adesivos colados em prédios pelo caminho. Outras demandas dos movimentos sociais do Rio surgiram nos cartazes e nos cantos. Em diversos momentos os manifestantes pediram a liberdade dos manifestantes presos no ano passado com o canto repetido em outros atos: "Presos políticos, liberdade já, lutar não é crime vocês vão nos pagar". Na chegada à estação Central do Brasil, os manifestantes fecharam as pistas da avenida Presidente Vargas no sentido zona norte, provocando congestionamento. Houve uma correria na entrada da estação, e alguns manifestantes que tentavam pular as catracas foram contidos por policiais. Por volta das 20h20 a manifestação começou a se dispersar, sem registro de atos violentos. A avenida Presidente Vargas já teve o trânsito liberado. A capital paulista também tem um ato contra a tarifa dos ônibus, metrô e trem na noite desta sexta. Nesse caso, foram registradas depredações em bancos e lojas e a polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter as pessoas. Ao menos 32 pessoas foram detidas.
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Vice dos EUA diz estar preparado para solução militar na Síria
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado (23) que os Estados Unidos e a Turquia estão preparados para uma solução militar na Síria se um acordo político não for possível. "Sabemos que seria melhor se pudermos chegar a uma solução política, mas estamos preparados... se isso não for possível, para uma solução militar para esta operação e remover o Daesh", disse Biden em uma entrevista coletiva após uma reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. Daesh é o acrônimo em árabe para Estado Islâmico, que detêm partes da Síria. Biden disse que ele e Davutoglu também discutiram como os dois aliados da Otan, aliança militar ocidental, poderiam apoiar ainda mais as forças rebeldes árabes sunitas que lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad. AMEAÇA Biden disse que o governo americano reconheceu que o PKK ( (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) foi tão ameaçador para a Turquia quanto o Estado Islâmico e que Ancara teve que fazer o necessário para proteger seu povo. O Estado Islâmico "não é a única ameaça existencial contra o povo da Turquia. O PKK também é uma ameaça e estamos cientes de que (...) é um grupo de terror puro e simples e o que está fazendo é absolutamente ultrajante", disse. Depois de dois anos de cessar-fogo, os combates foram retomados em 2015 entre as forças de segurança turcas e os rebeldes do PKK. Desta forma acabaram as negociações de paz iniciadas pelo governo no fim de 2012 para tentar pôr fim a um conflito que deixou mais de 40 mil mortos desde 1984. "Pensamos que uma grande maioria dos curdos deseja viver em paz e está claro que o PKK não mostrou nenhum desejo ou inclinação de fazê-lo", completou Biden. O vice-presidente americano elogiou o governo turco por "passos importantes" para reforçar a luta contra o Estado Islâmico, em particular na fronteira com a Síria, por onde continuam transitando jovens que se unem à facção terrorista.
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Vice dos EUA diz estar preparado para solução militar na SíriaO vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado (23) que os Estados Unidos e a Turquia estão preparados para uma solução militar na Síria se um acordo político não for possível. "Sabemos que seria melhor se pudermos chegar a uma solução política, mas estamos preparados... se isso não for possível, para uma solução militar para esta operação e remover o Daesh", disse Biden em uma entrevista coletiva após uma reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. Daesh é o acrônimo em árabe para Estado Islâmico, que detêm partes da Síria. Biden disse que ele e Davutoglu também discutiram como os dois aliados da Otan, aliança militar ocidental, poderiam apoiar ainda mais as forças rebeldes árabes sunitas que lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad. AMEAÇA Biden disse que o governo americano reconheceu que o PKK ( (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) foi tão ameaçador para a Turquia quanto o Estado Islâmico e que Ancara teve que fazer o necessário para proteger seu povo. O Estado Islâmico "não é a única ameaça existencial contra o povo da Turquia. O PKK também é uma ameaça e estamos cientes de que (...) é um grupo de terror puro e simples e o que está fazendo é absolutamente ultrajante", disse. Depois de dois anos de cessar-fogo, os combates foram retomados em 2015 entre as forças de segurança turcas e os rebeldes do PKK. Desta forma acabaram as negociações de paz iniciadas pelo governo no fim de 2012 para tentar pôr fim a um conflito que deixou mais de 40 mil mortos desde 1984. "Pensamos que uma grande maioria dos curdos deseja viver em paz e está claro que o PKK não mostrou nenhum desejo ou inclinação de fazê-lo", completou Biden. O vice-presidente americano elogiou o governo turco por "passos importantes" para reforçar a luta contra o Estado Islâmico, em particular na fronteira com a Síria, por onde continuam transitando jovens que se unem à facção terrorista.
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Para ministros do TSE, mudanças feitas pela câmara representam atraso
Ministros do TSE (Tribunal Superior tribunal) classificaram de "atraso" as mudanças aprovadas pela Câmara dos Deputados na legislação eleitoral para garantir a impressão do voto de cada brasileiro e uma espécie de "quarentena" para que regras editadas pelo tribunal tenham efeito prático. Os integrantes do tribunal avaliam que a impressão dos votos irá aumentar os custos das eleições, uma vez que a medida levará à impressão de cerca de 220 milhões de comprovantes e deve levar à troca das atuais urnas, o que dificultaria a aplicação nas eleições municipais de 2016. A proposta de impressão do voto foi apresentada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Para passar a valer, terá que passar por uma segunda votação pelos deputados e, se aprovada, seguir para o Senado. O texto prevê que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica. Os defensores da medida argumentam que a impressão do voto é necessária para dar mais segurança a eventual conferência do resultado. O Tribunal Superior Eleitoral afirma que o sistema de votação por meio das urnas eletrônicas é 100% seguro, o que é frequentemente questionado por políticos. Após a reeleição de Dilma Rousseff, o PSDB conseguiu autorização do TSE para realização de uma auditoria, ainda não concluída, no resultado das urnas: a ação tucana foi motivada pela estreita diferença de Dilma em relação a Aécio Neves (PSDB) 51,6% contra 48,4%. ATRIBUIÇÕES Os deputados também aprovaram uma restrição para a atuação do TSE que prevê uma "quarentena" de um ano e meio para que resoluções editadas pelo tribunal tenham efeito prático. Há no mundo político uma antiga reclamação de que o tribunal muda regras em cima das eleições mediante novas interpretações da lei. Para os ministros do TSE ouvidos pela Folha, a medida dificulta as ações da Justiça Eleitoral ao restringir o espaço que os tribunais terão para avaliar cenários e fixar normas.
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Para ministros do TSE, mudanças feitas pela câmara representam atrasoMinistros do TSE (Tribunal Superior tribunal) classificaram de "atraso" as mudanças aprovadas pela Câmara dos Deputados na legislação eleitoral para garantir a impressão do voto de cada brasileiro e uma espécie de "quarentena" para que regras editadas pelo tribunal tenham efeito prático. Os integrantes do tribunal avaliam que a impressão dos votos irá aumentar os custos das eleições, uma vez que a medida levará à impressão de cerca de 220 milhões de comprovantes e deve levar à troca das atuais urnas, o que dificultaria a aplicação nas eleições municipais de 2016. A proposta de impressão do voto foi apresentada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Para passar a valer, terá que passar por uma segunda votação pelos deputados e, se aprovada, seguir para o Senado. O texto prevê que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica. Os defensores da medida argumentam que a impressão do voto é necessária para dar mais segurança a eventual conferência do resultado. O Tribunal Superior Eleitoral afirma que o sistema de votação por meio das urnas eletrônicas é 100% seguro, o que é frequentemente questionado por políticos. Após a reeleição de Dilma Rousseff, o PSDB conseguiu autorização do TSE para realização de uma auditoria, ainda não concluída, no resultado das urnas: a ação tucana foi motivada pela estreita diferença de Dilma em relação a Aécio Neves (PSDB) 51,6% contra 48,4%. ATRIBUIÇÕES Os deputados também aprovaram uma restrição para a atuação do TSE que prevê uma "quarentena" de um ano e meio para que resoluções editadas pelo tribunal tenham efeito prático. Há no mundo político uma antiga reclamação de que o tribunal muda regras em cima das eleições mediante novas interpretações da lei. Para os ministros do TSE ouvidos pela Folha, a medida dificulta as ações da Justiça Eleitoral ao restringir o espaço que os tribunais terão para avaliar cenários e fixar normas.
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Lama de barragens pode afetar ciclo reprodutivo de tartarugas ameaçadas
A lama que escapou das barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5), em Mariana (MG), pode comprometer o ciclo reprodutivo de uma das espécies de tartaruga mais ameaçadas de extinção no Brasil. A onda de rejeitos está percorrendo o rio Doce desde Minas Gerais e deve chegar nesta terça-feira (10) à foz do rio, no município de Linhares, litoral norte do Espírito Santo. O local é a única área regular de desova da tartaruga gigante Dermochelys coriacea no litoral brasileiro. O alerta foi dado pela coordenadora regional do Projeto Tamar, a veterinária Cecília Baptistotte. "A desova dessa espécie começa em setembro e atinge o pico em novembro. Elas sempre retornam a essa região e não sabemos como a presença desses dejetos na água vai afetar o comportamento dos animais", diz. Para evitar contaminação, técnicos do Projeto Tamar realizaram nesta segunda (9) a transferência de 17 ninhos de tartaruga identificados na foz do rio Doce. Os cerca de 840 ovos foram levados para uma área distante da foz. "Fizemos o possível para preservar esses ninhos, mas o pico da temporada de desova começa agora. Há muitas fêmeas próximo à praia", afirma a veterinária. ÁGUA MINERAL O governo do Espírito Santo lançou nesta segunda (9) uma campanha para a doação de água mineral para abastecer os moradores dos municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, que devem ser afetados pela onda de lama. As doações estão sendo recebidas pelo Corpo de Bombeiros do Espírito Santo. A previsão é que os rejeitos atinjam o reservatório da represa de Aimorés até o final da tarde, quando será suspensa a captação de água para abastecimento de Baixo Guandu, na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais. Cerca de 25 mil pessoas devem ser afetadas. Na manhã desta terça, a lama deve chegar a Colatina, cidade com 111 mil habitantes, e seguir até Linhares, onde moram cerca de 140 mil pessoas. Caminho da lama MORTOS E EMBARGO A polícia confirmou hoje o nome da segunda pessoa que morreu após o rompimento de duas barragens na zona rural de Mariana (MG). Ainda há 25 pessoas desaparecidas. Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, a família de Sileno Narkievicius de Lima, 47, identificou o corpo. Ele era motorista da Integral Engenharia, empresa que prestava serviços à Samarco, mineradora responsável pelas barragens. Todas as atividades da Samarco, empresa de mineração responsável pelas barragens de rejeitos que se romperam foram embargadas na região pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, na última sexta-feira (6). O órgão anunciou nesta segunda-feira (9) a medida. Com a iniciativa, a empresa só está autorizada a realizar ações emergenciais que procurem minimizar o impacto da ruptura das estruturas e prevenir novos danos. Na quinta-feira, um mar de lama devastou o subdistrito de Bento Rodrigues, atingiu municípios vizinhos e deixou ao menos dois mortos e 25 desaparecidos, até a tarde desta segunda-feira. O embargo está previsto na legislação, segundo a secretaria, em situação emergencial para apurar as causas da tragédia e as consequências do rompimento da barragem na saúde da população e no meio ambiente. Só após adotar medidas de reparo dos danos a Samarco poderá retomar suas atividades na cidade. A empresa já tinha anunciado que também iria paralisar suas atividades no município de Anchieta, no Espírito Santo, ao final do estoque de minério, mas não especificou quando isso deverá ocorrer.
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Lama de barragens pode afetar ciclo reprodutivo de tartarugas ameaçadasA lama que escapou das barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5), em Mariana (MG), pode comprometer o ciclo reprodutivo de uma das espécies de tartaruga mais ameaçadas de extinção no Brasil. A onda de rejeitos está percorrendo o rio Doce desde Minas Gerais e deve chegar nesta terça-feira (10) à foz do rio, no município de Linhares, litoral norte do Espírito Santo. O local é a única área regular de desova da tartaruga gigante Dermochelys coriacea no litoral brasileiro. O alerta foi dado pela coordenadora regional do Projeto Tamar, a veterinária Cecília Baptistotte. "A desova dessa espécie começa em setembro e atinge o pico em novembro. Elas sempre retornam a essa região e não sabemos como a presença desses dejetos na água vai afetar o comportamento dos animais", diz. Para evitar contaminação, técnicos do Projeto Tamar realizaram nesta segunda (9) a transferência de 17 ninhos de tartaruga identificados na foz do rio Doce. Os cerca de 840 ovos foram levados para uma área distante da foz. "Fizemos o possível para preservar esses ninhos, mas o pico da temporada de desova começa agora. Há muitas fêmeas próximo à praia", afirma a veterinária. ÁGUA MINERAL O governo do Espírito Santo lançou nesta segunda (9) uma campanha para a doação de água mineral para abastecer os moradores dos municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, que devem ser afetados pela onda de lama. As doações estão sendo recebidas pelo Corpo de Bombeiros do Espírito Santo. A previsão é que os rejeitos atinjam o reservatório da represa de Aimorés até o final da tarde, quando será suspensa a captação de água para abastecimento de Baixo Guandu, na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais. Cerca de 25 mil pessoas devem ser afetadas. Na manhã desta terça, a lama deve chegar a Colatina, cidade com 111 mil habitantes, e seguir até Linhares, onde moram cerca de 140 mil pessoas. Caminho da lama MORTOS E EMBARGO A polícia confirmou hoje o nome da segunda pessoa que morreu após o rompimento de duas barragens na zona rural de Mariana (MG). Ainda há 25 pessoas desaparecidas. Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, a família de Sileno Narkievicius de Lima, 47, identificou o corpo. Ele era motorista da Integral Engenharia, empresa que prestava serviços à Samarco, mineradora responsável pelas barragens. Todas as atividades da Samarco, empresa de mineração responsável pelas barragens de rejeitos que se romperam foram embargadas na região pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, na última sexta-feira (6). O órgão anunciou nesta segunda-feira (9) a medida. Com a iniciativa, a empresa só está autorizada a realizar ações emergenciais que procurem minimizar o impacto da ruptura das estruturas e prevenir novos danos. Na quinta-feira, um mar de lama devastou o subdistrito de Bento Rodrigues, atingiu municípios vizinhos e deixou ao menos dois mortos e 25 desaparecidos, até a tarde desta segunda-feira. O embargo está previsto na legislação, segundo a secretaria, em situação emergencial para apurar as causas da tragédia e as consequências do rompimento da barragem na saúde da população e no meio ambiente. Só após adotar medidas de reparo dos danos a Samarco poderá retomar suas atividades na cidade. A empresa já tinha anunciado que também iria paralisar suas atividades no município de Anchieta, no Espírito Santo, ao final do estoque de minério, mas não especificou quando isso deverá ocorrer.
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Eucalipto e pasto ocupam áreas de preservação na região do Cantareira
Pelo Código Florestal, a beira de rios, represas e nascentes deve contar com uma faixa de 30 a 100 metros de vegetação nativa. São as matas ciliares, que deveriam proteger da erosão e do assoreamento como cílios protegem os olhos de grãos de poeira. Essas áreas de preservação permanente estão em péssima situação na região do sistema Cantareira. A maioria está ocupada por pastagens degradadas (49%) ou plantações de eucalipto (11%), segundo estudo do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas) com imagens de satélite. Pastos degradados favorecem a erosão. Com mais gado do que a produção de capim aguenta, o pisoteio constante compacta o solo, que acaba ficando mais impermeável. Quando chove, a água escorre pela superfície em vez de se infiltrar. A enxurrada leva terra ao fundo dos rios e represas, diminuindo o volume de água. Estima-se que centenas de milhares de toneladas de sedimentos se acumulam nos rios e reservatórios do Cantareira a cada ano. Como quase metade da bacia do sistema está coberta de pastagens, é irrealista pensar em acabar com elas. "Um cenário em que tudo é floresta é economicamente inviável", diz Oscar Sarcinelli, economista ambiental do IPÊ. Uma saída, implantada em um projeto do IPÊ é uma pecuária de menor impacto. Nele, há uma rotação do gado entre piquetes para permitir que o capim se recomponha. Os pés de eucalipto, por sua vez, consomem água quando crescem, como toda planta. Cortados para abastecer fornos de pizzarias e padarias de São Paulo, ou para virar pasta de celulose usada em fábricas de papel, voltam a crescer e a consumir água. ÁRVORES O número de mudas necessárias para recuperar áreas que não deveriam estar desmatadas na bacia que alimenta o Cantareira é estimado em 34 milhões. A quantidade é equivalente a uma árvore e meia para cada morador da Grande São Paulo. Os projetos existentes de recomposição de mata atlântica não chegam perto de começar a resolver o problema.
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Eucalipto e pasto ocupam áreas de preservação na região do CantareiraPelo Código Florestal, a beira de rios, represas e nascentes deve contar com uma faixa de 30 a 100 metros de vegetação nativa. São as matas ciliares, que deveriam proteger da erosão e do assoreamento como cílios protegem os olhos de grãos de poeira. Essas áreas de preservação permanente estão em péssima situação na região do sistema Cantareira. A maioria está ocupada por pastagens degradadas (49%) ou plantações de eucalipto (11%), segundo estudo do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas) com imagens de satélite. Pastos degradados favorecem a erosão. Com mais gado do que a produção de capim aguenta, o pisoteio constante compacta o solo, que acaba ficando mais impermeável. Quando chove, a água escorre pela superfície em vez de se infiltrar. A enxurrada leva terra ao fundo dos rios e represas, diminuindo o volume de água. Estima-se que centenas de milhares de toneladas de sedimentos se acumulam nos rios e reservatórios do Cantareira a cada ano. Como quase metade da bacia do sistema está coberta de pastagens, é irrealista pensar em acabar com elas. "Um cenário em que tudo é floresta é economicamente inviável", diz Oscar Sarcinelli, economista ambiental do IPÊ. Uma saída, implantada em um projeto do IPÊ é uma pecuária de menor impacto. Nele, há uma rotação do gado entre piquetes para permitir que o capim se recomponha. Os pés de eucalipto, por sua vez, consomem água quando crescem, como toda planta. Cortados para abastecer fornos de pizzarias e padarias de São Paulo, ou para virar pasta de celulose usada em fábricas de papel, voltam a crescer e a consumir água. ÁRVORES O número de mudas necessárias para recuperar áreas que não deveriam estar desmatadas na bacia que alimenta o Cantareira é estimado em 34 milhões. A quantidade é equivalente a uma árvore e meia para cada morador da Grande São Paulo. Os projetos existentes de recomposição de mata atlântica não chegam perto de começar a resolver o problema.
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Apresentado no São Paulo, Bauza diz que vai conversar com Lugano
O novo técnico do São Paulo, o argentino Edgardo Bauza, 57, conhecido como "El Patón", foi apresentado nesta quarta-feira (23) em uma entrevista coletiva ao lado do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e do diretor-executivo de futebol Gustavo Oliveira. O novo treinador disse já ter visto alguns vídeos do time e que tem um diagnóstico primário. Entretanto, afirmou que não conversou sobre nomes com a diretoria. "Não falamos de nomes específicos, mas de áreas que a equipe precisa fortalecer. Aguardamos para nos próximos dias fazermos um diagnóstico certeiro. Quando tivermos os nomes vocês vão saber", avisou. Perguntado sobre quais seriam as áreas, se esquivou e disse que o São Paulo precisa "reforçar as três": defesa, meio campo e ataque. Sobre os nomes mencionados em entrevista à "Rádio Mitre" da Argentina, o treinador disse que "saíram mais do desejo do jornalista de que dissesse nomes do que qualquer outra coisa". "Precisamos seguir falando com os diretores para ver quais são as melhores opções para não nos equivocarmos. Acredito que não poderemos trazer muitos, então os dois ou três que traremos tem que ser acertados", completou. Leco também falou sobre o assunto. "Podemos estender esse período de festas, porque o São Paulo vai trazer mais presentes para seus torcedores', afirmou. Sobre Diego Lugano, ídolo da torcida, Bauza afirmou que é jogador de outro clube e que precisa falar com ele cara a cara antes de tomar qualquer decisão.  "Para mim é muito importante falar com as pessoas e olhar nos olhos. Sabemos o que [Lugano] representa, mas tenho que sentar com ele e falar, antes de tomar qualquer determinação", explicou. TEMPO Com a reapresentação marcada para dia 6 de janeiro e as duas primeiras partidas nos dias 31 de janeiro, contra o Red Bull Brasil pelo Paulista, e 3 de fevereiro, contra o Cesar Vallejo-PER pela pré-libertadores, Bauza disse que o tempo é pouco. "O que estamos planejando é uma pré-temporada muito específica para que a equipe possa chegar à primeira partida do Paulista e da Libertadores na melhor forma possível", afirmou. O treinador também falou sobre a importância da Libertadores, mas disse que não vai priorizará um campeonato. Questionado sobre sua fama defensiva, discordou. "Se a bola está com o outro time temos que defender os onze. Se isso significa ser defensivo eu sou. Mas para atacar temos que usar os 11 também. Sou partidário do equilíbrio". CURRÍCULO Bauza foi zagueiro durante as décadas de 70 e 80, teve passagens pela seleção argentina. Tornou-se técnico na década de 90, nas categorias de base do Rosario Central-ARG, time com o qual tem forte identificação e onde iniciou e encerrou a carreira como jogador. Em 1998 assumiu o time principal e, desde então, passou por times da Argentina (Rosario Central, Vélez, Colón de Santa Fé e San Lorenzo), do Peru (Sporting Cristal), do Equador (LDU de Quito) e, brevemente pelo Al-Nassr, dos Emirados Árabes Unidos. Foi campeão da Libertadores duas vezes. A primeira foi em 2008, pela LDU, conquistando o primeiro título de uma equipe equatoriana na competição, e a segunda em 2014, pelo San Lorenzo, que também nunca havia levantado a taça. Pelo time argentino, foi vice-campeão nacional nesta temporada, com a defesa menos vazada —foram 20 gols em 30 jogos.
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Apresentado no São Paulo, Bauza diz que vai conversar com LuganoO novo técnico do São Paulo, o argentino Edgardo Bauza, 57, conhecido como "El Patón", foi apresentado nesta quarta-feira (23) em uma entrevista coletiva ao lado do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e do diretor-executivo de futebol Gustavo Oliveira. O novo treinador disse já ter visto alguns vídeos do time e que tem um diagnóstico primário. Entretanto, afirmou que não conversou sobre nomes com a diretoria. "Não falamos de nomes específicos, mas de áreas que a equipe precisa fortalecer. Aguardamos para nos próximos dias fazermos um diagnóstico certeiro. Quando tivermos os nomes vocês vão saber", avisou. Perguntado sobre quais seriam as áreas, se esquivou e disse que o São Paulo precisa "reforçar as três": defesa, meio campo e ataque. Sobre os nomes mencionados em entrevista à "Rádio Mitre" da Argentina, o treinador disse que "saíram mais do desejo do jornalista de que dissesse nomes do que qualquer outra coisa". "Precisamos seguir falando com os diretores para ver quais são as melhores opções para não nos equivocarmos. Acredito que não poderemos trazer muitos, então os dois ou três que traremos tem que ser acertados", completou. Leco também falou sobre o assunto. "Podemos estender esse período de festas, porque o São Paulo vai trazer mais presentes para seus torcedores', afirmou. Sobre Diego Lugano, ídolo da torcida, Bauza afirmou que é jogador de outro clube e que precisa falar com ele cara a cara antes de tomar qualquer decisão.  "Para mim é muito importante falar com as pessoas e olhar nos olhos. Sabemos o que [Lugano] representa, mas tenho que sentar com ele e falar, antes de tomar qualquer determinação", explicou. TEMPO Com a reapresentação marcada para dia 6 de janeiro e as duas primeiras partidas nos dias 31 de janeiro, contra o Red Bull Brasil pelo Paulista, e 3 de fevereiro, contra o Cesar Vallejo-PER pela pré-libertadores, Bauza disse que o tempo é pouco. "O que estamos planejando é uma pré-temporada muito específica para que a equipe possa chegar à primeira partida do Paulista e da Libertadores na melhor forma possível", afirmou. O treinador também falou sobre a importância da Libertadores, mas disse que não vai priorizará um campeonato. Questionado sobre sua fama defensiva, discordou. "Se a bola está com o outro time temos que defender os onze. Se isso significa ser defensivo eu sou. Mas para atacar temos que usar os 11 também. Sou partidário do equilíbrio". CURRÍCULO Bauza foi zagueiro durante as décadas de 70 e 80, teve passagens pela seleção argentina. Tornou-se técnico na década de 90, nas categorias de base do Rosario Central-ARG, time com o qual tem forte identificação e onde iniciou e encerrou a carreira como jogador. Em 1998 assumiu o time principal e, desde então, passou por times da Argentina (Rosario Central, Vélez, Colón de Santa Fé e San Lorenzo), do Peru (Sporting Cristal), do Equador (LDU de Quito) e, brevemente pelo Al-Nassr, dos Emirados Árabes Unidos. Foi campeão da Libertadores duas vezes. A primeira foi em 2008, pela LDU, conquistando o primeiro título de uma equipe equatoriana na competição, e a segunda em 2014, pelo San Lorenzo, que também nunca havia levantado a taça. Pelo time argentino, foi vice-campeão nacional nesta temporada, com a defesa menos vazada —foram 20 gols em 30 jogos.
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Indiana sofre segundo estupro coletivo cometido pelos mesmos homens
Uma estudante indiana se recupera em um hospital após ter sido estuprada por vários homens, dentre os quais alguns condenados por tê-la agredido sexualmente três anos antes, informou a polícia local nesta segunda-feira (18). Cinco homens acusados de estuprar a jovem de 21 anos que faz parte da casta Dalit –a mais baixa– eram procurados pela polícia do Estado de Haryana, no norte do país. A estudante foi encontrada inconsciente entre arbustos ao lado de uma estrada na noite de quarta-feira (13), depois de ter sido sequestrada na porta da universidade onde estuda, dopada e estuprada em um carro, na última de uma longa série de agressões sexuais que comove o país. O vice-superintendente da polícia de Haryana, Pushpa Khatri, explicou que a estudante, que permanece no hospital, havia identificado os cinco homens. Dois deles estavam em liberdade sob fiança à espera de um julgamento devido à participação no estupro da mesma jovem, em 2013. "Ela identificou os cinco acusados, e dois deles estavam envolvidos no estupro coletivo da estudante no distrito de Bhiwandi", disse Khatri à AFP. "Formamos várias equipes para prender os acusados", acrescentou. A família da mulher acusou os cinco suspeitos de fazer ameaças dias antes ao segundo ataque, exigindo que eles retirassem as acusações pelo estupro de 2013. "Os acusados nos ameaçavam constantemente (...) e inclusive nos ofereceram uma grande quantidade de dinheiro. Mas nós rejeitamos", alegou o irmão da vítima ao "Hindustan Times". A família explicou que se viu obrigada a se mudar a outro distrito após a agressão de 2013. Membros da casta Dalit protestaram em Rohtak no domingo (17) pedindo justiça para a vítima. O estupro coletivo de uma estudante em Nova Déli em 2012 chamou a atenção de todo o mundo para os terríveis níveis de violência que as mulheres indianas sofrem. O episódio levou a uma grande reforma das leis sobre estupro, especialmente acerca de julgamentos rápidos e maiores penas, mas as mudanças parecem não surtir efeito. Os números mais recentes publicados mostram que, em 2014, 36.735 estupros ocorreram no país, embora ativistas e associações afirmem que o número real seja muito maior.
mundo
Indiana sofre segundo estupro coletivo cometido pelos mesmos homensUma estudante indiana se recupera em um hospital após ter sido estuprada por vários homens, dentre os quais alguns condenados por tê-la agredido sexualmente três anos antes, informou a polícia local nesta segunda-feira (18). Cinco homens acusados de estuprar a jovem de 21 anos que faz parte da casta Dalit –a mais baixa– eram procurados pela polícia do Estado de Haryana, no norte do país. A estudante foi encontrada inconsciente entre arbustos ao lado de uma estrada na noite de quarta-feira (13), depois de ter sido sequestrada na porta da universidade onde estuda, dopada e estuprada em um carro, na última de uma longa série de agressões sexuais que comove o país. O vice-superintendente da polícia de Haryana, Pushpa Khatri, explicou que a estudante, que permanece no hospital, havia identificado os cinco homens. Dois deles estavam em liberdade sob fiança à espera de um julgamento devido à participação no estupro da mesma jovem, em 2013. "Ela identificou os cinco acusados, e dois deles estavam envolvidos no estupro coletivo da estudante no distrito de Bhiwandi", disse Khatri à AFP. "Formamos várias equipes para prender os acusados", acrescentou. A família da mulher acusou os cinco suspeitos de fazer ameaças dias antes ao segundo ataque, exigindo que eles retirassem as acusações pelo estupro de 2013. "Os acusados nos ameaçavam constantemente (...) e inclusive nos ofereceram uma grande quantidade de dinheiro. Mas nós rejeitamos", alegou o irmão da vítima ao "Hindustan Times". A família explicou que se viu obrigada a se mudar a outro distrito após a agressão de 2013. Membros da casta Dalit protestaram em Rohtak no domingo (17) pedindo justiça para a vítima. O estupro coletivo de uma estudante em Nova Déli em 2012 chamou a atenção de todo o mundo para os terríveis níveis de violência que as mulheres indianas sofrem. O episódio levou a uma grande reforma das leis sobre estupro, especialmente acerca de julgamentos rápidos e maiores penas, mas as mudanças parecem não surtir efeito. Os números mais recentes publicados mostram que, em 2014, 36.735 estupros ocorreram no país, embora ativistas e associações afirmem que o número real seja muito maior.
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Ueba! Tenho Símplex em Santos
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E a melhor faixa em Curitiba: "Tirem as Mãos do Lula". Como disse um cara no Instagram: "o coitado já não tem um dedo e ainda querem arrancar as mãos?" Rarará! "Lula apontou 500 defeitos no tríplex do Guarujá". Eu aponto três: é um bagacex, tão pequeno que parece um triliche, não é "três andar", é "três cama" e não tem dono! É do Espírito Santo! Rarará! E no depoimento só aparece a voz do Moro! É o Lombardi da Federal! Rarará! E o site "Vida de Bar" revela três momentos inéditos do depoimento: "Senhor ex-presidente, qual sua relação com a OAS?'. "União estável." "Senhor ex-presidente, o senhor disse que não pretendia adquirir o tríplex". "Claro que não. Eu não queria adquirir, eu queria ganhar". Rarará! "Senhor ex-presidente, o senhor sabe que matou Odete Roitman?". "Olha, doutor, quem sabia dessas coisas era a dona Marisa". Moral do depoimento: a dona Marisa era o Cérebro e o Lula era o Pinky! Rarará! E essa: "Lula disse 'não sei' 82 vezes". E 'dona Marisa' 114 vezes." E o Moro fala tudo decorado, parece guia de Ouro Preto! E eu tenho um símplex na Bahia! E um amigo sem grana disse que tem um Durex! E uma outra disse que tem Nádex! Breaking News! "Piauí Herald": "Aprovação a Temer já é menor que a de bombom de banana na caixa da Garoto". Alerta Vermelho: quando a aprovação estiver abaixo da uva passa no arroz. Alerta roxo quando a aprovação estiver abaixo de fruta cristalizada! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E vou pra Portugal! Em Portugal, gorjeta é propina. O que eu vou dar de propina em Portugal. Vou me sentir o Marcelo Odebrecht de Lisboa! Rarará! E volto de caravela! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Tenho Símplex em SantosBuemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E a melhor faixa em Curitiba: "Tirem as Mãos do Lula". Como disse um cara no Instagram: "o coitado já não tem um dedo e ainda querem arrancar as mãos?" Rarará! "Lula apontou 500 defeitos no tríplex do Guarujá". Eu aponto três: é um bagacex, tão pequeno que parece um triliche, não é "três andar", é "três cama" e não tem dono! É do Espírito Santo! Rarará! E no depoimento só aparece a voz do Moro! É o Lombardi da Federal! Rarará! E o site "Vida de Bar" revela três momentos inéditos do depoimento: "Senhor ex-presidente, qual sua relação com a OAS?'. "União estável." "Senhor ex-presidente, o senhor disse que não pretendia adquirir o tríplex". "Claro que não. Eu não queria adquirir, eu queria ganhar". Rarará! "Senhor ex-presidente, o senhor sabe que matou Odete Roitman?". "Olha, doutor, quem sabia dessas coisas era a dona Marisa". Moral do depoimento: a dona Marisa era o Cérebro e o Lula era o Pinky! Rarará! E essa: "Lula disse 'não sei' 82 vezes". E 'dona Marisa' 114 vezes." E o Moro fala tudo decorado, parece guia de Ouro Preto! E eu tenho um símplex na Bahia! E um amigo sem grana disse que tem um Durex! E uma outra disse que tem Nádex! Breaking News! "Piauí Herald": "Aprovação a Temer já é menor que a de bombom de banana na caixa da Garoto". Alerta Vermelho: quando a aprovação estiver abaixo da uva passa no arroz. Alerta roxo quando a aprovação estiver abaixo de fruta cristalizada! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E vou pra Portugal! Em Portugal, gorjeta é propina. O que eu vou dar de propina em Portugal. Vou me sentir o Marcelo Odebrecht de Lisboa! Rarará! E volto de caravela! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Radares-pistola voltam para pegar motos acima da velocidade em SP
A Prefeitura de São Paulo trouxe de volta os radares-pistola a fim de encontrar motociclistas que andam acima da velocidade máxima permitida nas marginais Pinheiros e Tietê. O radar funciona com um laser que mede a velocidade e dispara uma câmera que fotografa a placa. Dez aparelhos do tipo são usados em 38 pontos das duas marginais (cinco em cada). Os equipamentos haviam sido aposentados há um ano. À época, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) justificou que não renovaria o aluguel de seis aparelhos porque outros equipamentos em instalação eram mais avançados e tinham capacidade de fiscalizar as motos. Os agentes alegavam dificuldade de manejar um objeto de 1,5 kg. Quem opera os radares é a GCM (Guarda Civil Metropolitana), e não mais os agentes da CET. A função dos novos aparelhos é fiscalizar motociclistas que fogem dos radares convencionais quando trafegam entre as faixas (e não no meio delas) ou por não ter placa dianteira. Ao anunciar a volta dos radares, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que eles serão usados "para proteger a vida do motociclista, que é a segunda maior vítima do trânsito de São Paulo". De 1.084 acidentes com vítimas nas marginais em 2014, 923 (85%) envolveram motociclistas, segundo levantamento da prefeitura.
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Radares-pistola voltam para pegar motos acima da velocidade em SPA Prefeitura de São Paulo trouxe de volta os radares-pistola a fim de encontrar motociclistas que andam acima da velocidade máxima permitida nas marginais Pinheiros e Tietê. O radar funciona com um laser que mede a velocidade e dispara uma câmera que fotografa a placa. Dez aparelhos do tipo são usados em 38 pontos das duas marginais (cinco em cada). Os equipamentos haviam sido aposentados há um ano. À época, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) justificou que não renovaria o aluguel de seis aparelhos porque outros equipamentos em instalação eram mais avançados e tinham capacidade de fiscalizar as motos. Os agentes alegavam dificuldade de manejar um objeto de 1,5 kg. Quem opera os radares é a GCM (Guarda Civil Metropolitana), e não mais os agentes da CET. A função dos novos aparelhos é fiscalizar motociclistas que fogem dos radares convencionais quando trafegam entre as faixas (e não no meio delas) ou por não ter placa dianteira. Ao anunciar a volta dos radares, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que eles serão usados "para proteger a vida do motociclista, que é a segunda maior vítima do trânsito de São Paulo". De 1.084 acidentes com vítimas nas marginais em 2014, 923 (85%) envolveram motociclistas, segundo levantamento da prefeitura.
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Caçula do vôlei ajuda a virar jogo de estreia e recebe elogios de Zé Roberto
Rosamaria carrega roupas, bolas e bolsas das outras atletas da seleção de vôlei pela Vila ou no ginásio. É o preço que paga por ser a caçula no Pan de Toronto, e aceita bem. Na estreia da equipe, nesta quinta-feira (16), ela também pode dizer que carregou boa parte da responsabilidade pela vitória de virada sobre Porto Rico por 3 sets a 2. Reserva no início, a jogadora de 21 anos ajudou a mudar o rumo da difícil partida a partir da sua entrada. Um dos motivos é o entrosamento com a levantadora Macris, 26, com quem atuava no Pinheiros. Rosamaria foi um dos destaques na última edição da Superliga pelo time paulista. "Esperávamos um jogo difícil, pois elas vêm jogando juntas há muito tempo e nós treinamos poucas vezes, ainda estamos aprendendo a jogar juntas", disse Rosamaria. Quando a catarinense entrou no lugar de Joycinha, entretanto, o jogo brasileiro começou a fluir melhor. "Gosto de jogar com a bola rápida e já estou bem entrosada com a Macris", analisou a oposta que também atua como ponteira. Aliás, a única das 11 jogadoras da seleção com a qual Macris já havia atuado em clube é Rosamaria, o que foi importante nesta quinta, pois o time fez apenas dois treinamentos com todo o elenco em Toronto. "Tenho costume de jogar com velocidade e a Rosa é a jogadora com quem tenho mais entrosamento. Já com a Joyce é diferente, porque ela é mais alta. É outro jogo", explica Macris. Rosamaria tem 1,85 m, enquanto Joycinha, 1,90 m. A primeira fez dez pontos na partida e a segunda, sete. A maior pontuadora do Brasil foi Adenízia, com 20. O técnico José Roberto Guimarães também elogiou a entrada de Rosamaria, assim como a da central Angélica. "Rosa virou bolas muito importantes no jogo todo e no tie-break. Ela fez treinos bons em Saquerema [RJ] também. Isso é importante", elogiou o treinador. Zé Roberto, na véspera da estreia, já dizia que a partida contra as porto-riquenhas seria difícil, pois é um time que disputou o Grand Prix junto e já vem apresentando bons resultados. Ao contrário do Brasil que se dividiu em duas seleções. "O entrosamento do time ainda precisa ser melhor, mas isso era previsto. Em geral foi bom. Mas cometemos 17 erros de saque e é um número enorme", avaliou. Ele também está aproveitando o Pan para testar as jogadoras fora de quadra. Com muitas novatas, como Rosamaria, quer saber como será a reação delas em uma competição grande, com Vila de Atletas e 41 países envolvidos. "Há um deslumbramento, mas é normal. O glamour que é estar no Pan. Aqui é uma mini-Olimpíada. E elas estão se cuidando e se comportando bem", disse Zé, que escolheu estar no Pan com esta seleção enquanto Paulo Coco, seu auxiliar, ficou com o time que disputa o Grand Prix na Itália. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
esporte
Caçula do vôlei ajuda a virar jogo de estreia e recebe elogios de Zé RobertoRosamaria carrega roupas, bolas e bolsas das outras atletas da seleção de vôlei pela Vila ou no ginásio. É o preço que paga por ser a caçula no Pan de Toronto, e aceita bem. Na estreia da equipe, nesta quinta-feira (16), ela também pode dizer que carregou boa parte da responsabilidade pela vitória de virada sobre Porto Rico por 3 sets a 2. Reserva no início, a jogadora de 21 anos ajudou a mudar o rumo da difícil partida a partir da sua entrada. Um dos motivos é o entrosamento com a levantadora Macris, 26, com quem atuava no Pinheiros. Rosamaria foi um dos destaques na última edição da Superliga pelo time paulista. "Esperávamos um jogo difícil, pois elas vêm jogando juntas há muito tempo e nós treinamos poucas vezes, ainda estamos aprendendo a jogar juntas", disse Rosamaria. Quando a catarinense entrou no lugar de Joycinha, entretanto, o jogo brasileiro começou a fluir melhor. "Gosto de jogar com a bola rápida e já estou bem entrosada com a Macris", analisou a oposta que também atua como ponteira. Aliás, a única das 11 jogadoras da seleção com a qual Macris já havia atuado em clube é Rosamaria, o que foi importante nesta quinta, pois o time fez apenas dois treinamentos com todo o elenco em Toronto. "Tenho costume de jogar com velocidade e a Rosa é a jogadora com quem tenho mais entrosamento. Já com a Joyce é diferente, porque ela é mais alta. É outro jogo", explica Macris. Rosamaria tem 1,85 m, enquanto Joycinha, 1,90 m. A primeira fez dez pontos na partida e a segunda, sete. A maior pontuadora do Brasil foi Adenízia, com 20. O técnico José Roberto Guimarães também elogiou a entrada de Rosamaria, assim como a da central Angélica. "Rosa virou bolas muito importantes no jogo todo e no tie-break. Ela fez treinos bons em Saquerema [RJ] também. Isso é importante", elogiou o treinador. Zé Roberto, na véspera da estreia, já dizia que a partida contra as porto-riquenhas seria difícil, pois é um time que disputou o Grand Prix junto e já vem apresentando bons resultados. Ao contrário do Brasil que se dividiu em duas seleções. "O entrosamento do time ainda precisa ser melhor, mas isso era previsto. Em geral foi bom. Mas cometemos 17 erros de saque e é um número enorme", avaliou. Ele também está aproveitando o Pan para testar as jogadoras fora de quadra. Com muitas novatas, como Rosamaria, quer saber como será a reação delas em uma competição grande, com Vila de Atletas e 41 países envolvidos. "Há um deslumbramento, mas é normal. O glamour que é estar no Pan. Aqui é uma mini-Olimpíada. E elas estão se cuidando e se comportando bem", disse Zé, que escolheu estar no Pan com esta seleção enquanto Paulo Coco, seu auxiliar, ficou com o time que disputa o Grand Prix na Itália. CONFIRA AS MEDALHAS DO BRASIL NO PAN-2015 Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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Murray e Berdych avançam para as semifinais do Masters de Miami
A primeira semifinal do torneio masculino do Masters 1.000 de Miami está definida. O britânico Andy Murray e o tcheco Tomas Berdych se enfrentam na sexta-feira (3), apos vencerem seus jogos nesta quarta (1º). Murray foi o primeiro a se classificar, ao derrotar o austríaco Dominic Thiem, número 36 do ranking mundial. Terceiro cabeça de chave, o britânico perdeu o primeiro set, mas virou a partida para 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/5 e 6/1, em uma hora e 44 minutos de jogo. Na semifinal, o Murray irá enfrentar o Berdych, nono do ranking, que bateu o argentino Juan Monaco por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4. FEMININO Primeiro colocada do ranking, a norte-americana Serena Williams conquista a 700ª vitória da carreira nesta quarta, ao superar a alemã Sabine Lisicki nas quartas de final por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/4), 1/6 e 6/3. A adversária de Williams na próxima fase será Simona Halep. A romena passou pela norte-americana Sloane Stephens, também nesta quarta, por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/5. A outra semifinal reúne a espanhola Carla Suárez Navarro e a alemã Andrea Petkovic.
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Murray e Berdych avançam para as semifinais do Masters de MiamiA primeira semifinal do torneio masculino do Masters 1.000 de Miami está definida. O britânico Andy Murray e o tcheco Tomas Berdych se enfrentam na sexta-feira (3), apos vencerem seus jogos nesta quarta (1º). Murray foi o primeiro a se classificar, ao derrotar o austríaco Dominic Thiem, número 36 do ranking mundial. Terceiro cabeça de chave, o britânico perdeu o primeiro set, mas virou a partida para 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/5 e 6/1, em uma hora e 44 minutos de jogo. Na semifinal, o Murray irá enfrentar o Berdych, nono do ranking, que bateu o argentino Juan Monaco por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4. FEMININO Primeiro colocada do ranking, a norte-americana Serena Williams conquista a 700ª vitória da carreira nesta quarta, ao superar a alemã Sabine Lisicki nas quartas de final por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/4), 1/6 e 6/3. A adversária de Williams na próxima fase será Simona Halep. A romena passou pela norte-americana Sloane Stephens, também nesta quarta, por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/5. A outra semifinal reúne a espanhola Carla Suárez Navarro e a alemã Andrea Petkovic.
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Democratas encerram protesto na Câmara por votação sobre armas
Deputados democratas encerraram, nesta quinta (23), um protesto de mais de 25 horas em que sentaram e ocuparam o chão do plenário da Câmara exigindo a votação de medidas que tornariam mais rígida a compra de armas nos EUA. Os parlamentares se sentaram no chão por volta das 11h30 de quarta-feira dizendo-se dispostos a não sair até que a maioria do opositor Partido Republicano aceitasse votar dois projetos de restrição ao acesso a armas de fogo antes do recesso do Dia da Independência, na próxima semana. Em sua conta no Twitter, um dos líderes do protesto, o deputado John Lewis, da Georgia, sugeriu que a demanda não havia sido atendida pela maioria republicana. "Nós não devemos nunca desistir ou sucumbir. Devemos manter a fé. Precisamos voltar no dia 5 de julho mais determinados do que nunca", escreveu. Alguns parlamentares levaram travesseiros e cobertores para dormir num Congresso. O protesto foi transmitido ao vivo na TV pelos celulares dos deputados, depois que os republicanos cortaram a transmissão regular. Do lado de fora do parlamento, um grupo de apoiadores também se reuniu durante a noite. "Sem lei, sem recesso", entoavam em coro os deputados governistas, em mais um confronto com a oposição republicana sobre um tema que gera uma polarização política explosiva nos EUA. O debate sobre o controle de armas reaqueceu depois da morte de 49 pessoas em Orlando no dia 12, o mais grave ataque a tiros da história recente do país. Na última sexta (17), quatro propostas para aumentar o acesso a armas de fogo foram vetadas em votação na Câmara, acirrando a divisão. Embora sejam consideradas modestas, as medidas que os democratas querem votar esbarram na resistência dos republicanos e nos milhões do lobby das armas. Uma delas é a de vetar a venda de armas a pessoas que estão proibidas de fazer viagens aéreas por suspeita de terrorismo. A outra, um sistema universal de checagem dos compradores de armas.
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Democratas encerram protesto na Câmara por votação sobre armasDeputados democratas encerraram, nesta quinta (23), um protesto de mais de 25 horas em que sentaram e ocuparam o chão do plenário da Câmara exigindo a votação de medidas que tornariam mais rígida a compra de armas nos EUA. Os parlamentares se sentaram no chão por volta das 11h30 de quarta-feira dizendo-se dispostos a não sair até que a maioria do opositor Partido Republicano aceitasse votar dois projetos de restrição ao acesso a armas de fogo antes do recesso do Dia da Independência, na próxima semana. Em sua conta no Twitter, um dos líderes do protesto, o deputado John Lewis, da Georgia, sugeriu que a demanda não havia sido atendida pela maioria republicana. "Nós não devemos nunca desistir ou sucumbir. Devemos manter a fé. Precisamos voltar no dia 5 de julho mais determinados do que nunca", escreveu. Alguns parlamentares levaram travesseiros e cobertores para dormir num Congresso. O protesto foi transmitido ao vivo na TV pelos celulares dos deputados, depois que os republicanos cortaram a transmissão regular. Do lado de fora do parlamento, um grupo de apoiadores também se reuniu durante a noite. "Sem lei, sem recesso", entoavam em coro os deputados governistas, em mais um confronto com a oposição republicana sobre um tema que gera uma polarização política explosiva nos EUA. O debate sobre o controle de armas reaqueceu depois da morte de 49 pessoas em Orlando no dia 12, o mais grave ataque a tiros da história recente do país. Na última sexta (17), quatro propostas para aumentar o acesso a armas de fogo foram vetadas em votação na Câmara, acirrando a divisão. Embora sejam consideradas modestas, as medidas que os democratas querem votar esbarram na resistência dos republicanos e nos milhões do lobby das armas. Uma delas é a de vetar a venda de armas a pessoas que estão proibidas de fazer viagens aéreas por suspeita de terrorismo. A outra, um sistema universal de checagem dos compradores de armas.
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Só a sorte salva título de capitalização; entenda como funciona
Nesta época do ano, comerciais de TV e gerentes de banco tentam convencer correntistas de que o investimento em títulos de capitalização pode abrir as portas para um mundo de prêmios milionários. É preciso, porém, ter muita cautela, dizem especialistas em finanças pessoais. A propaganda em favor da capitalização é a de que, se o participante não for contemplado, receberá o dinheiro de volta ao fim do prazo da aplicação corrigido pela TR (a taxa referencial). Porém, até a poupança (aplicação conservadora) tem rendimento superior: TR mais 6,17% ao ano. Exemplo: Se um poupador aplicar R$ 100 por mês durante quatro anos em um título de capitalização em vez da poupança deixará de ganhar R$ 610 só em juros. Para o diretor executivo da FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), Ismar Torres, o título de capitalização é uma opção para quem não tem disciplina financeira. "As restrições para saque desestimulam o participante a retirar o dinheiro antes do prazo", afirma. A pena para quem resgata o dinheiro antes pode passar de 70% do valor aplicado. "Mesmo assim é melhor colocar num consórcio, pois ao final do período o investidor ainda resgataria um pouco a mais", diz Myrian Lund, professora de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV). TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO SAQUES Mesmo quem costuma apostar nessa aplicação está recuando. Os estoques de títulos das empresas de capitalização caíram de R$ 6,8 bilhões em janeiro para R$ 2,4 bilhões em outubro, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regula o setor. Como a crise apertou o bolso dos poupadores, muitos decidiram sacar suas aplicações nesses títulos, mesmo perdendo dinheiro. A média mensal de saques nos dez primeiros meses deste ano foi de 65,6% do estoque. No mesmo período do ano passado, foi de 50,5%. O resultado disso também se refletiu no valor médio dos prêmios. No ano passado, as empresas pagaram, em média, R$ 4,5 milhões por dia. Neste ano, já estão no patamar de R$ 3,9 milhões por dia. Com sorte, os prêmios pagos em 2015 devem empatar com os do ano passado, que totalizaram R$ 1,1 bilhão -em valores nominais, sem considerar a inflação, que deve passar de 10% neste ano. CHANCES A funcionária pública Estela Moraes comprou um título de capitalização por insistência da gerente do banco. Ficou seis anos pagando e não foi sorteada. Teve mais sorte da segunda vez, em 2003. "Fui premiada logo no segundo mês com R$ 750 mil. Usei o dinheiro para comprar um apartamento em Ipanema, onde moro até hoje com minha família", diz a carioca, que continua apostando em capitalização. "Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas quem sabe..." A probabilidade de ser sorteado na capitalização é até dez mil vezes maior que a de ganhar na Mega-Sena, segundo a Caixa Econômica Federal. O imposto cobrado sobre o prêmio é de 30%, retido na fonte, nos dois casos. Para quem não é sorteado, uma outra possibilidade é usar o valor aplicado como fiança na hora de alugar um imóvel. O valor do título entra como garantia contra a inadimplência. Se o inquilino deixar de pagar o aluguel, o locatário tem o direito de resgatar o valor correspondente da garantia. Vencido o contrato, o inquilino pode resgatar o valor, e durante o prazo de vigência concorre aos prêmios.
mercado
Só a sorte salva título de capitalização; entenda como funcionaNesta época do ano, comerciais de TV e gerentes de banco tentam convencer correntistas de que o investimento em títulos de capitalização pode abrir as portas para um mundo de prêmios milionários. É preciso, porém, ter muita cautela, dizem especialistas em finanças pessoais. A propaganda em favor da capitalização é a de que, se o participante não for contemplado, receberá o dinheiro de volta ao fim do prazo da aplicação corrigido pela TR (a taxa referencial). Porém, até a poupança (aplicação conservadora) tem rendimento superior: TR mais 6,17% ao ano. Exemplo: Se um poupador aplicar R$ 100 por mês durante quatro anos em um título de capitalização em vez da poupança deixará de ganhar R$ 610 só em juros. Para o diretor executivo da FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), Ismar Torres, o título de capitalização é uma opção para quem não tem disciplina financeira. "As restrições para saque desestimulam o participante a retirar o dinheiro antes do prazo", afirma. A pena para quem resgata o dinheiro antes pode passar de 70% do valor aplicado. "Mesmo assim é melhor colocar num consórcio, pois ao final do período o investidor ainda resgataria um pouco a mais", diz Myrian Lund, professora de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV). TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO SAQUES Mesmo quem costuma apostar nessa aplicação está recuando. Os estoques de títulos das empresas de capitalização caíram de R$ 6,8 bilhões em janeiro para R$ 2,4 bilhões em outubro, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regula o setor. Como a crise apertou o bolso dos poupadores, muitos decidiram sacar suas aplicações nesses títulos, mesmo perdendo dinheiro. A média mensal de saques nos dez primeiros meses deste ano foi de 65,6% do estoque. No mesmo período do ano passado, foi de 50,5%. O resultado disso também se refletiu no valor médio dos prêmios. No ano passado, as empresas pagaram, em média, R$ 4,5 milhões por dia. Neste ano, já estão no patamar de R$ 3,9 milhões por dia. Com sorte, os prêmios pagos em 2015 devem empatar com os do ano passado, que totalizaram R$ 1,1 bilhão -em valores nominais, sem considerar a inflação, que deve passar de 10% neste ano. CHANCES A funcionária pública Estela Moraes comprou um título de capitalização por insistência da gerente do banco. Ficou seis anos pagando e não foi sorteada. Teve mais sorte da segunda vez, em 2003. "Fui premiada logo no segundo mês com R$ 750 mil. Usei o dinheiro para comprar um apartamento em Ipanema, onde moro até hoje com minha família", diz a carioca, que continua apostando em capitalização. "Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas quem sabe..." A probabilidade de ser sorteado na capitalização é até dez mil vezes maior que a de ganhar na Mega-Sena, segundo a Caixa Econômica Federal. O imposto cobrado sobre o prêmio é de 30%, retido na fonte, nos dois casos. Para quem não é sorteado, uma outra possibilidade é usar o valor aplicado como fiança na hora de alugar um imóvel. O valor do título entra como garantia contra a inadimplência. Se o inquilino deixar de pagar o aluguel, o locatário tem o direito de resgatar o valor correspondente da garantia. Vencido o contrato, o inquilino pode resgatar o valor, e durante o prazo de vigência concorre aos prêmios.
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Ministro da Justiça nega que haja indícios contra Dilma na Lava Jato
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu na tarde deste sábado (7) que não há qualquer fato ou indício contra a presidente Dilma Rousseff nas investigações da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Em entrevista, Cardozo comentou a decisão do ministro do STF Teori Zavascki sobre a referência feita à presidente na investigação. Segundo o entendimento de Cardozo, o despacho do ministro indica que mesmo após o fim de seu mandato Dilma não será alvo de apurações relativas ao caso. O ministro ainda negou que o governo tenha influenciado os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato. Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal). "Não sei se essa crítica é a mim ou se é ao procurador-geral da República ou ao ministro Teori Zavascki. O ministro Zavascki acatou o que disse o Dr. Janot. Eu teria influenciado os dois? Que poder é esse que eu tenho de influenciar ministro da suprema corte e procurador-geral da República?", disse Cardozo em coletiva no escritório da Presidência da República em São Paulo. "Os depoimentos que ensejaram essas decisões foram coletadas por outras autoridades do Ministério Público no Paraná. Eu influenciei isso também? Que poder eu tenho! Se estivéssemos no passado, eu poderia dizer que seria um verdadeiro Luís 14, 'o Estado sou eu'", ironizou o ministro. Cardozo disse que nos últimos governos do PT, ao contrário do que ocorreu em administrações anteriores de outros partidos, não houve interferência sobre o trabalho do Ministério Público ou de outras autoridades.
poder
Ministro da Justiça nega que haja indícios contra Dilma na Lava JatoO ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu na tarde deste sábado (7) que não há qualquer fato ou indício contra a presidente Dilma Rousseff nas investigações da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Em entrevista, Cardozo comentou a decisão do ministro do STF Teori Zavascki sobre a referência feita à presidente na investigação. Segundo o entendimento de Cardozo, o despacho do ministro indica que mesmo após o fim de seu mandato Dilma não será alvo de apurações relativas ao caso. O ministro ainda negou que o governo tenha influenciado os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato. Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal). "Não sei se essa crítica é a mim ou se é ao procurador-geral da República ou ao ministro Teori Zavascki. O ministro Zavascki acatou o que disse o Dr. Janot. Eu teria influenciado os dois? Que poder é esse que eu tenho de influenciar ministro da suprema corte e procurador-geral da República?", disse Cardozo em coletiva no escritório da Presidência da República em São Paulo. "Os depoimentos que ensejaram essas decisões foram coletadas por outras autoridades do Ministério Público no Paraná. Eu influenciei isso também? Que poder eu tenho! Se estivéssemos no passado, eu poderia dizer que seria um verdadeiro Luís 14, 'o Estado sou eu'", ironizou o ministro. Cardozo disse que nos últimos governos do PT, ao contrário do que ocorreu em administrações anteriores de outros partidos, não houve interferência sobre o trabalho do Ministério Público ou de outras autoridades.
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Sociedades médicas recomendam cirurgia bariátrica para tratar diabetes
Novas diretrizes elaboradas por mais de 40 sociedades médicas recomendam a cirurgia bariátrica como mais uma opção para o tratamento de diabetes. Segundo o documento, a operação popularmente conhecida como redução de estômago deveria ser indicada a pacientes diabéticos com obesidade mórbida (IMC acima de 40), independentemente de seu nível de glicose, e pacientes com obesidade moderada e severa (IMC entre 30 e 40) quando a doença não puder ser controlada com medicamentos ou mudanças de estilo de vida. O texto foi publicado na revista "Diabetes Care", que é editada pela Associação Americana de Diabetes. A recomendação da cirurgia para o tratamento de diabetes é baseada nas alterações metabólicas que ela causa, como o aumento da produção de insulina. "Não queremos indicar a cirurgia com base apenas em peso em altura, mas sim selecionar os pacientes pela gravidade do caso. Há diabéticos com IMC de 31 que precisam mais do tratamento do que o indivíduo com IMC de 36", diz Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e único brasileiro a participar da elaboração do documento. Cohen afirma ainda que uma proposta de selecionar os candidatos à cirurgia por meio da gravidade de sua saúde, dando notas aos fatores de risco, já foi levada ao CFM (Conselho Federal de Medicina). No Brasil, o órgão aprova a cirurgia para quem tem IMC acima de 40, ou 35 com doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
equilibrioesaude
Sociedades médicas recomendam cirurgia bariátrica para tratar diabetesNovas diretrizes elaboradas por mais de 40 sociedades médicas recomendam a cirurgia bariátrica como mais uma opção para o tratamento de diabetes. Segundo o documento, a operação popularmente conhecida como redução de estômago deveria ser indicada a pacientes diabéticos com obesidade mórbida (IMC acima de 40), independentemente de seu nível de glicose, e pacientes com obesidade moderada e severa (IMC entre 30 e 40) quando a doença não puder ser controlada com medicamentos ou mudanças de estilo de vida. O texto foi publicado na revista "Diabetes Care", que é editada pela Associação Americana de Diabetes. A recomendação da cirurgia para o tratamento de diabetes é baseada nas alterações metabólicas que ela causa, como o aumento da produção de insulina. "Não queremos indicar a cirurgia com base apenas em peso em altura, mas sim selecionar os pacientes pela gravidade do caso. Há diabéticos com IMC de 31 que precisam mais do tratamento do que o indivíduo com IMC de 36", diz Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e único brasileiro a participar da elaboração do documento. Cohen afirma ainda que uma proposta de selecionar os candidatos à cirurgia por meio da gravidade de sua saúde, dando notas aos fatores de risco, já foi levada ao CFM (Conselho Federal de Medicina). No Brasil, o órgão aprova a cirurgia para quem tem IMC acima de 40, ou 35 com doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
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Entidades pró-consumidor questionam núcleo no TJ bancado por convênios
Entidades das áreas de defesa do consumidor, saúde e jurídica lançaram nesta quarta (27) um manifesto contra o fato de o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ter criado um núcleo para mediar ações propostas contra os planos de saúde, que é bancada pelas próprias operadoras de saúde. Conforme revelado pela Folha, a sala onde o grupo vai atuar, no fórum João Mendes, em São Paulo, foi reformada por cerca de R$ 70 mil graças às associações que representam as empresas do setor, Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) e Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar). Será o primeiro núcleo em funcionamento no fórum criado por entidades que representam empresas privadas. A "câmara de mediação", que terá entre os seus membros advogados e médicos indicados pelos planos, vai dar apoio técnico aos juízes em pedidos de liminares contra as empresas para a realização de cirurgias e fornecimento de medicamentos. Entre as entidades que integram o manifesto estão o Procon, a Proteste, a Associação Paulista de Medicina, a Associação das Advogadas e a Sociedade Brasileira de Bioética. "Mediação pressupõe isenção, neutralidade, imparcialidade. Se a solução desse conflito é 'sugerida' forçadamente por uma das partes, no caso os planos de saúde, não se trata de mediação, mas de puro e simples direcionamento de suas pretensões", dizem. MEDIAÇÃO JUSTA Para as entidades, mediação justa deve ser conduzida por alguém neutro, ou então por uma câmara de mediação/conciliação em plantão permanente, integrada por um técnico neutro, um representante de uma das partes (no caso os planos de saúde) e um representante do consumidor (órgão público ou entidade não governamental de proteção e defesa do consumidor). Elas questionam o fato de que as operadoras irão fornecer elementos técnicos aos magistrados. "Quem atestará a imparcialidade desses pareceres?", indaga a advogada Rosana Chiavassa, especializada em saúde. Segundo as entidades, o que está se propondo é uma verdadeira arbitragem parcial, julgada por uma das partes diretamente interessada (planos de saúde) que darão o seu parecer ao judiciário para que um consumidor seja ou não atendido em situações de emergência. Isso, afirmam, é vedado pelo Código de Defesa do Consumidor. EVITAR AÇÕES O acordo para a criação do núcleo foi assinado no mês passado. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e a Unimed Brasil são parceiras do projeto. Segundo a juíza Debora Ciocci, conselheira do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), não se trata de apoio técnico, mas sim uma câmara de mediação e conciliação. "Se podemos resolver [a demanda do paciente] sem necessidade de ingressar com uma ação judicial, será melhor para todos", diz. A proposta é que, tão logo a ação com pedido de liminar ingresse no fórum, o grupo avalie o pedido em no máximo 24 horas e proponha um acordo, se possível, ou elabore um parecer para auxiliar o juiz em sua decisão. Segundo João Baptista Galhardo, magistrado que acompanha o tema pelo tribunal, "quem vai medir a parcialidade ou não será o juiz, a quem caberá a decisão final". Pedro Ramos, diretor da Abramge, afirma que não se trata de interferência na Justiça. A meta, conta, é tentar evitar a crescente judicialização da saúde com um possível acordo. Uma reclamação dos planos é que muitas vezes eles são surpreendidos por serviços que são obrigados a pagar após a decisão judicial.
cotidiano
Entidades pró-consumidor questionam núcleo no TJ bancado por convêniosEntidades das áreas de defesa do consumidor, saúde e jurídica lançaram nesta quarta (27) um manifesto contra o fato de o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ter criado um núcleo para mediar ações propostas contra os planos de saúde, que é bancada pelas próprias operadoras de saúde. Conforme revelado pela Folha, a sala onde o grupo vai atuar, no fórum João Mendes, em São Paulo, foi reformada por cerca de R$ 70 mil graças às associações que representam as empresas do setor, Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) e Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar). Será o primeiro núcleo em funcionamento no fórum criado por entidades que representam empresas privadas. A "câmara de mediação", que terá entre os seus membros advogados e médicos indicados pelos planos, vai dar apoio técnico aos juízes em pedidos de liminares contra as empresas para a realização de cirurgias e fornecimento de medicamentos. Entre as entidades que integram o manifesto estão o Procon, a Proteste, a Associação Paulista de Medicina, a Associação das Advogadas e a Sociedade Brasileira de Bioética. "Mediação pressupõe isenção, neutralidade, imparcialidade. Se a solução desse conflito é 'sugerida' forçadamente por uma das partes, no caso os planos de saúde, não se trata de mediação, mas de puro e simples direcionamento de suas pretensões", dizem. MEDIAÇÃO JUSTA Para as entidades, mediação justa deve ser conduzida por alguém neutro, ou então por uma câmara de mediação/conciliação em plantão permanente, integrada por um técnico neutro, um representante de uma das partes (no caso os planos de saúde) e um representante do consumidor (órgão público ou entidade não governamental de proteção e defesa do consumidor). Elas questionam o fato de que as operadoras irão fornecer elementos técnicos aos magistrados. "Quem atestará a imparcialidade desses pareceres?", indaga a advogada Rosana Chiavassa, especializada em saúde. Segundo as entidades, o que está se propondo é uma verdadeira arbitragem parcial, julgada por uma das partes diretamente interessada (planos de saúde) que darão o seu parecer ao judiciário para que um consumidor seja ou não atendido em situações de emergência. Isso, afirmam, é vedado pelo Código de Defesa do Consumidor. EVITAR AÇÕES O acordo para a criação do núcleo foi assinado no mês passado. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e a Unimed Brasil são parceiras do projeto. Segundo a juíza Debora Ciocci, conselheira do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), não se trata de apoio técnico, mas sim uma câmara de mediação e conciliação. "Se podemos resolver [a demanda do paciente] sem necessidade de ingressar com uma ação judicial, será melhor para todos", diz. A proposta é que, tão logo a ação com pedido de liminar ingresse no fórum, o grupo avalie o pedido em no máximo 24 horas e proponha um acordo, se possível, ou elabore um parecer para auxiliar o juiz em sua decisão. Segundo João Baptista Galhardo, magistrado que acompanha o tema pelo tribunal, "quem vai medir a parcialidade ou não será o juiz, a quem caberá a decisão final". Pedro Ramos, diretor da Abramge, afirma que não se trata de interferência na Justiça. A meta, conta, é tentar evitar a crescente judicialização da saúde com um possível acordo. Uma reclamação dos planos é que muitas vezes eles são surpreendidos por serviços que são obrigados a pagar após a decisão judicial.
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No páreo do Emmy 2017: quem deve ganhar e quem merece levar o prêmio
DRAMA Better Call Saul (T3, Netflix) O ótimo personagem de Bob Odenkirk na seminal "Breaking Bad" ganhou uma série promissora, com um enredo bem cuidado e diálogos profundamente humanos, mas o roteiro patina tanto que é difícil persistir House of Cards (T5, Netflix) Assistir às baixarias de Frank e Claire Underwood virou um exercício de sadomasoquismo: a gente sabe que o enredo foi ladeira abaixo e deu lugar a pirotecnias de terror tipo B, mas continuamos acompanhando Stranger Things (T1, Netflix) Thriller infantojuvenil oitentista e bem sacado. A identidade salta aos gritos, mas tudo que está nele já foi feito antes. O que não invalida um ótimo passatempo -e 18 indicações The Crown (T1, Netflix) A série é a melhor coisa produzida pela Netflix até hoje. Quem diria que os primeiros anos de reinado da britânica Elizabeth 2ª poderiam ser tão hipnotizantes? The Handmaid's Tale (T1, Hulu) - MERECE Distopia fascinante sobre uma sociedade puritana que sucede a dos EUA ao fim de uma guerra cultural. O livro que a embasa é de 1985, mas nas telas o drama ganhou sombrios contornos atuais. Medo This Is Us (T1, Fox Life) A colunista ainda não assistiu a este drama folhetinesco de enorme sucesso Westworld (T1, HBO) LEVA Drama futurista revisita o conflito entre humanos e robôs. Aqui, a exploração dos últimos pelos primeiros em um parque temático pode servir de metáfora para situações bem atuais COMÉDIA Atlanta (T1, Fox Premium) LEVA A série de Donald Glover premiada no Globo de Ouro faz humor cáustico com a questão racial, tema palpitante na era Trump, com as histórias cotidianas de dois primos dedicados ao rap Black-ish (T3, Netflix e Sony) Indicada pela segunda vez, acerta ao mostrar choques geracionais e sociais de uma família de classe média-alta negra em um bairro afluente branco com um olhar cínico e provocador Master of None (T2, Netflix) A pequena joia sobre banalidades cotidianas de Aziz Ansari já levou o Emmy de melhor roteiro ano passado. Desta vez, disputa oito prêmios Modern Family (T8, Fox) Boa audiência e 80 indicações ao Emmy (22 vitórias) após oito anos no ar são um feito, mas o que faz desta comédia notável é a subversão da surrada série-família Silicon Valley (T4, HBO) MERECE Na melhor temporada da melhor comédia no ar, indicada já três vezes, Mike Judge ("Beavis e Butthead") desmonta nosso deslumbre com gênios tec, esse messianismo do século 21 Ubreakable Kimmy Schmidt (T3, Netflix) Um brinde -um porre- ao humor nonsense, esta comédia surrealista indicada pela terceira vez tem cenas que poderiam ter sido escritas pela turma do Monty Python pós-Fox News Veep (T6, HBO) A vencedora dos dois últimos anos é um consenso de crítica e público. Em tempos de política escrota, a vice alçada a presidente (Julia Louis-Dreyfus) destrói com humor qualquer crença na política MINISSÉRIE Big Little Lies (HBO) LEVA E MERECE A adaptação de David E. Kelley para o romance de Liane Moriarty faria Gustave Flaubert bater palmas. Com interpretações arrebatadoras, sobretudo de Nicole Kidman e Laura Dern, esse mergulho na vida de californianas ricas que usam a prole como instrumento de competição merece cada uma de suas 16 indicações Fargo (FX) A série-antologia criada com habilidade por Noah Hawley em cima do universo de tipos ora perversos ora ingênuos dos irmãos Coen na gélida Minnesota já acumula 52 indicações em três anos -desta vez, são 16. É um raro caso de adaptação/recriação de obra-prima que consegue revigorar a original, em vez de enfraquecê-la Feud (Fox) O embate entre as gigantes Susan Sarandon e Jessica Lange, na pele das então já veteranas divas Bette Davis e Joan Crawford, respectivamente, é uma crônica melancólica de Holywood e o lugar que ela reserva às mulheres. As décadas passaram, e o assunto não perdeu o viço Genius (NatGeo) A colunista não assistiu a esta telebiografia de Albert Einstein na qual o físico é interpretado por Geoffrey Rush (Oscar de ator em 1996 por outro gênio, David Helfgott, em "Shine") The Night Of (HBO) O drama da HBO orbita em torno de um crime e seu suspeito, mas trata muito mais do sistema judicial americano. Contrastando com os embates de atrizes fantásticas em "Big Little Lies" e "Feud", aqui Riz Ahmed e John Turturro disputam o Emmy de ator -com vantagem para o advogado porta-de-cadeia de Turturro
colunas
No páreo do Emmy 2017: quem deve ganhar e quem merece levar o prêmioDRAMA Better Call Saul (T3, Netflix) O ótimo personagem de Bob Odenkirk na seminal "Breaking Bad" ganhou uma série promissora, com um enredo bem cuidado e diálogos profundamente humanos, mas o roteiro patina tanto que é difícil persistir House of Cards (T5, Netflix) Assistir às baixarias de Frank e Claire Underwood virou um exercício de sadomasoquismo: a gente sabe que o enredo foi ladeira abaixo e deu lugar a pirotecnias de terror tipo B, mas continuamos acompanhando Stranger Things (T1, Netflix) Thriller infantojuvenil oitentista e bem sacado. A identidade salta aos gritos, mas tudo que está nele já foi feito antes. O que não invalida um ótimo passatempo -e 18 indicações The Crown (T1, Netflix) A série é a melhor coisa produzida pela Netflix até hoje. Quem diria que os primeiros anos de reinado da britânica Elizabeth 2ª poderiam ser tão hipnotizantes? The Handmaid's Tale (T1, Hulu) - MERECE Distopia fascinante sobre uma sociedade puritana que sucede a dos EUA ao fim de uma guerra cultural. O livro que a embasa é de 1985, mas nas telas o drama ganhou sombrios contornos atuais. Medo This Is Us (T1, Fox Life) A colunista ainda não assistiu a este drama folhetinesco de enorme sucesso Westworld (T1, HBO) LEVA Drama futurista revisita o conflito entre humanos e robôs. Aqui, a exploração dos últimos pelos primeiros em um parque temático pode servir de metáfora para situações bem atuais COMÉDIA Atlanta (T1, Fox Premium) LEVA A série de Donald Glover premiada no Globo de Ouro faz humor cáustico com a questão racial, tema palpitante na era Trump, com as histórias cotidianas de dois primos dedicados ao rap Black-ish (T3, Netflix e Sony) Indicada pela segunda vez, acerta ao mostrar choques geracionais e sociais de uma família de classe média-alta negra em um bairro afluente branco com um olhar cínico e provocador Master of None (T2, Netflix) A pequena joia sobre banalidades cotidianas de Aziz Ansari já levou o Emmy de melhor roteiro ano passado. Desta vez, disputa oito prêmios Modern Family (T8, Fox) Boa audiência e 80 indicações ao Emmy (22 vitórias) após oito anos no ar são um feito, mas o que faz desta comédia notável é a subversão da surrada série-família Silicon Valley (T4, HBO) MERECE Na melhor temporada da melhor comédia no ar, indicada já três vezes, Mike Judge ("Beavis e Butthead") desmonta nosso deslumbre com gênios tec, esse messianismo do século 21 Ubreakable Kimmy Schmidt (T3, Netflix) Um brinde -um porre- ao humor nonsense, esta comédia surrealista indicada pela terceira vez tem cenas que poderiam ter sido escritas pela turma do Monty Python pós-Fox News Veep (T6, HBO) A vencedora dos dois últimos anos é um consenso de crítica e público. Em tempos de política escrota, a vice alçada a presidente (Julia Louis-Dreyfus) destrói com humor qualquer crença na política MINISSÉRIE Big Little Lies (HBO) LEVA E MERECE A adaptação de David E. Kelley para o romance de Liane Moriarty faria Gustave Flaubert bater palmas. Com interpretações arrebatadoras, sobretudo de Nicole Kidman e Laura Dern, esse mergulho na vida de californianas ricas que usam a prole como instrumento de competição merece cada uma de suas 16 indicações Fargo (FX) A série-antologia criada com habilidade por Noah Hawley em cima do universo de tipos ora perversos ora ingênuos dos irmãos Coen na gélida Minnesota já acumula 52 indicações em três anos -desta vez, são 16. É um raro caso de adaptação/recriação de obra-prima que consegue revigorar a original, em vez de enfraquecê-la Feud (Fox) O embate entre as gigantes Susan Sarandon e Jessica Lange, na pele das então já veteranas divas Bette Davis e Joan Crawford, respectivamente, é uma crônica melancólica de Holywood e o lugar que ela reserva às mulheres. As décadas passaram, e o assunto não perdeu o viço Genius (NatGeo) A colunista não assistiu a esta telebiografia de Albert Einstein na qual o físico é interpretado por Geoffrey Rush (Oscar de ator em 1996 por outro gênio, David Helfgott, em "Shine") The Night Of (HBO) O drama da HBO orbita em torno de um crime e seu suspeito, mas trata muito mais do sistema judicial americano. Contrastando com os embates de atrizes fantásticas em "Big Little Lies" e "Feud", aqui Riz Ahmed e John Turturro disputam o Emmy de ator -com vantagem para o advogado porta-de-cadeia de Turturro
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Dunga convoca após testar mais jogadores do que em 1ª passagem
A primeira lista de Dunga para um jogo de eliminatória nesta sua segunda passagem como técnico da seleção brasileira tem um leque de opções testadas maior do que na primeira, oito anos atrás. Nesta quinta (17), às 11h, o treinador anunciará os 23 atletas que estarão nos primeiros confrontos no caminho à Rússia-2018. São contra o Chile, em 8 de outubro, em Santiago, e Venezuela, no dia 13, em Fortaleza. De setembro de 2014 até agora, Dunga convocou 48 jogadores. São seis a mais do que ele lançou mão entre agosto de 2006 e setembro de 2007, antes de estrear contra a Colômbia naquela eliminatória para o Mundial, que foi disputado na África do Sul. Os nomes de Dunga São duas as principais razões para a diferença. O fracasso na Copa América do Chile levou o técnico a deixar de lado alguns jogadores, como Robinho e Thiago Silva, e apostar em atletas que não vinham sendo chamados, como Lucas Lima, Lucas Moura e até Rafinha Alcântara, do Barcelona, que tem idade olímpica (sub-23). Além disso, houve dessa vez mais cortes por lesões. Por estarem machucados, Ramires e Oscar, por exemplo, ficaram de fora de duas convocações, o que abriu espaço para outros atletas. Na primeira passagem, Dunga jogou mais vezes (foram 20, agora 16) e convocou mais (8 a 6), o que também se explica por duas razões. Primeiro, a Fifa eliminou, em 2014, duas datas para partidas de seleções (fevereiro e agosto), a pedido dos clubes europeus a fim de reduzir o desgaste dos jogadores. Outro motivo é que foi à final da Copa América de 2007, na Venezuela. Conquistou o título. Já em 2015, no Chile, o Brasil caiu nas quartas de final, diante do Paraguai. Desde que reassumiu o comando da seleção, em julho de 2014, Dunga reitera que sua prioridade é preparar o time para a eliminatória, considerada pela comissão técnica a mais difícil da história, pela qualidade dos adversários sul-americanos. "Nessa segunda passagem, tem mais pressão por tudo o que a seleção passou recentemente, apesar de o Brasil ter chegado entre os quatro da Copa. Há ansiedade de todos", disse Dunga antes dos amistosos de setembro. NEYMAR O craque está suspenso desses dois primeiros jogos das eliminatórias pela briga em que se envolveu na derrota para a Colômbia, por 1 a 0, na Copa América. A CBF recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte, a última instância esportiva, e uma decisão deve ser tomada antes de outubro. Por precaução, Dunga pode incluir o atacante na sua lista desta quinta (17) para que conte com ele caso o atleta seja absolvido antes da realização das partidas.
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Dunga convoca após testar mais jogadores do que em 1ª passagemA primeira lista de Dunga para um jogo de eliminatória nesta sua segunda passagem como técnico da seleção brasileira tem um leque de opções testadas maior do que na primeira, oito anos atrás. Nesta quinta (17), às 11h, o treinador anunciará os 23 atletas que estarão nos primeiros confrontos no caminho à Rússia-2018. São contra o Chile, em 8 de outubro, em Santiago, e Venezuela, no dia 13, em Fortaleza. De setembro de 2014 até agora, Dunga convocou 48 jogadores. São seis a mais do que ele lançou mão entre agosto de 2006 e setembro de 2007, antes de estrear contra a Colômbia naquela eliminatória para o Mundial, que foi disputado na África do Sul. Os nomes de Dunga São duas as principais razões para a diferença. O fracasso na Copa América do Chile levou o técnico a deixar de lado alguns jogadores, como Robinho e Thiago Silva, e apostar em atletas que não vinham sendo chamados, como Lucas Lima, Lucas Moura e até Rafinha Alcântara, do Barcelona, que tem idade olímpica (sub-23). Além disso, houve dessa vez mais cortes por lesões. Por estarem machucados, Ramires e Oscar, por exemplo, ficaram de fora de duas convocações, o que abriu espaço para outros atletas. Na primeira passagem, Dunga jogou mais vezes (foram 20, agora 16) e convocou mais (8 a 6), o que também se explica por duas razões. Primeiro, a Fifa eliminou, em 2014, duas datas para partidas de seleções (fevereiro e agosto), a pedido dos clubes europeus a fim de reduzir o desgaste dos jogadores. Outro motivo é que foi à final da Copa América de 2007, na Venezuela. Conquistou o título. Já em 2015, no Chile, o Brasil caiu nas quartas de final, diante do Paraguai. Desde que reassumiu o comando da seleção, em julho de 2014, Dunga reitera que sua prioridade é preparar o time para a eliminatória, considerada pela comissão técnica a mais difícil da história, pela qualidade dos adversários sul-americanos. "Nessa segunda passagem, tem mais pressão por tudo o que a seleção passou recentemente, apesar de o Brasil ter chegado entre os quatro da Copa. Há ansiedade de todos", disse Dunga antes dos amistosos de setembro. NEYMAR O craque está suspenso desses dois primeiros jogos das eliminatórias pela briga em que se envolveu na derrota para a Colômbia, por 1 a 0, na Copa América. A CBF recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte, a última instância esportiva, e uma decisão deve ser tomada antes de outubro. Por precaução, Dunga pode incluir o atacante na sua lista desta quinta (17) para que conte com ele caso o atleta seja absolvido antes da realização das partidas.
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Na abertura do Judiciário, Janot fala em fortalecer combate à corrupção
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira (2) que é preciso haver uma "solidificação do combate à corrupção" para se fortalecer o "regime democrático de direito". A fala foi dita durante a abertura do ano Judiciário no STF (Supremo Tribunal Federal), que contou com a presença de ministros da corte, de integrantes do governo e do novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –que deverá ser um dos investigados por Janot nos inquéritos da Lava Jato. De acordo com Janot, o trabalho do Ministério Público contra a corrupção tem logrado êxito. Ele comentou que "seguir o dinheiro" da corrupção para tentar se identificar criminosos é uma estratégia adotada por investigadores e que "parece ser o caminho correto". Num ano em que os primeiros processos relativos à operação Lava Jato serão abertos no STF, o procurador ainda disse que irá enfrentar os desafios "com firmeza e responsabilidade" e que a "responsabilidade institucional ganha uma maior dimensão no momento constitucional vivido". Em seu discurso, o procurador ainda cobrou a revisão da Lei da Anistia pelo STF e maior atenção do Judiciário para melhorar o sistema carcerário nacional. Durante a cerimônia de abertura o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, disse que sua gestão fará estudos permanentes para tentar melhorar o alto índice de congestionamento de processos na Justiça. Além disso, seguirá dando prioridade a julgamentos que resolvam questões importantes, permitindo que processos semelhantes que corram em instâncias inferiores também sejam decididos com base na jurisprudência do Supremo. Quem também discursou durante a abertura foi o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Furtado Côelho. Ele ressaltou o papel da defesa nos processos, "que é tão importante quando o da acusação" para a garantia dos direitos dos cidadãos. Ele ainda destacou que o STF, em diversas ocasiões, já se manifestou no sentido de que ninguém deve ser preso sem antes ver seu processo chegar ao fim. A fala, mesmo sem citar a Operação Lava Jato, ecoa argumentos das defesas de empreiteiros presos, que classificam as detenções preventivas como uma antecipação do cumprimento da pena. "Ninguém pode sofrer consequências de uma condenação antes da decisão final [da Justiça]. A defesa não pode ser peça de ficção e o julgamento não pode ser um espetáculo". HINO A CAPELA Devido a um problema no sistema de som do STF, no início da cerimônia, não houve sonorização para o hino nacional. Sem a ajuda dos autofalantes, Lewandowski puxou o coro e os presentes cantaram a capela, na íntegra, a primeira e segunda parte do hino. - h3. O QUE O JUDICIÁRIO DEVE DECIDIR EM 2015 * Operação Lava Jato Pedidos de investigação e denúncias relativas ao caso
poder
Na abertura do Judiciário, Janot fala em fortalecer combate à corrupçãoO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira (2) que é preciso haver uma "solidificação do combate à corrupção" para se fortalecer o "regime democrático de direito". A fala foi dita durante a abertura do ano Judiciário no STF (Supremo Tribunal Federal), que contou com a presença de ministros da corte, de integrantes do governo e do novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –que deverá ser um dos investigados por Janot nos inquéritos da Lava Jato. De acordo com Janot, o trabalho do Ministério Público contra a corrupção tem logrado êxito. Ele comentou que "seguir o dinheiro" da corrupção para tentar se identificar criminosos é uma estratégia adotada por investigadores e que "parece ser o caminho correto". Num ano em que os primeiros processos relativos à operação Lava Jato serão abertos no STF, o procurador ainda disse que irá enfrentar os desafios "com firmeza e responsabilidade" e que a "responsabilidade institucional ganha uma maior dimensão no momento constitucional vivido". Em seu discurso, o procurador ainda cobrou a revisão da Lei da Anistia pelo STF e maior atenção do Judiciário para melhorar o sistema carcerário nacional. Durante a cerimônia de abertura o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, disse que sua gestão fará estudos permanentes para tentar melhorar o alto índice de congestionamento de processos na Justiça. Além disso, seguirá dando prioridade a julgamentos que resolvam questões importantes, permitindo que processos semelhantes que corram em instâncias inferiores também sejam decididos com base na jurisprudência do Supremo. Quem também discursou durante a abertura foi o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Furtado Côelho. Ele ressaltou o papel da defesa nos processos, "que é tão importante quando o da acusação" para a garantia dos direitos dos cidadãos. Ele ainda destacou que o STF, em diversas ocasiões, já se manifestou no sentido de que ninguém deve ser preso sem antes ver seu processo chegar ao fim. A fala, mesmo sem citar a Operação Lava Jato, ecoa argumentos das defesas de empreiteiros presos, que classificam as detenções preventivas como uma antecipação do cumprimento da pena. "Ninguém pode sofrer consequências de uma condenação antes da decisão final [da Justiça]. A defesa não pode ser peça de ficção e o julgamento não pode ser um espetáculo". HINO A CAPELA Devido a um problema no sistema de som do STF, no início da cerimônia, não houve sonorização para o hino nacional. Sem a ajuda dos autofalantes, Lewandowski puxou o coro e os presentes cantaram a capela, na íntegra, a primeira e segunda parte do hino. - h3. O QUE O JUDICIÁRIO DEVE DECIDIR EM 2015 * Operação Lava Jato Pedidos de investigação e denúncias relativas ao caso
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China ambiciona poder global com Nova Rota da Seda
O mais ambicioso projeto geopolítico do governo chinês começa a sair do papel. A Nova Rota da Seda, que pretende reviver a antiga rede comercial entre Oriente e Europa, é a grande aposta de Pequim para traduzir sua força econômica em poder global. Quase 8.000 quilômetros separam a cidade de Xi'an de Veneza, na Itália, extremos da rota. No lugar das caravanas de camelos que cruzavam a Ásia Central com mercadorias entre a China e a Europa, uma ampla rede de ferrovias, estradas, oleodutos e cabos de fibras ópticas ocupará o percurso, de acordo com os planos do governo chinês. Para financiar as obras, Pequim criou um fundo de US$ 40 bilhões, além do Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento, que tem a participação de outros 21 países e deve começar a funcionar neste ano, com um capital de US$ 50 bilhões. A proposta da China para financiar a infraestrutura de países vizinhos tem sido comparada ao Plano Marshall, o programa norte-americano que reergueu a Europa após a Segunda Guerra Mundial. "A rota pode ser entendida como um Plano Marshall com características chinesas. Ela fortalece os vizinhos, contribui para o crescimento e os coloca em um sistema projetado por Pequim", disse David Gosset, diretor da Escola de Negócios Internacionais China-Europa, em Xangai. A ambição de reviver a Rota da Seda foi anunciada pela primeira vez em 2013 pelo líder chinês, Xi Jinping, durante visita ao Cazaquistão. Com raízes familiares na província de Shanxi, início da rota, Xi evocou as origens milenares de uma das mais influentes redes comerciais da história (130 a.C-1453 d.C). Segundo o sinólogo David Kelly, a importância da Nova Rota da Seda é fruto do mais alto nível de decisão na hierarquia comunista, uma doutrina só estabelecida pelos líderes máximos, como Mao Tse-tung e Deng Xiaoping. "É como uma bula papal, não pode ser contestada", compara Kelly, diretor da consultoria China Policy. Ele conta que nos últimos meses são feitos, em média, 60 textos diários sobre a rota, prova de que os acadêmicos se sentem compelidos a adotar o novo dogma. A China diz que mais de 50 países se interessaram pelo projeto e rejeita a comparação com o Plano Marshall. "Ao contrário do Plano Marshall, nenhuma condição foi imposta aos participantes da Rota da Seda", afirmou o governo, em artigo da agência oficial Xinhua. Na semana passada, um trem de carga veio da Espanha à China após percorrer a linha ferroviária mais longa do mundo, com 13 mil quilômetros, em 24 dias. A viagem foi exaltada como um marco no renascimento da rota: com sua capacidade inigualável em construir ferrovias, os trilhos são um caminho natural para o projeto de expansão econômica e política da China.
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China ambiciona poder global com Nova Rota da SedaO mais ambicioso projeto geopolítico do governo chinês começa a sair do papel. A Nova Rota da Seda, que pretende reviver a antiga rede comercial entre Oriente e Europa, é a grande aposta de Pequim para traduzir sua força econômica em poder global. Quase 8.000 quilômetros separam a cidade de Xi'an de Veneza, na Itália, extremos da rota. No lugar das caravanas de camelos que cruzavam a Ásia Central com mercadorias entre a China e a Europa, uma ampla rede de ferrovias, estradas, oleodutos e cabos de fibras ópticas ocupará o percurso, de acordo com os planos do governo chinês. Para financiar as obras, Pequim criou um fundo de US$ 40 bilhões, além do Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento, que tem a participação de outros 21 países e deve começar a funcionar neste ano, com um capital de US$ 50 bilhões. A proposta da China para financiar a infraestrutura de países vizinhos tem sido comparada ao Plano Marshall, o programa norte-americano que reergueu a Europa após a Segunda Guerra Mundial. "A rota pode ser entendida como um Plano Marshall com características chinesas. Ela fortalece os vizinhos, contribui para o crescimento e os coloca em um sistema projetado por Pequim", disse David Gosset, diretor da Escola de Negócios Internacionais China-Europa, em Xangai. A ambição de reviver a Rota da Seda foi anunciada pela primeira vez em 2013 pelo líder chinês, Xi Jinping, durante visita ao Cazaquistão. Com raízes familiares na província de Shanxi, início da rota, Xi evocou as origens milenares de uma das mais influentes redes comerciais da história (130 a.C-1453 d.C). Segundo o sinólogo David Kelly, a importância da Nova Rota da Seda é fruto do mais alto nível de decisão na hierarquia comunista, uma doutrina só estabelecida pelos líderes máximos, como Mao Tse-tung e Deng Xiaoping. "É como uma bula papal, não pode ser contestada", compara Kelly, diretor da consultoria China Policy. Ele conta que nos últimos meses são feitos, em média, 60 textos diários sobre a rota, prova de que os acadêmicos se sentem compelidos a adotar o novo dogma. A China diz que mais de 50 países se interessaram pelo projeto e rejeita a comparação com o Plano Marshall. "Ao contrário do Plano Marshall, nenhuma condição foi imposta aos participantes da Rota da Seda", afirmou o governo, em artigo da agência oficial Xinhua. Na semana passada, um trem de carga veio da Espanha à China após percorrer a linha ferroviária mais longa do mundo, com 13 mil quilômetros, em 24 dias. A viagem foi exaltada como um marco no renascimento da rota: com sua capacidade inigualável em construir ferrovias, os trilhos são um caminho natural para o projeto de expansão econômica e política da China.
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Genoma de múmias egípcias mostra parentesco com Oriente Médio
Análises do DNA de 90 múmias acabam de dar pistas importantes sobre as origens étnicas dos antigos egípcios. Ao que parece, os habitantes originais da terra dos faraós tinham parentesco mais próximo com moradores do Oriente Médio (como grupos da Palestina e da Mesopotâmia), e não com os povos negros da África ao sul do Saara. Os resultados, que estão saindo na revista especializada "Nature Communications", indicam ainda que os egípcios de hoje descendem, em larga medida, dos habitantes originais do país. A principal diferença entre a população do Egito moderno e a do antigo reino seria justamente uma significativa contribuição populacional negra em épocas mais recentes –talvez por conta do tráfico de escravos na região. Genética múmia Coordenada por Verena Schuenemann, da Universidade de Tübingen (Alemanha), a pesquisa representa um marco por aplicar pela primeira vez, com todos os cuidados necessários, os métodos mais recentes de extração de DNA antigo às célebres múmias do Egito. Com efeito, a ambição de obter material genético de seres humanos que morreram há milhares de anos começou ainda nos anos 1980, com o estudo de múmias, mas só a partir da década passada as técnicas se tornaram suficientemente confiáveis e sensíveis para extrair o pouco DNA que restou nesses cadáveres embalsamados e confirmar que ele pertence mesmo às múmias, não derivando de alguma contaminação moderna. SANTUÁRIO DE OSÍRIS As múmias analisadas pelos pesquisadores estão na própria Universidade de Tübingen e em outro museu alemão. Originalmente, todas vieram de Abusir el-Meleq, no Médio Egito, um antigo santuário dedicado a Osíris, o rei do mundo dos mortos, segundo a mitologia egípcia. O interessante, no caso desse conjunto de corpos mumificados, é que ele abrange quase 2.000 anos de história egípcia, do chamado Novo Império (em torno do ano 1.400 a.C.) até o finzinho da dominação do Império Romano na região (por volta do ano 400 d.C.). Com isso, seria possível comparar tanto o DNA dos moradores antigos com o dos egípcios modernos quanto investigar se as várias invasões que o país sofreu ainda na Antiguidade tiveram impacto sobre a composição genética de seus habitantes. Em quase todos os casos, os pesquisadores só conseguiram obter quantidades apreciáveis de mtDNA ou DNA mitocondrial, que está presente apenas nas usinas de energia das células, as mitocôndrias. O mtDNA tende a se preservar mais com o passar do tempo porque ele está presente em múltiplas cópias para cada célula do corpo. No caso de três indivíduos, porém, foi possível analisar ainda trechos do DNA nuclear, o genoma "principal" de cada pessoa. Ambos os tipos de dados –mtDNA e DNA nuclear– indicam a proximidade dos egípcios antigos com os grupos do Oriente Médio, incluindo gente de países modernos como Arábia Saudita, Jordânia e Iraque e antigos habitantes da Turquia. Haveria uma contribuição genética relativamente modesta de africanos negros nessa população ancestral. Na população egípcia moderna, esse componente aparentemente dobra de importância, o que pode refletir o fluxo de escravos trazidos por rotas de comércio islâmicas nos últimos 1.200 anos –calcula-se que até 7 milhões de africanos da região ao sul do Saara tenham sido levados para a parte norte do continente ao longo dos séculos. No caso de uma das múmias estudadas (do sexo masculino), os pesquisadores conseguiram até flagrar genes ligados à aparência e ao funcionamento do organismo. Descobriram que o sujeito tinha pele relativamente clara, olhos escuros e intolerância à lactose (açúcar do leite). QUADRO RESTRITO Apesar da abrangência temporal dos dados, sua principal limitação é geográfica, já que eles foram obtidos apenas a partir de indivíduos sepultados em Abusir el-Meleq. Acontece que, ao longo dos séculos, o domínio dos faraós frequentemente se estendeu rumo ao sul, chegando à atual fronteira com o Sudão, e grupos dessa área também dominaram todo o Egito por um breve período. É concebível que, nessas áreas, houvesse maior contato entre etnias que hoje classificaríamos como "brancas" e "negras" e, portanto, que os antigos egípcios do sul tivessem parentesco mais próximo com os outros povos africanos. Com o avanço das técnicas de obtenção de DNA antigo, pode ser que essa dúvida seja sanada em breve.
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Genoma de múmias egípcias mostra parentesco com Oriente MédioAnálises do DNA de 90 múmias acabam de dar pistas importantes sobre as origens étnicas dos antigos egípcios. Ao que parece, os habitantes originais da terra dos faraós tinham parentesco mais próximo com moradores do Oriente Médio (como grupos da Palestina e da Mesopotâmia), e não com os povos negros da África ao sul do Saara. Os resultados, que estão saindo na revista especializada "Nature Communications", indicam ainda que os egípcios de hoje descendem, em larga medida, dos habitantes originais do país. A principal diferença entre a população do Egito moderno e a do antigo reino seria justamente uma significativa contribuição populacional negra em épocas mais recentes –talvez por conta do tráfico de escravos na região. Genética múmia Coordenada por Verena Schuenemann, da Universidade de Tübingen (Alemanha), a pesquisa representa um marco por aplicar pela primeira vez, com todos os cuidados necessários, os métodos mais recentes de extração de DNA antigo às célebres múmias do Egito. Com efeito, a ambição de obter material genético de seres humanos que morreram há milhares de anos começou ainda nos anos 1980, com o estudo de múmias, mas só a partir da década passada as técnicas se tornaram suficientemente confiáveis e sensíveis para extrair o pouco DNA que restou nesses cadáveres embalsamados e confirmar que ele pertence mesmo às múmias, não derivando de alguma contaminação moderna. SANTUÁRIO DE OSÍRIS As múmias analisadas pelos pesquisadores estão na própria Universidade de Tübingen e em outro museu alemão. Originalmente, todas vieram de Abusir el-Meleq, no Médio Egito, um antigo santuário dedicado a Osíris, o rei do mundo dos mortos, segundo a mitologia egípcia. O interessante, no caso desse conjunto de corpos mumificados, é que ele abrange quase 2.000 anos de história egípcia, do chamado Novo Império (em torno do ano 1.400 a.C.) até o finzinho da dominação do Império Romano na região (por volta do ano 400 d.C.). Com isso, seria possível comparar tanto o DNA dos moradores antigos com o dos egípcios modernos quanto investigar se as várias invasões que o país sofreu ainda na Antiguidade tiveram impacto sobre a composição genética de seus habitantes. Em quase todos os casos, os pesquisadores só conseguiram obter quantidades apreciáveis de mtDNA ou DNA mitocondrial, que está presente apenas nas usinas de energia das células, as mitocôndrias. O mtDNA tende a se preservar mais com o passar do tempo porque ele está presente em múltiplas cópias para cada célula do corpo. No caso de três indivíduos, porém, foi possível analisar ainda trechos do DNA nuclear, o genoma "principal" de cada pessoa. Ambos os tipos de dados –mtDNA e DNA nuclear– indicam a proximidade dos egípcios antigos com os grupos do Oriente Médio, incluindo gente de países modernos como Arábia Saudita, Jordânia e Iraque e antigos habitantes da Turquia. Haveria uma contribuição genética relativamente modesta de africanos negros nessa população ancestral. Na população egípcia moderna, esse componente aparentemente dobra de importância, o que pode refletir o fluxo de escravos trazidos por rotas de comércio islâmicas nos últimos 1.200 anos –calcula-se que até 7 milhões de africanos da região ao sul do Saara tenham sido levados para a parte norte do continente ao longo dos séculos. No caso de uma das múmias estudadas (do sexo masculino), os pesquisadores conseguiram até flagrar genes ligados à aparência e ao funcionamento do organismo. Descobriram que o sujeito tinha pele relativamente clara, olhos escuros e intolerância à lactose (açúcar do leite). QUADRO RESTRITO Apesar da abrangência temporal dos dados, sua principal limitação é geográfica, já que eles foram obtidos apenas a partir de indivíduos sepultados em Abusir el-Meleq. Acontece que, ao longo dos séculos, o domínio dos faraós frequentemente se estendeu rumo ao sul, chegando à atual fronteira com o Sudão, e grupos dessa área também dominaram todo o Egito por um breve período. É concebível que, nessas áreas, houvesse maior contato entre etnias que hoje classificaríamos como "brancas" e "negras" e, portanto, que os antigos egípcios do sul tivessem parentesco mais próximo com os outros povos africanos. Com o avanço das técnicas de obtenção de DNA antigo, pode ser que essa dúvida seja sanada em breve.
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Desfile de João Pimenta na SPFW acena para o movimento 'sem gênero'
Um dos poucos nomes de moda masculina na 41ª São Paulo Fashion Wwwk, João Pimenta criou uma coleção sob medida para o homem moderno, que não quer ter amarras ao se vestir. Diferente das roupas andróginas, o movimento sem gênero pretende destruir as barreiras entre peças femininas e masculinas, não invertê-las. Ao apresentar jaquetas com cauda, shorts curtos, saias de crochê, calças de alfaiataria de cintura baixa e vestidos para eles, Pimenta engrossa o coro de que todo mundo deve usar o que tem vontade. Apesar de ser uma coleção difícil, com estampas, tramas e silhuetas usadas somente no universo feminino, o estilista salpicou elementos como esqueletos que deixa as peças mais assimiláveis para eles. O punk, o militar e clássico se misturaram em todos os "looks". Os coturnos propositalmente sujos de tinta branca e os chinelos de sola grossa dão peso à coleção. A jaqueta de glitter é combinada com uma camisa listrada clássica e bermudas acetinadas com parkas. O styling, nesse desfile, é o que torna o feminino possível para eles.
ilustrada
Desfile de João Pimenta na SPFW acena para o movimento 'sem gênero'Um dos poucos nomes de moda masculina na 41ª São Paulo Fashion Wwwk, João Pimenta criou uma coleção sob medida para o homem moderno, que não quer ter amarras ao se vestir. Diferente das roupas andróginas, o movimento sem gênero pretende destruir as barreiras entre peças femininas e masculinas, não invertê-las. Ao apresentar jaquetas com cauda, shorts curtos, saias de crochê, calças de alfaiataria de cintura baixa e vestidos para eles, Pimenta engrossa o coro de que todo mundo deve usar o que tem vontade. Apesar de ser uma coleção difícil, com estampas, tramas e silhuetas usadas somente no universo feminino, o estilista salpicou elementos como esqueletos que deixa as peças mais assimiláveis para eles. O punk, o militar e clássico se misturaram em todos os "looks". Os coturnos propositalmente sujos de tinta branca e os chinelos de sola grossa dão peso à coleção. A jaqueta de glitter é combinada com uma camisa listrada clássica e bermudas acetinadas com parkas. O styling, nesse desfile, é o que torna o feminino possível para eles.
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Polícia prende suspeito de matar ex-namorada dançarina em SP
O representante comercial Anderson Rodrigues Leitão, 27, foi preso nesta quarta (4) por suspeita de matar a ex-namorada, a dançarina cearense Ana Carolina de Souza Vieira, 30, no apartamento dela, no Sacomã, na zona sul de São Paulo. A polícia afirmou que ele confessou o crime e disse que cometeu o homicídio por "ciúmes". Segundo o "SPTV", da TV Globo, o acusado tomou veneno de rato para morrer abraçado com a ex. Ele passou os últimos dois dias ao lado do corpo e chegou a pentear e maquiar a mulher. Também teria respondido mensagens que chegavam no celular dela como se fosse a jovem. O crime teria ocorrido na última segunda-feira (2). Leitão teria entrado no apartamento mesmo sem a permissão da ex-namorada, que já teria sofrido ameaças, segundo uma amiga relatou ao "SPTV". O acusado teria entrado no prédio após insistir com um porteiro, que havia sido avisado pela jovem para impedir o acusado de entrar. Leitão teria estrangulado a dançarina, e ficado com o corpo dela até esta quarta, quando deixou o prédio por volta das 10h. O corpo foi achado na cama, por um porteiro, após ter sentido mau cheiro vindo do apartamento e tentado abrir a porta, que estava destrancada. O suspeito teria acendido incensos para disfarçar o odor. No boletim de ocorrências, a profissão de Ana foi descrita como corretora de imóveis. Ela, porém, trabalhava como bailarina. É ex-dançarina da banda Aviões do Forró e participou, em junho, do concurso de bailarinas do programa "Domingão do Faustão", também da TV Globo.
cotidiano
Polícia prende suspeito de matar ex-namorada dançarina em SPO representante comercial Anderson Rodrigues Leitão, 27, foi preso nesta quarta (4) por suspeita de matar a ex-namorada, a dançarina cearense Ana Carolina de Souza Vieira, 30, no apartamento dela, no Sacomã, na zona sul de São Paulo. A polícia afirmou que ele confessou o crime e disse que cometeu o homicídio por "ciúmes". Segundo o "SPTV", da TV Globo, o acusado tomou veneno de rato para morrer abraçado com a ex. Ele passou os últimos dois dias ao lado do corpo e chegou a pentear e maquiar a mulher. Também teria respondido mensagens que chegavam no celular dela como se fosse a jovem. O crime teria ocorrido na última segunda-feira (2). Leitão teria entrado no apartamento mesmo sem a permissão da ex-namorada, que já teria sofrido ameaças, segundo uma amiga relatou ao "SPTV". O acusado teria entrado no prédio após insistir com um porteiro, que havia sido avisado pela jovem para impedir o acusado de entrar. Leitão teria estrangulado a dançarina, e ficado com o corpo dela até esta quarta, quando deixou o prédio por volta das 10h. O corpo foi achado na cama, por um porteiro, após ter sentido mau cheiro vindo do apartamento e tentado abrir a porta, que estava destrancada. O suspeito teria acendido incensos para disfarçar o odor. No boletim de ocorrências, a profissão de Ana foi descrita como corretora de imóveis. Ela, porém, trabalhava como bailarina. É ex-dançarina da banda Aviões do Forró e participou, em junho, do concurso de bailarinas do programa "Domingão do Faustão", também da TV Globo.
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Tour grátis caminha por centro histórico e prédio da Light no aniversário de SP
O Edifício Alexandre Mackenzie é velho conhecido dos paulistanos, mas não por este nome. A alcunha que lhe dá fama faz menção a seu passado: o "prédio da Light", batizado assim por ter abrigado a empresa canadense de eletricidade de 1929 ao final do século 20. Hoje, o local é endereço do Shopping Light e para comemorar o aniversário da cidade, o centro comercial adianta seu "Walking Tour" para o dia 25 de janeiro. O passeio, normalmente programado para todo último domingo do mês, leva grupos para conhecer pontos turísticos e o interior do edifício histórico. O circuito começa às 10h30. Após um café da manhã, os participantes percorrem o Theatro Municipal, viaduto do Chá, praça do Patriarca, Igreja de Santo Antônio, rua São Bento, Edifício Martinelli, Edifício Altino Arantes, Mosteiro de São Bento, rua 15 de Novembro, Páteo do Colégio, Catedral da Sé e Largo São Francisco. No tour pela parte interna do shopping são visitadas escadarias, elevadores, a cobertura, e a antiga administração da empresa que foi responsável pela modernização do sistema elétrico de São Paulo. O passeio tem duração de três horas e é acompanhado por guias bilíngues —em português e espanhol— e um ator caracterizado como personagem histórico. As reservas são grátis e podem ser feitas pelo telefone 3154-2299 até esta quinta (21). Praça de Eventos — Shopping Light — r. Cel. Xavier de Toledo, 23, piso térreo, República, região central, tel. 3154-2299. Seg. (25): 10h30. GRÁTIS.
ilustrada
Tour grátis caminha por centro histórico e prédio da Light no aniversário de SPO Edifício Alexandre Mackenzie é velho conhecido dos paulistanos, mas não por este nome. A alcunha que lhe dá fama faz menção a seu passado: o "prédio da Light", batizado assim por ter abrigado a empresa canadense de eletricidade de 1929 ao final do século 20. Hoje, o local é endereço do Shopping Light e para comemorar o aniversário da cidade, o centro comercial adianta seu "Walking Tour" para o dia 25 de janeiro. O passeio, normalmente programado para todo último domingo do mês, leva grupos para conhecer pontos turísticos e o interior do edifício histórico. O circuito começa às 10h30. Após um café da manhã, os participantes percorrem o Theatro Municipal, viaduto do Chá, praça do Patriarca, Igreja de Santo Antônio, rua São Bento, Edifício Martinelli, Edifício Altino Arantes, Mosteiro de São Bento, rua 15 de Novembro, Páteo do Colégio, Catedral da Sé e Largo São Francisco. No tour pela parte interna do shopping são visitadas escadarias, elevadores, a cobertura, e a antiga administração da empresa que foi responsável pela modernização do sistema elétrico de São Paulo. O passeio tem duração de três horas e é acompanhado por guias bilíngues —em português e espanhol— e um ator caracterizado como personagem histórico. As reservas são grátis e podem ser feitas pelo telefone 3154-2299 até esta quinta (21). Praça de Eventos — Shopping Light — r. Cel. Xavier de Toledo, 23, piso térreo, República, região central, tel. 3154-2299. Seg. (25): 10h30. GRÁTIS.
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O incesto não é familiar
Incesto: haverá coisa mais familiar? Roubo a piada do grande Millôr para formular a questão: o que existe de errado no incesto, partindo do pressuposto de que o leitor considera o incesto errado? Uns dizem que a palavra apenas esconde abuso de menores. Outros relembram as consequências nefastas que relações consanguíneas podem trazer à descendência. Reformulo a pergunta com um exemplo: pai e filha, ambos maiores de idade; e a filha –ou o pai– é estéril. Será essa relação errada? Em muitos países, como Grécia, Itália e Polônia, a lei proíbe essas intimidades. Mas existe uma lista generosa de outros países –Portugal e Espanha, por exemplo, para ficar na vizinhança– que não criminalizam relações incestuosas entre adultos. Ponto da situação: se a lei não proíbe; se a relação é consensual; e se não há descendência no processo, onde está o mal? Enquanto o leitor pondera uma resposta, evoco um autor que talvez ajude na discussão. O nome é Theodore Dalrymple, que o Brasil conheceu pela primeira vez por meio da revista "Dicta & Contradicta". Agora, a editora É Realizações publica a obra do senhor, e "Em Defesa do Preconceito" é um dos títulos. E que título: como é que alguém pode defender o "preconceito" quando o preconceito é a besta do apocalipse da mentalidade progressista? Como é evidente, a mentalidade progressista começa por ser ignorante sobre o significado real das palavras. "Preconceito", no caso de Dalrymple, não traduz pensamentos discriminatórios sobre grupos ou minorias. Nesse quesito, aconteceu à palavra "preconceito" o mesmo que à "discriminação": no seu sentido original, "discriminar" é uma capacidade da razão para separar o belo do horrendo; a verdade da mentira; o bem do mal. Alguém que afirme nunca "discriminar" está simplesmente a dizer que é mentecapto. Igual raciocínio se aplica a "preconceito", que originalmente significava "praejudicium", ou seja, um julgamento baseado na sabedoria acumulada das gerações passadas. Mas não apenas na sabedoria acumulada: o "preconceito" foi sobrevivendo ao longo do tempo porque, nessa espécie de filtro darwinista, foram continuamente mostrando a sua utilidade. O livro de Dalrymple começa por recordar-nos esse sentido primevo da palavra. Mas ele vai mais longe. Como afirma o autor, hoje somos todos Descartes em potência: enfrentamos todas as premissas com "dúvidas metódicas" e só aceitamos argumentos (ou comportamentos) que possam ser absolvidos pelo "tribunal" de uma razão "clara e distinta". Esse cepticismo radical apresenta, porém, dois problemas. O primeiro é que não existe uma razão "clara e distinta". Os conceitos que utilizamos; a linguagem com que pensamos; os ensinamentos práticos que, inconscientemente, fomos internalizando –tudo isso depende de um mundo que já existia antes de nós e que irá sobreviver a nós. Se uma sociedade tivesse de destruir tudo antes de construir alguma coisa, cada geração estaria eternamente retornando à Idade da Pedra. Existe um segundo problema: o desejo de escapar ao convencional tornou-se, ironicamente, um comportamento "convencional". Isso significa que os destruidores de preconceitos são apenas movidos por novos preconceitos –por exemplo, a crença quase fideísta de que a rebeldia é sempre melhor do que o respeito pela autoridade. Será? Ou existem momentos em que um pouco de autoridade –nas escolas, nos hospitais etc.– pode ser aquilo que nos salva da ignorância ou até da morte? O leitor desejava ter um médico "rebelde" que, contra toda a tradição, optasse por inovar radicalmente em plena cirurgia? O livro de Theodore Dalrymple não é uma defesa de falsos ou perniciosos preconceitos –é preciso "discriminar", lembra? É, tão só, uma defesa modesta de que nem sempre é aconselhável jogar fora o bebê com a água do banho. E que existe um benefício da dúvida para os ensinamentos que as gerações passadas nos legaram –e que sobreviveram. Mesmo que, em alguns casos, sejamos racionalmente incapazes de "medir", com rigor científico, esses ensinamentos. O incesto é errado –moralmente falando? Creio que sim e não sei o porquê. Melhor: não quero nem preciso saber. Aceito a minha repulsa moral como uma herança de civilização.
colunas
O incesto não é familiarIncesto: haverá coisa mais familiar? Roubo a piada do grande Millôr para formular a questão: o que existe de errado no incesto, partindo do pressuposto de que o leitor considera o incesto errado? Uns dizem que a palavra apenas esconde abuso de menores. Outros relembram as consequências nefastas que relações consanguíneas podem trazer à descendência. Reformulo a pergunta com um exemplo: pai e filha, ambos maiores de idade; e a filha –ou o pai– é estéril. Será essa relação errada? Em muitos países, como Grécia, Itália e Polônia, a lei proíbe essas intimidades. Mas existe uma lista generosa de outros países –Portugal e Espanha, por exemplo, para ficar na vizinhança– que não criminalizam relações incestuosas entre adultos. Ponto da situação: se a lei não proíbe; se a relação é consensual; e se não há descendência no processo, onde está o mal? Enquanto o leitor pondera uma resposta, evoco um autor que talvez ajude na discussão. O nome é Theodore Dalrymple, que o Brasil conheceu pela primeira vez por meio da revista "Dicta & Contradicta". Agora, a editora É Realizações publica a obra do senhor, e "Em Defesa do Preconceito" é um dos títulos. E que título: como é que alguém pode defender o "preconceito" quando o preconceito é a besta do apocalipse da mentalidade progressista? Como é evidente, a mentalidade progressista começa por ser ignorante sobre o significado real das palavras. "Preconceito", no caso de Dalrymple, não traduz pensamentos discriminatórios sobre grupos ou minorias. Nesse quesito, aconteceu à palavra "preconceito" o mesmo que à "discriminação": no seu sentido original, "discriminar" é uma capacidade da razão para separar o belo do horrendo; a verdade da mentira; o bem do mal. Alguém que afirme nunca "discriminar" está simplesmente a dizer que é mentecapto. Igual raciocínio se aplica a "preconceito", que originalmente significava "praejudicium", ou seja, um julgamento baseado na sabedoria acumulada das gerações passadas. Mas não apenas na sabedoria acumulada: o "preconceito" foi sobrevivendo ao longo do tempo porque, nessa espécie de filtro darwinista, foram continuamente mostrando a sua utilidade. O livro de Dalrymple começa por recordar-nos esse sentido primevo da palavra. Mas ele vai mais longe. Como afirma o autor, hoje somos todos Descartes em potência: enfrentamos todas as premissas com "dúvidas metódicas" e só aceitamos argumentos (ou comportamentos) que possam ser absolvidos pelo "tribunal" de uma razão "clara e distinta". Esse cepticismo radical apresenta, porém, dois problemas. O primeiro é que não existe uma razão "clara e distinta". Os conceitos que utilizamos; a linguagem com que pensamos; os ensinamentos práticos que, inconscientemente, fomos internalizando –tudo isso depende de um mundo que já existia antes de nós e que irá sobreviver a nós. Se uma sociedade tivesse de destruir tudo antes de construir alguma coisa, cada geração estaria eternamente retornando à Idade da Pedra. Existe um segundo problema: o desejo de escapar ao convencional tornou-se, ironicamente, um comportamento "convencional". Isso significa que os destruidores de preconceitos são apenas movidos por novos preconceitos –por exemplo, a crença quase fideísta de que a rebeldia é sempre melhor do que o respeito pela autoridade. Será? Ou existem momentos em que um pouco de autoridade –nas escolas, nos hospitais etc.– pode ser aquilo que nos salva da ignorância ou até da morte? O leitor desejava ter um médico "rebelde" que, contra toda a tradição, optasse por inovar radicalmente em plena cirurgia? O livro de Theodore Dalrymple não é uma defesa de falsos ou perniciosos preconceitos –é preciso "discriminar", lembra? É, tão só, uma defesa modesta de que nem sempre é aconselhável jogar fora o bebê com a água do banho. E que existe um benefício da dúvida para os ensinamentos que as gerações passadas nos legaram –e que sobreviveram. Mesmo que, em alguns casos, sejamos racionalmente incapazes de "medir", com rigor científico, esses ensinamentos. O incesto é errado –moralmente falando? Creio que sim e não sei o porquê. Melhor: não quero nem preciso saber. Aceito a minha repulsa moral como uma herança de civilização.
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SBT volta a exibir a série 'Punky, A Levada da Breca'
Sucesso nos anos 1980 e 1990, a série infantil "Punky, A Levada da Breca", produzida em 1988, retornará à grade do SBT, segundo a emissora confirmou nesta quinta-feira (6) A produção reestreia já na próxima segunda-feira (10), às 13h30. A trama gira em torno de Punky, uma garota abandonada pelos pais que passa a viver em um apartamento desocupado. O síndico do prédio se encanta pela menina e a adota. Relembre, abaixo, a abertura do programa: punky
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SBT volta a exibir a série 'Punky, A Levada da Breca'Sucesso nos anos 1980 e 1990, a série infantil "Punky, A Levada da Breca", produzida em 1988, retornará à grade do SBT, segundo a emissora confirmou nesta quinta-feira (6) A produção reestreia já na próxima segunda-feira (10), às 13h30. A trama gira em torno de Punky, uma garota abandonada pelos pais que passa a viver em um apartamento desocupado. O síndico do prédio se encanta pela menina e a adota. Relembre, abaixo, a abertura do programa: punky
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Inscrições para curso de verão da Física da USP vão até outubro
O Instituto de Física da USP irá realizar, em fevereiro de 2017, seu oitavo Curso de Verão, que tem por objetivo auxiliar estudantes de graduação e pós-graduação a escolher a área de atuação. As inscrições estão abertas desde o dia 1º de setembro e vão até 31 de outubro. Além de se inscrever no site da Instituto de Física da USP, os candidatos devem enviar uma cópia do currículo. Os participantes assistirão a palestras de cientistas como Paulo Artaxo, um dos mais relevantes pesquisadores brasileiros, da área de mudanças climáticas, Kaline Coutinho, da área de modelagem molecular e simulação computacional, e Iberê Caldas, que trabalha com física de plasmas e sistemas dinâmicos. O curso será realizado na Cidade Universitária e fornecerá certificado para quem tiver presença superior a 70%. Caso o aluno seja de fora de São Paulo, haverá alojamento no campus da USP. Para outras dúvidas, os interessados podem mandar um e-mail para verao@if.usp.br.
ciencia
Inscrições para curso de verão da Física da USP vão até outubroO Instituto de Física da USP irá realizar, em fevereiro de 2017, seu oitavo Curso de Verão, que tem por objetivo auxiliar estudantes de graduação e pós-graduação a escolher a área de atuação. As inscrições estão abertas desde o dia 1º de setembro e vão até 31 de outubro. Além de se inscrever no site da Instituto de Física da USP, os candidatos devem enviar uma cópia do currículo. Os participantes assistirão a palestras de cientistas como Paulo Artaxo, um dos mais relevantes pesquisadores brasileiros, da área de mudanças climáticas, Kaline Coutinho, da área de modelagem molecular e simulação computacional, e Iberê Caldas, que trabalha com física de plasmas e sistemas dinâmicos. O curso será realizado na Cidade Universitária e fornecerá certificado para quem tiver presença superior a 70%. Caso o aluno seja de fora de São Paulo, haverá alojamento no campus da USP. Para outras dúvidas, os interessados podem mandar um e-mail para verao@if.usp.br.
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Apoio a Trump cresce onde se quer o 'sonho americano' de volta
Há uma forma de detectar lugares mais propícios a apoiar o republicano Donald Trump: cheque o necrotério. A simpatia pelo presidenciável tende a crescer em regiões onde homens e mulheres brancos, de meia-idade e com níveis de educação mais baixos adoecem e morrem mais –caso do Kentucky, 90% branco, onde, em abril, só restavam 6.900 trabalhadores em minas de carvão, "o nível mais baixo desde 1898", segundo relatório estadual. A estatística mórbida vem de num estudo publicado em 2015 por Angus Deaton, vencedor do Nobel de Economia, e sua mulher, a também economista Anne Case. Segundo levantamento do casal, entre 1978 e 1998, a taxa de mortalidade para americanos brancos entre 45 e 54 anos caiu em média 2% por ano –dado compatível com o de outros seis países industrializados analisados (Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça e Austrália). A partir de 1998, algo mudou. A tendência se manteve nas outras nações, mas os EUA já não eram os mesmos: ali, a mortalidade entre brancos passou a crescer 0,5% ao ano. "Nenhum outro país rico viu reviravolta similar." É uma legião sem grandes perspectivas, que falha em acumular reservas para uma aposentadoria confortável. Suicídio e doenças ligadas a alcoolismo (caso da cirrose) e drogas (sobretudo adição a opiáceos como Vicodin) são populares nos atestados de óbito dessa fatia demográfica. Com seu discurso populista calcado na promessa de "fazer a América grandiosa de novo", Trump virou a boia de salvação desses americanos contra um sistema incapaz de lhes devolver o "american dream" (sonho americano). "Depois da desaceleração da produtividade no começo dos anos 1970, e com a expansão da desigualdade de renda, muitos 'baby-boomers' [nascidos logo após a Segunda Guerra] são os primeiros a perceber, na meia-idade, que sua vida não será melhor do que a de seus pais", escrevem os autores do estudo. Esse desalento virou terra fértil para o discurso extremista de Trump, visto como alguém disposto a proteger os "americanos reais" (como seu primogênito, Donald Jr., disse na véspera da eleição) das "invasões bárbaras" (imigrantes, terroristas) e de acordos comerciais que deslocam empregos para outros países. Essa frustração dá gás para a ascensão de discursos violentos, como o de um partidário de Trump que, na convenção republicana, em julho, defendeu que Hillary Clinton fosse "enforcada por traição", por usar um e-mail privado quando secretária de Estado. "Sempre fomos otimistas de que deixaríamos um futuro melhor para nossas crianças", diz John McLaughin, analista de pesquisas de opinião para republicanos. "Agora estamos preocupados que isso não seja mais possível."
mundo
Apoio a Trump cresce onde se quer o 'sonho americano' de voltaHá uma forma de detectar lugares mais propícios a apoiar o republicano Donald Trump: cheque o necrotério. A simpatia pelo presidenciável tende a crescer em regiões onde homens e mulheres brancos, de meia-idade e com níveis de educação mais baixos adoecem e morrem mais –caso do Kentucky, 90% branco, onde, em abril, só restavam 6.900 trabalhadores em minas de carvão, "o nível mais baixo desde 1898", segundo relatório estadual. A estatística mórbida vem de num estudo publicado em 2015 por Angus Deaton, vencedor do Nobel de Economia, e sua mulher, a também economista Anne Case. Segundo levantamento do casal, entre 1978 e 1998, a taxa de mortalidade para americanos brancos entre 45 e 54 anos caiu em média 2% por ano –dado compatível com o de outros seis países industrializados analisados (Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça e Austrália). A partir de 1998, algo mudou. A tendência se manteve nas outras nações, mas os EUA já não eram os mesmos: ali, a mortalidade entre brancos passou a crescer 0,5% ao ano. "Nenhum outro país rico viu reviravolta similar." É uma legião sem grandes perspectivas, que falha em acumular reservas para uma aposentadoria confortável. Suicídio e doenças ligadas a alcoolismo (caso da cirrose) e drogas (sobretudo adição a opiáceos como Vicodin) são populares nos atestados de óbito dessa fatia demográfica. Com seu discurso populista calcado na promessa de "fazer a América grandiosa de novo", Trump virou a boia de salvação desses americanos contra um sistema incapaz de lhes devolver o "american dream" (sonho americano). "Depois da desaceleração da produtividade no começo dos anos 1970, e com a expansão da desigualdade de renda, muitos 'baby-boomers' [nascidos logo após a Segunda Guerra] são os primeiros a perceber, na meia-idade, que sua vida não será melhor do que a de seus pais", escrevem os autores do estudo. Esse desalento virou terra fértil para o discurso extremista de Trump, visto como alguém disposto a proteger os "americanos reais" (como seu primogênito, Donald Jr., disse na véspera da eleição) das "invasões bárbaras" (imigrantes, terroristas) e de acordos comerciais que deslocam empregos para outros países. Essa frustração dá gás para a ascensão de discursos violentos, como o de um partidário de Trump que, na convenção republicana, em julho, defendeu que Hillary Clinton fosse "enforcada por traição", por usar um e-mail privado quando secretária de Estado. "Sempre fomos otimistas de que deixaríamos um futuro melhor para nossas crianças", diz John McLaughin, analista de pesquisas de opinião para republicanos. "Agora estamos preocupados que isso não seja mais possível."
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Crítica: Em crise, Tim Burton é salvo por atuação de Amy Adams
"Grandes Olhos", de Tim Burton, conta a história de Margaret Keane (Amy Adams), pintora cujos quadros mostravam crianças de olhos grandes e feições sérias, desde o momento em que larga o primeiro marido e foge com a filha para San Francisco, em 1958. Por ingenuidade e insegurança como mãe solteira em tempos de preconceito, ela se casa com Walter Keane (Christoph Waltz), picareta que assume a autoria dos quadros e fica famoso no lugar dela. Na superfície, não vemos muito do universo de Tim Burton, a não ser no fato de que ele colecionava quadros da pintora, e no título, que remete a um de seus filmes menos felizes, "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas". O adjetivo combina com sua tendência de amplificar características dos personagens. Mas a verdade é que Burton não realiza um "grande" filme desde o incompreendido "O Planeta dos Macacos" (2001). Sua marca está em algumas entrelinhas: na música de seu parceiro usual Danny Elfman, na preferência pelos quadros mais melancólicos de Margaret, na crítica ao "american way of life". Há um momento de delírio que é bem a cara do diretor: Margaret está no supermercado e todos a encaram com olhos iguais aos das pinturas. Não seriam, contudo, elementos fortes o suficiente para segurar um longa, ainda mais vindos de quem já nos deu "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "Ed Wood" (1994). Mas há um trunfo inegável, mais forte, neste caso, que qualquer marca autoral: Amy Adams. Sua presença é tão luminosa que faz com que o filme seja mais do que o trabalho de um autor em crise. GRANDES OLHOS (BIG EYES) DIREÇÃO Tim Burton ELENCO Amy Adams, Christoph Waltz e Krysten Ritter PRODUÇÃO EUA/Canadá, 2014, 12 anos QUANDO estreia nesta quinta (29) AVALIAÇÃO bom
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Crítica: Em crise, Tim Burton é salvo por atuação de Amy Adams"Grandes Olhos", de Tim Burton, conta a história de Margaret Keane (Amy Adams), pintora cujos quadros mostravam crianças de olhos grandes e feições sérias, desde o momento em que larga o primeiro marido e foge com a filha para San Francisco, em 1958. Por ingenuidade e insegurança como mãe solteira em tempos de preconceito, ela se casa com Walter Keane (Christoph Waltz), picareta que assume a autoria dos quadros e fica famoso no lugar dela. Na superfície, não vemos muito do universo de Tim Burton, a não ser no fato de que ele colecionava quadros da pintora, e no título, que remete a um de seus filmes menos felizes, "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas". O adjetivo combina com sua tendência de amplificar características dos personagens. Mas a verdade é que Burton não realiza um "grande" filme desde o incompreendido "O Planeta dos Macacos" (2001). Sua marca está em algumas entrelinhas: na música de seu parceiro usual Danny Elfman, na preferência pelos quadros mais melancólicos de Margaret, na crítica ao "american way of life". Há um momento de delírio que é bem a cara do diretor: Margaret está no supermercado e todos a encaram com olhos iguais aos das pinturas. Não seriam, contudo, elementos fortes o suficiente para segurar um longa, ainda mais vindos de quem já nos deu "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "Ed Wood" (1994). Mas há um trunfo inegável, mais forte, neste caso, que qualquer marca autoral: Amy Adams. Sua presença é tão luminosa que faz com que o filme seja mais do que o trabalho de um autor em crise. GRANDES OLHOS (BIG EYES) DIREÇÃO Tim Burton ELENCO Amy Adams, Christoph Waltz e Krysten Ritter PRODUÇÃO EUA/Canadá, 2014, 12 anos QUANDO estreia nesta quinta (29) AVALIAÇÃO bom
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Alecsandro chega a 97 gols em pontos corridos e se aproxima de 'pódio'
Nesta quarta-feira (25), o centroavante Alecsandro foi um dos principais responsáveis pela mudança positiva de desempenho do Palmeiras no segundo tempo da vitória por 2 a 0 contra o Fluminense. Autor do segundo gol da partida, ele chegou a 97 marcados em pontos corridos, e agora está a apenas um de Borges, atualmente no América-MG, e terceiro maior artilheiro da história dos Brasileiros em pontos corridos (fórmula vigente desde 2003). O primeiro colocado é Fred, que tem 114 (e perdeu duas grandes oportunidades contra o Palmeiras), e o segundo é Paulo Baier, com 106. Os números são da CBF. Alecsandro é o vice-artilheiro do Palmeiras na temporada, com 10 gols, atrás somente de Gabriel Jesus, que tem 11. Nas últimas partidas, ele perdeu espaço para Barrios, que se lesionou. Contra o Fluminense, Cuca optou por escalar um grupo de frente sem atacante de referência. Ainda no gramado, ele disse que vai brigar pela titularidade. "Eu vinha de uma sequência boa e sendo eleito por vocês o melhor da partida. Lógico que a sequência era esperada e não aconteceu, mas o Cuca é bom treinador e a gente espera que ele escale sempre os melhores. Vou continuar trabalhando, seja titular ou não. Pelo momento que eu estava vivendo, fiquei surpreendido, mas não chateado. Nada de bico. O bom jogador reconquista a posição e é isso que eu vou buscar", disse. No domingo (29), ele tem chances de ser titular no clássico contra o São Paulo, no Morumbi.
esporte
Alecsandro chega a 97 gols em pontos corridos e se aproxima de 'pódio'Nesta quarta-feira (25), o centroavante Alecsandro foi um dos principais responsáveis pela mudança positiva de desempenho do Palmeiras no segundo tempo da vitória por 2 a 0 contra o Fluminense. Autor do segundo gol da partida, ele chegou a 97 marcados em pontos corridos, e agora está a apenas um de Borges, atualmente no América-MG, e terceiro maior artilheiro da história dos Brasileiros em pontos corridos (fórmula vigente desde 2003). O primeiro colocado é Fred, que tem 114 (e perdeu duas grandes oportunidades contra o Palmeiras), e o segundo é Paulo Baier, com 106. Os números são da CBF. Alecsandro é o vice-artilheiro do Palmeiras na temporada, com 10 gols, atrás somente de Gabriel Jesus, que tem 11. Nas últimas partidas, ele perdeu espaço para Barrios, que se lesionou. Contra o Fluminense, Cuca optou por escalar um grupo de frente sem atacante de referência. Ainda no gramado, ele disse que vai brigar pela titularidade. "Eu vinha de uma sequência boa e sendo eleito por vocês o melhor da partida. Lógico que a sequência era esperada e não aconteceu, mas o Cuca é bom treinador e a gente espera que ele escale sempre os melhores. Vou continuar trabalhando, seja titular ou não. Pelo momento que eu estava vivendo, fiquei surpreendido, mas não chateado. Nada de bico. O bom jogador reconquista a posição e é isso que eu vou buscar", disse. No domingo (29), ele tem chances de ser titular no clássico contra o São Paulo, no Morumbi.
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Na TV, Alckmin diz que PSDB de São Paulo 'dá exemplo' para o Brasil
O governador Geraldo Alckmin dirá na propaganda partidária que vai ao ar em outubro que o "PSDB de São Paulo dá exemplo para o Brasil". Na peça, o tucano cita obras de seu governo ao dizer que, em sua gestão, "cuidamos do dinheiro público com responsabilidade e, por isso, nossas obras não pararam". "Enquanto o Brasil ficou no vermelho na sua maior recessão, São Paulo ficou no azul", diz. Alckmin tenta se viabilizar como candidato do PSDB à Presidência, em disputa com o prefeito de São Paulo, João Doria. As inserções foram realizadas pelo publicitário Lula Guimarães, que fez a campanha de João Doria à prefeitura em 2016. Alckmin Em uma peça voltada ao problema da segurança pública, ele também compara o Estado com o país. "O Brasil sofre com a violência, mas em São Paulo os índices caem a cada ano", afirma. Há alguns dias, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), um dos "cabeças preta" do Congresso, foi ao Palácio dos Bandeirantes declarar seu apoio a Alckmin. Pernambucano, disse que o tema da violência no Nordeste deve ser prioridade na campanha. A participação de Doria no programa partidário de outubro foi alvo de discussão interna no PSDB paulista. Uma ala queria excluí-lo das inserções, mas optou-se ao final por replicar a mesma divisão de tempo adotada em junho. Apenas Alckmin aparece no interior e, na capital, divide o tempo com Doria.
poder
Na TV, Alckmin diz que PSDB de São Paulo 'dá exemplo' para o BrasilO governador Geraldo Alckmin dirá na propaganda partidária que vai ao ar em outubro que o "PSDB de São Paulo dá exemplo para o Brasil". Na peça, o tucano cita obras de seu governo ao dizer que, em sua gestão, "cuidamos do dinheiro público com responsabilidade e, por isso, nossas obras não pararam". "Enquanto o Brasil ficou no vermelho na sua maior recessão, São Paulo ficou no azul", diz. Alckmin tenta se viabilizar como candidato do PSDB à Presidência, em disputa com o prefeito de São Paulo, João Doria. As inserções foram realizadas pelo publicitário Lula Guimarães, que fez a campanha de João Doria à prefeitura em 2016. Alckmin Em uma peça voltada ao problema da segurança pública, ele também compara o Estado com o país. "O Brasil sofre com a violência, mas em São Paulo os índices caem a cada ano", afirma. Há alguns dias, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), um dos "cabeças preta" do Congresso, foi ao Palácio dos Bandeirantes declarar seu apoio a Alckmin. Pernambucano, disse que o tema da violência no Nordeste deve ser prioridade na campanha. A participação de Doria no programa partidário de outubro foi alvo de discussão interna no PSDB paulista. Uma ala queria excluí-lo das inserções, mas optou-se ao final por replicar a mesma divisão de tempo adotada em junho. Apenas Alckmin aparece no interior e, na capital, divide o tempo com Doria.
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Oposição pedirá envio ao TSE de dados sobre pagamentos a João Santana
Os partidos de oposição querem solicitar que as provas obtidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato sobre os pagamentos feitos pela Odebrecht a contas de João Santana no exterior sejam enviadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Santana comandou a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Desde 2006, ele é personagem central da publicidade do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A campanha de Dilma é alvo de uma apuração no TSE aberta a pedido do PSDB, que acusa a petista de ter se reelegido com abuso de poder político e econômico. Ao alardear o interesse no envio das provas que vinculam Santana a pagamentos da Odebrecht, a oposição tenta reforçar a tese de que dinheiro do chamado petrolão serviu para pagar despesas da campanha petista. Presidente do DEM, o senador Agripino Maia (DEM-RN) diz que o pedido de prisão de Santana, feito nesta segunda-feira (22), agrava a situação do governo e reforça as suspeitas de que o pagamento de valores no exterior é "recorrente" nas campanhas políticas do PT. Ele faz um paralelo entre a situação de Santana e a que o marqueteiro Duda Mendonça, que fez a campanha de Lula em 2002, relatou durante o escândalo do mensalão, em 2006. Na época, após Duda assumiu em depoimento a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que havia recebido pagamentos pela campanha de Lula em um paraíso fiscal e que o dinheiro não havia sido declarado. "O pensamento das oposições é esse: de pedir que as provas que ainda não foram enviadas ao TSE sejam remetidas agora", diz Agripino. Além de pedir que os documentos que apontam pagamentos da Odebrecht no exterior sejam enviados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a direção do PSDB vai solicitar que a Corte tome o depoimento de Zwi Skornicki, apontado como operador do estaleiro Keper Fels. Ele fez ao menos quatro repasses entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 à Shellbill, offshore controlada por Santana e por sua mulher, Mônica Moura. A orientação do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), é que o partido provoque o TSE a questionar qual o motivo para os pagamentos feitos no exterior e a mando de quem eles foram feitos. 'ACARAJÉ' A 23ª fase da Operação Lava Jato, intitulada "Acarajé", tem como alvo o publicitário João Santana, que encabeçou campanhas presidenciais petistas, e a empreiteira Odebrecht. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal encontraram transferências de US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões, em valores desta segunda) de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro João Santana e pela mulher e sócia dele, Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras. Deste montante, US$ 3 milhões foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que são atribuídas pelos investigadores à Odebrecht, entre 13 de abril de 2012 e 08 de março de 2013. Para a Procuradoria, "pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT". OS CLIENTES DE JOÃO SANTANA - Marqueteiro trabalhou em campanhas no Brasil e no exterior
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Oposição pedirá envio ao TSE de dados sobre pagamentos a João SantanaOs partidos de oposição querem solicitar que as provas obtidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato sobre os pagamentos feitos pela Odebrecht a contas de João Santana no exterior sejam enviadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Santana comandou a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Desde 2006, ele é personagem central da publicidade do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A campanha de Dilma é alvo de uma apuração no TSE aberta a pedido do PSDB, que acusa a petista de ter se reelegido com abuso de poder político e econômico. Ao alardear o interesse no envio das provas que vinculam Santana a pagamentos da Odebrecht, a oposição tenta reforçar a tese de que dinheiro do chamado petrolão serviu para pagar despesas da campanha petista. Presidente do DEM, o senador Agripino Maia (DEM-RN) diz que o pedido de prisão de Santana, feito nesta segunda-feira (22), agrava a situação do governo e reforça as suspeitas de que o pagamento de valores no exterior é "recorrente" nas campanhas políticas do PT. Ele faz um paralelo entre a situação de Santana e a que o marqueteiro Duda Mendonça, que fez a campanha de Lula em 2002, relatou durante o escândalo do mensalão, em 2006. Na época, após Duda assumiu em depoimento a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que havia recebido pagamentos pela campanha de Lula em um paraíso fiscal e que o dinheiro não havia sido declarado. "O pensamento das oposições é esse: de pedir que as provas que ainda não foram enviadas ao TSE sejam remetidas agora", diz Agripino. Além de pedir que os documentos que apontam pagamentos da Odebrecht no exterior sejam enviados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a direção do PSDB vai solicitar que a Corte tome o depoimento de Zwi Skornicki, apontado como operador do estaleiro Keper Fels. Ele fez ao menos quatro repasses entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 à Shellbill, offshore controlada por Santana e por sua mulher, Mônica Moura. A orientação do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), é que o partido provoque o TSE a questionar qual o motivo para os pagamentos feitos no exterior e a mando de quem eles foram feitos. 'ACARAJÉ' A 23ª fase da Operação Lava Jato, intitulada "Acarajé", tem como alvo o publicitário João Santana, que encabeçou campanhas presidenciais petistas, e a empreiteira Odebrecht. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal encontraram transferências de US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões, em valores desta segunda) de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro João Santana e pela mulher e sócia dele, Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras. Deste montante, US$ 3 milhões foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que são atribuídas pelos investigadores à Odebrecht, entre 13 de abril de 2012 e 08 de março de 2013. Para a Procuradoria, "pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT". OS CLIENTES DE JOÃO SANTANA - Marqueteiro trabalhou em campanhas no Brasil e no exterior
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Delcídio diz que paralisia do Congresso causou rebaixamento de nota do Brasil
O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), atribuiu o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch à paralisia da Câmara que, devido à crise política, não tem conseguido avançar na análise de propostas que podem ajudar na retomada da economia, como a repatriação de bens e a recriação de um imposto nos moldes da CPMF. A nota foi cortada de "BBB" para "BBB-" e a agência colocou o rating sob perspectiva negativa. Apesar do corte, o país manteve o grau de investimento –espécie de selo de bom pagador. Agora, o Brasil está no último degrau antes do nível especulativo. A perspectiva negativa significa que a nota do país pode sofrer novo corte quando a agência revisar sua avaliação sobre o Brasil. Para Delcídio, a discussão em torno do impeachment da presidente Dilma Rousseff e das denúncias de corrupção que pesam contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conturbaram os trabalhos do Congresso e acabaram por inviabilizar uma agenda de votação das propostas econômicas, o que levou ao aumento das incertezas no mercado financeiro. "O problema é que essas coisas conturbam, criam instabilidade política. Aí você começa a priorizar determinados temas em detrimento de outros. Acho que agora, até em função dos acontecimentos, está na hora de a gente sentar na mesa e conversar, fazer um pacto pelo país por aquelas medidas que vão ajudar o Brasil a sair desse processo de não-crescimento", disse. Em nota, a Fitch afirma que o rebaixamento reflete o maior endividamento do governo, além do aumento dos desafios para a consolidação fiscal e a piora da perspectiva de crescimento econômico e diz que o ambiente político difícil prejudica o progresso da agenda legislativa do governo. O senador petista acredita que ainda é possível travar um acordo no Congresso para que se dê andamento às votações neste ano. "Temos que, independentemente de disputas políticas e idiossincrasias pessoais, dialogar com todo mundo e montar um programa mínimo para apresentar ao país até dezembro, um pacote de medidas que mude o cenário para 2016. [...] Não podemos ficar nesse marasmo", afirmou. De acordo com Delcídio, o governo tem tentado conversar com Cunha para, além de tratar do andamento do processo de impedimento de Dilma no Congresso e as denúncias que o atingem, fazer um apelo para que ele dê andamento às votações. "O governo está efetivamente fazendo uma conversa com o presidente da Câmara no sentido de acertar essa agenda e para trazer tranquilidade para que a Câmara vote, para que o Senado vote, para que o Congresso se apresente e a economia sofra os impactos positivos fundamentados nas medidas apresentadas", afirmou. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), diante da situação política e econômica que o país enfrenta, o diagnóstico da agência "até que foi bom e importante". "Não foi ruim porque mantém a situação de estabilidade em um clima em que se tenta o tempo inteiro criar instabilidades. A expectativa era que houvesse um rebaixamento da nota de fato e isso não se concretizou", disse. ARRUMAR A CASA Delcídio também comentou a visita do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva à Brasília nesta quarta-feira (14) e disse que o petista "ajuda a arrumar a casa". "Toda vez que o presidente Lula vem para cá, ele ajuda a arrumar a casa. Pela experiência que ele tem, pela capacidade de articulação e porque é uma pessoa que é da política, tem uma cabeça política forte. Todas as vezes que ele passa por aqui, ele acalma os ânimos", elogiou Delcídio.
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Delcídio diz que paralisia do Congresso causou rebaixamento de nota do BrasilO líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), atribuiu o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch à paralisia da Câmara que, devido à crise política, não tem conseguido avançar na análise de propostas que podem ajudar na retomada da economia, como a repatriação de bens e a recriação de um imposto nos moldes da CPMF. A nota foi cortada de "BBB" para "BBB-" e a agência colocou o rating sob perspectiva negativa. Apesar do corte, o país manteve o grau de investimento –espécie de selo de bom pagador. Agora, o Brasil está no último degrau antes do nível especulativo. A perspectiva negativa significa que a nota do país pode sofrer novo corte quando a agência revisar sua avaliação sobre o Brasil. Para Delcídio, a discussão em torno do impeachment da presidente Dilma Rousseff e das denúncias de corrupção que pesam contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conturbaram os trabalhos do Congresso e acabaram por inviabilizar uma agenda de votação das propostas econômicas, o que levou ao aumento das incertezas no mercado financeiro. "O problema é que essas coisas conturbam, criam instabilidade política. Aí você começa a priorizar determinados temas em detrimento de outros. Acho que agora, até em função dos acontecimentos, está na hora de a gente sentar na mesa e conversar, fazer um pacto pelo país por aquelas medidas que vão ajudar o Brasil a sair desse processo de não-crescimento", disse. Em nota, a Fitch afirma que o rebaixamento reflete o maior endividamento do governo, além do aumento dos desafios para a consolidação fiscal e a piora da perspectiva de crescimento econômico e diz que o ambiente político difícil prejudica o progresso da agenda legislativa do governo. O senador petista acredita que ainda é possível travar um acordo no Congresso para que se dê andamento às votações neste ano. "Temos que, independentemente de disputas políticas e idiossincrasias pessoais, dialogar com todo mundo e montar um programa mínimo para apresentar ao país até dezembro, um pacote de medidas que mude o cenário para 2016. [...] Não podemos ficar nesse marasmo", afirmou. De acordo com Delcídio, o governo tem tentado conversar com Cunha para, além de tratar do andamento do processo de impedimento de Dilma no Congresso e as denúncias que o atingem, fazer um apelo para que ele dê andamento às votações. "O governo está efetivamente fazendo uma conversa com o presidente da Câmara no sentido de acertar essa agenda e para trazer tranquilidade para que a Câmara vote, para que o Senado vote, para que o Congresso se apresente e a economia sofra os impactos positivos fundamentados nas medidas apresentadas", afirmou. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), diante da situação política e econômica que o país enfrenta, o diagnóstico da agência "até que foi bom e importante". "Não foi ruim porque mantém a situação de estabilidade em um clima em que se tenta o tempo inteiro criar instabilidades. A expectativa era que houvesse um rebaixamento da nota de fato e isso não se concretizou", disse. ARRUMAR A CASA Delcídio também comentou a visita do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva à Brasília nesta quarta-feira (14) e disse que o petista "ajuda a arrumar a casa". "Toda vez que o presidente Lula vem para cá, ele ajuda a arrumar a casa. Pela experiência que ele tem, pela capacidade de articulação e porque é uma pessoa que é da política, tem uma cabeça política forte. Todas as vezes que ele passa por aqui, ele acalma os ânimos", elogiou Delcídio.
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Mortes: No Rio, tirou a Marquês de Sapucaí do papel
O arquiteto João Otávio ganhava a vida construindo e reformando casas nos Estados Unidos quando recebeu um pedido em 2002. Era seu pai, o histórico político gaúcho Leonel Brizola (1922-2004), dizendo que era hora do caçula voltar para casa. O retorno de João Otávio estreitou ainda mais a relação entre os dois. Viajavam ao Uruguai todos os meses para tratar de assuntos da fazenda da família. Se já era o filho mais próximo –a relação de seus dois irmãos com Brizola era conturbada-, o arquiteto se tornou o principal confidente do político no final de sua vida. O convívio valeu um livro, "Minha Vida Com Meu Pai, Leonel Brizola" (ed. Planeta). A intimidade não fez João Otávio seguir o ofício do pai, o que atribui à diferença de temperamento entre os dois.Ele dizia se identificar mais com o tio, João Goulart (presidente do Brasil entre 1961 e 1964), com quem Brizola chegou a romper devido a divergências políticas –os dois se reconciliaram pouco antes da morte de Jango, em 1976. "Minha natureza é mais calma, conciliadora. E isso não era aceito. A maneira de fazer política para o meu pai era fazer do jeito que ele queria", disse, em rara entrevista concedida em 2014. Mesmo assim, ele militou nas campanhas para o governo estadual do Rio de Janeiro em 1982 e 1990 e foi o arquiteto responsável pela execução do projeto do sambódromo da Marquês de Sapucaí, assinado por Oscar Niemeyer (1907-2012). João Otávio morreu no último dia 22, aos 64 anos, vitimado por um câncer de pele. Deixa um filho. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: No Rio, tirou a Marquês de Sapucaí do papelO arquiteto João Otávio ganhava a vida construindo e reformando casas nos Estados Unidos quando recebeu um pedido em 2002. Era seu pai, o histórico político gaúcho Leonel Brizola (1922-2004), dizendo que era hora do caçula voltar para casa. O retorno de João Otávio estreitou ainda mais a relação entre os dois. Viajavam ao Uruguai todos os meses para tratar de assuntos da fazenda da família. Se já era o filho mais próximo –a relação de seus dois irmãos com Brizola era conturbada-, o arquiteto se tornou o principal confidente do político no final de sua vida. O convívio valeu um livro, "Minha Vida Com Meu Pai, Leonel Brizola" (ed. Planeta). A intimidade não fez João Otávio seguir o ofício do pai, o que atribui à diferença de temperamento entre os dois.Ele dizia se identificar mais com o tio, João Goulart (presidente do Brasil entre 1961 e 1964), com quem Brizola chegou a romper devido a divergências políticas –os dois se reconciliaram pouco antes da morte de Jango, em 1976. "Minha natureza é mais calma, conciliadora. E isso não era aceito. A maneira de fazer política para o meu pai era fazer do jeito que ele queria", disse, em rara entrevista concedida em 2014. Mesmo assim, ele militou nas campanhas para o governo estadual do Rio de Janeiro em 1982 e 1990 e foi o arquiteto responsável pela execução do projeto do sambódromo da Marquês de Sapucaí, assinado por Oscar Niemeyer (1907-2012). João Otávio morreu no último dia 22, aos 64 anos, vitimado por um câncer de pele. Deixa um filho. coluna.obituario@grupofolha.com.br - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Antonio Celso de Arruda Campos (1934-2015) - Descobriu quatro espécies pré-históricas
Montealtosuchus arrudacamposi imortalizou, ao menos para a ciência, Antonio Celso de Arruda Campos (mais precisamente seus sobrenomes) e a terra natal deste paulista de Monte Alto. O réptil pré-histórico foi uma das quatro espécies descobertas pelo professor Toninho, que usou a aposentadoria, a partir da década de 1980, para se aventurar em escavações a procura de fósseis. Os primeiros "ossos" ele guardava em casa mesmo. Depois, conseguiu uma salinha na administração municipal até a abertura do Museu de Paleontologia, que dirigiu desde a fundação, em 1992, e que hoje leva seu nome. Foi se interessando pelo tema e, mesmo autodidata, tornou-se referência para a classe científica. Filiado à Sociedade Brasileira de Paleontologia, em 2012 foi condecorado, durante a reunião anualmente da entidade, por sua relevante contribuição à área. Quando não dispensava a atenção com os animais pré-históricos, ficava de olho nos peixes. Conheceu "todos os rios de São Paulo e de Minas" e também pescou no mar. Aposentou-se como oficial de Justiça, mas antes, a exemplo dos pais e dos seis irmãos, foi professor. Deu aulas no Colégio Comercial Deodoro Arruda Campos, que leva o nome de seu pai. Em outubro, comemorou os 80 anos com uma grande festa. Dois meses depois, teve um AVC (acidente vascular cerebral). Internado desde então, morreu na segunda (23). Deixa Giselda, após 63 anos, entre namoro e casamento, três filhas e três netos. A missa do sétimo dia será às 17h de hoje (1°/3), na paróquia Senhor Bom Jesus. coluna.obituario@uol.com.br
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Antonio Celso de Arruda Campos (1934-2015) - Descobriu quatro espécies pré-históricasMontealtosuchus arrudacamposi imortalizou, ao menos para a ciência, Antonio Celso de Arruda Campos (mais precisamente seus sobrenomes) e a terra natal deste paulista de Monte Alto. O réptil pré-histórico foi uma das quatro espécies descobertas pelo professor Toninho, que usou a aposentadoria, a partir da década de 1980, para se aventurar em escavações a procura de fósseis. Os primeiros "ossos" ele guardava em casa mesmo. Depois, conseguiu uma salinha na administração municipal até a abertura do Museu de Paleontologia, que dirigiu desde a fundação, em 1992, e que hoje leva seu nome. Foi se interessando pelo tema e, mesmo autodidata, tornou-se referência para a classe científica. Filiado à Sociedade Brasileira de Paleontologia, em 2012 foi condecorado, durante a reunião anualmente da entidade, por sua relevante contribuição à área. Quando não dispensava a atenção com os animais pré-históricos, ficava de olho nos peixes. Conheceu "todos os rios de São Paulo e de Minas" e também pescou no mar. Aposentou-se como oficial de Justiça, mas antes, a exemplo dos pais e dos seis irmãos, foi professor. Deu aulas no Colégio Comercial Deodoro Arruda Campos, que leva o nome de seu pai. Em outubro, comemorou os 80 anos com uma grande festa. Dois meses depois, teve um AVC (acidente vascular cerebral). Internado desde então, morreu na segunda (23). Deixa Giselda, após 63 anos, entre namoro e casamento, três filhas e três netos. A missa do sétimo dia será às 17h de hoje (1°/3), na paróquia Senhor Bom Jesus. coluna.obituario@uol.com.br
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Cuba avalia retirada de sobretaxa para câmbio de dólar, diz chanceler
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, informou nesta quinta-feira (17) que o regime avalia a retirada da sobretaxa de 10% sobre o câmbio de dólares americanos caso o país tenha acesso ao sistema bancário internacional. Reivindicação antiga de Havana, a retirada das restrições ao sistema bancário foram efetivadas no início da semana pelos Estados Unidos. "Com a intenção de verificar se de fato podem ser realizadas essas transações, e se os bancos têm indicações para realizá-las sem o medo de receberem sanções, nos próximos dias Cuba tentará fazer operações bancárias em dólares", disse Rodríguez. Caso o país consiga fazer a transação sem problemas, a eliminação da taxa será concedida. A medida foi introduzida em 2004 em resposta ao aumento das taxas pagas pelos bancos cubanos para trocar dólares no mercado. Para evitar a sobretaxa, turistas que viajavam à ilha precisam comprar euros, pesos mexicanos ou dólares canadenses. Na entrevista, o chanceler voltou a dizer que o país só fará novas mudanças com o fim do embargo, que depende do Congresso americano.
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Cuba avalia retirada de sobretaxa para câmbio de dólar, diz chancelerO ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, informou nesta quinta-feira (17) que o regime avalia a retirada da sobretaxa de 10% sobre o câmbio de dólares americanos caso o país tenha acesso ao sistema bancário internacional. Reivindicação antiga de Havana, a retirada das restrições ao sistema bancário foram efetivadas no início da semana pelos Estados Unidos. "Com a intenção de verificar se de fato podem ser realizadas essas transações, e se os bancos têm indicações para realizá-las sem o medo de receberem sanções, nos próximos dias Cuba tentará fazer operações bancárias em dólares", disse Rodríguez. Caso o país consiga fazer a transação sem problemas, a eliminação da taxa será concedida. A medida foi introduzida em 2004 em resposta ao aumento das taxas pagas pelos bancos cubanos para trocar dólares no mercado. Para evitar a sobretaxa, turistas que viajavam à ilha precisam comprar euros, pesos mexicanos ou dólares canadenses. Na entrevista, o chanceler voltou a dizer que o país só fará novas mudanças com o fim do embargo, que depende do Congresso americano.
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Morrissey lançará livro de ficção em setembro
Morrissey, ex-líder dos Smiths, inaugura em setembro seu novo capítulo no mundo literário. É quando ele publicará seu primeiro romance, "List of The Lost", pela Penguin –seu segundo livro pela editora, após sua autobiografia, de 2013, ter se tornado um best-seller na Inglaterra. "O primeiro romance de Morrissey, 'List of The Lost', será publicada pela Penguin Books no fim de setembro", diz uma nota no site de fãs "True to You", fonte reconhecida de informações sobre o cantor. "A Penguin irá confirmar a publicação e anunciar o início das vendas na próxima semana. 'List of The Lost' estará disponível no Reino Unido, Irlanda, Austrália, Índia, Nova Zelândia e África do Sul." Ainda não há mais detalhes sobre o primeiro romance de Morrissey. Na semana passada, o cantor foi entrevistado pelo apresentador Larry King –foi sua primeira aparição do gênero ao vivo em dez anos. Ele falou abertamente sobre questões de sua intimidade –como depressão e luta contra o câncer.
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Morrissey lançará livro de ficção em setembroMorrissey, ex-líder dos Smiths, inaugura em setembro seu novo capítulo no mundo literário. É quando ele publicará seu primeiro romance, "List of The Lost", pela Penguin –seu segundo livro pela editora, após sua autobiografia, de 2013, ter se tornado um best-seller na Inglaterra. "O primeiro romance de Morrissey, 'List of The Lost', será publicada pela Penguin Books no fim de setembro", diz uma nota no site de fãs "True to You", fonte reconhecida de informações sobre o cantor. "A Penguin irá confirmar a publicação e anunciar o início das vendas na próxima semana. 'List of The Lost' estará disponível no Reino Unido, Irlanda, Austrália, Índia, Nova Zelândia e África do Sul." Ainda não há mais detalhes sobre o primeiro romance de Morrissey. Na semana passada, o cantor foi entrevistado pelo apresentador Larry King –foi sua primeira aparição do gênero ao vivo em dez anos. Ele falou abertamente sobre questões de sua intimidade –como depressão e luta contra o câncer.
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Imposto maior sobre bancos fará custo do crédito e calotes subirem, diz Fitch
O aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobre os bancos deve resultar em alta do custo do crédito para tomadores, podendo elevar os índices de inadimplência e enfraquecer ainda mais o crescimento dos empréstimos, afirmou a agência de classificação de risco Fitch nesta segunda-feira (14). Com o aumento da alíquota da CSLL, de 15% para 20%, que entra em vigor em primeiro de outubro, a contribuição representará cerca de 40% da tributação sobre os ganhos dos bancos, segundo a Fitch, para quem a taxa efetiva de tributação dos bancos no Brasil ficou em 28% em 2014. "O efeito líquido do aumento de impostos poderia reduzir o lucro dos bancos de 4%, em média", calcula a agência. O Banco Central anunciou no fim de agosto que o índice de inadimplência no mercado de crédito com recursos livres subiu a 4,8% em julho, pico em dois anos. O estoque de crédito em 12 meses até julho subiu 9,9%. O setor financeiro tem sido apontado pelo governo como um dos principais alvos de possíveis novos aumentos de impostos, dada a necessidade de recursos para fechar o rombo fiscal. Na semana passada, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), afirmou que o governo federal avalia que o setor financeiro suporta uma carga tributária maior que a atual. Durante análise da proposta de aumento da CSLL, a relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), cogitou propor alíquota de 23%, mas recuou. Ela defendeu também acabar com os benefícios fiscais do pagamento de remuneração a acionistas por meio de juros sobre capital próprio (JCP) e retomada da cobrança CPMF. O governo também anunciou cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos do BNDES. Na opinião da Fitch, a capacidade comprovada de bancos brasileiros para preservar rentabilidade os expõe ao risco de aumento de impostos. Caso novos impostos sobre o setor aconteçam, a Fitch prevê pressões sobre a rentabilidade em 2015, 2016 e provavelmente no primeiro semestre 2017.
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Imposto maior sobre bancos fará custo do crédito e calotes subirem, diz FitchO aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobre os bancos deve resultar em alta do custo do crédito para tomadores, podendo elevar os índices de inadimplência e enfraquecer ainda mais o crescimento dos empréstimos, afirmou a agência de classificação de risco Fitch nesta segunda-feira (14). Com o aumento da alíquota da CSLL, de 15% para 20%, que entra em vigor em primeiro de outubro, a contribuição representará cerca de 40% da tributação sobre os ganhos dos bancos, segundo a Fitch, para quem a taxa efetiva de tributação dos bancos no Brasil ficou em 28% em 2014. "O efeito líquido do aumento de impostos poderia reduzir o lucro dos bancos de 4%, em média", calcula a agência. O Banco Central anunciou no fim de agosto que o índice de inadimplência no mercado de crédito com recursos livres subiu a 4,8% em julho, pico em dois anos. O estoque de crédito em 12 meses até julho subiu 9,9%. O setor financeiro tem sido apontado pelo governo como um dos principais alvos de possíveis novos aumentos de impostos, dada a necessidade de recursos para fechar o rombo fiscal. Na semana passada, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), afirmou que o governo federal avalia que o setor financeiro suporta uma carga tributária maior que a atual. Durante análise da proposta de aumento da CSLL, a relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), cogitou propor alíquota de 23%, mas recuou. Ela defendeu também acabar com os benefícios fiscais do pagamento de remuneração a acionistas por meio de juros sobre capital próprio (JCP) e retomada da cobrança CPMF. O governo também anunciou cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos do BNDES. Na opinião da Fitch, a capacidade comprovada de bancos brasileiros para preservar rentabilidade os expõe ao risco de aumento de impostos. Caso novos impostos sobre o setor aconteçam, a Fitch prevê pressões sobre a rentabilidade em 2015, 2016 e provavelmente no primeiro semestre 2017.
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A humanidade começa na cozinha
Viver em um mundo civilizado tem algumas vantagens tão básicas que nem nos damos conta. Uma delas é não ter que passar nove horas por dia ou mais procurando o que comer: graças à cozinha, talvez a mais básica das tecnologias, temos até mais calorias do que precisamos ao alcance das mãos. Foi o primatólogo Richard Wrangham, trabalhando em Harvard, quem propôs que a "invenção" do uso do fogo para cozinhar alimentos, muito mais do que o consumo de carne, teria sido o grande fator transformador da nossa história evolutiva. Cozidos, raízes e carne se tornam mais fácil e rapidamente mastigáveis, permitindo a absorção de mais calorias em menos tempo. Anos depois, nosso trabalho na UFRJ mostrou que sem uma tal transformação na velocidade com que se ingerem calorias, nossos antepassados teriam tido que passar improváveis nove horas e meia procurando o que comer todos os dias para sustentar corpo e cérebro. Nem gorilas, que não frequentam escolas ou trabalho, conseguem tal feito. Se comêssemos como outros primatas, não estaríamos aqui com nossos 86 bilhões de neurônios. Curiosamente, um dos principais críticos da proposta de Wrangham é seu amigo pessoal Daniel Lieberman, antropólogo no mesmo corredor em Harvard. Wrangham argumenta que há evidência fóssil de uso de fogo para cozinhar já 1.5 milhões de anos atrás, bem quando o cérebro humano começa a aumentar de tamanho ao longo dos milênios; Lieberman, ao contrário, diz que essa evidência só é concreta de 400 mil anos para cá – quando o cérebro humano já tinha o tamanho moderno. Lieberman e sua colaboradora Katherine Zink resolveram então medir o efeito que simplesmente cortar carne e amassar batatas e cenouras cruas (o que ferramentas simples de pedra, pré-fogo, já permitiam) têm sobre a alimentação de humanos modernos. O veredito, publicado na "Nature"? Cortar e amassar esses alimentos crus já bastam para reduzir de 13 a 26% o tempo e a força de mastigação, certamente suficientes para sustentar a tese de que a humanidade começou com a cozinha. O impasse entre os amigos então se resolve usando a palavra "cozinha" (ou "cooking", na literatura em inglês) no sentido mais amplo da palavra –como aliás venho propondo. Cozinhar, para mim, é preparar os alimentos de qualquer maneira antes de ingeri-los: fatiar, picar, amassar, marinar, ou de fato assar e cozer. Acho que, assim, Wrangham e Lieberman concordam: devemos nossa humanidade à cozinha.
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A humanidade começa na cozinhaViver em um mundo civilizado tem algumas vantagens tão básicas que nem nos damos conta. Uma delas é não ter que passar nove horas por dia ou mais procurando o que comer: graças à cozinha, talvez a mais básica das tecnologias, temos até mais calorias do que precisamos ao alcance das mãos. Foi o primatólogo Richard Wrangham, trabalhando em Harvard, quem propôs que a "invenção" do uso do fogo para cozinhar alimentos, muito mais do que o consumo de carne, teria sido o grande fator transformador da nossa história evolutiva. Cozidos, raízes e carne se tornam mais fácil e rapidamente mastigáveis, permitindo a absorção de mais calorias em menos tempo. Anos depois, nosso trabalho na UFRJ mostrou que sem uma tal transformação na velocidade com que se ingerem calorias, nossos antepassados teriam tido que passar improváveis nove horas e meia procurando o que comer todos os dias para sustentar corpo e cérebro. Nem gorilas, que não frequentam escolas ou trabalho, conseguem tal feito. Se comêssemos como outros primatas, não estaríamos aqui com nossos 86 bilhões de neurônios. Curiosamente, um dos principais críticos da proposta de Wrangham é seu amigo pessoal Daniel Lieberman, antropólogo no mesmo corredor em Harvard. Wrangham argumenta que há evidência fóssil de uso de fogo para cozinhar já 1.5 milhões de anos atrás, bem quando o cérebro humano começa a aumentar de tamanho ao longo dos milênios; Lieberman, ao contrário, diz que essa evidência só é concreta de 400 mil anos para cá – quando o cérebro humano já tinha o tamanho moderno. Lieberman e sua colaboradora Katherine Zink resolveram então medir o efeito que simplesmente cortar carne e amassar batatas e cenouras cruas (o que ferramentas simples de pedra, pré-fogo, já permitiam) têm sobre a alimentação de humanos modernos. O veredito, publicado na "Nature"? Cortar e amassar esses alimentos crus já bastam para reduzir de 13 a 26% o tempo e a força de mastigação, certamente suficientes para sustentar a tese de que a humanidade começou com a cozinha. O impasse entre os amigos então se resolve usando a palavra "cozinha" (ou "cooking", na literatura em inglês) no sentido mais amplo da palavra –como aliás venho propondo. Cozinhar, para mim, é preparar os alimentos de qualquer maneira antes de ingeri-los: fatiar, picar, amassar, marinar, ou de fato assar e cozer. Acho que, assim, Wrangham e Lieberman concordam: devemos nossa humanidade à cozinha.
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Negociações emperradas de Pato e Damião frustram Corinthians e Santos
As duas mais caras contratações por clubes brasileiros nos últimos anos, Alexandre Pato e Leandro Damião movimentaram os bastidores do mercado nesta segunda-feira (31), último dia da janela de transferências para os principais mercados da Europa, mas nem um nem outro fecharam acordo de venda. A permanência de ambos é motivo de euforia para São Paulo e Cruzeiro, seus atuais clubes, respectivamente, e de desespero para Corinthians e Santos, que lucrariam com as vendas após gastarem R$ 88 milhões, na soma das duas contratações, em 2013 e 2014. Pato veio do Milan para o Corinthians por cerca de R$ 45 milhões, enquanto Damião trocou o Internacional pelo Santos por R$ 43 milhões. Ambos na mesma faixa etária (Pato tem 25, Damião, 26), do mesmo Estado (paranaenses) e da mesma origem futebolística (despontaram no Inter), eles têm mais uma coisa em comum: deixaram seus clubes pela porta dos fundos, em crise com as torcidas e com as diretorias torcendo por uma transferência que amenizasse o prejuízo. Contrariando as expectativas do Corinthians, apesar dos vários boatos nos últimos meses, nenhuma proposta chegou por Pato, que pertence ao Corinthians e está emprestado ao São Paulo. O desespero cresce para o Corinthians, que terá pouco tempo para vender o jogador. Pato tem contrato até o final de dezembro de 2016, mas o empréstimo ao rival termina no final desta temporada. A partir do meio do ano que vem, ele já fica livre para assinar com qualquer outro clube. Só restaria a próxima janela, em janeiro de 2016, para conseguir o dinheiro, ou parte, do que gastou. "Eu não estou considerando recuperar esse número em sua totalidade. Faz parte do risco. Mas você precisa considerar que fizemos um outro negócio em cima do Pato, que foi o Jadson. E se depois aparece uma proposta para ele?", diz o diretor financeiro do Corinthians, Emerson Piovesan. Apesar de alguns mercados só fecharem nesta terça –caso da Inglaterra–, o São Paulo já dá como certa a manutenção de Pato, porque não vê tempo hábil para que o Corinthians receba proposta e a envie ao clube, que, por contrato, tem 48 horas para apresentar uma contraproposta. "Não dá mais tempo", afirmou Ataíde Gil Guerreiro, vice de futebol do São Paulo. NEGATIVA Para Damião a proposta chegou, surpreendendo até os dirigentes do Santos. O Olympique de Marseille, da França, ofereceu R$ 60 milhões pelo atacante, mas o negócio não foi fechado pela recusa do atacante e por causa de um imbróglio judicial. Damião tem uma ação contra o Santos pedindo a liberação do vínculo por atraso em pagamentos —obteve uma primeira decisão favorável, mas o Santos recorreu. "É uma questão que vai ser difícil resolver. Tem a questão judicial do jogador com a gente, tem a situação do empresário, e isso vai ter que ser solucionado um dia", afirmou Cesar Conforti, vice-presidente do Santos.
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Negociações emperradas de Pato e Damião frustram Corinthians e SantosAs duas mais caras contratações por clubes brasileiros nos últimos anos, Alexandre Pato e Leandro Damião movimentaram os bastidores do mercado nesta segunda-feira (31), último dia da janela de transferências para os principais mercados da Europa, mas nem um nem outro fecharam acordo de venda. A permanência de ambos é motivo de euforia para São Paulo e Cruzeiro, seus atuais clubes, respectivamente, e de desespero para Corinthians e Santos, que lucrariam com as vendas após gastarem R$ 88 milhões, na soma das duas contratações, em 2013 e 2014. Pato veio do Milan para o Corinthians por cerca de R$ 45 milhões, enquanto Damião trocou o Internacional pelo Santos por R$ 43 milhões. Ambos na mesma faixa etária (Pato tem 25, Damião, 26), do mesmo Estado (paranaenses) e da mesma origem futebolística (despontaram no Inter), eles têm mais uma coisa em comum: deixaram seus clubes pela porta dos fundos, em crise com as torcidas e com as diretorias torcendo por uma transferência que amenizasse o prejuízo. Contrariando as expectativas do Corinthians, apesar dos vários boatos nos últimos meses, nenhuma proposta chegou por Pato, que pertence ao Corinthians e está emprestado ao São Paulo. O desespero cresce para o Corinthians, que terá pouco tempo para vender o jogador. Pato tem contrato até o final de dezembro de 2016, mas o empréstimo ao rival termina no final desta temporada. A partir do meio do ano que vem, ele já fica livre para assinar com qualquer outro clube. Só restaria a próxima janela, em janeiro de 2016, para conseguir o dinheiro, ou parte, do que gastou. "Eu não estou considerando recuperar esse número em sua totalidade. Faz parte do risco. Mas você precisa considerar que fizemos um outro negócio em cima do Pato, que foi o Jadson. E se depois aparece uma proposta para ele?", diz o diretor financeiro do Corinthians, Emerson Piovesan. Apesar de alguns mercados só fecharem nesta terça –caso da Inglaterra–, o São Paulo já dá como certa a manutenção de Pato, porque não vê tempo hábil para que o Corinthians receba proposta e a envie ao clube, que, por contrato, tem 48 horas para apresentar uma contraproposta. "Não dá mais tempo", afirmou Ataíde Gil Guerreiro, vice de futebol do São Paulo. NEGATIVA Para Damião a proposta chegou, surpreendendo até os dirigentes do Santos. O Olympique de Marseille, da França, ofereceu R$ 60 milhões pelo atacante, mas o negócio não foi fechado pela recusa do atacante e por causa de um imbróglio judicial. Damião tem uma ação contra o Santos pedindo a liberação do vínculo por atraso em pagamentos —obteve uma primeira decisão favorável, mas o Santos recorreu. "É uma questão que vai ser difícil resolver. Tem a questão judicial do jogador com a gente, tem a situação do empresário, e isso vai ter que ser solucionado um dia", afirmou Cesar Conforti, vice-presidente do Santos.
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Ray McFall, dono de clube em que Beatles começaram, morre aos 88
Ray McFall, proprietário do clube Cavern Club, morreu nessa quinta (8) aos 88 anos. O bar, que fica em Liverpool, é conhecido por ter sido o primeiro palco dos Beatles. A primeira apresentação feita pelos Beatles aconteceu na hora do almoço, em 9 de fevereiro de 1961. Segundo a revista Rolling Stone, a parceria quase não aconteceu por causa de uma regra de McFall, que proibia calças jeans para evitar "frequentadores indesejados". George Harrison, no entanto, não sabia da regra e apareceu com a vestimenta, sendo barrado pelos seguranças na entrada. O dono, apesar de descontente, resolveu reconsiderar, o que levou a um relacionamento fértil: os Beatles tocaram no lugar 292 vezes (ganhando 25 libras por cada show). "Os Beatles eram sensacionais e eu fiquei chocado. Completamente, absolutamente, instantaneamente", disse McFall. "Desde o primeiro dia, não tinha como parar eles." Sobre o episódio das calças, McFall declarou depois que não gostava que eles usassem jeans mesmo depois, porque eram um "tabu" no Cavern. "Os Beatles estavam muito preparados pelos ensaios, porque tinham vindo de 3 meses de tortura em Hamburgo. Mas eu não gostava que eles usassem jeans. Eu sentia que, se as pessoas estivessem usando roupas limpas e boas, elas estariam mais propícias a se comportar e não sujar nem quebrar nada", disse ele. Além dos Beatles, tocaram no Cavern Club os Rolling Stones, The Yardbirds (banda que deu origem ao Led Zeppelin), John Lee Hooker e Howlin' Wolf. Antes de McFall comprar o estabelecimento, ele era um bar de jazz. Em 1966, o bar fechou porque McFall declarou falência. O lugar reabriu em local próximo ao original em 1984.
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Ray McFall, dono de clube em que Beatles começaram, morre aos 88Ray McFall, proprietário do clube Cavern Club, morreu nessa quinta (8) aos 88 anos. O bar, que fica em Liverpool, é conhecido por ter sido o primeiro palco dos Beatles. A primeira apresentação feita pelos Beatles aconteceu na hora do almoço, em 9 de fevereiro de 1961. Segundo a revista Rolling Stone, a parceria quase não aconteceu por causa de uma regra de McFall, que proibia calças jeans para evitar "frequentadores indesejados". George Harrison, no entanto, não sabia da regra e apareceu com a vestimenta, sendo barrado pelos seguranças na entrada. O dono, apesar de descontente, resolveu reconsiderar, o que levou a um relacionamento fértil: os Beatles tocaram no lugar 292 vezes (ganhando 25 libras por cada show). "Os Beatles eram sensacionais e eu fiquei chocado. Completamente, absolutamente, instantaneamente", disse McFall. "Desde o primeiro dia, não tinha como parar eles." Sobre o episódio das calças, McFall declarou depois que não gostava que eles usassem jeans mesmo depois, porque eram um "tabu" no Cavern. "Os Beatles estavam muito preparados pelos ensaios, porque tinham vindo de 3 meses de tortura em Hamburgo. Mas eu não gostava que eles usassem jeans. Eu sentia que, se as pessoas estivessem usando roupas limpas e boas, elas estariam mais propícias a se comportar e não sujar nem quebrar nada", disse ele. Além dos Beatles, tocaram no Cavern Club os Rolling Stones, The Yardbirds (banda que deu origem ao Led Zeppelin), John Lee Hooker e Howlin' Wolf. Antes de McFall comprar o estabelecimento, ele era um bar de jazz. Em 1966, o bar fechou porque McFall declarou falência. O lugar reabriu em local próximo ao original em 1984.
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Maduro aprova Habilitante para coibir demissões até 2018
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aproveitou os últimos dias de vigência da Lei Habilitante para decretar, em transmissão de TV na noite desta terça-feira, nova legislação que praticamente proíbe empresas de demitir funcionários até 2018. Maduro disse que a Lei de Inamovibilidade Laboral, adotada três dias antes de expirar sua prerrogativa de governar por decreto, é necessária para "proteger trabalhadores" antes que a maioria parlamentar vencedora do pleito de 6 de dezembro implemente legislação supostamente alinhada aos interesses dos empresários. A nova legislatura, que terá ampla maioria opositora, toma posse em 5 de janeiro. O decreto de Maduro determina que "para a estabilidade do processo social no trabalho não poderão ser realizadas demissões sem causas justificadas". Mesmo antes da medida, a lei já dificultava consideravelmente eventuais demissões, o que gera altos índices de absenteísmo e baixa produtividade nas empresas privadas. "Atreva-te, Ramos Allup, a tocar essa lei de inamovibilidade", disse Maduro em seu programa semanal de rádio e TV, numa referência ao deputado eleito Henry Ramos Allup, um dos líderes da aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática). Logo após a eleição, Ramos Allup prometeu "mudar" empresas estatais e, fazendo uma dança com os braços que se torna , disse não se importar com "o sindicato A, B ou W." Nenhum integrante da MUD defendeu abertamente privatizações ou demissões em massa. Mas é consenso entre opositores e economistas independentes que a grave crise econômica no país decorre em grande parte das rígidos controles do mercado impostos pelo chavismo. Críticos vinham prevendo que Maduro usaria a Lei Habilitante para tentar torpedear a promessa da MUD de usar o Parlamento como plataforma de reformas políticas e econômicas. A atual Habilitante foi adotada em março deste ano com validade até 31 de dezembro. Na prática, a lei dá a Maduro carta branca para emitir decretos com "status, valor e força de lei". É a segunda vez que Maduro recorre à Habilitante. A primeira, que vigorou um ano e expirou em novembro de 2014, havia sido pedida para combater suposta "guerra econômica" de empresários apoiados pelos EUA. Cerca de 40 decretos foram aprovados no período. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez (1999-2013), havia recorrido quatro vezes a esse modelo de lei, que foi novamente criticado por opositores no domingo.
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Maduro aprova Habilitante para coibir demissões até 2018O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aproveitou os últimos dias de vigência da Lei Habilitante para decretar, em transmissão de TV na noite desta terça-feira, nova legislação que praticamente proíbe empresas de demitir funcionários até 2018. Maduro disse que a Lei de Inamovibilidade Laboral, adotada três dias antes de expirar sua prerrogativa de governar por decreto, é necessária para "proteger trabalhadores" antes que a maioria parlamentar vencedora do pleito de 6 de dezembro implemente legislação supostamente alinhada aos interesses dos empresários. A nova legislatura, que terá ampla maioria opositora, toma posse em 5 de janeiro. O decreto de Maduro determina que "para a estabilidade do processo social no trabalho não poderão ser realizadas demissões sem causas justificadas". Mesmo antes da medida, a lei já dificultava consideravelmente eventuais demissões, o que gera altos índices de absenteísmo e baixa produtividade nas empresas privadas. "Atreva-te, Ramos Allup, a tocar essa lei de inamovibilidade", disse Maduro em seu programa semanal de rádio e TV, numa referência ao deputado eleito Henry Ramos Allup, um dos líderes da aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática). Logo após a eleição, Ramos Allup prometeu "mudar" empresas estatais e, fazendo uma dança com os braços que se torna , disse não se importar com "o sindicato A, B ou W." Nenhum integrante da MUD defendeu abertamente privatizações ou demissões em massa. Mas é consenso entre opositores e economistas independentes que a grave crise econômica no país decorre em grande parte das rígidos controles do mercado impostos pelo chavismo. Críticos vinham prevendo que Maduro usaria a Lei Habilitante para tentar torpedear a promessa da MUD de usar o Parlamento como plataforma de reformas políticas e econômicas. A atual Habilitante foi adotada em março deste ano com validade até 31 de dezembro. Na prática, a lei dá a Maduro carta branca para emitir decretos com "status, valor e força de lei". É a segunda vez que Maduro recorre à Habilitante. A primeira, que vigorou um ano e expirou em novembro de 2014, havia sido pedida para combater suposta "guerra econômica" de empresários apoiados pelos EUA. Cerca de 40 decretos foram aprovados no período. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez (1999-2013), havia recorrido quatro vezes a esse modelo de lei, que foi novamente criticado por opositores no domingo.
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Advogado da Vale diz que R$ 155 bi por tragédia em Mariana é "irresponsável"
Contratado para defender a mineradora Vale em ação que pede indenização de R$ 155 bilhões por danos com o rompimento da barragem de Mariana (MG), o advogado Sergio Bermudes diz que o pleito é "desproporcional" e "irresponsável". A empresa vai entrar nesta quinta-feira (5) com petição para se pronunciar antes da análise dos pedidos de liminar feitos pelo Ministério Público de Minas Gerais. A ação civil foi entregue na segunda (2) à Justiça Federal. Nela, a procuradoria pede indenização de R$ 155 bilhões de Samarco, Vale e BHP. Pede ainda que sejam emitidas liminares determinando o depósito imediato de R$ 7,7 bilhões, a apresentação de garantias para o pagamento da indenização total e o vencimento antecipado de financiamentos obtidos pela Vale no BNDES. "O MP não atentou aos prejuízos que isso causa à imagem da empresa. É irresponsabilidade porque não mediu as consequências", afirmou Bermudes. Ele defende que os valores pedidos são desproporcionais aos danos causados. "Não se sabe ainda de onde se tirou essa quantia." A ação foi proposta na 12ª Vara Federal de Minas Gerais. Segundo a força-tarefa de nove procuradores, o montante foi calculado com base no gasto da petrolífera BP quando houve o derramamento de óleo no golfo do México em 2010. Além das três empresas, o Ministério Público Federal também aciona a União e os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, por deficiências na fiscalização. Bermudes disse que, primeiro, a Vale tentará impedir a concessão das liminares. Depois, no processo, vai contestar a ação. Nesta quarta-feira, as ações da companhia desabaram na bolsa. Rastro de lama
cotidiano
Advogado da Vale diz que R$ 155 bi por tragédia em Mariana é "irresponsável"Contratado para defender a mineradora Vale em ação que pede indenização de R$ 155 bilhões por danos com o rompimento da barragem de Mariana (MG), o advogado Sergio Bermudes diz que o pleito é "desproporcional" e "irresponsável". A empresa vai entrar nesta quinta-feira (5) com petição para se pronunciar antes da análise dos pedidos de liminar feitos pelo Ministério Público de Minas Gerais. A ação civil foi entregue na segunda (2) à Justiça Federal. Nela, a procuradoria pede indenização de R$ 155 bilhões de Samarco, Vale e BHP. Pede ainda que sejam emitidas liminares determinando o depósito imediato de R$ 7,7 bilhões, a apresentação de garantias para o pagamento da indenização total e o vencimento antecipado de financiamentos obtidos pela Vale no BNDES. "O MP não atentou aos prejuízos que isso causa à imagem da empresa. É irresponsabilidade porque não mediu as consequências", afirmou Bermudes. Ele defende que os valores pedidos são desproporcionais aos danos causados. "Não se sabe ainda de onde se tirou essa quantia." A ação foi proposta na 12ª Vara Federal de Minas Gerais. Segundo a força-tarefa de nove procuradores, o montante foi calculado com base no gasto da petrolífera BP quando houve o derramamento de óleo no golfo do México em 2010. Além das três empresas, o Ministério Público Federal também aciona a União e os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, por deficiências na fiscalização. Bermudes disse que, primeiro, a Vale tentará impedir a concessão das liminares. Depois, no processo, vai contestar a ação. Nesta quarta-feira, as ações da companhia desabaram na bolsa. Rastro de lama
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"O felix culpa"
RIO DE JANEIRO - "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé." A frase é de São Paulo, o convertido da estrada de Damasco, que alguns exegetas consideram o fundador do cristianismo, ou seja, o homem que fez o "blended" do judaísmo, de parte do helenismo e dele próprio. Contrariando os apóstolos reunidos em Jerusalém em torno de Pedro, levou aos gentios a mensagem que modificaria o Ocidente. Há contestações sobre a ressurreição do galileu recém crucificado. Autores como Renan e outros atribuíram o milagre a duas mulheres que espalharam a notícia. O próprio Cristo apareceu a seus discípulos em várias ocasiões. E recriminou um deles que só acreditou quando viu e tocou as chagas do seu Mestre. Séculos depois, um dominicano fez um poema que considera "feliz" a culpa de Adão e Eva, expulsos do Paraíso terrestre por um pecado que se tornou "original". O poema de São Tomás de Aquino faz parte da liturgia canônica. E, ao longo do tempo, é uma das leituras das missas católicas, musicada por compositores clássicos: "O felix culpa, quae talem ac tantum habere meruit Redemptorem" (Oh, feliz culpa que mereceu tal e tão grande redentor). A Páscoa é o ponto mais alto do calendário cristão, de certo modo, é a continuação de uma das mais importantes festas do judaísmo, o Pessach, que o próprio Cristo comemorou pouco antes de ser traído e morrer no calvário. Enquanto a Páscoa cristã celebra a ressurreição de seu fundador, o Pessach relembra a noite em que os judeus se libertaram do jugo egípcio. É uma festa de liberdade em que um povo inteiro prefere passar 40 anos no deserto, mas se liberta do cativeiro. Agnóstico por convicção, gosto de comemorar as duas páscoas. Evito o terrível cativeiro de me tornar refém de Dilma e Lula. Desejo que ambos se f...
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"O felix culpa"RIO DE JANEIRO - "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé." A frase é de São Paulo, o convertido da estrada de Damasco, que alguns exegetas consideram o fundador do cristianismo, ou seja, o homem que fez o "blended" do judaísmo, de parte do helenismo e dele próprio. Contrariando os apóstolos reunidos em Jerusalém em torno de Pedro, levou aos gentios a mensagem que modificaria o Ocidente. Há contestações sobre a ressurreição do galileu recém crucificado. Autores como Renan e outros atribuíram o milagre a duas mulheres que espalharam a notícia. O próprio Cristo apareceu a seus discípulos em várias ocasiões. E recriminou um deles que só acreditou quando viu e tocou as chagas do seu Mestre. Séculos depois, um dominicano fez um poema que considera "feliz" a culpa de Adão e Eva, expulsos do Paraíso terrestre por um pecado que se tornou "original". O poema de São Tomás de Aquino faz parte da liturgia canônica. E, ao longo do tempo, é uma das leituras das missas católicas, musicada por compositores clássicos: "O felix culpa, quae talem ac tantum habere meruit Redemptorem" (Oh, feliz culpa que mereceu tal e tão grande redentor). A Páscoa é o ponto mais alto do calendário cristão, de certo modo, é a continuação de uma das mais importantes festas do judaísmo, o Pessach, que o próprio Cristo comemorou pouco antes de ser traído e morrer no calvário. Enquanto a Páscoa cristã celebra a ressurreição de seu fundador, o Pessach relembra a noite em que os judeus se libertaram do jugo egípcio. É uma festa de liberdade em que um povo inteiro prefere passar 40 anos no deserto, mas se liberta do cativeiro. Agnóstico por convicção, gosto de comemorar as duas páscoas. Evito o terrível cativeiro de me tornar refém de Dilma e Lula. Desejo que ambos se f...
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Não é por ser gorda que você não pode usar algo ousado, diz Cacau Protásio
Antes de "dar certo" na TV com a empregada Zezé, na novela "Avenida Brasil" (2012), a atriz Cacau Protásio, 40, quase desistiu da profissão. Ela havia feito alguns papéis pequenos na Globo, mas ficou um tempo sem contratos. "Pensei que se Deus não queria que eu fosse atriz eu tinha que aceitar. Cheguei a arrumar um emprego em uma loja de aluguel de cadeira de rodas", diz ela à repórter Letícia Mori na gravação de seu próximo filme, em São Paulo. * Depois do sucesso na novela –uma dancinha que fez em cena até se tornou um viral na internet–, ela conseguiu oportunidades estáveis. Começou a fazer a série de humor "Vai Que Cola", do Multishow, que no primeiro ano foi a produção nacional de maior audiência na TV paga em dez anos e está na quarta temporada. A versão para o cinema, em 2015, teve 3,3 milhões de espectadores. Participou de outra série, mais uma novela... Até que atuar voltou a ser sua principal atividade. * "Quando comecei 'Avenida Brasil' nem pedi demissão do trabalho, porque a Zezé podia ser descontinuada [sumir da novela]", diz. Ela depois descobriu que sua personagem dependia da química que teria com Adriana Esteves, que interpretava a vilã Carminha. "Ela [Adriana] me recebeu superbem. Hoje é minha musa inspiradora, devo muito a ela", afirma Cacau. * Inspirações à parte, ela ainda tem uma segunda opção se "tudo der errado": sua loja de artigos para noivas no Rio de Janeiro. A atriz aproveitou a vinda a São Paulo para ir à rua 25 de Março. "Comprei um monte de bugiganga pra minha loja." Enquanto veste um maiô e uma saída de praia transparente para uma cena na piscina de uma casa no Morumbi, a carioca diz que a empresária Ivone, sua personagem no filme "Gostosas, Lindas e Sexies", representa "uma mudança de rumo na carreira". * "As pessoas estão acostumadas a me ver em uma coisa muito popular. A Zezé era simples, a Terezinha [de 'Vai Que Cola'] é mulher de bicheiro, grita, fala alto. Agora quem sabe algum outro autor vê que posso fazer outra coisa?" Para viver uma mulher rica na comédia sobre quatro amigas "gordinhas e bem resolvidas", ela fez aulas de etiqueta. "Não tenho elegância pra sentar, não tenho postura." * Com as lições de boas maneiras, aprendeu, por exemplo, a "não colocar a mão na cintura pra tirar foto". Criada na Tijuca, bairro de classe média na zona norte do Rio, Cacau também quis fazer sessões com um fonoaudiólogo para falar "mais paulistano". * "Agora tô com medo de acreditar que eu sou rica, ir pro shopping e estourar meu cartão", diverte-se. Ela fala rápido e faz piada o tempo todo para quebrar o tédio das horas de espera nas gravações. Os colegas caem no riso ao vê-la gemer enquanto um assistente, com as mãos, passa creme iluminador nas pernas dela. "Ai ai ai! Aiiii, tô com medo de engravidar! Ai se meu marido sabe disso!", brinca. * O cabeleireiro leva quase uma hora para tirar todos os apliques da cabeça de Cacau e colocar um turbante cheio de pedras e enfeites. Faz 31 graus no set. "Ai, que alívio, gente, tirar o aplique", diz a atriz. Fala sério quando pede para não ser fotografada nesse momento. "Tiro a foto que vocês quiserem, até com o peito de fora, mas meu cabelo agora não tá legal." * Cacau conta que os cabelos sempre foram fonte de insegurança, e que isso diminuiu um pouco depois que começou a usar perucas. Para ela, ter cabelo crespo, "graças a Deus", nunca foi problema. "O que eu não gostava é que não conseguia deixar ele do jeito que eu queria. Agora aprendi. Mas sempre tive orgulho do meu cabelo ser black, do meu cabelo duro. Tanto que as perucas que eu uso são black também." * Aprendeu a usar o acessório com a cabeleireira do "Vai Que Cola" e com as negras americanas. "Quando fui para Nova York, vi que elas usavam como se fosse cabelo delas, que era normal." * Com a exposição na TV, a atriz ficou mais vaidosa. Tem prazer em se arrumar, mas não "encana em estar produzida o tempo todo". "Nos eventos de divulgação de novela e filme não pode repetir roupa. Não me apego a isso. Se a Michelle [Obama, primeira-dama dos EUA] faz compra em loja de departamento, também posso. O que faz você ter estilo e elegância não é grife, é bom gosto." * Também se diz desencanada com o peso, apesar de se preocupar com a saúde. "Agora faço academia, faço caminhada para ter resistência. Já tenho 40 anos. Eu não tenho pique para muita coisa." * "Mas sempre namorei, sempre tive os namorados que eu quis. Meu marido é lindo... Ele diz todo dia que me ama, diz que eu sou a mulher mais linda do mundo. Então eu acredito!", diz, sorrindo. Ela se casou em 2014 com o fotógrafo Janderson Pires. * Foi ele quem fez uma série de fotos com Cacau e outras atrizes "plus size" em uma campanha contra a gordofobia em janeiro. "Fomos eu, Mariana Xavier, Fabiana Karla e Simone Gutierrez, ex-gorda, que hoje é magra, [tamanho] 38, perdeu 40 kg. Na época, tinha saído um artigo numa revista dizendo que mulheres gordas não deveriam ir à praia e que, se fossem, deveriam ficar enterradas na areia. A Mariana ficou pê da vida e me chamou." * As quatro publicaram as imagens em suas redes sociais e a campanha repercutiu em jornais e sites. Em Belo Horizonte, Cacau foi abordada na rua por uma fã dizendo que os posts a ajudaram a sair de uma depressão. "Ela começou a chorar e eu falei: 'Pelo amor de Deus, não vai ter um negócio aqui na minha frente'." * Para a artista, iniciativas assim ajudam as mulheres a "ter mais coragem de usar um biquíni", a se aceitar. "Não é porque você é gorda que não pode usar uma coisa mais ousada. É importante a gente dar o exemplo para inspirar outras pessoas." * Com o perfil no Instagram cheio de fotos sobre como valorizar o próprio corpo e sobre beleza negra, a atriz não se considera feminista. "Acho muito legal, mas eu não sou militante. Sou muito tranquila. Não quero discutir por causa dessas coisas." * Uma colega de elenco chega e reclama do calor. Cacau tenta convencer a amiga a pular na piscina da casa: "Nem precisa perguntar se pode, a gente se joga e finge que foi acidente", diz a atriz, com um sorriso travesso.
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Não é por ser gorda que você não pode usar algo ousado, diz Cacau ProtásioAntes de "dar certo" na TV com a empregada Zezé, na novela "Avenida Brasil" (2012), a atriz Cacau Protásio, 40, quase desistiu da profissão. Ela havia feito alguns papéis pequenos na Globo, mas ficou um tempo sem contratos. "Pensei que se Deus não queria que eu fosse atriz eu tinha que aceitar. Cheguei a arrumar um emprego em uma loja de aluguel de cadeira de rodas", diz ela à repórter Letícia Mori na gravação de seu próximo filme, em São Paulo. * Depois do sucesso na novela –uma dancinha que fez em cena até se tornou um viral na internet–, ela conseguiu oportunidades estáveis. Começou a fazer a série de humor "Vai Que Cola", do Multishow, que no primeiro ano foi a produção nacional de maior audiência na TV paga em dez anos e está na quarta temporada. A versão para o cinema, em 2015, teve 3,3 milhões de espectadores. Participou de outra série, mais uma novela... Até que atuar voltou a ser sua principal atividade. * "Quando comecei 'Avenida Brasil' nem pedi demissão do trabalho, porque a Zezé podia ser descontinuada [sumir da novela]", diz. Ela depois descobriu que sua personagem dependia da química que teria com Adriana Esteves, que interpretava a vilã Carminha. "Ela [Adriana] me recebeu superbem. Hoje é minha musa inspiradora, devo muito a ela", afirma Cacau. * Inspirações à parte, ela ainda tem uma segunda opção se "tudo der errado": sua loja de artigos para noivas no Rio de Janeiro. A atriz aproveitou a vinda a São Paulo para ir à rua 25 de Março. "Comprei um monte de bugiganga pra minha loja." Enquanto veste um maiô e uma saída de praia transparente para uma cena na piscina de uma casa no Morumbi, a carioca diz que a empresária Ivone, sua personagem no filme "Gostosas, Lindas e Sexies", representa "uma mudança de rumo na carreira". * "As pessoas estão acostumadas a me ver em uma coisa muito popular. A Zezé era simples, a Terezinha [de 'Vai Que Cola'] é mulher de bicheiro, grita, fala alto. Agora quem sabe algum outro autor vê que posso fazer outra coisa?" Para viver uma mulher rica na comédia sobre quatro amigas "gordinhas e bem resolvidas", ela fez aulas de etiqueta. "Não tenho elegância pra sentar, não tenho postura." * Com as lições de boas maneiras, aprendeu, por exemplo, a "não colocar a mão na cintura pra tirar foto". Criada na Tijuca, bairro de classe média na zona norte do Rio, Cacau também quis fazer sessões com um fonoaudiólogo para falar "mais paulistano". * "Agora tô com medo de acreditar que eu sou rica, ir pro shopping e estourar meu cartão", diverte-se. Ela fala rápido e faz piada o tempo todo para quebrar o tédio das horas de espera nas gravações. Os colegas caem no riso ao vê-la gemer enquanto um assistente, com as mãos, passa creme iluminador nas pernas dela. "Ai ai ai! Aiiii, tô com medo de engravidar! Ai se meu marido sabe disso!", brinca. * O cabeleireiro leva quase uma hora para tirar todos os apliques da cabeça de Cacau e colocar um turbante cheio de pedras e enfeites. Faz 31 graus no set. "Ai, que alívio, gente, tirar o aplique", diz a atriz. Fala sério quando pede para não ser fotografada nesse momento. "Tiro a foto que vocês quiserem, até com o peito de fora, mas meu cabelo agora não tá legal." * Cacau conta que os cabelos sempre foram fonte de insegurança, e que isso diminuiu um pouco depois que começou a usar perucas. Para ela, ter cabelo crespo, "graças a Deus", nunca foi problema. "O que eu não gostava é que não conseguia deixar ele do jeito que eu queria. Agora aprendi. Mas sempre tive orgulho do meu cabelo ser black, do meu cabelo duro. Tanto que as perucas que eu uso são black também." * Aprendeu a usar o acessório com a cabeleireira do "Vai Que Cola" e com as negras americanas. "Quando fui para Nova York, vi que elas usavam como se fosse cabelo delas, que era normal." * Com a exposição na TV, a atriz ficou mais vaidosa. Tem prazer em se arrumar, mas não "encana em estar produzida o tempo todo". "Nos eventos de divulgação de novela e filme não pode repetir roupa. Não me apego a isso. Se a Michelle [Obama, primeira-dama dos EUA] faz compra em loja de departamento, também posso. O que faz você ter estilo e elegância não é grife, é bom gosto." * Também se diz desencanada com o peso, apesar de se preocupar com a saúde. "Agora faço academia, faço caminhada para ter resistência. Já tenho 40 anos. Eu não tenho pique para muita coisa." * "Mas sempre namorei, sempre tive os namorados que eu quis. Meu marido é lindo... Ele diz todo dia que me ama, diz que eu sou a mulher mais linda do mundo. Então eu acredito!", diz, sorrindo. Ela se casou em 2014 com o fotógrafo Janderson Pires. * Foi ele quem fez uma série de fotos com Cacau e outras atrizes "plus size" em uma campanha contra a gordofobia em janeiro. "Fomos eu, Mariana Xavier, Fabiana Karla e Simone Gutierrez, ex-gorda, que hoje é magra, [tamanho] 38, perdeu 40 kg. Na época, tinha saído um artigo numa revista dizendo que mulheres gordas não deveriam ir à praia e que, se fossem, deveriam ficar enterradas na areia. A Mariana ficou pê da vida e me chamou." * As quatro publicaram as imagens em suas redes sociais e a campanha repercutiu em jornais e sites. Em Belo Horizonte, Cacau foi abordada na rua por uma fã dizendo que os posts a ajudaram a sair de uma depressão. "Ela começou a chorar e eu falei: 'Pelo amor de Deus, não vai ter um negócio aqui na minha frente'." * Para a artista, iniciativas assim ajudam as mulheres a "ter mais coragem de usar um biquíni", a se aceitar. "Não é porque você é gorda que não pode usar uma coisa mais ousada. É importante a gente dar o exemplo para inspirar outras pessoas." * Com o perfil no Instagram cheio de fotos sobre como valorizar o próprio corpo e sobre beleza negra, a atriz não se considera feminista. "Acho muito legal, mas eu não sou militante. Sou muito tranquila. Não quero discutir por causa dessas coisas." * Uma colega de elenco chega e reclama do calor. Cacau tenta convencer a amiga a pular na piscina da casa: "Nem precisa perguntar se pode, a gente se joga e finge que foi acidente", diz a atriz, com um sorriso travesso.
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Novas licitações de rodovias saem neste ano, diz entidade
A indústria de construção pesada paulista espera a abertura de novas licitações de rodovias no segundo semestre deste ano, de acordo com o Sinicesp (sindicato do setor). As obras deverão incluir a duplicação e restauração de 20 trechos rodoviários. Entre eles, estão as estradas que ligam Bragança-Socorro, Itanhaém-Peruíbe, Mogi-Dutra, a rodovia Raposo Tavares (depois de Itapetininga), entre outras. O valor estimado das obras é de R$ 1,5 bilhão, que deverá vir de financiamento do Banco Mundial -no entanto, é possível que haja descontos, devido à situação de paralisia de grande parte das empresas do setor. No primeiro semestre deste ano, as licitações lançadas no Estado somaram R$ 8,3 milhões, contra R$ 1,4 bilhão em todo 2015, afirma Helcio Farias, da entidade. "O setor está ansioso por esses novos projetos. O ano passado já foi o pior da nossa série histórica." Em nota, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), diz que o cronograma das obras previstas ainda está em definição e nega que os investimentos tenham caído. Entre 2015 e 2016, 74 projetos foram concluídos e outros 51 estão em andamento, segundo o órgão, no valor de R$ 5,4 bilhões -as obras, porém, são fruto de licitações passadas cuja execução foi prorrogada, diz Farias. Mesmo com a perspectiva dos novos editais, a indústria não espera uma recuperação até o fim deste ano. O setor cortou 6,25% de seus funcionários no acumulado de 12 meses até maio. estradas * Mais pacientes O Hospital 9 de Julho vai inaugurar uma nova torre, na qual foram investidos R$ 350 milhões. O propósito é aumentar a capacidade de atendimento. O número de leitos crescerá 40% e chegará a 410. Como havia um problema de falta de vagas para carros, foram construídos oito pisos subterrâneos de estacionamento. Um terço do investimento foi financiado pelo BNDES. O resto veio de recursos próprios, diz Alfonso Migliore Neto, diretor-geral do hospital. "Isso deve se pagar nos próximos anos. Fizemos uma previsão, mas, com a crise, vai ser preciso revisar", afirma ele. 2.390 é o número de funcionários 12 mil são os atendimentos no Pronto-Socorro por mês * Espaço recreativo O Recreio dos Bandeirantes, região nobre da zona oeste do Rio de Janeiro, foi o bairro que teve a maior queda nos aluguéis de imóveis residenciais de dois quartos em julho, segundo o Secovi-Rio. Os valores de locação na região tiveram baixa de 13,2%. Em seguida, estão Botafogo, na zona sul, e Jacarepaguá, também no lado oeste da cidade, que diminuíram 6% e 5,6%, respectivamente. O levantamento considera contratos assinados no início de cada mês. No período, Ipanema tinha os maiores preços, R$ 61,49/m². No Centro (6,6%), Ilha do Governador (5,4%) -vizinha ao aeroporto do Galeão- e Barra da Tijuca (3,8%), alugar esse tipo de imóvel custou mais. alugueis * Carteira fechada A intenção de consumo das famílias em julho apresentou queda em todos os seus componentes em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio). Com 68,7 pontos, o índice ainda está bem abaixo da chamada zona de indiferença, de cem pontos, o que indica insatisfação. O indicador vai de zero a 200. Em julho de 2015, a intenção de gastos marcava 86,9. Neste mês, a maior parte das pessoas, 66,3%, disse estar com o nível de consumo menor que no ano passado. "As famílias ainda estão muito endividadas, e é possível que os próximos trimestres sejam de queda no consumo antes da retomada", diz Juliana Serapio, assessora econômica da entidade. CNC * Miami é aqui As vendas em outlets subiram 10% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015, aponta a About, agência do setor. Em 2016, a expectativa é uma alta anual de 18,5% da receita dos lojistas. A pele que habito A Dermage, marca carioca de dermocosméticos, será a primeira brasileira a entrar no portfólio da francesa Sephora, em agosto. A empresa espera abrir cinco lojas neste ano. Berço inseguro Só 16% dos funcionários no Brasil dizem receber algum benefício da empresa em que trabalham para cuidar de filhos, aponta pesquisa da Edenred e da Ipsos. * Hora do café com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Novas licitações de rodovias saem neste ano, diz entidadeA indústria de construção pesada paulista espera a abertura de novas licitações de rodovias no segundo semestre deste ano, de acordo com o Sinicesp (sindicato do setor). As obras deverão incluir a duplicação e restauração de 20 trechos rodoviários. Entre eles, estão as estradas que ligam Bragança-Socorro, Itanhaém-Peruíbe, Mogi-Dutra, a rodovia Raposo Tavares (depois de Itapetininga), entre outras. O valor estimado das obras é de R$ 1,5 bilhão, que deverá vir de financiamento do Banco Mundial -no entanto, é possível que haja descontos, devido à situação de paralisia de grande parte das empresas do setor. No primeiro semestre deste ano, as licitações lançadas no Estado somaram R$ 8,3 milhões, contra R$ 1,4 bilhão em todo 2015, afirma Helcio Farias, da entidade. "O setor está ansioso por esses novos projetos. O ano passado já foi o pior da nossa série histórica." Em nota, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), diz que o cronograma das obras previstas ainda está em definição e nega que os investimentos tenham caído. Entre 2015 e 2016, 74 projetos foram concluídos e outros 51 estão em andamento, segundo o órgão, no valor de R$ 5,4 bilhões -as obras, porém, são fruto de licitações passadas cuja execução foi prorrogada, diz Farias. Mesmo com a perspectiva dos novos editais, a indústria não espera uma recuperação até o fim deste ano. O setor cortou 6,25% de seus funcionários no acumulado de 12 meses até maio. estradas * Mais pacientes O Hospital 9 de Julho vai inaugurar uma nova torre, na qual foram investidos R$ 350 milhões. O propósito é aumentar a capacidade de atendimento. O número de leitos crescerá 40% e chegará a 410. Como havia um problema de falta de vagas para carros, foram construídos oito pisos subterrâneos de estacionamento. Um terço do investimento foi financiado pelo BNDES. O resto veio de recursos próprios, diz Alfonso Migliore Neto, diretor-geral do hospital. "Isso deve se pagar nos próximos anos. Fizemos uma previsão, mas, com a crise, vai ser preciso revisar", afirma ele. 2.390 é o número de funcionários 12 mil são os atendimentos no Pronto-Socorro por mês * Espaço recreativo O Recreio dos Bandeirantes, região nobre da zona oeste do Rio de Janeiro, foi o bairro que teve a maior queda nos aluguéis de imóveis residenciais de dois quartos em julho, segundo o Secovi-Rio. Os valores de locação na região tiveram baixa de 13,2%. Em seguida, estão Botafogo, na zona sul, e Jacarepaguá, também no lado oeste da cidade, que diminuíram 6% e 5,6%, respectivamente. O levantamento considera contratos assinados no início de cada mês. No período, Ipanema tinha os maiores preços, R$ 61,49/m². No Centro (6,6%), Ilha do Governador (5,4%) -vizinha ao aeroporto do Galeão- e Barra da Tijuca (3,8%), alugar esse tipo de imóvel custou mais. alugueis * Carteira fechada A intenção de consumo das famílias em julho apresentou queda em todos os seus componentes em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio). Com 68,7 pontos, o índice ainda está bem abaixo da chamada zona de indiferença, de cem pontos, o que indica insatisfação. O indicador vai de zero a 200. Em julho de 2015, a intenção de gastos marcava 86,9. Neste mês, a maior parte das pessoas, 66,3%, disse estar com o nível de consumo menor que no ano passado. "As famílias ainda estão muito endividadas, e é possível que os próximos trimestres sejam de queda no consumo antes da retomada", diz Juliana Serapio, assessora econômica da entidade. CNC * Miami é aqui As vendas em outlets subiram 10% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015, aponta a About, agência do setor. Em 2016, a expectativa é uma alta anual de 18,5% da receita dos lojistas. A pele que habito A Dermage, marca carioca de dermocosméticos, será a primeira brasileira a entrar no portfólio da francesa Sephora, em agosto. A empresa espera abrir cinco lojas neste ano. Berço inseguro Só 16% dos funcionários no Brasil dizem receber algum benefício da empresa em que trabalham para cuidar de filhos, aponta pesquisa da Edenred e da Ipsos. * Hora do café com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Zagueiro retorna de empréstimo, e Palmeiras renova contrato
Após ser emprestado ao Paysandu no ano passado, o zagueiro Thiago Martins retornou ao Palmeiras e renovou seu contrato até o fim de 2018, neste sábado (11), em Itu, interior de São Paulo, onde o time faz a pré-temporada. O defensor chegou ao time alviverde em 2013 como promessa do Mogi Mirim, porém não foi aproveitado na época e fez apenas dois jogos com a camisa palmeirense —um pela série B e em um amistoso. Mercado da bola Em 2014, Thiago sofreu uma grave lesão e não pôde atuar no restante da temporada. No ano passado foi emprestado ao time paraense, onde disputou a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Aos 20 anos, o jogador retorna ao elenco para ser mais uma opção de Marcelo Oliveira na zaga. Além de Thiago, Marcelo poderá contar com os recém-contratados Edu Dracena e Roger Carvalho, Leandro Almeida, Nathan e Vitor Hugo.
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Zagueiro retorna de empréstimo, e Palmeiras renova contratoApós ser emprestado ao Paysandu no ano passado, o zagueiro Thiago Martins retornou ao Palmeiras e renovou seu contrato até o fim de 2018, neste sábado (11), em Itu, interior de São Paulo, onde o time faz a pré-temporada. O defensor chegou ao time alviverde em 2013 como promessa do Mogi Mirim, porém não foi aproveitado na época e fez apenas dois jogos com a camisa palmeirense —um pela série B e em um amistoso. Mercado da bola Em 2014, Thiago sofreu uma grave lesão e não pôde atuar no restante da temporada. No ano passado foi emprestado ao time paraense, onde disputou a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Aos 20 anos, o jogador retorna ao elenco para ser mais uma opção de Marcelo Oliveira na zaga. Além de Thiago, Marcelo poderá contar com os recém-contratados Edu Dracena e Roger Carvalho, Leandro Almeida, Nathan e Vitor Hugo.
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Para CET, fechamento do Minhocão no sábado não prejudicou trânsito
O fechamento antecipado do Minhocão, às 15h do último sábado, provocou trânsito de uma hora em vias usadas como desvio do elevado. Para a CET, a medida não trouxe impacto significativo no trânsito da região, e o transporte coletivo não foi afetado. Segundo estudo divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão no trecho oeste-leste, se concentrou na avenida General Olímpio da Silveira, da praça Marechal Deodoro até a rua Traipu, e nas ruas das Palmeiras e Sebastião Pereira, entre a rua Jaguaribe até a praça Marechal Deodoro. No sentido contrário, a lentidão se formou no cruzamento das ruas Amaral Gurgel com a Major Sertório. A medida foi um teste para medir os impactos no trânsito da antecipação do fechamento do elevado, e coincidiu com o fim de semana da Virada Cultural, quando várias vias da região central da cidade foram interditadas para realização de shows. Para a CET, o fluxo de veículos no centro foi maior neste fim de semana porque muitas pessoas foram aproveitar a programação cultural. Segundo a CET, o ajuste do tempo dos semáforos e a proibição de estacionar em algumas ruas contribuiu para o fechamento do Minhocão não ter muito impacto no trânsito. A CET deverá repetir essas ações nas próximas vezes que a via elevada for fechada. O diretor de operações da CET, Valtair Ferreira Valadão, disse que a proposta da administração municipal é antecipar o horário de fechamento do Minhocão, mas para isso será necessário continuar analisando o impacto no trânsito da região. "Vamos fechar o Minhocão outras vezes para analisar, mas ainda não temos um cronograma. Nosso desafio é manter o mesmo fluxo de veículos, mesmo com ele fechado", afirmou. Comerciantes da rua das Palmeiras, em Santa Cecília (região central), têm opiniões diversas sobre a possibilidade de retirada de vagas de estacionamento da via para melhorar o trânsito na região com o fechamento antecipado do Minhocão. A gerente da loja de cosméticos Belface, Vera Kanashiro, 64 anos, disse que "com certeza" a retirada das vagas vai prejudicar as vendas. "Como vai ficar se não tiver Zona Azul", questiona. O balconista da loja FK Tintas, Vagner dos Santos, 30 anos, disse que o estabelecimento oferece duas vagas para a comodidade dos clientes. Mas que muitas vezes elas ficam ocupadas. "Se não tem onde parar, os clientes vão embora". Já a proprietária de uma loja de roupas, Andrea Almeida, 64 anos, não acredita que atrapalhará. "Meus clientes vêm a pé", disse.
cotidiano
Para CET, fechamento do Minhocão no sábado não prejudicou trânsitoO fechamento antecipado do Minhocão, às 15h do último sábado, provocou trânsito de uma hora em vias usadas como desvio do elevado. Para a CET, a medida não trouxe impacto significativo no trânsito da região, e o transporte coletivo não foi afetado. Segundo estudo divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão no trecho oeste-leste, se concentrou na avenida General Olímpio da Silveira, da praça Marechal Deodoro até a rua Traipu, e nas ruas das Palmeiras e Sebastião Pereira, entre a rua Jaguaribe até a praça Marechal Deodoro. No sentido contrário, a lentidão se formou no cruzamento das ruas Amaral Gurgel com a Major Sertório. A medida foi um teste para medir os impactos no trânsito da antecipação do fechamento do elevado, e coincidiu com o fim de semana da Virada Cultural, quando várias vias da região central da cidade foram interditadas para realização de shows. Para a CET, o fluxo de veículos no centro foi maior neste fim de semana porque muitas pessoas foram aproveitar a programação cultural. Segundo a CET, o ajuste do tempo dos semáforos e a proibição de estacionar em algumas ruas contribuiu para o fechamento do Minhocão não ter muito impacto no trânsito. A CET deverá repetir essas ações nas próximas vezes que a via elevada for fechada. O diretor de operações da CET, Valtair Ferreira Valadão, disse que a proposta da administração municipal é antecipar o horário de fechamento do Minhocão, mas para isso será necessário continuar analisando o impacto no trânsito da região. "Vamos fechar o Minhocão outras vezes para analisar, mas ainda não temos um cronograma. Nosso desafio é manter o mesmo fluxo de veículos, mesmo com ele fechado", afirmou. Comerciantes da rua das Palmeiras, em Santa Cecília (região central), têm opiniões diversas sobre a possibilidade de retirada de vagas de estacionamento da via para melhorar o trânsito na região com o fechamento antecipado do Minhocão. A gerente da loja de cosméticos Belface, Vera Kanashiro, 64 anos, disse que "com certeza" a retirada das vagas vai prejudicar as vendas. "Como vai ficar se não tiver Zona Azul", questiona. O balconista da loja FK Tintas, Vagner dos Santos, 30 anos, disse que o estabelecimento oferece duas vagas para a comodidade dos clientes. Mas que muitas vezes elas ficam ocupadas. "Se não tem onde parar, os clientes vão embora". Já a proprietária de uma loja de roupas, Andrea Almeida, 64 anos, não acredita que atrapalhará. "Meus clientes vêm a pé", disse.
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Os alvos esquecidos
Deu no que era de esperar. Além das mortes parisienses, os jihadistas assassinos conseguiram uma vitória cruel sobre todo o Ocidente: "instauraram a cizânia", como diziam na aldeia de Obelix, e entre os ocidentais ninguém se entende sobre o que é liberdade, humorismo, direitos, expressão, charge, convivência, terror – é o vale tudo da desinteligência. Ainda que a possibilidade de debate não fosse bloqueada pelos que se supõem detentores de direitos e liberdade absolutos, como encarnações de todos os profetas, e dos que se valem das diferenças para expelir suas iras neuróticas, o ponto de partida era por si mesmo complicador. Propôs aos raciocínios, ou ao que deles poderia sobreviver sob o jugo emocional, uma associação improvável de conceitos: terrorismo e liberdade de expressão. Não está estabelecido que do lado de "Charlie Hebdo" houvesse apenas a liberdade de expressão em seu sentido mais puro e pleno. Os que assim entendem não dissolveram, até hoje, os argumentos que os contestam. Nem estes se impuseram àqueles. Nesse impasse a divergência perdeu o rumo. O jihadismo homicida, por sua vez, não se mobilizou com a ideia posta no cerceamento à plenitude da liberdade expressão. Moveu-o um sentimento justiceiro, vingativo, amálgama de fé no divino e ódio animal. Contra o abuso que via no "Charlie", mas não só. O vídeo gravado com antecedência por Amedy Coulibaly, o assassino do mercado judeu, foi explícito: eles iriam vingar o seu profeta, as humilhações impostas pelo tratamento ocidental aos muçulmanos e, precisão dele, os palestinos. A ação dos assassinos fundamentalistas foi, portanto, de sentido muito mais amplo do que o ataque ao "Charlie". Isso mesmo se poderia entender, antes ainda de ser encontrado o vídeo, pelo ataque e sequestro feitos por Coulibaly no mercado judeu. E pelo assassinato de um policial, que cometeu ainda antes da invasão do "Charlie". Se, porém, os seus foram atos diversionistas, como em geral os interpretaram, o vídeo é enfático quanto ao sentido largo da ação terrorista. As análises teriam ganho se tratassem os diferentes em separado, cada qual voltado para o tipo de problema que representa. No Brasil distante dos acontecimentos, e menos do que secundário em suas conceituações, as divergências foram infiltradas por agressividades que não se mostraram nem nos centros europeus da discussão obsessiva. Não por acaso, claro. Oportunidade para afirmações assim: "Os jovens países [da África] até deveriam agradecer aos 'opressores' [europeus] por coisas que nunca tinham visto". Pois é, ainda um defensor do colonialismo genocida na África, e entre os que publicam coisas na Folha como gente da casa. Em grande parte dos escritos e entrevistas de brasileiros sobre o ataque ao "Charlie", viu-se a mesma inadmissão de opiniões divergentes criticada pelos autores nos jihadistas extremados. Não é a única semelhança.
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Os alvos esquecidosDeu no que era de esperar. Além das mortes parisienses, os jihadistas assassinos conseguiram uma vitória cruel sobre todo o Ocidente: "instauraram a cizânia", como diziam na aldeia de Obelix, e entre os ocidentais ninguém se entende sobre o que é liberdade, humorismo, direitos, expressão, charge, convivência, terror – é o vale tudo da desinteligência. Ainda que a possibilidade de debate não fosse bloqueada pelos que se supõem detentores de direitos e liberdade absolutos, como encarnações de todos os profetas, e dos que se valem das diferenças para expelir suas iras neuróticas, o ponto de partida era por si mesmo complicador. Propôs aos raciocínios, ou ao que deles poderia sobreviver sob o jugo emocional, uma associação improvável de conceitos: terrorismo e liberdade de expressão. Não está estabelecido que do lado de "Charlie Hebdo" houvesse apenas a liberdade de expressão em seu sentido mais puro e pleno. Os que assim entendem não dissolveram, até hoje, os argumentos que os contestam. Nem estes se impuseram àqueles. Nesse impasse a divergência perdeu o rumo. O jihadismo homicida, por sua vez, não se mobilizou com a ideia posta no cerceamento à plenitude da liberdade expressão. Moveu-o um sentimento justiceiro, vingativo, amálgama de fé no divino e ódio animal. Contra o abuso que via no "Charlie", mas não só. O vídeo gravado com antecedência por Amedy Coulibaly, o assassino do mercado judeu, foi explícito: eles iriam vingar o seu profeta, as humilhações impostas pelo tratamento ocidental aos muçulmanos e, precisão dele, os palestinos. A ação dos assassinos fundamentalistas foi, portanto, de sentido muito mais amplo do que o ataque ao "Charlie". Isso mesmo se poderia entender, antes ainda de ser encontrado o vídeo, pelo ataque e sequestro feitos por Coulibaly no mercado judeu. E pelo assassinato de um policial, que cometeu ainda antes da invasão do "Charlie". Se, porém, os seus foram atos diversionistas, como em geral os interpretaram, o vídeo é enfático quanto ao sentido largo da ação terrorista. As análises teriam ganho se tratassem os diferentes em separado, cada qual voltado para o tipo de problema que representa. No Brasil distante dos acontecimentos, e menos do que secundário em suas conceituações, as divergências foram infiltradas por agressividades que não se mostraram nem nos centros europeus da discussão obsessiva. Não por acaso, claro. Oportunidade para afirmações assim: "Os jovens países [da África] até deveriam agradecer aos 'opressores' [europeus] por coisas que nunca tinham visto". Pois é, ainda um defensor do colonialismo genocida na África, e entre os que publicam coisas na Folha como gente da casa. Em grande parte dos escritos e entrevistas de brasileiros sobre o ataque ao "Charlie", viu-se a mesma inadmissão de opiniões divergentes criticada pelos autores nos jihadistas extremados. Não é a única semelhança.
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Carro da PM cai em riacho na caça a assaltantes do Paraguai; veja vídeo
Em ação que perseguiu os suspeitos de terem cometido o maior assalto da história do Paraguai, um veículo da Polícia Militar do Paraná caiu em um riacho na tarde desta segunda-feira (24). Segundo a PM paranaense, não há informações sobre policiais feridos nem foi informado quem era o motorista do carro no momento da queda. A caça aos apontados como assaltantes aconteceu na cidade de Itaipulândia, próxima a Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Estado. Ao menos três suspeitos morreram em troca de tiros com a Polícia Militar e com a Polícia Federal –outros quatro teriam sido presos. Um policial paraguaio também foi morto na ação. A ação ocorreu no mesmo dia em que criminosos invadiram, durante a madrugada, a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próximo à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 120 milhões. A sede da empresa fica a 4 km da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira paraguaia com Foz do Iguaçu. Autoridades paraguaias, a Polícia Federal brasileira e a Polícia Militar do Paraná trabalham em conjunto na busca do grupo de assaltantes. Segundo a imprensa local, informações preliminares apontam para a participação da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). O ministro do Interior paraguaio, Lorenzo Lezcano, disse à Folha que esse foi um assalto "de dimensões que jamais existiram" no país e que os suspeitos são brasileiros. Mais cedo, ele havia afirmado à rádio ABC Cardinal que a maioria dos carros usada no assalto tinha placa do Brasil e que uma vítima afirmou ter ouvido os criminosos falarem em português. MODUS OPERANDI O modus operandi da ação desta segunda lembra recentes casos ocorridos no interior de SP, com quadrilha armada com fuzis e metralhadoras, explosões e barricadas com carros incendiados para conter a perseguição policial. Desde novembro de 2015, o Estado de São Paulo passou por uma série de mega-assaltos a transportadoras de valores que ocorreram de forma semelhante ao roubo em Cidade del Este. O primeiro ocorreu em Campinas. Até setembro do ano passado, houve outros quatro casos: um também em Campinas, os outros em Santos, Ribeirão Preto e Santo André. Eles resultaram na morte de cinco pessoas –três delas policiais. O dinheiro levado nesses ataques e em outros semelhantes na Bahia e no Pará nesse mesmo período chegou a R$ 160 milhões, sem incluir os prejuízos, por exemplo, com a reforma dos prédios, que em alguns casos ficaram totalmente destruídos devido aos explosivos. Assustados, moradores do entorno de empresas desse tipo passaram a se mobilizar para tentar afastá-las de áreas urbanas. Já as empresas decidiram investir R$ 50 milhões em um sistema próprio de defesa, em parceria com o governo paulista.
cotidiano
Carro da PM cai em riacho na caça a assaltantes do Paraguai; veja vídeoEm ação que perseguiu os suspeitos de terem cometido o maior assalto da história do Paraguai, um veículo da Polícia Militar do Paraná caiu em um riacho na tarde desta segunda-feira (24). Segundo a PM paranaense, não há informações sobre policiais feridos nem foi informado quem era o motorista do carro no momento da queda. A caça aos apontados como assaltantes aconteceu na cidade de Itaipulândia, próxima a Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Estado. Ao menos três suspeitos morreram em troca de tiros com a Polícia Militar e com a Polícia Federal –outros quatro teriam sido presos. Um policial paraguaio também foi morto na ação. A ação ocorreu no mesmo dia em que criminosos invadiram, durante a madrugada, a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próximo à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 120 milhões. A sede da empresa fica a 4 km da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira paraguaia com Foz do Iguaçu. Autoridades paraguaias, a Polícia Federal brasileira e a Polícia Militar do Paraná trabalham em conjunto na busca do grupo de assaltantes. Segundo a imprensa local, informações preliminares apontam para a participação da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). O ministro do Interior paraguaio, Lorenzo Lezcano, disse à Folha que esse foi um assalto "de dimensões que jamais existiram" no país e que os suspeitos são brasileiros. Mais cedo, ele havia afirmado à rádio ABC Cardinal que a maioria dos carros usada no assalto tinha placa do Brasil e que uma vítima afirmou ter ouvido os criminosos falarem em português. MODUS OPERANDI O modus operandi da ação desta segunda lembra recentes casos ocorridos no interior de SP, com quadrilha armada com fuzis e metralhadoras, explosões e barricadas com carros incendiados para conter a perseguição policial. Desde novembro de 2015, o Estado de São Paulo passou por uma série de mega-assaltos a transportadoras de valores que ocorreram de forma semelhante ao roubo em Cidade del Este. O primeiro ocorreu em Campinas. Até setembro do ano passado, houve outros quatro casos: um também em Campinas, os outros em Santos, Ribeirão Preto e Santo André. Eles resultaram na morte de cinco pessoas –três delas policiais. O dinheiro levado nesses ataques e em outros semelhantes na Bahia e no Pará nesse mesmo período chegou a R$ 160 milhões, sem incluir os prejuízos, por exemplo, com a reforma dos prédios, que em alguns casos ficaram totalmente destruídos devido aos explosivos. Assustados, moradores do entorno de empresas desse tipo passaram a se mobilizar para tentar afastá-las de áreas urbanas. Já as empresas decidiram investir R$ 50 milhões em um sistema próprio de defesa, em parceria com o governo paulista.
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Associação homenageia 1.100 jornalistas mortos desde 1992
O prêmio "The Golden Pen of Freedom" (caneta de ouro da liberdade), concedido pela Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-Ifra), foi dedicado neste ano aos mais de 1.100 jornalistas mortos no exercício da profissão desde 1992. "A tragédia deste massacre é amplificada por uma estatística impressionante: em nove de cada dez assassinatos de jornalistas os autores permanecem impunes", disse o diretor-executivo de jornalismo do Grupo RBS Marcelo Rech, novo presidente do Fórum Mundial de Editores. Segundo o Comitê de Proteção a Jornalistas, em Nova York, 87% das vítimas eram jornalistas locais. Os países mais perigosos para os profissionais são Iraque, Síria, Somália, Paquistão e México. A premiação ocorreu durante o 67º Congresso Mundial de Mídia Jornalística, em Washington. Criado em 1961, o prêmio é destinado a profissionais e veículos de comunicação que trabalham pela liberdade de imprensa.
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Associação homenageia 1.100 jornalistas mortos desde 1992O prêmio "The Golden Pen of Freedom" (caneta de ouro da liberdade), concedido pela Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-Ifra), foi dedicado neste ano aos mais de 1.100 jornalistas mortos no exercício da profissão desde 1992. "A tragédia deste massacre é amplificada por uma estatística impressionante: em nove de cada dez assassinatos de jornalistas os autores permanecem impunes", disse o diretor-executivo de jornalismo do Grupo RBS Marcelo Rech, novo presidente do Fórum Mundial de Editores. Segundo o Comitê de Proteção a Jornalistas, em Nova York, 87% das vítimas eram jornalistas locais. Os países mais perigosos para os profissionais são Iraque, Síria, Somália, Paquistão e México. A premiação ocorreu durante o 67º Congresso Mundial de Mídia Jornalística, em Washington. Criado em 1961, o prêmio é destinado a profissionais e veículos de comunicação que trabalham pela liberdade de imprensa.
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Discurso mais suave de Trump teve boa acolhida, mas gera desconfiança
A primeira frase do presidente norte-americano, Donald Trump, em seu primeiro discurso ao Congresso, na noite de terça-feira (28), lembrou o fim do Mês da História Negra e versou sobre o caminho que os Estados Unidos precisam ainda percorrer na defesa dos direitos civis. Nas seguintes, o mandatário disse que o país permanece unido em condenar o ódio em todas as suas formas e que essa é a hora da "renovação do espírito americano" e de deixar para trás "brigas triviais". As declarações, que soariam comuns vindas de qualquer presidente da história recente do país, surpreenderam ao sair da boca de Trump. A mudança de tom —da fala apocalíptica da posse para uma postura realmente "presidencial"— se refletiu em números: 78% da população consideraram o discurso positivo, sendo 57% "muito positivo", segundo pesquisa CNN/ORC desta quarta (1º). O efeito foi sentido também nos mercados —com o índice Dow Jones superando os 21 mil pontos pela primeira vez na história— e na imprensa americana, que reconheceu o esforço de Trump num discurso no qual não se voltou nenhuma vez contra a mídia ou contra seus opositores. A mudança, porém, trouxe consigo a desconfiança sobre quanto tempo durará a "lua de mel" de Trump, cuja aprovação está em torno de 40%, com a população. Principalmente se considerado o histórico: o republicano já havia feito um discurso mais conciliador logo após ser eleito, em novembro, mas semanas depois voltou à retórica da campanha. Logo após o pronunciamento, a Casa Branca anunciou que adiaria a assinatura de um novo decreto anti-imigração, que também deverá proibir temporariamente a entrada de refugiados e de cidadãos de países de maioria muçulmana. A decisão de postergar o anúncio deve estender um pouco mais o clima positivo. "O discurso sugere que talvez Trump esteja aprendendo com o trabalho e começando a reconhecer a gravidade e a importância do que está fazendo. Mas teremos que esperar para ver", disse Christopher Ellis, autor do livro "Ideologia na América", à Folha. Ellis destaca que, apesar da mudança no tom, o conteúdo da fala de Trump segue muito do que o presidente já tem pregado: a importância da aplicação da lei quando o assunto é imigração, a substituição do Obamacare, uma abordagem dura contra o "terrorismo islâmico radical". O cientista político Hans Noel, da Universidade Georgetown, concorda que a posição de Trump continuou estável em muitos pontos. "A proposta de criar uma agência para rastrear crimes cometidos por imigrantes, particularmente, não é nada moderada", diz. Os democratas defenderam, depois do discurso, a visão de que Trump não mudou. "A questão é que ele tem se comportado tão mal, que se ele não faz isso uma vez, as pessoas já pensam que está melhorando. Mas ele não está, isso foi uma performance teatral", disse o deputado Keith Ellison, vice-presidente do Comitê Nacional Democrata. O vice-presidente Mike Pence, em entrevista à MSNBC nesta quarta, recusou esse tipo de argumento, dizendo que aquele Trump visto no palanque "era realmente ele". "Para as pessoas que o conhecem há muito tempo, é assim que ele [Trump] é", disse o porta-voz Sean Spicer a jornalistas horas depois. O discurso, escrito principalmente pelo estrategista-chefe, Stephen Bannon, e pelo assessor político Stephen Miller, com a ajuda de outros membros da equipe, teria sido alterado em vários pontos pelo presidente, segundo funcionários da Casa Branca. Contudo, o impacto de sua fala —vista pela TV por cerca de 43 milhões de pessoas, audiência superior à do discurso de posse, de 30,6 milhões— entre a população é incerto a longo prazo. Para Ellis, entre os eleitores de Trump e a parcela que o odeia, o discurso não deve mudar opiniões. "Mas não podemos esquecer que parte da população não votou, e teve quem votou em Trump sem gostar dele –apenas por achar que era menos pior. Esse tipo de discurso pode dar a elas algum tipo de conforto."
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Discurso mais suave de Trump teve boa acolhida, mas gera desconfiançaA primeira frase do presidente norte-americano, Donald Trump, em seu primeiro discurso ao Congresso, na noite de terça-feira (28), lembrou o fim do Mês da História Negra e versou sobre o caminho que os Estados Unidos precisam ainda percorrer na defesa dos direitos civis. Nas seguintes, o mandatário disse que o país permanece unido em condenar o ódio em todas as suas formas e que essa é a hora da "renovação do espírito americano" e de deixar para trás "brigas triviais". As declarações, que soariam comuns vindas de qualquer presidente da história recente do país, surpreenderam ao sair da boca de Trump. A mudança de tom —da fala apocalíptica da posse para uma postura realmente "presidencial"— se refletiu em números: 78% da população consideraram o discurso positivo, sendo 57% "muito positivo", segundo pesquisa CNN/ORC desta quarta (1º). O efeito foi sentido também nos mercados —com o índice Dow Jones superando os 21 mil pontos pela primeira vez na história— e na imprensa americana, que reconheceu o esforço de Trump num discurso no qual não se voltou nenhuma vez contra a mídia ou contra seus opositores. A mudança, porém, trouxe consigo a desconfiança sobre quanto tempo durará a "lua de mel" de Trump, cuja aprovação está em torno de 40%, com a população. Principalmente se considerado o histórico: o republicano já havia feito um discurso mais conciliador logo após ser eleito, em novembro, mas semanas depois voltou à retórica da campanha. Logo após o pronunciamento, a Casa Branca anunciou que adiaria a assinatura de um novo decreto anti-imigração, que também deverá proibir temporariamente a entrada de refugiados e de cidadãos de países de maioria muçulmana. A decisão de postergar o anúncio deve estender um pouco mais o clima positivo. "O discurso sugere que talvez Trump esteja aprendendo com o trabalho e começando a reconhecer a gravidade e a importância do que está fazendo. Mas teremos que esperar para ver", disse Christopher Ellis, autor do livro "Ideologia na América", à Folha. Ellis destaca que, apesar da mudança no tom, o conteúdo da fala de Trump segue muito do que o presidente já tem pregado: a importância da aplicação da lei quando o assunto é imigração, a substituição do Obamacare, uma abordagem dura contra o "terrorismo islâmico radical". O cientista político Hans Noel, da Universidade Georgetown, concorda que a posição de Trump continuou estável em muitos pontos. "A proposta de criar uma agência para rastrear crimes cometidos por imigrantes, particularmente, não é nada moderada", diz. Os democratas defenderam, depois do discurso, a visão de que Trump não mudou. "A questão é que ele tem se comportado tão mal, que se ele não faz isso uma vez, as pessoas já pensam que está melhorando. Mas ele não está, isso foi uma performance teatral", disse o deputado Keith Ellison, vice-presidente do Comitê Nacional Democrata. O vice-presidente Mike Pence, em entrevista à MSNBC nesta quarta, recusou esse tipo de argumento, dizendo que aquele Trump visto no palanque "era realmente ele". "Para as pessoas que o conhecem há muito tempo, é assim que ele [Trump] é", disse o porta-voz Sean Spicer a jornalistas horas depois. O discurso, escrito principalmente pelo estrategista-chefe, Stephen Bannon, e pelo assessor político Stephen Miller, com a ajuda de outros membros da equipe, teria sido alterado em vários pontos pelo presidente, segundo funcionários da Casa Branca. Contudo, o impacto de sua fala —vista pela TV por cerca de 43 milhões de pessoas, audiência superior à do discurso de posse, de 30,6 milhões— entre a população é incerto a longo prazo. Para Ellis, entre os eleitores de Trump e a parcela que o odeia, o discurso não deve mudar opiniões. "Mas não podemos esquecer que parte da população não votou, e teve quem votou em Trump sem gostar dele –apenas por achar que era menos pior. Esse tipo de discurso pode dar a elas algum tipo de conforto."
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EUA estimam que Pyongyang consiga míssil intercontinental já em 2018
Os Estados Unidos acreditam que a Coreia do Norte conseguirá desenvolver um míssil balístico intercontinental com capacidade nuclear em 2018, informou o jornal "Washington Post" nesta terça-feira (25). A nova avaliação, feita em caráter confidencial pela Agência de Inteligência em Defesa do Pentágono, reduz em dois anos o prazo previsto anteriormente para que o regime do ditador Kim Jong-un consiga produzir um míssil nuclear capaz de atingir os EUA. A estimativa foi feita após um lançamento realizado em 4 de julho, no qual a Coreia do Norte testou pela primeira vez um míssil intercontinental. O projétil subiu cerca de 2.800 quilômetros e viajou por 40 minutos antes de cair no mar do Japão, a 933 quilômetros do local de lançamento. Especialistas dos EUA estimam que, se usado em combate, o míssil poderia viajar uma distância de 6.700 quilômetros, capaz, portanto, de atingir o Estado americano do Alasca. Em setembro, a Coreia do Norte realizou seu quinto e mais poderoso teste com bomba nuclear. "Houve um progresso alarmante" disse ao "Washington Post" Joseph DeTrani, ex-chefe da missão do Escritório do Diretos de Segurança Nacional para a Coreia do Norte. "No último ano, eles ganharam capacidades que não tinham, incluindo algumas que nós pensamos que eles não seriam capazes de obter por anos." Para produzir um míssil intercontinental com capacidade nuclear, é preciso tecnologia para miniaturizar uma ogiva e para garantir que o projétil não seja destruído pelo atrito do ar ao reentrar na atmosfera terrestre. Ainda não está claro se a Coreia do Norte é capaz de fazê-lo, embora o regime do país afirme ter atingido essas capacidades. Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul afirmaram nesta terça-feira suspeitar que o regime norte-coreano esteja preparando um novo teste de míssil. A data do lançamento poderia ser a próxima quinta-feira (27), que marca o 64º aniversário do fim da Guerra da Coreia.
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EUA estimam que Pyongyang consiga míssil intercontinental já em 2018Os Estados Unidos acreditam que a Coreia do Norte conseguirá desenvolver um míssil balístico intercontinental com capacidade nuclear em 2018, informou o jornal "Washington Post" nesta terça-feira (25). A nova avaliação, feita em caráter confidencial pela Agência de Inteligência em Defesa do Pentágono, reduz em dois anos o prazo previsto anteriormente para que o regime do ditador Kim Jong-un consiga produzir um míssil nuclear capaz de atingir os EUA. A estimativa foi feita após um lançamento realizado em 4 de julho, no qual a Coreia do Norte testou pela primeira vez um míssil intercontinental. O projétil subiu cerca de 2.800 quilômetros e viajou por 40 minutos antes de cair no mar do Japão, a 933 quilômetros do local de lançamento. Especialistas dos EUA estimam que, se usado em combate, o míssil poderia viajar uma distância de 6.700 quilômetros, capaz, portanto, de atingir o Estado americano do Alasca. Em setembro, a Coreia do Norte realizou seu quinto e mais poderoso teste com bomba nuclear. "Houve um progresso alarmante" disse ao "Washington Post" Joseph DeTrani, ex-chefe da missão do Escritório do Diretos de Segurança Nacional para a Coreia do Norte. "No último ano, eles ganharam capacidades que não tinham, incluindo algumas que nós pensamos que eles não seriam capazes de obter por anos." Para produzir um míssil intercontinental com capacidade nuclear, é preciso tecnologia para miniaturizar uma ogiva e para garantir que o projétil não seja destruído pelo atrito do ar ao reentrar na atmosfera terrestre. Ainda não está claro se a Coreia do Norte é capaz de fazê-lo, embora o regime do país afirme ter atingido essas capacidades. Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul afirmaram nesta terça-feira suspeitar que o regime norte-coreano esteja preparando um novo teste de míssil. A data do lançamento poderia ser a próxima quinta-feira (27), que marca o 64º aniversário do fim da Guerra da Coreia.
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Caçula da natação orgulha Corinthians e projeta final em sua 1ª Olimpíada
PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO Brandonn Almeida, 19, é corintiano, mas passa longe de ser maloqueiro e sofredor. Não é muito dado a ir ao estádio –embora tenha ficado chateado com a eliminação na Libertadores na quarta-feira (4)– e vem de uma família pouco ligada ao futebol. Aos poucos, entretanto, ele tem se tornado um patrimônio do clube alvinegro. Rara prata da casa formada nas piscinas do Parque São Jorge, ele é o caçula da seleção brasileira masculina de natação, definida em abril, que vai aos Jogos do Rio. Mais que isso, é tido como a principal revelação do país. Não se trata de "achismo", já que seus próprios resultados atestam o diagnóstico: na categoria júnior, ele é atual campeão mundial dos 1.500 m livre e recordista mundial júnior dos 400 m medley, prova na qual obteve ouro no Pan de Toronto, no último ano. Em agosto, na Olimpíada carioca, ele disputará as duas provas, que figuram entre as mais árduas da natação. "Eu queria ir a uma Olimpíada, não importava a idade. Ir ao Rio foi até um pouco mais precoce do que imaginava, mas sempre tive esse sonho", disse o nadador à Folha, na última quinta (5). Nem faz tanto tempo que Brandonn começou a nadar. Inspirado pelo irmão mais velho, Barkley –cujo nome é, sim, uma referência a Charles Barkley, astro da NBA nos anos 1980 e 1990–, deu as primeiras braçadas em uma escolinha na zona sul de São Paulo, onde a família morava. Vida de atleta - Brandonn Almeida Poucos meses depois, com a mudança para a zona leste, ele pediu para treinar no Corinthians, com 8 anos. Hoje, 11 anos depois, ainda reside a menos de 500 m do clube. Os resultados demoraram a aparecer. "Quando eu era pequeno, não me destacava muito. Nunca tinha tempos expressivos", contou. A virada começou quando tinha de 12 para 13 anos. Em um campeonato nacional, chegou a baixar em quase um minuto o recorde da idade nos 1.500 m livre. "A partir daquela idade eu percebi que tinha jeito, que se levasse a sério podia ter grandes resultados", comentou. Nunca deixou o Corinthians, apesar de investidas de outros clubes mais tradicionais no quesito natação. Longilíneo, ele acredita que foi seu biótipo que fez com que ele se voltasse justamente à prova mais longa das piscinas e aos 400 m medley –sua preferida, na qual quer ir à final olímpica. Apesar de talentoso, nunca se acomodou com a vocação e considera-se um viciado em treino. Ele aponta que esse é seu maior diferencial. Geralmente, devota cerca de seis horas diárias a atividades dentro da água ou de complementação física. Uma vez por semana, desde 2013, também passa com um psicólogo do clube, porém mais como um acréscimo que como necessidade. "Meu ponto forte é o lado psicológico, minha vontade de vencer. Desde pequeno eu tenho isso", afirmou o nadador, que em 2015 trancou a faculdade de nutrição e se vê como alguém desligado. Essa diligência foi posta à prova diversas vezes. E fora da piscina. Brandonn teve o nome inspirado no astro do cinema Brandon Lee. Seu irmão mais novo, Bruce, também nadador, foi batizado em homenagem ao pai de Brandon Lee. E tem Barkley. O trio incomum gera situações curiosas. "Já me perguntaram se sofri bullying, mas não. Foi com o Barkley que mais pegaram no pé, no segundo e terceiro colegial." Os três indagaram os pais, Sérgio e Miriam, sobre os nomes. Deixaram para lá. Acostumaram-se. Agora, o mais talentoso deles quer marcar o dele na história olímpica. Que esporte é esse? - Natação
esporte
Caçula da natação orgulha Corinthians e projeta final em sua 1ª Olimpíada PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO Brandonn Almeida, 19, é corintiano, mas passa longe de ser maloqueiro e sofredor. Não é muito dado a ir ao estádio –embora tenha ficado chateado com a eliminação na Libertadores na quarta-feira (4)– e vem de uma família pouco ligada ao futebol. Aos poucos, entretanto, ele tem se tornado um patrimônio do clube alvinegro. Rara prata da casa formada nas piscinas do Parque São Jorge, ele é o caçula da seleção brasileira masculina de natação, definida em abril, que vai aos Jogos do Rio. Mais que isso, é tido como a principal revelação do país. Não se trata de "achismo", já que seus próprios resultados atestam o diagnóstico: na categoria júnior, ele é atual campeão mundial dos 1.500 m livre e recordista mundial júnior dos 400 m medley, prova na qual obteve ouro no Pan de Toronto, no último ano. Em agosto, na Olimpíada carioca, ele disputará as duas provas, que figuram entre as mais árduas da natação. "Eu queria ir a uma Olimpíada, não importava a idade. Ir ao Rio foi até um pouco mais precoce do que imaginava, mas sempre tive esse sonho", disse o nadador à Folha, na última quinta (5). Nem faz tanto tempo que Brandonn começou a nadar. Inspirado pelo irmão mais velho, Barkley –cujo nome é, sim, uma referência a Charles Barkley, astro da NBA nos anos 1980 e 1990–, deu as primeiras braçadas em uma escolinha na zona sul de São Paulo, onde a família morava. Vida de atleta - Brandonn Almeida Poucos meses depois, com a mudança para a zona leste, ele pediu para treinar no Corinthians, com 8 anos. Hoje, 11 anos depois, ainda reside a menos de 500 m do clube. Os resultados demoraram a aparecer. "Quando eu era pequeno, não me destacava muito. Nunca tinha tempos expressivos", contou. A virada começou quando tinha de 12 para 13 anos. Em um campeonato nacional, chegou a baixar em quase um minuto o recorde da idade nos 1.500 m livre. "A partir daquela idade eu percebi que tinha jeito, que se levasse a sério podia ter grandes resultados", comentou. Nunca deixou o Corinthians, apesar de investidas de outros clubes mais tradicionais no quesito natação. Longilíneo, ele acredita que foi seu biótipo que fez com que ele se voltasse justamente à prova mais longa das piscinas e aos 400 m medley –sua preferida, na qual quer ir à final olímpica. Apesar de talentoso, nunca se acomodou com a vocação e considera-se um viciado em treino. Ele aponta que esse é seu maior diferencial. Geralmente, devota cerca de seis horas diárias a atividades dentro da água ou de complementação física. Uma vez por semana, desde 2013, também passa com um psicólogo do clube, porém mais como um acréscimo que como necessidade. "Meu ponto forte é o lado psicológico, minha vontade de vencer. Desde pequeno eu tenho isso", afirmou o nadador, que em 2015 trancou a faculdade de nutrição e se vê como alguém desligado. Essa diligência foi posta à prova diversas vezes. E fora da piscina. Brandonn teve o nome inspirado no astro do cinema Brandon Lee. Seu irmão mais novo, Bruce, também nadador, foi batizado em homenagem ao pai de Brandon Lee. E tem Barkley. O trio incomum gera situações curiosas. "Já me perguntaram se sofri bullying, mas não. Foi com o Barkley que mais pegaram no pé, no segundo e terceiro colegial." Os três indagaram os pais, Sérgio e Miriam, sobre os nomes. Deixaram para lá. Acostumaram-se. Agora, o mais talentoso deles quer marcar o dele na história olímpica. Que esporte é esse? - Natação
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Documentário revê a atuação da 'Ilustrada' na transição democrática
O documentário "Não Estávamos Ali para Fazer Amigos", que será exibido nesta quarta (5) no 10º Festival de Cinema Latino-Americano em SP, propõe mostrar a inserção da "Ilustrada" na transição do governo militar para a democracia, na década de 1980. Dirigido por Miguel de Almeida e Luiz R. Cabral, o filme reúne imagens do período –posse de Figueiredo, Lula no estádio em São Bernardo, Diretas Já!, morte de Tancredo, rock, Sarney, censura a filme de Godard– e depoimentos de jornalistas da Folha e protagonistas das mudanças culturais vividas então no Brasil. Almeida escolheu como tema os anos 1980 –"uma época ainda mal contada no cinema brasileiro"– pela efervescência de cultura urbana, e queria falar de algo que tivesse vivido. Ele trabalhou na "Ilustrada" de 1980 a 1987. "Minha geração não era comprometida com partido, queria saber coisas da arte internacional. Fomos atrás e conquistamos espaço. Nada foi de graça, éramos policiados pela direita e pela esquerda." O filme se preocupa em confrontar uma cultura que propunha uma volta ao passado, das pessoas que procuram remontar espetáculos proibidos na ditadura e lançar músicas censuradas aos artistas que apresentam novas propostas. Opõe em imagens Gianfrancesco Guarnieri e Chico Buarque conversando sobre remontagem de peças proibidas com depoimento de Antunes Filho defendendo que Nelson Rodrigues não era de direita. Parece ser possível encontrar confrontação em todas as áreas culturais. Arrigo Barnabé reclama de um esquerda conservadora acusando que seu trabalho "não é música". Tunga relembra as mudanças nas artes plásticos. Angeli fala da influência de sua parceria com Laerte e Glauco no quadrinho brasileiro. Marcos Augusto Gonçalves, editor da "Ilustrada" em dois períodos e hoje responsável pelo caderno "Ilustríssima", fala no filme sobre a tentativa constante de fugir à arte oficial, sobre buscar o novo. Para ele, "A 'Ilustrada' não refletia o que acontecia, ela realizava uma intervenção". Na segunda metade do documentário, o roteiro justifica o título. São relembradas alguns embates entre jornalistas da "Ilustrada" e artistas: Pepe Escobar x Nasi, Miguel de Almeida x Fagner (dois episódios muito próximos da agressão física) e Caio Túlio Costa x Caetano Veloso, numa discussão sobre o filme do cantor, "Cinema Falado". "A crítica cultural era muito brasileira, contemporizadora. O cara virava jornalista para conhecer o Caetano", diz Almeida no filme. "Eu e o Miguel brigamos com todo mundo, literalmente todo mundo", afirma Pepe Escobar. O diretor abre e fecha o filme com a censura do longa "Je Vous Salue Marie", de Jean-Luc Godard, proibido pelo presidente José Sarney em 1986. "Depois de toda a luta pelas Diretas e pelo fim da censura, aquilo mostra bem o tamanho da nossa decepção". NÃO ESTÁVAMOS ALI PARA FAZER AMIGOS DIREÇÃO Miguel de Almeida e Luiz R. Cabral PRODUÇÃO Brasil, 2015 QUANDO qua. (5), às 21h ONDE Memorial da América Latina, r. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. (11) 3823-4600 QUANTO grátis (retirar ingresso com uma hora de antecedência)
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Documentário revê a atuação da 'Ilustrada' na transição democráticaO documentário "Não Estávamos Ali para Fazer Amigos", que será exibido nesta quarta (5) no 10º Festival de Cinema Latino-Americano em SP, propõe mostrar a inserção da "Ilustrada" na transição do governo militar para a democracia, na década de 1980. Dirigido por Miguel de Almeida e Luiz R. Cabral, o filme reúne imagens do período –posse de Figueiredo, Lula no estádio em São Bernardo, Diretas Já!, morte de Tancredo, rock, Sarney, censura a filme de Godard– e depoimentos de jornalistas da Folha e protagonistas das mudanças culturais vividas então no Brasil. Almeida escolheu como tema os anos 1980 –"uma época ainda mal contada no cinema brasileiro"– pela efervescência de cultura urbana, e queria falar de algo que tivesse vivido. Ele trabalhou na "Ilustrada" de 1980 a 1987. "Minha geração não era comprometida com partido, queria saber coisas da arte internacional. Fomos atrás e conquistamos espaço. Nada foi de graça, éramos policiados pela direita e pela esquerda." O filme se preocupa em confrontar uma cultura que propunha uma volta ao passado, das pessoas que procuram remontar espetáculos proibidos na ditadura e lançar músicas censuradas aos artistas que apresentam novas propostas. Opõe em imagens Gianfrancesco Guarnieri e Chico Buarque conversando sobre remontagem de peças proibidas com depoimento de Antunes Filho defendendo que Nelson Rodrigues não era de direita. Parece ser possível encontrar confrontação em todas as áreas culturais. Arrigo Barnabé reclama de um esquerda conservadora acusando que seu trabalho "não é música". Tunga relembra as mudanças nas artes plásticos. Angeli fala da influência de sua parceria com Laerte e Glauco no quadrinho brasileiro. Marcos Augusto Gonçalves, editor da "Ilustrada" em dois períodos e hoje responsável pelo caderno "Ilustríssima", fala no filme sobre a tentativa constante de fugir à arte oficial, sobre buscar o novo. Para ele, "A 'Ilustrada' não refletia o que acontecia, ela realizava uma intervenção". Na segunda metade do documentário, o roteiro justifica o título. São relembradas alguns embates entre jornalistas da "Ilustrada" e artistas: Pepe Escobar x Nasi, Miguel de Almeida x Fagner (dois episódios muito próximos da agressão física) e Caio Túlio Costa x Caetano Veloso, numa discussão sobre o filme do cantor, "Cinema Falado". "A crítica cultural era muito brasileira, contemporizadora. O cara virava jornalista para conhecer o Caetano", diz Almeida no filme. "Eu e o Miguel brigamos com todo mundo, literalmente todo mundo", afirma Pepe Escobar. O diretor abre e fecha o filme com a censura do longa "Je Vous Salue Marie", de Jean-Luc Godard, proibido pelo presidente José Sarney em 1986. "Depois de toda a luta pelas Diretas e pelo fim da censura, aquilo mostra bem o tamanho da nossa decepção". NÃO ESTÁVAMOS ALI PARA FAZER AMIGOS DIREÇÃO Miguel de Almeida e Luiz R. Cabral PRODUÇÃO Brasil, 2015 QUANDO qua. (5), às 21h ONDE Memorial da América Latina, r. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. (11) 3823-4600 QUANTO grátis (retirar ingresso com uma hora de antecedência)
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Avenida Paulista é interditada pela segunda vez no ano neste domingo
Após duas horas da inauguração da ciclovia na avenida Bernardino de Campos, na região central de São Paulo, neste domingo (23), a Paulista foi interditada para a circulação de veículos. A nova ciclovia ligará a Paulista e a rua Vergueiro. Este é o segundo bloqueio no ano na Paulista, que deve durar até as 17h, segundo informou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O primeiro fechamento da avenida para veículos ocorreu no final do mês de junho, durante inauguração da faixa exclusiva para bicicletas na via. Por volta das 11h deste domingo, ciclistas gritavam: Paulista está aberta. Um agente da CET disse à reportagem da Folha que a interdição, desta vez, "só demorou um pouco, mas já estava programada." No momento do fechamento, alguns carros ainda estavam na avenida, mas foram acompanhados por agentes da Guarda Civil Metropolitana até serem retirados da via. Gislaine, 32, e Diego Brea pedalaram 15 km do bairro onde moram, Vila Santa Catarina (zona sul), até a Paulista em apoio à iniciativa. "Eu antes era contra, mas depois percebi a importância da ciclovia na avenida", conta Gislaine, que é professora. "O importante é as pessoas saírem para aproveitar o espaço público na Paulista. São Paulo não é só carros e shoppings", diz Diego. A estudante de arquitetura, Liliane Teixeira, 26, que procurou a Paulista nesta manhã para patinar, defende a interdição da via aos domingos. "Eu tenho poucas opções para patinar no Jabaquara (zona sul) e só patino em parques. A Paulista é uma excelente opção", afirma. "Com certeza apoio esse fechamento da avenida. Eu trabalho aqui durante a semana e o que mais me impressionou hoje foi o silêncio. É o único dia em que você consegue ouvir seus próprios pensamentos na Paulista. Até aproveitamos para trazer o Lucky para passear. Como ele já está velhinho, com 14 anos, trouxemos essa sacolinha porque ele não aguenta o caminho todo." Vítor Augusto Possebom, 24, mestrando em economia. Veio com os pais. Eles moram no Paraíso e vieram a pé. O aposentado João Vasconcelos, 65, que vive na Vila Matilde, (zona leste), não se abalou ao descobrir que os ônibus não passavam mais na avenida. "Não tem problema, eu pego o metrô. Acho muito bonito ver o pessoal tendo todo esse lazer aos domingos. Está de parabéns o senhor Haddad", diz. De acordo com o prefeito Fernando Haddad (PT), um segundo estudo de viabilidade para o fechamento da via aos domingos, junto a hospitais, clubes e condomínios, será realizado e submetido à população. Na semana passada, o prefeito chegou a dizer que o fechamento da via todos os domingos seria a decisão mais "provável", mas logo recuou diante das fortes críticas de moradores e comerciantes da região. "O que nós estamos propondo é a discussão de política pública. E isso obviamente que nós vamos fazer em parceria com o Ministério Público, que deve ter abertura para a discussão desse tipo de mudança na cidade. Isso já ocorreu no passado com ganhos e podemos ter ganhos com isso de áreas de lazer aos finais de semana", afirmou Haddad. A proposta de Haddad é que todas as 32 subprefeituras da capital tenham em seus territórios ao menos uma via aberta só a pedestres e ciclistas aos domingos. "Acredito que toda subprefeitura terá uma rua [fechada]. Na periferia, sobretudo, nós temos uma preocupação maior, porque é onde mais falta área de lazer. E o exemplo da Paulista acaba tendo um papel simbólico de instalar na cidade uma discussão, abrir a discussão na cidade inteira", afirmou. Neste sábado (22), o prefeito chegou a dizer que seguiria a determinação do Ministério Público que recomendou manter a via com tráfego livre para veículos. O bloqueio, segundo ele, só iria ocorrer caso a Paulista fosse tomada por uma multidão de pedestres e ciclistas. MIRANTE Foi reinaugurado também neste domingo o mirante Nove de Julho, após reforma. O mirante, que há anos era ocupado por moradores de rua, foi cedido pela prefeitura ao empresário Facundo Guerra para a construção de um restaurante e de um café. ACESSO A HOSPITAL Durante a vigência da interdição da avenida Paulista, pacientes e visitantes do Hospital Santa Catarina poderão circular pela faixa exclusiva de ônibus da avenida para terem acesso à unidade. Para acessar a faixa exclusiva, o motorista terá que seguir pela rua 13 de Maio e, na sequência, utilizar a faixa de ônibus sinalizada da Paulista. Assista
cotidiano
Avenida Paulista é interditada pela segunda vez no ano neste domingoApós duas horas da inauguração da ciclovia na avenida Bernardino de Campos, na região central de São Paulo, neste domingo (23), a Paulista foi interditada para a circulação de veículos. A nova ciclovia ligará a Paulista e a rua Vergueiro. Este é o segundo bloqueio no ano na Paulista, que deve durar até as 17h, segundo informou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O primeiro fechamento da avenida para veículos ocorreu no final do mês de junho, durante inauguração da faixa exclusiva para bicicletas na via. Por volta das 11h deste domingo, ciclistas gritavam: Paulista está aberta. Um agente da CET disse à reportagem da Folha que a interdição, desta vez, "só demorou um pouco, mas já estava programada." No momento do fechamento, alguns carros ainda estavam na avenida, mas foram acompanhados por agentes da Guarda Civil Metropolitana até serem retirados da via. Gislaine, 32, e Diego Brea pedalaram 15 km do bairro onde moram, Vila Santa Catarina (zona sul), até a Paulista em apoio à iniciativa. "Eu antes era contra, mas depois percebi a importância da ciclovia na avenida", conta Gislaine, que é professora. "O importante é as pessoas saírem para aproveitar o espaço público na Paulista. São Paulo não é só carros e shoppings", diz Diego. A estudante de arquitetura, Liliane Teixeira, 26, que procurou a Paulista nesta manhã para patinar, defende a interdição da via aos domingos. "Eu tenho poucas opções para patinar no Jabaquara (zona sul) e só patino em parques. A Paulista é uma excelente opção", afirma. "Com certeza apoio esse fechamento da avenida. Eu trabalho aqui durante a semana e o que mais me impressionou hoje foi o silêncio. É o único dia em que você consegue ouvir seus próprios pensamentos na Paulista. Até aproveitamos para trazer o Lucky para passear. Como ele já está velhinho, com 14 anos, trouxemos essa sacolinha porque ele não aguenta o caminho todo." Vítor Augusto Possebom, 24, mestrando em economia. Veio com os pais. Eles moram no Paraíso e vieram a pé. O aposentado João Vasconcelos, 65, que vive na Vila Matilde, (zona leste), não se abalou ao descobrir que os ônibus não passavam mais na avenida. "Não tem problema, eu pego o metrô. Acho muito bonito ver o pessoal tendo todo esse lazer aos domingos. Está de parabéns o senhor Haddad", diz. De acordo com o prefeito Fernando Haddad (PT), um segundo estudo de viabilidade para o fechamento da via aos domingos, junto a hospitais, clubes e condomínios, será realizado e submetido à população. Na semana passada, o prefeito chegou a dizer que o fechamento da via todos os domingos seria a decisão mais "provável", mas logo recuou diante das fortes críticas de moradores e comerciantes da região. "O que nós estamos propondo é a discussão de política pública. E isso obviamente que nós vamos fazer em parceria com o Ministério Público, que deve ter abertura para a discussão desse tipo de mudança na cidade. Isso já ocorreu no passado com ganhos e podemos ter ganhos com isso de áreas de lazer aos finais de semana", afirmou Haddad. A proposta de Haddad é que todas as 32 subprefeituras da capital tenham em seus territórios ao menos uma via aberta só a pedestres e ciclistas aos domingos. "Acredito que toda subprefeitura terá uma rua [fechada]. Na periferia, sobretudo, nós temos uma preocupação maior, porque é onde mais falta área de lazer. E o exemplo da Paulista acaba tendo um papel simbólico de instalar na cidade uma discussão, abrir a discussão na cidade inteira", afirmou. Neste sábado (22), o prefeito chegou a dizer que seguiria a determinação do Ministério Público que recomendou manter a via com tráfego livre para veículos. O bloqueio, segundo ele, só iria ocorrer caso a Paulista fosse tomada por uma multidão de pedestres e ciclistas. MIRANTE Foi reinaugurado também neste domingo o mirante Nove de Julho, após reforma. O mirante, que há anos era ocupado por moradores de rua, foi cedido pela prefeitura ao empresário Facundo Guerra para a construção de um restaurante e de um café. ACESSO A HOSPITAL Durante a vigência da interdição da avenida Paulista, pacientes e visitantes do Hospital Santa Catarina poderão circular pela faixa exclusiva de ônibus da avenida para terem acesso à unidade. Para acessar a faixa exclusiva, o motorista terá que seguir pela rua 13 de Maio e, na sequência, utilizar a faixa de ônibus sinalizada da Paulista. Assista
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Microsoft tem maior prejuízo de sua história após compra da Nokia
A Microsoft divulgou nesta terça-feira (21) prejuízo trimestral de US$ 3,2 bilhões, impactada por encargos relacionados à divisão de celulares Nokia e cortes de empregos, além de uma demanda fraca pelo sistema operacional Windows. Descontada a aquisição da fabricante finlandesa, a companhia teve lucro de US$ 6,4 bilhões (aumento de 39% em relação ao período correspondente no ano anterior), com faturamento de US$ 22,18 bilhões (retração de 4,7%), valor um pouco acima do estimado por analistas consultados pela Reuters (de US$ 22,03 bilhões). A companhia registrou despesas com reestruturação e integração de US$ 8,4 bilhões para o quarto trimestre fiscal, encerrado em 30 de junho. O prejuízo por ação no período foi de US$ 0,40 ante um ganho um ano antes de US$ 0,55 por papel, que foi equivalente a US$ 4,61 bilhões. O fim do suporte ao Windows XP causou uma menor demanda de fabricantes pelos sistemas operacionais da marca, que lançará seu Windows 10 no próximo dia 29. Smartphones também tiveram retração, com queda de 68% no faturamento (ainda que o número de unidades vendidas tenha crescido 10%). Por outro lado, o faturamento oriundo de sua linha de tablets "profissionais" Surface cresceu 117%, para US$ 888 milhões; e a divisão de videogames Xbox teve incremento de 30%, para 1,4 milhões de unidades. O número de assinantes do Office 365, nova maneira de distribuição do pacote de programas de produtividade da empresa, também teve incremento, de 3 milhões, para 15 milhões de pagantes. No começo deste mês, a empresa sediada em Redmond, Washington, afirmou que contabilizaria neste balanço por volta de 80% do acordo pela incorporação da Nokia (que teve custo total de US$ 9,4 bilhões), relata a Dow Jones.
tec
Microsoft tem maior prejuízo de sua história após compra da NokiaA Microsoft divulgou nesta terça-feira (21) prejuízo trimestral de US$ 3,2 bilhões, impactada por encargos relacionados à divisão de celulares Nokia e cortes de empregos, além de uma demanda fraca pelo sistema operacional Windows. Descontada a aquisição da fabricante finlandesa, a companhia teve lucro de US$ 6,4 bilhões (aumento de 39% em relação ao período correspondente no ano anterior), com faturamento de US$ 22,18 bilhões (retração de 4,7%), valor um pouco acima do estimado por analistas consultados pela Reuters (de US$ 22,03 bilhões). A companhia registrou despesas com reestruturação e integração de US$ 8,4 bilhões para o quarto trimestre fiscal, encerrado em 30 de junho. O prejuízo por ação no período foi de US$ 0,40 ante um ganho um ano antes de US$ 0,55 por papel, que foi equivalente a US$ 4,61 bilhões. O fim do suporte ao Windows XP causou uma menor demanda de fabricantes pelos sistemas operacionais da marca, que lançará seu Windows 10 no próximo dia 29. Smartphones também tiveram retração, com queda de 68% no faturamento (ainda que o número de unidades vendidas tenha crescido 10%). Por outro lado, o faturamento oriundo de sua linha de tablets "profissionais" Surface cresceu 117%, para US$ 888 milhões; e a divisão de videogames Xbox teve incremento de 30%, para 1,4 milhões de unidades. O número de assinantes do Office 365, nova maneira de distribuição do pacote de programas de produtividade da empresa, também teve incremento, de 3 milhões, para 15 milhões de pagantes. No começo deste mês, a empresa sediada em Redmond, Washington, afirmou que contabilizaria neste balanço por volta de 80% do acordo pela incorporação da Nokia (que teve custo total de US$ 9,4 bilhões), relata a Dow Jones.
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Com consumo fraco, serviços sobem abaixo da inflação
Embora ainda pressionados, os serviços já não sobem acima da inflação média em razão do esfriamento do consumo e da alta de preços de produtos e tarifas essenciais, como alimentos e energia. Em 12 meses até março, os serviços acumularam alta de 8,02%, abaixo do IPCA no período (8,13%). O índice de março ficou em 0,58%, menos da metade do IPCA "cheio" –de 1,32%. Com juros mais altos, rendimento em desaceleração, desemprego mais elevado e reajustes de preços importantes na cesta de consumo das famílias, os consumidores ficaram mais seletivos e os serviços frearam a tendência de alta dos últimos anos, quando subiam acima da inflação. Em 2014, esse agrupamento avançou 8,32%, mais do que os 6,41% do IPCA. Nos três primeiros meses deste ano, os serviços aumentaram menos do que a inflação média. O segmento é visto por analistas como um dos poucos contrapontos à inflação maior neste ano e perde fôlego num cenário de consumo contido e da própria inflação mais alta –o que reduz a renda disponível das famílias e as faz concentrar. As altas mais moderadas ficaram justamente com os serviços menos prioritários de áreas como telefonia, internet e turismo. Os mais essenciais –e de maior peso no orçamento– avançaram com mais força. É o caso de alimentação fora do domicílio (alta de 10,03% em 12 meses), aluguel (9,10%) e condomínio (8,60%). Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE, as famílias têm priorizado o consumo de bens e serviços "essenciais" diante da forte alta de alimentos, energia e transporte. Em relatório, o Bradesco destaca a freada dos serviços, mas ressalva que "a desaceleração dos preços de serviços continuará em ritmo bastante gradual ao longo de 2015."
mercado
Com consumo fraco, serviços sobem abaixo da inflaçãoEmbora ainda pressionados, os serviços já não sobem acima da inflação média em razão do esfriamento do consumo e da alta de preços de produtos e tarifas essenciais, como alimentos e energia. Em 12 meses até março, os serviços acumularam alta de 8,02%, abaixo do IPCA no período (8,13%). O índice de março ficou em 0,58%, menos da metade do IPCA "cheio" –de 1,32%. Com juros mais altos, rendimento em desaceleração, desemprego mais elevado e reajustes de preços importantes na cesta de consumo das famílias, os consumidores ficaram mais seletivos e os serviços frearam a tendência de alta dos últimos anos, quando subiam acima da inflação. Em 2014, esse agrupamento avançou 8,32%, mais do que os 6,41% do IPCA. Nos três primeiros meses deste ano, os serviços aumentaram menos do que a inflação média. O segmento é visto por analistas como um dos poucos contrapontos à inflação maior neste ano e perde fôlego num cenário de consumo contido e da própria inflação mais alta –o que reduz a renda disponível das famílias e as faz concentrar. As altas mais moderadas ficaram justamente com os serviços menos prioritários de áreas como telefonia, internet e turismo. Os mais essenciais –e de maior peso no orçamento– avançaram com mais força. É o caso de alimentação fora do domicílio (alta de 10,03% em 12 meses), aluguel (9,10%) e condomínio (8,60%). Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE, as famílias têm priorizado o consumo de bens e serviços "essenciais" diante da forte alta de alimentos, energia e transporte. Em relatório, o Bradesco destaca a freada dos serviços, mas ressalva que "a desaceleração dos preços de serviços continuará em ritmo bastante gradual ao longo de 2015."
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Tecnologias políticas
Há um ponto comum entre muitos dos novos partidos políticos que estão avançando em diversos países. Além de serem identificados com forças de "renovação da política", todos usam a internet como elemento central da sua forma de atuação. Na Espanha, o Podemos vem chamando atenção por seu avanço nas urnas. O símbolo mais recente do partido foi a eleição da ativista Ada Colau como prefeita de Barcelona. O uso da tecnologia por parte do partido está na sua origem: o movimento dos Indignados. Desde antes da constituição do partido (em janeiro de 2014), os indignados já haviam aprendido boas lições com os eventos da primavera árabe sobre a importância das novas mídias. Entre elas o uso intensivo do YouTube para disseminação de vídeos; a transmissão ao vivo pela internet de protestos e o uso do Facebook para convocar reuniões. O Podemos, enquanto partido, ampliou o leque. Incorporou ferramentas como o Reddit, um dos fóruns de discussão mais populares na internet. A partir dele, criou a chamada "Plaza Podemos", sítio na rede que funciona como ágora, promovendo debates sobre o programas e decisões do partido. Mais do que isso, incorporou também o aplicativo para celulares Appgree. Ele permite a tomada de decisões por grupos grandes ou pequenos, valendo-se de um método que controla a validade estatística do resultado. Na Itália, o Movimento Cinco Estrelas (criado como partido em 2009) tem um uso igualmente intensivo da tecnologia. O Movimento conquistou uma parcela significativa do Parlamento italiano. Isso inclui a vice-presidência do Parlamento, ocupada hoje por Luigi di Maio, um advogado de 29 anos (o Cinco Estrelas gaba-se de atrair "não políticos" para se candidatar). A internet está na origem de tudo. O partido surgiu a partir do blog do comediante Beppe Grillo. De lá, apropriou-se da ferramenta Meetup.com, que permite organizar encontros de grupos virtuais de pessoas no mundo real, que se espalharam pelo país. Ainda hoje, quem vai à Itália e abre a página do Meetup encontra majoritariamente eventos organizados pelo partido. O uso da internet e a ideia de "democracia virtual" é uma das cinco estrelas do partido (as outras representam água, transporte, sustentabilidade e emprego). Na Argentina, uma pequena organização chamada Partido de la Red articula-se tendo como eixo o impacto da tecnologia para a política. Diferentemente das experiências europeias, que com poucas exceções se apropriaram de ferramentas desenvolvidas em outros países (sobretudo nos EUA), o Partido de la Red está desenvolvendo sua própria tecnologia. Batizada de DemocracyOS (Sistema Operacional da Democracia), ela consiste em um conjunto de ferramentas de participação feitas em código aberto (podem ser usadas e reconfiguradas por qualquer pessoa). Essas experiências indicam que, assim como a tecnologia mudou diversas indústrias, da música ao transporte urbano, deve sacudir também a política.
colunas
Tecnologias políticasHá um ponto comum entre muitos dos novos partidos políticos que estão avançando em diversos países. Além de serem identificados com forças de "renovação da política", todos usam a internet como elemento central da sua forma de atuação. Na Espanha, o Podemos vem chamando atenção por seu avanço nas urnas. O símbolo mais recente do partido foi a eleição da ativista Ada Colau como prefeita de Barcelona. O uso da tecnologia por parte do partido está na sua origem: o movimento dos Indignados. Desde antes da constituição do partido (em janeiro de 2014), os indignados já haviam aprendido boas lições com os eventos da primavera árabe sobre a importância das novas mídias. Entre elas o uso intensivo do YouTube para disseminação de vídeos; a transmissão ao vivo pela internet de protestos e o uso do Facebook para convocar reuniões. O Podemos, enquanto partido, ampliou o leque. Incorporou ferramentas como o Reddit, um dos fóruns de discussão mais populares na internet. A partir dele, criou a chamada "Plaza Podemos", sítio na rede que funciona como ágora, promovendo debates sobre o programas e decisões do partido. Mais do que isso, incorporou também o aplicativo para celulares Appgree. Ele permite a tomada de decisões por grupos grandes ou pequenos, valendo-se de um método que controla a validade estatística do resultado. Na Itália, o Movimento Cinco Estrelas (criado como partido em 2009) tem um uso igualmente intensivo da tecnologia. O Movimento conquistou uma parcela significativa do Parlamento italiano. Isso inclui a vice-presidência do Parlamento, ocupada hoje por Luigi di Maio, um advogado de 29 anos (o Cinco Estrelas gaba-se de atrair "não políticos" para se candidatar). A internet está na origem de tudo. O partido surgiu a partir do blog do comediante Beppe Grillo. De lá, apropriou-se da ferramenta Meetup.com, que permite organizar encontros de grupos virtuais de pessoas no mundo real, que se espalharam pelo país. Ainda hoje, quem vai à Itália e abre a página do Meetup encontra majoritariamente eventos organizados pelo partido. O uso da internet e a ideia de "democracia virtual" é uma das cinco estrelas do partido (as outras representam água, transporte, sustentabilidade e emprego). Na Argentina, uma pequena organização chamada Partido de la Red articula-se tendo como eixo o impacto da tecnologia para a política. Diferentemente das experiências europeias, que com poucas exceções se apropriaram de ferramentas desenvolvidas em outros países (sobretudo nos EUA), o Partido de la Red está desenvolvendo sua própria tecnologia. Batizada de DemocracyOS (Sistema Operacional da Democracia), ela consiste em um conjunto de ferramentas de participação feitas em código aberto (podem ser usadas e reconfiguradas por qualquer pessoa). Essas experiências indicam que, assim como a tecnologia mudou diversas indústrias, da música ao transporte urbano, deve sacudir também a política.
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A polêmica Arca de Noé de US$ 100 milhões erguida por parque religioso nos EUA
Com 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 20 de altura –as unidades de medida arcaicas sugeridas pelo Antigo Testamento–, uma nova Arca de Noé acaba de ser inaugurada na cidade americana de Williamstown, após anos de controvérsia. A embarcação é o carro-chefe do parque temático religioso Ark Encounter e sua construção, que levou seis anos, custou US$ 100 milhões (R$ 330 milhões). As obras foram financiadas por doações privadas. A arca demandou quase 8 mil metros cúbicos de madeira e suas medidas (desta vez no sistema métrico) são 155m x 26m x 15m. Dimensões que, segundo a Bíblia, foram as exigidas por Deus quando ordenou a Noé a construção da embarcação usada para preservar as espécies animais durante o Dilúvio. No interior, há três pisos explicando a história contada no Gênesis. Há 100 modelos de animais, incluindo uma polêmica participação de dinossauros. Não há qualquer referência no primeiro livro da Bíblia à presença de criaturas pré-históricas na arca, até porque, segundo a ciência, estes animais foram extintos mais de 150 milhões de anos antes do surgimento do primeiro ancestral humano. Porém, os idealizadores do parque incluíram os dinossauros como parte de sua defesa da teoria de que Deus criou todos os seres vivos. A Answers in Genesis ("Respostas em Gênesis", em tradução literal), empresa por trás do projeto, disse à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, que espera receber 16 mil visitantes por dia. "Em um mundo cada vez mais laico e tendencioso, é hora de nós cristãos fazermos algo", disse Ken Ham, fundador da empresa, durante a abertura do parque na última quinta-feira. No entanto, a arca atraiu críticas e uma disputa judicial antes mesmo de receber seu primeiro visitante. "Basicamente, este barco é uma capela criando filhos cientificamente analfabetos", disse à agência de notícias AP Jim Helton, morador vizinho ao parque. INCENTIVO FISCAL Uma das críticas à Answers in Genesis é que a empresa inicialmente teve aprovada uma verba de US$ 18,25 milhões (R$ 60 milhões) em incentivos fiscais com base na Lei de Desenvolvimento Turístico do Estado do Kentucky. O governo chegou a cancelar o repasse depois de que veio a público o fato de a Answers in Genesis exigir que seus empregados declarem por escrito, em contrato, sua fé cristã. Mas a empresa venceu a causa na Justiça usando como argumento a Primeira Emenda da Constituição Americana –justamente a que fala em liberdade religiosa. A Answers in Genesis afirma que não recebeu "dólar algum dos contribuintes" para construir a arca, e que o incentivo veio do não recolhimento de impostos sobre a venda de ingressos, comida e outros produtos. "A lei permite deduzirmos impostos sobre as vendas até US$ 18,25 milhões por um prazo de dez anos", disse Mark Looy, porta-voz da empresa. 'DECLARAÇÃO DE FÉ' Looy explicou ainda que a "Declaração de Fé" que os empregados precisam assinar tem o propósito de "preservar o funcionamento e a integridade da empresa em sua missão de anunciar a verdade absoluta e a autoridade das Escrituras e para proporcionar um modelo bíblico a nossos empregados". Os funcionários precisam reconhecer a Bíblia como "a autoridade suprema" e que o Dilúvio é um "fato histórico", bem como a existência de Deus e o Diabo. "Qualquer forma de imoralidade, como o adultério, sexo por prazer, homossexualidade, lesbianismo, conduta bissexual, bestialismo, incesto, pornografia ou qualquer intenção de mudar de gênero é pecado e ofensivo a Deus", diz a declaração. Para o juiz Greg van Tatenhove, porém, a empresa tem liberdade para fazer suas contratações. "Somos uma organização religiosa e a lei nos dá direito a utilizar uma preferência religiosa como base para a nossa contratação", disse Ham em janeiro. MADEIRA POLÊMICA Apesar de o Ark Encounter se apresentar como uma empresa "verde", a quantidade de madeira usada na construção da arca despertou críticas. Mas Looy assegura que os 980 quilômetros de tábuas –se colocadas em linha reta– são de árvores que estavam condenadas por causa de pragas. Outra crítica ao projeto é relacionada ao design da arca, considerado moderno demais. "A Bíblia não diz que deveria ser uma caixa retangular", defende Looy. Os ingressos para visitar o local custam US$ 40 (R$ 132) para adultos e US$ 28 (R$ 92) para crianças.
turismo
A polêmica Arca de Noé de US$ 100 milhões erguida por parque religioso nos EUACom 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 20 de altura –as unidades de medida arcaicas sugeridas pelo Antigo Testamento–, uma nova Arca de Noé acaba de ser inaugurada na cidade americana de Williamstown, após anos de controvérsia. A embarcação é o carro-chefe do parque temático religioso Ark Encounter e sua construção, que levou seis anos, custou US$ 100 milhões (R$ 330 milhões). As obras foram financiadas por doações privadas. A arca demandou quase 8 mil metros cúbicos de madeira e suas medidas (desta vez no sistema métrico) são 155m x 26m x 15m. Dimensões que, segundo a Bíblia, foram as exigidas por Deus quando ordenou a Noé a construção da embarcação usada para preservar as espécies animais durante o Dilúvio. No interior, há três pisos explicando a história contada no Gênesis. Há 100 modelos de animais, incluindo uma polêmica participação de dinossauros. Não há qualquer referência no primeiro livro da Bíblia à presença de criaturas pré-históricas na arca, até porque, segundo a ciência, estes animais foram extintos mais de 150 milhões de anos antes do surgimento do primeiro ancestral humano. Porém, os idealizadores do parque incluíram os dinossauros como parte de sua defesa da teoria de que Deus criou todos os seres vivos. A Answers in Genesis ("Respostas em Gênesis", em tradução literal), empresa por trás do projeto, disse à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, que espera receber 16 mil visitantes por dia. "Em um mundo cada vez mais laico e tendencioso, é hora de nós cristãos fazermos algo", disse Ken Ham, fundador da empresa, durante a abertura do parque na última quinta-feira. No entanto, a arca atraiu críticas e uma disputa judicial antes mesmo de receber seu primeiro visitante. "Basicamente, este barco é uma capela criando filhos cientificamente analfabetos", disse à agência de notícias AP Jim Helton, morador vizinho ao parque. INCENTIVO FISCAL Uma das críticas à Answers in Genesis é que a empresa inicialmente teve aprovada uma verba de US$ 18,25 milhões (R$ 60 milhões) em incentivos fiscais com base na Lei de Desenvolvimento Turístico do Estado do Kentucky. O governo chegou a cancelar o repasse depois de que veio a público o fato de a Answers in Genesis exigir que seus empregados declarem por escrito, em contrato, sua fé cristã. Mas a empresa venceu a causa na Justiça usando como argumento a Primeira Emenda da Constituição Americana –justamente a que fala em liberdade religiosa. A Answers in Genesis afirma que não recebeu "dólar algum dos contribuintes" para construir a arca, e que o incentivo veio do não recolhimento de impostos sobre a venda de ingressos, comida e outros produtos. "A lei permite deduzirmos impostos sobre as vendas até US$ 18,25 milhões por um prazo de dez anos", disse Mark Looy, porta-voz da empresa. 'DECLARAÇÃO DE FÉ' Looy explicou ainda que a "Declaração de Fé" que os empregados precisam assinar tem o propósito de "preservar o funcionamento e a integridade da empresa em sua missão de anunciar a verdade absoluta e a autoridade das Escrituras e para proporcionar um modelo bíblico a nossos empregados". Os funcionários precisam reconhecer a Bíblia como "a autoridade suprema" e que o Dilúvio é um "fato histórico", bem como a existência de Deus e o Diabo. "Qualquer forma de imoralidade, como o adultério, sexo por prazer, homossexualidade, lesbianismo, conduta bissexual, bestialismo, incesto, pornografia ou qualquer intenção de mudar de gênero é pecado e ofensivo a Deus", diz a declaração. Para o juiz Greg van Tatenhove, porém, a empresa tem liberdade para fazer suas contratações. "Somos uma organização religiosa e a lei nos dá direito a utilizar uma preferência religiosa como base para a nossa contratação", disse Ham em janeiro. MADEIRA POLÊMICA Apesar de o Ark Encounter se apresentar como uma empresa "verde", a quantidade de madeira usada na construção da arca despertou críticas. Mas Looy assegura que os 980 quilômetros de tábuas –se colocadas em linha reta– são de árvores que estavam condenadas por causa de pragas. Outra crítica ao projeto é relacionada ao design da arca, considerado moderno demais. "A Bíblia não diz que deveria ser uma caixa retangular", defende Looy. Os ingressos para visitar o local custam US$ 40 (R$ 132) para adultos e US$ 28 (R$ 92) para crianças.
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Baixo nível de água nas hidrelétricas vai deixar a conta de luz mais cara
O nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas do país está entre os mais baixos da história e se aproxima do registrado durante o racionamento entre 2000 e 2001. As térmicas afastam o risco de falta de energia. A previsão, porém, é de estiagem e de aumento na conta luz, alertam especialistas do setor. "Estamos perto dos níveis pré-racionamento, os mais críticos já vistos", diz o consultor de energia Ricardo Lima. A expectativa é que a conta de luz em outubro venha com a taxa extra máxima, a chamada bandeira vermelha no patamar 2. Significa que será cobrado um adicional de R$ 3,50 a cada 100 kWh de energia consumidos nas residenciais. Falta d'água - Reservatórios do Nordeste atingem níveis próximos aos de racionamento O cenário é de aumento também para empresas que se abastecem no chamado mercado livre, onde é possível comprar e vender energia por meio de contratos entre as partes, sem a intermediação de uma distribuidora. Quem firmar um novo contrato agora pode ter aumentos de até 30%, estima Marcelo Parodi, sócio da comercializadora Compass Energia. O mercado livre hoje é muito pulverizado. Mais de 6.000 empresas, entre grandes indústrias, mas também redes de supermercados, shoppings, hotéis e prédios empresariais, estão no mercado livre. "Muitas empresas, cujos contratos estão vencendo, preferem esperar o início do verão e das chuvas, na expectativa de conseguir preços melhores e evitar uma alta nos custos justo agora, quando há sinais de retomada e a expectativa é de recuperação do fôlego financeiro, não de mais arrocho", diz Parodi. CENÁRIO As projeções do ONS (Operador Nacional do Sistema), organismo responsável pelo monitoramento e gestão das barragens de hidrelétricas, são desalentadoras. A expectativa, segundo Marcelo Prais, assessor da diretoria do ONS, é que os reservatórios do Sudeste fechem o mês com 25% da capacidade. No mesmo mês do ano passado estavam perto de 40%. No Nordeste, onde a situação é mais crítica, o nível deve ficar em apenas 9%. Para colocar em contexto, em nível nacional, Prais lembra que se trata do quinto pior patamar registrado na série histórica, que inclui 85 anos. Nas usinas do Norte e do Nordeste, porém, é o mais baixo da história. "O parque térmico, que inclui usinas nucleares, a gás, óleo, carvão, além de parques eólicos, está garantindo o abastecimento", diz Prais. Na quinta-feira (21), por exemplo, elas responderam por 23% do suprimento nacional. No Nordeste, metade da carga é mantida pelas eólicas. Na última reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico, os meteorologistas deixaram claro que a tendência dos próximos meses é de continuidade da seca —e de redução no volume de água nas barragens. As chuvas no Sudeste dependem da concentração de umidade na Amazônia, fenômeno que está demorando a ocorrer. Como o solo na região Norte permanece seco, a tendência é que quando a água cair por lá, demore ainda mais chegar ao Sudeste. "A previsão, até o momento é de um 2018 mais seco, de reservatórios mais baixos e, assim, de energia mais cara", diz João Carlos Mello, sócio da consultoria Thymos. Nesse ambiente, a estratégia do Ministério das Minas e Energia é expor a situação para os consumidores e defender o uso racional da energia, explica Paulo Pedrosa, secretário-executivo do ministério. Segundo Pedrosa, o governo vem tomando uma série de providências para reforçar a segurança do sistema. O cronograma de ampliação da oferta prevê um aumento de 2.200 MW de capacidade neste ano. Novas linhas de transmissão vão colocar no sistema outros 3.500 MW das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, da região Norte. Entre as medidas em andamento também estão ajustes na capacidade das linhas de transmissão, a importação de energia da Argentina e a ordem para liberar operações de novas térmicas. Mas a garantia de energia, diz Pedrosa, não exime o consumidor de fazer a sua parte. "Não há risco de desabastecimento, tem energia nova entrando no sistema, mas precisamos ser transparentes com o consumidor e mostrar que é razoável economizar para conter o aumento da tarifa. Assim, estamos avaliando também fazer campanhas para sugerir o uso eficiente da energia", diz Pedrosa.
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Baixo nível de água nas hidrelétricas vai deixar a conta de luz mais caraO nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas do país está entre os mais baixos da história e se aproxima do registrado durante o racionamento entre 2000 e 2001. As térmicas afastam o risco de falta de energia. A previsão, porém, é de estiagem e de aumento na conta luz, alertam especialistas do setor. "Estamos perto dos níveis pré-racionamento, os mais críticos já vistos", diz o consultor de energia Ricardo Lima. A expectativa é que a conta de luz em outubro venha com a taxa extra máxima, a chamada bandeira vermelha no patamar 2. Significa que será cobrado um adicional de R$ 3,50 a cada 100 kWh de energia consumidos nas residenciais. Falta d'água - Reservatórios do Nordeste atingem níveis próximos aos de racionamento O cenário é de aumento também para empresas que se abastecem no chamado mercado livre, onde é possível comprar e vender energia por meio de contratos entre as partes, sem a intermediação de uma distribuidora. Quem firmar um novo contrato agora pode ter aumentos de até 30%, estima Marcelo Parodi, sócio da comercializadora Compass Energia. O mercado livre hoje é muito pulverizado. Mais de 6.000 empresas, entre grandes indústrias, mas também redes de supermercados, shoppings, hotéis e prédios empresariais, estão no mercado livre. "Muitas empresas, cujos contratos estão vencendo, preferem esperar o início do verão e das chuvas, na expectativa de conseguir preços melhores e evitar uma alta nos custos justo agora, quando há sinais de retomada e a expectativa é de recuperação do fôlego financeiro, não de mais arrocho", diz Parodi. CENÁRIO As projeções do ONS (Operador Nacional do Sistema), organismo responsável pelo monitoramento e gestão das barragens de hidrelétricas, são desalentadoras. A expectativa, segundo Marcelo Prais, assessor da diretoria do ONS, é que os reservatórios do Sudeste fechem o mês com 25% da capacidade. No mesmo mês do ano passado estavam perto de 40%. No Nordeste, onde a situação é mais crítica, o nível deve ficar em apenas 9%. Para colocar em contexto, em nível nacional, Prais lembra que se trata do quinto pior patamar registrado na série histórica, que inclui 85 anos. Nas usinas do Norte e do Nordeste, porém, é o mais baixo da história. "O parque térmico, que inclui usinas nucleares, a gás, óleo, carvão, além de parques eólicos, está garantindo o abastecimento", diz Prais. Na quinta-feira (21), por exemplo, elas responderam por 23% do suprimento nacional. No Nordeste, metade da carga é mantida pelas eólicas. Na última reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico, os meteorologistas deixaram claro que a tendência dos próximos meses é de continuidade da seca —e de redução no volume de água nas barragens. As chuvas no Sudeste dependem da concentração de umidade na Amazônia, fenômeno que está demorando a ocorrer. Como o solo na região Norte permanece seco, a tendência é que quando a água cair por lá, demore ainda mais chegar ao Sudeste. "A previsão, até o momento é de um 2018 mais seco, de reservatórios mais baixos e, assim, de energia mais cara", diz João Carlos Mello, sócio da consultoria Thymos. Nesse ambiente, a estratégia do Ministério das Minas e Energia é expor a situação para os consumidores e defender o uso racional da energia, explica Paulo Pedrosa, secretário-executivo do ministério. Segundo Pedrosa, o governo vem tomando uma série de providências para reforçar a segurança do sistema. O cronograma de ampliação da oferta prevê um aumento de 2.200 MW de capacidade neste ano. Novas linhas de transmissão vão colocar no sistema outros 3.500 MW das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, da região Norte. Entre as medidas em andamento também estão ajustes na capacidade das linhas de transmissão, a importação de energia da Argentina e a ordem para liberar operações de novas térmicas. Mas a garantia de energia, diz Pedrosa, não exime o consumidor de fazer a sua parte. "Não há risco de desabastecimento, tem energia nova entrando no sistema, mas precisamos ser transparentes com o consumidor e mostrar que é razoável economizar para conter o aumento da tarifa. Assim, estamos avaliando também fazer campanhas para sugerir o uso eficiente da energia", diz Pedrosa.
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PSB vai ao STF tentar impedir posse de Lula como ministro da Casa Civil
O PSB vai entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) na manhã desta quinta-feira (17) para tentar impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. A nomeação, ocorrida nesta quarta-feira (16), gerou revolta nas ruas de diversas cidades. Parlamentares do partido argumentam que a iniciativa é um "ato direto de tentar evitar o que a população está pedindo". "Se o juiz não analisar, fizemos a nossa parte", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Parlamentares do PSB se juntaram aos manifestantes que estiveram entre o fim da tarde e o início da noite desta quinta em frente ao Palácio do Planalto. Segundo eles, foram cobrados que medidas efetivas para impedir a posse de Lula fossem tomadas. O partido vai impetrar uma ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental, com medida cautelar. Alegam que houve descumprimento da Constituição Federal com a nomeação de Lula, uma vez que o ato, segundo eles, ocorreu numa tentativa de invalidar investigações da Operação Lava Jato. A intenção do grupo é que haja uma decisão do STF antes da posse de Lula, marcada para esta quinta, às 10h, no Palácio do Planalto. A decisão de entrar com a ação ocorreu após a divulgação de conversa telefônica entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, incluída pelo juiz federal Sergio Moro no inquérito que tramita em Curitiba, na qual ela diz que encaminhará ao petista o "termo de posse" de ministro. Dilma fala a Lula que o termo de posse só seria usado "em caso de necessidade". Ouça Investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz Sergio Moro, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão. Moro não pode mandar prender ministros porque eles detêm foro privilegiado.
poder
PSB vai ao STF tentar impedir posse de Lula como ministro da Casa CivilO PSB vai entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) na manhã desta quinta-feira (17) para tentar impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. A nomeação, ocorrida nesta quarta-feira (16), gerou revolta nas ruas de diversas cidades. Parlamentares do partido argumentam que a iniciativa é um "ato direto de tentar evitar o que a população está pedindo". "Se o juiz não analisar, fizemos a nossa parte", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Parlamentares do PSB se juntaram aos manifestantes que estiveram entre o fim da tarde e o início da noite desta quinta em frente ao Palácio do Planalto. Segundo eles, foram cobrados que medidas efetivas para impedir a posse de Lula fossem tomadas. O partido vai impetrar uma ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental, com medida cautelar. Alegam que houve descumprimento da Constituição Federal com a nomeação de Lula, uma vez que o ato, segundo eles, ocorreu numa tentativa de invalidar investigações da Operação Lava Jato. A intenção do grupo é que haja uma decisão do STF antes da posse de Lula, marcada para esta quinta, às 10h, no Palácio do Planalto. A decisão de entrar com a ação ocorreu após a divulgação de conversa telefônica entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, incluída pelo juiz federal Sergio Moro no inquérito que tramita em Curitiba, na qual ela diz que encaminhará ao petista o "termo de posse" de ministro. Dilma fala a Lula que o termo de posse só seria usado "em caso de necessidade". Ouça Investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz Sergio Moro, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão. Moro não pode mandar prender ministros porque eles detêm foro privilegiado.
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Reencenações realçam drama de 'Menino 23' sem pieguice
Ao contar a história de 50 meninos levados de um orfanato no Rio para uma fazenda no interior de São Paulo, onde foram submetidos a trabalhos forçados e violência física, "Menino 23" toca também em um tema importante: a popularidade do nazismo no Brasil dos anos 1930. Muita gente vai se surpreender ao saber que o Brasil tinha o maior partido nazista fora da Alemanha e como eram populares as ideias eugenistas por aqui. Felizmente, o diretor Belisario Franca e o historiador Sidney Aguilar conseguiram depoimentos reveladores sobre a vida na fazenda, onde crianças uniformizadas eram obrigadas a cantar o hino da Ação Integralista Brasileira. A história da poderosa família Rocha Miranda, formada, em parte, por nazistas e integralistas, é surpreendente, assim como as imagens de bois marcados com a suástica. Para compensar a ausência de material iconográfico, o filme reencena algumas sequências, como os castigos corporais infligidos aos meninos e as tentativas de fuga. Essas reencenações, que em outros filmes escorregam para a pieguice, são tão bem feitas que só realçam o poder dramático da história. Fotografia, música e direção de atores são de primeira. Se "Menino 23" tem um problema, é o de não se aprofundar em histórias potencialmente interessantes. Um dos personagens, depois de fugir da fazenda e passar anos na rua, se alista na Marinha durante a Segunda Guerra. A narração diz que era grande o risco de morrer em combate, mas o assunto morre ali. Outra informação questionável: o filme diz que o período entre o final dos anos 1920 e início dos anos 1930 é "o mais racista de nossa história". Mais racista que a época pré-Lei Áurea? MENINO 23 - INFÂNCIAS PERDIDAS NO BRASIL DIREÇÃO: Belisario Franca PRODUÇÃO: Brasil, 2015, classificação indicativa não informada QUANDO: estreia nesta quinta (7)
ilustrada
Reencenações realçam drama de 'Menino 23' sem pieguiceAo contar a história de 50 meninos levados de um orfanato no Rio para uma fazenda no interior de São Paulo, onde foram submetidos a trabalhos forçados e violência física, "Menino 23" toca também em um tema importante: a popularidade do nazismo no Brasil dos anos 1930. Muita gente vai se surpreender ao saber que o Brasil tinha o maior partido nazista fora da Alemanha e como eram populares as ideias eugenistas por aqui. Felizmente, o diretor Belisario Franca e o historiador Sidney Aguilar conseguiram depoimentos reveladores sobre a vida na fazenda, onde crianças uniformizadas eram obrigadas a cantar o hino da Ação Integralista Brasileira. A história da poderosa família Rocha Miranda, formada, em parte, por nazistas e integralistas, é surpreendente, assim como as imagens de bois marcados com a suástica. Para compensar a ausência de material iconográfico, o filme reencena algumas sequências, como os castigos corporais infligidos aos meninos e as tentativas de fuga. Essas reencenações, que em outros filmes escorregam para a pieguice, são tão bem feitas que só realçam o poder dramático da história. Fotografia, música e direção de atores são de primeira. Se "Menino 23" tem um problema, é o de não se aprofundar em histórias potencialmente interessantes. Um dos personagens, depois de fugir da fazenda e passar anos na rua, se alista na Marinha durante a Segunda Guerra. A narração diz que era grande o risco de morrer em combate, mas o assunto morre ali. Outra informação questionável: o filme diz que o período entre o final dos anos 1920 e início dos anos 1930 é "o mais racista de nossa história". Mais racista que a época pré-Lei Áurea? MENINO 23 - INFÂNCIAS PERDIDAS NO BRASIL DIREÇÃO: Belisario Franca PRODUÇÃO: Brasil, 2015, classificação indicativa não informada QUANDO: estreia nesta quinta (7)
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Arranha-céu de 101 andares é destaque da paisagem de Taipé, em Taiwan
Trinta e sete segundos separam lojas de luxo e de suvenir nos primeiros pavimentos do 89º andar do Taipei 101, que já foi considerado o prédio mais alto do mundo. Uma leve pressão no ouvido indica a aproximação do elevador ultrarrápido ao mirante, ainda o maior de Taiwan. Do alto, construções dominam a paisagem da capital, carros ficam pequeninos, as muitas motos quase somem. Com o anoitecer, contornos montanhosos desaparecem, e o horizonte assume o multicolorido de edifícios, letreiros e anúncios iluminados. Enquanto turistas buscam o melhor ângulo para a "selfie", o arranha-céu se destaca a partir de vários pontos da cidade e reflete a face moderna da ilha, onde a preservação de tradições se funde com o avanço tecnológico. Parques científicos, vaivém nas ruas e consumidores que lotam mercados noturnos se contrapõem a templos, chás e tesouros. BRONZE E JADE Muitas desses tesouros estão preservados no Museu do Palácio Nacional, em Taipé, erguido para abrigar séculos de história e aberto em 1965. Hoje são 696.474 peças (só uma parte em exposição), a maior coleção de relíquias e objetos chineses do mundo. O acervo é parte da Cidade Proibida, em Pequim, onde vivia a família imperial chinesa. Os objetos começaram a ser levados para Taiwan durante a guerra entre as tropas comunistas de Mao Tsé-tung e as nacionalistas de Chiang Kai-shek, que se refugiou na ilha em 1949. São caligrafias, documentos, cerâmicas, peças em bronze e jade. Um memorial dedicado a Chiang Kai-shek, morto em 1975, é outro ponto obrigatório de visita. A imponente estrutura branca com topo azul abriga a história sobre o presidente por meio de fotografias, itens pessoais (entre eles um carro) e documentos. A cada hora acontece a tradicional troca da guarda. Visitantes se aglomeram com celulares em punho diante da gigantesca estátua de bronze do líder, sentado e com vista para o pátio e os prédios do Teatro e da Ópera Nacional. ACESSO CONTROLADO Um dos hotéis da cidade, conhecido pela arquitetura clássica chinesa, foi fundado em 1952, de frente para o rio Keelung, por Soong Mei-ling, mulher de Chiang. A preocupação do líder era ter um local para receber políticos e personalidades internacionais. Com aparência de palácio e decoração típica –colunas vermelhas e detalhes coloridos– o Gran Hotel guarda detalhes da história. Em um pequeno espaço, abriga seu museu, com peças e cardápios antigos, além de fotos de ex-presidentes e personalidades que estiveram lá. É uma área de acesso controlado que instiga a imaginação. Em cada um dos lados do edifício, túneis que contam até com rampa de fuga fazem a alegria de turistas. O objetivo da construção era usar as áreas como refúgio e facilitar a saída de políticos e celebridades em uma emergência. No pós-guerra, Chiang receava também ataques da China continental. DEUSA DA MISERICÓRDIA Andar por Taipé não é difícil, só que nem todo taxista fala inglês. Por isso, leve endereços anotados em papel. O metrô tem boa sinalização e conduz a marcos como o templo Lungshan, mais antigo da cidade. Foi fundado em 1738 para a deusa da Misericórdia, Kuan-in, a mais popular do budismo chinês, destruído na guerra e restaurado. Apesar das bombas, a estátua dela ficou intacta. Ali turistas dividem espaço com a multidão de taiwaneses que oram em meio a incensos e oferendas. O templo mantém a natureza budista, embora tenha incorporado elementos do taoísmo. Taiwan tem baixos índices de violência. Mas vale ficar atento em regiões como essa onde fica o templo, onde há mais turistas. Modernidade também é encontrada na simpática cidade de Taichung. Ali funciona o National Taichung Theatre, aberto em 2016 com três salas de espetáculos de tamanhos diferentes além de espaço cultural, para mostras, cafeteria, comércio e jardim. O projeto do prédio é do japonês Toyo Ito, vencedor em 2013 do prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. Por dentro, ondulações das paredes e pequenas ilhas de água no chão lembram uma gruta. Na mesma região, o Budokan Martial Arts Hall é a prova que futuro e passado andam lado a lado na ilha. Construído durante a colonização japonesa, foi reconhecido como prédio histórico em 2004. Antes usado para treinamento de policiais, hoje é sala de aula de artes marciais. O complexo, chamado agora Natural Way Six Arts Culture Center, funciona como instituto cultural. A antiga prisão que existia ali foi transferida em 1992, informa uma placa na área externa. Ao lado, uma grande árvore exibe outro aviso: ela fincou suas raízes lá desde 1895. Mesmo com a construção da prisão, quatro anos depois, continuou crescendo livre, apesar do concreto do entorno. E, depois da mudança, ainda segue sendo a guardiã do local. 101 Com 508 metros de altura -101 andares acima do solo e cinco abaixo-, o Taipei 101 foi inaugurado em 31 de dezembro de 2004. Ostentou o título de prédio mais alto do mundo até 2010, quando o surgiu o Burj Khalifa, em Dubai, com seus 828 metros de altura. Atualmente, o edifício na capital taiwanesa está na oitava posição. Lotado de lojas, escritórios e restaurantes, com um mirante cercado por vidros no 89° andar e um observatório rodeado por grades no 91°, o empreendimento com inquilinos famosos se orgulha de seu veloz elevador -37 segundos até o mirante, a partir do quinto andar, ponto de partida-, de se preocupar com o ambiente e de ser um prédio 'verde'. Afirma, ainda, que a construção é totalmente segura e à prova de tufões e de terremotos. Para tranquilizar os visitantes curiosos, expõe internamente um mega-amortecedor de vento. Posicionado entre os pisos 87 e 92, o equipamento de 660 toneladas é composto por chapas de aço que servem para minimizar o balanço da torre em casos de ventanias e de tremores de terra. Para os leigos, é uma grande bola suspensa por cabos de aço e ligada a amortecedores hidráulicos na base. O equipamento virou souvenir e pode ser encontrado em forma de brinquedinhos. Mas quem chega ao topo do prédio nem pensa que pode, eventualmente, ser atingido por uma ação da natureza. A vista em 360° é de tirar o fôlego, mesmo que uma camada de neblina -ou poluição- atrapalhe a foto. À noite, com as luzes da cidade, fica ainda mais bonito. E, para quem observa de longe, a surpresa vem com os dias da semana. A fachada ganha uma cor diferente a cada noite. 'PROVÍNCIA REBELDE' Com cerca de 23,5 milhões de habitantes e considerada província rebelde pela China, Taiwan funciona como país autônomo e mantém relações diplomáticas com apenas 22 nações –o Brasil não está entre elas. É exigido visto dos brasileiros. Cerca de 180 quilômetros separam a República Popular da China, no continente, da ilha, que tem como nome oficial República da China. Pequim considera que Taiwan pertence ao país e não desistiu da reunificação, embora na última década tenham ocorrido iniciativas de reaproximação. A ilha também é conhecida como Formosa, graças aos portugueses que passaram por ali no século 16. Depois, foi ocupada por holandeses, espanhóis e reconquistada pelos chineses. Após a derrota na Primeira Guerra Sino-Japonesa, em 1895, passou a ser governada pelo Japão até 1945. Com o fim da Segunda Guerra, Taiwan foi anexada à República da China, então governada pelo partido nacionalista de Chiang Kai-shek. O general se refugiou na ilha em 1949, após ser derrotado na guerra civil pelos comunistas na China. A jornalista viajou a convite do governo de Taiwan
turismo
Arranha-céu de 101 andares é destaque da paisagem de Taipé, em TaiwanTrinta e sete segundos separam lojas de luxo e de suvenir nos primeiros pavimentos do 89º andar do Taipei 101, que já foi considerado o prédio mais alto do mundo. Uma leve pressão no ouvido indica a aproximação do elevador ultrarrápido ao mirante, ainda o maior de Taiwan. Do alto, construções dominam a paisagem da capital, carros ficam pequeninos, as muitas motos quase somem. Com o anoitecer, contornos montanhosos desaparecem, e o horizonte assume o multicolorido de edifícios, letreiros e anúncios iluminados. Enquanto turistas buscam o melhor ângulo para a "selfie", o arranha-céu se destaca a partir de vários pontos da cidade e reflete a face moderna da ilha, onde a preservação de tradições se funde com o avanço tecnológico. Parques científicos, vaivém nas ruas e consumidores que lotam mercados noturnos se contrapõem a templos, chás e tesouros. BRONZE E JADE Muitas desses tesouros estão preservados no Museu do Palácio Nacional, em Taipé, erguido para abrigar séculos de história e aberto em 1965. Hoje são 696.474 peças (só uma parte em exposição), a maior coleção de relíquias e objetos chineses do mundo. O acervo é parte da Cidade Proibida, em Pequim, onde vivia a família imperial chinesa. Os objetos começaram a ser levados para Taiwan durante a guerra entre as tropas comunistas de Mao Tsé-tung e as nacionalistas de Chiang Kai-shek, que se refugiou na ilha em 1949. São caligrafias, documentos, cerâmicas, peças em bronze e jade. Um memorial dedicado a Chiang Kai-shek, morto em 1975, é outro ponto obrigatório de visita. A imponente estrutura branca com topo azul abriga a história sobre o presidente por meio de fotografias, itens pessoais (entre eles um carro) e documentos. A cada hora acontece a tradicional troca da guarda. Visitantes se aglomeram com celulares em punho diante da gigantesca estátua de bronze do líder, sentado e com vista para o pátio e os prédios do Teatro e da Ópera Nacional. ACESSO CONTROLADO Um dos hotéis da cidade, conhecido pela arquitetura clássica chinesa, foi fundado em 1952, de frente para o rio Keelung, por Soong Mei-ling, mulher de Chiang. A preocupação do líder era ter um local para receber políticos e personalidades internacionais. Com aparência de palácio e decoração típica –colunas vermelhas e detalhes coloridos– o Gran Hotel guarda detalhes da história. Em um pequeno espaço, abriga seu museu, com peças e cardápios antigos, além de fotos de ex-presidentes e personalidades que estiveram lá. É uma área de acesso controlado que instiga a imaginação. Em cada um dos lados do edifício, túneis que contam até com rampa de fuga fazem a alegria de turistas. O objetivo da construção era usar as áreas como refúgio e facilitar a saída de políticos e celebridades em uma emergência. No pós-guerra, Chiang receava também ataques da China continental. DEUSA DA MISERICÓRDIA Andar por Taipé não é difícil, só que nem todo taxista fala inglês. Por isso, leve endereços anotados em papel. O metrô tem boa sinalização e conduz a marcos como o templo Lungshan, mais antigo da cidade. Foi fundado em 1738 para a deusa da Misericórdia, Kuan-in, a mais popular do budismo chinês, destruído na guerra e restaurado. Apesar das bombas, a estátua dela ficou intacta. Ali turistas dividem espaço com a multidão de taiwaneses que oram em meio a incensos e oferendas. O templo mantém a natureza budista, embora tenha incorporado elementos do taoísmo. Taiwan tem baixos índices de violência. Mas vale ficar atento em regiões como essa onde fica o templo, onde há mais turistas. Modernidade também é encontrada na simpática cidade de Taichung. Ali funciona o National Taichung Theatre, aberto em 2016 com três salas de espetáculos de tamanhos diferentes além de espaço cultural, para mostras, cafeteria, comércio e jardim. O projeto do prédio é do japonês Toyo Ito, vencedor em 2013 do prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. Por dentro, ondulações das paredes e pequenas ilhas de água no chão lembram uma gruta. Na mesma região, o Budokan Martial Arts Hall é a prova que futuro e passado andam lado a lado na ilha. Construído durante a colonização japonesa, foi reconhecido como prédio histórico em 2004. Antes usado para treinamento de policiais, hoje é sala de aula de artes marciais. O complexo, chamado agora Natural Way Six Arts Culture Center, funciona como instituto cultural. A antiga prisão que existia ali foi transferida em 1992, informa uma placa na área externa. Ao lado, uma grande árvore exibe outro aviso: ela fincou suas raízes lá desde 1895. Mesmo com a construção da prisão, quatro anos depois, continuou crescendo livre, apesar do concreto do entorno. E, depois da mudança, ainda segue sendo a guardiã do local. 101 Com 508 metros de altura -101 andares acima do solo e cinco abaixo-, o Taipei 101 foi inaugurado em 31 de dezembro de 2004. Ostentou o título de prédio mais alto do mundo até 2010, quando o surgiu o Burj Khalifa, em Dubai, com seus 828 metros de altura. Atualmente, o edifício na capital taiwanesa está na oitava posição. Lotado de lojas, escritórios e restaurantes, com um mirante cercado por vidros no 89° andar e um observatório rodeado por grades no 91°, o empreendimento com inquilinos famosos se orgulha de seu veloz elevador -37 segundos até o mirante, a partir do quinto andar, ponto de partida-, de se preocupar com o ambiente e de ser um prédio 'verde'. Afirma, ainda, que a construção é totalmente segura e à prova de tufões e de terremotos. Para tranquilizar os visitantes curiosos, expõe internamente um mega-amortecedor de vento. Posicionado entre os pisos 87 e 92, o equipamento de 660 toneladas é composto por chapas de aço que servem para minimizar o balanço da torre em casos de ventanias e de tremores de terra. Para os leigos, é uma grande bola suspensa por cabos de aço e ligada a amortecedores hidráulicos na base. O equipamento virou souvenir e pode ser encontrado em forma de brinquedinhos. Mas quem chega ao topo do prédio nem pensa que pode, eventualmente, ser atingido por uma ação da natureza. A vista em 360° é de tirar o fôlego, mesmo que uma camada de neblina -ou poluição- atrapalhe a foto. À noite, com as luzes da cidade, fica ainda mais bonito. E, para quem observa de longe, a surpresa vem com os dias da semana. A fachada ganha uma cor diferente a cada noite. 'PROVÍNCIA REBELDE' Com cerca de 23,5 milhões de habitantes e considerada província rebelde pela China, Taiwan funciona como país autônomo e mantém relações diplomáticas com apenas 22 nações –o Brasil não está entre elas. É exigido visto dos brasileiros. Cerca de 180 quilômetros separam a República Popular da China, no continente, da ilha, que tem como nome oficial República da China. Pequim considera que Taiwan pertence ao país e não desistiu da reunificação, embora na última década tenham ocorrido iniciativas de reaproximação. A ilha também é conhecida como Formosa, graças aos portugueses que passaram por ali no século 16. Depois, foi ocupada por holandeses, espanhóis e reconquistada pelos chineses. Após a derrota na Primeira Guerra Sino-Japonesa, em 1895, passou a ser governada pelo Japão até 1945. Com o fim da Segunda Guerra, Taiwan foi anexada à República da China, então governada pelo partido nacionalista de Chiang Kai-shek. O general se refugiou na ilha em 1949, após ser derrotado na guerra civil pelos comunistas na China. A jornalista viajou a convite do governo de Taiwan
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Após calmaria, Bolsa chinesa tem maior queda diária em oito anos
A Bolsa de Xangai despencou 8,48% nesta segunda-feira, a maior queda em um dia no mercado chinês nos últimos oito anos. O índice CSI300 das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen despencou 8,6%. As ações caíram de maneira generalizada, com 2.247 companhias registrando perdas e apenas 77 subindo. O desabamento do valor quebra três semanas de calma relativa nos voláteis mercados acionários chineses desde que Pequim lançou uma série de medidas de suporte para conter o declínio que começou em meados de junho. O esforço sem precedentes de resgate abruptamente perdeu fôlego, colocando em dúvida a viabilidade do plano de afastar uma queda mais profunda. "A lição da mais recente bolha acionária da China é que, quando a confiança piorar, intervenções de políticas com o objetivo de sustentar os preços têm apenas um efeito pouco duradouro", escreveram analistas da Capital Economics em nota sobre a queda. A queda na confiança dos investidores sobre a China foi deflagrada pela leitura fraca da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial no país. Investidores também estão sendo cautelosos enquanto preparam-se para a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode dar outro passo em direção à elevação da taxa de juros no país. BRASIL, ÁSIA E EUROPA Às 9h09 (horário de Brasília), o dólar avançava 0,82%, a R$ 3,3746 na venda, respondendo à queda chinesa e à preocupação com a situação fiscal no Brasil. Na Ásia, o índice japonês Nikkei fechou com queda de 0,93%. O mercado acionário australiano fechou em alta de 0,4%, mas os papéis de mineração enfrentavam dificuldades com a queda nos preços globais de commodities. O impacto também foi sentido na Europa, onde, às 9h a Bolsa de Londres caía 0,57%; Paris, 1,84%; Frankfurt, 1,79%; Madri, 1,01%; e Milão, 1,90%. "A maior parte da queda está vindo da China (...) os mercados europeus estão sendo afetados", disse o operador da corretora Peregrine & Black Markus Huber. "Acredito que muitas pessoas têm a visão de que a China continuará a desacelerar, e essa desaceleração não está realmente precificada nos mercados europeus no momento." As ações da companhia holandesa Philips tinham um bom desempenho após um forte trimestre, com o papel subindo mais de 3%. O presidente-executivo da companhia alertou no entanto que a China está "realmente desacelerando". Perfil do investidor
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Após calmaria, Bolsa chinesa tem maior queda diária em oito anosA Bolsa de Xangai despencou 8,48% nesta segunda-feira, a maior queda em um dia no mercado chinês nos últimos oito anos. O índice CSI300 das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen despencou 8,6%. As ações caíram de maneira generalizada, com 2.247 companhias registrando perdas e apenas 77 subindo. O desabamento do valor quebra três semanas de calma relativa nos voláteis mercados acionários chineses desde que Pequim lançou uma série de medidas de suporte para conter o declínio que começou em meados de junho. O esforço sem precedentes de resgate abruptamente perdeu fôlego, colocando em dúvida a viabilidade do plano de afastar uma queda mais profunda. "A lição da mais recente bolha acionária da China é que, quando a confiança piorar, intervenções de políticas com o objetivo de sustentar os preços têm apenas um efeito pouco duradouro", escreveram analistas da Capital Economics em nota sobre a queda. A queda na confiança dos investidores sobre a China foi deflagrada pela leitura fraca da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial no país. Investidores também estão sendo cautelosos enquanto preparam-se para a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode dar outro passo em direção à elevação da taxa de juros no país. BRASIL, ÁSIA E EUROPA Às 9h09 (horário de Brasília), o dólar avançava 0,82%, a R$ 3,3746 na venda, respondendo à queda chinesa e à preocupação com a situação fiscal no Brasil. Na Ásia, o índice japonês Nikkei fechou com queda de 0,93%. O mercado acionário australiano fechou em alta de 0,4%, mas os papéis de mineração enfrentavam dificuldades com a queda nos preços globais de commodities. O impacto também foi sentido na Europa, onde, às 9h a Bolsa de Londres caía 0,57%; Paris, 1,84%; Frankfurt, 1,79%; Madri, 1,01%; e Milão, 1,90%. "A maior parte da queda está vindo da China (...) os mercados europeus estão sendo afetados", disse o operador da corretora Peregrine & Black Markus Huber. "Acredito que muitas pessoas têm a visão de que a China continuará a desacelerar, e essa desaceleração não está realmente precificada nos mercados europeus no momento." As ações da companhia holandesa Philips tinham um bom desempenho após um forte trimestre, com o papel subindo mais de 3%. O presidente-executivo da companhia alertou no entanto que a China está "realmente desacelerando". Perfil do investidor
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'Se precisar de outra audiência pública, a gente faz', diz Haddad sobre Paulista
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (2) que pode fazer outra audiência pública para discutir o fechamento da avenida Paulista para carros aos domingos se o Ministério Público assim achar necessário. Conforme a Folha mostrou, a promotoria rejeitou o resultado da audiência pública realizada no último dia 19 no vão livre do Masp. O órgão disse ter recebido denúncias de que a audiência ocorreu de forma desorganizada e fora do local indicado –para a instituição, deveria ter ocorrido na subprefeitura, onde o assunto foi discutido em outras regiões da cidade. "Não sei se teve alguma objeção em relação à audiência pública. Se precisar, [a prefeitura] faz outra, não tem problema", afirmou o prefeito. Nenhum promotor apareceu na audiência do Masp, convocada pela prefeitura nos dias anteriores. Eles tiveram acesso à discussão pública por meio de gravações feitas pela Polícia Militar. O Ministério Público argumenta que a avenida só poderia ser fechada para carros três vezes por ano, segundo um acordo assinado em 2007. Para o órgão, em 2015, a prefeitura já "queimou" os três fechamentos: na Parada Gay (em junho), na inauguração da ciclovia da Paulista (também em junho) e no segundo teste da avenida fechada para os carros (em agosto). Para Haddad, o acordo "fala da prefeitura autorizar eventos. Isso [a abertura de vias para pedestres] não é uma autorização de evento, isso é uma política pública." "A prefeitura não se autoriza a fazer as coisas, tem autoridade para fazer", completou. Segundo o prefeito, a abertura da via para pedestres está de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, lei aprovada em 2012, posterior ao acordo. A lei define como prioridade os meios de transporte não motorizados e tem como princípio a "equidade no uso do espaço público de circulação." - VERSÕES DIFERENTES Por que a Promotoria rejeita fechar a Paulista? Ela diz que um acordo assinado em 2007 com a prefeitura limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Além disso, afirma que a audiência pública para debate do assunto foi desorganizada e em local inadequado. O que a prefeitura diz? Ela afirma que usar a via para lazer é uma política pública, e não um evento privado (alvo do acordo de 2007), que a audiência pública no vão livre do Masp foi bem organizada e divulgada e que atendeu às exigências feitas pelo Ministério Público. * PAULISTA FECHADA Avenida já passou por dois testes 28 de junho > Inauguração da ciclovia da avenida Paulista 23 de agosto > Excesso de ciclistas na via devido à inauguração da ciclovia na avenida Bernadino de Campos, na mesma região Argumentos a favor > Cria espaço de lazer em área com grande oferta de serviços e de fácil acesso > Favorece a segurança ao estimular a convivência de pedestres e ciclistas > Trânsito no domingo costuma ser mais tranquilo, com menor movimento Argumentos contra > Prejudica o acesso de moradores e de pacientes/visitantes dos hospitais > Estabelecimentos comerciais da via temem queda no movimento > Vias paralelas não comportam o tráfego da Paulista, especialmente de ônibus
cotidiano
'Se precisar de outra audiência pública, a gente faz', diz Haddad sobre PaulistaO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (2) que pode fazer outra audiência pública para discutir o fechamento da avenida Paulista para carros aos domingos se o Ministério Público assim achar necessário. Conforme a Folha mostrou, a promotoria rejeitou o resultado da audiência pública realizada no último dia 19 no vão livre do Masp. O órgão disse ter recebido denúncias de que a audiência ocorreu de forma desorganizada e fora do local indicado –para a instituição, deveria ter ocorrido na subprefeitura, onde o assunto foi discutido em outras regiões da cidade. "Não sei se teve alguma objeção em relação à audiência pública. Se precisar, [a prefeitura] faz outra, não tem problema", afirmou o prefeito. Nenhum promotor apareceu na audiência do Masp, convocada pela prefeitura nos dias anteriores. Eles tiveram acesso à discussão pública por meio de gravações feitas pela Polícia Militar. O Ministério Público argumenta que a avenida só poderia ser fechada para carros três vezes por ano, segundo um acordo assinado em 2007. Para o órgão, em 2015, a prefeitura já "queimou" os três fechamentos: na Parada Gay (em junho), na inauguração da ciclovia da Paulista (também em junho) e no segundo teste da avenida fechada para os carros (em agosto). Para Haddad, o acordo "fala da prefeitura autorizar eventos. Isso [a abertura de vias para pedestres] não é uma autorização de evento, isso é uma política pública." "A prefeitura não se autoriza a fazer as coisas, tem autoridade para fazer", completou. Segundo o prefeito, a abertura da via para pedestres está de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, lei aprovada em 2012, posterior ao acordo. A lei define como prioridade os meios de transporte não motorizados e tem como princípio a "equidade no uso do espaço público de circulação." - VERSÕES DIFERENTES Por que a Promotoria rejeita fechar a Paulista? Ela diz que um acordo assinado em 2007 com a prefeitura limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Além disso, afirma que a audiência pública para debate do assunto foi desorganizada e em local inadequado. O que a prefeitura diz? Ela afirma que usar a via para lazer é uma política pública, e não um evento privado (alvo do acordo de 2007), que a audiência pública no vão livre do Masp foi bem organizada e divulgada e que atendeu às exigências feitas pelo Ministério Público. * PAULISTA FECHADA Avenida já passou por dois testes 28 de junho > Inauguração da ciclovia da avenida Paulista 23 de agosto > Excesso de ciclistas na via devido à inauguração da ciclovia na avenida Bernadino de Campos, na mesma região Argumentos a favor > Cria espaço de lazer em área com grande oferta de serviços e de fácil acesso > Favorece a segurança ao estimular a convivência de pedestres e ciclistas > Trânsito no domingo costuma ser mais tranquilo, com menor movimento Argumentos contra > Prejudica o acesso de moradores e de pacientes/visitantes dos hospitais > Estabelecimentos comerciais da via temem queda no movimento > Vias paralelas não comportam o tráfego da Paulista, especialmente de ônibus
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Primeira audiência da nova lei de zoneamento de SP ocorre amanhã
Começam nesta segunda-feira (22) as audiências públicas na Câmara Municipal de São Paulo para discutir a nova lei de zoneamento. A reunião ocorre no salão nobre da Casa, às 19h. O projeto, proposto pelo prefeito Fernando Haddad (PT), vai ditar os usos permitidos para cada quarteirão da cidade. Alvo de polêmica, a lei cria corredores de comércio em bairros nobres e estritamente residenciais, como Jardins e Morumbi. Essas zonas apenas residenciais representam apenas 4% de toda a área da cidade e, em boa parte, estão em áreas nobres. Com a nova lei, moradores temem que esses bairros sejam descaracterizados com a implantação de pequenos ou médios estabelecimentos. A nova lei de também cria 20 das chamadas Zmis (zonas mistas de interesse social). Essa proposta visa estimular o comércio em áreas de condomínios populares. Hoje, comércio nesses locais é irregular. Além da reunião de amanhã, a Câmara fará outras 39 audiências públicas para discutir a nova lei, que deve ser votada pelos vereadores até o fim do ano. OUTRAS MUDANÇAS Medidas que buscam desestimular o uso do carro dentro do centro expandido da capital também constam do projeto de lei enviado por Haddad aos vereadores. A prefeitura quer estimular, por meio de incentivos econômicos, a construção de edifícios-garagens fora do centro expandido da cidade e perto das estações de metrô, prática adotada nas grandes capitais da Europa. A lei feita pela prefeitura de São Paulo também prevê a obrigação de que os novos empreendimentos públicos e privados deixem parte do seu terreno, em média 10%, para a área verde. O intuito, neste caso, é aumentar a área permeável da cidade, para diminuir as enchentes da cidade. Editoria de Arte/Folhapress
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Primeira audiência da nova lei de zoneamento de SP ocorre amanhãComeçam nesta segunda-feira (22) as audiências públicas na Câmara Municipal de São Paulo para discutir a nova lei de zoneamento. A reunião ocorre no salão nobre da Casa, às 19h. O projeto, proposto pelo prefeito Fernando Haddad (PT), vai ditar os usos permitidos para cada quarteirão da cidade. Alvo de polêmica, a lei cria corredores de comércio em bairros nobres e estritamente residenciais, como Jardins e Morumbi. Essas zonas apenas residenciais representam apenas 4% de toda a área da cidade e, em boa parte, estão em áreas nobres. Com a nova lei, moradores temem que esses bairros sejam descaracterizados com a implantação de pequenos ou médios estabelecimentos. A nova lei de também cria 20 das chamadas Zmis (zonas mistas de interesse social). Essa proposta visa estimular o comércio em áreas de condomínios populares. Hoje, comércio nesses locais é irregular. Além da reunião de amanhã, a Câmara fará outras 39 audiências públicas para discutir a nova lei, que deve ser votada pelos vereadores até o fim do ano. OUTRAS MUDANÇAS Medidas que buscam desestimular o uso do carro dentro do centro expandido da capital também constam do projeto de lei enviado por Haddad aos vereadores. A prefeitura quer estimular, por meio de incentivos econômicos, a construção de edifícios-garagens fora do centro expandido da cidade e perto das estações de metrô, prática adotada nas grandes capitais da Europa. A lei feita pela prefeitura de São Paulo também prevê a obrigação de que os novos empreendimentos públicos e privados deixem parte do seu terreno, em média 10%, para a área verde. O intuito, neste caso, é aumentar a área permeável da cidade, para diminuir as enchentes da cidade. Editoria de Arte/Folhapress
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Justiça de SP concede liminar contra as paralisações de metrô, trem e ônibus
A Justiça de São Paulo concedeu uma liminar (decisão provisória) contra a paralisação de 24 horas programada para esta sexta-feira (28) pelos sindicatos dos metroviários e ferroviário. A decisão é contra greve total ou parcial das categorias e estabelece multa de R$ 937 mil a cada um dos sindicatos envolvidos no caso de descumprimento. "Ao mesmo tempo em que se assegura o direito de greve, deve ser assegurado o direito da população de ter acesso contínuo e permanente ao serviço público, de modo a estabelecer limites ao exercício do direito de greve e impor aos que prestam esse serviço o cumprimento do dever de assegurar sua continuidade", afirma decisão da juíza Ana Luiza Villa Nova, da 16ª Vara da Fazenda Pública. "No caso em tela, sequer se trata de exercício de direito de greve, pois, como bem observado pelo autor, os réus almejam paralisar (...) não em reivindicação de direitos trabalhistas da categoria em face de seus empregadores, e sim em apoio a movimento de iniciativa de centrais sindicais voltadas a pleitos relacionados à reforma que não podem ser atendidos pelo Metrô e pela CTPM mas apenas pelo governo federal e pelo Congresso", acrescenta. A paralisação, organizada por sindicatos e movimentos sociais, deve afetar todo o transporte paulista, além de aeroportos, escolas, bancos, agentes de saúde, entre outros setores em todo o país, em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. REFORMA TRABALHISTA - Veja os principais pontos que mudam com a reforma trabalhista Além da decisão da Justiça comum, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) também concedeu liminar limitando as paralisações. No caso do metrô de São Paulo, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto determinou que 80% dos trabalhadores continuem a trabalhar em horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais período sob risco de multa R$ 100 mil. Já em relação aos trens o desembargador Rafael Pugliese, presidente da Seção de Dissídios Coletivos do TRT-2, determinou efetivo mínimo de 80% dos trabalhadores em horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais períodos, observados os horários normais de duração do serviço, além do retorno às atividades no sábado (29), sob risco de multa diária de R$ 100 mil. Se a greve for mantida nos dias subsequentes, a multa será de R$ 500 mil por dia. A prefeitura obteve uma liminar para que o sindicato ligado aos motoristas e cobradores de ônibus mantenha frota mínima de 80% dos ônibus da rede municipal para linhas com itinerários que passem por hospitais e demais casas de cuidado à saúde, além de 60% para os horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 19h) e 40% nos demais horários. A multa pelo descumprimento será de R$ 500 mil por hora. Procurado, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirmou que vai recorrer da liminar e mantém a paralisação de 24 horas prevista para esta sexta. O Sindmotoristas (sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus), assim como o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, responsável pelas linhas 7 e 10 da CPTM, também disseram que mantém a paralisação. O sindicato dos ferroviários da Zona Sorocabana, responsável pelas linhas 8 e 9, afirmou que ainda não recebeu a liminar, mas acrescentou que não fez assembleia ou convocou paralisação, mas há indícios de que os trabalhadores possam aderir à greve por conta própria. A reportagem ainda não conseguiu contato com o sindicato dos trabalhadores ferroviários da Zona Central do Brasil, responsáveis pelas linhas 11 e 12.
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Justiça de SP concede liminar contra as paralisações de metrô, trem e ônibusA Justiça de São Paulo concedeu uma liminar (decisão provisória) contra a paralisação de 24 horas programada para esta sexta-feira (28) pelos sindicatos dos metroviários e ferroviário. A decisão é contra greve total ou parcial das categorias e estabelece multa de R$ 937 mil a cada um dos sindicatos envolvidos no caso de descumprimento. "Ao mesmo tempo em que se assegura o direito de greve, deve ser assegurado o direito da população de ter acesso contínuo e permanente ao serviço público, de modo a estabelecer limites ao exercício do direito de greve e impor aos que prestam esse serviço o cumprimento do dever de assegurar sua continuidade", afirma decisão da juíza Ana Luiza Villa Nova, da 16ª Vara da Fazenda Pública. "No caso em tela, sequer se trata de exercício de direito de greve, pois, como bem observado pelo autor, os réus almejam paralisar (...) não em reivindicação de direitos trabalhistas da categoria em face de seus empregadores, e sim em apoio a movimento de iniciativa de centrais sindicais voltadas a pleitos relacionados à reforma que não podem ser atendidos pelo Metrô e pela CTPM mas apenas pelo governo federal e pelo Congresso", acrescenta. A paralisação, organizada por sindicatos e movimentos sociais, deve afetar todo o transporte paulista, além de aeroportos, escolas, bancos, agentes de saúde, entre outros setores em todo o país, em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. REFORMA TRABALHISTA - Veja os principais pontos que mudam com a reforma trabalhista Além da decisão da Justiça comum, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) também concedeu liminar limitando as paralisações. No caso do metrô de São Paulo, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto determinou que 80% dos trabalhadores continuem a trabalhar em horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais período sob risco de multa R$ 100 mil. Já em relação aos trens o desembargador Rafael Pugliese, presidente da Seção de Dissídios Coletivos do TRT-2, determinou efetivo mínimo de 80% dos trabalhadores em horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais períodos, observados os horários normais de duração do serviço, além do retorno às atividades no sábado (29), sob risco de multa diária de R$ 100 mil. Se a greve for mantida nos dias subsequentes, a multa será de R$ 500 mil por dia. A prefeitura obteve uma liminar para que o sindicato ligado aos motoristas e cobradores de ônibus mantenha frota mínima de 80% dos ônibus da rede municipal para linhas com itinerários que passem por hospitais e demais casas de cuidado à saúde, além de 60% para os horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 19h) e 40% nos demais horários. A multa pelo descumprimento será de R$ 500 mil por hora. Procurado, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirmou que vai recorrer da liminar e mantém a paralisação de 24 horas prevista para esta sexta. O Sindmotoristas (sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus), assim como o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, responsável pelas linhas 7 e 10 da CPTM, também disseram que mantém a paralisação. O sindicato dos ferroviários da Zona Sorocabana, responsável pelas linhas 8 e 9, afirmou que ainda não recebeu a liminar, mas acrescentou que não fez assembleia ou convocou paralisação, mas há indícios de que os trabalhadores possam aderir à greve por conta própria. A reportagem ainda não conseguiu contato com o sindicato dos trabalhadores ferroviários da Zona Central do Brasil, responsáveis pelas linhas 11 e 12.
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Reconstrução da governança
Após um angustiante período de dúvidas, de turbulência institucional e paralisia governamental, a instauração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer renovam a esperança de que, finalmente, uma agenda de modernização seja adotada para recolocar o Brasil na trajetória de um crescimento sócio e ambientalmente sustentado. A crise econômica que vivemos é sem precedentes. O Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar 4% em 2016, após ter registrado queda de 3,8% no ano passado. Será a primeira vez, desde a década de 1930, que a economia brasileira registra retração por dois anos consecutivos. A renda per capita cai pelo terceiro ano seguido, assim como as vendas do varejo paulista, que recuaram 3% em 2014, 6% em 2015 e devem cair 5% neste ano, segundo dados e projeções da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A taxa de desemprego chegou aos 11%. Mais de 100 mil vagas formais são eliminadas por mês. Apesar da depressão da atividade econômica, a inflação segue elevada, os juros estão altos e os bancos não mostram disposição de emprestar. As empresas adiam ou cortam investimentos, enquanto as famílias, com o orçamento cada vez mais apertado, reduzem gastos. As características da recessão atual diferem, entretanto, daquelas que se dão dentro dos ciclos econômicos, como consequência de períodos de euforia ou reflexo de choques externos. Antes de tudo, a crise brasileira é de confiança e resulta de problemas estruturais, agravados por intervenções governamentais equivocadas. Reverter esse cenário exigirá liderança, agilidade e colaboração entre os poderes Executivo e Legislativo. Será preciso botar a casa em ordem para incentivar os investimentos que podem dar início a um novo ciclo de crescimento virtuoso. É urgente enfrentar o problema das despesas crescentes da Previdência, modernizar as leis trabalhistas para estimular a geração de empregos e abrir a economia, de modo a garantir concorrência no mercado interno. A indexação das despesas públicas, a rigidez do orçamento e as políticas de subsídio do BNDES precisam ser revistas. Trata-se de uma extensa pauta de reformas, que precisará de amplo apoio do Congresso para avançar. Para além dos objetivos políticos de curto prazo e da pressão dos interesses corporativistas, a FecomercioSP defende as seguintes medidas para reconstruir a governança: a) Restabelecimento do tripé macroeconômico (metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal); b) Desvinculação orçamentária e redução do número de ministérios; c) Estabelecimento de teto para o crescimento dos gastos públicos, sem aumento de impostos; d) Reforma da Previdência, com estabelecimento de idade mínima para aposentadoria; e) Desindexação de despesas e revisão da regra de reajuste do salário mínimo; f) Reforma trabalhista, com regulamentação da terceirização e autonomia na negociação entre empresas e empregados; g) Reforma Tributária, para simplificar o sistema e acabar com a guerra fiscal entre os Estados; h) Desburocratização e incentivo à negociação e conciliação; i) Maior abertura comercial e adoção de regras claras e estáveis em concessões, para atrair investimento privado em infraestrutura. Nada disso será duradouro, porém, sem uma reforma política que reforce os princípios de representatividade e da soberania popular, garantindo, ao mesmo tempo, estabilidade das instituições democráticas. Reduzir os custos das eleições e adotar cláusulas de barreira para os partidos serão passos importantes nessa direção. ABRAM SZAJMAN, 76, é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), entidade que gere o Sesc e o Senac no Estado * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
opiniao
Reconstrução da governançaApós um angustiante período de dúvidas, de turbulência institucional e paralisia governamental, a instauração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer renovam a esperança de que, finalmente, uma agenda de modernização seja adotada para recolocar o Brasil na trajetória de um crescimento sócio e ambientalmente sustentado. A crise econômica que vivemos é sem precedentes. O Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar 4% em 2016, após ter registrado queda de 3,8% no ano passado. Será a primeira vez, desde a década de 1930, que a economia brasileira registra retração por dois anos consecutivos. A renda per capita cai pelo terceiro ano seguido, assim como as vendas do varejo paulista, que recuaram 3% em 2014, 6% em 2015 e devem cair 5% neste ano, segundo dados e projeções da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A taxa de desemprego chegou aos 11%. Mais de 100 mil vagas formais são eliminadas por mês. Apesar da depressão da atividade econômica, a inflação segue elevada, os juros estão altos e os bancos não mostram disposição de emprestar. As empresas adiam ou cortam investimentos, enquanto as famílias, com o orçamento cada vez mais apertado, reduzem gastos. As características da recessão atual diferem, entretanto, daquelas que se dão dentro dos ciclos econômicos, como consequência de períodos de euforia ou reflexo de choques externos. Antes de tudo, a crise brasileira é de confiança e resulta de problemas estruturais, agravados por intervenções governamentais equivocadas. Reverter esse cenário exigirá liderança, agilidade e colaboração entre os poderes Executivo e Legislativo. Será preciso botar a casa em ordem para incentivar os investimentos que podem dar início a um novo ciclo de crescimento virtuoso. É urgente enfrentar o problema das despesas crescentes da Previdência, modernizar as leis trabalhistas para estimular a geração de empregos e abrir a economia, de modo a garantir concorrência no mercado interno. A indexação das despesas públicas, a rigidez do orçamento e as políticas de subsídio do BNDES precisam ser revistas. Trata-se de uma extensa pauta de reformas, que precisará de amplo apoio do Congresso para avançar. Para além dos objetivos políticos de curto prazo e da pressão dos interesses corporativistas, a FecomercioSP defende as seguintes medidas para reconstruir a governança: a) Restabelecimento do tripé macroeconômico (metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal); b) Desvinculação orçamentária e redução do número de ministérios; c) Estabelecimento de teto para o crescimento dos gastos públicos, sem aumento de impostos; d) Reforma da Previdência, com estabelecimento de idade mínima para aposentadoria; e) Desindexação de despesas e revisão da regra de reajuste do salário mínimo; f) Reforma trabalhista, com regulamentação da terceirização e autonomia na negociação entre empresas e empregados; g) Reforma Tributária, para simplificar o sistema e acabar com a guerra fiscal entre os Estados; h) Desburocratização e incentivo à negociação e conciliação; i) Maior abertura comercial e adoção de regras claras e estáveis em concessões, para atrair investimento privado em infraestrutura. Nada disso será duradouro, porém, sem uma reforma política que reforce os princípios de representatividade e da soberania popular, garantindo, ao mesmo tempo, estabilidade das instituições democráticas. Reduzir os custos das eleições e adotar cláusulas de barreira para os partidos serão passos importantes nessa direção. ABRAM SZAJMAN, 76, é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), entidade que gere o Sesc e o Senac no Estado * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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Governo Alckmin quer privatizar 60% da rede do metrô paulista
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) expandiu seus planos de privatizar a operação da rede de metrô para 6 das 9 linhas existentes ou planejadas nos próximos anos. Com isso, 60% da extensão de metrôs e monotrilhos em São Paulo deverão ser delegados à iniciativa privada. O mais recente plano da gestão tucana nessa área é promover a primeira concessão de mobilidade urbana do Estado ainda neste semestre. O mais provável nesse pacote é que a linha 5-lilás (hoje do Capão Redondo até Adolfo Pinheiro, mas que chegará até Chácara Klabin) e a linha 17-ouro (monotrilho que passará por Congonhas) sejam licitadas em conjunto. Além das duas linhas, a 15-prata (monotrilho da zona leste) também será objeto de concessão, como antecipou a Folha. O Metrô também fará PPP (parceria público-privada) do monotrilho da linha 18-bronze (que vai ao ABC). A linha 4-amarela (Butantã-Luz) já é operada nesse modelo de parceria, e as obras e futuros serviços da linha 6-laranja (Brasilândia-São Joaquim) foram contratados de igual modo. A diferença básica entre uma concessão e uma PPP é que, na concessão, a remuneração do setor privado vem só das tarifas cobradas pelos serviços públicos. Já nas PPPs uma parte dos pagamentos do parceiro privado podem ser bancados pelo Estado. Juntas, todas essas linhas sob responsabilidade privada corresponderão a 84,6 km da rede do Metrô, 60% do total de 141,6 km planejados pelos próximos cinco anos. A companhia pública quer controlar a operação de apenas 57 km da malha, a extensão somada das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha. CENÁRIO DE CRISE A opção pela privatização de uma fatia expressiva da rede metroviária se deve às dificuldades do governo para financiar obras de expansão e até para manter os serviços da rede em operação. Os planos de expansão da linha 2 até Guarulhos, por exemplo, foram suspensos sob alegação de falta de capacidade financeira do Estado. Além disso, a gestão Alckmin deu um calote na companhia no ano passado, quando deixou de repassar R$ 66 milhões dos R$ 330 milhões previstos para reembolso do Metrô devido aos custos relativos às gratuidades e descontos de passageiros estudantes, idosos e deficientes. As verbas relativas às viagens desses grupos são o único apoio estatal que o Metrô recebe. Com menos recursos, o Metrô é forçado a cortar custos de operação, o que prejudica a manutenção de trens e a qualidade do serviço. Os investimentos em expansão da rede não são afetados, pois essas obras são pagas diretamente pelo governo. "Conforme a perspectiva de crescimento da malha aumenta, não dá para o Metrô fazer tudo", admite Karla Bertocco Trindade, subsecretária de parcerias e inovação da Secretaria de Governo do Estado. Para Trindade, a boa avaliação da linha 4 entre usuários é mostra de sucesso do modelo privado. Em sua avaliação, com mais parceiros privados no sistema, a definição do valor da tarifa para o usuário tende a ter critérios cada vez mais técnicos, e não políticos. Com menos de 80 km, o metrô de SP é pequeno em relação ao de outras metrópoles –a malha de Londres, por exemplo, tem 408 km. PRIVATIZAÇÕES NO METRÔ - Seis das nove linhas de SP deverão ter operação feita pela iniciativa privada DOIS EM UM A linha 5-lilás, que hoje vai da estação Capão Redondo à Adolfo Pinheiro, na zona sul, e o monotrilho da linha 17-ouro, que ligará o aeroporto de Congonhas, também na zona sul, ao Morumbi, na zona oeste, formarão um negócio inédito no governo do Estado de São Paulo. O cenário preferido dentro da gestão Alckmin é conceder suas operações de modo conjunto à iniciativa privada. A licitação deve começar ainda neste semestre, e espera-se que o ganhador seja conhecido no início de 2017. "Conceder as duas linhas em conjunto parece fazer sentido para nós até porque haverá uma conexão entre elas [na futura estação Campo Belo]", avalia Karla Bertocco Trindade, subsecretária de parcerias e inovação da Secretaria de Governo. Esse será o primeiro pacote de concessões na área de mobilidade urbana no Estado. O negócio já obteve autorização do Programa Estadual de Desestatização e atraiu o interesse de seis empresas. Cinco delas –CCR, CR Almeida, Odebrecht, Scomi e Triunfo– apresentaram estudos técnicos, fase que precede a licitação. Depois que o governo bater o martelo sobre conceder as linhas em conjunto ou isoladamente, o que deve ocorrer até o fim deste mês, o projeto será tema de uma audiência pública. Em seguida, ficará aberto para consulta pública na internet por 30 dias. Nesse modelo de concessão, as empresas não serão responsáveis por obras de engenharia e construção de linhas e estações. Caberá ao próprio governo concluir a expansão da linha 5-lilás até a Chácara Klabin, na zona sul, assim como as obras do trecho que ligará a estação Morumbi da CPTM ao aeroporto de Congonhas na futura linha 17-ouro. "No cenário atual, de crise econômica no país, o setor privado está ainda mais reticente de ter o Estado como sócio, é um fator adicional de risco. Precisamos oferecer projetos simples e atraentes", afirma Trindade. Para a subsecretária, a vantagem do modelo de concessão das operações é permitir que o governo foque seus investimentos. "As obras das linhas têm financiamento internacional, que é até mais vantajoso para o setor público. É melhor se concentrar nisso, por exemplo", avalia. Apesar do provável crescimento das operações sob controle de empresas privadas, Trindade descarta a possibilidade de o Metrô deixar de controlar algumas linhas da rede. "Defendo um modelo misto. É importante a companhia ter condição de operação, até mesmo para evitar sua desatualização. Além disso, se isso não ocorresse perderíamos a referência do que é uma boa operação, já que o Metrô de São Paulo é melhor do que o de muitas cidades no exterior", diz Trindade.
cotidiano
Governo Alckmin quer privatizar 60% da rede do metrô paulistaO governo Geraldo Alckmin (PSDB) expandiu seus planos de privatizar a operação da rede de metrô para 6 das 9 linhas existentes ou planejadas nos próximos anos. Com isso, 60% da extensão de metrôs e monotrilhos em São Paulo deverão ser delegados à iniciativa privada. O mais recente plano da gestão tucana nessa área é promover a primeira concessão de mobilidade urbana do Estado ainda neste semestre. O mais provável nesse pacote é que a linha 5-lilás (hoje do Capão Redondo até Adolfo Pinheiro, mas que chegará até Chácara Klabin) e a linha 17-ouro (monotrilho que passará por Congonhas) sejam licitadas em conjunto. Além das duas linhas, a 15-prata (monotrilho da zona leste) também será objeto de concessão, como antecipou a Folha. O Metrô também fará PPP (parceria público-privada) do monotrilho da linha 18-bronze (que vai ao ABC). A linha 4-amarela (Butantã-Luz) já é operada nesse modelo de parceria, e as obras e futuros serviços da linha 6-laranja (Brasilândia-São Joaquim) foram contratados de igual modo. A diferença básica entre uma concessão e uma PPP é que, na concessão, a remuneração do setor privado vem só das tarifas cobradas pelos serviços públicos. Já nas PPPs uma parte dos pagamentos do parceiro privado podem ser bancados pelo Estado. Juntas, todas essas linhas sob responsabilidade privada corresponderão a 84,6 km da rede do Metrô, 60% do total de 141,6 km planejados pelos próximos cinco anos. A companhia pública quer controlar a operação de apenas 57 km da malha, a extensão somada das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha. CENÁRIO DE CRISE A opção pela privatização de uma fatia expressiva da rede metroviária se deve às dificuldades do governo para financiar obras de expansão e até para manter os serviços da rede em operação. Os planos de expansão da linha 2 até Guarulhos, por exemplo, foram suspensos sob alegação de falta de capacidade financeira do Estado. Além disso, a gestão Alckmin deu um calote na companhia no ano passado, quando deixou de repassar R$ 66 milhões dos R$ 330 milhões previstos para reembolso do Metrô devido aos custos relativos às gratuidades e descontos de passageiros estudantes, idosos e deficientes. As verbas relativas às viagens desses grupos são o único apoio estatal que o Metrô recebe. Com menos recursos, o Metrô é forçado a cortar custos de operação, o que prejudica a manutenção de trens e a qualidade do serviço. Os investimentos em expansão da rede não são afetados, pois essas obras são pagas diretamente pelo governo. "Conforme a perspectiva de crescimento da malha aumenta, não dá para o Metrô fazer tudo", admite Karla Bertocco Trindade, subsecretária de parcerias e inovação da Secretaria de Governo do Estado. Para Trindade, a boa avaliação da linha 4 entre usuários é mostra de sucesso do modelo privado. Em sua avaliação, com mais parceiros privados no sistema, a definição do valor da tarifa para o usuário tende a ter critérios cada vez mais técnicos, e não políticos. Com menos de 80 km, o metrô de SP é pequeno em relação ao de outras metrópoles –a malha de Londres, por exemplo, tem 408 km. PRIVATIZAÇÕES NO METRÔ - Seis das nove linhas de SP deverão ter operação feita pela iniciativa privada DOIS EM UM A linha 5-lilás, que hoje vai da estação Capão Redondo à Adolfo Pinheiro, na zona sul, e o monotrilho da linha 17-ouro, que ligará o aeroporto de Congonhas, também na zona sul, ao Morumbi, na zona oeste, formarão um negócio inédito no governo do Estado de São Paulo. O cenário preferido dentro da gestão Alckmin é conceder suas operações de modo conjunto à iniciativa privada. A licitação deve começar ainda neste semestre, e espera-se que o ganhador seja conhecido no início de 2017. "Conceder as duas linhas em conjunto parece fazer sentido para nós até porque haverá uma conexão entre elas [na futura estação Campo Belo]", avalia Karla Bertocco Trindade, subsecretária de parcerias e inovação da Secretaria de Governo. Esse será o primeiro pacote de concessões na área de mobilidade urbana no Estado. O negócio já obteve autorização do Programa Estadual de Desestatização e atraiu o interesse de seis empresas. Cinco delas –CCR, CR Almeida, Odebrecht, Scomi e Triunfo– apresentaram estudos técnicos, fase que precede a licitação. Depois que o governo bater o martelo sobre conceder as linhas em conjunto ou isoladamente, o que deve ocorrer até o fim deste mês, o projeto será tema de uma audiência pública. Em seguida, ficará aberto para consulta pública na internet por 30 dias. Nesse modelo de concessão, as empresas não serão responsáveis por obras de engenharia e construção de linhas e estações. Caberá ao próprio governo concluir a expansão da linha 5-lilás até a Chácara Klabin, na zona sul, assim como as obras do trecho que ligará a estação Morumbi da CPTM ao aeroporto de Congonhas na futura linha 17-ouro. "No cenário atual, de crise econômica no país, o setor privado está ainda mais reticente de ter o Estado como sócio, é um fator adicional de risco. Precisamos oferecer projetos simples e atraentes", afirma Trindade. Para a subsecretária, a vantagem do modelo de concessão das operações é permitir que o governo foque seus investimentos. "As obras das linhas têm financiamento internacional, que é até mais vantajoso para o setor público. É melhor se concentrar nisso, por exemplo", avalia. Apesar do provável crescimento das operações sob controle de empresas privadas, Trindade descarta a possibilidade de o Metrô deixar de controlar algumas linhas da rede. "Defendo um modelo misto. É importante a companhia ter condição de operação, até mesmo para evitar sua desatualização. Além disso, se isso não ocorresse perderíamos a referência do que é uma boa operação, já que o Metrô de São Paulo é melhor do que o de muitas cidades no exterior", diz Trindade.
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'Friends from College' é renovada para segunda temporada pela Netflix
Pouco mais de um mês após a estreia de sua primeira temporada, a comédia "Friends from College", da Netflix, foi renovada para mais um ano. A série acompanha um grupo de amigos que estudaram juntos em Harvard e se reencontram em seus 40 anos, alguns com sucesso, outros não. "Friends from College" é estrelada pelo ator Fred Savage, protagonista de "Anos Incríveis". Seu último papel na TV foi em 2016 na série "The Grinder", da Fox. Outro destaque é Cobie Smulders, que retorna à TV para sua primeira comédia após atuar como a jornalista Robin Scherbatsky nas nove temporadas de "How I Met Your Mother". A segunda temporada ainda não tem data para estrear. Enquanto isso, os oito episódios da primeira temporada estão disponíveis na plataforma do streaming. Confira o trailer. Trailer de Friends from College
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'Friends from College' é renovada para segunda temporada pela NetflixPouco mais de um mês após a estreia de sua primeira temporada, a comédia "Friends from College", da Netflix, foi renovada para mais um ano. A série acompanha um grupo de amigos que estudaram juntos em Harvard e se reencontram em seus 40 anos, alguns com sucesso, outros não. "Friends from College" é estrelada pelo ator Fred Savage, protagonista de "Anos Incríveis". Seu último papel na TV foi em 2016 na série "The Grinder", da Fox. Outro destaque é Cobie Smulders, que retorna à TV para sua primeira comédia após atuar como a jornalista Robin Scherbatsky nas nove temporadas de "How I Met Your Mother". A segunda temporada ainda não tem data para estrear. Enquanto isso, os oito episódios da primeira temporada estão disponíveis na plataforma do streaming. Confira o trailer. Trailer de Friends from College
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Pequenino, restaurante Clementina aposta em pê-efes; confira avaliação
DE SÃO PAULO A pequenina casa, instalada no número 1.582 da rua Oscar Freire, é um projeto das chefs Carla Pernambuco e Carolina Brandão. Fica a poucos metros do primogênito Las Chicas (que pertence às mesmas sócias). O cardápio sugere pê-efes, com opções fixas e outras que variam a cada dia. Sempre está ali o fusilli ao pesto de rúcula. Destaque para a coxinha com massa de batata-doce e recheio de frango com Catupiry. * * Clementina R. Oscar Freire, 1.582, Pinheiros, região oeste, tel. 3062-1130. 16 lugares. Seg. a sex.: 11h30 às 15h30. Sáb.: 12h às 16h. Bossa Informe-se sobre o local Carlos Informe-se sobre o local Cha Cha Informe-se sobre o local Bráz Trattoria Informe-se sobre o local
saopaulo
Pequenino, restaurante Clementina aposta em pê-efes; confira avaliaçãoDE SÃO PAULO A pequenina casa, instalada no número 1.582 da rua Oscar Freire, é um projeto das chefs Carla Pernambuco e Carolina Brandão. Fica a poucos metros do primogênito Las Chicas (que pertence às mesmas sócias). O cardápio sugere pê-efes, com opções fixas e outras que variam a cada dia. Sempre está ali o fusilli ao pesto de rúcula. Destaque para a coxinha com massa de batata-doce e recheio de frango com Catupiry. * * Clementina R. Oscar Freire, 1.582, Pinheiros, região oeste, tel. 3062-1130. 16 lugares. Seg. a sex.: 11h30 às 15h30. Sáb.: 12h às 16h. Bossa Informe-se sobre o local Carlos Informe-se sobre o local Cha Cha Informe-se sobre o local Bráz Trattoria Informe-se sobre o local
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